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Full text of "Novo diccionario da lingua portugueza. O mais exacto e mais completo de todos os diccionarios ate hoje publicados, contendo todas as vozes da lingua portugueza, antigas ou modernas, com as suas varias accepções, accentuadas conforme à melhor pronuncia, e com a indicação dos termos antiquados, latinos, barbaros ou viciosos; os nomes proprios da geographia antiga e moderna; todos os termos proprios das sciencias, artes e officios, etc., e a sua definição analytica; seguido de um diccionario de synonymos"

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NOVO  DIGCIONiRIO 


DA 


língua  portugueza. 


o  m  lum  í  m  (ometii  Bt  ms  os  mmim  m  n  pciucm. 

COIVTEMOO 

TODAS  ÁS  YOZES   DA  LÍNGUA  PORTUGUEZA,   ANTIGAS   OU  MODERNAS,   COM  AS  SUAS   VARIAS   ACCEPÇÕES   ACCKNTOAOAt 

CONFORME    Á  MELHOR  PRONUNCIA,   E  COM   A  INDICAÇÃO   DOS   TERMOS   ANTIQUADOS,    LATINOS,   BÁRBAROS   OV 

TICIOSOS.— OS  NOMES  PRÓPRIOS  DA  GEOGRAPHIA  ANTIGA  E  MODERNA. — TODOS  OS  TERMOS  PBOPRIOB 

BAS    SCIENCIAS,    ARTES,     OFFICIOS,    ETC,     E  SUA   DEFINIÇÃO  ANALTTICA. 

SEGUIDO  DE  UM 

iiiiiiiiili  ii  Sfiiifiii. 


POR 


écmama  ac    ^'arca. 


Flclalso  Ca^alleiro  da  €aza  «Be  Sua  llageniade  0  Cavalleiro 
da  Ordem  de  Cbi'i«ito. 


SEGUNDA   EDIÇÃO. 


TYJ^OGRAPHIA   UNIVERSAL, 

RUA  DOS  CALAFATES  N.*  114. 


1853. 


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DA 


língua  fostugdeza. 


o 


o,  a  quarta  das  vogaes  e  decima  quinta 
letra  do  alphabeto  Portuguez. 

Tem  Ires  sons  ;  forte  como  em  dó,  lô,  pó, 
mór;  brando  e  longo,  como  em  dôr,  côr,  pôr; 
e  surdo  e  breve  como  o  final  em  do,  choro,  la- 
do, talo. 

o,  letra  numeral  entre  os  Romanos,  valia 
II,  e  com  um  traço  por  cima  1 1,000.  Na  nu- 
meração arábica  é  o  zero. 

Os  antigos  Romanos  a  usaram  primitiva 
mente  em  vez  de  w. 

o,  adj.  articular  ou  artigo  masculino  (do 
Gr.  ho,  como  o  escreviam  os  nossos  antigos 
autores,  v.  g.  ho  homem),  f.  a,  pi.  os,  as. 

O,  adj.  articular  de  que  usamos  para  desi- 
gnar particularizando  cousa,  pessoa,  ideia  ou 
nome  coUectivo,  v.  g.o  rio  Tejo;  o  imperador 
da  China;  o  colosso  de  Rhodes;  o  século  de 
Augusto  ;  o  projecto  de  fazer  communicar  o 
mar  Roxo  como  o  Mediterrâneo  ;  o  descobri- 
mento da  America  ;  a  China,  as  Índias,  as  fei- 
ções do  sujeito  ;  as  pyramides  do  Egypto  ;  a 
invenção  da  pólvora,  da  typographia  ;  o  ho- 
mem, o  género  humano  ;  as  mulheres. 

o,  A.  usado  como  relativo,  referem -se  a  no- 
me substantivo,  a  um  adjectivo  ou  a  phraze 
attributiva  :  ex.  este  homem  não  é  o  que  hon- 
tera  vi  em  tua  casa.  Este  cavallo  não  ó  o  que 
ganhou  o  priímio  nas  corridas.  A  boa  fortuna 
não  o  ensoberbeceu ;  a  má  não  o  desalentou, 
t  %\\p.  A  ojbra  qão  é  qual  eni  9  esperara,  ou 


qual  a  representaram  os  amigos  do  autor.  Es- 
ta mulher  não  ó  tão  formosa  como  a  pintam. 
Este  oílicial  não  é  tão  valente  como  o  repre- 
sentam. 

o,  substantiva  os  infinitivos,  adjectivos  e 
phrazes  inteiras,  tanto  como  artigo,  como  em 
qualidade  de  relativo,  ex.  o  ser  douto,  valen- 
te, discreto,  virtuoso,  isto  é,  o  facto,  o  dom  de 
ser  douto,  etc.  As  feias  nem  por  o  serem  dei- 
xam de  serem  estimáveis  se  tem  virtudes,  pe- 
lo facto  ou  defeito  de  serem  feias-  «  Não  sabia 
que  era  vossa  esposa  ;  se  soubera  que  o  era, 
seria  mais  obsequioso,  »  o  facto  de  ella  ser  es- 
posa do  sujeito.  « Ia  todos  os  dias  ver  a  sepul- 
tura de  seu  irmão,  e  que  o  havia  de  ser  sua.  » 
Nesta  ultima  phraze  o  denota  o  destino  futu- 
ro da  sepultura.  Morrem,  soffrem,  padecem 
muitos,  que  o  não  merecem,  que  não  mere- 
cem essa  sorte.  Ha  verdades  que  a  nós  não  o 
parecem,  não  parecem  taes  ou  ser  verdades. 

o,  artigo,  não  se  usa  com  nomes  próprios  de 
homens,  excepto  quando  se  particularisa  o 
individuo,  v,  g.  Camões  é  o  Virgílio  portu- 
guez. O  nosso  Camóes,  o  Camões,  isto  é,  o 
poeta  ou  o  celebre  vate. 

o,  por  lhe,  aelle,  &  eWe.  Nãoopode{[hQ\ 
resistir.  Ella  o  queria  perdoar,  a  elle. 

ó,  abreviação  de  Ao,  encontra-se  nos  po^ 
tas,  e  até  nos  prosadores  antigos,  e  em  Vieira- 
Pergunto  ó  (ao)  mar.  Vk  ó  (aos)  pés.  Ó  m$-' 
nosy  ao  menoflit  % 


OBD 


OBE 


ó  1  ou  OH  í  interjeição  de  exclamar,  cha- 
mar, admirativa  ou  de  magoa,  desejo,  ironia, 
etc.  O  Pedro  !  ô  filho  l  ó  que  maravilha  I 
ó  Deus ! 

ós,  s.  m.pl.  beberetes  e  merendas  que  se 
davam  nas  calhedraes,  coliegiadas  e  mostei- 
ros nos  sete  dias  antes  do  Natal,  começando 
no  dia  de  Nossa  Senhora  denominada  do  0. 

OAKAM,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra,  ca- 
pital do  condado  de  Rutland ,  a  7  léguas 
S.  de  Leicester ;  2,000  habitantes. 

OAKHAMPTON,  (geogr.)  cidado  de  Inglater- 
ra, a  8  léguas  0.  d'Esceter,  sobre  o  Oak  ; 
2,100  habitantes. 

OANNES,  (myth.)  deus  chaldeo,  civilisador 
da  huacanidade  nascente,  era  meio  homem, 
meio  peixe;  saiu  do  marErythes  para  en- 
sinar aos  homens  as  artes,  a  agricultura  e 
as  leis. 

OARACTA,  (geogr.)  ilha  da  Ásia  antiga,  no 
golpho  pérsico. 

OASis,  (geogr.)  nome  dado  a  diversos  lo- 
gares  que  no  meio  dos  desertos  de  areia  de 
Africa  ou  da  Ásia,  oíTerecem  agua  e  vege- 
tação e  são  uma  espécie  de  ilhas  de  verdu- 
ra. Os  principaes  Oásis  são  :  i.''  o  Grande 
Oasis\ow.  Oásis  de  Thebas,  Oásis  magria, 
hoje  El-Ouah  ou  El-Khargeh,  a  O.  do  Nilo, 
e  a  sete  jornadas  de  Thebas  e  d'Abjdos  ; 
2.°  o  pequeno  Oásis ,  Oásis  parva ,  hoje 
El-Ouah-cl-Dahrijeh,  ao  N.  da  procedente 
na  região  do  antigo  lago  Moeris ;  3.*^  Oasis 
d'Ammon  hoje  Sionah,  a  O.  do  Nillo,  e  na 
parte  da  Ljbya,  situada  ao  S.  daGyrenaica, 
4.**  Oasis  interior  ou  occidental,  Oasis  in- 
terior, hoje  Dakhel  a  O.  do  Grande  Oasis. 

OAXACA  ou  GUAJACA,  (gcogr.)  cidadc  da 
America  do  Norte,  capitai  do  Oaxaca,  sobre 
o  Rio-Verde,  a  90  léguas  SE.  do  México  ; 
24,000  habitantes. 

OAXACA  (Estado  de)  (geogr.)  um  dos  Es- 
tados da  confederação  mexicana,  tem  por 
limites  os  Estados  dê  Puebla  ao  N.  e  aO.  de 
Vera  Cruz  ao  NE.  de  Guatemala  a  E.  e  o 
Grande  Oceano  ao  S.  6C0.O00  habitantes. 
Capital  Oaxaca. 

oií,  (ant.)  V.  Oa. 

OB,  prefixo  e  preposição  latina,  que  designa 
opposição,  situação  opposta,  contra.  Vem  do 
Egypcio  oube,  contra,  formado  de  ouei,  estar 
distante,  distancia,  e  he,  face.  V.  Obvio,  Obs- 
táculo. 

DBA.  V.  Opa. 

obcecação,  s.  f.  V.  Cegueira. 

OBCECAR,  V.  a  (Lat.  obca^co,  are.)  (ant.)  V. 
Cegar. 

OBDORiA,  (geogr.)  nome  antigo  de  uma 
região  da  Sibéria ,  ôituada  na  embocadura 
do  Obi,  designava  as  peninsulas  entre  os 
golphos  de  Kara  o  de  Obi.  Está  coberta  de 
gí^lo  quasi  todo  o  anno.  Este  paiz  está  hoje 


compreendido  no  governo  de  Tobolsk.  Per- 
tence aos  gran-duques  da  Rússia  desde  o 
século  XV. 

OBDORSK.  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Asiá- 
tica, na  Sibéria,  sobra  o  Obi.  E'  a  cidade 
mais  septentrional  da  Sibéria. 

OBDUCTO,  A,  adj.  (Lat,  obductus,  p.  p.  de 
obduco,  ere,  pôr,  couduzir  contra.)  (ant.)  co- 
berto, tapado. 

OBEDECER,  V.  tt-  (Lat.  obcdio,  ire,  que  os 
os  etymologistas  derivam  de  ob  ,  defronte, 
diante,  e  audire,  ouvir.  Creio  que  vem  de  edi- 
co,  ere,  publicar  edictos.)  ceder,  submeller- 
se  á  ordem,  preceito,  executara  ordem,  o  pre- 
ceito, o  mandado  ;  reconhecer-se  vassallo, 
prestar  vassallagem,  v.  g.  os  Circassianos  o6«- 
decem  hoje  á  Rússia.  —  a  febre,  a  doença, 
ceder  aos  remédios. 

Alguns  autores,  como  Vieira,  usaram  deste 
verbo  em  sentido  activo,  v.  g.  para  obedecer  o 
que  nos  mandares,  em  vez  de  no  que,  como 
hoje  dizemos.  Melhor  os  obedeceram,  em  vez 
de  lhes.  Não  ha  razão  para  que  os  imitemos. 
Obedecer-se  a  si  mesmo,  [loc.  p.  us.)  ceder  á 
consciência,  á  razão. 

OBEDEENÇA,  (aut.)  V.  Obediência. 

OBEDIÊNCIA,  s.  /".  (Lat.  O bedicH tia. )  s\ihmiS' 
são  á  vontade  de  outrem,  superior  em  autori- 
dade ou  em  poder ;  cumprimento  das  ordens 
delle.  — ,  sujeição,  dominio,  v.  g.  sujeitou 
estes  povos  á  sua  — .  Ter  debaixo  da  sua  — . 
Dar,  fazer — ,  mostrar  fazer,  dar  mostras  de 
obediente  Levantar  a  —  a  alguém,  dispen- 
sa-lo delia.  Levantar  alguém  a — ,  faltar  a 
ella,  rebsUar-se.  — ,  pequeno  mosteiro,  ca- 
sa de  residência  religiosa,  mosteirinho.  Dar 
— ,  diz-se  do  prelado  que  manda  a  um  frade 
que  vá  residir  em  algum  convento,  ou  que  fa- 
ça alguma  cousa  por  obediência. 

Syn.  comp.  Obediência,  submissão,  kobe' 
diencia  ó  a  acção  de  obedecer,  e  a  disposição 
habitual  a  obedecer. 

Neste  ultimo  sentido  é  que  são  synonymos 
a  obediência  e  a  submissão,  com  a  diíferença 
que  obediência  indica  particularmente  o  cos- 
tume de  obedecer  ás  ordens,  aos  mandados, 
do  mesmo  modo  que  são  dictados  ;  e  submis- 
são indica  uma  disposição  geral  e  perma- 
nente, não  só  para  executar  as  ordens  e  os 
mandados,  senão  também  para  conformar- 
se  com  todas  as  vontades,  desejos  e  incli- 
nações dos  outros  de  qualquer  modo  que  se 
dêem  a  conhecer. 

Pela  obediência  se  executam  as  ordens  que 
se  recebem :  pela  submissão  estamos  natu- 
ralmente dispostos  a  executal-as.  A  obediên- 
cia recae  sobro  a  acção  mesma  ;  a  submissão 
sobre  a  disposição  interior  do  animo. 

Uma  pessoa  pôde  obedecer  sem  estar  sub- 
missa, isto  é,  sem  dobrar  sua  vontade  á  de 
outro ;  neste  caso  a  obediência  é  inVolun- 


OBS 


ObL 


taria  e  forçada  ,  a  subjnissão  ao  contrario 
suppõe  sempre  a  disposição  á  obediência  e 
a  promette. 

OBEDiENCiAL,  adj .  dos  2  g.  Potencia — , 
(theol.)  capaz  de  effectuar  o  que  parece  con- 
trario ás  leis  da  natureza,  v.  g.  ado  fogo  pa- 


OBFIRMADO,  A,~p,  p.  de  obfirmar,  adj.  (p  . 
us.)  firme,  conòtanto,  renitente. 

OBFIRMAR,  V.  a.  (Lat.  obfirmaré),  (p.  us.) 
porfiar,  ser  renitente. 

ÓBIDOS,  (geogr.)  \illa  daprovincia  doPa 

rá  no  Brazil,  na  margem  esquerda  do  rio 

ra  abrasar  as  almas  dos  condemnados  no  in- ,  das  Amazonas,  perto  ^do  contluente  do  rio 

terno.  — ,  s.  m.  (ant,)  qualquer  official  de  j  Oriximina,  180  léguas  com  pouca  differen- 


um  convento,  v.  g.o  procurador,  enfermeiro, 
sacristão.  — ,  o  cónego  que  repartia  aos  ou- 
tros o  dinheiro  que  se  lhe  dá  cada  dia  a  mati- 
nas, no  coro.  — ,  cónego  regrante,  que  está 
com  licença  fora  do  claustro. 

OBEDIENTE,  ãdj .  dos  2  g.  (Lat.  obediensjis, 
p.  a.  de  de  obedio,  ire.)  submisso  ;  (fig.)  que 
cede,  V.  g.  o  navio  —  ao  leme.  Signo — ,  (as- 
trol.j  o  que  declina  para  o  sultanto  como  o 
imperante  para  o  norte. 

OBEDIENTEMENTE  ,  adv.  [mente  suff.)  com 
obediência,  com  submissão. 

OBEDIENTÍSSIMO,  A,  ttdj .  superl.  de  obe- 
diente. Súbditos  ,  filhos  — .s,  mui  submis- 
sos. 

OBEID-ALLAH-AL-MAHDY  ,     (hist.)    fuudador 

da  djnastia  dos  califas  fatimitas,  nasceu  em 
88Í,  e  pertendia  descender  de  Ali  e  de  Fá- 
tima, donde  provém  os  nomes  deAlidasou 
Fatimitas  dados  a  seus  descendentes.  Pos- 
tando-se  á  frente  dos  restos  dos  Karmathas, 
que  se  julgavam  anniquillados,  tomou  em  908 
o  titulo  de  emir-al-moumenim  (commenda- 
dor  dos  fieis)  fundou  Al-Mahdyab,  que  fez 
capital  do  seu  futuro  império,  acabou  o  do- 
mínio dos  Aglabitas  destruiu  o  império  dos 
Edrisitas  ,  tentou  debalde  a  conquista  do 
Egypto  e  assollou  as  costas  da  Calábria. 
Morreu  em  934. 

OBELiscAL,  adj.  dos  2  g.  de  obelisco,  «• 
g.  forma  — . 

OBELISCOS,  (hist.)  pyramides  quadrangu- 
lares muito  communs  entre  os  Egypcios.  A 
sua  altura  varia  de  20  a  40  metros.  Muitos 
dos  obeliscos  eram  monolithos.  O  seu  logar 
ordinário  era  pouco  adiante  dos  grandes 
templos.  Do  cume  á  baze  os  obeliscos  estão 
cobertos  de  hieroglyphos.  Augusto  e  outros 
imperadores  fizeram  transportar  muitos  obe- 
liscos para  Roma.  Hoje  ainda  ha  treze  nes- 
ta cidade. 

OBÍLO,  s.  m.  signal  orthographico  com 
qne  os  antigos  copistas  marcavam  as  passa- 
gens alteradas  dos  autores  ;  era  um  /  atra- 
vessado. 

OBKRADO,  V.  Onerado,  Gravado,  Empe- 
nhado, j 

OBERAR,  V.  a.  (Fr.  obérer  )  V.    Onerar,  | 
Empenhar. 


ça  ONE  da  cidade  de  Belém;,  e  16  ao  OE. 
de  Alemquer. 

OBiTO,  s.  m.  (pron,  óbito.  Lat,  obiíus , 
de  obeo,  ire,  ob  pre.,  contra,  e  ire,  ir.  O 
termo  equivale  a  que  vai  adiante,  que  pre- 
cede os  que  ficam  vivos),  fallecimento,  mor- 
te. Livro  dos — ,  em  que  o  parocho  lança 
os  nomes  dos  defuntos  da  sua  parochia. 

OBJECÇÃO,  s.  f.  (Lat.  objectatio,  onis] , 
(fig.)  argumento,  razões  com  que  se  com- 
bate, argumento,  opinião,  doutrina,  com 
que  se  procura  dissuadir  de  projecto,  em- 
preza. 

OBJECÇÕES,  s.  f.  pi.  (ant.)  pertenças,  de- 
pendências de  uma  herdade. 

OBJECTADO,  A,  p.p.  de  objcctar,  ad/.  op- 
posto,  produzido  contra. 

OBJECTAR,  V.  a.  fLat.  objectare,  frequen- 
tat.  de  objicere,  ob  pref.  contra,  e  jacio, 
ere,  lançar),  oppor  razões,  continuar,  im- 
pugnar. 

OBJECTIVAMENTE,  adj.  (mente  suíf.)  de 
modo  objectivo,  em  respeito  ao  objecto. 

OBJECTIVO,  A,  adj.  Lente  — ,  nos  óculos 
é  o  vidro  que  se  volta  para  o  objecto.  O 
— ,  subst.,  o  vidro — . 

OBJECTO,  s.  m.  (Lat.  objectus),  tudo  o 
que  se  põe  diante  de  alguém,  de  modo  a 
ser  percebido ;  tudo  aquillo  que  os  senti- 
dos podem  attingir  ou  a  que  tendemos,  v. 
g.o  —  do  meu  amor,  do  meu  desejo.  — 
(fig.)  tudo  o  que  se  apresenta  ao  entendi- 
mento ;  (fig.)  matéria,  sujeito,  assumpto,  ex. 
O  —  que  tenho  em  vista.  O  —  da  delibe- 
ração, da  questão.  Os  nossos  órgãos  são  — 
dos  corpos.  Os  ouvidos  são  —  do  som,  lo- 
cuções de  Barros,  hoje  desusadas  com  ra- 
zão, porque  os  órgãos  considerados  como 
formando  parte  do  nosso  individuo  só  po- 
dem ser  olhados  como  objecto  de  intelli- 
gencia  externa,  v.  g.  das  settas,  dos  tiros 
lançados  por  alguém  contra  nós,  e  não  dos 
agentes  naturaes,  como  o  ar. 

OBLAÇÃO,  s.f.  (Lat.  oblatio,  onis),  o  ac- 
to de  offerecer  a  Deus  ou  aos  santos  ;  of- 
ferta,  a  cousa  oífereciíla.  Altares  cobertos 
de  — . 

Stn.  comp.  Oblação,  offerenda.  Ambas  es- 
tas palavras  vem  do  verbo  latino  offero,  oífe- 


OBESiDADK,  s.  f.  fLat.  obcsitãs,  tis)  (med.)'  recer,  porém  differençam-se  em  que  offeren^ 
nimia  gordura.  í  da  é  o  que  se  offerece  a  Deus,  a  seus  san- 

OBEso,  A,  adj.  (Lat.  obesus.)  (med.)  ex-1  tos,  a  seus  ministros ;  oblação  não  se  diz 
cessivamente  gordo.  |  sen&o  do  que  se  offerece  a  Deus  com  certas 

2  * 


8 


OBO 


OBR 


ceremonias  estabelecidas  pela  igreja.  A  o/fe-r  redondado,  de  maneira  que  representa  o 
renda  do  pão  e  do  vinho  no  sacrifício  da  |  plano  de  um  ovo  cuja  ponta  mais  estreita 
Missa  é  uma   oblação.  Os  presentes  que  os  í  estivesse  para  baixo. 


cathdicos  fazem  80  altar  eiii  proveito  dos 
sacerdotes  ou  das  igrejas  são  offerendas  e 
não  oblações.  Toda  a  oblação  é  pois  offeren- 
da  ;  porem  nem  toda  offerenda  é  oblação. 
OBLADAGEM,  s.  f.  (aut.)  oblatas,  oflertas 
de  pão,  etc.  que  os  fieis  levavam  á  igreja 
em  certos  dias  de  anno. 

OBLATA,  s.  f.  (do  Lat.  oblatus,  p.  p.  de 
offero,  oíferecer),  offerta  no  altar;  o  vinho, 
hóstia  e  agua  da  missa  antes  de  consagra- 
ção. 

OBLATO,  s.  m.  nos  mosteiros  benedictinos 
menino  oíferecido  ao  abbade,  para  a  reli- 
gião;  o  leito  ou  donato  que  se  oíTerecia  pa- 
ra o  serviço  religioso. 

CBLiDAR,  (ant.)  V.  Obrigai.  Creio  que  é 
erro  typcgraphico. 
OBLiGAÇÃo,  (ant.)  V.  Obrigação. 
OBLiGAR,  (ant.)  V.  Obrigar. 
OBLiGAÇOM,  (ant.)  Y.   Obrigação. 
OBLIQUAMENTE^  ttdv.  [mente  suíí.),  em  di- 
recção obliqua,  de  modo  obliquo. 

OBLIQUAR,  V.  a.  [obliquo,  ardes,  inf.),  dar 
direcção  ou  movimento  obliquo  ,  torcer.  — 
em  sentido  abs.,  obrar  tortuosamente. 

OBLiQUiDADE,  5.  f.  (Lat.  obliquitas,  atis), 
direcção  obliqua  í  —  da  ecliptica,  (astron.) 
O  angulo  que  faz  a  ecliptica  com  o  equa- 
dor. 

OBLIQUO,  A,  adj.  (Lat.  obliquus ;  de  oò , 
diante,  contra,  e  liquo,  ere,  correr),  incli- 
nado para  um  lado.  de  soslaio,  deviez;  (fig.) 
indirecto.  Meios,  louvores — , 

OBLITERADO,  p.  p.  de  oblitcr^r  ;  adj.  apa- 
gado ;  (fig.)  destruído,  que  não  deixou  tra- 
ços. V.  g.Os  órgãos  da  geração  —  s. 

OBLITERAR,  V.  a.  (Lat.  oblitere,  are ;  ob, 
contra,  e  litera),  apagar,  fazer  desapparecer 
as  letras  de  escriptura  riscando-as  ou  bor- 
rando-as ,  (fig.)  destruir:  v.g.  —  os  órgãos 
da  geração  ;  —  do  coração  o  instincto  mo- 
ral, a  sympathia. 

OBLONGO,  A,  adj.  (Lat.  oblongus  ;  06  pref 


6  longus)  ,  (geom  )   que    é   mais  comp>rido   V.   Oblata,  Offerta. 


OBRA,  s.  f.  (Lat.  opera,   trabalho,  opera- 
ção, obra  ;  do  Egypc»  hob  que  corresponde 
ao  Lat.  opus),  operação;    producto  natural 
ou  artificial;    acção,  acto.  — s  boas;  — s 
de  caridade  ;  execução,  effeito  :   pôr  em  ou 
por — ;  fazer — . — ,  feitio,    lavor.  A  —  ex- 
cedia a  matéria,  ex.  «  Edifício  da  — .  »  Lu- 
cena. —  litteraria,  livro,  producção  do  en- 
genho. —  prima  ou  de  examinação,  a  peça 
que  faz  o  aprendiz  para  seradmittido  a  mes- 
tre ;  (fig.)  obra   mui  perfeita,    apurada.  — 
feita,  diz-se  do  oflTicial  mechanico,  v.  g.  de 
sapateiro,  alfaiate.  — ,  mão,  diligencia,  v.g. 
Por  —  delle. — ,  estructuj-a  ,  edifício,  e  em 
geral  tudo  o  que  a  industria  e  trabalho  áó 
homem  compõe,  fabrica,  v.g.  A  —  vai  adian- 
tada. Fazer — ,  produzir  eíTeito.  '^.5'.  o  pur- 
gante, a  bateria,  frz  muita  — .  Mestre  de  —  5. 
o  que  dirige  na  construcção  de  edifícios  os  pe- 
dreiros,   carpinteiros.  —  s,  acções  :  —  pias, 
esmolas,  missas,  preces,  orações,  jejuns,  etc. 

—  de  misericórdia,  em  auxilio  do  próximo. 

—  s,  trabalho  no  proseguimento  de  edifício. 
v.g.  As  obras  da  cidade.  — s  mortas,  (naut ) 
tudo  o  que  no  navio  fica  da  coberta  para  cima. 

—  (^theol.)  as  acções  que  seriam  meritórias 
se  quem  as  faz  não  estivesse  em  peccado 
mortal.  —  s  vivas,  (naut.)  a  parte  do  navio 
desde  a  quilha  até  á  primeira  coberta.  — , 
usado  adverbialmente ,  perto ,  cerca.  —  de 
vinte  pessoas,  de  trinta  embarcações.   Será 

—  de  vinte  léguas. 
Syn.  comp.  Obra,  producção    A  obra  é  o 

resultado  do  trabalho  de  um  agente,  d'um 
obreiro.  A //ro(/«cfão  é  o  que  uma  cousa  tira 
de  si  mesma  por  sua  própria  eíTicacia  v.  g. 
as  producçõcs  da  terra,  as  producções  do 
entendimenro,  do  génio.  O  universo  é  a  pro- 
ducção d'uma  potencia  infínita  que  o  tirou 
do  seu  seio  ;  é  a  obra  de  uma  intelligencia 
infínita,  que  deu  ã  matéria  suas  formas  e  sua 
coUocação  primitivas. 

OBRAÇÃo,  s.  f.  (alterado  de  oblação]  (ant.) 


que  largo  e  não  anguloso 

OBNOxio,  A,  flí/y.  (Lat.  obnoxius',  06  pref. 
enoxius,  culpado,  criminoso),  receoso  por 
ter  consciência  da  culpa  ou  crime  commet- 
tido.  —  sujeito  ao  castigo. 

OBOÉ,  s.  m.  (t.  Ital.  V.  Boé],  instrumento 
musico  de  sopro  ;  (fig.)  tocador  de  oboé.  v.g. 
é  o  primeiro  —  da  capella. 

OBOLO,  s.  m.  (pron.  060/0  :  Gr.  óbolos) , 
moeda  grega,  de  prata  que  valia  ít  centis 
francezes.  ící»  iív.í 

OBOMBRAR.  V.  Obumbrar. 
OBOVAL,  adj.  di2-se  de  uma  parte  muís 
coBQj)rJda  que  larga,  e  f^tijo  coíítorho  é  ai*- 


OBRADA,  (ant.).  V.  Oblata. 

OBRADAçÃo,  (ant.)  e  hoje  provinciaL  T. 
Oblata.  ^• 

OBRADAR.  (ant.)  V.  Offertar,  fazer  obla- 
çãOo 

OBRADEiRA,  s.  f.  (ant.)  ferpo  de  fazer  Hós- 
tias. 

OBRADO,  p.  p.  de  Obrar ;  adj.  executado  , 
feito,  operado. 

OBRADOR,  s.  m.  o  que  obra,  executa,  au- 
tor :  V  g.  —  de  grandes  feitos,  —  de  mila- 
gres. 

OBR  AGEM,  s.  f.  (ant.)  I  (do  Fr.  ouvrage) , 
trabalho,  lavor. 


OBR' 

'<^ OBRANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  operans,  tis^ 
p.  a.  de  opero,  are,  obrar.)  (p.  us.)  que  ope- 
ra, executa. 

OB^ÁRi  f).a.  (Lat. opero,  are;  de  opus,  obra, 
Eg\  '  "'.)  executar,  produzir  eíreito,  v.  g. 
—  ;,  ,,  ,;ias,  milagres. — ,  portar-se,  ha- 
ver-se,  conduzir-se,  v.  g.  —  bem,  boas  ac- 
ções.—  «ia/,  más  acções. — ,  ter  evacuação 
alvina.  —  ,  fazer  o  seu  effeito.  O  remédio 
obrou,  produziu  o  desejado  effeito,  ou  o6rou 
por  cima,  fazendo  vomitar,  ou  por  baixo, 
purgando.  Obrar  tem  o  o  mudo  excepto  no 
prés.  indic.  eu  obro,  as,  a,  elles  obram  ; 
no  subj.  obre,  es,  e,  obrem,  enoimperat. 
obra,  obrem. 

OBREA.  V.  Obreia. 

OBRECflT,  (hist  )  sábio  francez,  nasceu  em 
16Í6,  morreu  em  1701 ;  viajou  na  Allema- 
nha.  Deixou :  Alsaticarvm  rerum  prodro- 
mus;  De  legibus  agrariií  populi  romani. 

OBREGÃo,  s.  m.  (ant.)  homem  que  por  ca- 
ridade se  dedicava  ao  serviço  do  hospital. 

OBREGON  (Bernardino)  ,  (hií^t )  instituidor 
dos  Armãos-enfermeiros-menores  ,  os  quaes 
tractatn  dos  doentes  nos  hospitaes  de  Iles- 
panha,  nasceu  em  Las  lluelgas  em  1540 
morreu  em  1599. 

OBREíA,  s.  f.  (B.  Tat.  oblia,  Fr.  ant.  oblie 
ou  oublie.)  folha  delgada  de  massa  de  fari- 
nha'de  trigo  cozida  em  ura  f'3rro  para  hóstias 
na  missa,  e  para  fechar  cartas.  — 5  doces,  em 
que  se  mistura  assucar. 

OBREiEiRO,  s.  m.  (des.  eiró.)  homem  que 
^""oiíírEiRA.  V.  Obreiro. 

OBRKiRO,  s.  m.  (des.  eiro.)  operário,  arti- 
Ace,  iraualhador. — evangélico,  missionário. 

ORRKPçÃo,  jí.  f.  (Lat.  obrepíio,  onis.)  fjur.) 
o  acto  de  expor  falsamente  o  facto  ou  alguma 
(\ps  circuuistancias  delle,  v.  g.  — e  subre- 
pção. 

OBREPTicio,  A,  adj.  (I  at.  obreptitius.J  em 
que  ha  ou  houve  obrepção  ;  conseguido  por 
obrepção,  v.  g.  graça,  decreto,  breve. 

OBR'DAÇOM,  (ant.)  V.  Obrigação. 

OBRiDAR,  (ant.)  V.  Obrigar. ' 

OBRIGA,  s.  f.  (ant.)  V.  Obrigação. 

OBRIGAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  oblígaíio,onis,ob 
pref.,  e  ligatio,  ligação.)  vinculo,  necessi- 
dade moral  de  cumprir  com  algum  precei- 
to, dever,©  ^.  temos  — de  soccorrer  os  des- 
graçados, —  de  educar  os  filhos,  de  defender 
a  pátria.  Fazer  a  sua— ,  cumprir  com,  de- 
sempenhar os  deveres. —naíwra/,  a  que  li- 
ga no  foro  interno.  —  civil,  que  obriga  no 
foro  civil,  estabelecida  pela  lei.  — ,  escripto 
pelo  qual  alguém  confessa  dever,  e  se  obriga 
a  pagar  a  outrem.  Ter—,  estar  em  — a  ai- 
gyiem,  deve-lhn  favor.  «.  gr.  devo-lhe  muitas 

'garões.  Pessoas  da  sua — ,  da  sua  fami- 
Homem  de  muitas  obrigações,  de  mui- 

VilL.    IV. 


tos  encargos,  deveres.  Palavras  de  mulfc^--^ 
obrigatórias ,  obsequiosas.  Prometer  cork 
grandes  obrigações,  com  clausulas  mói  oljri- 
gatorias.  \^  '    "' '^  '.'"\,'^  ! 

Syn.  comp.  Obrigação,  ^Sèter.  Bctier^'\% 
Trévoux,  é  aquillo  a  que  estamos  obrigados 
pela  lei,  pelo  costume,  (pelo  decoro.  H^çíc- 
veres  da  vida  civil,  de  amisade,  de  attenção, 
de  politica. 

A  lei  impõe-nos  a  obrigação,  e  a  obrigação 
gera  o  dever.  Estamos  ligados  pela  obrigação^ 
e  somos  obrigados  a  um  dever.  A  obrigação 
designa  a  autoridade  que  liga,  e  o  dever  o  su-. 
jeito  que  é  ligado.  O  dever  presuppõe  a  obri- 
gação. Temos  obn</afão|de  fazer  uma  cousa, 
nosso  dever  é  fazel-a  ;  a  obrigação  é  quem 
nos  liga,  e  ao  deceréque  ella  nos  liga.       "t 

Barbeyrac  estabelece  por  principio  de  o6"n- 
gamo  propriamente  dita  a  vontade  de  um 
superior  a  quem  se  reconhece  e  se  obedece, 
Burlamaqui  observa  que  a  rasão  deve  apj)ro- 
var  e  reconhecer  o  rfeeer,  pois  sem,  isto  não 
seria  mais  que  violência.  .      j 

A  obrigação  não  pôde  estender-se  além  da 
autoridade  do  superior  que  manda  :  nem  o 
dever  além  dos  meios  e  forças  do  inferior 
que  obedece.  Não  ha  obrigação  se  a  cousa 
não  podia  ser  mandadaj;  nem  dever  se  não 
pode  ser  executada. 

Onde  ha  obrigações  ha  deveres,  e  onde  ha 
deveres  hà  obrigações;  porém  a  obrigação  é 
sempre  o  principio  do  dever,  \    ' 

OBRiGADissiMO,  A,  odj .  superl.  áeohvigà-^^ 

niioamAnto  "I^i^^^cA^,?!: A^^^^-^e  famihar  e  elli-^ 
pucamente   no  sentido  de  :    jicu-mo  rr..,it^ 

obrigado,  por  favor  recebido  de  alguem:^« 
OBRIGADO  ,  A  ,  p.  p.  de  obrigar ;  adj. 
constrangido  physica  ou  moralmente,  re- 
conhecido, grato  por  favor  ou  serviço  rece- 
bido, V.  g.  eslou-Ihe,  íico-lhemuilo— .  Nas 
sjmphonias  dá -se  o  nome  de  obrigado  ao 
instrumento  que  não  pôde  dispensar-se  na 
execução  da  partitura.  — ,  (jur.)  hypothe- 
cado,  dado  em  penhor,  v.  g.  prédio— pela 
divida.  — ,  que  licou  por  fiador,  v.  g.  fico  — 
pela  divida  do  amigo.  — ,  (p.  us.)  sujeito,  ex*^^ 
posto.  si 

OBRiGADOR,  A,  adj.  quo  obríga. 
OBRiGAMENTO,  s.  m.  (|).  US.)  obrigação  á^> 
divida.  — ,  o  obrigar-se  a  pagar.  '^ 

OBRiGANTE,  adj,  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans,  tis.)  que  obriga,  obsequeia. 

OBRIGAR,  V.  a.  (Lat.  obligo,  ar*,' cingir, 
atar  á  roda,  enlaçar,  ob,  contra,  e  ligo,  are] 
ligar)  constranger  physica  ou  moralmente, 
V.  g.  obrigou-o  à  ajoelhar,  a  levar  a  carga  / 
ás   costas;  —  a  servir  no  exercito,  a  fugir.n 
Obrigou   a    guarnição   a   render-se.  —  por} 
justiça,  demandar,  exigir  a  execução  de  con^u 
tracto,  pacto,  promessa.  — 05    bens,  hypo- 
Iheca-Ios,  dá-los  em  penhor.  En  vo&obri- 
3 


i 


10 


0B& 


go  minha  fé^  ou  palavra,  empenho.  —  aí- 
guem,  obsequia-lo,  render-lhe  serviço  pelo 
qual  a  pessoa  fica  obrigada.  —  a  vida,  empe- 
nha-la.— SE,  13.  r.  comprometter-se,  contrair 
obrigação.  — por  alguém,  responder  por  el- 
le,  ticar  por  seu  fiador,  dar-se  por  obrigando, 
e  portar-se  como  tal.  '.., 

Syn.  comp.  Obrigar,  precisar,  forçar, 
violentar.  Obrigar  éum  acto  de  poder  que 
impõe  um  dever  ou  uma  necessidade.  Pre- 
cisar é  um  acto  deoppressão  pelo  qual  se 
pôe  a  uma  pessoa  na  precisão  de  fazer  uma 
cousa  contra  sua  vontade.  Forçar  é  um  ac- 
to de  potencia  e  de  vigor,  que  por  sua  ener- 
gia destroe  a  de  uma  vontade  opposta.  Vio- 
lentar é  um  acto  de  violência  ou  de  bru- 
talidade, o  que  emprega  o  mais  forte  para 
lograr  o  que  de  outro  modo  não  podéra  al- 
cançar. 

OBRIGATÓRIO,  A,  adj .  (des.  dno.)  que  en- 
cerra obrigação,  que  obriga,  v.  g.  contra- 
cto—; clausulas— s.  — ,  (p.  us.)  annexo  , 
V.  g.  trabalhos  tão  — ávida.  «Tudo  o  que 
tendes  haveis  por  —  ao  vosso  estado.  »  in- 
dispensável. 

OBRiNGUS  ou  OBRiNCA,  (geogr.)  hoje  Ahr, 
rio  da  Gallia,  separava  a  Germânia  Supe- 
rior da  Germânia  inferior. 

OBRiNHA,  s.  f.  diminuí,  de  obra. 

OBROTSiTES,  (gcogr.)  nomo  de  uma  tribu 
slava  da  Germânia,  fazia  parte  dos  Weudes 
e  Venédos,  habitava  as  margens  do  Alto- 
Oder,  no  paiz,  que  forma  hoje  o  Meclem- 
burgo.^Tinhamj)or^r^^^  com 

obscenidade.  j     ^ 

OBSCENO,  A,  adj.  (Lat.  obsc<Bnus,  áeccB- 
num  sujidade,  cousa  immunda,  impureza, 
Gr  koinos,  impuro,  e  opis,  aspecto,  appa- 
rencia  Talvez  venha  de  kuôn,  cão,  donde  se 
deriva' Cl/nico.)  impuro,  torpe ;  sensual,  im- 
Ldico  ,%.  9-  pensamentos,  amores,  ditos, 
gestos -s.  Partes—,  as  da  geração.-,  as 

^^SYN^comp  Obsceno,  deshonesío  Desho- 
nesto  no  sentido  próprio  diílere  inteiramen- 
te de  obsceno,  e  no  fig.  refere-se  ao  quee 
contra  o  decoro,  a  decência,  sem  designar 
com  especialidade  a  lascívia  ou  torpeza  sen- 

"""oBSCURAMENTE  ,  adv.  [mente  suff,)  com 
obscuridade;  sem  lustre,  sem  esplendor,  em 
situação   obscura,  v.  g.  viveu   e  morreu 


OBSCURECER,  i;.  a.  [obscuro,  des.  incepU- 
va  ]  fazer,  tornar  obscuro,  escurecer.  Lo 
mesmo  verbo  que  escurecer,  mas  usa-se  de 
preferencia  no  sentido  moral,  v.  gf.  —  a  la- 
ma, o  merecimento. 

Íbscubidade,   s.    f.    escuridade.  €sa.se 
mais  no  sentido  fig.,  falta  de  lustre,  de  es- 


OBS 

plendor.  —  do  nascimento,  —  do  estylo, 
falta  de  clareza. 

OBSCURO,  A,  adj.  [Ldt.  obscurus,]  escuro, 
mais  usado  no  sentido  fig.,  «. //.  Otrigeqç^in-» 
nascimento,  estylo — .  \ .  Escuroy.^^  .  >  r.'':5 

OBSECRAÇÃo,  s.  f.  (Lai.  obsecratJQ,oni&^ 
rogo  humilde  e  aílectuoso  aos  deuses. 

OBSECRADO,  A,  p.  p.  de  obsecrar;  adj.  sup- 
plicado. 

OBSECRAR,  V.  a.(Lat.  obsecro,  are;  ob  pref.^) 
e  sacer,  .sacra,  um,  sagrado.)  supplicar  hu- 
mildemente, com  reverencia. 

OBSEQUENS  (JuHo),  (hist.)  autor  latino,  \'i^^ 
via   no   aiino  388  de  Jesu-Christo.   E'  co-«i 
nhecido  por  uma  compilação  De  prodigiis, 
tirada  de  Tito-Livio. 

OBSEQUENTE,  ttdj .  dos%g.  (Lat.  obsequens, 
íú.jque  acompanha  como  servidor;  obsequiori 
so,  dócil. — ,  obediente.  rr 

OBSEQUENTissmo,  A,  adj.  superl.  de  obse- 
quente. 

OBSEQUIADO,  A,  p.  p.  de  obscquiar;  adj. 
tratado  com  obsequio. 

OBSEQUIADOR,  A,  s.  pesgoa  amiga  de  obr- 
sequiar. 

OBSEQUIAR,  V.  a.  (Lat.  obsequor,  i,  acom- 
panhar.) tratar  com  agrado,  fazer  cousa  agra- 
dável, V.  g.  —  alguém. 

OBSEQUIAS.  V.  Exéquias. 

OBSEQUIO,  s.  m.  (Lat.  obsequium.)  acção 
ou  expressões  dirigidas  a  obter  o  agrado,  a 
benevolência  de  alguém,  v.  g.  fez-lhe  muitos 

~!^.... -...,. , --_ 

obsequio,  de  modo  obsequioso. 

OBSEQUIOSO,  A,  adj.  (des.  oso.\  disposto 
a  obsequiar,  amigo  de  fazer  obsequio,  v.  g. 
anhno,  vontade—.  Palavras,  maneiras —* 
Syn.  comp.   Obsequioso,   officioso,  servi- 
çal, prestadio.  Obsequioso  é  o.  que  está  dis 
posto  a  fazer  obsequias   que  o  relacionam 
com  a  pessoa  a  quem  os  faz,   obrigando-a 
a  que  por  sua  parte  lhe  pague  com  uma  ex- 
pressão de  benevolência,  de  aífecto,  de  agra- 
decimento.  Olficioso  é  o  que  tem  natural- 
mente a   disposição  de  fazer  bons  ojjicios, 
isto  é,  serviços  uteis  e  agradáveis.  Serviçal 
éo  que  está  prompto  a  servir  a  outro  n'uma 
occasião  em  que  o  necessite,  como  o  pôde 
fazer  um  criado  a  um  amo.  Pr  estádio  é  o 
que  tem  préstimo  e  so  presta  de  bom  grado 
ao  que  lhe  pedem. 

O  obsequioso  lisonjea-se  etera  prazer  em 
servir  a  alguma  pessoa  ;  porém  sempre  as- 
pirando a  uma  recompensa.  O  officÁoso  pro- 
cede com  aífecto  e  zelo,  ajuda  aquelle  por 
quem  se  interessa,  porém  pôde  ser  interes- 
seiro. O  serviçal  folga  de  ser  útil ;  tudo  o  que 
pôde  fazer  por  si  só  o  faz  ;  mas  por  circutn6>- 
tancias,  e  por  caracter  e  costume  é  interes- 
seiro. O  jjresíadio  talvez  ache  prazer  em  que 


(m 


OBS 


iX 


digam  o  que  é,  mas  não  obra  por  interes- 
se, e  não  espera  ou  lia  paga  senão  a  reci- 
procidade e  o  reconhecimento. 

OBSRRVAÇio,  s.  f.  (Lat.  observatio,  onis.) 
acto  de  observar ;  exposição  dos  factos  ob- 
servados, V.  g.  observações  — s.  — ,  (p.  us.) 
observância. 

Syn.  comp.  Observação,  experiência.  No 
sentido  physico,  observação  é  a  acção  de  ob- 
servar, islo  e,  de  examinar  altentauiente  os 
phenomenos  da  natureza.  Experiência  é  a 
acção  de  fazer  apparecer  por  industria  e 
artificio  nosso  alguns  phenomenos,  que^^^m 
elles  não  seriam  conhecidos.  \;j', 

A  astronomia  está  fundada  na  observação 
a  chimica  n&experencía.  Aquella  deu  nas- 
cimento a  muitas  artes  ;  esta  as  alimenta  e 
aperfeiçoa.  O  curso  dos  astros,  a  apparição 
dos  meteoros,  a  vegetação  das  plantas,  a  ge- 
ração dos  animaes,  etc,  são  objectos  da  06- 
servoção ;  os  phenomenos  da  electricidade, 
do  magnitismo,  do  galvanismo,  da  pilha  vol- 
taica, etc;  são  resultados  da  ejr;>mew cia. 

No  sentido  vulgar  não  é  menor  a  diíTe- 
recça  que  ha  entre  estes  dous  vocábulos.  Ob- 
servamos o  que  se  ])assa  fora  de  rós  e  está  ao 
alcance  de  nossos  sentidos  ;  experimentamos 
o  que  se  passa  em  nós,  o  que  nos  toca  ph;ysica 
ou  moralmente.  PtJa  oòseriofâo  adquirimos 
noticia  e  conhecimento  de  muitas  cousas;  pe- 
la experiência  aprendemos  a  saber  usar  d'el- 
las,  por  isso  disse  o  Séneca  Portuguez : 

o  que  não  experimentares 
Não  cuides  que  o  sabes  bem. 

Syn.  comp.  Observação^  observância.  Não 
obstante  virtm  eslas  duas  palavras  do  veibo 
observar,  tem  cada  uma  d'ellas  tão  diíTerente 
significação  que  apenasse  podem  chamar  sy- 
nonjmas.  Observação  é  aíicção  úe  observar, 
no  sentido  de  olhar  attentamcnte  e  examinar 
os  phenomenos  naturacs,  e  tudo  que  é  ou  se 
passa  fora  de  nós  ;  ao  que  exerce  esta  acção 
chama-se  observador.  Observância  é  a  acção 
de  observar,  no  sentido  de  cumprir  exacta- 
mente uma  lei  ou  mandado ;  ao  que  assim  pre- 
cede se  chama  observante.  JVJuitos  philosophos 
são  cuidadosos  na  observação  dos  phenome- 
nos da  natureza,  e  poucos  são  exactos  na  ob- 
servância da  lei  de  seu  autor. 

OBSERVADO  ,  A  ,  p.  p.  de  obscrvar ;  adj. 
considerado  attentamente. 

OBSERVADOR,  A,  s.  pessoê quG  obscrva.  — , 
ac(y',  que  observa,  habituado  a  observar,  há- 
bil em  observar,  v.  g.  espirito  — . 

OBSERVÂNCIA,  s.  /.  O  acto  dc  cumprir;  cum- 
primento das  leis,  decretos,  instituto. — ,  vida 
reformada,  consciência  escrupulosa.  Porem 
— ,  fazer  executar. 

O  psiRVAME,  adj.  dos^g.  (Lat.  Qbservans 


tis,  p.  a.  de  observo,  are.)  que  observa,  guar- 
da a  regra,  v.  g.  Frauciscanos  — s. 

OBSERVANTiNo  ,  A ,  adj.  qjio  jespoita  aos 
Franciscanos  observantes.        ^^  ^ 

OBSERVANTissiMO,  A,  aáj .  superl.  deobhf.) 
servante.  ♦ 

OBSERVAR,  t».  a.  (Lat.  observo,  are;  ob  pref 
e  servo,  are,  conservar.)  olhar,  notar  com, 
continuada  attenção,  v.  g.  —  o  movimento 
dos  astros.  — ,  guardar,  cumprir,  v.  g.  —  as 
leis,  a  regra,  o  instituto.  — ,  ponderar,  refle- 
ctir, fazer  reparo,  reflexão.  — se,  v.  r.  tomar 
cuidado. 

.  OBSERVATÓRIO,  s.  w.  (dcs.  ório.)  cditício 

construído   expressamente  para  observar  o 

movimento  dos  astros,  v.  g.  —  astronómico. 

OBSERVÁVEL,  adj.  dos  2  </.  (des.  atei.)  que 

pode  observar-se. 

OBSESSÃO,  s.  /".  (Lat.  o6^6.ssio,om5.)  vexa- 
ção do  demónio  feita  a  pessoa  endemoninha- 
da (segundo  a  opinião  do  vuJgo  supersticioso). 
OBSESSO,  A,  adj.  (Lat.  obsessus.)  possesso^j 
veiado  do  demónio.  . 

OBSU,  ..  /.  (ant.)  V.  Ussia,  capella-mór. 
OBSiDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  obsidens^y, 
tis.)  sitiante,  que  põe  cerco,  assédio.  { 

OBSiDiANA,  s.  f.  (do  Gr.  o/?s,  O  olho,  6  éi- 
dos,  forma,  apparencia.)  pedra  preciosa  mui 
cristallina  com  apparencia  de  vidro. 

OBSiDioNAL,  adj,  dostg.  (lat.  obsidiona- 
lis.)  de  assédio.  Coroa — ,  a  que  os  antigo^ 
Romanos  concediam  ao  chefe  mihtar  que  ti^.j 
nha  feito  levantar  o  cerco  p^slp  por  inimigo  «a 
cidade  ou  fortaleza.        "  ?i.h,i-  -> 

OBSOLETO,  A,  adj.  (Lat.  ohsoleíus.)  desusa- 
do, que  cniu  em  desuso,  v.  g.  termo  — .  Lo- 
cução — . 

OBSTACLLO,  s.  m.  (de  obstar.)  impedimen- 
to, estorvo,  embaraço,  jhjsico  ou  moral;  tu- 
do o  que  se  oppõe,  obsta  a  ajguni  fim,  ol3Je- 
clo,  designio. 

Syn.  comp.  Obstáculo,  dijficuldade.  O  o6«-  a 
ta  cu  lo  faz  a  cousa  impraticável,  a  difliculda-  ' 
de  fa-la  difficil,   árdua.  Em  quanto  duram 
as  difjlcuidades  adianta-se  pouco  ;  em  quantoi,'. 
subsistem  os  obstáculos  não  se  adianta  nada,  '• 
porque  o  que  chamámos  vencer  um  obstáculo, 
é  evita-lo,  ou  destrui-lo  ;  e  em  tal  caso,  o  ser  , . 
a  operação  praticável  consiste  em  que  o  0;6sía-  ; 
culo  não  existe  já  ;  porém  a  dificuldade  pôde 
vencer-se  sem  que  deixe  de  existir,  empre- 
gando meios  superiores  a  ella.  lia  dijjiculda-,,^ 
de  em  andar  por  um  máo  caminho,  no  meio  de  i 
precipícios,  porém  pouco  a  pouco  se  vai  adian-  {, 
te. -Lm  grosso  tronco  derribado  atravez  da  es-  ?j 
trada,  uma  cheia  que  cobre  as  pontes,  podem  -3 
ser  obstáculos  que  nos  não  permittam  coa-    ■ 
linuar  a  viagem.  ;. 

OBSTANCA,  í.  f.  {]^.  MS.)  Y.  Obstáculo.       j 
OBSTANTE,   adj.  dos  2  g.  (Lat.  obstans y    j 
iiSf.  p.  a.  de  ohtare.)  queob&ta;  só  usado  bo- 
3  * 


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je  côm  á  negativa  :  não  —  éssá  raíãrt/  esâa 
desculpa,  essa  consideração,  n?io  obstando, 
a  despeito,  a  pezar  de. 

OBSTAR,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  obstare,  de  ob 
diante,  e  síare,  estar.)  oppôr-se,  formar  es- 
torvo, embaraço,  empecer,' d.  ^í.  a  essa  pre- 
tenção  obsta  a  lei  expressa.  A  essa  resolu- 
ção obstam  mil  objecções. 

OBSTINAÇÃO,  s.  /'.  (Lat.  obstinatio,  onis.)  o 
obstinar-se ,  teima,  affinco  na  opinião,  no 
propósito. 

OBSTINADAMENTE,  ttdv.  [mente  suff.)  com 
obstinação. 

OBSTiNADissiMAMENTE,adí).  supcvl.  de  Obs- 
tinadamente. 

obstinadíssimo  ,  adj.  superl.  de  obsti- 
nado. 

OBSTINADO,  A,  p.  p.  do  obstinar;  adj.  tei- 
moso, aferrado  á  sua  opinião,  ao  propósito. 

obstinar,  í).  a.  (Lât.  obstino,  are,  de  ob, 
contra,  diante,  e  sto,  are,  estar  firme.)  (p. 
us.)  fazer  teimar,  emperrar.  — se,  v.  r.  tei- 
mar-se,  emperrar-se. 

obstrucção,  s.  f.  (Lat.  obstructio,  onis.) 
(med.)  embaraço,  encalhe  do  sangue  ou  de 
humores  nos  vasos  ou  no  tecido  orgânico, 
enfarte. 

OBSTRUÍDO,  a,  p.p,  de  obstruir;  adj.  em- 
baraçado, impedido;  enfartado. 

OBSTRUIR,»  a.  (Lat.  obstruo,  ere,  ob,  pref., 
diante,  contra,  estruo,  ere,  amontoar.)  em- 
baraçar; enfartar.  —  o  fígado,  o  baço;  (fig.) 
impedir,  estorvar,  v.  g.  —  o  passo,  —  a  cir- 
culação das  fazendas.— se,  V.  r.  tapar-se,  en- 
fartar-se,  v.  g.  —  o  fígado,  o  baço. 

OBTENiMENTO,  s.  m.  [mento  suff.)  (ant.)  V. 
Obtensão, 

OBTENSÃo,  s.  f.  (Lat.  obtentio,  onis.)  con- 
seguimento. 

OBTER,  V.  a.  (Lat.  obtinere,  ob  pref.,  dian- 
te, e  teneo,  ere,  ter,  haver.)  alcançar,  conse- 
guir, V.  g,  —  emprego,  cargo,  graças,  atten- 
ção,  approvação. 

Syn.  comp.  Obter,  conseguir,  impetrar. 
Obter  é  alcançar  uma  cousa  que  se  preten- 
do, ou  deseja,  ou  nos  é  grata.  Conseguir 
é  alcançar  o  que  se  diligenciava,  e  após  de 
que  se  andava.  Impetrar  é  alcançar  do  su- 
perior a  graça  que  se  havia  sollicitado.  06- 
tem-se  cargos,  dignidades,  favores,  atlen- 
ções,  etc.  ;  tudo  o  que  nos  é  honroso,  útil, 
agradável ;  «  se  obtém  de  iguaes,  de  supe- 
riores, de  inferiores.  Consegue-se  o  que  com 
diligencia  e  perseverança  se  busca,  ou  se  pre- 
tende. Vê-se  pois  que  este  vocábulo  tem  si- 
gnificação menos  genérica  que  o  precedente, 
e  mais  restricta  a  tem  ainda  o  terceiro,  pois 
só  impetrámos  graças  de  um  superior,  pre- 
tendendo-as  e  sollicilando-as  com  rogos  e  sup- 
plicas. 

OBTESTAR,  «.  a.  (Lat.  obstesíor,  ari;  ob 


pref.,  étestor,  ari,  testemunhar.) protestar; 
rogar,  supplicar,  rogar  conjurando. 

OBTIDO,  A,  p.p.  de  obter;  aí/j.  alcançado, 
havido  á  mão,  conseguido. 

OBTRO,  (ant.)V.  Outro. 

OBTUNDiR ,  V.  a.  (Lat.  obtundo,  ere,  ob 
pref.,  e  tundo,  ere,  bater,  pisar.)  (med.  ant.) 
corrigir  a  acrimonia  dos  humores,  que  os  an- 
tigos médicos  attribuiam  á  agudeza  das  partí- 
culas. 

0BTUSAN6UL0,  ttdj .  w.  que  tem  angulo  ob- 
tuso. 

OBTUSO,  A,  adj.  (Lai.  obtusus,  de  obtundo, 
ere.)  abolado,  não  agudo.  Angulo — ,  maior 
que  o  recto.  Homem — ,  (fig.)  tolo,  de  escassa 
intelligencia,  que  penetra  diíficilmente. 

OBUMBRAR,  V.  a.  (Lat.  obumbro,  are;  ob 
pref.,  diante,  e  umbra,  sombra.)  nublar,  tol- 
dar, assombrar. 

OBUZ,  s.  m.  (Fr.  obus,  do  Lat.  objicio,  ere, 
lançar  contra.)  bomba  sem  azas. — ,  morteiro 
que  lança  obuzes. 

OBuzEiRo,  s.  m.  (Fr.  obusier.)  morteiro  que 
lança  obuzes. 

OBVIADO,  A,  p.  p.  de  obviar;  adj.  que  se 
obviou,  atalhou ;  atalhado. 

OBVIAR,  V.  a.  [obvio,  ar  des.  inf.)  atalhar, 
estorvar,  prevenir. 

OBVIO,  A,  adj.  (Lat.  obvius;  o&pref.,  dian- 
te, e  via,  caminho.)  manifesto,  patente;  (fig.) 
fácil  de  achar,  v.  g.  o  sentido  —  das  palavras. 
Espécies  — s,  fáceis  de  achar,  não  recôndi- 
tas. 

OBYDIENTE   OU   OBYINTE  ,     abrOV.    V.    OÔC- 

diente. 

OCA,  s.  f.  (doltal.  oca,  ganso.)  Jogo  da  — , 
do  ganso.  Joga-se  com  dados  sobre  um  papel 
com  casas  ou  rfipartimentos  pintados. 

OCA  (Serra  de),  (geogr.)  Idubeda  mons  , 
a  paríe  mais  septentrionol  dosjncontes  Ibé- 
rios na  Hispanha,  são  unidos  com  a  ver- 
tente meridional  dos  montes  Cantabrios,  na 
provincia  de  Falência,  entre  as  nascentes 
do  Kbro  e  do  Pisuerga,  dirige -se  ao  S.  na 
provincia  de  Burgos,  e  vae  unir-se  com  a 
serra  de  S.  Millan. 

OCANA,  (geogr.)  hoje  Althcea  ou  Olcania  ci- 
dade de  Hispanha,  a  3  léguas  do  Tejo,  a 
10  NE.  de  Toledo;  5,(JO0  habitantes. 

ocANA,  (geogr.)  villa  da  Nova-firanada  , 
sobre  o  Rio  de  Ouro ;  a  100  léguas  JNE. 
de  Bogotá. 

OCAR,  V    a.  fazer  ôco  ou  ouço. 

OCCA,  s.  f,  V.  Oca. 

OCCAM,  (hist.)  celebre  escolástico  inglez  , 
da  ordem  dos  Carmelitas,  nasceu  em  1280, 
morreu  em  1343.  Estabeleceu-se  em  faris, 
e  tomou  a  defesa  de  rhilippe-o-5e//o  con- 
tra Bonifácio  VIII,  atacou  com  violência  as 
pretenções  e  vicios  dos  pjipas,  pelo  que  foi 
0XC9mmuQg«do  em  1330.  Os  principaes  es- 


occ 


occ 


N 


criptos  de  Occam  sao :  Super  quatuor  li- 
hros  sententiarum ;  summa  logicce  ',  Quod- 
liheta  ;  super  potestate  summi  ponti fieis. 

occASiÃo,  s  f.  (Lat.  occaíio,  onis;  oc  por 
06,  diante,  e  casns,  caso.)  opportunidade  de 
lugar  ou  de  tempo,  ensejo,  v.  g.  boa  —  de  ou 
para  fazer  alguma  cousa.  — ,  causa.  «Foi  — 
da  sua  ultima  ruina.  »  Xtraes.  Estar  em  — 
próxima  de  pecar,  mui  propenso,  arriscado. 
Por — ,  (loc.  adv.)  por  acaso. —  menstrual,  a 
regra,  o  fluxo  menstrual  das  mulheres. 

Syn.  comp,  Occasião,  ensejo,  opportuni- 
dade, conjuncção,  azo.  Occasião,  segundo 
sua  etymologia  de  occido,  occasum,  é  o  caso 
de  que  podemos  lançar  mão.  Ensejo  é  a  occa- 
sião ou  yezoi)\)OTtunSi.  Opportunidade  éboa 
occasião ,  commudidade  de  tempo  e  lugar 
conveniente  Conjuncção  é  concurso  simul- 
tâneo de  circumstancias  favoráveis  ou  desfa- 
voráveis para  alguma  cousa,  izo  é  occasião 
commoda,  geitosa  para  o  que  se  intenta. 

A  occasião  e  a  conjuncção  podem  ser  boas 
ou  más,  próprias  ou  impróprias,  por  isso  se 
diz  :  Vir  em  boa,  vir  em  má  occasião,  etc.  O 
ensejo,  a  opportunidade,  o  azo  sempre  são  a 
propósito,  a  geito,  a  tempo  para  o  intento  de 
quem  delles  sabe  aproveitar-se. 

occAziÃo  ,  (myth  )  divindade  allegorica  , 
que  presidia  ao  momento  favorável  de  ope- 
rar. Era  representada  na  forma  de  uma  mu- 
lher nua,  encabellada  por  diante  e  calva 
por  detraz,  com  um  pé  no  ar  e  oputro  so- 
bre uma  roda.  '      ; 

occAsioNADOR,  A,  s.o  que  occasiona,  cau- 
sa, o  que  deu  occasião. 

OCCASIONAL,  adj.  dos2g.  (Lat.  occasiona- 
lis.)  que  succede  por  occasião,  sem  connexão 
immediata  ;  accidental.  Causas  occasionaes, 
que  dão  occasião  á  acção  das  que  produzem 
immediatamente  um  effeito. 

occAsioNALiDADE,  s.  f.  O  sev  occasional. 

OCCASIONALISTA,  s.  dos  2  g.  pcssoa  que  se- 
gue a  doutrina  que  pretende  attribuir  as  nos- 
sas percepções  a  uma  harmonia  preestabe- 
lecida, e  não  ao  influxo  directo  dos  órgãos 
seusorios.      .  R/yib   • 

GCCASioNALHtiNTE,'  adv.  [mente  suff.)  por 
occasjão,  accidentalmente. 

occasionar,  V.  a.  (do  Lat.  occasionem, 
acc.  de  occasio,  onis,  ardes,  inf.)  dar  occa- 
sião, causar  accidentalmente.  Aferida  Iheoc- 
casionou  a  morte,  isto  é,  morreu  por  occasião 
delia,  mas  não  foi  a  morte  eífeito  necessário. 
—  alguém  a  trabalhos,  a  ganhar  fama,  (é 
loc.  ant.),  assim  como  a  seguinte  :  occasiona- 
rem-no  (o  bom  ladrão  na  cruz)  ao  perdão  das 
culpas,  dar  occasião  ,  crucificando-o  com 
Jesus.  — SE,  V.  r.  succeder,  verificar-se,  ter 
lugar,  V.  g.  deste  successo  se  lhe  occasioíiow' 
grande  desgosto. 

occAso,  s.  m.  (Lat.  occasus,  queda,  baixa, 

VOL.    IV» 


acçSo  de  baixar,  de  occidere;  oc  pref.,  "pòflít^',' 
contra,  e  caderCf  cair.)  o  occidente;  o  pôr-sèí 

o  sol.  ,  K    :•>    ^ 

ocCHiALr,  (hist.)  renegado  calabrez,  apri- 
sionado muito  moço  pelos  Turcos ,  foi  pi- 
rata ás  ordens  do  Dragot ,  elevou-se  aos 
primeiros  postos  da  marinha  ottomana,  dis- 
tinguiu-se  em  1571  na  batalha  de  LepantQ, 
conduziu  os  restos  da  esquadra  turca  a 
Constantinopla  ,  foi  nomeado  por  Selim  íl 
capitão-pachá,  tirou  aos  liispanhoes  Gour 
letta  (forte  de  Tunis)  e  morreu  cheio  de 
gloria  em  1577. 

OCCIDENTAL,  adj.dos2g.  [Lai.  occidenta- 
lis.)  do  occidente,  v.  g.  terras  occidentaes. 

OCCIDENTE ,  s.  m.  (Lat.  occidens,  tis.)  ] 
a  parte  occidenlal  do  céu  e  do  globo  terjra-.^' 
queo. 

OCCIDENTE  (Império  do),  (geogr.)  um  dos ' 
dous  impérios,  formados  do  império  romã-' 
no,  por  partilha  entre  Valenciano  e  Valen- 
te em  3fi4,  e  depois  pela  partilha  diíHniliva 
entre  Honório  e  Arcádio  em  3J5.  Na  pri-'' 
meira  época  não  compreendia  senão  5  dio- 
ceses (Britannia,  Gallia,  Hispanha,  Itália,  e' * 
Africa.  Ni»  segunda  epocha,    a   diocese   de 
Ulyria  foi  dividida  em  duas,   e  da  mesma, 
sorte    a  diocese    de  Itália  ,    vindo  por  esta"** 
forma  a  ter  sette  dioceses  o  império  do  Oc- 
cidente. Acabou  depois  de  ter  perto  de  um, 
scculo  de  existência,  no  reinado  de  Rómulo''* 
Augustulo  em  476.  Desde  408  foi   perden-^^ 
do   províncias  ou  por   invasão   dos  barba-'^ 
ros,  ou   por   abandono   voluntário.    Milào,  '. 
depois    Ravenna   foram,   depois  de  lloma,  " 
as  capitães  do  império  do  Occidente.   Cha-" 
mou-se  segundo  império  do  Occidente  aqueíle 
que  foi  fundado  por  Carlos-Magno  em  800'^  ^ 
e  que  acabou   em  911,  por  morte  de  Luií'^ 
iV,  o  Menino,  ultimo  dos  Carlovingios  ;  foi^'* 
substituido  pelo  império  de  Allemanha,  cons- 
tituído em  962  por  OÚiko-o- Grande. 

OCCIDENTE    (Igreja  do),  (hist.)  nome  dado''^ 
á  igreja  latina,  por  opposiçào  á  igreja  gre- " 
ga  ou  igreja  do  Oriente,  foi  empregado,  de-    , 
pois  do  começo  do  scisma  do  Oriente,  para '' 
designar  todas  as  igrejas,    que  na  Europa , 
e  mesmo   na  Africa,    reconheciam   a  auto-. '"^ 
ridade  do  papa.  ''^ 

occiDuo,  A,  adj.  (Lat.  occiduus.)  Occiden- 
tal. Amplitude — ,  (aslr.)  arco  do  horizonte'*" 
comprehendido  entre  o  verdadeiro  ponto  dé 
oeste,  é  aquelle  em  que  o  sol  se  põe.  V.  Oc- 
caso. 

occiPiciAL.  V.  Occipital. 

occipicio,  s.  m.  (Lat.  occipitium.)  (anat.)  c 
parte  posterior  da  cabeça. 

OCCIPITAL,  adj  (Lat.  occipitalis.)  áo  occi- 
picio.  O  osso  — ,  ou  subst.  o  — ,  o  que  forma 
a  parte  posterior  do  craneo. 

ocCTPUT,'  s.  mi.  parte  posterior  inferior  d  a' *^^' 


14 


occ 


OCE 


cínteça  dês  do  meio  do  vertex  até  ao,  gran- 
de Duraco  occipital.  fV.(v".'i'í 

occisÃo,  s.  m.  (Lat.  occisio,  onisj  dè  occi~ 
do,  ere,  matar.)  o  acto  de  matar. 

occisivo,  A,  adj.  (des.  ivo.)  (p.  us  )  que 
mata  ;  seguido  ou  acompanhado  de  morte. 

occiTANFA,  (geogr.)  nome  dado  muitas  ve- 
zes ao  Languedoc  e  mesmo  a  todo  o  litto- 
ral  írancez  do  Mediterrâneo,  durante  a  ida- 
de media. 

occoEMBRO,  s.  m.  (t.  Brasil.)  herva  do  Bra- 
sil também  chamada  pelos  indígenas  embuia- 
embo. 

occoRRER,  V.  a.  oun.{L&t.  occurro,  ere, 
oc  por  06,  diante,  e  currere,  correr.)  vir  ao 
encontro;  (fig.)  offerecer-se,  vir  á  memoria, 
ao  pensamento,  v.  g.  occorreu-me  um  argu- 
mento, um  expediente.  — ,  acudir,  prevenir, 
V.  g.  —  ás  necessidades. — ,  (ant.)  cair,  ex. 
«  se  no  dia  octavo  —  festa  de  primeira  classe. 
— ,  adj.  occorrido. 

occuLTAçÃo,  s.  f.  acção  de  occultar,  ou  de 
se  occultar. 

occuLTADO,  A,  p,p.  de  occultar;  adj.  es- 
condido, encoberto. 

occuLTADOR,  A,  s.  pessoa  que  occulta. 

occuLTAMENTE,  adv.  [mente  sufí.)  escondi- 
damente, a  furto,  secretamente,  v.  g.  ir,  en- 
trar, vender — . 

OCCULTAR,  V.  a.  (Lat.  occulto,  are,oci[iOv 
ob,  diante  ;  oculus,  olho,  e  tollo,  ere,  tirar.) 
esconder,  encobrir,  v.  g.  —  alguém; —  a  ver- 
dade, os  pensamentos,  o  segredo;  —  os  fur- 
tos de  outrem.  —  os  bens,  para  os  sonegar  no 
inventario,  ou  evitar  penhora.  — se,  v.  r.  en- 
cobrir-se;  esconder-se. 

occuLTissiMO,  A,  adj.  superl.  de  occulto. 

occuLTO,A,  adj.  [LsLt.occultus.)  escondido, 
encoberto,  não  sabido,  v.  g.  caminho — ,  pro- 
jectos, designios.  Homem — ,  que  se  não  dá  a 
conhecer,  que  anda  mcognito. 

occuPAçÃo,  s.  f.  (Lat.  occupatio,  onis.)  ac- 
ção de  occupar  ou  de  ser  occupado  ;  emprego 
de  tempo  em  algum  negocio,  trabalho;  oíTicio, 
modo  de  vida,  profissão,  v.  g.  —  da  praça  pe- 
las tropas  inimigas. 

OCCUPADO,  A,  p.p.de  occupar;  adj.  de  que 
se  tomou  posso,  v.  g.  foi  a  praça  —  pelo  ini- 
migo. Os  Mouros,  depois  de  —  a  Hespanha, 
tomada,  conquistada.  Homem  muito — ,  em 
negócios ,  ou  no  seu  officio . 

occuPADOR,  A,  adj.  ^•.  queoccupa. 

OCCUPAR,  V.  a.  [L&j/ occupare;oci^OT  ob, 
diante,  e  eapio,  ere,  Aomar.)  encher,  tomar 
algum  espaço,  v.  g/ — a  área,  o  recinto,  a 
praça.  O  exercito  occwpow  o  canapo  inimigo  ; 
(fig.)  preencher,  v.  g.  —  um  lugar,  cargo, 
emprego,  posto.  — ,  tomar,  apoderar-se,  v. 
g.  os  Árabes  occuparam  a  Hispanha  ;  o  temor 
occupa  o  animo.  —  alguém,  dar-lhe  occupa- 
çào,  dar-lhe  (jue  faier^dar-lbe  ol^ra,  trabalho 


a  executar. — .  rogar  a  alquem  que  se  interes-^ 
se  a  nosso  favor.  — se,  v.  r.  dar-se  a  traba-r\ 
lho,  empregar  utilmente  o  tempo,  v.  g. — em 
estudar,  escrever. 

occuRRENCiA,  s.  f.  succcsso  quo  occorre, 
conjunctura  de  tempo,  de  negócios. 

occuRRENTE,  adj.  dos  2  </,  (Lat.  occurrens, 
tis,  p.  a,  deoccurro,  ere.)  que  occorre. 

occuRRENTES,  s.  f.  pi.  V.  Occurvencia. 

occuRSAR,  V.  a  ou  n.  V.  Occorrer. 

occussE  ,    (geogr.)   districto  maritimo  da 
Ilha  de  Timor,  situado  ábeira-mar,  e  dis- 
tante de  Dilly  8  dias   de  jornada,  29,000, 
habitantes.    Seu  regulo  sempre  foi  isemptQg 
de  pagar  tributos.  b 

OCEANIA,  (geogr.)  quinta  parte  do  mundo,  ^ 
é  composta  de  ilhas  espalhadas  no  Grande 
Oceano;  o  seu  comprimento  é  pois  de  174) 
gráos ;  a  sua  largura  vai  diminuindo  gra-^t 
dualmente  conforme  se  avança  para  este.  A 
Oceania  é  dividida  em  três  regiões,  subdi- 
vididida  cada  uma,  como  se  segue,  em  ar- 
chipelagos  ou  grupos : 


q 

p 


.11 


MALAISIA  ou   NOTASIA  A  O. 


Archipelago  de  Sonda. 


Grupo  de  Sumatra. 

Grupo  de  Java. 

Archipelago  de  Sumbava-Timor. 


Archipelago  das  Molucas. 

Grupo  das  Molucas.  u 

Grupo  de  Celèbes.  'p 

Grupo  deBorneo 
Archipelago  das  Philippinas. 

AUSTRÁLIA   (nO   MEIO). 

Ausfralia  propriamente  dieta ,  chamada 
também  continente  central  da  Nova-Hollan- 
da. 

Archipelagos. 

Grupo  de  Papouasia. 
Archipelago  da  Luisiada. 
Archipelago  da  Nova  Bretanha. 
Archipelago  de  Salomão. 
Archipelago   de  Pfirouse 
Archipelago  de  Qiiiros. 
Grupo  da  Dieraenia. 
Grupo  da  Nova  Caledónia. 
Grupo  de  Norfolk. 
Grupo  de  Tasmanw,         -y 


oa^í 


OCE 


Viii 


« 


POLTNESIA  OU  MICRONÉSIA  (a  E.) 

Polynesia  Boreal. 

Archipelago  de  Mossonia  Volcanica. 
Archipelago  das  Mariannas. 
Archipelago  de  Palaos. 
Archipelago  das  Carolinas. 
Sporades  Boreaes. 

Archipelago  central  ou  de  Mulgrave. 

Polynesia  Austral, 

Archipelago  de  Viti. 
Archipelago  de  Tonga  ou  dos  Amigos. 
Archipelago  d'Ou3-Horn. 
Archipelago  d'Hainoa  ou  de  Bougainville. 
Archipelago  de  Kermadec. 
Archipelago  de  Cook. 
Grupo  de  Toubouai. 
Archipelago  d'Otabiti. 
Archipelago  Paumalou, 
Archipelago  de  Mendana. 
Archipelago    de    Hawaii    ou     das   ilhas 
Sandwich. 

Sporades  austraes. 

A  Oceaniá  tem  poucas  montanhas,  exce- 
pto nas  ilhas  occidentaes.  O  clima  é  quente 
e  húmido  ;  o  solo  muito  fértil ;  o  mar  abun- 
da em  peixes,  moUuscos  ezoophitos.  Os  ha- 
bitantes são  ou  malaisios  ou  negros,  e  em 
geral  pouco  civilisados.  Só  no  principio  do 
século  afetual  se  teve  a  ideia  de  fazer  da 
Oceania  uma  parte  do  mundo.  Deve-se  o 
conhecimento  d<;ste  paiz  as  descobertas  de 
Cook. 

OCEANIA  poRTUGUEZA,  (geogr.)  noffle  que 
so  pôde  dar  ao  grupo  de  ilhas  de  que  pos- 
suímos a  soberania  na  quinta  parte  do  Mun- 
de ;  è  de  que  as  principaes  são  :  Timor  , 
Flores,  que  também  se  chama  Solor  novo, 
e  Knde  ou  Oende,  Solor  velho  ou  f)eque- 
no,  Alíor  grande,  e  Allor  pequeno ,  EndeS 
ou  Oende  meilor,  e  Adonare,  além  d'outrá, 
de  menor  importância,  2!lH,5lO  habitantes. 

OCEÂNICO,  A,  adj.  do  oceano. 

OCEANIDES    ou    OCEANITlDES,    (myth.)    dctí- 

sas  subalternas  dos  mares,  filhas  do  Ocea- 
no e  de  Thetys,  eram  mais  de  3,000. 

ocRANo,  (myth.)  deus  do  mar  entre  os  pa- 
gãos, irmão  e  esposo  de  Tethys,  e  pae  das 
Oceanides. 

OCEANO,  A,  adj,  do  oceano,  v.  g.  s>s  —s  Òh- 
das.  '^.'^  't' 

OCEANO,  (geogr.)  é  assim  (íhamlbffá  á  itó- 
mensa  extensão  dè  ítgtfét  salgada,  que  cobfe 
a  maior  parte  do  globo ;  e  dividido  em  5 
gran^èíí  teères  ()fiftetí>ae^:  1."  o  Gfaíidé- 
Oçeano  enm  H  Aíí!éHcêl>  é  hm  #  « ífdfiá-iiía- 


nada;  2.**  o  Oceano  Atlântico  entre  a  Eu' 
ropa,  a  Africa  e  a  America;  3.**  o  Oceano 
índio  entre  as  índias,  a  Africa  e  a  Nova- 
HoUanda  ;  4.^  e  5.°  o  Oceano  glacial  Ár- 
ctico, e  o  Oceano  glacial  antárctico  entre 
os  dous  poios. 

OCEANO  (Grande-),  (geogr.)  chamado  tam- 
bém Oceano  Pacifico  e  impropriamente  mar 
do  Sul.  Este  immenso  Oceano,  limitado  ao 
N.  e  ao  S.  pelos  dous  mares  polares,  a  E. 
pelas  costas  occidentaes  da  America,  a  0. 
pelas  costas  orientaes  da  Ásia,  separa-se  do 
Atlântico  ao  SE.  por  uma  linha,  que  par- 
tindo do  caboHorn,  segue  o  meridiano  de 
t9o  40'  long.  O.  Ao  SO.  o  meridiano  dé 
145®  long.  E.  e  o  separa  do  mar  das  índias. 
Na  sua  parte  Occidental,  onde  estão  os  di- 
versos archipelagos  da  Oceania,  este  Oceano 
toma  diversos  nomes,  taes  como  o  de  mar 
das  Molucas,  de  Celébes ,  de  Mindana,  de 
Java,  de  Sonda  ;  mais  ao  norte  distingue-sé 
o  mar  da  China,  o  mar  Amarello,  a  Mancha 
de  fartaria,  e  o  mar  d'Okhotsk :  ao  N.  ó 
mar  de  Behring  faz  communicar  o  Grande 
Oceano  com  o  Oceano  glacial  árctico ;  6-  ' 
nalmente  a  E.  acha-se  o  golpho  da  Cali-. 
fornia,  ou  mar  Vermelho. 

Syn.  comp.  Oceano,  mar.  «  O  ocmwo,  diz 
Vieira,  é  aquelle  pego  vastíssimo  e  immenso, 
que  elle  só  é  todo  o  elemento  da  agua;  e  es- 
tendendo seus  infinitos  braços,  está  receben- 
do como  nas  pontas  dos  dedos  o  tributo  de  to- 
dos os  rios  do  universo  (II,  20).  O  que  antiga- 
mente se  conhecia  com  o  nome  de  rriar,  e  nas  , 
Escripturas  se  chamava  mdre  magnum,  era  o  . 
Mediterrâneo;  mas  depois  qué  se  descubriu  ó  ] 
Mundo-Novo,  logo  se  conheceu  também  que 
não  era  aquelle  o  m,ar,  senão  um  braço  delle, 
e  o  mesmo  nome ,    que  injustamente  tinha ij 
usurpado  ,   se    passou  sem  controvérsia  aó 
Oceano  ,  que  é  só  o  cjue  por  sua  immensa  ^ 
grandeza  absolutamente,  e  sem  outro  sobre-., 
nome,  se  chama  mar  (IV,  498).  i  > 

Diz-se  mar  simplesmente  para  significar  a 
vasta  extensão  dg  agua  que  oceupa  uma  gran- 
de parte  do  globo  que  habitámos,  fazendo  op- 
pOsição  a  terra.  O  oceano  encerra  em  si  uma,( 
ideià  mais  particular,  e  diz-se  dò  maf  em  ge-  ; 
ral,  por  opposição  aos  mares  compreíiendidos 
ehtre  terras.  (3  oceano  rodèiá  igualmente  Oji 
ttiundo  novo  e  o  antigo;  porém  nos  mar«ç.j 
eíidetràdos  èm  certos  espaços  de  terra,  ono-  ; 
íne  oceano  não  exprime  de  todo  esta  ideia.  Áp., 
oceano  póde-sç  chamar  mar,  por^m  ao  BJedi-jj 
4erraneo,  aò  Báltico,  etc.,  hão  se  pôde  pha- 
mar  oceano.  .     ...^     '  ^        i      > 

ocello   m   LÚCANU ,    (hist.)   philosopbq,^ 
grego,  nasceu  na  Lucania^  florecia  noannoj 
i>00  àtiies  de  Jesu-ChristQ ,    e   pertencia  ^/i 
escòlá    pythágorica.    tla.^cqip   o   sçu  nomi^ 
iim  í>é(jiiénd  itmkdo  íútltutâcíô :  miiaiu" 
4  * 


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re;^0  do  Univer.so^  eoi  que  tracta  de  tudo. 

'^o,ç,í;i^LopuRUM,  (geogr.)   cidade  de  Hispa- 

im;^^y  entre   os.  Vacceos  ,    hoje  Zamora  ou 

^,.j(j)CELí>uij[  OU  OCELUM,  (geogr.)  hoje  Oulx 
òii  Usseaux,  cidade  da  Gallia  transpadana, 
capital  dos  Garoceles ,  servia  no  tempo  de 
César  de  limite  á  Ilalia ,  depois  foi  com- 
preendida nella. 

OCHARIA.  Y.  Uçharia. 

\çcEAS,s.  f.  (do  Fr,  ant.  oche,  corte,  golpe; 
ochier,  ochir,  ferir,  malar,  do  Lat.  occido, 
ere.j  Andar  ás  — s,  litigar,  contender. 

OCHAVA  s.  f.  feminino  AQOchavOf  ant.  a  oi- 
tava^parte. 

pCHAViLHA.  V.  Ochava. 
l"'  ÒCHAVO,  A,  adj.  V.  Oitato. 
''  OCHER,  (geogr.)  rio  de  Allemanha,  nasce 
no  reino  de  Ilanover,  rega  parte  do  ducado 
de  Brunswick  e  lança-se  no  Aller.  Nas  mar- 
gens do  Ocher  ha  uma  villa  do  mesmo  no- 
me, que  pertence  em  commum  a  Brunswi- 
ck e  ao  Hanover. 

''.ocHLOCRATico,  A,  ttdj .  da  ochlocracia. 
'ocHMíANA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Eu- 
ropea,    a   14  léguas   SE.  de  Yilna ;  4,000 
habitantes. 

pcHOsiAS  ,  (hist.)  rei  de  Israel  em  888 , 
seguiu  os  exemplos  do  impio  Achab,  seu 
pae  e  seu  predecessor,  consultou  sobre  a 
sua  sorte  a  Belzebuth,  deus  d'Áccaron ,  e 
morreu  pouco  depois. 

ocHOsiAS,  (hist.)  rei  de  Judá,  filho  de  Jorão 
e  de  Athalia,  subiu  ao  trono  em  877,  uniu- 
sé  com  Jorão ,  rei  de  Israel,  para  faz:er 
guerra  a  Hazael,  rei  da  Syria,  e  foi  morto 
por  ordem  de  Jehu,    seu  general,  em  876. 

ÒCHRE,  s.  m.  (o  eh  sôa  k  :  do  Gr,  okhros, 
pallido,)  oxydo  de- ferro  de  varias  cores,  usa- 
do por  pintores :  o  mais  vulgar  é  amarello. 

'ÒCHRiDA,  (geogr.)  Lychnidus ,  cidade  da 
TWquia  europea,  capital  de  livah,  na  mar- 
gem N.  do  lago  Ochrida,  a  45  léguas  N.de 
Janina ;  2,300  habitantes.  O  lago  d'Ochrida, 
Lychnidus  lacus,  na  Roumelia,  é  atraves- 
sado pelo  Drui. 

"òcHRORiA,(bot )  género  de  plantas  da  fami- 
liêf  das  Apocyneas.  E'  um  arbusto  da  ilha 
Mascarenhas. 

ocHs,  (hist.)  doutor  em  direito,  nasceu  em 
Bile  em  1749,  seguiu  o  partido  da  demo- 
cracia na  Suissa,  tomou  parte  na  revolução 
helvética  em  1798,  e  foi  nomeado  membro 
dóDirectorio.  Morreu  em  1808.  Deixou:  His- 
toriei da  cidade  e  território  de  Bale. 
"òbiENTE.  V.  Occidente. 

ocio,  s.  m.  (Lat.  otium,  que  Court  de  Gé- 
bélin  deriva  de  ol,  que  diz  significar  tempo. 
Cí:êiO  que  vem  do  Egypc.  oçk,  tardar,  demo- 
raír-sé,  formado  de  ceou  ou  ciou  tempo,  e  khe,  , 
périnanecer.)  folga,  tempo  de  folga,  desoccu- 


0c3b0 

pação,  estado  de  quem  não  trabalha;  (fig,)  oc- 
cupação  divertida ,  desenfado,  passatempo. 
«  Estás  com  as  musas  em  honesto  —  occupa- 
do.  »  Ferreira. 

OCIOSAMENTE,  flcíf.  {meute  suíf.)  em  ocio  ; 
com  negligencia. 

OCIOSIDADE,  s.  f.  ocio  habitual,  negligen- 
cia, vida  ociosa. 

OCIOSO,  A,  adj.  {LdX.otiosus.)  que  se  não  dá 
a  trabalho  útil,  negligente.  Homem — ,  vadio. 
— ,  desoccupado,  de  folga,  sem  emprego  ac- 
tual, V.  g.  tropas  — .9- 

ncLASiR,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingleza, 
no  Guzzerate,  a  2  léguas  SE.  de  Baroutch ; 
8,900  habitantes. 

ôco  ou  ouço.  A,  adj.  (Moraes  o  deriva  do 
Gall.  ou  Celt.  ogo.  Creio  que  vem  do  Gr.  an- 
gos,  vaso.)  vão,  vasado,  não  solido;  (fig.)  fú- 
til. Cérebro  — .  phantasia,  desvairada. 

o'coNNOR,  (hist.)  nome  de  uma  dynastia 
de  reis  Irlandezes,  que  reinava  no  Connau- 
ght  ou  Connacia,  antes  da  conquista  da  Ir- 
landa pelos  Inglezes ;  os  mais  conhecidos 
são  :  Turlogh  0'Connor-o-Grande,  que  nas- 
ceu em  10H8  e  morreu  em  1156,  fez  esfor- 
ços para  dominar  em  toda  a  ilha  e  teve  por 
principal  adversário  0'Brien ;  e  lioderik 
0'Connor,  que  reinava  em  Il7i,  época  em 
que  Henrique  dlnglaterra  se  apoderou  da 
Irlanda. 

ocoNTECER.  V.  Aconteccr. 

OCRE.  V.  Ochre. 

OCTACORDO ,  s.  m.  um  instrumento  mu- 
sico de  oito  cordas. 

OCTAEDRO  ou  OCTOHEDRO,  S.  m.  [octo,   OÍtO, 

e  hedra,  assento.)  (geom.)  solido  de  oito  lados 
iguaes. 

ocTAGENARio.  V.  Octogenario. 

OCTAGESiMO.  V.  Octogesimo. 

OCTAVIA,  (hist.)  irmã  d'Augusto,  casou  em 
primeiras  núpcias  com  M.  Cláudio  Marcello, 
e  em  segundas  com  António,  cuja  affeição 
não  pode  caplivar  apezar  das  suas  virtudes 
ebelleza.  A  morte  dojoven  Marco-llo,  fructo 
do  primeiro  matrimonio,  aííligiu-a  tanto  que 
lhe  abbreviou  os  dias.  Morreu  no  4  anno 
depois  de  Jesu-Christo. 

OCTAVIA,  (hist.)  filha  do  imperador  Cláu- 
dio, eirmã  de  Britannico,  foi  dada  em  ca- 
samento a  Nero,  o  qual  a  repudiou  para  ca- 
sar com  Poppêa.  Esta  mandou-a  matar  no 
anno  62.  Octavia  tinha  20  annos. 

OCTAVIANO,  (hist.)  foi  cstc  O  uome  que  Oc- 
távio tomou  depois  da  ser  adoptado  por  Ju- 
ho  César. 

OCTAVO.  V.  Outavo  ou  Oitavo. 

ocTEviLLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
meia  légua  SO  Cherbourg  ;  1,500  habitan- 
tes. 

OCTODURUS,  (geogr.)  cidade  dos  Helvécios,  ^ 
capital  áos  Ver ag ri,  hoje  Martigny.  ,o 


osm 


ODl 


17 


OCTOGENÁRIO,  A,adj.  (Lat.  oetogenarius.) 
que  tem  oitenta  annos  de  idade.  Pode  usar-se 
adjectivamente.  Uma  pessoa  — . 

OCTOGÉSIMO ,  A  ,  o,dj .  (Lat.  octogesimus.) 
que  corresponde  ao  numero  80. 

ocTOGONO,  A,  aâj.  (octo,  oito,  egonia,  an- 
guio.)  (geom.)  que  tem  oito  ângulos. 

ocTONARio,  A,  adj.  (Lat.  octonarius]  de 
oito,  v.g.  numero  — . 

ocTOPODES,  (h.  n.)  uma  das  divisões  dos 
Molluscos,  que  são  diíTerençados  pelo  nume- 
ro dos  braços.  Os  Decapodes  são  aquelles, 
que  teem  dez  braços. 

OCTOSYLLABO,  A,  adj,  que  tem  oito  syllabas. 

oCTURfDADE.  V,  Autoridãde, 

OCULAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  ocularis;  de 
ocuhis,  o  olho.)  do  olho,  da  vista.  Lente — , 
a  que  seapplica  ao  olho.  Espectros — .  Tes- 
temunha — ,  de  vista. 

ocuLARMENTE ,  ãdv.  {men(e  suff.)  com  os 
olhos,  pelos  próprios  olhos,  v.  ^.averiguar 

ocuLATissi5io,A,ac(/  superl.  desus.  e  Lat., 
mui  attento.  mui  vigilante. 

OCULISTA,  s.  m  (des.  Í5ía.)  cirurgião  que 
se  dedica  exclusivamente  ao  tratamento  das 
doenças  dos  olhos. 

ÓCULO,  s.  m.  (pron.  óculo  :  do  Lat.  oculus, 
olho.)  instrumento  de  um|Ou  mais  vidros  com 
que  se  ajuda  a  vista.  —  de  punho, — de  ver  ao 
longe,  longamira. — s,  dois  vidros  encaixilha- 
dos que  se  põe  sobre  o  nariz,  ou  se  seguram 
diante  dos  olhos  por  hastes  que  cingem  a  ca- 
beça, e  que  facilitam  a  vista,  corrigindo  a  ni- 
mia  convexidade  ou  o  achatamento  da  cór- 
nea. Caixa  de  — s,  estojo.  — ,  (chul.)  homem 
sem  prest-mo,  v.  g.  é  boa  caixa  de  — s. 

ocuLOSo ,  A  ,  adj.  (des.  oso) ,  que  tem 
muitos  olhos.  ex.  «  O  oculoso  pastor.  »  Bo- 
cage. 

OCULTAR  e  deriv.  V.  Occultar. 

OCUPAÇÃO.  V.   Occupação. 

OCUPAR.  Y.   Occupar. 

ocuTiNA,  (h.  n.)  género  dePolypo;"os  da 
ordem  dos  madrepérolas. 

ODA,  V.  Ode. 

ODE,  s.  f.  (Gr.  ódé ,  canto ,  canção ,  de 
aeidôj  cantar)  ,  poema  lyrico  em  que  se 
cantam  louvores ,  amores ,  etc,  v.  g.  Odes 
pindaricas,  anacreonticas. 

ODENATO  (Septimio),  (hist.)  princepe  ára- 
be, era  filho  de  um  cheik  das  tribus  sarra- 
cenas de  Palmyrena,  também  tinha  o  titulo 
de  senador  da  colónia  romana  de  Palmyra, 
Depois  da  morte  do  usurpador  Jotspiano,  em 
quanto  diversos  competidores  disputavam  o 
Oriente ,  elle  conservou-se  independente. 
Ajudou  Sapor  nos  seus  ataques  na  Syria,  de- 
pois perspguiu-o  na  retirada.  Todavia  sollici- 
tou  o  seu  auxilio  quando  Valeriano  caiu  nas 
mãos  domonarcha  Sassanida»  masrecebçar: 

TOL.  IV. 


do  delle  uma  repulsa  injuriosa,  lançou-se 
nos  braços  dos  Romanos,  bateu  Sapor  nas 
margens  doEuphrates,  eobrigou-o  a  retro- 
ceder até  Ctésiphonte  ;  marchou  depois  coa-' 
tra  os  tyrannos,  que  tinham  tomado  a  pur- 
pura por  morte  de  Macriano  e  desbaratou-os 
todos,  llalliano  recompensou-o  com  o  titu- 
lo degenerai  de  todo  o  Oriente,  mas  pouco 
contente  com  este  posto  subalterno,  tomou  a 
purpura  e  obrigou  o  imperador  a  reconhe- 
ce-lo  por  coUega.  Morreu  assassinado  em 
tmeso  no  anuo  267. 

ODENSEA,    (geogr.)  cidade  de  Dinamarca, 
no  centro  da  ilha"  deFionia,  sobre  o  Odense, 
a  35  léguas  SO.  de  Copenhague  ;  8  300  habi-' 
tanles.  f' 

ODEO  ou  ODEON,  s.  Tti.  (do  mesmo  rad. 
que  ode,  V.),  theatro,  logar  onde  se  canta 
e  toca. 

ODER,  (geogr.)  Viadrus  e  Guttalus,  rio 
de  AUemanha,  nasce  na  Moravia,  rega  a  Sile- 
sia,  o  Brandeburgo,  a  Pomerania,  divide-se 
perto  de  'iartz  em  4  braços,  mas  reune-os 
todos  depois  e  cae  no  mar  Báltico. 

CDERZO,   (geogr.)  Opitergium,  cidade  do 
reino  Lombardo    Veneziano,  sobre  oMunti- 
cano,  a  6  léguas  NE  de  Trevizo  ;  4,600  ha- 
bitantes. '^' 
ODESSA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
pea,  a  42  léguas  OSO.  de  Kherson,  sobre  o 
ipar  Negro;  40,000  habitantes  ;  muitos  del- 
les  Gregos.  Porto  franco.  Cidadella.  '\ 
ODESSus,  (geogr.)  hoje  Varna,  cidade  da^-- 
Mesia  Inferior,    sobre  o  Ponto  Euxino,  era 
nma  colónia  de  Mileto.  i 
ODEYPOR,    (geogr.)  cidade  da  índia  ingle-^ 
za  mediata,  no  antigo  Adjmir,  capital  de  um 
principado   do  mesmo  nome.    O  estado  de 
Odeypor  ,    chamado    também   Mewar    ou 
Miouar,  occupa  aparte  SO.  do  Adjmir,  e  ó  , 
cercado  por  montanhas  ;  solo  fértil,  mas  mal  • 
cultivado. 

ODi  (corrupção  do  Arab.  uad,  rio  e  não 
guadi,  como    pretende  D,  Tiunes  de  Leão.  i 
Não  vem,  como  inculca  Moraes,  do  Fr.  caw, !) 
agua,  que  sôa  ô),  prefixo  de  nomes  de  rios    ' 
í).  ^.  Odiana,  hoje  Guadiana. 

ODiÁ,  5,  m.  (t.  Asiat,),  presente,  mimo.  F. 
Mendes  Pinto,  cap.  64. 

ODIADO,  p.  p.  de  Odiar ;  adj.  detestado,  :. 
aborrecido.  pri 

ODIAR,  V.  a.  [ódio,  ar  des.  inf.)  detestar,  7 
ter  ódio,  aborrecer  :  — alguém  ;  —  umapes-  \ 
soa  com  outra,  inimiza-las.  —  se,  v.  r.  fa-sn 
zer-se  odioso,  aborrecido. 

ODIENTO,  A,  adj.  que  conserva  ódio,  ran-  . 
coroso. 

ODiLA  (S.),  (hist.)  patrona  da  Alsacia,  fi- u. 
lha  de  um  duque  d' Alsacia,    abbadessa  de 
iloiíeuburgo,  morreu  em  690,  é  festejada  *x>' 
43  dciuzembro.  ;  >  W^o  eá 


19 


ODI 


ODO 


ODTLLON  (S.),  (hist.)  abbade  de  Cluny,  nas- 
ceu no  Auvorgne  em  França  no  anno  952,  teve 
relações  com  o  imperador  S.Henrique,  com  os 
reis  de  França  Hugo  ('apeto,  Roberto  e  Henri- 
que í,  com  o  rei  de  Borgonha,  Rodolpho,  com 
Cazimiro  do  Polónia,  e  todDs  estes  monar- 
chas  o  veneravam  muito.  Recusou  o  arcebis- 
pado deLyão.  Morreu  em  1048.  E' comme- 
morado  no  1  de  Janeiro.  ;  ^í^-')  hí 

ODiN,  (myth.)  Wodan  em  allemão,  o  maior 
dos  deuzes  scandinavos,  era  considerado  pae 
dos  deuzes  edo  mundo.  Era  também  o  deus 
dos  combates.  Tomou  por  mulher  a  Frigga, 
filha  de  Fiorquino,  e  teve  delia  Thor,  Balder, 
etc.  Habitava  o  palácio  de  ValhoU  ou  Valhalla 
na  região  do  ceu  ou  das  nuvens,  e  ahi  rece- 
bia assombras  dos  bravos  mortos  nas  bata- 
lhas. E'  crivei  que  uma  grande  parte  dos 
acontecimentos  attribuidos  a  Odin  e  de  que 
andam  cheias  as  lendas  pertençam  á  vida 
de  um  antigo  chefe  ,  que  conduziu  os 
Scandinavos  da  Ásia  á  Scandinavia,  e  que  se 
suppõe  ter  vivido  /O  annos  antes  de  .íesu- 
Christo.  Representam  Odin,  montado  em  um 
cavallo  de  outo  patas,  com  lança  na  mão,  c 
nos  hombros  d(jis  corvos  seus  mensageiros, 

ODio,  s,  m.  (Lat.  cdlum,  Lat.  odi  ou  hodi' 
aborreço;  Sax.  hatian,  em  Goth.  halyan; 
em  Ingl.  hate ;  em  Fr.  hair ,  ant.  oir , 
aborrecer.  Nenhum  etyraologista  acertou  com 
a  origem  deste  vocajjulo  ,  nem  do  corres- 
pondente (ir.  oduné,  dô,,  odussó,  irar-se. 
Ambos,  a  meu  ver,  (vem  do  Egyf)C.  Iii  ou 
hit,  lançar,  arremessar,  e  het,  animo  ,  co- 
ração), aversão  enlranh^ivel,  desejo  que  ve- 
nha mal  á  pessoa  a  quem  criámos  aversão. 

Syn.  comp.  Ódio,  aborrecimento,  rancor. 
O  ódio  é  a  ira  inveterada,  diz  Cicero  ;  é  uma 
paixão  cega  e  arraigada  no  coração  viciado 
pelo  capricho,  pela  inveja,  pelas  paixões,  e 
em  nenhum  caso  deixa  de  ser  baixa  e  indigna 
de  um  aniiuo  honrado  e  generoso.  (X  aborre- 
cimento é  ura  affecto  nascido  do  conceito  que 
forma  nossa  imaginação  das  más  qualidades 
do  objecto  aborrecido,  e  compatível  com  a 
honra  e  probidade  quando  seu  objecto  é  o 
vicio.  ./5nf.Jbfj;í?  '  ;;•  i  ,"?»!; 

Daqui  vem  que'  cha*nilâm6s  Implacável  ao 
ódio,  e  não  applicâmos  ordinariamente  este 
adjcelivo  ao  aborrecimento ,  porque  olhámos 
áquelle  como  uma  paixão  cega,  que  nunca 
perdoa,  antes  degenera  em  rancor  e  anda 
acompanhada  da  má  vontade;  e  ao  aborreci- 
mento o  olhámos  como  eífeito  de  uma  persua- 
são, que  a  razão  ou  o  desengano  podem  che- 
gar a  destruir.  O  rancor  é  ódio  inveterado  e 
occulto,  e  por  isso  mais  vil  e  traiçoeiro  que  ú 
ódio 

Um  hometh  honrado  perdoa  a  oífensade 
um  traidor,  de  um  assassino,  porque  não  ca- 
be qUo  em  sua  aobre  çousidera^âd ;  por  ém 


não  pôde  deixar  de  aborrecer  tão  execráveis 
monstros  da  sociedade.  O  malquerente,  o  ira- 
cundo ferido  de  inveja,  arde  em  rancores,  e 
aguarda  o  momento  em  que  possa  dar  pasto  a 
sua  vil  paixão. 

O  aborrecimento  faz -nos  olhar  com  des- 
gosto a  seu  objecto;  o  ódio  no-lo  faz  olhar 
com  ira ;  e  o  rancor,  com  animo  malévo- 
lo. 

ODIOSAMENTE,  adv.  (mmíe]suíf.)  de  modo 
odioso. 

ODiosiDADE,  s.  f.  qualidade  odiosa,  cara* 
cter  odioso.  A  —  d'esta  calumnia. 

odiosíssimo,  a,  adj.  superl.  de  odioso. 

ODIOSO,  A,  adj.  (Lat.  odiosus.)  que  causa 
ódio,  aversão  ;  que  indica  ódio,  v.g.toáoo 
privilegio  é — .  —  calumnia.  Fez-se  — pe- 
las suas  injustiças.  Modo  — . 

ODO,  s.  m.  (t.  Asiat.)  arvore  sagrada  en- 
tre osCanarins. 

odoacro,  (hist )  conquistador  de  Itália,  era 
íilho  de  ura  ministro  de  Attila.  Perdeu  seu 
pae  em  465,  andou  algum  tempo  na  Mo  rica 
vivendo  de  roubos  ;  depois  foi  admittido  com 
seus  companheiros  na  guarda  imperial  em 
Ravenna,  e  foi  assim  chefe  dos  Herulos  a  sol- 
do do  império.  Revoltou-se  contra  o  imppra- 
dor  Augustulo,  ao  qual  destronou  sem  diíTi- 
culdade,  supprimiu  o  titulo  de  imperador  do 
Occidente  e  contentcu-se  em  governar  a  Itá- 
lia com  o  titulo  de  patrício.  Distribuiu  aos 
seus  companheiros  o  terço  das  terras  conquis- 
tadas ;  todavia  tornou-se  estimado  pela  sua 
moderação,  virtudes  e  pelas  reformas  úteis 
que  fez ;  aífastou  das  suas  fronteiras  os  po*<ii 
vos  bárbaros  da  Gallia  e  da  Germânia;  batean 
osRagios  em  >ôrica  esubmetteu  a  Dalma**-- 
cia.  Era  489,  Theodorico,  seguido  de  quasi 
toda  a  nação  dos  Ostrogodos  invadiu  a  Itália 
e  bateu-o,  até  o  obrigar  a  encerrar-se  em 
Ravenna,  onde  Odoacro  se  deíTendeu  mais 
de  dous  annos,  e  só  entregou  a  cidade  com 
a  condição  de  reinar  com  o  princepe  godo. 
Mas  alguns  dias  depois  de  abertas  as  portas 
da  cidade  Theodorico  mandou-o  matar  em 
um  banquete. 

ODON  (S.),  (hist.)  nasceu  em  Inglaterra  no 
fim  do  iX  século,  de  paisdinamarqnezes,  foi 
empregado  pelos  reis  Alfredo  e  Eduardo 
em  negócios  muito  importantes,  fo' capellão 
do  rei  Athelstan,  depois  bispo  de  Wilton,  e 
a  final  arcebispo  de  Cantorbery.  Morreu  em 
961.  E' cnmmemorado  a  4  de  Julho.  Outro  > 
S.  Odon,  deTours,  abbade  de  Cluny  de  92 /ob 
a  942,  écomraemorado  a  18  de  Novembro. 

ODON  DE  DEUiL,  (híst.)  Odo  dc  Díoffifo, 
nasceu  no  começo  do  XH  século  em  Deuil,  no 
valle  de  Montmorency,  morreu  em  1162,  foi 
capellão  de  Lui2-o-vtoço,  acompanhou-o  i 
Terra  Santa,  e  quando  voltou  foi  nomeado 
fbbacte  íje  S.  Djni».  ^«ortte^ :  fíe  Ludòvloi 


(ED 


(EK 


ODONTALGiA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  odontes,  ge- 
nit.  de  odoús,  dente,  e  algheôy  sentir  dôr.) 
(med.)  dôr  de  dentes. 

ODONTOLOGIA,  s.  f.  (med.)  tratado  sobre 
os  dentes. 

ODONTOLOMA,  (bot.)  genero  de  plantas  da 
familia  das  Synaalhereas  e  da  Syngenesia 
igual,  L. 

ODOR,  s.  m.  (Lat.  odor,  de  óleo,  ere,  chei- 
rar ;  1  gypc.  scholem,  cheirar.)  (p.  us.)  chei- 
ro, aroma.  V.  Cheiro. 
ODORADO,  por  ÁdooradOf  Doente. 
OBORATissiMO,  A,  adj.  superl.  alatinad», 
muito  cheiroso. 

ODORÍFERO,  A,  adj,  (Lat.  odoriferus.)Qhm- 
roso,  que  oxhala  cheiro  grato,  resceadente  ; 
(fig.  e  p.  us.)  Fama  — ,  boa. 

onoRiFUMAiSTE.  adj.  dos  l  g.  (poet.j  cujo 
fumo  lança  bom  cheiro,  aroma.  O  vinho,  o 
incenso  — . 

ODOROSo,  A,  adj.  (Lat.  odorus.)  fragante, 
que  exhala  cheiro,  rescendente. 

ODRE,  s.  m.  (Lat.  uter,  utris.  Creio  que 
vemdoEgypcio  hot,  odre.)  a  pelle  inteira  do 
bode,  curada  e  feita  em  sacco  atado  na  boc- 
ca,  para  conter  vinho,  azeite,  etc. 

ODREiRO,  í.  m.  (des.  eivo)  homem  que  faz 
odres  ou  os  vende. 

ODRiNHO  ou  ODREZiNHO,  s.  w.  dimínut.  de 
odre. 

ODKTSES,  (hist.)  povoda  Thracia,  habita- 
va O  centro  deste  paiz,  nas  margens  do  liei- 
ro,  da  Agrianes  e  do  Contadesdo.  Os  poetas 
designam  algumas  vezes,  toda  a  Thracia  com 
o  nome  de  Odrysia  Tellus. 

(EASO  (promontório),  (geogr.)  hoje  cabo 
Machicaco,  promontório  deliispanha,  per- 
to de  Fontarabia.  Perto delie  encontra -se 
uma  ilha,  chamada  Hea  ou  Ea. 

íEBALiA,  (geogr.)  (Ebalia,  nome  dado  á 
Saxoiia,  em  honra  de  (Ebalo,  um  dos  seus 
antigos  reis;    '      '        7fni[  s;- 

(echaÍia,  (geogr.)  Carpenitza,  cidade  da 
Thessalia,  era  a  morada  de  Euryte,  pai  de 
lolo ;  foi  tomada  e  assolada  por  Hercules, 
que  levou  delia  lolo. 

ffiCOLAMPADB,  (hist.)  uM  dos  autofcs  da 
Reforma,  nasct^u  em  1682  em  Weinsberg, 
depois^  de  tomar  ordens  no  convento  d'Al- 
ton»jdeclarou-se  abertameate  pela  llijforma, 
cazMM-se  e  a  final  seguiu  a  doctrina  de  Zwin- 
gle.  Beixou  Commeiítarios  sobre  diversos 
livros  do  antigo  e  novo  Testamento  ;  um 
tratado  De  vero  intelteetu  vérbo^um,  ele. 

•KoeMA,  s.  f.  (med.)  humor  dilluso,  sem 
rubí)r,  nem  tensão,  nem  dor,  cedendo  á 
pressão  do  dedo,  e  conservando-a  durante 
algum  tempo  :  formadO'  por  seroeidade  in- 
filtrada no  tecido  oellular, 


Vil  Francorumreyis,  profectionein  O rien-  \symptomas  inflamatórios,  distingue  o  (Bde*f. 
tem.  ma  do  phlegmão. 

(EDENBURGO,  (geogr.)  Soprony  em  húnga- 
ro, Sempronium  dos  antigos  cidade  dos  Es- 
tados Austríacos,  capital  da  província  de 
(Edenburgo  ;  13,000  habitantes. 

(EDENBURGo(provincia  de)  (geogr.)  na  Hun- 
gria, além  «lo  Danúbio,  entre  a  Áustria  ao 
N.  e  a  0.,  o  governo  de  Wieselburgo  ao  N. 
e  a  E.,  e  o  de  Eisenburgo^ao  S ;  190,000 
habitantes. 

(EDERA,  (bot.)  genero  de  plantas  dafami-' 
lia  das  Synanthereas  e  da  Syngenesía  su-- 
perflua. 

(ÉDIPO,  (hist.)  rei  de  Thebas,  íilho  de  Laio 
e  de  Jocasta,  vivia  no  século  XIV  antes  de 
Jesu-Christo ;   foi   exposto  logo   depois   de 
nascido  porque  um  oráculo  tinha    predicto 
que  elle  havia   de   ser   o  matador   de  seu 
pai  e  marido  de  sua  mãi,  foi  salvo  por  um 
pastor  de  Polybo,  rei  de  Corintho,  e   edu- 
cado na  corte  deste  príncipe  como  seu  pro- ' 
prio  íilho.  Quando  depois  soube  a  fatal  pre-  • 
dição  do  oráculo,  apartou-se  daquelle,  que-í 
jilgava  seu  pai,  mas  o  destino  fe-lo  encon-  ' 
trar  com  Laio,    ao  qual  matou  sem  o  co- 
nhecer   Decifrou  o  enigma  do  Sphinge,  en- 
tão flagello  dos  Thebanos,  e  recebeu  em  re- 
compensa   a   mão  de  Jocasta  e  o  trono  de 
Thebas.  Etéocle  efolynice,  Antigono  e  Is- 
mene  deveram  a  vida   a  esta  união  inces- 
tuoza.  Instruído  depois  sobre  o  seu  fatal  en- 
gano (Édipo  vazou  os  olhos  e  viveu  retira- 
do no  seu  palácio  ;  foi  expulso  por  seus  fi- 
lhos, levou  vida  errante  sob  a  guarda  de 
Antigono,  que  nunca  o  quiz  abandonar,  e 
morreu   em    Colones ,    território    da   Atti* 
ca.     ■  ■'■ 

(EHRiNGEN,  (gcogr.)  cídadc  do  reino  deWuf- 
temberg,  a  13  legoas  ao  NE.  de  Stuttgard-j 
5,760  habitantes.  ■■■'':  ori 

OEIRAS,  (geogr.j  villa  de  Angola,  onde  exis- 
te um  bom  estabelecimento  de  fundição  de 
ferro,  que  foi  fundado  em  1767,  e  para  o 
qual  foram  em  17H8  quatro  mestres  bis-  ' 
cainhos,  que  morreram  no  anno  seguinte 
sem  deixar  discípulos. 

osLAND,  (geogr.)  ilha  da  Suécia,  no  Bál- 
tico, perto  da  costa  de  Calmar,  da  qual  é 
separada  polo  estreito  de  Calmar  ;  30,000" 
habitantes.  Capital  Borkholm. 

(ELS,  (geogr.)  ekfede  dos  Esta'dos  prussia- 
nos,  a  6  léguas  NE.  de  Breslau  ;  6,000'  ha- 
bitantes, 'jni     ,<T!>    '!fl»ft!    ■-!•    •!•'! 

OKNAUTE  OU  oÉifAÍfTHÍ,  é.  m.  (Lat.  dbOr. 

olnos,  vinho,!  e  aní/ios,  fter.)plarita de  has- 
tes quadradas  e  nodosas,  e  de' folhas  miúdas, 
repartidas  de  três  cm  três  ;  dá  flores  azues 
e  sementes  coma  a^seirtonas. 

GENEO,  (hist.)  rei  de  Calydon,  teve  do  AU    ' 
A  ausência  dos^tije*,  &m  ]»r«iei»a  ésjwza,  Méléap\>  e  M-' 


Kl 


-OtS^ 


OFF    - 


janira ;  de  Peribea,  a  segunda,  Tydéo,  pae 
de  Diomedes. 

CENOMAUS,  (hist.)  rei  de  Pisa,  pai  d'Hip- 
podamia  e  sogro  de  Pelops, 

cEríONA,  (myth.)  nyrapha  do  monte  ida, 
foi  amante  de  Apollo  (do  qual  recebeu  o 
dom  de  predizer)  e  depois  de  Pan,  que  a 
abandonou.  Predisse  a  este  ulliajo  que  um 
dia  a  viria  procurar,  e  com  effeito  assim 
succedeu,  quando  elle  foi  ferido  por  Phi- 
loctetes  com  uma  das  settas  de  Hercules. 
CEnona  tentou  em  vão  cural-o,  e  depressa 
o  seguiu  ao  tumulo. 

cENOPiDEs,  (hist.)  philosopho  peripatetico 
de  Chios,  contemporâneo  d'Anaxíigoras  (no 
século  Vantes  de  Jesu-Chrisjo).  Attribuem- 
Ihe  muitas  descobertas  malhematicas  e  ana- 
tómicas ;  elle  dava  ao  anno  36j  dias  e  8 
horas 

(ENOTRiA.  (geogr.)  um  dos  antigos  nomes 
da  Itália  meridional,  assim  chamada  em  me- 
moria da  emigração  de  (Enotro  aos  logares 
outora  habitados  pelos  Gusanos.  Extende- 
se  algumas  vezes  o  nome  de  QEnolria  a  toda  a 
Itália, 

CENOTRO,  (hist.)  o  mais  moço  dos  filhos 
de  Lyconte,  rei  de  Arcádia,  estabeleceu-se 
na  Itália  meridional,  no  anno  1710  antes 
^  de  Jesu-Christo,  e  deu  o  seu  nome  a  este 
paiz.  Alguns  auctores  affirmam  que  GEno- 
tro  era  rei  dos  Sabinos,  e  querem  que  se- 
ja o  mesmo  que  Jano. 

OEREBRO,  (geogr.)  cidade  da  Suécia,  ca- 
pital do  Lan  ou  governo  de  ffirebro,  sobre 
O  lago  d'Hielraâr,  a  14  léguas  ao  O.  de  Sto- 
ckholmo;  3,400 habitantes. 

OERHAUSEN,  (geogr.)  villa  da  Baviera,  ai 
légua  e  um  quarto  ao  SO.  de  INeuburgo, 
perto  do  Danúbio. 

OESEL,  (geogr.)  ilha  da  Rússia  europêa, 
no  mar  Báltico,  na  entrada  do  golpho  de 
Livonia;  35,000  habitantes.  Capital  Arens- 
burgo 

OESNORoiísTE,  s.  w.  pouto  do  ceo,  e  ven- 
to que  medeia  entre  o  noroeste  e  o  oeste. 

OESOPHAGO,  s.  m.  conductor  cylindrico, 
musculo  membranoso,  fazendo  parte  do  ca- 
nal alimentar,  e  estendendo-se  da  pharyn- 
ge  até  ao  estômago,  ao  qual  conduz  os 
alimentos  ;  situado  no  pescoço,  adiante  e  um 
pouco  á  esquerda  do  corpo  das  vértebras 
cervicaes,  atraz  da  parte  esquerda  da  tra- 
chea-arteria ;  alojado  depois  na  separação 
posterior  do  mediastino,  inclinando-se  da 
esquerda  para  a  direita  desde  a  quarta  ou 
quinta  vértebra  dorsal  ate  á  nona,  para  dar 
lugar  á  costa;  d'ali  se  encaminha  da  direi- 
ta para  a  esquerda  e  dé  traz  para  diante  até 
a  abertura  do  diaphragma,  que  o  transmit- 
te  ao  abdómen. 

OESSUDUÉSTE,  í.  w.  ponto  dohorizontc,  e 


vento  que  medeia  entre  o  oeste  e  o  sudués- 
te. 

OESTE,  s.  m.  (do  Teutonieo  vest  ou  uest, 
cuja  origem  ainda  ninguém  deu  com  acerto. 
Vera  de  este,  em  AU.  ost,  com  o  prefixo  v  o«i 
w  era  Allemão,  contracção  de  wider,  contra 
widrig,  opposto.  'V.  Este.  Ilorne  Tooke  en- 
ganou-se  derivando-o  do  Anglo-Saxão  uesan^ 
em  Ingl.  wet,  molhar,  porque,  diz  elle,  o 
vento  oeste  traz  sempre  chuva.)  ponto  do  ceo 
opposto  ao  de  este.  occaso,  lugar  do  pôr  do 
sol;  vento  que  sopra  d'este  ponto. 

OESTERSUND,  (geogr.)  cidade,  da  Suécia 
capital  da  prefeitura  d'Iamtland ;  200  ha- 
bitantes. 

OESTRYMNicus  siNus,  (gcogr.)  golpho  do 
Oceano  Atlântico,  hoje  golpho  de  Gasco- 
nha. 

OETA,  s.  f.  (Fr.  ouaíe,  primeira  seda  que 
se  colhe  dos  casulos  do  bicho  da  seda.  M. 
Sonnini  deu  a  verdadeira  origem  d'este  ter- 
mo, que  ó  Syriaco  derivado  do  Egypcioe  si- 
gnifica lanugem  mui  longa  e  fina  que  cobre 
as  sementes  da  asclepias  eque  ócomo  seda. 
Orad.  Egypc.  éo«í^,  semente,  ehit,  lançar.) 
carepa  densa,  ou  lanugem  que  nasce  sobre 
alguns  fructos  do  oriente,  segundo  Bluteau, 
mas  engana-se  ;  o  termo  tem  as  significações 
acima  apontadas.  Os  Francezes  o  tiraram  da 
Syria  e  doEgypto. 

OETA,  (geogr.)  hoje  monte  Commaita  ou 
o  Katavothra,  monte  situado  nos  confins 
da  Grécia  ])ropria  e  da  Thessalia,  perto  do 
golpho  Maliaco  e  dos  Thermopylas,  e  no  meio 
da  Dorida. 

OETiNGER,  (hist.)  sabío  wurtemburguez, 
nasceu  em  1702,  morreu  em  1782.  Tradu- 
ziu as  obras  mysticas  de  Swedenborg. 

OETTiNGEN,  (geogr.)  cidadc  da  Baviera  a 
15  léguas  ao  SO.  de  Nuremberg,  2,300 
habitantes. 

OFANTO,  (geogr.)  o  antigo  Aufide,  rio  do 
reino  de  Nápoles,  nasce  no  principado  ul- 
terior, separa  esta  província  de  Bassilicalo, 
corre  a  E.  depois  ao  ^ilí,  e  cae  no  Adriá- 
tico entre  Branlelta  e  o  lago  de  Salpi. 

OFEN  ouoE-BUDA,  (geogr.)  villa  da  Hun- 
gria, ao  N.  de  Buda,  e  sobre  a  margem  direi- 
ta do  Danúbio ;  8,000  habitantes. 

OFFA,  (hist.)  rei  de  Mercia,  o  maior  dos 
reinos  da  Heplarchia,  reinou  de  757  a  796, 
juntou  a  seus  Estados  o  reino  de  Est-Anglia, 
matando  o  rei  Ethelberto,  foi  depois  a  Ro- 
ma implorar  o  perdão  do  papa  e  foi  a*^sol- 
vido. 

OFFACiNO.  V.  Omphacino, 

OFFEGAR,  V.  n.  (t.  da  Beira)  anhelar  aço- 
dado, respirar  com  difficuldade.  Do  Fr.  ant. 
ofegar,  deriv.  do  Lat.  sufjocare. 

OFFEGO,  s.  m.  respiração  curta,  cansa- 
da. ' 


OFF: 


oprn<) 


«f 


OFFEGUENTO,  A,  adj .  anhelante,  queres-v 
pira  com  difiiculdade. 

OFFENBACH,  (gcogr.)  cidadc  do  gran-du- 
cado  d'Hesse-Darmstadt,  sobre  o  Meno,  a  1 
léguas  ao  Slí.  de  Francfort-sobre-o-Meno  ; 
V,OnO  habitantes. 

OFFENBURGO,  (gcogr.)  cidade  do  gran-du- 
cado  de  Bade,  a  IG  léguas  ao  S.  de  Carls- 
ruche  ;  3,0U0  habitantes. 

OFFENDEDOR,  A,  adj.  6  5.  pessoa  queoífen- 
de. 

OFFENDER,  V.  a.  [Lãi.  offeYido,  ere,  áeob, 
e  /indere,  fender.)  causar  dôr,  desprazer, 
causar  mal  physico  ou  moral,  v.  g.  a  nimia 
brancura,  a  luz  mui  viva  o/fende  avista,  os 
olhos,  A  discordância  das  vozes,  a  obscenida- 
de das  expressões  ofjendem  o  ouvido.  — , 
lesar,  não  guardar  a  justiça,  faltar  á  urbani- 
dade,  desaltender,  v.  g.  —  alguém.  —  a 
Deus,  peccar.  Em  sentido  abs.  é  ant.  e  des- 
usado, dar  topada,  ex.  «Uma  pedra  em  que 
muitos  gentios  offenderam  e  empeçaram.  » 
Paiva,  Serm. 

OFFENDicuLO,  s.  w.  V.  Obstãculo,  Em- 
baço.  Impedimento. 

OFFENDiDo,  A,  p.  p.  dc  offeuder  ;  adj.  que 
recebeo  ou  que  fez  oíTensa,  lesão. 

OFFENSA,  s.  f.  (Lat.  offensio.]  actodeoffen- 
der  ;  lesão,  mal  physico  ou  moral  a  alguém, 
aíTronta.  Receber,  fazer  — .  (íig.)  ressenti- 
mento de  damno  ou  injuria  recebida.  — de 
Deus,  peccado.  Sem  —  dos  ouvidos,  sem  os 
offender. 

OFFENSÃo,  s.  f.  (Lat.  offensio,  onis.)  (p. 
us.)  ataque;  oppõe-se  a  defensão. 

OFFENSivo,  A,  adj.  (dcs.  ivo.)  que  oíTen- 
de.  Armas  — s.  Guerra  — ,  de  agressão.  Chei- 
ro — ,  queincommoda  o  olfacto. 

OFFENSO,  A,  adj.  (Lat.  offensus.)  (p.  us.) 
offendido,  losado. 

OFFKNSOR,  s.m,.  O  quo  oíTendeu. 

OFFERECEDOR,  A,  adj.  pessoa  que  offere- 
ce. 

OFFERECER,  V.  a.  (lat.  o/fcro,  rre;  de  of 
por  06  diante,  efero,  erre,  levar.)  apresen- 
tar alguma  cousa  a  alguém  para  qne  a  acei- 
te gratuitamente  ou  por  preço,  v.  g.  —  di- 
nheiro, o  seu  préstimo,  a  casa,  a  filha  para 
casar  ;  —  preço  ;  —  pazes.  —  batalha,  apre- 
sentar-se.  — se,  v.  r.  expor-se,  v.  g.  —  á 
morte,  a  morrer  pela  pátria.  Offereceu-se  oc- 
casião,  occorreu,  apresentou-se. 

OFFERECíDO,  A,  p.  p.  dc  oífcrecer ;  adj  que 
se  oífereceu,  queoffereceu.  — ,  (ant.)  peita- 
do, a  quem  se  offereceu  peita  ;  exposto,  ar- 
riscado, cx.  «Andam  sempre  — s  áscalum- 
nias  e  perseguições. »  Tinha  —  dadivas,  o 
resgate.  Tinha-se  —  occasião  opportuna. 

OFFERECiMENTO,  s.  m.  [mento  suíT.)  acto 
de  ufferecer  ou  de  ser  offerecido  ;  cousa  offe- 
recida,  v.  g.  íez-me  graudes  — s, 

YOL.   IV. 


OFPERENDA.  V.  Ofjrenda. 

OFFERENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  ofJerenSt' 
tis,  p.  a,  de  o/ferre.)  (p.  us.)  que  offerece. 

OFFERTA,  s.  f.  oblação,  dom  que  se  offe- 
rece a  Deus,  ou  aos  sacerdotes.  Pôr  d  — , 
imagem  ou  reliquia  do  santo,  expo-la  ao  pu- 
blico, para  coihf^r  esmolas.  - 

Syn  corap.  Offerta,  promessa.  A  offerta  é 
uma  demonstração  de  desejo  que  temos,  ou 
affectamos  ter,  de  que  se  receba  ou  acceite  o 
serviço  ou  a  cousa  que  oíferecemos.  A  pro- 
messa é  uma  obrigação  que  nos  impomos  de 
fazer  algum  serviço,  ou  de  dar  alguma  cousa. 
O  que  offerece  com  pouca  vontade  de  dar,  ex- 
põe-se  a  que  lhe  acceitem  a  offerta.  O  que 
pramette  com  vontade  ,  ou  sem  ella ,  deve 
cumprir  sua  promessa.  Acceita-se  com  agra- 
decimento a  offerta ;  e  exige-se  o  cumpri- 
mento da  promessa. 

Wa  palavra  offerta  só  se  descobre  a  vontade 
do  que  offerece  ;  na  palavra  promessa  desoo- 
bre-se  a  acceitação  daquelle  a  quem  se  pro-  ' 
metteu.  Fulano  o/?'erecew-mea  suacasa,  po- ' 
rém  eu  não  a  acceitei ;  prometeu-me  vir  á 
minha,  e  espero  que  não  faltará  á  sua  pala- 
vra. 

OFFERTADO,  A,  p.p.  de offertar  ;  adj.  dado 
em  offerta  ou  oblação. 

OFFERTAR,  V.  a.  fazcr  offerta,  oblação,  of- 
ferecer. 

OFFERTAZiNHA,  s.  f.  diminut.  do  offcrta. 

OFFERTORio,  s.  w,  (dcs.  ório.]  a  parte  da 
missa  em  que  o  sacerdote  offerta  a  Deus  a 
hóstia  e  o  caliz.  f 

OFFiciADO,  A,  p.  p.  de  officiar ;  adj.  em  ' 
que  se  faz  oofticio  divino. 

OFFiciADOR,  s.  m.  0  quo  ofíicia. 

OFFiciAL,    s.  dos  2  g.    [ofjicio,   des.  ai.) 
homem  ou  mulher  que  exerce  officio  manual 
e  mecha  nico  ;  também  se  contrapõe  a  mestre 
para  quem  trabalha  o  official,  v.g.  —  desa-- 
pateiro,  carpinteiro.  — ,   pessoa  empregada 
no  serviço  do  estado,  civil,    administrativo, 
judicial,  militar,  etc,  v.g.  of^ciaes  da  jus- 
tiça,   da  fazenda,  das  secretarias.    Of^ciaes  ^ 
superiores,    —   inferiores,    das    tropas   de   ' 
terra  e  de  mar.  —  da  relação,  desembarga- 
dores.   —  da  camará,  vereadores,   etc.  — 
de  justiça,  alcaide.   Officiaes  da  alma,  sa- 
cerdotes. 

Acha-se  usado  no  f.  ex.  tu  E'hodi  official. y> 
Jorge  Ferreira,  Aulegr. 

OFFICIAL,  adj.dos^g.  feito  por  officio  ou 
obrigação.  Devassa — .  Despacho — ,  de  mi- "^ 
nistrode  estado,  diplomático,  ou  escripto  por 
official  militar  superior,  ou  pelo  general. 

OFFiciALiDADE,  s.  f.  O  corpo  dos  officiaes 
militares. 

OFFiciALMENTE,  adv.  [meiíte  suff.)  de  of- 
ficio, por  officio  authentico.  v.  g.  Noticia  —  '■ 
participada. 

e 


^ 


OFP 


OGY 


OFFiciANTE,  s.  m.  (des.  do  p.  a.  Lat.  em  jardeg.  inf.  E' formado  á maneira  do  Latim), 
ans,  tis)r  o  sacerdote  que  faz  algum  oíTicio   fazer  fusco,  escurecer,  v.  g.   o  nevoeiro,'!^ 
divino  GIL  ecclesiastico.  fumo  do  carvão  de  pedra   offusca  o  ar,  os 

OFFiciAR,  V.  a.  [officio, ar  ães.  iní)  Officiar' olhos,  avista.    —  o  entendimento,    a  ver-^ 
amissa,  9]aàar  a  celebra-la.  —  em  sentido   dade,  escurecer.  — se,  v.  r.  obscurecer-se,' 


abs..  hoje  muito  us.,  participar  de  officio.  v.g. 
OÍBciou  á  sua  corte. 

OFFiCNA,  s.  f.  (Lat.  átíopus,  efacio,  faço), 
casa  onde  se  executa  trabalho  mechanico,  v. 
g.  —  de  boticário,  typographica,  de  ferreiro. 
—  -  s  de  convento,  refeitório,  cozinha,  etc.  — 
(fig.)  logar  onde  se  elabora  alguma  cousa,  v. 
g.  o  cérebro  é —  do  entendimento,  o  fígado 
da  bilis.  O  claustro  é  —  de  maldades.  As  cor- 
tes são  —  s  da  tyrannia.  —  s  da  morte,  chd^- 
ma  Fernão  Mendes  Pinto  a  certas  forcas. 

OEFiciNAL  ,  adj.  dos  2  g.  de  ofticina. — 
pharmaceutico.  v.g.  Remédios,  preparações 
oííicinaes.  Plantas  — ,  empregadas  na  medi- 
cina. 

OFFICIO,  s.m,  (Lat.  ojpxium;  de  opus,  obra, 
e  facere,  fazer),  arte  mechanica,  occupação, 
modo  de  vida,  v.  g,  —  de  sapateiro,  alfaiate, 
marceneiro ;  cargo,  emprego  publico,  civil, 
administrativo,  de  fazenda,  justiça,  militar, 
etc.  ex.  «O  —  e  dignidade  de  rei.  »  Leão.  O 

—  de  escrivão,  de  porteiro  de  tribunal.  — 
obrigação,  dever.  O  —  do  rei  é  fazer  seus 
vassallos  felizes.  Fazer  —  de  amigo.  Fazer 
bons  ou  maus  —  s  a  alguém,  dar  boas  ou 
más  informações  delle,  obrar  em  abono  ou 
desabono.  —  ,  carta  ,  despacho  oíTicial  de 
chefe  militar,  de  ministro  de  estado  ou  di- 
plomático. Ex — ,  loc.  latina,  por  obrigação, 
dever,  em  qualidade  oíTicial.  —  s  divinos  , 

—  de  Nossa  Senhora,  rezas  em  louvor  de  Deus 
da  Virgem,  etc.  —  de  defuntos,  preces  pelas 
almas  delles.  O  Santo — ,  a  inquisição*  —  , 
entre  sapateiros,  alcofa  ou  a  banca  da  ferra- 
menta. —  s,  oíTicinaa,  v.g.  —  do  paço,  ucha- 
ria,  mantearia,  etc.  —  nome  de  um  jogo  em 
que  cada  pessoa  representa  um  oíiicio  me- 
chanico. 

OFFiciosAMENTE, [acíw.  por  officiosidade,  por 
obsequio,  e  não  por  obrigação  ;  de  modo 
officioso, 

OFF  ciosiDADE^  s.  /"..  disposição  officiosa  ; 
obra,  acto,  serviço  voluntário  e  não  obriga- 
tório. 

OFFICIOSO,  A,  adj.  (Lat.  ojficiosus) ,  que 
faz  bons  oíTicios  a  outrem,  amigo  de  obse- 
quiar. 

OFFRANviLLE,  (gcogr.)  cid^dc  de  França, 
a  4  léguas  ao  S.  de  Dieppe  ;  1,700  habi- 
tantes. '  'l;  ., 

OFFRENDA,  s.  f.  i^Ff.  offrande] ,  oíferta , 
oblação,  oblata. 

OFFRENDAR.  V.   Offertar. 

OFFuscADO,  p.p.  de  OíTuscar;  aí(;'.| obs- 
curecido, deslumbrado. 

OFFuscAB,  v.a.  (o/"poro6,  diante,  fif>9co, 


deslumbrar-se  com  outra  luz  mais  viva.  A» 
estrellas  menos  brilhantes  ofJ'uscam-se  com 
a  esplendor  das  maiores,  isto  é,  perdem  do' 
seu  brilho.  : 

OFREÇOM.  V.   Ofjferta. 

OG,  (hist.)  rei  de  Basan,  era  da  raçadoS' 
Gigantes,    foi    atacada  e    exterminada  jeom 
lodo  o  seu  povo  pelos  Israelitas  conduzidos ' 
por  Moysés.  ' 

OGANHO  e  OGANO,  ttdv.  (doLat.  hoc,  anno}i 
neste  anno.  '''■'' 

OGE,  (ant.)  V.  Hoje. 

ÓGEA  ou  OJA,  s.  f.  ove  de  rapina  do  ta- ' 
manho  do  francelho  ;  vive  de  passarinhos. 

OGER-O-DINAMARQUEZ    OU    OGIER,     (hist.)    0^ 

verdadeiro  nome  deste  individuo  é  Autcairv^ 
guerreiro  da  Austrasia,  celebre  nos  romances* 
de  cavallaria  como  um  dos  mais  bravos  pa-  '- 
ladinos  de  Carlos  Magno  ;  cançado  de  com- 
bater retirou-se  á  abbadia  de  Meause,  on- 
de morreu  no  meado  do  século  iX. 

OGERiZA,  s.  /.  (Cast.  ojeriza.)  V.  Antipa-  ' 
thia. 

OGHAM,  (myth.)  em  latim  Ogmius,  deus  * 
gaulez,  ao  qual  representavam  velho,  calvo, 
armado  de  arco  ede  aljava,  puchando  a  si  •' 
os  homens  com  filetes  de  ouro  e  de  âmbar,  '^ 
que  saiam  da  sua  bocca.  Este  deus  parece 
ser  o  symbolo  da  força  eda  eloquência.  Os 
antigos  chd.mh\&m-\he)  Hercules  gaulez.  Tem  ^ 
muita  analogia  com  o  Hermes  dos  Gregos. 

OGILBY  ou  ooavY,  (hist.)  escriptor  esca^»b 
cez,  nasceu  em  1600,  morreu  em  167H.  Dei-t 
xou  muitas  traducções  em  verso,  entre  el- 
las   da  Eneida,  da  Ilíada,  da  Odyssea 

OGLio,  (geogr.)  Ollius,  rio  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziano,  nasce  na  província  de  Ber- 
gamo,  atravessa  o  lago  de  Iseo,   e  junta-ser»j 
com  o  Fó  ;  abaixo  de  Borgoforte.  •>  ^  • 

OGNATE,  (geogr.)  cidade  de  llispaHha  a  11 
léguas  ao  SE.,  de  S.  Sebastião ;  4,250  ha- 
bitantes,   v  .»  ,r 

oGYGEs;  (hist.)  rei  de  Attica,  e  da  Beó- 
cia, no  século  XIX  antes   de  Jesu-Christo, 
passava  por  filho  de   Neptuno  ;   edificou   a 
cidade  d'Eleusina.  No  seu  reinado  teve  lo-    * 
gar  o  diluvio,  que  é  conhecido  pelo  seu  no*»"» 
me,  o  qual  invadiu  todos  os  seus  estados^ 
Querem  que  este  diluvio  acontecesse  250  an-  >• 
nos  antes  do  de  Deucalião,  no  anno  1832 
antes  de  Jesu-Christo.  Segundo  alguns  au- 
tores Ogyges  não  é  mais  do  que  o  diluvio 
personificado. 

OGYGiA, (geogr.) 0<7?/^ia,  terra  fabuloza,  on- 
de reinada  Cahpso,   e  da  qual  fazem  uma 
i;lba  próxima  ás^  £osta$  de  Itália.  Também 


,  :/,  -     ,■  ^^ 


OIS 


OKH 


i» 


se  deu  o  nome  ãeOgygm  ao  paiz,  emqnoi 
reinava  Ogyges,  e  que  foi  depois  a  Altica 
ou  a  Beócia. 

oii  !  interjeição  instincliva,  a  qual  segun- 
do a  entoação  da  voz  denota  alegria,  admi- 
ração, espanto,  ou  dôr,  magoa,  indignação, 
desprezo  e  outros  affectos.  Oh  lá  !  para  cha- 
mar. Oh  bemaventurados  os  surdos !  Oh 
desgraça  !  Oh  que  maravilha!  «  Oh  que  não 
sei  de  nojo  como  o  conte  1  »  Tamões,  Lu- 
siad.,  V.  56. 

OHio,  (geogr.)  grande  rio  dos  Estados  Uni- 
dos, é  formado  pela  reunião  do  Alleghany, 
e  do  A^onongahela  em  PittsJ3urgo. 

OHIO  (Estado  de)  (geogr.)  um  dos  Estados- 
Unidos  da  America  da  norte,  a  O.  da  Pen- 
silvânia e  da  Virginia,  ao  S.  do  lago  trié 
edo  território  doMichigan;  l,5iy,AòO  ha- 
bitantes. Capital  éColumbus,  .mas  a  sua  ci- 
dade principal  é  Cincinnali.  E  dividido  em 
l'à  condados. 

OHLAU,  (geogr.)  cidade  murada  dos  Esta- 
dos prussianns,  a 6  léguas  ao  NE.,  de  Bres- 
lau ;  3,05t>  habitantes. 

OHoi)  (monte),  (geogr.)  próximo  de  Medi- 
na a  O.,  onde  Mahomet  foi  vencido  pelos 
de  Meca  em  625. 

OHRDRUF,  (geogr.)  cidade  murada  do  gran 
ducado  de  Saxe-botha,  sobre  e  Ohra,  a  3 
léguas  ao  SE.,  de  Got-ha  ;  tem 4,500  habi- 
tantes. 

01,  diphtongo,  que  muitos,  conformando- 
se  com  a  pronunciação,  tem  substituido  a 
€u,  V.  g.  oiro,  moiro,  por  ouro,  mouro. 
Rão  ha  inconveniente  nesta  substituição. 

oiGNON,  (geogr.y  rio  de  França,  no  dis- 
tricto  do  Alto-Laona ,  e  separa-o  dos  dis- 
Irictos  de  Doubs  e  do  Jura,  ecaenoLaona, 
abaixo  de  Pontaillier. 

oiGouRS,  (geogr.)  povo  tártaro  da  familia 
ouralianna,  o  mesmo  talvez  qne  os  Húnga- 
ros ou  Hunogouses,  emigrou  da  Ásia  para  a 
Europa  no  V  século  da  nossa  era.  Este  povo 
era  celebre  na  idade  media  pela  sua  cruel- 
dade, e  a  palavra  ogre.  tão  famosa  nos  con- 
tos das  fadas,  é  sem  duvida  derivada  delle. 

oiLEO,  (hist.)  rei  dos  Locrios,  foi  o  pae  de 
um  dos  Ajax  ;  também  foi  um  dos  Argonau- 
tas. 

OIRO.  V.  Ouro. 

oiBSCHOOT,  (geogr.)  cidade  dallollanda,  a 
3  léguas  e  meia  WO.  d'Enidhoven  :  5,200 
habitantes, 

oisB,  (geogr.)  ffisií,  jTsara,  rio  de  França, 
nasce  na  Bélgica,  atravessa  Guise,  la  Fere, 
Compiegne,  Pontoise  e  cae  no  Sena  em  Con- 
flans-Santa  Hanorina. 

oisE  (departamento  de),  (geogr.)  um  dos 
districtos  de  França,  entfe  os  de  Somme  ao 
N.,  d'Acine  a  E.,  de  Serra  e  Marne,  ao  S., 
d'£ure  e  do  Sena  Inferior  a  O. ;  368,640 


habitantes.  Capital  Beauvais.  Foi  formado  da! 

ilh'i  de  França  e  da;Picarrfia.  •  ' 

oiSESíONT,  (geogr.)  villa  de  França,  a  10 
léguas  0^  de  Arniens  ;  1,700  habitantes. 

oiSEAU,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  2  Ití^- 
guas  NO.  deMayenne ;  3,860  habiiantes.    '  ' 

OTSSEL-LA-RiviERE,  (gcog.)  cidade  de  Frah- ' 
ça,  a  3  léguas  S.  de  Rouen  ;  3,190  habi- 
tantes 

OITAVA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  oiíaw.) 
a  oitava  parle  ;  oitava  parte  da  onça,  ou 
três  escropulos,  drachma  ;  estancia  de  oito 
versos  ;  o  dia  oitavo  de  alguma  festa  ou  so- 
lemnidade,  v.g.  a  —  da  Paschoa,  do  Natal. 

OITAVADO,  A,  p.  p.  de  oitavar;  adj.  de 
oito  lados,  V  g.  mesa,  salla,  edifício — . 

OITAVAR,  v.a.  [oitavo,  ar  des.  inf.)  fazer- 
de  oito  lados,  v.  g.  —  a  mesa,  a  salla;  — 0''^ 
cano  da  espingarda.    — ,  impor  o  ónus  do 
oitavo  ;  repartir  em  oito  partes,  para  cobrar 
d'ellas  o  oitavo  dos  fructos  da  terra. 

oiTA VARIO,  s.  m.  (des.  ário.)  o  espaço  de 
oito  dias  de  festa  ou  solemnidade  de  san- 
to. 

oiTAVEiRO,  A,  adj.  obrigado  a  dar  ou  a 
pagar  de  oito  um.  Terra  — ,  que  paga  o  oi- 
tavo ao  proprietário. 

OITAVO,  s.  f.  a  oitava  parte  ou  porção,  v. 
g.  dos  fructos  do  prédio. 

OITENTA,  adj.  dostg.iiu  r&iral,  oito  ve- 
zes dez,  ou  dez  vezes  oito.  ■ 

oiTicuRÓ,  s.m.  (t.  Brasil.)  fruta  do  Brazil  ' 
de  casca  parda,  áspera  e  tosca,  e  mui  gosto- 
sa. ,  ■ 

oiTiTURUBA,  s.f.  (t.  Brasíl.)  fruta  do  Bra- 
zil do  tamanho  de  uma  laranja  ;  tem  um  ca- 
roço preto  de  um  lado,  que  reflecte  a  luz  co- 
mo um  espelho.  <•  "^ 

OITO,   cidj.  numeràTãòi'^  g.  (Lat.  octo^ 
Gr.  oktô,  Sanscrit  axta.  Persa,    hext,  cuja 
origem  ninguém  que  eu  saiba  tem  tentado  ; 
dar.  Talvez  venha  do  tgypcio  phtou,  qua-  ' 
tro,  e  ke  duas  vezes.)  duas  vezes  quatro. 

oiTOCENTESiMO,  A,  adj.  nuM.  ordin.  o  nu- 
mero que  na  serie  se  segue  ao  799. 

OITOCENTOS,  AS,  adj.  oito  centenas  ,  oito 
vezes  cera. 

oiTONAL.  V.   Outonal. 

oiTONo.  V.   Outono. 

OJEDA,  (hist.J  aventureiro  hispanhol,  nas- 
ceu no  XV  século,  acompanhou    a   expedi- 
ção de  tolombo,  e  commandou  a  expedição  ,. 
de  1499,  aquella  feita  á  custa  de  Américo  . ' 
Vespucio.  Ujeda  passou  por  uma  iníinidada  ^^ 
de  aventuras   extraordinárias   e  morreu  em 
extrema  pobreza. 

OKA,  (geogr)  rio  da  Rússia  europea,  nas- 
ce nos  governos  d'Orel,  e  rega  osdeToula,    ' 
Kalouga,  Riazan,  Tambor,  Vladimir,  ejun- 
ta  se  como  Volga  emNijnei-Novogorod. 

OKHOTSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Asia-^ 

p  4i 


^ 


ou 


0LD5!T0 


tica,  capital  do  dislricto  de  Okhotsk ;  2,000 
habitantes. 

OKHOTSK  (districto  de),  (geogr.)  uma  das 
sete  divisões  da  Rússia  Axiatica,  a  E.  da 
província  de  lakoutsk,  a  0.  dos  mares  de 
Okhotsk,  e  ao  S.  do  Oceano  glatúal  Árcti- 
co ;  19,00U  habitantes. 

OKHOTSK  (mar  de),  (geogr.)  vasto  golpho, 
do  grande  oceano  Boreal,  entre  o  Kamtchatka 
6  o  districto  Okhotsk. 

OKNA,  (geogr.)  nome  de  duas  villas,  uma 
na  Moldávia,  o  cutro  na  Valachia, 

OKTAi,  (hist.)  gran-khan  dos  Tártaros  Mo- 
goes,  3.*^  íiiho  d(;  Gengiskhan,  succedeu-lhe 
em  1227,  conquistou  o  norte  da  China  e 
da  Arménia,  apoderou-se  de  Moscou,  da  Po- 
lónia, da  Hungria  e  fez  tremer  a  christanda- 
de.  Morreu  em  1241. 

ÓLÁ  !  intcrj.  (d  ou  oh,  e  lá)  de  chamar  pes- 
soa que  está  em  alguma  distancia  mas  que 
pode  ouvir  a  nossa  voz. 

OLA,  s.  f.  (t.  Asiat.),  palmeira.  —  folha  de 
palmeira  em  que  os  Asiáticos  escrevem  depois 
de  lhe  dar  certo  preparo.  Também  se  cobrem 
casas  com  ola. 

OLAN,  (geogr.)  monte  do  França,  entre  os 
dislrictosde  Isere  e  dos  Altos  Alpes. 

OLANDAOu  HOLLANDA,  s,  f.  uome  de  paiz  ; 
(fig  )  lençaria  fina  de  linho  que  vem  de  liol- 
landa  e  fabricada  lá.  v,  g.  Mal  de  — ,  (alveit.) 
glândulas  que  vam  aoscavallos.  E' corrupção 
de  landoa,  já  alterado  áe  glândula. 

OLANDiLHA,  s.  f.  dimin.  de  Ulanda  ;  (fig.) 
panno,  de  linho  grosso  engommado  ou  ence- 
rado, que  serve  para  entretelas  de  vestidos. 

OLANDiLHAS,  s.  w.  pi.  (do  precedentcj,  (fig.) 
forricocos  de  procissão,  que  levam  túnicas  de 
Olanda  azul.  roxa,  etc,  com  capuz  que  cobre 
o  rosto,  e  abertos  no  lugar  dos  olhos. 

OLARGUEs,  (geogr.)  cidade  de  França,  sobre 
o  mar,  a  4  léguas  WE.  de  S.  Pont ;  1,300  ha- 
bitantes. 

OLARIA,  s,  f.  (Lat.  olla,  pote,  panella),  offi- 
cinade  fazer  louça,  vasos  de  barro.  Devera 
escrever-se  ollaria. 

OLARSO,  (gíjogr.)  cidade  de  Hispanha,  en- 
tre os  Vascões,  junto  aos  Pyrineos,  é  hoje 
Oyarzo. 

OLAUsouoLOF,  (hist.)  nome  commum  a  5 
reis  da  Noruega,  a  :i  da  Dinamarca  e  a  1  da 
Suécia. 

OLAUS.  (hist.)  rei  da  Suécia ,  nasceu  em 
984,  morreu  em  IO26,  foi  o  primeiro  prín- 
cipe deste  paiz,  que  tomou  o  titulo  de  rei, 
e  também  o  primeiro  que  abraçou  o  christia- 
nismo. 

OLAUs  I,  (hist.)  rei  de  Dinamarca  ,  e  só 
reinou  na  Jutia  ou  Jutland,  e  morreu  em  814 
em  um  combate  entre  os  Francos.  Olaus  II, 
terceiro  filho  de  Sanson  II;  e  successor  de 
Canulo  IV  reinou  de  1086  a  1095. 


OLAUS  1,  (hist.)  rei  da  Noruega,  subiil  ao 
trono  era  994.  Foi  elle  que  introduziu  o  chris- 
tianísmo  na  Noruega,  na  Islândia  e  no  Groen- 
land  ;  morreu  no  anno  lOOO.  Olaus  II,  cha- 
mado o  Gordo  ou  o  Sancto,  subiu  ao  trono 
em  1017,  e  foi  destronado  em  1030,  morreu 
em  1032.  Olaus  III,  o  Pacifico  reinou  com 
seu  irmão  Magnus  II  de  1066  a  1068  e  só  de 
1068  a  1087  ;  protegeu  muito  a  religião. 
Olaus  IV,  filho  do  Magno  IIÍ,  reinou  com  seus 
dous  irmãos,  Sigurd  e  Eystein,  de  1103  a 
a  1116.  Olaus  V  nasceu  em  1370,  neto  de 
VValdemar,  succedeu  a  seu  avô  em  1376  no 
trono  de  Dinamarca,  a  seu  pai  no  trono  da 
Noruega  em  1380,  e  teve  pretenções  ao  trono 
da  Suécia.  Morreu  em  1387. 

OLAViDA,  (hist.)  estadista  hispanhol,  nas- 
ceu em  1725.  Tendo  proclamado  a  sua  adhe- 
são  ás  doctrinas  philosophicas,  que  domina- 
vam em  França,  foi  accusado  de  heresia  ao 
tribunal  da  Inquisição,  mas  teve  d  eio  de  se 
retirar  a  França  para  escapar  ao  castigo.  No 
fim  da  sua  vida  converteu-se  ,  escreveu  o 
Triumpho  da  Fé,  e  regressou  a  Hispanha 
onde  morreu  em  1803. 

OLAYA  ou  OLAIA,  s. /.  [Idit.  ligustrum  per- 
sicum  ou  lybiacum),  arvore  de  Judéa  que 
dá  flores  em  ramalhetes  arroxadas,  azueis, 
cinzentas  ou  brancas. 

OLBERS,  (hist.)  medico  e  astroDomo  alle- 
mão,  nasceu  em  1758,  morreu  em  18^0,  tor- 
nou- se  celebre  pela  descoberta  dos  cometas 
Palias  e  Vesla  e  muitos  outros.  Deixou  um 
methodo  para  o  calculo  dos  cometas. 

OLBiA,  (geogr.)  chamada  também  Borijs- 
thenis  ou  MHetopolis,  cidade  da  Scythia  eu- 
ropêa,  sobre  o  tíorysthenes,  perto  da  sua 
juncção  com  o  Hypanis,  era  colónia  dos  Mi- 
letos,  efoi  muito  florescente  nos  séculos  IV 
V  antes  de  Jesu-Chrislo. 

OLDENBURGER,  (hist.)  pubUcísta  allemão, 
morreu  en  1678.  Deixou  entre  outras  obras 
uQi  Thesaurus  rerumpublicarum  totius  or- 
bis. 

OLDENBURGO,  (geogr.)  Oldeuburg,  cidade 
d'Allemanha,  capital  do  ducado  d  Oldenbur- 
go,  a  7  léguas  0.  deBreme;  5,800  habitan- 
tes. Foi  fundada  em  1155  pelo  conde  Ghris- 
tiano  l. 

OLDENBURGO  (ducado  de),  (geogr.)  estado 
da  Confederação  Germânica  ,  fica  encravado 
aoS.  aO.eaE.no  reino  deHanovre,  masé 
limitado  ao  N.  pelo  mar;  2f)5,000  habitan- 
tes. Capital  Oldenburgo.  E'  dividido  em  6  cír- 
culos. 

OLDENBURGHO ,  (híst.)  phísico  allcmão , 
morreu  em  1678,  era  secretario  da  Socieda- 
de Real  de  Londres,  da  qual  foi  um  dos  pri- 
meiros membros.  Pubhcou  Transacções  phi- 
losophicas. 
OLDENLANPiA,  (bot.)  genero  de  plantas  da 


OLE 


OLB 


n 


família  das  Rubiaceas  e  da  Tetandria  Mono- 
gjnia  ;  é  um  pequeno  arbusto  originário  da 
índia. 

OLDHAM,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra,  a  2 
léguas  JNE.  de  Manchester;  32,000  habitan- 
tes. 

ÓLÍ  /  interj.  de  quem  se  admira. 

OLEADO,  A,  p.  p.  de  olear;  adj.  embO" 
bido  em  óleo,  com  certa  tempera,  para  não 
deixar  passar  a  agua,  t?.  ^f.  pano,  tafetá — . 
Usa-se  como  subst.  por  eUipse,  subentendido 
estoiro,  pano,  etc. 

-♦OLEAGNEO,  A,  aJj.  (Lat.  oleaginus,  ouolea- 
gineus.)  de  oliveira,  de  azeitona. 

OLEAR,  V.  a.  [óleo,  ar  des.  inf.)  untar,  em- 
beber de  óleo,  v.  g.  —  a  madeira,  panos,  ta- 
fetás,  ele. 

OLEARius,  (hist.)  sábio  allemão ,  nasceu 
em  1600,  morreu  em  1G71.  Deixou  Viagens 
d  Moscotia,  Tartaria  e  Pérsia. 

OLEARIUS  (Godofredo),  (hist.)  escriptor  al- 
lemãr,  nasceu  em  1672,  morreu  em  1715. 
Traduziu  em  Latim  a  Historia  dapliiloso- 
phia  de  Stanley ,  e  compnz  uma  Historia 
romana  e  de  Allemanha, 

OLEG,  (hist,)  segundo  gran-duque  de  Mos- 
co via,  de  879  a  915.  Concorreu  muito  pa- 
ra o  augmento  da  Rússia  com  as  suas  con- 
quistas. 

OLEKMA.  (geogr.)  rio  da  Rússia  asiática  > 
sao  dos  montes  Stanovoi,  corre  ao  Í1.  e  cae 
no  Sena. 

OLEIRO  ou  antes  OLLEiRO,  s.  m.  [Lai.  olla, 
pote,  panella.)  o  que  fabrica  louça  de  barro. 

OLEN ,  (hist.)  antigo  poeta  e  pontífice 
grego,  anterior  a^Orpheo,  era  da  Lycia, 
e,  segundo  outros ,  de  Sarmacia.  Can- 
tavam-se  em  Delphos  e  em  Delos,  nas  fes- 
tas solemnes,  hyranos  compostos  por  elle 
Também  sejulga  que  foi  Uien  que  estabe- 
leceu o  oráculo  de  ApoUo  em  Delphos. 

OLENUS,  (geogr)  cidadeda  Achaia,  aoNO. 
sobre  o  mar  de  Crissa,  entre  Dimes  a  O.  e 
Patrus  a  E.  foi  construida  por  Oléna,  filha 
de  Júpiter.  Era  uma  da  1^  cidades  da  con- 
federação achaiahna. 

OLEo,  s  m.  (Lat.  oleum,  óleo,  olea,  olivei- 
ra, Gr.  elaia,  oliveira,  azeitona.  Em  Egypcio 
lale  significa  untar,  o  /  radical  denota  cousa 
escorregadia,  lúbrica.)  liquido  unctuoso  que 
se  extráe  das  frutas  e  outras  partes  das  plan- 
tas, dos  animaes  e  de  algumas  substancias  mi- 
neraes,  v.  g.  —  de  azeitonas,  de  nozes,  de 
amêndoas,  de  linhaça  ;  —  animal,  —  de  pe- 
tróleo. — ,  (íig.)  uncção  Os  santos — s,  de  que 
se  usa  no  bapiisrao,  chrisma,  nas  ord-nsec- 
clesiasticas,  naexlrema-uncção,  etc.  O  — da 
graça,  virtude,  influxo.  «  Uaspar  o — e  chris- 
ma de  quem  é,  »  (loc.  ant.)  fazer  cousa  que 
desdoura,  deshonra  a  pessoa. 

OLEOGiNOSO.  V.  Oleoso, 

YOL.    IV. 


0LE0.S0,  A,  adj.  (Lat.  o/tf05uá.)  unctuoso, 
que  contêm  óleo,  v.  g.  sementes  — s.  As  par* 
tes  — s  da  transpiração,  da  gordura. 

OLERiA.  V.  Ollaria  ou  Olaria. 

OLERON     ou    CASTELLO     d'oLERON,    (geOgr.) 

cidade  de  França,  sobre  a  costa  E.  da  ilha 
d'Oleron,  a  2  léguas  de  Masennes ;  2,640 
habitantes. 

OLERON  (ilha  de),  (geogr.)  Uliarus  e  Olaria 
ilha  de  França,  no  Oceano,  defronte  das  em- 
bocaduras do  Sendre  e  do  Charente  ;  19,000 
habitantes. 

OLESNiKi,  (hist.)  celebre  Polaco,  nasceu 
em  1389,  morreu  em  145S.  foi  secretario 
de  Ladislau  11  ao  qual  salvou  a  vida  ;  foi 
bispo  de  Cracóvia,  cardeal  e  embaixador. 
Em  143i  fez  eleger  Ladislao  III  era  Posen ; 
em  1444  annulou  a  eleição  de  Boleslao  e 
fez  eleger  Cazimiro  IV. 

OLKTTA,  («eogr.)  cidade  de  França ,  a  3 
léguas.  SO.  de  Bastia  ;  901}  habitantes. 

OLETTE,  (geogr.)  villa  de  França  a  ó  lé- 
guas SO.  de  Prades;  700  habitantes,  l 

o'FACTivo,  adj.  que  tem  relação  com  o 
olfacto. 

OLFACTO,  s.  m.  (Lat.  ol/actus,  deolfacio, 
ere,  dar  cheiro,  cheirar,  tomar  o  cheiro;  rad. 
óleo,  ere,  cheirar.)  o  órgão  por  meio  do  qual 
percebemos  o  cheiro  dos  corpos  odoríferos;  é 
mui  connexo  ao  do  paladar,  e  forma  a  parte 
a  mais  delicada  do  sabor. 

Syn.  comp.  Olfacto,  c/í-«tro.  Um  dos  sen- 
tidos do  homem,  cujo  órgão  é  o  nariz,  e  pelo 
qual  elle  percebe  os  cheiros,  é  o  olfacto.  A 
i;npressão  que  os  effluvios  dos  corpos  fazem 
no  olfacto,  é  o  cheiro.  Ao  que  perdeu  o  olfa- 
cto nada  lhe  fede,  nem  lhe  cheira. 

OLFATO.  V.  Olfacto. 

OLFEGO.  V.   Ofjfego. 

OLGA,  .9.  f.  courela  de  terra  própria  pa- 
ra dar  cânamo. 

OLGA  ,  (hist.)  mulher  do  gran-duque  da 
Rússia  Igor  ;  era  de  baixa  origem.  Foi  re- 
gente depois  da  morte  de  seu  esposo,  vin- 
gou sua  morte  sobre  os  Drcdios,  depois  en- 
tregou o  governo  a  Sviatoslav  l  seu  íilho. 
Foi  baptisada  em  Constantinopla  cora  o  no- 
me de  Helena  ;  morreu  em  968.  E'  conside- 
rada como  sancta  pelos  Gregos. 

OLGiRRD,  (hist.)  gran-duque  de  Lithuania 
de  1330  a  1381,  era  filho  de  Ghedimin. 
Destronou  seu  irmão  Javnut.  Vingou  a  mor- 
te de  seu  pae  sobre  a  ordem  teutonica,  á 
qual  tomou  as  conquistas  feitas  na  Samo- 
gicia  ;  tirou  aos  Tártaros  a  Podolia  ,  duas 
vezes  foi  aprisionado  pelos  cavalleiros  teu- 
tonicos  e  d'ambas  se  escapou  por  estrata- 
gema, e  impediu  que  a  Ordem  se  estabe- 
lecesse na  Lithuania.  Morreu  em  1381. 

OLHA,  5.  f.  (Cast.    olla,  pron.  olha ,  do 
Lat,  olla,  panella.)  o  caldo  grosso,  a  gordu- 
7 


OLH 


OLH 


ra  do  caldo  de  carne  cozida  ao  lume  com  adn- 
bos.  Tirar  a  —  á  panella.  —  podrida,  caldo 
feito  com  carne  de  boi,  de  p<  -rco,  com  perdi- 
zes, carneiro,  etc.  — ,  a  panella  que  contêm 
o  caldo  e  a  carne  posta  ao  lume. 

OLHADO  ,  A,  p.  j).  de  olhar  ;  adj.  fitado 
os  olhos,  V.  g. — com  attenção.  Tinha  — 
para  o  mar.  Bem  — ,  ou  mal — ,  bem  ou 
mal  YÍsto,  reputado.  —  com  inveja.  Cousa 
mal — ,  desapprovada,  censurada. — ,  (p.  us.) 
que  tem  olhos. 

OLHADO,  s.  m.  quebranto,  doença  que  o 
Tulgo  crédulo  e  supersticioso  attiibue  ao 
olhar  malfazejo  de  bruia  ou  feiticeira. 

OLHADOR,  s.  m.  observador.  — ,  uranós- 
copo. 

OLHADURA ,  í.  /.  (dos.  uva.)  acto  de 
olhar. 

OLHAL,  s.  m.  {olho,  des.  ai.)  yão  dos  ar- 
cos de  ponte  ou  de  arcada. 

ÔLHALEGRE,  adj.  dos  2  g.  [olho  e  alegre.) 
que  tem  olhos  alegres. 

OLHALVA ,  s.  f.  no  termo  de  Leiria,  é  a 
terra  que  se  lavra  duas  vezes  no  anno,  e  que 
dá  duas  novidades. 

OLHÃO,  s.  m    augment.  de  olho 

OLHAR,  V.  a.  [olho,  ar  des.)  (p.  us.)  en- 
carar, -c.  g.  —  alguém  com  favor,  amor,  ira. 
«  A  fortuna  invejosa  olha  a  virtude  com  torci- 
dos olhos.  —  o  bem  publico,  considerar.  «  Ce- 
gais a  quantos  olhos  olhais.»  Camões,  Se- 
leuco.  — ,  pôr  os  olhos,  dirigir  a  vista.  — pa- 
ra alguém  ou  alguma  cousa  ; — para  si,  cui- 
dar nos  seus  negócios,  attender  aos  próprios 
interesses,  examinar-se.  —  por  alguma  cou- 
sa, attender  a  ella,  —  ao  diante,  cuidar  no 
futuro.  — por  si,  vigiar-se,  acautelar-se.  — 
pelo  bem,  pela  fazenda,  vigiar.  —  para  uma 
mulher,  requesta-la.  —  a  despezas,  reparar, 
orçar,  regrar. — ,  estar  defronte.  Cidade  que 
olha  ao  oriente,  estar  voltado,  -y.  ^.  os  dentes 
do  elephante  olham  para  baixo.  — se,  v.  r. 
considerar-se,  ver-se  ao  espelho. 

Syn.  comp.  Olhar,  ver,  esguardar.  avis- 
tar, enxergar,  lobrigar ,  divisar.  Olhar  é 
lançar  os  olhos ;  applicar  o  órgão  da  vista. 

Vêr  é  o  effeito  do  olhar  :  é  apprehender 
com  a  vista  o  objecto,  a  que  se  lançaram  os 
olhos :  é  sentir  a  impressão,  que  o  objecto 
fez  no  órgão  da  vista. 

Esguardar  é  olhar  e  ver  attentamente  : 
«er  examinando,  attentando,  reflectindo. 

Avistar  é  chegar  a  ver  ;  alcançar  com  a 
vista  ;  encontrar  com  os  olhos,  ou  o  objecto 
que  está  ao  longe,  ou  o  que  passa  rapidamen- 
te, ou  o  que  quasi  nos  escapa  no  meio  da 
multidão. 

Enxergar  éfcr apenas;  rèr  quanto  basta 
para  perceDer  o  objecto,  sem  divisar  ou  dis- 
tinguir   as  suas  particularidades  ;    entre- 
ver. 


Lobrigar  é  amstar,  ou  enxergar  no  meio 
da  escuridade,  ou  da  confusão. 

Divisar  é  ver  discernindo,  e  distinguindo. 

Olhamos,  v.  g.  para  o  mar  com  o  fim  de 
vermos  e  observarmos  oquenelle  se  passa  ; 
avistamos  ao  horisoníe  alguns  corpos  flu- 
ctuantes,  e  d'ahi  a  pouco  enxergamos  a  sua 
forma,  e  o  seu  velame,  e  reconhecemos  que 
são  navios.  Aproximando-se  mais,  começa- 
mos a  divisar  cada  uma  das  suas  partes,  a 
figura  dos  vasos,  a  forma  e  cores  das  bandei- 
ras, o  trajo  dos  marinheiros,  e  outras  parti- 
cularidades, que  nos  dão  a  conhecer  se  os  na- 
vios sã®  mercantes,  ou  de  guerra,  a  que  na- 
ção pertencem,  etc,  e  talvez  no  meio  da  con- 
fusão da  chusma  lobrigamos  alguma  pessoa 
que  nos  é  conhecida,  etc. 

OLHEiRÃo,  s.  m.  augment.  de  olho.  Uns 
olheirões  de  agua,  nascentes  que  brotam  da 
terra. 

OLHEIRAS,  5.  f.  pi.  [olho.)  circulo  livido 
por  baixo  dos  olhos  com  alguma  incitação, 
causado  por  insomiiia,  magoa,  choro,  etc. 

OLHEIRO,  s.  m.  o  que  vigia,  inspector,  v. 
g.  de  trabalhadores,  oíTiciaes  mechanicos, 
obreiros.  — s,  olhos  de  agua. 

OLHiBRANCO  ,  A  ,  adj.  quo  tem  os  olhos 
brancos. 

OLHiNEGRO ,  A  ,  adj.  quo  tem  os  olhos 
negros. 

OLHiNHO,  s.  m.  diminui,  de  olho,  peque- 
no olho.  — s,  (fig.)  olhos  lindos. 

OLHiZAiNO,  A,  adj.  que  olha  atravessado. 
V.  Zaino. 

OLHizARCo,  A,  adj.  que  temos  olhos  zar- 
cos. V.  Zarco.  P 

OLHO,  s.  m.  (Lat.  oculus,  e  antigamente 
ochus  ;  Gr.  ops  ;  Sanscrit.  acxi.  Em  Proven- 
çal ou  lingua  dos  trovadores  huelh,  oili,  em 
Catalão  ull ;  Fr.  ml.  Parece-me  derivado  do 
Gr.  Ulos,  o  olho,  de  illô,  volver.  Oculus,  ant. 
ochus  e  os  seus  análogos  acxi,  augo,  og,  eg, 
nas  línguas  do  norte,  parecem-me  referir-se 
ao  rad.  Egypcio  ouonk,  manifestar,  paten- 
tear.) órgão  da  vista  situado  na  orbita,  e  de 
forma  mais  ou  pienos  globular,  no  homem, 
nos  quadrúpedes,  nos  pássaros,  peixes,  etc. 
Os  olhos  nas  classf  s  de  animaes  apontadas  são 
dois,  um  em  cada  orbita  ;  no  homem,  e  no 
macaco  e  em  alguns  oufros  animaes  situados 
de  modo  a  poderem  ambos  fitarem  ura  mes- 
mo objecto  posto  em  cerla  distancia,  se  bem 
que  de  ordinário  fixemos  com  um  só  olho  ca- 
da objecto.  Menina  do  — ,  a  pupilla.  — ,  (fig.) 
vista,  Ter  bom — ,  ter  vista  penetrante,  ver 
bem. — ,  ter  penetração,  perspicácia.  Ter  os 
— s  abertos  ;  abrir  os  — s,  (fig.)  vir  no  claro 
conhecimento  dos  desígnios  de  quem  procu- 
ra illudir-nos.  Abrir  os  — s  a  alguém,  tira-lo 
do  engano  em  que  estava.  —  os  olhos  ,  (loc. 
íamil.)  morrer.  Fechar  os  — s  sobre  os  actos 


OLH 


OU 


de  alguém,  não  attender,  ou  affectar  que  nSo 
vê  o  que  é  reprehensivel ;  usar  de  conniven- 
cia.  —  ao  perigo,  nào  attender  a  elle.  En- 
cher os — ,  alegrar  a  vista.  Levantar  os — s 
a  Deus,  para  o  implorar.  Abater,  abaixar 
os  — s,  fiia-los  no  chão.  Ter  os  — s  cheios 
de  pessoa  ou  cousa ,  rever-se  nella  ,  sentir 
grande  satisfação  em  a  contemplar. Passar  ou 
correr  os  — s  por  papel  escripto  ou  bvro  , 
ler  rapidamente,  sem  attenção  e  não  seguida- 
mente. Correr  com  os  — s  algum  lugar,  exa- 
minar, considerar  de  passagem.  Estar  com 
ou  ter  os  — s  em  alguma  cousa ,  tê-la  em 
vista,  attentar  nella.  Ter  diante  dos  — 5,  ter 
presente,  considerar.  Pôr  diante  dos  — s  de 
alguém  ,  representar-lhe.  Estar  com  os — s 
longos,  desejar  com  ardor.  Caírem  os  — s 
com  somno,  (íig.)  fechareuí-se  as  palpebris. 
— s,  (Hg.)  pessoas  que  olham,  ex,  «  todos 
os  — s  da  náu  correram  a  ver  o  monstro  ma- 
rinho. Os  — s  do  entendimento  ,  a  intelli- 
gencia.  —  do  coração,  o  sentimento.  Ver 
com  os  — s  do  interesse,  da  concupiscência, 
do  ciúme,  ser  dirigido,  excitado  por  estes 
aíTectos.  Os  — s  da  cauda  do  pavão,  os  cír- 
culos que  a  ornam.  Os  — s  do  queijo,  cír- 
culos oucos  que  forma  a  massi.  Olhos  do 
sol ,  os  raios  que  peneiram  por  greta  ou 
resquício.  Olhar  ou  ver  com  bons  — s,  favo- 
ravelmente. Com  maus  —  s  ,  desfavora- 
velmente. A  —s  vistos,  locução  vulgar  e  usa- 
da por  Barros  :  «  ella  (a  náu)  aos  olhos  vis- 
tos se  ia  ao  fundo.  »  Dec.  2,  2,  8.  Moraes 
censura  a  expressão  e  quer  que  vistos  concor- 
de com  a  cousa  que  se  vê,  e  por  conseguinte 
Barros  devia  ter  dito  «  ella  (a  náu)  aos — s  vis- 
ta, etc.  »  Mas  quem  errou  foi  Moraes  e  nào 
Barros,  que  sabia  bem  a  lingua  Moraes  não 
comprehendeu  a  força  do  termo  «isío,  que 
nesta  phraze  tem  sentido  activo.  A — s  vis- 
tos equivale  a  :  com  olhos  que  fixam  o  ob- 
jecto. Saltar,  vir  aos — s;  metter-se  pelos 
— s,  ser  manifesto.  Valer,  custar  os — sda 
cara ;  dar  os  — s  na  cara,  fazer  grande,  o 
maior  sacrificio.  Ter  sangue  nos — s,  brio, 
pundonor,  coragem.  Tirar  os — s  a  alguém 
por  alguma  cous  > ,  insistir  muito,  importu- 
nar muito.  Meus  — s  expressão  carinhosa.  Os 
— s  da  alma,  (fig.)  sentimento  profundo.  Ter 
— ,  attender,  vigiar,  v.  g.  — á  sua  utilidade. 
Ter  em  —  pessoa  ou  cousa,  observar.  Tra- 
zer alguém  de  — ,  ou  em  — ,  vigia-lo  An- 
dar com  o  —  sobre  o  hombro,  andar  alerta, 
acautelar-se.  Dar  de — ,  acen  r,  fazer  si- 
gnal  com  o  olho.  A — ,  (loc.  adv  )  visivel- 
mente, V.  g.  crescer,  emmagrecer — .  Ven- 
der a  — ,  a  esmo.  Fechar  o  — ,  morrer.  Ven- 
to pelo — ,  ponteiro,  pela  proa.  Ao  — do  sol, 
bem  defronte  delle,  v.  g.  pôr-se  ao  —  do  sol. 
Pôr  alguém  no  —  da  rua,  (loc.  pleb.)  ex- 
pulsar da  casa,  pôr  no  meio  da  rua.  —  de 


agua,  nascente  que  rebenta  da  ferra. -^<fo 
planta,  gommo,  renovo,  grelo.  —  da  ponte, 
do  arco,  olhai.  — ,  aro  em  que  se  mette  ca- 
bo, V,  g.  —  do  machado,  da  enxada,  do  al- 
vião, da  pedra  de  amolar.  —  de  boi,  negrume 
que  precede  o  tufão.  — ,  espécie  de  maçã.  — , 
pampilho,  herva.  —  de  gaio,  onyx,  pedra 
preciosa.  —  de  lebre,  —  de  gallo,  plantas  as- 
sim denominadas. 

OLHO  d'agua,  (geogr.)  serra  da  província 
dos  Alagoas,  no  Brazíl,  6  léguas  ao  ft.  do  sal- 
to de  Paulo  Affonso  no  rio  de  São  Francis- 
co. 

OLHUDO,  A,  adj.  que  tem  grandes  olhos. 

OLiBANO,  s.  m.  (Lat.  o/i6anum.)  incenso 
macho,  o  primeiro  que  decorre  da  arvore. 

OLiERGUES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
4  léguas  1^0.  de  AmDert ;  1,900  habitantes. 

OLiGANTHES,  (bot.)  genero  de  plantas  da 
família  das  Synanthereas ,  e  da  Syngenesia 
egual. 

OLiGARCHiA,  s.  f.  (Gr.  oUgos,  pouco,  ar- 
chia  suíf.)  governo  de  um  pequeno  n  umero 
de  magnates. 

OMGARCHico,  A,  adj .  coucemente  á  oli- 
garchía,  v.  g.  governo — . 

OLiGOSPERMO,  adj ,{hot.)  diz-se  de  um  fructo 
que  contém  só  um  pequeno  numero  de  se- 
mentes. 

OLINDA,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portugue- 
za,  no  dístricto  de  Quílamane,  de  que  se  não 
sabe  a  extensão  e  limites.  E'  abundante  em 
todo  o  genero  de  mantimentos,  e  tem  muita 
caça. 

OLINDA,  (geogr.)  uma  das  mais  antigas  ci- 
dades do  Brazíl ;  3,000  habitantes. 

OLisippo,  (geogr.)  Felicitas  Júlia,  hoje  Lis- 
boa, cidade  da  Lusitânia,  assim  chamada  , 
diziam  os  antigos,  por  ter  sido  fundada  por 
Ulysses. 

OLiTE,  (geogr.)  cidade  de  Hispanhâ,  alO 
léguas  S.  de  Pampelona  ;  2,9(J0  habitantes. 

OLIVA,  s.  f.  azeitona.— ,  (alv.)  tumor  que 
vem  ás  bestas  entre  a  queixada  e  o  pesco- 
ço. V.   Óleo  e  Oliveira. 

OLITA,  (geogr.)  villa  dos  Estados  prussia- 
nos,  a  2  léguas  KO.  de  Dantzick ;  600  ha- 
bitantes. 

OLiYA  ,  (geogr.)  ad  Statuas ,  cidade  de 
Hispanhâ,  a  4  léguas  NO.  de  Denia ;  5,600 
habitantes. 

OLIVAL,  s.  m.  (des.  collectiva  a/.)matade 
oliveiras,  v.  g.  os  olivaes  são  muiproducti- 
vos. 

•LivARES,  (geogr.)  villa  de  Hispanhâ ,  a 
6  léguas  e  meia  E.  de  Yalladolíd ;  600  ha- 
bitantes. 

OLivARES    (Gaspar   Gusmão  ,  conde  de) , 

(hist.)    celebre  ministro   hispanhol,    nasceu 

em  Koma  em  1587,  ganhou  a  confiança  do 

infante^  depois  Philippe  IV,  ^  quando  este 


28 


OLl 


OiO 


príncipe  subiu  ao  trono,  nomeou-o  seu  pri- 
meiro ministro  e  duque  de  S.  Lucas.  Conce- 
beu gigantescos  projectos  para  elevar  a  His- 
panha,  que  descaia  sensivelmente.  Tentou 
animar  a  industria ;  tramou  diversfs  intri- 
gas com  os  Calvinistas  francezes ,  e  travou 
guerra  com  a  França  ;  a  lucta  ao  princi- 
pio favorável  a  llispanha  tornou-se  des- 
vantajosa ;  a  insurreição  da  Catalunha  e  a 
revolução  de  Portugal  era  1640  deram-lhe 
golpes  terríveis,  que  tornaram  inevitável  a 
queda  do  ministério.  Perseguido  por  mil 
inimigos  morreu  de  pesar  em  1643. 

OLivEDO,  s.  m.  (Lat.   olivetum  )  olival. 

OLIVEIRA  ,  (bot.)  género  da  familia  das 
Jasmineas  e  da  Diandria  Monogynia  ;  é  a  ar- 
vore mais  útil  e  de  mais  valor,  e  é  o  sym- 
bolo  da  paz. 

OuvE'RA  (Christovão  Rodriguez  de),  (hist.) 
escriptor  portuguez,  natural  de  Lisboa,  vi- 
■?ia  no  reinado  de  el-rei  l).  João  III  }.elos 
annos  15ul.  Escreveu:  Summario.emque 
se  contém  algumas  causas,  que  ha  na  ci- 
dade de  Lisboa. 

oLrvEiRA,  (geogr.)  antiga  povoação  e  nova 
villa  da  província  de  Minas-Geraes,  no  Bra- 
2Í1,  na  comarca  do  liío  Grande,  10  léguas  ao 
S.  da  villa  de  Tamanduá ;  1,600  habitan- 
tes. 

OLIVEIRAS  (o  monte  [das),  (geogr.)  hoje 
DJebel-tor,  montanha  situada  a  E.  de  Je- 
rusalém, e  separada  desta  cidade  pela  tor- 
rente do  Cedron  e  o  valle  de  Josaphat.  lia- 
ria nesta  montanha  um  sitio,  onde  cresciam 
muitas  oliveiras.  Foi  para|elle  que  Jesu- 
Christo  se  retirou  algumas  vezes  com  os  seus 
discípulos;  foi  lambem  no  monte  das  Oli- 
veiras, que  Jesu-Christo  foi  agarrado  pela 
traição  de  Judas  para  ser  entregue  a  Pilatos. 

OLIVEIRINHA,  s.  f.  diminut.  de  olivei- 
ra. 

OLiVEL,  s.  m.  V.  Nivel,  e  Livel. 

OLiVELAR.  V.  Nivelar. 

OLIVENÇA,  (geogr.)  cidade  de  nispanba,  a 
6  léguas  S.  de  Badajoz;  10,500 habitantes. 
Praça  d'armas  notável;  pertencia  a  Portu- 
gal e  foi  cedida  á  Hispanha  em  1801. 

OLIVENÇA  ,  (geogr.)  villa  da  província  da 
Bahia,  noBrazil,  vantajosamente  situada  per 
to  do  mar  n'uma  collina  entre  duas  ribeiras 
de  desigual  cabedal,  3  léguas  ao  S.  da  villa 
de  São  Jorge;  1,500  habitantes. 

OLiVET,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  uma 
légua  e  um  quarto  S.  de  Urleans ;  3,380 
habitantes. 

OLivET,  (hist.)  celebre  grammalico  francez, 
nasceu  em  16  2,  morreu  em  l768.  Publi- 
cou :  Historia  da  Academia  Franceza  ;  Tra- 
ctado  da  Prosódia  ;  Ensaios  de  Gramma- 
tica,  etc. 

OLiYíio,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 


les, a  11  léguas  SO.  de  Matera ;  6,200  ha- 
bitantes. 

OLiviER,  (hist.)  elymologista  francez,  nas-,' 
ceu  em  1756,  morreu    era    1815.    As  suas 
principaes  obras  são:  Memorias  sohre  &  eij^i 
mologia,    agricultura   e  botânica ;  Historia 
natural  dos  Cleopteros,  etc, 

OL'A,  s.  f.  (Lat.  olla,  panella.)  panella. 
V.  Ola. 

OLLARiA,  s.  f.  (des.  ia.)  fabrica  de  lou-" 
ça  de  barro. 

OLLEiRO,  s.  m.  (Lat.  ollarius.)  o  que  fa- 
brica louça  de  barro. 

OLLERiA,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a  2 
léguas  e  um  quarto  de  S.  Philippe;  3,700 
habitantes. 

OLLiouLES,  (geogr.)  cidade  de  França  a  2 
léguas  O.  de  Toulon  ;  3,130  habitantes. 

OLMAFi.  V.  Marfim. 

OLMEA,  s.  f.  nome  de  uma  droga. 

OLMEDAL,  s.  m.  (dcs.  collcctiva  aí.)  bos- 
que de  olmeiros. 

OLMEDO,  s.  m.  V.  Olmedal. 

OLMEDO  ,  (geogr.)  cidade  murada  de  His- 
panha ,  a  6  léguas  SK.  de  Medina-del- 
Campo  ;  ^,150  habitantes. 

OLMEIRO  ou  OLMO,  s.  wi.  ^Lat.  ulmus.)  ar- 
vore vulgar.  V.  Ulmo. 

OLMETO.  (geogr.)  cidade  de  França,  a  14 
léguas  de  Sarténe;  1,4.  O  habitantes. 

OLMi-E-CAPELLA,  (gcogr  )  vil!a  de  França, 
a  6  léguas  e  meia  E.  de  Calvi ;  750  ha- 
bitantes. 

OLMUTz,  (geogr.)  Holomauc  em  moravio, 
Eburum  em  latim,  cidade  dos  Estados  Aus- 
tríacos sobre  o  March,  capital  d'um  circulo,  a 
1 6  léguas  E.  deBrunn;  19,000  habitan- 
tes. 

OLNEY,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra  a  4 
léguas  e  meia  SE.  de  Morthampton  ;  3,000 
habita-.tes. 

OLÓGRAPHO,  ou  antes  hológrapiio,  a,  adj. 
(Gr.  holos,  todo,  e  graphosuíí.)  Testamen- 
to — ,  escripto  todo  da  própria  mão  do  tes- 
tador. 

OLOR,  s.  m.  (Lat.  olor.)  cheiro. 

OLONA,  (geogr.)  rio  aífluente  do  Pó,  pas- 
sagem Milão;  dava  o  seu  nome  a  um  distri- 
cto  francez,  que  tem  por  capital  Milão. 

OLONETz  ou  OLONEJE,  (gcogr.)  cidade  da 
Rússia  europea,  a  4  léguas  S,  de  Petroza- 
vodsk ;  8,000  habitantes. 

OLONNE,  (geogr.)  villa  de  França,  sobre  o 
mar,  a  uma  légua  N.  de  Sables-d'01onne; 
2,400  habitantes. 

OLOSZAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6 
léguas  S.  de  S.  Pons ;  1 ,200  habitantes. 

OLORON  ou  OLFRON.  (gcogr.)  lluro,  cida- 
de de  França,  a  8  léguas  SO.  de  Pau ;  l620 
habitantes. 

OLORON,  (geogr.)  rio  de  França,  é  íormíi- 


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dò  pela  reunião  dos  rios  Ossau  e  d 'Aspe  , 
corre  ao  NO.  e  lança-se  em  Pau,  um  pou- 
co acima  do  Peyrehorade. 

OLOROSO,  A,  adj    clitíiroso. 

OLor,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a  5 
léguas  Kj.  de  Girnna  ;  13,9'JO  habitantes. 

OLTEN,  (geogr.)  JJltinum,  cidade  daSuis- 
sa,  sobr.^  o  Aar ;  a  8  léguas  NE.  de  So- 
leure;  1,300  habitantes. 

OLVERA,  (geogr.)  llipa,  cidade  de  Hispa- 
nha, a  5  léguas  emeiaSO.  d'Ossuna  ;  6,000 
habitantes. 

OLVIDADO,  A,  p.  p.  de  olvidar ;  adj.  es- 
quecido. 

OLVIDAR,  V.  a.  V.  Esquecer. 

OLVIDAK-SE  ,     V.     í.     (p.    US.)    V.    EsqUC- 

cer-se. 

OLVIDO  ,  s.  m.  (Cast.  olvido,  Fr.  oubli.) 
(p.  US.)  V.  Esquecimento. 

OLYBRio  (Anicio),  (hist.)  esposo  de  Placi- 
dia,  filha  de  Valentiniano  111  [e  general  de 
Leão  1 ;  foi  enviado  ao  Occidente  para  sus- 
tentar o  imperador  Aolhémio  contra  o  re- 
belde Ricimes ;  mas  elle  aceitou  a  purpu- 
ra das  mãos  deste  ultimo ,  o  qual  passado 
algum  tempo  marchou  para  Roma,  lomou-a 
e  matou  Anthemio,  cm  ^72.  Oljbrio  reinou 
poucos  mezes  e  morreu  no  mesmo  anno. 

OLYMPIA     OU    OLYMPIADA     (Sauota)  ,     (hist.) 

nasceu  em  HtJ8,  morreu  em  410,  foi  casada 
com  Nebrido,  prefeito  de  Constantinopla  ; 
enviuvou  depois  de  20  annos  de  casamen- 
to ;  viveu  praticando  todas  as  virtudes  chris- 
taas;  é  festejada  a  .7  de  dezembro.  Uma 
outra  sancta  Olympia  é  festejada  a  12  de 
janeiro. 

OLYMriA,  (geogr.)  hoje  Miraka  ou  Lou- 
genico,  legar  da  Elida,  aO.  e  perto  de  Pisa, 
era  celebre  pelos  jogos  olympicos,  que  lodos 
os  4  anros  se  davam  em  honra  de  Júpiter 
olympico,  pelo  soberbo  templo  consagrado  a 
este  deus,  pelos  bosques  sagrados  ,  que  o 
cercavam,  finalmente  pelo  numero  extraor- 
dinário de  estatuas,  que  decoravam  o  bos- 
que, o  templo  e  o  Stadio. 

OLYMPIADA,  (hist.)  ospaço  de  quatro  anuos, 
que  decorriam  entre  as  duas  celebrações 
consecutivas  dos  Jogos  Olympicos.  Um  sé- 
culo corresponde  pois  a  2o  Olympiadas.  A 
primeira  Olympiada  começou  no  anno  776 
antes  de  Jesu-Christo,  anno,  em  que  os  jo- 
gos foram  organisados  e  onde  Corcebus  foi 
vencedor;  a  ultima -em  2^)3. 

OLYMPiAs,  (hist.)  filha  de  Neoptolemo,  rei  do 
Epiro,  mullier  de  Philippe  II,  rei  de  Mace- 
dónia, mãe  de  Alexandre-o- (iVandc,  foi  re- 
pudiada no  anno  33B,  antes  de  Jesu-Chris- 
to, retirou-sc  ao  Epiro,  e,  provavelmente  , 
fez  mover  o  braço,  que  matou  Philippe , 
Toltou  á  Macedónia  depois  da  morte  deste 
principe,  fez  grandes  honras  á  memoria  do 

VOL.    IT. 


fii 


assassino  e  obrigou  Cleópatra,  sua  rival,  a 
enforcar-se.  Não  soíTreu  quasi  mal  algum 
durante  a  ausência  de  Alexandre,  mas  nem 
por  isso  deixou  de  fazer  mal  a  Antipatro,  a 
quem  Alexandre  tinha  confiado  o  governo 
da  Macedónia.  Retirou-se  immediatacr.ente 
ao  Epiro  depois  da  morte  de  seu  filho ;  to- 
mou todavia  parte  nas  guerras  macedonicas, 
uniu-se  com  Iloxane ,  voltou  a  Macedónia 
depois  da  morte  de  Antipatro,  e  fez  morrer 
Eurydice  e  Arrhidea,  e  deu  assim  o  exem- 
plo para  se  derramar  o  sangue  da  família 
de  Alexandre.  Foi  morta  em  um  tumulto 
em  317. 

OLYMPICOS  (Jogos),  (hist.)  festas  celebradas 
em  Olympia,  em  honra  de  Jupiíer  Olympio, 
eram  feitos  de  quatro  em  quatro  annos.  Es- 
tes jogos  os  mais  magnificos  de  quantos  se 
celebravam  na  Grécia,  tinham  sido  instituí- 
dos por  Hercules  ,  muita*  vezes  interrom- 
pidos, foram  renovados  por  Pelops ,  depois 
por  Iphito,  legislador  de  Elido ,  no  anno 
884  antes  de  Jesu-Christo  e  receberam  um. 
novo  regulamento  em  7/6. 

OLYMPIO,  A,  adj,  de  Olympia. 

OLYMPiODORO,  (hist  )  philosopho  platónico," 
que  ensinou  em  Alexandria,  no  principio  do 
VI  século.  Deixou  um  Cowimeníario  sobre  o' 
primeiro  Alcebiades,  precedido  da  Vida  de 
Platão.  V'"' 

OLYSiPO.  fgeogr.)  Olympus,  nome  commum 
a  duas  celebres  cordilheiras,  uma  entre  a 
Macedónia  e  a  Thessalia  (hoje  Lacha),  ou- 
tra na  Bythinia  Occidental,  nos  confins  da 
Phyrgia  e  da  Mysia  (hoje  o  Hechich  Dagh 
ou  a  montanha  do  monge).  Á.  primeira  é  a 
mais  elevada  e  os  antigos  faziam  delia  a 
habitação  dos  deuses. 

OLYNTHO ,  (geogr.)  Olynthus,  cidade  da 
Chalcidia,  não  era  mais  do  que  uma  mise- 
rável villa,  quando  o  rei  de  Macedónia  Per- 
diccas  II  a  deu  aos  emigrados  das  colónias 
athenienses  da  Chalcidica,  no  anno  433  an- 
tes de  Jesu-Christo  Olyntho  dentro  em  pou- 
co se  tornou  poderosa,  estendeu  o  seu  do- 
mínio sobre  30  cidades  circumvisinhas,  es- 
capou aos  Athenienses  e  aos  Spartiatas,  mas 
foi  reduzida  por  Philippe  e  reunida  á  Ma- 
cedónia. 

OM,  (hist.)  syllaba  mystica,  que  precede 
todas  as  orações  e  invocações  dos  índios, 
tmlingua  sanscrita,  escreve-se  Aum,  por- 
que esta  lingua  não  tem  vogal  simples  para 
o  som  O.  Estas  três  lettras  representam  a 
trindade  indiana.  A  Vichnou  ;  U  Siva  ;  3f 
Brahma. 

OM,  (geogr.)  rio  da  Rússia  asiática,  na  Si- 
béria, vem  da  Steppe  deBaraba,  corre  a  O. 
e  cae  noirtich  em  Omsk. 

oiA,  (geogr.)  uma  das  Molucas,  tem  por 
capitai  a  forte  Zelândia  ;  5,000  habitantes. 
8 


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30 


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OMM 


OMAGH,  (geogr.)  cidade  da  Irlanda,  capital 
do  condado  de  Tyroner,  a  9  loguas  NE.  d'En- 
niskillen. 

OMALiso,  (h.  n.)  género  d'insectos  da  or- 
dem <los  Toléopteros,  secção  dos  Pentamé- 
ros,  familia  dos  Serricornes,  tribu  dos  Lam- 
py  rides. 

OMAN,  (geogr.)  uma  das  cinco  regiões  da 
Arábia,  a  mais  ao  SE.,  sobre  ogolpho  Pérsi- 
co, e  sobre  o  mar  d'Oman,  compreende  en- 
tre outros  estados  o  iraamato  de  Mascate  o  o 
Estado  deBelua-Ser,  queoutr'ora  dependia 
de  Mascate. 

OMAN  ou  SOHAR,  (geogr.)  cidade  da  Ará- 
bia, a  55  léguas  NO.  de  Mascate. 

OMAN  (mar  de),  (geogr.)  porto  de  mar  da 
índia,  que  rega  as  costas  da  Arábia ;  com- 
munica  com  o  golpho  Pérsico  pelo  estreito  de 
Ormuz. 

OMAR I  (Abou-Hafsa-Ibu-al-Khattab),  (his.) 
segundo  califa,  era  primo  em  terceiro  gráo 
de  Mahomet,  e  foi  ao  principio  ardente  per- 
seguidor do  islamismo,  converteurse  em  615, 
foi  um  dos  principaes  apóstolos  do  prophe- 
ta ,  foi  cbanceller  d'Abou-Bekr  1."  califa, 
succedeu-lhe  em  634,  augmentou  muito  os 
limites  do  império  árabe,  e  foi  morto  por  um 
fanático  em  644. 

OMAR  (Abou-Hafs-al-tialedh-Ben-Schoaib), 
(hist.)  nasceu  nos  arredores  de  Córdova,  re- 
voltou-se  contra  Abderrame  II,  foi  batido,  fu- 
giu, percorreu  o  Mediterrâneo  como  pirata, 
conquistou  Creta,  onde  construiu  um  forte 
que  chamou  El-Rhandak ,  foi  este  forte  a 
origem  do  nome  Cândia. 

OMAR-AL-MOTAWAKEL-AL-ALLAH  (AboU  Mo- 

hammed),  (hist.)  chamado  El-Aftas,  ultimo 
rei  mouro  de  Badajoz,  reinou  de  1079  a  1094 
foi  celebre  pelas  suas  riquezas,  prosperida- 
de ebom  gosto  pelas  artes.         ,. 

OMAXEM.  V.  Imagem.  .    hííí^  ;  .    ■ 

OMBAY,  (geogr.)  uma  das  ilhas  àa  Sonda 
em  Malaisa,  ao  N.  de  Timor. 

OMBELLTFERAS,  (bot.)  nome  de  uma  da  fa- 
milia as  mais  naturaes  do  reino  vegetal. 

OMBOs,  (geogr.)  hoie  el-Boueth  ou  Koum- 
pwòo*,  cidade  do  Egypto,  na  Thebaida,  na 
margem  oriental  do  Nilo,  entre  Syena  e  Apol- 
Hnopoli-a-Grande,  era  celebre  pelo  culto, 
que  nella  se  rendia  aos  crocodilos,  e  pelo  seu 
ódio  a  Tentyra,  que  despresára  este  culto. 
Defronte  de  Ombos,  do  lado  opposto  do  Nilo 
ficava  Contra-Ombos. 

OMBRADOR,  s  M  evà  officio  antigo  da  ca- 
sa  real  de  Portugal.  Moraes  crè  que  é  cor- 
rupção de  alfombrador  ou  alfombreiro. 

OMBREIRA,  s.  f.  Y.  Hombreiías. 

OMBRiA  ,  s,  f.  (do  Lat.  umbra,  sombra.) 
a  parte  da  montanha  que  está  da  parte  da 
sombra  ou  do  poente. 

OVBRTA,  ^geogr.)  Úm.bria,  região  da  Itália 


antiga,  entre  aEtruria,  oPicenum  e  o  paíz 
dos  Sabinos  Fulginium  era  a  sua  cidade  prin- 
cipal. Os  Umbrios,  seus  habitantes  (cujo  no- 
me deriva  á^Ombra,  homem  forte,  em  cél- 
tico) eram  Gaulezes  de  origem  e  muito  bár- 
baros. Tomaram  parte  nas  grandes  guerras 
dos  Etruscos  e  Samnitas  (contra  os  Roma- 
nos. Foram  snbmettidos  em  280. 

OMERiDADE.  V.  Hombridade. 

OMBRiNA,  s.  f.  nome  de  um  peixe. 

OMBRios  ou  PLUVIALIA,  (geogr.)  uma  das 
ilhas  Afortunadas,  a  ilha  de  Ferro  actual. 

OMBRO.  V.  Hombro. 

OMBRONiA,  (geogr.)  Umbro,  rio  do  gran- 
ducado  de  Toscana,  nasce  nosApennmos,  a 
5  léguas  E.  de  Srenne,  cae  ao  S.  e  lança-se  no 
Mediterrâneo. 

OMBRUDO.  V.  Hombrudo. 

OMEGA,  s.  m.  (pron.  J/we^a.  por  uso.  De- 
vera ser  oméga,  nome  da  ultima  letra  do  al- 
phabeto  grego,  o  longo  [m,egas,  grande)  ; 
(fig.)  o  ijltimo,  o  fim,  v.g.  o  alpha  eome- 
ga.  '    '*' 

OMEM.  V.  Homem. 

OMENAGEM.  V.  Homenagem. 

OMENTO,  s.  m.  (Lat.  omením»,  do  Gr. /lo- 
moein,  unir,  ligar.)  (anat.)  o  epiploon,  re- 
denho,  membrana  pingue  que  cobri3  ante- 
riormente os  intestinos. 

OMER  (S.),  Audomarus,  era  monge  de  Lu- 
xeud,  foi  depois  bispo  do  Therouanna  em 
637.  Morreu  em  670  ;  a  Igreja  commemo- 
ra  este  santo  a9  de  Septembro. 

OMESSA,  (geogr.)  villa  da  Córsega,  a  2  lé- 
guas NE.  de  Corte  ;  800  habitantes. 

OMEZTO  ou  OMiZTO.V.  Homizío. 

OMicio.  V.  Homicidio,  Homizio. 

OMiCRON ,  s.  m.    (o  e  mikros,  pequeno.) 
nome  do  O  breve,  no  alphabeto  Grego. 
.  OMiLiA.  V.  Homilia. 
\  ,.  OMíNADO.  V.  Augurado,  Agourado. 

OMINOSO,  A,  adj.  (Lat.  ominosus,  áeomen, 
agouro.)  que  contêm  agouro,  agourenlo, 

OMISSÃO,  s.  f.  (Lat.  omissio,  onis.)  o  ac- 
to de  omittir,  de  não  fazer  menção,  ou  de 
deixar  de  fazer  alguma  cousa,  v.  g.  pecado 
de  — . 

OMiSTiQuio,  orth.  ant.  e  barbara.  V.  He~ 
mistichio. 

OMITTIR,  V.  a.  (tat.  omittOf  ere  ;  o  por  ob, 
diante,  contra,  e  mittere,  pô,.)  deixar  de 
mencionar,  ou  de  fazer  alguma  cousa,  pas- 
sar em  silencio. 

OMiziAR,  OMizio  e  dériv.  V.  Homiziar , 
Homizio. 

OMMIADES;  (hist.)  celebre  dynastia  árabe, 
subiu  ao  trono  de  Damasco  em  661  por  mor- 
te de  Ah,  na  pessoa  de  Moawiah,  descendente 
d'Ommiah,  reinou  esta  dyuastia  alé  749 ; 
destronado  nesta  epocha  pelos  Abbassidas, 
foi  então  ^ffitia^  jfii|^s|)ãniia,  onde  debaixo 


OMP 


01!D 


8» 


do  nome  do  Califado  de  Córdova ,  formou  um 
império  novo.  Este  segundo  califado  come- 
çou a  descair  no  anno  1000  ;  o  ultimo  Om  - 
miade  deixou  de  reinar  em  1031. 

OMMíAH,  (hist.)  princepe  da  tribu  dos  Ko- 
raichitas,  que  dominou  em  Meca,  morreUno 
principio  do  Vil  século,  antes  queMahomet 
pregasse. 

OMNiA,  s.  f.  (Lat.  omnia,  pi.  n.  de  om- 
nis,  tudo.)  pomar,  ou  horta  de  muitos  e 
vários  fructos.  E  p.  usado. 

OMNIMODO,  A,  adj.  (Lat.  omnimodus .)  de 
todos  os  modos,  v.  g.  historia,  autorida- 
de— .  ,,^      .. 

OMNiPARENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  omnis, 
todo.)  (poet )  pai  universal,  v.  g.  Deus  — . 

OMNiPATENTE,  ãdj .  dos  2  g.  (Lat.  omnis, 
todo.)  (poet.)  patente  a  todos,  aberto,  ex- 
posto por  todas  as  partes,  v.  g.  o  ar — .   . 

oaNiPOTENGiA,  s.  f.  O  poder  sem  limite, 
V.  g.  di  —  de  Deus. 

OMNIPOTENTE,  adj.  dos2  g.  [iâX.  omnis, 
todo.)    todo  poderoso.  De^^s  —  ,  ou  subst. 

O—.  \;;':; . 

omnívoro,  a,  adj.  (Lat.  omnis,  todo,  e 
voro,  are,  devorar.)  que  se  sustenta  de  to- 
da a  sorte  de  alimentos. 

OMO-HYOiDEO,  s.  m.  (auat.)  nome  d'um 
musculo  colocado  obliquamente  sobre  os  la- 
dos e  adiante  do  pescoço,  e  que  se  estende 
do  bordo  superior  da  omoplata,  ao  bordo  in- 
ferior do  corpo  do  osso  hyoide. 

OMONiNO.  V.  Homónimo. 

OMOPLATA,  s.  m.  (Gr.  òmos,  hombro  ,  e 
platus,  chato.)  (anat.)  osso  que  forma  o  hom- 
bro, ou  a  espadoa. 

OMOBCA,  (myth.)  divindade  chaldaica,  era, 
segundo  Bervie,  mulher  de  Baal,  eco-existia 
na  eternidade  -com  este  deus ;  quando  che- 
gou o  tempo  da  creação,  foi  cortada  em  dous 
pedaços  por  seu  marido ;  a  parte  superior 
formou  o  céu,  a  inferior  foi  a  terra.  Da  ca- 
beça d'Omorca  nasceu  a  raça  humana. 

OMPHACiNO,  A,  adj  [Làt  omphacinus,  áo 
Gr.  omphax,  uva  azeda.)  Óleo — ,  de  azeito- 
nas verdes 

OMPHALE,  (hist.)  rainha  da  Lydia,  esposa 
de  Tmolo,  ficou  senhora  do  trono  depois  da 
morte  deste  príncipe.  Comprou  Hercules, 
quando  em  expiação  dos  roubos  e  homecidic)S, 
com  que  se  manchou,  foi  vendido  por  àler- 
curio.  O  seu  maior  desejo  era  encadear  este 
heroe  a  seus  pés.  Concebeu  porelle  grande 
amor  e  teve  dellc  um  filho,  Agelau  ou  La- 
mòn.  Segundo  alguns  mythologistas,  Hercu- 
les^  passando  pela  Lydia,  viu  Omphale,  evo- 
luntariasnente  se  tornou  seu  esci-avo.  Uma 
dynastia  de  reis  lyHios  pertendia  descf.ncfpr 
de  Hercules  e  de  Omphale  e  toicavír  o  nome! 
de  lleraclidas. 

^^JiptlALOCECR,  s.   m.   Tir.   qmfhafo.s^eivv 


bigo,  e  kdé,  tumor.)  (med.)  hérnia  umbili- 
cal. 

ONA.  V.  Alna,  vara  franceza. 
ONAGRA.  s.  f.  nome  de  uma  planta  ame- 
ricana, espécie  de  lysimachia. 

ONAGRE ,  s.  m.  (Lat.  onager.)  nome  de 
uma  machina  antiga  de  guerra,  que  lançava 
grandes  pedras. 

ONAGRO,  s.  m.  (Lat.  onager,  do  Gr.  onos, 
burro,  e  agros,  campo.)  jumento  bravo. 

ONAGRO,  (bot.)  género  de  plantas  da  famí- 
lia das  Onagrarias  e  da  Octandria  Monogy- 
nia,  L. 

ONAN,  (hist.  s.)  filho  de  Judá  e  marido  de 
Thamar,  entregou-se  a  um  vicio  infame  e 
morreu  subitamente,  amaldiçoado  porDeuç. 
ONASTRO,  (ant.)  V.  Asneirão. 
ONÇA.  s.  f.  (Lat.  uncia,  peso  romano  de 
sólidos  e  líquidos  equivalente  a  24  escropu- 
los ;  pollegada,  de  unguis,  uoha.)  peso  de 
oito  oitavas  ou  drachmas,  a  li*  parte  da  li- 
bra ou  arrátel,  ou  lo*,  conformo  as  libras. 
Comer  por  — -9,  mui  poaco. 

ONÇA,  s.  f.  (corrupção  de  lynce.)  animal 
feroz  da  Africa  e  America  meriodinal,  lyn- 
ce, espécie  de  panthera  pequena. 

ONÇA,  (geogr.)  povoação  da  província  de 
Minas-Geraes  no  Brazil,  no  districto  de  São 
João  d'El-Rei.  .,  .^^ 

ONÇA,  (geogr.)  ilha  do  ríó  Quajuà  na  pro- 
víncia do  Pará,  no  Brazil,  no  districto  da  ci- 
dade de  Belém  ,  povoada  dlndios  civiliza- 
dos. 

ONCHESTE,  (hist.)  antiga  cidade  da  Beócia 

sobre  o  lago  Copais,  perto  de  Haliartes,   foi 

fundada  por  um  filho  de  Neptum  ;  desde  o 

tempo  de  Pausanias  que  estava  em  ruínas. 

ONCO.  V.  Anco. 

ONDA,  s.  f.  (Lat.  unda,  de  udus,  húmi- 
do ,  ou  de  eundo,  gerúndio  de  ire,  ir.)  a 
porção  de  agua  que  se  levanta  acima  da  su- 
perfície do  mar,  lago  ou  rio.  A  —  de  fer- 
vura, as  bolhas,  —s  do  ar,  porção  delle 
agitadas.  — s  que  faz  a  labareda,  ondula- 
ções. — s  de  gente,  ffig.)  tropel  ondulante. 
—  da  soberba,  da  ira,  agitações.  — s  das 
roupas,  dos  cabellos,  fofos,  dobras  em  for- 
ma de  ondas.  —  da  seda,  do  mármore,  veios 
circulares.  — s  da  paixão,  da  concupiscên- 
cia ,  (fig.)  Ímpetos,  impulsos.  «  — s  se  me 
vão,  — s  se  me  vem,  »  sinto  impulsos  suc- 
cessiVos. 

Syn.  comp.  Ondas,  vagas.  Significam  es- 
tas duas  palavras  as  diversas  elevações  que 
formam  as  aguas  agitadas,  mas  com  as  se- 
guintes differenças.  , 
As  ondas  são  as  men^^res  destas  elevações ; 
são  o  eíTeito  natural  de  Pua  fluidez  ,  e  se 
elevara  pouco  por. cima  de  .«^ua  superíiúe , 
!iv»bro  (>  rr.ar.  '^iill^.'  ns  ljijg.>á  solfí^u  i/S  rios. 
4ij  !ii,i  ;<ç':t jy;..:            r.alc-.55ou,ít^í^e|(|eiop  ven- 


# 


ONÍÍ^*> 


0)SI 


tos'Í  ffipb^tà'áésf  forma  as' »if<;«/,''qíie  sSÓ' 
ondas  empoladas  e  montuosas  que  correm 
para  o  lado  a  que  os  ventos  as  impellein , 
rolam  á  praia,  e  com  ruido  se  despedaçara 
contra  os  rochedos.  Um  navio  com  as  velas 
enfunadas  sulca  as  ondas ;  muitas  vezes  em 
arvore  secca  6  balido  pelas  vagas,  e  corre 
á  mercê  delias  e  do  vento. 

ONDA,  (geogr.)  Oronda,  cidade  de  ílispa- 
nba,  sobre  o  Mijares,  a  6  léguas  N.  de  Ségor- 
be;  5,200  habitantes. 

ONDAS,  (^eogr.)  pequeno  íio  da  província 
da  Bahia  no  Brazil,  nasce  perto  do  Sobrado, 
corre  rapidamente  em  sentido  contrario  e  para 
o  S.,  evai-se  ajuntar  com  o  rio  Grande,  5  lé- 
guas abaixo  do  confluente  do  das  Eemras. 

ONDADo,  A  ,  adj.  da  feição  de  ondas,  v. 
g.  cabello — .  Roupas,  sedas,  labnredas — s. 

ONDE  ,  adv.  (do  Lat.  unde,  do  lugar  cm 
que,  se  fez  por  corrupção  o M^e,  que  corres- 
ponde ao  Lat.  ubi,  em  Fr.  ou,  do  Gr.  ho- 
thi,  ubi.  Parece-me  vir  de  eô,  adv.,  alli, 
para  alli,  naquelle  lugar  e  da  prep.  de.)  o 
sitio  em  que,  qual  lugar  O  lugar  —estou, 
no  qual  sitio.  —  vás  ?  para  que  silio^  lugar? 
i)' —  vens,  de  que  sitio,  luga/ ?  Por  —  ca- 
minhaste? por  que  caminho?  Onde  não  é 
articular  relativo  como  quer  Moraes,  e  si- 
gnilica  unicamente  o  Ivgar,  o  sitio  deter- 
minado. 

Syn.  comp.  Onde,  donde.  Onde  é  o  ubi 
lalitio,  e  donde,  ou  d'onde,  é  o  unde.  Erra- 
ram muitos  de  nossos  clássicos  ^confundindo 
estes  dous  advérbios  do  logar,  sem  duvida 
por  seguirem  a  língua  castelhana,  em  que 
donde  corresponde  a  vbi.  Não  assim  Vieira 
que  bem  positivamente  fixou  o  respectivo  uso 
destes  advérbios,  dizendo  :  «  ?ião  só  diz  Deus 
o  lugar  onde  o  poz  (David),  senão  também 
o  lugar  donde  o  tirou  :  o  onde  e  mais  o 
donde...  Lembrar-se-ha  donde  o  tirei,  e  onde 
o  puz ;  e  logo  lhe  pareceram  grandes  as 
mercês.  Fstes  ondes  e  estes  dondes  não  se  cos- 
tumam registrar  nos  livros  das  mercês  11 
308).  »  ^  • 

ONDEADO,  A,  p.  p.  de  oudcar ;  adj.  mo- 
vido, agitado  em  ondas;  feito  em  forma  de 
ondas,  v.  g.  sedas,  tecidos,  mármores — s. 

ONDEANTE ,  adj.  dos  2  g.  (des.  po  p.  a. 
L^t.  em  ans,  tis.)  que  faz,  forma  ondas, 
ondulante.  O  cabello — .  Á  chamma ,  as 
roupas — ,  fluctuantes. 

ONDEAR  ,  V.  a.  {onda,  ar  des.  inf.)  fazer 
ondas.  —  os  cabellos.  as  roupas,  dar  feição 
de  ondas,  v.g.  —os  estoíTos.  A  natureza  on- 
dca  os  mármores.  —  os  estandartes,  fazer 
fluctuar ,  agitar.  «  Ondeou-lhe  natura  as 
tranças  de  ouro.  —  ,  fluctuar,  formar  on- 
das. Ondêa  a  labareda.  «  Ondeam  as  rou- 
pas,    os   cabellos.  «Sentia  —  no  coração  o 


rM.  "^ft.  V:1fiÍ6toSr;'áÍírèV^èéfíP8iíí 


dulações. 

ONDE-QUER-QUE,  tidv.  comp.  em  qualquer 
lugar. 

diminuí,  de  onda. 
f.  movimento  semelhante 
Undalação. 
p.  de  onerar ;  adj.  car- 


ONDINHA,  s.  f. 
ONDULAÇÃO,    S. 

ao  das  ondas.  V. 

ONERADO,    A,    p. 

regado,  gravado. 

ONERAR,  V.  a.  (Lat.  onerare,  de  onus^ 
peso,  gravame.)  carregar,  gravar,  v.g.  — 
de  impostos,  tributos,  obrigações,  deveres. 
ONDiNOS,  (myth.)  génios  elementares,  ima- 
ginados pelos  cabalistas,  e  que  segundo  elles, 
habitam  as  profundidades  dos  lagos,  dos  rios 
e  do  Oceano,  de  que  elles  são  guardas. 

ONEGA,  (geogr. J  rio  da  Rússia  europea, 
nasce  no  governo  d'Olonetz,  o  qual  rega  as- 
sim como  o  d'ArkhangC'l,  corre  ao  NE.  depois 
ao  NO.  ecaenogolpho  do  mar  Branco,  cha- 
mado golpho  d'Onega. 

ONEGA,  (geogr.)  lago  da  Rússia  Europea, 
entre  o  lago  Ladoga  eomar  Branco. 

ÓNETDA,  (geogr.)  lago  dos  Estados-Unidos, 
communica  com  o  Ontário  pelo  Oswego. 

ó'neili- ouó'nial,  (hist.)  antigo  rei  da  Ir- 
landa, reinou  sobre  a  Momonia  de  379-a- 
402  da  Jesu-Christo,  reuniu-se  com  os  Pi- 
ctas  e  com  os  Scotos  contra  os  Romanos,  con- 
tribuiu muito  para  expulsar  os  Romanos  da 
Bretanha,  e  invadiu  a  America  em  3b8.  Mor- 
reu, assassinado  por  Eocha,  princepe  de  uma 
província  dlrlanda.  Os  descendentes  de 
0'Neill  reinaram  na  Irlanda  500  annos. 

oneille,  (geogr.)  Oneglia  era  italiana,  ci- 
dade dos  Estados  Sardos,  capital  de  uma  pro- 
vinda do  mesmo  nome,  a  15  léguas  NE.  do 
Nice  ;  5>000  habitantes. 

ONEROSO,  A,  adj.  (Lat.  onerosus.)  gravo- 
so, pesado  ;  que  impõe  ónus,  v.  g.  contra- 
to— .  Doação — .  Clausulas,  estipulações, 
condições — .  Impostos — s. 

ONEsiCRiTO,  (hist.)  historiador  grego ,  de 
Egira,  seguiu  Alexandre  áAsia,  como  com- 
mandantedos  triremes,  e  escreveu  uma //is- 
toria  da  expedição  deste  princepe,  espécie  de 
romance,  interessante  pelos  factos  relativos 
ágeographia  e  historia  natural  das  índias. 

ONEsiMO  (S.),  (hist.)  discípulo  de  S.  l'aulo, 
era  escravo  de  Philémon,  rico  habitante  de 
Colosses,  fugiu  de  casa  de  seu  senhor  depois 
de  otfr  roubado.  S.  Paulo  converteu-o,  es- 
creveu a  seu  senhor  uma  carta  para  o  des- 
culpar, e  teve-o  corasi^ro  para  que  o  servisse. 
Onésimo  soffreu  omartyrio  em  95.  £' com- 
memorado  a  16  de  Fevereiro  o  a  10  de  Abril. 
ONESTAR.  V.  Honestar. 
ONESTO,  (ant.)  V.  Honesto. 
ON'Ão.  V.  União. 
ONíAS,  (hist.)  nome  de  quatro  grandes  sa- 


Espirito  Santo  com  abundante  graça.  »  Ar-'cnficadores  de  Judea.  Oniasl  reinou  de  327- 


omr«> 


ONZ 


33 


a-300  antes  de  Jesu-Christo',  Onias  lí  de 
241-a-'í29;  Onias  III  succedeu em  200  an- 
tes de  Jesu-Christo  a  seu  pae  Simão  II,  go- 
vernou cora  sabedoria,  ale  que  foi  deposto 
por  Antiocho  Epiphanes,  e  foi  assassinado  por 
ordem  de  Andronico  ;  Onias  IV,  filho  d'Onias 
III,  não  reinou  na  Judea,  mas  obteve  de  Pto- 
tolomeo  IV  autorisação  para  construir  um 
templo  judeu  perlo  de  Bubaslis,  e  de  neiia 
viver  como  soberano.  Onias  foi  morto  por 
Physcon. 

ONísco.  V.  Onyx. 

ONKiLOS,  (hist.)  rabbino  ao  qual  se  attri- 
buc  o  Targum  (paraphrase  chaldaica  ào 
Pentaleuco)  foi,  segundo  uns  discipulo  de 
Gamaliel  e  condiscípulo  de  S.  Paulo,  e  segun- 
do outros,  é  o  mesmo  que  Aquila,  autor  de 
uma  traducção  grega  do  antigo  testamento, 
e  contemporâneo  d'Adriano.  ' 

ONNAiNG,  (geogr.)  villa  de  França  ,  a  2 
léguas  de  Valenciennes ,  2,786  habitan- 
tes, 

ONOCENTAURO,  s.  m.  (Gr.  OHOS,  jumento, 
e  ccníatiro.)  monstro  fabuloso  que  diziam 
nascido  do  homem  e  da  burra. 

ONODROTALO  ,  s.  m.  (Gr.  óhos,  burro,  o 
królos,  ruido.)  nome  que  os  Gregos  davam 
ao  pelicano,  cuja  voz  arremeda  o  zurro. 

ONOLZBACn,  (geogr.)  cidade  da  Baviera,  a 
mesma  que  Anspach. 

OKOsiACRiTA,  (hist.)  poeta  e  adivinho  de 
Athenas,  é  considerado  como  autor  das  Poe- 
sias, que  seattribuem  a  Orpheo  eaMuseo; 
florescia  no  anno  516  anles  de  Jesu-Chris- 
to. 

ONOMATScrA,  s.  f.  [ánoma,  nome,  e  man- 
eia.) adivinhação  da  fortuna  de  alguém,  ti- 
rada das  letras  do  nome. 

ONOMARCO,  (hist.)  general  phocio,  com- 
mandou  primeiramente  com  seu  irmão  Phi- 
lomelo,  durante  a  guerra  Sagrada,  depois  da 
morte  de  seu  irmão  ticou  único  chefe  do  eior- 
cilo  phocio.  Tomou  Thrnnium,  Amphissum 
e  as  cidades  principaes  da  Dorida,  invadiu  a 
Beócia,  e  baleu  duas  vezes  Philippe  naThes- 
salia.  Foi  mandado  justiçar  por  Pheres  em 
85J.  .   J      V     F 

osoíASTico,  A,  adj.  em  que  se  explicam 
os  nomes,  v.  g.  vocabulário — . 

ONOMATOPEiA,  s.  f.  {ónoma,  poieô,  fazer.) 
vocábulo  que  imita  o  som  natural  da  cou- 
sa significada,  v.  g.  tinir,  sussurrar,  sumi- 
do, bomba,  trom. 

ONOMATOPico  ,  A  ,  adj.  que  encerra  ono- 
matopeia,  imitativo  do  som  da  cousa  signi- 
ficada ,  V.  g,  os  primeiros  sons  proferidos 
pelo  homem  foram — s,  v.  g.  vocábulo — . 

ONONiMO,  (ant?)  V.  Homónimo. 

ONONis  ,  s.  m.  ("Gr.  ónos,  burro.)  planta 
espinhosa  de  que  os  burros  gostam  muito. 

ONopoRDO,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 

VOL.   IV. 


milia  das  Synanthereas,  tribu  das  Carduaceas 
e  da  Syngenesia  igual,  L. 

oifORE  ou  HANAWAR  ,  (geogr.)  cidado  da 
índia  ingleza,  a  45  l  'guas  de  Mangaloro,  per- 
lo domarUman.  Pertenceu  aos  Portuguezes 
no  XV  século. 

ONOSANDRO ,  (hist.)  oscriptof  grego,  que 
vivia,  segundo  sejulga,  no  reinado  de  Cláu- 
dio, no  1  século  de  Jesu-Christo.  E'  autor  de 
um  livro  intitulado ,  Slrategikos-logos^  ou 
Sciencia  áo  chefe  do  exercito. 

ONOSERiDK,  (bot.)  geuoro  de  plautas  da  fa- 
milia  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia  su- 
pérflua. 

ONossiA.  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Borragineas  e  da  Pentandria  Mono- 
gynia. 

ONRA  ou  oXRRA  6  defiv.  V.  Houra,  etc. 

ONTÁRIO,  (geogr.)  lago  da  America  do  Nor- 
te, entre  os  Eslados-Unidos  e  o  Canada,  é 
o  mais  oriental  dos  cinco  grandes  lagos.  Com- 
munica  pelo  Niagara  com  o  lago  Erié,  como 
mar  por  S.  Lourenço. 

ONTEM.  V.  Iloniem. 

ONTENiENTE,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha, 
a  5  léguas  e  meia  ao  SO.  de  S.  Philippe, 
12,000  habitantes. 

o.NuPHis  OU  OMpn^s,  (hist.)  um  dos  três 
bois  sagrados  do  Kgypto  (os  outros  dous  são 
Adis  e  Muevis) ;  é  uma  das  encarnações  ani- 
mães  de  Osiris. 

ONUPHis,  (geogr.)  cidade  do  Baixo  Egypto, 
era  no  reino  Atarbechite  do  Nilo.  entre  Bou- 
to  ao  N.  e  o  Isidis  oppidiim  ao  S. 

ONUSTO,  A,  adj  (Lat.  onustus,  de  ónus, 
peso.)  (p.  us.)  excepto  em  poesia,  carrega- 
do, cheio. 

ONZANEíRO,  (ant.)  V.  Onzeneiro. 

ONZE,  adj.  dos  2  g.  numeral  (Lat.  ííti-  . 
decim,  unus,  um,  e  decem,  dez.)  uma  de- 
zena com  a  addição  de  um,  dez  mais  um. 

ONZENA,  s.  J.  [onze,  des.  da  Lat.  enus, 
a.)  o  numero  onze.  — ,  usura  excessiva,  on- 
ze por  cento. 

Syn.  comp.  Onzena,  Usura.  Onzena  ex- 
prime usura  immoderada  e  illegilima. 

Usura  não  involve  necessariamente  a  idéa 
da  illegitimade  do  lucro.  Onzena  encerra 
necessariamente  essa  idéa. 

Usura  é  por  consequência  empregado 
muitas  vezps  em  bom  sentido.  Onzena  sem- 
pre significa  uma  acção  criminosa. 

Usura  exprime  em  geral  o  avantajado  lu- 
cro, que  se  tira  do  uso  de  alguma  cousa,  e 
mais  em  particular  o  avantajado  lucro,  que 
se  tira  de  alguma  negociação,  e  especial- 
mente do  dinheiro,  que  se  dá  a  outrem  a 
ganho.  * 

ONZENAR,  V.  a.  (onzena,  ar  des,  inf.)  exi-" 
gir  {.rande  usura,  ganhar,  lucrar  como  usu- 
rário ;  '  ar  dinheiro  a  usura  excessiva  ;  (tíg.)' 
9 


«r 


OPE 


opn 


lucrar  mais  do  que  é  jusio.  «  Os  príncipes 
nas  honras  e  satisfações  dos  vassallos  on- 
zenam  serviços,»  lucram  serviços,  que  va- 
lem muito  mais  que  as  recompensas. 

ONZENARio,  A,  ad!;".  (des.  ário.}  usurário^ 
de  onzena,  muito  usurário,  v.  g.  contra- 
to—. 

ONZENEAR.  V.  Onzenar. 

ONZENEIRO,  A,  s.  homem  ou  mulher  ex- 
cessivamente usurário. 

ONZENEIRO ,  A,  ãdj .  ouzenarío,  usurário. 
—  0NZENO,  A,  adj  [onze,  dos.  da  Lat.  enus.) 
undécimo. 

ONYX  ,  s.  m.  (Gr.  onyx ,  unha.)  agala 
opaca. 

oosTERHOUT,  (geogr.)  cidade  deHoUanda 
a  2  léguas  ao  INE.  de  Breda ;  6,300  habi- 
tantes. 

ooTMARSLM,  (geogr.)  cidade  deHollanda, 
a  4  léguas  ao  E.  de  Almeloo ;  4,500  ha- 
bitantes. 

OPA,  s.  f.  (do  Fr.  aube.)  vestidura  solta 
e  comprida  ;  manto  régio  ;  e  (fig.)  o  rei , 
porque  a  veste. — ,  capa  de  irmandade 

OPACIDADE,  s.  f.  (Lat.  opaciías,  íii.) qua- 
lidade opaca,  V.  g.  a  — . 

OPACO,  A,  adj.  (Lat.  opacus,  cuja  origem 
nenhum  etjmologista  tem  achado.  Creio  que 
vem  do  Gr.  phakos,  lentilha,  mancha,  ne- 
gra.) que  não  se  deixa  atravessar  pela  luz 
Os  corpos — s,  faltos  de  transparência;  (iig.) 
escuro,  sombrio. 

Syn.  comp.  Opaco,  Sombrio  No  sentido 
recto,  opaco  é  o  corpo  que  não  ó  transparen- 
te, que  impede  o  passo  á  luz ;  no  sentido 
figurado,  confunde-se  com  escuro,  sombrio. 
que  em  sentido  próprio  significa  o  em  que 
falta  o  dia,  em  que  não  penetra  a  luz.  Uma 
taboa.  uma  lousa,  etc.  éo/?aca,  sem  sev som- 
bria, uma  selva,  uma  gruta,  etc.  é  sombria, 
e  pôde  também  dizer-se  opaca. 

OPADO,  A,  a (/j.  (alterado de oppí7ado.)op- 
pilado,  inchado. 

OPALA,  s.  f.  ou  or  ALO,  s,  m.  (Lat.  opa- 
lus  OVL  opalum,,  do  Gr.  phalós,  luzente.) pe- 
dra preciosa  matizada  de  varias  cores. 

OPALANDA ,  s.  f.   fFf .    houpclande.)   opa 
grande ,  roupa  longa  ,   talar  com   mangas 
Barros  traz  oparlanda. 

OPÇÃO,  s.  f.  (Lat  optio,  onis.)  acto  de 
escolher  entre  diversas  propostas  ;  direito 
de  optar. 

.  OPERA,  s.  f.  (pron.  ópera,  d(>  Ild.)  dra- 
ma em  musica  :  —  italiana.  — ,  ihjntro  on- 
de se  representam  e  cantam  opora.s. 

OPERAÇÃO,  s.  f.  [hdil.  operai io.  anis.)  slc- 
to  de  obrar,  acção  de  um  agente,  v.  g.  as 
operações  das  causas  naturaes ;  —  do  enten- 
dimento, Por  —  da  electricidade. — ,  obra, 
acção  acompanha-la  de  effcito,  v.  g.  a — da 
purga,  do  vomitório.  -  -,  calculo  arithmeti- 


00  ou  algébrico.  —  cirúrgica,  appHcação  de 
meios  mechanicos  para  curar  doenças  lo- 
caes  ao  alcance  de  mão  ajudada  de  instru- 
mentos cortantes,  perfurantes ,  comprimen- 
tes,  etc.  Operações  mi/iíares,  as  do  exercito 
em  campanha.  —  mercantis,  negociações. 

OPERADOR ,  s.  m.  cirurgião  que  faz  ope- 
rações. 

OPERANTE  ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  operanSf 
tis,  p.  a.  de  operor.  ari.)  que  opera. 

OPERAR  ,  V.  a  ou  n.  (Lat.  operor,  ari  ; 
de  opus,  eris,  obrar.)  obrar,  exercer  oíTicio; 
fazer  operação  cirúrgica.  Nesta  accepção 
usa-se  ás  vezes  como  v.  a.  ,  v.  g.  o  cirur- 
gião operou  o  doente.  O  remédio  operou  a 
cura.  A  purga  operou  bem,  teve  bom  ef- 
feito. 

OPERÁRIO,  s.  m.  (Lat.  operarius.)  obrei- 
ro, trabalhador,  artífice. — ,  (p.  us.)  re- 
presentante em  operas,  dramas.  As  classes 
— s,  industriosas,  occupadas  na  agricultu- 
ra, nos  odicios  mechanicos,  nas  fabricas. 

OPERATIVO  ,  A,  adj.  próprio  a  operar,  a 
executar  acção,  movimento.  A  parte  —  da 
cirurgia,  a  que  ensina  a  fazer  operações. 

OPERCULARIA,  (bot.)  gcncro  de  plantas  da 
família  das  Rubiaceas  e  da  Pentandria  Dy- 
gynía. 

OPERCULO,  s.  m.  (bot.)  espécie  de  tampa 
que  fecha  a  urna  dos  mugos  ;  em  ichthyo- 
logia,  um  apparelho  ósseo  composto  de  qua- 
tro peças  que  em  muitos  paizes  cobre  e  pro- 
tege as  guelras. 

OPERLANDA.   V.  Opalauda. 

OPEROSO,  A,  adj.  (Lat.  operosus.)  traba- 
lhos.— ,  que  tem  effeito,  í).  ^.  suíTragío — , 
o  do  sacrificio  da  missa,  efficaz. 

oPHiASis,  s.  f.  (do  Gr.  óphis,  serpente.) 
calricie,  doença  que  faz  cair  o  cabello  dei- 
xando a  cabeça  em  calvas  serpeantcs. 

OPfiioPHAGO,  A,  adj.  (Gr.  orphis,  serpen- 
te,e  phagô,  comer. )que  se  nutre  de  serpentes. 

OPHTALGIA,  (med.)  nome  que  seda  a  to- 
das as  dores  dos  olhos  sem  inflamoiação, 
mas  particularmente  á  nevralgia  ocular. 

OPHTHALMiA,  s.  f.  (Lat  do  Gr.  ophthalmos, 
olho.)  (med.)  inflammação  dos  olhos. 

opHTHALMico,  A,  adj.  coucerneute  á  oph- 
thalmia. 

OPHTALMOTOMIA,  (auat.)  parte  da  anatomia 
que  tem  por  objecto  a  dissecção  do  olho. 
Extirpação  do  olho. 

OPHIR,  (geogr.)  paiz  oriental,  ao  qual  as 
frotas  de  Salomão  iam  buscar  ouro  ;  para 
lá  irem  erabarcava-se  no  porto  de  Asion- 
bager,  e  desembarcavam  no  golpho  arábi- 
co ;  os  sábios  coUocaram  Ophir,  uns  na  Afri- 
ca oriental,  outros  na  índia,  ou  nas  ilhas 
de  Sumatra,  Java,  ele. 

OPHIR.  (geogr.)  monte  da  ilha  de  Suma- 
tra, (juazi  debaixo  do  Equador, 


OPI 


im 


35 


opHiusA,  (geogr.)  Fòrmentera,  uraa  das 
Baleares  ao  S.,  era  infestada  de  serpentes 
(em  grego  Ophis)  d'onde  deriva  o  seu  no- 
me. 

OPHRIDA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília dosOrchideas  edaGynandria  Monan- 
dria* 

opiADO,  A,  adj.  {ópio,  des.  adj.  ado.)  (med.) 
em  que  entra  ópio,  v.  g.  emulsão  — . 

OPíATO,  A,  adj.  V.  Opiado. 

OPIATO,  s.  m.  (subst.  do  precedente)  pre- 
paração pharmaceutica  em  que  entra  ópio. 

opiCA,  (geogr.)  Opica,  nome  dado  a  uma 
grande  parte  da  Itália  do  S.  edo  centro  no 
tempo  dos  antigos.  Os  habitantes  de  Opica 
chamavam -se  O  picos,  Opoci,   Oscos. 

opiFCE,  s.  m.  (Lat.  opifex,  de  opus,  obra, 
efacio,  faço.)  V.  Artífice. 

opiFicio,  s.  m.  (Lat.  opificium.)  (p,  us.)- 
fabricação,  trabalho  de  operário. 

opiLAÇÃo.  V.  Oppilação. 

opiLAR.  V.  Oppilar. 

N.  B.  Moraes  diz  que  estes  termos  vem 
doFrancez,  hngua  em  que  se  escrevem  por 
um  s6p;  mas  não  advertio  que  vem  do  Lat. 
oppilare,  e  que  em  Latim  opilio  significa  um 
pastor. 

opiMio,  (hist.)  romano  celebre  pela  sua 
lucta  contra  C.  Graccho,  foi  eleito  cônsul 
no  anno  121  antes  de  Jesu-Christo,  e  em- 
preendeu fazer  cessar  as  leis  agrarias  dadas 
pelos  Gracchos.  Tendo  experimentado  algu- 
ma resistência,  fez  com  que  o  senado  lhes 
de-se  poderes  illimitados,  citou  Graccho  pe- 
rante o  seu  tribunal,  e  como  ellenão  appa- 
recesse  atacou-o  por  tal  forma  que  o  obri- 
gou a  matar-se  ;  depois  fez  construir  um 
templo  á  Concórdia.  Opimio  morreu  dester- 
rado e  miserável  em  Dyrrachio ;  tinha-se 
deixado  corromper  por  Jugurtha,  contra  o 
qual  fora  mandado. 

opiMO,  A,  adi.  {Lnt.opimus,  de  opes,  ri- 
quezas.) rico ;  fértil,  abundante.  Despojos 
— s,  ricos,  ex.  «  A  terra  responde  com  fru- 
ctos  — 5.  »  Insul.  — s  parreiras.  «  Tu,  Mi- 
nho alegre,  que  com  vêa  — .  »  Mousinho. 

OPiMos,  (Despojos)  (hist-)  dava-se  este  no- 
me em^Horaa  aos  despojos  tomados  pelo  ge- 
neral em  chefe  dos  romanos  ao  general  era 
chefe  dos  inimigos,  eram  consagrados  a  Jú- 
piter Feretrio.  A  histeria  romana  só  nos  apre- 
senta três  exemplos  de  despojos  opimos,  fo- 
ram alcançados,  por  Rómulo  sobre  Acron- 
te,  por  Cornelio  Cosso  sobre  Lars  Tommio, 
e  por  Marcello  sobre  Viridimare. 

OPINADO,  A,  p.  p.  de  opinar ;  adj.  ava- 
hado,  julgado. 

OPiNANTE,  s.m.  [LSii.  opinans,  tis,  p.  a. 
áeopinor,  ari.)  o  que  opina,  vota,  diz  o  seu 
parecer. 
OPINAR,  V.  n.  (Lat.  opinar,  ari,  do  Gr, 


ops,  a  Toz  humana.)  votar,  dar  o  seu  voto 
ou  parecer.  — ,  avaliar,  reputar,  julgar. 

OPINATIVO,  A,  adj.  que  se  funda  na  opi?; 
nião  particular  de  alguém,  em  quequalquet 
pode  dar  a  sua  opinião,  v.  </.  questões  — s. 
OPINAVEL,  adj.  dos^g.  (Lat.  o/íinaòi/is.) 
que  se  pode  decidir  segundo  a  oj)inião  de  cada 
um. 

OPINIÃO,  s.  f.  [Lat.  op imo,  onis,  áe  opi- 
nar, ari.)  parecer,  juizo,  dictame,  persua- 
são intima,  crença.  Na  minha  — ,  segundo 
creio.  — ,  voto.  Dar,  dizer  a  sua  — .  — , 
conceito,  reputação,  boa  ou  má.  Homem  de 
— ,  bem  conceituado  na  opinião  do  publico. 
Opinião  de  si,  presumpção.  Desistir  da — , 
da  empreza,  do  projecto  meditado,  resolvi- 
do. Fazer  — ,  fazer  timbre,  pundonor.  — , 
fazer  autoridade,  ser  homem  cuja  opinião, 
cujas  decisões  são  acolhidas  com  respeito. 
Andar  em  opiniões,  ser  controverso  ;  ter  re- 
putação duvidosa. 

Syn.  corap.  Opinião,  parecer,  dictame,^ 
Tem-se  a  opinião,  dá-se  o  parecer  ouodi« 
ctame.  Aquella  só  explica  o  juizo  que  se 
forma  n'um  assumpto,  em  que  ha  razões  pró 
e  contra ;  estes  explicam  a  exposição  da 
opinião.  —  Fulano  tem  sua  opinião,  porém 
não  a  manifesta.  Dou  meu  parecer,  ou  meu 
dictame,  segundo  a  opinião  que  tenho. 

Entre  os  vocábulos  parecer  e  dícíame  ha  a- 
differença  que  o  primeiro  applica-se  com  mais 
propriedade  quando  se  trata  da  existência 
de  uma  cousa,  da  asserção  de  um  facto  ;  e  o 
segundo  quando  se  trata  do  que  se  deve 
executar,  do  partido  que  se  deve  preferir.  O 
'parecer  do  medico  recai  sobre  os  symptomas 
e  conhecimento  da  doença  ;  o  dictame,  so- 
bre a  resolução  que  deve  tomar-se  para 
cural-a,  os  remédios  que  se  derem  tomar^ 
ou  preferir. 

OPINIÁTICO,  A,  adj.  presumpçoso,  presu- 
mido, que  faz  de  si  grande  conceito  ;  obsti- 
nado. — ,  (p.  us.)  amigo  de  novas  opiniões. 
opiNioso,  A,  adj.  Y.  Opiniático. 
opio,  s.  m.  (Lat.  opium,  do  Gr.  ópion^  de 
ópos,  sueco.)  sueco  das  papoulas  espesso, 
muito  usado  na  mçdicina  como  soporifico, 
e  calmante.  — ,  (fig.  e  famil  )  logração,  v.  g. 
pregar  um  — .  Dar  — ,  lograr. 

opio,  (hist.)  pintor  de  Historia  inglez, 
nasceu  em  1761,  morreu  em  1807,  era  fi- 
lho de  um  carpinteiro  e  foi  primeiramente 
destinado  ao  estado  de  seu  pai.  Os  seus  prin-  . 
cipaes  quadros  são  :  a  Morte  de  Rizzio,  a 
Morte  de  laques  I ,  a  morte  de  Zaphira. 
OPIO,  (bot.)  é  um  sueco  gomono-resmo- 
zo,  sobido.  oxtraido  da  papoula  somnifera. 
[Papaver  somni/erum.) 

opiopHAGO,  A,  (opio,  e  pft-a^d,  comer.)  ha- 
bituado a  tomar  opio,  ex.  os  Turcos  ricos  e 
OS  Chins  são — s. 


,af* 


*    Í1'í 

OPP 


ÔHparò,  a,  adj .  {Ldit.  opiparus  ;  àeopeSy 
riquezas.)  custoso,  rico,  magnifico,  v.  g,  ban- 
quete — ,  mesa  — . 

opis,  (myth  )  divindade  schyta,  provavel- 
mente a  maior  de  todas,  e  aquella  a  quem 
em  Taurida  sacrificavam  viclimas  huma- 
nas. Os  gregos  idjnlificaram-a  com  a  sua 
Diana. 

opiSTHOTONO  ,  s.  m.  (Gr.  ópisthen,  para 
trás,  e  tonos,  tensão.)  (med.)  tétano  que  faz 
dobrar  o  corpo  para  trás. 

opiTZ,  (bist.)  Opiíius  em  latim,  poeta  e 
litterato  allcmão,  nasceu  em  1597,  morreu 
em  1638,  passou  vida  muito  vagabunda, 
viajou  por  quasi  toda  a  Allemanha.  Escre- 
veu em  todos  os  géneros  litterarios,  sobre 
tudo  em  poesia  didactiva. 
*'opiTz  (Henrique)  (hist.)  orientalista  alle- 
itião,  nasceu  em  1652,  morreu  em  1712. 
Lente  de  iheologia  e  hebreo,  era  um  dos 
mais  sábios  protestantes  do  seu  tempo.  Pu- 
blicou entre  outras  obras  uma  Diblia  he- 
braica muito   estimada, 

OPOBALSAMO,  s.  m.  (do  Gr.  ópos,  sueco,  e 
bálsamo.)  bálsamo  liquido  e  puro,  mui  aro- 
mático. 

OPONTE,  igeogv.)  Opus,  hoie  Talanti,  ci 
dâde  da  Grécia,  capital  do  pequeno  estado 
dos  Larios  Oponlios,  perto  do  mar  de  Eu- 
bea. 
;^  OPOPANACo.  V.  Opoponaco. 

OPOPuNACo,  s.  m.  (Lat.,  e  Gr  opoponax; 
ópos,  sueco,  pán,  tudo,  e  aheô,  curar.)  sue- 
co resinoso,  gommoso,  extrahido  da  pana- 
céa,  planta  umbellifera  do  levante,  o  a  que 
os  antigos  atribuíam  grandes  virtudes  cura- 
tivas. 

'  OPPA,  fgeogr.)  rio  de  Allemanha,  aííluen- 
te  do  Oder,  separa  a  Silesia  de  Mora  via. 
■  OPPELN,  (geogr.)  Oppolia  em  polaco,  ci- 
dade dos  Estados  prussianos,  capital  da  re- 
gência de  Oppoin,  aliloguassE.  de  Bres- 
lau  ;  5,000  habitantes. 

^  OPPELN  (regência  de),  (geogr. )parte  meri- 
dional da  Silesia  prussiana,  é  maior  do  que 
o  antigo  principado  deOpp(;ln.  Capital  Op 
pcln.  É  dividida  em  16  círculos. 

opPENriEiii,  (geogr.)  Z?o7iconica,  cidade  do 
gran-ducado  de  Ilesse-Darmstadt,  sobre  o 
ílheno.  a  4  léguas  ao  NE.  de  Reggio ;  tem 
8,00o  habitantes.  Bispado.  Ha  outra  cida- 
de do  mesmo  nome  no  reino  de  Wapoles  ; 
"Opinum  dos  antigos  ;  a  6  léguas  ííO.  de  Po- 
tenza ;  2.0U0  habitantes. 

oppjDOLO,  (geogr.)  Mamertum^  cidade  do 
reino  de  Nápoles,  a  9  léguas  ao  NE.  de 
lU-ggio;  8,0(.«j  habitantes.  Bispado. 

oppiDOLo,  (geogr.)  capital  da  ilha  Para- 
tellaria,   a  i^  léguas   ao  SO   de  Girgenti ; 
3,400  habitantes. 
oppíENO,  (hi»t.)  poeta-  grego  de  Anazarbe 


na  Cilicia.  Consagrou-se  á  poesia  e  soube 
agradar  a  Caracalla.   Deixou  dous  poemas 
didactivos,  a  Ptsca  [Halieutica]  e  a  Caça, 
(Gynegetica.) 

oppiLAçÀo,  s,  f.  (Lat.  oppilatio,  onts), 
(med.)  enfarte,  obstrucção  dos  vasos  secre- 
torios  :  —  do  figádo,  do  baço. 

oppiLADo,  A,  p.  p.  de  oppilar,  adj.  obs- 
truído, enfartado  ,  doente  de  obstrucção. 

OPFILAR,  v.a.  (Lat.  oppilare',  ojsporoò, 
diante,  contra,  e  pilo,  are,  pôr,  metler), 
obstruir,  tapar  os  vasos  secretorios. 

oppio,  (hist.)  tribuno  do  povo  no  anno  21 5 
antes  de  Jesu-Christo.  Em  consequência  das 
desgraças  cauzadas  pelas  vidorias  de  Anni- 
bal,  fez  publicar  uma  lei  que  punha  limi- 
tes ao  luxo  das  mulheres.  Esta  lei  produziu 
grande  descontentamento  entre  as  damas 
romanas,  e  13  annos  depois,  conseguiram 
faze-la  revogar,  apezar  da  resistência  de  Ca- 
lão. 

OPPOEPíTE,  s.m.  (contracção  de  of)j(iionen#, 
tis,  Lat.)  litigante,  adversário,  opponente ; 
— ,  oppositor  a  cadeira  de  universidade,  a 
cargo,  beneficio. 

OPPÔR,  V.  a.  (Lat*  opponere,  op,  contra, 
diante,  e  pono,  ere,  pôr),  pôr,  ou  dirigir  ' 
contra,  com  o  fim  de  obstar  a  golpe,  perigo 
ou  acto  hostil,  v.  g.  —  o  escudo  á  lança  do 
contrario  ;  —  fortes  baterias  aos  ataques  dos 
inimigos ;  —  um  poderoso  exercito  ás  armas 
invasoras.  — ,  objectar,  v.  g.  —  aos  argu- 
mentos do  adversário  ponderosas  razões,  im- 
pugnar, V.  g.  —  os  embargos. —SE,  v.  r. 
resistir;  — ao  inimigo;  —  com  embargos, 
allega-los, — a  cadeira,  a  beneficio,  ser  op- 
positor. 

oppoRTUNA  (Santa),  (hist.)  era  abbadessa 
de  Montreuii  no  VIIÍ  século  ;  morreu  em 
770    É  commemorada  a  22  de  abril. 

oppoRTUNAMENTE,  adv.  (men íe  suff.),  com 
opportaniJade,  em  tempo  opportuno. 

nppoRTUNiDADE,  s.  f.  (Lat.  opporlunitas, 
tis),  occasião  opportuua,  tempo  próprio, 
conveniente. 

oppoRTUNissiMO,  A,  ãdj .  superl.  de  oppor- 
tuno. 

OPPORTUNO,  A,  adj.  (Lat.  opporlunus,  de 
ops,  soccorro,  e  porto,  are,  levar,  dar),  ada- 
ptado, conveniente  para  se  fazer  alguma  cou- 
sa, ou  que  vem  em  tempo  conveniente.  Oc- 
casião—.  Chuva — .Soccorro—,  que  che- 
ga a  tempo  de  salvar.  Tempo  e  lugar — . 
Sitio  opportuno  para  fundar  uma  cidade.- 

GPPOSiçÃo,  s.  f.  (Lat.  oppositio,  onis),  po- 
sição defronte,  opposta,  v.  g.  —  da  terra, 
da  lua,  que  causa  os  eclipses  do  sol,  ou  da 
lua.  A  lua  está  em  — ,  defronte  do  sol.  — , 
o  acto  de  se  oppôr,  de  resistir,  contrariar, 
impugnar,  resistência;  —á  codpira,  argu- 
imento  em  concurso  para  obter  cadeii^á  em 


OfiP 

universidade  ou  eschola.  O  partido  da  — , 
(nas  assembleas  legislativas)  os  membros  ou 
vogaes  que  atacam  o  ministério  e  votam  con- 
tra clle. 

OPPOSiTO,  A,  adj.  (Lat.  oppositus,  p.  p. 
de  oppcnere,  oppôr),  opposto,  em — ,  defron- 
te. £   desusado. 

OPPOSíTOR,  s.  m.  o  que  pretende  cadeira 
de  lente,  ou  beneficio  ecclesiaslico. 

opposiTORiA,  s.  f.  casa  de  conversação  na 
universidade  de  Coimbra  onde  concorrem 
os  oppositores. 

opposTAMENTE,  adv.  [mente  suff.),  com 
opposição,  em  contrario. 

OPPOSTO,  A,  p.  p.  de  oppôr,  adj.  situa- 
do defronte,  contra  ;  que  se  oppôz ;  que  op- 
poz ;  contrario,  adverso,  v.  g.  He-me  op- 
posto. 

oppRESSÃo,  s.  f.  (Lat.  oppresio,  anis],  o 
acto  de  opprimir ;  o  vexame  da  pessoa  op- 
primida  ;  peso  incommodo,  v  g.  —  da  res- 
piração,  do  estômago. 

oppRESSo,  A,  adj.  (Lat.  oppressus^  p.  p. 
de  opprimare,  opprimir),  oppimido  :  v.  g. 
—  de  dôr,  de  misérias,  —  dos  inimigos,  — 
de  diviias. 

oppREssoR,  s.  m.  (Lat.)  o  que  opprime, 
Texa. 

OPPRiMiDissiMO,  A,  ttdj .  superl.  de  oppri- 
mido. 

oppRiMiDO,  A,  p.  p.  de  opprimir,  adj.  que 
soífreu  oppressão  ;  que  opprimio  ;  violenta- 
do, forçado,  ex.  «  A  mãi  de  Platão  foi — .  » 
Arraes. 

OPPRIMIR,  15.  a.  (Lat.  opprimo,  ere,  op, 
contra,  diante,  e  premo,  ere,  apertar),  ve- 
xar, molestar,  affligir. 

OPPROBRio  ,  s  m.  (Lat.  opprobrium  ;  de 
opproboy  are ;  probrum.,  deformidade,  des- 
honra,  eop,  diante),  deshonra,  infâmia,  igno- 
minia, aíTronla,  injuria. 

oppROBRioso,  A,  adj.  (des.  aso),  que  traz, 
causa  opprobrio ,  que  serve  de  oppro- 
brio. 

OPPUGNAçÂo,  s.f.  (Lat.  oppugnatio,  onis), 
o  acto  de  oppugnar,  ataque,  combate  para 
render. 

oppuGNADO,  p.  p.  de  oppugnar;  adj.  ata- 
cado, combatido. 

OPPUGNADOR,  s.  Til.  (Lat.  oppiíguator),  o 
que  ataca,  combate  praça  para  a  render. 

OPPUGNAR,  V.  a.  (Lat.  oppugnare  ;  op,  con- 
tra, e pugno  are,  pugnar,  combater),  atacar, 
combater  :  —  a  praça,  para  a  render. 

Syn.  comp.  Oppugnar,  expugnar,  Oppu- 
gnar é  atacar  com  força  para  render  uma 
praça,  uma  fortaleza,  ctc. ;  expugnar  é  to- 
mar uma  praça  á  força  de  armas.  Todas  as 
praças  e  fortalezas  se  podem  oppugnar  ;  mas 
algumas  são  inexpugnáveis.  Gibraltar  foi 
oppugnado  pelos  Hespanhoes,  porém  nSo 
YOL.  ir. 


(m 


8f: 


foi  expugnado ,   pelo   que   se   diz  inexpi 
gnavel. 

ops,  (myth.)  grande  deusa  itálica  doíJtem-i 
pos  primitivos,  passava  por  mulher  de  Sa- 
turno, foi  identificada  com  Rhea,  Cybele  e 
a  Terra.  O  seu  nome  quer  dizer  terra,  e 
é  o  mesmo  que  Opes  (riquezas)  como  se  es- 
ta divindade  fosse  a  riqueza  por  excellen- 
cia. 

OPSLO,  (geogr.)  cidade  da  Noruega,  con- 
tigua á  Chrisliania,  a  E.  É  cidade  muito 
antiga  e  residência  do  bispo  de  Christia- 
nia. 

0PS0P0£us,  (hist.)  pbilologo  allemão,  nas-;< 
ceu  no  século  XV,  morreu  em  154ii.  Dei- 
xou notas  sobre  Demosihenes  e  um  peque- 
no poema  de  Arte  bihendi,  etc. 
OPTALMiA.  V.   Ophthalmia. 
OPTATIVO,  adj.  (do  Lat.  opto.  are,  dese- 
jar),    que  exprime  desejo,  v.  g.  Modo  — , 
(gram.  grega  e  latina),  cujas  variações  en- 
cerram desejo.  Eui  portuguez  os 'tempos  do 
subjunctivo  supprem  o  optativo,  ea?.  Tenhas 
tu  a  fortuna  que  mereces.    Gozasse  ella  de 
prospera  sorte.  O  —  ,  subst.  ,    o  modo  ou 
tempo  optativo. 

ÓPTICA,  s.  f.  (Fr.  optique.  do  Gr.  optomai, 
ver),  parle  da  physica  que  ensina  as  leis  da 
visão  directa. 

OPTATO,  (Santo),  (hist-j  Optaíus,  bispo  de 
Milevo  na  Numidia,  no  século  IV,  morreu 
em  384.  Deixou  um  tratado  De  schismate 
Donatistarum.  É  commemerado  a  4  de  ju- 
nho. 

OPTACIANO ,  (hist.)  Publius  Porphyrius 
Opiatianus,  poeta  latino,  vivia  no  reinado 
de  Constantino.  Deixou  um  Panegyrico  de 
Constantino. 

ÓPTICO,  A,  aí/J.  concernente  ao  olho,  e  á 
vista.  V.  g,  O  nervo  — ,  cuja  expansão  forma 
a  retina,  órgão  immediato  da  vista.  —  perito 
na  óptica,  instrumentos  — ,  que  auxiliam  e 
facilitam  a  vista.  Eixo  —  visual,  linha  que 
passa  pelo  centro  do  objecto  e  do  olho. 

OPTiMATES,  s.m.pl.  [Lai.  de  opiimus),  os 
principaes,  os  grandes  da  nação  ou  da  corte. 
ÓPTIMO,  A,  adj.  (Lat.  optimus,  superl.  for- 
mado de  opto,  are,  escolher),  o^melhor,  o  mais 
excellente  ;  muito  bom.  ; 

OPULÊNCIA,  s.  f.  [Lai.  opulentia.  de  opes,. 
riquezas),  grande  riqueza,  com  fasto,  osten- 
tação. 

Syn.  comp.  Oppulencia,  riqueza.  Oppuleu" 
cia  é  grande  riqueza  com  ostentação,  e  tal- 
vez com  poder,  credito,  inQuencia. 

Riqueza  é  superabundância  de  bens  de 
fortuna  —  de  cousas  que  tem  um  valor  pe- 
cuniário. vV 
OPULENTAMENTE ,  adv.  [mente  sufif.),  com 
opulência,  magnificência,  v.  g.  Viver,  tratar- 
íe — . 

10 


S8 


€»à 


ORA 


opulentíssimo,  a,  adj.  superl.  de  Opulen- 
to, muito  rico.  v.  g.  Cidade  — .  Nação — , 
Commercio  — ,  de  grande  producto. 

OPULENTO,  A,  adj.  (Lat.  opulentns],  muito 
rico,  V.  g.  Homem,  estado  — .  Cidade  — . 

OPLNTiA  ou  OPUNCIA,  s.  f.  (t.  Lat.  botau.), 
figueira  da  índia. 

OPÚSCULO,  s.  m  (Lat.  opusculum,  dim.  de 
opus),  (fig  )  pequeno  escripto,  folheto,  obra 
litteraria  de  pouca  extensão. 

OQUE.  V.  Ochre. 

OQUEA,  s.  f.  (t.  Asiat.)  moeda  da  índia  que 
valia  um  cruzado  no  tempo  de  Fernão  Mendes 
Finto. 

OR,  des.  verbal  masculina,  ora  f.  Latnia. 
Vem  do  Gr.  orò.  impellir,  excitar,  e  denota 
agente,  cíc.  autor,  amador,  atirador,  arma- 
dor, namorador  ,  fiador.  É  substantiva  ,  e 
adjectiva. 

OR,  (geogr.)  rio  da  Rússia  europea,  nas- 
ce nos  Kirfjhiz,  corre  ao  N.  depois  a  E.  e 
desagua  no  Ourai. 

ORA.  V.  Hora. 

ORA,  adv.  (do  Lat.  hora),  agora,  já,  neste 
momento.  —  logo,  portanto,  nesse -caso.  v.  g. 

—  admittido  este  principio,  segue-se.  — ,  re- 
petido em  duas  phrases  consecutivas  ó  dis- 
tribuitivo,  e  equivale  a  umas  vezes.  Ex.  —  um 

—  outro.  —  acommettia  com  fúria,  —  simu- 
lava retirada. 

ORAÇÃO,  s.  f,  (Lat.  oratio,  nis,  de  orare, 
orar),  discurso  eloquente  no  foro,  em  as- 
sembléa  publica  ,  accusando  ,  defendendo 
pessoa  ou  opinião,  ou  em  louvor  de  alguém. 

—  preces,  supplicas  a  Deus,  resa,  acto  de 
orar,  rezas:  v.g.  —  de  cego,  discurso  sem 
affectos,  sem  tom  oratório.  —  (gram.)  phrase, 
sentença  que  exprime  um  sentido  completo. 

ORAçoEiRO,  s.m.  (ant.)  livro  de  preces,  de 
orações. 

ORAcuLAR,  adj.dos2g.  próprio  de  orácu- 
lo ;  dito  em  tora  de  oráculo,  mysterioso.  v.g. 
Templo — ,  onde  havia  oráculo. 

ORÁCULO,  s.  m.  (Lat  oraculum,  de  os.  oris, 
hocca,  G  caleo,  ere,  aquecer),  resposta,  quasi 
sempre  mysteriosa  dada  pelos  sacerdotes  ou 
sacerdotisas  que  o  vulgo  tinha  por  inspirados 
pelo  influxo  divino,  a  quem  os  consultava  so- 
bre o  futuro ;  sanctuario  onde  residiam  os 
sacerdotes  e  onde  elles  davam  estas  respos- 
tas, ■y.^.  O —  de  Delphos.  F aliar  de — ,  em 
tom  dogmático  e  mysterioso.  — ,  resposta 
»mphibologica  ,  com  ar  mysterioso.  —  (fig.) 
pessoa  cuja  opinião,  cujas  decisões  são  res- 
peitadas como  infalliveis.  —  verdade  infalli- 
vel ;  a  verdadeira  religião  revelada.  — ,  des- 
pacho verbal  que  dá  o  papa.  v  g.  Os  —  de 
Roma,  os  summos  pontifices.  —  (ant.)  orató- 
rio. 

ORÁCULOS,  (myth.)  Oracula^  estabeleci- 
mentos sagrados  entre  os  pagãos,  onde  eram 


consultados  os  deuzes  sobre  o  futuro ;  aai 
respostas,  que  elle*  davam  também  tinham 
o  nome  de  oráculos.  A  Ásia  Menor,  a  Gré- 
cia, a  Itália  tinham  muitos  oráculos.  As  res- 
postas obtiíiham-se  de  diversas  maneiras. 
Em  Delphos  eram  dadas  por  uma  sacerdo- 
tiza  chamada  pythonisa  ;  em  Dodona  eram 
dadas  ou  por  mulheres,  ou  por  pombas,  e 
até  pelo  ruido  das  arvores  ;  no  antro  de 
Ttophonio  o  deus  fallava  aos  fieis  em  so- 
nhos, etc.  Os  oráculos  foram  acabando  á 
medida  que  diminuiu  a  idolatria  e  que  o 
Christianismo  fez  progressos. 

ORADOR,  s.  m.  (Lat.  orator),  o  que  ora,  fal- 
ia em  publico,  no  foro,  no  senado,  no  púl- 
pito ;  o  que  reza,  faz  preces  a  Deus. 

ORADOUR-suR-VAYREs.  (gcogr.)  ciilade  de 
França,  a  3  léguas  ao  SE.  de  Rochechouart  ; 
3,340  habitantes 

ORAGO,  s.  m.  (de  oráculo),  int.  oráculo.  — , 
santo  a  que  uma  igreja  é  dedicada.  —  (p.  us.) 
agouro,  cousa  que  prediz,  vaticina,  v.  g.  —  s 
de  infortúnios. 

ORAL,  adj.  dos  ''lg.  (do  Lat.  os.  oriSj  .^bocca, 
des.  adj.  aí),xleviva  voz,  vocal.  v.  g.  Lei  tra- 
dição — . 

ORAN,  (geogr.)  portusmagnus,  cidade  ma- 
ritima  da  Africa  franceza,  capital  do  gover- 
ne de  Oran,  a  9C^  léguas  ao  SO.  de  Alger, 
13,618  habitantes.  O  governo  d'Oran,  um 
dos  três  de  Algéria  compreende  toda  a  parte 
Occidental  da  regência  desde  a  embocadura 
de  Tunnis  até  ás  fronteiras  do  império  de 
Marrocos. 

ORANG,  (h.  n.)  espécie  de  macaco,  o  maior 
desta  familia,  e  muito  parecido  com  o  ho- 
mem dos  bosques. 

ORANGE,  (geogr.)  Arausio,  cidade  de  Fran- 
ça, perto  de  Aygues,  a  5  léguas  e  meia  N. 
de  Avinhão :  8,870  habitantes. 

ORANGE  (principado  de),  (geogr.)  parte  36^ 
Baixo  Delphinado  encravado  por  todos  os 
lados  no  condado  Yenesino.  Cidades  prin- 
cipaes  :  Orange  (capital),  Courteson,  Causans. 
Quatro  cazas  reinaram  successivamente  nes- 
te principado  alê  que  foi  reunido  á  Fran- 
ça :  a  caza  de  Giraud  d'Adhemar ;  á  de 
Baux ;  a  de  Chalons,  e  de  INasseau. 

ORANGE,  (geogr.)  nome  de  muitos  condá^' 
dos  dos  Estados  Unidos,  nos  Estados  da  Ca- 
rolina do  Norte,    de  Indiana,    de  Vermorit^P 
da  Virgínia  e  de  New- York  ;  este  ultimo  ó 
o  mais  importante ;  conta  60,000  habitan- 
tes 

ORANGE  ou  GARiEP,  (geogr.)  rio  da  Africa 
austral,  é  formado  pordous  braços,  o  Ga'^''''- 
riep  ou  Rio  Amarello.  que  nasce  entre  os  ■ 
Caffres,  e  oiVoro  Gariep  ou  Rio  Negro,  do' 
qual  não  se  conhece  exactamente  a  nascen- 
te, desagua  no  Atlântico. 

ORAWGE   (Pbiliberto  de  Chalon,  príncipe'' 


on 


CHftfi 


» 


de),  (hist.)  grande   capitão  do  século  XVI, 

nasceu  no  castello  de  Nozeroy  em  1502. 
Sendo-lhe  confiscado  o  seu  principado  por 
não  querer  reconhecer  a  suzerania  de  Fran- 
ça retirou-se  para  a  corte  de  Carlos  V,  que 
lhe  deu  o  condado  de  S.  Pol.  Aprizinado 
pelos  Francezes  em  1525  ficou  preso  até 
1027;  acompanhou  depois  o  cardeal  de  Bour- 
bon ao  cerco  AeBoma,  apoderou-se  do  cas- 
tello de  S.Angelo.  Foi  nomeado  vice-rei  de 
ffapoles  em  1518,  mas  deshonrou-se  neste 
cargo  pela  sua  crueldade.  Encarregado  do 
commando  do  exercito  imperial,  cercava 
Florença  em  1530,  quando  foi  morto  com 
28  annos  de  idade. 

ORANGiSTAS,  (hist.)  Oraugemcn,  nome  de 
desprezo,  que  pela  primeira  vez  em  í689 
foi  dado  aos  protestantes  de  Irlanda,  que 
reconheciam  a  usurpação  de  Guilherme  de 
Orange,  pelos  catholicos  que  se  conserva- 
ram lieis  á  canza  deJacques  II.  Esta  deno- 
minação ficou  depois  aos  protestantes,  du- 
rante as  luctas  que  alíligiram  a  Irlanda  até 
ao  bill  d'emancipação  dos  catholicos.  Hoje 
o  partido  orangista  está  confundido  com  o 
partido  tory.  Na  Bélgica  chamam  orangis- 
tas  aos  partidários  da  caza  de  Orange,  que 
antes  de  1830  reinava  nos  Paizes-Baixos. 

ORANiEisBAUM,  (gcogr.)  cidade  da  Rússia 
europea,  a  8 léguas  SO.  de  S.  Petersburgo, 
l,50u  habitantes. 

ORAR,  v.n.  (Lat.  oro,  are,  de  os,  oris,  boc- 
ca,  ro  em  Egypcio),  fallar  em  publico,  defen- 
dendo causa  no  foro,  opinião  no  senado  ou 
outra  assembléa  deliberante  ou  no  púlpito. 
v.g.  Cicero  orou  no  senado  contra  Catilina.  O 
pregador  orou  com  grande  eloquência.  — , 
dirigir  preces  a  Deus,  fazer  oração  rehgiosa. 
—  em  espirito,  sem  palavras,  com  o  pensa- 
mento. 

ORAR,  V.  a.  (p.  us.)  pedir,  supplicar.  ex. 
«  Oraram  e  exoraram  a  vossa  piedade.»  Viei- 
ra, p.  p.  de  orado. 

ORA  sus  1  inter j.,  eia  pois  I  ex.  « —  I  gen- 
te forte.  »  Camões. 

ORATES,  s.  m.  (do  Gr.  orô,  incitar,  per- 
turbar), homem  estouvado,  doido.  v.  g.  Casa 
dos — ,  dos  doidos. 

ORATÓRIA,  s.  f.  (Lat.)  arte  do  orador,  ar- 
te de  orar. 

ORATORiAMENTE,  acíu.  (mcníe  suff.)  segun- 
do as  regras  da  arte  oratória. 

ORATÓRIO,  s.  m.  quarto  da  casa  particu- 
lar com  imagem  de  santo,  onde  se  ora,  reza 
e  muitas  vezes  com  altar  onde  se  diz  mis- 
sa.— ,  camará  na  cadeia  onde  se  encerram 
os  réos  condemnados  á  morte  para  orarem 
a  Léus.  Estar  no—,  (fig.)  em  grande  an- 
gustia. — ,  drama  de  ordinário  em  musica, 
cujo  assumpto  é  tirado  da  escriptura  sa- 
grada. 


ORATÓRIO,  A,  ac(j.  [Lat.  oraíorius),  de  ora- 
dor. V.  g.  Estylo,  discurso—.  Arte  orato-( 
ria. 

ORATÓRIO  (padres  do),  (hist.)  congrega- 
ção fundada  em  Roma  por  S.  Philippeííe- 
ri  em  1550,  teve  ao  principio  o  nome  da 
Confraria  da  Trindade,  o  foi  destinada  a 
dar  soccorros  aos  estrangeiros,  levados  a  Ro- 
ma pela  devoção,  depois  teve  a  cargo  a  edu- 
cação da  mocidade.  Na  sua  origem  era  com- 
posta de  15  membros,  mas  dentro  em  pou- 
co augmentou  ;  a  sua  sede  era  a  egreja  de 
N.S.  de  \ alWceWdi,  ChiesaNuova.  Esta  con- 
gregação foi-se  depois  organisando  em  diver- 
sos reinos  da  Europa. 

ORATORiozmno,  s.  m.  diminuí,  de  ora- 
tório. 

ORBA  ou  ORB,  (gcogr.)  cidade  da  Baviera, 
a  li  Ipgoas  ao  NE.  de  Wurtzurgo,  í,500 
habitantes. 

ORBE,  s.  m.  (í.at.  orhis,  cousa  redonda, 
circulo,  disco  ;  de  or  ou  hor.  o  sol),  a  es- 
phera  celeste;  o  globo  terrestre,  todo  o  uni- 
verso, — ,  orbita. 

ORBE,  (geogr.)  Orbea  on  Orbacn  em  al- 
lemão^  Vrba  em  latim,  cidade  da  Suissa  ;  a 
6  léguas  O.,  deLansanna;  2,101)  habitan- 
tes. 

ORBEC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  e  meia  SE.  de  Lisieux  ;  3,200  ha- 
bitantes. 

ORBEGA,  (geogr.)  rio  deHispanha  no  rei- 
no de  Lfão. 

ORRELUS,  (geogr.)  hoje  o  Árgtntaro,  mon- 
te da  Macedónia,  nos  limises  da  Macedoni*: 
e  da  Thracia. 

ORBEY,  (geogr.)  villa  do  departamento  do 
Alto-Rheno,  em  França,  a  4  legoas  ao  NO. 
de  Colmar ;  ?,5U0  habitantes. 

ORBiBULAR,  adj .  dos  2g.  (Lat.  orbicula- 
ris),  redondo,  espherico,  circular,  v.  g.  Mus-: 
culo — ,  um  dos  que  levantam  e  abaixam  as 
pálpebras. — ,  v.  n.  T.  Gyrar. 

ORBITA,  s.  f.  {orbe,  a  des.  de  ilum,  sup. 
de  eo,  ire,  ir),  cavidade  do  olho  :  —  dos  pla- 
netas, o  circulo  em  que  se  movem. 

ORBiTELLO ,  (gcogr.)  cidadc  d'Italia,  no 
grau  ducado  de  Toscana,  a  25  léguas  SE.  dôs 
Sienna  ;  3,000  habitantes. 

oRBivAGO,  A,  adj.  que  vaga  pelo  orbe, 
vagamundo. 

ORCA,  s.  f.  peixe  monstruoso,  inimigo  da 
baleia. 

OUÇA,  s.  f.  Meter  á—,  (naut.)  iráboli^i 
na,  mui  chegado  ao  vento.  V.  Orçar.  .  :,i 

ORCADES,  (geogr.)  Orkney  em  inglez  Or* 
cadesemlaúm,  grupo  de  ilhas  aoN.  da  ponta 
seplentrional  da  Escócia ;  São  3o,  2t)  delias 
habitadas ;  2H,000  habitantes.  As  Orcades 
juntas  ao  Shetland  formam  um  dos  condados 
d«  Escócia,  de  queKirkwall  é  capiíaliè  -^  «*• 
10  * 


4a 


0RC 


ORD 


ORCADES  AUSTRAES  ,  ( geogr.)  chamadas 
timbem  Novas  Orcades  e  Peivel,  grupo  ã% 
ilbas  do  grande  Oceano  Austral,  ao  SK.  da 
America,  e  a  tNE.  do  Archipelago  daNova- 
Shetland.  São  áridas  e  desertas. 

0Rç\D0,  A  ,  p.  p.  de  orçar;  adj.  esma- 
do,  avaliado.  — ,  metido  á  orça. 

ORÇADOR,  s.  m.  o  que  orça,  far  orçamen- 
to, esmador. 

ORÇAMENTO,  s.  m.  [meiíto  suíf.)  acto  de 
orçar,  esmo,  estimativa,  v.  ^.— dasdespe- 
zas  do  estado. 

ORÇAR,  V.  a.  (do  Lat.  orsa,  orum ,  pro- 
jecto ,  desígnio ,  de  orsus,  começado.)  es- 
mar,  avaliar,  fazer  estimativa.  —  adespeza, 
os  gastos. 

CRÇAR,  V.  n.  (de  ora,  borda,  extremida- 
de. Gr.  horas,  limite.j  governar  o  navio  de 
modo  que  indo  á  bolina  se  cinja  ao  ven- 
to. 

ORCHA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  europea, 
sobre  oDniepr,  a  18  léguas  N.  deMohilev; 
1,900  habitantes. 

ORCHATA,  5.  f.  (do  Fr.  orgcat,  orge,  ce- 
vada.) bebida  feita  com  as  quatro  sementes 
frias ,  amêndoas  doces  pisadas,  assucar  e 
agua. 

ORCHESTRA,  s.  f.  (prou.  ch  sôa  k  :  do  Ital. 
do  Gr.  orkheistai,  dansar.)  os  instrumen- 
tos músicos  que  acompanham  as  vozes  dos 
cantores,  e  os  passos  dos  bailarinos. 

ORCHiDEAS,  (bot.)  família  de  plantas  mono- 
cotyledones,  de  estames  épygynes  ;  apresen- 
ta formas  e  uma  organisaçào  muito  natu- 
ral. 

ORCHiES,  (geogr.)  Origiacum,  cidade  de 
França,  aAleguaslNE.  deDonai;  3,840  ha- 
bitantes. 

ORCHiMONT,  (geogr.)  villa  da  Bélgica,  so- 
bre o  Semoy,  perto  da  fronteira  de  França  ; 
300  habitantes. 

ORCHis,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  or/íTi is,  testí- 
culo.) satyrião,  planta  cujas  raizes  duplica- 
das tem  alguma  semelhança  com  os  testí- 
culos. 

ORCHOMÉNE,  (geogr.)  Orchomenus,  nome 
de  muitas  cidades  gregas,  as  mais  celebres 
são :  Orchomene  d' Areadia,  hoje  Helpaki, 
ao  W.  deMantinea  ;  Orchomene  dosMingos, 
ou  Orchomene  da  Beócia,  hoje  Scripou,  ao 
N.e  perto  de  Lebadea,  não  longe  d'um  lago 
do  mesmo  nome. 

ORCiÉRES,  (geogr.)  cidade  de  França,  so- 
bre oDrad,  a  4  léguas  N.d'£mbrun;  1,700 
habitantes. 

ORCO,  s.  m.  (Lat.  orcus,  do  Gr.  oryssó, 
enterrar.)  (poet.)  a  região  dos  mortos ;  a 
morte. 

ORCO,  (myth.)  nome  de  Plutão  entre  os  Ro- 
manos. Deriva- se  do  latim  urgeo  apertar, 
do  grego  eiorgo  encerrar,  ou  então  á'orkos 


juramento,  porque  Plutão  era  invocado  quan- 
do se  prestavam  juramentos. 

ORDAUA  ou  ORDEAL,  (híst.)  do  saxonío 'or- 
dal,  o  mesmo  que  wrí/iei7,  julgamento,  nome 
dado  algumas  vezes  ás  provas  judiciarias. 

ORDEDURA.  V.   Ordidura.     . 

ORDEM,  s.  f.  (Lat.  ordo,  inis,  do  jr.  or- 
thos,  direito,  orl/id,  pôr  direito,  erigir.)  dis- 
posição, collocação  das  cousas  no  lugar  que 
lhes  compete,  serie  regular,  v.  g.  a  —  da 
natureza.  Tudo  está  em  —  ou  em  boa  — . 
Pôr  em  — .  — ,  modo,  maneira  de  proceder, 
teor.  Viver  com  — ,  regradamente.  — ,  cou- 
sa que  o  superior  manda  executar,  mando, 
V.  g.  dar  ordens,  uma — -  Ajudante  úe  or- 
dens. V.  Ajudante.  — ,  divisão,  categoria  de 
cidadãos.  A  —  equestre,  dos  cavalleíros  na 
antiga  Roma.  Ordens  religiosas,  commu- 
nidades.  — ,  em  historia  natural,  subdivi- 
são das  classes.  — ,  um  dos  sete  sacramen- 
tos da  Igreja  pelo  qual  se  conferem  ao  sa- 
cerdote os  diversos  graus  de  poder  eccle- 
siastíco.  Ordens  sacras,  as  de  missa. — ,  na 
architectura,  certa  disposição  nas  proporções 
e  ornatos  das  columnas,  suas  bases,  capi- 
téis, frisos,  etc,  v.  g.  —  ionica,  dórica,  co- 
rinthia,  compósita. 

ORDENAÇÃO,  s.  f.  leí,  do,creto,  alvará  com 
força  de  lei.  A — ,  o  corpo  de  leis  do  reino, 
código  :  —  Affonsina,  Manuelina,  Filippi- 
na.  — ,  o  acto  de  conferir  o  sacramento  da 
ordem» 

ORDENADA,  s.  f.  (math  )  linha  perpendi- 
cular tirada  do  ponto  da  curva  ao  seu  eixo. 

ORDENADAMF.NTE  ,  adv.  [mente  SUÍF.)  com 
ordem,  por  sua  ordem,  em  boa  ordem. — , 
(ant.)  ordinariamente. 

ORDENADÍSSIMO,  A,  adj,  supcvl.  de  orde- 
nado. 

ORDENADO,  A,  p.  p.  de  Ordenar;  adj.  pos- 
to em  ordem.  — ,  estabelecido,  constituído. 
— ,  mandado,  prescripto  por  ordem,  orde- 
nança. Exercito — ,  pcsto  em  ordem  de  ata- 
que e  de  defesa.  « Iam  — s  para  andarem 
da  armada  com  Affonso  de  Albuquerque.  » 
«  Os  reis  foram  — s  por  Deus,  »  Barros,  ins- 
tituídos. Assim  foi  —  pelo  senado. — ,  a  quem 
se  conferiu  o  sacramento  da  ordem. 

ORDENADO,  s.  m.  O  salarío  certo  ordena- 
do por  decreto,  lei  ou  regimento,  a  empre- 
gado publico. 

ORDENADOR,  s.  wi.  O  que  Ordena,  dis- 
põe. 

ORDENAMENTO,  s.  m.  [mento  suíf.)  (ant.) 
ordem,  disposição,  mandado  ;  — ,  ordena- 
ção, estatuto,  lei,  regimento. 

ORDENANÇA,  $.  f.  lei,  ordenflção,  disposi- 
ção, ordem   de  corpo  de  tropas,  do  exern, 
cito,  da  batalha ;  exercício  militar.  Trojoa, 
gente  de  — ,  ou  as  ordenanças,  mihcia  ir- 
re  guiar,  que  só  se  disciplina  em  tempo  d*í 


ORÍ) 

guerra  pá  fá  defesa  do  território.  '».g.  A  — 
prussiatia,  fí-aiiceza,  o  regulamento  do  eícer- 
cicio  railit.ir.  — ,  disposição,  forma  da  lei ; 
— ,  ordem,  estylo,  v.g.  —  de  architectura. 
Por — moderna.—,  exi)cdiento  regular  de 
despacho,  estabelecido  em  rrgra. 

Ordenando,  s.  m.  (des.  do  p  fut.  Lat  ), 
O  que  está  para  tomar  ordens  sacerdo- 
taes. 

ORDENAisTE,  s.  wi.  (des.  do  p.  a.  Lat.  em 
ans,  tis),  o  que  confere  o  sacramento  da 
ordem.  Acha-se  erradamente  usado  por  or- 
denando. 

ORDENAR,  V.  tt.  (  at.  ordinare,  de  ardo, 
inu,  ordem),  pôr,  disporem  ordem,  porem 
seu  lugar,  collocarcom  concerto,  regra,  me- 
thodo,  V.  g. — as  tropas, — o  processo,  fa- 
ze-lo  segundo  a  ordem  judicial;  —  versos, 
compor  regularmente,  segundo  as  regras 
da  metrificação. — ,  mandar  por  lei,  decre- 
to, ordem.  — .  dirigir,  regular,  d.  g.  — ,  a 
vida.  — ,  dispor,  traçar,  —  uma  festa,  um 
enterro,  —  enganos,  ciladas,  a  morte  a  al- 
guém.— ,  conferir  o  sacramento  da  ordem, 
as  ordens  sacras.  — ,  construir,  ex.  «  Sem 
rendas  com  que  se  possam  —  as  oílicinas  e 
cerca  do  convento.»  Carla  do  cardeal  D.  Hen- 
rique no  tlucidario.  È  antigo.  — se,  r.  r. 
tomar  ordens  sacras. — ,  dispor-se,  appare- 
Ihar,  V.  g.  —  para  o  combate. 

ORDENAVEL,  ãdj .  dos  2  g.  capaz  de  ser 
ordenado,  disposto,  dirigido. 

ORDENHADO,  A,  f>.  f.  de  ordenhar,  adj. 
mungido. 

ORDENHADOR,  A,  s.  pessoa  quc  ordenha, 
munge  as  vascas,  cabras;  ovelhas,  etc. 

ORDENHAR,  V.  a.  (do  (ir.  orros,  leito,  e 
Wrto,  correr,  manar),  mungir  as  vaccas,  ove- 
lhas, cabras,  etc. 

ORDERic  VITAL,  (hist.)  historiador  inglez, 
nasceu  em  1075,  morreu  em  1  50.  Deixou 
uma  Historia  ecclesiastica  desde  o  nasci- 
mento de  Jesu-Christoaté  aoanno  de  1141. 

ORDiAiRO  ou  ORDiAYRO.  V.   Ordinário. 

ORDiDO,  A,  p.  p.  de  ordir;  adj.  dispos- 
to o  urdume  no  tear;  (fig.)  tramado,  arma- 
do^ V.  g,  tinha  —  a  intriga. 

ORD'L0R,  A,  s.  pessoa  que  urde. 

ORDiDURA  ,  s.  f.  ordume  ;  (íig.)  disposi- 
ção, entrecho,  v.  g.  —  da  historia  escripta. 

ORDiM.   V.   Ordem. 

ORDiMENTO,  s.  TH.  [mcnío  suff.)  O  acto  do 
ordir  ;  (fig  )  principio,  começo,  v.  g.  —  de 
nova  vida. 

ORDINAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  ordinalis.) 
qufe  oxprime  ordem,  lugar  de  uma  serie,  r. 
g.  adjectivos  ordinaes,  primeiro,  decimo. 

GROiNAR,  V.  a.  (ant.)  V.  Ordenar. 

ORDINÁRIA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  or- 
dinário.) pensão  alimentaria,  ração  diária, 
mensal  ou  annual.  —  magna,  um  dos  actos 

VOL.    IV. 


OAP  ijji 

(Jue  se  faziam  na  universidade  de  Coimbra 
antes  da  reforma  de  l772. 

ORDINARIAMENTE,  adv.  [meute  sufí.)  de  ot' 
din\rio,  commummenle,  as  mais  das  vezes. 

Syn.  comp.  Ordinariamente  commum- 
mente.  Commummente  refere-se  á  multi- 
dão de  pessoas  que  fazem  a  mesma  cousa  ; 
ordinariamente,  á  multidão  de  vezes  que 
acontece  a  mesma  cousa.  Tal  porto  é  or- 
dinariamente frequentado  de  navios  ;  quer 
dizer,  é  qua?i  sempre  frequentado  de  na- 
vios. Os  militares  são  commummente  pou- 
co religiosos,  isto  é,  são  quasi  todos  ou  pela 
maior  parte  pouco  religoos. 

Casos  ha  em  que  as  duas  expressões  se- 
jam exactas,  posto  que  em  sentido  diífe- 
rente.  O  vulgo  erra  ordinariamente  ou 
commummente  em  seus  juízos,  isto  é,  erra 
quasi  sempre,  ou  erram  quasi  todos  os  que- 
se  incluem  na  denominação  de  vulgo. 

ORDINÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  ordinarius,  de 
ordo.  inis,  ordem.)  usual,  regular,  v.  g.o 
curso  —  do  processo;  a  marcha  —  do  nego- 
cio. O  preço  —  deste  género.  Homem  —  , 
plebeu.  —  ,  vulgar,  de  qualidade  inferior. 
Pano — .  Comida — ,  grosseira,  como  a  do 
povo,  do  commum  da  gente.  Acção  ou  tia 
— ,  no  foro,  a  que  segue  a  forma  regular 
prescripta  pelas  leis.  Juiz  — ,  nomeado  pe- 
la camará  municipal,  juiz  não  letrado,  juiz 
leigo.  O — ,  em  direito  canónico,  o  bispo, 
arcebispo  ou  prelado.  De  — ,  loc.  adv.  or- 
dinariamente. O — ,  a  comida  ou  o  tratamen- 
to quotidiano.  Um — ,  correio,  portador  de 
cartas. 

ORDiNHADO.  V  Ordenado,  clérigo.  Elu- 
cidário. 

ORD  R ,  (Lat.  ordior,  iri,  de  oriri,  nas- 
cer.) dispor  no  tear  o  ordume  ou  primei- 
ros fios  da  têa  ;  (fig  )  traçar,  armar,  v.  g. 
—  enganos,  intrigas,  enredos. 

Syn.  comp.  Ordir,  tramar ,  tecer ,  ma- 
quinar. Se  os  primeiros  três  vocábulos  con- 
servassem rigorosa  analogia  no  sentido  fi- 
gurado com  as  suas  significações  no  senti- 
do próprio,  ordir  seria  lançar  as  primeiras 
linhas  d'um  enredo ;  tramar  exprimiria  o 
enlaçamenlo  do  enredo,  a  acção  do  lhe  dar 
força  e  consistência  ;  e  tecer,  exprimiria  am- 
bas as  cousas,  isto  é,  começar  e  proseguir 
uma  t'iia  de  enredos ,  ele.  Com  tudo  tra- 
mar é  o  termo  que  vulgarmente  se  usa 
como  mais  enérgico  para  exprimir  a  astú- 
cia e  ardil  com  que  se  preparam  e  concertam 
enredos,  enganos,  para  lograr  o  fim  que  so 
intenta. 

Ifa^ttinar  tem  mais  ampla  significação,  e 
vale  o  mesmo  que  traçar  artificiosamente, 
idear  na  phanlasia  com  sublilesa  e  astúcia ; 
por  isso  se  diz  í  «Maquinar  a  ruina  da  pá- 
tria ;  maquinar  contra  a  republica;  »  e 
11     ' 


éi 


om 


<m. 


neste  easa  nHo  •  §ô  .  Rwieriar  dizer  í^úh/rtaf,» 
que  parece  íér  pj^«r^Q  estreita-  cora<enpedòs' 
ee^g-aaos.     ,  , 

qjRDO.^  .^,,j^^^lt^U   hordeum.}  (aEtt.)  V. 


5,  m. 


OBPUJiE  ,,.  s,  m.  (de  ordir.).  os  primeir-osí 
^ós  ^ da ,  têa  lançados  ^no  tear. ;.  (íig.)  cpri^po- 
sfçab  impepfèita-,»  esÉpço.      ;,    -    .  , 

È.pet.jl  ij^oJfiÉ^s   dos  Jbosqwes  e  dos  mon- 

'  :0r|6ap^  5.  ih.  (Lat.  on^num,  do/ioí^a^,' 
mofatè^  e  ^(ínos^a|{3gria\),espeGÍedB  mange- 
fona"  que  se  dá"  nas  monta nba§. 

OREGpN  ou  coLUMl5iA^.(geogT.)  rio  dos"  Es- 
tados  l5nidos,  no  território,,  a  que  dá  o  seu' 
nÒBÇie,  iiasee  iios  montes  Pedrègosps,  e  kn- 
çlji-se  hp  Ôceanp,  ^     ,     .        .. 

'  ò*REÚ.LY,  (íist.)'  general  irlante^  a&  ger?-" 
viijo'  de. jâisj^ntó r  nasceu^  em  1  To5y  mprpeui 

rí/'94.  Serviu  primeiramente  na  França^ 
['ante.  a  guerra'  dos  Se-te  Anno&.  Sai-vouí 
a  Yida,'^  ao  rèi  Carlos  líí  em  utoa  rf^volta' 
siispiiada-  em  Madrid  em  I76(>;r  obteve  a| 
amisadè  deste  príncipe  qjue  o  mandou  to- 
mar posse  da  JLuiziania  cedida- pela  Fraiiça' 
áí  Hispanhã,  foi  encarregado  em  l774-  de 
uma  expedição  contra  Àlger,  ficou' mal  nes- 
ta empresa,  e  foi  supplantado  na  graça  dc^ 
mbnajrcfia  alf  1786. 

OR«L  ou  ORLaw,  (geogr.)  cidade' da  Ruâ- 
sià  Êuropeai  capitai  do  governo  d'OrôlvSO- 
ÉrejO  Oka^ ^  a  Mrli]£  ;.  t^^COÚ'  habita«tes.» 
0^  governo  diDrel  situado  entr^-  os-  de^  fca»-' 
longa  eftíulaaoN.,  Smolensk  e  Tcherni^v' 
a  U.  conta  l,350,.0(iO'  hateitairtesv  Capital^ 
Órel.  ,  .     , 

„0RELH4,  s.'  f.  [úo  1^&,-  çreille,  pron,.  dre- 
tRe,  .do  Lat.  aviriçuh^^  dim.  áorãwfU.  Creio' 
que  àuhs  yein  do-  Gr.  o»*e^d,>esiendeP.):ex- 
pansãò  cartilagiEpsa  eni  toftap'  do  meato  au- 
di.tÍY0  externo  ;;  (íig. )  a  puvidov i>aT  -s,»  ou- 
vidos, escutar.  Faze-r-^s-  de  v.  ercador^.  ou 
ç^uvir  cain  —s  5*t.rrfcs,(loe.  íamil  ),íifigjrque 
não  ouve,:  não  dar  ouvidos.  Buttr  ?l«—  ,i 
agradar,  pelo  som .  Quebrai  as  — *-,' ©'^fodaV,' 
com  pratica  impertinento-  Traura^—-oóm- 
•gridof  sohr&  algu&m,  (loc.  p'.>  us.-)  a«d8!<  es-; 
cutandp  A  que  elle  diz.  To/rotr  & — ,  (fig'.) 
sçTi&^^eT-ser.  Ficar  Comr  às  — s  6ma?cís,'hu- 
ipilhado.'  Abanar  as  — -s,-  ncgér  o  que  se 
pede.  —  do  martello,'  a  parte-  fendida  delle 
çpm  que-,  se  arraflcam  pi^iégos.  —  efe  itrso  , 
planta,  e-peci^e  de  denl,uí>'a.>  Viiikod^ — ,■ 
(ant.)  Íx)m.'  Uisipo.  Esta  locução  é  tirada  do' 
Fr.  ce  vin  a  un  oreille,  cujo  sentido  é-ttial^ 
exf4ícado  pelos-  commé  ntador  es  dei4  a  bela  is, 
diz^ndp'.  q*>e;  o  bom  vinho  faz  abanar  uma 
of^hfr  Çt  p-.ffláUr  du-as.  A.  pbraze  signitíêa 
que  o  bOBv  vinho  faa  dt)rmip  i^ooegedo  toda 
a  tioiteí^  &(^re''uoQa  s6  orelbtt>  Í9tO' é,  com' 


somao:  profandò-,  sei*  tó.  volts*:  M^catr' 
mav.     .    ^.;r  ■  V  .-■■■•     --     ■■:■■■■    ■ 

■    ouBLHADO,  A,. «(/;'(.  V.  O  rilhado'.- 

ORcuHÃo,^  s  f.  (Fr.  oréUion  ,■  aúgni.rdô 
oreilkf  orelhai.)  puxão  de  orelhas — ,  peií- 
xe  grande  do  mar  que  tem*  grandes* barba- 
tanas como  orelhas.—,  (fortif.)  obra  avan- 
çada de  forma  cireulap  na-  e>paldadosba^ 
tiões  para  cobrir  a  ai  filharia. 

Of^«l.nÃo,i,  A,  aájl.  \ .   Orelhudo: 

OR€*,»EhaA,.  s.  /.orelha  d-e  porco  guisa- 
da. — s,  brincos,    pingentes  das  orelhaSv  . 

ORELHINHA,  s.  f.  diminut.  de  orelha.. 

OREi^flUBO ,  A,  adjt.  (des,.  udo.)  qjie,  tem 
(grandes  orelhas.-  .i 

PRELLANAy  (hist.)  v-iajante  hispanfeol,  nafr- 
.ceu  no  pri'ncipio  dp-  XVI seculoy  morreu  em 
,i,54yv  segiiiu  Uizarrp,  desceu  â. coerente  do 
|pio  das- Amazonas,*  e  «on&e^uiu  desçobiir  a 
-embocadura  deste  rio,  qae  depois  tomou  o 
iseu  nomo.  , 

I .  OREMÁwÁos,^  (geogf.j,  grande  nação  de'iii- 
,dios  da- Guiana  l^azileif a- :■  dominava  nas 
,margen6í  dos  rios  Negroy  Caburi,  Brancp, 
IChiuTa.  e  outros,  tributários  do  rio  Negroi 
.tgnora-^se  quaes  fossom  os  seus  costumes:, 
.hoje  acham-  se  civilizados,'  e  povoam  coca 
.0  nome  de  Manáos  as  diíferentes  villas  e 
.povoares  que  banha  o  mencionado  rio  Ne- 
gro- 

-  0Kf:N«i!RGO,  (geogp.)  cidade  forte  da  Rús- 
sia europea,  no  governo  de  OrenburgOv  na 
.direita- do  GU-ral;     4,000  haÉitantos.      . 

ORENRURGo  OU  ouFA  (governo  de)„  (geogr.*) 
,um  dos  governos  orienVaes  da  Rússia  EufO- 
pea,- confina  com  a  Ásia,  aoS.  ficamosge^- 
tvepuips  de  Saralo  e  Astrakhau  ;  1 , 1 00,,(J00 
.habitantes-,  i  apitai  Ou'fa. 

ORENoco,  (geogr.)  Orinoco  pm,  bispanhoP, 
gráíide  rio  da  America  do  Sul,  nasce  nos 
imonttísdéPãrimo,  corre  ao  Pit.ea  E.  e  lanç*- 
.se  no  Atlântico.  j 

.  óítENoGO  (departamento  de}v  (geogr.)  na 
republica;,  de  Venezuela  ,  outr'ora  parte  da 
.Goiud;bias>  é  divididb  om  três  províncias 
.(.Vari-nas;.  Apure  e  Guyana)  tem  pop  capital 
Varinas.  O  rio  Amazonas  separa-o  do  Brazil' ; 
18(\O0OKebitanteS',  ...   ,,,, 

.  ,  OBK&ME,'  (hist.)  eseriptPr  trancez,  nasceu, 
.em  1320,  morreu  em  1  '82-;  .foi  enoarreg^^ 
do  em  l^tO  da  educação  doDel^^him  (depois 
■Carlos  V.)'.e  em  l;j/7  foi  nomeado  bispo  do. 
;Sisieux. 

ORESSA,  5.  f.  (do  Lat  aura.)  [i.-  daBpi* 
ijra).  virado. 

,  OR«ST€S,í(myth.)  Orestes,  filho  d'igame- 
mnoh  e;deCl^l.emnestra,  passou  a  sua  mo^ 
cidade  com  o  rei  da  Tho-ida,  Strophio,  seu 
tio;- dépoiS;  dá  morto  d'Agamerr)non,  con- 
ttè-iijcom  Pylades,  a  amizade,  que  os  tornou 
cetebreá.  Vingou  o  morte'  d&scu  pai  com  a 


OHG 


oirô 


dos'dDtiS'ass?issino?^,mfts  poTico  f1epoÍ!í'fbi*pe>- 
se^uido  pelas  farias;c  foi  atormentado  porto- 
da  a  parle  pelos  remorsos  e  pela  demencia-.Foi 
á  Attica  onde  o  Areópago  e  Minerva  o  rerebe- 
ram,  a  Trézóna,  eáTaurida  onde  acabou  dé 
se  purificar  com  risco  d«  sua  vida,  e  onde 
encontrou  sub  irmã  Jphigenía",  Voltando'  á 
Grécia,  deu  Electra,  sua^  irmã  mais'  velha, 
em  casamento  a  Pyladps;  matou  Pyrrbòeni 
Delphos,  casoii  com  Hermione  ,  e  morreu 
picado  por  uma  serpente  com  mais  de  ÍJO 
annos.  •      ■ 

CRESTES,  (bist;)  Orestes',  pai  doimperador 
Augustulo,  era  um  dos  rbagnates  da  corte 
d'Altila.  Indo  viver nat  Itália  tornou-se  mui- 
to poderoso  no  reinado  doiulperador  Julió 
^epote,•mas  dentro  em  pouco  deslroiiou  este 
printíipe  e  deu  a  coroa  a  seu' filho  em'47L».  Foi 
morto  por  Odoacro  em  47ÍÍ. 

DRETUM,  (geogr.)  cidade  de  Hispanba-,  para 
o  lado  das  nascentes  do  Anãs  ((»uadiana),  ca- 
pital dos  Oretani ,  hoje  Calatrava,  ou  N. 
Senhora  dè  Oreto. 

OBFA ,  (geogr.)  primitivanáeilte  Callirhòè 
Edessn  dos  antigos  Gregos  e  Cruzadt)s,  cha- 
mada algumas  vezes  Antiochia  ,  cidade'  da 
Turquia  Asiática,  perto' do  lago  Ibrahim-el- 
Kalil;  a  45  léguas  SO.  de  Diarbefcir. 

ORFÃA,  dRPHÃv  orphaN.  V.   Orphãa. 

ORFANDADE.' V.    Orphatxdade; _ 

ORFANO,  (geogr.)  cidade  dií-  Turquia.  V. 
Contesm,  • 

OHFANO,  (^Ipho  de)v  (geogr.)  Strymoni- 
óus  sinus,  golpbo  do  Archipélago,  nas  cos- 
tas do  livah-  de  Salonica.  Assim  chamado  da 
cidade  de  Orlano,  que  fica  nas  suas  margens. 
[*,  oRFÃo.  V.   Orphão. 

ORFl^DADE,■  (ant.)  V.   Orphanctade . 

ORFORD,  (geògi'.)  cidade  de  Inglaterra-,  a' 
(5  léguas  E.  de  Ipswich  ;  1,2€(^  habitan- 
tes. 

ORGAWEiRO,  s.  w.  oíTicial  qué  faz-otgãos. 

ORDANico ,'  A  ,  cdj.  da  organisação,  dos 
órgãos  da  corpo  animal  otí  vegetal,  v.  g. 
iisovimentos  —  s."  Estructura  — . 

ORCANiSAÇÃo,  s.  f.  disposição,  contextu- 
ra e  nexo  dos  oi^ãos  do  corpo  atiimal  ou^ 
vegetal;  (fig.)  norma,  systema  regular,  v. 
g.-^àò  governo,  doexercito. 
'  ORGAWiSADO,  ir,  f.  p.  de  órganisar ;  adj. 
coDÒposto  de  órgãos  eonnexos.  A  natureza 
-^.  Os  corpos— s,  animaes  e  vegetaes. —  , 
(fig  )  disposto  de  modo  regular.  Tinha— a 
adminisiraçúo,  o  governo,  o  exerciw,  no- 
meado as  pessoas  qne  o  deviam  reger  eas^ 
signado  «~  catlã'  unf  o-sèu  poíto  e  TJe^vBres.    : 

ORGANiSADOR,  s.  m,  O  qub' org^isa .        i 
■  ORGANiSAMfeNTO  ,  s.  m    V.   Orgànisaçâo. 

.  orpawiSar  ou  crgatíízar.  V,-  a.'  [orgúo  , 
era  Lat.  organum,  nome  genérico  de  ins-  j 
trumentios  músicos >e  outros,  des.  isor  ou' 


imr.)  fbnWai*  e  dispAr  cofiv^ieYHterflênfe  os 
mçmhíos  ôii'org;&os  dOs  atíimsft^sôuVegetaes. 
<í  I><Bus  qoíe  org-úmisou  6'  horiâeíri'  de  b&ffò, 
os  animaies,  a^  plantará  —  ,  (fig.)  dái'  ftif- 
ma  reguiír,  itasliluir,  «.  ^.-^  o' exército,  o 
govéf'río,>  a  marinhai  —  óí?  eécnâos  de  afrnã^, 
segundo  as  regras  do  brazão.  — itrn}  jna'ão 
forte,  dar-lhfi  o  soA  db  ôt^glo  portínièiode 
canudos",  ere^í silos. 

1  organismo,  s'.  m.  (adat^j  úniHó'  das  pattes 
qiíe constituem  um-  ente  vivo,  paYteis  arratt- 
jadasí  segundo  rnna  oi'dém  regititoa  utóa^'  a 
respeito  das  outras,- e  dotadas'  díeforças' psef- 
ticuiarés,  das  qtra^s  cadn^  uma  serve-  para  o 
totío,é dominada  por elle";  e  s6 t^tó^poder de 
obrar  por  que  Ihfe  perteníce. 
'  ORGANISTA',  s.-  w.  locíádoir  dfe  orgào,iâS- 
ittuBQento  musico.     -''      '*  -  , 

OIÍGANSIM  ou  ORGXlíZm!;  'í.  ?n*.'(ír.  OY^fí' 

■sin ;  ital.  òrgansiJnó.)  seda*  torcida  e  prepa- 
rada para  ordume;.  "    ;      ^" 

orgão,  s.  m.  (Lat.  organum,áo^T  ò^- 
gmvón  V  rád.  or^crjzd',  iVicilar,  ariitíráí.)  ins- 
trumento musico  de  canudos  e  registos'.-  ^tórí- 
to  de — ■;  a>coiíipfeinhathj  pêlo  oi^gão.-^,»  par- 
le dislincta  do  corpo'  aniibal*  ou  Vegetal,  v. 
g:  membro,  entranha,  apparelho  (ífegéntíl', 
segregar,  etc,,-  v.  ^.  o  -^ào  ouvido'.  ôff-^« 
da  geração.' — /  páú  fo\\x^o.—^d;téstêi(fe'if6, 
onde  prende  a  cabeceira  da'téa'.--^  rfe^íVtí^, 
em  que  se  eiivôlve'  o'  pano-  tecido;—  ,•  na 
adega,'  é  o  syphãó  piifeumaticó'  pormetó'cío 
qual  se  transvasa  o  vinho  de  uma  vasifba 
^ara  outra,  -^s  ,^  na  fortificâçãl>,  mâd^éiros 
•ferrados  nas  extremidísdes  qufe  se  suspeiír- 
dem  no  alto  das  poUas,  por  coifas,  qaé, 
cortadas,  os  ^deixam  cair  para  atalhar  o  pas- 
iso  ao  initeigo.'     -'     ^  ^    ..  '  ■•••- 

ORG-Ãos,  (gdogr.j  cordilheira' do  BrâíSiqiife 
se  estende  pela  beitamar  de  leste  a'  su^fó^ 
estfe-,'  nas  provincias  dt)  Rio  de  Jatiéíro,  ^. 
Paulo  e  Santa-Caiharina'.  O  rio  Pafahiba  tífe 
província  de  S.  laulb,  e  d  Parahibiltia'  na 
do  Rio  de' Janeiro,  dividem  esta  serrania  dh 
do  sertão  appellidadB  da  Mantiqueira. 

ORbÃos  (Serra  dós),  (geogt.)  i*attrtydá  cor- 
dilheira deste  noitoe,  na  província  do  I\iio'd]B 
Janeiro,  no  Brazil,  ja  12  léguas  distantte  da 
bahia  dbMtberôhi.  É  separada  da  còrdilhéifa 
dbs  Aimorés- pelo  rib  Macácú',  e  vetii  à  s^ 
a  estrema  da  corda  de  serras  dn*  mesmo  ilttí- 
me  que  se  dilata  para  o  sul,  até  á'pro\Hn- 
cia  de  Santa  Calharina.  -^ 

ORGASMO,  s.  m- (Lat.- é  Çit.  à^òt^àxâ, 
incitar,'  animar.)  (med.)  agitação  dbshuiút^ 
res-etensãt)  dos- Vasos.-  •      -      :  r 

•  òirGAZ,' (geogr .|7l-Ai/tírâ,  cidade' d'e^lfis|)i^ 
nha,  a tj  leguas-e  meik-^f.-de-fotedôí  2;^2!) 
habitantes,     .        '•       "        ■  '  —  ''■""' 

ORGE,  s^.  ff  (Fr.  or^;- do' Lat.  tòJettewwr) 
(flui;),  y.  dévada:      -^.'^         ..  .  . 
11  ♦ 


44 


ôna 


oní . 


ORGE,  (g60g^.)  pequeno  rio  de  França,  nas- 
ce perlo  de  Rambouillet,  atravessa  Arpajon, 
passa  perlo  de  Juvisy,  e  lança-se  no  Sena, 
ao  SE.  de  Yilla-Nova  de  S.Jorge. 

ORGELET,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  h 
léguas  S.  de  Sens-le-Saulnicr ;  2,300  ha- 
bitantes. 

0RGÍÍ.RES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  7  lé- 
guas e  de  Chaleaudun;  400  habitantes. 

ORGETORix,  (hist.)  rico  Helvécio,  decidiu 
os  seus  companheiros  a  lançarem-se  sobre 
aGallia,  no  anno  61  antes  de  Jesu-Christo; 
para  que  o  seu  plano  fosse  bem  succedido  fez 
uma  convenção  com  o  Sequanez  Caslico  e 
com  o  Eduo  Dumnorix,  induzindo-os  a  lor- 
narem-se  senhores  do  poder  cada  um  na  sua 
republica,  promettendo-lhes  fazer  o  mesmo 
entre  os  Helvécios.  Estes,  advertidos  de  tal 
plano,  citaram  Orgetorix  para  ser  julgado. 
Orgetorix  escapou  ao  julgamento  mas  mor- 
reu pouco  depois.  Julga-se  que  se  suici- 
.dou. 

(dRG^vÃo,  s.  m.  (Lat.  veròena.)  planta  me- 
dicinal. 

ORGHO,  (Lat.  hordeum.)  V.  Cevada. 

ORGIAS,  (hist.)  Lat.  Orgiae;  festas  em  hon- 
ra de  Baccho,  eram  as  mesmas  que  as  Dio- 
niziacas  ou  Bacchan^es,  e  devem  o  seu  no- 
me  ao  furor  sagrado  {orge]  de  que  eram 
transportados  os  celebrantes. 

ORGON,  (geogr.)  cidade  de  França,  sobre  o 
Durance,  a  9  léguas  NE.  de  Aries  ;  2,040  ha- 
bitantes. 

ORGULHAR-SE,  V.  r.  [orgulho,  ar  áes.int.) 
encher-se  de  orgulho,  ensoberbecer-se:  os 
antigos  diziam  argulhar-se. 

ORGULHO,  s.  m.  (Fr.  orgueil,  Uai.  orgo- 
glio,  do  Gr.  orghilos,  irado,  colérico,  ou 
de  orgaôf  intumescer.)  grande  conceito  in- 
timo que  alguém  faz  de  si,  ufania,  sober- 
ba, altivez.  — ,  (volateria)  estado  do  falcão 
bem  nutrido  e  indócil,  bravio. 

Syn.  comp.  Orgulho,  vaidade ,  presum- 
pçãOf  altivez,  vangloria.  O  orgulho  é  a 
opinião  vantajosa  que  formámos  de  nosso 
merecimento.  A  vaidade  é  o  desejo  de  ins- 
pirar esta  opinião  &os  outros.  Xpresumpção 
é  a  demasiada  confiança  era  nós  mesmos.  A 
altivez  é  a  isenção  de  toda  a  baixeza  o  toda 
a  idéa  humilde.  A  vangloria  é  a  jactância  do 
próprio  saber  ou  obrar. 

O  orgulhoso  considera- se  com  suas  pró- 
prias idéas,  e  vive  satisfeito  de  si  mesmo. 
O  vaidoso  considera- se  com  relação  aos  ou- 
tros ;  cobiça  sua  estima,  e  deseja  viver  no 
pensamento  de  todos.  O  presumpçoso  pre- 
snaie  muito  de  si,  de  suas  prendas,  e  jul- 
ga-se capaz  de  grandes  cousas,  e  apto  para 
tudo.  O  altivo  tem  idéas  elevadas,  e  se 
não  pratica  a  humildade  tão  pouco  conhe- 
ce a  baixeza.  O  vanglorioso    desvanece-se 


facilmente  dô  gloria  sem  fundamento,  oíi 
se  jacta  de  cousas  que  não  dão  yerdadeira: 
gloria. 

A  vaidade  deseja  as  honras ;  a  presum- 
pção  julga-se  digna  delias ;  a  altivex  não 
as  pretende  nem  as  refusa  -,  o  orgulho  affe  • 
cia  desdenhal-as  ;  a  vangloria  abusa  del- 
ias quando  as  adquiriu. 

Syn.  comp.  Orgulho,  soberba,  arrogân- 
cia. Orgulho,  como  acabámos  de  vit,  ó 
uma  alta  opinião  de  si  mesmo.  Soberba  é 
a  manifestação  deste  orgulho,  por  meio  de 
acções,  modos,  palavras  e  movimentos  exa- 
gerados. O  orgulho  nem  sempre  se  dá  a  co- 
nhecer, e  algumas  vezes  se  disfarça  com  a 
mascara  da  humildade  ;  a  soberba  não  se 
esconde,  nem  se  peja  de  ostentar  seu  ar 
entonado  e  desdenhoso.  O  or</M//io  pôde  mo- 
dificar se  ;    a  soberba    não  sabe  conter-se. 

Arrogância  é  a  soberba  atrevida  e  inso- 
lente. 

ORGULHOSO,  A,  adj .  (des.  oso.)  cheio  de 
orgulho,  brioso,  mui  soberbo.  Mar — ,  (fig.) 
túmido,  agitado,  ex.  «Ser  Deus  tão— anos 
obrigar  ao  servir.»  Paiva,  Serm.  Eloc.  ob- 
soleta. 

ORi ,  s  m.  (t.  Asiat.)  na  Ásia  Portugue- 
za,  os  ganhos  das  tangas,  ou  jonos. 

ORiA  ou  URiTANA,  (gcogr.)  cidadc  do  Tcino 
de  Nápoles,  a  8  léguas  E.  de  Tarento  ;  4,800 
habitantes.  Bispado. 

ORIA  ,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a  5 
léguas  e  meia  E.  de  Baza  ;  0,200  habitantes. 

ORiBASo,  (hist.)  de  Pergamo,  medico  do 
imperador  Juliano,  seguiu  este  príncipe  á 
Gallia,  onde  facilitou  a  sua  elevação  o  im- 
pério ,  e  acompanhou-o  na  expedição  da 
Pérsia.  Juliano  linha-o  nomeado  questor 
do  palácio  ;  Valenciano  e  Valente  tiraram-lho 
este  emprego  e  desterraram-o.  Oribaso  al- 
cançou grande  fama  entre  os  povos  bárba- 
ros. Afinal  foi  recompensado  pelo  imperador, 
(.ompoz,  entre  outras  obras,  um  grande  re- 
latório, em  70  livros,  das  passagens  impor- 
tantes dos  antigos  médicos  ;  restam-nos  22 
somente  em  grego  publicadas  com  o  titulo 
Collectanea  artis  medicae. 

ORiCALCo  ou  ORiCHALCo.  V.   Âurichalco. 

ORicuM,  (geogr.)  cidade  e  porto  doEpiro, 
sobre  o  mar  Adriático  no  fim  de  um  golpho, 
que  serve  de  limite  ao  Kpiro  e  á  Ulyria. 

ORIENTADO  ,  A  ,  p.  p.  ôe  Orientar  ;  adj. 
dirigido  bem  a  um  ponto.  A  náu  ia  bem 
— ,  com  rumo  certo,  com  as  véks  bem  dis- 
postas. 

ORIENTAL,  adj.  dos  2  g.  {Lat.  orientalis.) 
do  oriente.  Igreja  — ,  a  que  segue  o  rito 
grego.  Línguas  orientacs,  o  Arábico,  Chal- 
daico  ,  Hebraico  ,  Syriaco,  etc.  Pérola  —  , 
que  tem  oriente. 

ORIENTAR ,  V.  a.  [orienlc,  ar  des.  inf. , 


OKI 

moderno  adoptado  do  Fr.  orienier.)  dirigir 
i'em,  indicar  o  rumo,  a  direcção,  o  norte. 
—  o  navio,  pólo  no  rumo.  —  as  velas,  á'\S' 
pô-las  do  melhor  modo  para  seguir  a  der- 
rota. — SE,  ti.  r.  certilicar-se  do  caminho , 
da  direcção,  do  ponto,  e  (fig.)  tomar  o  nor- 
te, inteirar-se  da  marcha  a  seguir  era  algum 
negocio. 

ORIENTE,  5.  m.  (Lat.  oriens,  tis,  p.  a.  de 
orior,  iri,  nascer,  rad.  or  ou  hor,  o  sol.) 
ponto  do  horizonte  onde  nasce  ou  se  levan- 
ta o  sol,  levante,  nascente.  O  —  das  pêro 
las,  o  reflexo  nitido  com  aguas  e  visos  de 
vermeliio  que  distingue  as  mais  bellase  esti- 
madas. 

ORi^ENTE  ,  adj.  dos  2  g.  nascente  :  o  sol 
— .  E  p.  us. 

ORIENTE  (Fernão  Alvares  do],  (hist.)  um 
dos  nossos  elegantes  escriptores  do  século 
XVI.  Foi  natural  de  Goa,  e  serviu  na  ín- 
dia, sondo  capitão  de  uma  fusta  da  arma- 
da, com  que  o  vice-rei  D,  António  de  No- 
ronha sahiu  em  1572  em  soccorro  do  Da- 
mão. Temos  delle  a  Lusitânia  transforma- 
da, em  que  prova  o  seu  claro  engenho.  Os 
seus  versos,  ainda  que  em  parte  diíTusos  c 
intrincados  de  conceitos,  são  de  grande  do- 
çura e  suavidade. 

ORIENTE  (império  do),  (hist.)  cham.ida  rle- 
ipois  Baixo  Império,  Império  Grego  ou  By- 
zantino,  Império  de  Constantinopla,  nome 
do  império,  de  que  Constantinopla  foi  sem 
interrupção  a  capital,  e  qu?,  começando  na 
morte  de  Tht  odosio,  acabou  com  a  tomada 
de  Constantinopla,  em  1453.  A  verdadeira 
data  do  principio  do  império  do  Oriente  é 
395.  Tinha  havido    no   anno  antecedente, 
uma  partilha  oíTicial  do  império  entre  Valenti- 
cianue  Valente;  a  mesma  tetrarchia  de  Dio- 
cleciano havia  estabelecido  uma  divisão  real 
em  império  do  Occidente  e  império  do  Orien- 
te, mas  esta  divisão  nã'!  foi  completa  e  difini- 
tiya  senão  depois  da  morte  detheodosio.  A 
Historia  do  império  do  Oriente  é  dividida  em 
seis  periodos.  Durante  ol.*'  (395-565),  de 
que  Justiniano  éa  personagem  principal,  o 
império  grego  depois  de  ter  soíTrido  as  asso- 
lações dos  Hunos,  o  perdido  quasi  toda  a  Ar- 
ménia, vê  acabar  o  império  do  Occidente ; 
mas  não  tardou  a  recuperar  alguns  dos  seus 
despojos.  íSo  2.""  periodo  (565-717)  começa  a 
sua  decadência.  Com  o 3.^  periodo  (717-867) 
começa  a  dynastia  isauriana,  que  se  prolonga 
até  802 ,    e  cujo   zelo   inoclausta    causa  a 
perda  de  quasi  tudo  o  que  restava  aos  Gre- 
gos na  Itália.  A  djnaslia  macedonica,  preen- 
che o  1.°  periodo  (867-lOM)),  sustem  o  im- 
pério na  sua  qu(.'da  e  apresenta  alguns  reina- 
dos_  notáveis.    >o    começo   do    5  °  periodo 
(1056- 12u0)    os   Seldjoucidas    apoderam-se 
do  resto  da  Ásia  Menor.  O  5.°  imperador  de 
voL.  nr. 


CRI 


tò 


Nicea,  Miguel  Paleologo  cômeçíP  d  S,^  pé-" 
riodo  cora  a  tomada  de  Constantinopla  e 
com  o  estabelec-mento  da  dynastia  dos  Pa- 
leologos.  Depois  de  muitos  esforços  e  revezes 
dos  príncipes  desta  dynastia,  Mahomet  11  to- 
ma Constantinopla  apesar  da  heróica  resistên- 
cia do  ultimo  dos  Constantinos,  e  a  tomada 
da  capital  é  seguida  da  submissão  dos  pe- 
quenos Estados  do  Danúbio,  e  da  Morea  e 
Trebizoiída.  O  império  do  Orient'3  é  no- 
tável p''l.i  .«^ui  longa  duração;  os  seus  an- 
naes  fó  aos  oíTorecera  uma  serie  de  crimes, 
de  tr-igòes  e  de  b^iixezas;  sempre  occupa- 
dos  (•  !:ii  questõus  theologicas,  os  imperado- 
res liào  sabem  resistir  aos  Bárbaros  ,  e  a 
finnl,  o  império,  enfraquecido  de  dia  em 
dia  ptl.is  invasõí^s,  pelas  dissensões  intesli- 
nr.s  e  pel'»s  vicios  dos  príncipes,  morro  de 
dL-crppitnde. 

As  províncias  do  império  do  Oriente,  de 
395  a  534,  são  pouco  mais  ou  menos  as  mes- 
mas, que  no  império  romano,  compunham 
as  doas  perfeituras  da  lllyria  Oriental  e  do 
Oriente  propriamente  dito.  As  conquistas  dos 
imperadores  foram  de  dia  para  dia  alargan- 
do os  domínios  deste  império.  No  momen- 
to da  tomada  de  Constantinopla  ,  todas  as 
possessões  gregas  consistiam  nesta  cidade, 
com  20  on  30  villas  visinhas  o  dous  di3- 
triclos  na  .Morea. 

Imperadores  do  Oriente. 
\.^  Dynastia  Theodosiana. 


Arcádio.         

Theodosio  lí 

Pulchena    só...     .  . 
Fulcheria  e  Marciano 
.Marciano  só 


2.^  Dynastia  da  Thracia. 


Leão  I    

Leão  II 

Zenão,  pela  1 
Basilisco.,. 
Zenão,  pela  2. 
Anastácio  I    .. 


vez 


vez. 


'«V 


r95 
408 
450 
450 
453 


457 
474 
474 
47[» 
477 
491 


3°  Dynastia  de  Justiniano  e  seus  annexos. 


Justino  I , 

Justiniano  I ■ 

Justino  II 

Tibério  II 

Maurício 

Phocas     

4,°  Dynastia  de  Heraclio,  etc. 
Hcraclio  I 


62i7 
565 
578 
582 
602 


610 


,d 


4(f 


op 


Her^çlio  Çonstffi.,^^, 

Con«it|iu]le  11  ... ,   ...  _.^..  ... 

Lesmm  '"■   .V    \v     •••  ••/ 

Tit^rípffl     ._,,..,  ... 

Iusti^ia,pjp  11,  i^pT.  ...  .... 

Phi^f^ic|9  óíi  í^hffiRí^ÇP  .... 

Anji^tócio  H  .,..     ...     ...  ... 

Thçp|o^9  ly(l..     ,..,.     ....  \.. 


m 

m 

m 
■^? 

,695 

7u5 
%<\ 


í>rPm^âí{^\k^wiW'f^^  0^  ,3  ^^m$ 


Le|fO  3.°,  jQl^ji*r,p,, 
Cq^stantípò  p.     ... 

JL6jlO    jl^..»      ...       .'. 

Irene      ...     

Staur^ç         ...     ...,. 


''•^n  'úl 


'     .11. 


717. 

74á; 

775. 

Í8.Q; 

797 
,811 


JmU\    

Tftçc^nilQ 


-^•^  Pyfif^?' Mm^domeí.' 


Basílio  I., 


842 


»^>7 


Constantino  VI  com  Basilio  seu  pae.  868-87K 


Leão  VI  o  P^ç^çphfp .. 

Alexandre      

Constantino  VH,  primeiramente  só, 
^d^pois  com  Romano  I  Lecapeno, 
^  ,^eus  três  filhos  <'hrisíovào^  E§- 
(^v|io  e  Ccnstantino   VIil ...     ... 

Cq^s^ntinó  Vil,  só,  de  ^iXO      ... 

Rqiijqiino    ÍI    ...     ...     ... 

Basiiio  II  e  Constâncio  IX  ...     ... 

copp  N^coph(9J:o  lI^J^i\c((ças 
com  João  I  Zimiscès  .,. 
sós  ambos     

Ccjp^tantino  IX,   só       

Rcjçpfi^no  III , 

Mig\i^l  IV,  o  Paphlagonio 

Mig\iel   V ...    ,...     ... 

Zoe  çom  Constantino  X.      ...     ... 

Theodora       


886 
911 


ORÍ>, 

1 4ív}^bÇ>ro  l\^  fi  ríicfí{^ço  jiy  ,^.u 

.qqmpfiUd^r... ...      ..      J078 

íA;leixç)^  I. Wl 

joãp  II  (J<^9j  rÇómqenft)  ....    ...     UlB 

JVÍanuél  1 1143 

Aileixo  11,     ....  ...     .„     .^..  ...       1180 

Aji^djççiniçó    )I... l;I8j 

)Isaac  ill,  pel^  d*?  ve^ (11^5 

Aleixo  III 14J95 

J^a^c  H,  2. ?.V;ez,  coça  Aleijo  ly,  seu 

filho   ...   ■ 1203 

Ateo  y ...      4Z04 

.,  (, 
j8.?  05   GrfigQ^  .reia^ííJiw  ,em  Mcea ,  £m 

.ÇonstaminopiU . 1204-1261 

J^er,a4çres  Lçítjims . 


iljaldjí^iiío  ri  4e  jFluiiLdrias/    

ilenrique  de  Flandres ... 

.1  ,ed i;9  ^Id  Ç9u,rtenay      

R oh^to  ^ e  . Co yrt^p^  ...     

Baldjij^o   1,1     ...   .  ...  . 

Jo|i9  ;de^4qnpe,itut<>r,  ,(^epo(Í5  .im- 
perador      


iy'J70iíV 


>919 

96:> 

963 
b69 
.9.7^. 

io4 

1023» 

im 

i,0:i2 

1054 


,  '/i^  CommenoSf  Ducas  e  Auges,  qnt&f 
''  aAleixos. 


nun 


fi  I  Comméno :     ...  1^57 

Cc^Jantino  XI  Ducas     ;)^59 

Ew][9:|LÍa  com  Miguel  VII,  Androni- 
co  e  Constantino  XI  duas  vezes 

(todos  tcBS   P^Çft^)     ...       ..     ..  1067 

Romano  ÍV  e  Eudoxia.V.      ••     .••  1068 

Migv^l  Vil,  .2.«  vez  e  só     WH 


1206 
1216 

laiB 

1228 
1231 


!9.°  Py,vi,as,Ufl  dqs  J^,aleolog,as ,  depois  delles 

Migjjpl  fat,  '^^i^logo,  ,ou  ftUguel 

Anprpjn,i,ço  l .     ...     ...;,   ...     ...  1261 

An^ronico  "1,1  ,s(^     ..      ...  ,,<5»wij  ^ft.  tS^ 

Au^ron^ç  fll  ^e  V-íigUAl  í?^'«.V."  i...  Í?93 

A,n|jrofl|Íço  li  só.pel^   2.^   yez    ...  1329 

A,ndronií}'9  JÍI,  .o  Moço  (PftleolQgo),  1328 

Jloãio   y  PMeylpjgo..'^, 13 ti 

João  yjt.Cçvi;^t,acvízei^()(eíroão  V  Pa-  ; 

iepl^go.    [  .....*  ....     ...     ...     ..:  13W 

João  V^  ,   ]y^âtí\etif  ,CantaQgze«o  e  .,.,  : 

.4q|io  y,    .,'..'   ..."■  ,.' 1355 

Jo|i6  V,  .^(J    ;..      ...     ...     ...     ...  135,U 

Maçuel  ^^  Paleplqgo     1391 

Jojio,  VIJ,  I^aleoio^o     ...     1399 

JopÒ  Vlli    Pja,^^]q,g9     ..,.,,     ...    ,1425 

'(^ia^fi^^^o  j^íi  jPrapQses  Pal^  14^ 

oi^iESíVfL  (càboj ,  {geogj'.)  extremidade 
NE  4a  ,As^,  dejÇrpu^te  4^  caibo  occidental  ^ 
i^a  America  ^o  Norte 

x«iipíiT^  ,(iWar),  (geogr.)  Toung-Hai,em 
^VWÇZ»  j>Míe  4o  «çMvr  da -China,    eatrp  «^ 


ClwíMi,  Formosa,  as  "ilhas  Lieou-tieoa,   e  o 
Jal^riõ*  '  '         ••  '  '  •     -^  ^'  '   ;:"^ 

ORIFÍCIO  ,  í.  m.  [lat.  orifíctunij  dè'  Òs,' 
ons,  b(3ca ,  abertura .)  buraquinho,  poío; ,ey-' 
tradà  mui  estreita,  t?.  5^. 'O  —  daurèthráí; 
do  sacco  lacrymal. 

ORIFLAMA  ou  ORIFÍ  AMMA  ,     S.    f.    (Ff.  "OTjf- 

flamme  )  estandarte  bordado  de  ouro,  de  qhe 
os  arrtigos  reis  de' Françi  usavapi  nagttjr-' 
ra.  ílra  vermelho  ou  cor  de  fogo  e  senieàdo  de 
charamas  de  ouro,  110  seu  "principio  era  a 
bandeira  da  abbadia  de  S'.  Diniz. 'Gomo  pa- 
tronos da  a'bba<iia  os  condes  do  Ve'scino  le-' 
vavám-o  á  guerra  ;  quando  Phflip.pel,  em 
10H2  reuniiio  Vessinó  ao  dòmiiiiò  'dácõrôíií, 
herdou  tãra4)em  o^fiireito  de  levar  ^guerra  b 
oriílamma  Foi  Luiz  'Vi  o  que  primeiro  o  íèt 
levar  á  frente  do  exercito  francez  em  1  í'^4," 
avançando  para  oflheno  corílra  ò  imoperadòr' 
Henriqu'!  V;  nunca  mais  tornoíi  a  appacecer 
depois  na  baíal-ha  tí'Az:inconrt  em  1415.    " 

ORiGAN,  (bot:)  generõ  de  plantas  da  fa- 
milk  das  Sabiadas  eda  Dydirianiià^yínflos- 
per«iica.  .  /  .< 

orWem;  s.  'f.  ttat.  oriíio,  ini^,'d^]^riòr, 
tri,  nascer  )  ponto;  lugar  doado  alguma  coiji- 
sa  'brota  ,  na^sce  ,  mana  ,   cresce  ;  cotn'éÇ0  ," ' 
principio  ;  font«,  'nascente,  loãi  donde naáce' 
rio,  ribeiro,  'inrinancial,  x>.'g  ^-  de  timpt  na.-' 
ção.  A.  ^  das' palavras: — ,'  causa,  v.  g-Á-a 
guerra,  das  discórdia"?;  dos  erros,  abusos.  '' 

or. GENES,  (hist.)  celebre  doutor  da  igreja, 
nasceu  em  Alexandria  em  18),  viu  cortar  a 
cabeça,  em  2(t?,  a  seu  pai  Leonidas,  que  era 
chnstão  ;  ensinou  grarama-tica  para~j)fover 
ás  ftécessidadps  dasuafamilia,  substituiu 'S.' 
Clemente,  seu  mestre;  na  d^irec^ãp  -da  escoía' 
ebristà  de  Alexandria  ,  assignalou'-se  efrtão 
por  uma  rigi''ez  de  rrincipios,  que  levou  a 
ponto  de  se  mutilar  para  escaparás  tentações, 
deu  licçõps  publicas  em  Cesárea  na  Syria, 
foi  «  Mhenas  para  soceor^^r  as  igrejas  de 
Acfeaia  e  recebeu  ordens  em  íerusrfíenl'  ént 
23§.  fhirante  a  perseguição  de  Decio,  Orige- 
nesfoi  preso,  ca-rregado  de  ferros  e  pÂsto 
a  tormentos.  Morren  em  553, 'l^eixou  rnui- 
tos  "esc-ripto:?  em  gr^o  ,  entre  éiiestíistin- 
guemse  os  seus  Cemmentarios  ísg^ívô  toda  (£' 
Èscriptnra  Sagrada,  e  as  suas  Hexaplas. 

OR-iREWSTAS,  (hist.)  Home  dado  aos  seeta - 
rios  de  ôrigenes.  Eram  rnuito  nu-mérosos  h^ 
Egypto  e  na 'Nuina  í^s  setts  erros  foram  cofl- 
demnados  em  Alexandria  om  '99,  c  rto  -èe^ 
gundo  €oncitto  de  "Constíftrtinopia  em  55-Í-; 
até  -101  p.rohibida  é  ieitiíra'  dos  li-ifíOs  d^-ôiti- ' 
genes.  ■    •  ■      '      " 

OR>Gi^Ai>o,  A,  p.  p.  de  oi4gHíar-se';^í^jf.' 
nascido,  causado,  procedido.'        "  '     -' 

ORtciNADOfr ,  A,  «.  (Hl  €í4j.  ^ne  deu  oi4-- 
gere,  oaasador.'  " 


(m 


5? 


^PfWíitivo,  (^e  0Fiçea\.  Ojpiecado  — ^^çc^mm^t- 
■tido  ^0  primeiro  hpria^mXájiriràeii^^^ 
4her;  (Àg.)  víôio  geral,  bprpmyi'ipy— ^' i.'^/, 
■o  escripto  primeiro  dçqpe  depois  ^e  ííiò- 
'ram  cópias',  v.  g.  o  —  éreKÔ.*— ,  còtisa  'í^i^ 
'quer  se' tirou  còpra.  " ''  •"         "'  '" 

'  OR^GiríALiDADE  ,  s.  f.  quallijade  Originai,]. 
U  —date  pensamento,  concepção  .originai. 
'— ,  singularitade. 

ORrG[XALMf;];í;i;E,  adv.  (wen^  stí-tT.j ^rin\t- ' 
tLvamemte,  em  sua  origem.  — ,i[p.  lís.*)  cba-, 
forme  o  .original.  J- 

originar-se,  p.  r.  (do  Lat.  ,origp,  in'§\ 
des.  ar:)  rtyisçer,  pi:oQeder,\ser  causaáp,  .t>.^ 
\g.  da  insaciável  çirtjiça  se  on5''i?taM  §1  à.ecá- 
nenfia  dè  IVoma.  Ha  .nossa  lyraHma  e  mfí' 
a<^mim'straçâo' sé  originou  a  peq^Ja '  das  imf 
portantes  ponguyistas  ^e  'havi^imps  íeltó  tí^í 
A.sia.  .,:'■.■.     r  . . 

'  ORibiNARíOj  A  ,  ,arf/.  (des  ário ,)  ^yte  dá 
origetp]  ,íj.  g.  fonte -^  donde  os  yicjpSDi^o- 
çédem.  —  ,  provêm,  tira  a 'sua  oi^igem.  — 
4^  Frç,fifía.  Nobre^k'—:,'Qxie  xenpi  feànte^ 
passados:     '  \   ■^-'  -'í "»  «^  *-   '     '  ''    '[^ 

ORiHL^ELA,  (^ep2;^r.)  OrcdU,  cidade  tíe^.is- 
panha,  §pt)|re  o  Segura,  a  t  kguas  NÍ..  4é' 
■Murciâ  ;  2ft,G00  'hàb\twtes'*  'Bispà^  » ^  trçsj 
u^iiversidadas.  '       '   ,'     '  ...,      , 

o R y o N ES,  s  m .  pl{ iapit .«)^ 'pécegps|^(3C|i^' 
dós  ao  sor  e  feitos  em' doíié.-''    ■'■-'' 

ORiíjiApo,  $.  m.  Ido  C^t.oriUa,  bord^^ 
ourelo. J  tecido  grosseiro  ^e  Jà^  .usa^p  jjn- 
ti^a mente  em  vestidos 'de  luto. 

or'[Lh'as,  s:  f.  pi.  {'óúvljrí)  as  Í)ppiias  (ip"^ 

engaste;  os'aÍtos  que  forííiam  k  'cerlcádu/j« 

'  orfna  e  íleriv.  V.   Oiirina,  etc.      _        ^ 

'     ORiNE,  (^epgr.)  hoje  Da^aíàc,j\hà  dÒ'Í[Pi- 

pfio  arábico,  na  òo^ta  da-^thíppfa.    '''^ 

ORio,  (Jesinencia,  da  l.íii,.  orius.'  Í'em  d^' 
des.  verbal  or,  'que  (?értot;vagénté^  e"eí);'írfi 
iji  ex.  amatprio,  isujdatprio,  Or,at0rl6. 

ORio.  y,  Úemda.  "^ 

ORÍON,  -{mytli;^  jftlhd  t(^^yfiêp/ .segu];i.çlp  a 
■fabula  saiu  da  heííe  de  uraà'  ntívíthàj  ^acrif 
'  -Çcadâ  'jior  seú  pai  axjis  deuses  (IVèptv^pp,  "IVl^arr-. 
çurio  e  ítipiteri.  Era  íiabll'£  jnjfaí.ig^y^l  (;a^ 


.çadoí".  ^Diijçpii  de^çfiçr Irtanâ,  òu  &&^u9dp.oiiJr 
trps,' dèsdèrVhbu  o.seiu ^mo^,.  Â'dey.5^  P9rá'p; 
piinir  fez  cpm  qxie  v^m  escòr|^ãò  ó  pip^^^e,, 
depois  inconsolável  p^i.a  sua  inórt^  ^pbt^^^v^e 
gije  •fpssètrasl^^adó  ivarji  i0^'ôe,u,'píi(je  for- 
ma lima  di»^  rríáis  bnttiapíes  ',ç<;^^1táçQQSjj 
As  re^açpps  .depj|ic(á  e'd*0.r;òa'.teíi  dad.o  l.ij.- 
gfl^r  asuppôr  qdè  p  fift^b  de  JíJTjep  tií^^ 
'^gqsi^o  ÉQuito  v1vpji3à 'astr9.ii9^i5ti<ai .  ^^ 

o^ísÒT^fE.  y^.'^rl%ont§:       , .  - ,  ' 

0R*i9áX'òu  'ÒRrçÀH,  fgieòg?^')  antiga  proviri- 
(5ifi  do  Indostão,  entre  Bengaja  ao  N.  ç  .ps  Çir- 
'ça,re  aoS.,  1  .ebO^t^éÕMljítanjle?.  .?,^^^^^ 
a'çapi4aj.  Hoje  j^iéft^ic^  aos Xíigle^íes,  ,è|p^ 
'^f  .Jítftt.  mÀginaUèij  ma  *f>  districtos  da  presidência  de  Cjflcutta,  ^ 

12 


CAL 


ôRistANOOuORiSTAGNi,  (geogr.)cidade  dos 
Estados  Sardos,  na  ilha  de  Sardenha,  a  19 
léguas  de  Cagliari  e  de  Sassari,  porto  do  Tir- 
so ,  5,600  habitantes. 

ORIUNDO,  A,  adj.  (Lat.  oriundus.)  nasci- 
do cm  um  paiz,  originário,  v.  g.  — de  Fran- 
ça, da  Grécia. 

ORix,  s.  m.  (Lat.,  do  Gr.  de  oroí,  monte. j 
cabra  montez. 

ORiZABA,  (geogr.)  cidade  do  México,  a  22 
léguas  80.  de  Vera-Crnz  ;  8.000  habitan- 
tes. 

ORiZES-PROCAZES,  (geogr.)  tribus  de  Ta- 
puias, intrépidos  guerreiros  que  viviam  nas 
serras  da  provincia  da  Bahia,  noBrazil,  no 
lugar  onde  jaz  presente  Santo  António  das 
Queimadas,  nas  cabeceiras  do  Ilapicurú. 

ORjAVÀo.  V.  Orgevão. 

ORKHAN,  (hist.)  segundo  sultão  ollomano, 
filho  de  Oihman  I,  ia  apoderar  se  da  Prús- 
sia cm  1325,  quando  foi  chamado  ao  thro- 
no.  Escolheu  para  ministro  o  sábio  Ala-Ed- 
djn,  conquistou  a  Bithynia,  submelleu  os 
principados  de  Carasi  e  assolou  os  arrabaldes 
de  Constantinopla.  Deu  leis  e  instituições  ao 
seu  império,  e  formou  os  Janizaros.  Cazou 
com  Theodora,  filha  do  imperador  J.  Canla- 
cuzeno.  Morreu  em  1360. 

ORKHON,  (geogr.)  rio  da  Mongólia,  entre 
osKhalkhas,  corre  ao  NE.  e  lança-se  no  Se- 
lenga. 

ORLA  ,  s.  f.  (do  Fr.  orle,  filete,  do  Lat. 
ora,  borda.)  borda  da  vestidura.  — ,  no  bra- 
zão,  cercadura  do  escudo.  —  da  moeda , 
borda  onde  vai  o  nome  de  quem  a  mandou 
cunhar. 

ORLADO,  A,  p.  p.  de  orlar ;  ad^  guarne- 
cido de  orla,  debruado. 

ORLADURA,  s.  f,  oila,  debrum. 

ORLAR,  V.  a.  [orla,  ar  des.  inf.)  debruar; 
pôr  orla,  guarnição,  cercadura. 

ORLEANEZ  ,  (gcogr.)  antiga  provincia  e 
grande  governo  de  França  antes  de  1789,  ti- 
nha por  limites;  ao  N.  a  ilha  de  França, 
ao  S.  o  Berry  e  a  Turena  ;  a  O.  a  Normandia, 
Perche  e  o  Maine  ;  a  E.  o  Nivernez  e  Cham- 
panha. O  Orleanez  forma  hoje  o  departamen- 
to de  Loir  o  Cher,  quasi  lodo  o  d'ture-e- 
ioire,  e  grande  parte  do  de  Loiret. 

ORLEANs,  (geogr  )  iwrtf/tani  em  latira,  ci- 
dade da  França,  capital  do  departamento  do 
Loiret,  na  direita  do  Loire/  a  56  léguas  SO- 
de  Paris  ;  40,270  habitantes. 

ORLEANS  (Nova),  (geogr.)  cidade  dosEsta- 
dos-Unidos,  capital  do  Estado  deLuisiania, 
na  direita  do  Mississipi,  em  uma  ilha,  a  40 
léguas  do  mar  do  México ;  102,190  habitan- 
tes. 

ORLEANS  (reino  de),  (geogr.)  reino  forma- 
do duas  vezes  pelos  desmembramentos  que 
tiveram  lugar  pela  parte  de  Clóvis  e  pela  de 


Clotario  I.  Da  primeira  vez,  de  511-a-í;33, 
compreendeu  o  Marne,  o  Anjou,  a  Torena  o 
o  Berry;  dasegunda,  de561-a-59  5,  f  3Íau- 
gmentada  com  o  reino  de  Borgonha,  e  a  ca- 
pital foi  Chalous-sur-Saone,  em  logar  d'Or- 
leans. 

ORLEANS  (condado  e  ducado  de),  (geogr.) 
feudo  francez,  não  foi  primeiramente  mais 
do  que  um  condado  do  império  carlovingio, 
e  quando  Carlos-o-Calvo  fez  renascer  os  du- 
cados, Orleans  fez  então  parte  de  ducado  de 
França,  e  por  consequência  pertoncente  á  co- 
roa. Mas  cl'ahi  a  pouco,  em  923  Roberto  I 
era  conde  defaris  e  d'  Orleans,  ao  mesmo 
tempo  que  duque  de  França.  Hugo-o-Gran- 
de  e  Hugo  a  Capeto  herdaram  o  ducado.  Fo- 
ram estas  bases  do  novo  dominio  e  por 
consequência  do  poder  real.  O  condado  de 
Orleans  não  foi  separado  da  coroa  no  tempo 
dos  Capetos  directos,  mas  depois  delles  mui- 
tas vezps  foi  alienado;  1.°  Philippe  VI  eri- 
giu-o  em  ducado  para  Philippe,  seu  4  "  fi- 
lho; 2.^  Carlos  V  deu  otilulo  a  seu  2.<*  fi- 
lho; 3.°LuizXIll  alienou-o  em  favor  de  seu 
irmão  Gastão  ;  4.*'  passou  depois  ao  irmão 
de  Luiz  XIV,  Philippe.  Luiz  Philippe,  5."  des- 
cendente deste  ultimo  rei,  subiu  ao  tro- 
no de  França  em  lb30  e  deixou  o  titulo  de 
duque  d'Orleans  a  seu  filho  primogénito  Fer- 
nando-Philippe.  A  seguinte  é  a  lista  genealó- 
gica das  duas  principaes  cazas  d'Orlcans  : 

1.^   Casa. 

Luiz  I  filho  de  Carlos  V     1392 

Carlos 1407 

Luiz  II    (depois    rei  com  o  nome 

de  Luiz  XII) 1465 

2.^  Casa. 

Philippe  I  (irmão  de  Luiz  XIV).,.  1661 

Philippe  II  (regente)    1701 

Luiz  I 1723 

Luiz  Philippe  I 1752 

Luiz   José  Philippe     1785 

Luiz  Philippe U  (rei  em  1830)  ...  1795 

Fernando  Phihppe 18JU 

ORLEANS  (Luiz  I,  duquc  de),  (hist.)  tron- 
co da  primeira  casa  d'Orleans,  era  o  ?."  fi- 
lho de  Carlos  V,  e  irnão  de  Carlos  VI.  Repre- 
sentou um  dos  primeiros  papeis  durante  a 
demência  de  seu  irmão,  e  morreu  assassina- 
do, por  ordem  de  João-sem-Medo,  duque  de 
Borgonha,  seu  rival. 

ORLEANS  (Carlos  de),  (hist.)  conde  d'Aa- 
goulerae,  filho  do  precedente  e  de  Valentina 
de  Milão,  nasceu  emlH9l  ;  fez  todos  os  es- 
forços para  vingar  a  morte  de  seu  pai.  Dis- 
tinguiu-se  em  1415  na  batalha  d'AzÍ!icourt, 


ORL 


i 


onde  foi  ferido  e  feito  prizioneiro.  Oá  Ingle- 
zes  conservaram-no  preso  25  annos.  Voltan- 
do a  França,  debalde  tentou  lomar  posse  do 
ducado  de  Milão,  que  lhe  pertencia  por  par- 
te de  sua  mãi;  morreu  cm  146  j.  Deixou  al- 
gumas poesias,  compostas  durante  o  seu  ca- 
ptiveiro. 

ORLEANS  (Gastão  duque  de],  (hist.)  nasceu 
era  1608,  filho  de  Henrique  IV  e  irmão  de 
LuizXlII,  foi  o  objecto  constante  dociumee 
desconfiança  deseu  irmão.  Entrou  nascons- 
pirações  formadas  contra  Richelieu,  e  viu 
morrer  os  seus  ndherentes  Montmorency  e 
Cin-Mars,  por  elle  abandonados  á  vingan- 
ça do  implacável  ministro.  Ganhou  alguma 
gloria  nas  campanhas  de  1644,  45,  46,  mas 
representou  um  triste  papel  durante  a  Fron- 
da.  Morreu  em  1660. 

ORLEANS  (Phihppe  í,  duque  de),  (hist.) 
ramo  da  2.'*  casa  d'Orleans,  irmão  de  Luiz 
XIV,  nasceu  em  1640,  morreu  em  1701,  ca- 
sou pela  primeira  vez  em  1661  com  Henri- 
queta d'Inglaterra,  e  pela  segunda  em  1671 
com  Carlota  Izabel  de  Baviera,  fez  as  campa- 
nhas dos  Paizes-Baixos,  bateu  o  princepe  de 
Orange  e  inspirou  alguma  desconfiança  a 
Luiz  XIV,  que  nunca  mais  lhe  deu  comman- 
do. 

ORLEANS  (Philippo  II  duque  de),  (hist.) 
chamado  o  Regente,  filho  do  precedente,  nas- 
ceu em  16y4  Dotado  do  talentos  brilhantes, 
distinguiu-se  nas  campanhas  de  i^dó.  AíTas- 
tado  dos  exércitos  entregou-se  ao  estudo  das 
sciencias  naturaes.  Todavia  alguns  annos  de- 
pois foi  encarregado  do  commando  na  Itália 
e  na  Ilispanha.  Testemunha  da  fraqueza  de 
PhilippeV,  aspirou  ao  trono  de  Ilispanha,  e 
desde  esta  occasião  jamais  deixou  de  ser  olha- 
do com  repugnância  por  Luiz  XlV.  Nomea- 
do em  1715  presidente  do  conselho  da  regên- 
cia, o  duque  d'Orleans  logo  fez  mudar  a  face 
da  França  •  os  Stuarts  deixaram  este  reino  : 
os  Jesuítas  perderam  o  seu  poder,  foram  li- 
cenciados 25,000  soldados,  e  as  dividas  fo- 
ram extinctas.  Philippe  d'Orleans  morreu  em 
172J. 

ORLEANS  (Luiz,  3.°duquede),  (hist.)íilho 
de  precedente,  deu  exemplos  do  virtude  e  pie- 
dade, passou  os  seus  últimos  annos  na  abba- 
dia  de  Santa  Genoveva,  protegeu  os  sábios, 
e  adquiriu  reputação  pelo  estudo  da  língua 
hebraica.  Era  jansenista  e  deixou  algumas 
obras  do  devoção,  que  íicaram  manuscrip- 
tos. 

OALEANS  (Luiz  Philippe,  ^i.°  duque  de), 
(hist.)  filho  do  precedente,  tomou  parte  nas 
campanhas  de  1742,  43,  44,  foi  tenente  gene- 
neral,  governador  do  Delphinado,  protegeu 
a  introducção  da  vaccina  em  França,  passou 
os  seus  últimos  annos  na  sua  diliciosa  casa 
deBagnolet.  protegendo  os  sábios  e  repre- 
vut.  IV, 


sentando  comedias.  Foi  casado  secretamente 
com  a  senhora  de  Montesson. 

ORLEANS  (Luiz  Philippe  José,  5.°  duque  de), 
(hist.)  filho  do  precedente),  nasceu  om  1747; 
fez  sempre  opposição  á  corte.  Commandou 
em  1778  uma  esquadra  no  combate  d'Oues- 
sant.  Desde  1 785  o  duque  d'Orleans  foi  o  pro- 
tector dos  inimigos  da  corte,  e  não  foi  estra- 
nh)  aos  acontecimentos,  que  prepararam  a  re- 
volução, nem  nos  seus  primeiros  actos.  Em 
í  7^7  declarou  nos  Estados  lleraes  que  elles  se 
liuiiam  o  din  iio  de  votar  os  impostos.  Era 
178'.)  foi  deputado  aos  1  stados  Geraes  pela 
nobreza  de  Pari/,  pronunciou-se  no  sentido 
das  ideas  novaò,  e  íoi  do  numero  dos  nobres 
qiii;  duram  o  exemplo  de  se  reunirem  ao  ter- 
ceiro estado.  Foi  membro  da  Convenção,  to- 
mou nesta  assembleia  o  titulo  de  Pkilippe- 
Egualdade,  ligou-se  com  o  partido  da  Monta- 
nha, evolou  pela  morte  do  rei.  Apesar  das 
suas  ideas  exaltadas  não  deixou  de  ser  ao- 
cusado  ;  foi  guilhotinado  a  6  de  .Novembro  de 
179  J.  Seu  lilho  primogénito,  Luiz  Philippe 
d'Orleans,  nasceu  em  i  ^73,  teve  primeira- 
mente o  titulo  de  duque  de  Charles,  e  depois 
odeOrlears,  e  foi  proclamado  rei  dos  fran- 
cezes  em  1810.  O  titulo  dMUuquo  d'Orleans 
passou  em  1830  para  o  filho  deste  príncipe 
Fernando  I'hilippe  Luiz  ('arlos  Henrique. 

ORLO,  s.  m.  (t.  Asiat.)  instrumento  mu- 
sico   Fern.  Mendes. 

ORME,  (hist.)  historiador  inglez,  nasceu  em 
1728,  morreu  em  1801.  Deixou  :  Historia 
da  guerra  dos  Inglezes  no  Indostão.  Histo^ 
ria  das  guerras  da!  adia. 

ORMEA,  (gêogr.)  eid.ide  dos  Estados  Sardos, 
a  7  léguas  S.  de  Mondovs  ;  5,230  habitan- 
tes. 

ORMESSON,  (geogr.)  aldeia  de  França,  a  lé- 
gua e  meia  ISO  de  S.Diniz. 

ORiíiNio ,  s.  m.  (Lat.  orminium.]  planta 
semelhante  á  salva,  nas  folhas. 

ORMOND,  (geogr.)  cantão  dlrlanda,  no  con- 
dado de  Tipperary. 

ORMORiA,  (bot.)  género  de  plantas  da  famí- 
lia das  Leguminosas  e  da  Decandria  Monogy- 
nia. 

ORMSKiRK,  (geogr.)  cidade  d'ínglaterra,  a 
5  léguas  NE.  de  Liverpool;  4,2J0  habitan- 
tes. 

ORMUZ  ou  nORsiuz ,  (geogr.)  Annuzia, 
Ogyris,  cidade  e  porto  da  Ásia,  na  costa  NE. 
da  ilha  d'Ormus,  não  longe  da  costa  de  Fars, 
á  entrada  do  golpho  pérsico,  que  une  o  es- 
treito d^Ormuz  com  o  mar  Oman;  300,000 
habitantes.  A  ilha  d'Ormus  era  outr'ora  o  cen- 
tro das  ricas  pescarias  dos  arredores  ;  tinha 
algumas  forteticações,  que  passavam  por  inex- 
pugnáveis, todavia  foi  tomada  porAífonsode 
Albuquerque  em  1514,  e  foi  uma  das  pri- 
laiirits  estações  portuguezas  no  Oriente. 
13 


m 


4)m^^f  ^im-yÚi.lo.Oromaeo  .dôs Gregos,  o  f 
bom  principio  entre  -ostPersas,  era  lem  tudo 
antaganista  d'Ahrijja«n,  e  o  immediMo  xíq 
de^us  ?(?r,vâíie  A-k/erepe.  Miltherçi  é  a  sua  enr 
cafoçição  ;n'uma  esphera  dníerior.  Foi  elle 
que  QrQOu  o  oaundo  ,e  todo  o.exeroito  das  Es- 
Irelílas,  é  quem  espalha  a  luz  e  o  caior,  quem 
luQta  contra  o  espiralo  das  trevas  ,  éelle  (jue 
cQTÔa  os  reis,  o  que  armou  os  Djemchid  eos' 
Feiíidoun,  e  o  que  inspirou  Zoroastro. 

ORíiuziANO,  A,  adj.  e  s.  -natural  de  Or- 
rojiikz ,  pertencente  -a  Ormuz ,  cidade  da 
Asiip. 

ORNA,  ^.  /.  (it.  Asiat.)  cffl do  4o 'legume 
chamado  tori.  Gouto,  Dec.  Vlll. 

•OiRNAiBO,  A,  p  p.  de  orpar;  aá;.  adorna- 
do, composto,  enfeitado. 

OR^"AnoR,  <s.  m.  o  que  orna. 

4í)R;]jíAiN,  (geogr  )  TÍo  de  França,  nasce  no 
capitão  deSailIy  ,  ao  SE.  de  ílomviíle,  rega 
Geondrecourt,  Ligny,  Bar-k-í^uc  elança  se 
noMarne 

ORijíAMENTO,  A,  f.  p.  de  Ornamentar;  ad^. 
adornado,  enfeitado. 

rORNAMENTAR  ,  fC.  61.  [omamento ,  ar  des. 
iof.)  adornar,  enfeitar,  paramentar. 
''.ORNAMENTO,   s.    17!.  (Lat.  omameníum.) 
ornato,  adorno. 

ORNANO^  (geogr.)  villa  da  €orsega,  a31e- 
gu-as  SE.  á'  Vj.iccio. 

OKNANo,  (hist.)  faruilia  originaria  da  Cór- 
sega, a  que  perteftcerara  dous  marechaes  e 
muitos  outros  officiaes  distinctos 

ORNAíís,  (geogr.)  cidade  de  França,  so-bre 
o  Lone,  a  '>  leguasSE.  deBesançon;  ,3>^G96 
haj>itantes.  , 

ORNA-R,  V.  a.  (Lat.  ornare,,'áoCiT:'4re6, 
ter  cuidado,  ôra,  cuidado.)  compor,  enfei- 
tar, aformosnar  cora  enfeites,  atavios,  ador- 
r.os.  —  o  discurso,  (fig.)  com  flores  da  elo- 
quência 

ORNATO,  s.  w;,ft>t;  ornaíiis)  adorno,  en- 
feito do  corpo,  .dôfbra  de  arfíhitectiira,e;>- 
culí)tura  ,    pintura  ,    de  jardins,  e  (íig.)  do^ 
discurso.  ,    .         ■  ■,        ■ 

€R^E,  (geogr.)  -Oiiiia,  rio  de 'França,  nas-' 
ce  no  departaraerito,  a  que  dá  o  seu  nome, 
corre  ao  NO.,  depois  a  INE.  iè  ]ança-se  na 
Mancha.    ,    ■   ■, '^-'^-^^  l-''.^--'^;!;       /^  ' 

ORNE  (departamento  de),'  (geogr.)  deparla-f 
mento  da  França,  -entreis  Calva  dos  aoN.. 
deMayennee  de  í-arllieao  S.  daManch-a^aO., 
de  Eure  e  Eure  Loir  a  E.  ;  443, €8 J  habitan- 
tes. Capital  Aílençon. 

ORNEAR,   y.  Ornejar.  i 

■o.RNEJADOR  ,  A,  -adj .  que  or-fieja,  «tírra'. 

ORiNEJAR ,  V.  a.  ou  n.  (do  ]>at  orneus  , 
Gr.  ornem,  berrar.)  zUirrar  o  >burr0. 

OJRNiTHOLOGiA  ,    s.  f:  (do  'Gr    oríds,  or^i 
ni4hQ^,  ave,  .pássaro,  e  íogfía.)  part«  (S«'lpris- 
pria  naturai  <jwe  iffifa  4^  ayes. 


0R0„ 

ORNifl"EKna&iG0,  A,  aify'.  <5oncftcnente  á  oc- 
nitlidogia,  ívtejTsado  na  ornithiilogia ; 

ORM-TiíOMANCiA,  s.  f.  [maneia  su€.)  adi- 
rinhação  pelo  vôo  dos  pássaros.  V.  Orni- 
thologia. 

ORNiT;H0MYA,  (h.  «.)  geuero  dUnsoctos  da 
ordem  dos  Dipléros,  familia  dos  Pupipares, 
Aribu  dos  Çuriaçeos. 

OiRÓ.  V.  lOri. 

«ROBALÃO,  s.  m.  (t.  Asiat.)  Os  -orobalões 
■de  Malaca,  iiomens  >nobres,  íiàalgos.  —  d* 
mamlha  de  ouro,  -são  os  nMcis  nobres. 

«ROBio  (Isaac),  (hist.) escriptor  Judeu,  nas- 
ceu em  Hispanha  jk)'XWI  século,  linha  si- 
do educado  no  christianismo.  Foi  lente  de 
mathematicas  na  univ6rsidadtí-de<Sâ:lamanca. 
Morreu  em  il6'87.  As  suas  principaes  obras 
são  :  Certamen  philosopkicum  adversus  Bre- 
denhorgium  et  Spinosam  ;  í),e  teriitaíe  rcli- 
gionds  christian(B  .eollaíio  cum  Judaa. 

OROBO  ,  s.  m.  ('L»t.  orobus  )  (bot:)  plan- 
ta -medicina»!  da  familia  das  i^eguminosas  e 
da  Diadelpbia  iDecand.ria.  :     '  ■ 

oíi^BO,  (geogr.)  antiqmssima  Aldeia  da  pro* 
vincia  do  Espirito  Santo,  no  Brazil,' funda-' 
da  no  século  XVI  pelos  jesuítas,  a  3 'léguas 
do  mar,  nasxiabeceiras  dorio  Reritigbá. 

ORÓBO  (geogr.)  serra  da  província  da  Ba- 
hia ;no  ;Brazil,  na  •antiga  comarca  de  Jaco- 
bina. 

OROÇA,  vem  no  Elucidário,  e  em  Moraes 
erradamente  por  coí-.ofo,  e  não  é  mero  erro 
'tyi:iGgraphico  porque  é  seguido  de  uma  ex- 
plicação em  que  se  ^repele  duas  vezes  oro- 
ça:  citarei  a  passagem  de  Moraes.  «  Ser 
— ,  como  capa  de  simonia,'qual  era  o  apre- 
sentado em  beneficio,  que  o  servia,  conten- 
do o  apresentante^  renda.  Beneficio  ern^^^' 
o  que  andava  Heste  modo.  »  Elucidar. 

ORODES  ,  (hist  •)  rei  dos  Parthos  no  í  se-' 
culo  antes  de  Jesu-Christo,  filho  de  Phraato 
II!,  foi  atacado  por  Crasso,  tnasSurena,  ,gh'=;- 
neral  partho,  venceu  e  matou  o  general  ro-^- 
mano  na  batalha  deCarrbes,  L3íanno5,  An- 
tes ide  JesunGhT-isto.  Orodes  foi  depois  bati- 
do por  Ventidio,  general  romano,  -i.'  annOS 
•antes  de  Jesu-Christo.  Morreu  pouco  -depois 
assassinado  por  seu  filho, 

OROMOLASSAS,  (expr.plebêa  corruptn  e  des- 
usada), em  muito  má  hora. 

ORONTE,  {^Q<ò^>c.)  Orontes,  o\x  Avcius,^  "k^e 
Aasi,  rio  da  Syria,  sae  do  l.i'bano,  rega  An-Í 
tioch ia,  .depois  cae  no  Mediterrâneo.    

OROPEL.   V.  Ouropel. 

OROPESA,  (geogr.)  cidade  da  Bolivia,  ca- 
pital da  província  de  Cocha hanjbia,  a  8  léguas 
N.  <le  Cochabamba  ;  !l7,.0(K)  habilanttis;  Baa 
Hispanha  bamuiloslugar.es  com  «ste  no- 
me, í 

OROPiWENT-E.  W^.  Oiuropimcntf 

OROSf/Opo.  y.  Uorosec^o. 


^ORO^AZA,  (geogr.)  qida^e  d^,H\}í]gi;^,  .a 
1  llQgua?  SÔ .  de  Be|íe3 ,;  Ç,QOO,haÍ)ilanti^.     , 

ÓROSO,  (hist.j  historiador  catalão,  no  im 
doiy  s^ç\ilo  de  ^esu-Çhristo  foi  4iscipulpde 
Santo  Agostinho,  ezelozo  autagoi;iista  doPer, 
legianismo,  e  ejxí^ortpu  p  Santo  Doutor  a  com- 
bater esta  he^cegi^,  cpntra  a  qual , escreveu  : 
Apole,getic;u.s  de  arbitrai  libertaste.  ^ 

ORÒSPEDA,  (geogr.)  cordilheira  de  monta- j 
nl\,as  4^/Uisp?inha,  separava  a. Betica.çlaTer- 
raconeza. 

^ç^ioTAVf,  (^eo^r.)  ovitr'ora  /aorp,  cidade 
da  ilha  de  Tenerife,  a  8  léguas  0.  de  Santa 
Criiz ;  6,^00  Habitantes. 

OROT^VA  (pprtp  de),  (^epgr.)  çic^ade  e  por.-; 
lo,  aliegi^  4a .precedente  ;  3.800  habita n.-| 
tes.  '  \ 

PRPRÃA,  ORpnà  .ou  pB|PHApr,  $.  f.  (subst.  ^ 
do  adj.)  pessoa  do  sexo  fe.ínininp  «ujo  paij 
e  mãi  mprreram.  r~  de  dois  filhos,  a  mãi 
privada  deUeg. 

ORPHANDA,DE,  5.  f.  cstado  dp  orphão;  (fiff.) 
dpsamparo,  por  falta  dos  pais  ou  protecto- 
res. *  , 

Pr,piia]S.ití:s  ,pu  íOrphãos,  (hlst.)  seita  do 
Bussiias,.quedeppis  damorte  de  Ziska,  prp- 
fessa.ndo  profunda  admiração  pela  sua  me 
morÍ3,  não  quizeram  dar-lhe  successores  ,e 
confiariam  a  direcção  dosqegocips  aumcon- 
selhp.  Precopio-b-Pequenp  alcançou  sobre 
ellesrnuità  influencia.  Os  Orphanites  era  o 
partido  hussita  ,mais  forte  depois  dos  tabo- 
ritas. 

ORPiiÃo,  AN,  fláj.  (Lat.  orphanus,  do  (jT. 
orp^anos,  ,rad.  orphnos,  tenebroso,  privado, 
de  luz.)  que  perdeu  pai  e  mãi,  ouumdel-j 
les.  lie  .ordinário  se  diz  de  pessoas  em  ten-' 
ra  idade  ;  (íig.J  privado,  v.  g.  a  mulher — . 
de  dois  filhos.  — ,  ,s.  pessoa  em  estado  de; 
orphaçdade.  Juizo  d^s—s.  .()<?^j\,- .éu  os' 
meninos  — s.  '    '  '■ 

ORpriERiqp,;^,-  adj,  de  Qrpheo,  mui  sua- 
ve ao  ouvido,  V.  g.  —  suavrdade. 

ORPiiiío,  (myth.)  Orp/ieus,  segundo  a  my- 
tholpgia  é  um  poeta  da  Thracia,  filho  do  rei 
CEagroe  da  musa  Calliope,  segundoputros,  é 
filho  de  Apollp  e  de  Clio  ;  viveu- um  século  an- 
tes da  guerra  de  Tróia,  foi  discípulo  de  Lino, 
tomou  parte  na  expedição  dos  Argonautas, 
viajou  no  Egyplo,  onde  sua  esposa  Eurydice 
foi  mordida  no  calcanhar  por, ijtria  serdenle, 
ou.zpu  descer  aos  infernp$  para  a  pedir  a  Pl^i- 
tãp;  ob^çve-á  mas  com  a  condfiçãp.de  não  olhar 
para  ella  em  quanto  nçio  saisse  dos  mfprnos, 
infr^i^iu  p  .ajuste  eperdeu-se  para  ^pçppre. 
Voltou  então  á  Thracia,  ao  pçiiz  dos  Cico- 
nes,  viveu  reliradp  nos  ,I?psques,  desabafan- 
do"  a  sua  dôr  em  , canto?  fu,ne.l;H-es  ;  ao 
som  ^e  sua  vp;z  os.ajiimaes  ferpzeç  cprxif^m 
submissos,  e  as^arvores  agitavam  os  ;sens  rçi- 
mos  com  cadencia.  As  ínu^te^^s  4.a  íUr.a- 


ORT  U 

W 

cia  tenta.çftm  em  ,yão  faz^r-lhp  .esquecer  op 
seus  ^pQzares,  .furipzas  pelo  seu  desdém, 
despèd/içaram-o. 

ORPHiNDADE.  V.   Qrphandçicle. 

^pR^iA,  vem  no  Elucidário  , por  hora.  Dev^ 
ser  erro  do  Documento  por  ora. 

QRRACA  ou  ARRACA,  s.  f.  (t.  (la  Asia),yiv 
nho  de  jagra  usado  na  Ásia.  — ,  aguarden- 
te de  cOco. 

ORREpoR,  erro  vulgar  por  Arredor. 

ORRETA,  s.  f.  (do  Gr.  oros,  monte.)  valle 
mui  apertado  entre  dois  montes  ,çom  ppu- 
co  arvoredo. 

ORSEOLO,  (hist.)  nomecpmmum  a  3  doges 
.de  Veneza  :  PedçoOrseolo,  successpr  de  Gaur 
dianoIV,  de  976  a  978;  Pedro  OrseololI, 
,doge  de  991  a  1009,  Olhpn  tÒrseolp,  doge 
do  iL09  a  1023,  morreu  em  C4onslantino- 
.pl^  em  1032. 

ORsiNro.n.psuRSiNOs,  (hist.) Celebre  famí- 
lia dosestadosromanos,  rival  da  dos  Çplonna, 
tanto  pela  grandeza  das  suas  ppssesões,  como 
por  partido  politico.  Era  gueífa  e  sustentava 
a  causa  dos  papas  e  a  iridep''ndencia  italiana. 
O  primeiro  Orsi^i conhecidp  é  Jordano  Orsini 
que  fez,  como  general,  grandes. serviços  a  Uo- 
ma  foi  feito  cardeal  em  IH 5,  e  enviado  co- 
mp  legado  ao  i  aperador  Conrado  em  1152. 

QRsiNi  (Fulvio),  (hist  )  Fulvius  Ursenius, 
antiquário  ephilolpgo,  filho  natural  de  um 
comirieniador  de  .\'alla,  nasceu  em  Roma 
em  1.529,  foi  abandonado  por  seu  pai,  ven- 
ceu todiis  os  obstáculos,  qne  lhe  oppunha 
a  miséria,  e tornou- se  unidos  homens  mais 
eruditos  ilo  seu  tempo;  morreu  em  1660. 
Deixou:  De  verborum  siijuificatione;.  Vir- 
gilius  collatione  scriptorum  grcecoram  il- 
lustratus,   etc. 

ORSKALA^  (geqgr.i)  forte  da  Rússia,  a  i5 
léguas  ao  E.  deOrenhurgo  ;  2, OíiO  habitan- 
tes. 

ORSOVA,  (geogr.)  nome  de  dups  cidades 
da  Hussia  situadas  perto  da  embocadura  de 
la  Çuserna  no  Danúbio;  também  ha  , uma 
Volha-Orsova,  na  margem  esquerda  do  Da- 
núbio, no  banato  Valachio,  a  15  léguas  SE. 
de  ^Veiss-Kirchcn. 

oitsoY,  (geogr  )  cidade  daPrussia  rhcna- 
na,  a  10  léguas  ao  SE.  de  Cleves,    na  es- 
querda do  llheno, 
-    ORTA.   V.  Horta. 

ORTA  (QçLTcia  4a),  (hist)  celebre  medico 
portuguez,  nasceu  na  cidade  de  Elvas  em 
1534,  frequentou  as  universidades  de  M- 
,€alá  e  Salamanca  aonde  recebeu  o  grau  ^e 
doutor  em  Medecina;  foi  lente  de  jP.hilosp- 
phia  na  de  Lisboa  até  ão  auno  de  1534, 
em  que  se  embarcou  pai;a  a  Ipdia  ,  onde 
fallqceu  e,ni  larga  idade.  AppliWíi--:5e  ,fi  jn- 
yestj^^ção  da  virtude  das  ,planta$  e.he^ya^,, 
,|ue  produziam  as  regiões  orientaes,  íiojjrç 
14  • 


ont 


o  que  escreveu  uma  excellente  obra  em 
Latim,  que  depois  traduziu  em  Porluguez, 
e  publicou  em  Goa  em  156),  cora  o  titulo 
de  Colloquios  dos  simpíices  e  drogas  e  cou- 
sas medicinaes  da  índia  e  fructas  nella 
achadas.  Esta  obra  de  grande  mérito  teve 
a  maior  acceitarão  e  foi  traduzida  em  vá- 
rios idiomas. 

ORTA,  (geogr.)  cidade  do  Estado  da  igre- 
ja, a  6  léguas  e  meia  INE.  do  Viterbo,  so- 
bre o  Tibre. 

ORTA,  (lago  de),  (geogr.)  lago  dos  Esta- 
dos Sardos,  a  0.  do  lago  maior. 

ORTALiÇA.  V.  Hortaliça. 

ORTAR,  ORTADO.  V.  Hortar,  Horlado. 

ORTEGAL,  (cabo),  (geogr.)  o  cabo  mais  se- 
ptentrional  de  Hispanha. 

ORTELÃA,  ORTELÃ  OU  ORTELAN  ,  S.    f.    (de 

hortus,  horta,  jardim.)  herva  hortense  mui 
verde,  crespa  e  aromática,  com  que  se  tem- 
pera a  olha. — sylvestre,  mentraslo  Sym- 
bolicamente  ortelan  é  crueza. 

ORTELÃo.  V.  Horielão. 

ORTELio,  (hist.)  célebre  geographo  fran- 
cez,  nasceu  em  Antuérpia  em  1527,  morreu 
em  1698,  viajou  muito  pela  Europa.  Compoz 
o  primeiro  Alias  conhecido,  e  outras  obras. 

ORTELSPiTZE,  (gcogr.)  vulgarmente  Orílcr 
montanha  do  império  austríaco,  a  mais  alta 
dos  Alpes  rheticos,  nos  limites  do  Tyrol  e 
do  reino  Lombardo-Yeneziano,  perto  de  Bor- 
mio. 

ORTEVIELLE  OU  ORTHEVIELLE,  (geOgr.)  cha- 

mado  também  Aorte,  villa  de  França,  no 
canlão  de  Peyrehorade,  a  6  léguas  ao  S.  de 
Dax  ;  900  habitantes- 

ORTHEs  ou  ORTHEE,  (gcogr.)  Horthesium 
na  idade  média,  porto  de  França,  a  10  le- 
guasaoNO    de  I  au  ;  7,860 habitantes. 

ORTEio ,  do  (ir.  orthos  ,  recto  ,  direito, 
prefixo  que  entra  na  composição  de  alguns 
termos  scienlilicos. 

ORTHODOXiA ,  s.  f.  [ortko  pref.,  e  doxa, 
opinião. 'conformidade  com  a  verdadeira  dou- 
trina religiosa,  isto  é,  com  a  que  domina  em 
um  paiz. 

ORTnoDoxo,  A,  adj,  conforme  á  doutrina 
reputada  a  única  verdadeira. 

ORTHODROMÍA,  s.  f.  [ortho  pref.,  e  dro- 
mos,  carreira.)  (naut.)  derrota  direita  do  na- 
vio. 

ORTiiOGONAL,  adj.  dos  2  g.  (orí Ao  pref., 
e  goniay  angulo.)  Linha  — ,  a  que  no  pla- 
no cáo  rectamente  sobre  a  que  lhe  fica  per- 
pendicular. 

ORTnoGRAPHiA,  s.  f.  (l.at.,  do  Gr.  ortho 
pref.,  c  graphô  ,  escrever)  escriptura  cor- 
recta. -  -,  (forl.)  perfil. 

ORTiioGRAPHico,  A,  aá/.  concemante  á  or- 
thographia,  v.  g.  Systema,  methodo—.  Re- 
gras — s. 


ORT 


^7í 


ORTnÓGRAPHO ,  s.  m.  O  que  sabe  ortho- 
graphia ;  que  escreve  uma  lingua  correcta- 
mente. 

ORTHOMETRIA,  s.  f.  [oTtho  prcf.,  e  metria.) 
medida  certa,  recta,  exacta. 

ORTHOPNÉA,  s.  f.  [ovtho  pref.,  direito,  e 
pncô,  respirar.)  (med.(  respiração  laborio- 
sa, excepto  estando  o  doente  na  posição  ere- 
cta. 

ORTHOPTEROs,  (h.  u.)  é  Rssim  chamada 
a  quinta  ordem  da  classe  dos  insectos. 

ORTIGA  ou  URTIGA,  s.  f.  (Lat.  urtica,  de 
uro,  ere,  queimar.)  herva  cujas  folhas  ap- 
plioadas  á  pelle  picam,  ou  causam  um  pru- 
rido com  ardor.  — s  no  peito,  na  consciên- 
cia, fllg.)  remorsos,  cuidados  pungilivos.  — , 
género  de  plantas  que  deu  o  seu  nome  á 
familia  natural  das  Urbiceas,  coUocado  na 
Monoecia  Tétrandria. 

ORTiGAoo,  A,  p.  p.  de  ortigar ;  adj.  pi- 
cado, esfregado,  açoutado  com  ortigas. 

ORTIGÃO,  s.  m.  augment.  de  ortiga. 

ORTIGAR,  V.  a.  [ortiga,  ar  des.  inf.)  pi- 
car, esfregar,  açoutar  com  ortigas, 

ORTiLA  ou  ORSiLA,  s.  /".  hcrva  que  SB  cda 
na  borda  do  mar,  e  serve  na  tinturaria. 

ORTivo  ,  A,  adj.  (Lat.  orlivus,  de  orior, 
i,  nascer.)  (astr.)  oriental.  Amplitude—,  ar- 
co do  horizonte  entre  o  verdadeiro  ponto  do 
leste  e  o  ponto  donde  o  astro  nasce  qual- 
quer dia. 

ORTO,  s.  m.  (Lat.  ortus.)  (astr.)  nascimen- 
to, apparição  de  astro  acima  do  horizonte. 
— ,  couve  de  folha  miúda  que  lança  mui- 
tos ramos,  e  tem  mais  de  um  côvado  de 
altura. 

ORTOCiDAS,  (hist.)  isto  é  filho  dô  Ortoky 
djnastia  turcomana  do  século  XI,  que  em 
1U82  se  estabeleceu  na  Syria  ena  Arménia. 
iMtílik-Chah  abandonou  Jerusalém  aos  Orto- 
cidas ;  mas  estes  foram  despojados  pelos 
Fatimitas  por  occazião  da  primeira  cruza- 
da. 

ORTOGRAFIA.  V.  Orthographitt. 

N.  B.  João  áò  Parros,  na  sua  grammali- 
ca,  diz  que,  a  p3sar  da  etymologia,  deve 
escrever-se  ortografia,  porque  assim  pronun- 
ciamos. É  escusado  refutar  tão  absurda  opi- 
nião, e  só  direi  que  por  es.se  mesmo  princi- 
pio é  que  elle  escrevia  frol,  que  o  vulgo 
ignorante  perverteu  de  flor. 

ORTONA,  (geogr.)  nome  de  duas  cidades 
no  reino  de  Nápoles;  i.°  Ortona-a-Mare ; 
a  3  léguas  e  um  quarto  ao  M.  de  Lhieti, 
7,000  habitantes;  2.° Ortona-a-Marsi,  ali 
leguai  d'Aquila. 

ORTYGiA,  (myth.),  Ortygia,  nome  célebre 
era  mylhologia,  parece  ter  sido  dado  a  mui- 
tas ilhas  ou  terras  por  cauza  da  abundân- 
cia de  codornizes  [Ortijges],  que  nellas  sç 
encontravam.  Delos  Içve  este  nome. 


OSÍ, 


'Af 


OS^ 


a* 


ôftuçií,  s.  m.  (t.  Brasil.)  abelha  granda  e 
brava  do  Brasil,  que  dá  muito  mel. 

GRUGA,  s.  /.  (Lat.  eruca.)  nome  de  uma 
herva. 

ORURO,  (geogr.)  cidade  da  America  do  Sul, 
capital  de  província,  a  25  léguas  SO.  de 
Oropeia ;  5,000  habitantes. 

ORVALHADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  or- 
valhado,) o  orvalho  que  cáe  de  manhã. 

ORVALHADO,  A,  p.  p.  deorvalhar;  adj.  es- 
pargido, borrifado  com  orvalho  ou  em  for- 
ma de  orvalho. 

ORVALHAME,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans^  lis.)  que  orvalha. 

ORVALHAR  ,  V.  Q.  [orvallio,  ar  des.  inf.) 
borrifar,  molhar  com  orvalho,  ou  a  modo  de 
orvalho.  —  ,  cair  orvalho.  — se  ,  v.  r.  (p. 
us  )  desfazer-se  em  orvalho ;  cobrir-se  de 
orvalho. 

ORVALHO,  s.  m.  (do  Lat.  rora/ú,  orvalho- 
so,  de  ros,  roris,  orvaiho.)  vapor  conden- 
sado em  gotas  ténues  que  cáe  da  atmosphe- 
ra  á  noite  e  de  madrugada;  (lig.)  influxo 
benéfico,  como  o  é  ás  plantas  o  orvalho,  v.  g. 
o — da  graça,  dos  benefícios. 

ORVALHOSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  coberto  de 
orvalho,  que  esparge  orvalho.  Manhãs  — s. 

ORViETAN,  (geogr.)  antiga  província  dos 
Estados  ecclesiaslicos  tinha  por  capital  Or- 
vieto,  e  hoje  está  compreendida  nas  dele- 
gações d'Orvieto  e  de  Viterbo. 

ORViETO,  (geogr.)  Urbs  vetus  ou  Ilerba- 
num,  cidade  dos  Kstados  ecclesiasticos  a  9 
léguas  N.  de  Viterbo;  4,000  habitantes. 
Bispado.  Capital  da  delegação  de  Orvieto. 

ORViLLE,  (hist.)  sábio  hollandez,  nasceu 
em  1G90,  mcrreu  1751,  viajou  muito.  Foi 
collaborador  de  Burmann  nas  Observatio- 
nes  inisccllaneae. 

ORYO.  V.  Cevada  ou  Arroz. 

ORYX,  s.  m.  V.   Orix. 

ORZECHOwsKi,  (hist.)  Orichoviíis  em  la- 
tim, historiador  polaco  do  século  XVI.  As- 
sistiu como  núncio  á  dieta  de  1501.  Deixou: 
Annaes  da  Polónia  ;  Annacs  do  reinado  de 
Segismundo- Augusto,  etc. 

ORZi-Nuovi,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo Veneziano,  perto  do  Ogiio,  a  '/  lé- 
guas ao  SO.  de  Brescia  ;  tem  4,800  habitan- 
tes. 

ôs  DA  BOCA,  {do  Lnt.  os,  oris,  boca,  en- 
trada.) (ant.)  V.  Epiglote. 

ós,  contracção  de  aos,  usatía  anligamen 
te  pelos  poetas,  e  hoje  na  conversação. 

OSADAS,  s.  {.  A  — ,  (ant.)  ousadamente. 
á  fé,  certamente ;  confiadamente. 

OSAGE,  (geogr.)  rio  dos  Estados  Unidos, 
o  qual  se  perde  noMissori,  juncto  a  Jaffer- 
son. 

OSAGES,  (hist.)  tribu  americana,  que  faz 
parte  da  familia  Sioux-Osage,  parte  d'ella  ha- 

VOL.   IT. 


bíta  no  districlo  de  Osage,  e  os  resto  nas 
marg<ms  dos  confluentes  do  Arkansas,  efa-^ 
zem  continua  guorra  aos  selvagens  occiden- 
taes.  Esta  tribu  valente  e  guerreira  era  nu- 
raeroza  ni^s  antigos  tempos,  hoje  está  redu- 
zida a  7,000  indivíduos.  Começou  a  civi- 
lizar-se  e  occupam  duas  grandes  cidades. 

OSAKA,  (geogr.)  cidade  do  Japão  na  cos- 
ta SO  , 'da  ilha  de  Mphon,  uma  das  cinco 
cidades  imperiaes,  a  10  léguas  ao  SO.  de 
Miyako  ;  conta  80,000  homens  em  estado 
de  pegarem  em  armas. 

OSANA,  s.  m.  (do  Hebr.  hosanna,  que  si- 
gnifica :  Senhor,  salvai-nos  !)  louvor,  invo- 
cação a  Deus.  — s,  usado  no  feminino,  os 
ramos  que  se  distribuem  nas  igrejas  no  do- 
mingo de  Ramos. 

os.iR.  V.   Ousar, 

osAS.  V.  Ossas. 

oscA,  (geogr.)  hoje  Iluesca,  cidade  de 
Hispanha,  entre  os  Iteryeles,  ao  ISO.  de 
Cissarea  Augusta  (hoje  Saragossa). 

ORCUATz,  (geogr.)  cidade  murada  do  rei- 
no de  Saxe.  a  13  léguas  INO.  de  Dresde  ; 
3,400  habitantes. 

oscHERSLEBEN.  (geogr.)  cldade  da  Prússia, 
capital  de  circulo,  a  7  léguas  ao  SO.  de 
Magdeburgo,  3,100  habitantes. 

osciLLAÇÃo ,  s.  f.  (Lat.  oscillatio,  onis.) 
movimento  libratorio  de  corpo  suspendido 
como  pêndulo.  Centro  de  — .  — ,  abalo  de 
corpo  agitado,  v.  g.  da  terra,  por  convulsão 
volcanica  ou  terremoto. — ,  (fig.)  variação, 
inconstância,  estado  volúvel,  v.  g.  oscilla- 
ções  do  animo  volúvel,  de  coração  leviano. 
—  de  doutrinas. 

osciLLÂDo,  A,  p.p.  de  oscillar,  posto  em 
oscillaçào,  vibrado,  librado. 

osciLLAu,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  oscillum.  ca- 
beça do  ariete  de  bater.)  fazer  oscillações, 
vibrar,  librar-se. 

osciLLATORio,  A,  adj.  (des  oVío.)  quo  Vi- 
bra ,  oscilla  ,  V.  g.  movimento  —  do  pên- 
dulo. 

osco,  A,  adj  (ant.)  V,  Embuçado,  En- 
capotado. 

ospiTAçoM ,  s.  f.  obrigação  de  hospe- 
dar. 

oscos ,  (hist.)  Osci ,  povo  indígena  da 
Campania,  e  que  mesmo  depois  da  conquista 
da  Etruria  formou  a  maior  parte  da  popula- 
ção do  paiz.  Os  Oscos  não  são  mais  do  que 
uma  fracção  da  grande  população  opica,  a 
primeira  que  habitou  na  Itália.  A  língua 
Osca  também  foi  uma  das  linguas  primiti- 
vas de  Itália  ;  diíferia  muito  do  velho  latim, 
assim  como  do  etrusco. 

OSCULAR,  V.  a.  V.  Beijar. 

oscuLATORio,  s.  m.  (des.  drío.)  portapaz, 
reliquario  com  que  se  dá  a  paz  na  missa  of- 
ficiada  em  algumas  igrejas. 
14 


osd^ 


osC^co,  s.  m.  (ppóti.  ósculo',  h&t.  osct^-' 
lum,  dim.  dé  o^,  boca.)  beijo. 

Syn.  coiíip  OscnJo,  beijf).  Ainbíts  ostas 
palavras  significam  a  mesma  cousa  ;  toda- 
via á  primeira  anda  annrxa  a  idéa  de  de- 
cência, de  amisadn,  do  respeito ,  por  isso 
se. diz  o  osculo  de  paz,  etc. ;  á  segunda" 
anda  annexá  a  idéa  de  amor  lascivo,  como 
se  vê  em  Camões : 

No  ar  lascivos  IjeijoS  se  vão  dando. 
Ôh  que  famintos  beijos  na  ííoresta,  ., 
(l'os;,  IX,  á4'e'23:) 

OSENA.  V.  Ozena. 

osio,  (bist )  o  primeiro  dos  propbetas  me- 
nores, viveu  no  reinado  d*Orias  e  seus  suc- 
cessores  até  Ezecbias,  e  morreu  no  anno  722 
antes  de  Jesu-Christo.  A  sua  prophecia  com- 
põe se  de  4  capítulos,  e  tem  por  objecto 
principal  a  ruina  do  reino  de  Jerusalém. 

osERO.  (geogr.)  Apsorus,  ilha  dos  Esta- 
dos austríacos,  no  Adriático ;  ao  SO.  de 
Cherso  ;  3,05(i  habitantes.  Capital  Lussin- 
Piccolo. 

osGA,  s  f.  espécie  de  lagartixa  veneno- 
sa. Por  modo  de—,  (phr.  chula)  com  dissi- 
mulação, para  lograr. 

osíANA  ou  LOANDA^  (gcogr.)  cidade  da  (  ap- 
padocia  sepentrional,  hoje  Inzghat. 

osiAiSDER,(hist.)  tíipologo  prolcstante,  nas- 
ceu tm  1498,  morreu  em  11552.  Foi  dos  pri- 
meiros a  adoptar  a  Reforma  de  Luthero,  e 
teve  parte  na  confissão  de  Fé  chamada  Coji- 
fisião  d'Augsburgo..  Das  suas  muitas' obras 
a  mais  conhecida  é  Uarmonice  evangéli- 
ca. 

OSTÇOM ,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  ussir,  Ital. 
uscire,  sair,  do  Lat.  exire.)  saida,  appari- 
ção.  Woraes  não  entendeu  a  significação  drs- 
te  vccíibulo,  que  suppÕe  sei-  supposição  na 
passagem  que  cila  :  «A  noute  era  mui  cla- 
ra, porque  entam  fora  o  dia  da  —  da  lua.» 
Ined.,  ]]],  ÍHb.  E  sjunta.  «  Será  opposição 
da  lua  com  píol  ?». 

osíLO,  (geogr.)  Ericenum  de  Ptolomeu, 
cidade  da  Sardenha,  a  2  léguas  deSassari  ; 
5,tí00  habitantes. 

osíMO,  (geogr.)  Âiiximum,  cidade  dos  Es- 
tados ecchsiasticcs,  sobre  oMasene,  a  A  lé- 
guas ao  S.  d'Atcona  ;  li, 700  habitantes. 

oslo^  V.  Úvsio,   Ovsadia. 

osíBis,  (mjth.)  chen  ado  Hysiris,  Lirius 
Âisat,  (m  Igjpcio  Oi/s?i,  e  (Jmhti,  dcLs 
egípcio,  nascido  desiite^iro,  teve  por  mu- 
lher Íris,  e  por  filho  Or(u  Horus;  lodos 
três  junclos  repreí^tntam  o  btm  principio, 
ou  «  reunião  das  influencias  benéficas,  e 
se  cppõem  ao  piír  malévolo  Typhon  e  ^ef- 
tè,  Osiris  todavia  teve,  sem  o  querer,  com- 
luercio  com  ^efté,  a  qual  deu  ao  miindo 


Atíbo'  ou^A^nubis'.  OSiíi^is  foi  CT.Viliíãdor  ^éònr^^i 
quistadnr.  Em' quanto' íris  itaiciílva  oâEg|y*- 
pcios  na  agricultura,  édiíícaVa-  ao  mbsmo 
tempo  Thebas  instituía  leis,  estabeleÒia  o 
caz''imonto,  faVia  conhecer  asártos  ;  depois 
disto  pôz-se  em  march.-í  para'  E.  é  subttiéf'- 
teu  tudo  até  ao  nislr  Erythreo  e  á  ín- 
dia. ÍVa  sua  volta  e  no  meio  do' tr^ium^ho^,., 
foi  nfiorto  por  Typhoíi,  ^Uii"  abàridonòu  ò ' 
seu  cadavef  á  corrente  do  Nilo ;  Íris  pro- 
cúrou-o  e  eriterrou-o  ;  mafe'  Ty*phon  ábrtã 
a  sepultura,  cortou  o  corpo  de  Osíris  éíh 
14  pedaços  e  espalhOu-óá' por  todao  Egyp- 
to.  Isis  tornou  a  acha-los,  exfcépto' uni  e 
de  novo  lhe  deu- sepultura.  Era  uma  ideia 
popular  no  Egypto  qué  a  alma  de  Ofeiris"  tí^ 
nha  passado  para  úm  boi ;  ôsta  éá  origéín 
do  culto  rendido  so  boi  A  pis,  qUie  sé  acre- 
ditava ser  o  próprio  Osíris. 

osrsMir,  (gfogr.)  povo  da  Gallia  Lyoriesa 
3.*  tinham  o  mar  a  O,  e  ao  N.;  os  Curios<^ 
lites  a  E.  os  Cnrisopites  aoS.-;  Virgaríiv^th 
era  a  sua  capital. 

OSKOL,  (geogr.)  duas  cidades  da  Ilussia', 
europea.  Staroi-Oskol,  a  30  léguas  ao  SE', 
de  Hoursk  ;  6,0;HÍ  habitantes;  outra,  No- 
Toi-OskoL-  a.  ■'ib  léguas  ao  SE.  de  Roursh'; 
f>,600  habitantes. 

OSMA.  V.  Bando,  Parcialidade. 

oSma,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  anti- 
gamente Uscama,  a  13  Icguas  do  SO.  de 
Soria';  1,000  habitantes. 
,  osMANLis,  (hist )  nome  dado  tnuitas  ve- 
zes aos  Ottomanòs,  é  derivado  dé*  Osíii/iil', 
fundador  do  se^u  império 

OSMAR.  V.  Esmar,   Conjecturar. 

oso,  desinência,  em  lat.  OsUs,  qud  de»- 
nota  pleriitude,  posse  plena.  Em  E^ypc.òtl- 
ci  significa  plenitude,  e  encher.-  Ex.  gosto- 
so, amoroso,  ditoso,  furioso. 

osMOisD  (S.)  (hist.)  filho  do  conde  deSáez; 
seguiu  (luílhermé  o  Conquistador*  a  Itlgla- 
tf  rra  ;  morreu  em  1099.  Foi  canonizado;  e 
é  com  memora]:!  o  a  4  de  derembro.- 

OSMOND,  (hist.)  nobre  e  antiga  cacada 
Normandia  ;  data  do  século  XII,  os  seus 
chefes-  tinham  o  titulo' de  ma^quèzes". 

OSNOBRLCK,  (géogr.)  cidade  do  reino  db 
Ilanovei',  capital  do  governo  d'Usiiabruck', 
sobre  o  Base,  a  Í9  léguas  ao  O.  de  Ilano- 
ver  ;  11,500  Jiabitantes. 

osNABRLCK,  (govcmo  do),  (gcogf.)  dívíslíò 
do  reino  de  Hanover,  compreende  a  antiga 
Frisa  oriental,  ettm  por  limites,  a  O.  o  rei- 
no de  lloUanda,  aoN.  ogoverno  d'Aiirich  ; 
conta  240,000  habitantes.  Capil&l  Osna- 
bruçk. 

osoBio  (D.  Jeronymo) ,  (hist.)  distinctís- 
simo  historiador  porluguez  do  século  XVR 
Fqí  bispo  de  Silves.  Eiscrev.ôu  em  liaiím  a 
Vivia  à'elrei  B  MaMud',  e'<mtní$  otóraí'clÇ 


08S 


089^v 


»■ 


grande   erndicçío  c    eloquência ,  qne  Ib 6 
grangeafam  o  titulo  de  Ctcero  Christâo. 
osPEDE.  V.  Hospede. 
OSPEDAR.  V.  Hospedar. 
osQuiDATES,  (gf^ogr.)  povo  da  Gallia,  na 
Novenipopulania  ao  S.,    tinha  por  cidades 
principaes  Beneharnurri  e  Ihro. 

OSROEISE,  (geogr.)  região  da  Ásia    limita- 
da ao  ri.  pelo  Tauro,  ao  S.  eaE.peloCha- 
boras,  a  O.  pelo  Éuphrates ;  foi  cOnquisla'- 
da  por  Trajano. 
ossÀ,  s.  f.  V.  tlrsa. 

ossA,  (geogr.)  cordillieira  de  montanhas 
no  Alémtéjo  de  Portugal  que  se  estende  de 
E.  a  O.  pouco  ao  N.  d'Evora,  cuja  alt^ura 
mediana  nunca  excede  2,(30  pés  acima  do 
nivel  do  mar,  e  as  suas  ramilicações  se  vãb 
perder  no  Guadiana,  havendo  percorrido  os 
terrenos  de  Estremoz,  Villa-"Viçosa,  Alan- 
droal, Évora -Monte,  etc. 

ossA,  (geogr.)  hoj^  Èissabo  ou  Kissovo, 
pequena  cordilheira  de  montanhas  de  Thes- 
saUa,  na  Wagnesia,  sobre  o  golpho  Ther- 
maico  ;  é  céíebre  em  mylhologia  como  ha- 
bitação dos  Centauros,  e  como  uma. das  mon- 
tanhas, de  que  os  gigantes  se  serviram  pa 
ra  escalarem  o  ceo. 

OSSADA,  s.  f.  o  esqueleto  desfeito.  A  — 
de  uma  ndu,  os  destroços  e  fragmentos  da 
náu  naufragada.  Fazer  a  ndu  a — ,  nau- 
fragar. .1  —  da  cidade,  os  alicerces  e  mi- 
nas. 

ossAiA,  (geogr.)  cidade  de  Toscana,  a  2 
léguas  ao  ínE  do  lago  de  Perouse,;  tira  o 
seu  nome  da  grande  quantidade  de  ossos 
humanos,  que  nella  se  descobriram. 

ossARiA,  s.  f.  (des.  ária.)  multidão  de 
ossos  em  campo  ou  ossário. 

OSSÁRIO,  s.  m.  (Lat.  ossuarmw.)  casa  de 
ossos  de  finados, 

ossASi  5.  f.  (aut.)  dom  que  os  noivos  fa- 
ziam ás  noivas,'  e  as  noivas  aos  noivos. 

ossAU,  (geogr.)  lio  de  França,  nasce  no 
pincaro  do  Meio  iDia,  ejunta-se  com  o  As- 
pe em  Oleron. 

ossELLA,  (geogr.)  aldêa  de  Portugal,  con- 
celho de  Oliveira  d'Azemeis,  a  12  léguas  de 
Coimbra,  ctntém  alguns  rtstos  de  antigui- 
dades mouriscas  ,  e  cerca  de  1,200  habi- 
tantes. 

ÓSSEO,  A,  adj.  (Lat.  osseus.)  da  nature- 
za de  OSSO,  duro  como  osso. 

ossETEs,  (geo{^r.)  povo  da  Rússia  cauca- 
siana, muito  grosseiíoe  ladrão  ;  habita  des- 
de DarielatéKaitlíaour  ;  conta  10,OOU  guer- 
reiros. O  seu  principal  chefe  reside  em  Kat- 
bek.    j'        .'     ^ 

ossiAN.  (híst.)  célebre  bardo  escocez  do 
século  111,  teve  por  paiFingal,  rei  deMor- 
vén,  ppr  mulher  Everallina.  e  por  filho  Os- 
car, ia  umr  seuHlào  á  bt^UaMaivina  ecoan- 


do o  vín  morrer.  Para-  cumuto  de  dèggía- 
ça,  o  ve'ho  perdeu  a  vista  ,.  Malsina  ficíHi 
com  oljo,  mas  o  infeliz  leve  a  dôr  de  lhe 
sobreviver  e  foi  o  ultimo  da  sua  raça,  que 
norreu  Ossian  espalhava  as  suas  magoaô, 
cantando  os  seus  feitos  d'armas  e  as  desgra- 
ças da  sua  familia  e  dos  seus  compatriotas. 

ossicos,  s.  m.  diminut.  de  ossos,  os  os- 
sinhos. 

ossiFiCAÇÃo,  s.  f,  (iat.  osmfcatio,  onis.), 
a  conversão  dos  partes  priraitivamjente  moMes 
em  osso,  v.  g.  —  das  suturas  ; —  das  carti- 
lagens, das  artérias,  na  velhice 

oss^FiCADO,  p.  p.  de  ossificar ;  adj.  con- 
veríido  em  osso,  endurecido, 

ossiFiCAR,  v.a.  (Lat.  mod.  oss^ificare)^  con- 
verter em  osso  as  partes  primitivamen-to 
molles.  — SE,  V.  r.  converter-se  em  osso.  v.g. 
>'as  crianças  depressa  se  ossificam  as  saturas 
do  crânio  ;  na  velhice  osmficam-se  as  car-' 
tilagens,  as  artérias,  etc 

ossifino  s.  m.  diminut.  de  osso,  pequeno 
osso.  ,  ,    , 

osso,  s.  m.  (Lat.  os,  ossis^  Gr.  osteon^  em 
I-gypc./ía.s)  parte  solida,  dura  e  mais  ou  ma- 
nos branca  do  esqueleto  humano  e  dos  qua- 
drúpedes, das  aves  e  dos  cetáceos,  tj-gí, —  de 
correr,  o  de  boi  que  tem  tutano.  Em  carne  e 
— ,  vivo,  pessoa  viva.  Mochos — s,  pisar  com 
pancadas.  —  ceuslicar,  importunar.  Roer  os 
—  s,  (íig.)  íicar  frustrado  do  ganho  e  lucro  de 
al^umseryiço,  e  onerado  das  obrigações  db 
emprego;  não  tirar  senão  jnui  ténues  luc  os 
de  cousa  em  que  outros  se  enriqueceram. 
v.g.  Carne  sem  — ,  (lig  ],  proveito  sem  in- 
commodo  ou  risco  Em,—,  sem  sella  ou  al- 
barda, c.^í.  Montar  em  -?^, 

ossoLA,  (geogr.)  província  dos  Estados  sar- 
dos, na  intendência  de  Novara,  entre  a  Suis- 
sa  e  a  provinda  de  Pallanza,  tem  por  ca- 
pital Domo  d'0?sola.  e  conta  35,000  habi- 
tantes. 

ossoNOBA,  (geogr.)  cidade  da  Lusitânia, 
no  Cuneus,  (Algarve),  na  embocadura  do 
Solves.  , 

ossuARio.  V.  Ossário. 

OSSUDO,  A,  adj.  (des.  udo)  que  tem  ossos 
grandes,  grossos. 

ossuN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  2 
lepuas  e  meia  ao  SU.  de  tarbes  ;  1,800  ha- 
bitantes. 

ossuNA  (duque  de),  (hist.)   celebre  esta- 
dista hispanhol,  nasceu  em  1579,  foi  vice- 
reida  Sicilia  e  de  Nápoles,  desenvolveu  gran- 
des tabntns  nestas  duas  praças,    bateu  os 
Venezianos  e  relirou-se  a  estabelecer  a  in- 
qui?ição  I  o  reino  de  >apoles.    Morreu   em 
16:4,  preso  no  castello  d-í  Almeida,    pelí>' 
criflpé  de  pretender  tornar  independente  jo^ 
reino  de  Kapoles. 
OSSUNA,  (geogr.)  UrsoovLGenm  Ursorúm 

i4  # 


^ 


OâJU^ 


OSÍ 


cidade  de  llíspanha,  a  20  léguas  E.  de  Se- 
vilha ;  16,000  habitanles, 

ossuoso.  V.  Ossudo. 

osTAES,  s.  m,  pi.  (Ingl.  staijs ;  do  Fr.  ciai, 
(ant.)  estai',  esteio,  escora  ;  raJ.  Lat.  sto, 
are,  estar  fixo),  (naut.)  cabos  grandes  que 
vem  dos  calcezes  dos  mastros,  e  se^íiiam  na 
proa  por  seus  cadernaes.  Outros  escrevem 
estaes. 

OSTAGAS,  s.  f.  pi.  {V.  o  precedente),  (naut.' 
cabos  que  sustentam  as  vergas  cm  uns  moi- 
tÕ3S  chamados  de  coroa,  e  vem  por  cima  da 
pega. 

osTARiA,  5.  f.  (Do  Fr.  ant.  ostelerie.)  V. 
Estalagem,  Casa  de  Pasto. 

OSTE,  s.  m.  (do  Ital.  oste) ,  (naut.  ant.) 
vela  d' — ,  vela  latina  do  mastro   grande. 

OSTE.  V.  Hoste. 

osTAKOV,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
pea,  capitcil  de  dislricto,  sobre  o  lago  Seli- 
goner;  7,0OJ  habitantes. 

OSTENDE,  (geogr.)  (isto  é ,  extremidade 
oriental)  cidade  de  Flandres,  a  5  léguas  O. 
de  Bruges,  sobre  o  mar  do  Norte  ;  1 1 ,0U0  ha- 
bitantes. 

osTEDA,  s.  f.  estoffo  antigo  de  Ostende 
ou  de  França. 

osTENDER,  (Lat.  osteudere,  mostrar,  de  os, 
e  tendere.)  (ant.)  V.  Mostrar. 

OSTENSIVEL,  ttdj .  dos  2  g.  (do  Fr.  osten- 
sihle,  do  Lat.  ostendere,  mostrar.)  que  pô- 
de mostrar-se,  que  é  para  semoslrar;  os- 
tensivo. E  moderno,  adoptado  do  Francez, 
e  escusado. 

osTENSivELMENTE  ,  adv.  [mente  suíT  )  de 
modo  ostensivel,  por  mostra,  em  apparen- 
cia.   Ostensivamente  seria  mais  Portuguez. 

OSTENSIVO,  A,  adj.  (do  Lat,  ostensio,  onis, 
mostra.)  destinado  a  mostrar-se,  i?.^.  carta 
— .  Poderes —s.  Instrucções — s.  Oppõe-se 
a  confidenciaes,  secretas. 

osTENSOR,  s.  m.  o  que  mostra,  cousa  que 
mostra. 

OSTENTAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  cstentatio,  onis.) 
mostra  fastosa,  vaidosa,  de  riqueza,  saber, 
dotes  da  natureza,  etc. — .  mostra  de  saber 
em  universidade,  dissertação  improvisada  em 
concurso  de  oppositores  a  cadeira. 

OSTENTADO  ,  A ,  p.  p.  de  osteutaf ;  adj. 
alardeado,  assoalhado  por  vangloria. 

OSTENTADOU  ,  A  ,  adj.  6  s.  quc  ostenta, 
alardêa. 

OSTENTANTE,  adj.  dos  2  g.  ou  s.  V.  Os- 
tentador. 

OSTENTAR,  V.  tt.  (Lat.  osteuto,  are,  fre- 
quent.  de  osicndere,  mostrar.)  mostrar,  fa- 
zer mostra,  assoalhar,  alardear  por  vanglo- 
ria, V.  g.  —  as  suas  riquezas,  perfeições,  do- 
tes, saber ;  —  numero,  comitiva. — ,  em  sen- 
tido abs.,  fazer  ostentação  académica.  Os- 
tentou em  theologia. 


ostentativa,  3.  f.  y.  Ostentação, 

osTENTATivo,  A,  adj.  costumado  a  osteií- 
lar,  inclinado  a  ostentar. 

OSTENTOSAMENTE,  ttdo.  [mânte  suff.)  com 
ostentação,  alardeando. 

OSTENTOSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  d*i  osteri-' 
tacão,  magnifico,  que  annuncia  grancíeza,  f . 
g.  palácios,  obras — 5.  Victoria — .Discur- 
so—  ,  pomposo.  Génio,  espirito  —  ,  bri- 
lhante. Occasião  — . 

osTEOCOPA,  s.  f.  (Gr.  osteon,  osso,  e  ko- 
ptô,  ferir.)  (med.)  dôr  nos  ossos. 

OSPEOGRAPHIA,  s.  f.  [graplúa  suffs)  des- 
cripção  dos  ossos  do  esqueleto. 

OSTEOLOGIA  ,  s.  f.  (mesmo  radical,  e  lo- 
gia  suff.)  conhecimento  dos  ossos  do  esque- 
leto, principalmente  do  homem. 

osTEOTOMiA,  s.  f.  (mcsmo  rad. ,  e  íomia.) 
dissecção  dos  ossos.  V.  Anatomia. 

OSTERODE,  (geogr.)  cidade  murada  do  lla- 
novre,  no  antigo  principado  de  (irubenha- 
gen  e  no  governo  actual  de  Ilildesheim,  a  2 
léguas  emeia  SJ.  de  Klansthal;  4,400  ha- 
bitantes. 

osTUEiJí,  (geogr.)  cidade  dogran-ducado 
de  Saxe-Weimar,  a  25  léguas  SO.  de  NYei- 
mar ;  2,400  habitantes. 

OSTÍA.  V.  Hóstia. 

OSTIA,  (geogr.)  Ostia,  villa  do  Estado  ec- 
clesiastico,  na  embocadura  do  Tibre,  a  5  lé- 
guas Sl).  de  Roma. 

osTiAKS,  (geogr.)  povo  da  Sibéria,  forma 
três  tribus,  quedifferem  pela  sua  linguagem, 
equeteem  os  nomes  de  Ostiaksdo  Obi,  Os- 
tiaks  do  Jenissei,  Ostiaks  de  Torgovut. 

osTiARiATO  ,  s.  m.  a.  ordem  do  ostiario, 
uma  das  quatro  menores. 

OSTIARIO,  s.  m.  (Lat.  ostiarius,  deostium, 
porta.)  porteiro.  Uma  das  quatro  ordens  me- 
nores ecclesiasticas. 

osTiGLiA,  (geogr.)  Hostilia,  cidade  do  rei- 
no Lombardo-Veneziano,  sobre  o  Pó  a  7  lé- 
guas SO.  deMantua;  d, 150  habitantes. 

OSTINAÇÃO.  V.  Obstinação. 

OSTINGAR.  V.  Estingar. 

OSTINGUES  e  OSTINQUES.  V.  Estingucs. 

osTPiiALiA,  («eogr.)  nome  vago  dado  nos 
séculos  VII  e  VIU  á  parte  da  Saxonia  situada 
a  E.  do  Weser  ;  oppunha-se  á  Westpbalia  si- 
tuada a  0.  do  mesmo  rio. 

OSTRA,  s.  f.  (Lat.  ostrea,  do  Gr.ostreou, 
formado  de  osteon,  osso,  e  keô,  abrir,  fen- 
der )  marisco  de  concha,  vulgar  e  excel- 
lente  para  comer.  — ,  pedra  preciosa  da  fei- 
ção da  concha  das  ostras. 

OSTRACISMO,  (hist.)  ospccie  de  julgamento 
muito  usado  em  Athenas  :  consistia  em  pro- 
nunciar por  meio  do  suffragio  universal  e  sem 
forma  de  processo,  sobre  oexilio  de  um  ci- 
dadão, cujo  poder  ou  ambição  inspirava  re- 
ceio, oexilio  devia  durar  10 anãos.  Os  ci. 


OSY  ■ 


OTH 


isf 


dadãos  davam  o  seu  voto  escrevendo  em  uma  /  em  Thebas  no  inlervalio  do  século  XV  aa 


f.  pedra  da  feição  de  os- 


conchn  (era  grego,  ofttraçon)  o  nome  do  ia 
dividuo  que  quMriam  banir.  O  ostracismo  foi 
instituído  no  anno  509  antes  du  Jesu-Lhris- 
to. 

osTRACiSTA.  s.  TO  (des.  ista.)  approvador 
do  ostracismo. 

OSTRACITES,    S 

tra. 

osTRARiA  ,  s.  f.  (des.  (iria.)  lugar  alis- 
trado  de  ostras ,  camadas  naturaes  de  os- 
tras. 

OSTRAS  (riodas),  (geogr.)  pequeno  rio  da 
província  do  Itio  de  Janeiro,  no  Brazil,  no 
dislricto  de  Macalié ;  tem  apenas  2  léguas 
do  curso. 

OSTREIRA ,    s.    f.    lugar  onde  se   criam 
e  se  apanham    ostras ,   viveiro   de   ostras 
Ostreira  ,   mulher  que   vende   ostras  e  as 
abre. 

osTRiNHO.  s.  m.  pequeno  marisco  menor 
que  a  ostia. 

OSTRO,  s.  m.  (Lat.  osti-um.)  a  purpura  ; 
a  tinta  de  que  ella  se  faz,  e  que  é  extraí- 
da de  ura  marisco  chamado  em  Lat.  os- 
trum. 

osTROG,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
pea,  na  Volhynia  ;  4,(5' K)  babilanies.  Foi  nes- 
ta cidade  que  se  imprimiu  apriuieira  bíblia 
esclavotiia. 

osTRononos,  (gpogr.)  Ostrogotiii,  nome 
dado  áqnelles  «iodos,  que  se  achavam  ao 
oriente  dos  outros. 

osTROGOJSK,  (geogr.)  ciílade  da  Rússia  eu- 
ropea,  a  23  léguas  S  de  Veronéjo  ;  11,000 
habitantes. 

osTROLENKA,  (geogr.)  cidado  da  Uussia  eu- 
ropea,  a  35  léguas  NK.dePlok,  sobre  o  Na- 
rew  ;   1,9  'O  habitantes. 

osTROvsKi,  (hist.)  celebre  general  polaco, 
foi  derrotado  e  aprisionado  pelos  Russos  na 
batalha  d«  Vedrokha  em  1500;  regeitou  os 
offerecimentos  que  llie  fez  Ivan  III  pa'"a  o  re- 
solver a  entrar  no  seu  serviço;  derrotou  em 
1514  os  llnssos  em  Orja;  alcançou  bril», antes 
victorias  sobre  os  Turcos,  Mdldavos,  Tárta- 
ros daCrimea,  e  ficou  victorioso  eraOlche- 
nica,  onde  livrou  mais  de  40,000  prisionei- 
ros chrístãos 

osTLNi,  (geogr.)  Ostunum,  cidade  do  rei- 
no de  Nápoles,  a  9  léguas  KO.  de  Brindigi, 
perto  domar  Adriático. 

oswALD,  (hist.)  escriptor  escocezdoXVIll 
século,  seguiu  o  caminho  traçado  por  Reid 
e  Beattie  eapoiu-se  sobre  o  senso  commum 
para  combater  as  doctrinas  paradoxaes  ou 
perigosas  de  l  oke  e  de  llume. 

oswF.STRY,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
a  7  legoas  ao  NL  de  Shrewsbury  ;  4,000  ha- 
bitantes. 
osyMANDTAs,  (hist.)  rei  do  Egypto,  reinou 
voL.  n. 


XVII,  e,  .«ei?undo  Diodoro,  prf cedeu  o  rei 
Uchoreo  em  outo  geraçõ''S.  i.evou  as  suas 
armas  até  á  Hactriana  ;  é  sobre  tudo  cele- 
bre pela  su^  Bibliothcca  publica,  intitulada 
Hemedios  da  alma,  e  pelo  seu  tumulo,  em  re- 
dor do  qual,  dizem  os  antigos,  estava  coK 
locado  um  circulo  de  ouro  de  ò65  cova- 
dus. 

OTAH  TI  ou  TAiir,  (geogr.)  a  Saggitaria 
de  Qiiiros,  a  Nova-Cythera  de  BogaiaviUe, 
a  raaior  das  ilhas  da  Sociedade,  e  uma  das 
maiores  da  i'ol}'nesia,  é  formada  de  duas  pe- 
nínsulas ,  o  conta  7,000  habitantes,  ts- 
tá  debaixo  da  protecção  da  França  desde 
18^2. 

OTAHiTi,  (archipelago  de) ,  (geogr.)  no- 
me proposto  por  alguns  geographos  pa- 
ra designar  o  grupo  de  ilhas  da  socie- 
dade. 

OTAi.GiA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  ótos,  geni- 
tivo  de  oúas,  ouvido,  ea/^/ied,  soíTier  dôr.) 
(med.)  dôr  de  ouvidos 

OTALGico,  A,  adj.  atacado  de  otalgia. 
OTAVALO,  (geogr.)  cidade  da  republicado 
Equador,  na  província  de  Imbabura,  a  J4 
léguas  ao  INE.  de  Quito;  conta  15,000  ha- 
bitantes. 

OTE,  desinência  diminutiva,  v.  g.  peque- 
note,  rapazote. 

OTFRiD,  (hist.)  theologo  aísaciano  do  iX 
século,  é  conhecido  pela  sua  traducção  do 
Evangelho,  em  versos  tudescos,  traducção. 
que  é  o  primeiro  monumento  desta  lín- 
gua. 

OTiiÃo.  (hist.)  Marcus  Salvius  Olho,  im- 
perador romano,  nasceu  no  anno  32  de  Je- 
su-Christo,  tinha  sido  favorito  de  Nero,  e 
o  primeiro  marido  da  celebre  Poppéa.  Nero 
obrigou-o  a  ceder  esta  mulher,  que  elle 
amava  e  enviou- o  como  questor  á  Lusitâ- 
nia. Othão  foi  um  dos  primeiros  a  decla- 
rar-se  por  (ialba,  esperando  ser  adoptado 
por  este  ancião,  mas  como  se  visse  prefe- 
rido por  Písã'>,  excitou  uma  rt^volta  ,  em 
que  este  e  (ialba  foram  mortos,  e  fez-^e  pro- 
clamar imperador.  Alarchou  depois  contra 
Vitellio,  acciamado  pelo  exercito  da  Germâ- 
nia, e  depois  de  algumas  victorias,  perdeu 
a  batalha  de  BeJriac,  e  pelo  desgosto  de  a 
perder  matou-se  em  69. 

OTHÂo  I,  (hist.)  o  Grande  ,  imperador  de 
Allemanha  da  2.^  dynastia  saionia,  nasceu 
em  912,  foi  eleito  rei  da  Germânia  em  396, 
batteu  em  muitos  encontros  os  Hunos  e  os 
Húngaros,  tornou  a  Bohemía  tributaria  da 
Germânia,  fez  guerra  a  Luiz-d'-Alemmar ; 
tornou  á  França  em  i  46  .  como  alliado  de 
Luiz  contra  IIutíO-o-Grande  ;  casou  em  951 
com  Adelaide  viuva  de  Lothario,  rei  dos  Lom- 
bardos, e  em  consequência  deste  casamen- 
15 


OTO! 


OtT 


to  entrou  na  Ttalia,  onde  foi  coroado  em  961, 
reunindo  este  reino  á  Aliem  anha.  Morreu  em 
993. 

OTHÃo  II,  O  RuiviO,  fiilio  e  successor  de 
Othão  i,  nasceu  em  9:>5  ,  foi  proclamado 
imperador  da  Germânia  em  973,  teve  por 
competidor  a  Henrique  de  Baviera,  o  qual 
batteu,  teve  guerra  com  Lolbario ,  rei  de 
França,  e  penetrou  até  Paris,  entrou  depois 
na  Itália,  restituiu  Benedicto  11  ao  troiio 
pontifical ;  tomou  Nápoles,  Saierno,  Tarento 
e  depois  foi  battido,  e  com  diíTiculdade  es- 
capou aos  Gregos,  que  o  tinham  aprisiona- 
do. Morreu  em  lioma  em  98  5. 

OTHÀo  III,  (hist.)  filho  e  successor  d'Othão 
II,  nasceu  em  980.  Depois  de  uma  regência 
agitada,  durante  a  sua  menoridade,  passou  os 
Alpes,  tomou  Milão,  voltou  á  Allemanha 
para  se  oppor  aos  Slavos  e  morreu  em 
1002. 

OTHÃo  IV,  (hist.)  nasceu  em  1175,  3." 
filho  de  Henrique  de  Baviera  e  de  Malhilde, 
foi  eleito  imperador  de  Allemanha  em  1198, 
uniu-se  com  João  Sem-Terra  para  fazer 
guerra  a  Philippe-Augusto,  conduziu  Ii00*i0 
homens  a  Flandres,  foi  batido  e  morreu  em 
1218. 

OTHÃO  DE  NORDHEiM,  (hist.)  duquo  de  Ba- 
viera, príncipe  saxonio,  foi  creado  duque 
de  Baviera  em  1061  pe  a  imperatriz  re- 
gente Ignéz ;  mãi  de  Henrique  IV,  todavia 
conspirou  contra  a  sua  bem  feitora  e  apos- 
sou-se  do  poder  imperial.  Henrique  IV  ti- 
rou-lhe  o  ducado,  mas  depois  reconciliou- 
se  com  elle ,  foi  morto  na  batalha  de 
Volksheim. 

OTHÀO  DE  wiTTELSBACH,  (hist.)  duque  de 
Baviera,  descendente  de  Àrnaldo-o- ^''ao  , 
da  antiga  casa  de  Baviera,  serviu  fielmen- 
te, e  com  gloria,  a  Frederico  Barba-Uoxa, 
o  qual  o  recompensou  com  o  ducado  de 
Baviera. 

OTHÃO   DE   FREISINGEN  ,    (hist  )   chrouisla  , 

filho  de  Leopoldo,  marquez  d'Austria ,  e 
de  uma  filha  de  Henrique  IV.  Morreu  em 
1158,  deixando  uma  Chronica  desde  Adão 
até  ao  anno  1147. 

OTHE,  (geogr.)  antigo  e  pequeno  paiz  de 
França,  no  Senonez,  hoje  compreendido  ao 
NE.  do  díslriclo  de  Yonne  e  no  80.  do  de 
Aube.  Logar  principal  Aix-en-Othe. 

OTHMAis,  (hist.)  3.'^  califa,  reinou  de  644 
a  656.  Era  piedoso,  humano ,  mas  pouco 
capaz  de  governar,  foi  apunhalado  por 
Mohammed,  filho  deAbouhekr.  l  o  seu  rei- 
nado foi  destruído  o  2.°  império  dos  Per- 
sas. 

OTHMAN  I,  (hist )  chamado  El  Ghazi  (o 
Victorioso)  fundador  do  império  dos  Turcos 
Ottomanos,  nasceu  em  Soukout  em  1259, 
£ugrandeceu-se  á  custa   dos  Estados  visi. 


nhos  conquistou  Kara-Híssar,  e  morréta  em 
32í3. 

OTHMAN  II,  (hist.)  foi  coUocado  no  trono 
em  1618,  concluiu  paz  com  a  Pérsia ,  foi 
batido  })elos  Polacos,  e  foi  assassinado  pe- 
l'S  Janissaros  em  1022. 

othomano  ou  ottomano,  a,  aij.  perten- 
cente ao  império  turco.  O  vocábulo  vem  de 
Qlhman,  celebre  imperador  dos  Turcos. 

oiHONiEL,  (hist.)  primeiro  juiz  dos  israe- 
litas de()OÍs  de  Josué,  t©mou  Karial-Se.'her, 
livrou  os  seus  compatriotas  da  escravidão, 
governou-os  40  annos  e  morreu  era  151». 

othonna  ,  (bot.)  género  de  plnntas  da 
família  das  Sjnanlhereas  e  da  Syngenesia 
^ecess<^ria. 

0T0RGA.  V.  Outorga. 

otorgar.  V.   Outorgar. 

OTRANTO,  (geogr,)  Hydruntum  dos  anti- 
gos, cidade  do  reino  de  Nápoles,  sobre  o 
Adríatico,  a  9  léguas  SE.  de  Lecce,  2,500 
habitantes. 

OTRANTO  (terra  de( ,  (geogr.)  Terra  di 
Otranto,  Japygia  dos  antigos,  província  do 
reino  de  Nápoles,  a  mais  a  E.  sobre  o  Adriá- 
tico e  o  golpho  de  Torento ;  3J0,0h0  ha- 
bitantes. Capital  Lecce. 

OTRicoLi,  (geogr.)  Oíricw/wm,  villadoEs" 
lado  Ecclesiasiico,  a  7  léguas  NO.  de  Rieti-; 
800  habitantes. 

OTT  (P.  Carlos,  barão  de),  (hist.)  feld-ma- 
rechal  austríaco,  nasceu  na  Hungria,  dis- 
tingiiiu-se  contra  os  Turcos  em  1^89,  entrou 
nas  campanhas  de  Itália,  commaiidou  o 
r*erco  de  Génova  em  1799,  morreu  em 
1809. 

OTTA,  (geogr  )  ppquena  povoação  de  Por- 
tugal, 1  légua  emeia  aoN.  d'  ilemquere  lO 
de  Lisboa,  situada  nas  faldas  da  serra  do 
mesmo  nome,  ramo  da  de  Montejunto. 

OTTAWA  ou  GRANDE  RIO,  (gcogr.)  Great- 
River,  rio  ila  America  do  Norte,  no  Cana- 
dá, nasce  no  Lago  Superior,  separa  o  Alto 
doBaixo-Canadá,  e  juncla-se  com  o  S.  Lou- 
renço   defronle  da  ilha  Montreal. 

oVtawas,  (geogr.)  tribu  da  America  do 
.Norte,  habita  no  Estado  d'Ohio  e  o  terri- 
tório de  Michigan,  na  margem  occidental 
do  lago  Michigan. 

OTTOKAR  I,  (hist.)  duque  de  Bohemia  em 
lli»2,  foi  deposto  em  llb3,  restabelecido 
em  1197,  nomeado  rei  pelo  imperador  Thi- 
lippe  de  >uabia  em  IIUV*,  e  reconhecido 
como  tal  por  Olhão  iV  e  iimocencio  Hl  em 
12(13. 

OTTOKAR  II,  (hist.)  O  Victorioso,  succes- 
sor de  Venceslao  III,  reuniu  á  Bohemia  a 
Austría  e  a  Stjria  em  1253,  fundou  cida- 
des, protegeu  a  exploração  f^as  minas,  obte- 
ve por  testamento  a  Corinthia  e  a  Carniuia, 
protestou  contra  a  eleição  de  Kodolpho  dç 


OUB 


OEN 


59 


Absburgo.   Morreu  na  batalha  de  Laa  em 

1278. 

OTTOMANO  (Império) ,  (hist.)  Porta  otto- 
aana.  Sào  designadas  com  este  nomo  as 
possessõt^s  do  Gran -Senhor.  Compreendem 
a  Turquia  europea,a  Turquia  asiática  com 
as  ilhas  do  Mediterrâneo,  com  o  Egypto,  o 
Hedjaz,  Tunis,  Tripoli,  ele.  Kstas  ultimas 
províncias  só  nominalmente  dependem  da 
Turquia. 

OTTOMANos,  (hist.)  nome  dado  3  um  tron- 
00  da  naçào  turcomana ,  é  derivado  de 
Othman  I,  fundador  do  império  turco. 

OTTUMBA ,  (geogr  )  cidade  do  México  ,  a 
11  léguas  Nli.  do  México;  5,000  habitan- 
tes. 

OTUS,  (myth.)  gigante,  filho  de  Keptuno  e 
de  Jphira  dia,  mulher  d'Al<>éus. 

OTWAY  ,  (hist.)  poeta  inglez  nasceu  em 
1()51,  morreu  em  1685,  foi  actor.  Us  in- 
glezes  dão-lhe  o  primeiro  logar  depois  de 
Sbakspeare.  As  suas  melhores  peças  são  : 
D.  Carlos,  Caio  Mário ,  a  Otphã,  Veneza 
salva. 

ou  (Fr.  ou,  Lat.  aut,  Gr.  eite.  Vem  to- 
dos do  rad.  Egypc.  eí,  separar,  de  íoi,  por- 
ção, parte,  dar,  repartir  ;  cttoi,  dado,  re- 
partido.) co"juncção  disjuncliva  e  alterna- 
tiva, V,  g.  isio  ou  aquillo  ;  este  ow  aquelle 
homem.  Morrer  ou  viver.  O  vicio  om  a  vir- 
tude. 

ou,  (ant  )  (do  Fr.  ou.)  onde;  por  ao. 

ou,  diphthongo,  que  usualmente  se  pro- 
nuncia e  se  escreve  oí',  v.  g.  ouro,  doudo, 
louro,  ou  oiro,  díido,  loiro. 

ouAHOu,  (geogr.)  Woahou  dos  Inglezes  , 
uma  das  ilhas  Sandwich  ,  ao  NO.  da  ilha 
de  Onhyhea ;  60,i'00  habitantes. 

OUALO,  (geogr.)  Whalo  dos  inglezes,  rei 
de  Senegambia,  sobre  o  Oceano  Atlântico  , 
entre  o  Trarzas  ao  iN.,  o  Cayor  ao  S. ; 
40,O(!O  habitantes. 

ouA^DJPOLR,  (geogr.)  cidade  da  Ásia  cen- 
tral, no  Boutan. 

ouAKKARA,  (gcogr.)  divisão  da  Africa  Oc- 
cidental, compreende  os  reinos  de  JNifé,  de 
Yarriba,  de  lounda,  de  Benin,  etc. 

OUAOUA,  (geogr.)  cidade  da  Nigricia,  ca- 
pital do  remo  de  Mobba  ou  Bergon. 

ouARAKSKNis,  (g<'0gr.)  montaiihas  de  Al- 
géria, no  meio  do  Atlas,  ao  SE.  de  Oran. 

OUAR,  (geogr.)  cidíide  da  ^igricia  ,  ca- 
pital do  reino  de  Ouari,  a  15  léguas  S.  de 
Benin;  3,(00  habitantes. 

OLRi  ;reino  de),  (gtogr.  na  Guiné  septen- 
trionid  sobre  ogolpho  de  Benin;  IJ.IOO  ha- 
bitantes. 

OUBOLCBA,  (hist.)  khan  mogol,  era  ocheí- 
fe  da  giftnde  iriLu  dos  Eleuihs  Torgouls  , 
não  podendo  accommodar-se  com  as  ins- 
tituições, que  os  Kussos  queriam  estabele- 


cer entre  a  sua  tribu ,  deixou  o  paiz  en- 
tre Don  e  o  Nolga,  atravessou  durante  8 
me7.es.  os  desertos  do  Turkestan,  chegou  ás 
margens  do  Ili,  e  foi  muito  bem  recebido 
lío  t(  rritorio  chinez.  Ouboucha  recebeu 
muitas  honras  e  presentes  da  corte  de  Pe- 
kin,  a  qual,  provavelmente,  tinha  aconse- 
lhado esta  emigração. 

OUÇA ,  s.  f.  (du  Fr.  ant.  oucin,  do  Lat. 
uncinus,  uncus,  curvo.)  peça  de  páu  atra- 
vessada na  ponta  do  timão ;  serve  de  ter 
mão  nos  tanoeiros. 

ouçÃo,  s.  m.  (do  Lat.-  uncus,  curvo,  de 
gancho.)  bichinho  da  forma  do  lêndea.  Fa- 
zer de  um  —  um  cavalleiro  ,  (expr.  prov.) 
exaggerar  muito. 

OUÇAS,  s.  f.  (de  ouço,  ouça,  do  v  ou- 
vir.) Ter  boas — s,  (ant.)  ouvir  bem. 

ouCENÇA.  V.   Ouiença. 

ouCHE  (paiz  de)  Uticum,  parte  da  Alta- 
Normandia,  entre  o  Rilíe  e  o^Carentone. 

ouciDENTE  e  ouciENiE.  V.  Occideute. 

OUDDEN  ,  (geogr.)  cidade  do  Yemen  na 
Arábia,  residência  d'um  cheik,  a  li  léguas 
No.  de  Taus;  600  casas. 

OUDENARDE    OU    AUDENARDE,     (geOgr.)    Al- 

denardum  em  latim,  Oudenaarden  em  fla- 
mengo, cidade  da  Bélgica,  a  7  léguas  S.  de 
Gand ;  4,61*0  habitantes. 

ouDENDORP,  (hist.)  phílologo  hollaudoz , 
nasceu  em  lhD6,  morreu  em  1761,  foi  rei- 
tor das  escolas  de  Nimegue  e  de  llarlem. 
Deixou  edições  estunadas  de  Júlio  Obseque- 
nor,  deLucano,  Frontino,  etc, 

ouDiN,  (biiit.)  jesuita,  nasceu  em  lt)73  , 
morreu  em  1752,  sabia  seis  linguas.  É  co- 
nhecido pelos  seus  trabalhos  na  Bibliothe- 
ca  latina  dos  escriplores  da  sociedade  de 
Jesus. 

ouDiNSK,  (geogr.)  cidade  da  Ilussia  asiá- 
tica, a  60  léguas  SE  de  irkoutsk;  4,800 
habitantes. 

ouDJB  N,  (geogr.)  a  Ozena  dos  antigos, 
cidade  do  Sindhia,  no  antigo  iMalwa,  a  nOÚ 
léguas   O.  de  Calcutta  ;  80,0<'0   hcbitantes. 

ouEi  ou  oui ,  (geogr.)  uma  das  quatro 
províncias  do  Thibet,  tem  por  limites  ao 
N.  o  Bontan,  ao  S.  o  Turkestan,  chinez. 
Capital  Lahsa, 

ouEi-TCHEOu,  (geogr,)  cidade  da  China  , 
(apitai  de  província,  a  57  léguas  S.  de  Tian- 
king. 

ouEL  011  HOEL,  (hist.)  cbamado  o  Bom, 
rei  do  paiz  do  Galles  de  907  a  U48,  ó  co- 
nhecido por  uma  cfllecção  de  leis  muito 
sabi.i;?,  e  que  elle  fez  sanccioiiarpelo  papa. 

OUELBE,  (geogr.)  rio  da  Aíri  a  oriental , 
nasce  entre  os  líerlouna-Gflllas,  corre  ao 
SE.  e  cae  no  mar  das  Índias  em  Brava. 

OEN  (Santo),  (hist.)  Audoenus  nasceu  em 
609  em  Sancy,  morreu  em  686 ,  viveu  na 
15  « 


OVQ 


OUR 


corte  de  Clotario  II  e  de  Dagoberto,  este 
ultimo  confiou-lhe  a  pnarda  do  sello  real. 
Foi  sagrado  bispo  de  liuão  em  64(í.  Admi- 
nistrou a  sua  diocese  com  sabedoria ,  e 
morreu  em  ( bchy.  E'  commemorado  a  24 
d'Agosto. 

OUEN-TCHEOU  (gcogr.)  cidado  da  China , 
capital  de  província ,  na  embocadura  do 
Youn-ho. 

ouESSANT ,  (geogr.)  Uxantis  ou  Vxisa- 
ma  ,  ilha  de  França,  na  costa  do  districto 
de  Finislera,  no  Oceano  Atlântico,  a  6  léguas 
e  meia  do  continente;  1,700 habitantes. 

ouFA,  (geogr.)  rio  da  Rússia,  sae dos  mon- 
tes Ouraes,  no  governo  de  Orenburgo ; 
H,000  habitantes.  Residência  do  arcebispo 
de  Orenburgo  e  de  Oufa. 

OUFANIA.   V.   Ufania. 

OUFANO.  V.  Ufano. 

ouGLiTCH,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Eu- 
ropea  ;  5,5'  O  habitantes. 

ouGUE'  LA,  (geogr.)  pequena  praça  d'armas 
do  Alemtívjo,  em  Portugal,  situada  sobre  o  rio 
Xevora,  que  a  separa  da  raia  hispanhola,  1 
légua  ao  N  de  Campo  IMaior  e  4  d'i.lvas. 

ouiDDAH  ou  JUDA  (geogr.)  fpequeno  reino 
de  Guiné,  na  cosia  dos  Escravos,  entre  os 
d'Ardra  de  Popo,  de  Dahomey,  e  é  tribu- 
tário deste  ultimo  ,  tem  por  capital  uma 
cidado  do  mesmo  nome  com  8,000  habi- 
tantes. 

ouiNNiPEG  OU  ouYNíPi,  (geogr.)  lago  da 
America  do  JNorte,  communica  pelo  Savers 
com  a  bahia  de  iludson;  tem  '61  catara- 
ctas  de  aspecto  muito  grandioso  e  vario. 

ouiscoNsiN  ou  wiscoNSiN ,  (gcogr  )  rio 
dos  Estados  Unidos,  no  território  do  INO. 
corre  ao  SE.  e  lança-se  no  Mississipi. 

OULÁ.  V.  Olá. 

oulchy-le-chateau,  (geog.)  villa  de  Fran- 
ça, a  5  léguas  S.  de  Soissons  ;  600  habi- 
tantes. 

ouLLEi,  (gpogr.)  ura  dos  Estados  mandin- 
gues  da  Nigricia  occidental  ou  Senegambia  ; 
tem  por  limites  ao  M.  oFonlatoro,  aE.  o  Bon- 
dou, capital  .Vledinah  ;  5.000  habitantes. 

OULOHG-BEG,  (hist.)  filho  de  Chah-Rokn. 
nasceu  em  139'*,  reinou  sobre  a  Transoxia- 
na  desde  1409,  sobre  quasi  todo  o  império 
de  Tamerlào  desde  1446,  c  foi  morto  era 
144'J  por  um  dos  seus  filhos  revoltado.  Apai- 
xonado pela  astronomia  formou  umas  Ta- 
hoas  astronómicas. 

oulouk-tag  (montanhas),  (geogr.)  grande 
cordilheira,  que  separa  a  Sibeiia  do  impé- 
rio chine/.  edoTurkestan. 

oupijiGAH,  (geogr.)  rio  da  Paz,  na  Ame- 
rica do  Norte,  sáe  dos  Montes  Pedregozos, 
reunido  com  oStone-River  forma  o  rio  do 
Escravo. 

ouQuiA,  s.  f,  (t,  da  Ásia.)  moeda  de  ou- 


ro do  J)Gso    de   doze  cruzados.    Santoá  < 

Ethiop. 

OURADO,  A,  p  p  de  ourar  ;  adj.  ourija- 
do,  que  tem  tonturas,  hallucinado. 

ouRAL  OU  JAIK,  (gcogr.)  Kkymniis,  gran- 
de rio  da  Rússia  europea,  nasce  nos  montes 
Ouraes,  corre  ao  S.  e  a  O.  e  cáe  no  mar  Caspio 
por  três  bocas. 

0URALES  ou  POYAS  (moutanhas) ,  (georg  ) 
(estas  duas  palavras  em  Tártaro  querem  di- 
zer cimo)  cordilheira  de  monianhas  que  se- 
para a  Europa  da  .Ásia,  e  se  extende  do  Ocea- 
no glacial  Árctico  ao  mar  Caspio. 

OURALSK,  (gcoRr.)  cidade  da  Rússia,  so- 
bre o  Ourai;  J5, 000  habitantes.  (Cosacos). 

olraag-outango  ou  orang-otang,  s.  m. 
(t.  Malaio  que  significa  homem  do  mato  ou 
selvagem.)  mono  o  mais  parecido  com  o  ho- 
mem pela  estatura,  posição  erecta,  etc. 

ourar,  V.  a.  ou  n.  (ouras,  ar  des.  inf.) 
ha!!ucinar-se,  ter  tonturas.  V.  Ourijar. 

OURAS,  s.  f.  (do  Ur.  orô,  incitar,  pertur- 
bar.) tonturas  na  cabeça,  v.- í/.  dão-lhe — . 

OURCQ,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  na 
floresta  de  Ris,  e  cáe  no  Marne  em  Lizy. 

OUHGA  ou  KOUREN,  (gcogr.)  Cidade  do  im- 
pério chinez,  sobre  o  Toula  ;  7,000  habitan- 
tes, 

ouRÉGÃo  ou  ORÉGÃO,  s.  m.  V.  Orégão. 

OURELA,  s.  f.  (do  i.at.  ora,  bord  ,  e  elo.) 
borda,  beira,  costa.  — ,  ourela  do  pano. — 
das  vestiduras,  borda.  A  —  de  agita,  borda. 

OURELO ,  s.  m.  borda  de  tecido  grossei- 
ro que  remata  o  pano  para  se  não  desfiar, 
V.  g.  sapatos  de  — s. 

OUREM,  (geogr.)  antiga  e  notável  villa  de 
Portugal,  no  districto  deieiria,  donde  dista 
3  léguas  a  SE.,  e  21  em  linha  recta  a>E.de 
Lisbua,  está  situada  no  cume  de  um  alcan- 
tilado outeiro  de  custosa  subida  por  todos  os 
lados,  cercada  de  muros,  o  com  um  antigo 
castello ;  3.840  habitantes. 

OUREM,  (geogr.)  pequena  villa  da  provin- 
da do  Pará,  no  Brazil,  na  margem  direita 
'io  rio  Guamá,  24  léguas  a  lésle  da  cidade 
de  Belém. 

ouREvzEF.iRO,  (aut.)  V.  Ourives. 

OURGHENDJ  ou  OURGnANTCHE,  (gCOgr.)  ci - 

dado  dokhanato  de  Khiva  noTurkestan  in- 
dependente, a  11  léguas  NO.  de  Khiva  ;  5,000 
habitantes. 

OURIÇADO,  A,  p.  p.  de  ouriçar ;  adj.  er- 
riçado,  encrespado,  v.  g.  os  cabellos — s. 

OURIÇAR,  V.  a.  entesar,  encrespar,  v.  g, 
—  o  cabello,  as  sedas.  V.  Erriçar. 

OURFÇO,  5  m.  envoltório  exterior  e  espi- 
nhoso da  castanha.  —  cacheiro,  animal  cu- 
ja pelle  é  armada  de  puas  que  ellc  á  von- 
tade encolhe  e  erriça.  —  ,  trave  grossa  ar- 
mada de  puas  de  ferro  que  se  põe  á  entra- 
da das  barreiras  nas  fortificações. 


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OURIETÍTE.  V.  Oriente. 

ouBiJAUO,  A,  p.  p.  de  ourijar  ;  arf;'.  hal- 
lucinado ;  vertiginoso. 

ouaiJAH,  V.  a.  ou  n.  ourar,  hallucinar- 
se ;  ter  tonturas  ,  vertigens.  V.  Ourar  e 
Ouras. 

ouRiNA ,  s.  f.  (Lat.  urina,  Gr.  oilron) 
mijo ,  liquido  excreinenticio  segregado  nos 
rins,  e  delles  conduzido  á  beii;^a  do  homem 
e  dos  animaes,  que  sáe  pela  urelhra. 

OURINADO,  A,  p.  p.  de  ourinar;  adj.  eva- 
cuado pela  urethra  ;  misturado  com  a  ouri- 
na  ou  como  ourina. 

OURINAR,  V.  a.  oun.  [ourina,  a?*  des.  inf.) 
expellir  pela  urethra  a  ourina.  —  sangue  , 
misturado  com  a  ourina,  ou  em  íiocomoa 
ourina. 

ouRiNCÚ  ,  s.  m.  V.  Lumieira,  Vagalu- 
me. 

ouRixoL,  s.  m.  {ourina,  des.  ol,  doLet. 
olla,  panella.)  vaso  em  que  se  ourina. 

OURIQUE.  V    Anrique  da  ancora. 

OURIQUE,  (geogr.)  villa  efreguezia,  de  Por- 
tugal, no  Alemlejo  no  districlode  Beja,  don- 
de disia  7  léguas  e  meia  a  h.  e  4  ao  IN.  da 
serra  do  Caldeirão  no  Alsrarve,  siluadn  saibre 
uma  eminência  que  domina  o  Cam/ío  de  Ou- 
rique. 

ouRivAL ,  s.  m.  planta  com  folhas  como 
as  do  ou  refrão. 

cuRiVASAKiA.  V.   Ourivcsaria. 

OURIVES,  s.  tn  (Lat.  awri/cj?.)  o  que  tra- 
balha e  lavra  ouro  em  vasos,  peças  de  or- 
nato, etc.  —  da  prata,  praieiro.  >"ãoé  usa- 
do hoje  no  pi. ;  antigamente  dizia-se  ouri- 
vezes. 

OURIVESARIA,  S-  f.  [áes.  ãria)  officinadc 
ourives;  obras  de  ourives. 

ouRizo.  V.  Oiu-iço. 

ouRHiAGH.  (geogr )  cidade  do  Iran,  nas 
margens  do  lago  d'Ourniiagh. 

ouHMíAGii  (lagode),  (geogr.)  no  Iran,  a  10 
léguas  SO.  de  Tauris. 

OURO  ,  s.  m.  (Lat.  aurum,  Fr.  or.  Vem 
indubitavelmente  de  or  ou /lor,  nome  do  dia 
ou  do  sol  diurno  [luras)  em  Egypc;  cere, 
sol,  e  ho  ,  face.)  metal  amarello,  dúctil,  o 
mais  pesado  depois  da  platina,  e  o  mais  pre- 
cioso ;  (íig.)  obras  feitas  de  ouro,  v.  g.  em- 
penhou o  seu — .  — ,  dinheiro  em  ouro  amoe- 
dado, V.  g.  tem  muito—.  —  bruto on  vir- 
gem, como  sáo  da  mina.  —  mate,  não  poli- 
do. —  lavrado,  obras  feitas  de  ouro.  —  po- 
tável, pireparaçào  liquida  de  ouro. — ful- 
minante, fíia;ihoreíico.  V.  estes  termos.  Pães 
de — .  V.  Pão  Século,  idade  de — ,  época 
imaginada  pelos  poetas,  em  que  o  homem 
vivia  em  estado  de  innocencia  e  de  felici- 
dade — ,  tempo  mui  ditoso;  época  em  que 
viveram  sábios,  e  escriplores  iilustres.  — em 
fio,  em  equilíbrio.   Andar  ou   ficar  —  em 

VOL.    iV. 


fio.  Fezes  de—.  V.  Fezes  e  Litliarffyrio. 
Côr  de — ,  amarello,  no  bra7ão. 

OURO  (ilha  do),  (geogr.)  ilhota  isolada  do 
rio  de  S.  Francisco,  no  Brazil,  defronte  da 
província  do  Sergipe  c  das  Alagoas,  G  lé- 
guas abaixo  da  ilha  do  Ferro. 

OURO  (Monte  de),  (geogr.)  monte  de  Fran- 
ça, no  centro  da  ilha  de  Córsega,  a  9  léguas 
N.  d'Ajaccio. 

OURO  [Monte  de),  (geogr.)  monte  dos  Al- 
pes R '.!  iico?,  entre  o  cantão  dos  Grisôes  « 
Valteri.i. 

oi'10-BflANCO,  (geogr.)  serra  da  província 
de  Miiias-Geraes,  no  Brazil,  no  districto  da 
villii  de  Queluz 

ouKO-F!!so  ,  (geogr.)  antiga  povoação  da 
provin^ia  <le  Oí)3'ár,  no  Brazil,  4  léguas  a 
lésle  da  ciiiade  do  mesmo  nome. 

ouHo-PRETo,  (geogr.)  comarca  da  provín- 
cia de  Miíias-Geraes,  no  Brazil,  creada  an- 
tigamente com  o  nome  do  Villa-IUca.  mas 
muito  mais  vasta  do  que  é  actualmente. 

ouRo-PRF.To,  (gf^ogr.)  grande  cidade  do 
Br.izii  ,  capital  da  província  de  .Viinas-Ge- 
raes,  e  cíiboça  da  comarca  de  seu  nome. 

oiiRo-pRETO,  (geogr.)  serra  d:i  província 
de  iMinas-Oeraes  ,  no  Brazil,  aggregado  de 
vários  montes,  era  Ires  dos  quaesestá  sita  a 
fidade  de  seu  nome,  capital  de  Minas-Geraes. 

oi.RHBAi.Ão.  V.   Orobalão. 

OUROLO,  s.  m.  (de  orla]  V.  Adjacência, 
contorno.   «O  —  da  cidade.-»  Elucid. 

OUROPEL,  s  m.  (Fr,  oripcau,  Ital.  orpel- 
lo.  úii  oro,  ouro,  o /'c/Ze.)  f«iiha  mui  delga- 
da c  lustrosa  de  latão,  que  parece  ouro  ; 
(fig.)  cousa  cujo  aspecto  brilhante  illude  , 
«ouropéis  da  eloquência,  »  ornatos  frívolos, 
que  brilham  sem  aclarar,  que  lísongéam  o 
ouvido  sem  commover. 

OUROPIMENTE  OU  OUROPIMENTO,  íf.  m.  (Ff. 

orpiment,  do  i^at.  au7'i  pigmentum. ) ialde, 
rosalgar  amarello;  arsénico  combinado  com 
enx.ofre. 

OUROUP  ou  ALEXANDRE,  (geogr.)  uma  das 
Kourílas  russas,  fundada  pelo  imperador 
Alexandre. 

ouRTHE  ou  ouRT,  (geogf.)  rio  da  Bélgica, 
nasce  no  gran-ducado  de  Luxemburgo,  corre 
aoN.,  entra  na  província  de  Uege  e  lança-se 
no  Me  use  em  Liege. 

ouRViLLE,  (geogr)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  NO.  d'Yvetnt ;  1,1()0  habiiantes. 

OUSADAMENTE,  ttdv.  [mente  suíT.)  com  ou- 
sadia. 

OUSADIA,  s.  f.  audácia,  atrevimento.  — , 
empreza,  façanha  de  gente  ousada. 
!      ousADiNno,  A,  adj.  diminut,  (p.  us.)do 
i  ousado. 

i      OUSADO,  A,  p.  p.  de  ousar  ;  adj.  atrevi- 
1  do,  ardido,  audaz,  v.  g.  animo  — .  Tinha — 
\acommetlcr  a  praça — ,  tido  a  audácia. 
16 


62 


ODT 


OUT 


ouSAMENTO,  s.  w.  V.  Ousaditt. 

OUSANÇA.  V.  Ousadia. 

ousÃo.  V.  Atrevimento,  Ousadia. 

OUSAR ,  V.  a.  (Fr.  oser ,  do  Lat.  auáeo, 
ere,  atrever-se,  e  do  p.  p.  ausus,  que  se  atre- 
veu.) ter  o  atrevimento,  atrever-se,  v.  g. 
não  ousou  tentar  o  assalto  da  praça.  Não  om- 
so  dizer  o  que  sinto.  — ,  atrever-se  ,  aba- 
lançar-se,  arriscar-se.  — se,  v.  r.  (ant.)  ter 
ousadias.  —  com  alguém,  insultar,  affron- 
tar. 

OUSE,  (geogr.)  nome  detrez  rios  d'lngla» 
terra:  o  1.°  no  condado  d'Yorck;  cáe  no 
Humber;  o  2.°  chamado  Grande  Ouse  [Great- 
Ouse),  nasce  no  condado  de  iíorthampton,  e 
cáe  no  mar  do  Norte ;  3.^  Pequeno  Ouse 
[Litle-Ouse]  nasce  no  condado  de  Norfolk,  e 
perde-se  no  grande  Ouse. 

ousECRAR.  V.   Obsecrar, 

ousiA,  s.  f.  V.  Vssia,  Adussia. 

ousio,  s.  m.  V.  Ousadia. 

ousKOUB,  (geogr.)  Scopi-Justiniana  cida- 
de da  Turquia,  capital  de  l  ivah,  a  4j  léguas 
80  de  Sofia  :  6,000  habitantes. 

oussiA.  y.  Ousadia. 

ousT,  ((íeogr.)  cidade  de  França ,  a  3  leguâs 
S.  de  S.  Girons  ;  l,7t0  habitantes. 

ousTiouG-jEiEZOPOLSKOi,  (geogr.)  cidade 
da  liussia  europea,  sobre  o  Mologa,  a  112  lé- 
guas E.  deNovogorod  ;  3,í  OO  habitantes. 

OUSTIONG-VELIKI,   (gOOgP.)  istO  Ó  Oustiovg- 

a-Grande,  cidade  da  Rússia  Asiática,  sobre 
a  Soukonia.  a  1  i)  léguas  E.  de  Vologda  ; 
10,^00  habitantes. 

ousTvuLA,  (gedgr.)  o  anligo  Granico,  rio 
da  Turquia  Asiática,  no  hvah  de  Biga. 

OUTÃA,  s.  f.  obsol.  «  Lma  perna  de  porco 
com  sua  — ,  »  com  parte  levantada  e  direi- 
ta sobre  elle. 

ouTÀo,  s.  m.  (pedr.)  parede  a  prumo  dos 
lados  do  edifício,  qne  não  é  nera  a  de  fren- 
te nem  a  fundo. 

OUTAR,  V.  a.  ajuntar  a  palha  ou  casulo 
de  trigo  fazendo  gyrar  a  joeira. 

ouTARViLiE,  (geogr)  villa  de  França,  a  4 
léguas  NO.  dePilhiviers  ;  500  habitantes. 

omAVA.  V.  Oitava. 

ouTAVADO.  V.  Oitavado. 

OUTCHE,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  i  aho- 
re,  a  37  léguas  S.  de  Moultan,  perto  da  con- 
fluência do  Setledje  e  do  Tchennab. 

ou-TCHEOu,  (geogr.)  cidade  da  China,  a  5 
léguas  S.  de  K.ouei-hing  ;  capital  de  provín- 
cia. 

ouTEiRiNHO  ,  s.  m.  diminut.  de  outei- 
ro. 

OUTEIRO,  s.  m.  (Ff.  hauteur.)  collina,  te- 
so pouco  alto.  Fazer — ,  mostaria.  «Os — s 
aspiram  a  montes.  »  Vieira,  alludindo  a  gen- 
te de  baixa  esphera  que  aspira  a  grandes 
cargos. — ,  (fig  )  concurso  de  poetas  que  glo- 


sam motes.  A  denominação  vem  do  monte 
Parnasso 

OUTEIRO,  'geogr.)  ha  em  Portugal  algumas 
povoações  deste  nome,  cujas  principaes  são  ; 
1  .*,  que  é  villa  do  districto  de  Bragança,  don- 
de dista  3  léguas  para  o  SE.  628  habitantes. 
2.*,  povoação  do  concelho  de  Refojos  de  Bas- 
to ;  a  6  léguas  de  Braga,  500  habitantes.  3.^ 
fregufzia  do  concelho  de  Vianna  do  Lima, 
85U.  4.*,  denominada —  da  Cortiçada^  no 
concelho  de  Santarém,  350.  5.' outra  povoa- 
ção denominada  —  Secio,  no  concelho  de 
Chaves,  480.  6.^,  com  o  apelido  —  dos  Ga- 
tos, ao  S  de  Lamego  ;  460  habitantes. 

OUTEIRO,  (geogr.)  villa  da  Guiana  brazi- 
leira,  n'uma  colUna  nas  .idjacencias  da  la- 
goa Urubuquára,  formada  pelo  rio  do  mes- 
mo nnme,  aílluente  do  Amazonas,  pela  mar- 
gem esquerdfl. 

OUTIVA,  s.  f.  (do  Lat.  auditus.)  ouvido. 
Paliar  de — ,  por  ter  ouvido,  pelo  que  ou- 
viu dizer  Aprender  de  — ,  de  orelha,  ou- 
vindo lições  e  S"aQ  Itr. 

OUTO.   V.   Oiio. 

ouTO,  s.  m.  (de  outar.)  ajuntamento  de 
palha  e  casulo  do  trigo  na  joeira. 

OUTONAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  autumna' 
lis.)  do  outono,  v.  g .  kaiasoutonaes.  Equi- 
noxio  — . 

ouTONAR ,  V.  a.  [outono,  ar  des.  inf.) 
(agric.)  abrir  com  as  primeiras  aguas  do  ou- 
tono, V.  g.  —  as  terras. 

ouTONiço,  A,  adj.  \ ,  Outonal. 

OUTONO,  s.  m.  (Lat.  awíwmntís,  que  creio 
derivado  do  Egypcio  outah,  fructo.)  a  esta- 
ção em  que  a  maior  parte  dos  fruclos  das 
arvores  amadurecem  nos  nossos  climas;  se- 
gue-se  ao  estio  e  conjprehendeos  mezes  de 
í>etembro,  Outubro  e  Novembro.  — ,  (fig.) o 
trigo,  cevada  e  centeio  que  se  colhem  no 
outono.  O  —  da  vida  idade  que  precede  a 
velhice. 

OUTORGA,  s.  f.  consentimento,  approvação, 
permissão. 

ouTORGADAMENTE,  udv.  (aat )  do  boa  men- 
te, de  boa  vontade. 

OUTORGADO  ,  A,  p,  p.  de  outorgaf ;  adj. 
concedido,  v.  g.  graça — . 

ouTORGADCR ,  A,  at/j.  OS.  que  outor- 
ga- 

ouTORGAMENTO,  s.  w.  V.   Outorga. 

OUTORGAR ,  V.  a.  (Fr.  octroyer  ,  do  Lat. 
auctoro,  are,)  conceder,  permittir.  — se,  v. 
r.  reconhecer- se  ,  confessar-se,  «4Jue  vos 
oittorgueis  por  vencido.  »  Barros,  Clarim. 

ouTREFURENS,  (geogr.)  vilIa  de  França,  a 
1  quíirio  de  légua  E.  de  Santo  Estevão  ;  3, .^^00 
habitantes. 

ouTREGA  ,  s.  f.  rixa  nova,  briga  repen- 
tina. 

OUTREM,  s.  dos  2  g.  (do  Fr.  autrui.)  on-^ 


ORP 


OIW 


tra  pessoa.  — ninguém,  {Ant.)  nenhuma  ou- 
tra pessoa. 

Syn  comp.  Outrem,  outro.  A  diíTerença 
que  existe  entre  alguém  enigum,  se  (]áres- 
peotivamente  entre  outrem  e  outro.  Outrem 
refere-se  sempre  a  uma  pessoa  indetermi- 
nada ;  outro  é  um  adjfclivo  que  se  diz  de 
uma  pessoa  ou  cousa  distincta  da  que  fal- 
ia, ou  da  de  que  se  falia.  No  seguinte  lu- 
gar de  Vieira  se  vê  o  verdadeiro  u«o  destes 
vocábulos.  «  Mas  como  então  não  havia  no 
mundo  ouíi^o  amor  ,  nem  outrem  a  quem 
amar,  que  faria  Adão  para  provar  o  amor  que 
desejava  encarecer?  iI,  9  8).  » 

OLTRi.  V.  Outrem. 

OUTRO,  A,  adj  articular  (Lat.  alter,  ur. 
heteros  ;  rad.  élés,  sócio  ;  Fr.  autre.)  não 
o  mesmo,  diverso.  Jorna  —  caminho,  enão 
vás  por  este.  Não  ha  —  meio.  — eu,  istoé, 
pessoa  que  faz  as  minhas  vezes,  ou  que  eu 
considero  como  se  fora  a  minha  proprsa  pes- 
soa. De  —  modo  ;  por  —  maneira.  O— dia, 
próximo  passado.  —  dia ,  um  dia  próximo 
futuro,  V.  g.  fica  para  —  dia. 

ouTRosi  ou  ouTRosiM  ,  ãdi'.  lambem  de 
mais.  além  disso.  É  usado  nas  leis. 

OUTROTANTO,    A,  adj.    m.    OUTRATATSTA,  f. 

(comp.)  igual  em  quantidade,  numero,  pe- 
so, qualidade. 

OUTUBRO,  s  m  (í.at,  octeber,áe  octo,  o - 
to,  porque  era  o  oitavo  mez  do  antigo  an- 
uo romano.)  o  mez  que  se  segue  a  Setem- 
bro e  precedo  iNovembro  ;  é  o  decimo  do  nos- 
so aimo. 

ouvENÇA.  V.  Avença 

ouvENÇAL,  s  m.  (ant.)  official  da  fazenda 
ou  de  justiça  ;  nos  conventos,  o  religioso 
que  exerce  algum  cargo  administrativo. 

ouvezaría,  erro  por  Urivesaria. 

ou  VIA  R.  V.  Uivar. 

OUVIDA,  s.  f.  (subst.  da  des  f.  de  ouvi- 
do.) outiva,  o  acto  de  ouvir.  Saber  de  — , 
pelo  ouvir  dizer.  Testimunhade  — :  Lugar 
boa — ,  (ant.)  onde  se  ouve  bem. 

OUVIDO,  *  m.  (Lat.  auditus,  de  audio, 
ire,  ouvir.)  o  órgão  de  ouvir,  o  interior  do 
meato  auditivo  Dizer  ao — ,  em  voz  baixa, 
para  que  outros  não  oução.  íla  fundição,  o 
orifício  por  onde  corre  o  metal  para  o  mol- 
de. Na  arma  de  fogo,  o  buraco  por  onde  se 
communica  o  fogo  da  pólvora  á  carga.  Dar 
— s,  (fig.)  prestar  attenção.  Abrir  os — sda 
alma,  excitar  a  attenção. 

Syn.  comp.  Ouvidos,  orelhas.  O  ouvido  é 
o  sentido  de  ouvir,  e  o  órgão  coUocado  na 
cabeça  dos  animaes  pelo  qual  percebem  os 
sons.  Orelha  é  a  parte  externa  e  cartilagi- 
nosa deste  órgão,  a  qual  lhe  serve  de  guarda 
e  como  que  recebe  os  sons  que  se  dirigem  ao 
Bepebro  pelo  ouvido,  e  em  seotjdo  figurado, 


o  0Uf^o,  como  BestAi  locuções ;  « ]>Ár  ore-  reu^.em  1^78. 


lhas,  fazer  orelhas  de  mercador,  prestar  ore^ 
lhas  attentas,  ter  orelhas  delicadas,  etc.  etc  » 
Com  tudo  o  uso  prefere  o  vocábulo  OMuidoí, 
com  bf)a  razão,  sempre  que  nos  referimos 
á  percepção  auditiva,  e  deixa  o  vocábulo 
orelhas  para  designar  a  parte  extern»  doou. 
vido,  com  a  mesma  differença  que  tinham  os 
dous  Latinos,  auris  e  auricula.  S.  Pedro 
í  artou  a  orelha  a  Malcho,  e  não  o  ouvido. 
Meter  um  fuso  na  orelha,  é  fura-la  com  el- 
le ;  meter  um  fuso  no  ouvido,  é  introduzi- 
lo  pelo  orifício  do  ouvido.  As  frieiras  nas 
orelhas  causam  uma  sensação  dolorosa  que 
nada  se  parece  com  a  dôr  de  ouvidos. 

OUVIDO,  A,  p.  p.  de  ouvir;  adj.  percebi- 
do o  som  ;  escutado,  attendido,  v.  g.  tinha 
—  o<5  tambores ;  linha  —  dizer. 

OUVIDOR,  s.  m.  primitivamente  juiz  pos- 
to pelos  donatários  em  suas  terras  ;  depois 
for^m  magistrad  >s  nomeados  pelo  rei,  e  su-f 
periores  aos  juizes  de  fora.  v.  g.  —  da  a/- 
fandega,  que  ouviam  as  causns  dos  nego- 
ciantes. —  do  eivei,  do  crime.  Hoje  sãocar-^ 
gos  do  conselho  d'estado.  — ,  (p.  us.)  our 
vinte  que  avalia  os  méritos.  —  ,  tubo  ou 
funil  acústico,  parafacditar  o  ouvir  ás  pes- 
soas duras  em  ouvido. 

ouviELAS,  s.  f  (t.  do  Alemtejo)  aberturas 
nas  terras  para  o  escoamento  das  aguas  da 
chuva. 

ruviNTE,  s.  m.  (Lat.  audiens,  tis,  p.  a.  de 
audio,  ire,  ouvir.)  o  que  escuta. 

OUVIR,  V.  a.  (Fr.  ouir,  do  Lat.  aud>re.) 
sentir,  perceber  os  sons,  as  vozes  ;  escutar, 
V.  g.  —  de  confissão,  os  pecados  de  que  o 
penitente  se  accusa  ao  confessor.  —  a  razão^ 
altender  a  ella,  adraittir. 

Syn.  comp.  Ouvir,  escutar.  Oimrépert 
ceber  os  sons  p-dos  órgãos  do  ouvido.  Es^ 
cutar  é  applicar  o  ouvido  para  oitnr  bem  o 
que  se  diz.  Ouvir  é  ura  acto  natural  de  tO" 
dos  os  animaes  que  não  são  surdos  ;  escutar 
é  uma  acção  reflexa  que  vem  da  curiosidade 
oij  da  desconfiança,  por  isso  dizemos  prover- 
bialmente :  Quem  escuta,  de  si  ouve. 
ouvo.  V.  Ono. 
OUZTA.  V.  Ousadia. 

ouzouER-LE-MARCHE,fgeogr.)  villa  de  Fran-» 
ça,  a  1 2  legnas  ^E.  de  Blois ;  !  ,100 habitan- 
tes. 

ouzouER-soBRE-o-i.OTRE,  (geogf.)  viUa  do 
França,  a  4  léguas  NO.  def,ien;  700  hab. 

ouzouN-HAÇAN,  (hist.)  chamado  vulgar- 
mente Uzum  Catan,  príncipe  turco  da  dy- 
nastia  do  Carneiro  Branco,  destronou  e  fez 
morrer  (leangir,  filho  de  Tamerlôo  entrou 
em  guerra  com  os  Turcomanos  do  Carneiro 
negro,  tomou-lhes  todas  as  possessões,  voltou 
as  suas  aroias  contra  Mahomet  lie  invadiu  a 
Ásia  Menor,  mas  foi  vencido  em  1477  e  mor- 


II 


OVK 


OVI 


OVA,  s.  /".,  ffiais  us.  no  pi.  Ovas,  osovo- 
zinbos  do  peixe  e  de  alguns  insectos  enoer- 
rados  em  unia  bainha  membranosa.  Kas  bes- 
tas, foHiculo  nos  pés  perto  das  jiinlas. 

OVAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  ovatio,  oais,  de  ovis, 
ovelha,  porque  a  viclima  sacrificada  ora  uma 
ovelha  ,  e  não  um  touro,  como  no  trium- 
phoj  triumpho  menos  solemne,  entre  os  an- 
tigos Romanos.  Tinha  logar  a  Ovação  por  al- 
guma vantagem  secundaria  alcançada  sobro 
o  inimigo,  ou  por  alguma  victoria  sobre  es- 
cravos, piratas  ou  rebeldes.  O  vencedor  era 
conduzido  ao  Capitólio  onde  se  sacrificava 
uma  ovelha  preta. 

OVADO,  A,  adj.  da  feição  de  ovo,  oval. 
OVADO,  A,  p.  p.  de  ovar.  criado  ou  posto. 
OVAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  oi;a/Í5.)  da  for- 
ma de  ovo,  ovos. 

OVANDO,  (hist.)  governador  da  ilha  de  S. 
Domingos  pela  rainha  izabel  (de  15i)l-15U8) 
serviu-se  dos  mais  atrozes  meios  para  man- 
ter o  seu  dominio,  reduziu  a  populaçào  da 
ilha,  despovoou  asLucayas  para  compensar 
o  vácuo  produzido  em  S.  Domingos  e  para  os 
trabalhos  das  minas,  morreu  em  Hispanha 
em  pacifico  retiro. 

OVAS,  (geogr.)  povo  da  ilha  de  Madagáscar, 
habita  o  interior  em  numero  de  1 , 01)0, 000 
habitantes,  e  tem  por  capital  Tannanari- 
va. 

ovATíTE,  adj  dos  2  g.  que  triumpha  em 
ovação ;  (fig.)  triumphante,  ufano. 

OVAR,  V.  a.  ou  n.  {ova,  ar  des.  inf.)  criar 
ovas,  o  peixe;  pôr  ovos,  a  galMnha. 

OVAR,  fgeogr.)  vila  e  freguezia  de  Torlu- 
gal,  situada  no  canal  do  mesmo  nome,  af- 
fliipnte  do  rio  de  Aveiro,  e  na  margem  se- 
ptenlrional  da  mesma  ;  1  i  ,700  habitan- 
tes. 

OVÁRIO,    s:  m.    (Lat.  ovarium.)  Os — s, 
(anat.)  são  dois  corpos  que  encerrara  os  ovos 
nos  animaes  oviparos,  ou  os  germes  na  mu- 
lher e  nas  fêmeas  dos  viviparos. 
OVE.  (ant.)  por  Houve. 
OVEENÇA,  (ant.)  V,  Ovença. 
OVEENÇAL,  (ant.)  V.  Ovençal. 
OVEIRO,  5.  m.  ovário.  —  ,  na  volateria  , 
orificio  por  onde  saem  os  excrementos  gros- 
sos  do   falcão ;   peça  de  servir  na  mesa  os 
ovos  cozidos  ou  assados.  — ,  peixinho  verde 
da  lagoa  de  Óbidos. 

OVELHA,  s.  f.  {Lai.  ovicula,  àim.  deovis; 
Egypc.  ohi ,  rebanho,  e  ecoov ,  ovelha.)  a 
fêmea  do  carneiro  :  symbolo  da  mansidão  e 
docilidade.  As — «,  (fig.)  os  parochianos  a 
respeito  do  parocho  ou  pastor. 

OVELHA  DO  MARÃO,  (geogr.)  villa  de  Por- 
tugal, no  concelho  de  Amarante ;  780  ha- 
bitantes. 

OVELHEIRINHO ,  s.  w.  diminut.  de  ove- 
Iheiro. 


ovRLHÉiRO,  s.  m.   (des.   eiró),  pastor  de 
ovelha. 
ovELHiNHA,  s.  f.  diminut.  de  ovelha. 
ovELHUtf,  adj.  m.  de  carneiros,    borre- 
gos, cordeiros  e  ovelhas.   Gado  — . 

OVEM,  s.  m.  (naut.)  termo  genérico  dos 
cabos  que  sostem  mastros  a  prumo  descen- 
do da  garganta  destes  até  ás  mesas  da  guar- 
nição. Vi.  Ovens. 

ovencaduua,  s.  f.  (naut.)  a  totalidade  dos 
ovens,  a  enxárcia  real. 
OVENÇA,  (ant.)  oíficio. 
OVENÇAL,  s.  m.  (ant.)  oífi ciai  como  mor- 
domo cobrador  de  rendas,  oíTicial  de  jus- 
tiça ou  da  fazenda.  — s  do  convento,  olfi- 
ciaes,  adranistradores. 

ovKRBEECK,  (hist.)  pintor  hollaudcz  (IG60- 
1701))  estudou  em  Roma,  voltou  á  sua  pátria 
coiTi  uma  rica  coUecção  de  desenhos,  e  mor- 
reu moço  em  consequência  do  excesso  de  tra- 
balhos e prazeres. 

ovER-YssEL,  (geogr  )  província  do  reino  de 
llollanda,  entre  asdeFriza  edeDrenthe  ao 
N.,  o  reino  do  Hanover  a  E  ,  a  Prússia  ao 
SE.,  a  província  do  Gueldre  ao  SO. ;  160,000 
habitantes.  Capital  Zwoll. 

ovíADo,  A,  adj.  [de  ovação),  (ant.)  trium- 
phante, soberbo. 

ovinio,  (hist.)  P.  Ooidíus  Naso.  celebre 
poeta  latino,  nasceu  em  Salmona  no  anno 
43  antes  de  Jesu-Christo,  foi  mandado  para 
Homa  a  estudar  jurisprudência,  mas  dedi- 
cou-se  á  poesia,  e  p'l<ts  seus  versos  obteve 
entrada  no  palácio  doAiigusto,  teverel;tções 
com  todas  as  manbilidades  lilterarias  do  seu 
século.  No  anno  9  de  Jesu(  hn*sio  foi  exila- 
do por  Augusto  para  Tomes  O  pret^^xlo  des- 
ta desgraça  foi  a  licença  das  suas  poesias,  me- 
nos livres  todavia  do  que  muitas  dos  seus 
comtt^mporaneos,  a  verdadeira  causa  nunca 
se  soube.  Ovidio  morreu  era  Tomes  dt^pois 
de  8  annos  de  exilio.  As  obras  de  Ovidio  são  : 
As  Metamorplioses  ;  as  Heroides  ;  os  Tristes; 
o  liemedio  d' Amor,  etc. 

oviDiopoL,  (geogr.)  Hadjider  dos  Turcos, 
cidade  da  Rússia  Europea,  sr»bre  o  Dniestr, 
a  5  léguas  do  mar  Negro  ;  i  ,600  habitantes. 
•  OVIEDO,  (geogr.)  LacMS  ^síwrum,  Ovtum, 
cidade  de  Hispanha  ,  capital  das  Astúrias 
e  da  intendência  d'Oviedo  a  97  léguas  NO  de 
Madrid;   10,500  habitantes. 

OVIEDO  (intendência  de),  (geogr.)  uma  das 
divizões  administrativas  de  Hispanha  ,  no 
mesmo  terreno  que  o  antigo  principado  das 
Astúrias. 

OVIEDO  (reino  de),  (geogr.)  primeiro  nome 
do  reino  das  Astúrias,  ou  reino  das  Asturias- 
e-Leão,  assim  chamado  desde  a  rpocha  pri- 
mitiva da  mor  archia  hispanhola,  de!>Je  Froi- 
la,  3.°  successor  de  Felagio,  que  fez  a  sua 
residência  em  Oviedo  atéOrdonholl,  que  se 


OVE 

<  'Xt  > 

estabeleceu  era  Leão.  Dez  reis  se  succederara 
no  trono  de  Oviedo;  os  seus  nomes  são  os 
seguintes  : 

Froila     757  Aífonso  [resta- 

Aurélio 768       bckcido)  ...  791 

Silo 774  Ramiro  I.  ...  8V2 

AíTonso   II  ,     o             Ordonbo  I.  ...  8MÍ 

Casto 783  AÍFonso   III  ...  866 

Maurpgalo      ...  78.'^  Garcia  I..  'Jl0-91o 

Bermudo 788 

OVIEDO  E  VALDEZ,  (hist  )  viajaute  e  histo- 
riador hispanbol.  nasceu  era  147^,  foi  in- 
tendente das  minas  d'ouro  da  Daria.  Deixou  : 
Historia  geral  e  natural  das  índias  occi- 
dentaes. 

oviELAS,  s.  f.  pi.  no  Alémlejo,  alverc.ft.>. 

oviLABíS,  (geogr.)  cidade  da  iNorica,  sobre 
o  Tranniis  (Traun)  éhoje  Lambach  ou  Wels. 

OviPARO,  A,  adj.  (Lai.  oviparus,  áeovum, 
ovo,  (ifiario,  ere,  parir),  quepõeovos,  dos 
quaes  fecundados  sahem  os  pintos,  etc.  Ani- 
maes  — s. 

oviSTA,  s.  m.  (des.  ista],  o  naturalista 
que  adopta  a  opinião  de  Spallanzani,  e  crê 
que  lodo  o  animal  procede  do  nm  ovo  que 
contém  os  rudiíientos  do  futuro  aniraah 

ovo,  s.  m.  (Lat  ovum,  Gr.  6on,  em  Eó- 
lio ôfon,  egyp.  ouoli,  do  rad  oué,  gprme). 
corpo  de  diversa  forma  ,  espherica  ou  el- 
liptica,  composto  de  uma  substancia  araa- 
rella  ou  gcmma,  envolta  em  oulra  branca 
albuminusa  ou  vlnra,  e  encerradas  ambas 
em  uma  capa  mais  ou  menos  solida,  e  de 
côr  em  pr^ral  branca  ou  esbranquiçada.  — s 
de  galUnha,  de  ema,  de  crocodilo,  etc.  Cheio 
como  nm  — ,  bem  cheio.  Sair  da  casca  do 
— ,  (fig  )  começar  a  ser  senhor  de  si.  Âo 
frigir  dos — s,  (phr.  vulg.)  qu;«ndo  vier  a 
occasião.  — s  moUès,  doce  feito  do  ovos  e 
assucar,  —s  fiados,  dote  de  ovos  em  forma 
de  íios.  — ,  ornato  oval  das  columnas  ióni- 
cas. —  philosophico,  um  vaso  usado  em  ope- 
rações chimicas. 

ovÔA,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  no  con- 
celho de  Tondella,  a  6  léguas  de  Vizeu  ; 
contém  900  habitantes,  e  o  seu  concelho 
1,500. 

OVULO,  (bot.)  é  assim  chamado  o  grão  ain- 
da encerrado  no  ovário,  antes  ounaepocha 
da  fecundação. 

owEN,  |;hist;.)  Oemis  ou  Audoenus,  poe  a 
latino  moderno,  nasceu  no  paiz  de  Galles. 
Deixou  dez  livros  deepigrammas,  que  imi- 
tara muito  oi  de  .Marcial 

ovEN  CAMBRIDGE,  (hjst.)  pocta  inglcz,  eS' 
criptor  distinclG,  nasceu  em  17! 4,  morreu 
em  1802.  Escreveu  a  Scribleriada  ;  Historia 
da  guerra  da  índia  entre  os  Inglezes  e  os 
Francezes  na  cosia  de  Coromandel. 

VOL.   IV, 


OXY 


65 


owHYHíiA  ou  oouAiHi,  (geogp.)  a  maiof  das 
ilhas  Sandwich  e  mesmo  de  toda  a  Polyne- 
sia  ;  150,000  habitantes.  Capital  Tiah-Tato- 
na. 

OXALÁ,  iníerj.  (do  arab.  enxá  Allah,  quei- 
ra Dou>,  se  Deus  quizer.  E  voz  composta 
(^a  fu-uiiiu!,!  en,  se,  do  verbo  xá,  querer, 
e  Allah  ,  iJcus),  queira  Deus,  provera  a 
Deus. 

oxALiDEAS,  (boi.)  familia  natural  de  plan- 
ta^, corhecida  peks  seguintes- caracteres: 
cálice  com  cinco  divisões  profundas,  direitas 
algumas  vezes  um  pouco  desiguaes  e  presis- 
Irmtes;  a  corolia  é  composta  por  cinco  péta- 
las onguiculadas,  iguaes  entre  si,  livres  e 
c.iiírii  ('"?'ií  juntas,  d«  maneira  aparecerem 
uma  corolia  monopetala  ;  estamines  em  nu- 
mero de  dez,  cinco  alternas,  pequenas  e  op- 
postas  ás  pétalas  ;  todas  são  monadelphas 
pela  baâo. 

OXAMALA,  interj.  de  lastima,  ou  senti- 
mento de  compaixão.  E'  usada  nas  pro- 
víncias. 

oxEL,  fgeogr.)  aldéa  da  provinoia  (Je  Bar- 
dez  com  uma  freguezia  da  itivocacão  do  Se- 
nhor do  mar. 

OXENSTIERN   OU  OXETVSTIERNA  (Âxel,    COudo 

de),  (hist.)  ministro  sueco,  nasceu  em  Upland 
em  1583.  estudou  em  Allemanha  foi  empre- 
gado, por  Carlos  IX  era  diversos  luissões  im- 
portantes, foi  nomeado  chanceller  e  .1 .°  mi- 
nistro quando  Gustavo  Adolpho  subiu  ao  tro- 
no, seguiu  orer  nas  suas  campanhas  contra 
os  Russos,  negociou  em  169/  a  paz  de  Stol- 
bova,  dirigiu  algumas  operações  na  guerra 
da  Polónia,  foi  governador  g^^-al  da  Prussia 
durante  aoccupação  Sueca;  foi  a  Tais  con- 
ferenciar com  Uichelieu  depois  da  b.Ua lha  de 
.Nordlingen  euniu-secora  «He  contra  a  Áus- 
tria. Morreu  em  165  k  Escreveu  algumas 
obras. 

oxiío,  s.m.  o  espantar  ou  levantar  a  ca- 
ça. 

OXFORD,  (geogr.)  Oxonium,  cidade  d'In- 
glaterra,  capital  do  condado  e  bispado,  en- 
tre o  Cherwell  e  o  íris,  a  22  leguns  O.  de 
Londres,  2 1,000  habitantes  ;  l,(iOt)  estudan- 
tes. Bispado  ;  Universidade  celebre  ;  biblio- 
theca  cora  ^'00,000  volumes  e  '2r)000  manus- 
rriptos.  O  condado  d'Oxford,  entre  os  de 
Rorthanipton  ao  NE.  Buckingham  a  E  ,  Berks 
aoS.  eaoSO.,  Warwick  a  O.  ;  152.000  ha- 
bitantes, lia  muitas  cidades  do  nome  d'Ox- 
ford  nos  Estados  Unidos  ;  as  mais  importan- 
tes são  na  Kew-Jersey,  em  New- York,  no 
Maryland. 

oxi,  em  lermos  derivados  do  Lat.  e  Gr.  V. 
Oxy. 

oxG,  do  Gr.  oxifs,  acido,  azedo. 

■  MCANTHA,  5.  f.  {oxy  prcf.  G  acantho)^ 
'■irUíci-^o. 


i7 


66 


OXP 


ozo 


oxTCRATO,  s.  w».  (oa?t/ pref.),  viaagre  des- 
temperado. 

oxYCROCio,  adj.  m.  [ph&rm.)  Emplasto  — , 
em  que  entram  diversas  substancias  entre  as 
quaes  predomina  o  vinagre  e  açafrão,  [ero- 
cus  Lat.) 

oxYDAÇÃo,  s.  /".  verb.  (chim,)  conversão 
em  oxy  lo. 

oxYDADo,  A,  p.  p,  de  oxydar,  adj.  con- 
vertido em  oxydo. 

OXYDAR,  v.  a.  (chim.)  converter  em  oxydo  : 
—  os  metaes. 

oxYBO,  s.  m.  (chim.)  corpo  combinado 
com  o  oxy  {eneo ,  que  não  goza  das  pro- 
priedades de  acido. 

oxYDRACOs,  (gfiogr.)  povo  da  índia,  áquem 
do  Ganges,  habitava  na  confluência  do  lly- 
draote  e  do  Acesino.  i41exandre  esteve  para 
perder  a  vida  no  cerco  da  sua  capitl. 

OXYGEN.AÇÃo,  s.  f.  verb.  (chim.  mod.)  com- 
binação de  um  corpo  com  o  oxygeneo. 

oxYGENADO,  A,  p.  p.  de  oxygeoar,  adj. 
combinado  com  o  oxyueneo. 

oxYGENAR,  V.  a.  (chim.  mod.)  combinar 
com  o  oxygeneo. — se,  passivo  e  impessoal, 
combinar- se  com  o  oxygeneo. 

OXYGENEO,  s.  wi.  (chim.)  nome  dado  pe- 
los chimicos  a  um  corpo  reputado  sim- 
ples que  na  maior  parte  dos  compos- 
tos ácidos  é  o  principio  scidificante.  O  ior- 
mo,  derivado  do  Grego,  significa  </cracío  pe- 
lo acido,  e  não  gerador  de  acido,  ni«s  pre- 
ferio  se  a  desinência  gen  a  gon,  par»  evi- 
tar a  confusão  com  oxygono.  aciitaniíulo. 
Outros  o  denominaram  ar  ri  tal  porque  vi- 
vifica o  sangue  venoso  no  bofo. 

OXYGONO,  A,  adj.  {oxy  pref  ,  í^gudo,  o 
gonia,  angulo),  (geom.),  que  tem  os  ângulos 
agudos. 

f  XYMEL,  s.  m.  [oxy  pref-,  e  me/),  mel 
mi.',lurado  com  vinagre  :  — scillitico,  em  que 
entra  scillo  ou  cí  bul'a  alharran. 

OXYUIA,  (brit.)  género  de  plantas  dafami- 
iia  das  i'olyg!inefiS  e  da  liexandria  Digynia, 
Linneu. 

oxYRRHYNCO,  ígeogr.)  hojeBéhnésé,  cidn- 
de  do  Kgypto,  sobre  o  canalde  Joseph,  a  O. 
do  Mio. 

0XYRRH0D1N0,  s.m.  [oxy  pref.  erhodon, 
rosa),  composição  de  agua  rosada,  óleo  e  vi- 
nagre rosados. 


oxYS.  s.  m.  [oxy  pref.,  e  saccharum  as- 
sucar),  bebida  de  vinagre,  sumo  de  jomaas 
e  mel. 

OYA,  s.  f.  (t.  asiat.)  titulo  de  alta  no- 
breza do  reino  de  Sião. 

OYÃA,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal,  a  légua 
e  meia  de  Aveiro;  2,6^0  habitantes. 

OYAPOCK  ou  OAYAPOCK ,  (geogr.)  pío  dd 
juiana  brazileira ;  nasce  da  serra  Baracai- 
na,  corre  pelos  montes  sempre  doocciden- 
te  para  o  oriente  até  ir  desembocar  no  mar, 
servindo  de  limites  ás  Guianas  Ingleza,  ilol- 
landeza  o  Franceza. 

OYAPOK,  ('geogr)  rio  daGuyana,  separaa 
Guyana  Franceza  do  Brazil  e  cáe  no  Oceano 
Atlântico. 

oyarzun,  (geogr.)  CEaso,  cidade  de  His- 
panha,  a  2  léguas  SÁ.  de  S.  Sebastião  ;  3,400 
habitantes. 

OYONNAX,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  de  Nanuia  ;  í  ,980  habitantes. 

OYS  DA  RIBEIRA,  (geogr.)  viUa  e  freguezia 
de  Portugal,  a  â  léguas  de  Aveiro,  situada 
sobre  o  rio  Águeda  ;  36i>  habitantes. 

ozAGRE,  s.  71%.  bostellinhas  que  nascem  na 
moUeira  das  crianças,  selspgum. 

ozena,  s.  f.  (lat.  ozcena,  do  Gr.  ózó, 
cheirar  mal),  chaga  corrodente  no  nariz  e 
que  verte  pus  fétido. 

OZANAM,  (hist.)  malhematico  francez,  nas- 
ceu em  1  4i>,  morreu  em  17l7.  Deixou: 
Tractado  Gnomonica ;  Methodo  geral  para 
traçar  os  quadrantes;  Uso  do  compasso  na 
proporção  explicada,  ele. 

OZARK,  (geogr.)  montanhas  da  America  do 
Norte,  extendem-se  do  Missouri  a  Heel-Ri- 
ver. 
!      OZEROY,  (hist.)  autor  dramático  russo,  nas- 
!  ceu  em  1770,    perto   de  Tver,  morreu  em 
18.6,  sérvio  com  distincção.  Assuas  princi- 
;  pães  obras  são:  a  Morte  d'Oleg  ;  Q^dipoem 
\  Álhenas  ;  Vingai ;  Dm,itri-Uonskoi,  ele. 
I      oziERi,  (geogr.)  cidade  da  Sardenha,  capi- 
tal da  provincia  d'Ozieri ;  a  11  léguas  SE.  de 
Sassari ;  8,00  <  habitantes.  Bispado. 

ozoPHAGO,  V.  Esophago. 

oz  «RIAS,  s.  f.  pi.  jogo  de  cartas,  que 
se  joga  dando  a  cada  parceiro  nove  car- 
tas. 


PAC 


PAC 


P 


p,  s.  m.  pê  decima  sexta  letra  doalpha- 
beto  portugiiez,  e  duodécima  das  cunsoan- 
tes.  É  aíliin  do  B  Edtre  os  gregos  era  nu- 
meral de  St*  P,  abreviatura  por  Pecfe,  Pro- 
vará, Pergunta 

PÁ,  s.  f.  (Cast.  e  Lat.  pala],  instrumen- 
to de  páo  ou  ferro,  cora  cabo  e  extremida- 
de espalmada  e  levemente  excavada,  cujo 
uso  he  de  tirar  o  lixo,  a  lama  das  tuas,  etc.  ; 

—  de  forneiro,  a  cora  que  se  tira  o  pão  do 
forno  ;  —  de  beHa!í,  cavallos,  bois,  a  parte 
mais  alta  e  carnuda  da  perna  junto  á  arti- 
culação comotronco.  Ficarápá,  (loc.)  ple- 
bêa,  estar  reduzido  a  varrer  o  lixo,  a  lima. 

PAACKftio,  s  m.  (de  paço  renl),  (ant.) 
guarda  do  p.-íço  :  —  môr,  vé  lor  das  obras 
dos  paços  reaes  ;  —  do  terreiro  do  trigo, 
administrador. 

PAAÇo,  (ant.)  V.  Paço. 

PAADiNHAMENTE,  (adv.  ant.)  alterfçào  de 
palatinamente,  ás  claras.  V,   Claras  (ás). 

PAATEiRA,  s.  f.  (ant  )  V.  Padeira. 

PAATEiRO,  s.  m    (ant.)  V.  Padeiro. 

PÁBULO,  s.  m.  (Lat,  pabulum,  alimento) 
(ant  )  pasto,  alimento,  sustento.    O  ar  é  o 

—  da  vida  ;  — ,  chulo,  diz-se  por  parvo, 
patola,  V.  g.  fulano  é  mui — . 

PACA,  s.  /.  (h.n.)  animal  quadrúpede  mon- 
tez  do  Brazil,  pareci  io  com  o  porco.  — ,  gé- 
nero de  roedores,  pertencentes  á  divisão  dos 
Nào-CIaviculares,  e  cujo  typo  é  um  quadrú- 
pede da  America  meridionai,  indicado  pelos 
autores  com  o  nome  de  Cavia  Paca. 

pacaCiano,  (hist  )  P.  Claudíus  Mareias 
Pacaiianus,  tomou  a  purpura  na  Gallia  me- 
ridional em  249  ,  mas  foi  derrotado  por 
Decio. 

pacacidade,  s.  f.  V.  Mansidão. 

PACAJAZ  ou  PACAYÁ,  (geogr.)  rio  da  pro- 
víncia do  iará,  no  Brazil,  no  districto  da  vil- 
de  Cametá.  que  vem  de  mui  longe,  ese  ajun- 
ta com  o  Taigipurú  ou  braço  meridional  do 
Amazonas,  abaixo  da  confluência  do  Ana- 
pú. 

PACAL,  adj.  dos'^  g.  es.  m.  adjacente  aos 
paços.  pi.  Paçaes.  V.  Passal. 


pacandiere;  (geogr.)  villa  de  França  a  5 
léguas  e  meia  NO.  de  iloanne  ;  l,7oO  ha- 
bitantes. 

.PAÇANHA,  (geogr.)  aldeia  da  província  de 
Minas  Geraes,no  Brazil,  na  comarca  do  Serro, 
28  léguas  com  pouca  diíTerença  ao  SE.  da 
cidade  do  mesmo  nome,  e44  ao  NE.  da  de 
ouro  Preto  ;  1  2()U  habitantes. 

PACA-isovA,   (geogr.)  rio  da  província  de 
•vIato-Grosso,  no  Brazil. 
\      PACÁo,  s.  m.  nome  de  um  jogo  de  car- 
tas, e  particularmente  orei,  o  sate  e  o  dois 
i  neste  jogo. 

i      PAÇÃo,  adj.  dos  2  g.  (ant.)  V.  Cortezão^ 
Palaciano. 
Pacato,  adj.  dos  tg.  (Lat.  de  pax,  cis^ 
i  pazj,  quito,  tranquíllo.  socegado,  pacifico  de 
I  condição.  Homem,  animo  — . 
I      PACATO  DEPRANio  ,    (hist,)    po^ta  6  ora- 
dor   latino,    nasctu  em   Bordeos  ou  Agen, 
;  teve    estreita    amisade    com    Ausonio,    Foi 
I  mandado  a   Roma   era   388   para  felicitar 
1  Theodosio  pela  victoria  alcançada  sobre  Má- 
ximo, e  nesta  occa>iào  pronunciou  um  Pane- 
gyrieo  do  imperador. 

PACATLBA,  (geogr.)  antiga  aldeia  da  pro- 
víncia do  Sergip>,  no  Brazil, 

PACCANARi,  (hist. ^  enthusiastatyrolez,  fun- 
dou no  X  Vlll  século  a  ordem  dos  Padres  da  Fé 
restabelecendo  assim  debaixo  de  outro  nomo 
a  ordem  dos  Jesuítas  .  que  acabava  do  ser 
abolida.  Morreu  em  18()i. 

PACCioNAR,  V.  n.  Y.  Pactear,  Pactuar. 
PACEiRO,  s.  m.  (ant)  o  mesmo  que  par- 
ceiro. 

PACENSE,   adj.  dos  2  g.    (do  nome  Lat. 
de  Beja,  Pax  Julia),  da  cidade  de  Beja,  no 
Alémtêjo.  Colónia,  bispo  — . 
PAGER,  V.  a.  V.  Pascer,  Pastar. 
PACHA  ou  BACfiA,  (hist.)  nome  genérico, 
com  que  se  designa   os  altos  funccíonaríos 
turcos  encarregados  da  administração  civil, 
militar,  judiciaria  e  financeira   das  provín- 
cias ou  pachalik    A  insígnia  dos  pachás  é 
uma  cauda  de   cavallo ;   a   uns  compttem 
duas,  a  outros  três,  a  alguns  só  uma,  cou* 
17  * 


pAc 


PAC 


forme  o  gráo,  que  occupara  na  hierarchia. 

PACiiÃo,  s.  m.  nome  de  ura  peixe  do  rio. 

PACiiARiL,  s.  m.  (t  da  Ásia),  arroz  com 
casca. 

PACFIECO,  (gengr,)  cidade  do  nispanba,  a 
5  léguas  e  meia  JNO.  de  Carthagena  ;  4/íOO 
habitantes, 

PACHECO  (Duarte)  ,  (hist  )  distinctissimo 
guerreiro  pnrtuguez,  (Mim  dos  que  por  seu 
valor  e  altos  feitos  mais  illuslraram  o  nome 
portuguez  no  Oriente,  polo  que  mereceu  os 
numes  de  Achilles  Lusitano,  que  lhe  deu  Ca- 
mões, e  o  de  Sansão  Porluyuez.  Em  compa  - 
nhia  de  AíTimso  de  Albuquerque  passou  ú  Ín- 
dia, onde  obrou  por  toda  a  parle  prodigios  de 
valor,  e." peei íil mente  era  Cochim  e  (iambalào, 
e  na  acção  qae  teve  logar  entre  os  reis 
de  Cochim  e  Calecut  em  18  de  Março  de  J  5()4, 
junto  ao  rio  que  divide  aquelles  dois  reinos, 
aonde  elle  commandava  cento  e  cincoenta 
Portiiguezes,  com  que  derrotou  milhares  de 
inimigíts.  Em  1505  voltou  ao  reino,  indo  El- 
Rei  D.  Manuel  rerebe-Io,  etrazendo-o  d.  bai- 
xo do  palio;  mandando  além  disso  o  mesmo 
monarcha  dar  parte  de  suas  façanhas  ao  papa 
e  aos  soberanos  da  Europ.n,  ufanado  de  ter  um 
tal  va'^sallo,  e  na  verdade  as  victorias  de  Pa- 
checo puzerara  extaclivo  todo  o  Oriente  e  en- 
cheram de  estrondo  o  Universo.  Nomeou-o 
El-Uei  D.  Manuel  governador  de  ?<.  Jorge  de 
Mina  ;  raas  sendo  calur.niado  pelos  seus  in- 
vejosos, jazeu  por  muito  tempo  n'uma  prisão, 
depois  de  solto  viveu  em  tal  misf-ria,  que  foi 
morrer  aura  hospital,  c  foi  sepultado  por  es- 
molla.  Tal  foi  o  lim  do  heroe  da  Ásia  I  Dei- 
xou um  livro  :  Esmeraldo  de  situ  arbís,  em 
que  trota  das  descubertas  dos  Porluguezt-s,  e 
que  ainda  não  foi  impresso. 

PACHECO,  (Francisco  sinto)  (hist.)  viveu 
século  XVIÍ,  foi  natural  davilla  de  Tanger 
onde  foi  capitão  mór.  Escreveu  Tratado  da 
cavaUaria  de  Gineta. 

PACHECO  (Maria),  (hist,)  esposado  D,  João 
de  Padilha.  Depois  da  derrota  de  Villnlar,  e 
execução  de  seu  marido,  mostrou  heróica 
coragem  para  o  vingar,  e  sustentou  era 
J552  um  etéreo  em  Toledo  contra  as  tropas 
de  Carlos-Quinto  ;  faliando-lhe  os  viveres 
evadiu-se  da  cidade  e  refugi^u-se  em  Por- 
tugal, onde  morreu  pobre  e  obscura. 

PACHECO,  (hist  )  pintor,  poeta  e  escriptor 
hispanhol ,  nasceu  em  1571,  morreu  em 
.l6-')4,  fui  o  fundador  da  escolla  sevilhana 
e  mestre  de  Velasquez.  O  seu  primor  d'ar- 
te  é  o  Juízo  Universal.  Escreveu  Um  tra- 
cfado  elementar  de  pintura. 

PACuiNo,  (geogr.)  Pachiviim,  cidade  da 
Sicilia,  a  6  léguas  S.  de  Noto. 

PACHiRA,  (bui  )  género  de  plantas  ria  fa- 
milia  das  Bombaceas,  da  grande  tribu  das 
Mdlvaceas. 


PACHLYDE  (h.  n.)  género  de  insectos  da 
ordem  dos  llemipteros. 

PACHO,  (hist.)  viajante  italiano,  nasceu  em 
171)4,  visitou  muitas  vezes  o  Egypto,  pene- 
trou na  Maraiaricaena  Cyrenaica.  Suicidou- 
se  em  182ÍJ.  Escreveu  Viagem  na  Murm,arica 
e  Cyrenaica. 

PACHOLA,  s.  m.  (pleb.),  madraceirão. 

PACHONCHETAS,  s.  171.  pi.  (pleb.)  palavras 
fúteis. 

PACnÔHRA,  s.  f.  disposição  mui  mansa, 
fleumalicamente,  vagar. 

PACHORRENTAMENTE,  adv.{mente  suíT.)  com 
pachorra. 

PACHORRENTO,  A,  ttdj .  dotado  dc  pachoF- 
ra,  que  se  não  altera  nem  apressa  com  cousas 
de  cuidado. 

PACHUCHADA,  s. /".  (vulg.)  parvoico  grande 
no  fallar,  despropósito. 

PACHYDERMES,  (h.  u.)  sexta  ordcm  da  clas- 
se^dos  Mammiferns,  no  reino  animal. 

PACHYMERE  ,  (hist.)  histoHador  bizantino, 
nasceu  em  12V2,  morreu  em  1310.  Deixou 
uma  Historiado  Orienie  e  outras  obras 

PACHYsiEROS,  (h.  n.j  goucro  de  insectos  da 
ordem  dos  Hemipteros,  secção  dos  Heterople- 
ros. 

PACHYNEMA,  (bot.)  gcuero  do  plantas  da 
família  das  Dill-niacpas  e  da  DacandriaDi- 
gyiiia. 

PACHYPHYLi.uji,  (bot.)  gencro  de  plantas 
da  familia  das  Orchideas,  e  da  Gynandria 
Monandria. 

PACHYRizo,  (bot.)  género  de  plantas  da 
familia  das  Leguminosas ,  e  da  Diadelphia 
Diicandria* 

PACHYSATSDRA,  (bot,)genero  de  plantas  da 
familia  das  Euphorbiaceas  e  da  Monoecia  Te- 
tra nd  ia. 

PACHYSTEWON,  (bot.)  género  de  plantas  da 
familia  das  Euphorbiaceas  e  da  Dioecia  Mo- 
nandria. 

PACHYSTOMA,  (bot.)  gcucro  do  plantas  da 
familia  das  Orchideas  e  da  Cynandria  Dian- 
dria. 

PACíAUDi,  (hist.)  ura  dos  mais  sábios  anti- 
quários do  XVlll  século,  nasceu  em  Turim 
em  1710,  morreu  era  1785.  Deixou  :  De  sa- 
cris  christianorum  balneis  ;  Monumenta  pe- 
loponesiaca,  ele. 

PACiDO,  A,  p.p.  de  pacer.  V.  Pascer. 

PACIÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  patientia,  de  pa- 
liar, i  soíTrer),  soíTrimento,  tolerância  de  dór 
physica  ou  moral,  de  trabalhos,  aílliccões, 
— ,  perseverança  em  trabalho,  obra  que  re- 
quer muito  tempo  e  continuada  applicação 
ou  esforço.   Obra  de — .  Ter  —  ;  levar  com 
j  — .  Não  ter  —  a  cousa,  oupessoa,  (loc.  ant.) 
i  não  podf^r  tolerar.  Apurar  a — ,  mortilicar 
!  com  acções  ou  palavras,  irritar.  Os  antigos 
usaram  do  pi.  —s,  hoje  é  desusado.  — ,  (fig  ) 


uc 


PAC 


69 


escapulário  ;  -*,  jocoso  escudeiro  de  fidalga 
em  Lisboa.  — ',  s.  f.  (Fr.  patience],  espécie 
de  cabaça,  planta  medicina!. 

PACíEiSTE,  adj.  doslg.  (Laí.patiens,  tis, 
p.  a.  do  joaííor,  t,  soíTrer),  soíFredor,  solffi- 
do  qtic  tem  paciência,  supporta  bem  dôr  phy- 
sica  ou  moral,  pachorrento,  assidao,  perse- 
verante eni  obra  enfadonha  que  requer  con- 
tinua applicação  ;  que  soíTre  doença,  raal, 
paixão,  aífecto. 

PACIENTE,  s.  m.  (grara.),  pessoa  ou  cou- 
sa quo  é  objecto  da  acção  do  agente,  ou  do 
verbo  — ,  o  que  padece,  solfre. 

PACENTEfiENTE,  ttáv.  [mente  suíT.),  com 
paciência. 

pacientíssimo.  A,  Gc(;'.  sitperl.  de  pacien- 
te, mui  paciente,  soffredor. 

PACIFICAÇÃO,  5.  /".  o  acto  de  fazer  as  pa- 
zes, de  piciíicar;  Címclusão  de  paz. 

PACIFICADO,  A,  p.  p.  de  paciíicar,  adj.  res- 
lituido  ao  estado  de  paz. 

PACIFICADOR,  s.  w.  O  que  pacifíca,  faz  as 
pazes;  apaziguador,  restituidor  da  paz,  que 
poz  termo  á  guerra,  ás  contendas. 

PACIFICAMENTE,  adv.  [mciite  suff.),  de  mo- 
do pacifico. 

Pacificar,  v.  a.  (IM.  pacifico^  are],  res- 
tituir á  paz.  apaziguar,  v.  g.  —  as  nações 
belligerantes  ;  —  contentas,  desavenças,  dis- 
sensões, aquietar,  concordar.  —  se,  -».  r. 
apaziguar- se,  ser  restiluido  ao  estado  da 
paz. 

PACIF  CO,  A,  adj.  (pron  pacifico  ;  Lat. 
pacificus)  amigo  da  paz,  do  socego,  tran- 
quillo.  quieto,  v.  gAíomem,  intenções  —  ; 
— .  conciliante,  v.  g.  palavras,  proposições 
— ;  — ,  não  perturbado,  v.  g.  posse.  —  não 
disputada.  Veiilo — ,  Jurando.  A  —  oliveira 
(lig  )  qao  inculca  disposição  de  paz,  syrabo- 
lo  da  paz.  Mar  — ,  manso. 

PACIFICO  PiCENO,  (hist.)  irmão  menor,  da 
Marcha  de  Fermo  (no  antigo  Picenum)  adqui- 
riu grande  fama  noXlllsuculo  como  trova- 
dor. Frederico  11  deu-lhe  otitulo  de  rei  dos 
versos.  í 

PACIFICO  "(o  Padre),  (hist)  capuchinlio,  foi 
missionário  e  superior  da  sua  ordem  na  .Ime- 
rica  ;  morreu  em  í'aris  era  165J.  Deixou: 
Viagem  da  Pérsia  ;  Relação  dus  Ilhas  de  S. 
Ckrislovào  e  Guadeloupe. 

PACÍGO,  s.  m.  (de  pascer)  pasto  onde  an- 
dam animaes.  Pascigo  é  mais  correcto. 
^ :  PACIGOO,  í.  m.  (ant.)  V.  Pacigo. 

PACio,  (hst.)  Pacius,  professor  de  direito 
na  Suis<a,  em  Allemauha  e  na  Hungria,  dei 
xou  enlre  outros  escriptos.  De   Jure  maris 
adriatici ;  De  conlraclibus  ;   Synopsis  jú- 
ris, etc. 

paço,  s.  m.  (contrar.ção  de /;a/acio],  casa 
nobre,  palácio,  habitação  regia  ;  casa  de  con- 
celho, tribunal.  Pa^os  reaes,  corte  palácio 
yoL.  IV, 


do  rei.  Desembargadores  do — ,  que  antiga- 
mente despachavam  comel-rei.  — ,  corte; 
(lig.)  cortezia,  cortezania  ;  vida  cortezan  :  — 
gracejo.  Homem  do  — ,  cortez,  cortezão.  — , 
dissimuliado,  homem  de  refolhos,  v.g.ler 
—  com  alguém,  gracejar,  mofar,  divertir-se 
com  alguém.  INão  estar  para  — ,  (ant.)  pa- 
ra gracejar. 

PAÇO  d'arcos,  (geogr.)  povoação  dó  Por^ 
tugal,  no  concelho  de  Oeiras,  donde  dista 
meia  legua  a  E.,  situada  na  direita  do  Tejo 
2  léguas  a  (J.  de  Lisboa,  em  agradável  posi- 
ção, e  muito  frequentada  no  tempo  dos  ba- 
nhos; 1,50)  habitantes. 

paço,  passô  e  passos,  (geogr.)  comestes 
três  títulos  ha  em  Portiigal  20  povoações,  to- 
das insignilicantes  ;  citaremos  apenas  asse- 
huintes  :  Vaco  de  Vinhaes,  aldeia  de  980 
habitantes  a  10  léguas  de  Miranda  ;  Paços, 
frcguezia  do  concelho  d;».  Melgaço,  700  ha- 
bitantes ;  outra  no  de  Villa  Ueal,  850;  Pa- 
ços de  Brandão,  frcguezia  do  concelho  da 
Feira,  (350  ;  Paços  de  Ferreira,  no  de  Pe- 
natiel,  (500;  Paços  de  Gaiolo,  no  mesmo 
Concelhos,  900 ;  Paços  de  Villiarigas,  a  3 
léguas  de  Viseu,  800  ;  Paço,  vilia  situada 
junto  ao  Távora  a  2  léguas  de  Lamego,  500 
habitantes  ;  e  Passos  da  Serra,  freguezia  do 
concelho  de  Santa  Marinha,  perto  de  Cea, 
1,000  habitantes. 

PACOBA,  s.  f.  fruto  da  pacobeira. 

pagodeira,  s.  f.  arvoro  brasílica  e  africa- 
na que  dá  as  pacobas. 

PAC0M0  (S  ),  (hist.)  nasceu  na  Alta  The- 
baida  em  2d:i,  morreu  cm  o'i8,  foi  soldado, 
converteu-se  ao  chnstianismo.  e  foi  discípu- 
lo dosaucto  solitário  Palen.on  ;  exerceu  tal 
influencia  pelos  seus  exemplos  dicções,  que 
por  sua  morte  a  Thebaida  contava  5,O00  cí'- 
nobltas,  de  que  elle  era  chef-».  1/  comme- 
morado  a  1\  de  maio. 

PACOTE,  s.  m.  (Fr.  paquet)  fardo  peque- 
no, v.  g.  —  de  panno  de  linho. 

PACOTINHO,  s.  in.  diminuí,  de  pacote. 

PACORO  ,  (hist.)  chamado  Bakour ,  filho 
mais  velho  de  Orode.  rei  dos  Parlhos,  con- 
tribuiu muito  para  a  batalha  de  Carrhes 
sobre  Crasso  (53  annos  ante?  de  Jesu-Chris- 
to).  No  anuo  40,  ligou-se  com  Sabieno,  e 
batteu  tão  completamente  Decidio,  gover- 
nador da  Syria,  que  este  general,  temendo 
cair-lhe  nas  mãos,  suicidou -se. 

PACORO  %  (hist.)  appellidado  Fí/roMs",  rei 
{.artho,  era  filho  d'Artaban,  e  subiu  ao  thro- 
no  no  anno  9v)  antes  de  Jesu-Chrislo.  Pro- 
tegeu as  artes  e  embellezou  Ctésiphonte,  da 
qual  fez  a  sua  capital.   Morreu  em  107. 

PACouiiiNA,  (l)ot.)  género  de  plantas  da 
familia  das  Synanihereas  e  da  Syngenesia 
egual. 

PACTA  coNVENTA,  (hist.)  Capitulação,  que 
18 


w 


MD 


PAD 


as  dietas  de  Poíonía  redigiam  e  apresenta- 
vam  áassignatura  do  rei  em  ca<]a  nova  olei- 
ção.  Esles  pacta  contenta,  cad  i  vez  rnriis 
carregadas  de  condições  onerozas,  iimitavani 
muito  a  auctoridíide  real. 

PACTAB,  V.  Paclear. 

PACTARio,  A,  adj.  {pacto,  des  ária),  que 
faz  pacto  ou  ajuste. 

PACTEAR.  V.  a.  [pacto,  ar  dos.  inf.),  ajus- 
tar, estipular,  v.  g.  —  condições  de  paz. 
— ,  V.  n.  fazer  pacto,  ajuste.  —  se,  v.  r. 
ajustar-so. 

PACTO,  s.  m,  (Lat.  pactum,  áepaciscor. 
i,  pactus,  sum,  ajustar,  pactear),  ajuste, 
convenção,  contracto  entre  duas  ou  mais 
pessoas  ;  —  nu,  de  palavra,  sem  escriplu- 
ra.  Seguir  o  — ,  gu«rdar,  observar. 

Syn.  comp.  Pacto,  convento.  Convénio 
é  menos  que  pacto.  O  convénio  é  o  desejo 
mutuo  de  duas  ou  mais  pessoas  para  fazer 
voluntariamente  alguma  cousa,  porém  sem 
que  as  ligue  a  lei  nem  tenham  outros  laços 
que  este  mesmo  desejo  e  sua  consciência.  O 
pacto  provém  sempre  de  uma  obrigação  le- 
gal. O  convénio  suppõe  vontade  reciproca; 
o  pacto,  reciproca  obrigação. 

PACTOLO,  (geogr.)  Pactolus,  hoje  rio  de 
Sart  ou  Bagonlet,  pequeno  rio  da  Lydia, 
saía  do  monte  Tmolo,  passava  emSardese 
caia  no  llermo. 

PACTUAR,  V.  n.  [pactum  Lat.,  ardes,  inf.), 
V.  Pactear. 

PACUHi,  (geogr.)  rio  da  província  de  Minas 
€eraes,  no  Brazil,  no  Norte  da  comarca  de 
Bio  de  Jequitinhonha;  nasce  do  vei  tente  Oc- 
cidental da  serra  Branca. 

PACuvio,  (hist.)  poeta  dramático  latina, 
nasceu  em  Brindes  era  218  antes  de  Jesu- 
Christo,  era  sobrinho  d'Eunio  e  amigo  de 
Accio.  A  orreu  em  Tarento,  lia  alguns  fra- 
gmentos das  suas  tragedias  e  comedias. 

PACUVIO  CALAVio,  (hist.)  seuador  de  Ca- 
pua  fez  declarar  a  sua  pátria  em  favor  de 
Annibal  depois  da  batalha  de  Cannas  e  re- 
ccbeu-o  em  sua  caza.  O  filho  de  í  ecurio 
quiz  assassinar  o  general  cnrthaginez,  mas 
seu  pai  dissuadiu-o  deste  criminozo  projec- 
to com  um  bello  discurso,  quo  se  lé  em 
Tiío  Livio. 

PACY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5  lé- 
guas ao  E.  de  Evreux  ;  tem  1,;,90  habi- 
tantes. 

PADA,  s.  f.  (Fr.  ant.  pa,  pão,  des.  ada, 
de  dar),  pão  pequeno,  pedaço  de  pão  longo, 

PADAMO,  (geogr.)  rio  de  Venezuela,  nasce 
da  parte  das  nascentes  do  Orcnoco,  e  cáe 
neste  rio. 

PADANG,  (geogr.)  estabelecimento  fundado 
pelos  hoilandezas  na  costa  SO.  da  ilha  de 
Sumatra,  a  IO0  léguas  ao  NO.  de  Bencou- 
^0. 


[     PADAR,  s.  m.  V.  Paladar. 
I      PADARIA,,  s.  f.   (pron.  padaria,  do  Cast. 
paiuideria),  rua,  bairros  de  padeiros;  (t\^. 
vulg.),  gente  plebêa,  o  vulgo. 

PADD^NGTow,  (geogr.)  viUa  de  Inglaterra, 
na  extremidade  ao  O.  de  Londres,  sobre 
um  canal  do  mesmo  Londres ;  8000  habi- 
tantes. 

PADECEDOR,  s.  wi.  pessoa  que  padece,  adj. 
que  padece  sofíre. 

PADECENTE,  s.  lu.  (des.  dop.  a,  Lat.  em 
ens,  tis),  o  que  padece  dôr,  afllicção  ;  o  que 
vai  padecer  pena  capital. 

PADECER,  V.  a.  (Lat.  patior,  i,  soffrer), 
soífrer  (mal  physico,  ou  pena  moral),  v.  g. 
—  dores,  pena,  injuria,  miséria. — ,  soíTrer, 
consentir,  comportar,  v.  g.  isso  não — du- 
vida. IS'ão  o  —  a  sua  dignidade.  — ,  v  n. 
soífrer,  v.  g.  padeço  de  gola. 

PADECIMENTO,  s.  m.  [menio  suíf.)  estado 
de  suífrimento,  o  mal  physico  ou  moral  que 
alguém  padece. 

PADEIRA,  s.  f.  (V.  Padeiro),  mulher  do 
padeiro,  ou  dona  do  forno  de  fazer  pão. 

PADEIRO,  s.m.  (Cast.  panadeiro,  âepan, 
pão),  homem  que  amassa  e  coze  pão  no 
forno. 

FADEJADO.  A,  jo.  p.  dc  padejar,  adj.  re- 
volvido com  a  pá. 

PADEJAR,  V.  a.  [áepã,  àes.  ejar),  revol- 
ver com  a  pá,  alimpar  (o  trigo)  ;  — ,  em 
era  sentido  abs.  ou  n.  fazer  oíTicio  do  pa- 
deiro. 

PADELiÇAS,  s.f.pl.  (ant.)  pasto  para  ani- 
maes. 

PADERBORN,  Cgeogr.  Paderbunum,  em  la- 
tim moderno,  cidade  dos  estadoí  prussia- 
nos,  a  l7  léguas  ao  S.  deMuiden;  7,000 
habitantes. 

PADERBORN,  (bispado  do)  (geogr.J  estado 
do  império  d'Allfemanha  no  circulo  de  West- 
phalia,  entre  o  Hesse,  ea  abbadia  deCor- 
vey,  o  principado  de  Calenberg,  e  o  con- 
dado de  Lippe.  Conta  2;{  cidades. 

PADERERiA,  s.  f.  V.  Padaria. 

PADERiA.  s.  f.  V.  Padaria. 

PADEHNE,  (geogr)  aldeia  dePoí"tugal,  no 
concelho  de  Monção,  6  leguns  ao  ^E.  de  Vian- 
ua,  a  cujo  districto  pertence,  2,00»»  habi- 
tantes. 

PADERNE,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  no 
concelho  d'Albufeira  ;  e  conta  1,000  habi- 
tantes. 

PADES,  s.  m.  Y.  Pavez. 

PADESADA  ou  PADESSADA,  S.    f.    V.  PãVe- 

zada. 

PAiiicnAH,  (hist.)  (do  turco  paio.  defensor, 
e  chah  rei  ou  príncipe)  é  o  titulo  que  toma 
o  sulião  dos  oliomanos ;  a  sua  insígnia  era 
sete  caudas  de  cavailo. 

PADiEiRA,  8.  f.  a  verga  da  porta. 


PAMLSA,  (D.  João  de)  (híst.)  de  «ma  íl- 
lustre  família  castelhana,  declarnu-seem  1520 
pelo  partido  nacional  contra  Carlos  V.  Apo- 
derou-se  de  pessoa  de  João-o-Louco,  mas 
dentro  era  pouco  se  vio  abandonado  dos  seus 
partidários,  foi  apanhado  e  justiçado  em 
1522. 

PADiLLA  DE  ABAXCO,  (geogp.)  víUa  de  His- 
panlia,  ali  léguas  aOi»iO.  de  Burgos,  per- 
to da  margem  esquerda  de  Pisnega  ;  600 
habitantes. 

PADiLi.A,  (Santo  António  de)  (hist.)  villa 
do  México,  a  8  léguas  ao  O,  do  NovoSan- 
tander. 

PAUiLLA,  (Maria  de)  (hist.)  favorita  de  Pe- 
dro o  Cruel,  rei  de  Castella,  empregou  os 
seus  encantos  para  augraentar  a  desconfian- 
ça e  o  furor  deste  prmcipe,  e  teve  grande 
parte  no  tratamento  odiozo  que  soffreu  líran- 
ca  de  Bourbon.  Teve  muitos  íilhos  do  rei  em 
Sevilha  em  1j61. 

PADirtiiA,  s.  f.-diminut.  de  pada,  peda- 
cinho de  pão ;  (Pig.)  pessoa  mui  pobre,  que 
nem  de  pão  tem  fartura. 

PADiNHAS,  .5.  f.  (ant.)  forma  que  se  dava  ao 
cabello  em  toucado  antigo. 

PAD  OLA,  s.  f.  (talvez  do  Lat.  pes,  dis,  pó,  e 
tollo,  ere ,  levar  )  leito  quadrado  de  taboa 
com  quatro  braços  de  que  pegam  dois  ou  qua- 
tro homens  para  transportar  materiaes  de 
construcção,  etc. 

PADRÃO,  s.  m.  (Fr.  joaírow,  amostra,  mo- 
delo. Os  etymologistas  não  dão  a  raiz  des- 
te termo,  que  creio  derivado  do  Lat.  pes, 
pedis,  o  pé,  typo  de  medidas  de  extensão.) 
typo,  modelo  de  pesos  e  medidas.  — ,  titu- 
lo authentico,  v.  g.  —de  tença,  juro.— de 
armas,  as  esculpidas  ou  pintadas  no  escu- 
do. Daqui  vem  o  sentido  de  padrão,  pedr.i, 
columna  com  as  armas  reaes  esculpidas  que 
os  descobridores  portuguezes  cravavam  em 
terras  novamente  descobertas  para  signal  de 
tomar  posse. 

PADRASTO,  s.  m.  [padre,  pai,  e  estar,  que 
está  em  lugar  de  pai.)  homem  que  casa  com 
mulher  viuva ,  relativamente  aos  lllhos  do 
precedente  matrimonio.  — ,  monte  ,  altura, 
que  domina  algum  terreno,  v.  g.  a  praça, 
o  castello  tinha  por  —  um  monte,  isto  é,  que 
lhe  licava  a  cavalleiro,  superior  ;  (flg.)  cousa 
donde  pode  vir  perigo,  ataque.  — ,  espiga 
grande  que  se  separa  dos  dedos  junto  á  raiz 
dos  dedos. 

PADRE,  s.  m  (Lat.  pater.)  pai.  Ifoje  nnste 
sentido,  é  só  usado  nas  seguintes  locuções. — 
nosao,  fallando  de  Deus.  O  —  santo,  o  papa. 
— .  (tig-)  sacerdote. — de  missa,  presbitero. — 
espiriiuaí,  confessor,  di  eclor.  Os  santos— s, 
os  doutores  da  Igreja.  — s  conscriptos,  os  se- 
nadores da  antiga  Roma. 

PADRiNHAR,  V.  a.  V.  Apadrinhar. 


HE 


Ul 


PADRINHO,  s.  m.  diminui,  de  padre  (pai), 
ê  como  segundo  pai ;  o  que  assiste  como 
testimanha  ao  baptismo,  casamento  ,  dcu- 
torido.  ao  neto  de  armar  cavalleiro,  e  quo 
toma  debaixo  da  sua  protecção  a  pessoa 
que  é  olíjecto  destas  ceremonias  ;  o  que 
mede  o  campo  e  protege  o  combatente  em 
duello,  justas,  etc,  (íig.)  protector,  patro- 
cinador. 

PADROADO  ,  s.  m.  (Lat.  patronatus] ,  o 
direito  de  patrono,  que  adquire  o  que  fun- 
da uma  igreja,  que  a  dotou  ou  reedificou  ; 
o  que  tem  jus  a  apresentar  ao  legitimo 
prelado  os  curas  e  outros  ministros  [ue 
sirvam  igreja. 

PADROEIRA,  s.  f.  (V.  Pãdroeíro),  mulher 
que  tem  o  direito  de  padroado ;  protecto- 
ra, patrocinadora,  v.  g.  Nossa  Senhora  da 
Concesção  padroeira  do  reino  de  Portu- 
gal 

PADROEIRO,  s.  m.  (do  Lat.  patronus,  pa- 
trono), o  que  tem  o  direito  de  padroado  ; 
fundador  de  mosteiros  a  que  doou  bens  , 
com  certos  encargos  ;  (fig.)  protector  ,  pa- 
trono. —  (anl.),  o  senhor  que  forrou  o  es- 
cravo. 

PADRÕKS ,  (geogp.)  villa  de  Portugal,  no 
districto  de  Beja,  H  léguas  SE.  de  Castro-Ver- 
de  sobre  o  rio  Oeiras  ;  2,U09  habitantes. 

PADRoa,  s.  m.  (ant.)  V.  Padroeiro,  e  Pa- 
trono do  liberto. 

PADiioOii,  s.  m.  V  Vadrão,  marco. 

PÁDUA,  (geogr.)  Paíaum.'- em  latim,  Pa~ 
dova  em  italiano,  cidade  do  reino  Lombar- 
do-Veneziano,  capital  de  uma  delegação  do 
governo  de  Veneza,  a  8  léguas  ao  0.  de 
Veneza  ;  50,000  habitantes.  Bispado  ;  uni- 
versidade, bibliotheca.  jardim  botannico.etc. 

PADRON  (El),  (geogr.)  Iria  Flavia,  cidade 
de  llispanha,  a  5  léguas  S.  de  Santiago  ; 
3,9j0  habitantes. 

p^AN,  (ííiyth.)  Pcean,  um  dos  nomes  de 
Apollo,  quando  considerado  como  deus  do 
dia  e  principalmente  como  medico.  Também 
se  dava  o  nome  de  Péans  aos  hymnos  de- 
dicados a  este  deus. 

p.EDERiA.  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  ílubiaceas  e  da  PentandriaMono- 
nogyuia. 

PAE,  s.  m.  V.  Pai. 

NB.  ?ae  é  correcto,  mas  pai  é  mais  usa- 
do e  conforme  á  pronunciação.  Ambos  estão 
tão  alterados  do  Latim  paíer,  patrem,  patre^ 
edogenitivopaíris,  que  a  vogal  final  óindif- 
ferentè.  Nos  dialect<iS  meridionaesda  França, 
e  em  Francez antigo,  diz-se  pairo. 

PAER,  (hi-^t.)  compositor  e  pianista  dis- 
tiucto,  nasceu  em  Parma  em  1774,  morreu 
em  18  D.  Quando  tinha  apenas  14  annos 
fez  zepresentar  em  Veneza  a  opera  Circo, 
depois  compoz  muitas  outras. 
i8  « 


n 


V   ■ 

PAft 


pARSTUM,  (geogr.)  em  grpgo  Posidoníaí , 
h'^je  Vesti,  cidade  da  Grande-Grecia ,  na 
costa  da  Lucania,  foi  muilo  ílorpscente  no 
XII,  VI,  e  V  séculos  antes  de Jesu-dhristo, 
depois  caiu  era  decadência,  final  foi  coló- 
nia romana. 

PAETis  (Cecina),  (hist.)  marido  da  celf^bre 
Arrie,  entrou  na  conspiração  |de  Senbonio 
contra  Cláudio,  e  foi  condemnado  a  mor- 
rer ;  sua  mulher  matou-se  cora  elle. 

PAETUS  (Thraseas),  (hist )  senador  roma- 
no, illustre  pela  sua  virtude  e  coragem  ; 
gpnro  da  celebre  Arrie,  foi  um  dos  lepre- 
seniantes  da  fraca  opposição  ,  que  ousou 
desapprovar  Nero;  saiu  do  senado  para  não 
ouvir  a  apologia  do  tyranno.  Accusadofpor 
frívolos  pretextos,  foi  condemnado  a  mor- 
rer, abriu  as  veias  e  eí^vaiu-se  em  sangue 
no  anno  G6  de  Jesu-Christo. 

PAFZ,  (Álvaro)  (hist.)  distincto  pnrtuguez 
foi  discípulo  em  Pariz  do  celebre  i  scotto 
ou  Scotto;  bispo  de  Silves,  e secretario  do 
papa  João  XXII.  Foi  homem  de  muito  sa- 
ber, e  deixou  varias  obras,  entre  ellas  De 
Planta  Eccksiae,  quo  foi  traduzida  em  mui- 
tas línguas. 

PAEZ,  (Balthazar),  (hist.)  célebre  pregador 
portuíjuez ;  nasceu  em  Lisboa  em  1571, 
morreu  em  1638.  Deixou  uma  collecçãode 
Sermões  são  uma  prova  da  sua  erudição  e 
talento. 

PAEZ  (Manoel),  (hist)  professor  da  arte  de 
artilharia  ;  compoz  e  imprimiu  no  século 
passfido  um  Compendio  da  arte  de  arti- 
lharia. 

PAFO,  s  m.  (ant.)  V.  Varagrapho. 

PAGA,  s.  f.  (de  pagar),  estipendio,  satis- 
fação de  divida,  jornal,  serviço;  remune- 
ração de  beneficio,  recompensa  ou  agrade- 
cimento. 

^YN.  comp.  Paga,  salário,  soldo.  Paga 
é  termo  genérico  para  indicar  satisfação  em 
dinheiro  de  divida,  de  jornal  ou  serviço,  e 
estensivamente  remuneração  de  beneficio.  O 
salário  é  a  paga  ou  retribuição  devida  a 
um  trabalho,  a  um  serviço.  Suldo  é  o  salário 
dos  militares. 

PAGADO,  A,  p.  p.  de  pagar;  adj.  pago; 
premiado,  recom[iensado ,  v.  g.  m;d — do 
seu  amor,  dos  seus  serviços.  —  ,  satisfeito, 
V.  g.  tão  ~  do  F(u  valor,  da  sua  genero- 
sidade. V.  Pago. 

PAGADO,  (ant.)  V.  Pacato. 

PAGABoiRO,  A,  adj.  (des.  oiro,  do  p.  fut. 
Lat.  urus.)  (ant.)  pagável,  que  se  deve  pa- 
gar. 

PAGADOR,  s.  m.  o  que  faz  pagamentos,  15. 
g.  —  da  tropa,  da  marinha 

PAGAiiM-Miou  ,  (geogr.)  cidade  da  índia 
transgangelica,  outr'ora  capital  do  império 
birman,  na  margem  esquerda  do  Iraouaddy. 


PAG 

PAGAMENTO,  s.  m.  [moito  íiuff.)  0  8cto  do 
pagar:  fazer — .  — ,  paga,,  salário  recebi- 
do, v.  g.  recebi  o  — . 

PAGAMiA,  (bot.)  género  de  Plantas  da  fa- 
mília das  Rubiaceas  e  da  Tetrandria  Mo- 
nogynia. 

PAGAN  (conde I de),  (hist.)  engenheiro  e 
astrónomo  francez,  nasceu  em  1(3  J'f,  mor- 
reu era  C6j,  distinguiu  se  nas  guerras  de 
Itália,  Picardia  e  Flandres  Escreveu  :  Tra- 
ctado  de  fortificações  ;  Theoremas  Geomé- 
tricos, etc. 

PAGANi,  (hist.)  txome  de  cinco  pintores 
italianos:  o  1.°  VifienlR,  de  Monte  Uubia- 
no,  discípulo  de  Itaphael  aucior  de  uma 
bella  Assumpção  ,  viveu  no  XV  século ;  o 
2.^  Lactancia,  de  Kimini,  filho  de  Vicente, 
toi  um  dos  princípaes  magistrados  de  Pc- 
rouse  em  15  3;  o  ó.^  Francisco  de  Flo- 
rença, 1:^31-61,  discípulo  de  Maturino , 
imitador  de  Caravagio  ,  é  auctor  'de  um 
bello  quadro  de  Júpiter  q  Juno]  o  4. "  Gre- 
gório, de  Florença,  e  filho  de  Francisco  , 
1548-HiOl  ,  auctor  de  uma  Inxevrào  da 
Cruz;  o  5.*^  Paulo,  nasceu  em  Milanez,  ó 
auctor  de  muitos  quadros. 

PAGANiEL  ,  (hist.)  sábio  francez,  nasceu 
em  rt<45,  morreu  em  18i6.  Deixou,  entre 
outras  obras,  um  Ensaio  histórico  e  cri- 
tico da  revolução  franceT.a. 

PAGANISMO,  s.m.  [pagão,  àQS  ísíno.)gen- 
tílisrao,  idolatria;  (fif^.)  os  pagãos. 

PAGANO.  V.  Pagão. 

PAGÃO,  AN,  adj.  (Lat.  paganus,  áepagus, 
aldeia.)  que  segue  as  doutrinas  das  religiões 
fundadas  na  mythologia ;  gentílicio  ;  [ilg.) 
não  baptísado. 

PAGAR ,  V.  a.  (do  Lat.  paciscor,  pactus, 
ajustar,  fazer  contrato,  ajuste.  E  incrível  a 
discrepância  e  extravagância  das  etimolo- 
gias que  os  sábios  tf>m  dado  deste  verbo. 
Vossio  o  deriva  da  B.  Lat.  pacare,  apazi- 
guar; i\.  Eslienne  áa  pagns,  aldeia.  Sau- 
maise,  cora  mais  acerto,  o  faz  vir  de  pactare, 
pactear.)  dar  o  preço  estipulado  por  cousa 
vendida  ou  por  serviço  feito.  —  a  tropa,  os 
soldados,  os  jornaleiros ;  —  os  viveres,  o  fre- 
te, etc.  ;  remunerar,  recompensar,  v.  g.  — 
serviços.  — ,  retribuir  beneficio,  aíTecto,  ou 
injuria,  damno,  v.  g.  —  o  amor  cora  ingra- 
tidão ;  —  o  mal ,  a  injuria  cora  beneficios. 
—  na  mesma  moeda,  (loc.  faraíl  )  tratar  al- 
guém como  delle  fomos  tratados. — ,  desem- 
bolsar, satisfazer  despeza  ou  multa  incorri- 
da, aposta  perdida,  v.  g.  pagou  as  custas, 
os  gastos,  o  dinheiro  da  aposta.  — o  pato, 
(loc.  adv.)  isto  é,  aquillo  que  outrem  deve, 
o  mal  que  outra  pessoa  fez  ,  ser  castigado 
[or  falia  ou  delíctocommettido  i»or  outrem. 
— ,  soffrer  castigo,  v.  g.  pagou  o  crime 
com  a  cabeça  ou  pelo  corpo,  soffrendope- 


íf4 


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^Aí 


.p 


M  còrpiorea.  —  ,  soffrer  detrimento  ,  v.  g; 
tu  tu'o  pagarái ,  soffrerás  em  castigo  do 
mal  que  me  fizeste. — ,  compensar  com  lu- 
cro, V.  g.  esta  cUÍtui-a,  fabricação  nãopa- 
ga  o  custo,  o  trabalho.  —Se,  v,  r.  conten- 
tar-se,  v.  g.  —  das  razões  de  algíiem  ;  re- 
ceber satisfação,  gostar,  ser  sensível,  t>.  g. 

—  dos  obséquios  ;  — de  alguém.  Deus  pa- 
ga-se  de  corações  singelos,  ^aome pago  de 
irivolas  desculpas.  —  a  visita,  visitar  a  quem 
nos  visitou.  —  ,  (ant.)  por  Aplacar,  Apazi- 
guar. 

PAGASES ,  (geogr.)  Pagaste ,  hoje  Volo, 
pequena  cidade  da  Thessalia  ,  so^re  um 
golpho  chamado  Golpho  Pagazetico,  hoje 
Golpho  de  Volo.  No  seu  porto  é  que  foi 
construído  o  navio  dos  Argonautas  chama- 
do muitas  vezes  Pagasoea  ratts. 

PAGÁVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  avel.)  que 
se  deve  pagar,  v,  g.  letra  —  á  vista.  Effeitos 
pagáveis  a  prazos. 

PAGEADA,  s.  f.  (des.  collect.  ada.)  multi- 
dão de  pagens,  comitiva  de  pagens. 

PAGEL,  s.  m.  V.  Paguei. 

PAGELLA,  s.  f.  (Lat  dim.  de  pagina,  fo- 
lha pequena.)  (fig  )  pagar  por — s. 

PAGEM,  s.  m.  (Fr.  page,  B.  Lai.  pagius,  do 
Gr.  pais,  rapaz,  moço  de  servir.)  moço  de 
acompanhar  o  rei  ou  pessoa  nobre;  na  guerra 
e  nas  justas  levava  a  espada,  a  lança  e  o  escu- 
do do  amo.  —  da  lança.  —  da  náu,  marujo, 
inferior  ao  grumete. 

PAGEMZiNHO,  s.  m.  diminut.  de  pagem,  pa- 
^em  muito  moço,  v  g.  —  da  tocha,  do  estra- 
do. 

PAGES  (visconde  de),  (hist.)  viajante  fran- 
«ez,  nasceu  em  1748,  morreu  em  1793  , 
"visitou  a  Luisiania,  serviu  na  guerra  da 
America  e  foi  assassinado  em  uma  revolta 
•de  Negros.  Deixou:  Viagem  em  redor  do 
inundo  e  aos  dous  poios  por  terra  e  por 
mar.  Quadros  históricos  da  revolução  fran- 
ceza,  etc. 

PAGi,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu  em 
1624,  morreu  em  1690;  é  auctor  da  Cri- 
tica histórico -chronologica  in  Annales  ec- 
clesiasticoB  cardinalis  Barnoii. 

PAGiço,  adj.  (tast.  pazigo.)  de  palha. 

PAGINA,  s.  f.  (Lat.,  que  os  lexicographos 
^derivam  de  pan^fcre, escrever.)  superfície  pla- 
na de  uma  folha  de  papel ;  (fig.)  escriptura.  As 

—  da  fama,  a  historia.  — ,  chulo,  narração 
importuna.  Aturou-lhe  a  — ,  a  importuna 
garrulice,  a  seccatura. 

PAGNiNi,  (hist.)  carmelita,  nasceu  em  Pis- 
tola em  Vi37,  morreu  em  1814.  Traduziu 
em  versos  italianos  Theocrito,  Bion,  Mos- 
chus,  Hesiodo  ,  Anacreonte.  Compoz  epi- 
grammas  latinos,  gregos  e  italianos  ;  tam- 
bém deixou   alguns   opúsculos  mathemati- 


fos. 


VOL.  IT. 


í»AGO,  p.  p.  irreg.  superl.  de  pagar;  adj. 
que  recebeu  paga,  salário  ;  estipendiado,  8á- 
lariado,  v.  g.  tropa  -— .  Tinha  —  as  dividas,  a 
ingratidão,  pagado.  V.  Pagado  e  Pagar. 

PAGO,  s.  m.  paga,  recompensa,  remunefá- 
ção,  V.  g.  Deus  lhe  dará  o  — . 

PAGO,  (geogr.)  ilha  dos  Estados  Austría- 
cos, no  Adriático,  sobre  a  costa  da  Croácia, 
ao  S.  da  ilha  d'Arbe  ;  4,000  habitantes. 

PAGODE,  s.  m.  (t.  Asiat.  pagodah'  doSans- 
crít.  but  ou  put,  ídolo,  e  khoda,  casa,  resi- 
dência.) templo  da  religião  brahmanica  ou 
budhísta  na  Ásia,  ídolo  adorado  nesses  tem- 
plos; (fig.)  ajuntamento  de  religiosas  idola- 
tras, funcção.  Fazer  — ,  (ant.)  funcções  de 
comezana,  canto,  dansa,  divertimentos  licen- 
ciosos, folganças, como  as  que  so  fazem  na  Ín- 
dia com  as  bailadeiras  dos  templos.  — ,  moe- 
da de  prata  de  Bagadate  que  vale  500  réis.  — 
de  ouro,  que  vale  12,800  réis. 

PAGODiCE,  s.  f.  (des.  ice.)  folgança  licen- 
ciosa. 

PAGODINHO,  s.  m.  diminut.  de  pagode. 

PAGRATiDES,  (híst.)  dyuastía  de  reis  ar- 
ménios, reinou  na  Arménia  de  885  a  1079. 

PAGUADo,  (ant.)  V.  Pagado, 

PAGLEL,  s.  m,  (t.  da  Asia.)  sorte  de  embar- 
cação da  Asia. 

PAHANG,  (geogr.)  cidade  da  índia  trans- 
gangetica  sobre  o  Palia ng,  a  5  léguas  do 
mar,  ao  NE.  de  Malaca ;  capital  do  reino 
de  Pahong,  o  qual  é  situado  entre  os  de 
Djohore  ao  S.,  de  Salengore  aO.,deTrin- 
gano  ao  N. 

PAI,  s.  m.  (Lat.  pater,  e  piter  em  compo- 
sição. Gr.  pater;  Sanscr.  pita;  Zend.  fedre ou. 
feder;  Augl.-Sax.  /ader;  Aliem.  tjaíer(pron, 
(pron.  fader);  Ingl.  father,  tatá,  tato,  tote^ 
em  Sérvio,  Frisio,  Finnez,  e  tuato  em  Finnez 
da  Carelia.  Todos  estes  termos  e  muitos  ou- 
tros análogos,  ou  delles  derivados, vem  a  meu 
ver,  do  Egypcio  pi-oit,  o  pai,  coma  addição 
de  ra,  gerar,  produzir  Só  nesta  língua  se  en- 
contra um  sentido  completo  desta  importante 
palavra;  iôt  é  composto  de  owe  ou  owi,  ger- 
me, e  ti,  dar.)  gerador  dtí  criança,  de  filho  ou 
filha.  — de  familiaonde  familias  (Lat.  pa- 
terfamil ias)  cheíe  de  família,  cabeça  do  casal, 
marido  da  mãi  dos  filhos  — de  éguas,  g^ra- 
nhão.  — ,  (fig.)  protector,  beneficiador,  v.  g. 
—  dos  pobres,  —  da  pátria.  —  de  velhacos, 
(ant.)  homem  antigamente  salaríado  pela  ca- 
mará de  Lisboa  para  vigiar  sobre  os  moços  de 
servir,  e  lhes  procurar  amos.  — de  meninos, 
antigamente  no  Porto,  era  um  cidadão  encar- 
regado de  vigiar  sobre  as  crianças  enjeitadas. 
— ,  (fig.)  autor,  instituidor,  v.  g.  Heródoto  — 
da  historia. — velho,  (loc.  das  escolas)  traduc- 
ção  lítteral  de  clássico  latino  ou  grego. 

PAiAGEM.  V.  Palhagem. 

PAiMBOEUF,  (geogr.)  cidade  deFranç»,'!» 
19  .•.->-t.',j 


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PAI 


m 


esquerda  de  Loire,  a  13  léguas  0.  de  Nan- 
tes; 4,000  habitantes. 

PAiupoL,  (geogr.)  cidade  de  França,  so- 
bre a  Mancha,  a  10  léguas  NO.  de  S.  Brien  ; 
2,012  habitantes. 

PAiMPONT,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2 
léguas   NO.    de  1  lélan ;    b,690  habitantes. 

PAINA  ou  PÃiNA,  s.  f.  espécie  de  cotão  ou 
substancia  semelhante  a  algodão,  mui  íina  e 
branca,  que  se  cria  em  algumas  arvores  do 
Brazil,  em  capsulas  que  encerram  carocinhos. 
É  menos  consistente  que  o  algodão  ordiná- 
rio. 

PATNço,  s.  m.  (Lat.  ;?anicMm.)  grão  cereal 
farináceo  menor  que  o  milho  miúdo. 

PAiME,  (hist.)  publicista  inglez,  nasceu  em 
1737,  morreu  em  1809.  Publicou  os  Di- 
reitos do  homem ;  também  é  auctor  do  ce- 
lebre pampheleto  do  Senso  commum. 

PAINEL,  s.  m.  (talvez  do  Fr.  ant.  panei,  pe- 
daço grande  de  pano  ou  de  estoífo  qualquer, 
ou  pauneau  Fr.  mod.,  taboa,  almofada  de 
porta.)  pintura  feita  sobre  pano,  taboa,  lami- 
na de  cobre,  etc;  quadro.  «O  —  que  o  pin- 
tor lavra.  »  Lucena.  —  do  coche,  a  taboa  pin- 
tada. — ,  (pedreir.)  cimalha  da  porta. — ,  es- 
tante em  que  alguns  mechanicos  guardam  a 
sua  ferramenta.— ,(fig.)  quadro,  v.g.de  hor- 
rores. Painéis,  (fig.)  perspectiva,  quaáro na- 
tural, paisagem. 

PAIO,  s.  m.  (do  Fr.  boyau,  e  ant.  houel,  tri- 
pa.) carne  de  porco  ensacada 

PAIOL,  s.  m.  (Parece  me  vir  do  Ingl. /lo/á, 
paiol  de  navio;  o  p  pode  ser  contracção  de 
ship,  navio.)  divisão  interior  do  navio  mais  ou 
menos  chegada  á  quilha,  onde  vão  os  manti- 
mentos, a  pólvora,  etc.  —  da  pólvora,  (fort.) 
cova  coberta  de  faxina  onde  se  guarda  a  pól- 
vora para  o  serviço  das  baterias. 

PAIRADO,  p.  p.  de  pairar  ;  adj.  que  se  pai- 
rou; que  pairou  (navio).  Tormenta  — com 
grande  constância,  aguantada.  \.  Pairar. 

PAiRADOR  ,  s.  m,  o  que  paira.  — ,  adj. 
que  aguanta  o  pairo. 

PAIRAR,  D.  a.  (do  Fr.  parer,  rebater,  re- 
sistir, do  Gr.  para,  contra,  de  um  e  outro  la- 
do.) soster,  aguantar,  resistir,  v.g.  —&  tor- 
menta ou  á  tormenta;  — trabalhos; — alguém. 

—  suas  manias,  seus  caprichos  ,  soffre-los, 
supporta-los.  —  o  tempo ',  temporizar.  —  , 
(naut.)  estar  á  capa,  não  surdir;  cruzar,  bor- 
dejar em  certa  altura;  (fig.)  soffrer,  supportar. 

—  com  alguém,  por  não  quebrar  com  elle. — 
em  algum  negocio,  temporizar,  differir  a  con- 
clusão. — ,  (fig.)  estar  irresolu to. 

PAIRO,  s.  m.  (naut.)  acção  de  pairar,  estado 
do  navio  quando  paira,  que  consiste  em  terás 
velas  tendidas,  as  escotas  soltas,  ou  em  arvo- 
re secca,  atado  o  leme.  Andar  ao  — .  Soffrer 
o — .  Sustentar  (a  náu)  o — ,  resistir  bem,  sos- 
ter-se  em  temporal.  Ter^se  ao—  com  alguém, 


'  resistir-lhe,  em  quanto  nâo  melhora  á  nosisa 
posição. 

PAÍS  ou  PAiz,  s.  m  (Fr.  pays,  que  os  ety- 
mologistas  Francezes  derivam  do  Lat.  pagus, 
aldeia.)  terra,  região.  — es,  paisagem  (na  pin- 
tura). 

PAISAGEM,  s.  f.  (pint.)  vista  ou  representa- 
ção do  campo,  de  lugares  campestres,  v.  g. 
painéis  de  boas  paisagens. 

PAISAGISTA,  5.  do.s  2  g.  pintor  ou  pintora 
de  paisagens.  E  moderníssimo. 

PAISANO,  s.  m.  {paiz,  des.  ano.)  compatrio- 
ta, do  mesmo  paiz.  — ,  (do  Fr.  paysan,  cam- 
ponez.)  homem  não  militar. 

pAisiELLO,  (hist.)  celebre  compositor  de 
musica  ,  nasceu  em  Tarento  em  1741,  mor- 
reu em  18I6.  As  suas  principaes  operas 
são :  a  Pupilla ;  il  re  Teodoro  ;  la  Moli- 
nara  ;  Nina  ;  o  Barbeiro  de  Sevilha,  etc. 

PAisiSTA ,  s.  dos  2  g,  pintor  ou  pintora 
de  paisagens. 

PAisLEY,  (geogr  )  cidade  da  Escócia,  a  3 
léguas  SO.  de  Glasgou ;  sobre  o  White- 
Cart;  50,000  habitantes. 

PAIVA  e  FONA  (António),  (hist )  juriscon- 
sulto portuguez,  nasceu  na  cidade  de  Bra- 
gança em  1650,  formou-se  em  Coimbra  na 
faculdade  de  Leis,  serviu  alguns  cargos  pú- 
blicos, como  foram  os  de  Provedor  de  Miran- 
da em  1711,  e  de  Évora  em  1718.  Escreveu: 
Orphanologia  Practica. 

PAIVA,  (geogr.)  rio  de  Portugal  na  Beira 
Alta,  onde  nasce  nas  serras  do  Carapito  e 
da  Lapa,  passa  por  Fragoas,  Castro-Daire, 
recebe  á  esquerda  a  Povoa  e  entra  na  es- 
querda do  Douro.  JNas  suas  margens  e  con- 
celho da  Feira  fica  a  grande  freguezia  de 
Paiva,  que  tem  perto  de  8,00J  habitantes 
e  dista  6  léguas  de  Lamego. 

PAIXÃO,  s.  f.  (Lat.  passio,  onís,  depatior, 
i,  soffrer.)  affeclo  violento  da  alma,  v.g.  o 
amor,  a  ira,  o  ódio,  a  vingança,  a  ambição  ; 
desejo  mui  vivo;  grande  apego,  inclinação,  v. 
g.  tem  grande  —  pela  pintura,  pela  musica. 
— ,  impressão  feita  poragenle,  — ,  doença, 
moléstia,  dores.  A  —  de  N.  S.  Jesu  -Christo. 
As  paixões,  [^g.)os  evangelhos  em  que  narram 
a  Paixão  de  Jesus.  — ,  compaixão.  — ,  pala- 
vras que  exprimem  paixão.  «  Temos  piedade 
ou  —  segundo  nossa  affeição  presente  nos 
guia.  »  Eufr.  «  Mais  curava  de  andar  que  das 
paixões  que  lhe  ouvia  dizer.  »  Barros,  Cla- 
rim. Tomar — por  alguma  cousa,  apaíxonar- 
se.  aííligir  -se.  Tirar  paixões  dentre  desavin- 
dos, fazer  cessar  inimizades,  ódios  ;  compor 
desavenças.  Flor  da  — ,  uma  flor  que  encerra 
os  principaes  instrumentos  da  Paixão  deChris- 
to  ;  a  cruz,  os  cravos,  etc. ;  a  domaracujá- 
açu,  no  Brasil.  Paixões  dejurisdicção,{i^.\ís.) 
conflictos. 

Stn.  comp.  Paixões,  affectos,  O  bem,  om 


PAI, 


[PÁl. 


% 


o  mal,  isto  é,  o  prazer,  ou  a  dor,  sentido, 
ou  apprehendido  nos  objectos  pela  nossa 
alma,  excita  nella  commoções ,  ou  movi- 
mentos de  attracção  para  aquelles  que  se 
lhes  representam  como  maus  :  e  estas  com- 
moções communicam-se  ao  corpo,  e  produ- 
zem nelle  effeitos  proporcionados,  que  se 
manifestam  nos  olhos,  na  cor  do  rosto,  no 
movimento  do  sangue,  e  ás  vezes  em  toda  a 
pessoa  do  homem. 

Quando  estas  commoções,  consideradas  em 
si  e  nos  seus  effeitos,  são  brandas,  doces, 
temperadas,  -chamam-se  simplesmente  affe- 
ctos.  Quando  fortes,  violentas,  impetuosas, 
chamam-se  mais  propriamente  paixões. 

Os  affectos  inclmam  a  alma  suavemente, 
ou  a  procurar  o  objecto  como  bom,  ou  a  fu- 
gir delle  como  mau.  As  paixões  arrastam 
(por  assim  dizer)  a  alma,  perturbam-na  em 
suas  operações,  dominam  e  tyrannisam  a 
rasão,  e  quasi  a  forçam  a  resoluções  muitas 
vezes  arriscadas,  e  perigosas. 

Aamisade,  a  compaixão,  o  amor  filial,  o 
reconhecimento ,  etc.  são  affectos.  O  amor 
sensual,  a  ambição,  a  cólera,  a  vingança,  etc. 
são  paixões. 

Com  tudo,  como  os  affectos,  passando  a 
ser  immoderados  e  violentos,  se  transfor- 
mam cm  paixões,  e  nos  é  impossível  fixar  o 
grau,  ou  momento,  em  que  se  verifica  esta 
transformação ;  e  como  por  outra  parte  os 
affectos  e  paixões  se  excitam,  e  calmam  pe- 
los mesmos  meios,  coofundem-se  muitas  ve- 
zes esles  dous  vocábulos,  e  usam-se  indiffe- 
rentemente  nahaguagem  dos  philosophos  e 
dos  moralistas. 

PAiz,  s.  m.  Y.  melhor  orthogr.  que /?a w, 
pois,  omittido  o  accento,  confunde-se  com  o 
pi,  dejoai.  V.  Pais. 

PAiz  DO  VINHO,  (geogr.)  alcantilado,  pit- 
toresco  e  romântico  tracto  de  terra  que  se 
estendo  sobre  a  direita  do  Douro  desde  o 
rio  Corgo  até  acima  do  Tua.  isto  é,  desde 
Yilla  Keal  até  perto  de  Anciães ,  com  uma 
superfície  de  perto  de  28  léguas  ao  N.  do 
Douro. 

PAJOLA ,  s.  m.  augment.  de  page,  page 
grande. 

PAJOU,  (hist.)  estatuário  francez,  nasceu 
em  17íiO,  morreu  em  1809,  foi-lhe  dado  o 
nome  de  Restaurador  da  arte.  As  suas  prin- 
cipaes  obras  são  as  estatuas  de  Descartes , 
Bossuet,  Pascal,  Turenne ,  Demosthenes  e 
Buffon. 

pakang,  (geogr.)  cidade  do  Indostão.  Mer- 
cado considerável ,  frequentado  pelos  Thi- 
betanos. 

PAKENHAM,  (geogr.)  cidade  da  índia  trans- 
gangelica,  sobre  o  Meinam  a  2  léguas  da 
sua  embocadura. 

PALA,  s.  f.  (Gravador)  engaste  de  pedra  pre- 


ciosa, jóia,  V.  g.  —  do  annel.  —  do  sapato,  a 
porção  de  coiro  pegada  ao  rosto,  onde  assen- 
ta a  fivela. — da  polaina,  peça  que  cobre  o 
sapato  por  cima  ou  o  peito  do  pé.  —  do  escvr- 
do  de  armas,  barra  ou  fuxa  lançada  de  alto  a 
baixo,  ou  formada  de  diversas  peças  sobrepos- 
tas. —  do  cálix,  peça  quadrada  de  pano  de  li- 
nho engommado  com  que  se  cobre  o  cálix.-;— , 
(chulo)  engano,  logração. 

PALABRA,  (ant.)  V.  Palavra. 

PALACEGO,  adj.  V,  Palaciano. 

PALACIANO,  A,  adj.  (palttcio,  des.  ano.)  au- 
hco,  cortezão  ;  (fig.)  cortez ,  civil,  urbano. 
Usa-se  subst.  e  de  ordinário  á  má  parte. 

PALÁCIO,  s.  m.  (Lat.;?a/aímw,  monte  Pa- 
latino, segundo  os  etymologistas,  onde  Evan- 
dro fez  construir  uma  casa  nobre.  Eu  creio 
que  vem  de  palàm,  manifestamente;  pala- 
tum  significa  a  abóbada  celeste.)  casa  grande, 
nobre,  paço.—,  (ant.)  convento,  casa  reli- 
giosa. Também  se  diz  de  edificio  onde  se 
ajuntam  magistrados,  v.  g. — do  concelho, 
da  relação. 

PALÁCIOS,  (geogr.)  nome  commum  a  mui- 
tos logares  em  Hispanha  ;  o  principal  é  Pa- 
lacios-de-Campos,  a  2  léguas  Wifi.  de  Me- 
dina-de-Rissecco. 

PALADAR,  s.  m.  (Lat.  palatum,  e  os,  oritt 
boca.)  céu  da  boca;  órgão  do  sabor;  (fig.)  gos- 
to. Tem  bom — ,  gosto  apurado,  dehcado.  Ào 
—  de  alguém,  conforme  ao  gosto  delle. 

PALADiM,  s.  m.  (Fr.  paladin,  do  Lat.  pala' 
tinus,  ofiicial  do  palácio.^  cavalleiro  andante. 
aventureiro. 

PALADiNAMENTTE,  adv.  (do  Lat.  |)atóm,  ás 
claras,  mente  suíf.)  (ant.)  ás  claras,  aberta- 
mente. 

PALADINO,  s.  m.  Y.  Paladim. 

PALADINOS,  (hist.)  nome  dado  nos  roman- 
ces antigos  aos  companheiros  de  Carlos- 
Magno,  depois  deu-se  este  nome  a  todos  os 
cavalleiros  errantes.  Parece  ser  derivado  tal 
nome  de  palatino  (conde  do  palácio). 

PALÁDIO.  V.  Palladio. 

pALiEOPOLis,  (geogr.)  (isto  é,  cidade  «c- 
Iha)  cidade  da  Campania ,  perto  do  sitio , 
onde  depois  foi  construído  Wéapolis,  era  de 
origem  grega. 

PALAFOx,  (hist.)  prelado  hispanhol ,  nas- 
ceu em  1600,  morreu  em  16o9,  foi  bispo 
d'Angelopolis  na  America.  Deixou  uma  liFtí- 
toria  da  conquista  da  China  pelos  Tárta- 
ros, e  uma  Historia  do  cerco  de  Fontara- 
bia, 

PALAFREM,  s.  «i.  (Fr.  paUfroi,  que  Barba-  . 
zan  deriva  de  palesiros  fractus  ou  frenatus, 
bem  ensinado,  adestrado.)  cavallo  de  ceremo- 
nia,  e  de  ordinário  em  que  monta  alguma  da- 
ma, mui  dócil  e  bem  ensinado. 

PALAFRENEIRO,  s.  m.  [¥t.  paUfrcnier,  do 
,  Lat.  palestrou  frenaíor.)  propriamente  é  mo- 
19  « 


ii  PAI 

ço  de  cavallariça,  mas  é  só  usado  no  sentido 
de  moço  de  libré  que  acompanha  a  pé  o  amo 
que  vai  a  cavallo  ou  em  carruagem. 

PALAis,  (gftogr.)  cidade  e  porto  de  Fran- 
ça, em  Belle  ile-en-Mer,  ao  iy.;3,6'i0  hab. 

PALAis,  (geogr.)  vilia  de  França,  a  5  lé- 
guas SE.  de  Nantes.  Pátria  d'/ibaiUardo. 

PALAiSEAU,  (geogr.)  Palatiolum ,  cidade 
de  França  sobre  o  Yvelle ,  a  3  léguas  SE. 
de  Versailles  ;  1,650  habitantes. 

PALAMALHAR,  5.  /.  (de  pala  oiipellã,  e  ma- 
lhar.) jogo  de  bola  em  que  ella  é  impellida 
por  uma  espécie  de  malho  ou  martello  de  ca- 
bo longo. 

PALAMALHO,  s.  m.  (Ff.  palcmail,  do  Lat. 
pila,  bola,  e  malleus,  martello.)  espécie  de 
jogo  de  bilhar  ou  truque  de  taco. 

PALAMAS  ,  (hist.)  arcebispo  Thessalonico 
do  XIV  século,  teve  vivas  disputas  theolo- 
gicas  com  Barlaam ,  ao  qual  fez  condem- 
nar  em  dous  concílios,  em  1342  e  1347. 
Também  teve  dissensões  com  Mcephoras 
Grégoras. 

PALAME.  V.  Pellame. 

PALAMEDES,  (myth.J  filho  de  Nauplio ,  rei 
d'Eubea ;  foi.  segundo  dizem,  o  inventor 
dos  pesos  e  medidas.  Descobriu  o  estratage- 
ma de  Ulysses,  que  se  fingia  doudo  para 
não  ir  ao  cerco  de  Tróia,  este  para  se  vin- 
gar ,  accusou-o  de  intelligencias  com  os 
Troianos,  fel-o  condemnar  morreu  apedre- 
jado. 

PALAMENTA,  s.f. {C&sl.  do  palo,  páu,  Fcmo.) 
appeliação  dos  remos  de  uma  galé.  — ,  (artil.) 
todo  o  apparelho  necessário  para  o  serviço  de 
um  canhão  ou  morteiro. 

PALANCA,  s.  f.  (fort )  fortim  de  estacas  re- 
■vestidas  de  terra,  obra  exterior  de  praça. 

PALANCiANA.  V.  Palaciana ,  f.  de  Pala- 
ciano. 

PALANCO,  s.  m.  (Fr.  palan,  palanquinet, 
talvez  do  Saxonio  pullian,  puxar,  Ingl.  to 
pull.)  (naut.)  corda  que  passa  por  um  montão 
que  está  na  ponta  da  vela,  e  serre  para  a  içar, 
V.  g.  as  velas  içadas  nos  — s. 

PALANFRORio,  s.  m.  corrupção  de  Palavro- 
rio. 

PALANGANA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  paele,  hoje 
poèle^  frigideira,  do  Lat.  patella.)  vaso  de  bar- 
ro de  muita  circumferencia,  e  pouco  fundo. 

PALANQUE,  s.  m.  (Fr.  aut.,  do  Lat.  joa/Mí, 
estaca.)  circo  com  degraus  para  os  espectado- 
res se  sentarem,  para  ver  algum  espectáculo, 
V.  g.  cavalhadas,  touros.  Ver  touros  de — , 
(fig.)  presenciar  lance  arriscado  sem  correr 
perigo.  — ,  (fort.)  palanca.  V.  Palanca. 

PALANQUETA,  s.  f.  (do  Lat.  pila,  bola,  des. 
dim.  etc.)  (artilh.)  balas  fixadas  nas  extremi- 
dades de  uma  barreta  de  ferro,  Usam-se  prin- 
cipalmente em  combates  navaes,  para  destro- 
çar a  mastreação  e  enxárcia. 


PALANQUIM,  s.  m.(do  Indio  palké,  do  Sans- 
crit,  paluk,  cama.)  leito  portátil  de  rede  ou 
com  fundo  de  taboas  geralmente  usado  na 
Ásia,  tem  um  varal  por  onde  lhe  pegam  os 
moços. — ,  cadeirinha  usada  por  mulheres  ou 
pessoas  doentes.  No  Brazil  ás  redes  portateíâ 
chamam  tipóias,  nome  Africano  de  Ango- 
la. 

palaocastro  ,  (geogr.)  nome  de  muitos 
sitios  do  Estado  actual  da  Grécia,  entre  ou- 
tras uma  villa  da  ilha  de  Negroponto,  no 
logar  da  antiga  Eretria. 

palaochori,  (geogr.)  villa  da  Grécia,  a  2 
léguas  E.  de  Misitr/í,  sobre  o  Iri ;  occupa 
o  logar  da  antiga  Sparta. 

PALAOUAN  ou  PARAGOA,  (geogr.)  uma  das 
ilhas  Philippinas  ,  é  uma  das  maiores  do 
archipelago ;  mui  pouco  conhecida. 

PALAPRAT,  (hist.)  poeta  cómico  francez  , 
nasceu  em  1650,  morreu  em  1721.  E'  co- 
nhecido pela  amisade,  que  ouniuaBrueys 
e  pelas  peças,  que  ambos  composeram  .  O 
segredo  revelado,  o  Louco,  o  Mudo,  o  Con- 
certo ridículo,  etc 

PALATCHA,  (geogr.)  a  antiga  Mileto  ,  ci- 
dade da  Turquia  asiática,  sobre  o  Buiuk- 
Meinder,  a  3  léguas  da  sua  embocadura. 

PALATINA,  s.  f.  (Fr.  palatine.  do  Palatina- 
do  em  Allemanha . )  ornato  de  pelles  finas  que 
rodeia  o  pescoço  e  vem  cruzar  sobre  o  peito, 
usado  por  senhoras. 

PALATiNADo,  (gcogr.)  uomo  coiumum  a  2 
paizes  do  antigo  império  de  Allemanha :  1.° 
o  Alto  Palalinado  (no  circulo  de  Baviera) 
entre  a  Baviera,  Kuremborg ,  Bayreuth, 
Neuburgo  e  a  Bohemia  ;  2.°  o  Baixo-Pa-^ 
latinado  ou  Palalinado  do  Rheno  (no  cir- 
culo do  Alto  llheno),  sobre  ambas  as  mar- 
gens do  Rheno,  ficando-lhe  ao  S.  a  Lorre- 
na  e  a  Alsacia ,  a  O.  Treves,  Moguncia  e 
Liege,  e  ao  N.  Bade  e  o  Wurtemberg ,  do 
outro  lado  dí»  Rheno;  este  ultimo  era  o 
verdadeiro  palalinado,  o  resto  do  paiz  era 
dividido  em  l3  grandes  bailliados.  O  pala- 
linado do  |Rheno  formava  um  eleitorado. 
A  origem  deste  estado  vem  dos  condes  Pa- 
latinos ,  que  os  imperadores  estabeleciam 
em  cada  ducado  para  representarem  a  aucto- 
ridade  real ;  de  todos  estes  condes  palati- 
nos, dous  somente ,  os  de  Borgonha  e  de 
Lorrena  se  mantiveram  poderosos ;  os  do- 
mínios de  um  foi  o  Franco-Condado,  os  do 
outro  o  palalinado  do  Rheno.  Este  depois 
de  ter  passado  de  familia  em  famiha  ,  fi- 
xou-se  em  1215  na  de  Witlelsbach,  a  qual 
por  muito  tempo  reuniu  a  Baviera  e  o  Pa- 
lalinado. Em  1294  esta  familia  formou  duas 
casas,  a  Ludovicianna,  que  teve  a  Bavie- 
ra e  depois  o  Alto-Palalinado ;  e  a  Rodol- 
phina,  á  qual  ficou  o  Palalinado  do  Rhe- 
no, esta  era  a  mai9  velha ,   ainda  existe , 


ir.  : 

PAL 

mas  a  outra  extinguiu-se  em  177/.  A  casa 
palatina,  dividiu-se  em  linhas,  troncos,  etc. 

PALATINO  (monte),  (geog.)  FalatinusmonSf 
uma  das  sete  coUinas  principaes  de  Roma, 
era  muito  perto  do  Tibre,  a  t.  deste  rio,  e  a 
O.  dos  montes  Aventino,  Esquelino,  Viminal, 
e  Quirinal.  Sobre  o  Palatino  foi  coostruida  a 
Pallantéa  deiEvandro,  e  depois  a  cidade  de 
Rómulo. 

PALATINO  (conde),  (hist.)  grande  ofíicial , 
encarregado,  nos  primeiros  tempos  do  impé- 
rio de  Aliemanha,  da  superintendência  das 
rendas  do  monarcha,  e  de  uma  parte  da  sua 
jurisdicção.  Os  condes  palatinos,  em  negó- 
cios crimes,  eram  os  assessores  dos  duques. 
Eram  nomeados  pelos  imperadores  e  con- 
trabalançavam o  poder  dos  duques  Este  car- 
go por  íim  tornou-se  hereditário ;  havia 
condes  palatinos  na  Lolharingia  ou  Lorre- 
na,  na  Baviera,  na  Saxonia,  na  Suabia,  e 
depois  na  Borgonha.  O  de  Lorrena  era  o 
mais  nobre. 

PALATINO  (Grande),  (hist.)  era  na  Hun- 
gria o  primeiro  ministro  e  representante  do 
rei,  o  general  do  exercito,  o  chefe  supre- 
mo da  justiça,  o  regente  em  caso  de  ausên- 
cia ou  menoridade,  o  medianeiro  entre  os 
Estados  e  o  monarcha.  Havia  ura  para  to- 
da a  Hungria,  mas  as  divisões  dos  territó- 
rios, chamadas  palatinados  [eram  confiadas 
a  palatinos  especiaes.  O  titulo  de  grande 
palatino  da  Hungria  já  hoje  não  subsiste. 

PALATINO,  (hist  )  governador  de  um  pa- 
latinado  ou  voivodia,  na  antiga  Polónia.  Os 
palatinos  tinham  entrada  no  senado;  não 
eram  hereditários,  mas  nomeados  pelo  rei. 

PALATO,  s.  m.  [Lat.  palatus  ou  palatum.) 
V.  Paladar. 

PALAYÁ,  s.  f.  (t.  Africano)  dysenteria. 

PALAVRA,  s.  f.  (Fr.  parler,  paléer  ou paller, 
B.  Lat.  parábola,  e  parabolari,  do  Gr.  para- 
ballein,  conversar.)  som  articulado  significa- 
tivo ;  (tig.)  falia,  v.  g.  o  dom  da  — .  — ,  pro- 
messa verbal.  Deu-me  a  sua — .  Cumprira 

—  ;  faltará — ;  não  ter — .  Homem  de — , 
oudesua — ,  que  a  cumpre,  guarda  Cair  a 

—  no  chão,  não  se  effeituar  a  promessa.  Pas- 
sar — ,  (loc.  mil.)  dar  ordem  que  passa  de  sol- 
dado a  soldado.  — ,  ajustar-se  com  alguém 
para  obrar  de  accordo.  Tomar  a  — a  alguém, 
receber  delle  promessa,  que  fará  cousa  deter- 
minada, ajustada.  A  —  divina,  o  Verbo  de 
Deus.  A  —  de  Deus,  a  doutrina  evangélica. 
Sobre  minha  — ,  confiando  nella. —  de  hon- 
ra, promessa  solemne. — ,  loc.  adv.  elliptica, 
affirrao,  ou  prometto  á  fé  de  homem  do  hon- 
ra. Dar  — s,  illudircom  promessas,  com  vo- 
zes vãs  Em  uma — ,  por  conclusão,  resumin- 
do o  que  fica  dito. 

Stn.  comp.  Palavra,  voz,  vocábulo,  ter- 
mo, expressão.  Valaura  é  uma  voz  articula- 

YOL.    IV. 


PAL 

da,  de  uma  ou  muitas  syllabas,  que  significai 
um  conceito  ou  pensamento  da  alma,  ou  suas; 
modificações.  Voz  é  o  som  formado  na  gar- 
ganta e  proferido  pela  boca  do  animal ;  em 
sentido  translato,  é  o  mesmo  que  vocábulo^ 
que  é  uma  voz  significativa  própria  de  al- 
gum idioma.  Termo  é  o  vocábulo  próprio  da 
sciencia,  arte,  ou  disciplina  de  que  se  trata, 
ou  da  linguagem  eestylo  em  que  se  falia.  Ex- 
pressão é  a  palavra  ou  palavras  com  que  se 
declara  o  conceito  da  alma,  o  que  passa  nella. 

Voz  e  vocábulo  referem-se  mais  commum- 
menle  á  composição  material  e  ás  circumstan- 
cias  grammaticaes  da  língua  a  que  perten-. 
cem.  Palavra  refere-se  com  particularidade 
á  pronunciação  e  circunstancias  em  que  tem 
parte  a  pronunciação  e  ooHvido.  Termo  re- 
fere-se á  precisão  de  enunciar  as  idéas  do 
modo  mais  conforme  ao  assumpto  que  se 
trata.  Expressão  refere-se  mais  particular- 
mente ao  modo  como  expremimos  pela  voz 
nossos  conceitos  ou  sentimentos,  e  á  quali- 
dade dos  vocábulos  com  que  os  enunciamos. 

O  dom  da  palavra  é  um  dos  privilégios  da 
espécie  humana ;  pronunciando  palavras. 
manifesta  o  homem  do  modo  mais  nobre  e 
eíTicaz  seus  pensamentos  ;  a  diíTereíiça  des- 
tas palavras  e  de  suas  variações,  a  differen- 
te  maneira  de  as  pronunciar,  e  as  inflexões 
com  que  se  articulam,  constituem  as  lin-. 
guas.  Cada  idioma  tem  seus  vocábulos  parti- 
culares, e  delles  depende  a  pureza  da  lin- 
guagem. Os  termos  de  cada  sciencia  ou  arte 
formam  uma  espécie  de  lingua  diíTerenteda 
vulgar,  que  ordinariamente  só  entendera  os, 
que  a  estudaram,  mas  que  servem  de  funda- 
mento a  um  sentido  figurado  na  linguagem 
ordinária  e  commum.  Das  expressões  nobres, 
engraçadas  e  enérgicas  depende  a  elegância 
da  phrase  e  a  bellesa  do  estylo.  ,;;,» 

PALAVRADA,  s.  f.  dictcrio  ,  palavra  pesada 
de  pessoa  irada  ou  mal  ensinada.  — ,  jactân- 
cia. — ,  expressão  indecente. 

PALAVREADO,  A  ,  p.  p.  dc  palavrear; flí/j. 
Certidão  — ,  (em  estylo  de  escrivão),  é  a  que 
contém  exposição succinta  doestado,  termos, 
e  contexto  dos  autos,  do  processo.  ,, 

PALAVREADOR,  A,  adj .  palavrciro,  loquaz, 
palavroso.  — ,  palreiro. 

PALAVREAR,  V.  a.  OU  71.  [palavra,  ar  des. 
inf.)  dizer  palavrorios,  dicterios.  — ,  fazer  ex- 
posição ou  relação  palavreada. 

PALAVREiRO,  Á,  adj.  vcrboso,  loquaz,  pa- 
lavroso. 

PALAVRINHA,  s.  f.  dimínut.  de  palavra.^. 

PALAVRORio,  s.  m.  (dos  ório.)  muita  pa-^ 
lavra  inútil  e  supérflua. 

PALAVROSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  verboso,  co- 
pioso em  palavras,  loquaz,  fallador,  diffuso 
em  fallar  ou  em  escrever.  «  Dos  velhos  é  se- 
rem — s.  »  fastidiosos  em  narrar. 
20 


78 


PAI, 


pai; 


PALAZZOLO,  (geogr.)  cidade  do  reino  das 
Duas  Sicilias,  a  3  léguas  O.  de  Syracusa  ; 
8,000  habitantes. 

PALCO,  e.  m.  (ant.)  estrado,  leito  portátil ; 
ferretro. 

PALE,  (geogr.)  nome  dado  durante  a  ida- 
de media  e  até  1,600  á  parte  da  Hollanda 
submettida  pelos  Inglezes. 

PÁLEA,  s.  f.  V.  Pala  do  cálix. 

PALEADO,  A,  adj.  V.  Palliado. 

PALBABio  ,  (hist.)  António  delia  Paglia , 
escriptor  italiano,  foi  lente  de  latim  e  grego 
em  Sienna.  Accusado  de  favorecer  a  reforma, 
foi  preso  e  enforcado  por  ordem  do  papa 
Pio  V,  em  1566.  Entre  outros  escriptos  dei- 
xou um  poema  em  três  cant3s:  Deimmor- 
talitate  animarum. 

PALEMBANG  ,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de 
Sumatra,  capital  da  residência  de  Palem- 
bang,  sobre  o  Moussia  ;  30,000  habitantes. 

PALEMBANG  (reiuo  de),  (geogr.)  reino  da 
ilha  de  Sumatra,  entre  os  Menangkalou  e 
ode  Jambia  aoN.,  os  Lampongs  ao  S.  ,  o 
mar  da  China  ao  NE.  ;  100,000  habitan- 
tes. Hoje  é  mais  uma  residência  hollande- 
za  áo  que  um  reino. 

PALEMON,  (myth.)  deus  marinho ,  esposo 
de  Melicerta. 

PALÉMON,  (hist,)  grammatico  latino,  nas- 
ceu em  Vicencia,  filho  de  um  escravo,  en- 
sinou em  Roma  no  tempo  de  Tibério  e  Cláu- 
dio. Deixou  um  precioso  tractado  De  ponde- 
ribus  et  mensuris. 

PALENCiA,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha , 
capital  da  intendência  de  Falência,  na  es- 
querda do  Carrion,  a  56  léguas  NO.  de 
Madrid  ;  1 1,000  habitantes.  A  intendência 
de  Falência  é  uma  das  cinco  do  reino  de 
Leão ;  fica-lhe  ao  S.  a  intendência  de  Val- 
ladolid,  a  E.  a  de  Burgos ;  120,000  habi- 
tantes. 

PALENQUE, (geogr.)  ou  S.  Domingos  de  Pa- 
lenque,  cidade  da  confederação  mexicana,  no 
Estado  de  Chiapa,  a  37  léguas.  E.  de  Chiapa. 

PÁLEO,  s.  m  V.  Pallio. 

PALEOGRAPHiA,  s.  f.  (Lat.,  do  6r.  palaiós, 
antigo,  graphia  suff.)  arte  de  ler  as  escriptu- 
ras  antigas. 

PALEOLARiA,  (bot.)  gcuero  de  plantas  da 
famiha  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
igual. 

PALEOLO&o,  (hist.)  nome  de  uma  celebre 
familia  byzantina  ,  que  subiu  ao  trono  de 
Constantinopla  na  pessoa  de  Miguel  VIII , 
em  1260,  e  nelle  se  manteve  alternando  ou 
partilhando  o  poder  com  os  Cantacuzenos, 
até  á  queda  do  império  grego  em  1453;  o 
ultimo  herdeiro  desta  casa  foi  João- Jorge - 
Faleologo.  que  morreu  em  1533. 

PALEPHATO,  (hist.)  \Palaphatus,  escriptor 
grego,  auclor  de  um  tractado  das  Cousas 


incriveis  {De  incredilibus)^  viveu,  segundo 
Suidas,  no  anno  472  antes  de  Jesu-Chris- 
to,  era  natural  de  Faros  ou  de  Friene. 

PALERMO,  (geogr.)  ¥anormus,  cidade  do 
reino  das  Duas-Sicilias,  capital  da  Sicília  e 
da  intendência  de  Palermo,  a  75  léguas  S. 
de  Nápoles;  175,000  habitantes.  Foi  Pa- 
lermo que  deu  em  1282  o  signal  das  Vés- 
peras sicilianas. 

PALESTINA,  (geogr.)  PaloBstina,  nome  dado 
pelos  romanos  á  Judéa  na  sua  maior  ex- 
tensão, não  compreendendo  porém  a  Phe- 
nicia.  Dividiam-na  em  4  partes  :  Galiléa, 
Samaria,  Judéa,  Feréo.  Augmentada  com 
muitos  districtos  vizinhos  foi  no  IV  século 
dividida  em  três  partes:  Palestina  1.^  so- 
bre as  duas  margens  do  Jordão,  capital  de 
Scythopolis  ;  Palestina  2.^  a  mais  septen- 
trional  de  todas  ao  longo  do  Mediterrâneo, 
capital  Cesárea  ;  Palestina  .^.*  ou  Salutar 
formada  dos  paizes  árabes  ao  S.  da  ver- 
dadeira Palestina  eao  N.  da  Arábia  Potréa, 
capital  Petra.  A  Palestina  corresponde  ao 
antigo  paiz  de  Chanaan,  e  o  seu  nome  é 
provavelmente  uma  corrupção  do  de  Phi- 
listeos,  que  occupavam  a  parte  occidental 
desta  região. 

PALESTRA,  s.  /".(Lat.,  do Gr. pa/^, lucta.) 
(hist.  ant.)  o  lugar  onde  se  exercitavam  os 
athletas,  luctadores,  jogadores  de  bola,  etc; 
(fig.)  lugar  de  exercicio  litterario  ;  lugar  onde 
se  exercita  arte  liberal.  Hoje  toma-se  quasi 
exclusivamente  por  pratica,  conversação. 

PALESTRico,  A,  adj.  (des.  ico.)  da  pales- 
tra, dalucta. 

PALESTRiNA,  (gcogr.)  a  antiga  Proeneste, 
cidade  do  esta(lo  ecclesiastico,  a  3  léguas 
ao  NE.,  de  Frascati ;  e  conta  6,500  habi- 
tantes. 

PALESTRINA,  (gcogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziano,  a  3  léguas  ao  S.  de  Ve- 
neza, em  uma  ilha  das  lagoas  de  Veneza ; 
6,000  habitantes. 

PALESTRINA,  (hist.)  célebrc  compositor  ita- 
liano,appellidado  o  príncipe  da  musica^  nas- 
ceu na  Palestina  em  1529,  morreu  em  1595. 
A  sua  melhor  obra  é  a  sua  missa  dò  papa 
Marcello,  o  seu  Stabat  e  o  seu  moteto  Po- 
pule  meus. 

PALETA,  s.f.  (Fr.  palette,  do  Lat.  pala,  pá.) 
taboazinha  larga  e  delgada  em  que  o  pintor 
dispõe  as  tintas  de  que  se  quer  servir. 

PALEY,  (hist.)  theologo  e  moralista  inglez, 
nasceu  em  1743,  morreu  em  lò05,  foi  ar- 
cediago do  doutor  Lan.  Deixou  algumas 
obras,  que  se  tornaram  clássicas  nas  esco- 
las de  Inglaterra.  Elementos  de  moral  ede 
politica  ;  Hora  Paulina ;  Evidencia  do  chris- 
tianismOy  etc. 

PALFui,  (hist.)  célebre  cirurgião  francez, 
nasceu  em  1649,  morreu  em  1/30  ;  iai^n^ 


fAIi 


fJã, 


79 


tou  algans  instrumentos  de  cirurgia  e  es- 
creveu :  Osteologia ;  Anatomia  do  corpo 
humano,  ete. 

PALHA,  s.  f.  {L&t.palea,  que  os  etymolo- 
gistas  derivam  do  Gr.  pallô,  palleô,  agitar, 
porque  assim  se  separa  a  palha  do  grão.  Eu 
incliuo  me  a  crer  quejvem  áepellis,  pelle,  Gr. 
phlôos.)  a   cana  ou  haste  de  trigo,  mdho, 
cevada,  senteio,  e  outros  cereaes  depois  de 
secca  e  separada  do  grão ;  serve  para  sus- 
tento de  bestas,  bois,  para  colmar  choças  , 
para   encher  enxergões,  albardas,  etc.  —  , 
pellicula,  cascas  seccas  de  legumes. — s  alhas, 
as  dos  alhos,  e  fig  de  nenhum  valor.  Conten- 
der por  dá  cá  aquella —  por  motivo  levíssimo. 
Ter  alguém  em  uma  — ,  não  fazer  caso  delle. 
Travar — com  alguém,  (phraz.  jocosa)  en- 
tender com  elle,  contender,  estar  aos  itens. 
Tomar  a  —  de  fino,  ser  fino  como  o  alambre. 
Partir  a — ,  acabar  a  amizade. — ,  acabara 
contenda   que  versa  sobre  cousa  insignifi- 
cante. Tomar  a  —  a  alguém,  ser  mais  que 
elle;  (fig.)  levar-lhe  vantagem,  exceder,  le- 
var a  melhor.  —  de  camello  ou  de  mecca , 
junco  cheiroso,  esquinantho,  —  de  canniço, 
espécie  de  colmo  que  nasce' pelos  rios  e  vaila- 
dos.  —  carga,  espécie  de  junca  estreita ;  tem 
umas  quinas  agudas  que  ferem.  A  lume  ou  fo- 
go de  — ,  (loc.  adv.)  rapidamente,  como  arde 
a  palha.  — .  (ant.  forens.)  Moroes  diz  que 
éabrevietura  de  palavra,  e  cita  muitas  passa- 
gens da  Ordenação  Manuelina  em  que  dar, 
pedir  —  parece  significar  licença  verbal  pa- 
ra citar  alguém  ;  o  que  comprova  esta  opi- 
nião é  que  nos  lugares  correspondentes  da 
Ordenação  Philippina  se  diz  citar  por  pala- 
vra. Na  Ord.  Affonsina  lemos  :  «  Se  alguma 
parte  quizor  citar  per  palha,  deve' requerer 
ao  corregedor,  e  elle  lhe  dará  palha. »  — 
de  fuste  diz  o  autor  do  Elucidário  era  «  cano 
canhão  ou  pedaço  de  palha  que  os  juizes  da- 
vam aos  porteiros,  para  com  elle  fazerem  ci- 
tações, execuções,  darem  posses. » 

Eu  penso  que  o  verdadeiro  sentido  de  pa- 
lha nesta  accepção  vem  do  Fr.  ant.  pales, 
manifesta,  aberta,  livremente,  do  Ital.  ;)a/«- 
se,  epa/e^are,  manifestar,  intimar,  citar.  Em 
quanto  á  palha  de  fuste,  equivale  á  vara  dos 
officiaes  de  justiça,  e  ao  bastão  dos  consta- 
hles  de  Inglaterra.  Em  Fr.  ant.  pail  significa- 
va páo,  estaca. 

Se  com  effeito  significa  palavra,  pode  vir 
do  Fr.  ant.  paller,  fallar. 

PALHACANA,  (gcogr.)  povoação  de  Portu- 
gal no  concelho  de  Alemquer,    1,000  hab. 

PALHAÇO,  s.  m.  (Fr.  paillasse)  gracioso  de 
companhia  de  volteadores  que  arremeda  os 
mais  actores.  Vem-lhe  o  nome  de  estar  ves- 
tido de  panno  de  enxergão. 

PALHAÇO,  A,  adj.  (depoí/ia)  depalha.  Ca- 
$af  — í,  palhoças,  choças, 


PALHADA,  8.  f.  {palka^  des.  8.  ada)  palha 
cortada   miúda  cozida   com  farelos  para  as 
bestas  comerem.  — ,  (fig.  efamil.)  amontoa- 
do de  allegações,  raciocínios  sem  solidei. 
PALHADiçA,  s.  f.  (aut )  V.  Palha. 
PALHAGEM,  8.  jf.  (des.  coUcct,  o^few.)  mui- 
ta palha  junta.  .  í 
PALHAL,  s.  m.  V.  Choça,  Palhoça. 
PALHAR,  s.  m.  casa  de  palha,  colmo,  cho- 
ça. 
pALHATORio,  (ant.)  V.  Parlatorio. 
PALHEGAL,   s.   m.  torrcHo    onde   ha  pa-  ^ 
lha   crescida.    Palhegaes  contínuos,    flist.  ' 
naut.                                                      '      il 
PALHEIRO,  s.  m.  {palha,  des.  eiró  ;  de  área) 
casa  onde  se  recolhe  e  guarda  a  palha.  Bus* 
car  agulha  em  — ,  trabalhar  em  vão,  prô-  - 
curar  conseguir  cousa  quasi  impossível.       "^ 

PALHEIRO,  A,  aáj.  que  gosta  de  palha  v. 
g.  mula  — . 

PALHELAS,  (bot.)  São  assim  chamados 
certos  órgãos  foliaceaces,  que  existem  nas 
flores  de  certos  vegetaes,  eque  não  podem 
assimilhar-se  positivamente  aos  órgãos  se- 
luaes  ou  a  seus  annexos,  taes  como  aco- 
rolla  e  o  cálice. 

PALHETA,  s.  f.  (Fr.  palette)  instrumento 
de  jogar  apella  ou  ao  aro,  taboazinha  oval 
com  uma  abertura  por  onde  o  pintor  passa  o 
dedo,  e  sobre  a  qual  dispõe  as  tintas.  — ,  la- 
mina de  metal  que  se  mette  na  bocca  ou  no 
orificio  de  instrumentos  de  sopro,  se  compri- 
me mais  ou  menos  para  variar  o  som,  como 
nos  fagotes,  e  doçainas  d'orgão.  — ,  lamina- 
zinha  mui  delgada,  de  ouro,  prata,  ou  ou- 
tro metal  tirada  á  fieira. — ,  (anat.)  \.Epi- 
glotte.  — s,  peçasdo  volante  do  relógio,  nas 
quaes  topam  os  dentes  da  roda  catarina. — , 
(ant.)  (do  Fr.  palet,  bastão,  cajado.)  páo,  va- 
rapao. 

PALHETÃo,  s.  m.  augment.  de  palheta,  pa- 
lheta metallica  mais  reforçada  ;  parte  da  cha- 
ve opposta  á  argola,  que  tem  dentes,  e  se 
mette  na  fechadura  para  dar  volta  á  lingue- 
ta. 

PALHETE,  adj.  dos  2  g.  {palha,  des.  dim. 
ete.)  de  côr  de  palha.  Vinho  — ,  pouco  tin- 
to ;  de  palha.  Chapéu  — ,  feito  de  palha. 

PALHiço,  s.  m.  (des.  dim.  iço)  palha  miú- 
da quebrada  emoida.  — ,  (naut.)  bagaço  de 
canna  de  açúcar  moido  misturado  com  ester- 
co de  gallinhas  de  que  os  náuticos  se  servem 
para  tapar,  gretas  por  onde  o  navio  faz 
agua. 

PALHIÇO,  A,  adj.  de  palha.  Casa — ,  cho- 
ça coberta  de  palha.  Capa  — ,  feita  de  pi- 
lha. 

PALHINHA,  s.  f.  diminut  de  palha,  palha 
miúda  ;  nome  de  um  jogo  de  cartas. 

PALHOÇA,  s.  f.  {palha  e  choça)  casa  térrea 
coberta  de  palha  pucolípo. 


80  .  PAL 

FALHOTA,  s.  f.  V.  Palhoça, 
P^PALi  ou  BALI  (língua),  (hist.)  idioma  scien- 
iifico  da  índia  transgangetica,  usado  desde  o 
império  dos  Birmans  até  aos  reinos  de  Sião 
6  Tsiaropa.  Distingue-se  o  Pali  antigo  e  o 
Pali  moderno;  o  primeiro  é  derivado  do 
samcripto,  e  é  um  meio  termo  entre  esla 
lingua  e  o  prakrit;  eo  idioma,  era  que  fo- 
ram escriptos  quasi  todos  os  livros  sagrados 
dos  Bouddistas.  O  Pali  escreve-se  da  esquer- 
da para  a  direita. 

PALiBOTHRA,  (geogr.)  grande  cidade  de 
índia  antiga,  capital  do  reino  ò^androcoííus, 
era  entre  os  Prassi,  perto  da  confluência 
do  Ganges  e  do  Erannoboas. 
5!  PALIÇADA.  V.  Palissada. 
PpALicos,  (myth,)  Paliei,  nome  dedous  ir- 
mãos gémeos,  adorados  na  Sicilia,  filhos  de 
Júpiter  e  de  uma  nympha. 

PALicousKA,  (bot.)  género  de  plantas,  per- 
tencente á  farailia  das  Rubiaceas,  e  áPen- 
trandia  Monogjnia. 

PALiLHO,  s.  m.  (dim.  do  Lat.  palus,  pao.) 
pao  curto,  pouco  grosso  e  roliço,  em  que  os 
tintureiros  enfiam  as  meadas  para  as  espre- 
merem da  tinta  ou  agua  da  lavagem,  torcen- 
do-as. 

í  PALiNGE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  ao  NO.  de  CharoUes ;  1,200  habi- 
tantes. 

.  PALiNODiA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  rad.  palin, 
segunda  vez,  eódé,  canto.)  versos  emquoo 
poett  se  desdiz  do  que  antes  dissera  ;  o  des- 
dizer-se,  retractação. 

PALiNURO  (cabo),  (geogr.)  Palinurum  pro- 
montorium,  cabo  do  reino  de  Nápoles,  a 
20  léguas  ao  SE.  de  Salerno.  Deve  o  seu 
nome,  segundo  Virgilio,  a  Palinuro,  piloto 
do  navio  de  Eneas. 

PALINURO,  s.  m.  nome  do  piloto  do  navio 
de  Eneas  ;  (fig.  e  poet.)  piloto. 

PALISSADA,  s.  f.  (Fr.  palissade,  de  pai,  es- 
taca, Làt.palus,  pao.)(fort.)  estacada,  cer- 
ca de  paos  fincados  na  terra,  para  defender 
oaccesso  a  algum  posto;  liça,  liçada,  cerco 
para  justas,  torneios,  etc.  — s,  (naut.)  obras 
levantadas  sobre  as  bordas  para  rebaterem 
os  tiros  do  inimigo.  Também  se  fazem  palis- 
sadas  de  cestos  de  terra,  ou  de  areia. 

PALissoT  DE  MONTENOY,(hist.)  litterato  fran- 
cez,  nasceu  em  1730,  morreuem  1814,  sus- 
tentou pelo  espaço  de  l3  annos  uma  these 
de  Iheologia.  Compoz  duas  tragedias  Zarés, 
e  Nino  :  Memorias  para  servirem  á  histo- 
ria da  litteratura  franceza,  desde  Fran- 
cisco I  até  nossos  dias  ,  Historia  dos  pri~ 
meiros  séculos  de  Roma  até  d  rrpublica, 
etc. 

PALITAR,  V  a.  {palito,  ardes,  inf.)  esgra 
vatar,  limpar  com  palito,  v.  g.  —  os  den- 
tes. — ,   t>.  n.  (fig.  e  famil.)  practicar  cr  m 


PAL 

alguém  por  desenfado,  e  de  ordinário  fazen- 
do chacota  da  pessoa. 

PALITEIRO,  s.  m.  [palito,  des.  eiró  )  o  que 
faz  palitos  ;  estojo  de  palitos. 

PALITO,  s.m.  (dim.  doCast.  paia)  pedaci- 
nho delgado  de  pao  aguçado  de  uma  ou  de 
ambas  as  extremidades  para  esgravatar  e 
limpar  os  dentes  depois  da  comida  ;  (fig.)  ob- 
jecto de  mofa.  Fazer  —  de  alguém,  escarneo, 
chacota.  — ,  no  truque  de  taco  ;  peça  de  fer- 
ro fiia,  e  levantada  defronte  da  barra.  —  mé- 
trico, nome  de  uma  composição  burlesca  em 
latim  macarronico. 

PALIURO,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Rhamneas  e  da  Penlrandria  Try- 
gynia 

PALizzi,  (hisl.)  familia  siciliana,  foi  no 
século  XIV  a  alma  de  uma  facção  que  du- 
rante longo  tempo  governou  o  rei  Pedro  II 
e  abusou  do  poder,  foi  banida  com  os  Chiara- 
montes ;  foijchamado  por  intrigas  da  rainha 
Izabel,  do  que  se  originou  uma  longa  guer- 
ra civil,  que  só  acabou  com  a  pai  entre 
Frederico  II  e  Joanna  1.**  de  Nápoles,  em 
1H72. 

PALiZADA.  V.  Palissada. 

PALK  (estreito  de),  (geogr.)  braço  de  mar, 
que  separa  a  ilha  deCeylão  da  costa  da  ín- 
dia e  liga  o  golpho  de  Bengala  ao  golpho 
de  Manaar. 

PALLA,  s.  f.  V.  Pala. 

PALLADiNo,  (hist.)  chamado  também  Jac~ 
quês  de  Teramo,  nasceu  em  1349,  morreu 
em  1417.  Deixou  uma  espécie  de  roman- 
ce ascético  intitulado  Consolatio  peccato- 
rum. 

PALLADio.  s.  m.  (hist.)  (Lat,  paUadium,  da 
deusa  Palias)  imagem  da  deusa  Palias;  escudo 
venerado  entre  os  antigos  Gregos  e  Romanos 
de  cuja  conservação  se  julgava  depender  a  da 
republica  ;  era  o  grande  idolo  dos  Troianos. 
Dizia-se  ter  caido  do  céo,  e  conservavam- 
na  preciozamente  em  Tróia,  julgando  que 
a  sorte  da  cidade  estava  ligada  a  ella.  Ulyses 
e  Diomedes,  penetrando  de  noute  em  lllion 
foram  rouba-la  ao  próprio  Sanctuario  da 
deuza,  e  só  então  foi  tomada  Tróia.  Segun- 
do a  tradicção  romana,  os  dou.>  heroes  gre- 
gos roubaram,  não  o  verdadeiro  mas  o  fal- 
so Palladio ;  o  verdadeiro  foi  levado  por 
Eneas  á  Itália,  e  por  consequência  a  Roma, 
onde  estava  guardado  em  um  logar  secre- 
to, conhecido  somente  do  gran-pontifice  e 
da  gran-vestal.  (fig.)  sustentáculo,  protecção, 
v.g.  a  liberdade  de  imprimir  sem  censura 
previa  é  o  —  das  nações. 

PALLADIO,  (hist.)  bispo  de  Helénopolis, 
nasceu  na  Galacia  em  3(58,  foi  viver  na  so- 
lidão, em  Nitria  no  Egypto,  efoi  amigo  de 
S.  João  Chrysostomo.  Deixou  uma  Histo- 
ria dos  Solitários. 


vil' 


PA 


i'' 


81 


tp. 


PALLADio,  (hist.)  Hutilius  Taurus  /Emi- 
lianus  Palladms,  agrono  no,  filho  de  Eisu- 
perantius,  prefeito  das  Gallias,  nasceu  em 
405.  D(.'ixou  14  livros  de  De  Re  rústica. 

PALLADIO  (André),  (hist.)  celebre  archi- 
tecto  veneziano,  nasceu  em  1518,  morreu 
em  15^0,  foi  discipulo  de  Fontana.  Foi  o 
architeclo  do  theatro  olympico  de  Vicença,  do 
pelacio  dos  doges  de  Veneza,  e  do  celebre 
theatro  de  Parma.  Deixou  um  tratado  de 
archilectura. 

PALLANDRAS,  s.  f.  pi.  duasbarcaças  em- 
parelhadas,levadas  a  reboque,  sobre  as  quaes 
vão  as  cíírcassas  para  o  ataque  de  portos. 

PALLANTÉA,  (geogr.)  Paltaiiteum,  cidade 
da  Arcádia,  perto  da  Mantinea,  foi  edifi- 
cada por  Palias,  uma  das  filhas  de  Ljcaon. 
Foi  a  pátria  d'Evandro, 

PALLANTiAES,  (hist.)  filho  de  Pallas,  irmão 
de  Egêo,  Querendo  roubar  a  Thesêo,  filho 
de  Egêo,  o  reino  d'Athenas,  foram  todos 
mortos  por  este  heroe 

PALLANZA,  (geogr.)  cidade  dos  estados  sar- 
dos, capital  de  intendência,  a  13  léguas  ao 
N.  de  Novara  ,  1  500  habitantes.  A  inten- 
dência de  Pallanza,  entre  as  d'Ossola,  Yal 
de  Sesia,  e  >'ovara,  e  o  lago  maior  conta 
70,(iOO  habitantes. 

PALLAS,  (myth.)  deusa  itálica,  presidia  ás 
poezias  pastoriaes,  ^e  parece  ter  sido  a  gran- 
de deuza  primitiva  dos  romanos.  Roma  foi 
fundada  a  21  de  abril ;  neste  mesmo  dia 
eram  celebradas  as  festas  de  Palas,  chama- 
das Palilias. 

PALLAS,  (hist.)  filho  de  Evandro,  rei  do 
Lacio,  deu  o  seu  nome  á  cidade  de  Pallan- 
teum  ou  Palatium,  sobre  a  colina,  que  ti- 
rou d'isto  o  nome  de  monte  Palatino. 

palla;>,  (hist.)  liberto  e  favorito  de  Cláu- 
dio fe-lo  cazar  com  Agrippina  e  adoptar 
Nero;  matou  este  príncipe  com  veneno,  de 
accordo  com  Agrippina,  mas  foi  depois  en- 
venado  por  Nero,  que  lhe  confiscou  os  bens 
que  excediam  o  valor  de  uns  poucos  de 
milhões. 

PALLAS,  (Simão),  viajante  e  naturalista 
prussiano,  nasceu  em  174 1 ,  morreu  em  1811 
vizitou  a  Sibéria,  a  Taurida,  diversas  par- 
tes da  Rússia  e  penetrou  até  ás  fronteiras 
da  Rússia  Deixou  :  Elenchus  zoophytorum 
Spicilegia  zoológica;  Viagens  a  diversas  par- 
tes da  Rússia  ;  Memoria  sobre  os  povos  Mo- 
goes,  etc. 

PALLATORio,  s.  m  {áo¥r.  axii. palUv,  fal- 
lar,  conferir.)  (ant.)  locutório  de  convento 
de  freiras,  parlatorio. 

PALLAVACiNO,  (hist.)  capitão  italiano  do  sé- 
culo XIII  século,  serviu  Frederico  II  con- 
tra Gregório  iX  eos  Genovezes,  tomou  um 
corpo  temivel  de  ca  valia  ria,  batteu  Ezzelin 
romano,  creou  uma  soberania  na  Lombar- 

VOL.    IV. 


dia  e  foi  nella  o  chefe  do  partido  gibelino  » 
morreu  em  1289  Pallavacino  (Sforza),  je- 
suíta, nasceu  em  Roma  em  1607,  morreu 
em  1667.  Escreveu  a  Historia  do  concilio 
de  Trento. 

PALLENE,  (geogr.)  hoje  peninsula  de  Cas- 
sandria,  a  mais  Occidental  das  três  peque- 
nas penínsulas,  que  terminam  ao  S.  da  »-hal- 
cidica.  Cidade  principal  Potídea. 

poLLENis,  (bDt.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
Supérflua 

PALHADO,  A,  p.  p.  depalliar;  ací/.  que  se 
palliou,  V.  g.  doença  —  ;  a  que  se  deu  côr, 
disfarce.  Informação  -^,  inexacta,  em  que 
a  verdade  é  alterada.  Resposta  — ,  ambígua, 
dilatória. 

PALLiADOR,  s.  wi.  O que  pallia. 

PALLiAR,  V.  a.  (do  Lat.  pallium,  capa)  en- 
cobrir com  disfarces,  colorar,  v.g.  —  o  cri- 
me, —  a  ingratidão,  —  doenças,  males,  mi- 
norar, remediar  por  algum  tempo. 

PALLLVTivo,  A,  ttdj .  (dcs.  ivo]  quo  pallia. 
Remédio  —  ;  cura  — ,  que  diminue  a  força 
do  mal,  que  allivia  por  algum  tempo. 

PAi.ijÇAov.  s.  f    V.  PalUssada. 

PALL  DEZ,  s.  f.  (des.  ez)  apparencia  palli- 
da  do  semblante;  côr  pallída. 

PALLiDO,  A,  adj.  {Lai.  pallidus )  que  per- 
deu a  côr  encarnada  O  rosto  — .  — ,  quo 
causa  pallidez,  v.g.  a  —  morte,  —  doença, 
o  pallído  temor,  ciúme. 

PALLiKARES,  (híst.)  nome  dado  aos  gregos, 
qne  faziam  parte  das  milícias  nacionaes  re- 
conhecidas pelos  turcos,  por  opposição  aos 
Helepes,  que  existiam  fora  da  lei.  Os  che- 
fes destes  bandos  gregos  chamavam-se  ar- 
matoli,  eos  seus  ajudantes  de  campo,  pro- 
to  pallíkar. 

PALLio,  s.m.  [L&t.  pallium,  capa)  ornato 
distinctivo  dos  papas,  patriarchas.  arcebispos, 
bispos  ;  sobrecéo  portátil  sustilo  por  varas 
levadas  por  homens,  debaixo  do  qual  sáe  o 
sacramento  á  rua,  ou  o  santo  lenho,  os  reis,  e 
os  více-reis  quando  tomam  Tposse .Receber com 
— ,  (fig.)  com  grandes  honras.  — ,  ornamento 
que  o  papa  enviava  aos  metropolitanos,  e  ar- 
chiepiscopal  pelo  qual  elle  lhes  dava  a  inves- 
tidura. Este  uso  existia  já  havia  longo  trmpo, 
quando  em  877  o  concilio  de  Ravenna,  decla- 
rou em  o  metrepolítano,  que  não  sollicitas- 
se  o  pallium   em  três  annos   não  poderia 
exercer  funcção  alguma. 

PALLIO,  s.  m.  [antJj  por  páreo  ou  páreo. 
Correr  o  — .  V.  Pario. 

PALLÔR,  s.  m.  (Lat.)  V.  Pallidez. 

PALLUAN,  (geogr.)  Paludellum,  villa  de 
França,  a  9  léguas  NE.  de  Sablès  d'Olonne  ; 
OuO  habitantes. 

PALJiA,  s.  f.  (Lat.,  talvez  do  Egypc.  dja/, 
ramos,  palmitos,  e  ma,  dar,  ramo  e  folhas 
21 


->^-~ 


H 


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da  palmeira ;  a  palmeira  (arvore) ;  (ílg.)  A  — , 
da  victoria,  o  triumpho  de  que  en»  symbolo  o 
palmito  que  se  dava  ao  vencedor.  A  —  da  vi- 
ctoria, —  domartyrio.  Levara — ,  vencer, 
triumphar.  —  e  capella,  palmito  e  capella 
de  flores  artificiaes  que  levam  os  defuntos  em 
tenra  idade,  donzellas,  homens  castos.  Ir  de 
—  e  capella. 

PALMA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.palámé,  mão; 
rad.  j3a//d,  vibrar,  bater.)  — da  mão,  apar- 
te liza  da  mão  contra  a  qual  se  dobram  os  de- 
dos quando  se  eontrahem  para  pegar  em  al- 
gum corpo,  ou  para  formar  o  punho.  Lizo 
como  a  — .  — s,  pi.  palmadas  era  applau- 
so;  (fig.)  applauso  Andar  nas  — s,  tervo- 
voga,  fama.  Tocar,  bater  as — ,  applaudir. 
Trazer  nas  — 5,  louvar  muito,  fazer  gran- 
de apreço  de  alguém,  eprestar-lhe  todos  os 
bons  officios.  — ,  (astr.  p.  us.)  duas  estrellas 
fixas  da  terceira  grandeza  na  mão  esquerda 
do  Sagittario.  — ,  (alveit.)  a  parte  do  casco 
das  bestas  entre  o  sanco  e  as  ramilhas. 

PALMA,  (geogr.)  capital  das  ilhas  Baleares 
e  da  intendência  de  Palma,  na  ilha  de  Maior- 
ca, sobre  a  costa  ao  S  ;  36,000  habitan- 
tes. A  intendência  de  Palma,  da  mesma  ex- 
tensão que  a  capitania  general  de  Maiorca 
abrange  todas  as  Baleares. 

PALMA,  (geogr.)  uma  das  Canárias  ;  tem 
30,000  habitantes. 

PALMA  DEL  RIO.  (geogr.)  Dccuna,  cidade 
de  Hispanha,  na  confluência  de  Gualdalqui- 
vir  e  do  Xenil,  a  12  léguas  aoSO.,  de  Cór- 
dova ;  6,800  habitantes. 

PALMA,  (geogr.)  antiga  comarca  da  pro- 
víncia de  Goyaz,  no  Brazil,  de  que  foi  ca- 
beça a  villa  de  S.  João  da  Palma. 

PALMA  (rio  da)  (geogr.)  rio  da  província 
de  Goyaz,  no  Brazil,  na  comarca  de  Porto 
Imperial. 

PALMA-CHRiSTi,  «  f  rlcluo,  Carrapateiro, 
planta  cujo  fructo  é  oleoso  e  medicinal.  Óleo 
de  — ,  é  purgante  mui  benigno. 

PALMADA,  s.  f.  (des.  s.  ada.)  golpe  com  a 
palma  da  mão,  v.  g.  — s  em  applauso. 

PALMANOVA,  (geogr.)  cidade  forte  do  rei- 
no Lombardo-Venezlano,  sobre  o  canal  de 
Roja  e  de  JNallsone,  a  4  léguas  e  mela  SE. 
de  Usine  ;  4,íjO0  habitantes. 

PALMAR,  í.  m.  [palma,  arvore,  des.  s.  ar) 
meta  de  palmeiras ;  aldeia  ou  quinta  no  melo 
de  palmar. 

PALMAR,  s.  m.  (dejoa/mar,  adj.)  carda  fei- 
ta de  cardo  para  cardar  pannos  á  mão,  — 
de  cardas. 

PALMAR,  adj.  dos  2g.  [áe  palma  da  mão 
ou  áe  palmo,  des.  adj.  ar)  da  grandeza  de 
um  palmo ;  patente  como  a  palma  da  mão. 
Erro  — ,  manifesto,  grosseiro,  palpável,  mui 
grande. 

j?AMi4Rif5,  (geogr.)  (juilombo  célebre  dd 


serra  do  Barriga,  no  Brazil,  perto  da  pro- 
vinda de  Pernambuco. 

PALMARES  (rio  dos),  (geogr.)  ribeira  da 
provinda  de  S.  Pedro  do  rio  Grande  no  Bra- 
zil ;  nasce  ao  sul  do  Tramandahl  ou  Tara- 
mandabú,  e  vai  desaguar  na  extremidade 
septentrlonal  da  lagoa  dos  patos. 

PALMARiNHO.  s.  w.  diminut.  de  palmar. 

PALMAS  (c'dade  real  de  las),  (geogr.)  CJJ- 
pltal  da  Grande-Canarla ;  9,000  habitan- 
tes. 

PALMAS  (golpho  das),  (geogr  )  Sulcitanus 
sinus,  golpho  da  Sardenha,  sobre  a  costa 
ao  SÓ.;  entre  esta  Ilha  ea  de  S   Antlocho. 

PALMAS  (Ilha  das),  (geogr.)  três  são  as  ilhas 
deste  nome  na  provinda  do  Rio  de  Janeiro 
no  Brazil ;  a  primcúra  na  bahla  de  Mthe- 
rohí,  ao  oriente  e  a  pequena  distancia  de 
Ilha  do  Governador ;  a  segunda  no  archlpe- 
iago  fora  da  sobredita  bahia :  e  a  terceira 
ao  sul  da  provinda,  diante  da  costa  do  dls- 
tricto  da  villa  de  Parati. 

PALMAS,  (Ilha  das),  (geogr.)  três  ilhotas 
d'este  nome,  na  provinda  de  S.  Paulo,  no 
Brazil. 

PALMAS  (Ilha  das),  (geogr.)  Ilha  da  pro- 
vinda de  Santa-Catharina,  no  Brazil,  na 
entrada  da  banda  do  sul  da  bahla  d'este 
nome. 

PALMAS,  (geogr.)  ribeiro  da  provinda  de 
S.  Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil,  tribu- 
tário do  canal  chamado  rio  de  São  Gon- 
çalo, que  faz  communlcar  a  lagoa  Mirim 
com  a  dos  Patos,  e  ao  sul  da  confluência 
do  rio  Plratlnlm. 

PALMATOADA,  s .  f .  [^Qv  palmatoriado]  gol- 
pe nas  palmas  das  mãos  com  palmatória ; 
(fig.)  castigo.  Levar  — . 

PALMATÓRIA,  s.  f.  [palma  da  mão,  e  Lat. 
tero,  ere,  pisar,  contundir.)  peça  chata  e  re- 
donda de  páo,  sola,  etc,  com  cabo,  para 
dar  palmatoadas  nos  rapazes  nas  escholas ; 
(fig.)  castigo.  — ,  castiçal  de  pouca  altura 
pegado  a  um  prato  que  tem  cabo  ou  rabo. 
É  de  prata,  latão,  etc. 

PALMATORiADA,  s    f.  V.  Palmatoada. 

PALMATORiADo,  A,  p.  p.  de  palmatorlar, 
adj.  castigado  com  palmatoadas. 

PALMATORiAR,  V.  tt.  [palmatória,  ar  des. 
Inf.)  castigar  com  palmatoadas. 

PALMEAR,  v.a.  (de  ;)a  ima  da  mão,  ardes, 
inf.)  applaudir  com  palmadas  ou  palmas.  Bo- 
cage. 

PALMEIRA,  s.  f.  (des.  eira.)  (bot.)  arvore 
que  dá  as  palmas  ou  palmitos.  As  palmei- 
ras constituem  uma  família  multo  natural 
de  vegetaes  nonocotyledones  de  estamines 
peryginos,  notáveis  pela  elegância  da  sua 
forma  ,  e  pela  multa  utilidade  que  dão  aos 
povos  das  regiões,  em  que  crescem.  — ia- 


PAI. 

PALMEIRA,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal, 
visinha  de  Braga,  2,524  habitantes.  Ha  outra 
do  mesmo  nome  a  3  léguas  com  300  habitan- 
tes, e  outra  a  4  com  700. 

PALMEIRA  DOS  ÍNDIOS,  (geogr.)  autiga  po- 
voação e  nova  villa  da  provincia  das  Ala- 
goas, no  Brazil. 

PALMEIRAL,  9-  wi.  V.  Palmar.  ^ 

PALMEIRAS,  (geogr.)  vilIa  d«  provincia  de 
São  Paulo,  no  Brazil,  na  comarca  de  Curi- 
tibi,  2,150  habitantes. 

pALMEiRiNHA,  s.  f.  diminuí.  de  palmei- 
ra. 

PALMEiRO,  s.  m.  (des.  eiró)  (ant.)  peregri- 
no que  trazia  um  palmito  ou  palma  na 
mão. 

PALMEJAR,  s.  m.  [de  palma  da  mão)  (naut.) 
peças  que  cingem  o  navio  da  popa  a  proa 
por  dentro,  endentando-se  como  os  lia- 
mes. 

PALMEJAR,  s,m.  [de palma,  des.  e;"ar.)ap- 
plaudir  Datendo  as  palmas ;  em  sentido  abs. 
ou  n.  bater  as  palmas,  applaudir. 

PALMELLA  (duque  de),  (hist.)  Pedro  de 
Sousa  Holstein,  distincto  diplomata  e  esta- 
dista portuguez ;  nasceu  na  cidade  de  Tu- 
rim em  1781 ,  morreu  em  Lisboa  em 
1850.  Distincto  por  nascimento  pois  des- 
cendia de  D.  Luiz  AfiFonso ,  filho  natu- 
ral d'el-rei  D.  AfFonso  3.°,  e  de  D.  Manuel 
de  Sousa,  que  se  enlaçara  com  a  casa  real 
de  Holstein,  o  Duque  dePalmella  não  o  foi 
menos  pelos  seus  talentos,  e  serviços.  En- 
cetou a  carreira  das  armas  em  1796,  sen- 
tando praça  no  regimento  de  Mecklem- 
burgo,  foi  ajudante  de  ordens  do  duque 
de  Lafões,  e  tomou  parte  na  lucta  contra 
a  invasão  franceza.  Começou  a  servir  na 
diplomacia  em  1H02,  anno  em  que  foi 
nomeado  conselheiro  da  legação  em  Roma, 
onde  foi  depois  em  1805  encarregado  de 
negócios.  Desempenhou  importantes  missões 
diplomáticas  em  ilispanha  em  1812Í ,  em 
Londres  em  1814,  1826,  183J ,  e  1838  , 
em  que  assistiu  á  coroação  da  rainha  de 
Inglaterra,  rivalisando  á  sua  custa,  com  os 
outros  embaixadores ,  no  luxo  ,  com  que 
então  se  apresentaram;  em  Paris  em  1816, 
1882  ;  e  finalmente  no  celebre  congresso 
de  Vienna  em  181í» ,  onde  conseguiu  que 
Portugal  fosse  representado ,  apesar  das 
grandes  potencias  quererem  excluir  d'alli 
as  nações  pequenas.  Serviu  também  den- 
tro do  paiz  lugares  importantes  ;  em  1 820 
foi  chamado  ao  Rio  de  Janeiro,  e  ahi  no- 
meado ministro  dos  Negócios  Estrangeiros ; 
formando  parte  do  Ministério  em  1823, 
1832,  1834.  1835,  1842  e  1846.  Prestou 
os  maiores  serviços  á  causa  liberal;  em 
1828  foi  presidente  da  junta,  e  comman- 
dante  áas  forças  do  Forto,  e  tendo  mallo- 


Vàl 


* 


grado  esta  tentativa,  fretou  em  Inglaterra 
embarcações,  que  vieram  buscar  a  Gallisa 
os  seus  companheiros,  e  conseguiu  que  os 
fossem  depois  desembarcar  na  ilha  Tercei- 
ra ;  alli  chegou  em  1830,  como  presiden- 
te da  regência  ;  em  183i  desembarcou  no 
Mindello,  aonde  voltou  no  anno  seguinte 
com  munições,  soldados,  e  o  almirante  l!fa- 
pier ;  entrando  em  Lisboa  em  25  de  Julho 
de  1833.  Foi  creado  conde  de  Palmella  em 
181 2í,  marquez  em  1823,  e  duque  do  Fayal, 
titulo  que  depois  se  trocou  pelo  de  Pal- 
mella, era  1833  ;  em  1826  foi  nomeado  par 
do  reino,  e  em  1833  conselheiro  de  estado 
e  presidente  da  camará  dos  pares ;  foi  elei- 
to muitas  vezes  senador,  (e  a  esta  camará 
presidiu)  de  1838  a  1841.  Era  condecora- 
do com  as  ordens  do  Tosão  d'ouro,  grão 
cruz  de  Christo ,  Torre  e  Espada,  Carlos 
3.°,  Legião  d'Honra ,  e  de  S.  Alexandre 
iNewski,  e  com  o  habito  de  S.  João  de  Je- 
rusalém. Tinha  casado  em  1810  com  uma  fi- 
lha dos  senhores  Marquezes  de  Niza ,  de 
quem  teve  descendência.  Deixou :  Discur-* 
SOS  parlamentares,  a  sua  correspondência 
diplomática,  que  se  está  publicando  agora, 
e  outras  obras  ainda  não  impressas. 

PALMELLA,  (gcogr.)  villa  Celebre  e  muito 
antiga  de  Portugal  com  3,400  habitantes,  si- 
ta n'um  dos  mais  elevados  cumes  da  serra 
do  mesmo  nome,  875  pés  acima  do  nivel  e  na 
esquerda  do  Tejo,  1  légua  ao  N.  de  Setúbal. 

PALMELLÃo,  s.m.  onadj.m.  de  palmella, 
villa  fronteira  a  Lisboa.  Vento  — ,  que  sopra 
dePalmella. 

PALMER,  (hist.)  celebre  actor  inglez,  nas- 
ceu em  174 1,  morreu  em  1784,  morreu  na 
scena  ,  representando  a  Misanthropia  e  o 
arrependimento,  pela  dôr  que  sentiu  com 
esta  pergunta  do  seu  interlucutor :  «  Como 
passam  vossos  filhos?»  Acabava  de  pisrder 
nm  filho. 

PALMES  (cabo  das),  (geogr.)  na  Guiné  sep- 
tentrional,  na  extremidade  NO.  do  golpho 
de  Guiné. 

PALMETA,  s.  f.  diminut.  de  palma.  — , 
(pharm.)  espátula  de  estender  emplastos  e 
unguentos ;  palmilha  de  sapato ;  cunha  de 
mira,  na  artilharia ;  cunha  de  ferro  longa, 
estreita,  com  cabeça  cylindrica,  e  forrada  no 
lugar  em  que  se  bate,  para  abrir  buracos,  e 
para  acunhar  os  aguilhões  dos  eixos  das 
moendas  de  açúcar ;  peça  de  madeira  que  se 
mete  debaixo  do  corpo  que  se  quer  alçar,  para 
lhe  dar  maior  altura  ou  para  o  pôr  a  pru- 
mo. 

PALMi,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  8  léguas  NE.  de  Reghio;  6,000 
habitantes. 

PALMILHA,  s.  f.  {palma  da  mão,  des.  ilha 
dim.)  palmeta  da  sola  do  sapato  ;  a  parte  da^ 
ti  ♦ 


Â' 


vW 


PAL 


irieias  que  fica  por  baixo  da  planta  do  pó ; 
ferro  depanno  de  linho  que  se  lhe  cose,  V. 
Palmilhas. 

PALHiLHADEiRA,  s.  f.  (des.  eira)  mulher 
que  deita  palmilhas  nas  meias  e  as  remen- 
da. 

PALMILHADO,  A,  f.  p.  de  palmilhar ;  adj. 
guarnecido  de  palmilha;  que  palmilhou; 
(fig.)  cursado  a  pé. 

TALMiLHADOR,  s.  m.  homcm  que  remen- 
da meias,  que  lhe  deita  palmilhas. 

PALMILHAR,  V  a.  [palmilha,  ar  des.  inf.) 
deitar  palmilhas,  remendar,  v.g.  — meias. 
— ,  (famil.  e  íig.)  andar  a  pé,  v.  g.  palmi- 
lhou muitas  léguas  de  terra. 

PALMILHAS,  s.  f.  pi.  de  palmilha,  pés  que 
se  deitam  ás  meias  para  as  remendar  ou  for- 
talecer alfim  de  aturarem  mais. 

PALMiNs,  s.  m.  pi.  (termo  da  Ásia)  portei- 
ros das  várzeas  que  cuidam  das  valias. 

PALMiPiDE,  adj.  dos  2  g.  (l.at,  palmipes, 
dis)  (h.  n.)  que  tem  as  articulações  dos  pés 
unidas  por  membranas  como  os  patos,  adens, 
phocas,  etc. 

PALMiTAL,  s.  m.  (palmito,  des.  collect.  ai) 
palmar,  que  dá  palmitos. 

palmiteso,  a,  adj.  (alveit.)  casquicheio, 
que  tem  a  palma  do  pé  tesa. 

Palmito,  s.  m.  (Lat.  palmes,  itis,  ramo  de 
vinha  ou  de  palmeira)  ramo  de  palmeira  ;  pal- 
ma ou  ramilhete  que  se  põe  aos  defuntos  in- 
nocenles,  ás  virgens,  etc.  ;  miollo  de  certas 
palmeiras  que  se  come  guisado. 

PALMO,  s.  m.  (de  palma  da  mão)  medida 
de  extensão  ;  é  a  distancia  entre  a  extremida- 
de do  dedo  pollegar  eadominimo,  estando 
o  mais  apartados  possível,  aberta  a  mão  ;  me- 
dida convencional.  —  craveiro,  a  quinta  par- 
te da  vara,  e  a  terça  do  côvado.  —  geomé- 
trico, doze  pollegadas.  í/m  —  de  terra,  (fig.) 
porção  mui  pequena.  Não  vê  —  de  terra, 
nada  distingue,  nada  entende.  Conhecer  o 
terreno  a  —s,  com  toda  aexacção.  Ganhar 
terreno  -a—,  aos  poucos,  combatendo  a 
cada  passo.  Crescera  —s,  mui  rapidamen- 
te. 

PALMYRA,  (geogr.)  Tadmor  em  árabe,  ce- 
lebre cidade  do  reino  de  Arábia,  assim 
chamada  pelos  Romanos  por  causa  das  suas 
belias  palmeiras,  situada  entre  a  Syria  e  o 
Euphrates.  Aitribue-se  a  sua  fundação  a 
Salomão.  As  ruínas  da  cidade  de  Palmyra 
ainda  são  magnificas. 

PALNATOKE,  (hist.)  cclcbre  corsário  dina- 
marquez  do  X  século,  tinha  formado  uma 
espécie  do  associação  de  pirateria  cavalhei- 
resca, de  que  era  capital  Jamsborg.  Matou 
em  991  Uaraldo  Blaatand. 

i'ALo,  (geogr.)  cidade  do  reino  do  Nápo- 
les, a  4  léguas  SO.  de  Bari ;  4,700  habi- 
tantes. .. 


PALO  OU  PALON,  (geogr.)  cidade  da  Tur- 
quia asiática  sobre  o  Kuphrates,  a  33  lé- 
guas NO.  de  Diarbokir ;    8,OtJ0  habitantes. 

PALOMiNO  DK  CASTRO  E  VELAS,  (hist.)  Ce- 
lebre pintor  hispanhol,  nasceu  em  1653, 
morreu  em  1725,  foi  discípulo  de  Valdês. 
O  seu  melhor  quadro  é  a  Confissão  de  S. 
Pedro' 

PALOMAS,  s.f.pl.  (do  Cast.  pa/oma,  pom- 
bo) (naut.)  cabos  das  vergas  onde  se  fixam 
espontas  dasostagas.  A  denominação  vem  do 
hf\i.  palumbus,  pombo  bravo,  do  Gr.  palló, 
agitar. 

PALOS,  (geogr.)  Palus  Eneph,  cidade  de 
Hispanha,  a  légua  e  meia  SÉ.  de  Huelva ; 
1,000  habitantes. 

PALOTA,  (geogr,)  cidade  de  Hungria,  a  5 
léguas  íhE.  de  Yeszprim  ;  4,000  habitan- 
tes. 

PALOVEA,  (bot.)  género  de  plantas  da  famí- 
lia das  Leguminosas  e  da  Lnnandria  Mono- 
gynia. 

palpadiSlas,  s.  f,  pi.  V.  Apalpadelas. 

PALPADO,  A,  p.  p.  de  palpar;  adj.  apal- 
pado. Cavallo  — ,  que  tem  remendos  claros, 
cavallo  russo. 

PALPAR,  V    a.  V.  Apalpar. 

palpável,  adj.  dosig.  [à^s.avel)  que  se 
pode  palpar  ou  apalpar,  tangível ;  (fig.)  ma- 
nifesto, patente,  evidente,  v.  g,  razões,  erros 
palpáveis  ;  verdade  — . 

PAiPAVELMENTE.  ttdv .  [meu te  sufí .)  do  ma- 
neira palpável,  evidentemente,  sensivelmen- 
te. 

PÁLPEBRA,  s.  f.  maisus.  nop/.  [Lat.  pál- 
pebra, áepalpare,  tocar  brandamente,  amei- 
gar.) capella  do  olho,  prolongação  da  pelle 
que  cobre  e  protege  o  olho  cerrando- se  :  — 
superior  ou  inferior. 

PALPITAÇÃO,  s.  f.  [LrI.  palpitatío,  nií)  mo- 
vimento tremulo  dos  músculos.  Diz-seprin- 
cipalmente  do  coração,  v.g.  ter,  sentir  pa/- 
pitações. 

PALPITANTE,  ãdj .  dos  2  g.  (Lat.  palpitans, 
tis,  p.  a.  áv.palpitere)  qne  palpita,  «.^í.  en- 
tranha, peito,  coração,  membros  — s. 

PALPITAR,  V.  n.  (Lat.  palpitare,  frequent. 
áepalpare,  palpar.)  soíTrer  movimento  tre- 
mulo ou  convulsivo  nos  músculos,  nas  entra- 
nhas, na  respiração,  cj;.  «  Víam-se-lhepa/- 
pitando  os  míollos.  »  Barros.  «  D'outros  as 
entranhas  palpitando.  »  Camões. 

PALRA,  s.  f.  V.  Parola. 

PALRADO,  A,  p.  p.  de  pairar,  fallado  n:ui- 
to,  parolado. 

PALRADOR,  s.  w.  V.  Fallador,  Parolei' 
ro. 

PALRAMENTO,  s.  m.  V.  Parlamento. 

PALRAR,  v.n.  (contracção  de  parolar,  ou 
doFr.  ant.  pa//cr,  fallar,  discorrer.)  (famil.) 
parolar,  fallar  muito,  tagarelar  *,  parolar  para 


impor  e  illudír ;  descobrir  o  segredo ;  (fig.) 
chilrar,  gorgeíar  (o  pássaro),  v.g.  -^  o  es- 
torninho. — ,  V.  a.  (ant.)  dizer,  publicar, 
patentear,  ex.  «Os  olhos  pa/raw  os  segredos 
da  alma.  »  Eufr. 

PALRARiA,  s.  f.  (des.  aHa)  o  vicio  de  ser 
palreiro,  fallador ;  fallatorio,  parola,  garru- 
lice. 

PALRATORio,  s.  m.  V.  Pavlatorio. 

PALREiRAMENTE,  udv.  {mente  suíf.)  como 
gárrulo. 

PALREIRO,  A,  adj.  fallador,  gárrulo,  que 
não  guarda  segredo.  Usa-se  s.  m.  Éum — , 
gárrulo.  O  —  faz  seu  amigo  mudo.  Os  — s 
passarinhos,  gárrulos. 

PALRiSQUEiRO.  V.   Palreíro. 

PALRONio,  s.  m.  V.  Palreiro. 

PALUD,  (geogr.)  villa  de  Hispanha  ,  a  5 
léguas  ME.  de  Orange ;  2,313    habitantes. 

PALUDAMENTO,  s.  m.  (Lat.  paludamentum) 
(hist.  ant.)  vastido  branco  ou  côr  de  purpu- 
ra de  que  usavam  os  generaes,  cônsules  ro- 
manos, e  depois  os  imperadores. 

PALUDE,  s.  f.  (Lat.  palas,  dis.)  V.  Alagoa. 

PALUDOSO,  A,  adj.  [LSii.  paludosus,  de  pa- 
lus,  dis,  lagoa,  pântano)  pantanoso,  alaga- 
diço, apaulado. 

PALUSTRE,  adj.dos2g  {i&i. palusíer]  das 
lagoas,    que  as  frequente ,  v.  g.  aves  — s. 

PAM,  s.  m.  V.  Pão. 

PAMAS,  (geogr.)  aldeia  da  província  de  Ma- 
to Grosso,  no  Brazil,  na  margem  direita  do 
rio  Madeira,  perto  do  salto  Giráo. 

PAMBAMARCA,  (googr.)  monle  dd  Nova  Gra- 
nada, a  8  léguas  N.  de  Quito. 

PAMBU,  fgeogr.)  pequena  villa  da  provín- 
cia da  Bahia,  no  Brazil  na  comarca  de  Ja- 
cobina, na  margem  esquerda  do  rio  do  São 
Francisco,  22  léguas  acima  da  cachoeira  de 
Paulo-AíTonso,  1,200  habitantes. 

PAii'ERS,  (geogr.)  cidade  de  França  a  5 
léguas  e  meia  N.  de  Foix,  sobre  o  Ariege ; 
6,y00  habitantes. 

PAMiso,  (geogr.)  nome  de  três  pequenos 
rios  da  Grécia  antiga,  dois  na  Messenia  , 
lançavam  se  no  golpho  deste  nome,  e  um 
na  Thessalia  aíílaente  do  Penêo. 

pAMLico-souND,  (gcogr.)  golpho  dos  es- 
tados Unidos,  na  Carolina  do  Norte. 

PAMPANADA,  s.  f.  {pampano,  des.  s.  ada.) 
(chulo.)  cousa  van,  sem  fundamento,  appa- 
rencia  van,  como  a  dos  pâmpanos  sem  uva. 

PÂMPANO,  s.  m  (pron.  o  accento  na  pri- 
meira, as  outras  breves  e  surdas:  Lat.pam- 
pinus,  do  Gr.  poa-amphi-oínem,  herva  em 
torno  da  vinha)  sarmento  novo,  pimpolho  da 
"vide  ;  parra,  folhada  videira.  — ,  peixe  pe- 
queno da  feição  da  choupa.  —  dacannade 
açúcar,  a  planta  mui  grossa,  com  demasia- 
do viço  e  aguada,  que  faz  pouco  emáo  açú- 
car. 

YOL.  IV. 


PAMPAS,  (geogr.)  vastas  planícies  da  Ame- 
rica do  Sul,  extendem-se  na  parte  meri- 
dional do  governo  de  Buenos-Ayres,  desde 
o  Rio  da  Prata  até  junto  das  Andes.  São 
habitadas  pelos  Gaúchos ,  d'origem  hispa- 
nhola. 

PAMPAS  DEL  SACRAMENTO,  (geogr.)  nome 
dado  ás  vastas  planícies  situadas  no  N..  do 
Peru,  a  E.  da  intendência  do  Truxillo.  Des- 
cobertas em  1726. 

PAMPELONNE,  (geogr.)  cidade  de  França  a 
6  léguas  KE.  d'Alby ;  2.000  habitantes. 

pampelona,  (geogr  )  Pompeiopolis,  Pam- 
pelo,  cidade  de  Hispanha,  capital  da  in- 
tendência doste  uome  o  da  capitania-go- 
neral  da  Navarra,  sobre  o  Arga,  a  80  lé- 
guas NE  de  Madrid;  15,000  habitantes.  A 
intendência  de  Pamplona  é  o  mesmo  terre- 
no que  a  antiga  Navarra. 

PAMpriiLio,  (h.  n.)  género  de  insectos  da 
ordem  dos  Hymenopteros,  secção  dos  Tere- 
brantes  família  dos  Porta-Serras. 

PAMPHYLio,  (hist.)  pmtor  grego,  nasceu  na 
Macedónia,  vivia  no  reinado  dePhílippe,  no 
IV  século  antes  de  Jesu-Cliríslo.  Fundou  a 
escola  sycyoníana  ,  e  foi  mestre  d'Apelles. 
Também  era  bom  mathematico. 

PAMPHYLIO  (S.),  (hist  )  de  Beryto,  substi- 
tuiu Origenes  na  direcção  da  escola  d'Ale- 
xandria,  fundou  outra  escola  em  Cesárea  da 
Palestina  ;  soíTreu  o  martyrio  em  309.  E' 
commemorado  no  1.°  de  junho. 

PAMPHYLIO,  (geogr.)  primitivamente  Mop- 
sopia,  hoje  parte  U.  do  pachalik.  de  Itchií  e 
parle  SE.  da  Anatólia,  região  da  Ásia  Menor 
ao  S, sobre  o. Mediterrâneo  entre  a  Lycia  e  a 
Cicilia  Era  limitada  ao  N.  pela  Pisidia. 

PAMPILHO,  s.  m.  (do  mesmo  radical  que 
pâmpano,  pela  semelhança  ao  pimpolho.) 
garrocha,  aguilhada  curta  de  picar  o  gado, 
haste  com  ferrão  ;  olho  de  boi,  espécie  de 
parietaria,  herva. 

PAMPILHOSA,  (geogr  )  villa  e  freguezia  de 
Portugal  no  districto  de  Leiria,  donde  dista 
14  léguas  a  NE.,  e  1  ao  N.  do  Zêzere,  2,500 
habitantes. 

PAMPiNEO,  A,  adj.  Lat.  pampineus]  de  pâm- 
panos, das  vides. 

pampinoso,  a,  adj.  [Lat.  pampinosus)  cheio 
de  pâmpanos,  coberto,  ornado  de  parras,  v. 
g.  as — s  vides;  o  —  outono. 

PAMPLONA,  (geogr.)  cidade  da  America  do 
Sul,  capital  da  província  do  mesmo  nome, 
sobre  o  Zulia,  a  107  léguas  NE.  de  Bogotá  ; 
3,200  habitantes.  A  província  de  Pamplo- 
na é  uma  das  4  da  divisão  de  Boyaca  ; 
conta  78  OOO  habitantes. 

PAMPOLHO,  s.  m.  V.  Pimpolho. 

PAM-PORCINO,  s.  m.  V.  Pão  de  porco. 

PAMPOSTO,  s   m.  nome  de  uma  planta  (ena 
Lat.  caltha)  malmequer  amarello. 
21 


m 


vÈ 


PAN,  (myth.)  deus  grego,  filho  de  Júpiter  e 
de  Calisto,  presidia  aos  rebanhos  e  aos  pas- 
tos, e  passava  pelo  inventor  da  charamela. 
Namorado  da  nympha  S^riux,  deu-se  a 
perseguil-a  e  teve  o  desgosto  de  a  vêr  mu- 
dada em  orvalho  quando  ia  agarral-a.  is&o  foi 
mais  feliz  com  a  nympha  Echo.  Representa- 
se  Pan  com  pés  de  bode  e  coberto  com  o  pello 
do  mesmo  animal.  Dá-se-lhe  por  cortejo  se- 
res da  mesma  forma,  chamados  pans,  panis- 
cos  ou  ógipans,  isto  é  Pans-cabras  (do  nome 
de  Pan  edo  grego  aiges^  cabras).  O  Fauno 
dos  Latinos  parece-se  muito  com  o  Pan  dos 
Gregos.  Na  Arcádia  é  que  Pan  era  muito  ve- 
nerado. As  suas  festas  chamavam  se  Lyceas 
e  em  Roma  Lupercaes. 

PANACÉA,  s.  /".  (do  Gr.  pan,  tudo,  e  akos, 
remédio)  (med.)  remédio  contra  todas  as 
doenças,  universaes. 

PANACÉo,  s.  m.  panacéa ;  herva  cura-tu- 
do. 

PANACÚ  OU  PANACUM,  s.  m.  (t.  Brasil.,  pa- 
nicUf  na  lingua  dos  indígenas)  espécie  de  ces- 
to comprido  com  as  bordas  voltadas  para 
dentro. 

PANADURA,  s.  f.  (do  Fr.  panneaUj  pao,  es- 
taca mettida  em  encaixe)  eixo  de  moenda 
de  açúcar. 

PAN^cio,  (hist.)  philosopho  stoico,  nas- 
ceu em  Rhodes  no  anno  190  antes  de  Jesu- 
Christo,  florescia  no  anno  150.  Estudou  pri- 
meiramente em  Athenas  com  Zenão,  ao  qual 
succedeu  na  cadeira  do  Pórtico,  depois  esta- 
beleceu-se  em  Roma,  onde  abriu  uma  escola 
frequentada  pelos  mancebos  de  maior  distinc- 
ção.  Compoz  diíTerentes  obras,  entre  ellas  um 
tractado  dos  Deveres ;  um  livro  das  Sei- 
tas. 

.  PANAL,  *.  m.  (des.coUect.  a/)pannocheio 
de  palha;  panno  de  tender  o  pão.  Dar,  em- 
purrar o  — ,  (fig.  e  famil.)  descarregar  so- 
bre outrem  o  peso  de  cousa,  de  negocio  in- 
commodo. 

PANAMÁ,  (geogr.)  cidade  da  America  do 
Sul,  capital  da  província  do  mesmo  nome,  e 
de  toda  a  divisão  do  isthmo,  no  fim  de  uma 
vasta  bahia  sobre  o  Oceano  Pacifico  ;  12,000 
habitantes.  A  província  de  Panamá,  uma  das 
duas  províncias  da  divisão  do  isthmo,  sobre 
os  dous  Oceanos,  ao  S.  deGuatimala,  conta 
60,000  habitantes. 

PANAVA  (isthmo  de),  (geogr.)  isthmo  que 
junta  as  duas  Américas.  E'  tão  estreito  em 
alguns  sitios  que  se  empreendeu  fazer  sobre 
elle  um  caminho  de  ferro. 

PANARIA,  s.  f.  (des.  ária)  (ant.)  tulhas, 
almazens  de  recolher  o  trigo  ou  farinhas 

panarício,  s.m.  [Fr.panaris,  Lai.  pana- 
ritiuSj  alterado  do  Gr.  paronykhia,  de  para, 
juDto,  e  onyx^  unha)  tumor  mui  doloroso 
junto  á  raiz  das  unhas. 


PAU 

PANARIO.  í.  m.  V.  Panasqueira. 
PANARO,  {geog.)\ScuUena,  rio  de  Itália,  sae 
dos  Apeninos,  separa  o  Estado  da  Igreja  do 
ducado  de  Modena,  e  lança-se  no  lo  pela 
margem  direita.  Tinha  dado  o  seu  nome  a 
um  districto  do  reino  de  Itália  de  Napoleão, 
o  qual  tinha  por  capital  Modena. 

PAKASco.  s.  m.  espécie  de  herva  de  pas- 
to. 

PANASQUEIRA,  s.  f.  campo  em  que  ha  pa- 
nasco, terra  de  pasto,  de  hervaçaes. 

PANATHENEAS,  (hist.)  Panath(Bncea  (de  pan 
tudo,  e  Athene,  Minerva,  ou  Athcencea  festas 
de  Minerva)  grande  festa  atheniense,  cele- 
brada em  honra  de  Minerva.  Instituída  por 
Erichthonius  em  1495,  antes  de  Jesu-Christo 
recebeu  novo  lustro  de  Theseo,  que  fez  de 
Minerva  a  deusa  de  toda  a  Attica  e  da  sua 
festa  o  logar  de  reunião  de  todos  os  povos 
deste  paiz.  Depois  houveram  às  grandes  e  pe- 
quenas Panathenéas.  As  primeiras  celebra- 
das de  4  em  4  annos  ;  as  segundas  todos  os 
annos.  Desenvolviam  nestas  festas  um  luxo 
extremo;  a  principal  cerimonia  ora  a  pro- 
cissão do  peplum  ou  \eo  de  Minerva  ;  depois 
seguiam-se  as  lampadodromias  (carreiras 
com  fachos  na  mão)  jogos  gymnaslicos  re- 
presentações, e  finalmente  banquetes  pú- 
blicos. 

PANATi,  (geogr.)  tribu  de  Índios  que  vi- 
viam na  serra  que  d'elles  retém  o  nome. 

PANATí,  (geogr.)  serra  da  província  do  rio 
Grande  do  Norte,  no  Brazil,  no  «Uslricto  da 
villa  do  Porto  Alegre. 

PANAY,  (geogr.)  uma  das  ilhas  Pbilippi- 
nas :  2o6,000  habitantes  Papus,  Byssayos. 
Residência  de  nm  governador  hispanhol. 

PANCAA,  s.  f.  (obsol.)  rolo  de  páo  que  se 
mette  por  baixo  de  cousas  pesadas  para  fa-f. 
cilitar  a  sua  condução  de  um  lugar  para  ou- 
tro. 

PANCADA,  s.  f.  (em  Gallego  significa  pon- 
tapé) golpe  |com  páo,  e,  por  ampliação,  gol- 
pe com  a  mão  com  qualquer  arma  contun- 
dente e  não  cortante,  ou  co'ii  a  parte  d'ella 
que  não  talha  ;  (fig.)  golpe,  lance  adverso  ou 
repentino-  Dar  — s,  espancar.  Levar  — s, 
recebe-las.  Uma  —  d' agua,  chuva  grossa  e 
repentina.  —  de  dinheiro,  grande  quantia 
ganhada  ou  perdida  de  repente.  Miollo  que 
já  traz  — ,  eivado,  meio  louco.  De  — ,  (loc. 
adv.)  de  repente  ;  inconsideradamente.  A  — , 
a  um  tempo,  juntamente.  Andavam  á  — , 
ou  ás  — s,  brigando. 

PANCADiNHA,  s  f.  diminut,  de  pancada, 
toque  ligeiro. 

PANCARPiA ,  s.  f.  (do  Gr.  pan,  tudo,  e 
karpos,  fructo,  e  carpo,  articulação  do  pu- 
nho.) Este  termo  significou  a  princípio  col- 
lecção  de  fructos,  depois  collecção  de  flores,, 
e  fig.  coroa  de  flores  litterarias,  miscellaaea,  ^ 


.N-it' 


PAU 


m 


»i 


nnica  accepção  em  que  nós  o  usamos.  Emfim 
também  significou  combate  de  homens  no  cir- 
co contra  toda  a  sorte  de  animaes. 

PANCARPO,  s.  m.  combate  de  homens  con- 
tra animaes.  V.  Pancarpia. 

PANÇA,  s.  f.  (Lat.  paníea:,  Fr.  ant.  pance, 
mod.  panse.)  V.   Ventie,  Barriga 

PANCHA.  V.  Prancha. 

PANCHAiA,  (geogr.)  parte  da  Arábia  Feliz, 
muito  afamada  entre  os  antigos  pela  quanti- 
dade de  perfumes,  que  produzia  ;  era  na  Sa- 
bêa,  sobre  o  golpho  Pérsico. 

PANCHARATi,  s.  w.  (t.  da  Asia  Poflugue- 
za,  de  pancha,  cinco,  em  Sanscr.  e  Hindu, 
e  rati,  estipular.)  prazo  de  cinco  dias,  em 
que  se  dá  aviso  que  se  hão  de  fazer  as  ar- 
rematações nas  terra  j  de  Salsete. 

PANCHREAS.  V.  Pancrcas. 

PANCHYMAGOGO ,  s.  fu  (do  Gr.  pau ,  tu- 
do, kheô,  dissolver,  espalhar,  ear/d,  provo- 
car.) (med.  hoje  desusado.)  purgante  que 
evacua  todos  os  maus  humores. 

PANCiAT',(hist.)  poderosa  fa  mil  ia  de  Tos- 
cana, estava  á  frente  dos  Gibelinos  de  Pistoia. 
Baniu  os  Tedici ,  que  tinham  vendido  esta 
cidade  a  Castruccio  Castraconi ,  e  concluiu 
em  1327  um  tractado  com  Florença,  era  vir- 
tude do  qual  Pistria  tornava-se,  com  o  ti- 
tulo de  amiga,  dependente  de  Florença  e 
recebia  guarnição  florentina. 

PANCiROLi,  (hisl.)  escriptor  italiano,  nas- 
ceu em  lb23,  morreu  em  1599.  Publicou, 
entre  outras  obras  importantes  :  Commen- 
tarius  in  Notitiam  de  utriusque  imperii 
magistratibus  ;  De  claris  júris  interpreti- 
bus ;  De  rebus  inventis  et  perdiíis. 

PANCRACio ,  s.  m.  (do  Gr.  pan,  tudo,  e 
kralos,  força.)  exercícios  gymnasticos  da  lu- 
cta  epugillato. 

PANCRACIO,  s.  m.  espécie  de  ceboUa  al- 
yarran. 

PANCRATiuM,  (bot.)  gencpo  de  plantas  da 
família  das  Narcisseas  e  da  Hexandria  Mo- 
nogynia. 

PÂNCREAS,  s.  in.  (Lat.,  do  r.r.  pan,  to- 
do, e  kreas,  carne.)  (anat.)  órgão  lobuloso 
de  côr  amarellada,  situado  no  epigastrio,  de- 
baixo do  estômago,  na  espessura  do  meso- 
colon. 

PANCREATico,  A,  adj .  (auat.)  do  pâncreas. 

PAND.íMONiUM,  (hist.)  uome  dado  por  Mil- 
ton á  assembleia  dos  demónios  e  ao  logar 
da  sua  reunião. 

PANDALO  (h.  n.)  género  de  Crustáceos  da 
ordem  dos  Uecapodes,  famiha  dos  Macrou- 
res,  tribu  dos  Salicocos. 

PANDARANE ,  s.  m.  paragem  da  costa  do 
Malabar  cheia  de  ilhotas,  onde  os  Portu- 
guezes  desbarataram  a  armada  do  rei  de  Ca- 
lecut ;  daqui  veiu  a  expressão  :  dar  com  tudo 
ém  íandaranCt  estragar,  desbaratar  tudo. 


PANDARO,  (hist.)  filho  do  Troiano  Lycaon  e 
amigo  de  Paris,  era  um  dos  mais  bravos 
guerreiros  do  exercito  de  Priamo  durante  o 
cerco  de  Tróia.  Impaciente  por  combater 
violou  as  tréguas  concluídas  entre  os  Troia- 
nos e  Gregos,  atirando  um  dardo  sobre  Me- 
nelao.  Foi  pouco  depois  morto  por  Diome- 
des. 

PANDATARiA  ,  (geogr.)  Veudotiene,  ilhota 
do  mar  Tyrrhio,  defronte  do  Cabo  de  (]ir- 
cé,  era  um  dos  logares  d'exilio  no  tempo  do 
império.  Foi  nesta  ilhota  que  morreram  des- 
terradas Júlia,  filha  de  Augusto,  Aggripina, 
e  Octavia  filha  de  Cláudio. 

PANDEAR ,  V.  a.  (Lat.  pando.  ere.  abrir, 
patentear.)  bojar,  iuchar,  como  o  vento  quan- 
do enfuna  as  velas. 

PANDECTAS,  s.  f.  (Lat.  pandect<2,  do  Gr. 
pan  ,  tudo,  e  dekhomai,  tomar.)  obra  que 
trata  de  diversas  matérias,  como  a  que  com- 
poz  Tiro,  liberto  de  Cícero,  Depois  appli- 
cou-se  ao  Digesto  ou  corpo  das  leis  roma- 
nas, colligido  por  ordem  de  Justiniano. 

PANDEiREiRO,  s.  Hl.  /'dos.  eiro.)  O  que  faz 
pandeiros ;  o  que  toca  pandeiro. 

PANDKiRiNHO,  s.  TO.  diminut.  de  pandei- 
ro. 

PANDEIRO,  5.  TO.  (talvez  do  Fr.  pandore, 
instrumento  antigo  de  musica,  espécie  de 
alaúde,  do  Gr.  pandoúra.)  instrumento  mu- 
sico formado  de  udi  aro  de  madeira  com 
soalhas,  enfiadas  em  arames  dispostos  em 
vãos  na  altura  do  aro;  agita- se  com  a  mão 
direita  ,  fazendo  bater  as  soalhas  de  latão 
umas  nas  outras,  e  de  quando  em  quando 
batendo  com  o  instrumento  na  palma  da  mão 
esquerda.  Faltar  como  um  — ,  sem  tom  nem 
som,  sem  dizer  cousa  que  valha.  Em  boas 
mãos  está  o  -  -,  isto  é,  em  mãos  de  quem 
dará  boa  conta  do  negocio  que  se  lhe  con- 
fiou. 

paNdepour,  (geogr.)  cidade  da  índia  an- 
tiga, sobre  o  Bimah ;  a  7õ  léguas  SE.  de 
Ponnah;  15,000  habitantes. 

PANDERETA,  s.  f.  [io  \.&t.  pandcre,  àbrlv.) 
aberta.  Tosquiar  ás  — s,  deixando  claros  ou 
desigualdades  em  carreiras  no  pello  ou  cabei- 
lo.  Serviços  alinhavados  ás — s,  mal,  como 
cabello  mal  tosquiado. 

PANDiLHA,  s.  f.  (do  Gr.  joan,  tudo,  6 drf- 
los,  dolo,  fraude.)  concerto  entre  varias  pes- 
soas para  fraudar,  roubar  alguém,  principal- 
mente ao  jogo. 

pANDiLHEiRo,  s.  TO.  (des.  eiro. )  0 quB  faz 
pandilha  ao  jo^o,  gatuno. 

PANDioN,  (hist.)  rei  d'Athenas,  que,  se- 
gundo a  tradicção,  instituiu  as  Pandias , 
festas  de  Júpiter  [Zeus,  Dios)  commum  a 
todos  [pantes]  os  habitantes  da  Attica,  era 
filho  e  successor  d'Erichthonius,  e  foi  pai 
d'Esechthêo,  de  Progné  e  de  íhilomela; 


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reinou  de  1556  al525antesde  Jesu-Chris- 
to,  e  venceu  o  rei  de  Thebas,  Labdaco. 
tJm  outro  Paadion  subiu  ao  trono  d'Athe- 
nas  em  140j,  e  foi  banido  depois  de  24 
annos  de  reinado  pelos  Métionides,  Foi  pai 
de  Egêo,  que  subiu  ao  trono  do   Atbenas. 

PANDiON  (reino  de) ,  (geogr.)  Pandionis 
regnum,  paiz  da  índia  além  do  Ganges , 
sobre  a  costa  occidental,  provavelmente  no 
Kaenatic  actual  e  nos  arredores  de  |  Ma- 
thonra  e  Marava.  E'  provável  que  os  seus 
limites  variassem  e  que  se  extendessem 
muito  pelo  interior.  A  fama  do  reino  de 
Pandion  espalhou-se  até  á  Itália  desde  o 
tempo  de  Augusto. 

PANDiTO,  (bist.)  nome  indio,  que  corres- 
ponde ao  de  doctor,  é  usado  pelos  Brabmi- 
nes  que  se  destinam  ao  ensino. 

PANDJNAD,  (geogr.)  grande  corrente  de 
agua,  aííluente  deSuid,  é  formado  da  reu- 
nião de  quatro  grandes  rios ,  que  com  o 
Sind,  regam  o  Pendjab.  Estes  rios  são  o 
Djelam  ou  Behah  (o  Hydaspe  dos  antigos), 
o  Tcbennab  [Acesines],  o  Rovei  (Hydraote), 
e  o  Setledje  ou  bharra  [Hyphase], 

PANDO,  A,  adj.  {Lai.  pandus.)  aberto,  bo- 
judo, enfunado.  As — s  azas.  As  velas — s, 
enfunadas,  incbadas  pelo  vento.  Cavaí/o — , 
que  tem  o  espinbaço  concavo,  curvado  pa- 
ra dentro,  sellado  (como  se  diz  vulgarmen- 
te). 

PANDOLPHO  I ,  (hist.)  chamado  o  Cabeça 
de  Ferro,  principe  de  Capua,  filho  e  suc- 
cessor  de  Landolpho  IV,  reuniu  ao  seu  do- 
mínio as  cidades  de  Benevente,  Capua,  Sa- 
lemo,  Camerino,  Spoleto,  teve  guerra  com 
os  Gregos,  que  o  bateram  em  Bovino  e  o 
aprisionaram ;  quando  recobrou  a  liberda- 
de, vingou  os  ataques  que  os  Napolitanos 
tinham  dirigido  contra  os  seus  Estados,  ein 
quanto  estivera  ausente  e  morreu  em  981. 
Quatro  príncipes  do  mesmo  nome  remaram 
em  Capua. 

PANDORA,  (myth.)  nome  da  primeira  mu- 
lher, segundo  a  mythologia  grega.  Foi  mo- 
delada por  Vulcano,  animada  por  Minerva, 
dotada  de  todas  as  qualidades  pelos  deuses, 
dos  quaes  cada  um  lhe  fez  um  dom  (esta 
a  origem  do  seu  nome,  pan  tudo ;  doron 
dom),  depois  foi  enviada  por  Júpiter  a  l'ro- 
motheo  com  uma  boceta,  em  que  estavam 
enterrados  todos  os  males.  Promolheo,  des- 
confiando de  alguma  traição,  recusou  Pan- 
dora e  os  seus  presentes ;  mas  Epimetheo, 
seu  irmão,  tomou-a  por  esposa,  abriu  a  bo- 
ceta e  deu  assim  saída  a  todos  os  males. 
Não  ficou  no  fundo  da  boceta  senão  a  es- 
perança. A  invasão  de  todos  os  males  sobre 
a  terra  fez  nascer  o  século  de  ferro. 

PANDORGA,  s.  f.  (do  LSit.pando,  ere,  abrir, 
e  owres,  ouvidos,  ou  Gr.  orgaô^  excitar,  ajpij- 


mar.)  musica  ruidosa  de  mtiiiosinslrUDàen- 
tos  ;  (fig  )  cousa  descompassada.  — ,  homem 
ou  mulher  que  tem  granae  barriga,  pansudo. 
Sendo  homem,  é  s.  m.  Vm  — . 

PANDOStA,  (geogr.)  cidade  do  Epiro ,  ao 
S.  sobre  os  confins  da  Molossida  e  da  Thes- 
protia  ,  sobre  um   rio  chamado  Acheronte. 

PANDOUR,  (geogr.)  villa  da  Hungria,  a  9 
léguas  S.  de  Kelotza ;  os  seus  habitantes 
primeiramente  empregados  na  perseguição 
dos  ladrões,  depois  arregimentados  em  cor- 
pos francos,  fizeram  dar  o  nome  de  Pan- 
dours  aos  diversos  corpos  francos,  que  ha- 
via na  Áustria. 

PANDOus  ou  PANDA VAS,  (myth.)  ciuco  ir* 
mãos  celebres  na  mythologia  india,  os  quaes, 
segundo  o  Mahabharata,  disputaram  o  tro- 
no da  Índia  aos  Kousous,  seus  primos,  e 
a  final  venceram-os  com  a  protecção  de 
Krichna. 

PANGEO.  (geogr )  hoje  montes  Castagnats^ 
pequena  cordilheira  de  montanhas  na  Thra- 
cia,  une  oUhodopoao  Hemus.  É  delias  que 
sae  o  Neslo.  Contém  minas  de  ouro  e  de 
prata. 

PANGOTAKi  (hist.)  vulgarmonto  Panagiotés 
de  uma  das  famílias  gregas  chamadas  Fa- 
nariotes,  foi  o  priratiiro  drogman  da  Porta. 
Deixou  uma  Confissão  de  fé  orthodoxa  das 
igrejas  catholicas  do  Oriente. 

panegírico.  V.  Panegyrico. 

PANEGYRico,  s.  m.  (do  "ir.  pan,  tudo,  e 
aghyris,  assembléa.)  festas  ou  feiras  em  que 
se  celebravam  jogos  a  que  concorriam  os  po- 
vos visinhos,  na  antiga  Grécia.  — ,  poema, 
discurso  em  louvor  de  alguém,  como  era  cos- 
tume pronunciar  nas  ditas  festas;  elogio,  ora- 
ção laudatoria. 

PANEGYRICO,  A,  adj .  laudatorio,  v.  g.  ser- 
mão, oração  — . 

PANEGYRis,  s.  íH.  V.  Pauegyrico. 

pANEGYRiSTA,  s.  w.  (dos.  Í5ía.)  O  que  faz 
um  panegyrico. 

PANEGYRiZAR ,  V.  a.  (des.  izar.)  louvar , 
elogiar,  exaltar,  com  panegyrico,  v.  g. — 
as  virtudes,  os  talentos,  o  patriotismo. 

PANEiRO,  s.  m.  (Fr.  panier ,  oesto,  Lat. 
panarium,  de  pauis,  pão.)  (artilh.)  cesto  de 
vimes  cora  azas,  da  forma  da  alma  do  pe- 
dreiro, no  qual  se  mette  cheio  de  pedras. 

PANELLA,  s.  f.  (do  Lat.  pausa,  de  pan- 
dus,  bojudo,  e  olla,  panella.)  pote,  vaso 
bojudo  de  barro  ou  de  metal  para  cozer  ao 
lume  comida  diária  e  para  outros  usos;  (fig.) 
a  olha,  e  comida  diária,  v.  g.  caldo  da — . 
Assucar  — ,  de  mui  baixa  qualidade. 

PANELLiNHA,  s  f.  diminut.  dcpanella.  Fa-. 
zer  —  com  alguém,  (loc.  famil.)  associar-so 
para  murmurar,  maldizer  ou  intrigar, 

PAHiTE,  s,  m.  diminut.  (ant.)  de  pão. 

pahete;,  *.  f».   (arit.)  diminut.  de  pano. 


PáK 


í*ítAn 


Í9 


trapo.  — Sj  pi.   trapos,  farrapos.    Tomar  o 
— ,  (phr.  vulg.)  fugir. 

PANETELA,  s.  f.  ((lo  Lat.  pauis,  pão)  so- 
pas ou  papas  doces  de  pão  ralado  ou  de  mi- 
gas de  pão. 

PANGAio,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  embarcação  de 
remo,  espécie  do  canoa  q^ue  se  rema  com 
remo  de  pá,  e  é  cosida  com  cairo. 

PANGAJÔA,  *.  f.  embarcação  da  Ásia,  de 
remo. 

PANGiM,  (geogr.)  cidade.  V.  Goa. 

PANGOÉ,  (geogr.)  praso  da  coroa  porlu- 
gueza  no  districto  de  Sofalla,  que  tem  uma 
eslensão  de  três  léguas,  pouco  mais  ou  me- 
nos sobre  quasi  metade  de  largura. 

PANHA.  V.  Paina. 

PANiio ,  s.  m.  (ant.)  V.  Pano  ou  Pan- 
no. 

PANiANY  ,  (geogr.)  cidade  da  índia  ,  na 
embocadura  do  Vaniany  no  mar  das  índias, 
a  15  léguas  SE.  de  Caiicut. 

PAWiCAL ,  s.  m.  (t.  da  Ásia.)  mestre  de 
esgrima  dos  Waires. 

PANiCALE,  s.  m.  (termo  da  Ásia.)  doença 
frequente  na  índia ,  que  faz  inchar  os 
pés. 

PANÍco ,  s,  m.  diminut.  de  pano,  pano 
de  linho  ou  de  algodão  mui  fino.  —  rei,  pa- 
no mui  fino  de  algodão  da  índia.  Hoje  dize- 
mos paninho. 

PÂNICO,  A,  adj.  (pron.  pânico  :  Lat.  pani- 
cus,  que  todos  derivam  de  Pau,  deus  dos  bos- 
ques, cuja  voz  assustava.  Talvez  venha  de 
jpan,  tudo,  todos,  e  ekhos,  o  éco,  o  som.) 
Medo,  terror  — ,  súbito  e  sem  causa  suffi- 
cienle ,  v.  g.  o  que  faz  fugir  um  exercito 
pela  crença  errada  que  tudo  está  perdido, 
e  que  o  inimigo  os  tem  cortado. 

-PANicuADO,  A,  adj.  (È  correcto  e  confor- 
me á  etymologia.)  V,  Apaniguado  e  Pani- 
guado. 

PANicuLO  ou  PANNICULO,  s,  ui.  (anat.)V. 
Tez. 

PANiGAROLA  ,  (hist.)  pregador  de  Milão  , 
nasceu  em  i54H,  morreu  em  1592.  Além 
dos  seus  Sermões  deixou  um  Traclado  da 
eloquência  do  púlpito,  intitulado  //  predi- 
catore. 

PANiGUADO,  A,  adj.  (do  Lat.  poíiw,  pão,  6 
agua,  des.  adj.  ado.)  que  recebe  ração,  sus- 
tento de  alguém,  que  come  o  seu  pão;  pessoa 
da  obrigação ,  e  fig.  do  partido  de  outra ; 
cliente  entre  os  Romanos.  «  Seus  cazeiros, — s 
e  servidores.  »  Ord  Man, 

PANioNiuM ,  (hist.)  nome  dado  á  confe- 
deração jonia  e  ao  iogar,  onde  se  reuniam 
os  seus  deputados. 

PANIPOT  ou  PANiPET,  (gcogr.)  cidado  da 
índia  logleza ,  a  20  léguas  NO.  de  De- 
Ihi. 

PANissiERES,  (geogr.)  cidade  de  França  a 

TOL.  lY. 


3  léguas  e  meia  NE.  de  Feurs;  3,780  ha- 
bitantes 

PANNAH,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingle- 
za,  a  8  léguas  SE.  de  Tchatlerpour. 

PANNAR  ou  PENNAR,  (gcogr.)  rio  da  ín- 
dia, nasce  a  5  léguas  N.  de  Nondy-Urong, 
no  Maissour,  corre  ao  SE.  atravessa  o  Ba- 
laghat  e  o  Karnatic  e  cae  no  golpho  de 
Bengala. 

PANNATi,  (geogr.)  serra  limitroplie  das 
províncias  de  Parahiba  e  do  rio  Hrande  do 
Norte,  no  Brazil. 

PANNiNHO,  s.  m.  diminut.  de  pano,  pa- 
no de  algodão  fino  da  índia,  de  Inglaterra, 
ele.  Um  — ,  pano  pequeno  de  linho  ou  algo- 
dão. 

PANNO,  s.  m.  [Ldit.  pannus,  de  pando,  ere, 
mostrar,  abrir,  estender.)  tecido  de  fios  de  li- 
nho, algodão,  lã,  pello,  etc,  para  roupa  de 
corpo  e  mesa ,  vestido  e  outros  usos.  —  , 
(naut.)  as  velas.  Meter  mais  — ;  a  todo  o  — , 
com  todas  as  velas  soltas,  e  fig.  pondo  todo  o 
esforço.  Dar,  aguantar  o  pano.  Estar  ou 
pôr-se  ao — ,  capa,  pairar;  (fig.)  ficar  neu- 
tral, esperando  o  successo.  — ,  (fig.)  vesti- 
do, roupas.  Trazer  —  de  alguém,  vestir  a 
farda  ou  libré,  ou  receber  delle  o  vestuário. 
— s  ordinados,  hábitos  de  frades  e  de  cléri- 
gos. —  longos,  haÉitos  talares.  —  de  segu- 
rança, habito  de  ordem  religiosa.  —  largos, 
roupas  mui  largas.  Ser  todo  de  um — ,  (fig.) 
igual,  sem  mistura,  t?.  ^.  de  palavras  ou  lo- 
cuções estrangeiras,  fallando  de  obra  littcra- 
ria.  — ,  (fig.)  diz-se  de  cousa  que  tapa,  co- 
bre, tolda,  tira  a  transparência. — dos  o  lhos  ^ 
névoa^  belida.  —  do  vidro,  humidade  con- 
densada que  o  empanna.  — ,  nódoas  escu- 
ras que  vem  á  pelle  de  mulheres  prenhes, 
e  em  varias  doenças.  —  do  muro,  lanço  del- 
le. —  de  apanhar,  nas  chaminés  ,  é  o  que 
descansa  sobre  a  verga.  —  estendido ,  6  o 
interior  da  parede,  do  lar  para  cima.  —  de 
agua,  pancada  delia,  chuva,  repentina  e, 
grossa.  --,  (ant.)  pranchada  com  a  parte 
chata  da  espada.  —  de  pintor,  em  queelle 
pinta  o  quadro  (ó  de  brim,  canhamaço,  li- 
nhagem, etc.)  —  s  quenteSf  (fig.)  remédios, 
meios  palliativos.  "  ;  j 

paNjSONia,  fgeogr.)  Pannonia,  hoje  par- 
te da  Áustria,  da  Esclavonia,  da  Croácia,* 
região  da  Europa  antiga,  limitada  ao  N.  e. 
a  E,  pelo  Danúbio,  a  O,  pela  Norica.  Este,. 
paiz  foi   no   1.°  século   dividido  em  duas' 
províncias;  Pannonia   1.*  ou  Alta;  Pan- 
nonia 2.*  ou  Baixa-,  a   1.*  tinha  por  ca- 
pital Petomo  (hoje  Petau) :  a  3.*  primeira- 
mente Aquincum  ,  e  depois  Sirmium.  Os 
primeiros   habitantes    da  Pannonia   foram 
Celtas  de  origem. 

PANOPOLis,  (geogr.)  (istoó,  cidade  dePan)^ 
primitivamente  Chemmis,  hoje  Akmyn,  cvr,, 


w 


MÂJH 


pjyi 


4ade  do  Alto  Egyptb  ,'''fta  direita  do  Nilo, 
entre  l*tolomeida  e  Antoeopolis. 

PANORMA,  (geogr.)  hoje  Palermo,  cidade 
da  Sicília,  na  costa  N,,  fundada  pelos  Phe- 
nicios,  foi  a  capital  da  Sicília  carthagineza. 

PANOURA,  s.  f.  (t,  da  Ásia),  embarcação 
como  galé,  e  mais  alterosa.  —  s.  m.  pi.  (t. 
da  Asia^  grandes  espadas  curvas  que  os  ele- 
phantes  de  peleja  levam  fixadas  nos  dentes. 

PANPHALEA ,  (bot.)  genero  de  plantas  da 
família  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
igual. 

PANSA  (G.  Vibio).  (hist.)  cônsul  no  anno 
43  antes  de  Jesu-Christo  com  Hincío ,  foi 
vencido  diante  de  Modena  por  M.  António 
e  morreu  na  batalha. 

PANTAF AÇUDO  ,  A  ,  adj .  (chul.)  que  tem 
grandes  bochechas.  Do  Gr.  pantos,  genít.  de 
pas,  todo,  e  f açudo. 

PANTALÃo  ,  s.  m.  (do  Ital.  Pantalone  , 
Pantaleão,  nomecommum  entre  os  Venezia- 
nos, a  quem  por  isso  os  outros  Italianos  da- 
vam este  appellido  genérico.)  bobo  de  farças 
italianas.  Veneziano  que  traz  calças  largas  ; 
bobo  das  operas  buffas,  ou  farças  italianas  ; 
(íig.)  pessoa  ridiculamente  jactanciosa,  que 
affecta  ser  homem  de  grande  importância. 

PANTALEÃO  (S.) ,  (hist.)  saucto  veuerado 
pelos  Gregos,  soíTreu  o  martyrio  no  reina- 
do de  Galero  em  303.  É  commemorado  a 
27  de  julho. 

PANTALONAS,  s.  f.  calças  que  descem  até 
aos  tornozelos. 

PANTANA  ,  s.  f.  (de  pântano.)  atoleiro. 
Dar  com  tudo  em  — ,  arruinar-se,  perder  a 
fazenda. 

PANTANAL,  s.  m,  [ai  dcs.  extensiva)  ato- 
leiro espaçoso. 

PÂNTANO,  s.  m.  (pron.  o  accento  na  pri- 
meira :  talvez  do  Lat.  pando,  ere,  estender, 
e  nans,  que  nada;  ou  do  Gr.  pan,  todo,  e  no- 
ieô,  estar  húmido.)  atoleíro,lamarão,  lodaçal, 
tremedal,  terreno  baixo  alagadiço. 

PANTANOSO,  A,  adj.  (dos.  oso.)  em  que 
ha  pântanos,  alagadiço, ,  v.  g.  terras  — s. 

PANTASMA ,  (geogr.)  rio  de  Guatímala , 
corre  a  OSE.,  depois  ao  NE.  e  cae  na  ba- 
hia  dos  Mosquitos, 

PANTELLARiA  OU  PANTALARiA,  (gcogr.)  an- 
tigamente Cosyra,  ilha  do  Mediterrâneo  , 
mais  perto  da  Costa  d'Africa  do  que  da  Si- 
cília, e  todavia  dependente  desta  ;  5,000  ha- 
bitantes, 

PANTENO  (S.),  (hist.)  stoico,  couverteu-se 
ao  christianísmo,  foi  em  179  chefe  da  es- 
cola chrístã  d' Alexandria,  foi  instituído  pelo 
patriarcha  Demétrio  apostolo  das  nações 
orientaes.  fc'  contado  entre  os  doctores  da 
igreja,  e  commemorado  a  7  de  Julho 

PANTHEisMO,  s.  m.  (des.  Wíwo.)  a  opinião 
DU  systema  dos  pantheistas. 


PANTHEiSTA,  *.  m.  (do  Gr.  pan,  tudo,  e 
theos,  deus.)  philosopho  que  crê  ser  o  univer- 
so o  único  Deus. 

PANTHEISTAS,  (híst.)  (de  pan  tudo,  e  théos 
deus)  philosophos  ,  que  reduzem  todas  as 
existências  a  um  só  ente,  que  elles  cha- 
mam Deus;  e,  concedendo  a  todos  os  ou- 
tros seres  uma  realidade  só  apparente,  os 
absorvem  na  substancia  divina.  Attribue-se 
este  systema  aos  mais  antigos  philosophos 
da  índia. 

PANTHEON,  (hist.)  Celebre  edifício  de  Ro- 
ma, construido  nos  tempos  de  Augusto,  á 
custa  de  x^ggripina  ,  no  campo  de  Marte. 
Ainda  que  dedicado  a  Júpiter  Vindicator 
foi  destinado  a  receber  as  estatuas  de  to- 
dos o«  deuses  {pan.  theos).  Foi  restaurado 
por  Adriano.  O  Pantheon  de  Paris,  começa- 
do em  1798  ,  foi  destinado  para  formar  a 
igreja  de  Santa  Genoveva  ;  na  llevolução 
porém  foi  consagrado  a  receber  os  bustos 
dos  grandes  homens  da  França.  Tem  no 
frontispício  esta  inscripção  :  Aos  grandes 
homens  a  pátria  reconhecida. 

PANTHERA,  s.  f  (do  Gr.  pafíthêr ;  pan, 
tudo,  inteiramente,  e  thér,  fera  J  fêmea  do 
leopardo  ou  onça.  Esta  ó  accepgão  do  termo  a 
mais  usual ;  mas  rigorosamente  fallando  a 
panthera  é  espécie  distincta ,  caracterisada 
pelas  malhas  redondas  nas  costas,  e  longi- 
tudinaes  na  barriga.  É  originaria  da  Africa. 

PANTiCAPEO,  (geogr.)  PantícapoBum,  hoje 
Kertch,  cidade  da  Taurida,  sobre  o  Bos- 
phoro  Cimmerio,  era  de  origem  milesia. 

PANTiN,'  (geogr.)  cidade  de  França,  per- 
to do  canal  d'Oureg  ;  1,200  habitantes. 

PANTÓGRAPHo,  s.  m.  (do  Gr.  pantos,  tu- 
do, e  graphô,  traçar.)  instrumento  que  ser- 
ve a  copiar  desenhos  em  ponto  maior  ou  me- 
nor. 

PANTÓMETRA.  V.  Pcmtómetro. 

PANTÓiWETRO,  s.  M.  (Gr.  pantos,  genitivo 
de  pas,  todo,  e  metro  sníí.)  (geom.)  instru- 
mento próprio  a  medir  todos  os  ângulos  e 
distancias 

PANTOMIMA,  s.  f.  drama  representado  por 
gestos,  e  de  ordinário  acompanhada  de  musi- 
ca e  dansa.  — ,  gesticulação  expressiva  dos 
actores.  V.  Pantomimo. 

PANTOMiMico,  A,  adj.  concomente  á  pan- 
tomima, á  mimica, 

PANTOMIMO,  s.  m.  (do  Gr.  pantos,  V.  Pan- 
tómelro,  e  mimus ,  imitador.  V.  .'Mimico.) 
actor  que  representa  por  gestos  notheatro, 
de  ordinário  em  bailes. 

PANTONEiRA,  s.  f.  (ant.)  Moraes  cuida  que 
será  panturrilha. 

PANTUFADA ,  s.  f.  (dcs.  s.  ada.)  golpe , 
pancada  com  pantufo. 

PANTUFO,  s.  m.  (ítai.  pantofola,  Fr.  pan-^^^^ 
íouflet  do  Lat.  pedum  infula,  coberiuTà  doS 


PAO 


PAO 


91 


pés  segundo  M.  de  Roquefort.  Sperling  quer 
que  seja  composto  de  pan ,  contracção  de 
pannus,  panno,  e  tufola  em  Ital.,  cousa  li- 
geira, leve,  porque  era  chinela  de  panno  e 
não  de  coiro,  com  sola  de  cortiça.  Outros 
o  fazem  vir  do  Gr.  sem  a  menor  razão,  e 
Ménage  do  Aliem,  bein,  pé,  e  tojfel^  lami- 
na, sola.  Em  Sueco,  Dinamarquez  e  llusso 
tojfel  ou  tufftl  significa  chinela.)  calçado  an- 
tigo como  chinelas,  com  sola  de  cortiça,  v.g. 
— sáe  velludo. 

PANTURRA,  s.  f.  (do  Lat.  paníeo?,  barriga, 
des,  urra  augm.  e  peiorativa.)  barriga  gran- 
de, pansa  ;  (fig  )  infaluação. 

PANTURRILHAS,  s.  f.  des.  dím.  ilha,  bar- 
rigas das  peruas  postiças  cozidas  nas  meias. 
—  naturaeSf  barrigas  das  pernas. 

PANViN  ou  PANViNio,  (hist.)  sabio  italia- 
no, nasceu  em  lòl29,  morreu  em  1568,  foi 
eremita  de  sancto  Agostinho  e  lente  de  theo- 
logia  em  Florença.  Deixou  muitas  obras  de 
historia  e  antiguidades,  entre  ellas :  Epito- 
me  romanorum  ponlificum  usque  ad  Pau- 
lum  IV ;  Fasti  et  triumphi  Romanorum, 
etc. 

PANYASis  ,  (hist.)  antigo  poeta  grego  de 
Halicarnasso,  autor  de  um  poema  sobre  os 
12  trabalhos  de  Hercules,  vivia  no  princi- 
pio do  V  século  antes  de  Jesu-Christo.  Foi 
morto  por  mandado  de  Lugdamo  ,  rei  de 
Caria. 

PANZER,  (hist.)  ministro  lutherano,  nas- 
ceu em  Sulzbach  em  17i9  ,  morreu  em 
18U5.  Deixou  Annales  typographici  ab  ar- 
tis  inventae  origine. 

PANZO,  (geogr.)  prazo  da  coroa  portugue- 
za  no  districto  de  Tette  com  5  léguas  de 
comprimento  e  3  de  largura. 

PAO,  s.  m,  (Fr.  ant.  pau,  Cast.  paio,  do 
Lat.  palus,  estaca  ;  do  rad.  6o,  arvore,  em 
tgypcio  e  em  outras  linguas,  donde  vem  o 
Fr.  bois  \  Aliem,  baum,  arvore.)  lenho,  ma- 
deira ,  V.  g.  —  brasil,  — ferro,  —  santo  ou 
jacarandá  ;  —  de  aguila.  — ,  bordão,  cajado. 
Jioda  de  — ,  muitas  pauladas. Icíjar  tudo  a — , 
á  força,  por  violência.  Dar  com  — ,  paola- 
das. — ,  (naut.  p.  ns  )  navio.  E  o  melhor 
— ,  isto  é,  navio  da  melhor  madeira. — ,  ca- 
bo, V.  g.  —  de  vassoura,  rasoura.  —  do  ar  , 
cornos  de  animaes.  Pés  de  —  ,  varas  altas 
com  mossas  para  segurar  os  yiés,  em  que 
andam  rapazes,  e  os  habitantes  das  Landes 
ou  areaes  em  França,  para  caminhar  com 
mais  facilidade  e  poderem  chegar  acs  pi- 
nheiros em  altura  sufíicienle  para  lhes  dar  ta- 
lhos donde  corre  a  resina.  — ,  (fig.)  castigo. 
Pão  e — ,  sustento  e  castigo. — «,  peças  ro- 
liças do  jogo  da  bola,  e  que  esta  deve  aba- 
ter. Pagar  os — s,  pagar  quem  perde  ao  do- 
no do  jogo  da  bola.  JSáo  querem  as  bolas 
tomar — í,  (loc.  íamil.)  não  tomam  ascou- 


l 


sas  o  caminho  regular,  não  tem  o  negocio 
bom  andamento.  Na  picaria  os  paos  são  duas 
estacas  altas  cravadas  em  distancia  de  seis 
a  sete  palmos  uma  da  outra,  para  ensinar  o 
manejo  alto  aos  cavallos.  Nas  cartas  de  jogar, 
ó  o  naipe  que  nas  antigas  cartas,  e  ainda  ho- 
je nas  Ueípanholas,  representa  cajados.  Ar^ 
mar  os — s,  dispôr-se.  Peixe — ,  peixe  que 
se  secca  e  fica  muito  duro. 

PÃO  ,  s.  m.  (Fr.  pain,  Ital.  pane^  Cast. 
pan,  do  Lat.  panis^  que  os  etymologistas  de- 
rivam do  rad.  de  ^jasco,  Gr.  j^ad,  pastar,  co- 
mer. Esta  etymologia  não  satisfaz,  porque  o 
grão  pisado  não  foi  o  primeiro  alimento  do 
homem.  Eu  creio  que  o  vocábulo  óEgypcio, 
povo  que  incontestavelmente  precedeu  os  ha- 
bitantes da  Itália  na  fabricação  do  pão. Na  lin- 
gua  Egypcia  evni,  ebni,  facilmente  alterado 
em  epni,  significa  mó  de  moinho  e  moer,  e 
em  Lat.  mola  tem  a  mesma  accepção  e  tam- 
bém a  de  farinha,  e  mola  salsa  era  um  bolo 
usado  nos  sacrifícios.  Em  Egypcio  nuit  si- 
gnifica farinha,  e  uik,  pão,  e  com  o  artigo 
masculino  pi-nuit,  pi-uik.)  grãos  e  cereaes 
reduzidos  a  farinha  e  amassados  com  agua, 
com  fermento  ou  sem  elle  ;  grão  cereal.  Os 
pães,  todo  o  género  de  plantas  cereaes,  trigo, 
milho,  senteio,  cevada,  painço,  etc.  —  trigo, 
de  farinha  de  trigo  estreme. —  caseiro,  dera- 
la,  rolão.  V.  estes  artigos.  —  francez^  pe- 
queno e  delicado,  feito  da  flor  da  farinha. — 
de  munição,  o  que  se  dá  á  tropa.  —  meiado, 
de  duas  sortes  de  grãos  farináceos,  v.  g.  de 
trigo  e  senteio.  —  terçado,  de  três  sortes,  v. 
g.  de  trigo,  milho  e  senteio.  —  de  ló,  de  fari- 
nha, assucar  e  ovos.  — ,  (fig.)  sustento,  ali- 
mento. O  —  quotidiano.  —  dos  anjos  ou  da 
vida ,  o  sacramento  da  eucharistia.  —  por 
Deus,  o  que  se  dá  em  dia  de  finados.  — ,  (fig.) 
cousa  que  tem  forma  de  pão,  isto  é,  arre- 
dondada, V.  g.  jjães de  ouro,  de  anil,  deco- 
ra, sebo.  —  de  porco,  herva.  —  de  gallinha, 
insecto  que  se  cria  nas  bagaceiras,  no  ester- 
co ;  ó  branco,  molle,  tem  a  cabecinha  côr 
de  castanha,  róe  as  cannas  e  o  arroz  tenro. 

páo-d'alho,  (geogr.)  villa  da  província  de 
Pernambuco,  no  Brazil,  cabeça  de  comar- 
ca de  seu  nome,  na  margem  direita  do  rio 
Capibaribe,  10  léguas  aoOSE.  da  cidade  de 
Ohnda  :  1,400  habitantes. 

PÃO-DASSUCAR,  (geogr.)  antiga  aldeia  da 
província  das  Alagoas,  no  Brazil,  no  distri- 
cto  da  villa  de  Porto  das  Folhas,  perto  de 
Penedo. 

pão-d'assucar,  (geogr.)  serra  da  provín- 
cia das  Alagoas,  no  Brazil,  junto  á  villa  de 
Penedo. 

PÃO  d'assucar,  (geogr.)  penhasco  enorme 
de  puro  granito,  no  Brazil,  despido  de  to- 
da a  vegetação,  elevado  obra  de  100  bra- 
ças acima  do  nivel  do  mar,  assentada  so- 
23  * 


m^ 


HV 


d\i'sífra  'pára'  indicar  a  entrada  da  bahia  de 
Nitherohi  ou  do  iiiode  Janeiro. 

PAO-KiNG,  (geogr )  cidade  da  Chiaa,  ca- 
pifai'  de  província .    --"'«^''^^i-'  ^«rt  m: 

Vaola  ou  PAU?  A,  fif^eo^r;|%i'd^aé  do  rei- 
no' de  IS  apoies;''  a  6  legu«s  NO.  de  Cosenza  ; 
4,900 'habitantes. 

PAOLADA,  s.  f.  (des.  s.  ada.)  golpe  com 

-''^Mi;  (líi§tl]í.celebt^fe''géftfefM  Còrsíí^  nas- 
ceu em  1726 ,  sustentou  como  chefe  da 
ilha  de  Córsega  uma  corajosa  lucta  cora  os 
Genovezcs  ,  depois  reorganisou  a  justiça  ; 
qtiando  Génova  cedeu  á  Córsega  á  França, 
tôntoii  mas  cm  vão  resistir  á  nova  pot3n- 
cia,  foi  vencido  e  refugiou-se  em  Ingla- 
terra. Morreu  em  Londres  em  1807. 

PAO-NiNG,  (geogr.)  cidade  da  China,    ca- 
pital da  provincia  de  Masc.     o)^j;^**  • 
'PÃOZINHO,  s.  m.  diminut.áa -pao. 
"Cãozinho,  #.  m.  dimimit.  de  pão,  pão 
pequeno,  molle. 

PAPA,  s.  f.  (voz  infantil  imitativa  do  som 
que  fazem  as  crianças  comendo  papas.)  mas- 
sa molle  de  farinha  cozida  em  agua  ou  leite. 
Cobertor  de  — ,  de  lã,  assim  chamado  por- 
que tinham  nomeio  o  retrato  de  um  papa. 

Papa,  (geogrj  Araxus  promentorium  ca- 
bo  da  Grécia,  na  Costa  NO.  da  Moréa,  na 
entrada  do  golpho  de  Patras. 
v'^paPa,  (hist.)  chefe  visivel  da  egreja ,  vi- 
gário de  Jesu-Christo  e  successor  de  S.  Pe- 
dro. Reside  em  Roma  e  tem  ao  mesmo  tem- 
po um  poder  espiritual  e  outro  temporal. 
Como  chefe  espiritual  o  papa  tem  soberana 
autoridade  sobre  a  igreja  catholica  roma- 
na, faz  observar  os  cânones,  renne  os  con- 
cilios,  nomeia  os  cardeaes,  vélia  pela  ma- 
nutenção dos  dogmas  e  da  disciplina,  apro- 
va ou  censura  as  doctrinas ,  publica  para 
este  fim  as  bulias,  os  breves,  as  cncy dicas  ; 
pronuncia  ou  levanta  as  excommunhões  , 
concede  as  grandes  dispensas,  distribue  as 
indulgências,  etc.  Como  príncipe  temporal 
o  papa  governa  com  poder  absoluto  a  cida- 
de de  Roma  e  os  Estados  da  igreja.  Envia 
para  as  diversas  cortes  estrangeiras  legados 
e  núncios,  que  representam  os  seus  pode- 
res, temporal  e  espiritual.  A  insígnia  do  papa 
ó  uma  tríplice  tiara,  symbolo  dos  diversos 
poderes,  que  reúne  sobre  a  sua  cabeça  (che- 
fe da  igreja,  bispo  de  Roma,  soberano  tem- 
poral dos  Estados  Romanos),  tem  nas  mãos 
daas  chaves,  uma  de  ouro,  outra  de  prata, 
chamaúaiS  as  êhaves  de  S.  Pedro.  E'  eleito  pe- 
los cardeaes  fechados  em  conclave,  e  esco- 
lhido entre  elles.  A  eleição  é  feita  no  Qui- 
rinal ;  é  seguida  da  exaltação  ,  na  qual  o 
novo  papa,  collocado  na  sede  pontifical  ó 
evado  aos  hombros  até  á  igreja  de  S.  Pe- 


dro ;  depois  dá  exaltação  tom  íogar  a  co- 
roação. O  papa  dá  a  si  mesmo  o  título  de 
Servo  dos  Servos  de  Deus ;  também  se  lhe 
dá  o  titulo  da  Soberano  pontifice,  Saneio 
Padre,  Santíssimo  Padre  ;  faltando  dire- 
ctamente com  elle  diz-se  Vossa  Santidade. 
A  palavra  papa,  que  em  grego  sígniíica 
pae  e  avó  era  outr'ora  applicada  a  todos 
os  bispos  ;  só  depois  de  Gregório  Vil  (1073) 
é  que  foi  applicada  exclusivamente  ao  so- 
berano pontífice.  A  serie  dos  papas  data  sem 
interrupção  de  S.  Pedro,  que  tinha  sido  es- 
colhido por  Jesu-Christo  e  que  fundou  a 
Sede  de  Homa.  A  supremacia  da  de  Roma 
foi  reconhecida  desde  a  sua  origem,  e  por 
que  os  bispos  de  Constantinopla  pertende- 
ram  ter  uma  auetoridade  igual  á  do  papa  , 
deram  origem  ao  scisma  do  Oriente.  Nos 
primeiros  séculos  os  papas  não  tinham  mais 
do  que  o  poder  espiritual  e  obedeciam  aos 
imperadores  ou  príncipes  que  os  represen- 
tavam na  Itália;  só  depois  de  775  é  que 
começaram  a  exercer  poder  temporal  em 
parte  dos  estados  conquistados  por  Carlos 
Magno  e  por  elle  cedidos  aos  papas. 


Lista  chronologica  dos  Papas. 


S.  Marcello  ...  308 
S.  Eusébio  ...  3.0 
S.Melchyadesou 

Milciades  ...  311 
S.  Sylvestrel...  314 
S.  Marcos.  ...  ^36 
S.  Júlio  ...  ,..  337 
S.  hiberio.  ...  352 
S.  Félix  II  ...  355 
S.  Liberio  ,    de 

novo 358 

S.  Damazo  Por- 

tuguez 366 

Ursino,anti-papa  » 
S.  Siriaco.  ...  384 
S.  Anaslacio  ...  398 
S.  Innocencio...  402 
S.  Zozimo.  ...  4l7 
S.  Bonifácio!...  418 
S.  C.eleslino  ...  422 
S  Xisto  III  ...  432 
S:Leao-o-Gran- 

de 440 

Santo  Hilário...  461 
S.  Simplício  ...  468 
S.  Félix  III  ...  483 
S.  Gelasio.  ...  492 
S.  Anastácio  II.  496 
Syfnmaco..  ...  498 
Lourenço   anti- 

papa  , » 


S.Pedro 

34 

S.  Lino  

66 

Santo  Anacleto. 

78 

S.  Clemente  I.. 

91 

S.  Evaristo     ... 

10t> 

S.  Alexandre.. 

109 

S.  Xisto  1.     .. 

119 

S.  Thelesphoro. 

127 

S.  IJygino.     ... 
S.  Pio  I 

139 
142 

S.  Aniceto. 

157 

S.  Sothero.     ... 

168 

S.  Eleutherio... 

177 

S.  Victo  I.     ... 

19:^ 

S.  Zepherino... 
S.  Calislo  1     ... 

202 
219 

S.  Urbano.     ... 

223 

S.   Poncio.     ... 

230 

S.  Anthero     ... 

;í35 

S.  Ffíbíano     ... 

2.J6 

S.  Cornelio     ... 

251 

Noviciano   anti- 

papa  ...     ... 

S.  Lúcio  I.     .  . 

251 

252 

Santo  Estevão.. 

253 

S.  Xisto  11.     ... 

257 

S.  Diniz 

259 

S.  Félix 

26.) 

S.  Eutychio  ... 
S.  Caio  

275 
283 

S.  Marcellino... 

296 

fkV 


^ 


Hormisdas.     ...  514 

João  I    52:^ 

Félix  IV... 
Bonifácio  II 
f    João  II,  chama- 
do o  Mercúrio  533 
Agapeto  I.     ...  535 


L30 


Silvério 
Vigilio     ... 
Pelagio  I.. 


536 
537 
555 


João  III ... 
Benedicto  I 


Pelagio  II. 


574 

578 

S.  (iregorio-o- 
Grande.     ...  590 

Sabiiino 60  i 

Bonifácio  III  ...  607 
Bonifácio  IV  .  .  608 
B.  Deodato614ou6l5 
BonifacioV  617ou618 
Uonorio  I.     ...  638 

Severino 640 

João   IV 640 

Theodoro 6'i2 

S.Martinho  I...  649 
S.  Eugénio  I...  654 

Vitalino 657 

Adeodato 672 

Ponus  ou  Pora- 

nus   1 676 

Agathon 678 

S.  Leão  II.  ...  682 
Benedicto       ...  684 

João     V 685 

Pedro  e  Theodo- 
ro anti-papas     » 

Conon     686 

Sérgio  1 687 

Theodoro  e  Pas- 
qual  anti-papas  » 

João  VI 701 

João  VII 705 

Sisinnio 7u8 

Constantino  ...  708 
Gregório  II.  ...  71") 
Gregório  III...  731 
Zacharias  ...  741 
Kstevão  eleito , 
mas  não  con~ 
sagrado  ...  752 
Estevão   II     ...  752 

Paulo    1 757 

Théophjlacto  , 
Constantino  , 
Philippe  anti- 
papas » 

Estevão  Hl  ...  768 
Constantino,  an- 

ti-papa       .  .     » 
Adriano   I.     ...  772 
Leão  lII 795 

VOL.    IV. 


Estevão  IV    ... 

Pascal  I 

Eugénio  U  ... 
Zizimo  anli-pa- 

pa.      ...     ... 

Valentim 

Gregório     IV... 

Sérgio  U 

Leão  IV 

Benedicto  ill... 
Anastácio   anti- 

papa 

Hicoláo  I.  ... 
Adriano  li. 
João  VIU.  ... 
Martinho  II  .., 
Adriano  III,  ... 
Estevão  V.     .  . 

Formoso 

Sérgio  anti-pa- 

pa      

Bonifácio  \I... 
Estevão  VI  .  . 
Bomano..,  ... 
Theodoro    II... 

João   IX 

Benedicto   IV.  . 

Leão  V  

Chrislovuo 
Sérgio  lil.     ... 
Anastácio  III... 

Sandon  

João  X  

Leão  VI 

Estevão     VIÍ... 
João   XI...     ... 

Leão     Vil.     ... 

Estevão   Vlil... 
Martinho    III... 
Agapeto  II     ... 
João    XII.     ... 

Leão  Vlil.     ... 

lienedicto     V... 
João  XllI.     ... 

Benedicto  VI... 
Bonifácio  VI, an- 

li-papa. 
Ponus  ou  Pom- 

nus  II 

Benedicto  VII. . 
João  XIV.  ... 
Bonifácio  VII  de 

novo 

João  XV 

João   XVI.     ... 
Gregório  V     ... 
João   XVI.     ... 
Sjlvestre   II 
João  XVII. 
João  XVIII 
Sérgio   IV. 


816 
817 

824 

» 
8^7 
8í7 
84 'i 
847 
855 

» 
858 
867 
872 
8B2 
884 
885 
891 

» 

896 
89/ 
898 
898 
9iO 
903 
903 
904 
jíl 
913 
914 
9i8 
9ii9 
931 
936 
939 
942 
946 
956 
963 
9H4 
965 
972 

» 

974 

975 
b83 

li8õ 
.  985 
.  986 
,  996 
,  9.>7 
.  999 
..003 
,1U03 
,1009 


fienedicióVIIÍ.itOia 

João  XIX 1024 

Benedito  IX.  1033-48 
Sylvestre  o  João 
XX   anti-pa- 
pas    .......     » 

Gregório  VI  ..'.1044 
Clemente  II  ...1046 
Dâmaso  II  ...1048 
S.  Leão  IX     ...1049 

Victor  I( 10)5 

Estevão  IX  ...1057 
Benedicto  X,an- 

li-pa)a        ...     » 
Nicolao'lI.     ...10r»8 
Alexandre    1I..;1Ô61 
iloncrio  11,  an- 

ti-papa.-i' ;.g.  '  '»'■  ■ 
Gregório    VW  LWr^ 
Clemente  líí  au-  ;    ■ 
ti-pa[M.      ...1(^0 
Victor  llf.      ...1086 
Urbano  11.     ...1088 
Pasqual  U.     ...1099 
Alberto  e  Theo- 
dorico     anti"! 
papas...' ''...'    » 
Gelasio  11.     ...Ill8 
ilauiicio    Bour-. 

din  anii-papa     » 
Calisto.  11.     ...1119 
Honório  d     ...1124 
Calisto  ill  anti- 

papa » 

Innocencio  II...II0O 
Anacleto   o    Vi- 
ctor  anti-pa- 

pa » 

Celestino  II    ..AU3 

Lucas  II 1144 

Eugénio  III  .  .1145 
Anastácio  iy...ll53 
Adriano  IV  ...115i 
Alexandre  III... 1159 
Victor  IV,  Pas- 
qual 111  Calis- 
to, Innocencio 
anti-papas  ...  » 
Lucas  l.I.  ...1181 
Urbano  III  ...1185 
Gregório  VIU. ..1187 
Celestino  III  ...li 91 
Innocencio  111.1198 
Honório  III  ...1216 
Gregório  IX  ...1227 
Celestino  IV  .  .Ií41 
Innocencio  IV..12V3 
Alexandre  IV. ..1254 
Urbano  IV.  ...126i 
Cleoiente  IV  ...1265 
Gregório    X  ...1271 


'  InnoUncíòMV.ul^Tfi 
Adriano  VI  por-»'""^'! 
'"tèauez.  ...127(> 
Joílò  XXÍ.  ...1276 
Nicoku  LI  ..,1277> 
Martinho  IV  .  .12Sl< 
Honório  iV    ...128[/ 

Nicoiao  IV  ...nm 

Celestino  V  ,.1294 
Bonifácio  VÍILÍ1941 
S.BenedicfoIX:130íH 
Clemente  V.  ...1305 
João  XXII  j,;1346 
Pedro  dií    Cor^^       '2 

•^:^  tiereanti-pavi  ; 
pa  ...  ..u^»^ 
Benedicto  Xil..l334 
Clemente  VI  ...1342 
Innocencio  YI.v.1352 
Urbano  V.  J..l3t)2 
Gregório  XI  ...iòW 
Urbano  VI  ...1378 
Clemente  VII... 13/ 8 
Bonifácio  LX...1389 
Benedicto.  XUL1394 
Innocencio  Xíl. 14-04 
Gregório  Xil...l406i 
Alexandre,  ^..1409^ 
João  XXIÍl.  .  .f41«^í 
Martinho  Y;  ..vlií7 
Clemenle  anti-  lu 
papa  .;i  14^-^» 
Eugénio  IV  1431  ^47^ 
Felix  V...  i4a9''í9 
!S'icaláO'  !yn!fin3u144íí 
Caliuo   III     ...1455 

Pio   U    vi458 

Pauio  II \AU. 

Xisto  IV..T',...1471 
Innocencio  VUI.1/í84 
AlexaiidniMVL'.iUW2 
Pio    III  í/,  ..>,.k,03 

Júlio     11 I0O3. 

Leão  X  ...  Y...Í5Í3 
A*driano  VI  -.m.15í'2 
Clemente  Vil... 152 3 
Paulo    UI.     ,..1534 

Júlio  11! 15";0 

Marcetlo  II  ...1555 
Paulo  iV..  ...1555 
Pio  IV  ...  ,w...l559 
Pio  V  Aj^wiiv<.1565 
Gregório  XIIL.. 1572; 

Xixto  V 1585.Í 

Urbano  VU     ...5590 
Gregório  XIV...  1590, 
Innocencio    IX.15yL> 
Clemente    YIIl.1592 
Leão  XI.  .     ...1605 

Paulo  V...     ...1605,1 

Gregório  •XV...162t  -^ 

24 


M 


fAP 


tAP 


Urbano  VIII  ...1623 
Innocencio  X...1644 
Alexandre  VII..1655 
Clemente  IX... 1667 
Clemente  X  ...1670 
Innocencio  XI.  .1676 
Alexandre  V1II.1689 
Innocencio  XII.  1691 
Clemente  XI  ...1700 
Innocencio  XIII. 1711 
BenedictoXm..l724 


Clemente  X11...1730 
Benedicto  XIV.  1740 
Clemente  XílI..  1758 
Clemente  XIV.. .1769 
Pio   VI  .,.     ...1755 

Pio  VII 1800 

Leão  Xlí 1823 

Pio   VIU 1829 

Gregório  XVI... 1831 
Pio   IX 1846 


PAPADA,  s.  f.  (de  papo.)  barbella;  tumor 
glanduloso  na  garganta. 

PAPADiNHA,  í.  f,  diminuí,  de  papada. 

PAPADO ,  A,  p.  p.  de  papar ;  adj.  comi- 
do. 

PAPADO,  s.  m.  (de  papa.)  o  summo  pon- 
tificado, V.  g.  o  —  de  Leão  X. 

PAPAFiGO ,  s.  m.  /'Lat.  ficedulla.)  avezi- 
nha amarella. — ,  (naut.)vélaa  mais  baixa, 
D.  g.  ir  a  náu  em  — s. 

PAPAGAIA,  s.  f.  a  fêmea  do  papagaio. 

PAPAGAIAR,  V.  a.  OU  n.  fallar  como  pa- 
pagaio ;  (fig.)  fallar  muito  e  sem  reflexão. 

PAPAGAIO,  *.  m.  (t.  Americ.)  ave  debico 
revolto  que  ensinada  imita  a  falia  humana. 
Fallar  como  um  — ,  fallar  muito  e  sem  re- 
flexão. — ,  flor  de  cores  variadas  como  as  da 
ave.  — ,  (fig.)  papel  ou  panninho  disposto  em 
um  arco  de  pao,  em  forma  quasi  triangular 
que  o  vento  faz  subir  ao  ar,  e  que  os  rapazes 
seguram  por  um  cordel  que  lhe  atam. — elé- 
ctrico ,  armado  de  um  conductor  metallico 
para  attrair  a  electricidade  atmospherica;  foi 
invenção  de  Franklin. 

PAPAGENTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Anthropo- 
phogo. 

PAPAJANTARES,  s.  áos  2  ^í.  pessoa  que  an- 
da jantando  por  casas  alheias. 

PAPAL,  adj.  dos  2  g.  [papa,  des.  adj.  ai.) 
de  papa,  do  papa,  v.  g.  missa,  sentença, 
bulia  — .- 

PAPALVA,  s.  f.  espécie  de  doninha. 

PAPALVO ,  A  ,  adj.  (chulo)  tolo ,  simpló- 
rio. 

PAPAMOSCAS,  s.  m.  insecto  que  come  mos- 
cas. 

PAPAMOSCAS,  adj.  ou  s.  dos2g.  (chulo)  to- 
lo, basbaque,  que  está  de  boca  aberta,  em- 
basbacado. 

PAPANODisiA,  (geogr.)  uma  das  ilhas  dos 
Príncipes,  no  mar  de  Mamara ;  5,000  ha- 
bitantes. 

PAPÃO,  s.  m.  (de  papar,  comer,  des.  au- 
gment.  ão.)  coco,  o  que  papa  meninos.  Diz- 
se  ás  crianças  para  lhes  meter  medo. 

PAPAR,  X).  a.  [papa.  s.  f.,  ar  des.  inf.j 
(t.  infantil)  comer;  (fig.  e jocoso) gosar. — a 
moça,  (phraz.  chula)  gosar  delia,  ou  casar 
com  ella. 


PAPARA,   (geogr.)  serra   da  província  do'^ 
Ceará,  no  Brazil,  no  districto  de  Mecejana. 

PAPARiCHO,  s.  m.  (chulo)  guisado  guloso, 
acepipe. 

PAPAROTADA,  s.  f.  (de  papar.)  comida  de 
porcos. 

PAPAROTAGEií.  V.  Paparotada. 

PAPAROTE.  V.  Piparote. 

PAPARRÁs,  s.  m.  semente  de  herva  pio- 
Iheira. 

PAPARRiRA ,  adv.  (ant.)  de  barriga  para 
cima.  Passar  a  vida — ,  sem  fazer  nada,  em 
ócio. 

PAPAVEL,  adj.  (de  papa,  des.  avel.)  que 
tem  ou  merece  ter  voto  para  ser  eleito  pa- 
pa. Car deães  papáveis.  (E  p.  us). 

PAPAVERACEAS,  (bot.)  família  natural  de 
plantas  dycotiledones,  polypetalas,  de  es- 
tames  hypoginios. 

PAPAZ ,  s.  m.  sacerdote  christão  no  Le- 
vante, ou  do  rito  Grego.  V.  Papa. 

PAPAZANA.  V.   Comezana. 

PAPRAR,  V.  a.  ou  n.  {papo,  ar  des.  inf.) 
tagarelar. 

PAPEIRA,  s.  f.  {papo,  des.  extensiva  eira.) 
bócio,  tumor  indoleiíte  e  volumoso  na  gar- 
ganta ;  doença  que  afoga  os  porcos  ;  doença' f< 
dos  bois,  saco  hydropico  na  papada  de  bois 
mui  magros. 

PAPEiBo,  s.  m.  (des.  eivo.)  vaso  de  cozer 
papas,  migas. 

PAPEiRo,  A,  acíy.  (de  pajoo.)  que  tem  papo, 
ou  papeira,  doença. 

PAPEL,  s.  m.  (Fr.  papier,  do  Lat.  e  Gr. 
papyrus,  nome  de  uma  planta  do  Baixo  Egy- 
pto   de   cuja   pellicula  ou  casca  interior  se 
usava  como  nós  hoje  do  papel.  Em  Egypcio 
piroui  significa  o  papyro,  a  cann&.)  folha 
delgada  feita  de  trapos  de  linho  cortado  mui 
miúdo,  macerado,  reduzido  a  polme,  ou  de 
algodão,  seda,  palha  e  casca  interna  de  di- 
versas arvoíes;  serve  para  escrever,  estam- 
par ,  embrulhar,  forrar,  etc. — pardo,  de 
embrulhar.  —  passento,  mataborrão,  usado 
para  absorver  a  tinta  com  que  se  escreve.  — 
de  escrever ;  —  de  peso,  mui  fino  para  cor- 
respondência com  terras  estrangeiras  onde  o 
porte  das  cartas  se  paga  a  peso.  —  de  filtrar, 
que  não  tem  colla  ou  gomma.  Papeis  pinta- 
dos, para  forrar  as  paredes,  e  caixas  de  pa- 
pelão. —  moeda,  apólices  estampadas  que  a 
lei  autorisa  a  correr  como  moeda,  pelo  va- 
lor expressado  em  cada  apólice.  Setim  —  , 
delgado  como  uma  folha  de  papel.  —  limpo, 
não  escrito.  Livro  em  —  ,  não  encadernado 
nem  brochado,  como  saiu  da  imprensa.  — , 
(fig  )  documento,  v.  g.  papeis  importantes. — , 
(fig.)  a  parte  que  um  actor  faz  em  drama,  re- 
citado, cantado  ou  em  pantomima.  Fazer 
bem  o  seu  — ,  representar  bem  a  personagem 
dodram.  Fazer — ,  arremedar.  Fazer — d& 


Pipj 


PAF 


95 


tolo,  de  enfadado.  Deixar  alguém  a  papeis , 
(loc.  ant.)  logrado  com  documentos  de  ne- 
nhum valor. 

PAPELADA,  s.  f.  (des.  collectiva  ada.)  quan- 
tidade de  papeis,  requerimentos. 

PAPELAGEM,  s.  f.  V.  Papelada. 

PAPELÃO,  s.  m.  augment.  de  papel,  pa- 
pel grosso,  encorpado,  para  capas  de  livros 
e  outros  usos  ;  (fig.  e  famil.)  homem  ridi- 
culamente bazofio,  que  aífecta  de  persona- 
gem importante. 

PAPELEIRA ,  s.  f.  traste  de  formas  diffe- 
rentes,  que  abre  em  forma  de  mesa  e  tem 
gavetas  para  guardar  papeis. 

PAPELiço,  s.  m.  embrulho  de  papel,  1).  ^í-. 
—  de  doces,  confeitos. 

PAPELINHO,  s.  m.  diminui,  de  papel,  pe- 
queno papel, 

PAPELisTA.  s.  m.  (des.  isía.)  investigador 
de  papeis  e  escripturas  antigas.  0/^.cia/ — ,  o 
que  nas  secretarias  tem  a  seu  cargo  pôr  em 
ordem  e  guardar  os  papeis. 

PAPELizo.  V.  Papeli^o. 

PAPELOTES,  s.  m.  (Fr.  papillotes.)  peda- 
ços de  papel  brando  em  que  as  mulheres  en- 
volvem porções  de  cal  ello,  para  as  poderem 
apertar  com  ferro  quente  ficando  em  roscas 
ou  anneis. 

PAPELS  (paiz  dos),  (geogr.)  na  Senegam- 
bia,  ao  S.  do  rio  de  S.  Domingos :  cidade 
principal.  Cacháo. 

PAPEZA  ou  PAPizA ,  s.  f.  de  papa  :  a  — 
Joanna. 

PAPHíA  ,  adj.  f.  de  Paphos,  epithèto  de 
Vénus  adorada  em  Paphos, 

PAPHLAGONiA,  (googr.)  hoje  livahs  de  Kas- 
tamouni,  de  Kiangari,  etc.  ;  região  da  Ásia 
Menor,  sobre  a  costa  N.,  entre  a  Bithynia 
e  o  Ponto,  limitado  ao  S,  pela  Galacia,  ti- 
nha por  líidades  principaes  :  Amastris,  capi- 
tal ;  Gangra  e  Sinope. 

PAPHOS,  (geogr.)  nome  commum  a  duas 
cidades  da  ilha  de  Chypre,  chamadas  a  an- 
tiga Paphos,  e  a  Nova  Paphos.  A  primei- 
ra era  na  costa  0.  da  ilha  e  devia  a  sua 
origem  aos  Syrios  ou  aos  Phenicios.  A  se- 
gunda, hoje  Bafa,  era  a  4  léguas  NO.  da 
precedente 

PAPiAS,  (S.)  (hist.)  discípulo  de  S.  João 
Evangelista  e  bispo  de  Hieraplo,  é  autor  de 
uma  explicação  dos  discursos  do  Senhor. 
Morreu  noanno  156.  Ecommemorado  a  12 
de  fevereiro. 

PAPiLioNACEO,  A,  adj.  (Lat.  papilio,  bor- 
boleta.) que  tem  feição  de  borboleta,  v.g. 
flor,  flores  — . 

PAPiLLO,  s.  m.  (ant.)  V.  Papel. 
PAPiLLON,  (hist.)    poeta   francez,    nasceu 
em  1487,  morreu   em  1559.  Escreveu:  o 
Novo  amor-,   Victoria  e  triumpho  da  prata 

ontra  o  deus  de  amor, 


PAPILLON,  (hist.)  senhor  de  Lasphrise,  poe- 
a  francez,  nasceu  em  l^iSS,  morreu  em  1599. 
Deixou :  Amores  de  Theophilo  ;  Amores  de 
Noemi,  etc 

PAPiN,  (hist.)  célebre  phisico  francez,  nasr  : 
ceu  em  1650,  morreu  em  1710.  Foi  o  pri-. 
meiro  que  conheceu  todo  o  poder  do  va- 
por e  o  partido,  que  delle  se  podia  tirar 
para  as  machinas.  Deixou  difí"erenles  obras 
de  phisica, 

PAPINHA,  s.  f.  diminui,  de  papa  (de  co- 
mer), papas  ralas.   Dar  —  a  alguém,  (loc.  ,^ 
famil.)  illudir  como  faria  a  uma  criança.        , 

PAPTNiANO,  (hist.)   jEmilius  PapinianuSy 
o  primeiro  jurisconsulto  da  antiguidade,  nas- 
ceu na  Phenicia  em  142,    foi  advogado  do 
fisco  no  reinado  de  M.  Aurélio,  depois  pre- 
feito do  pretório,  deífendeu  '^>eta  contra  Ca-  _ 
racalla ,  e  foi  degolado  por  ordem  deste  ul-  . 
timo  por  se  ter  negado  a  fazer  a  apologia 
do  fratrecidio,  com  que  este  priocipe  se  ha-  ^ 
via  manchado.  Compoz  muitas  obras  dedi-  ^ 
rei  to. 

PAPiRio,  (S.)(hist.)  censor,  general  da  ca- 
vallaria  em  340  antes  de  Jesu-Christo,  con- 
solem 32o.  319.  318,  3H,  312;  dictador 
em  32^  e  308    assignalou-se  contra  os  Sam- 
nites ,  os  Sabinos  e  os  Prenesticos  ;   repa- 
rou a  vergonha  das  Forcas  Caudinas,  ead-  , 
quiriu  nome  de  hábil  general,  A  severida- 
de de  Papirio,  em  quanto  a  disciplina,  era 
tal,  que  condemnou  á  morte,  Fábio  seu  gene-  j 
ral  de  cavallaria,  por  elle  ter  dado  batalha 
sem  sua  ordem,  e  foram  precizos  os  rogos  «j 
de  todo  o  povo  para   livrar  Fábio,    ainda  , 
que  victoriozo,  desta    sentença. 

PAPIRIO  ou  PAPisio,  (hist.)   appellido  de 
duas  familias  romanas,  uma  patrícia,  outra  i^ 
plebêa;  a  primeira  era  dividida  em  seis  ra-- 
mos:  os  Crassos,  os  Mugillanos,  os  Cursos, 
os  Maso,  os  Pretextatos,   e  os  JPoBlos  ;    em 
quanto  á  segunda  o  mais  conhecido  é  o  dô.  , 
Carbon,  \^ 

PAPIRO  ou  PAPYRO ,  s.  m.  papel  egy- 
pcio,  '{ 

PAPiRONGA,  s.  f.  (chulo)  papinha,  HO  fig.  ;. 
Fazer — a  a/^wem,  dar-lhe  papinha. 

PAPISTA,  s.  f.  nome  que  os  protestantes 
dão  aos  catholicos  romanos,  em  razão  da 
obediência  destes  ao  papa.  s» 

PAPO ,  s.  m.  (do  Gr.  paò,  comer.)  bolsftf») 
ou  estômago  em  que  as  aves  e  outros  aiui-rji 
mães  ajuntam  a  comida  antes  de  passar  ^ 
moela.  — ,  fundo  da  garganta  (no  homemjtsfj 
Fallar  do  — .  De  — ,  (fig.)   com  jactancia^ji 
De  — descansado,  de  sangue  frio.  Não  faz — ,  t 
(ant.)  não  enche  as  medidas.  Eufr.  Nada  lhe 
faz — ,  (loc.  famil.)  nada  o  satisfaz.  Esiar 
com  a  alma  no — ,   quasi  expirando    Dar<^ 
aos  soldados  um  —  quente,  o  saque  livrQ-i 
de  cidade.  Couto.  — ,  bolso,  —  de almiscaf.:t 


?(? 


PAR 

-^S^aiiM^i^céi^í^oylÉ:-^  V.  Pa- 

peira.  .        .        y 

PAPOA,  (geogr.)  serra  da  cordilheira  da 
proviíicia  de  Santa-Catharina,  no  Brazil,  por 
detráz  das  minas  de  carvão  de  llodeio-Bo- 
nito,  no  districto  da  villa  da  Laguna. 

PAPOUASIA,  (geogr.)  chamada  também  ter- 
ra dos  Papuas  ou  Nova  Guiné,  grande  ilha 
da  Austrália  ou  Oceania  central,  ó  mais 
comprida  do  que  larga. 

PAPOUASIA  (Archipelago  da),  (geogr.)  é  for- 
mado pela  Papouasia,  e  pelo  grupo  de  Wai- 
giou,  submeltido  ao  gran-sultão  de  Tidor, 
e  pelos  grupos  d'Arron,  de  Freevill,  e  de 
Geilwinck. 

PAPOULA,  s.  f,  (Lat.  papaver)  dormideira 
sylvestre,  cujas  sementes  são  narcóticas  e 
medicinaes  :  — s  brancas.  — ,  (Dg.)  o  som- 
no,  asomnolencia. 

PAPÓYAS  ou  PAPÓiAs,  s.f.fl.  (naut.)  paos 
pegados  na  coberta  ao  pé  dos  mastros,  com 
suas  roldanas  em  que  andam  as  driças. 

PAPPENHEIM,  (geogr.)  cidade  da  Baviera, 
a  5  léguas  aoS.de  Nuremberg;  â, 400  ha- 
bitantes. 

pAPpus,  (hist.)  mathematico  de  Alexandria, 
vivia  no  fim  do  século  IV  antes  de  Jeru- 
Christo.  Deixou  Collecçôes  mathematicas 
em  grego. 

PAPÚAS,  s.m.  pi.  [significa,  pretos,  negos.) 
(geogr.)  povos  da  ilha  que  nós  chamamos  de 
D.  Jorge,  a  leste  das  Moluccas. 

PAPUDO,  A,  adj.  [des.  udo.)  que  tem  gran- 
de papo  (ave) ;  proeminente  Olhos  — ,  de 
grossas  pálpebras ;  inchados  por  mal  dor- 
mir. 

PAPUSES,  s.  m.  pi.  (em  Turco  badbugd, 
do  Persa  papús,  papusch  ;  Fr.  babouches.) 
chinelas  usadas  pelos  orientaes. 

PAQUEBOTE,  s.  M.  (de  lugl.  packet-boat, 
barco  de  levar  cartas,  pacotes)  paquete  (co- 
mo hoje  se  diz) ;  carruagem  de  quatro  ro- 
das. 

PAQUERETTE,  (bot.)  gencro  de  plantas  da 
famiha  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
supérflua. 

PAQUETA,  ilha  fértil  e  aprazivel  dabahia 
do  Rio  de  Janeiro. 

PAQUETE,  s.  m.  correio  marítimo,  e  prin- 
cipalmente entre  a  Inglaterra  e  Portugal.  — , 
(chulo)  moço  de  levar  recados  e  cartas  de 
amores. 

PAR,  s.  m.  (Lat.  V.  Par  adj.)  parelhas, 
duas  cousas  iguaes,  que  emparelham,  sepa- 
radas ou  unidas,  «.  g.  um —  de  meias,  de 
luvas,  de  castiçaes  ;  um  —  de  óculos,  de  cal- 
ções. — ,  duas  pessoas  ligadas  por  vínculos 
de  matrimonio,  de  amizade  ou  associadas,  v. 
g.  estes  esposos  formam  umbello  —  ;  for- 
te —  de  velhacos.  A  — ,  (loc.  adv.)  junto,  ao 
lado,  hombro  eom  hombro,  emparelhando. 


PAR 

De —  em  — ,  de  todo,  inteiramente.  Porta 
aberla  de  —  e — ,  com  os  dois  batentes  in- 
teiramente abertos. 

PAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  de  partio,  ire, 
separar,  partir)  igual,  semelhante.  Sem — , 
singular,  que  não  tem  igual,  ex.  «  Bem  que 
não  tem  — .»  Bernard.,  Rimas.  Esta  dama 
não  tem  —  na  formosura.  «  Mudar  costume 
é  —  de  morte,  »  (loc.  ant.)  Ulis.,  i,  scena  9. 
Pares,  parelhas,  aos  dados.  Pares  ou  nanes, 
numero  par  ou  impar. 

PAR,  s.  m.  (subst.  do  precedente)  pessoa 
igual  a  outra.  Serjulgado  por  nossos  pares. 
Pares  de  França,  (ant.)  eram  os  nobres  da 
maior  graduação.  A  camará  dos  pares,  em 
Inglaterra  é  composta  de  nobres  titulares,  e 
hereditária,  assim  como  na  constituição  ou- 
torgada por  Luiz  XVIlI.lIoje  em  Portugal  esta 
camará  também  é  hereditária  e  o  rei  nomeia 
os  pares  debaixo  de  certas  condições  e  res- 
tricções  da|lei. 

PAR,  prep.  obsol.  (do  Fr.  par)  por :  «  — 
estas  (barbas)  que  me  nascem.  »  Ullis.,  4,2. 

PARÁ,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  medida  de  grãos 
de  Ceilão,  ex.  «  Dous  — s  de  trigo.  »  Couto. 
•  PARA  (do  Gr.  para,  na  accepção  de  meio, 
instrumento,  ou  de  tendência  aura  fim,  ob- 
jecto, ou  designando  comparação.  Vem  do 
rad.  Egypc.  hera  ou  hara,  face,  vulto,  usado 
igualmente  como  pronome  possessivo  da  pri- 
meira pessoa.  Pron.  os  dois  aa  surdos)  pre- 
posição que  indica  o  termo,  fim,  emprego,, 
objecto  de  movimento,  acção,  v.  g,  partiu 

—  Inglaterra,  esta  madeira  éboa  —  navios. 
Este  sujeito  é  para  pouco,  tem  pouco  prés- 
timo. Os  Portuguezes  são  bons  —  marujos. 

—  a  semana.  —  o  sul,  —  norte.  —  a  di- 
reita, nessa  direcção.  — ,  indicando  proxi- 
midade de  espaço  ou  tempo,  v.  g.  estáva- 
mos —  dar  á  velha.  — o  mez  que  vem.  Eu 
estou  prompto  —  fazer  o  ajuste.  Das  plan- 
tas umas  dirigem  os  ramos  —  o  ar,  outras 

—  a  terra.  Ua  seis  —  sete  annos.  — ,  in- 
dicando relação  intima  moral.  De  mim  — 
mim,  no  meu  interior.  Ser  bom,  affavel, 
justo  para  os  companheiras,  discípulos,  ou 
para  com  todos.  È  idiotismo  portuguez. 

N.  B.  Moraes  censura  os  afranc(;sados 
que  dizem  amor  polo  ou  pelo  povo,  polas 
ou  pelas  letras,  em  yez  de  para  o  povo,  para 
as  letras.  Sem  duvida  é  erro  quando  para 
corresponde  ao  Lat.  versus,  mas  as  seguintes 
phrases  são  correctas:  Olhar  pelo  bem  do 
estado,  pela  arrecadação  da  fazenda,  pela 
administração  de  justiça.  Amor  ao  povo, 
as  letras  é  preferível  a  para.  V.  Por  e  Pelo. 

Syn.  comp.  Para ,  a  fim.  A  primeira 
destas  expressões  marca  o  objecto  immedia- 
to  da  acção,  a  segunda  o  mais  remoto, 
segundo  o  intuito  d'aquelle  que  a  faz.  Ls- 
tudo  para  medico,  para  letrado,  a  fim  de 


Wíi 


^Wfe 


97 


ter  nm  modo  de  vida  deèehte.  'O  bom  ec- 
clesiastico  trabalha  para  a  santificação  das 
almas,  a  fim  de  as  ganhar  a  Jesu-Christo. 
Syn.  comp.  Para,  por.  Quando  se  em- 
pregão  estas  preposições  paraexplicnr  a  ra- 
zão ou  motivo  de  alguma  acção,  são  syno- 
nymas,  por  exemplo  :  procurou  cortar  a  con- 
versação para  não  expor-se,  ou  por  não  ex- 
por-se  a  dizer  mais  do  que  quizera.  Porém 
pôde  noíar-se  entre  ellas  esta  differença  :  com 
a  primeira  se  explica  mais.  directamente  o 
poder  ou  a  influencia  do  motivo  ou  da  ac- 
ção no  efl"eito;  cora  a  segunda  se  explica 
mais  directamente  a  intenção,  ou  o  fim  com 
que  se  executa  a  acção.  Assim  que,  para 
se  applica  com  mais  propriedade  quando  se 
suppõe  suíliciencia  na  acção  ou  seguridade 
de  seu  eíTeito  ;  e  por,  quando  se  suppõe  so- 
mente probabilidade  ou  possibilidade  de  lo- 
grar o  que  se  intenta.  Movo  os  pés  para 
andar,  ando  muito  por  ver  se  posso  dor- 
mir melhor.  Saio  de  casa  para  ir  ao  cam- 
po, onde  darei  um  passeio  por  dissipar  a 
melancolia. 

PARÁ.  (geogr.)  vasta  província  marítima 
do  Brazil.  Antes  do  descobrimento  do  Bra- 
zil  era  este  paiz  habitado  pelos  Índios  Ta- 
pujas,  aos  quaes  se  aggregáram  j)S  Tupi- 
nambas.  Acha-se  nesta  província,  bera  que 
em  pequena  quantidade,  minas,  cristal,  es- 
meraldas, prata,  granito  eargilla  de  diver- 
sas cores:  malas  d'onde  se  tira  óptima  ma- 
deira de  construcção,  de  carpentaria  e  mar- 
cenaria :  139,000  habitantes  civilizados,  e 
100,í»O0  Índios  bravos. 

PARÁ,  (geogr.)  povoação  da  ptovincia  de 
Minas  Geraes,  no  Brazil. 

PARÁ,  (geogr.)  rio  da  província  de  Minas 
Geraes,  no  Br.szil,  nasço  dos  montes  que  ja- 
zem entre  a  villa  de  Tamanduá  eo  rio  Pa- 
raubéba  e  vai  incorporar -se  com  o  rio  de 
S.  Francisco,  pela  margem  direita,  entre 
os  confluentes  dos  nos  Lambari  e  Parau- 
péba. 

PARABÉM,  s.  m.  pi.  Parabéns  {para,  e  bem 
substantivo)  felicitação  que  se  dá  a  alguém 
por  successo  feliz,  v,  g.  dei  lhe  o  —  ou  pa- 
rabéns da  chegada  do  seu  navio,  do  casamen- 
to, ou  pelo  despacho  do  filho. 

Syn.  comp.  Parabém,  feliciiação.  O  pa- 
rabém refere-se  principalmente  a  um  acon- 
tecimento feliz  na  vida  domestica.  A  felici- 
tação tem  um  sentido  mais  extenso,  e  re- 
fere-se á  celebração  d'um  acontecimento  pu- 
blico, que  tem  relação  com  os  cargos  so- 
ciaes  da  pessoa  que  a  recebe. 

Um  amigo  dá  os  parabéns  a  outro  pelo ' 
bom  successo  de  sua  esposa.  Uma  camará '; 
felicita  a  el-rei  por  um  successo  prospero.  ■ 

PARÁBOLA,  s.  f.  (proo.  parábola,  Lat.  do  I 
Gr,  parabolé\  comparação ;  rad.  ballô,  lançarj 

VOL.  IV. 


epará,  ao  íácfo,'^' próximo)  narração  allegori-' 
ca  que  encerra  uma  verdade  importante.  — , 
(geom.)  linha  curva  formada  pela  secção  de 
um  cone  por  um  plano  parallelo  ao  seu  la- 
do. —  recta  ou  direita,  que  tem  o  axe  pa- 
rallelo á  base.  —  inclinada,  cujo  axe  faz 
com  a  base  dois  ângulos  desiguaes,  —  pa- 
rallela.  V.  Asymptota. 

parabolicamentí;,  adv.  [mente  suff.)  em 
forma  de  parábola  moral.  •'; 

parabólico,  a,  adj.  que  encerra  parabò'-*^' 
la;  deforma  de  parábola.  Espelho  — . 

paracatú,  (geogr.)  cidade  e  antiga  villa 
da  província  de  Minas  Geraes,-  no  Brazil,  a 
140  léguas  ao  NO.  da  cidade  de  Ouro  Pre- 
to. 

PARACATU,  (geogr.)  rio  da  provinda  de 
Minas-Geraes,  no  Brasil,  na  comarca  que 
tem  o  mesmo  nome. 

PARACELSo,  (hist.)  pretendido  thaumatur- 
go,  nasceu  em  1494  em  Kinsiedeln,  viajou 
por  toda  a  Europa  estabeleceu-se  em  Ba- 
"le,  onde  regeu  a  cadeira  de  medecina,  e  per- 
tendeu  fazer  uma  revolução  nesta  sciencia, 
destruindo  a  auctoridade  de  Hippocrales, 
de  (ialieno,  de  Avicenno,  mas  depressa  se 
cnnhcc-^u  n  falsidade  das  suas  regras,  e  per- 
deu os  discípulos  e  os  doentes,  Morreu  em 
1541. 

PARACKNTESE,  s.  f.  [LoX.paracentesis,  do 
^v.pará,  próximo,  ao  lado,  ekcntéo,  picar) 
(cirurg.)  puncção  do  abdómen  para  evacuar 
alympha  doshydropicos,  na  ascites. 

PARACLETEAR,  V.  ã.  [paraclcto,  ar  des. 
inf.)  sug2;erir  a  resposta,  ajudar  a  responder 
a  quem  é  interrogado 

PARACLÉTO,  s.m.  (doGr.  parakalêô,Gonso- 
lar)  consolador.  Diz-se  do  Espirito  Santo. — , 
(famil.)  o  que  aponta,  snggere  a  outra  pessoa 
o  que  ha-de  responder. 

PARACLETO,  (g^íogr.)  vil!a  da  antiga  Cam- 
panha, a  3  ieguas  ao  SE.  de  Nogent-sur- 
Seine. 

PARÁCLITO,  s.  m.  Espirito  Santo. 
PARACMASTico,  A,  adj  (med.)  V.  Decres- 
cente. 

PARADA,  s.  f.  (de  parar,  em  todas  as  ac- 
cepções  doverbo)  acto  deparar,  de  suspen- 
der a  marcha,  o  movimento  de  progressão  ; 
lugar  onde  para  o  correio  ou  viajante  para 
mudar  de  besta  ou  bestas;  lugar  onde  estão 
mudas,  posta,  ou  eslafete  que  toma  a  mala 
de  cartas  do  que  chega  aposta.  Ter  sahidas 
de  cavallo  e  — s  de  sendeiro,  (loc.  famil. — (Fr. 
parade)  mostra,  revista  de  tropas,  e  exercido 
d'ellas  ;  sitio,  praça  onde  se  faz  amostra,  à 
mostra,  a  revista.  —  (do  Fr  parer,  aparar, 
desviar)  movimento  com  que  se  rebate  o  gol- 
pe do  contrario,  na  esgrima.  Furtar  a  — a 
a  gacm  preveni-lo,  antecipa-lo.  — ,  o  di- 
nheiro que  se  aposta  contra  o  banqueiro,  em'?^ 
25 


98«^ 


PAR 


PAR 


jogos  deparar.   — ,    (ant.)  colheita,  jantar 
que  se  dava  ao  rei  ou  a  senhor  territorial  em 
.jornada. 

PARADA,  (geogr.)  ha  mais  áe  1^  povoa- 
ções deste  nome  em  todo  o  reÍQO  de  Por- 
tuguez, 

PARADAS,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a 
légua  emeia  SE.de  Marchenna  ;  4,320  ha- 
bitantes. 

PARADEIRO,  s.m.  {parada,  des.  e»'ro)  lugar 
onde  alguma  cousa  vai  ter  ou  parar,  v.  g.  o 
rio  é  —  das  immundicias  da  cidade.  A  sepul- 
tura é  o  —  do  pobre  e  do  rico. 

PARADELLA,  (geogr.)  freguezia  de  Portu- 
gal no  districto  de  Bragança  a  2  léguas  ao 
ISE.  de  Miranda  do  Douro,  sobre  o  riacho 
Fresno. 

PARADIGMA,  S.m.  (Lat.,  do  Gr  para,  ao 
lado,  e  deikô,  mostrar)  exemplar,  modelo, 
V.  g,  —  de  um  príncipe  perfeito. 

PARADO,  A,  p.  p.  deparar;  adj.  que  pa- 
rou ou  fez  parar;  que  desviou  golpe;  que 
suspendeu  a  mircha,  fez  parada,  r.  gr.  o  re- 
lógio está  — ,  Bem  — ,  cobravel.  O  mais  bem 
—  do  seu  rendimento,  das  dividas,  que  tem 
mais  probabilidade  de  se  cobrar.  Divida  mal 
— ,  de  devedor  que  não  tem  meios  ou  bens 
porque  possa  ser  obrigado  a  pagar,  ou  de  que 
por  falta  de  clarezas,  se  não  pode  exigir  o  pa- 
gamento. 

PARADOR.  V.  Aparador. 

PARADOURO.  V.  Paradeiro 

PARADOXA,  s.  f.  V.  Paradoxo. 

PARADOXAL,  adj  dos  2g.  (des.  adj.  a/)  que 
encerra  paradoxo.    Doutrina ,    proposição 

PARADOXO,  s.  wi.  (pron.  o  X  sôa  C5,  Lat.pa- 
radoxum,  do  Gr.  para,  alem,  edoxa,  opi- 
nião) proposição  contraria  ás  opiniões  geral- 
mente recebidas. 

PARADOXO,  A,  adj.  V,  Parodoxal. 

PARADOXURO,  (h.  n  )  Paraduxurus,  gé- 
nero ^pi  mammiferos,  muito  parecidos  com 
as  Martas. 

PAR^TONiuM,  (geogr.)  Ál  Baretoun,  cida- 
de e  porto  da  Fibyn,  na  Marmarica,  a  0. 
de  Alexandria. 

PARAFO.  V.  Paragrapho. 

PARAFOGO,  s.  m.  [deparar,  desviar)  peça 
de  papel,  seda,  panno,  etc,  encaixilhada, 
que  se  põe  diante  das  chaminés  dos  quartos, 
nos  paizes  frios,  para  resguardar  a  cara  da 
chamma  do  fogo. 

PARÁFRASE.   V.   Paraphrase. 

PARAFRASEAR.  V.  Paraphrasear,  etc. 

Parafusado,  a,  p.p.  de  parafusar,  medi- 
tado, cogitado,  dado  tratos  á  mente. 

PARAFUSADOR,  S.m.  O  qus  parafusa. 

parafusar,  V.  n.  {parafuso,  ar  des.  inf.) 
(famil.)  meditar,  cogitar  profundamente  em 
questão,    matéria  difficil.  A  metaphora  é  ti- 


rada do  parafuso  que  penetra  com  difíicul- 
dade  a  madeira. 

PARAFUSO,  S.m.  {par-a-fuso,  semelhante 
a  fuso)  peça  de  ferro  ou  outro  metal,  de  páo, 
marfim,  etc;  lavrada  em  rosca  espiral,  que 
se  mette  e  prende  na  porca.  —  de  através^ 
sar,  (esping.)  os  que  seguram  o  cano  na  cro- 
nha.  Compasso  do  — ,  munido  de  parafuso 
que  impede  as  pernas  de  se  fecharem. 

PARAGANAS,  $.  f.  pi.  (íiut.)  [para,  e  Fr. 
ant.  gan  ou  gain,  ganho,  lucro,  renda,  ren- 
dimento, emolumento)  bens  feudaes  com  en- 
cargo de  serviço  na  paz  e  na  guerra. 

PARAGÃo,  s.m.  {Fr.  parangon,  doGr.  pa- 
raghein,  comparar  ;  rad.  para,  ao  lado,  e 
agô,  conduzir,  levar)  (p.  us.)  comparação. 

PARAGEM,  s.  f.  [deparar,  des.  agem]  sitio, 
lugar  onde  alguém  costuma  parar,  ou  onde 
o  navio  anda  pairando,  ou  onde  costuma  lan- 
çar ferro.  Paragens. 

N.  B  Mora(!S  insinua  que  é  talvez  alte- 
rado de  pairagem,  mas  rão  reflectio  no  ra- 
dical. 

PARAGO,  (h.  n.)  género  de  insectos  da  or  • 
dem  dos  Dipteros,  familia  dos  Athericeros, 
tribu  dos  Syrphios. 

PARAGRAFO.   V.  Paragrapho. 
PARAGRAPHO,  s.  M.  (prou.  pardgvapho  :  do 
Gr.  pard,  alem,  e  graphô,  escrevo)  separa- 
(jãodeperiodo,  de  livro  ou  carta;  signalque 
marca  esta  separação  (§). 

PARAGUÁ,  (geogr.)  rio  tributário  do  Gua«7 
poré,  no  Brasil,  pela  margem  esquerda.  E 
considerado  n'uma  parte  de  seu  curso  co- 
mo um  dos  limites  do  Brazil. 

PARAGUA,  (geogr.)  dous  rios  da  America 
do  Sul ;  um  no  Venezuela,  cae  no  Caroni 
de  Barceloneta ;  o  outro  no  Brasil,  perde- 
se  no  Guapore. 

PARAGUAÇU,  (geogr.)  o  rio  mais  caudaloso 
dos  que  desaguam  na  bahia  de  Todos  os 
Santos,  no  Brazil ;  nasce  na  serra  da  Cha- 
pada. 

PARAGUAÇuziNHO,  (geogr.)  ribsiro  da  pro- 
víncia da  Bahia,  no  Brasil,  na  comarca  da 
Jacobina. 

PARAGUAI,  (geogr.)  grande  rio  da  Ameri- 
ca meridional,  no  Brazil,  cujo  dilatado  cur- 
so segue  constantemente  o  rumo  do  norte 
ao  sul,  até  juntar-se  com  o  Uruguai,  for- 
mando ambos  reunidos  o  rio  da  Prata. 

PARAGUAY,  (geogr.)  estado  da  America  do 
Sul,  ao  N.  das  províncias  Unidas  do  Rio 
da  Prata,  a  O  de  Brasil;  500,000  habi- 
tes. Capital  Assumpção. 

PARAiiiBA,  (geogr.)  cidade  e  capital  da  pro- 
víncia do  mesmo  nome,  na  margem  direita 
do  rio  Parahiba  a 4  léguas  domar,  15,000 
habitantes. 

PARAHIBA,  (geogr.)  rio  do  império  do  Bra- 
zil  que   fertiliza   as  províncias  do  Rio  de 


PAR 


PAR 


Janeiro  e  de  S.  Paulo.  Seu  nome  é  deriva- 
do de  duas  palavras;  paro,  rio;  e  hiba, 
agua  clara. 

PARAHiBA,  (geogr.)  rio  do  norte  do  im- 
pério do  Brazil,  do  qual  tomou  o  nome  a 
província  per  onde  corre  do  0.,  para  o  ENE. 
Wasce  na  serra  Jabitacá,  ramo  da  dos  Cai- 
riris- Velhos,  perto  dos  nascentes  do  Capi- 
ribe,  que  se  dirige  para  a  cidade  do  Re- 
cife. 

PARAHIBA  DO  SUL,  (geogr.)  villa  da  pro- 
vinda do  rio  de  Janeiro,  assim  cognomina- 
da, em  opposição  com  a  cidade  de  Para- 
biba,  capital  da  província  deste  nome,  que 
jaz  ao  norte  do  império  do  Brazil,  2,000 
habitantes. 

PARAHiBUNA,  (geogr.)  pcqueua  villa  da  pro- 
víncia de  São  Paulo,  no  Brazil,  obra  de  20 
léguas  ao  NO.,  da  cidade  d'estenome.  Tem 
2,000  habitantes. 

PARAHIBUNA,  (geogr.)  rio  que  divide  a 
província  do  rio  de  Janeiro  da  de  Minas- 
G«raes,  no  Brazil. 

PARAHiBUNB,  (geogr.)  rlbelro  da  província 
de  S.  Paulo,  no  Brasil,  o  qual  se  ajunta 
com  o  rio  Parahiba  pela  margem  esquerda, 
obra  de  2  léguas  abaixo  da  villa  de  Para- 
hitinga. 

PARAHiM,  (geogr.)  rio  estreito  e  profundo 
da  provinda  do  Piauhi. 

PARAHiTiNGA,  (gftogr)  pequeua  villa  da 
provinda  de  São  Paulo,  no  Brasil,  na  pri- 
meira comarca  de  que  é  cabeça  a  villa  de 
Taubaté.  4,000  habitantes. 

PARAiMENTES,  (aut.)  [parai ;  e  mentres,  Fr. 
ant.  e  Ital.  entretanto)  reparai. 

PARAÍSO,  s,m.  [pron.  paraíso,  L&t.  para- 
disum,  Gr.  paradeisos.  propriamonte  jardim. 
Do  Persa,  firdeus,  jardim  de  arvores  íructi- 
feras.)  jardim.  O  —  terreal,  onde  Deus  poz 
Adão  e  Eva  ;  jardim  delicioso  ;  (fig.)  abem- 
aventurança.  —  celeste,  a  bemaventurança 
eterna.  Ave  do  — ,  manueodiata. 

PARALE,  (hist.)  galera  sagrada,  que  os 
Athenienses  todos  os  annos  expediam  a  De- 
los,  carregada  de  oflerendas  e  pessoas,  que 
deviam  servir  nas  ceremonias  sagradas  nos 
aliares  de  Appollo  e  de  Diana.  Esta  viagem 
chamava-se  theorica,  eos  viajantes  theori- 
cos.  Durante  a  ausência  da  galera  não  po- 
dia ser  justiçado  conderanado  algum. 

PARALEA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
milia  das  Dyospyreas  e  das  Eiéanaceas  e  da 
Decandria  Monogynia. 

PARALHEiRO,  s.Tu.  Hos  cugenhos  dc  açucar, 
panellas  em  que  se  vasa  o  mellado  dos  tachos. 
Hoje  chamam -se  formas. 

PARALiPOMENON,  s.  m.  [CiT.  pard,  alem,  e 
leipomai.  deixar)  nome  de  um  dos  livros  do 
Antigo  Testamento,  supplemento  aos  livros 
dos  Reis.  É  vulgarmente  attribuido  a  Esdras, 


e  n'elle  se  acham  couzas,  que  tinham  sido 
omittidas  nos  quatro  livros  dos  Beis.  Viei- 
ra põe  o  accento  na  penúltima  ,  de  ordiná- 
rio se  põe  na  antepenúltima. 

PARALISAR.  V.  Paralysar. 

PARALISIA.  V,  laralysia. 

PARALiTiCADO,  ^,p-p.  de  paralltlcar  ;  adj. 
feito,  tornado  paralytico. 

PARALiTiCAR,  V.  a.  (aut.)  V.  Paralysar. 

PARALÍTICO.  V.  Paralytico. 

PARALLAXE,  s.  f.  (do  Gr.  para,  alem,  e 
alloio,  mudar.)  (astr.)  arco  celeste  compre- 
hendido  entre  o  lugar  verdadeiro  de  um  as- 
tro eoseu  lugar  apparente,  isto  é,  entre  os 
dois  pontos  do  ceu  em  que  seria  visto  do  cen- 
tro e  da  superíicio  da  terra. 

PARALLAXico,  A,  ttdj .  ^ue  respclta  á  paral- 
laxe. 

PARALLELIPIPEUO,  5.  wi.  (do  paralUlo,  e 
Çtv.pedion,  superfície  plana)  (geom.)  corpo 
solido  terminado  por  seis  parallelogrammos 
dos  quaes  os  oppostos  são  iguaes  eparalle- 
los  entre  si. 

PARALLELiSMO,  s.  m.  (gcom.  6  astr.)  apo- 
sição parallela  de  duas  linhas  ou  dois  planos. 

PARALLELO,  A,  adj.  (Lat.  parallelus,  do  Gr. 
para,  igualmente,  alem,  eallélos  entre  si.) 
(geom.)  que  dista  igualmente  em  toda  a  sua 
extensão.  Linhas  — s,  igualmente  distantes 
entre  si.  — ,  s.  f.  (subst.  do  precedente)  li- 
nha parallela.  — ,  (fort.)  estrada  funda  pa- 
rallela ao  corpo  da  praça,  para  a  bater.  Pri- 
meira, segunda,  terceira  — ,  a  segunda  se 
approxima  da  praça,  a  terceira  é  a  mais  che- 
gada a  ella. 

parallelÔgramho,  s.  m.  (Gr.  parallela  , 
e  grammé ,  linha),  (geom.)  figura  plana 
terminada  por  linhas  parallelas  cujos  lados 
correspondentes  são  iguaes,  quadrado  longo. 

paralogisar,  V.  u.  (do  Gr.  para,  ao  la- 
do, e  logos,  discurso),  procurar,  persua- 
dir com  argumentos  viciosos,  que  não  pro- 
vem a  these. 

PARALOGISMO ,  s.  m.  (dcs.  ismo),  argu- 
mentação errónea,  viciosa,  não  concludente. 

Syn.  comp.  Paralogismo,  sophisma.  O 
paralogismo  é  um  raciocínio  falso,  um  ar- 
gumento vicioso ,  uma  conclusão  mal  de- 
duzida, ou  contraria  ás  regras  da  lógica. 
O  sophisma  é  uma  argumentação  artificio- 
sa, um  raciocínio  subtil  e  capcioso.  Aquel- 
le  pecca  na  forma,  este  na  matéria.  Am- 
bos induzem  em  erro  ;  porém  o  primeiro 
por  ignorância,  por  falta  de  conhecimento 
e  de  applicação  ;  o  segundo  por  malicia  , 
ou  por  uma  subtileza  mal  intencionada  O 
paralogismo  é  contratio  ás  regras  de  bem 
raciocinar ;  o  sophisma  é  inteiramente  op- 
posto  á  rectidão  da  intenção.  O  primeiro 
engana  de  boa  fé ;  o  segundo  tem  interes- 
se em  enganar,  e  illude  com  má  intenção. 
25  * 


i 


PAR 


PAR 


i  >aralysa'r,  «.  a.  (V.  Paralysia),  (tóed.) 
fazer  paraljtico,  tolher  o  movimento  dos 
membros  e  a  sensação;  (fig.)  inutilisar,  ti- 
rar ou  suspender  a  energia,  a  acção.f.^-;— 
a  autoridade,  a  industria.  v.^aaahá' 

PARALYsiA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  paraluo  , 
relaxar,  debilitar),  (med.)  privação  do  mo- 
vimento muscular  o  da  sensação  da  parte, 
ou  de  uma  só  destas  funccões. 

PARAi-Yrico,  A,  adj.  atacado  de  paraly- 
èia,  entrevado,  tolhido 

PARAMARiBO,  (gcogr.)  Capital  da  Guyana 
hollandeza,  sobre  o  Surinam,  a  100  léguas 
NO.  deCayena;  20,000  habitantes. 

PARAMENTADO  ,  superl.  de  paramentar  ; 
adj.  ornado,  revestido  (no  sentido  próprio 
o  ligurado).  Sacerdote — ,  revestido  das  ves- 
timentas. Igreja  — .  Matrona  —  de  virtu- 
des. 

PARAMENTAR,  V.  a.  {paramento,  ar  des. 
inf.),  ornar,  aparamentar:  v.g.  —  as  igre- 
jas, o  sacerdote.  —  se,  v.  r.  o  bispo  para- 
mentou-se. 

PARAMENTO,  s.  m.  [Fv.  paremeiít,  de  pa- 
rer.  Lat.  parare,  compor,  ornar) ,  mais 
usado  no  pi.,  vestes  solemnes ,  vestimen- 
tas, v.g. — de  sacerdotes,  roupas  ornadas, 
ricas.  V.  g.  —  de  reis.  Os  —  s  pontificaes. 
—  arreios  de  cavallo  ;  tudo  o  que  servo 
para  ornar,  enfeitar,  cobrindo  ou  revestin- 
do, V.  g.  —  de  igreja,  casa,  camera  do  na- 
vio ;  —  das  ruas,  em  festa  solemne,  —  , 
(arlilh.)  moldura  do  baccal  do  morteiro. — 
(ant.)  direcção,  governo,  ex.  «  Para  bom  — 
da  nossa  terra.  »  Ord.  AíTons. 

PARÂMETRO,  s.  TO.  (do  Gr.  parú,  'ao  lado,  e 
ínelro  suff.  (geom.)  linha  constante  o  in- 
variável que  entra  na  equação  de  uma 
curva,  e  que  serve  de  termo  de  compara- 
ção das  suas  ordenadas  e  abscissas. 

PARA-MIRIM,  (geogr.)  pequeno  rio  da  pro- 
víncia da  Bahia,  no  Brazil,  na  comarca  do 
lUodas  Contas. 

PÁRAMO ,  s.  m  (ant.)  (de  amparar.  V. 
Amádigo. 

PÁRAMO,  s.  m.  (Cast.),  campina  erma. 
ex.  «  Nos — s  do  hiimido  elemento.  »  Diniz 

PARAMYTHiA,  (geogr.)  cidadc  da  Turquia 
europ,ea,  a  12  léguas  SO.  deJanina;  3,500 
habitantes. 

PARANÁ,  (geogr.)  grande  rio  da  America 
do  Sul,  é  o  principal  braço  do  rio  da  Prata. 

PARANÁ,  (geogr.)  nova  comarca  da  provín- 
cia de  Minas  Geraes,  no  Brazil. 

PARANÁ,  (geogr.)  grande  rio  da  America 
meridional,  que  tem  principio  no  império  do 
Brazil,  e  toma  este  nome  na  confluência  do 
rio  Paranaiva  com  o  Grande.  O  primeiro  d'e;»- 
tes  rios  atravessa  a  província  de  Goy^íz  do 
norte  para  o  sul,  e  o  segundo  a  de  Minas  Ge- 
raes^ de  este  a  oeste,  e  ajuntara  se  um  com 


outro  pouco  mais  ou  menos,  em  20°  latitu- 
de, edão  nascimento  ao  Paraná,  o  qual  em 
seu  curso  serve  alternativamente  delimite  ás 
províncias  de  Guiáz,  São  Paulo  e  Mato  Grosso, 
e  aos  Estados  do  Paraguai  e  d'Entre-Rios. 

PARANACiCABA,  (geogr.)  serra  do  Brazil,  na 
província  o  districto  de  São  Paulo. 

PARANAGUÁ,  (geogr.)  villa  e  cabeça  da  quin- 
ta comarca  da  província  de  São  Paulo,  no 
Brazil,  7,000  habitantes. 

PA  RANAGUA,  (gcogr.)  bailia  da  província  de 
São  Paulo,  no  Brazil,  a  cuja  margem  está  as- 
sentada a  villa  do  mesmo  nome. 

PARANÁ iiiBA,  (gcogr  )  antiga  villa  da  pro- 
víncia do  São  Paulo,  no  Brazil,  7,000  habi- 
tantes. 

PARANAN,  (geogr.)  serra  da  província  de 
Goyáz,  no  Brazil,  entre  esta  província  e  a 
comarca  de  São  Francisco  da  província  da 
Bahia. 

PARANAN,  (geogr. y  rio  da  província  de 
Goyáz,  no  Brazil.  iNasce  do  vertente  Occiden- 
tal da  serra  Paranan,  engrossa-se  com  as 
aguas  de  muitos  ribeiros  nas  serras  dos  Cou- 
ros ou  do  General,  das  Araras  e  dosViadei- 
ros. 

PARANAPANEMA,  (geogr.)  río  da  província 
de  São  Paulo,  no  Brazil,  qiio  não  dá  navega- 
ção por  ser  entulhado  de  rochedos. 

PARANAPíAÇABA,  (gcogr.)  sorra  da  provín- 
cia de  São  Paulo,  no  Brazil,  ramo  da  cordi- 
lheira Cubatão. 

PARANAPUcuHi,  (geogr.)  antiga  aldeia  de 
índios  Tamoyos,  na  ilha  do  Fundão  ou  do 
Gato,  presentemente  ilha  Raza,  defronte  da 
entrada  da  bahia  deNitherohi  ou  do  Rio  de 
Janeiro. 

PARANATiNGA,  (geogr.)  río  da  província  de» 
Goyáz,  no  Brazil.  -^ 

PARANÇA,  s.  f.  (ant.)  estado  do  negocio. 
V.  Paramento,  direcção,  v  g.  Boa  ou  má  — . 

PARANGONA,  adj.  f.  (aul.)  Letra  — ,  sor- 
te de  typo  de  impressor  fFr.  parangon]. 

PARANGUE,  s.  TO.  (t.  da  Asía) ,  embarca- 
ção de  carga  cosida  com  cairo. 

PARANHOS,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal  vi- 
zinha do  Perto,  com  2,200  habitantes.  Ha 
outra  a  2  léguas  de  Braga,  e  outra  no  con- 
celho de  G}3,  a  13  léguas  de  Coimbra,  ca- 
da uma  com  700  habitantes. 

PARANOMASis,  s.  f.  (lat.  do  Gr.  para,  pró- 
ximo, e  ónoma,  nome),  semelhança  entre  pa- 
lavras de  línguas  diversas,  que  indica  ori- 
gem commura. 

PARANTE.  V.  Perante. 

paranympa,  s.  f.  (V.  ParanympJio),  ma- 
drinha da  noiva  ;  (fig.)  protectora. 

PARANYMPH\R,  V.  fl.  V.  Apadrinhar. 

PARANYMPHico,  A ,  ãdj .  do  noívos.  V.  g. 
Discurso — ,  feito  á  rijegada  de  algum  es- 
poso nobre^    isúiuiu ' 


fm 


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í»'AnAí?VMiiib  ,'  ¥:"m:  (Gr.  pardnyiHplios,  ^meníóV  e^pâhtatiéo'  ou '  ^6oftíóiutíííè^(!'6,  't^^  J  * 
padrinho  de  noiva  ou  noivo,  pard,  jtinto,  ,0  cavaílo,  o  relógio  parou.  Parou-lhe  o 
é  nymphé,  esposa,  padrinho  da  noiva  oa  do  I  pulso. — ,  ir  ter,  Ufrniitiar.  v.  g.  A  estrada 
noivo.  v.  g.  O  —  Gabriel ,  anjo  qiio  veio  |  vai  —  ao  rio.  O  negocio  veio  a  v-om  nada. 
assistir  ás  núpcias  ;  (fig.)  padrinho  de  can-  |  Km  qno  pararam  as  victorias  do  Napoleão''' 


didato  era  universidade ;  protector 

PARAO,  s.  m.  (t.  da  Ásia),  embarcação  de 
guerra  na  índia. 

PARAPADA,  s.  m.  animal  da  ilha  Marou- 
pe,  no  rio  Sofala.  Santos,  Ethiop. 

PAUAPANDA,  s.  f.  (voz  Afric),  trombeta 
usada  pelos  Cafres,  de  som  ingrato  e  mui 
forte. 

PARAPEiTADo,  A,  adj .  {parapeito,  des.  adj 
ado],  guarnecido  de  parapeito.   —  postado 
de  traz   de   parapeito,    defendido  por  pa- 
rapeito. 

PARAPEITO,  s.  m.  (Fr.  parapet,  Ttal.  para- 
peito, do  Lat.  paro,  are,  proteger,  e  pectus, 
O  peito.  K'  assim  chamado  porque  na  bor- 
da se  encosta  o  peito),  muro  de  encosto  ou 
de  abrigo  sobre  ponte,  terraço,  oacs ;  es- 
paldão,  muro  que  dá  pelos  peitos,  detrás 
do  qual  se  põ:'ra  os  soldados  e  se  assesta  a 
artilharia.  Faz-se  de  terra,  faxina ,  cestõos, 
etc. 

PARAPETALAS,  (bot.)  da-se  este  nome  ás 
partes,  que  em  certas  Qores  se  parecem  per- 
feitamente com  as  pétalas,  mas  que  estão  si- 
tuadas em  um  sitio  mais  inferior ;  são  es- 
laraes  avortadas. 

PARAPHERNAL,  adj\  dos  2  g.  (do  Gr.  pard, 
alem,  e  pherné,  dote),  (jur. )  Bens  para- 
phcrnaes,  os  de  que  a  mulher  se  reserva  a 
posse  por  contracto  de  casamento,  e  que 
não  fazem  parte  do  seu  dote. 

PARAPHiMOSis,  s.  m.  [para  pref.  Gr.  alem, 
para  trás,  e  p/iimos-i^,  V.),  (med.)  forte  con- 
tracção do  prepúcio  retrahido  atrás  da  glan- 
de. 

PARÁPHRASE,  5. /*.  (jyará,  pref.  Gj.,  alem, 
e  phrase),  explicação  de  texto  por  outras 
palavras  e  com  mais  extensão. 

PARAPFiRASEADO,  superl.  de  paraphrasear  ; 
adj.  explicado  em  paraphrase  ;  acompanha- 
do de  paraphrase,  v.  g.  o  código  —  por  um 
juris-consulto. 

PARAPHRASEAR,  V.  a.  {parapkrase,  ar  des. 
inf,),  explicar  em  paraphrase,  elucidar  com 
explicação  breve  :  v.  g.  —  o  texto. 

PARAPIIRASTE  OU  PARAPHRASTA,    S.  m.  ,    O 

que  paraohrasêa,  autor  de  paraphrase. 

PARAPHRASTico,  A,  ttdj.  da  uatureza  de 
paraphrase,  que  explica,  elucida,  v.  g.  in- 
terpretação — . 

PARA  QUE.  V.  Para,  e  Que. 

PARAR,  «.a.  (do  Lat.  parco,  ere,  abstor- 
se  ;  em  Vasconço  baratcea,  parar,  cujo  ra- 
dical é  bara],  suspender  o  movimento,  es- 
pontâneo ou  coramunicado,  v.  g.  —  o  ca- 
vaílo, a  roda.  — ,  t?. «.,  suspender  o  movi- 
yoL.  ir. 


Onde  irá  —  este  homem  ?  que  ííqí  terá  f 
Foi  —  nas  galés,  —  na  forca.  Onde  irá  — 
o  seu  discurso?  Onde  /(araram  os  seus  pro- 
jectos? Não  para  ahi  o  negocio,  isto  é,  vai 
mais  longe,  não  liça  al!i.'  —  consistir  uni-' 
camente.  v.  g.  A  obrigação  do  juiz  não  ;>ára 
no  nome.  Parar  mentes,  [\oo.  ant.)  reparar, 
tomar  conhecimento,  ex.  «  E  para  bem  men- 
tes assi  aos  cavallos  como  aos  potros,  se  são 
bem  sãos.  »  Ord.  A.ffons,  «Em  elle  (no fei- 
to) nom  parem  mais  mentes,  »  Ibid.  não  en-^ 
tendam  mais.  Parar  diante,  esperar  a  pé 
íirme,  resistir.  Não  lhe  puraram  diante  os 
inimigos,  não  sostiveram  o  ataque  Parar 
d  banca,  apontar. 

PARAR,  V.  a.  {¥r.  parer,  do  Gr.  para , 
além.)  rebater,  r.  g^—a  estocada,  a  cii-" 
tilada. — ,  fazer  parada,  apostar  contra  o  ban- 
queiro (a  jogos  de  azar.  Jogos  de  -,  em  que 
os  pontos  apostara  contra  o  banqueiro  ou 
contra  o  jogador  qne  lança  os  dados.  Pa-_ 
rou  grandes  sommas.  — ,  (ant.)  pagar. 

PARAR,  V.  a.  (do  Lat.  /)arar<?,  faz  t,  pôr, 
dispor,  etc.)  (ant.)  converter  em ,  fazer  «  de- ' 
sejos  maus  de  seus  corações,  que  era  pouco" 
os  parum  brutos  animaes.  »  os  tornam,  Lu- 
cena. «Chegaram  os  padres  sem  alento,  sem 
côr  nom  semilhança  de  vivos,  que  assim  os  ^ 
tinha  parado  o  caminho  e  a  fome. 

Moraes  confunde  este  verbo  com  parar,  v, 
a .  suspende r  o  moviraen lo  ? 

PARASANGA,  s.  f.  VOZ  Porsica  farsung  ou 
farsahk]  medida  itinerária  da  Pérsia  que  He- 
ródoto diz  equivaler  a  30  estádios  gregos,  ou 
o750  passos,  mas  depois  tem  tido  diversos 
valores.  Hoje  é  perto  de  4  milhas  inglezas. 

PARASCEVE,  s.  m.  (do  Gv.paraskué,  pre- 
paração. JNão  ó  voz  Hebraica  ccmo  diz  o  ad- 
ditador  de  Moraes)  sext«  feira  em  que  os 
os  Judeus  se  preparavam  para  celebrar  o 
sabbado  ou  qualquer  dia  lascivo,  e  principal- 
mente a  Paschoa;  sexta  feira  santa. 

PARASELENE,.s.  m.  (do  Gr.  para,  junto,  ao 
lado,  e  selené,  a  lua.)  (meteor.)  apparencia  de 
uma  ou  mais  lua  na  proximidade  da  verdh-,. 
deira.  '      ''' 

PARASiTíco,  A,  adj.  [parasito,  des.  ico.) 
de  parasito,    de  comedor,  que  desfruta  al- 
guém. V.  g.  lisonjas  — s.  Plantas — s.  V.^ 
Parasito.   ■  ••"  '■'."'  i    .    ■  ;  *  '"      '  . 

parasito;  ^'rrtil'  {ííéX.^^àrasitu$,'d(f''(Ífy 
pardsitos ;  de  pard,  junto,  proxinio,'e  si-' 
tos,    trigo.)  Primitivamente   significava    bs 
que  tinham  a  seu  cargo  a  intendência  do  tri- ' 
go  destinado  aos  templos,  e  que  tinham  parte 
na  distribuição  das  viandas  dos  sacriíicios ; 
Vi 


102 


PAR 


PAR 


depois  applicou-se  aos  que  se  introduziam 
nas  casas  dos  ricos  para  lhe  comer  os  jan- 
tares; papajantares. 

PARASITO,  A.  adj.  de  parasito.  PM/itax 
— s,  as  qu6  crescem  sobre  outras  plantas  e 
tiram  delias  parte  da  sua  nutrição,  v.  g.  os 
musgos,  etc. 

PARASOU-RAMA,  (hist.)  brahimne  guerrei- 
ro, filho  do  brahimne  Djamadagni  e  de  ile- 
monka  ;  foi  educado  por  Siva,  abateu  uma 
das  deíTezas  de  Ganeça,  vingou  a  morte  de 
seu  pai  e  de  sua  mãi  sobre  os  filhos  de  Vacich- 
tha,  expulsou  d'Aiodhia  e  de  toda  a  índia 
os  Chattryas, assegurando  assim  a  preeminên- 
cia aos  brahmnes  ;  finalmente  recolheu-se  ao 
seio  da  divindade,  donde  só  tornou  a  sair 
no  tempo  de  Rama,  como  septima  encarna- 
ção de  Vichnon. 

PARASTATA.  V.  Prostata. 

PARATARi,  (geogr.)  pequeno  rio,  affluen- 
te  da  margem  direita  do  Amazonas,  noBra- 
zil,  no  qual  desagua  12  léguas  abaixo  da  bo- 
ca principal  do  rio  Purú. 

PARATI,  s,  f.  (t.  Brasil.)  peixe  parecido  á 
tainha  ou  mugem  ;  são  as  pequenas.  Cori- 
man  é  a  tainha  grande  na  língua  dos  indíge- 
nas. 

PARATI,  (geogr.)  nova  cidade  cantiga  villa 
populosa  e  mercantil  da  província  do  Rio  de 
-Janeiro,  na  margem  occidental  da  bahia  de 
Angra  dos  Reis,  35  léguas  pouco  mais  ou 
menos  OSO.  da  cidade  do  Rio  de  Janei- 
ro. 

PARATiGi,  (geogr.)  ribeiro  da  província  das 
Alagoas,  no  districto  da  cidade  de  Maçayó. 

PARATiG^  (geogr.)  ribeiro  da  província  da 
Bahia,  aííluente  dorio  Maarahú. 

PARATi-MiRiM,  (gcogr.)  povoação  da  pro- 
víncia do  Rio  de  Janeiro,  f\  léguas  ao  SE.  da 
cidade  de  Parati. 

PARATi-MiRiM,  (gcogr.)  ríbciro  da  provín- 
cia do  Rio  de  Janeiro,  ao  S.  da  cidade  de  Pa- 
rati. 

PARATiNi,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia de  São  Pedro  do  Rio  Grande,  na  comarca 
das  Missões. 

PARATiTLA,  s.  f.  brcve  annotação  ou  ex- 
posição de  algum  livro,  particularmente  de 
jurispiudencia. 

PARATiTLAR,  adj.  dos  ^  g.  (para  pref. 
Gr.,  junto,  e  titulo.)  (jurispr.)  que  faz  bre- 
ves annotações  ou  explicações  a  algum  tex- 
to. —  ,  s.  :  os  paratiílares  das  institu- 
ías. 

PARAÚHAtó,  (geogr)  pequeno  rio  da  pro- 
víncia do  Pará;  aííluente  do  rio  das  Amazo- 
nas, no  qual  desagua. 

PARAUHiBA,  (geogr.)  ilha  do  rio  da  Madei- 
ra, na  provinda   do  Pará,  abaixo,    da  das 
Arraias. 
.  jAKAtJHA,  (geogr.)  povoação  da  província 


de  Minas  Geraes,  11  léguas  ONO.  da  cidade 
do  Serro. 

PABAÚNA,  (geogr.)  ribeiro  da  província  de 
Minas  Geraes,  no  firazil. 

PARAUPEHA,  (geogr.)  povoação  da  provín- 
cia de  Minas-Geraes,  no  Brazil,  3  léguas  ao 
S.davilla  de^ueluz,  na  cabeceira  do  rio  de 
que  tomou  o  nome. 

PARAVANTE,  s.  m.  {para,  e  avante.)  (naut.j 
a  parte  do  navio  que  vai  do  mastro  grande 
até  áprôa. 

PARAVEL,  adj.  dos  2  g.  (de  parar,  fazer, 
pôr.)  fácil  de  conseguir. 

paravento,  s.  m.  (deparar,  resguardar, 
e  %ento.)  biombo  para  resguardar  do  vento  ; 
põe-se  diante  das  portas. 

PARAVOA,  s.  \f.  V.  Palavra. 

PARAY-LE-MONIAL,  (geogr.)  Parcium-Hío- 
niale  ou  Moniacum  cidade  de  França,  a  3 
léguas  0.  de  CharoUes  ;  tem  3,480  habitan- 
tes. 

PARCAMENTE,  adv.  [menie  suíf.),  com  par- 
cimonia,  com  regra,  poupadamente.  v.  g. 
Gastar,  viver,  traiar-se  — . 

Syn.  comp.  Escassamente  é  mais,  e  de- 
nota privação  do  necessário. 

PARÇAR,  v.n.  [do  Làt.  par s,  parte),  (ant.) 
ter  parçaria,  em  negocio,  contracto  ou  em 
renda  de  terras. 

PARÇARIA,  s.  f.  (Fr.  ant.  parcerie),  socie- 
dade, em  matéria  de  negocio,  renda  de  ter- 
ras. Terras  de — ,  que  alguém  traz  de  ren- 
da por  uma  quota  parte  dos  fructos  que  dá 
ao  proprietário.  A  ou  de  — ,  de  meias,  de 
sociedade.  Andar  de  — ,  de  sociedade,  em 
boa  harmonia,  ex,  «  Não  quero  gostos  sem 
— .  »Eufr.,  de  que  eu  só  goze.  A  miseri- 
córdia anda  de  —  com  a  justiça.  Impacien- 
tes —  na  jurisdicção,  e  mando ,  que  não 
querem  partilhar. 

PARCAS  (as  três),  (myth.)  Clotho,  Lache- 
sis,  Atiopos,  divindades  do  inferno  encarre- 
gadas de  fiar  a  vida  dos  homens,  Clotho 
preside  ao  nascimento  e  pega  no  fuso,  La- 
chesis  fa-lo  girar,  e  Atropos  corta  o  fio. 

PARCE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  4  lé- 
guas KE.  de  la  Fleche ;  tem  '2,260  habi- 
tantes. 

PARCEARIA.  V.  Parçaria. 

PARCEIRO,  A,  s.  (Fr.  ant.  parcien) ,  pes- 
soa que  joga  ou  dansa  com  outra ,  sócio 
em  negocio,  lavoura,  e  em  qualquer  em- 
preza  ;  companheiro  ;  —  na  liga,  collígado, 
allíado. 

PARCEL,  s.m.  pi.  Parcéis  (do  Lat.  pro- 
cello,  are,  bater  com  in  peto ,  derribar), 
baixo  de  areia  ;  mar  cheio  de  restingas  , 
bancos.  Differe  de  alfaque  porque  neste  o 
fundo  é  desigual. 

PARCELAdo,  A,  adj.  {parcel,  des.  adj.  ado), 
onde  ha  parcéis.  v.  g.  Praia-—- 

ff  .jo^ 


PAR 


PAR 


m 


PARCELLA,  í.  f.  (dim,  doLat.  pars,  parte), 
porção  de  quantia  ;  artigo  de  conta  ou  som- 
m&.v.g.  Ksta — não  deve  entrar  em  conta, 

PARCEM.  (geogr.)  aldeia  da  província  de 
Pernem. 

PARCERIA.  V.  Parçaria. 

PARCHE,  s.m.  pedacinho  de  panno  ou  ta- 
fetá sobre  que  se  estende  emplasto  para 
applicar  a  ferida,  chaguinha,  ou  para  cau- 
terisar,  sendo  cáustica  a  massa  emplastica  : 
V.  g.  — cáustico.  —  mancha  pequena,  sal- 
pico redondo,  ex.  «  Justilhos  de  seda  sal- 
picados de  pequeninos  — s  de  escarlate.  » 
Galhegos. 

PARCHiM,  (geogr.)  cidade  do  gran-ducado 
de  Mecklembuigo-Schewérin,  sobre  oKlda, 
a  9  léguas  ao  Shl.,  de  Schewérin,  4,500 
habitantes. 

PARCIAL,  adj.dos2g.  (do  Lat.  pars,  tis, 
parte],  que  forma  parle  de  algum  todo,  que 
abrange  só  parte  de  algum  todo.  v.  g.  A 
chuva  foi  — ,  não  se  estendeu  a  toda  a 
cidade  ou  districto.  —  ,  que  segue  algum 
partido.  — ,  que  julga  por  affeição  ou  des- 
aífeição  ás  partes,  e  não  pela  recta  justi- 
ça. V.  g.  Juizes  parciaes.  — ,  por  partici- 
pante ,  é  impróprio  e  desu5.  Freire  usou 
delle  neste  sentido,  ex.  «  igualmente  par- 
ciaes ua  gloria  e  no  perigo.  » 

PARCíALiDADK,  s.  f.  {pardal,  des.  idade), 
affeição;  bando,  opinião,  v.g.  Us  da  sua 
— .  Julgar  com  — ,  com  affeição  ou  acei* 
tacão  de  pessoas,  segundo  o  juiz  é  affecto 
á  parte  que  favorece. 

PARCiALiDAR,  V.  a.  fazcr  parcial,  associar, 
ligar,  V.  g.  X  má  educação  parcialida  os 
néscios  com  seus  erros.  —  se,  v.  r.,  abra- 
çar o  partido  de  alguém  ;  ligar-se  ,  asso- 
ciar-se. 

PARCiALiZAÇÃo,  s.  f.  0  acto  do  parciali- 
sar  informação,  sentença,  decisão,  juizo.* 

PARCIALIZADO,  supcrl.  do  parcialisar ;  adj. 
feito  com  parcialidade. 

PARCIALIZAR,  V.  ã.  (parcializar,  itar  áes. 
Gr.  Lat.),  julgar  com  parcialidade,  v.g. — 
a  informação,  a  sentença.  —  altrahir  ao  par- 
tido, ev.  «  Com  estas  artes  os  parcializou 
aos  rebellados.  » 

PARCiMONiA,  s.  f.  (Lat.  ou  parsimonia , 
de  parcus,  parco  ;  monia  vem  de  minuo , 
diminuir,  encurtar),  regra,  grande  mode- 
ração na  despe za,  acto  de  poupar.  —  es- 
treiteza no  gastar,  v.  g.  Viver  com  mui- 
ta—. 

PARciONEiRO,  adj.  V.  Parceiro,  Sócio. 
•PARCissiMAMENTE,  àdv.  supcrl.  de  parca- 
mente, com  muita  parcimonia. 

PARCissiMO,  A,  adj.  snperl.  áe^tUTco,  mm 
parco. 

PARCO,  A,  adj.  (Lat.  parcus,,  de  parco, 
£re^  usar  com  moderação,  pôr  de  parte,  pou- 


par; rad.  pars,  parte,  porção.)  poupado,  mo- 
derado nas  despezas,  poupador  ;  frugal,  mo- 
derado no  comer,  beber,  dormir,  etc. 

Syn.  comp.  Parco,  sóbrio,  temperado, 
moderado.  Parco  diz  se  só  do  homem,  eé 
o  que,  por  convencimento  próprio,  come  e 
bebe  pouco.  Sóbrio  é  o  homem  que,  por 
inclinação  natural  e  por  seu  temperamen- 
to, faz  o  mesmo.  Temperado  é  aquelle  que 
excedendo  ao  parco  e  ao  sóbrio  se  contém 
em  suas  acções  no  circulo  de  uma  vida  ajus- 
tada e  bem  entendida,  iífoderaíio  a pplica-se 
com  mais  frequência  á  parte  ideal,  e  se  diz 
daquelle  que  deseja  que  nada  se  faça  com 
violência  nem  com  precipitação,  e  que  em 
tudo  procede  com  moderação. 

PARCQ,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas de  S.  Pol ;  800  habitantes. 

PARDAÇO,  A,  adj.  augment.  de  T^&r do,  dl- 
gum  tanto  pardo  ;  amulatado. 

PARDAL  ,  s.  m.  (de  pardo.)  pássaro  pe- 
queno vulgar. 

PARDALOTE,  (h.  D.)  geuero  de  pássaros  da 
ordem  dos  insectivoros. 

PARDAO,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  moeda  da  ín- 
dia que  valia  pouco  mais  de  três  tostões, 
ou  360  réis. 

PARDAR,  V.  a.  ou  n.  {pardo,  ar  des.  iní.) 
fazer-se  pardo,  escuro. 

PARDELHA,  s.  f.  uomo  de  um  peixinho  de 
côr  parda  (em  Lat.  smaris,  dis). 

PARDES,  exclamação  ant.  (do  Fr.  pardieuXf 
por  Deus.)  por  Deus,  em  nome  de  Deus.  O 
additador  de  Moraes  suppõe  ser  pardiez,  pe- 
los dez  preceitos  da  santa  lei  de  Deus. 

PARDIEIRO,  s    m.  casa  velha  arruinada. 

PARDIES,  (hist.)  geometra  francez,  nasceu 
em  I63ti,  morreu  em  1673.  As  suas  obras 
são:  Herologium  thaumanticum  duplex; 
De  motu  et  natura  cometarum  ;  De  movi- 
mento local ;  Elementos  de  geometria  ;  Atlas 
celeste,  ele. 

PARDiLHO  ou  PARDiNHO,  A,  adj.  diminut. 
de  pardo,  tirante  a  pardo. 

PARDO,  A,  adj.  (Lat.  pardus,  leopardo ; 
rad.  arda,  nódoas.)  de  côr  como  a  do  leopar- 
do, escura  como  a  dos  mulatos.  Homens  — s, 
baços  de  pelle.  — ,  leopardo. 

PARDiLHo,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Estarreja,  6  léguas  ao  S.  do 
Porto,  2,2u0  habitantes. 

PARDO,  (geogr.)  rio  do  SO.  do  BraziL  Nas- 
ce na  província  de  Mato  Grosso  e  deve  sua 
origem  ájuncção  doSanguexuga  com  o  ri- 
beiro Vermelho. 

PARDO,  (geogr.)  pequeno  rio  da  província 
de  Minas  Geraes,  na  comarca  de  Paracatú. 

PARDO,  (geogr.)  rio  da  província  de  São 
Pedro  do  Rio  Grande.  Nasce  nas  matas  da 
serra  Geral,  entre  os  rios  Jacuhí  e  Tacoari. 

PARDO,  (geogr.)  rio  da  provineia  d©  S.  Pau- 
26  -o 


m 


PAR 


PAR 


lo,  que  vera  da  antiga  colónia  de  São  João  de 
El  Rei,  e  vai  lançar-se  no  rio  Grande. 

PARDO,  (geogr.)  rio  que  nasce  na  comarca 
de  Sapucahi  da  provincia  de  Minas-Geraes, 
nas  antigas  minas  d'Ouro  Fino. 

PARDO,  (geogr.)  villa  de  llispanha,  sobre 
o  Mançanares,  a  3  léguas  emeia  EO.  de  Ma- 
drid ;  900  habitantes. 

PARDOCA,  5.  /.  a  fêmea  do  pardal. 

PARDOSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  mui  pardo. 

PARE,  (hist.)  celebre  cirurgião  francez,  nas- 
ceu em  1518,  morreu  emlò90.  Era  ornais 
habii  operador  do  seu  tempo.  Deixou  algumas 
obras,  a  mais  estimada  é  a  Maneira  de  curar 
as  feridas  feitas  por  arma  de  fogo, 

PÁREAS,  s.  f.  (do  Lat.  paro,  are,  deriv.  de 
par^  igual,  ajustar,  contar,  pagar.)  tributo 
que  um  estado  ou  príncipe  paga  a  outro  em 
reconhecimento  de  obediência  ou  vassalk- 
gem.  Pagar,  cobrar  as  — .  —  ,  (anat.)  as 
secundinas,  a  placenta. 

PARECENÇA,  s.  f.  [parccer,  s.,  des.  erifa.) 
semelhança  nas  feições.  Tem  grande  — com  o 
avô.  É  termo  usual  e  útil. 

PARECENTE,  adj.  dos  ^2 g .Y .  Semelhante. 

PARECER,  v.n.  (Lai.  páreo,  ere.  Gr.  pá- 
reimif  estou  presente,  rad.  para,  próximo, 
e  eimi,  estar,  vem  do  Kgypc  hera,  face, 
rosto,  com  o  artigo  masculino,  pi-hera),  d])- 
parecer  ;  patentear-se,  mostrar-se,  ter  ap- 
parencia.  v.  g.  O  ar  estava  tão  escuro  que 
parecia  noite.  Parecia  cousa  sobrenatural. 
— ,  afigurar,  cuidar.  Pareceu-nos  ver  a  ter- 
ra, mas  era  névoa.  Parece-me  bem,  julgo 
ser  bom,  conveniente.  — ,  (ant.)  ter  pare- 
cença, assemelha r-se.  —se,  v  r.  ter  pare- 
cença, semelhança,  v.  g.  O  menino  parece- 
se  com  o  pai  nas  feições,  na  falia,  e  no 
génio.  — ,  (ant.),  mostrar-se,  ver-se. 


Dizem  ser  de  Ceio  e  Vesta  filha, 
O  que  no  gesto  bello  se  parece. 
CAMÕES,  Lus.,  cant.  III,  141. 


PARECER,  5.  m.  feições  do  rosto,  talho  do 
corpo,  apparencia  exterior,  v.  g.  Homem, 
mulíier  de  bom  — ,  hoje  dizemos  :  hem  pa- 
recido. — ,  (mais  us.),  voto,  opinião,  sen- 
timento. V.  g.  Sou  do  seu  — .  Cada  um  deu 
o  seu — .  Os  — s  estão  conformes. 

PARECIDO,  A,  p.  p.  de  parecer,  adj.  que 
pareceu,  v,  g.  Pessoa  bem  ou  mal  — ,  de 
boas  ou  más  feições,  bonita  ou  feia. 

PAREDÃO,  sm.  augment.  de  parede,  mu- 
ro grosso,  forte.  — ,  (íig.)  —  de  nuvens,  mon- 
tão espesso,  espessura  delias. 

PAREiK,  s,  f.  (Lat.  paries,  tis,  de  pars, 
íWt  parttj  divisão,  porqne  serve  de  separar,) 
ijQuro  de  pedra,  tijolo,  de  taipa,  etc,  que 
cer«a  prédio,  forma  o  recinto  do  edifício,  ou 
separa  os  diveyfiííç  repartimentos  da  casa.  — 
♦  di 


mestra,  a  principal,  a  mais  solida  do  edifieio. 
—  meia,  a  que  ó  commura  adois  ediíicios 
contíguos.  Morar — s  meias,  em  casa  conti- 
gua a  outra. — em  meio,  e  fig.  Ser — .an- 
dar próximo,  V.  g.  o  exercício  do  laful  an- 
da—  em  meia  do  furtar.  Lufr.  Fazer — , 
phraze  escholaslica  ,  ajustarem-se  os  estu- 
dantes para  não  entrarem  na  aoldaouvira 
lição  ou  para  outro  acto  de  insubordinação. 
As  — s  tem  olhos  e  ouvidos,  adagio  com  que 
se  recommenda  reserva  nas  acções  e  no  fal- 
lar,  para  não  ser  visto  nem  ouvido  por  pes- 
soa indiscreta  ou  malévola.  Pôr  ou  arrimar 
os  pés  á  — ,  (fig.)  porfiar,  resistir  com  per- 
tinácia a  acto  ou  raciociaio. 

PAREDEiRO,  s.  m.  (ant.)  V.  Pardieiro. 

PAREDEfRO,  A,  adj.  (aut.)  de  parede.  Plan- 
ta ou  herva  — ,  parietaria. 

PAREDES,  (geogr.)  algumas  povoações  ha 
deste  nome  no  reino,  entre  outras  uma  no 
concelho  de  Monção,  a  8  léguas  de  Braga, 
com  600  habitantes  ;  2.*  —  da  Beira,  villa 
vizinha  de  Trancoso,  situada  n'uma  eminea-- 
cia,  a  7  léguas  de  Lamego,  1,208  habitan*»! 
tes.  3.^  —  Seccas,  villa  a  2  léguas  de  Braga 
248  habitantes.  4."  —  de  Viadores,  aldeia 
do  concelho  de  Penafiel,  900  habitantes.  Dis- 
ta 8  léguas  a  E.  do  Porto. 

PAREDES-DE-NAVA,  (gcogr.)  cidade  de  His- 
panha,  a  G  léguas  NO.  de  Palencia  ;  5,500 
habitantes. 

pAREDiNíiA,  s.  f.  díimimtí.  de  parede,  pe- 
quena parede. 

PAREDRO,  s.  m.  V.  Director,  Conselhei- 
ro, Assessor. 

PAREiA  ,  s.  f.  (de  par  adj.)  padrão  pelo 
qual  se  regula  a  capacidade  das  pipas. 

PAREJA,  (hist.)  pintor  hispanhol,  nasceu 
em  1606,  morrou  em  1670,  foi  por  muito 
tempo  escravo  do  famozo  Velasquez.  O  seu 
melhor  quadro  é  a  Vocação  de  S.  Mat- 
theus. 

PARELHA ,  s.  f.  [par ;  a  des.  de  liar  ou 
ligar.)  um  par,  v.  g.  —  de  cavallos. — ,  o 
macho  ou  fêmea  que  forma  um  casal  comJ 
outro  animal  de  sexo  differento;  cousa  que  5 
emparelha,  tem  grande  semelhança  com  ou-»il; 
tra;  igualdade.  Boa  — ,  duas  pessoas  on  cou-  " 
sas  que  condizem  bem.  Correr  — s  ,  correr 
páreo  ;  (fig.)  ser  igual ;   competir  ,  emular, 
comparar-se,  v.  g.  os  Alpes  não  podem  cor- 
rer-^í  cnmo    os  picos  do  Ilimalaya.  A — ,•>! 
adv.  igualmente,   ao   mesmo  tempo,  a  umiJ 
tempo.  Pôr  á  — ,  igualar.  ;i) 

PARELHO,  A,  adj.  (ant.)  (do  Fr.  pareille, 
igual,    semelhante) ,    igual,    ex,  « Falta-lhe 
esposa  parelha  na  qualidade.  «  Ulis.«Par»ji 
levarem  suavemente  o  jugo  buscam-se  bois 
— s,  «  iguaes,  que  emparelhem  bem.  Ber-r<;q 
nard.  Floresta. 

PARÉno,  s.  w.  (do  .Gf.  fará,  junto,  pro- 


w^; 


fAR 


PÁR 


m 


ximo,  e  hélioSt  sol),  imagem  do  solemnu' 
Yem,  apparencia  meteórica. 

PAREMAi ,  s.  f.  (p.  us.)  sentença  vulgar, 
provérbio. 

PARENCHYMA,  s.  wi.  (do  Gr.  pari  pref., 
en,  e  khyo,  derramar)  (anat.)  substancia 
cellular  das  vísceras ;  (bot.)  polpa  medular 
das  plantas  tecido  molle  e  esponjoso  das 
folhas  e  hastes. 

parenese  e  pàRenesis,  s.  f.  (do  Gr.  pa- 
raineô,  advertir),  discurso  moral,  eihorta- 
ção  á  virtude. 

PARKNETico,  A,  flá/.,  moral.  v.  g.  Dis- 
curso — . 

PaRenquyma.  V.  Parenchyma. 

PARENTA,  s.  f.  (de  parente),  mulher  que 
tem  parentesco  com  alguém. 

paRENTado,  adj.  V,  Aparentado, 

PAREHTADO,  s.  m.  V.  Parentellaf  Paren- 
tesco. 

PARENTALHA,  s.  f.  V.  Parentella. 

PARENTE,  adj.  dos  g.  (Lat.  parens ,  tis, 
de  pario,  ire ,  parir,  produzir,  criar.)  que 
tem  parentesco  com  alguém.  Os — s. 

PARENTEAR,  V,  a.  OU  n.  [parente,  ar,  ÚBS. 
inf.)  (p.  us.)  ter  parentesco. 

PARENTEiRO,  A,  adj.  (des.  eiró.)  (p.  us.) 
amigo,  favorecedor  de  parentes  ;  (fig.)  par- 
cial, inclinado,  v.  g.  —  com  a  terra  natal. 

PaRentella  ,  s.  f.  (des.  collectiva  ella.) 
grande  quantidade  de  parentes. 

PARENTESCO,  s.  w.  (des.  csco,  que  deno- 
ta possessão,  do  Gr.  skhô,  ter.)  relação  entre 
as  pessoas  que  procedem  dos  mesmos  pais, 
ou  a  que  se  contráe  por  casamento,  compa- 
drado,  etc. ;  (fig.)  affinidade,  relação,  con- 
nexào. 

PARSNTHES1S  ,  s.  t».  OU  f.  (do  Gr  para  , 
entre,  e  tihemi,  pôr.)  phraze  interposta  na 
oração ;  oração  incidente  ;  o  signal  ortho- 
graphico  ()  em  que  de  ordinário  se  inclue  a 
dita  phraze. 

PARENTis,  (geogr.)  cidade  de  França ,  a 
16  léguas  NE.  de  Monte-de-Marsan;  1,500 
habitantes. 

PARENZo ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
Àustriacos,  sobre  o  Adriático ,  a  17  léguas 
S.  de  Trieste ;  4,000  habitantes. 

PÁREO  ou  pÁRio,  s.  m.  (Fr.  pari,  aposta, 
de  par,  ris,  par,  do  jogo  de  par  ou  impar.) 
«posta,  competição  entre  dois  ou  mais  con- 
tendentes  para  ganhar  o  premio.  — da  cor- 
rida, sobre  quem  primeiro  tocará  a  meta,  a 
cavallo  ou  em  carro.  —  naval,  entre  embar- 
cações que  partem  de  um  ponto  ou  mesmo 
tempo  e  forcejam  por  chegar  primeiro  a  cer- 
to sitio  á  força  de  remos.  Correr  o  -  -,  con- 
tender para  ganhar  o  premio. Os  antigos  disse- 
ram correr  o  pallio,áo  Castelhano  pa/io, ban- 
deira, ou  peça  de  seda  que  se  dava  por  pre- 
mio ao  vencedor  na  carreira.  Bão  é  erro  como 


insinua  Moraes,  mas  é  inteirameâte  obsoleto. 

parergo,  s.  m.  [Qt.  paid,B\éta,éergòn, 
obra.)  additamento  exornativo  de  sentença. 

PARES,  s.  m.  as  pessoas  de  igual  gradua- 
ção. Os  —  de  França.  —  ou  nones  ,  (t.  do 
jogo  de  dados)  par  ou  impar.  — ,  (mus.)  os 
modos  pares  ou  baixos  chamados  discípulos, 
e  os  altos  ou  mestres;  os  primeiros  são  2, 4, 
6,  8,  e  os  segundos  1,  3,  5,  7.  V.  Par. 

PARETACÉNB,  (geogr.)  vasta  região  do  im- 
pério dos  Persas,  ao  N.  das  montanhas  da 
Persida,  e  ao  SE.  da  Media,  era  um  immenso 
deserto  unido  aos  da  Media  e  da  Carmania. 

PAREUS,  (hist.)  philologo  allemão,  nasceu 
em  1576,  morreu  em  1648.  Deixou  excel- 
lentes  trabalhos  sobre  Planto. 

PARFAiCT  (Francisco  e  Cláudio) ,  (hist.) 
appellidados  os  Irmãos  ;  publicaram  a  His- 
toria do  theatro  francez. 

PARGA,  s.  f.  (agric.)  monte  de  palha  e  tri- 
go feito  de  modo  a  não  deixar  molhar  o 
trigo  quando  chove.  V.  Pragana. 

PARGA,  (geogr.)  cidade  da  Turquia  euro- 
pea,  a  20  léguas  SO.  de  Janina.  defronte 
da  ilha  de  Paxo ;  4,000  habitantes. 

PARGANA.  V.  Pragana. 

PARGO ,  s.  m.  (Lat.  pargus  ou  phager.) 
peixe  do  mar  semelhante  á  dourada,  mas 
ruivo. 

PARI,  (geogr.)  rios  de  pouca  importância 
na  província  de  Mato  Grosso,  no  Brazii. 

PARTA,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  chamados  tam- 
bém Chandalas,  a  casta  intima  dos  índios 
desprcsada  por  todas  as  mais,  e  que  se  em- 
prega nas  occupações  reputadas  baixas  e  vis. 
Formam  uma  classe  á  parte,  universalmen- 
te desprezada,  e  é  o  refugo  de  todas  as  cas- 
tas. E'  composta  de  todos  os  desgraçados, 
que  violam  as  leis  religiosas  ou  civis.  Per- 
seguidos por  todos  os  outros  índios,  os  Pa- 
rias não  podem  habitar  o  interior  das  ci- 
dades 

PARIA,  (geogr.)  cidade  da  Bolivia,  a  10 
léguas  SO.  de  Oruro.  Dá  o  seu  nome  ao 
lago  de  Paria,  o  qual  communica  com  o 
lago  Titicaca. 

PARIA  (golpho  de),  (geogr.)  golpho  do  mar 
das  Antiliias ,  entre  a  costa  NE.  de  Vene- 
zuela o  ilha  dt  Trindade. 

PARIAS.  V.  Páreas,  secundinas.  E  mais  pró- 
prio, visto  ser  derivado  doLat.  pario,  ire , 
parir. 

PARIAS.  V.  Páreas,  tributo. 

O  Elucidário  diz  que  vem  dePário,  ant., 
pena  pecuniária,  mas  não  dá  a  etimologia 
deste  termo. 

PARIDA,  s.  f.  (de  parir.)  mulher  que  pa- 
riu recentemente. 

PARIDA  (Serra  da),  (geogr.)  serra  que  se 
dilata  entre  as  províncias  de  Minas  Qreraes  e 
de  Goytz. 

17 


pARiDABí,  t  f.  (de  par,  igual,  des.  ida- 
de, do  Lat.  itas,  tis  )  semelhança,  igualda- 
de ;  grande  semelhança  ou  analogia. 

PARIDEIRA,  adj.  f.  (do  Lat.  paritura,  des, 
f.  do  p.  fut.  de  pario,  ire,  parir.)  que  está  em 
idade  de  parir  (mulher) ;  que  pare  a  mivdo 
(mulher  ou  fêmea  de  animal).  Gallinha — , 
que  põe  muitos  ovos. 

PARiDURA,  s.  f.  V.  Parto. 

PARIETAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  parietalis^ 
de  parieSj  tis,  a  parede.)  (anat )  dos  lados 
do  crânio.  Ossos  parietaes,  ou  subst.  os  pa- 
rieíaes,  são  os  dois  ossos  que  formam  os  la- 
dos do  crânio. 

PARiETARiA,  s.  f.  herva  medicinal  que  nas- 
ce de  ordinário  sobre  paredes,  alfavaca  de 
cobra. 

pARiFORME,  adj  dos  2g.  {pari e  forma.) 
semelhante  na  forma. 

PARiFORMEMEME  ,  adv.  {mente  suff.)  (p. 
us.)  de  modo  pariforme,  igualmente. 

parigne-l'eveque  ,  (geogr.)  cidade  de 
França  ,  a  4  léguas  SE.  de  Mans  ;  3,370 
habitantes. 

PARiLiDADE,  s.  f.  V.  Paridade,  Confor- 
midade. 

PARiMAS  (montes),  (geogr.)  em  Venezuela, 
occupam  toda  a  parte  SO.  da  província  de 
Orenoco. 

PARiNA,  (geogr.)  cabo  do  Peru,  de  que 
forma  a  ponta  mais  occidental. 

PARiNARi,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa 
milia  das  Rosaeeas  e  da  Dodecandria  Mo- 
nogynia. 

PARiNí,  (hist.)  poeta  italiano,  nasceu 'em 
1729,  morreu  eni  1799.  Deixou  Odes  e  um 
poema  muito  estimado,  que  tem  por  titulo 
As  quatro  partes  do  dia  na  cidade. 

PARio,  s.  m.  competição  entre  dois  indi- 
vidues para  ganhar  o  premio  destinado  ao 
vencedor.  Cavallos  de  — ,  que  partem  juntos 
em  corrida.  V.  Páreo,  aposta. 

PARio,  (ant.)  O  Elucidário  explica  o  termo 
dizendo  ser  pena  convencional  dos  contra- 
tos, que  pagava  quem  os  não  cumpria  da 
sua  parte.  Vem  do  Lat.  pario,  are,  ajustar 
contas,  cobrar  o  que  se  despendeu. 

PARiPE,  (geogr.)  povoação  da  província  e 
do  dístricto  da  Bahia,  noBrazil. 

PARIR,  V.  a.  (Lat.  pario,  ereon  ire.  Court 
de  Gébelin  dá  este  termo  como  radical,  o  que 
é  inadmissível.  Creio  que  vem  de  aperio,  ire, 
abrir,  ou  do  Egypc.  ra,  produzir  )  expellir 
do  útero  a  criança  (a  mulher),  ou  o  filho  ou  fi- 
lhos (as  fêmeas  dos  animaes),  v.  g.  a  mulher 
pariu  um  menino,  ou  —  gémeos.  A  cadella 
pariu  sete  cachorrinhos.  — ,  (fig.l  produzir, 
causar.  Neste  sentido  é  hoje  pouco  usado. 
«  Nobreza  de  sangue  ás  vezes  causa  e  pare  vil 
lania  da  alma. »  «  A  variedade  de  comidas 
pariu  a  intemperança.  »  — ,  (fig.  e  jocoso) 


PAR 

lançar  de  si.  Pariu  a  montanha  um  ratinho. 
«  Levantou-se  a  coberta  da  náu  encalhada,  e 
pariu  o  batel.  »  Couto. ' —  de  alguém,  de  su- 
jeito que  emprenhou  a  mulher. — pela  ran- 
ga  da  camisa,  (ant.)  perfilhar  ,  porque  era 
uso  vestir  a  mulher  que  perfilhava  criança 
uma  camisa  larga  por  cima  das  roupas,  e 
introduzida  a  criança  por  baixo  da  fralda, 
fazia-se  sair  por  uma  das  mangas. 

Muitos  dizem  j^atraw,  no  prés.  subj.,  em 
vez  de  param,  para  evitar  o  equivoco  com  o 
verbo  parar  ;  mas  deveria  pela  mesma  razão 
dizer- se  pairo.  Todavia  isto  não  evita  o  equi- 
voco com  o  verbo  pairar. 

PARIS,  (geogr.)  Lutetia  e  Pansii  em  la- 
tim, capital  da  França,  sobre  o  Sena,  que 
a  corta  em  duas  partes  desiguaes.  a  maior 
das  quaes  fica  ao  N.  e  forma  três  ilhas  Cite, 
a  ilha  de  S.  Luiz,  a  ilha  Louviers  ;  conta 
1,000,000  de  habitantes.  Paris  é  uma  das 
mais  btíilas  capitães,  possue  numerosos  mo- 
numentos, bibliothecas,  sociedades,  e  uma 
universidade,  lindos  passeios,  e  muitns  so- 
ciedades.—(condes  de),  (hist.)  este  titulo  foi 
creado  no  VIU  século  por  Carlos  Magno. 
Hugo  Capeto  reuniu  á  coroa  o  ducado  de 
França,  e  ao  mesmo  tempo  o  condado  de 
Paris. 

PARIS, (myth.)  chamado  também  Alexan- 
dre, filho  de  Priamo  e  de  Hecuba,  celebre 
pela  sua  belleza  e  cobardia  ,  foi  exposto , 
porque  sua  mãi  tinha  sonhado  que  daria  á 
luz  um  facho,  que  reduziria  a  cinzas  a  Eu- 
ropa e  a  Ásia.  Foi  salvo  pelos  cuidados  de 
Hecuba  e  passou  os  seus  primeiros  annos 
entre  os  pastores  do  monte  Ida  Escolhido 
por  juiz  entre  Minerva,  Juno  e  Vénus  adju- 
dicou o  pommo  a  esta  ultima.  Recolhendo 
ao  palácio  paterno,  foi  enviado  á  Grécia 
para  trazer  Hesione  roubada  por  Hercules, 
mas  elle  roubou  a  bella  Helena,  esprsa  de 
Menelao,  rei  de  Sparta,  que  o  tinha  rece- 
bido na  sua  corte.  Durante  a  guerra  de 
Tróia,  offereceu-se  para  combater  com  Me- 
nelao, mas  fugiu  diante  deste  heroe.  Ma- 
tou Achilles  á  traição,  e  foi  ferido  mor- 
talmente por  Pjrrho  ou  Philocteto  ;  foi  soc- 
corrido  nos  seus  últimos  momentos  pela 
pastora  (Enona,  á  qual  tinha  traído  e  aban- 
donado. 

PARIS  (^iatheus),  (hist.)  chronista  inglez , 
nasceu  no  fim  do  XVI  século,  morreu  em 
i259.  Deixou  uma  Historia  major  Ang lia. 

PARiSATico,  s.  m.  arvore  chamada  triste 
da  índia  porque  de  dia  está  encolhida ,  e 
tem  as  flores  cerradas,  e  as  abre  de  noite. 

PARISIENSE,  adj.  dos  2  g.  natural  de  Pa- 
riz,  capital  da  França. 

PARTS'ENSE,  s.  m.  (Fr.  ;?arms.)  nome  de 
uma  moeda  antiga  de  França. 

PARisii,  (geogr.)  pequeno  povo  da  Lyo- 


PAR 

neza  4.*,  nas  margens  do  Seguana{Sens), 
tinha  por  capital  Farisii  ou  Lutetia  hoje 
Paris. 

PARisis,  (geogr.)  antigo  paiz  da  França, 
na  parte  centrai  da  ilha  de  França,  ao  N. 
de  Paris.  A  pequena  cidade  deLuucresera 
a  sua  capital. 

PARiz ,  s.  f.  (bot.)  nome  de  uma  planta 
venenosa. 

PARizELLA,  s.  f.  (bot.)  planta  que  dá  flores 
azues  e  temifolhas  largas,  compridas  e  ner- 
vosas, com  muitas  hastes. 

PARKER,  (hist.)  arcebispo  anglicano  de 
Cantorbery,  e  um  dos  mais  ardentes  parti- 
dários da  Reforma,  nasceu  em  l50i,  mor- 
reu em  1575,  foi  o  protegido  de  Cranmer. 
Secundou  a  rainha  Isabel  em  todos  os  seus 
projectos  e  tornou-se  odioso  não  só  aos 
catholicos,  mas  também  aosrefoimados. 

PARKUisoNiA,  (bot.)  geuero  de  plantas  da 
farailia  das  Leguminosas  e  da  Decandria 
Monogynia. 

PARLAMENTEAR  ,  V.  tt.  OU  u.  fFr.  parla- 
menter,  do  mesmo  radical  que  parlement.) 
conferir  com  delegado  ou  delegados  do  ini- 
migo sobre  proposiçõt^s  de  capitulação,  tro- 
ca de  prisioneiros,  suspensão  de  armas,  etc; 
tratar  de  capitulação  ;  capitular.  V.  Parla- 
mento. 

PARLAMENTO,  s.  m.  (Fp.  parlement,  da  B. 
Lat.  parlamenlum,  de  parábola  ,  pratica , 
discurso.)  tribunal  supremo  de  justiça  em 
França  antes  da  revolução,  que  exercia  al- 
gumas prerogaiivas soberanas,  registando  de- 
cretos do  rei  para  novos  impostos,  ou  op- 
pondo-se  á  sua  promulgação  ;  algumas  ve/es 
votava  subsidios.  Em  Inglaterra  são  as^  duas 
camarás  legislativas,  a  dos  com muns  electi- 
va, e  a  dos  pares  hereditária,  e  cujos  novos 
membros  são  nomeados  pelo  rei.  O  mesmo 
nome  se  dá  entre  nós  ás  duas  camarás,  a 
dos  Pares ,  e  a  dos  Deputados.  Convocar 
prorogar,  adiar,  dissolver  o — .  — ,  (p.  us.) 
conferencia  miUtar.  «  Chamou  o  exercito  a 
— .  »  >.on.  Lus. — ,  discurso,  falia  em  jun- 
ta, concelho,  assembléa,  sobre  negocio  em 
discussão. 

PARLANDA ,  s.  f.  (de  parlar,  Fr.  parler, 
fallar.)  (fam.)  discurso  importuno,  fallalorio 
com  más  razões  para  persuadir. 

PARLANFROis,  s.  IH.  V.  Palanfrorio. 

PARLATOBio,  s.  m.  (dcs.  dno,  do  Lat.  OS, 
om,  a  boca.)  grade  de  freiras  com  saleta  ex- 
terior, locutório,  onde  as  freiras  recebem  as 
visitas  de  pessoas  que  não  sâo  admittidas  no 
interior  do  convento. 

PARLEiRO  ,  Â  ,  adj.  E  correcta  orthogr  , 
mas  por  uso  geral.  V.  Palreiro. 

PAKLEZiA.  V.  Paralysia. 

PARMA,  (geogr.)  rio  que  passa  em  Par- 
ma e  cae  no  Po  em  Bressello. 


PAR 


107 


PARMA,  (geogr.)  Parma  em  ita^no,  Par- 
ma e  JuHa  Augusta  em  latim,  cidade  da 
Itália,  capitai  do  ducado  de  Parma,  Pla- 
sencia  e  duastalla,  a  z7  léguas  SE.  de  Mi- 
lão;  3»',?  00  habitantes. 

PARMA-PLASENCIA-E-GUASTALLA       ( ducadO 

de),  (geogr.)  parte  da  antiga  Gallía  Cispa- 
dana  e  da  Liguria,  pequeno  Estado  da  Itá- 
lia septentrional,  entre  o  reino  Lombardo- 
Veueziano  ao  N.  o  gran-duciido  de  Tosca- 
na ao  S.,  o  ducado  de  Modena  a  E.  ;  os 
Estados  Sardos  a  O. ;  440, OOU  habitantes. 
Capital  Parma.  Rios :  o  Parma  e  o  Taro. 

Duques  de  Parma  e  Placencia. 


Pedro  Luiz  Farnése    

1545 

Octávio  Farnese  ...     ,..     .. 

1547 

Alexandre  Farnése     

1586 

Reinucce   1  Farnése 

159á 

Eduardo  Farnese 

1622 

Reinucce  11  Farnese 

1646 

Francisco   Farnese       

1694 

António  Farnese 

1727 

D.  Carlos  de  Bourbon,  Carlos 

[           17òl 

D.  Ihilippe 

1748 

Fernando     -  .. 

li65 

Luiz  1,   rei  de  Etruria.     .. 

1802 

Luiz  11 

.  1803-1807 

Maria  Luiza 

1815 

''arlos   Luiz 

1847 

Carlos  111     

1849 

PARMA  (D.  Philippe ,  duque  de),  (hist.) 
quarto^  íilho  de  Philippe  V  rei  de  Hispanha, 
nasceu  em  1V20,  casou  com  Izabel  de  Fran- 
ça. O  tractado  d'Aix-la-thapelle  deu-lhe 
os  ducados  de  Parma,  Placencia  e  Guas- 
talla.  Morreu  em  1765. 

PARMENiDES,  (hist.)  philosopho  grego,  ,da 
escola  eleatico,  nasceu  no  anno  535  antes 
de  Jesu-thristo  em  Elea,  foi  discípulo  de 
Xenophane.  Deu  sabias  leis  á  sua  pátria, 
iiorreu  de  avançada  idade.  Professava  co- 
mo Xenophane  a  doctrina  da  unidade  abso- 
luta, mas  deu  uma  forma  mais  rigorosa  a 
este  systema. 

PABMENiÃo,  (hist.)  general  de  Philippe  e 
d'i.leiandre,  contribuiu  para  as  victorias  de 
oranico  e  de  Isso,  conquistou  Damasco  e 
á  Syria,  e  fo'\  d'opiniào  que  Alexandre  ac- 
ceilasse  as  propostas  de  Dário,  que  oífere- 
cia  ao  rei  da  Alacedonia  a  mão  de  sua  fi- 
lha e  a  Ásia  até  ao  Euphrates.  Depois  da 
batalha  d'Arbelles,  Parmenião  foi  nomeado 
governador  da  Media  ;  mas  d'ahi  a  pouco  , 
Alexandre  cioso  do  seu  poder  condemnou-o 
á  morte  no  anno  329  antes  de  Jesu-Christo. 

PARNAHiBA,  (gcogr.)  villa  do  Brazii,  amais 
mercantil  da  província  do  i  iauhi.  Eslá  situa- 
da a  .0  léguas  domar,  na  margem  direita  do 

27      *  HláiOllAV 


PAR 

rio  t*árnahíba  acima  do  lugar  onde  pela  mar- 
gem opposta  deita  este  rio  um  braço  appel- 
lidado  Tutoya ;  10,000  habitantes. 

PARNAHIBA,  (geogr.)  rio  do  império  do 
Brazil  que  nasce  do  vertente  septentrional  da 
serra  da  Tabatinga,  na  provincia  de  Goyéz ; 
e  desapparece  no  Oceano. 

PARHAHiBA,  (geogr.)  pcqueno  rio  da  pro- 
víncia de  Mato-Grosso,  no  Brazil. 

PARNASO,  (geogr.)  Parnassus,  hoje  Lia- 
koura,  monte  da  Phocida  a  0.  d'Heliconte, 
entre  Amphisse  e  Trachina ;  era  muito  al- 
to. A  fabula  faz  deste  monte  a  principal 
residência  de  Apollo  e  das  Musas. 

PARNELL,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em 
Dublin  em  1679,  morreu  em  17 1 7.  Foi 
amigo  de  Pope  e  d'outros  grandes  escri- 
ptores  de  Inglaterra.  Deixou  :  O  Eremita  ; 
Conto  das  Fadas;  Egloga  sobre  a  saúde, 
etc. 

PARNY,  (hist.)  poeta  erótico  francez,  nas- 
ceu em  1753 ,  morreu  em  1814.  As  suas 
principaes  obras  são  :  Isnel  e  Aslega ,  os 
Scandinavos ;  Goddam  ,  Viagens  de  Celi- 
na,  etc. 

PARÓ.  V.  Parao. 

PAROCHiA,  s.  f.  fpron.  parôha;  Lat  do 
Gr.  para,  junto,  próximo,  e  oikos,  casa,  mo- 
rada.) igreja  matriz  em  que  ha  parocho. 

PAROCHiAL ,  adj.  dos  2  g.  (des.  ai.)  de 
parochia.  Igreja — ., 

PAROCHiANO,  8.  w.  [ch  sÒA  k),  fregucz  da 
parochia. 

PAROCHiAR,  V.  a.  [parochia,  at  des.  inf.) 
curar  almas,  dirigir  como  parocho. — ,  exer- 
cer o  ministério  de  parocho,  fazer  de  paro- 
cho. 

PAROCHO,  1.  m.  (pron.  párroko  ;  Lat.  pa- 
rochus.  Pároco  é  mais  correcto,  e  conforme 
ao  rad.  Gr.)  o  sacerdote,  cura  de  almas  de 
parochia  ou  freguezia. 

PAROCiSMO.  V.  Paroxysmo. 

PARODIA,  s.  f.  (do  Gr.  para,  próximo,  e 
ódé,  poema.)  imitação  burlesca  de  compo- 
sição seria,  principalmente  de  drama. 

PAROL ,  s.  w.  (talvez  de  aparar.)  coche 
grande  de  páu,  cobre  ou  ferro  coado  onde 
se  ajunta  nos  engenhos  de  assucar  o  sueco 
da  cana  ou  caldo. 

PAROLA,  s.  f.  (Fr.  parole,  palavra,  do  Lat. 
parábola,  discurso  )  palavrorio,  loquacida- 
de ;  copia  de  palavras  para  enganar  alguém, 
distraindo-lhe  a  attenção  do  objecto  que  im- 
porta ter  presente;  lábia.  Ter  muita  — . 

PAROLADOR.  V.  Parolciro. 

parolagem,  5.  f.  [parola,  des,  collecfíva 
agem.)  muita  parola. 

parolar  ou  PAROLEAR,  t.  Q.  [parola,  ar 
des.  inf.)  dizer  muita  parola ;  usar  de  pa- 
iavrorios,  tagarelar. 

PAROLEIRA,  s,  fk  botija  afunilada  em  que 


PAR 

se  mettem  azeitonas.  — ,  «eirinha  com  figos 
seccos,  passas  de  uvas.  V.  Peroleira. 

PAROLEIRO,  A,  adj.  fallador,  gárrulo,  ta- 
garela. 

PAROLENTO,  A,  ãdj .  V.  Parolciro. 

PAROLiM ,  s.  m.  (Fr.  paroli^  de  parer , 
apontar,  fazer  parada.)  (t.  de  jogo  deparar) 
parada  em  que  se  deixa  o  dinheiro  que  se 
apontou  e  o  do  primeiro  lance  favorável , 
para  que,  saindo  outra  sorte  igual,  se  tres- 
dobre  o  ganho.  Faxer  — ,  ganhar  um  — . 
—  de  campanha,  que  o  ponto  gatuno  arma 
dobrando  a  orelha  á  carta,  não  tendo  ga- 
nho o  primeiro  lance.  Vulgarmente  pronun- 
nuncia-se  corruptamente  pirolo. 

PAROPAMisAS  (montanhas),  (geogr.)  cha- 
madas também  pelos  Gregos  Cáucaso  das 
índias,  hoje  Hindou-Khouch ,  cordilheira 
de  montanhas,  que  dão  o  seu  nome  á  re- 
gião precedente. 

PAROPAMiso  ,  (  geogr.)  hoje  Kandahar  , 
região  da  Ásia  antiga ,  entro  a  Bractriana 
ao  N.,  a  índia  a  E;  tinha  altas  montanhas 
chamadas  Paropamisas. 

PARos,  (geogr.)  hoje  Paro,  ilha  do  Ar- 
chipelago,  uma  das  Cyclades,  entre  Naxos 
e  Delos,  defronte  de  Oliaros.  A  sua  princi- 
pal cidade  também  tinha  o  nome  de  Paros 
(hoje  Parkia  ou  Parecchia). 

PAROS  (mármores  ou  chroaicas  de),  (hist.) 
chamadas  também  mármores  d'Axumdel  ou 
d' Oxford ,  series  de  taboas  chronologicas 
gravadas  em  mármore  por  ordem  do  go- 
verno. Achadas  no  principio  do  XVII  sé- 
culo na  ilha  de  Paros,  vendidas  em  1627 
ao  conde  d'Azundel,  estes  mármores  foram 
depositados  na  bibliotheca  de  Oxford.  Con- 
tinham um  intervallo  de  1319  annos. 

PAROTiDA,  s.  f.  (pron.  parótida;  do  Gr. 
para,  junto,  e  oútos,  gen.  de  oúas,  a  ore- 
lha.) (anat.)  glândula  situada  detrás  e  um 
pouco  abaixo  da  orelha.  —  ,  tumor  dessa 
glândula  inflammada. 

PAROU VELLA,  s.  f.  (corrupto  de />arco,  cs- 
tupido.)  parvoíce,  tolice. 

PAROXYSMO,  s.  m.  (Lat.  paroxysmus,  do 
Gr.  para ,  alem  ,  muito  ,  e  oxys ,  agudo.) 
(med,)  crescimento,  exacerbação  de  doença, 
V.  g.  os  — s  das  febres  intermittentes,  da  ma- 
nia. Os  últimos — s  da  cída,  os  symptomas 
que  precedem  a  morte.  Deve  pronunciar-se 
paroccismo,  e  não  parocismo,  como  diz  Mo- 
raes. 

PÁRPADOS,  *.  m.  V.  Pálpebras, 

PARPATANA.  V.  Barbatana. 

PARQUE,  s.  m.  (Fr.  pare.  É  termo  com- 
mam  a  quasi  todas  as  linguas  da  Europa. 
Vem  do  Lat.  parcere,  abrigar,  pôr  em  se- 
gurança;  B.  Lat.  parcus.)  Antigamente  era 
área  destinada  ao  combate,  a  justas,  e  de- 
pois significou  lugar  para  guardar  gado.  Ho« 


PAP 


PAP 


ftO0 


je  significa  terra  de  mate  ou  bosque  tapado 
para  guardar  caça,  tapada.  —  de  artilha- 
ria campo  murado  onde  se  guardam  os  ca- 
nhões e  as  carreias.  — ,  a  artilharia  de  um 
exercito. 

PARR  (Catharina) ,  (hist.)  sexta  esposa  de 
Henrique  VIII,  era  viuva  do  barão  Latimer, 
quando  casou  com  orei  em  1543;  34  dias 
depois  da  morle  de  Henrique  tornou  a  casar 
com  Thomaz  de  Seymour.  Muilo  zelosa  lu- 
therana,  correu  grande  risco  de  perder  -à 
vida,  com  um  monarchf  que  não  admitlia 
theologia  orthodoxa  senão  a  sua.  Ella  mor- 
reu em  1548. 

PARR  (Thomaz)  ,  (hist.)  do  condado  de 
Shrop,  ó  um  dos  mais  celebres  macrobios 
conhecidos.  Casou  com  12C  annos  de  idade, 
e  morreu  em  1634,  com  15  á  .-nnos. 

PARRA,  s.  f.  (talvez  do  Gr.  habdos,  sar- 
mento.) a  vide ;  as  folhas  da  videira. 

PARRADO  ,  A  ,  adj.  e  p.  p.  de  parrar-se, 
disposto  em  latadas  como  as  vides  ;  com  ra- 
ma baixa  e  dilatada  como  a  vinha.  «  Arvore- 
do parrado  á  maneira  das  balsas.  »  Barros. 

PARRAFO.  V.  ParagraphQ. 

PARRAMATA  OU   ROSE-HILL,    (geOgr.)  cidadc 

da  Nova  Hollanda,  na  Kova  Galles  do  Sul ; 
a  6  léguas  ONO.  de  Sydnoy  ;  4,000  habi- 
tantes. 

PARRAS,  (geogr.)  cidade  do  México  a  76 
léguas  S.  de  Moncloxa ;  7,000  habitan- 
tes. 

PARRAR-SE,  c.  r.  [parra,  ardes,  inf.)  lan- 
çar ramos,  sarmentos  bastos  e  rasteiros. 

PARREIRA,  s.  f.  [parra,  des.  eira.)  ramo 
da  vide  que  dá  folhas  e  fructos ;  cepa,  vide 
levantada  em  latada,  — ,  symbolicamente, 
esperança  perdida.  Camões,  Kleg.  7.  —  bra- 
va, bútua. 

PARREIRAL,  s.  m.  (dcs.  collcct.  ttí)  Carrei- 
ra de  parreira  em  latada. 

PARREO.  V.  Páreo. 

PARRHASio,  (hist.)  celebre  pintor  grego, 
que  vivia  420  annos  antes  de  Jesu-Chrislo, 
compoz  um  quadro  allegorico  representan- 
do o  Povo  de  Athenas  e  um  Meleagro  e 
Atalante. 

PARRHASIO  (Aulo  Jano),  (hist.)  cujo  ver- 
dadeiro nome  é  João  Parisio,  philologo 
italiano,  nasceu  em  1470,  morreu  em  1533  ; 
ensinou  bellas-letlras  em  Milão  ,  Roma  e 
Vicence,  fundou  a  academia  Cosentina.  Dei- 
xou notas  sobre  Planto,  Cicero  e  Cláudio  e 
uma  dissertação  curiosa  De  septenario  die- 
rum  numero. 

PARRICIDA,  s.  dos  2  </.  [Laí.  par icida,  de 
pater,  pai,  e  ccedére,  matar)  matador  do  pró- 
prio pai  ou  da  mãi.  — ,  adj.  dos  2  g.  que 
matou  o  próprio  pai  ou  mãi.  Mão — . 

PARRiciDAL,  adj.  dos'ig.  (des. adj.  ai)  re- 
lativo ao  parricidio. 

70L.   IT. 


PARRICIDIO,  *.  m.  [l&t. par icidiumy  cacto 
de  matar  o  próprio  pai  ou  a  mãi ;  (fig.)  mor- 
te dada  a  pessoa  que  merece  a  veneração  de 
pai. 

PARRiLHA,  g.  f.  panno  de  Saragoça  gros- 
seiro. 

PARRiLHA,  adj.  f.  Salsa.  V.  Salsaparri' 
lha. 

PARROcn  A.  V.  Parochia. 

PARRUDO,  A,  adj.  (des.  udo)  baixo,  rastei- 
ro cemo  as  parras.  Homem  — ,  baixo  e  gros- 
so. 

PARSEO,  s.  m.  originário  da  Pérsia.  Os  — s, 
homens  originários  da  Pérsia,  e  que  habitam 
a  índia    Pron.  pdrsco. 

PARSDORF,  (geogr.)  villa  da  Baviera,  a  3 
léguas  de  Ebersberg. 

PARSEYAL-GRANDMAisoN,  (hist )  pocla  fran- 
cez.  nasceu  em  175U,  morreu  em  1834.  A 
sua  melhor  obra  é  um  poema  intitulado 
Philippe- Augusto. 

PARSiMONiA.  V.  Parcimonia. 

PARSOLETA,  *.  f.  uome  de  um  jogo  anti- 
go- 

PARTANNA,  (geogr.)  cidads  da  Sicilia,  a  3 
léguas  KE.  de  Castello-Vetrano ;  9,770  ha- 
bitantes. 

PARTASANA,  *.  f.  (Fr.  pertuisanc,  do  Lat. 
pertusus,  p.  p.  áepertundo,  ere,  furar.)  hal- 
labarda  antiga  muito  aguda  e  larga. 

PARTE,  s. /".  (Lat.  pars,  íi.ç,  àQpartio,ire, 
partir,  separar)  porção  de  um  todo  separa- 
da d'elle,  ou  considerada  como  podendo  des- 
tacar-se,  v.  g.  —  do  horizonte,  —  do  dia, 
da  noite,  —  da  vida  ;  de  uma  quantia  ;  por- 
ção, numero,  v.g.  parte  da  tropa,  da  arma- 
da.— ,  divisão  da  terra,  d.  ^f.  as  quatro  par- 
tes do  mundo.  — ,  quinhão.  A  sua  —  das 
presas.  — ,  divisão  de  obra  litteraria.  — , 
lado,  banda,  v.g.  d'esta  —  do  rio.  — ,  par- 
tido. Ter  da  sua  — ,  por  si.  Ser  da  —  dê 
alguém,  favorece-lo,  prestar-lhe  ajuda,  au- 
xilio. Por  —  da  mãi  descende  dos  Medicis. 
—  de  drama,  papel  que  faz  o  actor.  — , 
participação.  Dar  — ,  (milit.)  communica- 
ção  oíiicial.  Ser  —  para  algum  fim,  con- 
correr. — ,  mandado,  v.  g.  da  —  d'El-Rei ; 
trouxe-me  um  recado  da  —  do  ministro  — , 
(for.)  litigante,  v.  g.  à  —  adversa.  Ser  — 
no  processo,  autor  ou  autora.  A  má  — ,  em 
sentido  máo.  Tomar  ou  lançar  á  má  — , 
em  sentido  desfavorável.  De  — o — ,  a  tra- 
véz,  V.  g.  furou-o  de  —  a  — .  De  — ,  ou  á 
— ,  fallando  a  alguém  sem  que  os  circums- 
tantes  o  possam  ouvir.  — s,  pi.  divisões,  por- 
ções, secções,  v  g.  as — s  do  corpo;  — pu- 
dendas. —  $,  prendas,  dotes  do  espirito  edo 
corpo,  V.  g.  homem  de  boas — s.  — ,  ban- 
do, parcialidade,  facção,  partido.  Sustentar 
as  — s  a  alguém.  Faser  as  — s  de  alguém, 
apadrinhar.  — ,  fazer  as  vezes,  o  officio.  Va- 


tío 


ptK 


mos  por  — *,  consideremos  a  matéria  por  ar- 
tigos, analysemos. 
Ij  PARTECiPADOR.  V.  Participadov. 
V?  PARTECiPAR.  V.  Participar,  etc. 
^PARTEIRA,  s.  f.  [parto,  des.  eira)  mulher 
que  assiste  ao  parto,  queparteja. 

PARTEIRO,  s.m.  {parto,  des.  eiró]  cirur- 
gião ou  medico  que  assiste  no  parto  as  mu- 
lheres, queparteja. 

i^PARTEjADA,  ttdj.  f.  assistida  no  parto  por 
parteira  ou  parteiro. 

PARTEJADO,  A,  p.p.  de partejar ;  adj.  Ti- 
nha—  a  mulher  com  grande  pericia. 

PARTEJAR,  V.  a  [parto,  des.  ejar)  ajudar 
a  parir,  facilitar  o  parto,  v.  g.  partejei-a  do 
seu  primeiro  filho. 

PARTELEiRA.  V.  Prateleira. 

PARTESANA.  V.  Partasaua. 

PARTEZiNHA,  s,  f.  diminut.  de  parte. 

PARTHENAY,  (geogr.)  cidade  de  França  a 
12  léguas  NE.  de  INiort;  4,228  habitantes. 

PARTHENAY,  (hist.)  iUustre  casa  de  Fran- 
ça, oriunda,  segundo  se  julga,  da  de  Lu- 
signan,  antes  do  anno  lOOO. 

PARTHENio,  (bot.)  geuero  de  plantas  da 
familia  da  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
necessária. 

PARTHENios,  (hist.)  eram  assim  chamados 
os  Lacedemonios  nascidos,  durante  a  pri- 
meira guerra  de  Messenia,  do  commercio 
illegitimo  das  mulheras  de  Sparta  [parlhe- 
nos)  com  os  mancebos,  que  tinham  saido 
do  campo  para  substituírem  a  ausência  dos 
maridos  e  obstarem  a  que  o  Estado  soíTres- 
se  por  falta  de  cidadãos.  Despresados  pelos 
seus  compatriotas  ,  os  Messenios  conspira- 
ram com  os  Ilhotas  ,  foram  descobertos  e 
obrigados  a  sair  de  Sparta.  Foram  estabe- 
lecer-se  na  costa  oriental  de  Itália ,  onde 
edificaram  Tarento. 

PARTHENIOS,  (hist.)poeta  grego  deNicea, 
foi  levado  escravo  a  lioma  no  anno  65  an- 
tes de  Jesu-Christo ,  e  pelos  seus  talentos 
obteve  a  liberdade.  Só  nos  resta  delle  um 
pequeno  escripto  em  prosa  De  amatoribus 
affeclione  liher. 

PARTHENON,  (hist )  Celebre  templo  d'Athe- 
nas,  dedicado  a  Minerva  [Parthenos  ,  vir- 
gem) era  situado  no  mesmo  rochedo  que  a 
cidadella.  Destruído  pelos  Persas  foi  reedi- 
ficado por  Péricles. 

PARTHENOPE,  (myth.)  sereia  que  se  na- 
morou de  Uljsses.  Despresada  por  este  prín- 
cipe lançou-se  ao  mar  no  sitio,  em  que  foi 
construída  Nápoles,  que  na  sua  origem  te- 
ve o  nome  de  Parthenope. 
'.  PARTHENOPEO,  (myth  )  Parí/^eno/JCMí,  filho 
de  Meleagro  e  de  Atalante,  tomou  parte  na 
primeira  guerra  de  Thebas,  e  foi  um  dos 
sete  chefes,  que  morreram  diante  desta  ci- 


PáR 

PARTHENOPEONNA  (rcpublíca),  (geog.)  no- 
me dado  ao  reino  de  Nápoles,  durante  o 
curto  espaço,  que*  decorreu  desde  a  entra- 
da de  Championnet  em  Nápoles,  a  23  de 
fevereiro  de  1799,  até  á  tomada  desta  ca- 
pital pelo  cardeal  Ruífo,  a  15  de  maio  do 
mesmo  anno. 

PARTHIA    ou    PARTHIENA  ,     (íjeOgr.)   hoje  O 

E.  d'Irak-Adjemi  e  o  O.  do  Khoraçan,  re- 
gião da  Ásia  antiga,  entre  a  Hircanía  ao 
N.,  a  Carmania  deserta  ao  S.  a  Ásia  a  E. 
a  Media  a  O.,  tinha  por  cidade  principal 
Hecatompilos.  Era  um  paiz  selvagem,  e  ári- 
do ;  os  seus  habitantes  bellos  cavalleiros , 
bravos  e  grosseiros. 

PARTHOS  (império  dos),  (geogr.)  vasto  im- 
perioj  da  Alta-Asia,  fundado  no  anno  2t>5 
antes  de  Jpsu-Christo  pelo  partho  Asace  á 
custa  do  império  dos  Seleucidas,  ao  prin- 
cipio só  conr.preendeu  a  íarthiena,  mas  de- 
pois abrangeu  toda  a  Alta-Asia,  a  E.  do 
Euphrates.  e  a  O.  do  império  de  Bactria- 
na.  O  governo  de  Parthos  era  monarchico, 
mas  feudal.  A  seguinte  é  a  lista  dos  reis 
Parthos,  chamíQos  Arsacides : 

Arsace  [antes  de  Jesu-Christo)..  255 

Tiridoto  ou  Arsace  H 274 

Artaban  I   ou  Arsace   II 216 

I  hriapacio 196 

Phraato  1 182oul78 

Mithridates  1 164 

Phraato   II 139 

Artaban  II 127 

Mithridates  I!    124 

Mnaskirés 90 

Sinatrokés 77 

Phraato  III 70 

Mithridates   IH 61 

Orodes  1 57 

Phraate  IV 37 

Phraatace  [depois  de  Jesu-Christo)      4  ou    9 

Orodes  II 14 

Vonones    I '. l5 

Artaban  111 18 

Tiridate      36 

Artaban  [restabelecido .'  b6 

Vardane     44 

Gotarse 47 

Vanones  11 50 

Vologeso  I ...     60 

Pacorus  I ...     90 

Chosroes  ou  Khosrou 107 

I  arthamaspato 116 

ChosToes  [restabelecido)     117  ■ 

Vologeso  II 121 

Vologeso  III ...  150 

Ardawan     192 

Pacoro  II 207 

Vologeso  IV ...  209 

4rUt)da  IV ,.     ...    iíQ-m 


PAR 


PAR 


ili 


PARTIÇÃO,  5.  f.  (arith.)  divisão,  repartição, 
partilha.  Partições,  pi.  porções  deterra  se- 
paradas por  vallados,  nos,  ribeiros,  estei- 
ros. — ,  (ant.)  convenação,  convivência,  v. 
g.  partiçon  honesta.  Ord.  Affons. 

PARTiciMEiRO,  A,  adj .  (ant.)  V.  Pariici^ 
pante. 

PARTICIPAÇÃO,  s.  /.  o  acto  de  participar ; 
communicação,  conversação. 

PARTICIPADO,  A,  p.p.  de  participar ",  adj. 
que  se  participou  ;  communicado  ;  que  teve 
parte  em  alguma  cousa. 

PARTiciPADOH,  s  m.  que  participa,  tem 
parte,  participante. 

pARTiciPAL  ou  PARTiciPiAL,  adj.  dos  2  g . 
(gram.)  derivado  de  parlicipio.iVome  — .  Par- 
ticipai ómais  correcto. 

Participante,  adj.  es.  dos  2  g.  (des.  do 
p.  a  Lai.  em  ans,  tis)  que  tem  parte  em  algu- 
ma cousa,  qi^e  participa.  Excommunhão  de 
— ,  que  se  comraunicci  a  quem  trata  com  ex- 
commungado.  Estão  de  — s ,  (loc.  famil.)  não 
se  conversão,  não  se  tratam,  esião  mal.  — , 
emaisus  ,  estar  distrahido.  — ,  s.  (forens.) 
corréo. 

PARTICIPAR,  V.  a.  (Lat.  participo,  are,  de 
pars,  tis,  parte,  e  capio,  ere,  tomar)  dar 
parte,  noticia,  communicar;  ter  parte  em  al- 
guma cousa,  V.  g.  não  participo  dos  seus 
convites,  divertimentos.  — ,  (ant.)  ter  com- 
municação com  alguém  ;  —  cora  elles. 

PARTíCiPAVEL,  adj  dos  2  5^  (des.  ttíje/j  que 
se  pode  participar,  communicar. 

PARTICIPE,  adj.  (pron.  participe  :  Lat.  par- 
ticeps]  (desji^s.)  V.  Participante,  Compli- 
ce. 

PARTicipio,  s.m.  (Lat.  par ticipium)  {gram. ) 
vocábulo  que  participa  da  natureza  do  verbo 
de  que  é  uma  modificação,  e  ao  mesmo  tem- 
po do  adjectivo. —  do  presente  ou  activo,  an- 
tigamente usava-se  como  em  Latim  regendo 
nomes,  v.  g.  perlas  imitantes  (que  imitam) 
a  côr  da  Aurora.  Pão  roborante  o  coração 
quorobora.  Hoje  são  meros  adjectivos,  equa- 
si  sem  excepção  não  tem  caracter  de  yerbo. 
j'  ^lenle  a  Deus,  que  teme  Deus:  é  um  dos 
pv.  icos  exemplos  em  que  se  conserva  o  cara- 
cter do  participio  presente  ou  activo  latino. 
—  passivo  ou  peteriío,  exprime  acção  sof- 
frida  ou  passada,  v.  g.  foi  mordido  por  um 
cão,  —  ferido  por  arma  cortante  Muitos 
d'estes  participios  são  verdadeiros  supinos, 
activos  ou  absolutos,  v.g.  ocão  tinhamor- 
dido  a  criança.  O  toureador  tinha  já  feri- 
do o  touro.  Sido,  chovido,  vivido,  são  su- 
pinos absolutos.  A  parte  mordida,  ferida; 
o  homem  morto ;  a  mulher  parida  ;  o  ins- 
trumento tocado ;  são  adjectivos.  V.  Supi- 
no.  Adjectivo. 

Antigamente  também  usávamos  da  des. 
oítq  ou  ouro,  do  participio  do  futuro  em 


urus,  v.g.  doestadoiro.  Ainda conservainos 
duradouro,  vividouro. 

Moraes  inclue  nos  participios  os  gerúndios 
em  do,  como  podendo,  querendo,  o  que  ó 
inadmissível. 

PARTiçoM.  V.  Partição,  Partilha. 

partícula,  s.  f.  (pron.  partícula :  Lat. 
dim.  de  pars,  a  parte)  porção  ténue,  dimi- 
nuta ;  hóstia  pequena  que,  consagrada,  se 
dá  a  coramungar.  Uma  —  de  alguma  cousa, 
(p.  us.)  artigo,  capitulo.  — s  da  oração.  Os 
grammaticos  dão  este  nome  ás  preposições, 
conjuncções,  advérbios,  e  interjeições,  por 
serem  muitos  d'estes  vocábulos  curtos.  A 
denominação  é  imprópria  e  inexacta.  Estes 
termos,  que  Horne  Tooke  chama  azas  da  dic- 
ção, são  palavras  contractas,  verbos,  nomes, 
eafé  phrases  ellipticas,  v  g.  eia,  ora  sus', 
oxalá,  até,  porém,  logo,  aqui,  àlli,  fora, 
etc.  V.  nos  seus  lu8:ares  os  artigos  Preposi- 
ção, Adverbio,  Conjuncçào,  Interjeição. 

particular,  adj  dos2g.  (Lat.  particula- 
ri<i,  de  pars,  tis,  parte)  próprio,  peculiar  6^ 
cousa  ou  pessoa ;  singular,  especifico,  v.g. 
medicamento. — ,  privado,  não  publico.  Em 
— ,  sem  que  outros  presenceiem.  — ,  com 
especialidade,  v.g.  recommendo-te  o  estudo 
daslinguas,  e  em  —  do  Grego.  Negócios  par- 
ticulares,  não  públicos.  ^,  substantivado, 
pessoa  não  publica.  Um  — .  Os  particula- 
res.— ,  particularidade.  Neste — ,  neste  ne- 
gocio. No  seu  — ,  no  interior  de  sua  casa. 

particularidade,  s.  f.  (des.  ida,de]  cir- 
cumstancias  características  ou  miúdas.  —  ò 
que  é  secreto  e  não  se  communica  a  estra^ 
nhos.  — ,  trato  familiar. 

PARTICULARISSIMAMENTE.     adv.    $Uperl-   .(fe 

particularmente. 

PARTICULARÍSSIMO.  A,  adj.supcrl.  de  par- 
ticular, muito  i. articular.  Favor — .  Auxí- 
lios — s,  mui  singulares. 

PARTicuLARjzADO,  A,  p.p.  de  particulari- 
zar ;  adj.  referido  por  miúdo,  de  que  sef^ 
parti(!uíar  menção  ou  apreço. 

PARTICULARIZAR,  V.  a.  {particular,  de|. 
Gr.  Lat.  izar,  pór,  collocar)  referir  joaiuM- 
raente,  distinguir  cada  cousa  de  per  si,  indi- 
car, apontar  com  individuação,  v.g.  —  Vs 
circumslancias  do  caso ;  —  os  pontos  em  di^ 
cussão;  —  os  serviços  da  pessoa.  — se,  v.  f. 
distinguir-se;  singularizar-se.  — ,  (p.  us.) 
familiasar-se. 

PARTICULARMENTE,  adv.  (wi«w íc  suíT. )  em 
particular,  em  segredo  ;  com  parti cularidãT- 
de  ou  individuação ;  com  especialidade; 
principalmente ;  como  pessoa  particular. 

PARTIDA,  s.  f.  (subst.  da  des-  f.  ôeparíi^, 
p.p.  de  partir,  V.  abs.,  sahir  de  uni  íiigãf.) 
o  acto  de  partir.  Estar  de  — ,  jpro^iõ^o  a  par- 
tir. Dia  da  — ^. 

PARTIPA,   *.   f.   [à^^  P^^Mr^^m^Úm" 


tú 


f\h 


PAR 


ção,  numero  de  jogos  ou  de  pontos  que  con- 
stituem o  total  de  cada  páreo,  v,g,  áorob- 
ber  de  whist.  Joguei  uma  ou  duas  — s  de, 
bilhar,  de  gamão.  — ,  sortimento.  —  de  coi- 
ros, bretanhas,  remettida,  vendida  ou  com- 
prada. — ,  parcella  em  contas  mercantis. 
Escripturação  em  — s  dobradas,  (phr.)  mer- 
cantil.— ,  divisão  de  tropas,  troço,  v.g. — * 
avançadas.  — ,  região.  Correr  as  sete  — s, 
(loc.  famil.)  viajar  muito,  correr  o  mundo. 
— .  (naut.)  rumo  ;  pi.  rumos  da  agulha  de 
de  marear.  Meia  — ,  vento  que  sopra  de 
um  ponto  que  medeia  entre  dois  rumos.  As 
leis  das  sete  — *,  código  publicado  porEl- 
Rei  D.  AíFonso  o  Sábio  de  Castella  em  sete 
'  volumes,  traduzido  em  Portuguez  por  or- 
dem de  El-Rei  D.  Diniz. 

PARTIDAMENTE,  adv.  mente  suíT.}  separa- 
damente. 

PARTIDÁRIO,  s.  m.  {partida,  des.  ário) 
(ant.)  chefe  do  partido  ou  troço  de  tropas, 
destacado  4e  exercito  ;  (Og.)  valentão,  chefe 
de  valentões. 

Hoje  usa-se  geralmente  no  sentido  de  se- 
quaz, que  segue  o  partido  de  alguém,  v.  g, 
é  —  de  Inglaterra. 

PARTIDO,  *.  m.  (Fr.  parti),  parcialidade, 
partes,  bandos,  facção,  %>.  g.  O  —  inglez, 
f rancei,  o  —  do  pretendente.  — ,  (fig.)  meio, 
•  expediente.  Tomou  o  —  de  evitar  o  com- 
bate. Hão  ha  outro  —  a  tomar.  — ,  con- 
dição ,  estipulação  t.  g.  Entregar-se  a  — 
capitular  com  certas  condições.  «  Deram  a 
cidade  a  ■—  das  vidas  e  fazendas. »  Com- 
metter — ,  oíferecer,  propor  meios,  condi- 
ções :  commetter  —  á  guarnição  da  praça 
situada.  Estar  de  melhor  — ,  em  melhor 
condição.  Tirar  — ,  aproveitar-se,  — ,  (ant.) 
pôr  por  condição.  Ter  ou  não  ter  —  com 
alguém,  poder  ou  não  poder  competir  em 
destreza,  no  jogo,  na  esgrima,  em  combate, 
em  discussão.  Dar — ao  parceiro,  conceder- 
Ihe  condição  vantajosa,  para  compensar  a 
nossa  superior  pericia.  — ,  (fig.)  lei,  natu- 
reza, aquillo  que  coube  em  sorte  a  alguém, 
condição  da  existência  ex. «  Minguar  e  cres- 
cer (a  lua)  é  seu  partido. »  Camões,  eleg.  — , 
ajuste,  condições  remunerativas  de  algum 
servifo.  Servira — ,  por  premio,  paga.  Me- 
dico de — ,  aquém  seda  uma  remuneração 
annual  para  tratar  os  doentes  de  alguma  fa- 
mília, communidade,  villa.  etc.  Assentar  o 
— ,  no  jogo  ajustar  as  condições.  Mulher  de 
— ,  meretriz.  Tomar  — ,  resolver-se  :  tomar 
—  por  alguém,  declarar-se  a  favor  d'elle.  — , 
districto.  O  —  do  Minho.  Meste  sentido  vem 
do  verbo  Partir,  dividir. 

PARTIDO,  A,  p.  p.  de  partir,  (repartir,  di- 
vidir) adj.  repartido,  dividido,  separado,  cor- 
'  tado.  V.  g.  A  herança  —  eitre  os  filhos.  O 
escudo  ^10  meio,  (t.  do  bras.j,  dividido  de 


alto  a  baixo  em  duas  partes  iguaes.  Conse- 
lho —  em  pareceres,  divididos  os  vogaes.  A 
braço  — ,  combatendo  de  perto  um  contra 
o  outro.  V.  Arca  partida.  Justa  — ,  (ant.), 
em  que  entravam  menos  justadores  que  na 
justa  real.  Tinha  lhe  —  a  cabeça  com  uma 
cutilada ;  aberto,  fendido. 

PARTIDO,  supino  de  partir,  (sair  de  um 
lugar),  que  partio,  se  ausentou.  Quando  che- 
guei ao  porto  tinha  já  —  o  navio.  Se  tivésse- 
mos —  mais  cedo  teríamos  chegado  a  tompo 
de  embarcar. 

NB.  Não  se  deve  confundir  com  o  prece- 
dente. Partir,  v.  a.  e  Partir,  v.  n.  posto 
que  derivados  do  mesmo  radical  pars,  tis, 
tem  accepções  distinctas  e  diíTerentes. 

PARTíDOR,  s.  m.  o  que  parte,  reparte,  di- 
vide ;  o  que  faz  partilha  da  herançi,  o  que 
separa,  aparta,  ex.  «A  noite  foi  o  —  desta  fú- 
ria (da  peleja).»  Barros,  l — ,  (arith.)  V.  Di- 
visor.—  de  lenha,  rachador,  o  que  racha, 
fende  lenha. 

PARTiDOURAS,  s.  f.  as  pcunas  de  falcão, 
e  outras  aves,  que  lhes  nascem  nas  juntas  das 
azas  da  banda  de  dentro. 

PARTiJA,  s.  f.  (ant.)  multidão. 

PARTILHA,  s.  f.  {parte,  áes.  ilha,  doLat. 
alius.  outro),  divisão  de  bens,  de  herança 
ou  de  lucros,  ganhos,  sorte,  porção,  qui- 
nhão que  cabe  a  cada  um  dos  interessados 
ou  contendentes.  d.  g.  Não  ficou  de  peior 
— .  ex,  «  As  aves  carniceiras  brigam  sobre 
a  —  da  carne  dos  cadáveres.»  Segundo  Cerco 
do  Diu.  Carta ,  folha  ou  formal  de  —  , 
auto,  escriptura  em  que  se  especificam  os 
bens  das  heranças,  os  quinhões  dos  herdei- 
ros ou  parceiros. 

PARTiMENTO,  s.  t».  V.  Partiçâo. 

pARTiR,  tj.  a.  (Lat.  partio,  ire,  áepars, 
tis,  parte,  [quasi  in  partes  agere],  dividir 
em  partes,  fazer  em  pedaços,  rachar,  fen- 
der, V.  g.  —  o  pão,  o  queijo,  a  lança,  o 
madeiro.  —  nozes,  avelans,  abrir-lhe  a  cas- 
ca, racha-la  — os  mares,  (p.  us.)  sulcar.  — , 
sulcar. — ;  dividir,  repartir  (numero,  quan- 
tidade) ;  — ,  partilhar,  v.  g.  Os  povoí^  do 
norte  partiram  a  Europa  entre  si,  —  a  <iif- 
fereiíça,  tomar  um  termo  médio  entre  o  preço 
pedido  e  o  offerecido,  cedendo  cada  um  dos 
contractantes  das  suaspretenções. — ,  apar- 
tar, separar,  v.  g.  —  a  briga,  a  contenda, 
os  combatentes,  — ,  (ant.)  —  alguém  de  si. 
despedi-lo,  afasta-lo.  —  o  marido  da  mu- 
lher, separa-los. — o  sol,  (ant.)  era  assigna- 
lar  campo  aos  combatentes  de  modo  que  o 
sol  não  desse  no  rosto  a  nenhum  delles.  — 
SE,  V.  r.  dividir-se,  f>.  g.  partiram-se  os 
votos.  Partir,  em  sentido  abs.  ou  n,  con- 
finar. V.  g.  A.  minha  quinta  parte  pelo  no r- 
te  com  a  tapada  real.  — ,  v.  n.  ou  — se, 
como  diziam  os  antigos,  sair  de  um  lugar, 


PAR 


PAS 


ín 


afastar-se,  ausentar-se.  i?.  ^r.  Par íio  o  exer- 
cito, a  esquadra.  Partir-se,  diz-se  das  pes- 
soas ;  o  pronome  denota  energia  pessoal, 
acto  voluntário. 


Partimo-nos  assi  do  sancto  templo. 
Parte-se  costa  abaixo  (o  Gama)... 
Camões,  Luslad. 


O  gosto  vai-se  logo,  o  mal  tarde  se  parte. 
—  do  amigo,  da  amiga,  apartar-se ;  —  da 
demanda,  desistir  delia  ;  —  do  acções  más, 
refrear-se  absler-se. 

PARTITURA,  s.  f.  (italiano)  as  divcrsas  par- 
tes  de  que  se  compõe  um  concerto,  sympho- 
nia,  opera  ou  outra  composição  de  musica, 
V.  g.  a  —  da  missa  de  defuntos  deJomelli 
ou  Mozart,  os  cadernos  de  cada  instrumento 
e  voz. 

PARTiVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  tvel),  que 
se  pôde  partir,  divisível,  v.  g.  herdade  — ; 
bens  — s. 

PARTO,  s.  m.  (Lat.  partus,  do  p.  p.  de 
pario,  parir),  acto  de  parir,  de  expulsar  do 
útero  o  feto,  a  criança.  Estar  de  — ,  diz-se 
da  mulher  que  pario  ha  pouco,  e  está  de 
regimento.  Morrer  de  — ,  no  acto  de  pa- 
rir ou  das  suas  consequências  immediatas. 
— ,  o  feto  recem-nascido,  — ,  os  lochios. 
Corre  bem  o  — .  Suspendeu-se  o  — ,  cessou 
a  evacuação  dos  lochios.  V.  Lochio.  —  sup- 
posto,  prenhez  fingida,  simulada.  — ,  (fig.) 
producção,  obra,  v.  g.  —  feliz  do  entendi- 
mento, —  do  seu  engenho.  —  da  montanha, 
resultado  nullo  ou  insignificante  de  empre- 
za  annunciada  com  grande  ostentação. 

PARTURIENTE,  adj.  dos  ^  g .)  (Lat.  par- 
turiens,  p.  a.  de  parturio,  ire,  parir.), 
que  está  no  acto  de  parir.  Mulher  — .  Es- 
tado — ,  de  mulher  ou  de  fêmea  de  animal 
que  está  no  acto  de  parir.  A  montanha  — , 
titulo  bem  conhecido  do  apologo  de  Phedro 
e  Esopo. 

PARU,  s.  m.  (t.  brasil.)  certo  peixe  de 
gosto  especial. 

PARU  (Serra  do),  (geogr.)  serra  altíssima 
da  província  do  Pará,  na  Guiana  brazileíra  ; 
estende-se  parallelamente,  e  a  pequena  dis- 
tancia, com  a  margem  esquerda  do  rio  das 
Amazonas,  entre  a  villa  do  Outeiro  e  o  rio 
Paru. 

PARU,  (geogr.)  rio  da  Guiana  brazileira  ; 
nasce  na  serra  da  Velha,  e  dirigindo-se4)ara 
o  sul. 

PARULiDA,  s.  f.  (pron.  parúlida ;  Lat. 
parulis,  do  Gr.  para,  junto,  próximo,  e 
oulon,  gengiva),  (med  )  tumor  inflammato- 
rio  das  gengivas,  que  as  vezes  suppura. 

PARURO,  (geogr.)  cidade  do  Peru,  a  6  lé- 
guas SO.  de  Cuzco  ;  20,000  habitantes. 

PARUTA  ,    (hist.)  historiador  venezian  • , 

VOL.  lY. 


nasceu  em  1540 ,  morreu  em  1 508 ,  foi 
procurador  de  S.  Marcos.  Entre  outros  es- 
criptos  deixou  uma  Historia  de  Veneza , 
dividida  em  duas  partes. 

PARVA,  s.  f.  (subst.  de  parva,  f.  de  par- 
vus,  Lat.,  pequeno),  comida  leve,  como  a 
consoada  em  dia  de  jejum. 

pARVALHÃo,  s.  m.  ou  adj.  augment.  de 
parvo,  estúpido,  v.  g.  Fulano  é  um  — , 
mentecapto. 

PARVO,  A,  adj.  (Lat.  parous,  pequeno. 
Court  de  GébeUn  o  deriva  dorad.  depver, 
menino,  paucus,  pouco,  etc.  ;  mas  o  radi- 
cal não  é  Latino  nem  Grego,  mas  sim  o 
Egypc.  pire,  a  porção,  fracção  de  um  nu- 
mero inteiro,  do  verbo  rash,  dividir),  pe- 
queno, (p.  us.)  — ,  (fig  eus.)  quetem  pou- 
co juizo,  estúpido.  Conclusões  — s,  (ant.)  pe- 
quenas, em  opposição  a  magnas.  Os  anti- 
gos faziam  a  des.  f.  em  oa^  v.  g.  «  algu- 
ma parvoa  tenção.  »  gCamões,  Filodemo. 

PARVOALHo,  A,  adj.  estupido,  muito  par- 
vo, pateta.  Farvoeirão  e parvalhão  sao  mais 
usados. 

PARVOAMENTE,  V.  Tolamente. 

PARVOEiRÃo,  adj.  m.  parvoeirona,  s.  f. 
augment.  à%^^vso,  estupido,  estólido,  mui- 
to parvo,  paleta.  Também  se  usa  subst.  E' 
um  — . 

parvoejar,  V.  n.  [parvo,  des.  ejar,  lan- 
çar), dizer  parvoíces  ;  fazer  parvoíces,  dis- 
parates. 

PARVoíçADA,  s.  f.  {parvotce,  des.  ada), 
acção,  dito  de  parvo. 

PARVOÍCE,  s.  f.  [parvo,  des.  ice),  tolice, 
acção,  ou  dito  de  parvo. 

PARVOíNHO,  A,  adj.  dim,iuut.  de  parvo,  to- 
linho,  tontinho. 

PARVULEZ ,  s.  f.  (p.  us.)  V.  PucriHda' 
de. 

PÁRVULO,  s.  m.  [LSii.  parvulus  áim.)  me- 
nino, criança.  Os — s,  osmiseros,  mesqui- 
nhos, o  povo  humilde. 

PARYNAGOR,  (geogr.)  cidade  do  Indostão, 
no  principado  de  Sindhi,  a  51  léguas  SE. 
de  Haideradab. 

PARYSATis,  (hist.)  esposa  de  Dário  II,  fa- 
voreceu a  revolta  de  seu  filho  Cyro-o-Joven 
contra  Artaxerxes  Mnemon ,  irmão  deste 
príncipe  ;  depois  da  batalha  de  Cunaxa  en- 
venenou a  rainha  Statira  e  fez  morrer  mi- 
leravelmente  os  inimigos  de  Cyro. 

PAS,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3  léguas 
E.  de  Doulens  ;  1,000  habitantes. 

pAS-DE-CALAis,  (geogr.)  estreito,  que  une 
a  Mancha  ao  mar  do  Norte  e  separa  a  Fran- 
ça da  Inglaterra.  Os  Latinos  chamavam -lhe 
Fretum  Gallicum. 

pas-de-calais,  (geogr.)  districto  maríti- 
mo H.i  França,  sobre  a  Mancha,  o  Pas-de- 
( alais  e  o  mar  do  Norte,  entre  os  districtos 
29 


k- 


114 


HB 


fàS 


do  Norte  a  WE  ;  de  Somme  ao  SO ;  664,650 
habitantes.  Capital  Arras. 

PASARGADE   OU  PASAGARDE  ,    (gfiOgr.)   FeStt 

ou  Pasa,  cidade  da  Ásia  antiga,  uma  "das 
residências  dos  antigos  reis  da  Pérsia,  nos 
confins  da  Carmania. 

PASCOAL  ou  PASCHOAL   I   (S  ),    (hist.)   PaS - 

chalius  em  latim,  papa,  de  817  a  824,  nas- 
ceu em  Roma,  tinha  sido  director  do  mos- 
teiro de  Santo  Estevão,  recebeu  de  Luiz-o- 
Clemeníe  a  Córsega  e  a  Sardenha,  coroou 
Lothario  imperador  em  823.  E'  commemo- 
rado  a  17  de  maio. 

PASCOAL  II,  (hist.)  foi  eleito  papa  em  101)9  ; 
teve  que  combater  dous  anti-papas  e  mor- 
reu em  ill8. 

PASCOAL  III,  (hist.)  anti-papa,  era  cardeal 
quando  o  papa  Adriano  IV  o  encarregou  de 
uma  negociação  com  o  imperador  Frederi- 
co Barbaroxa  ;  deixou-se  seduzir  por  este 
principe  e  por  el!e  foi  nomeado  papa  em 
opposição  a  Alexandre  iil  em  1164.  Mor- 
reu miseravelmente  seis  annos  depois. 

PASCOAL,  (hist  )  celebre  escriptoregeome- 
tra  francez,  nasceu  em  16i3,  morreu  era 
l(J6i.  Tinha  16  annos  quando  compoz  um 
tractado  de  secções  únicas.  Deixou  muitas 
obras  ,  entre  ellas  Cartas  ProrAnciaes  e 
Pensamentos,  obra,  que  não  pôde  concluir 
e  na  qual  se  propunha  reunir  todas  as  pro- 
vas da  religião. 

PASCACios,  s.m.pl.  (nome  próprio)  Liw- 
gua  dos  — ,  fphr.  joc.)  lingua  peJaníesca, 
por  ser  alatinada  com  affectaçào. 

pascar,  V.  a.  (ant.)  V.  Pastar. 

PASCER,  V.  a.  (I.at.  pmco,  e.re,  do  (?r. 
pdo),  comer,  pastar,  x).g.  —  aherva,  a  rel- 
va, os  renovos,  ex.  « Pascia  o  cervo  um 
bom  prado.»  Sá  Miranda.  —  ,{fig.)  nutrir, 
cevar,  v.  g.  —  esperanças.  — ,  v.n.  apas- 
centar, andar  pastando,  ex.  «(J  eniipal  que 
—  do  ar  »  (o  cameleão  como  o  vulgo  crê), 
se  nutre.  Vieira. 

PASCHius,  (higt.)  raoralisía  e  theologo  ale- 
mão, nasceu  ei»  íMi  ,  ajorreu  em  1707. 
Deixou:  Tractatus  de  novisinventis,  quo- 
rum accuraliori  cuhui  facem  prcetulit  an- 
tiquilas,  etc. 

PASCHOA,  s.  f.  (orth.)  mais  correcta,  mas 
por  uso.  V.  Páscoa. 

PASCiíGO,  s.  m.  (qie  pascer),  lugar,  cam- 
po onde  pasce  o  gado  ;  v.  g.  Bons  ~s  pa- 
ra ovelhas. 

PASCiGOSo,  A,  adj.  (p.  us  )  que  dá  pasto 
para  os  gados.  Terras,  campos  —s. 

PÁSCOA,  s.  f.  (pron.  páscoa,  corrupção 
Lat.  eijr.  pascha,  do  llebr.  pessah,  ou  pes- 
sah,  do  Chald,  phase,  que  significa  passa- 
gem, isto  ó,  a  do  sol  no  equinoxio),  festa 
judaica  correspondente. á  primeira,  em  me- 
qaoria,  di^em  os  rabbinos,  da  passagem  do 


mar  Vermelho,  eda  do  anjo  exterminador 
quando,  na  noite  que  precedeu  a  s«hida  dos 
judeos  para  o  deserto,  matou  os  filhos  mais 
velhos  dos  Egypcios.  Esta  explicação  mysti- 
ca  é  pura  invenção  sacerdotal.  Ha  toda  a  ra- 
zão de  crer  que  esta  solemnidade  foi  intro- 
duzida mui  tarde  entre  oshebreos  e  imita- 
da das  nações  que  festejavam   o  sol  equi- 
noxial  da  primavera,  debaixo  do  seu  emble- 
ma zodiacal  de  Aries,  o  cordeiro  ou  carnei- 
ro. Com  eíTeito  não  consta  que  Samuel,  Saul, 
Salomão  nem  David  celebrassem  a  Páscoa, 
e  no  livro  iV  dos  reis,  cap.  24,  v.  21,  22, 
23...  se  lê:  t  Celebrai  a  Páscoa  em  honra 
«  do  Senhor  vosso  Deus,  de  modo  que  es- 
« tá  escripto  neste  livro  do  concerto.  Por- 
«  que  desde  o  tempo  dos  Juizes,  que  julgá- 
«  ram  Israel,  e  desde  todo  o  tempo  dos  reis 
«  d' Israel,  e  dos  reis  de  Jadd,  nunca  a  PaS" 
«  coa  foi  celebrada  como  esta  que  se  fez  em 
«  honra  do  Senhor  em  Jerusalém,  no  anno 
«  decimo  oitavo  do  rei  Josias  :  »  e  v.  13  : 
«  Ide  e  consultai  o  Senhor  acerca  de  mim 
« (Josias)  sobre  as  palavras  deste  livro  que 
«  se  achou :  porque  a  ira  do  Senhor  se  ac- 
«  cendeu  grandemente  contra  nós,  porque 
«  nossos  pais  não  ouviam  as  palavras  e  nãq 
:<  fizeram   o  que  nos  fora  prescripto  ;    istQ 
«  é,  entre  outros  preceitos,    o  da    celebra- 
ção da  Páscoa.  K  posto  que  nos  Paralipo- 
menos,  liv.  U.  se  diga  que  Ezechias  cele- 
brara a  Páscoa,    isto  ó  contradito  formal- 
mente nos  cap.  34  e  35,  v.  13:  «Nãohou" 
«  ve  Páscoa  semelhante  a  esta  em  Israel  des- 
« de  o  tempo  do  prophetq,  Samuel,  e  den- 
« tre  todos  o$  reis  de  Israel  não  houve  ne- 
«  uhiim  que  fizesse  Páscoa  como  a  que  fez 
fJosiff^.  »  Jra,d^cç^o  de  Pereira  de  Figuei- 
redo. O  que  prova  contra  a  celebração  an- 
terior sob  Ezechias,  p  ter  sido  achado  o  jLjr 
yro  da  Lei  escripto  do  mão  de  Uoysés,  pe^ 
lo  pontifice  ijelkiah  no  reiftadq  de  Josias, 
e  a  grande   surpreza  que  causou  a  este  ^ 
leitura  das  p^^sôge^s  ^Q  dito  Jivro  em  que 
se  prescreve  a  celebração  da  Páscoa.  Mas  s§ 
esta  Cesta  (oi  instituída  por  Moysés,  como  ó 
possivel  que  fiem  Saloqaão  neRQ  Davi4  a  tjr 
vessem  celebrado  I  — ,  cordeiro  pascoal.  Cor 
mer  a  — .  — ,  entre  os  .christãos,  é  festa  conjr 
meajoraíiya  fia  resurr/sição  dp  Jesijs-Cliris- 
to,  denominado  o  cordeiro  de  Deus  ;  éíesif 
movei,  e  corresponde  aoprioaeiro  domingo 
depoJLS  díilua  cheia  de  Mãfço  queíica  ifid^ 
próximo  do  equinoxio  verbal  fixado  aos  2^ 
deste  mei  :  pode  variar  entre  22  dç  Jdar- 
ço  e  25  de  Abril.    Domingo   de  — ,  pu  df 
Ress^irreição,  o  que  se  segue  ao  de  Uamoç 
—  do  Espirito-Santo,  pentecostes.  —  das 
Flores  ou  Pascoela,  q  domwigo  q^^e  se  se- 
gue ao  da  Páscoa.  Santas  — s !  espécie  de 
Volerjeição  (amiliajr;   e<}uiy«le  a  mo  estou 


PAS 


PAS 


ill 


por  isso,  ou  pouco  importa,  pouco  se  me 
dá  d'isso. 

PASCOAL  ,  adj.  dos  2  g.  da  Páscoa.  O 
cordeiro  — .  Cirio  — ,  brandão  de  cera  que 
se  acende  em  Sabbadosantooude  AUeluia, 
em  cerlos  oíiicios  divinos. 

PASCOAR,  V.  a.  [páscoa,  ar  des.  inf.)  ce- 
lebrar a  Páscoa. 

PASCOELA,  s.  f.  dimimit.  de  Páscoa.  jDo- 
mingo  da — ,  o  que  se  se  segue  ao  da  Pás- 
coa. 

PASEWALK  ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
prussianas,  a  7  léguas  S.  d'Uckermunde ; 
4,900  habitantes 

PASiMAN,  (geogr.)  pequena  ilha  dos  Es- 
tados Austriacos,  no  Adriático. 
"  pAsiPHAÉ  ,  (rayth.)  filha  de  ApoUo  e  da 
nympha  Perseide,  foi  mulher  de  Minos,  de 
quem  teve  um  filho,  Androgéo,  e  duas  fi- 
lhas, Ariadna  e  Phédra.  Segundo  a  fabula 
teve  coramercio  monstruoso  cora  um  touro, 
e  do  qual  nasceu  Minotauro. 

PASiTANO ,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  a  7  léguas  SO.  de  Salerno ;  4,000 
habitantes. 

PASiTÉLE,  (hist.)  esculptor  grego,  que  se 
estabeleceu  em  Roma  no  anno  169  antes  de 
Jesu-Christo,  morreu  no  circo  despedaçado 
por  uma  panthera  ,  no  momento,  em  que 
modelava  ura  leão. 

PASiTHEA,  (mylh  )  filha  de  Júpiter  ed'Eu- 
rynorae,  era  a  primeira  das  Graças.  Este  no- 
me também  é  dado  a  Cybele  considerada 
como  a  mãi  dos  deuses. 

PASMADO,  A,  p.  p.  de  pasmar ;  ad/.  cheio 
de  pasmo,  admirado,  maravilhado,  assom- 
brado, espantado.  — ,  tolhido,  desfallecido, 
V.  g.  olhar — .  Ficar — . 

PASMADOS,  (geogr.)  antiga  aldeia  da  pro- 
vinda de  PernamlDuco,  2  léguas  ao  N.  da  vil- 
la  de  Higuaraçú,  sobre  a  estrada  de  Goyan- 
na,  1,000  habitantes. 

PASMAR ,  V.  a.  (do  Fr.  ant.  pasmer,  ou 
pausmer,  hoje  se  pâmer,  deriv.  do  Lat.,  e 
Gr.  spasmus,  espasmo.)  ficar  attonito,  estu- 
pefacto ,  desfallecido,  sem  sentidos  ;  (fig.) 
admirar-se,  maravilhar-se,  espantar-se,  so- 
bresaltar  se.  —  com  prazer.  «  Que  não  lhe 
pasmassem  os  braços.  »  ficassem  tolhidos. 
Vieira.  «A  nau  pasmará  em  meio  dás  on- 
das, »  ficará  parada    Bernard.  Florest. 

PASMAR,  V.  a.  causar  pasmo,  espanto, 
admiração.  Os  restos  da  architectura  egy- 
peia  pasmam  todos  os  viajantes.  A  audácia 
dos  facciosos  pasmou  a  todos 

PASMATORIA  ,    S.    /".    e    PASMATORIO,    S.    M. 

[pasmo ,  des.  alatinada  em  vez  de  pasma- 
do, e  ório.)  (farail.)  estado  de  pessoa  pas- 
mada, embasbacada. 

PASMO,  s.  w.  (contracção  de  espasmo.)  es- 
tado de  pessoa  altoaita,  estupefacta;  grande 


admiração,  espanto ;  (fig  )  cousa  que  espan- 
ta, assombra,  prodígio,  maravilha. 

PAsaosvMKNTE,  adv.  [mente  suff.)  de  ma- 
neira pasmosa,  assombrosa,  espantosamen- 
te;  admiravelmente,  maravilhosamente. 

PASMoso.  A,  adj.  (des.  oso.)  que  causa  pas- 
mo, assombroso,  prodigioso,  estupendo,  «, 
g.  —  edificio,  arrojo,  atrevimento. 

paspalo,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
railia  das  Graraineas  e  da  Triandria  l)ygi- 
nia. 

PASQUiER ,  (hist.)  jurisconsulto  francez, 
nasceu  em  1529,  morreu  em  1615.  As  suas 
principaes  obras  são  Observações  sobre  a 
França :  Conferencias  dos  Príncipes. 

PASQUIM,  s.  m.  (do  ital.  paschino)  sa- 
tyra,  epigramma  satyrico  pregado  em  lugar 
publico. 

PASQUINADA,  s.  f.  pasquim,  OU  pasquins, 
pi. 

PASQUINO,  (hist.)  fragraíinto  deuraa  stalua 
antiga  de  gladiador,  que  ainda  hoje  se  vê 
em  Roma  ao  canto  do  p.dacio  dos  Orsini ;  o 
povo  escolheu-o  para  nelle  prega**  todos  os 
epigrammas  e  pamphletos,  que  dirige  con- 
tra o  governo  papal;  estes  escriptos  cha- 
raara-se  Pasquins. 

PASSA,  s.  f.  (do  Lat.  wm  pa^sa,  uva  sus- 
pendida ao  sol  para  secoar.)  fructo  seccado 
ao  sol.  —  de  uvas,  figos,  peras,  ameixas,  etc. 
No  pi.  entende-se  de  ordinário  por  pass IS  de 
uvas. 

PASSACULPAS,  s.  w.  juiz,  OU  confessor  in- 
dulgente, que  desculpa  as  faltas,  e  absolve 
facilmente  quem  as  commette. 

PASSADA  ,  s.  f.  um  passo.  Dar  uma  — . 
— ,  passagem,  acto  de  passar  de  um  lugar 
para  outro.  Dar — ,  deixar  passar,  escapar, 
fugir,  dar  licença  ;  dar  meios  de  escapar, 
fugir.  Fazer —  o  pellouro,  penetrar,  entrar. 
— s,  passos,  diligencias.  O  negocio  custou- 
me  muitas  — s.  Dar  —  em  vão,  passos,  di- 
ligencias inúteis,  baldadas.  De  — ,  loc.  adv. 
de  passagem,  sem  se  demorar  muito. 

PASSADEIRA,  s.  f.  (dcs.  eifa.)  alpondra, 
pedra  atravessada  sobre  ribeiro,  charco, etc, 
para  dar  passagem  á  gente.  — ,  coador,  co- 
vo de  cobre  com  cabo  longo  de  páu,  para 
coar  ou  passar  o  mollado  nos  engenhos  de 
assucar.  —  de  banco,  (artilh.)  peças  de  páu 
em  que  os  artilheiros  marcam  o  diâmetro 
das  bombas. 

PASSA-LEZ,  s.  m.  jogo  de  parar,  que  se 
joga  com  três  dados. 

PASSADIÇO ,  s.  m.  (des.  iço.  que  indica 
acção  repetida,  habitual.)  corredor  que  dá 
passagem  e  serventia  de  um  edifício  a  outro 
que  está  no  lado  opposto  da  rua.  — ,  adj. 
mexeriqueiro,  que  vai  contar  quanto  ouve 
em  confidencia  ;  emissário  do  inimigo  que 
vem  commuQicar  novas  falsas. 


116 


PAS 


PÁS 


PASSADIÇO,  adj.  V.  Transitório. 
PASSADO  ,  A  ,  jo.  p.  de  passar  ;  adj.  que 
passou,  pretérito,  v.  g.  o  tempo,  o  anno,  o 
mez — . — ,  s.  o — ,  tempo  revoluto  ,  suc- 
cessos  acontecidos.  — ,  varado,  atravessado, 
V,  g.  — com  espada,  lança  ;  fig.  —  de  me- 
do, de  terror.  — ,  levado,  transportado.  Ho- 
mem — ,  (p,  us.)  matreiro,  esperto.  — ,  sec- 
cado  ao  sol,  v.  g.  fruta,  uvas,  ameixas— s. 
— ,  tocado  de  podridão.  Madeira  — ,  aguada. 
PASSADOR,  5.  TO.  O  quo  passa  ou  faz  pas- 
sar, que  leva,  transporta.  —  de  gado,q\ie  o 
faz  passar  a  outro  reino,  que  o  leva  para  fo- 
ra do  reino.  —  de  moeda  falsa ,  que  a  põe 
em  circulação.  —  de  fazendas  prohibidas  , 
contrabandista.  — de  fazenda  por  a/ío,  des- 
encaminhador.  — de  letra,  (merc.)  sacador, 
o  que  dá  ordem  de  pagar  o  importe  da  le- 
tra a  outrem  ou  á  ordem  deste.  —  ,  setta 
mui  forte.  — ,  o  copete  de  espora  mouris- 
ca por  onde  passam  os  talões.  —  de  oiro  ou 
pedraria,  jóia  da  forma  de  setta,  que  se 
crava  nas  tranças  do  cabello,  ou  argola  oval 
e  achatada  em  que  se  prendem  as  tranças  do 
cabello.  —  da  silha,  espécie  de  argola  de  so- 
la por  onde  se  enfia  e  prende  a  ponta  que  se 
afivela  na  silha. 

PASSADOR,  A ,  adj.  que  passa  ,  traspassa 
rompendo,  \irote — .  A  seita — . 
PASSAES,  s.  m.  V.  Paçal. 
PASSAGEIRO,  A,  s.  TO.  viaudauto  ,  pessoa 
que  passa  pela  estrada  ou  pela  rua ;  o  que 
vai  embarcado  sem  pertencer  á  tripolação 
do  navio.—,  que  passa  rapidamente,  tran- 
sitório. Mal  — .  — ,  por  onde  passa  muita 
gente,  v.  g.  lugar,  sitio  — .  _,  de  passagem. 
Aves  — s,  de  arribação.  — ,  leve,  que  merece 
desculpa,  indulgência.  Erros,  culpas— s. 

PASSAGEM ,  s.  f.  (des.  agem.)  acto  de  ir 
embarcado  ou  de  fazer  caminho  de  um  lu- 
gar para  outro ;  viagem  por  mar.  Tivemos 
boa-^;  —  breve  ,  prospera.  Impedir  a  — , 
atalhar  o  passo.  Impedir  a  — do  rtt),  o  atra- 
vessa-lo. Dar—,  receber  alguém  a  bordo  de 
navio  para  o  transportar.  —  pelas  suas  ter- 
ras, conceder  licença  de  as  atravessar  Bar- 
co ou  barca  de  ouda—,  que  transporta  gen- 
te e  bestas  de  uma  banda  do  rio  á  outra  De 
— ,  loc.  adv.  sem  se  demorar,  levemente , 
sem  muita  attenção.  —  de  autor,  passo,  lu- 
gar que  se  cita  ou  se  analysa. — ,  na  musi- 
ca, mutança,  o  passar  para  outra  consonân- 
cia. —  ,  preço  de  viagem  em  embarcação  , 
ou  de  atravessar  em  barco,  barca.  — ,  (ant.) 
pensão  que  pagavam  os  foreiros  e  emphiteu- 
tas  do  Minho  quando  o  rei  ou  o  príncipe 
herdeiro  passava  o  Bouro,  yl  santa—,  (ant.) 
a  crusada  para  recobrar  os  lugares  santos  de 
Jerusalém.  — ,  (fig.)  desculpas.  Dar— a  taes 
despropósitos,  a  erros,  culpas^  não  reparar 
nelles,  descupa-los. 


PASSAGEM,  (geogr.)  cidade  e  porto  de  His- 
paiiha,  a  2  léguas  NE.  de  S.  Sebastião ;  1 ,250 
habitantes. 

PASSAGEM  FRANCA,  (gcogr.)  uova  villa  da 
província  de  Maranhão,  no  Brazil,  na  co- 
marca de  Pastos  Bons. 

PASSAIS,  (geogr.)  cidade  de  França,  e  3 
léguas  SO.  de  Domfront ;  2,350  habitantes. 

PASSAL,  s.m.  (ant.)  passo,  medida  agra- 
ria de  varias  grandezas.  Passaes  das  igre- 
jas. V.  Paçaes. 

PASSAMANARiA,  s  f.  (dcs.  ãriã)  fabrica  de 
passamanes. 

pASSAMANEiRO,  s.  w.  (dcs.  eiro)  fabrican- 
te depas.amanes. 

PASSAMANES,  s.  TO  pi.  (do  Fr.  passcments.) 
fitas  ou  cordões  de  fio  de  prata,  ouro  ou  se- 
da. É  tecido  mais  fino  que  o  galão. 

PASSAMENTE,  adv.{&nX.)  em  voz  baixa,  de 
vagar. 

PASSAMENTO,  s.  TO.  [mento  suff.)  acto  de 
expirar.  Estar  em  — ,  na  hora  da  morte, 
nos  últimos  transes  da  vida.  — ,  (ant.)  de- 
mora, detença. 

PASSAMUROS,  s.  TO.  [passa,  traspassa,  e 
muros)  canhão  reforçado  antigo 

PASSANTE,  adj.dos2g.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ans,  tis.)  (bras.)  em  postura  de  passar. 
Animal  — .  — ,  adj.  ous.  m,  que  excede, 
V.  g. — de  vinte  moios  de  trigo.  — ,  s.  m. 
o  religioso  que,  depois  de  ter  frequentado  as 
aulas  de  philosophia  ou  theologia,  ia  argu-» 
mentar  ás  sabbatinas  e  outros  exercícios  es- 
cholasticos. 

PASSAPASSA,  s.  m.  (V.  passepasse)  peloli- 
cas.  Jogar  o — .  UHsip. 

PASSAPÉ,  s.  m.  {passa,  e  pé)  cambapé; 
ou  passapiê  (do  Fr.  passepied)  espécie  de  dan- 
sa  oumenuete. 

PASSAPELLE.    V.    Pospello. 

PASSAPELLO,  s.m.  [áo  ¥r.  passepoU)  gu&T- 
nição  de  pelles  que  passa  um  pouco  da  orla 
das  roupas;  vivos  de  farda  militar. 

PASSAPORTE,  s.m.  {Pv.  passcpovt)  \ieTmis- 
são  por  escripto  dada  em  nome  do  governo 
para  viajar,  transitar  dentro  do  paiz  ou  para 
sahir  d'elle  ;  (fig.)  e  á  má  parte,  faculdade 
de  fazer  acção  má  impunemente,  v  g.  oca- 
racler  de  ministro  de  estado  é  de  ordinário 
—  para  commetter  desaforos. 

PASSAR,  V  a.  {passo,  ardes,  inf )  transi- 
tar, ir  de  um  lugar  para  outro,  atravessar, 
V.  g.  —  o  rio,  a  ponte,  os  montes.  — ,  ir 
além,  deixar  atras,  v  g. — a  meta,  a  fron- 
teira; exceder,  v.  g.  — a  alguém  em  altura. 
O  bom  discípulo  passa  o  mestre.  —  o  fio 
pela  agulha,  enfiar.  —  o  corpo  com  espa- 
da, lança,  traspassar,  atravessar.  Passou  a 
guarnição  á  espada,  matou.  — ,  dar  passa- 
gem, fazer  entrar  ou  sahir,  levar  para  lugar 
opposto,  V.  g.  —  alguém  aos  hombros  pelo 


PAS 


PAS 


tlTt 


vao,  por  entre  a  labareda ;  —  mercadorias 
para  fora  do  paiz  ou  para  dentro ;  —  por  alto. 

—  moeda  falsa,  dâ-la  em  pagamento,  fazê- 
la  correr.  — ,  expedir,  lavrar,  publicar,  v. 
g.  —  decreto,  ordem,  mandado  de  prisão, 
de  penhora,  certidão. — ,  dar  reciprocamen- 
te ,  V.  g.  —  prendas ,  entre  noivos.  — 
em  conífl,  (merc.)  abonar  parcella.  —  lição, 
marcar  a  que  o  discípulo  deverá  estudar.  — 
pelos  olhos,  ver,  olhar  rapidamente.  —  um 
licro,  corrê-lo.  —  em  claro,  não  attender, 
omittir,  não  fazer  menção,  v.g.  na  historia 
de  Portugal  passou  em  claro  o  tempo  dos  Phi- 
lippes.  —  por  alto,  não  fazer  menção,  não 
fazer  caso.  v.  g.  —  as  objecções  do  critico. 

—  pelo  pensamento,  occorrer,  v,  g.  passou- 
me  essa  ideia  pelo  pensamento.  — ,  descul- 
par, tratar  com  indulgência ;  —  as  culpas. 
— ,  ceder,  transmittir,  v.  g.  —  a  herança, 
a  divida,  o  direito  a  alguém.  —  cartas  (no 
jogo)  ceder  ao  parceiro  o  direito  de  as  tomar 
da  baralha.  —  o  tempo,  distrahir-se  Passei 
as  festas  no  campo,  residi  lá  durante  as  fes- 
tas. Passámos  bom  tempo,  dias  alegres,  dis- 
fructámos.  —  a  vida  no  ócio,  viver  ocioso. 

—  á  acção,  executar  o  que  estava  no  pen- 
samento ou  em  projecto.  —  as  costuras,  (al- 
faiate) assenta -las  passando  um  ferro  quen- 
te por  cima.  — ,  soffrer,  v.  g. — trabalhos, 
fomes,  sede,  miséria,  perseguições.  — ,  sec- 
car  ao  sol  (uvas,  figos,  ameixas,  etc).  — , 
coar,  (o  liquido,  a  dissolução,  o  cozimento). 
— ,  V.  n.  transitar,  ir  de  um  lugar  para  ou- 
tro, V.  g.  passei  á  outra  banda  do  rio  ;  — 
de  Inglaterra  a  ou  para  França.  As  aves  de 
arribação  passam  para  a  Europa  na  prima- 
vera. O  sol  passa  para  o  hemispherio  boreal. 

—  para  o  inimigo,  desertar.  —  de  um  as- 
sumpto para  outro.  —  adiante,  progredir. 
— ,  escapar,  fugir,  v.g.  o  tempo  passa  ra- 
pidamente. —  bem,  ter,  gozar  de  saúde  — 
mal,  estar  adoentado.  Ter  com  que  — ,  de 
que  subsistir.  — ,  cessar,  deixar  de  existir, 
D.  g.  —  a  dôr,  a  paixão.  Isso  passou  de  mo- 
da. Passou  o  império  romano.  — ,  aconte- 
cer, V.  g.  o  caso  que  ou  como  passou.  Dir- 
te-hei  o  que  passou  entre  os  dois  sujeitos. 
«  Os  amores  de  ígnez  que  ali  passara  »  goza- 
ra ,  tivera.  Camões.  —  por  alguma  cou- 
sa, não  a  fazer  omittir,  não  fazer  menção 
d'ella.  —  por  culpas,  faltas,  desculpa-las, 
trata-las  com  indulgência.  — ,  exceder,  v. 
g. — da  marca.  Passou  de  três  mil  o  nume- 
ro dos  inimigos  mortos.  — ,  correr,  v.g.  as 
patacas  hespanholas  passam  por  860  réis. 
— ,  escapar,  v.  g.  —  da  memoria  ;  —  o  tem- 
po, a  occasião  de  fazer  alguma  cousa,  per- 
der-se.  — ,  no  jogo,  não  fazer  jogo.  —  a 
mais,  segunda  vez.  —  por,  ser  tido,  repu- 
tado, V.  g.  —  por  sábio,  virtuoso,  santo.  — 

a  seTf  tornar-se,  vir  a  ser,  v.  g.  de  moçof 
TM.  if . 


passamos  a  velhos.  —  por  alguém^  não  olhar 
para  a  pessoa  encontrando-a.  — pelas  mãos 
de  alguém,  ter  conhecimento  perfeito  de  al- 
gum negocio,  V.  g.  o  dinheiro  passou  por 
minhas  mãos.  —  por,  ter  experimentado, 
v.g.  isso  passou  por  mim.  — ,  sertransmit- 
tido,  v.g.  —  a  herança,  o  titulo  a  outrem. 
—  em  julgado,  (phr.  for.)  ter  pleno  eíTeito 
a  sentença,  visto  não  ter  sido  embargada,  ap- 
pellada  ouaggravada  em  tempo  útil.  — pela 
chancellaria,  ser  registado  nella.  —  poralto^ 
ser  introduzido  em  fraude.  Passe  muito  òew», 
(phras,  famil.)  com  que  nos  despedimos  de 
alguém,  desejando-lhe  saúde.  Passa  fora, 
interjeição  vulgar  de  indignação,  usada  de 
ordinário  enxotando  cães,  ou  fallando  a  es- 
cravos e  gente  baixa  e  vil.  — ,  (ant.)  morrer, 
expirar.  — se,  v.  r.  mudar  de  residência, 
partir,  v.g.  —  a  Inglaterra.  —  ao  inimigo, 
desertar.  A  dôr,  a  gota  passou-se  ou  passou 
dope  para  o  joelho.  — se,  desmaiar;  estar 
expirando.  — se,  acontecer,  v.  g.  ninguém 
sabe  o  que  se  passou  naquella  conferencia. 
— se,  seccar-se,  v.  g  —  a  uva,  os  figos.  — se, 
decorrer,  v.  g.  passou-se  muito  tempo  an- 
tes de  se  dar  no  roubo. 

PASSARA,  s.  f.  (de  pássaro)  a  fêmea  do  pás- 
saro, e  particularmente  a  perdiz.  — ,  termo 
obsceno  chulo. 

PASSAREiRO,  s  m.  (dcs.  eiró)  caçador  de 
pássaros  ou  perdizes. 

PASSARINHA,  s.  f.  ;  —  do  porco,  o  baço. 
Tremer  a  — ,  (loc.  chula)  ter  grande  medo. 
Tremeu-me  a  — ,  tive  grande  medo.  Fazer 
tremer  a  — ,  meter  grande  medo,  assus- 
tar. 

PASSARINHAR,  V   n.  caçar  pássaros. 

PASSARiNHEiRO,  s.  m.  (dcs.  círo)  caçador 
de  pássaros  Cavallo  — ,  espantadiço,  como 
o  são  os  pássaros. 

PASSARINHO,  s.  m.  diminut.  de  pássaro, 
are  pequena. 

PÁSSARO,  s.  m.  (do  Lat.  passer,  pardal.)  o 
macho  das  aves,  e  nome  genérico  de  ave. 

PÁSSARO  (cabo),  (geogr.)  Pachynum  pro- 
montorium,  ponta  SE    da  Sicilia. 

PASSAROLA,  s.  f.  augmcnt.  de  pássaro, 
pássaro  mui  grande,  ou  imitação  d'elle. 

PÁSSAROS  (ilha  dos),  (geogr.)  ilha  do  rio 
Tacoari,  entre  a  povoação  de  Pouzo- Alegre 
da  província  de  Mato-Grosso,  e  o  confluente 
do  sobredito  rio  com  o  Paraguai. 

PASSAROUANG,  (gcogr.)  grande  cidade  da 
ilha  de  Java,  a  75  léguas  SE.  de  Batavia,  ca- 
pital de  uma  província  do  mesmo  nome  si- 
tuada a  SE.  da  província  de  Sourabaya,  a  E. 
da  de  Basaki. 

PASSAROViTZ ,  (geogr.)  cidade  da  Servia, 
perto  do  Morava,  a  6  légua  E.  de  Semen- 
dria. 

PASSATEMPO,  s.  m.  {vãssa  o  tempo)  entre- 


ÍÍ8 


PAS 


PAS 


tenimento  agradável,    recreação   deshones- 

ta. 

PASSAU,  (geogr.)  Palavia  em  lalim  mo- 
derno, Batava  casíra  dos  antigos,  cidade  da 
Baviera,  sobre  o  Danúbio  ;  9,000  habitatiles. 

PASSAU  (bispado  de),  (hisl.)  Kstado  do  Im- 
pério, no  circulo  de  Baviera,  entre  a  Baviera, 
a  Bohemiae  Áustria. 

PASSA  VANTE,  5.  w.  (cm  Fr,  passavant,  era 
grito,  brado  de  guerra  dado  pelos  arautos. 
u  nosso  termo  é  propriamente  o  poursuivant 
d' armes ^  official  subordinado  aos  arautos  ou 
reis  d'armas)  (ant.)  espécie  de  arauto  que  tra- 
zia o  brasão  no  peito  esquerdo,  ao  contrario 
dos  arautos  que  o  trazião  no  direito.  Hoje 
apontão  as  linhagens  e  dão  cartas  ordinárias 
de  armas  e  brasões. 

PASSAVOLANTE,  s.  m.  {áo  ¥c.  passe-volaut, 
homem  não  alistado,  que  figura  em  mostras 
de  regimento  como  soldado  eífectivo)  peça 
de  páo  pintada  imitando  canhão  de  bronze; 
peça  de  artilharia  de  calibre  mui  pequeno. 

PASSE,  s.  m.  (subst.  doimperat.  &q  passar) 
despacho  que  habilita  o  estudante  a  passar  a 
outra  aula  por  estar  approvado ;  despacho 
de  juiz  ou  de  ministro,  mandando  lavrar  ou 
passar  certidão,  carta  ou  patente.  Dar  um 
— ,  passar  alguma  cousa,  dissimular. 

PASSEADO,  A,  p  p.  de  passear ;  adj.  que 
passeou,  que  se  fez  passear,  ?;.  ^.  ocavallo 
ardente,  depois  de  — ,  pode  montar-se ;  por 
onde  se  passeia,  v.  g.  rua,  praça  —  dos  ja- 
notas; por  diante  de  quem  se  passeia,  vi.g. 
dama  —  dos  galantes,  que  a  requestam  pas- 
sando-lhe  por  diante  dasjanellas. 

PASSEADOR,  A,  s.  ptíssoa  quc  passcia  mui- 
to,  qne  dá  grandes  passeios. 

PASSEÁDOURO,  '5.  m.  (des.  ouro)  lugar  por 
onde  se  passeia  ;  passeio. 

PASSEANTE,  s.  dos  2  g.  que  passa  o  tem- 
po a  passear,  arruador. 

PASSEAR,  V.  n.  {passo,  ardes,  inf.) andar 
a  passo,  de  vagar,  por  exercido,  divertimen- 
to ou  vadiação;  (íig.)  —  em  sege,  a  cavai- 
lo.  —  a  nau,  fazer  bordos,  bordejar.  —  a 
uma  dama,  requesta-la,  namora-la  passan- 
do-lhe  p@r diante  dasjanellas.  — ,  (tig.)  va- 
gar hvremente,  v,  g.  —  o  pensamento.  — , 
V.  a.  percorrer  de  passeio,  v.  g.  —  as  ruas 
da  cidade.  —  o  cavallo,  faze-lo  andara  passo 
ou  de  vagar  para  exercício,  ou  para  lhe  di- 
minuir o  fogo.  Sair  a  —  as  ruas,  diz-se 
do  comdemnado  a  levar  açoutes  do  verdugo 
peias  ruas  da  cidade,  ou  a  ouvir  o  pregão 
da  culpa  e  pena.  —se,  v.  r.  (p.  us.)  pas- 
sear ;  ser  passeado. 

PASSEIO,  s.  m.  o  acto  de  passear  ;  o  lugar 
onde  se  passeia.  —  publico,  jardim,  ala- 
meda onde  o  publico  passeia., — ,  (fig.)  andar 
compassado,  grave,  garbo.  E  ant.  neste  sen- 


PASSEiRO,  A,  fflrf;.  que  anda  a  passo,  vaga- 
roso, tardador,  que  não  se  apressa.  Papel 
— .   V.  P assento. 

PASSEivÃo,  s.  m.  {ãepaço,  ou  talvez  voz 
Asiat.)  (ant  )  Vem  em  F.  !Vtendes  Pinto  :  ex. 
«fui  ao  —  das  casas  d'El-Rei.  »  Parece  si- 
gnificar páteo. 

PASSENTO,  adj.  Papel — ,  poroso,  em  que 
a  tinta  alastra,  mal  collado. 

PASSEO.  V.  Passeio. 

PASSEPASSE,  s.  m.  Jogo  de  — ,  peloticas; 
(fig.)  alternativas.  «Jogo  de  —  da  fortuna 
c'os  estados  humanos.  »  Eufr. 

PASSERiANO,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziano  ;  a  2  léguas  i\E.  de  Campo 
Formio ;  3,000  habitantes. 

PASSERONi,  (hist.)  poeta  italiano,  nasceu 
em  171/-Í,  morreu  era  i802.  As  suas  poesias 
são  no  género  satyrico,  principalmente  o  seu 
Cicerone. 

PASSiFLORA,  (bot )  typo  de  uma  familia  dis- 
tincta  de  plantas  ,  cujos  caracteres  são  os 
seguintes:  cálice  arceolado  na  suabase,  com 
cinco  divisões  muito  pr- 'fundas  e  iguaes,  co- 
rolla  composta  de  cinco  pétalas  alternas  ;  os 
estames  e  o  pistilo  são  unidos  a  um  eixo  cen- 
tral, estes  estames  são  em  numero  de  cinco. 

passignano,  (hist.)  pintor  italiano,  nasceu 
em  1560,  morreu  em  1(>88,  foi  discípulo  de 
iNaldini ;  distinguiu-se  pela  sua  rara  facili- 
dade. O  seu  Martyrio  de  Sancta  Reparata 
foi  feito  em  oito  dias  ;  S.  João  Gualberto  em 
18  horas  e  de  noute. 

PASSiGO,  s.  m.  V.  Passagem  ou  Passa^ 
diço. 

PASSiONAL,  s.  m.  (Lat.  passio,  onis,  pai- 
xão.) livro  em  que  aniigamente  se  escreviam 
as  lendas  dos  martyres  ;  martyrologio. 

PASSioNARio,  s.  m.  (des.  ário.)  livro  que 
contêm  os  quatro  evangelhos  da  Paixão  de 
Christo,  que  se  cantam  pela  Semana  Santa. 

PASSiR,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de  Borneo, 
capital  do  reino  de  l'assir.  Este  reir.o  fica  en- 
tre os  de  Banjermassing  e  de  Cotti-Lama.     _ 

PASSIVAMENTE,  adv.  [mente  sufi.)  de  mo- 
do passivo.  Participio  tomado — ,  v.  g.  foi 
mordido  por  um  animal.  Oppõe-se  ao  acti- 
vo ao  supino  :  o  cão  tinha  mordido  o  rapaz. 
Soffrer,  sup[iorlar  — ,  sem  resistir  nem  quei- 
xar-se . 

PASSÍVEL,  adj.  dos  íi  g.  (des.  ivel.)  su- 
jeito a  paixões,  a  soffrer. 

PASSIVO,  A,  adj.  (;  at.  passivus.)  sujeito 
a  paixões,  sujeito  a  pidecer.  Voz—,  o  direi- 
to de  ser  eleito,  e  não  o  de  eleger.  Aposen- 
tadoria —  ,  privilegio  de  conservar  a  casa 
que  se  occupa.  ISão  ter  voz  activa  timi — cm 
algum  negocio,  não  influir  nello.  Verbo— on 
—  do  verbo  activo,  que  exprime  acção  soffri- 
da,  padecida  por  pessoa,  animal  ou  cousa  ; 
forma-se  do  participio  passivo  com  o  ver- 


PÀd 


pâs 


Hf 


bo  ser,  v.  g.  ser  amado,  ferido,  levado,  ou 
com  o  verbo  activo  e  o  pronome  se,  quando  a 
acção  se  não  refere  a  individuo  determinado, 
V.  g.  lavra-se  a  ttrra,  tece-se  o  linho,  (|ue 
equivalem  a :  a  terra  ó  lavrada ;  o  linho  é 
tecido.  Farlicipio — ,  é  todo  o  participio  que 
exprime  acção  pretérita  que  pôde  referir-se 
a  individuo  ou  objecto  modihcado  por  ella 
ou  paciente,  v.  g.  ferido,  levado,  conjuga- 
dos com  o  verbos  ser,  estar,  ficar  e  outros  re- 
flexos, V.  g.  sentir-se,  ferido,  levado. 

PASSO ,  s.  m.  (Lat.  passus,  de  pandor  , 
abrír-se,  alargar-se.)  espaço  abrangido  entre 
um  e  outro  pé  no  acto  de  andar,  caminhar, 
movimento  de  homem  ou  animal  que  anda. 
V.  g.  deu  dois  — s.  Fez  um  —  atrás  Dar — s, 
(fig.)  fazer  diligencia;}.  Dar  um  —  ,  fazer 
uma  acção  Seguir  os  —  s  de  alguém,  (lig.) 
imitar,  seguir  o  exemplo.  Tomar  o  —  ,  ir 
diante,  tomar  a  dianteira,  guiir  os  outros, 
ser  o  primeiro.  Andar  igual — ,  (fig.)  se- 
guir os  mesmos  termos.  Andar  uma  cousa 
ao  —  de  outra,  acompanha-la,  correr  pare- 
lhas. Ao  —  que  elle  avançava,  ao  tempo,  em 
quanto,  á  medida.  — ,  andadura  que  ?e  en- 
sina ás  bestas.  Ter  bom  — ;  —  largo,  cheio, 
apressado.  — ,  medida  de  dois  pés  e  meio. — 
geométrico,  de  cinco  pés.  —  a  —  ou  —  e — , 
compassadamente,  de  vagar.  Andar — ,  pau- 
sadamente. Contar  seus — ,  (fig.)  ponderar, 
ir  com  tento  no  que  se  obra.  —  ,  aberta  . 
lugar  estreito  que  dá  passagem  (na  terra  ou 
em  rio  ,  porto  ou  no  mar).  O  —  das  Ther- 
mopylas.  Guardar  o  — ,  atalhar  o  passo. 
Dar  —  a  alguém,  passagem.  Cartas  de — s, 
(ant.)  passaporte.  —  da  voz  ou  da  gargan- 
ta, trinado. — ,  successos,  v.  g.  os — s  da 
Paixão  de  Christo,  os  tormentos  que  pade- 
ceu, e  fig  oratório  onde  elles  são  represen- 
tados. — ,  lugar,  passagem  de  um  livro,  au- 
tor. Tocar  de  —  em  alguma  matéria,  de  pas- 
sagem, levemente.  Dar  —  a  alguma  cousa, 
dissimular,  tolerar,  deixar  passar  sem  oppo- 
sição.  O  —  das  ates,  passagem  das  de  arri- 
bação.— ,  paciência,  pachorra.  Lerara/^w- 
ma  cousa  a — ,  com  prudência,  paciência, 
sem  se  alterar.  «Perder  o  — ,  »  Vieira,  a 
prudência,  o  bom  governo,  a  boa  direcção 
do  negocio.  «Aqui  perdeu  o  ^  toda  a  sua 
sabedoria.  »  Arraes.  O  extremo  — ,  a  morte. 
— ,  adverbialmente,  ou  mui  —  ,  devagar  , 
pausadamente,  sem  ruido.  Dizer,  fallar  ~, 
em  voz  baixa.  Passo  !  interjeição,  diz-se  a 
quem  falia  em  voz  mui  alta,  equivale  a  fal- 
lai  baixo.  —  de  parafuso,  o  vão  entre  as  ros- 
cas ou  espiras 

PASSO  DO  LUMIAR,  (geogr.)  antiga  villada 
ilha  do  Maranhão,  3  léguas  ao  oriente  da  ci- 
dade de  hão  Luiz. 

PASSoziNHO,  adv.  de  vagarinho,  de  man- 
sinho. Fatiai — . 


PASSWAN-OGLou ,  (hist.)  cclebrè  rebelde 
turco,  nasceu  em  1758,  fugiu  para  as  mon- 
tanhas depois  da  morte  de  seu  pai,  que  o 
gran-visir  tinha  feito  decapitar  por  causa 
das  suão  riquezas  e  credito  ;  tomou  Widdin, 
suslentou-se  contra  forças  numerosas  en- 
viadas para  o  anniquillar,  e  a  final  obteve 
o  seu  perdão  com  o  saundjakato  de  Widdin, 
o  qual  governou  até  á  sua  morte  em  1807. 

PASSY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  légua 
e  meia  S.  de  Neuilly;  6,000  habitan- 
tes. 

PASTA,  s.  f.  (do  Gr.  pasta  ou  paste,  de 
passo ,  humedecer ,  molhar  )  papelão,  car- 
teira de  papelão  coberto  de  coiro  em  que 
os  rapazes  levam  traslados  á  escola,  os  ma- 
gistrados e  ministros  de  estado  requerimen- 
tos, consultas  e  outros  papeis  a  tribuuaes,  ou 
ao  despacho  do  rei  ou  chefe  do  governo. — , 
massa  de  farinha  ou  de  outra  substancia  glu- 
linosa.  Este  é  o  sentido  próprio,  do  qual  os 
outros  são  ampliações.  — ,  lamina,  folha  cha- 
ta, plana,  de  massa,  de  metal,  vidro,  fel- 
tro, ou  de  algodão  batido.  Uma — de  vidro, 
seis  peças  delle  para  vidraças,  que  vem  em 
cada  liassa  ou  balsa. 

PASTACA,  (geogr.)  rio  da  Columbia ,  nas 
Andes,  corre  ao  N.,  a  ESE. ,  ao  S.  e  cae 
no  Amazonas. 

PASTADO,  A,  p.  p.^Q  pastar ;  adj.  Terra 
—  por  gado,  onde  elle  pastou.  O  gado  ti- 
nha —  toda  a  herta,  comido. 

PASTAGEM,  s.  f.  [pasto,  des.  agem  )  ter- 
ra de  pasto,  onde  pasta  o  gado. 

PASTANEAR.  V.  Pcstanear  ou  Pestane- 
jar. 

PASTAR,  V.  a.  [pasto,  ar  des.  inf.)  comer 
o  pasto,  a  herva  ou  relva;  levat*  ao  pasto, 
dar  pasto.  — suas  ovelhas.  Os  Alarves  que 
pastam  aquelle  deserto  ,  (fig.)  que  vagam 
por  elle  conduzindo  rebanhos  ao  pasto. 

PASTiL,  5.  m.  (Fr.  ant.  pastel,  de  past, 
alimento.)  massa  de  farinha  da  feição  de  ter- 
rina redonda  ou  oval  que  se  enche  de  carne, 
peixe,  fruta,  doce,  nata,  picado,  etc,  e  que 
se  coze  no  forno.  v.  g.  Pasteis  de  na- 
ta.— ,  (Ital.  pastello.)  (bot  )  planta  cruci- 
fera  bisannual  que  dá  uma  b  lia  côr  azul 
com  que  se  tinge,  e  que  suppre  o  anil.  E' 
da  família  das  Cruciferas  e  da  Tetradynamia 
siliculosa. 

PASTELÃO,  s.  m.  augment.  de  pastel,  pas- 
tel grande  de  fruta,  ou  de  avéâ  inteiras, 
frangos,  peixe,  etc 

PASTELARIA  ,  s.  f.  (des.  ária.)  telida  de 
pasteleiro ;  os  pasteis  e  massas  de  que  se  co- 
bre uma  mesa  esplendida. 

PASTELEIRA,  s.  /".  (dcs.  círa. )  mulher  quc 
faz  e  vende  pasteis  ;  mulher  da  pasteleiro. 

PASTELEIRO,  s.  m.  (dcs.  ciro.)  o  que  faz 
e  vende  pasteis,  assados,  guisados. 
bO  * 


iw 


PÁS' 


PAT 


PASTELINHO .  s.  tn.  diminut.  de  pastel , 
pequeno  pastel. 

PASTILHA,  s.  f.  diminut.  de  pasla,  com- 
posição de  drogas  aromáticas  que  se  quei- 
mam para  perfumar,  ou  se  trazem  na  boca 
para  dar  bom  bafo,  ou  medicinaes  ,  v.  g. 
— s  de  cato,  de  alcaçuz. 

pASTiNACA,  s.  f.  cenoura,  planta  horten- 
se. — ,  nome  de  um  peixe  do  mar. 

PASTiNHA,  s.  /".  d/rniíiuí.  de  pasta,  chape- 
linho achatado  que  homens  vestidos  em  cor- 
po levam  debaixo  do  braço,  e  que  se  não 
põe  na  cabeça. 

PASTO  ou  s.  JuÃo-DE-PASTO,  (geogr.)  ci- 
dade da  Nova  Granada,  a  75  léguas  KE. 
de  Quito;  7,000  habitantes. 

PASTO,  s.  m.  (lat.  pastus,  áepascor,  i, 
pastar.)  a  herva  de  que  se  apascenta  o  ga- 
do ;  O  lugar  onde  ella  cresce,  pastagem,  ter- 
ra de  pasto ;  alimento  (dos  homens  e  dos 
animaes).  «  Os  Geos,  cujo  —  é  sangue  e  car- 
ne humana.  »  Lucena.  Casa  de  — ,  onde  se 
dá  de  comer  ao  publico  por  dinheiro,  fiom 
— ,  boa  mesa  ,  comida  delicada.  —  espiri- 
tual ou  do  espirito,  (fig.)  a  leitura,  a  me- 
ditação, o  estudo.  —  espiritual  da  alma,  a 
palavra  de  Deus,  os  sacramentos.  Dar — á 
alma,  contemplar.  —  ás  paixões,  nutri-las. 
A  — ,  (p.  us.)  com  fartura,  v.  g.  comer,  be- 
ber — .  Quando  as  prosperidades  andam  a — . 
Na  velhice  as  doenças  andam  a  — .  Comer 
á  — ,  em  mesa  redonda  por  escote  determi- 
nado. 

PASTOR,  s.  m.  (pron./jaíídr.)  o  que  guar- 
da e  apascenta  o  gado  ;  (fig.)  o  cura  de  al- 
mas que  administra  o  pasto  espiritual.  — 
universal,  o  summo  pontifice,  o  papa,  v.  g. 
—  que  ordenha  a  enseccar,  rez  ou  cria  que 
quer  matar.  Adagio. 

PASTORA,  s.  /.  (de  pastor.)  a  mulher  que 
guarda  e  apascenta  o  gado,  a  mulher  do  pas- 
tor. 

PASTORADO,  A,  p.  p.  do  pastorar. 

PASTORADOR ,  5.  w.  O  que  vigia  o  gado 
para  que  não  entre  em  terras  de  lavoura  ou 
em  plantações  onde  cause  damno. 

PASTOHADOURO ,  s.  tH.  (p.  us.)  Itrra  de 
pasto. 

PASTORAES,  (hist.)  caterva  de  vagamundos, 
a  qual  em  1250  se  formou  em  França,  sob 
o  pretexto  de  fazer  uma  cruzada  para  livrar 
S.  Luiz,  tinha  á  sua  frente  um  certo  mon- 
ge húngaro,  o  qual  se  intitulava,  senhor  da 
Hungria.  Era  composta  quaziloda  de  pas- 
tores, esta  éa  origem  do  seu  nome.  Depois 
de  terem  assollado  muitas  cidades  foram  ba- 
tidos e  desfeitos  em  1251. 

PASTORAL,  adj.  dos  2  g.  de  pastor.  Bá- 
culo, vida — .  Cartas  pastoraes,  de  bispo 
aos  seus  diocesanos. 

PA  8T0RÁL,  s.  f.  obra  poética  pastoril^  co- 


mo egloga,  idyllio.  — ,  carta  monitoria,  de 
bispo  a  seus  diocesanos  sobre  matérias  de 
moral  ou  doutrina. 

PASTORALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  como 
pastor ;  paternalmente.  Viter,  tratar,  cu- 
rar admoestar, 

PASTORAR.   V.  Pastorear  e  Apascentar. 

PASTOREAR ,  V.  fl.  [pastor ,  ar  des.  inf.) 
apascentar,  levar  o  gado  ao  pasto  e  cuidar 
delle.  —  ovelhas. 

PASTORET  (marquezde),  (hist.)  jurisconsul- 
to francez,  nasceu  em  1756,  morreu  oml840. 
Deixou  entre  outras  obras  nm  Tractado  de 
leis  penaes ;  Historia  geral  da  legislação  dos 
povos,  etc 

PASTORIL,  adj.  dos2g.  (des.  i/.)  de  pas- 
tor, do  campo,  rústico,  v.  ^.  vida — .  Poe- 
sias pastoris.  Frauta  — . 

PASTORINHA ,  s.  f.  diminut.  de  pastora , 
rapariga  que  guarda  o  gado. 

PASTORiNHO ,  s.  m.  diminut.  de  pastor, 
rapaz  que  guarda  o  gado. 

PASTORiLS,  (hist.)  historiador  polaco,  nas- 
ceu em  1610,  morreu  em  i681.  Publicou 
Florus  polonicus.  Historia  polonica  ah  obi- 
tu  Uladislai  IV  usque  ad  annum  1651t. 

PASTORZiNHO,  s.  w.  diminut.  de  pastor. 
V.  Pastorinho. 

pAsTOS  BONS,  (geogr.)  pequena  villa  do 
sertão  da  província  do  Maranhão,  84  léguas 
ao  sul  da  cidade  de  São  Luiz,  e  40  aoSSO. 
da  villa  de  Caxias,  entre  o  rio  Parnahiba  e 
o  Itapicurú. 

PASTRENGO,  (hist.)  juriscoiisulto  italiano, 
no  XIV  século.  Fez  o  primeiro  ensaio  d'um 
Diccionario  histórico,  bibliographico  e  geo- 
gr aphico. 

PASTURA,  í.  f.  (des.  ura.)  pasto,  herva; 
(fig.)  alimento. 

PASTURAL,  adj.  dos  2  ^r.  (des.  adj,  a/.)  de 
pasto.  Terras  pasturaes ,  de  pasto ,  pasta- 
gens. 

PATA,  s.  f.  fêmea  do  pato. 

PATA,  s.  f.  (do  Fr.  patte,  ant.,  J9aí«,  pó 
de  animal,  do  mesmo  radical  que f^.)  pede 
animal,  pé  espalmado  ou  grosso.  —  do  ca~ 
vallo,  boi,  cão,  (fig.)  toucado  antigo  armado 
em  arames,  e  com  extremidades  largas  pen- 
dentes, donde  lhe  vem  o  nome.  Guarda — í, 
parte  do  toucado  guarnecida  de  rendas,  de 
bordado,  ou  de  fio  de  ouro  ou  prata.  Moraes 
confundiu  pata,  animal,  com  faia,  pé. 

PATACA  ,  s.  f.  (de  patac,  patacon,  pata» 
gon,  moeda  de  prata  cunhada  em  Flandres; 
valia  a  principio  48,  e  depois  58  soldos.) 
moeda  hispanhola  de  prata  chamada  piso  du~ 
ro,  do  valor  de  760  a  800  réis.  Ko  Brasil 
a  pataca  vale  320  réis.  — ,  malha  branca  re- 
donda dos  cavallos  ruços  rodados.  Não  se 
enxerga  — ,  (phraz.  chula)  não  se  vê  nada. 

PATACÃo  ,  s,  m.   pttaca  hispanhola.  — , 


vPAT 

moeda  antiga  de  cobre  de  Portugal;  no  tem- 
po de  D.João  III,  valia  dez  réis,  e  três  no 
de  D.  Sebastião.  —  de  prata,  na  Ásia,  xe- 
rafim,  do  valor  de  320  réis.  No  Brazil  o  pa- 
tacão  vale  9tiij  réis,  ou  três  patacas.  Fazer 
terreiros  depatacões.  (phraz.  chula)  fazer  of- 
fertas  jactanciosas.  V.  Pataca. 

PATA-CHOCA,  s.  m.  (chul.)  servente  de  sa- 
cristia. Denominação  jocosa  de  despreso  tira- 
da do  modo  de  andar  dos  sacristães  como  uma 
pata  no  choco. 

PATACOADA,  s.  f.  [pataca,  des.  cellectiva 
ada.)  grande  quantidade  de  patacas  oupa- 
tacões  ;  (fig.)  ostentação,  jactância  ridícula. 
Fez  grande — . 

PATADA,  s.  f.  (des.  ada.)  golpe  com  a  pa- 
ta ou  planta  do  pé ;  (fig.)  passo  grosseira- 
mente errado.  Dar  uma — ,  commetter  erro 
palmar. 

PATAGÃo,  s.  m.  homem  daPatagonia,  ou 
Terra  de  Magalhães. 

PATAGONfA   ou  TERRA   DE  MAGALHÃES  , 

(geogr.)  a  região  mais  meridional  da  Ame- 
rica do  Sul,  ao  S.  do  Chili,  e  da  Confede- 
ração argentina ;  limitada  pelo  Oceano- 
Atlanlico  a  E.,  o  Grande  Oceano  a  O.  ,  e 
o  Rio  Negro. ao  N.  É  um  paiz  muito  frio, 
montuoso,  e  cortado  por  muitos  lagos.  Es- 
te paiz  foi  descoberto  em  1519  por  Fernan- 
do de  Magalhães,  navegador  portuguez. 

PATAK,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  so- 
bre o  Bodrog  ,  a  4  léguas  SE.  d'TJjhely ; 
8,000  habitantes. 

PATAiAS  ,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
situada  a  3  léguas  de  Leiria ;  1 ,000  habi- 
tantes. 

PATALA,  (geogr.)  antiga  cidade  da  índia, 
na  ponta  do  delta  do  Indo. 

PATALOu ,  s.  m.  (ant.)  V.  Ranúnculo  e 
Patola. 

PATAMAR,  vulgo  PATAMAL,  S.   m.  (do  Lat. 

patularium,  formado  de  patulus ,  alerto, 
largo,  e  atrium,  átrio,  páteo.)  espaço  mais 
ou  menos  largo  no  topo  dos  degraus  de  es- 
cada diante  da  porta,  ou  entre  duas  portas 
fronteiras.  Pi.  Patamares  oa  Patamaes. 

PATAMAR ,  s.  m.  (t.  Asiat.  do  rad.  pad , 
pé.)  correio  a  pé,  caminheiro.  — ,  embarca- 
ção ligeira,  aviso. 

p  ATAM  AZ,  adj  dos  ^  g.  [t.  provincial)  bea- 
tarrão,  santarrão. — ,  muito  besta,  tolo,  par- 
voeirão. 

PATAN,  (geogr.)  cidade  do  Indostão,  no 
Estado  de  Boundy,  a  9  léguas  SE.  de 
Boundy. 

PATANA,  (geogr.)  uma  das  três  divisões 
do  Maissur  ao  S.,  tira  o  seu  nome  de  Pa- 
tana  ou  Seringapatam ,  sua  cidade  princi- 
pal. 

PATANGANTiM,  s.  w.  (t.  da  Asia,  de  pati, 
senhor.)  o  cabeça  da  povoação. 


fAT 


m 


PATANi,  (geoçr.)  cidade  da  índia  ti^ans- 
gangelíca  ,  capital  do  reino  de  Patani,  riR 
parte  JNE.  da  peninsula  de  Malaca.         ^^ 

pataTís,  (hist.)  nome  dado  na  índia; ''na 
idade  media,  aos  Afghans,  e  que  provavel- 
mente não  quer  dizer  outra  cousa  senão 
tribus,  porque  os  Afghans  eram  organisa- 
dos  em  tribus.  ''^ 

PATAO,  adj,  m.  ou  s.  w.  (do  Fr.  paíttMíTJ 
pron.  pátô.)  (chulo)  pesado,  feito  grosseira- 
mente. — ,  tolo,  estólido,  parvo. 

PATÃo,  s.  m.  (Fr.  patin.)  tamanco 'íHis'- 
tico.  ■''■'■ 

PATARA,  (geogr.)  hoje  Patera,  cidade  da 
Lyeia  sobre  o  mar,  no  pachahk  actual  de 
Ada  na;  era  celebre  por  um  templo  ou  orá- 
culo de  Apollo.  ;í        '      ^^ 

PATARATA,  s.  f.  (do  Fr.  pétàfddé,  estron- 
do de  peidos  ou  foguetes,  do  Lat.  peditare^ 
dar  peidos.)  ostentação  vã,  mentira  jactan- 
ciosa  ;  cousa  vistosa  mas  de  pouca  dura  ou 
solidez ,  V.  g.  pauno,   estoífo.  —  ,  patara- 

teiro.  ,        '*3 

j  BiBq  os  ai>}(i 

^'     HAiaTA*!' 
Teu  pai  foi  um  trovão  de  'pataratas.- ^  j  ^s 
Bocage. 


PATARATEAR,  V.  fl.  ou  ?i.  [patarata ,  av 
des.  inf.)  dizer  pataratas. 

PATARATEiRO,  s.  m.  (dcs.  cifo.)  O  qúe  diz 
pataratas. 

pATARECAs.  V.  Pataregas. 

PATAREGAS,  s.  f.  em  Alcobaça,  feijões  que 
se  comem  em  vagem.  Talvez  seja  corrupção 
do  Fr.  haricots  ,  feijões  ,  e  potager  ,  da 
horta. 

PATAREO.  V.  Patamar  da  escada. 

PATARiNOS ,  (hist.)  hereges  que  pretetf;^, 
diam  que  a  oração  do  Pater  era  a  unicá 
e  suíTiciente,  também  ensinavam  que  o  ho- 
mem e  o  mundo   eram  obra   do  demónio.' 

PATA-ROXA,  s.  f.  [pata  e  roxa.)  nome  de 
um  peixe  parecido  com  o  cação  ;  pesca-se 
na  costa  de  Cezimbra. 

PATARRAES,  s.  m.  (naut,)  apparelhos  de 
calabres  grossos  para  segurar  os  mastros  áo[ 
costado,  em  temporaes  ,.riios. 

PATAS.  V.  Pata. 

PATAViUM,  (geogr.)  cidade  da  Itaha  anli-. 
ga,  entre  os  Veneti,  hoje  Pádua.  ' 

PATAXO  ou  PATACHO,  s.  m.  (Fr.  patache,^ 
deriv.,  segundo  M.  de  Roquefort,  do  Gr.  pa- 
tein,  passear.)  (naut.)  navio  ligeiro  armado, 
que  precede  ou  segue  uma  armada  e  vai  ex- 
plorar portos,  rios,  etc. 

PATAY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  6  lé- 
guas NO.  d'Orleans ;  1,000  habitantes. 

PATAYA,  s.  f.  (t.  da  Asia)  tulha.  ^ 

PATCHAKAMAK,  (hist.)  O  graudo  deus  (ifos 
Peruvianos ,   era   o   sol   considerado  como 


crèador  e  conservador.  Os  Incas  pertenaiam 
descender  deste  deus. 

(  PATE,  s.  m.  (t.  da  Ásia,  do  Sanscrit.  pati 
ou.  poti,  senhor.)  chefe  de  aldeia.  Couto,  F. 
Mendes  Pinto. 

PATEADA,  s.  f.  [pata,  planta  do  pé,  des. 
ada.)  golpes  com  os  pesem  signaldedesap- 
provação  de  actor,  cantor,  etc.  ,  vaia,  ma- 
traca. 

PATEADO  ,  A,  p.  p.  de  patear  ;  adj.  que 
levou,  a  quem  se  deu  pateada.  — ,  que  deu 
paleada,  v.  g.  o  actor  foi  — .  O  publico,  de- 
pois de  ter  —  a  peça  e  os  actores. 
,, ^PATEADURA.  V.  Paímáa. 
_^'^,'|.PATEAR,  tJ.  a.  [pata,  pé,  ar  des.  inf.)  ba- 
ter com  o  pé  em  signal  de  desapprovação. 
V.  g.  —  os  actores,  a  peça.  — ,  dar  pateada. 
,  PATECA,  s  f.  (Arab  batehka.)  V  Melan- 
bià. — ,  (t.  da  Ásia)  espécie  de  vestidura  usa- 
da no  Malabar. 

PATEiRO,  s.  m.  (des.  eiró.)  o  que  cria  e 
guarda  patos ;  (fig.  e  chulo)  o  frade  leigo 
bom  só  para  pateiro. 

PATEJAR.  V.  Patinhar. 

PATEL.  V.  Patê. 

PATELA,  s.  f.  (Lat.  patella.)  V.  Rótula, 
ou  Rodela  de  joelho. 

^.  PATELHA,  s.  f.  (naut.)  couce  do  leme,  en- 
caixe na  quilha  no  fundo  do  cadaste  onde 
joga  o  leme. 

PATEtfA,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a 
8  léguas  iNE.  d'Almeria;  1,630  habitantes. 

PATENA,  s.  f.  (Lat  joaíína.)  vaso  sagrado 
de  ouro  ou  de  prata  em  forma  de  prato  em 

{[ue  se  põe  a  hóstia,  e  com  que  se  cobre  o  ca- 
ix  na  missa. 

PATENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat,  patens,  tis^ 
p.  a.  de  pateo,  ere,  estar  patente.)  apparen- 
te,  manifesto  ;  publico.  Carta,  cartas  ou  le- 
tras — s,  dadas  pelo  rei  a  alguém  conceden- 
do-lhe  privilegio. 

PATENTE,  s.  f.  carta  patente,  letras  pa- 
tentes pelas  quaes  o  rei  confere  posto,  gra- 
duação militar  (começa  pelo  nome  do  rei, 
c*  g.  D.  João,  etc). — ,  (a nt )  carta  aberta, 
espécie  de  certidão  que  dá  o  superior  de 
communidade  aos  seus  confrades.  Pagar  a 
— ,  pagar  o  preso  ao  entrar  na  cadeia,  ou 
O  novato  na  universidade  uma  certa  quan- 
tia aos  companheiros  para  ser  gasta  em  al- 
moço ou  merenda.  Nos  autores  antigos  acha- 
se  patente,  s.  m.  um — . 

PATENTEADO,  A,  p.  p.  de  patentear;  adj. 
feito  patente,  manifestado. 

PATENTEAR,  V.  a.  {patente,  ar  des.  inf.) 
fazer  patente,  publico ;  manifestar. 

PATENTEMENTE,  ttdv.  {mente  suíf.)  de  ma- 
neira patente,  aberta,  manifestamente. 

PÁTEO,  s.  m.  (do  Lat.  pateo,  ere,  estar  pa- 
tente.) recinto  murado  e  descoberto  diante 
(PU  detrás  da  casa.  — ,  na  universidade,  as 


flT 

aulas  menores.  — ,  píatéa  de  fneatro ,  por- 
que antigamente  em  páteos  descobertos  ou 
cobertos  de  toldo  se  representavam  dra- 
mas. ., 

PATERNAL,  adj.  dos  2  g.  {Ldit.  paternusl 
des.  adj.  ai.)  de  pai  ou  de  mãi.  Amor — . 
Cuidados,  sentimentos  paternaes,  de  pai,  af- 
fectuosos  como  os  do  pai  para  os  filhos. 

Syn.  comp.  Paternal,  paterno;  mater- 
nal, materno.  Osdous  primeiros  adjectivos 
se  formão  da  palavra  latina  pater,  pai,  e 
a  ella  referem,  porém  com  diíTerente  rela- 
ção. 

Paíerna/ exprime  o  que  é  próprio  de  pai, 
o  que  pertence  á  qualidade  de  pai  conside- 
rada em  geral.  Pa íerno  significa  o  que  per- 
tence ao  pai  determinado,  ou  dflle  deriva. 
O  amor  paternal  é  muitas  vezes  mais  noci-^ 
YO  que  útil  á  boa  educação  dos  filhos;  isío 
é,  o  amor  que  os  pais  em  geral,  sem  de- 
signar nenhum,  têem  aos  filhos,  etc.  A  mi- 
nha herança  paterna  era  considerável ;  quer 
dizer,  a  herança  que  tive  de  meu  pai,  os 
bens  que  delle  herdei,  etc. 

A  mesma  diíferença  se  nota  entre  wiaíér^ 
nal,  e  materno.  Antigamente  a  autoridade,' 
a  benção  paternal  e  a  ternura  maternal 
eram  mui  apreciadas  dos  filhos.  Hoje,  ape^ 
nas  os  filhos,  saem  da  casa  paterna,  ou  S9 
emancípão  do  pátrio  poder,  não  têem  em 
nenhuma  conta  a  autoridade  paternal,  e 
bem  depressa  se  esquecem  da  ternura  ma- 
ternal de  quem  receberam  tantos  carinhos. 

PATERNAi-MENTE ,  adv.  {mente  suíT.)  com 
sentimentos  paternaes,  com  amor  de  pai. 

PATERNAMENTE  ,  adv.  {mente  suff.)  como 
pai.  com  amor  do  pai ;  da  parte  do  pai. 

PATERNIDADE,  s.  f.  (Lat.  patcmitas,  tis.) 
a  qualidade  de  pai,  o  ser  pai.  — ,  titulo  que 
se  dá  aos  religiosos.   Vossa — . 

PATERNO,  A,  adj.  (Lat.  paiernus.)  áo^&i, 
que  pertence  ao  pai ,  que  foi  do  pai :  da 
parle  do  pai.  Avô — .  Bens — s,  herdados 
do  pai.   Casa  — ,  a  do  pai. 

PATERNO  (S.),  (hist.)  bispo  de  Vannes  em 
540,  morreu  em  555  ;  é  commemorado  a 
15  de  Abril,  dia  da  sua  morle.  Um  outro 
S.  Paterno,  monge  de  Sens,  é  festejado  a 
12  de  novembro. 

PATERNO,  (geogr.)  Hybla  major ,  cidade 
de  liispanha,  a  5  léguas  NO.  de  Catane  ; 
9,800  habitantes. 

PATERNOSTER,  s.  m.  palavras  latinas,  paj^ 
dre  ou  pai  nosso,  a  oração  dominical,  que 
começa  por  estas  palavras. 

PATERSONiA,  (bol.)  gcucro  dc  plantas  da 
familia  das  irideas,    e  da  Triandria    Mono- 

PATESCA,  s.  f.  (do  Casl.  patesca,  montão 
com  grande  rodo  por  onde  corre  a  driça  do 
mastro  grande)  Rodas  de — ,  (artilh.)  sem 


m. 


;lBJt 

raios,   inteiriças  como  as  dos  carros  de  bois 
em  Portugal. 

PATHETiCAMEETE,  ãdv.  {mente  suff.)  de  mo- 
do palhetico. 

PATHETico,  A,  adj.  {Lai.  paíheticus ,  do 
Gr.  paskhô,  soílrer,  do  inus.  jjathó]  que 
move  os  aíTectos,  que  excita  as  paixões,  Vi 
g.  estjlo,  discurso — .  ..li.i''' 

PATUMOS ,  (geogr.)  hoje  Patmo  ou  Pai*- 
mosa,  iliia  do  Archipelago,  a  mais  septen- 
trional  das  Sporades,  ao  SE.  de  JNicaria  e 
defronte  do  Mileto. 

PATHOGNOMONico,  A,  ãdj  (do  Gr.  pathos, 
doença,  e  ghinosko,  conhecer  )  (med.)  ca- 
racteristico  de  cada  doença,  v.  g.  signaes 
— s. 

PATHOLOGiA,  s.  f.  (^Lat.,  do  Gr.  pathos, 
doença,  e  logia  sutf.)  (med.)  parte  da  medi- 
cina que  ensina  a  conhecer  as  doenças. 
«.  pATHOLOGico,  A,  adj.  que  pertence  ápa- 
thologia  ;  que  trata  da  palhologia ,  v.  g. 
systema  —  ;  trat»do  — . 

PATiBULAR,  adj.  dos  1  g.  (des.  adj.  ar.] 
de  patíbulo;  que  merece  morrer  no  patíbu- 
lo. Este  homem  tem  inclinações,  hábitos 
patibvlares,  ou  cara  patibular. 

PATÍBULO,  s.  m.  [pron.  patíbulo',  do  iat. 
patior,  pati,  soílrer. )  lugar  onde  os  condem- 
nados  soífrem  pena  capital,  forca.  Entre  os 
Romanos  era  uma  cruz  em  íórma  de  Y  sobre 
a  qual  se  pregavam  os  padecentes  com  os  bra- 
ços apertados  e  lixados  em  cada  um  dos  ramos 
da  haste  lorcada.  V.  Cruz. 

Syn.  comp.  Patíbulo,  [orca.  Patíbulo  é 
nome  genérico  que  sigMfica  o  lugar  em  que 
padece  o  condemnado,  seja  radalalso,  íor- 
ca,  polé,  pelourinho,  etc.  Forca  é  uma  es- 
pécie de  patíbulo,  que  consta  de  trez  páos 
fincados  na  terra  em  ti iangulo  onde  se  pen- 
durem de  cordas  os  condemnados  a  morrer 
enforcados. 

PATIFA,  s.  f.  (t.  da  Ásia)  sorte  de  embar- 
cação. Couto. 

PATlFÀo,  s.  m.  augment.  de  patifo. 

PATJFAR'A,  s.  f.  (des.  ana.)  acçâo  dc  pa- 
tifo, desaforo. 

PATIFE,  s.  f.  (talvez  do  Fr.  ant.  putefoi, 
má  lé  ,  baixeza.)  moço  da  ceira,  ribeirinho 
que  leva  o  jeixe  a  casa  dos  compradores. — , 
maroto,  desavergonhado. 

pATiGUÁ,  s.  m.  (t.  Brasil.)  e  vulgarmen- 
te Patuá.  Grande  cesto  de  palha  tecida  em 
que  os  indígenas  guardam  a  sua  rede  ;  saco 
ou  bolsa  em  que  a  gentalha  no  Brazil  traz  re- 
médios e  amuletos  a  que  attriLuem  a  virtu- 
de de  preservar  de  tiros,  leridas  e  malefí- 
cios. 

PAT'LHA.  V.  Palheta  de  prata,  ouro,  tic. 

PATIM,  s.  m.  diminui,  de  {,óleo ,  páteo 
pequeno.  — ,  (Fr.  patins  )  chapins  de  lerro  ; 
chapins  guarnecidos  por  baixo  de  uma  peça 


123 


liza  estreita  de  ferro  terminada  alem  da  poft- 

ta  do  pé  em  volta  curvada  para  cima,  que 
se  ajusta  ao  calçado  para  correr  escorregan- 
do sobre  o  gefo  ora  em  um  pé  ora  no  ou- 
tro, 

PATINA,  s.  f.  V.  Patena  do  calíx. 

PAT  NAR,  V.  a.  ou  n.  {patins,  ar  des.  inf.) 
correr  escorregando  sobre  o  gelo  dos  rios, 
lagos,  etc,  sobre  patins,  ora  em  um  pé  ora 
no  outro.  JNes  paizes  em  que  o  frio  é  inten- 
so e  continuado,  a  gente  do  campo  traz  os 
seus  géneros  aos  mercados,  patinando  sobre 
os  canaes,  v.  g.  da  UoUanda,  e  rios  como 
o  Neva,  o  Vistula,  etc. 

PATINHA,  í.  f.  diminuí,  de  pata  (ave,  e  pó) 
nome  de  uma  avezinha 

patinhaR,  V.  a.  ou  n.  {pato,  des.  inhar^ 
do  Lat.  ineo,  ire,  entrar.)  remexer  a  agua 
com  os  pés,  como  fazem  os  patos  em  la^ôa 
ou  poça  de  agua.  — ,  (X.  chulo  de  jogado- 
res) jogar  mal,  não  saber  fazer  jogo,  nem 
aproveitar  a  fortuna  aos  jogos  de  azar  quan- 
do ella  é  favorável.  — ,  lazer  alguma  cousa 
mal,  sem  conhecimento  perfeito,  e  como  ás 
apalpadellas. 

PATINHO  ,  s.  m.  diminuí,  de  pato,  pato 
novo.  — ,  (chulo)  o  que  facilmente  se  deixa 
enganar,  principalmente  ao  jogo. 

PÁTIO.  \.  Páteo. 

PATiPE,  (geogr.)  rio  conhecido  na  pro- 
víncia de  iWinas  Geraes  com  o  nome  de 
Pardo,  no  fcrazil,  não  sendo  mais  que  um 
simples  ribeiro,  e  com  o  de  Patipe,  na  pro- 
víncia da  Bahia. 

PATiTiBA ,  (geogr.)  rio  da  província  do 
llio  de  Janeiro,  no  districlo  da  víUadeJPa- 
rati,  no  Brazil,  onde  se  lança  na  bahía  de 

Angra  doo  Reis.         ,ih  li. '^.a-vi^i^  «.íi^ívá 

PATiY£L ,  adj.  dos  z  g.  (do  iat.  patior, 
i,  soílier.)  Qualidades  pativeis,as  paixões. 

PATNA  ou  PATNÁH,  (gcogr.)  Cidade  da  lu- 
dia  ingleza.  capital  do  Bahar,  sobre  o  Gan- 
ges;  òlO,tOO  habitantes. 

PATNi,  (hist.)  medico  francez,  nasceu  em 
11)0',  morreu  em  1672.  Deixou  um  Tra- 
ciado  da  conseriaçáo  da  saúde,  e  Cartas. 

PATO,  s.  m.  (cm  Arab.  batton ,  mas  eu 
antes  o  derivara  do  Lat.  patulus,  espalma- 
do.) ave  domestica  de  pés  espalmados  com 
os  dedos  unidos  por  membrana,  de  bico  rom- 
bo e  chato.  Pernas  de — ,  diz-se  dequem  as 
tem  mui  curtas. — ,  (chulo)  homem  fácil  de 
lograr. — ,  (do  Fr.  páte,  massa  de  farinha.) 
É  só  usado  na  phiaze  vulgar :  pagar  o  — ^ 
o  damno  feito  por  outrem.  Fm  Fr.  porter 
la  pâte  au  /6wr,  levar  o  pão  ao  forno,  tem 
a  Uicsma  signilicaçào. — ,  (t.  da  Ásia)  ponte. 

PATOLA,  adj.  dos  2  g.  {de pato,  des.  ola, 
de  Lat.  olco,  ere,  cheirar,  dar-se  a  conJ^ 
cer.)  (chulo)  tolo,  estólido,  pateta.  ^.j^ 

PATORNEAR.  V.  PatroneuT. 
31  * 


PATOS  (lagoa  dos),  (geogr.)  grande  lagoa 
íio  Brazil,  na  província  do  Rio  Grande. 

PATOS,  (geogr.)  nova  villa  e  antiga  fre- 
guezia  da  província  de  Parahiba,  no  Bra- 
zil. Eslá  situada  80  léguas  ao  poente  da 
cidade  de  Parahiba,  2,000  habitantes. 

PATOUILLET,  (híst.)  jesuita  francez,  nas- 
ceu 9m  J699,  morreu  em  1779.  Compoz 
Cartas  edificantes  ;  a  Historia  do  Pelagia- 
nismo ;  Historia  da  Cartucha. 

PATRANHA  ,  s.  f.  couto  meutíroso,  para 
enganar  alguém,  ou  para  entreter. 

PATRANHENTO  ,  A  ,  adj .  (des.  ento.)  que 
conta  ou  escreve  patranhas. 

PATRÃO,  s.  m.  (Fr.  patron,  Ital.  pàdro- 
tie,  do  Lat.  pater,  pai.)  arraes  de  barco  ou 
embarcação  pequena,  mestre  de  navio;  do- 
no de  loja,  chefe  de  casa  de  commerc/o,  re- 
lativamente aos  seus  caixeiros.  —  widr,  ins- 
pector da  ribeira  das  naus,  superintenden- 
te das  construcções  e  da  gente  do  mar. — , 
(ant.)  padroeiro,  v.  g.  Santiago  — da  His- 
panha.  — ,  V.  Padrão. 

PATRAS,  (geogr.)  Aroe,  depois  Patrae,  ci- 
dade do  Estado  da  Grécia,  sobre  o  golpho 
■  de  Patras,  a  25  léguas  ^0.  de  Tripohtza ; 
6,000  habitantes. 

PATRAS,  (golpho  de),  (geogr.)  golpho  que 
dá  communicaçáo  ao  mar  jonio  com  o  gol 
pho  de  Lepanto. 

PÁTRIA,  s.  f.  (Lat.,  de  pater,  pai.)  a  ter- 
ra em  que  alguém  nasceu.  «Aterra  é — das 
dores.  »  \ieira.  A  —  celeste,  o  céu. 

PÁTRIA,  (geogr.)  Linterna  palus,  lago  do 
reino  de  Nápoles,  a  6  léguas  NO.  de  Ná- 
poles. 

PATRiARCHA ,  s,  m.  (Lat.,  do  Gr.  pater, 
pai ,  e  arkhé,  primasia.)  dignidade  eccle- 
siastica  superior  ao  arcebispo.  —  ,  (íig.)  os 
santos,  instituidores  de  ordens  religiosas.  Os 
— s,  os  do  Antigo  Testamento,  os  chefes  das 
gerações  de  que  faz  menção  a  Génesis.  (O 
eh  sôa  k,  assim  como  nos  derivados. 

PATRiARCHADO,  s.  w.  (des.  ado.)  a  digni- 
dade de  patriarcha  e  sua  jurisdicção. 

PATRiARCHAL,  adj  dos  2^.  (des.  adj.  a/.) 
concernente  ao  patriarcha.  Vida  — .  Cos- 
tumes patriarchaes,  semelhantes  aos  dos  pa- 
tríarchas  do  Antigo  Testamento. 

PATRIARCHAL,  s.  /.  sá,  igreja  do  patriar- 
cha.  i  —  de  Lisboa, 

PATRiARCHAS,  (hist.)  esta  palavra  tem  dous 
sentidos:  1.°  designa  os  chefes  succesivos 
da  família,  de  que  devia  sair  Christo  ;  es- 
tes são : 

Adão 4963-4033 

Selh 4833-:^921 

Enos 4729-3824 

Cainan      ...     ...     ......     ...4639-3729 

Malaleel    'iíV ''i...";!i* • ...    ...4519-3674 


PAT 

Jared 4504-3542 

Henoch ...  4348-3478 

Mathusalem      4^77-3408 

Lamech     ...  ííÍ?;«;  .?M.íj!ít:k...  4090-3.i13 

Noé ...  3908-2958 

Sem  ii^^'li^*n;.'nV:\%^A...  3408-2808 

Arphaxad 3'06-2868 

Cainan 3201-2841 

Saleh ...  3171-2738 

lieber 3041-2637 

Phaleg 2907-2666 

Réu 2777-2538 

Saroug 2645-2415 

Nachor 2515-2367 

Tharé 2436-2291 

Abrahão    ^.     ...  2366-2191 

Isaac 2266-^^086 

Jacob 2206-2061 

Juda- 2116-1997 

2.^  diz-se  dos  bispos  ou  arcebispos  que 
teem  o  governo  immediato  de  uma  diocese 
ou  de  uma  província  archiepíscopal ,  ou 
que  teem  auctoridade  sobre  muitas  provín- 
cias ou  metrópoles.  Nos  primeiros  séculos 
da  igreja  applicou-se  este  titulo  aos  5  bis- 
pos de  Roma,  Constantinopla,  Alexandria, 
Antiochia  e  Jerusalém. 

patrica,  (geogr.)  antigamente  Laviniunif 
villa  dos  Estados  da  igreja,  a  2  léguas  SE. 
de  Frosinone. 

PATRICIADO     ou    PATRICIATO  ,    S.    M.    (Lat. 

pairiciatus.)  a  qualidade  de  patrício  entre 
os  antigos  Romanos ;   ordem  dos  patrícios. 

PATRiciDio.  V.  Patricidio. 

PATRÍCIO,  s.  m.  (Lat.  patricius,  de  pater ^ 
pai.)  em  Roma  antiga,  cidadão  nolDre,  padre 
conscrípto  de  família  antiga;  (hist.)  dignidade 
dos  primeiros  tempos  do  império  romano, 
foi  creada  por  Constantino.  Não  se  conce- 
dia senão  ás  pessoas  que  tinham  desempe- 
nhado os  primeiros  cargos  ou  feito  emjai- 
nentes  serviços,  mas  ella  não  conferia  po- 
der algum.  Depois  deu-se  também  aos  go- 
vernadores das  províncias  afastadas, 'final- 
mente depois  da  invasão  estabeleceu-se  o 
uso  de  o  conferir  a  alguns  reis  bárba- 
ros. 

PATRÍCIO,  A,  adj.  (de  pátria;  a  des.  vem 
do  Lat.  exeo,  ire,  sair.)  da  mesma  pátria, 
conterrâneo. 

PATRÍCIO  ou  patrick  (S.),  (híst.)  aposto- 
lo e  patrono  da  Irlanda,  nasceu  na  Escos- 
sia  em  372,  pregou  a  fé  na  Irlanda  em  431, 
foi  sagrado  bispo,  fundou  a  igreja  metro- 
politana d'Armagh.  Morreu  em  464.  E'  com- 
memorado  a  17  de  Março. 

patrimonial,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  patri- 
monialis.)  que  pertence  ao  património,  her- 
dado dos  país.  Bens  patrimoniaes. 

p  ATR1M0NI0  ,  s.  m.   (Lat.  patrimonium.) 


I 


PAT 

bens  paternos,  bens  herdados  do  pai ;  bens 
pertencentes  a  uma  pessoa. 

PATRIMÓNIO  DE  s.  PEDRO,  (geogp.)  antiga 
provinda  dos  Estados  da  igreja,  entre  o 
Orvielan  ao  N.,  a  Ombriíi  ea  Sabina  a  C, 
a  Canopanha  de  llooia  ao  SK.  e  o  mar  Tyr- 
rhio  ao  SO.,  e  a  Toscana  ao  NO.  Capital 
Viterbo. 

PATRiN,  (hist )  mineralogista  francez,  nas- 
ceu em  1742,  morreu  era  1815.  Deixou  uma 
Historia  natural  dos  mincraes. 

PÁTRIO,  A,  adj.  (Lat.paí/m^,  do  pai,  pa- 
terno.) da  pátria.  Os  ares  — s.  Os  — s  la- 
res. Direito  — ,  as  leis  particulares  de  cada 
nação. 

PATRIOTA,  s.  dos  tg,  (Fr.  pa/r/o/e.)  pes- 
soa que  ama  a  pátria,  que  é  dotada  de  pa- 
triotismo. 

PATRiOTiCAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
sentimentos  e  zelo  de  patriota. 

PATRIÓTICO,  A,  adj.  [¥r.  patriotique.)  ze- 
loso por  tudo  o  quo  tende  a  promover  a 
prosperidade  e  gloria  da  pátria.  Sociedades 
— s,  destinadas  a  promover  o  bem  commum 
dos  cidadãos. 

PATRIOTISMO,  s.  m.  (Fr,  patriotisme.)  amor 
e  zelo  pelo  bem  commum  ,  prosperidade , 
honra  da  pátria  e  dos  conterrâneos. 

N.  B.  Este  termo  e  os  três  precedentes, 
adoptados  modernamente  do  Francez,  são 
indispensáveis.  Patriotismo  é  mais  expres- 
sivo que  amor  da  pátria,  porque  encerra  a 
ideia  de  zelo  activo. 

PATRissAR,  V.  a.  ou  71.  desus.,  scp  Seme- 
lhante ao  pai,  imitar  o  pai.  Macedo. 

PATRiZAR,  V.  a.  ou  11.  (dc  pátria.)  [ant.) 
haver-se  como  patriota.  «  Obrigou-me  a  na- 
tureza a  que  patrizasse,  »  Barros,  Prol.  ás 
Décadas  ,  a  que  fizesse  cousas  úteis  á  pá- 
tria. 

patrizzi,  (hist.)  philosopho  platónico  ita- 
liano, nasceu  em  1529,  morreu  em  lu97. 
Foi  geometra,  historiador,  militar,  orador 
e  poeta.  As  suas  principaes  obras  são: 
Delia  Storia  dieci  dialoghi;  la  Milizia  ro- 
mana ;  Paralleli  militares,  etc. 

PATROA,  s.  f.  mulher  do  patrão  de  loja, 
dona  de  loja. 

PATROCINADO,  A,  p. /).  de  patrociuar;  a(í;". 
protegido  ,  defendido  ,  favorecido  pelo  pa- 
trono. 

PATROCINADOR,  s.  M.  O  que  patrocina. 

PATROCINAR,  V-  d-  (Lat.  patrociuor,  ari] 
proteger,  defender,  favorecer  algueaj,  v.g. 
—  os  réos.  a  causa,  o  crime.  —  igreja^  ser 
patrono  d'ella. 

PATROCÍNIO,  8.  m.  (Lat.  patrocinium)  am- 
paro, protecção,  auxilio;  defesa  de  causa 
ou  pleito  forense. 

SvN.  cOiíip.  Patrocinio^  amparo,  protec- 
ção. O  patrocínio  refere-se  sempre  aos  fa- 

YOL.  IV. 


vores  que  a  amizade  dispensa  á  desgraça. 
O  amparo  é  aquella  acção  que  soccorre  a 
alguém  contra  um  agente  ou  causa  que  o 
persegue.  A  protecção  é  o  favor  d'um  po- 
deroso em  beneficio  de  pessoa  que  elle  es- 
tima, e  o  desejo  de  continuar-lh'o.  Um  tio 
que  se  encarrega  da  educação  d'um  sobri- 
nho pobre,  patrociona-o.  Um  rico  qne  do- 
ta donzellas,  alimenta  viuvas,  ampara-&s ; 
um  fidalgo  que  mantém  em  sua  casa  um 
afilhado,  quo  procura  dar-lhe  um  emprego. 
protege-o. 

PATROCÍNIO,  (geogr.)  nova  villa da  provín- 
cia d%MÍ!i;is-Geraes,  20  legnas  ao  norte  da 
villa  d'Araxá,  .l,[iOO  hci])ilanles. 

rATRacL0,(hist.)  filho  do  rei  de  Locrida  Me- 
necio,  era  amigo  de  Achilles  e  acompanhou-o 
ao  cerco  de  Tróia.  Quando  Achilles,  agas- 
tado contra  Agamumnon,  recusou  comba- 
ter, Patrocle  dirigiu-so  ao  campo  de  bata- 
lha com  as  armas  do  heroc,  teve  alguma 
vantagem  ao  principio,  mas  foi  morto  por 
Heitor.  A  esta  noticia,  Achilles  armou-see 
vingou  no  sangue  de  Heitor  a  morte  de  seu 
amigo,  depois  fez-lhe  magníficos  funeraess^, 

PATRONA,  s.  f.  (Lat.)  mulher  que  patro- 
cina, padroeira. 

PATRONA,  s. /*.  (do  Aliem,  patrone,  cartu- 
cho) cartuxeira  em  que  os  soldados  levam  a 
pólvora  eneartuxada  diante  da.  cintura  ou  a 
tiracollo. 

PATRONA-KALiL,  (hist.)  Albauez,  chefe  da 
celebre  revoltado  1730  contra  Achmet  III, 
nasceu  em  1604.  A  insurreição,  de  que  era 
chefe  triumphou  ;  o  sultão  foi  deposto  o 
substituido  por  Maha.oud  1.  Mas  a  inso- 
lência de  Patrona  depressa  cançou  Mahmond,^ 
que  o  fez  degollar  na  sala  do  divan. 

PATRONADO,  s.m.  [Lài.  patrouatus)  termo 
de  direito  romano  ;  prerogativas  do  patrono 
sobre  os  seus  escravos  e  libertos  ;  padroado, 
protecção  do  patrono.  ,      .,         .^ 

PATRONAGE,  s.  f.  (dcs.  agé]  protecção  do 
patrono  a  favor  do  cliente,  servo  ou  de|)en- 

dentes.  ,     j,     ;^  '.j^mu  .,"^^,.«^1 

PATRONEAR,    V.  n.  {pãtronj  ar  des.  inf.), 
fallar  em  tom  de  patrão    ou  amo  ;    pairar, 
fallar  em  cousa  de  pouco  merecimento.  Nes- 
te sentido  é  antiquado. 

patronímico.  A,  adj.  (Lat.,  áo  Gr. pater, 
pai,  e  ônomiay  nome)  derivado  do  nome  do 
pai.  Nomes  — s  ,  por  ex.  :  Gonsalves,  fi- 
lho de  Gonsalo;  Nunes,  de  Nuno. 

patrono,  s   m.  {Lai.  p a tronus]  protectoi^,' 
defensor,  advogado  no  foro  :  o  que  dava  li-  r 
herdade  ao  escravo,  e  ficava  seu  protector,  e 
o  forro  se  dizia  seu  liberto  ;  advogado  pe- 
rante Deus. 

PATRUÇA,  s.f.  [Lait.  patressa]  peixe  do  rio 
semelhante  ao  redova lho.   Na   província  de. 
Entre. Douro-e-Minho  chamam-lhe  solha. 
32 


196 


^^ 


PATRULHA,  s.f.  {¥r.patrouille,  áepatrouil- 
lis,  lama)  ronda  militar  de  noite  em  praça 
de  guerra,  nas  ruas  de  cidade  ou  no  acampa- 
mento. 

PATRULHA  (Santo  António  da) ,  (geogr.) 
pequena  villa  da  provincia  de  São  Fedro 
do  Rio  Grande,  em  terreno  levantado ,  no 
Brazil,  16  léguas  a  LNE  da  cidade  de  Porto 
Alegre,  3,000  habitantes. 

PATRULHAR,  v.  n.  {patrulha,  or  des.  inf.) 
rondar  em  patrulha.  — ,  v,a.  guarnecer  de 
patrulha. 

PATTi ,  (geogr.)  cidade  da  Sicilia,  a  15 
léguas  0.  de  Messina ;  5,G00  habitantes. 

PATTOLA.  V.  Patola. 

PATTÚ  (Serra  do),  (geogr.)  serra  da  pro- 
víncia do  Rio  Grande  do  Norte,  no  distri- 
cto  e  ao  sul  da  villa  de  Porto  Alegre. 

PATUÁ.  V.  Patigua. 

PATUDo,  A,  adj.  {pata,  pé)  que  tem  gran- 
des patas  ou  pé  ;  rapaz  crescido  e  gordo  per- 
nicurto.  Anjo — ,  o  diabo,  que  o  povo  sup- 
põe  ter  pés  de  pato. 

PATUSCADA,  s.  f.  (crcio  que  vem  do  Lat 
poto,  are,  beber  vinho,  eesca,  comida.  Mo- 
raes o  deriva  do  Cast.  apustusco,  que  signi- 
fica ornato  I)  (famil  )  função  entre  amigos 
feita  em  lugar  remoto  ou  pouco  patente  ;  de 
ordinário  é  comezana  lauta,  em  que  se  bebe 
muito,  e  muitas  vezes  com  moças. 

PAU,  (geogr.)  cidade  de  França ,  capital 
de  districto  dos  Baixos  Pyreneos,  a  2  )1  lé- 
guas SO.  de  Paris;  i 2,600  habitantes. 

PAU,  (geogr.)  rio  de  França,  é  formado 
pela  juncção  dos  rios  de  Bareges  e  de  Ga- 
varnia,  nasce  no  districto  dos  Altos-Pjri- 
neos,  e  langa-se  do  Adour  a  O.  de  Peyre- 
horade. 

PAUCTON,  (hist.)  mathematico  francez,  nas- 
ceu em  1736,  morreu  em  1798.  Deixou  um 
Tractado  de  medidas,  pesos,  moedas  anti- 
gas e  modernas ,  e  uma  Theoria  das  leis 
da  natureza. 

PAUGAGEM,  s.  f.  (aut.)  V.  Paisagem. 

PAUiLLAC,  (geogr.)  ci  lade  de  França,  a  4 
léguas  e  meia  St.  de  Lesparre ;  2,700  ha- 
bitantes. 

PAUL,  s.  m.  {Lat.  palus.  dis,  higôa)  pân- 
tano, terra  alagadiça,  encharcada,  lenleiro. 
Lameirão  e  lameiro  são  menos  extensos. 
Paúes,  eant.  Paúles. 

PAUL  ,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  de  Santo 
Antão,  situada  á  beira-mar  distante  da  vilia 
mais  de  2  léguas,  720  habitantes. 

PAUL  DO  MAR,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  da 
Madeira,  667  habitantes. 

PAULA  /'Santa),  (hist.)  Romana,  do  san- 
gue dos  Scipiões  e  dos  Gracchos,  nasceu 
em  i4/,  fez-se  christã  e  enviuvando  votou- 
se  á  vida  penitente  no  convento  de  Bethleem, 
do  c^ual  foi  abbadessa    e  oode  morreu  em 


FAU 

404.  A  igreja  celebra  a  sua  festa  a  26  de 
Janeiro. 

PAÚLADO.  V.  Apaulado. 

PAULATINAMENTE,  ãdv.  («leníe  suff.)  passo 
a  passo,  pouco  a  pouco,  aos  poucos,  de  \&^ 
gar.  O 

PAULATINO,  A,  adj.  (do  Lat.  paululus,  mui- 
to pequeno;  a  des.  de  ineo  ere,  entrar)  fei- 
to pouco  a  pouco.  Congestão  —  dos  humo- 
res. 

PAULicios,  (hist.)  heréticos,  que  renova- 
ram nos  séculos  X  e  XI  as  heresias  de  Ma- 
nes, suppunham  o  mundo  actual  creado  e 
regido  por  um  dos  seus  dous  prmcipios,  o 
mau ;  o  outro  devia  reger  o  mundo  futu- 
ro, o  qual  seria  perfeito.  Tiravam  o  seu 
nome  de  Paulo,  d'um  dos  seus  chefes,  nas- 
cido em  8^4  na  Arménia.  A  côrle  byzan- 
tina  fez  todos  os  esforços  para  os  destruir 
e  conseguiu  expatriai  os  para  a  Arábia,  on- 
de fizeram  muitos  prosélitos  >í! 

PAULINA,  s.  f.  carta  de  excommunhão  com- 
rainatoria  a  quem  não  revelar  o  que  sabe  so- 
bre alguma  matéria  de  que  só  por  essa  r&M 
velação  se  pode  vir  no  conhecimento  ;  (figr 
e  famil.)  descompostura  com  ameaças.  — <]' 
ant.  e  de  origem  incerta,  bebida  venenosa, 

PAULINA  BONAPARTE,  (hlst.)  priuceza  Bor- 
ghése,  segunda  irmã  de  Napoleão  ,  nasceu 
em  Ajacc'0  em  17ÍS0,  morreu  em  17:^5;  foi 
cazada  com  o  general  Leclerc,  e  enviuvan-*^ 
do  passou  a  segundas  núpcias  com  o  prín- 
cipe Camillo  Borghese.  Foi  uma  das  mulheres 
mais  bellas  do  seu  tempo. 

PAULINO  (S.) ,  (hist.)  Pontius  Meropius 
Paulinus,  bispo  e  poeta,  nasceu  em  Bor- 
deos  em  353,  morreu  em  431,  foi  nomea- 
do cônsul  em  378,  tomou  ordens  sacras  em 
3U3,  e  foi  sagrado  bispo  de  Nole  em  4U9. 
ittribue-se-lhe  a  invenção  dos  sinos.  E' 
commemorado  pela  igreja  a  22  de  Junho. 

PAULINO    DE    S.    BARinOLOMEU,     (hist.)     Sa- 

bio  missionário  austríaco,  nasceu  em  1748',-^ 
embarcou  para  o  Malabar  em  17  M   donde 
voltou  em    1790,   morreu  em  1806.  Con- 
correu muito  pelos  seus  escriptos   para  íà^^ 
zer  conhecido  o  Oriente. 

PAULISTA,  s.  m.  religioso  da  ordem  de  S. 
Paulo  eremita ;    collegial   do  collegio  de  S-P 
Paulo  em  Coimbra;  natural  da  província  e 
cidade  de  S.  Paulo,  no  Brazil.  ''H 

PAULMIER   DE  GRENTEMESNIL,    (híSt.)   appe-" 

lidado  Palmerius,  sábio  philologo  francez, 
nasceu  em  1^87,  morreu  em  1670.  Deixou 
Exercitationes  in  autores  grcecos ;  Grcecia 
antiguce  descriptio. 

PAULO.  V.  Paul. 

PAULO,  (S  )  (hist.)  apostolo  dos  gentios, 
nasceu  no  anno  2  de  Jesu-Christo,  de  pais 
judeus,  em  Tarso,  teve  primeiramente  o  no- 
me de  Saulo,   e  foi  um  dos  perseguidores 


.VI    .JOV 


X        PAU 

dos  christãos,  converteu-se  por  causa  de 
uma  vizão  e  foi  um  dos  mais  ardentes  após- 
tolos da  nova  religião.  Pregoa  o  evange- 
lho aos  pagãos  na  Ásia  Menor  e  na  penin- 
sula  grega,  voltou  á  Jerasalém  em  58,  foi 
atacado  pela  populaça,  que  o  queria  ma- 
tar, depois  foi  preso  na  cidade  do  Cesárea, 
e  como  appellasse  para  o  imperador  foi  con- 
duzido a  Horaa  e  absolvido;  voltou  depois 
para  o  Oriente  para  consolidar  a  organiza- 
ção da  igreja,  e  em  63  ou  64  voltou  para 
Roma,  onde  já  havia  muitos  christãos,  mes- 
mo no  palácio  dos  Césares,  incorrendo  po- 
rém no  ódio  do  imperador  foi  decapitado 
com  S.  Pedro  em  65  ou  ^^6.  Commemora-se 
a  29  de  Junho  e  a  sua  conversão  a  25 
de  Janeiro. 

PADLO  I.,  (S.) ,  (hist.)  papa  ,  substituiu 
Estevão  II,  seu  irmão,  e  reinou  de  757  a 
767.  Deixou  22  cartas, 

PAULO  II,  (hist.)  P.  Barbo,  papa  de  146i 
a  1571,  eicommungou  o  rei  da  Bohemia, 
Jorge  Podiebrad,  e  deu  os  seus  Estados  a 
Mathias  Corvino,  pregou  em  vão  a  cruzada 
contra  os  Turcos,  e  começou  a  restauração 
dos  antigos  monumentos  de  Roma. 

PAULO  III,  (hist.)  Alexandre  Tornese,  pa- 
pa de  16H4  a  1549,  mostrou  muita  firme- 
za nas  suas  relações  com  Henrique  III,  for- 
mou com  Carlos  V  e  com  Veneza  uma  liga 
contra  os  Turcos,  approvou  a  ordem  dos 
Jesuitas,  convovou  o  concilio  de  Trento  e 
confiou  a  construcção  da  igreja  de  S.  Pe- 
dro a  Miguel  Angelo.  Foi  o  primeiro  autor 
da  celebre  bulia  In  ccenà  Domini,  tinha  si- 
do cazado  e  tinha  um  filho,  que  foi  duque 
de  Parma.  Deixou  Cartas  a  Erasmo,  oSa- 
dolet,  etc.  ''■      '* 

PAULO  IV,  João  Pedro  Caraffa,  (hist.)  pa- 
pa de  1555  a  1559,  reformou  muitos  abu- 
zos,  e  lançou  anathemas  contra  os  hereges, 
inas  a  sua  severidade,  e  a  fraqueza  para  com 
seus  sobrinhos  irritaram  o  povo,  que  de- 
pois da  sua  morte  lançou  o  seu  cadáver  no 
Tibre.  Paulo  IV  redigiu  o  regulamento 
dos  Theatinos. 

PAULO  V,  íhist.)  Camillo  Borghese,  papa 
de  16"5  a  1621,  terminou  a  contenda  en- 
tre os  dominicos  e  jesuitas,  deu  a  ultima  for- 
ma á  bulia  ín  ccena  Domini,  approvou  as 
ordens  do  Oratório  e  da  Vizitação  e  cano- 
nizou a  S.  Carlos  Borromêo. 
-'PAULO  I,  (Petrovitchi,  (hist.)  imperador  da 
Rússia,  nasceu  em  1754.  Foi  eleito  impe- 
rador em  1762.  e  conservou-se  na  obscu- 
ridade e  inacção  até  á  morte  deCatharina, 
depois  tornou-sí  campião  dos  velhos  prin- 
cípios monarchicos  e  foi  o  cheio  da  segun- 
da coalizão  contra  a  França,  de  repente  mu- 
dou de  opinião,  fez  alliança  com  Bonapar- 
e  ^^  pr  eparou  os  tratados  de  Luueville  e  de 


PAU 


117 


Amiens.  Morreu  estrangulado  por  alguns  se- 
nhores, ali  demarco  de  1801.  Saccedeu- 
Ihe  Alexandre  seu  filho. 

PAUio  DE  SAMOSATE,  (hist.)  bispo  de  Sft- 
mosate,  sua  pátria,  depois  Patriarch a  d'Ale- 
xandria,  foi  o  auctor  de  uma  heresia,  que 
negava  a  Trindade  divina  e  a  divindade  de 
Jesu-Christo.  Teve  por  partidário  o  papa  S. 
Félix  e  foi  excommungado  no  concilio  de 
Antiochia. 

PAULO  d'egina,  (hist.)  medico  grego,  na- 
tural de  Egina  vivia  no  VII  século  de  Je- 
su-Christo, e  estuíR^u  em  Alexandria  pou- 
co antes  da  tomada  desta  cidade  por  Am*' 
ron. 

PAULO  WARNEFRiDE  ,  (hist.)  hístoriadoF, 
nasceu  em  Cividale  em  740,  morreu  em  801. 
Deixou  Historia  dos  Lombardos,  Chronica 
do  Monte-Cassino,  etc. 

PAULUS  (JuUus),  (hist.)  jurisconsulto  ro- 
mano, foi  contemporâneo  e  rival  de  Papi- 
niano,  florescia  no  principio  do  111  século. 
Foi  primeiramfcíute  advogado,  depois  côn- 
sul, e  prefeito  do  pretório.  Dos  muitos  es- 
criptos,  que  compoz,  só  nos  restam  5  liTrat. 
Recepíarum  sententiarum.  >.  'f  .eíj 

PAUPERRiMAMENTE,  adv.  superl.  alatinadof^I 
mui  pobremente.  '^i 

PAUPÉRRIMO,  A,  adj.  (Lat.  pauperrimus, 
superl.  de  pauper,  pobre)  poJbrissimo,  mui 
pobre.  'i  ,  v'-:^ 

PAUSA,  s.  f.  (Lat.)  cessação,  suspensão  ou 
interrupção  de  movimento.  Fazer  uma  — -, 
parar  declamando,  cantando  ou  fallando ; 
na  solfa.  signal  que  indica  os  intervallos  em 
que  se  deve  fazer  pausa,  cantando  ou  tocan- 
do. 

PAUSADAMENTE,  adv.  {mente  sufif.)  com 
pausas,  com  descanso,  de  vagar,  sem  pre- 
cipitação, V.  g.  tazer  as  cousas  — . 

PAUSADO,  A,  p.  p.  de  pausar ;  adj.  vaga- 
roso. Homem  — ■,  que  obra  com  reflexão, 
não  accelerado.  Canto  — ,  não  apressado. 
Faltarem  tom — ,  pesando  as  palavras,  com 
gravidade.  Trabalho  — ,  fei^  cora  descan- 
so. •  íifiJ  'jrjp  í'  r^  ".'■ 

PAUSADOR,  A,  adj.  que  fez  pausas.  Ho^ 
mem  — ,  pausado. 

PAUSAGEM,  (ant.)  V.  Paisagem. 

pAusANiAS,  (hist.)  celebre  general  lace- 
demonio,  filho  do  rei  de  Sparta  Cléombro- 
te,  governou  o  reino  durante  a  mocidade 
de  Plislaco,  filho  de  Leonidas,  concorreu 
muito  para  a  victoria  de  Platea  e  para  o 
livramento  das  cidades  gregas  da  Ásia,  maíi 
manchou  a  sua  gloria,  dando  ouvidos  Í9 
offertas  dos  Persas,  e  concebeu  o  desígnio 
de  sujeitar  a  sua  pátria  com  o  soccorro  es- 
trangeiro. Foi  chamado  pelo  senado,  entre- 
gue aos  ephoros,  convencido  de  traição  e 
condemnado  á  morte.  Uefugiou-se  em  um 
81* 


128  PAU 

temfflo  lie  Minéirva,  cujas  portas  foram  lo' 
go  entaipadas  e  morreu  de  fome  em  477, 
Um  outro  Pausanas,  neto  do  precedente,  rei- 
nou em  Sparta  de  409  a  397,  morreu  exila- 
do em  Tégeo. 

PAUSANiAS,  (hist.)  escriptor  grego,  viveu 
em  Roma,  no  século  II,  e  morreu  muito  ve- 
lho. Compôz  no  anno  174  de  Jesu-Christo, 
uma  Viagem  histórica  na  Grécia,  que  é 
uma  das  obras  mais  preciozas  da  antigui- 
dade. 

PAUSAR,  V.  n  [L&t.  pauso,  are,  àeposi- 
tum,  sup.  de pono,  ere,  pôr,  assentar,  que 
vem  do  Gr.  poús,  pé,  e/iúd,  assentar)  sus- 
pender movimento  começado,  parar ;  fazer 
pausa  para  reflectir,  considerar,  v.  g.  pau- 
semos um  pouco  e ponderemos  na  matéria. 

PAUSíAS,  (hist.)  pintor  de  Sycionne,  no 
anno  360  antes  de  Jesu-Christo,  foi  disci- 
pulo  de  Pamphylio  e  adquiriu  grande  re- 
putação. 

PAUSiLippo,  (geogr.)  Posilipo,  montanha 
do  reino  de  Nápoles,  ao  SO.  de  Nápoles, 
entra  pelo  mar  até  defronte  da  ilha  de  Nisi- 
da.  t  coberta  por  vinhas  e  atravessada  pe- 
lo caminho  subterrâneo,  que  vai  de  Nápo- 
les a  Pouzolles.  A'  entrada  deste  subterrâ- 
neo vê-so  o  tumulo  de  Virgílio. 
I  PAUTA,  s.  f.  (do  Lat.  paíco,  ere,  estar  pa- 
tente, aberto,  extendido  ao  comprido)  papel 
regrado  com  linhas  transversaes  negras  em 
intervallos  sufficientes,  que  se  mete  por  bai- 
xo da  folha  para  escrever  as  regras  direitas. 
— -,  taboa  com  fios  de  arame  ou  cordas  de 
viola  dispostas  da  mesma  maneira,  e  que  se 
p6e  sobre  o  papel  para  o  mesmo  fim.  — ,  rol, 
lista  de  pessoas,  cousas,  parcellas ;  lista  de 
pessoas  propostas  ou  eleitas  para  cargo.  A  lim- 
par a  — ,  escolher  o  magistrado  entre  os 
eleitos  para  oíiiciaes  do  conselho  ou  das  me- 
sas de  confrarias  os  que  julga  próprios  para 
esses  cargos,  excluindo  os  inhabeis.  — ,  (ant.) 
escriptura  de  convenções  ou  qualquer  outra. 
—  da  alfandega,  tarifa,  lista  dos  géneros 
e  mercadorias  que  tem  entrada  ou  sabida,  e 
dos  direitos  que  pagam  á  entrada  eá  saída. 
— ,  (fig.)  aranzel,  regulamento,  v.g.  — das 
suas  acções. 

PAUTADO,  A,  p.  p.  de  pautar;  adj.  escri- 
pto  com  pauta  ;  posto  em  pauta  ou  rol.  Pa- 
pel — ,  riscado  como  pauta. 
'PAUTAR,  V.  a.  {pauta,  ardes,  inf.)  riscar 
O  papel  com  traços  impressos  por  fios  de  ara- 
iJae  ou  cordas  de  viola  ;  pôr  em  pauta  ou  rol; 
tarifar  os  géneros  ou  mercadorias. 

PAUTO,  (ant.)  V.  Pacto. 
-■  PAuw,    (hist.)   philologo  hollandez,    nas- 
ceu em  1681),    morreu   em    1/50.   Deixou 
grande  numero   de   edicções   dos   auctores 
gregos. 

PAUW,  (Cornelio  de)  (hist.)  sábio  de  Ams- 


PAV 

lerdam,  nasceu  em  1739,  morreu  em  1799. 
Publicou  Observações  philosophicas  sobre  os 
Gregos,  sobre  os  Americanos,  sobre  os  Egy^ 
pcios  e  os  Chinezes. 

PAUZAGE,  (ant.)  V.  Paisagem. 

PAvANA,  s.  f.  (Cast.)  dansa  hespanhola 
grave.  Tocar  a  — ,  (chul  )  zurzir. 

PAVÃO,  s.  m.  {L&t.pavo,  onis,  nome  ti- 
rado do  som  da  voz  da  ave)  ave  gallinacea, 
com  cauda  que  abre  em  forma  do  leque  cir- 
cular e  a  qual  oííerece  como  olhos  de  cores 
bellissimas,  assim  como  a  plumagem.  Todos 
tem  seu  pede — ,  adagio,  istoé,  todos  teem 
suas  imperfeições  ou  defeitos,  como  os  pés 
do  pavão,  que  não  condizem  com  a  belleza 
das  pennas. 

PAVEA,  s.  f.  feixe  de  cinco  ou  seis  gave- 
las  de  espigas  cortadas. 

PAVELHÃo.  V.  Pavilhão. 

pAvESAN,  (hist.)  paiz  do  ducado  de  Mi- 
lão, cuja  capital  era  Pavia. 

PAVETTA,  (hist)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Uubiaceas  e  da  Tetrandria  Mono- 
gynia. 

PAVEZ,  s.  m.  (Fr.  pavois,  Ital.  pavese]  es- 
cudo grande  e  largo  que  cobria  o  corpo  todo 
do  soldado.  Pavezes  de  navio  de  guerra, 
reparo  de  redes  ou  taboas  para  resguardar 
a  tripulação  dos  tiros  do  inimigo  ;  em  terra, 
mantas  pequenas  para  o  mesmo  fim.  —  de 
campo  ou  ferrados,  detraz  dos  quaes  se  as- 
sesta artilharia. 

pavezada,  s.  f.  {pavcz,  des.  ada)  pavez  de 
panno  basto  ou  de  rede  que  cobre  os  bordos 
dos  navios  ;  reparo  defensivo. 

PAVEZADO,  A,  p.  p.  de  pavezar ;  adj.  or- 
nado com  pavez,  defendido  com  pavez  ou 
pavezes. 

PAVEZADURA.  V.  Fãvcxada. 

pavezar,  V.  a.  [pavez,  ar  des.  inf.)  guar- 
necer de  pavezes  :  ornar  com  pavez  ou  pa- 
vezes, V.  g. — os  navios  de  guerra,  os  ba- 
téis ;  —  os  homens  de  peleja,  a  bateria  (em 
terra). 

PAVIA,  (bot.)  género  de  plantas  da  famí- 
lia da  iiippocastaneas, 

PAVIA,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal, a  6  léguas  NO.  de  Évora  ;  i.00  ha- 
bitantes. 

PAVIA,  (  geogr. )  Ticinum  dos  antigos  , 
Papia  na  idade  média,  cidade  de  Itália, 
no  reino  Lombardo-Veneziano,  capital  da 
delegação  de  Pavia,  sobre  o  Tessiao,  a  8 
léguas  S.  de  iMilão  ;  23,000  habitantes.  Pa- 
via édo  tempo  dosGaulezes,  e  foi  uma  das. 
cidades  dos  Insubres. 

PÁVIDO,  A,  adj.  (Lat.  pavidus)  medroso, 
cheio  de  pavor,  intimidado  ;  temecoso,  tími- 
do, V.  g.  as — s  lebres.  ,• 

PA  vieira.  V.  Padieira,    Verga  de  porta. 

PAVILHÃO,  s.  f.  [Vv.pavillo\i,  Itil.  padi- 


?^ 


PÁ 

gUone,  ao  Lat.  papilio,  oníSy  borboleta,  e 
barraca)  tenda  de  campanha,  barraca  de  vi- 
vandeiro.  —  da  cama,  cortinado,  sobrecéu. 
—  de  arvores,  caramanchel.  — do  sacrário , 
cortinado 

PAviLLON,  (hist.)  poeta  francez,  nasceu 
em  1632,  morreu  em  1603,  Deixou  poesias 
no  género  de  Voiture. 

PAViLLY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  ao  NO.  de  Ruão ;  2,330  habitan- 
tes. 

PAVIMENTO,  s.  m.  (Lat.  pavimentum,  de 
pavio,  ire,  bater,  calcar)  sobrado,  solho  de 
casa  feito  de  taboas,  ladrilho,  lagens. 

PAvio,  s.  m.  torcida  de  vela  ou  de  candeia; 
rolo  de  cera,  torcida  encerada.  Gastar  — , 
(fig.)  tempo.  , 

PAVIOLA,  s.  f.  (áepavez,  padiola).  \.  Pa- 
diola. 

PAVLOvo,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  so- 
bre o  Oka,  a  4  léguas  S,  de  Gorbatov  ;  8,000 
habitantes. 

PAVLOVSK,  (geogr.)  nome  de  duas  cidades 
da  Rússia  Europêa,  uma  no  governo  de  S 
Petersburgo,  a  8  léguas  ao  SE.  de  S.  Pe- 
tersburgo ;  900  habitantes. 

PAVO,  s.  m.  (Cast.)  V.  Peru,  ave. 

PAVÔA,  s.  f.  fêmea  do  pavão. 

pavoassan,  (geogr.)  capital  da  ilha  de  S. 
Thomaz,  na  costa  occidental.  Residência  do 
governador. 

pavonaço,  a,  adj.  [pavão,  des.  aço,  que 
denota  semelhança)  de  côr  roxa,  como  a  de 
violetas.  O  —  do  mantelete,  s.  Vieira. 
.  PAVONADA,  s.  f.  {pavão,  des.  ada,  que  de- 
nota acção)  a  roda  que  o  pavão  taz  abrindo 
a  cauda  ;  (fig.)  ostentação  aíTectada.  Dar  — 5, 
passear  com  aííeclada  gravidade  e  ufania. 

PAVONADO,  A,  adj.  V.  Apavonado. 

PAVONEADO,  A,  p.  p.  de  pavoHoar ;  adj. 
quepavonòa;  enfeitado  de  bellas  peunas  co- 
mo o  pavão  ;  desvanecido  como  o  pavão ; 
(fig.)  ufano. 

PAVONEAR,  V.  a.  [pavão,  ou  Lat.  pavonem, 
accus. de pat'o,  ardes,  inf.)  enfeitar  de  or- 
natos vistosos  como  a  piuri.agem  do  pavão ; 
(fig.)  encher  de  vaidade,  de  ufania.  — se,  v. 
r.  enfeitar-se  com  ornatos  mui  vistosos,  co- 
mo a  plumagem  do  pavão  ;  (fig.)  vangloriar- 
se,  desvanecer-se  de  cousas  fúteis. 

PAvoNiA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa-- 
milia  das  Malvaceas  e  da  Monadelphia  Po- 
lyandria. 

PAVOR,  S:  m.  (pron.  pavor,  Lat.  pavor. 
Court  de  Gébeliu  quer  que  venha  de  pau,  ra- 
dical imitativo;  outros  o  derivam  áQ pavio, 
ire,  bater,  que  referem  ao  Gr.  paio,  dar  gol- 
pe. Eu  cie  o  quo  vem  à.Q  pais,  criança,  e  oro- 
deô,  ter  medo,  susto)  ttjmor  grande,  com  es- 
panto c  sobresalto. 

Syn.  comp.   Pavor,  susto,  medo.  Pavor 

V§L.  lY. 


PAZ  129 

suppõe  objecto  próximo  ou  patente.  Susto  é 
repentino  e  transitório.  Medo  é  genérico  e  ap- 
plica-se  a  cousas  presentes^  remotas  ou  fu- 
turas. 

Temor  é  vago  e  indeterminado. 

PAVOROSAMENTE,  adv.  [mcute  suíf.)  com 
pavor. 

PAVOROSO,  A,  adj.  (des.  oso)  que  inspira, 
causa,  enche  de  pavor. 

PAv^iNEES  ou  pANis,  (googr.)  nação  guer- 
reira e  muito  numeroza  da  America  do  Nor- 
te, nas  margens  do  Lobo  ;  tem  3  grandes 
villas  e  perto  de  6,000  habitantes. 

PAX  AUGUSTA,  (g<^ogr.)  hoje  Badajoz,  ci- 
dade dellispanha,  sobre  o  Anãs,  perto  das 
fronteiras  da  Lusitânia, 

PAX  JÚLIA,  (geogr.)  hoje  Beja,  cidade  de 
Portugal,  entre  os  Ce/íici,  para  o  S.  aper- 
to do  Anãs. 

PAXO,  (geogr.)  Paxos,  umas  ilhas  jonias, 
a  3  léguas  ao  S.  de  Corfu ;  3,97u  habi- 
tantes. 

PAXOEIRO,  s  m.  (ant.)nvro  que  contem  os 
evangelhos  da  Paixão.  V.  Passionario. 

PAY,  e  outros  termos  não  derivados  do  Gre- 
go, escriptos  com  y,  como  payo,  payol,  V. 
com  i,  V.  g.  Pai,  etc. 

PAYALVo  ,  (geogr.)  villa  de  Portugal ,  no 
districto  de  Santarém,  a  uma  légua  0.  de 
Thoiíwr  •,   l,l70  habitantes. 

PAVÃO,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal,  no 
concelho  da  Figueira,  a  6  léguas  de  Coim- 
bra ;  3,230  habitantes. 

PAYENS  (Hugo  de) ,  (hist.)  fundador  da 
ordem  dos  Templários,  era  da  caza  dos  con- 
des de  Champanha.  Tendo  ido  á  Palestina, 
estabeleceu  em  1128,  comouto  cavalleiros, 
a  confraria  da  milicia  do  templo,  e  f oi  o  1,° 
gran-meslre  da  ordem. 

PAYERNK,  (geogr  )  Peterlinyen  em  allcmão, 
cidade  da  Suissa,  a  4  léguas  0.  de  Friburgo ; 
2,50o  habitantes. 

FAY-HO  ou  PEi-HO,  (geogr.)  rio  do  im- 
pério chinoz,  que  cáe  no  mar  Amarello. 

PAYNE-GANGA,  (geogr.)  rio  da  Índia,  nas- 
ce a  7  léguas  ao  S.  de  Adjantah,  e  corre 
ao  SE.  e  a  K.  e  perde-se  no  Uuardah. 

PAYO  (S,) ,  (geogr.)  ha  no  reino  algumas 
povoações  deste  nome  ;  as  principaes  são  : 
a  1.*  a  11  léguas  de  Braga,  cora  830  ha- 
bitantes ;  2.^  no  concelho  de  Gouvea;  com 
640  habitantes. 

PAYTA,  (geogr.)  cidade  e  porto  do  Peru 
a  1<'0  léguas  ao  NO.  de  Truxillo. 

PAZ,  s.  f.  (Lat.  pax,  eis,  dopactio,  ajus 
te.  convençãoy  cessação  das  hostilidades  fir- 
mada por  tratado,  pacto  ;  suspensão  das  hos- 
tilidades, trégua  ;  estado  tranquillo  ;  socego 
de  espirito.  Viver  em  — ,  em  boa  harmc- 
nia,  convivência.  Fazer  a  — r  assentar  , pa- 
zes com  o  inimigo  ou  adversário,  pôr  ter- 
33 


180 


PÊ 


mo  á  guerra,  congraçar-se,  reconciliar-se. 
Terem  — ,  manter,  conservar,  v.  g.  —  o  rei- 
no, os  vizinhos.  Meter  em  —  os  desavindos, 
reconciliar.  Vir  de  — ,  com  animo  pacifico, 
sem  designio  hostil.  Gente  de  — ,  paciíica, 
amiga.  Bandeira  de — ,  do  partido  que  pro- 
põe capitulação  ou  suspensão  de  hostilidades. 
Ficar  em  —  (nojngo)  não  perder  nem  ga- 
nhar. —  de  parolim  ou  depirolo,  como  se 
diz  vulgarmente,  parada  em  que  só  se  arris- 
ca o  ganho  do  parolim,  e  não  a  massa  pri- 
mitiva. Estar  á  — ,  (loc.  famil.)  reduzido 
ao  ultimo  recurso.  Dar  o  — ,  na  missa,  dar 
a  beijar  uma  cruz  ou  relíquia. 

Syn.  comp.  attendendo  á  etymologia,  não 
pode  confundir-se  paz  com  iranquillidade, 
quietação,  socego,  etc.  Paz  refere-se  a  guer- 
ra ou  desavença. 

PAZ,  f^íiogr.)  cidade  do  Mcxico  a  25  lé- 
guas ao  NO.,  de  Valladolid  ;  3,00J  habi- 
tantes. 

PAZÃo,  s,  m.  (t.  da  Ásia)  animal  quadrú- 
pede da  índia,  semelhante  ao  bode. 
paziguar.  V.  Apaziguar. 
PAZZí  (Os),  (hist.)  celebre  familia  de  Flo- 
rença, originaria  do  valle  de  Arno,  onde  pos- 
suis grandes  feudos,  e  rival  encarniçada  da 
dos  Medicis. 

pií,  s.  m.  (Lat.  pes,  dis  ;  Gr.  poús,  po- 
dos  \  Sanscr.  pad;  Bali  ou  fali;  òaí ;  em 
Pers.  pai,  que  todos  vem,  a  meu  ver,  do 
Egypc.  pat,  phat  ou  fat,  pé,  cijo  radical  é 
fai,  soster.  sustentar.)  aparte  dos  membros 
inferiores  do  homem,  que  termina  a  perna  e 
que  sustenta  o  corpo,  andando  ou  na  situa- 
ção erecta  ;  a  parte  inferior  das  pernas  dos 
animaes,  e  nos  quadrúpedes  das  trazeiras  : 
as  dianteiras  áeaommnva-se  mãos.  Estar  em 
— ,  erecto.  De — ,  não  deitado  por  moléstia, 
ou  a  dormir.  Andar  a  — ,  não  em  cavalga- 
dura ou  em  carruagem.  Estar  em — ,  ((ig  ) 
manter-se ,  permanecer,  v.  g.  edifício,  lei, 
costume.  Não  se  poder  ter  em  —  ,  vacillar 
por  grande  debilidade,  embriaguez  ou  outra 
causa.  Estar  com  bom  — ,  firme,  e  fig.  bem 
estabelecido,  reputado.  Fazer  —  atrás,  re- 
cuar. — ,  recuar  para  dar  salto,  ou  para  cair 
com  mais  Ímpeto  sobre  o  contrario.  Fazer 
finca — ,  firmar-se,  e  tig.  teimar.  Pelejar — 
a  — ,  passo  a  passo.  Arrimar  os  — sá  pare- 
de, (fig  )  porfiar,  obstinar-se.  Tomar  — ,  em 
rio,  achar  fundo  onde  se  segurar  ;  (fig.)  cer- 
tificar-se,  firmar-se ,  entender  bem  alguma 
matéria.  Perder — ,  não  achar  fundo  onde 
pôr  o  pé.  Meter  —  em  algum  negocio,  en- 
trar, meter-se  nelle.  Armar  o  —,  (p.  us.) 
dar  carabapé.  Fazer—,  (p.  us.)  restabele- 
cer-se  bem.  Cair  em—,  (fig.)  sair-se  bem 
de  lance  arriscado.  Bater  com  o  — ,  dar 
patada,  patear.  Dar  com  o  —  ,  bater .  dar 
patada,  e  fig.  maltratar.   Dar  de  — a  al- 


'Tà'í 

guerrij  (p.  us.)  ajudar  a  subir,  a  trepar.  Dar 
de  —  ou  de — s  a  alguém,  (fig.)  desjjrezar. 
A  —  enxuto,  sem  molhar  os  pés,  v.  g.  atra- 
vessou a  —  enxuto  por  ser  na  rasante  da  ma- 
ré   Arrastar  os — s,  estar  trôpego.  Entrar 
com  o  —  direito,  (fig.)  começar  empreza  ou 
negocio  debaixo  de  bons  auspícios.  Pôr  os 
— s  em  polvorosa,  fugir.  Dos — s  até  á  cabe^ 
ça,  inteiramente  Negar  aos — s  juntos,  [loe. 
famil.)  obstinadamente,  e  de  ordinário  ac- 
ção má  commettida  pela  pessoa.  Ser — s  ê 
mãos  de  alguém,  o  seu  principal  conselhei- 
ro e  agente.  Andar  ou  estar  com  os — «pa- 
ra a  cova  ou  com  um  —  na  sepultura,  com 
indícios  de  morrer  cedo.  Pôr,  meter  debai- 
xo dos — *,  espésinhar    humilhar.  Pôr  o  — 
no  pescoço ,   (fig.)  subjugar,  opprimir.  Não  . 
lançar  —  além  da  mão,  (fig.  p.  us.)  ter  cur- 
ta intelligencia,  não  adiantar  negocio.  Pas- 
sar o  —  além   da  mão,  adiantar,  attingir. 
Não  dar  pelos  — s  a  dlguem,  (fig.)  ser-lhe 
inferior  em  talento,  capacidade,  etc.  Ver  a 
Deus  pelos  — s,   ter  fortuna  inesperada.  Á 
—  quedo,  sem  se  mover.  Esperar  o  tniwi- 
go  a  —  quedo,  com  resolução.  —  ante — , 
de  mansinho.  Não  ter  uma  cousa  nem — s 
nem  cabeça,  ser  disparatada.  Abalar  os  — 8 
a  alguém,  fazer  vacillar. — polim.  V.  Polim. 
Pôr-se  ao^  — sde  alguém,  expressão  de  res- 
peito. Lançar-se,  deitar-se   aos — s  de  al- 
guém, implorar  a  sua  piedade,  auxilio,  fa- 
vor, perdão,  etc.  Estar  com  o — no  estri- 
bo, em  acto  de  partir.  Homem  de — ,  peão. 
Gente  de  —  ,  soldados  de  infantaria.  —  de 
exercito,  corpo  de  tropas  que  forma  o  cas- 
co de  exercito.  —  de  castello,  guarnição  se- 
dentária. Ao  —,  próximo,  perto,  na  proxi- 
midade. —  da  letra,  literalmente,  em  senti- 
do estricto,  V.  g.  traduzir  ou  tomar  o  texto 
ao  —  da  letra.   Com — s  de  lã,  (loc.  famil.) 
sorrateiramente.  —  de  boi,  diz-se  de  homem 
mui  prudente,  que  faz  tudo  com  pausa. — , 
medida  de  extensão  que  tem  diversos  valo- 
res, segundo  as  nações.  O  pé  portuguez  tem 
palrao  e    meio  craveiro.  O  geométrico  tem 
doze  pollegadas.  O  pé  grego  tinha  só  deza- 
seis  dedos,  e  equivale  a  três  decimetros  fraa- 
cezes.  —  de  angulo,  (artilh.)  esquadra. — di- 
reito, (arch  )  altura.  — s  direitos,  hombrei- 
ras  das  portas,  a  altura.  —  de  pata  ,  ferro 
que  sustf^nta   o  varal  da    liteira.  —  de  ca- 
bra, alavanca  espalmada  e  fendida  como  a 
unha  ou  orelha  do  martello.  — s  de  cabra, 
balas  de  chumbo  de  pequeno  calibre.  — s 
altos,  paus  mais  altos  qne  um  homem,  por 
onde  entram  os  barrotes  das  tranqueiras. — 
de  gallo ,  ferro  que  desce  de  uma  travessa 
entre  os  varaes  de  paquebote,  e  prende  no 
jogo  dianteiro.  —  ,    (naut.)  apparelho  que 
I  vem  do  mastareo  da    gata  prender  á  verga 
!  da  mesena  —  ,  luparo,  berva.  —s  de  car^ 


PEA 

neirOt  (naut.)  paus  perpendiculares  firmados 
no  porão,  que  sustentam  a  coberta,  e  que 
tem  mossas  por  onde  os  marinheiros  des- 
cem e  sobem. — ,  diz-se  de  toda  a  extremi 
dade  ou  extremidades  inferiores  que  sus- 
tentam algum  traste  ou  corpo,  v  g.o — do 
castiçal,  do  candieiro  ;  os — s  do  leito,  ca- 
deira, canapé.  Os — s  da  cama,  a  parte  op- 
posta  á  cabeceira. — .  haste  de  planta,  v.  g 
vinte  — s  de  oliveiras,  de  larangeiras,  de  cra- 
veiros, de  alecrim,,  de  buxo,  etc. — ,a  par- 
te inferior,  v.  g.  —  do  monte,  domuro. — , 
sedimento,  v.  g.  —  do  liquido. — da  azei- 
tona, albufeira. — das  uvas,  folhelho.  — , 
no  jogo.  oppõe-se  a  mãò.  Ser — ,  ser  o  ul- 
timo a  jogar.  —  de  vento,  furacão.  — de  ai 
tar,  as  esmolas  e  offertas  que  se  dão  ao  cura 
poroccasião  de  baptisados,  casamentos,  en- 
terros e  outros  oíficios ,  ou  ,  mais  exacta- 
mente, o  dinheiro  exigido  pelo  cura  por  es- 
tes e  outros  oíTicio?,  que  constitue  boa  parte 
do  seu  rendim  mto.  — ,  (fig.)  modo,  manei- 
ra, estado,  v  g.as  cousas  ficaram  no  mes- 
mo — .  Conservar  o  exercito  no  —  de  guer- 
ra, como  se  (an^  havendo  guerra. — ,  (fig.) 
pretexto,  occasião.   Tomar —,  por  pretexto. 

—  de  xibão,  dansa  antiga  portugueza.  —  de 
lista.  Na  carta  regia  de  14  de  Outubro  de 
1710,  se  lê,  fallando  do  Brasil :  «  Que  se  re- 
metam annuslmente  ao  conselho  d'uUrarTiar 
os  — s  de  lista.  »  O  sentido  é  escuro  —  de 
burro,  nome  de  um  marisco  (Lat.  spondylu^). 

—  de  bezerro.  V.  Jaro  ,  herva.  —  de  galli- 
nha,  a  planta  chamada  pelos  gentios  do  iíra- 
sil  capimpuba,  ou  capim  moUe.  — de  gato, 
pe^a  do  canhão  do  freio.  —  de  lebre,  Ler- 
va  (Lat.  lagopus).  —  de  leão,  herva  (Lat.  al- 
chimilla).  — s  columbinos,  aquilegia.  — de 
verso,  certo  numero  de  syllabas  longas  ou 
breves  de  que  se  compõem  os  versos  latinos 
e  gregos,  V.  g. — jambico,  trocheo,  etc.  V. 
estes  termos. 

PEA,  s.  f.  (de  pear)  laço  de  corda,  coiro, 
ou  corrente  de  ferro  que  prende  os  pés  das 
bestas  um  ao  outro  na  estrebaria  ou  na  pas- 
tagem. — ,  (ant.)  pena 
■  PEAÇA,  s  f.  (pêa,  des.  augment.  aça.)  pêa 
com  que  se  ata  o  boi  pelos  cornos  á  can- 
ga- 

PEADO,  A,  p.  p.  de  pear;  adj.  preso  com 
pêa.  Ganhar  seu  pão — ,  (ant.)  a  muito  cus- 
to Kufr. 

PEADOiRO,  A,  adj.  digno  de  pena,  puní- 
vel. 

PEAGE,  s.  f.  (Fr.  péage.  V.  Pedágio.)  im- 
posto, direito  que  se  paga  na  passagem  de 
pontes,   de  barcas. 

PEAGEiRo,  s.  w.  collector  de  peage. 

PEAL.  V.  Escarpim. 

PEAN,  s.  m.  [Lat.  poean,  do  (jt.  paian,  no- 
me de  Apollo  ;  rad.  paio,  sarar,  curar.)  hym- 


PEÇ 


w 


no  a  Apollo,  eaos  outros  deuses,  v.g.  caii- 
tar  o  — . 

PEANOA,  s.  f.  [pé,  anha  suflf ,  do  Lat. /i-» 
gnea,  de  páo)  base  de  imagem,  estatua  ,  (Qg-l 
base,  sustentáculo. 

PEANHA,  s.  f.  [pé  e  sanies)  (alreit.)  chaga 
que  vem  ao  casco  das  bestas  causada  pela 
lama. 

PEATSHO,  s.  m.  (ant.  naut.)  quilha  e  par- 
te inferior  do  navio.  ex.  « tom  os  — s  em 
terra.»  Couto,  fallando  de  uma  nau  abica- 
da  a  uma  ribanceira  de  rio. 

PEÃO,  eaat.  peom,  s.  m.  [de  pé,  des.  ão, 
alterado  de  homo  Lat.,  homem  ;  Fr.  ant. 
pion)  homem  de  pé,  toldado  que  combate  a 
pé,  não  cavalleiro.  V.  Pião.  —  de  som- 
breiro. 

PEAR,  V.  a  {pêa,  ar  des.  inf.)  prender  com 
pêa,  pôr  pêa  a  bestas,  (fig.)  impedir  o  passo.' 
Calças  de  — ,  usadas  antigamente,  mui  jus- 
tas. 

pear,  (ant.)  V.  Punir,  Castigar. 

PEARCE,  (hist.)  sábio  bispo  inglez,    nas- 
ceu em  1690,  morreu   em  1774.    E'  autor 
de  ura  Emaio  sobre  a  origem  e  progresso  , 
dos  Templos. 

PEART-RiVER,  (gcogr.)  rio  dos  Estados  Uni- 
dos,  nasce  no  Missouri,  separa  este  Estado 
do  de  Luisiania,  e  cae  no  lago  Borgne. 

PEARSON,  (hist  )  bispo  de  Chester,  nasceu 
em  i()lá,  morreu  em  1686.  E'  autor  de  uma 
Exposição  da  Fé. 

PECAMENTE,  adv.  [mentc  suíS.)  com  pequi- 
ce. 

PECAR,  V.  n.  {peco,  ar  des.  inf.)  fazer-se 
peco,  V.  g.  a  fruta. 

PEÇA,  s.  f.  {Fr.pièce,  eant.pieça,  que  M. 
de  Roquefort  deriva  do  Lat.  spatrum,  espa- 
ço. >ão  posso  admittirtal  etymologia,  e  creio 
que  vem  do  Céltico  pez  ;  pedaço,  ou  do  Lat. 
pars,  parte,  e  scissa,  cortada)  parte  desta- 
cada ou  qne  pode  destacar-se  de  corpo  so- 
lido, V.  g,  —  d(i  traste,  machina. — ,  traste, 
movei,  jóia  ;  pedaço,  porção,  v.  g.  uma  das 
— s  do  relógio,  do  navio,  do  mastro.  Fazer- 
em — s,  quebrar,  espedaçar.  —  d'armaSf 
parte  da  armadura  antiga,  v.  g.  á  viseira, 
o  escudo.  — ,  de  moeda.  Uma  — ,  diz-se 
particularmente  das  raeias  do|)ras  de6,  <00 
réis,  depois  de  7,500,  e  hoje  8,000  réis. 
— s  do  jogo,  do  xadrez,  damas,  gamão,  ta- 
bolas.  — s  de  artilharia,  canhões  de  diver- 
sos caUbres.  — ,  de  estoíTo  depanno,  seda. 
Novo  da  — ,  cortado  d'ella.  Em  — ,  ainda 
não  cortado  e  talhado  em  vestido,  roupas, 
etc.  — ,  obra,  v.  g.  —  de  theatro,  drama. 
—  de  poesia;  —  de  musica,  composição  de 
musica  vocal  ou  instrumental ;  composição 
litleraria,  oratória.  — -,  lograçào,  v.  g.  pre- 
gar uma  —  ou  — s.  — ,  presente,  offerta,  v. 
g.  cada  um  deu  sua  — .    —  de  gentç,  -^ 


m 


PÉC 


PEC 


i^%aus,  (ant.)  numero.  — s,  cabeças,  indi- 
víduos. Dizia-se  no  Brazil  dos  negros  impor- 
tados nos  navios  que  faziam  o  commercio  de 
escravaria.  — ,  (ant.)  porção,  espaço  de  tem- 
pos ou  de  caminho.  —  ha,  ha  tempos.  Boa 
ou  gran  — ,  um  bom  pedaço  de  caminho. 

PEÇA,  s.  f.  V.  Pecha. 

pECCADAço,  s.  m.  {peccado ,  des.  augm. 
aço)  (joc.)  grande  peccado. 

PECCADiNHO,  s.  m.  diminuí,  de  peccado, 
leve. 

PECCADO,  s.  m.  [LQ.i.peccatum,  àepecca- 
re,  peccar)  transgressão  dos  preceitos  religio- 
sos, culpa  ;  acção  má,  censurável.  —  da 
carne,  sensual.  —  mortal,  que  conduz  ás 
penas  eternas.  —  renial,  leve,  perdoável. 
Mal  — ,  em  vez  de  mal  de  —  ou  de  —s, 
em  castigo  d'elles.  Usa -se  também  como  in- 
terjeição. E  — ,  cousa  mal  feita. 

Syn.  comp.  Peccado,  delicto,  crime,  fal- 
ta, culpa.  Todas  estas  palavras  designam 
acções  contrarias  á  boa  moral  e  ás  leis  po- 
sitivas, porem  cada  uma  d'ellas  tem  sua  re- 
lação particular  ou  differente  gráo  de  gravi- 
dade. ,,-,.'V    ., 

Peccado  é  o  facto,  o  dito,  o  desejo  contra 
alei  de  Deus  e  da  Igreja,  e  em  geral  tudo 
que  se  aparta  do  recto  e  do  justo.  Delicio  é 
o  quebrantamento  d'uma  lei  humana,  nasce 
commumeníe  da  desobediência  á  autorida- 
de legitima  e  é  reputado  menor  que  o  crime 
o  qual  é  um  delicio  grave,  que  merece  cas- 
tigo, porque  perturba  sempre  a  ordem  so- 
cial, e  contra  elle  se  fazem  e  executam  as  leis 
criminaes.  Falta  é  propriamente  o  defeito  de 
obrar  contra  a  obrigação,  nascido  mais  da 
humana  fraqueza  que  da  malicia  e  deprava- 
ção do  coração.  Culpa  é  a  falta  ou  delicio 
commettido  por  própria  vontade,  ou,  como 
diz  D.  Fr.  Francisco  de  S.  Luiz,  a  relação 
moral  que  resulta  do  peccado,  delicio,  cri- 
me 011  falta,  e  pela  o  qual  homem  contrahe 
a  quahdade  de  culpada),  eíica  sujeito  a  uma 
pena  ou  castigo. 

Accusâm-nos  de  nossos  peccados ,  pedi- 
mos perdão  de  nossas  culpas;  perdoam -se 
as  falias ;  esquadrinha-se  a  natureza  dos 
delidos;  castigam-se  os  crimes. 

peccador,  a,  adj.  que  pecca,  commette 
peccado.  — ,  s.  pessoa  que  pecca,  que  com- 
mette pecado  habitual. 

PECCADORAço,  A,  adj.  (qço.  dcs.  augm.) 
(chul.)  grande  peccador. 

PEccAis,  (geogr.)  forte  de  França,  no 
districto  de  Gard,  a  2  léguas  ao  SE.,  de 
Aguas-Mortas,    sobre  o  canal  de  Silvereal. 

PECCAMiNOSo,  A,  ttdj .  (do  Lat.  peccamen) 
da  natureza  do  peccado.  v.  g.  acção  — . 
_  PECCANTE,   adj.  dos  2  g.    (lat.  peccans , 
t\s,  p.a.  de  joeccarc,  peccar),  que  pecca  ha- 
bitualmente, que  tem  certo  vicio,  balda  ou 


fraqueza,  v.  g.  Humor  — ,  (med.)  viciado  , 
que  causa  doença. 

PECCAR,  V.  n.  (Lat.  pecco,  are,  falhar, 
commelter  erro.  Court  de  Gébelin  o  deriva 
de  um  radical  que  significa  aanargo.  Eu  creio 
que  vem  do  Gr.  épô,  fazer,  dizer,  e  hakôs, 
mao,  mal),  commetler  oíTensa  contra  as  leis 
religiosas,  transgredir  a  lei  de  Deus  e  os 
preceitos  da  Igreja ;  infringir  as  regras  da 
moral,  da  conscieucia  :vg.  —  contra  Deos ; 

—  em  um  mandamento;  —  com  uma  mulher. 
Peccar,  errar,    v    g.  —  em  fallar  de  mais. 

—  ter  balda  ,  fraqueza  habitual  ,  v,  g.  — 
pela  superstição,  avareza.  Peccar,  commet- 
ter  crime  — em  humores,  (med.)  ter  hu- 
mores viciados,  O  anno  peccou  desecco,  de 
invernoso,  foi  mau  em  rasão  da  muita  sec- 
cura  ou  chuva. 

PECCAR,  V.  a.  (ant,)  commetter ;  —  pec' 
cados.  ex.  «  Peccou  David  o  peccado  de 
desobediência.  »  Vieira.  E  hoje  desusado  , 
e  co.m  rasão. 

PECEGO,  s-  m.  (alteração  do  Lat.  malum 
persicum,  pomo  da  Pérsia),  fruclo  do  pe- 
cegueiro,  de  que  ha  varias  espécies  :  —  mo- 
lar, miraolho,  maracotão,  calvo,  de  Janeiro, 
Gil  Mendes,  veneziano,  etc. 

PECEGUEiRO,  s.  w».  (Lat.  pcrsica) ,  arvore 
que  dá  os  pêcegos. 

PECEGUEIRO,  fgeogr.)  ilhota  de  Portugal, 
situada  a  légua  e  meia  a  0.  da  villa  de 
Sines. 

PECENO,  (ant.)  por  pequeno,  do  Fr.  (ant.) 
pécliignot. 

pecha,  s.  f.  (do  Fr.  péché,  peccado) ,  de- 
feito, tacha.  V.  g.  Póe-lhe  a  —  de  indis- 
creto. 

PECiiÂNTRE,  (hist.)  medico  e  depois  poe- 
ta trágico  francez,  nasceu  em  1(5  >8.  mor- 
reu em  1708.  Compoz  três  tragedias  :  Ge- 
ia, Juguriha,  e  a  Morte  de  Neso. 

PECHELiNGUE,  s.  m.  (corrupto  de  Flessin- 
gue{,  (ant.)  corsário  Hollandez  de  Flessin- 
gue. 

PEcniNCHA  ou  PEcniNXA,  s.  f.  (não  vem  do 
Cast.  pecha,  tributo,  direito  que  pagavam  os 
peões,  como  diz  o  additador  de  Moraes,  mas 
sim  do  ital.  piccin,  pequeno,  subent.  ga- 
nho), ganho  ténue  e  sem  custo. 

PECHISBEQUE,  s.  m.  (do  Ingl.  pinch-beck, 
que  se  diz  vir  do  nome  do  inventor),  liga 
de  cobre  e  zinco  de  côr  semelhante  ao  ou- 
ro, chamada  em  Fr.  similor. 

PECHOso,  A,  adj.  (p  cha,  des.  aso),    que 
põe  pecha  a  tudo,  descontentadiço.  —  mul^ 
perluxo  em   parecer  bem.    ex.  «  Por  não - 
ser  tão  — ,  não  qneria  ser  namorada.  »  Fer- 
reira, Cioso. 

PECHOTE,  adj.  6  s.  m.  (de  pecha),  jogador 
inexperto,  que  commette  muitas  faltas.  V.. 
P eixo  te. 


PEC 

PKCO,  s.  m.  (do  Lat.  paucus^  pouco,  peque- 
no, diminuto),  vicio  que  dá  nas  arvores  e 
plantas,  que  definha  os  fructos.  v.  g.  Deu  o 
—  nos  pomares. 

PECO,  A,  adj.  (do  precedente) ,  que  tem 
peco,  definhado.  —  néscio,  tolo.  v.  g.  Não 
é— . 

PECOREAR,  V.  n.  (ant.J  (do  Lat.  pecus,  oris, 
gado),  passar  a  noite  no  campo,  como  o  ga- 
do na  malhada,  amejoar. 

PEÇONHA,  s.  f.  (Fr.  poison,  do  Lat.  potio, 
onis,  bebida),  veneno,  no  sentido  physico  e 
no  moral.  v.g.  Muitas  cobras  tem — .  A  — 
da  lingua.  — ,  (fig.)  e  impróprio,  matéria 
saniosa  de  chaga. 

PEÇONHENTAR.  V.  Envenenar. 

PEÇoNHENTissiMO,  A,  adj.  supcrl.  de]  pe- 
çonhento. 

PEÇONHENTO,  A,  adj.  (des.  possessiva  ento), 
que  contém ,  encerra  peçonha  ,  venenoso. 
V.  g.  A  baba  —  da  cobra  surucucú. 

PECORONE,  (hist )  novellista  florentino  do 
século  XIV.  Deixou  Novellas. 

PECQ,  (geogr.)  viila  de  França,  a  l  quar- 
to de  S.  Germano-em-Laye. 

PECQUET,  (hist.)  grande  anatomista  fran- 
cez ,  nasceu  em  IblO,  morreu  em  1674. 
Fez  grandes  descobertas  em  medicina. 

PECTAR,  (ant.)  V.  Pagar,  Peitar  tributo. 

PECuiNHA,  s.  f.  (voz  dimiuutiva  e  imita- 
tiva), as  primeiras  vozes  que  a  ave  tenra 
solta  depois  da  muda.  —  s ,  remoques  pi- 
cantes, ou  amorosos 

PECULATO,  s  m.  (Lat.  peculatus),  furto, 
roubo  de  dinheiro  do  erário,  do  íisco. 

PECULIAR,  adj.  dostg.  (Lat.  peculiarius), 
(forens.)  do  pecúlio  :  bens  — s,  próprios  da 
pessoa.  —  próprio,  particular,  especial,  v.g. 
Idiotismos — s  da  nossa  Jingua.  ex.  «Povo 
de  Deus  eleito  —  e  especial.  »  Couto.  Com 
—  attenção. 

PECÚLIO,  s.  m.  (Lat.  peculium.  de  pecus, 
gado,  rad.  de  pecunia^  dinheiro,  bens,  ha- 
veres), (jurid.  rom.)  o  património  do  filho- 
familias,  ou  do  servo,  que  o  pai  ou  o  se- 
nhor lhes  dava  para  negociar.  Este  se  deno- 
mina profecticio  ;  —  adventicio  ,  o  que  é 
dado  por  pessoa  estranha  ;  —  castrense,  ad- 
quirido no  serviço  militar.  — ,  coUecção  de 
apontamentos  jurídicos,  de  máximas,  de 
exemplos,  de  notas  scientiíicas  feitas  por  al- 
guém para  uso  próprio. 

PECUNiA,  s.  f.  (Lat.  de  pecus,  gado,  que 
nos  principies  do  Roma  constituía  a  prin- 
cipal riqueza ,  e  por  ampliação,  dinheiro), 
termo  só  usado  em  estylo  jocoso,  dinheiro. 
PECUNIÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  pecuniorius] ,  re- 
lativo a  dinheiro,  v.  g.  Pena  — ,  muleta. 


m 


133 


do),  guardador  de  rebanho,  subordinado  ao 
pastor.  Pegureiro  é  mais  usado  e  meno? 
correcto. 

PEDACINHO,  s.  m.  diminuí,  de  pedaço. 

PEDAÇO,  s.  m.    (do    Lat.  pars,   parte,  e' 
quassa,  quebrada),  fragmento,  parte,  peçá^ 
cortada,  quebrada,  separada   de   um  todo. 
v.g.  Um — de  pão,  pão,  queijo,  carne. — ;^ 
porção  que  se  pôde  separar    de  um  todo  / 
V.  g.  um  —  de  terra,  campo,    de  caminho, 
de  tempo.  Estatua   feita  de  —  s.    Composi- ■» 
çãode — s,  que  não  é  toda  do  mesmo  tom. 
Fazer  em  — s,  espedaçar.  A  —  s,  aos  pou- 
cos, por  vezes,  v.  g.  fazer   o  caminho,  a 
jornada,  a  obra  a  — s.  — s  d' alma,  coração, 
diz-se   de  pessoas   que  amamos  como   se 
fosse  parte  de  nós  mesmos.  ' "" 

PEDÁGIO,  s.  m.  (ant.)  (do  Lat.  pes,  dis,  o 
pé,   e  ágio,  de  agere,  fazer),  tributo  que 
se  pftga  por  passagem  de  ponte,  barca,  cal-j 
cada,  etc. 

PEDAGOGIA,  s.  f.  (pedagogo,  des.  ia),  tom 
de  pedagogo  ;  dogmatismo  ;  pedantaria. 

PEDAGÓGICO,  A,  adj.  (dcs.  ógico),  de  pe- 
dagogo, v.g.  Tom,  estylo  —  ,  Maneiras 
— s.  de  mestre  de  meninos,  de  pedante. 

PEDAGOGO,  s.  m.  (Lat.  do  Gr.  pais,  dós,, 
criança,  e  dgo,  conduzir),  mestre   de  me- 
ninos ;   aio ,    preceptor   de  mancebo ;  ins- 
tructor ;  (fig.)  homem  dogmático,  pedante. 

PEDANEO,  A,  adj.  (Lat  pedaneus,  depes, 
dis,  pé),  inferior.  Juizes  pedaneos  [Ldit.  ju- 
dices  pedanei),  os  da  terra,    não  lettrados. 

PEDANTARIA,  s.  f.  (dcs.  aria],  tom,  ma- 
neiras, jactância  de  pedante. 

PEDANTE,  s.  m.  (do  Gr.  pais,  dós,  crian- 
ça, e  anta,  diante,  na  presença;  equiva- 
le a  mestre  ensinando  as  crianças)  ,  peda- 
gogo, mestre  de  meninos ;  (fig.  e  mais  us.) 
erudito  sem  critica  e  vaidoso,  que  ostenta 
erudição  indigesta. 

pEDANTEAR,  V.  a.  [pedante,  ar  des.  inf.) 
fazer  de  pedante,  ostentar   erudição  iadi^t 
gesta.  '  ''  '  '','•» 

PEDANTESCAMENTE,  adj.  [mente  suff.),  co- 
mo pedante,  de  maneira  pedantesca. 

PEDANTESco,  A,  adj.  [pedante,  des.  esco\,-- 
próprio  de  pedante,  v.  g.  Linguagem  —  ,, 
de  quem  ostenta  erudição  indigesta  ,  sem.^ 
critica. 

PEDANTISMO,  s.  w.  (des.  xsmo 
ção  ridícula  de  indigesta  erudição,  de  co- 
nhecimentos supertíciães,  jactância,  osten- 
tação pedantesca. 

pÉ-DE-GALio,  (naut.).  V.  Pé.        ^  ^ 

PEDEO,  (gpogr.)  nome   de  dous  rios  dos^ 
Estados  Unidos,  um,  o  Granrfe  Pedeo,  nas- 
ce na  CaroHna  do  Norte  e  cae  na  bahia  de 
pECUNioso,  A,  adj.  (Lat.  pecuniosus),  en- 1  Winyaw  ;  o  outro,  o  I  equeno  Pedêo,  nas- 
dinheirado,  rico,  que  tem  muito  dmheiro.    ce  a  E.  de  llockingham  e  junta-se    na  Ca-, 
PEGUREIRO,  s.  m.  (do  Lat.  pecus,  oris,  ga- 1  rolina,  do  Sul  com  o  Grande  Pedèo. 
yOL.  IT.  ò»^lOi*iiiy;   ,*ú   .i  w>         34 


ostenta- " 


\ 


PEDEMíAL,  I.  f».  (pcam^  des.  ai),  peder- 
neira ;  veia  de  perderneiras.  Pedernaes  lii. 

PEDERNEIRA,  s.  f.  {pedra,  Lat.  e  Gr.  pe- 
tra,  neueron,  força),  pedra  siliciosa  de  ffv 
rir  lume;  a  pedra  fixada  no  cão  das  espin- 
gardas, pistolas  e  hoje  nas  peças  de  arli- 
Iharia,  com  que  se  fere  lume  para  dar  fo- 
go ou  desparar  a  arma.  —  (naut.)  arrecife 
de  pedra  viva. 

PEDERNEIRA,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de 
^Portugal,  no  districto  de  Leiria,  18  léguas 
ao  M.  de  Lisboa,  situada  na  bahia  do  mes- 
mo nome  onde  se  lança  o  Alcoa  com  6  lé- 
guas de  curso  ;  2,020  habitantes,  e  todo  o 
concelho  2,8(J0,  pela  maior  parte  pescado- 
res. 

PEDERNEIRA,  (geogr.)  aldeia  da  província 
do  Pará,  na  margem  direita  do  Tocantins, 
no  B-^azil ,  22  léguas  acima  da  villa  de 
Cámelá,  5  abaixo  do  forte  d'Alcobaça. 

PEDESTAL,  s.  f».  pi.  Pedcstaes  (do  Ital. 
piedeslallo,  Fr.  piédesial.  M.  de  Roquefort 
quer  que  venha  de  Lat.  pes,  dis,  e  de  stare, 
estar  direito  e  firme,  e  não  do  Gr  slylos,  co- 
"^  liimna,  mas  penso  que  se  engana,  visto  que 
só  a  idéa  de  columna  é  essencial),  (arch.)  cor- 
po ou  membro  que  sustenta  as  columnas ; 
compõe-se  de  base  e  cornija  e  tem  formas  di- 
versas em  cada  uma  das  ordens  de  archi- 
tecturá. 

PEDESTRE,  adj.  dos  2  g»  (Lat,  de  pes. 
dis,  pé),  de  pé,  que  caminha  a  pé.  Homem, 
gente  — ,  viandante  ;  s.  m.  correio  de  pé, 
caminheiro. 

PEDiçÃo,  s.  f.  V.  Pedimenio,  Petição. 

PEDICULAR,  aáj.  dos  2.  g.  (Lat.  pedicu- 
laris,  de  pedicellns,  piolho  pequeno,  rad. 
pes.  dis,  pé),  de  piolhos.  Doença  —  ,  cau- 
sada por  grande  quantidade  de  piolhos,  que 
se  geram  na  cabeça  e  pelo  corpo. 

PEDIDA,  s.f.  (subst.  da  des.  f.  áe  pedido), 
(ant.)  espécie  de  finta,  pedido,  cousa  pedi- 
da ;  licença  pedida  ao  senhorio  para  cei- 
far. 

PEDIDO,  Á,  p.p.  de  pedir,  adj.  que  se 
pedio,  requerido.  Pessoa  — ,  a  quem  se  pe- 
de, requer  alguma  cousa.  v.  g.  Foi  el-rei 
.  pedido  que  houvesse  de  prover ;  rogado, 
sapplicado.  Tinha  —  a  filha  em  casamento. 
As  filhas  já — s  em  casamento.      -;;,/,!, 

PEDIDO,  s.  th.  cousa  pedida  ;  contribuição 
que  os  reis  de  Portugal  pediam  ás  cortes  pa- 
ra necessidades  pubHcas.  Kào  se  sabe  o  que 
significa  a  expressão  que  se  encontra  a  ca- 
da passo  nos  actos  das  antigas  cortes:  v.g. 
um  — ,  —  e  meio,  dois,  três  — s.  E'  eviden- 
te que  o  pedido  era  quantia  determinada, 
mas  qual  fosse  o  seu  importe  não  sabemos. 

PFDiDOR.  s.m  o  que  pede  esmola,  pedinte 

PEDIGOLHO  OU   PBPI60NH0,  S,  m.   (chuloj. 


ped 

pedidof  importuno,  mendigo  impertinente. 

As  des.  são  peiorativas. 

PEDiLuvio,  s.  w.  (Lat.  pediluvium)  (med.) 
banho  aos  pés  em  agua  quente. . 

PEDiMENTO,  s.  m  [mento  suíL),  acção  dei 
pedir,  rogo,  supplica,  peditório,  v.  g.  A 
—  de  parentes  el-rei  lhe  commutou  a  pe- 
na. 

PEDINCHÃO,  ONA,  adj.  (des.  peiorativa  e 
frequentativa),  que  pede  com  importunida- 
de,  que  pede  muitas  cousas,  que  está  sem- 
pre a  pedir. 

PEDINCHAR.  V.  a.  (frequent.  e  peiorativo 
de  pedir),  estar  sempre  a  pedir,  pedir  com 
importunidade  e  a  miúdo,  como  os  men- 
digos, eos  frades  mendicantes.  Também  se 
usa  em  sentido  abs.  p.  p.  sup.  pedincha- 
do. 

PEDiNTA,  s.  f.  {áe  pedinte),  (p.  us,)  mu- 
lher, pedinte,  mendicante. 

PEDiNTÃo,  ONA,  adj.  (chulo)  V.  Pedin- 
chão. 

PEDiNTARiA,  s.  f.  (des.  ária),  mendiguez. 
o  estado  do  mendigo,  de  pobre  pedinte,     i 

PEDINTE,  s.  dos  2g.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ens,  lis),  mendigo,  homem  ou  mulherJ 
que  pede  esmola.   D.  Fr.  Manuel  usou  dói 
f.  pedinta,  hoje  desusado. 

PEDIR,  V.  a.  (Lat.  peto,  ere,  pedir,  sup- 
plicar,  buscar;  de  pes,  dis,  o  pé;  signifi- 
ca propriamente  ir,  ter,    ir  em  busca,   di- 
rigir-se  a  alguém),  SDllicilar  de  alguém  fa- 
vor, auxilio,  V.  g.  —  misericórdia,  —  di- 
nheiro emprestado,  —  esmola,  —  paz,  — i 
conselho,  voto,  adjutorio, — mulher  emca- 
zamento.  — ,  requerer,  v.  ^. — justiça,  sa-^j 
tisfação  da  injuria  recebida,  —  campo,   (oq 
desafiado).    V.  Campo.  —  tempo,  dilação,!^ 
demora,  espera,  requerê-la  ao  juiz  ou  tri-í) 
bunal. — ,  exigir,  pn  cisar,  v  ^.  Essa  ques- 
tão pede  madura  reflexão.  Isso  joerfe  tempo. 
Esse  negocio  jocde  segredo,  prudência,  acti- 
vidade   Moraes  diz  que  neste  sentido  é  neu-/ 
tro,  o  que  é  inexacto,  pois  nestas  locuções! 
é  o  verbo   tão  activo  como  nas  seguintes: 
peço  segredo,   grande  reserva.  —  desculpa^.} 
desculpar-se,  rogar  a  alguém  que  desculpeb 
alguma  falta  ou  desattenção  nossa.  — per^p 
dão,  de  oífensa  commettida,  mais  ou  menos-, 
grave.  Peço  perdão,  é  locução  de  civilidade 
quando  involuntariamente  commetteraos  al- 
guma irrevert  ncia    A  —  por  bocca,  loc.  fa- 
mil.,  promptamenle  e  como  desejamos,  dei 
modo  a  síilisfazer  instantaneamente  os  nos*  > 
SOS  desejos. —  k  (ant.)  ir  ter,  procurar,  at- 
tingir  :  «  uma  serrania   de  viva  pedra  com 
grandes  e  ásperos  pico.«,  que  pedem  as  nu- 
vens (om  sua  altura.  »  Barros,  Dec.  1,  8,  4. 
Este  é  o  sentido    primitivo  do  Lat.  petere. 
—  por  alguém,  em  sentidp  abs.  oun.,im- 
^  lorar  perdão  ou  favor  a  bem  de  alguém. 


RD 


í 


m 


^  ,   ,  ,     ir  per^ 

dão.  Quem  se  mostra  sem  culpa,  justificaa- 
do-se  d'uma  falta  apparente,  pede  desculpa. 
Quem  reconhece  sua  falta,  e  quer  evitar  o 
ser  punido,  pedeperdão.  A  primeira  expres- 
são refere-se  á  imputação,  da  qual  nosjus- 
tificâmos ;  a  segunda  reconhece  a  culpa,  e 
mostra  arrependimento.  O  animo  nobre  des- 
culpa facilmente;  não  hesita  em  perdoar  o 
coração  generoso. 

Syn.  comp.  Pedir,  orar,  exorar,  rogar, 
supplicar,  implorar,  obsecrar,  demandar, 
requerer^  exigir.  De  lodos  estes  vocábulos 
o  mais  genérico  é  pedir,  porque  não  espe- 
cifica nem  a  cousa  que  se  pede,  nem  a  pes- 
soa a  quem  se  pede,  nem  o  modo  como  se 
pede.  Pedimos  justiça,  ou  uma  graça ;  pe- 
dimos o  que  se  nos  deve,  ou  o  que  desejámos 
obter  por  favor ;  pedimos  a  Deus,  aos  ho- 
mens, em  juízo,  ou  fora  d'elle,  de  palavra 
ou  por  escrito,  etc. 

Orar  é  pedir  a  Deus,  diz  Vieira,  isto  é, 
fazer  orações  para  que  Deus  nos  ouça,  e  de- 
fira ao  que  lhe  pedimos.  Exorar  é  pedir  com 
instancias,  demover,  dobrar  com  snpplicas. 
Rogar  é  pedir  por  graça  e  mercê.  Supplicar 
é  pedir  com  humildade  e  submissão.  Implo- 
rar é  pedir  com  rogos  e  lagrimas,  quando 
nos  vemos  em  aíllicções  e  trabalhos.  Obse- 
crar é  pedir  humilde  e  aííectuosameale  por 
alguma  cousa  sagrada  ou  mui  respeitável. 
Demandar  é  pedir  em  juízo,  pedir  por  e  com 
direito,  como  disse  Vieira:  «Peíitr  a  quem 
me  deve  mais  é  demandar  que  pedir  (Serm. 
doHoz.  I,  476).  »  Requerer  é  pedir  ao  ma- 
gistrado, ou  fazer  requerimento  á  autorida- 
de superior,  para  que  se  nos  delira  como  é 
do  justiça,  se  nos  dê  o  que  a  lei  nos  concede, 
ou  nos  autoriza  a  pedir.  Exigir  é  pedir  com 
autoridade  e  instancia  o  que  é  devido.  O  so- 
berano tem  direito  de  exigir  a  obediência  de 
seus  súbditos.  Grandes  crimes  exigem  exem- 
plares castigos. 

PEDORiDO,  (geogr.)  povoaçáo  do  concelho 
de  Paiva,  situada  a  7  léguas  a  U  de  Lamego  ; 
1,200  habitantes. 

PEDOTRiBA ,  s.  m  mestro  da  arte  athle- 
tica. 

PEDOTRiBico,  A,  adj .  Arte — ,  athletica. 

PEDRA,  s.  f.  (Lat.  bGt.  petra,  ou  petros, 
rochedo.  Os  etymologistas  não  dão  a  origem 
satisfactoria  deste  nome.  Talvez  de  írekhò, 
ser  áspero,  duro,  e  epi,  sobre.)  corpo  com- 
pacto, térreo  e  mais  ou  menos  duro  que 
forma  pf.rte  do  nosso  globo ;  seixo,  calhao, 
e  qualquer  outra  substancia  dura,  concre- 
ção, V.  g.  —  da  bexiga,  dos  rins.  — s  finas, 
as  que  se  distinguem  pela  sua  bella  côr , 
transparência,  dureza,  e  susceptíveis  de  re- 
ceberem um  bello  polido,  v.  g.  &  ágata,  a 
i^rnalioa,  o  lápis  lazuli,  o  jaspe,  o  porphy- 


TO,  ôtc.  —  preciosas,  as  que  se  dístíngueoi 
pelo  seu  brilho  e  côr  e  a  que  se  dá  grande 
valor,  V.  g,  o  diamante,  o  rubi,  a  esmeral- 
da, a  saphyra,  o  topázio,  etc.  —  calcarea, 
a  que  consta  principalmenta  de  cal.  —  si- 
liciosa,  composta  principalmente  desilicia. 

—  hume  ou  ahume,  composta  principalmen- 
te de  alumina.  —  da  chuva,  saraiva,  pe- 
drisco.  —  do  raio  ,  aerolite.  —  de  cevar  , 
iman,  magneto  —  de  toque,  pedra  dura  em 
que  os  ourives  roçam  as  peças  ou  barras  de 
ouro  e  prata  para  provarem  a  sua  puresa. 

—  pomes,  pedra  porosa,  producto  dos  vol- 
cãos.  —  de  cantaria,  própria  para  se  lavrar 
e  construir  edifícios.  — aguila,  elites.  — de 
amolar ,  em  que  se  amolam  instrumentos 
cortantes  grosseiros.  —  de  afiar,  em  que  se 
dá  o  fio  a  navalhas  de  barbear,  a  cannive- 
tes,  instrumentos  cirúrgicos  cortantes.  — ba- 
zar, V.  Bazar.  —  lithographica,  pedra  po- 
rosa própria  para  lithographar.  —  infernal, 
nitrato  de  prata,  cáustico  lunar.  —  lipes  , 
sulphato  de  ferro,  vitiiolo  azul,  natural  ou 
artificial.  —  lios.  V.  Lióz.  —  de  sal,  as  por- 
ções em  que  o  sal  se  crystalliza. — da  es- 
pingarda ou  de  arma  de  fogo,  a  pedernei- 
ra que  fere  lume  e  põe  fogo  á  escorva. — 
de  ara,  a  que  se  pÕe  nos  altares.  —  do  la- 
gar, galga.  —  do  moinho,  mó.  Primeira — , 
ou  —  fundamental,  base  do  edificio  ;  (fig.) 
fundamento.  —  angular,  a  que  forma  os 
cantos  do  edificio;  (fig.)  principal  força,  es- 
teio. —  de  toque,  (fig.)  signal  certo,  ma- 
neira infallivei  de  ajuizar  da  bondade  de  al- 
guém ou  de  alguma  cousa  Lançar  a  pri- 
meira —  a  um  negocio,  por-lhe  os  funda- 
mentos, dar-lhe  principio,  fazer  as  primei- 
ras disposições.  —  branca,  (fig.)  marcar 
com  —  um  dia,  marcer  como  feliz,  ou  mar- 
ca?' com  —  preta,  por  infausto.  —  de  es- 
cândalo, (fig.)  objecto  de  escândalo,  cousa 
que  escandaliza,  causa  indignação.  —  phi- 
losophal,  supposto  arcano  que  os  alquimis- 
tas procuraram  por  muito  tempo :  segando 
elles  devia  operar  a  transmutação  das  sub- 
stancias umas  nas  outras,  e  por  conseguinte 
converter  qualquer  metal  em  oliro,  e  lam- 
bem devia  ser  panacea  para  curar  todas  as 
enfermidades.  Achar  a  — ,  meio  secreto  de 
enriquezer. /)e — ,  pétreo,  (fig.)  cousa  dura. 
Coração  de— ,  duro,  insensível.   Cabeça  de 

—  ou  de  — e  cal,  mui  dura,  obstinada.  Es- 
tar de  —  e  cal,  mu»  firme,  obstinado  em 
uma  opinião  ou  propósito.  Lançar  a  —  e  es- 
conder a  mão  ,  adagio,  fazer  o  mal  enco- 
berlameote.  ior  uma  —  em  cima,  fallando 
de  processo,  demanda,  embaraçar  o  progres- 
so, pôr  era  silencio.  Dar  de  —  entre  ouri- 
ves, passar  a  pedra  pomes  sobre  as  peças 
de  ouro  ou  prata  antes  de  as  polir.  Doudo 
de  — s,  que  atira  pedras  desatioadamente : 

34» 


136 


PED 


(fig. )  homem  estouvado.  Quem  cala  —  s 
apanha,  adagio  com  que  se  exprime  que 
quem  dissimula  a  offensa  prepara  a  vin- 
gança. Não  deixar  —  sobre  —  ,  arruinar 
completamente, 

PEDiiA,  (geogr.)  aldeia  da  provincia  do 
Rio  de  Janeiro,  na  margem  direita  do  rio 
Piírahiba  e  abaixo  da  confluência  do  Bosa- 
rahi,  no  Brazil. 

PEDRA-BONITA,  (gGogr.)  s^rra  da  provín- 
cia de  Pernambuco,  22  léguas  ao  JNO.  da 
Villa  de  Flores,  no  Brazil. 

PEDRA-BRANCA,  (geogr.)  villa  da  provin- 
cia da  Bahia,  5  léguas  OSO.  da  povoação 
de  Genipapo,  no  Brazil. 

PELRA-LiSA,  (geogr.)  serra  da  provincia 
do  Rio  de  Janeiro,  no  Brazil,  nas  matas 
que  jazem  entre  o  districto  da  cidade  de 
Campos,  e  o  da  villa  de  Cantagallo. 

PEDRADA,  s.  f.  {pedra,  des.  ada)  ,  golpe 
de  pedra;  (fig.)  remoque,  dito  picante. 

PEDRADO,  A,  adj.  salpicado,  com  pintas 
pretas  e  branco,  v.  g.  Falcão  — .  Ornamen- 
to de  branco  —  de  ouro. — ,  guarnecido  de 
pedrinhas.  — ,  calçado  de  pedras,  v.  g.  es- 
trada, rua,  cães — .  duro  como  pedra,  i?.  5'. 
fructos  — s.  Tetas  — s  das  vaccas,  callosas, 
endurecidas. 

PEDRAGOZo,  V.  Pedregoso. 

PEDRAGULiiENTO.  V.  Pedregoso. 

PEDRAL.  y .Pedregal. 

PEDRANCEiRA,  s.  f.  (p,  us.)  monte  de  pe- 
dras. 

PEDRÃo,  (geogr.)  povoação  da  provincia  da 
Bahia,  nodistricto  da  cidade  da  Cachoeira, 
no  Brazil. 

PEDRARIA,  s. /*.  (des.  aHa),  pedra  de  can- 
taria, opposta  á  de  alvenaria;  (ant.). — , 
pedras  preciosas ;  —  grossa,  pedras  finas 
como  cornalina,  ágata. 

PEDRAS,  (gtogr.)  povoação  do  Brazil,  na 
provincia  do  Mato-Grosso,  nas  margens  do 
Porrudos  ou  rio  de  São  Lourenço,  26  léguas 
ao  NE.  da  cidade  de  Cuiabá. 

PEDRAS,  (geogr.)  povoação  do  Brazil,  na 
provincia  da  Bahia,  3  léguas  ao  NE.  da  pon- 
ta deltapuanzinho,  e  outro  tanto  ao  SE.  da 
povoação  dellapuan. 

PEDRAS,  (geogr.)  rio  da  provincia  de  Mato 
Grosso,  no  Brazil,  i[ue  se  ajunta  com  o  rio 
Guaporé,  pela  margem  esquerda. 

PEDRAS  (rio  das),  (geogr.)  rio  da  provincia 
das  Alagoas,  no  Brazil,  onde  é  também  co- 
nhecido com  o  nome  de  Manguape. 

PEDRAS  (lagoa  das),  (geogr.)  Ingoa  da  pro- 
vincia do  Rio  de  Janeiro,  entre  o  rio  Muriaré 
e  a  margem  esquerda  dot^arahiba. 

PEDREGAL,  s.  m.  Pcdregoes,  pi.  (des.  col- 
lectiva  ai],  logar  onde  ha  muita  pedra. 

PEDREGOSO,  A,  adj.  (dcs.  oso],  cheio  de  pe- 
.   dras  soltas,  v.  g.  Caminho,  campo  — . 


r)llJ.lV-9tl 


PED 

PEDREGULHO,  s.  ííi.  (des.  ulho),  quo  denota 
multidão  de  cousas  miúdas) ,  muita  pedra 
miúda,  peixinhos  dos  rios. 

PEDREIRA,  s.  f.  [pedra,  des.  eira  que  deno- 
ta origem),  rocha  d'onde  se  corta  e  quebra' 
pedra;  (fig.)  origem.  Degenerar  da — ,  dos 
pais,  antepassados.  —  protector  ,  valedor  f 
empenho,  ex.  «  Basta  uma  — .  »  Vieira.  «  Lhe 
mettiam  — s  para  isso,  »  Couto,  empenhos, 
como  hoje  se  diz. 

PEDREIRO,  s.  m.  (des.  eiró),  officialque  tra- 
balha em  obras  de  cantaria  ou  de  alvenaria. 
— s  livres,  membros  de  uma  sociedade  se- 
creta espalhada  por  todo  o  globo,  e  que 
se  suppõe  ter  principiado  por  uma  associa- 
ção de  architectos  de  diversas  nações ,  na 
idade  media.  — ,  peça  de  artilharia  mon- 
tada em  cavallete,  e  que  atira  de  ordinário 
pedras  em  vez  de  balas  de  chumbo  ou  de 
ierro  ;  —  encampanado  ;  —  encamerado. 

PEDREZ,  adj.  dos  2  g.  (des.  ez,  que  de- 
nota semelhança),  semelhante  a  superfície» 
semeada  de  pedrinhas,  ou  a  pedra  cheia  de 
pintas.  V.  g.  Cavallo  —  ,  que  tem  pintas  ou 
signaes  pretos  e  castanhos  sobre  fundo 
branco.  Ferro  — ,  quebradiço  como  pedra, 

Moraes  define  pedrez  cor  de  pedra,  como 
se  todas  as  pedras  tivessem  a  mesma   cor. 

PEDRINHA,  s.  f.  diminut.  de  pedra,  seixo, 
pedra  pequena,  fragmento  de  pedra. 

PEDRINHO,  A,  adj.  (ant.),  de  pedra.  v.  g. 
Lagar--.  Docum.  Ant. 

pEDRisco,  A,  adj.  (des.  isco,  que  denota 
fragmento),  em  fragmentos  de  pedra. 

PEDRisco,  s.  m.  (do  precedente  saraiva. 

PEDRO,  (8.)  (hist.)  Pelrus  em  latim.  Ce- 
phas  em  hebreo,  chamado  o  principe  dos 
apóstolos,  era  irmão  de  Santo  André,  pri- 
meiro discípulo  do  Salvador.  Jesus  escolheu> 
em  Ij2  para  vigário  dirigindo-lhe  as  seguiu-- 
tes  palavras:  «Tu  és  pedra,  e  sobre  esta  pe- 
dra eu  construirei  a  minha  igreja.  »  Assusta- 
do durante  a  paixão,  Pedro  negou  seu  mes- 
tre, mas  depressa  se  arrependeu.  Pregou  o 
chrislianismo  em  Jerusalém,  na  Antiochia  e 
em  Roma,  aonde  foi  marlyrisrdo  com  S.  Pau-' 
Io  em  65  ou  66.  E'  commemorado  a  29  de  ju- 
nho. Ha  mais  alguns  sanctos  com  o  nome  de 
Pedro:  um  bispo  de  Sebaste,  morreu  em  387, 
é  commemorado  a  9  de  janeiro  ;  S.  Pedro 
Chrysologo,  foi  bispo  de  Ravenna  desde4j2 
até  452,  é  festejado  a  4  de  Dezembro ;  S.  Pe- 
dro de  Alcântara,  e  S.  Pedro  Nolasco. 

PEDRO  1,  (D.),  (hist.)  rei  de  Portugal,  [fi- 
lho d'elrei  U.  ylíTorso  IV  e  da  rainha  D. 
Brites  sua  mulher,  nasceu  em  Coimbra  em 
1320,  reinou  em  1H57  a  1367,  anno  em 
que  morreu  em  Estremoz,  e  jaz  em  Alco- 
baça, junto  de  sua  segunda  mulher,  a  ce- 
lebre D.  Ignez  de  Castro.  Impaciente  de 
vingar  a  morte  desta ,  logo  que  subiu  ao 
oq  o  ,oq<ift|,  o  ,íki\«ii  aiq«í  o  ,«xi;imnoa 


PED» 


PEI> 


mt 


trono ,  fez  alliança  com  Pedro-o-Cri/e/  de 
Castella  contra  o  rei  de  Aragão,  para  obter 
a  exlradicção  dos  matadores  de  sua  mulher, 
de  quem  tirou  crua  vingança  (V.  D.  Ignez 
de  Castro).  Convocou  cortes  em  Cantanhe- 
de, aonde  jurou  o  casamento  com  D.  Ignez, 
que  em  13tíl  fez  desenterrar  para  lhe  dar 
as  honras  reaes.  Applicou-se  depois  á  re- 
forma lios  abusos,  que  grassavam  pelo  rei- 
no, o  que  levou  a  effeito  com  constância  e 
imparcial  justiça.  Viajou  amiudadas  vezes 
pelas  provincias,  syndicando  sobre  o  bem 
viver  dos  povos;  procurou  reprimir  o  luro, 
sendo  o  primeiro  a  dar  o  exemplo,  andan- 
do sempre  com  accompanhamento  modes- 
to, e  até  muitas  veze^  a  pé  pelas  ruas,  O 
commercio  e  a  navegação  continuaram  em 
progresso  no  seu  reinado.  O  que  mais  ca- 
racterisa  o  reinado  deste  monarcha  foi  a 
sua  justiça  rigorosa  ,  que  lhe  grangeou  o 
nome  de  Justiceiro.  Foi  D.  i'edro  casado 
pela  primeira  vez  com  D.  Constança ,  de 
quem  teve  3  filhos  ;  casou  depois  com  D. 
Ignez  de  Castro;  de  quem  leve  4  filhos,  e 
teve  alem  destes  2  filhos  naturaes,  um  dos 
quaes  foi  o  celebre  D.  João,  mestre  de  Aviz, 
que  subiu  ao  trono  por  morte  de  D.  Fer- 
nando 1. 

PEDRO  II,  (D.),  (hist.)  rei  de  f  ortugal ; 
foi  o  sétimo  filho  del-rei  D.  João  IV,  nas- 
ceu em  Lisboa  em  1648,  foi  nomeado  re- 
gente era  1()67  ,  rei  em  1683.  e  morreu 
em  1716  em  Alcântara;  jaz  em  S.  Vicente 
de  Fora.  Tendo  seu  irmão  elrei  D.  Aífonso 
VI  obrigado  pelos  acontecimentos,  que  mar- 
caram o  fim  do  seu  desditoso  reinado,  re- 
nunciado em  1667  a  coroa  em  favor  delle, 
D.  Pedro  foi  logo  acclamado  regente  pelo 
povo,  e  em  Janeiro  de  1G6S  foi  declarado 
e  jurado  pelas  cortes  herdeiro  presumpti- 
vo  da  coroa,  e  regente  do  reino.  Nomeou 
então  os  ministros,  que  tinham  servido  no 
reinado  de  seu  pai,  mandou  recolher  as 
pessoas,  que  no  anterior  reinado  tinham  si- 
do desterradas,  procurou  augmentar  as  ren- 
das do  estado,  e;acabaram  com  as  desordens, 
que  tinham  lugar  durante  o  governo  de  seu 
irmão,  fazendo-se  amar  dos  povos,  no  que 
punha  o  maior  empenho.  Concluiu  paz  com 
Castella  ,  pondo  termo  a  uma  desastrosa 
gu€rra  de  :28  annos,  com  condições  vanta- 
josas e  honrosas  para  Portugal.  Restabele- 
ceu as  rtlações  com  a  corte  de  Roma,  e 
renovou  os  tractados  com  as  principaes  po- 
tencias de  Europa  ,  principalmente  com  a 
Inglaterra  e  liollanda ,  no  que  se  houve 
com  summa  prudência.  Diminuiu  a  despe- 
za  publica,  licenciou  parte  do  exercito,  me- 
lhorou a  arrecadação  da  fazenda  ,  e  deu  á 
corte  o  exemplo  da  frugalidade.  Tendo  fal- 
lecido  D.  Affonso  VI  em  1683    foi  logo    o 

VOL.  IV. 


infante  D.  Pedro  acclamado  rei,  mas  no  sen 
reinado  não  foi  tão  feliz  como  durante  a 
regência.  Conseguiu  por  algum  tempo  con- 
servar a  neutralidade  de  Portugal  nas  guer- 
ras, que  agitavam  a  Europa;  mas  por  fim, 
oífendido  com  a  altivez  das  cortes  de  Ma- 
drid e  Versailles,  e  fascinado  pelas  vanta- 
gens, que  se  oíTereciam  a  Portugal ,  deci- 
diu entrar  na  Grande  AUianra  ,  e  apoiar 
as  pretenções  do  archiduque  Carlos  ao  tro- 
no de  llispanha.  Foram  os  successos  desta 
guerra  alternativamente  prósperos  e  des- 
graçados. Em  I7lí4  o  marquez  das  Minas 
entrou  victorioso  em  Madrid  á  frente  das 
tropas  portuguezas,  mas  Carlos  111  demo- 
rou-5e  demasiado  e  perdeu  assim  a  única 
occasião  de  se  apoderar  da  coroa  ;  as  tro- 
pas portuguezas  tiveram  depois  que  retirar 
e  soífreram  bastante  perda.  Em  1706  pro- 
curava D.Pedro  11  fazer  novas  levas,  quan- 
do cahiu  doente,  e  dessa  doença  se  lhe  se- 
guiu logo  a  morte.  Casou  este  monarcha 
em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  Fran- 
cisca Izabol  de  ^»boia,  mulher  que  fora 
de  D.AíTonso  VI,  para  o  que  seobteve  dis- 
pensa do  papa,  depo'\s  de  anuUado  o  casa- 
mento com  aquelle  monarcha.  Casou  em 
segundas  núpcias  em  1687  com  D.  Maria 
Sofia  de  Newburgo,  filha  do  eleitor  palati- 
no do  Rheno.  De  ambas  leve  descendên- 
cias. Este  monarcha  viveu  58  annos,  dos 
quaes  governou  38  ,  sendo  15  como  re- 
gente e  23  como  rei.  Foi  dotado  de  gran- 
de intelligencia  e  juizo  solido.  Era  sensí- 
vel, caritativo  ,  e  hábil  nos  negócios  pú- 
blicos. A  felicidade  dos  povos  era  o  obje- 
cto do  seu  maior  cuidado. 

PEDRO  11  (D.),  (hisl.)  rei  de  Portugal 
por  ter  casado  com  a  rainha  D.  Maria  J, 
sua  sobrinha.  Nasceu  em  Lisboa  em  1717, 
sendo  filho  delrei  D.  João  V,  e  da  rainha 
D.  Maria  Anna  sua  mulher  ;  casou  em  1760 
com  sua  sobrinha  D.  Maria,  herdeira  pre- 
sumptiva  da  coroa,  e  com  elia  subiu  ao 
throno  em  1777,  tomando  o  titulo  de  rei 
por  já  ter  filho  varão  ;  morreu  em  1786, 
e  jaz  em  S.  Vicente  de  Fora.  liontava  D. 
Pedro  63  annos  quando  sua  mulher  subiu 
ao  throno ;  viveu  ainda  mais  9  sem 
de  maneira  alguma  interferir  na  publica  ! 
admnistração  ;  vivia  retirado  no  palácio  de 
Queluz,  onde  dava  esplendidas  festas  a  sua 
esposa  ;  se  esta  o  convidava  para  assistir 
ao  conselho  d'estado,  alli  permanecia  mu- 
do expectador  excepto  quando  se  tratava 
da  casa  do  infantado,  que  lhe  pertencia. 

PEDRO  IV  (D.)  (hist.)  1  do  Brasil,  rei  de 
Portugal,  e  imperador  do  Brasil,  nasceu 
em  Queluz  em  li 98,  o  foi  filho  delrei  D. 
João  VI,  e  de  sua  mulher  a  rainha  D. 
Carlota  Joaquina  ;  foi  declarado  herdeiro 
35 


m 


PEDí 


PED 


da  coroa  em  1826,  mas  abdicou  logo  em  sua 
filha;  falleceu  em  1834  no  próprio  quarto  do 
palácio  onde  nasceu.  Em  1807,  por  occa- 
sião  da  invazão  franceza,  passou  com  a 
sua  familia  ao  Brazil.  aonde  se  conservou 
até  1831,  apezar  dos  vivos  desejos  que 
teve  de  vir  tomar  parte  na  guerra  penm- 
sular.  Em  1821,  tendo  vindo  para  Portu- 
gal elrei  D.  João  VJ,  D.  Pedro  ficou  re- 
gendo o  Brazil ;  e,  apezar  dos  exforços  que 
fez  para  o  conservar  unindo  a  Portugal,  a 
serie  dos  accontecimentos  o  levaram  a  eman- 
cipar aquella  nossa  possessão,  para  evitar 
que  elle  passasse  a  extranhas  mãos.  D.  Pedro 
foi  declarado  imperador  e  Defensor  perpetuo 
do  Brazil,  cuja  independência  foi  reconhe- 
cida pelo  tractado,  assignado  no  Rio  de 
Janeiro  a  29  de  Agosto  de  J825,  e  ratifi- 
cado em  Lisboa  a  5  de  Novembro  do  mes- 
mo anno.  Kste  tractado  concedia  a  D.  Pe- 
dro o  titulo  de  Imperador  do  Brazil  c 
Príncipe  de  Portugal  e  Algarves,  reservan- 
do D.  João  YI  para  si  unicamente  o  titulo 
de  Imperador  e  Rei. 

Por  morte  de  D.  João  YI,  foi  D.  i  edro 
reconhecido  herdeiro  da  coroa  de  Portugal, 
e  nomeada  na  sua  ausência  uma  regência. 
O  novo  monarcha  a  26  de  Abril  desse  an- 
no concede  uma  ampla  amnistia  por  crimes 
políticos  ;  a  29  outhorgou  a  Carta  Constitu- 
cional, e  a  2  de  Maio  abdica  em  sua  filha 
a  Senhora  D.  Maria  II,  dedicando  depois  to- 
dos os  seus  esforços  a  assegurar-lhe  o  tro- 
no. A  7  de  Abril  de  1831  abdica  igualmen- 
te a  coroa  do  Brazil  em  seu  filho  e  Senhor 
D.  Pedro  11,  (actual  imperador),  e  no  dia 
13  saiu  daquelle  império  acompanhado  da 
sua  familia,  e  aporia  a  Cherburgo  a  12  de 
Junho  do  mesmo  anno.  Toma  então  o  titu- 
lo de  Duque  de  Bragança,  e  determina  pôr- 
se  á  frente  dos  que  procuravam  reivindicar 
a  coroa  para  sua  filha,  e  restabelecer  o  sys- 
tema  constitucional,  destruído  pelos  parti- 
dários da  monarchia  a}>soluta,  que  em  1828 
tinham  collocado  no  trono  o  infante  seu  ir- 
mão. Depois  de  ter  contraído  um  emprésti- 
mo em  Londres,  D.  Pedro  reune-se  aos  emi- 
grados que  estavam  em  Belle-Isle,  e  com 
elles  parte  daqnelle  porto  de  França  a  10  de 
Fevereiro  de  1832  n'uma  pequena  esqua- 
drilha, que  aporta  á  ilha  de  S.  Miguel  no 
dia  22  do  mesmo  mez  e  anno.  Tendo  per- 
corrido as  differentes  ilhas  do  archipelago 
açoriano,  e  organisado  as  suas  forças,  parte 
daquella  ilha  em  57  de  Junho  de  :í8jS, 
acompanhado  do  seu  exercito,  com  o  qual 
desembarca  nas  praias  do  Mindello,  junto  á 
cidade  do  Porto,  a  9  de  Julho  do  mesmo 
anno.  De  posse  desta  cidíde,  nella  se  sus- 
tentou por  mais  de  um  anno,  contra  as  for- 
ças íDtímtaDQente   superiores,  contra  elle 


mandadas ;  supportando  as  maiores  priva- 
ções, e  dando  provas  do  seu  valor  e  acti- 
vidade. 

A  28  de  Julho  de  1833  desembarcou  D 
Pedro  em  Lisboa,  que  já  estava  a  seu  fa- 
vor ;  pois  o  Duque  da  Terceira,  depois  de 
entrar  no  Algarve  a  24  de  Junho  seguira  vi- 
ctoriosa  até  Almada  ,  que  tomou  a  23  de 
Julho,  e  no  dia  seguinte,  passando  o  Te- 
jo, entrou  na  capital.  A  guerra  ainda  con- 
tinuou por  algum  tempo,  até  que  a  con- 
venção de  Évora  Monte  em  27  de  Maio  de 
1834  lhe  poz  termo.  Dedicou-se  então  D. 
Pedro  ás  reformas,  que  julgou  necessárias, 
e  que  pedia  o  novo  sjsteraa  do  governo. 
Propõe  ás  cortes  a  nomeação  da  regência, 
que  as  cortes  confirmaram  na  pessoa  de  D. 
Pedro.  Conhecendo  porém  que  estava  próxi- 
mo o  fim  da  sua  existência,  communica  o 
seu  estado  ás  cortes,  para  que  declarassem 
maior  a  rainha  sua  filha,  aquém  dá  os  mais 
sábios  conselhos  para  que  felecite  o  povo 
que  vai  governar.  Finalmente  a  24  de  Se- 
tembro do  mesmo  anno  expirou  1).  Pedro 
no  palácio  de  Queluz,  depois  de  se  ter  des- 
pedido da  sua  familia,  e  dos  seus  amigos, 
encarando  a  morte  com  a  mesma  serenida- 
de com  que  arrostara  os  perigos  na  vida. 
Jaz  em  S.  Yicente  de  Fora,  e  o  seu  cora- 
ção na  cidade  do  Porto,  a  quem  o  legou. 
Casou  pela  primeira  vez  em  1816  com  a  ar- 
chiduqueza  D.  Maria  Leopoldina,  filha  do 
imperador  d'Austria  Francisco  II,  eem  1826 
pasiou  a  segundas  núpcias  com  a  Senhora 
D.  Amélia  de  Leuchtemberg,  e  de  ambas 
teve  descendência.  Monarcha  instruído  e 
verdadeiramente  magnânimo,  abdicou  vo- 
luntariamente duas  coroas,  para  só  se  de- 
dicar á  felecidade  de  seus  filhos  e  dos  po- 
vos que  nelle  tinham  confiado. 

PEDRO  (o  infante  D.)  .  (hist.)  duque  de 
Coimbra,  e  regente  de  Portugal  durante  a 
menoridade  d'el-rei  D.  AíTonso  V  seu  so- 
brinho, foi  o  ^.^  filho  d'el-rei  D.  João  1, 
e  por  tanto  irmão  del-roi  D.  Duarte,  e  do 
celebre  infante  D.  llenrique.  Educado  como 
seu  irmão  em  todas  as  boas  artes,  honrou 
o  nome  portuguez  era  Ceuta,  e  foi  o  maior 
viajante  portuguez  dos  seus  tempos.  Em 
1425  partiu  de  Lisboa ,  desembarcou  na 
Bf  jgica,  sendo  recebido  em  Burges  por  sua 
irmã  a  condessa  soberana  de  Flandres ; 
correu  a  Allemanha  ,  Hungria  e  Dacia,  e 
ajudou  o  imperador  Sigismundo  nas  guer- 
ras contra  os  Turcos,  obtendo  em  premio 
do  seu  valor  o  destresa  militar  a  Marca 
Trevisana  com  o  titulo  de  Marquez  de  Tre- 
viso.  Yisitou  os  lugares  sagrados  de  Jeru- 
salém, esteve  nas  cortes  do  Gião  Turco  e  do 
Soldão  da  Babylonia,  recebendo  de  ambos 
excessivas  honras ;  tratou  em  Roma  com  o 


PED 


VED 


139 


Papa  Martinho  V,  e  com  todos  os  Príncipes 
da  Itália.  Deu  volta  per  Inglaterra  onde  rei- 
nava seu  tio  Henrique  IV,  e  esteve  tam- 
bém em  F  rança,  Aragão  ,  Navarra  e  Cas- 
tella ;  até  que  voltou  ao  reino  depois  de 
três  annos  de  peregrinações,  em  que  por 
toda  a  parte  fui  honrado  e  festejado  como 
grande  homem.  Em  1438  falleceu  seu  ir- 
mão el-rei  D.  Duarte,  e  no  anno  seguinte 
as  cortes  reunidas  em  Torres  Vedras  no- 
mearam regente  o  infante  D.  f  edro  duran- 
te a  menoridade  de  D.  Affonso  V.  D.  Pe- 
dro acceitando  a  seu  pesar  a  regência  deu- 
se  todo  aos  cuidados  do  governo,  que  di- 
rigiu com  prudência  e  sabedoria  ;  esme- 
rando-se  igualmente  em  dirigir  a  educação 
do  joven  monarcha.  Durante  o  seu  gover-. 
no  descobriram  os  Portuguezes  as  ilhas  de 
Arguim  em  1143,  e  em  1445  as  ultimas  dos 
Açores  e  Cabo  Verde,  com  60  léguas  mais 
para  o  Sul,  cujos  archipelagos  mandou  po- 
voar. Finalmente  chegando  D.  Affonso  V  á 
sua  maioridade,  lhe  entregou  o  regente  o 
reino  muito  mais  florescente  do  que  o  rece- 
bera ;  mas  o  joven  monarcha  Ihe^supplicou 
continuasse  a  ajudal-o  com  seus  conselhos, 
e  o  infante  continuou  ainda  por  dois  annos 
a  dirigir  o  leme  do  estado.  Comtudo  os  seus 
inimigos,  tendo  a  sua  frente  o  Duque  de  Bra- 
gança (que  do  infante  seu  irmão  havia  re- 
cebido aquelle  senhorio  e  titulo)  procuraram 
perde-lo  no  animo  do  rei,  no  que  mais  se  em- 
penharam quando  o  infante  desgostoso  se  re- 
tirou ás  suas  terras.  Prohibiu-se  toda  a  com- 
municação  com  elle,  e  se  lhe  ordenou  que  en- 
tregasse as  suas  fortalezas  e  armas.  Quiz  o 
infante  vir  á  corte  justificar-se,  e  neste  in- 
tento saiu  de  Coimbra,  acompanhado  de 
gente  de  pé  e  cavallo.  Então  foi  o  infante  de- 
clarado traidor  e  el-rei  poz  em  campo  as  suas 
tropas  contra  elle. 

Encontrando-se  junto  a  Alfarrobeira,  tra- 

You-se  peleja,  e  o  infante    foi  logo  morto, 

juntamente  com  o  conde  de  Abranches,  um 

dos  mais  illustres  guerreiros  da  nação,  eos 

mais  fidalgos,  que  o  accompanhavam.  Ficou 

o  corpo  do  infante  por3dÍ8s  sem  sepultura 

no  campo  da  batalha,  até  que  occultamente 

o  foram  sepultar  em  Alverca.  Os  seus  ossos 

foram  depois  levados  a  Abrantes  e  passados 

annos  depositados  no  sepulcro  que  junto  ao 

de  seu  pai  lhe  fora  destinado  no  convento  da 

Batalha.  Teve  sempre   em  vista  o  bem  dos 

povos,  aquém  tratava  com  summa bondade. 

f  ci  homem  de  grande  instrucção,  e  mui  pe- 

Fito  na  lingua  latina,  e  delia  verteu  os  Offi- 

cios  deCicero,  e  o  livro  de  Vegecio  sobre  a 

arte  da  guerra.  Temos  delle  uma  imforma- 

ção  sobre  as  necessidades  do  reino,  dirigida 

a  el-rei  D.  Duarte,    e  que  se  encontra   nas 

Dissertações  chronologicas  e  criticas  de  João 


Pedro  Ribeiro,  vol.  I.;  eescreyeii  também 

outras  obras  em  prosa  e  verso. 

Outros  infantes  houve  deste  nome,  dignos 
de  mencionar-se,  lacs  são : 

PEDRO  AFFONSO,  filho  natural  do  conde 
D.  Henrique  ;  foi  embaixador  em  Pariz,  gran- 
de guerreiro,  e  monge  de  S.  Bernardo,  mor- 
reu em  1169,  ejaz  em  Alcobaça. 

PEDRO  (D.),  filho  d'el-rei  D.  Sancho  I,  e 
da  rainha  D.  Dulce ;  foi  dos  mais  incança- 
veis  guerreiros  do  seu  tempo.  Nasceu  em 
1189.  Por  dissensões,  que  teve  com  seu  ir- 
mão se  retirou  de  Portugal ;  dirigiu-se  a 
Leão,  embarcou  depois  para  a  Africa,  ser- 
vindo com  o  Imperador  de  Marrocos ;  voltou 
a  Leão,  onde  tomando  parte  em  muitas  ex- 
pedições adquiriu  grande  gloria.  Passou  de- 
pois a  Aragão,  auxihando  seu  sobrinho  D. 
Jaime  1  contra  os  Mouros  ;  ealli  casou  com 
a  filha  e  herdeira  de  Armengol  VIU  conde 
deUrgel.  Este  por  sua  morte  em  1271  lhe 
deixou  em  testamento  o  condado  de  Urgel,  e 
outras  possessões  na  Galiza,  que  depois  tro- 
cou pelas  ilhas  de  Majorca  e  suas  dependen- 
tes. Nesta  ilha  residiu  algum  tempo,  e  fun- 
dou um  estado  e  uma  sede  episcopal.  Ainda 
voltou  muitas  vezes  a  Castella ,  pellejando 
sempre  em  todos  os  campos  de  batalha.  Em 
1247  e  1248  veiu  a  lortugal  auxiliar  seu  so- 
brinho D.  AíTonso  111 ;  voltou  depois  á  An- 
daluzia aonde  ajudou  D.  Fernando  a  tomar 
bevilha,  recebendo  em  recompensa  possessões 
«consideráveis.  Finalmente  este  esforçado 
guerreiro  só  descançou,  e  deixou  de  comba- 
ter quando  em  1258  desceu  ao  tumulo. 

PEDRO  AFFdNso  (D.),  filho  d'elrei  D.  Di- 
niz :  foi  conde  de  Barcellos,  Alferes  mór 
do  reino,  e  é  celebre  pelo  seu  livro  de 
geneologias  ou  JSobiliario,  que  lhe  gran- 
geou  grandes  créditos  de  erudito  entre  na- 
cionaes  e  estrangeiros  Applicou-se  também 
e  com  feliz  talento  á  poesia.  Jaz  sepultado 
na  sé  de  Lisboa. 

PEDRO  I,  (hist.)  reid'Aragão  desde  1094 
até  1144,  foi  proclamado  diante  deHuesca 
depois  da  morte  de  seu  pai,  Sancho  llami- 
res,  tomou  esta  cidade  depois  da  victoria 
d'Alcaraz,  conquistou  depois  Barbastro  e 
outros  districtcs  e  deixou  o  trono  a  seu  ir- ., 
mão;  ASonso-o- Guerreiro. 

PEDRO  II,  (hist.)  rei  d'Aragã0,  filhoesuc- 
cessor  de  Affonso  li,  reinou  desde  1196  até 
1213,  baniu  os  Vaudenes  refugiados  nos 
seus  Estados,  uniu-se  com  o  rei  de  Castel- 
la AíTonso  JX  contra  Sancho  Vil,  rei  de  Na- 
varra, depois  marchou  com  estes  dous  prín- 
cipes contra  os  Almohades,  que  venceu  em 
Navas  de  Tolosa  em  I2i2.  Depois  foi  em  soc- 
corro  dos  Albigenses  ;  derrotado  por  Simão 
deMontfort  em  Mureteml213,  morreu  no 
campo  de  batalha. 

35  ♦ 


nh 


FEO 


PEDRO  ni,  (hist.)  o  Grande,  rei  d*Árágâó  do' 
1270  a  85,  nasceu  em  1239,  foi  secretamente 
o  promotor  das  Vésperas  Sicilianas,  foi  ro 
conhecido  rei  da  Sicilia,  foi  excommunga- 
do  pelo  papa,  que  deu  os  seus  Estados  a 
Carlos  de  Valois,  mas  defendeu-se  bem  con- 
tra Carlos  e  contra  sea  próprio  irmão,  rei 
de  Majorca ,  e  morreu  antes  de  acabada  a 
guerra. 

PEDRO  IV,  (hist.)  0  Cerimonioso,  rei  de 
Aragão  de  l33tí  a  1387.  filho  e  successor 
de  AíTonso  IV,  nasceu  em  1319,  apos- 
sou-se  de  Majorca ,  alliou-se  com  Portu- 
gal e  Caslella  contra  os  Mouros ,  ba- 
teu no  mar  os  Genovezes,  que  lhe  dispu- 
tavam a  Sardenha,  sustentou  Henrique  de 
Trastamara  contra  seu  irmão ,  mas  depois 
ligou-se  com  o  rei  de  Portugal  contra  o 
mesmo  Henrique. 

PEDRO,  (hist.)  chamado-o- Cntc/,  rei  de 
Castella,  de  1350  a  69,  nasceu  em  1334, 
filho  e  SBCcessor  de  Aífonso  XI,  governou 
despótica  e  cruelmente,  fez  morrer  Eleono- 
ra  de  Guzman,  amante  de  seu  pai,  aban- 
donou no  dia  seguinte  ao  do  seu  casamento 
Branca  de  Bourbon,  depois  prendeu-a  e  a 
final  mandou-a  matar  ;  matou  João,  seu 
primo,  Frederico,  seu  tio  ,  e  preparava  a 
mesma  sorte  a  seu  irmão  natural  Henrique 
de  Trastamara ;  mas  este  príncipe  fugiu 
para  França,  e  voltou  seguido  de  Dugues- 
clin  o  de  um  exercito  francez,  que  destronou 
o  tyranno  em  13tJ6.  No  seguinte  anno  Pedro 
foi  restabelecido  pelo  príncipe  Negro,  e  ain- 
da se  tornou  mais  cruel.  Duguesclin  bateu-o 
em  Mor.tiel  em  1369,  depois  fel-o  prisionei- 
ro. Pouco  depois  foi  morto  pela  mão  de  seu 
irmão  Henrique. 

PEDRO  I,  (hist.)  rei  da  Sicilia  desde  1282 
alé  IÍ5,  é  o  mesmo  que  Pedro  111  rei  de 
Aragão. 

PEDRO  II,  (hist.)  rei  da  Sicilia,  de  1337 
a  42,  filho  e  successor  de  Frederico  I.  Tor- 
nou-se  odioso  excitou  revoltas ,  e  ia  em- 
preender novamente  uma  guerra  quando 
morreu. 

PEDRO  o  Bom  ou  Gallopierre,  (hist.)  Va- 
laquio  de  nascença,  fundou  com  Asan,  seu 
irmão,  o  terceiro  remo  da  Bulgária  ou  reino 
Valaquio  Búlgaro,  á  custa  dos  Gregos,  em 
1186.  Morreu  assassinado  em  119^. 

PEDRO,  (liist.)  o  Grande,  czar  ou  impera- 
dor da  Rússia,  nasceu  em  1672,  era  o  ter- 
ceiro filho  d' A  lixo.  Por  morte  de  seu  ir- 
mão primogénito  Fedor  Hl,  em  168á  ,  foi 
coUocado  no  trono  pelos  grandes,  com  pre- 
juízo de  Ivan,  mais  velho,  mas  julgado  co- 
mo incapaz  de  governar.  Pedro  resolveu  li- 
bertar, augmentar  e  civílisar  a  Rússia.  Pa- 
ta conseguir  os  seus  intentos  quiz  visitar 
as  nações  mais  civilisadas ;  saiu  da  Rússia 


6m  Í697,  acompanhado  por  Lefort ;  foi  pri- 
meiro á  Hollanda  aonde  aprendeu  a  arte  de 
coiistrueção  de  navios,  depois  foi  a  Ingla- 
terra, aonde  escolheu  hábeis  engenheiros 
para  fazerem  um  canal  do  Don  ao  Volga. 
Chamado  á  Rússia  em  1698  por  uma  re- 
volta, mandou  matar  4,000  dos  seus  sol- 
dados revoltados.  Fundou  S.  Petersburgo  em 
1703,  depois  uniu-se  com  o  rei  da  Polónia 
contra  Carlos  11,  e  depois  de  ter  sido  batido 
muitas  vezes  por  esle,  venceu-o  em  Pul- 
tawa.  Tomou  a  Suécia  a  Livonia,  a  Estho- 
nia,  a  Caretia ,  depois  marchou  contra  os 
Turcos  alliados  de  Carlos  XII;  mas  cerca- 
do em  llusck  deveu  a  salvação  á  impera- 
triz Catharina ,  sua  esposa.  Conquistou  a 
Finlândia  e  o  Aland.  Durante  estas  guer- 
ras nunca  deixou  de  proseguir  nas  suas 
reformas,  melhorou  a  justiça  ,  a  pohcía  , 
creou  uma  marinha ,  animou  as  manufa- 
cturas, instituiu  o  santo  synodo  em  substi- 
tuição do  patriarchado,  e  fundou  a  Acade- 
mia das  Sciencias  de  S.  Petersburgo.  Mur- 
chou porém  a  sua  gloria  mandando  matar  em 
1718  Alixo  seu  filho  ,  que  se  proclamava 
altamente  contra  as  reformas.  Morreu  a  8 
de  Fevereiro  de  1725 

PEDRO  II,  (hist.)  filho  d'AUxo  e  neto  de 
Vedro-o-Grande,  teve  o  titulo  de  czar  des- 
de 1727  até  1730.  Morreu  de  bexigas  na 
idade  de  15  annos. 

PEDRO  III,  (hist.)  imperador  da  Rússia, 
filho  de  Carlos  Frederico,  duque  d'Holsteín- 
Gottorp,ede  Anna,  filha  de  Pedro-o-Graw- 
de,  nasceu  em  1728,  foi  creado  gran-duque 
em  174^,  casou  com  a  celebre  Catharina  de 
Anhalt-Zerbst,  com  oqual  viveu  muito  mal; 
subiu  ao  trono  em  1762.  Assignou  paz  com 
Frederico  11,  rei  da  Prússia.  Reformou  di- 
versos abusos,  e  creou  algumas  instituições 
úteis,  mas  desagradou  aos  Russos  por  se  cer- 
car de  estrangeiros.  Dispunha-se  a  repu- 
diar Catharina,  quando  esta  prínceza  o  fez 
abdicar,  proclamando-se  ella  imperatriz  e 
mandando  malar  seu  marido,  em  1762. 

PEDRO,  (hist.)  appellidado  o  Allemão,  foi 
rei  da  Hungria  desde  1038  até  1041,  des- 
agradou pela  sua  crueldade,  exacções  e  amor 
pelos  Allemães,  foi  expulso  e  substituído  por 
Aba,  voltou  em  1044  ajudado  pelo  impera- 
dor Henrique  III  e  reconheceu-se  vassallo 
do  império  germânico.  Excitou  novas  revol- 
tas, e  morreu  em  1047  em  uma  prisão. 

PEDRO  DE  COURTENAY,  (híst.)  COUdo  de 

Auxerre  e  de  Nevérs  ,  francez  ,  imperador 
de  Constantinopla  ,  era  primo  de  i  hiiíppe 
Augusto.  Chamado  por  morte  de  Henri- 
que 1  para  lhe  succeder,  em  1216,  poz-se 
a  caminho,  mas  foi  traido  pelos  Venezianos 
no  cerco  de  Durazzo  e  caiu  [nas  mãos  de 
Theodoro   Angelo ,    que   o  mandou  malar 


PED 


PÉ^ 


uí 


em  1219,  depois  do  dous  annos  de  prisão. 

PEDRO ,  (h'st.)  o  Eremita,  natural  de 
Amiens,  era  nobre.  Deixou  as  armas  pelo 
habito  d'eremila ,  f  >i  como  peregrino  á 
Terra  Santa  em  1093  ,  voltou  e  dirigiu-se 
a  Roma,  cora  uma  carta  do  patriarcha  Si- 
mão para  o  papa  e  pintou  tão  pathetica- 
mente  os  soíTrimentos  dos  christãos  e  os 
ultrages  feitos  ao  santo  sepulchro,  que  Ur- 
bano X[  encarregou-o  do  preparar  os  âni- 
mos para  a  primeira  fíruzada.  Pedro  percor- 
reu o  Occidente  com  os  pés  descalços,  uma 
corda  ao  pescoço,  um  crucifixo  na  mão  e 
por  toda  a  parte  levantou  as  populações ; 
depois  quando  em  1095  se  decidiu  a  cru-] 
zada  no  concilio  de  Clermont,  marchou  com 
Guathler  á  frente  do  primeiro  exercito  de 
cruzados.  Não  tendo  viveres,  nem  dinheiro, 
perdeu  muita  gente  na  Hungria,  na  Bulgá- 
ria e  na  Ásia  Menor  e  chegou  quasi  só  a 
Constantinopla ;  assistiu  ao  cerco  d'Antiochia 
1098    e  morreu  em    1115. 

PEDRO  d'abatío  ,  (hist.)  medico  e  astrólo- 
go italiano,  nasceu  em  1250.  morreu  em 
1316.  :  Deixou  ConcUiator  philosophorum 
et  prcBcipue  medicorum. 

PEDRO,  (S.),  (geogr.)  entre  as  povoações 
desta  invocação,  que  se  encontram  no  rei- 
no, notam-se  as  seguintes  :  1.^  S.  Fedro, 
da  Cadeira,  no  concelho  de  Torres-Vedras, 
a  8  léguas  de  Lisboa,  com  2,000  habitan- 
tes ;  9..*  S.  Pedro  das  Águias,  a  5  léguas 
de  Lamego,  situada  na  esquerda  do  Távo- 
ra, com  300.  ^.^  S.  Pedro  da  Cova,  notá- 
vel povoação  de  1,001)  almas;  situada  per- 
to de  Valongo  a  2  léguas  do  Porto.  4.*  S. 
Pedro  de  França,  a  2  léguas  deVizeu,  com 
1,648.  b^  S.Pedro  doSul,villa  a  3 léguas 
da  mesma  cidade,  sobre  o  Vouga,  com  1,700 
habitantes. 

PEDRO  MIGUEL,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  do 
Fayal,  situada  á  beima-mar  ao  NK.  da  aldeia 
da  Praia. 

PEDRO  (S.),  (geogr.)  aldeia  grande  da  ilha 
de  Santa  Maria,  situa  la  sobre  uma  rocha  á 
beira-mar,  duas  milhas  distante  da  \illa. 

PEDRÓGÃO,  (geogr.)  Ha  no  reino  algumas 
villas  e  aldeias  deste  nomo,  as  principaes 
são:  1.*  aldeia  do  concelho  de  Cuba,  4 
léguas  ao  S.  de  Évora  ;  9U)  habitantes  ; 
2.*  Pedrógão  Grande,  villa  importante,  si- 
tuada n'uma  aba  da  serra  da  Estrella,  7  lé- 
guas a  E.  de  Coimbra,  com  2,640  habitan- 
tes, etodo  o  concelho  cora  8, 4aO  ;  3.^  Pe 
dragão  Pequeno,  a  meia  légua  da  esquerda 
do  Zêzere,  e  uma  e  meia  ao  S.  de  Pedrógão 
Grande,  é  lambem  villa,  e  contém  1,244  ha- 
bitantes ;  dista  8  léguas  a  E.  de  Coimbra  e 
pouco  ao  N.  de  Cerlàa. 

PEDROSO.  V.  Pedregoso. 

PEDROSO,  (geogr.)  villaefreguezia  dePor- 
voL.    IV. 


tugal,  a  2  legaas  do  Porto  ;  3,570  habitan- 
tes. 

PEDROUÇO,  s.  m   montão  de  pedras. 

PEDROUços  ,  (geogr.)  bonito  arrabalde  de 
Belém,  situado  em  frente  da  torre  de  S.  Vi- 
cente, entre  o  mosteiro  e  templo  de  S.  Jero- 
nymo,  e  a  estrada  que  conduz  a  Paços  d' Ar- 
cos ;  consta  áô  duas  ruas  principaes,  algu- 
mns  travessas  e  largos.  E  muito  frequenta- 
do no  tempo  dos  banhos. 

PEDÚNCULO,  s.  m.  (pron.  o  accento  na  an- 
tepenúltima. Lat.  pedunculus.)  (bot.)  pé  da 
flor. 

PEEBLES,  (geogr.)  cidade  de  Escossia,  ca- 
pital do  condado,  a  6  léguas  ao  NO.  de  Sel- 
kirk;  2.800  habitantes. 

PEEXçÃo.  (ant.)  V.  Pensão. 

PEENDENÇA,  (aut.)  V.  Penitencia. 

PEGA,  s.  f.  (Lat.  pica.]  ave  de  pennas  pre- 
tas e  peito  branco,  que  se  ensina  a  fallar ; 
(fig.)  mulher  mui  palreira.  Aventar  as — s, 
(fig.)  prever  desgraças.  —  ,  /'naut.)  espécie 
de  carapuça  de  madeira  que  se  põe  como 
remate  no  topo  dos  mastros  e  mastareos.  — , 
peça  de  bronze  que  se  põe  sobre  a  ponta  da 
moenda  de  engenho  de  assucar.  Vem  do  Fr. 
ant.  pech,  summidade,  cimo. 

PÉGA.  s.  f.  (de  pegar.)  prisão  dos  bois; 
braga  de  ferro  que  se  põe  aos  escravos  fu- 
gitivos ;  cousa  por  onde  se  pega  em  algum 
vaso  ou  instrumento,  v.  g.  aselha,  cabo.  Fa- 
zer—  a  ancora,  cravar-se  no  fundo. 

PEGADA,  s.  f.  {])von.  pé gáda,  o  SiCcento  na. 
penúltima  :  de  pé,  e  Lat.  quatio,  ere,  cal- 
car.) vestígio  do  pé,  que  deixa  impresso  na 
terra  ou  areia  o  caminhante  ou  o  animal.  Se- 
guir as  — s ,  a  trilha,  as  pisadas,  e  fig.  o 
exemplo  ;  imitar. 

PEGADiço,  A,  adj.  {pegado,  des.  iço,  que 
denota  habito,  frequência.)  pegajoso,  glutí- 
noso  ;  que  se  pega,  communica.  Doença  —  , 
contagiosa.   Vícios — s. 

PEGADO,  A,  p.  p.  de  pegar  ;  adj.  aggluti- 
nado,  V.  g.  —  com  grude,  (fig.)  aferrado,  -  -á 
sua  opinião  ;  —  a  alguém  ;  —  ás  cousas  do 
mundo.  —  com  alguém,  que  não  o  larga. — , 
próximo,  contiguo.  Casas  — s  na  mesquita  ou 
com  a  igreja  «  A  frota  vinha  mui  —  na  ter- 
ra. Barros,  cozida  com  ella.  -  ,  (:mt.)  mui 
parecido,  semelhante.  «  Cousa  mui  —  com 
esta.  » 

PEGADOR,  s.  m.  peixe  que  se  pega  á  barri- 
ga do  tubarão  e  o  chupa  ;  tem  o  corpo  roliço, 
cinzento,  olhos  amarellos  e  pequenos. 

PEGAFLOR   ou  BEIJAFLOR.  V.  Picaflor. 

PEGAJOSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  glutinoso, 
que  se  pega.  — ,  contagioso,  pegadiço  ;  )íig.) 
importuno  Jíomcm — ,  seccante,  que  não  lar- 
ga a  pessoa  com  quem  uma  vez  começa  a 
conversar. 

PEGAMAço,  s.  m.  [àt  pega  Q  massa.)  mdiS'' 
36 


l 


141 


fl& 


PEG 


sa  de  pegar ,  grudar,  lama  mui  viscosa  de 
terra  barrenta.  Ficar  em  — ,  pegado,  coita- 
do. — ,  (fig.  e  famil.)  homena  seccante  que 
não  larga  a  pessoa  com  quem  trava  conversa- 
ção. Herva  dos  — ,  bardana, 

PEGAMENTO,  s.  m.  [mento  sufi.)  adheren- 
cia  por  conglutinação.  Herva  dos  — ,  bar- 
dana. 

PEGÃO,  s.  m.  augment.áei^é. — de  vento, 
grande  pó  de  vento,  furacão.  — ,  botaréo,  ar- 
co-botante,  obra  de  pedra  cal  que  sostêm  a 
columna  exterior  de  algum  arco  ou  abó- 
bada.— ,  de  pego,  grande  pego, 

PEGAR,  V.  a.  [do  Lat.  picar e,  besuntar  de 
pez,  rad.  pix,  Gr.  pissa  pez)  unir,  fazer  ad- 
herir  um  corpo  a  outro  por  meio  de  grude, 
pez  ou  outra  massa  pegajosa  ;    (fig.)  appli- 
car  de  modo  que  se  não  separe,  v.g.  —  fogo, 
incendiar.  —  as  bexigas  ou  a  variola,  com- 
municâ-la  a  alguém.  —  um  nome  ou  algu- 
nha  a  alguém,  pôr-lh'o  de  modo  que  fique 
em  uso,  ex.  aPegaram-lhe  o  nome  de  galé.» 
—  a  virtude,  piedade,  os  vicias  a  alguém, 
fazer  que  siga,  adopte.   — ,    v.  n.  adherir, 
iicar  unido  por  conglutinação,  v.  g.  &  colla 
pega  bem,  ou  não  pega  em  superfície  azei- 
tada. — ,  (fig.)  segurar,  tomar :    —  com  a 
mão,  com  os  dentes  em  alguma  cousa ;  — 
da  ou  na  espada,   empunha-la.    —  de  al- 
guém, toma-lo  pelo  braço.  — ,  (fig.)  come- 
çar, V.  g.  —  no  somno,  adormecer,  come- 
çar a  dormir.    Pegou  a  febre  ás  seis  horas 
da  tarde,  começou.  -^,  (fig.)  impedir,  reter, 
tolher.  Pode  ir-se  que  eu  não  lhe  pego,  não 
o  estorvo,  não  o  retenho.  — ,  (fig.)  ficar  ad- 
herente,  tereffeito.  Pegou  avaccina,  pega- 
ram as  bixas,  isto  ó,  a  inoculação  do  virus 
vaccino  ou  variolico  teveeífeilo,  communi- 
cou-se  a  doença  á  pessoa  inoculada,  — com 
alguém,  engar.  —  de  palavras,  travar  ra- 
zões, altercar;  reparar  em  palavras,  notar, 
reprovar   palavras,    expressões,  dando-lhes 
demasiada  imporíancia.  — da  palavra,  acei- 
tar a  proposta,  apenas  feita.  Não  ter  por  on- 
de lhe  pegue,    diz-se  de  cesto,  cesta,  vaso 
que  não  tem  azelhas,  cabo,  etc.  (fig.)  de  ho- 
mem intratável,  ou  que  não  tem  préstimo, 
de  que  é  impossível  lançar  mão  para  algum 
emprego.  — ,  estar  contíguo,  v.g.  esta  casa 
pega  com  acerca  das  freiras.  — ,  firmar-se 
o  pé  da  planta  lançando  raizes,  v.g.  as  es- 
tacas da  oliveira  pegara  i-,  — ,  fazer  pega, 
prender,  v.g.  pegou  a  ancora  no  fundo  — 
SE,  »,  r.  contrahir  adherencia  em  razão  da 
viscosidade  ;  (fig.)  ficar  como  pegado  ao  mes- 
mo lugar.  Este  cavallopega-se,  emperra-se 
anão  andar.    Pegam-se-lhe  os  pés,    (fig.)  é 
mui  tardo  ou  demorado.    Pegam-se-lhe  os 
pés  aquella  casa,  isto  ó,   demora-se  muito 
nella,  custa-lhe  a  sahir  d'ella.  Pegam-se-lhe 
«f  mãos^  (fig.)  diz-se  do  empregado  publico 


que  furta  ou  recebe  peitas,  e  do  homem  que 
furta  e  se  appropria  parte  do  dinheiro  alheio 
que  lhe  vem  ás  mãos.  — se,  cingir-se,  v.  g. 

—  ás  palavras  da  lei,  á  palavra  dada.  — se, 
appellarpara,  recorrer,  v.g.  peg  ou~  se  &  esie 
subterfúgio,  á  ambiguidade  do  texto  da  lei. 
Pegou-se  a  ou  com  a  Virgem  Maria.  — se  com 
alguém,  travar -se  de  razões,  ter  razões,  con- 
testações, rixas,  brigar.  — se,  communicar- 
se,  V.  g.  —  a  variola,  a  sarna,  o  contagio,  — 
o  cheiro  ao  fato,  á  roupa.  — se  d  opinião 
de  alguém,  valer-se  d'ella  para  apoiar  os 
nossos  actos.  —  a  própria  opinião,  aferrar- 
se  a  ella.  Os  vicios,  os  máos  exemplos  pe- 
gam-se,  são  contagiosos.  — se,  ligar-se,  se- 
gurar-se,  firmar-se,  v.  g.  pega-se  a  amiza- 
de com  a  mutua  prestança  e  beneficência. 
— 56,  estar  contíguo,  v  g.  estas  casas  pe- 
gam-se  com  o  muro  da  cerca  dos  frades, 
tieste  sentido  pegar,  abs.,  é  mais  usado  ;  (fig.) 
contrahir  união,  ex.  «  O  coração  naturalmen- 
te se  pega  eaffeiçôa  ao  que  frequenta.  »  Ár- 
raes.  — se  com  pouquidades,  fazer  nimio  re- 
paro demorar-se  nellas. 

PÉGASO,  (myth.)  cavallo  alado,  era,  se- 
gunda a  fabula,  filho  de  Neptuno  e  de  Me- 
dusa, ou  nascido  do  sangue  de  Medusa, 
quando  Perseo  lhe  cortou  a  cabeça.  Este 
heroe  montado  em  Pégaso  livrou  Androme- 
de,  que  estava  exposta  a  um  monstro  ma- 
rinho. Bellêrophonte  também  se  serviu  delle 
para  combater  a  Chimera.  Com  uma  patada, 
Pégaso  fez  brotar  a  fonte  d'Hippocrene,  on- 
de os  poetas  iam  beberinspirações.  Elle  mes- 
mo é  o  symbolo  da  veia  poética ;  suppõe- 
se  que  leva  os  poetas  pelo  espaço  e  os  trans- 
porta a  Heliconte,  Outras  vezes  é  collocado 
sobre  os  astros. 

PEGEADOURO,  (aut.)  Y.Pcjadouro  de  moi- 
nho. 

PEGNiTZ,  (geogr.)  Pegncsus,  rio  da  Bavie- 
ra, nasce  no  circulo  do  Alto-Meno,  rega  uma 
cidade  que  tem  o  seu  nome  e  cae  no  Reg- 
nitz. 

PEGO,  s.  m.  (de  pé:e  agua)  a  parte  mais  fun- 
da de  rio,  lago,  mar,  onde  não  se  toma  pé  ; 
(6g.)  ornar.  O —  ou  o  alto  — ;    (fig.)  um 

—  de  sabedoria,  profunda,  vasta.  O —  do 
esquecimento,  o  mais  profundo.    Bocage.  O 

—  dos  arcanos,  dos  vicios. 

PEGO,  s.  m.  (Lat.  picus)  uma  ave. 

PEGO,  (geogr.)  cidade  de  Hespanha,  a  4 
léguas  ao  O  de  Denia ;  tem  5,000  habi- 
tantes. 

PEGÕES,  (geogr.)  povoação  e  palácio  dô 
Portugal.  V.   Vendas- Novas. 

PEGOLETTiA,  (bot.)  geuero  de  plantas  da 
familia  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
Polyaudria  igual. 

péGOMANGiA,  s.  f.  {pego  e  maneia]  arte  de 
adivinhar  pela  agua  das  fontei . 


RI 


PH 


148 


piGORAR,  (ant )  V.  Peiorar  ou  Peorar. 

pEGOEiRo,  s.  m.  (Lat.  pix,  pez,  pes.  eiró.) 
o  que  extrahe  pez  dos  pinheiros. 

PEGu,  PEGON  ou  BAGou,  (geogr.)  cidade 
da  Ásia,  antigameate  capital  do  reino  do  Fe- 
gu,  6  a  7,000  habitantes. 

PEGU  (reino  do),  (geogr.)  antigamente  es- 
tado da  Índia,  além  do  Ganges,  indepen- 
dente, hoje  provincia  do  império  Birman  ; 
tem  por  limites  ao  N.  o  Arakan  e  o  Ava, 
a  E.  o  Murtaban.  E' dividido  em  3  provín- 
cias :  Pegu  ou  Talong,  Dalla,  Persaim 

PEGUiAL.  V.  Pegulhal. 

PEGUILHO,  s.  m.  diminuí,  de  pega,  obstá- 
culo, cousa  que  prende,  estorva  ;  (fig.)  pre- 
texto comque  seamofini  alguém.  Ter  —  de 
alguém.  Prestes. 

PEGULHAL,  s.  m  (do  Lat.  pecus,  gado)  re- 
banho de  gado  de  todas  as  espécies  ;  (íig.) 
multidão  de  gente  desprezível,  í?.  5».  de  Mou- 
ros. — ,  (ant.)  pastor  de  ovelhas. 

PEGULHAR.   V,  Pegulhal. 

PEGUREIRO,  s.  m.  [L&t.  pecus,  gado,  des. 
eiró)  guardador  de  gado  subordinado  ao  pas- 
tor, o  intimo  dos  pastores. 

PEHLVi  (lingua),  (hist.)  idioma  da  antiga 
Media;  pelas  raizes  das  suas  palavras  pare- 
cia-se  com  ashnguas  semíticas,  e  pelas  suas 
formas  grammaticaes  com  a  lingua  persa. 

PEIA.  V.  Péa. 

PEIDAR,  V.  11.  {peido,  ardes,  inf.)  diirpei- 
dos. 

PEIDO,  s.  m.  (Lat.  peditum)  ventosidade 
que  sáe  com  estrondo  pelo  anus.  Dar  —s. 
peidar. 

PEiDORREAR,  V.  n.  frequent.  de  peidar,  dar 
amiudados  peidos. 

PEiDORREiROj  A,  adj .  habltuado  a  dar  pei- 
dos. 

PEiLAu,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  per- 
to das  nascentes  do  Peila  ;  4.000  habitan- 
tes. 

PEiNA,  (geogr.  Boynum,  cidade  murada 
do  Hanovre,  capital  de  BaiUiado,  a  6  lé- 
guas ao  N  ).  de  Hildesheim  ;  3,060  habi- 
tantes. 

PEiOR,  ou  PEOR,  maisus.  adj.  comparai, 
dos  2  g.  (Lat.  pejor)  mais  mau.  O  —  que 
pôde  succeder,  a  cousa,  0  mal  peior. 

PEIOR  ou  PEOR,  adv.  mais  mal,  ex.  «  Chris- 
to  affrontado  —  que  ladrão.  »    Paiva.  Serm. 

PEIORADO   ou   PEORADO,    A,    p.  p.    de    peÍO- 

rar  ;  adj.  que  peiorou,  deteriorado.  O  doen- 
te tinha — ,  istoé,  a  doença  tinha-se  aggra- 
vado. 

PEiORAMENTO,  s.  m.  [mcnto  sufF.)  estado 
do  que  se  torna  peior,  que  muda  de  mal  para 
peior. 

PETORAR  ou  PEORAR ,  v.  a.  {joeior ,  ar 
des.  inf.)  fazer  mudar  para  peior  estado, 
pôr    em    peior   estado ,    deteriorar.    Peio- 


rar ,    Vf  n.  mudar  para    peior  estado ,  ir 

a  peior,  v.g.  peiorou  o  doente,  afortuna,  a 
republica. 

peioria  ou  PEORiA,  s.  f.  (des.  ia)  deterio- 
ração, estado  de  cousa  que  vai  a  peior. 

Moraes  quer  que  escrevamos  peior  eseug 
derivados  pori/,  o  que  nem  quadra  com  a 
pronuncia  geral,  que  é  peor,  nem  cora  a  ety- 
mologia. 

PEipus  ou  psipos  (lago),  (geogr.)  Tchoxk- 
dskoe-Osero,  em  russo,  lago  da  Rússia  eu- 
ropea,  entre  os  governos  de  S.  Petersbur- 
go,  Pskov,  Riga,  Uevel. 

PEITA,  s.  f  (do  Lat.  peto,  ere,  exigir.)  (ant. 
tributo  que  antigamente  pagavam  aos  reis 
de  Portugal  os  que  não  eram  fidalgos,  «  As 
— s  que  lançara  aos  povos.  »  Leão,  Chron. 
de  D.  Duarte.  «Seja  havido  por  plebeu  assi 
nas  penas,  como  nos  tributos  e  — s.  »  Lan- 
çar — s,  impor  taxa  ou  contribuição  extraor- 
dinária. Nunca  significa  pedido,  como  traz 
Jáoraes,  nem  estrictamente  muleta,  e  só  pa- 
gamento de  muleta. 

Syn.  comp.  Peita,  na  accepção  de  taxa, 
é  imposição  extraordinária,  e  por  isso  diífe- 
re  de  taxa,  tributo,  imposição,  que  são  ge- 
raes  e  permanentes.  Finta  pode  ser  volun- 
tária, e  é  contribuição  rateada. 

PEITA,  s.  f.  (do  Lat.  pactio,  ajuste,  con- 
venção, e  não  do  precedente,  como  affirma 
Moraes.  Nada  pode  haver  mais  opposto  que 
dinheiro  extorquido  ou  exigido  violentamen- 
te, e  dinheiro  oííerecido  para  subornar)  di- 
nheiro ou  cousa  de  valor  offerecida  ou  dada 
para  subornar,  corromper,».  ^.  o  juiz:  da- 
diva corruptora.  Dar  — s,  peitar,  subornar* 
Aceitar  — ,  deixar-se  corromper,  subor- 
nar. 

PEITADO,  A,  p.  p.  de  peitar  (de  peííataxi^ 
adj.  (ant.)  pago  como  taxa  de  peão  ;  imposto 
como  contribuição  temporária. 

PEITADO,  A,  p.p.  de  peitar  [de  peita,  su- 
borno) ;  adj.  subornado,  corrompido  por  pei- 
ta. Dinheiro  — ,  dado  em  peita. 

PEITAR,  p,  a  [de  peita,  taxa,  tributo,  at 
des.  inf.)  pagar  peita,  tributo,  taxa,  contri- 
buição ou  muleta  imposta  ;  impor  peitas,  con- 
tribuições, ex.  «  Ca  os  fidalgos  nunca  soube- 
ram — ,  salvo  os  corpos  a  seu  rei  e  senhor.» 
Ord.  Aífons.,  11,  59.  §.  3,  isto  é,  pagar,  con- 
tribuir com  dinheiro.  —  encoutos,  pagar 
muletas,  coimas.  — do  seu,  pagar,  dar  cons- 
trangida e  extorsivamente.  Ord»  Aífons.,  11. 
— SE,  V.  r.  pagar-se,  v.g.  —  da  amizade. 

PEITAR,  V.  a.  (quasi  pactear)  corromper 
com  dadiva,  subornar,  v.  g.  —  o  juiz,  os 
guardas  da  alfandega,  dar  peitas. 

PEiTAVENTo,  adj.  [pcito  ao  vento)  (volat.) 
com  o  peito  contra  o  vento,  v.  g.  vôa  a 
ave  — . 

PBiTiiRO,  A,  oáy.  (des.  eiro)  que  paga  pei-» 
3(J* 


im 


ffô 


PEl 


t»,  tnbíito;  peào,  plebeo,  bilião,  sujeito  a 
peita. 

PEIXEIRO,  A,  adj.  (des  ciro)  que  (U  pftita 
ao  juiz,  que  suborna,  corroniíie.  Arraei;. 
&* PEITILHO,  s.m.  diminut.á(i\w\\!\r,  orna- 
to triangular  de  seda  ou  de  pedraria  que  as 
mulheres  põe  no  peito  sobre  o  vestido  coma 
ponta  entre  os  peitos.  Também  os  ha  de  duas 
pontas,  uma  superior,  e  outra  inferior,  que 
corresponde  á  cintura. 

PEITO,  s.  m.  (Lftt.  'pcchia,  do  ílr.  péteó, 
abrir,  extender ;  ou  do  KH-THC^-  P^  '*^^  ^  ^^' 
ração)  o  thorax,  a  cavidade  formada  pelas 
costellas,  espinha  dorsal  e  o  sterno,  separa- 
da do  ventre  pelodiaphragma,  o  que  encer- 
ra o  coração  e  o  bofe;  a  porção  do  homem, 
dos  quadrúpedes  e  das  aves  desde  a  parte  in- 
ferior do  pescoço  até  ao  ventre.  Os  — s,  as 
mamraas  da  mulher  e  do  homem.  Criar  aos 
— .?,  dar  de  mammar.  Leite  de  — ,  de  mu- 
lher. Aberto  dos  — 5,  diz-se  da  besta  esfal- 
fada. Doença  de  — ,  do  bofe.  Poro — aal- 
guma  cousa,  arrostar,  v  g.  —  á  corrente. 
Ter  —  d  corrente,  resistir  á  força  da  agua. 
Por  o  —  em  terra,  desembarcar  hostilmen- 
te. —  por  terra,  humildemente,  submissa- 
mente. —  a  vento,  contra  o  vento  ;  (fig.) 
luctando  cora  os  maiores  obstáculos,  diíTicul- 
dades.  Pelejar  com  — ,  travado,  arca  por 
arca.  —  do  pé,  aparte  opposta  á planta,  e 
amais  proeminente.  —  da  nau,  a  parte  on- 
de está  o  beque,  a  roda  da  proa.  — ,  peça 
que  cobre  o  peito.  —  d'armas  ou  de  aço, 
peça  da  armadura,  que  cobre  e  defende  o 
peito.  —  de  prova  ou  d  prova,  qne  resiste 
a  tiros  de  bala;  (fig.)  insensível,  que  resis- 
te, V.  g. — aprovadas  settas  que  Amor  dis- 
para; —  dos  perigos  — ,  (fig.)  animo,  es- 
pirito, coração  entendimento.  Amar  do  — , 
cordialmente,  com  ternura.  Ódio  de — ,  en- 
tranhado. Guardar  no — ,  conservar,  guar- 
dar segredo,  tenção.  —  forlo,  audaz,  ani- 
moso. —  sapiente,  (p  us.)  homem  sábio, 
ex.  «  Armou-se  do  —  forte  da  contemplação  » 
Vieira.  —  aberto,  animo  sincero.    Abrir  o 

—  com  alguém,  comraunicar-lhe  osmais  ia- 
timos  pensamentos.   Tomar  alguma  cousa  a 

—  ou  peitos,  empenhar-se  muito  em  fazer 
ou  conseguir  ;  tomar  grande  interesse  nella. 
Assentar  em  seu — ,  estar  mui  resoluto,  for- 
mar firme  propósito.  Mela  a  mão  no  — , 
(fig.)  consulte  a  própria  consciência  e  veja  se 
ella  o  não  accusa.  Cair  o  — ,  descoroçosr, 
esmorecer.  Caíu-me  o  —  aos  pés.  (loc.  fa- 
mil.  fig.  e  enérgica)  esmoreci  de  todo.  — , 
voz.  Ter  bom — ,  voz  for le.  Voz  do — ,  diz- 
se  era  opposição  á  da  garganta  ou  falsete. 


Para  julgares 

Que  osMelindanos  tem  tão  rude  peito, 
Que  não  estimem  muito  um  grande  /eito. 
Camões,  Lus.  ?,  est,  iii. 


pfATú ,  s.  m.  (ant.)  por  peita,  em  todas 
as  aocepções  da  palavra. 

PEiTOGUEiRA,  s.  m.  (p.  US.)  tosse. 

PEITORAL,  s.  w.  (des.  s.  a/.)  correia  presa 
na  dianteira  das  sellas,  que  cinge  o  peito  do 
cavallo  ou  besta,  para  que  a  sella  não  corra 
para  as  ancas  no  subir  ladeira. 

PEITORAL,  adj.  des  2  g  (Lat.  pectoralis.) 
do  peito.  Musculo  —  ou  grande  — .  Cruz — , 
— ,  bom  para  curar  ou  alliviar  doenças  de 
peito,  catharros.  Substancias,  remédios,  es- 
pécies, plantas  pcitoraes.  Cozimento  peito- 
ral. 

PEITORIL,  s.  m.  (des.  oril,  do  Lai.  ora^ 
borda.)  muro  que  dá  pelos  peitos,  parapei- 
to, V.  g. — das  janellas,  da  varanda. 

PEiTORir,  adj,  dos  2  ^f.  do  peito,  próprio 
para  cobrir  ou  ornar  o  peito.  Pedras  pei- 
toris. 

PEIXE,  s.  m.  (Lat.  piseis,  que  significa  pro- 
priamente peixe  que  tom  escamas.  Court  de 
Gébelin  o  deriva  do  Céltico  isc,  agua,  equiva- 
lendo a  que  vive  na  agua.  M.  N.  Webster,  no 
seu  excellente  Diccionario  da  Lingua  Ingle- 
za  (1832),  referindo  os  diversos  nomes  do 
animal ,  a  saber  pesk  em  Armorico  ou  B. 
Bretão,  pysg  em  (laulez,  e  iasg  em  Irlan- 
dez,  o  deriva  de  fysg  Gall.,  rápido,  impe- 
tuoso. Em  Saxonio  zé  ou  zeg  significa  mar, 
em  Vasconço  sah.  Em  Sanscrit.  visara,  bisa- 
ra ou  pisara,  significa  peixe,  sarít,  lago,  sru, 
correr  liquido ;  e  arivi,  rio.  O  Gr.  ikhthys 
parece  vir  de  iktar,  com  celeridade.  Creio 
que  a  etyraologia  de  Court  de  Gébelin  é  a 
verdadeira,  mas  os  radicaes  são  Kgypcios  : 
pe,  ser,  estar,  e  .*;chelí  ou  schik,  profundo, 
ou  hep  ou  hí[),  esconder,  e  içken,  borda  do 
rio.)  animal  que  se  cri.io  vive  na  agua,  com 
escamas  ou  sem  cilas,  barbatanas  e  rabo  pa- 
ra nadar,  guelras  para  respirar,  espinhas, 
e  sangue  de  temperatura  pouco  elevada  e  pou- 
co corado.  —  do  mar,  —  de  rio,  que  habita 
o  mar  ou  os  rios.  — ,  (fig.)  a  polpa  dos  pei- 
xes que  se  come.  Comer  de  — ,  abster-se  de 
carne.  Dia  de  — ,  em  que  a  Igreja  veda  as  co- 
midas de  carne.  Estar  como  o — na  agua, 
(loc,  famil.)  muito  a  com'modo,  com  toda  a 
satisfação,  no  seu  elemento.  Ser  —  podre, 
não  ter  préstimo,  não  prestar  para  nada.  O 
signo  dos  — s.  V.  Pisoes.  Tomar  —  ,  com 
rede,  pescar.  Usa-se  como  nome  coUectivo. 
Houve  muito  — . 

iV.  B.  Ha  muitos  animaes  que  vivem  sem- 
pre ou  parte  do  tempo  na  agua  que  se  não 
denominam  peixes,  t?.  g.  os  cetáceos  como  a 
balêa,  os  phocas,  delphins  ou  golphinhos,  as 
rãs.  Aos  de  concha  se  chama  de  ordinário 
marisco. 

Entre  os  zoologistas  modernos  os  peixes 
são  animaes  vertebrados  que  vivem  na  agua 
e  respiram  exclusivamente  pelas  branchias  ou 


1>EJ 


PEJ 


145 


guelras.  Uns  os  coniprehendera  em  uma  só 
classe  ;  outros  fazem  duas. 

PEIXE  (lagoa  do),  (geogr.)  lagoa  da  pro- 
víncia de  S.  Pedro  do  Rio  Grande,  appelli- 
dada  também  lagoa  de  Mostardas,  no  Bra- 
zil,  situada  entre  a  lagoa  dos  Patos  e  o  mar, 
no  dislricto  da  villa  de  Mostarda. 

PEIXE  (rio  do),  (geogr.)  rio  da  provincia 
de  Mato  Grosso,  no  Brazil.  ^asce  da  cordi- 
lheira Parecis,  corre  rumo  do  norte,  e  vai  se 
lançar  no  Tapajoz,  pela  margem  direita. 

PEIXE  (rio  do),  (geogr  )  rio  da  provincia  de 
Mato  Grosso,  no  Urazil,  que  deve  asuaj^ri- 
gem  á  juncção  dos  ribeiros  Raizame  e  Tacoa- 
ral. 

PEIXE  (rio  do),  (geogr.)  Rio  na  provincia 
de  Parahiba,  no  Hrazil,  que  nasce  na  serra 
de  Luiz  Gomes. 

PEIXE  (rio  do),  (geogr.)  Pequeno  rio  da 
provincia  de  Goyás,  no  Brazil,  que  vem 
das  serras  vizinhas  da  villa  de  Meia-Pon- 
te. 

PEIXE  (rio  do),  (geogr.)  Ribeiro  da  pro- 
vincia de  Goyáz,  no  Brazil,  na  comarca  de 
Sanla-Cruz. 

PEiXEBRAvo  (serra  do),  (geogr.)  Serrada 
provincia  de  Minas  Geraes,  no  Brazil,  na 
comarca  do  rio-de-jequitinhonha  e  ao-sul 
da  villa  de  Januaria. 

PEIXEIRA,  s.  f.  (des.  fira.)  regateira,  mu- 
lher que  vende  peixe. 

PEIXEIRO,  s.  m.  (des.  eiró.)  homem  que 
vende  peixe. 

PEixEZiNHO,  s.  m.  diminuí.  V.  Peixinho. 

PEixiNHEiRo,  s.  m.  (ant.)  homem  que  tra- 
zia peixe  pescado  em  rio  do  interior  do  reino. 
Em  documentos  antigos  denomina-se  'pica- 
(feiro.  V.  este  termo 

PEIXINHO,  s.  m.  diminuí,  de  peixe,  pei- 
xe pequeno.  — í,  peixes  miúdos  como  os  de 
que  se  faz  viveiro  em  tanques,  petinga.  To- 
dps  pronunciam  hoje  jacicm/io. 

PEIXOTA,  s.  f.  (ant.)  a  pescada,  peixe. 

Peixoto,  hojeappellido,  Yem  áepeixe,  com 
a  des.  Oto,  augmentativa. 

PEixoTE  ,  s.  m.  (des.  ote,  augm.)  peixe 
maior  que  o  miúdo  ou  peixinhos,  v.  g.  sar- 
dinhas, e  menor  que  os  mui  volumosos  co- 
mo o  bacalhau,  rodovalho,  atum,  corvina, 
peixe  de  mediana  grandeza:  (fig.)  homem  to- 
lo, bolonio,  fácil  de  enganar  ;  jogador  pouco 
experto  que  não  sabe  o  jogo.  Hoje  todos  di- 
zem pichote  ou  pechote,  que  pôde  mui  bem 
vir  de  pecha,  falta,  erro.  porque  o  jogador 
inexperto  commette  muitas  faltas.  V.  Pe- 
chote. 

PEJADAMENTE  ,  adv.  (mente  suff.)  de  má 
vontade,  agastadamente,  conslrangidamente, 
pesadamente. 

PEJADO,  A,  p.  p.  de  pejar ;  adj.  carrega- 
do,  opprimido  pela  carga  ou  peso,  empa- 

VOL.    IV. 


chado,  V.  g.  navio.  Estômago — ,  de  quem 
comeu  com  excesso,  ou  por  comida  indiges- 
ta que  carrega,  pesa  no  estômago.  Galeota 

—  do  remo,  pesada,  ronceira.  Consciência 
— ,  de  peccados,  de  crimes.  «  Como  vinha 
armado  e  era  homem  grosso  (D.  Constantino) 
vinha  afrontado  e  — ,  »  Couto,  Dec.  7,  6,  5, 
isto  é,  caminhava  com  diíTiculdade,  com  pas- 
sos pesados.  — ,  estorvado,  embaraçado  por 
obstáculo  que  impede  os  movimentos  lirres, 
V.  g.  —  os  passos  ou  passagam,  com  estaca- 
das, artilharia,  ets.  O  porto — ,  por  naus  de 
bloqueio  ou  de  cerco.  O  feito  mui  — ,  (ant.) 
difficil,  cheio  de  difíiculdades.  Mulher — , 
cujo  ventre  denota  gravidez,  mas  que  pôde 
não  ser  verdadeira  prenhez.  O  ventre  de  se~ 
nhora  —  mas  não  gravido.  V.  Gravido  e 
Prenhe.  —  ,  [de  pejo),  atalhado  por  pejo,  mo- 
déstia. — ,  agastado,  ressentido,  escandalisa- 
do,  mas  sem  o  dar  a  conhecer  por  algum 
tempo  ,  usando  de  dissimulação  para  tirar 
vingança  do  aggravo  recebido,  v.  g.  de  injus- 
tiça recebida,  ou  de  não  merecida  preferen- 
cia dada  a  outrem.  «  Andavam  os  grandes  — s 
com  a  sua  muita  valia  (de  um  privado); — com 
a  sua  bandeira,  por  a  trazer  de  capitão  raór.  » 
«  And>Tvam  os  mais  dos  fidalgos  (na  Índia)  — s 
no  governo  do  Lopo  Vaz,  porque  cuidava  ca- 
da um  lhe  cabia  melhor  aquelle  lugar  que  a 
elle.  »  Couto.  Rol  de  —s,  (ant.)  lista  de  juizes 
suspeitos  ás  partes  ,  e  de  que  ellas  receiam 
sentença  injusta.  Dava-se  ao  regedor  da  jus- 
tiça, para  elle  nomear  outros. 

PEJADOR  e  PEJADOURO,  *.  í».  (pe/or,  des. 
ouro.)  nos  engenhos  de  assucar  6  o  mesmo 
que  adufa  nas  azenhas;  serve  de  fazer  parar 
as  rodas. 

PEJAMENTO,  s.  m.  [mcnto  suff.)  cousa  ou 
cousas  que  pejam,  embaraçam,  estorvam  a 
passagem  de  ruas,  praças,  cáes,  lojas,  etc. 

PEJAR,  V.  a.  (Fr.  empêcher,  do  Lat.  im- 
pedio,  ire,  ou  mpeáiío, are, embaraçar,  com- 
posto do  in  e  pedes ,  subentendendo  ligar, 
atar,  prender,  enleiar  os  pés,  e  não  deixar 
andar.)  embaraçar,  impedir,  estorvar  o  mo- 
vim^^nto,  o  andar,  carregando  o  individuo  de 
grande  peso  ou  do  cousas  volumosas.  «  Em- 
baraçado no  subir  porque  o  pejavam  as  ar- 
mas. »  Barros,  2,  f,  6.—,  gente  ou  cousas 
que  impedem  o  passo,  estorvam  o  movimen- 
to, tomam  ou  enchem  o  espaço.  «  Muita  gente 
que  pejavam  a  mareagem  do  navio.  »  Barros. 
Trastes  velhos  que  só  servem  de  —  a  casa, 
tomar  o  vão,  o  espaço.  —  o  tempo,  toma-lo 
com  discurso,  narração  mui  prolongada.  —  o 
entendimento,  carregara  memoria,  o.  ^í. — 
com  cousas  miúdas.  — ,  em  sentido abs.  ou  n. 

—  a  mulher,  emprenhar,  ou  mais  estricta- 
meiíte,  sentir-se  com  o  ventre  mais  volumo- 
so. —  o  moinho  ou  azenha,  entrar  nelle  mui- 
ta agua  que  impede  o  rodízio  de  se  mover.  — 

37 


140 


PEL 


fftL 


o  engenho  de  assucar,  cessar  de  moer.  — sb, 
V.  r.  embaraçar-se,  v.g. — a  língua,  não  po- 
der articular  bem.  — se,  ficar,  estar  impedi- 
do, estorvado  V.  g.  o  navio  com  demasiada 
carga  ou  com  genie  de  mais.  — ,  experimen- 
tar incommodo,  v.  g.  do  inimigo  que  abor- 
dou a  fiáu.  — se,  agastar-se,  re^ísenlir-se  — 
com  alguém.  — se,  (de  pejo,  vergonha)  en- 
Yergoiihar-se,  ter  pejo,  vergonha,  acanhar-se 
por  modéstia  ou  timidez,  u.  g.  a  moça  pejou- 
se  ao  sair  do  rio,  vcndo-se  rodeada  de  ho- 
mens. 

PEJO,  s.  in.  (do  Lat.  pigeo,  ere,  pertur- 
bar-so  ,  vexar-se.)  vergonha,  embaraço  do 
animo,  enleio,  acanhamento  Ter — ,  enver- 
gonha r-àe.  Perder  o  — ,  desav€rgonhar-se. — 
d  verdade,  faltar  a  ella  despejadamente. — , 
(de  pejar,  impedir,  Vv.  ant.  empas, [iú.  im^ 
picúio,  impedimento,  embaraço,  estorvo.) 
(ant,)  impedimrnto,  obstáculo,  embaraço,  es- 
torvo. «  Sapato  largo  faz — .  »  Lobo,  Eglog. 
5.  «  O  —  das  mãos  doentes,  —  da  velhice.  » 
Inedit.  Sl06.  «  Eu  a  mim  mesmo  ás  vezes  me 
sou — .  »  — ,  repugnância,  diíliculdade,  ??. 
g.iQT  —  em  estar  pelo  juizo  de  algum  arbi- 
tro. Couto.  Ter  era  algucm  — ,  mà  suspeita 
delle  a  noss®  respeito  (V.  Pejado,  rol  de  pe- 
jados), «  Tinha  —  naquella  fortaleza,  »  sus- 
peita de  ella  ser  levantada  em  damno  delle. 
Chron.  de  D.  João  Uí.  — ,  peíto,  superabaa 
dancia  que  incommoda,  v.  g.  —  de  humores. 

Moiaes  não  só  confunde  pejo,  cousa  que 
empece,  com  /?e/'o,  vergonha,  mâs evidente- 
mente dá  a  entender  que  es.io  sentido  c  de- 
rivado áo  outro  e  que  o  peio  moral  e  o  em- 
baraço do  espirito  corno  o  pejo  physico  em- 
baraça, enleia  e  impede;  mas  não  reflectiu 
que  o  enleio  de  pessoa  pudibunda  é  eííeito  e 
não  causa.  Éde  notar  que  em  Latim,  Italia- 
no, Francez,  llespanhol,  Àllemão  è  In^lez 
não  existe  termo  que  tenha  as  duas  accepções 
referidas,  O  psjo  pudico  ó  sentimento  innato, 
e  procede  do  rec<'.io  de  ser  increpado  por  al- 
guma falta  commettida,  ou  dê  sec  suspeitado 
de  cousa  que  se  áeseja  ler  secreta,  coino  à& 
inclinação  amorosa. 

PE-Kíi^NG-UO    ou    TClíING^KrANG,     (geOgr  ) 

rio  da  China,  na-co  a  7  léguas  ao  P^E  de 
«an-Young,  dotre  ao  S.,  passa  em  Cantão 
e  cáe  no  golphò  de  Cantão. 

PEKiN.,  Pe-KING,  (giX)gr.)  (isto  é  corte  âo 
Norte)  ©u  Kíngsse  (a  capital),  antigamente 
Car/íbalon,  hoje  Chun  iian,  em  chinez,  ca- 
pitai do  Pe-tckí-h  e  de  todo  o  império  chi- 
ijez,  ecH  UQDa  vasta  planície,  a  12  léguas  ao 
S.  da  grande  muralha;  2,000,; iO(?  de  ha- 
bitantes. 

PELA,  contracção  de  per,  ant.,  por,  e /a 
artigo  Castelhano,  Italiano  e  IPrancez,  e  tam- 
bém Portuguez  antigo,  t.  y.emtodalas.  V. 


PELA&iA,  (Santa),  (hist.)  nasceu  no  século 
V,  tinha  sido  comediante  em  Antioehia,  fez-se 
religioza  e  retirou-se  ao  monte  das  Olivei- 
ras em  Jerusalém.  K'  commemorada  a  8  de 
outubro.  Outra  Saneia  Pelaeia  também  de 
Antioehia,  matou-se  na  idade  de  15  annos 
para  salvar  a  sua  castidade.  E'  commemo- 
rada a  9  de  junho. 

pfíLAGiANisiio,  s.  m.  (des.  ismo.)  a  seita 
de  Pelagio. 

PELA&'0,  (bist.)  chamado  primeiramente 
Morgan,  celebre  heresiarcha  do  século  V, 
nasceu  na  Gran-Bretanha,  fez-se  monge, 
foi  a  iloma,  foi  amigo  de  Sancto  Agostinho 
e  d'outras  personagens  illustres,  mas  den- 
tro em  pouco  deu-se  ás  discu-ísões  raetha- 
physicas,  e  veio  a  formular  sobre  a  graça 
e  a  liberdade  doctrinas  contrarias  á  fé.  A 
sua  doctrina  foi  condemnada  era  3  concílios. 
Julga-se  quo  morreuem  432 ,  mas  a  sua 
doctrina  conhecida  pelo  nome  de  Pelagia- 
nismo  subsistiu  até  ao  século  VI. 

PELAGio  I,  (hist.)  papa,  successor  de  Vir- 
gílio, reinou  de  555  a  rj59.  Fez  comefar 
em  Koma  a  igreja  de  S.  PhiUppe. 

PELAGIO  II,  (hist.)  papa,  successor  de  Be- 
nedicto  I,  reinou  de  578  a  590.  Tentou  em 
vão  abafar  em  Istria  o  scisma  chamado  dos 
três  capítulos. 

PÉLAGO,  (hist.)  rei  das  Astúrias,  foi  o  che- 
fe dos  godos  e  dos  christàos  fieis,  que  de- 
pois da  batalha  de  Xeres,  se  refugiaram 
nos  montes  de  Cantábria  ;  alli  se  conservou 
'^  annos  ignorado  dos  vencedores,  e  saiu  de 
repente  bateu  os  Mouros  em  Covadonga,  e 
morreu  em  337. 

PÉLAGO,  s.  m.  (Lat.  pelagus^  Gr.  áepleó, 
navegar,  e  agô,  conduzir.)  (poet.)  mar  alto, 
pego ;  (ant.)  pego  do  rio.  Commeíter  o  — . 
Em  —  de  sangue,  rios  de  sangue. 

PELACONiA,  (geí>gr.)  eantãoda  Macedónia, 
ao  Is  ;  cantão  da  Thessalia  onde  eram  as 
cidades  d'Azor  e  Pythium  e  Doliques. 

PELANGANg.  (feogr.)  sitio  proximo  do  So- 
fá lia  ^viíla),  donde  dista  uma  hora  de  cami- 
nho. 

PELARGoSiuií,  {bot.)  género  de  plantas  da 
família  das  Gerinaôs  e  da  Monadelphia  He- 
ptandria 

PELASGios  ouPELASftoSí  (hist.)  habitantes 
primitivos  da  Grécia  e  da  Itália,  parecia  per- 
tencerem á  ra^a  indo-germanica. 

PKLASGiotioE,  (geogr.)  região  da  Thessa- 
lia, ao  S,,  entre  a  ^'errhebia  aoIS.,  a  Thes- 
saUotide  ao  S.,  e  entre  o  Peneo,  o  Ualia- 
cmon  e  o  Sperihio  ;  era  habitada  pelos  Pe 
I  ágios. 

p«LASGico  (golpho  de),  (geogr  )  Pelasgi" 
cus  sinus,  hoje  golpho  de  Volo,  golpho  do 
mar  Egêo.  entre  a  ponta  N.  da  ilha  deEu- 
l;>da,  a  PbthioUde  e  a  Magaesia. 


PEL 


?a 


147 


PELEGRIME,  s,  w.  HO  Brasil  dão  este  Dome 
ao  peixe  que  acompanha  o  tubarão.  Moraes 
suppõe  cora  razão  vir  do  Inglez  pilgrim,  pe  - 
regrino. 

PELEJA,  s.  f.  [de pelejar.)  briga,  comba- 
te, batalha.  Homens,  gente  de  —  ,  comba- 
tentes. 

PELEJADO,  A,  p.  p.  de  pelejar ;  adj.  que 
pelejou.  Estar  — com  outro,  que  teve  razões, 
que  brigou  com  alguém.  Os  dois  exércitos 
tinham  —  esforçadamente. 

PELEJADOR ,  s.  m.  O  que  peleja,  comba- 
tente. — ,  adj.  que  combate,  peleja. 

PELEJAR,  v.  a.  (Cast.  pelear,  do  Lat.  pel- 
lo,  ere,  repellir ,  repulsar,  ferir,  impeliir  ) 
brigar,  combater.  —  batalha,  combater  o 
inimigo  em  batalha.  «  Pelejou  Judas  Macha- 
beo  tantas  batalhas.  »  Vieira. — .brigar,  com 
bater,  batalhar,  guerrear,  v.  g.  —  com  o  ini- 
migo ;  (fíg.)  luctar,  v.  g.  — com  as  paixões, 
—  com  os  appelites.  —  com  alguém,  ter  ra- 
zões, altercar.  — ,  reprehender  asperamen- 
te. 

Syn.  comp.  Pelejar ,  combater,  lutar , 
brigar,  guerrear,  batalhar.  O  mais  gené- 
rico d'estes  vocábulos,  e  o  de  que  mais 
usarão  nossos  bons  escritores,  é  pelejar,  do 
castelhano  pelear,  corrupção  de  proeliari ; 
e  exprime  todo  o  género  de  contenda  com 
o  fim  de  resistir  e  vencer  a  parte  contra- 
ria. Usa-se  este  verbo  tanto  na  voz  activa, 
cemo  ne  neutra,  de  que  Vieira  nos  deixou 
boiis  exemplos  .  «  Pekjou  Judas  Machabeo 
tantas  batalhas  (X,  201).  »  Os  homens  de 
inferior  condição,  ainda  que  sejão  valero- 
sos,  pelejão  sós ;  o  nobre  sempre  pelei  a 
acompanhado,  porque  peleja  com  elle  a 
e  mbrança  de  seus  maiores,  que  é  a  me- 
hor  companhia.  Em  Ascaniope/e;*at>a  Eneas 
p  Heitor ;  em  Pyrrho  pelejava  Achilles  e 
eleo  ;  nos  Decios,  nos  Fabios,  nos  Sci- 
Piõs  pelejavão  os  famosos  primogenilores 
"e  S'^,us  appellidos  (VII,  478).  «  A  carne 
Peleja  contra  o  espirito,  e  o  espirito  con- 
tra a  carne  (VI,  80).  » 

Combater  é  propriamente  bater-se com,. . . ; 
é  pelejar  militarmente  fazendo  força  a  fer- 
ro e  fogo  ;  e  também,  oppôr  resistência,  v. 
g.  combater  os  erros^  as  inclinações,  etc. 
ou  combater  contra  erros,  etc.  «  A  intei- 
rez  i  combate   contra  a    cobiça  (V  do  Aro, 

I,  (■;.  » 

Lv.íar  é  contenderem  ou  pelejarem  áuàs 
pessoas  corpo  a  corpo,  sem  armas,  a  bra- 
ço partido  ;  e  no  sentido  figurado  é  pelejar 
por  vencer,  resistindo  porfiosamente.  Jacob 
lutou  com  Deus.  O  homem,  em  toda  a 
vida,  luta  com  adversidades,  e  no  fimd'ella 
tem  que  lutar  eom  a  morte. 

Brigar,  do  italiano  brigare  ,  é  ter  briga 
com  ftlguem.  pelejar  de  razões  ou  a  ferir, 


de  homem  a  homem,  ou  d'um  partido  com 

outro. 

Guerrear  é  fazer  guerra,  combater,  pe-^ 
lejar  na  guerra.  Suppõe  todo  o  género  de 
hostilidades  que  costumam  fazer-se  as  na  - 
ções  ou  partidos  belligerantes. 

Batalhas  é  pelejar  com  armas,  pelejar 
hostilmente  um  exercito  com  outro,  ou  uma 
divisão  com  outra  do  inimigo. 

Quando  duas  nações  guerream,  batalham 
seus  exércitos  e  suas  armadas,  pe/e;'am  valo- 
rosamente seus  capitães,  cor/iòaíern-  seus  sol- 
dados, e  As  vezes  toda  a  nação,  por  defen- 
der sua  independência.  Nas  guerras  civis 
brigam  as  facções,  os  partidos,  os  bandos» 
e  a  sua  peleja  antes  se  deve  chamar  luta 
porque  nenhum  partido  se  dá  por  conten- 
te sem  deitar  por  terra  e  pizar  aos  pés  seu 
adversário. 

PELEO,  (myth.)  Peleus,  rei  da  Phthiotide 
e  de  lolcos,  era  filho  de  Eaco,  e  irmão  de 
Tela  non  e  de  Phocus.  Tendo  morto  este 
ultimo  por  engano,  expatriou-se  e  foi  á  cor- 
te de  Eurytion,  rei  de  i  hthiotida,  com  a  fi- 
lha do  qual  casou.  Teve  ainda  a  desgraça 
de  matar,  sem  querer,  e  de  passar  por  no- 
vo exilio.  Recebido  em  lolchos,  inspirou 
amor  á  rainha  Erelheiá,  ecomo  desdenhas- 
se esto  amor  criminoso,  viu-se  calumniado 
pela  princeza  para  com  Acasto,  seu  esposo. 
Esto  mandou-o  prender  era  um  bosque,  mas 
Pelêo  achou  meio  de  cortar  as  prisões,  ma- 
tou Acasto  e  sua  esposa,  e  fez-se  rei  de 
lolcos.  Morrendo  a  sua  primeira  mulher,  ca- 
sou com  Thetis  o  delia  teve  Achilles ,  que 
confiou  ao  centauro  Chiron  e  passou  pelo 
desgosto  de  o  ver  ir  para  Tróia.  Foi  destro- 
nado pelos  filhos  de  Acasto. 

PELEU  ou  PALUOS,  (geogr.)  archipelago  do 
Grande  Oceano,  a  O.  das  ilhas  Carolinas.  E 
composto  por  dezoito  ilhas  muito  férteis  e  po- 
voadas. 

PELHANCARIA,    S.  f.    6  PELHANCAS,    S.f.pl. 

[pelle ;  a  des.  vem  de  Cast,  ancha,  larga, 
extendida),  pelles  pendentes  do  homem,  oa 
animal  que  emmagreceu  muito. 

PELHOS,  pronunciado  pel-hos,  usado  an- 
tigamente era  vez  de  pelos,  e  formado  de 
pel  por  per,  por,  e  hos  ortographia  antiga, 
por  OS  artigo  m.  pi.  Barros,  Góes. 

PELiAS,  (myth.)  rei  de  lolcos,  devia  ser 
ao  commercio  adultero  de  Tyro  com  Neptu- 
no. Foi  exposto  logo  depois  de  nascido  e  sal- 
vo por  uns  pastores.  Quando  foi  morto  Ere- 
theo,  marido  de  Tyro,  tirou  o  trono  de  lol- 
cos a  Eron,  depois  mandou  matar  a  esposa  e 
os  filhos  deste  principe,  excepto  Jason,  que 
se  escapou.  Expiou  seus  crimes  com  morte 
horrorosa  ;  foi  degoUado  por  suas  filhas,  que 
julgavam,  segundo  a  promessa  de  Medea,  to- 
ma-lo moco,  tirando -lhe  todo  o  sangue  Telho. 
37  • 


m 


PEL 


P£& 


PELICANO,  s.  m.  (Lat.  pelicanús  ou  pe- 
lecanus,  do  Gr.  pelukus,  machado,  porque 
o  bico  desta  avo  tem  feição  do  ferro  de  ma- 
chado), ave  aquática,  maior  que  o  cysne, 
da  ordem  dospalmipedes,  família  dospaa- 
nipedes,  de  bico  longo  e  chato  guarnecido 
inferiormente  de  um  saco  membranoso  ca- 
paz de  conter  duas  ou  três  canadas  de  agua, 
ou  um  volume  igual  de  peixe  que  a  ave 
apanha  mergulhando.  D'esta  ave  diziam  os 
antigos  que  alimentava  os  filhos  com  san- 
gue que  tirava  do  peito,  ferindo-se.  — , 
(chim.)  alambique  fechado,  munido  de  duas 
azas  ouças:  — ,  (cirurg.)  espécie  de  boticão 
para  tirar  dentes  da  feição  de  bico  de  peli- 
cano. 

PELiCEiRO.  V.  Pelliqueiro. 

PELiGNios,  (hist.)  Peligui,  pequeno  povo 
da  Itália  antiga,  habitava  a  E.  dosMarsos, 
acima  do  Picenum  e  perto  do  mar.  As  suas 
cidades  principaes  eram  Corfinium  e  Sul- 
mo. 

PELiON,  (geogr.)  Peira,  monte  da  Thessa- 
lia,  na  Magnesia,  ao  S.,  não  era  mais  do 
que  a  continuação  do  Olympo. 

PELissANE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  7 
léguas  NO.  de  Aix  ;  2,261  habitantes. 

PELITRE.  V,  Pyrethro,  herva. 

PELLA,  s.  f.  (do  Gr.  palia,  d&pallô,  ar- 
remesar),  bala  elástica  de  coiro  cheia  de 
lã,  com  que  se  joga  o  jogo  chamado  da — . 
Jogar  a  —  com  alguém,  (fig.)  fazer  jogue- 
te, fazer  soífrer  alternativas  faustas  e  infaus- 
tas. Ter  as  — s  ao  inimigo,  resistir-lhe  re- 
bate-lo.— ,  (ant.).  bala  de  chumbo  ou  fer- 
ro presa  a  um  cabo  por  corda,  que  se  lan- 
çava contra  alguém  e  se  tornava  a  recolher 
depois  de  dado  o  golpe.  A  férrea  — ,  bala 
de  artilheria. — ,  ('ant.)  rapariga  que  baila- 
va posta  no  hombro  de  dansarino. —  de  uvas. 
V.  Uva  e  Pellota. 

PELLA,  s.  f.  (de  Fr,  poere,  frigideira), 
(t,  do  Minho),  frigideira. 

PELLA,  (geogr.)  hoje  Palatisia,  cidade  da 
Macedónia,  na  Emathia,  sobre  o  Ludio. 

PELLACiL.   V.  Alacil  ou  Alãcir. 

PKLLADO,  A,  p.  p.  de  pellar,  aclj  priva- 
do (la  pelle  ou  de  pello,  calvo ;  (Hg.)  terra 
— ,  escalvada,  calva,  sem  vegetação. 

PELLADOR,  s.  m.  O  que  pella. 

PELLAME,  s.  f.  V.  Alopedia. 

PELLAME,  s.  m.  {pelle,  des.  do  Gr. /ia??ia, 
juntamente),  pelles  não  cortidas  coirama ; 
— ,  valias  e  tanque  de  cortume ;  as  pelles 
no  cortume. 

PELLÃo  OU  puLLÂo,  s.  m.  (do  Cnst.  pelon, 
fidalgo  pobre,  filho  segundo.  Vem  do  Fr,  ant. 
polains,  polans,  poulains  ou  pullains,  fi- 
lhos de  Europeo  nascidos  na  Palestina  no 
tempo  das  Cruzadas;  filhos  demãieuropea 
e  de  pai  syriaco;  eram  geralmente  despre- 


zados. Em  Fr.  ant.  poulain  significa  cara- 
ponez,  rústico.  Ambos  vem  do  Lat.  pullns, 
moreno,  queimado  de  sol),  fidalgo  pobre  ; 
peão,  homem  pobre,  rústico. 

PELLAR,  t>.  a.  [pelío,  ar,  des.  inf.,  con- 
tracção de  tirar),  tirar  o  pello,  mettendoo 
corpo  em  agua  muito  quente  ; — tir^r  o  pel- 
lo, o  cabello,  fazer  cahir  o  pello,  o  cabei- 
lo. — SE,  V.  r.  cahir  a  pelle,  perder  a  pelle, 
ou  o  pello.  —  se  por  alguma  cousa,  appe- 
tece-la  anciosamente,  v.g.  — me  por  bana- 
nas, melões,  frutas.  Nem  ào  Lat.  pello,  ere. 
impellir. 

PELLE,  s.  f.  (Lat  pellis,  que  os  lexico- 
graphos  derivão,  pela  maior  parte,  do  Gr. 
phellos  casca  de  arvore.  Eu  creio  que  vem 
de  vellus,  pelle  de  animal,  vello,  primiti- 
vamente fellus  ou  fellís.  O  f  ê  affim  do  p 
e  continuamente  se  troca  por  v  ep),  tegu- 
mento exterior  do  homem  e  dos  animaes. 
Diz-se  de  todos  os  animaes  que  não  tem  es- 
camas, ou  tegumentos  mui  duros,  a  que  se 
dá  o  nome  de  coiro.  Também  se  diz  dos 
peixes  que  não  tem  escama.  —  em  cabello, 
ainda  não  cortida.  — da  fruta,  a  casca  fina. 
Nú  em  —  ou  em  pello,  sem  vestido  ou  co- 
bertura, despido  inteiramente.  — ,  (fig  )  o 
individuo,  v.  g.  Não  caber  na  —  ;  em  si, 
não  se  conter,  exultar,  —  de  contente,  de 
soberbo.  Defender  a  —  ;  tratar  da  — .  Ju- 
rar-lhe  pela  — ,  ameaçar  alguém  de  o  mal- 
tratar ou  matar.  — ,  (fig  )  o  exterior.  Rir-se 
sobre  a  —  de  alguém,  á  custa  delle.  Jul- 
gar alguém  pela  — ,  pelos  exteriores.  Des- 
pir a  — ,  larga-la  como  fazem  as  cobras  e 
serpentes ;  ^fig.)  re.noçar,  mudar  de  senti- 
mentos, de  proceder,  de  opinião. 

PELLEGRIN ,  (hist )  autof  fraucez,  nasceu 
em  166  í,  morreu  em  1745.  As  suas  melho- 
res peças  são  :   O  Novo  Mundo,  e  Pelopéa. 

PELLEGRiNO  (PeMogrino  Tibaldo  dc),  (hist.) 
pintor  a  architecto  italiano,  nasceu  em  1527, 
morreu  em  1592,  foi  chamado  a  llispanha 
por  Ihilippe  II,  pintou  o  claustro  e  a  bi- 
bliotheca  do  Escurial. 

PELLEGRINO  Dl   S^N-DANIELLO,    )hist.)  piu- 

tor  italiano  do  século  XVI,  morreu  em  16^6. 
O  seu  melhor  quadro  é  uma  Madona  senía- 
da  entre  as  quatro  virgens  deAquiléa.Oa- 
tro  Pellegrino,  deModena,  discipulode  Ra- 
phael,  deixou  diversos  quadros,  o  melhor 
ê  uma  Natividade  de  Nossa  Senhora. 

PELLEGRUE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
5  léguas  NE.  de  Reole  ;  1,600  habitantes. 

PELLERiN,  (hist.)  celebre  antiquário  frau- 
cez, nasceu  em  1684,  morreu  em  1782.  Keu- 
nm  um  bello  gabinete  de  medalhas,  que 
vendeu  por  300,000  francos  a  Luiz  XVI. 

PELLETATSf,  (hist.)  cirurgião  francez,  nas- 
ceu era  157:2,  morreu  em  1829.  Publicou 
uma  Clinica  cirúrgica. 


PEL 


FEL 


fm 


PElLETERiA,  s.  f.  (do  Fr.  pellelerie),  gran-' 
de  quantidade  de  pelles  em  cabello,  e  princi- 
palmente para  forrar  roupas,  v.  g. —  de  mor- 
tas, ginetas,  lobos,  coirama,  pellame  ;  — , 
o  coramercio  de  pelles  para  forrar.  Outros  es- 
crevem pellíleria. 

PELLETiER,  (hist.)  pharmsceuiico  6  chimi- 
co  francez ,  nasceu  em  J76l  ,  morreu  em 
l'/97.  Deixou  Memorias  e  Observações  de 
Chimica. 

pelleziuha,  s.  f.  diminuí,  depelle,  pelle 
finae  pequena. 

PELLiCA,  s.  f.  diminut.  depelle,  pelle  de 
carneiro  corlida  que  íica  mui  branca  e  mui 
flexível,  para  luvas  e  outros  usos. 

PELiiçA  ou  PELissA,  *  /.  (Fr.  pelUsse),  rou- 
pão de  mulher  e  do  homem  nos  paizes  septen- 
trionaes,  forrado  de  pelles  íinfs,  para  resguar- 
dar de  frio,  e  também  por  ornato.  iNa  Turquia 
o  gran-senhor  dá  pelliças  para  honrar  as  pes- 
soas. V.  g.  aos  embaixadores  das  cortes  es- 
trangeiras, aos  pachás,  vizires, 

PELLiCE,  s.f.  (Lat.  pellex,  icis,  âepclli- 
cio,  ere,  alliciar,  Gr.  pa//o/ítí,  rapariga  jaa/- 
lak,  moço,  adolescente),  (p.  us.)  amiga,  con- 
cubina de  homem  casado 

PELi.ico.  s.  m.  (de  pelle),  vestido  de  pas- 
tor feito  de  pelles  de  carneiro  com  a  lã. 

PELLicuLA;  5.  f.  dúnmwí.  de  pcllc,  (anat. 
ebot.)  pelle  delicada,  epiderme. 

PELLiNHA,  s.  f.  diminut.  de  pelle,  pelle 
delgada,  fina. 

PELLiQUEiRO,  s.  m.  [ãepelHca],  o  que  pre- 
para pellica  e  vende  pelles  para  forrar  roupas 
pelleteiro. 

PELLiscÃo,  s.  m.  V.  Belliscão. 

PELLissoN  (Paulo),  (hist.)  escriptor  fran- 
cez, nasceu  em  1624,  morreu  em  1693.  Dei- 
xou Memorias  em  favor  de  Fouquet  seu 
protector  ;  Historia  da  Academia  Franceza. 

PELLiTEiRO.  V.  Pelliqueiro. 

PELLiTEBiA.  V.  Pellcteria. 

PELLiTRAPO,  A,  udj .  V.  Esfarrapado. 

PELLO,  5.  m.  [do  L&t.  vellus,  vello,  tosão) 
vello  ou  cabello  que  cobre  a  pelle  dos  ani- 
maes  ;  buço  do  ^adolescente,  pennugem  que 
cobre  mais  ou  menos  o  corpo  do  homem  e  da 
mulher,  lanugem,  cotão  da  fructa,  v.g. — 
do  marmello,  —  pecego,  —  do  panno  de  lã 
frisa.  Chapéo  de  — ,  com  felpa.  —  da  espa- 
da, (p,  us  )  o  gume  ;  espada  de  bom  — . 
Em  — ,  nú,  inteiramente  despido.  O  caval- 
gar ou  andar  em  — ,  montado  em  cavallo 
ou  outra  besta  sem  sella,  albarda  ou  outra 
cobertura.  Ser  de  —  negro,  (fig  )  mui  ma- 
nhoso, velhaco.  Vira—,  (loc.  fam.)  a  pro- 
pósito, em  tempo  opportuno.  A  — ,  adv., 
na  direcção  do  pello.  A  pospello.  V.  Pos- 
pello. — ,  doença  nos  sancos  da  besta. — s, 
as  diversas  sortes  de  fio  de  seda  findas  nas 
machinas  de  fiação. 

YOL.  IT. 


PELLONTIER,  (hist.)  historiadof  prussiano, 
nasceu  em   1694,  morreu  em  1757.  Entre 

outras   obras    publicou   uma    Historia  dos 
Celtas. 

PELLOPONESO.  errada  orlhogr.  V.  Pelopo-^ 
neso. 

PELLOLA,  s.  f.  (de  pella,  des.  otá).  pella 
de  ferro  ou  chumbo. 

PELLOTÂo,  má  orthr.  V.  Pelotão, 

PELLOTE,  s  m.  [pelle,  des  ote,  contr.  do 
Fr.  cotte,  saio,  vestido),  vestidura  antiga 
portugueza  que  se  trazia  por  baixo  da  capa. 
Andar  em — ,  em  corpo,  sem  capa;  — de 
panno.  ex.  «  Moços  que  andavam  ao  paço 
em  —  e  não  de  capa.  »  Chr.  de  D.  João  III. 
Erra  pois  o  autor  do  Elucidário  vertendo  pel- 
/o/ecapa  forrada  de  pelles.  Melhorar  de — , 
(loc.  fam.  ant.)  melhoriír  de  fortuna. 

PELLOTiCA,  s.f.  diminut.  de  pellota,  bo- 
linha com  que  os  pollotiqueiros  fazem  ha- 
bilidades, ligeirezas  de  mão.  Fazer — s,  li- 
geirezas  de  mão,  v.  g  fazer  desapparecer 
as  bolinhas  postas  debaixo  de  vasos  de  me- 
tal sem  que  os  circumstantes  percebam  o 
como. 

PELLOTINHO,  s.  m.  diminut.  de  pellote. 

PELLOTiQUEiRO,  s.  m.  (des.  eiró.)  homem 
que  faz  ligeirezas  demão  oupelloticas ;  ve- 
lhaco, que  furta  com  astúcia,  gatuno  ao  jo- 
go- 

PELLOURA,  s.  f.  V.  Pellouro. 

PELLOURADA,  3.  f.  (des.  ada)  golpe,  tiro  de 
pellouro, 

PELLOURiNHA,  S.f.  [àut.)  diminut.  dcpel- 
loura. 

PELLOURiNHO.  V.  Pelourinho. 

PELLOURO,  s.  m.  [pella,  ou  do  Lat.  pello, 
ere,  lançar,  arremessar)  bola  de  metal  para 
ser  lançada  por  arma  de  fogo,  como  espin- 
garda, arcabuz;  bola  de  cera  dentro  da  qual 
se  mete  um  papelinho  com  o  nome  da  pes- 
soa de  que  se  faz  escolha  para  juiz  ordiná- 
rio ou  vereador,  e  em  geral  bilhete  de  elei- 
ção, voto  de  eleitor.  Sair  nos  — s,  nomea- 
do, eleito. 

PELLuciA,  s.f.  [Yr. peluche)  estoffo  felpu- 
do de  seda  ou  lã. 

PELLUCiDO,  A,  adj.  (Lat.  pellucidus,  for- 
mado de  per  e  lúcidas)  transparente. 

PELLUDO,  A,  adj.  [pello,  des.  udo)  que  tem 
pello,  cabello,  velloso. 

PELO,  (composto  da  preposição  per  ou  por, 
elo,  do  artigo  lo,  Cast,  o),  v.  g. —  mesmo 
motivo,  —  rei. 

PELOPiDAS,  (hist.)  Thebano,  amigo  de  Epa- 
minondas,  era  muito  rico  e  valente  ;  chefe 
dos  Thebanos  banidos,  teve  a  principal  parte 
na  conspiração,  pela  qual  os  Spartiatas  fo- 
ram expulsos  de  Thebas,  em  ci79  antes  de 
Jesu-Christo.  Commandou  em  Leucteres  o 
batalhão  sagrado;  seguiu  Epaminondas  na 
38 


ff» 


PEI. 


vm 


sua  expedição  ao  Peloponeso :  soccorreu  as 
cidades  Thessalonicas  contra  o  tyranno  Ale- 
xandre de  Phéres,  pacificou  a  Macedónia, 
submettendo-a  á  influencia  thebana.  Mor- 
reu na  Ihessalia  em  365  alcançando  a  vi- 
ctoria  de  Cynoscephales. 

PELOPONESO,  (geogr.)  Peloponesus,  (isto  ó, 
ilha  de  Pelops)  primitivamente  Apia ,  hoje 
Morétty  península,  que  termina  a  Grécia  ao 
S.,  é  unida  ao  continente  pelo  isthmo  de  Co- 
rintho,  dividida  vulgarmente  em  7  provina 
cias  :  Achaia  e  Corinthia  ao  N.  ;  Argolida , 
E. ;  Laconia  e  Messenia  ao  S.  ;  Elida  a  O. 
e  a  Arcádia  no  centro, 

PELOPONESO  (guerra  do) ,  (hist.)  grande 
guerra  entre  Sparla  e  Atbenas,  tomaram  par- 
te nella  todos  ©s  povos  da  Grécia;  durou  i7 
annos,  de  431  a  404,  antes  de  Jesu-Chris- 
to* 

PELOPS,  (myth.)  filho  de  Tântalo,  rei  da 
Lydia,  foi  morto  por  seu  pai,  e  seus  membros 
foram  servidos  aos  deuses  em  um  banque- 
te, n'um  dia  em  que  elles  tinham  ido  visi- 
tar Tântalo,  Júpiter,  reconhecendo  logo  es- 
ta detestaval  iguaria,  reuniu  os  membros  do 
joven  príncipe  (excepto  uma  espádua,  que 
tinha  sido  comida  por  Ceres)  e  restituiu-lhe 
a  vida.  Pelops  depois  passou  a  Elida,  casou 
com  Hippodamia,  filha  do  rei  Qilnomaus,  e 
reinou  na  maior  parte  da  península,  que  to- 
mou o  seu  nome. 

PELOTÃO,  s.  m.  (Fr.  peloton,  depeloíte^  no- 
velo) (mil.)  pequeno  numero  de  soldados  en- 
fileirados. 

PELOTAS  (geogr.)  cidade  da  província  de 
São-Pedro-do-Rio-Grande,  no  Brazil.  S  lé- 
guas ao  noroeste  da  cidade  do  Rio-Gran- 
de,  e  45  pouco  mais  ou  menos  ao  sudo- 
este da  de  Porto-Alegre,  2,420. 

PELOTAS  (geogr.)  rio  limitrophe  das  pro- 
víncias de  Sào-Pedro-do-Rio-(irande  e  de 
São-Paulo,  no  Brazil. 

PELOURINHO,  s.  m.  (do  Fr.  pilori,  do  Lat. 
pila,  pilar,  pilastra,  e  não  áe  pellouro  como 
quer  Moraes)  columna  de  pedra,  picota  pos- 
ta em  praça  de  cidade  ou  villa,  a  que  se  atam 
os  criminosos  expostos  á  ignominia,  ou  con- 
demnados  a  açoutes  ;  é  rematada  por  pontas 
de  ferro  onde  se  espetam  as  cabeças  dos  de- 
golados ;  tem  também  argolas  onde  se  pode 
enforcar, 

PELTARiA,  (bot,)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Cruciferas  e  da  Tetradynamia  si- 
liculosa,  L. 

PELTRE,  s.  m.  (Moraes  o  deriva  do  Ingl. 
peicter,  o  qual  vem  do  Ital.  peltro,  liga  de  es- 
tanho e  azougue,  Cast  peltre,  liga  de  esta- 
nho e  chumbo)  (ant.)  liga  de  estanho  com 
cobre  ou  chumbo. 

PELUSO,  [geogr.)  Pelnsivm,  primitivamen- 
te Ataris,  Sobrta  da  Fscríptura,  cidade  do 


Egypto  inferior,  sobre  a  boca  oriental  do 
Nilo,  a  1  légua  do  mar.  ^^ 

PELUssiN  ,  (geogr.)  villa  de  França ,  a  5 
léguas  E,  de  Santo  Estevão ;  500  habitan- 
tes. 

PELTATO,  A,  adj.  [Lat. peltatus,  depelta, 
escudo  pequeno)  na  antiga  milícia  romana, 
armado  de  broquel,  abroquelado. 

PELYMSK,  (geogr.)  cidade  da Kussia-Asia- 
tica,  a  50  léguas  If.  de  Touriusk  ;  1,800 
habitantes. 

PEMBROKE,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
no  paiz  de  Galles,  capital  do  condado  do 
mesmo  nome.  a  11  léguas  SO.  de  Milford  ; 
6,500  habitantes.  O  condado  de  Pembroke 
situado  entre  os  de  Cardigan  ao  NE.,  de 
Caermarthen  a  E.,  e  o  canal  de  Bristol  ao 
S.,  conta  81,320  habitantes. 

PEMPiNELLA.  V.  Pimpinella. 

PENA,  s.  f.  [Lat.  pcena,  Gr.poiné,  depe- 
nomaij  trabalhar,  afadigar-se,  soífrer ;  tal- 
vez do  E^ypc,  pi,  art.  m,,  q  nehpi,  choro, 
afllicção,  pena,  lamentação,  neph,  chorar  ; 
ou  de  pi~nouxp,  consternação)  dôr,  aíílicção 
causada  por  mal  physico  ou  moral,  trabalho 
fadigoso  ;  moléstia,  incommodo,  v.  g.  gran- 
de —  me  causou  a  morte  do  amigo,  magoa. 
— s  da  vida.  Com  — punha  os  pés  no  chão. 
Mousinho,  Afr.,  foi,  93.  «Carne,  vinho... 
tudo  com  — se  achava,  »  Resende,  Misc, 
istoé,  com  trabalho,  difficuldade,  em  tempo 
de  fome  que  houve.  Éantiq.  neste  sentido. 
— ,  castigo,  V.  g.  —  de  morte,  de  degredo, 
de  açoutes;  — pecuniária,  aíílictiva  ;  — de 
sangue,  (ant.)  a  pena  pecuniária  que  se  infli- 
gia a  quem  feria  ou  matava.  Dar  as  — s, 
Arraes,  castigar.  Tomar  as  — s  de  alguém, 
(ant.)  castiga-lo.  Eneid.  de  F.  Barreto,  XI, 
174.  A  penas.  V.  Apenas. 

SYN,  comp.  Pena,  sentimento,  dôr.  Expli- 
cam estas  tr(  s  palavras  a  differente  impres- 
são que  faz  o  desgosto  em  animo  ;  porém 
a  pena  pôde  applicar-se  mais  vagamente, 
e  denotar  um  desgosto  mais  accidenlal  que 
o  sentimento,  o  qual  não  presenta  a  idéa 
d'uraa  sensação  tào  profunda  como  a  dor, 
que  é  um  sentimento  penoso  e  profundo. 
Causa^-nos  sentimento  a  perda  d'um  bem 
que  nos  interessa,  a  desgraça  d'um  amigo, 
a  morte  d'um  conhecido.  Temos  dôr  d'alma 
na  morte  do  pai  amoroso,  da  cara  esposa," 
do  filho  amado ;  temos  dôr  de  haver  offeny^ 
dido  a  Deus. 

PENA,  s.  f.  (do  Cast.  pena)  penha.  O  con- 
vento da — .  Nossa  Senhora  da — . 

PENACOVA,  (geogr.)  villa  de  Portugal  cora 
3,0^0   habitantes  ,    e  o  seu  concelho  com 
9,332,  situada  3  léguas  a  E.  de  Coimbra,-^ 
em  fronte  da  confluência  do  Alva  e  na  díreital 
do  Mondego.  * 

PENADAMENTE,  oáv.  (dcsus.)  [mente  suíT.)' 


PM^ 


PED 


l&l 


com  pena,  dôr,  ex.  « —  sesosteve.  »  Meni- 
na e  Moça,  2,  II,  com  difficuldade,  por  não 
cair  em  cama. 

PENADO,  A,  p.  p.  depenar;  adj.  punido, 
castigado,  afflicto  com  pena,  dôr,  trabalho, 
ex.  O  —  mancebo.   Naufr.    de    Sepúlveda* 

«  de  puro  —  morre,  »   Gamões,  Re- 

dond.,  aíllicto  de  penas. 

PENADOiRO,  A,  adj.  V.  Punivel. 
PENAFERRiM,  (geogf.)  povoação  de  Portu- 
gal, no  concelho  de  Cintra,  a  4  léguas  de  Lis- 
boa, com  1,35U  habitantes. 

PENAFIEL  ,  (geogr.)  (chamada  tarabnm  de 
Souza  ou  yírri/anarfe^owza),  antiga  cidade 
de  Portugal,  dista  6  léguas  a  E.  do  Porto,  e 
06  de  Lisboa,  contém  2,500  habitantes,  e 
o  seu  concelho  19,383. 

PENAFIEL,  (geogr.)  cidade  dellispanha,  a 
11  léguas  S£.  de  Valladolid  ;  3,3oO  habi- 
tantes. 

PENAFLOR,  (geogr.)  nome  de  muitas  cida- 
des de  Hispanha  ;  uma  na  intendência  de 
Córdova,  a  15  Itguas  ^-0.  deCordova  ;  2,100 
habitantes ;  outra  na  intendência  de  Sara- 
goça, a  3  léguas  NE,  de  Saragoça. 

PENAGUIÃO,  (geogr.)  V.  Santa  Marta  de 
Penaguião. 

PENAL,  adj.  dos2g.  [L&t.poenalis.)  con- 
cernente pena  ;  que  impõe  penas.  Leis  pe- 
naes.  Código  — .  Convenção  — ,  de  pena 
convencionada  em  contracto. 

PENALBA,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  a 
16  léguas  SE.  de  Saragoça;  800  habitan- 
tes. 

PENALIDADE,  s.  f.  [pev.al,  des.  idade]  sup- 
plicio,  pena;  trabalho.  Arraes.  «As — 5  da 
vida  humana.  »  Pinheiro. 

PENALIZADO,  A,  p.  p.  de  pcualisaf ;  adj. 
affligido,  afflicto,  magoado. 

PENALIZAR,  V.  a.  {penalf  des.  izar.)  cau- 
sa pena,  afflicção,  dôr,  ex.  «A  inveja  que  o 
penalizava.  Macedo. 

PENALVA  d'alva  ,  (geogf.)  villa  de  Portu- 
gal, na  vizinhança  de  Pombeiro.  donde  dis- 
ta 6  léguas  a  E.,  e  i  ao  S.  do  Mondego  ; 
1,500  habitantes,  e  com  o  concelho  3,0(14. 

PENAI. VA  DO  castello,  (geogF.)  V.  Cas- 
tello. 

PENAMACOR,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  no 
districlo  da  Guarda,  donde  dista  8  léguas; 
contém  1,8']6  habitantes  em  três  freguezias, 
e  tcdo  o  concelho  4,600. 

PENAMAR,  adj.  dos  2  g.  Pérola  — ,  que 
tem  pouco  lustre,  como  coalhada. 

PENÃo,  *.  m.  (Fr.  ant.  penon  ou  pennon, 
pendão,  áoLal.  pannus,  panno)  pendão,  ga- 
lhardete, bandeirola. 

PENÃO,  s.  m.  (em  vez  de  pennão,  augm. 
áepenna)  (ant.)  ponteiro,  estylete  com  que 
se  escreve  em  ola  ou  folha  de  palmeira,  ex. 
€  Um —  de  ferro  sem  tinta.  »  Barbosa. 


PENAR,  «.  a.  (jotfna,  ar  des.  inf.)  penali- 
zar, causar  pena,  dôr,  aíílicção,  atormentar; 
punir,  castigar,  impôr  pena. 

o  famoso  Pompeio,  náo  te  pene 
De  teus  filhos  illustres  a  ruina. 

G.\MÕES,  Lus.,  cant.  iii,  71. 

«Mais  me  pena  ser  esta  vida  cousa  tão  pe- 
quena. »  Bernard.  Lima,  Cart.7.  « Pe^ 

nando  os  que  fizerem  om  contrario.  »  Ord, 
AíTons.,  2.  — seu  castigo,  soffrô-lo.  — ,  v. 
n.  soffrer,  padecer  pena,  dôr.  tormento, 
afflicção,  n.g.  no  inferno,  no  inferno,  —se. 
V.  ?•.  (ant.)  causar  pena  a  si  próprio,  e-r.  Alli 
se  —  e  atormenta  o  triste.  » 

PENARANDA-DE-BRACAMONTB,  (gCOgr,)  cida- 
de de  Hispanha,  .«  4  léguas  de  Aranda  do 
Douro;  1,100  habitantes. 

PENARANDA-DO-DOURO,  (geogr  )  cidado  de 
Hispanha  ,  a  4  léguas  NE.  de  Aranda  do 
Douro;  Vf,Ono  habitantes. 

pENAS-DE-s. -PEDRO  ,  (geogr.)  cidadc  de 
Hispanha,  a  12  léguas  NE.  de  Alcaraz ; 
9,0íj0  habitantes. 

PENAS-ROiAs,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de 
iPortugal,  a  5  léguas  O.  de  Miranda  do  Dou- 
ro ;  o  seu  concelho  contém  1,544  habi- 
tantes. 

PENATES,  (myth.)  deuses  romanos  que  pre- 
sidiam á  conservação  e  augmento  «los  ber.s 
domésticos  [penus].  Os  gr.  ndes  deuses,  Jú- 
piter, Juno,  etc,  eram  também  considera- 
dos como  deuses  penates  pelas  famílias  que 
se  collocavara  debaixo  da  sua  protecção. 

PENAVEL.  V.  Punivel  e  Penal. 

PENAVis,  s.  w.  pi.  (do  Fr.  ant.  piwt.  bnlo, 
do  L&i.  panisy  pão,  e  piseis,  peixe)  bolos  de 
peixe  frito  com  manteiga. 

PENCA,  s.  f.  (do  Gr.  púknôs,  grosso,  es- 
pesso) folha  grossa  que  sáe  com  outra  de  um 
\>é,v.g.  da  herva  babosa  e  outros  aloés,  co- 
mo a  piteira ;  (fig.  o  chulo)  narigão,  nariz 
mui  grosso.  Uma  —  de  bananas ,  esga- 
lho d'ellas  adherenle  a  um  pé  como  os 
dedos  árnão,  eests;  pegado  ao  cacho.  As — s 
do  bofe,  (anat.)  os  lobos  do  polmão  que  pen  - 
dem  separados. 

pENDANGA,  s.  f.  uojogo  da  garatusa,  são 
os  oitos  e  noves  de  oiros  a  que  se  dá  o  va- 
lor que  cada  um  quer;  (fig  )  cousa  de  que 
se  usa  continuamente  para  diversos  fins;  e 
só  usado  hoje,  occupação  acccssoria  eiricom- 
moda.  — s,  pi.  officios,  occupações accesso- 
rias  de  que  se  encarrega  alguém.  ?íeste  ulti- 
mo sentido  vem  de  appenso, 

PENDÃO,  s.  f.  [depender]  guião  ou  bandei- 
ra farpada  por  baixo.  —  de  irmandades,  o 
que  as  irmandades  levam  nas  procissões.  An- 
tigamente era  bandeira  que  levavam  á  guer- 
ra os  ricos  homens,  capitães  e  os  reis,  e  que 
ia  arvorada  nas  marchas.  Senhor  de  —  e  cal^ 
S8  * 


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deira,  insígnias  do  mando  e  do  sustento  dado 
á  gente  de  guerra  pelos  senhores  torritoriaes. 
Acudir  a  —  ferido,  á  pressa,  ao  rebate.  — , 
(fig.)  guia,  guiador,  etc.  ;  mostra,  v.  g.  — 
de  hypocrisia.  —  dos  pães,  a  bandeira,  v. 
g,  do  milho  zaburro. 

PENDKWÇA,  s.  f.  (ant.)  V.  Pendência. 

PENDENÇA,  s.  f.  V.  Penitencia,  Castigo, 
Trabalho,  Muleta. 

PENDENÇAL,  s  m.  T.  Penitenciário,  Pe- 
nitencial. 

PENDÊNCIA,  s.  f.  (de  pender]  lucti  penden- 
te, briga,  conílicto  ;  contenda.  Ter — s  com 
alguém,  altercações,  contender,  ex.  «A re- 
nhida—  na  guerra,  »  Freire,  conílicto. 

pendenciaR,  V.  n.  {pendência,  ar,  des. 
Inf.)  ter  pendência  com  alguém,  p.  p.  sup. 
Pendenciado. 

PENDENissE,  (geogr.)  cidade  da  Comage- 
ne,  ao  SO.  de  Saraosata. 

PENDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lnt.  pendens, 
tis,  p.  a.  áependeo.  ere,  pender),  que  pen- 
de, está  suspenso,  v.  g  os  frutos  —  da  ar- 
vore, pendurados  ;  a  aljava  ^.  Sello  — ,  que 
seíixa  por  fita  ou  cordão  a  documento.  A 
espada  estava  —  sobre  a  cabeça  do  infeliz. 
— ,  inclinado.  A  não  — .  A  cabeça  do  bê- 
bado — ,  por  não  a  poder  soster.  — ,  que 
dura,  que  não  eslá  decidido,  Lite  — ,  que 
corre  seus  termos  no  foro,  e  não  está  ain- 
da decidida,  v.  g.  Trazer  alguém — da  sua 
vontade  ou  despacho,  dependente.  — ,  im- 
minente.  «  O  perigo  — .  »  Eneid.  de  F.  Bar- 
reto, VIII,  12, 

PENDER,  V.  n.  (Lat.  pendeo,  ere,  de  pen 
emCelt,,  monte,  summidade,  cimo,  hyper, 
e  hypo,  em  cima,  que  vem  do  tgypc.  rpe, 
cabeça),  estar  pendurado  ou  seguro  por  uma 
extremidade  em  lugar  ou  corpo  elevado,  v. 
g.  os  ff  uclos  pendem  da  arvore,  a  espada  do 
boldrié,  a  aljava  dos  hombros ;  — ,  incli- 
nar-se,  estar  inclinarJo,  v.  g.  a  náu  pende 
para  um  bordo.  O  muro  pende  para  fora, 
boja.  Os  ramos  das  arvores  pendem  com  o 
peso  dos  fructos.  O  mastro  pende  para  es- 
tibordo, (fig.)  —  para  alguma  pessoa,  par- 
tido, opinião,  inclinar-se,  ter  disposição  a 
seguir.  —  de  somno  ou  de  bêbado,  cabecear. 
—  para  a  vaidade,  para  o  rigor,  a  clemên- 
cia, propender,  inclinar-so,  ter  propensão. 
— ^depender,  v.g.  Isso  —  de  opiniões,  ex. 
«.  Pendo  án  providencia.»  Camões.  K' hoje 
desus. — ,  carregar.  «  Sobre  quem  então  pen- 
dia a  ordem  d'aquelle  negocio.  »  Barros.  — , 
estar  suspenso,  indeciso,  v.  g.  —  o  Hle,  o 
pleito,  correr,  não  estar  ainda  decidido.  — 
da  bocca  do  alguém,  estar  suspenso  ouvin- 
do com  acatamento,  ou  esperando  as  ordens 
de  quem  está  fallando. 

PENDESSA,  (ant.)  V.  Penitencia. 

PENDicuLO,  V.  PendulOf  s.  e  pendoado, 


pendoar,  (ant.)  V.  Pendurado,  Penduraf,^ 
fazer  pendor. 

penljab  ou  pandjab  ,  (geogr.)  (isto  é, 
paiz  dos  cinco  rios),  província  do  reino  de 
Labore,  tem  por  limites  ao  NE.  o  Konhis- 
tan  Índio,  ao  SE  e  a  0.  o  Monltan,  ao  NO. 
o  Afghanistan.  Cidade  principal  Labore. 

PENDLETON,  (gcogr.)  cídade  de  luglatQrra, 
a  0.  de  Manchester ;  6,000  habitantes. 

pendoenças,  s.  f.  pi.  (ant.)  V.  Peniten- 
cia. Moraes  traz  o  termo  e  a  citação  seguin- 
te, sem  explicação.  «  Cheguemo-nos  a  Deus 
per  pendoenças,  »  e  ajunta  «  será  por  mor- 
tificações, pendanças,  penitencias  ou  por 
endoenças  ?  »  O  vocábulo  vem  do  Fr.  ant, 
peneance,  em  Vro\en^d\  penedanz a,  do  Lat. 
poenitentia. 

PENDOLA,  s.  f.  (pron.  o  accento  na  pri- 
meira), penna  de  escrever.  Insulana  (é  des- 
usado). 

PENDOR,  s.  m.  (de  pender],  declividade, 
inclinação  Dar  —  ás  náos,  encosta-las  pa- 
ra as  calefetar.  Fazer  —  á  balança,  fazer 
pender  um  dos  pratos  delia.  ex.  «  Os  gran- 
des pendores  e  balanços  que  dava  anáo.  » 
Mendes  Pinto.  — ,  (fig.)  propensão.  Ter  — 
a  alguma  cousa,  propender.  Pendores,  (ant.) 
bandorias,  partidos. 

PENDORADA  ,  (geogr.)  villa  de  Portugal , 
vizinha  de  Penafiel;  1,050  habitantes. 

PENDORADO,  V.  IncHnado,  Encostado. 

PENDORAR,  V.  Inclinar,  Encostar. 

PÊNDULA,  s.  f.  (pron.  o  accento  na  pri- 
meira, Fr.  pendule],  relógio  de  parede  mo- 
vido por  um  pêndulo  oscillante,  vibratório  : 
—  do  relógio  de  algibeira,  regulador,  mo- 
lazinha  espiral  que  regula  o  movimento. 

PÊNDULO,  s.  m.  (pron.  o  accento  na  pri- 
meira:  subst.  de  pêndula,  adj.)  (mecli.),. 
corpo  pesado,  de  ordinário  disco  metallico, 
suspendido  de  maneira  a  poder  oscillar  em 
torno  de  um  ponto  fixo  descrevendo  arcos, 
de  circulo,  por  efí'eito  da  sua  gravidade. 

PÊNDULO ,  A  ,  adj.  (pron.  o  accento  na 
primeira  ,  Lat.  pendulus)  ,  pendente  ,  que 
pende,  pendurado,  suspendido. 

PENDURA  ,  s.  f,  (de  pendurar] ,  acto  de 
pendurar;  cousa  pendurada,  v.g.  Uvas  de 
— .  Umas  — s  de  moscatel. 

PENDURADO  ,  supcrl.  de  pendurar  ;  adj. 
suspendido,  pendente,  encostado,  inclinado 
a  um  lado  ,  (fig.)  incerto,  indeciso.  Pen- 
durados dos  desejos  de  vos  ouvir  ou.  da  boc- 
ca do  orador,  suspensos  ,  ouvindo  mui  at- 
tentos.  — s  de  esperanças,  enganos  e  favO" 
res,  esperando  sollicitos.  Palavras  — s,  de 
estyío  altiloquo,  empoladas.  Os  jardins  — s 
de  Semiramis ,  feitos  em  terrenos  elevados 
por  arte  acima  do  solo,  figurando  montes. 

PENDURAR,  V.  a.  (de  pendor,  ardes,  inf.), 
suspender   em    lugar  elevado  algum  corpo 


vi.MH 


PEN 


atando-o  ou  segurando-o  por  gancho  ou 
aro  :  •.  g.  Uvas,  arraas,  alampadas,  corti- 
nas. —  os  olhos ,  (fig.)  fita-los  em  algum 
objecto  com  grande  atlenção ;  —  o  pensa- 
mento de  esperanças,  estar  pendente.  — se, 
V.  a.  suspender-se,  estar  pendurado  ;  (íig.) 
fazer  depender,  ex  a  D'onde  minha  espe- 
rança se  pendura,  »  Cruz,  poesias.  —  da 
Providencia,  pôr  toda  a  confiança  nella.  — 
em  palavras,  fallar  era  estylo  elevado ,  al- 
tiloquo  ;  —  de  esperanças  e  promessas,  ater- 
se  a  ellas.  Pôde  —  de  cera,  diz-se  de  quem 
escapou  de  um  grande  perigo,  alludindo  ao 
uso  de  pendurar  nas  igrejas  imagens  de 
cera  em  testemunho  de  cura  altribuida  á 
intercessão  da  Virgem  ou  dos  Santos. 

penduricalho,  s.  m.  (des.  dim.  e  peiora- 
tiva),  trapo  pendente,  fitas,  ornatos  pen- 
dentes. 

PENEDIA,  s.  f.  (des,  ia),  penedos  numero- 
SOS  e  unidos. 

PENEDio,  s.  m.  V.  Penedia. 

PENEDO,  s.  m.  (de  penha),  rochedo , 
rocha  inclinada,  pendente,  penha,  pe- 
nhasco. V.  g.  — s  de  Cintra. 

PENEDO  (geogr.)  nova  cidade  e  antiga  e 
importante  viUa  da  proiincia  das  Alagoas, 
no  Brazil. 

PENEFiCAR,  V.  a  (aut.)  impor  penas. 

PENEIRA  ,  s.  f.  (quasi  paneira),  instru- 
mento circular  de  pao  delgado  cujo  fundo 
é  feito  de  fio  de  metal,  seda  ou  de  clina  de 
cavallo,  palhinha  ;  sorve  de  separar  a  parte 
mais  subtil  da  farinha  ou  de  outra  substítn- 
cia  moida.  da  mais  grosseira  que  não  passa 
pelos  inlerslicios  dos  fios  Também  ha  pe- 
neiras para  separar  os  diamantes  e  as  pé- 
rolas miúdas  das  mais  grossas  :  v.  g.  — 
grossa  ou  rara,  cujos  fios  são  mais  ou  me- 
nos cerrados.  Ver  por  — s  ,  (phr.  vulg.)  , 
obscuramente.  Querer  cobrir  o  eco  com  uma 
—  ou  joeira,  adagio,  encobrir  o  que  lodos 
vêem,  e  não  se  pode  occultar. 

PENEIRADO,  A,  supcrl.  de  peneirar  ;  adj. 
passado  pela  peneira,  joeirado. 

PENEIRAR,  V.  a.  [peneira,  ar  des.  inf.) , 
passar  pela  peneira  substancias  moidas,  pa- 
ra separar  a  parte  miúda  da  mais  grossa : 
tf.  g.  —  farinha,  areia  ;  — pérolas,  diaman- 
les,  para  separar  o  miúdo  do  grosso.  — se, 
V.  r.  mover-se  como  quem  peneira  ,  bam- 
boleando ;  —  a  ave  no  ar,  estender  as  azas 
e  librar  -se  nellas  ficando  suspensa  sem  ade- 
jar. 

PENEIREIRO,  A,  s.  (dcs.  cifo,  c),  O  que  faz 
peneiras.  —  o  que  pretende  adivinhar  por 
meio  de  peneira  ou  joeira.  —  raro  como  o 
cie  peníira  que  põe  na  cara  quem  vai  cres- 
tar colmêas,  para  não  ser  picado  pelas  abe- 
lhas, 

PENEIRO,  «.w.  peneira.  «Onem  crê  deli- 

VOL.   IT. 


geiro  agua  recolhe  em—,»  provérbio. ■**«;? 
tecido  como  o  do  fundo  da»  peneiras  usa- 
do para  entesar  as  roupas  ou  as  abas  das 
casacas,  ditas  de  — s. 

PENELLA,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  a  4' 
léguas  de  Coimbra,  contém  2,0/3  habitan- 
tes, o  todo  o  seu  concelho  0,522.  Ha  uma 
aldeia  do  mesmo  nome  [Nossa  Senhora  do 
Pranlo),  a  7  léguas  de  Lamego,  com  712 
habitantes. 

PENÉLOPE,  (mylh.)  mulher  de  Ulysses,  mãí 
de  Telemaco,  é  celebre  pela  tenaz  resistên- 
cia, que  oppoz  aos  rogos  daquelles  que  per- 
terdiam  sua  mão ,  durante  a  auzencia  de 
Ulysses,  a  qual  durou  20  annos,  e  pelos  es- 
tratagemas de  que  se  serviu  para  não  lhes 
responder  definitivamente.  Trometleu-lhes 
fazer  a  sua  escolha  quando  acabasse  uma 
teia  que  estava  urdindo,  mas  desfazia  de  noi- 
te o  que  arranjava  de  dia. 

PENEO,  (geogr.)  Peneus,  hoje  Salampria, 
rio  da  Thessalia,  tinha  a  sua  nascente  nos 
confins  deste  paiz  e  da  Macedónia,  percor- 
ria uma  parte  da  Thessalia  e  lançava-se  no 
golpho  Thermaico.  Segundo  a  fabula  este  rio 
era  pai  de  Daphné,  que  foi  mudado  em  lou- 
reiro. 

PENESTES,  (geogr.)  povo  da  lllyria  meri- 
dional, nas  fronteiras  do  Egiro,  limitado  a 
E.  pela  Elymiotide. 

PENETRABILIDADE,  s.  f.  (phys.)  a  quali- 
dade do  ser  penetrável,  ííjp 

PENETRAÇÃO,  s.  f.  vcrb.  (Lat.  penetratio, 
onis],  acto,  acção  de  penetrar,  profundar, 
V.  g.  —  da  agua  nos  poros  da  esponja,  do 
azougue  nos  raetaes  ;  —  da  ferida,  feita  por 
arma  penetrante  — ,  (fig.)  perspicácia,  fá- 
cil intelligencia  de  cousas  difliiceis,  profun- 
do conhecimento. 

PENETRADO,  A,  supcrl.  de  penetrar ;  adj. 
em  que  se  penetrou,  v.  g.  Tinham  —  na  ca- 
verna. A  arma  linha  —  até  ao  coração  ou 
bofe  ,  (fig.)  commovido,  v.  g.  —  de  dor,  de 
amor,  zelo.  —  descoberto,  profundado,  v.  g. 
linha  —  o  segredo,  mysterio,  projecto,  sen- 
tido escuro. 

PENETRADOR,  í.  w»  O  que  penetra,  v.  g.  -^j» 
das  intenções,  V.  Fenetrante,  < 

PENETRAL,  s.  m.  (Lat.  penetrale).  O  addi-  t 
tador  de  Moraes  verte  :  vestíbulo,  entrada^ 
e  cita  a  Almainstruida;  mas  em  Latim  si- 
gnifica a  parte  mais  retirada,  recôndita  da 
casa,  do  edifício,  e  assim  o  pede  o  radical. 

PENETRANTE,  adj.  dos2g.  (Lat.  penelrans, 
íw,  p.  a.  áepenetro,  are),  que  penetra,  en- 
tra profundamente,  v.  g.  arma  —  ,  ferida 
—  ;  raizes  —  s,  que  profundam  muito  a 
terra.  Esteiros — s  a  terra,  (anl.)e  em  senti- 
do participial,  que  entram  pela  lerra.  Óleo 
— ,  que  peneira  a  substancia  a  que  se  ap- 
plica.  Cheiro  — ,  mui  aclivo.  Frio  — ,  que 


IM 


'IfflK 


PEN 


regela  os  membros.  — ,  (fig.),  que  commo- 
ve,  move,  agita  a  alma,  o  coração,  v.  g.  dor, 
magoa  — .  —  que  profunda,  v.  g.  juizo  — . 

PENETRAR,  V.  tt.  (Lat.  penetro,  are,  forma- 
do de  pen,  eintro,  are,  entrar.  Court  de  (ié- 
belin  quer  que  pen  signifique  o  interior ;  ou- 
tros dizem  que  é  ponta.  \iv:\  Egypc.  pe/i,  pek 
ou  pheh,  phek,  poh  ou  phoph,  significa  pe- 
netrar), introduzir  no  interior,  forçar  a  en- 
trada;  atravessar  v.  g.  k  setta  penetrou  o 
escudo,  o  peito.  A  luz  penetra  o  vidro.  A 
estocada  penetrou  o  bofe.  Penetramos  o 
mato.  O  frio  penetra  os  membros.  — ,  (fig.) 
descobrir,  conhecer  a  fundo,  v.g.  —o  se- 
gredo, as  intenções, do  inimigo;  —  questões 
difficeis ,  as  cousas  recônditas,  mysterios. 
— ,  (fig.),  commover.  ?).  ^.  O  medo  peneira 
o  coração.  —  com  a  vista,  alcançar,  v.g. — 
o^interior  de  um  templo,  ex.  ^  Penetram-vos 
parvoíces  que  ficaes  delias  um  saco.  »  Pres- 
tes. — ,  V.  n.  entrar  profundamente,  v.g.  — 
no  interior  da  caverna,  nos  esquadrões  ini- 
migos ;  (e  fig.)  o  medo  penetrou  nos  âni- 
mos. — SE,  V.  g.  convencer-se  intimamente, 
V,  g.  —  das  razões,  da  verdade,  do  dever, 
do  des(íngano. —  (ant.)  entrar,  penetrar,  ex. 
«  Penetraram-se  os  cordéis  pela  carne  pro- 
fundamente. »  Vieira. 

PENETRATIVO,  A,  adj .  V.  Penetrante. 

PENETRÁVEL,  adj,  dos2g.  (Lat.  penetrabi- 
íií),  que  se  pôde  ou  deixa  penetrar  ;  (fig.), 
que  se  pôde  penetrar  com  o  entendimento. 

PENHA  ,  s.  f.  (Cast.  pena ,  do  rad.  Celt. 
pen,  montanha,  do  Egypc.  ape,  cabeça,  sum- 
midade),  rocha  viva  e  elevada  com  picos. 

Penha,  (geogr.)  povoação  da  província 
de  Minas-Geraes,  no  Brazíl,  a  1  légua  ao 
NO.  da  villa  de  Cabeté. 

PENHA,  (geogr.)  freguezia  da  província  de 
Mínas-Geraes,  no  Brazil,  2i  léguas  ao  Su. 
de  Minas-Geraes. 

PENHA  ,  (geogr.)  freguezia  da  província 
de  Minas-Geraes,  no  Brazil,  na  comarca  de 
Pa raça tú. 

PENHAGARCiA,  (geogr.)  antiga  povoação 
de  Portugal,  no  districlo  de  eastello-Bran- 
co,  légua  e  meia    a  E.   d'idanha  a  Velha. 

PENHASCO,  s.  m.  [penha,  des.  asco,  do  pre- 
fixo do  Lat.  ascendere,  subir),  penha,  rocha 
elevada.  -    escolho  no  mar,  cachopos. 

PENHASCOSO,  A,  adj.  [àes.oso],  cheio  de, 
obstruído  por  penhascos. 
■  PENHOR,  s.m,  (s  at  pignus,  oris,  Fr.  ant. 
peinora  ou  peigneur.  Court  de  i>ébelin  o 
deriva  de  pac,  rad.  de /^/acío),  cousa  que  se 
dá  80  credor  para  segurança  He  dívida  con- 
trahida ;  contracto  de  hypotheca,  bypothe- 
ca  ;  segurança.  Os  filhos  são  penhores  do 
amor  conjugal,  ler  por  ou  em  —  a  palavra, 
promessa  lormal ,  obrigatória.  Para  —  da 
ímoisade.  Ficarem — ,  em  reféns.   Dar  pe- 


nhores^ diz-se  de  jogos  em  que  quem  perde 
dá  alguma  cousa  para  signal  afim  de  ser, 
no  fim  do  jogo,  condemnado  a  fazer  o  que 
se  lhe  prescreve.  — ,  signal  certo.  ex.  «  O 
rosto  dá  claros  penhores  da  ira  no  animo.  » 
Vida  do  Arceb.  «  i-m  —  do  que  dizia  dava 
sua  cabeça.  »  Chron.  de  D  João  111. 

PENHORA,  s.  f.  o  acto  de  penhorar.  Fazer 
— ,  penhorar.  — ,  (ant.)  penhor,  segurança 
do  direito  ou  acção  de  outrem,  hypotheca. 
Ord.  Man. 

PENHORADO,  A,  p.  p.  do  ponhorar ;  adj. 
que  soífreu  ou  que  ff^z  penhora  ;  (fig.)  dado 
palavra.  Estar  —  com  alguém  em  fazer  ai' 
guma  cousa,  ter-lhe  dado  palavra,  ter-se 
obrigado  por  palavra  — ,  (fig.)  obrigado, 
cheio  de  gratidão  por  beneficio  recebido,  v. 
g.  estou  —  dos  obséquios  que  recebi;  das 
provas  de  amizade,  amor.  —  do  tempo,  (loc. 
ant.)  que  tem  de  continuar  no  começado,  se 
não  quer  perder  o  tempo  que  já  gastou  nes- 
se objecto. 

PENHORAR,  V.  a.  [pcuhora,  ar  des.  inf.) 
fazer  apprehensão  judicial  dos  bens  do  deve- 
dor, para  segurança  da  divida. — os  bens, 

—  alguém,  fazer  penhora  nos  bens  do  su- 
jeito. —  alguém  pela  palavra,  exigir  o  com  • 
primento  da  promessa.  — .  obrigar,  fazer 
obsequio,  beneficio,  v.g.  muito  me  penho- 
rou o  bom  agasalho  que  me  fez  ;  muito  me 
penhoraram  as  mostras  de  amizade  que  me 
aeu.  — SE,  íJ.  r.  (fig.)  reconhecer-se  obriga- 
do, V.  r.  —  da  amizade,  dos  favores,  do 
agrado,  do  bom  modo  que  alguém  n,is  mos- 
trou. —  em  palavras  com  alguém,  compro- 
metter-se,  obrigar-se  por  ellas,  protestar,  ^ 
proLtettfr  que  havemos  fazer  alguma  cousa.'* 

—  com  alguém,  prometter- lhe  alguma  cou-" 
sa  boa.  — se,  (ant.)  meter-se  em  empenhos, 
embaraços,  diíTicu Idades. 

PENICHE,  (gtogr.)  villa   e  praça  de  guer- 
ra, de  Portugul,  no  districto  de  Leiria,  si- 
tuada n'uma  península  fortificada  perto  do 
cabo  Carvoeiro,  fronteiro  ás  Berlengas.  Esta 
península,  donde  veio   o  nome  alterado  de 
Peniche,  tem  legua  e  meia    de    circuito,  ó 
unida  á  terra  por  lím  isthmo  de  400  bra-'*I 
ças,  e  n^s  alios  e  fragosos  rochedos  que   a'^ 
cerfão  apresenta  uma  forte  defesa   natural'* 
e  abrigo   seguro   com  os  tros  ventos  ^'S1^^ 

PENisco,  s.  m  (do  Lat.  pinna,  pinhão),  * 
semente  de  pinheiro.  ^ 

•PENiscoLA,  (geogr )  cidade  d'|-ispanha,  a* 
12  léguas,  S.  de  Tortosa ,  2,200  habitan-H 
tes. 

PENITENCIA,  s.  f  [lat.  poeniten tia,  àepoB- - 

nilere,  arrepender-se),  arrependimento,  dôr^ 

pezar  deacíãomá  commeltida,  depeccado;'^ 

satisfação  do  peccado,  ou  seja  mortificando^, 

í  o  corpo,  ou  fazendo  dbras  de  caridade  ;  cas- 

Itigo,   piniçâo  infligida   por  culpa  com- 


PEH 


PEU 


155 


mettida.  O  iribunal  da  — ,  confissão  auri- 
cular. 

PEMTENCiADO,  A,  p.  p.  de  penitenciar, 
adj  cas'igadocom  penitenciaimposta  ;  ma- 
cerado, mortificado  com  penitencias. 

PENITENCIAL,  adj.  dos  t  g .  (des  adj.  ai] 
concernanteá  penitencia  Tribunal — .  Cas- 
tigo, obras  penitenciae^.  Psalmos  — ,  são 
sete  que  de  ordinário  se  mandão  rezar  por 
penitencia. 

PENiTENCíAL,  s.  m.  livro  quc  regula  as 
penitencias  que  se  hão- de  impor. 

PEMTENCiAR,  V.  a.  (penitencia,  ar,  des. 
inf.),  impor  penilenrias  : — o  corpo,  mor- 
tifica-lo. 

PENITENCIARIA,  s.  f.  (dcs.  aría),  tribunal 
da  cúria  romana  em  que  se  concedem  dis- 
pensas e  absolvições  em  nonte  do  píipa. 
Prisão  em  que  os  presos  se  acham  isolados, 
ou  são  obrigados  ao  sil^^ncio  e  ao  trabalho. 

PENITENCIÁRIO,  s.  w.  (des.  ário],  O  Car- 
deal que  preside  á  penitenciaria,  o  ec,cie- 
sjastico  que  impõe  penitencia,  e  absolve  de 
casos  reservados.  Nas  cathedraes  é  cónego 
e  dignidade. 

PENiTENCiAZiNHA,  5. /".  diminut.  de  peni- 
tencia, leve  peniteucia. 

PENiTENCiEiRO,  s.  w.  (dcs.  ciro),  minis- 
tro  de  penitenciaria. 

PENITENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat,  posnitens, 
tis,  p.  a.  de  poeniteo,  erc,  arrepender-se), 
arrependido,  que  faz  penitencia  por  culpas, 
peccados  commetíidos.  Vida — ,  passada  em 
mortificações  do  corpo  por  penitencia.  — , 
s.  dos  2,  g.  pessoa  que  se  confessa  de  :jeus 
peccados  3  um  sacerdote  ;  — ,  disciplinante 
que  acompanha  procissão  emtrage  de  quem 
faz  penitencia,  e  que  de  ordinário  se  disci- 
plina. 

PENiTENT^ENTE,  adv.  [mente  suíf.),  de 
maneira  penitente,  com  penitencia. 

PENiTENTissiMO,  A,  adj.  svperl.  de  peni- 
tente, mui  penitente.  Homem — . 

PENEJiNA,  (geogr.)  rio  da  Rússia  asiática, 
nasce  nos  montes  Stanovoi,  cae  na  parte 
^.  do  mar  d'Okhotsk. 

PERN,  (hist.)  ligislador  da  Pensylvania, 
nasceu  era  Londres  em  Ifi-i,  era  filho  de 
Sir  WilliamPenn,  almirante  inglez  ;  que  fez 
muitos  serviços  aos  Stuarts.  Herdando  per- 
to de  6  contos  de  réis  de  renda  e  um  credito  de 
60  francos  sobre  a  coroa  recebeu  em  paga- 
mento desta  quantia  a  propriedade  e  sobera- 
nia da  parte  da  America  de  líelaware,  onde 
fundou  em  1681  a  bella  coUonia.  quedelle 
tomou  o  nomo  de  Peii«yhania.  Morreu  em 
1718. 

PENNA,  s.  f.  (Lat.  penna,  de  ave,  e  aza. 
Em  Egypc.  pi  lenk,  significa  aza),  pluma, 
tiíbo,  canal  guarnecido  de  barbas  ou  de  pen- 
jiugem  que  reveste  o  corpo  das  aves,  — 


reaes,  as  mais  compridas  das  aves  que  es- 
tão junto  ás  texouras  até  á  volta  das  azas. 
Aves  de — ,  diz-se  das  domesticas,  como  gal- 
linhas,  perus,  etc.  —  s  de  escrever,  as  de 
pato,  gaiiS(j,  corvo,  ele,  com  que  se  escre- 
ve. — ,  (fíg  )  escriptor  ;  —  bem  aparada,  es- 
tylo,  culto,  apurado.  — s,  (fig.  e  poet.),  azas. 
— ,  medida  de  agua  que  corre  de  nascente 
ou  bica.  Quatro — s  lazem  um  annel.  A  de- 
nominação vem  do  diâmetro  médio  das  pen- 
nas  de  pato.  —  da  mesena,  (naut.)  ponta  da 
mesena  •  chama-se  lais  nas  outras  vergas. 
— s,  taboazinhas  dos  repartimentos  da  roda 
do  moinho. 

PENNA,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal, 
no  concelho  de  Villa-beol,  situada  no  Ma- 
rão, 600  habitantes.  Penna  Maior,  aldeã 
no  concelho  de  Refoios,  a  4  legeas  do 
Porto,  840  habitantes.  Penna  Verde,  villa 
e  freguezia  6  léguas. a  E.  deVizeu,  ambas 
comtem  2,048  habitantes. 

PENNACHO,  s.  m.  [acho  des.  augmentati- 
va,  do  Cast.  ancho,  largo),  molho  de  pen- 
nas  ou  plumas  que  por  adorno  ou  insignia 
se  traz  nochapéo,  capacete  ou  elmo.  ouse 
fixa  no  topo  das  cabeçadas  de  cavallo,  co- 
car de  plumas  ;  (fig.)  vangloria.  Fazer  — 
de  alguma  cousa,  ostentação. 

PBNNADA,  s.  f.  (des.  s,  ado),  rasgo  feito 
com  penna  de  escrever;  (fig.)  cousa  dita 
ou  escripta.  v.  g.  Deu  a  sua — ,  razão,  opi- 
nião. 

PENNANT  (hist.)  naturalista  inglez,  nasceu 
em  3  26,  morreu  em  1798.  Deixou  Zoolo- 
gia Britânica,  e  Zoologia  critica. 

FENNE  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6 
léguas  mo.  de  Gaillac;  2,000  habi- 
tantes. 

PENNEJ  ADO,  A,  adj.  (p.  us.)  [penna  Gcjar 
do  Castelhano  echar,  lançar),  traçado  com 
penna.  Riscos,  debuxos — s. 

PENNES  (geogr.)  villa  de  França^  a  4 
léguas  SO.  d'Axin  ;    1,300  habitantes. 

PENNi  (hist.)  pintor  florentino,  nasceu  em 
li  8,  morreu  em  15-8  ,  foi  moço  da  oííi- 
cina  de  haphael,  e  depois  seu  discipulo 
muito  estimado.  O  seu  melhor  quadro  é  a 
Sancta  Famiiia. 

PENNiFERO,  A,  ttdj .  (Lat.  pcuna,  e  fero, 
levo),  o  que  tem  pennas,  emplumado. 

pENNUDO,  A,  adj.  V.  Pannijero. 

PENNUGEM,  5.  f.  (dcs.  ugem),   as  pennas 
as  mais  finas  das  aves  ;  —  da  barba,  buço, 
os  primeiros  pellos  que  apontam  ;  —  da  frus- 
ta, colão.  '^^P 

pEKNLGENTo,  A,  odj .  (des.  posscssiva  enío 
que  tem  pennugem.  coberto  de  pennugem 
ou  de  cotâò.  Galantarias  — s  de  aldeão, 
(ant.j  sem  sal,  grosseiras.  Lobo. 

poÒL,  s.  m.  (do  Lat.  penna),  (naut.)  poií- 
S  ta  da  verga.  ■''''■' 


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PENON  DE  vELEz;  (geogr.)  uiii    flos  presí 
tlios  cl'ííispatiha,  na  costa  O.  do  Estado  de 
Mflrrocos,  a  27  léguas  E.  de  Meldla. 

1'ENOSAMENTE,  ãdv.  (ííicnítí suíT),  coiB  pe- 
na, trabalho,  moléstia,  a  custo,  v.  g.  res- 
pirar— ,  com  diíliculdade,  ter  a  respiração 
alta,  curta,  opprimida.   Viver — . 

PENOSÍSSIMO,  A,  adj.  superl.  de  peno- 
:so,  muito  penoso,  Trago,  lance — .  Fadi- 
gas —  s. 

PENOSO,  K,adj.  (des.  oso.)  que  causa  pe- 
na, dôr,  moléstia,  fadiga,  oppressão,  v.  g. 
—  dever,  trabalho.  Obra,  empreza — .  — , 
acompanhado  depenas,  trabalhos,  í;.^.  vi- 
da —  ;  — ,  pezaroso,  que  sente  pena. 

PENRiTH,  (geogr.)  cidade  d'lnglaterra,  a  7 
léguas  SO.  de  Carlisle;  5,400  habitantes. 

PKNSACOLA  (geogr.)  cidade  dos  Estados- 
Unidos,  a  l«7  léguas  SO,  de  Tallahassee  ; 
1^,000  habitantes. 

PENSADO.  A,  p.p.  adj.  de  pensar,  (cogi- 
-tar)^  meditado,  reflectido,  em  que  se  pen- 
rsou,  Tenho  —  muito  na  matéria,  cogitado, 
reflectido.  0"^"^  ^^^  houvera  — ?  crido, 
julgado,  previsto.  De — ,  sobre — ,  ou  caso 
— ,  (loc.  adv.),  com  reflexão,  intenção,  de 
propósito,  deliberadamente. 

PENSADO,  A,  p.  p.  de  pensar  (bestas),  e 
adj.  a  que  se  deu  o  penso.  Cavallo  bem 
— ,  tratado,  e  hmpo.  Criança — ,  lavada  e 
alimentada. 

PENSADOR,  s.  m.  o  que  pensa,  medita  ; 
(fig.)  O  que  pensa  livremente  em  matérias  re- 
ligiosas e  philosophicas. 

PENSADOR,  A,  s.  m.  pessoa  que  ponsa, 
dá  penso,  a  bestas,  ou  a  crianças. 

PENSADORA,  s.  f.  (des.  ura],  o  acto  de 
pensar  uma  criança  ;  as  roupas  que  se  lhe 
vestem  depois  de  lavada. 

PENSAMENTEAR,    V,  n.    [pcnsamento,  ar, 
des.  inf.)  discorrer  prevendo  o  futuro,  co 
gitar.  (E'  p.  us.) 

PENSAMENTO,  s.  m.  [mcnlo  suff.)  cogita- 
ção, qualquer  acto  do  entendimento,  ideia, 
lembrança,  conceito  ;  intento,  desígnio,  v. 
g.  Poz  o  —  nisso.  Veiíi-me  ao  — .  Tive 
um—,  ideia,  lembrança.  Esse  —  não  cabe 
em  mim.  Homem  de  altos  — 5.  Isso  nein 
por — ,  ou  nem  me  veiu  ao — ,  não  cogitei 
•de  tal  cousa,  e  muito  menos  tencionei  fa- 
ze-la.  Em  um  — ,  (fig.)  era  brevíssimo  mo- 
mento, em  um  instante.  —5,  (fig.)  argoli- 
nhas  de  ouro  que  as  mulheres  trazem  nas 
orelhas,  sem  duvida  como  lembrança  de 
quem  deu  os  brincos. 

PENSÃO ,  s.  f.  (í-at.  pensio,  onis.)  renda 
«nnual  que  se  paga  pelo  logro  de  terra,  her- 
dade ;  assignação  de  quantia  que  alguém  se 
obriga  ou  é  obrigado  a  pagar  a  outrem  ; 
parte  da  renda  do  J)eneficio  que  o  benefi- 
ciado é  obrigado  a  dar  a  alguém  por  man- , 


dado  pontifício.  — ,  (fig.)  ónus  Os  filhos  são 

—  do  matrimonio,  carga.  —  ,  (gallicismo 
útil  e  indispensável)  ,  casa  onde  por  certa 
pensão  mensal  ou  annual  se  ensinara  rapa- 
zes ou  raparigas,  e  que  lá  residem  e  são 
sustentados.  Também  se  diz  de  casa  parti- 
cular em  que  por  pensão  diafia,  mensal,  ou 
annual  se  dá  de  comer,  ou  cama  e  mesa  a  al- 
guém. 

PENSAR,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  pensare^  pesar, 
apreciar,  avaliar.)  cogitar,  ter  ou  formar  no 
entendimento  ideia  de  alguma  cousa,  com- 
parar as  ideias,  julgar,  imaginar,  —  em  ai- 
guma  cousa,  matéria,  meditar  nella.  Pensei 
que  assim  aconíecerm,  cuidei,  persuadi-me. 
Quem  tal  podia  —  ?  imaginar.  Penso,  logo 
existo,  celebre  proposição  de  Descartes,  mui- 
to admirada,  se  bem  que  sfja  uma  tautolo- 
gia, visto  que  o  sentimento  da  existência  se 
confunde  com  o  de  qualquer  sensação  ou  ac- 
to intelleclual,  e  quando  dizemos  ei*  penso, 
não  temos  mais  prova  da  própria  existên- 
cia que  dizendo  eu  como,  ando,  sinto  dôr^ 
tenho  sede. 

PENSAR,  V.  a.  [Fr.panser,  dardeoomer, 
limpar,  do  Lat.  pantex,  icis,  ventre,  estôma- 
go, ventre.)  dar  o  sustento,  asseiar,  limpar. 

—  bestas,  cuidar  delias,  dar-lhes  de  comer, 
almofaçâ-las,  cura-las  —  os  feridos,  fazer  as 
applicações  convenientes  ás  feridas,  por-lhes 
03  appositos.  — uma  criança,  lava-la,  vesti- 
la,  e  dar-lhe  o  sustento. 

voraes  confundiu  em  um  só  artigo  pen- 
sar, raciocinar,  e  pensar,  dar  penso  I  Mas 
acertado  seria  escrever  este  segundo  verbo 
pençar,  e  o  s.  penço. 

PENSATIVO,  A,  adj.{àes.  ivo.)  absorto  em 
meditação,  cuidadoso,  entregue  a  pensamen- 
tos importantes. 

PÊNSIL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  pensilis,  de 
pendere,  estar  pendente,  suspendido,)  sus- 
pendido no  ar  sobre  columnas,  pilares,  pos- 
tes, etc.  Jardins  pensis,  nos  eirados  das  ca- 
sas, donde  pendem  os  ramos  das  arvores  ou 
plantas  que  estão  á  borda,  ou  flores  e  arbus- 
tos em  vasos,  caixas  postas  em  balcões,  va- 
randas, janellas.  Os  celebres  jardins  pensis 
de  Semirarais  eram  compostos  de  arvores,  e 
arbustos  plantados  em  terreno  elevado  por  ar- 
te em  forma  de  montes  ou  coUinas,  donde 
muitas  das  arvores  pareciam  pender,  v.  g. 
os  chorões. 

PENSIONADO,  A,  p.  p.  de  peusionar;  adj.  a 
quem  se  impoz  pensão  ou  ónus ;  que  gosa  de 
pensão, 

PENSIONAR ,  V.  a.  (do  Lat,  pensio,  onis, 
ar  des.  inf.)  impor  pensão,  ónus,  ou  encar- 
go.—  um  beneficio  ecclesiastico,  obrigar  o 
beneficiado  a  pagar  pensão  a  alguém.  — ,  (t. 
moderno  e  utilj  dar,  pagar  pensão,  manter, 
V.  g.  —  alumno.  O  governo  fraacez  pensiO" 
S9  « 


PEN 


va 


157 


na  em  Roma  um  certo  numero  de  pinto- 
res, esculptores  earchitectos. 

PENSiuNARio,  s.  m.  (des.  árío.)  o  que  pa- 
ga ou  recebe  pensão  ;  rapaz  ou  rapariga  que 
paga  pensão  em  casa  de  educação,  educando 
de  cama  e  mesa  á  custa  de  seus  pais  ou  paren- 
tes. O  —  ou  gran  —  de  Hollanda ,  era  um 
raagistrad'^  supremo,  eleito  pelos  estados  ge- 
raes,  e  a  quem  se  conteriam  grandes  preroga- 
tivas.  Era  chamado  também  Adsessór  ju' 
risperitns ,  competia-lhe  propor  ao  con- 
selho os  objectos  de  discussão ,  recolher 
os  votos ,  receber  [as  notas  diplomáticas 
das  potencias  estrangeiras,  e  vigiar  a  ad- 
niinistra(,ão  das  finanças.  Este  cargo  dura- 
va cinca  annos  ;  mas  o  gr<  nde  pensiona- 
rio  podia  ser  reeleito.  Os  — s  de  França  , 
os  artistas  destinados  a  aperfeiçoar-se  em 
Roma. 

PENS^ONARio,  A,  ãdj  quQ  recebo  pensão, 
tença  ou  mantença.  As  classes — sdo  estado, 
pensionados  ;  (íig.)  suj<Mto,  v.  g.  o  homem 
—  ao  trabalho,  —  á  morte. 

TENsioNEiRO,  A,  ttdj.  OU  s.  (des.  eiro.]  que 
paga  pensão,  ex.  «  Os  mercadores  — 5  da  cu- 
bica, »  que  são  dirigidos  por  ella. 

PENSO,  s.  m.  (V.  Pensar,  dar  sustento, 
limpeza  )  o  tratamento  em  comer,  limpeza 
e  vestir  que  se  faz  aos  homens,  ás  crian- 
ças, o  trato  das  bestas  e  gado,  v.  g.  dar — . 
— ,  trabalho,  tarefa. 

PENSO,  (ant)  V.  Pensamento. 

PENsoso,  (ant)  V.  Pensativo. 

PENSYi.vANiA,  (gcog.)  um  dos  Estados-Uni- 
dos  d'Araerica  do  Morte,  limitado  pelos  de 
New-Yorch  ao  N,  Viginia  ao  S.  Ohio  a  O. 
New-Jersey  e  o  Atlântico  a  E.  1,742,000 
habitantes.  A  capital  actual  6  Ilarrisburgo, 
mas  Philadelphia  (antiga  capital)  e  l'it- 
tsburgo  teem  muita  importância. 

PENTACHONDRA  (bot.)  genero  de  plantas 
da  família  das  Epacrideas,  e  da  Pentandria 
chtonogynia,  L. 

PENTAFiLLÃo.  V.  Pentaphyllão,  herva  cin- 
co em  rama. 

PENTÁGONO,  s.  m.  (do  Gr.  pente,  cinco, 
e  gonia ,  angulo.)  (geom.)  figura  de  cinco 
ângulos.  — ,  ^fort.)  citadella,  forte  de  cinco 
baluartes. 

PENTAGRAMA  OU  anteS  PENTAGRAMMA  ,  S. 

f-  OU  m.  (do  Gr.  peiite,  cinco,  e  qramma, 
suíf.,  de  graphô,  escrever,  traçar.)  as  cinco 
linhas  ou  riscos  transversaes  e  pa'*allelos  so- 
bre que  se  escreve  a  solfa  ou  notas  de  mu- 
sica. 

PENTAMÉros  (h.  n.)  primeira  secção  da 
ordem  dos  Coléopl^^ros. 

PENTAMETRo,  s.  m.  (do  Gr.  pente,  cinco, 
e  melro.)  verso  de  cinco  pés,  dactylos  e  es- 
pondeos.  Verso  — ,  que  tem  cinco  pós  métri- 
cos. 

voi..  ir. 


PENTANEMA  (bot.)  gcnero  de  plantas  da 
família  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
supérflua,   L. 

PENTAPOGON,  (bot )  gcnero  de  plantas  da 
faraiUa  das  uramineas  o  da  Triandria  Di- 
gynia,   L. 

PENTAPOLE  (geogr.)  [de  pente  cinco,  e  po- 
lis cidade),  nome  dado  pelos  antigos  a 
muitas  regiões  onde  havia  cinco  cidades 
principaes.  As  mais  conhecidas  são  :  a  Pen^ 
tapole  [de  Lybia,  na  parte  NE.  de  Cyre- 
naica  ;  comprehendia  as  cinco  cidades  de 
Cyrene,  Berenice,  Arsinoe,  Apollonia  e  Pto- 
lemais  ;  a  Pentapole  da  Palestina,  era  com- 
posta porciuco  cidades  Sodoma,  Gomorrha, 
Adama,  Sebonis  e  Segor ;  a  Pentapole  dos 
Philisteos,  na  costa  SO.  da  Palestina,  com- 
prehendendo  as  cidades  de  Gaya,  Ascalon, 
Azot,  Oad  e  Accaron  ;  a  Pentapole  d^Itaha, 
no  exarchato  de  Ravenna  formada  das  ci- 
dades de  Rimini,  Pesaro,  Fano,  Seniga- 
glia  e  Ancona. 

PENTARRAPHis,  (bot.)  gcnero  de  plantas 
da  família  das  Gramíneas,  e  da  Polygamia 
Monaecia,   L. 

PENTATEUcno,  s.  m.  (o  c/i  soa  /r:doGr 
pente,  cinco,  o  teiíkkos,  \iYro.)  os  cinco  li- 
vros da  Lei  Judaica,  ou  do  Antigo  Testamen- 
to, de  que  Moysés  foi  author  ,  chamados 
em  Gr.  e  Lat.  Génesis  ,  Êxodo,  Números, 
Levitico  e  Deuteronomio. 

PENTATHEUCO,  orth.  vicio3a.  V.  Penia- 
teucho. 

PENTATHLO,  s.  m.  (do  Gr.  pente,  cinco,  e 
atklos,  combate.)  (hist.  ant  )  homem  ades- 
trado nos  cinco  exercícios  da  gymnastica,  v. 
^.  lucta,  disco,  pugilato,  páreesaltos. 

PENTE  ou  PENTEM,  5.  m.  chapa  dentada 
de  marfim,  osso,  cascado  tartaruga  com  que 
se  penteia  o  cabello.  — ,  chapa  de  páu  ou 
metal  guarnecida  de  puas  comquesecíirda 
lã,  estopa,  ou  para  rasgar  as  carnes.  — ftno, 
cujos  dentes  são  mui  finos  e  cerrados,  para 
limpar  o  cabello  de  bichos  e  carepa. — gros- 
so ou  de  alizar,  qua  serve  para  correr  o  ca- 
bello.— ,  entre  esleireiros,  páu  atravessado 
na  teia  com  muitos  furos  por  onde  passam  os 
juncos  ou  esparto  e  se  apertam  em  espaços 
iguaes.  — ,  (fort.)  tanchões  aguçados  de  ma- 
deira rija  ,  fixados  perpendicularmente  ao 
meio  do  parapeito,  fincando  as  pontas  de  fo- 
ra. — .  o  cabello  que  guarnece  o  púbis  do 
homem  e  da  mulher. 

PENTEADO,  A,  p.  p.  de  pentear;  aí// com- 
posto o  cabello,  toucado;  cardado  (lã). — , 
a  compostura  do  cabello. 

PENTEADOR,  adj .  m.  que  penteia,  serve 
para  penteiar.  Cardo  — ,  espécie  delle  usa- 
do para  cardar  a  lã. 

PENTEADOR,  s.  in.  espccle  de  roupão  de 
linho,  ou  algodão  com  que  se  cobre  quem  é 
40 


IS8 


KP 


PEP 


penteado  por  cabelleireiro  ou  criado,  rou- 
pão de  camará  usado  por  senhoras. 

PENTEADURA,  s.  f.  (des.  uru.)  o  acto  de 
pentear  o  cabelleireiro  alguma  pessoa,  v.  g. 
leva  um  cruzado  por  cada  — . 

PENTEAR,  V  a.  [pente,  ar  des.  inf.)  de- 
sembaraçar, alizar  o  cabello.  —  lã,  carda-la; 
(fig.)  compor  o  cabello,  toucar. 

PENTECOSTE  OU  PENTKCOSTf.S  ,  S.    m.    (do 

Gr.  pentekosté,  quinquagesimo  ,  subenten- 
dendo dia.)  o  quinquagesimo  dia  depois  da 
Páscoa  da  Ressurreição;  Páscoa  do  Espiri- 
to Santo,  festa  instituída  em  memoria  da 
descida  do  Espirito  Sancto  ,  a  qual  teve 
lugar  50  dias  depois  da  resurreição  de 
Jesu-Christo  ,  e  10  dias  depois  da  Ascen- 
são. Os  liebreos  lambem  tinham  uma  fes- 
ta chamada  i'entecoste,  instituída  em  me- 
moria de  Deus  lhes  ter  dado  a  lei  no  monte 
Sinai ,  òO  dias  depois  da  saida  do  Egypto. 

PENTELHO  ;  s.  M.  (t.  obsceno)  o  cabello 
que  nasce  no  púbis  dos  homens  e  mulhe- 
res. 

PENTELico,  (geogr.)  hoje  Peateli,  monte 
ao  NE.  da  Âttica,  celebre  pelos  seus  már- 
mores. 

PENTEM,  s.  m.  (pron.  o  accento  naprimei- 
ra.)  V.  Pente. 

PENTEYRN,  (hist.)  Vulgarmente  Pendragon^ 
nome  dado  pelos  antigos  Bretões  ao  chefe 
general  das  suas  tropas  quando  se  confe- 
deravam. 

PENTHEO,  (hist.)  Pentheus,  filho  e  suc- 
cessor  do  rei  de  Thebas  hchion,  é  celebre 
pela  tenaz  opposição  que  fez  ao  culto  de 
Bacho.  Morreu  tragicamente  estrangulado 
por  sua  mãe  e  duas  tias,  as  quaes,  cegas 
por  Bacho,  o  tomaram  por  um  Leão  È  pro- 
vável que  Penthêo  prohibe-se  a  introduc- 
ção  das  vinhas  nos  s^us  estados,  e  que  por 
esta  causa  fosse  morto  em  alguma  sedi- 
ção. 

PENTHESiLEA,  (hist.)  rainha  das  Amazo- 
nas, figurou  muito  entre  os  alliados  de 
i  riamo,  durante  os  últimos  annos  do  cer- 
co de  Tróia,  morreu  aos  golges  d'Achilles, 
o  qual  despojando-a  das  armas  ficou  tão 
tocado  da  sua  belleza  que   chorou. 

PENTHiEVRE,  (geogr  )  fortale  a  do  França, 
a  2  léguas  N.  de  (juiberon. 

PENTHORUM,  (bot.)  geuero  de  plantas  da 
famiUia  das  Crapulaceas  e  da  Decandria 
Pentagynia,   L. 

PENTiMA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  légua  e  meia  S  dePopoli;  1,600 
habitantes. 

PENTOGRAFO.  V.  Pantogvapho. 

PENUDE,  (geegr.)  aldeã  de  Portugal  situa- 
da perto  de  Lamego,  junto  do  alto  monte 
do  mesmo  nome,  ramo  da  serra  de  Muro 
l.|00  habitantes. 


PÉNULA  ,  s.  f.  (Lat.  penula  on  poenula  ) 
(ant.)  capa,  capote  de  pello  comprido  para 
o  frio,  manta,  bedem 

PENÚLTIMO  ,  A  ,  ttdj .  (Lat.  penullimus.) 
que  precede  o  ultimo,  v.  g.  a  —  syllaba. 

PENUMBRA ,  s.  f.  (do  Lat.  pene,  quasi,  e 
umbra,  sombra.)  (astr,)  luz  frouxa  que  nos 
eclipses  precede  a  escuridão  total. 

PENÚRIA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  penes  ,  po- 
bre.) falta  do  necessário,  indigência,  gran- 
de pobreza,  v.  g. — de  diiiheiro  ,  viveres, 
munições  ;  —  de  bons  engenhos,  de  virtu- 
des. 

PENURioso,  A,  adj.  (des.  oso.)  em  que  ha 
penúria,  v.  g.  anno — ,  tempo — .  — ,  que 
soílre  penúria,  v.  ^.  homem — . 

PENZA.  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
poí»,  capital  do  governo  de  Penza,  na  con- 
fluência da  Penza  e  do  Soura  ;  4,000  ha- 
bitantes. O  governo  de  Penza,  situado  en- 
tre os  de  ISijn»  i-."Sovgerord  ao  !N.  de  Saratw 
ao  S.  de  Suisbirsk  a  E.  conta  1,070,000 
habitantes. 

PENZANCE,  (geogr.)  cidade  e  porto  d'In- 
glaterra,  na  margem  ISO.  Mountsbay,  a  25 
léguas  SO.  de  Launceston ;  5,000  habitan- 
tes. 

PEON,  (oiyth.)  medico  dos  deuzes,  segun- 
do a  mythologia,  curou  Víarte,  ferido  por 
Dirmedes ,  e  Plutão  ferido  por  Hercu- 
les. 

PEONAGEM,  s.  f.  (des.  agem.)  multidão  de 
peões  ;  a  gente  de  pé  do  exercito,  os  ser- 
ventes do  exercito;  (fig  o  ant.)  «muita  — 
de  dicções.  »  Barros,  cousas  subordinadas 
a  outras  principaes, 

PEÓNiA,  s.  f.  (Lat.  pmnia.)  herva  e  flor 
medicinal. 

PEOR,    PEORAR.  V.  Peiov,  Pciorav. 

PEPiA.  V.  Pipia. 

PEPiNAL,  s.  m.  (des.  collectiva  a/.)  horta 
de  pepinos. 

PEPINO,  s.  m.  (Lat.  joepo.  EmEgypcioou 
Coptico  pelpen  significa  melão.)  fructo  cu- 
curbitactío  vulgar.  — s  de  são  Gregório,  es- 
tramonio,  planta  e  fructo  venenoso,  e  usado 
em  medicina. 

PEPiTÓRiA  ,  s.  f.  (t.  de  cozinha)  guisado 
feito  das  azas,  pescoço  e  miúdos  de  aves. 

pÉPOLiM  ou  PEPULiM,  adj.  dos  2.g.A — , 
coxeando. 

PEPARETHE  (geogr.)  hojo  Peperi,  ilhota 
do  mar  Eg''o,  na  costa  da  Macedónia,  ao 
NE.  d'Halinesus. 

pepilR(>mia  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
miUia das  Pipéraceas  e  da  Diandria  .\lono- 
gynia,  L. 

PEP1N0-0-BREVE,  (hist  )  rei  dosKrancezíS, 
o  primeiro  rei  da  dynastia  carlovigia  ,  era 
filho  de  Carlos   ílartel.  Morreu  em  76H. 

PBPmo  i«,    (hist.)  filho  de  Carlos  Magno, 


PEQ 


PIR^ 


Ift 


foi  proclamado  rei   d' Itália  na  idade   de  5 
annos,   em  781.  Morreu  em  8)0. 

PEPINO  I,  (his.)  rei  d'4quitania,  2.°  filho 
de  Luiz-o-Cleroente,  recebeu  de  sou  pae 
em  817  o  reino  d'Aquitania.  Morreu  em 
838. 

PEPINO  II,  (hist.)  filho  primogénito  do  pre- 
cedente,  combateu  contra  Luiz  o  Clemente ; 
alliou-se  com  Lothario  contra  Luiz  de  Ba- 
viera e  Carlos  o  Calvo :  foi  entregue  a  Car- 
los em  ^^52,  mas  fugiu  e  reuniu-se  aos  Nor- 
mandos ;  foi  morto  era  864, 

PEPINO  DE  LANDEN  (hist.)  chamado  o  Fe- 
Iho,  mordomo  do  palácio,  no  reinado  de 
Uotario  II,  de  Dagoberto  I  e  durante  a 
menor  idade  de  Sig<^ferto,  morreu  em  649. 
É  considerado  como  Sancto  e  a  Igreja  cele- 
bra a  sua  festa  a  21  de  fevereiro. 

PEPINO  D'nKRisTAL,  (hist.)  chamado  O  Gor- 
do, filho  d'Ansegisa  e  de  Begga,  morreu 
era  \7\  \.  Foi  nomeado  duque  d'Âustrasia. 
Submetteu  os  duques  dos  Bretões,  dos  Pri- 
sões e  dos  Allemães.  Foi  o  pae  de  Cailos 
Martel. 

PKPLiDA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Salicareas  e  da  Hexandria  Mono- 
gynia,  L. 

PEPLUM,  (hist  )  vestuário  das  senhoras  en- 
tre os  Gregos.  Era  um  vestido  muito  cur- 
to preso  no  hombro  por  colchftte.  Minerva 
era  represei) lada  com  um  rico  peplum, 

pEPOLi,  (hist.)  familia  muito  ricae  turbu 
lenta,  de  Bolonha,  começou  a  ser  reconhe- 
cida no  XIV  século ;   o  mais  celebre  desta 
famillia    foi  Jacopo   Pepoli ,    que   vendeu 
Bolonha  aos  Visconti   em  1350. 

piíPYS,  (hist )  secretario  do  almirantado 
nos  reinados  de  Carlos  II,  e  Jacques  il, 
d'lnglaterra.  Deixou  umas  Memorias  mui- 
to curiosas  pelas  noticias  que  dão  sobre  a 
corte  dos  Stuarts  e  costumes  do  seu  tem- 
po. 

PEQUENETE ,  adj .  m.  diminut.  de  pe- 
queno. 

PEQUENEZ,    e    PEQUENHEZ,    S.    f.    (dcS.    eX.) 

pequena  estatura,,  t?.  g.  —  de  uma  arvore, 
—  de  um  animal. 

O  primeiro  é  mais  portuguez  ;  o  segundo 
é  acastelhanado  e  mais  usado. 

PEQUENiNEZA,  (ant.)  V,  Pequenez. 

PEQUEN  NO,  A,  adj.  diminut.  de  peque- 
no, t».  g.  um  pé — . 

PEQUENO  ,  A,  adj  de  diminuta  estatura, 
V.  g.  arvore —  Homem — .  — ,  diminuto 
em  volume,  extensão,  ou  numero,  v.  g.  na- 
vio —  ;  —  espaço  ;  —  numero.  — ,  de  pou- 
ca importância,  v.  g.  —  damno  Os — í,  a 
gente  não  nobre  ;  os  meninos.  —  poder,  de 
tropas. 

PEQUBNOTE,  adj.  úos  2  g.  diminut.  de  pe- 
qu^Qo.  Hapa»  — ,  de  mediana  estatura, 


PEQUIÁ.  s.  m.  madeira  brasílica  demtf- 
chetar.  —  marfim,  ó  branca,  de  gran  fina, 
e  recebe  um  bello  polido.  V.  Petiá. 

PEQUICE,  s.  j.  (p^co,  des.  ice.)  oserpôco, 
acção,  dito  de  tolo,  tolice,  parvoíce,  sandi- 
ce, inépcia. 

PER,  proposição  Latina  usada  ant.  em  Por- 
tuguez, a  que  hoje  se  substituo  for,  exce- 
pto como  prefixo,  v.  g.  permeio,  perfazer. 
Tem  duas  accepções,  a  primeira  que  deno- 
ta transito,  transição,  caminho,  meio  de  con- 
seguir, attingir,  v.  g.  peregrinar ,  perten- 
der,  pernoitar,  percorrer,  em  Gr.  peri,  em 
Sanscrit.  pari.  Vem  do  rad.  pes  Lat.,eir«, 
ir.  A  segunda  accepçào  de  per  denota  per-J^ 
feição,  acabamento  de  obra,  e  vem  do  Gr. 
peras,  fim,  termo.  v.  g.  perfeito,  perfeiçãOj 
perludio,  pertinácia,  perplexo,  ou  de  hyper, 
sobre, que  em  composição  denota  excesso,  s«h 
perioridade,  preeminência,  eicellencia.  Os 
antigos  usavam  de  per  e  de  por,  não  confun- 
dindo uma  preposição  com  a  outra,  e  diziam 
per  mar,  per  terra,  por  causa,  por  amor^ 
e  unida  ao  artigo  jt?c/o,  pela,  polo,  pola.  Ho- 
je por  é  universalmente  usado  em  vez  de  per, 
em  razão  da  euphonia,  e  do  som  ingrato  de 
per  quando  não  está  Ugado  com  outro  vocá- 
bulo. Por  isso  dizemos  pelo,  pela,  e  não  po-- 
lo,  pola,  V.  g.-  pelo  mar,  pela  terra,  epcZo 
motivo ,  pela  razão.  Os  Hispanhoes  usam 
igualmente  de  por  [pro  Lat.),  casual,  e  em 
vez  do  antigo  per,  excepto  em  composição; 
V.  Por,  Pela,  Pelo. 

PERA,  prep.  (ant.)  V.  Para. 

PERA,  s.  f  (LhX.  pirum)  fructoda  pereira, 
de  que  h»  grande  numero  de  variedades,  ». 
g.  virgulosa,  parda,  marqueza.  lambe-lh'os 
dedos,  de  São  Bento,  do  conde,  carvalhal, 
pigarça. 

PERA,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal  no 
Algarve,  no  concelho  de  Silves,  donde  dis- 
ta í  légua,   1,300  habitantes. 

PERABOLA.  V.  Parábola. 

PERADA,  s.  f.  (des.  ada)  doce  de  peras. 

PERAFUZAR.  V.  Parafuzar. 

PERAGRATORio,  A,  ddj .  (do  Lat.  peragrOf 
are,  vagar.)  (astron,  p.  us.)  Mez  —  do  soi, 
o  tempo  que  elle  gasta  a  percorrer  um  sign». 
do  zodiaco.  —  da  lua,  periódico.  j 

PERAL,  s.  m.  (des.  collectiva  oi)  pomar  dé 
pereiras. 

PERALTA  (geogr.)  cidade  d'Hispanha,  per* 
to  do  Agra.  a  4  léguas  80.  d'01ite ;  4,00ft 
habitantes.  • 

PERALTEA,  (bot.)  geucro  de  plantas  da 
f  a  milha  das  Leguminozas  e  da  Diadelphia 
Decandria,  L.  f^ 

PERANTE,  prep.  composta  de  per,  Qaní$^ 
em  presença,  diate,  v.  g.  < —  o  joií. 

PERA-pÃo,  3.  f.  {pêra,  epão)  pêra  insipi-» 
da« 

40» 


jl 


PER 


PER 


PBRAU,  s.  m.  (t.  us.  no  Brasil,  do  Fr.  per- 
ron  ou  ant.  perroy ,  borda  d'agu8,  margem) 
poça  profunda  d'8gua,    caideira. 

PERAU  (hist.)  escriptor  franc^z,  nasceu  em 
1700,  morreu  em  1(67.  Continuou  as  Vi- 
das dos  homesns  illusíres  de  França,  d'Au- 
vigny. 

PERÁVAA.  (obsol.)V.  Palavra. 

PERCA,  s.  f.  (Fr.  perche,  do  Lat.  perca,  Gr. 
perké,  de  pérkos,  salpicado  de  preto)  peixe 
que  tem  pintas  negras. 

PERCA,  subjunctivo  de  perder.  O  vulgo  diz 
erradamente  perca  por  perda,  s.  f. 

PERCALÇAR,  V,  a.  (aut.)  V.  Percalça)  ga- 
nhar, lucrar,  aproveitar. 

PERCALÇO,  s.  m.  (do  Fr.  ant  pourchaas, 
pourchais,  sollicitaçào,  lucro,  proveito)  emo- 
lumentos, lucro,  proveito.  Os  — s,  emolu- 
mentos, lucros  eventuaes. 

PERCATADO,PERCATAR,  V.  Prectttado,  Pre- 
catar. 

PERCEBER,  V.  a.  (Fr.  percevoír,  do  Lat.  per- 
cipio,  ere ;  per  pref.,  e  capio,  ere,  tomar.) 
receber,  cobrar,  v.  g.  —  as  rendas,  os  direi- 
tos, os  fructos ;  comprehender,  entender,  v. 
g.  —  o  engano,  — as  intenções  do  inimigo. 
— ,  (ant.)  V.  Aperceber.  — ,  (ant.)  avisar. 
— SE,  V.  r.  apparelhar-se 

PERCEBIDO,  A,  p.p.  de  perceber  ;  ací;".  co- 
brado ;  entendido  ;  avistado  ;  apercebido  ; 
acautelado,  ex.  «  O  corregedor  deve  ser  — 
de  ver  osforaesdecada  lugar.  »  Ord.  Affons. 
Sede  — s  de  perguntar,  advertidos. 

PERCEBIMENTO,    S.    1».    (wiCníO    Suff.)   (aut.) 

o  acto  de  perceber  ou  de  se  aperceber,  ap- 
parelhar ;  os  apparelhos,  preparos,  provi- 
mento, V.  g.  —  de  madeira,  pedra,  para  edi- 
fício. Signal  de — ,  para  seapromptar. 

PERCEPÇÃO,  s  f.  [L&t.  per  cep  tio,  onis)  acto 
de  perceber,  compreliender,  entender  ;  cons- 
ciência de  sensação  recebida  ;  sensação  a  que 
a  mente  attende ;  cobrança,  acto  de  rece- 
ber, V.  g.  rendas,  direitos,  fructos. 

Synf.  comp.  Percepção,  sensação,  senti- 
mento. Distinguem  os  philosophos  moder- 
nos duas  espécies  de  percepção,  interna  e 
externa.  A  percepção  interna,  a  que  tam- 
bém chamam  consciência,  e  a  que  os  anti- 
gos chamavam  senso  iniimo,  é  aquelle  sen- 
timento interno  pelo  qual  somos  sabedores 
[conscii  sumus)  de  tudo  que  em  nossa  alma 
se  passa.  A  percepção  externa,  a  que  tam- 
bém se  chama  relação  dos  sentidos,  é  a  que 
temos  dos  objectos  corpóreos  por  meio  dos 
sentidos. 

Sensação  é  aquella  aíTeição  da  falma  que 
nasce  de  commoção  feita  nos  órgãos  sen- 
sórios. 

Confundiram  os  philosopos  sensualistas  a 
sensação  com  a  percepção,  porém  a  escola 
escoceza  demonstrou  que  havia   eutre  ellas 


grande  diíTerença.  Eis-aqui  como  as  cousas 
se  passam:  1.°  Recebem  os  órgãos  sensó- 
rios a  impressão  ou  contacto  dos  objectos 
exteriores  ;  "S..^  commovem-se  os  órfãos  sen- 
sórios com  esta  impressão  ou  contacto;  3.** 
trapsmilte-se  ao  cérebro  esta  commoção  por 
meio  dos  nervos  ;  4.°  da  commoção  trans- 
mittida  ao  cérebro  resulta  um  sentimento^ 
e  porque  este  sentimento  vem  dos  sentidos 
chama-se  sensação  ;  5.°  finalmente,  a  esta 
sensação  segue-se  ^percepção  do  objecto. 

Considerados  estes  vocábulos  segundo  a 
linguagem  commum,  diremos  que  todos  três 
designam  a  impressão  «jue  os  objectos  fazena 
na  alma,  com  a  differença  qne  a  percepção  vai 
ao  espirito ;  a  sensação  limita-se  ao  senti- 
do ;  o  sentimento  vai  ao  coração  ou  o  pos- 
sue. 

A  vida  mais  agradável  ésem  duvida  algu- 
ma a  que  se  compõe  de  percepções  claras  e  lu- 
minosas, de  .çensafdes  gratas  e  aprazíveis,  e 
de  sentimentos  vivos  e  g(»zosos,  isto  é,  conhe- 
cer, amar  e  gosar. 

O  sentimento  extende  seu  dominio  até  aos 
costumes  ;  faz  que  nos  excitem  igualmente  a 
honra  e  a  virtude.  A  sensação  não  passa  além 
do  physico ;  faz  unicamente  sentir  o  que  o 
movimento  das  cousas  materiaes  pódeocca- 
sionar  de  dôr  on  de  prazer  pelo  mecanismo 
dos  órgãos,  A  percepção  comprehende  em  seu 
circulo  as  sciencias  e  tudo  de  que  a  alma  pô- 
de ter  ideia  ;  porém  suas  impressões  são  mais 
tranquillas  que  as  do  senlimento  e  da  sensa- 
ção, ainda  que  mais  promptamente  recebi- 
das. 

PERCHA,  s.  f.{Vr.  perche,  do LhV  per tica, 
varapáo)  vara  forte  de  madeira  que  serve  de 
estelar,  escorar  vigas  s  espigão.  —  de  beque, 
(naut.)  os  braços  que  correm  da  ponta  do 
beque  alé  ao  casco  da  náu  pela  parte  de  fo- 
ra. 

PERCHE,  (geogr.)  antigo  paiz  de  França, 
entre  a  Normandia,  o  Maine,  o  Orleanez, 
e  a  ilha  de  França. 

PERCiçoEiRO,  (ant.)  V.  Processionario. 

PERCiNTADO,  A,  adj .  [per  i>Te( . ,  B  cintado) 
cingido,  cercado  de  todas  as  partes. 

PERCORRER,  V.  tt,  {pen^vei.,  e  correr)  cor- 
rer algum  espaço,  correr  atravessando,  v.g. 
—  interior  do  paiz.  Os  planetas  percorrem 
os  espaços  celestes.  —  acabar  de  correr,  pre- 
hencher  a  sua  revolução,  o  seu  gyro,  v.  g. 
o  sol  percorre  a  eclipti  'a  na  sua  revolução 
annual.  O  projéctil  percorre  uma  curva. 

pERCuciENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  percu- 
tiens,  tis,  p.  a.  de  percuiio,  ire,  ferir  dar 
golpes)  que  fere  de  morte,  ex.  «  Pôs  um  an- 
jo percucíente  com  espada  de  fogo  de  mor- 
taes  febres.  »  Barros,  Dec.  i.  3,   12. 

PERCUSSÃO,  s.  f.  {L&t.  percnssio,  onis)  acto 
de  percutir;  choque,  embate;  acto  deferir 


PER 


PER 


161 


com  ferro,  goipò 'que fere,  corta,  que  faz  vi- 
brar, V.  g.  —  da  luz,  do  som,  da  voz,  do 
corpo  sonoro. 

PERCusso,  A,  adj.  (Lat  percussus,  p.  p.  de 
percutio,  ire)  ferido,  percutido. 

PERCussoR,  s.  m.  (Lat.)  o  que  fere,  per- 
cute ;  adj.  percuciente. 

PERCUTIR,  V.  a.  (Lat.  percutio,  ire,  per 
pref. ,  e  quatio,  ere,  bater,  dar  golpe)  ferir 
dar  choque. 

PERCY.  fhist.)  nobre  e  antiga  famillia  d'In- 
glaterra,  originaria  da  Normandia,  teve  por 
chefe  (juilherme  Percy,  que  acompanhou 
Guilherme-o-Conquistador  na  sua  expedi- 
ção em   Inglaterra. 

PERCY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6 
léguas  SO.  de  Sado;  3,180  habitantes. 

PERDA,  s.f.[Lb{.á&perdo,  ere,  quasi /^er- 
dita  res,  cousa  perdida)  detrimento,  damno, 
v.g.  —  da  saúde,  do  juízo,  dos  sentidos,  da 
■vida  ;  —  dos  filhos,  da  mulher.  Fazer  — , 
causa-la;  soffre-la.  Ressarcir  a — . 

Syn.  comp.  Perda  ,  damno,  detrimento. 
Perda  é  a  privação  de  cousa  útil,  necessária 
ou  commoda,  da  qual  resultou  damno,  de- 
trimento. 

Damno,  detrimento  denotam  o  mal  rece- 
bido. 

PERDÃO,  s.  m.  [de  perdoar)  absolvição  de 
culpa,  crime,  delicto  ;  remissão  de  pena  in- 
corrida. Conceder  — ;  indulgência,  vénia, 
v.g.\)Q(\ir,  obter — .  Conceder,  negar  o — . 

PKRDAVAiSTE.  V.  Por  diante. 

PERDER,  V.  a.  (Lat  perdo,  ere,  do  Gr.  per- 
thein,  arruinar,  destruir,  de  perô,  passar 
alem,  atravessar)  deixar  de  possuir  cousa  ou 
pessoa  por  ser  privado  d'ella,  v.  g.  — um 
braço,  uma  perna  ;  —  os  bens,  a  honra, 
os  sentido.  —  a  mulher,  os  filhos,  ser  pri- 
vado d'elles  por  óbito.  —  a  demanda,  a  ba- 
talha, ser  vencido  pelo  adversário.  —  san- 
gue na  briga ;  —  dinheiro  ao  jogo.  —  um 
habito  m,au,  —  o  medo,  desembaraçar-se 
d'elle.  —  alguém,  deitar  a  perder,  arruinar. 

—  alguém,  de  amigo,  perder  a  sua  amizade. 
— ,  não  aproveitar,  v.  g.  —  a  occasião.  — , 
errar,  v.  g.  —  o  caminho.  —  o  respeito  a 
alguém,  faltar-lhe  ao  respeito,  desatlender. 

—  de  vista,  cessar  de  avistar  ;  (fig.)  não  pres- 
tar attenção,  v.  g.  —  o  assumpto,  desviar-se 
d'elle  — SE,  V.  r.  arruinar-se,  soíTrer  rui- 
na  total ;  naufragar,  v.  g.  —  o  navio.  — se, 
errar  o  caminho.  Perde  se  orio,  sumindo- 
se  no  solo.  — se  acolheita,  a /Vmc ia, falhar. 

—  o  peixe,  a  carne,  apodrecer,  corromper- 
se.  — se  a  memoria,  ser  privado  d*ella.  — 
de  vista  alguma  matéria,  deixar  de  se  at- 
tender.  — se  no  sermão,  no  discurso,  não 
poder  seguir  o  fio  do  discurso.  — se  por  al- 
guma cousa,  ama-la  extreraosamcmte,  ser 
capaz  de  se  expor  a  todos  os  riscos  para  a  ob- 

VOL.   IV. 


íer,  ou  gozar  d*ella.  — se  o  navio,  naufra- 
gar. —  gente  em  batalha,  morrer  ou  des- 
apparecer  pela  fuga,  ou  aprisionada.  — se, 
morrer  em  peccado  mortal. 

PERDIÇÃO,  s.  [.  (Lat.  perditio,  onis)  ruí- 
na, estrago.  —  da  alma,  condemnação  eterna. 

PERDICCAS,  (hist.)  nome  de  três  reis  da 
Macedónia,  que  reinaram  :  o  l'*^  de  695  a 
6W  antes  de  Jesu-Christo  ;  o  2.°  de  452a 
429 ;  o  3.«  de  366  a  360. 

PERDICCAS ,  (hist.)  general  d'Alexandre, 
recebeu  deste  príncipe  moribundo  o  seu 
annel  o  que  parecia  designal-o  como  suc- 
cessor  d<)  reino,  foi  um  dos  quatro  regen- 
tes nomeados  depois  da  sua  morte  e  en- 
carregado de  dividir  as  províncias.  Não  re- 
servou nenhuma  para  si,  intentou  torna r- 
se  o  único  senhor  do  reino  e  com  este  in- 
tuito casou  com  Cleópatra,  irmã  d'Alexan- 
dre.  Perdiccas  foi  morto  pelos  sens  oflTicia- 
es  revoltados  em  321. 

PERDIDA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  perdi- 
do). V.  Perda. 

PERDIDAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  per- 
da, ruina  ;  sem  proveito.  Viver  — ,  de  ma- 
neira que  conduz  á  perdição,  desregradamen- 
ie  ;  louoaraftnte,  extremosamente,  com  ex- 
cesso, V.  g.  amar  — . 

PERDiDiço,  A,  adj.  (des.  iço)  que  se  finge 
perdido  ;  que  se  dá  por  perdido. 

PERDIDÍSSIMO,  A,  adj.  supcrl.  de  perdido, 
muito  perdido.  Almas  — s. 

PERDIDO,  A,  p.  p.  de  perder;  adj.  que  se 
perdeu,  que  perdeu,  v.g.  o  navio  tinha-se 
—  nos  baixos.  A  batalha  esteve  — ,  a  pon- 
to de  se  perder  Os  ministros  tinham  —  todo 
o  pejo.  A  batalha,  as  esperanças  — s.  Ho' 
mem  — ,  arruinado  ;  estragado,  de  máoscos- 
tumes.  —  de  amores,  excessivamente  apai- 
xonado. Moço — ,  desregrado,  demauscos- 
tumes.  Mulher  — ,  ))rostituta,  meretriz.  Tiro 
— ,  sem  pontaria.  Sangue  —  no  combate, 
derramado,  que  corre  deferida.  Homem  — 
da  fazenda,  dojuizo,  que  perdeu.  —  da  ver- 
gonha ;  —  do  temor  de  Deus,  que  perdeu, 
privado. 

PERDIDO,  (monte),  um  dos  mais  altos  cu- 
mes dos  Peryneos. 

PERDiDOSO,  A,  ad[/.  (des.  oso)  que  perde  ou 
perdeu,  v.  g.  batalha,  demanda,  ou  no  jo- 
go. É  antiq. 

PERDIGÃO,  s  m.  o  macho  da  perdiz.  Cha- 
çar  o  — ,  fugir,  furtar  as  voltas  ao  caçador; 
(fig.)  negociar  com  destreza  fraudando. 

PERDiGOTiHHO,  s.  m.  diminut.  de  perdi- 
goto. 

PERDIGOTO,  s.  m.  diminut.  o  filho  novo 
da  perdiz  ;  (fig.)  munição  de  matar  perdizes. 
— y,  ///.  (fig.)  pingos  de  saliva  que  pessoas 
desdentadas  ou  descortezes  lançam  da  boca 
fallando  com  alguém. 
41 


16S 


PER 


'^•IF" 


PERDIGUEIRO,  A,  adj .  (des.  círo)  que  caça 
perdizes  Cão  — .  —  parado  (subst.)  cão  de 
mostra. 

PERDIMENTO,  s.m.  (wicnío  stiff.)  pppda,  V. 
g.  condemnado  em  —  de  bens  :  —  da  pátria, 
dos  parentes,  ruina,  estrago.  ~-  próprio, 
por  amores. 

PER  D!  ss  IMO.  V.  Perdidíssimo. 
PERDIZ,  5.  f.  {L&t  per dix,  eis,  fir.  perdia;, 
deperi,  ároda,  ediô,  caçar,  perseguir,  te- 
mer, ter  medo)  ave  bem  conhecida,  de  que 
ha  diversas  vatiedades.  —  vermelha,  que 
tem  os  pés  d'esta  côr.  Cão  de  — s,  perdi- 
gueiro. 

PERDOADO,  A,  p.  p.  de  pcrdoar  ;  adj.  que 
recebeu  nu  deu  perdão. 

PERDOADOR,  A,  ttdj .  facil  cm  perdoar,  in- 
dulgente, V.  g.  — das  injurias. 

PERDOANÇA,  5.  f.  (aut.)  ^.  Perdõo. 

PERDOAR,  V.  a.  (Ital.  perdonare,  Fr.  par- 
donner,  do  Lat.  per  pref.  transitivo,  e  dono, 
aie,  dar,  conceder)  absolver,  reraittira  cul- 
pa, a  pena.  v.  g.  — os  peccados,  a  culpa; 
o  degredo,  a  pena  de  morte  ;  as  injurias  — , 
renunciar  o  direito,  a  acção  —  a  divida, 
não  exigir  o  pagamento,  dá-la  por  satisfeita. 
— ,  (ant.)  poupar,  —  trabalho,  dgsp  za.  Sem 
—  a  despeza.  — ,  (ant.)  deixar  livre,  cx  «  Nas 
horas  que  me  perdoavam  os  cuidados  da  guer- 
ra. »  Freire.  —  ás  orelhas,  não  dizer  cou- 
sas desabridas.  Não — ,  maltratar,  oílender, 
ex.  «  Tal  era  que  tudo  lhes  servia  de  alimen- 
to, não  perdoando  a  cães,  gatos  »  Freire. 
«Deu  morte  a  todos,  não  perdoando  a  me- 
ninos, mulheres,  velhos. 

tiuitos  dos  antigos  clássicos  diziam  o  per- 
doa, em  vez  de  perdoa- lhe,  como  hoje  di- 
zemos. — SE,  V.  r  —  a  si  mesmo,  ser  in- 
dulgente para  com  as  próprias  culpas,  faltas. 
— ,  (p.  us.)  poupar-se,  v.g.  a  nada  seper- 
doa. 

Syn.  comp.  Perdoar,  remittir,  absolver. 
Perdoar  ó  acto  de  generosidade,  e  que  não 
só  remitte  a  outrema  pena,  a  divida,  e  deixa 
de  exigir  satisf.ição,  mas  também  indica  a 
disposição  indulgente  de  quem  perdoa,  que 
nãt»  conserva  disposição  desfavorável  ao  per- 
doado, 

fíemiltir  é  não  exigir  aquillo  a  que  temos 
direito. 

Abwlver  é  desligar  da  obrigação,  ou  ocri- 
minoso  dos  laços  da  justiça,  das  penas  im- 
postas. O  juiz  aòso/fe  o  innocente,  o  rei  per- 
dôa.  Remittir  é  acto  de  moderação ;  rerait- 
te-se  a  divida,  a  pena. 

PERDOÁVEL,  adj.  dos  2  g.  [áes.avel),  di- 
gno, merecedor  de  perdão. 

PERDUDo,  (ant.).  V,  Perdido. 

PERDULÁRIO,  A,  adj.  (do  Lat.  perdere ,  e 
(Bs,  (Bris,  dinheiro],  estragador,  dissipador, 
gastador  dos  bens,  da  fazenda.  Si;b$t,  Um—. 


PERDURAçÃo,  *.  f.  {per  intens.,  e  duração, 
grande  duração. 

PERDURÁVEL,  adj".  dos  2  g.  (per  intens.,  e 
durável],  de  longa  duração,  eterno :  v.g.  a 
vida  — .  Gozos  perduráveis,  ex.  m  k  —  gen- 
tilesa  consiste  na  alma.  »  Eufr. 

PEREA,  (geogr.)  Peroea,  um  dos  quatro 
grandes  districtos  da  Palestina,  compreen- 
dia toda  a  parte  E    do  Jordão. 

PEREA,  (geogr.)  fio  da  provincia  do  Ma- 
ranhão, no  Hrazil,  corre  10  léguas  do  S.  pa- 
ra o  .N.,  e  vai  lançar-se  na  bahia  de  S.  José. 

PERECFDEiRO,  A,  ãdj .  (dtís.  civo,  por  owro, 
do  p.  íut.  Lat.  em  urus],  caduco,  que  ha-de 
perecer. 

PERECER,  V.  n  (Lat.  pereo,  ire.  Os  etymo- 
logií.tas  concordam  em  o  derivar  de  per  e 
ire,  ir,  e  tomam  per  no  sentido  transitivo, 
no  que  se  enganam,  a  meu  ver.  Eu  penso 
que  perire  vem,  do  Gr.  peras,  fira  ,  termo, 
e  ire,  ir,  terminar,  acabar  de  viver,  finar- 
se,  deixar  de  existir,  morrer  ;  acabar,  ces- 
sar. Pereceram  muitos  da  epidemia,  mor- 
reram. Pereceu  a  memoria  dos  antigos  im- 
périos, ex  «  Foram  causa  de  perecer  muito 

0  serviço  de  V.  Alteza,  »  soffrer  detrimento, 
perder.  Couto,  Dec.  iv,  6,  8.  Este  sentido 
é  obsoleto  e  impróprio. 

PERECIMENTO,  s.  m.  [mento  suff.)  (ant.) 
propriamente  deve  significar  acabamento  , 
extincção,  riias  acha-se  usado  no  sentido  de 
perda,  falta,  v.  g.  «de  que  se  segue  gran-r 
de  —  de  justiça.  »  Elucidário. 

PERECíoso,  A,  adj  (des.  oso)^  que  cau- 
sa damno,  perda,  detrimento  :  v.  g.  —  amor. 
Bocage.  Pernicioso  é  mais  próprio. 

PEREGRINAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  pcregrinatio -, 
onis],  o  viajar  ou  fazer  jornada  por  curió* 
sidade  ou  devoção  religiosa,  u.  ^.oschris- 
tãos  a  Jerusalém,  os  musulmanos  á  íf.ecca; 
(fig.)  a  vida  neste  mundo.  A  —  de  um  pen-^ 
samcnto    (Camões. 

PERiGRiNADO,  A ,  supcrl.  dc  peregrinar ; 
adj.,  que  p"regrinou  ;  percorrido,  v.  g.  Fer-* 
não  Mendes  Pinto,  depois  de  ter  —  grande 
parte  da  Ásia,  voltou  a  Portugal.  Desertos 
peregrinados  de  tão  santos  varões ,  ou  á^. 
mercadores  em  cáfilas. 

PEREGRINADO*,  s.  M.  (Lat.  peregrinator)^ 
peregrino,  viajante,  principalmente  por  de- 
voção rehgiosa. 

PEREGRiNANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  perô" 
grinans,  tis],  que  peregrina,  viajante,  viaa« 
dante. 

PEREGRINAR,  V.  a.  (Lat.  peregrinor,  ari^ 
V.  depoente ;  de  pereger,  estranho,  estran- 
geiro, peregrè,  fora  da  pátria  ;  per  pref, 
transit.,  e  a^fcr,  campo,  segundo  Court  de 
Gébehn.  Eu  preferiria  per,   e  egredior  ,  i , 

1  sair,  de  e  e  gradior,  andar,  rad.  gradus , 
passo,  passada),  percorrer  viajado ,  v.  |. 


PER 


PER 


l«l 


«peregrinou  toda  a  Africa.  »  Barreiros. 
Chorogr.  «  Os  lugares  que  Lereno  peregri- 
nava. »  Lobo,  Peregr.  — ,  (ant.)  ,  mandar 
viajar,  v.g.  —  mancebos,  para  os  aperfei- 
çoar; (fig.)  —  pelo  mundo  a  sua  ignorân- 
cia, dá-la  a  conhecer  em  diversas  terras 
viajando.  — ,  v.  n.  correr  terras  por  curio- 
sidade, necessidade  ou  devoção  religiosa  : 
v.g.  — a  outras  partes,  regiões,  pelos  de- 
sertos, (íig.)  «  peregrinava  meu  animo  in- 
do e  vindo  de  longas  terras.  »  Arraes,  1,  20. 
PEREGRINO,  A,  adj .  (La,,  perecer,  estran- 
geiro, ou  do  verbo  pereijrinor,  ari,  peregri- 
nar), estrangeiro,  natural  de  outra  teira, 
de  outra  gente,  nação,  estranho. 

Quando  alevantarain 

Um  por  s&u  capitão,  que  peregrino 
Fingiu  na  cerva  espirito  divino. 

Gamões,  Lusiad. 

alludindo  ao  romano  Sertório  refugiado  na 
Lusitânia.  «Palavras  peregrinas,  »  estran- 
geiras. Lobo.  Plantas  —  ,  exóticas  ,  não 
indígenas.  Costumes,  hábitos — .  Peregri- 
no, errante,  v.g.  da  sua  pátria.  Astro — , 
(astrol.)  que  occupa  signo  dn  zodíaco  onde 
não  pôde  exercer  influencia.  Peregrino  , 
(tig.)  raro,  extraordinário.  Belleza  — . 

PEREGRINO,  s.  m.  (subst.  do  precedente), 
homem  que  faz  romaria   ou  peregrinação , 
principalmente  por  devoção  religiosa,  v.  g 
á  Terra-Sanla  ou  a  Santiago  de  Compos- 
telia. 

PEREGRINO,  (hist.)  philosopho  cynico  do 
J  1 ."  século  da  nossa  éra,  nasceu  perto  de 
Tampsaco,  passou  a  mocidade  muito  dissi- 
padameute ,  depois  fugiu  para  a  Judea, 
aonde  se  fez  christão,  abandonou  esta  reli- 
gião para  se  tornar  philosopho,  foi  a  Homa, 
d'onde  foi  banido,  e  dirigiu-se  á  Grécia, 
aonde  morreu  em  165. 

PEREiASLAVL,  (geogr.)  cidade  da  Rússia 
Europêa,  perto  de  Dnicpr,  a  23  léguas  SE, 
de  Riers;  9,000  habitantes  Outra  Pereias- 
lavl,  anligamente  Marcianopolis,  na  hou- 
melia,  era  a  capijal  dos  Búlgaros. 

PEREIRA,  s.  f.  (Lat.  pirus),  arvore  que  dá 
peras. 

PEREIRA,  (hist.)  medico  hispanhol,  publi- 
cou em  1.-j54  um  tractado  intitulado  Anto- 
niana  Margarita. 

PEREIRA,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal a  2  léguas  de  Coimbra,  cora  1,600 
habitantes.  Ha  outra  do  mesmo  nome,  per- 
to da  Feira,  cujo  concelho  contem  4,450 
habitantes. 

PEREiRAL.  V.  Peral. 

PEREIRINHA  ,  diminut.  de  Pereira  ,  pe- 
quena pereira. 

PEREIRO,  s.m.  (des.  eiró),  arvoro  que  dá 
peros. 

PKRKKOP,  (geogr.)   Taphros  dos  Gregos, 


Or-Kapi  em  tártaro,  cidade  da  Rússia  eu- 
ropêa. sobre  o  isthrao  de  Perokop,  o  qual, 
une  a  Criméa  á  Rússia,  a  31  légua  N.  de 
Siiuféropol;  1,000  haMta  tes. 

PEREMPTORIAMENTE  ,  adv.  [meute  sufT.) , 
de  modo  peremptório,  sem  dilação,  deci- 
sivamente, expressamente. 

PEREMPTÓRIO,  E,  adj.  (Lat.  peremptorius, 
per  pret.  intens.,  e  emptorius,  de  emo,  ere, 
emptuin,  comprar,  obter),  (jur.)  decisivo , 
que  não  admitte  replica  nem  dilação.  Ter- 
mo — ,  ultimo,  final,  que  se  não  pôde  ex- 
ceder, e  dentro  do  qual  se  deve  terminar 
qualquer  acto.  Dez  dias  —  s.  Excepção  — , 
a  que  corta,  destroe  acção  começada  Res- 
posta — ,  a  que  atalha  todas  as  replicas, 
decisiva,  categórica,  que  termina  todas  as 
duvidas.  Admoestação  — ,  que  se  faz  uma 
vez  sómen.e,  que  se  não  reitera.  .Si^nai  ^i-, 
certo,  decretorio. 

PERENNAL,  adj.  dos  ^1  g .  {perenne,  des,  adj. 
ai),  perenne,  perpetuo,  que  não  soífre  in- 
terrupção. V.  g.  Agua,  fonte — .  Somno  , 
pranto  — .  —  contentamento.  Festas  peren- 
naes. 

PERENNALMENTE.  V.  Percnuemente. 

PERENNE,  adj.  dos2g.  (Lat.  perenais,  per 
pref.  transit.,  e  annuus,  annual),  perpetuo, 
continuo,  não  interrompido,  v.  g.  Agua,  fon- 
te, luz  — .  Lagrimas  — s.  (fig.)  de  longa 
duração,  v.  g.  oração  — .  Louco  — ,  sem  lú- 
cidos intervallos.  Laus  perenne ,  exposição 
p<M'petua  do  Santíssimo  Sacramento,  que  se 
continua  de  umas  ás  outras  igrejas  de  uma 
cidade  em  todo  o  curso  do  anno. 

PERENNEMENTE,  adv.  [mente  suíf.),  conti- 
nuamente, sem  interrupção,  perpetuamen- 
te. V.  g.,  Fonte  que  manava  — . 

PERENNiDADE,5. /*.  (Lat.  pereunHas,  (is), 
o  ser  perenne  ;  conL-nuação,  duração  pe- 
renne, não  interrompida. 

PERENTORIAMENTE.  V.  Peremptoriamente. 

PERESAS.  Moraes  diz  que  ê  erro  lypogra- 
phii;o  na  l)rd.  Affons..  iv,  107,  6,  por  prezas 
()\i  perseas,  tapeçarias  da  Pérsia. 

PERESAVL-zALESKi,  (geogr.)  cidade  da  Rús- 
sia europea,  a  28  léguas  O.  de  Tladimir; 
4,200  habitantes. 

PERFAZER,  V.  a.  {per  pref.  intens.,  e  faaer), 
acabar  de  fazer,  consummar,  executar  com- 
pletamente, completar,  preencher,  v.  g.  —  o 
numero,  a  Fomma  ;  —  os  regimentos,  pre- 
sídios, guarnições  das  praças.  — a  querela  , 
(for.  ant.)  dá-la  perfeita. 

PERFAZiMENTO,  s.  Til.  (aut.)  [mcnto  suff.), 
acabamento,  perfeita  execução. 

PERFECIONADO,  (ant.)  V.  Apcrfeiçoãdo. 

PERFECTAR,  V.  tt.  (ant.)  V.  Aproveitar. 

PERFKCTivEL ,  adj.  dos  2  g.  (des.  ivel) , 
susceptível  de  aperfeiçoamento.  Faculdades 
perfectmis. 

♦1  ♦ 


164 


PER 


fm 


PERFBCTivo ,   A,  ãdj .  (des.  ivo),  que  dá, 
confere  perfeição. 

PERFECTOR,  adj .  V.  Apcrfeiçoador. 
PERFEIÇÃO,  s.  f.  {Lat.  p6rfectio,onis),  es- 
tado perfeito,  bem  acabado,  excellencia  phy- 
sica  OU  n.oral ,  execução  perfeita;  pleno 
desenvolvimento,  crescimento  de  animal  ou 
planta  :  v.  g  —  do  quadro,  da  obra,  Stulher 
dotada  de  todas  as  perfeições ,  qualidades 
excellentes,  phjsicas  o  raoraes. 

PERFEiçoAR  e  deriv.  V.  Aperfeiçoar,  etc. 
PERFEiTAçÃo,  s.f.  (ant.j.  Perfeição,  Pro- 
veito. 

PERFEiTAMExME  ,  adv.  {mente  suíí.)    com 
perfeição,  de  modo  perfeito. 

PERFEiTíssiMAMENTE,  adv.superl.  deper- 
feitamente. 

PERFEITÍSSIMO,  A,  ãdj.  superl  de  perfei- 
to, summamente  perfeito,  muito  perfeito. 

PERFEITO,  A,  adj.  e  p.p.  irregul.áe\)Gr- 
fazer  (Lat.  perfectus,  p.  p.  de  perficio,  ere, 
áepet  e  facw),  completamente  acabado,  bem 
acabado,  dotado  de  perfeição,  completo; 
que  não  tem  defeito  physico  ou  moral. -»  </. 
Prazer—,  puro,  sem  desconto.  Obra  — . 
— ,  (gram.),  tempo  que  exprime  acção  in- 
teiramente acabada  v.  g.  Tempo—,  na  mu- 
sica, aquelle  em  que  anota  antecedente  vale 
três  das  subsequeriies.  Querela-,  (for.  ant.) 
a  que  se  den  com  todas  as  circumstancias 
prescriptas  pela  lei.  isto  t^  com  juramen- 
to do  quereloso,  designação  das  testemu- 
nhas, etc. 

Syn.  comp.  Perfeito,  completo.  O  que 
está  acabado,  inteiramente  feito,  que  em 
tudo  o  que  lhe  ó  próprio,  a  que  nada  falta,  é 
perfeito.  O  que  é  cabal,  tem  a  plena  união  de 
tudo  que  pôde  ter;  que  reúne  todos  os  graus 
possíveis ;  a  que  nada  se  pó'le  ajuntnr.  é 
completo.  Melhor  se  aprecia  a  diíTerença  des- 
tes vocábulos  se  altendermos  á  sua  origem  la- 
tina. O  primeiro  vem  de  perficio,  que  signifi- 
ca perfazer,  fazer  acabadamente  ;  e  exprime 
a  ideia  do  qu?.  está  de  todo  feito,  consumma- 
do.  O  segundo  vera  do  compleo,  que  signi- 
lica  encber  do  todo  ;  e  exprime  a  plenitu- 
de inteira  o  absoluta. 

pr:RFKiT0{S.),  (hist.)  martyr;  nasceu  era 
Córdova  no  anno  800,  assistiu  aos  chris- 
tãos  oprimidos  pelos  mahometanos,  o  que 
excitou  o  furor  destes  últimos,  que  o  ma- 
taram em  8-„0.  E'  commemorado  nela  Icre- 
ja  a  18  dabril.  ^        ^ 

PERFiA.  (ant.).  \.  Porfia. 
PERFIDAMENTE  ,    ãdv.  {mente  suff.)  ,  com 
perfídia,  aleivosamente. 

PERFÍDIA,  s.  f.  (Lat.  de  perda,  ere,  per- 
der, ou  de  perso,  ire,  perecer,  e  fides,  íé), 
traição,  aleivosia,  infracção  da  fó  prometti- 
da  ;  apostasia. 

PERFiDiuso,  A,  adj,  (des.  oso),  cheio  de 


perfídia,  que  contém  perfídia,  v  g  Astúcia  — . 
PÉRFIDO,  A,  adj.  (Lat.  perfidus),  que  usa 
de  períidia,  aleivoso,  perjuro. 

PEHFiL,  5.  w.  {Fr.prnfil,  Ital.  profilo,  do 
Lat.  filum,  fio,  linha),  delineação  da  cara,  fi- 
gura ou  de  qualquer  objecto  visto  de  um  só 
lado,  ou  de  edifício  por  uma  secção  per- 
pendicular ou  lateral ;  contorno  ;  adorno 
subtil  da  borda,  do  conLÍorno.  v.g.  Osaureos 
perfis  das  brancas  nuvens.  —  (braz.)  linha  de 
outra  côr  que  separa  uma  superfície  da  outra. 
«  Banda  roxa  (nas  armas)  com  perfiles  de 
ouro.  »  Monarch.  Lusit.  —  ,  na  esgrima  , 
postura  de  lado.  Retrato  de  meio — ,  visto 
de  um  só  lado.  v.g.  Ver  as  cousas  de  —  ou 
de  meio — ,  (fíg.)  só  de  um  lado,  por  uma 
face,  debaixo  de  um  só  aspecto.  Perfis,  pi. 
Perfiles,  (ant.) 

PERFILADO,  A,  supcvl.  de  perfilar;  adj., 
delineado  de  perfil;  posto  eni  fileira,  v.g. 
soldados  —s,  em  postura  de  lado.  Estar  — 
—  na  esgrima.  — ,  terminado  por  uma  li- 
nha. 

PERFILAR,  V.  a.  {perfil,  ar  des  inf )  de- 
linear de  perfil;  rematar  o  contorno  por 
ura  traço  ou  linha,  de  ordinário  de  outra 
côr,  v.g.  a  purpúrea  côr  que  per/í/aaquel- 
la  nuvem,  —de  ouro  ou  de  prata  um  bor- 
dado. —  soldados,  dispo-los  em  fileiras,  era 
linha,  unidos  lado  com  lado. 

PF-RFiLUAçlo,  s.  f.  pertilhamento,  adop- 
ção de  filho. 

PERFILHADO,  A,  p.  p.  do  perfilhar,  adj., 
adoptado  por  filho:  adoptado.  «Este autor 
tem  —  muitos  versos  de  muitos  poetas»  in- 
serido nas  suas  obras  como  plagiário. 

PERFiLiiADOR.  A.  s.  m.  'J)e?soa  que  per- 
filha. 

PERFiLHAMENTO,  5.  m.  (mcnío  sufT.),  ado- 
pção. 

PERFILHAR,  V.  a.  (per  pef.,  em  vez  de 
por,  filho,  ar,  des  inf.)  adoptar  por  filho 
com  as  solemnidades  Ipgaes  :  —  um  filho  a 
alguém,  altfibuir-lh'o  ;  —  enxertar,  ex.  «In- 
dustriosa mão  03  doces  pomos  perfilha  á 
inútil  arvore. 

PERFILO.  V.  Perfil. 

PERFLUxo,  s.  m.  {per  pref.  intensit.,  e 
fluxo),  fluxo  copioso  de  humores. 

PERFORAçÃo,  s.  f  (cirurg  )  o  aclo  de  fu- 
rar. 

PERFORADO,  A,  p.  p.  dc  perforar,  adj. 
furaflo,  traspassado. 

PERFORANTE,  adj.  dbs  2  ç.  (Lat.  perfo- 
rans,  tis],  que  perfura. 

PERFORAR,  V  a.  (Lat.  perfor,  are,  per, 
pref.  transit.,  cforo,  are,  furar),  furar,  pe- 
netrar com  instrumento  agudo. 

PERFULGENTE,  adj.  dos  2  g.  {per  pref, 
e  fulgente],  mui  resplandecente. 

Moraes  diz  (pie  a  ctymologia  pede  pre- 


PER 


PEK 


m 


fulgente,  o  que  prova  que  ignorava  as  duas 
accepções  do  prefixo  per. 

PERFUMADO,  A,  p.  p.  íle  perfumar,  adj. 
que  rccube  as  exhala(.-ões  de  per  fumes  quei- 
mados, iuipregnado  das  emanações  odori- 
feras.  Fio  de  p-rata  —  de  ouro,  a  que  se 
dá  a  côr  de  ouro  com  cerlos  ingredientes. 
Subst.  e  auL,  pessoa  — ,  que  usa  de  per- 
fumes. 

PERFUMADOR,  s.  m.  caçoula,  vaso  em  que 
se  queimam  p3rfumes,  aromas.  — s  de  ouro, 
prata,  bronze. 

PERFUMANTE,  adj.  dos  2  </.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans,  tis),  que  perfuma,  que  ei- 
hala  clieiro  agradável.  — s  rosas. 

PERFUMAR,  V.  a.  {perfume,  ar,  des.  inf ) 
communicar  ciíeiro  agradável  queimando 
perfumes,  substancias  aromáticas,  que  ex- 
haiam  emanações  rescendentes.  v.  g.  As  flo- 
res perfumam  o  ar.  — o  hospital,  o  navio, 
as  casas,  corrigir  o  raáu  cheiro  por  emana- 
ções de  substancias  saudáveis,  v.  g.  de  vi- 
nagre e  outros  ácidos. 

PERFUMARIA,  s.  f.  (Fr.  pãrfumerie),  lo- 
go de  perfumeiro,  oííitíina  em  que  se  per- 
pa.*am  perfumes  composições  odoriferas. 

PERFUME,  s.  m.  (Fr,  parfum,  do  Lat.  per, 
pref.  transitivo,  efumus,  fumo),  emanação 
volátil  exhalada  de  substancia  aromática, 
aroma. 

PERFUMEIRO,  s.  m.  (Fr.  parfumeur],  o 
que  prepara  composições  cheirosas,  como 
pommadas,  nguas,  óleos,  espirites  aromá- 
ticos, pós  de  cheiro,  sabões  odoríferos,  etc. 
PERFUNCTORíAMENTE,  ado.  [meiíte  suff.), 
com  desmazelo  e  desleixo. 

PERFURANTE,  V.  Pevforante,  Q  Penetran- 
te. 

PERGA,  (geogrj  hoje  Karakissar,  cidade 
da  Pamphylia,  ao  SO.  do  Selga  ,  sobre  o 
Cestre,  perto  da  sua  nascente  ;  era  celebre 
por  causa  de  um  templo  de  Diana. 
PERGAMTLHEiRo.  V  Pergaminheiro. 
PERGAMiNHEiRO,  s.  m.  (dcs.  ciro),  O  quB 
prepara  pergaminhos. 

PERGAMINHO,  s.  m.  (Lat.  pergamena,  char- 
ta — ,  áe  Pergam^o,  cidade,  onde  se  diz  que 
foram  preparados  os  primeiros  pergaminhos), 
pelle  de  carneiro  preparada  para  se  escre- 
ver nella,  e  para  capas  de  livros. 

PERGAMO ,  (geogr.)  Pergamus,  hoje  Ber- 
gamo,  cidade  da  Mysia,  na  confluência  do 
Caico  e  do  Cecio,  no  111  século  de  Jesu- 
Christo,  foi  a  capital  do  reino  da  i'ergamo. 


estas  duas  províncias,  a  Phrygia  Hellespon- 
tica  e  a  Grande-Phrygia,  teve  por  limite  ao 
S.  o  Tauro.  Os  romanos  engrandeceram  este 
reino  com  cUe  recompensaram  a  fidelidade  do 
Eumeneo  lí. 


Soberanos  de  Pergamo. 


Philetero,  governador 
Euraenes  I,  primeiro  rei 

Attalo  I      

Eumenes    II.     ... 
Attalo   II  Philadelpho. 
Attalo    III  Philométor. 
Aristonico 


26:J-2U 
241-198 
198-157 
i 57-137 
137-132 
132-129 


PERGEN,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Aus- 


tríacos, a  5  léguas    E.  de  Trento;  12.000 


habitantes. 

PÉRGOLA,  (geog.)  cidade  dos  Estados  eccle- 
siasticos,  a  5  léguas  e  meia  SE.  de  Urbino  ; 
3,000  habitantes. 

PERGOLiíSE,  (hist.)  celebre  compositor  na- 
politano, nasceu  era  1704,  morreu  em  1737. 
As  suas  melhores  composições  são  um  Sta- 
bat ;  e  uma  opera  a  Serva  padrona. 

PERGuiCEiRO,  s.  m.  (talvez  do  Fr.  perche, 
vara  de  barqueiro,  des.  eiró),  empregado 
nas  pescarias  do  Algarve  que  dirige  a  com- 
panhia. 

PERGUiçA,  (geogr.)  rio  limitrophe  das  pro- 
víncias do  iiaihi  o  do  Maranhão,  no  Bra- 
zil. 

PERGUNTA,  s.  f.  (V.  Perguntar),  acto  de 
perguntar,  as  palavras  com  que  se  inter- 
roga. Ir  a  — s,  a  ser  interrogado  em  juí- 
zo. 

PERGUNTADO,  A,  p.  p.  do  perguntar,  adj. 
interrogado. 

PERGUNTADOR,  s.  m.  (Lat.  percontaíov), 
o  que  pergunta  ;  pesquizador,  curioso  ;  que 
faz  muitas  perguntas. 

PERGUNTAR,  V.  a.  (Lat.  percontor  ou.  per- 
cunctor,  ari,  inquirir,  indagar,  que  Court 
de  Gébelin  deriva  de  contus.  Gr,  kontos, 
vara  comprida  de  barqueiro,  e  diz  que  o 
termo  significa  sondar,  tu  creio  que  se  en- 
gana, e  julgo  o  termo  composto  de  per, 
transilivo,  e  contueor,  eri,  observar,  ver, 
espreitar,  de  con,  e  tueor,  eri,  examinar, 
observar.  Por  isso  a  orthographia  percun- 
tari  é  correcta,  eoc  ajuntado  empercunc- 
tari  é  vicioso,  e  provavelmente  veio  da  er- 
rada supposição  que  o  radical  era  cunctus. 


h'  a  origem  do  nome    pergaminho  (per</a-  completo,  total,  inteiro),    inquirir,  pedir  a 

mena  charla)  cuja  fabricação  os  soberanos  alguém    informação   sobre   alguma    cousa. 

de  Pergamo  animaram.  \  Perguntei  ao  piloto  que  rumo  seguia.  Che- 

PERGAMO  (reino  de),  (geogr.)  pequeno  es- |  gado  ao  porto  perguntei  se  meu  pai  tinha 

tado  fundado  em  283  por  Philéièro,  não  com-  morrido.  —  por  alguém,    inquirir   alguma 

pitendfcu  piimeiíaiLtrite  senão  algunifis  par-,  cousa  concernente  a  elle,  v.  g.  seestá  em 

tes  da  Mysia  e  da  Lydia,   abrangeu  depois^  casa,  se  vai  melhor  de  saúde, — ,  fazer  per- 

YOL.  IV.  42 


%m 


PER 


PER 


gunta,  questionar;  propor  questão  e  pedir 
solução  d'ella.  v.  g.  Perguntei  a  causa  do 
alvoroto,  ou  qual  era  a  causa  ;  etc 

Syn.  coinp.  Perguntar,  interrogar,  in- 
quirir. Perguntar  denota  meramente  dese- 
jo da  saber.  Interrogar  é  perguntar,  inqui- 
rir com  auctoridade,  v,  g.  —  oréo,  as  tes- 
temunhas. Inquirir  significa  examinar,  in- 
dagar com  miudeza,  (juando  se  applica  a 
inquirição  de  tt;stemunhas  significa  interrogar 
sobre  todas  as  circumstancias  do  processo. 

PERT,  preposição  grega  que  entra  na  com- 
posição de  muitos  termos  derivados  d'esla 
lingua  ;  significa  em  torno,  á  roda,  em  re- 
dor, acerca,  v,  g.  peripheria,  periosteo, 
periphrase. 

PERiANDRO,  (hist.)  tjranuo  de  Corintho  , 
successor  de  Cypselo,  seu  pai,  governou  de 
6  *<  a  584  antes  de  Jesu-Chrislo  com  sa- 
bedoria, no  principio  do  seu  reinado,  mas 
depois  tornou-se  odioso  pelas  suas  cruel- 
dades e  violências,  a  ponto  de  obrigar  seu 
filho  a  fugir  de  Corintho.  Morreu  em  idade 
muito  avançada. 

PERiAPATAM,  (geogr)  cidado  da  índia,  no 
Estado  de  Maissur,  a  j5  léguas  O.  do  Se- 
ringapatam. 

PERiBEA ,  (hist.)  filha  d'Álcatho,  rei  de 
Megara,  foi  condemnada  por  seu  pai  a  mor- 
rer afogado  no  mar,  por  se  ter  deixado  se- 
duzir por  Telamon ,  mas  foi  c  «nduzida  a 
Salamina  pelo  guarda  encarregado  d'esta 
commissão  e  casou  com  Telamon.  Teve  delle 
Ajax,  que  depois  foi  rei  de  Megara. 

PERiCARDiA,  s.  f.  V.  Pericardio. 

PERICÁRDIO,  s  m.  iperi  pref.,  e  cárdia, 
coração)  (anat  )  membrana  que  envolve  o  co- 
ração e  contem  um  fluido. 

PERiCARPO,  s.  m.  (peri  pref.,  e  carpo)  (bot.) 
pellicula  que  envolve  o  fructo  de  algumas 
plantas. 

PERiCHE,  5.  m.  género  de  embarcação. 
Gouv.,  Jornada  do  Arcebispo. 

PERÍCIA,  s.  f.  [Lãt.  peritia.  V.  Perito)  co- 
nhecimento perfeito  em  alguma  sciencia  ou 
arte,  erudição. 

PERiCL:és,  (hist.)  celebro.  Atheniense,  nas- 
ceu em     94  antes  de  Jesu-Christo,    adqui- 
riu fama  e  popularidade  pela  sua  eloquên- 
cia e  liberalidade ;  tornou-se  em  459  chefe 
do  partido  democrático  opposto  a  Cimon,  e 
conseguiu  fazer  banir  os  seus  rivaes  ficando 
senhor  da  direcção  dos  negócios.    Assigna- 
lou  a  seu  governo  pela  construcção  de  bel- 
los  edifícios  e  por  festas  sumptuosas.  A  sua 
politica  era  evitar  as  empresas  lon^jiquas  e 
arriscadas,  não  pôde  comtudo   evitar  uma 
guerra   com  Sparta,    e  ficando   mal  depois 
de   ter     adquirido    algumas   vanla^fns   foi 
condemnado  a    uma  aulia,  e  despojado  da 
auctoridade.  Morreu  em  4S9, 


PERTCOTO.  V.  Picaroto. 

pERiCRANEO,  s.  TYi.  {pcvi  pref-,  6  craueo) 
(anat.)  membrana  que  envolve  o  craneo. 

PERiECos,  s.  m.  pi.  iperi,  pref.,  e  Gr. 
oikeô,  habitar)  (geogr.)  povos  que  habitara 
pont' s  oppostosdogloblo  em  um  mesmo  pa- 
ralleio  ou  mfridiano,  era  igual  distancia  do 
equador,  em  cada  um  dos  dois  hemisphe- 
rios. 

PERiER  (Casimiro),  (hist  J  politico  francez, 
nasceu  em  '77/,  morreu  em  18ii2.Foi  um 
dos  oradores  mais  eloquentes  da  camará  dosí 
deputados  de  1817.  Foi  nomeado  chefe  do 
gai)ineteem  j8<30  e  desenvolveu  grande  fir- 
meza contra  as  tendências  anarchicas. 

PERIFERIA.  V.  Peripheria. 

PERiFRASE.  V.  Periphrase. 

PERiG  DO,  sup.  de  perigar;  adj.  ex.  «A 
minha  alma  — .  »  Elucid.,  em  perigo  de  se 
perder. 

PERíGALHO,  s.  w.  [pcri,  á  roda,  el.at,  gu- 
la, guela,  pescoço)  pelle  que  pende  da  bar- 
ba ou  da  garganta,  par  velhice  ou  magre- 
za. 

perigalhos,  5.  m.  pi.  [peri  pref.,  eLat. 
galea]  (naut.)  cordas  que  saem  de  uma  polé 
presa  no  tope  do  mastro  da  mesena,  e  sustem 
a  extremidade  superior  da  vergada  mese- 
na. 

PERIGAR,  v.n.  {perigo,  ardes,  inf.)  estar 
em  perigo,  correr  perigo,  v.g.  periga  ávi- 
da, a  honra,  a  reputação.  Perigava  o  nnvio. 
Moraes  ajunta  a  accepção  perecer,  mas  era 
todas  as  citações  que  aponta,  o  verbo  signi- 
fica correr  perigo,  maior  ou  menor,  e  em  ne  - 
nhuma  perecer. 

PERiGEO,  s.  m.  {peri  pref.  denotando  pro- 
ximidade, e  Gr.  ghé,  a  terrra)  (astr.)  ponto 
do  ceu  em  que  um  planeta  está  na  menor 
distancia  do  centro  da  terra  :  é  o  ponto  op- 
posto ao  apogêo. 

PERIGO,  s.  m.  (Lat.  periculum,  do  Gr.  pei- 
ra,  empreza,  tentativa,  eoleô,  perder,  arrui- 
nar, matar)  risco,  lance  arriscado,  damno 
pendente  que  ameaça  ;  pressa,  aperto;  pas- 
so arriscado.  Estar  em  —  de  vida,  de  a 
perder.  — de  bens,  — da  honra.  Os — *  dé*J 
Scylla  e  Charybdis.  s       loi 

Syn.  comp.  Perigo,  risco.  Perigo  é  rUití^l 
positivo  e  suppõe  probabilidade  de  infortú- 
nio. Risco  applica-se  mais  a  operações  mer- 
cantis e  á  possibilidade  de  perda  de  bens.  iXãiòR 
se  diz  estar   em   ri^co   de  vida.   Aariscado^ 
suppõe  perigo  eventual,  v.  g.  empreza  -^ ; . 
empreza  perigosa  ofTerece  perigo  certo.  Ris- 
co denota  perigo,  damno  possivel,  mais  otf 
menos  provável. 

PERiGORD,  (geogr.)  antigo  paiz  de  França, 
ro  ]N.  da  Guyenna.  tinLa  por  capital  Peri- 
gueux,  era  dividido  em  Alto-Perigord  ou 
Perigcrd-Branco  ,   compreendendo  :  Peri- 


PEK 


PKK 


167 


gueux,  Bergerac,  Mussidan  ,  Aubeterre  ;  e 
em  Baixo  Perigord  ou  Perigord-Negro, 
compreendendo  Sarlat,  Castillon  e  Terras- 
son. 

pertctOsamente,  adv.  {mente  suff.)  coin 
perigo.  Esíá  —  ferido.  Adoeceu  — ,  de  doen- 
ça perigosa. 

PERIGOSO,  A,  adj.  (Lat.  periculosos.  V. 
Perigo),  acompanhado  de  perigo,  on  que 
expõe  a  perigo  contingente,  provável.  Doen- 
ça— .  Empreza — .  — ,  que  exj  õe  a  peri- 
go. Hábitos  —s.  Mulher  — ,  para  qnera  del- 
ia se  deixa  captivar  Homem  — ,  que  pôde 
causar  grandes  míiles  ao  publico,  ou  a  par- 
ticulares. «  Lugar  —  de  entrar.  »  Barros. 

PERIGUAL,  (adv    ant.)  por  igual. 

PERiGUEUX ,  (geogr  )  Vesuntia  o\i  Petro- 
conii,  capital  do  districto  de  Dordogne,  so- 
bre o  Isle  ,  a  Í18  léguas  SE.  de  Paris; 
11,570  hahiiantps. 

PERiHELio,  s.  m.  {peri  pref.,  próximo,  e 
Gr.  helios,  sol)  (astron.)  o  pontu  do  céo  em 
que  um  planeta  se  acha  mais  próximo  ao 
sol. 

PERiLHA,  5.  /.  dimindt.  (p.  us.)  de  pêra, 
perinha,  bola  pequena.  — s  de  âmbar.  Ten- 
reiro. 

PERiLO,  s.  m.  (t.  da  Ásia),  remate  pyra- 
midal  do  telhado. 

PERiM,  (geogr.)  Insula  Diodori,  no  estrei- 
to de  Bab-el-Maudeb,  a  2  léguas  O.  das  cos- 
tas da  Arábia. 

PERÍMETRO,  s:  m.  [peri  pref.,  e  metro)y 
o  âmbito  de  uma  figura  geométrica. 

PERiNEO,  s.  m.  (peri  prof.  e  anus,  o  ano) 
(anat.)  o  espaço  entre  a  raiz  do  penis  e  o 
anus,  no  homem,  e entre  a  commissura  in- 
ferior dos  grandes  lábios  e  o  anus,  na  mu- 
lher. 

piRiNÉos  (geogr.)  Lago  da  província  de 
Parahiba  no  Brazil,  no  districto  da  villa  d'A- 
Ihandra. 

PERINHO,  s.  m.  diminut.  de  pêro,  pêro 
pequeno. 

PERiNO  DEL  VAGA,  (hist.)  piutor  ílorcnti- 
no,  nasceu  em  1501,  morreu  em  1j47,  íoi 
discipulo  e  collaborador  de  Haphael.  Pintou 
em  Roma  a  famosa  sala  real. 

PERINTHO      ou     HERACI.EA  ,     (geOgr.)     hojo 

Erekli ,    cidade    da    Thracia ,     alliada  dos 

Athenienses,  sobre  o  Preponlido ,  perto  de 

Byzancio. 

PERIODICAMENTE,  ãdv.  [mente  suíT.),    por 

períodos  ;  em  períodos  ou  epoclias  determi- 
nadas, f.  g.  A  convocação  da  legislatura  se 
fará — .  A  epidemia  se  reproduz  — . 

PERIÓDICO,  A,  adj.  (Lat.  periodicMs),  que 
volta  OU  se  renova  em  tempo  fixo,  em  cer- 
tos periodos,  v.  g  Movimento  —  da  lua,  da 
terra,  dos  planetas,  —  apparente  do  sol ;  — 
que  consta  de  periodos.  v.  g.  Discurso  — . 


papeis,  escriptos — ,  que  apparecem  por  fo- 
lhas ou  secções  em  épochas  determinadas. 
Doença — ,  cujos  accessos  ou  ataques  se  re- 
novam cui  épochas  fixas.  Hoje  emprega-se 
o  tormo —  subst.,  para  designar  periodica- 
mrnttí  obra  que  apparece,  todas  as  semanas, 
lodos  os  mezes,  etc. 

PERIODISMO,  s.m.  (des.  wmo),  estado  pe- 
riódico de  todo  o  corpo  ou  phenoraeno  su- 
jeito a  movimentos,  alterações  ou  renova- 
ções periódicas,  v.  g.  o  —  dos  movimentos 
planetários,  das  eitações,  dos  accessos  das 
febres  intermittenies 

PKRiODiSTA,  s.m.  (des  isía),  autor  de  es- 
cripto  periódico,  litterario  ou  politico. 

PERIODIZAR,  X).  a.  [periodo  úardes.  inf.) 
sujeitar  a  movimentos,  a  renovações  ou  al- 
teraçõi^s  periódicas,  v.  g.  A  natureza  —  cer- 
tos phenomenos. 

PERÍODO,  s.  m.  (pron.  periodo,  Lat.  pe- 
riodus,  do  Gr.  peri  pref.  em  torno,  á  ro- 
da, e/iocíos,  caminho),  estrictamente  circui- 
to, revolução  em  que  se  completa  algum  mo- 
vimento, y.  g.  o  gyro  dos  planetas;  ou 
em  que  se  renova,  reporduz  ou  se  com- 
pleta algum  phenomeuo,  em  que  uma  cou- 
sa volta  ao  mesmo  lugar  ou  estado  ;  dos 
accessos  de  febre  int(3rmittente,  do  cresci- 
mento dos  animaes  e  das  plantas;  — ,  épo- 
cha  determinada,  intervallo  de  tempo  com- 
prehendido  entre  dois  limites,  v.  g.  Us  — 5 
da  grandeza,  da  prosperidade,  e  o  da  de- 
cadência dos  imperadores,  U  ultimo  —  da 
vida.  —  do  discurso,  clausula  inteira  que 
consta  de  dois  até  quatro  membros ;  —  na 
poesia,  o  numero  de  estancas  em  que  se 
dividem  as  odes. 

PERiosTEO,  s.m.  (Lat.  periosteum ',  peri 
pref,  á  roda,  em  torno,  e  Gr.  osíeon,  osso), 
(anat.)  membrana  que  envolve  os  ossos. 

PERiPATETico,  A,  adj.  (do  Gr.  peri,  em  tor- 
no, e  pateia,  caminhar,  porque  Aristóteles 
dava  as  suas  lições  passeando  no  jardim  do  , 
Lyceo),  da  eschola  de  Aristóteles  ou  do  Ly- 
ceu  ;  (fig.  c  fam.)  ridiculamente  subtil  e 
fatil ;  moralisador. 

pERiPATisMO  ou  pesipato,  s.  wi.  doclrina 
de  AristoteleS;    principalmente  em.  physica 
e  philosophia    moral     Diz-se   de  ordinário 
desta  doutrina  tornada   inintelligivel  pelos,; 
commentadores. 

PERIPÉCIA,  s.  f,  (Gr  peri  pref.  contra,  e 
piptô,  cahii),  (poet )  •iT)udança  súbita  e  im- 
prevista <]e  fortuna,  desfecho  de  poema,  épi- 
co, ou  de  drama,  catastrophe, 

PERiPHERiA,  s.  f.  (Gr.  peri  pref.  em  torno, 
ep/ierd,  levar),  cijcumferei^cià  do  circulo  ou 
de  figura  curvilínea,  como  a  ellipse,  a  pará- 
bola. 

Lns  pronunciam  periferia,  outros  perife-  ; 
ria,  e  por  contracção  per/eria.  O  segundo  ó 
41  « 


108 


nvi 


fSR 


conforme  ao  Grego,  o  primeiro  é  segundo  a 
prosódia  Latina. 

PERiPHRASE,  s.  f.  (Lat.  peripkrasis  ;  peri 
pref.,  e  phrose),  circumloquio,  circumlocu- 
ção,  figura  de  vheloncR.Vron.  per ifrase. 

Syn.  comp.  —  PeriphrasCy  circumlocu~ 
ção.  A  priíneira  d'eslas  palavras  é  grega , 
periphrasis,  e  a  segunda  latina,  circumla- 
cutio,  e  ambas  dizem  o  mesmo  que  «  ro- 
deio de  palavras  »  e  consistem  era  dizer 
por  mais  palarras  o  que  se  poderia  decla- 
rar por  uma  só.  Differençara-se  porem  estas 
palavras  em  que  a  primeira  é  um  termo 
de  rethorica  ;  e  a  segunda  é  uma  expres- 
são da  linguagem  commum.  A  periphase  é 
uma  figura  de  ornato,  mui  própria  do  es- 
tylo  poético  e  oratório  ;  a  circumlocuçâo 
ou  circumloquio  não  se  usa  por  arte  nem 
adorno  senão  por  necessidade  ou  conve- 
niência. A  circum locução  é  pois  a  peri- 
phrase  commum,  familiar,  sem  pretenção 
de  estylo  e  de  esmero  na  elocução,  e  até 
pôde  ser  muitas  vezes  um  defeito;  a  peri- 
phrase  é  a  circumlocução  oratória  ou  poé- 
tica feita  para  aformosear  o  discurso,  en- 
nobecer  idéas  mui  trilhadas,  o  evitar  ter- 
mos   vulgares. 

Camões,  não  querendo  usar  das  quatro 
palavras  mui  vulgares  «  norte,  sul,  nas- 
cente e  poente,  »  disse  por  periphrase  : 

Alli  se  acharam  juntos  num  momento 
Os  que  habitão  o  Arcturo  congelado, 
E   os  que  o  Austro  tem,   e    as  partes  onde 
A  Aurora  nasce,  e  o  claro  sol  se  esconde. 

[Lus.  ,  I,   24.) 

E  achando  pouco  poética  a  palavra  « 
vinho,  »  disse  também  por  periphrase : 

D;\-lhe  conversa  doce,  e  dá-llie  o   ardente. 
Não  usado  licor  que  dá  alegria. 

[Lvs.  ,  L  61. 

Nas  conjugações  dos  verbos  latinos  ha 
mais  circumloquios  que  nas  dos  verbos  gre- 
gos, e  muitos  mais  nas  dos  verbos  das  lín- 
guas neolatinas,  os  quaes  se  não  podem  cha- 
mar periphrases,  antes  são  provas  da  po- 
breza d'estas  línguas  comparadas  com  a 
grega. 

PERiPHRASEAR,  V.  ã.  {periphrase,  ar  des. 
inf.),  expor  em  periphrases  ou  circumlocu- 
ções. 

PERIPHRASIS.  V.  Periphrase. 

PERiPNEUMONiA,  s.  f.  (Lat.  pcri  pref.,  e 
pneumonia) ,  (med.)  inflammação  do  pol- 
mão. 

PERiPUiERA.  (geogr.)  Povoação  e  ribeiro 
da  província  das  Alagoas  no  Brazíl. 

PERIQUITO,  s.m.  (do  Fr.  perroqnet,  pa- 
pagaio, dim  de  Perrot,  dim.  de  Pierre  , 
Pedro,  porque,  como  bem  notou  Ménage , 


sempre  foi  uso  dar  nomes  próprios  de  ho- 
mens ás  aves),'iave  semelhante  ao  papagaio, 
mas  mais  pequena ;  (fig.)  topete  da  cabe- 
ça. —  folhos  ou  bofes  ^postiços  para  enco- 
brir camisa  de  panno  grosso  ou  suja,  usa- 
do por  militares  que  trazem  a  farda  abo- 
toada até  acima. 

PERIQUITO  (geogr.)  Ilha  do  rfo  da  Madei- 
ra no  Brazíl  na  província  _de  Mato-Grosso. 
Tem  obra  de  1  legoa  de  comprimento^  e 
fica  abaixo  do  confluente  do  rio  Piraia-Na- 
ra,  e  acima  da  ilha  do  Pagão. 

PERiscios,  s.  m.  pi.  (peri  pref.,  em  tor- 
no, e  Gr.  skia,  sombra),  (geogr.)  os  habi- 
tantes das  zonas  frigidas  cuja  sombra  faz  o 
gyro  do  horisonte  em  um  mesmo  dia  no 
tempo  do  anno  em  que  o  sol  se  mantém 
acima  do  horizonte  naquelles  climas, 

PERissoLOGiA,  s.  f.  (do  Gr.  perissea,  abun- 
dância, excesso,  e  logos  suff.)  (gram.)  re- 
dundância de  palavras. 

PERissoLOGico,  A,  adj ,  [mente  suff.)  em 
que  ha  redundância  de  palavras. 

pERiSTALiico,  A,  ad] .  {peri  pref.,  cou- 
tra,  e  slello,  apertar),  (anat.)  Movimento  — 
o  dos  intestinos  que  se  movem  como  ver- 
mes serpeando  para  facilitar  a  absorpção 
do  chylo,  e  evacuação  dos  excrementos. 

PERiSTYLLO ,  s.  IH.  (Lat.  peristyllum ; 
peri  pref.,  em  torno,  e  slylos,  columna), 
edificio  rodeado  de  columnas,  columnata 
que  serve  de  entrada  a  edificio. 

PERiTissiMO,  A,  adj.  svpcrl.  de  perito,  mui 
perito. 

PERITO,  A,  adj.  (Lat.  peritus,  deriv.  a 
meu  ver  do  Gr.  peri,  em  torno,  e  etazô, 
examino,  busco,  indago],  versado,  douto, 
instruído,  hábil. 

PERiTONEO,  s.  m.  (Lat.  peritoneum  ;  peri 
pref.,  á  roda,  e  teinô ,  estender),  (anat.) 
membrana  que  forra  por  dentro  todo  o  abdó- 
men, e  dá  uma  túnica  a  cada  uma  das  vísce- 
ras desta  cavidade. 

PERiVEL,  adj.  dos  2  g.  (snt.)  V.  Perece- 
deiro. 

PERJUDICADO,  A,  supcvl  do  pcrjudicar ; 
adj.  que  sofTreu  perjuizo,  damno.  V.  Pre- 
judicado. 

PERJUD'CAR,  V.  a.  causar  damno,  perjui- 
zo, perda.  V.  Prejudicar. 

PERJUDiciAL,  arfj.  dos2g.  Y.  Prejudicial. 
PERJUIZO,  s.  m.  damno,  perda  causada  a 
alguém,  accidentalmente  ou  com  intenção. 
V.  Prejuízo. 

N.  B.  Estes  termos  vem  do  Lat.  prceju- 
dicare,  prajudicium,  que  significão  julgar, 
decidir  com  antecipação,  antes  de  ouvir  «s 
partes  e  por  conseguinte  julgando,  não  com 
justiça  mas  por  parcialidade.  O  sentido  de 
causar  damno  resulta  do  juiz  iníquo.  Pre 
he  a  orthographia   conforme  á  etymologia  ; 


pm 


PU 


m 


mas  pêr  transitivo  exprime  muito  bera  e 
mais  directamente  a  ideia  de  causar  damno, 
tí  he  análoga  aos  compostos  latinos  ferju- 
rare,  violar  o  juramento,  e  peri-c?'ícre,  per- 
verter. Além  destes,  perjuizo,  limitado  á  ac- 
cepção  de  damno,  não  se  confundirá  com 
prejuízo,  juizo  antecipado,  anterior  a  exa- 
me attento. 

PERJURADO,  A.,p  p.  do  porjurar,  acT/",  ju- 
rado falso,  quebrado  o  juramento;  abjura- 
do. Calumnia  atroz,  e  ainda  —  por  seu 
autor. 

PERJURAR,  V.  a.  (Lat.  perjuro,  are ;  per 
pref.  transitivo,  Qjuro,  are,  jurar),  violar, 
quebrar  o  juramento  ;  jurar  falso  para  en- 
ganar e  fazer  mal  a  alguém  :  —  a  fé,  ab- 
jurar. —  SE,  a.  r.  quebrar  o  juramento, 
faltar  á  promessa  jurada,  feita  com  jura- 
mento. 

PERJÚRIO ,  s.  m.  (Lat.  perjurium) ,  o 
acto  de  se  perjurar,  o  crime  do  perju- 
ro. 

PERJURO,  A,  adj .\L^i.  per j urus),  que  ju- 
ra falso  para  enganar  e  fazer  mal  a  alguém  ; 
que  falta  ao  que  prometteu  com  juramento, 
á  fé  jurada. 

PERJURO,  s.m.  perjúrio.  «Para  o  réo cair 
em  — .  »  Ord.  Affons. 

PERKiN  WAERBER,  (hist  )  chamado  o  faU 
so  duque  d'Yorck.  Impostor,  que  a  duque- 
za  de  Borgonha,  irmã  de  Eduardo  IV,  ima- 
ginou fazer  passar  por  seu  sobrinho,  Ri- 
cardo d'yorck,  assassinado  em  1483,  e  de 
o  oppor  a  Henrique  YIl.  Foi  enforcado  em 
Tyburn  em  1499. 

PERKiNS ,  (hist.)  medico  americano  do 
ultimo  século,  morreu  em  1800.  Adqui- 
riu fama  pelo  seu  tractamento  metálico, 
espécie  de  apparelho  formado  de  agulhas 
de  metaes  differentes,  o  que  elle  applicava 
ás  partes  doentes. 

PERLA.  V.  Pérola. 

PERLEBEJ ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
prussianos,  capital  do  cirí^ulo  de  West- 
priegnitz,  a  26  léguas  NO.  de  Portdam  ; 
3,110  habitantes. 

PERLENDO,  A,  ttdj .  {ani.)\ .  Lido.  ex.  «A 
qual  cédula  — .  »  Órd.  AíTons. 

PERLiTEiRO,  s.m.  arbusto espinhoso,  es- 
pécie de  sarda  (em  Lat.  alba  spina)  V.  Pir- 
liteiro. 

PERLONGA,  s  f.  (pcr  prcf.,  iuteusitivo,  e 
longa,  subentendido  demora,  detença),  de- 
mora, detença  em  fazer  cousa  que  requer 
brevidade  ou  tem  prazo  fixo,  delonga,  —s 
pi,  razões  diíTusas  que  tomam  inutilmente 
o  tempo.  Âs  — s  dos  mãos  advogados.  (O  vul- 
go diz  perlengas). 

PERLONGADAMENTE.  ãdv.  (mcnttf  Suff.),  COm 

muitas  demoras,  delongas. 
PERLONG^DO,  A,  p.p.  dc  pcrlongar,  adj. 

VOL.  IV. 


(íemorado,  delongado;  — ,  suspenso,  sus- 
pendido, sustentado,  ex.  «  A  sentença  (de 
morte)  seja  —  ataa  (até)  20 dias.  »  Ord.  Af- 
fons., V.  70; — ,  posto  bordo  contra  bor- 
do, lado  com  lado  (o  navio)  V.  os  dois  ver- 
bos. 

PERLONGADOR  ,  s.  m.  O  quo  prolonga, 
delonga,  demora,  procrastinador,  detenço- 
so. 

PERLONGANÇA ,  (ant.)  V.  Detença,  De- 
longa, "'^í 

PERLONGAR,  V.  u.  {per  prcf.  transitivo, 
contra,  longo,  ar,  des.  inf.)  (naut.)  pôr  o 
bordo  ou  o  costado  de  um  navio  parallelo 
e  chegado  ao  de  outro  ou  a  muralha,  praia, 
etc.  —  o  navio  com  o  muro,  — ,  cm  sen- 
tido abs.,  mover-se  seguindo  o  longor,  v. 
g.  o  navio  perlongando  com  a  terra.  Um 
capitão  a  cavallo  perlongando  com  as  es- 
tancias. — SE,  V.  r.  tem  as  mesmas  accep- 
ções:  —  com  acosta,  com  o  navio  inimigo, 
com  o  muro. 

PERLONGAR,  V  a.  [per,  intensitivo,  lon- 
go, ar,  des.  inf.)  estender,  dar  maior  lon- 
gor. V.  g.  —  acorda, — ,  dilatar,  demorar, 
delongar,  prolongar,  v.  g.  —  a  demanda,  o 
casamento,  a  restituição.  Prolongar  é  mais 
usado  e  preferível. 

PERLUSTRAR,  V.  a.  (Lat.  perlustro,  are, 
per  pref  ,  traisit.  elustrare,  gyrar,  olhar), 
só  usado  na  poesia,  gyrar,  percorrer  ob- 
servando, ex.  «  Antes  que  Apollo  três  vezes 
perlustre  océo rotundo.  »  Mascarenh.,  Des- 
tr.  da  Espanha.  Weste  exemplo  citado  por 
Moraes  pode  meramente  significar  gyrar,  vol- 
ver, p.  p.  sup.  e  adj.  Perlustrado.         '  ^'' 

PER  LUXO,  A,  adj.  (alteração  de  prolixo), 
prolixo,  sobejo,  diíTuso  em  palavras;  — , 
minucioso.  Diz-se  com  preferencia  das  pes- 
soas. Homem  — .  Paliando  de  estylo,  pro- 
lixo é  mais  usado. 

PERLUxo,  s.  m  fructo  brasílico,  semelhan- 
te a  cerejas,  de  cuja  casca  se  faz  excellen- 
te  doce. 

P-ER3I,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  capi- 
tal do  governo  de  Perm,  a  493  léguas  E. 
de  S.  Petersburgo ;  6,000  habitantes. 

PERM,  (governo  de)  (geogr.)  parte  na  Rús- 
sia europea,  e  outra  parte  na  Rússia  asiá- 
tica, tem  por  limites  os  governos  de  Vo- 
lagda  ao  ^0.  de  Tabolsk  ao  NE.,  de  Vi- 
atka  a  0.;  1,3UO,000  habitantes.  Capital 
Perm. 

PERMANECENTE.  V.  Permanente. 

PERMANECER,  V.  u,  (Lat.  permaneo^  ere, 
per  pref.  intensitivo,  emanere,  ficar,  con- 
servar-se  no  mesmo  estado  portempo  mais 
ou  menos  dilatado,  durar,  aturar  sem  mu- 
dança notável.  Diz-se  das  cousas,  das  pes- 
soas, e  do«  seus  actos. 

PERMANÊNCIA,  s    f.   (dcs.  cncia),   estado 
43 


170 


fSR 


nsk 


permanente,  durável,  estabilidade.  As  cou- 
sas humanas  não  tem  — I 

PERMANENTE,  adj .  dos  '2 g .  (Lat.  perma- 
nens,  tis,  p.  a.  de  permaneo^  ere,  perma- 
necer), constante,  estável,  firme,  inalterável, 
que  se  conserva,  permanece  sem  ou  com 
pouca  alteração,  v.  g.  Ura  exercito  —  é 
mcompatiyel  com  a  liberdade  da  nação. 

PERMANENTEMENTE,  adv.  (wicníe  suff.)  com 
permanência. 

PERMEADO,  A,p.  j9.  do  permear,  adj.  par- 
tido pelo  meio  ;  atravessado  pelo  meio  ;  che- 
gado ao  meio ,  v.  g.  tinham  —  o  espaço, 
caminho.  A  agua  tinha  —  os  fardos,  a  rou- 
pa. «  E  acharam  a  noite  quasi  — .  »  em  meio. 
ínedit. 

PERMEAR,  V.  a,  (Lat.  permeo,  are ;  per 
pref.  transitivo,  e  meo,  are,  passar),  atra- 
vessar, passar  pelo  meio  ou  atra  vez.  v.  g. 
A  agua  permea  os  tecidos,  — ,  partir  pelo 
meio.  (p.  us.)  — ,  v.n.  interpôr-se,  acon- 
tecer no  intervallo  de  tempo,  v  g.  Entrq  a 
queda  do  império  e  o  restabelecimento  das 
lettras  permearam  muitos  séculos ;  — ,  in- 
tervir como  medianeiro,  metter-se  de  per- 
meio. {E'p.  us.)  Entre  as  potencias  bellige- 
rantes  permeou  o  papa. 

PERMEDIDA  OU  PERMEDIVA,  (obsol.)  COrrU- 

pto  de  Primicia.  V.  Primicia. 

PERMEIO,  adv.  usado  sempre  com  a  prep. 
de  anteposta  :  de  — ,  no  intervallo  qne  se- 
para dois  corpos  interposto,  v.  g.  Metter- 
se  de  — ,  medeiar,  —  um  dia  .feriado  ;  — , 
interpôr-se.  Metteram-se  de  — ,  para  obstar 
á  briga.  V.  Meio. 

PERMEIO,  s.  m.  (p.  us.),  cousa  ou  pes- 
soa que  intervém,  medianeiro,  v.  g.  —  da 
paz. 

PERMESSO,  (myth.)  Permessus ,  pequeno 
rio  da  Reveia,  nascia  no  monte  Helicon  e 
caia  no  lago  Copais. 

PERMEYO,  ortographia  de  Moraes.  V.  Per- 
meio. 

PERMiA  ou  BiARMiA,  (geogr.)  antiga  e  vas- 
ta região  situada  no  ]NE.  da  Kuss'a  euro- 
pea,  abrangia,  alem  do  governo  actual  de 
f  erm,  os  de  Vologda  e   d'Arckangel. 

PERMissA,  má  orthographia.  V.  Premissa. 

PERMISSÃO,  s.  m.  (Lat.  permissio,  onis], 
licença,  consentimento,  acto  de  permitlir^ 
conceder.  PI.  Permissões. 

PERMISSIVAMENTE,  adv.  [mente  sufí.)  com 
permissão,  licença. 

PERMisso,  s.  m.  V.  Permissão. 

PERMisso,  A,  adj.  (Lat.  permissus,  p.  p. 
permitto,  ere,  permittir),  permittido,  con- 
cedido ;  não  prohibido,  não  vedado,  hcito. 
Caso — . 

PERMISSIVO,  A,  adj.  (des.  itó),  consenti- 
do, que  dá  permissão,  que  contém  permis- 
são, licença  para  fazer  «Iguma  cousa. 


pBRMiSTÃo,  \.  Mistura. 
PERMITTIDO,  A,  p.  p.  de  permíttiT,  adj. 
consentido,  v.  g.  Tinha  —  aos  soldados  irem 
fazer  a  colheita. — ,  licito.  He  —  trabalhar 
nos  domingos  em  obras  de  urgente  neces^ 
sidade. 

PERMITTIR,  V.  a.  (Lat.  permitto,  ere,  no 
sentido  de  conceda r  licença),  conceder  li- 
cença, consentir,  tolerar,  não  obstar,  v.  g. 
As  leis  de  Inglaterra  permittom  o  divorcio. 
Antigamente  os  governos  não  permittiam  a 
exportação  de  ouro  e  prata  amoedados.  — , 
(fallando  de  cousas)  dar  lugar.  O  frio  não 
permitte  a  navegação  do  Báltico  no  inver- 
no>  A  estação  permitte  ainda  a  navegação ; 
— ,  admittir.  v.  g.  O  negocio  não  permit- 
te demora.  — se,  d.  r.  impessoal,  ser  per- 
mittido. V.  g.  Hoje  —  a  exportação  do  nu- 
merário. 

PERMUDAÇÂ0.  V.  Permutação,  Mudança. 
PERMUDANÇA,  s.  f.  (aut.)  permutação,  tro- 
ca ,  mudança  de  casa,  demorada. 

PERMUDAR,  V.  a.  (aut.)  permutar,  trocar. 
PERMUTA,  s.f.  [de  permutar]  Casas  de — , 
estabelecidas  pelo  gfoverno  no  Brazil  para  a 
troca  de  ouro  empo  por  moeda. 

PERMUTAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  permutatio,  onis] 
troca,  commutação  de  um  género  ou  merca- 
doria por  outro,  ou  de  qualquer  outra  cou- 
sa. 

PERMUTAR,  V.  a.  (Lat.  permuto,  are ;  per 
pref.  transitivo,  emuto,  are,  mudar)  trocar, 
escambar  género  por  género,  v.g.  vinho  por,, 
trigo.  ,- 

PERNA,  s,  f.  (Lat.  perna,  de  animal,  e  per- 
nada de  arvore.  Vem  do  rad.  perpor/er,  de 
fero,  erre,  suster,  levar  ;  a  des.  na  vem  do 
p.  a.  CMHS,  que  caminha)  os  membros  sobre 
que  se  sustem  e  andam  osanimaes  de  dois, 
ou  quatro  pés;  no  homem,  aparte  compre- 
hendida  entre  o  joelho  e  o  pé.  Barriga  da 
— ,-  aparte  posterior  proeminente d'ella  on- 
de os  músculos  são  mais  volumosos.  Em  — s, 
sem  meias  ou  outro  calçado  que  as  cubra. 
Estender  as  —s,  (fig.)  passear.  Deitar  ai- 
guem  de  —s  arriba,  (Og.)  arruina-lo,  dei- 
ta-lo a  perder.  Estar  de  —  tendida,  ou  es'^: 
tendida  ,  ocioso ,  sem  fazer  nada.  Estar  de- 
—  quebrada,  (fig)  falto  de  saúde.  Estar  de 
—s  abertas,  (fig.  efamil.)  disposto  para  ser- 
vir alguém  ou  comprazer  com  elleemtudo, 
licito  ou  illicito.  A  —  solta,  descansadamen- 
te. Ameaçar  de  cortar  as  — s,  (fig.)  de  gran- 
de mal.  — ,  (fig.)  extremidade,  ramo,  v.  g. 
— 5  do  compasso,  —  da  imprensa ;  —  da 
banca,  —  da  disciplina.  O  cabo  da  bolina 
tem  tres-^;?.  — s  do  carro,  são  páos  do  fora 
em ^  que  se  mettem  os  caibros  oudegráos. 

PERx\ADA,  s.  f.  (des.  ada]  couce.  —  de  ar^ 
vore,  os  ramos  mais  grossos  que  o  tronco  lan- 
ça.  — s  de  ribeiro,  regato,  esteiro,  braços 


PER 


PER 


5171 


pequenos  derivados,  ex. «  Estes  dois  esteiros" 
se  communicam  e  fazem  — s  ,  pela  terra.  » 
Barros,  3,  5,  1. 

pern'alto,  a,  adj.  que  tem  pernas  altas, 
V.  g.  ave  — ,  cão  — . 

PERNAGUA,  (geogr.)  pequena  villa  do  Bra- 
zil.  na  província  de  Piauhi,  na  margem 
Occidental  da  lagoa  vulgarmente  conheci- 
da com  o  nome  de  Pernaguá,  tem  4,000 
habitantes. 

PERNAGUÁ,  (geogr.)  lagoa  da  província  de 
riauhi,  no  Brazil,  sobre  cuja  margem  está 
situada  a   yilla  d'este  nome. 

PERNAMBUCANO,  A,  ãdj .  de  Pemambu- 
co. 

PERNAMBUCO,  (geogr.)  província  marítima 
do  Brazíl,  entre  7  e  9  grãos  do  latitude, 
cujo  nome  querem  alguns  autores  que  seja 
derivado  de  Paranabuca,  palavra  do  idio- 
ma dos  índios  Cahetés  que  estavam  de  pos- 
se des'e  paiz,  no  tempo  em  que  foi  des- 
coberto, a  qual  significava  Rochedo  cavado 
das  aguas  do  rio  ou  mar ;  32u,000  habi- 
tantes. 

PERNAviLHEiRO,  s.  m.  madoíra  que  rece- 
be um  bello  polido. 

PERNEAR,  v.n.  {perna,  ear  por  e/ar)  agi- 
tar convulsivamente  os  pés  e  pernas,  como 
fazem  indivíduos  debatendo-se  contra  quem 
os  quer  violentar,  ou  pessoa  no  acto  da  suf- 
focação,^  e  anímaes  violentados* ou  feridos. 

PERNEIRA,  s.  f.  doença  qne  dá  nos  Idoís  e 
lhes  apodrece  a  carne.  — ,  coiro  ou  panno 
grosso  usado  pelos  sertanejos  do  1  razil  para 
cobrir  as  coxas  e  pernas  quando  montam  a 
cavallo,  para  resguardar  da  lama. 

PERNEM,  (geogr.)  pequena  província  de 
Goa,  nas  chamadas  ^ova5  Conquistas.  A 
sua  capital  é  a  villa  de  Cassabé.  Consta  de 
26  aldeãs,  e  uma  ilha,  a  de  Arabó,  I9,54y 
habitantes. 

PERNES,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  situa- 
da a  2  léguas  ao  N.  de  Santarém,  junto 
ao  rio  Alviella.  O  seu  concelho  conta  2,400 
habitantes. 

PERNES,  (geogr.)  villa  da  França,  sobre 
o  Píesque,  a  1  légua  S.  de  Carpentras. 

PERNETY,  (hist.)  escriptor  frajicez,  bene- 
dictino,  nasceu  em  1716,  morreu  em  18' 1. 
A  sua  melhor  obra  é  a  Historia  de  uma 
viagem  ás  ilhas  Malvinas. 

PERMABERTO,  A,  adj.  quo  tem  as  pernas 
abertas.  Cantoneiras  — 5,  que  se  prostituem 
com  todos. 

PERNICIOSAMENTE,  adv.  {mente  suíT.)  com 
damno,  ruína,  de  maneira  perniciosa. 

PERNICIOSO,  A,  adj.  (Lat.  perniciosus,  de 
pernicies,  morte,  ruína)  mortífero,  ruinoso; 
que  traz  damno,  ruii;a.  —  ú  saude^  nocivo. 
Febre  — ,  maligna. 

PE  RNicioZAS  (ilhas),    (geogr.)  archipelago 


I  do  W6T  Máo,  descoberto  por  Roggeween 
em  1712. 

PERNicuRTO,  A,  adj,  que  tem  as  pernas 
curtas. 

PERNIL,  s.m.  presunto  na  parte  mais  che- 
gada ao  pé  ;  o  osso  do  pé  ou  da  mão  de  ani- 
mal. —  do  odre,  parte  da  pelle  que  cobria 
as  pernas  do  animal  de  que  são  feitos  os 
odres,  e  que  lhes  serve  de  asa  por  onde  se 
lhes  pega. 

PERNINHA,  s.  f.  diminuí,  de  perna.  E!  *' 

PERNO,  s.  m.  (do  Cast.)  agulha  que  as  iUtí- 
Iheres  traziam  por  ornato  Ea  cabeça ;  uma 
peça  do  coche  ;  eixo  do  compasso  de  três  per^ 
nas,  barreta  de  ferro  que  une  aspalauque- 
tas.  Exame  d'Artílheiros.  V.  Cavilha.  — s, 
(naut.)  páos  que  atravessam  osncoitõespelà 
banda  de  dentro  em  que  laboram  as  rodas. 

PERNOITAR,  V.  n.  {per  pref.  transit.  noite 
ar  des.  inf.)  passar  a  noite  em  algum  lu- 
gar. 

PERNÓSTICO,    A,   adj.  (corrupção  de  pro- 
gnosiico)  (famil.)  que  fallft  muito  no  que  não 
entende  ou  não  importa,  que  seda  por  mui 
avisado,  ex.  «  >unca  vi  velha  tão — .  »  Fer- 
reira, Cioso. 

FERNov ,  (geogr.)  Peinau  em  allemão, 
cidade  forte  da  Rússia  europea,  a  37  lé- 
guas N.  de   Riga  ;  10,300  habitantes.     '  ' 

PERO  conjuncção  antiga  e  castelhana,  mas, 
posto  que.  -^ 

PERO,  s.  m.  espécie  de  maçã  oval  e  doce 
que  tem  semelhança  com  algumas  peras, 
d'onde  lhe  vem  o  nome.  -  ^ 

PERO  E  CASA-VECCHiA,  (geogr.)  logar  da 
ilha  de  Córsega  a  7  léguas  de  Bastia ;  ()00 
habitantes. 

PEROBAS,  (geogr.)  povoação  na  província 
do  Espirito -Santo,  a  2  legoas  da  villa  de 
Yianna,  no  Brazíl. 

PERO-cÃo,  (geogr.)  serra  na  costa  da  pro^ 
vincia  do  Espirito-Santo,  no  Brazíl,  na  mar- 
gem esquerda  do  rio   Guarapari. 

PÉROLA,  s.f.  {]^ron. pérola  .  doLaUperu- 
la  cu  pirula,  de  pirum,  pêra)  corpo  bran- 
co, Ijzo  e  lustroso  que  se  acha  nas  copchas  de 
certas  «ostras,  principalmente  no  mar  jJe  Ba- 
barem, onde  se  pescam  as  mais  bellas.  ,^7-. 
apingentada,  da  forma   de  pêra.    —  neta} 
lunpa.  —  oriental,  a  que  tem  amais  bella 
côr  e  lustre.  Deitar  ou  lançar  — s  a  por- 
cos, adagio,  dizer  cousas  discretas  e  judicio- 
sas agente  incapaz  de  as  apreciar.  É  uma 
— ,  diz- se  de  pessoa  dotada  de  preciosas  qua- 
lidades. Dizer  —s,    (íig.)   fallar  com  muito 
acerto,  eloquência.  Chá — ,  miúdo  como  al- 
jôfar ou  pérola^  miúdas,  e  mui  ar^ç^ajtjco. 
—s,  (f)g.  epoet.)  lagrimas.,    ',^'^,^.^4  ^i 

PÉROLAS,   (ilhas  das)  (geogr.)  ilha  da  Ame- 
rica no  golpho   de  Panamá, 
p  iBCLiJBA,  s.  f.  {}>íi(jla,  des.  eira)  botija 
43  * 


172 


PER 


P£R 


grossa  de  barro  afunilada  em  que  se  guar- 
dam azeitonas. 

PERON  ,  (geogr.)  naturalista  e  viajante 
francez,  nascru  em  5775,  morreu  era  1810, 
Escreveu  a  Viagem  ás  terras  austraes  fei- 
ta durante  os  annos  de  1800   a  l8U4. 

PERONNE,  (geogr  )  cidade  de  França,  na 
margem  direita  do  Somme,  a  l2  léguas  E. 
d'Amiens ;   4,120   habitantes. 

PEROOM,  obsol.  A  — ,  adv.  por  a  prom, 
a  plumo  ou  a  prumo.  Feio  lombo  a  — ,  aci- 
ma. 

PERORAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  peroraíio,  onis) 
(rhet.)  conclusão  de  qualquer  discurso  ou  ora- 
ção. 

PERORADO,  A.  p.p.  de  perorar  ;  adj.  con- 
cluído com  peroração ;  advogado,  v.  g.  ti- 
nha  —  a  causa. 

PERORADOR,  s.  m.  O que  perora,  orador; 
(fig.)  o  que  ora,  discorre  com  vehemen- 
cia. 

PERORAR,  V.  a.  (Lat.  peroro,  are  ;  per  pref. 
intensit.,  e  oro,  are,  orar)  terminar,  con- 
cluir o  discurso  com  peroração.  —  a  causa 
de  alguêm,  advogar,  defender.  Arraes.  — , 
em  sentido  abs.  ou  n.  fallar,  discorrer  com 
vehemencia,  emphase. 

PEROSES  ou  FiRouz,  (hist.)  Tci  sflssanida 
da  Pérsia,  era  filho  de  Yezdedjerel  1,  e  ti- 
rou o  throno  a  seu  irmão  mais  velho  Uer- 
-mouz.  Morreu  em  uma  batalha  depois  de 
um  reinado  desgraçado. 

PEROTA,  s.f  (doCast.)  nome  de  uma  ave 
de  arribação. 

PEROTE,  (geogr.)  cidade  do  México,  a  7 
léguas  O.  de  Jalapa. 

PEROviSEU,  (geogr.)  povoação  de  Portu- 
gal, no  concelho  do  Fundão,  a  7  léguas 
da  Guarda,  com  1,100  habitantes. 

PEROZiNHO,  (geogr.)  aldeã  de  Portugal,  no 
concelho  de  Gaia  ,  a  2  léguas  do  Porto, 
1,240   habitantes. 

PERPAO.  V.  Prepao. 

PERPASSAR,  V,  n.  [per  pref.  transit.  epas- 
$ar)  passar  ao  longo  de  alguma  cousa,  ir  de 
passagem,  v.  g,  perpassando  um  navio  pelo 
outro. 

PERPENDICULAR,  ttdj .  dos  2  g.  (Lat.  per- 
pendicularis]  que  cáe  a  prumo  sobre  uma  li- 
nha ou  superfície,  v.  g.  Hnha  — ,  plano  — 
a  outro. 

PERPENDICULARMENTE,     ãdv.    [mentC  SUÍF.) 

em  direcção  perpendicular,  a  prumo. 

PERPENDicuLO,  s.  w.  (Lat.  perpendiculum) 
prumo,  nivel.  A  — ,  perpendicularmente,  a 
prumo.  — ,  pêndulo  astronómico  para  me- 
dir e  tempo. 

piBPENNA ,  (hist.)  Romano  do  partido 
de  líario,  foi  no  anno  79  antes  de  Jesu- 
Christo  lugar  tenente  de  M.Emilio  Lfpido, 
pae  do  Triumviro,  e  depois  da  morte  des- 


te juntou  suas  tropas  ás  de  Sertório  ;  mas 
depois  cioso  da  superioridade  deste  gene- 
ral ,  fel-o  assassinar.  Depois  deste  facto 
foi  chefe  do  exercito  da  sua  victima,  mas 
comraelleu  muitas  faltas,  até  que  se  dei- 
xou apanhar  e  foi  morto  por  ordem  de 
Perupés  no  anno  74  antes  de  Jesu-Chris- 
to. 

perpetana.  V.  Barbatana. 

PERPETiNGA,  (geogr.)  ribeiro  na  provín- 
cia de  Minas-Geraes,  no  Brazil. 

PERPETRAÇÃo,  s  f.  (Lat.  pcrpetratio,  onis) 
acto  de  perpetrar,  v.  g.  —  de  crime. 

PERPETRADO,  A,  p.  p.  de  perpetrar ;  adj. 
commettido,  v.  g.  crime  — . 

PERPETRADOR,  «.  m.  O  que  perpetra,  com- 
mette  crime. 

PERPETRAR,  V.  a.  [L&t.  perpetro,  are)  com- 
metter,  v.  g.  —  crime,  delicto. 

PERPETUA,  s.  f.  (bot.)  flor  roxa  ou  bran- 
ca que  conserva  a  côr,  ainda  depois  de  sec- 
ca,  espécie  deamaranto. 

PERPETUA  (Sancta),  (hist.)  virgem  chris- 
tã,  foi  martyrisada  em  Cartago  com  Sancta 
Felicidade  em  203  ou  205.  A  Igreja  cele- 
bra a  sua  festa  a  7  de  Março. 

PERPETUAÇÃO,  s.  f.  O  acto  dc  perpetuar ; 
perpetuidade,  continuação  em  perpetuidade, 
v.g.  — dos  bens,  da  pena,  do  degredo,  das 
felicidades.  Para  —  de  sua  illustre  casa,  — 
de  memoria  de  tão  illustre  feito, 

PERPETUADO,  A,  p.  p.  de  perpetuar ;  adj. 
conservado ,  transmittido  em  perpetuida- 
de. 

PERPETUADOR,  A,  adj.  que  perpetua. 

PERPETUAMENTE,  adv.  (mewíesuff.)  em  per- 
petuidade, sem  interrupção  nem  fim. 

PERPETUANA,  S.f.  (anl.)  droga  de  lã  en- 
corpada, de  muita  dura. 

PERPETUAR,  V.  a.  [LdiX.  perpetuo,  are  ;  per 
pref.  transit.,  epeto,  ere,  buscar)  fazer  du- 
rar, sem  interrupção,  fazer  perpetuo,  v.  g, 

—  a  memoria  de  pessoa  ou  feito  ;  conservar. 

—  alguém  em  cargo,  emprego,  transmittir 
para  sempre,  v.  g.  «quiz  —  assombros  á 
posteridade.  »  Vieira.  —  a  acção,  fazer  al- 
guma diligencia  legal,  para  impedir  apres- 
cripção  da  acção  ou  da  excepção,  ex.  «  Fi- 
cará perpetuada  esta  excepção.  »  Ordenação 
Aff^ons. 

PERPETUiçÃo.  V.  Perpetuidade. 

PERPETUIDADE,  S.f.  [líit. perpetuitãs,  tis) 
duração  não  interrompida,  continua  e  sem 
alteração ;  conservação  successiva,    v.  g.  n 

—  das  espécies ;  —  de  fonte  perenne.  — , 
fundação,  instituição  perpetua,  ».  g.  — d© 
obras  pias. 

PERPETUIZAR.  V.  Perpetuar. 

PERPETUO,  A,  adj.  (Lat.  perpeíuus)  conti- 
nuo, sem  interrupção  nem  termo.  Parame- 
moria  — ,  que  se  conservará  até  ámaisre- 


PER 


PER 


173 


mota  posteridade.  Movimento  — ,  que  não 
cessa. 

Syn.  comp.  Perpetuo,  perenne.  Perpetuo 
é  o  que  dura  mui  largo  tempo  ou  sem  fian  ; 
perenne  junta  a  esta  ideia  a  d'uma  acção 
continua  e  incessante.  Os  movimentos  dos 
astros  são  perpétuos  e  perermes  ;  perpétuos 
porque  hão  de  durar  em  quanto  durar  o 
mundo ;  perennes  porque  diíTundem  luz 
continua  que  nunca  cessa.  Diz-se  que  uma 
fonte,  um  manancial  é  perenne  e  não  per- 
petuo, porque  se  attende  ao  fluxo  continuo 
da  a2ua,  que  não  cessa  no  estio,  e  não  á 
perpetuidade  de  sua  duração. 

pERpiGNAN,  (geogr.)  Perpinnianum  em 
latim  moderno,  cidade  de  França,  capital 
do  dep^irtamento  dos  Pjreneos  orientaes, 
sobre  o  Tet ;    17,018  habitantes. 

PERPLEXAMENTE,  adv.  {mcnte  suff.)  com 
perplexidade. 

PERPLEXIDADE,  s.  f.  cmbaraço,  enleio,  en- 
redo ;  irresolução,  hesitação,  estado  de  pes- 
soa perplexa.  Diz-se  das  cousas  e  das  pessoas; 
confusão  no  que  se  diz  oi  escrere,  estylo  em- 
baraçado, ex.  «  As  —5,  tão  contrarias  á  li- 
berdade do  espirito.  »  Arraes. 

PERPLEXO,  A,  adj.  (Lat.  perplexus,  per  pref. 
intensit.,  e  plexus,  de  plccto,  ere,  dobrar, 
tecer)  enleiado,  irresoluto,  embaraçado,  ata- 
lhado, que  hesita  sobre  o  que  ha-de  fazer, 

—  no  meio  desta  incerteza,  Vieira,  e  faltan- 
do das  cousas  ;  intrincado  confuso.  O  esta- 
do  —  das  cousas  ;  o  caminho  — ,  cheio  de 
rodeios. 

PERPOEM,  s  m.  [doFr.pourpoint)  gibão, 
ou  veste  de  abas  longas  ao  uso  antigo. 

PERPONTE,  s.  m.  gibão  forte  acolchoado  e 
pespontado  para  rebater  a  ponta  de  lança, 
espada  ou  outra  arma  aguda. 

PERPUNTO.  V.  Perponte. 

PERRA,  s.f.  [de  perro,  s.  m.,  cão)  cadel- 
la.  — ,  adj.  f.  (ant.)  teimoso,  ex.  «  é  a  mais 

—  velha.  »  Ferreira,  Cioso,  4,  i.  V.  Per- 
ro. 

PERRARiA,  s.  f.  [perro,  des.  aria)  cousa 
que  se  faz  a  alguém  para  o  amofinar  e  fazer 
raiva,  grande  injuria,  aíTronta. 

PERRAULT,  (hist.)  mcdico  o  depois  archi- 
tecto  francez;  nasceu  em  1613,  morreu 
em  1688.  immortalisou-se,  pelos  dese- 
nhos e  o  risco  para  o  palácio  do  Louvre. 
J<^,^  irarão,  Carlos  PerrauU  ,  nasceu  em 
1628,  morreu  em  1703.  E'  auctor  das  no- 
ticias soi)re  os  homens  illustres  do  XVII.° 
século ;  o  que  o  tornou  celebre  foram  os 
seus  Contos  de  Fadas. 

PERREGiL.  V.  Perrexil. 

FERREIRO,  s.  m.  [pcrro,  cão,  des.  eiró) 
eniota-cães  de  igreja. 

PERRENGO,  A,  adj.  V.  Enperrado,  Encan- 
zinado. 

VOL,    IT. 


PERRENGUE,  adj.dos'Íg.  (desuâ.)  \.Per- 
rengo. 

PERRELX.  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
1  légua  E.  de  Roanne  ;  2,600  habitantes. 
PERREXIL,  s.  m.  herva  de  que  se  faz  con- 
serva em  vinagre,  que  excita  o  appetite  ;  (íig.) 
pico,  sal.  Este  sujeito  é  o  —  da  conversa' 
ção,  o  que  afaz  desenfastiada. 

PERRHEBiA,  (gcogr.)  Pcrrhahia  região  da 
Thessalia,  nas  margens  do  lenôo,  entre 
AtraD  e  o  valle  de  Tempé ,  era  habiada 
pelos  Lapithas  antes  de  derrotados  pelos 
Lentauros. 

PERRiCE,  s.  f.  [perro,  cão,  des.  ice.)  pe- 
ça feita  a  alguém  para  o  amofinar,  fazer  rai- 
var. , 
-PERRiN,  (hist.)  chamado  o ahbade Perrin 
autor  francez,  nasceu  em  16  "O,  morreu 
em  1680.  A  sua  principal  cpera  é  Po- 
mona. 

PERRO,  5.  m.  (Cast.  perro,  cão,  do  Vas- 
conço  ora  ou  hurra,  em  Egypc  pi,  o,  ouhor, 
cão.)  cão.  Ser  —  velho,  fino,  matreiro.  7>ar 
alguém  a  — s,  desejar-lhe  a  morte  e  que  seja 
devorodo  pelos  cães.  Dar-se  a  — s,  desespe- 
rar. A  omro  —  com  esse  osso,  adagio,  buscai 
outra  pessoa  que  o  creia  ou  soífra. 

PERRO,  A,  adj.  de  perro  ou  cão;  (fig-)obs-' 
tinado,  teimoso,  emperrado.  — ,  durodesof- 
frer.  «  É  —  estado  o  de  requerente.  Eufros. 
— ,  diíTicil  de  abrir  e  fechar,  v.  g.  fecho,  fe- 
chadura — . 

PERROS  gu;rkc,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  2  léguas  N.  de  Fauniou ;  1,500  ha- 
bitantes. 

PERSA.  adj.  dos  2  g.  da  Pérsia.  0$—$,s 
m.  pi. 
PERSA,  (ant.)  V.  Prejrea.joia. 
PERSAMi,  (geogr.)  Bassein   dos  Birmans, 
cidade  do  império  Birman,  a  50  léguas  SO. 
de  Pegu. 

PERSANTE,  (geogr  )  rio  dos  Estados  Prus- 
sianos,  sae  de  um  pequeno  lago  aoNO.de 
Neu-Stettin,  e  cae  no  Báltico,  perto  de 
Colberg. 

PERSAMENiA,  (gcogF,)  Arménia  pepa,  no- 
me dado  á  parte  da  Arménia,  pertencen- 
te á  Pérsia. 

PERSCRUTADO,  k,  p.  p.  de  perscruUr ; 
adj.  indignado,  investigado  com  curiosi- 
dade. 

PERSCRUTADOR,  s.  m.  (Lat.  perscrutator.) 
indagador,  investigador, 

PERSCRUTAR,  V.  a.  (Lat.  perscruto,  are ; 
per  intensit.  ou  transit.,  esorwío,  are,  inda- 
gar.) investigar  ,  indagar  curiosamente ,  a 
fundo,  com  miudeza,  v.  g.  —  os  segredos  da 
natureza  ;  —  os  documentos  da  antigui- 
dade. 

PERSCRUTAVEL,  adj.  dog  2  g.  (des.  avel.) 
que  se  pôde  prescrutar,  indagar,  averiguar. 
44 


174 


PER 


PER 


PRRSEA,  f&nt)y.  Prwca,  joia  de  preço. 

PERSECUÇÃO.  V.  Perseguição. 

PERSECUTÓRIO,  A,  adj .  Acção  — ,  (jurid.) 
pela  qual  se  demanda  alguém  por  cousa  de 
que  elle  está  de  posse. 

PERSEGUIÇÃO,  s.  f.  acto  de  perseguir,  ve- 
xação injusta. 

PERSEGUIDO,  A,  p.  p.  de  perseguip;  adj.  se- 
guido por  quem  pmcura  toma-lo  ás  mãos  ; 
vexado,  atormentado  ;  amofinado,  imoortu- 
nado.  — pelo  inimigo,  que  vai  em  seu  alcan- 
ce, V.  g.  —  pelos  fanáticos ;  —  por  um  bando 
de  requerentes. 

PERSEGUIDOR ,  s.  w.  O  que  persegue , 
«.  g.  — dos  judeus,  dos  idolatras,  dos  cíiris- 
tãos. 

P'  PERSEGUiMENTO,  s.  m.  {mento  suíf.)  (p.  us.) 
proseguimento ,  execução  de  alguma  obra, 
feito. 

'PERSEGUIR,  t).  a.  (alterado  do  Lat.  prose- 
quor^  i;  pro pref.,  esequor.  i,  seguir.)  ir  no 
alcance  de  alguém,  em  seguimento  para  o 
apanhar.  —  a  caça,  o  inimigo,  (fig  )  moles- 
tar, avexar,  atormentar  de  todos  os  modos. — 
demorte,  até  a  dará  alguém.  — ,  importunar 
com  soUicitações,  v.  g.  perseguiam-me  \m- 
portunos  requerentes  com  repetidas  instan- 
cias. 

PERSEMELHANTE,  adv.  (ant.j  V.  Semelhan- 
temente: 

''  PERSEO,  A,  ou  PERSIANO,  A,  ãdj .  da  Persia, 
natural  da  Pérsia. 

PERSEO,  (mylh.)  heroe  grega,  filho  de 
Danae  e  de  Júpiter,  que  se  havia  metha- 
morphoseado  em  chuva  d'ouro  para  a  se- 
duzir. Persco  foi  abandonado  ás  ondas  com 
Danae,  mas  foi  aportar  á  costa  de  Sesipho, 
e  achou  apoio  no  rei  Polydeste ;  salvou  sua 
mài  da  brutalidade  deste  princepe,  venceu 
o.>  Gorgonas  e  cortou  a  cabeça  a  Medusa, 
viu  nascer  Pégaso  do  sangue  que  acabava 
de  derramar  e  montado  neste  cavallo  li- 
vrou Andromeda,  com  a  qual  casou.  Teve 
a  desventura  de  matar  seu  sogro  Acrisio 
nos  jogos  públicos  ;  succedeu-lhe  em  Argos ; 
fundou  My cenas  e  morreu  em  1397. 

PERSEO,  (hist.)  rei  de  Macedónia,  filho 
natural  de  « hilippe  V.  Foi  aclamado  rei 
no  anno  178  antes  de  Jesu-Christo,  com 
prejuizo  de  seu  irmão,  filhr)  legitimo  de 
Philippe  ,  assassinado  em  consequência  das 
calumnias  de  Perseo.  Foi  vencido,  e  apri- 
sionado pelos  Romanos  que  o  deixaram 
morrer  de  fome  na  prisão. 

PERSEPA,  í.  /,  (ant.)  V.  Presepe,  constella- 
ção.  */  ;  * 

PER5EP0US,  (geogr.)  hoje  Tchehil-m,inor, 
isto  é  as  40  columnas,  capital  da  Persida, 
e  de  toda  a  monarchia  medo-persa,  so- 
bre o  Arasco;  foi  tomada  por  Alexandre 
QO  4aao  330  aatõ§  4õ  Jesu  CUristo. 


'"PERSERIN  OU  PRiSRENOL,  (geogr.)  Theran- 
da,  cidade  da  Turquia  europea,  capital  do 
um  Livah,  junto  ao  monte  Teharlag,  a  65 
Uíguas  NO.  de  Salonica  ;  15,500  habitan- 
tes. 

PERSEVÃo,  5.  m.  aparte  interior  do  coche 
onde  assentam  os  pés  do  que  vai  dentro.  V. 
Pesfíbrão. 

PERSEVE,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  perre,  pedra,  e 
lat  sipj,  tubo.)  marisco  de  pedia  que  se  api- 
nhoa  ;  é  do  comprimento  de  um  dedo,  com 
uma  unha  no  cabo  por  onde  se  tira  de  con- 
cha. 

PERSEVEJO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  pers  ,  de 
côr  escura  livida,  ou  magro,  secco,  chato,  do 
Gr.  perkos,  negro  ;  e  viez,  feio,  asqueroso.) 
insecto  chato  que  chupa  o  sangue,  e  que  es- 
magado derrama  um  cheiro  mui  desagradá- 
vel. 

PERSEVURADAMENTE,  ttdv,  (mewíe  suff.)  com 
perseverança. 

PERSEVERADO,  A,  j).  p.  dc  perseverar; 
adj.  que  perseverou  ;  que  tem  perseveran- 
ça, aturado.  «Satisfaz  o  — costume.»  Pi- 
nheiro- 

PERSEVERANÇA,  s.  f.  [Ld^t.  perseverantía.) 
constância  em  continuar  empreza  começada, 
constância  aturada,  v.  g.  -T^nos  estudos,  nas 
investigações,  fios  perigos,  no  infortúnio.  — , 
continuação  aturada,  duração  coostante,  v. 
g.  a  —  das  leis  da  natureza. 

PERSEVERANCiA,  s.f.  (Lat.  joersccfiraníia.) 
V.  Perseverança. 

PERSEVERANTE,  adj.  dos  2  gí.  (Lat.  perse- 
verans,  tis.)  que  persevera,  aturado,  v  g.— 
na  empreza,  nos  hábitos,  vicios  ;  constante, 
V.  g.  -^nas  opiniões,  na  crença,  nos  traba- 
lhos ;  continuo  e  fervoroso.  Oração  — .  Ca- 
lamidade  — ,  aturada,  que  não  cessa. 

PERSEVERAR,  v  a.  OU  w.  (Lat.  persevero  , 
are ;  porintensitivo,  é  severus,  severo,  serio.) 
persistir  com  constância  no  com*^çado,  v.  g». 
—  na  rwolução,  na  empreza,  nos  vicios,  nos 
trabalhos,  na  teima. 

PERSEVES.  V.  Perseve 

PÉRSIA,  (geogr.)  Persia,  vasta  região  da 
Ásia. 


/.  Persia  Antiga, 


Tinha  por  limites  ao  S.  o  mar  das 
índias,  e  ao  N.  o  Cáucaso ,  o  mar  Cas- 
pio  e  uma  linha  que  junctava  a  cidade 
Anal  ;d'Herat  ao  Djihoun  e  o  Djihoun  ao 
Attok ,  a  O.  os  montes  dos  Kurdos  e  do 
Koristan  ,  a  E.  as  montanhas  da  índia : 
este  vasto  espaço  compreendia  o  Tran  actual, 
o  reino  d'Herat,  o  de  Cabul,  a  confedera- 
ção dos  Beloutehis  e  o  S.  da  Rússia  Cauo 


TER 


PER 


175 


casiana.  Como  Estado  a  Pérsia  tem  varia- 
do muitas  vezes  de  extensão.  Cyro  divi- 
diu este  vasto  império  em  120  governos 
pequenos  ;  Dario  I,  separou-a  em  Í0  gran- 
des governos  ou  satrapias,  a  saber: 


1.°  Lydia  e  Pisidia. 
2.°   Caria,   Lycia   e 

Pamphylia 
3.°Phrygia,    Cappa- 

docia  e  Paphlago- 

nia. 
4."   Cicilia   e    Syria 

Septentrional. 
5.°  Syria  meridional. 
6.°  Egypto. 
7.°  Transoxiana. 
8.°  Susiana. 
9.°  Syria   dos  Rios, 

Babylonia  e  Assy- 

ria. 
10.«   Media. 


11.®  Costa  S.  domar 
Cas|ão. 

12.°  Bactriana, 

13.°  Arménia. 

14.°  Drangiana,  Car- 
mania ,    Gedrosia. 

15.*^  Paiz  dos  Saces. 

1-6.^  Sogdiana,  ária, 
Chorasmia  e  Par- 
tuienia. 

17."  Colchida. 

18.0  Albânia  e  Ibé- 
ria. 

19.«  Ponto. 

20.°  Arachosia  e  ín- 
dia. 


serie_  d'acontecimentos,   que   dào  á  Pérsia 
uma  antiguidade  exaggerada. 


DINASTIAS   K    SOBERANOS   DA  PÉRSIA* 


Dynastia  fabulosa.   Pychdadianoi  ou 
Kaiomarianos. 

1  .*  Achemenides  ou  Kaianianos  : 


//  Pérsia  moderna  ou  Iran. 


Estado  da  Ásia  occidental,  limitado  ao 
If .  pelo  império  da  Rússia,  o  mar  Caspio  e  o 
Turkestan,  a  E.  pelos  reinos  d'líerat,  de  Ca- 
boul  e  a  Confederação  dos  Beloutchis,  ao 
S.  pelos  golphos  d'Oman  e  Pérsico,  a  O. 
pela  Turquia  asiática ;  9,000,000  de  habi- 
tantes, capital  Teheran.  E'  dividida  em  11 
províncias : 


Províncias. 


Irak-Adjemi 

Tabaristan 

Mazendéran 

Aderbaidjan 

Ghilan 

Kurdistan  persa 

Xhonsistan 

Fars  ou  Farsistan 

Kernian 

Kouhistan 

Khoraçan   occidental 


Capitães. 


Téhéran. 

Demavend. 

Sari. 

Ta  uris  ou  Tebriz. 

Recht. 

Kirmanchah. 

Chouster. 

Ghiraz. 

Sirdjan. 

Cheheristan. 

Mesched. 


O  clima  da  Pérsia  é  muito  vario,  em  ge- 
ral quente ,  em  algumas  partes  ardente , 
temperado  e  em  algumas  partes  frio,  nas 
montanhas. 

A  historia  da  Pérsia  começa  em  Cyro, 
no  anno  538  antes  de  Jesu-Christo.  Antes 
desta  epocha  os  aiinaes  persas  narram  uma 


Cyro  536 

^ambyses  530 

Smerdil-o-ífa^fo  523 
Dario    1.°  íílho 

d'flystapes  5Í1 
Xerxes  I  485 

(Artaban)  M'2 

Artaxerxes    I  , 

Longimano     4/1 


2.*  Reis  estrangeiros : 


Xerxes  II 

m 

Sogdiano 

424 

Dario  11  Notho 

4?^ 

Artaxerxes    11 , 

Mnemon 

404 

Ocho 

362 

Arsés 

338 

Dario  11,  Codo- 

mano 

336 

Alexandre  I ,  o 

Grande    330-813 

I.  Intervallo  de  323 

antes  de  J.  Ca  2i6 

defois    de    Jesu- 


Christo  preenchido 
por  dynastias  dos 
Seleucidas  e  dos 
Parthos  ou  Ársaci- 
des. 


3.*  Sassanidas 

Artaxerxes  ou 
Ardechir 
Sapor  I 
Hormisdas  I 
Varane  ouBah- 

ram  I 
Varane  II 
Varane  III 
Narsés 

Hormisdas  II 
Sapor  li 
Artaxerxes  II 
Sapor  III    - 
Varane  III 


Yezdedgerd  I 
Varane  IV 
Yezdedgerd  II 
Peroses  I  ou  Fi- 

rouz 
Balascés 


226 
288 
271 

273 
276 
293 
i96 
303 
3  0 
380 
38  i 
389 
399 
420 
440 

457 
484 


■) 


Cabad 
Chosroés  I., 

Grande 
Hormisdas  III 
Chosroés  U 
Siroés 
Adezer 

Sarbazas    ou 
Schahriar 
Tourandokht, 

rainha  -^ 

Kochanchdeh 
Arzoumidokht, 

rainha 
Cosroes  111 
Peroses 
Foroukzad 
Yezdedgerd 

III 


491 

531 
579 
590 

6i8 


^€29 


.632 


632-652 


4.^  Califas  do  Oriente  desde  Othman : 

1652-1258.  V.  Califas. 

5."  Juntamente  com  os  Califas ,  mas  só 
om  alguns  pontos : 

44  ♦ 


Í76 


PER 


Taheridés    820-872 

Soffarides     h72-902 

Samanides   902-999     Bouidas  do 

Bonidas  do  Faros     932-10Í9 


Írak-Ad- 

jemi       932-1056 


6.*  Ghaznevides  na  Pérsia  e  índia 


Alp-tekin 
Mahmoud 


973    Maçoud 
997 


1028 


7.*  Seldjoucidas  da  Pérsia  : 

Tagroul             1038  Mahmoud 

Alp-Arslau        1064  II 

Malek-chah       1072  Solimão- 

Barkiarve          1093  chah 

Mohamniod  I     1105  Arslan- 

Sandjar          ~^  chah 

Mahmoud  I      >ii[^  Togrol 

Maçoud            i  11 
Mohammed  II 


1158 

1160 

1161 

1176-1194 


8.«  Os  Sultões  do  Kharizm  (1187-1225). 
9.*  Grandes-khans  mogoes. 


'iengis 
Oktai 


1225     Kaiouk 
1229    Mangou 


1242 
1250 


10,*  Khanata   mogol  d'Iran  : 


lloulagou 

Abaka 

Ahmed 

Argoun 

Kaudjatou 


1258  Baidou  1294 

1265  Casan  ou  Haçan  1295 

128  i  Aldjapalou        1304 

1284  Abousaid  1317 

1290  Anarchia   (133^-60). 


11.^  llkhanianos : 

Hassan-Bouzrouk-  (Ao  mesmo  tompo 

Kekkhan  1336  Djoubanaiios  e  Mod- 

Aveis  1  1356  haíFerianos). 

Ahmed-Gesair  ou  Tamerlão  1360-1405 
Aveis  II       1381-90 

12.*  Turcomanos. 


Dynastia   do  Carneiro  Negro. 


Eskander     1407-35    Geangir        14Ò5-68 


Dynastia  do  Carneiro  Branco. 


Ouzonn-Haçan  146S  Roslam  1490 

Yekout  1478  Ahmed  1497 

Djoulaver  ll85  Alvant  1497 

Baysingir  1486 


13.»  Sophis : 

Ismail  I  149.) 
Tharaasp  I  1524 
Ismail  II  1575 
Khodavend  1j77 
Ilamzad  ou 
Mir-Iíemzed  1585 
Ismail  III  1585 
Abbiis  I  o  Gran- 
de 1087 


Sefi 

Abbas  II 
Solimão  II 


1629 

1642 
1606 


Husstíin    16'J4-1722 


Mahmoud 
^schrat 
Thamasp  II 
Abbas  III 


1722 
1725 
1728 
1732 


14."   Desde  a   queda   dos  Sophis  até  á 
epocha  actual : 


Nachi-chah  1736 
Ah-KouU-Khan  i747 
Ibrahim  1747 

Ismail-chah  em 
nome      í 747-1761 


mente.  Ali-Merdan, 
Azad,   Mohammed- 
Haçan). 
Kerim-Va- 
kil  1761-1779 


{mas  reinando  real-    Guerra-civil  1779-94 
15.*  Dynastia  dos   Kadjars  : 


Aga-Moham- 

med-Khan 

Feth-Alichah 


Mohammed- 
1794        Chah  1834 

1797    Nereddin-Chah  1848 


PÉRSICO,  (golpho),  (geogr.)  algumas  vezes 
Mar  Verde;  Persicus  Sinus^  maré  Bahylo- 
nium  ou  Erythrceum  dos  antigos,  golpho 
formado  pelo  Oceano  Indico  na  costa  S  da 
Ásia,  entre  a  Pérsia  ao  iN.  e  a  E.,  a  Tur- 
quia asiática  ao  ISO.,  a  Arábia  a  0.  e  ao 
SO.,  communica  com  o  mar  d'Oman  a  E. 
pelo  estreito  d'ormuz. 

PERSiDA,  (geogr).  Persis,  hoje  Fars,  re- 
gião da  Ásia,    tinha  por  limites   ao    N.    a 
Media,  ao  S.  o  golpho  pérsico,  a  0.  Baby- 
lonia  e  Susiana,   a  E     a   Carmania,   tinha 
por  capital  Persepohs. 

PERSiGAL,  s.  m.  (de  porco,  quasi  porsi- 
gal.)  (ant.)  possilga,  chiqueiro, — ,  varaJe 
porcos. 

PÉRSIO.  V.  Pérsico  Persiano  Persa. 

PÉRSIO,  (hist.)iá.  Persius  Flaccus,  ssiyn- 
co  latino  nasceu  no  anno  34  de  Jesu-Chris- 
lo  em  Volaterra,  era  rígido  stoico.  Morreu 
com  28  annos,  no  VIIÍ.  anno  do  reinado 
de  Nero,  no  anno  62  de  Jezu-Chrislo.  Le- 
gou 100,OJO  sesterciosa  seu  mestre,  ophi- 
losopho  Goraulo.  As  sátiras  de  Pérsio  são 
6,  precedidas  de  um  prologo. 

pERSiSTKSCiA,  s.  f.  (dos.  eucia,  que  de- 
nota duração.)  o  persistir,  permanência,  fir* 
me  adhesão,  v.  g.  —  na  opinião,  nos  senti- 
mentos, na  resolução,  no  mal,  na  virtude, 
nos  vicios.  A — do  cálix,  de  certas  plantas, 
que  subsiste  passada  a  época  da  florescên- 
cia. 


PER 


PER 


177 


VEKSiSTmTv.,adj.dos2g.{Lail.persislens,{{ig.)  clareza  do  eslylo  ou  do  discurso,  v, 

g.  liste  autor  expõe  com  a  maior  —  os 
assumptos  os  mais  diíTiceis  de  comprehea- 
der. 

Syn.  comp.  Perspicuidade,  clareza.  Pers- 
picuidade  é  expressão  ínais  valente,  e  de- 
nota não  só  cl.iri'za  na  phrase,  mas  uma 
escolha  de  termos  qne  pintam  as  cores  lú- 
cidas as  ideias.  Clareza  tem  muita  analogia 
com  perspicuidade,  e  a  diír>írença  é  delica- 
da. Expor  cora  clarexa  é  exprimir-se  sem 
obscuridade,  em  phrase,  estylo  livre  de  am- 
biguidade, e  de  construcção  fácil  de  com- 
prehender 

PERSUADIÇÃ.O,  (anl.)  V.  Persuasão. 

PERSUADIDO,  A,  /?.  p.  de  pcrsuadir,  adj. 
intimamente  convencido.  Estou,  fiquei.  — 
O  orador  tinha  —  o  auditório  ;  — ,  das  cou- 
sas), —  esta  enganosa  máxima,  inculcada. 

PERSUADiMENTO,  s.  m.  (aut.)  V.  Persua- 
ção. 

PERSUADIR,  V.  a.  (Lat.  per  transitivo,  e 
suadeo,  ere,  persuadir  Cou^^t  de  Gébelino 
deriva  do  Hebr.  sueh,  utilidade,  útil,  o  que 
é  inadmissivel.  A  meu  ver  vem  do  Gr.  seio, 
mover),  inspirar  convicção  sobre  facto,  ou 
raciocini ),  ou  fazer  adoptar  resolução  dis- 
correndo com  eloquência,  empregando  meios 
oratórios,  argumentos,  gestos,  inculcar  opi- 
nião. V.  g.  O  orador  eloquente  facilmente 
persuade  o  auditório,  e  lhe  faz  abraçar  a 
opinião  que  lhe  inculca.  O  aspecto  da  mi- 
séria não  merecida  persuade  mais  que  as  pa- 
lavras. —  SK,  V.  r.  convencer-se,  adquirir 
convicção,  crer  firmemente,  v  g.  —  das 
verdades,  da  realidade  dos  factos. 

PERsuADivEL  adj.  [àQS.  ivel],  que  se  pô- 
de persuadir  (cousa) ;  que  se  deixa  persua- 
dir (pessoa),  V.  g  Circumslancias  que  fa- 
zem —  o  farto,  crivei.  Homem  —  de  tudo, 
que  facilmente  se  deixa  persuadir.  (E'  an- 
tiquis  ) 

PKRSUASÃc,  s.  f.  [Ldii.  per  e  su,asio,onis). 
crença  firme,  convicção  intima  que  alguém 
sente  ou  comraunica  a  outrem.    Este  ora- 
dor tem  o  dom  da  — . 

Syn.  comp.  Persuasão,  convicção.  Per- 
suasão  pôde  existir  sem  provas  suíBcientes 
V.  g.  em  matérias  de  religião,  de  metaphy- 
sica,  e  muitas  vez.^s  é  meramente  conjec- 
tural. A  persuasão  communica-se  muitas  ve- 
zes menos  por  argumentos  sólidos  que  por 
artificio  oratório  e  linguagem  que  move  pai- 
xões. Co n c ícpão  r efe re-sc  unicamente  ao  en- 
tendimento, e  resulta  da  comparação  dos  ob- 
jectos e  das  ideias  pelo  raciocínio. 

PERSUASIVEL,  ttdj .  dos  2  g.  (des.  ivei.) 
dócil  á  pe-suação  (pessoa),  digno  de  se  in- 
cubar,  persuadir.  Doutrina — . 

PEiísiAsivo,  A,  adj.  (des.  úo),  que  per- 
suade, próprio  a  persuadir,  v.  g.  Eloquen- 
45 


tis,  per  transitivo,  o  sisto,  ere,  continuar.) 
permanente,  durável,  que  continua  a  subsis- 
tir. Cálix — das  plantas,  — no  affecto,  no 
amor,  constante,  firme. 

PEHSisTiR,  V.  a  ou  n  (Lat.  per  transi- 
tivi>,  c  sistcrc,  coiuinuar.)  continuar  a  su!)sis- 
tir,  aturar,  permanecer.  —  ,  (das  pessoas) 
perseverar,  insistir,  v.  g.  —  na  resolução,  no 
intento. 

PERSÒA  ,  s.  f.  (Lat.  persona  )  (ant.)  V. 
Pessoa. 

PERSOAL,  (ant.)  V,  Pessoal. 
PERSOAVELMENTE,  (ant.)  V.  Pessoalmeute. 
PERSOLANA.  V.  Porcclana. 
PERSOLVER ,  V.  V.  (Lat.  per  intencivo,  e 
solvere,  pagar.)  pagar  inteiramente. 

PERSONAGEM,  s.  m  Q  f.  (Fr.  pcrsounagc, 
do  Lat.  persona,  mascara  de  actor.)  pessoa 
autorisada,  de  representação,  pelo  seu  car- 
go, dignidade,  interlocutor  de  drama. — mu 
da,  que  apparece  no  drama,  mas  que  não 
falia.  Os  antigos  o  faziam  de  ordinário  mas- 
culino. 

PERSONAL.  V.  Pessoal. 
PERSONALIDADE,  s.  f.  (do  Fr.  pcrsonua- 
lité.)  allusões  oítensivas  ao  autor  de  obra 
litteraria  ou  a  orador,  v.  g.  em  vez  de  com- 
bater os  argumentos  deescriptor  ou  orador, 
recorreu  a  — s.  E  termo  moderno  e  neces- 
sário. 

PERSOONiA,  (bot.)  género  de  Plantas  da 
famiUia  das  Protéaceas  e  da  Tetraudria  Mo- 
nogynia,  L. 

PERSOVEJO.  V.  Persevejo. 
PERSPECTIVA  ,  s.  f.  (Fr.  pcrspectivc ,  do 
Lat.  perspecto  ,  are ,  olhar  em  torno,  ao 
longe.J  arte  que  ensina  a  delinear  ou  a 
pintar  as  imagens  de  objectos  debaixo  de 
ângulos  e  com  gradação  de  cores  que  re- 
presentam aos  olhos  as  distancias  e  con- 
tornos reaes  ;  desenho  ou  pintura  feita  pe- 
las regras  da  perspectiva  ;  o  que  a  vista 
ale  nça  ao  longe;  (lig.)  apparencia  de  ob 
jecto  mais  ou  menos  próximo  no  espaço  ou 
no  tempo;  successo  provável,  v.  g. — de 
brilhante  fortuna,  de  prósperos  successos. 
(Nunca  significou  apparencia  enganosa,  co- 
mo diz  Moraes,  e  unicamente  apparencia 
do  futuro,  fausto  ou  infausto). 

PERSPECTIVO,  A,  adj.  hábil  na  perspecti- 
va. Pintor  — . 

PERSPICÁCIA ,  s.  f.  (Lat.  perspacitia.) 
agudeza  da  vista ;  penetração  do  enlendi- 
mento. 

PERSPICAZ,  adj.  (Lat.  perspicax,  eis;  per 
transitivo  ,  e  spicio,  ere,  olhar  )  agudo  da 
vista,  e  de  entendimento,  tj  g  vista  — .  Ho- 
mem mui  — . 

PERSPICUIDADE,  s.  f.  (.Mat.  prespicuitãs, 
tis),  propriamente   significa  transparência  ; 

VOL.   IT. 


178 


PER 


TER 


cia,  voz,  tom — .  As  peitas  são  mui  persua-i 
sivas  para  com  juizes  corrompidos.  Subst. ' 
a  des.  f.  — ,  arte  de  persuadir,  eloquência 

PERSUASOR,  A,  adj .  G  s.  pcssoa  que  instiga, 
procura  persuadir,  que  aconselha. 

pfiRSUASOftíA,  s.  f.  [oria  des.)  razão  pro- 
pila para  persuadir. 

PERSUis,  (hist.)  compositor  francez,  nas- 
cmi  em  1765,  morreu  em  1819.  Compoz 
as  operas  :  Triumpho  de  Trajano ;  e  Jeru- 
salém libertada. 

PERsuppÔR,  V.  Prestippôr. 

PERTENCiMfiNTos,  s.  m.  pi.  (ant.j  V.  Per- 
tença. 

PERTK?íÇA,  s.  f.  parle  accessoria,  depen- 
de .d«  outra  annexa  aella.  v.  g  Urna  quin- 
ta, casa,  um  prédio  com  suas  — s.  Todas 
as  —  de  alguém,  tudo  o  que  lhe  pertence, 
todos  05  s<íus  bens,  haveres. 

P«RTt:NÇÃo,  V.  P retenção. 

Sobre  a  orihographia  deste  termo.  V.  Pcr- 
tender  e  Pretender. 

PERTENCENTE,  alj\  dos  2  Q.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  eus.  tis),  que  pertence  a  pessoa 
ou  cousa.  Os  bens  —s  ao  morgado.  Os  do- 
mínios —  a  Portugal.  — ,  (ant.)  aplo,  hfibil 
para  cargo,  emprego  ;  — ,  próprio,  v.  g.  os 
maleriaeíç  —  para  uma  obra. 

P£ftTEfíCíiíSTEA5ENTE  (aut.)  V.  Apíomenle, 
Convcnif^níetnenle. 

PERTENCER,  V.  u  (Lat.  pcríineo,  cre,  per, 
eíenco,  ere,  alcançar),  tocar,  formar  parle 
de  aíguui«  cousa  ou  da  propriedade  de -al- 
guém, v.g.  Estas  iihas  peritncem  a  Portu- 
gal. —  ser  devido  por  direito.  Perícnce-me 
esse  lugar,  eniprego.  —  dizer  respeito,  v.  g. 
a  s-^lijçào  dessas  questões  períenco  á  phy- 
siología. 

PfiRTEKi)«-KTE.  V.  Pretendente. 

pEtiTKisoER.   V,   Pretender. 

So^bre  a  orfhographia  deste  verbo  c  de 
pertenção  e  derivados  faz  Moraes  a  seguinte 
observação.  «  l'arece  melbor  orthographia 
que  pretender  (de  per  e  tcndere,  caminhar 
por  a-lguraa  via  ou  raeyo,  diverso  de  prccQ 
tcndere),  ir  diante  e  pretextar.  »  Sem  du- 
vida se  p  verbo  exprimisse  o  caminho  ou 
meio  que  conduz  a  um  fim,  per  seria  acer- 
tada orthographia,  mas  refere  se  ao  objecto 
que  se  deseja  attingir,  e  por  isso  deve  es- 
crever-se  por  pre,  como  em  Francez  pré- 
tendre.  Tendo,  ere,  significa  tender,  cpro?, 
diante,  verdadeiro  sentido  do  nosso  verbo 
que  equivale  a  querer  alcançar. 

PERTa,  (g-eogr.)  cidade  d'Escocia,  capital 
do  condado  Perth,  na  esquerda  do  Tay,  a 
17  léguas  iX.  de  Edimburgo;  2C,000  ha- 
bitantes O  condado  de  Perth  situado  ao 
S.  dos  de  Aberdeen  e  de  Inverness,  ao  N. 
do  Fritíj,  iconia  150,000  habitantes, 

-         ■  ,>'  I  I.'-;  ;:■!;         >   s  u' 


PERTHiN,(geogr.]antigo  paiz  da  Champanha 
em  França,  ao  8.  do  Argonne,  tinha  por  ca- 
pital Vitry-o-Francez ;  está  hoje  conpreen- 
dido  nos  departamentos  de  Marne  e  do  Alto 
Marne. 

PERTiGÀ,  s.  f.  (Lat.  pertica,  de  pergo, 
ere,  ectum,  avançar),  varapao.  Pron.  pér- 
tiga. 

PERTiGUEiRO,  s.  m.  {pertigo,  vara,  de*. 
eira),  (ant.)  alferes,  justiça  :  v.g.  — morde 
Santiago,  protector  d'aquella  igreja,  cargo 
eminente. 

PERTINÁCIA,  s.  f.  (Lat.  V.  Pertinttz),  gran- 
de tenacidade,  aferro  a  opinião  ou  resolu' 
ção,  perseverança  tenaz.  Diz-se  mais  fre- 
quentemente á  má  parte,  aferro  a  erros  , 
ou  obstinada  negação  da  verdade.  V.  Per- 
tinas. 

Syn.  comp.  Pertinácia,  obstinação,  lei" 
ma.  Coafundem-se  ordinariamente  estes  vo- 
cábulos, e  casos  ha  em  que  se  podem  usar 
indistintamente,  com  tudo  póde-se  entre 
elles  estabelecer  a  seguinte  differença. 

A  pertinácia  é  vizinha  da  perseverança, 
como  disse  Cicero  :  « Pertinácia  perseve- 
rantiíB  finitima  est  [de  Inv.  II,  54). »  To- 
ma-se  em  boa  e  em  má  parle,  mas  quasi 
sempre  em  má,  e  pôde  definir-se,  perse- 
verança teimosa  no  erro  de  ma  fé,  afferro 
á  su.n  opinião  errónea,  por  isso  disse  Viei- 
ra, faltando  dos  herejes  :  «  a  pertinácia  de 
errar.  » 

A  obstinação  é  o  effeito  d*uma  falsa  con- 
vicção, fortemente  impressa  no  animo,  ou 
d'um  empenho  voluntário  com  determinado 
interesse.  A  teima  não  necessita  de  inte- 
resse nem  de  convicção,  basta  o  amor  pró- 
prio mal  enteniJido  ;  é  um  defeito  adquiri- 
do ou  arraigado  pela  educaçã®,  ou  inhe- 
rente  á  pessoa  inchnada  a  contradizer  a 
opinião  ou  vontade  alheia,  e  a  sustentar  a 
sua. 

E  pertinaz  o  que  presiste  e  persevera 
afincadamente  numa  resolução,  como  que 
se  compraz  no  erro,  e  não  quer  abrir  os 
olhos  á  luz  da  verdade.  E  obstinado  em 
seu  erro  aquelle  a  quem  não  convencem 
as  razões  mais  cliras  e  evidentes.  E  teimoso 
o  que,  convencido  das  razões,  não  cede  a 
ellas.  E  pertinaz  o  hereje  que  não  quer 
sujeitar-se  á  autoridade  da  Igrejí,  e  per- 
siste de  má  fé  em  seu  erro.  Kstá  obstinado 
o  Tço  que  nega  seu  delicio,  por  medo  do 
castigo.  E  teimoso  um  rapaz  mal  educado 
por  pura  malignidade  de  seu  viciado  cara- 
cter. 

PERTINACÍSSIMO,  A,  adj .  supevl.  ds  per- 
tinaz, mui  pertinaz,  emperrado. 

PERT'NAx,  (hist.)  P.  Helvécio,  imperador 
romano,  nasceu  na  Liguria  no  anno  126, 
filho  de  um  liberto,  dijtinguiu-se  çomoge" 


FER 


PER 


179 


neral  na  Germânia.  Foi  aclamado  em  193  ; 
foi  ínorto  pelos  çoldados. 

PERTINAZ,  adj.  doí  2  g.  (Lat.  pertinaca, 
eis  ;  per  pref.  intensit.,  e  tenax,  eis,  tenaz) , 
apego,  aferro  tennz  á  opinião,  ao  partido. 
v.g.  —  em  defender ,  sustentar ,  negar  ;  — 
defensor,  asseverador ;  —  no  erro  ,  na  he- 
resia,,  —  no  propósito. 

PERTiNAZMEiíTE  ,  ttdo.  [mcute  suíT.),  com 
pertinaoia. 

PERTINENTE,  adj .  doí  2  </.  (Lat.  perlinens, 
tis],  que  vem  a  propósito,  que  quadra  bem 
com  o  assumpto,  v.  g  Artigos  —  á  demanda, 
Ord.  AíTons  ,  relevantes,  que  provados  fazem 
a  bem  da  parte  que  irs  produz. 

PERTO,  adp.  (do  Lat.  apertus,  na  acoepção 
de  fácil  de  altingir ,  que  está  próximo,  á 
mão,  de  aperio^  ire,  ertum,  abrir,  paten- 
tear, descobrir),  na  proximidade,  v.g, — 
da  cidade,  do  mercado,  da  igreja.  Aqui — . 
—  da  praia  ou  á  praia,  á  ribeira.  De  —  , 
em  pequena  distancia.  Vejo  bem  de  —  ,  os 
objectos  pouco  distantes  dos  meus  olhos. 
Se  de  —  não  vês  põe-te  distante.  A  villa 
mais — ,  phrase  ellipt.,  subentende-so  que 
fica,  está  situada.  —  ,  quasi  í  v.g.  —  de 
cem  sacas,  de  trinta,  cavallos,  homens;  — 
de  um  mez,  anno ;  —  da  noite,  próximo  á 
noite,  quasi  noite.  São  —  de  seis  horas. 

PERTO,  usado  como  adj.  m.  (aiit  ),  e  hoje 
desus.  :  ex  «  ...  na  mais  — fortaleza.  »  Cas- 
tanh.  «  ...  das  mais —  povoações.  »  Barros. 
Os — s,  r,  (pint.),  os  objectos  figurados  co- 
mo míis  próximos,  os  planos  dianteiros,  t. 
g.  Tem  melhores  os  longes  que  os — «,  diz- 
se  de  pintura  que  faz  melhor  effeito  vista  de 
longe,  e  de  pessoa  feia,  que  o  parece  me- 
nos vista  dy  longo. 

pjtRTUCHAR,  V  a.  {pertucha,  ar  áes.ini.), 
(naut.)  metter  as  velas  nos  rizes. 

PBRTUCHAS,  i.  f.  pi.  (do  Ft.  pertuis,  ita4. 
pertugio,  buraquinho),  (naut )  buraquinhos 
ao  longo  das  velas  por  onde  se  eníiarn  os 
rizes. 

PERTUCHOS,  *.  m.  pi.  (V.  o  precedente),  os 
buraquinhos  da  fieira  de  tirar  fio  de  metal. 

PERTUIS,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
5  léguas  SE.  d'Apt ;  4,470  habitantes. 

PERTUis-BRETÃo,  (geogr.)  estreito  entre  a 
ilha  de  He  e  a  costa  de  França. 

PERTU  z,  de  Antiochia  (geogr.)  estreito 
entre  as  ilhas  de  Oleron  e  do  Ke. 

PERTURBAÇ.Ão,  s.  f.  (Lat.  perturbatio,  onis', 
per  pref.  intensit.),  grande  turbação,  desor- 
dem, nas  cousas  e  nas  pessoas  :  ».  g.  —  do 
estado,  do  espirito,  ki  perturbações  scci&es, 
commerciaes 

PERTURBADAMENTE,  adv.  {mente  suff.),  cora 
perturbação,  em  desordem. 

PERTURBADÍSSIMO,  A,  adj.  supert.  de  per- 
turbado. 


PERTURBADO,  A,  p.p.  supcrl.  de^pertur- 
bar;  adj.  posto  em  perturbação.  tJ.  g.  A 
guerra  civil  tinha  —  a  nação.  Cícero  ficou 

—  vendo  o  senado  cercado  de  tropa. 
PERTURBADO»,  s.  m.  O  que  perturba. — , 

adj.  que  perturba  .•  v.  g.  —  da  paz,  da  or- 
dem. 

PERTURBAR,  V.  a.  (lat,  perturho,  ate  ;  per 
pref.  intensit.),  causar  perturbação  nas  cou- 
sas, nos  ânimos  e  pessoas  :  v.  g.  ^  sociedade, 
a  paz,  a  ordem,  os  ânimos,  o  juizo ;  —  a 
marcha,  de  doença,  com  medicamentos  ou 
tratamento  desacertado  ;  —  a-  ordem  d^s 
proporções  (ariíhmetica  e  geometria),  tras-^- 
tornar. — se,í).  r.,  soífrer  perturbação,».^.' 

—  a  pai,  o  socego  publico,    ficar  confuso, 
atalhado,  v.g. —  nò  meio  do  discurso.f 

PERTURBATiro,  A,  adj  que  perturba  (cou- 
sa).  ex.  «Opiniões  —s  do  socego  publico.  ^ 
Leide  Junho  de  1 /69 

PERTUXAR,  tj.  a.  V.  Pertuchar. 

PERTUIAS,  s.  f.  pi.  V.  PertuchQs. 

PERTUxos,  s  m.  pi.  V.  Pertuclios. 

PERU,  s.  m.  ave  domestica  bem  conhecida, 
t  principio  chamada  gallinha  do  Peru,  don- 
de nos  veiu.  De  ordinário  dh-se  perum.  Pe- 
runs,  em  vez  de  perus. 

PERU,  (geogr  )  designou-se  muito  tempo 
com  este  nome  uma  vasta  região  da  Ame- 
rica do  S.  que  se  extcn-iia  pelo  Oceano  Pa- 
cifico e  ficava  quasi  toda  compreendida  en- 
tre o  fquador  e  o  trópico  do  Capicoruio. 
Tinha  por  limites  a  O.  o  Oceano  racifi<x), 
ao  N^.  o  Popayan,  a  E.  os  desertos  desco- 
nhecidos do  Brazil  e  uma  parte  das  Cordi- 
lheiras, ao  S.  o  Tucuman,  o  Paraguay,  o 
Chiii.  Este  imraenso  paiz  depois  de  ter  for- 
mado um  império  independente  sob  o  do- 
mínio do5  incas,  fei  um  vice-reinado  dos 
Hespanhoes  e  hoje  está  dividido  em  duas 
republicas  distinctas :  o  Baixo  Peru  ou  Re- 
publica de  Peru  ao  NO.,  e  o  Alto  Peru  q^l 
republica  de  Bolívia   ao  S. 

PERU,  (geogr.)  republica  da  .America  do 
Sul,  limitada  ao  S.  pela  do  Equador,  a 
S,  e  a  ti  pela  Bolívia,  a  O.  pelo  Grande 
Oceano,  conta  ll,7ÔI,èOO  habitantes.  Ca- 
pital Lima. 

E'  dividida  pela  forma  seguinte  em  7 
(Jistrictos  : 

SUL. 


^isíricios. 

Capitães. 

Lima 

Lima 

Arequipa 

Arequipa 

Puno 

Puno. 

Cuzco 

Cuzco. 

Ayacucho 

Huamanga 

45 


^  - 


180 


PCS 


NORTE. 


Junin 
Liberdade 


nuanuco. 
Truxillo. 


PERUA,  s.  /".  fêmea  do  peru. 

PERUANO ,  A  ,  adj.  do  Peru ,  natural  do 
Peru. 

PERUCA,  s.  f.  cabelleira. 

PERUGiNoou  PERUsmo,  (geogr  )  território 
do  Persa,  formava  antigamente  uma  pro- 
vincia  dos  Estados  da  Igreja,  está  hoje 
compreendido  na  parlo  O  da  delegação  da 
Persida. 

PERUGiNO,  (hist.)  celebre  pintor  italiano, 
nasceu  em  1U6,  morreu  em  1524,  foi 
chefe  da  escola  romana,  mestre  de  Raphael, 
e  auctor  de  bellos  quadros,  dos  quaes  o 
mais  magnifico  é  o  Casamento  da  Virgem. 

PERUHiPE,  (geogr.)  rio  na  província  da 
Bahia.  Kasce  na  cordilheira  dos  Aimorés, 
no  Brazil. 

PERUQUA,  s.  f.  (Fr.  perruque).  V.  Peruca. 

PERuwELZ,  (geogr.)  cidade  da  Bélgica  a 
4  léguas  SE.  de  Tournay  ;  5,^70  habitan- 
tes. 

PERUSA,  (geogr.)  Verugia  dos  Italianos 
Perusia  dos  Latinos,  cidade  dos  Eslados  Ec- 
clesiasticos,  capital  da  delegaçàc  de  Peru- 
sa,  perto  do  Tibre  ;  30,000  habitantes. 

PERUSA  (delegação  de),  (geogr.)  uma  das 
divisões  dos  Estados  Ecclesiasticos,  limitada 
ao  N.  pela  d'Urbino  e  íesaro,  a  O.  pela  de 
Viterbo. 

PERVERSAMENTE  ,  ado.  (mente  suff.)  com 
perversidade  ;  com  perversão  do  sentido. 

PERVERSÃO,  s.  f.  V.  o  acto  dc  perverter, 
mudança  para  estado  perversa  :  v.  g.  —  do 
sentido,  alteração  delle  dando-lhe  ura  cara- 
cter de  maldade  que  elle  não  tem. 

PERVERSIDADE,  s.  f.  (Lat.  pervcrsitas,  tis), 
caracter  perverso  ;  acção  perversa  ;  depra- 
vação em  summo  grão. 

PERVERSÍSSIMO  ,  A ,  adj  supcrl.  de  per- 
verso, summamente  perverso,  depravado. 

PERVERSO,  A,  adj.  (Lat.  perversus,  p.  p, 
de  perverto ,  ere ,  perverter.  Propriamente 
significa  trastornado ,  virado  de  cima  para 
baixo),  depravado  em  summo  grão,  de  pés- 
sima Índole,  v.g.  Homem — .  Costumes—. 
Gente,  lingua,  índole—. 

PERVERSOR.  V.  Pervertedor. 

PERVERTEDOR,  A,  s.  pcssoa  que  pervcrtc  ; 
adj.  que  perverte,  corrompe,  deprava  :  v. 
g. — dos  costumes,  da  innocencia. 

PERVERTER,  V.  a.  (Lat.  perverto,  ere  ;  per 
pref.  transit.,  contra,  e  verto,  ere,  voltar, 
virar  debaixo  para  cima,  trastornar,  (íig.) 
deitar  a  perder,  arruinar),  trastornar,  alte- 
rar deteriorando,  depravar  :  v.  g.  —  os  cos- 
tumçs,  a  mocidade,  a  innçcencia,  deitar  a 


PÉS 

perder,  depravar,  corromper ;  —  o  sentido ^ 
altera-lo  interpretando-o  á  má  parte.  As 
paixões  violentas  pervertem  o  juizo.  —  se  , 
v.r.  depravar-se,  trastornar -se,  deteriorar- 
se.  V.  g.  Com  a  introducção  do  luxo,  e  se- 
de de  riquezas ,  perverteram-se  os  antigos 
costumes.  Perverter,  v.  n.  (ant ).  V  PrC' 
varícar. 

PERVERTIDO,  A,  p.  p.  supevU  dc  pcrvcr- 
ter;  adj,  trastornado,,  depravado,  altera- 
do para  mal.  v.g.  Gente—,  perversa. 

PERviCAz,  adj,  dos  2  g.  (Lat.  previcax , 
eis).  V.  Pertinaz. 

PERviGiL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.),  (p.  us.) , 
mui  vigilante. 

PERviNCA,  s  f.  (bot.)  (Lat.)  planta  com 
folhas  como  as  do  louro. 

PERViNCO,  A,  adj.  (ant.)  (corrupto  do  Lat. 
provignus),  propinquo,  próximo,  v,  g.  Ir- 
mão— ,  como  os  primos  co-irmãos. 

PERVio,  A,  adj.  (Lat.  pervius,  per,  pref. 
transit.,  e  via),  que  dá  passagem,  que  se 
pôde  atravessar,  v.  g.  Tecido  —  aos  fluidos, 

—  accessivel  (no  sentido  moral). 
PES.  (ant.)  V.  Peixe. 

PESA,  s.  f,  (ant.)  V.  Peso,  Pesada. 

PESADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  pe- 
sado) ,  o  que  se  pesa  de  uma  vez  e  cabe 
na  concha  de  balança  grande,  v.  g.  Uma  —- 
de  assucar,  ferro,  pao  brasil.  (l)e  ordinário 
é  uma  arroba.) 

PESADAMENTE  ,  adv.  [mentô  suff.),  cora 
passo  pesado,  tardamente  v.  g.  Andar,  ca- 
minhar—,  com  peso,  gravame,  molesta- 
mente.  Dormir—,  profundamente.  Casti- 
gar, reprehender —,  com  mão  pesada,  com^ 
aggravação  da  pena,  ou  em  linguagem  mui 
áspera.  Receber  alguém  — ,  com  semblante 
carregado,  com  má  cara,  mao  modo,  fa- 
zendo-lhe  mao  agasalho. 

N.  B.  Os  antigos  usavam  deste  adver- 
bio na  accepção  de  com  pezar,  pezadume, 
porque  escreviam  pezar  com  s.  V.  Pezaro- 
sãmente. 

PESADELO,  s.  m.  (do  Cast.  peso,  e  duele, 
doej,  sonho  oppressivo  em  que  a  pessoa  se 
sente  suffocada,  e  attribue  esta  sensação  a 
corpo  pesado  que  lhe  carrega  sobre  o  pei- 
to, u.^.  o  de  um  cavallo,  de  um  penedo, 
etc;  (fig.)  pessoa  mui  importuna  ou  cuja 
conversação  é  summamente  fastidiosa. 

PESADÍSSIMO,  A,  adj.  supcrl.  de  pesado , 
mui  pesado. 

PESADO,  A,  p.  p.  superl.  de  pesar;  adj. 
que  se  pesou  em  balança  :  v.g.  —a  ouro, 
posto  em  equilíbrio  com  peso  igual  de  ou- 
ro, e  (tig.)  por  mui  subido  preço,  mui  ca- 
ro ;  que  causa  peso,  moléstia,  incommodo. 
v.g.  Este  homem  faz-se  —  a  todos.  Não  ser 

—  a  outrem.  —  carregado  de  gordura  ou  de 
humores;  oppiimido  pelo  peso   do  sangue 


ou  cie  tumores.  A  cabeça  — ,  com  sensa- 
ção de  peso.  Golpes  — .  applicados  com  for- 
^a.  Graças  —  ,  offensi\as.  Tempo — ,  ares 
■^Sj  q(ie  tornam  o  corpo  pesado,  pouco 
disposto  ao  movimento.  liosto ,  semhlanle 
— ,  carregado. — ,  ponderado,  meditado,  v. 
g.  Tendo — as  razões,  os  méritos,  a  justi- 
ça das  partes.  Uomem  — ,  ponderado,  re- 
flectido. Estado  — ,  carregado  de  obrigações 
deveres  de  familia.  Navio  —  na  véla^  pou- 
co veleiro,  ronceiro,  — no  remo,  pouco  li- 
geiro. 

PESADOR,  A,    s.  m.  o  qufi  pesa  em  ba- 
lança. 

pesadumbrk, 

pesadume,  s 


pEâ 


m 


(fast.)  V.  Pesadume. 
m.  (des.  ume,  do  Lat.  hu- 
mus,  solo,  chão),  peso,  sensação  gravativa 
no  corpo,  e  principalmente  na  cabeça  ;  (fig.) 
pezar,  moléstia  *,  pejo  ;  cousa  molesta,  in- 
commoda.  Fazer  alguma  cousa  com  — ,  de 
má  vontade. 

PESA-LicoR,  s.  m.  instrumento  de  physi- 
ca  e  chimica  para  determinar  a  gravidade  es- 
pecifica dosliquidos,  areometro.  Dislinguem- 
se  os  pesa-licores  i^diVa  os  fluidos  alcoholicos. 
e  os  que  servem  a  determinar  o  estado  de 
concentração  das  dissoluções  salinas. 

PESAME  ou  PEZAME,  s.  m.  [peza-mc,  te- 
nho pezar  ou  sentimento),  (mais  usado  no 
pL],  dar  os — s  a  alguém,  expressar-lhe  o 
nosso  pezar  pela  morte  de  pessoa  que  lhe 
diz  respeito, 

PESANTE,  s.  TO.    (do  Fr.  bésant ),  moe- 
da antiga  de  valor  incerto.  V.  Besante. 
PESANTE,  adj.  dos  2  g.  \.  Pezaroso. 
PESAR,  s.  m,  V.  Pezar. 
PESAR,  V.  a.  (Fr.  peser,  do  Lat.  pensita- 
re,  frequentat.  de  pendere,  e  formado    do 
sup.  fcnswm,  pesado),  equihbrar  em  balan- 
ça, equiponderar,  determinar  opesod'uma 
cousa  pondo-a  em  equilibrio  com  padrão  co- 
nhecido de  peso  :  —  o  ouro,  a  prata,  o  al- 
godão, acera,  o  cebo,  a  agua,  a  ar)  v.  g. 

—  em  balança  romana,  bydrostatica  ;  (íig.) 

—  as  palavras,  ponderar;  —  na  balança, 
avaliar»  apreciar  o  mérito.  — ,  (ant.)  carre- 
gar, fazer  pesado  ;  (fig.)  gravar,  ex.  «  os  ví- 
cios que  pesam  a  alma.  »   Paiva,  Sermões. 

—  o  sol,  (naut.  e  p.  us.),  tomar  a  altura. 
— ,  V.  n.  gravitar,  terpeso,  (fig.)  fazerpe- 
so,  ser  gravoso,  v.g.  O  animal  pesa  dez  ar- 
robas. Sobre  os  hombros  do  mimsiro  pesava 
lodo  o  governo  doestado.  — se,  v.  r.  (ant. 
desus.)  sentir  pezar,  ficar  pesado,  triste. 
ex.  «  Não  lhe  fez  (el-rei  a  Diogo  Botelho) 
gasalhos,  antes  se  carregou  epeíou  muito.  » 
Couto,  Dec.  V.  1,2. 

PESARESE,  (hist.)  pintor  e  gravador  italia- 
no, nasceu  em  1616,  morreu  em  1648,  foi 
discípulo  e  imitador  da  Guido. 

PESAROSAMENTE.  V.  PezãTosamente. 

VOL.  IT. 


PESARO,  (geogr.)  Pisaurum,  cidade  dos 
Fstados  ecclesiasticos,  capital  da  delegação 
d'lJrbino-e-Pesaro,  perto  do  Foglia  o  do 
Adriático,  a  6U  léguas  .NE.  de  Roma;  14,OUO 
habitantes. 

PESAROSO.  V.  Pezaroso. 
PESCA,  s.  f.  o  acto  de  pescar,   pescaria; 
o  peixe  pescado  ;  ooíTicio  de  pescador. 

PESCADA,  s.  f.  nome  do  ura  peixe  vul- 
gar. 

PESCADEiRA,  V.  peixcira. 
PESCADEiRO,  V.  Peixeiro. 
PESCADINHA,  s.  f.  díminut.   de  pescada, 
pescada  pequena. 

PFSCADo,  A,  p.  p.  de  pescar,  adj.  colhido 
pescando,  v.  g.  Tinham  —  muito  bacalháo. 
O  atum  —  na  costa  do  Algarve. 

PESCADO,  s.  m  toda  a  sorte  de  peixe  :  — 
real,  o  solho. 

PESCADOR,  s  m.  (Lat.  piscator),  homem 
que  pesca,  que  vive  da  pesca.  O  anneldo 
— ,  o  sello  do  papa  que  representa  S.  Pedro, 
pescador. 

rESCADORiNno,§s.  m.  diminuí,  de  pesca- 
dor. Vieira. 

PESCATRA,  (geogr.)  Pescara  em  italiano, 
Aternum  êm  latim,  cidade  do  reino  de  iNa- 
poles  ;  a  3  léguas  .NO.  de  Chieti ;  2,500 
habitantes. 

PESCAR,  V.  a.  (Lat.  piscor,  ari,  depoen- 
te, apanhar  peixe  com  rede,  anzoes,  fisgas, 
harpões,  etc,  nos  rios,  lagos,  costas  ou  no 
alto  mar  :  —  atum,  sardinha,  arenques,  tru- 
tas, bacalháo,  baleias.  — ,  colher  do  fundo 
do  mar,  v.  g.  —  coral.  — ,  (fig.)  alcançar,, 
apanhar,  v  g.  O  tiro  o  foi  — no  recanto 
onde  se  tinha  escondido.  Pescou  muito  di- 
nheiro. Pesquei  o  conteúdo  da  carta,  do  de- 
cumenlo,  isto  é,  em  um  volver  d'olhos,  de  re- 
lance, á  sorrelfa,  — ,  (chulo),  attrahir.  v.  g. 
As  moças  gentis  e  astutas  pescam  os  homens 
incautos. 

PESCAREJO,  A,  adj.  de  pescador,  concernen- 
te á  pesca.  Barco — . 

PESCAREZ,  adj.  dos  2  g.  Y.  Pescar e^ 
jo. 

PESCARIA,  s,  f.  (des.  ia),  pesca,  o  pescar 
peixe ;  ribeira  ou  mercado  onde  se  vende 
peixe. 

PESCAZ,  s.  m.  (do  Lat.  pessulus,  cavilha) 
cunha  que  tempera  o  teiró  para  o  segurar 
no  temào,  e  que  aperta  o  arado  com  a  rá- 
bica. 

PESCENNio,  (hist.)  C.  Niger,  general  ro- 
mano, natural  d'Aquinum,  tinha  governa- 
do a  Syria  com  bastante  prudência,  quando 
o  seu  exercito  o  proclamou  Augusto  de- 
pois da  morte  de  Didio  em  quanto  Severo 
era  proclamado  pelas  legiões  da  lUyria.  Em 
vão  tentou  compor-se  com  o  seu  rival  foi 
por  elle  vencido  e  teve  de  fugir :  os  seus 
46 


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soldados  mataram-o   perto    de  Cyzico  em 
195. 

PESCHIERA,  (geogr.)  Ardelica  ou  Pisca- 
ria, cidade  do  reino  Lombardo  Veneziano, 
a  6  léguas  0.  de  Verona  ;  2,400  habitan- 
tes. 

PESCíA^  (geogr.)  cidade  de  Toscana,  a  10 
léguas  NK.  de  Florença;  4,000  habitantes. 

PESCINÀ,  (geogr.)  cidade  de  Nápoles,  a 
11  léguas  SO.  d'Aquila ;  3,000  habitan- 
tes. 

PESCOÇADA,  s,  f.  (des.  ada]f  pancada  da- 
da com  a  mão  no  pescoço  de  alguém 

PESCOçÃo,  s.m.  (des.  ão,  que  denota  acção) 
pancada  com  as  costas  da  mão  dada  no 
pescoço  ou  no  cachaço  de  alguém.  PI.  Pes- 
coçôes. 

PESCOCEiRA,  s.  f.  V.  Cachaço. 

PESCOCINHO,  s.  m.  diminut.  de  pescoço, 
— ,  e  muito  usado,  collarinho  de  cambraia 
cingido  á  roda  do  pescoço  dos  homens,  e  pre- 
so detraz  com  íivéla. 

PESCOÇO,  s.m.  (doLat  6o5,  boi,  e  Fr.  cos 
eólio,  pescoço),  collo.  a  parte  do  corpo  entre 
a  cabeça  e  o  peito.  Ficar  pelo — ,  (Hg.)  íicar 
apanhado,  proso,  como  a  ave  no  laço.  Poro 
peno—,  (fig.)  opprimir,  subjugar,  humilhar, 
■violentar. 

PESCOÇUDO,  Aj  adj.  (des.  udo)  que  tem  o 
collo  grosso  e  longo,  cu  alto.  Ave  — . 

PESCOTA.  V.  Pescada,  Peixota. 

PESCCDAR,  (ant.)  hoje  popular.  V.  pes- 
guizar,  Inquirir. 

PESEBRÃo,  5.  TO.  (de  pés,  e  sobre)  pavi- 
mento de  carruagem  onde  assentam  os  pés 
de  quem  vai  dentro. 

PESENHO,  A,  adj.  côr  de  pez.  V.  Peze- 
nho. 

PESEPEL10,  ou  A  — ,  adv.  a  pospello  V 
Pospello.  Garção  usou  d'este  termo  na  ac- 
cepção  de  a  pé,  descalço  e  mal  vestido. 


O  Nádegas,  que  viste  esfrangalhado 
A  péscpello  vir  da  sua  aldeia. 


Moraes  censura  o  poeta,  e  quer  que  seja 
a  pós  pello,  isto  é,  a  pé  ou  descalço,  e  em 
pello. 

PESiNiio,  s.  m.  diminut.  de  peso,  peque- 
no peso. 

pÉsiNHO  ou  ptóziNiio,  s.  VI.  diminut.  de 
pé,  pó  pequeno,  delicado. 

PES-REDONDOS,  s.  TO.  pi.  (naul.)  paos quo 
formam  o  contorno  interior  do  carro  da  popa 
de  navio. 

PESMES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  S,  de  Gray;  1,:-íOO   habitantes. 

PESO,  s.m.  [Vr.  poids,  áohal.pondus,  de 
pensum,  sup.  de  pendo,  erc,  pesar)  a  força, 
com  que  um  corpo  carrega  sobre  outro,  ou 


gravita  no  espaço,  amassa  de  matéria  pon- 
derável que  constitua  um  corpo.  —  especi- 
fico. Porção  de  metal  ou  de  outra  substan- 
cia que  serve  de  Ijpo  ou  padrão  para  de- 
terminar o  peso  dos  corpos.  — s,  pi.  as  sub- 
divisões ou  múltiplos  do  padrão.  JJm  — de 
linho,  quatro  arráteis.  —  do  lagar,  a  pedra 
que  está  pendente  do  parafuso  preso  na  va- 
ra. —  de  relógio,  peça  metallica  que  pende 
da  mola  de  relógio  de  parede,  e  cuja  oscil- 
lação  põe  em  movimento  as  rodas.  Dinheiro 
de  — ,  que  tem  o  peso  de  metal  prescripto  pe- 
la lei.  — forte  ou  cíwro,  a  pataca  hespanho- 
la.  A  —  d' ouro,  mui  caro,  por  preço  su- 
bido. — ,  (fig.)  tudo  o  que  pesa,  carrega, 
se  ajunta' em  grande  massa,  quantidade. — 
de  agua,  grande  massa  d'ella  que  faz  força 
contra  algum  corpo  solido,  v.  g.  muro,  di- 
que, açude.  —  de  humores,  que  acodem  a 
alguma  parte  do  corpo,  v  g.  na  cabeça, 
nas  pernas.  —  de  gente,  grande  aífluencia, 
particulariTiente  de  tropa  que  cáe  sobre  o 
inimigo.  — ,  (fig.)  ónus,  cargo,  encargo,  v. 
g.  o—  do  negocio,  do  governo,  da  batalha 
recahiu  sobre  elle,  o  mais  diíTicil,  árduo. — , 
(fig.)  ponderação,  importância,  gravidade, 
solidez.  Razões  de  — ,  attendiveis.  Homem 
de — ,  de  caracter  grave,  respeitável.  Tomar 
alguma  cousa  em  — ,  encarregar-se  d'ella 
só,  sem  adjutorio.  O  dia  em — ,  inteiro,  to- 
do o  dia.  Suster  o  —  do  dia,  supportar  a 
maior  parte  do  trabalho  que  se  faz  em  um 
dia.  Fazer  tudo  com  —  e  medida,  madu- 
ramente, com  muita  reflexão.  Estar  a  ba- 
talha em  — ,  indecisa.  — ,  casa  ondeseve- 
rifica  o  peso  de  géneros,  e  se  cobram  direi- 
tos impostos  segundo  o  peso  das  mercado- 
rias que  se  vendem  m  peso.  V.  Ver  o  peso, 
Aver  ou  Haver  de  peso. 

PESO  DA  REGOA,  )geogr.)  villa  de  Portu- 
gal situada  na  direita  do  Douro,  a  pouco 
mais  de  1  légua  a  SO.  de  Villa-Real,  a 
cujo  districto  pertence,  14  léguas  a  E>  do 
Porto,  contem  2,2;i4  habitaníys. 

PESPEGADO,  A,  p.  p.  de  pcspogar  ;  aéj. 
assentado,  applicado  com  força,  v.  y.  qua- 
tro bofetões  bera  — s. 

PESPEGAR,  Vi.  a.  (vulg  )  asscutar  com  for- 
ça, V.  g.  —  um  bofetão. 

pESPiTA.  V.  Âheloa. 

PESPONTADO,  A,  p.  p.  dc  pcspontar ;  adj. 
ornado  de  lavor  de  pesponto. 

PESPONTAR,  c  a,  [ponto,  ardas,  inf.)  or- 
nar de  lavQF  de  pesponto. 

PESPONTO,  s.m.  (d^pós,  e  ponto)  costura 
na  borda  do  panno  com  pontos  encadeados. 
—  do  ceu,  (fig.  e  desus.)  as  estrellas.  Cha- 
gas, Cartas  Espirit. 

PESQUEIRA,  s.  f.  (des.  cirã)  lugar  onde  ha 
armações  de  pescaria. 

PESQUEIRA  (s.  JOÃO  da),  (gcogr.)  vlUa  de 


PE8 


ÍES 


183 


Forlugal ,  situada  perto  da  esquerda  do 
l)ouro,  7  léguas  a  È.  de  Lamego,  contem 
1,750  habitantes,  e  todo  o  concelho  3,400. 

PESQUEIRO,  s.  m.  V.  Pesqueira. 

PESQuiZA,  s.  f.  indagação,  busc.i,  o  acto 
de  posquizar,  inquirir.  Fazer  — ,  indagar, 
inquirir,  fazer  dihgencia.  —  contra  os  de- 
linquentes. — ,  inquirição  de  testemunha. 

PESQUiZADO,  A,  p.  p.  de  pesquizar;  adj. 
indagado,  investigado,  inquirido. 

PESQuizADOR,  s.  íM.  O  quG  pesquiza. 

riSQUiZAR,  V.  a.  (do  Lat.  perquiro;  per 
pref.,  e  qucero,  «re ,  situm,  buscar.)  inda- 
gar, buscar,  procurar  com  diligencia. 

PESSAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  2 
léguas  de  Bordeaux  ;  1,500  habitantes. 

PÊSSEGO,  s.  m.  mais  conforme  ao  Latim 
malum  persicum.  V.  Pécego.. 

PESSEGUEIRO.  Y.  Peceguciro. 

PESSEPELLO.  V.  Póspello  c  Pescpello. 

PESSIMAMENTE  ,  ttdv .  [mente  sul!".)  muito 
mal,  do  peior  modo  possivel. 

PÉSSIMO,  A,  adj.  (Lat.  pessimus,  superl, 
de  pejor.)  muito  máu.  excessivamente  máu. 

PEssiNONTE,  (geogr.)  Pessinus,  cidade  da 
Galacia,  entre  os  Tectosfges,  sobre  o  San- 
gario,  a  0.  de  Gordium,  era  celebre  por 
um  templo  de  Cjbelcs  e  por  uma  estatua 
da  deusa,  a  qual  se  dizia  ter  caido  do 
ceo 

PESSOA,  s.  f.  (Lat.  persona,  mascara  de 
actor,  pessoa,  personagem,  de  persenare , 
soar  forte,  como  a  voz  do  actorcom  a  mas- 
cara.) um  individuo,  homem  ou  mulher. — , 
(ant.)  ou  —  alguma,  como  hoje  dizemos, 
ninguém  :  «  palavras  de  comprimento  não 
obrigam  a  pessoa.  «  Eufr.  i.t  ires  -s  da 
Santíssima  Trindade,  (thef>l.)  distinctas  e 
todavia  constituindo  ui»  só  Deus,  mysterio 
incomprehensivel.  Batalha  de  —  a  — ,  ou 
por  — ,  duello,  combate  singular,  campal, 
formal.  Prometíer  de  —  a  — ,  de  viva  voz. 
Ir  em  — ,  pessoalmente,  o  próprio  indivi- 
duo.— ,  (fig.)  valor,  coragem,  brio,  esfor- 
forço,  habilidade.  Cavalleiro,  ou  homem 
de  sua — ,  esforçado,  ou  muito  de  sua — , 
mui  valoroso.  Fazer  de — ,  (ant)  haver-se 
valorosamente.  «  Fizeram  honridamente  de 
sua  —  na  peleja.»  Barros.  «Depois  que  eu 
fiz  de  — ,»  Lobo,  Peregr.,  mostrei  a  minha 
habilidade.  Metter  a  — ,  (no  jogo,  era  ne- 
gocio. — ,  (fig.)  vulto,  estatura,  corpo.  «  To- 
da a  —  do  santo  penitente  desfeita.  »  Lu- 
cena. Não  ter  — ,  não  ser  bem  apessoado, 
ter  pequeno  corpo,  e  fraco;  (lig,)  não  ter 
protector,  pessoa  que  o  proteja.  « A  pe 
quena  —  dos  carrascçs  em  que  se  cria  a 
grãa.  »  Leão,  Descr.  E  desusflda  nesta  ul- 
tima accepçào.  — ,  (gram.)  o  mdividuo  que 
falia,  de  quem  se  falia,  ou  a  quem  se  di- 
rige o  discurso.  A  primeira  — ,  eu  ;  a  se- 


gunda, lu  ;  a"  terceira,  elle,  ella.  Nos  ver- 
bos, a*  pessoas  a  que  se  refere  a  acção  ou 
acto  são  indicadas  por  modificações  nas  ter- 
minações ou  desinências,  com  ou  sem  o  adju- 
torio  do  pronome,  v.  g.  amo,  amas,  ama, 
amamos,  amais,  amam,  ou  eu  amo,  tu 
amas,  elle  ou  ella  ama,  nós  amamos,  vós 
amais,  elles  ou  ellas  amam.  Ama  ou  ama 
tu,  amai  ou  amai  vós,  amo  eu,  amo  elle, 
etc.  —  ,  (astr.  ant )  V.  Aspecto.  —  ,  (ant.) 
dignidade,  prebenda  maior  de  cabido.  Elu- 
cidário. 

PESSOADEGO,  s.  m.  (ant.)  o  direito  deser 
pessneifo  ou  cabecel  do  prazo.  Elucid. 

PESSOADIGO,  (ant.)  V.  Pestoadega. 

PESSOAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  a-fj.  ai]  da 
pessoa,  pertencente  á  pessoa,  feito  pela  pes- 
soa OU  á  pessoa.  Serviço — ,  feito  pelo  in- 
dividuo. Citação  — ,  feita  á  própria  pessoa. 
Obrigação,  pricilcgios  pessoaes,  da  pessoa, 
annexos  á  pessoa.  Modo — ,  na  grammalica, 
a  correspondência  das  desinências  aos  pro- 
nomes pessoaes  que  indicam  a  pessoa  a  que 
se  refere  o  verbo  ;  oppõe-se  a  impessoal,  no 
qual  o  verbo  exprime  acção,  mas  não  execu- 
tada ou  soíTrida  por  pessoa  ou  pessoas,  r. 
g.  os  infinitivos  puros  ou  absolutos,  p.  ex. 
comer,  beber,  viver,  e  os  verbos impessoaes, 
p.  ex.  chove,  troveja. 

PESSOALMENTE,  adv.  (mení^suíT.)  em  pró- 
pria pessoa,  sem  intervenção  de  outrem,  v» 
g.  comparecer  —  em  juizo. 

PESSOARTA,  s.  f.  (dcs.  ia.)  (ant.)  as  acções 
que  exerce  o  cabecel  de  casal,  cm  que  é  enca- 
beçado, por  eíTeito  do  gozar  do  uul  senhorio, 
ou  como  representante  de  outros  com-domi^ 
nos    Elucid.  V.  Pajseiro. 

pessoavelmente,  (ant.)V.  Pessoalmente. 

PESsoEiRA  ,  s.  f.  (ânt.)  pessoa  que  está 
em  uma  das  vidas  de  um  prazo. 

PEssoEiRO,  s.  m.  (ant.)  cabedal,  cabede- 
leiro.  Outros  dizem  que  também  significa- 
va um  dos  senhores  communs  ou  com-do- 
minos  da  herdade.  No  Alemtejo  significa 
parceiro ,  consorte ,  que  vera  do  Fr.  ant. 
pcrsonnier  ou  persoaier,  sócio,  coherdeiro. 

pestalozz  sh.  (hist.)  celebre  philantropo 
suisso.  nasceu  era  1745,  morreu  em  1827. 
Depois  de  ter  estudado  thcologia  e  agricul- 
tura dedicou-se  á  instrucção  das  classes  po- 
bres. D^'ixou  algumas  obras  d'instrucçào, 
entre  ellas  Leonardo  e  Gertrudes. 

PESTANA  ,  s.  f.  raais  us.  no  pi.  (do  Gr. 
óps,  o  olho,  e  teinô,  extender,  tocar,  ap- 
plicar-se.)  cabellinhos  das  capulias  dos  olhos. 
Queimar  as—s,  (fig  )  estudar  muito.  —  , 
debrum  de  costura,  ou  peça  estreita  pega- 
da á  borda.  —  de  viola,  a  peça  de  marfim 
posta  acima  do  espelho  com  regos  onde  en- 
tram as  cordas  para  ficarem  espaçadas,  e 
levantadas  do  tampo. 
46  « 


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PESTANEAR.  V.  Pcstonejar. 

PESTANEJAR  ,  V.  ã.  OU  n.  [pestãria,  des. 
ejar,  do  Cast.  echar,  lançar.)  mover  as  pes- 
tanas. 

PESTANUDO,  A,  adj ,  (des.  udo.)  de  gran- 
des pestanas,  v.  g.  olhos- -s. 

PESTE  ,  s  f.  (Lat.  pestis,  do  Gr.  pipt/^, 
cair  por  terra  ,  ser  morlo  ,  do  inus.  peô.) 
propriamente  significa  doença  que  mata 
muita  gente  ;  doença  contagiosa  caracteri- 
zada pelos  bubões  que  apparecem  nos  sova- 
cos e  virilhas,  e  pelos  estragos  que  causa. 
—  do  Levante,  assim  chamado  porque  na 
Turquia,  Egypto  e  Syria  é,  ha  muitos  sé- 
culos, endémica,  e  de  lá  se  communicou 
muitas  vezes  a  toda  a  Europa  ;  (fig.)  diz-se 
de  tudo  e  que  traz  grande  mal,  perigo,  v. 
g.  a  hypocrisia  e  o  fanatismo  religioso  são 
a  —  dos  estados.  Também  se  diz  das  pes- 
soas. Os  ciganos  são  uma — ,  gente  ni.v 
civa. 

PESTELENÇA  ou  PESTELEisciA.  V.  Pesti- 
lência. 

PESTENCIA,    PESTENKNCIA,    (aut.)  V.  Pesít- 

lencia. 

PESTii,  (geogr.)  Contra-Acuicum  dos  Ilo- 
manos ,  Pestum  ou  Pestiniim  em  latim 
moderno  ,  cidade  dos  Estados  austriacos , 
capital  da  província  de  Pesth,  defronte  de 
Bude  ;  50,000  hagitantes.  A  província  de 
Pesth  fica  entre  as  do  Neagroel,  d'Hevech, 
Bais  e  a  pequena  Cumania,  conta  450,00  j 
habitantes. 

PESTiFERARENTE,  ttdv.  (mcníe  suíf.)  á  ma- 
neira de  peste,  com  mfluencia  pestífera. 

PESTÍFERO,  A,  adj.  (Lat.  pestis,  peste,  e 
fero,  levo.)  que  traz  ou  propaga  a  peste  , 
que  contêm  emanações  perniciosas  ,  pútri- 
das, damnosas,  fótidas,  v.  g.  vapores,  ares  ' 
— s.  — ,  (tig.)  malévolo,  damnado.  A — in- 
veja. Doutrina  — ,  corruptora,  cuja  ten- 
dência é  extremamente  nociva,  perniciosa 

PESTILE^XIA,  s.  f.  peste,  contagio  da  peste. 

PESTILENCIAL,  adj.  dos  2  g .  [áus.  ãáy  ai.) 
da  natureza  da  peste,  summamente  damno- 
so  e  contagioso,  v.  g.  emanações  pestilen- 
ciaes.  CarbvMculo  — ,  contagioso  e  de  na- 
tureza perniciosa. 

PESTiLENCiALMENTE.  V.  P  CS  ti  feramente. 

PEST  LENTE.  V.  PcstHencial. 

PESTiNENTE,  pestinencial,  (aut.)  V.  Pes- 
tilente,  Pestilencial. 

pestrumeiro.  V.  Postumeiro. 

PESTULEíRO.  (ant.)  V.  Epistolairo. 

PEsuEiRO.  V.  Pisoeiro. 

PESUME.  V.  Pesadume. 

PESUNHO ,  s.  m.    (de   pé,  e  unha,  Cast 
pes^ma,  ou  pesuno,  pé,  e  unha  deanimal.j 
pé  de  porco,  e  por  extensão  do  sentido,  a 
parte  inferior  das  pernas  do  boi,  vacca,  jun- 
to á  unha. 


PETA.  V.  Petorra. 

PETA,  s.  f.  (famil.)  lograçâo,  mentira  ío- 
graliva  de  pouca  importância.  Pregou-lhe 
uma-^.  Moraes  o  deriva  do  Ingl.  f^iícque 
significa  morder,  o  que  não  tem  a  menor 
probabilidade.  Talvez  venha  do  Lat.  puto, 
are,  julgar,  crer,  ou  de  Peta,  deusa  que 
presidia  ás  perguntiis  curiosas. 

PETA,  s.f  (do  Lat.  puto,  are-  cortar, 
podar),  a  machadinha  do  podão. 

PETA,  s.  f.  V.  Lula,  peixe.  — nome  de 
uma  ave  que  se  nutre  de  insectos.  Prova- 
velmente vem  do  mesmo  radical  que  o  se- 
guinte. 

PETA,  s.f.  (creio  que  vem  do  Lat. /jícía, 
f.  de  pictus,  pintado  ,  manchado,  (alveit.) 
mancha  na  córnea  do  cavallo. 

PÉTALA,  s.  f    V.  Pétalo. 

PETALiSMO,  (hist.)  do  gvego  pctãlon  (folha) 
espécie  de  julgamento  popular   usado    al- 
gum tempo  em  Aihenas,   consestia   em  es- 
crever sobre  uma  folha  o  nome   do    cida-* 
dão,  que  se  queria  banir. 

PÉTALO,  s.  m.  (Gr.  pétalon,  folha),  (bot.) 
os  petalos  são  as  divisões  da  corolla,  quan- 
do ella  não  é  inteiriça. 

PETARDAR,  V.  a.  (do  Fr.  pètarder],  t.  de 
bombeiros,  applicar  o  petardo  á  parte  da 
praça  que  se  quer  romper. 

PETARDEIRO,  s.  'rt.  (des.  ciro),  o  artilhei- 
ro que  dispõe  e  despara  o  petardo. 

PETARDO ,  s.  m.  (Fr.  pétard,  de  péler, 
de  peidar,  fazer  explosão),  pequeno  canhão 
de  bronze  de  feição  de  um  cone  truncado, 
que  se  ataca  de  pólvora  para  romper  por- 
ias de  cidade  ou  de  edificio. 

PETAU,  (hist.)  em  latim  Petavius,  sabío 
jesuíta  Irancez,  nasceu  em  15S3,  morreu 
em  lu52.  Entre  outras  obras  deixou  :  De 
doctrina  temporunif  Matiniarum  tempo- 
rum ;    Theologica  dogmala,    etc. 

PETEAR,  V.  a.  {peta,  ar  des.  inf.),  pre- 
gar petas,  lograr  alguém. 

PETCHENEG,  (g^ogr.)  Cidade  da  Rússia  eu- 
ropea,  a  l3  léguas  E.  de  Khargov  ;  7,000 
habitantes. 

PETEiiENEGUES.  (geogr.)  chamados  lam- 
bem Pazuikita  ou  Bedjenak,  povo  turco 
d'origem,  sabido  do  Turkestan,  passou  o 
Volga,e  estabeleceu-se  nas  margens  do 
Don,  nas  de  Dniepr  e  do  Danúbio. 

PETEHORA,  (geogr.)  rio  da  llussía  euro- 
pea,  nasce  no  governo  de  Perm,  e  cae  no 
Oceano  glacial  asiático. 

PETEGAR,  V.  a.  (ant.)  peia,  de  manchada, 
des.  gar,  do  Lat.  ago,  ere,  fazer)  ,  cortar 
rijo  com  machada. 

pETEiRO,sf.m.(des.  eiró),  o  que  prega  petas. 

PETERBOROUGH,  (geogr.)  cídadc  d'Inglater- 
ra,  a  7  léguas  e  meia  N.  deNorthampton ; 
8,600  habitantes. 


Pbt 


PET 


18§ 


pèterHkad  ,  (geogr.)  cidade  d'Eseo8SÍa  , 
10 léguas  NE.  d'Aberdeen  ;  6,400  habitantes. 

FETKRiiOF,  (geogr.)  villa  da  Rússia  euro- 
péa,  a  6  léguas  SO.  de  S.  Petersburgo ; 
bOO  habitantes. 

PETERRA,  s.  f.  (ant )  moeda  de  ouro  de 
El-Rei  D.  Fernando,  que  valia  216  réis. 
Elucid. 

PETERSBURGO,  (gcogr.)  cidade  dos  Esla- 
<lo<-Unidos,  a  9  legoas  S.  do  lUchmond ; 
6,7410  habithantes. 

PETfiRWARADlN     OU   PETERVARAS,    (geOgr.  ) 

em  alifiuão  Peterivardein,  em  latim  Acu- 
num,  C4<lade  dos  Estados  austríacos,  capi- 
.tal  da  regência  de  Peterwaradin,  a  ti  \e- 
%\ias  SE.  de  Eszeh ;  3,800  habitantes  A 
f-cgencia  ou  districto  de  Peterwaradin,  ó  si- 
Ui^n  entre  o  governo  de  Smyrnia  e  o  dis- 
tricíG  dos  Tschaikistas  ao  N.,  o  banato  Al- 
lemào  a  E,  a  Servia  e  a  Bósnia  ao  S. 

PETEYAR.  V.  Petear. 

PETHiON  ou  PETioN,  (hist.)  chamado  o 
Villa-Nova,  maire  de  iaris,  nasceu  em 
1759.  Foi  deputado  da  assembleia  Nacio- 
áaal  e  da  Convenção,  pediu  que  Luiz  XVI 
íosse  mettido  em  processo,  foi  nomeado 
imaire  de  Paris  e  tornou-se  por  algum  tem- 
ipo  o  Ídolo  do  povo.  Foi  proscripto  com  os 
«Girondinos  em  1793.  Fugiu  e  morreu  nos 
mattos  de  Bordeos,  onde  foi  encontrado  o 
seu  cadáver,  já  muito  estragado  pelos  lo- 
bos. 

PBTiÁ,  s.  f.  (t.  brasil.),  madeira  amarel- 
Itda  usada  para  marchetar,  v.  g.  —  marfim, 
«erla  espécie  que  admitte  um  bello  lustre. 
Outros    dizem  pequiá. 

f»ETiçÃo  ,  s.  f.  (Lat.  petitio ,  onis,  de 
peto,  ere,  pedir,  procurar),  acto  de  pedir, 
pcdimento,  requerimento,  feito  porescripto 
ao  rei,  ou  a  tribunal,  juiz  ou  oulra  auto- 
ridade. V.  g  Fazer  uma  — .  A' —  do  reino  em 
cortes,  supplica,  peditório.  Petições.  Desem- 
bargador das  petições  ou  aggravos. 

PETIÇÃO  DOS  DIREITOS,  (hist.)  celcbrc  por- 
posta  formulada  pelos  chefes  do  partido  pa- 
.triotico  do  parlamento  inglez  de  1628  e 
.adoptado  por  Carlos  I.  As  camarás  queixa- 
vam-se  nella  de  A  abusos,  que  queriam 
wer  cessar;    1.°  o  vexame  de  arrecadar  as 

•  contribuições  para  o  rei ;  2.°  os  arrestos  e 

•  detenções  illegaes ;  3.°  o  boleto  dos  milita- 
ntes ;  A.^  as  sentenças  dos  militares.  Estes 
.quatro  artigos  foram  objecto  de  viva  dis- 
>.cussão,  e  tiveram  em  resultado  os  llannos 
»de  governo  sem  camará,  os  quaes  prepa- 
raram a  revolução  republicana  de  16^4  a 
.1660. 

PETiCECO,  A,  adj.  (do  Fr.  petit,  pequeno, 
pouco,  o  cego)  que  tem  a  vista  mui  curta, 
«que  vê  pouco. 

PETiMETRB,    s.  m.  (Fr.  peíit  maitre,  pe- 

YOL.  IV. 


ralta,  caa^uilho)  E'  gallicismo  moderno  e  que 
se  deve  evitar  porque  temos  para  a  mesma 
ideia  05  termos  peralta,  casquilho,  adama- 
do,  bonifrate.       ' 

PETiNGA,  s.  f.  (do  Fr.  petit,  pequeno)  pei- 
xinhos usados  para  isca  ou  engodo,  ou  para 
povoar  tanques,  viveiros;  peixe  miúdo. 

PETiNGA,  s  ou  aàj.  f.  (t.  Brasil)  fedoren- 
ta. Mingua  — ,  o  da  mandioca  puba  ou  mal 
lavada  e de  mau  cheiro.  7'in^a  na  linguados 
indígenas  significa  fedor. 

PKTiNTAL,  s.  m.  (ant.)  homena  do  serviço 
das  galés.  O  Elucidário  interpreta  calafate 
ou  carpinteiro  de  naus. 

PETioN,  (his.)  presidente  da  republica  do 
Haiti,  de  côr  preta,  nasceu  em  i770,  mor^- 
reu  em  1818.  Ganhou  muito  território  pe- 
los seus  talentos  e  moderação. 

PETionriLLE,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de 
llaiti,  a  3  legoas  E    de  Porto-do-Prmcipe. 

PKTiPÉ,  s.  n%.  (do  Fr.  peíit,  pequeno,  e 
pé)  escala  ou  regoa  dividida  geometricamen- 
te para  tomar  as  medidas  a  edifício;  escala 
graduada  que  se  ajunta  a  niappas  geographi- 
cos,  para  por  ella  se  medirem  as  distancias. 

PETis,  (hist.)  orientalista  francez,  nas- 
ceu em  1622,  morreu  em  16ií5.  Deixou : 
um  Diccionario  Francez-líirco,  e  Turco- 
Francez,  e  uma  Historia  de  Gcngiscan. 

PETISCA,  *.  /".  [da  petiscar)  jõ^o  de  rapa- 
zes :  consiste  em  atirar  a  uma  moeda  de  co- 
bre posta  no  chão  como  a  alvo,  ganhando  o 
que  acerta. 

PETISCAR.  V.  n.  (do  Lai.  peto,  ere,  bus- 
car, procurar,  esca,  comida,  ar  des.  inf.)  to- 
car levemente,  v.  g.  —  na  comida,  comer  bo- 
cadinhos, provar.  —  no  ferrolho,  tocar  le- 
vemente. —  na  pederneira,  ou  — fogo^  fe- 
rir fogo.  — ,  (fig.  e  famil.)  ter  noticia  super- 
ficial, saber  pouco,  v.  g. —  de  medico,  de 
philosopho ;  mostrar  signaes,  começos.  — 
de  calvo.  E'  p.  us.  neste  ultimo  sentido. 

PETISCO,  s.  m.  o  apparelho  de  ferir  lume, 
a  isca,  pederneira,  fusil,  etc.  — ,  (famil.  e 
us.)  acepipe,  iguaria  que  excita  o  appelite, 
ou  appetitosa,  v  g.  iscas  de  carne  de  porco, 
anchovas,  sardinhas  assadas,  t'  bom  — . 

PETiSECCo,  A,  adJ.  (do  Fr.  pelit,  pouco) 
um  pouco,  ou  meio  secco,  ex  «  Kstas  arvo- 
res são  — s,  e  de  poucas  folhas.  »  Arte  da 
Caça. 

PETIT,  (hist.)  célebre  cirurgião  e  anato- 
mista francei,  nasceu  em  1674,  morreu  em 
1750.  Deixou  um  Tratado  das  doenças  dos 
ossos,  e  outro  das  Doenças  cirúrgicas. 

PETiT-BURGO,  (gcogr.)  aldeia  do  departa- 
mento do  Sena  e  Oise  em  França,  a  1  lé- 
gua ao  N.  de  Corbeil. 

PETiTE-piERRB,  (gcogr)  Lutzelstein,  em 
allemão,  villa  de  França,  a 3  leguasNÒ.  de 
Saverne;  1,300  habitantes. 


1S6 


MT 


PET 


PETiTíS,  aij,  pi.  doê  2  g.  (do  Fr.  petites) 
(ant.)  pequeno.  Torneses  — ,  moeda  d'tl- 
Rei  D.  Fernando  I. 

PETITÓRIO,  s.  m.  (Lat.  petitorius,  perten- 
cente ao  demandante  em  juizo)  peditório,  pe- 
tições amiudadas  ;  districto  onde  os  frades 
mendicantes  pediam  esmola. — ,  (jurid.)  ac- 
ção em  juizo  para  obter  a  posse  de  proprie- 
dade. V.  Peditório. 

FETiTOT,  (iiist.)  celebre  pintor  genOvez, 
nasceu  em  1607,  morreu  em  1691.  Foi  emi- 
nente efn  miniatura. 

PETIIOT,  (hist.)  auctor  francez,  nasceu  em 
1772,  morreu  em  1825.  Publicou  três  tra- 
gedias :  A  Conjuração  de  Pison  ;  Gèta  e 
Caracalla  í  Lourenço  de  Medíeis  ;  também 
traduziu  algumas  do  italiano. 

PETiT-RADEL,  ( hist. )  cirurgião  francez, 
nasceu  em  1749,  morreu  em  1815.  Deixou 
um  Diccionario  cirúrgico,  e  obras  recrea- 
tivas. 

p:éto,  a,  adj.  (ant)  {Ld.t.  pcetus,  um  pou- 
co vesgo)  Olhos  — ,  que  olham  de  esgue- 
lha, com  um  geito  que  lhes  dão  os  namo- 
rados. 

petorra,  s.  f.  (do  Fr.  ant  pietoir,  andar) 
pião  comprido  que  os  rapazes  fazem  gyrar 
açoutando-o  com  um  azorrague  de  trena. 

petra,  (geogr.)  Araceme,  hoje  Krak,  ci- 
dade dos  Nabathéos,  a  15  léguas  S.  do  Mar 
Morto,  capital  da  Arábia  Betrea  no  tempo 
do  império  romano. 

PETRARCHA,  (hist.)  célebro  poeta  italiano, 
nasceu  em  1304.  morreu  em  1374.  As  obras 
mais  célebres  de  Petrarcha  são  as  suas  poe- 
sias italianas,  principalmente  aquellas  onde 
exhala  o  seu  amor  pela  célebre  Laura  de  No- 
ves. Também  deixou  Cartas  e  poesias  lati- 
nas, entre  estas  são  mais  notáveis  as  Eglo- 
gas  e  o  poema  épico  da  Africa. 

PETRECHAD0,  A,  p.  p.  dc  pctrechar ;  adj. 
provido  de  petrechos,  munições,  v.g.&ndiU 
estava  bem  — . 

PETRECHAR,  V.  a.  (Cast.  pertvechar,  do  Fr. 
ant.  trenchier,  abrir  fosso,  minarj  prover  de 
petrechos,  municionar. 

PETRECHOS,  s.  m.  pi.  (Cast.  pertrcchos]  ins- 
trumentos de  guerra.  —  de  coxinha,  frasca 
do  serviço  d'ella.  —  de  manufactura,  todos 
os  instrumentos  que  servem  á  fabricação 

PETREio,  (hist.)  lugar  tenente  do  cônsul 
António,  no  anno  6'^  antes  de  Jesu-Chris- 
to,  batteu  tatiliana  em  Pistola,  foi  vencido 
por  César  na  Hispanha  em  49  ;  assistiu  ás 
batalhas  de  Fharsaia  e  Tapso  ;  julga-se  que 
depois  desta  ultima,  elle  e  Juba  mataram- 
se  para  escapar  ao  vencedor. 

PETREIO,  (hist.)  historiador  dinamarquez 
'do  XVI  século.  E'  celebre  pelo  seu  livro  in- 
titulado :  Cimbrorum  et  Gothorum  origi- 
nes et  migrationes. 


I  PETRBO,  A,  adj.  (Lat.  petreus)  de  pedra ; 
cheio  de  pedras  pedregoso.    Arábia  pétrea. 

PETRETTo-E-B'CCHiSANO  ,  (geogr.)  villa  da 
Córsega,  a  4  léguas  ao  N.Me  Sartenne  ;  ^00 
habitantes. 

PETRiFiCAÇÃo,  s.  f.  acto  de  petrificar  ;  cor- 
po convertido  em  pedra.  Metrificações,  pi. 
substancias  vegetaes  ou  animaes  convertidas 
em  pedra. 

PETRIFICADO,  A,  p.  p.  dc  petrificar;  adj. 
convertido  em  pedra  ;  — ,  s.  m.  um — ,  pe- 
trificação. 

PETRiFiCANTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Petrifi- 
co. 

PETRIFICAR,  V.  a.  (Lat.  petra,  des.  ficar) 
converter  em  pedra.  —  arvores,  ossos,  in- 
filtrando nos  poros  d'esses  corpos  dissolu- 
ções calcareas.  — se,  v.  r.  tornar-se  empe- 
dra. 

PETRIFICO,  A,  adj.  que  petrifica.  Â  — ca- 
beça  de  Meduza,  que  torna  imraovel  quem 
a  vê. 

PETRINA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  pétrine,  peito, 
hoje  poitrine)  peça  de  ornato  do  peito,  par- 
te da  vestidura  ou  gibão  que  cobre  o  peito; 
cintura. 


Da  alva  petrina  chammas  lhe  sahiâo. 

Lusiad.,  II,  36. 


Diz  Camões  fallando  da  cintura  de  Vénus. 
Em  muitas  edições  vem  pretina,  e  talvez  as- 
sim o  escrevesse  o  poeta,  do  Castelhano  pre- 
tina  que  também  é  termo  Castelhano. 

PETROCORis,  (hist. )Peírocom  povo  da  Gai- 
lia ,  primeiramente  na  Céltica ,  depois  na 
Aquitania  2.^  O  paiz  que  occupava  forma  o 
Perigord  actual. 

PETRÓLEO;  s.  m.  [de petra  Lat.,  pedra,  e 
óleo)  bilume  inClammavel  que  reçuma  das 
fendas  de  alguns  rochedos,  asphalto.  Óleo 
de  — ,  náphta,  usado  na  medicina. 

PETRONE,  (hist.)  escriptor  latino,  natural 
de  Marselha,  procônsul  naBjlhinia,  no  rei- 
nado de  Cláudio,  foi  um  dos  favoritos  de 
Wero,  que  lhe  deu  o  titulo  de  arbiter  ele- 
gantiarum. 

PETRONiLHA  (Santa),  (hist.)  vivia  em  Roma 
no  tempo  deS.  Pedro,  ondesoíTreu  o  mar- 
tyrio.  E'  festejada  a  31  de  maio. 

PETROPATLOSK,  (gcogr.)  cidado  e  porto  do 
do  Kamtchatka,  frequentado  pelos  baleeiros 
e  navegantes  do  mar  polar.  Ha  na  Rússia 
asiática  uma  cidade  do  mesmo  nome,  a  lOO 
léguas  ao  S.  de  Tolbosk  ;  800  cazas. 

PETROSO,  A,  adj.  (des.  oso)  pétreo.  Ossos 
— s,  (anat.)  a  parte  espessa  e  mais  dura  dos 
temporaes  que  encerra  os  órgãos  auditivos. 

pfiTROZADOVSK,  (gcogr.)  cidade  da  Rússia 
•uropea,  capital  do  governo  d'01onetz,  a  70 


PKT 


fiz 


m 


léguas  aolHE.  deS.Petersburgo;  8,500  ha-ff  deraçío  dos  Seiks,  fi  20  léguas  ao  0.  deAl^ 

lok;  100,000  habitantes. 
PEY0U6A,  s.  f.  (ant.)  chispes,  pés  de  poí- 


bitantes. 

PETTAR,  (ant.)  V.  Peitar. 

PKTAU  ou  PETTAU,  (geogr.)  Pctovío  dos 
antigos  cidade  da  Styria,  a  7  léguas  SE.  de 
Marburgo;  2,000  habitantes. 

PETROPHiLA,  (bot.)  gcncro  de  plantas  da 
família  das  Troteaceas,  e  da  Tetrandria  Mo- 
nogjnia, 

PETULÂNCIA,  s,  fi  (Lat.  petulantia]  des- 
pejo, atravimento,  desaforo,  insolência. 

PETULANTE,  adj .  dos  2  g.  {L&í.petulans, 
tis)  atrevido,  desaforado,  insolente,  desman- 
dado ;  obsceno,  impudico,  deshonesto,  ex. 
«O  gado  — ,  »  Camões,  Egloga  2,  as  ca- 
bras lascivas. 

PETULANTEMENTE ,  ttdv.  [mente  suff.) 
com  petulância ,  desaforada,  deshonesta- 
mente, 

PEUCE,  (geogr.)  grande  ilha  formada  pe- 
las duas  boccas  mais  septentrionaes  do  Da- 
núbio Foi  durante  algum  tempo  habitada 
pelos  Bastarnes. 

PEUCEDANO,  s.  m.  (Lat.  peucedanum)  fun- 
cho de  porco,  herva. 

PEUCETIA,  (geogr.)  P«wc«íia,  região  de  Itá- 
lia, sobre  o  Adriático,  entre  a  Apúlia  pro- 
priamente dita  e  a  Japygia.  Os  seus  habi- 
tantes eram  os  Pecetes  ou  Pediculos. 

PEUGADA.  V.  Pingada,  Trilha. 

peurbaCh,  (hist )  afamado  astrononao  aus- 
tríaco, nasceu  em  1423,  morreu  em  1461. 
Deixou  uma  Theoria  dos  planetas  ;  e  Taboas 
dos  eclipses. 

PEUTiNGER,  (hist.)  sabio  antiquário  alle- 
mão,  nasceu  em  1465,  morreu  em  1547. 
Compoz  muitas  obras,  entre  ellas  :  Roma- 
nce veínstalis  fragmenta  in  Augvsta  Vin- 
delicorum  reperta :  e  sermones  convivales, 
etc.  *>  'o?    • 

PEVENiSET,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
a  5  léguas  e  meia  ao  SO.  de  Hastings, 

PEVIDE,  s.  f.  (do  Fr.  pepin,  que  M.  Ua- 
vier  deriva  do  Gr.  pepainô,  maturar.  Nós  cre- 
mos que  vem  de  pejoo.  abobra,  eintus,  den- 
tro. Em  pevide  o  v  é  substituído  a  p)  se- 
mente de  melão,  melancia,  e  de  fructo,  co- 
mo peras,  maçans,  laranjas  ;  doença  das  gal- 
hnhas  que  consiste  na  formação  de  uma  pel- 
licula  que  lhe  forra  a  lingun  por  baixo.  — , 
defeito  de  articulação  que  subsiitue  o  /  aor, 
diíTiculdade  em  articular.  Aão  ter  —  na  lín- 
gua, ser  despejado  em  fallar.  —  de  can- 
deia, fagulha.  Barros, 

PEViDoso,  A,  adj.  (des.  oso)  que  pronun- 
cia mal  por  ter  pevide  na  lingua. 

pEviRADA.  V.  Pivirada. 

PEYA.  V.  Pêa. 

piTCHAWER  OU  piCHAOUEB,  (geogp.)  cida- 
de da  Ásia,  capital  de  uma  província  da 
do     Afghanistan ,    que  pertence  á    confe- 


00. 

PETRAC,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2  lé- 
guas ao  NE.  de  Gourdon ;  1,000  habitan- 
tes. 

PEYRARD,  (hist.)  mathematico  francez,  nas- 
ceu em  1760.  Traduziu  as  obras  delrchi- 
medes,  e  os  Elementos  de  geometria  de  Eu- 
clide. 

piYRE,  (hist.)  architecto  francez,  nasceu 
em  1730,  morreu  em  1785.  Escreveu  um 
livro,  que  tem  por  titulo  Obias  de  Árei^ 
tectura.  \\^ 

PEYREHORAD  ,  (geogF.)  cidade  de  França, 
a  5  léguas  ao  S.  de  Dax ;  l,iOO  habitaur 

teS.  ryf^ 

PEYHELEAU,  (geogp.)  cídade  de  França,  a 
4  léguas  ao  NE.  de  Milhau;  J,OOU  habi- 
tantes. 

PEYRiAC-MiNERVEZ,  (geog.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  5  léguas  ao  NE.  de  Carcassona,  1,300 
habitantes. 

PEYROLLis,'  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
4  leguasi  e  um  quarto  NE.  d'Aix ;  1,000  ha- 
bitantes. 

PEYRON,  (hist.)  célebre  pintor,  francez  nas- 
ceu em  1744,  morreu  em  1815.  Os  seus  prin- 
cipaes  quadros  são  :  Um  Paulo  Emílio  com 
Perseo  a  seus  pés ;  a  morte  d^  Séneca ; 
Curió  e  os  Samnites.         |       ;  :' ;E3        í 

pEYRUis,  (geogr.)  villa  de  França,  sobre 
o  Durance,  a  4  legoas  N.  de  Forcalquier. 

PEYSSONNEL,  (hist.)  viajante  francez,  nas- 
cfu  em  1700,  morreu  1757,  percorreu  a  Ásia 
Menor  efoi  cônsul  em  Smyrna.  Deixou  mui- 
tas Memorias  e  umai  r  elação  da  sua  viagem 
ao  Lesante. 

PEZ,  s.  m.  (Lat.  pix^  eis)  resina  do  pi- 
nheiro, hquida  ou  concreta. 

PEZ,  (hist.)  benedictino  francez,  nasceu 
em  1683,  morreu  em  1735.  Deixou  T/i«sau- 
rus  anecdotorum. 

PEZ  (Jeronymo),  (hist.)  benedictino,  pu- 
blicou Scriptores  rerum  Austriacarum,     , 

PEZADUME,  s.m.  V.  Pezadume,  e  Pexali, 

PEZAY  (marquezde),  (hist.)  poeta  francez. 
nasceu  em  i741,  morreu  em  1777.  As  suas 
poesias  foram  impressas  com  o  titulo  de  obra^ 
agradáveis  e  moraes. 

PEZAME,  s.  m.  (formado  do  rerbo  pezar, 
e  me)  expressão  de  sentimento,  v.  g.  dar  a 
alguém  os  — s  da  morte  de  pessoa  carav  ^ 
parente .  ,7,a'>í')'-^.,'i  ••■  ■  '■>.  '< 

PEZAR,  s.  m.  [âoLaX.^gfo,  «re,  causar 
moléstia,  magoa,  inccmmodo,  sensação  pe- 
nosa) sentimento  doloroso,  em  razão  de  ac- 
ção feita  pela  própria  pessoa,  ou  por  suc- 
cesso  infausto ;  arrependimento,  ».  5».  tenho 
grande  —  do  partido  que  o  meu  amigo  to- 
47  « 


^H 


Míà 


moii,  oii —^  cTd  conselho  que  lhe  deu.  A — , 
(loc.  adv.)  não  obstante,  a  despeito,  v.  g.  — 
do  aperto  em  que  se  viu  ;  —  da  resistência. 

PEZAR,  V.  n.  e  impessoal  ter  pezar,  v.g. 
peza-me  ter-vos  offendido,  não  ter  seguido 
o  vosso  conselho. 

N.  B.  Os  antigos  em  geral  confundem 
pezar  s.  e  verbo  com  pesar,  não  obstante  a 
pronuncia  differente  do  e  brando  e  longo  de 
pexar  e  forte  de  pesar,  em  alguns  tempos, 
V.  g.  pêxa-me,  pêza-te,  e  peso,  pesa,  pese, 
etc.  A  etymologia  pode  ser  a  mesma,  deri- 
vando ambos  áoYr.  peser,  ou.  Lat.  pender e; 
masparece-me  que  entre  peso,  ainda  no  sen- 
tido moral,  e pexar,  arrependimento,  magoa, 
existe  differença  notável.  Dizemos,  v.  g.  te- 
nho um  peso  na  consciência,  ou  pesa-m«  na 
consciência  ter  dado  tal  conselho.  Peza-me, 
tenho  pezar  não  pode  substituir-se  nestas 
phrases,  epeza-me  na  consciência  seria  erro, 
porque  o  verbo  já  exprime  o  sentimento  in- 
timo, o  arrependimento. 

PEZAROSAMEUTE,  adf).  [mcnte  suff.)  com 
sentimento,  pezar. 

PEZAROsissíMO,  A,  adj .  superl.,áe  peza- 
roso. 

pizAROSO,  A,  adj.  [pezar,  des.  aso)  que 
sente  pezar,  magoa,  pena,  penalisado,  ar- 
rependido. 

piZEBRÃo.  V.  Pesebrão. 

PEZENAS,  (geogr.j  cidade  de  França,  so- 
bre o  Herault,  a  5  léguas  e  meia  NE.  de 
Beziers;  7,970  habitantes. 

piZENHO,  A,  adj.  (des.  enho)  da  côr  de  pez. 
Cavallo  — . 

PEZRON,  (hist.)  escriptor  francez,    da  or- 
dem dos  Bernardos,  nasceu  em  1636,  mor- 
reu em  1706.  Deixou  Antiguidade  dos  tem 
pos ;    Historia  evangélica  confirmada  pela 
judaica  e  romana. 

PFAFF,  (hist.)  theologo  protestante,  nas- 
ceu em  Stuttgard  em  1686,  morreu  em  1760, 
visitou  a  Itália,  a  Hollanda,  a  Inglaterra,  a 
França  e  a  AUemanha;  foi  conde  palatino, 
membro  dos  Estados  de  Wurtemberg  diri- 
giu a  edicção  da  Biblia  chamada  Bíblia  de 
Tubingui,  e  deixou  muitas  obras,  entre  el- 
las  Dissertationes  antibcelianoe. 

PFAFFENDOBF,  (geogr.)  villa  dos  Estados 
prussianos,  a  meia  légua  ao  M.  de  Liegnitz , 
300  habitantes. 

PFAf  FENHAUSKH,  (hist.)  cidade  murada  da 
Baviera,  a  2  léguas  N.  deMindelheim  ;  1,000 
habitantes. 

PFAFFENHOFKN,  (geogr.)  cidade  da  Bavie- 
ra, a  12  léguas  NO.  deMunich;  1,800  ha- 
bitantes. 

PFEFFBL,  (hist.)  jurisconsulto  e  publicis- 
ta francez,  nasceu  em  i726,  morreu  em  1807 
Deixou  um  Resumo  chronologico  da  histo- 
ria e  do  direito  publico  de  Alleinanhat  etc. 


PFEFí-EL  (Conrâdoj,  (hist.)  irínão  do-pre^ 
cedente,  nasceu  em  1738,  morreu  em  1809. 
Deixou  Obras  poéticas. 

PFAFFiA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Araaranthaceas  o  da  Pentandria 
Monogynia. 

PFiNZ,  (geogr.)  rio  do  gran-ducado  de 
Bade,  nasceu  no  Wurtemberg,  e  cahe  no 
kheno  a  2  laguas  E.  de  Graben. 

PFORZHEiM  (geogr.)  cidade  do  gran-du- 
cado de  Bade,  a  7  léguas  SE.  de  Carls- 
ruhe  ;  5,500  habitantes. 

PH.  Os  Romanos,  que  não  tinham  o  som 
do  p  aspirado  ou  ph  dos  Gregos,  nem  por 
conseguinte  caracter  para  o  designar,  sup- 
priram  esta  falta,  não  por  /,  mas  por  ph, 
que  em  l'ortuguez  e  nas  mais  línguas  da  Eu- 
ropa se  pronuncia  /.  E'  indispensável  o  uso 
do  ph  para  os  termos  tirados  directamente 
do  grego,  ou  adoptados  da  transcripção  la- 
tina escriptos  por  ph.  Embora  mofe  Moraes 
da  ostentação  etymologistica  ;  não  imitemos 
os  Italianos  eHespanhoes  que  substituem  ao 
ph  o  f,  e  seguindo  o  exemplo  dos  Francezes, 
Allemães,  e  Inglezes,  escrevamos  philosophia 
Phebo,  pharo,  pharol,  e  os  nomes  próprios 
Phidias,  Philostrato,  Phalera.  V.  Phalan^ 
ge. 

PHACEA,  ('hist.)  rei  d'ísrael,  de  758  a 
726  antes  de  Jesu-Christo,  foi  primeira- 
mente general  de  Phaceia,  ao  qual  usur- 
pou o  trono  depois  de  o  ter  assassniado, 
fez  muitas  invazões  no  reino  de  Judá.  foi 
atacado  por  Salmanazar,  e  foi  morto  por 
Oseas. 

PHACEIA,  (hist.)  rei  d'ísrael,  successor  de 
Manahem,  so  reinou  um  anno,  de  V54  a 
753,  foi  morto  por  Phacea,  um  dos  seus 
generaes. 

PHAETONTE  ,  (myth.)  filho  do  sol  e  de 
Clymena ,  filha  de  Júpiter.  Tendo  aíiir- 
mado  Epapho  que  elle  não  era  filho  d'Apo!- 
lo,  foi  procurar  seu  pai,  para  saber  a  ver- 
dade da  sua  própria  bocca,  depois  de  se 
haver  certeficado  da  verdade  pediu-lhe  que 
lhe  concedesse  uma  cousa  para  provar  que 
não  era  seu  filho.  Apollo  jurou  pelo  Stygio 
não  lhe  recusar  cousa  alguma  ,  então  Phae- 
tonte  pediu  para  conduzir  o  carro  do  sol, 
somente  um  dia ;  Apollo,  obrigado  pelo 
juramento  que  fizera,  teve  de  annuir  ásua 
louca  supplica.  A  empreza  era  superior  ás 
forças  de  Phaetonte ;  os  cavallos  mal  di- 
rigidos arrebataram-o,  abrazaram  a  super- 
fície da  terra  e  seccaram  as  aguas.  Júpiter 
para  pôr  termo  a  estas  desordens  fulminou 
Phaetonte  com  um  raio  e  precipitou-o  no 
Eridan. 

PHAGfANTHO,  (bot.)  geuero  de  plautas  per- 
tencente á  Monadelphia  Decandria,  L. 

PHAGNALB»  (bot.)   genero  de   plantas  da 


PHA 


PHâ»v 


1^ 


famillia  das  Sytiaathereas,   trfbu  das  lau- 
leas. 

PHALACROLOMA,  (bot.)  gencro  tie  plantas 
da  fauiillia  das  Synanthereas  e  da  Synge- 
nesia  supérflua,  L. 

phalangarchia.  s.  f.  (o  eh  sôa  k :  pha- 
lange,  e  arc/iía)  dignidade  de  chefe  de  pha- 
lange,  na  milícia  antiga  dos  Gregos. 

PHALARGE,  s.  f.  (Gr.  p/ia/afix.  Os  lexico- 
graphos  não  dão  etymologia  que  satisfaça, 
e  todavia  ella  é  obvia.  E'  formado  dep«- 
las,  perto,  e  anghô,  aperto)  corpo  de  infan- 
teria  macedónia  de  fileiras  cerradas  e  de 
maior  fundo  que  frente.  As  — s  dos  dedos, 
os  ossos  de  que  se  compõem  os  dedos,  por 
que  estão  dispostos  como  a  phalange,  os  de 
um  dedo  a  par  dos  do  outro.  —  diz-se  de 
qualquer  corpo  considerável  de  tropas,  (fig.) 
de  quantidade,  copia  grande  :  —  de  hym- 
nos,  Garção.  Wos  antigos  encontra-se.  Um 
— ,  masculino. 

Este  termo,  escripto  falange,  não  permit- 
te  acertar  com  o  radical :  o  p  fi  o  ph,  são 
letras  que  em  Grego  se  trocam  uma  pela  ou- 
tra, mas  o  digamma  Eólio  ou  f  correspon- 
de aowou  y,  ou  á  aspiração  do  e,  v.g.em 
hyos,  de  que  os  Latinos  fizeram  ^/úts,  eear, 
ér,  de  que  os  lonios  fizeram  bér,  os  Kolios 
fér,  e  os  Latinos  ver,  primavera. 

PHALANTE,  (hist.)  Pkãlantus,  Lacedemo-v 
nio  chefe  dos  Parthenios,  fundou  com  elles 
a  colónia  de  Tarento,  em  707  antes  de 
Jesu-Christo. 

PHALARiCA,  s.  f.  lança  que  em  uma  das 
extremidades  era  involvida  em  rolo  ou  man- 
ga cheia  de  matérias  inflamniaveis  a  que  se 
punha  fogo,  arrojando  a  arma  contra  os  na- 
vios ou  edifícios  inimigos  para  os  incendiar. 
Diz-se  ter  sido  inventada  por  Phalaris,  ty- 
ranno  de  Syracusa. 

PHALARIS  ,  (hist.)  tyranno  d  Agrigento  , 
era  Cretez  d'origem  ;  apoderou-se  do  poder 
no  anno  506  antes  de  Jesu-Christo  e  rei- 
nou 16  ânuos.  Tornou-se  odioso  pela  sua 
crueldade  e  morreu  apedrejado  pelos  seus 
vassalos. 

PHALERO,  (geogr  )  Phalerus.  porto  d'Athe- 
nas,  a  1  léguas  do  mar ;  só  podia  receber 
embarcações  pequenas. 

phalsbourgo,  (geogr.)  (isto  é  villa  palati' 
na,  Pfahburg),  cidade  de  França,  a  4  lé- 
guas NE.  de  Sasreburgo ;  3,720  habitan- 
tes. 

PHANTAsiA,  s.  f.  (Gr.  de  phainô,  brilhar, 
luzir)  V.  Fantasia. 

PHANTASiAR.  V.  Fantasiar,  etc. 

FHANrASMA.  V.  Fãutasma. 

N  />.  Estes  termos  deveriam  escrever-se 
por  ph,  mas  em  Portuguoz,  assim  como  em 
Francez,  tem  prevalecido  &  respeito  d'elles 

o   uso  do  /.  /.     ,,«    ,:"     ' 

roL.  IT. 


priANtASHAGORiA,  s.  f.  {phaníasmQt  6  úgo-' 
ra,  assembleia)  espectáculo  era  que  por  meios 
ópticos  se  fazem  ver  em  sala  escura  espec- 
tros e  figuras,  sendo  perfeita  a  illusão. 

PHARAMONDO,  (hist.)  personagem  duvidot,, 
sa,  que  por  muito  tempo  se  julgou  ter  sido 
o  primeiro  rei  de  França,  não  foi  mais  do 
que  um  chefe  ou  duque  dos  Francos,  so 
realmente  existiu  :  dão-no  por  filho  de 
Marcomir  e  suppõem  que  passou  o  Rhe- 
no  em  419,  avançando  até  Tongres  ou  Tro- 
ves. 

PHARAÓ,  (hist )  nome  commum  á  mui-r 
tos  reis  do  Ègyplo.  A  Biblia  designa  com 
esto  nome  dez  reis  differenles.  Os  mais  co- 
nhecidos são  aquelles,  de  quem  José  ex- 
plicou o  sonho ;  aquelle  que  começou  a 
perseguir  os  Hebreos,  o  que  fez  morrer  to- 
dos os  recem-nascidos ;  aquelle  que  foi  in- 
timado por  Moyses  para  deixar  sair  os  He- 
breos, este  ultimo  foi  pai  deSesostris.      ,  ^ 

pnARASHAKK ,  (hist.)  nome  commum  a- 
sete  reis  da  ibéria,  que  reinaram  do  i  ao 
VI  século  depois  da  Jesu-Christo.  O  único 
notável  é  Pharasmane  I,  que  reinou  do 
anno  35  ao  anno  54  de  Jesu-Christo.  Foi 
alliado  dos  Romanos,  fez  guerra  aos  Par- 
thos,  a  qnem  conquistou  o  reino. 

PHARBETiTE,  um  dos  noices  do  Baixo- 
Egypto,  tirava  o  seu  nome  de  Pharbele,  a 
0.  do  braço  bubastico  do  Nilo. 

PHARETRAR,  V.  a.  (Lat.  pkaretra,  aljava) 
V.  Settear.  .k-t 

pHARiSAico,  A.  adj.  de  phariseo ;  (íig.)  Caj^ff 
so,  hypocrita.  _  í,p 

PHARiSAiSMO,  s.  m.  (des.  timo)  doutrina 
e  moral  corrompida  dos  phariseos,  hypo- 
crisia. 

PHARISEO,  s.  m.  eniergão  de  palha,  cha- 
mado iambem  judeu. 

PHARISEOS,  (hist.)  Pharismi,  seita  judai- 
ca opposta  á  dos  Saduceos,  destinguia-se 
pelo  seu  zelo  excessivo  nas  praticas  exte- 
riores do  culto  e  pelo  seu.  espirito  arden- 
te de  prosélytismo.  Os  Phariseos  gosavaca 
grande  auctoridade  em  Jerusalém  e  perse- 
guiam os  inovadores.  Josuó  atacou-os  em 
mais  de  uma  occasião  e  accuzou-QS  de  9^t» 
gulho  e  d'hypocrisia. 

PHAR3IACEUTICA.  V.  Pharmacia. 

PHARMACEUTico ,  A,  adj.  quo  respeita 
á  pharmacia,  v.  g  preparações  pharmaceu- 
ticos. 

PHARMACEUTICO,  s.  'i'.  boticario. 

PHARMACIA,  s.  f.  (Lai.,  do  Gr.  pharmakon, 
medicamento)  parte  da  medicina  que  trata 
dos  medicamentos  simples  e  compostos,  e 
ensina  o  modo  de  os  preparar 

PUARMACOPKIA,  s.  f.  (Lat  pkarmacopísia) 
livro  que  contem  adescripçào  dos  medica-» 
mentos  o  jpethodos  de  os  preparar., ^  ^  ^|^ 
4tí  ■ 


5' 


190 


PHA 


PHB 


^PHARMACOPOLA.,   *.  m.   (Lat.)|  V.  Boticá- 
rio. 

IHpharmagopolia.  V.  Botica. 
,  _,^PHARNABAZO ,  (hist.)  nome  muito  com- 
mum  no  antigo  império  dos  Persas.  Um 
Pharnabazo,  satrapa  da  Phrygia,  ateou  a 
guerra  do  Peloponeso,  foi  por  muito  tem- 
po favorável  a  Sparta,  foi  batido  por  Alci- 
bíades nas  batalhas  d'Abydos  e  de  Cjzico 
foi  depois  amigo  d'Athenas,  e  alcançou  com 
Cenon  a  victoria  de  Guido  em  394. 
'  PHARNACES,  (bist.)  rei  do  Ponto,  filho  de 
Mithridates  e  avô  de  Mithridates-o-Grande. 
Fez  guerra  a  Eumenes,  rei  da  Pérsia. 

PHARNACES  II,  (hist.)  rei  de  Bhosphoro 
Cimmerio,  filho  de  Mithridates-o-Grande , 
traiu  seu  pai  a  favor  dos  Romanos,  e  su- 
biu ao  trono  de  Bhosphoro  em  64  antes  de 
Jesu-Christo.  Tentou  reconquistar  os  Esta- 
dos de  seu  pai,  mas  foi  atacado  por  Cezar 
e  perdeu  a  batalha  de  Zéila. 

PHARO,  s.  m.  (Lat  pharus  ou  pharos,  do 
Gr.  phaneros,  apparente,  visivel)  pharol,  tor- 
re alta  com  pharol  para  indicar  aos  nave- 
gantes baixos,  bancos,  entrada  de  porto,  v. 
é:  ò-^áe  Alexandria,  deMessina. — ,  (fig.) 

PHAROS,  (geogr.)  Pharos,  pequena  ilha 
próxima  ao  porto  d' Alexandria,  foi  reuni- 
da ao  continente  por  o  anno  28 :»  antes  de 
Jesu-Christo,  e  foi  ornada  com  uma  alta 
torre,  no  cimo  da  qual  se  accendiam  fachos 
para  de  noute  guiar  os  navios  ;  este  apare- 
lho tomou  o  nome  de  pharol,  que  depois 
se  entendeu  a  todos  os  edifícios  do  mesmo 
género. 

PHAROL,  *.  m.  (de  pharo  e  luz]  o  fogo  ou 
luz  que  de  noite  se  acende  nos  pharoes  para 
sèr  avistada  de  longe  pelos  navegantes ;  (fig.) 
guia. 

PHARSALiA,  (geogr.)  Pharsalus  ou  Phar- 
salia,  hoje  Tersa,  cidade  da  Thessali?,  a 
Ei  d'Epidano  e  perto  d'Enipea.  -'a^  «  ' 
^  iPHASE,  (geogr.)  Phasis ,  rio  da  Colchi- 
dá,  nascia  na  Arménia,  corria  a  E  e  a  O. 
e  caia  no  Ponto- Euxino. 

PHASES,  s.  f  pi.  {(jr.phasis,  apparencia, 
de p^ainô,  'brilhar)  (àstr.)  apparencias  diver- 
sas da  lua  e  dos  planetas  illuminados  pelo  sol; 
(fig.)  mudanças,  variações.  As  —  da  revolu- 
ção. Moraes  diz  que  fazes  é  melhor  orthogra- 
phia.  Nâo  pode  haver  maior  absurdo  que 
confundir  este  termo  com  o  verbo  fazer. 

PHATiosiM.  V.  Emphyteusis.  De  — ,  per- 
petuamente.   "";^  '^'  ' 

PHATMETICO  ÒU   PHATNITICO,    (geOgr.)   pro- 

íongamento  do  braço  Athribitico  do  Nilo. 

PHAYLLO,  (hist.)  general  phocio,  irmão 
d'Onomarco ,  succedeu-lhe  no  comman- 
dó  dos  Phoceos,  durante  a  guerra  sa- 
i^  ,  YWCietj    m  Beoeios    m  aono    'áb% 


antes  de  Jesu-Christo  e  saqueou   o  templor; 
de  Delphos.  Morreu  pouco  depois. 

PHAZANiA,  (geogr.)  Phazania,  hoje  Fez- 
zan,  região  da  Lyb\a  interior,  perto  da  pe- 
quena  Syrta. 

PHAZES.  V.  Phases. 

PHEACios,  (hist.)  nome  dado  na  Odyssea 
aos  habitantes  da  ilha  de  Corcyra,  que  ti- 
nham Alcinous,  filho  de  Phean  por  seu 
rei. 

PHEBE,  s.  f.  {Làt.  PhcBbe,  do  Gr  phoibos^ 
claro)  (poet.)  a  lua. 

PHEBEO,  A,  adj.  (poet.)  de  Phebo,  do  sol. 
Alampada  — ,  o  sol.  Camões. 

PHEBO,  s.  m.  (l.at.  Phcíbus,  do  Gr.  phoU 
bos,  claro,  lúcido)  (poet.)  o  sol,  Apollo. 

PHEDON,  (hist.)  philosopho  natural  d'Elis, 
discípulo  e  amigo  de  Sócrates.  Sendo  na  sua 
mocidade  apanhado  por  piratas, foi  comprado 
por  Sócrates,  que  o  admittiu  ás  suas  lic- 
ções  depois  da  morte  de  seu  mestre  voltou 
á  pátria,  onde  fundou  a  escoUa  chamada 
d'Elis,  a  qual  se  destinguiu  pela  fidelidade, 
com  que  conservou  as  doutrinas  de  Sócra- 
tes. 

PHEDRA,  (myth.)  Phoedray  filha  do  rei  de 
Greta,  Minos  edePasiphaé,  e  irmã  d'Ariad- 
na,  casou  com  Theseo,  reid'Athen8s.  Con- 
cebeu violenta  paixão  por  liyppolito,  seu 
genro,  e  como  elle  lhe  não  correspondes- 
se, accuzou-o  de  a  ter  querido  seduzir  e 
foi  assim  causa  da  sua  morte.  Pouco  depo- 
is enforcou -se  de  desespero. 

PHEDRO,  (hist.)  Phosdrus,  philosopho  epi- 
curiano ;  florescia  em  Athenas  5U  annos 
antes  de  Jesu-Christo.  Foi  um  dos  mestres 
de  Cicero.  Entre  outras  obras  compoz  ura 
tractado  Da  natureza  dos  deuzes. 

PHEDRO,  (hist.)  fabulista  latino,  nasceu 
na  Pieria  no  anno  30  antes  de  Jesu-Chris- 
to foi  levado  como  escravo  a  Roma,  e  foi 
liberto  de  Augusto ;  perdeu  a  sua  fortuna, 
por  ter  atacado  um  grande  personagem/t 
que  se  julga  ser  Sejano.  e  morreu  no  an- 
no 44  de  Jesu-Christo.  Deixou  cinco  hvros 
de  Fabulas,  os  quaes  são  notáveis  pela  pu- 
reza d'estilo,  pela  franqueza  e  grandeza  de 
pensamentos. 

PHEGEO,  (hist.)  Phegeus,  rei  da  Arcádia, 
recebeu  Alcmeon,  depois  de  ter  morto  sua 
mãi  admittiu-o  a  expiação  e  deu-lhe  em 
cazamento  sua  filha  Alpheribea. 

PHEMio,  (hist.)  poeta  latino,  casou  com 
Critheis,  quando  ella  estava  gravida  d'Ho- 
mero,  e  foi  mestre  deste  menino. 

phenaS,  s,  f.  aves  filhas  dos  halietos.  Ar- 
raes,  I,  15. 

PHKNiciA,  {geogr.)  Phoenicia,  pequena  re- 
gião da  Syria,    entre   o    Anti-Libano  e  Oj 
mar,  extende-se    desde  a  embocadura   d<jí  - 
Elôutherio  ao  H.,  até  á  do  Mnt  ao  S,     ô^ 


PHI 

PHENlcopTERO ,  s.  m.  (Lat.  phcBnicopte- 
rus,  de  phcsniceus,  de  côr  vermelha,  elír. 
teroriy  aza.)  pássaro  que  tem  aspennas  das 
azas  vermelhas. 

PHENicopTERO,  (h.  n.)  gBnero  de  pássaros 
da  ordem  das  gralhas, 

PHENII  ou  PHENIS,   S.    f.    0\im.  {^TOn.  fé- 

nix,  ou  fénis  ;  Lat.  phcBnix,  do  Gr.  phoinixy 
tAmãra,  côr  vermelha,  como  a  do  fructo.)  ave 
fabulosa,  que  se  dizia  viver  muitos  séculos,  e 
depois  de  morta  renascer  das  suas  cinzas.  E' 
emblema  solar  allegorico ,  e  provavelmente 
designava  a  renovação  do  cyclo  ou  período 
solar  allegorico  composto  de  1461  annos  de 
365  dias ;  (fig.)  cousa  singular,  única  da  sua 
espécie  ;  pessoa  de  raro  engenho,  v.  g  é  um 
— .  Raphael  é  o  —  dos  pintores  modernos. 

Não  muda  no  plural.  A  ave  symboli- 
ca  é  representada  com  pés  vermelhos.  Pín- 
tavam-a  do  tamanho  de  uma  águia  ,  com 
bello  martinete  sobre  a  cabeça,  ps  pennas 
do  pescoço  douradas,  a  cauda  branca  com  al- 
gumas pennas  escarlates  e  os  olhos  brilhantes. 
Segundo  a  Mythologia  quando  vê  aproximar  o 
seu  fim  este  pássaro  forma  um  ninho  com 
plantas  aromáticas,  expõe-o  aos  raios  do  sol, 
sobre  elle  se  consome;  da  medula  dos  ossos 
nasce  um  verme  do  qual  se  forma  outra  phe- 
nii,  O  primeiro  cuidado  do  filho  é  render 
ao  pai  as  honras  da  sepultura ;  forma  com 
myrrha  uma  massa  á  maneira  de  ovo,  me- 
te-lhe  dentro  o  corpo  do  pai  e  leva-o  a 
Heliopolis  ao  templo  do  sol.  Julga  se  ser 
a  fabula  da  phenix  uma  espécie  de  symbo- 
lo  da  imqaortalidade  da  alma. 

PHKNix,  (hist.)  filho  d'Amynto,  rei  dos 
Dolopes,  seu  pai  mandou  arniscar-lhe  os 
olhos  em  castigo  de  um  crime,  que  falsa- 
mente lhe  imputaram  ;  recobrou  a  vista  cora 
remédios,  que  lhe  deu  Chiron,  foi  paestre 
d'ichiUe8  e  seguiu-o  a  Tróia. 

PHENOMENO,  s.  m.  (do  Of.  phaitiomai,  ma- 
nifestar-se,  apparecer.)  apparencia  de  astro, 
astro  que  se  mostra  de  novo  ;  eífeito  natural, 
V.  g.os  —$  da  lua,  electricidade,  da  vegeta- 
ção. Escripto  por  f,  como  quer  ¥oraes,  pare- 
ceria vir  de  feno,  em  Lat.  fcsnum,  ou  de  fe- 
nus  ou  fanus,  usura,  juro  de  dinheiro,  e  do 
Gr  menô,  durar,  permanecer. 

PHERKCRATES  ,  ( hist. )  poeta  comíco  de 
Athenas,  no  anno  420  antes  de  Jesu-Cris- 
to  compôz  17  ou  Í3  comedias,  de  que  so 
nos  restam  alguns  fragmentos,  entre  outros 
um  trecho  de  uma  peça,  intitulada  Chiron. 

PHEEECYDEs,  (his.)  philosopho  grego  nas- 
ceu no  anno  iiOO  antes  de  Jesu-Cristo  na 
iUja  dô  Syros,  abriu  uma  escola  em  Samos, 
e,  contou  Pythagoras  no  numero  de  seus 
discipulos.  Murreu  de  idade  muito  avan- 
çada. 

PHERBs,  (^ogr.)  V9k9tin9f  cidade  da 


PHI 


mt 


Thessalia,   perto  de  Magaesía,  a  algacaas 
milhas  da  costa,   tinha  por  porto  Pagases. 

PHERESEOS,  (hist.)  um  dos  povos,  que 
habitavam  a  terra  de  Chanaan,  antes  do 
estabelecimento  dos  Hebreos  neste  paiz ; 
viviam  nas  duas  margens  do  Jordào  ©ao 
N.  de  Sichem.  Foram  exterminados  pelos 
Israelitas. 

PHERETRO.  V.  Féretro. 

PHERON,  (hist.)  rei  do  Egypto,  filho  de 
Sesostris,  succedeu  a  seu  pai  no  anno  1600, 
e  não  fez  cí>usa  alguma  digna  de  menção. 

PHiDiAs,  (hist.)  e  mais  celebre  estatuário 
da  antiguidade,  nasceu  em  Attica,  no  aia-. 
no  498    antes  de  Jesu-Cristo,   morreu  ^m 
430,  executou  a  estatua  de  Minerva  guer- 
reira, de  Minerva  poliade,  de  Minerva  lem- 
niana.  de  Júpiter  olympico,  etc;  foi  nomea- 
do superintendente  de  todos  os  trabalhps, 
de  arte  empreendidos  por  ordem  do  pqvpi,., 
e  de  acordo  com  Péricles  fez  muitos  bel-' 
los   monumentos.    Morreu   desterrado    em 
Ehi. 

PHiDON,  (hist.)  tyranno  de  Argos  no  an- 
no 667  antes  de  Jesu-Cristo  inventou  a  ba- 
lança,  e  foi  o  primeiro   que   fez  juijitH^. 
moeda  de  prata.  -...  ;.^.,^.-.  .^' 

PHiGALiA,  (geogr.)  cidade  da  Arcádia  ao 
S.,  entre  os  rios  Nedí^  e^  ,J.ymax^  hqjoP.au;- 
litza.  ..  .,,,\,  ■,■    .-;.,».  „Wvv'- 

PHiLA,  (geogr.)  Tachompso  gp^  antigos 
Egypcios,  Geziret-el-Heif  ou  El-Birbé  dos 
Árabes,  ilhas  do  Alto  Egypto,  a  1  quarto 
de  légua  S.  de  Syena. 

PHíLACTERTAS.  V.  Phylãcteria^. 

PHiLADKLPniá,  fgeogr.)  Philadelphia,  ho- 
je Alachekr,    cidade  d»    Lydia,   ao  pé  do, 
monte  Tinolo,    foi   construída    por    Attalo 
Philadelpho,  rei  de  Pergamo.  Na  Palestina 
também  havia  uma  cidade  chamada  Philurr; 
delphia,  ho^e  Ámmon.  ,  ,  , 

PHILADELPHIA,  («eogr.)  cída^o  dosJEs;t%fí 
dos-Unidos  da  America  do  Nort«  a  50  lè-, 
guas  NE.  de,  m^hington ;.  ??^,830  habjr^ 
tantes.        m^o  'A  .Ov  ohm  ou  .  i  r.n 

PHILANTHROPTA  ou  PHILAIlT*(9PlA,í./'.  (^aj^*. 

do  Gr.  philosi  amigo,  e  anthropos,  ^pm^np.) 
amor  da  humanidade,  beneficência.  „^, 

pHiLANTHRopico,  A,  adj.  b«i?efiço,  diriginj 
do  pela  philanthropia,  v,  g.  instituição  —-.i^n 

pHiLANTHROPO,  s  í».  amigodafeiipfti>kÍIWL 
de.y.  Philanthropia.         ,  .  •■]    ^  ^m«íí.í,'.;  ( 

PHTLASTERIAS.  V.  Pkylacterias. 

PHiLAUciA,  s.  f.  (Lat.  philautia,  do  Gr. 
phileò,  amar,  e  autos,  o  mesmo;  propH^)i 
amor  próprio  excessivo,  egoísmo.  r 

PHiLAUcioso,  A,  vdj.  (des.  oso.)  cheio  do 
phílaucía,  egoísta.  . 

PHii.RLPHO,  (his.)  sabú)  italiapo,   nasceu 
em  là98,  morreu  em  1481.  Deixou  muitos 
escriptos  em  proza  e  em  tww»  (çatyras,  fe* 
48  ^ 


m 


PH! 


f  i 


bMi/etò.f e  Sígutnas  traducções  do  Gre- 
go. 

PHiLEMON,  (hist. )  poeta  cómico  grego, 
nasceu  em  Soles  na  Cilicia  no  anno  320 
antes  de  Jesu-Crislo  quasi  que  igualou  Me- 
nandro.  Compoz  mais  de  80  peças,  de  que 
50  nos  restam  alguns  fragmentos. 

PHILEMON,  (hist.)  grammatico  do  XII.  sé- 
culo, e  auctor  de  um  Lexicon  technologico. 

PHILENES,  (geogr.)  Philosnorum  arm,  ci- 
dade d'Africa  sobre  o  mar,  entre  Carthago 
6  Cyrene. 

pHiLESiA,  (bot)  Género  de  Plantas  da  fa- 
millia  das  Asparagens  e  da  Hexandria  iMo- 
nogynia,  L. 

PHiLÉTERO,  (bist.)  PhiloBterus,  fundador 
do  reino  de  Pergamo,  era  um  eunuco  pa- 
phlagonio.  Nomeado  por  Lysimaxo  gover- 
nador de  Pergamo ,  apossou-so  do  poder 
nesta  cidade,  no  anno  ^83  antes  de  Jesu- 
Cristo.  Governou  pelo  espaço  de  20  annos, 
mas  sem  tomar  o  titulo  de  rei ;  deixou  os 
seus  estados  a  Eumenes,  seu  sobrinho. 

PHiLiBKRTÀ,  (bot.)  Género  de  Plantas  da 
famillia  das  Apocineas,  e  da  Pentandria  Dy- 
gynia,  L. 

PHILIPON    DE  LA  MADELElNE,    (hist.)    Sabio 

francez,  nasceu  em  J734,  morreu  em  1818. 
Deixou  muitas  obras  úteis,  entre  ellas  :  Dic- 
cionario  portátil  das  rimas ;  Homonymos 
francezeSy  etc. 

PHiLippE  (S.),  (hist.)  um  dos  doze  após- 
tolos, nasceu  em  Hethsaida  na  Galiléa,  foi 
um  dos  primeiros  chamados  por  Jesus  e 
seguiu-o  até  aoJardim  das  Oliveiras.  Depois 
da  descida  do  Espirito  Sancto,  foi  pregar 
o  Evangelho  na  Phrygia,  aonde  morreu  no 
anno  80.  É  commemorado  no  1.°  de  maio. 

PHiLiPPE  (S.) ,  (hist.)  um  dos  sete  disci- 
pulos  que  os  apóstolos  escolheram  para 
desempenharem  as  funcções  de  diácono. 
Depois  da  ascenção  de  Jesu-Cristo  pregou 
o  Evangelho  em  Samaria,  a  onde  fez  nu- 
merozas  conversões.  Morreu  em  Cesárea, 
na  Palestina,  no  anno  70.  É  commemora- 
do a  6  de  junho. 

PHiLippE,  (hist.)  Cinco  reis  da  Macedónia 
usaram  este  nome  :  Philippe  I.  (B09-576 
antes  de  Jesu-Cristo) ;  Philippe  II  (360-336 
este  foi  o  mais  «elebre)  :  Philippe  III  ou 
Arriíleo  (323-3  7) ;   Phihppe  IV  (221-178). 

PHILIPPE ,  (hist.)  rei  da  Syria,  um  dos 
últimos  Seleucidas,  filho  de  Antiocho  VI II, 
foi  aclamado  rei  no  anno  93  anl«?s  de  Jesu- 
Christo,  e  sem  cessar  teve  guerra  com  os 
seus  competidores,  An»iocho  X,  Antiocho 
XI,  Antiocho  XII.  Foi  deposto  para  sem- 
pre e  pela  segunda  vez  pelos  «eus  vassallos, 
no  anno  80,  e  morreu  como  simples  parti- 
cular no  anno  57. 

PHILIPPE,  (hist.)  filho  de  Herodes  o  írmn- 


dé,'''M  ãâ! SmMj  obteve  de  Augusto,  no 
anno  1.°  de  Jesu-Christo,  o  titulo  ás  Te- 
trarcha  com  muitas  províncias  do  reino  da 
Judea  ;  governou-as  com  prudência  e  mor- 
reu no  anno  33  de  Jesu-Christo. 

PHILIPPE,  (hist.)  appeli-lado  o  Árabe,  Mar- 
co Júlio  Philippe  Árabe,  imperador  roma- 
no, nasceu  .em  Bosra,  filho  do  um  chefe 
de  salteadores.  Elevou-se  pela  sua  cora- 
gem e  talentos  aos  primeiros  postos  do  ex- 
ercito ;  aproveitou  a  sua  influencia  sobre 
as  tropas  para  as  revoltar  e  depois  de  fa- 
zer assassinar  Gordiano,  tomou  o  titulo  de 
imperador  em  244.  Fez  paz  com  os  Persas 
cedendo-lhes  a  Mosopotamia,  repelliu  uma 
invasão  de  bárbaros  e  foi  a  Roma,  aorde 
celebrou  os  décimos  jogos  seculares.  Phi- 
lippe foi  vencido  e  morto  em  Verona  em 
2^9  por  Decio,  ao  qual  elle  tinha  enviado 
contra  os  seus  competidores. 

PHILIPPE  I,  (hist.)  rei  de  França,  filho  de 
Henrique  I ;  succedeu-lhe  em  1 060 ,  na 
idade  de  oito  annos,  sob  a  tutella  de  Bal- 
doino,  conde  de  Flandres.  Em  1092  foi  ex- 
commungado  por  ler  repudiado  Bertha  pa- 
ra cazar  com  Bertrade,  casada  com  o  con- 
de de  Anjou.  Dez  annos  esteve  sob  o  peso 
desta  sentença,  que  excitou  muitas  revoltas, 
no  fim  delles  submetteu-se  mas  o  seu  po- 
der estava  tão  abalado,  que  teve  de  asso- 
ciar no  governo  seu  filho,  Luiz  o  Gordo. 
Morreu  em  1108. 

PHILIPPE  II,  (hist.)  chamado  P/ii/ijopeAu- 
gusto,  rei  de  França,  filho  de  Luii  Vil,  suc- 
cedeu-lhe em  1180,  na  idade  de  15  annos. 
Uniu-se  ao  sangue  de  Carlos  Magno  pelo 
seu  casamento  com  Izabel  de  Hainaut,  que 
lhe  trouxe  em  doto  o  condado  de  Artois , 
encheu  o  seu  thesouro  por  cruéis  persegui- 
ções contra  os  Judeus,  e  fez  algumas  guer- 
ras felizes  e  brilhantes  contra  alguns  vas- 
sallos poderosos.  Reclamando  depois  os  seus 
direitos  sobre  o  Vexino,  que  um  casamen- 
to tinha  dado  a  Inglaterra,  luctou  com  van- 
tagem contra  Henrique  II  excitando  seus 
filhos  contra  elle.  Pj3r  morte  deste  prínci- 
pe uniu-se  estreitamente  com  Ricardo-Co- 
ração-de-Leão ,  e  empreendeu  com  elle  a* 
terceira  cruzada.  Chegados  á  Sicília  os  dou» > 
reis  entraram  em  desarmonia.  Todavia  Phi- 
lippe continuou  a  sua  marcha  para  a  Ásia 
e  teve  gloriosa  parte  na  tomada  de  S.  João 
d'Acre  ;  mas  voltou  pouco  depois  para  Fran- 
ça ,  aonde  suscitou  inimigos  a  Ricardo, 
íjuando  este  príncipe  voltou  a  Inglaterra, 
rebentou  a  guerra  entre  os  dois  rtis ,  em 
quanto  Ricardo  foi  vivo  ,  Philippe  não  le^t 
vou  a  melhor ,  mas  depois  da  sua  morte  ,d 
alcançou  algumas  vantagens  sobre  seu  suc^^ 
cessor  João-sem-Terra.  Em  27  de  Julho  de 
i2l4  ganhou  a  batalha  de  Bouvines  ao  du- 


que  dr,  P|j»n*iro3,  «jícád-sera -Torra  e  «o 
im[)t'ra(lar  Olhão  ÍV.  Esta  vicloria  asso;:çu- 
roti  toilas  a-;  siMs  ocnquislaso  doii-lhe  dis- 
liiict.í  preoiniiipncia  snUr-í  lo  los  os  jtridci- 
pes  (la  Kuropa.  MorriMi  im»  1?2;3. 

rniLippE  rii,  (hiu.l  o  Attrecido,  rei  de 
Franra  filho  'le  l.uiz  IX,  semiiu  seu  pii  á  sn  - 
gundn  cruzada  ;  su- cfideu-lhe  em  1270  o  fez 
immudiaiamentc  paz  cora  o  soberano  de  Tunis 
e  voltou  a  Tranç-t.  Foz  guerra  ao  conie  de 
Foix,  quo  r(>cusava  reconhecer  a  sua  suzo- 
rania  ;  e  por  morte  de  Henrique,  rei  de 
ISavarra,  obrigou  o>  Nav/irrozes  a  obedece- 
rem a  Joanna,  sua  jiven  riinha,  que  (lia 
havia  desposarlo  com  seu  íilho  I'hili[)pe  De- 
pois 'ias  ycsperas  Sicilianas,  fo<  guerra  ao 
rei  dií  Aragão  Morreu  em  Perpignan  era 
1285. 

PÍIILIPPE  IV,  (hist.)  0  Beílo,  rei  de  França 
filho  de  Ihilippe  III,  succedeu-lhe  em  1285. 
Terminou-a  guerra  do  Aragão  pelo  tractado 
de  Terascona  ;  [dirigiu  depois  as  suas  armas 
contra  Eduardo,  rei  de  Inglaterra,  o  qual  fez 
alliança  cora  o  conde  de  Flandres ;  esta 
guerra  terminou  pelo  tractado  de  Montre- 
nil.  Teve  depois  uma  contenda  com  o  papa 
Bonifácio  VIII ;  o  qual  pretendia  ter  direi- 
to de  suzerania  sobre  todos  os  tronos.  Bo- 
nifácio fulminou  Philippe  com  muitas  bul- 
ias uma  das  quaes  elle  fez  queimar,  e  con- 
vocou em  l;'Oi,  os  primeiros  Estados  Gc- 
raes,  os  quaes  promeUeram  defender  a  in- 
dependência da  coroa  ;  accusou  o  papa  de 
heresia  e  de  muitos  outros  crimes,  e  inci- 
tado por  outra  bulia  de  excoraraunhão  en- 
viou tropas  á  Itália  as  quaes  se  apodera- 
ram da  pessoa  do  papa  ;  descançado  por 
este  lado  voltou  suas  armas  contra  os  Fla- 
mengos, os  quaes  venceu.  Por  morte  do  pa- 
pa Bonifácio,  Benedicto  IX,  fez  eleger  um 
papa  francez,  Clemente  V.  Promoveu  pro- 
cesso contra  a  memoria  de  íionifacio  VI II  . 
e  aboliu  a  ordem  dos  Templários,  de  cujas 
riquezas  se  apossou,  entregando  á  íoguei- 
ra  os  principaes  chefes  desta  ordem.  Phi 
lippe  morreu  erfi  13; 4. 

PHILIPPE  v,  (hist)  rei  de  França  filho  de 
Philippe  IV,  foi  encarregado  da  regência  por 
morte  de  Luiz  X  seu  irmão,  o  qual  tinha  dei- 
xado gravida  a  rainha  Clemência  de  Hungria. 
Morrendo  o  filho  de  Clemência ,  Philippe 
foi  proclamado  rei,  apesar  da  opposieào  de 
rauitcs  príncipes  de  sangue,  que  não  ad- 
mittiam  a  exclusão  das  mulheres,  e  que  que- 
riam collocar  no  trono,  a  filha  de  Luiz 
Joanna  de  Navarra ;  mas  os  Estados 
Geraes  aprovaram  e  sanccionaram  a  sua  ele- 
vação ao  trono,  iiiilippe  Un.  alguns  regu- 
lamentos úteis  80  seu  reino,  mas  foi  cruel 
com  os  heréticos,  e  com  os  judeus.  Morreu 
cm  1322. 

VOL.    IT. 


pil'-. 


iM 


..^tí:^.;.:! 


pfiíLipPE  VI,  (hist.)  chamado  de  Valois ,  rei 
dií  França  chefe  do  ramo  real  dos  Valois,  era 
filho  de  Carlos  de  Valois.  Foi  regente  do  reino 
por  morto  de  (Carlos  IV,  que  tinha  deixado 
gravida  sua  esposa,  mas  dando  esta  princeza 
á  luz  uma  menina,  foi  acclamado  rei,  ape- 
sar dl  opposição  de  Eduardo  III,  rei  de 
Inglaterra.  Chamado  em  soccorro  do  conde 
de  Flandres,  que  tinha  sido  expulso  pelos 
seus  vassallos],  PhiHppe  ganhou  aos  Fla- 
mengos a  batalha  de  Cassei,  a  23  do  agos- 
to de  133S.  Dez  annos  depois  rebentou  a 
celebre  guerra  dos  Cem  annos.  Philippe  , 
depois  de  ter  soffrido  differenles  revezes 
nesta  guerra,  morreu  em  1357. 

PHILIPPE  I,  (hist.)  rei  de  nispanha chama- 
do o  Bello,  chefe  da  casa  d'Austria,  que  reinou 
em  Hispanha,  era  filho  do  imperador  Maxi- 
miliano  e  de  Maria  de  Borgonha.  Teve  primei- 
ramente o  titulo  d'archiduque  d'Austria,  em 
1482  foi  proclamado  soberano  dos  Paiz  -s  Bai- 
xos, e  pouco  depois  rei  do  Castelia  A  sua  con- 
ducta  neste  reino  foi  ao  principio  popular, 
mas  depois  demittiu  os  funccionarios  caste- 
lhanos para  os  substituir  por  Flamengos ; 
finalmente  quiz  encerrar  como  louca  Joanna 
sua  esposa   Morreu  em  1506. 

PHILIPPE  lí,  (hist.)  rei  de  Hispanha  ;  nas- 
ceu em  1527  ;  era  filho  de  Carlos  Quinto. 
Duque  de  Milão  desde  15iO,  foi  aclamado 
rei  de  Nápoles  e  da  Sicilia  em  1551,  pou- 
cos mezes  depois  soberano  dos  Paizes  Bai- 
xos, e  finalmente  rei  de  Hispanha  9m  1556. 
Ardenledefensor  da  fécatholica,  luctou  du- 
rante todo  o  seu  reinado  contra  os  progressos 
da  Reforma  ;  pelo  que  lev^í  guerra  cora  os  In- 
glezes  Em  1 5 -(8  perdeu  a  Invencível  Armada 
que  enviiva  contra  os  inglezes.  Depois  de 
ter  por  muito  tempo  entretido  a  guerra 
civil  em  França,  foi  obrigado  a  assignar  a 
paz  de  Varvim  em  5'08  e  morreu  nest» 
mesmo  anno.  Em  V^Hi),  por  morte  do  car- 
deal D,  Henrique,  tinha  se  apossado  do  rei- 
no de  Portugal.  I  bilippe  foi  um  príncipe 
cruel,  que  nem  mesmo  poupou  a  sua  familia. 

PHILIPPE  III,  (hist.)  rei  de  Hispanha  e  de 
Portugal,  reinou  de.sde  1598  até  lt>21  ;  teve 
por  primeiro  ministro  o  duque  de  Lerma. 
O  reinado  deste  príncipe  foi  muito  desgra- 
çado, concorrendo  muito  para  isto  o  exilio 
de  mais  de  200, OQU  mouros,  que  não  quize- 
ram  seguir  a  religião  christà  ,  ficando  por 
está  forma  a  Hispanha  privada  dos  seus  bra- 
ços mais  industriosos. 

PHTLippE  IV,  (hist.)  rei  de  Hispanha 
e  de  Portugal,  filho  de  PhUppe  III , 
succedeu-lhe  em  1(321,  esteve  a  maior  parte 
do  seu  reinado  debaixo  da  tulella  de  seu  pri- 
meiro ministro  o  conde  de  Olivares.  Este 
principe  Eoffreu  muitos  revezes ;  perdeu  a 
Hollanda  ;  entrando  na  lucla  da  casa  d'Aus- 
4ií 


19  4 


PHI 


fm 


tria  contra  Richelieu  perdeu  muitas  pro- 
vindas ;  a  Catalunha  sablevou-se  ,  e  Por- 
tugal reconquistou  a  sua  independência  em 
16  íO.  desanimado  por  ladtas  perdas;  Phi- 
lippe  àssignoií  ó  tfaclado  de  paz  chamado 
dos  Pyreneòs  pefó  qiiáí  eédeu  á  Fraífça  o 
Roiiásilloh,  ò  Jrtoise  todos  os  seus  direitos 
sobre  a  AIsácia.  Sorreu  em  I6íi5. 

?fliÍJPPE  V ,  (hisl.)  chefe  da  ca^a  dos 
Poúrbons  de  llispanha ,  nasceu  em  683, 
eFá  filho  dodelphim  huiz  de  França  e  neto 
de  ttiz  XIV,  teve  primeiramente  o  titulo  de 
duque  d'Ahjou.  Èm  1700  foi  chamado  ao 
timono  de  llispanha  peio  léàlámehlo  de  Car- 
los li.  Teve  que  lúctár  contra  o  Archidu- 
que  Carlos,  seu  competidor,  o  qual  fez  uma 
liga,  em  que  entraram  a  Aijstria,  Inglaterra, 
tíollãnda,  f russia  e  Portugal;  estos  poten- 
cias encetaram  á  guerra,  conhecida  pelo  no- 
mo dò  guerra  da  successão  de  Hispanha.  Ex- 
pulso de  lirspanha  pelos  Austríacos  Philippe 
foi  restabelecido  pela  victoria  de  Almanza, 
ganha  por  Beiwich  em  1707.  Morreu  em 
1746. 

PHILIPPE  I,  (hist.)  chamado  de  Bouvres, 
duque  de  Borgonha,  neto  do  duque  Eudes 
IV,  succedeu-lhe  em  13^9,  e  morreu,  pas- 
sado um  anno,  sem  posteridade. 

PHILIPPE  lí,  (hist.)  o  Altrevido,  duque  àe 
Borgonha,  quarto  filho  de  João,  rei  de  Fran- 
ça, nasceu  em  1342,  fez  prodígios  de  va- 
lor na  batalha  dePoitiers.  Em  I3'3iecebeu 
o  ducado  de  Borgonha,  e  em  1384  herdou 
o  condado  áe  Flandres,  o  que  o  tomou  um 
dos  mais  poderosos  soberanos  dá  Europa. 
Por  duas  vezes  governou  a  Françé,  como 
reí;ente,  a  priíreira  depois  da  morte  de  Car- 
los "V,e  durante  a  menoridade  de  seu  filho, 
*  a  segunda  durante  a  demência  deste  ultimo. 
Morreu  em  1404. 

PHiLiíPE  iiT,  (hisl.)  o  Bom,  filho  ôeJoão 
sem  Hleâo,  succedeu-lhe  no  ducado  de  Bor- 
gonha em  141 U.  AUiou  se  com  os  Inglezes 
e  com  elles  fez  guerra  aos  Francezes  ,  até 
qué  assigtiou  com  estes  últimos  otractado  de 
Arrfls.pelo  qual,  reconhecendo  o  rei  de  Fran- 
ça .por  seu  suberano,  ficou  de  facto  indepen- 
denle,  e  obteve  a  cessão  dos  condados  de 
Auxerre  e^  de  Maçou.  Alguns  annos  depois 
da  ássignajura  deste  tractado,  juntou  aos  seus 
dominios  o  Brabante  e  a  IloUanda.  Morreu 
em  1467  no  momento  em  que  preparava 
uma  crusada  contua  os  Turcos. 

PíiiLiPTE  De  suabia,  (hist.)  imperador  de 
Ajlemanha,  filho  de  Frederico  Barbaroxa, 
nasceu  em  1178.  Reinou  dous annos,. foi  as- 
sassinado em  1208  por  Olhão  de  Witlelsbach. 

PHILIPPE,  (hist.)  medico  de  Alexandie-o- 
Grande,  curou-o  de  uma  doença,  que  elle  ti- 
nha apanhado  banhando-se  no  Cydne.  De- 
uuaciado  por  iarmenião  como  vendido  ao  i 


rei  da  Pérsia,  inspirou  todavia  bastante  con- 
fiança a  ilexandre  para  que  este  príncipe 
bebesse  um  remédio  que  elle  lhe  apresen- 
tava. 

PHrLippE  ,  (hist.)  poeta  grego  ,  viveu  no 
reinado  de  Trajano  e  Nerva  ;  é  conhecido 
por  alguns  epigramraas  cheios  de  espirito  e 
graça  e  pela  Anthologia  de  Phiiippc. 

PHiLippEs,  (geogr.)  P/itiíppi, cidade  da  Ma- 
cedónia, entre  os  Edones.  Foi  uma  das  pri- 
meiras cidades  que  abraçaram  o  chrislia- 
nismo. 

PHiLipPEViLLE,  (geogr.)  cidade  da  Bélgi- 
ca, a  10  léguas  SU.  de  Namur ;  1,100  ha- 
bitantes. 

PHiLippEviLLE,  (geogr.)  cidade  e  porto  da 
Algéria,  na  bahia  de  Stora  ;  6,001)  habi- 
ta Ltes. 

PHíLippicis  ,    (hist.)  nome  commum  a  4 
celebres  discursos   de  Demosthenes   contra v 
rhilippe,  rei  da  Macedónia  ;  também  se  dàr 
este  nome  a  14  discursos  de  Cicero  contra 
António.  ,., 

PHiLippico,  (hist.)  chamado  primeiramcn*ji 
te  Vardan,  imperador  grego,  natural  da  Ar- 
ménia. Foi  proclamado  em  711.  Tornou-se 
odioso  pelos  seus  vícios  e  indolência.  Foi 
privado  do  trono  e  da  vista  em  713,  e  mor- 
reu pouco  depois. 

PHiLippiNAS  (ilhas) ,  (geogr.)  grande  ar-^,; 
chipelago  da  Malaisia,  a  maior  destas  ilhas  éf 
Luçan. 

PHiLippopoLi   ou  FiLiBE,  (gcogr.)  Philip-, 
popolis,  cidade  da  Turquia  europêa  ,  a  3Ííj 
léguas   HO.   de  Andrinopla ;  30,000  habi- 
tantes. 

PHILIPS ,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  no 
condado  dè  Leicester;  compoz  so  Pastoris, 

PHiLiPSBURGO ,   (geogr.)   cidade  do  gran- 
ducado  de  Bade,  sobre  o  Zulibàch.  a  meia,i 
légua  do  íiheno  ;  1,200  habitantes.  ,  , 

PniLlPSBURÃO    ou   GRANDE    BAHIA,    (gCOgr.j 

capital  da  parle  hollandeza  da  ilha  de  S. 
Maninho,  na  estremidade  meridional, 

PHiLiSTEOs,  (hist.)  pequena  ração  da  Sy- 
ria,  entre  a  íribu  de  Dan  ^o  N.,  a  tribu 
de  Simeão  a  E.,  o  oEgypto  ao  S.  Tinham 
por  cidades  principaes  Gaza,  Ascalon,  Azoth, 
Ascàron,  Anthédon. 

PHiLisTO,  (hist.)  historiador  grego,  nas- 
ceu em  481  antes  de  Jesu-Christo;  foi  che- 
fe dos  corlezàos  contra  a  facção  de  Dion,  ma^^i 
foi  vencido    por  este  em  411.  Escreveu  ^ 
Historia  de  Dionizio  e  a  Historia  da  Sici-fa 
lia. 

PHiLO,  (hist.)  poeta  grego  da  idade  me- 
dia, nasceu  em   Epheso  em  1275,  morreatj 
em  1340.  Deixou  diversos  poemas  em  ver- . 
so.. 

PHiLOCTETO,  (myth.)  heroe  grego,  amigQ;^^ 
^e  Hercules,  era  filho  de  Poean.  àercul^.' 


í.f 


fHI 


m 


antes  de  morrer  entregou -lhe  as  suas  flechas, 
prohibindo-lhe  eiitrega-lasa  pessoa  alguiína. 
Philocleto  assim  o  jurou.  Mas  depois  ceden- 
do ás  soUicitações  dos  Gregos,  que  não  po- 
diam vencer  Tróia  senão  com  as  flechas  de 
Hercules,  indicou-lhes  cora  o  pó  o  lugar  em 
que  ellas  estavam  escondidas.  Embarcou  de- 
pois para  Tróia;  mas  durante  a  viagem,  cain* 
do-lhe  uitia  flecha  no  pé  originoií-Ihe  uma 
ferida,  o  qual  deitava  tal  cheiro  que  foi 
abandonado  pelos  companheiros  na  ilha  de 
Lemnos.  Só  no  fim  de  dez  annos  é  que  o 
foram  procurar  a  Leranos,  porque  a^;  flechas 
eram  necessárias  para  pôr  termo  á  guerra. 
Foi  curado  por  Machaon  e  Podaliro. 

PH  LODEMO,  (hist  )  philosopho  grego,  epi- 
curco,  vivia  no  l.*'  século  antes  dé  Jesu- 
Christo.  Foi  a  Roma  onde  abriu  uma  esco- 
la. Escreveu  sobre  moral,  rhetorica  e  sobre 
a  musica,  etc.  Muitos  fragmentos  dos  seus 
escriptos  foram  eaconlrados  em  Ilercula- 
num. 

PHiLOKiA  ou  FiLOKi,  (geogr.)  Argos  Am- 
philochium,  cidade  do  Estado  da  Grécia,  a  6 
léguas  SE.  de  Arta. 

PHILOLA.U  ,  (hist.)  philosopho  pylhagori- 
00,  de  Cortona,  segundo  uns,  de  Tarento, 
segundo  outros;  nasceu  no  anno  500  antes 
de  Jesu-Christo  e  pôdft  receber  as  lições  de 
Pythagoras.  Habitou  successivamenteem  Cor- 
tona,  Metaponto,  Heraclea,  passou  algum  tem- 
po em  Thebas,  onde  teve  por  discipulos  Sira- 
mias  o  Cebês,  e  morreu  no  anno42')  antes 
de  Jesu-Christo.  Foi  o  primeiro  pythagorico 
que  escreveu  sobre  a  doutrina  de  seu  mes- 
tre;  compoz  ti-es  livros  sobre  a  natureza, 
dos  quaes  Platão  fazia  tanto  apreço  que  os 
comprou  aos  seus  herdeiros  pelo  valor  de 
9,000  francos,  ...    .     ,,^    . 

PHiLOi.oGiA ,  s.  f.  iLsiUt^l^éGr,.  philos , 
amigo,  e /o^í ta.)  critica  grammatical  OU  rhe- 
torica dos  autores  clássicos  antigos  e  moder- 
nos. Diz-se  de  ordinário  das  obras  gregas  e 
latinas  ;  lilteratura.  , 

PHiLOLOGico,  A,  adj .  [áe^.  icê.)  tqUIívo  á 
philologia,  V.  (j.  exame  — .  Critica  — . 

paiLOtiOGO,  s.  m,  (Lat.  philolegus.)  ver- 
sado na  philologia,  critica. 

PHILOMEtA    6  PÍIILOIENA,    S.  /".  (Lai.  fflllO' 

mela,  do  Gr.  phúoSi  aroiso,  e  melog^  canto.) 
(poet  )  rouxinol,  ave  cujo  canto  é  muito  agra- 
dável. P/ii/ow«íMi  ó  impróprio  :  vem  na  Ma- 
laca Conquist. 

PHiLOMELA,(hist.)  pltilomcla,  íilha  de  Pan- 
dioq,  rei  de  Athenas,  foi  victima  do  brutal 
amor  do  rei  da  Thraeia,  Terêo,  seu  cu- 
nhado, ò  qual  depois  lhe  mandou  cortar  a 
liDjçua  pára  lhe  impedir  de  revelar  seu  crime - 
e  teve-a  constantemente  íechada.  Conseguia, 
evadir-se  com  o  soccorro  de  Progué,  9u<i.i 
iril>%^  e  vin^ii-se  de|olaado  o  íitíio  de  Te-  ' 


rêo,  e  servindo  o  corpo  da  crian<}a  a  seu  pai. 
Philomela  escapou  ao  furor  de  Terêo  pela  ra-^ 
pidez  da  sua  carreira,  e  foi  depois  metamor- 
phoseadaem  rouxinol.  Progné,  sua  cúmplice 
foi  metamorphoseada  em  andorinha. 

PHILOMELA. ,  (hist.)  PhHotnelus  ,  general 
phocio,  saqueou  o  templo  de  Uelphos,  e  fei, 
por  esta  causa  rebentara  guerra  sagrada.  Ob* 
leve  ao  principio  alguns  Iriumphos,  foi  de- 
pois batido  pelos  Beócios,  e  foi  obrigado,  pa- 
ra não  cair  nas  niãos  dos  inimigos,  a  preci- 
pitar se  do  alto  de  um  rochedo,  no  anuo  354.; 
antes  de  Jesu-Christo. 

PHiLON  DE  BYZANCio,  (hist.)  engenheiro  do  • 
século  11  antes  de  Jesu-Christo,  visitou  Hho- 
des  e  Alexandria,  adiantou  muito  o  estudo 
da  architeclura  e  da  mecânica,  e  deixou  en- 
tre outras  obras  um  Poliorcetíco. 

PHiLON  o  JUDEO,  (hist.)  philosopho  plato- 
nico,  nasceu  no  anno  30  antes  de  Jesu-Chris- 
to, era  Alexandria,  era  dt  raça  sacerdotal  dos 
Judeus.  Estudou  profundamente  a  philoso- 
phia  dos  G  regos  e  foi  appellidado  o  Platão  ju- 
deu. No  anno  40  de  Jesu-Christo  foi  enviado 
pelos  Judeus  de  Alexandria  a  Roma,  para  pe- 
dir a  Caligula  o  direito  de  cidade  romana,  mas 
não  obteve  o  que  pertendia.  Não  se  sabe  em 
que   anno   morreu  Philon.  Compoz  muitas  > 
obras,  as  mais  importantes  são  :    De  Mundi  i. 
cretione   secundum    Mosen  ;    De  vita   Mon  > 
m,  etc. 

PHILON   DE    BYBLOS ,    (hist )   Herennius  ^ 
Çrammatico  e  historiador,    nasceu  em  By- 
blos  no  anno  %\  de  Jesu-Christo,  publicou 
entre  outros  escriptos,  uma  traducção  gre-  ' 
ga  da  Historia  Phenicia  de  Sanchoniaton. 

reiLONio,  s.  m.  (Lat.  philonium.)  pharm., 
medicamento  opiado,  espécie  de  triaga. 

PHiLOPíEMEN,  (hist.)  general  grego  de  Me^»' 
galopolis,   na  Arcadiaj  diitinguiu-se  tíiuito 
cedo  nos  exércitos  da  liga  achaica,  foi  no- 
meado general  da  cavallaria,  derrotou  os  Elo- i 
Hos  na  batalha  de  Larissa  no  anno  ^^Oantee:» 
de  Jesu-Christo»  depois  fdi  eleito  pretor  ou  ' 
chefe  da  liga,  ganhOu  a  victoria  decisiva  de 
Mantinea,  matou  o  txranno  e  forçou  Sabis  a 
levantar  o  certjo  de  MessenSi ;  batido  rio  mar 
por  este  príncipe,  depressa  tirou  a  desfor- 
ra na  batalha  d6  Gylhio,  entrou  vencedor 
ém  Sparta,  ê.  obrigou  esta  potencia  a  acce*  < 
der  á  liga.  Morreu  em  uma  batalha  contra  ■ 
Dinocranto 

PHILOSOPHAOO,  Â,  p.  p.  de  philOsophar; 
adj .  discorrido  philoâophicamente.  tJs  sys- 
lemas  de  Xant,  Fichte  e  Schílling,  renovados 
-a  doutrina  brahmanica  é  platónica»  são  — n 
com  mais  subtileza  que  acerto.  Muilose  tem 
—  sobre  o  absoluto  melaphysico. 

PHILOSOPHAL,  adj.  dos  tg.  (des.  adj.  ai.)  '■ 
da  phdoaophia.  peaíra—,  t)  írcaoo  dus  »i- 
quiaiistas.  ^    -.1".  M.»i    •■, 

^  4»  «  "        ^ 


196 


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]?HL 


peiL0S0PHA.R,  ».  a.  OU  n.  (philosopho,  ar 
des.  inf.)  discorrer  sobre  objectos  raoraes, 
physicos  ,  ou  sobre  metaphysica  ;  meditar 
profundamente. 

PHILOSOPHFA, -í.  f.  (Lat.,  do  Gr.  philos, 
amor,  e  sophia,  sapiência.)  amor  da  sapiên- 
cia, estudo  do  homem  moral. — ,  por  exten- 
são do  sentido  primitivo,  estudo  dos  pheno- 
menos  naturaese  suas  causas,  v.g.  —moral, 
natural. 

PHiLOSOPHiCAMENTE,  adv.  [mente  sníT  )  se- 
gundo as  regras  da  philosophia  ;  á  maneira, 
segundo  as  máximas  dos  philosophos  ;  com 
espirito  independente  das  opiniões  vulgares 
ou  dominantes. 

PHiLOSOPHico ,  A,  adj.  (Lat.  philosophi- 
cus.)  concernente  á  philosophia  ou  aos  phi- 
losophos, V.  g  systema,  discurso  — .  Vi- 
da— . 

PHiLOSOPHisMO,  s.  fíi.  (do  Fr.  philosophis- 
me.)  abuso  da  philosophia,  tendência  contra- 
ria á  philosophia  espiritual,  á  psychologia  e 
aos  dogmas  religiosos.  Este  termo  foi  cunha- 
do pelos  inimigos  da  philosophia  sceptica  do 
XYIU  século. 

PHILOSOPHO,  s  m.  (Lat.  philosophus,  do 
Gr.  V.  Philosophia  ]  cultor  da  philosophia, 
que  segue  as  doutrinas  e  máximas  de  algu- 
ma escola  de  philosophia  ;  homem  dado  ex- 
clusivamente ao  estudo  ;  independente  ,  e 
despresador  das  opiniões  dominantes,  edas 
honras  e  cargos  públicos. 

PHiLOTiMiA,  s.  f.  (Gr.  philos,  araigo,  e  ti- 
mão, honrar.)  (p.  us.)  empenho  em  conser- 
var a  honra  e  estimação  própria. 

PHiLOSTORGE,  (hist.)  historiador  ecclesias- 
tico,  nasceu  no  IV  século  da  nossa  era,  em 
364,  naCappadocia,  viveu  muito  tempo  em 
Constantinopla,  e  foi  zeloso  Ariano.  Escreveu 
uma  Historia  da  Igreja. 

PHiLOSTRATO,  (hist, )  rhetorico,  natural  de 
,  Lemnos,  segundo  uns ;  de  Athenas,  segun- 
do outros ;  ensinou  rhetorica  em  Roma  no 
III  século  de  Jesu-Christo,  e  foi  um  dos  prote- 
gidos de  Júlia,  esposa  do  Imperador  Septimo- 
Severo.  Deixou,  entre  outras  obras,  a  Vida 
de  Apollonio  de  Tyana ;  um  Dialogo  entre 
Vinitor  e  Phenix,  etc. 

PHiLOTAs,  (hist.)  filho  de  Parmenião.  par- 
tilhou com  seu  pai  o  favor  de  Alexandre.  Ex- 
citando a  inveja  dos  cortezãos,  foi  accusado 
de  ter  conspirado  com  Dymno  contra  Ale- 
xandre. Condemnado  á  tortura,  confessou 
tudo,  e  morreu  apedrejado. 

PHiLOXENE,  (S.),  (hist.)  poeta  do  IV  sé- 
culo antes  de  Jesu-Christo,  nasceu  em  Cythe- 
ra,  morreu  em  Epheso  no  anno  38i>  antes 
de  Jesu-Christo,  viveu  muito  tempo  na  cor- 
te de  Dionizio. 

PHILOXENE,  (S.)(hist.)  chamado  também  Xe- 
naiaSf   escriptor  syriaco    da  seita  dos  Mo- 


nophysitas  ou  Jacobitas  syrios,  nasceu  em 
Tubal,  na  Susiana,  foi  eleito  bispo  de  He- 
liopolis  na  Syria,  combateu  decis5es  do 
concilio  de  Chalcedonia,  e  foi  desterrado 
em  5l8  peloimperador  Justino,  para  <íran- 
ges,  na  Cappadocia,  onde  morreu  em  522. 

PHILTRO,  í.  m.  (Lat.  phillra,  pi.,  do  Gr. 
philein,  amar.)  amavia,  beMda  a  que  se  al- 
tribuia  a  propriedade  de  excitar  o  amor,  de 
fazer  amar. 

Não  sei  porque  Moraes  não  escreve  filtro. 

PHiNEAS ,  (hist.)  rei  de  Salmydessa  na 
Thracia,  no  tempo  dos  Argonautas,  fez  va- 
zar os  olhos  a  seus  filhos  em  consequência 
das  falsas  accuzações  da  sua  madrasta  Os 
deuses,  para  o  punirem,  cegaram-no,  e  en- 
tn?garam-o  á  perseguição  das  harpias,  que 
lhe  tiravam  as  iguarias  de  cima  da  mesa.  De- 
pois foi  livre,  por  Calais  e  Zethés  das  per- 
seguições destes  monstros,  mas  sempre  fi- 
cou cego. 

PHiNKAS,  (hist.)  irmão  deCephêo  etio  de 
Andromeda,  eslava  para  casar  com  sua  so- 
brinha, quando  ella  lhe  foi  roubada  para  ser 
exposta  a  um  monstro  marinho.  Salva  por 
Perseo  acceitou  amãodoheroe.  Então  Phi- 
neas  desesperado  pegou  em  armas  para  a  ti- 
rar a  Perseo;  mas  foi  petreficado  pela  cabe- 
ça de  Medusa. 

PHiNEAS,  (h.  s.)  filho  d'Eleazar,  e  neto  de 
Aarão,  foi  o  terceiro  summo  sacerdote  dos 
Judeus.  Mostrou  grande  zelo  contra  os  que 
se  tinham  tornado  culpados  de  fornicação,  e 
matou  Zambri,  um  dos  chefes  d'Israel,  que 
linha  levado  uma  Madianila  para  a  sua  ten- 
da. 

PHiNG-LiANG,  (geogr.)  cidade  da  China, 
capital  de  província. 

PHiNG-YUisG,  (geogr.)  cidade  da  China,  ca- 
pital de  província. 

PHiNG-YONEi,  (geogr.)  cidade  da  China, 
capital  de  provinda. 

PHiNTiAS,  (geogr.)  hoje  A/icaía,  cidade  d»; 
Sicilia  antiga,  colónia  de  Gola,  nas  mar-** 
gens  do  rio  Ximero. 

PHippsíA,  (bot.)  género  deplanías  da  fa- 
mília das  Graminoas  e  da  Triandria  Digynia. 

PHisiCA.  V.  Physica. 

PHLEBOTOMIA,   S.    f.    (lat.,    do  Gf.   phUpSt 

veia,  e  temnô,  abrir,  cortar.)  (cirurg.)  san- 
gria. 

PHLiGETHON,  (myth.)  [áo  grego  phlegethein 
queimar)  rio  dos  infernos,  cercava  o  Tártaro, 
e  a  sua  torrente  era  de  chamma. 

PHLEGETONTE.  s.  m.  (do  Gr.  phlegô,  ar- 
der.) (poet.)  o  inferno  dos  Gregos. 

PHLEGMA  ou    PHLEUMA,   S.    Wl.    OU  f.    (Gr., 

de  phlego,  arder,  queimar.)  (chim.)  resí- 
duo da  distillaçào.  — ,  (med.)  pituita,  humor 
frio ;  (fig.)  pachorra. 

PHLEGMATIGO     OU    PHÍ.EUMATIC0,     A,     udj. 


no 


pno 


m 


(lúeá.)  ena  que  predomina  a  pituita,  v.  g. 
temperamento — .  Homem — ,  (fig.)  pachor- 
rento. 

piiLKGON,  (hist )  historiador  grego  dosf3CU- 
lo  X/,  natural  deTrallcs,  hberto  de  Adria- 
no, morreu  no  reinado  de  Antonino  lio. 
Escreveu  :  Historia  de  Sicilia,  Dèscripção 
da  Sicilia  ;  e  um  Tractado  das  festas  dos 
Homanos. 

PHLEGREOS  (campos).  (mylh.)  campos  ar- 
dentes [áoQtr.phelegein,  arder)  campos  pró- 
ximos a  Cumes,  nos  quaes  Hercules  jijudou 
os  deuzes  a  abater  os  gigantes.  Este  sitio  es- 
tava cheio  de  enxofre,  e  muitas  vezes  coberto 
de  chammas. 

PHLEGYAS,  (mylh.)  rei  de  Pblegyade,  fi- 
lho de  Marte  e  pai  de  Coronis,  que  foi  se- 
duzida porApollo;  para  se  vingar  deste  ul- 
traje lançou  fogo  ao  templo  de  Delphos. 
Apoilo  malou-o  com  as  suas  frechas.  ÍSos 
Infernos,  o  desgraçado  Phlegyas  ve  sem  ces- 
sar pendente  sobre  a  sua  cabeça  um  roche- 
do prestes  a  esmaga-lo. 

ruLEO,  (bot )  Phleum  género  de  plantas 
da  familia  das  Gramíneas  edf  Triandria  Di- 
gynia. 

PHLiASiA,  (geogr.)  pequeno  estado  do  Pe- 
loponeso,  ao  S.  da  Sicyonia,  a  0.  da  Co- 
rinthia. 

PHLioNTE,  (geogr.)  Phlius,  cidade  de  Pe- 
loponeso,  a  algumas  léguas  de  Sicyone.  Ha- 
via outra  Phlionte  naArgolida. 

piiLOGOsis  ou  piiLOGOSE,  s.  f.  (Lat.,  do 
Gr.  phlége,  arder.)  (med.)  inflammação,  es- 
tado inílammatorio. 

PHLOMiDE,  (botj  género  de  plantas  da  fa- 
milia das  Labiadas  e  da  Didynamia  Gym- 
nospermica. 

piiLOX,  (bot.)  género  de  plantas  da  fami- 
lia das  Polemoniaceas  e  da  Pentandria  Mo- 
nogynia. 

PHOCA,  s.  m.  animal  marinho  de  que  ha 
diversas  espécies ;  tem  cabellos,  e  dedos  se- 
melhantes aos  do  homera  unidos  por  mem- 
branas. Os  feios  — s.  Camões.  Encontra-se 
também  do  género  feminino  :  a — .  Lobo. 

PHOCAS.  (S.)  (hist.)  martyr  do  tempo  de 
Diocleciano,  vivia  do  producto  de  um  peque- 
no jardim  perto  de  Sinope,  quando  foi  de- 
capitado em  303.  É  commeraorado  a  3  de 
Julho. 

PHOCAS,  (hist )  imperador  grego,  era  exar- 
cha  dos  centuriões  quando  foi  proclamado 
em  602  pelo  exercito  acampado  ao  W.  do 
Danúbio.  Marchou  sobre  Constantinopla  e 
fez  cortar  a  cabeça  ao  imperador  Maurício 
e  a  seus  filhos.  Mostrou-se  fraco,  voluptuo- 
so, cruel ;  foi  destronado  por  Heraclio  de- 
pois da  batalha  naval  de  Constantinopla,  e 
foi  decapitado  em  610. 

PHOCÉA,  (geogr.)  cidade  da  Ásia  Menor, 

TOL.    IV. 


compreendida  na  confederação  jonia,  na  coff- 
ta  da  Mysia,  sobre  o  golpho  de  Cumos.  Ea 
actual  cidade  deFokia,  situada  a  11  léguas 
ao  NO.  deSmyrna.  e  conta  4,000  habitan- 
tes. 

PHOCIDA  (Locrida  e),  (geogr.)  um  dosde2 
nomos  do  moderno  reino  da  Urecia,  tem  por 
capital  Salona. 

PHOCIDA,  (hist  )  região  da  Grécia  antiga, 
entre  a  Beócia  a  K.,  a  Ktolia  a  0^.,  o  mar 
d'Eubea  ao  NE.,  o  golphode  Corintho  ao 
S  A  Phocida  formava  nm  corpo,  que  envia- 
va seus  deputados  á  Amphictyonía  dos  Ter- 
mopylas. 

PHOCio,  (hist.)  patriarcha  de  Constantino- 
pla, nasceu  nesta  cidade,  já  tinha  sido  em- 
baixador na  Pérsia  e  primeiro  secretario  do 
imperador  Miguel,  quando  foi  ellevado,  ain-( 
da  que  secular,  ao  patriarchado  do  Constan- 
tinopla, em  logar  de  Ignacio,  que  acabavai 
de  ser  deposto,  era  857,  Odiozas  violências 
assignalaram  a  sua  inlruzão,  á  qual  se  op- 
pôz  o  papa  Nicolau  I.  Phocio  foi  anathema- 
tizado  pelo  papa  em  um  concilio  ;  elle  reu- 
niu os  bispos  e  também  anathematizou  o 
papa  o  que  deu  origem  ao  grande  scisma  do 
Oriente.  Basilio-o-Macedonio  restabeleceu 
Ignacio  e  Phocio  reassumiu  as  suas  func- 
ções  depois  da  morte  do  patriarcha.  Foi  exi-» 
lado  por  Leão-o-Philosopho  e  morreu  em 
um  convento  da  Arménia  em  8^1. 

PHOCION,  (hist.)  general  atheniense,  nas 
ceu  no  anno  400  antes  de  Jesu-Christo,  d^ 
uma  familia  obscura,  estudou  philosophij' 
com  Platão  e  Xenocrates,  distinguiu-se  n  . 
exercito  e  na  tribuna  e  foi  o  chefe  do  partido 
aristocrático  de  Athcnas.  Não  cessou  de  reo. 
comraendar  a  moderação  com  os  alliados 
estricta  vigilância  com  Philippe ,  econo' 
mia  na  administração  e  o  exemplo  das  vir'» 
ludes  antigas.  Desagradou  pela  sua  rigidez 
ao  povo  de  Athenas,  o  qual  comludo  não 
o  desistimava  eo  nomeou  4j  vezes  general 
em  chefe.  Phocion  fez  eminentes  serviços 
durante  a  guerra  social  contra  Athenas,  li- 
vrou iiubea  dos  ataques  de  Philippe  e  obri- 
gou este  príncipe  a  levantar  o  cerco  de  Bi- 
zâncio. Depois  do  saque  de  T  bebas  foi  en- 
viado a  Alexandre  para  lhe  propor  a  ma- 
nutenção da  paz,  e  agradou  muito  ao  prín- 
cipe macedónio,  a  qual  lhe  fez  seductoras 
oíTertas,  que  clle  sempre  recusou  Phocion 
oppoz-se  á  guerra  lamiaca,  todavia  acceitou 
o  commaudo  nesta  guerra  e  bateu  os  Mace- 
donios.  Quando  Athenas  foi  occupada  por 
Polysperchon,  foi  condemnado  á  morte  pela 
populaça  incitada  por  este  general,  e  bebeu 
summo  de  cicuta  no  anno  317.  ^ 

PHOCYL'DA,  (hist.)  poeta  gnomico  de  Mi- 
leto,   vivia   no  fim   do  século  VI.    Compoz 
poemas  heróicos  e  elegias,  etc.  Só  nos  res- 
50 


198 


PHO 


PHR 


iam  delle  sentenças  moraes  em  217  versos. 
ii  PHOEBIDAS,  (hist.)  generallacédemonio,  o 
qual  no  anno  382  antes  de  Jesu-Christo,  to- 
mou Thebas,  violando  a  lei  dos  tractados. 
Foi  multado  por  ter  operado  sem  lhe  ser  orde- 
nado. Depois  foi-lhe  restituído  o  comman- 
do  e  enviado  á  Beócia  ;  os  Thebanos  cer- 
caram-o  em  Thespia  e  foi  morto  em  uma 
sortida. 

PHOLiWA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa 
milia  das  Myoporineas  e  daDidynamia  An- 
giospermia. 

PHORBAS,  (hist.)  filho  de  Argus,  reina- 
va em  Argos  no  anno  I7U0  antes  de  Jesu- 
Christo. 

PHORBAS,  (hist.)  (neto  do  precedente),  li- 
vrou os  Rhodios  de  um  dragão,  que  assol- 
lava  a  sua  ilha. 

PHORBAS,  (mylh.)  chefe  dos  Phlegios,  na 
Phocida,  homem  cruel  e  violento,  tendo-se 
apossado  das  avenidas,  que  conduziam  a 
Delphos  obrigava  todos  os  passageiros  a  ba- 
terem-se  com  elle,  e  depois  de  os  vencer 
íazia-os  morrer  em  cruéis  tormentos.  Appo- 
lo  apresentou-se  ao  combate  disfarçado  em 
athleta,  e  matou  Phorbas  com  um  murro. 

piiORGYS,  (myth.)deusdamythologia  pri- 
mitiva dos  Gregos,  na  ceu  de  Pontos  e  de 
Gea  (o  Mar  e  a  Terra)  cazou  com  Ceto,  que 
delle  teve  os  Greos,  e  as  Gorgonas,  o  dra- 
gão das  Hespérides,  o  Scylla,  e  Throsa. 

PHORMiUM,  (bot.)  planta  natural  da  Nova 
Zelândia,  de  que  os  habitantes  se  servem  á 
naaneira  de  linho,  para  fabricar  tecidos  e  cor- 
das de  excellentc  qualidade,  pertence  áfa- 
milia  das  Asphodeleas  e  da  Uexandria  Mo- 
nogynia. 

PHORONEO,  (myht.)  filho  esuccessordelna- 
cho,  e  segundo  rei  de  Argos,  foipaideNio- 
hé,  d'Apis  ede  Argus;  nomeado  arbitro  en- 
tre Juno  e  Neptuno,  pronunciou  em  favor 
de  Juno,  o  qual  depois  protegeu  Argus.  Deu 
leis  a  seus  vassallos  e  iniciou-os  nos  bene- 
fícios da  civilização  ;  sustentou  grandes  guer- 
ras contra  os  Telchines  e  os  Curetes. 

PHCSPiiOREAR,  t).  a.  ou  n.  [phosphoro,  ear 
des.  inf.)  luzir  como  o  phosphoro,  emittir 
luz  phosphorica. 

PHospHORico,  A,  adj.  (des.  ico.)  que  con 
tém  phosphoro,  que  eraitte  luz  como  phos- 
phoro. Luz  — .  Acido  — ,  formado  pelo  phos- 
phoro combinado  com  o  oiygeneo  :  com  as 
b«ses  salinaveis  fórina  phosphates,  phosphi- 
tes.  Os  phosphuretos  são  combinações  não 
acidas  do  phosphoro. 

PHospHORiZAR,  V.  O.  [phosphoro,  uar  des. 
inf.)  communicar  as  propriedades  lúcidas  do 
phosphoro. 

PHOSPHORO,  s.  m.  (Lat.  phosphorus,  des 
Gr.-Lãí.phós,  luz,  éphere,  levo,  trago.)  es-- 
trella  d'alva,  Vénus,  Lúcifer.  —  ,  substan- 


cia mineral  mui  inflammaTcl,  e  que  emít- 
te  luz  visível  na  escuridade.  —  artificial^ 
composição  que  tem  as  propriedades  lúcidas 
do  phosphoro. 

pnou-TCHEOU,  (geogr )  cidade  da  China,*' 
a  lUO  léguas  SO.  de  Thaiyouen. 

paraataces,  (hist.)  rei  partha,  conloiou- 
se  com  Therrausa,  sua  mãi  para  matar  a 
Phraate  IV  no  anno  9,  e  foi  degollado  pe- 
los seus  vassallos  revoltados   no   anno  14. 

PHRAAT0,  (hist.)  nome  commum  a  cinco 
reis  dos  Parthos,  cujo  verdadeiro  nome  é 
Hradad  :  Phraato  I,  que  remou  de  182  « 
164,  subjugou  os  Mardos  ;  Phraato  II ,  que 
reinou  de  139  a  127;  phraato  Til  reinou 
de  70  a  61,  foi  morto  em  uma  conspiração 
de  seus  dous  filhos  Míthridates  III  e  Orodes ; 
Phraato  IV  subiu  ao  trono  no  anno  37  an- 
tes de  Jesu-Christo  depois  de  ter  morto 
seus  irmãos ;  Phraato  V,  um  dos  filhos  de 
Phraato  IV,  estava  como  refém  em  Roma, 
quando  Tibério  o  entregou  aos  embaixado- 
res harthas  para  excitar  revoltas  contra  Ar-^ 
taban  III.  iMorreu  no  anno  35. 

pijRAUZA  ou  PHRAUTZES  ,  (hist.)  historia- 
dor  byzantino,  nasceu  em  Constantinopla  em' 
140J.  Deixou  uma  Ckronica  de  Constan-^ 
tinopla. 

pnRAORTE;  (hist.)  rei  dos  Medos,  filho  e- 
successor  de  Djocés,  reinou  desde  o  anno 
657  até  ao  anno  634  antes  de  Jesu-Christo, 
conquistou  muitas  regiões ,  mas  foi  venci- 
do perto  do  Euphrates  pelos  Assyrios. 

PHRASE,  s.  f.  (Lat.  plirasis,  do  Gr.  phra- 
se,  fallar.)  expressão,  locução ;  sentença  bre- 
ve; (fig.)  eslylo.  «A  linguagem,  tanto  nas  pa- 
lavras como  na — ,  é  puramente  portugueza  » 
Vieira. 

PHRASEADO,  A,  p.  p.  do  phrasear ;  adj. 
exprimido  com  phrases. — ,  s.  m.  o — ,  o 
estylo. 

PHRASEADOR ,  A ,  adj.  quo  falia  por  cir- 
cumloquios. 

PHRASEAR,  V.  a.  {phvase,  or  des  inf.)ex- 
prmir  por  circumloquios. 

PHRASEOLOGíA,  s.  f.  {phrasc  B  logitt.) &\[- 
gação,  nexo  das  phrases,  estylo. 

PHRASis.  V.  Pkrase. 

PHRENESi,  s.  m.  (do  Gr.  phren,  o  c&té-' 
bro,  a  mente.)  agitação  violenta  do  espiri-, 
to  ;  grande  impaciência.  — ,  (p.  us.)  phre- 
nisis,  doença. 

PHRENETico,  A,  adj.  (des.  ICO.)  doente  de 
phrenitis  ;  (fig  )    extremamente  impaciente. 

PHRENiTis,  s.  f.  (med.)  inflammação  do 
diaphragma  (em  Gr.  phrénes.)  ou  das  mem- 
branas do  encephalo.  '■* 

PHRENODiAco,   A,  adj.  Deicurso — ,  feito' 
por  occasiào   de   alguma  calamidade   pu- 
blica. ' 

PHRENOLOGiA,  s.  f.  (do  Gf.  phrefi,  oce- 


PHU 


]^Ht 


199 


rebro,  e  logia.)  (t.  novo)  scíencía  das  func- 
ções  iatellectuaes  do  cérebro  e  5uas  diversas 
partes. 

pHRENOLOGico,  A,  ãdj .  (des.  tco.)  que  res- 
peita á  phrenologia. 

PHRENOTRii,  (h.  n.)  género  de  pássaros  , 
indigeuos  de  Java,  muito  parecidos  com  os 
corvos. 

PHRTGiA,  (hist.)  Phrygia,  região  da  Ásia 
Menor,  cujos  limites  foram  por  muitas  vezes 
mudados. 

PHRYJÍA,  (bot.)  género  de  plantas  |  da  fa- 
milia  das  Labiadas  e  da  Dydynamia  Gym- 
nospermica. 

PHRYRE  ,  (hist.)  uma  das  mais  celebres 
cortezãs  da  Grécia,  vivia  no  IV  século  an- 
tes de  Jesu-Christo.  Teve  por  amante  o  pin- 
tor Praxitele  e  serviu-lhe  de  modelo  para 
as  suas  estatuas  de  Vénus.  Era  tSo  rica  que 
se  offereceu  para  reedificar  Thebas  á  sua 
custa. 

PHRYNiCHO  ARRHABio ,  (hist.)  grammalico 
bylhynio,  auctor  do  uma  coUecção  das  pa- 
lavras do  dialecto  attico. 

PHRYNiCBO  ,  (hist.)  poeta  trágico  d'Àlhe- 
nas,  vivia  no  VI  século  antes  de  Jesu-Chris- 
to ,  ioi  disoipulo  de  Thespis  e  auctor  de 
nove  tragedias  perdidas  ;  inventou  o  jerso 
jambico  tetrametro. 

PHRYNis,  (hist.)  poeta  e  musico  de  Mity- 
lene,  nasceu  no  anno  480  antes  de  Jesu- 
Christo ;  rival  de  Timotheo  ,  ajuntou  duas 
cordas  ás  sele,  que  já  tinha  a  cithara  e 
inventou  uma  moda  aíTeminada. 

PURYNIUM,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Canneas  e  da  Menandria  Mono- 
gynia. 

PHRYXO,  (myth.)  filho"  de  Athanias  e  ir- 
mão de  Ilellé,  tinha  inspirado  a  sua  ma- 
drasta um  amor  criminoso,  que  elle  despre- 
sou,  foi  calumniado  por  ella  e  condemnado 
Á  morte,  mas  salvou-se  com  Hellé,  sua  ir- 
mã, chegou  á  Colchi^la  sobre  uraa  ovelha 
com  veu  de  ouro,  que  lhe  fora  enviada  por 
Júpiter ;  immolou  a  ovelha  e  offereceu  o 
velo  a  Marte. 

PHTiA,  (geogr.)  cidade  da  Thessalia,  ca- 
pital da  Phthiotidaj  a  O.  perto  de  Pharsalia. 

PHTHioTiDA,  (geogr.)  pequeno  estado  da 
Thessalia  no  tempo  da  guerra  de  Tróia , 
compreendia  toda  a  parte  meridional  desta 
região. 

PHTHisiCA,  í.  f.  (Gr.  phihisis,  marasmo, 
de  phlhio,  seccat,  definhar.)  (med.)  doença 
que  consome  lentamente,  marasmo,  vulgar- 
mente tisica.  V.  Tísica. 

PHTHisico.  V.   Tísico. 

PHTisiCA.  V.  Tisica, 

PHUL   ou    SARDANAPALO   U,    (hist.)    fllho  de 

Sardanapalo  I,  rei  de  Assyria.  Depois  da 
queda  de  Sardanapalo  e  desmembramento 


do  império  de  Assyria,  Phul  só  conservou 
o  reino  de  Ninive  aonde  reinou  desde  75*J 
até  742. 

PiiYLvCrKRiAf?,  s.  f.  (Lat.  phylacterium, 
do  Gr.  p't)//a4'5c,  guardar,  conservar.)  amu- 
letos que  os  antigos  traziam  para  evitar  doen- 
ças e  outros  males;  (lig.)  subtileza,  embus- 
tes. «  Os  hypocritas  ensanchavam  suas  — .» 
Couto. 

PHYLIC4,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
mília das  Rhamneas  e  da  Ientan4ria  Mcp 
nogynia. 

PHYLTATHO,  (bot)  geucFO  de  plsntas  da 
famillia  das  Kuphorl)iaceas  e  da  Jàonoecm 
Wonadelphia,  L. 

PHYLLIDE,  (bot.)  género  de  plantas  da 
famillia  das  Hiibiaceas  e  da  Pcntandria  Mo- 
no^ynia,   L.  ';' 

riiYL'0MA,  (bot.)  género  de  plantas  d.3 
famillia  das  Asphodeleas  e  da  iiexandrla 
Monogynia.    L. 

PFiYSALiDA,  (bot.)  genero  de  plantas  da 
famillia  das  Solaneas  e  da  Pentandria  Mo-^ 
nogynía,    L. 

PHYSALO,  (h.  n.)  Physalus,  genero  de 
Mammiferos  da  classe  dos  Cefaceos. 

PHYsiCA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  physiké,  de 
physis,  natureza,  o  nascer.)  sciencia  que 
trata  dos  phenomenos  naluraes  e indaga^ 
propriedades  dos  corpos,  as  leis  da  gravi- 
tação e  do  movimento,  por  meio  da  obser- 
vação e  de  experiências,  mas  sem  os  decom- 
por como  fazem  os  chimicos.  — ,  (ant.)  me- 
dicina. 

PHYSiCAMEKTE,  adv.  {mente  suff.)  segunr- 
do  as  leis  da  pliysica,  ou  da  natureza,  u.  ^^' 
isso  é  —  impossível. 

PHYsico,  A,  adj.  (des.  ico.)  natural,  cor- 
póreo ;  concernente  á  physica  ou  á  medici- 
na. Propriedades  — s.  — ,  s.  o  — do  homem, 
isto  é,  o  homem  considerado  era  quanto  ás 
funcçÔes  discerniveis  dos  órgãos :  oppõe-se 
ao  moral  do  homem,  ou  funcções  intelle- 
ctuaes.  O  mundo  — . 

PHYSICO,  s.  m.  o  que  é  versado  na  phy- 
sica ;  medico. 

PHYSíoGNOMico  ,  A  ,  ttdj.  que  respeita  á 
physionomía  (arte). 

pnYsroGNOMisTA,  s.  dos  2  g.  (des.  istçi.] 
pessoa  que  julga  com  acerto  da  Índole  de 
alguém  pela  physíognomía. 

PHYSIÓGNOMONIA  ,     e     pOF   USO   PHYSIOGSO- 

MiA,  vulgarmente  Physionomía,  s.  f.  (for- 
mado do  Gr.  physis,  natureza,  e  gnomon, 
mostrador,  indicio.)  as  feições  do  rosto;  (fig.j 
arte  que  ensina  a  conhecer  a  índole,  inc\j^ 
nações  e  talento  das  pessoas  pelas  suas  fei)- 
ções.  A  —  de  Lavater,  tratado  deste  autor.  ^ 
pHYsroLOGiA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  physis, 
natureza,  e  logia.]  parte  da  medicina  que 
trata  do  mecanismo  orgânico  das  funcções 
50  * 


I 


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M 


aniraaes,  vitaes,  da  geração,  etc.  —  vegetai^ 
que  tem  por  objecto  os  funcções  das  plan- 
tas. 

PHTSiOLOGico,  A,  ofij.  (des.  ico.)  que  diz 
respeito  á  physiologia.  Systema — . 

PHYSiONOMiA.  V.  Physiognomonia. 

phySionomico.  V.  Physiognomico. 

PUYSIONOMISTA.  V.  Physiognomista. 

PHYSiPHORA,  (bot )  género  de  plantas  da 
famillia  das  Violareas. 

PHTSOCALYMNA,  (bot.)  genero  de  plantas 
da  famillia  das  Salicarias  e  da  Icosandria 
Monogjnia,  L» 

PIA,  s.  f.  (do  Lat.  piscina.)  pedra  exea- 
vada,  ou  receptáculo  de  pedra  que  contém 
agua  para  beberem  as  bestas,  —  baptismal, 
a  que  encerra  a  agua  que  serve  ao  baptis- 
mo. —  de  porcos,  vaso  de  páuou  pedra  on- 
de se  lhes  põe  o  comer.  — ,  (naut.)  V.  Car- 
linga.  —  ,  (subst.  do  Fr.  pie,  remendado, 
cavallo.)  faca  ou  égua  remendada. 

piÃA,  s.  f.  (de  pião.)  (anl )  mulher  não 
nobre,  plebêa. 

riACEE,  (loc.  Ital.  piac«,  pron  piaíxêiSgrâ- 
da,  éapnizivol.  Tarde — ,  anl.,  Eufr.  e  Uli- 
sip.,  já  não  é  tempo,  deixou  passar  a  occa- 
siào. 

PIACULAR  ,  adj.  dús  2  g.  (Lat.  piacula- 
ris.)  (p.  us.)  expiatório,  íj.  5^.  sacrifício,  vi- 
etima  —  :  dons,  oblatas  particulares. 

riÁcuLO,  s.  m.  (Lat.  piaculum  )  (p.  us.) 
grande  crime  que  se  deve  expiar  pelo  sacri- 
fício de  alguma  victima  ;  sacrifício  expiató- 
rio. 

PIADA  ou  p  davra,  (geogr.)  a  antiga  Epi- 
daiira,  cidade  da  Grécia  moderna,  9  lé- 
guas JNK.  de  Nauplia. 

piADADE.  V.  Piedade. 

PIADO,  s.  m.  (subst.  do  supino  de  jotctr.) 
o  pio  (u  soido  dos  pintos,  ou  das  aves;  o 
som  sibillante  da  respiração  dos  asthmaticos. 

PIADOR,  A,  adj.  que  pia.  «  O  mocho  — . 
Bocage. 

PIADOSAMENTE.  V.  Piedosamente. 

piADosAMENTE,  ttdv  (do  Fr  piteuscmení.) 
(ant.)  V.  Escassamente.  « — rende,  e  chega 
para  os  custos.  »  Couto. 
pjADOSO.  V.  Piedoso. 

piÃES,  (geogr.)  freguezia  tle  Porlugil,  no 
concelho  de  S.  Fins,  a  6  léguas  de  Lame- 
go;  1,600  habitantes. 
piAL.  V.  Poial. 

PiALi,  (hist.)  capitão  pacha,  era  Húnga- 
ro, e  foi  na  sua  infância  achado  pelos  Turcos 
no  campo  do  batalhado  Mohocz.  Foi  crea- 
do  no  serralho  por  ordem  de  Mahomet  II, 
chegou  ao  posto  de  capitão  pacha,  tomou 
com  a  esquadra  turco -franceza  Messina  e 
Ileggeio,  assoUou  Majorca,  Jíinorlae  Iviça, 
batteu  em  15Íj9  a  esquadra  de  Philippe  II, 
a  condu;siu  a  espedição  de  jChypre,  foi  po- 


rem  demettido  antes  da  empresa    pfOf  Se- 
lim 11. 

piAMATER,  s.  f.  (Lat.  pia,  branda,  ma- 
cia, e  mater,  mãi.)  (anat.)  membrana  in-" 
terna  do  encephalo  sotoposta  á  tíwramaíer. 

pÍÂmbre,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  Fernão  Men- 
des Pinto  usa  deste  termo  na  accepção  de 
tribuna  cap.  122.  «  A  pessoa  d' El-Rei  esta- 
va em  cima  no  — ,  qu'3era  a  tribuna.»  Moraes 
lhe  di  também  a  significação  de  uma  sorte  de 
andas. 

PIAMENTE,  adv.  [mente  suíf.)  com  pieda  - 
de  ;  religiosamente. 

piANO-FORTE,  s.  m.  (do  Ital.)  Instrumen- 
to  de  musica  e  teclado  bem  conhecido  ;  é 
um  cravo  aperfeiçoado. 

piANOZA,  (geogr.)  Planasia,  ilha  do  mar 
Tynhio,  nas  costas  da  Toscana,  ao  SO.  da 
iiha  d'Elba. 

piANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ans,  tis,  que  pia,  dá  pios,  piados  ;  (fig.  e 
jocoso)  que  se  lastima,  aíllige,  v.  ^f.  namo- 
rados —s. 

PIÃO  ou  PEÃO,  s.  m.  (Fr.  ant.  pion,  do 
Lat.  pes,  pedis,  pé.)  homem  que  combatia 
a  pé,  na  milicia  antiga,  homem  plebeu,  não 
cavalleií^o  ;  no  jogo  de  xadrez  os  piões  são 
as  peças  de  menos  valor  que  representamos 
soldados.  — ,  soldado  de  infantaria  que  fica 
firme  nas  evoluções  lateraes.  — ,  bola  de  páu 
rematando  inferiormente  em  cone  onde  está 
cravado  um  ferrão,  sobre  o  qual  gyra  quando 
se  lhe  dá  impulso  rotatório;  éjogo  de  rapazes,, 
— ,  viga  da  atafona  que  gyra  sobre  dois  fer-; 
rões  dos  extremos,  e  sobre  o  taco.  — da  tenda 
de  guerra,  o  páu  do  meio  que  sostêm  o  pavi- 
lhão cónico:  também  se  denomina  pião  dos 
sombreiros.  —  do  canhão,  repairo  sobre  que 
se  move  a  peça,  pequeno  —  do  falcão. — ,  (t. 
de  picaria)  maní^jo,  pilar  com  três  cavas  para 
marcar  as  voltas  do  cavallo,  e  defender  o  ca- 
valleiro  das  pernadas.  V.  Peão. 

PIAR,  s.  m.  (ant.)  V.  Pilar,  Poste  e  Poial. 
PIAR,  s.  m.  (origem  e  significação  incerta.) 
«  meias  calças  sobre  ceroulas  de  pinno  i&vciji 
bem  azul,  de  —  inteiro    »  Tenreiro,  Itiu.^ 
cap.  17.  Moraes  verte  até  baixo,  pantalo- ^ 
nas,  mas  não  dá  explicação  do  termo.  Tal- 
vez venha  do  lersico  pai-ru,  peão,  criado 
de  pé,  e  nesse  caso  panno  piar  significa-^ 
ria  ordinário,  grosso.  É  de  notar  que  Tenrei^j, 
ro  diz  meias  calças,  o  que  por  certo  não  equiy, 
vale  a  até  a  baixo,  ou  a  pantalonas. 

PIAR,  v.a.  n.  [pi  voz  imitativa,  ar  des.  inf.) 
soltar  a  voz  como  fazem  os  pintos  e  as  avesU, 
nhãs.  — ,  em  sentido  activo  usado  na  poesia. 
«  Piem- íc  agoureiras  aves  negras  venturas,  » 
proferir  em  voz  lúgubre,  triste. — ,  (ant.  joco- 
so) beber.  —  de  godo,  Úlis.,  beber  regalada- 
mente. Vem  do  Fr.  piot^  vinho,  do  Gr.  pinô^ 
beber. 


PIC 


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SOI 


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PIARA,  s.  f.  (t.  Cast.)  manada  de  porcos, 
rebanho  de  ovelhas,  do  Lat,  porcwí,  porco.) 
(ant.)  bando,  roda,  troppl  de  gente  do  povo. 

PIAS,  (geogr.)  villa  efreguezia  de  Portu- 
gal, situada  âlrguasaoN.  deThomar,  con- 
tém 3,0()(>  habitantes.  Ha  raai3  3  povoações 
do  nnesmo  nome  :  l  .*  no  concelho  de  Monção, 
90o  habitantes;  2.® junto  a  Penafiel;  3  "no 
concelho  de  Moura;  districto  de  Beja  ;  850 
habitantes. 

p'AsiNA,  (geogr.)  rio  da  Sibéria,  corre  ao 
KO.  e  lança-se  no  Oceano  Glacial. 

riASSÁ,  piASSATA  ou  piASOAVA,  s  f.  (ter- 
.  mo  Brasil.)   espécie   de  junco  prelo  e  mui 
flexivel  de  que  se  fazem  vassouras,  escovas, 
amarras,  cordas,  etc. 

piAST,  (hist.)  tronco  da  dynastia  polaca 
dos  Piasts.  Era  um  simples  camponez  da 
Cujavia.  Seus  concidadãos,  apreciando  as 
muitas  virtudes,  que  o  adornavam,  confia- 
ram-lhe  o  supremo  poder  com  o  tituío  de 
duque  em  842;  fez  pelo  espaço  de  l9  an- 
nos  a  felicidade  da  Polónia. 

piASTRÃo,  s.  m,  (do  Ital.  piasírone,  au- 
gment.  de  piastra,  lamina  de  metal,  e  não  de 
piasíre,  Fr.,  que  nunca  teve  tal  significação. 
O  termo  correspondente  Fr.  éjj/asíroTi,)  pe- 
ça da  armadura  que  forma  a  parte  anterior  da 
coiraça. 

PIASTS,  (dynastia  dos)  (hist.)  dynastia  po- 
laca, que  reinou  desde  842  até  1370.  O 
primeiro  desta  dynanlia  foi  Piast,  o  ultimo 
Cazimiro-o-Grande. 

piALHi,  (geogr.)  pequena  província  do 
norte  do  Brazil,  entre  a  do  Maranhão  ao  occi- 
dente,  e  a  do  Ceará  ao  oriente.  Vem-lhe  o 
nome  que  tem  de  duas  palavras  do  idioma 
dos  Índios,  piaií,  peixe,  e  hi.  agua,  60,000 
habitantes. 

piAuni,  (geogr.)  rio  que  rega  a  província 
do  mesmo  nome,  no  Brazil. 

piAUHi,  (geogr  )  rio  que  nasce  na  provin- 
da deMinas-Geraes,  ao  ^.  da  serra  das  Es- 
meraldas, e  vai  lançar-se  no  rio  Jequiti- 
tonha,  no  Brazil. 

piAUHi,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia de  Sergipe,  no  Brazil. 

piAVK  (geogr.)  Plams,TÍo  do  reino  Lom- 
bardo Veneziano,  nasce  nos  Alpes  Noricos, 
corre  ao  SO.  e  lança-se  no  Adriático. 

piAZzi,  (hist.)  astrónomo  italiano,  nasceu 
em  1/46,  morreu  em  1826  Os  seus  prin- 
cipaes  escriplos  sào.  Licções  d' astronomia ; 
Catalogo  das  Estrellas',  Memoria  sobre  o 
novo  planeta  Ceres. 

PIBA-GRANDE   e  PIBA-PEQUEKA,    (gPOgr.)  sãO 

duas  serras  visinhas  uma  da  outra,  ambas 

na  provincia  do  Rio  de  Janeiro,  no  Brazil, 

a    pHmeira  no  districto  da  cidade  de  >ilhe- 

rôhi,  e  a  segunda  no  da  villa  de  Maricá, 

PICA,  s.  f.  (de  picar.)  (ant.)  pique.  — , 

TOL.    IT. 


(nant.)  os  delgados  das  obras  da  popa  e 
proa.  — ,  pinta  de  cavallo.  — ,  obsceno,  o 
membro  viril.  Todas  estas accepções  vem  da 
ideia  de  cousa  aguçada. 

PICA ,  *.  f.  (do  Lat.  pungo,  ere,  picar.) 
(mod.)  appetile  depravado  e  pungente,  t).  ^r. 
das  mulheres  pejadas. 

PCACEO,  A,  adj.  (med.)  que  tem  appeti- 
te  depravado,  como  algumas  mulheres  pe- 
jadas. 

PICADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f,  depica^ 
do,  p.  p  )  golpe  de  cousa  bicuda,  picante, 
como  ferrão,  v.  g.  —  de  agulha,  lanceta,  es- 
pinho ;  dôr  lancinante  como  a  que  resulta  de 
picada  feita  com  instrumento  agudo.  Sentir 
— s  por  todo  o  corpo, como  em  algumas  doen- 
ças eruptivas,  herpeticas.  — s,  a  carne  picada 
que  seda  de  cevo  ás  aves  de  caçar. — ,  (fig.) 
correria  contra  o  inimigo,  damno  leve. — ,  ca- 
minho estreito  aberto  por  entre  o  mato. 

PiCAUEiiiA,  s.  f.  {picado,  des.  eira.)  pica- 
reta, ferro  com  que  se  picam  as  mós  de  moi- 
nho ;  martellinho  de  gume  usado  pelos  pe- 
dreiros para  lavrar  e  afeiçoar  tijolo  de  ladri- 
lho.— ,  (ant.)  aguilhoada.  «i.ntãocoma — 
começai-o  d'aficar.  »  Cancioneiro,  p.  21. 

PICADEIRO  ,  s.  m.  (de  picador,  picaria, 
des.  eiró,  de  área.)  área  onde  se  ensina  a 
picaria,  e  se  amansam  e  adestram  cavallos; 
área  onde  andam  as  bestas  ou  bois  em  en- 
genhos cujas  rodas  põem  em  movimento ; 
lugar,  nos  engenhos  de  assucar,  onde  se 
ajunta  e  pisa  a  canna.  — de  lenha,  lugar  on- 
de ella  se  ajunta  na  proximidade  das  forna- 
lhas.— 5.  (naut.)  os  paus  que  sostêm  a  náu 
no  encovadouro  e  que  se  picam  ou  cortam 
quando  é  lançada  ao  mar.  — s,  (ant.)  por  pts- 
cadeiros  ou  pescadeiros,  homens  que  tra- 
ziam peixe  dos  portos  de  mar  ao  interior  do 
reino,  ou  certidão  de  se  não  ter  podido  efife- 
ctuar  a  pesca.  Moraes  diz  que  pôde  também 
ser  correcto  picadeiros,  por  tirem  picando,  e 
a  todo  tira  pela  posta,  tu  lhe  perguntara  on- 
de elle  achou  que  os  pescadores  antigamente 
em  Portugal  corriam  pela  posta,  carregados 
ou  não  de  peixe. 

piCADETE,  adj.  dos  "i.  diminuí,  de  pica- 
do, levemente  irritado,  ou  picado  (em  senti- 
do figurado).^ 

PICADINHA,  í.  f.  diminui,  de  picada,  le- 
ve j  içada. 

PICADO  ,  A  ,  p.  p.  de  picar  ;  adj.  ferido 
com  instrumento  agudo,  v,  g.  com  ferrão, 
aguilhada.  — ,  cortado  miúdo,  v.  g.  linha — 
a  carne,  o  toucinho  ;  (íig.)  pungido,  estimu- 
lado, irritado.  Está- — por  lhe  terem  fal lado 
á  civilidade,  por  não  ler  sido  convidado. — , 
(ant.)  presumido,  v.  g  — de  gracioso.  O 
mar — ,  alterado,  agitado.  E  um  mar  —  ^ 
(íig.)  espirito  inquieto,  desassocegado.  —  ,"  ' 
(braz.)  que  tem  ip\ui6sm'má&s.  Leopardo  — 
51 


m 


TÍC 


fíC 


de  prata.  — ,  cortado  a  pique,  Íngreme,  dif- 
ficil  de  subir.  Subida  do  monte  — .  Escada 
— ,  erapina*da.  Telhado — ,  acoruchado,  com 
grande  declive  para  facilitar  o  escorrer  das 
aguas.  — ,  quo  tem  sabor  picante.  Garapa 
— ■ ,  fermentada,  que  passou  pela  fermen- 
tação vinosa. 

PICADO,  s.  m.  carne  ou  peixe  cortado  mui- 
to miúdo  e  guisado  para  recheio, ou  cozido  no 
forno. 

piCADOR,  s.  m.  o  que  ensina  a  picaria  aos 
homens,  e  o  manejo  aos  cavallos 

piCADURA,  s.  f.  dôr  de  picada,  effeito  da 
picada  :  a  superfície  desigual,  dentada  a  mo- 
do de  lima  grossa,  v.  g.  nos  alfinetes,  for- 
nilhos para  fazer  pega  e  não  escorregar. — s, 
as  lasquinhas  e  pó  que  saem  das  pedras  la- 
vradas ao  picão. 

piCAFLOR,  í.  m.  avezinha  também  chama- 
da chupamel  e  beijaflor. 

PTCAMiLHO,  s.  w.  (de  pica  emi//io.)  epí- 
theto  dado  á  gente  do  Minho,  que  come  pão 
de  milho,  boroeiro. 

picANCEiRA ,  s.  f.  nome  de  uma  herva 
branca  e  tomentosa. 

PICANÇO ,  s.  m.  (Lat.  picus.)  ave  de  ar- 
ribação que  fura  as  arvores. 

PICANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  dop.  a.  Lat. 
em  ans,  tis.)  que  pica,  punge,  x>.  g.  espinhos 
— s ',  que  pica  na  língua,  como  apimenta,  o 
sal,  a  hortelã;  a  mostarda  ;  (fig.)  pungente, 
penetrante:  dôr — .  Ditos —s,  que  tem  sal, 
agudos,  facetos,  ou  mordentes.  Graças— s, 
mordentes,  queoffendem.  -7-,  notável,  inte- 
ressante pelo  contraste.  E  gallicísmo  mo- 
derno, e  que  se  deve  evitar,  v.  g.  seria  — 
fazer  encontrar  os  dois  rivaes,  istoé,  cu- 
rioso, divertido. 

PICÃO,  s.  /*.  {picar,  des.  augm,  ão.)  ins- 
trumento de  ferra  com  que  o  canteiro  la- 
vra a  pedra. — ,  (ant.)  facha  de  armas  com 
ponta  de  picão.  Pellouro  de  — ,  bala  de 
ponta. — ,  peixe  que  tem  no  focinho  um  os- 
so mui  forte  e  agudo  como  espada  com  o  qual 
fura  o  costado  de  navios.  — ,  (fig.  e  chulo, 
valentão. 

piCAPAU,  s.  m.  ave  que  tem  bico  agudo  e 
foite  com  que  pica  ou  bate  no  páu  para  fa- 
zer sair  os  vermes  que  este  encerra  e  que  el- 
la  come.  — ,  (t.  do  Brazil)  barrete  alto  en- 
gommado  de  trazer  por  casa. 

PICAR,  V.  o.  (do  Lat.  pungo,  cre,  forma- 
do de  açus,  ferrão,  acuo,  ere,  picar,  ou  de 
ico,  ere,  ferir ;  o  p  inicial  é  contracção  de 
op  ou  ob,  contra ,  do  lado  opposto.)  intro- 
duzir com  força  corpo  agudo,  v.  g.  —  a 
carne,  a  folha,  a  casca,  o  papel;  — o  ca- 
vallo  com  as  esporas,  os  bois  com  a  aguí- 
Ihada.  —  com  faca  ;  — a  veia  c«m  lanceta. 
A  vespa  picou-me.  — ,  cortar  miúdo,  fazer 
em  picado,  v,  g.  —  &  carne,  a  gallinha,  o 


toucinho.  — ,  pungir,  causar  sensação  acre, 
V.  g.  &  pimenta,  a  mostarda  pica  a  língua. 
— ,  molestar,  v.  q.  picámos  o  inimigo  ou 
a  retaguarda  até  Santarém.  —  as  amarras, 
corta-las.  —  o  muro,  com  o  picão,  para  o 
derribar.  —  o  debuxo,  com  alfinete,  segun- 
do a  direcção  das  linhas,  para  estrezir. — , 
recortar,  fazer  lavores  nas  roupas,  —pedra, 
lavrar  com  o  picão.  — ,  morder.  v,g.  O  peixe 
pica  a  isca,  ou  em]  sentido  abs. :  o  peixélpi- 
ca.  —  ,  (fig.)  incitar,  estimular  ;  molestar. 
O  coração,  pungir.  «  A  raiva,  a  cubica  pi- 
cam-nos.  »  Lobo,  Deseng.  —  alguém,  of- 
fende-lo  ,  irrita-lo,  causar-lhe  dissabor.  — 
os  envites,  em  jogos  de  parar,  augmentar  as 
paradas,  cobrir  as  do  parceiro.  —  alguma 
matéria,  tocar  superficialmente.  — ,  agitar, 
revolver.  O  vento  pica  o  mar.  — se,  v.  r. 
irrítar-se,  offender-se.  — ,  presumir,  ».  g. 
—  de  eloquente.  — se  o  mar,  alterar-se,  agi- 
tar-se.  — se,  no  jogo,  dobrar  as  paradas,  de 
enfadado.  —  ,  disseminar-se,  grassar  cau- 
sando moléstia,  incommodo.  Picava  a  fome; 
começava  a  —  a  peste,  fazia  progressos.  Pi- 
cam as  occasiões,  amiudam-se.  — ,  (famil.) 
dar  lucros  pequenos  e  amiudados.  Este  of- 
icio sempre  pica.  — ,  (fig.)  apressar-se.  Pi" 
cdmos  até  d  cidade,  isto  é,  os  cavallos,  para 
os  fazer  andar  mais  depressa. 

piCARAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  com  pi- 
cardia, como  picaro. 

piCARD,  (hist.)  astrólogo  francez,  nasceu 
em  1620,  morreu  em  1682  Escreveu: 
Historia  celeste  ;  Medida  da  terra  ;  O  co- 
nhecimento dos   tempos. 

PICARDIA,  s.  f.  (Cast.),  velhacaria,  acção 
vil,  de  picaro ;  acção  deshonesta. 

PICARDIA,  (geogr.)  antiga  província  e  gran- 
de governo  da  França,  era  limitado  ao  N. 
pelo  Artois  e  o  Bolonhez,  ao  S.  pela  Ilha 
de  França,  a  E.  pela  Champanha,  a  O. 
pela  Mancha  e  a  ISormandia.  Cppital  Amí- 
ens.  Era  dividida  em  Alta  e  Baixa  Picar- 
dia. 

PCAREL.  (h.  n.)  género  de  peixes  dafa- 
millia  dos  Percoides. 

PICARESCO,  A,  adj.  de  picaro  ,  burlesco, 
chulo.  Estylo  — .  Lobo. 

PICARETA,    S.    f.,    e    PICARETE  ,    S     Wl.    (de 

picar,  des.  eta  ou  ete  dim.)martello  de  pe- 
dreiro e  de  ladrilhador. 

PICARIA,  s.  f.  (des.  ia.)  arte  de  ensinar 
a  montar  a  cavallo,  e  manejo.  — ,  picadei- 
ro. — ,  multidão  de  piques.  Y.  Pique- 
ria. 

PICAROTO,  t.  m.  V.  Cum$. 

piCATOSTK,  s.  m.  (t.  de  cozinha)  recheio 
de  picado  de  carneiro  com  ovos  e  pão  ralado 
temperado  com  limão. 

PIÇARRA,  s,  f.  (do  Fr.  ant.  pie  ou  piech, 
monte,  outeiro,  e  aréa.)  terra  misturada  com 


nc 


Pie 


m 


âréa,    pedra   arôenta.  ^.  (ant.)  schislo  la- 
mielluso,  ardósia. 

piçARRAL,  s  m  [piçarra^  des.  collect.  ai.) 
BQonte  de  piçarra, 

piçARRÃO,  s.  m.  augment.  (p.  us.)  de 
piçarra^ 

PIÇARROSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  onde  ha  pi- 
çarra ;  da  natureza  de  piçarra. 

picciNi,  (hist.)  compositor  allemão,  nas- 
ceu cm  1727,  morreu  em  1800.  Deixou 
150  operas,  as  mais  conhecidas  são:  Ze- 
nobia,  Olimpiada,  Roland,  Atys,  Dido,  etc. 

piccoLOMiisi,  (hist.)  nome  de  uma  das 
famillias  nobres  que  entre  si  disputaram  o 
poder  em  Sienna.  Succederam  era  1538 
aos  Petrucci  como  chefes  da  republica  ;  mas 
em  1541  a  influencia  d'flispanha  fez  cessar 
o  seu  dominio. 

piccoLOMiNi  (Alexandre) ,  (hist.)  da  nobre 
famillia  dos  Piccolomini,  nasceu  era  1508, 
morreu  em  1578.  Entre  muitas  obras  es- 
creveu :  Tractados  de  Moral  e  Philoso- 
phia. 

p  GEMINO,  (geogr.)  hoje  Marcha  d'Ancona, 
pequeno  estado  d'ltaHa,  sobre  o  mar  Adriá- 
tico, entre  os  Senones  ao  N.  os  Prcetutiis 
ao  S.,  tinha  por  cidades  pricipaes  Asenbum, 
Picenum,  Firmum,  Auximum   e  Cingulum 

piCENTiNos  ,  (geogr.)  Picenlini ,  hoje  a 
parte  NO.  do  Principado  interior,  (Nápoles) 
pequeno  estadoi  d'Italia ,  ao  S.  da  Cam- 
pania. 

piciidadianos,  (hist.)  a  mais  antiga  dynas- 
lia  dos  reis  da  Persin,  ó  mais  fabulosa  do 
que  histórica.  Este  nome,  que  deriva  da 
palavra  pichdad,  sobrenome  de  um  dos  reis 
da  dynastia,  parece  resumir  todas  a  popu- 
lações persas,  que  precederam  Zoroaslro. 
A  dynastia  dosPichdadianos  foi  fundada  em 
uma  epocha  muito  remota  por  Kaiomaratz 

piCHEGRU,  (hist.)  general  francez,  nasceu 
em  1/01.  Abraçou  com  ardor  as  doutrinas 
revolucionarias.  Nomeado  general  do  exer- 
cito do  norte,  reorganisou-o,  bateu  os  al- 
liados  em  Cassei,  Courtray,  ^enin,  Rous- 
selaer.  entrou  em  Bruges,  Gand,  Antuérpia, 
Bois  le  Duc,  Venloo,  etc,  mas  no  meio 
dos  seus  triumphos,  deixou-se  seduiir  pelas 
promessas  do  príncipe  de  Conde,  fez  servi- 
ços á  causa  realista,  e  consentiu  que  a 
Áustria  alcançasse  algumas  vantagens  sobre 
as  suas  tropas.  Morreu  em  1804  preso  no 
Templo. 

piCHEL,  s.  m.  (do  Fr.  ant,  picher  vaso, 
bilha  para  vinho.)  vaso  de  recolher  vinho 
tirado  das  pipas  para  uso  immediato.  —  , 
vaso  para  beber.  «  Grandes  picheis  de  pra- 
ta, »  para  agua  e  vinho  que  se  distribuía  no 
paço.  Góes. 

PICHELEIRO  ,  s.  m.  [pichei,  des.  eiró.)  o 
que  faz  vasos  de  estanho  ou  de  lata. 


piCHKLiNGUE,  s.  m.  (corruplo de  F/«mn- 
gue,  porto  donde  antigamente  saiam  mui- 
tos corsários  ou  piratas.)  (ant.)  corsário,  la- 
drão. . 

PICHEM,  adj,  Uta  — ,  uma  espécie  uvas 
Alarte. 

piCHESBEQUE.  V.  Pcchisbeque. 

picnmciiA,  (geogr.)  volcão  da  America 
do  sul,  na  republica  do  Equador,  ao  SE., 
a  3  léguas  O    de  Quito. 

PICHO,  A,  adj.  [Lai.  piceus,  de  pix,  eis, 
pez.)  de  pez,  negro  como  pez. 

PICHO,  s.  m,  V.  Pichei  e  Pincha. 

piCHORRA,  s.  f.  pichei  com  bico.  V.  Pi- 
chei. 

piCHOSAMENTE,  ãdv.  [mente  suíl.)  de  mo- 
do pichoso. 

piCHoso  ,  A  ,  adj.  nimiamente  apurado  , 
atilado  ;  fastiento  ;  minucioso.  V.  Pechoso. 

piciNA.  V.  Piscina. 

PICO,  *.  w.  (do  Céltico  eSaxonicojoeac  ou 
pig,  cume,  do  mesmo  radical  qnt  o  Latino 
açus,  ponta.  Gr,  aké.  Em  Egypcio  khaé  si- 
gnifica ultimo.)  summidade  ,  cume  agudo 
dos  montes  ;  monte  mui  alto  terminado  em 
pico,  V.  g.  o  — de  Tenerife. — ,  picão,  ins- 
trumento de  picar  muros.  — ,  cousa  picante, 
espinho.  Os— 5  das  plantas;  (fig,)  sabor  pi- 
cante e  agradável,  v  g.  o  —  do  sal,  da  pi- 
menta, do  vinho  ;  e  no  sentido  moral,  sal, 
graça,  chiste  As  poesias  de  Nicolau  Tolen- 
tino  tem  muito — . 

PICO,  s.  m.  (Lat.  picus.)  V.  Picanço. 

PICO,  s.  m.  (t,  da  Ásia)  certo  peso.  Um 
—  de  prata,  valia  1500  cruzados,  segundo 
F.  Mendes  Pinto.  Vm  —  de  seda. 

PICO  DE  MiRANDOLA,  (hist.)  famillia  ita- 
liana, assim  chamada  do  castello  de  Miran- 
dela, perto  de  Modena,  possuia,  alem  de 
Mirandola,  Concórdia  e  Quarentola.  Tor- 
nou-se  independente  no  principio  do  XIV 
século.  Representou  um  pap.rl  importante 
no  partido  gibelino,  durante  as  guerras  ci- 
vis d'Italia.  Foi  despojada  dos  seus  Estados 
pela  Áustria  em  17 1 0,  por  se  ter  reunido 
á  França  na  guerra  da  Successão  d'Hispa- 
nha. 

PICO  DE  MIRANDOLA,  (hist.)  da  famillia  dos 
Mirandolas,  foi  celebre  pela  sua  sciencia, 
nasceu  em  1463,  morreu  em  111j4.  Apre- 
sentou-se  em  Roma  para  sustentar  a  these 
De  omni  re  scibili.  Deixou  :  Conclusiones 
philosophica ,  cabalisticce  et  íheologicce , 
etc. 

PICO  (ilha  do),  (geogr.)  uma  dasdoarchi- 
pelago  dos  Açores,  assim  chamada  de  uma 
alta  montanha,  a  que  se  deu  esse  nome; 
28,730  habitantes.  Esta  ilha  dista  1  légua 
do  Faial,  3  de  S.  Jorge,  11  da  Graciosa,  12 
da  Terceira,  32  de  S.  Miguel,  39  das  Flores, 
40  do  Corvo,  e  47  de  Santa  Maria. 
51  « 


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PIE 


PICO  DE  REGALADOS,  (geogr.)  vílla  de  Por- 
tugal, 2  léguas  ao  JN.de Braga;  6(J0  habi- 
tantes. —  dos  Reis,   freguezia   do   mesmo 
concelho,  550  habitantes.       * 

PICO,  (geogr.)  ilha  d«  forma  cónica  na 
do  districto  de  Parati,  na  provincia  do  Rio 
de  Janeiro,  no  Brazil,  e  a  pequena  distan- 
cia da  dita  costa. 

PICO  (Serra  do),  (geogr.)  serra  mui  alta 
da  cordilheira  dos  Aimorés,  no  Brazil. 

picoLA,  s.  f.  (t.  de  ordens  religiosas.)  Dar 
uma—,  condemnar  um  frade  a  comer  no 
chão  ou  em  mesa  baixa. 

Picos  ,  (geogr.)  serra  da  provincia  de 
Goyaz,  no  Brazil,  coroada  de  três  morros, 
a  pequena  distancia  uns  dos  outros  ,  os 
quaes  se  avistam  de  mui  longe. 

picoso.  A,  adj.  {pico  des.  oso),  (p.  us.), 
mui  alto,  de  muito  altos  picos.  v.  g.  Ser- 
ra— . 

PICOTA,  s.  f.  (de  picar),  páo  alto  que  ser- 
ve de  pelourinho  em  villa.  — ,  páo  que  pe- 
ga na  extremidade  do  zoncho  com  que  se 
dá  á  bomba. 

PICOTE,  s.  m.  (de  picar,  por  ser  áspero) 
burel,  panno  grosseiro  e  áspero  de  que  se 
vestiam  os  rústicos.  Fernão  d'Uliveira,  Gram. 
Havia  —  de  felpa  grossa. 

picoTiLHO,  *.  m.  diminui,  de  picote,  bu- 
rel menos  grosseiro  que  o  picote. 

PICOTO.  V.  Cume. 

picpo,  (geogr.)  pequena  villa  de  França, 
a  E.  de  Paris,  reunida  actualmente  ao  ar- 
rabalde  de  Sancto  António. 

piCQUiGNY.  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
3  léguas  ISO.  d'Amiens ;  1,'uOO  habitan- 
tes. 

piCROCHOLO,  A,  adj.  (do  Gr.  pikros.  amar- 
goso, e  khole,  bilisj,  (med.)  (p.  us.),  doen- 
te de  humor  cholerico,  atrabilario. 

PICTAVI  ou  PICTONES,  (gcogr.j  povo  da 
Galliza,  compreendido  primeiramente  na  Cél- 
tica, depois  na  Aquitania  segunda  ao  í^., 
tinha  por  capital  Jt*ictavi,  antigamente  Li- 
monum  [Portiers). 

piCTES,  (geogr.)  Picti,  antigos  habitantes 
da  Caledónia,  começa  a  figurar  na  historia 
no  século  II ,  e  tornaram-se  celebres  desde 
o  reinado  de  septimo  Severo.  No  III.*  sé- 
culo toda  a  Bretanha  barbara  foi  dividida 
entre  Pictes  e  os  Scots. 

piCTET,  (hist.)  theologo  protestante,  nas- 
ceu em  Génova  em  1655,  morreu  em  17il4. 
Deixou  50  obras ,  entre  ellas :  Tractado 
contra  a  indiferença  das  religiões :  Théo- 
logia  christá ;  Historia  da  Igreja  e  do 
mundo,  etc, 

PICTET,  (hJst.)  sábio  genovez,  nasceu  em 
1752,  morreu  em  18Í2I5.  Creou  a  Bibliothe- 
ca  britannica ,   chamada   depois  de  1816 
Bibliotheca  unitersal  de  Genota. 


PICTET  (cARLos),  (hist.)  írmlo  do  prece- 
dente, nasceu  em  1/55,  morreu  em  1824. 
Escreveu  o  Curso  d' agricultura  ingleza  ; 
Theologia  natural,  etc. 

picuMNO  E  PILUMNO,  (mjth.)  deuzes  ita- 
hanos,  íllhos  de  Júpiter  presidiam  aos  ca- 
zamentos  eás  tutellas,  e  ensinaram  o  pri- 
meiro a  estercar  as  terras ;  o  segundo  a 
moer  o  grão. 

picus,  (myth.)rei  dos  Aborígenes  na  Itá- 
lia, era  filho  de  Saturno,  amou  Canente,  e 
foi  transformado  ©m  picanço  por  Circé,  a 
quem  elle  tinha  desprezado. 

PIDA,  PTDE  e  piDO,  variações  antigas  de 
pedir  Hoje  dizemos  peça,  pede,  peço,  o  que 
é  irregular,  mas  mais  grato  ao  ouvido. 

PIEDADE,  s.  f.  (Lat.  pietas,  tis,  reveren- 
cia religiosa,  devoção,  etc.)  amor  aos  pa- 
rentes, ternura,  v.  g, — dos  pais  para  com 
os  filhos,  dos  filhos  para  com  o  pai,  a  mãi, 
aífecto  reverente,  v.  g.  —  do  povo  para  com 
o  rei,  compaixão,  dó.  Tratava  os  pobres, 
os  presos,  os  infelizes  com  — .  — ,  vida  es- 
piritual de  gente  pia,  devota,  religiosa,  re- 
verencia religiosa.  Arca  de  — ,  coííre  onde 
se  guarda  o  dinheiro  de  condemnações  pa- 
ra obras  pias.  Monte  de — ,  instituição  on- 
de se  empresta  ar,  publico  dinheiro  sobre  pe 
nhor,  A  intenção  de  lodos  os  fundadores  foi 
que  o  juro  fosse  módico,  e  as  avahações 
equitaveis,  mas  de  ordinário  a  usura  ó  ex- 
cessiva. Religiosos  da — ,  uma  das  seis  pro- 
víncias da  ordem  dos  franciscanos.  — s,  pi. 
lastimas,  queixumes  com  que  se  procura  ex- 
citar compaixão,  v.  g.  as  — dos  vencidos. 

PIEDADE,  (geogr.)  serra  da  provincia  da 
Bahia,  na  comarca  do  llio  de  Contas  ,  no 
Brazil. 

piEDicoRTE,  (geogr.)  villa  de  França,  a 
4  léguas  SE.  de  Corte  ;  600  habitantes. 

riEDiCROCE,  (geogr.)  villa  de  França,  a 
4  léguas  NE.  de  Corte  ;  500  habitantes. 

PIEDOSAMENTE,  ttdv.  [mente  suíT.),  com 
piedade,  de  modo  a  excitar  compaixão,  — 
(do  Fr.  piteusement),  escassamente,  a  custo, 
mesquinhamente,  ex.  «  A  índia  para  si  ren- 
de — .  »  Couto,  Soldado  pratico,  apenas, 
escassamente. 

PIEDOSÍSSIMO,  A,  adj.  superl.  de  piedoso, 
mui  piedoso;  mui  compassivo,  ilfãi — .  En- 
tranhas— . 

PIEDOSO,  A,  adj.  (des.  oso),  affectaoso  e 
reverente  para  os  pais,  parentes :  que  tem 
reverencia  a  Deus  ;  compassivo,  v.  g,  —  pa- 
ra com  os  pobres,  os  doentes  ;  pio,  desti- 
nado a  fira  pio  :  obras  — s,  úteis  ao  povo, 
V.  g.  hospitaes,  escholas,  fontes,  pontes. — 
(do  Fr.  piteux),  que  excita  a  compaixão, 
miserável,  maltratado,  reduzido  a  estado  la- 
m^enlavel.  ex.  «  —  estava  a  fortaleza,  ona- 
YÍo. »  Couto. 


FIE 


HG 


piEDRAS,  (geogr.)  capital  do  Estado  de  la 
Plala,  sobre  o  Atlântico,  ao  S.  e  defronte 
de  Montevideo. 

PIEIRA,  s.  f.  (de  pé,  des.  eira),  doença 
que  vem  aos  pós  dos  bois,  causada  pela 
immundicia  em  que  os  acravam  nos  cur- 
raes. 

PIEMONTE,  (geogr.)  [isto  éPaii  ao  pé  dos 
montes),  em  italiano  Piemonte,  em  latim 
moderno  Pedemontium  ^  região  da  Itália 
septentrional,  a  E.  dos  Alpes  gregos,  e  ao 
N.  dos  Alpes  maritimos ,  forma  com  a 
Sabóia  o  centro  dos  Estados  Sardos,  e  com- 
preende 5  intendências,  geraes  ;  Turim  , 
Coni,  Alexandria,  Novara,  Aoste  ;  2,600,000 
habitantes,  (apitai   Turi'n. 

PiENTissiMO.  V.  Piedosíssimo. 

PIKNZA,  (geogr.)  antigarap.nte  Corsignano, 
cidade  da  Toscana,  a  2  léguas  e  um  quar- 
to SO.  de  Montepoliciano. 

piERiA,  (geogr.)  Pieria,  região  da  Mace- 
dónia, na  costa  Occidental  do  golfo  Ther- 
maico,  entre  o  Haliacmon  e  o  mar. 

piERiDES,  (mytb.)  hlhas  de  Piero  rei  da 
Macedónia,  disputaram  ás  Musas  o  preço  do 
canlo,  foram  vencidas  e  metamorphoseadas 
em  pegas.  Os  poetas  também  chamam  ás 
musas  Pierides,  por  cauza  do  monte  Piero, 
que  lhe  era  consagrado. 

PTERio,  A,  adj,  (Lat.  Pieriíís),  (poet.)  das 
musas. 

PIERO  ou  P'RRTAS  MONS,  (geogr.)  Cordi- 
lheira de  montanhas  da  Macedónia  ficava 
parallela  ás  margens  occidentaei  do  golfo 
Thermaico. 

piERRE,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  7 
léguas  ao  íl.  de  Louhans;  1,600  habitantes. 

piERRE-BUFFiERE,  ('geogp.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  4  legoas  SE,  Limoges ;  1,[)00  habi- 
tantes. 

piERRE-CHATEL,  (gcogr.)  foftc  de  Frauça 
sobre  o  Rhodano. 

piERREFiTTB,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  7  legoas  ao  KO.  de  Commercy;  1,000 
habitantes. 

piEHREFONTAiNE,  (geogr.)  cidade  de  Frau- 
ça,  a  5  legoas  Sil.  de  Baurae-les-Dames ; 
Í,3U(?  habitante^, 

piERREFORT,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  6  legoas  iO.  de  S.  Flour ;  1,300  habi- 
tantes. 

piKTisTAs.  (hist.)  chamados  também  5/)^- 
nerios,  seita  de  Lutheranos,  que  affecta- 
Tam  grande  piedade,  e  preferiam  os  exer- 
cícios privados  aos  cultos  públicos.  Teve  [or 
chefe  Spener,  professor  de  iheologia,  o  qual 
se  esforçou  para  reformar  o  Lulheranismo. 
Os  Pietistas  teem  alguma  alegria  com  os  Qut- 
kers  pela  severidade  da  sua  moral  e  pela 
má  aversão  aos  prazeres  mundanos. 

PIBIOLA,  (geogr.)  ÁndtSf  viUa  do  reino 


Lombardo -Veneziano,  a  3  quartos  de  lé- 
gua ao  SE.  de  Mantua. 

piETRAFESA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  a  4  léguas  ao  SO.  de  Portenza  ; 
2,000  habitantes. 

PrETRAMALA,  (geogr.)  burgo  de  Toscana, 
a  lo  legoas  ao  NE.  de  Florença. 

piETRA  SANTA,  (geogr  )  cidade  da  Tosca- 
na, a  7  legoas  ao  NO.  de  Lucques;  3,000 
habitantes. 

PIEUSE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
legoas  ao  SO.  de  Cherburgo ;  1,700  habi- 
tantes. 

piEVE-Di-SACCO,  (geogr.)  cidade  do  rei- 
no Lombardo-Veneziano ;  a  2  legoas  e  1 
quarto  ao  SO.  de  Pádua  ;  5,650  habitan- 
tes. 

pieve-porto-morone,  (geogr. 1  cidade  do 
reino  Lombardo  Veneziano,  a  2  legoas  e  1 
quarto  de  Corte-Olona  ;  2,900  habitan- 
tes. 

píEVE-SAN-STEFATfo  ,  (gfiogr. )  cidade  do 
ducado  de  Toscana,  a  2^5  legoas  ao  O.  de 
Florença  *,  3.420  habitantes. 

PIFA  NO.  V.  Pifara. 

PÍFARO,  s.  m.  (em  Fr.  fifre,  do  illem. 
pfeiffe.  nome  do  instrumento  ;  pfeiflen,  to- 
car pifaro,  e  pfeifer,  o  tocador.  São  todos 
derivados  do  radical  pftf  imitativo  do  som 
agudo),  frauta  fina  e  de  som  agudo  usada 
pela  infantaria,  o  tocador  delia. 

piFiAMRNTE,  adv.  {mente  suff.)  (chulo)  de 
modo  pifio. 

pífio,  a,  adj.  (chulo)  baixo,  vil,  mesqui- 
nho. 

piGAÇA,  adj.  f.  Peva—,  na  Beira,  cha- 
mada do  conde  ou  de  conde. 

PTGAFETTA,  (hist.)  escriptor  italiauo,  acom- 
panhou o  navegador  portuguez  Fernando  de 
Magalhães  na  sua  expedição,  e  fez  o  diário 
desta  primeira  viagem  em  roda  do  mundo. 

piGAisiOL  DE  LA  FORCE,  (híst )  historiador,    ■ 
e  geographo  francez,  nasceu  em  1673,  mor-  ' 
reu  em  1753.  Deixou  entre  outras  obras  : 
Descripção  histórica  e  geographica  de  Fran~ 
ça.  ^ 

PIGARRO,  8.  m.  (do  Gr.  bex,  tosse,  e  ara-  [ 
amos,  ruido),  som  ronco  causado  pela  dif- 
ficuldade  de  expellir  o  escarro  viscoso  nos 
catarrhos.  j 

piGAULT-LEBRUN.  (hlst.)  romaucista   fran-  ' 
cez,  nasceu  em    1753,   morreu   era  1835. 
Escreveu  uma   Historia    de   França    para 
uso  das  pessoas  do  mundo.  Os  sens  roman-. 
ces  são  cheios  de  naturalidade  e  graça,  mas 
á  força  de  querer  ser  cómico  cae  no  gru- 
tesco  o  trivial.  (>s  s'^us  romances,   que  ti- 
veram mais  voga  foram  r  O  Filho  do  Car- 
naval,   os   barões  de    Felsheim,   meu    Tio 
Thomaz,  M.  Botte,  o  Citador ;  este  é  mui- 
to irreligioso,  os  outros  s&o  imoQoraes, 
52 


206  PIL 

piGDA,  (h.  n.)  espécie  de  pássaro  muito 
parecido  com  o  Pica-Flor. 

piGEAu,  (hist.)  jurisconsulto  francez,  nas- 
ceu em  1750,  morreu  em  1818.  Deixou: 
Introducção  ao  processo  ciml ;  Vommenta- 
rios  sobre  o  Código  do  processo  civil,  etc. 

piGMEO.  V.  Pygmeo. 

piGNATELLi,  (hlst.)  priocipe  de  Strongoli, 
ministro  do  rei  de  Nápoles  Fernando  VI, 
nasceu  em  1/32,  morreu  em  i812,  tor- 
nou-se  odiozo  pela  sua  crueldade.  Na  oc- 
casião  da  invasão  francesa,  foi  nomeado  ti- 
gario  geral  do  remo,  mostrou  a  maior  pu- 
sillanimidade  assignou  um  armistício,  no 
momento  em  que  Championet  corria  já 
grandes  riscos,  e  fugiu  para  a  Sicília,  de- 
pois de  queimar  a  esquadra  napolitana,  dei- 
xando a  populaça  senhora  da  cidade. 

riGNEROL,  (geogr.)  em  italia  Pinerolo,  ci- 
dade dos  Estados  sardos,  capital  de  uma 
província  do  mesmo  nome,  a  10  ao  léguas 
SO.  de  Turim ;  6,200  habitantes. 

piGKOTTi,  (hist.)  escriptor  italiano,  nas- 
ceu em  1739,  morreu  em  1812.  Entre  as 
suas  poesias  as  mais  notáveis  são  umas  Fa- 
bulas, que  o  tornaram  popular. 

piGULHAL.  V.  Pegulhal. 

PUS,  (hist.)  litterato  francez,  nasceu  em 
1755,  morreu  em  1832.  Escreveu  muitas 
comedias  e  poesias. 

piissímo,  A,  adjf  superl.  de  Pio ,  muito 
pio. 

pilado,  a,  p.  p.  superl.  de  pilar;  adj. 
pisado  no  pilão ;  descascado,  v.  g  Casta- 
nha— .  Arroz  —  . 

piLADOR,  s.  m.  V.  o  que  pila. 

piLANGA,  s.  f.  (t.  da  Ásia),  tribunal ,  re- 
lação. F.  Mendes  Pinto. 

PILÃO,  s.  m.  (Fr.  pilon,  do  Lat.  pilum, 
V.  Pilar,  verbo),  mão  do  gral.  —  no  Brazil , 
gral  de  pao  rijo  onde  se  pila  ou  descasca 
arroz  milho.  v.g.  Sebe  de — ,  parede  tai- 
pal, sebe  de  taipa. 

riLÃo-cÃo,  (geogr.)  sitio  na  ilha  de  Santia- 
go, pertencente  á  fregueziu  de  S.  Miguel,  e 
concelho  da  Villa  da  Praia  ,  700  habitan- 
tes. 

piLÃo-ARCADO,  (geogr.)  pequena  villa  da 
província  da  Bahia,  na  comarca  do  Rio  de 
São  Francisco,  no  Brazil. 

PILAR,  s.  m.  (Lat.  pilarium,  de  pila,  co- 
lumna  cyhndrica  ou  quadrangular,  sem  cor- 
nija ou  outro  ornato  ;  esteio  ;  pião  ou  guar- 
dador de  manejo  ou  picadeiro. 

PILAR,  ».  o.  (Lat.  pilo,  are,  de/?i/a,  gral. 
Gr.  pelos  ou  pilos,  gral,  pilcô,  apertar,  pi- 
sar), pisar  no  gral,  de  ordinário  para  tirar 
a  casca  ou  peUicula.  v.  g.  —  o  arroz,  a  ce- 
vada. No  sentido  de  fazer  cahir  a  casca  ou 
pelle  sem  pisar  no  gral.  v.g. — a  casta- 
nha, parece-me  vir  de  peilç  o  petlar. 


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I  •!.  ^i...4n'a 


PILAR,  (geogr.)  villa  da  província  de  Pa- 
rahiba,  na  margem  esquerda  do  rio  deste 
nome,  no  Brazil,  na  comarca  de  Brejo  de 
Área,  12  léguas  pouco  mais  ou  menos  ao 
SE.  da  capital  da  província. 

PILAR,  (geogr.)  villa  da  província  de  Goyaz, 
no  Brazil,  vantajosamente  situada  sobre  a 
estrada  do  norte,  45  laguas  ao  K  da  cidade 
de  Goyaz. 

piLARETE,  s.  m.  diminuí,  de  pilar,  peque- 
no pilar 

piLARTE,  s.  m.  moeda  antiga  de  prata  de 
El-Rei  D  Fernando.  O  Elucidário  diz  que 
valera  13  réis  e  2  ceitis,  e  que  depois  se 
abaixara  a  7  dinheiros  ou  ceitis. 

piLASTRA,  s.  f.  pilar  de  quatro  faces,  das 
quaes  uma  fica  embebida  na  parede  ;  co- 
lumna  attica. 

piLASTRÃo,  s.  m.  augm.  de  pílastra. 

PILATOS,  s.  m.  (fig.)  nome  de  uma  ban- 
deirinha que]  vai  na  procissão  dos  fina- 
dos. 

PILATOS  (Poncio)  (hist.)  Pontius  Pilatus, 
era  procurador  da  Judea  no  anno  27  de 
Jesu-Christo  Tendo  os  Judeos  accusado  pe- 
rante ello  a  Jesus,  Pilatos  declarou-se  incom- 
petente para  o  julgar  e  enviou-o  para  o  rei 
Herodes  (Antípas).  Como  era  costume  na 
festa  da  Páscoa  perdoar  a  um  condemnado, 
Pilatos  designou  para  esta  graça  Barabbas 
e  Jesus,  contando  que  o  povo  preferiria  a 
innocencia  ;  Barabbas  foi  preferido.  Pilatos 
deu  então  ordem  para  o  supplicio,  mas  an- 
tes delle  lavou  as  mãos  para  declinar  a  res- 
ponsabilidade deste  homicídio.  Pilatos  mor- 
reu em  Isere  no  anno  40. 

PILATOS,  (monte)  (geogr.)  montanha  da 
Suíssa,  entre  os  cantões  de  Lucerna  e  de 
Linderwald,  na  margem  Occidental  do  lago 
de  Lucerna  ;  é  uma  ramíQcação  dos  Alpes 
berraeses. 

píLCOMAYO,  (geogr.)  rio  da  America  do 
Sul,  sae  das  Andes,  e  cae  no  Paraguay, 
defronte  d'Assumpção. 

piLDAR,  t?.  n.  (t.  chulo),  safar- se,    fugir. 

piLDORA,  (ant)  V.  Pilula. 

piLEO,  s.  m.  (Lat.  pitéus.  Gr.  pilos,  fel- 
tro, barreie),  barrete  ou  carapuça  de  que 
usavam  os  antigos  gregos  e  romanos. 

piLERNE,  (geogr.)  aldeia  da  província  de 
Bardez;  2,195  habitantes. 

PILES,  (hist.)  litterato  e  pintor  francez, 
nasceu  em  163ú,  morreu  em  1709.  Escre- 
veu um  Curso  de  pintura. 

piLETRE  ou  piLiTRE    V.  Pyrcthro. 

PILHA,  s,  f.  (Fr.  pile,  Lat.  pila  ,  do  Gr. 
pilein,  apertar),  montão  de  cousas  em  ca- 
madas umas  sobre  outras,  v.g.  —  de  sardi- 
nhas, de  lenha,  de  balas.  — s  de  sal,  (fig.) 
tei  — ,  graça,  pico.  Está  o  comer  uma  — . 
de  sal,  mui  salgado. —  de  pesos,  pesos  ^ra- 


PIL 


PIM 


107 


duados  e  oucos,  mettidos  uns  dentro  dos 
outros. 

PILHADO,  A,  p.  p.  superl.  de  pilhar  ;  adj. 
roubado,  apanhado ;  conseguido. 

piLUAGEM,  5.  f.  (des.  agem),  roubo,  presa 
feita  por  corsário,  v.g.  Andar  á — . 

piLHANCRA.  V.  Pelkancas.  Ferigalho. 

piLHANTE,  s.  m.  ladrão,  salteador. 

PILHAR,  V.  a.  (Fr.  piller,  pron.  pilhe,  do 
Lat.  pilare ,  roubar,  que  Festo  deriva  do 
Gr.  Eol.  piletés,  por  philités,  ladrão,  usa- 
do por  Homero  nos  hymnos,  e  no  sentido 
de  salteador  por  Hesiodo),  roubar,  apanhar 
andando  a  corso.  v.  g.  Andar  pilhando.  — 
(chulo),  haver  alguma  cousa  por  meios  des- 
honestos. 

piLiiEiRA,  s.  f.  {pilha,  des.  eira)  ,  lugar 
onde  estão  cousas  empilhadas,  v.  g.  —  de 
cinza,  areia. 

piLHEiRO,  s.m.  (p.  us  )  deposito  onde  se 
ajunta  agua  para  diversos  usos.  Creio  que 
vem  do  Gr.  pylé,  porta. 

PILHÉRIA,  s.  f.  (de  pilha  de  sal],  (famil.) 
chiste,  graça,  sal  na  conversação,  v.g.  Es- 
te sujeito  tem  muita — . 

PILHÉRIA.  V.  Pilhagem. 

piLiERi,  (geogr.)  burgo  da  Sicilia,  a  7 
legoas  SO.  de  Mazzara. 

PíLLAU,  (geogr.)  cidade  marítima  dos  Es- 
tados prussianos,  a  9  legoas  cl  quarto  SO. 
de  Konigsberg ;  4,500  iiabitanles. 
^  PiLNiTZ,  (geogr.)  Pillnitz  ou  Poelnitz, 
villa  ecastello  real  da  Saxonia,  a  2  léguas 
e  um  quarto  ao  SE.  de  Drcsde. 

PILO,  s.  m.  (Lat.  pilum),  dardo  de  arre- 
messo, arma  usada  pelos  antigos  Romanos. 

PILÕES,  fgeogr.)  pequeno  rio  aurífero  da 
província  de  Goyaz,  no  Brazil. 

PTLOSELLA  ,  s.  f.  (Lat.),  planta  que  tem 
pellos  ou  felpa. 

piLOSo,  A,  adj.  (Lat.  pilosus  ,  de  pilus  , 
cabello),  cabelludo,  que  tem  pello. 

PILOTAGEM,  s.  f.  (des.  agem),  arte  do  pi- 
loto ;  mareação  do  navio  dirigida  pelo  pi- 
loto. 

piLOTEAR,  V.  n.  [pilotoar,  des.  inf.),  ma- 
rear, dirigir  a  derrota  do  navio. 

PILOTO,  s.  m.  (Fr.  pilote,  de  pile,  haste, 
e  led,  lod.  ou  lot  em  Saxão  e  línguas  ger- 
mânicas, guiar,  dirigirj,  o  oíTicial  que  go- 
verna, dirige  a  derrota  do  navio  por  meio 
do  leme;  (lig.)  guia.  v.g.  E  o  meu — . 

PILPAY    ou    ANTES   BIDPAY,    (híst.)   O   EsOpO 

Índio,  foi  visir  do  rei  da  Judeia,  chama- 
do Dabshehm ,  e  viveu  n'uma  epocha  des- 
conhecida. É  conhecido  como  auctor  de 
umas  Fabulas,  escriptas  primitivamente  em 
Sanscriplo,  e  conhecidas  pelo  nome  áe  P an- 
icha Tantra. 

PTLRETB,  *.  m.  (corrupto  de  6í/roedim.), 
(chulo),  homemzinho, 


PILRITEIRO,  s.  m.  (desa  ei/ro],  arvore  que 
dá  o  pilrito.  Outros  escrevem  e  dizem  Pir- 
liteiro. 

PILRITO  ou  piRLiTO,  s  m  ,  fructo  do  pil- 
riteiro. 

piLSEN,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  prus- 
sianos, alo  léguas  ao  N.  de  Klaltau  ;  7,000 
habitantes. 

piLTEN,  (geogr.)  cidade  ecastello  da  Rús- 
sia Europea,  a  37  legoas  NO.  de  Mittau. 

PTLULA,  s.  f.  (Lat.  diminut.  de  pila,  bo- 
la), (pharm.)  ,  bolinha  medicamentosa  que 
pesa  até  cinco  ou  seis  grãos,  o  de  ordiná- 
rio de  dois  a  quatro,  v.  g.  Engulir  a  —  , 
(chulo),  acreditar  peta.  —  soíTrer  dissabor. 
Vulgarmente  pronuncía-se  pirola. 

PIMENTA  ,  s.  f.  [  em  índio  pipel  , 
Sanscr.  pipalô,  Pers.  pilpil,  planta  e  a  sua 
semente  aromática  e  picante.  Ha  três  espé- 
cies :  a  preta,  originaria  de  Java,  Sumatra 
e  Ceilão  ;  a  branca,  que  é  a  semente  pre- 
ta descascada ;  e  a  longa  ,  mais  cáustica. 
Além  destas  ha  a  pi)  enta  de  cheiro,  a  co- 
mari,  e  a  malagueta  ;  estas  duas  extre- 
mamente acres,  e  ardentes,  são  usadas  em 
forma  de  cataplasma  em  moléstias  graves  , 
como  epispasticos,  e  em  clysteres  contra  a 
doença  chamada  carneirada  na  costa  de- 
Africa. 

PIMENTA  (Diogo  Bernardes),  (híst.)  poeta 
portuguez,  mais  conhecido  por  Diogo  Ber- 
nardes;  nasceu  na  villa  de  Ponte  de  Lima,  e 
falleceu  em  Lisboa  e  n  1596.  Foi  um  dos 
nossos  melhores  poetas,  como  o  attestam  os 
seus  contemporâneos  Sá  de  Miranda  e  An- 
tónio Ferreira  ;  e  no  género  bucólico  talvez 
nenhum  o  excedesse.  Temos  delle :  Rimas 
varias,  Flores  do  Lima  ;  que  consta  de  So- 
netos, Sextinas,  Canções,  Elegias,  etc.  O 
Lima  de  Diogo  Bernardes,  que  consta  de 
Éclogas  e  Cartas ;  Varias  Rimas  ao  Bom 
Jesus  c  á  Virgem  Gloriosa. 

piMENTAL,  s.  m.  (des.  collectiva  ai),  lugar 
plantado  de  pimenteií^as. 

PIMENTÃO ,  s.  m.  augment.  de  Pimenta, 
fructo  vermelho  quando  maduro,  e  mui  pi- 
cante. Do  fructo  verde  se  fazem  conservas 
em  vinagre,  v.g.  Nariz  de — ,  mui  verme- 
lho. 

PIMENTEIRA,  s.  f.  (dos.  tfira),  arbusto  que 
dá  a  pimenta,  de  varias  espécies,  tanto  *as 
da  índia  como  do  Brazil :  v.  g.  —  de  cheiro, 
que  dá  fructo  amarello  ;  —  comari ,  mala- 
gueta, cornicabra. 

PIMENTEIRO,  s.  m.  (des.  eiró) ,  pimentei- 
ra. —  o  vaso  em  que  se  serve  a  pimenta  nâs 
mesas. 

PIMENTEL   (Luiz  Serrão),  (híst.)    distincto 
maihematico  portuguez ;  nasceu  em  Lisboa 
em  161ò,  foi  tenente  general  deartilheria, 
cosmographo  mór  e  engenheiro  mór  do  rei- 
52  « 


808 


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WN 


no,  falleceu  ma  mesma  cidade  onde  nascera, 
em  1679.  Deixou:  Arte  pratica  de  navegar 
e  Regimento  de  Pilotos ;  Roteiro  da  Nave- 
gação do  Brazil,  Guiné,  S.  Thomé,  Ango- 
la, índias  e  Ilhas  Occidentaes  e  Orientaes, 
Cabo  de  Finisterrce  até  ao  estreito  de  Gi- 
braltar. Methodo  Lusitano  de  defender  as 
fortificações  das  praças ;  Pagan  resumido, 
Pratica  de  Arithmetica  decimal.  Trignome- 
tria  pratica,  Compendio  de  alguns  proble- 
mas de  Geometria  ;  e  theoremas  de  especu- 
lativa, Roteiro  do  Mar  Mediterrâneo. 

PIMENTEL  (Manoel),  (hist.)  filho  do  prece- 
dente, a  quem  succedeu  no  cargo  de  Cos- 
mographo  mór  do  reino.  Foi  distincto  ma- 
thematico,  publicou  e  annotou  muitas  das 
obras  de  seu  pai,  e  escreveu  uma  Arte  de 
Navegar,  que  foi  no  seu  tempo  havida  por 
texto,  e  mereceu  os  applausos  dos  professo- 
res estrangeiros. 

PIMENTO^  s.  m.  V.  Pimenta. 

PIMPÃO,  s.  m    (chulo),   valentão,  guapo  ; 
.  outros  interpretam   enfeitado,  loução.  Vem 
talvez  do  Inglez  pimp,  rufião,    alcoviteiro  , 
ou  do  Fr.  pompon,  laço;  nó  de  fita. 

piMPiNELLA,  s.  f.  (Lat.)  herva  medicinal 
aromática. 

piMPLA,  (geogr.)  montanha  da  Macedónia, 
na  Pieria  perto  do  Olympo. 

piMPLAR,  V.  n,  [pimpleo,  ar  des.  inf.)  flo- 
rear com  o  pimpleo. 

PIMPLEO,  6'.  m.  (de  pimpolho),  garrochi- 
nha  enfeitada  com  fitas,  que  o  toureador 
traz  na  mão. 

PIMPOLHO,  s  m.  (do  Lat.  pampinus),  reno- 
vo, gomo  da  videira. 

FINA ,  s.  f.  (do  Lat.  pinna,  aza,  pennas 
das  azas  de  aves,  as  pinas  são  as  peças  que 
formam  a  circumferencia  das  rodas  de  co- 
che, sege,  ou  carreta  de  artilharia,  e  no  in- 
terior dos  quaes  se  embebem  os  raios. 

PINA  (Ruy  de),  (hist.)  historiador  portu- 
guez ;  nasceu  na  cidade  da  Guarda,  igno- 
ra-se  em  que  anno  ,  mas  suspeita-se  que 
em  1440,  floresceu  durante  os  reinados  de 
D.  João  II.  D.  Manoel,  e  falleceu  na  sua 
quinta  de  Santiago,  junto  á  Guarda  no  prin- 
cipio do  reinado  de  D.  João  III.  Em  1482 
foi  secretario  da  embaixada  em  Castella,  e 
dois  annos  depois  desempenhou  o  mesmo 
cargo  em  Roma.  Voltando  desta  commissão 
o  elicarregou  elrei  li.  João  II  de  escrever 
as  chronicas  do  reino,  apesar  de  Lucena  ser 
o  chronista  mór  concedendo-lhe  uma  ten- 
ça. Ainda  desempenhou  outra  missão  im- 
portante em  Castella,  até  que  no  reinado 
de  D.  Manoel  foi  nomeado  chronista  mór , 
guarda  mor  da  Torre  do  Tombo  e  da  livraria 
real,  em  i497.  Em  lá04  concluiu  os  seus 
trabalhos  históricos,  e  recebeu  de  D.  Ma- 
nwl  aOYfts  tenças ;  passando  o  resto  da  sua 


vida  cheio  de  honras  e  recompensas.  É  o 
chronista  de  que  nos  restam  mais  Chroni- 
cas, pois  temos  delle  ;  as  de  D.Sancho  I, 
D.  iffonso  11,  D.  Sancho  II,  D.  Affonso 
III,  D  Diniz,  D.  Affonso  IV,  D.  Duarte, 
D  Affonso  I,  e  D.  João  II.  Esoroveii  alem 
disso  :  Do  fallecimento  delrei  D.  João  I 
deposito  do  seu  corpo,  e  trasladação  para 
o  mosteiro  da  Batalha ,  e  Compendio  das 
grandezas  e  cousas  notáveis  d' Entre  Douro 
e  Minho.  Duvidam  alguns  que  esta  obra 
seja  de  Ruy  de  Pina ;  bem  como  a  respeito 
das  chronicas  é  opinião  seguida  que  só  as 
duas  ultimas  são  originaes,  e  que  as  outras 
são  resumo  ou  extracto  de  obra  feita  por 
Fernão  Lopes.  O  que  é  incontestável  é  que 
Ruy  de  Pina  foi  com  Fernão  Lopes  e  Azu- 
rara, um  dos  fundadores  da  historia  por- 
tugueza ,  e  que  tiveram  a  gloria  de  fi- 
xar a  língua,  e  encetar  o  grande  século  da 
litteratura  portugueza. 

PINA  (Fernando  de),  (hist.)  filho  do  pre- 
cedente ;  nasceu  na  cidade  da  Guarda ,  e 
foi  estudar  fora  do  reino.  D.João  II  o  no- 
meou em  148á  secretario  da  embaixada  em 
Londres  ;  D.  Manoel  lhe  commetteu  a  re- 
forma dos  Foraes  do  reino,  e  D.  João  lII 
o  nomeou  Chronista  Mor  do  reino,  o  Guar- 
da Mor  da  Torre  do  Tombo,  logares  em 
que  succedeu  a  seu  pai.  Escreveu  Refor- 
mação dos  Foraes  do  Reino,  Memorias  dos 
Re>.s  de  Portugal. 

piNAÇA,  s  /".  do  [tal.  pinnacia,  depintis, 
pinho,  madeira  de  que  são  construídas),  em- 
barcação pequena  estreita  ,  de  vela  e  re- 
mos. 

piNÁcoLO.  V.  Pináculo. 

PINÁCULO,  s.  m.  (pino,  eL»t.  açus,  cousa 
aguda),  o  corucheo,  a  parte  mais  alta  de  edi- 
fício ;  (fig.)  auge,  o  mais  subido,  v.  g.  Levar 
ao  — ,  gabar  excessivamente. 

pinàrio  e  poticio,  (hist.)  amigos  e  com- 
panheiros d'Evandro,  seguiram-no  á  Itália 
a  onde  foram  Sacerdotes  d'flercules ;  a  sua 
posteridade  formou  duas  raças :  os  Pina- 
rios  e  os  Poticios. 

piNÁsio,  (t.  de  carp.)  a  peça  do  meio,  em 
portas  de  três  peças. 

píncaro,  s.  m.  V.  Cume,  Cimo. 

PINÇA,  s.  f.  (Fr.  pince,  de  pincer,  apertar), 
tenazinha  de  cirurgião.  —  instrumento  usa- 
do pelos  bombeiros,  tem  a  forma  de  um  S, 
com  pouca  differença. 

PiNçÃo,  s.  m.  V.  Pinçote. 

PINCEL,  s.  m.  (Lat.  penicillus,  ou  penicil- 
lum,  dim.  áepenis,  cauda,  rabo),  molho  de 
cabello,  clina,  cerdas  ou  pello  de  animaos 
atado  auma  hastezinha,  cabo,  ou  fixado  na 
extremidade  de  uma  penna,  para  applicar  as 
cores  á  pintura,  v.  g.  Os  pinças  de  gris,  são 
de  pello  o  aaais  macio ;  os  de  peiane  são  mais 


FIN 


i» 


S09 


ásperos.  Os  grossos  chatnam-se  brochas. 
Os  de  caiar  sào  grosseiros  e  tem  cabo  com- 
prido.— ,  (fig  )  pintura,  pintor,  v.  g.  Dar 
o  ultimo  — ,  pincel«da.  aperfeiçoar  a  pin- 
tura, (íig.)  aperfeiçoar  o  poema.  v.  g.Bom 
— ,  pintor.  —  poeta  que  pinta  ao  vivo  com 
imagens.  — colori4o,  v.  g.  o  —  da  adula- 
ção. 

PINCELADA,  s  f.  (des.  oda),  traço,  toque 
de  pincel. 

PífíCELADO,  A,  adj.  tocado,  retocado  com 
pincel ;  caiado,  v.  g.  Paredes  — ,  (ant.)  pala- 
dar. 

PiNCELEiRO,  s.  m.  (des  eiró],  o  que  faz 
e  vende  pincéis.  —  vaso  com  liquido  apro- 
priado para  nelle  se  lavarem  os  pincéis 
depois  de  ter  servido. 

PINCHA,  (l.  da  Beira).  Y.   Qalheta. 

PINCHAR  ,  V.  c.  (do  Lat  pinso,  are,  ou 
ere,  bater),  (ant.)  bater,  impellir,  dar  gol- 
pes para  derribar,  v.  g.  muralha  ,  porta. 
Banco  de  — ,  machina  antiga  de  bater  as 
muralhas.  —  no  brasão,  banco  sem  encos- 
to, que  os  infantes  trazem  no  escudo  das 
armas,  entre  o  baixo  da  coroa.  — ,  em  sen- 
tido n.  saltar  folgando.  Diniz,  Dilhyr. 

PiNCHEBEQUE,  s.  m.  (do  ingl,  finchbeck  , 
que  se  diz  darivado  do  nome  do  inventor), 
liga  de  cobre  e  zinco,  de  côr  amarella  ,  e 
de  que  se  fazem  íivelias  e  outras  obr^sde 
ornato. 

PINCHO,  s.  m.  golpe  violento,  embale  ; 
pulo,  salto. 

p/NçoTE,  s.  m.  (naut.)  pao  que  pega  na 
ponía  da  cana  do  leme,  e  serve  para  o 
governar:  v.g. — da  bomba,  mangote. 

piHDA,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portugueza 
no  districto  de  Quilignane, 

PINDAÍBA,  s,  f.  (t.  Brasil) ,  corda  de  fio 
de  palha  de  coqueiro  para  pescar  ao  an- 
zol. 

PiiíDAMONHANGABA,  (gcogr.)  villa  da  pro- 
vi.nçia  de  S.  Paulo,  no  Brazil ,  na  margem 
direita  do  rio  Parahiba.  Çstá  assentada 
n'uma  planície,  32  léguas  ao  NE.  da  cidade 
de  ià  Taulo,  o  4  aL.  da  villa  de  Taubaté, 
4,000  habitantes. 

eiNUARES,  (bist.)  (isto  é  habitantes  das 
moutanhas),  Iribu  do  Hindoustão,  nos  eâ- 
isidos  d'Uolkar  e  de  Sinhya,  e  no  princi^- 
pado  de  Bopal. 

piNu^uÉ,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia do  IVÍaranhào,  no  Brazil. 

piNDARO,  (hist.)  o  mais  celebre  poeta  lyri- 
co  grtíç^o,  nasceu  em  Thebas  no  anno  520 
antes  do  Jesii-Christo,  morreu  no  anno  456. 
De  todas  as  suas  poesias  só  nos  restam  45 
hymnos  ou  odes  divididas  em  4  partes  :  os 
Oíympicos,  oi  Py laicos,  Qs  ísthmicos,  os 
Neméenos. 

piNDEMONTB,  (hist.j  um  dos  melhores  poe- 
YOL.  lY* 


tas  italianos  do  XVIII  século,  nasceu  em 
1757,  morreu  em  1801.  Traduziu  os  dous 
primeiros  cantos  da  OdysseaeouUtsobrèt. 

PINDO  ,  s.  n\.  monte  da  Arcadi*  consa- 
grado ás  ílusas.  v.g.  Ás  tnoradoras  dt — , 
as  Musas. 

PINDO,  (^eogr.)  povoação  de  Portqgaj,  a 
2  léguas  de  Viseu.  |,iJ0|3  habitantes. 

PINDO,  (geogr.)  Pindus  ,  hoje  Mexxovo  , 
Ágrafa,  cordilheira  de  montanhas  da  Gré- 
cia, separa  a  T[iessalia  da  Athamania. 

piNDOBA,  s.  f.  (t.  Brasil  ),  espécie  de  co- 
queiro que  dá  cocos  pequenos. 

piNDOTiBA,  (geogr,)  serra  da  provinda  do 
Rio  de  Janeiro,  no  Brazil,  ao  N.  da  sorrt 
de  Piha-Grande,  e  ramo  da  cordilheira  dos 
Aimorés. 

piNDRA,  e  piNDRAR,  (obs.)  V.  Pcnhora, 
Penhorar. 

piNEGA,  (geogr.)  rio  da  Rússia  europea, 
nasce  no  governo  de  Vologda,  e  cae  no 
Dzvina. 

piNEL,  (hist.)  medico  francez,  nasceu  em 
1745,  morreu  em  1826.  Deixou,  entre  ou- 
tras obras,  um  Tractado  medico-philosophi- 
CO  sobre  a  alienarão    mental. 

piNEO,  A,  adj.  (pron.  pUeo  :  ÍRt.pineus), 
de  piíiho  ,  ou  pinheiro,  v.  g  A  —  selva, 
(poesia).  O  —  iirdor,  de  fogueira  de  pi- 
nho. 

PINEY    ou    PINET-LUXEMBURGO,    (geOgr.)  ci- 

dade  de  Fiança,  a  5  léguas  e  meia  NE.  de 
Troyes ;  1,300  habitantes. 

PNfG-NAN.  (geogr.)  província  da  Corea  , 
a  E.  e  aoS.  daMantchouria  ;  capital  Ouei- 
youen-si. 

piSGA,  s.f.v  [de pingar),  gotta  que  cahe  ; 
(fig.)  porção  minima,  mui  ténue.  v.  g.  Uma 
—  d'agua.  Nem  —  de  sangue  lhe  íicou  no 
corpo.  A'oa—,  diz-se  jocos  mente  de  vinho 
ou  licor  especial,  e  lambem  de  tabaco  ou 
rapé. 

PINGADEIRA,  s.  f.  (d€S.  círa),  vaso  offi  quô 
cabem  os  pingos  da  carne  que  s«  está  assan- 
do. 

PINGADO,  A,  p.p.superl.  de  pingar;  adj. 
que  recebeu  pingos  ;  queimado  cora  pingos 
de  azeite  fervendo,  por  tortura  ou  castigo. 
VI.  g.  Escravo — ,  castigo  atroz  dado  aos  ne- 
gros no  Brasil  por  senhores  crues.  Gatos 
— if.  V.  Gato. 

PINGALHETE,  .?.  m.  (do  Lat.  pinax,  grade 
de  painel,  e  clavus,  prego),  preguinho  co- 
rpo os  de  que  usam  òs  pinto^es  paia  pre- 
gar o  panno  na  grade.  —  pãozinho  de  aw^ 
mar  as  costellas  de  apanhar  pass&ros-." 

PINGANTE,  s.  m.  (chulo.  V.  g.  Um  — ,  ho- 
mem pobre. 

PINGAR,  V.  a.  {pingo,  ar  des.  inf.)  deitar 
pingo  ou  pingos^  e  principalmente  de  azei- 
te ou  gordura  fervendo  para  atormootar  ai* 
53 


fia 


PIN 


PIN 


guem :  t?.  g^-^-o  escravo,  deitar-lhe  azeite 
ou  gordura  a  ferver  sobre  a  pelle. 

PINGAR,  V.  n.  cahir  aos  pingos  ou  ás  got- 
tas,  gottejar,  v.  g.  —  a  carne  quando  se 
assa; — o  nariz  de  pessoa  encatarrhoada. 
Andar  pingando,  viver  pobremente,  andar 
como  o  boi  mui  magro  que  se  dessora  em 
suor. 

Syn.  comp.  Pingar,  Estillar,  Gottejar. 
Pingar  de  ordinário  se  applica  a  fluidos 
animaes.  Estillar  denota  operação  distilla- 
toria  natural,  ou  artificial.  Gottejar  diz-se 
de  qualquer  liquido.  A  etymologia  de  pin- 
go lira  toda  a  ambiguidade. 

PINGO,  s.  m.  (do  Lat.  pingue,  epinguedo, 
a  gordura)  pinga,  gotta  de  gordura,  ou  de 
suLs  anciã  oleosa  que  gotteja  da  carne  assa- 
da, do  toucinho  —  do  nariz,  aguadilha 
que  corro  do  nariz  nocatarrho  cu  de  quem 
toma  tabaco  ;  o  pingar  com  gordura  ou  azei- 
te fervendo  por  tormento  ou  ciistigo.  — ,  (fig  ) 
nódoa,  (ant.)  ex.  «  Deitar  — s  na  fama,  » 
mancha-la.  Camões,  tarta  I. 

Syn.  comp.  Pingo,  gotta.  Pingo  é  gotta 
de  sohdo  crasso  derretido.  Gotta  é  porção 
mui  ténue  de  um  fluido. 

PINGO  (Serra  do),  (geogr.)  alta  serra  da 
província  da  Bahia,  na  comarca  de  lliode 
Contas,  ao  poente  da  serra  de  Villavelha, 
no  Brazil. 

píNGRE,  (hist )  astrónomo  francez,  nasceu 
em  l711,  morreu  i796.  Deixou  Cometo- 
graphia  ou  Tractado  histórico  e  theorico 
dos   cometas. 

PINGUE,  adj.  dos  ^g.  {L&i. pinguis,  gor- 
do, pingue,  gordura.  Vem  do  Gr.  pion,  pió- 
dés^  gordo,  piotés,  gordura.  EmEgypcioou 
Coptico  j?i-dí  significa  a  gordura,  ekhôtou 
ghot,  gordo,  crasso,  que  creio  vir  áetdnho, 
ajuntar,  pôr  junto)  gordo;  (íig.  emais  us.) 
grosso,  fértil,  abundante.  Pingues  vaccas, 
bois.  Terra  — ,  grossa,  fértil.  Herança  — , 
grande.  Beneficio  — ,  rendoso.  Aras  pingues, 
as  cm  que  os  idolatras  sacrificavam  animaes 
gordos  ou  parte  d'eiles  cobertos  de  gordu- 
ra. 

piNGUEDO,  s.  f.  (Lat )  V.   Gordura. 

PINGUELA,  s.  f.  ou  piNGUELO,  s  wi.  Vari- 
nha com  que  se  arma  o  laço  para  apanhar 
aves,  e  que  levemente  locada  o  faz  cerrar  fi- 
cando presa  a  caça,  gancho  de  armar  ratoei- 
ra para  o  mesmo  fim;  viga  ou  prancha  atra- 
vessada que  serve  de  ponte. 

piNGUiNHA,  s.  f.  diminuí,  de  pinga. 

PINHA,  s.  f.  (do  Lat.  pinus,  pinheiro)  fru- 
cto  do  pinhei'*o ;  qualquer  fructo  da  mesma 
forma  pyramidal  agglomerada,  v.g.  o  ana- 
naz;  (íig.)  cousa  mui  basta.  Uma  —  de  geá- 
lo  Soldados  juntos  em  — ,  ou  em  uma  — . 
Em  —,  mui  basto.  A  arvore  fecunda  dá  fru- 
ctcs  em  — .    —  da  meia,   quadrado,  lavor 


que  se  faz  ás  meias  desde  abaixo  dos  torno- 
zelos até  -à  barriga  da  perna . 

pinhal,  s.  m.  (des.  collectiva  ai)  mata  de 
pinheiros. 

piNHANços,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Cea,  14  léguas  a  E.  de  Coim- 
bra, 1,40J  habitantes. 

PINHÃO,  s.  m.  Pinhões,  pi.  (do  Fr.  pignon, 
pron.  pinhon)  amêndoa  da  pinha.  Dá-se  o 
nome  de  pinhões  a  diversos  fructos  semelhan- 
tes á  pinha. 

PINHÃO,  (geogr.)  rio  de  Portugal,  no  dis- 
tricto  de  Villa-Heal,  nasce  perto  d'Alfarela, 
na  serra  daFalperra,  e  desagua  na  direita 
do  Douro  1  légua  e  meia  a  SO.  de  Favaios. 

PINHEIRA,  s.  f.  (t.  provincial)  navela  :  a  ar- 
vore que  dá  as  pinhas  doces  no  Brasil. 

PINHEIRAL.  V.  Pinhal. 

PINHEIRO,  s.  m.  (Lat.  pinus]  arvore  que 
dá  pinhas  e  resina,  e  de  que  ha  varias  espé- 
cies, v.g.  —  bravo;  manso;  alvar  ou  bas- 
tardo. 

PINHEIRO,  (geogr.)  com  este  nome  ha  em 
Portugal  20  povoações,  as  principaes  são  : 
1.*  povoação  no  concelho  de  Penafiel,  625 
habitantes;  2.^  villa  a  4  léguas  de  Lamego, 
534  habitentes;  3.*  freguezia  do  concelho 
d'Ourique,  900  habitantes  ;  4.^  —  d^Azere, 
villa  a  6  léguas  de  Viseu,  70J  habitantes ; 
5.'^  —  da  Bemposta,  villa  perlo  d'Estarreja 
e  a  O  léguas  de  Aveiro,  1,3^0  habitantes  ;  6.*  , 
--  Grande,  povoação  no  concelho  de  San- 
tarém; 7."  —  de  Lafões,  freguezia  do  con- 
celho de  Lafões  a  5  léguas  de  Viseu,  1,OiO 
habitantes;  8.* —  e  Mução,  villa  a  3 léguas 
de  Lamego,  1,300  habitantes;  li.^  —  Novo, 
e  10.^  —  Velho,  duas  povoações  dodistri- 
cto  de  Braga  que  não  excedem  300  habitan- 
tes cada  uma. 

PINHEL,  (geogr.)  cidade  de  Portugal,  situa- 
da sobre  o  rio  do  mesmo  nome,  a  4  léguas 
da  raia  hespanhola,  no  districto  da  Guarda, 
donde  dista  5  léguas  a  NE.  e  2  d' Almeida; 
2.000  habitantes. 

PINHEL,  (geogr.)  pequena  villa  ou  antes 
aldeLt  da  provinda  do  Pará,  no  Brazil,  na 
margem  esquerda  do  rio  Tapajoz,  20  léguas 
acima  de  sua  confluência  com  o  Amazonas. 

PINHO,  s.  m.  [Làt.  pinus]  madeira  do  pi- 
nheiro;  (fig.  epoet.)  navio  feito  de  pinho. 

piNHOADA,  s  f.  (des.  ada]  pinhões  passa- 
dos por  calda  de  açúcar,  ou  confeitados  com 
mel. 

piNHOCA,  s.  f.  (t.  da  Beira)  Y.  Cangalho. 

piNHOECA,  s.  f.  seda  com  círculos  avellu- 
dados. 

piNHOLA.  V.  Pinhoca. 

PiNHOTA,  s.  f.  {pinha,  des.  dim.  oía]  pi- 
nha de  flores,  cacho.  ex.  «  Nasce  o  cravo  era 
— s  como  madrosilva.  »  Castanh.  6,  cap.  i. 
Barros  diz  cacho  de  cravo. 


PIN 


PIN 


211 


'íAit-V 


PiNiFERO,  A,  adj.  (Lat.  pinus  pinheiro,  e 
fero,  trazer)  (poot  )  que  dá  pinheiros.  — s 
montes. 

piisj ENTES  5.  m.  pi.  (alterado  dependen- 
tes) pedra  da  feição  de  pêra,  pendente  dos 
brincos  das  orelhas. 

piNKERTON.  (geogr.)  sábio  escossez,  nas- 
ceu em  i758,  morreu  em  1826.  Deixou  : 
Geoijrnphia  redigida  sobre  um  novo  pla- 
no i    Ensaio    sobre  medalhas. 

piNNA,  (geogr.)  cidade  d'ltalia,  entre  os 
Veslini,  ao  S.  do  Picenum,  hoje  Civita  du 
Teuno. 

piNNEBERG,  (geogr.)  villa  de  Dinamarca, 
a  8  léguas  SE.  de  GÍuckstadt ;  400  habi- 
tantes. 

piNNULAS,  s.f.pl.  [Ldil.  pinnula,  dim  de 
penna)  duas  peças  elevadas  nos  extremos  de 
alguns  instrumentos  mathematicos  com  ori- 
cios  por  onde  se  enfia  o  raio  visual,  miras. 

PINO,  s.  rn.  (provavelmente  doLat.f>mMs, 
pinheiro,  em  razão  da  altura  da  arvore)  au- 
ge, o  mais  alto  ponto.  No  —  do  sol,  do  dia, 
quando  o  sol  está  mais  elevado.  —  dt,  noite, 
no  meio  d'ella.  —  da  calma,  quando  ella 
é mais  intensa,  ex.  «Sou  um  — de  oiro,  » 
Eufr.,  muito  garboso  e  gentil.  Tem  — ,  — 
tem,  diz-se  ás  crianças  quando  começam  a 
pôr-se  empo.  — de  choca,  o  badalo  de  páo 
com  bola  no  extremo.  — s  de  sapateiro,  tor- 
nos de  páo  de  pinho  para  pregar  os  saltos. 

piNOLS,  (geogr.)  villa  de  França,  a  7  lé- 
guas S.  de  Brionde  ;  900  habitantes. 

PINOS    ou    ILHA     DOS     PINHEIROS,     (geOgr.) 

El  Evangelista  de  Christovão  Colombo,  uma 
das  Antilhas  hispanholas,  a  20  léguas  da 
Costa  S.  de  Cuba. 

PINOTE,  s.  m.  [pino,  des.  ote]  salto  de  bes- 
ta para  cima 

PINOTEAR,  V.  n.  {pÍ7iote,  ar  des.  inf.)  dar 
pinotes,  espinotear ;  (fig.)  saltar  de  contente, 
de  prazer. 

piNCTÉRES,  s.  f.  pi.  espécie  de  marisco  : 
«das  lindas  ~s  enconchadas.  »  Elegiad. 

PiNQUE,  s.m.  embarcação  de  carga  usada 
no  Mediterrâneo  e  costas  de  Itália. 

piNSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
pea,  sobre  o  Pina,  a  06  léguas  SO.  deMi- 
nsk  ;  4,000    habitantes. 

PINTA,  s.  f.  (de  pintar]  raanchazinha  de 
côr  diíTerente,  v.y.  nas  pennas  das  aves,  no 
pello  de  cavallos ;  (fig.)  signaes  exteriores, 
V.  g.  conhecer  alguiím  pela  pinta,  velhacos 
ehypocritas  pela  —  se  conhecem.  — ,  pi. 
nódoas,  manchas  cutâneas  no  homem,  na- 
turaes  ou  effeiío  de  doença  ;  um  jogo  de  car- 
tas de  parar  (pintadas  por  fora). 

PíNTA,  s.  f.  (do  Fr.  píníe)  medida  antiga 
de  líquidos  ainda  usada  na  Beira,  equivalen- 
te a  três  quartilhos. 

PINTADO,  A,  p.p.  de  pintar;  adj.  a  que  se 


applicou  côr  ou  tinta  cim  pincel,  represen- 
tado com  colorido;  que  piatou.  As  paredes 
— s.  Um  quadro  bera  — s.    O  pintor  tinha 

—  o  teclo  da  igreja.  Não  poder  ver  alguém 
nem  — ,  ter-lhe  grande  aversão,  não  lhe 
querer  ver  nem  a  imagem.  — ,  (fig.)  nem  o 
mais  — ,  avantajado.  —  hade  ser  quem  lhe 
puzer  o  pé  adiante,  isto  é,  mui  fino,  ex- 
perto. Moraes  explica  o  sentido  figurado  di- 
zendo :  «  Não  existo  ou  não  ha  quem  isso 
faça.  »  Ku  creio  antes  que  nerta  phrasepm- 
tado  significa  excellente,  eximio,  represeíi- 
tado  com  as  mais  vivas  cores  por  hábil  pin- 
tor. — ,  (fig  )  figurado  em  estylo  cheio  de 
imagens,  v.  g.  —  era  versos  engenhosos. 
Veio-lhe  — ,  diz-se  de  cousa  favorável  que 
acontece  a  alguém,  ou  que  lhe  vem  a  pro- 
pósito. Quanto  vai  do  vivo  ao  — ,  da  na- 
tureza á  copia  ou  imagem  d'ella. 

PINTAINHA,  s.  f.  afemêa  do  pintainho. 

PINTAINHO,  s.  m.  diminuí,  de  pinto,  o 
frango  apenas  saído  do  ovo,  qne  ainda  anda 
atras  da  mãi. 

pintalegrete,  s.  m.  (ant.)  casquilho,  ho- 
mem mui  apurado  no  vestir. 

piNTÃo,  s  m.  augment.  de  pinto,  frango, 
pinto  já  crescido.  Pron  o  accento  na  pri- 
meira. 

pintar,  V.  a.  (do  Lat.  piclor,  pintor,  pi- 
ctura,  pintura,  com  a  des.  inf.  ar]  applicar 
tinta,  côr  com  pincel,  v.  g  —  o  corpo,  as 
paredes,  o  navio  ;  representar  figuras,  ima- 
gens de  objectos,  paizes,  perspectivas,  etc. 
por  meio  de  tintas  de  diversas  cores  que  imi- 
tam as  da  nitiireza  ;  matizar,  ornar  de  cores, 
fazer  brilhar,  v.  g.  a  natureza  de  vivas  rosas 
pintou  8s  faces  da  bella  dama.  «  A  varia  côr 
que  pinta  o  roxo  fructo.  »  Lusiad.  «Favo- 
nio  pinta  o  prado  de  flores.  »  — ,  afigurar 
com  palavras  ou  na  imaginação,  imaginar, 
phantdsiar,  v.  g.  —  asbellezas  da  natureza, 
os  estragos  da  guerra,  a  força  das  paixões. 

—  no  rosto,  mostrar  o  que  a  alma  sente. 
Pintei-lhe  um  cruzado  na  palma,  (loc.joc.) 
proraelti-lhe  e  fiz-lhe  ver  um  cruzado.  — 
ao  desejo,  (ant.)  —  como  querer,  imaginar 
conforme  desejamos.  — ,  entre  encaderna- 
dores, applicar  folha  de  ouro  com  o  ferro 
quente.  — ,  (t  de  bordador)  bordar,  mati- 
zando. «  Com  a  destra  agulha  pinta.  »  (poet.) 
— SE,  V  r.  afigurar-se,  representar-se,  v. 
g.  pintou  se-lhe  na  phantasia  ou  em  sonho 
uma  maravilhosa  scena  ;  fallando  de  outrem, 
ser  representado,  v.  g.  pintou-se  me  esse 
homem  como  um  prodígio  de  saber,  mas  ape- 
nas o  tratei  conheci  que  só  possuia  erudi- 
ção superficial.  — ,  v.  n.  tomar  côr.  Pmta 
a  uva,  começa  a  roxear  (a  uva  tinta).  —  a 
azeitona,  (fig.)  dar  boas  mostras.  Pintam 
bem  as  cartas,  os  dados,  sahem  favoráveis 
ao  jogador.  Já  lhe  pinta  o  bastardo,  (loc. 

53  « 


212 


PIN 


PIO 


chula)  diz-se  do  moço  quando  lhe  aponta  o 
buço,  signal  de  puberdade,  pela  semelhan- 
ça coDQ  a  côr  da  uva. 

ffiNTARROxo,  s.m.  [pinta  GTOxo,  om  Lât. 
rubeçula),  pássaro  vulgar. 

yiNTASiLGO,  s.  m.  (Cast,  pintacilgo),  ave 
vulgar. 

piNTASiRGO.  V.  Pintasilgo. 
ipiNTiNBO.  V.  Pintainho. 
CINTO,  s.  m.  (talvez  de  piar),  o  filho  da 
galinha  ao  sahir  do  ovo,  e  antes  de  estar 
empluraado  ou  de  ser  frango.  — ,  (chulo), 
um  cruzado  novo  em  ouro,  provavelmente 
em  razão  da  côr  ;  — ,  um  crui^ado  novo  em 
pr^ta. 

PINTO  (Heitor),  (hist  )  distincto  morahsta 
portuguez ;  nasceu  na  villa  da  Covilhã,  foi 
religioso  da  ordem  de  S.  Jeronymo,  um  dos 
.  mestres  da  Sagrada  Escriptura  ,  que  mais 
ennobreceram  a  universidade  de  Coimbra  ; 
assistiu  era  1j59  á  coroação  do  Papa  Pio 
IV  em  Roma,  onde  se  achava  a  negócios 
da  sua  ordem;  e  falleceu  em  1584.  Inscre- 
veu :  Imagem  da  vida  christã  ordenada 
por  diálogos,  obra  que  mereceu  ser  tradu- 
zida em  Latim,  Francez,  Italiano  e  liespa- 
nhol,  e  foi  muitas  vezes  reimpressa.  Foi 
este  monge  um  dos  principaes  moralistas  e 
clássicos  do  seu  século  ;  e  os  seus  Diálo- 
gos são  um  modelo  de  pureza  de  lingua- 
gem ê  encanto  de  estylo. 

PINTO  (Fernão  Mendes)  ,  (hist  )  escriptor 
portuguez,  nasceu  em  Monteujor-o-Velho 
em  ihi)^;  fallecnu  na  villa  de  Aliiia'!a  em 
15S0oulrí8i.  Havendo  passado  os  primei- 
ros aunos  da  sua  vida  na  pobre  casa  de  seu 
pai;  se  embarcou  aos  20  annos  para  a  ín- 
dia,, e  lá  gastou  21  era  continuas  e  traba- 
lhosas, viagens  Visitou  a  China,  Tartaria, 
Sião  e  çiuilos  outros  lugares  ;  e  de  tudo  o 
que  viu  e  lhe  aconteceu  nos  deixou  noti- 
cia em  um  livro,  que  intitulou  Peregrina- 
ções. Esta  obra  ó  uma  das  óptimas  ,  que 
temos  na  nossa  lingua,  e  pôde  ser  que  nas 
outras  com  diíliculdade  se  aponte  outra  no 
mesmo  gepero,  que  em  interesse,  discrip- 
ção  e  clegancija  lhe  ganhe  preferencia  ,  so- 
bretudo, se  altendermos  ao  tempo  em  que 
foi  escripla.  As  muitas  edicções  e  traduc- 
ções,  que  teve  em  diversas  línguas,  attes- 
tam,  o  meritp  do  livro  e  do  seu  autor. 

PINTO  (i^AAc)  ,  (hist.)  Juíleu  nascido  em 
Portugal  do  XVlil  século.  Defendeu  os  seus 
correligiimarios  contra  Voltaire  em  um  opús- 
culo intulado  :  Reflexões  criticas  sobre  o  ar- 
tigo de  VoUaírei  a  respeito  dos  Judeus  ;  escre- 
veu ajem  diisto  um  Traclado  sobre  o  luxo  e 
ou.t,ras  obras. 

PINTOR,  s.  m.  (Lat.  pictor,  de  pivgere, 
pintar),  o  que  sabe  delinear  as  imagens  de 
Uguras  e  objectos  naturaes  dançlo-lhes  as 


cores  appropriadas  :  —  de  retratos,  de  his- 
toria^ de  paizes,  de  scenario,  de  perspec- 
tiva, de  flores,  fructos.  — ,  (fig  )  poeta  :  —r 
de  phantasia,  que  pinta  ou  descreve  obje- 
ctos imaginário^. — ,  também  se  diz  do  que 
applica  cores,  v.  g.  de  portas,  paredes  ;  bor^ 
rador. 

piNTOEA,  i.  f.  mulher   que  pinta ;  (ftg.) 
a  natureza  — ,  que  pinta,  matiza. 

PINTURA,  s.  f.  (Lat.  pitura),  a  arte  do 
pintor  de  pintar;  cousa  pintada,  quadro, 
painel,  composição  pintada,  v.  g.  u  palá- 
cio tinha  uma  magnifica  galeria  de  pintu- 
ras dos  melhores  mestras  das  escholas  ita- 
liana, franceza,  hollandeza,  flamenga,  hes- 
panhola,  allemã,  e  ingleza.  — ,  (íig.)  re- 
presentação animada  feita  por  orador,  his- 
toriador ou  por  poeta,  v.g.  a  —  dos  desas- 
tres da  guerra  civil,  das  calamidades,  das 
paixões.  Fez  uma  viva  pintura  dos  funestos 
eíTeitos  da  superstição.  —  a  fresco,  a  tem- 
pera, de  illuminação,  de  cáustico,  de  mo- 
saico, figulina,  etc.  V.  estes  termos.  —  do 
pennejado,  debuxo  feito  á  penna,  com  pen- 
na  de  escrever  o  tinta  preta  ;  —  de  esmal- 
te ou  porcelana;  —  de  chitas,  feita  por  im- 
pressão de  cores  em  moldes  — ,  (fig  J  cou- 
sa mui  vistosa.  Paliando  de  uma  mulher  f(jr- 
mosa  e  bem  ataviada,  dizemos  :  está  uma  — , 
isto  é,  mereceria  ser  retratada. 

PINZEL,   V    Pincel. 

PIO,  s.  m.  voz  imitativa  do  som  dos  pin- 
tos, frangos  e  de  muitas  aves.  Dar  pios, 
piar. 

pió,  s.  m,.  o  sem  que  fazem  os  frangai- 
nbos.  ex  «Pagará  duas  gaUinhas  que  não 
digam  pió  ntiu  cró,  »  isto  é,  nem  fragai- 
nhas  nem  chocas.  Escripturas  antigas. 

PIO,  A,  aú(/.  (Lat.  piwy,  de  p/are,  reveren- 
ciar, expiar),  que  reverenciar  os  parentes; 
que  compre  co,m  os  deveres  da  religião; 
dotado  de  piedade,  ou  movido  pela  pieda- 
de. Pios  desejos,  pias  lagrimas.  Obras — s, 
de  benelicencia,  destinadas  a  soccorrer  os 
necessitados,  os  doentes,  á  educação  das 
crianças,  á  utilidade  publica,  como  hospi- 
taes,  escolas,  albergarias,  pontes,  estradas, 
fontes,  etc.  Casa  — .  instituição  onde  se  dá 
educação  a  rapazes  e  raparigas  pobres,  ou 
occupação  manual  a  pobres  ou  a  indivíduos 
encarcerados  por  mal  morigerados.  Monte- 
pio, instituição  de  um  fundo  para  manten- 
ça  das  viuvas,  on  para  dar  soccorros  por 
oceasião  de  enfermidade. 

PIO  I  (s.),  (hist.)  papa  desde  o  anno  de 
142  a  157,  combateu  as  heresias  de  Valen- 
tino  e  de  Marcion.  Foi  apelhdado  Pio  pela 
sua  muita  piedade. 

PIO  it,  (hist.)  /Eneas  Sylvius  Piccolomini, 
papa  desde  1458  até  146i,  uasceu  em  Cor- 
signano  em   140D.  Foi  ao  me&mQ  tempo 


/  PIO 

theologo,  orador,  diplomático,  historiador, 
geographo,  e  até  poeta.  Deixou  entre  ou- 
tras obras:  Descripção  do  Estado  d'Alle- 
manha,    no  reinado  de  Frederico  IIÍ,  etc. 

IMO  iji,  (hist.)  Fr.  Todeschini  ^m  Picco- 
mini,  filho  do  uma  irmã  de  Pio  II,  que  lho 
permittiu  tomar  o  s^u  nome.  succedeu,  em 
15n3,  ao  papa  Alexandre  VI ;  só  reiííou  2o 
dias,  e  foi  snbstituido  por  Juho  U. 

PIO  if,  (hist.)  /.  Angelo  Mediei  ou  Me- 
dickino,  papa  desde  1559  até  15(J5,  irmào 
do  marquez  de  Marignan  ,  fez  guerra  aos 
Turcos,  confirmou  os  cânones  do  concilio 
de  Trento,  reslabeUoeu  a  ordert  de  S.  João 
de  Jerusalém,  e  creou  a  typngrrtphia  do 
Vaticano 

PIO  V  (s  ),  (hist.)  Miguel  Ghisleri,  papa, 
nasceu  em  1504,  entrou  na  ordem  dos 
Domenicanos,  da  qual  foi  prior,  e  foi  elei- 
to papa  em  1.65.  Foi  severo  com  os  he- 
reges e  entregou  muitos  ao  tribunal  da 
inquizição.  Foi  canonizado  no  anno  de 
l7iJ. 

PIO  VI,  (hist.)  .7.  Angelo  Brachi,  papa 
desde  1775  até  1799,  nasceu  em  Casena 
em  1717.  Ueprovou  a  constituição  civil  do 
clero  francez,  favoreceu  os  Auslro-llussos, 
perdeu  LVbino,  Ferrara,  Bolonha,  e  Anco- 
na,  assignou  a  paz  com  a  republica  fran- 
ceza  cm  1797,  pagou  31  milhões  de  fran- 
cos, e  perdeu  muitos  quadros,  de  preço. 
Foi  depois  destronado  e  morreu  em  Valen- 
ce  em    1799. 

PIO  Vil ,  (hist.)  Barnahé  Chiaramonti, 
papa  desde  1800  até  1823,  foi  eleito  papa 
em  1800,  reorganisou  e  fez  florescer  o  Es- 
tado romano,  assignou  um»  concordata  com 
Napoleão,  depois  foi  sagral-o  a  Paris  em 
1804,  mas  dentro  em  pouco  se  desaviu  com 
elle  e  excommungou-o.  Aprizionado  em  Ro- 
ma pelo  general  MioUis ;  foi  conduzido  a 
Savona,  e  depois  a  Fontainebleau,  aonde 
soffreu  duro  tractamento.  Voltou  aos  seus 
estados  em  1814  e  teve  a  generosidade  de 
dar  asilo  em  Uoma  á  famillia  do  seu  anti- 
go perseguidor 

PIO  Yiii,  (hist.)  Saverion  Castiglioni,  nas- 
ceu em  Cingoli  em  1761,  foi  eleito  papa 
em  1829  depo'\s  da  morte  de  Leão  XII. 
Morreu  em  1830. 

PICADA,  s.  f.  (ant.)  V.  Peonagem. 

pioGADA  ou  piuGADA,  s.  f.  (o  mesmo  que 
pegada)  caçadores,  rasto,  trilha  de  caca  ;  — , 
a  trilha  do  homem.  Ir-lhe  pela  — ,  no  alcan- 
ce, (fig.)  curso  ordinário,  v.  g.  a  —  dosli- 
bellos,  o  curso  forense.  Outros  escrevem  peu- 
gada. 

Moraos,  não  obstante  a  evidente  relação 
do  vocábulo  com  pé  e  pegada,  diz  que  lhe 
parece  derirado  de  piox,  correia  que  se  pren- 
de aos  pés  dos  falcões. 

TÔL.   IT. 


213 


piOLi»,  (geogr.)  Tilía  de  França,  a  lé- 
gua e  meia  a  NO.  d'Orange ;  1,700  habi- 
tantes. 

PiOLiiAR'A.  9.  f.  (des.  ária],  fervedouro 
do  piolhos,  (fig.)  multidão  de  mendigos  ou 
dt»  gHiite  i)i)bre,  eque  sollicita  com  impor- 
tunidriiie. 

pioLiiKiR.v,  s  f.  (ena  tr.  herheaux  poux)^ 
planta  que  se  parece  na  folha  cóm  a  vide 
brava. 

PIOLHO,  s.  m.  (corrupto  do  Lat.  psdicu- 
lus,  áepes,  pedis,  opó),  animal  que  se  cria 
na  cab3ça  e  no  corpo  do  homem,  equecflu- 
sa  comichão  :  —  ladro,  que  se  aferra  na  pel- 
le  do  pribis,  sovaco,  etc,  de  maneiri  a  ser 
difficil  arranca-lo.  lia  tambfím  diversas  es- 
pécies de  piolhos  que  se  criam  no  corpo  dos 
aniraaes  e  nas  plantas  e  arvores,  v.g.  Met- 
ter-se  como  —  em  ou  por  costura,  (phr.  fana.) 
entremelter-so  importunamente  onde  o  não 
chamam. 

PIOLHOSO,  A,  atiy.  fdes.  oso),  cheio  de  pio- 
lhos. 

piOMBiNO,  (geogr.)  Populonium,  cidade 
da  Toscana,  capital  do  principado,  defron- 
te da  ilha  d'Elba,  a  27  léguas  SO.  de  Sien- 
na  ;   ;  .2j0  habitantes. 

piOMBiNo  (lago  de)  ,  Vetulonius  lacxhs^ 
lago  da  Toscana,  a  3  quartos  de  légua  NE. 
de  Piombius. 

pioNAGEM.  V.  Peonagem. 

piOTíiA.  V.  Peonia,  planta. 

piooES,  (ant.)  V.  Peão,  Peões. 

PIOR    V.  Peior  ou  Peor. 

PIORNO,  í.  m.  giesta  brava,  planta. 

piORRA.  V.  lilorra. 

pioz,  s.  f.  pi.  Piox  on  Pioscs  {áepé),  cor- 
reia que  se  prende  ao  pé  dos  falcões  e  outras 
aves  de  volateria ;  pea. 

PIPA,  s.  f.  (Fr.  pipe,  cuja  etymologia  os 
leiicographos  referem  sem  a  menor  proba- 
bilidade a  pipe,  canudo.  TaWez  venha  do 
Gr.  pipiskô,  dar  de  beber),  vasilha  de  tanoa 
de  guardar  vinho,  azeite,  vinagre.  A  pipa 
de  Lisboa  é  meio  tonnel  ou  duas  quartolas 
leva  í26  almudes  de  12  canadas  cada  um.  A 
pipa  do  Porto  leva  mais. 

PIPA,  s.  f.  (Fr.  pipe,  ingl.  id.  E  voz  imi- 
tativa do  som  do  assobio),  (ant.)  gaita,  irau- 
ta. 

PIPAROTE.    V.    Pipvte. 

PIPAROTE  OU  ant.  paparote,  s.  m.  golpe 
dado  com  o  dedo  mediano  fincado  no  pol- 
legar,  e  delle  destacado  com  força.  Dar  — 
no  narix  de  alguém. 

piPERNO,  (geogr.)  cidade  do  Estados  Ec- 
clesiasticos,  a  5  léguas  N.  de  Terrácihà; 
3,6t!0  habitantes. 

PIPI,  s.  m.  (voz  imitativa),  nome  de  uma 
ave  da  Africa. 

PIPIA,  s.  f.  (voz  imitativa  de  assobio),  can- 
5^ 


áí4 


Pio 


fíH 


itiá  de  cevada  em  que  os  rapf  zes  sopram  ; 
passarinho  de  barro  com  assobio  no  pé,  jo- 
guete de  eriánças. 

PIPIAM  ou  pipiÃo,  s.  m.  moeda  antiga  por- 
tugueza  tão  miúda  que  valia  só  duas  mea- 
lhas. 

PIPILAR  e  piPiTAii,  V.  n.  (Lat.  pipilo,  are, 
voz  imitativa  do  pio  das  aves),  dar  a  ave 
pios.  Outros  querem  qne  pipilar  seja  voz  de 
alvoroço,  e  pipitar  de  queixa.  Mas  em  La- 
tim pipilare  não  tem  outra  accepção  que  o 
som  das  avezinhas,  o  piar  dos  pintos,  que 
muitas  vezes  é  com  effeito  indicativo  dedôr, 
de  queixume. 

pipiNO,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portugue- 
za  nodistricto  de  Quilimane  com  1  légua  de 
largura  ecujo  comprimento  se  ignora. 

pipiRA ,  (geogr.)  rio  da  província  de  S. 
Paulo,  noBrazil. 

piPLEr,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingleza, 
a  9  léguas  INK.  de  Belasor. 

piPOTE,  s.  m.  diminui,  de  pipa,  vasilha 
pequena  da  feição  de  pipa,  c.  g.  um  —  de 
páo,  de  vidro,  de  ferro,  eobre. 

piPRiAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  NB.  de  Redon ;  1,600  habitantes, 

PIPUACA,  (geogr.)  ilha  do  rio  da  Madeira, 
na  província  do  Pará,  no  Brazil,  abaixo  da 
villa  de  Borba. 

PIQUE,  s.  m.  (do  Fr.  pique,  lança.  V.  Viar 
Pico,)  lança  de  ferro  curto  e  agudo ;  acção 
de  picar  ou  cortar;  golpe  que  corta.  v.  g. 
Dar — s  na  amarra,  para  a  cortar.  Deu  um 
—  nos  cabos.  Estar  o  navio  a  — ,  ou  com 
as  amarras  a  — ,  prompto  a  desaferrar,  a 
levantar  ferro.  Estar  a  — ,  (fig.)  prompto, 
presto,  preparado,  disposto,  v.  g.  para>  a 
batalha.  Sahir  a  —  ao  inimigo,  á  espora  fi- 
la, de  repente.  — s,  (do  Fr.  pie),  acção  de 
talhar,  do  cortar  com  o  picão,  aprumo,  v. 
y.  iocha  talhada  a  — ,  alcantilada.  Melter 
a  —  o  navio,  ou  ir  a  — ,  para  o  fundo  do 
mar.  — ,  (t.  debordador),  tira  de  papel  pi- 
cado com  alfinetes  para  fazer  renda  de  bil- 
ros. Levantar  um  — ,  acabar  uma  lira  de 
renda  conforme  á  amostra  picada.  — ,  (fig.) 
toque,  remoque  satyrico.  Dar  um  — .  — , 
(fig.)  ressentimento.  Ter  —  com  alguém,  es- 
tar picado,  ressentido. — ,  no  jogo  dos  cen- 
tos, é  contar  um  dos  parceiros  sessenta  pon- 
tos, tendo  só  trinta,  e  o  outro  nada  ;  — , 
nome  de  um  jogo  de  quatro  parceiros  a  dois 
dos  quaes  se  dão  nove  cartas. 

piQUE'RO ,  s.  m.  (des.  eiró.)  oíTicial  que 
faz  piques,  soldado  que  faz  piques. 

piQUERiA,  s.  f.  (des.  eria  )  multidão  de 
piques  ,  ou  de  homens  armados  de  piques. 

PIQUETE  ,  s.  m.  (Fr.  piquet.)  (mil.)  pe- 
queno destacamento  avançado. —  ,  chape- 
leta,  circules  que  faz  na  agua  estanque  uma 
pedrinha  que  se  lhe  lança. 


PIQUETO,  A,  adj.  V.  Pequeno. 

piQUiRi.  (geogr.)  rio  da  prOviíicia  àó  Ma- 
to-Grosso,  no  Brazil. 

piQUiRi.  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia de  S.  Paulo,  no  Brazil,  nasce  nos  campos? 
de  Guarapuaba. 

PIRA.  V.  Pyra. 

piRACANJÚRA,  (geogr.)  pequeno  rio  da  pro- 
víncia de  Goyaz,  no  Brazil. 

PIRACICABA  ou  PERCicÁBA,  (ge3gr.)  río  da 
província  de  Minas  Geraes,  e  um  dos  primei- 
ros aííluentes  do  río  Duce,  no  Brazil. 

PIRACICABA,  (^eog^.)  rio  da  província  de  S. 
Paulo,  no  Brazil,  que  resulta  da  juncção  dos 
ribeiros  Atibaia  e  Jaguari. 

piRACiNUNGA,  (geogr.)  pequeno  rio  da  pro- 
víncia do  Rio  de  Janeiro,  no  Brazil. 

piRACRÚCA,  (geogr.)  pequena  villa  da  pro- 
víncia de  Píauhí,  no  Brazil,  sobre  a  ribei- 
ra de  que  toma  o  nome. 

piRACUNAN ,  (geogr.)  rio  da  província  do 
Maranhão,  no  Brasil,  que  separa  a  comarca 
d'Alcantara  da  de  Guimarães. 

piRAiii,  (geogr.)  nova  villa,  e  antiga  fre- 
guezia  da  província  do  Rio  de  Janeiro,  no 
Brazil,  na  comarca  de  Rezende. 

piRAHi,  (geogr.)  rio  da  província  do  Rio  de 
Janeiro,  no  Brazil,  na  comarca  de  Rezende. 

piRAiA-NARA,  (geogr.)  ilha  do  río  da  Ma- 
deira, do  Brazil,  na  província  do  Pará. 

PiRAiBi,  (geogr.)  ilha  do  rio  Cuiabá,  na  pro- 
víncia de  Mato-Grosso,  no  Brazil,  com  perto 
de  9  léguas  de  comprimento. 

piRAJÁ,  (geogr.)  pequeno  río  da  província 
da  Bahia,  no  Brazil. 

PIRAMIDAL.  V.  Pyramidal. 

PIRÂMIDE.  V.  Fyramide. 

piramena  ,  ..  m.  peixe  brasílico  da  fei- 
ção de  robalo, 

PIRANGA,  s.  ou  adj.  dos  2gr.  (do  Fr.  ant. 
paure ,  pobre.)  (chulo)  pobre,  miserável , 
mesquinho. 

PIRANGA ,  s.  f.  (t.  Brasil.)  barro  verme- 
lho. 

PIRANGA,  (geogr.)  nova  villa  e  antiga  fre- 
guezía  da  província  de  Minas  Geraes ,  no 
Brazil,  na  margem  esquerda  do  río  de  que 
tomou  o  nome,  8  léguas  ao  sueste  da  cidade 
de  Marianna. 

PIRANGA,  (geogr.)  rio  da  província  de  Mi- 
nas-Geraes,  no  Brazil 

PIRANGE ,  s.  m.  (t.  da  Ásia.)  carro  com 
três  rodas  por  banda  usado  na  Ásia.  F.  Men- 
des Pinta. 

piRANGi,  (geogr.)  rio  da  província  do  Cea- 
rá, no  Brazil  ,  no  distrícto  de  Montemor- 
Novo. 

piRANGUARA,  (geogr.)  Serra  da  província 
do  Rio  de  Janeiro,  no  Brazil. 

PIRANHAS,  (geogr.)  serra  da  província  do 
Ceará,  nodistricto  de  Mecejana,  no  Brazil. 


NR 


m 


m 


PIRANHAS  (Rio  das),  (geogr.)  rio  que  nas- 
ce na  serra  dos  Cairifis,  no  Brazil. 

piRANO,  (geogr.)  cidade  da  Áustria,  a  6 
léguas  ao  SO.  de  Trieste;  6,800  iiabitan- 
tes. 

PIRÃO,  s.  m.  (t.  usado  no  Drasil.E  cor- 
rupção do  Uai.  pilão,  arroz  guisado.)  fari- 
nha de  mandioca  fervida  em  agua  ou  em 
caldo,  que  se  come  com  o  conducto.  — es- 
caldado, fervido  em  caldo.  —  de  agua.  — 
temperado,  adubado. 

PíRAQUERA,  (geogr.)  lagoa  e  rio  do  con- 
tinente da  província  de  Santa  Catharina,  no 
Urazil. 

pirara'  ou  pirarara',  (geogr.)  aldeia  de 
índios  da  Guiana  brazileira ,  defronte,  se 
bem  que  muito  arredada  do  Estado  de  Ve- 
nezuela, perto  da  lagoa  Amacú  e  nas  mar- 
gens do  ribeirão  de  que  toma  o  nome. 

PIRATA,  s.  f.  (Fr.  pirate,  do  Gr.  peira- 
tés,  de  peiraò,  tentar.)  ladrão  que  anda  rou- 
bando pelo  mar,  e  dando  assaltadas  em 
terra. 

piRATAGEM,  s.  f.  (dcs.  agem.)  roubo  de 
pirata. 

PIRATARIA,  s.  f.  (des.  aHa.)  vida,  officio 
de  pirata ;  acção,  roubo  de  pirata. 

PIRATAS  (guerra  dos),  (hist.)  da-sc  este 
nome  á  expedição,  que  Tompeo  fez  no  an- 
no  67  antes  de  Jesu-Christo,  contra  os  pi- 
ratas da  Cicilia  e  d'ísauria,  que  infesta- 
vam o  Mediterrâneo,  interceptavam  os  vi- 
veres a  Roma  e  arruinavam  o  commercio. 

PIRATEAR ,  V.  a.  ou  u.  [pirata,  ar  des. 
inf.)  roubar  como  pirata,  andar  a  corso. — , 
roubar  como  pirata,  v  g. — amigos  e  ini- 
migos. 

piRATico,  A,  adj.  de  pirata. 

piRATiNi,  (geogr.)  rio  da  provinda  de  S. 
Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil,  na  comarca 
de  Missões. 

piRATiifiM,  (geogr.)  pequena  villa  da  pro- 
víncia de  S.  Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil, 
na  margem  esquerda  e  na  cabeceira  do  rio 
de  que  toma  o  nome,  3,(370  habitantes. 

piRATiNiM,  (geogr.)  serra  da  província  de 
S.  Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil,  na  co- 
marca de  Piratinim. 

PiRATiNiM,  (geogr  )  rio  da  província  de 
S.  Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil. 

piRATiNiNGA ,  (gcogr.)  ÚQ  da  provincia 
de  S.  Paulo,  no  Brasil. 

pihausta.  Y.  Pyrausta. 

piREo  (poRTo  de)^  (geogr.)  porto  d'Alhe- 
nas,  a  meia  légua  da  cidade,  na  embocadu- 
ra do   Cephiso. 

PIRES,  s.  m.  pratinho  que  se  põe  debai- 
xo das  chicaras.  Não  muda  no  plural. 
PiRETHRO.  V.  Pyrrethro. 
piRiCHE ,  s.  m.  (t.   da  Ásia)  embarcação 
pequena  de  guerra. 


PIRILAMPO.  V.  Pyrilampo. 

PíRiNOí.A,  s.  f.  dado  de  pezinho  agudo, 
com  as  letras  P.  D.  T.  R.  nas  quatro  fa- 
ces ,  que  se  faz  gyrar  com  um  trinco  dos 
dedos.  Quando  pinta  P.  D.  (perde,  deixa), 
perde  quem  joga,  e  ganha  deitando  T.  H. 
(tira,  rapa) 

PIRITES.  V.  Pyriles. 

piRiTHOO,  (mylh.)  amigo  de  Theseo  e  seu 
inseparável  companheiro,  filho  d'Ixion,  rei- 
nou sobre  os  Lapilhas  na  Thessalia.  Pene- 
trou nos  infernos  com  Theseo  para  roubar 
Prosérpina  a  Plutão,  mas  este  deus  fez  mor- 
rer Perithoo  e  prender  Theseo,  que  foi  li- 
bertade  por  Hercules. 

piRLiTEiRO  eu  puRiTEiRO,  s.  m.  planta  Se- 
melhante á  pereira  brava  e  mui  espinhosa. 

piRMASEPís,  (geogr.)  cidade  da  Baviera, 
a  5  léguas  SE.  de  Duas-Ponles;  3,200  ha- 
bitantes. 

piRNA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Saxo- 
nia,  a  4  léguas  SE.  de  Dresde  ;  4,100  ha- 
bitantes. 

piROBOLiSTA.  V.  Pyrobolista. 

piROBOLO.  V.  Pyrobolo. 

piROETA,  s.  f.  (do  Fr.  piroueíte.)  (t.  de 
dansa)  movimento  circular  sobre  um  pé.  Fa  - 
zer — s. 

piROLA ,  s.  f.  assim  se  diz  vulgarmente 
por  pílula.  V.  Pílula. 

piROLO,  s.  m.  diz-se  de  ordinário  por  pct- 
rolim.  V.  Parolim. 

piROMATSCiA.  V.  Pyromancia. 

piROMi,  (myth.)  o  deus  supremo  dos  Egyp- 
cios,  era  superior  a  Kneffta  e  Fré  e  conti- 
nha em  si  o  gérmen  de  todas  as  quali- 
dades. 

piROPO.  V.  Pyropo. 

PIRRAÇA,  s.  f.  (alterado  de  perrice,  de 
perro,  cão.)  cousa  feita  a  alguém  com  o  fim 
de  o  agastar. 

piRRHico,  A,  adj.  V.  Pyrrhico. 

piRRHiCHio.  V.  PyrrhicHo. 

piRRHONiSMO.  V.  Pyrrhonio. 

piRRiQuio.  V.  Pyrrichio. 

piRTiGA,  s.  f.  (Lat.  pertica.)  vara.  —  da 
prensa,  do  lagar.  Pron.  pirtiga. 

piRTiGO,  s.  m.  (t.  da  Beira)  a  vara  mais 
pequena  do  mangoal. 

piRU.  V,  Peru, 

piRUiBE,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provin- 
cia de  S.  Paulo,  no  Brazil,  no  districto  da 
villa  dltanhaen. 

PIRULA.  V.  Pílula. 

PISA,  s.  f.  (de  pisar.)  tunda  de  panca- 
das com  que  se  pisa  o  corpo. 

PISA,  (geogr.)  antiga  capital  da  Elida, 
formou  por  muito  tempo  um  estado,  aon- 
de reinaram  OEnomaus  e  Pelops. 

PISA,  (geogr.)  Pisa  e  Pisoe  em  latim,  ci- 
dade d'Italia,  capital  da  provincia  de  Pisa, 


J^k' 


81 


PIS 


a  20  léguas  O.de  Florença;  21,000  habi- 
tantes. 

PISA  (província  de),  (geogr.)  provinda 
do  grau  ducado  do  Toscana,  entre  o  duca- 
do de  Lucques  «o  iN.,  a  província  do  Siou- 
na  ao  S.,  a  de  Florença  a  K  ,  e  o  Medi- 
lerranf'0  a  O.  ;    300,000  habitantes. 

PISADA,  s.  f.  o  acto  fie  pisar;  pegada, 
signal  que  o  pé  deixa  impresso,  traças.  Se- 
guir as — s  de  alguém,  (íig.)  ir  pelo  mesmo 
caminho. 

PISADO,  A,  p.  p.  de  pisar  ;  adj.  contun- 
dido, calçado.  —  aos  pés,  humilhado,  v.g. 
depois  de  ter  —  a  uva.  V.  Pisar. 

PiSADOR.  V.  Pisão. 

PISADURA,  *.  f.  (des.  ura  )  acto  fje  pisar; 
contusão  com  extravasação  de  sangue,  sem 
ferida. 

pisa-mansihho,  adj.  ou  s.  m.  (fig.)  sonso, 
dissimulado. 

piSAif,  (hist.)  astrólogo  bolonhez  do  XIV 
século,  adquiriu  grande  reputação  na  Itá- 
lia pelas  suas  predicções. 

PISÃO,  s.  m.  (de  pisar.)  moinho  de  uma 
roda  dentada  que  faz  alçar  e  baixar  uns  co- 
mo martellos  que  apisoam  o  panno  para  o 
alizar. 

pisão,  (hist.)  L,  Calpurniíis  Piso,  juris- 
consulto, historiador,  orador  e  tribuno  do 
povo  em  Roma  no  anno  149  antes  de 
Jesu-Cristo,  foi  cônsul  no  anno  13  censor 
em  llM,  efez  alei  Calpurnia  de  repetun- 
dis  contra  os  concussionarios.  Foi  opposto 
aos  Grachos. 

PISÃO,  (hist.)  L.  Calp.  Piso  Ccesoninus, 
cônsul  no  anno  L8  antes  de  Jesu-Cristo, 
procônsul  na  Macedónia  no  anno  57,  cen- 
sor em  48,  tornou  notável  o  seu  consula.- 
do  pelo  desterro  de  Cicero.  Seu  filho, 
L.  Calpurnio  Piso  foi  cônsul  no  anno  15 
antes  de  Jesu-Cristo,  o  prefeito  de  iloma 
no  reinado  de  Augusto. 

PISÃO,  (hist.)  Cneio  CalpurniusPiso,  côn- 
sul no  reinado  d'Augnsto  e  governador  da 
Syria  no  reinado  de  Tibério.  Accuzado  de 
ter  envenenado  Germânico  matou-se. 

PISÃO,  (hist.)  C.  Culpurnius  Piso,  orga- 
nisou  em  65  uma  conspiração  contra  iNe- 
ro ,  na  qual  tomaram  parte  Lucano,  Sé- 
neca e  rr.uitos  senadores.  Descoberta  a 
conspiração ,  Pisão  matou- se  abrindo  as 
veias  I 

PISÃO,  (hist)  Calp.  Piso  Licinianus, 
oriundo  da  famillia  dos  Crassos.  Galba  que- 
rendo escolher  um  successor  e  urn  coUega, 
nomeou-o  César.  Olhão,  que  esperava  es- 
te titulo,  revoltou-se,  e  Pisão  foi  morto 
junctamente  com  Galba,  cinco  dias  depois 
de  nomeado  César. 

PISÃO,  (hist.)  naturalista  hollandez,  do 
X  Vil.  século.  As  suas  descobertas  e  as  de  i 


PIS 

Margraff  foram  publicadas  com  o  titulo  de 
Historia  naturalis  brasilia. 

PISAR,  t.  a.  (do  pes.  ar  des.  inf.)  calcar 
cora  os  pés.  —  a  uva  no  lagar.  — ,  machu- 
car cora  pilão,  em  gral  ou  a-raofariz. — aos 
pés,  (íig.)  humilhar. — o  or^w//io,  abater. — 
miúdo,  dar  passos  miúdos,  curtos. 

PISAURK,  (geogr.)  Pisaurum,  hoje  ,Pisa- 
ro  cidade  dos  Senones,  hoje  Toglia. 

PISCAR,  V.  a.  (de  vesgo.)  —  os  olhos,  en- 
tre-abrir  ora  um,  ora  outro  olho,  para  dar 
a  entender  alguma  cousa  a  alguém. 

PISCAS,  s.  f.  (ant.)  grãos  miúdos  de  ou- 
ro. Vem  talvez  de  pescar,  porque  são  como 
escamas  de  peixe. 

PISCATÓRIO ,  A  ,  adj.  (Lat.  piscaíorius.) 
concernente  á  pesca.  Idyllio — ,  egloga — , 
em  que  os  interlocutores  são  pescadores. 

riscEs ,  s.  m.  Latino,  o  signo  dos  pei- 
xes. 

PISCINA,  s.  f.  (Lat.  de  pwcú,  peixe.)  tan- 
que de  agua  para  lavagem  ou  bebida  do 
gado. 

Pisco,  s.  m.  (do  Lat.  spintluo,  Fr.  pin- 
son  )  avezinha  do  tamanho  do  taralhão,  que 
tem  a  garganta  e  peito  vermelho,  e  o  bico 
grosso  e  duro.  —  do  rio,  —  ribeiro,  em  Lat. 
rubicilla.  Ha  varias  espécies  delle. 

Pisco,  A,  adj.  Olhos — s,  do  que  os  pisca 
a  miúdo ,  ou  do  que  os  tem  quasi  ves- 
gos. 

PISCO,  (geogr.)  cidade  e  porto  do  Peru  ; 
2,000  habitantes. 

piscoLA,  s.  f.  (Lat.  bis,  dobrado,  e  colo^ 
ere,  lavrar,  cultivar.)  (agric.)  numero  de  ara- 
dos que  lavram  juntos. 

piscopiA,  (geogr.)  Telos,  uma  das  Spora- 
des,  ao  ÍSO.  da  ilha  de  Hhodes. 

Piscoso ,  A ,  adj.  (Lat.  piscosus.)  abun- 
dante em  peixe. 

PíSEK,  (geogr.)  cidade  da  Bohemia,  ca- 
pital do  circulo  de  Prachim,  a  Prachim,  a 
25  legoas  SO.  de  Praga;  4,000  habitan- 
tes. 

PISEO,  5.  m.  (Lat.  pisum.)  ervilha  maior 
que  a  ordinária. 

pisiDiA,  (geogr.)  região  da  Ásia  Menor  ao 
il.  da  Pamphylia,  nas  montanhas. 

PisiSTRATo,  (hist.)  tyranno  de  Athenas, 
era  parente  de  Sólon.  Aproveitou  nas  de- 
sordens causadas  pelas  facções  para  che- 
gar ao  supremo  poder.  Lxpulso  por  Maga- 
dés  e  Lycurgo  no  anno  500,  tornou  ao  po- 
der no  anno  53::!,  econservou-o  até  á  sua 
morle. 

PISO  ,  s.  m.  propina  que  as  freiras  dão 
entrando  para  a  coramunidade. 
PISOADO,  PISOAR.  V.  Apisoado,  Apisoar.  '■ 
pisoEiRO,  s.  m.  (des.  eiró.)  o  que  apísoa 
pannos. 

pisoGNE,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 


PIS 


PIT 


21/ 


bardo-Vene2iafto,  a  1  legoa  SE.  de  love- 
re;  2,6U0  habitantes. 

pissA,  s.  f.  (do  Fr.  pisser.)  (t.  obsceno. 
o  membro  genital  de  criança  do  sexo  mas- 
culino. 

PISSAPIIÀLTO,   e   PISSASPIIALTO,     S.   Wl.    (do 

Lat.  pix,  pez,  e  asphalto.)  mistura  de  pez 
e  bilume. 

pissARÃo,  (geogr.)  aldeia  da  provincia  de 
Minas-Geraes,  no  Brazil ,  no  districto  da 
vília  d'Araxá,  entre  o  rio  das  Velhas  e  o 
Paranaiva. 

pissiNHA,  diminuí,  de  pissa. 

pissos,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  13 
legoas  NO.  de  Monte-Marsan  ;  1,500  habi- 
tantes. 

pissoTA,  *.  f.  peixota,  pescada. 

PISTA  ,  s.  f.  (Fr.  pisie,  do  Lat.  pes,  e 
stare,  ou  antes  de  piso,  are  ou  ere,  pisar ; 
Gr.  pystis,  indagação,  busca.  Em  Fr.  ant. 
piston,  significa  pezinho.)  rasto  do  animal 
-que  se  retira;  traças,  vestigios  de  alguém. 
Seguir  a  — . 

PISTACIA    ou    PISTACHIA,    S.    f.    (Ital.    pis- 

tacchio,  Lat.  pistacium,  Gr.  písiakion,  do 
Persa  e  Árabe  postah  ,  amêndoa  real.)  ar- 
vore, espécie  de  aveleira ;  a  noz  ou  amên- 
doa delia  de  que  se  faz  doce,  e  usada  em 
licores  e  gelados. 
pisTANA,  s.  f.  (bot.)  espécie  de  uva  bra- 

piST'LLO,  s.  m.  (Lat.  pistillum  ou  pis- 
tUltis^  mão  de  gral),  (bot.)  órgão  feminino 
da  flor,  que  encerra  a  semente. 

PISTOIA,  (geogr.)  Pisíoria  dos  antigos,  ci- 
dade deloscana,  perto  do  Ombrone,  a  7  lé- 
guas ao  NO.  de  Florença  ;  tem  9,200  habitan- 
tes. 

PISTOIA,  (Leonardo de)  (hist.)  pintor,  cu- 
jo verdadeiro  nome  se  ignora,  era  de  Pis- 
toia,  e  foi  discípulo  de  Francisco  Penni.  Foi 
empregado  por  Raphael  nos  seus  trabalhos 
do  Vaticano. 

PISTOIA,  (Paulo  de),  (hist.)  discípulo  e  ri- 
val de  Baccio  delia  Porta,  executou  bellos 
quadros   para   a    cidade  de  Pistoia. 

PISTOLA  ,  s.  f.  (H.  Etieime  o  deriva  de 
iPistoia,  cidade  de  Itália  onde  primeiro  se 
fabricaram.  Covarruvias  e  Skinner  o  deri- 
vam do  Lat.  fistula,  canudo),  arma  de  fo- 
go curta.  v.g.  —  de  arção,  —  de  algibei- 
ra. 

PISTOLA,  s,  f.  (Fr.  pistole,  de  Pistoia,  ci- 
dade de  Itália),  moeda  que  tem  tido  valo- 
res diversos.  Em  França  entende-se  por 
dez  francos. 

FisTOLAço,  s,m.  (des.  Ofo),  opistolada, 
s.  f.  (des.  ada),  tiro  de  pistola. 

PJSTOLETA,  s.  f.  diminui .  de  pistola  (fig.) 
sotaque.  D.  ^í.  Fazer — ,na  conversação,  na 
disputa,  dar  a  sua  rasão,  a  sua  coarctada. 

VOL.  IV. 


—  líoíne  dé  um  jogo  de  note  (íftrtasdedois 
ou  mais  parceiros. 

piSTpLETE,  s.  m.  diminuí,  de  pistola. 

piSTORio.  (hist.)  oscriptor  all(i:«;ào,  nasceu 
em  1_4(),  morreu  em  1B08.  Deixou:  iíe- 
rum  polonicarum  escriplores  \  llerum  ger- 
manicarum  escriptores. 

risu,  s.  m.  (t.  da  Ásia),  nome  de  uma 
arvore  que  dá  boa  madeira.  F.  Mendes 
Pinto. 

pisuKRGA,  (geogr.)  rio  de  llespanha,  nas- 
ce na  provincia  dePalencia,  e  cae  no  Dou- 
ro a  SO.  de  Valladolid, 

PITA,  s.  f.  (voz  Africana  ou  Americana) , 
(bot.)  planta  do  género  cacíus  ,  de  folhas 
largas  pyramidaes  mui  grossas  e  fibrosas  , 
terminadas  em  ponta  rija  e  aguda  de  que 
se  fazem  vallados  em  Portugal.  —  é  pro- 
priamente a  folha,  e  piteira  a  planta.  Das 
libras  se  fazem  cordas ,  cestas ,  e  outras 
obras. 

piTAiNiiA,  piTAiNHO,  a  differeuça  de  or- 
thographia  é  só  npparente,  e  nasce  da  omis- 
são do  til  sobre  o  primeiro  i.  V.  Pintai- 
nho. 

piTANÇA,  s.  f  (Fr.  pitance,  da  B,  Lat. 
pietancia,  de  pite  ,  moeda  dos  condes  de 
Poitiers,  valor  da  ração  monástica  de  vi- 
veres e  de  vinho),  ração  diária  ou  ordiná- 
ria, prato  extraordinário  que  se  dava  por 
festa  em  communidade;  presente,  propina, 
dadiva  em  dinheiro ;  mesada,  ou  ordinária 
em  dinheiro. 

piTANCEiRO,  s.  m.  (des.  eiró),  o  que  re- 
cebe rendas  de  communidade  religiosa,  pa- 
ra as  distribuir,  segundo  os  costumes  da 
ordem,  aos  individues  d'ella. 

PITANGA,  s.  f.  fructo  acido  ou  agro  doce 
escarlate  ou  roxo  da  grandeza  de  ginja. 

piTAMGA,  (geogr.)  rio  da  provincia  da  Ba- 
hia, no  Brazil,  tributário  da  bahia  de  To- 
dos os  Santos. 

piTANGUi,  (geogr.)  villa  medíocre  da  pro- 
vincia de  Minas-Geraes,  no  Brazil,  n'uma 
planicie  regada  pelo  rio  Pará  e  pelo  ribei- 
ro de  S.  João,  40  léguas  ao  NO.  da  cida- 
de d'Ouro-Prelo. 

PITANGUEIRA,  s.  f.  (des.  ciro],  arvore  que 
dá  as  pitangas. 

PITAR,  V.  a.  (t.  Brasil).  V,  Cachimbar. 

PITASCA.  V.  Pistacha. 

piTCAiRN,  (geogr.)  pequena  ilha  daPoly- 
nesia,  descoberta  em  1767  por  Carleret. 

UTEA,  (geogr.)  rio  da  Suécia,  corre  ao 
SK.  atravessa  a  Botnia  e  cae  no  golpho  de 
Botnia. 

PITEIRA  ,  s.  f.  (des.  eira),  (bot.)  planta 
similhante  ?os  aloés  ou  herva  babosa.  Tam- 
bém se  denomina  pita ,  que  propriamente 
é  a  folha  pulposa  e  pontiaguda. 

piTHAGORico.  V.  Pythagorico.  .a^aj-i  c^ú 
55 


S18 


WT 


prr 


piTHÃo.  V.  Python  ou  Pythão^  Adivi- 
nho, t 

piTHECUSA,  (geogr.)  pequena  ilha  4ogol- 
pho  de  Nápoles. 

HTHiA.  V.  Pychia. 

piTHON.  V.  Python. 

piinoNissA.  V.  Pythonissa. 

PiTHONisso.  V.  Pythonisso,  Adivinho. 

PiTiÂ,  s.  m.  (t.  Brazil),  arvore  cuja  ma- 
deira adquire  uma  côr  amarella  seccando , 
e  de  que  se  fazem  trastes, 

piTuiviERS,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
16  léguas  ao  M.  deOrleans;  4,020  habi- 
tantes. 

piTHON,  (hist.)  um  dos  generaes  de  Ale- 
xandre, foi,  depois  da  morte  doiei,  gover- 
nador da  Media,  seguiu  a  expedição  de  Per- 
diccas  ao  Egypto,  revoltou- se  contra  este  ge- 
neral, e  concorreu  para  a  sua  morte  depois 
da  derrota  perlo  do  ISilo  em  322.  Foi  en- 
tão nomeado  regente  e  tutor  do  filho  de  Ale- 
xandre. Foi  morto  por  ordem  d'Anligono  no 
anuo  316  antes  de  Jesu-Christo. 

piTHOu,  (hist.)  sábio  magistrado  francez, 
nasceu  em  1L39,  morreu  em  1596,  Deixou  : 
Corpus  júris  canonici,  Codex  canonum  ve- 
tus  :  Liberdade  da  Igreja  Anglicana  etc, 

piTic,  (geogr.)  cidade  do  México,  a  72  lé- 
guas ao  SO.  deAnspe;  e  conta  5,000  ha- 
bitantes. 

PITO  (t.  Brasil).  V.  Cachimbo. 

PITO,  (ant.)  ou  antes  pIto.  V.  Pinto  Fran- 
guinho. 

PITOMBA,  s.  f.  (t,  Brazil);  fructo  da  Pitom- 
beira 

piTOMBEiRA,  s.  f.  {(\vs,  eira  :  t.  Brasil,),  ar- 
vore que  dá  cachos  de  fructos,  que  são  caro- 
ços cobertos  de  polpa,  delgada  branca  ,  e 
casca  grossa  de  cor  verde  e  amarella. 

PITÓRA,  s.  f.  (vulg.)  talhadas  de  lombo  de 
porco,  ou  de  boi  fritas  em  toucinho  e  adu- 
badas com  pimenta,  etc. 

piTORRA,  s.  f.  (do  Fr.  pied,  pé  ,  e  tour, 
gyro),  pião  que  se  faz  gyrardsndo-lhe  com 
uma  correia  de  trena. 

piTORREAR,  V.  n  [pHtorra,  ear  des.  inf. 
por  ejar,  do  Cast  echar,  lançar) ,  gyrar 
como  pitlorra. 

PiTT,  (William),  (hist.)  primeiro  conde  de 
Chatam,  um  dos  mais  eminentes  estadistas 
de  Inglaterra,  nasceu  em  j708,  morreu  em 
17<8.  Seguiu  primeiramente  a  carreira  mi- 
litar, depois  estudou  leis,  e  formou-se  em. 
eloquência  pela  leitura  dos  grandes  modelos 
da  dignidade.  í'm  1746  foi  chamado  ao  mi- 
nistério, e  foi  nomeado  por  Jorge  II  vice- 
thesoureiro  da  Irlanda,  depois  conselheiro 
privado  e  pagador  geral  das  tropas,  demit- 
tiu-se  em  1755  para  coníbater  livremente  os 
actos,  que  desaprovava ;  em  1756  foi  um 
dos  membros  do  ministério  àa  coalizão,  de 


^  que  faziam  parte  Fox  e  lord  New-Castle. 
Nesta  épocha  começa  o  glorioso  período, 
chamado  administração  de  Pitt  Reorgani- 
zou as  finanças,  assegurou  por  hábeis  me- 
didas vantagens  ás  armas  inglezas  contra 
a  França,  na  AUemanha  e  na  America,  e 
restabeleceu  a  prosperidade  publica,  mas  em 
1701  perdeu  o  seu  credito,  não  podendo  fa- 
zer adoptar  as  medidas  enérgicas,  por  elle 
propostas  contra  a  Hispanha  em  consequên- 
cia do  pacto  de  famillia.  Chamado  outra 
vez  ao  ministério  em  1760,  recebeu  na  mes- 
ma épocha  o  titulo  de  conde  de  Chatham. 
Em  1768  não  podendo  tomar  parte  activa 
na  administração  por  causa  da  suas  enfer- 
midades, retirou-se  do  gabinete  para  passar 
uma  vida  mais  tranquilla  e  socegada. 

piTT,  (hist.)  celebre  ministro  inglez,  2.° 
filho  do  precedente,  nasceu  em  1709.  foi 
chamado  pela  primeira  vez  ao  ministério 
em  )78il,  foi  derrubado  em  1783  com  seus 
coUegas,  foi  segunda  vez  ao  ministério  com 
o  titulo  de  primeiro  lord  da  thesouraria, 
e  começando  a  sua  administração  por  um 
Rolpe  d'estado,  aniquilou  uma  maioria  hos- 
til fazendo  pronunciar  a  dissolução  do  par- 
lamento ;  obteve  uma  maioria  favorável , 
triumphou  da  irritação  publica ,  encheu 
o  thesouro,  regularizou  a  divida ,  repri- 
miu o  contrabando  ,  fez  grandes  econo- 
mias, estabeleceu  ofundo  annual  dearmor- 
tização,  depois  formulou  o  celebre  bill  Ín- 
dio, primor  de  sabedoria  e  de  politica.  Her- 
deiro do  ódio  de  seu  pai  contra  a  França, 
fez  contrair  contra  ella  em  1788,  a  tríplice 
alliança  da  Inglaterra,  da  Prússia  e  dos 
Estados  Unidos.  Saindo  ministerío  em  1802 
quando  a  Inglaterra  abandonada  de  todos 
os  seus  alliados  teve  de  assignar  a  paz 
d'Amiens.  Mas,  rota  a  paz  no  fim  de  um 
mez,  Pitt  tornou  a  entrar  no  ministério,  e 
conservou  a  pasta  até  á  sua  morte  em 
180G. 

PITT,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em  1699, 
morreu  em  1748.  Publicou  traducções  ena 
verso  da  Pharsalia  de  Lucano,    etc. 

PITTA,  (geogr.)  praso  da  Coroa  de  Portu- 
gual,  no  districto  do  Senna,  que  tem  1  lé- 
gua de  comprimento  e  2  de  largura. 

piTTACO,  (hist.)  um  dos  sete  sábios  da 
Grécia,  nasceu  em  Wytelene  no  anuo  649 
antes  de  Jesu-Christo,  uniu-se  aos  irmãos 
do  poeta  Alcêo  para  expulsar  os  tyrannos 
da  sua  pátria,  venceu  em  combate  singu- 
lar o  general  atheniense  Phrynon,  gover- 
nou com  prudência  os  Mytelenios;  abdicou 
o  poder,  e  ló  acceitou  uma  parte  das  ter- 
ras, que  então  lhe  foram  offerecidas.  Mor- 
reu em  579  com  70   annos. 

PITTEO,  (hist.)  Pitlheus,  avô  materno  de 
Theseo,  era  filho  de  Pelops  e  d'Hippoda- 


KVH 


pia: 


219' 


mia,  e  reinava  em  Trezena.  Era  affamado 
pela  sua  sabedoria,  tthra,  sua  íilha,  con- 
fiou-lhe  a  educaçÃo  de  Theseo ;  Theseo 
depois   conGou-lhtí   a   educação    d'Uyppo- 

lito. 

piTTORESCO,  A,  od/.  (do  Ital.),  Semelhante 
ás  representações  de  paizagens,  que  repre- 
senta como  em  perspectiva,  r.  g.  Estylo—, 
quo  pinta  os  objectos  «o  vivo. 

piTTORO,  (hist.)em  latim  Piííoniií,  poe- 
ta latino  moderno,  nasceu  em  1454  em  Fer- 
rara, morreu  em  1525,  deixou  muitos  opús- 
culos curiosos  e  estimados,  entre  outros: 
Cândida :  Epigrammata  in  Christi  vitam, 
ete. 

-  piTTSBURGO,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
Unidos,  capital  do  condado  d'Alleghany  ; 
18,000  habitantes. 

piTuiTA,  s.  f.  (Lat.  Vossio  crê  que  é  di- 
minutivo do  (ir.  pitta,  pe2,  em  rasão  da 
sua  viscosidade.  Parece  incrível  que  um  phi- 
lologo  tão  erudito  não  visse  que  o  termo  é  de- 
rivado do  Gr.  píyô,  cuspir.  A  piluita  não  é 
humor  viscoso)  (mfid.)  humor  aquoso,  ex- 
crementicio,  ligeiramente  acre,  que  se  cos- 
pe ou  sáe  do  nariz  ;  é  de  pouca  consistên- 
cia ;  espécie  de  phlegraa. 

piTuiTOSO  ,  A ,  adj.  [pituita,  des.  oso.) 
(med.)  que  abunda  em  pituita,  y.  g.  sujei- 
to --.  — ,  em  que  domina  a  pituita,  ou  cau- 
sado por  excesso  delia.  Doença — . 

piTYONTE,  (geogr.)  Pytius,  cidade  doLa- 
zico,  sobre  o  l'onlo  Luxino,  ao  NO.  de 
Dioscurias ,  estava  debaixo  da  protecção 
romana  no  tempo  do  império.         '^'i    '^'^*^ 

piTYiiSAS,  (geogr.)  Pityusos  insuloe,  gru- 
po d'ilhas  .ao  SO.  das  Baleares. 

piuGADA,  *.  /.  vesligio  dos  pés,  pegada, 
trilha,  rasto.  V.  Piogada. 

P1U6AS.  s.  f.  (do  Fr.  pi«d,  pé,  egants, 
luvas.  Os  AUemães  chamam  ás  luvas  sapa- 
tos das  mãos,  handschuh.)  meias  que  ape- 
nas sobem  até  meia  perna.  — ,  (ant)  sapatos. 
— ,  (f]g.)  jocoso  :  um—  ,  homem  rústico , 
grosseiro. 

piUGOS,  5.  m.  (do  Fr.  ant.  pugonpuig, 
poço.)  (ant  )  paredes  de  pedra  miúda  en- 
sosso. 

piLMA,  (geogr.)  pequeno  rio  do  sul  da  pro- 
víncia do  Espiri.o-Santo,  no  Brazil. 

piuMHi,  (geogr.)  nova  villa  e  antiga  fre- 
guezia  da  província  de  Minas-líeraes,  na  co- 
marca do  Rio  Grando,  no  Brazil. 

piURA,  (geogr.)  cidade  do  Peru,  capital 
de  districlo  de  \  iura,  a  100  léguas  NO.  de 
Truxillo;    i  0.000  habitantes. 

PiYERADA,  s.  f.  (do  ¥t.  poivrade^  depoi- 

vre,  pimenta.)  (l.  cie  cozií.ha)  Patos  de — , 

guisados  com  pimenta,  sal,  azeite,  vinagre 

e  alhos.      •  ""  ^    f     r.;  '    •  ;.• 

piviTE  ,   8.  m.  rolozinbo  tte  substancias 


aromáticas  que  se  acende  e  queima  para 
defumar  os  quartos. 

pivETEiRO,  s.  m.  {pivete,  des.  eiró.)  viso 
onde  se  põe  o  pivete  a  arder. 

PiviDE.  V.   Pevide. 

PiViDoso.  V.  Pcvidoso. 

piviRADA.  V.  Picerada. 

PiYiTEiRo.  V.  Piveteiro. 

pixisBEouE.  V.  Pechisbeque  e  Pinchebe- 
que.  ' 

PIZA  MANSINHO  V.  Pisã-mansinho,  B  Pi- 
sar. 

pizAR.  V.  Pisar, 

PIZARRO,  (hist.)  conquistador  do  Peru, 
nasceu  em  Truxillo  em  I47ô,  embarcou 
para  a  America,  foi  na  expedição  de  Bal- 
boa,  associou-se  com  Almagro  e  Luque  ' 
para  descobrir  as  regiões  auríferas  de  que 
tanto  se  fallava ;  fez  uma  viagem  d'expio- 
ração  ao  S.  de  Panamá,  e  soffreu  durante 
estes  annos  (de  15iJ4  a  1527),  todas  as  mi- 
sérias imagináveis.  Voltou  depois  a  Hispa- 
nha  e  obteve  de  Carlos  Quinto  o  titulo  de 
governador  das  regiões  que  tinha  descober-  ' 
to.  Entrou  vencedor  no  Peru,  matou  por 
traição  o  inca  Atahualpa,  submetteu  todo  o 
Peru  e  fundou  Lima.  Depois  de  uma  admi- 
nistração arbitraria  e  cruel,  foi  morto  por 
Herrera  em  1541. 

pizo.  V.  Piso. 

pizziGHETTONE,  (geogr  )  cidade  do  reino 
Lombardo-Veneziano,  a  5  léguas  NO.  de 
Cremona  ;  4,0(10  habitantes.  ; 

pizzo,  /'geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  1  leguaNE.  de  Monteleone ;  4,700 
habitantes.  .^" 

PLABENNEC,  (geogr.)  cidado  do  França', 
a  3  léguas  NE.  de  Brest;  3,540  habitan- 
tes. 

PLACA,  s.  f.  (do  Fr.  plaque,  do  Lat.  pla- 
ga, Gr.  accusat.  de  p/aa;,  placa,  cousa  cha- 
ta, plana,  lamina  )  espelho  pequeno  posto 
na  parede,  e  diante  do  qual  se  fixam  di- 
randelas.  —  de  commendador,  chapa  cozida 
sobre  o  vestido  do  lado  esquerdo  com  as  in- 
sígnias da  ordem. 

PLACABiLiDADE  ,  8.  f.  (Lat.  placabiHtas, 
tis.)  brandura  de  índole,  disposição  a  se 
appíacar. 

rLACABiLissiMO,  A,  adj.  superlat.  alatina. 
do  (do  Lat.  plarabilis.)  mui  disposto,  prom- 
pto  em  se  appíacar,  muito  misericordioso- 
Um  Deus  — .  , 

pi.ACARU,  s.  m.  E  termo  Francrz  puro,  e 
não  deve  usar-se.  V.  Edital,  Cartaz. 

placavel,  adj,  dos  2  g.  {iM.  placabilis.) 
que  se  pôde  appíacar,  propicio,  brando  de 
iudole,  misericordioso,  fácil  de  applicar. — ,   "^ 
que  applaca,  suaviza.  Z)itm(/arfe5  p/acateií.    '* 
fíazões,  desculpas,  humiliações — í,  tenden-  '^' 
tes,  próprias  a  ípplacar. 

55  « 


2âí) 


PL4 


PLACCius,  (hist.j  erudito  hamburguez , 
nasceu  em  ^642,  morreu  em  1699.  Dei- 
xou entre  outras  obras :  Theatrum  ano- 
nymorum  et  psendomjmoram. 

PLACENCiA  ,  (geogr.)  DeobHga  ,  cidade 
d'Ilispanha,  a  24  léguas  NE.  de  Badajoz ; 
6,800  habitantes. 

PLACENCIA,  (geogr.)  cidade  d'Uispanha,  a 
9  léguas  SO.  de  S.  Sebastião;  1,800  ha- 
bitantes. 

PLACENCIA,  (geogr.)  Placenza  em  italia- 
no, cidade  do  ducado  de  i  arma  e  de  Pla- 
cencia,  capital  da  província  de  Placencia, 
a  14  léguas  NO.  de  Parma ;  30,000  habi- 
tantes 

PLACENTA,  (h.  n.)  Os  anatomistas  desig- 
nam com  este  nome  uma  massa  molle,  es- 
ponjoza,  vascular;  que  forma  uma  das  par- 
tes mais  importantes  do  ovo  dos  Mammife- 
ros,  que  de  uma  parte  adhere  ás  paredes 
do  útero,  e  com  a  outra  communica  com 
o  feto  por  meio  de  um   cordão   umbilical. 

PLACENTius,  (hist.)  domeuicano,  morreu 
em  1548.  Deixou  entre  outras  obras  um 
poema  intitulado   Pugna  purcorom. 

PLACiDAMENTE.  adv.  [mente  suíT.)  de  mo- 
do plácido,  tranquillo,  sereno,  com  bran- 
dura,   serenidade.  Morrer  — ,  sem  agonia. 

PLACiDiA,  (hist.)  Galla  Placidia,  ^  filha  de 
Theodozio  I,  irmã  d'Arcadio  e  d'Honorio, 
foi  aprisionada  no  cerco  de  Roma  porAla- 
rico,  cazou  com  Ataulpho,  príncipe  godo, 
passou  a  segundas  núpcias  com  Constân- 
cio III,  de  quem  ella  teve  Valentiniano. 
Tomou  o  titulo  d' Augusta,  e  governou  em 
nome  de  Honório  e  de  Constâncio.  Morreu  em 
450. 

PLACiDissiMAMENTE,  ãdv.  swpevl.  de  pla- 
cidamente. 

PLACiDissiMO ,  A  ,  adj ,  supevl.  de  plá- 
cido. 

PLÁCIDO,  A,  adj.  [L&l.  placidus,  áe, placo, 
are,  aquietar,  socegar.)  manso,  socegado, 
tranquillo.  Diz-se  do  homem  e  das  cousas 
inanimadas.  — corrente.  Mar  — .  Homem — . 
Vida — ,  tranquilla.  Plácido  suppõe  estado 
anterior  agitado,  que  se  acalmou,  v.  g.  o 
mar —  ;  e  quando  se  diz  do  homem,  da  vi- 
da, do  estado  habilual,  é  sempre  com  refe- 
rencia a  agitação  anterior  da  pessoa,  da 
vida,  ou  comparando  o  sujeito  com  outros. 
Este  homem  é  mui  — ,  isto  ó,  differe  do 
commum,  dos  que  o  não  são.  Yida — ,  em 
opposição  á  do  maior  numero,  que  é  agita- 
da. 

PLACIMENTO.  y .Praximento,Apraximento. 

PLACITO,  *.  m.  (Lat.  placitum,  s.  esup. 
de  placeo,  $re,  aprazer.)  approvação,  v.  g. 
O  régio  — ,  prasme.  — ,  pacto,  promessa. — *, 
aphorismos,  sentenças.  A  ceremonia  do  pla- 
cito,  na  sagração  dos  bispos,  é  a  protestação 


PLi 

que  elles  fazem  de  viver  bem  e  castamente. 

PLADERA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
millia  das  Gentianeas  e  da  Tetrandia  Mo- 
nogynia,  L. 

PLAGA  ,  s.  f.  (Fr.  plage,  do  Gr.  plaka, 
accusat.  de  plax,  cousa  plana,  taboa.)  (poet.) 
região,  clima. 

PLAGIÁRIO,  s.  m.  (Lat.  plagiarius,  que  si- 
gnifica propriamente  o  que  furtava  crianças 
ou  escravos,  ou  o  que  vendia  homens  li- 
vres como  escravos.  Vem  o  nome  da  lei  Fla- 
via  ou  plagiaria,  que  condemnava  os  cri- 
minosos a  açoutes  :  Plagis  damnabuntur. 
Por  ampliação  do  sentido,  veiu  a  ter  a  signi- 
ficação de  roubador  de  producções  littera- 
rias.)  o  que  se  attribue  obras  ou  passagens 
de  algum  autor. 

PLAGiATO,  s.  m.  (do  Fr.  jp/a^^iaí.)  plagio, 
o  attribuir-se  pensamentos,  expressões,  ou 
parte  das  obras  litlerarias  de  algum  autor. 

PLAGIO,  s.  m.  (Lat.  plagium,  V.  Plagiá- 
rio.) roubo  litterario ,  plagiato.  Commet- 
ter — . 

PLAINA.  *.  f.  (de  plano.)  instrumento  com 
que  os  carpinteiros  alizam  a  madeira. 

PLAiNAMENTE.  V.  Planamente. 

PLAiNEZ,  s.  f.  (ant.)  V.  Planura,  Pia- 
nicie. 

PLAiNO.  Y.  Plano. 

PLAisANCE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 

7  léguas  e  meia  de  Mirando;   1,600  habi- 
tantes. 

PLANA,  s.  f.  (subst.  da  des.  táe  plano.) 
(ant.)  pagina  ;  (fig.)  graduação,  —de  regi- 
mento, (milit.)  estado  maior,  os  officiaes  de 
maior  graduação.  A  primeira  —  do  exerci- 
to, o  estado  maior.  A  — da  côrtcg  os  oflTi- 
ciaes  de  patente  superior  não  aggregados  a 
corpos  do  eiercito,  e  sem  emprego  especial. 
Segredo  da  primeira  — ,  de  maior  impor- 
tância. Peccados  da  primeira — ,  da  maior 
gravidade.  A  accepção  militar  deste  termo  vem 
de  serem  os  nomes  dos  officiaes  das  patentes 
maiores  inscriptos  na  primeira  pagina  do  re- 
gistro ou  livro-mestre  do  regimento. 

PLANAMENTE,  adv.  [mente  suíf.)  chan,li- 
zamente,  com  clareza,  claramente,  sem  ar- 
tificio. Daqui  se  colhe — ,  evidentemente. 

PLANARiuM,  (bot.)  geuero  de  plantas  da 
famillia  das  Leguminosas  e  da  tribu  das 
Hedysareas. 

PLANASiA,  (geogr.)  hoje  P/awoífl,  ilha  do 
mar  inferior,  entre  a  Córsega  e  a  Etruria. 
Foi  no  tempo  do  império  romano  um  lu- 
gar d'exilio. 

PLANCHA.  V.  Prancha,  Lamina. 

PLANCHis,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 

8  léguas  SE.  de   Poligny :  1,200  habitan- 
tes. 

PLANCHiiA.  V.  Prancheta. 
PLAKCiA  PI  FULGEiscio,  (hist.)  autOF  chris- 


PL4 


PtA 


iil 


tSo,  bispo  de  Carthago  no  principio  do  VI 
século,  deixou  três  obras,  cujos  títulos  sSo 
os  seguintes  :  Mythologicum  vociim  anti- 
quaruin  ;  Interpretatio  ad  ChalicBum ;  De 
expositiene  virgiliancB   continentiae. 

PLANCiNA,  (hist.)  mulher  do  Pison,  foi 
accusada  de  ter  envenenado  Germânico , 
mas  escapou  ao  supplicio  pelo  credito  e 
intrigas  de  Livia.  Accusada  depois  de  ter 
insultado  Agrippina  suicidou-se  no  anno 
33  de  Jesu-Christo. 

PLANCOET,  (geogr.)  villa  de  Françt,  a  4 
léguas  NE.  de  Dinan ;    8U0  habitantes. 

FLANCO  PLOCio,  (hist.)  irmão  de  Munacio 
Planco.  Proscripto  pelos  triumviros  no  an- 
no 43  antes  de  Jesu-Christo  offereceu  sua 
cabeça  aos  algozes  para  salvar  seus  escra- 
vos, que  tinham  sido  mettidos  a  torturas 
para  que    revelassem  seu   retiro. 

PLANCY,  (geogr.)  linda  villa  de  França, 
a  3  léguas  O.   d' Areis ,    1,400  habitantes. 

PLANETA,  s.  m.  (Lat.  áoQr.  plane tés,  de 
planaomaiy  vagar,  gyrar.)  astro  que  gyra  á 
roda  do  sol,  e  que  delle  recebo  a  luz.  — s 
superiores,  cuja  orbita  é  mais  remota  do  sol 
que  a  da  terra,  v.  g.  Júpiter,  Saturno.  — 
inferiores,  cuja  orbita  é  mais  próxima  do 
sol  que  a  da  terra,  v.  g.  Mercúrio  ,  Vé- 
nus. 

PLANETA,  s.  f.  casula  sacerdotal.  — pli~ 
cada,  dobrada  sobre  o  peito. 

PLANETÁRIO,  A,  udj .  (des.  árío.)  concer- 
nente aos  planetas.  Systema  — ,  o  que  tem 
por  centro  o  sol. 

PLANETÁRIO,  s.  m.  represcntação  em  re- 
levo ou  plana  das  orbitas  dos  planetas. 

PLANEZA.  V.  Planicie. 

planície,  s.  f.  (Lat.  planities.)  planura, 
terreno  plano,  chão,  campina. 

Syn.  comp.  Planicie,  planura,  chã,  re~ 
chã.  Concordam  os  dois  primeiros  vocábu- 
los em  significar  um  espaço  de  terreno  pla- 
no, raso,  sem  altibaixos  ;  e  diíferençam-se 
em  que  planicie  exprime  esta  ideia  absolu- 
tamente, e  planura  com  relação  a  elevação. 
Todo  o  terreno  plano  é  planicie,  só  o  terre- 
no plano  e  elevado  é  planura  Ha  plani- 
cies  no  pé  ou  na  raiz  dos  montes,  só  no  ci- 
mo delles  ha  planuras,  como  disse  Barro*  : 
«Terra,  que  no  cimo  faz  uma  p/anwra  gra- 
ciosa (I,  H,  4).»  O  primeiro  corresponde  ao 
Francez  plaine,  e  o  segundo  a  plateau. 

Chã  e  rechã  são  palavras  vulgares  que 
exprimem  a  mesma  ideia  de  terreno  plano 
sem  nenhuma  outra  relação;  com  tudo,  que- 
rendo usar  delias  sem  homonomya,  deve- 
mos chamar  chã  á  p/aníci«  que  precede  um 
monte,  e  rechã  á  que  está  em  seu  cimo,  que 
faz  como  segunda  châ. 

PLANTMETRiA,  s.  f.  [plano,  e  meíría.)  arte 
de  medir  superfícies  planas. 

YOL.  IT. 


PLANTSPHERio,  s.  m.  [plano,  e  esphera.) 
representação  em  uma  folha  ou  superfície 
plana  dos  dois  hemispherios  celestes  com 
suas^constellações,  ou  dos  dois  hemisphe- 
rios do  globo  terrestre. 

planíssimo.  A,  adj.  «upcr/.  de  plano.  5tt- 
perficie  — . 

plano,  a,  adj.  (Lai.  planus,  que  Court 
de  Gébelin  refere  ao  radical  la,  que  diz  si- 
gnificar extensão,  v.  g.  no  Lat.  latus,  largo, 
Gr.  platus,  eplax,  taboa,  prancha.  Mas  não 
dá  razão  do  p  inicial  e  radical,  que  me  pa- 
rece vir  de  pé.  V.  Planta  do  pé.)  chão,  chato, 
raso,  sem  desigualdades.  Terra  — ,  planicie. 
Taboa — .  Caminho — .  — ,(fig)  fácil.  Fa- 
zer o  negocio  — ,  applana-lo. 

SvN.  comp.  Plano,  lhano,  chão.  Plano 
é  o  vocábulo  latino  planus,  e  significa  o  que 
ó  raso,  não  tem  altibaixos.  Lhano  é  vocá- 
bulo Castelhano ,  llano,  que  corresponde 
exactamente  ao  Latino  planus.  Chão  é  o 
mesmo  vocábulo,  pronunciado  á  Portuguezt. 
São  pois  todos  três  a  mesma  cousa  em  quan- 
to á  sua  origem,  porém  teem  differentes  si- 
gnificações assas  conhecidas.  O  plano  pôde 
ser  inclinado,  o  chão  é  o  plano  quasi  hori- 
zontal sobre  o  qual  andámos,  etc.  Como 
adjectivo,  e  em  sentido  translato,  chão  si- 
gnifica baixo,  humilde,  e  também  simples, 
sem  artificio,  etc.  1,/iano  significa©  que  não 
tem  soberba,  que  é  accessivel  no  trato,  con- 
versavel,  etc. ;  e  nenhuma  destas  significa- 
ções pertence  a  plano. 

plano,  s.  m.  superficie  plana,  planicie. 
O  —  liquido,  (fig.  e  poet.)  o  mar.  —  incli~ 
nado,  superficie  liza  e  declive.  — ,  (fíg.)  de- 
lineamento, planta  de  edifício  ou  de  terreno; 
projecto  de  obra,  de  empreza.  De  — ,  loc. 
adv.  sinceramente,  comlizura;  de  todo,  in- 
teiramente, V.  g.  negar,  confessar  de  — .  Ab- 
solver de  — ,  de  todo,  completamente.  De 
—  ,  (loc.  forens.)  summariamente,  sem  as 
formalidades  do  processo  ordinário. 

planta,  s.  f  (Lat.  planta,  o  pé  com  os 
dedos,  soía  do  pé,  de  pes,  Gr.  poús,  pó,  e 
^  latus,  chato,  largo.)  —  do  pé,  a  sola,  a  par- 
te inferior  e  plana  do  pó  do  homem.  — , 
delineação,  planta  de  edifício  civil,  de  for- 
tificação ou  de  terreno.  — ,  (t.  de  pintor)  a 
postura  erecta  da  fígura  humana.  — ,  nome 
genérico  dos  vegetaes,  tirado  da  direcção 
mais  ou  menos  a  prumo  do  tronco  ou  has- 
te, e  da  fixação  na  terra  do  pé  ou  parte  in- 
ferior que  sáe  do  rolo.  — ,  (fíg.  e  obsol.) 
gente,  povo.  « damais  baixa — do  rei- 
no. »  Barros. 

plantação,  s.  f.  (Lat.  plantatio,  onis.) 
acto  de  plantar.  — ,  plantio,  plantas  semea- 
das ou  mettidas  na  terra.  Plantações  de  ca- 
nas ,  de  arrox ,  de  café ,  algodão,  bacello, 
agros,  sementeira. 

56 


fU 


PLA 


PLANTADE ,  (hist.)  compositor  francez , 
nasceu  em  1768,  morreu  em  18^9.  As 
soas  melhores  operas  são  :  as  Duas  ir- 
mãs ;  Zoé ;   Palma, 

PLANTADO,  A,  p.  p.  do  plantar  ;  adj.  que 
se  plantou  ou  semeou ;  que  plantou  ou  se- 
meou, V.  g.  arvore  —  com  as  raízes.  Valle 

—  de  larangeiras.  Tinha  —  muitos  pomares 
e  olivaes.  —  ,  (fig.)  solidamente  estabeleci- 
do, V.  g.  a  artilharia  —  na  altura.  A  fé  —  . 
«  Aqui  está  —  a  cidade  de  Malaca,  »  funda- 
da, Lucena. 

PLANTADOR  ,  A,  s.  pessoa  que  planta  ou 
que  plantou. 

PLANTAGENETAS.  (geogr.)  dyuastia  de  reis 
dlnglaterra  ,  de  origem  franceza,  deve  o 
seu  nome  ao  condede  Anjou,  Godoffredo  V, 
appellidado  Plantageneta,  porque trasia  or- 
dinariamente um  ramo  de  giesta  no  capa- 
cete. 

PLANTAR,  V,  a.  (Lat.  planto,  are.  "V.  Plan- 
ta.) melter  na  terra  plantas  ou  sementes  pa- 
ra vegetarem.  —  vinha,  pomares,  couves, 
hortaliça,  algodão—,  (íig.)  fincar  em  terra 
a  prumo,  v.  g.  estaca,  cruz ;  assentar,  col- 
locar  com  firmeza,  v.  g.  —  o  arraial,  a  ar- 
tilharia.—  as  estancias',  estabelecer,  v.  g. 

—  colorias,  edifícios,  fortalezas ;  —  as  artes, 
manufacturas,  a  fé;  arraigar,  v.  g.  —  vir- 
tudes, bons  costumes,  erros,  superstições. 
Quem  planta  culpas,  crimes,  colhe  penas  e 
arrependimentos.  — se,  v.  r.  pôr-se  erecto, 
em  algum  lugar.  «  Plantou-st  armado  na 
campanha.  »  Vieira. 

PLANTiNO,  (Christovão),  (hist,)  célebre  im- 
pressor, nasceu  era  1514.  morreu  em  1589. 
A  sua  melhor  obra  é  uma  reimpressão  da 
BibUa  Polyglotta  de  Alcalá. 

plaNTio,  s  m.  arte,  trabalho  de  plantar 
arvores,  arbustos  e plantas;  o  terreno  plan- 
tado, plantação. 

PLANUDio,  (  hist. )  Maximus  Planudes  , 
monge  grego  do  XIV.  século,  natural  de 
Nicomedia,  viveu  no  reinado  d'Adronico  e 
de  João  Paleologo.  Morreu  em  1353  segun- 
do uns,  em  1370  segundo  outros.  Compi- 
lou grande  numero  de  escriptos  ;  os  mais 
conhecidos  são  as  Fabulas  de  Esopo  com 
viáa  do  auctor,  e  uma  Anthologia. 

PLANURA,  s.  f.  [plano,  des.  ura,]  planí- 
cie, lugar  plano,  campina. 

PLASSEY,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingle- 
za,  a  10  legoas  ao  NO    de  Noddeah. 

PLATAMONA,  (geogr.)  Hsradea,  cidade  da 
Turquia  europea,  a  55  legoas  ao  SO.  de 
Salonica ;  2,000  habitantes. 

PLÁSTICO,  A,  adj.  (do  <ir.  plassô,  for- 
mar.) que  faz  obras  de  barro ;  (fig.)  que 
esculpe  a  pedra.  O  —  cinzel,  do  escuíplor. 

PLATA-FÓRMA,  s.  f.  (do  ¥r.  platc-forme.) 
(fort.)  obr*  de  iérrn  çl^víida  e  plaua  ou  de 
M 


madeira  forte,  onde  se  assesta  artilharia. 
Enterrar  a  — ,  diz-se  quando  é  de  taboado 
que  se  embebe  no  solo. 

PLATANELLA  OU  PLATANí,  (gCOgr.)  Cami- 

cus,  rio  da  Sicília,  nasce  na  província  de 
Palermo,  e  lança-se  no  Mediterrâneo. 

PLÁTANO, s.  m.  (bot.)(Lat.  platanus,  do  Gr. 
platus,  largo,  extenso.)  arvore  que  estende 
muitos  ramos  bastos. 

PLÁTANO,  (bot.)  Género  de  plantas  dafa- 
millia  das  Âmentaceas,  e  que  faz  parte  da 
Monoecia  Monandria,  L. 

PLATANTHERA,  (bt)t )  Geucro  de  Plantas 
da  famillia  das  Orchídeas  e  da  Gynandria 
Monandria. 

PLATÃO,  (his.)  celebre  phiiosopho  grego, 
fundador  da  Academia,  nasceu  no  armo 
429,  ou  430,  segundo  outros  antes  de  Jesu- 
Cristo  em  Egina  ou  em  Aihenas,  era  filho 
deAriston;  teve  primeiramente  o  nome  de 
Arislocles,  julga-se  que  o  noiLe  de  Platão 
lhe  foi  dado  por  seu  mestre  de  palestra, 
por  causa  da  grande  largura  das  suas  es- 
páduas [platys  largo).  Platão  estudou  com 
o  maior  sucesso  as  lettra?  e  as  sciencias, 
principalmente  a  geometria,  mas  deu-se  to- 
do á  philosophia.  Ligou -se  com  vSocrates 
na  idad«  de  20  annos,  e  foi  seu  assíduo 
discípulo  durante  iO  annos.  lor  morte  des- 
te phiiosopho,  retirou-se  com  seus  discípu- 
los a  Magara,  depois  começou  a  viajar.  í  la- 
tão adquiriu  tal  fama  de  sabedoria  que 
muitos  estados  lhe  pediram  para  faser  le-s. 
Morreu  em  347  ou  348  antes  de  Jesu-Cris- 
to.  Deixou  grande  numero  de  escriptos, 
quasi  todo  em  dialogo,  os  principaes  são  : 
Eulhyphron  ou  do  Sancto  ;  Criton  ou  o 
Dever  do  cidadão  ;  Phedon  ou  da  Alma  ; 
Apologia  de  Sócrates  ;  a  Politica ;  Par- 
menide  ou  das  Ideias;  o  primeiro  Alcibía- 
des ou  da  Naturesa  do  homem. 

PLATÉA,  s.  f.  (Lat.  platea,  páteo.)  parte 
inferior  do  recinto  de  theatro  onde  estão  os 
espectadores  sentados  em  bancos  ou  era 
pé. 

PLATEA,  (geogr.)  Platea,  uraa  das  12  ci- 
dades da  federação  beócia,  perto  do  Cithe- 
ron,  ao  SO.  de  Thebas. 

PLATINA,  (hist.)  escriptor  italiano,  foibi- 
bliothecario  do  Vaticano  no  pontificado  de 
Xixto  íV.  A  mais  conhecida  das  suas  obras 
é  :  In  vitas  summorum  pontificum  ad  Sii~ 
tum  IV. 

PLATINA,  (min.)  Substancia  metallica,  pa- 
recida nacôr  com  a  prata,  malleavel,  mui- 
to pesada,  ínfusível,  inatacável  pelo  acido 
nítrico,  mas  solúvel  no  acido  nítrico  mu- 
riatico. 

PLATNER,  (hist.)  phiiosopho  6  medíco  al- 
lemão,  nasceu  em  j74'i,  morreu  em  1818. 
As  suas  principaes  obras  são :  Anthropolo* 


PU 


HM 


gia ;  Elementot  de  Lógica  e  mtthaphysica, 
etc. 

PLATOv,  (o  conde  de)  (hist.)  helman  dos 
cosacos,  nasceu  em  1765,  morreu  em  18ío, 
serviu  contra  os  Francezes,  marchou  die- 
pois  contra  os  Turcos,  batteu-os  em  muitos 
encontros,  foi  um  dos  que  em  í  8 12  se 
oppoz  a  Napoleão ,  soíTieu  muitas  derro- 
tas, mas  vingou-se  na  desastrosa  retira- 
da da  flussia  o  fez  muito  mal  aos  France- 
zes. 

PLAiTE,  (geogr.)  rio  dos  Estados-Unidos, 
cae  no  Missouri. 

PLATTSBURGO,  (geogr.)  villa  dos  Estados- 
Unidos  ,  a  56  legoas  ao  ri.  de  Albany ; 
3,000  habitantes. 

PLAU.  (geogr.)  villa  de  França,  a  7  lé- 
guas ao  E.  de  TuUe  ;  e  conta  9U0  habitan- 
tes. 

PLAUEN,  (geogr.)  cidade  murada  do  reino 
de  Saxe,  a  ^0  léguas  ao  SO.  de  Dresde;  7,000 
habitantes. 

PLAUSIBILIDADE,  s.  f.  (dcs.  idade],  o  ser 
plausível. 

PLAUSiviL,  adj.  dos  2  g.  (Lat,  plausibi- 
lis),  recebido  com  approvação,  que  mere- 
ce approvação,  que  tem  apparencia  de  ver- 
dade. V.  g.  ^Argumentos  ,  rasões  plausí- 
veis. 

PLAUSivELMENTE ,  ttdv.  [meute  suff.) ,  de 
modo  plausível. 

PLAUSTRO,  s.  VI.  (Lat.  plaustrum,  e  ant. 
ploslrum,  carro,  carroça.  Court  de  Gébe- 
lin  o  deriva ,  assim  como  muitos  termos 
gregos,  que  significam  navegar,  vagar  ,  do 
radical  pi.  onomatopico  de  movimento  ro 
tatorio.  Eu  creio  que  o  vocábulo  vem  do 
Gr.  pôlein,  gyrar  ,  cujo  radical  me  pare<;e 
ser  hei,  de  hélios,  sol,  typo  primitivo  do 
movimento  circular),  carro  descoberto.P/auí- 
tro,  (pões.)  o  plaustro  sol,  carro,  carro- 
ça. 

PLAUTO,  M.  Accius  Plautus,  poeta  cómi- 
co latino,  nasceu  no  anno  227  antes  de  Je- 
su-Christo  em  Sarsina,  compoz  130  peças. 
As  principaes  são  :  Amphitryão  ;  Casinaon 
a  Sorte  ;  Poenulo  ou  o  joven  earthagi- 
nex. 

PLAUCíANO,  (hist.)  Flacius  Plautianus,  fa- 
vorito de  Septimo  Severo,  era  do  obscuro  nas- 
cimento. Prefeito  de  Roma  e  depois  cônsul 
assignalou-se  pelas  suas  atrocidades  e  con- 
cussões. Severo  mandou-o  matar,  por  ter 
conspirado  contra  elle. 

PLAYFAiR,  (hist.)  geólogo  6  mathcmatico 
escossez,  nasceu  em  .749.  morreu  em  1819. 
Deixou  :  Elementos  de  geometria  ;  Esclare- 
cimentos sobre  a  Theoria  da  terra  de  Hul- 
ton. 

PLAZBHTEIRO.  V.  Fraxenteiro. 

Fi#AZO,  i,  m.  (do  Lat.  placere,  agradar) , 


contracto,  ajuste  a  aprazimento  das  partes. 
—  eseripto  qe  obrigação  e  confissão  de  di- 
vida. ÉluciQ. 

PLifAUX,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  ao  SO.  de  Mauriac;  1,600  habitan- 
tes . 

PLEBE,  s.f.  (t/at.  plehs,  povo,  os  cida- 
dãos romanos  que  não  pertenciam  ao  se- 
nado ou  aos  patrícios.  Do  rad.  pie  ou  põl, 
que  denota  multidão,  grande  numero.  (Ir. 
polys,  muito;  pleiòu,  mais  copioso),  o  po- 
vo miúdo,  a  gentalha  ;  (fig.  e  ant.)  cousas 
de  pouca  monta,  ex  «  Não  se  mettendo  no 
Mondego,  senão  uma  —  de  riachos.»  Bar- 
ros, Dec.  2,  5,  1. 

PLEBEio.  V.  Plebêo. 

PLEBKisMO,  s.  m.  (des.  ismo) ,  a  quali- 
dade de  ser  plebêo  ;  usos,  maneiras ,  lin- 
guagem da  plebe.  >..-; 

PLEBio,  A,  adj.  (Lat.  plebeius),  da  ple- 
be. V,  g  Homem  — ,  ou  subst.  os  — s,  gen- 
te não  nobre.  v.  g.  A  ordem  — ,  entre  os 
romanos,  era  composta  de  todos  os  cida- 
dãos não  patrícios  ou  senadores,  v.  g.  Lo- 
cução — ,  usada  pela  plebe. 

Moraes  escreve  plebeu,  e  assim  escreviam 
muitos  dos  antigos,  mas  visto  ter  &  o  sido 
geralmente  substituído  ao  u  Latino,  o  g. 
em  novo,  probo,  noto,  não  ha  rasão  para 
conservar  o  m  em  plebêo  ,  tanto  mais  que 
a  des.  f.  em  a  corresponde  constantemen- 
te em  Portuguez  á  masculina  em  o. 

PLEBISCITO,  s.m.  (Lat.  plebiscitum,  lei, 
decreto  feito  pelo  povo  da  antiga  Roma  , 
sem  o  concurso  do  senado.  A  principio  era 
só  obrigatória  para  o  povo,  mas  depois 
abrangeu  também  os  senadores. 

PLECTOGNATHER,  (h.  n.)  assím  é  designa- 
da per  Curvier  a  terceira  ordem  dos  peixes 
a  primeira  classe  da  segunda  serie  ou  peixes 
ossozos. 

PLECTRO  ,  s.  m.  (Lat  plectrum,  do  tlr. 
plessô  ,  ferir ,  dar  golpe),  penna  ou  outro 
corpo  com  que  se  fazem  vibrar  as  cordas 
de  instrumento  musico,  v.  g.  — de  sino^  o 
badalo. 

PLECTRUDE,  (hist.)  espoza  de  Pepino  de 
Uerístal,  governou  o  reino  depois  da  morte 
de  seu  marido  em  714,  em  nome  de  seu  fi- 
lho Theobaldo.Fez  prenderem  Colónia  a  Car- 
los Martel  desherdado  por  Pepino ;  mas  os 
Francos  revoltaram-se,  derrotaram  os  par- 
tidários dePlectrude,  e  elegeram  Ragenfroi 
maire  (mordomo). 

plegarIas.  (ant.),  V.  Supplicas ,  Pre- 
ces. 

PLÊIADES,  (myth.)  são  assim  chamadas  as 
sete  ilibas  d' Atlante  (Maia,  Klectra,  Taygete. 
Asterope,  Meropo,  Álcyone,  Celeno).  Seis  del- 
ias tiveram  deuzes  por  espozos  ou  amantes, 
$(^  Merope  cazou  com  um  mortal.  Foram^ 
56  * 


324 


ÍLE 


rLE 


segundo  a  fabula,  metamorphoseadas  em  es- 
trellas  e  formaram  no  ceu  a  constellação  ou 
grupo  das  Plêiades.  São  chamadas  Plêiades 
do  grego  plee,  navegar,  porque  a  constel- 
lação que  tem  este  nome  é  favorável  á  na- 
vegação, (hist.)  os  Alexandrinos,  no  rei- 
nado de  ^tolomeo  Philadelpho,  deram  o  no- 
me desta  constellação,  á  reunião  dos  sete 
poetas  contemporâneos;  Lycophron,  Theo- 
crito,  Arato,  Nicandro,  ApoUonio,  Philicoe 
Homero-o-Mono.  Também  houve  uma  Plêia- 
de franceza  composta  por  Ronsard,  Dubel- 
lay,  Reme  Belleau,  Jodelle,  Dorat,  Baillis  e 
Ponto  de  Thiard. 

PLEiNE-FOUGERE,  (geogr.)  cidado  de  Frau- 
ça,  a  10  léguas  SK.  de  S.  Uaeo  ;  3,057  ha- 
bitantes. 

PLEioNE,  (bot.)  Pleione.  género  de  plan- 
tas da  ordem  das  Nereideas,  famillia  das 
Amphinomas. 

PLEissE,  (geogr.)  rio  da  America,  nasceu 
no  reino  de  Saxe,  e  lança-se  no  Elstor- 
Branco. 

PLEITEADO,  A,  p.  p.  supevl.  de  pleitear ; 
adj.  disputado  em  juízo,  no  foro ;  dispu- 
tado contendentes. 

PLEíTEANTE.  V.  Litigante. 

PLEITEAR,  V:  tt.  (de  pkito,  av  des.  inf.), 
disputar  no  foro,  litigar,  v.  gr.  —  avietoria, 
a  passagem  do  rio,  da  ponte,  a  entrada  da 
praça,  a  vantagem,  a  maioria,  o  premio. — , 
em  sentido  n.  litigar,  contender  no  foro 
ou  fora  delie.  v.  g.  pleitiar  com  alguém 
sobre  a  prim,azia  ,  ter  demanda  com  al- 
guém. ^^ 

PLEITEAR.  V.  Preitear. 

PLEITO,  s.  m.  (do  Fr.  plaid,  deriv.  do 
Lat.  placitum,  sentença,  decreto,  resolu- 
ção), litigio,  demanda  que  corre  ou  pen- 
dente no  foro.  acção,  causa  forense. 

PLEITO,  s.  m.  (ant.)  (do  Cast.  pleito,  ajus- 
te, contracto).  V.  Preito. 

PLELAN  O- GRANDE,  (gcogr .)  cidade  de  Fran- 
ça, a  4  léguas  e  meia  SO.  de  Montfort ;  tem 
3,250  habitantes. 

PLELAN-o- PEQUENO,  (gcogr.)  cidade  de 
França,  a  3  léguas  ao  O.  de  Dinau  ;  1,500 
habitantes. 

PLENAMENTE,  ttdv.  {mente  suff.)  de  todo. 
completa  ,  inteiramente,  v.  g.  plenamente 
satisfeito  ,  informado  ,  instruído  ,  conven- 
cido. 

PLENARiAMENTE,  ttdv.  [mente  suff.)  ,  de 
modo  plenário,  sem  excepção. 

PLENÁRIO,  A  ,  adj.  (Lat.  plenus ,  pleno, 
cheio,  e  des.  ário),  pleno,  inteiro,  v.  g.  Pro- 
cesso — ,  não  summario.  Provas  — s,  com- 
pletas. Indulgência  — ,  que  abrange  todas 
as  culpas.  Poder  — ,  illimitado,  pleno,  para 
tudo.  Quitação  —  ,  de  toda  a  obrigação  , 
divida. 


PLENEUF.  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  de  S.  Brienc;  e  conta  1,660  habi- 
tantes. 

PLENiDÃo.  V.  Plenitude. 

PLENILUNAR,  adj.  dos  "l  //.  [plcno,  e  ÍM- 
nar)^  do  plenilu[\io ,  ou  lua  cheia  v.  g. 
Marés  plenilunares. 

PLENILÚNIO,  s.  m.  (Lat.  plenilunium)y  lua 
cheia,  quando  a  face  da  lua  que  olha  para 
a  terra  é  toda  illuminada  pelo  sol,  ao  qual 
está  então  diametralmente  opposta. 

PLENiPOTENCiA,  s.  f.  (Lat.),  podcr  pleno, 
inteiro,  illimitado,  que  os  governos  dão  a 
ministros  mandados  a  congresso  ou  a  cor- 
tes estrangeiras ;  a  carta  ou  cartas  creden- 
ciaes  em  que  se  contem  os  plenos  poderes. 

PLENIPOTENCIÁRIO,  s  m.  (des.  ário),  mi- 
nistro a  quem  o  seu  governo  deu  plenps 
poderes,  v.g.  Ministro — . 

PLENissiMAMENTE,  ttdv.  superl.  de  plena- 
mente, sem  a  meaor  restricção. 

PLENissiMO,  A,  adj.  superl.  de  pleno  ,  o 
mais  amplo,  completo,  v.  g.  Poderes — ,  fa- 
culdade— .  Indulgência — ,  plenária. 

PLENITUDE,  s.  f.  (Lat.  plcnitudo,  inú), 
grossura,  enchimento  ;  (íig.)  completa  pos- 
se. V.  g.  k  —  da  graça,  do  poder. 

PLiNiTUDO,  (Lat.).  V.  Plenitude. 

PLENO,  A,  adj.  (Lat.  plenus,  Gr.  pleos , 
de  pelas,  próximo,  chegado),  cheio ,  com- 
pleto, inteiro,  amplo.  i?.  gf. — s  poder  es,  i\\{~ 
mitados,  sem  restricção. 

PLEONASMO,  s.  m.  (Lat.  pleonasmus  ,  do 
Gr.  pleonazô,  ser  em  excesso,  superabun- 
dar,  de  pleon ,  mais  abundante,  supera- 
bundante) ,  redundância  de  palavras  para 
expressar  uma  ideia ,  e  que  ás  vezes  tem 
beilesa,  v.g.  eu  o  vi  com  estes  olhos,  to- 
qjei-lhe  com  estas  mãos. 

PLEONASTico,  A,  adj.  [dstico  suff.),  em 
que  ha  pleonasmo,  v.  g.  Phrase,  expres- 
são — . 

PLEORiz.  V.  Pleuriz. 

PLEROMA,  (bot.)  género  de  plantas  da  fa- 
milia  das  Melastomacoas  e  da  Decandria  Mo- 
nogynia. 

PLEssE,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  prus- 
sianos,  a  25  léguas  ao  SE.  de  Oppeln  ;  2,000 
habitantes. 

PLESSis,  (geogr.)  muitas  cidades  em  Fran- 
ça teemeste  nome,  qne  éuma  corrupção  de 
Palatium,  palácio.  As  principaes  são  :  Ples- 
sis-les-Tours,  a  1  quarto  de  léguas  ao  SO. 
de  Tours ;  Plessis-aux-Bous,  a  1  légua  e  um 
quarto  ao  NO.  de  Meaux  ;  Plessis-Baden,  a 
8  léguas  ao  NE.  de  Redou ;  Plessis  Bou- 
chard,  a  2  léguas  ao  S.  de  Pontoise. 

PLESTiN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  ao  SO.  de  Lannion ;  5,260  habitan- 
tes. 

PLKTflORA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  pleos,  cheio ; 


FLI 


<tU) 


■ík 


plethó,  encher,  e  orô,  impellir),  (med)  su- 
perabundância geral  ou  parcial  do  sangue 
ou  dos  humores, 

PLETHORico,  A,  adj .  {órico,  suff.),  (med.) 
que  soíTre  de  plethora.  v.g.  Doente,  esta- 
do—. 

PLETTENBF.RG,  (geogr.)  cidade  dos  Kstados 
prussianos.  a  6  léguas  ao  E.  d'Altona  ;  1 ,450 
habitantes. 

PLEURA,  s.  f.  (Lat.  e  Gr.  pleura  ,  lado), 
(anat.)  membrana  que  forra  interiormente 
as  coslellas,  e  que  involve  o  bofe. 

PLEiíBiHAN,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5 
léguas  aoWE.  de  Lannion  ;  4,400  habitan- 
tes. 

PLEUDiHKN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
2  léguas  e  meia  ao  iNE,  de  Dinan  ;  4,530 
habitantes. 

pLEURANDRA,  (bot.)  gcuero  de  plantas  da 
familia  das  Dillemaceas  e  da  Polyandria  Di- 
gynia. 

PLEURiTico,  A,  adj.  itico  sufí.) ,  (med.) 
doente  de  pleuriz. 

PLEURiz,  s.  m.  (Gr,  pleuritis),  (med.)  in- 
flammação  da  pleura  ,  com  dor  aguda  no 
lado  do  thorax;  pontada  :  v.  g.  —  falso  ou 
espúrio,  não  inílammatorio ,  ou  mui  beni- 
gno. 

PLEUROPNEunoNiA,  s.  f.  (med.)  combina- 
ção de  pleuriz  com  a  pneumonia  ,  ou  in- 
flammação  do  bofe.  Y.  Peripneumonia. 

PLEYADAS  ,  orthographia  errada.  Grande 
devia  ser  a  predilecção  de  Moraes  pelo  y  , 
pois  até  em  vozes  Gregas  escriptas  por  i , 
lho  substitue.  V.  plêiadas. 

PLICA,  s.  f.  (Lat.),  prega,  dobra.  —  accen- 
to  circumflexo.  —  na  musica  ,  signal  que 
liga  as  notas  da  solfa.  v.  g.  —  polonica, 
doença  em  que  os  cabellos  se  enleiam  por 
effeito  de  uma  secreção  viscosa  e  sanguino- 
lenta que  os  penetra  a  ponto,  que  corta- 
dos vertem  sangue. 

PLiCADO,  A,  adj.  (Lai.  plicatus),  dobra- 
do, feito  era  pregas,  v.  g.  Casula  — ,  do- 
brada sobre  o  peito, 

PLiCAR,  V.  a.  (Lat.  plica,  are  ,  dobrar), 
dobrar,  fazer  pregas.  —  marcar  com  a  pli- 
ca ou  accento  circumflexo.  V.  Plexo 

PLÍNIO,  (hist.)  o  Naturalista  ou  o  Anti- 
go, C.  Plinius  Secundus,  nasceu  em  Coma  ou 
Verona,  no  anno  2 J.  Ávido  de  sciencia  apro- 
veitava todos  os  instantes  para  estudar. Na  eru- 
pção do  Vesúvio  em  79  correu  a  observal-a, 
mas  aproximando-se  muito  foi  asphixiado  pelo 
fumo.  Escreveu  uma  Historia  de  lloma,  e 
a  Historia  das  guerras  da  Germânia,  uma 
Historia  Natural  em  87  livros. 

PL'Nio-0-MOço,  (hist.)  G.  Coecilius  Plinius 
Secundus,  sobrinho  e  filho  adoptivo  do  pre- 
cedent»,  nasceu  em  Coma  em  61  ou  62,  foi 
discípulo  de  Quintiliano,  foi  cônsul  no  anno 

TOL.    IT. 


100,  e  depois  governou  como  procônsul  a 
Bithynia  e  o  Ponto.  Morreu  em  115.  Plinio 
escreveu  a  Historia  de  seu  tempo,  e  o  Pane- 
gyrico  de  Trajano. 

PLiNTHO,  s.m.  [[.dit.  phnihas ou  plinthis. 
do  Gr.  plinthos,  tijolo),  (arch.)  peça  qua- 
drada que  se  põe  por  baixo  da  base  das  co- 
lumnas.  Na  ordem  toscana  é  também  a 
parte  superior  do  capitel. 

PLOEiRO.  V.  Proeiro. 

PLOCK  ou  PLOTSK,  (gsogr,)  cidade  da  Po- 
lonia,  capital  de  voiwodia,  a  22  léguas  ao 
NO.  de  Varsóvia  ;  6,000  habitantes.  A  voi- 
wodia de  Plock,  entre  as  de  Augustovo,  de 
Siedloc  e  de  Mazovia,  a  K  tem  a  Rússia  ao  S, 
a  Prússia  aO.  eaoN.  conta  500,000  habi- 
tantes, 

PLOCOGLOTTis,  (bot-)  gcuero  de  plantas 
pertencente  á  familia  das  Orchideas  eáGy- 
nandriaDiandria. 

PLOEMEUR,  (geogr.)  villa  de  França,  a  l 
leguaaoSO.  deLorient;  tem  6,790  habitan- 
tes. 

PLOEN  ou  PLON,  (gcogr.)  cidadc  da  Dina- 
marca, a  6  léguas  ao  S  de  Kiel;  1,600  ha- 
bitantes. 

PLOERMEL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
10  léguas  ao  NE.  de  Vannes ;  5,200  habi- 
tantes. 

PLOEUC,  (gfogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  S.  de  S.  Brienc  ;  tem  5,300  habi- 
tantes. 

PLOGASTEL,  (gcogr.)  cidade  de  França,  a 
3  léguas  e  um  quarto  0.  de  Quimper  ;  1,000 
habitantes. 

PLOMBiERES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
3  léguas  SO.  de  Remiremont;  1,500  habi- 
tantes, 

PLOMBADA,  s.  f.  (do  Lat.  plumbum,  chum- 
bo), pellota  de  chumbo  com  que  os  moços 
jogavam  para  exercitarem  as  forças. 

PLOMBEO.  V.  Plúmbeo. 

PLOMO,  s.  f.  (do  Fr.  plomb.)  V.  Chumbo. 

PLOTiNO,  (hist.)  philosopho  neoplatonico, 
nasceu  no  anno  205  de  Jesu-Christo  em  Ly- 
copolis,  ligou-se  na  idade  de  28  annos  com 
o  philosopho  Saccas,  cujas  licções  seguiu 
pelo  espaço  de  11  annos  acompanhou  em  244 
o  imperador  Gordiano  em  uma  expedição 
contra  os  Persas,  para  ter  occasião  de  es- 
tudar a  philosopia  dos  orientaes;  depois  da 
exaltação  de  Thilippe  estabeleceu-se  om  Ro- 
ma, aonde  abriu  uma  escola  de  philosophia, 
e  á  qual  afíluirara  muitos  discípulos.  Reti- 
rou-se  na  sua  velhice  a  Campania,  aonde 
morreu  em  270.  A  philosophia  de  Plotino 
consiste  na  união  immediata  da  alma  huma- 
na com  o  ser  divino,  Plotiuo  deixou  sobre 
[a  philosophia  54tractados,  que  o  seuprin- 
Icipal  discipulo  se  encarregou  de  rever  epu- 
Iblicar. 

67 


;  , 


PLO 


PLU 


PLQTiNA,  (hist.)  Plotina  Pompeia^  mulher  ,  4  léguas  ao  O.  de  Morlaix;  3,500  habitai 

^0  tríijano,  f6z  uso  do  poder  para  secun-  j  tes. 

dar  as  prudentes  intériròes  de  seu  cspozo  ;  |      rLOuzEVEDs  ,  (geogr.)  villa  de  França, 
concorreu  muito  para  a  adopção  d'idrian.'>,  i  5  léguas  ao  >0.  de  líorlaix ;  800  habitan- 
e  conservou  no  reinado  deste  principe  airt-    tes. 


fluenciíi;  do  que  nnles  havia  gozado.  Morreu 
tta  \f^  (i  foí  divinizada. 

rLiauvER,  pur  Prouver,  do  v.  Prazer. 
plouagat,  (geogr.)  cidade  dé  Prança,    a 
4  léguas  E.  de  Guincatop ;  1,600  habitan- 
tes. 

riouARET,  (geogr.)  cidade  do  Franca  a  3 
léguas  ao  S.  de  Lannion ;  5,220  habitan- 
tes. 

plOuat,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  ao  N  ,  de  i.orient ;  4,210  habitan- 
tes'. 

PLoiiBALAY,  (geogr.)  cidade  do  França,  a 
4  Icgnas  ao  ^0.  de  Danan  ;  2,000  habi- 
tantes. 

PLOUCOUET, (geogr.)  methaphisico  alfemão, 
nasceu  em  1/1(5.  Deixou  muitos  escriptos 
sobre  philosophia,  o  principal  c  Fundamen- 
ta phifosophicB  Spcculalivoe. 

PLOUDALMKSEAU,  (gcogr)  cidade  do  Fran- 
ça, a  5  legoas  o  meia  ao  KO,  de  Brest ; 
3,085  habitantes. 

n.ouniRT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
G  legoas  e  meia  ao  KE.  de  Brest;  Í,G00 
habitantes.  ^ 

PLOUESCAT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
n  legoas  e  meia  ao  NO.  deMjrlaii;  3,^30 
habitantes. 

pLOUGASNou,  (geog.j 
^  3  legoas  e  meia  áõ 
4,000  habitantes. 

PLOLGASfEL,    (gCOgr.' 

2  legoas  e  i  quarto  ao 
habitantes 

pi.ougueNast,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  3  legoa^  e  meia  ao  ;\E.  de  Londeac  ; 
3,98<i  habitantes. 

PLOuiJA,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
legoas  e  meia  ao  NO.  de  S.  Uriene ;  4,U^0 
habitantes, 

PLOuiGNÈAU,  (geogr.)  cidade  de  França,  á 
f  legoas  e  1  quarto  ao  E.  dó  Moríaíx ; 
4,790  habitantes. 

PLOUNEOUR,  (geogr.)  nome  de  duas  ç.ida- 
des  de  França;  uma  Plonneour  Menez  a  4 
legoas  ao  Sj.  de  Morlaix  ;  4,170  habitan- 
tes a  outra  Plonneour- ircz,  a  8  legoas 
ao  KE.  de  Brest;  3,100  habitantes. 

PLOUNEVEZ,  ígeogr.)  nome  (ie  muitas  cida- 
des da  Bretanha  em  França,  sendo  as  princi- 
[mes :  Plounevez  Lochrist,  a  7  léguas  ao 
NO.  de  Morlaix,  4,610  habitantes.  Plounevez- 
MivAec^  a  5  léguas  ao  S.  de  Lannion;  2,100 
habitantes.  Plounetez-du-Faou,  a  5  léguas 
ao  NF.  de  Chateaudun  ;  3.80Ó  habitantes 


cidade   de    França, 
N>E.   dó    "íeríaix ; 

villa  de   França,  a 
E.  de  Brest ;  5,863 


piouvõRN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  i  (pões./  a  avç. 


PLCcríE,  (hist.)  sábio  francez.  nasceu  em 
168i,  morreu  em  1761.  Assuas  priacipaes 
obras  são:  o  Espectáculo  da  natureza:  His- 
toria do  céu,  segundo  as  ideias  dos  poetas, 
dos  philosophos,  e  de  Moisés,  etc. 

PLUKEiSET,  (hist.)  botânico  inglez,  nasceu 
em  1642,  morreu  em  170^i.  Deixou  :  Phy- 
tographia  seu  plantaram  ícones".  Alma- 
gestum  botanicum;  Amaltheurn  botanicum, 
etc. 

PLUWA,  s.  f.  (Lat.),  penna  das  aves ,  a 
parte  da  penna  opposta  ao  cano.  —  penna - 
cho  do  capacete,  v.g.  A  —  e(/wina,  o  orna- 
to do  elmo  feito  de  clina.  —  s,  as  que  as 
damas  trazem  por  ornato  no  toucado,  e  os 
militares  no  chapeo.  — ,  (p.  us.)  penna  de 
escrever. 

PLiiiiACEiRO,  s.  m.  (des.  eiró),  o  que  pre- 
para e  vende  plumas  de  ornato. 

PLUMACHO,  s.  m.  plumas  de  ornar  a  cabeça 
dos  cavallos  de  coche  ou  de  parada. 

PLUMADA,  s.  f.  purga  que  se  dá  aos  falcões 
composta  de  pennas  envoltas  em  carne.  — as 
pennas  e  ossos  que  os  falcões  vomitara. 

pluíage»,  s.  f.  [agem  suff.  coUect ) ,  as 
pennas  mais  finas  das  aves;  as  plumas  de 
adorno  dos  toucados  das  mulheras ,  e  dos 
c.ipacetes  ;  espécie  de  cocar  ou  poupa  qne 
algumas  aves  tem  na  cabeça  ;  as  pintas  das 
pennas  do  peito  das  aves  ;  (fig.)  ralé,  sorte, 
ti.  ^.  Mulher  d'esta — ,  diz-se  por  despreso 
de  uma  meretriz.  —  de  enxertia,  (íig.j  raça 
mescíadn ;  homens  que  obtém  honras  e 
cargos  sem  os  merecer. 

PLUMÃo,  s.  m.  (ant.)augm.  de  pluma,  pen- 
nacho  de  píuraas. 

PLUMAUTiN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
5  léguas  SE.  de  Chatellerant,  1,200  habi- 
tantes. 

PLúMAzo,  s.  m.  (aui.)  travesseiro  de  pen- 
nas. 

PLÚMBEO  ,  A ,  adj.  (Lat  plumbeus)  ,  de 
chumbo.  V.  g.  — pella,  de  cor  de  chumbo. 
Luz — ,  íivida.  Bulia  — ,  com  seiío  pen- 
dente de  chumbo. 

PLUME,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  'ò 
léguas  SSO.  d[Agen  ;  2,700  habitantes. 

PLumiR,  (hist.)  botânico  francez,  nasceu 
em  1646,  morreu  em  l706.  Deixou:  Des' 
cripção  das  Plantas  da  America  ;  Plan- 
tarum  americanarum  fasciculidecem,  etc. 
PLUMO,  s.  m.  (do  Fr.  plomb,  chumbo  ;  d 
— ,  a  prumo  J  V.  Prumo. 

PLUMOso,  A,  adj.  (Lat.  plumosus),  cober- 
to dtí  pennas  ou  plumas,  v.g.  O  —  cantor, 


PLU 


)Êe 


S7 


PMÍKULA,  s.  f.  (Lat.,  dira.  de  fAuma),  pen- 
uinha,  pennugfitu.  Diz-s9  das  plantas. 

PLUNKETT,  (hist.)  arcebispo  de  Armagli 
e  primaz  da  Irlanda  om  1(i60,  foi  accnza- 
do  de  excitar  os  Catholicos  a  revoltarem - 
se  contra  o  rei  Carlos  II.  Morreu  esquar- 
tejado em  1681.  Deiíou  Mandamentos  e 
instrucções  pastoraes. 

PLUQUET,  (hist.)  sábio  ecclesiaslico  fran- 
cez,  nasceu  em  17  i  6,  morreu  em  1/90.  Dei- 
xou :  Exame  do  fanatismo;  Diccionario 
das  heresias ;  Ensaio  sobre  o   luxo,  etc. 

PLURAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  pluralis,  de 
p/ures,  vários,  diversos),  (gram  )  que  denota 
mais  de  um  individuo  ou  unidade,  e  nas  lín- 
guas que  tem  dual,  quf)  denota  mais  de 
dois.  v--^.  iVumero  — .  Desinências  pluraes, 
são  as  terminações  dos  substantivos,  adje- 
ctivos,  e  verbos  que  designam  o  numero 
composto  de  duas  ou  mais  unidades,  v.g,  os 
homens  ;  dois,  três  homens  ,  valentes  ;  ama- 
ram ;  fizeram,  etc.  \'.  Collectivo. — ,s,  por 
eliipse.  V.  g.  .Muitos  nomes  não  mudam  a 
desinência  no — ,  outros  nuo  tem  — ,  v.  g. 
o  univer.«o. 

PLURALIDADE,  s.  f.  (Lat.  pluralitãs,  tis), 
grande  numero,  a  maior  porção  de  nume- 
ro determinado,  v.g.  foi  eleito  á  —  devo- 
tos. A  —  dos  vogaes,  dos  espectadores. 

PLLRiFiCAÇÃo.  V.  Pluralidade 

PLURISCRITO,    A,     ttdj .    OU    PLURISCRIPTO  , 

s.  m.  (do  Lat.  plures,  vários),  escripto  de  di- 
versas mãos.  — trasladado,  transcripto  mui- 
tas vezes.  v.g.  Livro — .  Codex — .  fÉdesus.^ 

PLUSQUAíi,  adv.  Lat.  mais  que,  v.  g.  — 
ladrões.  —  perfeito,  adj.  m.  t  um  tempo  dos 
verbos  que  indica  acção  feita  e  completa  em 
tempo  remoto.  —  extremamente  perfeito,  v. 
g.  embaixador,  ministro — .  Mello,  Cart., 
Cent.  2.  E  desusado  neste  sentido. 

PLUS  ULTRA,  termos  Latinos  que  signifi- 
cam mais  alem.  Só  usados  na  phrase.  E' o 
non  plus  ultra,  cousa  que  não  pode  exceder, 
ponto  de  que  se  não  pode  passar. 

PLUTÃO,  (myth.)  deus  dos  infernos,  era 
filho  de  Saturno  e  de  Rhea,  e  irmão  de 
Júpiter  e  de  Neptuno.  Teve  por  esposa 
Prosérpina,  filha  de  Ceres,  que  elle  roubou 
nas  planícies  d'Erma.  Represantam-o  n'um 
throno  ao  lado  de  I  roserpina,  com  o  tri- 
dente na  mão  e  Cerbero  aos  pés,  e  com 
capacete  na  cabeça,  o  qual  o  tornava  invi- 
zivel ;  outras  vezes  está  sobre  ura  carro  pu- 
chado  por  quatro  cavallos  pretos. 

PLUTARCO,  (hist.)  Plutarchus,  biographo 
e  moralista,  nasceu  no  anno  48  de  Jesu- 
Christo  era  Cheronea  na  Boecia ,  estu- 
dou as  letras  e  a  philosophia,  foi  empre- 
gado em  diversas  negociações  ;  esteve  era 
Uoma  no  reinado  de  homiciano  e  deu  lic- 
ções  de  phiiosopbia,  Foi  archoale  e  sacer- 


dote d'ApoHo,  na  sua  Pátria,  tleíiou  ;  Vi- 
das dos  homens  illusires  da  Grécia  e  de 
Roma ;  tractados  da  origem  da  alma,  do 
génio  de  Sócrates,  do  silencio  dos  oracu~ 
los,  ele. 

PLUTO,  (myth.)  deus  da  riqueza  o  das 
minas  de  nicjlacs  prrciozos,  represenlarn-o 
cego  e  com  uma  bolsa  na  mão,  para  fa- 
zer camj)reend(!r  que  a  fortuna  distribuo 
cegamente  os  seus  favores.  Tem  grandes 
relações  cora  Plutão.  Dizem-no  filho  de 
Ceres  e  de  Jassen. 

FLUvuL,  adj.  dos  2g.  (Lat.  pluvialis,  do 
jo/ií^ia,  chuva),  chuvoso,  que  traz  chuva.  u. 
g.  O —  Arcturo.  Pluviaes  nuvens.  —  da 
chuva.  .Aguas  pluúacs. 

PLUVIAL,  s.  m.  (Lat  pluviale,  capa  agua- 
deira. —  (mais  us.)  capa  de  asperges,  que  o 
prelado  reveste  nos  oíiicios  divinos. 

PLUVíGSER,  (geogr-)  cidade  de  França,  a 
léguas  E    de  Lorient;  4,^)60   habitantes. 

FLUVLNEL ,  (hist  )  mestre  de  equitação 
francez,  morreu  em  1G20.  Foi  o  que  fun- 
dou as  primeiras  escollas  de  manejo,  cha- 
madas academias.  Deixou  :  Manejo  real ; 
Inslrucção  do  rei  no  exercicico  de  montar 
a  cavallo. 

PLUViosE,  *.  m.  (Jo  Fr.),  quinto  inez  do 
anno  republicano  francez,  começava  a  20  de 
Janeiro  e  acabava  no  18  de  Fevereiro.  Foi  as- 
sim chamado  por  ser  de  ordinário  chuvo- 
so. 

PLUVIOSO.  V.  Chuvoso,  Pluvial. 

PLYMOUTii,  (geogr.)  Tamersvorlh,  no  tem- 
po dos  Anglo-Saxonios,  cidade  e  por.to  mi- 
litar d'ínglaterra,  a  17  léguas  80.  d'Exe- 
ter  ;  80;000  habitantes. 

PNEUMA,  s.  w  (Gr.  pncílwa,  sopro,  vento, 
ar,  espirito),  espirito. 

PiNEUMATíCO,  A,  adj.  (pneuma,  suíT.  ãtico], 
doar,  do  sopro.  v.g.  Machina  — ,  instru- 
mento de^)hysica  inventado  pelo  inglez  Boy- 
la,  por  meio  do  qual  se  extrahe  o  ardo  inte- 
rior do  apparelho  e  dos  corpos  nelle  encerr 
rados,  formando  um  vácuo  mais  ou  menos 
imperfeito,  v.g.  Instrumentos — ,  de  sopro, 
de  vento. 

PNEUMATOLOGiA  ,  s.  f.  pncuma,  elogia), 
parle  da  metaphysica  que  trata  dos  entes  im- 
materiaes,  psychologia. 

PNEUMATOLOGICO  ,    A  ,    ttdj .   (lÓgicO  Suff".)  , 

concernente  á  pneumatologia.  o.  g.  Sysle- 
ma,  tratado  — .  Ideias  — . 

PNEUMONIA,  s  f,[ pneuma,  des.  ia),  [meã.) 
inflammação  do  bofe. 

PNEUMONico,  A,  adj.  ^Jíitco  suíT.),  (med.J 
doente  de  pneumonia.  —  próprio  contra  a 
pneumonia,  v.  g.  .Medicamentos — . 

ró,  s  wi.  (alterado  e  contrahido  do  Cast. 
poho.  Lat.  puleis,  que  alguns  derivam  do 
Gr.  pelos,  lama.  Creio  que  vem  do  rad.  d© 
57  « 


Í28 


POB 


pwírío  apodrecer,  putris,  podre,  carcomi- 
do, e  /mi  leve,  ligeiro;  ou  talvez  do 
tgypc.  lac,  lec  ou  loc,  pulverisar.  os  frag- 
mentos mais  miúdos  e  subtis  da  pedra,  pao. 
terra,  vidro,  raefaes.  v.  g.  Ouro  em  -.Areia 
m-,  mui  fma.  Pos,  substancias  reduzidas 
^pô,  pulverisadas  :x>.g,-  do  cabello,  com 
que  se  empoavam  os  homens,  e  as  mulheres 
Assucarem-.  Fazer  ew -.  desfazer  .  ar- 
ruinar, (fig.)  extirpar,  i).^.  -os  vícios.  Sa- 
cudiro-  a  alguém;  (fig.  e  fam.)  zurzir. 
Nascer  no-  (fig.)  era  condição  humilde. 
Levantar  do-,  de  condição  baixa,  humil- 
de, da  miséria. 

PÓ  !  interjeição  de  aversão  ♦ 

ro,  (geogrj  Padus  em  latim,  e  na  anti- 
guidade Erudanas  e  também  Bodimoma- 
gos,  o  maior  rio  d'ítalia,  rega  a  reeião 
septentrional  deste  paiz,  quo  corta  em  duas 
partes,  chamadas  pelos  antigos  Galha  Cis- 
padana  e  Galha  Transpadana,  nasce  no 
monte  Viso  e  lança-se  no  Atlântico. 

PO  (departamento  do),  (geogr.)  formado 
deuraa  parte  do  riemonte!  foi  compreen- 
dido na  republica,  e  depois  no  impSrio,  e 
tinha  por  capital  Turim  P     ".  ^^ 

TJ  ,-  """^^  P^''^^  <^o  Estado  eccle- 
siastico,  foi  um  dos  departamentos  da  re- 
publica cisalpina  e  depois  do    reino  d'Ita- 

Po  (departamento  do  Alto),  formado  em 
1  /^/  de  uma  parte  do  ducado  de  Milão, 
tinha  por  capital  Cremona. 

n/^ín/*/"'J"í"^')  ^'^'^^'  s^o  t''es  pernas 
na  ponta  da  bohna,  fixas  na  testa  da  vela, 

ZJr^"^  ^^^  estender  quando  o  vento  é 
escasso, 

POBLA,(obs.)  (doCast.)  \.  Povoação. 
POBLADOR,  (obs.)  V.  Povoador. 
POBLANÇA,  (obs.)  V.  Povoaçâo. 

JiTf'''''  '  A  robs.; povoação. -direito 
antigo  que  se  pagava  ao  senhor  territorial 
pela  faculdade  de  habitar  algum  logar 

POBOO,  (obs.;  V.  PoM.  ^ 

POBRADAR,  (obs.)  V.  Povoar. 

POBRADo,  (obs.)  V.  Povoado. 
r.rr^T'-';  '^'  («bs.)  povoador.  v.g.deU 
rena  o'dtr^  ^"%*'"^^  inspecção  sobre  o 
ZZt.  ^^'''?  ^^'•^'''  ^^obre  as  novas 
Sor  <?«!;  ''^'  r  ^  ^^'"'  ^^"  -  de  Villa- 
1385  ""    ''^'  "^^  ^'  ^^«»s«  IV,  de 

POBRAR,  (obs.)  y.  Povoar. 

Sf:^"'  ^«'^'•t  de  Gébelin  deriva  dos  r^- 
aipK*'''- ^'.^'"^''^^^^  PO»co>  e  de  per 
éimaJfníl.'''^"'^^''''  ^^^"^^^  Este  segundo 
é  imaginário  ;  o  termo  compõe-se  de  pau  e 


POB 

opis,  ajuda,  auxilio,  soccorro,  riqueza,  ou 
antes  ppt/er,  que  ajuda,  auxilia,  soccorre), 
necessitado,  a  quem  faltam  as  commodidades 
da  vida  ou  os  meios  de  as  obter;  que  tem 
poucas  posses:  v.  g.  —  voluntário,  o  que 
dá  quantoteme  vive  de  esmolas,  por  se  con- 
formar aos  preceitos  religiosos  do  brahmanis- 
mo  ou  do  christianismo.  — ,  mesquinho,  hu- 
milde, miserável.  i).  (7.  —  capa,  —choupa- 
na.—, (fig.),  falto,  destituído,  v.g,  —do 
entendimento, — de  espirito,  o  que  vive  em 
santa  simplicidade.  Terra  — .  falta  de  pro- 
ductos  naturaes,  ou  da  industria,  —  terre- 
no estéril,  v.  g.  Muro,  praça,  não  —  de 
defensores.  — ,  infeliz,  coitado.  Usa-se  co- 
mo expressão  de  dó,  15.  ^f.  —  creatura, — 
velho,  —  mulher,  —  criança  / 

Syn  comp.  Pobre,  mendigo.  Confundem- 
se  a  miúdo  as  ideias  que  representam  estas 
duas  palavras,  porque  se  considera  o  men- 
digo como  um  homem  reduzido  a  uma  ex- 
trema e  involuntária  pobreza.  Porém  o  fa- 
cto de  mendigar  não  suppõe  absolutamen- 
te necessidade,  como  o  facto  de  beber  não 
suppõe  absolutamente  sede  :  ha  quem  men- 
diga por  ociosidade  e  madraçaria,  como  ha 
quem  bebe  sem  necessidade,  e  talvez  por 
vicio.  Pobre  é  o  que  carece  do  necessário; 
mendigo  é  o  que  pede  esmola.  Este  vocá- 
bulo suppõe  uma  occupação,  que  pôde  ser 
forçosa,  ou  voluntária ;  aquelle  suppõe  um 
estado  sempre  involuntário  e  forçoso. 

O  mendigo  quo  pôde  trabalhar,  é  um  la- 
drão de  profissão,  que  furta  ao  verdadeiro 
pobre  ;  e  o  que,  com  uma  caridade  mal 
entendida,  lhe  dá  esmola,  é  um  coraplice  de 
seu  roubo. 

POBRE,  s.  m.  pessoa  pobre  ;  pedinte,  men- 
digo, V.  g.  um  — ,  os  pobres.  Pedir  para 
os — s.  Uma  — ,  mulher  pobre. 

POBREMENTE,  adv .  [mente  suff.)  em  po- 
breza, como  pobre,  v.  g.  viver,  passar — , 
vestido  — ,  Este  terreno  cria  —  as  arvorts^ 
nutre-as  mal,  escasamente,  nelle  medram 
pouco. 

POBRETÃO,  s.  m.  augment.  e  peiorativo 
de  pobre,  homem  pobre;  termo  de  desprezo, 
homem  que  afí"ecta  de  abastado  e  que  é  mi- 
serável;  (p.  us.)  o  que  se  faz  pobre  epede 
sem  necessidade  legítima,  v.  g.  Pedro  quer 
casquilhar  e  é  ura  —  ;  são  pobretões  inso- 
lentes, 

POBRETE,  adj.  dos  2  g.  diminuí,  jocoso 
de  pobre,  pouco  abastado,  ex.  «  —  mas  ale- 
grete. »  Vieira. 

POBREZA,  5.  f.  (des.  cza]  falta  do  necessá- 
rio para  a  vida,  grande  escassez,  estreiteza  de 
posses  e  haveres  ;  (fig.)  os  moveis,  os  have- 
res do  pobre.  —  de  uma  lingua,  falta  de 
termos,  de  vocábulos.  —  de  espirito,  pou- 
ca inlelligencia,  falta  de  capacidade. 


POC 


POÍ) 


m 


Syn.  corap.  Pobreza,  indigência,  pénU^ 
ria,  inópia.  Todas  estas  palavras  exprimem 
a  falta  do  necessário  para  viver,  mas  em 
maior  ou  menor  grau. 

Pobreza  exprime  a  ideia  de  ter  alguma 
cou3a,  porém  não  o  bastante  para  as  neces- 
sidades da  vida.  /ntíi^fcncia  exprime  a  ideia 
da  carência  do  necessário,  por  estar  uma 
pessoa  impossibilitada  de  o  haver,  de  o  ga- 
nhar. Penúria  exprime  a  escacez  extrema 
em  que  se  acha  uma  pessoa  ou  família,  a 
quem  faliam  as  cousas  mais  indispensáveis 
á  vida,  que  padece  fomes,  etc.  Inópia  é  pa- 
lavra latina  que  exprime  em  geral  a  falta, 
a  carência  do  que  é  mister,  e  diz-se  das 
pessoas  e  das  cousas,  como  se  lê  em  Camões 
quando  falia  de  Massylia  : 


Terra  a  nenhum  fructo  em  fím  disposta, 
Padecendo  de  tudo  extrema  inopta- 
Los.  V,  6). 


cova  pouco  funda 
d'agua  nas  ruas. 
V.  Rodoffolle,  re- 


pOBREziNHO,  A,  adj.  8  5.  dimiuut.  de  po- 
bre. 

POBRiCAçÃo,  s.  f  V.  Pubricação  ou  Pu- 
blicação. 

poBRissiMAMENTE,  adc.  supcvl.  de  pobre- 
mente. 

pobríssimo,    a,    adj.   superl.    de   pobre, 

muito  pobre,  indigente. 

POÇA,    s.  f.   (de  poço) 

cheia  d'agua,  v.  g    — s 

pocÁ,  s.  f.  (t.  Brasil.) 

de. 

POÇAL.  V.  Puçal. 

POÇÃO,  s.  f.  [Lai.  potio,  onis)  (med.)  be- 
bida medicinal.  —  de  tribulação,  angustia, 
dissabor. 

pocARiçA,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal, 
no  concelho  de  Cantanhede,  4  léguas  a  0. 
de  Coimbra;  1,020  habitantes. 

pocEiRO,  s.m.  {poço,  des.  eiró)  cesto  al- 
to que  vai  alargando  para  a  bocca ;  cesto 
vindimo  ;  serve  para  lavar  a  lã  ,  e  para  le- 
var as  uvas  ao  lagar. 

pecema,  s.  f.  (t.  Brazil.)  vozeria  confusa. 
Vieira. 

POCILGA.  V.  Possilga. 
pociMA,  (ant.)  em  vez  de  por  cima. 
pôço,  s.  m.  (Lat.  puteus,  do  Gr.  buthós, 
ou    bussós ,    eicavação)    cova    funda    em 
que  se  «junta  agua  da  chuva  ou  de  nascen- 
te ;  cisterna  forrada  de  tijolo  ou  de  pedra  com 
a  bocca  levantada  do  solo.  Não  tem  agua  os 
habitantes  senão  a  de  — s.   — ,    excavação 
profunda  nas  minas  para  a  extracção  do  mi- 
neral. O  —  do  navio,  a  altura  ou  profun- 
didade desde  o  porão  até  o  convez.  — ,  nos 
portos  de  mar,  lugar  com  fundo  suíliciente 
para  ali  ancorarem  navios.  Um  —  de  ouro, 
yoL.  IV. 


uma  mina,  grande  quantidade  do  ouro.  Um 
—  de  sciencia,  homem  mui  sábio  e  modes- 
to. O  —  da  morte,  o  inferno. 

poço   (Serra  do),  (geogr.)  serra  na  parte 
Occidental  da  província  das  Alagoas,  no  Bra-  - 
zil,  15  léguas  ao  poente  da  do  í'ão-d'Assu- 
car. 

pocoNií,  (geogr.)  pequena  villa  na  provín- 
cia de  Mato-Grosso,  na  comarca  de  Guiabá, 
no  Brazil. 

pococK,  (hist )  Iheologo  inglez,  nasceu  em 
l(i04,  morreu  em  1691.  Deixou:  Specímen 
historioe  Ârabum  ;  Commentarios ;  traduc- 
ções  latinas  dos  Annaes  d'Eutychio,  e  da  His- 
toria oriental  de  Alboulfaradj. 

pococKE,  (hist.)  viajante  inglez,  nasceu 
em  1704,  morreu  em  17ti5,  viajou  no  Orien- 
te desde  1737  a  42.  Deixou  Afemona*  e  al- 
guns Manuscriptos,  e  uma  Descripção  do 
Oriente. 

PODA,  s.  f.  o  acto  de  podar  arvores,  ou  vi- 
des ;  a  obra  feita  podando  ;  os  ramos  e  por- 
ções podadas.  Fazer  a  —  aalgucm,  (famil.) 
dizer  mal  d'elle,  censura-lo  asperamente. 
Fazer  a  —  a  obra  litteraria,  v.g.  a  versos, 
supprimir  o  que  é  máo,  ou  indicar  o  que 
devera  supprimir-se. 

PODADEIRA,  adj.  f.  que  serve  para  podar. 
Fouce,  navalha  — ,  podão. 

PODADOR,  s.m.  o  que  poda  vinhas  ou  ar- 
vores. 

PODADURA,  s.  f.  V.  Poda. 

PODAGRA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  poiíí,  podós, 
pé,  e  agra,  prisão)  (med.)  gota  nos  pés. 

poDALiRiA,  ou  antes  podalyria,  s.  f.  (de 
Podalyrio,  guerreiro  perito  na  medicina  que 
se  achou  no  cerco  de  Tróia)  (fig.)  arte  me- 
dica. Camões. 

PODÃO,  s.  m.  (des.  ão  denotando  agencia) 
fouce  podadeira ;  (fig.)  homem  velho  que  só 
é  próprio  para  podar  e  outras  obras  que  re- 
querem pouca  força. 

PODAR,  V.  a.  (Lat.  puto,  are)  cortar  ara- 
ma supérflua  das  arvores  e  das  vinhas.  — 
de  rabo  de  gato,  aUmpar  o  bacello  de  toda 
a  rama  deixando  só  uma  varinha  e  dois  olhos 
junto  á  cepa.  Ha  muitos  modos  de  podar  a 
vinha. 

PODEIDOIRO,  (ant.)  próprio  para  podar. 

PODENGO,  5.  m.  (do  Lat.  pedes,  pés,  e  des. 
engo,  deriv.  de  ^enu,  joelho,  porque  tem  os 
pés  grossos)  cão  de  pernas  curtas  e  grossas 
de  caçar  coelhos.  —  d' agua,  que  entra  na 
agua. 

podensac  ,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
7  léguas  ao  SE.  de  Bordeos ;  1,600  habi- 
tantes. 

poder,  V.  a.  (do  Lat.  possum,  potee,  pos- 
so, podes,  des.  inf.  er.  Em  Uai.  potere.  Em 
Sanscrit paíi,  em  Zenápeíedf  Pehlvi  pad^  che- 
fe, senhor.    Em  Egypcio  pet  significa  que 


58 


230 


POD 


POD 


tem,  eentot,  ter,  possuir,  e  parece-me  o  ra- 
dical de  todos  os  referidos  termos,  formado 
de  tot  mão)  ter  força  physica  ou  moral,  ener- 
gia para  obrar,  fazer,  executar,  soíTrer,  sup- 
porlar.  ExclusiTaniente  usado  eom  verb  is 
no  infinitivo,  v.  g.  o  homem -pot/c  dirigir  as 
substancias  animaes  e  vegelaes ;  pode  car- 
regar, levantar,  levar  ás  costas  grandes  pe- 
sos, não  posso  tolerar  a  hypocrisia.  Isso  não 
/)Oí/«soíTrer  demora.  Fazer  por — ,  esforçar- 
se  por  adquirir  a  energia  de  pôr  em  obra. 
Podia  castigar,  mas  preferio  perdoar  aos  de- 
linquentes. Não  podia  comer,  dormir,  des- 
cansar. Não  posso  soffrer  a  dor.  Ningucm 
pode  dar  o  que  nao  éseu,  tem  poder  ou  fa- 
culdade legitima.  Arazãod'este  emprego  do 
infinitivo  é  obvia.  — não  indica  acção  qual- 
quer, mas  só  a  faculdade  de  executar,  e  por 
conseguinte  só  rege  verbos  no  infinitivo  in- 
determinado. — ,  v.n.  possuir  força  physi- 
ca, moral  ou  votiva.  Pode  com  a  carga,  com 
o  peso,  sustentado,  carrega-lo.  Não  pode 
comigo,  resislir-me.  ^— ,  ser  possível,  ter  pos- 
sibilidade. Pode  acontecer.  Não  pode  conci- 
liar-se  a  cubica  com  a  probidade.  — ser,  ser 
possível,  faclivel  Pode  ser,  talvez.  A  con- 
jugação d'esle  verbo  é  irregular. 

PODER,  s.  m.  (do  verbo  poder)  força,  ener- 
gia physica  ou  moral,  v.  g.  o  —  da  republi- 
ca romana;  o  —  deCarthago.  Resistir  com 
todo — ,  com  todas  as  forças.  — ,  posse,  do- 
mínio, V.  g.  cair  em  poder  dos  Mouros.  A 
Crimea  ficou  em  -  -  da  iíussia.  Os  delinquen- 
tes eslão  cm  —  da  justiça.  Os  papeis  estão 
em  —  dojuiz,  do  escrivão,  do  advogado.  — , 
dominio,  sujeição,  império,  jurisdicçào,  v. 
g.  debaixo  do  pátrio —.  — ,  faculdade,  au- 
toridade. Dar  —  ou  poderes  a  alguém,  com- 
metter-lhe,  encarrega-lo.  — ,  forças  milita- 
res, V.  g.  veio  com  grande  —  de  gente  si- 
tiar a  cidade.  Poderes,  potencias,  estados, 
potentados;  (ant.)  homens  poderosos.  A  — 
de,  á  força,  por  influxo,  por  meio  de  conti- 
nuado esforço,  v  g.  ti  —  da  pólvora  fez  sal- 
tar a  rocha.  Conseguiu  a  pretenção  a  —  de 
dinheiro,  de  empenhos,  rogos,  lagrimas,  so- 
licitações. Não  está  em  meu — .  não  depen- 
de de  mim. 

PODERIO,  s.  m.  (des.  ío,  que  denota  exten- 
são) alto  poder,  império,  grnnde  força,  po- 
tencia, poder,  v.g.  o  grande  — da  Rússia. 
Obra  de — ,  prepotência,  acto  dos  poderosos 
da  terra.  — ,  (ant.)  terra  de  que  alguém  é 
senhor,  onde  exerce  poder,  faculdade, 

PODEROSAMENTE,  adv.  {mcfite  suír.)  C3m 
força,  vigor:  muito;  com  grande  poder  mi- 
litar, ex.  «  Os  Godos  entraram  —  cm  Hispa- 
nha.  »  Bnrros. 

PODEROSISSIMAMENTE,    ãdv.   SUpCrl.  ÚQ/gO- 

derosamenle,  com  grande  poder. 

PODEROSÍSSIMO,  A,  ttdj'.  supcrl  de  po^^rò- 


so,  mui  poderoso,  v.  g.  estado,  nação,  exer3 
cito  — . 

PODEROSO,  A,  adj.  (des.  oso)  que  tem  po- 
der, força  physica  ou  moral.  —  de  gente,  que  "" 
tem  grandfs  exércitos,  muita  tropa.  —  em  ri- 
quezas, muito  rico.  Estado,  nação  — ,  que 
te^n  grandes  forças  de  terra,  de  mar,  ex. 
«  Como  vinha  mui  —  de  gente  e  de  elephan- 
tes.  »  — ,  que  tem  mando,  império,  domi- 
nio, influencia  por  seus  cargos,  empregos,  ex. 
«  Varão  —  em  obras  e  palavras.  »  Sousa. 


o  mar  de  furibundas  ondas  poderoso. 
Camões,  Eleg.  2. 


Ser—,  (ant.)  poder.  Foi  —  a  fazer,  teve  o 
poder  de  fazer.  —  ,  efficaz,  v.  g.  remédio 
—  contra  a  hydropisia. 

PODESTA  ,      ou      PODESTADE  ,     (hist.)      (em 

Italiano  podestá ,  magistrado)  oíiicial  de 
justiça  e  de  policia  em  algumas  cidades 
d'italia,  durante  a  idade  media.  Era  cargo 
annual. 

pÓDiCE,  s.m.  [LSit.  podex,  eis]  o  assento, 
as  nádegas,  o  anus. 

poDiEBRAD,  (geogr.)  ci  lade  da  Bohemia,  a 
10  léguas  SO.  de  Giíschin ;  2,350  habitan- 
tes, 

PODIEBRAD  (Jorge),  (hist,)  rei  da  Bohemia 
de  1458  a  71,  nasceu  em  1420  Casou  com 
a  imperatriz  Barbara  de  Cilley,  para  excluir 
da  successào  da  Bohemia  a  Alberto,  genro 
de  Sigismupdo  ,  foi  nomeado  regente  em 
1444  e  rei  em  ,458;  foi  deposto  em  1468 
por  Mathias  Corvino,  por  se  ter  mostrado 
muito  favorável  aos  Hussitas  e  contrario  aos 
Catholicos    Morreu  em  1471. 

PODO  A,  s.  f.  [de  poder)  navalha  de  podar. 

PODOLIA     ou    KAMENETZ-PODOLSK,    (geOgr.) 

governo  da  Rússia  europea,  na  antiga  fo- 
lonia,  entre  os  de  Volhynia  ao  N.,  de  liiev 
ao  NE.,  de  Ilherson  a  E.  e  ao  S.^.,  a  Bes- 
sarabia  ao  SO.  ;  1,500,000  habitantes.  Ca- 
pital Kamenetz  ou  Kaminiels. 

PODOR,  (geogr.)  villa  deFontatoro,  naSe- 
negamlia,  na  ilha  do  Elephante,  a  40  léguas 
ao  NE.  de  S.  Luiz. 

PODRE,  adj    dos  2g.  [hdit.  putris ,  àepu- 
íeo,  ere,  do  Gr.  puthô,  apodrecer;   putkeô, 
corromper.   Em  Egypcio  t^ouô  significa  disri 
solver,  e  ileii,  esterco)  cprrupto,  tocado  da  li 
podridão.  Carne,  peixe  — .    — ,  dissolvidof,o 
que  perdeu  aco.usisteaciaporeffeito  daalte-  • 
ração  pútrida,  v.  gí.  panno,  cordsas.— í.  Fe- 
bre— ,  cara:Çterisada  pela  dissolução  dos  só- 
lidos edo  sangue  e  outros  fluidos  animaes, 
— ,  (fig.)  pervertido,  v.  g.  —  de  vícios.  Mcm- 
6r-o — ,  cidadão  inútil,  ou  corrompido.  Ser 
,^eíx^ — ,  (fig.  e  famil.)  não  ter  presumo.  — 
'^riçOf  p:ç:tremanííente.  Os  — -#,  í.  osvicios, 


Í5(. 


P0« 


FOI 


231 


defeitos,  baldas.  Conhecer,  publicar  os  — s 
de  alguém. 

PODREZA,  s.  f.  (ant.)-  V.  Podridão. 

PODRiCALHO,  s.  f.  (pleb.)  cousa  podre ;  adj 
(ant.)  podre,  deteriorado. 

poDRiDO,  A,  adj.  (Cast.)  podre.  Olha  — . 
V.  Olha. 

PODRIDÃO,  $.  f.  (Lat.  putredo,  inis)  esta- 
do de  cousa  podre,  corrupção,  v.  g,  —  da 
carne,  do  peixe. 

POEDEIRA,  adj.  [.[áepoer,  ant,  por  por, 
des.  eira)  Gallinha  — ,  que  já  põe  ovos. 
Gallinha  boa  pocdeira ,  que  põe  muitos 
ovos. 

POKDOR,  s.  m.  (de  poer,  por  por]  o  que 
põe,  v.g. —  do  fogo,  incendiário. 

POEDOUROS,  s.  m.  pi.  (de  poer,  por  por, 
des.  ouro)  fios  ou  trapinhos  que  metidos  :.os 
tinteiros  se  embebem  de  tinta,  afim  queella 
se  não  entorne  facilmente  inclinando  o  vaso  ; 
panninhos  embebidos  nas  tintas,  usados  pe- 
los pintores. 

POEIRA,  s.  f.  {po,  des.  eira,  que  denota 
dispersão,  cousa  subtil ;  Fr.  poussière)  muito 
pó  levantado.  Levantar  — ,  (fig.)  fazer  ru- 
mor ;  espalhar  rumores  ;  causar  desordens. 
—  d' agua,  (fig.)  agua  era  gottas  miúdas  der- 
ramadas no  ar,  t.g.  de  repuxo. 

POEJO,  s.  m.  (l.at.  pulegium)  herva  me- 
dicinal. 

POEMA,  s.m.  (Lai.  e  Gr.,  rad.  poieo,  com- 
por) composição  em  verso,  épica,  lyrica,  dra- 
mática. De  ordinário  diz-se  da  epopéa. 

POENTE,  s.m.  (de  poer,  i^or  pôr)  parle  de 
ceu  onde  o  sol  se  põeoudesapparece  no  fim 
da  tarde,  occidente.  — ,  (ant.)  o  que  põe, 
avança,  aflirma  proposição  ou  these. 

POENTO,  A,  adj.  [po,  des.  possessiva  ento) 
(p.  us.)  coberto  de  pó. 

POER  ou  antes  põer,  (ant.)  (do Lat.  pone- 
re)  T.  Por. 

POESIA,  s.  f.  (Lat.  poesia,  do  Gr.  poieo,  fa- 
zer, compor)  a  arte  de  pintar  a  natureza  phy- 
sica  e  moral  em  estylo  animado,  cheio  de  ima- 
gens e  métrico  ;  arte  do  poeta  :  —  épico,  ly- 
rica,  dramática,  e  descriptiva. 

POETA,  s.  m.  (Lat.)  o  que  descreve,  ex- 
põe em  linguagem  animada  e  métrica  a  na- 
tureza, os  aífectos,  as  paixões  :  —  ep'co,  ly- 
rico,  dramático,  satyrico.  —  d'agua  doce, 
máo  poeta,  falto  de  estro. 

POETAço,  s.  m.  (des.  &ugm. aço)  poetado 
grande  engenho. 

POETAR,  v.n.  [L&l.poetor,  ari)  fazer  ver- 
sos, cultivar  a  poesia,  compor  poemas. 

POÉTICA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de pocíico) 
poesia  ;  arte  poética,  t\  g.  a  —  de  Aristóte- 
les, de  Vida 

POÉTICO,  A,  adj.  [Lai.  paeticus)  da  poesia 
próprio  da  poesia  ou  dos  poelas.  Estylo,  lin- 
guagem, bellezas  — s.   Arte  — ;  que  expõe 


os  preceitos,  as  regras  das  composições  da 
poesia. 

POETIZA,  s.f.  mulher  dada  á  poesia,  que 
compõe  poemas. 

poKTiz.-kR.   V.  Poetar. 

poGEJ^  e  POGEYA,  s.  f.  (aut.)  mealha,  moe- 
da antiga, 

piíGGio  BiUCCiOLTNi,  (hist.)  chauiado  vul- 
garmente o  Pogge,  sablo  italiano,  nasceu 
em  í380  Deixou  uma  Historia  de  Floren- 
ça, e  um  traclado  de  Varietate  fortunoe, 
ele. 

POiA,  s.  f.  (doArab.)  o  pão  mais  avulta- 
do, que  paga  quem  faz  cozer  o  seu  em  forno 
alheio. 

poíADA,  s.  f.  lugar  onde  sepoja. 

POIAL,  s.  m.  {poio,  ar  des.  inf.)  assenloí' 
de   pedra  á  entrada   de  casa,  de  officina  ; 
assento  sobre  o  qual  se  põe  alguma  cou- 
sa, V.  g.  potes,  bilhas. 

POFAR  ,  V.  a.  {poio.  ar,  des.  inf.)  (ant.) 
pôr,  pojar,  assentar,  pousar,  pôr  o  pé,  tj.  g». 
—  era  terra.  Éantiq.  V.  Pousar. 

POÍDO,  A,  p.  p.  de  poir ;  adj.  polido,  ali-  . 
zado. 

POiDOUROS.  V.  Poedouros. 

poiEMENTO,  s.  m.  (ant.)  acção  depor,  coji- .. 
locação. 

roíNHÃo,  ant.  p®r  ponhÃo,  subjunctivo  do 
verbo  pôr. 

poiNsiNET,  (hist.)  autor  dramático  fran- 
cez,  nasceu  em  i735.  As  suas  pricipaes 
peças  :5ão :  Ermelinda  e  o  Circulo  da  mo- 
da. 

poiNTE-A-piTRE.  (gepgr.J  cidade  de  Gua- 
delupe,  16.000   habitantes. 

poiNTE-DE-GAi.LK,  (geogr.)  cidade  da  ilha 
de  Ceilão,  na  extremidade  S.,  a  28  léguas 
SE.  de   Colombo. 

POIR  ,  V.  a.  (contracção  de  polir.)  polir, 
alizar^  roçando.  —  os  vestidos  com  o  uso,  sa- 
far. É  mais  usado  fallando  de  substancias 
de  consistência  branda.  Dizeraos  polir  me- 
taes,  e  poir  pano  de  linho. 

poiRE-sous-LA-ROCHK,  (geogr  )  cidado  do 
França,  a  3  léguas  >0.  do  Bourbon-Ven- 
dée;    3,490  habitantes. 

poiRET,  (hist )  escriptor   raystico   protes- 
tante, nasceu  era  1645,  morreu    em  17 J^».    ' 
Deixou :    De  Eruditione    tríplice ,    solida,    , 
super  ficiali ,  et   falsa;    irincipios    solido^ 
da  religião  chnstã,  etc. 

roíRSON,  (hist.)   sábio   geographo,    fran- 
sez,  nasceu  em    1761  ,    morreu   em   1831, 
Deixou  :    Atlas  mathematico,  phisico  e  pq-    , 
litico  de  todas  as  partes  do    mundo,    etc. 

roís,  adv.  (Cast.  pwes-  Vem  do  Lat.  po&i-- 
tus,  p.  p  de  ponere,  pôr,  e  significa  prq- 
priaràcnto  mo  posto  oiisuppos to.)  visto  que, 
isso  posto,  do  que  fica  estabelecido.  Pois 
que  a  ambição  o  cegou,  devia  achar  o  casti- 
58  ♦ 


m 


Poíê 


í>os 


go  no  abuso  do  poder.  Pois  que  assim  à 
querem,  assim  o  tenham.  Ora — ,  nesse  ca- 
so, isso  supposto.  —  que  ?  (phraz.  ellipt.) 
subentende-se  queres,  querias,  querem,  ou 
outro  verbo  análogo.  —  ííào,  idiotismo  por- 
tiiguez  ;  interrogando  significa  porque  não? 
affirmando  equivale  a  por  certo,  certo  está. 

POISAR.  V.  Pousar. 

POissENOT,  (hist.)  monge  de  Cilung,  mor- 
reu em  1556.  Publicou  a  Historia  de  Gui- 
lherme de  Tyro. 

poissoN,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu 
em  16H7,  morreu  em  1710.  Deixou :  Dele- 
cíus  auetorum  ecclesiasticorum  universalis, 
seu  nova  summa  conciliorum. 

poissoN,  (hist.)  sábio  geometra  francez, 
nasceu  em  1781,  e  morreu  em  1840.  Dei- 
xou í  Tractado de  Mecânica:  Nova  theoria 
da  acção  capillar,  ele. 
s  FOissoNS,  (geogr,)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  e  meia  SE.  de  Vassy  :  1,800  habi- 
tantes. 

POissY,  (geogr.)  Pincianum,  a  4  léguas 
ao  NO.  de  Versalhes;  tém  2,b80  habitan- 
tes. 

poiTiERS,  (geogr.)  Limonum,  depois  Pi- 
ctati,  cidade  de  França,  a  84  léguas  ao  SO. 
de  Paris  ;  25,000  habitantes. 

poiTÃo,  s.  m.  (t.  Asiat.)  arvore  cuja  ma- 
deira é  própria  para  construcção.  F.  Men- 
des Pinto. 

poiTOu,  (geogr.)  paiz  dos  Pictavi,  antiga 
província  e  grande  governo  de  França,  era 
limitada  ao  N.,  pela  Bretanha,  o  Anjou,  a 
*  Turenna,  ao  S.  pelo  Angomois,  Saintonge 
e  o  Aumis,  a  K.  pelo  Berry  e  a  Marcha,  a 
O.  pelo  Oceano.  O  Poitou  era  dividido  em 
Alto  e  Baixo. 

poix,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6  lé- 
guas ao  SE.  de  Amiens ;  tem  1,*ÍOO  habi- 
tantes. 

POJA,  s.  f.  (naut.)  ponta  inferior  da  vela 
do  navio,  ou  corda  com  que  se-  faz  vir  a 
vela.  Y.  Bojar. 
■^  rojANTE,  adj.  dos  2  5'.  (naut.)  que  nave- 
ga com  vento  em  popa,  que  enfuna  as  ve- 
las. Ia  a  náu — . 

POJAR,  V.  a.  ou  n.  (ant.)  pousar,  pôr  o 
f     pé  em  terra,  desembarcar,  ex.  «  D.  Louren- 
ço pojou  na  parte  que  lhe  era  assinada.  » 
Góes. 

POLA,  «.  f.  (do  Fr.  poulc,  gaUinha,  Lat. 
pullus,  frango  )  voz  com  que  se  chamam  as 
galhnhas  :  pôla,  pôla  1 

POLA,  s.  f.  (do  Lat.  pullus,  pullo,  are, 
lançar.)  (agric.)  As  polas  são  os  ladrões  ou 
ramos  inúteis  que  brotam  do  pé  da  arvore. 
V.  Poldra. 

POLA,  (ant)  em  vez  ^q  pela.  VT  Pelo  e 
Por,  prep. 

POLA.  (geogr.)  Pola,  depois  Pteías /u/ia, 


cidade  dos  Estados  austríacos,  a  |27  legUâs^ 
ao    S.    de  Trieste  ;  1,000  hitantes. 

POLACA  ou  POLACRA,  s.  f,  (Ital.  polacca, 
Fr.  polacre.)  embarcação  de  três  mastros  in- 
teiriços, de  vela  e  remo,  usada  no  Mediter- 
râneo. 

POLACO,  A,  adj.  e  s.  da  Polónia,  Polo- 
nez. 

POLAiNA,  s.  f.  (provavelmente  de  pelles, 
de  forrar.)  (ant.J  insígnia  que  as  leis  antigas 
do  reino  mandavam  trazer  na  cabeça  ás  al- 
coviteiras toleradas.  «  Tragam  seiupre — ou 
enxaravia  vermelha  na  cabeça.  »  Orden.  , 
hv.  IV. 

poLAiNA,  s.  f.  mais  usado  nopl.  (de;)«t- 
le,  coiro.)  calçado  de  panno  ou  de  coiro  com 
pala  que  passa  por  baixo  do  sapato  ou  sem 
pala  ;  ataca-se  ou  abotoa-se  pelo  lado  exte- 
rior da  perna,  e  calça-se  por  cima  das  meias. 
Foram  usadas  pelos  militares, e  ainda  hoje  pe- 
los rústicos,  e  também  por  pessoas  elegantes 
de  um  e  ou  Iro  sexo, 

POLAR,  adj.  dos2g.  (Lat.  polaris.)  do  polo, 
chegado  a  um  dos  pólos.  Circulo  — .  Estrel- 
la  — ,  a  que  marca  o  norte  no  nosso  hemis- 
pherio. 

POLCiGÃo,  s.  m.  (ant.)  V.  Possilga. 

POLDRA,  s.  f.  (Fr.  ant.  pouldre.  V.  Po- 
tro.) égua  nova. 

PoiDRA  ,  s.  f.  (agric.)  vara  que  rebenta 
do  pé  da  arvore,  que  nas  videiras  serve  pa- 
ra mergulhar  ou  para  transplantar;  ladrão,* 
ramo  inútil.  V.  Pola. 

POLDRAS,  s.  f.  V.  Alpondra. 

POLDRO,  s.  m.  V.  Potro. 

POLiS,  s.  f.  (Fr.  poulie,  Ingl  pulley,áo 
Gr.  pôleÍ7i,  volver.)  roldana,  nioitão;  moi- 
tão  com  duas  roldanas  na  mesma  caixa. — , 
machina  que  consta  de  um  páu  a  prumo  cooa. , 
um  braço,  do  qual  pende  um  moitào  ou  roW 
dana  por  onde  passe  a  corda  de  cuja  extre- 
midade desce  um  peso  que  se  levanta  puxan- 
do-se  pela  outra  ponta.  Usa-se  nos  navios. 
Besta  de  — ,  que  se  armava  com  polé. 

POLEA,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  casta  inferior,  no 
Malabar. 

POLEAME,  s.  m.  {polé,  des.  collect  ame.} 
o  apparelho  de  polés,  roldanas,  moitões,  cor- 
das para  içar,  levantar  pesos. 

POLEEiRO,  s.m.  (des.  eiró.)  oíBcial  de  obras 
de  poleame. 

POLEGADA.  D.  Pollegada. 

POLEGAR,  adj.  e  s.  V.  Pollegar. 

POLEIRO, s.w.  [de  pola,  gallinha,  des.  eiró.) 
lugar  onde  as  gallinhas  se  recolhem,  paus 
atravessados  onde  ellas  pousam  ;  varinhas 
atravessadas  nas  gaiolas  onde  os  pássaros  pou* 
sam. 

POLEMARCHO,  s.  m.  (Gr.  pólamos,  guerra,  e 
orkhé,cheÍQ.)  general  do  exercito  entre  os  an- 
tigos Gregos. 


pOLMiCô,  A,  adj.  (do  6r.  pólemos,  guer- 
ra.) controverso.  Theologia — ,  Usa-se  s.  : 
a  polemica,  controvérsia. 

roLEMON,  (hist.)  philosopho  académico, 
nasceu  em  Alhenas  no  anno  340  antes 
de  Jesu-Christo.  Foi  o  mais  z«loso  discí- 
pulo de  Xenocrates,  e  foi  seu  successor  na 
cadeira  da  Academia. 

POLEMON,  (hist.)  Antonius  Polemo,  sofis- 
ta  de  Laodicea,  teve  uma  escola  emSmyr- 
na,  e  adquiriu  nome  no  reinado  deTrajano 
e  d*Adriano.  Deixou  oito  Declamações. 

POLEMON, (hist. )phisionomonista  alheniense 
do  II  século  de  Jesu-Christo,  um  pouco  an- 
terior a  Origenes ,  é  conhecido  por  um 
Tractado  physiognomico. 

POLEMON  I.,  (hist.)  rei  de  Ponto,  era  fi- 
Ibo  de  um  certo  Zenão  governader  de  Lao- 
.dieea  pelos  Romanos.  Foi  coliocado  no  tro- 
no por  António  ,  ajudou  este  ultimo  na 
guerra  contra  os  Parlhos  e  contra  Octávio. 
Morreu  no  anno  II  antes  de  Jesu-Chris- 
40. 

POLEMON  II.,  (hist.)  filho  do  precedente; 
-cedeu  em  65  o  seu  reino  do  Ponto  a  Ne- 
ro, e  ficou  reinando  em  uma  parle  da  Ci- 
licia. 

POLEMONIUM,  (geogr.)  hoje  Vatija,  cidade 
do  Ponto,  entre  os  Tibareni ,  ao  N.  ,  foi 
fundada  por  Polemon  I,  que  fez  deUa  a 
sua  capital. 

POLENTA,  s.  f.  (Lat.  polenta,  farinha  de 
-cevada  torrada  no  forno.)  papas  de  farinha 
'de  milho  com  manteiga  e  queijo  parmesão 
raspado.  Kós  o  tomámos  directamente  do  Itt- 
iliano. 

j      POLENZA,  (geogr.)  Pollentia  ou  Carrea, 
'\ií)ã  dos  Estados  Sardos,  perto  do  Tanaro, 
hb'\)  iiabitanles. 

POl^SINA   ou   POLESINA  DS  ROVIGO,  (geOgr.) 

proviocia  do  reino  Lombardo-Veneziano , 
■sobre  o  Adriático,  limitada  ao  S.  pelos  t!sta- 
dos  ecclesi-asticos,  ao  N.,  a  E.  e  a  O-  pelas 
províncias  de  Verona  ,  Pádua  e  Wanlua ; 
140,000  habitantes.  Capital  Rovigo. 

POLGAR.  V.  Púllegar. 
I  .  íOLGUEiRAS.  V.  Empolgueiras  da  besta. 
í  POLHA,  s.  f.  (do  Fr.  poule.)  (ant,)  galli- 
nha,  6  pi.,  (tig.  e  ant.)  moças,  meretrizes. 
Andar  ás—s.  — ,  (ant.)  no  jogo  da  espa- 
dilha, peça  que  vale  um  certo  numero  de 
tentos,  t  qtie  chamamos  hoje  fichas. 

POLHACRA.  V.  Polaca. 

poLHASTBo,  «.  m.  (do  Cast.  pollo,  fran- 
go.) (ant.)  frang»  grande ;  (fig.)  rapagão  , 
azevieiro. 

POLHEIRA,  s.  f.  (ant.)  saia  queasmulhe- 
Tes  punham  immediatameute  por  cima  do 
arco  que  afasta  o  donaire  ou  guard'in- 
iante. 

POLHINHA,  s.  f.  diminuí,  (do  Fr.  poule, 

YOL.    IT. 


POL 


gallinha,  db  Lai.  fihíus,  pinta.)  (ml.)  jogo 
de  nove  cartas. 

POLTANTITEA.  V.  Polyantheà. 

POLiARCHiA.  V.  Polyarchia. 

POLiCANDRO,  (geogr.)  Phole^a,idtòs\^'^t^^ 
das  Cyclades,    a  E.  da  ilha  ■dt)'MiIô'V  ^Í>u 
habitantes.  .  -  'Rm. 

POLICASTRO,  (geogr.)  Bnxentium  ou  Pyxus  ' 
cidade  do  reino  de  Wapoles,  a  9  léguas  SO  ' 
de  Sala;  400  habitantes.  ^'  '      '""  ' 

vÒLic&.y.lollegar.  '     '     »    ''^'^ 

POLICIA,  s.  f.  (Lat.  politia,  do  Gr.  polx^'^'^ 
tés,  cidadão,  de  polis,  cidade.)  governo  e  boa 
administração  do  estado,  da  segurança  dos 
cidadãos,  da  salubridade,  subsistência,  etc!"^ 
Hoje  entende-se  particularmente  da  limpe- 
za, illuminação,  segurança  e  de  tudo  o  que 
respeita  á  vigilância  sobre  vagabundos,  mea- 
digos,    lad:ões,   facinorosos,  facciosos,  etcí 
Intendente  geral  da  — ,  que  tinha  a  seu  car-    ' 
go  vigiar  sobre  todos  estes  objectos. 

poiíciA  ,  s.  f.  (do  Lat.  politio,  onis,  de  ' 
polio,  ire,  polir,  asseiar,  adornar.)  cultura, 
polimento,  aperfeiçoamento  da  nação.  A  — 
no  servir  iguarias  da  mesa.  —  no  fallar, 
trajar,  nitidez,  asseio,  elegância,  —s,  obras 
de  primoroso  lavor,  peças  de  ornato,  ob- 
jectos de  luxo.  —da  guerra,  (ant.) artifícios 
bellicos.  Metter  em  —  uma  nação,  civili-  '*■ 
sa-la.  .  .'iiitií 

Moraes  confundiu  policia,  governo*' âí? 
republica,  com  politica,  cultura,  polimen^ 
to. 

POLICTADO,  A,  p.  p.  de  policiar;  ac(;'.  cul- 
to, aperfeiçoado  nas  artes,  instituições,  cos- 
tumes e  commodidades  da  vida  social.  ' 

POLICIAL,  adj.  dos  2  g.  (des  sôy  ai)  con- 
cernente á  policia  OU  governo  municipal,  ou    '' 
de  corporação,   grémio.  Direito  — .  /Voei-'', 
dencias  policiaes ,  relativas  á  segurança,  á  '■' 
limpeza,  illuminação  da  cidade,^aos  merca-    *^' 
dos,  á  navegação  dos  rios,  etc.  E  termo  mó-'' 
derno  usado  nas  Leis  novíssimas. 

POLICIAR,  V.  a.  {policia,  cultura,  ardes, 
inf )  dar  cultura,  introduzir  melhoramentos    ""' 
na  civilisação  de  uma  nação,  aperfeiçoaras  ''*^ 
boas  artes,  e  tudo  o  que  contribue  á  felici- 
dade, ao  gozo,  á  instrucçào,  e  á  urbanidade 
e  mansuetude  do  homem  social,  v.  g.  os     ^ 
homens  civilisam-se  formando  sociedades,  e''* 
estabelecendo  leis  protectoras  dos  direitos  dé'** 
cada  cidadão,  depois  vão-se  po/iciando  pe-" 
la  cultura  das  artes  e  sciencias,  e  communi - 
cação  com  gentes  mais  c^iltas. 

POLICORO,  (geogr.)  Heraclea  Lucanice,  ci- 
dade do  reino  de  Nápoles,  a  20  léguas  E. 
de  Lagonegro. 

POLICRASTRO.  V.  Polychrasto. 

POLIDAMENTE,  ãdv.  [mente  suff.)  compo-     ^ 
lidez. 

POLIDEZ,  s.  f.  [polido,  des.  w.)  maneirai 
09 


I 


"^ 


.m 


.  í.»7fTflt»  ) 


Solidas,  náaáàs  entre  gçnte,Ç;ulta,,urbam4a7 
e,  "cortékania.    *  ... 

POLIDO ,  A,  p,.  p.  de  polir ;  adj.  alizado 
pela  fricção,  limado ;  (fig.)  cuíto,  apurado. 
Mármores,  n  eiaes — *.  íTomcns  7— í,  cultos, 
ii|b  rudes,  qúé  usam  de  polidei  pq  trato  sp- 
ciaf.  Discurso— t  limado,  deestjlo  apuradp. 
Caga — ,  limpa,  asseiada.  Homem  —  desua 
pessoa,  (p.^  us.)  mui  apurado, ijotr^^jar^lpu- 

POLIDOR,  s.  m.  o  que  p^ale,  brumporf 

POLIDORA,  *.  f,  pQulner  que  pule  ,  bru- 
nidora,  'pariicuiarçien,ie  ae  obras  de  ouro. 

POLIEDRO.  V.  Polyt^dro. 

voiíEiR6..y.  Polefiiro,.  , 

PÓLIG AMiA    V.  Polygafnia. 
^VoLiGPAC  (Mejchior  de),'  (his^,)  cardftal,, 
nasceu  em  ,1661 ,  morreu  em  1741.  Foi  em- 

g regado  em  mui.tas  missões  diplomáticas, 
éixou  úm,  P9^ma  intitulado  Ânti-Lucrecia 
no  quat  refuta  a  fal^a  phijospp^i^  dpj^eypir 
curiano  ^e  Rdma.         ,,     \"  ,     .     .*!  ■)" 

poLiGNANO  i.,j[g,eogr.)  cidade  e  porto  do 
reino  de  IJapoíès,  a  9  léguas  Sp.  de,  Bari; 
4,000  lia*pantes.^      *:      .  <f.^: 

po\-i6NY,  (geógr.j  cidade  de  França,  a  8  lé- 
guas ao  NE ,  de  Lpus4e-Sau]nier ,  6 , 940  habi- 
tantes.       /  ^  „  -    ,,, 

voimom.  y.  ^olygono^,   .;..,. 

poligrafíaÍ  V.  Polygraphia. 

Estes  e  outros  vocábulos  composto?  do  ppe- 
fixb  íjr.  poíys, '  que  significa  muito,  nume- 
roso," escriplos  por  {pareceriam  formado  do 
pref.  polis,  cidadç.  J!  portanto  a  razão,  e 
não  o  lisò,  como  diz  Moraes,  que  nos  .guia 
em  preferir  a  çrthographia j>o/y.    ,     . 

polilha)  fv  f,  (Cast,  de  /)o/ui/(0,  poeira) 
pó  imudo,  instçtp  q^^  róe  a  roupa ;  traça 
que  ròe  o  fato.  ;    _  p 

poj.111.  y»  Pepolim.,  !, ;,    , 

pol^entÒ,  *.  m.  [mento  suff.)  o  acto  de 
polirj  estado  de  cousa  poiida,  lustre^e  cou- 
sa lavrada,  talhada,  polida,  ».  g.  —  de 
prata,  dos  ^diamantes.— cia  /in^wa,, cultura 
no  fal,íarp— ,  tinta  de  alvaiade  com  óleo 
graio^que  os  pintore;?,  assentam  com  um  coi- 
ro de  luva  no  e^ncarqaidQ  das  imagens. 

vouíi^ijji^.^y^,  Polym-pta^ 

poLip.  V.  Pçímo,  berva, 

poLipRÇKTtÇA,.  «•  /..(fir.  poiior/peij ,' cer- 
car umí^c^dadjB,  á^  polis,  cidade,  e  cm Ad, 
romper,^  í^a ter.)  ar^te.de  atacar  ou  de  bater 
as  cidadeç  ou  praças  fprtes.. 

PÓLIPO.  V.  Polypo.    ',.)■_. 

WLivojiio.y.  Polypodio.      1;       ,      .,„ 

POLIR,  V.  a,  (Lai,  polio,  ixe,  do  Gr.  por 
lios,  pello,  e  leios,  bzo :  leia,  instrumen- 
to de  polir  a,  pedra.)  alizar  a. superfície, 
brunir,. jD..  g,.,—  O  ja§pp,  ítô  metaes»  o  idiar 
mante,  a  madeira ;  (hg.)  limar,  dar  lustre, 
aperfeiçoar,  dar  cuUura|  p.  g,  —  obras  de 
4-' 


P(ML 


engeAbo,  rr- o  estylo ,  o.ppema,  os  versoá.  r 
—  a  nação  policia-la.  ^ — a  pintura,  dar  po*i 
limento  á  i  uagem.  V.  Polimento. 

POLISTINA ,  (geogr.)  cidade  do  r^jino  de 
Nápoles,  a  6  léguas  NE.  de  Palmi ;  3,7QQi 
habitantes.       -.■■>■..        j,  i; 

POLITICA,,  s.  f.  (do,Gr.  poZw,  cidade,  « 
politeuò,  administrar  a  republica.)  sciencia. 
do,  governo  do  estado,  arte  de  reger  as  na- 
ções. — ,  systema  seguido  relativamente  ás 
relações  de  uma  nação  com  as  naçqeií  estraun. 
geiras.  Má—,  máu  systema  de  governo».    ,  h  ? 

PQUXÍCAMENTE,  adv.  (meníc  suff.)  seguu- 
do  as  maiimas  da  politica j  com  cortezia,  cor- 
tezmente. 

poLiTiCÃo ,   *.  m.  (ãa,   des.  augment.  e 
peiorativa.)  íjocoso)  grande  estadista,  homem 
que  discorre  continuamente  sobre  negocio&t 
políticos,  .  f; 

POLITICAR,  V.  a.  e  n.  [politica,  ar,  des. 
inf.)  (t  mod.  efamil.)  discorrer  sobre  politi- 
ca, ou  sobre  os  successos  políticos  internos 
ou  externos. 

politico,  a,  adj,  relativo  á  politica;  ver- 
sado, hábil  na  politica. — ,  culto,  polido,  cop^u 
te?.  (De  ordinário  entende-se  de  homem  fino, 
que  sabe  com  boas  maneiras  conseguir  os  seus 
fins). 

pOLiziANo,  (hist.)  escriptor  italiano,  nas- 
ceu em  14 j4,  morreu  em  1494.  Deixou 
elegantes  poesias  e  uma  Historia  da  Conf- 
juraçâo  dos  Pazzi,  etc. 

poLizzi,  fgeogr.)  cidade  da  Sicilia ,   a  â. 
léguas  SE.  de  Palermo ;  5,300  habitantes^* 

POLLA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  4  léguas  NO.  de  Sala  ;  5,.00  habi- 
tantes. .  )>  ,  ."♦  vlu- 

POLLEGADA,  s,  /.  (do  pollegar.)  a  duodé- 
cima parte  de  um  pé  geométrico,  doze  linhas 
geométricas.  Vender  com  — ,  dar  uma  polie- 
gada  além  da  medida. 

POLLEGAR.  adj.  m  (Lat.  pQ//«aj,  o  dedo  pol- 
legar, áepoUere,  ter  força,  vigor.)  Z)edo  — ,  a-: 
mais  grosso,  e  forte  que  tina  abaixo  do  index^^ 
e  na  linha, j-adical. do  antebraço.  — ,  s.,poV'i 
ellipse,  o  pollegar. 

PQi.LEGAR,  s.  m.  dedo  pollegar.  ^- da  videi, 
o  pé  mais  curto  e  grosso  da  vide  podada.  — do 
Jeme,iSi  parte  onde  vão  os  machos  que  mais  o 
segur,am.  Pollegares  de  vitella,  nofije  de  um  a 
guisado.  .;  j 

POLLENGIA,  (geogr.)  Pollentia  hoje  PO' 
lenxa,  cidade  da  Liguria^  entre  os  Statiel^ 
lates,  ao  SO. 

POLLBííZi,  (geogr.)  Pollentia,  cidade  da 
ilha  Maiorca  ,  na  parte  NE.  a  2  léguas  e 
jneia  O.  ,d'Alr.udia  ;  7,i25  habitantes. 

POLLION,  (hist.)  C.  Asinius  Pollio;  ora- 
dor romanp, .  passoU;  do  •  partido  de  Pompeo 
para  o  de  ( esar,  serviu  António,  foi  côn- 
sul DO  anno  b9  antes  de  Jesu-Chri$tp^  to«. 


,\uh 


\H> 


POL 

mou  Salone  aos  Dálmatas  revoltados,  pelo 
que  ganhou  ^s  h.on^,^&clo  triuropho.  Foi  o 

Erimeiro  que  estaí)Hllecèú  em  Koma  uma 
ibliotheca  pubLjça-.  Morreu  no  annçij<f,,(ie 
Jesu-Cbrisip  piQ,,ÍiO  a ^qos.  Deixou  JÍ)tscur- 
sos,  (fartas  e  Tragedia^.^  ,,.        ^  Vij 

POLLO,  «.  I».  (dOjLat.  pw//tíí,  apím^l.re-. 
cem-nascido.)  (aht.)  of^^9;.oi|  ççprijOYp./ 
— ,  animal  recem-nascido. 

POLLUÇÃO ,  s.  f.  acção  de  polluir ,  man- 
char, macular  ,  inppureza  ,  profanação.  — , 
(med.)  ejaculação  espontânea  do  sémen.  Pol- 
luçõesnocíurnaf,  ^^     ,  ,, 

poLLLiDO,  A^  p.  p^  de  polluir  ;,  o^^'..  njan-s 
chado,  protanãdo.  '  i       ;^      I 

POLLUIR,  v^a.  (Lai.  polluo^.  ere,  4^'/mp, 
crc,  lavar,  e  de  ab  pref..  Gr.  apo,  que  de- 
nota. fajt,a.)^uj  ar,,  mç^ncihar,  pr^anar  cpusa 
ou  íugar  sanio,;  (fíg.)  macular..  t>.,  g.  —  a 
honra,  a  fama.  — se,  v.  r.  masturbar-se. 

POLLUTO,:  A,  adj.  l\M.  jaoj/^iMs,  pj.p».de 
poliueire,  polluir.)  pòlluido,..ipQ^undo,, ma-» 
culado,  profanado.  Pessoa  — .  Mãos  — s. 
Consciência—,  ^v    ,,,    ,/  ,..-     „ 

PÓLLUX,  (bist.|  Jm((vs  ^offux,  (Spphjista^e 
grammatico  gre^o  (Í9  ÍI  secuio,  nat\ii;al,^e 
W  eu  era  tis  ^  no  E^ypio, ,  fpi  jum ,  do^precppto- 
res  de  Commcdp.  Sultstituii^  con^ojenl^^de- 
eloquência  era  ,  Athei^/is  A/Jriano  de.,Ty;ro. 
Deixou  um  Onomanicori  ém  4  livros.  Hou- 
ve outro  Pollux,  hjs^çjçiador  grego,  que  vi- 
veu em  364  e  àe\^o^  .Historia  jihysica 
seu  Chronicon  q6  origine  mundi  usque  ad 
Valentis  têmpora. 

POLMÁb.  V.  Inchaço. 

POLMÃO.  V.  Pulmão. 

POLME  ,  s.  m.  [Làt., pulmentunij  papas.) 
vegelaes  em  pq,  ou.  delido/»  em^  pouca  agua, 
OU  outro  liquido  forinariíjo  uma piassia  mpllç 
ou  papas.  .    .         . 

POLMOEIRA.  V.  PulmóHra. 

PÓLO,  s.  m.  (Lat.  polus,  do  Gr.  pólein, 
volver,  gyrar.),eitreijio  da  lir^ha  pu,eixode 
qualquer  ésphera.  Os — s  da. terra,  as  duas 
extremidades  ^q  eixo  ^terráqueo,  o, -^árcti- 
co, septentrional,  ou  do.  norte,  .^  o- rr- an- 
tárctico, merjdional,  ou  dp  sul.  O»  — ^  do 
mundo,  os  .  extremos  do  ejxp  im movei  (jca 
torno  do^  qual  1  tolpmep  fa^ia  gyrar  lo^o^o 
sysi^m^il  j)l8jietario-  ÇeMm  q  ow/rp-r,  (Jjoç, 
poet.)  pprlíiido  o  D)undo.  O^—sdoina- 
gneíe^  as  duas  extremidades  da  agulhavma-. 
gnetica,  ou  irnan,  das  quaes.unqa  se  dirige 
ao  no^le  e  a  oppcslq  ao  sul.  r—s.  eUctr^^cos, 
as  extremidades  oppostas  da  electricidade,, 
uma  cl^fE^ft^e  pc^va.  outra  Dçgati;va,^,«, 
(fig.)  base  sobrtfguo.asseíUa,,  oq  de -que  de-- 
pende  o  bom  êxito  de  alguma  empreza. 
«Honra  e  proveito  são  os  dois  — s  sobre  que 
se  movem  todas  as  cousas  do  mundo.  »  Se- 
verim.  Noticias. 


i '  FOI 


tsi 


POLO,  combinação  da  prep.  por,  e  do  arti- 
go ant.  oti  Castelhano  ./p, '0>  JUc^Q  (àizfmúi 
pelo.         ,^,,,.  (  !.,i.    i»f\:';:».;  <-:    i,-.i T 

POLO  por  pâr  a  elle,.A  imp^oprkii,  e  deyef 
escrevernSe,jBOJ!/o.         «   .  ;  .-.i    »  v:    :i;in  , 

POLO  (Marop)  ou  iiAHCos-PAuiOv(hist.)«eJ 
lebre  viajantç- veneziano*^ ;nasceu.«n  42^0: 
Em  JI27Í  seguiu  , seu  paá  em  uma^4ongill 
excursâp  na  Ásia,  evisitou  a  Tarlariay  'lu 
China  e  diversas  regiões  da  lndifl,<afersia 
e  a  Ásia  Jdeuop.  Voltundo  á  Huro^^jcom^ 
mandou  uma  das  galeras  venezianas,  du- 
rante a  guerra  de  Curzola.  Deixou  um  Re- 
latório das.  swf^  Vi«>í/enStv  ^m^.*é  um  dos 
mais  preciosas  monumentos  gtographicos. 

POLOLEM,  (geogr.)  aldeia  da  província  de 
Canacana,  ^o\aftGoMquistas,  que  anda  anne- 
xa  ádeLolliem,  com  a  qual  cunta  2, U5U  ha- 
bitantes. 1::,^! 

{POLÓNIA,  (gpogí*.)  antigo   estado   da  Eít-T 
ropa,  cujos  limites  tem  variado  muito^»  ti-"./ 
nhia.  a  Allemanha  «.íD,  aiRussia  aE,  a-^bal*-^ 
ticxi.  e  unr'a  parle  da  Prússia  aoW.,  a  Hun- 
gria e  a  Turquia  ao  S.  Tinha  por  capital 
Varsóvia,    e  contava  11   a   12  milhões  de 
habitantes.  A  Polónia  era  dividida  pela  se- 
guinte íórma  : 

Qra»Íe:  Polónia. 


Posnauia  (palatinado  de).; 
Gnesne  {palatlnado  de 
Kaljeb  (palatinado  de) 
^ieradia  (palatinado  >de) 
Lenlchits  (palatrnadp  )de) 
Vieloun  (p.aiZf  de)    •    ' 
Rav*  ^(palatioado  ide)  • 
Brzests  na  Coujavia  • 

Inovrotslav  (palatinado  de) 
Plotsk  (palatinado  de)      m- 
Dobrzin  (palatinado  àe) 

{lomerellia 
Cuim 
Marienbprgo 


Prússia  Oc- 
cidental. 


Posen. 

Gnesiíe.  * 

kaíich. 

Sieradia.- 

Lentchítsc; 

Vicloun. 

Rava: 

Brzests.     ■  • 

Varsoviai 

Plotsk.'    jiií 

Dí^brzin. 

Dantzick. 

Culm. 

Marienburgo. 


•;«j. 


•'  ,   .         Pequtn/a  Polónia.  \  md  )p'^ 
:   ,.'    ..     i     :  •./•)')£-*« 

Cracóvia  (palatinado  de)        Cracóvia. 
>*íaíidomii  (palatinado  de)       Sandomir, 
Lulilin  (pplatÍBadode)      .      Lublia. 
Sevt  na  (ducado  de)"  Siewiers. 

Podlachia  ou.Bielsk  (pala- 

fiíiaíode)^^    ■♦'/'r'!'^''"    Bielsk.f 
KbfJm!:(pai?  ê^uii,*.  Kbelm.'/»i 

Podolia    (palatinado  de)     M4íímienietx. 
Bratslav  (palatinado  de)  Bralslav. 

Kiev  (palatinado  de)  Zitomierz. 

Volhynia  (palatinado  de)        Vlodzymirerx. 
59  * 


)>\ 


il  '1: 


236 


POL 


POL 


Lithuania, 

V^Id»  (palatinado  de)     jt  s  Vilna. 
Troíií  (palatinado  de)  Troki. 
Miusk  (palatinado  de)  Miusk. 
Pololsk  (palatinado  de)  Polotsk. 
Vitebsk  (palatinado  de)  Vitebsk. 
Mstislav  (palatinado  de)  Mstislav. 
Kovogrodek  (palatínade  de)  Novogrodek. 
Brzests  na  Polesia  (palati- 
nado de)  Brzests. 
Samògicia  (ducado  de)  Rossiena. 


^1 


Soberanos  da  Polónia. 


Tenjpos  fabulosos. 


Lech  II 
Lech  ITI 
Popiel  I 
Popiel  II 


Lech 

501 

Vanda 

540 

Craco 

600 

Przemislao  I 

750 

804 
810 

8i5 
830 


Interregno  840-842  — Dynastia  dos  fiastes. 


Piastèi^  duque  de  Po- 
lónia' 842 
Qiemôvit  861 
Lech  IV.  8i)2 
Ziemomiszao        913 
Miecislao  I  o  Ve- 
lho                 962 
Boleslaol  o  Bravo^92 
Miecislao  II.  1025-37 
Olhão,    Maslao, 
etc,  competi- 
dores            1032 
Anarchia      1037-42 
Cazimiro  I         1042 
Boleslao  II        1058 
Vladislao  I        1081 
Boleslao  III       1102 


Zbignev  1102-1107 
Vladislao  11  1138 
Boleslao  IV  1146 
Miecislao  III  1173 
Cazimiro  II  1177 
LechV  1194-1227 
comMiecislaollI  1120 
comVladislaoIÍll299 
só  1207 

Boleslao  V  1227 
Lech  VI  1289 

Przemislao  II  12^0 
Vladislao  IV  1295 
Venceslao  1300 

\ladislaolV,  se- 
gunda vez     1304 
Cazimiro  111      1333 


Dynastia  de  Anjou. 


Lmi-0'Grande  1370 
Maria  e  Hedwi- 


ges 
Hedwiges,  só 


1382 

1384 


Dynastia  dos  Jãgellões. 


Vladislao  V        1386 
com  Hed- 
wiges      1386-90 
Vladislao  VI      1434 
Cazimiro  IV       1445 


João  I  1492 

Alexandre  l  1501 
Sigismundo  1  1506 
Sigismundo  IIj  1548 


Principes   eleitos. 
1.°  Antes  do  período  Saxonio. 


Henrique   de 

Valeis  157» 

Estevão  Bathori  1575 
SigismundoIII  ) 
Vladislao  VII    U648 
João  I  J 


Miguel  Koribu- 

th  Wisniovie- 

cki  1669 

João  III  1674 


2.*  Periodo  Saxonio. 


Augusto  II        1697 
Estanislao  Lec- 

ziuski  17 14, 1712 
Augusto  II,  se- 


gunda vez 
Augusto  III 
Kstanis- 

lao  II       1764-95 


1709 
1733 


Suppressão    da  Polónia    1795-1807. 
Gran-ducado  de  Varsóvia. 

Frederico  Augusto  de  Saxe         1807-1813 
Reunião  á  Rússia  1814 

POLOTO ,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  arrematação 
triennal,  ou  annual  das  várzeas. 

POLOTSK  ,  (geogr.)  Peltisum.  cidade  da 
Rússia  europea,  a  125  léguas  SO.  de  S. 
Petersburgo  *,  3,000  habitantes- 

POLOTTSES,  (hist,)  ou  talvez  Outzes,  Vzi 
em  latim  da  idade  media;  povo,  que  sain- 
do da  Ásia  com  os  Cumanos,  appareceu  na 
Rússia  no  meado  do  século  XI.  Tornou-se 
temivel  em  1055,  batteu  Isiaslav  II,  e  es- 
tabeleceu-se  em  todo  o  espaço  compreen- 
dido entre  o  Aluta  e  o  Don. 

POLPA ,  s.  f.  (Lat.  pulpa,  de  puis,  Gr. 
poltos,  massa  molle,  de  polep,  volver.)  par- 
les carnuda  ,  molles  dos  animaes.  —  da  per- 
na, a  parte  musculosa.  —  dos  dedos,  a^sir- 
te  branda,  não  óssea.  —  dos  fructos,  bipar- 
te molle.  A  —  do  estado,  (fig.)  a  grossura,  a 
substancia. 

POLPÃo,  s.  m.  augment.  de  polpa. 

POLPO.  V.  Polypo. 

POLPUDO,  A,  adj.  [polpa,  des.  udo.)  que 
tem  polpa.  Carne,  fruta — . 

POLTRÃO,  adj.  m.  (Fr.  poltron,  do  Ital. 
poltrone,  que  os  antigos  elymologistas deri- 
vavam de  pollíce  truncus,  que  tem  o  dedo 
pollegar  cortado  em  castigo  de  cobardia.  M. 
de  Roquefort  diz  que  vem  do  Aliem,  pols- 
ter  ,  coixão  ,  travesseiro.)  cobarde  ,  fraco ; 
inerte,  preguiçoso.  Poltrona,  des.  f.  «  Res- 
se  modo  de  vida  ociosa  e  — .  »  D.  F.  Ma- 
nuel, Apol.  Dial. 

POLTRONA,  s.  f.  (V.  Poltrão)  sellade  ar- 
ções baixos,  e  o  de  trás  quasi  raso.  — ,  mais 
usado,  cadeira  de  braços,  almofadada,  e  com 
o  encosto  movei,  para  estar  mui  commoda- 
mente  recostado,  preguiçando. 


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POL 

POLTRONEAR,    t).   ã.OUU.    {poltráo  OUpol- 

trone,  Ital.,  ar  des.  inf.)  fazer  vidadepol- 
trão,  preguiçar,  viver  em  ócio. 

POLTRONERiA,  s.  f.  (Fr.  poltroncHe.)  co- 
bardia,  pusillanimidade  ;  inércia,  vida  ocio- 
sa, aversão  ao  traballio,  ao  exercício. 

roLus  DE  suNiUM ,  (hist )  celebre  actor 
grego,  contemporâneo  de  Péricles. 

POLUs  (q  cardeal),  (hist.)  em  inglez  Polé 
ou  Pool,  nasceu  em  StaíTord  em  1500, 
morreu  em  1558,  era  parente  de  Henri- 
que VII  e  de  tduardo  IV.  Deixou  :  Pro 
unitate  ecclesia  ad  Henricum  VIII;  Refor- 
matio  Anglioe. 

POLVARiNHO,  s.  m.  {pólvora,  des.  inho  por 
ino,  que  denota  cousa  encerrada.)  frasco  de 
corno  ou  de  metal  em  que  os  caçadores  le- 
vam a  pólvora. 

POLVERiNo,  A,  adj.  de  pólvora. 


POL 


U    •  POLVERizAR.  V.  Pukerizar. 
f     POLVILHAR,  V.  a.  {polvilho,  ar  des.  inf.) 
lançar  pós,  ou  pó  sobre  alguma  cousa.  —  o 
cabello,  apolvilhar.—  iguarias  com  assucar, 
canella. 

POLVILHO,  s.  m.  (Cast.  dim.  âe  polvo,  pó.) 
pó  fino,  substancia  reduzida  a  pó  fino,  v, 
g.  assucar,  cannella.  — í,  pós  quesedeilam 
no  cabello, 

POLVO,  s.  m.  V.  Po/ypo,  animal. 

PÓLVORA,  s.  f.  (do  Lai. pu/cú,  pó,  euro, 
ere,  arder.)  composição  de  enxofre  e  carvão 
reduzida  a  grãos  mais  ou  menos  miúdos  que 
se  inflamma  facilmente  com  explosão,  e  ser- 
ve a  carregar  armas  de  fogo  e  a  propellir  as 
balas ,  quartos,  chumbo  ou  metralha  ,  — 
grossa,  miúda,  de  caça.  —  fulminante,  com- 
posição summamente  explosiva  formada  de 
um  acido  (o  fulminico)  com  prata,  mercú- 
rio e  outros  metaes.  E'  uma  — .  diz-se  de 
pessoa  mui  ardente  ou  ardida.  Gastar  —em 
salvas,  (fig.)  esperdiçaros  meios;  perder  o 
tempo  em  adulações,  lisonjas,  servilidades. 

POLVOREWTO.  \.  Pulverulento. 

POLVORINHO,  s.  m.  melhor  orth.  que  Pol- 
varinho. 

POLvoRiSTA,  s.  f.  (des.  ista.)  o  que  fa- 
brica pólvora. 

POLvoRizAR.  V.  Pulverizar 

POLvoRiZAYEL.  V.  Pulvcrisavcl . 

POLVOROSA,  s.  f.  Dar  com  tudo  em  —  , 
(famil.)  desbaratar,  os  bens,  a  fazenda,  como 
que  fez  tudo  em  j)ó.  Dar  comos  pés  em— , 
fugir,  abalar,  desapparecer,  como  quem  to- 
mou estrada  direita  por  onde  correu  levan- 
tando poeira. 

POLVOROSO,  A,  adj.  (do  L»t.  pulvis,eris, 
pó,  des.  oso.)  cheio,  coberto  de  pó.       • 

POLY,  t.  Gr.,  prefixo  de  muitos  vocábu- 
los Portuguezps  derivados  do  Latim  e  Grego 
sigriLTcr.  muitos,  ou  muito,  polys,  o  s  elide- 
se  en  composição,  dt  pleos,  cheio. 

VOL.   IV. 


POLYADELPHiA.  s.  f.  [paly  pref.,  eató- 
phia,  do  Gr.  adelphos,  irmão,  igual,  seme- 
lhante.) (bot.)  nome  dai7.«  classe  de  plan- 
tas, no  systema  de  Linneo,  em  que  os  estames 
estão  unidos  pelos  seus  filetes  em  diversos 
molhos. 

POLYANDRiA,  s.  f.  {poly  i^Tet ,  eandrós, 
genitivo  do  aner,  homem,  marido.)  (bot.) 
nome  da  ÍJi^  classe  de  plantas,  no  systema 
de  Linneo,  cuja  flor  tem  de  20  a  100  es- 
tames, 

POLYANTHEA,   S.    f.    {poly   pTBÍ.,    Q  anthog,[ 

flor  )  collecção  de  flores  ;  (fig.)  collecção  de" 
memorias,  «iiecdotas,  etc. 

POLYARCHIA,  í.  f.  (o  cli  sóa  k  i  poly  pre£,-. 
e  archia,  do  Gr.  arkhé,  chefe.)  governo  de 
muitos  chefes,  soberania  collectiva 

poLYBio,  (hist.)  Polybius,  rei  de  Corinthfl», ; 
o  qual  adoptou  (Édipo  na  sua  infância."^ 
POLYBIO,  (hist.)  historiador  grego,  filho  de 
Lycortas  ,  nasceu  era  Megalopolis  em  205 
antes  de  Jesu-Christor  Escreveu  :  a  Vida 
de  Philopoímen,  a  Historia  de  Numancia, 
unoa  Táctica,  e  uma  Historia  geral. 

POLYCARPO  (S.),  (hist.)  bispo  de  Smyrna. 
converteu-se  muito  moço  ,  e  ligou-se  com 
S.  João  Evangelista.  Soffreu  o  martyriono 
anno  166  ou  lt)9  de  Jesu-Christo ,  tinha 
então  95  annos,  E'  commemorado  a  26  de 
Janeiro. 

POLYCHRESTO    OU  POLYCRESTO,    adj.    [o   ch 

sôa  k:  poly  pref ,  e  khrestos,  bom.]  [meã.  f' 
útil  para  diversas   doenças.  Sal — ,  tartrite 
de  soda.  "'" 

POLYCLES  ,   (hist.)    esculptor  grego  ,  que 
florescia  no  anno  180  antes  de  Jesu-Chris-  •/ 
to,    passa   por  auctor  da    Hermaphrodita'^ 
Borghese. 

poi.YCRATO,  (hist.)  tyranno  de  Samos,  go- 
vernou desde  535  até  524  antes  de  Jesu- 
Christo,  junctou  grandes  riquezas  e  foi  por 
muito  tempo  celebre  pela  sua  muita  ventu- 
ra. Foi  crucificado  por  Oretes,  satrapa  de 
Cambyses. 

pOLYCTETO,  (hist.)  estatuaHo  e  archilecto/.  ■ 
de  Sycione  ou  antes    de  Argos,  nasceu  no" 
anno  480  antes   de  Jesu-Christo,  é  celebre 
pela  sua  bella  Juno  colossal,  feita  para  o  \  > . 
templo  de  Argos.  e  por  uma  estatua  mo-     ; 
delo,  chamada  de  Canon.  ""  ^■''  '' |' 

POLYEDRO    ou  P0LYHEDR0,^V.   ÍJÍ.    (Lat.  fJO- ' 

lyedrvs,  do  Gr.  po/y  pref.,  e  hedr a.  físsén- 
to,  base.)  (geom.)  solido  de  muitas  faces. 
Lente — ,  cheia  de  facetas. 

poiíYENO,  (hist,)  PolycBnus  escriptor  gre- 
go, natural  da  Macedónia,  era  advogado  ein 
Koraa  no  reinado   de  Marco  Aurélio.   í)eí-  ^****' 
lou  :  Estratagemas  de  guerra. 

POLYEUCTO  (S.),  (hist.)  martyr  d'Armenia, 
vivia  no  anno  250  ,   e  servia  em  Melytene 
no  exercito  romano,  quando  foi  convertido 
60 


.-■««Pt 


138 


POL 


POL 


pelo  seu  amigo  Rearco.  E'  commemorado 
a  13  de  Fevereiro. 

., -poLYGALA,  s.  f.  (Lot.^  do  Gr.  po/i/ pref., 
muito,  e  gala^  leite.)  herva  leiteira.  — se- 
neca,i.plaata^ipedicinal.   .i    o  tuuMi<r  fj  uu  .•- 

poLTGXMiA,  «i-/.  (Lat  ,  dÔGr.  póJ^y  pref., 
e  gamo%  casamento.)  estado  do  homem  ca- 
sado com  varias  mulheres,  como  éf licito  entre 
os  Mah0m«tano$.,i 

poLTGAMOs  0'dj.  fnyo  homem -casado  a 
um^ittempo  eom  varias  malheresj '  .    -  ^ 

POLYGANO.  V.  Polygono,  herva  dos  pas- 
sarinhosn  :   ..  >: 

BOLTOLOíTTA,  odj .  ^/.  {Lat.,  do  ôf.'  poly 
pref.,  6  glossa,  Viagua.)'  Bi^bUd  -,  versão 
delia-  em'»yArias  línguas  &aúgcis\^{fh.s4.^f. 
avel-ocriental  de  canto  mui  variado.--  ' 

pOLYGNOTOy  (hiôt )  pintor  de  Thasbs,  flô" 
resáa  no<an;iio  3U6 'antes  déJesu-Lhristo', 
foi  um.doà  que  m»i«  adiantou  a  arte     ' 

POLíOCMio»  y.s.-  wii».  (pron.  poligíQno ;  poly 
prefvv  Oi  Ironia,;  oèmguloii)(geom  9  figufa  ide 
iLfti&)de -quatro  laolios.  '"  ■ 

poLTfGWiíPniAy  í  a/,  (ipoí*/  prefí>  e  graphia), 
arte  de  escrever  por  cifrai  arte  de  •decifrai*, 
de.lfer  a  cifra^       :í'    i  '  '^        i».   ?     .; 

pOLYHEíiROír^*- J^fO^íí/edro. 

p,OL¥tnfM»*A»  ou  pOL*iif«iA,í«:  /".'(Latt^-do 
Grtnpohj  f)Vidii.\  emítcíia',  memoria  ,  '<)ii  de 
hyninos,  h^íoioo),  (mylh.  epoes.)  umá  das 
nove  musas,  que  presidia  ao  accionado,  dps 
act»res;i  .v;'J      »    1  vt^^ia      /    ;Xhl.-:í, 

P0LyM4.TniAí  í.  f.ipoly  prGtOi^emauthanoj 
aprender),  epudiçào  íôoiidiversos  ramos;  das- 
sciencias,  variedade  de  conhecimentos  sôíett- 
lificoSk»  , 

PtturnATBíCo,  A , ; ad^i , titJe'  variado*»' colifce»^ 
cimentos sci«otiiw5i>s.  i>.  g ^'>i^09iei^de  x^j 

POLYMITA,  adj.  f.  [poly  pref.  e  Gr.  mith»i 
tniHaít4e  tecelão),  v.  g.  Túnica  — ,  tecida  de 
fios -dei  varias  oô-^esjv.''-     -/.  '■•■.■"  ...   u 

pcjiT»»TBO,r?AV  arf/.  ^.^'Poií/mi/aU' 

petvMNKSTOR;  (hist)'Tei^^  Chersoiieao 
na  Thracia,  genro  -de  Pr  «m©,  que  lhe  cwi»- 
fiou  Polydoro,  mandou  matar  este  prínci- 
pe depois  ;da  queda*  de  Tróia  e^apode- 
rou-r«e  das- 8uas<  riqi#ezás.  llecdba^  rofti  d6 
PolydiolFOv  desembarca-aJo^por  acasoma  tfiíraw 
cia ,  ^enconArou  pQly«atie&tor,t  íiftn«;oíi^se  so- 
bre eiie,  arraiBCOUi-lhe  osoihos  e  matou-lhe 
os  filhos.  H)  V     ,     1    I     1  li.» 

POLYMYTHIA,^ «  f.  (poZjf  pref.,  e  Gr.  iWi/-' 
thoi,  fabula»),  ifolta  de  unidade  na  fabula  de 
um  poema,.iOU'dratna'.  Moraes  escreve  erra- 
damente polymithia. 

P0LYNiciii'<(myth.)  filbode  (Édipo  e  de  Jo-* 
testa.;  irmão»  gemeu  d'Eteocles.  Os  dious  ir- 
mãos sempre  se.  aborreceram  com  ura  ódio 
mortal.  Depois  da»  catastrophe  de  (Édipo, 
lolynka  >o©nveio  com  Eteocles,;  seu  irmão!,' 
qae  r«iaariaúa,  cada  uoei,  um  anão ;  £t^-l 


cies  foi  o  que  começou,  mas  no  fim  do  an- 
no  não  quiz  deixar  o  governo.  Ajudado  por 
Adrasto.  rei  d'ArgOí,^  foi  com  outros  seis 
príncipes  gregos  por  cerco  a  Thebas  e  co- 
m^íçou  a  guerra  cháàáada  Guér^á 'dos  Sèíe- 
Chef^s,  Os  douS'^i^mãÒs"encOntrándb-^e'nò 
combate,  ròatrfràtíi-se  um  ao  outro"."      * 

poLYNO^O,  s.m.ipoly  pret.,  é  Gr.  norhtís^ 
parte,  divisão);  (alg  )  fodáaqúbrilidadecom- 
pdstlá  de' nàaife  ât  dois  termos  diáíinguidos  pe- 
los signaes    é  *^.       "  '   *' 

tOLtOTSiMO,  a;  a(íf .  ('j9õ/í/'pref.,  eonoma, 
nome),  qufe  tem  divel-sos^íiomes. 

•í>OLYpoj  i.m.  (Lat.  poíyp'às  ;'poly  préf,  e 
poús,  péj,  verme  aquático  ou  zoophyto  ag-í 
glotóevadO,cujo  còi^^o  meoòíbranbso  em  fôf'-  * 
ma'd6  Cattiido  é  terminado  pòr  muitos  fila- 
mentos 'què   se  alongara-  e'  retrahem  áindá* 
mais  que  o  corpo,  e  que  lhe  servem  dé  pês  e 
braços  para  fafí^i*  prêisia. -^,  (mf^d,)  excres- 
cência fungosa  que  teifi'díversds  pés' ou  fila- 
merííos  adherenteS;  Vèód'  princípalthente  àòs 
duetos  nasaés,-'^terò,'  elè; 
!    poLYPOOiO,  s.  m.  (Lat.  polypodiuifÁ^  'poly 
pref.,  e  Gr.  poús,    podós,  pé),  espécie  de 
feto  qufl! '^lí 'pe^a  *  áá  arvores  por  muitos  fi- 
lamentX)s.  -^  geáei^ò  de'  insectos  que   tem'' 
muitos  líés.'    •     '^     ■"    ■  ■ 'i-''  -    '''"- 

'  POLYPOSO,  A,  adj.  (des.  oso),  ('med.)  dá  na- 
tureza do'í  {ioly|)Os,'lóu  éxcreèceaèias  fiihgo- 
^sas.-^ig^i  Tumor -i^.  '"  ■  -      - 

fõttsPÉRCHON,  (hist.)  general  de  AleTaiiM" 
'dreV  cortitó^andava-os  Stynõjíbeos  'lía  bataltía' 
|d'AFbeles;  Subffrtúiu  AníipíiteV''*ná  tutclla 
'd().s=  reiá  e  *nã'' i*eg 'ncia  do  império.  Foi  ven- 
cido'por^Cafeaudf  a.  '■  '•  ^  .--  i.  ■  <■ 
1  polysy\}la^Wã;  adj.  {lat.^poly<>ylkbus)f 
jquéteiljltoais delVés  íí^l^abiiféV^t)'  g.  Palavras 
<— +."-^  ií;'  os --'-í^,  VoÔabulolá  •  de  muitas  syl- 
labas.  ^     ^'  ■-  f'*" 

pÔDYSYÍíb^ tdN,  >.  ^•.  'ipàlf  préf.';  e flf.  %n 
cortF,  «ô'  díO?,  li'|^íf,  figufk  dè  rhetorrcá  que 
multiplica  tís  c«ínj(ín<içÔes. 
'    POLYTECHNico,  èl  adj .  [foly  pref.,eíecfc- 
nico) í  vV'í^l  ^éé\òhola  •^,  edá  que  se  ensinam 
muitas  artes  ou  sciencias, 
'    PotVtnEisio,  í;'Trt.  f|>d?t/  pref.,  fstheismo), 
Culto  de  muitas  divindades. 
'    P0"YTHEiSTA,  s\'dòst  g.  (d^s,  isto),  que 
adora  muitas  divindades. ': 
I    polttRièo,  »;  m.  (po/í/pref,  e  írtò;  ca- 
bellos),  (bot)  gí^hérò  dé  plantas  capillares. 
'    voL-YikLW:adjMos'tg  [poly  preí:  é  vai- 
ta],  (h.  n.)com{íòsto  de  muitas  valvas,  v.  g. 
Conchas -^-í.  '  .;     i     1  .       '   ' 

foLYiENA,  (hist.)  uma  das  filhas  déPria- 
mo  e  'dè  flccuba'';  estava]  |para-  casar  coóa 
Achilles,  quando- esto  heroe^foi  morto  trai- 
çoeirjíttíente  por  laris ;  Pyrrho  para  vingar 
a  mòtié'  de  seu  òai  immolou  Polyxene  so- 
bre o  tumulo  dé  Ácbillei. 


roM 

POMA,  s.  f.  (ào  Grf^oma.  tampa),  fant.) ' 
globo,  esphera  terrestre,  ou  celeste  coin  os 
signos  econátellaçOes.  -»-í.Yant.)  telas,  ftiistn- 
mas,  peitos.  Naufr.  de'Sepulv;  e  F.  MéúdeS 
Pinto.'  '"■  .•'.oh8'!<»rf       ^.^^vYi.tíf 

poMABAMBA,  (geogT.)  Cidade  da  BoHVia,  a 
65  léguas  a  E.  de  Potosi ;  3,0P0  habitantes. 

POMADA,  s.  f.  (do  pomo,  des.  ada],  banha 
de  cheiro  ;  ungaento  pharmaceutico  pára  úil- 
toras  :'  9.  g.  —  mercurial.    i  '  '•^  '^' 

pOMAGEiiou  poMAJKM,  s.f.  (ant:'|T.  Pomar. 

POXAR,  s.  m.  (Lat.  pòmarium),  plantação 
de  arvores  fruetiferas  :  v.  g.  —  de  espinho  ^ 
que  tem  espinhos  como  as  larangeiras  ,  li- 
moeiros ;  —  de  caroço  ,  como  peSiegueiros. 
ameixieiras,  ginjeiras. 

POMARD,  (geogr.)  villa  de  França  a  nra 
quarto  de  légua  ao  SO,  de  Beaune  ;  1,100 
habitantes. 

poiiAREiRO,  I?.  m.  [pomar,  des.  eiró)  o  que 
guarda  ou  cultiva  o  pomar.  —  adj.  culti- 
yado  em  pomar.  t?.  ^f.  Fruetos — $.  Mãospo- 
mareiras,  que  cuidam  dos  pomares. 

poMARís,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal,  no 
concelho  d'Avô ;    1,100   habitantes. 

POMBA,  s.  f.  (Cast.  paloma,  do  Lat.  palufi/i- 
òttj,  pombo  bravo.  Court  de  Géb^^lin  o  deri- 
va áe  pai,  ramo  elevado  Eu  inclino  á  crer' 
que  vem  do  Lat.  palor,  ari,  vaguear,  andar 
errante,  disperso,  e  ho,  arvore,  (t.  Egypc.) 
radical  dearbos,  a  arvOre),  a  fêmea  do  pom- 
bo;  (fig.)  mulher  de  Índole  eicellente,  mui 
benigna,  v.  g.E  urina — .  Almas  — s,  a6jecll- 
vado,  singelas,  puras,  cândidas.  '    ' 

POMBA,  s.  f.,  nos  engenhos  de  assucarj'co- 
Ibér  grande  e  cova  de  cobre  que  serve  de  pas- 
sar o  mellado  da  caldeira  para  o  parol  de  es- 
friar Creio  que  vem  do  Gr.  pompeuo,  trans- 
portar ,  donde  vem  o  Fr.  bombè,  é  o  In^l. 
pump,  bomba  hydraulica.  '      '    '   '"  " 

POMBA  (villa  da),  (gé^r.)  villa  dtf  jirò- 
vincia  de  Minas  Gemes,  na  margem  esquer- 
da do  rio  de  qne  tomou  o  nome,  23  lé- 
guas a  essueste  da  cidade  de  Ouro-Í'retó, 
no  Brazil-  '^^  i     ;-    '  ' 

POMBA,  (geogr./  Ho  dá  província'  de  Mi- 
nas-Geraes,  no  Brazil.  '        ' 

pO¥Bal,  5.  rn.-(des.  collelcti'^áa?y,*Iogaf  dis- 
posto para  criação  de  pombos,  de  ordinário 
no  cimo  de  edifícios.  '  - 

POMBAL  (Marquez  d^),  (hist.)  Sebastião  Jo- 
sé de  Carvalho  ,  primeiro  ministro  de  D, 
José'  !,■  e  um  dos  homens  mais  extraordi- 
nários qne  tem  produrido  li  nossa  patriá. 
Nasceu  em  Lisboa  em  1699;  encetou  a  car- 
reira da  magistratura  e  militar,  e  ambas 
abandonou;  desempenhou  duaâ  missões  di- 
plomáticas importantes  em  Loiídres(173*.*)  é 
Vienna  (17*5).  El*^Rei  D.  José  quando  siibiu 
ao  trono  (1750)  o  humeod  seil  Ôiinistro  dos 
negócios  estrangeiros,  e  em  1755  ()rimeiro 


tOH 

ministro,  Idjjiif  ((ée^álSéhpoa  até  á  morte  ía- 
qaelle  monarchaem  Í777.  Foi  creado  Conda 
dVMráS  emt75H  è  Maí^í^ufezde  rtítòBalem 
1770  ;  "tnófi^eú  n»  villa 'de' Pombál^m  VtSl. 
k  administrflção  do  Marqufez  cie  PÍ)rilbal''ó 
umá'  prt)'va '  aos  prodígios  que'^j[ipde  obrar 
uin  grtvèrtto  •sensato  eenfefgico.' Sem" 'finan- 
ças, sem  credito,  com  marinha  enfraqueci- 
da, ura  exército  riòttiinal,  com  o  comméi^ciq 
e  industria  ha  ma ioKproátráção,  este  grande 
estàdíslá  con^f^^uiu  regularisár  as' "finanças, 
dar  credito  &6  governo,  ésténdfer  ò  cobamef- 
cio"^'  nàvègfáçãò,'  estlsbèleéer"fat)ricas',èiná- 
nufacturas,  animar  a* litteratura  easscíen- 
cias,  reorganisár  o'  exercito  é  a  marinha,  e 
restituir  ao  |)aiz  a  consideração, de  que'jÍ. 
gosára.  F^á'FeÀas^br  das  ruínas  a  'ci'dádede 
Lisboa,  destruída  pelo  celebre  terremoto  de 
t755.  Formou  as  cortipanMas  das  índias.  ^ 
do  Brazil,  e  a  dos  vinlíos  do  Alto  tiòuro. 
Creoh  as  pescarias  do  Algarv^,  e  ".muitas  de 
tecidhs;.  Kefqrtnou  inteÍTNfiitóente  a  íegiíííaçaOj, 
e  a  instrucçâo  publica,  'creándooCòtíejçío 
dos  Nobres,  aulas  ^e  estudos  civis  e  milita- 
res, èl  fazendo  úma  Importante  ^eformí^na 
universidade  de  Coimbra.  Áliolíu  á  escrava- 
tura. Aí^^ándo  opposiçâo  nos  Jes^uitas.  oIÈl^r-, 
3úéz  dié  Pombal  conseguiu,' 'não  sóláze^íos 
espedjr  dó  Paço,  mas  até  expulsar  de  ]*qr- 
tugfàl,  klcánçantlo  de  BenHdicto  ÍlV  iim  Èrér 
ve   pára  á'  sua  refóí^maje  festa  í'iç|a  por 
certo  dève^catisar  espanto  se  n\js  lembrarmos, 
de   quaò  gratide  era  a  influencia  áesta  so- 
ciedade,  e  de  que  6  Marquez  de   í*oml)al 
foi  o  principal  movédóí  .IJa  sua  ruma  em.  to- 
da a   Europa.  Ka^  relações'  o^xtefior^s  '^esie 
grande  homem  soube  sempre,  talye7,çòai<0 
nenhum^'  riôánter  a  honra  do  nottieJ)orÍ.a- 
Iguez.  Nâòsó  nunca.attendeu  ás  fòrtiss  irer 
cllmações  coíii  que  a  Inglaterra  se, qu.erjf 
oppÓr  ás  ^uaá  itíèdidas  de  reformas,  masalj^ 
lobrigOú'^'aiquplla  potencia^  a  áar  íima ^sj^j^ii^- 
'fàçâb'  p(9i"  te^Jncenclíadó  nav'ios  fránçezes,ní^., 
'nosSa^  'tíosfas.  í'ez'|'saíP  de.  Listíoa  o'ii.uijoÍQ. 
apóstólièo,  por  ter  faltado' á(  corteziaçpmí^,. 
nosèa  côrt'é^,'  o  c/iie  prò'duiiu  utíi  rompi tpej^-  j 
ko  com  a  de  Roo  a,  que  felizmente  seAÇJTr  • 
roiftòu  em  1758  no  Pontificado  dé  ll^èj^eíu- 
pio  XIV.  FirtàlÍBente  recu^<^-seac(itrâr  ly^ 
tie\èhfh  pacto  dfè  farkiliai  pelo  ,que  suMçn--^. 
tou  guerra  cora  Ilisnanha.''Sut>ihdo  ao  trofipi^^ 
D.  Maria  1,  êsté  grande '"homem, foi  dçH^f-vi 
rado  para  a  villatfè  ^òml)al,  âòndemOrrçu.^  \ 
O  seu  bíistb  foi' collòcado  n^  bás^  do  ròpr.  ; 
numento  ,   oué  erigiu  ao,  seu  soíieraj^O.  '^„ 
Praça  do  Cíimiièrcio  dê  tisboa.  '.^, 

POMBAL,  (geo^r.)  villa    de  Portugal ,   no  | 
distrfcio  de  Lerríflí,' k  5  legúas  e   meia  ap  j 
N. ,  e26  de   Uèboa;  i$,>60  hábllafltès  f^ 
cotú  ò'  concelho  '5,500.        ■  ,\  ..  ^  ^^^\        ,. 
ília   a  mais  antiga  do'! 
60  «  ú.od 


POMBAL,  (gbògr.)   vi 


ca  MO* 

f-'L.í''^  *i'- '-''    '^''^  •"    i     W'  ^'íjv^tBf-nu-  ■ 

centro  da  província  de  Parahiba,  no  Bra- 
zíl'.  Eslá  assentada  na  margem  do  rio  Pian- 
cÔ,  1  légua  acim?i  de  sua  juncção  com  o 
das  Hrauhas,  ^6  léguas  [ao  poente  da  ci- 
áade  de  Parahiba. 

'  poiíBAL,  (geogr.)  pequena  villa  da  pro- 
víncia da  Bahia,  no  Brazil,  a  5  léguas  do 
Ho  Itapicurú.  ^,    .. 

POMBAL,  ('geogr.)  pequena  villa  da  pro- 
víncia do  Pará,  no  Brazil,  na  margem  di- 
reito do  rio  Xingu  ;  25  léguas  acima  de 
súa  confluência  com  o  Amazonas. 

POMBALINHO  (Senhora  da  Annunciação  do), 
(geogr,)  villa  de  Portugal,  a  4  léguas  de 
Coimbra  ;  2,000  habitantes.  Ha  outro  Pom- 
balinho, povoação  de  S20  habitantes ,  no 
districto  de  Santarém,  a  10  léguas  de  Lis- 
boa.'  ,  ' '.      *    ; 

pbMtiAS(ilh^  dás),' (geogr.)  ilha  da  bahia 
KWhéróhi  ou  do  Rio  de  Janeiro,  no  Brazil. 
'POMBAS  (ilha  das),  (geogr.)  ilha  da  pro- 
víncia do  lUo  de  Janeiro,  na  bahia  d'An- 
grá  dos  Reis,  pertencente  ao  districto  de 
Parati. 

ppMBE,  s.  m.  (t.  Africano),  licor  espirituoso 
feito  de  milho  fermentado. 

POMBEBA,  (geogr.)  ilha  da  bahia  Nitherôhi 
ou  de  Rio  do  Janeiro,  no  Brazil,  defronte 
da  igreja  da  poroação  de  S.  Christovão. 

"POMBEIRA,,*. /*  (naut.)  a  proa.  v.  g.  Levar 
aiiaò  d — ,  a  ancora  para  sahir  do  porto. 
Creio  que  a  denominação  vem  da  semelhan- 
ça do  movimento  oscillatorio  do  navio  com 
o  do  pescoço  do  pombo. 

"'POMBSiRÁR,  D.  n.  fusado  na  costa  de  Africa 
Ciio  Brasil  pelos  portugiiezes),  fazer  y ida  de 
pombeiro.^;-*'  ^  -'^^f^  .  -^n..».  ^^..v.- 
PoiBEiRÒ,  's.  m.  [í.^dos  ésiaèelecimentos 
pôrtuguezes  na  costa  de  Africa,  e  do  "Brasil. 
Ci^io  que  vem  da  vida  errante  dos  pombos 
bravos),  o  escravo  que  vai  pelo  seríão  nego- 
ciar, ou  que  vende  peixe  por  conta  do  senhor. 
— ^  homem  hvre  que  vai  pelo  sertão  negociar, 
comprar  escravos,  étc.  por  sua  conta  ou  en- 
carregado por  outrem.  O  língua  que  ia 
comprar  e  resgátar.géhíios  para-éscravos  no 
Maranhão.  Vifeira.'''^''     '^"  ^';     ;''  w^^^ 

PotoBÉíRO,  (geogfí)^villa''dé^  Pokug«í,  no 
dislHctb  dtí  Coimbra,  donde  dista  5  léguas, 
perto  de  Ce  a ;  1,200  habitantes,  e  com  o 
coriéelho,  2',500  Ha  outra  villa  de  Porn- 
6ei*'0,contendo  816' hábit,antes,-  a  5  leguis 
de  Braga  e  2  de  Guimarães.  "'   ""' 

i^bMBlTtflA,  s  f.diminút  de  pomba,  pe- 
quena pomba,  potDba  nova  :  —  sem  fel,  (íig.) 
pessoa  innocènte,  incapaz  de  fazer, mal  a  ou- 

1'0t%'rtWi'À^r'^.  f}píy:]^'^'uilegia,  planta. 

POMBINHO,  s.  m.  diminMt,  de  pom^o,  ppm- 
bof^eqtte^Ao  ou  riovo';  côi*' do  pescoço  de' pom- 
bo, feita  de  alvaiaâei  lacre  e  cinzi  incorpora- 


.  P<]Htf 

dos  na  paleta,  ex.  «Vestida  de — .»Lobo, 
Egloga  10;  (fig.)  de  estoffo  desta  cor. 

POMBINHO,  A,  aãj  (do  precedente),  da  cor 
do  pescoço  do  pombo,  azul  claro.  v.  g.  Olhos 
— *,  azues  e  maviosos,  namorados.  —  terno. 
V.  g.  Azul  — . 

POMBO,  s.  m.,  ave  vulgar  ;  v.  g.  —  manso ^ 
o  domestico  ;  —  bravo,  que  anda  pelos  ra-. 
mos  das  arvores ,  sem  pousada  certa  :  — 
torcaz,  que  tem  um  coUar  de  cores  cambian- 
tes V.  Pomba. 

POMBO ,  A  ,  adj.  branco,  cor  das  pennas 
brancas  do  pombo.  v.  g.  Cavallo  — ,  mui 
branco.  Homem  — ,  coberto  de  cans.i| 

PoMERANiA,  (geogr.)  Pommern,  província 
da  Prússia,  entre  o  ducado  de  Mecklembur- 
go  a  O.,  a  irussia  a  E,  o  Brandeburgo  ao 
S.,  o  mar  Báltico  ao  N.  ;  900,000  habi- 
tantes. Capital  Stettin. 

POMERANIA  SUECA,  (geogf.).  Esta  províu- 
cia  foi  creadda  era  1648  pelo  tractado 
de  Westphalia  em  favor  da  Suécia  ;  era 
quasi  toda  composta  pela  Pomerania  An- 
terior e  tinha  por  capital  Stralsund. 

POMERILLIA ,  (geogr.)  chamada  também 
Pomerania  menor,  parte  da  Pomerania , 
compreendida  entre  o  Vistula  ,  o  Ketze,  o 
mar  Báltico  e  a  Prússia, 

POMEP,  (hist.)  jesuíta  francez,  que  mor- 
reu em  16/3.  Deixou:  um  Diccionario 
francez-latino  ;  Fios  latinitatis  ;  Pantheum, 
mysticum,    etc. 

POMERiDiANO,  A,  adj,  (Lat.  pomeridianus, 
dt  post,  depois,  e  meridies,  meio  dia.)  Horas 
— ,  da  tarde,  depois  do  meio  dia, 

POMES ,  adj,  f.  fLat.  pumex,  icis  ,  que 
creio  vir  despuma,  escuma.)  Pedra — ,  pe- 
dra volcanica,  ligeira  e  porosa,  usada  para 
pohr.  — ,  s.  m.  (ant.)  «  No  cavernoso  — .  » 
Eneida  t  ort. 

POMIFERO,  A,  adj .  (Lat.  pomifer,  pomum, 
pomo,  e  fero,  rre,  dar,  produzir) ,  que  dá 
fructos.  pomos.  v.  g.O  —  outono,  anno.  — * 
arvores. 

pomigliano-d'arco  ,  (geogr.)  cidade  do 
reino  de  Nápoles,  a  3  léguas  NE.  de  Ná- 
poles ;  4,8U0  habitantes. 

pommereul  (hist.)  oíTi-íial  general  fran- 
cez, nasceu  em  1745,  morreu  em  1823. 
Escreveu  :  Historia  da  Córsega ;  Observa- 
ções sobre  a  Itália  e  Malta  ;  Campanhas 
do  general  Bonaparte   na  Itália. 

POMO,  s.  m.  [L^i.pomum,  Gr.  ópos,  sueco, 
sumo  das  plantas),  nome  genérico  de  toda 
a  sorte  de  fructos  de  arvores ,  como  ma- 
çans,  peros,  pêssegos,  peras,  romans,  da-  . 
mascos.  v.  g.  O  —  vedado,  o  da  arvore  de- 
fesa do  Faraiao  terreal;  (fig.)  cousa  mui  n 
appetecivel  de  que  não  é  licito  gosar.      ,  í,n 

POMONA  ou  MAiNLAND,  (geogr.)  a  maior  das 
ilhas  Orcades  ;  é  um  ajuntamento  de  peque- 


*3t 


/m 


Vlt 


'iias  montanhas    cortadas    por    braços   de 
mar. 

POMONA,  (mylh.)  deusa  dos  íructos,  (em 
latira    poma) 

POMOZINHO,  s  m.  diminuí,  de  pomo. 

POMPA,  s.  f,  (Lat.,  do  Gr.  pempd,  condu- 
zir), cortfjo  apparatoso,  em  ceremooia  pu- 
blica :  t.g.  —  fúnebre,  de  enterro  ;  —  trium- 
phal,  de  Iriumpho  ;  ornato  magnifico  ,  — 
das  palavras;  do  estylo  ;  esplendor,  lustre, 
brilho,  ostentação,  v  g. — no  tratamento. 
ex.  «O  sol  apparfece  com  toda  a  —  dosseus 
raios,  »  Vieira  ;  —  de  luzes,  de  astros,  es- 
trellas,  id. 

POMPADOUR  (J.  Antonietta  Poisson,*duque- 
za  de),  (hist.)  uma  das  amantes  de  Luiz 
XV,  nasceu  em  17á2  ,  morreu  em  1761. 
Teve  sempre  grande  ascendente  sobre  Luiz 
XV.  Nomeava  e  dimittia  ministros,  gene- 
raes,  embaixadores,  e  decidia  os  mais  im- 
portantes negócios  doestado. 

POMPAROSO,  (ant.)  V.  Pomposo. 

PÒMPEAR,  V.  n.  [pompa,  ear  des.  inf ) 
(ant.)  ostentar  pompa,  magnificência,  bri- 
lhar, tratar-se  com  grande  luxo,  apparato, 
ex.  kO  —  vai  de  monte  a  monte. »  Heitor 
Pinto. 

POMPEIES,  (geogr.)  Pompeir,  cidade  da 
Carmania»    na  embocadura  do  Sarnas. 

POMPEIO  (StraboPompeius),  (hist.)  pai  de 
Pompeo,  cônsul  noanno  89  antes  deJesu- 
Christo,  assignalou-se  na  guerra  social  pela 
derrota  d'Afranio ,  pela  tomada  d'Ascu- 
lura  e  pela  submissão  dos  Vastini  e  Peli- 
gni. 

poMPEiopoLis,  (geogr.)  cidade  da  Galicia, 
ao  N.  sobre  o  Halys,  perto  da  Paphlago- 
nia. 

POMPEO,  [Cneius  Pcmpas  Mag nus]  (hist.) 
Romano  celebre,  nasceu  no  anno  106  an- 
tes de  Jesu-ChristOj  era  filho  de  Cneio  Pom- 
peio Strabão.  Tomou  o  partido  de  Sylla,  ba- 
teu diversos  corpos  dos  partidários  de  Má- 
rio ,  subraetteu  a  Sylla  a  Cisalpina,  reto- 
mou a  Sicilia ,  derrotou  Domicio  Aheno- 
barbo  na  Africa  e  obteve  o  triumpho.  De- 
pois da  morto  de  Sylla  tirou  a  Narboneza 
aos  generaes  do  Sertório.  Nomeado  cônsul 
quando  voltou  da  Itália  ,  bateu  em  Silura 
os  escravos,  que  se  tinham  revoltado,  e  re- 
cebeu 2  "  triumpho.  A  lêi  Gabinia  deu- 
Ihe  por  três  annos  o  proconsulado  dos  ma- 
res e  imniensos  meios  para  exterminar  os 
piratas.  Encarregado  depois  pela  lei  Man- 
lia  da  guerra  contra  Mithridates,  bateu-o 
nas  margens  do  Euphrates,  entrou  na  Ar- 
ménia e  obrigou  Tigrane  a  assignar  a  paz, 
e  depois  de  diversas  mictórias  obteve  3.° 
triuinphó  nò'  ahrio  6f.  Passados  2  annos 
formou  o  primeiro  triumvirato  com  Crasso 
6  Cezar,  e  casou  com  Júlia,  filha  deste  ul- 

VOL.   lY. 


PCÍM 


241 


timo.  Na  partilha  que  os  triumviros  fize- 
ram entre  si,  Pompeo  obteve  a  Africa  e  a 
Hispanha,  mas  fel-as  administrar  pelos  seus 
lugar-tenentes.e  ficou  em  Roma  para  eclip- 
sar Cezar.  A  morte  pren.alura  de  Júlia 
rompeu  os  laços,  que  ainda  prendiam  os 
dous  rivaes,  e  desde  então  começaram  a 
guerra  Pompeo  surpreendido  na  Itália  por 
Cezar  fugiu  para  a  Grécia  com  o  senado  e 
desde  então  só  <:ommetteu  faltas,  ató  que 
morreu  no  aano  48,  degoUado  por  ordena 
de  Plotomeo  XIÍ  no  Egypto. 

POMPEO-O-Moço,  (hist)  Sextus  PompeiuSj 
irmão  do  precedente,  commandou  a  esquadra 
de  seu  irmão  do  anno  4o  antes  de  Jesu-Chris- 
to,  tomou  parle  na  guerra  de  Munda  e  de- 
pois fez  guerra  aos  amigos  de  Cezar;  por 
morte  do  dictador  alcançou  o  direito  de 
entrar  em  Koma  e  obteve  uma  indemnisa- 
ção  pela  perda  dos  seus  bens  paternos. 
Quando  se  formou  o  terceiro  -riumvirato 
apoderou-se  da  Sicilia,  conquistou  a  Sarda - 
nha  e  a  Córsega,  bloqueou  Roma  e  obri- 
gou António  e  Octávio  a  assignarem  a  paz 
de  Missena ;  mas  esta  paz  foi  de  curta 
duração  e  depois  de  diversos  successos 
Pompeo  foi  batíido  e  aprisionado  por  Ti- 
cio,  e  morreu  na  prizão  em  Mileto  no  an- 
no 35. 

poMPEO-o-VELHO ,  (híst.)  Cneius^Pofti- 
peius,  filho  do  grande  Pompeo»  depois  da 
morte  de  seu  pai  reuniu  na  Hispanha  13 
legiões  e  uma  formidável  esquadra,  mas 
atacado  por  Cezar  perdeu  a  batalha  dici- 
ziva  de  Munda  e  morreu  na  fuga  no  anno 
45  antes  de  Jesu-Christo. 

POMPEZ,  adj.  dos  á  ^ .  (naut.)  Ovens  pom- 
pezes. 

POMPIGNAN  (marquezde),  (hist.)  escriptor 
francez,  nasceu  em  1709,  morreu  em  i78t. 
Escreveu :  Dido,  tragedia,  e  Poesias  sa- 
gradas. 

POMPIGNAN,  (geogr.)  villa  de  França,  a 
6  léguas  a  ESE.  de  Vigau ;  1,400  habitan- 
tes 

POMPIGNAN-LUFRAAN,  (geogr.)  viUa  de  Fran- 
ça, a  7  léguas  ao  SE.  áe  Chateau-Sarras^ 
sin  ;  800  habitantes. 

POMPOUAZI,  (hist.)  escriptor  itahano,  nas- 
ceu em  1  'i62  ,  morreu  em  1526.  Deixou 
um  tractado  de  immortalitale  animcB  ,  e 
outro  De  incantationibus. 

POMPONIANA  ou    MESR,   (gOOgT.)     poniusula 

da  Gallia  Narboneza,  hoje  Gmhs. 

POMPONIO  (Sexto),  juriscons.ulto  romano, 
viveu  no  reinado  de  Pomponio  e  de  Marco 
Aurélio.  Dos  seus  livros  de  ju  risprudencia 
s6  rtstam  alguns  faagmentos  , insertos  no 
higrsli 

poMi-oNio  LMTO  ,  (hist.)  sabic»  Calabrez  , 
nasceu  em  1425,  morreu  em  ;U97.  Dei* 
6i 


141 


fm 


POH 


xovi :  Commentarios  sobfe  alguns  autores 
latinos.  i 

POMPONNE,  (geogr.)  vilia  de  França  ,a  A 
íeguas  aoSO.  de  Meaux  ,   ,300  habitantes,     , 

POMPOSAMENTE,  aí/y.(wen/c  suff.)  com  poni- 

pomposíssimo,  a,  adj.  sujfuerl.  de  pompo- 
so. -.  v"!*  >t 

POMPOSO,  A,  aí/J.  (des.oío)  \")stentoso,  ,ap- 
paraloso  ;  esplendido,  brilhante,  magnifico, 
V.  g.  acompanhamento,  triu£n(.tho — .  «Al- 
buquerque entrou  —  dê  naus,  bandeiras,  es- 
tandartes. »  Estj'lo  — ,  (íig.)  O  —  manto  da 
noite,  em  razão  do  brilho  aá|}  estrellas.  A 
—  vaidade,  jactaní^iosa. 

PONÇÃO,  s.  m.  (do  Vr.poinçon,  Lai.  pun- 
go,  ere,  picar,  furar)  ponteiro  com  que  os 
ferreiros  e  espingardeiros  abre  m  furos  ;  ins- 
trumento com  que  se  marciDi  as  peças  de 
ouro  e prata.  V.  Punqão. 

pOiNCELLA,  s.  f.  (do  Fr.  pucelle,  virgem) 
(ant.)  donzella,  e  partícula  ri?.iente  a  de  Or- 
leans  Joanna  d'Arc.  V.   Pucella. 

PONCHE,  s.m.  (Ingl.  pwH'"^,  doCast.  pon- 
ehe,  derivado  de  foncil,  lunão]  limonada  a 
que  se  ajunta  aguardente  ou.  vinho  M.  Webs- 
ter no  seu  Novo  Dicoionario  da  Lingua  In- 
gleza  não  dá  a  etymologia  d'fíSte  termo. 

poNCHEiRA,  s.  f.  [ponche,  des.  eira)  vaso 
em  que  se  serve  o  ponche.  , 

PONCIN,  (geogr.)  cidade  França,  a  4  lé- 
guas ao  SO.  de  Nantua  ;   Í,G.(0  habitantes. 

PONCIODE  LEÃO,  (hist.y  capilão  hispanhol, 
tomuo  parte  activa  na  submissa-)  da  parte 
SÉ.  d'llispaniolf.  sobmetteu  Porlo-Rico,  e 
descobriu  as   costas  da   Flonda  om  15  2. 

PONCio  ,  (hist.)  beufídictino  h  spanhol , 
nasceu  em  1520,  morí  eu  em  1584,  pare- 
ce ter  sido  o  priraeiro"  inventor  da  arte  de 
ensinar  os  surdos-muílost'^'     - 

PONCiONiSTA,  s.  m.  (des.  ista)  o  quo  faz 
ponções ;  o  que  applic  a  o  ponção  ás  peças  de 
ouro  ou  prata. 

poNçó,  s.  rjíi.  (do  Fr.  ponceau]  côr  de  fogo 
viva. 

roNDÁ,  (geogr.)  uçfia  das  provindas  que 
compõe  as  Novas  Conquistas  :  4,850  habitan- 
tes. Capital  Queula. 

PONDERAÇÃO,  s.  fi,  (Lat.  ponderatio,  onis) 
o  acto  de  ponderar;  attenção  reflectida.  Ler 
com  ou  sem — . 

poNDERADAMENTií,  ãdv.  («icníe] suff.)  com 
ponderação. 

PONIERADO,  A,  p.  p.  de  pondcraf  :  adj. 
attentamente  pofiado,  avahado,  meditado. 
Homem — ,  refleictido,  ponderador. 

PONDERADOR,  s,  m.  O  quo  pondera,  avalia, 
examina  com  re/lexão  ;  (íig.  e  ant.)  «  K  como 
toda  dôr  seja  a  mito  injusto  —  das  cousas.  » 
Ulis.  2,  2. 

PONDERAR^    %).  a.  (Lat.  pondero^  are,  de 


pondus,  eris,  o  pes9),>(iig,)  pesar  as  cousas, 
as  razões,  examinar  com  reflexão,  v.  g.  —  as 
pçilavras,  .as  circumstancias  do  caso;  expor 
com  ponderação.  — ,  tj.  n.  meditar  com  re- 
flexão, pesar,  fazer  peso.  «  Esta  razão  era 
a  que  ponderava  mais  comelle,  que  lhe  fa- 
zia mais  peso.  »  Fêo. 

poNDERATivo,  A,  adj.  [j^Qs.  ivo)  quo  pon- 
dera  ;  que  exagera,  encarece,  dando  grande 
peso,  importância.   Homem  — . 

PONDERÁVEL,  adj.  doslg.  (des.  at^eí)  que 
merece  ponderação  — ,  (scient.)  que  se  po- 
de pesar.  Substancias  ponderáveis,  susce- 
ptíveis de  se  lhes  determinar  o  peso,  Oppõe-se 
a  imponderáveis,  v.  g,  a  luz,  o  calórico,  a 
electricidade. 

PONDEROSO,  A,  ãdj .  (Lat.  ponderosus]  pe- 
sado, grave ;  (fig  )  de  peso,  digno  de  pon- 
deração   Reflexões,  razões,  negócios — s. 

PENDíCHERT ,  (geogr.)  Capital  da  índia 
franceza,  na  costa  do  Karnatic,  a  36  lé- 
guas aoSO.  de  Madrasta;  40,000  habitan- 
tes. ■.-     M.f. 

PONDO,  s.  m.  (t.  Africano)  em  Moçambiqiw, 
peso  de  meio  arrátel  de  calaim  que  corre  por 
seis  vinténs.  ,.. 

PONDRA.  y.  Poldras  eÁlpondra.  il 

PONENTE.  V.  Poente. 
.     PONGIMENTO.  V.  Pungimeuto. 

PONIATOWSKI  (tstanislao),  (hist )  nobre  po- 
laco, nasceu  em  1678,   morreu  em   1762i^, 
tomou  partido  por  Estanislao  Leczinski  e  foi 
ura  dos  mais  fieis   amigos  de    Carlos   XU. 
Seguiu -o  á  Turquia  e  foi  enviado  por  elle 
como  embaixador  a  Constantinopla.  Deixou 
depois  a  Turquia  com  Carlos  XII,  submat-.^ 
teu-se  a  Augusto  II  e  morreu  com  o  titiir, 
lo   de  casteliào  da  Cracóvia. 

PONIATOWSKI    (José.  principe),  (hist. )  so- 
brinho de  Estanislao  I,    nasceu  em  Varsó- 
via em  1763,  morreu   em  1813,   foi   com- 
mandante  em  chefe  das   tropas   polacas  na 
guerra  de  1792.  Serviu   depois    com    K.os- 
ciusko,  mas  o  resultado   da   guerra   obrÍT, 
gou-o  a    expatriar-se   até  á  apparição   do»», 
francezes  na, Polónia  em  1806.   Foi   entã(JK, 
nomeado  líiinistro  da.  guerra  e  organizou jQ^, 
exercito.    Em  1809  defíendeu  Varsóvia  com 
8,000  homens  contra   60,000   Austríacos  e 
bateu  em  Kazin  o  arquiduqne   Fernando; 
assignalou-se    nos   exércitos   francezes    em 
1812  e  1813,  e   foi  nomeado  marechal  de 
campo  no  campo  de  batalha  de  Leipsik,  e 
morreu  pouco  depois,  afogado  no  Elster,  a 
19  de  outubro   de  1813. 

PONS,  (geogr,)  cidade  de  França,  a  5  lé- 
guas SE.  de  Sainles  ;  4,290  habitantes. 

poNSEL  ou  PONSUL,  (geogr  )  rio  do  Por- 
tugal, na  Beira,  que  tem  ii  nascentes  prin- 
cipaes ;  ai.*   na  serra  de  Monsanto,  a  2  • 
perto  de  Penha-Garcia,  ambas  junto  á  raia  ^ 


-ie(l   Siiíi    íf»>  u»»tiom 


POS 


POU 


ié 


e  a  3.*  em  Alpedrinha  ;  desagna  na  direi- 
ta de  Tejo  1  légua  a,  €,  de  ViUa-Velha. 

POUT-A-MARCQ.  (geogr.)  villa  de  França, 
a  3  léguas  ^o  SE.  de  Lilld;>60lDobabitan- 
tes.  „  _ ,'  ■.■■-■ 

pont-AtMOUsson,  (geogr.)  Mussipons,  ci- 
dsde  de  França»  a  6  léguas  ao  ^0.  de  Nancy ; 
7^260  habitantes. 

powT-Au-MUR  ,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça a  8  léguas  a  O.  de  Riom  ;  1200  habUan- 

poTíT-Di-BEAUvoísiN,  (geogp.)  cidade  de 
França,  a  4  léguas  E.  de  Tour  do  Pin  ; 
2,14o  habitantes. 

t;ONT-Dií-L'ARCHK,.  (geogr.)  Cidade  de  Fran- 
ça, a  2  léguas  e  meia  N  de  Louviers ; 
1,67J  habitantes. 

P0,5iT-DK-MONTVERT ,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  3  léguas  ENE.  de  Florac  ;..1442 
habitantes.  -í'-<^*í 

poNT-DE-saLARS,  (geogr.)  cidade  d  í  Fran- 
ça a  4  léguas  SE.  de  Rhodez ;  1,211  ha- 
bitantes. 

ppNT-ftE-TAUX,  (geogr.)  Pons  Valensis, 
cidade  de  França,  8  léguas  iNQ.r  de  Bourg; 
3,190  habitantes. 

pj5:|iT-Dç-TEXLE,  (geogr.)  Oppidiim  Vela, 
cidí^dò  (le  França,  a  6  léguas  e  meia  O 
de   i^Qurg ;  1,^50    habitantt^s. 

ppj^T-uiJ-CHATEAU,  (gepgr.)  yilla  de  Fran- 
ça,^? 3  lêguas  30  >E.  de  Glermont-Ferrand  ; 
3,d(;0,  habitantps. 

poííT-EX-ROY^NS,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  2  legu^ís  e  3  quartos  de  S.  Marcel- 
linó ;  1,2.Í0   habitantes. 

poSt-l'abbe,j  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  4  léguas  ,S0.  de  Onimper;  2,80)  habi- 
tantes.   .,.;.■; 

P(}^T-L^EYf.QiíR,  «(geogr.)  cidadd  de  Fran- 
ça, ^a  11  léguas  iSÈ.  de  Caen;, 2,190  ha- 
bitantes. 

pai)ItLEyoy,  .(geogr.)  villa  de  França,  a 
5  leguap  e  meia  SO.  deBlois  ;  1,500  habi- 
tanjlt^s. 

ppN^rSA.iNTE-MAjt«NCE ,  (geogr.)  Litano- 
hriga\  cidade  de  França,  a  3  léguas  ao  N;  de 
Senlfs;.  2,í^>80  habitantes. 

poNT-SAiNT-EsraiT ,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  8  léguas  .NE.  d'A.lzés  ;  4,8  jO  ba- 
ta n  tes,. 

po:<T-VALAis,  (geogr  )  cidade  de  França, 
a  5  léguas  ao  NE.  da  La  Fleche  ;  1,950  ha- 
bitantes. 

posTA^  s.  f.  (de  punctum,  sap.  do  Lat. 
pungo,  ere,  picar,  furar)  extremidade  aguda 
e  picante,  r.  gf.  —  da  espada,  da  agulha,  da 
lanç^, — ,  extremidade  angulosa,  v.g.  —do 
obelisco,  da  pyramide  ;  — de  rochedo;  ex- 
tremidade mais  delgada,  v.  g.  —  do  dedo, 
dalingua,  dope.  — ,  (fig.)  astúcia,  finura, 
indar  de  —  comalgucm,  picado  com  elle. 


—  de  diamante,  mui  rija,  v.g.  faca  de -^, 
de  aço  mui  bem  temp'èrado.  —  de  terra,  por- 
ção angulosa    que  entra  pelo  mar    Ter  boa 

—  d&lingua,  (fig.  efamil.)  falia r  bem.  Sa- 
ber na  —  dalingua,  com  toda  a  perfeição. 
Fazer  —  oexcrcitv,  penetrarem  uma  direc- 
ção alem  da  linha  de  defesa  ou  no  território 
inimigo.  — a  cargos.  V.  Pontos,  \rmado  de 

—  em  branco  V.  Ponto.  — ,  (fig  )  porção 
mui  ténue,  minima.  Não  ter  — de  tniollo, 
um  grão  dejuizo.  — s.  pi.  (fig)  cornos,  o. 
g.  —  d 3  touro,  do  veado  ;  (fig.)  —  dos  pés, 
das  azas.  Dar  das  —s,  fugir,  escapar,  voar. 
Fazer  — s  a  ave,  voar  direito,  ora  a  um  si- 
tio ora  a  outro,  para  cair  melhor  sobre  a 
ralé.  Fazer  — s  a  cargo,  (fig.)  pôra  mira  nel- 
le.  — s,  (fig.)  armas  de  ponta.  Jogar  — s, 
atirar  lanças,  dardos,  piques  De  outra — , 
com  outro  tiro.  Por-se  nas  — s  (dos  pés), 
(fig.)  ensoberbecer-se,  ufanar-se.  Yir  dis  — s, 
não  se  poder  suster  nas  pontas  dos  pés,  diz* 
se  dos  velhos.  — s,  ornato  antigo  ;  eram  pon- 
tas de  metal  polido  fixadas  na  extremidade 
dos  cordões  de  enfiar  nos  ilhós  dos  golpeados 
do  vestido:  — de  pedraria.  — s  de  ensaia- 
dor, peças  de  cobre  com  pontas  de  ouro  de 
diversos  quilates,  que  se  comparam  com  o 
ouro  que  se  esfrega  na  pedra  de  toque.  Ouro 
de  quarenta  é  três  — s,  (ant.)  correspondo 
a  pouco  mais  de  vinte  quilates  de  hoje.     , 

PONTA  DELGAHA,  (geogr.)  cidade  cflpital  da 
ilha  de  S.Miguel,  e  do  districtí»  administra- 
tivo do  seu  mesmo  nome  ;  23,400  habitan- 
tes. ! 

PONTA  DELGADA,  (geogr.)  aldeia  grande  da 
ilha  das  Flores  situada  em  terreno  alto  so- 
bre uma  rocha  á  beira-mar. 

PONTA  GARÇA,  (geogr.)  aldeia  grande  da  . 
iiha  de  S.  Miguel,  légua  e  meia  ao  NE.  dè  ^ 
Viila  Franca. 

PONTA  DE  PARGO,  (geogr.)  aldeia  da  ilha 
da  Madeira,  pertenc^nie  ao  concelho  de  Ca- 
lheta ;  '2,085  habitantes. 

PONTA  DA  PIEDADE,  (geogr.)  aldeia  da  ilha 
do  Pico,  sobre  a  ponta  ESE.  da  mesma,  em 
uma  planície  lavada  de  bons  ares  ,  dis- 
tante das  Lages  sette  léguas  de  máu  cami- 
nho. 

PONTA  DO  SOL,  (geogr.)  villa  da  ilha  da 
Madeira,  que  ó  cabeça  de  um  concelho,  que 
delia  tomou  o  nome,  o  conta  16,766  habi- 
tantes. 

PONTA  DO  SOL,  (gcogr.)  aldéa  da  ilha  de 
Santo  Antão  sobre  o  porto  do  mesmo  no- 
me, que  é  o  principal  da  ilha,  240  habi- 
tantes. 

PONTA-DOS-LIMITES,  (geogr.)  pequena  ser- 
ra da  parte  occidental  da  proviucia  de  Ma-     ; 
to  Grosso,  no  Brazil  ,    perto  das  lagoas  da 
Pontv,  d'Uberava,  Gahiba  e  Mandioró. 
poNTA-ftROSSA,  (geogrJ  cabo  ao  noroeste 


~p' 


f.cá' 


244 


PON 


POH 


da  ilha  de  Sauta  Cathariaa,  no  Brazil,  no 
qual  ha  um  forte  que  defende  a  estrada 
septentrional  da  bahia  do  mesmo  nome. 

pont'alta,  (geogr.)  rio  da  província  de 
Goyaz,  no  Brazil. 

PONTA-KEGRA,  (gcogr.)  nome  commum  do 
cabo  e  da  serra  que  jaz  perto  delle  ,  bem 
como  do  lugarejo  e  pequeno  porto  que  fi- 
ca 2  léguas  a  leste  do  Rio  de  Janeiro,  no 
Brazil. 

PONTADA,  s.f.  {ponta,  des.  ada)  dôr  agu- 
da em  alguma  paite  do  corpo,"  diz-se  deor- 
dinario  dador  de  ilharga  oupleuritica. 
PONTADO.  V-  Alinhavado. 
PONTAGUDO,  A,  adj .  que  acaba  em  ponta 
aguda. 

PONTATLLER,  (gGogr.)  cidadc  de  França 
a  7  legues  E,  de  Dijon  ;  l,ti}i)  habitan- 
tes. 

PONTAL,  s.  m.  {ponte,  des.  ai]  (naut.)  al- 
tura da  quilha  até  ã  primeira  coberta  do  na- 
vio ;  o  intervallo  de  uma  coberta  á  outra. 
— ';  para  a  avante  ou  para  a  ré,  o  que  vai 
do  bordo  do  navio  para  a  proa  ou  popa. 

PONTAL,  s.  m.  {ponta,  des.  ai)  ponta  de 
terra  que  sáe  ao  mar,  v.g.  o  —  de  Caci- 
lhas. 

PONTAL,  adj.  dos  2  g,  Pregos  pontaes, 
grandes,  de  pregar  o  pontal  grande,  pregos 
de  galiota. 

PONTALETE,  5.  m.  diminwí.  de  pntal,  páo 
a  prumo  que  esteia  algum  edifiicio  ou  muro. 
—  ou  forquilhado  mosquete,  espécie  de  for- 
cado sobre  que  se  suslinham  os  mosquetes 
grandes  usados  na  defesa  da  muralha  de  pra- 
ça. 

pontano,  (hist.)  cscriptor  italiano,  nas- 
ceu em  1^26,  morreu  em  lbi>'ò,  foi  pri- 
meiro ministro  de  /Jfonso  rei  de  Nápoles. 
Fundou  a  Academia  Napolitana,  chamada 
Academia  de  Pontano,  Das  suas  obras  a 
mais  notável  é  a  Historia  das  guerras  de 
Fernando  II  de  Nápoles  com  Pedi  o  d'An- 
jou. 

PONTANO,  (hist.)  sábio  italiano,  nasceu 
em  1480.  Deixou  muitas  obras,  entre  ellas 
Grammaticos  artis  pars  I;  Ars  versica- 
toria. 

POMTANO,  (hist )  philologo  italiano,  nas- 
ceu em  1542,  morreu  em  1626.  Publicou 
obras  elementares,  as  principaes  são  :  Flo- 
ridonim  Libri  VIII;  Progymnasmata  la- 
tinitàtis,  etc. 

PONTÃO,  5,  m.  (í  at.  ponto,  onís]  barca  cha- 
ta e  estreita  que  serve  para  formar  pontes 
para  a  passagem  de  rios  ;  barca  grande  que 
serve  de  dar  querena  aos  navios  ;  pontalete, 
espeí^ue,  escora.  .i„..=  .,> 

pòNTApié;  s.  m.  ^o\^  com  a  ponta  do  pe, 
PONTARIA,  s.  f.  {ponta,  des  arha]  o  acto 
de  apontar  ao  alvo  arma  de  arremesso  ou  de 


fogo;  (fig.)  mira,  alvo.  Fazer  — ,  apontar. 
Estar,  ficar  em  — ,  por  alvo,  em  lugar  on- 
de pode  ser  alcançado  pelos  tiros:  (tig.)  ex- 
posto ás  calumnias,  offensas,  ataques. 

PONTARIA,  s.  f.  (ant.)  emprego  de  pontas 
ou  sublilidades,  argucias  para  causar  damno 
a  alguém  :  ex.  «...  nénguum  perca  seu  direi- 
to per  — .  »  Carta  d'Kl-ilBÍ  D.  Diniz,  no  Elu- 
cid. 

PONTARION,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2 
léguas  NE.  de  Bourganeuf;  8Ô0  habitan- 
tes. 

PONTARLIE,  (geogr,)  chamada  successiva- 
mente  Pons  Âlíi,  Pontarlum,  Arciola  ou 
Ariolica,  cidade  de  França,  a  13  legaas 
SE.  de  Besançon  ;  4,890  habitantes. 

PONT-AUDTMER,  (gcogr.)  Pons  Aldemari  ^ 
cidade  de  França,  a  18  léguas  NO.  d'Ecreux  ; 
5,3ò0  habitantes. 

PONTAVEN,  (geogr.)  villa  de  França,  a  4 
léguas  0.   de  Quiraperlé  ;    820  habitantes. 
PONTAZINHA,  *.  f.dimínut.  de  ponta,  pe- 
quena ponta. 

PONTGHARTRAiN,  (geogr.)  villa  de  França, 
a  4  léguas  NE.  de  Kambouillet ;  1,250  ha- 
bitantes. 

PONTE,  s.  f.  {Làl.  pons,  tis,  áepono,  ere, 
pôr,  e  trans.  além.  Outros  o  derivam  sem  ra- 
zão de  pontus,  o  mar)  obra  de  páo,  pedra, 
tijolo  ou  ferro,  de  diversas  construcções,  atra- 
vessada de  uma  borda  de  rio  á  outra,  ou  de 
monte  a  monte  para  dar  passagem  agente, 
a  animaes,  e  sobre  as  mais  solidas,  a  carros, 
carruagens,  de  ordinário  sustentada  sobre 
arcos  de  pedra,  com  parapeito  de  cada  lado. 
—  de  barcas,  estrado  assentado  sobre  bar- 
cas presas  uma  á  outra.  —  levadiça,  que 
se  levanta  e  abaixa  nas  praças  ou  sobre  rios 
ou  canaes,  como  em  llollando,  onde  para  dar 
passagem  aos  navios  se  levantam  e  abrem  as 
pontes  em  duas  metades.  —  suspendida,  de 
íio  de  ferro  cujas  extremidades  são  fixadas 
a  duas  pilastrasou  columnas  década  lado. 
— ,  (naut.)  cíberta  de  navio;  (ant.)  nas  ga- 
lés e  navios,  obra  de  madeira  para  sobre  ella 
se  pelejar  ;  espécie  de  baileo. 

PONTE  DA  BARCA ,  (geogr.)  (antigamente 
Terra  de  Nóbrega ,  por  ter  um  castello 
assim  chamado),  villa  de  Portugal,  nodis- 
íricto  de  Vianna  do  Castello,  sobre  o  rio 
Lima,  a  3  léguas  ao  N.  de  Braga  e  64  de 
Lisboa:  contém  872  habitantes,  o  seu  con- 
celho encerra  10,500. 

PONTE-FERREiRA ,  (gcogr.)  povoação  de 
Portugal  a  3  léguas  E.  do  Porto,  1,400 
habitantes. 

PONTE  DO  LIMA,   (gcogr.)  agradável  vllla 
,de  Portugal   situada   rta    esquerda   do'  rio 
Lima  ;  2,350  habitantes. 

PONTE  DK  SOR,  (gcogr.)  villa  de  Portugal, 
situada  sobre  o  rio  Sor  ou  .Soro,  7  léguas 


PON 

a  0.  do  Portalegre  o  4  o  meia  ao  S.  de 
Abrantes;  1,510   habitantes. 

PONTE,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Uni- 
dos, a  6  léguas  SO.  d'lvrée ;  3,500  habi- 
tantes. 

PONTE  d'era,  (geogr.)  cidade  da  Toscana, 
a  4  léguas  E.  de  Pisa ;   4,000  habitantes. 

PONTE-CORVO,  (geogr)  Fregella  dos  an- 
tigos, cidade  dos  Estados  ecclesiasticos,a  8  lé- 
guas ao  SE.  de  Frosinone  ;  6u0  habitan- 
tes. 

PONTE-VETRA,  (geogr.)  PoTis  Veíus  ou 
Hellenes,  cidade  d'Hispanha  a  5  léguas  e 
meia  ao  KE.  de  Vigo.  5,000  habitantes. 

PONTEADO,  A,  p.  p.  de  poutcar,  adj.  co- 
sido com  longos  pontos. 

PONTEAR,  V.  a.  ['ponto,  ar,  des.  inf.)  co- 
ser com  pontos  longos  ;  v.g.  —  ferida  ; 

a  roupa  ;  alinhavar.  Pontear,  marcar  com 
pontinhos  alguma  linha :  Pontear  o  per- 
fil ,  a  figura  para  servir  de  guia  ao  de- 
buio. 

PONiECHARTRAiN,  (geogr.)  lago  dos  Esta- 
dos Inidos],  a  1  légua  N.  da  Nova  Or- 
leans. 

PONTCHATEAu,  (gcogr.)  cidade  de  França, 
a  4  léguas  ISO.  de  Savenay ;  3,430  habi- 
tantes. 

PONTEFRACT,  (geogF.)  cidade  d'ínglater- 
ra,  a  8  léguas  SO.  d'Yorch;  9,857  habi- 
tantes. 

PONTEIRO,  s.  m,  [ponta,  des.  eira),  has- 
tezinha  aguçada  com  que  se  marcam  as  le- 
tras ou  a  solfa,  peça  de  ferro  agudo,  de  qua- 
tro quinas,  com  que  os  canteiros  abrem  bu- 
racos nas  paredes  ;  penna  ou  palheta  com 
que  se  ferem  as  cordas  da  viola,  cithara, 
etc.  —  de  relógio,  que  indica  as  horas,  os 
minutos,  segundos.  — ,  a  pessoa  que  apon- 
ta a  oulra  o  caminho,  o  meio  de  descobrir 
e  de,  tomar  cousa  ou  pessoa  que  está  occul- 
ta.  E  p.  us.  neste  sentido. 

PONTEIRO,  A,  adj.  [ponta,  des.  eivo),  (naut) 
que  vem  pela  proa,  parte  dianteira  do  na- 
vio.  Vento—,  inteiramente  contrario. 

PONTEROix,  (geogr.)  cidade  de  França  a 
8  léguas  O.  de  Quimpes  ;  1,700  habitan- 
tes. 

PONTEVEL,  (geogr.)  povoação  de  Riba- 
Tejo,  em  Portugal,  no  concelho  do  Carta- 
10  e  districto  de  Santarém,  a  12  Jeguas  de 
Lisboa. 

PONTGiBALD,  (gcogr.)  villa  de  Ffança  a  5 
léguas  e  meia  SO.  de  Biom  ;  850  habitan- 
tes. 

PONTHiAMAS,  (gcogr.)  pequeno  Estado  da 
índia  Transgangelicca,  na  costa  NE.  dogol- 
pho  de  Sião,  ao   SO.  deCambodge. 

PONTDiEU  (geogr. )paiz  da  Baixa  Picardia, 
na  embocadura  do  Somme,  tem  o  titulo  de 
condado. 

VOL.  ly. 


PÔN 


J45 


ponticula,  s.f.  íiminní.  de  ponte,  poat^^f 
tezinha,  pinguela  ao  lado  da  ponte  levadi- 
ça,  para  servir  de  noite. 

PONTIFICADO,  s.  m.  (Lat.  pontificaíus), 
dignidade  de  ponlifice  .  duração  das  suas 
funcçôes.  No  quarto  anno  do  —  de  Pio 
VI.  — ,  dignidade  suprema  em  qualquer 
religião,  v.  g.  na  mahometana,  califado.— 
(ant.)  bispado,  ex.  no  anno  sexto  do  — de 
D.  Hugo,  bispo  de  Porto.»  Monarc.  Lu- 
sil. 

PONTIFICAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  pontift^ 
calis),  concernente  ao  pontífice,  ou  aos  pon- 
tífices, segundo  o  rito  dos  bispos.  Missa—. 
Os  livros  pontificaes,  entre  os  antigos  roma- 
nos, que  continham  o  ritual  dos  pontífices 
ou  summos  sacerdotes. 

PONTIFICAL,  s.  m.  (subst.  do  precedente) 
capa  de  longa  cauda,  e  capello  forrado  de 
carmezim  ou  arminhos,  de  que  usam  os  bis- 
pos na  sua  cathedral ;  vestes  sacras  de  que 
usam  os  bispos  nos ofiTicios pontificaes.  «Um  - 
—  inteiro  de  brocado  riquíssimo.  »  Missa  de 
— ,  com  o  ceremonial  usado  pelo  papa.  Fa- 
zer um  — . 

PONTiFiCALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  se- 
gundo os  ritos  pontificaes.  Celebrar  — .  Ba- 
ptizar— . 

PONTÍFICE,  s.m.  (Lat  pontlfex,  eis,  snm- 
mo  sacerdote,  que  os  etymologistas  derivam 
da  ponte  Sublicia,  em   Roma,    construída      i 
pelos  pontífices  para  irem  sacrificar  da  ou- 
lra banda    do  Tibre.    Court  de  Gébelin  dá      .3 
uma  etymologia  mais  elevada,  e  diz  que  pon-       ] 
tifice  significa  o  que  dirige  as  cousas  ceies-      ; 
tes  ou  sublimes,  mas  não  justifica  a  sua  con- 
jectura.   Eu  creio    que   vem   do  Egypc.  pi 
hout,  que  significa  o  sacerdote,  eof,  gran- 
de.   O  termo  pontifex  é  sem  duvida  ante- 
rior  á  construcção  da  ponte  Sublicia],  en- 
tre os  antigos  romanos,    summo   sacerdote 
dos  collegios,  o  chefe  denominava-se  —  ma- 
ximo,  entre  os  christãos,  equivale  a  bispo, 
arcebispo  ou  patriarcha.   O  summo  — ,  o  pa- 
pa ou  bispo  de  Roma. 

poNTiFicie.  A,  adj.  (Lat.  pontificius),  epis- 
copal ;  — ,  do  summo  pontífice,  do  papa. 
Breve  — .  Bulia  — . 

PONTIFÍCIOS  (irmãos),  (chr.)   isto   é  cons- 
triictores  de  pontes,    ordem   d'irmãos  hos-       '• 
pitaleiros,   que   se   estabeleciam   nas   mar- 
gens do  rio  para  transportarem  de  graça  os 
passageiros,    ou    que   se   associavam  para       p^. 
construírem  pontes.  ' 

PONTiGNY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3 
léguas  NE.    d'Auxerre ;   400   habilantes. 

PONTILHA,  í.  f.  diminuí,  de  ponta,  pon- 
ta aguda.  Sapatos  de  — ,  de  ponta  virada 
para  cima. 

PONTINHA,  y.  m.  diminuí,  de  ponta,  pe- 
quena ponta  ;  (fig.)  peguilho,  v.  g.   Andar        ? 

62  ;:. 


S46 


POR 


v^f> 


>  n 


PON 


de  pontinha  com  alguém.  Erguer-se,  pôr- 
se  nas  —  dos  pés  com  alguém,  (phr.  fam.) 
ter  birra  com  elle. 

PONTINHO,  s.  m.  diminut.  áè^onio.  Pin- 
tura de  — í,  miniatura.  .    ; 

PONTINOS  (Pântanos),  (g<;ogr')  Pomyúna^ 
palus,  vastos  pântanos,  que  no  KslaJo  Ec- 
clesiastico  se  extendem  d'  Astura  a  Terra- 
cina. 

PONTISTA,  s  dos  2g.  [áes  isía),  (p.  us.) 
a  pessoa  que  usa  de  peguilhos, 

PONTIVY,  (geogr.)  cidade  de  França  al^ 
léguas  ao  ^0.  de  Vannes  ;  7,000  habitan- 
tes. 

PONTO,  s.  m.  (Lat.  punctum^  snp.  de  puti- 
go,  ere,  picar),  picida  feita  cora  a  ponta 
de  agulha  armada  de  fio,  o  qual  se  vai  pas- 
sando de  um  furo  ao  outro  v.  (j.  Cosera 
— s  miúdos  ou  largos.  —  de  meia,  as  ma- 
lhas. —  nas  meias,  m^lba  cahidn.  Tomar 
um  — ,  cerrar  a  malha  com  agulha  e  linha 

—  de  sarja,  maneira  de  tecer.  —  de  ca- 
derneta, de  nós,  de  espiga,  aberto  ;  —  atrás, 

—  adiante,  segundo  as  diversas  formas  da 
costura.  Nào  dar  —  sem  nó,  (loc.  fam,)  não 
fazer  cousa  alguma  sem  pôr  a  mira  no  pro- 
veito que  dahipode  vir.  — s,  (cirurg.)  da- 
dos com  agulha  e  linha  para  cerrar  os  lá- 
bios de  fenda  ou  de  incisão,  —s  falsos,  uniào 
dos  lábios  de  ferida  por  meio   de  tiras  de 
emplasto  adhesivo.  Quebrar  os  — s  á  mulher, 
(!oc.  ant.)  desflorá-la,    sem  duvida  em  ra- 
zão do  estado  de  constricção  virginal,  e  não, 
como  inculca  Moraes,  de  pontos  dados  com 
agulha  por  barbeiro. — ,  (geom  )  a  minima 
porção  perceptivel  de  una  nodoazinha;  os 
geómetras  a  suppõem  privada  de  extensão, 
e  todavia  aíTirmam  compôr-se  a  linha  de  pon- 
tos. Rigorosamente  o  ponto  mathematico  é 
uma  mera  ficção  abstracta.  — ,  (phys.)  lugar 
circuiLScripto :  —  de  suspensão,  sobre  que 
está  suspendido  um  corpo ;  —  de  s^istenla- 
ção,  sobre  que  elle  se  sqstem  ;  —  de  apoio, 
A  alavanca.  — ,  (astron  ]  lugar  determinado 
no  céu,    Tl.  g.  os  quatro  pontos  carçlinaes. 
— ,  (naut.)  o  calculo  de  latitude  e  longitude 
que  determina  com  exacçãoo  lugar  do  glo- 
bo onde  se  acha  o  navio.  v.g.  Fazer  o — . 
Pelo  seu  — ,  calculo,  ir   de  —  em  branco 
sobre  algum  porto,  directamente.    Pôr  — , 
(ant.)  esmar,  calcular  aproximadamente.  -— 
termo,  de  óptica,  dioptrica,  catoplrica,  en- 
contro de  duas  linhas  for  mando  ang,ulo  :  — 
de  incidência,  reflexão  refracção,;  princjpíil, 
accidental.  V.  estes  termos.  —  de  vista,  an- 
gulo visual  em  que  os  objectos  são  distin- 
ctamente  discerniveis.  —  ,,   na  perspectiva 
artificio ,  copa  que ^ ,o  pintor,  imití^pdo. ,a  n^a- 
tureza^  representa'  ao  espectador  a  distancia 
relativa   das  imagens  figuradas;  — ,   (fig.)f 
aspecto.  Debaixo  d'esse  ponto  de  vista.  €m«i 


questão  complexa  deve  sef  considerada  de- 
baixo de  diversos  —s  de  vista.  Não  perder 
o  ponto  de  alguma  cousa,    tê-la  em  vista. 
— ,  signal  orihographicocom  que  sé  marca 
o  íim  do  período  ;   é  uma  nodoazinha  feita 
com   a  ponta  da  penna  molhada  era  tinta. 
-r  J,nal,  {,)  Dois  —s  {:)  —  e  virgula  (;). 
— ,  na  musica,  põe-se  airáz  de  Uma  figura 
para  denotar  que  vale  metade  da  preceden- 
te.—s,  as  pintas  pretas  rharcadis  nos  da- 
dr)s,  — ,  (termo  de  jogo),  numero  de  lan- 
ces que  fazem  parte  do  total  da  partida,  c. 
g.  faltam-me  Ires— s  para  ganhar  a  partida 
Dou-te  quatro  — sao  bilhar,  vantagem  coh- 
eedida  ao  jogador,  menos  hábil.  Sele  é  — , 
nome  de  um  jogo.  —5  das  cartas,  o  VaW 
que  se  dá  ás  figuras,  v.g.  o  rei  vale  dez— s 
no  jogo  do  vinte  um.    —s  da  craveira,  de 
sapateiro,  as  divisões  delia.  Calçar  tantos  —, 
ter  de  longo  o  pó  ou.  o  sapato.  Termais  —* 
do  devido,  (fig.)  ser  exagerado.  —  do  ca- 
no da  espingarda,  a  mira,  proeminência  na 
extremidade  do  cano  que  serve  de  dirigir  o 
olho  ao  alvo  a  que  se  atira.  Ter  bem  ou  mal"^ 
posto  o  — ,  mirar   certo  ou  errado;  (fig;f* 
conseguido  ou  não  o  fim,  o  intento,  —(fe'^ 
arrimar,  a  peça  dos  fechos  dè  arma  d^  fo- 
go  que  impede  o  cão  de  recuar   de   maig. 
—  ,  (fig.)  termo  .  fim  ,  parada,  suspensão. 
Fazer  — ,  fallir  o  negociantiB,  suspender  os 
seus   pagamentos.  Dar  — ,  nos  tribunaé?, 
pôr  termo.   Tende  — ,  calai-vos.  —  ,  lugar 
ou  tempo  fixo.  Ao  —  dado  desaff'erraram  to- 
das as  galés.  Meio  dia  em  —  ,  justo.  Che- 
gou o  negocio  ao  —  desejado.  O —central, 
centro. — ,  assumpto,  objecto  determinado;""*" 
objecto  essencial ;  estado    O  ^  da  questão. '" 
Lsse  é  o  —  capital,  importante.  Chegou  a 
tal— a  epidemia,  a  miséria,  o  descontenta- "^ 
mento,  o  desaforo.  Chegou  a  disputa  ataV'^ 
— ,  a  tal  auge.  Chegar,  vir  a^^Và  pro- 
pósito, em  tempo  conveniente.  A  —  de,'  pró- 
ximo, t?.  g.  esteve  a  —  de  pprdera  vída. 
O  —  está  em  aproveitar  a  conjunctura,  is- 
to é,  o  essencial.  Ahi  bate  o — .  No  mes- 
m,o  — ,  logo,  no  mesmo  momento.  Ndoptr- 
der  o—,  a  opportonidade,  a  occasião,  ^,  '' 
parle  de  uma  questão  philo<50])hica    ou  de 
um  discurso.    Dividiu  a  questão  ou  o  ser- 
mão em  ires  — s.  —  ,  (t.  de  universidade}  ' 
questão  ou  matéria  que  o  estudante  lird  por 
sorte    para   sobre    ella  ser  examinado ,  ou 
dissertar.  Tirou  por  —  em   medicina  a  hy- 
drophobia,  em  anatomia  o  coração^ — í,  (t. 
de  escola)  erros  feitos  pelo  estudante  na  li- 
çãp.  decorada»  ^,  entre   os  exad4inad6reà 
moralistHs  do3  ecotesiasticos,  os  pOíntòé  ssb^ 
as    graus  de   merecimento   do  exaoSinádó. 
Narrar  ou  expor —  por  —  ,  com'  miiideza. 
— ,  nos  jogos  de  parar,  o  jogador  que  apon- 
ta, V.  g.  á  banca,  ao  trinta  e  quarenta. — , 


POW 


von 


m 


livro  de  marcas  em  que  o  apontador  ou  mes- 
tre de  obras  nota  «s  falias  dos  operários, 
ou  outros  empregados.  Dar  os — s.  — ,  ou 
—  rfft  honra,  pundonor,  Tomar  por — >,fa 
zer  timbre.  Homem  de  -,  (ant.)  brioso. — , 
consistência  de  fluidos,  v.^  g.  o  — do  assu- 
car,  consistência  que  se  dá  á  calda.  Assu- 
car  em  —  de  espadana.  O  —  de  congelação, 
de  ebullição,  a  divisão  do  thermoraelroque 
marca  estes  estados  dos  fluidos.  De  —  em 
branco,  coberto  de  armas  defensivas  de  mo- 
do a  não  oíTerecer  ponto  em  que  a  lança 
ou  espada  do  contrario  possa  entrar. —  do 
diamante,  (t.  de  lapidarioj  o  que  o  guia 
para  a  direcção  das  íacetas ;  está  no  fun- 
do do  diamante. — ,  (fig.)  auge,  perfeição. 
Estar  uma  cousa  em  seu  — .  Subir  de  — , 
esforçar  a  voz^^cantando.  —  ,  crescer,  au- 
gmentar-se.  — ,  formar  grandes  pretenções. 
Subií  de  —  alguma  cousa,  exalta-la,  exag- 
gerar  o  valor  delia.  Baixar  de  —  ,  descer 
da  jactância.  Por-se  em  — s  com  alguém  , 
altercar,  pôr-se  aos  itens.  Foros — saltos, 
(fig.)  ensoberbecer-se,  ter  grandes  preten- 
ções. Á  um — ,  juntamente.  A — ,  a  propó- 
sito, em  tempo  opportuno.  — ,  prestes,  dis- 
posto. Levava  o  galeão  a  —  de  guerra,  pre- 
parado para  combater.  Ao  —  ,  no  lugar, 
tempo  ou  occasião.  Ao  —  de,  próximo.  Em 
— ,  exactamente,  v.  g.  meio  dia  em  — .  Em 
bom  —  ,  em  estado  de  saúde ;  em  estado 
conveniente. — ,  (t.  da  Beira)  lugar  de  forte 
corrente  de  rio. 

PONTO,  s.  m.  (Lat.  poníus.)  O  —  fundo, 
(ant.)  O  mar.  V.  Mar 

PONTO,  (geogr.)  região  da  Asia-Menor,  ao 
NE.  limitada  ao  N.  pelo  Ponto-Euxino,  a  E. 
pela  região  Caucasiana  e  a  Arménia,  a  O. 
pela  Pagblagonia,  «o  S.  pela  Cappadocia  ; 
era  habitada  por  differentes  tnbus  indepen- 
peales  O  Ponto  fez  ao  principio  parte  da 
Cappadocia  ,  mas  no  anno  •  tbO  antes  de 
Jesu-Christo  os  dous  paizes  separaram-se  e 
o  Ponlo  formou  uma  satrapia  do  império 
persa.  Todavia  os  satrapas  do  Ponto  eram 
hereditários  e  quasi  independentes.  Esta  in- 
dependência toruou-se  completa  no  reina- 
do dos  Seleacidas. 


tes: 


Os   reis   do   Ponto  foram  os  seguin- 


Pharnaeesl,  antes  de 
Jesu-i,hristo     250 
Artabazo  5^2 

Ariobarsane  l  480 
Mithridates  I  4()í 
Ariobsrzane  II ^  Stâ 
Mithridates  II  337 
Mithridates  III  302 
Miihridates  IV     '^Q& 


Mithridates  V  2^2 
Pharnace  lí  186 
Mithridates  VI  ou 

Evergeto  157 

Mithridates  Vil  ou 

Eupater  12Í-65 
Submissão    aos 

liomanos  65-48 
Pbaroace         48^7 


Reis  do  Ponto  Plomaniaco. 

Paleraon   I  47        Jesu-Christo, 

Pylhoporis  1 1  an-  depois.. 

nos   antes  de  Paleman  11      3S-65 


PONTO    (dioceze   do),     (geogr.)    uma   das    ^^ 
cinco    dioci-zes   da   prefeitura    dfj  Oriente, 
compreendia  ^'toda  a  parte  oriental  da  Ásia    ,{ 
Menor,  menos  a  Ciciíia,  e  era  dividida  em  :^ 
onze  províncias  :   Ponto  Poleaíoníaco,   Ton- 
to Galatico,   Galacia   1.*   e  2.*,    Byihinia, 
lloncriada,    T.appadocia    1."   e  2.''^,.  Arme-   ., 
nia  V.*  e  2.*   Paphlagonia.  ',', 

PONTO  CAPPADOCio ,    (geogr.).    Foi   assim   '.^ 
chamado  desde  o  anno  47  antes,  de   .lesu-  j.^ 
Christo    ate   ao   anno  65    depoͣ   de  Jesu--.^)^ 
Christo,  a  parte  do  Ponto  ao  SiE.  do  Pon- 
to   lolemoniaco. 

P0NT>>  GALATica,  (gcogr.)  pajte  do  Pon- 
to a  O.  do  Ponto  Polemoniaco,  tiuha  por 
capital  Amasea. 

PONTO  POLEMONIACO,  (geogr  )  part'3  do  Pon- 
to, a  E.  do  Ponto  Galat'\co,  ao  N.  e  a   O 
do  Ponto  Cappadocio,  tinha  por  capital  Po- 
lemonium. 

PONTOiSE,  fgeogr.)  Briva,  Isaroe  dos  Lati-     í,,^ 
nos,  Pons  Isara,   na   idade  média,    cidade 
de  França,  a  9  léguas  ao  íH.  de  Versailles ; 
5,400  habitantes. 

PONTONBiRO  ,  s.  m.  (des.  eiró.)  soldado 
do  corpo  de  artífices  encarregado  do  servi- 
ço dos  pontões. 

PONTORSON,  (geogr.)  Po»5  Ureonis,  cida- 
de de  Françi,  a  4  léguas  e  meia  SO.  de  Ar- 
ranches  ;  1 ,660  habitantes. 

PONTOSO,  A,  adj.  {ponto,  de  honra,  des. 
oso.)  brioso,  pundonoroso,  caprichoso.  A — 
opinião  dos  esforçados-  Sá  de  Miranda. 

PONTREMOLi,  (geogr.)  Apua,  cidade  de  Tos- 
cana, a  35  léguas  ao  ISO.  de  Florença  ;  4,000 
habitantes. 

roNTs-DE-cé,   (geogr.)  Pons  Saii   cidade 
de  Françi,  a  2  leguís  SE,  d'Angers  ;  J.6G0  ;, 
habitantes. 

PONTSCORFT,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  2  léguas  ao  NO.  de  Lorient;  1.67J  ha- 
bitantes. ' 

PONTUAL,  adj.  dos  2  g.  [ponto,  des.  ad). 
ai  )  exacto  em  fazer  as  cousas  no  tempo 
prefixo,  e  da  mancnra.  convencionada.  Ho- 
mem mui  —  nos  seus  pagamentos.  — ,  fei to- 
no devido  tempo,  feito  com  exacção,  á  ris- 
ca. —  pagamento,  paga.  (iraduação  —  das 
terras,  em  mappa  geographico. — ,  (p.  uá.) 
pundonoroso,  brioso.  Soldado,  cavalleiro — . 
É  antiquado  neste  sentido. 

P0N.1UALIDAD1,  s.  f.  (des.  idadc.)  a  (iu&- 
lidade  de  ser   pontual;  perfeita  execucào^ 
Cá  « 


248 


POF 


PÔB 


«  Historiadfir  perfeito  na  —  dos  tempos  e 
pessoas.  »  Severim.  —  ,  exactidão  justa. 
Vieira. 

PONTUDO,  A,  adj.  [ponta^  des.  udo.)  que 
tem  ponta.  Instrumento  pontudo.  Vinho 
— ,  [hg.]  qu(í  tem  ponta  de  azedo,  áspero. 

PONTURÀ.  Y.  Punctura. 

PONZA  OU  POTíCES,  (geogr.)  PontioB  insu- 
IcB,  seis  pequenas  ilhas  do  mar  Tyrrhio,  § 
12  leguss  do  reino  de  Nápoles, 

poo,  (ant.)  V.  Pó,  Poeira.  Poos,&â.uhos, 
especiarias.  Docum.  ant. 

POOLE,  (googr  )  cidade  d'Inglaterra,  a  7 
léguas  e  meia  SO.  de  Winchester ;  5,600  ha- 
bitantes. 

POPA,  s.  f.  (Lat.  puppis,àepupus,criin- 
ça,  boneco,  porque  na  popa  punham  os  an- 
tigos estatuetas  dos  deuses  protectores  da 
navegação,  cm  Gr.  pataikoi,  simulacros,  de- 
riv.  do  Phenicio,  ou  antes  do  Egypcio  P/iía. 
nome  do  deus  que  presidia  á  navegação,  e 
hek,  piloto.)  a  parte  posterior,  a  ré  do  navio 
onde  vai  o  leme.  Vento  em  — ,  pela  popa  ; 
(fig  )  favorável.  Ir  ou  vir  em  — ,  ou  vento  em 
— ,  prosperamente,  ser  favorável  para  algum 
fim.  «  Yentou-lhe  o  demónio  em  — ,  »  Lu- 
cena, favoreceu-o.  Errar  de  —  á  proa,  to- 
talmente. 

POPAYAN,  (geogr.)  cidade  da  America  do 
Sul,  na  republica  da  Nova  Granada,  capital 
da  província  de  Popayan  e  de  todo  o  distri- 
cto  do  Caiina ;  8,000  habitantes. 

POPE  (Alexandre),  (hist.)  celebre  poeta  in- 
glez,  nasceu  em  1688,  morreu  em  1744.  As 
suas  obras  principaes  são :  Ensaio  sobre  a 
critica  ;  o  Annel  de  cabellos  roubado  ;  a 
Floresta  de  Windsor ;  Ensaio  sobre  o  ho- 
mem :  a  lliada,  etc. 

popERiNGEN  OU  popERiNGHE,  (gcogr.)  ci- 
dade da  Bélgica,  a  3  léguas  O.  d'Y])res; 
y,G0O  habitanles. 

popiLio  LENAS,  (hist.)  senadoF  romano, 
cônsul  no  anno  172  anles  de  Jesu-Christo 
foi  enviado  em  170  pelo  senado  romano  a 
Anliocho  Epiphanes,  rei  daSyria,  para  lhe 
intimar  que  não  atacasse  Ptolomeo  VI,  rei 
do  Kgypto,  e  alliado  do  povo  romano. 

popiNA,  s.  f.  V.  Taverna. 

POPLExiA.  \.  Apoplexia. 

popocATEPETL  OU  LA  PUEBLA,  /'gcogp.)  mon- 
tanha volcanica  do  México. 

POPOLI,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  3  léguas  ao  NO.  de  Sulmona;  3,000 
habitantes. 

POPPEA,  (hist.)  imperatriz  romana,  foi  ca- 
sada com  Rufo  Crispino,  depois  com  Othão, 
e  finalmente  com  Nero.  Concorreu  muito  pa- 
ra a  morte  de  Agrippina  e  para  a  de  Oc- 
tàvia,  primeira  esposa  de  Nero.  Morreu  em 
consequência  de  um  pontapé  que  lhe  deu  Ne- 
ro, estando  pejada. 


POPPi,  (gôogr.)  cidade  da  Toscana,  a  í^ 
bguas  ao  SE.  de  Florença ;  4,000  habi- 
tantes. NK-OR  o  MiO  i£'i  ?6   ' 

poppRAD,  (geogr.)  cbamado  também  Po/?-' 
part  e  Popcr,  no  dos  Estados-austriacos , 
nasce  nas  fronteiras  da  Galicia  e  da  Hungria 
e  cáe  no  Dujanetz. 

POPULADO,  A,  p.  p.  de  popular.  V.  Po- 
voado. 

POPULAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  popularis, 
de  populus,  o  povo.)  do  povo  ;  grato  ao  po- 
vo, bem  quisto  do  povo.  Homem  — .  Ex- 
pressão, locução  —  ,  usada  pelo  povo.  Os 
populares,  subst,,  a  gente  do  povo;  na  anti- 
ga Roma  os  cidadãos  não  patrícios  ou  se- 
nadores. 

ropui-AR,  V.  a.  (ant.)  V.  Povoar. 

POPULARIDADE  ,  s.  f.  (Lat.  popularitas , 
lis.)  favor,  aura  popular  ;  o  ser  bem  visto 
do  povo,  por  favorecer  os  seus  interesses  o 
defender  os  seus  direitos.  O  verdadeiro  pa- 
triota grangêa  —  servindo  e  não  lisongean- 
do  a  nação. 

popuLARiSADo,  A,  p.  p.  dc  popularisar ; 
adj.  que  adquiriu,  grangeou  popularidade. 

POPULARISAR,  V.  a.  (do  Fr.  populariser.) 
(t.  moderno)  fazer  popular,  dar  populari- 
dade. A  energia  com  qu«  defendeu  os  op- 
primidos  o  popularisou.  — se  ,  v.  r.  ad- 
quirir, grangear  popularidade. 

POPULARMENTE,  adc.  [mente  suff.)  á  ma- 
neira do  povo,  no  gosto  do  povo,  de  modo 
a  grangear  a  approvação,  ou  a  benevolên- 
cia do  ])Ovo. 

popuLEÃo,  adj  m.  (do  Lat.  populus,  ále- 
mo.J  Unguento  —  ,  (pharm.)  composto  em 
grande  parte  de  rebentos  de  álemo. 

POPULEO,  A,  adj.  (Lat.  populeus,  dèále^ 
mo.   Varas  — s,  de  álemo. 

P0PULis3'MO,  A,  adj.  superl.  de  populo- 
so, mui  populoso.  A  China  é  um  império 
— .  Pekin  é  cidade  —  ,  de  grande  povoa- 
ção. 

POPULOSO,  A,  adj.  (Lat.  populosus .)  onàe 
ha  muitos  habitantes,  mui  povoado.  Cida- 
de— .  Rios — s,  (íig.)  em  cujas  margens  ha 
muitas  povoações,  ou  de  muita  navegação- 
commercial ;  também  se  diz  dos  rios  da 
China  onde  habitam  em  barcos  muitas  fa- 
mílias formando  povoações  fluctuantes. 

PÔR  ,  autigamente  poer  ou  põer  ,  v.  a.. 
(Lat.  pono,  ere,  cujo  radical  é  incontesta- 
velmente pes,  o  pê,  em  Persa  pa,  pê,  em> 
Egypcio  pat  ou  phat.  O  í  do  rad.  pes,  mos- 
tra-se  no  pretérito  posui,  no  participio  e 
supino  positus,  positum.)  situar,  collocar  det 
certa  maneira  ou  modo,  metter,  plantar  — 
o  pé  no  estribo,  —  a  mão  na  testa,  — ô cha- 
péu na  cabeça,  a  espada  á  cinta,  —  as  meias, 
os  sapatos.  —  plantas,  dispô-las,  planta-las. 
A  Gallinha  põe  ovos,  depõe  no  ninho.  Pôr 


i»ok 


de  farte  ou  a  part«,  sepanu*.  — ^^  aprir  m&o 
dQ  alguma  cousa,  descontinuar,  v.  g.  —  a 
obra,  a  Iraducção. — ,  renunciar,  dcpôr, 
V.  g.  —  a  vaidade,  o  ressentimento.  —  de 
parte,  o  pejo,  as  paixões,  —  os  vestidos,  des- 
pir. «  —  a  artificiosa  formosura.  »  Camões, 
Lus.  IX,  65. 

Aqui  porá  da  Turca  armada  duru 
Os  soberbos  e  prósperos  tropheos. 
Camões,  Lus..  v,  4õ< 

Pôr  d  vista,  patente,  diante  dos  olhos;  (fig.) 
tornar  intélligivel,  esclarecer.  — ,  assentar, 
dispor,  V.  g.  — em  catalogo,  lista,  em  nume- 
ro. —  mãos  á  obra,  começa-la  com  fervor. 

—  toda  a  diligencia,  todo  o  cuidado,  todas 
as  forças,  empregar,  metter.  —  todo  o  seu 
poder,  metter.  —  fim,  termo,  terminar,  aca- 
bar. —  por  escripto,  assentar,  lançar  por  es- 
cripto.  —  em  execução,  executar.  —  em  ef- 
feito,  effectuar. — em  fugida,  afugentar. — 
por  terra,  derribar,  derrocar;  (fig.)  desa- 
creditar alguém. — na  rua  a/g^ueni,  expul- 
sa-lo de  casa.  —  um  preso,  soltar,  fazer  sair 
daprisiio.  —  um  criado,  despedi-lo. —  pelas 
ruas  da  amargura,  (loc.  famil.  e  fig.)  di- 
zer muito  mal  de  alguém.  — fora,  expulsar, 
expellir.  —  os  pés  em  algum  sitio,  ir  ter  lá. 

—  tributos,  assentar,  impor,  lançar. — pe- 
na, applicar. — a  culpa,  imputara  alguém, 
culpar.  —  leis,  (p.  us.)  impô-las,  estabele- 
ce-las.  —  lei  a  si  mesmo  ,  impor  a  si  pró- 
prio regra  obrigatória.  —  o  sello ,  a  assigna- 
tura,  sellar,  assignar.  —  luto,  vestir-se  de 
nojo.  — vezo,  acostumar,  avezar,  habituar. 

—  silencio,  fazer,  mandar  calar.  —  a  mesa, 
dispô-la  para  se  servir  a  comida,  estender 
a  toalha,  pôr  os  talheres,  etc  ,  v.  g.  — pa- 
ra jantar,  cear.  —  em  deposito,  depositar. — 
casa,  guarnece-la  de  moveis  para  residência 
fixa.  —  tenda  ou  loja,  abrir.  —  cobro.  V. 
Cobro.  — em  paz,  pacificar,  paziguar.— cer- 
co on  sitio,  situar,  cercar,  -r-,  apostar,  fa- 
zer aposta.  — ,  (fig.)  fingir,  imaginar,  sup- 
pôr,  admitlir  por  hypothese.  Pon/iamos  7 ue 
assim  é,  supponhamos.  Ponha  o  caso  em 
si,  applique-o  ao  próprio  individuo.  —  al- 
guém em  cargo,  emprego,  conferir,  v.  g. — 
por  governador,  capitão,  inspector,  ou  em 
lugar  de  outrem  :  —  por  aprendiz..  —  algu- 
ma cousa  da  sua  algibeira  ou  de  sua  casa, 
supprir  o  que  falta  para  preencher  o  custo, 
os  gastos,  despezas  ;  (fig.)  acorescentar  aos 
factos,  exagerar.  — ,  gjuutar,  ornar.  —  em 
condição  o\i  por  contíiV«o>  capitular. — ,  fa- 
zer consistir,  v.  gf.  — a  felicidade  em  fazer 
beto  ao  próximo,  em  soccorrer  os  necessi- 
tados, ou  nos  prazeres  sensuaes.  —  a  ferro 
c  fogo,  assolar,  devastar.  —  em  perigo,  ex- 
por a  elle,  fazer  çprrer  perigp.  —  a  vida,  a 
saúde,  a  segurança.  — peito  á  corrente,  na- 

?0l.  IT. 


•V.  iM  ai'M)Tti  nod 
dar  contra  ella;  (fig.)  resistir  RívTorça^Ntthert^^í 
te,  arrostar;  luctar  com  diíliifiidades;  abs^* 
taculos  poderosos.  —  preço^  u^\■^v,  estàbele-^ 
ce-lo,  —  uma  questão,  propor.  —  dutidas  ' 
propô-las.  —  ao  sol,  ao  ar,  csl;  nder,  expor,  ;> 
V.  g.  —  roupa  para  que  enxugue,  fato  para  ' 
lhe  fazer  perder  o  cheiro  de  mofo,  etc.  —  o*' 
panella  ao  lume,  para   cozer  a  olha.  —  a' 
proa  a  algum  lugar,  dirigir  o  navio  a  esse 
sitio,  marea-Io  naquelle  rumo.  —  os  cornos 
a  alguém,  (loc.  famil.)  ter  commercio  illici-A 
to  com  a  mulher  de  alguém.  —  muito  tem"  \ 
po  em  fazer  alguma  cousa,  gastar.  iVão^^'^ 
nada  diante,  (fig.)  desprezar  obstáculos,  in- '^ 
convenientes  attendiveis.  Isso  não  tira  nem 
põe,  não  muda  o  estado  da  cousa  ou  da  ques- 
tão, não  faz  ao  caso.  —  os  pés  d  parede,  (fa-^* 
mil.)  teimar,  obstinar-se.  O  —  do  sol,  00c-' 
caso.  Ao  —  do  sol,  ao  anoitecer.  — se,  v.  r.ó 
situar-se,  collocar-se.  —  á  mesa,  sentar-se 
para  comer.  —  a  fazer  alguma  cousa  ,  co-'  ■ 
meçar  com  tenção  de  proseguir,  ou  segui- »■ 
damente,  v.  g.  —  a  rir,  a  escrever,  a  gra- 
cejar, a  chorar.  — se  em  fazer  alguma  cou- 
sa,   empenhar-se.  — se  a  perigo,  expor- se. 
— se  a  ave,  pousar. — se  o  so/,  desapparecer  ' 
ao  occidente.  Porem-se  os  astros,  occulta^ 
rem-se  no  horizonte.  — se  a  morrer,  estar 
mui  próximo  de  expirar,  estar  moribundo, 
— se  bem  com  Deus,  arrepender-se  dos  pec-  - 
cados  ,  pedir  delles  perdão  a   Deus. — se  a^ 
cavallo  ,    cavalgar,   montar.  — se   a  andar, 
afastar-se   de    algum  lugar,    fugir.  — se  na 
rua,  ir  passear.  — se,  (ant.)  vestir-se,  or- 
nar-se,  v.  g.  —  de  seda,  de  gala,  de  luto.  — 
se   em   mulher,   (obsceno)  ter  cópula  com  ; 
ella. 

A  conjugação  deste  verbo  é  muito  irregu-  ' 
lar.  V.  a  Grammatica,  artigo  Conjugações  • 
irregulares.  .  •  >L 

SYN.  Comp,  Pôr,  assentar,  coZ/ocar.  'Dò'' 
verbo  latino  ponere  fizeram  os  nossos  anti-" 
gos  poér,  que  depois  se  modificou  em  pôr,  i 
cuja  significação  é  mui  genérica,  e  se  H-  j 
mita  em  alguns  casos  pelos  dous  verbos  ■ 
ahtntar  e  collocar  ;  e  seu  respectivo  valor  - 
se  poderá  bera  compreender  comparando-os>' 
com  os  verbos  francezes  meltre,  poser^  pia**  ^-i 
cer  aos  qaaes  correspondera.  ^3  —  ,o\) 

Põ  -se  uma  cousa  em  (jualquer  lugar  ,  ' 
de  qualquer  modo  ;  assenia-se  quando  se 
põe  com  acerto,  e  da  maneira  conví^nionle;  -i 
colloca-se  quando  se  põe  no  devido  lugaF,  - 
com  proporção  e  symetria.  Põe-se  uma  po*^ii 
dra  no  chão,  na  parede,  etc.  ;  assentasse  j 
a  cantaria  para  fazer  o  edificio ;  colloca-se  « 
uma  pedra  rara  n*um  museo  de  mineralo- 
gia. ,  .  i 

No   sentido  figurado,   aísentar  design» x 
cousa  que  sorve  de  base  ou  fundamento  a 
outras:  e  collocar  refere -■^'^  a  disposição  e 

68 


I 


150 


POR 


pea 


•« 


boa  ordem  com  que  as  cousas  se  dispõem. 
Um  orador  assenta  certas  proposições  que 
são  o  fundamento  do  seu  discurso,  e  col- 
loca  nelle  os  argumentos  e  ornatos  do 
modo  mais  vantajoso  para  conseguir  o  fim 
que  se  propõe.  A  lógica  de\e  guiál-o  no 
modo  de  assentar  as  proposições  funda- 
mentaes ;  a  oratória  dá-liie  regras  relati- 
vas á  ordem,  com  que  deve  collocar  os 
argumentos. 

POR,  preposição  ,  (Fr.  ant.  por ,  do  Lat. 
per  ;  lir.  peri,  Sanscr.  pari.  Vem  do  (ir. 
poros,  transito;  peraô,  passar;  pérasj  íim, 
termo;  pêra,  além.  O  radical  de  todos  es- 
tes termos  per  ou  poré  composto  do  Gr.  poús, 
Lat.  peSf  l'ersa  pa,  pé,  o  pé,  e  eo,  Lat.  eo, 
ire,  ir,  andar;  por  isso  todas  asaccepções 
desta  partícula  se  referem  á  ideia  de  passa- 
gem ,  transição ,  transposição ,  meio.)  Os 
grammaticos  dão  a  esta,  assim  como  ás  ou- 
tras preposições,  um  grande numei ode ac- 
cepçôes,  que  á  primeira  vista  parecem  dif- 
feientes,  mas  que  todas  provém  da  signifi- 
cação radical,  isto  é,  do  espaço  interposto 
entre  a  pessoa  ou  agente  e  um  termo,  con- 
siderado em  si  mesttio,  ou  como  caminho , 
meio  de  atlingir  o  fim,  termo,  txemplos  : 

—  mar,  —  terra,  —  um  lado;  — caminho  di- 
reito.—  todo  o  reino.  Entrar — uma  rua, 

—  um  rio,  porto.  «  Sobre  os  rios  que  vão 

—  Babylonia.  »  Camões.  A  balia  entroupe- 
lo  ( —  o)  muro,  alravessouj  passou  a  Iravéz. 
A  espada  entrou  — elle,  atravessou.  Deu  uma 
cutilada  pelo  rosto.  Ir  —  alguim,  em  busca, 
seguindo  caminho  por  onde  se  esjtera  ir  en- 
contrar a  pessoa.  Ir  —  dinheiro,  busca-lo, 
procurar  obte-lo.  K,  fallando  de  tempo,  — 
um  mez,  aníio,  espaço  de.  Pelos  annos  de, 
nessa  época,  correndo  esse  anno  ou  alguns 
dos  immediatos.  —  outra  parte,  lugar;  ^fig.) 
lado,  aspecto  da  questão.  O  —  vir,  tempo 
futuro  que  ha  de  decorrer.  Um  —  -uw,  ca- 
da um  de  per  si.  Eram  vinte — íocf 05,  nu- 
mero coUectivo,  como  de  corpcs  postos  no  es- 
paço em  numero  de  vinte.  Cada  um  —  seu 
turno,  tomando  o  lugar  do  precedente.  Dei- 
xar  —  morto,  esteudido  como  um  cadáver. 
Começar  — ,  em  primeiro  lugar. — ,  deno- 
tando motivo,  causa,  agente,  meio.  —  me- 
do, —  essa  razão,  —  falta,  —  isso,  —  ordem 
ou  mandado.  —  culpa.  Foi  condeiíonado  — 
uma  pequena  falta. —  coramodidade.— cos- 
tume. —  por  inteja,  movido  de.  —  força  ou 

—  vontade  ;  —  bem  ou  —  mal.  ^estas  e  ou- 
tras phrazes  semelhantes  por  denota  inter- 
posição. Kas  seguintes  marca  o  fim,  objecto. 
Pedir  ou  dar  esmola  —  ou  pelo  amor  de 
Deus  ,  ou  —  amor  do  próximo.  —  carecer , 
necessitar,  precisar.  —  merecer  ,  a  fim  de. 
Mandar  —  embaixador,  isto  é,  a  fimdere- 


governo.  A  obra  ficou  —  acabar,  não  termi-», 
nada.  Por  (do  L&t.pro),  a  favor,  em  bene-' 
ficio.  Saiu  a  sentença  —  nós.  Pedir,  inter- 
ceder —  alguém.  — parte  de.  —  Deus,  — 
quem  sois,  formulas  adjuratorias.  —  ,  em 
quanto,  no  tocante  a.  —  mim.  — ,  denotan- 
do qualidade.  Tenho-o  —  meu  amigo,  —  i 
honrado,  douto,  discreto.  Tenho  isso— cer-^^^ 
to,  ou  —  duvidoso,  considero  como.  —  sá- 
bio que  seja,  isto  é,  reputado,  tido. — ,  de- 
notando preço.   Comprei  —  vinte  moedas  o 
cavallo,  a  troco  de,  adquiri  mediante  a  quan- 
tia.—joremto,  em  recompensa.  Repartir— -'^^^ 
entre,  ».  g. — os  herdeiros  Por  forma  mui- 
tas locuções  adverbiaese  idiotismos,  coma 
mesma  accepçào  de  espaço  ou  duração.  — ^'^ 
cima,  —  baiio  ;  —  dentro,  —  fora  ;  —  aqui;"' 
—  ali.  —  onde.  —  diante,  na  face  anterior.^" 
— ,   avante.  • —  detrás.  —  pretexto.  —  ora, 
até  ao  presente.  —  isso,  por  esse  motivo,  por 
essa  razão,  causa.  —  ventura,  talvez. — ,  co- 
mo cousa  venturosa.  —  nenhum  modo,  ca- 
so. —  acinte,  acintemente.  —  pouco,  —  pe- 
queno, —  muito  que  seja.  —que.  —  quan- 
to, —  tanto.  V.  estes  termos  compostos.  — 
ser  pobre  não  deixa  demostrar  soberba,  mo 
obstante  ser  pobre.  Morrer —  morrer,  idio- 
tismo que  exprime  a  comparação  ou  esco- '' 
Iba  de  morte  inevitável,  v.  g.  morrer —  mor- 
rer, melhor  é  morrer  combatendo  que  fu- 
gindo, ou  no  cadafalso. 

Os  antigos  distinguiam  p6r  depor,  eussir 
vam  do  primeiro  no  sentido  transitivo,  t>.'' 
g.  per  mar,  per  terra,  e  como  ainda  hoje 
dizemos  por  meio  ;  e  de  porna  accepção  de 
a  favor,  ou  de  causa  agente,  v.  g.  decla- 
rar-se  — '■  alguém  ;  —  causa,  motivo.  E  com- 
binado com  o  artigo  diziam  pelo  ,  pela ,  e 
polo ,  pola  ,  V.  g.  pelo  campo,  pela  praia, 
ao  longe  de  ,  e  polo  rei,  pola  grei.  Y.  Pe- 
la, Pelo,  Polo. 

Moraes  reprova  o  uso  de  por  em  vez  de 
para,  v.  g.  na  locução  :  a  inclinação  pelas 
letras,  pelos  sábios,  e  quer  que  digamos  dí 
letras,  aos  sábios,  ou  para  as  letras,  os  sa^ 
bios.  É  com  effeito  gallicismo  inadraissivel. 
Pour  em  Francez  tem  em  muitas  phrazes  a 
força  de  por,  e  de  pare,  e  par  é  que  equi- 
vale a  per  Lat,,  e  por  Portuguez. 

PORÃO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  pWoM*,  fundo, 
ou  do  Aliem,  raitm,  porão,  e  sAí/f,  em  Sax. 
schip,  navio.)  a  parte  a  mais  funda  do  in- 
terior do  navio  onde  vai  o  lastro  e  a  carga, 

PORBUS,  (hist,)  appellidado  o  Antigo,  ex- 
cellente  pintor  francez,  nasceu  em  1540,  e 
morreu  em  1580. 

PORBUS  (Francisco),  filho  do  precedente, 
nasceu  em  1570,  morreu  em  1622.  Osseus 
mais  bellos  quadros  são :  S.  Francisco  em 
extasis  ;  Chrisío  na  cruz  entre  os  dous  la- 


pieíeiítar  o  i-ei  cu  lepublica  junto  a  outrodrõc*;  eo  retrato  de  Henrique  IV. 


t^a 


POR 


vm 


Ki^ 


PORCA,  *.  f,  {Lat.  porca,  fêmea  do  porco; 
fig.  rego,  em  razão  do  focinho  aguaçado  do 
animal,  com  que  fossa  a  terra.  V.  Porco,  s.) 
fêmea  do  porco.  — do  parafuso,  (fig  )  as  ros- 
cas delle.  — ,  a  peça  em  que  as  roscas  ou  pas- 
sos do  parafuso  se  embebem.  — ,  páu  do  la- 
gar que  atravessa  os  dois  malhaes.  —  do  si- 
no, a  obra  de  madeira  que  está  pegada  ao 
sino  e  serve  para  elle  se  poder  dobrar.  — da 
atafona,  peça  que  anda  pregada  na  trave 
delia,  tem  um  ferrão  onde  anda  o  pião. — , 
nos  engenhos  de  assucar,  a  peça  onde  an- 
da a  garganta  do  eixo  grande,  —s,  (naut.) 
paus  grandes  que  atravessam  o  carro  da  po- 
pa e  vão  acabar  nos  pés  mancos. 

PORCAÇO,  s.  m.  augment.  de  porco. 

FORCADA,  s.  f.  (des.  ãda.)  vara  de  por- 
cos ;  (fig.)  obra  porca,  achavascada. 

PORCALHO,  s.  m.  (ant.)  V.  Leitão. 

PORCALHOTA,  s.  f.  cíifniw«í.  dc  porcR. — , 
(ant.)  leitôa. 

poRCARi,  (hist.)  nobre  romano,  chefe  de 
uma  conspiração  contra  Nicoláo  V,  queria 
reduzir  os  papas  ao  poder  espiritual  e  fa- 
zer de  Roma  uma  republica.  Foi  prezo  em 
em  1453,  e  euforcado  com  tídos  seus  cúm- 
plices. 

PORCARIA,  s.  f.  {porco,  des.  ária.)  cousa 
porca,  suja  ;  immundicie,  sujidade ;  (fig.) 
obra  achavascada,  malfeita;  acção  vil.  Co- 
mer — s,  iguarias  nocivas,  indigestas  e  no- 
jentas. Dizer  — s,  obscenidades,  cousas  in- 
decentes, torpezas,  fallar  de  cousas  sórdidas, 
nojentas. 

pORCARiço,  s.  m.  (do  Lat.  porcarius,  de 
porco ,  e  des.  iço.)  criador  ,  guardador  de 
porcos. 

PORÇÃO,  s.  f.  (i  at.  porlio,  onis,  âepar- 
tio,  ire,  repartir,  dividir,  separar.)  parte  de 
algum  todo.  —  de  terra,  de  dinheiro,  pitan- 
ça,  ração  de  communidade  religiosa  ;  o  in- 
teresse que  se  faz  ao  capellão  de  capella  ou 
a  ecclesiastico  por  algum  serviço,  officio. 
Faxer  — . 

POBCELLANA ,  s.  f.  (do  Ital.  porccllana  , 
nome  da  concha  chamada  rego  de  Vénus. 
em  razão  da  sua  forma  e  da  bellissima  côr 
de  rosa  e  brilhante  esmalte  do  fundo  bran- 
co;  rad.  Lat.  porca,  rego.)  louça  finissima, 
e  transparente,  de  um  esmalte  mui  lustro- 
so e  indestructivel,  composta  de  duas  sortes 
de  argilla  chamada  pelos  Chins  ^a o /m  e  y/C- 
íunxé,  louça  do  Jaiião,  da  China,  geralmen- 
te chamada  da  índia,  e  a  que  em  França, 
AUemanha,  etc,  se  faz  á  imitação  delia. — 
de  5evres,  de  Saionia,  Berhn.  Carallo  ru- 
ço— ,  azul  rodado,  que  tem  manchas  ou  re- 
mendos claros  entre  os  ruços 

PORCHERON,  (hist.)  beucdictino  fraucez , 
nasceu  em  16ò2,  e  morreu  em  1694.  Dei- 
xou uuui  tradueçiM)  à&s  Jdoí^mat  para  a*^ 


educação  de  um  mancebo,  e  mais  algnmas 
obras. 

PORCIA,  (hist.)  filhada  Catão  de  Utica,  ca- 
zou  com  Junio  Bruto,  e  suicidou-se  depois 
da  morte  de  seu  marido,  no  anno  42  antes 
de  Jesu-Christo. 

poRCio,  (geogr.)  pequeno  paiz  da  Cham- 
panha, ao  jN.  Lapiíai  Cailcliu-i  oicio. 

poRCiONARio,  s.  m.  (des.  ário.)  raçoeiro, 
beneficiado,  o  que  serve  a  igreja  com  renda 
ecclesiastiea. 

poRCioiSEiRAS,  5>  f.  ch»vetas  quesemet- 
tem  nas  duas  rodas  dianteiras  do  coche,  em 
cada  uma  a  sua. 

poRCiONisTA,  s.  m.  (des.  ista.)  estudan- 
te que  paga  pensão  ao  coUegio  onde  é  edu- 
cado ou  onde  assiste. 

P0RCllJ^cuLA,  s.  f .  [L&t.  portiuncula,  áí- 
minut.  de  portio,  porção.)  festa  em  que  ga- 
nha jubileo  o  que  visita  os  conventos  de  S. 
Francisco  ,  e  ganha  indulgências  cada  vez 
que  entra  e  faz  oração. 

PORCO.  s.  m.  (Lat.  porcus,  Gr.  porkos,  de 
peirô,  furar,  ou  de  phorvô,  .ujar,  ou  de 
perkos,  negro.  Court  de  bébehn  diz  que  aper 
é  o  radical  Lat.  de  porcus  Em  Egjpc.  pi 
rir  significa  o  porco,  que  creio  composto  de 
ro,  boca,  e  iaro,  cova,  fosso.)  quadrúpede 
cerdoso  vulgar  de  focinho  agudo  com  que 
fossa  em  monturos  e  chiqueiros.  Dá-se-lhe 
o  nome  de  porco  depois  de  ter  três  annos; 
antes  desse  tempo  chamam-se  bácoros,  mar- 
rãos,  maranitos,  farroupos,  etc  — monteZy 
javali.  —  espinho,  ouriço  cacheiro.  Peixe — , 
que  tem  o  íociíiho  como  o  do  porco.  —  bran- 
co, propina  de  40(jO  réis  que  pelo  Natal  se  ; 
dava  aos  ministros  da  mesa  da  consciência. — • 
de  dez  cotados,  nos  foraes  antigos,  dez  ce- 
vados de  bragal  ou  seis  alqueires  de  trigo. 
• —  de  um  lenço,  que  valia  l  m  bragal  ou  se- 
te varas.  —  de  três  sésteiros,  (ant.)  é  o  mes- 
mo que  de  dez  covados.  Todas  estas  deno- 
minações figuradas  vem  do  costume  de  dar 
um  porco  de  presente  pelo  Natal,  ou  um 
equivalente. 

PORCO,  A,  ttdj.  sujo,  immundo,  r.  ^.ho- 
mem, vestido,  casa,  gente — .  Obra — ,  mal 
feita,  achavascada  ;  (fig.)  que  faz  as  cousas 
sem  asseio.  Palavras — s,  grosseiramente  obs- 
cenas, torpes. 

PORCO,  (geogr.)  cidade  da  Bohvia,  a  9  lé- 
guas ao  SO.  de  i  otosi;  tem  20,000 habitantes. 
PORCOS  (ilha  dos),  (geogr.)  grupo  d'ilho- 
tas  ao  sueste  da  bahia  dos ,  Flamengos,  oio  ' 
Brazil,  defronte  da  costa  da  provmcia  do 
Rio  de  Janeiro. 

poRCLNA,  (geogr.)  06w/co,  cidade  de  Hií^  , 
panha,    a  7  léguas  ao  O.  de  Jaen ;  V,000 
habitantes. 

poRDAYANTE  ,  (loc.  adv.)  [por  a'avante)* 


xuaeH  .oizhiO-   ■l.rawi   9d«8   ea  (non  Ç3ftfto^  xifa  ^i  oiá  » 


pc-p: 


252 


«i; 


fim 

pOR 


POft 


<\  />'y 


PORDENONE,  (geogr.)  cidade  do  reino  L&ea-* 
bardo-Veiíèziano  ,  a  1 1  leguasi  ■■  ao  SO.i  -  de 
Udina  ;  4,250  habitantes  *  -     i      • 

'-rORDKNONE,  (hist.)  pintoF  francez  nasceu 
em  1484,  morreu  em  1540.  Dos  seus  qua- 
dros o  melhor  é  o  que  representa  Saiito 
Agostinho. 

.  POREA,  5.  /.  (do  Fr.  pwrt^e,  fécula  tirada 
dos  vegetaes  farináceos  por  pressão.)  po- 
tagem  feita  com  a  fécula,  v.  ^.•»— ide  ervi- 
lhas. ■      >    "    •^"      ,  -ilH^" 

poRÉfc  (o  padre),  (hist.)  jesui^a  francez, 
nasceu  cm  1075  morreu  em  1741.  Voltai- 
re foi  um  dos  seus  discipulos.  Compoz  tra- 
gedias latinas.  Bruto,  A  morte  da  impera- 
dor Maurício.  >  •  '  i     ''  ; 

POREJAR,  «.  a.  {poro,  des.  ejar.)  (p.  us.) 
verter  pelos  poros,  v.  g.  —  sangue. 

PORÉM,  adv.  (do  Lat.  proinde,  alterado  em 
por  ende.)  por  isso,  pelo  que.  «  K  —  man- 
damos. »  Ord.  Affons.         > 

PORÉM,  çonjuncção  restrictiva  (do  prece- 
dente) mas,  todavia. 

SYN.  Comp.  Porem,  mas.  Confundem-se 
muitas  vezes  estas  duas  conjuncções,  sen- 
do que  se  devem  distinguir.  Mas  é  çon- 
juncção distinctivae  adversativa,  que  acom- 
panha a  addicção  de  alguma  circumstan- 
cia,  que  se  oppõe  mais  ou  menos  á  pro- 
posição já  enunciada  ;  é  muito  a  propósi- 
to nos  incisos.  Eis  aqui  alguns  exemplos 
de  seu  uso:  «  Catharina  não  só  disputa, 
mas  define  ;  não  só  argumenta,  mas  con- 
clue ;  não  só  impugna,  mas  vence..  .  Du- 
ros como  as  pedras,  mas  não  convencidos 
[Vieira,  111,  267,  282).  » 

Porem  é  çonjuncção  restrictiva  que  se 
contrapõe  d'um  membro  da  oração  a  ou- 
tro, moderanda-o  ou  destruindo-o  ;  é  mui- 
to a  propósito  nos  períodos.  «  Deos  na  lei 
da  graça  derogou  esta  circumstancia  de  ri- 
gor ;  porem  na  lei  natural  tão  fora  esteve 
de  variar,  que...  Se  deixámos  de  amar  o 
amigo  ausente,  não  é  culpa  sua,  é  injusti- 
ça nossa;  porem  se  foi  ingrato,  não  só 
ficou  indigno  domais  tibio  amor,  mas  me- 
recedor de  todo  o  ódio  (///,  321  e  372). » 

Exemplos  das  duas  conjuncções  n'uma 
mesma  oração.  «  Que  cada  um  se  descesse 
das  opiniões  que  tinha  estudado,  muito  foi ; 
mas  não  foi  tanto;  porem  que  todos  em 
um  acto  tão  publico  não  duvidassem  de 
tonfessar  estes  mesmos  erros. .  .  aqui  pára 
a  admiração.  .  .  A  algum  que  não  Tha  ac- 
crescente  poderá  ser,  mas  um  só ;  porem 
a  quem  lhe  recebe  ou  a  sua  (fazenda)  ou  a 
dos  seus  vassallos,  não  é  justo,  nem  rei, 
quem  tal  consente  (///  281  e  34^).  » 

Porem  usa-rse  também,  como  o  vero,  e 
auUm  dos  Latinos,  depois  d'uma  palavra. 
«  r^ão  se  diz  poreni'\i  nem  se  sabe  quem 


fpsseaj    os  auto^es.    Haverá  por«m .  alguajf 'i 

pohtico  tão  especulativo,    elG.  [111,    388  e-- 
3i0).  »  Mas  não   se  diz   nunca  em   casos?  ? 
similhantes,  pois  sempre  começa  o  membro 
ou  inciso  da  oração. 

PORENDE ,  adv.  (dolLat.  proinde.)  (ant.( 
por  isso. 

PORENTRUY,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  a 
14  léguas  ao  NO.  de  Berne;  3,000  habi- 
tantes. 

PORFIA,  s.  f.  (V.  Porfiar.)  contsnda,  lu- 
ta; alteração  obstinada.  A*  —  com  o  mar. 
• —  em  pedir,  requesta.  A'  — ,  (loc.  adv.)  com  , 
emulação,  a  qual  melhor,  em  competiçãaj<f 
ás  invejas. 

PORFIADAMENTE  ,  adv.  [mente  suÊf.)  com 
porfia.  ..   :^.  >  ,  .-     - 

PORFIADO,  A,  p.  p.  de  porfiar ;  adj  que 
porfiou,  em  que  houve  porfia.  — batalha  , 
lucta.  Homem  — ,  que  porfia,  insiste.  En- 
genho —  em  decifrar  um  enigma.  A — bor- 
boleta. 

PORFIAR,  V.  a.  ou  n.  (do  Fr.  ant.  pour^ 
forcer.)  insistir  aturadamente,  v.  g.  —  na 
briga,  na  batalha,  na  questão,  sobre  algu- 
ma cousa. 

PÓRFIDO.  V.  Porphyro. 

poRFiosissiMO,  A,  adj.  superl.  de  porfio- 
so,  muito  porfioso.  Inimigo  — . 

poRFioso,  A,  adj.  [porfia,  des.  oso)  amigo  > 
de  porfiar ;  aturado.  —  canto.  — s  Iraba-*?. 
lhos. 

poR-MEio,  loc.  adv.  e  não  s.  m.  como  diz 
Moraes,  em  duas  partes  iguaes;  alternada- 
mente. 

SYN.  Comp.  Por  meio,  pelo  meio.  Nfo 
primeira  expressão  considera-se  a  palavra 
meio  no  sentido  moral  e  figurado,  na  se- 
gunda considera-se  no  sentido  physico  e 
próprio.  Alcançam-se  graças  por  meio  de 
dinheiro,  quer  dizer,  mediando,  servindo 
de  meio  o  dinheiro.  Partin-o,  rasgon-o  pelo 
meio,  quer,  dizer  de  meio  a  meio,  fazendo 
duas  metades.  Com  tudo,  quando  se  determi- 
na o  meio  porque  a  cousa  se  faz  ou  alcança,  " 
diz-se  pelo  meio.  Alcançou-opc/o  meio  mais 
indigno  que  dar  se   pôde. 

PORNEYAK,  (geogr,)  cidade  da  índia  ingle- 
za,  a  95  léguas  aoJNO.  deCalcutta ;  40,000  ' 
habitantes.  o; 

poRNic,  (geogr.)  cidade  de  França  a  5  le-»b 
guas  ao  SO.  de  Paimboeuf,  1,100  habitan^^ 
tes.  '^í 

PORNO,  s.  m.  prego  grosso  com  que  se 
pregam  embarcações. 

PORO,  s.  m.  (do  Gr.  poros,  transito,  mea- 
to)  orificio  imperceptível    do  corpo  animal;  (c 
— s,  pi.  interstícios  dos  corpos. 
'  PORO,   (hist.)  príncipe   indio,    reinava  na 
parte  E.  de  tiydaspe  noanno  32?  antes  de 
Jesu-Christo.  Recuzou  submetter-se  a  Ale- 


xandre,  perdeu  a  batalha  de  Hydaspe,  foi 
aprisionado  e  levado  á  presença  do  conquis- 
tador, o  qual  lhe  perguntou  como  queria 
ser  tratado  :  «  Como  rei  »  respondeu  o  pri- 
sioneiro. Alexandre  tocado  pela  nobreza  da 
resposta  restituilho  o  reino  e  annexou-lhe 
mais  alguus  districtos . 

POROROCA,  s.  f.  (t.  Brasil.)  W.  Macatéo. 

POROS,  (geogr.)  Sphairia,  ilha  do  archi- 
pelago,  na  costa  da  Morea  ;  3,000  habitan- 
tes. .''^'^•.■• 

POROSIDADE,  8.  f.  (des.  idarfí)'  ^usílidade 
porosa,  V.  g.  a  —  dos  corpos,  dapelle. 

POROSO,  A,  adj.  (des.  oso)  que  tem  poros. 
Corpos  — s. 

PORPAO.  V.  Prepao. 

poRPHYRiSAçÃo,  s.  f.  O  acto  de  pisar  re- 
duzindo a  pó  subtil  em  geral  de  porphyro. 

PORPHYRISAR,  V.  a.  (pharm.)  reduzir  a  pó 
subtil  em  gral  de  porphyro. 

PORPHYRO,  s.  m.  (do  Gr.  porphyra,  pur- 
pura) pedra  dura  susceptível  de  receber  um 
bello  polido,  eque  contêm  crystaes  de  ou- 
tras substancias.  A  ncais  estimada  é  de  cór 
purpurina. 

PORPHYRO,  (hist.)  philosopho  neoplatoni- 
00,  cujo  verdadeiro  nome  erà  Malch  ou  iíal- 
chus,  nasceu  no  anno  233  de  Jesu-Christo 
em  Tyro,  estudou  eloquência  em  Athenas 
com  o  célebre  Longino,  e  philosophia  em 
Roma  com  PIolino.  Asprincipaes  obras  de 
Porphyro  são  uma  vida  de  PIolino,  a  vida 
de  Pythayoras. 

PORPHYROGENETA,  (hist.)  Dava-se  este  no- 
me aos  filhos  dos  imperadores  de  Constan- 
tinopla, ou  porque  eram  recebidos  em  um 
bocado  de  purpura  no  momento,  em  que 
nasciam,  ou  porque  as  imperatrizes  tinham 
os  seus  partos  n'um  quarto  forrado  de  pur- 
pura. O  mais  conhecido  com  este  noma  é 
o  imperador  Constantino  Yll. 

PORPÕEM,  s.m.  (do  Fr.  pourpoíni)  (ant.) 
gibão.  ''MP  *'  ^'   '''  ^'   -^íH^""'   "■ 

PORPORA,  (hist)  compositor  italiano,  nas- 
ceu em  1685,  morreu  em  1767.  Compoz50 
operas.  Chamavam-lhe  o  Paíriarc/ia  da  Har- 
monia. 

POR  OUANTO,  (loc.  ady.)  visto  que. 

PORQUE,  (loc.  adv.)  (contracção  de  por  a 
qual  causa)  pela  razão  que,  v.g.  não  pon- 
de tomar  o  porto  —  o  vento  era  contrario. 
— ,  interrogativo,  por  qual  causa,  por  qual 
motivo.  —  não  partistes?  —  não  foges? 
— ,  para  que,  a  fim  de,  v.g.  —  possa  me- 
lhor certilicar-se. 

PORQUE,  substantivado,  e  m.,  motivo,  cau- 
sa, razão.  Ferir  sem  — ,  sem  motivo,  sem 
causa.  Os — í,  os  motivos,  as  causas. 

SYN.  Comp.  Porque,  pois.  Estas  duas 
vozes  são  synonymas  quando  se  empregam 
para  expor  a  causa  ou  motivo  d*uma  asser- 

VOL.    IT. 


ção ;  por  exemplo  :  Espero  que  meu  filho 
hade  dar  gosto  a  seus  superiores,  por^wé  é 
applicado  e  bera  procedido ;  e  rião  duvido 
que  fará  fortuna,  pois  agora  se  fprimía  o 
mérito.  A  differença  porem  que  parece  achar7 
se  entre  ellas  é  que,  porque  explica  umà 
illaçào  mais  certa,  mais  positiva;  qúe  hão 
está  sujeita  a  duvida  ou  probabilidade.  Há 
lama  porque  choveo  ;  isto  é,  a  lama  é  uma 
consequência  certa  da  chuva,  'fe  natural 
que  consiga  o  emprego  que  sollicità,  poii 
parece  que  tem  bons  padrinhos ;  isto  é,  o 
conseguir  o  emprego  e  consequensia  pro- 
vável da  protecção  dos  padrinhos.  Yoú  dor- 
mir um  pouco,  pois  não  creio  que  venha 
meu  amo  antes  da  meia  noute,  porque  sei 
que  está  jogando.  A  tardança  em  vir  é  pro-^ 
vavel ;  o  jogo  é  certo.  ..ah/jhhO'! 

PORQUEIRA,  s.  f.  [porco,  des.  eiVo)  cãsa  dS 
porcos,  pocilga  :  (fig.)  cousa,  acção  porca, 
baixa,  vil,  serdida.  — ,  mulher  que  cria  por- 
cos. 

PORQUEIRO,  s.  m  [porco,  des.  eiró]  cria- 
dor ou  guardador  de  porcos. 

roRQUERizo.  V.  Porqueiro. 

PORQUEROLLES,  (geogr.)  a  mais  occidental 

das  três  ilhas  Hieres ;  conta   100   habitan- 
tes. vJf^yV      •>'•      V    .í^-.-.;  >>!•.«; 

PORQUETE,  s.  th-  diminui,  de  pòí"CÒi  — , 
(naut.)  páo  que  forma  uma  cruz  debaixo  da 
ponta  do  codaste  alem  do  outra  que  fortaia 
o  gio.  .'   "'     '        !'" 

poRQuiDADE,  s.f.  porcariá  ;  ■  ó?  sei  lioréò*,^ 
sujo,  mal  asseiado.  *    "  •? 

PORQUINHA,  s.  m.  diminuí,  de  pOíca^  bá-' 
cora.  —  de  Santo  Antão,  inséétò 'vul- 
gar. ;  ■  -''i.  '■■'■r-- 

PORQUINHO,  s.  wi.  diminuí,  depofco,  bá-^ 
coro.  — ,  molho  de  linho  em  rama.  '' *^^ 

PORQUINHO,  A,  aij.  diminuí,  de' borco,' 
sujinho.  •  ;     .  -Hlovrí.Lr  -..(Mv. 

PORRA,  s.  f.  [do  LSit.  pòrriim' 6^' pòfnls, 
alho)  (ant.)  cacheira,  clava  com  a  extrernida- 
de  globosa  ou  guarnecida  de  ferro.  Andavam' 
ás  — s.  Hoje  termo  obsceno,  o  membro  vi- 
ril. '■  /    '■    ,    --^'^^^^  ;'•     ^ 

PORRACEO,  A,  'á)ÍS^^.  {iM: pàtrj^eéUi^^ eotãé, 
alhos  porros,  mui  verde.     ■""■  '*  ''^''^'''"'*,  ^*'^ 

poRRAço,  s.  m.  [porra,  déi'^  a^ó)  pot^&à^^ 
cacheirada.  Dar  de  — s.  '  ' 

PORRADA,  s  f,  [porra,  des  ada]  pancada 
com  cacheira,  cachaporra  ou  clava,  v.  g.  dar^ 
levar  — s.  Uma  —  de  vinho,  (fig.  e  chulo) 
uma  boa  vez  de  vinho  que  tolde  efatjacaír 
de  bêbado.  De — ,  (loc.  adv.)  de  pancada,  de 
repente,  de  um  golpe.       _  -' 

PORRADA,  s.f.  (porro,  des".  aííó)  (ant.)  gui- 
sado de  alhos  porros      .tnfvr!    <    -f    •. 

PORRAL,  s.  m.  [porro,  des.  CbllèCt.  Vk//àgfo 
de  porros.  ■    :  ' 

poRRÂo,  «.  m.  vaso  de  barro,*' bojudo,  de 


('■-■IM'f; 


64 


POR    ■  ^-'!^Sá 


gargalo  estreito  e  longo,  para  ter  agua  ou  ga  - 
rabas.  Alambique  de  tantos  porrões. 

PORRAZO,  V.  Porraço. 

PORREGKR,  V.  A.  (Lat.  porHgo,  ere)  (ant.) 
y.  Offerecer. 

,    PORRERAS,  (geogr.)  cidade  da  ilha  Maior- 
ca ;  3,90i)  habitantes. 

PORRETA,  s.  m.  (dim.  de  porra,  cacheira 
(fig.  e  chulo)  homem  curto  de  intelligencia, 
sem  préstimo. 

PORRETA,  s,  f.  diminnt.  de  porro,  folhas 
de  porro;  guisado  de  alhos  porros. 

PORRETADA,  s.  f.  [porrtta,  des.  ada)  gol- 
pe com  porreta  ou  cassete. 

PORRETE,  s.  m,  diminut.  de  porra,  cace- 
te. 

PORRINHA.  s.  f,  diminut.  de  porra,  termo 
>.    obsceno. 

PORRO,  s.  m.  (Lat.  porrus^  do  Gr.  poros, 
callo,  bulbo,  duro)  espécie  de  alho  vulgar, 
verde,  de  sabor  insulso.  Alhos  —s,  como 
adj.  — ,  (cirurg.)  excrescência  callosa,  dura, 
condyloma. 

PORRUDOSOURIO-DE-SÃO-LOURENÇO,  (geOg.) 

rio  da  província  de  Mato-Grosso,  no  Brazil, 
na  comarca  de  Cuiabá. 

porselana.  V.  Porcelana. 

PORSENNA,  (hist.)  lars  (isto  é  rei),  deClu- 
sío  na  ií-truria,  fez  guerra  a  Roma  em  508, 
debaixo  do  pretexto  de  restabelecer  Tarqui- 
nio,  tomou  Roma  mas  não  entregou  a  co- 
roa a  este  príncipe ;  foi  vencido  por  Aricio, 
e  pouco  depois  ficou  sem  a  cidade  que  ha- 
via tomado. 

PORSEVE.  V.  Perseve. 

PORSON,  (hist.)  hellenista  inglez,  nasceu 
am  1759,  morreu  em  1808.  Publicou  obras 
que  o  collocam  no  primeiro  gráo  como  cri- 
tico ;  entre  ellas :  Notas  sobre  Aristophanes, 
sobre  Hesychio,  etc. 

PORSOVEJO.  V.  Persevejo. 

PORSuiVAN,  obsol.  (Do  Fr.  poursuivant.) 
V.  Passavante. 

PORTA,  s.  j.  (Lat.  porta,  que  creio  deri- 
vado de  aperta,  p.  p.  f.  de  aperior,  iri, 
'  abrir.)  Estrictamente  significa  abertura  para 
dar  entrada  e  sabida  em  cidade,  edifício  , 
templo,  casa,  etc,  que  de  ordinário  se  abre 
e  fecha  por  meio  de  peças  planas  de  madeira, 
de  ferro,  bronze,  etc  ,  que  se  volvem  sobre 
gonzos  e  dobradiças.  As  portas  constam  de 
muitas  peças  cujos  nomes  se  acharão  nos 
seus  lugares,  v.  g.  verga,  lumiar  ou  limiar, 
soleira,  couceira,  batente,  gonzos,  dobradi- 
ças, etc.  — ,  (fig.)  lugar  que  dá  entra  la  e 
saída,  v.g.  as — s  do  estreito  ;  Ceuta,  — do 
commercio  do  Levante. — ,  entrada,  admis- 
são, V.  g.  abrir  a  — ,  dar  entrada,  deixar 
entrar.  Abrira  —  a  abusos,  facilitar  ain- 
troducfão  d'elle$.  Neyar  a  —  a  requerente, 
vko  oadmiuir,  nio  lhe  dar  audiência.  Bater, 


POR 

á  — ,  fazer  soar  a  aldraba  ;  (fig.)  ir  sollicitar 
alguém.  —  cocheira,  de  carro,  de  quinta, 
portão,  porta  grande,  larga.  —  travessa  ou 
falsa,  porta  pequena   em  lugar  pouco  ap- 
parente  para  entrar  esaír  occuUamente.  — 
trazeira,    na  parte  posterior   da  casa  mais 
pequena  e  menos  apparente  que  a  principal; 
(fig.)  meio  illicito,  fraudulento.  Ganhar  pela 
—  trazeira,  lucros  indevidos.  —  trazeira, 
(chulo)  o  cu.  —  de  traição,  postigo  em  pra- 
ças fortificadas  por  onde  se  sáe  e  entra  sem 
ser  visto  do  inimigo.  —  levadiça  nu  de  al- 
çapão, que  solevanta  e abaixa.  Atirar  com 
a  — ,  dar  com  a  —  na  cara,  ou  nos  nari^ 
zes,  fecha-la  de  golpe  por  desfeita  a  quem' 
quer  entrar  ou  pede  ser  admittido.    Á  — , 
(loc.  adv.)  perto,  próximo  ;  a  ponto  de  entrar, 
V,  g.  o  inimigo  está  á  —  ou  ás  portas    Os 
Homanos  tinham  o  Tibre  á — ,  e  ainda  assim 
trouxeram  de  longe  a  Roma  a  agua  por  aque- 
ductos.  Barreiros.  O  inverno  está  á — ,  pró- 
ximo. Andar  de  —  em  — ,    sollicitando  os 
moradores.  Andar  por  — s,  mendigar.  Pòr 
alguém  por  — s,  reduzi-lo  a  pedir  esmola. 
Uma  —  se  me  fecha  outra  se  me  abre,  (fig.) 
falha  um  meio,   um  recurso,    e  offercce-se 
outro.    A  outra   —  que  esta   não  se  abre, 
(loc.  famil.)  procure  outro  recurso,  vá  im-, 
piorar  outra  pessoa.  Das  — s  a  dentro,  n<^ 
interior  da  casa,  da  família.  Tomar  as — s, 
apoderar-se   d'ellas,    não   deixando   entrar 
nem  sair.  Estar  ás  — s  da  morte,  moribun- 
do. A  —  do  inferno,  no  poder  do  demónio, 
das  potencias  infernaes.    —  cerrada,   (fig.) 
pessoa   mui  discreta    ou  incorruptível,  que 
não  dá  ouvidos  a  seducções,  «De  —  cerrada 
o  demo  se  guarda,  »  não  se  atreve  a  tentar. 
Deixar,  dar,  doar  —  cerrada  ou  çarrada, 
(loc.  joc.  ant.)  de  significação  duvidosa.  Mo- 
raes crê  que  ê  o  mesmo  que  camera  cerra- 
da,  defesa,  na  Ord..  liv.  IV,  tit.  47,  e  diz  que 
era  doação  de  tudo  o  que  estava  de  portas  a 
dentro,  e  que  podia  ser  immodica.  Veia — , 
/'anat.)    veia   principal  que  entra  no  figa- 
do. 

PORTA,  prefixo  (do  Fr.  porte,  leva,  do  ver- 
bo porter,  levar)  que  leva. 

PORTA,  /"geogr.)  villa  da  Córsega  a  8  lé- 
guas ao  SO.  de  Bastia ;  tem  285  habitan- 
tes. 

PORTA,  (hist.)  physico  napolitano,  nasceu 
em  Nápoles  no  anno  de  151í0,  morreu  em 
1615.  As  suas  principaes  obras  são  :  MagioB 
naturalis  libri  XX.  De  humana  physiogno^ 
minia  ;  De  munitione  Libri  IH.  etc. 

PORTA    OU  SURLIMK  PORTA,    (hlst.)  nomC  of- 

ficial,  que  os  ottomanos  dão  á  corle  do  sul- 
tão. A  origem  deste  nome  é  ter  Mostasem, 
o  ultimo  dos  califas  abassydes,  mandado  mar- 
chetar no  limiar  da  porta  do  seu  palácio  em 
Bagdad,  um  pedaço  do  célebre  mármore  pre- 


POÍl 


í^oá 


S55 


to,  que  os  musulmanos  adoram  no  templo 
de  Meca,  esta  Porta  tão  venerável  tornou-se 
^  Porta  por  excellencia. 
, ,  PORTA-BANDEiRA,  s.  1».  O  soldado  que  Icva 
a  bandeira. 

PORTA-ESPADAS,  (hist.)  Ensifivi  em  htim, 
Schwertbruder  em  allemão,  ordem  militar 
e  religioza  fundada  em  1202  por  Alberto 
Apoldern,  bispo  de  Livonia,  para  consquis- 
lar  os  paizes  habitados  pelos  pagãos.  Esta 
ordem  parecia-se  muito  com  a  do  Templo 
e  teve  primeiramente  o  nome  de  ordem  dos 
Irmãos  da  milicia  de  Christo. 

PORTACLAViNA,  s.  f.  peça  de  coiro  onde 
o  soldado  de  cavallaria  suspende  a  clavi- 
na. 

.'  PORTACOLLO,  s.  1».  pasta  que  os  rapazes 
íevam  á  escola,  posta  a  tiracollo;  pasta  de 
papeis  ou  postillas ;  livro  que  o  moço  de  fei- 
tos leva  aos  letrados  para  estes  assignarem 
o  dia  em  que  receberam  os  autos  do  escrivão, 
livro  de  notas.  V.  Protocollo. 

PORTACRAViNA.  V.  PortacJavina, 
*  PORTADA,  s.  f  porta  de  edifício  com  orna- 
dos. As — s  da  casa.  Vieira.  --  de  cortinas, 
duas  oernas  com  uma  sanefa  para  armação 
de  porta. 

PORTADO,  s.  m.  portal. 

PORTADO.  V.   Aportado. 

PORTADOR,  A,  s.  (do  Lat.  porto,  are,  levar) 
pessoa  que  leva  carta,  recado,  carga  ouen- 
commenda.  —  de  letra,  o  que  a  apresenta 
para  receber  o  importe. 

PORTAFRASCO,  s.  w.  correia  de  que  se  leva 
pendente  o  polvorinho. 

PORTAGEIRO,  s.  m.  (des.  eiró)  arrecadador 
de  portagem. 

PORTAGEM,  s.  f.  [áoLsii.  porto,  are,  levar) 
tributo  sobre  cargas  de  géneros  da  terra  tra- 
zidos á  cidade  para  seu  consumo  ;  o  lugar 
onde  este  imposto  se  arrecada, 

PORTAL,  s.  m.  [porta,  des.  ai)  frontispício 
de  edifício  onde  está  a  porta ;  (ant.)  entrada 
para  algum  lugar. 

PORTAL,  (hist.)  medico  francez,  nasceu  em 
1742,  morreu  em  1832.  Publicou  muitas 
obras,  a  melhor  é  a  Historia  da  anatomia 
e  da  cirurgia. 

poRTA-LApis,  s.  m.  caixinha  ou  estojo  para 
metter  o  lápis :  perna  do  compasso  onde  se 
encaixa  o  lápis  para  marcar  as  figuras  traça- 
das pelo  instrumento. 

portalecer,  V.  n.  (ant.)  V.  Aportar. 

PORTALEGRE  ,  (geogf.)  cidadc  episcopal , 
uma  dos  três  administrações  geraes  do 
Alemtejo  e  das  17  do  reino  ,  30  léguas  a 
E.  de  Lisboa,  r>,720  habitantes. 

PORTALis,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu 
em  1745,  morreu  em  1807,  foi  nomeado 
em  1802  ministro  dos  negócios  ecclesiasti- 
oos.  Deixou  um  tractado  muito  estimado  so- 


bre ouso  èoabu^ò  doe3pijç[tj^(P¥lp80phico 
durante  o  século  XVITI.  "''^ '      *  '']'  , 

PORTALÓ,  s.  m.  (naut.)  lugar  em  cada  am 
dos  bordo^  do  navio  onde  se  fixa  a  escada  por 
onde  sobe  quem  embarca.  ,        ,-, 

poRTA-MACHADo,  s.  wi.  soldadó  quc  íeya 
machado  para  abrir  caminho,  derribar  por- 
tas, etc. 

PORTA-MATÍTÓ,  s.m.  É  gallicísmo  moder- 
no escusado  e  impróprio,  porque  manto,  em 
Fr.  manteau,  capote,  não  é  termo  portuguez. 
V.  Mala,  Maleta. 

PORTA-NOTAS,  s.  m.  (t.  comico)  novellei- 
ro. 

PORTANTE,  adj.  dos'^g.  (do  Fr.  portant, 
do  Lat.  portare,  levar)  (naut.)  Ancoras — *, 
pendentes  no  fundo  da  agua,  ainda  não  cra- 
vadas. 

PORTANTO,  adv.  por  conseguinte,  por  essa 
razão.  V.  Tanto. 

PORTÃO,  s.  m.  augment.  deporta,  porta 
grande  de  quinta,  de  edifício. 

PORTA-PAZ,  s.  m.  peça  cora  uma  cruz, 
que  se  dá  a  beijar  era  certas  missas. 

PORTA-PENAS,  adj.  dos2q.  (porta  e  penas) 
que  traz  comsigo  penas.  O  amor  — .  Diniz, 
Só  usado  na  poesia. 

PORTAR,  V.  n.  fporío,  ardes. inf.)  (ant:) 
aportar,  tomar  porto.  — ,  puxar  por,  arras- 
tar. —  o  navio  pela  ancora,  pelas  amar- 
ras, tirar  por  ellas  quando  arfa  muito. 

PORTARIA,  s.  f.  (des.  ária)  porta  de  con- 
vento de  frades  ou  freiras,  e  o  portal  junto  a 
ella. 

PORTARIA,  s.  f.  {porteiro,  des.  ia)  oíficio, 
execução  feita  por  porteiro ;  tributo  antigo 
pago  para  manter  porteiro  próprio ;  manda- 
do assignado  pelo  juiz  e  dado  ao  porteiro 
para  o  executar.  — ,  letras  patentes  que  dão 
os  capitães  generaes  ou  governadores,  e  mi- 
nistros de  estado,  com  despachos,  passaporr^ 
tes.  i 

PORTA-THTRSO,  adj.  m.  (poes.)  que  traz 
o  thyrso  por  insígnia,  v.  g.  Baccho  — .  Di- 
niz. 

PORTAS  DE  FERRO,  (geogr.)  nomedomul- 
tos  desfiladeiros,   o  mais  notável  é  ura  na 
cordilheira  do  Balkan,  entre  os  limites  da 
Hungria  e  da  Turquia. 

PORTÁTIL,  adj.  dos  2  7.  (do  Lat.  por íar«. 
levar),  que  se  pode  levar  facilmente  ,  por 
ter  pouco  peso  ou  volume,  «.  gf.  livro,  ócu- 
lo, escada  — .  —  que  se  pôde  transportar, 
não  fixo,  V.  q.  theatro,  altar—  .  que  se 
pôde  desmanchar  pêra  o  armar  em  outro 
lugar. 

poRTAiiNHA,  8.  f.  diminut.  de  porta,  pe- 
quena porta. 

PORTE,  s.  m.  (Fr.  port,  de  porter,  levar, 
Lat.  porto,  are,  levar),  carreto  ;  frete  do 
carreto,  v.g.  —  da  nao,  capacidade,  oqoe 

64  .  _:- 


m  »"« 

ella  pode  contçr  de  carga,  o  bojo.  —  (fig.) 

modo  de  proceder,  ,dp  se  portar,  compor- 

lapaento. 

^'pôRTE,  s.  m.  (de  importar),  importância, 

"^.^g.  cousa,  homem  de — . 

PORTEIRA,  s.  f.  (des.  eira),  mulher  que 
lém  as  chaves  de  convento  de  religiosas. — 
passagem  com  cancella ;  cancella  de  cer- 
cados para  pastos, 

PORTEIRO,  s  m.  {porta,  des.  eiró) ,  ho- 
ínem  que  guarda  a  porta  e  tem  as  chaves 
de  convento ;  guarda-portão  de  palácio , 
tribunal ,  que  falia  a  quem  quer  entrar  ; 
pregoeiro  de  leilões  e  almoedas  judiciaes. 
—s  régios,  —  dos  bispos  ou  dos  senhores 
ierrítoriaes,  meirinhos,  oííiciaes  que  faziam 
citações  e  execuções.  O  —  divino,  (fig.)>  o 
papa. 

PORTEL,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  edi- 
ficada n'uma  altura  contigua  ao  rio  Ode- 
gebe  ou.  Degebe;  1,770  habitantes. 

'pORTEL,  (geogr.)  aldeia  da  província  do 
Pará,  no  Brazil ,  na  margem  oriental  da 
làgòa  Anapú.  ;'  ,y  ' 

PORTELLA,  s.  f.  diminut,  de  porta,  t^ot- 
ífil:'().g.  —  da  estrada,  porta  que  dá  na 
estrada. 

PORTELLO,  s.  m.  dimmut.  de  porta,  en- 
fada, passo:  v.g.  —  do  galeão  ^  o  lugar 
por  onde  se  entra  nelle. 

pORTENDic,  (geogr.)  porto  da  costa  ao 
O.  de  Africa,   e  a  57  léguas  ao  N.  de  S. 

'■  PORTENTO,  s.  m.  (Lat.  portentum,  de  por- 
tendo,  ere,  presagiar),  iprodigio,  presagio ; 
cousa  extraordiíiaria  ,  maravilhosa,  mons- 
truosa. 

'  PORTENTOSAMENTE,  ttdv.  {mente   suff.)  de 
Maneira  portentosa,  maravilliosa. 

PORTENTOSO,  A,  adj .  (des.  oso),  em  que 
há  portento,  maravilhoso,  monstruoso,  que 
pfesagia. 

poRTici,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Na- 
j^òles,  ao  pé  do  Vesúvio,  a  2  léguas  ao 
SE.  de  Nápoles;  e  conta  5.500  habitan- 
tes. 
■'t»t)RTico,  s.  m.  (pron.  pórtico  :  Lat.  porti- 
dús).  portal  de  edifício  nobre,  de  ordinário 
com  alpendre;  edifício  nobre,  arcadas.  í?.^. 
O  —  de  Zenão,  a  eschola  stoica. 

íORTico,  (hist.)  nome  dado  á  escola  de 
Zenon,  porque  os  discípulos  deste  philoso- 
phos  faziam  as  suas  reuniões  no  Píecilo,  ce- 
lebre pórtico  d'Athenas. 

PORTiLHÃo,  s.m.  augment.  deporta,  (p. 
us.)  abertura,  brecha,  quebrada  em  muro 
de  praça  forte. 

-  PORTiLHO,  s.  m.  diminut.  de  porta,  aber- 
tura, brecha  pequena  no  muro,  na  pare- 
de, ou  no  entrincheiramento  para  darpas- 
sagem:^^    •  •^-  "'"'^•'^     ' 


m 


i,  de  roriugal,  situada  a  1  milha  da  di- 


PORl 

villa, 

reita  do  rio  do  mesmo  nome ,  no  sitio  da 
antiga  Portus  Hannibalis  ,  no  Algarve,  8 
léguas  a  0.  de  Faro   e  2  e  meia  a  E.  de 

Lagos.  ...        .rf      ;    j^; 

voRTmE/i,s.'f.  diminut.  de  porta,  por- 
ta pequena. 

PORTINHOLA,  5.  /".  {portlnha,  des.  ola  dim.) 
portinha  dobradiça,  v.g.  —  de  coche,  li- 
teira, de  canhonheira  das  naus  ;  —  d'arcat 
tampa. 

PORTLAND,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
Unidos,  capital  do  Estado  do  Maiad  ;  sobre 
a  bahia  de  Casco;  e  tem  15,000  habitan- 
tes. 

PORTLAND,  (geogr.)  pequena  ilha  de  In- 
glaterra, a  légua  emeiadeWeymouth;  tem 
2,000  habitantes. 

PORTO,  s.m.  (Lat.  jooríws.  Da  mesma  ori- 
gem que  Porta),  aberta  na  costa  que  admit- 
te  a  entrada  de  navios  e  os  abriga  dos  tem- 
poraes.  v.  g.  —  de  mar,  em  que  entra  o  mar  ; 
—  de  rio,  na  borda  delle.  Surgir  em — , 
dar  fundo  nelle ;  (fíg.)  estar  em  seguro,  a 
salvo.  Fechar  ou  serrar  os  — 5,  não  admit- 
tir  nelles  navios,  v.  g,  Napoleão  obrigou 
todas  as  potencias  continenlaes  a  fecharem 
os  — s  aos  Inglezes.  Tomar  ou  cerrar  to^ 
dos  os — s,  (fíg.)  atalhar,  tirar  todos  os  re- 
cursos. Perecer  no  — ,  (fíg.)  ,  succumbir 
quando  pareciam  vencidos  todos  os  riscos, 
depois  de  ter  escapado  a  tormentas,  a  pe- 
rigos. — ,  passo  estreito  entre  montanhas  , 
aberta  em  mato  cerrado,  ex.  «  Em  toda 
esta  serrania  não  ha  mais  que  dois  — s.  » 
Barros.  — s  seccos,  entradas  por  terra,  en- 
trada de  géneros  por  terra.  — s  molhados^ 
entrada  por  mar  ou  rio.  Alfandegas  dos  — s 
seccos,  ou  molhados,  onde  se  pagam  os  di- 
reitos. 

PORTO,  (geogr.)  cidade  episcopal,  a  se- 
gunda da  monarchia  era  população,  com- 
mercio,  riqueza,  industria,  bellesa  e  edifí- 
cios e  ruas  e  em  civilisação ;  sele  de  um 
dos  17  districtos  administrativos  do  conti- 
nente do  reino,  da3.^  divisão  militar  e  de 
um  dos  tribunaes  da  relação  do  reino ;  está  si- 
tuado na  margem  direita  do  rio  Douro  ,  cuja 
foz  se  acha  distante  delia  quasiutna  légua, 
conta  75,000  habitantes. 

PORTO,  (geogr.)  pequena  villa  da  ilha  de 
Santa  Maria,  capital  da  mesma  ,  e  cabeça 
de  um  concelho.  Está  situada  em  terreno 
quasi  plano  sobre  uma  ladeira  á  beiramar, 
voltada  ao  SO.  e  quasi  a  igual  distancia  das 
duas  pontas  da  ilha,  4,810  habitantes. 

PORTO-ALEGRE,  (geogr.)  cidade  mercantil, 
capital  da  província  de  S.  Pedro  do  Rio 
Grande,  no  Brazil,  com   6;000  habitantes. 

PORto-alegrí:,  (geogr.)  pequena  villa  ma- 


j^itima  da  proviapia  da  Bahia,  no  Brazil,  na 
comarca  de  Caravellas.  á  foz  do  rio  Mucu- 
pi,  38  léguas  susudoeste  de  Porto  Seguro  , 
e  128  da  cidade  da  Bahia. 

PORTO-ALEGRE,  (geogr  J  villa  antiga  e  mal 
povoada  da  província  do  Rio  Grande  do 
ríorte,  na  serra  chamada  do  Regente,  no 
Brazil,  conhecida  actualmente  com  o  mes- 
mo nome  da  villa,  55  léguas  a  OE.  da  ci- 
dade do  Natal,  a  20  da  costa  do  norte  da 
provincia,  e  3  arredada  da  margem  es- 
querda do  Appodi. 

poRTO-BELLO,  (geogr.)  pequena  villa  da 
provincia  de  Santa-Catharina,  no  Brazil,  na 
comarca  do  Norte. 

PjFORTO-CALvo,  primivamente  bos-succes- 
so,  (geogr.)  villa  da  provincia  das  Alagoas, 
no  Brazil,  na  comarca  de  Maçayó,  a  6  lé- 
guas do  mar  á  beira  do  rio  Manguape. 

roRTO-CARREiRO ,  (gcogr.)  povoação  de 
Portugal ,  no  concelho  de  Penafiel,  1 ,400 
habitantes. 

PORTO  Da  CRUZ  ,  (geogr.)  aldeia  da  ilha 
da  Madeira ,  pertencente  ao  concelho  de 
Sant'Anna,  3,051  habitantes. 

PORTO  DA  FOLHA,  (geogr.)  uova  vilIa  e  an- 
tiga povoação  da  provincia  de  Sergipe,  no 
Brazil,  na  comarca  de  Villa  Nova  de  Santo 
António.  . 

PORTO  DA  GUARDA,  (geogr.)  pequeuo  por- 
to da  provincia  de  Santa  Catharina ,  no 
Brazil,  sobre  o  rio  Tubarão. 

PORTO-DAS-MANGUEIRAS,  (geogr.)  peque- 
no  porto  da  provincia  do  Rio  de  Janeiro  , 
no  Brazil,  no  termo  da  freguezia  d'Inhaú- 
ma,  no  fundo  da  bahia  Nitherôhi. 

PORTO-DAS-PEDRAS,  (gcogr  )  villa  da  pro- 

.  vincia  das  Alagoas,  no  Brazil,  na  comarca 

de  Maçaye,   na  margem   esquerda  e  perlo 

da  foz  do  rio  Manguape,  que  divide  o  seu 

districto  do  da  villa  de  Porto-Calvo. 

PORTO  DE  Moz,  (geogr.)  antiquíssima  villa 
de  Portugal,  situada  a  1  légua  ao  S.  da  Ba- 
talha, a  3  de  Leiria,  a  cujo  districto  perten- 
ce, e  assentada  n'uma  encosta  da  serra  de 
Minde  :  contém  3,100  habitantes. 

PORTO-DE-Moz,  pequeua  villa  da  provin- 
cia do  Pará,  no  Brazil,  na  margem  direi- 
ta do  no  Xingú,  4  léguas  acima  de  sua 
juncção  com  o  Amazonas,  e  102  a  OE.  da 
cidade  de  Belém.  ,.-.,^,;.,  .  ^ ,     . 

poRTO-DO-CAPiiÃo,  (geogr.)  porto  dò  rio 
Magé,  no  Brazil,  na  confluência  do  ribeiro 
chamado  Rio  do  Capitão,  na  provincia  do 
Rio  de*Janeiro. 

PORTO  FAMOSO,  (geogr.)  aldeia  grande  da 
ilha  de  S.  Miguel ,  duas  milhas  a  O,  da 
Maia,  e  uma  légua  a  L.  da  Ribeira  Gran- 
de, á  beira-mar. 

poRTO-FELiz,  (geogr.)  pequena  villa  mer- 
cantil do  sertão  da  provincia    de  S.  Paulo, 
YOL.  |y. 


POÍOf 


S57 


24  léguas  ao  poente  da  cidade  deste  nome, 
no  Brazíí. 

PORTO- IMPERIAL,  (gBOgp.)  villa  da  provin- 
cia  de  Goiáz,  no  Brazil,  na  margem  direi- 
ta do  rio  dos  Tocantins,  3  léguas  aoS.da 
povoação  de  Pontal,  sobre  a  estrada  do  nor- 
te, e  150  loguas  pouco  mais  ou  menos  ao 
norte  da  cidade  de  Goiáz. 

PORTO  iNGLEZ,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  do 
Maio,  que  é  a  cabeça  do  concelho  do  mes- 
mo nome  e  do  respectivo  julgado  ;  745  ha- 
bitantes. 

PORTO  JUDEU,  (geogr.)  aldeia  grande  da 
ilha  Terceira,  situada  á  beiramar,  a  L.  de 
Angra,  duas  léguas  de  caminho,  em  terre- 
no elevado. 

PORTO  DK  MONIZ,  (geogr.)  villa  da  ilha  da 
Madeira,  com  3,000  habitantes. 

PORTO  DE  SANTA  MARIA,  fgeogr.)  chama- 
se-lhe  também  simplesmente  povoação,  pos- 
to que  aquelle  seja  o  nome  que  lhe  deu  a 
piedade  dos  habitantes,  quando  a  poz  de- 
baixo da  protecção  da  Mãi  de  Deus.  Conta 
789  habitantes 

PORTO  DE  SAL  REI,  (geogf.)  principal  al- 
deia da  ilha  da  Boa  Vista,  conta  866  ha-^ 
bitanles. 

PORTO  SANTO  (Ilha  de),  (geogr.)  uma  das 
do  archipelago  da  Madeira  ,  dista  do  Fun- 
chal, 14  léguas,  3,'tOO  habitantes.  E'  no- 
tável esta  ilha  na  historia,  por  ser  a  pri-» 
meira  descuberta  dos  portuguezes  ,  aquella 
por  onde  começaram  a  longa  serie  de  proe- 
zas que  espantou  o  mundo ,  e  veio  fazer 
uma  revolução  radical  no  seu  systema  com- 
mercial  ;  por  ser  a  primeira  colónia  que 
estabeleceram  no  Ultramar;  e  finalmente 
por  ter  sido  a  residência  de  Christovão  Co- 
lombo, que,  quando  andava  servindo  na 
nossa  marinha,  e  meditava  talvez  a  descu- 
berta do  Novo  Mundo,  nella  casou  com  uma 
portugueza. 

PORTO  SANTO ,  (gcogr.)  villa  capital  da 
ilha  e  concelho  do  mesmo  nome. 

PORTO-SEGURO,  (geogr.)  villa  marítima  da 
provincia  da  Bahia,  cabeça  da  comarca  do 
seu  nome,  no  Brazil. 

PORTO  DO  príncipe,  (gBogr  )  capital  da 
ilha  do  Haiti  e  do  districto  do  Oeste,  no 
fim  da  bahia  de  Porto  do  Principe  ;  28,000 
habitantes. 

porto-bourbon,  (geogr.)  cidade  da  ilha 
de  França,  na  costa  SE. 

PORTO-CASTRIES     OU    CARENAGE  ,     (gCOgF.) 

capital  da  ilha,  de  Santa  Luzia,  na  costa  ao 
NO  ;  4,300  habitantes. 

PORTO-CROZ,  (geogr.)  uma  das  ilhas  Hye-J 
res,  a  9  léguas  ao  S.  de  Toulon, 

1'ORTO  DE  HISPANHA  OU  SPANISH-TOUN,(geO- 

gr.)  capital  da  ilha   da  Trindade,    sobre  o 
golpho  de  Paria  ;   conta   10,000  habitantes. 
^  65 


POft 


PÒ* 


'''^dÍRTO-GLASGOW      OU    NEWPORT-GLASGOW  , 

(geogr.)  cidade  de  Escossia,  sobre  o  Clyde, 
a  5  léguas  ONO.  de  Rentrew,  0,000  habi- 
tantes. V^f^^^fl}  ^^^^:^^  f^';  ^'?'"''/^''í'" 
PORTO -JAcksoN,  ^èogr.)  Dabíà  ria  còsfa 
to  O.  da  Nova  Hoílanda. 
'  PORTO  LUIZ  ou  PORTO  nord'oeste,  (geogr.) 
capital  da  iíha  de  França,  25,000  habitan- 

~  iPÒRT^ò-MAURicro,  (gêô|fr^) '  cídadc  dos  Es- 
tados Sardos,  a  légua  e  meia  NE.  de  Nice  ; 
6,000  habitantes. 

'  PORTo-ERCOLE,  (geogr.)  Herculis  Cosani 
PortuSf  cidade  da  Toscana,  a  25  léguas  SE. 
"de  Sienna,  perto  da  antiga  Cota. 

PORTO-FERRAJO,  (geogr.)  Capital  da  ilha 
ne  Elba,  na  costa  NO.,  pertence  á  Toscana, 
e  conta  3,100  habitantes. 

PORTO-L^NGONE,  (geogr.)  cidade  da  ilha 
tie  l-lba,  na  costa  K.,  a  2  léguas  SE.,  de 
Porto-Ferrajo ;  1,600  habitantes. 

PORTO-NOVO  ou  MAÍIMOND-HENDER,    (geOgr.) 

«cidade  da  índia  ingleza,  a  13  léguas  ao  S.  de 
Pondichery. 

PORTO-Rico,  (geogr.)  uma  dos  Grandes  An- 
tilhas hispanholas,  a  menos  considerável  o 
mais  oriental;  300,000  habitantes.  Capital 
'S.  João. 

PORTO-vECCnio,  (geogr.)  cidade  da  ilha 
de  Córsega,  a  6  léguas  E.  de  Sartane  ;  1,500 
habitantes. 

PORT-PATRICK,  (geogF.)  cidadc  d'EscossÍ8, 
a  meia  légua  1^0.  de  Wigton ;  2,000  ha- 
bitantes.  ' 

PORTo-'R'E'A't,  (geogr.)  cidade  e  porto  da 
ilha  da  Jamaica,  a  2  léguas  ao  80.  de  Kings- 
ton ;  200   casas. 

PORTO  DE    SAISCTA   MARIA,    (geOgP.)  PuevtO 

de  Sancta  Maria  em  hispanhol ,  Portus 
Mcncsthci  dos  antigos,  cidade  dTlispanha, 
a  3  léguas  N;  .  deCadiz;  l'/,600  habitan- 
tes. 

PORTO-SANCTA-MARiA,  (geogr.)  cidado  de 
França,  a^  léguas  NO.  d'Agen  ;  3,016  ha- 
bitantes. 

pORtò-sOBRE  o  saÒne  ,  (geogr.)  Portus 
Abucini,  cidade  de  França,  a  3  léguas  NE. 
de  Vesoul ;  ii,070  habitantes. 
;  PORTSMOUTH,  (geogr.)  Portus  Adurnos , 
cidade  o  porto  d'lnglaterra,  a  25  léguas 
00  SO  de  Londres  ;  53,000  habitan- 
tes 

PORTSMODTJi,  (geogr.)  muitas  cidades  dos 
Estados  Unidos  teem  este  nome ;  a  princi- 
pal é  no  Lstado  de  New-Hampshire  ;  a  15 
léguas  ao  SR.  de  Concord ;  8,000  habitan- 
te*. 

PORTicnAR.  V.  Perluchar. 

PORTUCHAS.  \.  Pertuchas. 

PORTuçHos,  V.  Pertuchos. 

PORTUbAL  ,  (geogr.)  cidade  do  Senegal , 


tio  reino  do  Baol,  a  9  léguas  ao  SE.  d« 
Gerea. 

PORTUENSE ,  adj,  e  s.  dos  2  g.  natural 
da  cidade  do  Porto,  pertencente  ao  Porto. 
V.  g.  Bispo — .Os — 5,  naturaes  do  Porto. 

PORTUGAL  ,  (geogr.)  Portuealc  em  Latim 
moderno,  Lusitânia  dos  antigos,  um  dos 
estados  da  Luropa  oocidenlal.  Occupa  qua- 
si  toda  a  parte  Occidental  da  península  ibé- 
rica ;  a  sua  posição  geographica  é  entre  36° 
e  56'  e  42°  e7'delat.  N.,  eentreS»  e46», 
e  11*^  e  51'  de  longit.  0.  Tem  por  limite» 
ao  N.  e  E  o  reino  de  Hispanh»,  aoS.  eO. 
o  Oceano;  o  seu  maior  comprimento  desde 
Chaviaes  junto  a  Melgaço  até  ao  Cabo  de  S. 
Maria  no  Algarve  é  de  10)  léguas,  a  sua 
maior  largura  de  Nascente  a  Poente  desde 
Campo  Maior  até  ao  Cabo  da  Roca  óde44 
léguas.  A  superfície  é  de  3,150  léguas 
quadradas.  A  população  é  no  continente 
3:112,500;  nas  ilhas  adjacentes  330,500; 
nas  possessões  na  Ásia,  Africa,  e  Oceania 
1:3111,640  habitantes. 

A  capital  ó  a  cidade  de  Lisboa,  assenta- 
da em  7  montes,  sobre  o  Tejo,  mui  popu- 
losa, outr*ora  rica,  e  o  melhor  porto  de  mar 
que  ha.  Compreende  este  reino,  além  do  con- 
tinente as  ilhas, chamadas  adjacentes,  que  são 
as  dos  Açores,  e  as  da  Madeira  e  Porto  Santo, 
e  varias  colónias  na  Africa,  Ásia  e  Oceania, 
que  formam  os  governos  de  Cabo-Verde, 
Cacheu  e  Bissau,  Angola,  Benguella,  parte 
de  Congo,  S.  Thomé  e  Príncipe,  etc;  Mo- 
çambique e  suas  dependências;  Gôaesuas 
dependências ;  Macau  e  possessões  na  Ocea- 
nia. 

DIVISÕES     DO   REINO   lE    PORTUGAL. 

A  maior  parte  de  Portugal  continental  fa- 
zia parte  da  antiga  Lusitânia,  occupada  por 
diversos  povos,  estabelecidos  em  limitados 
districtos  formando  pequenas  republicas. 

Segundo  alguns  autores  a  Lusitânia  di- 
vidia-se  era  4  grandes  províncias  ou  divi- 
sões habitadas  pelos  Lusiíanoí,  Vetões,  Cel- 
tas, Turdulos  e  Turdetanos,  e  Cuneos  e  Cy- 
netas.  Formado  o  reino  de  Portugal,  a  divi- 
são mais  geral  tem  sido  a  de  províncias,  cu- 
jo numero  tem  variado  em  diíTerentes  épo- 
cas As  actuaes  províncias,  em  que  se  di- 
vide o  reino  e  suas  capitães,  são  as  seguin- 
tes. 


Prorsincitis. 


Traz  os  Montes 
Minho. 
Beira  Alta. 


Capitães. 

Villa-Real. 

Porto. 

^Vizeu. 


POR 


no  < 
POR 


159 


Beira  Baixa. 
Estremadura. 
Alemtejo. 
Algarve. 


Castello-Branco. 
Lisboa. 
Évora. 
Faro. 


/  Divisão  Ecclesiastica. 

No  sentido  ecclesiastico  divide-se  o  reino 
em  4  Províncias,  cujas  capitães  ou  Metró- 
poles são  Lisboa,  Braga,  Évora,  e  Gôa;  es- 
tas se  dividem  em  Dioceses,  e  estas  em  Pa- 
rochias  ou  Freguezias.  Os  chefes  das  Pro- 
víncias teem  a  dignidade  archiepiscopal ;  o 
de  Lisboa  tem  além  disso  a  de  Pairiarcha 
e  Cardeal ,  |  o  de  Braga  a  de  Primaz  das 
Hispanhas  ,  e  o  de  Gôa  a  de  Primaz  do 
Oriente;  os  chefes  das  Dioceses  sslO Bispos 
suffraganeos  ;  e  odas  Freguezias  Parochos, 
e  se  denominam  i466acíe5,  Priores,  Reitores, 
Vigarias,  Curas,  segundo  a  origem  das  suas 
igrejas.  O  mappa  das  Dioceses,  que  com- 
preendem as  4  Provincias,  é  o  seguinte. 

Provinda  Bracharense, 


Braga,  Metrópole. 

Porto. 

Aveiro. 

Coimbra. 


Vizeu. 

Pinhel. 

Bragança. 


Provinda  Lisbonense. 


Lisboa,  Metrópole. 
Leiria. 
Lamego. 
Guarda. 
Castello  Branco. 


Portalegre. 

Angra. 

Funchal. 

Angola. 

Cabo-Verde. 


Provinda  Eborense. 

Évora,  Metrópole.       Beja. 
Elvas.  Algarve. 

Prodncia    de  Goa. 

Goa.  Nankim. 

Cochim.  Pekin. 

Malacca.  Cangranor. 

Macáo.  Meliapor. 

O  numero  das  Parochias  no  continente  e 
ilhas  adjacentes  é  3971. 

11^  Divisão  Administrativa. 

No  Continente  e  ilhas  adjacentes  divide- 
se  o  reino  era  21  Districtos  administrativos^ 
e  estes  em  420  Concelhos,  cada  um  dos  quaes 
se  divide  em  Freguezias.  Lisboa  divide-se 
em  4  bairros  e  o  Porto  em  3.  Cada  districlo 
é  regido  por  um  Governador  Civil  com  um 


Secretario  Geral;  ha  além  disso  na  capital 
de  cada  dislricto  uma  Junta  Geral  de  Dit- 
íricto,  composta  em  Lisboa  de  í7  Procura- 
dores, no  Porto  de  15,  enos  mais  districlo» 
de  13,  eleitos  pelas  camarás  e  concelhos  mu- 
nicipaes  ;  e  um  Conselho  de  Distrieto,  com- 
posto de  4  Vogaes,  e  4  subítitulos,  e  presi- 
dido pelo  Governador  Civil.  Cada  concelho 
(ou  bairro  em  Lisboa  e  Porto)  é  regido  por 
um  Aministrador ;  na  capital  de  cada  con- 
celho ha  uma  Camará  Municipal,  composta 
em  Lisboa  de  12  vereadores,  no  Porto  de  11 
enos  mais  de5a7;  junto  acamara  ha  utn 
Conselho  Municipal,  composto  de  tantos  vo- 
gaes  quantos  são  os  Vereadores,  e  tudo  de 
eleição  popular.  Em  cada  freguezia  ha  um 
Regedor  de  Parochia,  que  tem  ás  suas  or- 
dens Cabos  de  policia  ;  ha  alem  disso  uma 
Janta  de  Parochia,  presidida  pelo  Parocho, 
e  composta  de  2  a  4  vogaes,  1  escrivão  e  1 
ihesoureiro. 

Os  distiictos  administrativos,  tomam  os 
nomes  das  suas  capitães  e  são  os  seguin- 
tes. 


Vianna. 

Lisboa. 

Braga. 
Porto. 
ViUa  Beal. 

Santarém. 

Portalegre. 

Évora. 

Bragança. 
Aveiro. 

Beja. 
Faro. 

Coimbra. 

Vizeu. 

Guarda. 

Ponta  Delgada 

Angra. 

Uorta. 

Castello  Branco 

Funchal. 

Leiria. 

///.   Divisão  Judicial. 


O  reino  eseus  domínios  dividem-se  em  4 
provincias  ou  Districtosjudiciaes,  que  se  di- 
videm em  Comarcas,  estas  em  Julgados,  e 
estes  em  Freguezias,  O  Supremo  Tribunal 
de  Justiça,  cuja  sede  é  ena  Lisboa,  é  o  pri- 
meiro tribunal,  e  tem  jurisdicçào  em  todo  o 
reino ,  excepto  para  as  causas  do  foro  mili- 
tar, para  as  quaes  ha  também  um  Supremo 
Conselho  de  Justiça  Militar  ;  o  Supremo  Tri- 
bunal compõe-se  deU  Juizes,  e  junto  delle 
serve  um  Procurador  Geral  da  Coroa,  com 
2  Ajudantes. 

Em  cada  Districlo  Judicial  ha  uma  Rei- 

lação,  composta  em  Lisboa  e   Porto  de   21 

juizes,  e  nas  outras  de    7  ;  junto    a    cada 

Rellação   serve    1    Procuradvr   Régio,  e  2 

Ajudantes.  Em  cada  Comarca  ha  um  Juiz 

de  Direito,  (excepto  em  Lisboa,    que   ha  6 

.  e  no  Porto  3),   junto    do    qual   servo   um 

I  Delegado  do  Procurador  Régio.    Em    cada 

I  Julgado    ha   1    Juiz  Ordinário ;  junto  do 

65  * 


260  POR 

qual  serve  1   Sub-delegado,   e  1   ou   mais 

ífuizes  de  Paz.  :  W-^-^^  o-^^^ 

--Finalmente  em  cada  Freguezia  ha  um 
Juiz  Elleito.  Para  as  cousas  Coraraerciaes 
ha  34  Trihunaes  do  Commercio,  presidi- 
dos pelo  juiz  de  Direito  da  Comarca,  onde 
teem  a  sua  sede,  excepto  em  Lisboa  e 
Porto  aonde  teem  juizes  especiaes  ;  et  Tri- 
bunal de  á.*  instancia  em  Lisboa,  compos- 
to de  7  juizes,  e  junto  do  qual  serve  um 
Procurador  Régio. 

•  Ua  alem  disso  3  juizes  criminaes em  Lis- 
boa e  ura  no  Porto,  e  igual  numero  de  Cu- 
radores Geraes  dos  Orfàos,  nestas  duas  ci- 
dades. 

i    Os  4  districtos  judiciaes  são: 

•-'10  861} 8   «»  fí>yi 

Lisboa.  '■'    •■"''  Açores. 

Porto.  (ioa. 

IV.    Divisão  Militar. 

Acha-se  dividido  o  Continente  e  Ilhas  ad- 
jacentes em  10  Divisões  Militares,  cada  uma 
das  quaes  tem  um  Commandante  oíficial  ge- 
neral, que  tem  junto  de  si  um  Chefe  d' Es- 
tado Maior,  e  Ajudantes. 

As  divisões  e  seus  quartéis  generaes  são 
as  seguintes : 


Po: 


'ftn 


l,*^    .. 

.     ...     Lisboa. 

2^a 

.     ...     Vizeu. 

3!«  '.'. 

.     ...     Porto. 

4.«  .. 

.     ...     Braga. 

-   5.«  .. 

v''ív;^i?;  ^illa  Real. 

6.»  .. 

.     .;,     Castello  Branco. 

7.^  . 

.  ■  /., .  Estremoz. 

8.«  .. 

^;(%>\.  Tavira. 

9.«  .. 

.     ...     Funchal. 

-í  ir. 

10.«  .. 

.     ...     Angra 

Instrucção  Publica. 

Para  regular  a  instrucção  publica  ha  um 
Conselho  Superior  de  Instrucção  Publica, 
presidido  pelo  Ministro  do  Reino ;  que  se 
compõe  de  1  Vice  Presidente  e  8  Vogaes, 
tem  a  sua  sede  em  Coimbra  ,  e  delegados 
seus  era  vários  pontos  do  reino.  Para  a 
Instrucção  Primaria  ha  2253  escholaspara 
ambos  os  sexos,  pagas  pelo  governo,  alem 
d.ss  particulares.  Para  a  Secundaria  ha  2:1 
Lyceus,  nas  capitães  dos  Districtos  admi- 
nistractivos,  compreendendo  o  de  Lisboa  a 
antiga  Aula  do  Commercio ;  alem  de  mais 
de  lOO  cadeiras  de  Latim,  Lógica,  Rhetho- 
rica  e  Mathematica  fora  dos  Lyceus.  Para 
a  Superior  ha  a  Universidade  de  Coimbra, 
as  Eschola  e  Academia  Polytechnica  de  Lis- 
boa e  Porto,  e  as  Embolas  Medico-Cirurgi- 


cas  de  Lisboa,  Porto  e  Funchal,  Para  a 
instrucção  Especial  ha  os  Institutos  Agrí- 
cola e  Industrial  era  Lisboa  e  Porto,  Aca- 
demias das  Bellas  Artes  em  Lisboa  e  Por- 
to, e  ura  Conservatório  Real  em  Lisboa 
para  declamação,  musica  e  dança.  lia  Bi-- 
bliothecas  Publicas  em  Lisboa,  Coimbra, 
Évora,  Villa  Real  e  Funchal,  Museus  de 
Historia  Natural  em  Lisboa  e  Coimbra , 
Observatórios  em  Lisboa  e  Coimbra,  etc,"' 

Descripção.  Portugal  é  um  dos  paizes  mais 
favorecidos  pela  natureza  ;  é  em  parte  mon- 
tanhoso, mas  tem  comtudo  algumas  planí- 
cies e  valles,  fecundados  por  immensos  re- 
gatos, que  lhe  dão  uma  verdadeira  rique- 
za agrícola  :  as  principaes  serras  de  Portu- 
gal são  as  da  Estrella ,  Soajo,  Bussaco, 
d'Ossa,  de  Cintra,  Monte-junto,  e  Gerez. 
Tem  muitos  rios,  dos  quaes  apontaremos  o 
Tejo,  Douro,  Guadiana,  Minho,  Tâmega, 
Lima,  Cavado,  que  nnscem  em  Hespanha, 
e  o  Mondego,  Vouga,  Ave,  Zêzere,  Nabão, 
Sado  e  Côa,  que  nascem  era  Tortugal.  Tom 
minas  de  ouro,  prata,  cobre,  chumbo,  es- 
tanho, ferro,  azougue,  bismutho,  carvão  de 
pedra,  antimonio,  ametystas,  christaes  de 
rocha,  jacinthos,  enxofre  ele.  Muitas  pe- 
dreiras, e  algumas  de  mármores  estimados, 
como  são  as  de  Estremoz,  Arrábida,  Pêro 
Pinheiro,  Cascaes,  e  pedras  lytographicas ; 
o  granito  abunda  em  todo  o  paiz,  assim 
como  ardósias,  pedras  do  mós,  barro  e  argila. 

Possue  ricas  salinas,  principalmente  em 
Setúbal,  Alcácer  e  Aveiro ;  e  excellentes 
aguas  ihermaes,  férreas  e  sulfiireas,  como 
são  as  das  Caldas  da  Rainha,  Gerez,  Esto- 
ril, Alcaçarias,  etc.  —  O  clima  de  Portugal 
é  geralmente  benigno  c  temperado,  se  bem 
que  n'alguns  lugares  se  notem  .sensiveis 
diíTerenças  de  temperatura;  mas  só  n'al-, 
guns  sitios  pantanosos  é  insalubre.  O  solo 
é  dos  mais  férteis  e  abunda  em  todos  os 
géneros  da  primeira  necessidade,  taes  como 
cereas,  vinho,  azeite,  fruclas,  carne,  peixe  ; 
gados  de  toda  a  espécie,  toda  a  qualidade 
de  aves  domesticas  e  caça  do  ar.  A  agri- 
cultura, se  não  está  era  estado  florescente, 
também  não  se  pode  dizer  que  esteja  em 
decadeuina,  sobro  tudo  na  provinda  do  Mi- 
nho, e  n'algumas  partes  da  Estremadura 
e  Beira  Alta  ;  principalmente  cm  vinhos, 
cereaes  ,  fructa  ,  e  batata ,  que  é  geral- 
mente cultivada,  e  prospera  abundante- 
mente. A  industria  tem  consideravelmen- 
te prosperado  nestes  uliiraos  anna»,  e  con- 
tam-se  hoje  muitas  fabricas  de  algodões,  la- 
nifícios, vidros  o  porcelana,  papel,  sedas, 
galões,  chapeos,  panos  de  linho,  e  outros 
muitos  objectos,  que  não  seria  possível  enu- 
merar. O  commercio  interno  é  infelizmen- 
te  muito   limitado  devido   isto  á    falta  de 


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261 


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boas  estradas,  canaes,  e  rios  navegáveis.  O 
commercio  externo  é  mais  vasto  o  consis- 
te principalmente  a  exportação  em  vinhos 
do  Porto  e  Madeira,  azeite,  fructas,  e  para 
o  Brazil  em  cutelaria,  chapeos,  chitas,  pa- 
nos de  linho,    e  outros  objectos. 

Os  portuguezes  são  bem  conformados,  po- 
rem de  mediana  estatura,  e  frequentemen- 
te de  notável  robustez,  quasi  lodos  com  olhos 
e  cabellos  pretos,  e  a  tez  mais  escura  que 
os  povos  septentrionaes ;  as  mulheres  são 
em  geral  formosas,  e  elegantes.  Sao  soce- 
gados  e  caridosos,  urbanos  e  até  polidos  ; 
a(ferados  á  religião  de  seus  pais,  mas  sem 
fanatismo  e  com  tolerância ;  aptos  para  as 
sciencias,  e  artes,  e  muito  amigos  do  tra- 
balho. O  governo  do  Estado  é  monar- 
chico  representativo,  hereditário,  não  sen- 
do excluído  da  successão  o  sexo  feminino , 
junto  do  rei  ha  um  concelho  de  estado ;  o 
poder  legislativo  é  exercido  pelas  cortes, com- 
postas hoje  de  camarás,  uma  hereditária,  a 
dos  pares,  a  outra  electiva,  a  dos  deputados, 
competindo  ao  rei  a  sancção  das  leis.  O  rei 
tem  o  titulo  de  Magestade  Fidelissima,  con- 
cedido em  1748  pelo  papa  Benedicto  XIV  a  U. 
João  V  eseus  successores.  A  religião  does- 
tado é  a  Catholica  Apostohca  Romana  que 
se  julga  foi  introduzida  no  século  II;  são 
porém  toleradas  todas  as  outras  religiões. 

Historia.  A  historia  de  Portugal  começa 
propriamente  no  governo  .do  conde  D.  Hen- 
rique, e  tudo  o  qne  lhe  é  anterior  perten- 
ce mais  á  historia  da  Lusitânia,  eem  geral 
de  toda  a  Península.  Semremontarmos^  co- 
mo Fr.  Bernardo  de  Brito,  á  epocha  do  dilu- 
vio, para  explicar  a  origem  da  sociedade 
portugueza,  diremos,  que  a  Lusitânia  foi 
povoada  pelos  Iberos  e  Celtas,  a  que  de- 
pois çe  associaram  os  Phenicios ;  depois 
destes  vieram  os  Carthaginezes,  que  a  seu 
turno  foram  expulsos  pelos  Romanos.  Na 
decadência  do  império  romano,  invadido  pe- 
los bárbaros  no  século  V,  a  península  foi 
occupada  pelos  Suevos,  Alanos  e  Vândalos, 
e  depois  pelos  Wisigodos  ;  estes  em  712  fo- 
ram vencidos  pelos  Sarracenos,  que  se  es- 
tabeleceram em  toda  aHespanha,  aonde  se 
conservaram  até  serem  delia  expulsos  de  to- 
do em  14.  2 

Reinando  em  Leão  Affonso  VI,  o  conde  D. 
Henrique,  descendente  de  HugoCapeto,  veiu 
offerecer  os  seus  serviços,  áquelle  monar- 
cha,  e  delle  recebeu  em  premio  a  mão  de 
sua  filha  D.  Thereza  ou  Tareja  e  o  condado 
de  Portugal;  sendo  certo  que  em  1095  já 
estavam  cazados  e  em  1097  já  o  conde  D 


terras  aos  Mouros  venceu  finalmenie  em  25i/ 
de  Julho  de  1139  a  celebre  batalha  de  Cam- 
po do  Ourique  contra  5  reis  mouros,  tendo 
na   véspera   sido  acclamado   rei  pelos  seus 
soldados,  titulo  que,  segundo  alguns,  lhe  foi 
confirmado  pela  nação  nas  cortes  de  Alma- 
cave  em  1143.  Já  anteriormente  o  monarcha 
fizera  reconhecer  a  independência  do  reino 
pelo  rei  de  Leão  na  conferencia  de  Samora, 
Os  succesores  do  D.  Affonso  Henriques  con-.í 
linuaram  as  suas  conquistas, D.  Sancho  I  coa- . .; 
quislou   o  Algarve    (1189),    D.  Affonso  II, 
Alcácer  do  Sal  (1217^,  e  D.  Sancho  II  mui- 
tas terras  e  praças  do  Alémtejo.  O  poder  real 
começou  então  em  lucta  com  o  estado  eccle-  ■ 
siastico,  então  poderosíssimo,  e  desta  lucta  •. 
resultou  a  deposição  de  D.  Sancho  II,  por 
bulia  de  Innocencio  IV,  e  o  governo  de  D. 
Affonso  III.    D.  Diniz  tratou   especialmente 
de  fazer  florescer  a  agricultura  e  as  letras, 
para  o  que  creou  a  primeira   Universidade 
ou  Escolas  Geraes  em  Lisboa.  Continuaram 
seus  successores  a   obra  da  civilisação  até 
ao  desditoso  reinado  de  D.  Fernando  I,  o 
ultiroo  monarcha  da  1.^  dynasíia. 

A  nação,  reunida  em  cortes,  acclamou  em 
1383  rei  do  Portugal  a  D.  João,  mestre  de 
Aviz,  o  qual  firmou  a  independência  de  Por-  , 
tugal,  atacada  pela  guerra  de  Castella,  e  pe-,, , 
lo  seu  valor,  e  boa  administração  grangeou 
o  amor  do  seus  povos.  Reinou  a  descendên- 
cia deste  monarcha  até  1580,  em  que  falle- 
ceu  o  Cardeal  Rei  D. Henrique;  este  ó  sem  du- 
vida um  dos  mais  bellos  períodos  da  histo- 
ria portugueza.  Comeffeito  os  descobrimen- 
tos dos  Portuguezes,   as  suas  victorias  na 
Ásia  ,  Africa,    tornara  o  seu   nome   temido  . 
e  respeitado  por  toda  a  parle.  Desde  a  glo-  ] 
riosa  tomada  de  Ceuta  em  143j  atéádes-   ; 
graçada  batalha  de  Alcácer  Quibir  em  l578,  ; 
estfl   pov0,  dotado  de  uma  actividade  sem  \ 
exemplo,  descobre  os  archipelagosda  Madei^ 
ra.  Açores,    Canárias,  Cabo-Verde,  costa  e 
ilhas  de  Guiné,  explora  e  faz  numerosos  es-   ; 
tabelecimentos  no  litoral  da  Africa  Occiden- 
tal;  dobra  o  Cabo  das  Tormentas  ;  submetia  \ 
ou  faz  tributários  os  principaes  mouros  da  i! 
costa  oriental   africana  ;  arrebata  aos  Ara-  h 
bes  a  navegação  da  índia  e  Mar  Vermelho;  ., 
e  a.ssombrando  os  povos  do  Oriente  com  prp-  ,,i 
digios  de   valor,  estabelece-se  em  Ormui^,^^?. 
Diu,  Damão,  Gôa,  llombaim,  Cochim,  Cei-,  > 
Ião,  Meliapor,  Malaca,  etc:  abrindo-se  ca-    ' 
minho  pela  Oceania  para  Java,  Borneo, 'li- 
mor,  Solor,  Molucas,  China  e  Japão  ;  ao  pas- 
so que  descobre  a  Nova  llollanda,  Nova  Gui- 
né   e    outras  terras.  Pedro  Alvares  Cabral 


Henrique  governava  Portugal  desde  o  Mi-   descobre  o  Brazil  (1509),  e,   em  menos  de 

nho  ao  Tejo.  O  successor  deste  primeiro  mo- |  um  século,  os  vastos  e  ferieis  terrenos  en- 

narcha  portuguez,  foi  seu  filho  D.  Affonso   Ire  o  Amazonas  e  Prata,  se  acham  submetli- 

Henriques,   que  tendo   conquistado  muitas  dos  ao  dominio  portuguez.  Mais  de  50  reis 

v«L.  IV.  66 


262  POR 

ia- 

ou  régulos  foram  tributários  de  El-Rei  D. 
Manuel,  e  os  mais  poderosos  monarchas  da 
Europa  e  Oriente  soUicitaram  a  sua  allian- 
ça.  Nio  foi  menor  o  cuidada  pelas  lettras 
neste  glorioso  periodo  ,  0.  AíTonso  Vfórma 
a  bibliotheca  de  Évora;  D.  Manuel  manda 
a  Duarte  Galvão  o  Ruyde  íina  reformaras 
antigas  chronicas,  e  reforma  a  legislação , 
publicando  as  novas  ordenações  do  reino. 
Foi  neste  periodo  e  no  reinado  de  D.  João 
III  que  se  introduziu  cm  Portugal  a  Inqui- 
sição (1540)  e  a  Companhia  de  Jesus  (1541). 

A'  morte  do  Cardeal  rei  D.  Henrique 
(1580)  seguiu-se  a  occupação  castelhana, 
que  durou  até  1640 ;  e  rorlugal,  que  no 
reinado  de  D.  Manuel  chegara  ao  maior  grau 
de  esplendor,  ficou  nesse  periodo  na  maior 
prostração. 

Em  1640  recuperou  esta  nação  a  sua  in- 
dependência pela  gloriosa  revolução,  que  ele- 
vou ao  trono  D.  João  IV,  tronco  da  dynas- 
lia  de  Bragança,  hoje  reinante.  Os  Hispa- 
nhoes  ainda  procuraram  de  novo  subjugar 
Portugal ,  porém  as  batalhas  de  Montijo, 
Ameixial,  Montes  Claros  e  outras  tantas  mos- 
traram a  inutilidade  dos  seus  exforços. Portu- 
gal alliou-se  depois  com  a  Inglaterra  e  Hol- 
landa  contra  Hispanha  na  celebre  guerra  de 
successão  ;  e  em  1706  o  exercitoporlMguez, 
commandado  pelo  Marquez  das  5'inas,  entra 
yicloríoso  em  Madrid,  depois  de  ter  ren- 
dido varias  praças.  Esta  guerra  terminou 
pelo  tratado  de  Utrecht  era  1713.  Km  1817 
as  esquadras  portuguezas  vão  em  soccorro 
de  Veneza  e  Corfu;  atacadas  por  uma  for- 
midável esquadra  da  Barbaria,  e  deixam  des- 
assombrados e  seguros  os  portos  daquella 
republica  e  os  do  toda  a  ttalia.  No  reinado  de 
D.  João  V  construiram-se  obras  grandiosas 
como  foram  o  convento  de  Mafra,  eo  aque- 
ducto  das  Aguas  Livres,  porém  o  thesouro 
ficou  exhausto,  e  a  nação  em  decadência,  de 
que  só  a  poderia  tirar  um  génio  e  perseve- 
rança como  o  do  Marquez  de  Pombal,  minis- 
tro de  D.  José  I,  era  cujo  reinado  se  reor- 
ganisarflra  as  finanças,  o  exercito e  marinha, 
foram  expulsos  os  Jesuítas,  e  a  Inquisição 
levou  o  seu  primeiro  golpe,  até  ser  de  to- 
do ettincta  em  1820.  Em  1807  os  France- 
zes  invadem  Portugal,  mas  são  repellidos  pe- 
lo exercito  anglo-porluguez,  que  lhes  deu 
severas  hcções  em  Roliça,  Vimeiro,  Bussa^ 
CO,  Badajoz,  Fuentes  de  Honor,  otc.  ;  e  os 
levou  d'envolta  até  Tolosa,  aonde  arvorou 
o  estandarte  dos  Bourbons.  Km  1820  uma 
revolução  estabeleceu  o  syslema  constitu- 
cional ;  que  foi  contrariado  e  destruído  em 
1828;  porém  em  1833  foi  novamente  res- 
tabelecido por  D.  Pedro  iV,  que  pelo  seu 
valor  e  constância  soube  reivindicar  o  trono 


para  sua  fiiha  a  Senhora  D.  Maria  11  de  sau- 

gtí^i  Og  9b  Ãtok  .fôo^tjnoq  omciDob  oi  zob  ^Rfium  obauiupao-y   ohívyt  sap 


POft 

dosissima  memoria,  fallecida  a  15  de  Ifo- 
viembro  de  185^1. 

REIS   DE    PORTUGAL. 

Dynastia  Ca/?eía.  —  1092-138  5. 

Conde  D.  Henrique  ea  Con- 
dessa D.  Thereza   109Í-1114 

D.  Aílbnso  I Iil1-li85 

D.  Sancho  1 1185-1211 

D.  Affonso  II 1211-1223 

D.  Sancho   II 1223-1245 

D.  AíTonso  III     1245-1279 

D.  Diniz.     1275-1325 

D.  Affonso  iV     13Í5-1357 

D.  Pedro  I 1357-1367 

D.  Fernando i:]67-1383 

Interregno 1383-1385 

Dynastia  de  Aviz. — 1385-1580. 


D.  João  1     

D.  Duaite     

Hegencia  do  infante  D.  Pe- 
dro, duque  de  Coimbra, 
em  nome  de  AíTonso  Y  ... 

D.  AíTonso  V 

D.  João  II  

D.  ManDel    

D.  João  III 

Regência  da  rainha  D.  Ca- 
therina  durante  a  menori- 
dade de  D.  Sebastião.     ... 

U.  Sebastião 

D.  Henrique  (o  cardeal-rei).. 

Portugal  subjugado  por  Cas- 
tella 


1385-1433 
1433-1438 


1438-1446 
1446-1481 
1481-1495 
141*5-1521 
1521-1557  . 

A 

1557-156^" 

1568-1578 

1578-1580 

1580-1640 


Dynastia  de  Bragança.  —  1640  até  hoje. 


D.  João  IV 

D.  Allbnso  VI     

D.  Pedro,  regente  pela  de- 
posição de  D.  AíTonso  VI.. 

O  mesmo  rei,  com  o  nome 
de  D.  Pedro  II 

D.  João  V    

D.  José  I     

0.  Maria  I  e  D.  Pedro  IH... 
»         só     

D.  João,  príncipe  regente... 

D.  João  VI,  (rei) 

Regência  da  infanta  a  senho- 
ra D.  Isabel  Maria,  em  no- 
me de  D.  Pedro  IV 

Governo  do  infante  o  Senhor 
D.  Miguel,  que  o  partido 
absoluto  acclamou  rei    ... 

D.  Pedro  IV,  regente  em  núf-^ 
me  de  sua  filha.      -.    ^^' 


1640-1656 
1656-1667 

1667-16S3 

1683-1706 
1706-.750 
1750-1777 
17/7-1786 
1786-Í792 
1792-  816 
1816-1826 ' 


1826-1828 


1828-lb3í" 


í4fi33-1834 


íí 


POB, 


POS 


263^ 


D.  Maria  II 1834-1853 

O  Senhor  D.  Fernando  II, 
rei  regente  em  nome  do 
Senhor  D.  Pedro  V 1853 

PORTUGALETE,  (geogr.)  Cidade  d'ílispanha, 
a  3  léguas  ao  NO.  de  Biibao  ;  1,200  ha- 
bitantes. 

PORTUGUESA,  (geogp.)  rlo  da  Venezuela, 
nasce  no  districto  de  Zulia,  corre  aE.  e  ao 
Slí.,  e  cae  no  Apure. 

poRTUGUEZ,  A,  adj .  do  Portugal,  perten- 
cente a  Portugal,  natural  de  Portugal,  r.  ^f. 
A  língua  — é  um  dialecto  da  Latina.  Os 
poetas  portuguezes.  Os  antigos  usavam  da 
des.  ex  para  ambos  os  géneros  ^  v.  g.  a 
gente,  a  nação,  — .  Os  portuguezes,  os  na- 
luraes  de  Portugal.  Âs  — s,  as  mulheres  de 
Portugal. 

pottTUOSo,  A,  adj.  (des.  oso],  em  que  ha 
portos,  que  tem  muitos  portos.  v.g.Â.— 
costa. 

PORTUS  ABUCiNi,  (geogr.)  cidade  da  Gal- 
ha, entre  os  Segnanes,  Porto  sobre  oSao- 
na. 

PORTUS  DKORUM  OU  DiviNi,  (geogr.)  Cida- 
de da  Mauritânia,  hoje  Arzew. 

PORTUS  HKRCULi»  MONíEEi,  (geogr.)  cida- 
de  da  Liguria,  hoje  Mónaco. 

PORTUS  LiBURNicus,  (geogr.)  cidade  d'lta- 
lia,  hoje  Porto-Longone. 

PORTUS  MAGNUS,  (geogr.)  cidade  da  Mau- 
ritânia hoje  Marsalquivir. 

PORTUS  MAGNus,  (gcogr.)  cidade  d'Hispa- 
nha,  hoje  Almeria. 

PORTUS  MAGNUS,  (geogr.)  cidade  da  Bri- 
tannia  hoje  rorlsmouth. 

PORTUS  TENERis,  (geogr.)  cidade  da  Gal- 
ha, hoje  Port-Vendres. 

PORTUS,  (hist.)  philologo  italiano,  nasceu 
em  1511,  morreu  em  1581.  Deixou:  Tra- 
ducções,  Notas,  Discursos  e  Opúsculos. 

PORT-VENDRES,  (gcogr  )  Portus  Vencris, 
cidade  e  porto  de  França,  a  8  léguas  a  E. 
de  Ceret ;  2,000   habitantes. 

PORVENTURA,  loc.  adv.  talvez,  acaso.  V. 
Ventura. 

PORVIR,  loc.  composta  de  por  e  vir,  s. 
O  — ,  tempo  fuluro,  o  futuro. 

SYN.  Comp.  Porvir,  fuluro.  Entre  estas 
expressões  não  ha  outra  differença  senão 
que  o  porvir  é  mais  vasto,  mais  incerto, 
e  ale  mais  affastado  ;  o  futuro  é  o  que  de 
certo  hade  acontecer,  e  talvez  não  está  dis- 
,'  tf.nte.  A  astronomia  prediz  o  futuro,  an- 
nunciando-nos  com  antecipação  os  eclipses, 
a  reapparição  dos  cometas,  etc.  ,  cousas 
que  com  eíTeito  hão-de  acontecer ,  os  astró- 
logos pretendiam  conhecer  o  porvir,  annun- 
ciando  guerras,  mortes,  etc. ,  que  muitas 
vezes  não  aconteciani. 


Um  homem  que  tem  uma  vida  aventuro- 
sa, e  exposta  a  perigos  e  adversidades, 
pôde  muito  bem  dizer .  Não  sei  qual  será 
o  meu  porvir,  isto  é,  o  que  me  hade  acon- 
tecer ;  se  elle  soubesse  de  antemão  que., 
havia  naufragar  e  perecer  sobre  um  roche-,  , 
do,  diria  melhor :  Um  desgraçado  futuro 
me  aguarda. 

PÓS,  prep.  (ant.)  (Lat.  post,  depois),  apófruj 
ex.  «  —  noite  o  dia.  »  Ferreira.  V.  Apóis ,  ■ 
Empós. 

POS  (do  precedente),  prelixo  que  entra  na 
composição  de  muitas  palavras,  v.  g.  pos- 
por, postergar,  pospontar. 

posaR,  (ant  ).  V.  Entrar. 

posCA,  s.  f.  (Lat.  posca,  vinho  azedo  com 
agua),  (ant.)  bebida  de  vinagre  destempe- 
rado com  agua^;  (med.  ant.)  aguamel. 

POSDATA     S.    f.    pOStSCriptO. 

posD'LUViANO,  A,  adj.  posterior  ao  dilu^  , 
vio  universal. 

POSE,  (ant.)  [em  vez  de  poí,  do  verbo  pôr.  • 

posega,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Aus- 
triacos,  a  20  léguas  ao  SE.  dEszek;  4,200 
habitantes 

POSEN.  (geogr  )  Foz nan  em  polaco,  cida- 
de  da   Polónia ,    que   foi   outr'ora    capital, 
da  Grande  Polónia,  o  hoje  capital  do  gran-  • 
de  ducado  de  Posen   pertencente  &  Prússia 
a  60  léguas  a  E  de  Berlin  ;,19^qq9.  habi- 
tantes- '.  ',„    ,^  '.  , 

POSEN  (grande  ducado  dé],  (geogr.)  uma 
das  8  províncias  da  monarchia  prussiana  , 
entre  a  í  russia  occidenlal,  a  Silesi.i,  o  Bran- 
deburgo e  o  reino  da  l  olonia  ;  1,075,000 
habitantes.  Capital  Posen.  É  dividida  em 
duas  regí^ncias  :  Posen  ;  Bromberg. 

posição,  s.  f.  (Lat.  positio,  nis],  postu- 
ra, situação,  v.g. — do  corpo;  dos  astros,^,  , 
lugar  do  ceo  onde  os  vemos.  — ,  didácti- 
co, these,  cousa  que  se  aíTirma,  (for.)   ar- 
tigo de   libello   aíRrmativo.  —  ,  o  acto  dp,  ; 
pôr,  v.g. —  do  sello,  da  assignatura.  /íe-   ^ 
gra  de  falsa  —  ,  operação    de   arithmetica 
em  que  por  meio  de  quantidades   supposr 
tas  achamos  com  mais  facilidade  as  propor<f 
ções,  ou  o  numero  que  buscamos. 

posiDONio,  (hist.)  philosopho  stolco,  dis-    , 
cipulo  de  Panecio,  nasceu  noanno  l/J5aa-;;j, 
tes  de  Jesu-Christo  em    Apanea   na    Syria.  ,, 
passou  a  maior  parte  da  sua  vida  em  íi\ifj^ 
des,  aonde   fundou   uma   escola   no    anno    . 
103.    Versado  nas  mathemalhicas,  na  phí- 
sica  ,    na  astronomia  e  na  philosopiíia,  me- 
diu a  circumfereiícia    da  terra    e  a   altura 
da  atroosphera,  e  foi  o  primeiro    que  sus- 
peitou ser  devido  o  fluxo  e  refluxo  do  mar    . 
á  influencia  da  lua.  Compoz  muitas  obra^ 
entre  ellas,  tractados  sobre  a  Adivinhação, 
sobre  o   Destino  e  sobre  a  Natureza  dos^  _ 
Deuxes.  .<» 

66»    ' 


iW 


POÍ"'' 


•  t|lilJ<1i>Í  vf I  li 


poSO' 


P0SIL6A.  V.  Poíètlga. 

•POSILLO.   V.   Pusillo. 

'  POSITIVAMENTE,  adv.  [mente  suíF.),  de  ma- 
neira positiva.  V.  g.  Mandar—,  expressa- 
mente. Diga-me  —  o  que  presenciou,  real- 
mente, na  realidade. 

POSITIVO,  A.  adj.{Lnt.positivus,áepono 
««re,  positum,  pôr),  certo,  real.  que  não  ad- 
milte  duvida.  Direito  — .  Theologia  —  , 
dogmática.  — ,  formal,  expresso.  Manda- 
jnento—,  que  manda  fazer  alguma  cousa, 
que  impõe  por  preceito  algum  acto.  Quan- 
tidades—s, em  álgebra,  as  que  são  desi- 
gnadas pelo  signal  (4.)  mais ;  oppõe-se  ás 
negativas  que  levam  o  signal  {—]  menos. 
Adjectivo  — ,  na  grammatica  o  que  expri- 
me as  propriedades  do  nome  de  uma  ma- 
neira absoluta,  v.  g,  bom,  mao,  grande  , 
pequeno,  e  sem  referencia  comparativa.  V. 
Comparativo,  Superlativo. 

posiTURA,  s.  f.  (Lat.),  (p.  us.)  estado  de 
fortuna  em  que  alguém  se  acha. 

POSMERIDIANO,  A,  adj .  (Lat.  postmeridia- 
nus),  posterior  á  hora  do  meio  dia.  v.  g. 
Horas  — s-  Digestão,  sésla — . 

posNANiA  (geogr.)  (vulgarmente  Palatina- 
do  de  Poznan).  fazia  parte  da  grande  Po- 
lónia, na  antiga  monarchia  polaca,  e  era  o 
palntinado  mais  occidental. 

posPASTO,  s.  m.  postres,  sobremesa. 
póspELLO,  s.  m.  revez  do  pello.  v.  g.  A 
— ,  a  arripia  cabello;  (fig.)  ao  revez,  com 
violência. 

póspERNA,  s.f.  a  parte  da  perna  das  bes- 
tas desde  a  curva  ao  quadril. 

pospoNTADO,  A,  p.  p.  superl.  de  pospon- 
tar  ;  adj.  cosido  a  posponto, 

pospoNTAR ,  t^.  a.  coser,  fazendo  pos- 
ponto. ■  ■  ■ 

posroMO,  s.  m.  ponto  atrás  na  costura. 
posp'ÔR,  15.  a.  (Lat.  postpono,  ere),  trans- 
ferir para  depois,  para  mais  tarde,  delon- 
gar, V.  g.  —  a  partida,  a  festa,  o  prazo; 
(fig.)  postergar,  ter  em  menos,  v.  g.  pospor 
a  vida  á  deshonra,  o  dever  ao  interesse. 

posposiçÃo,  s.  f.  (Lat.  postpositio,  onis) 
(grara.)  o  pospor,  ou  pôr  em  lugar  subse- 
quente V.  g.  em  Latim  mecum,  tecum,  co- 
migo,   comtigo,    em  vez  de  cum  me,  cum 

te.  '  .  .Ml 

posposíTivo,  A.  adj.  (des.  ivo),  (grata.) 
que  se  pospõe.  Caso—,  o  sujeito  do  verbo 
Latino  quando  está  collocado  depois  d'elle. 

POSPOSTO,  A,  p.  p.  de  pospor,  adj.  pos- 
to de  parte,  desprezado,  renunciado,  v.  g. 
—  o  perigo.  —  toda  a  cubica,  —  a  ver- 
dade. ' .  '  ' 

posQUETES,  í.  m.  pi.  (aht.)  (do  Fr.  ant. 
pesse,  estaca)  (naut.)  enoras  de  atochar  o 
mastro.  ••.  ua  -j 

possAGNO,  (geogr.)  (Jfdade  do  reino  Lom- 


ií.aA 


y-Vétíêziano,-  a  9  le^aas  P>fi' M-^/^^q 
Treviso:  1,000  habitante^; ' ;     *,„;^"'U 
'■  possANgA,  s.  f.  potencia,  poder,  'd/  f.  a 
a  —  do  inimigo  ;  —  da  terra,  da  gente.  — -, 
posse,  —  de  bens,  terras,  saúde.    He  anti- 
quado, e  na  ultima  açcepção  inteira  aiente  ^ 
desusado.  ,j 

POSSANTE,  adj.  2  g.  (do  Lat.  posse,  po-' 
der),  poderoso,  forte  potente,  v  g.  Homem,., 
cavallo,  navio  — ,  que  supporla  grande  pe- 
so, carga  ;  —  de  posses,  rico  em  haveres, 
v.  g.  lavradores  — ,  que  tenham  cabedaes 
para  fazer  tão  grandes  lavras.  _  j^ 

possAR.  V.  n.  O  Elucidário   citando  Fa-  ^, 
ria  e  Nunes,  verte  entrar  d  posse.  Eu  creio 
que  seria  mais  exacto  tomar  posse. 

POSSE,  s.  f.    (de  possuir,  V.)   possessão, 
acto  de  possuir,    de  occupar  lugar,    cargá^^j 
emprego,  v.  g.  Estar  de  —  de  bensi  pre;^ 


dio,  gozar  por  titulo  legal  ou  por  tolerância^ 
Tomar—,    por  autorisaçào  de  justiça,   eoi^^ 
virtude  de  direito     Dar  — ,  judicialmente. 
Esbulhar,  forçar  de  — .  —  violenta,  furti- 
va, clandestina  ;  —  de  boa,  de  má  f é ;  — 
velha,    antiga.   Tomar  —  ,  (fig.)  apoderar-"  ' 
se,  v.g.  o  fogo  tomou  posse  danáo;  a  pai- 
xão tomou  posse  do  coração  ;  dei-lhe  —  do 
meu  coração.  — .  poder,  prepotência,  v,  g. 
ter  — no  governo,  no   reino.  Criar—,  fa- 
zer-se  poderoso  na  terra,  —s,  haveres,  bens.^^j 
faculdades.  Ter  ou  não  ter  — para  essades- 
peza.   As  poucas  —  do  meu  engenho    — , 
possibilidades. 

POSSEIRO,  V.  Pessoeiro. 
POSSESSÃO,    s.  f.    (Lat.  possessio,    onis), 
posse,  estado  de  quem  possue  ;  bens  de  raiz 
Caso  de— ,  possessivo.  PI.  Possessões. 

possEssivADENTE,  ttdv.  [mente  suíl.),  om 
sentido  possessivo. 

POSSESSIVO,  A,  adj.  (Lat.  possessivus),  qué^^, 
indica  o  possuidor  ou  dono,  ou  o  sujeito  a 
quem  pertence  cousa  ou  pessoa.  Pronome  —, 
V.  g.  meu,  teu,  seu.  Caso—,  que  exprime 
a  relação  de  possessão,  senhorio,  ou  qua- 
lidade que  pertence  ao  sujeito.  Naslinguas 
que  tem  desinências  para  os  casos,  he  o  ge- 
nifivo,  V.  g.  em  latim,  grego,  que  em  por- 
tuguez  supprimos  pela  preposição  de,  v.  g.  ^ 
a  filha  de  Pedro;  dono  da  casa;  firmeza  de 
animo :  do  mim,  de  ti,  d'elle. 

POSSESSO,  A,  adj.  (do  Lat.  possessus,  p. 
p.  de  possideo,  ere,  j^ossuir),  possuído  do 
demónio,  endemoninhado.  Usa-se  subst. 
flum  — . 

POSSESSOR,  s.  m.  (Lat.)  (t.  jurid.)  pos- 
suidor. 

possESSORio,  A,  adj.  (des.  ôrio),  concer- 
nente á  posse.  Actos  —,  relativos  á  posso. 
Jiiizo  —  ,  em  que  se  requer  ser  posto  do 
posse  de  cousa  esbulhada. 
possEVE,  s.  m.  Y.  Perseve,  marisco. 


«os 

pra  1534,  morreu  em    loU-   *^V^  ^^  ».  ;• 
Zilas    ôbr.s  compoi :   tocor.a ;  B.f -o- 

o  ser  possível,  praclicavei.     », 

sivamenle  na  »««»Pf  .^/,  ^^a  "pó^iMUm.. 

«r,  aes.  iHi.)  f         q  que  impossível 

rrrVieir^P    P  sup.  e^O].  Po.ií-.ii- 

Opltmamente  disse  Meira   ^«1^*^^^,  .^^^^  \"ô- 
fante  D.  Henrique:   .  ^^^^^'^''^^y,^. 
mente,  mas   /-aci/iíou    aquelle  natural  im 
possivel  (VUi,  í»37).  »  .^^ 

de  porcos),  chiqueiro    lugar  onde  se  guar^ 
dam   porcos;    Itig.)  lugar  immundo,    casa 

""tssJvk.  adj.  do.2í/.(ant.]rossi.iL. 
,(Lat  po.niiít.),  que  pôde  íazer-se  exacu- 
iular-se;  que  pôde  acontecer,  eiistir  0-- 
subst  o'  que  e^ossivel  cousa  poss^vel^H^ 
— s.  V.  g.  He  -  que  haja  quem  tal  acre- 

■^^  POSSIVELMENTE,  adv.  [mcnte  suff.)  (p.  us.) 
de  modo  possivel.  .  . 

POSsu.DO.  A,  p.  P-  de  possuir  adj.  na 
Dosse  vie  alguém  ;  que  possue  ;  dommado. 
?T  Bens-..  -  do  demónio  possesso; 
-  de  horror,  enthusiasmo,  -  do^erro,  da 
cegueira.  Tinha  -  grandes  rique.as. 

POSSUIDOR,  A,  s.  o  que  possue  :  -  de  s% 
mesmo,  senhor  das  suas  paixões. 

POSSUiNTE,  5.  dos  2  cj.  pessoa  que  pos- 

-siie. 


Pôá 


POSSUIR,  t,    a.  ILat.  possiáeo    cre.  Court 
de  Gébelin  deriva    este  termo  de  apo,   so- 
bre c  sedere,   senlar-se.    M.  de  Ucquefort, 
•Se  pos,  rad.  depo5.e,  poder,  e  «edere.  Eu  . 
•oreio  que  o  prefixo  vem  de  rad.    Sanscnl  | 
^ai  olpoti  lenhov:    em  Egypc.  peí.  que 
^ssue.  piswç,  osenhor),  ter  em  nosso  po- 
der-   ter   o  domínio;    senhorio,   v.  g.  - 
tens  da  fortuna,  dinheiro,  terras ;  ser  do- 
^0,   gozar  ;  -  boa  saúde,  talento,  quali- 
dades. A  paixão  o  possuía,  ^fig.    senhorea- 
va.  tinha  sujeito. -SE,  ..  r.  rerear  os  im- 
pulsos da  ira  e  das  paixões  violentas. 

POSTA.  s.  f.  (do  Lat.  po«ií«;»/'  P-  li- 
de pano,  cre,p6r,  separar),  talhada  de  pei- 
xe ou  de  carne.  Fazer  postas  ou  em  — , 
(fig  )  derrotar  completamente  o  inimigo.  — « 
)>i  balas  de  chumbo  pequents  de  mosque- 
te. 

VOL.    IT. 


POSTA,  í.  m.  (smbst.  daòí.-;,  1  deposío) 
casa  ou  lugar  onde  ha  muOas  paia  os  corr 
reios  ou  viajantes  a  cavallo,  em  sege,  ou 
onde  os  correios  a  pé  entn-^-.im  as  cartas, 
avisos,  etc,  a  outro  que  os  leva  até  á  se- 
guinte muda;  os  cavallos,  bestas  e carrua- 
gens que  servem  de  muda  ;  a  distancia  de 
um  lugar  de  muda  ou  de  parada  a  outro, 

r.  g.    de  Paris    a    Bordeos    ha  — í, 

Correr  á  — ,  viajar  montado  em  cavallos  d^ 
posta,  ou  em  sege  com  mudas.  — ,  correip 
que  leva  cartas  ;  — .  casa  onde  se  recebem, 
expedem  e  distribuem  as  cartns.  — ,  (ant^ 
pousada  ;  —  sentinella  militar.  Dar  —,  apo- 
sentadoria. i1 
POSTADO,  A,  p.  p.  de  postar,  adj.  que 
aguarda  em  posição  militar ;  apostado. 

POSTAR,  V.  a.  {posto,  ar  des.  inf.)  (mi- 
lil.)  pôr  gente  de  guerra  em  posto  coo- 
veniente  para  vigiar  ou  combater  o  ini- 
migo. _,  (ant )  compor,  adubar,  amanhar 

—  o  casal.  .  ,      M      j 

POSTE,  s.  m.  (Lat.  postis],  pilar  de  poç^ 
tada  de  edificio  ;  páo  fincado  no  solo  apru- 

"^^POSTiJADO.  A,p.  p.  depostejar.  ad/.  fei- 
to em  postas.  •       j       •  p  \ 
POSTEJAR,    V.   a.  [posta,   ejar,  des.  ml,) 

fazer  em  postas. 

POSTEMA,  s.  m.  ouf.  tumor  que  suppun 
ra  •  bubão  pestilencial ;  (fig.)  mal  occulto, 
(p.'us.)— «  espiritual,  peccados,  culpas  gr,^- 

ves  '  1 

POSTEMÃO,  s.  m.  navalha  com  que  os  ai- 

veitares  abrem  tumores  das  bestas.  ,^ 

POSTEMEiRO,  s.  «».  V.  Posttmao. 
rosTERGAçÃo,  s.  f.  O  acto  de  postergar., 

nC\"GAR,  ..  a.  (pds  pref..  e  Lat^^^^ 
num,  costado),  lançar  para  traz,  (tig)  dei- 
Cr  em  atrazo .  em  tempo  ou  lugar; 
lostreaar  pospor,  não  fazer  caso,  despre- 
zar,  r    í.  -  as  leis,  as  ordens,  os  conse- 

^^TosTERiDADE.  s,  f.  (Lat    posteritas,  tis), 

lemoo    idade  futura,  os  vindouros,  os  des- 

I  condenlès,  a  progenitura,  ..í/.  Jacob  teve 

'"TrERioX  adj.  dos  t  g.  comparativo  de 
nostero  que  está  situado  no  lugftr  traseiro. 
Sue  íem  depois  na  successão  do  tempo.  Os 
^5.  subst    os  vindouros,  a  posteridade.  O 

'  çnbst.  O  anus.  . .   ,  , 

rosTER.o».D*DE,  «.  f-  (des.  M.),  s.lua- 
ção  posterior,  no  espaço,  o.  j.  -  da  cau- 

"^"posTEBioRMENiE,  oif,.  (mí«<e suff.)  em lu- 
gaíou  le«>P«  posterior,  depois,  em  época 

, '"tX^A    aíj.  (L.t.  posttru^.,  ^e  fo» 
'•de;ou!e"io;«.i^a.po;jadou,o.qaeveo. 


266 


POS 


»D8 


^6^J"t^d^^        ^''  subst. ,  jrestituição  dos  direitos  civis  aocidadSoq.!. 
POsS^^^^^^^^^  jpor  ausenc.a  ou  ,,,,,i^ 

PosTHUMARiA,  s.  f.  (des.  aHa.)  (ant,)  os 
tempos  e  successos  que  sobrevem  ao  óbito 
de  alguém. 

POSTHUMEiRAMENTE,  V.  Ultimamente. 

POSTDUMO,  A,  adj.  (pron.  pósiumo  :l^x, 
posthumus;  post,  depois,  e  húmus,  terra, 
«Éf.  enterro.)  posterior  á  morte  de  aJguem' 
Filho  — ,  nascido  depois  da  morte  do  pai 


POSTMEBiDiANo,  A,  adj.  {poistmeridianus.. 
posterior  ao  meio  dia. 

POSTO,  A.  p.  p.  depor,  arf;",  que  se  poz, 
collocou.  —  em  pé,  em  situação  erecta.  — , 
que  poz.  Tinha  —  toda  a  sua  confiança  no 
amigo.  —  a  fazer  alguma  cousa,  occupado. 
—  em  fazer  alguma  cousa,  resoluto,  resol- 
vido, —  em  costume,  habituado.  — ,  depos- 
to, t.  ^f.  —  o  medo.  «  —  a  artificiosa  for- 


Ohras~\     xu^U\\onA'L  A^r..:     V  *^ .    r"'  »•  y-  —  o  meão.  «  —  a  artificiosa  for- 

r«t*-:LelrirtL'?„  11'  """"  «»"»—..-•--<'<'•  ?.-PO^'o,  ataviado. 


autor.  —  memoria,  pena,  infâmia. 
.  POSTIÇA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  pos- 
txço,)  (naut.)  obra  accrescentada  ao  costado 
do  navio  paraobstaráabordagem.—,  obras 
exteriores  no  costado. 

POSTIÇO,  A,  adj.  (Lat.  positu$,  p.  p.  de 
ponere,  pôr ;  a  des.  iço  vem  da  Lat.  itus 
rad.  num ,    sup.  de  ire ,  ir.)  que  não  faz 
parte  integrante  da  pessoa  ou  cousa;  falso 
«.  g.  cabeilo  —  ;  côr  — ,  dentes  — .  — ,  sup- 
posto,  supposticio.  Cartas  —s.  Altar—  por- 
tatil,    não  fixo.   Yã  e  — gloria  de  reinar 
(pnraz.  ant.)  de  tyranno  usurpador. 

POSTIGO,  s.  m.  (do  Lat.  postis ,  poste  e 
porta.)  pequena  porta  dobradiça  feita  na  por- 
ta maior  de  praça  ,  palácio ,  etc.  ;  ianella 
pequena  ;  (tíg.)  entrada  estreita.  «  Deixa-se 
esse  —  ao  desengano.  »  \ieira. 

POSTiGuiNHO,  s.  m.  dimmut,  de  dos- 
tigo.  ^ 

POSTiLHA.  V.  Postilla. 


:;r.X^;r  .!^';rfi^"!^;„^„«.?-- - 


te,  posta.)  homem  que  vai  a  cavallo  guian- 
do correio  que  corre  a  posta  ,  correio  que 
leva  cartas,  despachos.-,  boleeiro  de  sese 
ou  coche  de  posta.  ^ 

POSTILLA,  s.  f.  lição  que  o  lente  dieta  í 
discípulos  e  que  elles  escrevem,  para  a  de- 
corarem ;  escholio,  additamento  leito  ao  tex- 
to do  autor  pelo  lente ;  additamento  á  es- 


«  —s  os  altares  das  melhores  sedas.  »  Lu- 
cena. 

POSTO,  s.  m.  lugar  onde  se  põe  sentinella 
ou  destacamento  de  tropa.  Tocar  a  —,  em 
praça  d'araas  ou  abordo  de  navio  de  guer- 
ra, chamar  com  o  tambor  os  soldados  e  oííi- 
ciaes  para  virem  occupar  o  lugar  que  lhes 
compete.  - -,  graduação  militar,  cargo,  em- 
prego civil,  V.  g.  elle  occupa  um— impor- 
tante. — ,  lugar,  sitio  onde  se  põe  alguma 
cousa  ;  sitio,  terreno.  E*  ant.  nestes  dois  sen- 
tidos.   — s  abalizados,    (ant.^  lugares  com- 
muns  de  que  alguém  usa  com  frequência  no 
discurso.  ~,  (ant.)pouto  de  mira,  alvo,  ex. 
«  Poz  o  —  em  Aabu    e  passou  lhe  o  braço 
com  um  virotão,  »  Ined.  iii.  16ií 

posTOQUB,  conj.  ainda  que,  se  bem  que, 
suposto  que. 

POSTRAR.  V.  Prostrar,  etc. 

POSTRE,  s.  m.    (de  póstero  ou  posterior) 
sobremesa.  Os  —5,  as  iguarias  que  se  ser- 


r&a^7eatll^-^:-r--• -^^^^^^^ 


a  chronica  escandalosa.  V.  Aposnlla 

POSTiLLADO,  A,  p.  p,  do  postiilar :  adi 
accrescentado  com  postilla  ou  notas  addi- 
cionaes.  Cartas  —  da  mão  do  duque. 

POSTiLLADOR ,  s.  m.  O  que  faz  postilla 
poe  cotas  ou  annolações.  ' 

PosTiLLAR,  V.  a.  (contracção  de  apostil- 
ar.) dictar  postilla  ;   annoiar,  ajuntar  no- 
las.  annotações  ao  texto  de  livro,  tscriptu- 
ío 'le^rue*" ""'  ^^^^^^^''  *^  ^^^^^^  dictadas  pe- 

POSTiMARiA,  s.  f.  (ant )  V.  Gim,  Termo. 

rosiiMEiRA,  Qdj.  /.  derradeira.  \.  Pos- 
trimeiro. 

POST^HA,  s.  f.  diminut.  de  posta,  ne- 
quena  talhada  de  peixe  ou  carne 

POSTLiMiNio.  *.  m.  (Lat.  posiliminium  ; 
post,  depois,  6  /ííwew,  porta.)  (dir.romanoj 


FOSTREiRo,  A,  ttdj .  mesmo  rad.  quo  O  pre- 
cedente) derradeiro,  ultimo.  Mão—,  a  mu- 
nheca até  aos  dedos. 

POSTREMO,  A,  adj.  (Lat.  postremus,  superl. 
de  posterus]  ultimo,  derradeiro,  final.  Dia 
postremo. 

posTRiMEiRo.  V.  Derradeiro. 

POSTscRiPTo,    í.  m.  (Lat.  post  scriptum] 


POSTULAÇÃO,  s  f.  (Lat.  postutatio,  onis) 
termo  de  direito  canónico,  o  acto  de  postu- 
lar. 

POSTULADO,  s.  m.  {Ut.  postulatus)  ponto 
que  o  arguente  ou  demonstrador  de  alguma 
proposição  pede  se  lhe  conceda,  se  admitta 
como  verdade. 

SYN.  Comp.  Postulado,  axioma.  Postula-^ 
do  é  palavra  latina,  postulatum  (de  posiu^ 
lare,  pedir),  mui  usada  nas  arguniemações 
escolalicas,  e  significa  uma  proposição  que 
o  adversário  não  pode  contestar  ou  por  ser 
admittida  universalmente  e  evidente,  ou  por 
ter  já  sido  dmonslrada  ;  sobre  ella  se  es- 
triba a  argumentação,  e  por  isso  começa  o 
arguente  por  obter  a  concessão  da  certeza 
d'ella. 

Axioma  é  palavra  grega,   axioma,   e  si« 


POS 


POl 


267 


gnifica  principio,  verdade  iDcontestavel  que 
não  carece  de  demonstração. 

POSTULADOR,  s.  m.  (Lai.  postulalor)  o  que 
postula,  o  qu»^  solicita  na  cúria  romana  a  ca- 
nonisação  ou  beatiíicaçio  de  algum  servo  de 
Deus,  martjr,  etc. 

posTULANCiA    V.  Exigcncia. 

POSTULAR,  tj  a.  (Lat  postulo,  are^  pedir 
com  instancia)  pedir  ao  superior  um  certo 
sujeito  para  cura,  reitor,  prelado,  dispen- 
sando-o  de  impedimento  canónico,  ou  do 
officio  que  sirva  em  outra  igreja. 

posTUMARi.  V.  Postumaria. 

posTUMEiRAMENTE,  adv.  (aut.)  V,  Ultima- 
mente. 

posTUMEiRO.  V.  Derradeiro,  Ultimo. 

posTUMio  ou  POSTHUMio,  (hist.)  Albo  Bc- 
giUense,  cônsul  e  depois  dictador  em  496 
antes  de  Jesu-Christo.  Ganhou  aos  Latinos 
a  batalha  do  lago  Begillense,  que  foi  a 
origem  do  apptlhdo  Regillense,  que  elle 
transmittiu  a  seus  descendentes. 

POSTUMIO,  (hist.)  Albino  Regillense,  côn- 
sul no  anno  321  antes  de  Jesu-Christo. 
l)eixou-se  apertar  no  desfiUadeiro  de  Cau- 
dium,  assignou  uma  paz  vergonhoza  com 
os  Samnitas  e  teve  de  passar  pelas  forcas 
caudinas. 

poRTumo,  (hist.)  Albino,  cônsul  em  234, 
229  e  215  antes  de  Jesu-Christo,  reduziu 
Teuta,  a  rainha  d'Jllyria,  a  pedir  a  paz, 
em  2í2:9.  f  erd^-u  a  vicloria  e  a  vida  na  ba- 
talha da  floresta  Litana  contra  os  fioios. 

posiumo,  (hist.)  Albino,  cônsul  no  anno 
110  antes  de  Jesu-Christo,  foi  enviado  con- 
tra Jufeurtha,  e  deixou-se  corromper  pelo 
princepe  Piumida. 

PÓSTUMO  ou  PosTHUMO,  (hist.)  M.  Cassia- 
no  Latinio  I  ostumo,  um  dos  30  tyrannus 
do  tempo  de  Gallieno,  era  chefe  militar  na 
Galha  desde  l57.  Foi  proclamado  impera- 
dor em  261,  malou  Saloniro,  suslentou- 
se  10  annos,  batteu  os  Geramnos.  e  jun- 
tou ás  suas  províncias  unta  parte  da  tíis- 
panha.  Foi  morto  em  "liil  jelos  seus  sol- 
dados por  Ihesrecuzar  o  saque  de  Mogun- 
cia. 

POSTURA,  s.  f.  (Lat.  poíiíwra)  situação  em 
que  alguém  põe  o  corpo,  ou  os  diversos  mem- 
bros, V.  g.  em  —  desupplicante,  em —  de 
combatente,  erecta,  reclinada.  —  do  corpo, 
symet  ia  dos  membros.  — ,  (p.  us.)  posição, 
situação,  lugar,  sitio,  estancia,  ex.  «O  sitio 
e  —  da  cidade  Adem.  >  Barros.  «Na  —  do 
cães  do  Tejo,  »  isto  é,  lugar  de  desembar- 
que. -  ,  o  acto  de  pôr  ou  dispor,  v.  g.  — 
de  arvores,  plantas;  o  acto  de  se  pôr,  v.  g. 
—  do  sol,  da  lua.  — ,  resolução,  lei  de  ca- 
mará municipal ;  (ant  )  decreto  régio  im- 
pondr  ccndiçào  de  contracto.  — ,  pacto,  con- 
venção, ajuste,  condição  do  contracto.  A  — 


do  torneiot  da  justa,  condições.  — ,  ador- 
no, enfeite.  —  do  rosto,  arrebiques,  côr, 
.Pôr  —s  á  natureia,  preferir  osoriiatosar- 
tiliniaes  ás  bt'llezas  naturaes.  — ,  o  pôr  nvos 
a  galliiiha.  Gallínha  da  primeira,  da  segun- 
da— ,  os  ovos  queella  põe  por  alguns  dias 
antes  de  chocar.  Levantar  a  — ,  deixar  de 
pôr  ovos.  — ,  posição  e  toque  da  mão  es- 
querda nos  trastes,  ou  cordas  da  viola,  da 
rabeca. 

posTURKiRo,  5.  m.  O  quo  vende  posturas 
do  rosto,  arrebiques. 

posY,  obsol.  «  —  meu  sinal.  »  Elucid.  M^-^ 
raes  verte  puz  e  diz -se  que  vem  do  Lat.  ^^o-*.. 
sui.  INós  cremos  que  é  simplesmente  pos  y, 
puz  ali. 

POTA,  s.f.  (t.  daAsiaPort.)  V.  Poíó. 

POTAGEM,  s.  f.  [Vr.  potage,  sopa,  do  Lat. 
potus,  bebida  bebida  ;  molho,  v.g.  —  para 
lebre,  peixe. 

POTAMIDES,  s.  f.  pi.  (do  (yv.potamós,  rio) 
(poet.)  nymphas  dos  rios  e  das  ribeiras. 

POTAMON,  (hist.)  philosopho  d'Alexandria, 
chefe  de  uma  eschola  electica,  leccionava 
no  íim  do  XI  século,  e  contou  Plotino  no 
numero  de  seus   discipulos. 

POTASSA,  s.  f.  [áo  i\)g\.  poíash,  pot,  pa- 
nella,  eash,  cinza;  cinza  da  lenha  do  fogão. 
— ,  (chim  )  o  alcali  vegetal  cuja  base  metal- 
lica  descoberta  porDavy  se  denomina  poíaí- 
sio  ou  potassium  Lat. ,  oxydo  de  potás- 
sio. 

POTÁSSIO,  s.  m.  (chim.  med.)  a  base  me- 
tallica  da  potassa. 

poTASStiRO,  s.  m.  (des.  eiró)  homem  que 
trabalha  na  preparação  da  potassa. 

POTÁVEL,  adj.  dos  2  g.  (i  at.  potabilis,  de 
poius,  bebida]  leduzido  a  estado  fluido,  que 
se  pode  beber.  Agua  — ,  bca  para  beber. 
Ouro  — ,  preparução  fluida  d'este  metal  a 
que  seattrbuiam  grandes  virtudes,  e  ató  a 
de  prolongar  a  vida. 

POTE,  s.m.  {¥r.pot,ào(jT.poter,Lai.pO' 
culum,  vaso  para  beber)  vaso  de  barro  para 
feragua,  auiie,  vinagre,  vinho,  etc.  ;  me- 
dida de  seis  canadas. 

TV.  B.  Moraes  eoseu  ultimo  additador, 
enganados  sem  ouvida  por  alguma  edição  in- 
correcta de  Barros,  dá  a  pote  a  signilicação 
seguinte :  «  Lbra  das  galés  e  fustas  que  as 
taz  mais  alterosas,  »  e  cit»m  a  passagem  de 
Barros,  Dec.  u,  Uv.  2,  cap.  7,  que  vou  trans- 
crever como  s<í  lê  na  edição  de  16218.  «  Como 
as  naus  deMirUoce  eram  mui  sobranceiras 
SC  bre  as  nossas,  e  vinham  á  levantisca  com 
potes  e  rede  que  os  nossos  ainda  não  usa-  . 
vam.  y>  etc.  Parece  apenas  crivei  que  a 
omissão  do  til  bastasse  para  Moraes  confun- 
dir em  uma  phrase  de  sentido  tão  obvio  po- 
tes com  pontes. 

POTJÉA,  s.  /.  (doFr.  aut.  potie  oupontyé 
67  * 


m 


FO^Oí 


por 


pó)  estanho  calciriatJo  em  pó  fino  pára  po- ' 
lir  vidro;  massa  de  vidraceiro.  | 

POTECAR,  s.  m.  {t.  da  Ásia  toH.)  recebedor  ' 
da&ldeia. 
POTEiRO.  V.  Poleiro. 
POTEMNiN ,   (hist.)   (Gregório    Alexandro- 
vitch),  favorito  de  Catharina  II,  nasceu  em 
l736   em   Smolenk,   de   parentes   nobres, 
noas    pobres ,    entrou   muito  cedo   no  ser- 
viço das   guardas  a   cavallo ,    foz-se   notar 
da  imperatriz  pela   sua  estatura   e  belleza, 
distinguiu-se  em  uma  campanha  contra  os 
Turcos,  e  subiu  em  pouco  tempo  aos  maio- 
res  postos ;    exerceu  um   poder    illimitado 
sobre  Catharina  li,  que  o  nomeou  principe, 
primeiro  ministro  e  Feld-marechal   Morreu 
em  1791.. 

POTENCIA,  s.  f.  (Lat.  poteníia,  depotesse 
ipOT  posse,  poder,  ou  dop.  a.  potens,  tis,  que 
pode)  força  ,  energia  intrínseca ;  virtude, 
actividade,  v.g.  a  ~  da  corrente  da  agua, 
do  fogo,  do  veneno  ;  poder,  força  de  gente  ; 
mando,  autoridade.    As  —s  da  Europa,  òs 


estados  soberanos,  os  reis,  governos.  As  — » 
da  alma,  as  faculdades  inteilectuaes,  a  intelli- 
gencia,  a  memoria.  Estar  em~,  com  ener- 
gia para  eífectuar,  mas  sem  a  exercer.  — , 
energia  procreativa  do  varão  ou  animal  ma- 
cho, creaçào.  — ,  (math.)  propriedade  de  au- 
gmentar  um  valor  numérico  ou  radical  mul- 
tiplicado por  outro,  v.  g.  primeira—,  se- 
gunda —  ou  quadrado  da  rfliz  :  terceira  —  ou 
cubo.  —  surda  ou  t  accionai ,  cuja  raiz  não 
pôde  exprimir-se  por  numero  inteiro.—  com- 
ponente, (t  de  mechanica  a  que  concorre  com 
outra  na  mesma  linha  ou  debaixo  de  certo 
angulo.  Dias  de  — ,  (forens  )  durante  osquaes 
o  juiz  pode  ter  alguém  preso  sem  lhe  de- 
clarar culpa. 

POTENCIAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  potentia- 
hs)  que  pode  ter  effeito,  mas  que  ainda  se 
não  manifesta,  capaz  de  acção  mas  inactivo 
Cautério  — ,  a  pedra  infernal,  cáustico  lu- 
nar, nitrato  de  prata ;  n)ant»»iga  de  antimo- 
nio^  etc.  Estas  e  outras  semelhantes  prepa- 
raçõ)s  são  assim  denominadas  porque  tema 
propriedade  de  destruir  as  carnes  como  o 
cáustico  actual  ou  ferro  em  brasa. 

POTENcrALMENTE ,  adv.  [mente  suíT.)  de 
modo  potencial. 

POTENSiA,  (geogr  )  nome  commum  a  duas 
cidades  da  Itália   antiga,  uma  na  Lucania 
sobre  um  affluente  do  Casuente ;    a    outra 
em  Picenum. 

POTENTARO,  s.  m.  [Lãt.  poteutaius)  rei  po- 
deroso ;  principe,  soberano  independente,  ou 
que  recebe  a  investidura  de  outro. 

POTENTE,  adj.  dos  2g.  [íat.  potens,  tis, 
p.  a.  depoíse,  poder)  poderoso.  Crux-^.\' 
Potenlea. 

POTíNTEA,  adj.  f.    (braz.)  eruz  -,  cuj« 


íiaáte  direita  émais  longa  qaé"6s'bpâçòè.     - 
POTENTEMENTE,  adv.  (wewíesuff  )  com  fôr-i^ 
ça. 

roTENTíLLA,  5.  f.  (Lat.)  planta  vulgar  que 
nasce  nas  lagoas  e  margens  dos  rios. 

POTENTÍSSIMO,  A,  adj.  supcrl.  do  potente 
muito  poderoso, 

roTENzA,  fgeogr )  Poíentia,  cidade  do 
remo  de  Nápoles,  capital  da  província  do 
Basi  ícato  a  3j  léguas  a  E.  de  Nápoles. 
«,»au  habitantes.  Outra  Petenza  é  situada 
nos  Estados  da  Igreja,  na  embocadura  de 
ura  no  do  mesmo  nome  e  perto  de  Loret- 
to. 

POTKRio,  s.m.  [Ut.  poterium]  herva  me- 
dicinal. 

POTESTADE,  s.  f.  (Lat.  poícstas,  tis]  poder 
potencia,  forças,  v.g.  a  antiga  —  de  Roma! 
— ,  s  m.  [do  ital.  podestà]  magistrado  terri- 
torial da  antiga  republica  de  Veneza  e  outras 
da  Itália.  — ,  magnate  do  reino  com  jurisdic- 
ção  eiíLperio,  e  talvez  com  mando  militar. 
~s  os  anjos  do  sexto  coro.  As  —s  do  ar 
os  demónios.  ' 

POTHiFR,  (hist.)  celebre  jurisconsulto  fran- 
cez,  nasceu  em  1699,  morreu  em  1772. 
A  sua  principal  obra  é  uma  edicção  das 
Pandecias  com  o  titulo  de  Pandectoe  Jus- 
tmian(B  in  novum    ordinem  digestos. 

POTHiNo,  (hist.)  eunuco,  qne  givernouo 
HyV^o,  durante  a  menoridade  de  ítolo- 
meu  XIÍ,  de  quem  tinha  sido  ayo. 

POTHINO   (s.),  (hist.)   um   dos    primeiros- 
apóstolos  das  Gallias,  viveu  no  reinado  de 
Antonino  e  Marco  Aurélio,  foi  bispo  de  Lyão 
e  soffreu  o  martyrio  nesta  cidade,  na  ida- 
de de  90  annos.  E  festejado  a  2  de  junho 
POTi,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  na  em- 
bocadura do  Rioni,    no  mar  Negro. 

POTiDEA,  (geogr.)  Poíií/cea,  cidade  da  Ma- 
cedónia, na  província  de  Paltene,    ao   SO 
de  Chalces,  tributaria   dos  Athenienses. 

POTiER,  (hist.)  familla    franceza,   de  que 
saíram  muitos  magistrados  dislinctos 

POTissiMo,  A.  adj.   superl.   (Lat.  potissi- 
mus)  (p.  us.)  mui  principal. 
PÓTo,  s.  m.  (Lat.  potus)  (mi.)  bebida. 
POTÓ,  s.  m.  (t  da  Ásia  Port)  conhecimen- 
to que  o  escrivão  dá  da  venda  ou  do  arren- 
damento. 

POTOCKi,  (Stanislao  Felíx,  conde  de,)  (hist.) 
de  uma  das  princípaes  famillías  polacas,  nas- 
ceu em  f/50,  morreu  era  18o5,  abraçou  o 
partido  de  Saxe,  depois  retirando-se  dos 
negócios,  foi  viver  na  Gallicia.  e  construiu 
algumas  cidades  na  Ukraina.  Declarado 
traidor  na  revolução  de  Varsóvia  em  1794 
retirou-se  á  America,  e  depois  entrou  ao 
serviço  da  Rússia.  Foi  nomeado  tenente 
general  pala  imperatriz  Catharina 

POTOCKi,  (Ignacio,  conde)   (hist.)  gran- 


inarfichal  da  Lithuania,  primo  de  Stanislao 
Félix,  nasceu  em  1751,  mo"reii  em  1809, 
era  ardente  patriota  e  antagonista  da  Rús- 
sia. 

POTOMAK,  fgeogr.)  rio  dos  Estados-Uai- 
dos,  nasce  nos  limites  dos  Estados  da  Ver- 
ginia  e  de  Maryland,  é  formado  pela  reu-  i 
niôo  de  dous  rins,  que  nascem  nos  mon- 
tes Alieghany,  e  lança-se  na  bahia  de  Che- 
sapeak. 

poTosi,  (gcogr.)  cidade  do  antigo  Peru 
na  Bolivia,  capital  do  distrirto  de  Potosi ; 
15  000  habitantes,  (fig  )  grandes  riquezas, 
origem,  manancial  de  riquezas. 

POTOSI,  (geogr.)  districto  da  republica  de 
Bolivia,  entre  os  de  Charcas  a  E,  d'Oruro 
e  de  Cocha  bamba  ao  N.,  a  C'mfederação 
da  Trata  ao  S.,  e  o  Grande  Oceano  a  O.  ; 
300,000  habitantes.  Capital  Potosi. 

POTOSI,  (geogr.)  villa  dos  Estados-Unidos 
capital  do  condado  de  Washington. 

POTSDAM,  (geoar.)  cidade  da  Prússia, 
capital  da  regência  de  Potsdam,  na  direi- 
ta do  Havei,  entre  dous  lagos ;  a  7  le- 
goas  e  meia  de  Berlin;  3,500  habitantes. 
A  regência  de  Potsdam  é  situada  na  pro- 
TÍncia  de  Brandeburgo,  entre  as  de  Stet- 
tin,  Castrin,  Marseburgo  e  Magdeburgo  ; 
conta  895.000. 

POTRA,  s.f.  (vulg.)  hérnia  do  escroto, 

POTRÃo.  V.  Poltrão. 

POTRO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  poutrain)  carsWo 
novo  antes  de  ensinado  ;  (flg.)  cavallete  de 
dar  tratos. 

POTROSO,  adj.  m.  (des.  oso)  que  tem  potra, 
hernioso. 

POTTENDST,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
austria'?os.  a  8  léguas  ao  S.  de  Vienna  ; 
2,01)0  habitantes. 

POTTER,  (hist.)  pintor  hollandez,  nasceu 
em  1625,  morreu  em  1604.  O  seu  melhor 
quadro  é  um  Touro  de  grandeza  natu- 
ral. 

POTTER,  (hist.)  sábio  inglez,  nasceu  eín 
1074,  morreu  1747.  Deixou  edicções  es- 
timadas áú  Lycophron,  de  Clemente  d'A-- 
lexandria,  etc. 

POTTER,  (hist  )  hellenista  e  poeta  inglez, 
nasceu  em  1721,  morreu  em  1804.  Tra- 
duziu em  inglez  Eschylo ,  Euripides  e  5o- 
phocles :  i 

pouANCE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  t 
6  legoas  ao  NO.  de  Segré  ;  2.560  habitaa-  ! 
tes.  >-">  ft<.ii 

poucACHiWHO,  A,  adj.  diminuí.  depOucoí 
Vm  — ,  s.  V.  Poucochinho.  \ 

POUCO.  A,  adj.    (Lat.  pancus,  po"CO.  Os  | 
etymol  )gistas   não   dão  radical   satisfatório 
d  estt  termo.  Em  Kgypc.  pouk  significa  tenro,  { 
delicado,  e  koudji,   pequeno)  diminuto  em  I 
qifintidade,    extensão,  duração,  qualidade,! 

VOL.    IV. 


POR 


269 


força,  energia,  t.  g.  —  espaço,  fundo;  — 
dinheiro,  tempo,  medo,  jiiizo,  cuidado;  — 
gente;  — fé,  confiança,  vida,  duração,  glo- 
ria. — s  annos,  filhos,  amigos,  navios.  — s 
posses,  faculdades.  —  cousa,  de  pouca  en- 
tidade, de  pouco  valor  Uma  —  de  roupa, 
isto  é,  pouca  quantidade.  Ter  e  n  —  preço. 
Fazer  —  a;ireço.  — ,  substantivado,  peqaena 
quantidade,  pequeno  numero,  pouquidade. 
Um  -  .  ténue  quantidade,  v.  g.  espera  um 
— ,  pequeno  espaço  de  tempo.  Ixoza  o  teu  — , 
isto  é,  o  teu  pouco  haver.  Muitos — s  fazem 

0  muito.  E'  homem  para — ,  de  pouco  prés- 
timo. Um — de  vinho,  desocego.  de  tempo,  pe- 
quena porção.  Terem  — .  fazer  pouco  caso* 
Ter  alguém  em — ,  fazer  ponco  apreço.  — . 
adverbialmente,  em  ténue,  diminuta  quan-- 
tidade,  porção,  em  gráo  diminuto.  Sabe — ".'' 
A  — .  Cuida  —  dos  seus  deveres.  —  se  lhe  da. 
Custa,  vai — ,  preço  diminutivo    —  a  — , 
ou   aos   — s,    ou   —   e  — ,    gradualmente, 
com  progresso  lento.  Por  —  escapou  da  mor- 
te, isto  é,  esteve  mui  próximo. 

poucocnmno,  a,  adj.  diminui,  de  pouco. 
Usa-se  s.  Um  poucochinho,  mui  pequena 
porção.  ^ 

rouGATAHEF,  (hist,)  Cosaco,  nasceu  em 
1726,  inculcou-se  por  Pedro  III,  que  mor- 
rera assassinado,  foi  seguido  por  grande 
numeí-o  de  compatriotas,  esteve  a  ponto  de 
se  apoderar  de  Moscou,  mas  faltando-lhe 
resolução  foi  entregue  pelos  seus  compa- 
nheiros. Foi  execuctado  em  1775. 

pouGENs,  (hisi.)  sábio  francez,  sobri- 
nho do  princepe  de  Comi,  na«ceu  em  1755, 
morreu  em  18  >3.  As  suas  principaes  obras 
são :  Thesouro  das  origens ;  Árcheologia 
franceza,  ou  Vocabulário  das  palavras  an- 
tigas caidas  em  desuso. 

POUGUES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
legoas  ao  NO.  de  Nevers;  1,000  habitan- 
tes. 

pouíLLE,  (geogr.)  Apúlia,    antiga  divisão 
do  remo  de  Nápoles,    formou   desde  1043'; 
até  1127  um  condado, 

pouiiLON,  (geogr  )  cidade  de  França,  a 
3  legoas  ao  SSE.  de  Dax;  3,i;i0  habitan- 
tes. 

pouiLLY,  (geogr.)  nome  de  muitos  loga- 
res  de  França,  o  principal  é  Pouilly  em 
Montagne  ou  em  Auxois,  capital  do  depar- 
tamento da  Costa  d'Uuro,  a  8  legoas  ao 
NO.  de  Beaune ;  1,160  habitantes.  ^' 

POULAiN-DUPARC,  (híst.)  jufisconsulto  frail- 
cez,  nasceu  em   1701,    morreu  em    1782. 
Deixou  .    Jornal  das  sentenças  do   parla- 
mento de  Bretanha;  Princípios  do  direita'' 
francez,  ele.  .  ••. ;     •     ^ 

POULAOUEN,  (geogr.)  burgo  de  França,  i' 

1  legoa  e   um  quarto  ao  NO.  «Je  CarhailV 
3,540  habitantes','''    ' 

68 


170 


FOU 


F0O 


pouLLB,  (hist.)  pregador  francez,  nasceu 
em  1702,  morreu  era  1781.  O  seu  pria- 
cipal  sermão  é  a  Exkortação  de  caridade  a 
favor  das  crianças  expostas. 
>  pouNAH,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingle- 
za,  no  antigo  Aurengabad ;  100,UOO  habi- 
tantes. 

pouNAKnA,  (geogr.)  cidade  do  Bontan, 
residência  d'inverno  du  Det-Kadjah. 

POUPA,  s.  f.  (Lat.  upupa]  ave  que  tem  uma 
espécie  de  topete  ;  topete  das  aves ;  topete 
dos  homens ;  penteado  das  mulheres  com  o 
cabello  levantado  na  parte  dianteira  da  cabe- 
ça. 

POUPADO,  A,  p.  p.  de  poupar;  adj.  que 
poupou  ;  forrado.  Homem  — ,  económico, 
regrado,  amigo  de  poupar.  Dinheiro  — ,  for- 
rado 

POUPADOR,  A,  s.  pessoa  regrada  nos  gas- 
tos, amiga  de  poupar. 

poupÁo,  s.  m.  (chulo)  poupador ;  o  que 
se  poupa  ao  trabalho. 

POUPAR,  V.  a.  (do  Lat.  perparcè,  com  sum- 
ma  parcimonia)  gastar,  dispender  com  regra, 
v.  g.  —  a  fazenda,  os  gastos  ;  (flg.)  —  o  tra- 
balho, o  tempo,  a  saúde,  ávida; — o  casti- 
go a  quem  o  merece ;  —  os  amigos.  —  o  ho- 
mem, trata-lo  de  modo  a  não  quebrar  com 
elle  ,  não  expor  a  sua  ignorância,  não  ©hu- 
milhar. —  os  criados,  as  bestas,  não  os  fa- 
zer trabalhar  de  mais.  — ,  forrar,  economi- 
sar,  guardar  o  que  sobra  do  rendimento,  dos 
ganhos. 

pouPART^  (hist.)  anatómico  e  cirurgião 
francez  nasceu  em  1708;  fez  algumas  des- 
cobertas e  deixou  Memorias. 

pouQUEViLLE,  (hist.)  historiador  francez, 
nasceu  em  17/0,  morreu  em  18  8.  Escre- 
veu :  Viagem  d  Morea  e  Constantinopla  ; 
Historia  da  Jtegeneração   da    Grécia,  etc. 

POUQUIDADE,  s.  f.  (Lat.  paucitas,  tis)  con- 
sa  pouca  ;  pequena,  ténue  quantidade  ;  cou- 
sa de  pouca  monta,  de  pouco  valor  ;  peque- 
nhez  de  animo,  pouco  préstimo :  acção  de 
homem  apoucado. 

pouQuissiuO,  A,  adj.  superl.  de  pouco, 
muito  pouco. 

pouRCíioT,  (hist.)  Sábio  francez,  nasceu 
em  lííil,  morreu  em  1734.  Deixou  Insti- 
tutiones  philosophicoe. 

pouROus  ou  PURUS,  (geogr.)  rio  da  Ame- 
rica do  Sul,  sae  das  Andes  de  Cachoa,  e 
cae  no  Amazonas. 

pi^URSUiVANS,  s.  m,  pi.  (do  Fr.)  V.  Pas- 
savantes. 

POUSA,  *.  f.  (ant.)  V.  Pomada,  Residên- 
cia. 

POUSADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  áe  pousa- 
do) hospedaria,  estalagem,  cisaonie  pousa 
o  caminhante;  hospicio,  morada,  aposenta 
4oria,  (IoioígUío^  ^  4a  ^aUiikhm^  lu^farog- 


de  ella  vai  pôr  os  ovos.  Fallar  de  — ',  com 
piusa,  de  sangue  frio,  desipaixonadamen- 
te.  — ,  na  Beira,  cinco  ouseis  feixes  de  le- 
nha atados. 

pousADÉA,  (ant.)  V.  Pousadia,  Pousada. 

pousADEiRO,  s.  m.  [pousada,  des.  eiró)  as 
nádegas,  (ant.)  o  que  preparava  a  aposenta- 
doria ;  o  guardador  de  gado  ou  de  porcos. 

pousadía,  s  f  (ant.)  aposentadoria ;  pou- 
sada ;  morada.  Fazer  —  em  mosteiros,  apo- 
sentar-se,  pousar  aelles. 

POUSADO,  s.  m.  (ant.)  V.  Pousada. 

POUSADO,  A,  p.  p.  de  pousar;  adj.  que 
pousou  ;  , vagaroso,  descansado  ;  recolhido 
em  pousada.  — ,  (ant.)  aposentado,  reforma- 
do. 

pousADOURO,  s.  w.  lugar  onde  se  pousa, 
onde  descansa  quem  leva  carga.  O  — ,  as 
nádegas. 

pousAFLORES.  (gcogr.)  vllla  de  Portugal, 
no  dislricto  de  Leiria,  a  7  léguas  de  Coim- 
bra ;  1 ,2  k8  habitantes. 

pousAFOLLES,  adj.  dos  tg,  (chulo)  vagar 
roso,  tardo.  ít 

P0USAI.OUSA,  s.  f.  borboleta. 

pousANTE,  adj.  dosí^'.  (.i«s.  do  p.  a.  Lat, 
em  ans,  tis)  (bras.)  Aniinal  — ,  representa- 
do pousando. 

POUSAR,  v.n.  (Lat.  pawso,  are.  à%pés,  o 
pé)  repousar,  parar,  descansar  em  algum  lu- 
gar, v.g.  —  a  ave,  sentar-se.  —  o  animal, 
sen  ta  r-se  sobre  os  quai  tos  traseiros,  ou  dei- 
tnr-se  a  seu  geito  — ,  recolher-se  em  pousa- 
da, passar  a  noite  em  algum  lugar.  —  com 
alguém,  morar,  aposeniar-se  em  casa  d'elle. 
— ,  monir,  habitar;  deter-se  um  pouco  em 
algum  iugar.  Â  verdade  pousava  em  teus  lá- 
bios, tinha  assento. 

pousENTADOR,  (ant )  V.  Aposentador. 

POUSIO,  A,  adj.  (de  pousar)  terra — ,  fol- 
gada, que  se  deixou  de  semear  para  a  não 
exhaurir ;  — ,  terra  cuja  cultura  foi  aban- 
donada. 

POUSIO,  5.  m.  (subst.  do  precedente),  ter- 
ra folgada,  não  semeada.  «  Herdades  dos 
menores  nom  se  cultivam  e  jazem  em  — s.  » 
Ord.  AíTons. 

pouso,  s.  m.  (de  pousar),  lugar  em  que 
alguma  cousa,  pessoa  ou  animal  poust,  as- 
senta, descança;  pedra  do  meio  do  moinho 
sobre  a  qual  anda  a  galga  encostada  ao  ei- 
xo; lugar  na  cama  onde  alguém  esteve  dei- 
tado ;  lugar  onde  pousa  a  ave.  v.  g.  Voar 
aos  — s.  Tomar  — ,  pousar.  —  do  navio, 
ancoradouro,  lugar,  estancia  onde  elle  es- 
tá surto.  «Tomaram  as  náos — ante  a  ci- 
dade »  Barros. 

pouso-ALEGRE,  (geogr.)  villa  da  provín- 
cia de  S.  Paulo,  no  Brazil,  perto  da  de 
Minas-Geraes,  e  ao  S.  da  margem  esquer- 
da do  rio  Qraii4«« 


POV 

pouso-ALRGRE,  ígeoRP.)  povoação  no  Bra- 

zil,  na  província  do  Rio  de  Janeiro,  nodis- 

tricto  da  villa  de  Pirahi,  com   um  correio. 

pouso-ALEr.RE,   («ftOfçr.)    antitça   yilla   da 

província  de  Mato-Grosso,  no  Brazil. 

pouso-ALF.r.RK,  (fçfiogr  ]  povoação  da  pro 
vincia  de  Mato-Grosso,  no  Brazil,  nas  mar- 
gens do  rio  Tacoari,  35   les;nas   acima    de 
spu   confluente  com  o    Paraguai,   em  18 
grãos  12  minutos  de  latitude. 

poussm.  (hist.)  chefe  da  antiga  escola 
franceza  dp  pmtura,  nasceu  em  1594,  mor- 
reu em  Hi6Ç>.  Os  seus  melhores  quadros 
são  :  o  Diluvio  ;  Et  in  Arcádia  ego  ;  e 
Triumpho  de  Flora. 

poussiNES.  (hist.)  em  latim  Possinus,  sá- 
bio jesuíta  francez,  nasceu  em  1609,  mor- 
reu era  1686.  Continuou  a  Historia  da 
Sociedade  de  Jcííus. 

pouTA,  s.  f.  peso  de  pedra  preso  a  um 
cabo,  que  os  barqueiros  lançam  na  agua 
para  segurar  o  barco.  Uma  —  de  corda, 
do  comprimento  das  a  que  se  prendem  as 
pontas. 

pouTALA  ou  BOUDALA,  ^g^ogr.)  templo  do 
Thibet   jia  província  d'Ouei. 

pouTAR,  «.  a.  {pouta,  ardes.  inf.). — 
o  barco,  segurar  com  a  pouta. 

poiíT  ou   poY-sus-DAX.  (aaosT.)  villa  de 
pouTROYB,  (geogr.)  cidade  de  França     a 
4  legoas  ao  f<0.  de  Colmar ;  2,510  habi- 
tantes. 

França,  a  1  legoa  ao  NE.  de  Dax. 
-  pouYASTRUC,  (geogr.)   villa  de  França,  a 
3  legoas  ao  NE.  de  Tarbes  ;  800  habitan- 
tes. 

pouzANGF.s-LA-viLLK,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  9  legoas  ao  N.  de  Fontenay; 
«.140  habitantes. 

porzzoLEs.  ÍR^^ogr.)  PozzuoH  em  italia- 
no, VvteoH  e  Dicfítarehm  dos  antigos,  ci- 
dad  ©  e  porto  do  reino  de  Wapolf^s,  a  2  le- 
goa» te  mpia  ao  ftO.  de  Nápoles;  8,700 
babi  antes. 

powEL,  (bist. )  padre  inglez,  escreveu 
contra  luthero  e  a  favor  do  papa  o  Pro- 
pugnaculum  summi  sacerdotii. 

POVO,  s.  m.  (Lat.  populus,  áoViT.polys, 
numeroso  )  nome  collectivo  dos  habitantes 
de  uma  terra,  cidade,  rpgiflo,  nação.  t?.  g. 
o  —  Romano.  — ,  os  cidadãos  das  classes 
n*o  privilpgiadas.  — ,  a  plebe,  o  vulffo.  — 
miúdo,  gentalha,  gente  das  classes  inferio- 
res da  sociedade ;  multidão  de  pessoas,  v. 
g.  acudiu  muito—.  — ,  (fig  e  poet.)  gran- 
de quantidade.  «O  —  revoltoso  dos  bravos 
ventos.  »  «  Eolo  encerra  o  bravo  —  dos  so- 
norosos ventos.  >  Diniz.  — ,  (ant.  e  fig.) 
cousa  do  vulgo.  «Essa  opinião  ó—,  popu- 
lar, digna  do  vulgo.  Navegaes  por  uns  ru- 
mm  jpovo. 


FOy 


m 


Stn.  corap.  Povo,  nação.  Jfosontído  lit- 
teral   e  primitivo  a  palavra   naçrío   indica 
uma  relação   commum   d»)   na'*cifnento,  de 
origem  ;  e  povo,  uma  relação  de  numero  e 
de  reunião.  A.  nação  6  uma  dilatada  famí- 
lia; o  pono,  uma  grande  reunido  ou   ag- 
gregado  de  seres  da  mesma  espécie.  A.  no- 
ção  consiste  nos  descendentes  d'um  mesmo 
pii ;  e  o  povo  na  multidão  de  homens  reu- 
nidos num  mesmo  sitio.  ,^ 
Uma  vez  que  nação  designa  uma  rela- ' 
ção  de  nascimento  e  de  oriífem,  é  natural 
chamar  nação  á  totalidade  de  linhagens  ou 
castas  nascidas  ou  estabelecidas  de  pais  a 
filhos  n'um  mesmo  paiz,  e  designadas  por 
uma  denominação  commum,  como  o  nome 
respectivo  das  famílias. 

Segundo  esta  acepção   a  nação  consistf! 
nos  naturaes  do  çaiz,  e  o  povo  em  seus  hat-, 
bitantcs. 

Um  povo  estrangeiro  que  forma  uma  co- 
lónia em  paiz  longínquo,  continua  a  sex 
portuguez,  espanhol,  ina:lez.  etc,  é-o  por 
nação,  ou  de  orisrem.  Diversos  povoí  reu- 
nidos, naturalizados,  hgados  por  differen- 
tes  rplações  communs  num  mesmo  paiz, 
formam  uma  nação;  e  uma  nação  sedivii^^ 
de  em  vários  popo?,  diversos  uns  dos  ou*^ 
tros  pnr  difTprenças,  ou  locaes  e  nhysicas, 
ou  politicas  e  moraes.  Resulta  d'isto  que 
uma  nação  é  ura  srande  povo. 

A.  nação  está  intimaraente  pnida  ao  paii 
pela  cultura :  ella  o  possue  ;  o  povo  está 
no  paiz:  elle  o  habita.  4  nação  éo  corpo 
dos  cidadãos ;  o  povo  é  a  reunião  dos  rei- 
nicolas.  .     :' 

Syn.  comp.  Povo,  plehe,  vulgo,  vulgar 
cho.  Uma  nação  divide-se  em  muitas  clas- 
ses, o  povo  é  uma  dVllas ;  é  a  partp^  mais 
numerosa  de  que  a  nação  6  o  todo.  E  lam- 
bera um  corpo  do  estado,  com  relação  aos 
dons  outros,  clero,  e  nobreza,  que  antiga- 
mente se  chimavam  os  trez  braços  da  na- 
ção. iV    .?.)  . 

P/zfte  é  a  gente  commum  e  baixa  dop^, 
to.  D'aqui  se  deriva  o  adjectivo  plebeu  pu- 
ra designar  o  que  é  da  classe  do  povo,  o 
que  não  é  nobre.  «A.  plebe  e  os  plebeos, 
diz  Vieira,  são  os  mais  pequpnos  e  os  qu« 
menos  avultam  na  republica  (11,  327).  » 

Vuhn  é  o  commum  da  gente  populaf,, 
a  multidão  rudoe  ignorante,  de  baixos  sen*- 
tiroentos  e  acções  ruins.  Daqui  vem  cha- 
roar-se  vulqar  a  tudo  que  é  ordinário,  4^ 
pouca  conta,  de  baixa  sorte,  etc. 

Vvlqacho  é  a  gentalha,  a  Ínfima  plebe, 
o  vulgo  desprezível  e  ignaro. 

POVOA,  (geogr.)  com  este  prefixo,  que  é 
synonymo  de  poro.  ha  muitas  povoaçí^es 
em  Portugal;  as  principaes  são.  1.  ,  Tiljâ 
e  írefuezia  petto  de  Trancoso,  com  7ftW 


m' 


.1'3 


tW 


nsi 


habitantes;  2r,  Povoa  dè  Santo  Adrião, 
a  kgua  e  meia  de  Lisboa,  com  :H20  ;  3  ", 
Povoa  de  Santa  Christina,  vilia  a  2  lé- 
guas e  meia  da  Coimbra,  com  510 :  4.*, 
Povoa  de  Lanhoso,  vilia  e  freguezia  quasi 
2  léguas  a  E.  de  Braga  ;  8,000  habitan- 
tes. 

POVOAÇÃO,  5.  m.  os  habitantes  de  alguma 
cidade,  vilia  ou  lugar ;  a  gente  que  habita 
ali,,  As  povoações  da  costa. 
.  Stn.  comp.  Povoação,  população.  Con- 
fundem-se  ordinariamente  estas  duas  pala- 
vras, que  ambas  vem   de  populus,   povo ; 
devem  cora  tudo  differençar-se.  Povoação  é 
o  lugar  povoado ;    população  é   o  numero 
de  \izinhos   ou   habitantes    que   compõem 
uma  cidade,  vilia,   ou  um   paiz.    Portugal 
tem  muitas  povoações  maiores  e  menores,  e 
sua  população  é  de  trez  milhões  de  habi- 
tantes.  Lisboa  é   a  primeira    povoação   do 
reino,  e  sua  população  é  de  240,000  al- 
mas. 

POVOAÇÃO,  (geogr.)  vilia  da  ilha  de  S. 
MiRuel,  onde  foi  o  primeiro  assento  dos 
habitantes  da  mesma  ilha ;  e  d'esta  cir- 
cumstancia  é  que  lhe  provem  o  nome  que 
conserva.  Está  situada  em  terreno  pouco 
elevado  a  2  léguas  a  L.  de  Ponta-Garça  ; 
9^675  habitantes. 

POVOAÇÃO ,  (googr )  aldeã  principal  da 
ilha  Brava,  ou  antes  a  agglomeração  de  pe- 
quenas aldeãs  que  se  foram  extendendo  alé 
tocarem  umas  nas  outras,  e  formarem  a 
a  que  tem  9sta  denoa.inação  ,  com  2,250 
habitantes.  nfriv-v 

POVOAÇÃO  TELHA,  fgeogr.)  pequena  éfdea 
dá  ilha  da  Boa-Vista,  que  tira  o  seu  nome 
d.i  circiimstancia  de  ,ser  aqui  que  se  es- 
tabeleceram os  primeiros  povoadores  da 
ilha  ;  341  habitantes. 

POVOADO,  A,  p  p.  de  povoar ;  adj.  on- 
de se  estabeleceram  habitantes.  Os  muitos 
emigrados  da  Europa  tem  —  a  America.  Lu- 
gar—,  que  tem  moradores,  vizinhos,  ha- 
bitantes. — ,  (fig.)  abundante,  v.  g.  bosque 
—  de  arvores  ;  lago  —  de  peixes;  barba— 
de  cabellos. 

POVOADO,  s.  m.  lugar  povoado.  Viver 
em — . 

POVOADOR,  s.  m.  colono,  o  que  vem  es- 
tabelecer-se  em  algum  lugar.  — ,  o  que  es- 
tabelece colonos,  que  funda  villas,  cidades, 
estabelecendo  nellas  habitantes.  Este  rei  foi 
grande  — . 

POVOAR.  V.   a,  {povo,  ar  des.  iuf.)  esta- 
be  acer   habitantes  em   terra  erma,  fundar 
colónias,  tj.  ^r,  a  republica  romana  povoou 
lâuitas  terras.  —  ,  ir  habitar  algum  lugar,  | 
íf.^^g.  muitos  colonos  tem  ido  —  a  >ova  llol-  I 
iSÍI*'  ~'  ^^^'^  encher,  occupar  em  grande  I 
nWmero,  f>.  g.  os  animaes  que  povearfi,  os  I 


bosques.  Os  malfeitores  que  povoam  os  car-* 
ceres.  — os  mares  de  naus,  de  navios  de  com-' 
mercio. — os  tanques  de  peixinhos.  A  mão 
que  povoou  o  céu  de  estrellas.  «  A  dissolu- 
ta impunidade  povoou  a  terra  de  crimes,  » 
multiplicou-os  nella.  — ,  em  sentido  abs. , 
(ant.  e  p.  us.)  assentar  morada,  vivenda, 
estabelecer-se.  «Foram  op  Árabes  povoan-- 
do  em  ilhas.  »  Barros,  Dec.  II,  I,  2. 

povoLiDE,  (geogr.)  vilia  de  Portugal,  a  2 
léguas  de  Vizeu  ;    1,305  habitantes. 
POVOO,  (ant.)  V.  Povoação. 
POvoRADO,  (ant.)  V.  Povoado. 
povoRADOR,  (ant.)  V.  Povoador. 
PovoRAR,  (ant.)  V.  Povoar. 
POVRAMENTO,  t.  m.  (ant.)  V.  Povoação , 
acção  de  povoar. 

poxà ,  adj.   m.  (t.   Brasil.)  Assim  —  ,  é 
uma  espécie  de  açu  branco,  e  do  preto. 

poxiM,  (geogr.)   vilia   do  Brazil,  na  pro- 
víncia das  Alagoas,  na  margem   direita  do 
rio  de  seu  nome,  e  a  1  légua  do  mar. 
POYA.  V.  ioia. 
POYADA.  V.  Poiada. 
potar.  V.  Poiar,  e  Pojar. 
POYARES  (Santo  André  de),    (geogr. (  po- 
voação de  Portugal  no  concelho   de  Pena- 
cova, a  3  léguas  de  Coimbra,  3,000  habi- 
tantes. 

POYMENTO,  s.  m.  (ant.)  o  acto  de  pôr  ou 
assentar  alguma  cousa. 
poYO  ,  s.  m.  (ant.)  poia  ;  assento,  poial. 
PÓziNHO,  s.  m.  diminui,  de  pó,  ténue 
porção  de  cousa  em  pó,  v.g.  um — de  ta- 
baco. 

pozio,  (ant )  V.  Pousio. 
pozzo,  (Cassiano    de,)    (hist.)    rico   anti- 
quário piemontez,  nasceu  em  1590,    mor- 
reu em  1657.  Formou  em  Roma  uma  col- 
lecção  de  antiguidades. 

PRAÇA,  s.  f.  (ital.  piassa,  Fr.  place,  A.W 
lem   platz,  Lat.  platca,  do  i^r.  pia  tus,  lar  J)  ■ 
go,  extenso,  espaçoso  ;  plax,  planicie,  cam- 
po.) espaço,  área  no  interior  de  cidade  ou 
vilia ;  área  onde  se  vendem  géneros,  mer- 
cado, V.  g.  —  do  peixe,  da  hortaliça. — do 
commercio,  editicio  onde  concorrem  os  ne- 
gociantes para  tratar  de  transacções  com- 
merciaes  ;  (fig)  o  corpo  dos  negociantes  de 
uma  cidade.  x>egocianteda  —  de  Lisboa. — ' 
leilão,  almoeda,  hasta  publica.  Pôr  em—, 
aos  lanços.   Vender  em — ,  em  Ipilão.  Fazer 
—  de  alguma  c(msa,   (fig.)  publica-la,  di- 
vulga-la. Andaj^^m—,  (fig.)  ser   pubhco. 
Tirar  á—,  (p.  us.)  dar  á  luz,  manifestar, 
publicar.  De—,  (loc.  adv.  ant.)  em  publi- 
co, publicamente,  á  cara  descoberta  «  Ler 
a  carta,  dizer  alguma  cousa  de  — .  »  Ord.  s 
Affons.,  em  publico,  sem   segredo,  myste- 
rio  ou  disfarce.  «Ainda  se  não  requeriam 
os  bispados  de  — .  »  Vida  do  Arceb.— ,  fofr 


PRA 


Pí(M 


f73 


taleza,  lugar  fortificado  com  muros,  baluar- 
tes. —  de  armas,  o  sitio  orde  se  acampa  o 
exercito ;  lugar  onde  se  faz  o  exercicio  mi- 
litar, onde  se  passa  mostra. — ,  cidade  for- 
ficada  que  serve  de  principal  deposito  de 
munições  e  petrechos  para  a  guerra. — ,  nos 
navios,  armazém,  paiol  das  armas. — alta, 
fortificação  sobranceira  ao  terrapleno  situa- 
da na  demigolla  abaixo  do  cavalleiro. — bai- 
xa, bateria  que  fica  atrás  do  orelhão  que  ser- 
ve de  a  cobrir,  abrigar  ou  defender.  — ,  (mi- 
Ht.)  posto,  graduação,  v.  g.  partiu  com  — 
de  tenente.  O  general  irandou-lhe  abrir  — 
de  capitão.  Sentar  —  a  alguém,  alista-lo. 
Sentou  —  ,  entrou  no  serviço  mihtar.  —  , 
(fig.)  soldo  de  militares,  v.  g.  comer  —  de 
soldado,  sargento,  capitão. — morta,  lugar 
não  preenchido  por  soldado.  — ,  soldo  que 
o  capitão  ou  o  coronel  come  a  titulo  de  sol- 
dados que  dá  como  effectivos,  e  que  não  exis- 
tem. O  regimento  tem  cem  —s  mortas.  — 
tiva,  a  de  soldado  que  cobra  o  soldo  sem  fa- 
zer serviço,  estando  ausente.  Pôr  a  —  no 
.campo,  (phras,  ant.)  offerecer  batalha.  — , 
ant.  e  fig.)  nome,  qualidade  usurpada. 
Quer  passar  —  de  fidalgo,  ser  havido  por 
tal.  Fazer  —  de  alguma  cousa,  ostentar,  fa- 
zer alardo.  —  ,  lugar,  espaço.  Fazer  —  , 
abrir  lugar,  apartando  a  gente,  fazer  roda 
ao  que  está  no  meio  de  algum  sitio.  Pôr 
—  ,  (ant)  dar  campo  seguro  para  desafio 
Fazer — ,  obsequiarem  publico.  Pessoa  de 
muitas — s,  (loc.  famil.)  mui  obsequiadora, 
que  faz  grandes  demonstrações  de  ami- 
zade. 

PRACÉBO,  s.  m.  oílicio  de  defunctos. 

PRACEiRAMENTE,  adv.  (praceiro,  publico, 
mente  suff.)  (ant )  em  publico,  abertamen- 
te. «  Dizer  —  ;  ler  uma  carta  — ,  »  Ord. 
AíTons.  «  Mandar  um  mimo  — ,  »  Ord.  Man., 
V,  79.  2.  A  edição  de  1797  traz,  errada- 
mente parceiramente. 

PRACEíRo,  vem  assim  erradamente  na  ulti- 
ma edição  do  Clarimundo  por  parceiro  no 
jogo. 

PRACEIRO ,  A,  adj.  (de  praça,  des.  eiró.) 
(ant.)  publico.  «  No  pellourinho  e  lugat-es 
— s,  »  Ord.  AíTons. 

pRACHiN,  (geogr.)  circulo  da  Bohemia,  li- 
mitado pela  Baviera  ao  SO.,  e  pelos  círcu- 
los de  Budweiss  ao  SE.,  de  Th&bor  a  E. , 
de  Beraun  ao  N. ;  250,000  habitantes.  Ca- 
pital Pisek. 

PRACRiTO,  (hist.)  idioma  vulgar  da  índia, 
é  derivado  de  sanscrito. 

PRACTiCA,  s.  f.  (Lat.  eLat.  praxis.)  exer- 
cício practico.  E  correcta  orthographiae  evi- 
ta confundir  o  nome  com  o  verbo,  v.  g. 
pratica  bem  quem  —  tem.  V.  Practico  e 
Vratica. 

PRACTiCAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  na  pr.i- 

V0L.    IV. 


ctíca,  de  modo  practico.  T.  Praticamente. 

PRACTCAR,  por  uso.  V.  Praticar. 

PRACTiCAVEL,  por  USO.  V.  Praticavel. 

PRACTICO,  A,  a/lj.  [Lht.  practicus,  do  fyT. 
prassô,  Altic.  prattô,  fazer,  praticar.)  exer- 
citado. É  mais  correcta  orthographia,  e  tem 
a  vantagem  de  differençaronome  do  verbo, 
V.  g.  como  —  praíico  esta  arte.  Uma  letra, 
e  principalmente  sendo  conforme  á  etymo- 
logía,  é  sempre  preferível  a  um  accento  que 
facilmente  se  omitte. 

PRADARIA    ou  PRADERIA  ,    S.    f.    (dcS.    ária 

eria.)  prados  extensos,  campo,  campina  de 
prados. 

PRADELLES,  (gcogr.)  cídade  de  França,  a 
8  léguas  ao  S.  de  Puy;  1,500  habitan- 
tes. 

PRADES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  11 
léguas  ao  SO.  de  Perpignan ;  3,050  habi- 
tantes. 

PRADES  (o  abbade  de) ,  (hist.)  escripor 
francez,  nasceu  em  1720,  morreu  em  1782. 
Deixou  um  llesummo  de  Historia  Eccle- 
siastica. 

PRADO,  s.  m.  (T.at.  pratum,  que  creio  de- 
riv.  do  Gr.  prason,  verde,  ou  do  1  ersa  par- 
dos ou  phardos,  jardim.)  campo  de  herva 
cultivada  ou  natural;  espaços  largos,  cam- 
po. Os  cquoreos  ou  neptuninos —s  ,  (loc. 
poet.)  o  mar,  o  oceano. 

PHADO,  (geogr ;  viUa  de  Portugal,  a  h 
légua  de  Braga  ;  1,5<'0   habitantes. 

PRADO,  (geogr.)  vílla  d'llispaiiha ,  a  14 
léguas  ao  SO.  de  Madrid  ;  3,u00  habitan- 
tes. 

PRADO,  (geogr.)  villa  marítima  do  Bra- 
zil,  na  Bahia,  na  comarca  do  Caravellas. 

PRADO,  (geogr.)  rio  dos  Estados  Unidos, 
cae  no  Grande-Río. 

PRADO-DO-CÃO,  (geogr.)  cidade  dos  Esta- 
dos Unidos,  no  território  do  NO.,  sobre  o 
Mississipi;  2,000  habitantes. 

PRADOso,  A,  adj.  (des.  oso.)  onde  ha  pra- 
dos. Terra  — . 

PRADoziNHO,  s.  m.  diminut.  de  prado,  pe- 
queno prado. 

PRADT,  (hist.)  escríptor  francez,  nasceu 
em  1759,  morreu  em  1837.  Deixou  mui- 
tas obras,  as  princípaes  são :  Historia  da 
embaixada  no  gran  ducado  de  Varsóvia  ; 
a  Europa  e  a  America  depois  do  Congres- 
so d'Aix-la-Chapelle,  etc. 

PRyEMUNiRE ,  Kstatutos  de  Preemunire. 
Deu-se  em  Inglaterra  o  nome  de  estatutos 
de  provisões,  ou  estatutos  de  prcemunire  a 
diversos  actos  do  parlamento  ;  os  pnncipaes 
são  os  que  prohibiam  certos  abusos:  1 
a  itiiroducção  em  Inglaterra  das  provizoes 
d  )  |.»,  a  ;  2  °  a  intervenção  do  papa  nas 
eleições  ecclesiasticas,  etc. 

vnMTVi\i,  (geogr.)  (hoje  parte  áo  Ahruz- 


274 


fRA 


PRá 


s,9  UlUrior),  povo  da  Itália  central,  sobre 
o  Adrialieo  ,  entre  o  Picenum  e  os  Vesli- 
ní. 

íPRAGA,  s.  f.  {\M.  e  Dor.  p/a^a,  Gr. /?/a- 
gJi4^  de  plessá,  íerir.)  ealacaídade  que  £32 
ostffego,  V.  g,  as — s  4o  i  gypto  ;  mua — de 
gaíanholos,  mosquitos.  A  —das  bexigas,  epi- 
demia. Uma  —  de  piraXas,  ,e  fi^. — .d,e  ra.aus 
versos,  de  maus  poflas,  — de  espias  xlela- 
tofes.  — ,  (fig  )  impfeGação  de  males  sobre 
alguém.  Rogar — s,  desejar  mal  a  alguém, 
imprecar  sobre  elle  males,  calamidades.  — , 
maldizer.  — ,  dito  do  maledico. 

PRAGA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  epro- 
pea,  defronte  de  Varsóvia,  e  hoje  conside- 
rada como  parte  da  Varsóvia  ;  3,000  babi- 
tanles. 

PRAGA,  (geogr )  Prag  em  allemão.  Praha 
em  3ohemio,  Marabodum  de  Ptolomeu,  ci- 
dade capital  da  Bohemia,   a  80,    léguas   ao 
m.  de  Vienna;  125.000  habitantes. 
.  ypRAGAMYO.  V.  Pergaminho. 

PRAGANA,  s.  f.  (do  Lr.  bruô,  puUular, 
brotar,  e  gaio,  elevar-se.)  a  barba  ouareg- 
ta  aguda  que  s4o  d^  esi^ga  do  tfigp,  cen- 
teio, etc. 

PRAGANAM  OU  PRAGANANE,  (geOgr.)  di.Sr 

tríoto  de  Damão,  sito  na  provincia  de  ISe- 
gar-AvelLi,  no  Brazil. 

PRAGMÁTICA,  s.  /.  (pr^i^., O  acceiíío  na  an- 
tepGnultiqaa  :  do  Gr.  pragmaíikos,  de  pras- 
sô,  fazer,  ordenar.)  lei  contra  aiguín  abuso 
publico,  v.g.  —  contra  o  ijjço.  —  iunc- 
fão,  lei,  decreto  sobí-e  obj«clo#  rcí;l£'SÍ5?,t4- 
cos. 

l»RAGU¥JAí)o,  A,  p.  p.  de pragnejoT ;  adj. 
que  praguejou,  amaldiçoou  ;  amaldiçoado, 
n?aldíto.  Males  — ,  imprecados. 

praguejador,  A,  s  pessoa  flU^e  .praguçr 
ja,  rpg»  pragas,  amaldiçoa.,  ,,-j  ]^.^ 

PftAGUiíJAMENTO  ,   S.    Vfh.    {m^lfítO  .§ji^.)    (p. 

us.)  acção  de  praguejar..,;  -• 

PBAfrUEJAR  ,  t?,  a.  [praga,  des.  ajar ,  do 
Cast.  echar,  lançar.)  imprecar  male$  sobre 
aJgtiem,  «maidi<ço^r. -tf)  ^dq  seatido  abs.  e 
mais  us.  dizer  mal,  v.g.  — de  algi^ip.-— , 
r^gar  pragas. 

p«.^GUENTAMENTE,  ttdv.  [mcnte  suff.)  copa 
nialedicencia  pragnejando. 

PRAGUENTO,    A,  iH/j,   {doS.   pi^to)   í^h^ír 

CO,  maldizeiite.  iionte  ^—    Os — 5,  s. 

PRAHEC,  (geogr  )  eidade  de  Fra^iça,  &  3 
léguas  ao  SE,  de  Sw)rí;  1,6QU  bat>ji>?#- 
tojg.  *  "       - 

pfiAiA,  s.  f.  (Xbí.  plaga.)  o  m^q^pàr 
rrfia  co&la  chata  ;  a  porção  de  terra  çh^^a 
que  o  mar  cobre  na  enchente  da  maré,  ou 
n»«  DDaiores  marés,  e  que  deixÁi  descoberta 
na  vasante,  ou  nas  marés  menores. 

Syn.  comp.  Prg/ia,  ribeiro,.  Praia  é  a 
coM^  iliçUnadf^  pl^Qa,  Oji^io^ri^mei^tç  de 


aréa,  sobre  que  exprai&m  as  ondas,  como 

disse  Camões : 


Que  sobre  ella  empecendo  também  cala 
Qu&ra  a  seguio  na  arenosa  praia. 
(ÍHs.,   II  71.; 


Uibeira,  quando  se  refere  ap  mar,  é  o 
mesmo  que  praia  talvez  mais  decliye  e  der» 
ribada  e  menos  extensa,  e  onde  podem  va- 
rar  barcos,  etc.  Quando  se  refere  aos  rios 
é  terra  fresca  eíertil  que  se  prolonga  jun- 
to de  rio,  talvez  arvorejada,  como  disse 
Camões  : 


isto  dito,  veloies  mais  que  gamo» 
^e  lauç^o  a  correr  -pelas  ribeiras. 
FusídUÓ  as  nyraph.a^  y^p  por  entre  os  ramo^. 
• •  [Lus.,  IX,  70.) 


PRAIA  (villa  da) ,  («eogr.)  vdla  da  ilha 
Terceira ,  está  virada  ao  JL.  e  situada  ong 
terreno  mui  plano ,  acima  de  um  largo 
areal  de  que  tomou  o  nome,  a  5  léguas  ao 
NE.  da  cidade  ;  3,000  habitantes. 

PRAIA  (villa  da),  a  principal  poToaçãodo 
archipííiago  de  Cabo  Verde,  senão  pelo  que 
respeita  á  população,  certamente  pela  ri- 
queza d^  seus  habitantes,  e  pela  extensão 
de  seu  commercio,  que  é,  quasi  igual  ao 
de  tqdo  .0  t^&M>  do  axchipelago ;  12,000 
habitantes. 

praja  (ilha  da) ,  villa  mediana  da  ilha 
Graciosa,  situada  i  beiramar,  e  voltada  a 
L.  légua  e  meia  distante  da  de  Sancta  Cruz. 

PRAU,  (geogr.)  aldeã  mediana  da  ilha  do 
FaiaJ,  sijt^fld,9i  á  beiramar  em  terreno  mui 
aprasivel,  meia  légua  ao  W.NO.  distante  da 
cidade  da  Horta. 

PRAiNA.  V.  Plq,Uia,  plana. 

PRMNg^,  (geíJjgr.)  nome  de  uns  ilheos  si^ 
tuados  ao  NWE.  da  ilha  do  Pico. 

JPÍIAINO.   V.  PlaiTM. 

PRAiNADEiRA,  s.  f.  (do  prãincL,  plano,  cha- 
to.) insecto  que  dizem  se  introduz  nascol- 
mêas,  e  que  é  morto  pelas  abelhas. 

PíiAissAS,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 3 
léguas  ao  .10.  d'Agen  :    1,600  habitantes. 

PRANCHA,  s.  f.  (do  Fr.  planche,  doLat. 
planus,  chato.)  taboa  chata,  larga  e  grossa 
para  con&tf  uif  o  icogtódo  de  navios  e  para  ou- 
\  trás  construcções  solida^,  ou  para  servir  do 
passadiço.  Correr —  d  terra,  deita  la  da  prôi 
do  barco  á  agua,  para  servir  de  ponte  aos 
qií,e  desembarcam.  —  d€ metal,  lamina.  Dar 
de-^,  .pranchada.  Pôr  a  vi4d  **<*—.  (^g  ) 
aventura-la.  ~s  ,  taboado.  —  da  espada,  <i 


PBfl 


iMP 


175 


PRANCHADA,  s.  f.  (des.  a  da.)  golpe  com 
a  prancha  da  espada.  Dar,  Itvar—s,  cas- 
tigo militar. 

PRANCHÃo,  s.  m.  augmenl.  de  prancha, 
prancha  forte,  e  grande  do  taboado. 

PRANCHAR,  V.  a.  [praucha,  da  folha  da  es- 
pada, ardes,  inf.)  dar  pranchadas  aos  sol- 
dados, castigar  com  pranchadas. 

PRANCHETA  ou  PRANCHETA,  S.  m.  diminut. 

de  prancha.  —  ,  (cirurg.)  mecha  chata  de 
fios  para  curar  feridas.  —  ,  chapa  delgada 
de  metal.  —  ,  instrumento  mathematico  de 
medir  distancias  ,  usado  nos  mappas  geo- 
graphicos. 

PRANTA.  V.  Planta. 
PRANTAR.  V.  Plantar. 
PRANTEADEiRA,  5.  f.  {prauto,  des.  eira), 
choradeira,  carpideira,  mulher  que  acompa- 
nhava os  enterros  por  certo  preço,    e  que 
ia  carpindo. 

PRANTEADO,  A,  p.  p.  dc  prantear,  adj. 
chorado,  carpido,  v.  ^f.  Morte  mui —.  Tem 
—  tão  sensivel  perda.  Hymno  mais  —que 
cantado,  recitado  em  tom  de  pranto. 

PRANTKADOR,  s,  w.  O  quB  prantca,  la- 
menta. 

PRANTEADORA.  V.  Prantcadeira. 
PRANTiAR,  V.  a.  {pranto,  ar,  des.  inf.), 
lamentar,  lastimar-se  com  pranto,  expres- 
sões de  magoa,  gemidos,  muitas  veze  sacom- 
panhados  de  lagrimas;  v.g.  —a  morte  do 
íilho,  da  esposa,  do  pai ;  —  o  morto  com 
tantas  magoas  ;  —  a  perda  do  amigo,  —se, 
V.  r.    (ani.)  lastimar-se, 

Syn.  comp.  Prantear,  cho) ar,  lamentar, 
carpir,  deplorar.  Prantear  é  soltar  vozes 
pezarosas,  ás  vezes  acompanhadas  de  1  gri- 
mas. Chorar  é  derramar  lagrimas.  Lamen- 
tar é  soltar  pranto  forte  por  successo  mui 
infausto.  Carpir  é  fazer  actos  demonstrati- 
vos de  dôr  viva,  de  magoa.  Deplorar  en- 
volve a  ideia  de  chorar,  e  applica-se  mais 
aos  actos  que  ás  pessoas,  v.  g.  deplora  a 
cegueira  das  classes  privilegiadas 

PRANTO,  s.  m.  (Lat.  planctus,  de  plan- 
go,  ere,  bater,  dar  golpes,  prantear,  (ir. 
plessô,  id.),  demonstrações  violentas  de  ma- 
goa, gemidos,  grilos,  v.g.  Rebentar  em  — 
desfeito,—  da  amargura 

pRÃo,  (ant.)  plano.  De—,  adv.,  de  pla- 
no, deveras,  claramente. 

PRASiNO,  A,  adj.  (do  Gr.  prason,  alho 
porro,  verde),  (ant.)  da  côr  de  alho  porro. 
verde. 

PRASio.  s.  m.  (Lat  prasius,  do  Gr.  pra- 
sion,  verde),  nome  de  uma  pedra  preciosa 
denominada  mãi  da  esmeralda,  ha  três  es- 
peci<^s  delia,  uma  verde,  oatra  amarellada, 
e  outra  inteiramente  amarella. 

PRASLiN,  (geogr.)  porto  natural  da  ilha 
^9»M  iitbel,  (uma  das  ilhas  4e  Saloiuão). 


PRASMAR,  V.  a.  (do  Fr.  ant.  blasmer,  ho^ 
je  blámer,  do  Lat.  blasphemare,  reprehnn- 
der),  (ant.  e  obsol.)  V.  íieprehender,  Cen;^ 
surar. 

PRASME,  s.  m.  [praz-me),  beneplácito, 
consentimento.  O  régio  — .  «  As  pessoas  eqa 
que  estava  o  —  do  casamento.  >  Cast.      '[' 

PRASMO,  s.  m.  (de  prasmar),  (ant )  cen-í 
sura,   reprehensão. 

PRASO.  V.  Prazo. 

PRATA,  s  f.  (Cast.  plata,  Fr.  plate,  bar- 
ra de  prata  ou  de  ouro  de|?ia<,  plano,  cha- 
to), metal  fino,  branco,  malleavel  de  que 
se  faz  baixella,  lâmpadas,  fivelas  e  outras 
peças.  Prata  em  barra,  apurada  e  fundi- 
da em  barras  :  —  lavrada,  obras  feitas  de 
prata.  Tela  de  prata,  de  fio  de  prata.  ». 
g.  —  amoedada  ;  —  batida  em  folhas,  ti- 
rada pela  fieira.  —  quebrada,  (fig.)  cousa 
que  nunca  perde  o  seu  valor  ainda  tendo 
soffrido  quebra.  — .  planta  cujas  folhas  of- 
ferecem  grãozinhos  brancos  como  borrifos 
de  orvalho. 

PRATA  (Províncias  Unidas  do  no  da), 
(geogr.)  ou  Republica  argentina,  um  dos 
hstados  da  America  do  Sul,  limitado  ao  N. 
pela  Bolivia,  a  E.  pelo  Brazil,  o  Paraguay, 
o  Uruguay,  ao  SE.  pelo  Occeano  Atlânti- 
co, a  O.  pelo  Chili,  ao  S.  pela  t  atagonia  ; 
1,700, OOO  habitantes.  Capital  Buenos-A.71^^. 


Compreende  os  seguintes  estados 


Estados 

Buenos  Ayres 

Entre-Rios 

Corrientes 

Sancta  Fé 

Córdova 

Santiago  dei  Estero 

Tucuman 

Salta 

Jujuy 

Catamarca 

Kioja 

S.  João 

S.  Luiz 

Mendoza 


Capitães 

Buenos  Ayres 

Baxada 

Corrientes. 

Sancta  Fé 

Córdova . 

Santiago   dei   Estero. 

Tucuman. 
Salta 

Jujuy. 
Catamarca. 

Rioja. 
S.  João. 
S.  Luiz. 
Mendoza. 


PRATA    ou    RIO    DA     PRATA,     (gCOgr.)     um 

dos  maiores  rios  da  America  do  Sul,  da 
serra  de  Mantequeira  no  Brazil,  atraves- 
sa o  Sul  desta  provinda,  separa  a  provín- 
cia de  8.  Pedro  das  de  Coyaz  e  de  Mato- 
Cirosso  ;  firma  depois  o  limite  entra  oB  ra- 
zil  e  o  Paraguay,  rega  depois  o  território 
de  Confederação  da  Prata,  recebe  á  direi- 
ta o  rio  das  Mortes,  o  Paranahyba,  o  no 
Pardo  ©  o  Ftraguay ;   i  es^wda  o  Rio 


276 


FRA 


PRA 


Verde,  o  Tietê,  o  Iguaza,  'o  mais  baixo  o 
Uraguay. 

PRATAS,  s.  f.  pi.  laminas,  peças  da  ar- 
madura antiga  para  defender  o  corpo. 

PRATEADO,  A,  f.  p.  de  pratear,  adj.  co- 
berto de  folha  de  prata  ;  (fig.)  de  eôr  e  bri- 
lho da  prata.  v.  g.  As  folhas— 5,  As  on- 
das — . 

PRATEADOR,  V.  Praieiro. 

PRATEAR,  p.  a,  [prata,  ar.  des.  inf)  co- 
brir de  folha  de  prata,  dar  a  côr  de  prata, 
(fig.)  encobrir  o  mal  cora  alguma  côr  boa 
on  pretexto  plausivel.  A  lua  praliava  as 
aguis  do  lago, 

PRATEiRo,  s.  m.  (des.  eiró),  oílicial  que 
lavra  prata,  vulgarmente  chamado  ourives 
da  prata,  expressão  iruoropria. 

PRATEL,  s.  m  dítninut,  de  prato,  prati- 
nho.  prato  pequeno.  Pi.  Pratéií.  (He  des- 
usado.) 

j^PRATELEiRA,  s.  f.  (des.  eira),  estante  de 
por  pratos,  e  frascos  da  cozinha. 

PRATELEIRO,  s.   m.  V.  Prateleira. 

PRÁTICA  ou  antes  pract'Ca,  s.  f.  (^at. 
praxis.  Gr.  praktiké],  exercício  pratico  da 
arte  ou  profissão :  —  da  medicina,  do  foro 
uso,  estjlo  pratico,  v    g.  —do  nosso  foro 

—  dos  médicos.  A  —  das  virtudes.  Pouco 
vale  a  theoriasem— .  Porem  — os  precei- 
tos theoricos  da  arte.  — ,  s.  f.  conversação 
lamiliar,  exhorlaçãD  familiar,  v.  g.  Fez  uma 

—  aos  soldados,  ao  auditório.  Trazerem  — 
alguma  cousa,  fallar  nella  em  todas  as  con- 
versações. Mett.-ir  em  — alguma  cousa,  fal- 
lar nella.  Manter  — ,  continuar  a  conversa- 
ção com  alguém. 

PRATICADO,  a,  p.  p.  de  praticar ;  adj. 
posto  em  pratica  :  conversando  ;  communi- 
cado  em  conversação  ou  exhortação  fami- 
liar. 

praticador,  s.m.  o  que  pratica,  conver- 
sador 

praticamente,  adv.  [mente  swíi.),  napra- 
ctica,  segundo  a exptriencia,  ouso,  de  mo- 
do pratico. 

praticante,  s.  m.  (des   do  p.  a.  Lat.  em 
ans,  tis),  o  que  adquire  'pratica  debaixo  da 
direcção  de  advogado,    medico,  cirurgião. 
Lente  —  de  medicina,  o  das  cadeiras  depra-l 
tica  desta  arte. 

praticar  oupracticar,  V  a.  [praticaou 
practica,  ar  des.  inf)  pôr  era  practica :  — 
*'»  9-  —  a  medicina,  a  cirurgia,  a  carida- 
de,   as  virtudes.  — .  dirigir  palavras,  dis- 


curso, exhortação  a  alguém,  c.  g.  «  para 
lhes  —  a  doutrina  christà.  »  Barros,  i, 
3>  7'  — »  ^'  *^-  conversar  em  alguma  ma- 
téria com  uma  ou  mais  pessoas,  procurar 
adquirir  practica,  v.  g.  meu  irmão  anda 
praticando  comum  célebre  advogado,  —se, 
.  r.  impessoal,  usar-se     na  praxe,    estar 


em  uso.  Assim  se  pratica  no  foro,  na  côr-j 
te,  entre  homens  de  bem,  J 

praticável,  adj.  dos  2  g.  (des.  avel), 
de  fácil  execução,  fácil  de  pôr  em  pratica. 
Meio  — . 

PRATICO  ou  PRACTico,  A,  adj.  exercitado, 
experimentado,  hábil  destro,  versado  (ho- 
mem), V.  g.—nà  navegação,  nas  linguas, 
nas  artes  úteis  ;  — da  barra,  da  costa,  que 
as  conhece  por  experiência.  — ,  praticado, 
executado.  Medicina—,  a  que  consiste  na 
applicôçào  dos  medicamentos  aos  doentes. 
Casos  — ,  que  occorrem  frequentemente  na 
praxe.  Os—s,  subst.  pessoa  que  practica, 
experientes. 

N.  B.  A  etymologia  de  Practica  e  seus 
derivados  pede  o  et,  mas  o  uso  tem  sup- 
primido  o  c  ;  todavia  creio  acertado  conser- 
vA-lo  em  practica,  s.  f.  para  odiíTerenfar 
do  verbo,  elle  pratica,  pratica  tu,  e  em 
practico,  adj.  para  o  não  confundir  com  o 
verbo  eu  pratico. 

PRATiNHO,  s.  w.  diminut.  de  prato,  pe- 
queno prato  ;  (fig.)  guinado  delicado,  v.  g. 
Fazer  — de  alguém.  (íig.)  a  jocoso,  diver- 
tir-se  á  custa  d'elle,  debicar  ntdle. 

PRATO,  s.  m.  (Fr.  plat,  chato,  e  prato), 
peça,  mais  ou  menos  cova  de  louça,  metal 
ou  madeira  sobre  que  se  servem  iguarias 
na  mesa;—,  (p.  us.)  bacia.  0.  ^r, —  dedar 
agua  ás  mãos;  (fig.)  guisado,  vianda,  igua- 
rias que  se  servem  em  pratos  na  mesa  ;  — , 
sustento,  comida,  v.g.  Ter  —certo.  Orei 
lhe  dá  uma  moeda  por  dia  para  — .  Fazer 
—  de  alguma  cousa,  (loc.  farail),  propô- 
la  na  conversação  para  modelo.  — ,  peça 
de  madeira  sobre  que  os  bombeiros  assen- 
tam os  paneiros  para  nestes  fazer  mais  im- 
pressão a  pólvora  do  pedreiro. 

PRATS,  (geogr.)  cidade  murada  de  Tos- 
cana, a  4  léguas  ao  iNE.  de  Florença;  1,000 
habitantes. 

PRATS  DE  MOLLO  OU  PRATS  DE  MOSLLON, 

(geogr.)  cidade    de    França,    a  6  léguas  ao 
SO.  de  Ceret;  5,000  habitantes. 

PRATT,  (hist )  escriptor  inglez,  nasceu  em 
i7i9,  morreu  em  i8i4.  Escreveu:  Pensa- 
mentos livres  sobre  o  homem, ;  Historia  de 
Benignus,  etc. 

PRAiiso.   V.  liauso. 

PRAUTOY.  (geogr.)  villa  do  França,  a  5 
léguas  de  Langres ;    760  habitantes. 

pRAVADi,  (geogr  )  cidade  da  Turquia  eu- 
ropea,  capital  de  livah,  a  25  léguas  ao  SE. 
de    Silistria. 

PRAVIDADE,  s  f.  (Lat.  pravitas,  tis),  mal- 
dade moral,  depravação. 

PRAVO,  A,  rdj.  (Lat.  praous,  torto,  máu.),, 
(p.  us.)  máu,  perverso,  malvado.  V.  De-^ 
pravado. 

PRAXí,-5,  /,  {liX^  praxis.  V.  Practica.^? 


PhA 


PRfi 


m 


DMotic».  execuçso  delheori».  A-^jadicM.  1  pra«r,  assim  lambem  rfeVí;  mdícaomaior' 
piabiK.a.  oA^     V  "  /  df.br. ui  O  nrazer  lavado  ao  seu  ei- 


iorense  ;  —da  medicina. 

PRAXi    V.  Praxe.  , 

PRAXiSTA.  s.  w».  (des.  ista.)  jurisconsul- 
to que  ensina  a  praxe  do  foro. 

PRAXITELES,  (hist.)  celebro  escuiptor  gre- 
go,   nasceu   no   anno   360  antes  de  Jesu- 
Christo.    morreu  em  280,    exerceu    a    sua 
arte  em  Athenas.  Os  seus   primores   d'arte 
eram   o   Cupido   de  Thebas,    a    Vénus   de 
Gnido,  o  Satyro    d'Athenas. 
PRAYA.  V.  Praia. 
PRAZ.  V.  Prazer,  verbo. 
PRAZADO,  (ant.)  V.  Emprazado. 
PRAZENTE,  adj.  dos'Íg.[&nl.)\.Ápraxi- 
rf/,  Agradável. 

PRAZENTEAR.  V.  Lisougcar. 
PRAZENTEIRAMENTE,  adv.  [mente  suíl.)  de 
maneira 
agradar  a  alguém. 

PRAZENTEIRO,  A,  aàj .  (V.  Prazcr,  5.  m.) 
alegre,  festivo,  amigo  dos  divertimentos,  fol- 
gazão. —  no  fallar.  Cara  —  ,  que  mostra 
agrado,  atT^ivel.  Mulher— .Visía—,  aprazível. 
PRAZENTEO,  s.  wi.  V.  Lisofija. 
PRAZER,  s.  m.  (Fr.  plaisir,  do  Lai.  pla- 
ceo,  ere,    agradar.)  gosto,  satisfação,  gozo, 
contentamento.   Os  prazeres  sensuaes,  ho- 
nestos,   do   espirito,    sensações  agradáveis, 
aprazíveis.  Prazeres  públicos,  festas,  func- 
ções,  divertimentos.    Tomar  —  cm  alguma 
cousa,    gozar,    receber  gosto  delia.  Metter 
cm  — ,  fazer  alegrar.  Casa,  quinta  de  —■,  de 
recreio. 


gráo  de  delicia  o  prazer  levado  ao  seu  ei- 
l  'erao,  de  que  já  não  se  podo  passar. 

Ua  prazeres  espirituacs  e  sensuaes,  ho- 
nestos e  defesos.  A   intelligencia  cultivada, 
a  instrucção  variada,   os   sentimentos   no- 
bres do  coração,  a  pratica   de  acções  vir- 
tuosas ;  a  saúde  vigorosa,  a  juvinil  idade, 
a  posse  de  riquezas,  uma  vida  ditosa,  são 
fontes  de  muitos  e  variados  prazeres  ;  que 
só  serão    reprehensiveis  quando    deixarem 
de  ser  honestos.   A  idéa   de  delicia  indica 
cousa   mais  voluptuosa,    mjiis   duradoura, 
mais  fixa  no  prazer  material ;   adhere   or- 
dinariamente a  um  só  objecto,  e  permane- 
ce mais  tempo  nelle,  por  isso  dizia   Vieira 
que  «  Esau  era  as   delicias   da    velhice  de 
Isaac  (I,  531).  »  A  palavra  deleite   designa 


sr  a.g;;eo\rx  =  a  proé.^^!.—»^ A',,rS;  ^s. 


deleitações  sensuaes  ;  pelo  que  se  olha  com- 
mummente  o  deleite  como  um  defeito,  um 
vicio,  que  a  boa  moral  reprova,  um  abuso 
dos  praz-írcj  sensuaes,  um  abandono  a 
violentas  e  torpes  paixões,  uma  inquieta-  . 
çno  e  desassossego  de  animo  a  que  nenhum .  - 
gozo  satisfaz  por  novo  e  esquisito  que 
seja. 

PRAZERES,  (geogrl)  aldeia  da  ilha  da  Ma-., 
deira,  pertencente  ao  concelho  da  Calheta;,:, 
1,877  habitantes.  ;, 

PRAZIMENTO.  V.  Consentimcnto,  Prasme. 

PRAZMO.  V.  Prasmo,  ^ 

PRAZO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  plesse  ou  pies- 


ri°'r  a  •,«  _?l  Ôr7dv^»m    «».  .apada,  jardim  cercado  de  vallados, cer- .j 


w 


toda  a  satisfação.  — ,  v.  a.  ou  n.  irregular 
(Lat.  placeo,  ere,  de  lacio,  ere,  enlaçar,  at- 
trair.)  aprazer,  agradar,  ser  de  gosto  Pro- 
sem Deus.  Prazendo  a  Deus.  Se  a  Deus 
prouver.  Prouve  a  El -Rei.  Disse  que  lhe  pra- 
zia.  Prouvera,  prouvesse  a  Deus.  Praz , 
.'ant.)  era  exclamação  com  que  se  marcava 
a  alguém  que  repetisse  o  que  tinha  dito  e 
..•ue  se  não  linha  ouvido  dislinctamente.  Vem 
do  Francez  plait-il,  usado  no  mesmo  sen- 
tido. 

SvN.  comp.  Prazer,  delicia,  deleite,  são 
estes  os  principaes  sentimentos  jucundos  do 
homem  ;  cons^idera-se  o  prazer  como  gé- 
nero, e  os  outros  como  espécies. 

Prazer  ó  tudo  que  praz,  contenta,  dá 
gosto,  excita  nossa  complacência,  satisfa- 
ção, recreio  sem  que  o  perturbe  nenhum 
dissabor  nem  desgosto,  pois  do  contrario  o 
prazer  não  seria  nem  puro,  nem  verdadei- 
ro, senão  uma  falsa  imagem  d'elle. 

Delicia  significa  um  maior  gráo  de  pra- 
zer, um  sentimento  jucundo  mais  forte ; 
poiêm  mais  limitado  em  quanto  aseu  ob- 
jecto, pois  propriamente  só  vem  a  abraçar 
a  sensação. 

Assim  como  delicia  indica  maior  grau  de 

YOL.    IV. 


ca,  em  B.  Lat.  plessa,  ou  de  praiau,  praiaux,  g 
praioz,  prado.)  terreno  que  o  dono  afora  ou 
dá  de  emphyteose  a  outrem  para  que  este 
goz3  do  domínio  ntil,  em  vida  ou  vidas,  ou  , 
em  fateosim,  com  certas  condições.  — de  li- 
vre  nomeação,  que  o  actual  possuidor  pôde,  ^ 
por  testamento,  deixar  a  quem  quizer.  — s  ., 
desaforados,  que  não  pagam  foro  ou  pensão 


annual.  «  Os  reis  de  Portugal  e  Caitella  en- 
tenderam metter  as  Molucas  cada  uma  em  seu  ,, 
— .»  Lucena,  isto  é,  incluir  nos  seus  do-;j_^ 
minios.  Esta  expressão  figurada  vem  do  sen- 
tido primitivo  do  termo  prazo,  cerca,  pro-  ,j 
priedade  rural  murada  ou  cercada  de  valia - 
jos.  — ,  (fig  )  tempo  determinado,  limitado».^ 
dentro  do  qual  se  deve  fazer,  ou  verificar  ; 
alguma  cousa,  época  determinada.  «  Os  dias  ., 
e  — í  da  minha  vida.  »  Arraes.  «  Pediu  de— 
três  dias  para  deliberar.  »  Vieira.  Encurtar 
ou  alargar  o  —,  prorogar,  retardar.  Pagar 
a—s,   em  épocas  fixas,  determinadas,  em 
pagamentos  successivos. 

PRÉ,  s.  m.  (Fr,  prêt,  do  l&i.  proses  ta  t%o, 

prestação.)  soldo,    paga  diária  do  soldado. 
PRÉ,  partícula  inseparável  prepositiva  que 

entra  na  composição  de   muitas  palavras ; 

denota  situação  anterior  no  espaço  e  no  tem- 

70 


53 


m 


PKE 


po,  eminência,  e  íig.  primazia,  excellencif», 
V.  g.  precipicio,  presagio,  preeminência  , 
prepôr,  preclaro.  Vena  da  prep.  Lat.  prce. 
que  creio  derivada  do  tgypcio  pi  ro  ou  pi 
hera  ,  a  face.  O  Gr.  pro  é  evidenlementc 
contracção  do  Kgypcio  pi  ro,  a  boca,  a  fa- 
ce, o  roito. 

PREÁ,  s.  f:  (Fr.  pro/e.)  presa.  O  lobo  sol- 
ta a  —.  «  llispanha  era  feita  —  de  quantos 
a  queriam  occiípar.  »  Leão,  Descrip.  V. 
Presa. 

PBEA,  s.  m.  (t.  Brasil.)  o  animal  marsu- 
pial  denominado  geralmente /iaw</Mrú,  cuja 
fêmea  tem  ura  bolso  na  barriga  onde 'reco- 
lhe e  leva  os  filhinhos. 
^  TREADAMiSMO,  (hist.)  opinlão  sustcntada 
no  meado  do  XVIÍ  século  por  Isaac  de  La 
Peyrere,  calvinista,  em  um  livro  intitulado, 
Praeadamitffi.  Negava  que  Adão  losse  o  pri- 
meiro homem,  que  aíTirmava  e  só  era  o 
tronco  do  povo  hebreo,  mas  que  antes 
delle  já  a  terra  estava  habitada  pela  raça 
humana. 

PRE-Aux-CLERES,  ígcogr.)  Era  Msim  cha- 
mado na  idade  media  um  campo  próximo 
a  Paris,  e  que  se  estendia  pela  margem  es- 
'  querda  do  Sena,  desde  a  Torre  de  Nesle  , 
em  todo  o  espaço  occupado  hoje  pelo  ar- 
rabalde de  S.  Germano  ;  foi  assim  chama- 
do por  ser  o  lugar  de  passeio  dos  estu- 
dantes [deres],  da  Universidade. 

PRECHAC,  (geogr  )  villa  de  França,  a  3 
leguasaoSO.de  Tarts ;  5.0  habitantes. 

PRECHEUR,  (geogr.)  villa   e   parochia    da  ' 
Martinica,  a  3  léguas  ao  NO.  de  S.  Pedro  • 
3,500  habitantes. 

PREALLEGADO,  A.  adj .  alíegado,  citado  an- 
tes ou  acima  no  mesn.0  discurso,  arrasoado, 
ou  capitulo  de  livro. 

PREAMAR  ,  s.  m.  (contracção  de  praia  e 
mar]  o  auge  da  maré  cheia,  quando  a  praia 
está  coberta  de  agua. 

PREAMBULAR,  V.  a.  (pre,  e  Lat.  ambulo, 
are,  passear,  andar.)  fazer  preambulo,  oíTe- 
recer  em  forma  de  preambulo,  fazer  prece- 
der. 

PREAMBULO,  *.  m.  prefacio,  exórdio,  in- 
troducção,  discurso  preliminar. 

PREAR  ,  V.  a.  (do  Lat.  proedo ,  are  ,  de 
proeda,  presa.)  (p.  us.)  apresar,  í;.  ^. —na- 
vios. —  homens,  na  guerra,  —uma  nação, 
cativa-la.  — ,  em  sentido  abs.  fazer  presa  , 
saciar-se.  Aves,  tigres  que  vem  — . 

PREBENDA,  s.  f.  (i.at.  proibeuda,  áeproe- 
beo,  ere,  dar,  composto  deprcB  e  habeo,  ere, 
ter,  possuir)  canonicato.  renda  do  canoni- 
cato,  beneficio  ecclesiaslico. 

PREBENDADO,  A,  ttdj.  6  s.  m.  O  que  gosa 
de  prebenda.  se. 

PREBENDARIA,  s.  f.  (des.  om.)  officio  ds 
prebendeiro. 


^   •  PRE 

PREBENDEiBO,  s.  m.  (dcs.  eiro.]  rendeiff 
que  arremata  rendas  de  bispados,  commu- 
nidadcs,  canonicatos. 

PREBOSTE,  s.  m.  (Fr  prevót,  do  Lat.  proe- 
posilus.]  oíTicial  militar  encarregado  de  pren- 
der os  desertores  ;  hoje  é  o  executor  de  alta 
justiça  nos  regimentos. 

pnECAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  precatio,  onis,  de 
prcor,  ari,  rogar.)  rogativa.  — ,  fant.)  co- 
lheita. «Podia  El-Rei  receber  as  precações, 
que  vulgarmente  chamam  colheitas  nas  igre- 
jas cathedraes  e  mosteiros.  »  Mon.  Lusit. 

PRECALÇAR.  V.  PcTcalçar,  Lucrar,  Ga- 
nhar. 

PRECALço.  V.  Percalço. 

PBECARiAMENTE,  adv.  (mente  suí(.]  de  uio- 
do  precário. 

PRECÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  precarius,  con- 
cedido a  rogos  de  alguém,  de  precor,  ari, 
rogar.)  possuído  como  mercê,  que  se  pôde 
revogar.  Posse  — .  Paz  — ,  não  solida.  Os 
bens  da  fortuna  são  —s. 

PRECATADAMENTE,  adv.  {mcute  suff.)  por 
precaução  ;  com  precaução ,  com  cautela. 

PRECATADO,  A,  p.  p.  de  precatar;  adj. 
acautelado,  prevenido.  Homem—,  cauto. 

PRECATAR,  V.  a.  [pre  preí  ,  cauto,  ar  des. 
ínf.)  acautelar,  prevenir  alguém  de  perigo 
que  ameaça,  ou  de  sucesso  antecipado; 
precaver,  v.  g.  —  damno,  risco,  accidente. 

—  SE,  V.  r.  acautelar-se,  precaver-se,  v.g. 

—  de  mal  que  pôde  vir,  —  das  ciladas,  dos 
erros.  Quando  nos  precatámos  era  noite  , 
quando  advertimos.  «Quando  nosnãojore- 
catamos  somos  na  velhice.  »  Eufr.,  isto  é, 
chegamos  á  velhice  insensivelmente. 

PRECATO,  s.  m.  (ant  )   V.  Precaução. 

PRECAroRiA,  s.  f.  carta  precatória.  V,  Pre- 
catório. 

PRECATÓRIO.  A,  adj.  (do  Lat.  precator,  quo 
pede,  roga.)  que  pede,  roga.  Carta—,  era 
que  o  juiz  pede  a  outro  magistrado  a  sen- 
tença, ou  que  faça  alguma  dihgencia  judi- 
cial. 

PRECAUÇÃO,  s.  f.  (Lat.  procautio,  onis.] 
cuidado,  cautella  antecipada  para  obviar  al- 
gum perigo,  damno,  risco,  precaver  dam- 
no, embaraço,  inconveniente.  Usar  de—; 
tomar  precauções. 

PBECAUTELADo,  V.  Prccatado,  Acautela- 
do. 

PRECAUTELAR,  V.  Precatar,  Acautelar; 
Precaver. 

PBECAUTORio.  V.  Pcrscceivativo. 

PRECAVER,  V.  a.  (Lat  pracaveo,  ere,  prn 
ecaveo,  ere,  acautelar,  prevenir),  acautelar, 
prevenir,  anlipar-se  em  obviar  o  mal,  o  pe- 
rigo, risco,  damno.  —se,  v.  r.  acautelar- 


íirjv  o. 


:*LUL 


PRECAVIDO,   A,   p.  p.   de   precaver,  adj. 
acautelado,  prevenido,  precatado. 


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PRE 


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PREÇÀR.  V.  Prexar. 

PRECEDÊNCIA,  s.  f,  )de  prcceder,  des.  en- 
cia),  cousa  qae  precede  outra  ;  o  aclo  de 
preceder  ;  direito  de  preceder  a  alguém. 

PRKCKDBNTE,  adj .  dos  1  g.  (Lat.  pnsce- 
dens,  tis,  p.  a.  de  prcecedo,  ere,  preceder), 
que  precede  i-nmediatamenle,  em  tempo  ou 
em  ordem,  s^rie.  O  dia,  o  capitulo  —.Os—s 
oradores. 

PRECEDER,  V.  a.  (Lat.  proecedo,  ere,  prm,  e 
cedo,  ere,  sahir  de  uai  lugar),  ir  adiante. 
Os  antigos  usavam  da  preposição  a,  pospos- 
ta ao  verbo,  v.  g.  precedia àloáos  o  arau- 
to, k  A  matutina  luz  que  ao  sol  precede.  » 
Canaões.  Hoje  dizemos  sem  preposição  ;  os 
symptomas  que  precedem  a  crise  ;  os  signaes 
que  annuQCiam  e  precedem  a  tormenta.  — , 
exceder,  avantajar-se  :  edifícios  tão  grandes 
e  maravilhosos  que  precedem  ás  obras  de  ar- 
chíctura  dos  gregrse  romanos.»  Barros,  r,  i, 
2. — ,  embelleza,  riqueza,  virtude  a  alguém. 
«  Só  no  nome  e  na  coroa  o  precedia  o  rei  » 
Vieira.  — ,  em  sentido  n.  avantajar-se,  ter 
precedência  na  graduação.  Os  duques  pre- 
cediam aos  marquezes.  «  Diante  de  Deos  não 
—  o  rei  ao  villào.  »  Vieira.  «  P>am  navios 
de  vela  e  remo,  e  em  tudo  precediam ;  os 
nossos  não  lhe  podiam  fazer  damno,  »  Bar- 
ros, i,  3,  1. 

PRECEDiMENTO,  s.  IH.  V.  Precedcncia. 

PRECEiTivo,  A,  adj.  V.  Perceptivo. 

PRECEITO,  s.  m.  (Lat,  proeceptum),  man- 
damento ordem  superior  ;  regra  moral,  ou 
de  artes,  sciencias. 

PRECEiTOR.  V.  Preceptor. 

PRECEiTORíA.  V.  Preccptoría 

PRECEITUADO,  A, p.p.  de preccituar,  adj. 
dado  como  preceito,  v.  g.  doutrina — ,  — 
a  que  se  impoz  preceito,  v  g.  discípulo  — 
pelo  mestre. 

PRECEITUAR,  V,  a.  (prcceito.  ar,  des.  inf.) 
dar  ou  impor  preceito. 
f   PRECEPTiVELMENTE,  ado.  (mcníesuíT  ),  por 
preceito,  por  mandado. 

PRECEPTIVO,  A,  adj.  (Lat,  proeceptivus) 
que  encerra  preceitos,  doutrinal. 

PRECEPTOR,  s.  m.  (Lat.),  mestre,  aio.  An- 
tigamente dava-se  o  n©me  áe  preceptores  aos 
mestres  das  ordens  militares,  e  de  precepto- 
res primários  aos  grnn- mestres. 

PRECEPTORiA,  *.  /.  (dcs.  ia),  prebenda  ap- 
plicada  para  os  magistrados  ou  lentes  das 
sés  6  da  universidade.  — s,  (ant.)  commen- 
das  paraoscavalleiros  da  ordem  de  Christo, 
que  em  Africa  miUtassem  por  dois  annos  á 
sua  custa. 

PRECEPTORiAL,  adj.  (des,  do  adj.  ai),  de 
preceptoria.  v.  g.  l^rebenda,  beneficio  — . 
Rendas  — s. 

PRECES,  5.  f.  pi.  (do  Lat.  precor,  ri,  ro- 
(ar),  rogativas,  sapplicas  a  Deos  por  cala- 


midade publica;  — ,  breves responsorios  de 
breviário. 

PRECESSÃO,  s.  f.  (Lat.  prcecessio,  onis), 
o  preceder,  ou  ir  diante:  —  dos equinoxios^ 
movimento  anlicipadoe  retrogrado  dos  pon- 
tos equinoxiaes,  que  equivale  a  um  gráo 
em  perto  de  72  annos. 

puecha.  V.  Percha. 

PHEciADO.  V.  Prezado. 

PRECiKNCfA.  V.  Presciência. 

PRECINTA,  s.  f.  [pre,  e  cinta),  faixa  de. 
cingir  e  reatar,  v.  g.  — s,  que  seguram  o-i 
colxão  ao  leito;  (fig.)  — s  de  ferro  de  co.-< 
bre, — de  cal, a  cal  que  liga  uma  lage  á  outra. . 

PRECiNTADO,  A,  p.  p.  de  precintar  ;  adj,-. 
cingido  com  faixa  ;  (íig.)  donzella  —  de  cas-'. 
tidade,  defendida,  fortalecida, 

PRECINTAR,  V.  a  {precinta^  ar  des,  inf) 
reatar  com  faixa  ou  precinta.  —  oscoffres. 

PRECINTO,  s.  m.  {pre,  e  cinto)  recinto,  eiPi^ 
cuito. 

PRECIOSAMENTE,  ttdo.  {mente  suff.)  cuato-i 
sa,  ricamente. 

PRECIOSIDADE,  s   f.  {áes.  idade)  qualidadai 
preciosa,    summo  valor  de    alguma  cousa  ; 
(fig.)  cousa  preciosa,  de  grande  valor.  A  — 
da  saúde. — s,  pi.  cousas  preciosas,  de  gran- 
de preço. 

PRECiosrssmo,  a,  adj,superl.  de  precioso, 
de  summo  preço,  valor,  v.g.  thesouro  — , 
sangue  — , 

PRECIOSO,  A,  adj.  (Lat.  pretiosus,  de  pre- 
tium,  preço)  de  preço,  de  grande  valor,  de 
grande  custo.  Pedra  — ,  tina  e  de  grande  pre- 
ço. Os — s  restos  da  antiguidade  egypcia.  Os 
—s  dons  da  natureza. 

PRECIPÍCIO,  s.  m.  ('Lat.  prcecipitium)  des- 
penhadeiro, lugar  alto  e  alcantilado  d'onde 
é  fácil  cair  ;(6g.)  caída  arrebatada  dequem 
se  despenha  ;  mina,  ex,  «  Parar  o  —  da  on- 
da decumana,  »  o  Ímpeto.  Vieira.  Estarna 
borda  do — ,  (fig.)  exposto  a  perigo,  a  ruina 
imminente. 

PRECIPITAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  jircccipitaíio, 
onis)  movimento  precipitado  ;  (ÍJg.)  acto  in- 
considerado, arrebatado.  Obrar  com — ,  ar- 
rebatadamente. — ,  (chim.)  o  precipitado  que 
se  faz  em  uma  dissolução. 

PRECIPITADAMENTE,  adv.  (mente suíf .)  com 
precipitação. 

PRECIPITADÍSSIMO,  A,  aój.  suptrl  de  pre- 
cipitação. 

PRECIPITADO,  A,  p,p.  de  precipitar  ;  adj. 
despenhado,  que  se  precipitou  ;  que  preci- 
pitou. Foi  —  do  alto  pico.  Tinha  —  a  parti- 
da. Homem  — ,  inconsiderado,  assomado, 
que  obra  com  precipitação.  — ,  (chim,)  de- 
posto de  uma  dissolução, 

PRECIPITADO,  s.  m.  substancia  precipita- 
da de  uma  dissolução.  —  rubro ^  branco, 
preparações  de  azougue. 

70  ♦ 


280 


PM 


PM 


■^'ttRECiPiTANiE,  s.  w.  (Lat.  prcBcipitanè,  tis, 
p.&  deprcecipilio,  are.)  (chim.)  corpo  que 
tem  a  propriedade  de  precipitar  outra  sub- 
stancia do  fluido  em  que  está  dissolvida. 

PRECIPITAR,  V.  a.  (Lat.  prcBcipitio,  are  ; 
prcB,  e  caput,  tis,  caleça)  despenhar,  lan- 
çar deprecipicio  abaixo,  v.  g.  —  da  rocha 
Trapeia.  — ,  (fig.)  arrojar,  pôr  em  obra  ar- 
rojadamente ,  com  precipitaçiio,  v.  g.  —  a 
empreza,  a  fugida,  a  partida,  a  resolução. 
— SE,  V.  r.  arrojar-se,  arremessar-se,  lan- 
çar-se  com  impeto,  despenhar-se  ;  (íig.)  bus- 
car temerariamenle  a  sua  ruina,  v.  g.  —  á 
perdição,  —  em  um  abysmo  de  males.  —  , 
cair,  apressar-se.  «  Quando  o  sol  precipi- 
tava a  esconder-se  no  oceano.  » 

PRECIPITE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  prceceps  , 
itis.)  arrojado,  despenhado  ;  accelerado. 

PRECiPiTOSo,  A.  adj.  (des.  oso.)  onde  ha 

precipícios ,  da   forma  de  precipicio,  v.  g. 

^      montes,  caminhos  —  ;  (íig.)  arrojado,  ac- 

'*'    celerado,  que  tenta  emprezas  arriscadas  com 

precipitação,  assomado  ;  feito  com  precipi- 

'  tacão,  V.  g.  partido,  lance — . 

PRECiPUAMENTE  ,  odv.  [mcntô  suff.)  (jur.) 
com  direito  ao  precípuo.  Tirar  ,  receber , 
herdar — ,  tirando  do  monte  ou  da  terça  a 
parte  reservada  ao  precípuo. 

precípuo,  a,  ac?;.  (Lat.  príBcipuu5,  selec- 
to, escolhido,  principal,  áe  proecipere:  proe, 
e  capere,  tomar.)  (jur.)  o  que  o  herdeiro 
não  é  obrigado  a  trazer  á  coUação  quando 
tem  coherdeiros.  Bens  — s ,  parte  —  ,  ou 
subst. :  o  — ,  a  — ,  a  porção  da  herança  re- 
servada pelo  testador  a  um  dos  herdeiros, 
ou  de  alguém  que  não  tem  direito  á  legi- 
tima. 

precisado,  a,  p.  p.  de  precisar,  adj  de 
que  se  hade  precisar ;  necessitado. 

PRtciSAMENTE,  adc.  [mente  suíí.)  por  for- 
ça, de  necessidade  ;  — ,  com  exacçào,  pre- 
cisão, de  modo  exacto,  preciso. 

PRECISÃO,  s.  f.  (Lat.  prcecisio,  onis,  de 
proeciderô',  prqe,  eccBJere,  cortar),  concisão, 
exactidão,  (llg.)  necessidade  urgente,  v.  g. 
Expor  uma  matéria  com — ,  exacta  concisão. 
Ter  —  de  alguma  cousa,  sentira  falta,  apri- 
vação  d'ella. 

Syn.  comp.  Precisão,  abstracção.  Preci- 
são é  uma  operação  do  entendimento,  que 
consiste  em  considerar  uma  cousa  de  per 
si,  sem  attender  áquellas  a  que  anda  uni- 
da, ou  com  que  tem  relação.  Abstracção  é 
uma  operação  similhante  a  esta,  que  con- 
siste em  considerar  n'uma  cousa  um  só 
altributo  sem  attender  aos  outros  que  tem. 

PRECISAR,  V.  n.  ter  precisão,  carecer,  sen- 
tir falta  de  alguma  cousa.  v.  g.  O  doente 
precisa  de  descanço.  A  esquadra  precisa  de 
marinheiros.  — ,  exigir,  v.  g.  o  negocio 
precisa  grande  attençào,  prudência,  — ,  (p. 


us.)  por  nâ  necessidade. —SI,   haver  neces- 
sidade. Precisa-se  muito  segredo. 

PRECISO,  A,  adj.  (Lat.  proecisus,  cortado, 
mutilado,  conciso.)  rigorosamente  exacto, 
V.  g.  em  termos  — s.  «  Conceito  —  de  mãi.» 
Vieira.  — ,  (fig.)  certo,  determinado,  limi- 
tado, V.  g.  tempo — ,  que  não  admitte  de- 
mora, dilação  Ordens  — s,  formaes,  positi- 
vas. — .  necessário,  forçoso.  E  —  moderar 
as  nossas  paixões,  soífrer  com  paciência  os 
nossos  males.  O  —  sustento. 

Syn.  como.  Preciso,  succinto,  conciso  ; 
precisão,  concisão.  Preciso  indica  o  queé 
necessário  n'uma  cousa,  sem  nada  de  su^)) 
perfluo.  Succinto  designa  o  que  é  breve  e 
compendioso.  Consiso  exprime  a  concisão 
com  que  se  diz  ou  escreve  alguma  cou- 
sa. 

Preciso  e  succinto  dizem-se  ordinaria- 
mente do  discurso  ou  composição  liftera- 
ria ;  e  conciso,  do  estylo  e  da  expressão  de 
quem  diz  ou  escreve,  É  preciso  o  discurso 
quando  nelle  domina  a  precisão,  e  se  cor- 
ta tudo  que  é  estranha  ao  assumpto  que 
se  trata.  É  succinto  o  discurso  quando  nel- 
le só  entram  as  idéas  principaes,  e  se  tra- 
tam compendiosamente  e  sem  prolixidade. 
Conciso  é  o  estylo  quando  a  obra  não  está 
sobrecarregada  de  pensamentos  não  neces- 
sários, e  quando  no  discurso  só  se  empre- 
gara os  termos  mais  próprios  e  significati- 
vos, excluindo  toda  a  diííusão  e  redundân- 
cia. Concisa  é  a  expressão  que  presenta 
exactamente  a  idéa  que  desejamos  com- 
municar ,  e  alem  d'isso  a  enuncia  com 
áquellas  pallavras  que  sejam  necessárias 
para  sua  cabal  intelligencía. 

Ainda  que  alguns   hajam    confundido   a., 
precisão  com  a  concisão  nas  expressões,  são  b 
com  tudo  cousas  absolutamente   distinctaSí^q 
Ambas   estas  palavras,  como  derivadas  dos 
verbos  latinos  prceddere  e  considere,  com- 
postos de  ccedo,  convém  na  idéa  fundamen- 
tal de  cortar ;  porem  cada  uma  d'ellas  in- 
dica diversa  espécie  de  cortadura,  se  assim 
nos  podemos  explicar.  A  precisão  querdi-rp 
zer  que  escolheo  o  termo  que  melhor  deter- 
mina o  objecto,  o   circumscreve,  o  corta  e 
separa  de  outros  com  que  podéra  confun- 
dir-se.  A  consisão  significa  que  a  txpressão 
não  contém  mais  signaes  que  os   necessá- 
rios para  represental-a  ,  ainda   que    estes 
por  outra  parto  sejam  por   ventura    vagos, 
isto  é  tanta  verdade,  qne  ás  vezes  a  expres- 
são mais  concisa  é  também   a  mais   vaga ; 
e  ao  contrario,  as    demasiadamente  preci- 
sas e   circumstanciadas   costumam  ser   por 
isso  mesmo   redundantes.   Um    exemplo   o  ^ 
demonstrará.    Se  fallando  do  triumpho  dosííi 
Romanos   disséssemos  que   o   triumphador 
ia  n'um  magnifico  carro,  ele.,  e  levava  wwmIí^ 


^; 


fKC 


nw 


m 


cousa  na  cabeça ;  a  expressão  nJo  podia 
ser  mais  concisa,  porem  tampouco  mais  vaga. 
Se  disséssemos  que  levava  uma  coroa,  ha- 
veria igual  concisão  ;  porem  ainda  não  ha 
precição  necessária,  porque  não  dizendo  de 
que  era  a  coroa,  não  se  sabia  se  era  de 
ouro,  de  prata,  de  louro,  de  oliveira  ou 
d*outra  matéria.  Se  disséssemos,  uma  corda 
de  louro,  a  expressão  seria  bastante  pre- 
cisa, e  ainda  qne  não  tara  concisa  como  as 
anteriores,  não  chegaria  a  ser  redtmdante. 
Se,  querendo  explicar-nos  com  nimia  exac- 
tidão, disséssemos  «  uma  coroa  formada  de 
ramos  de  louro  entretecidos  uns  com  ou- 
tros, »  a  expressão  nada  teria  de  vaga  e 
genérica  porem  seria  já  algum  tanlo  re- 
dundante ,  porque  a  não  ser  um  meni- 
no, todos,  ao  ler  coroa  de  louro,  com- 
preendem que  era  formada  com  os  ramos 
fleiiveis  d'aquella   planta. 

Syn.  comp.  Preciso  {é),  mister.  O  que  é 
mister  pôde  pender  de  nossa  vontade,  por 
t'xigíl-0  puramente  nossa  utilUdade  ou  con- 
veniência ;  porem  o  que  é  preciso  nunca 
pende  de  nossa  vontade,  porque  o  eiige  a 
obrigação  ou  a  necessidade.  Para  ir  de  Lis- 
boa a  Cacilhas  é  preciso  passar  o  Tejo.  É 
wister  levar  com  paciência,  os  trabalhos  e 
incommodos  d'esta  vida.  E  preciso  comer 
para  viver ;  é  mister  guizar  os  alimentos 
para  que  nos  saibam  bem. 

PRRCITO,  s.  m.  (do  iat.  prcscitum,  sup. 
de  prcescio,  ire.  ter  presciência.)  (theol.)  ré- 
probo ,  condemnado  átS, penas  do  inferno. 
Vieira.  o    'o.  . 

PRiCLARissiMO  ,  A,  adj.  supcrl.  de  pre- 
claro. 

PRECLARO,  A,  adj.  (Lat.  prcBclarus.)  mui- 
to illustre,  brilhante,  formoso,  bello. — mé- 
rito. Fama,  victoria — . 

PRECOCE,  adj.  dos  ^  g .  [LSit.  proecox ,  ocis; 
fTcSy  e  coquo,  ere,  cozer,  maturar.)  tempo- 
?ão,  que  amadurece  cedo.  Fructos  — s.  Ta- 
lento, engenho  —  ,  (fig.)  que  se  manifesta 
«m  tenros  annos,   antes  da  idade  própria. 

PRECOCIDADE,  s.  f.  (Lat.  prcBcocitas,  tis.) 
auaturação  antes  da  estação  própria  ;  (fig.) 
desenvolvimento  de  qualidades  moraes  au- 
tos da  idade  própria. 

PRECOGNiTO,  A,  ttdj.  (do  Lat.  proB,  e  co- 
^nitus,  conhecido.)  sabido,  conhecido  com 
íintecipação. 

PRECONisAçÃo,  s.  f.  na  cúria  romana,  de- 
nominação que  faz  o  cardeal  protector,  de 
que  no  seguinte  consistório  proporá  para 
bispo  sujeito  cujas  qualidades  elogia  e  pre- 
conisa. 

PRBComsADo,  k,  p,  p.depreconisar;  ad;. 
apregoado,  celebrado. 

PREcoNisADOR,  5,  fi^.  0  que  celebra.  —  , 
^egoeiro. 

▼01.   IT. 


PRECÓW19AR ,  V.  a.  (do  Lat  praconium, 
pregão.)  apregoar  louvando,  celebrar,  elo- 
giar. —  alguém,  fazer  delle  pomposo  elo- 
gio. 

PRECOP  «u  ORKOup,  (geogr.)  cidade  da 
Servia,  a  10  legoas  ao  SE.  deKruchovatZij, 
6,000  habitantes. 

PRECORRKR,  V.  tt.  OU  u.  cofrer  diante. 

PREÇO,  s.  m.  (Lat.  pretium,  cujo  radi- 
cal não  encontro  em  nenhum  etymologista. 
Creio  que  vem  de  proe,  diante,  e  Gr.  tiâ, 
avaliar,  pagar.)  valor  de  objecto  exigido  pe- 
lo vendedor,  ou  dado  pelo  compra  lor,  cus- 
to. —  commodo,  honesto,  razoável,  alto,  ca- 
ro, subido;  —  corrente,  médio.  Tratar  do 
— ,  estar  em  — ,  ajustar-se  sobre  o  preço. 
Abrir — ,  dar  o  primeiro  lance  no  leilão.  A 
—  de  dinheiro,  a  poder  de.  A  —  de  san- 
gue, (fig.)  com  grande  sacrifício  delle.  — , 
estimação,  credito,  apreço.  Homem  de  — . 
Tinham  as  artes  seu — .  Pôr  —  ,  avaliar, 
taxar,  dar  valor  ;  grangear  estima.  Posto 
em — ,  em  almoeda  ;  venal.  «Tão  venaese 
postas  em  —  andavam  as  honras  naquelle 
tempo.  »  Leão,  í^hron.  de  D.  Affonso  V. — , 
premio,  v.  g, — da  lucta,  da  justa.  «  Levar 

0  —  do  teu  canto  »  Camões. 

Syn.  comp.  Preço,  valor,  estimação.  O 
merecimento  inirinseco  das  cousas  constituo 
seu  valor;  funda-se  seu  preço  na  estima- 
ção que  se  lhes  dá. 

Dizemos  pois  :  Esta  medalha  alem  d«  seu 
valor  porque  é  de  ouro,  é  também  de  gran- 
de preço  por  ser  antiquíssima  e    rara. 

Preço  suppõe  alguma  relação  com  a  com- 
pra ou  venda,  o  que  nãosuccede  com  a  pa- 
lavra valor.  Assim  que  se  diz  «  que  não  ó 
bom  entendedor  o  que  não  julga  do  valor 
das  cousas  senão  pelo  prefo  porque  se  com- 
pram. Quantas  vezes  se  vendem  por  baixo 
preço  alfaias  de  grande  valor  ?  I 

Estimação  é  o  valor  que  se  dá,  ou  em 
que  se  considera  uma  cousa  ;  é  o  juizo  que 
determina  o  seu  valor  relativo. 

precto,  (ant.)  V.  Pleito,  Litigio. 

precudir,  fant )  V.  Percutir,  Ferir. 

PRECURSAR,  V  a.  OU  n.  se  não  é  erro  por 
precursor,  como  bem  suspeita  Moraes,  na 
citação  seguinte  dos  Sermões  de  Paiva,  fal- 
lando  de  S.  João  Baptisia  :  «  Como  seupf- 
ficio  de  —  requeria.» 

PRECURSOR,  A,  adj.  e  s.  [Lat.  prcecursor.) 
que  vem  diante,  que  annuncia  a  próxima 
vinda,  ou  chegada  de  pessoa  ou  cousa.  Si- 
gnaes  precursores  da  erupção  do  Vesúvio. 
A.  aurora  —  do  sol. 

PRECT,  (geogr.)  nome  de  muitos  legares 
de  França,  situados  nos  departamentos  d*Au- 
be,  do  Cher,  de   Sena-e-Marne,   d'Yonnô^ 
etc.  . 

1  PRECY-sous-THiL,  (geogr.)  villa  da  Frah- 

71 


sst 


flft 


ça,  a  3  léguas  e  mfeia  «o  S.  de  6emur ; 
T^O  habitantes. 

-  PREDECESSOR,  í.  w*  fpre  pref.,  6  La t.  d«- 
eessor,  o  que  precedeu  em  oíiioio,  cargo.) 
o  antecessor  iffloaediato  no  cargo,  oíBcio, 
dignidade.         >    -»mv 

PREDEFiNiçÃo,  *.  /".  predcstmaçao,  deti- 
niçâo,  limitação  antecipada.        :?n  ;o: 

pREDEFiNiDO,  A,  p.  p.  de  prcdcfinin  ««?• 
determinado  com  antecipação,  predesti- 
nado. 

pREDEFiNiR,  V.  a.  determinar,  limitar  com 
antecipação  o  futuro ;  predestinar  (fallando 

de  Deus). 

PREDESTINAÇÃO,  8.  f.  {Lsit.  pr(Bd€stinatio, 
onis.)  destinação  antecipada  ;  (fig.)  decreto 
divino  que  ao  eterno  predestina  os  eleitos 
a  bemaventurança  celeste.  '-"  ^^^  - 

PREDESTINADO,  A,  p.  p.  de  predcstinaf  ; 
adj.  destinado  de  antemão  ;  escolhido  pelo 
otíiftipolente  ab  eterno  para  go«ar  da  bem- 
avèttltí rança  celeste, 

íRÉDisTii^AR,  «. «.  (Lat.  prmdmtmo,  are.) 
deétinft"  com  antecipação,  destinar  á  bem* 
aventurança  eterna.  «  Âquelles  a  quem  Deus 
prvdeitinon  á  vida  eterna. 

PREDETERMINAÇÃO,  «.  f.  èé*ermÍB*çtto  an- 
tecipada. TO  ,op-.n.  ...iToo   ^^ 

PREDÈTEUMINAR,    #^.  ã .  tN^fffliÔlil^  Wffl  «fl- 

tecipação. 

PREDIAL,  adj.  dos  2  ^f.  (d«s.  adj.  aí.) de 
prédio,  conceftient»  è  píedios.  Ser>ci4úo^. 
Decima  — ,  que  se  paga  dos  prédios. 
^  prédica;  s.  f.  (do  Lat.  prddito,  úfè  )  » 
arte,  o  eiercicío  dfe  pregar. 
"PREDICADO,  s.  m.  (do  Lat.  prcpdtcflre,  aii-' 
áUnciar.)  a  propriedade  ou  attribuio  qUe 
caracteriza  alguma  cousa.  — ,  nas  pfóposi- 
çôes,  o  adjectivo  ou  substianlívo  qne  éxpri'* 
me  o  attributo,  ».  g-  Pedro  ê  hotiaem.  O 
sol  é  luminoso.  — í,  ifig.)  jparles,  prendas, 
dotes. 

||pREDiCAj)OR,  s.  m.  ministro,  cura,  pre- 
gador protestante,  calvinista,  lutherano,  ètc. 
V.  Prégàdúr. 

pREDiCAWENTADO,  p  p.  do  pfedicamentar; 
aííf.  ginduado  com  predicamento. 
3|>RÉDiCAMENTAli,  r>.  a.  {predícamtiMo ,  ar 
des.  itif.)  dar  pnedicamento,  graduar  ctwtt 
predicamento. 

PREDICAMENTO,  s.  wi.  (Lat.  proedicameu- 
miti.)  noção  genérica,  categorita,  clasiS*  ; 
graduação  moral  6polilÍtíâ,  v.  g.  leni  o  —de 
noÉre,  dé  duque.  *Vede  em-quãobàiro  — 
fica  6éus  ante  nós. »  Paiva,  S-ermôe». 
'  PREDipANTE,  *.  m.   V.  íh-edicador,  Pré- 

gndor. 

PREDICATIVO  ^  A,  àdj .  (d^«.  Wíj.)  ôOncer- 
tfentè  á  prédica.  Esf^tò  '—,  do  púlpito 

pRBDiCATO,  *.  m.  V.  Predicado. 
"'  pRÊpiCAVEL,  adj.  4cs  t  g.  (IM.  protdim 


f㣠

caUUs.)  próprio  para  se  pregar,  digno  de 

ser  publicado  no  púlpito. 

PREDIÇÃO.  V.  Predicção. 

PREDicçÃo,  8.  f.  (Lat.  proedictio,  onis.) 
o  acto  de  predizer ;  prophecia. 

PREDILECÇÃO,  8.  f.  [úo  L&t.  proe  6  dilcctio, 
nis,  de  diligo,  ere,  amar.)  amisade,  amor 
que  se  tem  a  alguém  com  preferencia  a  ou- 
tras pessoas.  Jacob  amava  com  —  a  Ben- 
jamin. Montesquieu  e  Montaigne  são  os  meus 
autores  de — .  Também  se  diz  das  obras  do 
engenho ;  (flg.)  dos  lugares,  sitios.  A  Lu- 
síada é  o  meu  poema  de — .  As  margens 
do  Kheno  são  a  residência  da  minha  pre- 
dilecção. 

PREDILECTO,  A,  adj.  (do  Lat.  proe,edi' 
lectus,  amado.)  amado  extremosamente,  com 
preferencia.  Benjamin  era  o  filho  —  de  Ja- 
cob, ou  *.,  era  o  seu — ,  filho  preferido. 

PRÉDIO,  s.  m.  (Lat  proedium,  de  proe, 
diante,  e  oedes,  casa,  habitação.)  proprie- 
dade, herdade  no  campo  composta  de  ca- 
sas, granja  e  terras  de  lavoura.  —  rústico, 
— ■  urbano,  casas  na  cidade  com  quintal,  jar- 
dim, páteo  ou  terreno  anneio. 

PREDITO,  A,  p.  p.  de  predizer ;  adj.  an- 
minciado  de  antemão. 

PREDIZER,  V.  a.  {pre  pref.,  e  dizer.)  an- 
nunciar  com  antecipação  o  futuro. — ma- 
les, calamidades,  venturas. 

PREDOMINADO  ,  A,  p.  p.  dc  predominar  ; 
adj.  que  predominou,  prevalecido. — de  pai- 
xão, vencido. 

PREDOMINANTE,  adj.  dos  2  g  (des.  do  p. 
a.  Lai.  em  ans,  tis.)  que  predomina,  pre- 
valece. O  influxo,  o  vicio — .  Os  erros,  as 
opiniões  — . 

PREDOMINAR,  V.  a.  [pre  pref.,  denotando 
superioridade,  e  dominar.)  senhorear,  su" 
brepujar.  —  alguém,  —  a  republica,  os  col- 
íegas.  (E'  p.  us.)  — ,  prevalecer,  ter  supe- 
rior poder,  influxo.  Predomina  nella  a  am- 
bição, a  avareza,  a  virtude.  Naquella  cesta 
predomina  o  vento  norte.  ím  certos  tem- 
peramentos predomina  a  biUs,  em  outros  a 
iympha. 

PREDOMiNio  ,  s.  m.  força  predominante, 
superior,  influxo.  O  —  que  as  almas  fortes 
tem  sobre  as  fracas.  Oslnglezestem  adqui- 
rido  o  —  sobre  todos  os  povos  da  Índia.  Tir 
—  sobre  as  paixões ,  conte-las ,  superar  a 
violência. 

PREEGAR,  (ant.)  V.  Pregar. 

PREELEG^R  ,  V.  tt.  clcgcr  coffl  antocipa- 
ção. 

PRE  ELEIÇÃO ,  *.  f.  eleição  antecipada,  o 
ser  eleito  em  primeiro  lugar,  com  preferen- 
cia a  outrem.  Ttr--tt^\-^y  o  direito  de  eleger 
em  primeiro  lugar.      .     '^■'; 

PREELEiTo ,  A,  p.  prirteg^laf  dte  prèe- 
ieger ;  adj.  preeligido. 


PRK 


FRE 


i8g 


.  PRpyfiwifBifCiAv  *.  fi  (taf.  proeminentia  ) 
qualidade  preenweeBle,  priajaiia ;  gradua- 
ção superior,  v.  g.  —  de  mérito,  talento,  tí- 
tulos, honras.  —  rfe  linhagem,  superior  no- 
breza. — «,  (^uestÕQS)de  precedeBcia»  de  cor- 
tezias,  graduaçào.     ííí  i    .T-tí';;;' 

PREEMiriHUTE ,  arfjí.  dos  2  g.  (jue  ocoupa 
lugar,  situação  dmís  elevada.  Lugar — ; 
(fig.)  superior  em  méritos,  postos,  gradua- 
ção. Virtude—y  engenho  — ,  qualidades — s. 

PRERMPÇio^  s,  f.  {'Lat.  proempUo.)  prece- 
dência n«  còoapra.  — ,  compra  antecipada, 
V.  g. — de  madeiras  de  construcção. 

piiEENCHiR ,  V.  a.  {pre,  pref.  denotando 
supenoridade.) encher  plenamente,  ouiaprir, 
satisfazer  inleirameate,  v.  g.  —  as  condições 
do  contracto,  as  promessas,  os  deveres.  Mo- 
raes verte  :  s^s fazer  antes,  porqae  não 
atlendeu  á  signitícação  figurada  do  prefixo 
Let.  prce. 

PREENceiBOy  M  P-  V'  ^®  preenchcT;  adj, 
cumprido  plenameirte. 

PREEXCELiENCiA,  s.  f.  excellcncia  sttpe- 
rior,  V.  g.  —  de  engenho,  qualidades,  vif- 
tHdes. 

PRÉ-Bu-PAiL,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  10  léguas  de  Mayenne,  3,000  habitan- 
tes. 

PREEXCELLENTE  ,  ãdj .  dos  1  g.  quo  tem 
superior  exceiiencia. 

pReexcelso;  a,  adj.  muito  alto,  elevado, 
ill-tfstriB 

PREEXISTÊNCIA,  s.  f.  cxistcncia  anterior, 
primitiva. 

PREEXISTENTE  ,  ãdj,  dos  2  g.  que  existe 
anlcriormente.    Os  germes  —  á  fecundação. 

r  REBXiSTiR,  V-  a.  ou  n.  (Lat.  proeexisto, 
ere.)  existir  anteriormente.  Spallanzani  crê 
qufíf  os  germes  dos  animaes  e  vegetaespre- 
exéstefh  á  fewàndação. 

PREFAÇÃO,  s.  f.  preambulo,  prefacio, 
prologo-. 

PREFACIO,  s.  m.  (Lat.  yprogfaiio,  onis,  de 
proefari]  proe,  e  fari,  fallar.)  preambulo, 
prologo.  —  ,  (liturgia)  parte  da  missa  que 
precede c  cânon. 

Stn.  comp.  Prefacio,  pf^ologo.  Estas  pa'*- 
lavras  pertencem  á*  litteratura,  ou  para  me- 
lhor dizer,  aos  livros  considerados  mate- 
rialmente. O  prefacio  ou  prefação  d'um  li- 
vro é  a  inlroducção  na  matéria  de  que  nelle 
deve  tratar-se.  O  prologo  é  realmente  uma 
adv»»rten<úíi,  por  meio  da  qual  se  instrue  o 
leitor  da  matéria  que  vai  a  tratar  o  escri- 
tor, e  do  objecto  e  modo  de  fazel-o.  Os 
livn«  religiosos  ordinariamente  teem  pre- 
fados  ;  os  profanos,  prólogos. 

pREFAZkR.   V.  Perfazer. 

PREFEdTO.  V.  Prefeito. 

PREFECTUHA  OU    PREFEITURA  ,     S.    /".    (lafti 

^rop/eeítircr.)  cargo,  oflicio  do  prefeito.  —  , 


(adoptado  das  instituições  da  França)  divi- 
são territorial  administrada  por  ura  prefei- 
to, V.  g.  à  —  do  Sena,  do  Alto  Rheno. 

PREFEITO,  *.  m.  (Lat.  proefectus,  de  proe- 
fitio,  ere,  confiar  autoridade,  dar  poder, 
mando ;  proe  denoíando  superioridade,  e 
facio,  ere,  fazer.)  entre  os  antigos  Roma- 
nos era  magistrado  ou  oíTicial  superior,  ci- 
vil ou  miHtftr,  v.  g.  —  da  armada,  almiran- 
te.—  da  cavallaria,  general.  — do  acam- 
pamento, quartel  mestre  general. — régio, 
governador  d«  província.  —  do  gymnasio  , 
mestre.  Fntre  bós,  prelado  em  certas  or- 
dens religiosas.  —  da  hihliotheca,  director  ; 
actualmente  significa  chefe  administrativo  de 
di-visão  territorial  ou  prefeitura ;  denomina- 
ção tirada  àe^  legislação  franceza  estabele- 
cida por  Napoleão. 

PREFEITURA,  (hist.)  Esto  Home  foi  dado 
pelos  Romanos  ás  cidades  conquistadas  go- 
vernadas por  um  prefeito  [proefectus),  por 
oppozição  ou  aos  municípios  e  colónias,  ou 
ás  cidades  que  gozavam  o  foro  de  cidades 
romanas.  No  reinado  de  Diocleciano,  o  im- 
pério foi  dividido  em  quatro  grandes  dis- 
trictos  governados  por  prefeitos  do  pretório, 
estas  divizões  foram  chamadas  prefeituras. 
Em  França  da-se  este  nome  ou  ao  território 
S0b  a  alçada  do  prefeito,  ou  á  capital  dò' 
dislricto,  aonde  reside  o  prefeito.  '  i' 

PREFERENCIA,  s.  f.  (des.  encía.)  acltí  áè^ 
preferir,  o  ser  preferido  ;  primazia  sobre  al- 
guma pessoa  ou  cousa.  Dou  a  —  á  probida- 
de. Entre  muitos  teve  a — .  Disputar — s, 
precedência,  primazia  em  honras,  gradua- 
ção, etc,  ou  no  foro. 

PREFERENTE,  s.  dos  2  g.  (des,  do  p.  a. 
Lat.  em  ens,  tis.)  o  que  disputa  preferen- 
cia no  foro  ;  o  que  preferiu  a  outros  con^ 
currentes. 

preferido; 'Al,'  jj;  p.  de  preferir;  adj.  atí- 
téposto,  que  obteve  a  preferencia  no  foro.' 

PR»FERiií,  V:  ã.  [Lat.  proefero,  erre;  proe,  •' 
denotando  s\iperioridade,  e /erre,  levar.)  a n'-' 
tepôr,  dar  a  primazia,  ter  em  maior  eíti^ 
njação,  fa^er  maior  apreço.  Prefiro  a  pro- 
bidade áos  talentos,  a  sabedoria  á  riqueza; 
—  a  morte  á  deshonra.  —  ,  ser  preferido  , 
avantajado  a  outros,  v  g.  —  a  todos  no 
concurso.  — ,  entre  credores,  ser  pago  pri»- 
meiro  que  os  outros  — se,  v.  r.  antepôr- 
se,  V.  g.  —  a  outrem. 

Syn.  comp.  Preferir,  escolher,  elegWi 
Preferir  é  antepor  uma  pessoa  ou  cousa  a 
Outra ,  determinar-se  a  favor  d'ella  por 
qualquer  motivo  que  seja.  Escolher  é  se-' 
parar  o  bom  do  máo,  o  útil  do  inútil,  o 
que  convém  do  que  não  convém,  examinan- 
do e  consultando  o  gosto  a  utilidade  edè^ 
mais  circumstancias  da  cousa  :  a  acção  d'este" 
verbo  suppõe  a  duvida  ou  a  indecisão  exis- 
71  * 


m' 


jm. 


vm    * 


tente  ainda,  O  acto  de  decidir-se  a  vonta- 
de, e  destinar  a  cousa  ao.íiin- proposto,  é 
eleger  ou  fazer  eleição,  v^  ob  - 

A  preferencia  pôde  ser  justa  ou  injusta, 
sincera  ou  apaixonada,  por  capricho  ou  por 
interesse.  A  escolha  pôde  ser  acertada  on 
desacertada,  prudente  ou  inconsiderada.  A 
eleição  suppõe  liberdade  e  direito  em  quem 
elege,  e  destino  a  cargo  ou  emprego  na  pes- 
soa eleita,  ou  fim  determinado  na  cousa  de 
que  se  faz  eleição. 

O  homem  honrado  e  virtuoso  prefere  a 
morte  ao  crime,  mas  o  preverso  prefere  os 
prazeres  turbulentos  do  mundo  á  doce  paz 
da  innocente  virtude.  Escolhe  um  general 
os  soldados  mais  valentes  e  determinados 
para  uma  empreza  diílicultosa  e  arriscada. 
Escolhe  o  superior  um  súbdito  para  um 
ministério  ou  funcção.  Elegem  os  súbditos 
um  prelado,  os  eleitores  um  deputado,  á 
pluralidade  de  suííragios.  Um  pregador  faz 
eleição  do  assumpto  que  hade  tratar,  como 
disse  Vieira  :  « Para  gloria  sua  e  igual  bem 
de  nossas  almas,  fiz  eleição  d'este  assump- 
to {VI,  6).  » 

A  mulher  leviana  prefere  as  cores  cla- 
ras e  vistosas  ás  escuras  e  modestas :  quan- 
do quer  fazer  um  vestido  vai  a  casa  da  mo- 
dista, vê. os  diíTerentes estofos,  examina  sua 
qualidade,  consulta  o  gosto  e  a  moda  ,  e 
esta  é  a  verdadeira  operação  de  escolher , 
fixa  a  sua  escolha  em  tal  ou  tal  estofo  que 
mais  lhe  convêm,  agrada  ou  lhe  parece  me- 
lhor, eis  a  acção  de  eleger,  ou  fazer  elei- 
ção, Vieira,  tendo  dito  que  o  melhor  meio 
de  desarmar  a  fortuna  era  collocar-se  no 
ultimo  lugar ,  ajuntou :  Só  quem  soube 
fazer  esta  eleição  desarmou  a  fortuna  (V, 
214).» 

Notaremos  com  tudo  que,  por  uso,  eleger 
sô  so  applica  ás  pessoas,  exprimindo  a  idéa 
de  dar  a  preferencia  a  uma  ou  algumas  en- 
tre muitas  ;  sujeitemo-nos  pois  a  este  arbi- 
tiro,  conservemos  á  expressam  fazer  eleição 
a  boa  applicaçam  que  lhe  deu  Vieira,  e 
deixemos  ao  verbo  escolher  aquella  que  ver- 
dadeiramente lhe  pertence,  e  acima  fica  in- 
dicada. 'iqíK.'!r^b  b  ;)ji'i;j  ! 

PREFiCA,  s.  f.  (Lat.  prae/íca.)  V.  Carpi- 
deira. 

PREFiGURADOR,  A,  adj .  que  figura  typlca- 
mente  pessoa  ou  cousa  que  ha  de  vir. 

PREFIGURAR,  v.  ffl.  representar  tjpicamen- 
te  pessoa  ou  cousa  que  ha  de  vir.  «  A  ser- 
pente prefigurava  o  Redemptor  crucifica- 
do. »  H.  Pinto.  Prefigurou  isto  aquella  in- 
signe visão.  »  Arraes. 

PREFIXAR,  V.  a.  fixar  de  antemão,  deter- 
minar, limitar  com  anticipação,  v.  g.  —  o 
dia,  o  prazo,  a  quantia ;  —  a  ordem  dos 
successos  futuros. 


PRKi^ixo,  A,  adj.  fixado,  determinado  com 
antecipação.  A  hora,  o  tempo  — .  No — ter-- 
mo  de  um  mez. 

PRKFULGENTE  ,  adj.  dos  2  g.  [pre,  pref.J 
denotando  superioridade,  e  fulgente.)  que? 
tem  brilho  superior,  mui  resplandecente — , 
que  brilhou  primeiro.  Moraes  approva  a  dis- 
lincção  entre  perfulgente,  muito  lúcido,  res- 
plandecente, e  pre  fulgente  que  brilha  mah 
que  os  outros ;  mas  não  reflecte  que  o  pri- 
meiro sentido  se  confunde  com  o  segundo, 
visto  que  suppõe  a  comparação  de  corpo  mui 
brilhante  com  outro  que  ó  menos. 

PREGA,  s.  f.  (Lat.  plico,  are,  dobrar,  fa- 
zer pregas.)  dobra,  ruga.  Assentar  as  —s, 
com  ferro  quente.  —  a  alguém,  (fig.)  dí<r- 
Ihe  tosa. 

PREGAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  proedicatio ,  onis.) 
sermão. 

PREGADi,  (conselho  dos,)  (hist.)  conselho 
iastituido  em  Veneza  no  XIll  século,  era 
composto  pelos  13  principaes  cidadãos  no- 
táveis. 

PRKCADiço,  A,  adj.  (des.  iço.)  que  se  fi- 
xa, ou  segura  com  pregos.  «Naus  co.sidas 
com  cairo,  não — s  como  as  nossas.  »  Bar- 
ros 

PREGADO,  A,  p.  p.  de  pregar  ;  adj.  fixa- 
do, segurado,  fixado  com  pregos.  —  ,  cra- 
vado. «  O  masiro  —  de  frechas.  »  Cast.  a  A 
náu  quasi  —  na  lagem.  »  Lucena.  «  Tinha 
os  olhos  pregados  na  janella,  »  fitos,  fixa- 
dos. 

PREGADO,  A,  p.  p.  de  pregar  ;  adj.  Ti- 
nha —  muitos  sermões.  O  sermão  — . 

PRÉGADOIRO,  (ant.)  V.  Púlpito. 

PREGADOR,  s.  m.  o  quc  prega  sermõtís  OU 
os  compõe.  Os  frades  pregadores,  os  dà  or- 
dem  de  S.  Domingos.  — ,  adj.  que  publi- 
ca, V.  g.  a  rosa  —  cada  dia  da  brevidade  da 
nossa  vida.  Vieira. 

PREGADURA,  s.  f.  fdcs.  ura.)  os  pregos  que 
seguram,  ou  servem  de  adorno,  pregaria  , 
V.  g.  —  do  navio. 

PREGANA.  V.  Pragana. 

PREGÃO  ,  s.  f  palavras  com  que  se  an- 
nuncia  em  voz  alta,  u,  g.  do  porteiro  ou 
pregoeiro  de  leilão,  ou  execução  judiciai. 
Lançar  — ,  publicar  bando.  Condemnado  a 
correr  as  ruas  com  baraço  e  — ,  conduzi- 
do pelo  carrasco  que  em  voz  alta  repete  o 
crime  do  individuo  — ,  fama,  voz  publica. 
«Um  —  do  ninho  meu  paterno.»  Camões, 
Lus.  I,  10.  « Trarão  na  boca  pregões  de 
seus  louvores.  »  Arraes. 

PREGAR,  V.  a.  {prego,  ar  des.  inf.)  fixar, 
segurar  com  prego,  cravar;  fincar,  v.g. — 
um  prego  na  parede  ;  (fig.)  fixar,  fitar,  v. 
g.  — os  olhos,  em  algum  objecto.  Não  — 
olho,  (fig.)  não  dormir.  —  uma  pedrada  lan- 
ça-la com  força.  —  um  calote,  faze-lo  com  i<^ 


'«■ 


PBK 


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iaí)tíldza.  — Sb,  v.  r.  cravar-se,  encravar- 
SC,  p.  g.  — na  lança. 

THEGAR  V.  a.  (do  Ital.  pregare,  Fr.  ant. 
[•"'^yar,  do  Lat  precavi.)  V.  Rogar,  Pe- 
dir 

riti^GAR,  V.  a.  (Lat.  proedicare.)  annun- 
ci.ir  doutrina  religiosa,  ou  moral ;  enculcar 
doutrinas,  opiniões;  pregoar.  «A  língua  é 
p'!)re  para  —  os  seus  louvores.  »  Armes. — 
sermões,  ou  em  sentido  abs. — bem,  ser 
Ihmm  pregador.  —  aos  peixes ,  (loc.  jocosa) 
iiã  I  ser  escutado. 

PiíEGARETAS,  s.  f.  (aut.)  freiras  domini- 
c.Tfjas    freiras  pregadoras. 

TREGARiA,  s.  f.  (des.  ia.)  cravação,  todos, 
os  pregos  que  entram  em  alguma  obra. 

PREGARIAS,  *.  f.  (do  Ital.  prcghiera,  pre- 
crs,  rogativas.)  V.  Preces,  Supplicas. 

1'REGEL,  (geogr.)  rio  da  Prússia,  formado 
na  regência  de  Gumbinnen  pela  reunião 
do  Augerapp,  do  luster  e  do  Pissa,  cae  no 
Frische  Haff. 

PREGO,  s.  m.  (do  Lat.  prehendo,  ere,  se- 
gurar, prender.J  hastezinha  de  ferro,  cobre 
ou  páu  aguçado  em  uma  ponta  e  com  ca- 
beça na  outra,  cravo  ;  alfinete  grande  de 
toucar.  — ,  furúnculo,  tumorzinho  proemi- 
nrnlo. — ,  na  montaria,  os  cornos  do  veado 
novj  de  um  anno.  —  ,  nome  de  um  peixe 
do  mar  que  teo^   três  ordens  de  dentes. 

PRBGO,  s.  m.  (do  Cast.  plego  ,  folha  de 
papel  dobrada.)  carta  fechada  eselladacom 
or-lens  secretas ;  folha  de  papel. 

prbgoado,|a,  p.  p.  de  pregoar  ;  adj.  apre- 
goado, publicado. 

PRBGOADOR  ,  í.  m.  O  que  pregoa.  —  de 
sons  louvores. 

PREGOAR,  V.  a.  (do  Lat.  proedico  ,  are, 
anuunciar,  publicar.)  apregoar,  proclamar 
em  alta  voz,  annunciar  com  pregão ;  pu- 
blcar  com  louvor  em  altas  vozes,  íj.  gf.  prc- 
gnam  as  historias  dos  Romanos.  Arraes. — 
SR,  r.  r.  ostentar,  jactar-se. — por  valente. 

PREGOEIRO,  s.  m.  (des.  ei?o.)  o  que  lança 
pregão;  assoalhador. — ,  adj  que  pregoa, 
proclama.  «As  cãs — s  da  velhice.  »  Eufr. 

PRBGUATORIO,    (aUt.)   V.    PulpilO. 

PREGUIÇA  OU  PRiGUiçA,  s.  f.  (altcrado  do 
I  ai.  piyritia,  piger,  preguiçoso,  do  Gr. 
opo,  denotando  privação  ,  e  egheiró,  exci- 
tar.) aversão  ao  trabalho,  indolência  falta 
ih  diligencia  ;  (fig.)  nome  de  um  quadrúpe- 
de pequeno  do  Brazil.  cujos  movimentos 
qu«ndo  está  no  chão  são  mui  tardios. — , 
pou  grosso  em  que  estão  pregadas  as  can- 
galhas da  moega  da  atafona  ;  corda  que  di- 
rige os  movimentos  do  corpo  que  se  vai 
guindando  para  não  roçar  na  parede,  ou 
SC  embaraçar  em  alguma  escabrosidade;  cor- 
da com  que  os  armadores  de  igrejas  atam 
suas  escadas. 

VOL.    IT. 


pftEcuiçÁR,  D.  a.  o\i  n.  {preguiça,  ar  des. 
inf.)  entregar-se  á  preguiça,  ao  ócio. 

PREGuiCEiRO  ,  s.  fíi.  (des.  eiró  )  camilha 
de  coiro    de  descansar,  ou  dormir  a  sesta. 

PRKGurçosAMENTE,  ãdv.  [mente  su(T.)  com 
preguiça,  tardamente. 

PREGUIÇOSO,  A,  adj  (des.  050.)  dado  á  pre^ 
guiça,  tardio,  inerte,  indolente  '** 

PREGUINHO,  s.  m.  rfmÍMMí.  de  prego,  pcW 
que  no  prego. 

prehabilitação,  s.  f.  habilitação  prévia. 

PREHABiLiTAR-SE,  v.v.  habilitar-se dc  an- 
temão. 

PREITAR,  (ant.)  V.  Pagar,  Peitar. 

PREiTEAR  ,  preitegar,  (aut.)  V.  Preite- 
jar. 

PREITEJAMENTO ,  s.  m.  (ant.)  V.  Ajuste ,. 
Concerto,  Pacto.  '^ 

PREiTEJAR ,  V.  a.  ou  n.  (ant.)  V.  Ajus^ 
tar,  Pactear,  e  Preito,    pacto,  convenção., 

PREiTESiA,  s.  f,  V.  Preito,  Ajuste,  Cori'^^ 
certo. 

PREiTEZ,  adj.  dos  2  g.  [preito,  des.  ex.) 
seguro,  confiado  no   preito,  pacto,  ajuste  ^ 
ufano,  confiado.  ^^í 

PREITEZ,  adj.  dos  2  g.  m  Moça  gentil — •',§■ 
Ulis.  Moraes  não  separa  estas  duas  acce- 
pções  de  preitez,  mas  eu  creio  que  na  pas- 
sagem citada  não  significa  desenvolta,  mas 
sim  prudente  ,  honesta  ,  do  Fr.  preu  ,  e 
prueste,  ant.,  honestidade,  probidade. 

PREITO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  plait  ou  plet, 
foro  qne  se  paga  ao  senhor  territorial ;  ou  de 
plaid,  processo,  pacto,  ajuste,  do  Lat.  p/a- 
citum],  pacto,  concerto,  convenção,  ajuste,  v. 
g.  Fazer  —  e  menagem  de  uma  fortaleza, 
obrigar-se  a  defende-la.  Fazer  —  e  home- 
nagem de  vassallo,  reconhecer  alguém  por 
senhor.  — ,  pleito,  demanda.  «  Andar  com 
elle  a  — .  »  Ord.  Aífons. 

PREJUDICADO,  A,  f.f.  de  prejudicar,  adj^il 
lesado,  v.  g.  —  na  fazenda,  deteriorado, 
que  soffreu  perda.  Letra  de  cambio  — ,  apre- 
sentada fora  de  tempo,  passado  o  prazo  do 
vencimento,  e  por  isso  priva  o  portador  do 
seu  recurso  contra  o  passado**  ou  o  accei- 
tante.  — ,  preoccupado,  prevenido,  domina- 
do por  opinião  antecipada,  ou  por  doutri- 
na errada. 

PREJUDICAR,  V,  a,  (Lat.  praejudico,  are, 
prae,  denotando  anterioridade,  e  judicare, 
julgar  com  prevenção  ou  preoccupação,  cau- 
sar prejuízo,  damno,  lesar  :  —  alguém  na 
fazenda,  na  saúde,  na  honra,  ou  —  a  fazen- 
da, saúde,  a  honra  Esta  accepção  é  figu- 
rada, e  vem  da  lesão  que  se  faz  a  alguém 
decidindo  o  pleito  por  prevenções  e  não 
pelas  razões  e  provas  produzidas  pelas  par- 
tes. 

PREJUDICIAL,  adj.  dos  tg.  (Lat.  praeju- 
dicium,  des.  adj,  ai),  (forens.)  anterior  ao 
«72 


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^«i<i 


juizo,  ou  decisão  de  pleito .  Questão  — ;  — , 
(fig.)  damnoso,  que  causa  prejuízo.  PI.  Pre- 

PPEJUJZO,  s.  11».  (Lat.  pmjudicium,  juizo 
aptecipaílo),  preoccupação,  juizo  antecipa- 
do ao  exame  maduro  da  verdft^e  ;  — ,  dam- 
no  pa  fazenda,  honra,  saúde.  O  senhor  Fr. 
Francisco  de  S.  Luiz  no  seu  Qlossario  re- 
prova p  U50  d'este  termo  n»  primeira  ac- 
cepção,  que  é  a  do  radical  latino.  Ei^  a  creio 
pelQ  contrario,  acertada,  e  peq^o  que  o  pen- 
tii)  figurado  d§  darpup  4  o  flaeups  exacto. 
Em  Fr.  préjugé,  bem  derivado  do  Lat.,  si- 
gnifica preconceito,  juizo  antecipado,  pre- 
yençãp,  preocc^paçàp,  e  pr^iudiçe ,  dapa- 
no. 

^i!.ip;i.AçÃo,  s.  f.  (Lat.  prcBlç^tiq,  onis),  (ju- 
nd.)  preferencia.  Direito  de—,  o  de  t§r 
preferencia  nas  compras. 

í^fLACii.,  5.  f.  (des.  ia),  cargo,  4ignid*- 
d^  4e  prelado. 

PRELACiAR,  V.  -M.  fazer  de  prelado.  Mo- 
rp%s  ç}t4  um  pfissagem  (^a  Eufrosi^ie,  2,  7, 
e  iociiua  a  crer  qwé  é  §|rro  typographicq 
por  preladas.  «  Como  quem  pertende  pre- 
Iqciar. »  Eu  creip  qMe  vpm  do  Fr.  se  pré- 
lasspr,  §(íectar  manearas  graves  de  pre- 
lado, 

p^iELADA,  s.  f.  freira  qne  exerce  prelazia 
eip  ordepa  religiosa. 

PRELADiA,  s.  /.  (des.  ia)  y.  Prelazia. 

PRELADO,  «.  w.  (Lat-  pr(Bl(itus,  de  pra- 
fero,  erre,,  preferir),  o  que  exerce  dignida- 
de superior  ecclesiastica,  bispo,  superior  de 
ordem  religio&a. 

PRELATiCíO,  A,  adj.  próprio  de  prelado. 
HubMo — .  Vestes — s 

frelatura,  s.f.  (des.  ura),  ctrgodepre- 
Iqde;  prelazia. 

PRELAZIA,  s.  f.  (des.  ia),  cargo,  dignida- 
de de  prelado. 

RRELBACÃQ,  s.  f.  [pTcf  pref.  Lat.,  e  li- 
batio,  onis),  o  acto  de  tocar  levemente  congi 
os  beiças,  antes  da  hqra  ordinária  da  comi- 
da, ou  primeiro  que  outreEft:  prova,  gQ:íP 
antecipado,  v.  g,.  Uma  —  da  gloriai,  —  do 
gozo  futuro. 

PRBUBAR,  c.  a.  (LaV  fjrop/iÍK).,  qr^,  p/op, 
com  antecipação,  libáre,  libar),  libar  coni 
antecipação,  provar  primeiro  que  outrem, 
tornar  levemente  o  gosto  a  bebida.  — ,  (fig.) 
gozar  ou  soffrer  antecipadamente  prazer  ou 
desgosto,  V.  g.  —  os  prazeres,  —r  o  cf^lix 
de  amargura  ;  —  a  morte. 

ERELmiNAR,  ad^.  doA  2  g.  jpve  prei,  e 
liminar  do  Lat.  limen,  limiar  da  porta), 
que  precede.  Estudos — .  Discurso — ,  que 
pracede  a  obra  a  exposição  do  assumpto 
Os  — s  do  paz,  (subst.)  as  estipulações  que 
deYfita  servir  de  base  ao  tratado  definitivo. 

p.ri;lio«  4  tn.  (i&t.  prc&liuin.  OMprceliam, 


do  Gr.  pro  pref.,  diante,    Avante,  e  claô, 
impelir,  propelir),  fant.)  peleja,  coopbate. 

prelo,  s.  m.  (Lat.  prcelum,  prenso,  do 
lagar  de  uvas  ou  de  azeitona),  imprensa 
typographica,  c.  g.  Estar  uma  obra  no — , 
sahir  do — .  Dar  ao  — ,  pubJic^r. 

PRELUDIADO,  A,  p.  p.  de  preíudíar,  adj. 
exposto  como  preludio ;  tocado  ern  instru- 
mento antes  da  peça  principal  de  musica. 
V.  g.  Tinha  —  na  guitarra  antes  decantar. 
Scena  —  com  indecentes  buffoneriaSq  f:,„i 

PRELUDIAR,  V.  u.  (Lat.  pToeludo,  erç^prc^,: 
e  ludo,  ere,  brincarj,  ^zer  prelúdios  em 
instrumento  musico;—,  (p-  us.)  em  s.enli- 
dp  aotiyo,  expor,  tratar  em  prplQgp  ;  reci- 
tar, prologo,  lôa,  prefoeip.         ;   ^«  /■-<    m 

PftELupiO,  s.  m.  (Lai  pr(flvM^^fí),  ^- 
saio  da  voz  ou  do  instrumento  musico  pelo 
cantor  ou  tocador  antes  de  executar  a  pe- 
Ç4  principal ;  (fig.)  ensaio  de  obra,  cousa 
que  annuDcia  successo  próximo,  e  que  4 
como  um  começo  que  conduz  a  ej|e ;  pro- 
logo, prefacio,  preambulo,  v.  ^.  — de  pra- 
zeres, de  venturas  ;  —  de  males,  calamida- 
des. Á  guerra  de  ilespapba  f^i  o  —dos  desas- 
tres de  SapoleãQiip.  ;  í>v:  .«1 

PRELuziR,  V.  n,    {pre..  luzir],  luzir,  brin) 
Ihar  com  antecipação  ,   luzir  diante  ;     fig.ji, 
manifestar-se  antecipadamente.    Sup.  Pre- 
luzido. 

PREMA,  í.  f.  ({.at.  premo,  ere)  V.  Cons- 
trangimento, i 

PREMA R,  tí.  a.   (Lat.   premo,   ere),  (ant.)> 
V.  Constranger,  opprimir,  vexar. 

PREíARE.  (hist.)  jesuíta  france?,   pai^siorn 
nario  na  Chiua.  Deixou:  Investigaçm  #o- 
bre  os  tempos  anteriores  áquelles    de   que 
(ciUa   Çhou-King    e   sobre  a    mythologia 
ckineza. 

fii^EMATiCA,  (ant.)  V.  Pragmática. 

PRÇMATuaAçÃo,  s.  f.  O  aoto  de  premalut,| 
rar,  estado  prematuro. 

PREÍfATURAMENTE.  ttdv.  (tn«»líC  Suff.).   COm 

prematuração,  antes  da  maturação  ou  ma- 
dureza, .iq 

PREMATURAR,  V.  a    {prc,  pref.,  e  in(it^^.^ 
rar),  fazer  an^es   do  tempo  opportunp.  P. 
p.  adj.  Premaíi^rado. 

PREMATURIDADE,  s.  f.  (des.  idade),  cstad^  i 
preoiaturo,  execução  em  tempo  inopportu- 
no  ;  —  dos  fructos,  madureza  têmpora. 

PREMATURO,  A,  (Ut.  proBmaturos),  antes,, 
de  maduro  ;  (fig.)  antecipado,  antes  do  praj-j, 
zo  limitado,  — ,   fora  do  tempo  opportuno. 
Aforte  — .  Diligencias  — s. 

Syn.  comp.  Prematuro,  antecipado.  Pre- 
maturo, e.ijpriofte  o  que  é  feito  antes  do 
tempo  opportuno,  conveniente,  e  apto. 

Antecipado  exprime  tão  somente  o  que 
ó  feito  antçs  ck»  tempo,  em  que  seria  necessá- 
rio fazer-se. 


I9VE 


ttE 


O  primeiro  pôde  empregar-se  em  bom 
ou  máu  sentido  :  o  segundo  sempre  se  to- 
ma em  máu  sentido. 

Km  qualquer  negocio  ou  empreza  as  pro- 
videncias antecipadas  podem  ser  boas,  e  ás 
vezes  até  são  necessárias  :  as  prematuras 
podem  ser  nocivas,  e  pelo  menos  são  inú- 
teis. 

puemedeiras,  í.  f.  dois  páos  do  tetr, 
quo  o  tecelão  abaiia  e  eleva  alternadamen- 
te ooraprimindo-os  com  os  pês. 

PREMEDiTAçÃo,  s.  f.  tenção  antecipada. 

PREMEDITADO,  A,  p.  p.  de  premeditar,  e 
adj.  feito  com  premeditação. 

PRKMEDiTADOR,  s.  m.  0  quo  premedita, 
que  considera  o  que  ha-de  fazer. 

PREMEDITAR,  D.  a.  {pre,  pref.,  emeáilar), 
considerar  o  que  lemos  tenção  de  fazer,  ou 
o  que  outra  pessoa  tenciona  ;  traçar  pre- 
viamente :  — ét  v^orte  de  afguem,  os  meios 
de  execução. 

PREMKRY,  (geogp.)  cidade  de  França  a  10 
léguas  ao  80.  deCosne;  1,875  habitantes. 

piemIado,  a,  p,  p.  de  premiar,  adj,  que 
recebeu  premio,  recompensado. 

PRBMIADOR,  A,  9.  pessoa  que  dá  premio, 
amigo  de  premiar. 

PRíifu»,  ^.  (f.  {piíemia,  «r,  des.  inf.)  dar 
premio,  galardão,  reeompensa  :  —  o  zelo, 
a  fidelidade.  «  —  ao  traidor  o  crime  »  Viei- 
ra, castigar. 

BMMiATivo,  A,  aéf.  fdés.  íw).  concernen- 
te a  prémios.  *'  ^>'-^ 

PHEMIDBIRA9.  V.  ^PêMédeiros. 

PRBMiNENCTA.  V.  Preemijieneia . 

premínente.  V.  Preeminente. 

P8EMI0,  s.  m.  (Lat.  preemium,  proe  deno- 
tando vantagem,  e  emo,  ere,  obter,  conse- 
guir), paga  ;  galardão,  recompensa,  v.  g. 
—  de  serviço,  -  deloteria,  sorte  favorável, 
lucraffvfl,  oa  quantia  que  seda  a  quem  ti- 
rou sorte  em  Draneo  ;  —  de  seguros,  quan- 
tia que  se  dá  aos  seguradores  para  adqui- 
rir direito  a  haver  delles  o  valor  das  per- 
das dos  s*'gurados,  n.  g.  Conceder  — s  aos 
inventores  das  raachinas  ou  processos  úteis. 
— ,  peitT,  dadiva  corruptora. 

Svif.  cimp.  Premio,  galardão.  Premio 
é  palavra  latina,  prcemium,  e  signiftea  era 
geral  paga,  rí^com pensa  de  serviços,  ou  me- 
recimentos reaes ou suppostos.  Vieira  disse: 
«  Cora  ingratiifões  pagão  quasi  sempre  os 
reis  di  terra  os  serviços,  que  são  maiores 
que  todo  premio.  «  Galardão  é  palavra  da 
Hngna  romana,  gueridon  on  guerdon,  eda 
italiana,  gui(lerdone,  d'onde  a  castelhana 
galardon,  quentes  pronunciamos  ^a/arrfao, 
a  qual  significava  primitivamente  estipen- 
dio, paga,  salário;  e  depois  significou  paga 
âe  acção  boa,  ou  má,  justa  ou  injustamen- 
te distribuida,  de  que  temOs  dua»  autorida- 


des. El-rei  D.  Duarte,  o  qual  falia ndo  dos 
máoá,  diz  :  «  E  certamente  as  mais  das  ve*' 
zes  os  vejo  receber  na  vida  presente  seus 
galardões  (Leal  Cons.  pag.  55).  »  E  Ca- 
mões, íallando  de  Pacheco,  diz:  t» 


Aqui  tena  eompanheiro,  assi  noa  feilcu 
Como  no  galardão  injust»  e  duro. 

(Lus.,  X.  23). 


rião  vemos  pois  que  a  palavra  galardão 
exprima  uma  idéa  mais  nobre  que  premiOf 
nem  que  este  suppunha  sempre  alguma 
obrigação  de  o  distribuir  na  pessoa  que  o 
distribuo ;  e  nisto  nos  conformamos  com 
Camões  que  usou  a  palavra  premio  u'um 
sentido  geral  e  vago,  e  talvez  com  o  mes- 
mo valor  que  o  autor  dos  synonymos  quer 
atlribuir  a  galardão,  pois  disse  : 


Vereis  amor  da  pátria,  nâo   movido         .^jx 
De  premio  vil  ;  mas  alto,  e  quasi  e^erpo  j^ 
Que  não  é  premio  vil  ser  conhecido  ~- 

Por  um  preg&o  do  ninho  meu  paterno.     -JlA 

(IU9.,  1,  \é}. 

•jU«*"t<.\  BfinJuob  6 

Temos  para  bóS"  que^^^^rcillis"  '4  ft^Sffê 
mais  culta  que  galardão  ;  que  esta  repre- 
senta a  paga  de  acção  boa  ou  má  distri- 
buída com  justiça  ou  semella,  equeaquel- 
la  indica  particularmente  recompensa  de 
serviços  ou  merecimentos,  e  (|«e  ni*toeon- 
siste  sua  differença. 

PREMISSAS,  s.  f.  (lat.  pr<9mi9sus,  de  prm-> 
mitto,  ere,  pra,  e  mitto,  êre,  mandar),  (lo- 
gic.)  proposição  ou  preposições  de  que  se 
tira  conclusão ;  facto  que  se  infere  cousa 
subsequente ;  razão  ou  motivo  com  que  se 
funda  alguma  concessão  ou  graça ;  espeoíd 
de  imposto  antigo. 

premisstas.  V.  Primícias. 

PRBMiTTiMENTo,  s.  m.  (aut .)  ¥.  Prêfriéi^ 
íimento,  Promessa. 

PREMOçÃo,  s.  f.  (theoí.)  {pre,  e  mo- 
ção)  inspiraçãçi  dhina  que  inclina  a  bem 
obrar.  '    . 

pREBOtffRE,  fgéOffr.)  villa  de  França,- "# 
4  léguas  ao  O.  de  Lacu  ;  1 ,200  habitan- 
tes. 

PBEMORSTRATERSES,  s.  m.  pi.  féo  Ff.  pré-* 
montrés,  cónegos  regrantes  de  sante  Agos-t 
tinho. 

PREMUDADO.  V.  Permuàado. 

PREMUNIDO,  A,  v.  p.  ^0  promunir,  ad,ji 
precavido,  acautelado. 

PREMUNIR,  V.  ã.  (t«t.  prêemunio,  ire', 
proe  pref.,  e  munirg.)  precaver,  acautelar*.' 

PRENDA,  s.  f.  (do  Lat.  prekeyi(h^er&,  tà^ 
mtiT.)  donativo,  em  siÇRal  de  arcor  ou  éi 


M 


DPRE 


PRE 


amisade,  penhor.  Deu  uma  —  á  noiva.  — , 
habilidade,  dom  da  natureza.  Essa  senho- 
ra tem  muitas  — s. 

PRENDADO  ,  A  ,  p.  p.  de  prendar  :  adj. 
que  recebeu  prenda ;  dotado  de  prendas. 

PRENDAR,  V.  a.  [prenda,  ar  des.  inf.)  dar 
prenda.  —  alguém.  — ,  penhorar-lhe  a  von- 
tade, obriga-lo  por  boas  obras  ;  premiar  ; 
dotar  de  partes,  prendas.  Prendou-o  a  natu- 
reza de  todas  as  suas  perfeições. 

PRENDEDOR,  s.m.o  que  prende,  faz  prisio- 
neiro. 

.  PRENDER,  V.  a.  (Lat.  prehendo  ou  prendo, 
ere,  tomar,  apanhar,  cuja  elymologia  satis- 
factoria  não  encontro  em  autor  algum.  Creio 
que  Tem  de  proe,  adiante,  ao  alcance,  ou  do 
Gr.  peri,  na  accepção  de  tendência  e  proxi- 
midade, e  déo,  hgar,  prender.)  lançar  mão  de 
alguém,  atar  com  prisões,  laços,  ferros  ;  met- 
ter  em  prisão,  em  cárcere;  (fig.)  ligar,  v,g. 

—  as  palavras  umas  com  as  outras,  enleiar  os 
sentidos. — ,  tomar,|apanhar,  v.  g.  —  pei- 
xes. —  de  alguém  vingança,  tirar,  tomar 
— -f  privar  da  liberdade,  v  g.  —  a  vontade. 
Amor  lhe  prendeu  a  vontade.  — ,  arraigar, 
pegar,  criar  raizes.  A  arvore  prende  na  ter- 
ra. — ,  fixar-se,  firmar-se,  arraigar-se,  v.  g. 
a  doutrina  prende  nos  corações.  —  o  fogo, 
atear- se,  lavrar. — se,  «.  r.  cativar-se,  ser  ca- 
tivado, subjugado,  v.  g.  —  de  cuidados,  ne- 
gócios, affeições,  dos  carinhos,  da  belieza. 

—  PRENDIDO,  A,  I?.  p.  de  prender  ;  aí/;,  pre- 
íO.  V.  Preso. 

PRENDIMENTO,   S.    W.    Y.    PrisãO. 

PRENESTE,  (geogr.)  hoje  Palestrina,  ci- 
dade do  Lacio,  ao  E.  de  Roma  e  ao  S  do 
Tibur,  nos  confms  do  paiz  dos  Equos 

PRENHADA,  ttdj .  f.  V.  Prenhe,  Pejada. 

■  PRENHE,  adj.  dostg.  (Lat.  proegnans  ^ 

tis ;    proe  denotando  elevação ,  e  gnascor, 

nascer.)  pejada  ,  com  feto  no  ulero.  Estar 

— .  Fazer-se  —  uma  mulher,  emprenhar. 

—  ,  (n^.y" cheio,  que  encerra  grande  quan- 
tidade, V.  g.a  terra  —  de  metaes  :  as  nu- 
vens —  de  vapores,  de  raios.  Palavras  — , 
que  deixam  entender  mais  do  que  exprimem. 
O  presente  está  —  do  futuro. 

Syn.  comp.  Prenhe,  gravida,  pejada.  To- 
das estas  palavras  exprimem  a  mesma  idéa, 
mas  cada  uma  comdiíferente  relação.  Pre^ 
nhe  refere-se  ao  estado  da  fêmea  que  traz 
a  criança  no  ventre.  Gravida  exprime  o 
peso  que  a  fêmea  sente  durante  a  prenhez. 
Pejada  indica  o  embaraço,  incoramodo  ou 
estorvo  que  experimenta  em  quanto  anda 
prenhe. 

Prenhe  diz -se  das  mulheres  edas  fêmeas 
dos  animaes,  pelo  que  é  termo  baixo  e  in- 
decente, e  só  se  usa  o  de  gravida  ou.  peja- 
da fallando  das  mulheres.  Com  tudo  no  sen- 
tido figurado   chama-se  prenhe  ao  que  é 


cheio,  carregado,  ao  que  contem  uma  cou- 
sa que  não  se  descobre  ;  e  assim  se  diz  « 
nuvem  prenhe  de  raios ;  terra  prenhe  de 
metaes ;  palavras  prenhes  de  mysterios , 
etc.  » 

PRENHEZ,  s.f.  (des.  ex)  estado  da  fêmea  que 
traz  feto  no  útero. 

PRENHiDÃo.  V.  Prenhex. 

PRENOçÃo,  s.  f.  noção  provia. 

PRENOME,  s.  m.  entre  os  antigos  Romanos 
titulo  anterior  ao  nome  de  alguém. 

PRENSA,  s.  f.  (do  Lat.  pressus,  de  premo, 
ere,  espremer)  machina  de  espremer,  aper- 
tar, estampar,  v,  g.  V.  Prenuncio. 

PRENUNCiAÇÃo,  s,  f.  aununcio  propheti- 
co. 

PRENUNCIADO,  A,  p.  p.  de  preuunciar  ;  adj. 
annunciado  propheticamente. 

PRENUNCiADOR,  s.  m.  propheta.  adj.  que 
prenuncia,  annuncia,  o  futuro. 

PRENUNCIAR,  V.  a.  (Lat.  praenuntiare)  àn- 
nunciar  o  futuro,  predizer,  prophetizar. 

PRENUNCIO,  s.  m.  sinal  annunciador  de 
cousa  futura.  — ,  adj,  que  prenuncia,  pre- 
diz, ex.  «  Os  raios — *  da  manhã.  »  «  Estrel- 
las  — s  da  prospera  navegação.  »  Arraes. 

PRENZLOU,  (geogr.)  cidade  murada  dos 
Estados  Prussianos,  a  28  léguas  ao  HE.  de 
Potsdam  ;  10,000  habitantes. 

PREoccuPAçÃo,  s.  f.  prevenção,  opinião 
antecipada,  impressão  feita  no  animo  que 
embaraça  o  exame  livre  das  questões  e  o  ajui- 
zar rectamente  das  cousas. 

Syn.  comp.  Preoccupação ,  prevenção. 
Estes  dous  termos  exprimem  uma  disposi- 
çam  interior  opposta  ao  conhecimento  da 
consciência,  e  que  impede  o  animo  de  adqiie- 
rir  os  conhecimentos  necessários  para  jul- 
gar rectamente  das  cousas,  com  a  differen- 
ça  que  a  preoccupação  reside  particular- 
mente no  entendimento,  e  o  faz  cego,  ea 
prevenção  tem  seu  principal  assento  na  von- 
tade, e  a  faz  injusta. 

A  preoccupação  é  o  estado  do  animo  de 
tal  modo  cheio  e  possuido  de  certas  ideias, 
que  não  pôde  ouvir  nem  conceber  outras 
contrarias.  A  prevenção  é  uma  disposição 
antecipada  da  alma  que  a  faz  inclinar  a  jul- 
gar mais  ou  mtnos  favorável  ou  desfavora- 
velmente d'um  objecto. 

A  preoccupação  tira  a  liberdade  do  ani- 
mo ;  absorbe-o.  A  prevenção  tira  a  impar- 
cialidade do  juizo ;  induz  em  erro.  A  preoc^ 
cupação  nasce  de  alguma  impressão  viva  e 
profunda  que  enche  de  seu  objecto  a  capa- 
cidade do  animo,  e  captiva  o  pensamento. 
A  prevenção  nasce  de  certas  relações  ou  in- 
formações que  nos  dóram  d'um  oujecto,  as 
quaes  interessando-nos  a  seu  respeito,  não 
permiltem  á  nossa  alma  o  conservar  seu 
equilíbrio  e  a  sua  indiílerença. 


PftE 


FRE 


289 


As  preoccupaçòes  não  são  boas  para  cou- 
sa nenhuma:  devem-se  combater  como  ini- 
migas da  verdade.  Ha  prevenções  justas  e 
rasoaveis :  ó  mister  examinál-as,  porque 
podem  prevenir-nos  contra  o  engano. 

PREOCCUPADO,  A,  p.  p.  deprcoccupar  ;  adj. 
que  tem  preoccupaçòes* 

PREOCCUPANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans,  tis)  queoccupa  primeiro  ou 
previamente. 

PREOCCUPAR,  V.  a.  occupar  previamente. 

—  o  animo,  introduzir  no  animo  noção,  opi- 
nião antecipada.  — ,  (p  us.)  tomar  com  an- 
tecipação, V.  g.  —  as  armas,  toma-las  por 
surpreza. 

PREOPÍNANTE,    S.   m.  O  quO   OpiuOU  OU  YO- 

tou  antes  do  orador  que  está  fallando,  an- 
tes de  outro  em  debate,  em  discussão. 

PREOPiKAR,  V.  n.  opinar  antes  de  outro 
orador  em  debate,  discussão. 

PRKORDENAçÃo,  s.  f  ordcuação  antecipada 
das  cousas  feita  ab  esterno  pelo  ente  supre- 
mo. 

PREORUENAEO,  A,  p.  p.  de  preordeuar ; 
adj.  ordenado  com  antecipação  ab  ceterno, 
predestinado. 

PREORDENAR,  V.  a.  ordeuar  com  antecipa- 
ção, predeterminar  o  futuro,  predestinar. 

PREORDiNAÇÀo.  V.  Preordenação. 

PREPAO,  s.  m.  (naut.)  pau  junto  do  mas- 
tro que  atravessa  as  escoteiras  da  gávea,  tem 
seus  furos,  e  serve  de  dar  volta  aos  cabos  que 
descem  da  vela  grande. 

PREPARAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  praeparatio,  onis] 
o  acto  de  preparar  ou  de  preparar-se,  dispo- 
sição previa ;  composição  pharmaceutica. 
Preparações  anatómicas,  partes  do  corpo 
humano  ou  de  animaes  preservadas  da  cor- 
rupção por  diversos  meios  chimicos. 

PREPARADO,  A,  p.  p.  do  preparar,  adj. 

PREPARADOR,  s.  m.  O  que  prepara.  —  ana- 
tómico, o  que  prepara  as  dissecções  do  cadá- 
ver para  as  demonstrações  dolente. 

PREPARAMENTO.  V.  Prepavo. 

PREPARAR,  V.  a.{LSit.prceparo,  are;  prcB, 
parare,  dispor,  apromptar)  dispor,  aprom- 
ptar  as  cousas,  os  meios  necessários  para  al- 
gum fim,  V.  g.  —  a  comida,  as  armas,  as 
naus,  a  defesa.  —  medicamentos,  para  uso 
medico.  —  as  tintas,  as  cores,  para  pintar. 

—  a/^wem,  dispo-lo,  v.g.  para  receber  no- 
va triste.  —  o  doente,  por  meio  de  dieta  ou 
medicamentos,  a  fim  de  coadjuvar  o  bom  effei- 
to  do  tratamento  subsequente.  — se,  v.  r 
dispor-se,  apromptar-se,  fazer-se  apto,  t. 
g.  —  para  a  guerra  ;  — para  a  disputa,  a 
partida,  para  o  exame. 

PREPARATIVO,  A,  adj.  (des.  ix)o)  que  pre- 
para, dispõe.  — ,  s.m.  usado.  Os  —s,  pre- 
paros. 

PREPARATÓRIO,  A,  adj.  (des.  drio)  que  pre- 

VOL.    IV. 


para.  Os  — s,  estudos  preliminares  antes  de 
seguir  os  de  uma  faculdade  na  universida- 
de. 

PREPASSAR,  c.  g.  passar  alem  e  de  lado, 
V  g.  —  um  navio  por  outro.  —  o  cavallo 
com  alguém,  (loc.  ant.)  dar  um  passo  falso 
que  faz  cair  o  cavalleiro. 

PRKPOKM,  s.  m.  (ant.)  (do  Fr.  pourpoint) 
justilho  de  mulher. 

PREPONDERADO,  A,  p.  p.  do  preponderar ; 
superado  em  peso,  que  preponderou. 

PREPONDERANTE,  aéj .  dos2g.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans,  tis]  que  prepondera ,  que  pre- 
valece. 

PREPONDERAR,  0.  u.  (do  Lat.  protpondeTO, 
are,  de  poncíwí,  em,  peso,  exceder  em  peso; 
(fig.)  prevalecer,  ser  preeminente,  ter  supe- 
rior influencia.  — ,  v.a.  (p.  us.)  dar  maior 
peso,  fazer  prevalecer. 

PREPÔR,  V.  a.  antepor  (no  sentido  pró- 
prio e  no  figurado)  preferir. 

PREPOSIÇÃO,  s.  f.  (Lat.  prapositio,  onis) 
(gram.)  parte  da  oração,  de  ordinário  ante- 
posta ao  sujeito  do  verbo,  e  que  exprime  re- 
lações diversas  de  lugar,  tempo,  possessão, 
etc.  As  preposições  são  em  geral  contracções 
de  verbos  ou  de  nomes.  V.  A,  De,  Em, 
Para,  Por,  etc.        ^ 

PRBPOsiTO,  s.  m.  (Lat.  praepositus]  ten- 
ção de  fazer  alguma  cousa. — ,  mais  usado. 
Padre  — ,  em  algumas  ordens  clericaes,  o 
padre  perfeito.  — ,  (ant.)  alferes-mór,  ou 
adiantado. 

PREPOsiTURA,  s.  f.  O  officio  de  preposi- 
to. 

PREPOSTERADO,  A,  p.  p.  de  prepostorap ; 
adj.  antecipado  contra  a  ordem  dos  tem- 
pos. 

PREPOSTERAMENTE,  adv.  (mcn í 6  suíT.)  cou- 
tra  a  boa  ordem. 

PREPOSTERAR,  t.  a.  (Lat.  praeposíerus, 
prae,  diante,  eposterus,  posterior)  inverter 
a  ordem  dos  tempos ;  perverter 

PREPOSTERIDADE    OU   PREPOSTERAÇÃO,  S.    f. 

acto  feito  contra  a  devida  ordem,  sem  acer- 
to. 

pREPOSTERO,  A,  adj.  (Lat.  praeposterus\ 
avesso,  contra  a  boa  ordem,  desordenado. 

PREPOSTO,  s.  m.  (ant.)  espécie  de  sacris- 
tão-mór,  no  convento  de  Santa-Cruzde  Coim- 
bra. 

PREPOSTO,  A,  p.p.  deprepôr;  adj.  ante- 
posto ;  preferido. 

PREPOTÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  praepotentiã)  pre- 
domínio, grande,  excessivo  poder ;  abuso  de 
autoridade. 

PREPOTENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  praepo- 
tens,  tis]  que  tem  poder  superior,  predomí- 
nio. 

PREPUCO,  s.  m.  (Lat.  praeputium,  depra«, 
diante,  e  puto,  are,  cortar)  prolongação  da 
73 


PRE 


tiélfié ' àte  dié^.o  tteni^',   (fig.j   circumci- 

PREn^N,  (geogr.)  cidade  da  Mora  via,  ca- 

Sita!  de  circrtrfo,  a  5  léguas  e  meia  aoSO. 
e  Weis!?kisrchert  ;  3,0tMJ  habitantes. 

PREREGAiHAS,  g.  f  fl.  (ant.)  V.  SuppUcas. 
,  preroCtATiva,  5..  f.  (Lat.  praerogaiiva,  do 
«dj.  prtferoí/afjinís.,  que  vota  primeiro)  di- 
reito, antoridacie  superior  á  de  outrem^  pre- 
emfmmcia,  privilegio.  An  —s  da  coroa,  do 
rei,  direitos  soberanos  estabelecidos  pelas 
tós  fiin(íameBtae5  do  reino. 

SrN.  Cfirop.  Prero/jativa,  prsvilegio.  A 
prerogativa  corresponde  aos  homens  e  ás 
preferencias  pessoaes ;  provera  principal- 
mente da  subordinação  das  relações  que 
as  pessoas  teem  entre  si.  O  prizUegio  per- 
tence ou  su  refBre  a  alguma  vantajem  de 
interesse  ou  de  emprego  ;  provem  da  con- 
cessão do  içtfbernno  ou  dos  estatutos  da  so- 
ciedade. 

'•"^O  nascimento  dá  ^^'pr&rogalivas.  Os  car- 
gos e  empregos  dão  os  privilegias. 

PRESA,  s.  f.  (Pr.  priae,  do  Lflt.  prchensus, 
a,  àeprehendo  ou  prendo,  ere,  tomar,  lan- 
çar a  mão)  tomada  ;  cousa  tornada  em  guer- 
ra ;  navio  tomado  aoínímigo  Andarás— s. 
Ser  de  —  ou  de  boa  — ,  diz-se  de  navio 
íí^rosado  segundo  as  leis  da  guerra.  Fazer 
— ,  agarrar,  tomar  com  força.  Não  fazer — , 
resvalar.  —  d' agua,  represa,  agua  represa- 
da em  «rçude.  — ,  garra  de  ave  de  rapina  ; 
ralé;  prêa.  Osanimaes  mansos  são — s  das 
feras.  — s,  dentes  caninos  do  homem  e  dos 
animaes,  ecolmilhos  docavalío. 

Outros  escrevem  preza,  particularmente 
na  accepção  de  navio  tomado,  que  se  pode 
derivar  do  Lat.  prcedari,  roubar. 

PRESAGAMENTE,  ãdv.  [mente  suff.)  com  es- 
pirito presago. 

PRESA6IAD0,  A,  p.  p.  de  presagiar  ;  adj. 
que  presagiou  ;  prognosticado 

PRESAGíAuoR,  A,  adj.  quo  presagia,  que 
foz  presagios  ;  que  serve  de  presagio. 

PRESAGIAR,  V.  O.  (Lat.  prcBsagio,  ire,  prae, 
^'antemão,  asagio,  ire,  prever;  rad.  íc  ire, 
saber)  prever,  antever;  predizer.    '"'^'''*'"' 

PRESAGIO,  s.m  [Lat.  praesag%im.Y.  Pre- 
sagiar) cousa  de  que  se  tira  agouro,  que  se 
■Cíè  ser  annuncio  de  acontecimento  futuro,  v. 
g.  bom  ou  máu  — . 

PRisAoioso,  A,  adj.  (des.  oso)  que  presa- 
gia, que  encerra  presagio,  v.  g,  — s  gralhas, 
^oureiras. 

i^bSago,  a,  adj.  (Lat.  praesagus.)  que  an- 
nuncia  cousa  futura,  ex.  «  O  coração  —  m'o 
diràt.  »  Camões. 

pR^SANCTiFiCADO,  A,  ttdj .  sancUficado  an- 
tecipadamente, V.  g.  na  liturgia  da  Igreja 
^ga,  a  íjLOstia  e  o  vinho  consag^-ados  d*antes. 
^^vte  ^OB^ráme  cpmmunga  na  missa. 


PRE 

PRESAR.  V.  Apresar,  e  Frezar. 

prksbitero.  V.  Presbytero. 

presdurgo,  (geogr.)  Presiburg  em  alie- 
mão  ,  Posony  em  Ilungaro  ,  Posonium  , 
Preeislaburgium  e  Istropolis  em  latim  da 
idade  media,  cidade  dos  Estados  austría- 
cos, capital  da  delegação  de  Prcsburgo  a 
50  léguas  ao  NU.  de  Bade;  45,U00  bad)i 
tanles 

presdurgo,  (geogr.)  uma  das  delegações 
da  Hungria,  aquém  do  Danúbio,  limitro- 
phe  da  Áustria  ao  O.,  da  delegação  de  Neu- 
tra aoE;  '!9i>, 000  habitantes.  Capital  Pres- 
burgo. 

pRi^sBYTA,  s.  dos 'ig.  [do  CiT.presbys,  ve- 
lho porque  na  velhice,  a  vista  de  curta  que 
era,  se  alonga,  em  razão  do  achatamento  do 
globo  do  olho)  pessoa  que  vô  melhor  ao  lon- 
ge que  de  perto.  Oppõe-se  a  myope, 

PRESBYTERADO  OU  PRESBYTKRATO,  5.  W.  fl 

ordp'n,  dignidade  de  presbytero. 

PRESBYTERfANO,  s.  m.  scctario  calvinista' 
que  não  admilte  outra  ordem  ecclesiastic.r 
senão  a  dos  presbyieros.ou  ministros  do  Evan- 
gelho. 

PRESBYTERiANOS,  (hist.)  tiomo  dos  Calvi- 
nistas d'Escossia,  porque  esta  seita  nãoad- 
mitte  senão  simples  ministérios  do  culto 
'presbyteri,  padres) ,  os  quaes  são  todos 
considerados  iguaes.  Ksta  seita  data  do 
meado  do  soculo  XVI  e  teve  por  principal 
chefe  Knox. 

PREsBYTERio,  5.  m.  a  área  do  altar-mór  aíc 
ás  grades  onde  antigamente  entravam  só  os 
presbyleros. 

PRESBYTERO,  s.  m.  (do  T.r.  presbyteros, 
comparativo  àepresbys,  velho)  propriamen- 
te significa  ancião,  na  communidade  dos 
fieis;  sacerdote,  que  tem  ordens  demissa. 

PRESCIÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  praescienúa]  co- 
nhecimento intuitivo  do  futuro  :  —  divino. 

PREsciENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  praesciens, 
tis,  p.  a.  áepraeseio,  ire)  saber  com  anteci- 
pação. 

PRESCINDIDO,  A,  p.p.  de  presciudir ;  adj. 
de  que  se  prescindiu. 

PRESCINDIR,  V  n.  (Lat.  praescindor,  i;  prac 
alem,  e  scinderg,  cortar) ;  (fig  )  separar  men- 
talmente, pôr  de  parte,  não  attender  a:  — 
de  antiguidades,  graduações.  Prescindio  de 
todas  as  considerações.  Vieira  usa  d'este  ver- 
bo em  sentido  activo,  v.  g.  —  a  graça  d 
gloria  :  é  hoje  desusado. 

PRESCITO,  conforme  á  etymologia.  ^.Pre 
cito. 

PRESCRiEVKR,  V.  a.    (Lat.  praescribo^  ere 
ordenar  por  escripto  o  que  se  deve  fazer,  or 
denar  em  termo.s  explícitos.  —  tempo,  Hmi 
tar.  Os  deveres  que  a  lei  prescreve.  — ,  (jur.) 
adquirir  por  usucapião,  a  titulo  de  prescri- 
p^Sò.  -í-,  í).  n.  ÍJur.)  passar  O  temprò  (jtier 


PR« 


PRB 


lei  concede  para  intentar  acçSo ;  reclamar 
contra  a  posse  illogal  de  cousa  que  nos  per- 
tence ;  cair  em  desuso,  ex.  «  O  poderio  do 
costume  prescreve  contra  o  uso  da  lei  »  Pi- 
nheiro, isto  é,  prevalece,  tem  mais  força, 
PRESCRIPÇÃ.0,  s.  f.  (Lat.  prascriptio,  oni6), 
o  acto  de  prescrever,  preceito.  —  de  me- 
dico ,  receita.  —  íjnr..)  expiração  do  tem- 
po que  a  lei  peroaitte  intentar  acção  judi- 
cial para  recobrar  divida,  ou  posse  de  con- 
sa  de  ue  alguém  se  apoderou.  Excepção  de 
— .  Tempo  das  prescripçõex ,  passado  o 
qual  nào  é  licito  demandar  alguém  por  di- 
vida, ou  reclamar  contra   posse  illegal. 

PRESCRiPTivEL,  adj .  dos  2  g.  (des.  ivel), 
que  é  sujoito  á  prescripção  Direitos  prés- 
criptiveis,  que  se  perdem  pelo  desuso. 

PREscRiPTO  A,  p  p.  de  prescrever,  adj., 
ordenado  explicitamente  ;  que  prescreveu. 
Tempo  — ,  determinado,  limitado.  A  ordem 
—1.^  Demanda  acção  — ,  que  prescreveu, 

PRESCT,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra,  a 
3  léguas  ao  E.  de  Liverpool ;  4,5{.!0  ha- 
bitantes. 
PREséA,  (ant.)  V.  preséa. 
PRESRCUTORio,  V.  PerseciUorio. 
PRESENÇA,  s.  f.  (Lat.  prmsentia ;  pras , 
diante,  e  esse,  estar),  assistência  pessoal  de 
algnem,  «.  g.  na  —  do  juiz ;  —  de  Deus. 
—  circunscriptiva,  (theoi.  e  eschol ),  a  de 
um  corpo  circumscripto  em  limites,  no  es- 
paço ,  —  definitiva,  (theol.),  a  de  um  cor- 
po que  está  integralmente  em  cada  ponto 
do  espaço  que  occupa,  v.  g.  a  do  corpo  de 
Jesu-Christo  na  hóstia  consagrada.  — ,  (fig.) 
semblante,  aspecto.  Tem  boa  — ,  gentil  — . 
Mulher  de  pouca  — .  de  sangue,  (med.  p. 
us.),  abundância,  copia. 

PRESENCIADO  A.  p.p.  de  prescuciar  ;  ac^/., 
que  alguém  presenciou,  visto  observado  por 
pessoa  que  estava  presente,  v.g.  Tmba — , 
o  facto.  Scenas  — s  por  mim. 

PRESENCIAL,  ãdj  dos  2  g.  (des.  adj.  ai), 
de  pessoa  presente,  Assistência  — .  Soccor- 
ro  -^,  eíiioaz,  opportuno,  presentaneo. 

fRBSENCi ALIDADE,  s.  f.  (des.  idade),  acto 
de  assistir,  de  estar  presente,  o  ser  pre- 
sente. 

PRE9ENCIALMENTE5    adf>.   (weWÍe  SUÍÍ.),   {p.. 

us.),  pessoalmente.       <''-  '  ^i  ,oi:^r■^l\v\(\ 

PRESENCIAR,  V.  a.  {à(t  LSit.  prâkenti(t\'ar 
des.  inf.),  ver.    observar  com    os  próprios 


do  Lnt.  aneos] ,  insttntaneo,  mui  efficazí 
opportuno,  iramediato,  t).  gf.  remédio,  auxi*' 
lio  _.  Virtude  — .  «1 

PRESENTAR,  V.  a.  V.  Apresentar,  -^^ 
Stn.  comp.  Presentar,  offerecer.  Presen- 
tar  não  exprime  mais  que  a  ideia  sirapleif 
e  única  de  expor  á  vista  de  alguém,  oú' 
antes  appruximar  d'elle  uma  cousa  para 
que  a  tome,  p.ira  que  a  adraitta,  para  que 
a  acolha,  ou  taml»em  para  que  a  conside- 
re ;  porem  sem  nenhuma  outra  circums- 
tancia  .«ignalada.  sem  nenhuma  outra  re- 
lação. Offerecer  exprime  a  acção  de  pro- 
por ou  de  instar  para  que  alguém  accoite, 
tome,  admilta  alguma  cousa',  porém  parti-i 
cularmente  cousas  agradáveis,  úteis,  inte- 
ressantes, e  com  intt^resse,  com  eíTicacia, 
com  vontade  sobre  íudo,  de  que  se  accei- 
te  o  que  se  offerece.  O  dono  da  casa  pre- 
senta  a  um  amigo  um  copo  de  agua  ou  de- 
vinho  quando  este  o  pede ;  e  offerece-Vho' 
mando  o  convida  a  que  beba. 

PRESF.NTE,  adj.  dos  2  g.    (  >at.  proesens, 
tis.  V.   Presença),  que   assiste  em  pessoa, 
que  está  diante  de  alguém,  v.  g.   As  pes-' 
soas  — s,  á  cerimonia.  Tempo  — ,  o  actual, ' 
o  que  vai  passando,  proitpto,  eíTicaz.  favo- 
rável, propicio,  V.  g.  remédio,  auxilio  — , 
manifesto,  que  ie  presenceia.    Ter  — ,    na 
memoria,  lembrar-se.  Tenho  —  a  sua  car- 
ta, diante  dos   olhos ,    ou   na   lembrança. 
Esse  facto  he-me  — .  Fazer  — ,  represen- 
tar. Tempo  —  dos  verbos,  ou  subst.,  o — , 
que  exprime   acção    ou   estado  — ,  que  se 
passa  actualmente.  Dons  — s.  [ant.)  com  que^ 
alguém  foi  presenciado.  Lucena.  — .  Ao  — ,' 
de  — ,  (loc.  adv.).  agora,  no  tempo  d'ago-*" 
ra. 

PRESENTE,  s.  w.  O  — ,  O  tcmpo  actual, 
d'agora ;  o  tempo  dos  verbos  que  exprime 
a  actualidade  de  algum  acto  ou  estado.  — , 
dom,  offerta,  mimo  que  se  apresenta  a  al- 
guém. V.  g.  Tem,  deu-lhe  muitos  presen- 
tes. 

PRESENTEADO ,  p.  p.  sup.  dc  Presentear^ 
adj.  ,  a  quem  se  mandou  um  presenteou  ^ 
dom.  Foi  mui  — ,  recebeu  muitos  presen- 
tes. 

PRESENTEAR,  V.  a.  {presente,  ar  des.  inf.), 
mandar  presentes,  t.  g.  Presentearam  os 
estrangeiros  com  fructas  e  aves. 

PRESENTEiRO  A,  adj.  (dcs.   eiro),  p.  Ui5., 


olhos,  estando  presente,  ».  g.  — ,  o  facto,   amigo  de  se  mostrar,  de  apparecer 


a  disputa,  a  briga 

PRESENTAÇÃO,  V.  Apresentação. 

PRE9ENTAD0,  Y.  Aprescutado.  Posto  di- 
ante. 

PRESENTANEAMENTE,  adv.  [mente  suff.), 
logo,  no  mesmo  instante,  instantaneamen- 
te. 


PRESENTEMENTE,  ãdv.  [mente  suff.),  ago- 
ra no  momento  presente,  actualmente. 

PRESBNTIDO.  p.  p.  deprcseutir  adj., 
sentido,  percebido  antecipadamente;  que 
presentfo.  v.  g.  Homem  — ,  que  tem  pre- 
sentimento  ;  — ,  de  perigo. 

PRESENTIMENTO,  S.    W».  VCrb.  fwiCníO  Suff.), 


PRisiRTAif EO  A,  adj.  [presente,  des.  Mn$o,  I  sentimento,  antecij^ado,  antevidencia  de  coti- 

7«  ♦ 


Wr,' 


299 


PKÊ 


sa  queda  cuidado  de  perigo,  v.  g.  Ter — , 
àa  sua  hora  derradeira.   Fataes  — s. 

PRESENTINHO,  s.  m.  diminut.  de  presen- 
te. 

PRKSENTiR,  V.  a.  [Lãlpropsenlio,  ire),  sen- 
tir intuição  do  futuro,  prever  por  senti- 
mento intimo,  t?.  g.  — ,  o  inimigo,  os  pe- 
rigos, as  revoluções. 

PRESENTÍSSIMO  A,  adj .  supevl.  de  presen- 
te, (ant.),  muito  eííicai,  promptissimo,  mui 
effectivo. 

PRESEPE,  s.  m.  (Lat.  proesepes,  prós , 
diante,  e  sepes,  vallado),  curral,  estrecaria, 
covil  de  feras  ,  (astr.),  estrella  nebulosa  no 
peito  do  Câncer. 

PRESÉPIO,  s  m.  (  V.  Presepe),  presépio 
oratório  que  representa  o  nascimento  de 
Jesu-Christo  em  uraa  estrebaria. 

PRESEPiSTA,  s.  m.  presepe,  des.  isíá),  far- 
çante  nos  dramas  em  que  antigamente  se 
representava  o  natal  ou  nascimento  de  Jesu- 
Christo. 

PRESERVA,  (ant.)  V.   Preservação. 

PRESERVAÇÃO,  s.  f.  O  acto  dc  preservar, 
conservação  em  estado  são,  v.  g.  — ,  das 
carnes,  dos  viveres. 

PRESERVADO  A,  p.  p.  de  presorvar,  adj. 
conservado   sem    corrupção  ou  detrimento. 

PRESERVADOR,  s.  w.  O  que  preserva,  pro- 
tege  ;  adj.  ,  que  preserva,  proteje ;  preser- 
vativo. V.  g.  Providencias  prMerraJoras  de 
peste. 

PRESERTAR,  V.  a.  [pre  pref. ,  e  Lat.  ser- 
vo, are,  conservar),  manter  livre  de  corrup- 
ção, perigo,  damno,  v.  g.  — ,  os  manti- 
mentos, as  carnes,  — ,  a  saúde  ;  (fig.)  — , 
a  republica  dos  facciosos,  a  cidade  da  pes- 
te;  — ,  a  innocencia,  conserval-a  sem  man- 
cha. — SE,  V.  r.,  garantir-se,  defender-se, 
manter-se  illeso,  v.  g.  — ,  da  peste,  do 
contagio. 

PRESERVATIVO  A,  adj.  (dcs.  itJo) ,  que 
tem  virtude  de  preservar ;  s.  m.,  cousa  que 
preserva,  v.  g.  — ,  do  veneno,  do  virus 
contagioso ;  — ,  da  honestidade,  innocen- 
cia. 

PRKSEVE,  V.  Perseve. 

PRESEVERADO,  V.  Preservado. 

PRESIDÊNCIA  s.  f.  (des.  encia.  V.  Presi- 
dir), cargo,  oíficio  de  presidente  ;  (fig.)  re- 
gimento, mando  superior,  preeminência. 

PRESIDENTE,  s.  m.  [ôoLãi.  prcBxidens,  tis. 
p.  a.  de  prcesidco,  ere,  presidir),  homem 
que  preside  camará,  congresso,  assembléa, 
junta,  academia,  acto  litterario.  O  —  dos 
Estados  Unidos,  magistrado  electivo  e  tem- 
porário, encarregado  do  poder  executivo 
por  quatro  annos.  —  adj.  (p,  us  ),  que  pre- 
side, V.  g.  deosa — ,  dos  tanques  e  dos  rios. 
Eneid.  Port 

PRESIDIADO  A,  p.  p.  de  presidiar*,   adj., 


PHl 

provido  de  presidio,  guarnição.  Praça,  víl- 
la  presidiada. 

PRESIDIAR,  V.  «.  [presidio,  ar,  des  inf.), 
prover  de  presidio,  guarnição  de  soldados; 
deíTender,  guardar,  v.  g.  — ,  as  torres,  a 
praça. 

PRESIDIÁRIO  A.  adj.  (Lat.  prcBsidiarius), 
de  presidio  em  praça  ;  condemnado  a  ser- 
vir como  soldado  em  praça  de  guerra. 

PRESIDIDO  A,  p.  p.  de  presidir  ;  adj.  , 
feito  debaixo  da  presidência  de  alguém. 
Congresso ,  acto  ,  concilio  — ,  por  pessoa 
autorisada.  Tinha  — ,  a  assembléa,  dirigi- 
do como  presidente.    V.  o  verbo. 

PRESIDIO ,  s.  m.  (Lat.  proesidium  ;  pra  , 
diante  ,  e  sedeo  ,  ere  ,  assentar.)  tropa  da 
guarnição  de  praça,  guarda  ;  praça  forte  pre- 
sidiada. Gente  de — ,  soldados  mal  discipli- 
nados.— ,  (fig.)soccorro,  auxilio;  pessoa  que 
serve  de  amparo,  protector.  O  —  da  arte, — 
da  divina  graça.  Perder  —  em  alguém,  qua 
morreu,  ou  se  ausentou. 

PRESIDIR  ,  V.  a.  fLat.  proRsideo,  ere;  prce 
denotando  superioridade,  e  sedeo,  ere,  assen- 
tar.) dirigir  como  presidente,  u.  g.  — o  con- 
gresso, o  acto,  a  assembleia.  — ,  em  senti- 
do abs.  ou  n.,  fazer  o  oíTicio,  preencher  as 
funcções  de  presidente,  v.g.  —  ao  acto.  Ka 
deliberação  da  assembleia  nacional  em  quo 
presidia  Bailly, 

Moraes  não  faz  menção  do  verbo  activo, 
que  é  o  mais  usado. 

piESiGO,  s.  m.  (t.  da  Beira)  conduto,  que 
não  é  pão  nem  vinho.  Creio  que  vem  do 
Fr.  pressis,  caldo,  de  presser,  espremer.    :, 

PRESILHA,  s    f.  (de  prender ,  ou  presa  ,^ 
des.  ilha,  de    ligar.)  cordão  ou  trancelim 
de  seda,  lã,  lio  de  prata,  ouro,  com  que  se  se- 
gura botão,  ou  a  capa,  etc. 

PRESiONAR.  V.  Aprisionar. 

PRESLES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3  lé- 
guas e  meia  ao  NE.  de  Pautoire;  1,500 
habitantes. 

PRESLES,  (Raul  de,)  (hist.)  escnptor  fran-^b 
cez,  nasceu  em  1316,    morreu   em   1381^-» 
Escreveu  um  Tractado  do  poder  ecclesias- 
tico  e  secular. 

PRESO ,  A  ,  p.  P'  alatinado  de  prender ; 
adj.  (Lat.  prensus  ou  prehensus,  de  prendo 
ou  prehendo,  ere.)  atado  com  corda,  laços, 
prisões,  cadeias,  algemas  ;  encarcerado,  me- 
tido em  prisão.  —  em  laço,  cepo,  apanhado. 
O  cordeiro  — ,  nas  garras  do  lobo.  — ,  (fig  ) 
enleado,  rendido,  v.g.  —  nos  laços  de  amor, 
namorado. — de  achaques.  Tenho  as  mãos 
— s  para  a  defesa,  (fig.)  impedidas,  estor- 
vadas. — ,  prendido.  Tinha  —  o  ladrão. 

PRESORES,  s.  m.  (ant.)  conquistadores. 

PRESSA,  s.  f.  {¥r.presse,áoL&i.pressus, 
p.  d.  de  premo,  ere,  apertar.)  aperto,  con- 
curso tumultuoso  de  gente  ;  acceleraçào,  ce- 


ftt 


vn 


t^tr 


leHdade;  (fig.)  lida,  trabalho,  conflicto;  di- 
ligencia feita  com  actividade,  em  caso  urgen- 
te. Ter — ;  dar-se — ,  apressar-se.  Dar  — , 
instar  alguém  para  que  se  apresse.  Viu  o  ini- 
migo em  —  de  roubar,  lançando-se  sobre  o 
despojo.  Á'  — ,  com — ,  (loc.  adv.)  accelera- 
damente. 

PR£SSÍo,  *.  f.  (Lat.  pressio,  onís,  de  pre- 
mo, ere,  apertar.)  acção  comprimente,  peso 
que  comprime,  aperta,  carrega  sobre  outro 
corpo.  A  —  do  ar,  dos  fluidos,  da  prensa  hy- 
draulica. 

PRESSENTIR.  V.  Prescntir. 

PRESSIONE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5 
léguas  ao  NO.  de  la  Fleche ;  2,470  habi- 
tantes. 

PRKSS16NY,  (o  Grande)  (geogr  )  cidade  de 
França,  a  7  léguas  ao  SO.  de  Loches  ;  1,000 
habitantes. 

PRESsittNY,  (a  Pequena)  (geogr.)  villa  de 
França,  a  2  léguas,  ao  É.  de  Pressigny  a 
Grande  ;  1 09  habitantes. 

PRESSO,  A,  adj.  (Lat.  prcMn.?.)  V-  Conciso. 

PRESSUROSO ,  A,  adj.  V.  Apressado,  Rá- 
pido. 

PRESTAÇÃO,  (Lat.  proestatio,  onis.)  o  acto 
de  prestar  ;  a  cousa  prestada;  contribaição 
para  despeza  ;  pagamento  a  prazos.  — de  ju- 
ramento, o  acto  de  o  prestar  ou  dar. 

PRESTADio  ,  A  ,  adj.  oíiicioso  ,  disposto  ; 
prestar  serviços  ;  útil,  proveitoso.  Desejo  ser- 
vir-Yos  — .  Condição  — .  Animo,  génio  — . 

PRESTADO,  A,  p.  p.  de  prestar ;  adj  que 
í>restou,  emprestado. 

PRESTADOR,  A,  adj.  V.  Prestadio 

I  RESTAMEiRO,  s.  m  [prcstamo,  des.  eiró.) 
(ant.)  O  que  logra  pensão  prestimonial ;  o 
que  goza  de  bens  da  coroa  para  sua  comedia. 
— ,  mordomo,  rendeiro  que  cobrava  os  foros, 
ou  pensões  dos  prestimonios. 

PRESTAMBNTE.    V.    DcprCSSa. 

PRESTAMO.  V.  Préstimo,  Prestimonio . 

PRESTANÇA,  s.  f.  (aut.)  bons  oíTicios  que 
se  fazem  ou  prestam  a  alguém,  disposição 
íi  obsequiar.  Ter  araisade  e  —  com  alguém, 
i'arros.  — ,  dadiva,  serviço,  favor. 

PRESTANCiA,  s.  f.  (Lat  proestantiã',  proe 
denotando  superioridade,  e  slo,  are,  estar  di- 
reito.) cxcellencia,  preeminência,  superiori- 
dade. 

PRESTANÇOso,  A,  adj.  (des.  oío.)  que  tem 
prestança,  que  costuma  exerce- la. 

PRESTANTE,  ãdj .  dos  l  g.  (Lat.  proestans, 
tis,  de  proe  denotando  superioridade,  eíío, 
a rc,  estar,  ser.)  proveitoso,  efíicaz,  v.^.  re- 
médio — .  — ,  excellente.  Amigo  — .  «  — * 
veias  de  ouro,  »  Camões,  abundantes. 

PRESTANTissiMO,  A,  adj.  sMpgW.  de  pres- 
tante, mui  prestante. 

PRESTAR,  V.  a.  (âo  Lat.  proe  diante,  ao 
alcance,  e  sto,  are,  estar.)  dar,  v.  g. — an- 

TOL.    IT. 


xilío,   soccorro,   fó,  juramento.  « Nenhuma 
cousa  prestou  a  natureza  aos  homens,  me- 
lhor que  a  brevidade  da  vida.  »  Arraes.  — 
paciência,  supportar,  haver  se  cora  pacien-  i 
cia.  V.  Emprestar.  —  se  ,  v.  r.  dar-se,  f>.ÍJ 
g,  — mutuo  consilio.  — ,  (p.  us.)utilisar-5e, 
servir-se,  v.  g.  —  de  cavallo.  — se  a  algu- 
ma cousa,  condescender,  fazendo  o  que  al- 
guém deseja  de  nós.  — ,  ter  préstimo,  ser 
proveitoso,    bom,  útil,   prestante.  —  para    - 
tudo,  ser  apto.  —  para   seus  amigos.  Este 
sujeito  presta  para  muito.  Não  —  para  na- 
da, não  ter  préstimo,  valia. 

PRESTATIVO.  V.  Prestadio. 

PRESTE,  s.  m.  (Fr.  prétre,  do  Lat.  prti^ 
bytero.)  (ant)  padre,  sacerdote.  O  —  João, 
denominação  antiga  e  incorrecta  que  desi- 
gnava o  imperador  da  Ethiopia,  que  se  sup- 
punha  unir  o  sacerdócio  ao  poder  régio.  E' 
corrupção  de  djehan,  que  significa  o  mundo, 
e  é  o  titulo  do  dalai  lama  ou  summo  sacerdo- 
te da  seita  c/iamanica. — ,  (ant.)  official  dos' 
menores  do  serviço  da  casa  real.  V.  Prestes, 
s.  m. 

PRésTEMO,  (ant.)  V.  Prestimonio. 

PRESTES,  s.  m.  official  da  tribuna  da  ca- 
pella  real  que  descobre  o  sitiai  de  El-Rei  e  faz 
outros  serviços  relativos  á  capella . 

PRESTES,  adj.  dos  ^  g.  (do  Lat.  proesio, 
prompto  )  prompto,  apparelhado.  — .  adv., 
ou  de — ,  (ant.)  de  repente,  com  prompti- 
dão,  alacridade,  presteza. 

PRESTKSMRNTB, adt?.  (mcntê  suíí .]  com  prés-  ' 
teza. 

PRESTEZA,  s.  f.  promptidão,  alacridade, 
celeridade. 

PRESTifiiADOR,  *.  f»  {L&i.  procstig ia tor  ) 
homem  que  faz  prestígios,  pelotiqueiro;  em- 
baidor. 

PRESTIGIO,  s.  m.  (Lat.  proestigia,  arum, 
de  prce,  diante,  e  stegó,  cobrir,  esconder.)  il- 
lusões";  phantasias  enganosas.  Os  — s  da  arte 
magica.  —  da  eloquência,  artificio  persua- 
sivo. 

PRESTiG  oso.  A,  ttdj .  (Lat.  prcesttgiosus.) 
que  contém  prestigies,  relativo  a  prestigies. 
Astúcias ,  ernbaimentos  ,  enganos  — s.  Ho-  . 
mem — ,  embaidor,  pelotiqueiro. 

PRÍSTiMO,  s.  m    (de  prestar.)  utilidade, 
aptidão  útil,  proveitosa. — ,  (ant.)  senhorio  ^ 
útil.  préstemo,  prestimonio.  — ,  doação,  be- 
neficio, merco. 

PRÉSTIMO  ,  (geogr.)  villa   de    Portugal,  a 
4  léguas  de  Aveiro :  seu  concelho,  situado 
n'uma  planicic  pouco  salubre  ;  contem  1,500  » 
habitantes.  '^ 

PRESTIMONIAL,    ttdj.    doS  1    g.  B  PR8ST1M0- 

NiARio,  A,  adj.  da  natureza  do  prestimonio. 

PRESTIMONIO,  *.  m.  [do  L&i.  proes to,  are, 

e  múnus,  imposto, dom,  benefícios.)  (t.  de  di-  ^ 

reito  canónico)  pensão  tirada  para  sempre  da»  a 

74 


^ 


m 


f^É 


rendas  do  beneficio,  v.  5^.  para  educação  de 
ecclesiasticos  ;  redditos  applicados  pelo  ins- 
tituidor ao  sustento  de  um  sacerdote ;  ca- 
pella  presbylerial  a  cuja  posse  só  um  sacer- 
dote tem  direito. 

pRESTissiMO,  A,  adj .  superl.  de  prestes, 
promptissimo.  —  ,  adverbialmente  ,  (oaus.) 
com  mtiita  vetoeidade. 

PRÉSTITO,  *.  m.  procissão  em  içue  o  rei- 
tor sáe  da  uaiversidade  acoflapanhado  dos 
doutore*,  eelsdantes,  bedéis,  eto. 

PRESi© ,  adf.  m.  protDplô^,  v^loa»  « Era 
nas  execuções  sobn&f«aRetrij — .  »  Ffeire. 

PRESTO,  adv.  cedo,  depressa.  — ,  (mus.) 
com  presteza. 

PRESTON,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
a  7  léguas  e  meia  ao  S.  de  Lencastre  ; 
50,000  habitantes. 

PRESTOu-PANO,  (gcogr.)  cidadc  de  Escó- 
cia, a  3  léguas  ao  WE.  de  Haddington. 

PRESTUMEiROt  :\^;Postrimeiro,  Derradei- 
ro :.u\fi\  -,- 

PRESUMIDO,  A,  p.  p.  de  presumir ;  adj. 
supposto,  conjecturado.  Homem  — ,  presum- 
pçoso,  vaidoso.  Mulher  — ,  desvanecida. 

PRESUMIDOR,  s.m.  costumado  a  conjectu- 
rar; adj.  que  conjectura. 

PRESUMIR,  V.  a.  [Ldíl.  proBsumo,  ere,  prae, 
diante,  e  sumere,  tomar)  conjecturar,  sup- 
por,  suspeitar,  v.  g.  —  traição,  insidias. 
— ,:  D.  n.  ter  presumpção,  v  g.  —  de  sábio. 
— ,  ter  opinião,  v.  g.  —  mai  de  alguém. 
P  resume  muito  de  si,  tem  nimia  opinião. 
PRESUMPÇÃO,  (Lat.  praesumptio,  onis)  opi- 
nião, juizo  conjectural,  fundado  em  indícios; 
opinião  de  si,  desvanecimento.  Presumpções, 
pi.  indicios  prováveis,  t?.  g.  não  ha  provas 
da  crime,  mas  fortes  presumpções. 

pRESUMPçoso,  A,  adj.  (des.  oso)  cheio  de 
presumpção,  desvanecido,  presumptuoso. 

presumptcosamente,  adv.  Qoaa,  presump- 
ção, com  desvanecimento;  afii?f^tírn/í.{  :  -n- 
presumptuoso.  y.  Presurhpçoso. 
pRzsuNçÃo.  V,  Presumpção. 
presunçoso.  V.  Presumpçoso. 
presunto,    s.  m.  (do  Ital.  ptesciutto  ou 
prmciutto,  do  Lat.  vro,  diante,  e  sus,  por^ 
co)  a  perna  do  porco  curada  no  fumeiro. 

presuntuosamentk  ,  V.  Presumptuoso^ 
mente.  í 

PRESu«írtJOS(K  Yo-jPfwrlMwpíttofo. 
PRESUPOR.  V.  Presuppor. 
PRBSUPPOER    T.  Presuppor. 
PRESUPPOR,  m  «i  stippor  d'antemão.  — , 
v.i.nL.  resolver  firHJKtBewte,  v.  g.  —  de  mor- 
rer, 

PR.K8UPP0SIÇé,  s.  f.  siip«posição  antecipa- 
da, presupposto.  • 

pRBSUPPOSTO,  Ay  p;  p.  de  presuppor  ;  adj. 
dado  por  hypoth«8«;  que  9è«3iippõe  anterior, 
aiUeeedfinte,  Uv  a.  fttr*«eOTiveqção. 


PRE 

PRESUPPOSTO,  s.  m.  opinião  antecipadAíj 
intento  antecipado,  propósito,  tenção,  exi\ 
«  Com  este  —  recolheram  seu  gado.  »  «  Conn} 

—  de  desabafar-me.  »  ,i 

_j 

E  tinha  já  por  firme  presupposto 
Ser  com  amores  mal  afortunado. 

Cankieel  Lfte.,  W^  "ífe 


PRESURA,  (ant,)  Y.  Gppress(U>. 

pREsÚRiA,  s.  f.  (ant.)  tomada,  conquisiat, 
presa,  represa  d'agu.a,  açude,  levada. 

PRET,  s.  m.  (de  Fr,  V.  Pré)  soldo  diário 
do  soldacb.  Prets,  pi.  A?tíh«-se  etn  um  avi- 
so de  180^,  mas  é  contrario  á  analogiê-^^ 
lingua.  V.  Pré.  :•■]   .7/fn!;-..na'i 

pretençÃo,  s.  f.  acto  de  pretender,  diltH 
gencia  para  obter  cargo,  emprego  ;    requónl 
rímento  de  pretendente ,    soílicitação.    Ter 
grandes  preíenções,  pi.  aspirar  a  cousas  su-^^ 
bidas. 

pRETENçoR.  V.  Pretensor. 

PRETENDENTE,  s.  w.  (do  p.  a.  Lat.  proe- 
tendens,  tis,  de  praeíendo,  ere)  o  que  soUi* 
cita  cargo,  emprego,  ou»  qiifi  requesta  »»- 
Iher.  ;>'.,;  q  ih 

PRETENDENTE,  (hist.)  Ba*se  cste  nome  »o»»| 
príncipes,  que  sôo  reis  por  direito  beredivA 
tario  e  que  disputam  o  tfaroHO  aos  reis  de 
facto, 

PRETENDER,  p.  «.  (L*ti  proteteudo,  we, 
prae,  diante,  e  ten<h  ,  ere,  tender),  fazer 
diligencia  por  obter,  coa^eguir,  d.,  g.  — , 
officio  cargo;  pretextar,  v.  g.  — ,  ignorân- 
cia. 

Stn.  comp.  Preíendõr,  aípi^(M%.  sollici^, } 
tar.  Resignam  estas  Ires  palavras  os  e»fof-v 
ços  que  se  fazem  para  alcançar  uma  cou- 
sa, para  obtêl-a    Porém  aspirar  design»  o 
vivo  desejo  d'uma  eouâa  que  depende  dos 
homens  ou  da  sorte  ;  prUender  suppõe  uma 
justiça  que  se  deve  fazer   ao  preíendeirte, 
um   premio   que  se    deve  adjudicar  a  séii 
mérito  refll  ou  supposto,  ou  uma  i  graça  de 
que  se  julga  digno.  O  que  as^m  a  ai^u^ 
ma  cousa,  emprega  paira  chegar  a  ella  as- 
túcia e  artificio,  e  por  t(vj^s  a  força  o  to- 
dos or  meios  que  »  incontentavel  ambição 
suggere.  O  que  pretende  expõe  abertameri- 
te  s«u«  direitos  verdadeiros  ou  chimericos, 
e  esforça -se  para  os  fazer  valer.  O  quea*- 
pira  e  mo  logra  o  fim  de  Seus  desejos,  fi- 
ca   abatidb;    humilhado  e   aíBicto ;    o  que  ' 
pretende  e    não  obtém  o  que  sellieitava, 
fica  de6CDHt«mte;  e  diz  que  lhe  fizeramda-' 
justiça,  ou  n&o  attenéêfttmsea  nrerttoi     it.i'»v 

SoUicitar  represftnía  particttlanHenIe  as 
diligencias  que  fazemos,  os  meios   do  que  f 
nos  servimos,  e  os  psassos-  que  danaos  para 
conseguir  o  que  prebendemos.  Uj»  ca-vítèheii*' 


to  de  província  pretende  na  corte  que  se 
lhe  confira  um  emprego,  etc. ;  não  poden- 
do abandonar  sua  casa  e  familia,  encarre- 
ga a  um  amigo  que  sollicite  seu  despacho 
na  secretaria  ou  no  tribunal  competente. 
Neste  caso,  nem  o  cavalleiro  sollicita  ain- 
da que  pretende,  nem  o  amigo  pretende 
ainda  que  sollicita. 

PRRTEiNDiDO  A»  p.  p.  de  pretender  ;  adj., 
diligenciado,  soliicitado,  pretextado,  v.  g. 
Moça  — ,  requestada,  pretenso,  reputado. 
V.  g.  Direito  — ,  supposto,  não  real.  v.  g. 
Pai  — ,  putativo. 

PRETENSO  A,  adj .  [áo  Lài.  pretensusp.  p. 
áe  prae tendo,  ere,]  supposto.  v.  g.  O  —  , 
marido,  rei. 

PRKTENSOR  A,  s.  pessoa  qne  tem  preten- 
çâo ;  V.  g.  pretensor ,  á  coroa,  preten- 
dente. 

PRETEXTADO    V.   Pretextãdo. 

PRETENTO.   Y.  Pretexto. 

PRETERIÇÃO,  t.  f.  O  acto  de  preterir ;  o 
ser  pretendo. 

PRETERIDO,  A,  p.  p.  de  preterir  ;  adj,  não 
provido  em  cargo.  Filho  —  no  testamento, 
de  que  se  não  faz  menção.  Foi  —  na  no- 
meação. 

PRETERIR,  V.  a.  (Lat.  proetereo,  ire;  proe- 
ter,  além,  e  ire,  ir.)  não  comprehender  na 
promoção.  —  o  herdeiro,  o  official. 

PRETÉRITO  ,  A,  aój .  (Lat.  preteritus,  p.  p. 
de  procíerco.)  passado.  Tempo  — .  Os— s  dos 
verbos,  o  tempo  que  denota  acção,  acto  ou 
estado  que  se  passou,  que  teve  lugar  em 
tempo  anterior.  —  perfeito  oU  definito  ;  — 
imperfeito. 

PHETiRMissÃo,  *.  f.  (Lat.  proetermissio, 
onis.]  figura  de  rhetorica  que  consiste  em 
nomear  as  cousas,  affectando  ao  mesmo  tem- 
po não  fazer  menção  delias. 

PRETERMiTTiR,  V.  a.  (Lat.  proetcrmitto , 
cre^  proetet,  além,  e  wtíícre,  mandar,  en- 
viar.) não  mencionar,  omittir,  deixar,  passar 
em  silencio. 

piciTERNATURAL,  odj .  doí  2 ^.  (Lat. proe- 
ter,  além^  e  natural]  sobrenatural,  fora  da 
ordem  da  natureza,  maravilhoso.  Phenome- 
nos  preternaturaes . 

PRETETE,  adj.  m.  diminuí,  de  preto,  al- 
gum tanto  prelo. 

PRETEXTA,  (hist.)  Praetexta,  subentendi- 
da toga  ou  vestis,  vestido  que  os  adoles- 
centes começavam  a  usar  na  idade  de  16 
annos  e  que  tinha  uma  pequena  barra  de 
purpura.  Os  magistrados  também  usavam  a 
pretexta  mas  com  barra  muito  maior  (cha- 
mava-se  augusti-clava  a  dos  oavalleiros, 
laticlava  a  dos  senadores.) 

PRETEXTADO,  A,  p.  f.  dc  pretextar  ;ladj. 
tomado  por  pretexto. 

PRETEXTAR,  V.  «.  [ptetextOf  ar  des.  iní.) 


'¥ 


^h 


tomar  por  pretexit),  desciilpar-se  com  pre- 
texto, V.  g.  —  doença. 

pRETEXTATO  (S.),  (hist.)  .bispo  do  Roma, 
cazou  Merovêo  com  BrunchanJ  em  770  e 
foi  por  este  facto  exilado  p^ra  uma  ilha  da 
Mancha.  Fredegonda  mandou-o  matar  em 
588  quando  ello  vQltç^.á  a^a  diocese.  B 
festejado  a  Í4  de  fevereiro.  ,  j 

PRETEXTO ,  s.  m    (V.  í*reiei.tar.)  «wtíxfl^i 
supposto,  desculpa  fundada  epnootivostps- 
peoiosos,  disfarce,  capa.  Tomar,  buicarprf- 
íejf/opara  íazer  ou  pão  jfa^er  alguma  cou-^ 
sa. 

Syn.  comp.   Pretexto^  escusa,    Escmí^.è 
a   razão  válida,    coei  que  justificamos  uq[) , 
facto.  Pretexto  é  a.razãoapparenle,  de  que 
nos  servimos  para  oc^gjtar ,   a    verdadeira. 

Busca-se  um  pretexto,  para  quo  sirva  de 
escusa.  Fulano  ^eu  por  escusa  o  estar  oc- 
cupado  porem  soube-se  depois  que  tal 
occupação  foi  somente  um  pretejf^to. 

Chama-se  impropriamente  escusa   á  falsa 
razão  ou  motivo  com  que  piocuramosdes- 
culpar-nos,  ou  eximir- nos  de  alguma  cou-* 
sa  ;  porem  esta  na  realidade  não  pôde  cha» 
m«r-se  escusa,  porque  ó  claro  que  não  pôde 
verdadeiramente  sêl-o  aquiilo  que  se  quer  , 
fazer  passar  falsamente  por  tal.  A  palavra 
escusa  a  explica  sempre  debaixo  da  accep- 
ção  de  verdadeira,  e  por  isso   produzimos 
nossa  razão  como  esausa  ou,  desculpa,  syp- 
pondo  que.  reçe.beQcíO'-^  nesta  qualidade  se  . 
olha  cDino  I^hima ;  porem  a  palavra  pre--, 
texto  representa  por  si  mesma    uma  razão 
puramente  íipparente,    e  assim    ninguém  a 
produz  em  qualidade   de  escusa.    Confesso 
que  errei,   porem  sirva^m*  d^  escusa  mi- 
nha pouca.  íixpjoriencia.  «Sirva-me  depr<-  , 
texLo  »  seria  toafessar  que,    não  tenho  6á- ^ 
cusa   legitima   que  allogíw,   expgnlío  u,aia  ; 
razão  puramente  apparento,   qjuo  nap  pôde 
passar  legitimamente   por  escusa.  I^tp  nãp 
tem  esc^ifisa  ou  desculpa,  isto  é,  não  h^,)^- 
zão  válida  que  o  justifique,  ,,|.j,. 

PRRTi,  (hi^t.)  chamado  il  Calabrese  ^  o 
tavalleiro  Calabrea,  pintor  natural  da  Ga-  ', 
labfia,  nasceu  em  lèl3,  morreu  em  1693^,, , 
O  ^useu  do  Louyer  possua  deste  pintor  •> 
um  $ancto  António  abbade,  visitando  S.  ,,; 
Paulo  no  deserto.  ( 

pRETiDÃo,  s.  f.  negrura,  côr  negçi.        -j 

PRETíNA.  V.  P^tj-ina,  cinto.      '.,Z  >r.xMi9h 

PRETINHO,  A,  adj.  á^mij[^^t.^QTf(^^tiJ^  ' 
guíu  tanto  preto.  ,    ^  <~^,.-,>    ,...;:     .,.,,j, 

p^ETO,  A,  a(íj ., (Cast.  prt^ío,  doGr. p»*^- 
thé,  inflammar.)  propriamente  significa  côr 
de  cousii  qyeimada,  negra.  Yestidç^— ,  V^]ç 
le — .  Manchas — s.  Espécies -r^f{^.  9^j^'\m&à- 
taj  içaR^ft»,  c«*Wit  B^aes  —s  de  cobri,,  moe- 
da antiga  que  valia  pouco  múi  de  um  cei-  ^ 
tál.  Uoj^m-r,  oMs  %[}hsÁ.fV,m—^wm^f 
74    ♦ 


m 


tÊÊ^ 


riégrl),' nôlpiií.  Africano'  negròt \Ê«paáa  — , 
florete  terminado  por  botão,  coberto  de  ca- 
murça para  não  ferir,  com  que  se  aprende 
a  esgrima.  Dar  no  — ,  no  ponto  preto  que 
serve  de  mira.  Tomar  o  besteiro  — ,  acer- 
tar na  marca. 

PRBTo,  (geogr.)  Rio  da  província  da  Ba- 
hia, no  Brazil,  na  comarca  do  Bio-de-São- 
Francisco,  um  dos  mais  caudalosos  aííluen- 
tes  do  rio  Grande. 

PRETO,  (geogr.)  Rio,  no  Brazil,  que  ser- 
ve de  limite  ás  províncias  de  Minas-Ge- 
raes  e  do  Rio-de-Janeiro. 

PRETO,  (geogr.)  Rio  da  província  do  Pará, 
no  Brazil,  affluente  do  Tapajóz. 

PRETO,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia de  Mato-Grosso,  no  Brazil,  de  que  nasce 
o  rio  Cuiabá  e  o  Paraguai. 

PRETO,  (geogr.)  Rio  da  província  de  Mato- 
Grosso,  no  Brazil. 

PRETO,  (geogr.)  Rio  da  província  de  Goyáz, 
no  Brazil. 

PRETO,  (geogr.)  pequeno  rio  da  provín- 
cia do  Maranhão,  no  Brazil,  na  comarca  de 
Brejo. 

PRETOLií ,  adj.  dos  2  g,  (de  preto  e 
óleo.)  Óleo  — ,  verniz  dos  espadeiros. 

PRETOR,  (hist.)  (de  prce  itor)  magistrado 
romano,  que  fazia  as  funcções  de  grande 
juiz,  e  que  podia,  nas  províncias,  accumu- 
lar  todos  os  poderes.  Como  civil  o  pretor 
era  juiz  e  legislador.  Quando  tomava  posse 
do  cargo  publicava  o  seu  manifesto  legisla- 
tivo, chamado  edictumprcBtoris  :  Este  car- 
go ífoi  um  desmembramento  do  consulado, 
quando  os  plebeos  adquiriram  o  direito  de 
serem  cônsules.  Publioo  Fhilo  foi  o  pri- 
meiro pretor,  primeiramente  houve  um 
pretor,  depois  o  numero  delles  foi  augmen- 
tando  e  chegou  a  18. 

PRETÓRIA.  V.  Pretura. 

pftETORiAL,  adj.  que  pertence  ao  pretor. 

PRETORIANAS  (guardas) ,  (hist.)  Deu-se 
primeiramente  este  nome  á  guarda  de  um 
general  em  chefe  romano  (pretor,  cônsul, 
ou  dictador).  Depois  applícou-se  o  mesmo 
nome  ás  cohortes  que  formítvam  a  guarda 
do  imperador.  O  seu  quartel  era  perto  de 
Roma  entre  as  portas  Víminale  Esquilina. 
Estas  cohortes,  que  ao  principio  augmen- 
taram  excessivamente  tornaram-se  tão  po- 
derozas  que  davam  e  tiravam  o  império. 

PRETÓRIO,  8.  m .  (Lat.  ptcptorium),  na 
antiga  Roma,  foro  ,  praça  onde  o  pretor 
dava  audiência  e  julgava  os  pleitos ;  casa 
do  pretor. 

PRETÓRIO,  A,  adj.  ordenado,  estabeleci- 
do pelo  pretor. 

PRETURA,  *.  f.  (Lat.  prmtura),  oíTicio,  di- 
gnidade de  pretor, 

PREULLAY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 


an 


1  !eg\iá  ao^.^de  Loches;  2,000  habitan^"^ 
tes. 

PREUSCHEU,  (hist.)  escriptor  ecclesiaslico 
do  grãnducado  d'Hesse,  nasceu  em  1731, 
morreu  em  1803.  E  screveu  cartas  geogra- 
phicas,  e  um  tractado  sobre  a  manobra 
de  as  traçar. 

PREVALAIE,  (geogr.  aldeia  de  França,  ai 
quarto  de  légua  ao  de  de  Rennes. 

PREVALECENTE,  adj.  dos  ^  Q.  (Lat.  prcB' 
ioalescens,  tis,    p.    a.   de  pravalesco,   cre), 
que  prevalece,  supera,  sobrepuja,  t>.  g.  opi-^ 
nião  — ,  forças,  razões,  erros  — . 

PRivALiciR,  V.  n.  (Lat.  praevdleo,  ere, 
prae  denotando  superioridade,  etaleo,  ere, 
ter  força),  superar  em  força,  vigor,  levar 
vantagem  ;  v.  g.  —  ao  partido  contrario ; 
—  a  força  contra  a  justiça.  Prevalecerá  a 
verdade,  A  todos  —  o  fero  Achilles.  «Hão 
podendo  os  exércitos  de  Carthago  —  con- 
tra os  romanos.  »  — ,  (forens  ),  vencer  em 
juízo.  Não  preí)a/cc«u  o  aggravo,  não  foiad- 
mittido.  ^ 

PRETALiTANA,  (gcogr.  )[Praeca/tíana,  pro- 
víncia do  império  romano,  na  diocese  da 
Dacia,  ao  S.,  entre  as  montanhas  Glioubo- 
tín  e  Tchardag,  o  Drin  meriodinal  e  o 
Adriático ;  capital  Scodra. 

pnEVARiCAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  praevarieatiOy 
onis)y  transgressão  dos  deveres,  v.  g.  prç-^ 
varicação  do   magistrado ,  juiz ,    concluhi, 
para  enganar  a  quem  se  confia  no  preva- 
ricador. 

PREVARICADO,  A,  p.  p.  dc  prcvaricar,  que 
se  desviou  do  dever,   que  torceu  a  justiça. 

PREVARICADOR,  I,  w».  O  que  SC  desvia  do 
dever,  o  que  torce  a  justiça,  v.  g.  juiz — . 
Advogado  — ,  o  que  se  entende  com  a  par- 
te adversa  para  fazer  perder  o  pleito  ao  seu 
cliente ;  — ,  adj.  que  faz  prevaricar,  v.  g^,^ 
as  peitas  — s. 

PREVARICAR  ,  V.  fl.  (Lat.  praevaricov, 
ari,  torcer  o  caminho  andando,  ou  o  re- 
go lavrando),  obrar  com  dolo,  etc.  prae, 
alam,  e  varico,  are,  dar  passos  largos,  ou 
de  f^arus,  que  tem  as  pernas  tortas),  apar- 
tar-se,  desviar*se  do  dever,  trahir  o  cons-*^ 
tituinte  entendendo-se  com  o  seu  adversário,^ 
V.  g.  o  advogado,  o  procurador,  torcer  a 
justiça  (o  juiz). 

PREVEDOR,  8.  m.  O  quo  prevê. 

PREVENÇÃO,  8.  f.  (Lat,  praevintio,  nw), 
o  acto  de  prevenir  ou  de  prevenir-se,  ap^  ' 
parelho,  meios  de  prevenir  o  ataque.  «.  ^?* 
A  fortaleza  estava  com  tão  pouca  — .  — , 
preoccupação,  preconceito,  tj.^f.  Tinha  for- 
tes — *  contra  os  castelhanos.  — ,  (forens.), 
direito  que  tem  o  juiz  que  primeiro  tomou 
conhecimento  de  um  processo,    de  o  julgar. 

PREVENiDAMENTE,  adv.  [mente  sufT.j,  com 
prevenção,  sobre  aviso,  precaíadamente. 


PRE 


IRI 


l^ 


PREVENIDO,  A,  p.  p.  de  prevenir,  adj. 
avisado,  precatado,  preparado  de  aatemào, 
apercebido  ;  atalhado,  evitado  de  antemão, 
V.  g.  Foi  —  do  perigo.  Estava  —  para  a 
guerra. 

PBEVENiENTK,  ãdJ .  dos  2  Q.  (Lat.  prae- 
veniens,  tis,  p.  a.  de  praevenio,  ire),  que 
previne.  Graça  — ,  auxilianle. 

PREVKNIR,  V.  a.  (Lat.  proevenio,  ire;  proe, 
antes,  e  venire,  vir.)  antecipar,  obstar,  ata- 
lhar, frustrar.  —  o  inimigo,  o  perigo,  o  ata- 
que. —  os  desejos,  nntecipa-los.  —  o  castigo, 
evita-lo.  —  as  objecções,  dar  antecipadamen- 
te razões  que  destroem  as  objecções. — ,  avi- 
sar, pôr  de  prevenção. — alguém  de  perigo 
que  o  ameaça.  —  o  juiz,  usar  do  direito  de 
prevenção.  —  sb,  c.  r.  dispor- se,  appare- 
Ihar-se  d'antemão,  precatar-se. 

PREVENTIVAMENTE,  adv .  (mente  suíí.]  com 
prevenção,  tomando  os  meios  necessários , 
convenientes  para  evitar  algum  perigo. 

PREVENTIVO,  A,  adj.  (dcs  iíjo.)  próprio  a 
prevenir,  a  obrar.  Meios  — .  Homem  — ,  (p. 
us.)  prevenido  nos  seus  intentos. 

PREVENTO,  A,  p.  p.  iTTeg .  de  prevenir ; 
Jurisdicção  — ,  (ioc.  forens.)  a  que  usa  o 
juiz  que  primeiro  tomou  conhecimento  de 
algum  caso  de  foro  mixto,  ou  de  que  pôde 
conhecer  qualquer  juiz  a  quem  primeiro  se 
requer,  tendo  jurisdicção  cumulativa  com 
outros. 

PREVER,  tj.  a.  [prcB  pref.,  e  ver.)  ante- 
ver, conhecer  com  antecipação  ;  suppôr  , 
conjecturar. 

PREVERSÃo,  s.  f.  orthogr.  errada,  posto 
que  usada  por  Vieira.  V.  Perversão. 

pREVERSissiMO,  orthogr.  errada,  posto  que 
usada  \)0T  Lucena.  V.  Perversíssimo. 

PREVERSO.  orthogr.  errada,  posto  que  usa- 
da por  Barros.  V.  Perverso. 

PREVERTER,  V.  a.  orthogr.  errada,  usada 
frequentemente  pelos  clássicos.  V.  Perver- 
ter. 

PREVERTiDO.  T.  Pervertido. 

PREVESA,  (geogr.)  Nicopolis,  cidade  da 
Grécia  moderna,  ali  léguas  ao  SO.  d'Ar- 
ta  ;  4,000  habitantes. 

PREVIAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  an- 
tecipação, de  antemão,  anteriormente. 

PRETico  ou  PROvico  ,  adj.  V.  Feiticeiro. 

PREVIDÊNCIA,  s.  f.  (do  Lat.  preevideo,  ere, 
prever.)  previsão  conjectural  do  futuro.  — 
divina,  conhecimento  certo  que  Deus  tem 
do  futuro. 

PREVIDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  prati- 
dens,  tis,  p.  a.  de  prcevideo,  ere,  prever.) 
que  preve,  antevê. 

PRÉVIO,  A,  adj.  (Lat.  pravius;  proe,  an- 
tes, e  via,  caminho.)  que  vai  diante;  ante- 
rior em  tempo ,  antecipado.  Estudos  —  , 
preliminares. 

VOL.    IV. 


PRKVisio,  *.  f.  (Lat.  proevisio,  anis.)  pre- 
vidência, conhecimento,  antecipação. 

PREviso,  A,  adj.  (Lat.  proetwuí.)  (theoí.) 
previsto    antevisto. 

PREVISTO,  A,  p.  p.  de  prever ;  adj.  vis- 
to ;  conhecido  antecipadamente.  Ter  —  o 
caso.  Estar  —  do  caso.  Homem  — ,  acaute- 
lado, prudente.  «  Não  era  mui  —  nas  cau- 
telas e  casos  de  guerra.  »  Barros,  attento, 
apercebido,  precatado. 

PREvosT,  (hist.)  um  dos  mais  fecundos 
escriptores  francezes  do  XVIII  século,  nas- 
ceu em  1697,  morreu  em  1763.  Prevost  es- 
creveu muito.  As  suas  obras  completas  for- 
mam 170  volumes. 

PREVOST,  (hist.)  pintor  francez,  nasceu 
em  li 64,  morreu  em  1823,  pode  ser  con- 
siderado como  o  verdadeiro  inventor  dos 
panoramas. 

PREVOST,  (hist.)  litterato  genovez,  nas- 
ceu em  1751,  morreu  em  1839.  Traduziu 
do  grego  para  o  francez  as  Tragedias  de 
Euripides ;  e  do  inglez  os  Ensaios  philo- 
sophicos  de  Adão  Smith. 

PREZ ,  s.  m,  (Fr.  ant.  preis.)  (ant.)  pre- 
ço. «Homem  de  —  e  de  honra  entre  os  Mou- 
ros. »  Inedit. 

PREZA,  s.  f.  (do  Lat.  proeda.)  prêa,  na- 
vio tomado  em  guerra.  Armar  ás — 5,  diz- 
se  de  navio  de  guerra  ou  corsário.  «  Fazer 
—  nos  bens  dos  vassallos,  »  depredações.  Ar- 
raes. 

PREZADO,  A,  p.  p.  de  prezar ;  adj.  apre- 
ciado, estimado  ;  que  faz  timbre.  —  amigo, 
de  quem  se  faz  apreço.  Sempre  tinha  —  a 
independência  de  caracter. 

PRBZADOR,  s.  m.  o  quo  preza,  9stima. 

PREZAR,  V.  a.  {preço,  ar  des.  inf.)  fazer 
apreço,  estimar,  apreciar,  v.g.  —  as  virtu- 
des, a  innocencia.  — se,  v.  r.  fazer  timbre, 
jactar-se,  ostentar,  v.  g.  —  de  valente,  de 
gentil,  de  sábio,  de  fidalgo  ;  —  de  montar 
bem  a  cavallo. 

PREZAVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  avel.)  es- 
timável, digno  de  apreço. 

PREZÉA  ou  PREsáA,  s.  f.  ide  prezar.)  (ant.) 
jóia  de  muita  estimação,  de  muito  preço. 

PRiAMO,  (hist.)  Priamos.  Ultimo  rei  de 
Tróia,  tilho  de  Laomedonte,  tinha  sido,  na 
sua  mocidade,  aprisionado  por  Hercules, 
foi  depois  resgatado  e  coUocado  no  throno 
em  1311  antes  de  Jesu-Christo,  teve  50  fi- 
lhos. No  seu  reinado  o  rapto  de  Helena 
por  Paris  deu  logar  á  juerra  de  Tróia,  a 
qual  depois  de  dez  annos  de  cerco  foi  to- 
mada, e  Priamo  foi  passado  á  espada  por 
Pirrho  ao  pé  dos  altares. 

PRiAPiSMo ,  s.  m.  [priapo  ,  des.  ismo.) 
(med.)  erecção  permanente  do  membro  vi- 
ril, muitas  vezes  dolorosa. 

PRIAPO,  (myth.)  Priapus,  filho  de  Vénus 


ik 


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prados  é  áóé  prazéreá  òííécéiiôl. 

i^RítÈ,  (hist.)  ihiniáíW)  dífe'áiderhté  e  éscri- 
ptor  inglez,  nasceu  em  17S3  úo  paiz  de 
GiSllès,  rborréu  êm  l?9f.  A  stia  pfrricipàl 
obra  é  a  Revista  (iat  ptifícípáés  aifficul- 
dddès  em  moral. 

l»Ricí:ço,  s.  m.  éipeòití  de  cryslal,  peúti 
preciosa. 

PRÍEGUITZ    ou    MARCHA   AUTERÍOR,   {^eOgT.) 

Tormark  em  allemão,  uma  dásdivizõesda 
antiga  Marcha-Eleitoral,  no  norte  da  Alle- 
níánha,  Tinha  por  capital  Perleberg. 

pRiÉGO,  (gcogr.)  cidade  de  Hispanha,  a 
18  léguas  ao  SE.  de  Córdova  ;  16,700  ha- 
bitantes. 

PRiENE,  (geogr.)  hoje  Samsòun,  cidade 
da  Ásia  Menor,  nâ  lonia,  perto  da  embo- 
cadura do  Meandro. 

PRiESTTEY,  (hist.)  physico  e  theolôgo  in- 
gíez,  nasceu  em  173'<,  morreu  em  J804, 
collocou-se  pelas  suas  numerozas  descober 
tãè  em  chimica  e  em  phisica  a  par  dos 
primeiros  sábios  da  Europa,  mas  foi  per- 
seguido no  seu  paiz  pelo  ardor  com  que 
propagava  os  principios  da  revolução  fran- 
ceza.  Às  principaes  obras  de  Priestley  são  : 
Historia  da  electricidade,  Historia  e  esta- 
do actual  das  descubertas  relatiwas  d  vi- 
são ;  Experiências  sobre  diversas  espécies 
de  ar. 

PRiGOM.  V.  Prisão. 

PRiGUiçA    V.  Preguiça,  mais  us. 

PRIMA,  s.  f.  a  filha  do  tio  ou  da  tia.  — 
com  irmã,  filha  de  tia  ou  tio,  relativamen- 
te aos  filhos  de  irmãos  ou  irmãs.  V.  Pri- 
mo. 

PRIMA,  (do  adj.  Lat.  primus,  a,  primeiro.) 
a  primeira  e  a  mais  delgad*i  «orda  de  viola, 
cithara,  rabeca;  a  primeira  hora  doofficio 
divino.  Lente  de — ,  na  universidade  de  Coim- 
brã, o  lente  da  maior  cadeira  de  alguma 
faculdade,  que  faz  a  prelecção  da  primeira 
hora  da  manhã.  Quarto  de  — ,  a  primeira 
vigia  da  noite  d«sde  as  nove  até  ás  onze.  O 
— ,  m.,  o  açor  fêmea. — ,  o  falcão  primeiro 
ou  segundo  da  ninhada.  O  açor,  o  gavião 
-;f,  adjectivado. 
'  PRlMACiA.  V.  Primazia. 
r/^pkiMAciAL ,  adj.  dos  1  g.  concernente  a 
^maz  ou  a  primazia. 

PRIMADO,  s.  m.  (Lat.  prímaíMs.)  suprema- 
cia, preeminência,  o  primeiro  lugar,  offi- 
êío  de  primaz.  «  A  um  deu  o  —  da  nature- 
za, »  Vieira.  €  Contendendo  sobre  quem  fi- 
caria com  o  —  da  Grécia.  »  Mon.  Lus.  «A 
*ingua  latina  tinha  o  —  sobre  as  outras  lín- 
guas da  Itália  »  Leão.  O  —  do  papa.  Ép. 
usado. 

PRJMAMBNTB  ,  adv.  {mente  sufi.)  de  mão 
prima,  com  prímof;»;^- 


ri»' 

'  fátMXRÍiíÍEkÍE,  aái).  (mente  saffljètí  j^ 
meif-o  lugar;  principalmeRte.  '^' 

primaAiças,  s.  f.  (de  primo,  primeiro. J'''' 
as  primeiras  lampreias  qUe  se  pescam  ém  ' 
alguns  lugares,  e  se  pagara  de  foro. 

PRIMÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  primarius.)  prin- 
cipal. O  fim — .  Lente — ,  de  prima. 

PRiMATíCE,  (hist )  Primaliccio,  pintor  e 
archiíècto  italiano,  nasceu  em  1490,  mor- 
reu era  1570.  Dirigiu  em  França  os  em- 
belezamentos do  castello  de  Fontaine-Bleu. 

PRIMAVERA,  s.  f  (do  Lat.  primum  ver. 
Ver  vem  de  vireo,  ere,  verdejar,  brotar,  ter 
VIÇO.)  estação  do  anno  caraclerisada  pela  re- 
novada vegetação  ;  nos  nossos  climas  segue- 
se  ao  inverno  e  precede  o  verão  ;  mas  no  t!gy- 
pto  corresponde  ao  nosso  outono,  porque  a 
vegetação  é  effeito  da  innundação  do  Nilo, 
que  começa  pouco  depois  do  solsticio  esti- 
val ;  (fig  )  o  anno.  —  da  vida,  a  juventu- 
de. — ,  (bot.)  flor  de  seis  folhas  alvadias  que 
vem  na  summidade  de  uma  haste  alta  e  re- 
donda. — ,  (fig.)  seda  de  folhagens,  flores  e 
matizes. 

PRIMAZ,  s.  m.  (I  at.  primas,  tis.)  prela- 
do superior  aos  ouffos. 

PRIMAZ,  adj.  dos  2  g  que  tem  a  prima- 
zia. «  Autor  em  toda  matéria  — .  »  Vieira. 
«  Tinha  sempre  grande  numero  de  açores, 
falcões...,  e  toàos primazes.  »  Mariz 

PRIMAZLA. ,  s.  f.  (des.  ia.)  dignidade  do 
primaz  ;  preeminência  ;  superioridade;  pri- 
meiro lugar,  precedência.  As  letras  devem 
ter  a  —  sobre  as  armas. 

PRIMEIRA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  ^q pri- 
meiro )  um  jogo  de  quatro  cartas ;  quatfò 
cartas  de  naipes  diversos.  — ,  ellipticamen- 
te,  primeira  vez,  principio,  v.  g.  à\  —  ;  lo- 
go Á —  ;  pela  —  ;  á— ,  do  principio.  A'— 
(face)  mostrou-lhe  bom  rosto.       ^  _     •  '*'' 

PRiMEiRAMiNTi,  ttdv.  [mente  sulír.l  eiíi  jift- 
meiro  lugar. 

PRIMEIRO  A,  adj.  (Lat.  prímiís,  de  proe, 
diante,  e  Gr.  eimi,  ir.)  que  occupa  o  lugar 
dianteiro,  que  precede  em  lugar,  tempo  ou 
ser  numérico.  O  -  -  lugar.  O  —  da  fileira, — 
dia  do  anno.  Sua  —  mulher.  O  seu  —  esta- 
do, primitivo.  —  em  dignidade,  preeminen- 
te. —  ,  (fig.)  eicellente,  mais  eminente,  t. 
g.  Camões  é  o  —  poeta  portuguez.  —  ,  ád- 
verbialmente,  antes,  v.  g.  — de  vir  d  esle 
caso ;  —  de  exercitar  as  armas.  De  — ,  a 
principio.  — que  isso  aconteça.  —  morrerei 
que  trair  a  nossa  causa.  De  — ,  antigíiiiien- 
te,  a  principio,  primitivamente. 

Syn.  comp.  Primeiro,  primitivo,  pri- 
mevo. Entre  muitos  seres  que  se  succedeai 
em  um  certo  espaço  de  tempo  ou  de  eslen- 
são,  se  chama  primeiro  ao  que  está  ou  se 
acha  á  frente  da  successão  e  que  a  começa. 
Chama-se  primitivo  o  que  começa  uma  svié»" 


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299 


cessão  origioada  d*elle.  enào  toma  origem 
de  outra  cousa.  El-Kei  D.  AíTonso  Henri- 
ques foi  o  primeiro  rei  de  Portugal,  e  não 
se  pôde  dizer  rei  primitioo.  Porem  Adam 
é  nao  somente  o  primeiro  homem,  senão  o 
homem  primitivo ;  porque  precede  a  todos 
em  tempo,  e  todos  os  homens  que  depois 
vieram  ao  mundo  trazem  d'elle  sua  ori- 
gem 

Chamam  os  grammaticos  lingua  primi- 
tiva á  que  fallaram  os  primeiros  homens, 
não  só  porque  foi  a  primeira  que  se  fal- 
lou,  senão  porque  d'ella  se  formaram  todos 
os  idiomas  e  dialectos  que  teem  chegado 
até  hós,  os  quaes  não  são  mais  que  diver- 
sas reproducções  da  lingua  primitiva  de- 
baixo de  diíTerenles  formas. 

Primevo  é  palavra  latina,  primcevus,  e 
diz  precisamente  o  que  é  da  primeira  ida- 
de, ou  das  primeiras  idades.  As  leis  porque 
se  rege  um  povo  nos  primeiros  tempos  de 
sua  existência  são  primevas  ;  primevos  são 
os  homens  que  viveram  nas  primeiras  ida- 
des do  mundo. 

PRIMEVO,  A,  adj.{L&i.  primoevus,  áepri- 
mus,  primeiro,  e  oevum,  ifiade.)  da  primei- 
ra idade  ;  primitivo.  A  —  mnocencia. 

PRiMiCERiA ,  s.  f.  (des.  ia.)  o  officio  de 
primicerio,  o  chantrado. 

PRiMiCERio,  s.  m.  o  primeiro  em  qualquer 
oílicio ;  chantre. 

PRiMicHiCA  adj.  f.  (t.  da  Ásia)  diz-se  da 
fêmea  de  animal  depois  do  primeiro  parto. 
VeiB  do  Cast.  chico,  pequeno. 

PRIMÍCIA,  s.  f.  primeira  producção.  «Ac- 
ceitar  a  obra  como  —  de  outra.  »  Leão.  V. 
Primicias. 

PRIMÍCIAS ,  s.  f.  (Lat.  primitioe,  de  pri- 
mitiuSy  da  primeira  producção.)  primeiros 
fruclos  colhidos  :  primeiros  lucros;  primei- 
ra obra  litteraria  ou  de  bellas  artes.  As  — 
do  engenho,  da  immorlalidade,  das  desco- 
bertas, das  minas. 

PRiMiGENio  ,  A  ,  adj.  (Lat.  primigtnius.) 
original,  primitivo. 

pBiMipiLO,  s.  T».  (Lat.  primipilarius,  de 
pilum,  pique,  dardo.)  na  antiga  milicia  ro- 
mana, commandante  da  vanguarda  dos  tria- 
rios ;  o  que  levava  a  águia  ou  o  pendão. 

PRIMITIVO,  A,  adj.  (Lat.  primititus,  pri- 
mr/s,  primeiro  ;. a  des.  deiíww,  sup.deco, 
ire,  ir.)  original  ;  da  primeira  ou  segundo 
a  primeira  inslilu»ção.  A  —  Igreja  ;  a  —  in- 
nocencia.  Tempo — ,  (gram.)  aquelle  de  que 


primeiro,  e  próximo,  chegado.)  parentesco 
entre  os  filhos  de  irmão  ou  irmã.  — s  com 
irmãos,  os  filhos  de  dois  irmãos  ou  irmãs 
relatiramente.  bi 

Antigamente  diziam  com-irmão  primo  ou  - 
prima,    segundo  com-irmão,  segundo  pri- 
mo. 

PRIMO,  A,  adj'  (Lat.  primas.  V.  Primei- 
ro.) primeiro.  O  —  móbil.  A  —  causa.  Á 
—  noite,  ao  anoitecer,  — ,  feito  com  primor, 
apurado.  Obra  —  ou  de  mão  — .  Homem — , 
distincto,  prfeminent3.  Esíatuario,  pintor)^ 
— ,  abalisado,  famoio.  Juízos  — s,  de  peswfi 
soas  atiladas.  Vocábulos  — ,  de  quem  aíFe- 
cta  discrição. 

PRIMOGÉNITO,  A,  adj.  (Lat.  primogenitus.] 
o  primeiro  filho  do  matrimonio,  o  mais  ve- 
lho. «  Os  — s  da  sua  pregação.  »  Lucena,  os 
que  primeiro  foram  convertidos. 

PRiMOGiNiTOR,  A,  adj.  V.  ProgenitoT. 

PRiMOGiNiTURA,  s.  f.  (des.  wra.)  a  quali- 
dade de  primogénito.  Direito  de  — . 

PRíMOPONBNDO  ,  A  ,  adj.  (Lat.  f)onení/^iíjKt 
p   fut.  de  pon9,  ere,  pôr.)  que  se  deve  ante- 
por, pôr  em  primeiro  lugar. 

PRiMORy  s.  m.  {primo,  adj.,  des.  verb  or.) 
oicellencia  ,  perfeita  execução.  Obra  feita 
com  — .  O  —  do  'rabalho  do  artista.  Osprí- 
mores  da  arte,  dos  versos.  Os  primores  da 
cavallarim,  acções  de  homens  valorosos  emu- 
lando-se.  ^:    4^ 

ptiBORADO.  V.  Aprimorado. 

PRIMORDIAL ,  adj.  dos  2  g.  [primórdio  , 
des   adj.  ai.)  originário,  primitivo. 

PRIMÓRDIO,  s.  m.  (Lat.  primordium,.)  prin- 
cipio, origem. 

PRIMOROSAMENTE,  adv  [mente  suff.)  com 
primor;  com  primorosa  corlezania.  Rece- 
beu-me  — . 

PRIMOROSÍSSIMO  ,  A,  adj.  superl.  de  pri- 
moroso. 

PRIMOROSO ,  A,  adj.  (des.  050.)  que  tem 
primor,  feito  com  primor.  Artifice  — na  sua 
arte.  Obra — .  — liberalidade. 

PRINCIZA,  *.  f.  (Fr.  princesse,  do  Latti 
princeps,  cipis.)  esposa  deprincipe,  filhade 
rei  ou  de  príncipe  soberano  ;  (fig.)  primei- 
ra em  graduação. 

PRiwciSA  RBAL  (ilhas  da),  (geogr.)  archi- 
pelago  da  America  do  Norte,  na  costa  ao 

«0.  ,  ..     ,  ;. 

PRINCIPADO,  *.  m.  (Lat.  principatus.)  di- 
gnidade de  príncipe  herdeiro  ;  território  de 
príncipe  ;  (fig  )  soberania,  império.  O  —  da 


se  formam  os  outros.  Numero  — ,  o  que  po-  |  Igreja, 
de  ser  medido  por  outro  numero  inteiro,  e  j  principados  Citbrior  e  ulterior,  (geogr. 
sem  fracções.  Cura—  ,  o  que  punha  outro  |  duas  províncias  do  reino  das  Duas  Sicilias, 
em  seu  lugar,  reservando  para  si  as  rendas,  no  r«ino  de  Ifapoles,  a  primeira  no  mar 
Dias  dos — s,  (fruclos)  em  quesc  offereciam  tyrrbio  e  ao  S.  ;  a  segunda  nas  terras, 
as  primicias  a  Deus.  mais  ao  H.,  mas  ambas  tecm  ao  N.  o  Ba- 

PRiMO,  *.  m.  (do  Fr.  ant.  prin»  ou  |)nmc,  j  silicato  ;  a  primeira  conta  445,000  habitan- 

75    ♦ 


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300 


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Í»RÍ 


tes,    capital  Salemo ;    a  segunda  384,000, 
capital  AvelUno. 

PRINCIPAL,  adj.  dos  2  g.  (f-at.  principa- 
lii.)  que  tem  o  primeiro  lugar ;  da  primei- 
ra graduação,  mais  nobre,  illustre,  podero- 
so. Pessoa,  dignidade — .  Casa—.  A — ac- 
ção, obrada  sua  vida ,  a  mais  importante.  Os 
principaes  autores  do  crime,  chefes,  cabe- 
ças. — ,  subst.  o  mais  importante.  O  — ,  o 
ponto  essencial.  Os  principaes  da  cidade  , 
as  pessoas  as  mais  distinctas,  O — ,  (merc.) 
o  capital,  em  opposição  di  juros  ou  interes- 
se. Um  —  da  patriarchal,  prelado  de  gra- 
duação superior.  Ser — em  alguma  cousa, 
chefe,  cabeça.  O  —  de  todos,  o  mais  notá- 
vel, chefe,  cabeça 

PRiNCiPALiDADE,  s.  f.  (Lat.  pHncipalitas , 
atis.)  primazia,  superioridade. 

FRiNCiPALissiMO,  A,  adj.supevl.  de  prin- 
cipal. 

PRINCIPALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  sobre 
tudo,  primeiro  que  tudo. 

PR'NCiPE,  s.  m.  (Lat.  princeps,  cipis,  de 
primus ,  primeiro,  e  caput,  cabeça)  filho 
herdeiro  do  trono;  soberano  de  um  estado; 
(fig.)  o  primeiro,  que  tem  a  primazia,  v.g. 
—  dos  poetas,  dos  oradores,  o.  g.  prín- 
cipes do  povo ,  os  principaes  cabeças , 
chefes. 

PRÍNCIPE  DO  SENADO,  (hist.)  Pvinceps  se- 
natus,  era  aquelle  do*s  senadores  discripto 
em  primeimeiro  lugar  quando  se  organi- 
zava o  senado.  Era  a  maior  parte  das  ve- 
zes um  consular  ou  o  Romano  mais  illus- 
tre pelos  seus  actos  e  virtudes.  O  prínci- 
pe do  senado  tinha  a  honra  de  ser  o  pri- 
meiro a  votar  logo  depois  dos  cônsules ,  e 
podia  ser  mudado  em  cada  censo. 

príncipe  da  mocidade,  (hist.)  Princeps 
juventutis,  era  aquelle  dos  cavalleiros  ro- 
manos, que  os  censores  inscriviam  em  pri- 
meiro logar  na  lista  de  ordem.  No  tempo 
da  republica  era  um  filho  ou  parente  de 
senador,  no  tempo  do  império  era  o  her- 
deiro presumptivo  da  coroa. 

piiNCiPi  EDUARDO  (ilha  do),  (geogr  )  Cha- 
mada também  ilha  S.  João,  ilha  da  Ame- 
rica do  Norte,  no  golpho  de  S.  Lourenço, 
ao  N.  da  Nova  Escossia  28,000  habitantes. 
Capital  Charlottes-to-wu. 

PRÍNCIPE     6U1LHERME-HKNRIQUE    (ilha     do), 

(geogr.)  ou  ilha  Mathias,  ilha  da  Polyne- 
sia. 

PRiNCPB-REGENTE,  (geogr.)  bfaço  de  mar, 
na  parle  oriental  do  mar  Polar,  ao  S.  do 
estreito  de  Banow. 

PRÍNCIPE  (ilhado),  (geogr.)  Uma  das  do  ar- 
chipelago  no  Golpho  de  Guiné,  que  ao  princi- 
pio se  chamou  de  Santo  Antão,  nome  que 
depois  deixou  pelo  de  Príncipe  em  con- 
sequência do  tributo  que  todos  os   annos 

•  i.;    aj)   '-vr-   '51.)::  .     .;     >:u!!i|    o        •■•"•>:}\ii 


se  tirava  dos  engenhos  de  assucar  para   o 
filho  mais  velho  d*Elreí. 

PRiNCiPE-iMPKRiAL,  (gcogr.)  villa  na  pro- 
víncia de  Piauhi,  no  Brazil,  54  léguas  aoi' 
N.  da  cidade  d'Oeiras:  e  4  acima  do  salto 
do  rio  roti ,  na  cordilheira  Hibiappaba  ; 
2,000  habitantes.      '; 

PRiNCiPE-REGENÍ^í^  (^gr.)  povoação  na 
província  do  Maranhão,  no  Brazil,  nas  ca- 
beceiras do  rio  Itapicurii  e  em  sua  mar- 
gem esquerda,  30  léguas  acima  da  villa 
de  Caxias,  e  18  ao  NE.  da  de  fastos -Bons. 
príncipes  (ilha  dos),  (geogr.)  Benienesos, 
ilhas  do  mar  de  Marmara,  são  'J ;  4  habi- 
tadas ;  5,000  habitantes. 

principiado,  a,  p.  p.  de  principiar;  adj. 
começado.  Mancebo  bem  ou  mal — ,  que 
teve  bons  ou  maus  princípios  de  educarão. 
— ,  (p.  us.)  principiante,  t» .  g.  artífice  — . 
Camilo — ,  que  já  tem  algum  ensino. 

pRiNCiriADOR,  s.  m,  o  que  principia  al- 
guma obra. 

PRINCIPIANTE  ,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  aws,  íú.)  que  principia  a  sua  ef^u- 
cação,  ainda  não  pratico.  0« — s,  que  come- 
çam os  seus  estudos,  exercícios. 

PRINCIPIAR,  V.  a.  [principio,  ar,  des.  ínf.) 
dar  principio,  começar.  —  a  obra,  o  dis- 
curso. 

PRINCIPIO,  s.  m.  [Lat.  principium,  áe  pri- 
mus, primeiro,  e  capio,  ere,  tomar.)  come- 
ço, íj.  g.  —  do  dia,  da  noite,  do  anno,  do 
discurso,  do  poema. — ,  origem,  causa  ,  v. 
g.  —  do  império  romano.  — s,  verdades  fun- 
damentaes,  v.  g.  — jurídicos,  mathematicos. 
—  dos  corpos,  elementos.  Oí — s  dealguem^ 
máximas  fundamentaes  do  procedimento  mo- 
ral. 

PRiNGLE,  (hist.)  medico  inglez,  nasceu  em 
1707,  morreu  em  1782.  As  suas  obras  são 
muito  estimadas  e  são :  Experiências  so- 
bre as  substancias  sépticas  e  an,ti-septicas  ', 
Observações  sobre  as  doenças  nos  exérci- 
tos 

PRiOL,  (geogr.)  aldeia  de  Pondá  fítovas- 
.Conquistas),  no  Kstadoda  Índia,  que  é  uma 
das  que  tem  voto  na  respectiva  Camará  Agra- 
ria :  2,213  habitantes. 

PRIOR,  s.  m.  (Lat.  prior,  melhor,  supe- 
rior.) religioso  superior  de  algumas  ordens. 
O  padre — .  — das  ordens  militares.  GrS — . 
—  mór.  — ,  cura  de  almas  que  tem  prio- 
rado. 

PRIOR,  (hist.)  poeta  e  diplomático  inglei, 
nasceu  em  1664,  morreu  em  1721.  As  suas 
principais  obras  são  dous  poemas :  Histo- 
ria da  alma  ;  Salomão  ou  a  Vaidade  do 
Mundo. 

PRIORA,  s.  f   irmã  de  ordem  terceira. 
PRIORADO,  s.  m.  (des.  ado.)  oflTicio  do  prior, 
igreja  administrada  por  prior. 


PRI 


PRI 


SOt 


pRiORAL,  adj.  dos  2^.  (des.  adj.j»/]pOLr<- 
tencenle  á  dignidade  de  prior.       ,    .di  ,z 

PRiORATO    V.  Priorado..  •, 

rniORF.zA  ,  s.  f.  superiora  de  certas 'Or- 
dens religiosas.  r  .  "i^ 

PRIORIDADE,  s.  f.  (dcs-  idade.)  píeceden- 
ci  1  cm  tempo  ,  ordem  ;  (fig.)  excellencia  ; 
preferencia. 

pRiOHiz.  V.  pleurix. 

PRiosTADO ,  s.  m.  (des.  ado.)  oílieio  de 
p<  iosie. 

PRiosTK,  s.  in.  (corrupto  do  Lat.  p)'oepos- 
íns,  encarregado,  superintendente.)  recebe- 
dor do  rendas  ecclesiasticas  ;  o  que  cobra- 
va .1  as  rendas  da  universidade  em  falta  de 
prebiMideiro.  Trigo  de — .  o  melhor  Ma  co- 
ílicita,  de  mais  valor. 

Piur-KT,  PRZTPETZ  OU  PRiFiAT,  (geògr  )  rio 
da  Uussia  europea,  nasce  no  governo  do 
Voljn ia,  corre  ao  NE.  depois  a  E.  e  lan- 
V-i-so  no  Dniepr. 

PHSÃo,  s.  f.  (Fr,  prison,  depm,  toma- 
d«),  preso.)  cárcere,  cadeia  ;  laço,  corrente, 
forro  da  cadeia.  Prisões,  laços,  cadeias,  gri- 
lhões, maniotas. — ,  (fig.)  cousa  que  enlaça, 
enleia,  embaraço  dos  membros.  A  musica  ó 

—  da  alma.  Solto  das pmõgí  da  carne,  mor- 
to.— ,  acto  de  prender  alguém  — ,  (volat.) 
ave  que  a  de  rapina  empolgou. 

Syn,  comp.  Prisão,  cadeia,  calabouço, 
enxovia,  cárcere,  masmorra,  ergástulo.  O 
mais  genérico  d'estes  vocábulos  é  prisão  , 
que  significa  toda  a  casa  ou  lugar  em  que 
se  prende,  encarcera  um  homem  ;  os  de- 
mais são  espécies. 

Cadeia  vem  do  castelhado  cadena,  que 
c  o  vocábulo  latino  catena,  mudado  o  t  em 
d,  e  significa  a  prisão  ou  casa  de  prisão 
d'ama  villa,  cidade  ou  concelho,  e  anda 
como  annexa  á  casada  camará  d'um  povo, 
como  se  colhe  de  Vieira,  que  disse:  «  Uni- 
ra mente  ficaram  inteiras  e  sem  lesam  estas 
Ires  partes  ou  peças  d'aquelle  pouco  ;  a  ca- 
deia publica,  a  casa  |da  Mizericordia,  ele. 
(U,  405).  » 

Calabouço  é  palavra  castelhana,  calabozo, 
e  significa  propriamente  lugar  ou  casa  for- 
tii  onde  se  retém  os  presos,  e  também  se 
usa  para  designar  uma  prisão  funda  e  es- 
cura, quasi  como  masmorra. 

Enxovia  é  a  parte  da  cadeia  ou  do  cár- 
cere que  fica  rente  com  a  rua,  ou  abaixo 
de  seu  nivel,  escura,  húmida,  insalubre, 
onde  se  mettem  os  presos  mais  facinorosos 
tí  despresiveis. 

-  Cárcere  é  palavra  latina,  carcer,  e  sifi- 
ca  a  prisão  ou  cadeia  publica  onde  se  met- 
tem os  réos,  os  criminosos  ;  porem  diz  se 
particularmente  das  prisões  dos  conventos, 
da  inquisição,  etc.  ■  .     ; , 

Masmorra  é  uma   palavra  africana   que 

VOL.    IV. 


entro  Mouros  significa  furna  subterrânea 
onde  elles  guardam  seus  pães,  arrozes,  etc, 
e  onde  recolhiam  os  captivos,  e  d'ahiveio 
usar- se  entre  nós  para  d«ísignar  uma  pri* 
são  escura,  subterrânea  e    medonha. 

Masmorra  não  se  usa  senão  era  sentido 
translato,  como  para  encerrar  a  ideia  de  car- 
cere  fazendo  graduação,  como  disse  Viei- 
ra :  «  Mandou-a  metter,  ou  sepultar  em  um 
cárcere  subterrâneo,  escuro  e  medonho....  *, 
porque  descer  a  essa  masmorra,  etc.  (VIII, 
30],  »  Ha  neste  cárcere  infernal,  ha  nesta 
masmorra  escuríssima  algum  homem  que 
fosse  Chris Ião  ?  (IV,  18).» 

Ergástulo  é  palavra  latina,  ergastulum, 
menos  usada  que  as  precedentes,  e  signi- 
fica o  cárcere  rigoroso. 

PRisciANO,  (hist.)  Priscianus,  grammati- 
co  latino,  natural  de  Cesárea,  tinha  em 
Constantinopla,  em  525,  uma  celebre  esco- 
la. A  sua  principal  obra  é  uma  Gramma- 
tica. 

ppiscii.LiANO,  (hist.)  heresiarcha  hispa- 
nhol,  renovou  as  doctrinas  dos  Manicheos 
e  dos  Gnósticos,  juntândo-lhe  novos  erros. 
Tentou  em  vão  justificar-so  em  Roma  com 
o  papa  Damásio,  que  lhe  negou  audiência, 
foi  citado  pelo  imperador  Maximiliano  pa- 
ra comparecer  no  Concilio  de  Bordeos , 
mas  elle  appellou  para  o  Gesar,  pelo  que 
foi  conduzido  a  Treves.  Foi  condemnado  á 
morte  e  executado  em  384. 

PRISCO,!  A,  adj.  (Lat.  priscas,  de  prior, 
prius,  d'antes,  anterior.)  antigo,  antiqua- 
do. A  —  idade.  As  palavras  —  ,  antiqua- 
das. 

PRisiONAR.  V.  Aprisionar.  obii 

PRISIONEIRO ,  s.  m.  homem  tomado  na 
guerra.  Fizemos  quatro  mil — s.  — ,  adj. 
aprisionado.  A  tropa — . 

PRISMA,  s.  m.  (Gr.  prisma,  de  serrar), 
(geom.)corpo  solido  terminado  nas  suas  duas 
extremidades  por  dois  polygonos  iguaes  e  pa- 
ralellos,  e  nos  lados  por  faces  parallelogram- 
maticas,  como  se  houvesse  sido  serrado,  ou 
cortado  em  todas  as  direcções.  —  pentágo- 
no. O  prisma  triangular  de  crystal  atraves- 
sado'pela  luz  solar  que  a  separa  em  sete  rios 
os  quaes  differem  na  côr,  na  refrangibilida- 
de,  nas  propriedades  caloríficas,  ena  acção 
chimica.  — ,  (fig.)  cousa  que  causa  illusào 
ao  espirito.  «.  g.  Ver  as  cousas  por  um — , 
como  ellas  se  mos  figuram  e  não  taes  quaes 
são  na  realidade. 

PRISMÁTICO,  A,  adj.  da  feição  de  prisma. 
— ,  refrangido  pelo  prisma.  Cores  — s,  as^ 
sele  em  que  o  raio  selar  se  divide  de^poisde 
atravessar  um  prisma  de  cristal  ou  de  vi- 
dio. 

PRisoAR,  (anV)  V.  Prender,  Aprisioi^fj^r.  \ 

pRisoNBiRO.  V.  Prisioneiro. 
76 


301  fRI 

tm 

PRiSROND  OU  PRiSRMi,  (geogr.)  cidftde  d« 
Turquia  europea,  a  29  léguas  ao  SE.  de 
Scutari ;  16,000  habitantes. 

PRiSTiNA,  (geogr.)  Vicianum,  cidade  da 
Sema,  a  30  léguas  ao  SO.  deNissa;  12,000 
habitantes 

dIpristino,  a,  adj.  (Lat.  pristinus,  antigo. 
V.  g.  R«duzir  as  cousas  ao  —  estado. 

pRiTiGA  OU  PRÉTiGA,  s.  f.  (Lat.  pertita], 
a  vara  do  carro  qne  vai  do  recavem  ao  ca- 
beçalho. 

PRIVAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  privatio,  onis),  per- 
da de  cousa  possuída,  v.g.  —  da  vista,  da 
razão,  do  officio,  cargo,  da  liberdade  ;  o  ac- 
to de  privar.  Soffrer  — s,  falta  de  cousas 
necessárias,  ou  a  que  alguém  estava  habi- 
tuado. 

Syn.  comp.  Privação,  falta,  carência. 
Soffrer  privação  d'uma  cousa  i  não  ler 
aquillo  que  se  tinha,  e  se  perdeu  ou  foi 
tirado.  Ter  falta  é  não  ter  uaoa  cousa  de 
que  se  ha  mister  ou  de  que  se  necessita. 
Ter  carência  indica  somente  ijue  não  se 
lena  a  cousa  sem  nenhuma  outra  relação, 
ou  que  já  se  teve  e  não  se  tem,  e  vale  o 
mesmo  que  carecer. 

privaUa,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  pri- 
vado),  secreta,  commua,  latrina. 

PRIVADAMENTE,  ttdv.  [mente  suíT.),  em  par- 
ticular, occultamente, 

PRIVADO,  A,  p.  p.  do  privar,  v,  a,  adj. 
despojado,  v.  g.  —  dos  bens,  da  fortuna, 
da  liberdade. 

PRIVADO,  A,  adj.  (de  privar,  v.  n.)  par- 
ticular, não  publico.  Pessoa — ,  que  não  tem 
emprego  ou  caracter  publico. 

PRIVADO,  s.  m.  o  que  tem  privança.  Va- 
lidos e  — s, 

PRIVANÇA,  s.  f.  (de  privar,  v.  n.)  o  pri- 
vaF  com  alguém,  ter  entrada  e  valimento. 
Ter  —  com  alguém.  Ter  lugar  na  —  de  al- 
guém,. 

PRIVAR,  t».  a.  (Lat,  privo,  are,  do  tr. 
priô,  serrar,  cortar),  tirar,  desapossar  :  — 
alguém  dos  bens,  officio,  cargo,  liberdade, 
vida.  —  SE,  V,  r.  renunciar,  v.  g,  —  de 
cousas  agradáveis,  de  parte  da  sua  fortu- 
na. 

PRIVAR,  V.  n.  (do  Lat.  privatus,  parti- 
cular), ter  privança  com  alguém,  merecer 
por  privado.  Camões,  Anfitr,,  diz:  «  tudo 
isto  é  o  que  privo  ?  »  a  confiança  que  vos 
mereço,  o  que  valho  eomvosco, 

PRIVAS,  (geogr,)  cidade  de  França,  a  150 
léguas  ao  SE.  de  Paris;  4,220  habitantes. 

PRIVATIVAMENTE,  ttdv.  (mewíesuff.),  com 
exclusão  das  mais  pessoas.  Istoé  —  confia- 
do ás  autoridades  civis. 

PRIVATIVO,  A,  adj.  (do  Lat  privaíws,  par- 
ticular), próprio  doj)essoa  ou  cousa.  Direi- 
to —  do  tutor. 


a? 


PRO 

PRIVATIVO,  A,  adj.  (de  privar),  que  de- 
nota privação  Partícula  — ,  v.  g.  ab,  de, 
ei,  in,  que  entra  como  prefixo  nos  termos 
V.  g.  abolir,  desistir,  extirpar,  inhabil,  in- 
nocante,  etc, 

PEivERNUM,  (geogr.)  hoje  Piperuo,  cida- 
de do  Lacio,  entre  os  Wolscos,  perto  do 
Amasene. 

PRiviDO,  (ant,),  V.  Privado,  particu-t 
lar. 

PRivíLEGiAD»,  A,  p.  p.  de  privilegiar,  e 
adj.  a  quem  se  conferio  privilegio,  que  go- 
za de  privilegio:  classes,  ordens — . 

PRIVILEGIAR,  V.  a.  (ust  pritUegio,  ar, 
des.  inf.)  conceder  privilegio  ou  privilégios, 

—  alguém,  —  corporações 
PRiviLEGiATivo,   A,  adj,   (des.  ivo),   que 

contém  privilegio.  Lei,  clausula  — . 

PRIVILEGIO,  s.  m-  (Lat.  privilegium,  de 
privata  lex,  lei  particular),  faculdade  pri- 
vada, vantagem,  preeminência  de  que  go- 
za pessoa  ©u  corporação  ;  direito  exclusivo 
concedido  pela  lei  ou  pala  autoridade  su- 
perior, prerogaliva,  graça  peculiar,  — sde 
villa,  cidade,  da  nação,  direitos,  foros,  im- 
munidades.  —  local,  o'que  se  concedo  a  cou^ 
tos,  asylos,  templos. 

PRiviLiGiAR.  V.  Privilegiar. 

PRizzi,  (geogr.)  cidade  da  Sicília,  a  4  le-' 
gaas  ao  SE.  de  Corleone  ;  7,500  hahilaa-'' 
te».  •  •.^■'' 

PRO,  preposição  latina  e  grega  que  entfS" 
como  prefixo  em  muitos  vocábulos  portu- 
guezes,  V.  g.  proa,  propor,  proceder,  prot> 
gresso,  etc.  Denota  altura,  elevação,  prece^ 
dencia.  Vem  doEgypc.  piro,  a  face,  á  boc- 
ca. 

PRÓ,  s.  m.  (do  Lat.  pro,  a  favor),  pro- 
veito, v;  g.  Em  —  delle.  Em  seu  — .  Os 
seus — s,  proveitos. 

PRÓ,  adv.  a  favor.  Argumentar— e  con- 
tra. "    " 

PROA,  ^:^fj'%ítí''^''Úí^:  firora,  àe  pro, 
diante,  e  horaô,  olhar),  a  parte  diahtoira 
de  navio  ou  de  qualquer  embarcação,  (fig.) 
a  parte  dianteira,  v.g.  de  coche.—,  chu^i 
lo,  soberba;  jactância.  Pôr  a  proa  a  algum 
lugar,  navegar,  dirigir-se  a  elíe ;  (fig  )  — , 
a  negocio,  erapreza,  emprehender,  affron- 
tar,  — ,  pôr  a  mira,  —  as  honras. 

PROAi.  V.  a.  (proa,  ar,  des.  inf.)  (naulíp 

—  as  nãos  em  terra,  faze-las  chegar  a  ter- 
ra. V,  Proejar.  **? 

PR0BABILID4DK.  s.  f.  (Lat.  probabiHtas, 
tis),  verosemelhaaça,  conjectura  provável. 
Calculo  das — , fundada  na  frec^uencia  de  uma 
serie  de  effeitos. 

PR0B4BHISM0,  s.  w.  ^des    ismó),  doutri- 
na dos  que  crêem   que  para  obrar  bem  e 
segurar  bem  a  consciência  basta  seguir  umájí 
l  opinião  províivel  da  tendência  mora!  dasac^'^ 

.vr.jov 


PRO 


mo 


ções»  aioda  quando  outras  opiniões  prová- 
veis a  reprovam. 

PROBABiLisTA,  «.ti»,  {des.  ísíq),  q  quese- 
gue  a  opinião  do  probabilismo. 

PROBABiLiZAR.  V.  a.  tomap  provável  uma 
opinião  sobre  a  moralidade  de  uma  acção. 
P.  p.  Probabilizado,  adj. 

PROBANTE,  adj.  (Lat  probans,  tis,  p.  a. 
de  probo,  are,  provar),  (jurid.)  que  faz  pro- 
va. V.  g.  Peças,  documentos  —s.  Em  for- 
ma — . 

probatipa,  aéj.  f.  (Lat.  probaticus,  a, 
da.  ijr.  prôbaton,  carneiro,  ovelha.)  Pis  ina 
—  em  que  se  lavavam  as  rezes  destinadas 
ao  sacriticio  no  templo  de  Jerusalém. 

PROBATissiMO.  A,  adj.  (do  Lat.  prohatís- 
sitnus,  superl.  de  probatus,  approvado),  (p. 
us  )  Ouro — ■.  Myrrha — . 

PROBATÓRIO,  A,  ãdj .  (do  Lat.  probator), 
(forens.),  que  serve  de  prova,  v.  g.  docu- 
mentos — .  — ,  concernente  a  prove.  Ter- 
mos — ,  dilações  — . 

PROBIDADE,  s.  f.  (Lat-  probitas,  íi>.  V. 
^robo]  bondade  moral,  honestidade  t^q  pro- 
çiefier. 

PROBLEMA,  5.  m.  (l^at.  do  Gr.  pro,  dian^ 
\q,  e  ballô,  lançar),  preposição  conjectural, 
interrogativa,  ou  cuja  dempnstração  se  po 

PROBLBSjATiG^L^EifTE,  qdv.  {mente  suíf.), 
de  mQfijo  probleimatico. 
...  p^o^Lim4.iic%.  A.,  qdj.  (des.  ico),  relati- 
vo a  problema  ;  incerto,  que  se  pode  con- 
troverter, q.ue  se  podp  defeqder  ou  impu- 
gnar. ,   ^^ 

PROBLEMATIZAR,  j}.  ^j,  jfnôf .  em  duvida,  em 
problema,  v.  ^.  —  a  ei^jst^ncia  de  Ueps. 
f.  1^.  Problematizada,  a4j- 

FROBO,  A,  adj,  [Udí  probus,  de  probo, 
are^  approvar,  pôr  a  prova),  honesto  WQ 
proceder.  Vida  --  Vação  ^-i  cujo  orocefjeri 
é  approvado  de  todos. 

PROBOSTE    V,  Preboste. 

PROBO  ,  ( hist. )  M.  Aurelius  Valeriu^ 
Probas,  imperador  romano,  natural  de  Sir- 
Eqjum  na  l'anonia,  .^i^biu  ^qs  primeiros  pos- 
tos nos  reinados  4e  Aureliano  e  Tácito,  foi 
proclamado  era  276,  deppi^^e  ganhar  d iffe-r 
rentes  vietorias  enlro^  tri^imphante  em  l\o- 
ma  em  281,  par^  pcf^upar  a  pciosidade  das 
legiões  impoz-lhe  tr^^a^|,hps^í].e  utilidade  pu- 
blica. Inspecionava  os  trfibJ,(hos  que  man- 
dara fazem  em  Sirmium  quando  ioi  morto 
pelos  soldada^  em  282. 

PBOBO.  (hist,)  JjlmiliVjS  Prçubus,  grammatl- 
cq  latino  do  ly.  secujp^do^^ippode  Xheodo- 
sio,  passa  por  yer,diu}.Ç)r6  a^çtor  das  Vida^ 
qttribuidas  a  (^^i^^eUo  N<'p9^e. 

PROCACCiNi,  (his.t ).  çJlii\ifvado  o  AatvjQ, 
pintor,  nasp^ií  çfl[?  Ri^ftf''  '-^  !52i>.  raor- 


escoUa  publioa  em  |lilão.  Da  mesm.i  f.imil- 
lia  são  conhecidos :  Garaillo,  seu  filho  pri-! 
mogenito  nasceu  tm  1540,  morreu  em  1626., 
auctor  de  um  Juizo  final,  foi  rival  do  Car- 
rachio  ;  Júlio  César  irmão  de  Camillo.  naâ^ 
ceu  em  1548,  morreu  em  1626.       .'       h 

PROCACiDAOE,  s.  f.  (Lat.  procaciíos.  tÍ9)f 
desavergonharaento,  insolência,  audacip. 

PROGAS,  (hist.)  rei  d'Alba  desde  817  at« 
796  antes  de  Jesu-thristo.  foi  pai  de  Nui> 
mitop  e  4^H*ulio.    "'^^v  o.iiTAi'' 

PROCEDÊNCIA,  s.  f.  (d(i  Lat.  procedo,  «rt 
proceder)»  perseguimento,  v.  g.  —  da  lai, 
— ,  o  acto  de  proceder,  a  —  do  Espirito 
Santo. 

PROCEDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  proc^-k 
dens,  tis,  p.  a.  de  procedo,  ere,  que  pro-» 
cede,  provém.  O  Espirito  Santo  —  do  Pa?» 
(Iro  e  do  Filho. 

PROCEDER  n.  n.  fLat  procedo,  ere,  pro 
pref.,  ecedere,  partir,  passar),  ir  pordian*  / 
te,  proseguir,  continuar,  v.  g.  —  o  come-* 
çado,  a  devassa,  o  juiz  na  devassa.  -*-  con- 
tra alguém,  intentar  processo  ;  —  á  pena 
capital  applica-la.  — ,  provir,  derivar-se ; 
tirar  a  origem  ser  causado.  Os  riof  proce- 
dem de  pequenos  regntos.  Os  ramos  proce- 
dem do  tronco.  A  miséria  do  povo  procede 
da  excessiva  riqueza  das  classes  privilegia- 
das. O  Espirito  Santo  procede  do  Padre  e 
do  Filho.  — ,  descender,  v.g  k  antiga no^ 
breza  da  Hespanha  procede  dos  Godos.  — , 
(forens.),  ser  revelante,  attenlivel  em  ter- 
mos dt  direito,  v.  g.  — a  suspeição,  acon- 
tra-dita.  — ,  ter  lugar,  verificar-se,  v.  g. 
procede  q  que  Aristóteles  diz  a  este  respei-í 
to,  Não  procede  disso. — i  haver-se,  portarn 
se,  ,i>.  g.  —  bem,  mal. 

Syn.  comp.  Proceder,  provir.  Um  e  oui 
tro  verbo  explicam  a  causa  d'uma  cousa , 
porem  o  primeiro  determina  rigorosamentâ 
a  causa  efficiente  ou  directa  ;  o  segundo 
determina  a  causa  motora  ou  impulsiva.  O 
máu  pbeiro  do  tanque  procede  das  maté- 
rias corropapicja^  que  ha  nelle;  Q  prevem 
do  descuida  do  hortelão,  que  não  o  limpíj 
e  renova  suas  aguas. 

P'í}qui  vem  que,  sem  nos  separarmos  dt 
id,éia  própria  e  rigorosa  do  verbo,  dizemos 
(^Mç  0.. A4\o  proç^h  .do  ft«i.>  ft j^ãft  (jiip  proM 

PROCEDER,  s.  7».  pEoc^Í0W(it(h(Aseá»-e 
4  exemplar.  ■_■.  ,  ,    ,-,,  ...jí  .ííir-.;r  ;:■;  i 

.  ^ROCiipipo,  4,  p.  p.  4$  prpçeder,  adj,. 
originado,  .causado,  v.  g.  isto  tiolm  —  d'^ 
cai\^^  PWí9  cpíi^ecrí^;  febçe^r^  de  uma 
ferida  grave.  Dinheiro^- da. Mí^nda  dos beuai 
de  rai'4. -TT,  pro^guido,  i'.  ^i*.  tinha  .r-í»/wl 
d|3v;assa,  ÇMudemaad*,  n^  Qi(9fiHlC9ft>  B<?n>íiip 
mal  — ,  que  se  portou  bem  9tfcièlLt«bt3H^.oiií 
mal  ipArÁfi^fado.  ,§!Jgpe^ã<)^rT*  (fofiHI»:..)» «" 


801 


PRO 


PRO 


que  o  juiz  declarou  que  procedia.  O  — , 
substaat-,  o  que  tem  acontecido,  o  pro- 
gresso. 

PROCEDIMENTO,  A,  s.  m.  [mento  suff.),  ac- 
ção de  proceder,  o  progresso,  —  mais  usa- 
do, modo  de  se  haver,  de  se  portar.  — , 
(forens.),  o  processo,  os  autos  que  faz  o  juiz 
em  qualquer  processo.  Julgado  a  — ,  (fo- 
rens. ant.),  decidido,  que  procede,  é  atten- 
divel  em  juizo. 

pROCELEusMATico,  adj .  fíi.  (Lat.  proceleus- 
maticuSf  do  Gr.  kello.  correr,  apressado.) 
Pé-^,  de  quatro  syllabas  breves :  homini- 

bútl  ■■■■'':■ 

PROCELLA,  s.  f.  (Lat.  procella,  de  procel- 
lo,  ere.  derribar,  Gr.  aella,  do  aó,  soprar, 
eileô,  volver)  (poet.)  tormenta  no  mar ;  v. 
g.  marcial — ,  o  estrondo  e  estrago  da  guer- 
ra. 

Syn.  comp.  Procella,  borrasca,  tormen- 
ta, tempestade.  Procella  é  a  tormenta  fu- 
riosa do  mar,  em  estylo  poético,  como  dis- 
se Camões: 


Náo  erâo  os  traquetes  bera  tomados, 
Quando  dá  a  grande  e  súbita  procella. 
(Lus.,  VI,  71.) 

■  -f.f 

Só  se  diz  procelloso  o  mar  quando  está 
mui  agitado. 

Borrasca  é  a  tormenta  repentina  de  mar 
ou  de  terra ;  diz-se  mar  borrascoso  ,  e  in- 
verno borrascoso. 

Tormenta  é  a  grande  perturbação  do 
mar,  com  inquietação  de  vento,  que  ins- 
pira terror ;  chamou-se  cabo  tormentoso  ou 
tormentório  ao  da  Boa-Esperança  porque 
eram  ali  mui  frequentes  as  tormentas. 

Tempestade  tem  só  relação  com  a  alte- 
raçam  do  estado  natural  da  atmosphera,  e 
significa  temporal  de  vento,  que  no  mar  de- 
genera quasi  sempre  em  tormenta.  Os  ven- 
tos do  mar,  no  inverno,  são  ordinariamen- 
te tempestuosos  ;  um  furacão  ó-o  sem- 
pre. 

Do  vento  violento  se  forma  a  tempesta- 
de ;  se  esta  provem  de  grossas  e  medonhas 
nuvens  que  despedem  relâmpagos  e  raios, 
e  despejam  grandes  chuvas,  é  tormenta, 
mormente  no  mar ;  se  rebenta  de  repente, 
e  não  dura  muito,  ó  borrasca,  no  mar 
chamam-lhe  os  poetas  procella,  imitando 
a  Horácio  que  disse :  «  Vexant  maré  inae- 
quales  procelloB  (Od.  II,  6,  3).  » 

PROCELLOSO,  A,  adj.  (Lat.  procellosus), 
impetuoso,  tormentoso.  Mares  — .  Tufão  — . 
Inverno  — ,  sujeito  a  tormentas.  Nuvem  — , 
que  traz  ou  ameaça  tormenta.  Jove  — ,  que 
lança  tormentas. 

PRÓCERES,  s.  m.  pi.  (Lat.  de  procerus,  al- 


to, levado),  (íig.)  magnates,  grandes  da  na- 
ção. Os  —  do  reino.  '  '''•  '^^' 

PROCERiDADB,  s.  f.  (Lat.  proceritás,  tis), 
altura  do  corpo.  A  —  das  arvores.  Vasc. 
(He  p.  u&.) 

PROCESSADO,  A,  p.  p.  de  processar,  adj. 
autuado,  posto  em  jiiizo.  ■ 

PROCESSAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  aíj.  o/j. 
concernente  do  processo. 

PROCESSÃO,  s.  f.  (Lat.  processio,  onis], 
acto  de  proceder,  de  emanar.  A  —  do  Es- 
pirito Santo,  que  precede  do  Eterno  Padre 
e  do  Filho.  — ,  progresso  de  cousa  emana- 
da de  outra.  v.  g.  k  origem  e  — do  pec- 
cado. 

PROCESSAR,  X).  a  [processo,  ar,  des.  inf.) 
autuar,  pôr  em  juizo  :  —  o  réo,  —  uma  cau- 
sa, fazer  todos  os  autos  necessários  parael- 
la  ser  julgada,  instruir  o  processo. 

processionalmente,  adv,  [mente  suff.), 
em  profiissão. 

processionario,  s.  m.  livro  de  orações 
resadas  nas  procissões. 

PROCESSO,  s.  m.  (Lat.  processus),  cousa 
que  vai  progredindo,  progresso,  v.  g.  no 
—  da  viagem,  dos  descobrimentos  dos  por- 
tuguezes,  no  —  do  tempo,  da  historia,  da 
doença,  do  discurso,  da  oração,  da  dispu- 
ta. — ,  (forens.),  os  autos  que  correm  em 
juizo.  A  forma  do  — ,  as  formalidades  fo- 
renses da  demanda,  da  acção  judicial.  — 
infinito,  serie  de  cousas  successivas,  sem 
termo  nem  fim. 

PROCiDA  (ilha),  (geogr.)  Pitkecusa,  de- 
pois Prochyta  entre  os  antigos,  ilha  do 
Mediterrâneo,  na  costa  ao  SO.  do  reino  de 
Nápoles,  entre  a  ilha  de  Ischia  e  o  contW 
nente ;  7,000  habitantes  Capital  Procida. 

PROCIDA,  (hist.)  um  fidalgo  italiano,  se- 
nhor da  ilha  Procida,  nasceu  em  1225. 
Urdiu  uraa  vasta  conspiração  contra  Carlos 
d'Anjou  em  1282,  provocou  a  carneficina 
conhecida  polo  nome  de  Vésperas  Sicilia- 
nas, e  tirou  a  Sicilia  aos  Francezes. 

PROCiDENCiA,  s.  f.  (Lat.  procidentia,  de 
procido,  ere;  pro,  diante,  e  cadere,  cair) 
saída  violenta,  v.  g.  —  dos  olhos,  fora  da 
orbita.  —  do  uteio,  prolapso. 

PROCioN.  V.  Pracyon. 

PROCISSÃO,  s.  f.  [L&t.  processio,  onis)  ce- 
remonia  religiosa  em  que  grande  numero  de 
ecclesiasticos  formando  alas  saem  de  um  tem- 
plo, e  depois  de  percorridas  certas  ruas  ou 
praças,  voltam  ao  lugar  d'onde  saíram.  — 
do  corpo  de  Deus,  em  que  vão  o  rei,  as 
commanidades  religiosas,  o  clero,  os  caval- 
leiros  das  ordens  militares,  etc. 

PROCissÃoziNHA,  *.  f.  diminut.  de  pro- 
cissão :  (ant.)  — de  meninos  da  escola. 

PROCLAMA,  s.  f.  banhos  ou  denuncias  ma- 
trimoniaes  que  se  proclamam  na  parochia. 


PRO 


PRO 


^ 


pRocfAMAçio,  s.f.  (Lat.  proelamatto,  onis 
o  acto  de  proclamar,  pregão  solemne,  bando, 
publicação  em  voz  aíta  ;  publicação  que  faz 
um  chefe  militar  ao  exercito,  ao  povo,  an- 
nunciando  alguma  cousa,  promellendo, amea- 
çando, ou  o  rei  de  Inglaterra  convocando  o 
parlamento. 

PROCLAMADO,  A,  p  p.  dc  proclamar  *,  adj. 
notificado,  annunciado  em  proclamação,  v. 
g.  foi  —  augasto. 

PR0CLA«AD0R,  *.  TH.  (Lat.  proclamator)  o 
que  proclama.  — ,  adj.  que  proclama,  an- 
nuncia  altamente.  Vozes  proclamadoras  da 
victoria. 

PROCLAMAR,  V.  O.  (Lat.  proclamo,  are ; 
pro,  diante,  e  clamare,  clamar)  acclamar, 
apregoar  altamente,  v.  g.  —  rei ;  —  a  paz; 
augustos  os  filhos  do  imperador. 

pROCLES,  (hist.)  rei  de  Sparta,  filho  d'ii- 
ristodemo,  um  dos  Ileraclidas,  que  con- 
quistaram o  Peloponeso.  Reinou  conjun- 
ctamente  com  seu  irmão  Eurysthene  desde 
o  anão  1186  antes  de  Jesu-Christo. 

PROCLiNAR,  V.  a.  (Lat.  proclino,  are)  (p. 
us.)  inclinar  para  diante,  abaixar.  — o  cor- 
po, debruçar-se. 

PROCLO  (S.),  (hist.)  patriarcha  de  Cons- 
tantinopla desde  434,  a  4*6,  foi  amigo  de 
S.  João  Chrysostomo,  combateu  Nestorio  e 
gozou  de  grande  credito  com  o  imperador 
Theodosio.  E'  festejado  a  24  de  outubro. 

PROCLO,  (hist.)  a\)^e\liáaáo  Diadochus  [is- 
to  é  successor)  philosopho  neoplatonico  , 
nasceu  em  412  em  Xantho  na  ou  Lycia,  se- 
gundo outros ;  estudou  em  Alexandria,  foi 
na  edade  de  20  annos  a  Athenas,  aonde 
teve  por  mestre  Plutarco,  filho  de  Westo- 
rio,  o  Syriano,  snccedeu  em  450  a  Syria- 
no  na  direcção  da  escolla  de  Athenas,  e 
attraiu  grande  numero  de  ouvintes.  Morreu 
em  485.  Proclo  era  versado  não  só  era  philo- 
sophia,  mas  também  em  mathematicas  e  ju- 
risprudência. Em  philosophia  associava  ás  do- 
ctrinas  de  Platão  as  de  Orpheo,  Pythago- 
fas,  Plotino,  Porphyro  e  Jamblico  Com- 
batia violentamente  o  christianismo.  Proclo 
compoz  muitas  obras,  das  quaes  se  perdeu 
grande  parte;  das  que  nos  restam,  a  melhor, 
si  o  os  :  Hymnos. 

PROCLO,  (hist.)  chimico,  queimou  em  575 
a  frota  de  Vitaliano,  com  frechas  molhadas 
n'uraa  compozição  desconhecida,  chamada 
enxofre  tiivo  e  que  talvez  fosse  a  mesma 
couza  que  o  fogo  greguez. 

PROCO,  «.  m.  (Lat.  procus,áeprocor,  ari, 
pedir  em  casamento)  pretendente  de  mulher 
para  casar.  É  antiq. 

PROCONESO,  (geogr.)  Proconesus ,  hoje 
Marmara,  ilha  do  Propontido,  ao  NE.  de 
Cyzico. 

PROCÔNSUL,  (hist.)  de  proconsule,  magis- 

YOt.    IV. 


trados  romanos,  que  exerciam  as  funcções 
de  cônsul  em  certas  províncias.  O  ^ri-! 
meiro  procônsul  foi  T.  Quincto  Barbato, 
em  464  antes  de  Jesu-Christo. 

PROCOWSULADO,  8.  wi.  (Lat.  proconsulatus) 
dignidade  de  procônsul;  districto  da  sua ju- 
risdicção,  duração  do  seu  governo. 

PROCONSULAR,  adj.  dos  lg.  (Lat.  procon- 
sularis)  de  procônsul,  v.  (/.  poder,  jurisdic- 
ção  — . 

PROcopio,  (hist.)  historiador  grego ,  de 
Cesárea  na  Palestina,  teve  escola  de  rhe- 
torica  em  Constantinopla,  seguiu  Belisario 
á  Ásia,  á  Africa  e  á  Itália,  foi  senador  e 
prefeito  de  Constantinopola  em  562,  o  mor- 
reu em  565.  Julga-se  que  era  christão.  Dei- 
xou uma  Historia  do  seu  tempo  era  8  li- 
vros, e  outras  obras. 

PROCOPIO  DE  GAZA ,  (híst.)  theologo  e 
grego ,  quo  vivia  era  550  ,  deixou  en- 
tre outros  escriptos  uma  Explicação  dos 
Provérbios  de  Salomão,  um  Commentario 
sobre  Isaias,  ele. 

PROCOPIO,  (hist)  o  Grande,  e Procopio o 
Pequeno ,  celebres  chefes  hussitas,  com- 
mandavam  ura  os  Taboritas,  o  outro  os- 
Orphanitas.  O  primeiro  tinha  sido  ajudan- 
te de  campo  de  Ziska.  Ambos  foram  mor- 
tos era  Bsehmischbrod. 

PROCRASTINAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  procrastina- 
tio,  onis)  delonga,  demora,  tardança. 

PROCRASTINADO,  A,  p.  p.  de  procrastinar; 
adj.  delongado,  tardado,  espaçado. 

pROCRASTiNADOR,  s.  m.  O  quc  delouga,  de- 
mora, homem  tardo,  moroso. 

PROCRASTINAR,  t»  a.  (Lat.  procrastino,  are\ 
pro,  diante,  eras,  á  manhã  ,  e  teneo,  ere, 
ter,  manter)  delongar,  differir,  espaçar,  v. 
g.  —  os  remédios,  as  providencias. 

PROCREAçÃo,  s.  f.  (Lat.  procrtatio,  on^s) 
o  acto  de.procrear.  Diz-se  dos  animaes  e  do 
homem,  assim  como  das  plantas;  geração 

PROCREADO,  A,  p.  p.  dc  procrcar ;  adj. 
gerado. 

PROCREADOR,  s  m.  ^Lat,  procreator)  o  que 
procrea,  gera,  pai.  -  ,  adj.  que  gera,  pro- 
crea. 

PROCREARs  V.  a.  (Lat.  procreo,  are ;  pro, 
diante,  o  creare,  crear)  gerar,  v.  g.  —  filhos. 
(fig.;  abrolhar,  lançar  rebentos,  v.g.  os  en- 
xertos procream. 

pROCULEANos,  (hist.)  escola  do  juriscoiisul- 
tos  romanos,  começou  no  I,  século  depois 
de  Jesu-Christo,  devia  o  seu  nome  a  Pro- 
culo,  sábio  jurisconsulto,  discípulo  de  La- 
béão  e  que  vivia  no  reinado  de  Nero ;  es- 
ta escola  tinha  por  antagonistas  os  Sabi- 
nios  ou  Cassianos. 

PROCURA,  s.  f.  busca,   pesquiza.    Andar 
em   — ,  em  busca,    buscando,   procurando 
alguém,  ou  alguma  cousa. 
77 


QAg 


PW 


PROCURAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  procuraiio,  otpis) 
poapr  dado  a  alguém  para  tratar  negócios 
forenses,  judiciaes,  mercantis,  económicos, 
etc. ,  o  auto  em  que  se  confere  este  poder.  Tra- 
zer—, (ant.)  tratar  de  negocio  alheio  copo  o 
procurador. 

PROCURAÇ4.0,  s.  f.   (ant )  V.  Colheita.  ,-. 

PROCURADEIRA    Y.  Procurãdova. 

PROCURADO,  A,  p.  p.  de  procurar;  adj. 
buscado,  solicitado,  diligenciado ,  tratado 
por  procurador,  v.  g.  tenho-o  —  por  toda  a 
cidade.  Tinha  —  os  meios  de  conseguir  o  ne- 
gocio, ou  tinha  —  persuadir,  dissuadir  al- 
guém Este  medico  é  mui  — ,  solicitado  a 
que  vá  tratar  de  doentes.  — ,  (p.  us.)  advo- 
gado, defendiçlo,  v.  g.  causa  —  por  um  dou- 
to advogadq.  — r,  (ant )  apurado,  feito  copa 
nimio  apuro,  ex.  «  Ornamento  muito  —  de 
vestidos.»  Cat.  Rom  ,  595. 

PROCURADOR,  s.  «i.  (Lat  procurãtov]  ho- 
m(.m  incumbido  dos  negócios  de  outrem,  par- 
ticularmente no  foro,  em  cortes.  —  de  cau- 
sas, que  promove  a  marcha  do  processo.  — 
de  ordem  religiosa,  do  cabido.  O —  da  co- 
roa, magistrado  encarregado  de  promover  e 
defender  as  prerogativas  e  os  interesses  da  co  • 
^4?';~»  advogado.  —  bastante,  que  tem  po- 
deres amplos,  suíTicientes,  para  tratar  de 
negocio  que  lhe  é  incumbido,  e  que  não  tem 
impedimento  legal  para  exercer  gs  suas  fun- 
ções. 

mulher  a  quem  se  deu 


PROCURADORA,    S.  f 

ou  fez  procuração. 

PROCURADORIA  ,    S. 

procurador, 

PROCURANÇA,  (ant 


f.  (des.  ta)   oíficip  de 


V.  ProeufqLdoriq,. 

PROCURAR,  x).  a.  (L^t.  procuro,  are  ;  prp, 
em  lugar  de,  ^curare,  cuidar)  advogar  cau- 
sa, ou  promover  os  interesses  de  constituin- 
te ;  buscar,  fazer  diligencia  por  achar,  v.g. 
—  os  r^ieios  de  conseguir  algum^  fio),  ou  al- 
gum objecto;  obter,  adquirir,, p^/^.  procpf- 
rm-lhe  um  cargo  importante.  —  alguém, 
ir  em  busca  d'elle,  irinform.ir-se  seelle  está 
em  casa,  ou  em  algum  lugar  ;  perguntar,  v. 
g-  procurei  por  elle,  indaguei  onde  eslava 
ou  como  estava  de  saúde 

PROCURATORiA,  s.  f.  (des.  ta)  oíTicio  de  pro- 
curador ;    requerimento  de  procurador  (p. 

PROCURATORIO,    $.    t».    PROfiqiBj^^Çy^A,^  f. /, 

X^^Procuratoria,^       ,  j  j^^  .•::'.  ■..ikkui;/ 

pRocusTo,  (myih.)   celepre  salteador  de 

Aítica,  fazia,  deitar  os  seuç   hospedes  em 


cão)  (astr.)  canicula,  constellação.  V.  Cani- 
cula. 

PRODiçÃo,  *.  f.  (Lat.  proditio,  onis,  de 
prodo,  erí,  entregar,  atraiçoar,  pro,  e  darc, 
dar)  entrega  atraiçoada  ;  entrega  de  mulher 
pqira  acto  obsceno. 

PRODIGADO.  V.  Prodig alisado. 

PRODiGADOR.   V.  Prôdígo. 

PRODiGALjíDADE,  s.  f,  ((.at.  prodigalitQs, 
tis)  a  qualidade  de  pródigo,  profusão  exces- 
siva. Excessiva,  desenfreada  — ,  ((ig.)  exube- 
rância, ex.  «  Escreveume  com  tal  —  de  dis- 
crições, que  me  poz  a  boca  na  orelha,  de 
pasmo   »  Sá  Miranda,  Cast.  fi. 

PRODiGALiSADO,  A,  p  p.  de  prodigalisar  ; 
adj.  despendido,  dado  com  prodigalidade. 

PRODIGALISAR,  V.  a.  (de  pródigo  ;  a  des. 
isar  é  contracção  de  liberalisar]  dar  com 
mão  pródiga,  despender  prodigaraerite,  Pro- 
digar  seria  mais  conforme  ao  Latim. 

prodigáLissimo,  A,  adj.  supt^L  de  pró- 
digo. ',.   .. 

PRODIGAMENTE,  adv.  [mente  sufi.)  cooi 
mão  pródiga. 

PRODiGiA,  s.  f.  (ant.)  V.  Prodigio. 

PRODÍGIO,  s.  m.  (Lat.  prodigium,  quo 
Court  deGébelin  deriva  com  razão  de  ago, 
ere,  e  AI.  D.  de  Roquefort  de  pro,  e  dicere, 
antecipar,  predi?er,  no  qne  se  engana  evi- 
dente ;  vepa  áeprodígo,  ere,  pro,  avante,  o 
ago,  erc^  lançar)  phenomeno  extraordinário 
que  causa  adn:^iração,  maravilha,  milagre ; 
(fig  )  sinal  extrapnlinario  de  successo  futij^ 
ro ;  pessoa  que  posgue  taleiito  íjxtraordinaT. 
rio,  V.  g.  é  urp  —  de  engenho,  de  virtude, 
de  constância.  Os  prodígios  da  natureza  eda, 
arte,  —  da  aí^phiíectura  egypcia.  ^,j 

Syn.  comp.  Prodigio,  milagre,  maravi- 
lha. Estas  três  palavras  indicam  uma  cousa 
de  ordem  superior  e  extraordinária  ;  po- 
repa  o  prcdigi^o  é  utn  phenomeno  grandio? 
so  que  sae  do  curso  ordinário  das  cousas ; 
o  milagre  é  um  estrant^p  acontecimento  que 
succede  contra  a  ordem  natural  das  coi;^s 
e  as  leis  conhecidas  dp  i^niverso ;  a  mara- 
vilha é  uma  pbfa  f^dnair.avel,  que  eclipsa 
pop  as^ica  dií,er  todo  um  género  de  cousas, 
ou  um  si^cces^.o.  í\ãA  YV^lS^Ç.ft^ííi.  ft^Ç^^*  ^^^" 
sa  admiração.  \' 

O  prodígio  excede  as  ideias  eommuns  ;  o 
milagre,  tpda  a  nossa  intelligencia ;  a  n^a-^ 
r^vilhOfi,  a  eiçpectação  e  nossí^  imagina fãPf. 
j'' Assim  que,  uma  cousa  occulta    faz  prodir. 


gios  ;  uma  industria  rara,  as  maravilhas: 
um  leito  de  ferro,  cortavR  as  pernas  áquel-  j  só  uma  potencia  extraordinária  e  superior 
les,  que  eram  mais  compridos  dp  que  9;  oU  lei^  da  natureza  f§z  os  milagres.  «  Qs 
leito,  e  fazia  egualar  o  comj\rÍDQeptp  dp  milagres,  diz  Vieira,  sãp.  sólios  pendentes 
leito  puchando  á  força  com  cordas  aquelles  das  proyizões  de  Deus  ;  porque  só  Deus  e 
que  tinham  as  pernas  mais  curtas.  Theseo  quem  tem  o  ppder  d^Deus,  pôde  obrar  S(nt 
l^yrpu  a  terra  deste  monstro.  bre  as  forças  da  natureza   (Vil.  261).  »  .. /> 

PROCYON,  «.  w.[Gj^rJ>ríí,;  diante,  ejcj^onj   _jÇl6,.,|pagipQS '^e  ^h9,\n(b^^ravj^^^ro(lig,\qs; 


!• 


m 

Moysés  fez  milagres ;  S.  Paulo  fez  rnaravi- 
Ihas,  que  á  primeira  vista  parecem  incrí- 
veis. 

A*  medida  que  a  natureza  nos  ha  reve- 
lado suas  leis,  os  plienomenos  admiráveis, 
como  são  as  apparições  de  novos  corpos 
celestes,  òs  eclipses,  as  auroras  boreaes,  os 
fogos  eléctricos,  deixaram  de  ser  pordigios ; 
e  o  céo  perdendo  seus  signaos  propheticos, 
nem  por  isso  deixou  de  manifestar  a  glo- 
ria de  seu  autor.  A' medida  que  as  artes  teem 
ido  subindo  i  mais  alta  perfeição,  as  pri- 
meiras maravilhas  nào  foram  mais  que  in- 
venções coramuns.  A'  medida  que  a  reli- 
gião Christã  se  foi  estabelecendo  e  firma n 
do,  foram  sendo  mais  raros  os  milagres, 
porque,  como  diz  Vieira  :  «  Deus  regular- 
mPínte  não  faz  milagres  sem  necessidade  . 
quindo  faltam  as  forças  hamanas  então  sup- 
prem  as  divinas  (III,  412).  » 

PRODIGIOSAMENTE,  adv.  {metite  sufT.)  de 
maneira  prodigiosa. 

PRODIGIOSO,  A,  adj.  {LeX.  prodigiosus)  ex- 
traordinário, portentoso. 

PRÓDIGO,  A,  adj.  (Lat.  prodigus,  áepro- 
digo,  ere,  brotar,  lançar)  que  despende  com 
excessiva  profusão,  que  desbarata  os  seus 
bens,  que  esperdiça,  v.  g.  — do  seu  e  alheio 
sangue.  Com  —  mão  a  infâmia  compra.  O  fi- 
lho — . 

Syn.  comp.  Pródigo,  dissipador.  O  pró- 
digo é  um  gastador,  ou  manirroto,  que  des- 
pende o  dinheiro  sem  escolha  nem  discer- 
nimento, largo  em  dar  e  liberal  com  exces- 
so ;  é  o  opposto  de  poupado.  Dissipador  é 
o  que  destroe  e  malgasta  sua  fazenda,  des- 
pende seu  dinheiro  sem  utilidade,  estraga 
o  que  herdou  de  seus  pais ,  sem  que 
)'.izam  suas  despezas  ;  é  o  opposto  de  econo 
mico. 

Pródigo  diz  se  alguma  vqz  em  bom  sen- 
tido, vi  g.  pródigo  de  louvores,  de  servi- 
ços ,  de  seu  sangue,  de  sua  vida,  etc. 
Dissipador  sempre  se  toma  em  máu  senti- 
do Compara-se  o  dissipador  a  um  cesto 
roto  òu  tonel  das   Danaides. 

PRÓDIGO,  (hist )  sophista  de  lulis,  na  ilha 
de  Ceos,  discipulo  do  Protágoras,  teve  uma 
escolla  de  eloquência  em  Athenas,  no  anno 
430  antes  de  Jesu-Chriío  e  não  teve  outro 
rival  senão  Gorgias.  Morreu  depois  de  Só- 
crates. ^ 

PRÓDIGOS,  s.  w. '  pí.  (naut.)  paos  grossos 
que  fortalecem  o  navio  por  baixo  sobre  o 
forro  de  dentro. 

PRODiTOR,  s.  m.  V.   Traidor. 

PRODITORIAMENTE.  V.  Atraiçoadamente . 

PRODITORIO;  A,  adj.  (Lat  proditorius) 
atraiçoado. 

PBODROMO,  s,  m.  (Lat.  prodomvs,  do  Gr. 
pró,  diaV^te,  drômoSy  carreira)  o  que  vai  ou 


pRO 


corre  diante,  precursor ;  a  primeira  obra  de 
um  autor;  obra  preliminar  que  serve  cí^íft-i 
troducção  a  outra  mais  extensa. 

PRODUCÇAO,  s.  f.  (Lat.  productio,  onisX 
acto  de  produzir;  a  cousa  produzida,  v.  g. 
as  producções  da  natureza.  —  de  testemu' 
nhãs  ou  de  documentos,  no  foro,  o  apre- 
senta-los. 

PRODUCENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  produ- 
cens,  tis,  p.  a.  de  produco,  ere,  produiir) 
que  produz,  apresenta  em  juizo  testemunhas, 
documentos. A  Ordenação  AíTons.  escrevejirq^ 
duzente. 

PRODUCENTissiMO,  A,  adj  supcrl.  de  pro- 
ducente,  mui  producente. 

PRODUCTiBiLiDADE,  s.  f.  qualidade,  força 
productiv5,  V.  g.  a  —  da  terra,  das  arvores ; 
—  do  trabalho. 

PRODWCTO,  s.  m.  (do  Lai  productus,  p.  p. 
de  produco,  ere,  produzir)  cousa  produzida, 
producção,  v.  g.  os  — s  naturaes  da  agri- 
cultura. — ,  renda,  reddito,  lucros,  v.  g. 
o  —  da  negociação,  do  commercio,  dos  fun- 
dos. — ,  (raath.)  resultado  da  multiplicação 
de  um  numero  por  outro,  v.  g.  12óprodu^ 
cto  de  3X4. 

PRODUCTOR,  A,  adj.  quo  produz ,  v.  g. 
terra  —  de  abundantes  fructos,  —  de  fogo- 
sos ginetes. 

PRODUCTOR,  s.  m.  homem  que  6  ag^Qte 
da  producção,  cujo  trabalho  é  profícuo,  ^^^ 
g.  a  sociedade  consta  de  productores  labo-, 
riosos,  ede  consumidores,  uns  produclivos,' 
outros  ociosos.  Todo  o —  consomps,  mas  os, 
mais  dos  consumidores  opulentos  nada  pro--;. 
duze.n,  e  pouco  provem  a  producção  útil,. 

PRODUZENTE.  V.   Produccnte.  ^ 

PRODUZIDO,  A,  p.p.  de  produzir  ;  ad/.  geri, 
rado  ;  (fig.)  os  fructos  — s  pelas  plantas. — ,; 
fabricado,  v.g.os  artefactos,  manufacturas^j 
—s  pelo  trabalho  do  homem  ajudado  de  me^ 
chanismos.  — ,  apresentado  em  juizo,  v.g., 
linha  —  testemunhas,  documentos. 

PRODUZiDOR,  adj.  e  s.  m.  V.  Productor.  . 

PRODUZIR,  V.  a.  (Lat.  produco,  ere;  pro^ 
e  ducere,  conduzir.)  gerar,  dar  o  ser,  tJ.  <j|í.  , 
as  arvores  produzem  fructos;  a  terra  pro^i 
duz  (cria)  algodão,  café,  e  fig  cayallos,  ele- 
phantes,  isto  e,  nutre,  alimenta.  — ,  causar. 
Os  terrenos  alagadiços  proditze/n  febres  in-. 
termittentes.    O    luxo  produz  a  miseri/i  do,, 
maior  numero  dos  cidadãos.  A  ambição  pro- 
duz males*  sem  numero. — ,  (fig.)  fazer  flo-| 
rescer.  A  antiga  Grécia  prodwzm  varões  il- . 
lustres.  —  testemunhas,  documentos,  apre-, 
senta-los  em  juizo.  — ,  (math.)  dar  um  pror  , 
duelo,    V.    g.    5  multiplicado   por  4  pro- 
duz 20. 

PRonuzivEL,  adj.  dos  2g.  (des.  ii;e/ j  que 
pode  produzir-se.  ; 

pRÓE,  s.  m.  V.  Prol,  Proveito.  . 

77  * 


u  o^ 


fko 


PRÒBiRO,  s.  m.  {proa,  des*  eiró.)  mari- 
nheiro dos  que  vigiam  á  proa. 

PROEJADO,  A,  p.  p.  dtí  proejar ;  adj.  que 
leva  a  proa  dirigida  a  certo  rumo. 

PROEJAR,  V.  a.  ou  n.  [proa,  des.  c/ar,  do 
Cast.  echar,  lançar.j  navegar  com  certo  ru- 
mo. —  por  seus  rumos. 

.Moraes  o  faz  lambem  activo  ,  e  dá  por 
exemplo  a  phraze  :  «  proej ando  ao  oriente, 
e  —  a  uma  calheta  »  Em  ambas  é  abs.  ou 
n.  e  significa  navegar  com  o  fim  de  attin- 
gir. 

PROEMiAL ,  adj  dos  á  g.  [proemio,  des. 
ai.)  preliminar. 

PROEHiAR,  V.  a.  OU  auics  abs.  ou  n.  (Lat. 
proaemior  ari.  V.  Proemio.)  (p.  us  )  fazer 
proemio,  preambulo,  começar  oração ,  li- 
vro. 

PROEMIO,  s.  m.  (Lat.  prooemium,  do  Gr. 
pro ,  diante,  e  oimos  ,  caminho.)  discurso 
prévio,  preliminar,  exórdio ;   (fig.)  começo. 

PROKNÇA-NovA,  (geogr.)  villa  e  freguezia 
de  Portugal,  no  districto  de  Castello-Bran- 
cò,  donde  dista  5  léguas  ao  O.  e  28  de 
Lisboa  ;  2,500   habitantes. 

PROENÇA-vELiiA,  (geogr.)  villa  e  freguezia 
de  I  ortugal  no  districto  de  Castello-Branco  ; 
700  habitantes. 

PROES,  í.  m.  (ant.)  de  prol. 
'"t»ROETiDES,  (mylh.)  filhas  de  Proelus,  len- 
do ousado  compararem-se  a  Juno  foram  fe- 
ridas de  delirio  ;  julgavam-se  metamorpho- 
seadas  em  ervilhas  Foram  curadas  por  Me- 
lampo,  o  qual  exigiu  por  preço  desta  cura 
dous  terços  do  reino  de  Argos. 

PROETOS,  (hist.)  rei  de  .Argos,  filho  de 
Abas  e  irmão  de  Acrisio.  Inimigo  mortal 
de  Acrisio  disputou-lhe  o  throno  por  mor- 
te de  seu  pai,  e  obteve  o  por  algum  tem- 
po, até  que  foi  delia  expulso  e  se  retirou 
á  corte  de  Jobate,  rei  da  Lydia,  que  lhe 
deu  em  cazamento  sua  filha  Sthenobea. 
Voltando  depois  á  Grécia,  fez  guerra  a  seu 
irmão  conquistou  parte  da  Argolida,  e  fi- 
nalmente apoderou-se  de  Teryntho  aonde 
reinou  até  morrer,  em  1462  antes  de  Jesu- 
Christo. 

PROEZA,  s,  f.  (Fr.  prouesse,  de  preux,  va- 
lente, esforçado,  Lat.  proí;u5.)  acção  do  ho- 
mem esforçado,  esforço,  valor,  grande  ani- 
mo, façanha.  Fez  — s. 

Syn.  comp.  Proeza,  façanha  Xs  proezas 
fázem-nas  os  homens  de  valore  entendidos, 
porem  com  meditação  e  sabendo  o  que 
vão  fazer.  As  façanhas  commettem-nas  o 
executam-nas  os  homens  ousados  e  atrevi- 
dos. Albuquerque  e  loão  de  Castro  fizeram 
proezas,  seus  soldados, /"afaít/ias.  Faz  ptoc- 
zas  o  grande  capitão;  o  pastor  que  se  de- 
fende contra  um  lobo  e  o  mata,  f^z  uma 
façanha.  -i  yx 


PRO 

Nas  façanhas  considera -se  particularmen- 
te o  esforço  e  arrojo  do  feito,  ou- o  eíTeito 
vantajoso  d' um  snccesso.  As  proezas  per- 
tencem antes  ao  entendimento  e  animo  egré- 
gio que  ás  forças  physicas. 

PROFAÇA,  s.  f.  (ant )  V.  Prol  faça,  Para- 
bém. 

pROFAÇAR,  V.  a.  {pro  pref.,  diante, e /a- 
ce,  ar  des.  inf.)  (ant.)  lançar  em  rosto,  ac«í 
cusar  face  a  face,  afrontar.  ^ 

PROFANAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  profanatio,  onis.) 
acto  de  profanar  -,  estado  da  cou?a  profa- 
nada. 

PROFANADO,  A,  p.  p.  de  profanar;  adj. 
tratado  com  irreverência  ;  (fig.)  deshonrado. 
Tinha  —  o  templo,  o  sanctuario  ;  —  as 
leis. 

PROFANADOR,  s.  m.  O  quc  profaua.  Pa-p 
lavras  profanadoras  do  culto,  das  leis,  da 
innocencia. 

PROFANAR,  V.  a.  (Lat.  profano,  are:  pro 
diante,  fora,  e  fanum,  templo,  lugar  con- 
sagrado. V.  Profano.)  entrar  no  lugar  conr, 
sagrado,  vedado,  no  templo  ou  sanctuario; 
tratar  com  irreverência  os  lugares,  as  cou- 
sas sagradas.  —  as  leis,  a  autoridade;  maa^^ 
char,  deshonrar,  v.g.  —  as  virgens,  asves^ 
taes 

PROPANiDADE  ,  s    /.  dito,  acção  profaua ., 

PROFANÍSSIMO,  A,  ttdj .  superl.  de  profa- 
no, muito  profano. 

PROFANO,  A,  adj.  (Lat.  profanus',  pro, 
diante,  e  fanum,  templo,  deriv.  de  fando, 
gerúndio  de  /ari,  proferir  oráculos.)  excluí- 
do do  templo,  que  não  é  admittido  a  entrar 
no  templo,  no  recinto  sagrado.  Os  — s,  nm 
— ,  subsl.  — ,  não  sagrado  (fallando  de  cou- 
sas) lugar — .  As  leis,  a  philosophia  —  ;  a 
—  musa,  não  pertencente  ao  culto  christão,, 
Os  —s,  (fig.)  os  ignorantes,  estranhos  ao  cul- 
to das  musas.  O  vulgo  — ,  ignorante,  in- 
digno de  ouvir  o  canto  dos  vates. 

PROFECIA.  V.  Prophecia. 

pROFECTicio,  A,  adj.  (Lat.  profeetitius.) 
Pecúlio — ,  bens  — ,  (jur.)  que  provêm  do 
pai  ou  senhor,  e  cuja  administração  era  con- 
fiada aos  filhos  ou  aos  servos. 

profeitamknto,  s.  m.  (ant.)  V.  Aprovei- 
tamento,  Utilidade. 

PROFEiTANÇA,  s.  f.  (ant.)  V.  Aproveita- 
mento. 

PROFKiTO  ,  s.  m.  (do  Fr.  profit.)  (ant.) 
V.  Proveito. 

PROFERIDO,  A,  p  p.  de  proferir;  adj,  pro- 
nunciado. Oráculo — .  Sentença — .  Pala- 
vras—  com  mysterio.  Tinha  —  a  sentença. 

PROFERIR,  V.  a.  (Lat.  profero,  ere.  pro, 
diante,  fora,  e  fero,  rre,  levar,  ou  o  que 
me    [)arece   mais  provável,    de  profari,  do 
verbo   inusitado  pro/br ;    radical /ari,  fai-^ 
lar.)  pronunciar,  dizer,  articular,  v.  g.  — ^ 


'í> 


TTTfW 

Orna  palavra,  uma  verdade,  uma  sentença, 
blasphemias. 

PROFESSADO,  Á,  p.  p.  do  profossar;  adj . 
que  professou  sciencia,  arte  ;  que  fez  pro- 
fissão em  communidade  religiosa,  ou  em  or- 
dem militar ;  declarado,  confessado  publi- 
camente. As  doutrinas  que  tinha  professa- 
do. 

PROFESSADOR,  A,  adj.  (p.  us.)  quo  pro- 
fessa, V.  g.  —  de  sãs  doutrinas. 

PROFKSSANTK,  s.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans,  tis.)  pessoa  que  professa  ou 
faz  proGssão  em  ordem  religiosa. 

PROFESSAR,  V.  a.  (Ft.  pvofesser,  do  Lat. 
profiteri,  p.  p.  professais,  declarar  publi- 
camente, ensinar  como  professor ;  de  pro, 
diante,  e  fateor,  eri,  confessar,  declarar.) 
confessar,  declarar  publicamente,  v.  g.  — 
uma  doutrina,  máximas,  regra  religiosa. — , 
ensmar,  praticar,  v.  g.  —  arte,  sciencia, — 
a  medicina.  —  vassallagem  a  alguém,  pres- 
tar, prometter.  —  em  uma  ordem  ou  reli- 
gião, em  sentido  abs.,  fazer  votos. — se, 
V.  r.  inculcar-se,  annunciar,  v.  g.  —  eru- 
dito, sábio ;  —  agradecido. 

PROFESSO  ,  A,  adj.  {Lat.  professus.)  que 
fez  proflssão  em  ordem  religiosa.  — ,  practi- 
co,  costumado,  afeito,  v.  g.  «  mão  —  em 
matar.  »  Camões.  «.  Já  sou  —  em  angustias 
e  trabalho.»  Eufr.  5,  I. 

PROFESSOR ,  s.  m.  o  quB  ensina  alguma 
arte  ou  sciencia,  v.  g.  —  de  rhetorica,  de 
philosophia. — ,  (ant.)  o  que  professou  em 
ordem  equestre. 

Í^YN.  comp.  Professor,  lente,  cathedra- 
tico.  Todos  estes  ensinam  em  publico  uma 
sciencia  ou  faculdade,  mas  em  cada  um 
d'elles  concorrem  circumstancias  particula- 
res que  os  distinguem  entre  si. 

Professor  é  o  que  professa,  ensina  em 
publico  uma  sciencia  ou  faculdade,  expon- 
do suas  doutrinas  como  próprias,  e  quasi 
sempre  ostentando  seu  saber  oralmente  como 
orador,  Lente  ou  leitor  é  o  que,  segundo 
o  methodo  escolástico,  lia  ou  explicava  as 
doutrinas  approvadas  pela  eschola  ou  uni- 
versidade ,  contidas  n'um  compendio,  do 
qual  se  não  affastava.  Caíhedratico  é  o 
proprietário  d'uma  cadeira  de  universidade 
em  que  ensina  a  faculdade  de  que  está  en- 
carregado. 

O  professor  pôde  não  ser  cathedratico, 
pois  ha  muitos  homens  sábios  e  instruídos 
que,  sem  pertencerem  ao  corpo  universi- 
tário, professam  em  academias,  atheneos, 
reuniões  litter árias,  etc.  O  lente  ou  leitor 
pôde  pertencer  ou  a  uma  universidade,  ou 
corporação  religiosa,  mas  é  sempre  conde- 
corado com  o  titulo  de  mestre.  O  cathe- 
dratico pertence  sempre  a  uma  universida- 
de ;  se  ensina  á  antiga  tem  também  o  no- 

TOL.    IT. 


PRO 


309 


Ofl 


me,  de  lente  ;  se  professa   á  modi^t^^  gerg\j 
tenoe-lho  o  nome  áe  professor.     ;,,\)'J-.,.n»il 
Modtllo  do  género  do  professar  sSo   às 
prelecções  de  Mr.  Guizot,  e  de  Mr.    Ville- 
main  nas  aulas  da   Sorbona,  em  Pariz. 

PROFETA,  PROFETAR,  PROFETIZAR.  V.  PrO- 

pheta. 

PROFICIENTE,  adj.  dos  2  g.  que  faz  pro- 
gressos, V.  g.  em  alguma  arte,  ou  exerci-^ 
cio. 

PROFicuAMENTB ,    adt>.  (mente  suíT.)  coni, 
proveito,  utilidade. 

pROPicuiDADE,  s.  f.  o  ser  profícuo,  uti- 
lidade, proveito.  A  —  do  remédio.  .,,•) 

PROFÍCUO,  A,  adj.  (V.  Proveito,  e  Provei- 
toso.) útil,  proveitoso.  Medicamento — .Má- 
ximas — s. 

PROFiL,  s.  m.  (do  Fr.  profil,  do  Lat.  prò, 
diante,  e  /ilum,  traço,  linha  )  delineação  de 
uma  figura,  ou  cabeça  vista  só  de  lado,  ou 
da  secção  lateral  e  perpendicular  de  edifí- 
cio. 

PROFISSÃO,  s.  f.  {L&t.  professio,  onis.)  es- 
tado ;  modo  de  vida  que  alguém  exercita  , 
oílicio  ;  acto  solemne  em  que,  acabado  o  no- 
viciado, o  noviço  ou  noviça  faz  votos  de  abra- 
çar a  regra  de  ordem  religiosa.  —  de  fé  ^ 
declaração  explicita  da  doutrina  dogmática 
religiosa. 

PROFiTENTE,  adj.  dos  Í  g .  [Ldit.  profitcns^ 
tis,  p.  a.  de  profiteor,  eri,  declarar,  abra- 
çar abertamente.)  que  professa  alguma  lei, 
ou  religião. 

PROFLiGADO,  A,  p.  p.  de  profligar ;  adj, 
debeilado. 

profligador,  s.  m.  (Lat.  profligator.)  o 
que  derrota,  desbarata  na  guerra. 

PROFLIGAR  ,  V.  a.  (Lat-  profligo  ,  are  ; 
pro,  efligo,  ere,  ferir.)  desbaratar  na  guerra. 

PRÓFUGO,  A,  adj.  (Lat.  profugus)  fugiti- 
vo, vagabundo. 

PROFUNDADO,  A,  p.  p.  do  profuudar  ;  adj. 
introduzido  profundamente,  penetrado,  son- 
dado. 

PROFUNDADOR,  s.  wi.  O  que  profuuda  as 
cousas  ;  (fig.)  —  de  segredos,  recônditos  mys- 
terios.  — ,  adj.  que  profunda. 

PROFUNDAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  muito 
por  dentro,  muito  para  baixo,  v.  g.  exca- 
var — ,  ferir —  o  peito;  embeber  a  espada. 
— .  Dormir  — ,  (fig.)  com  somno  pesado. 
Investigar,  explicar  —  as  doutrinas^  com 
grande  penetração. 

PROFUNDAR,  V.  a.  (Lat.  profundo,  ere, 
pro,  diante,  efundus,  terra,  solo)  penetrar, 
cavar  mui  fundo,  r.  g.  —  um  poço,  um  fos- 
so ;  (fig.  penetrar  no  intimo,  v.  g.  —  uma 
questão,  uma  matéria :  profundou  a  espa- 
da, alanceta.  A  arvore  pro/wnáou  as  raizes. 
— ,  v.n.  entrar  profundamente,  t?.^.  a  raiz 
profunda  altamente  na  terra.  O  ódio  profun' 
78 


da  muno  na  alma  dos  mvejosos.  —se,  t».  r. 
fazer-se  profundo,  v.  g.  —  o  sorvedouro; 
-^  a  chaga,  —  òs  olhos  dó  moribundo ;  (fig.) 
-^  o  ódio. 
profundeír.  f:  Phfundar. 
PROFUNDEZA,  í.  /.  (dos.  ezo)  profundida- 
de V.  g.  as  —  do  inferno. 

Profundidade,  s.  f  {La.l.profundiías,  tis) 
a  altura  desde  a  superfície  até  ao  fundo,  v. 
g.  —  do  pego,  do  poço,  do  fosso ;  (fig.)  natu- 
reza recôndita,  difficil  de  penetrar,  v.  g.  & 
—  da  sciencia ;  —  dos  juízos  divinos. 

páOFUNDiSsiMAMENTE,  adv.  superl.  de  pro- 
fundamente, com  muita  protundidade. 

profundíssimo,  A,  adj.  superl.  de  pro- 
fundo, mui  profundo,  no  sentido  próprio,  e 
no  figurado,  v.  g.  —  philosopho. 

PROFUNDO,  A,  adj.  (Lat.  profundus,  pro, 
diante,  e  fundus,  terra,  solo)  que  tem  mui- 
ta altura  desde  a  superfície  até  ao  fundo, 
que  penetra  mui  fundo  na  terra,  v.g.  pego, 
poço,  fosso — .  —s  alicerces.  Kaizes.  —. 
^,  mui  extenso  ern  direcção  superfial,  v. 
g.  selva  — .  —s  bosques.  — ,  (fig.)  scien- 
cia  —  :  conhecimentos  — .  Somno  — ,  mui 
tranquillo  e  pesado.  —  meditação,  mui  in- 
tima, attenta.  —  acatamento,  reverencia. 
Suspiros  — 5,  desentranhados  do  intimo  do 
peito.  O  —,  s.  (fig.)  o  orço,  o  pélago,  o 
averno,  o  inferno. 

PROFUSAMENTE,  ddv.  (mènté  suíT.)  com 
profusão.  Gastar,  dar  — . 

PROFUSÃO,  s.  f.  (Lat.  profusio,  onis,  V. 
Profuso)  excessiva  largueza.  Despender,  dar 
com  — . 

PROFUSO,  A,  adj.  (Lat.  profusus;  pro, 
dianle,  e  fundo,  ere,  verter)  mui  copioso, 
exuberante ;  que  dá,  gasta  com  profusão. 
— s  evacuações.  Mão  —  em  dar.  Língua  — 
em  contidos,  solta  em  dizer  muitos. 

PROGÉNIE,  s.  f.  (Lat.  progénies)  a  geração, 
casta,  os  filhos,  descendentes  Era  da  —  dos 
reis.  « Estrangeira  — ,  »  gente,  Camões, 
Elegia  2. 

i^KOGENiTOR,  s.  w.  (Lát.)  asnendcntc,  pai. 
Os—,  ós  avós. 
PROGEN  TURA,  s.  f.  ((feá.  íifa)  progénie. 
'^RÓGNE,  s.  /".  (my th.  époét.Já  andorinha; 
(fig  )  a  primavera. 

PROGNÉ,  (mylh.)  filha  de  Paudicih,  reide 
Athenas,  e  iriiiã  de  Pbilomela,  cazòu  com 
Terêo.  rei  da  fhracia,  do  qual  teve  ura  fi- 
lho chamado  Itys.  Terêo  fez  violência  a 
1  hiíomela,  ò  arrancou-lhe  a  lingua  para  que 
ellá  não  podesse  contar  o  éeu  crime,  mas 
sendo  apezar  disto  ir.slruido  Prognedosuc- 
céáso,  degollou  ô  filho,  qué  delle  tivera  e 
dêíílhV  a  comer  em  um  banquete  Os  deu- 
zel  à  iÉéÍhàmor|)hozearam  em  andorinha. 
^^fiíiòstiCA,  s.  f.   (árit.)'  V.    Prognosti- 


pROGNOSTiCAÇAO,    s.  f.  (des.  çao)  o  acto 
de  prognosticar. 

PROGNosTíCADO,  A,  p.  p.  de  prognosticajfjp 
adj.  annunciado  por  signal  anterior.  ..'^ 

PROGNOSTICADOR,  A,  s.  pcssoa  que  fjazpr(>yí) 
gnósticos.  ,,Jt  oíií>  -  .=  '  '  .■3)>*HíiB'> 
PROGNOSTICAR,  v.u.  {proguostko,  ar  dea>V 
inf.)  predizer,  fazer  prognostico,  v.  g„  ,o 
medico  lhe  prognosticou  a  morte,  ou  o  prom->1 
pto  restabelecimento.  — ,  annunciar,  v.  g, 
certos  signaes  prognosticam  inverno  rigoroi^-J 
so.  — SE,  V.  r.  sentir  em  si  próprio  intui-».! 
ção  desuccesso  futuro. 

PROGNOSTICO,  s.  w.  (Lat.  prognosticum,  áo^ 
Gr.  proghinoskô,  pro,  antes,  ey/anoscd,  co*i 
nhecer,  saber)  sinal  de  successo  futuro.  Bom 
ou  ruim — .  — ,  conjectura,  juizo  do  futu- 
ro ;  juizo  que  os  astrononos  tiram  da  posi- 
ção e  movimentos  dos  astros,  e  os  meteororsM 
iogistas  dos  phenomenos  atmosphericos.  Te-  k 
ve  por  bom  ou  ruim  — . 

PROGNOSTICO ,   A,   adj.   que  prognostica, 
presago.  O  coração — .  — ,  s.  que  se  encul-^j 
Cd  por  entendido  do  futuro.  ' 

PROGNOSTIQUO,  s.  m.  \.  Prognostico. 
PROGRAMMA,  s.  m.  (do  Gr.  pro,  diante,  e 
gramma,  escripto,  de  graphô,  escrever)  es- 
cripto  em  que  se  expõe  com  individuação  o 
objecto  de  sessão  académica,  oudeceremo- 
nia,  de  função  publica. 

PROGREDIR,  V.  n.  [Làt.  pvogredior,  i,  o\^^^ 
iri;  pro,  e  gradior,  caminhar.)  caminharj.j 
ir  avante,  continuar  a  marcha,  fazer  pr(Ho 
gressos. 

PROGRESSÃO,  s.  f.  (Lat.  progressio,  anis.) 
acção    de  progredir,  continuação,  progres- 
so. — ,  (math.)  razão  ou  proporção  que  ha 
entre  as  grandezas  ne  uma  serie.  — aiith- 
metica,  a  que  forma  serie  em  que  cada  nu- 
mero successivo  tem  uma  unidade  mais  que 
o  antecedente,  v.  g.  1,  2,  ó,  4,  b.— geo- 
métrica, a  serie   cujos  números  são  o  du- 
plo dos  immediatos  antecedentes,  v.  g.  Ip^n 
t,  4,  8,  10,  32.   — ascendente  o\Jl  descenr  o 
dente,  cujos  números  vão  crt-scendo  ou  dbob 
rainuindo.  — dos  corpos  em  movimento  ;  — 
da  luz. 

PROGRESSIVAMENTE ,     ãdv.    em   progres- 

PROGRESSi-^o ,  A,  adj.  (dcs.  tro,  do.,li|itifi') 
eo,  ire,  ilum,  ir.)  que  continua  crescendo^ 
em  que  ha  progressão.  Movimento — .  Map*>.j 
cha  —  da  doença. 

PROGRESSO,  s.  m.  {L&i.progressus,)  adian-.,< 
tamento  ;    successào   continuada.  Fazer — ^^n 
nos  estudos,  nas  artes,  nas  sciencias,  na  vir- 
tude. A  civilisação  tem  feito  grandes — s.O 
—  d^^yida,  da  idade,  da  doença. 

p^òXijYMNASMA,  s.  w.  (de  joro,  e  gymna- 
siq.)  (p.  us.)  pomposição  que  se  faz  nas  es- 
èólàs  por  ensaio. 


PRÔ' 


pálj' 


m 


PKOHE  ,  É.  rfí.  (ant )  V.  Prol,  Proteito 
—  de  minha  airaa.  Klucid.         ' ''  '  '^' 

pROHiBíçAo,  s.  f.  (Lat.  prohibttiô/búis.) 
defesa;  lei,  ordem  quo  prohibe,  veda. 

pROHiBiDO,  A,  p.  p.  de  prohibir;  adj.  de- 
feso, vedado. 

pRoniBiR,  V.  a    {Lnt  p^rohibetí,  éré ;  pro 
e  habeo,    ere,    ter,  haver.)  não  períríiítir , 
tolher,  impor  defesa,  v.  g  — a  eiportaçào 
da  moeda  metaUip.a,  dos  ootros,  de  machi- 
nas  ;  —  armas  de  ponta  curtas.  — ,  (ant.)  im- 
pedir y  V.  g.  prohibe  este  remédio  a  pos- 
tema. 
SyN.  cort)p.    Vrohibir,   vedar,    defender. 
Prohibir  é  impedir  o   uso    ou    execução 
d'uma  cousa,  in^pondo  para    isto  estatuto, 
ou   preceito,  munido   do  sancção    expressa 
ou  tacita.  Vedar  e  defender  teem  significa- 
ção mais   iimpla  e  genérica.  Veda-se  o  san- 
gue, a  agua,  ele.  ctc,   e   não   se  prohibe. 
Defende-se  o  somno.   a   esperança,    etc,   e 
não  se  prohibe.   ^^ão  mui    differentes   estes 
dous  verbos    na  sua  significação  primaria, 
mas  encontram-se  na  secundaria,  e  confun- 
derò-se  em  quanto  ao  effeito.  Pomo  vedado 
é   o   mesmo   que   pomo  prohibido ;  armas 
defesa.t  diz  o  mesmo    que    armas   piohibi- 
das. 

PROHiBiTivo,  A ,  adj.  (des.  ivo.)  que  en- 
cerra prohibição,  prohibitorio. — ,  (ant.  e 
ded.)  preservativo. 

PROHIBITORIO,  A,  adj.  (des.  ôrio.)  que  pro- 
hibe. Lei — . 

PRO'Z,  s.  m.  ou  f.  (Lat  proa,  des.  ix, 
do  Lat.  exire,  sair.)  (naut.)  cabo,  amarra 
que  sáe  da  proa,  e  com  que  se  amarram 
em  terra  as  embarcações  pequenas.  «  Ten- 
do as  galés  a  —  em  terra.  »  Barros.  «  Os 
atracaram  com  dous  pm:2(?s  de  popa  á  proa.» 
Mendes  Pinto,  cap.  53. 

PR0JRCÇÃ.0,  s.  f.  fuat.  projeótió,  onis,  de 
projicio,  ere,  arremessar,  pro,  diante,  ecio, 
ere,  lançar.)  acção  de  lançar,  arremessar. 
Movimenío  de  — ,  de  corpo  arremessado  por 
Uma  força  impulsiva,  v.  g.  —  da  bala,  pe- 
la explosão  da  poWon.—  geographica,  de- 
lineaçào  dos  mappas  geographiéos,  segundo 
a  direcção  dos  meridianos  e  parallelos. — or- 
thographica,  representação  do  objecto  so- 
bre um  plano  com  Hnhas  perpendiculares. 
PROJECTADO,  A,  p.  p  de  projectar ;  adj. 
traçado,  delineado  na  mente.  A  —  empreza. 
Tinha  —  grandes  obras. 

i'uoj8CT.<R,  V    a.  (Lat.  projecto,  ate,  lan 
çar,  orremesâaí.)  delinear,  traçar  na  mente 
os  meios  de  executar  obra,  empreza,  v.g. 
projectar   a   conquista    da   Pérsia,    da  ín- 
dia. 

pROJECTfL,  adj.  dos  2  g.  (Fr.  projectile.) 
(t.  da  ballistica)  lançado  com  violência  Os 
projectis,  corpos  lançado)»  com  grande  im- 


pulso, D.  g.  bombas  por  peças  de  artilha- 
ria. 

PR0.IKCTISTA  ,  s.  m.    (dcs.  ista.]  homem 
que  continuamente  forma  n)vos  projectos. 

PROJECTO,  s.  m.  intento,  tenção  de  fazer, 
alguma  cousa,  delineação  traçada  na  men(e, 
de  obra  oii  eníiprezà  meditada.  Ter,  formar 
grandes —í.  — ,  (p.   ús.)  projecção. 


PROJECTO,  A,  ãdj  ;Lat.  prõjectus,'ÍA  e 
p  p.  de  projiceré,  lançar,  propeHir.f  ijm- 
çado,  propellido  por  morteiro,  peça  ãeiír- 
tilharia  ou  outra  arma  de  fogo  oú  de  arre- 
messo. E'  p.  us. 

PROL,    s.  m.    ou  /.  (Lai.  pro/è;^,' prole .)^ 
(ant.)  proveito,  utilidade,  lucio   O  —  coip- 
mum.  Urd.  Affons.  HorAem  rfé—,  de  prés- 
timo, valia.  Dar  os—,  prõlfaçás,  parabéns/ 
«  Faça  cada  um  sua  — .  »  lííís.  • 

PROLAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  prolatiè,  oms ,  áe, 
prolato,  are,  eltender,  prolongar.)  a  pro- 
nuncia de  uma  vogal  oii  de  uma  palavra, 
som  prolongado.  — ,  na  musica,  o  ponto  que 
faz  todas  as  notas  ternárias  até  ao  semi  jre- 
ve.  —  perfeita,  quando  o  semibrèvé  tem  tVes 
mínimas. —  imperfeita,  quando  tem  só  duas. 

PROLE,  s.  f.  (Lat   proles,  de  pro,  dian- 
te, avante,  e  do  rad.  ol,  óleo,  olesco,'éref 
crescer.)  os  filhos,  descendentes,  progénie,' ' 
raça.  A  degenerada  — . 

PROLKGÓMENos,  s.  m.  (dô  (^r.  pro,  dian- 
te, e  lego,  dizer  )  preambulo,  exposição  pre- 
liminar dos  pridôipios  dé  arte  o'u'  sçienéía^ 

PROLEPSE     ou    PhOLEPSI^,     S.    f.    (Lat.    {Ío 

Gr.  pro,  diante,  /eM,  tomar.)  figura  de  rhe-' 
torica,  antecipação  das  objecções  dò  adver- 
sário ;  figura  degrammalicá,  divisão  dê  úrhá 
generalidade  em  partes. 

PROLETÁRIO,  s.  m.  ((Jo  Lat.  proletarius^ 
de  proles,  filhos.)  õ  éidádãó  pÔbVe  que  Aãio 
pôde  eonlribuir  ao  serviço  do  está(íó  séhâo 
com  os  filhos  Autor  —  ,  (fi^  )  de  poiicS 
nota.  •    ' 

PROLFAÇA,   S.    f.  ou    f».    @Voí,    pVÒ /eitO,    6 

faça.)  parabém.  Dar  a.  ou  o — . 

PRÓLico,  (ant )  ^.  Tonto. 

PROLiFiCAR,  c.  a.  V.  Procrear. 

PROLÍFICO  ,  A,  adj.  {prole,  fico  suff. ,  de 
facio,  ere,  fazer  J  quo  tem  a  força  de  g  rar, 
procreativo.  Virtude  — .  O  pollen  —  dás 
plantas. 

PROLIXAMENTE,  adv.  {meute  suff.)  de  tóã'- 
neira  prolixa,  com  prolixidade.  '' 

PROLIXIDADE,  s.  /.  (Lat.  proUxitas,  ã^.] 
sobejidão  de  palavras,  de  razões.  —  do  ca-  '■ 
minho,  grande  extensão  ;  «  —  âos  meus  lar-  ' 
gos  e  cançados  annos.  »  Vieira.  — ,  excessi- 
va miudeza,  esmero  minucioso,  que  vulgar- 
mente se  diz  perluxidáde  Oú  ser  perluTo  ou 
proluxo. 

PROLIXO  ,    A ,    adj.  (Lat.  prolixus ;  pro, 
diante,  e  licium,  tr^ma,  fio  da  trima.lni- 
78  * 


L 


f 


312 


PRO 


PROrí 


miamente  extenso  em  palavras,  razoes.  Es- 
tylo  — .  Caminho  — ,  tnfadonho  pela  muita 
extensão.  Homem  —  ,  minucioso,  nimiamen- 
te apurado. 

PRÓLOGO,  s.  m.  (Lat.  prologus,  do  Gr.  pro, 
diante,  e  lógos,  di»curso.j  discurso  prelimi- 
nar, preambulo,  exórdio.  —  de  drama,  in- 
troducção,  exposição  do  assumpto. 

PROLOGÓMENOS,  V.  Prolcgómenos. 

PROLONGA,  s.  f.  V.    Demora,  Dilação. 

PROLONGAÇÃO,  5.  /".  dilação,  demorn,  v.  g. 
— ,  do  tempo. 

PROLONGADAMENTE,  adv.   com  dilação. 

prolongadíssimo.  A,  adj,  de  Prolonga- 
do. 

PROLONGADO,  p.  p.  de  prolougar,  esten- 
dido ao  largo.  v.  g.  Vergas  — ,  enRadas 
ao  longo  da  popa  á  proa.  Flanco  — ,  que 
se  estende  desde  o  lado  do  polygomo  inte- 
rior até  ao  do  exterior,  quando  o  angulo 
do  flanco  ó  recto.  t?.  </.  A  náo  estava  pro- 
longada com  a  praia.  — ,  dilatado,  demo- 
rado. V.  g.  Vida,  viagem  — . 

PROLONGADOR,  *.  w.  O  queprolonga,  di- 
lata. — ,  adj.  que  demora,  prolonga  v.g. 
As  formalidades  prolongadoras  dos  pleitos. 

PROLONGAMENTO,  s.  m.  [mento  suff.).  ac- 
ção de  prolongar,  prolongação,  dilação  em 
tempo :  — ,  do  muro,  da  estrada  ;  — ,  da 
sessão  das  cortes,   das  navegações. 

PROLONGAR,  c.  O,  (Lat.  prolongo,  are, 
proy  diante,  e  longus,  longo),  dar  maior 
extensão  ou  longor ;  v.  g.  — ,  o  muro,  a 
estrada,  (íig.)  dilatar,  espaçar,  v.  g.  — ,  a 
.  guerra,  o  cerco,  as  negociações,  a  sessão 
das  camarás  legislativas.  — se,  estender-se. 
D.  g.  ProloDga-se  a  terra,  o  cabo,  a  serra  ; 
demorar-se,  r.  g.  prblongou-se  a  sessão 
do  parlamento   britânico ;  — ,  a  discussão. 

PROLONGO,  í.  m.  de  pedreiro,  lanço  da 
agua  do  telhado  pelos  lados  parallelos  da 
fronteira  e  traseira  da  casa. 

PROLOQUio,  í.  w.  (Lat.  proloquxum),  má- 
xima, adagio,  sentença,  provérbio. 

PROLiJxiDADB,  V.  Prolixidade. 

PROLUXissiMO,  A,   adj.  de  proluxo. 

PROLUXO,  A,  adj.  V.  Prolixo  e  Perlu- 
xo. 

PROMAGEM  ,  í.  f.  (do  Ingl.  plum,  Sax. 
plom,e,  ameixa) ,  todas  as  qualidades  de 
abrunhos  e  ameixas. 

PROMANAR,  (ant.)    V.  Dimanar  ,  Brotar. 

PROMESSA,  s.  f.  acto  do  prometter,  obri- 
gação  incorrida  por  quem  prometle   algu- 
'ma  cousa  a  outrem.  v.§.  Fez-lhe  promessa 
de  [casamento. 

PROMBTHSO,  (myth.)  um  dos  Titamides, 
filho  de  Japet  •  de  Clymena  ou  da  Terra 
e  pai  de  Deucalion.  Segundo  uns,  elle  fez 
um  homem  de  barro  e  o  animou  com  o  fo- 
go do  céu ;  segundo  outros,  tendo  Júpiter 


privado  os  homens  do  uso  do  fogo,   Pro- 
melheo  roubou  o  fogo  celeste  ao  sol  e  res-_ 
tiluiu-o  aos  homens.   Júpiter,  para  obstar 
j  a  que  os  homens  fossem  rivais  dos  deuzes, 
I  creou  Pandora,  e  enviou-a  com  a  sua  cai- 
I  xa  fatal  a  Prometheo,  mas  este  desconfiaa-»,! 
I  do  da  traição  nãoquizrecebela.  Epimetbeo, 
seu  irmão  foi  menos   prudente,  e  Tecebeu., 
a  fatal  caixa,  que,  aberta  deixou  espalhaf^^i 
dos  pelo  universo  todos  os  males.  Em  casr.b 
tigo  da  audácia  que  tivera  de rivaisar  com  ■ 
os  deuzes,  creando  o  homem,   Prometheo 
foi  ligado  sobre  o  Canesgo  por   ordem   de 
Júpiter,  e  um  abutre   lhe   reia  constante- 
mente o  fígado,  que  logo  renascia,  até  que 
foi  livre  deste  supplicio  por  Hercules. 

PROMETTEDOR ,  í.  m.  O  quo  prometto ; 
adj.  que  promette.  Palavras  — ,  da  sabe- 
doria, da  serpente  a  Eva). 

PROMETTEMKNTO,  s.  7».  V.  Promettimen" 
to  e  Promessa. 

PROMETTER,  V.  tt.  (Lat.  promítto, ;  erepro, 
adiante,  e  mitlere,  mandar,  oíferecer),  dar 
palavra  de  fazer  ou  dar,  v.  g.  — ,  recom- 
pensa ,  casamento ;  — ,  mares  e  monte*t> 
cousas  quasi  impossíveis:  — ,  pancadas, '» 
ameaçar  de  as  dar.  — se,  v.  r.  esperar ; 
ter  grande  confiança  de  obter,  v.  g.  — .  a 
victoria,  grandes  fortunas,  contentamento. 
«  Rão  podem  os  homens  desejar  nada  de 
Deus,  que  se  não  possam  prometter  d'elle.  » 
Paiva,  Serm.,  i,  33. 

PROMETTiDO,  p.  f.  de  promettor,  e  adj.^ 
de  que  se  deu  ou  fez  promessa,  v.  g.  O  — 
he  devido,  a  cousa  promettida. 

PROMETTiMENTO,  s.  1».  promessa. 

PROMiNENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat,  promi- 
nens,  tis,  de  promineo  ere,  pro.  diante,  e 
mineo,  estar  próximo  a  cahir),  elevado  a 
cima  do  nivel ;  que  se  avança  ou  prolonga. 
V.  g.  A  ponta  mais  grossa  e  prominente 
que  tem  a  terra  do  Brazil. 

PROM'scuAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
uso  commum  a  vários ;  confusa  e  mistura- 
damente. 

PROMISCUIDADE,  s.  f.  (des.  idade)  o  ser 
promíscuo  ;  uso  promíscuo,  v.  g.  —  dos  ca- 
samentos entre  as  diversas  classes. 

PROMÍSCUO,  A,  adj.  (Lat.  promiscuus  ;  pro^ 
denotando  relação,  e  misceo,  ere,  misturar) 
sem  distincçào.  Casamentos — s,  entre  pes- 
soas de  todas  as  classes.  Nome  — .  commum 
ao  macho  e  á  fêmea. 

PROMissA.  V.  Premissa,  Primicia. 

PROMISSÃO,  *.  f.  (Lat.  promissio,  onis) 
promessa.  Terra  da  — ,  a  que  Deus  pro- 
mettera  a  Moisés  ;  (fig  )  terra  mui  fértil,  co- 
piosa em  fructos. 

PROMISSÓRIO,  A,  adj.  (des.  ôno)  que  en- 
cerra promessa.  Juramento  — . 

PROMiTTENTE,  adj.  dostg.  es.  (Lat. pro- 


rmUienit  ti$l  o^e  j)r,ODçiette  ;  pessoa  que  faz 
promessa,     ..,,   '; «      •  . 

PROMOÇÃO, '#.'/:  (Lai.  promotío,  onis)  o 
acto  de  promover  ou  elevar  a  posto,  dig- 
nidade, ofíicio,  graduação,  v.  g.  —  de  of- 
liciaes  militares. — ,  oílicio,  diligencia;  re- 
querimento do  promotor.  .;^\l.     ,; 

PROMONTÓRIO,  t.  m.  (Lat.  promontorium 
cabo,  ponta  de  terraproeminente. 

PROMOTO,  (ant )  V.  Promovido. 

PROMOTOR,  *.  m.  magistrado  que  promo- 
via como  parle  publica  os  processos  crimi- 
naes  no  cível  e  no  foro  ecclesiastico  —  dos 
caplivos,  dos  residuos,  dos  ausentes,  que 
promove  os  interesses  d'estas  diversas  or- 
dens de  pessoas 

PROMOTORIA,  s  /".  (des.  ía),  officio  de  pro- 
motor. 

PROMOVEDOR.  V.  PromotoT. 

PROMOVER,  v.a.  (Lat.  promoveo,  ere,pro 
diante,  e  moveo,  ere,  mover),  fazer  adian- 
tar, procurar  o  augmento,  proteger,  favo- 
recer os  progressos,  v.  g.  —  o  commercio, 
a  agricultura,  as  artes,  assciencias.  — ,  pro- 
curar, diligenciar  o  effectivo  cumprimento, 
a  execução.  —  o  processo  contra  os  réos, 
solicitar  a  favor  de  alguém,  v.g. —  a  cau- 
sa dos  cativos  e  residuos.  — ,  elevar  a  di- 
gnidade, a  oíBcio  de  graduação  superior. 

PROMOVIDO,  A,  p.  p.  de  promover;  adj. 
elevado  a  dignidade  superior  ;  protegido,  fa- 
vorecido, t?.  g  tinha  —  a  agricultura,  as  fa- 
bricas, e  foram  promovidos  a  altos  pos- 
tou. 
'  PROMPiAMENTE,  adv.  [mtnte  suíT.)  cora 
promptidão. 

PROMPTiDÃo,  s.  f.  (Lat  promptitudo)  pres- 
teza, disposição  a  obrar,  executar  com  pres- 
teza. 

PROMPTissiMAMENTE,  adv.  supcvl.  dc  prom- 
ptamente. 

PROMPTíSsiMO,  A,  adj  supcrl.  de  prompto 
muito  prompto. 

PROMPTO,  A,  adj.  (Lat.  ptomptus,  de  prom- 
ptare,  frequent.  de  promere,  composto  de 
pro,  adiante,  e  movcre,  mover)  activo,  di- 
ligente, ágil.  veloz.  —  na  ira,  assomado  ; 
disposto  a  fazer  alguma  cousa.  —  para  fe- 
rir, fugir.  Ter  —  a  lingua,  — s  as  mãos. 
— s  estavam  todos  escutando,  »Camões,  aten- 
tos. —  vista,  aguda.  —  ouvido.  —  com 
ou  em  vista,  (p.  us.)  ar.  «  —  ás  cousas  que 
ouvia,  »  ant.  Clarim.  «Ter,  trazerem—,  » 
bem  presente e sabido.  VidadoArceb.  —ou 
em  — ,    (loc.  adv  )  logo,  com  promptidão. 

PROMPTUARio,  s.  m,  [l&l.  promptuarium) 
lugar  onde  se  tem  alguma  cousa  guardada, 
depositada  ;  livro  da  apontamentos  onde  se 
acham  facilmente  os  diversos  artigos  e  maté- 
rias que  encerra  ;  livro  de  referencia. 

PROMULÇAçÃo,    8.  f,   (Lat.   promulgatio, 

TÒL.    IV. 


PAO 


m 


onis)  o  acto  de  promulgar,  publicaç&p  fot 
autoridade,  v.  g.  —  de  lei.  ..^ 

PROMULGADO,  A,  |>.  p.  de  promulgar ;  adj, 
publicado  por  autoridade  superior.  ^ 

PROMULGADOR,  s.  m.  O  que  promulga. 

PROMULGAR,  V.  a.  (Lat.  promulgo,  are^  ^e 
promo,  tirar,  manifestar,  e  vulgo,  are,  pu- 
blicar, vulgarísar)  publicar,  annunciar  to 
f)ublico  por  autoridade  superior,  v.  g.  — 
eis,  decretos. 

PRONiA,  (geogr.)  rio  da  Rússia  europea, 
nasceu  no  governo  de  Riazaecae  no  Oka. 

PRONO,  A,  adj.  (Lat.  pronus ;  pro,  dianr 
te,  e  nuto,  are,  inclinar)  (p.  us.)  inclinado, 
propenso,  v.  g,  —  ao  mal,  ávinfança.     ..,\ 

PRONOME,  s.  m.  (Lat  pronomen,  pro,  ein 
lugar,  e  nomen,  nome),  (gram.),  termo  que 
faz  as  vezes  de  um  nome  que  não  quere- 
mos repetir,  e  de  todos  os  accessorios  com 
que  este  é  modificado.  —  pessoal,  que  faz 
as  vezes  do  articular  que  denota  pessoa,  «x. 
tu,  vós,  este,  aquelle,  esse  —  possessivo, 
que  exprime  relação  de  pjsse,  ex.  meu,  teu, 
seu,  vosso. 

PRONOMINAL,  ttdj .  dos  2.  g,  (Lat.  prono^ 
miualis),  da  natureza  do  pronome,  v.  g. 
adjectivos  pronominaes.  Verbos  — ,  que 
se  conjugão  com  os  pronomes,  v.  g.  rir  se 
queixar-se,  haver-se  condoer-se  ;  ou  deri- 
vados de  pronomes;  v,  ^.  atuar,  tratar  por 
tu.  Moraes  desaprova  a  denominação  de  ver- 
bos pronominaes,  e  diz  que  os  pronomes 
não  entram  na  composição  d'elles ;  masen- 
gana-se.  Os  pronomes  são  tão  essenciaes  aos 
verbos  recíprocos,  reflexivos  ou  pronomi- 
naes, como  os  tempos  dos  auxílios,  ser,  es- 
tar, ter.  haver,  o  são  na  conjugação  da  voz 
passiva  e  na  formação  dos  tempos  compos- 
tos. Nos  impessoaes  o  pronome  se  suppre 
o  verbo  ser,  v.  g.  usa-se,  faz-se,  cumpre- 
se,  equivalem  a;  é  usado,  efeito,  seja  cum- 
prido. .>b 

PRONOSTiCA,   s.  f.   (ant.),   V.   Prognoê^^ 
tico. 

PRONOSTiCAR,  PRONOSTico,  V.  Prognos- 
tiear,  Prognostico,  etc, 

PRONTO,  V.   Prompto,  etc, 

PRÓNUBO,  A,  apj.  (Lat.  pronubus,  pro,e 
nubo,  ere,  esposar),  pertencente  ao  matri- 
monio. V.  g.  annel  — ,  o  que  o  esposo  da- 
va á  esposa  na  boda.  A  próuuba  Juno , 
protectora,  fautora  de  casamentos. 

PRONUNCIA  ,  s.  f.  pronunciação ;  (for.) , 
sentença  proferida  sobre  devassa. 

PRONUNCIAÇÃO,  s.  f.  (Lat  pronuntiatio, 
onis),  distincta  articulação;  v.  g.  a  parte 
da  rhetorica  que  trata  do  modo  de  fallare 
da  acção  do  orador,  pronuncia ,  sentença 
do  juiz  sobre  devassa. 

PRONUNCIADO,  A,  p.  p.  de  pronunciar, 
(adj.),  articulado,  proferido ;  v.  g.  Tinha 
^  79 


m 


m^ 


m 


cul 


ilpado.  -'V^^'   -    ^^  -^  ,^51»>u.no}.)n|jj j.,    ^.^^  ^^  mergulhia.  (p.  us.)  ''l 


Wonunciár', '».  ^.'fLéSl.  ^rS'HánÍt^,"âte ; 
pro,  diante,  é  wwníto,  itir*í,  aiinunciar),  ar- 
ticulai' V.  '^.  i-*-,  beto  aS  palavras ,  — ura 
ídioftJà  eáltan^eirò ;  — ,  áfenUníça,  lá^rál-a. 
■^,  a  déVasèà,  declar^ar  cWrfJà'dó  B  réo  òu 
f^os,  -^,  (fifT.)  annilritiar,  })YédÍ2èr :  «tor- 
menta desfeita,  que  coidQ  állferósàs  ondas, 
pronuncia  ao  navegante  o  futiifo  inàiifrà- 
giõ.  í»  Arráes. 

«i^iioNV,  (hist.)  tngenheit^ò  >  featlíetóàtícò 
fréíncez,  nasceu  em  1755,  iríòfreu  emíSSi). 
A*s  suas  obraè  principábs'áão :  Arcfiitectura 
hydrauUca  ;   mèchiiWiéá  pMiàsophica  ;  etc. 

PROPAGAÇÃO  y.  f.  Lat.  pt^pagatio,  07iis], 
acto  dê  propagar  por  meíb  da  geração :  — 
da  espécie,  reproducçSo,  v.  y.  -—,  da  vi- 
nha, das  batatas  ;  (fig.)  —  da  fé,  das  ar- 
tes. — ,  (scient.),  transmissão  rapidá,  v.  g. 
— ,  da  luz,  do  som. 

f'i*kopAGADO,  A,  p.p.  de  propagar  ;  èadj., 
a#gmentado  pela  geração  ou  vegetação ; 
transmittido  rapidamente. 

PRofAGÀDOR,  s,  m.  {Lsíí.  propagatòr).  o 
que  propaga  gerando  òu  reproduzind®  com 
díí%enda  anitoaes,  fructos ;  (fig.)õ  quees- 
palHfí',  #.  (f.  "^  de  doutrinas,  das  Itizes, 
da  fé.     '     ■ 

PROPAGANDA,  (hist.)  Congregação  para  a 
propagação  da  fé  catholióà,  esiabehcimen- 
to  fur»dífdo  em  Rbma  em  1622  por  Gregó- 
rio XV',  e  coínposto   de  13  cardeais,  três 
prelados  e  um  secretario.  Tem  a  seu  car- 
go a  direcção  dos  missionários  e  de  tudo  o 
qn«  pode  cotícorrer  para  ò  adiantamento  da 
fé  eaiholiea.       "'Rí'  ^'''^"  ■'^'^'^'•^    ••'  '    ^ 
"Propagar,  ti.  a,  fLat.  'propago,  'a/e,   de 
propago,  inis,   b&celo,  vide  de  mergulhia, 
gafrfò,  estaca  de  arvore  ;  de  propé,  junto,  e 
ago,  efe,  fazer  itopulso),  reproduzir  geran- 
do filhos  (o  homem  e  os  animaes)  ;  mulli- 
plitjar  péla  sementeira,  plantação  e  outras 
operações  da  agricultura  (plantas,    arvores, 
arbustos) ;  (fig.)  espalhar  ,    ampliar  ,    fazer 
prosperar,    v.  g.  — ,  âs  ttizes,    doutrinas, 
erros,  usos,  costumes,   a  revolução     redi- 
çSo,  os  estragos,  (p.  íis.),    dilatar,   v.   g. 
— ,  os  limites  do  reino  ;  —  a  luz,  o  som, 
em  sentido  abs.  ou  n.,  multiplicar-se  pela 
geração.  «  Os  homens  propagam  muito  na 
China.  »  — se,  v   r.  e  impessoal ,   exten- 
der-se,  augmentar  ,   crescer   por  meio   da 
reproducção  ;  comunicar-se,   transmittir-se 
rapidamente,  v.  g.  —  a  luz,  o  som,  a  no- 
ticia, a  sedição,  a  revolução,  a  doença,  o 
contagio. 

'«oPAttATivo,  A,  adj.  (des.  ivo),  que  fa- 
cilita a   propagação  ;  meios  — s  da   indus- 
tria. '      4    •  . 
WDFAGEM.  »,  f.ihàtVfropí^o,   inis,  de 


proí»'aixÃo,  "s.  /.  (ánt.),   paixão  ^ífôlon- 

propalar,  V.  a.  (do  Lat.  propalam,  ktéi^ 
tamen'tè';  pfo,  dianíè,  e  palam,  as  clarií^ 
do  Gr.  phalos,  clarO,  luminoso),  (p.  ^tisj 
divulgar,  j^úblicar,  assoalhar,  v.  g.  —  o 
segredo ',  p.  p.  e  adj.  propalado. 
PROPAO,    V.  Prepdo. 

PROPENDER,  V.  u.  (Lat.  prcpcndeo,  ere), 
pender,  ler  inclinação,  pendor  ;  (Cg,)  ten- 
der, inclinação,  tendência  ;  v.  g.  eSte  h<í~ 
mem  propende  para  louco.  '^ 

PROPENSAMENTE,  ttdv.  [mente  suff.),  com 
propensão. 

PROPENSÃO,  s.  f.  (Lat.  prope'íi'iifo,  biiis], 
pendor,  inclinação,  no  sentido  physico  e 
no  moral ;  v.  g.  este  moço  tem  grande  — 
para  pintar,  poeta,   PI.  Propensões. 

PROPENSO,  A,  adj.  (Lat.  propensus,  de 
propendeo,  ere  ,  propender),  inclinado  por 
natureza,  instincto,  v.  g.  —  ao  bem,  ás 
letras.  , 

pROPHEcrA,  5.  /.  (lat.  pro^hèiià),  pr^ 
dicção.  '.  ^ 

PROPHETA,  s.  m.  ífLat.. ,  do  Glí.  p'fÒ|)XÍ^'^ 
tes,  pro  ,  antes  ,  e  phémi ,  dizbf],  ó  que' 
'prediz  o  futuro  por  inspiração  diVinã,  ôii 
que  se  crê  inspirado  por  Deus;  bantor  sa- 
grado entre  os  antigos  judeos,  que  cantava 
hymnos,  òfaticos,  em  louvor  de  Deus  ;  v. 
g.  Falsos  — s,  chamavam  òs  judeos  aos 
que  prediziam  em  nome  dos  falsos  deuses, 
v.  g    de  Baal.  - 

PROPHETAR,  V.  Prophetizar  * 

PROPriETicAMENTE,  adv  (weníc  suff.),  coiaj 
inspiração  pirophelica ;  com  espirito,  preví^j 
são  prophetica. 

pROPHETico,  A,  adj.    (Lat.    propheticus], 
de  prophela,  que  antevê  por  inspiração  di- 
vina;  f.  g.  espirito  — .  Palavras  prophc' . 
íicas. 

PROPHETizA,  5  f.  mulhcr  que  '|)rè3iz  o 
futuro  por  inspiração  divina. 

pROPHETiZADO,  A*  p.  p.  de  Propfittizar, 
é  adj..  preditd. 

PROPHETIZAR,  V.  ã,  (Lat.  propkelizo,  dfeL 
predizer  por  inspiração  divina  ;  predizer  por 
conjectura  ,  (fig.)  descobrir  cousa  obscura  ; 
pregoar  altaménle  os  louvores  de  Deus,  (es- 
tylo  biblico).  '     '     ■  \^' 

PROPICIAÇÃO,  í.  f.  \Lai.' propUi}iÍw,onts)\ 
sacrifício  para  aplacar  a  ira  ou  a  ju?tiça  di- 
vina, ou  obter  o  perdão  da  culpa  ,  expia- 
ção. PI.  propiciações. 

PROPICIADO,  A,  p.  p.  de  propiciar,  e  adj. 
aplacado,  expiado. 

PROPICIADOR,  í.  m.  (Lat.  propiíiator),  o 
que  propicia  ;  adj.  que  propicia. 

PROPICIAR,  V.  a.  {Lài.  propitibfarè,  prb. 


fn 


ÍÉS 


m 


ra\Of,  é  fptõ.tre^  proclirar,  pedir),  m- 
zerprojpiao.  — SE,  •.  r.  fazer 'prp;)ícto. 

..^ROticiÀtORio,  A.  adj.  (Lat.  própiíiaío- 
nui),  que  faz  propicio. 
^PROPICIATÓRIO  ,  s  fn.  /'Lat.  propitiaío- 
ríum),  lamina  de  ouro,  óu  meza  que  co- 
bria a  Arca  do  Teslamenlo  entre  os  anti- 
gos judeoè,  d'ondè  se  ouvia  a  voz  de  Je- 
hovah  quando  elle  se  mostrava  propicio  ás 
orações  dopòvo  :  v.  g.  sobreceú,  , 
'^Propicio,  a,  á(Íj.{L&l.propiliús.  \.Pro- 
pictár).  favorável,  benigno;  v.  y.  Ò  veií- 
to ,  ,0  mar  -^.  O  ceu  se  vos  mostra  — . 

Syn.  comp.  Propicio,  favorável.  Propi- 
iHo.é  o  que  está  disposto  á  favorecer.  Fa- 
vóra.rel  é  o  que  de  facto  favorece.  Um  réo 
tem  propicio  o  juiz  que  olba  com  indul- 
gercia,  e  deseja  que  haja  algum  meio  de 
síilvál-o ;  e  íem-o  favorável,  quando  este 
dá  um  voto  em  seu  favor,  ou  usa  de  todos 
os  meios  ou  condescendências  que  podem 
directamente  contribuir  para  o  bom  êxito 
de  sua  causa. 

Como  o  primeiro^  d'e«tés  adjectivos  só  re- 
pífcsenta  um  acto  da  vontade,  não  se  pode 
applicar  com  propriedade  ao  que  não  a 
lém ;  porem  o  segundo  se  applica  geral- 
mente a  tudo  o  que  favorece,  com  vonta- 
de ou  sem  ella.  Deus,  um  ministro  está 
propicio.  O  veiító,   a  occasião  é  favorável. 


í'oI»  WèíiMf  ►«•«!)  i>',h  j'.i  in'íviíl{>}ni  b  --  /<? 
emprego,  a  autoridade  superior,  v.  g.    ao 

rei,  a  um  ministro  de  estado,— ,  (ant.) 
dizer,  v.  g.  própoz-lhe  estas  paíávras.  Clãr, 
rim.  — ,  (p.  us.)  formar  tenção,  projeclol 
— SE,  V.  r.  formar  tenção,  projectar,  —de 
fazer,  dizer,  fallar.  Camões  disse:  — áém- 
preza.  Moraes  desapprora  esta  locução,  ,e 
quer  que  se  di|ça  —  a  empreza,  mas  não 
advertiu  que  a  primeira  phrase  significa  dis- 
pôr-se  a  coiijmeítér,  ea  segunda,  conside- 
rar, expor  a  exame.  —  tim  fim,  um  inten- 
to, isto  é,  conseguir,  fazer :  —  a  ou  para 
servir  a  republica,  tem  significação  ambí- 
gua, oíTerecer-âe, ,  e  formar  projecto. 

PROPORÇÃO,  s.  f.  (Lat.  propor  tio,  anis, 
pto,  e  portw,  onw,  porção),  relação,  razão 
entre  números  ou  quantidades  :—  continua, 
que  se  prolonga  em  serie  ;  —  arithmeticaf^  ' 
que  procede  pela  addicção  da  unidade ;  -4 
geométrica,  em  que  cada  termo  da  serie  lá 
o  quadrado  do  precedente.  — ,  na  musica, 
a  quantidade  de  naais  ou  menos  notas  em 
cada  compasso.  A  — ,  em  razão,  conforme 
segundo  ::— das  suas  posses.  As — s  do  cor- 
po humano,  das  ordens  da  architectura,  ás 
dimensões  de  cada  membro  Regra  de  pro- 
porção ,  operação  de  arithmetica,  em  que 
por  meio  dé  3  termos  se  descobre  o  quar- 
to. 

PROPORCiÒNADAMENTi,  adv.   {mente  suff,j 


PROPINA,   s.  f.  (de  propinar),  somma  de    com   proporção,    com  as   devidas   porpofr 
dinheiro,  ou  presente  que  se  dá  a  empre-    coes 


gados  públicos,  á  mémbroè  de  corporações 
em  cenas  occasíões  como  indemnisação  do 
seu  trabalho,  ou  préèénçá  em  acto  solem- 
ne,  despacho,   ètc. 

PROPiNAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  propinaiio,  onis], 
o  acto  de  beber  parte  do  que  se  òlTerecía 
nos  sacrifícios  gentílicos  ;  v.  g.  o  acto  de 
de  dar  a  beber.  — ,  do  veneno. 

PROPINADO,  A,  p.  p.  de  propinar,  adj. 
dado  a  beber. 

PROPiNADOR,  s.  m.  (Lat.  propinalor),  o 
que  dá  a  beber,  v.  g.  —  de  veneno. 

PROPINAR,  V.  a.  [\.»l.  propino,  are ;  pro, 
e  Gr.  pinô^  btber),  beber  parte  do  vinho 
OU  licor  que  se  ofTerecia  nos  sacrifícios  gen- 
tílicos ;  dar  a  beber,  v.  q.  ^  -  veneno. 

PROPiNQiJiDADÈ,  5.  f.  (Lat.  propinqvitas, 
tis),'  proxinoidadej  fio  espaço  otí  no  leffipo. 
—  de  sangue,  parentesco  ;  —  de  tempo,  — 

em  graduação.  .!!,,..!  .."/!,/" '^^  .• 

PRol^ÍNQuò',  k^WJ.  [V&i.  i^ropinqixuè,  pro- 
pé,  junto,  chè^ílíò,  e  incolo,  ere,  habitar, 
residir,  próximo^  cÈe^ado  no  espaço  ou  lem- 
hq^  y.  g. — ^^  ao  rio,  ao  mar.  Morte — ,  pro- 
xitoèí.  —  a  taorte.  Occasião-.-. 

PROPOR,  V.  a.  (Lat.  propoiio,  ere,  pio, 
diante,  o  poncre^  pôr),  mostrar,  expor,  v. 
y.  —  duvidas,  negocio,  projecto,  apontar, 
apresentar,  indicar,  v.  g.  —  alguém  para  uni 


PROPORCIONADO,  A,  f.  p.  de  propoicio- 
nar,  adj.  guardada  proporção,  feito  com 
proporção,  adoptado,  acccmmodado.  v.  ^ 
llomem  bem — .  Meios—*  aos  fins.  Doutri- 
na—  á  capacidade  dos  ouvintes.  Tempo  — 
para  fazer  alguma  cousa,  opportuno ,  .-— 
para  acabar  uma  obra,  sufficiente. 

PROPORCiONADOR,  s.  m.  O  que  proporcio- 
na, faz  ou  dá  com  proporção  ;  —  dos  pré- 
mios aos  merecimentos. 

PROPORCIONAL,  adj.  doslg.  (do  Fr. pro- 
portionel],  que  tem  proporção  com  outra 
quantidade.  Achar  uma  quarta  grandeza — . 
Forças  —$  á  idade,  á  saúde.  Posses  —  ás 
despezas. 

PROPORCIONALIDADE,      S.     f.     COllcCÇãO    de 

muitas  proporções  em  uma ;  o  ser  propor- 
cional, o  ter  proporção. 

PROPORCioisÁLMiiNTE,  adv.  [mente  suff) 
com  proporção,  tasar — ,  á  sua  qualidade. 
Dar — ,  seguhdo  as  suas  posses.  Duas  quan- 
tidades — ,    simílhantes. 

proporcioiíar.  V.  a.  (do  Lat.  propor\.\ó\ 
onis,  ar  des.  inf.),  guardar  a  proporção, 
dar  com  proporção,  regra,  medida,  v.g. — 
o  premio,  a  recompensa  ao  ou  com  o  ser- 
viço ;  — a  pena  ao  crime;  — os  meios  aos 
fins  ;  —  os  sujeites  aos  empregos,  —se,  t, 
t.  fazer-sé  apto,  (p.  tis.)  — ,  accommodar- 
79  * 


PEO 


se,  —  a  intelligencia  dos  discípulos,  dos 
ouvintes. 

PROPOiciONAVSL,  ttdj.  dos '^  Q .  [áes.  avel] 
que  sé  pôde  fazer  proporcionado,  acommo- 
davel.  V.  g.  Grandeza  — .  Talentos  —  a  taes 
cargos. 

PROPOSIÇÃO,  s.  /■«  (Lat.  propositio,  onls, 
de  propono,  ere,  propor),  (lógica),  phrase 
enunciativa  de  affirmação,  om  negação;  the- 
se  proposta  para  ser  defendida  contra  os 
arguentes  ;  — ,  proposta,  v.  g.  fazer  pro- 
posições de  paz,  de  alliança,  ou  de  capi- 
tular. ;  .'j, 

PROPÓSITO,  s.  m.  (Lat.  proposituni,  de 
proponere,  propor),  intento,  t«nção,  resolu- 
ção premeditada.  Firme  — ,  resolução  deci- 
dida, V.  g.  — de  não  offender  a  Deus;  de 
renunciar  á  carreira  diplomática.  «  Mudar 
quaesquer  — s.  »  Descer-se  de  seu  — .  Bar- 
ros. De — ,  (loc.  adv.)  deliberadamente,  com 
intenção,  de  caso  pensado.  — ,  assumpto, 
objecto  que  se  tem  em  vista,  de  que  se  tra- 
ta, sobre  que  se  discorre,  v.  g.  Não  vem 
ou  não  faz  ao — .  Fora  de — .  A — ,  em  oc- 
casião  opportuna,  conveniente.  A  todo  — , 
em  toda  a  occasião.  A  —  do  que  dizeis,  por 
occasião,  fazendo  applicação  ao  que  dizeis. 
Escrever,  fallar,  intervirá — ,  quando eco- 
ino  convém. — ,  (fig.)  proceder  aproposita- 
do.  Homem  de — ,  prudente,  cordato,  bem 
morigerado. — ,  aptidão,  conveniência,  u. 
g.  o  —  do  sitio  lhe  fez  pôr  mão  na  obra. 
Mon.  Lusit. — s,  prelados  dos  theatinos,  je- 
suítas e  congregados.  Moraes  diz  que  pre- 
posito  é  mais  próprio,  tem  razão,  se  o  ter- 
mo significa  superior,  mas  não,  se  padre  — 
equivale  a  que  faz  as  vezes,  posto  em  lu- 
gar, f).  g.  do  geral. 

PROPOSTA,  s,  f.  (subst.  da  des.  f.  depro- 
posto),  cousa  que  se  propõe  a  alguém  para 
que  a  adopte  ou  para  que  dê  sobre  ella  a 
sua  opinião  ;  consulta  exposta  a  medico^  le- 
trado. I   ,    '.''. 

PROPOSTO,  A,  p.  p.  de  propor,  àclj.,  que 
se  propoz.  V.  Propor. 

PROPOSTO,  s.  m.  caixeiro,  sujeito  que  tra- 
ta do  negocio  do  patrão.  Estatuto  dos  mer- 
cadores de  retalho,  §  16. 

Moraes  quer  que  digamos  preposto,  por- 
que o  julga  sem  razão  derivado  do  Fr.  pré- 
poséf  empregado  publico,  official  da  alfan- 
dega. 

PROPRETOR,  *.  m.  (Lat.  proprcetor),  ma- 
gistrado romano  com  autoridade  de  pretor 
governador  de  província  pretoriana. 

PROPRIAMENTE,  cidv.  [mente  suS.)  de  mo- 
do próprio,  appropriado,  em  termos  pró- 
prios, em  sentido  próprio,  não  figurado. 
Fallar-',  com  propriedade. 

PROPRIEDADE,  s.  f.  (Lat.  proprietas,  tis, 
de  propriui,  próprio),  cousa  possuída  por 


PRO 

alguém,  principalmente  bens  de  raiz.  Uma 
—  de  casas. — ,  attributo,  qualidade,  v.  g. 
as  — s  das  plantas  medicinaes,  virtudes. — 
nos  termos,  emprego  delles  na  sua  signifi- 
cação própria,  não  figurada.  Fallar  com — . 
— ,  na  musica,  derivação  de  muitas  vozes 
de  um  mesmo  princípio 

PROPRiETARiAMENTK,  adv.  [mente  suff.jj' 
como  proprietário. 

PROPRIETÁRIO,  s.  m.  (Lat.  proprittarius] 
dono  de  propriedade  ou  bens  de  raiz,  o  que 
possue  em  próprio  bens  herdados  ou  adqui- 
ridos. J 

Syr.  comp.  Proprietário,  dono,  senhor. 
Proprietário  faz  relação  a  propriedade,  e 
contrasta  com  usufructuario,  rendeiro,  ín-^ 
quilioo.  Dono  exprime  particularmente  a, 
ideia  de  elevação  e  superioridade,  e  tem 
significação  mais  extensa,  pois  dono  da 
casa  nem  sempre  é  proprietário  do  edifício 
material,  mas  indica  sempre  o  pai  ou  che- 
fe de  família,  que  ó  o  primeiro  e  governa 
em  sua  casa.  Díz-se  proverbialmente  que 
«  onde  não  ha  dono  não  ha  dó ;  »  mas 
não  se  dirá  no  mesmo  sentido  nio  ha  pro' 
prietario. 

Senhor  junta  á  idéiá  de  elevação  a  de 
dominação ,  autoridade  e  poder ;  contrasta, 
com  servo,  ou  escravo,  e  tem  significação' 
ainda  mais  extensa,  que  dono,  pois  um  rei 
é  senhor  do  reino,  de  domínios,  etc,  um 
morgado  é  senhor  de  terras,  etc. ;  os  prín- 
cipes foram  n'outro  tempo  senhores  da  vida, 
e  da  morte  de  seus  servos  ou  vassallos  ;| 
cada  um  de  nós  é  senhor  da  sua  vontade^^, 

PROPRiissiMAMKNTE,  adv  superl.  de  pro-^ 
priamente. 

PROPRiissiMO,  A,  adj.  superl.  de  próprio 
mui  próprio,  bem  appropriado. 

PRÓPRIO,  A,  adj.  (Lat.  proprius,  de  pro, 
diante,  na  presença,  e  privus,  particular, 
singular),  que  pertence  a  alguém  ;  peculiar, 
particular  de  individuo,  v.  g.  Tem  casas 
— s  em  que  reside.  É  —  do  homem  errar. 
O  amor  — ,  ode  si  mesmo,  phílaucía. — , 
appropriado,  conveniente.  Lugar,  sitio  — , 
para  construir  uma  fortaleza.  O  sentido — , 
directo,  estricto,  não  figurado.  Termos — ^ 
bem  adoptados  ás  ideias  que  exprimem.  — , 
mesmo  — .  Asi  — .  Matou  os  — *  filhos,  a  — 
mulher, 

PRÓPRIO,  s.  m.  O  — ,  a  propriedade,  os 
attríbutos  ínherentes  a  uma  classe,  ordem, 
género,  espécie,  v.g,  o  próprio  do  homem 
é  desejar  o  que  não  possue  e  desprezar  o 
que  tem.  — ,  (p.  us.)  bens  próprios.  Não 
ter — .  O — ,  o  capital,  o  custo.  Perder  do 
— ,  Mendes  Pinto.—,  (fig.)  mensageiro  ex- 
presso. V.  g.  Mandei  um  —  annunciar  a 
chegada  do  navio.  — ,   (fig.)  bens  da  co  • 

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PRO 


CíA'4 

PRO 


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PROPUCNACULO,  s.  m.  (Lat.  propugnacu- 
lum,  de  propugno,  are,  combater,  defen- 
der), baluarte;  (fig.)  defesa,  v.  g.  Ceuta 
—  da  christandade.  —  da  liberdade. 

PROPUGNADOR,  s.  m.  ad^ .  (Lat.  propugna- 
tor),  defensor,  campeão. 

PROPUGNAR,  V,  a.  (Lat.  propugno,  are, 
pro,  e  pugnare,  pugnar),  (p.  us.)  pugnar, 
defender,  pelejando  disputando. 

PROPULSAR,  V.  a.  Y.  Repellir. 

PRORATA,  adv.  (do  Lat.  pro  rata  parte), 
á  proporção,  em  razão  do  que  toca  ou  é  de- 
vido a  cada  um  ou  por  cada  um.  «.  g. 
Contribuir,  pagar,  receber  — . 

PRORiDO.  V.  Pruido  ou  Prurido. 

PROROGAÇÃo,  í.  f.  (Lat.  prorogatio,  onis,) 
o  acto  de  prortgar  ou  de  ser  proragado  í 
dilação,  reforma  de  tempo,  v.  g.  —  dos  ma- 
gistrados em  seus  lugares ;  —  da  jurisdic- 
ção ;  —  da  sessão  das  cortes,  do  parlamen- 
to. —  de  t«mpo  para  osréos  irem  cumprir 
os  seus  degredos. 

PROROGADO,  A,  p.  p.  de  prorogap,  adj. 
espaçado. 

PROROGAR,  V.  a.  (Lat.  prorogo,  are;  pro, 
diante,  e  rogare,  rogar,  pedir.)  fazer  con- 
tinuar no  exercido,  v.  g.  —  os  governado- 
res, os  juizes ;  ampliar  além  de  um  prazo, 
dilatar,  espaçar,  v.  g.  —  os  pagamentos,  a 
sessão  das  cortes.  —  ajurisdicção,  no  foro, 
sujeitar-se  a  juiz  incompetente,  não  alle- 
gando  perante  elle  excepção  declinatoria. 

PROROGATivo,  A,  adj.  (des.  it?o.)  que  ser- 
ve de  prorogar.  Actos  — . 

PROROGAviL ,  adj.  dos  1  g,  (des.  avel.) 
que  se  podo  prorogar,  v.  g.  termo  — .  /u- 
risdicção  — ,  que  a  lei  não  prohibe  entre 
litigantes  que  podiam  declinar. 

PROROMPiR,  V.  n.  (Lat.  prorumpo,  ere  ; 
pro,  diante,  e  rumpere,  romper.)  romper, 
V.  g.  —  em  palavras  injuriosas,  em  amea- 
ças. 

PROSA,  s.  f.  (Lat.  de  prorsus  ,  direito , 
porque  se  recita  sem  as  paradas  e  voltas  dos 
versos.)  phrazes  ligadas  sem  medida  deter- 
minada ;  (fig.)  lábia.  Ttr  muita  —  ,  fallar 
muito,  ter  muita  lábia,  loquela,  parola. 

PROSADOR,  s.  m.  escriptor  em  prosa. 

PROSAICO,  A,  adj.  de  prosa,  semelhante 
á  prosa.   Versos  —s,  sen^  namero,  inbarmo- 

PROSÁPIA,  8.  f.  (Lat.  de  pfo,  diante,  an- 
169,  e  avus,  avia,  avô,  avó.)  ascendentes, 
os  antepassados,  avós. 

PROSCÉNIO,  s.m.  (Lat,  proíccnium;  pro, 
diante,  Qscena.)  nos  theatrps  antigos,  a  par- 
le do  fundo  da  scena,  onde  se  vestiam  os 
actores. 

PROSCRKVíR,  V.  9.  (Lat.  proscriho,  ere ; 
pro,  diante,  e  scrihere,  escrever.)  desterrar, 
expulsar  da  terra  ;  offerecer  premio  a  quem 
voL.  nr. 


tirar  a  vida  á  pessoa  proscripta.  —  abusos, 
opiniões,  seita. 

PROSCRIPÇÃO,  s.  f.  (Lat.  proscriptio,  onis.) 
acto  de  proscrever ;  desterro  com  confisca- 
ção de  bens,  e  promessa  de  premio  a  quem 
matar  o  proscripto  no  caso  de  elle  voltar  á 
pátria. 

PROSCRIPTO,  A,  p,  p.  de  proscrever;  adj. 
banido,  comprehendido  na  proscripção.  Ten- 
do —  a  seita. 

PROSCRIPTOR,  *.  m.  (Lat.)  o  que  proscre- 
ve outrem. 

PROSECUÇû,  *.  f.  (Lat.  prosecutio,  onis) 
o  acto  de  proseguir,  v.  g.  —  da  obra,  da 
empreza ;  observância,  execução,  v.  g.  em 
—  do  seu  officio. 

PROSBGUiçÃo,  *.  f.  prosecução,  prosegui- 
mento. 

PROSKGUiMENTO,  *.  m.  [menío  suíf.)  se- 
guimento, acção  de  proseguir. 

PROSEGUIR,  V.  a.  (Lat.  prosequor,  i)  con- 
tinuar, dar  seguimento,  v.  g.  —  a  empre- 
za, o  discurso,  a  obra  começada. —  seu  di- 
reito, sustenta-lo  em  juizo,  ou  mante-lo  por 
armas.  —  alguém  com  graça,  favor,  phra- 
se  alatinada,  ser-lhe  favorável,  favorece-lo. 
— ,  em  sentido  abs.  —no  seu  modo  de  vi- 
ver, nos  estudos. 

PROSELITISMO,  *.  m.  (des.  ismo]  disposi- 
ção a  fazer  prosilytos  em  religião  ou  em 
opiniões  politicas. 

PROSELYTO,  s.m.  (do  Gr.  prós,  perto,  e  do 
pret.  médio  elelytha,  do  verbo  crhhomai, 
vir,  approximar-se)  o  novo  converso  ou  con- 
vertido á  religião.  As  novas  seitas  procu- 
ram fazer  — s. 

PROSLABÓMKNOS,  S.m.  (t.  de musica  anti- 
ga) tom  que  equivale  ao  nosso  ré. 

PROSÓDIA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  jprJí,  junto, 
e  ódé,  canto)  parte  da  grammatica  que  en- 
sina a  quantidade  das  syllabas,  e  o  lugar  dos 
accentos  vocaes. 

PROsoDico,  A,  adj.  (des.  ico)  concernente 
i  prosódia.  O  accento  — ,  vocal,  syllabi- 
co 

pflOsopoPKiA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  proso- 
pon,  pessoa,  e  poieó,  fazer)  figura  de  rhe- 
torica  pela  qual  se  põe  um  discurso  na  bocca 
de  um  morto,  de  um  ausente,  ou  de  cousa 
inanimada.  Pessoa  de  boa  onde  grande — , 
(loc.  chula)  bem  apessoada,  ostentosa  no  que 
falia  ou  obra. 

PROSPECTO,  s.  m.  (Lat.  prospectus,  de 
prospicio,  ere,  ver  de  longe)  programma  d^ 
obra  litteraria. 

PROSPERADO,  A,  p.  p-  de  prosperar  ;  adj. 
que  prosperou,  ex.  <(  Os  bí)j[^,; acanhados,  e 
os  mãos  — .  »  Arraes.       ,'    ,,,,, 

PROSPERADOR,  s.  w».  0  quo  faz  prosperar , 
adj.  que   faz  prosperar,    v.  g.    a  industria 
prosperadora  do  estado. 
SO 


PROSPERAR,  V.  a  (Lai.  prospero,  are,  do 
'Gr.  prós,  que  em  composição  denota  aug- 
mento,  adiantamento,  epeiraô,  tentar,  es- 
forçar-se)  fazer  prospero,  fazer  ir  em  au- 
gmento.  —  o  commercio,  as  artes,  a  in- 
dustria, fomentar,  promover.  — ,  v.  n.  go- 
zar de  prosperidade,  ir  em  augmento,  ex. 
«  Quando  Homa  prosperava,  e  mandava  o 
mundo.  »  Barros,  Paneg. 

PROSPERIDADE,  s.  f.  (Lat.  prosperitas,  tis) 
feliz  estado  de  saúde,  negociosvestàdõ  pros- 
pero. '  '         'U     ■ 

PROSPERissiMO,  A,  adj .  superl.  de  prospe- 
ro. '  ■  •  '■■  '■•-.'  ■''■■ 
'  PROSPERO,  A,  adj.  (Lat.  prosper  ou  pros- 
perus.  V.  Prosperar)  feliz^  fausto,  afortuna- 
do. Successos  — s.  Fortuna  — .  Nas  cou- 
stts  — ^if,  nos  tempos  do  prosperidade. 

PROSTAPHERESE,  s.  f  (do  Gr.  prostheu, 
"diante,  eaphaireo,  cortar)  (astr.)  diíferença 
entre  o  movimento  verdadeiro  e  o  movimen- 
to médio  de  um  planeta,  ou  entre  o  seu  lu- 
gar verdadeiro  e  o  seu  lugar  médio  ;  equa- 
ção da  orbita,  equação  dO  centro. 

PROSTAPHERico,  A,  adj.  Tempo  —  ,  (ãs- 
trol )  differèncial  entre  ò  movimento  verda- 
deiro e  o  médio  do  sol. 
'  PROSTAR.  V.  Prostrar. 

PRÓSTATA,  s.  f.  (Gr.  pro,  diante,  e  staô, 
»star.)  (anat.)  glândula  sjtuadajuntoao  col- 
ío  da  bexiga;^  '^-   "''^l' 

PROSTERNADO ,  A,  p.  p.  de  prostomar  ; 
adj'  que  se  prosternou,  lançado  aos  pés; 
prostrado,  humilhado. 

pROSTERNAR,  V.  a.  (Lat.  prosterno,  ere  ; 
pro,  o  síerno,  erCy  prostrar,  derribar.)  pros- 
trar, pôr  aos  pés  ;  (fig.)  humilhar,  v.  g.  — 
a  soberba  dos  poderosos. — se,  t?.  r.  pros- 
trar-se,  lançar-se  aos  pés  de  alguém,  t?  g. 
prostcrnar  diante  do  altar,  de  pessoa  pode- 
rosa. 

PROSTKRNATivo  ,  A ,  ãdj.  (des.  ivo.)  quB 
faz  prostrar.    ^.    ^  ^ .    ./ -^'/^^o^^  ^-^"^n^ 

PRÓSTHESE,  s.  f'.  '^ú.^^prosthesisi áoijT 
prós,  diante,  o  thesiÉ,  these,  cousa  posta.) 
(gram.)  addição  de  letra  no  principio  de  uma 
palavra  sem  lhe  mudar  o  sentido,  v.  g.  em 
jLat.  gnatus  por  natus.  — ,  (cirurg.)  ope- 
íração  pek  qual  se  ap'plica  ao  corpo  algu- 
ma parte  artificial  para  supprir  órgão  ou 
merabro  que  falta,  ou  leso,  v.g.mdiO,  per- 
na artificiaL 

.  PRiSTTBULO,  s.  m.  (Lat.  prostibulum,  áe 
prostituía ,  prostituta  Ínfima,  cantoneira.) 
casa  do  alcouce ;  pularia. 

PROSTiMEiRA.  Y.  Postimeirá. 
■    PROSTITUIÇÃO ,   s.    f.    (Lat.  prostifutio , 
anis.)  o  prostituir  ou  j;)rostituir-se. 

PROSTITUÍDO,  A,  p.  p.  de  prostituir;  ad/. 
entregue  á  proslituiçàc) ;  venal ;  que  faz  uso 
iiifame  de  si,  dos  seus  talentos.  Tantos  ho- 


mens  de  letras  tem  —  a  sua  penna  a  lou- 
var è  defender  a  Ijránnia.  "'    '   '^'       "^  . 

PROSTiTUiDOR  ,  A,  s.  é  adj.  pessoa  cfu0 
entrega  á  prostituição,  que  prostilue. 

PROSTITUIR ,  V.  a.  (Lat.  prostituo^  ere, 
de  prosto,  are,  estar  á  venda.)  ofierecrr  a 
quem  quizer  comprar,  expor  em  venda,  vi 
g.  —  a  honTA.  — as  filhas,  entrega-las  á  pros- 
tituição ,  faze-las  prostituição.  O  marido 
prostituia  a  mulher.  —  a  eloquência  ,  oi 
talentos,  usar  deshonestamente  por  peita, 
dinheiro  ou  outros  motivos  interessados,  de- 
fendendo o  que  é  máu  e  atacando  o  que  é 
bom  e  honesto.  — S|;i,  t.  r  dar-se  á  prosti- 
tuição (mulher) ;  (figO  doixar-se  corrompei' 
por  oeita  ou  favòi-esV  *•  d.  =-r  á  ciôrterj  ao 
ministério.  -  "        '    '  /     '■' ' 

PROSTRAÇÃO,  #,  '/".'feàtadodo  que  está  pros- 
trado. -•n'íjT>.uu 

PROSTRADO,  A  ,  p.  p".'  dé  proslrar ;  adji 
derribado  ,  lançado  por  terra,  abatido.  — [ 
de  forças,  (fig)  frouxo,- debilitado.  A  so- 
berba — ,  abatida.  —  de  joelhos,  ajoelhado 
com  reverencia.  — em  ruinás.  «Meus  sen- 
tidos— s  se   submettem. »  Camões,  Sonet. 

PROSTRAR,  V.  a.  fcoiítraeção  de  prosÍéP-J 
nar.)  lançar  por  terra,  derribar  no  chão : 
(fig.)  abater  as  forças,  tJ-áf.  a  doença  proí- 
tou-me.  A  perda  de  sangue  proíírow  as  for- 
ças do  doente.  —  se,  v.  r.  lançar-se  de 
bruços  por  humildade,  acatamento  ou  re- 
verencia, V.  g.  —  diante  do  altar;  —  ao^ 
vencedor. 

PROSTUMEiRO.  ^'.  ^ostumeiro. 

PRosuppoR.  V    Presuppôr. 

PROTASE ,  s.  f.  (Lat.  protasis,  do  Gr. 
prótos,  primeiro.)  primeiro  acto,  exposição 
do  drama.  j     j 

PROTATico  ,  A ,  adj.  concernente  á  pi^o- 
tase.  Pessoa  — ,  que  só  falia  no  primeiro»^ 
acto.  7 

PROTECÇÃO,  s.  /".  .(La|.  vroíeclio ,  onis.) 
amparo,  abrigo  :  favor  com  que  se  trata  al- 
guém amparando-o  c  beneficiando-o.  —  , 
(fig.)  acto  de  proteger. 

PROTECTivo,"  A,  adj.  que  serve  deproluc-' 
ção,  qu6  protege.  Foder — . 

PROTECTOR,  A,  s.  pessoa  que  protege,  im- 
para, abriga,  favorece.  E' também  titulo,  t?, 
g.  Cromwell  — dei  Inglaterra.    ^       •'•" 'i ;  ^ 

PROTECTOR  ,  (hist )  era  outr'ora  o  úiuíS 
oflScial  do  regepte  epa  Inglaterra.  O  duque 
de  Bedford  foi  pVòtectOr  d'ínglaterra  no  rei- 
nado d'Henrique  VI ;  ò  duqiie  de  Glòces- 
ter  o  foi  no  reinado  de  Eduardo  V.  Crora- 
well  também  tomou  este  titulo,  ivicardo^ 
seu  filho  também  tevê  este  tiVii'o  alguns 
mezes.  Alguns  outros  príncipes  !..inbemhão 
tomado  o  titulo  relativa  poente  a  Estaclòs  es- 
trangeiros, quo  submetliara   á  sua  influen- 


cia,  esperando  que  eHçs  se  fizesseijçi  pro- 
víricias  do  seu  império ;  foi  assim  que  Na- 
çòleão  s«  iulitulava  protector  da  Coofede- 
ràíjjáò  do  Hheno. 

PROTEGER,  V,  a.  [Làl.protego,  ere  ;  pro, 
o  («170,  erç,  cobrjr.)  amparar,  abrigar,  de- 
fender, beneficiar.  —  as  artes,  as  letras,  as 
sciencias,  a  agricultura,  a  industria,  pro- 
mover.^ .  r^ 

PR0(tEèibQ,'  A,  p.  f.  de  proteger ;  adj.  am- 
parado, favorecidq.  Subst.  v.  g.  Os  seus—s. 

PROTELAR,  V.  a.  (Lat.  protelo,  are  ;  pro, 
e  telam,  arma  de  arremesso.)  (p.  us.)  re- 
pellir,  rechaçar. 

pãQTKNDKR-SE.V.  Estcnder-se,  Dilatar-se. 

PROTEO  (myth.)  Proieus,  deus  marinho, 
filho  de  Nept|iao  e  de  Fhenice ,  guardara 
os  rebanhos  marinlíos  de  seu  pai ;  cpnhe- 
cia  o  po.rVir,  mas  não  o  revelava  senão  á 
força  ;  para  fugir  áquelles,  que  o  prese- 
guiam  com  preguntas,  mucjava  de  fór^ia  e 
vontade. 

PROTBRviA,  $.  f.  descaramento,  desaver- 
gonhamento,  insolenci^,  audácia  descarada, 
desaforo.  V.  Protervo. 

PROTERvo ,  A,  adj.  ({^at.  protervuSj  pxa. 
diant^,  o  íorvus,  acerip,,  rispido.)  descara- 
do ,  d'esavergonhadó ,  atrevido  ,  insolente. 
«  Corações  — «  e  rebelde?.  >>  Camões,  Ode  8. 
«f  Ô^,  — !|'' (J^e^^OS^  ^quy^.' ardia.  »  Malaca 


'  p.í^of E^ifiA^^  (hi^t.)  re^  de  uma  parte  da 
T]ies$alia,  era  filto  4*íphielo  e  lio  de  Ja- 
son.  Chamado  4  expedição  contra  Tróia  , 
deixou  Laodamia  sua  mulher,  teve  a  gloria 
de  ser  o  primeiro  a  pi,^^f  a  margem  asiaticq, 
mas  foi  morto  immed^atamente^j  j^^  ig^]^, 
PJ^OTESTA,  s.  /.  V.  Frotesto/  .  .^\  L 
pçoTçsiAÇÃo ,  s.  f.  declaração  publica  ; 
formula  da  crença  religiosa.  — ,  (p.  us  )  pro- 
testo judicial.  PI.  Protestações  t  v-  g-  dç 
amisade,  de  fidelidade. 

PROTESTADO,  A,  p  p.  dçi  protestar ;  adj. 
que  se  p.ro\estou.  Letra  — . 

PROTESTAJOR,  A,  s.  pessoa  que  protesta, 
faz  protestado,  protestsições. — ,0  que  pro- 
testa letra  d^  cambio,  ou  faz  protesto  em 
caso  de  perda   damno. 

PROTESTi^NT",  í  V/?«  -  g.  (^6S-  do  p.  a. 
Lat.  em  an^,  45.)  denpinipação  dada  aos  lu- 
theranos,  calviíistas,  e  P,HI,í"Os  christàos  que 
SC  separaram  ^  igreja  c^ltiolica  romana, 
"protestando  conij-a  d,ÀYe^SO§  artigos  do  dog- 
ma e  da  d.isçipljjia.çp^ftjicularmente  con- 
tra a  transulji^tai^ciacão  ^  a  supremacia  do 
papa.  OsProtes^ate?  4>i^er,eq3  4p*  Catho- 
iicos,  em  não  adiiiiir.ijg^^.  outra  autoridade 
senão   a   do  ívaçu^llj^o  e^df^.  fa^o  iijdivi- 

"*'^''  V"*  .^ijfy^^wh  (.iíioi  til'  >t 

PROTESTAR  ,  V.   .    (Lat.   protestor,  oj^^* 


mi 


lar  publica,  ^olemnemente,  at^stair,  certifi- 
car, asseverar,  testemunhar,  ».  ^f.  -r- amisa- 
de, felicidade.  —  14 «?ia  letra  ^  caa\bio,  £a- 
zer  constar  por  meio  do  protesto  que  nSo  foi 
paga  pela  pessoa  sobre  que  fora  sacqda. — 
por  perdas  e  dq,ifino,s,  fazer  declaFação  ju- 
dicial para  os  havqr  de  quem  ps  causou. 
Protestou-lhe  perdas  e  damnos  emergentc^^i 
declarou  que  o,  ^ji^ia  pftSipowsiavel,4elͫ8.   ^ 

PROTESTATivo,  A,  adj.  (des.  ivp.}  (p.  U||^ 
que  encerra,  ou  faz  protestação.  .,nj 

PROTESTO,  s.  m.  [X.  de  direito  mercantil), 
certidão,  declaração  authentica  de  não  acei- 
tação ou    pagamento  de  letra   decaqabioi, 
passada  em  Portugal  pelo  escrivão  dos  prQ,r^ 
testos.  — ,  intimação  judicial  feita  a  alguém 
mra  que  faça,  ou  se  abstenha  de  fazer  al- 
gum acto,  fs(zeftdo  a  pessoa  resppnsavel  çlo 
damno  i[ue  pôde  resultar  de  nãocumpripç|, 
requerido.  ,,,{\  ,;>  t>.v   >  :  u-.) 

PROTHESE.   Y,.   PrÓSthetie.   r^,yr;^o\    7,^\í   '-v^-)- 

PROTO,  termo  Grego  pratos,  que  signifí,r 
ca  primeiro,  preeminente.  Bqtra  como  i>re- 
fixo  na  composição  de  muitqs  vocábulos,  e 
denota  preetninenci^,  priçfijdade,  t?.  5'-pcp- 
totypo.  ..- 

PROTO  ,  s.  m.  director  da  tjpographi^^frj 
corrector  das  provas. 

PROTOCOLLO    ou  SUteS    PROTOCOLO  ,   s.    m. 

(do  Gr.  protos,  primeiro,  e  kólon,  pelle,  per- 
gamiaho.)  livro,  registro  de  notas  do  tabel- 
lião  ;  livro  em  que  os  fieis  de  feitos  assen- 
tam os  termos  da  vista  dos  autos  aos  adro^, 
gados,  que  ao  recebe-los  se  assignam.  -:^i 
minuta  de  conferencia  diplomática. 

PROTOCENÉ,  (hist )  pintor  grego,  vivia  em 
Rhodezem3J6  antes  de  Jesu-Christo.  Àpel- 
les  foi  o  primeiro  a  descubrir  o  seu  mé- 
rito. Demétrio  l  oliorcete,  cercando  Whodes, 
ordenou  que  respeitassem  o  bairro,  em  qu» 
Apelles  trabalhava.  As  suas  melhores  obra* 
eram  os  retratos  de  Eydippo,  Tlepoleme  , 
Antigono,  Alexandre,  e  melhor  que  todos  o. 
bello  quadrp  dq  caçc^dor  jí'*.^y«<í  fundadoç 
de  Rhodes.  t 

PROTOMÁRTIR ,  s.  m.  [proto  pr*f.)  o  qu(|  • 
primeiro  soífreu   martyrio  por  crença  relLí' 
$iosa. 

PRQTOMEDiCATO  ,  f.  »>,  Iril^unal  eucarre-  , 
gado  da  inspecção  dos  cirurgiões,  do  exame 
delles   e  de   mediqos   dio^itprados    fora  do 
feino, 

pROTOMEDico,  *.  w^.  Utulo  dado  ao  pedi- 
ço  do  rei,  o  primeiro  ^m  graduação 

PROTONAUTA,  s.  171.  primoiro  navegante ; 
(ant.]  aimirapfe. 

PROTOijíOTARlo ,    *.  m.  primeiro  dos  no- 
tário^. —  a;>o5íp^po,  dignidade  que  o  p^pft:, 
léoncede,  com  ^ttribiíjçp^s  prelaticias  ft,jR{^•> 
Hs^jpçipn^es.  ;m 


1'^. 


tm 


PRO 


ja  grega,  árchipreste,  chefe  do  tribunal  ec- 
clesiastico.   "  ''  '^' ' 

PROTOPATmikCfiÁ,  *.  m.  primeiro  dos  pá- 
triarchas. 

FROTOPLASTO,  s.  w.  [proío  prcf.)  (ant )  pri- 
meiro homem,  o  primeiro  formado,  creado. 

PROTOPRiésuL,  s.  m.  (p.  us  )  primeiro  pre- 
lado. 

PROTOSYWCEILO,  (hist.)  isto  é  O  primeiro 
dos  syncellos,  1.°  doméstico  do  palácio  pa- 
*    triarchal  de  Constantinopla,  é  uma  espécie 
de  vigário  do  Patriarcha.  ''^  •",  .<'T'' !''^' 

PROTÓTYPO,  s.  m.  (proío,  ét^po.)  mode- 
lo, exemplar.  —  da  mansidão,  do  soffrimen- 
to,  da  humildade,  de  todas  as  virtudes. 

PROTUBERÂNCIA,  s.  f.  (Lat.  protuberantiã.) 
(med.)  eminência  óssea.  '  ^"'i'  '' 

PROUDHON,  (hist.)  jurisconsulto  fraucez, 
nasceu  em  1758,  morreu  em  1838.  Publi- 
cou :  Curso  de  Direito  francex  ;  Da  distin- 
cção  dos  lagares ;   Da  distincção  dos  bens^ 

etC.  ^'I'P   r'l^<-"  ''íl-'-í    r^ 

PROucítJÉ,  (iánti)  ^ór  Aprouve,  Agíadou. 

pROUGUER,  (ant.)  por  Aprouver. 

PROUftUBSSE,  (ant.)  por  Aprouvesse. 

PRÔVA  ou  PROVA,  (ant.)  por  Proveja ,  é 
erro.  V.  Prover.       '-*;'■•'»«!'    -«'•*  ^^^■' 

PRÓVA  ,  s.  f.  (de  protár  .facto  de  pro- 
var, ensaio.  Saber  por  — .  Pela  — que  se 
leaj  feito  do  vinho,  vinagre,  da  pólvora,  Án~ 
-^  dar  d  —  ,  experimentando,  ensaiando.  An- 
dar com  os  cães  á  — ,  para  ver  se  são  bons 
para  a  caça.  A'  —  de  canhão,  mosquete  ;  e 
íig.  — da  corrupção,  da  seducção,  capaz  de 
resistir  ao  canhão.  Feitos  de  alta  — ,  (fig.) 
sublimados  Dar  — s ,  mostrar.  Fazer  altas 
-^s  de  valor.  — ,  (t.  de  impressor)  folha  im- 
pressa que  ainda  exige  ser  correcta  pelo  au- 
tor ou  proto  da  typographia. — ,  o  que  es- 
tabelece a  verdade  de  um  facto  ou  de  uma 
proposição,  o  que  conduz  ao  conhecimento 
da  verdade  ;  razões,  argumentos,  testemu- 
nhos com  que  se  prova  em  juizo  ou  em  dis- 
cussão.—  provada,  floc.  jur.)  os  documen- 
tos que  legalmente  fazem  fé  de  algum  fei- 
to, acto.  —  plena,  completa.  Semi —  ,  in- 
completa. Para,  ou  em  —  desta  verdade 
Estar  o  feito  em  — .  Tirar  a  —  a  opera- 
ção arithmetiea,  d  conta,  examinar  se  hou- 
ve erro  nella,  por  diversas  operações  que 
devem  dar  resultados  equivalentes. 

PROVAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  probatio,  onis.)  en- 
saio. Anno  de — ,  do  noviciado,  emfuese 
observa  se  o  noviço  tem  os  requisitos  neces  - 
sarios  para  ser  admittido  no  grémio  — ,  tra- 
balho, tentação  com  que  se  põe  á  prova  a 
constância,  o  soffrimento,  a  paciência  de  al- 
guém. — ,  (ant.)  prova  judicial.  PI.  Provm- 
çôes  de  escrituras,  Ord.  Aflfons. 

PROVADO,  A,  p.  p.  de  provar ;  adj.  ensaia- 
do,  experimentado ;    mostrado  verdadeiro. 


Remédio  —  ,  approvado ,  cujos  effeitos  sa^ 
certos.   Virtude — ,  manifestada.  ífowen—^. 
com  tentações,  trabalhos,  infortúnios,  que 
os  soíTreu  com   constância.  Tenho  —  o  t?i- 
nho,  o  pão,  tomado  o  gosto  a. 

PROVADURA,  s.  f.  (dcs.  wra.)  0  provar,  to- 
mar  o  gosto,  v.  g.  —  do  vinho. 

PROVAGÈM.  V    Propagsm. 

PROVANÇA ,  s.  f.  (ant.)  prova.  Fazer  — s 
de  sua  nobreza,  mostrar  que  descende  de 
pais  nobres.  — s,  provas,  factos  com  que  se 
quer  provar.  Vieira. 

PROVAR,  c.  a  (Lat.  probo,  are,  ensaiar, 
tentar;  patentear,  demonstrar.  E'  notável 
que  nenhum  etymologista  tenha  acertado 
com  a  origem  deste  importante  vocábulo , 
cuja  verdadeira  significação  apenas  compre- 
hendem.  E'  composto  de  pro ,  diante ,  em 
face,  e  bás,  bantos,  ingresso,  de  bainô,  ir, 
entrar.  Significa  por  tanto  tentear,  sondar 
a  entrada ;  e  fig.  examinar  a  fundo  uma 
questão,  matéria  ;  pro,  em  composição  de- 
nota precedência,  antecedência,  previsão.) 
tentear,  experimentar,  ensaiar,  sondar,  fa- 
zer diligencia  por  conhecer  e  patentear  a  na- 
tureza, qualidade,  certeza  de  cousa,  facto, 
proposição.  —  o  vinho^  a  comida,  tomar- 
íhe  o  gosto  para  se  certificar  da  qualidade. 

—  as  foiças,  as  virtudes,  a  paciência  de  al- 
guém. —  as  forças  com  alguém,  luctar  j^. 
ver  quem  se  avantaja.  —  justa  com  alguém^ 
justar  com  elle.  — a  penna,  traçar  algumas 
leiras  com  ella  para  ver  se  está  bem  apara- 
da. —  o  cavallo,  os  bois,  os  lães,  experi- 
menta-los. —  vida  ou.  modo  devida,  ten- 
tar, procurar. — a  flauta,  a  espada,  as  pis-, 
tolas  ;  —  a  destreza,  os  brios.  —  um  vesti-^^ 
do,  as  botas,  a  ver  se  ajustam  bem.  —  a  mão 
ensaiar  a  destreza,  a  aptidão.  —  a  paciên- 
cia de  alguém,  apura-la,  ver  até  onde  che- 
ga. «A  fortuna  te  proca  e  te  levanta.  »  Fer- 
reira, Sonet.  21. — ,  soffrer,  v.  g. — ofer-'' 
ro,  a  ira  do  inimigo.  — ,  tentar,  commel- 
ter,  fazer  diligencia,  «.  j.  —  todo»  os  meios,'* 
todas  as  vias.  «  Eu  provando  erguer-me.» 
Ferreira.  —  a  aventura,  (phraz.  dos  livros 
de  cavallaria)  ver  o  êxito  delia  commetten- 
do-a.  —  a  ver  ,    (ant.)  fazer  experiência  a 
ver. — ,  dar  provas,  mostrar,  fazer  ver  com 
evidencia,   produzindo  testenunhos,  docu- 
mentos, razões  convincentes  f.  g.  —  a  ver- 
dade do  facto,  da  these,  poposição.  Pro-^^ 
vou  a  sua  grande  prudenca,  o  seu  valor. -1 

—  bem,   em  sentido  abs.,ter  bom  efTeito/" 
ser  de  boa  qualidade,  v.  (■  o  remédio  pro- 
vou bem.  O  conselho  provu  bem,  teve  bom 
eiito. — SE,  V.  r.  receber  prova,  ser  prova-' ^ 
do,   experimentar-se.  «  A  verdadeira  affei-" 
ção  na  longa  ausência  se  prova.  »  Camões. 
Anfitr. 

PROVAVRL,  adj.  doê  2  .  (Lat.  probabilis.) 


tííO 


sif 


verosímil,  que  tem  probabilidade.  Succes- 
sos  prováveis.       •'       '     "    • 

PROVAVELMENTE,  aàxi.  (mente  suff.)  com 
probabilidade,  de  modo  provável. 

PROVE,  adj.  dos  2  g.  (ant.,  e  hoje  popu- 
lar. V.  Pobre.  Moraes  diz  que  é  corrupção 
do  Fp.  pauvre,  o  que  é  inexacto.  A  corru- 
pção consiste  na  transposição  do  r,  a  qual 
nio  existe  em  pauvre. 

PROVECçÃo  ,  s.  f.  (p.  us.)  V.  Elevação  , 
Exaltação. 

•  PROVECTissiMO  ,  A,  adj.  superl.  de  pro- 
vecto. Esperança — ,  mui  provecta. 

PROVECTO  ,  A  ,  adj.  (Lat.  provectus,  adj. 
e  p.  p.  de  proveho,  ere,  adiantar-se.)  adian- 
tado. Idade — .  — na  virtude,  nos  estudoí, 
aproveitado,  que  fez  progressos. 

PROVEDiTORES,  (hist.)  tram  assim  chama- 
dos os  governadores  das  provincias  na  an- 
tiga republica  de  Veneza. 

PROVEDOR  s.  m.  oíficial  de  El-Rei  encar- 
regado de  superintender  a  arrecadação,  ad- 
ministração de  bens,  direcção  de  fabricas, 
etc.  —  de  commarca,  das  obras  do  paço  , 
das  capellas,  dos  armazéns,  da  alfandega,  da 
casa  da  índia.  Eram  magistrados  que  fiscali- 
sam  a  arrecadação  e  administração,  e  vigia- 
vam sobre  a  execução  das  leis  e  regulamen- 
tos nos  ramos  que  lhe  eram  confiados.  — , 
o  que  provê. 

PROVEDORA ,  s.  f.  OU  adj.  f.  pessoa  que 
provo.  4  A  natureza,  mãi  pia  e  diligente,  — 
de  tudo. » 

PROVEDORIA,  s.  f.  (des.  ia  )  officio,  cargo 
de  provedor ;  casa  de  despacho  do  prove- 
dor. — ,  território  da  sua  jurisdicção,  ou  ob- 
jecto especial  da  sua  autoridade. 

PROVEENÇA,  f.  f.  fant.)  V.  Provença. 

PROVEER,  V.  a.  (ant.)  V.  Prover. 

PROVEITO,  s,  m.  (do  Lat.  profectus,  lu- 
cro, vantagem,  áeproficio,  er$,  aproveitar) 
lucro,  vantajem,  beneficio,  ganho,  utilida- 
de, aproveitamento.  Im  meu  — .  Faça-lhe 
bom  — ,  ptgste-lhe,  seja-lhe  útil.  Diz-se  de 
iguarias  qm  alguém  está  comendo,  ou  de 
cousa  que  oiusa  satisfação.  Tirou  grande  — 
dos  estudos,  da  negociação.  Os  —  do  com- 
mercio.  Andor  em  seu  — .  (loc.  ant.)  com 
a  mira  no  seu  interesse.  Não  lhe  fax  —  o 
que  come,  nãc  lhe  presta,  não  medra. 

pROVEiTOSAMiNTE,  adv.  [mente  suíT,)com 
proveito,  de  m\dó  proveitoso,  com  lucro, 
vantagem. 

PROVEITOSO,  A  adj.  (des.  oso)  útil,  van- 
tajoso, lucrativo, tj.  g.  trabalho  — ;  obra, 
occupaçào,  invenão  —  ;  commercio,  indus- 
tria — .     "^  ■  "*'• 

PROVENÇA,  «.  /".(de  prócer)  provisões  e  di- 
nheiro que  as  caiÀras  adiantavam  ás  recru- 
tas ató  se  incorpoíftem  nos  regimentos  ;  pro- 
videncia ;  (ant.)  pnvincia. 

TOL.    IT. 


PROVENÇA,  (geogr.)  Profiincia  dos  Roma- 
nos, um  dos  grandes  governos  de  França 
antes  da  Revolução,  tinha  por  limites  a  E. 
o  Piemonte  e  o  condado  de  P(ice,  ao  S.  o 
Mediterrâneo,  ao  O.  o  Languedoc,  ao  W.  o 
Delphinadoe  o  condado  Venessino.  A  Pro- 
vença até  1486  foi  governada  por  sobera- 
nos com  o  titulo  de  condes ;  nesta  epocht ' 
foi  difinitivamente  reunida  á  França.      ^^•5- 

Soberanos  da  Provença. 

Boson  governador  e  depois  rei 879 

Luizl,  oCego 888  ou  889 

Hugo  de    Provença 923 

Condes  beneficiários. 

Boson  1 926 

Boson  II 948 

Guilherme   1 968 

Rotbold 992 

Guilherme  II,  primeiro  conde  proprie- 
tário  1008 

GodoíTredo  I,  Bertrando  1.  e  Guilher- 
me  III 1118 

Condes  hereditários. 

Bertrando  II 1063 

Estevão 1093. 

Gerberge    e   Gilberto 1100 

Douce  e  Raimundo  Berenger  1 1112 

Berenger 1130 

Raimundo  Berenger  II 1144 

Douce  II,  Affonso  I,   Raimundo  Be- 
renger III,  e  Sancho 1166' 

Affonso    II 1196 

Raymundo   Berenger  IV 1209^ 

Beatriz  e  Carlos  d'Anjou. 1245 

Carlos    II 1285 

Roberto 1309 

Joanna 1343 

Luiz  I .1382 

Luiz  II ,;  •:.. 1384 

Luiz  III ^".l."^^.-'l:.     ...  1417 

Renato 1434 

Carlos  III 1480 

Luiz  XI :).•:■  '. 1481 

Reunião  d  França "''.'..'" 1487 

PROVENDA,  s.  f.  (do  Fr.  provende,  provi- 
sões, viveres)  (ant.)  provisão  de  viveres-  Mo- 
raes cita  a  passagem  seguinte  do  Elucidário, 
e  pregunta  se  significa  carga  I  O  mordo- 
mo-mór  de  Gaya  ha -de  haver  em  carrega- 
ges  dos  navios  que  estiverem  á  — . 

PROVENTO,  (ant.)  Y.  Proveito,  Lucro,  Red- 
dito. 

PROVER,  V.  a.  [Lai.  provideo,  etc,  pro,  e 
vidto^  ere,  ver)  providenciar,  dar  as  provi- 
81 


^.. 


m 


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m> 


denci^s  necessárias  á  conservação,  suppcir, 
munir,  ministrar,  fornecer,  v.  g.  — a  praça, 
a  cidade  de  viveres,  mantimentos,  munições. 

—  ás  necessidades  publicas.  A  natureza ;)ro- 
veo  o  homem  de  sentidos,  faculdades,  pai- 
xões. —  as  cousas  da  vida,  cuidar  em  ad- 
quirir o  necessário  á  sua  conservação.  — 
officios,  empregos  em  alguém,  conferir  car- 
gos ;    -r  alguém  de  ou   em  oíiicio,  cargo. 

—  os  campos  com  vallos,  munir.  — asdes- 
*    pezas,  suppriíj.  — le{$,  (ant.)  fazer  leis  que 

encerram  disposições  próvidas.  —  os  roes, 
05  estados,  os  /íi? ro5„  examine) -los  para  dar 
as  providencias  líígaes,  recensear  contas,  -r- 
a^  \eis,  (p.  us.)  examinnr  se  necessitam  cor- 
recção. — ,  V.  n.  dar  as  devidas  providen- 
cias, dar  ordem,  supprir,  v,  g.  —  á  segu- 
rança publica,  aobem  puLlico  ;  —  aos  her- 
deiros, aos  aggravados,  cuidar  era  que  não 
sejana  lesados.  —  ao  aggravado,  (loc.  for.) 
receber  o  aggravo  da  parle,  reformando  o 
despacho  do  juizdequeseaggravou.  —  com 
que  a  cidade  não  ficasse  sem  mantimentos, 
cuidar  com  antecipação,  acautelar,  precaver. 

—  em  alguma  cousa  ou  pessoa^  olhar  por 
sen  bem,  cuidar  na  sua  conservação.  — se, 
V.  r.  munir-se,  v.  g.  proveja-se  do  neces- 
sário para  a  jornada  ;  —  de  alheio  parecer 
na  causa  própria. 

PROVERBIAL,  adj .  dos  2  ^f.  (I  at;  prorer6i(i- 
/w)  concernente  a  provérbios,  c.^.phrases, 
Iqçuções  proverbiaes. 

PRpvERBio,  5.^^.  {l.eLi.  proverbium]  sen- 
tença, rifão  vulgar  e  conciso  que  anda  na 
bppQs^  de  todos  Os  — de  Salomão,  collec- 
ção  de  senltep^ças  incorporadas  em  um  Uvro 
da^i^ia.  '    '  "  ,       .       ';, 

E^ovETE,  s.  m.  (do  Fr.  éprouvette)  (artilh.) 
n^prieiro  pequeno  que  s,erye;,#  experimen- 
tar 5  força  da  pólvora^ 

PROVEUDo.  (ant  )  ^:  Provido. 
.  próvicar,  (ant.)  por  publicar, 

PROvico,  (ant.)  por  publico. 
,  piíovico,  (ant.)  V.  Pobrezinho. 

pROviço,  (ant.)  V.  Previso. 

PiioviDAMENTE,  adv.  [meate  suff )  de  ma- 
neira provida,  com  providencia,  acautelada- 
mente, 

^  PROVIDENCIA,  s.  f.  [Ld^i.  promdcntia]  pro- 
visão, disposição  antecipadei  de  meios  para 
obter  algum  fim.  A  Divina  ou  Summa  — , 
a  sabedoria  de  Deus  que  rege  e  dirige  o  uni- 
verso. Tomar,  dfq,r  as  —s  necessárias,  em 
caso  urgente,  ou  para  ;  cautelar,  obyi^r  al- 
gu na  perigp  previsto.  '      ,>     ., 

PROYipKifCiA,'  (geogr.)  çida^pi'  ^s.Esta- 
dos-Unidos.  spb,i:§,o  ripJP^rpj^iae.ncia  ;  23,O0Q 
habitantes.       ,  .  .  /^\    .^ 

proyídencia  (canal  da),  (geogr.)  estreito, 
q^e  ^epar^  o  Qrande  b^nco  da  IJohefnia  do 


PROVIDENCIA  (ilha  dí^Pfpya),  (geogr.)  ti wj^ 
das  Lucagas,  a  0.  ae  S.  Aníre ;  5,101$; 
habitantes. 

providencia  (ilha  da  Yelha),  (geogr.)  umíu 
das  Antilhas,  ao  SO.  de  Serrana. 

PROVIDENCIADO,  A,  p.  p.  dc  providcuciar  jj 
adj.  ordenado,  disposto  com  próy^í)  ci^di^?}) 
do. 

PROVIDENCIAL,  adj.  dos  %g.  (des.  f jij .  ct^U, 
que  contem  providencias,  t).^.  ordens,  me- 
didas, direcções,  disposições  providencines. 

PROVIDENCIAR,  V.  a.  {provídencia,  ar  des. 
inf.)  acudir  coifl  ngiedidas.  p,r^yi.4as ;  prgv^|y 
em  algum  casp,  \i^T ,k^  ';,  \  'T    i,.'-' 

PROviDENTE,  adj.  ao*3|í.  (W' p.rpt)^í»ci>^t-c, 
tis,  adj.  e  p.  a.  áeprovydieo,  tre,  provpf)  qn^| 
provê,  providq,  cuidçidpso,  previsto,  çipçufPi^ 
pecto. 

PROviDENTissiMO,  A,  adj.  s.Ufpfirdr,  4^  pf^Rít) 
vidente,  muito  provident^.  ,  ,;j 

PROviDissiiio,  A,  a4j.  si^perl  de  pávi- 
do. ^^ 

PROVIDO,  A,  adj.  (Lat.  providus\  provideriíVi 
te,  cuidadoso  «m  prover,  circumspecto,  acai^Ti:^ 
telado,  prevenido,  v.  g.  leis  — s,  com  mãç|[^ 

—  dispoz  tudo.  .^ 
PROTiDO,  A,  p.p.  de  prover ;  adj.  muni- 
do, supprido,  v.g.  —  de  tí^antimentos,  di- 
nheiro; —  de  vallos.  Animfií  —  de  gATras, 
cornos.  — ,  preenchido,  v.g.  oÇcip,  c^rgo 
— ,  para  p  qua|  foj  i^pmpadp  aiguéín.  —  com 
remedia,  (p.  qs,.)  lrata\do,  v.  g.  se  a  feriíl^^. 
fosse  —  com  tal  remédio ;  curada,  tratí^d^ 
— ,  (^nt.)  qx^piinadp,  vis|to.,  ,,     .    -^ 

Pi^oviMíiNiiíi,'^.  í»{,  [ig;^ii,t^^^ú^.]  Qaptpd^, 
pro^Pf,  m^^ip,  ^^p|)J^j^.  9f  g^§tps,  as  despe ^, 
zas  ;    abastecjíppptoV  provisões,    munições : 
nomeiíçãQ  de  pessoa  em  cargo  ou  oíTicio.  — , 
administraç^p,  cuidado  em  prover  em  cou- 
sas   relatiy^.^    á  pbservancia   das  leis,    da 
justiça,    polícia.   —  fio   ag.gravo,  (forensj^ 
sentença  declarando  aggrí)yado  paggravan- 
te  e  reformando  o  despacho  de  que  se  ag- 
gravou.  rrj:  (f^nl.)  providencia,   considera- 
ções proyi^^api^s.  ,j 

PRQXiífUA,^-/-  i^^l' pro,  ant3S,  evincez^ 
re,  vencer!    Festo  di^  :    «  provncicB  appel- 
lantur  gyiod  pçpulus  romQ,nus  eas  provicit^ 
hoc  est,   antevifíi((  »)   porção  de  territprio 
que  faz  parte  de  um  gpaRd?  ÇStfdo,   rçiijQi 
pu  republica.  — ,  (ant.)  distu^p,  com^rpji, 
V.  5,  f  —  do  Porto,  de  Lam^'9.  — ,  (eceles.). 
dístricto  sujeito  á  autoridadí  do  padre  prp- 
vincial ;  convento,   reco|^ipc?pto  ^^  reFigip- 
$05,^.^.  a—  da  Arrábida  — ,,  (%.)  çpi^-  . 
$a  4e  quq  alguém  está  enarceg^dq,,  94  sei^, 
encarrega,  cuidado,  occupção  :  ex.  «^u^^ 

—  tpm^^e.  »  f^ufr,.  5,  ^, 

PRoviNpiA  R0Hi»,ií4,  i^m-l  W}Q  *  PTQ' 
ipeV(Ç(i  e  parte  do  I^anguioc,,  grandp  pfp^  , 
yincia  das  GalHa^.  foi  miç  ^te*??*.^!!,  fifi/íT;/ 

'/i     .JO? 


m 

qiip  foi  ppr, muito  t^çípoauniçft.jjftiífíáps- 
te  paiz  submettida  ás  armas  romanas.  Fi- 
c*ya  compreendida  enlre  o  Mediterrâneo,  a 
Cçl.tica.  a  Itália,  os  Hyreneos,  eoGaronna, 
é  tinha  por  capit?)  ISarbonna. 

províncias  unidas,  (geogr.)  Estado  fe- 
derativo formado  em  15"/ 9,  das  17  provin- 
cias,  que  compunham  o  circulo  de  Borgo- 
i|^a,  compreendia  7  provincias :  UoUanda, 
a  Zelândia,  lítrecht,  os  Gueldros,  Over- 
(tf^e\i  (i  frisa  e  Gn-rningue  com  líreulhe. 

PROVINCIAL,  adj.  dostg.  (Lat  provinda' 
/i^),da  dproyincia.  Homem  — ,  proviciano. 
Paçlre  ~r,  òu  s.  O  — ,  religioso  que  gover- 
na os  religiosos  de  uma  provincia.  Termos 
provinciaes ,  usados  nas  província?. 

ifROviNCiALADO,  s,  wt.  (des.  s.  ado)  cargo 
0^  padre  provincial,  e   tempo  que  eíle  du- 

^^BOviNCiA.NO,  A,    adj.  q^e,^^a|)jt^  a  pro- 
víncia. Usa-»e  s.  Os  —s.      *    ..' 
..jpapviNCo,  adj.e  s.  fant.)  \'.  Propinquo, 
Pç^fçníe,  Parentela. 

j^^poviNS,  (geogr.)  Provinum,  cidade  de 
França,  a  12  léguas  ao  E.  de  Melun  ;  6,000 
habitantes.    ' 

PROVIR,  V.  n.  (Lat.  proitenio,  ire)  derivar- 
se,  vir,  nascer  de,  tirar  a  sua  origem  pro- 
ceder, V.  g  do  cruzamento  das  raças  e  es- 
pécies primitivas  provem  innumeraveis  va- 
riedades. Do  laxo  provem  a  indigência  Ri- 
queza que  provem  da  agricultura  e  indus- 
tria. Da  cubica  insaciável  proveio  a  ruina 
da  republica  romana. 

j.jj^oyisÃo,  s.  f  (Lat.  provisio,  onis,  de 
pròtideo,  ere,  antever,  precaver ,  prover) 
abastecimento,  cousas  necssarias  oaraman- 
tença  de  gente  ou  animaes,  gastos,  consu 
mo,  munição.  Fazer  —  de  mantimentos, 
agua,  lenha,  armas,  pólvora.  —  de  boca, 
mantimentos,  viver- s.  —  de  guerra,  petre- 
chos, munições.  7?cmeíí«r  — ,  (phr.  merc.) 
rem^etter  o  saccador  os  fundos  necessários, 
para  pagamento  da  letra  de  cambio,  ao  cor- 
respondente sobre  o  qualésaccada.  — ,  pro- 
vimento, o  prover  alguém  em  cargo,  ou  of- 
ficio.  —  do  desembargo  do  paço,  —  conce- 
lho ultramarino,  carta  pela  qual  se  conferia 
emprego  ou  mercê.  — ,  (fig  ]  economia,  re- 
gra. Fazer-  -na  aguada,  gastar  a  agua  coíp 
regra, 

PROVISIONAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  adj.  ai], 
feito  por  provisão,  interino;  v.g.  Medidas 
provisionaes.  J^overi^jo.,^^,  ^  iaterijip, ,  /)^(),çi- 

'  provisionalmente",  adv.  [mente  snff.)  ,| 
interinamente ,  por  acudir  a  nycesjsidadè 
urgente. 

PROViçioNEiRO,  .9.  m.  (des.  eira] ,  o  que 
tjunta,  recolhe,  faz  provisão  de  mantimen- 

t(S.   ' 


m 


pROvifOR,  s.  m.  (Lat.),  magistrado  ecr 
clesiastico  em  quem  os  ))Í6pos  delegam  j^, 
si|a  jurisdição;  (p.  us.j,  provisiopièiro: — , 
de  colégio,  superintendente  dos  estudos.  . 
!  PROvisoRA,  s.  /".  a  mulher  que  tem  ageu, 
•cargo  do  prover  o  necessário.  ^ 

PROVISORIAMENTE,  adv.  [poente  suff.),  in- 
terinamente, provisionalmentp. 

PROVISÓRIO,  A,  adj.  [áes.  ório],  interinp, 
provisional;  decreto,  disposições  — .  Gp,-n 
verno  — ,  instituido  para  prover  en^  pflso 
de  urgência.  '        „^ 

^T      n         •    .  n  -y     '«''001 

PRpviSTp,  V.  Previsto,    PrenemqÇ)^    .  ^s» 

PROYPC^LçÃp,  f.  f.  [IM.  pròpocíatio~fni^ 
o  acto  de  provocar.  PÍ.  Provocações.'.  '  ,,^^ 

PROVOCADO,  A.  p.p.  de  provocar,  eaí(^., 
incitado,  estimulado,  irritado,  desafiadp^ 

PROVOCADOR,  A  ,  aç{^\  (Lat.  ^rovocatQr), 
que  provoca,  excita,  irrita,  estimula,  v,  g.^ 
Comida  —  da  sede;  palavras  — s  de  riso. 
Usa-se  subst.    o  —  da  gueira 

PROVOCANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  právOf 
cans,  íff,  ^.  .flf^^  de,  provoco  are),  que  pro- 
voca. 

PROVOCAR,  V.  a.  (Lat.  provoco,  are,  prf^, 
diante,  e  voco,  are,  chamar),  chamar  a  de- 
safio, desafiar  ;  excitar,  incitar ;  —  alguém 
com  injurias  ;  —  a  sede,  excitar,  —  a  có- 
lera, irritar  ;  (ant  ),  appellar  :  «  Áppellou  a 
Nicetas  »  Fios  Sanct.,  áppellou  para  Nice- 
tas.  —  o  suor,  as  ourinas,  favorecer  a  se- 
cração  e  evacuação  deste  fluido,  v.  g.  — 
o  riso,  a  commiseração,  excitar. —SE.  f.f^ç 
excitar-se,  v.  g.  di  peccar  ;  —  a  ur|[^^  riso' 
immoderado.  ^r    ,,,j 

PROVOCATIVO,  A,  adj[  des.  ivo),  prbprip 
a  provocar,  a  excitar,  v.  g.  cousa  —a  ou 
da  ira.    Remédio   — ,  do  suor,   da  ourina, 

PROvocATORio,  A.  adj.  (des.  ória] ,  quç 
provoca,  excita,  provocador:  palavras  —s. 

PROUVERA,  sabj.  do  V.  prazer;.^,  ^jji^^j^ 
Deus  prouvera,  agradara.  '  ,  .,...r.,^'. 

PROXENETA,  s.  m.  (Lat.,  do  Gr.  a?enoí, 
estalajadeiro),  terceiro   gm ^ negocio,  corçp- 

i^RO\mAh,ádjí  dos  2  g.  (des    adj.  afl^ 
(p.  us  ),  do  próximo  ;    v.  g.    Caridad^  -j-, 
para  com  o  próximo.  :^Z"uiH 

PROXIMAMENTE,  adv.  [mente  suff.),  jpi^ui 
perto,  immediato,  ha  pouco  tempo,  de  prQ7- 
ximo  ;  (t.  raath.),  com  pouca    differença. 

pRpxiMiDADE,  s.  f.  (Lat.  proximítas,  tis), 
vizinbança ;   —  nos   gráos   de    parentesco. 
— ,  caridade  para  com  o  prpximo.  «  Fa^jer 
prestahça,  e  —  aos  miseráveis  como  nós.^j 
Mendes  Pinto.     , 

pRoximsTA,  5,  m.  (des.  ista),  (p.  us.), 
homem  caridoso,  amante  do  próximo. 

PRÓXIMO,  A,  adj.  (Lai.  proxinms,  propè, 
perto,  e  imus,  intimo),  chegado,  prppincuo, 
81  * 


m 


PRU 


PRO 


vizinho,  pegado,  v.  g.  O  nario  —  á  terra. 
O  século  — ,  o  immediato  e  seguinte^  ou  o 
ímmediato  precedente  ;  — ,  á  ruina.  —  mor- 
te, occasião  — ,  a  que  de  ordinário  conduz 
ao  peccado.  Actos  — s,  que  precedem  de 
perto  alguma  acção. 

PRÓXIMO,  s.  m.  (do  precedente).  O  — , 
ás' outras  homens,  os  nossos  semelhantes. 
V.  g.  Ser  caridoso  com  o  — ,  não  ter  — , 
ter  o  coração  duro,  ser  insensível  aos  ma- 
les alheios. 

PROYART,  (hist.)  escriptor  francez,  que 
morreu  em  1808.  As  suas  principaes  obras 
são :  Luix  XVI  desthronado  antes  de  ser 
rei ;  Luiz  XVI  e  as  suas  virtudes  vietimas 
da  perversidade  do  século,  etc. 

PRu.  s.  m.  (ant.)  (do  Fr.  ant.  preu  ou 
prou,  proveito,  ganho),  preço. 

PRUDÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  prudentia,  que  Cí- 
cero deriva  deprocideníia),  circumspecção. 
V.  g.  A.  —  prudência  compõe-se  de  sei •• 
encia  e  experiência,  Vieira.  Com  — ,  pru- 
dentemente. 

Syn.  comp.  Prudência,  discrição,  cir- 
cumspeeção.  Prudência  é  a  primeira  das 
virtudes  cardiaes ;  é  a  grande  arte  de  vi- 
ver, como  diz  Cícero :  compõe-se  de  scien- 
cia  e  experiência,  dirige  para  bem  todas  as 
nossas  acções,  ensina  ao  homem  a  ser  cui- 
dadoso do  que  a  fortuna  pode  fazer  ou  des- 
fazer, pois  o  prudente  «  nunca  lhe  acon- 
tecerá que  diga  .  Não  cuidei ;  que  é  a  pri- 
meira máxima  da  prudência,  »  como  di- 
zia Vieira  (VIII,  2). 

A  discrição  e  a  circumspecção  são  par- 
tes da  prudência.  Aquolla  consiste  na  rec- 
tidão do  juizo  para  o  governo  das  acções, 
por  cujo  meio  alcançamos  conhecer  aquillo 
que  nos  importa  para  conseguir  acertada- 
mente o  fim  proposto ;  esta  consiste  em 
examinar  todas  as  circumstancias,  em  con- 
siderar as  cousas  por  todos  os  lados,  e  es- 
colher os  meios  seguros  e  opportunos  para 
executar  o  que  a  discrição  approva  e  a 
prudência  aconselha. 

PRUDENCiADo,  A.  p.  p.  de  prudcuciar,  e 
adj.,  feito  com  prudência. 

PRUDENCiAL,  adj.  doslg.  (des.  adj.  ai), 
feito  com  prudência ;  relativo  á  prudência. 

prudencialmeute  ,  adv.  [mente  suff.) , 
segundo  os  dictames  da  prudência,  com  cir- 
cumspecção. 

prudenciar,  V.  abs.  ou  n.  prudentia^  ar, 
des.  inf.)  usar  de  prudência. 

PRUDENCIAZINHA,  í.  f.  díminut.  (p.  us.) 
de  prudência. 

PRUDENCio,  (hist.)  Aurelius  Prudentius 
Clemens,  poeta  latino  christão,  nasceu  na 
Terragohéza  em  348.  Deixou  alem  de  al- 
guns escriptoi  contra  as  heserias  alguns 
cânticos,  hymnos  é  outras  poesias. 


PRUDBNCio  (S.),  (hist.)  bispo  de  Troyes 
de  840  até  861.  Combateu  calorosamente 
os  Semi-Pelagianos.  É  festejado  a  6  de  abril. 

PRUDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  prudens, 
tis),  dotado  de  prudência,  circunipecto ; 
V.  g.  Homem  — ,  feito  com  prudência,  v. 
g.  conselho,  resolução  — ,  subst.  os  — * 
(homens). 

pRUDENTEiENTK,  adv,  [mente  suíf.),  com 
prudência. 

PRUDENTissiMAMENTE ,  adv.  supcrl.  de 
prudentemente.  . 

prudentíssimo,  a,  adj.  superl.  de  prií^ 
dente,  muito  prudente;  v.  g.  Homem, 
conselho  — . 

prudhommi,  (hist.)  jornalista  e  compila-^ 
dor  francez,  nasceu  em  1752,  morreu  em 
183y.  Fundou  o  jornal  democrático  intitu- 
lado as  Revoluções  de  Paris,  publicou  uma 
Geographia  da  Republica  francexa,  e  His- 
toria dos  crimes  da  revolução. 

prudhon,  (hist.)  pintor  francez,  nasceu 
em  1760,  morreu  em  1813.  Os  seus  me- 
lhores quadros  são  :  o  Crime  perseguido 
pela  Justiça  e  pela  vingança  ceslestesâ 
Christo  morrendo  na  Cruz. 

pruido,  s.  m.  (V.  Prurido),  comichão  , 
prurido :  —  dos  ouvidos,  tinnido. 

PRUiR,  V.  a.  (Lat.  prurio,  ire,  de  pe- 
rurere ,  arder  muito),  causar  comichão  ; 
(fig.)  titillar  agradavelmente,  v  g.  Verda- 
des desenganadas  não  pruem  as  orelhas  do 
néscio.  —  em  sentido  abs.  ou  n.,  comer, 
sentir,  causar  comichão,  v.g.  Asarnapru'e 
€  Já  me  estão  pruindo  os  pés,  por  vos  bai- 
lar na  boda.  »  Ulis. 

PRUiYEL,  adj.  dos  S  g.  [pruir,  des.  ivel], 
sensível  á  titillapão,  ás  cócegas  ;  (fig.)  — , 
aos  ouvidos,  que  hsongea.   PI  Pruiveis. 

PRUM  ou  PRUYM,  (gcogr.)  cidade  dos  Es- 
tados prussianos,  a  12  léguas  ao  NO.  de 
Treves  ;  1,980  habitantes. 

PRUMA,  s.  f.  (ant.),  pluma :  —  equina, 
pennacho  de  clina.  V.  Pluma. 

prumada.  V.    Plumada. 

PRUMA6EM.  V.  Plumagem. 

PRUMAGEM,  s.  f.  (aut.)  Prumagcnt,  arvo- 
res de  caroço,  ameixoeiras 

PRUMO,  s.  m.  (V.  Plumo)  plumo  ;  v.  g. 
andar  com  o  —  na  mão  :  (fig  )  tentear,  ha- 
ver-se  com  prudência.  A  — ,  adv.  perpen- 
dicularmente ;  V.  g.  —  náutico ,  sonda. 
Lançar  o  — ,  para  sondar  o  fundo. 

PRUNELLA,  (bot.)  Gcuero  de  Plantas  da 
famillia  das  Labiadas  e  da  Dydiuamia  Gy- 
mnospermia,  L. 

PRUNELLi,  (geogr.)  villa  da  Córsega,  a  8 
legoas  ao  SE.  de  Corte ;  300  habitantes. 

PRURIDO,  s.  m.  (Lat.  pruritus,  de  peru- 
rere,  arder  muito),  comichão,  titillação.  V 
Pruido. 


m 


mi 


FRURiiNTR,  adj.  do$2  g.  {Laí.  pruriens, 
tiSy  p.  a.  de  prurio,  ire,  ler  comichão), 
que  come,  causa  comichão,  prurido ;  (fig.) 
que  lisongêa,  excita  vivamente,  c.  g,  Li- 
soDJas  — s  aos  ouvidos   dos  néscios. 

PRURiGiM,  t.  f,  (Lai.  prorigo,  inis),  co- 
michão. 

PRURiTO.  V.  Prurido  e  Pruido. 

prusa,  (geogr  )  nome  de  duai  cidades  da 
Bythinia :  uma,  Prusa  ad  Hypium  sobre  a 
costa  entre  Heraclea  e  Nicomedia ;  a  outra 
Prusa  ad  Olytnpum,  hoje  Brousse,  ao  0. 
da  precedente. 

PRUsiAS,  I  (hist.)  ou  o  Coxo,  rei  de  Bi- 
thy mia,  desde  137  aló  192  antes  de  Jesu- 
Christo  filho  e  successor  de  Zietas,  teve 
guerra  com  Attalo  1,  rei  de  Pergamo,  re- 
pellíu  os  Gaulezes  e  morreu  em  191. 

pRUsrAS,  II  (hist.)  ou  o  Caçador,  filho  e 
successor  do  precedente,  reinou  desde  192 
até  148  antes  de  Jesu-Christo,  recebeu  An- 
nibal  na  sua  corte,  e  bateu  Eumenes  com 
o  soccorro  deste  general,  que  depois  quiz 
entregar  os  Romanos.  Foi  a  Roma  em  167 
para  sollicitar  a  alhança  da  Republica  e  des- 
honrou-se  com  toda  a  sorte  de  baixezas. 
Merreu  em  uma  revolta  aos  golpes  de  seu 
filho  nicomedes  II. 

PRÚSSIA  (reino  da),  (geogr.)  Prtussen  em 
allemio,  um  dos  principaes  Estados  da  Eu- 
ropa, é  formada  por  duas  partes  distinctas 
e  reparadas  por  paizes  estrangeiros :  uma, 
a  verdadeira  Prússia,  a  E.,  é  a  maior;  a 
outra  ao  O.  é  a  mais  piquena.  A  1.^  tem 
por  hmites,  ao  N.  o  Báltico,  a  E.  a  Poló- 
nia e  a  Rússia,  ao  0.  o  Mecklemburg,  e 
Hanovre,  etc,  ao  S.  o  reino  e  ducados  da 
Saxonia,  e  a  monarchia  austriaca ;  a  2.* 
chamada  grande  ducado  do  Baixo  Rheno, 
tem  por  limites,  a  0.  os  reinos  da  Bélgica 
e  da  UoUanda,  a  E.  os  Estados  d'Hanovre, 
Hesse  Cassei,  Nassau,  Hesse-Darmstadt,  ao 
S.  o  circulo  bavaro  do  Rheno  e  a  França. 
A  população  da  Prússia  é  de  14,900,090 
habitantes.  A  capital  é  Berlim.  Os  este- 
dos  prussianos  são  divididos  em  8  grandes 
províncias,  subdivididas  em  25  governos  ou 
regências,  pela  forma  seguinte  : 


PAIZ   AI.     DO  WSSfiR. 


ti:    ^ 


Protinexas 
Brandebourg 


Pomerania 


Goternos. 

Postdam  ou  Berlim 
Francfort. 

Stettin 
Stralfumal 
Coestin 


^.,    /^IftJiqe:)         Breslau 
Silesia  Liegnitz  _    > 

Oppela,,H„  Aie^u^r' 

Gran   ducado  de    Posen 

Posen  Bromberg. 

Koenigsberg        '-^^Í 

D.,,»»:.  ..-«^-:«       Gumbinnen 

Prússia  própria       j^^^^^.^^  t^^ 

Marienwerder. 


Saxonia 


Magdebour  l^'^^'-' 

Mersebourg      ,  „•{  ^j, 

>«9 


PAIZ   A   0.     DO   WESBR. 


Westphalia 


Munster 

Minden 

Arensberg. 


;iO«ftn 


Colónia 
Dusseldorf 
Província  rhenana  Coblentz 

Aix-la-Chapelle 
Treves. 

Lista  dos  soberanos  da  Prússia  precedi- 
da da  dos  eleitores  de  Brandebourg  da 
casa  de  Hohenzoltern. 


1.°  Mangraves  eleitores   de  Brandebourg. 

Frederico  1 ,    1415  João  Sigismun- 

Frederico  II,    1440  do                 1608 

Alberto            1471  Jorge  Guilher- 

João                1486  me                1619 

Joaquim  I,      1497  Frederico  Gul- 

Joaquimll,     1534  Iherme           1640 

João  Jorge      1571  Frederico  III,    1688- 

Joaquim  Fre-  1701 
derico          1598 


ul 


2.°  Reis  da  Prússia. 


»t 


i 


Frederico  I,  (o 
mesmo  que 
Frederico  III). 

i70! 

Frederico  Gui- 
lherme I,     1713 

Frederico   II, 


o  Grande      1760 

Frederico  Gui- 
lherme 11,     1786 

Frederico  Gui- 
lherme III,    1793 

Frederido  Gui- 
lherme IV,    1840 


TOL.  lY. 


pRussu  (propriamente  dita),  (geogr.)  uma 

das  «uto  provincias  do   reino   da  Prússia, 

tem  por  limites :  a  E.  a  Rússia,   ao   S.  a 

Polónia  Russa ;  a  O.  a  Pomerania,  o  Bran* 

82 


I^A 


debourg  ;  ao  H.  o  Báltico.  Capital  Kaenisg- 
berg. 

PRÚSSIA  rhenatIía;  (geogr.)  são  assim  cha- 
madas todas  as  possessões  da  Prússia,  so- 
bre o  Rheno,  e  á  í).  de  Wéser. 

PRUSSiATSo,  k.  àâj.  natural  oti  pretencen- 
te  á  Prússia  ;  d.  g.  os  — s,  naturaes  da 
Prússia. 

PRUSSico,  adj.  m:  acido  ~,  extrahido 
do  azul  de  Prússia,  acido  bydrocyanico. 
Os  seus  saes  sé  denominão  prussiates  ou 
hydrocy  anates. 

PRUTH  ou  PROUTH,  (geogr.)  rio  que  serve 
de  limite  eiiVre  a  Rússia  europea  è  a  lllol- 
davia,  nasceu  nia  Galicia  nos  Carpathas  e 
cae  no  Danúbio,  perlo  de  Galatz. 

PRÚvico,  (ant.)  V.  Publico. 

PRYNKE,  (hist.)  jurisconsulto  inglez,  nas- 
ceu em  1600,  morreu  em  1669.  Deixou  : 
Exact  chronological  vindication  ;  Edictos 
parlamentares,  etc. 

PRYTANEA,  (geogr.)  grande  praça  de  Alíie- 
nas  cercada  de  edifícios,  destinados,  l.^ás 
secções  publicas :  2.^  ao  abastecimento  de 
cereaes ;  ò.°  aos  banquetes  que  se  davam  a 
diversos  cididâos  sustentados,  á- custa  do 
thezouro.  - ■ 

PRYTAPíòs,  (hist,)  officiaes  encarregados 
em  Athenas  do  cuidado  de  dirigir  os  negó- 
cios públicos.  Eram  50  e  o  seu  poder  não 
dUtáva  mais  do  que  úiíi  àhrio.  ',  ... 
'  pRYZÉHVsL,  (geogr.)  cidade  murada  dos 
Estados  austríacos,  capital  de  um  circulo  do 
mesmo  nome,  a  24  léguas  ao  O,  de  Lem- 
berg;  6^400  habitantes.  O  circulo  de  Prye- 
mysl,  sit\iádo  entre  os  de  Zolkiev,  de  Lem- 
berg,  de  Sambor,  de  Sanei,  conta  225,000 
habitantes.  j^j^lv;    '^^ 

PRÍEMYSL  I     ou   PREMISLAÓ,    (hlSt.)   autigO 

rei  da  Palonia,  de  cuja  existência  nada  se 
sàbò  e  até  é  muito  incerta. 

PRZEMYSL,  (hist.)  segundo  rei  da  Foílónia, 
firfl  duque  do  Poseri.  Adquiriu  a  Cracóvia  em 
1290 ,  herdou  a  Pómerahia  oriental  em 
128j  a  foi  elleito  rei  da  .Polónia  no  mes- 
mo anno.  Morreu  em  12b6. 

psALio,  s  m.  (do.  Gr.  vlg.Hun,  freio.)  V. 
treio. 

^wPSALHAi^AZAR,  (hist.)  avcotureiro  fran- 
oez,  nasceu  éiii  1679.  depois  de  ter  repre- 
s^Utdo  diversDS  papeis,  por  ultimo  incul- 
coQ-se  por  urn  Xáponez  copvèrtido  ;  na  ida- 
dfipde  3í'jánnok'^^íormou  sua  vida  e  for- 
nécèú  a'  matór  JDarle  da  historia  antiga 
para  ,a  tífStoHa  Universal  ingleza. 

i»sÍLMEÀk,  t;.    abs.    ou    w.    {psalmo,  ar, 
des.  inf.),  cantor  psalmos.  Psalmeado. 
'  "lèsÀLiíiSTi,  s.  m.  (des.  isiiij.    contor   de 
rflíôR-.;  '■-'■■ 

•ps^iroj  s.  m.  (LaL  psalmus,  Gr.  psalm(j}\, 
de  plílW,  tiiflíiííí)V  câ^|ícò,  hymiio  sagraád! 


PsÀLM^ur  V.  f.  ícaííio  átè  pgllflSffrlAfc 

PSALMODiAR,  V.  a.  (psalmo.  6  (jr.'*^ae; 
canto  ou  ado,  caiitar),  canW  ^salinos,  [p 
p.  e  adj.  Psalmodiado, 

PSALMOS  (livro  dos),  (hist.)  íimí  àõs  liviros 
canónicos  do  antigo  Tèstafrierito.  Cíompõe- 
se  de  hymnos  ou  cânticos,  enumero  de  l5ô, 
destinados  J)ara  as  cerimonias  religiozas 

PíALTEiRO.  V.  Psalterio.  ;    .i 

pSALTERio,  s.m  (Lat,  p5á/;mwr?f,  do  Gr. 
V.    Psalmo),    instrumento  musico   .de  áez 
cordas  usado  pelos   Hebreus;    v.   ij.  lírr.q, 
de  ,  psalmos.       .... 

N.  B.  PsaWb'  e'  aériV,'  sé  ,prçnu,nçii|k 
salmo,  não  soando  o  p.      '     '.■■':■'  ''^^^ 

PSAMMENilf,  (hist.)  ultimo  jÍqí  da  vigési- 
ma segunda  dyriastia  lègiiímá,  filho  e  suc- 
cessor  d'Amâzis,  só  reinou  seis  mezes  rio 
anho  526  antes  de  Jesu-Christo.  Balido 
por  Cajabyses  ,  foi  enviado  captivo  para 
Susa  com  6,000  Egypcios. 

PSAMMETiCó  I,  Psammetichus  ou  Psam- 
miticis,  rei  do  Ègyplo,  fundador  da  vigé- 
sima sexta  dynastia,  começou  por  ser  um 
dos  doze  reis  dá  Dòdecarchia  1671  a  65B, 
antes  de  Jesu-Christo  e  coube-lbe  a  porção 
NO.  do  EgyptO  para  a  banda  do  ISO.,  ajit-^ 
dado  por  mercenários  gregos  bateu  ossqus' 
coííegas  é  ficou   reinando  só. 

psAMMÊTico  ir,  (hist )  rei  do  Igypto,  de 
408  à  389  antes  de  Jesu-Christo.  Foi  no  seu 
reinado  que  teve  lugar  á  terceira  revolta  con- 
tra os  ^crsas.  ,/  " 

psAMMio,  (lií?'í'f  t-ei  do  EgyptO,  da  26.^ 
dynastia,  reinou  de  lOl  a  595  antes dè  Jesu- 
Christo.      ,  .  '      jj  >     '  ,  ,,y 

PSAPHON,  (hist.)  Lybio,qiie  ensinava  os 
pássaros  a  repetir  estas  palavras  :  Psaphoa 
é  um  deus,  e  largava-os  depois.  Conta-se  que 
os  Lybios  admirados,  fizeram  a  Psaphon  hon- 
ras divinas.  ,      ^.,  J 

PSELLO,  (hist.)  escriptor  byzáhtíno,  nas- 
ceu em  Constantinopla,  foi  senador;  no  rei- 
nado de  Miguel  Straliotiço,  Isaac  Cahenes  e 
Constantino  Ducas,  morreu  eta  1079.  Escre- 
veu :  Commentarios  sobre  çí  8  livros  do 
Acostico  d'Aristçí,o  iParapnr, ase  sobre  o  tra- 
tado da  Interpretação  d'Ãri'stotd 

PSEUDO,  adj.  (do  Gr.  pseúdô,  fingir,  en- 
ganar), falso,  supposto  ;  v.  g,  —  prophe- 
ta,  —  philosophò. 

PSEUDO- MORPHOSES,  (mluer.)  esta  palavra 
serve  para  designar  substancias  mineraes, 
que  se  apresentam  debaixo  de  fórinas  que 
lhes  são  j3stranhas„.  ,6  que  parecem  tiradas 
ou  à  christaés  de  ç^Ua  espécie  ou  açor jíos 
orgânicos. 

psiOL  ou  PSLA,  (geogr.)  rio  da  Rússia  eu- 
ropea, nasce,  no  governo  de  Koursk,  e  cae 
no  Dniepr.  ^ 

PSKOR  ou  PLEskòv,  fe^ogr,)  cida^ie  da  Rus- 


m 

S^  cn&fopéà  ;  Sobre  o  l*skÒTá  e  ò^VfelflcSSía'; 
10,000  habitantes. 

PSOAS,  s.  m.  (Lat.  do  Gr.  psoa,  lombos), 
(anat.),  os  —  são  dous  músculos  carnudos 
lombois. 

PSYCHE,  (myth.)  rapariga  de  rara  belleza 
inspirou  Viva  paixão  ao  próprio  amor.  Foi 
jiòr  ordem  de  um  oráculo,  exposta  sobre 
uma  montanha,  aonde  devia  ser  a  preza  de 
um  monstro  desconhecido.  Psyche  espera- 
va morrer,  mas  Zephyro  transportou-a  a 
um  palácio  magnifico,  aonde  o  Amor  ia  vi- 
zita-la  todas  as  noutes,  mas  ás  escuras,  re- 
coinmendando-lhe  que  não  procuraisse  vê- 
lo.  Psyche  não  poude  resistir  á  curiosida- 
de e  quiz  ver  o  seu  amante,  mas  uaca  got- 
ta  de  azeite  caida  de  alampada  que  ellati- 
nba  ba  mão  caiu  srbre  a  perna  do  seu  aman- 
te ellè  accordou  logo  e  voou  para  nunca 
mais  voltar  ;  o  palácio  desappareceu  no  mes- 
mo tempo  e  Psyche  foi  entregue  a  Vénus ; 
que  irritada  porella  ter  seduzido  seu  íilho, 
a  fez  soffrer  muito.  Todavia  o  Amor  tornou 
a  procura-la,  cázou  com  ella  e  deu-lhe  a 
imraortalidade. 

PSTCHOLOGIA,  s  f.  (do  Gr.  psykhé,  so- 
píò,  vento,  alma,  espirito,  e  logia  suff ), 
tratado  sobre  a  alma. 

psYCHOtHiA,  (bot.)  género  de  plantas,  da 
fámilia  das  Rubiaceas  e  da  Pentrandria  Mo- 
nogynia. 

PSYLLOS,  (hist.)  pelotiqueiro  do  Egypto  e 
da  Sybia,  pertendia  ter  o  dom  de  neutrali- 
zar o  veneno  das  serpentes  e  de  as  matar 
com  a  sua  presença. 

i»TARMiCA  s.  f.  (Lat.  ptarmicHtn,  do  Gr. 
ptàrô,  espirrar),  planta  esternutatoria. 

PTERK,  suíiixo  de  muitos  lermos  scienti- 
ficòs.  Vem  do  Gr.  pteron,  aza,  v.  g,  dip- 
tért  que  tem  duas  azas,  hymenoptere  que 
tem  azas  membranosas. 

PTBRYGio,  s.  m.  (do  Gr.  pteruphion,  aza 
pequena),  (med.),  excrecencia  membranosa 
chamada  unha  dos  olhos. 

PTERYGOIDEO,  A,  adj .  (V.  O  prcccdente), 
(ant.),  pertencente  ás  azas  do  osso  sphe- 
noide. 

PTiLOSTEMON,  (bot.)  genero  de  plantas  da 
familia  das  Synanthereas  e  da  Syngenesia 
igual. 

ptiSANA,  s.  f.  (Lat.  V.  Tisana,  mais 
usado. 

PTOLEMAis,  (geogr.)  nome  de  muitas  ci- 
dades antigas.  As  principaeseram  :  l.^uma 
cidkde  da  Syria,  hoje  Aco  on  kcre,  2.°  uma 
cidade  da  Cypénaica,  hoje  Tolometa  ;  3.^ 
duas  cidades  do  Egypto,  uma  na  Thebaida, 
híije  Mtnchia,  a  outra  sobre  o  golpho  ará- 
bico, hoje  Assyx-Ras. 

pTOiEMEO  I,  (hist.)  Píolemaus,  chamado 
Sottr  {isto  é,   Sahador)  ou  Lagus,  rei  do 


«rfe 


âW 


gypto ,  passa  ^Jor  ter  sido  filho  de  uma 
amante  de  Philippé,  com  a  qual  casou  de- 
pois Lagus,  um  dos  principaes  ôíliciaesdesi-* 
te  principe.  Seguiu  Alexandre  á  Ásia,  efoi 
um  dos  três  officíaes,  qilé  lhe  salvaralro  k 
vida  na  cidade  de  Oxydra(^aeè.  Por  morte 
do  rei  (323)  cóube-lhe  em  partilha  o  Egy^i' 
pto.  Fez  morrer  1*èrdicca?  em  í'eluse,  e  dè'i- 
pois  de  longas  gilérTas,  uniu-se  aos  outros 
generaes  contra  Antigoiíò  è  OétíiétWo,  e  coo- 
perou para  o  ganho  ábi  Wtàflhá  de  \pk'(S. 
Em  308  tomou  o  título  dô  rei;  fez  revol- 
tar a  Grécia,  tomoti  Stdon  e'Tyro,  e  jun- 
tou muitas  cidades  aos  seus  estados.  Mtfrttfti 

em   287.  -  HJfO-.  JO   r-iy   ..;-.;.    x, 

PTOLEMEO   II    OU  PHILAbst^l^HÒ,  (h?Sl.y(PW?ií 

ladelpho,  quer  dizer,  amigo  de  seus  iV-' 
mãos,  sobrenome  ironíòo,  que  lhe  dèracfcí' 
pela  perseguição  qu«  elle  feí  ãsèusirmãó^ 
filho  do  precedente,  subiu  ao  trono  etú  285 
antes  de  Jesu-Christo.  Protegeu  muito  as 
letras ;  fez  traduzir  em  Grego  ós  Hvros  sa- 
grados dos  Hebreos  (versão  dos  Setenta),  au- 
gmentou  a  bibliotheca  'fundada  por  seii  pai, 
e  adiantou  muito  a  astroilotfiía.  Morreti  eiÔ 
Ê47.  . 

PTOLEMEO  III  OU  EVEàGtítí;'(htW.]'(Et?cr- 
geie  quer  dizer,  Bemfeitor)  filho  e  succés- 
sor  do  precedente,  começou  a  reinar  etb  247, 
morreu  em  222i,  inVàdiu  a  SyriaV  trartspôz 
o  Euphrates,  occupou  aBabylonia,  ã  Susiã-  ' 
na,  a  Persida,  penetrou  até  Bacri'es,  'a|u- 
dou  os  esforços  de  Arâto  pela  independên- 
cia achea,  e  protegeu  Cleômene  batido  píf- 
ios Viacedonios.    '■■-^-•■'  "    '^'^    '  .^fyol 

PTOLIMEO    IV  OU   PÍÉEILÒPATOR,    (hí^t  yfPAfi  " 

lopator  quer  dizer,  amigo  de  sen  pai,  so-    ■ 
brenome  irónico,  que  lhe  foi  dado  por^iite 
o  accusavam  de  ter-lhe  abbreriado  à  Vida)  ^ 
era  filho  de  Ptolemeo  UI  e  reiuoii  de  222 
a  205.  Sempre  sujeito  a  vis  ministros,  peir-v 
tíeguiu  Cleómene,  teve  guerra  com  Antiocho-  '* 
o-Grande,   perdeu  primeiramente  a  Syria,' 
mas  depois  ganhou  a  batalha  de  Haphia, 

RTOLEMEO  V   OU   EPIPHANES.    (hist.)   O    II- 

lustre,  filho  e  successor  do  precedente,  nas- 
ceu em  205,  morreu  em  181,  tinha  5  an- 
nos  por  morte  de  seu  pai ;  a  infeliz  guerra 
com  Anliocho,  a  revolta  de  Lycopolis,  os 
projectos  ambiciosos  de  Scopas,  horrorosal  ' 
desordens  em  Sais  e  Naucratis  ensanguetí' 
taram  o  resto  do  seu  reinado.  '*i'( 

PTOLEMEO   TI    OU   PHILOMETOR,    (hist.)   (istO 

é,  amigo  de  sua  mãi)  filho  e  successor  do 
precedente,  nasceu  em  181,  morreu  em  146,'* 
tinha  5  annos  quanáo  subiu  ao  trono,  etíít 
ve   por  regente   Cleópatra.  Foi  aprisionado'' 
em  170  pelos  Syrios,  e  só  recobrou  a  libef- '  - 
dade  no  fim  de  quatro  annos;  foi  atacado 
de  novo  por  Antiocho,  mas  escapou  por  in- 
tervençio  de  Popilio  Sen«s.  Cedeti  a  Lybia> 


228 


PTO 


PÍJB 


^*4 


-^ 


■^. 


a  Cyrenaica  e  a  ilha  de  Chypre  a  Ptolemeo 
Evergete  11.  Morreu  depois  de  ter  ganho  a 
victoria  de  Oronte. 

PTOLEMKO  VII  ou  EVMU6CTE  II,  (hist.)  gO- 

vernou  desde  o  anno  170  até  116  durante 
o  captiveiro  de  seu  irmão  Philometor,  rei- 
nou dous  annos  com  elle,  obteve  por  in- 
tervenção de  Popilio  o  reino  da  Lybia  e  a 
Cyrenasca,  cazou  com  a  viuva  de  Philome- 
tor, e  prometteu  deixar  reinar  juntamente 
ojoven  Plolemeo  Eupator,  mas  assassinou-o 
nos  braços  de  sua  mài.  Morreu  em  177 
odiado  de  todou  pela  sua  tyrannia  e  estra- 
vaganeias. 

PTOLEMEO  VIII  OUSOTERII,    (hist.)  filho  do 

precedente,  subiu  ao  trono  no  anno  119 
antes  de  Jesu-Christo,  debaixo  da  tutella 
de  sua  mãi  a  rainha  Cleópatra,  favoreceu 
Antiocho  de  Cysico,  rei  da  Syria  contra  o 
seu  competidor  Anthiocho  Grypo,  e  foi  ex- 
pulso do  Egypto  por  uma  revolta,  dirigiu- 
se  á  Syria  com  30,000  homens,  tomou  par- 
te nas  guerras  civis  deste  paiz,  e  procurou 
Jl^-  formar  um  principado  á  custa  da  Judeia  e 
da  Phenicia.  So  tornou  a  subir  ao  trono 
do  Egypto  passados  10  annos.  Morreu  em 
8 1 ,  deixando  so  uma  filha.         .,,,  , .  , 

PTOLEMEO  IX   ou   ALEXANDRE   I,    (hist.)   2." 

*"  tlho  de  Ptolemeo  ^11,  subiu  ao  trono 
em  107  antes  de  Jesu-Christo;  fez  morrer 
Cleópatra,  sua  mài ;  violou  o  trono  de 
Alexandre-o-Grande  para  se  apropriar  dos 
seus  thesour«s,  cauzou  por  este  facto  uma 
revolução  em  Alexandria,  pelo  que  teve  de 
fugir,  e  baldadas  foram  todas  as  diUgencias 
para  recobrar  o  throno,  até  <i,ujb  morreu  em 
\um  combate.  .,,^;r,  -. 

PTOLKMBO    X   ou    ALEXANDRE   II,     (hist.)   fi- 

Iho  do  precedente,  ajudado  por  Sylla,  reco- 
brou o  trono  de  seu  pai,  casando  com  a  fi- 
lha de  Sotero  III,  a  qual  assassinou  no  fim 
de  47  dias  de  casado  ;  e  d'ahi  a  pouco,  em 
80,  foi  morto  pelo  exercito  revoltado. 

<»v  PTOLEMEO  XI  ouAULETE,  (hist.)  (iw/eíe  si- 
gnifica tocador  de  flauta)  filho  natural  de 
Ptolemeo  Soter  11,  subio  ao  trono  no  anno 
80;  tornou-se  odioso  pela  sua  fraqueza,  foi 
deposto  em  58,  recobrou  o  trono  passados 
3  três  annos,  e  morreu  execrado  em  52  an- 

'"  tes  de  Jesu-Christo. 

PTOLEMEO   XII   ou  DENYS,    fhist.)     filho    do 

precedente,  subio  ao  trono  em  o2,  casou 
com  a  famosa  Cleópatra,  sua  irmã,  mas  pou- 
co tempo  viveu  com  ella.  Foi  vencido  em 
48  no  Nilo,  e  morreu  na  fugida. 

PTOLEMEO  xiiioMiNiNO,  (hist.)  2."  filho  de 
Ptolemeo  XI,  foi  feito  rei  do  Egypto  por 
César,  em  48  antes  de  Jesu-Christo. 

PTOLEMEO,  (hist,)  irmão  de  Ptolemeo  Au- 
lete  e  filho  natural  de  Ptolemeo  Soter  II, 
r«inou  em  Cleypre  em  80,  matou-se  do  de- 


sespero em  58,  porque  os  romanos  tinham 
seduzido  Chypre  a  provincia  romana.       ^^ 

PTOLEMEO  APioN,  (hi$t.)  fllho  dô  Ptolemeo 
Evergete  II,  reinou  na  Cyrenaica  e  na  Ly- 
bia  desde  116  até  9o,  e  legou  os  seus  es- 
tados á  republica  romana. 

PTOLEMEO  ALORiTEs,  (hist.)  uatural  de  Alo- 
re,  era  filho  natural  d'Amyntas  III.  Reinoa 
3  annos  na  Macedónia. 

PTOLEMEO  CERANNE,  (hist.)  rei  da  Mace- 
dónia, filho  primogénito  de  Ptolemeo  Soter 
I.  Fez  assassinar  Selence,  que  o  acolhera 
na  Macedónia,  e  proclamou-se  reidaThra- 
cia  e  da  Macedónia.  Morreu  em  uma  bata- 
lha contra  os  gaulezes  em  279. 

PTOLEMEO  (Cláudio),  (hist.)  Claudius  Pto- 
Icmeus,  astrónomo  grego  ou  egypcio,  flo- 
rescia no  II  século  da  nossa  era,  em  175, 
viveu  muito  tempo  em  Alexandria.  Deu  o 
seu  nome  ao  systema  astronómico,  segun- 
do o  qual  os  astros  descrevem  as  suas  or- 
bitas em  redor  da  terra,  que  immovel,  sys- 
tema conforme  na  apparencia,  mas  falso  na 
realidade  As  obras  de  Ptolemeu  são  :  Syn- 
taxis  mathematica  ;  Analeme,  Óptica,  Geo- 
graphittj  etc. 

pttalismo,  s.  m.  (Lat,  ptyalismus,  do 
Gr.  ptyô,  cuspir)  salivação. 

PTYsiCA.  V.  Phthisica,  e  Tisico, 

pú,  s.  m.  medida  itinerária  chineza  que 
tem  24,01)0  passos  geométricos. 

PUA,  s.  f.  (do  Lat.  pungo,  ere,  picar)  pon- 
ta aguda  de  pao,  ferro ;  espinho  de  plantas; 
brebequim  de  marceneiro  :  garío  de  arvore 
que  se  enxerta. 

PUBA,  adj.  (t.  Brasil.)  Mandioca  — ,  en- 
terrada em  lama  até  amollecer  e  fermen- 
tar. 

PUBERDADE,  s.  f.  (Lat.  pubertas,  íií,  ida- 
de em  quG  as  pessoas  de  um  e  outro  sexo 
são  capazes  de  procrear.  —  ,  o  pubi«  ou 
pente. 

PÚBERE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  puber.)  que 
esjá  na  idade  da  puberdade.  Pron.  a  pri- 
meira domina. 

PUBERTADE.  \.  Puberdade. 

PÚBIS,  s.  m.  (Lat.  púbis.  Talvei  do  Egy- 
pcio pifui,  cabellos.)  (anat.)  o*so  da  parle 
anterior  do  pelvis  ou  bacia,  coberto  de  gor*-,; 
dura  e  de  pelle  guarnecida  de  pelb,  o  pente. 

PUBLICAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  publicatio,  onis  ) 
o  acto  de  publicar,  v.  g. — de  lei.  bando^ti 
obra,  escripto,  livro. 

PUBLICADO,  A,  p.  p.  de  publicar;  adj.  fei- 
to publico.  Livro — .  Lei — .  Bens — ,  (phr. 
jur.)  confiscados,  tomados  para  o  fisco.         , 

PUBLICADOR,  s.  m.  O  que  publica,  v.  <jr<,|» 
—  de  livro. — ,  adj.  que  publica.  A  typo- 
graphia  publicadora  de  verdades. 

PUBLiCANO,  *.  m.  (Lat.  publicanus,  ren- 
deiro ou  arrecadador  de  direitos  da  alfan- 


FM'i 


FUB 


m 


dfiga  e  âobre  géneros  do  con<»unaodn  terrí; 
(fi)Ç.)  horaera  abomin/»vel.  det*»stnvel,  eif^oni- 
mufigado.  Vem  esta  accepção  das  repetidas 
invectivas  de  Jesu-Christo  contra  os  publi- 
ca oo«. 

PUBLICAR,  V  a  (LHt.piblicn,are,(\epu- 
blicus,  publico.)  fazer  piibliro  lendo  escri- 
pto,  afixando-o,  ou  fazendo-o  proclamar  em 
alia  voz:  — um  iivo,  uma  lei,  um  bando. 
—  bens,  íjur.)  confisca  los,  dnc" ara- lO'.  c<»n- 
íiscados,  applica-los  para  o  tisco.  —umge- 
gtedn,  uma  noticia,  divulgar,  espalhar  — 
o  excommungndo,  declara-lo  tal  publica- 
mente, na  igreja. — se,  tj.  r.  manifesta r-se, 
declíirar-se,  fazer-se  conhecer,  v.  g.  — por 
christào,  por  auior  de  obra  escriplo,  ac- 
ção. — ,  impessoal  appart-cer  imprenso  :  pu- 
blicou se  o  livro,  a  lei.  Publicaram -se  as 
festas,  os  jogoSf  annunciuu-seao  publico  que 
teriam  lugar. 

Syn.  cump.  Publicar,  divulgar,  promul- 
gar. \  ideia  commum  que  faz  s)'noiiymos  es- 
tes verbos  é  a  de  descubrir,  fazer  notório  o 
que  era  ucculto  ou  se  não  sabia  ;  porém 
publicar  explica  a  idéia  absiJutamente,  sem 
modificação  alguma,  isto  é,  fazer  publico  o 
que  não  o  era,  fnzêl-o  saber  aos  que  o 
ignoravâo.  Divulgar  suppõe  que  o  segredo 
ou  cousa  ignoraca  se  foi  dizendo  a  varias 
pessoas,  ou  em  varias  partes,  com  al$;uma 
determinada  intenção,  ou  que  talvez  se  es- 
palhou pelo  vulgo  contra  vontade  do  que 
o  tinha  coufindo  com  reserva.  Promulgar 
suppõe  autoridade  que  publica  solemneraen- 
te  alguma  cousa  que  até  ali  se  não  conhe- 
cia, e  que  desde  eniâo  se  dá  ao  publico. 

Piomulgam-se  leis,  decretos  do  legisla- 
dor, para  que  a  nação  a  quem  dizem  res- 
peito conheça  seus  novos  deveres,  os  quavs 
só  datam  da  promulgação.  Publica  se  um 
segredo,  uma  noticia,  etc.  ;  um  homem 
honrado  pvblica  com  sali>fação  os  bennfi- 
cios  que  recebe  de  seus  antigos  Um  ho- 
mem ruim  procura  divulgar  com  astúcia  os 
defeitos  de  seus  initiittos. 

Pw6/icar  ree.ai  sempre  sobre  uma  cousa 
que  realmente  existe.  Dimilgar  \tóá*;  r»cair 
sobre  uma  cousa  falsa,  que,  se  inventa  com 
algum  fim.  Um  caloteiro,  que  vive  com  os- 
tentação, diculga  qu«  é  rico,  e  teme  que 
86  publique  que  é  pt»bre 
•  fUBLiciDADii,  s.  f  (des.  idade.)  notorie- 
dade o  ser  publico,  o  ter  sido  feito  publi- 
co, V.  g.  —  do  facto,  da  noticia,  — do  lu 
gar.  —  ,  luxar  onde  ha  grande  concurso 
de  gente,  t.  g.  reprehender-meem  tão  gran- 
de—. 

PUBLICISTA,  *.  m.  (des.  n<a.)  escriptnrl 
sobre  direito  publico  ou  das  gentes;  sujei- 
to versado  nelle. 

PUBLICO,  A,  adj.  (Lat.  può/ictw,  depopu- 

TOL.  IT. 


lus,  o  poYO  )  commuiD  a  todo  o  povo.  Lu- 
gar, passeio  — .  Mulher  — ,  meretriz  O 
bem — .  Direito — ,  nacional.  Ser — ,  no- 
tório, conhecido,  sabido  geralmente.  Tirar 
a  —  u  a  abra,  publica-la.  Em, — ,  publi- 
camente, em  presença  de  muitas  pessoas. 
Nào  apparecer  em  — ,  nas  ruas,  praças,  nos 
lugares  públicos.  — ,  subst..  o  — ,  o  povo,  a 
gente  de  uma  cidade,  ou  terra. 

SvN.  comp  Publico,  commum.  Publico  é 
o  que  pertence  a  todo  o  povo  consiiderado 
colleciivamente.  Commum  é  o  que  pertence 
ou  se  estende  distributivamente  ao  povo,  ou  a 
muito.  As  rendas  de  uma  nação,  os  cofres 
em  que  ellas  se  guardam,  os  magistrados 
que  as  administram  são  públicos,  porque 
pertencem  ao  corpo  collectivo  da  nação.  Os 
interesses  que  os  cidadãos  têem  em  serem 
bem  governados  são  communs,  porque  ca- 
da individuo,  cada  familia  participa  d'e&ta 
vantagem. 

I  óde  acontecer  concorrerem  as  duas  qua-^* 
lidades  numa  mesma  cousa,  v.  g.  as  ter- 
ras baldias  d'um  coneelho  são  publicas  • 
communs,  mas  com  diíferente  relação  :  pu- 
blicas, porque  nào  per.enc^m  a  ninguém*  "^ 
em  particular  senão  ao  povo  d'aquelle  lu- 
giir;  e  communs,  porque  todos  e  cada  um 
dos  habitantes  partici(^>ão  da  utilidade  que 
d'ellas  pôde  resultar,  tal  éo  pastio  dos  ga- 
dos, ele. 

Publico  contrasta  com  privado ;  com- 
mum, com  particular.  O  magistrado,  quan- 
do se  adianta  em  annos,  deiia  a  vida  pu- 
blica e  entra  na  privada.  Os  mosteiros  pos- 
suíam muitos  bens  eva  commum,  porém  os 
monges  nada  possuíam  em  particular. 

ISYN  comp.  Publico,  notório,  a  verdadeira 
differença  d'estas  palavras  consiste  em  que 
publico  é  o  que  corre  na  voz  de  todos,  o  que 
todos  dizem,  o  que  de  todos  é  sabido ;  e 
notório  o  que  é  geralmente  sabido,  ou  co- 
nhecido como  certo  e  indubitável.  O  queé 
publico,  apesar  de  ser  tido  e  crido  por 
muitas  pesboas,  pôde  ser  falso  ;  n  que  é 
notório  é  sempre  certo,  porque  só  chega  a 
s>êl-o  \.e[as  provas  que  se  adquirem  cf»m 
este  fim.  'ludo  que  é  notono  é  publico, 
porem  nem  ludo  que  é  publxco  é  notório ; 
pelo  que  se  diz  <iip,.bUco  e  notorioy>  e  nào 
<inotono  e  pubilco."» 

puBLicoLA,  (hist  )  Publius  Valcrius,  foi 
nolletta  lie  Hruto  no  consulado  depois  da 
deii)i>são  de  Tarquiuio  Collatino  ;  fez  des.- 
tribuir  pelos  pobres  as  riquezas  dos  T«r- 
quinios  bat*^-u  os  inimigos  do  povo  romano, 
foi  cônsul  'ó  vezes,  e  morrea  iàop<breque 
foi  nece^sa^lo  que  o  estado  se  encarregasse 
das  dfspezas  do  seu  enterro. 

PLBi.iLio  PHiLO,  (hist.)  i i lustre  plebeo,  foi 
cônsul  4  Tezes,  em  ^9.  Síl,  31 1>,  tomoo  '^ 
8i 


Palepolis  e  bateu  os  Samnitas.  Foi  o   pri- 
meiro plebeo  nomeado  pretor. 

puBLio  SYRO,  (hist.)  poeta  latino,  prova- 
velmente natural  da  Syria,  foi  levado  como 
escravo  a  Roma ;  o  individuo  qaie  o  com- 
prou deu- lhe  educação  esmerada,  adquiriu 
a  liberdade,  e  acreditou-se  p^ los  seu  escri- 
tos. 

PUCARA  ,  s.  f.  (pron.  púcara.)  piicaro , 
panella. 

PUCARINHA ,  *.  f.  diminut.  de  puca> 
ra. 

PUCARINHO,  s.  m.  diminut.  de  púcaro. 

PÚCARO,  s.  m.  (pron.  púcaro  Talvez  se- 
ja corrupção  do  Lat.  poculum,  vaso  para 
beber.)  vaso  de  barro  para  Éeber  —  d" agua., 
a  agua  contida  no  vaso ;  (ÍQg  )  merenda  de 
doces  sobre  os  quaes  se  costuma  beber  um 
copo  de  agua. 

puçAL,  5.  m.  medida  antiga  de  líquidos, 
e  de  vinho.  Continha  de  ordinário  cinco  al- 
mudes,  mas  variava  em  diversas  terras. 

puCKiRO,  5.  m.  cesto  vindimo,  que  se  es- 
ma  render  um  almude. 

puCELLA  ,  s.  f.  (do  Fr.  pvcelle,  do  Lat. 
puellula,  dim.  de  puella^  rapariga  }  (ant ) 
virgem,  donzella. 

PUCHO.  V.  PuxOy  droga  da  Ásia. 

pucHO,  V.  -Pkíto,  Puxão. 

puciLGA.  V.  Possilga. 

PUDADUYRA,  (ant.)  V.  Podadura,  Poda. 

PUDENDO,  A,,  adj.  (Lat.  pMí/€«ííu5.)  vergo- 
nhoso, que  causa  pejo.  ParUs — .,  as  da 
geração,  genitaes.  O  —  do  homem,  da  mu- 
lher. 

PUDIBUNDO  ,  A  ,  adj.  (Lat.  pudibundus.) 
que  tem  pejo,  vergonha. — ,  que  causa  pu- 
dor, pejo,  vergonha.  A  —  moça,  (fig.)  que 
tem  côr  de  pessoa  cujfs  faces  coram  de  pe- 
jo, V.  g.  «.  a  —  rosa.  »  Camões. 

PUDICÍCIA ,  s.  f.  (Lat.  pudicitia.]  pudor 
casto,  castidade  pudica.  A  —  virginal. 

puDicissiMO,  A,  adj.  superl.  de  pudico, 
muito  pudico.  Semblante  — .  Virgem  casta 

pupicoj  A,  ad;.  (Lat.  pwdicwí.)  casto,  ho- 
nesto, modesto.  A  —  donzella.  Desejos — s; 
palavras  — í. 

PUDOR,  s.  m.  (Lat.  áepudeo,  cre,  ler  pe- 
jo.j  honesta  vergonha,  pejo  de  acção  torpe 
ou  de  discurso  deshoneslo. 

PUEBLA,  (geogr.j  cidade  da  ilha  de  Maior- 
ca ,  a  3  léguas  ao  SO.  de  Alcudia  ;  3,  i60 
habitantes. 

PUEBLA-DE-ALCOCERT,  (gcogr.)  cidade  de 
Hispanha;  a  10  léguas  ao  Su.  de  Villa  no- 
va-a-Serena  ;  3,1(10   habitantes. 

PUEBLA   DK  ALHURADGEL,     (gCOgr.)     cidade 

die  Bispanha,  a  4  léguas  e  meia  ao  ^.  de 
Alcazar ;  3,330  habitantes. 

Pl]£BLÀ-DI-CAZABA,     (gCOgr.)  Cofulã^  CÍ- 


dade  de  Hispanha,  a  4  léguas  e  1  quarto 
ao  SO.  d'Ossinia. ;  3,100  habitantes. 

PUEBLA-DE-D.-FRADiQUE ,  (geogr.)  nome 
de  duas  cidades  de  Hispanha,  uma  a  6  1(3- 
guas  e  meia  ao  ÍSE.  deHuesca  ;  7, 60<>  ha- 
bitantes ;  a  outra  a  10  léguas  ao  SE.  d'Oca- 
na  ;  3,400  habitantes. 

PUEBLA  DE  GUSMAN,  (geogr  )  ProBtidiwm,  ci- 
dade de  Hespanha,  a  4  léguas  ao  NE.  de 
San-Lucar ;  4,000  habitantes. 

PUEBLA-DE-LOS-ANGELES,     (gCOgr.)    cidade 

do  México,  capital,  do  certado  de  Puebla  ; 
tiO,OGO  habitantes. 

PUEBLA  (^estado  de)  (geogr.)  um  dos  esta- 
dos da  Confederação  mexicana,  entre  os  de 
Vera  Cruz,  d'Oxaca,  México,  Ruerctaroe  o 
Grande  Oceano;  1,000,000  de  habitantes. 

PUELCHES  ou  PULCHES,  (geogr.)  na ção  in- 
dígena da  America  do  Sul,  e  espalha  pelo 
S.  de  Buenos  Ayres,  pelo  N.  da  Patagonia, 
e  pelo  SE.  do  Lhili 

PUELLAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  puellaris.) 
(p.  us.)  de  rapariga.  Conhecimento — ,  có- 
pula com  moça. 

puENTE  DE  LA  reyna,  (gcogr.)  cidade  de 
Hispanha,  a  4  léguas  ao  S.  Pampelona ; 
3,700  habitantes. 

puENTE-DEL-ARZOBispo,  (gcogr.)  cidade  de 
Hispanha,  a  9  !<  guas  ao  SE.  de  Tatavey- 
ra  ;  1,140  habitantes.  .;-'► 

PUENTE  DE  UME,  (gcogr.)  cidadtf"  dcfUís- 
panha,  a  5  léguas  e  meia  ao  ^E.  de  Co- 
runha ;  2,200  habitantes. 

PUENTE- XINIL  OU  DE  D.  GONZALO,  (geOgr.) 

cidade  de  Hispanha,  a  6  léguas  SE.  doMon- 
tilla  ;  7,000  h  oitantes. 

PUERÍCIA,  s.  f.  (Lat  pueritia,  de  p«er, 
rapaz.)  idade  entre  a  infância  e  a  adolescên- 
cia desde  os  três  ou  quatro  annos  até  60s 
nove  ou  dez. 

PUERIL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  puerili» )  da 
puerícia,  de  meninos.  Idade —  ,  puerícia. 
Cousas,  razões  pueris,  próprias  de  crianças, 
de  pouca  importância,  que  denotam  pouco 
siso.  Terrores — ,  próprios  de  crianças,  sem 
fundamento. 

PUERILIDADE^  s'  f.  (Lat.  pueriHiat,  tii.) 
puerícia.  —  ,  mais  us.  ,  cousa  própria  de 
meninos.  Occupar-se  em  —  *. 

PUERILMENTE,  adv.  [mente  suff.)  de  modo 
pueril. 

puBRiLiZAR,  t>.  a.  haver-se,  íallar,  obrar 
como  crianças,  dizer,  fazer  puerilidades. 

puERPERio,  s\  m.  ihò\.pueTperium,puer, 
criança,  e  paria,  ere  ou  ire,  parir;  putra 
em  Sanscr.,  pur  em  Persa,  dolgypc.  puA, 
tenro,  e  rat,  pé.)  (med.)  parto  das  mulhe- 
res. 

PUERTO-BSLLO,  (geogr.)  cidade   da   Nova 
Granada,  a  15  léguas  ao  NO.  de  PaDafliv<(  *> 
l^âOO  habitante». 


PCI 


PUL 


331 


PUERio-CABRLLO  ou  poRTO-CAVALLO,  {geo- 1  póz-se  á  frente  do   exercito   departamental 


gr.)  cidade  da  republica  de  Venezuela,  a  24 
léguas  ao  O.  de  Caracas;  7,600   habitan- 

ICF. 

PUERTO  LLANo,  (geogp,)  cidade  de  Hispa- 
nha,  a  4  léguas  e  meia  ao  SE  d'Almodo- 
var  del-Campo ;  4,900 

puERTO-DEL-PRiNcit»E,  (geogr.)  Cidade  de 
Hispanha,  a  l30  léguas  ao  SÉ.  U^  liava- 
na  ;  4U,000  habitantes.  , 

PU  ER  TO- REAL,  (gcogr.)  ciuade  de  Hispa- 
nha, a  ^  léguas  ao  NE.  de  Cadiz  ;  5,000 
habitantes. 

PUFENDORF  (barão  de),  (hist.)  publicista  e 
historiador  allemão,  nasceu  em  1632,  mor- 
reu era  1694.  Os  principats  escriptos  de 
Pufendorf.  são :  De  jure  naturce  et  gen- 
tium  ;  De  síátu  imperii  Germaniei,  etc. 
puGE,  (anl.)  por  eu  puz,  do  rerbo  Pôr. 
PUGET,  (hist.)  artista  francez,  celebre  como 
pstatnario,  nasceu  em  1622,  'morreu  em 
1094.  Os  seus  primores  d'arte  são  um  ; 
Alexandre  Sauli,  S.  Sebastião  ;  S.Philip- 
;  c  Neri,   etc. 

pDGiBARBA    V.  PuTigibarba. 
PUGIL,  adj.  dos  2  g.  [Lhi.  pugil.)  (p.  us  ) 
inclinado  a  brigas,  guerreiro. 

PUGILLATO,  s.  m.  (Lat.  pug ila tus. )com- 
bate  ás  punhadas. 

PUGILLISTA,  s.  m.  (des.  ista.)  alhleta  que 
combate  is  punhadas. 

puGiLLO,  s.  m.  (Lat.  pugillum  ou  pugil- 
hs.)  (pharm.)  a  porção  que  se  pódeíomar 
com  os  dedos,  v.  g.  um  —  de  salva. 

pugnaCidade,  5.  /.  [Lai.  pug naci las,  tis.) 
disposição  pugnaz,  bellicosa ;  (fig.)  animo- 
sidade. 

PLGNACissiMO  ,  A,  adj.  superl.  (Lat.  pu- 
guacissimus.)  mui  pugnaz,  bellicoso. 

PUGNAM,  (de  pugnir.)  (ant )  punio,  cas- 
tiguem, subjunctivo  — ,  indic.  de  pugnar, 
pugnào. 

PUGNAR  ,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  pugno^  are , 
de  pugnus,  o  punho.)  brigar,  pelejar,  com- 
bater. —  com  o  inimigo.  —  por,  (ti»)  defen- 
der com  esforço,  v.  g.  —  pelos  direitos,  pe- 
la fé,  pela  honra. 

I,    PUGNAZ,  adj,  dos  i  g.  {lai.  pugnax,  eis.) 
(poet  )  pelejador,  guerreador.   Os  pugnazes 
ou  pugnaces  Romanos. 
PUGNIDO,  (ant.)  V.  Puriido. 
PUGNIR,  (ant.)  V.  Punir. 
^    PUÍDO,  A,  p.  p.  de  puir ;  a/(;'.  gasto  pelo 
roçado  ou  allrito,  polido,  alizado. 

puiR,  V.  a.  (de  polir.)  gastar,  alizar,  po- 
lir por  meio  de  attrito  ou  fricção. 

puiSATE,  (geogr.;  pequeno  paiz  da  anti* 
ga  França,  ao  S.  na  margem  direita  do 
I  oire. 


do  Eure ;  vencido  em  Pacy,  resignou-se  na 
Bretanha,  depois  foi  a  Inglaterra  a  prepa- 
rar a  expedição  de  Quiberon,  iLas  venci- 
do por  Hoche,  deu  a  sua  demissão ;  obte- 
ve depois  do  ministério  inglez  um  estabele- 
cimento no  Canadá  e  raturalizou- se  inglez. 
Morreu  em  182/. 

puissAUX,  (geogr.)  cidade  de  Françí  a  3 
léguas  e  meia  ao  ENE.  de  Petuiviers ;  2,000 
habitantes. 

ruiSET  ,  (geogr.)  villa  de  França,  a  VI 
léguas  ao  St.  de  «  harlres ;  400  habitan- 
tes. 

PUJANÇA,  s.  /".  força  extraordinária,  gran- 
de poder.  A  grande  —  de  Castella,  poder, 
potencia. 

PUJANTE,  adj.  dos  2  g  poderoso,  poten- 
te. — ,  soberbt»,  confiado  em  superioridade. 
«  Confiado  na  juvenil  idade  vem  —  »  Eneid. 
Port.,  X,  85. 

PUJAR,  V.  n,  V.  Superar. 
PUJOLS,  (geogr  )  cidade  de    França,    a  5 
léguas   ao   SE.    de    Liorne ;    2,000    habi- 
tantes. 

puLÃo,  *.  m.  (do  Fr.  ant.  poulain,  cam- 
ponez,  rústico.)  (ant) peão. 

PULANTiSATYROS,  s  fíi.  [pulante,  e  saiy- 
ro.)  (t.  composto  poet )  Os  lascivos  — ,  pu- 
ladores,  saltanles.  Diniz. 

PULAR,  V  a.  ou  «  (Lat  pello,  ere,im- 
pellir,  ou  pulso  ,  are,  pulsar.)  dar  pulos  , 
saltos,  V.  g.  o  potro,  o  rapaz,  a  cobra;  cres- 
cer mui  depressa,  brotar  com  viço,  r.  ^.  as 
plantas,  as  arvores.—,  saltar  fervendo.  — 
o  champanha  nas  taças  ;  (fig.)  palpitar,. jp. 
g.  pula  o  coração  de  alegria,  de  jubilo.. — 
medrar  rapidamente,  v.  g.  — em  bens,  for- 
tuna. Pulam  nelle  as  paixões. 

PULAWY,  (geogr.)  cidade  da  lolonia  rus- 
sa, a  10  léguas  ao  NO  de  Dublin ;  3,000 
habitantes. 

PULCHERIA,  (hist.)  jElia  Pulcheria  impe- 
ratriz do  Oriente,  lilha  d'Arcadio  ,  nasceu 
em  o99  Proclamada  aw^usía  em  415,  adqui- 
riu grande  ascendtínte  sobre  seu  irmão  im- 
perador Theodosio.  Por  morte  deste  subiu 
ao  trono,  e  cazou  com  Marciano ;  morreu 
em  453.  Esta  princezaé  commemorada  a  O 
de  Setembro,  como  santa  pela  Igreja  grega. 
puLCHBRRiiio,  A,  adj.  superl.  (Lat.  pui- 
cherrimus.)  (p.  us.)  formosíssimo,  mui  hei- 
lo,   pulchro    Elogios — . 

puLCHRicoMO,  A,  adj.  (L&x.  pulcher,  bel- 
lo,  formoso,  e  coma.)  (poet.)  quetembtllo 
cabello.  Lalona  — . 

PULCHRiTUDE  .  s.  f.  (Lftt.  pulchriludo , 
inis.)  (p.  us.)  formosura,  belleza. 

PULCHRO,  A,  adj.  (Lat.  pulcher  ^  ri^,  ào 


puiSAYE  (conde  de),  (hist.)  general  fran-    («r.  pleos  ,  cheio  ,  e  kharis,  graça.)  Btllo, 
cez  realista  ,   nasceu  .en^  17^^;  01^^. J|^79i  '  formo^9,,. lindo  ;  ,enfeit§^.  ,     ..u^L 

83  * 


^332 


Hl 


Pm 


puLCi,  (hist.)  poeta  italiano,  nasceu  eda 
143i,  morreu  em  1487.  E'  autor  de  um 
poema   intitulado  Meryante  magyiore. 

PULGA,  s.  /.  (I  at.  pulcx,  do  Gr.  paylla, 
de  p^alis,  rDOvimento  vt^ioz.)  infecto  vulgar 
qne  se  nutre  do  sangue  que  chupa,  e  notá- 
vel pela  grande  força  e  ligeireza  com  que 
salta.  — ,  nome  de  um  peixe. 

PULGAMINHO,  (ant.)  V,  Pergaminho. 

PULGÃO,  s.  m.  auijment.  de  puUa  ,  in- 
secto redondinho  e  com  azas,  que  róe  as 
parras,  os  lavjies,  etc 

pui.GECO,  (ant.)  V.  Publico. 

pULGoso,  A,  adj.  (des.  OA'0.)  cheio  de  pul- 
gão. A  vide  — . 

puLGUEiRA,  s.  ou  adj.  /.  Herva  — ,  psyl- 
lion 

PULGUENTO,  A,  adj.{pulga,  des.  enlo.) 
que  tem  pulgas. 

PULHA,  s.  f.  (do  Fr.  fouilles,  graças  grcs- 
seiras.)  p^r^unla  equivoca  e  cavillosa  pro- 
vocadora de  resposta  que  expõd  a  pessoa  ao 
escarneo. 

PULHEiRA.  V.  Palheira. 

PUL'l)0,    PLLIMENTO,    PULIR.    V.  Po/Ír,  etC 

PI  LLULANTE,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  pullu- 
lans.  tis,  p  a.  de  pullulo,  are,  poliular  ) 
que  pullula,  germina  ;  (tig.)  que  renasce,  se 
multiplica   rapidamente.  — *  vícios,  crimes 

PULLULAR ,    V.  a    ou   n.   (tat    puUulo , 
are,  frequent.  de  pullu,  ate,  brotar  )  bro- 
tar   com  viço,  germinar,  lat.çar  renovos 
Pullulam  as   plantas,  as  arvores,  e  fig  — 
os  vit.iits.  os  crimes. 

lULMÀo,  s.  m.  (Lat.  pu imo,  onú,  que  os 
etymologistas  derivam  do  Gr.  pneumun,  e 
que  eu  »  r^io  vir  de /ia//owai,  saltar,  pular, 
e  hioi.  vida,  viver.)  o  bof«,  orgãn respira- 
tório do  homem  e  dos  animaes  mammife- 
ros. 

PULMONAR,  adj  do.<i  2  g.  (Lai.  pui  mona - 
ris.)  (anat  j  do  >  uliuào.  \asos pulmonares. 
— ,  (m«'d  )  phihisica  — 

pULMoN*RiA,  s    f.  sorte  de  musgo. 

PULMONico,  A,  a<ij.    V     Pulmonar. 

PILO .  s  m.  salií)  de  aniruftl  ou  do  ho- 
m»>ni,  «-alio  de  corpi»  nlasiico,  t?  g.  —  d-- 
pelU    Andar  aos  —s,  pulaii'lo.   t.  Pular. 

puLi  no,  H  m  (pioii  púipitir,  Lm.  pui 
p>lnm,  lugar  da  sctiia  n<  s  ihetitros  roíih 
nos  onde  os  a<turt^s.  íecitrtvaiuo  dr^ma  ca- 
deira eleva  ta  duiide  s^*  pregíon  seriLÕes 
cadeira  de  leni"  mi  <le  pr.  IVssor ;  arniaçèi 
em  que  os  ceneiros  trabaihim  as  velas  <)♦ 
vírids  pesos,  penduTrindo  os  pavios  mergu 
Ihados. 

PULSAÇÃO,  .t.  f.  (lat.  pulsatit,  onis  /la- 
tejo d«s  arit-nas,  dilatação  e  contracção  al- 
ternada das  art  rias, 

PULSADO,  A,  p.  p.  de  puHar;  arf;.  late- 
jado ;  tocado,  ferido.  Iiub«  —  a  Ij^ra. 


Pulsau,  t.  a.  (Lat.  pulso,  are,  frequv^nt. 
de  pello,  ere.)  tocar,  ferir  as  cordas  de  ins- 
trumentos músicos.  Pulsava  docemente  as 
cordas  da  lyra.  —  ,  v.  n,  latejar,  ter  pul- 
sações. Pulsam  as  artérias.  Pulsa  o  cora- 
ção de  jubilo,  ou  de  medo.  Puhata-lhe 
nas  veias  o  sangue  illustre.  «  Pulsavam  vl^í- 
le...  as  paixões  viciosas.»  Lucena. 

ruLSATiLLA,  s.  f   noiue  de  uma  planta. 
puLSATivo,  A,  adj  (des.  iro.)  (med.)  acom- 
panhado de  pulsação.  Dôr  — . 
puLSATORio.  V.  Pulsativo. 
PULSKIRA,  s.  f.  [pulso,  des.  eira.)  orna- 
to que  cinge  os  pulsos.  — s  de  aljofre ,  de 
brilhantes,  guarnecidas  de  pérolas,  brilhan- 
tes, 

PULSISTA,  s.  m.  ou  adj.  m.  (des.  inta)  Me- 
dico— ,  que  tem  tacto  delicado  do  pulso  ar- 
terial, versado  na  observação  das  variações 
do  pulso.  Solano  e  Bordeu  foram  grandes 
pulsistas. 

PULSO.  s.  m.  (Lat  pulsos.  V.  Pulsar)  di- 
latação e  contracção  alternada  das  artérias, 
latejo,  pulsação.  Tomar  o  —  ao  doeníe, 
apalpar  a  artéria  para  contar  as  pulsações 
dVlIa,  e  observar  a  sua  força,  regularidade, 
dureza  o  plenitude,  ededuzir  d'ahi  o  estado 
do  doente.  — ,  (fig.)  experimentar,  pôr  á 
prova,  sondar,  v.  g.  —  á  sua  gente,  son- 
dar-lhe  o  animo,  as  disposiçõ»^s.  «Tinha 
Job  tomado  o  —  a  tudo  o  que  era  dôr.  » 
Vieira.  «Os  olhos  são  — s  do  coração.  »  in- 
dcios  do  sentimento  Vieira.  — ,  a  extre- 
midade do  antebraço  que  se  liga  á  mão  : 
(tig.)  força  muscular  da  ii.ão,  do  braço  Ter 
bum  —  ;  ter  grande  vigor,  energia. 

pultava,  pultawa  ou  poltava.  (geogr.) 
cidade  da  Uussia  europea,  capital  do  go- 
verno do  mesmo  nome,  na  antiga  Ukrai- 
na ;  8,H()0  habit/'ntes  O  governo  de  Pul- 
tava é  situado  entre  os  de  Tchernigov,  de 
Kour^k,  de  Rharkov,  conta  1,9j0.0OO  ha- 
bitantes. 

puLThNEA,  (hot.)  género  de  plantas  da 
familliN  das  Leguminozas  e  da  Deandria 
•Monogynia,  Lin. 

pLLiusK,  ígeogr.)  cidade  da  Hussia  eu- 
"np»a,  a  4U  léguas  ao  .>E.  de  Plock  ;  i.iúú 
ii  biiantes. 

ró»  v«i;o,  (ant)  V.   Publica. 

puLVRR^o,  A,  adj    (  at  pulvereus]  àeió. 

puiVRHi>rt    V.   Polvrmo. 

puLVKRisADt»,  A,  p  p  á<:  pulvf  risar  ;  adj. 
reiluzidu  a   {ló. 

pulversar  V.  a.  (do  Lat.  puhis,  eris, 
nr  <les  iuf  )  reduzir  a  |>ó. 

PULVKRULKNTo,  A,  udj  (Lat.  pulterulcH" 
tus)  coberto  de  pó.  de  poeira. 

púi  viuo,  (ntii.i  V.   Publico. 

PUMAR,  (ant  )  V.  Pomar. 

PUAAR,  (ant.)  V.  Pugnar. 


Fim 

fvvçÁHJt,  adj.  dosiíg  (des.dop.  À.  Lat. 
em  an»,  tis)  pung«^nte,  que  fura,  pica. 

PUNÇÃO,  t.  m.  liifode  ferreiro,  espécie  de 
ponteiro.   V.  Ponçáo 

PUNÇA»,  V.  a.  {punçóf  ar  des.  inf  j  furar, 
abrir  com  punção,  ponçãoou  ponçó.  \.  Fu- 
rar 

PDNçó,  s.  m.  (Do  fr.poinçon.)  V    Pon- 

ruifCTUAÇÃo,  s.  f.  a  separação  das  senten- 
ças do  discurso,  por  pontos,  edos  membros 
da  phrase,  por  pontoe  virgula,  dois  pontos, 
virgulas. 

PUNCTUADO,  A,  pp.de  punctuar ;  adj  se- 
parado com  pontos,  virgulas,  e  outros signaes 
orlbographicos.  Escripto  bem  ou  mal  — . 

ruNCTUAR,  V.  a.  (Lat  punctum,  ponto, 
ar  des.  i'.f )  separar  os  períodos,  eosmem- 
bros  d'elles  pop  pontos,  virgulas,  ponioe  vir- 
gula, dois  pontos,  e  outros  signaes  ortho- 
graphicos,  pontuar.  Moraes  ajunta  acccníos, 
ma»  acceníuar  é  mais  próprio. 

PUNCTURA,  s.f.  (Lat.  depunyo,  er«,  pun- 
ctum, pungir,  picar)  (cirurg.)  picada  com 
lançeta  ou  agulha,  furo  coiu  troca rte.  — , 
(lypogr.)  duas  chapas  de  ferro  com  puas  nas 
txtremidades  em  que  na  imprensa  se  enGam 
as  folhas. 

PUNDONOR,  s.  m.  (do  Fr.  point-d' honneur) 
ponto  de  honra,  brio. 

PUNDoNORoso,  A,  adj.  (des.  oso)  cheio  de 
pundonor,  de  brio.  Homem  — . 

PUNGENTE,  adj.  dês  2  §.  (Lat  pungens, 
tiSf  p.  a.  depunyo,  cre,  pungir)  que  pica, 
picante.  Espinho,  ponta,  aguilhão  — .  — , 
(fig.)  doloroso,  que  oflende  nuito.  Dôr  — , 
mui  viva,  lancinante.  Cuidados,  remorsos, 
saudades  — s,  mui  dolorosos,  sensiveis  Iro- 
nia, sarcasmo  — ,    mui  picante,  oíTonsivo. 

PUNGiBARBi  s.  m.  O  moço  a  quem  co- 
meça a  apontar  a  barba. 

PUNGIDO,  A,  p.  p.  de  pungir ;  adj.  pica- 
do ;  apontado  (a  barba) ;  (fig.)  estimulado, 
excitado  vivamente.  %,  g  — dos  desejos,  da 
luxuria,  concupiscência,  dador,  daoíTensa. 
Christo  —  da  coroa  de  espinhos. 

PUNGIMENTO,  s.  *».  [menio  suff )  picada, 
dôr  causada  por  picnda ;  (Hg  )  estimulo,  v. 
g.  —  drt  honra,  da  offensa  ;  pezar,  dor,  com- 
puncção,  t.  g.  de  peccado,  acção  má,  re- 
morso. 

PUHGiR,  V.  a.  (1  at.  pvngo,  erc,  punctum. 
Vem  do  figo,  ere,  cravar,  furar,  (ir  pego, 
ou  pigo,  rad.  ac,  ag,  ou  ak,  ponta,  cousa 
aguda,  aké,  Lat.  ico,  cre,  ferir,  ac  s,  agui- 
lhão, agulha,  em  Egypcio  AascA,  romper)  pi- 
car ferir,  furar.  «  Em  9S  pungindo  (as  ar- 
vores) lançam  bálsamo.  »  (is  espinhos  das 
roseiras  puntiem  as  mãos  delicadas.  — ,  (fig.) 
morder,  estimular,  irritar.  A  bilis  acre  pKn 
gt  o  estômago.  Os  remorsos  pungem  o  crimi- 

VOL.   IT. 


PCH 


333 


noso.  As  paixões  pvnge*n  o  coração.  A  dor, 
a  inveju,  o  rancor  lhe  pungiam  o  coração. 
— ,  V.  n.  apontar,  v.  g.  começa  a  lhe  — 
a  barba  ao  mancebo 

puNGiTivo,  A,  adj.  (des.  tvo)  pungente, 
que  estimula,  v.  g.  dor  — ,  cuidados,  re- 
morsos — . 

PUNGO  ANDONGO  (pedras  de),  (geogr.)  Pre- 
sidio portuguez  em  Angola,  antiga  corle  dos 
reis  do  (!ongo  tomada  com  o  r«ino  ao  ul- 
timo rei  D.  João  Hary  em  1G71  por  Luii 
Lopes  de  Sequeira;  tem  iO,2Dl  habitan- 
tes. 

PUNHADA,  s.  f.  (d«s  s.  ada)  golpe  com  o 
punho,  murro. 

ruNHADo,  s.  m.  (des.  m.  ado)  a  porção  que 
se  pode  conter  na  mão,  v.  g.  um  — de  fa- 
rinha, areia,  de  sal. 

PUNHAL,  s.m  [áol.ai.pugiunculu^,  dim. 
ilepugio,  punhal)  arlaga,  faca  de  ponta  re- 
forgada,  com  cabo  grosso. 

PUNHALADA,  «.  /".  golpe  de  puuhal.  Matou- 
0  ás  — s. 

PUNHAR,  (ant.)  V.  Pugnar,  Apunhar. 

PUNHETE,  *.  m.  o  punho  da  camisa.  — . 
nome  de  um  jogo  de  meninos. 

PUNHBTi,  (geogr.)  (hoje  Villa-Nova  da  Res- 
tauração ou  Constância),  villa  na  confluên- 
cia do  Zêzere  com  o  Tejo,  a  2  léguas  ao  O. 
d'Abrantes  na  sua  margem  direita  seguin- 
do para  Santarém,  encerra  2000  habitan- 
tes. K'  uma  povoação  antiga,  abastada  dos 
géneros  que  produz  a  alla-exlremadura , 
taes  como  azeite,  ce^ea^ís  e  vinho;  em  pei- 
xe dos  dous  rios  sobre  osquaes  domina,  e 
pelo  Tejo  tem  animado  comiLercio  com  Lis- 
boa, donde  dista  22  léguas  ao  Nfcl. 

PUNHO,  s.  m.  (lat.  pagnus,  Cir.  pygmé, 
punho)  mão  cerrada  Com  a  lança,  espada, 
remo  em  — ,  apariad.i  na  mão,  em  acto  "de 
ferir,  remar.  A  — ,  ás  punhadas,  ao  murro. 
— ,  (fig)  a  mão.  Escrever  do  seu  próprio — . 
— ,  punhado,  ou  pugillo,  (p.  us  ).  —  ou  — s 
da  espada,  lugar  onde  a  mão  a  empunha  ou 
aperta  para  desembainhar  ou  para  a  brandir. 
—  da  vela,  (naul.)  canio  dVUa  onde,  pren- 
de a  escola.  Entre  os  —s,  entre  os  dois  ru- 
mos, V.  g.  debolina  e  p">pa  —s  da  cami- 
sa, folhos  que  ornào  a  extremidade  das  man- 
gas que  cobrem  os  punhos.  Tamisa  de  — . 

PUNIÇÃO,  s.  f.  (Lat.  punitio,  onis)  casti- 
go, pena. 

PÚNICAS  (guerras),  (hist.)  nome  commum 
a  três  guerras  celebres,  que  tiveram  lugar 
entre  os  Carthaginezes  [Pcsni)  e  os  Roma- 
nos. 

PUNICEO,  A,  adj.  (Lat.  punii:eus,  do  Gr. 
phoinix.  tâmara,  cor  de  tâmara,  vermelho) 
de  cor  vermelha,  brilh«iile,  escarlate.  — s 
flores,  ex.  «  Foge  dos  lábios  a  punicea  rosa.  » 
Bocage. 

84 


^m 


ruR 


vi^n 


PÚNICO,  A,  adj.  (Lat.  punicus,  qiiasi  phe- 
nicius,  do  mesnco  radical  qne  pwmceM*)  car- 
thaginez. 

PUNIDO,  A,  p.  p.  de  punir;  adj.   castiga 
do. 

PUNIDOB,  s.  m.  (Lat.  punitor)  castiga- 
dor. 

PUNIR,  V.  o.(Lat  punio,  ire,  qiiasi  porm- 
re,  de  pana,  pena,  castigo)  castigar,  impor 
pena  :  —  o  criminoso  os  crimes,  os  vícios, 
osdelictos. 

Syn.  comp.  Punir,  castigar.  Goncorda  o 
verbo pwwír  com  casíi^arna  ideia  principal 
de  executar  algum  castigo  contra  o  delin- 
quente ;  porém  pimfr  supj^.õo  delicio  contra 
lei  ou  preceito,  e  uma  autoridade  que  impõe 
pena  em  virtude  da  mesma  lei  ;  e  castigar 
refere-se  principalmente  ao  castigo  corporal 
que  se  dá  a  uma  pessoa  ou  animal  para  o 
corregir  de  algum  defeito  ou  raáo  costume. 
Punem-se  os  crimes,  os  delictos,  os  male- 
fícios dos  homens.  A  mãi  castiga  o  meni- 
no. Castiga-se  o  cavallo  com  o  açoute,  com 
a  espora.  «Quem  bem  ama,  bem  casiiga,y> 
diz  um  provérbio  francez ;  e  com  razão  , 
porque  no  caòtigar  descobre-se  a  intenção 
de  melhorar,  aperfeiçoar  o  que  se  castiga, 
e  em  punir  só  se  inculca  a  vindicta  da  lei. 

PUNITIVO,  A,  adj.  (des.  ivo)  qtie  pune,  des- 
tinado a  punir.  Justiça  — . 

PUNÍVEL,  adj.  do5  2Íg'.  (des.  ire/)  que  me- 
rece punição,  V.  g    crimes,  acções. 

PUNO,  (gpogr.)  cidade  do  Pftrú,  a  17  lé- 
guas ao  SE.   de   Cuzeo ;   7,000  habitantes. 

puNTiDO,  (geog.)  convento  situado  eníre 
Millão  e  Bergarao,  é  celebre  pela  formação 
da  1.®  liga  Lombardo-Veneziana. 

PUNTURA.  V.  Fundura. 

pupiLLAGEM,  s.  f.  (des.  agem)  a  educação 
dopupillo,  tempo  que  ella  dura. 

pup'LLAR,  adj.  dos  tg.  (Lat.  pupillaris) 
de  pupillo  Estado,  idade  — .  — ,  que  per- 
tence á  pupilla  ou  menina  do  olho  Mem- 
brana — ,  a  que  no  feto  cobro  a  pupilla. 

PUPILLO,  s,  m.  (Lat.  pvpUlus,  de  pupus, 
criança,  e  illigo,  ere,  ligar)  o  orphão  que 
está  entregue  á  autoridade  do  tutor  até  a  ida- 
de de  quatorze  annos  nos  rapazes,  e  de  doze 
nas  raparigas. 

pupis,  aflí;. /".  (Do  Lat.  pMppi.ç,  popa)  Veia 
— ,  do  alio  da  cabpça,  E'  desusado. 

PUKACB  ou  pusAMBio,  (gcogr.)  cidade  da 
Nova-Granada,  a  4  léguas  ao  SE.  de  Po- 
payan 

PURAMENTE,  adv.  {mente  sufí.)  com  pure- 
za, castidade  ;  limpamente,  sem  adulteração. 
Escrever,  fallar  — .  simplesmente. 

PURANAS ,  (hist.)  nome  de  18  poemas 
sanscrit^s,  que  conteem  as  tradições  re- 
lativas á  iheogonia  e  á  cosmogonia  dos  in- 
4ws. 


ÍV'.' 


PURAVA,  s,  f.  (t.  Asiat.)  panno  de  algodio 
semeado  de  rosas  de  ouro.  vestidura  dos  broh- 
manes. 

PURBECK,  (geogr.)  península  em  Inglat.  r- 
ra,  chamada  vulgarmente  a  ilha  de  Pm- 
beck,  na  oxtermid*ide  vSK.  do  condado  de 
Porset. 

PURCAS,  í.  f.pl  taboado  de  pinho  doNur- 
te  para  construcção  de  navios. 

purchas,  (hist.)  sábio  ecclesiastico  inglcz, 
nasceu  em  1577,  morreu  em  1628  As  suas 
principaes  obras  são :  Purchas,  his  pilgri- 
mages  or  relations  of  the  world  and  the 
religion;  Hakluytus  posthumus. 

PUREZA,  s.  f  (puro,  des.  eza)  estado  pu- 
ro, sem  mancha  moral,  castidade,  innocen- 
cia  de  costumes.  —  dos  metaes  estado  d'el- 
les  desembaraçado  de  todas  as  substancias 
ht'terogeneas.  —  da  linguagem,  uso,  em- 
prego determos  elicuções  castiças,  livre  de 
neologismos,  palavras  e  phrases  estrangei- 
ras. 

PURGA,  s.  f.  remédio  purgante.  Dar,  to- 
mar uma  — .  Estar  de  — ,  ter-se  purga- 
do. 

PURGAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  purgatio,  anis)  acto 
de  purgar,  limpar,  v.g.  —  do  pagode,  ce- 
remonia  com  que  se  purifica  o  templo  quan- 
do foi  violado,  profanado ;  (fig.)  prova  da 
innocencia  de  pessoa  accusada  ou  suspeitada 
de  crime,  delicto,  por  juramento,  duello, 
prova  de  fogo,  etc  — ,  (raed.)  secreção  mór- 
bida, v.g.  da  urethra,  da  vagina.  — das  fe- 
zes  de  metal,  apuração.  —  do  mel  qué  se 
separa  do  açúcar^  clarificação. 

PURGADO,  A,  p  p.  de  purgar ;  adj.  eva- 
cuado por  medicamento  purgante,  ou  natu- 
ralmente expellido  do  corpo ;  limpo,  apu- 
rado, desembaraçado  de  feies  ou  de  substan- 
cias hetereogeneas.  O  metal  —  de  fezes.  U 
animo,  o  espirito  —  de  erros,  illusões.  Livro 
—  de  erros.  O  réo  —  de  culpas,  justifica- 
do, reconhecido  innocente.  Tinha  —  acidi- 
de  de  vadios  e  mendigos. 

PURGADOR,  s.  m.  homem  que  purga  o  açii- 
car  nos  engenhos. 

PURGAMILHEIRO  ,     PURGAMlNHKIRO  ,     S.     ffl. 

(ant.)  O  que  faz  e  vende  pergaminhos. 

PURGANTE,  adj,  dos  2  g.  (Lat.  purgans, 
tis,  ^,  Si.  áe  purgo,  are)  que  purga,  purga- 
tivo, — ,  s.  remédio  purgante,  v.  g.  admi- 
nistrar um  — .  Os  — s  convém  em  muitas 
doenças. 

PURGAR,  V.  a.  (Lat  purgo^  are,  de  pus, 
ris,  matéria  sórdida.  Gr.  puon,  e  ôrô,  lan- 
çar, ftxpellir)  limpar  do  máo  humor  por 
meio  de  purgas ;  (fig  )  purificar,  afinar,  apu- 
rar, V.  g.  — os  metaes  de  suas  fez*>s,  esco- 
rias, matrizes,  —  o  açúcar,  clarifica-lo;  — 
o  livro,  o  espirito  de  erros  —  as  culpas^ 
eiípiar ;  —  d*  noU,  da  iníao^a,  íiiv^r.  Pur" 


goií  a' terra  ífe'"radM)*,  mendigog,  y\íe%no" 
rosos,  lançou-os  fóra  —  a  accusação,  por 
juramento,  duello,  prova  de  fogo,  e  outros 
meios  usados  antigamente.  —  as  objecções, 
(p.  us  )  desfaze-las,  refuta-la*.  —  a  infâ- 
mia, dizia-se  doco-rêoqued*pois  de  haver 
denunciado  o  complice  ou  complices,  per- 
sistia na  sua  declaração  sendo  posto  a  tratos 
— ,  V.  n.  (med  )  sair  o  humor,  v.  §.  a  cha- 
ga purga  ÇQuito ;  ablennorrhea  continua  a 
— .  — SB,  V.  r.  tomar  purga.  —  de  humo- 
res, eracua-los ;  (fig.)  —  de  crime,  suspeita, 
justificar-se  —  de  erros,  vicios,  desemba- 
raçar-se  d'elles. 

PURGATITO,  A,  adj .  (des  ivo)  purgante, 
qus  tem  qualidade  purgante.  A  virtude  — 
do  rhuibarbo,  do  aloés  Remédios  — ,  c^- 
tharticos. 

PURGATÓRIO,  s.  m  (Lat  purgatorius]  lu- 
gar onde  as  almas  expiam  os  seus  peccados 
antes  de  irem  gozar  da  bemaventurança  ce- 
leste. Soffrer  dores  do  — ,  mui  pungen- 
tes 

PURGATÓRIO,  A,  adj.  (Lat.  purgatorius] 
que  purga,  alimpa ;  (fijg.)  que  expia.  Fojo 
— ,  o  do  purgatório,  que  tira  a  nodoa  do 
peccado,  que  expia  as  culpas. 

PURIDADE,  s.  f.  (Lat.  puritas,  íis),  pu- 
reza, limpeza, — ,  (apt.)  segredo.  Em  ou  d 
— ,  era  segredo,  em  confidencia,  c.  g.  Es- 
crivão da  — ,  equivalia  antigamente  a  se- 
cretario de  estado.  Officiode — ,  de  segre- 
do. O  chanceller  mór  éoflBciode —  «Que 
guarde  bem  a  nossa  — ,  »  segredo.  — s, 
(ant.)  segredinhos,  confideijcías  de  namora- 
dos. 

PURIFICAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  purificaiio,  onis], 
o  acto  de  purificar,  f).  g.  —  dos  vinhos,  do 
azeite,  dos  metaes,  do  assucar,  restabele- 
cimento da  pureza,  expiação,  rito,  ceremo- 
nia  expiatória,  que  tira,  fava  mancha,  nó- 
doa, profanação,  t.  g.  A  —  da  mulher  pa- 
rida, cerimonia  judaica  que  consistia  no 
encerramento  em  casa  por  quarenta  dias, 
tendo  um  filho,  e  de  triqta,  sendo  filha, 
passados  os  quaes  ia  ao  templo  offerecer 
um  cordeirinho  com  um  pombinho,  uma 
rola,  e  duas  andorinhas,  ou  diis  pombos, 
sendo  a  mulher  pobre.  A  — de  Nossa  Se- 
nhora, a  festa  das  Candêas  que  a  igreja  ce- 
lebra em  honra  da  purificação  da  virgem 
Maria.  — ,  o  vinho  que  o  sacerdote  toma 
na  missa  logo  depois  da  communhão  do  cá- 
lix, e  precede  jsi  abliiçlo. 

PURIFICAÇÃO,  (hist.)  ("esta  instituída,  em 
memoria  do  dia,  em  que  a  virgem  Maria 
foi  ao  Templo  apresentar  o  menino  recem- 
nascido  ;  é  a  2  de  fevereiro. 

PURfFiCAçÃo-DOS-CAi|Pos  (geogr.)  villana 
província  da  Bahia,  comarca  da  Cachoeira- 

fURÍs,  (geogr.)  antiga  qaçáo  nomeada  do 


Ah 


m 


BrazflqaeTagaTa' petas  mafás'  dá  Máhli- 
queira,  e  pelas  margens  do  Jequitinhonha, 
6  terras  chans  da  província  do  Espirito- 
Santo 

PURIFICADO,  A,  p.  p.  de  purificar,  a4j. 
alimpado,  apurado,  livre  de  tudo  o  que  su- 
ja, mancha,  expiado,  puro,  limpo,  purifi- 
cado de  imputação  criminosa. 

PURIFICADOR,  s.  m.  O  que  purifica,  lim- 
pa, expia.  — ,  adj.  que  purifica,  v.  g.  Ájr- 
rependimento  —  de  culpas.  A  desgraça  é 
—  dos  corações. 

PURIFICANTE,  adj.  dos  lg.  (Lat.  purifi- 
cans,  tis,  p.  a.  de  purifico,  art),  que  pu- 
rifica. 

PURIFICA»,  V.  a.  (lat.  purifico,  are,  de 
purus,  efacio,ere,  faier),  fazer  puro,  apu- 
rar, limpar  das  fezes,  v  g.  —  o  metal,  — 
o  sangue,  dos  mãos  humores  ,  —  o  ar,  des- 
truir os  vapores,  ou  emanações  que  o  con- 
taminam, -  o  sacerdote  os  dedos,  lavâ-Ios, 
— ,  (fig.)  —  a  ruim  fama,  restabelecer  a 
reputação,  — a  alma  da  culpa,  expia  la  ;  — 
o  templo  profanado.  Os  gentios  purificam 
o  corpo  com  lavagens,  e  crêem  ficar  livres 
da  culpa.  — se,  v.  r.  lavar  a  nodoa  ou  man- 
cha physica  moral.  Purificam-se  as  castas 
superiores  na  Índia  no  contacto  com  indi- 
vidues de  outras  castas  que  reputam  im- 
mundas,  v.  g.  os  pariás.  —  a  mulher  pa- 
rida. Y.  Purificação  judaica. —  a  condic- 
ção,  (loc.  ant  )  cumprir -$e,  verificar-se. 

puRiFiCiTORio,  s.m.  (des.  adj.  ori»,  su- 
bst.),  vaso  em  que  o  sacerdote  purifica  os 
dedos,  — ,  expiação  religiosa  ou  moral,  v. 
^.  «o  —  da  consciência  do  juiz  era  lavar 
as  mãos  com  uma  pouca  de  agua.  )>  Viei- 
ra. 

PURISMO,  s.  m.  (des.  timo),  esmero,  cui- 
dado, escrúpulo  em  usar  de  linguagem  pu- 
ra, castiça 

puRissiMAMENTE,  adv.  supcrl.  de  pura- 
mente, com  summa  pureza. 

puríssimo,  a.  adj.  superl.  depuro,  mui- 
to puro. 

purista,  s.m.  (des.  ista),  escriptormui 
apurado,  cuidadoso  em  usar  de  linguagem 
pura,  castiça  ;  critico  severo  em  matéria  de 
linguagem 

puritanismo,  s.  m.  (des.  ismo),  pertençio 
a  ser  puritano,  em  todas  as  açcepções  des- 
te termo. 

PURITANO,  s.m.  ou  adj.  sectário  que  pre- 
tende professar  a  doutrina  pura  do  Evan- 
gelho, sem  mistura  tradicional.  — ,  o  que 
se  preza  de  ijâo  ttr  na  sua  geração  sangu^qi 
de  Mouro  ou  Judeo.  v.  g.  Escriptor  — / 
purista. 

PURITANOS,  (hjs$.)  nome  dado  ep  Ingla- 
terra e  n^  Escossia  aos  presbyteriapos  mais 
rigidos,  que  tinham  a  pretendo  4e  sereii) 


336 


iI}R 


PUT 


os   únicos   a   seguirem   o  chritiainisaio  em 
toda  a  sua  pureza.  ,  '  ^.,j 

PURO,  A,  a<*j.  (Lat.  purus,  do  Gr.'  pur, 
fogo,  ou  do  Lat.  uro,  ere^  queimar),  livre 
de  tudo  o  que  mancha,  suja,  afinado  po- 
lo fogo.  Metal  — ,  apurado  pulo  fogo  :  livre 
de  todas  as  fezes,  escorias,  de  tudo  o  que 
é  heterogéneo,  v.  g.  Agua  — ,  ouro  —  Vi- 
nho — .  Assucar,  sai  — ,  Mulher — ,  inno- 
ct^nte.  — ,  gpnuino,  sem  mescla.  Eslylo.  sen- 
tido — das  palavras  Linguagem  — ,  sem  mis- 
tura de  Tozps  estranhas  Sangu^í  — ,  (Hg.), 
de  raça  il'uslre,  sem  mescla  que  deslustre 
-^t  (fig  )  livre,  izento.  Voto,  parecer  —  de 
respeitos,  de  lisonja,  parcialidaie  — ,  me- 
ro, simples,  sem  ornato  «  Cnniar  seu-*  fei- 
tos—í. »  Lamõ^^s.  — ,  sing»-lo.  He  a — v«t 
d«de,  nua,  s^m  disfarce.  He  —  calumnia 
mentira,  perfeita.  De  —  seiítim^nto,  mero 
Correu  de  ou  ao  —  desamparo,  inteiramen- 
te desamparado  lie  —  chorar  perdeu  avis- 
ta. »  Vieira,  á  força  de  mero  choro.  «  Mor- 
reu este  eicell^nte  poeta  (Camões)  em  — 
pohreza. »  Conto. 

PURPURA,  s  f.  {pron.  púrpura,  Lat.  pur- 
pura, ««r.  porphura  ou  prophyra,  que  os 
etymologistas  derivam  de  pur  ou  pyr,  fo- 
go, e  phrêo,  emittar,  ou  phâo,  brilhar), 
concha  de  um  marisco  do  qn^l  os  antigos 
eilrahiam  a  matéria  com  qne  tingiam  de  ro- 
lo os  estoíf.»s;  côr  roía  avermelhada,  ctV 
de  amethysta,  — ,  cor  escarlate  ;  a  pri'uei- 
pa  era  chamada  —  de  Tarento,  a  segunda 
—  de  Tyro.  —  (fig.)  ví^stidura  tinta  em  — 
como  a  dos  reis,  cardeaes  ;  —  a  dignidade 
regia  ou  cardinalioia. 

PURPURADO,  A,  adj.  (des  ado)  v.-stido 
depuroura.  cg.  Os — tyrannos,  reis,  car- 
deaes. 

PURPUREADO,  A,  p.  p.  de  purpurear,  odj. 
cingido  em  purpura  ;  adornado  de  purpu- 
ra. 

PURPUREAR:  V.  a.  dar  cor  de  purpura. 
«.  ^f.  A  natureza  purpureoa  vanas  con- 
cha* — ,  v.n.  adquirir  côr  de  purpura. — 
SE,  «.  r.  Os  ceos  se  purpuream.  As  faces 
se  ourpuream  de  vergonha. 

PURPÚREO,  A.  adj  (Lat.  purpureus),  de 
purpura  côr  de  purpúrea.   As   cerejas  — s. 


Purpúrea  rosa  sobre  a  neve  ardia. 
Escarlata  purpúrea  côr  ardente. 

Camões,  Eleg.  2. 


Mar — ,  (fi(?.)  de  sangue.  Mui  —  de  plu- 
mas, brilhante,  flammante,  lustroso. 

PURPURINO,  A,  adj.  vermelho.  Lábios  — , 
Rosa  — ,  côr  de  purpura. 

puRPuaiZAR,  V.  Ptirpurear. 

ruRULBNTo,  A,  odj.  (Lat.  puruUntos)  da 


natureza  do  pus.  v.  g.   Chaga  — .  Escar- 
ros — .  /        ,., 

PURÚ,  (geogr.)  rio  na  província  do  Pará, 
no  brazil,  cujo  nome  lhe  vem  dos  indios 
purupurús. 

PUS,  s.m.  (Lat.  pus,  rw,  ílr.  puon',  se- 
creção da  chaga,  matéria  da  su^puraçào. 
—  louvável,  de  boa  qualidade. 

pusança.  V.  Pujança. 

pusiLLAPíiME,  adj.  dos  2  g.  (lat.  pusH- 
lanime,  pusillus,  pequeno,  d^bll,  fraco, 
frouxo,  cobarde,  e  aniin  s,  animo,  alma), 
í^obarde,  que  tum  pouco  animo,  fraco,  me- 
droso, tímido. 

pusiLLANiMiDADE,  s.  f.  (Lat.  pussUlani' 
mitas,  ít.ç),  cobardia,  fraqueza  do  animo, 
falta  de  resolução. 

pusillanimo,  a,  adj.  V.  Pusilíanime. 

pusiLLO,  A,  adj.  (Lat.  pussilas)^  fraco, 
pusilânime    Ânimos — s. 

pustamkiro.  V.  Postrimeiro,  Derradeiro, 
e  Posihumo,  Poslhumeiro 

pustirtiial,  (ge<»gr.)  circulo  do  Tyrol, 
entre  o  circulo  d'UntHr-lnnihal,  a  Áustria, 
a  lllyíia,  eic;  .í><,245  habitantes. 

PÚSTULA,  *  f.  (pron  pústula :  Lat.  de 
pus  e  tjllo,  ere,  levantar),  (medic.)  boste- 
la. 

pusTULoso,  A,  adj.  (Lat.  pustulosus),  co- 
berto de  pústulas  ou  bostelas.  O  rosto  — . 
Doença  — . 

PUTA,  s.  f.  (do  Lat  puta,  rapariga),  me- 
retriz. iMfiraes  diz  que  vem  do  Italiano,  co- 
mo se  o  lerm  »  nà»  fus«H  latino  puro. 

putanges,  /'geugr.)  villa  de  França,  so- 
bre o  Orne.  a  4  leguis  ao  0.  d'Argtínlan  ; 
700  habitanies. 

PUTÀo,  s.  m  putanheíro,  — ,  avgment  , 
de  puto  ou  puta. 

putaniir  RO  s.  m  (doital  putana,  pu- 
ta, Kr.  putain,  des.  eiró),  frascario,  fre- 
quentador de  putas 

puiARiA,  s.  f.  (d^s.  ia],  casa  de  alcAu- 
ce ;  acção  de  puta;  vicio  de  putanheí- 
ro. 

PUTATIVO,  A,  adj.  (Lat.  putativas,  de 
puto,  are,  julgar,  pensar),    reputado.  Pai 

PUTEAR,  tJ.  íi.  (puía,  ar  des  inf.)  ser 
frascario,  frequentar  as  putas,  viver  cirno 
puta. — ,  em  sentido  activo,  gastar  compu- 
tas, f>.  g.    —  o  dinheiro 

puteaux,  (geogr  )  /illa  de  França,  ao  SO. 
de  >euilly ;  2,  a  2,600  habitantes 

puiEGA,  s.  f.  nome  de  uma  herva  que 
nascH  entre  as  estevas. 

pUTi.  (geogr.)  rio  na  província  do  Piauhi, 
no  Brazil 

PUTiGNANo,  fgeogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles  ;  a  lU  léguas  ao  5£.  de  Bari ;  8,500 
habitantes. 


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PUTI1IR4,  s.  f,  diminut.  de  puta,  puta 
moça. 

PUTNKY,  (geogr  )  cidflde  d'ínglatí»rra  a  t 
léguas  ao  u.  de  l  ondres ;  4,OoO  habitan- 
tes. 

PUTO,  g.  m.  (do  Lat.  putus,  rapaz,  pu- 
to\  o  mr-ço  que  se  presta  au  sodomita  ou 
faiicMono;  — ,  o  s«>dt>raita 

PUTREUiNOSO  A.adj.  [LBt.  putrfdo.  inis. 
dps.  0X0  (m"d.)  corrupto,  que  causa  podri- 
dão. Evacuações,  parles  — s. 

PLTHEFACçÀo ,  s.  f.  (Lat.  putrefartio^ 
onis),  estado  podre,  podridão,  apodreci- 
mento 

putrbfaciknte,  adj.  dos  2  g.  (Lat  pu- 
trefaciens,  tis,  p.  a.  de  paire facio,  ere, 
causar  podridã  i),  que  faz  apodrecer,  que 
causa  po(irid<i)»,  que  apodrece. 

puiriífactivo,  a,  adj    V.  Pulrefarienie. 

putrkfacto,  a,  adj.  ^Lat.  putrefactas,  p. 
p.  de  putrefio,  ieri,  apodrecer),  pudre,  cor- 
rupto. 

PUTREFACTORio,  A,  adj.  V.  PutrefacieU' 
te. 

PUTBIDO.  A,  adj.  (Lat,  puíri4us).  (med. 
podr.^,  corrupio.  Matéria — . 

PUTSCH,  (hist )  Pulfichius,  philologo    al- 
lemào,  nasceu  em  1580,  morreu  eiu  16(li> 
Deixou  Grammaticce   latititt  auctores  an- 
tiqui. 

PUIADO,  A,  p.  p.  de  pniar,  adj  tirado 
em  força,  t>.  g.  tinha  —  pela  corda.  — , 
(fig.),  Estyjo  —  foç-«do,  não  faciL  estira- 
do. Vir — ,  (loc.  chul.)  TÍr  bebido,  i  reco 
— ,  excessivo,  exorbitante.  Assucar  — ,  na 
escumadeíra,  mui  batido  de  modo  a  quebrar- 
Ihe  o  gr<io. 

PI  XAMTE.  V.  Pvjante 

PLx^^ljXA,  s  f.  espécie  «le  alfeloa,  no 
BrasiL 

PUXAR.  V.  n.  (do  (Ir.  pux.  adv..  com  o 
punho,  ar  des.  inf )  tirar  porAÍguma  cou- 
sa com  força,  v.  g  — por  uiua  <*4»rda,  pelas 
orelhas,  —  p»la  espada,  arrancá-la.  Osca- 
vallos  —  pelo  co<-he,  os  bois  pelo  carro, 
arado.  —  com  os  dentes,  derriçar  —  pela 
voz.  esforça-la.  —  (K^la  lingua  a  aLuem, 
(tíg.)  ex('ita>lo  a  fallar,  tirar  lhe  do  bucho 
o  que  elle  s«be,  fazH  lo  pairar,  dizer  o  que 
sabe,  os  seus  segredos  —  pelo  recno,  re- 
mar com  força  ,  —  pela  enxada,  trabalhar 
cora  vigor  —  pela  bolsa,  tira-la  da  algibei 
ra  para  pagar;  obrigar  a  grande  despeza. 
c.  g.  Uiua  trapaça,  uma  despeza  —  por  ou- 
tra, traz  comsigo,  excita  — ,  /'fig  )  tender. 
V  g.  y)  sangue  sempre  —  para  os  seus.  O 
natural  do  homem  sempre  — ,  exrltt,  im- 
pede. —  ptra  si,  tirar  com  força  alguma 
Cíiusa  pnra  junto  de  si:  [fig  ]  f.^zer  diligen- 
cia, trab^lhftr  em  bentíicio  pn>|TÍo.  —  para 
alguém,  favorecer  o  »eu  adiaotameuto,  — ,' 

TOi.     IT. 


ffallando  de  cousas)  excitar  a  trabalhar,  ex, 
«  (lousas  que  estão  puxando  por  nós.  »  Cou- 
to. 

puxATivo.  A,9.adj.  (chulo)  que  excita  a 
beSjr.  Comeres  — .  ex.  D*um  —  escalda  se 
tornava  )»  Diniz.  Ily^^sope. 

plxavant.  ,  s.  m.  (p>'xa,  a  avante)  (fer- 
rad.)  espécie  de  pá  de  ferro  com  gume, 
conri  que  se  espalma  e  apara  o  casco  das 
bestas. 

PUXO,  s.  m.  mais  u?ado  no  pi.  Puxos, 
tene»mos  ;  exforçns  dolorosos  de  mulher  no 
parto,  ou  de  pessoa  que  forí^eja  p  ir  expel- 
íir  o«  excrementos  alvinos.  Ter  — .  Tomar 
— ,  fazer  exforços  para  evacuar  os  intesti- 
nos ou  para  expellir  o  feto. 

PUXO,  s.  m.  Cacho  e  puxo,  drogas  de 
Cambaia. 

PUY,  (g«»ogr.l  do  céltico  puich  ou  puceh, 
montanha,  nome  de  muitas  moutauhas,  em 
França, 

PUY.  (geogr.)  chamada  também  Puy-en- 
Velay,  Civitas  Velhivorum  e  Ánicium  en- 
tre os  antigos,  Podium  na  edade  media,  ci- 
dade de  França,  a  126  léguas  ao  SE.  de 
Pariz;  14,920  habitantes. 

PUYCKRUA,  (geogr.)  JuUa  Lima,  cidade  de 
llispanha,  a  ti  léguas  e  meia  ao  NE.  dUr- 
gel ;  t,M)Q  habil«nles. 

PUY-uF.-oo^K,  (geogr.)  pequena  cordilheira 
de  montanhas  em  França,  no  centro  do 
depariamentn  do  mesmo  nome. 

PUY-DE-DOMí,  (genfír)  um  dos  departa- 
mentos de  França,  entre  os  d'Allier,  aoN. 
do  .Alto  Loire  e  no  Cantai  ao  S  e  o  do 
i.oire  a  ^. ;  589,420  habitantes  Cwpitòl  Cler- 
mont-Ferrand. 

PUY  LA -ROQUE,  (geogr  )  cidade  de  Fran- 
ça a  8  l->guas  ao  Se.  de.Mo(itauban  ;  2,  liO 
h.-tbit^ntes. 

PUYLAi  RENs,  (geogr.)  Podium  Laurentii, 
cilade  de  França,  a  5  Léguas  ao  E.  de 
Lavíiur;  ^,\{M)  h/ibitant-s. 

PUY-L*EVEQUE,  (ge  gr  )  cidade  de  França, 
a  6  legdas  ao  NO.  de  Cahors  ;  2,tíUJ  ha- 
bitantes 

PUYSEGUR,  íhist )  appelido  de  uma  famil- 
lia  franceza,  da  qual  sairam  muitos  miUta- 
res  distinclos. 

puz\L.  V.  Puçal, 

puzoL,  (geogr  )  cidade  de  Hispanha,  a  ± 
léguas  ao  SO.  de  Muviedro ;  í^.vOO  habi- 
tantes. 

pydna,  (geogr )  primeiramente  Citron, 
hoje  Chitro  ou  Kitros,  cidade  da  Macedó- 
nia, no  Pieria,  sobre  o  golpho  Thermai- 
cia. 

PYGVAi.iÃo,  (my th.) celebre  «»sculptor,  prin- 

cepe  ou  rei  da  dha  de  Chypre,  namonm-se 

da  estatua  de  Galutea  qu»  era  obra    sua , 

boteve  de  Veous,  que  esie  mármore  se  aoi* 

8> 


pÇR 


PTR 


masse  e  ©asou   com  ella.    Deste  consorcio 
nasceu  um  filho  chamado  Paphus. 

PYGMALiÃo,  (hist.)  rei  de  Tyro,  irmão  de' 
Dido,  reinou  no  IX  século  antes  de  Jesu- 
Christo.  Matou  Sichêo,  seu  cunhado,  para 
se  apoderar  dos  seus  thesouros,  e  obrigou 
Dido,  sua  irmã  a  fugir.  Foi  envenenado  por 
sua  esposa  Astarbéa. 

PYGMÉo,  5.  m.  (Lat.  pygmcBus,  do  Gr. 
pygmé,  punho,  cubito),  homem  de  mui  pe- 
quena estatura,  que  não  tem  mais  de  um 
covado  de  altura. 

PYGMEOs,  (hist.)  povo  imaginário,  que  os 
Gregos  collocavam  na  Thracia,  na  índia  ou 
na  Ethiopia.  Eram  de  tã^  pequena  estatu- 
ra, que  os  grous  eram  os  seus  ma  ores  ini- 
migos. 

PTLADES,  (hist  )  o  fiel  amigo  d'Orestes, 
era  filho  de  Strophio.  rei  da  Phocida.  Se- 
guiu Orestes  por  toda  a  parte  até  á  Tau- 
rida,  e  casou  com  sua  irmã  Electra.  Subiu 
ao  trono  por  morte  de  seu   pae. 

PYLADKS,  (hist )  celebre  actriz,  levou  a 
sua  arte  á  maior  perfeição,  ganhou  nome 
em  lioma,  no  reinado  d'Augusto. 

PYLEMENo,  (hist.)  nome  commum  a  mui- 
tos reis  da  Papl.lagonia.  Homero  falia  ds 
um  princepe  deste  nome  auxiliar  de  Pria- 
mo ,  o  qual  morreu  debaixo  das  mura- 
lhas de  Tróia  Um  Pylemeno  l  reinou  na 
Paphlagonia  em  131  antes  doJesu-Christo  ; 
I^ylemeno  li  em  111  antes  de  Jesu-Chris- 
to. 

PYLORO,  s.  m.  (:  àt.pylorus,  porteiro  do 
(ir.  pylé,  porta,  sabida,  edroí,  o  que  guar- 
da), (anat.)  orifício  inferior  rio  estômago  por 
onde  o  alimento  sabe  para  o  duodeno. 
"  fYLOS,  (geogr.)  hoje  Zouchioou  Velho 
Natarino,  cidade  daMesienia,  defronte  de 
Sphacteria 

PYR  e  PYRO,  t.  Grego  que  significa  fogo 
e  que  prefixo  a  muiios  vocábulos  denota  fo  • 
go,  lume,  V.  g.  pyrometro,  pyrophoro  Tam- 


prigem  Grega,  e  pyramis  deve  referir -se  a 
fadicaes  Egypcios.  (latão  diz  que  pyr,  fo- 
go, e  pyramis,  são  lermos  de  origem  não 
Tlellenica  Jablonski  o  deriva  do  Egypcio  pi' 
ré,  o  sol.  e  moné,  esplendor,  brilho;  ma« 
eu  creio  que  é  formado  de  pi  rama,  ele- 
vação, lugar  elevado  ;  ramo  tem  o  mesmo 
sentido  em  Chaldaico  e  Hebraico,  e  é  for- 
mado  dos  radicaes  Egypcios  ré,  e  ma,  lu- 

pyramo.  (gegor.)  Djihoun,  rio  da  Cili- 
cia, nascia  na  tycaonia,  e  lançava-se  no 
golpho  d'lsso. 

PYRAHO  E  THisBE,  (hist.  (uomes  de  um 
mancebia  e  de  uma  donzella  de  Bal»ylonia, 
que  se  amavam  estremosamente,  apesar  da 
inimisade  de  seus  pais.  i'ara  cazar,  fugi- 
ram ambos  da  casa  paterna,  ajustando  reu- 
nirem-se  em  certo  sitio.  Thisbe  chegou 
primeiro,  mas  foi  atacada  por  um  leão,  a 
que  conseguiu  fugir  mas  que  ensanguen- 
tou um  veo,  que  ella  deixara  cahir,  Pyra- 
mo chegou  depois,  e,  vendo  as  pisadas  do 
leão,  e^o  veo  ensanguentado,  julgou  mor- 
ta a  sua  esposa,  e  trespassou-se  com  a 
espada  ;  Thisbe,  que  voltava  naquelle  mo- 
mento, não  quiz  sobreviver-lhe,  e  também 
se  matou, 

PYRARD,  (hist.)  viajante  francez,  nasceu 
em  157 j.  Publicou  :  Viagens  dos  Fran- 
ceies  nas  Iniías  Orientais ^  Maldivas,  Mo- 
lucas  ele.  ^'^ 

PYRAUSTA,  s.  m.  (do  Gr.  pyr^  fogo,  e  atíê, 
queimar.)  borboleta  que  a  vista  do  fogo  pa- 
rece altraír,  b  se  ,vai  quçimar  na  luz  da 
vela, 

PYRENEos,  Pyrencci  montes  ou  Pyre- 
nceum,  grande  cordilheira  de  montanhas, 
parte  do  Mediterrâneo ,  separa  a  França 
da  llispanha,  e  depois  corre  para  os  confins 
da  Galiza,  aqndé  se  separa  em  differentea 
ramificações. 

PYREPCEOS  (departamento  dos  Baixos)  (geo-  - 


bem  significa  extraído  por  meio  do  fogo  ou   gr,)    departamento   francez,    liraitrophe  df 


da  destillação,  v.  g.  acido  pyrolignoso  ; 
pyromucoso,  pyrotartaroso. 

PTRA,  s.  f.  (Lat,,  do  Gr.  pyrr,  fogo.)  fo- 
gueira em  que  os  antigos  queimavam  os  ca- 
dáveres, cuja  cinza  recolhiam  em  urnas. 

PYRAHiM,  (geogr  j  rio  na  província  do 
Piauhi,  no   Brazil. 

PYRAME,  s.  f.  V.  Pyramide. 

PYRAMiDAL,  adj .  dos  í  g.  (Lai.  pyrami- 
de, des.  adj.  aí.)  em  formo  de  pyrami- 
de. 

PTRAMiDB  ,  s.  f  (Lat.  e  Gr.  pyramis  , 
idis.)  edifício,  monuqaento  de  pedra  ouii- 
jo!o  com  base  «quadrada  e  extensa,  e  lermi - 
nada  em  ponta  angulosa.  As  Ires  grandes— « 
de  Memphis  são  os  mais  antigos  monumen- 


tos da    «atiguidadjã.  j^ste  termq  o^o  é  de  pieaots,  e  cali^A» 


ílispanha,  ao  t).  limitado  ao  E.  pelo  de- 
partamento dos  Altos  Pyreneos,  e  ao  O.  pe- 
lo de  Landes ;  446,3íí8  habitantes.  Capital 
Pau. 

PYRBNEO$  (departamento  dos  Altos)  (geo- 
gr.) departamento  francez,  ao  N.  d'flispa- 
nha,  ao  O.  do  Alto-Garpnpa,  ao  E.  do  dos 
Baixos  Pyreneos,  ao  S.  do  de  Gers ;  241,170 
habitantes. 

PYRENEOS  ORiBNTAES  (departamento  dos) 
(geogr.)  departamento  de  França,  limitado 
ao  S.  pela  Hispanha,  ao  O,  pelo  dpoarta- 
mento  d'Ariege,  aoN.  pelo  d'Aude ;  164, 3i5 
habitantes. 

PYRETHRO,  s.  f».  l/Çt.  pt^retkrum,  do  Gr. 
pyr,  fogo,)  planta  medicinal  cu^a  ra-z  é  inyj  .. 


•  Vi      .^M 


Pia 


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PTRíTico,  A,  adj.  V.  Febril. 

PTRKTOLOGu  ,  *.  f.  (Lat.,  do  Gr.  pyre- 
tos,  febre;  rad.  pyr,  fogo,  elogia.){meá.) 
tratado  sobre  as  febres 

PTRKiu,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  pyressô,  ter 
febre.)  (med.)  febre,  estado  febril, 

PYRGo,  (geogr.)  cidade  do  reino  da  Gré- 
cia, a  12  léguas  ao  NO.  d',.rcadia  Ha  ou- 
tra Pyrgo  na  costa  ao  K.  da  ilha  Santo- 
rin. 

PTRGOTELB ,  (hist.)  céiebre  abridor  de 
pedras  tinas,  do  tempo  de  Alexandre. 

PYRIPORME,  adj.  dos  2  </.  (do  Lat./>?/rMí, 
pêra.)  da  ou  em  forma  de  pêra,  pirami- 
dal. 

PIRILAMPO,  s.  m.  {fre  pref.,  e  Gr.  lam- 
po, luzir,  brilhar  )  vagalume.  insecto  phos- 
phorico. 

PIRITES ,  *.  f.  [pyr,  fogo.)  (min.)  sul- 
phureto  metallico  combustivel.  As  — *  sâo 
inflammaveís. 

PYRiTOso,  A,  adj.  (des.  oso.)  que  contêm 
pyriíes. 

PYRiTZ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  prus- 
sianos,  a  9  léguas  ao  SE.  de  Steltin  ;  3,420 
habitantes. 

PYRMONT,  (geogr.)  cidade  do  principado 
de  Waldeck,  25  léguas  aort.  de  Waldeck  ; 
2,600  habitantes. 

PYROBOLiSTA,  s.  w».  {pro  prcf,)  o  que  faz 
artiQcios  de  fogo  em  artilharia. 

PTROBOLO,  s.  m.  [pyro  pref.)  uma  peder- 
neira côr  de  cobre. 

PYiOLATRiA,  s.  f  (pi/To,  6  laíria.)  ado- 
ração do  fogo. 

PYROMANCíA,  s.  f.  fLat.  pyro  pref.)  adi- 
vinhação pelo  fogo. 

PYRÓMETRO,  *.  m.  {pyro  pref.,  em*tro) 
instrumento  destinado  a  medir  os  graus  do 
calor  o  mais  intenso  nos  fornos  reverbera- 
lo  nos,  forjas,  etc. 

PTRÓPBORO,  s.  m.  {pyro  pref.,  e  pherô, 
lezo.)  pós  de  farinha  com  alumiia  que  se 
inflammaa  expostos  ao  ar. 

PYROPO,  s.  m.  (pi/r  pref.)  mistura  de  três 
partes  de  latão  e  uma  de  ouro  ;  (fig.)  vi- 
nho que  tem  a  côr  deste  metal. 

PYROsis,  s.  f.  {pyr,  fogo.)  (med.)  ardor 
que  se  sente  no  estômago,  azia. 

PYROTHCHNiA,  s.  f.  (Lat.  pi/ro pref.,  6  íf- 
chnia.)  arte  de  se  servir  do  fogo  ;  arte  de 
fazer  fogo  de  artificio. 

PYROTECHNico,  A,  adj.  pertencente,  con- 
cernente á  pyrotechnia. 

PYROTico,  A,  adj.  (do  Gr.  pyroó ,  quei- 
mar.) (med  )  cáustico,  que  tem  a  proprie- 
dade de  queimar. 

pTRROA,  (mylh.)  filha  d'Epimelheu  e  de 
Pandora,  casou  com  Deucalião  rei  de  Thes- 
salia. 

fTMBU^À,  «■  f.  4^Dsa  grega  cuja  Í4veQ- 


çSo  é  attribuida  a  Pyrrho  Çlho  de  içhrf-*' 
les. 

PYRRHicHio,  ãdj.  m.  Pé — ,  pó  de  verso 
grego  ou  latino  composto  de  duas  breves, 
usado,  diz  Hesychio,  para  acompanhar  a 
dansa  pyrrhica. 

PYRRno,  (hist.)  rei  do  Epiro,  filho  d'Ea- 
cida.  Na  idade  de  15  annos  combateu  heroica- 
mente na  batalha  d'Ipso,  ('^0  annos  antes 
de  Jesu-t'hristo),  casou  com  Antigona  filha 
da  rainha  Berenice.  *forreu  no  cerco  de 
Argos,  em  consequência  da  ferida  que  lhe 
fez  uma  telha,  que  da  cidado  contra  elle  ' 
atiraram. 

PYRRHO  eu  NEOPTOLEMO,     (hist.)     filho     de  ' 

Achilles  e  de  Deidamia.  esteve  no  cerco  de"* 
Tróia,  defronte  da  qual  matou  Eurypylo 
filho  de  Telepho,  e  instituiu  em  memoria 
deste  triumpho  a  dansa  pyrricha  ;  foi  o  pri- 
meiro a  entrar  no  cavallo  de  madeira,  a 
mostrou-se  cruel  para  os  vencidos.  Foi  as- 
sassinado em  Delphos  por  Orestes. 

PYRRHON,  (hist  )  philosopho  grego,  chefe 
dos  Scepticos,  nasceu  era  Elis,  florescia  no 
anno  340  antes  de  Jesu-Christo,  e  morreu 
em  288  ou  em  304  antes  de  Jssu-Christo 
com  mais  de  90  annos.  Foi  discipulo  d*Ana- 
xarco.  Foi  summo  sacerdote  em  Elis,  aonde 
era  venerailo  p*^las  suas  virtudes  e  sabe- 
doria. Pyrrhon  dizia  que  não  havia  couza  al- 
guma que  fosse  certa ;  que  a  cada  pro- 
poziçào  se  podia  oppor  outra  igualmente 
provável,  e  que  por  consequência  o  sábio 
tudo  deve  submetter  a  exame,  scepsis  d'on- 
de  os  seus  discipulos  tomaram  o  nome  de 
Scepticos. 

PYRRHONIO  ,    A,    PYRRHONICO,    A,    adj.    dí 

seita  ou  escola  de  Pyrrhon  ;  sceptico,  que 
duvida  de  tudo.  ' 

PYRRHONiSMO,  s.  m.  scepticismo  obstiuado.  '^ 

PYRRICHA,  (hist.)  dança    militar,    que  se  ' 
julga  ter  sido  instituida    por  Pyrrho    filho 
de  Achilles,  era  usada  entre  os  Gregos. 

PYTHAGORAS,  (hist.)  Pythagovas,  philoso- 
pho grego,  fundador  da  etcola  itálica,  nas- 
ceu em  Samos  em  60'^  ou  570,  foi  discipu- 
lo de  Pherecydes,  viajou  muito  para  se  in- 
struir, e  em  5  O  antes  de  Jesu-Christo  es- 
tabeleceu-se  em  Cremona,  na  Itália,  aonde, 
fundou  uma  nova  escola,  que  tomou  do  lu- 
gar da  sua  residência  o  nome  d^italica.  For- 
mou uma  espécie  de  congregação  ou  insti- 
tuto moral  e  politico,  ao  qual  ninguém  erâ 
admittido  senão  depois  de  longo  noviciado. 
Os  I  ythagoricos  passavam  vida  mui  frugal 
e  não  comiam  carne.  Julga-se  que  Pytha-' 
goras  foi  morto  em  Metaponto  no  anno  509, 
n*uma   revolta. 

PYTBAGORfSMO,  s.  m.  (de$.  itmo.)  a  seita 
ou  escola  pythagorica. 

PTTHVAS,  (hist.)  astrooooDO  e  viaianlê ^í^ir 
81  * 


340 


OHi 


cei,  vivia  no  começo  do  IV  século  ant'»scle 
Jesu-Chrislo  ;  Pylhens  costeou  a  Hispanha, 
a  Aqiiitani»,  a  Anuonia,  tr«nspoz  o  Passo 
de  Calais,  e  chegou  ás  ilhas  Shetiand.  ts- 
creveu  uma  Descripçào  do  Atlântico. 

PTTHicos,  (hist.)  joííos  que  se  celebravam 
em  4th(nas  de  quatro  em  quatro  annos,  em 
memoria  da  victoria  d'Apollo  sobre  a  serpen- 
te »*ylhon. 

PYTHiA,  (myth.)  sacerdotiza  de  Delphos, 
dava  os  seus  or/iculos  em  nome  do  Apol- 
1 ».  Para  este  effeilo  mascava  folhas  de  lou- 
reiro, e  entregue  a  extrema  exaltação,  su- 
bia a  um«  tripode,  collocada  jnncto  a  uma 
abertura  d'onde  saiam  vapores  mephiticos, 
e  annunciava  os  oráculos,  muitas  vezes 
maus,  equasi  sempre  ambíguos. 

PYTHio,  adj  m.  epithf^to  de  ApoUo,  de- 
rivad->  da  serpente  Pyihon  morta  p>reUe. 

PYTHIA,  t.  f  sacerdotiza  de  Apollo. 


PYTHOif,  (myth.)  enorme  serpente,  que 
appareceu  na  t»^rra,  quando  as  aguas  do  di- 
luvio de  Deucaliáo  se  retiraram,  escolheu 
por  morada  o  Parnaso.  Foi  morta  por  Apol- 
lo ás  frechadas. 

PYTHONíco,  *.  m.  adivinho,  n^cromante. 

PYTHONissA,  .í.  f.  adivinhadora  entre  os 
antigos.  (Ot»  <ir    pythoa,  adivinho). 

PYTHONissA,  (hist )  este  nome,  que  a  maior 
parte  des  vezes  é  synonymo  de  lythia,  era 
também  aplicado  na  antiguidade  ás  advi- 
nhadoras.  A  mais  conhecida  ê  a  famosa 
Pythonissa  d'Kudor,  que  na  véspera  da  ba- 
talha de  'ielboé,  evocou  diante  de  Saul  a 
sombra  de    Samunl. 

PYxiDE  ,  s  f.  (Lat.  Tpixis ,  idis,  do  Gr. 
pyxis,  buxo  )  capsula,  caixinha. 

PYxiDULA  ,  s.  f.  (Lat.,  dim.  de  pyxide  ) 
(bot.)  pequena  capsula  dos  musgos ;  aa- 
thera. 


Q 


Q,  s.  m.  kê,  decima  sétima  letr«  do  al- 
phabeto  Portuguez.  E'  sempre  SHguida,  as- 
sim coroo  em  i  aiim,  de  m,  o  qual  umas  ve- 
zes sôa,  outras  nào,  v.  g.  sô.t  nm  :  qnan- 
do^  quarenta,  quaresma,  qual,  qualidade; 
nào  sôa  em  que,  querer.  Os  antigos  lioma- 
nos  nào  usavam  desia  letra,  e  o  tf  a  sup- 
pria  com  o  som  de  k.  O  u  sAa  sempre  em 
Latim  e  fazia  como  parle  do  Q.  Apontare- 
mos os  Vocábulos  em  que  o  u  de  qu  não 
sôa. 

Q,  letra  numeral  que  vale  600,  e  com  uma 
risca  por  cim«*  òO«>,000. 

Os  nossos  antigos  escreviam  quabeça,  quo- 
mo,  em  vez  de  caheça,  como. 

QALABCHKH  (KcoKf.)  Taltuis,  villa  de  Nu- 
bia,  sobre  o  >ilo  ;  200  cazas. 

QOUA  ou  qua,  (geog"*.)  reino  de  Gume 
Superior,  na  costa  de  Calabar.  Capital  Ve- 
lho Calabar. 

QUA.  (ant.)  V.  Ca,  Porque. 

QUACRE.  s.   tn.  (do  Ingl.  quaker,  tr«me 
dor.)  nome  de  uma  seita  a  principio  faná- 
tica,  e  hoJH   emineulemente  philantropica. 
IV..  Qaakcres. 


QUADERNA,  S-  f.  V.  Cadema.Vi  Quader- 
nas, nos  dados,  parelhas  de  quatro  pontos 
que  pinta  cada  dado 

quadernal,  s.  m.  encaixe  onde  jogam  as 
roldanas   V.   Cadernal. 

QUADERNiNHO,  s.  m.  cíir»inu^  de  quader- 
no,  pequeuí)  qnaderno 

QUADERNO,  por  uso.  V.  CademOi 

QUADOS,  (geogr.)  Quad ,  povo  da  Ger- 
mânia, ao  E  dos  Marcomanos,  oriundo  dos 
Su"vos. 

QUADRA  ,  s.  f.  (de  quadrar.)  cousa  qua- 
drada ou  que  quadra,  pateo  quadrado  ;  o 
largo  da  náu  pela  parte  da  popa  ;  bandei- 
ra quadrada  de  almirante  ou  da  náu  capi- 
tania.  Randeira  de  ou  á — ;  o  lado  de  um 
quadrado  ;  quarieto,  quatro  versos  meno- 
res. —  da  lua.  um  dos  quartos  ou  phases 
da  revolução  lunar  —  do  anuo,  estaçào ; 
^tig.)  occasíào,  enftjo.  Veiu  em  boa  ou  má 
— .  — *  de  jardim,  repartiçõesem  quadrados. 

QUADRA-i-VANCouvicR.  ( geogr. )  ilha  do 
íiranle  Oceano  boreil,  na  costa  ao  >0.  da 
America  septeutrional.  Logar  principal  iNou- 
tka. 


<^i 


'i^t 


QUlDliADO.  *.  m.  (Lat.  qnadratus  )  (gftotn.) 
figura  plana  He  qiiatr.»  la<Jos  reclangiilarHS, 
iguaes  e  parallelos. — ,  iustrufuenlo  geomé- 
trico qua'lr»(lo  de  me<Ílr  distancias  e  aliii- 
r«s.  — s  das  meias,  remate  quadrado  da  pi- 
nha. —  magico,  disposição  de  números  era 
quadrado  de  sorte  que  somif»ados  os  de  ca- 
da fileira,  ou  os  das  diagonaes  dào  a  mes- 
ma somtna. — ,  (arilh.)  produiUo  de  um  nu- 
mero multiplicado  por  elle  mesmo,  v.  g.  l6 
é  o  quadrado  de  4.  —do—,  multiplicado 
pelo  quadrado,  t.  gr.  9  é  o  quadrado  de  3, 
e  8j  de  9,  ou  quadrado  do  qua<lr8do  de  ?. 

QUADRADO  ,  A  ,  p.  p.  de  qufldrar  ;  adj. 
que  se  quadrou  ;  elevado  ao  quadrado  d« 
raiz,  na  arithmetica  :  da  forma  de  um  qua- 
drado. Kspaço  — .  Mesa  — .  Raix  — ,  de  um 
numero,  aquelle  que  multiplicado  por  si 
mesmo  dá  o  numero  quadrado,  v.  ^.  .»é« 
raiz  quadrada  de  9.  As^cto  —  ,  na  astro- 
nomia, poS'Çáo  de  astro  que  dista  de  outn» 
a  quarta  parte  do  circulo  li—  ouquadto. 
na  musica,  nota  que  indica  dever- se  subir 
de  um  semitom.  Homem —  ,  de  espáduas 
largas,  de  estatura  pouco  elevada  mas  mui 
reforçado.  — ,  (fig.)  perfeito,  constante  nas 
adversidades. 

QUADRADO  (S.),  (hist.)  Quodratus,  bispo 
d'Athenas,  apresentou  no  annol^L  ao  im- 
perador Adriano,  uma  apologia  dos  chris- 
lâus.  E  festejado  a  26  de  m<iio. 

quadradura,  s.  f.  V.  Quadratura. 

quadragknario,  a,  adj.  (Lat  q  adrage- 
na  nus  )  da  quarenta  ânuos  de  idade,  l/o- 

RICM  — . 

quadragésima,  s.  /.  o  espaço  de  quaren- 
ta dias,  quaresma. 

QUADRACtsiMAL,  adj.  dos  2  g .  (des.  adj 
ai.)  da  quaresma.    Vwío — ,  o  de  abster-s»' 
de  carne  todo  o  anno.  Comeres  quadrage- 
simaes    de  peixe. 

quadragésimo,  A,  adj.  {Lat.  quadrage 
simus]  ordinal,  quarentesímo 

QUADRANGULAR,  adj  dos  t  g.  (Lat  qua- 
drangularis.)  que  tem  quatro  ângulos,  can- 
tos, ou  quiUrtS" 

quadrangllarmertk,  adv.  [mente  suff.) 
em  fúnua  qua^tr^ingular 

quadra!«ígulo,  s  m.  tigura  de  quatro  an- 
giilus  <>u  quinas,  quadrad<». 

quadrangulo  ,  A,  adj.  V.  Quadrangu- 
lar. 

quadrantal  ,   s.  m    medida   romana  de 
líquidos  ;  continha  t  urnas  ou   8  congieá  ; 
segundo  .M.  Sagey,  equivnle  a  2  ,0    liirt»s 
Este  nome  caiu  em  desuso,  e  foi  sub»ti(ui- 
do  pelo  de  amphora. 

quadrantal  ,  adj.  dos  2  g.  (íat.  qua- 
drantalis.)  (fort.)  cnja  defesa  é  segundo  a 
quarta  do  alcance  do  canhão.  Casteilo,  ei- 
dadella  — .  Triangulo  — ,  do  qual  um  dos 

TM.   IT. 


lidos  pelo  menos  é  quadrante  de  um  cir- 
culo. 

quadrante,  s.  m.  (Lat.  qHad<'ans,  tis.) 
a  quarta  parle  do  dia  natural  ou  B  horas. 
-  ,  gnoraon  ou  relógio  so|«r.  —  horizontal, 
vertical  ou  inclinado  ;  —  seplentrional,  me- 
ridional, oriental,  occídental,  segundo  o  pon- 
to para  onde  esiá  volindo.  — ,  quarta  parte 
do  circulo,  instrumento  do  astronomia  em 
que  a  quarta  partR  do  circulo  está  ligura- 
da  e  gratinada.  Vm  —  de  prata,  peça  qua- 
drada e  nào  lavrada. 

quadrar,  V.  a.  (Lat.  quadro,  ar«  )  dar  a 
fónna  quadrada,  v.  g.  —  a  área,  uma  ta- 
boa,  mesa.  —  um  numero,  multiplica-lo  por 
elle  mesmo.  — ,  conv  r,  condizer,  concordar, 
ser  conforme.  A  descripção  do  autor  qua- 
dra bem  ao  sitio.  Isto  quadra  bem  com  a 
minha  opinião.  Definição  que  quadra  bem 
ou  mal  ao  obj-cto.  U  que  diz  a  este  res- 
peito Aristóteles  quadra-me.  Quadramose 
astros,  estão  em  quadratura. 

QUADRASTE,  s.  m.  V.  Cadastre. 

quadratim;  s.  m.  (impr.)  quadrado  que 
serve  para  deixarem  brauco  o  principio  dos 
Capítulos. 

quadratura,  s.  f.  (geom.)  reducção  de 
uma  figura  a  um  quadrado  de  igual  área 
ou  supe.riicie.  A  —  do  circulo,  que  muitos 
tem  buscado  em  vão.  — ,  (astr.j  aspecto  de 
dois  astros  distantes  um  do  outro  90  graus, 
ou  o  quarto  do  circulo. 

quadrazaes,  (g^^ogr  )  povoação  de  Portu- 
gal no  concelho  do  Sabugal,  districto  da 
(iuarda  ;  1,200  habitantes. 

quadrella,  s  f.  (ant^  quadrilha.  —  de 
muro.  cuja  defesa  é  conliada  a  uma  quadri- 
lha de  gente. 

quadkello,  s.  m.  (ant )  setta  de  ferro  de 
«piairo  faces  que  se  despsrava  das  bes- 
tas. 

quadri,  prefixo  latino  que  em  composi- 
ção significa  que  tem  quatro,  de  quatro 

QUADRicuBico,  A,  ttdj  quddrado  e  cubi- 
co. 

quadrícula,  8.  f.  instrumento  mathema- 
tico  com  que  se  tomam  «iisianoias. 

QU«DRiEn?<AL,  adj  dos  Lg.  de  quadrien- 
nio  ou  quatro  annos. 

quadkieN!<<io,  s.  m  (Lat.  quadriennium) 
espaço  d»*  quatro  annos 

quadrife>dido,  a,  adj.  fendido  em  qua- 
tro partes. 

quauhifido,  a,  adj  (  at  quadri/idus]  fen- 
dido em  quatro  part<>s. 

quadrifronte,  adj.  (Lat  qnadrifrons,  tit) 
qu«  lem  qualr»  froiit»*s.  Juno  — . 

quadkiga,  s.  (.  (Lat)  tiro  de  quatro  ca- 
vallts;  carro  ou  carroça  tirada  pur  quatro 
ca  vai  los. 
i     QUA0RI6AKI0  (Quinto  Cláudio),  (hist.)hi§* 


86 


QU 


toriador  romano  do  tempo  de  Sylla ;   es- 
creveu Annaes  da  republica. 

QUADRicÉMiNO,  A,  adj .  (Lat.  quadrifemi- 
nwj)  que  tem  quatro  pares. 

QUADRIL,  s  m.  aparte  do  corpo  desde  a 
fcintura,  ou  parte  inferior  das  costellas  até 
ao  principio  das  coxas  ;  anca,  alcatra  das  be»- 
ias,  bois. 

QUADR-LATKRAL,  adj.  dos  2  Q.  V.  Qua- 
drilátero. 

QUADRILÁTERO,  *.  w.  figura  de  quatro  la- 
dos. 

QUADRILÁTERO,  A,  adj.  (Lat.  quadriláte- 
ros) que  tem  quatro  lados.  Figura  — 

QUADRILHA,  s.  f  quatro  ou  mais  caTallei 
ros  do  mesmo  partido  que  figuram  em  jus- 
ta ;  quatro  parceiros  em  dansa ;  turma  de 
cavalleiros  na  guerra,  pequeno  numero  de 
íustas  ou  outras  embarcações  queacommet- 
tem  por  turnos  como  ginetes  em  escaraa.u- 
Ça.  —  de  ladrões,  bando,  de  cães.  matilha. 
~,  bairro  dá  inspecção  do  quadrilhei- 
ro.    . 

QUADRILHEIRO,  s.  wi  (des.  eiro)  ollicial  in- 
íèrior  de  justiça,  beleguim.  — ,  fant )  chefe 
de  quadrilha  de  cavalleiros  em  justa,  torneio; 
(ant.)  official  que  repartia  os  despojos  da 
guerra.  — s  eram  antigamente  pessoas  gra- 
ves e  de  confiança  em  Lisboa. 

QUADRiLONGO,  s.  iti.  quadrado  longo,  pa- 
fèllelogrammo. 

QUÀDRiMANO,  s.  m.  OH  adj .  [Lai.  quadri- 
manus)  que  tem  quatro  mãos  como  os  ma- 
cacos, cujo  dedo  poUegar  dos  pés  é  conlra- 
|)Osto  como  os  das  mãos. 

QUADRiPARTiDO,  A,  adj.  dividido  em  qua- 
tro  partes. 

QUADRIREME,  s.  f,  (Lat.  quadrircmis)  galé 
antiga  que  tinha  quatro  ordens  de  remos 

QUADRO,  s.  m.  (Lat.  quadrum],  quadra- 
do, membro  quadrado  na  architeclura .  v. 
g.  —  de  gente,  batalhào  quadrado,  (fig.), 
caixilho  quadrado,  e  panno  pintado  ;  pin- 
tura. Ura  bello  — ,  painel. 

QUADRO,  A,  adj  quadrado,  v.  g.  A  raiz  — , 
quadrada. 

QUADRUMViRATO,  s.  m.  juuta  díB  quatro 
magistrados. 

çfUÁDRUPEADÒ,  A,  ãdj .  V.  QuadrupHca- 
4o. 

buAbkupEAR,  V.  a.  V.  Quadruplicar. 

'QUADRUPEDANTE,  adj.  (Lat  quadrupcdans, 
l^i  qiie  anda  em  quatro  pés.  v.  g.  O  — 
f)Otro,  cavallo. 

QUADRUPÈDAfe,  V.  abs,  n.,  bater  com  os 
és,  fallando  de  cavallos  e  outros  quadru- 
édeS. 

QUADRÚPEDE,  àdj  dos  tg.  (Lat.  quadru- 
Síjf.  Mk),  tem  quatro  pés.  v.  g.  Os  — , 
^ft«t.,  animàies  — i.    Pron.   o  accento  iiá 


OUA 

QUADRUPLE,  ttdj .  dos  2.  g.  V.  Quadru^ 
pio. 

QUADRUPLiCADAMENTE,  adv.  [mente  SUÍT.), 
em  numero  quadrupulo,  quatro  vezes  ou- 
tro tanto. 

QUADRUPLICADO,  A,  p.  f.  de  quadrupU- 
car,  adj.  quatro  vezes  outro  tanto. 

QUADRUPLICAR,  V.  G.  (Lat.  quadrupHco, 
are;  plifo,  aie,  dobrar),  tomar,  repetir 
quatro  vezes  uma  quantidade. 

QUÁDRUPLO,  A,  adj  (Lat.  quadruplex), 
duplicado  duas  vezes,  ou  tomado  quatro 
vezes.  Numero  —  ;  quantidade  — .  Propor- 
ção — ,  na  musica  a  que  contém  quatro 
vezes  o  numero  menor.  O  — ,  (subst.)  asom- 
ma  de  quatro  unidades. 

QUAER,  por  CAER,  (ant  )  V.   Cahir. 

QUAiRELLA.  (aut.)  V.  Courclla. 

QUAiRELLARiA,  (ant.)  V.  Courella. 

QUAfRELLEiRO,  (ant.)  V.  Courêlleiro. 

QUAKEREs,  (hisl.)  seita  de  religiosos,  cu- 
jos membros  se  intitulam  Sociedade  chris" 
tã  dos  amigos,  foi  fundada  em  Inglaterra 
em  1647  por  Jorge  Tox.  Uoje  estão  divi- 
dos  em  muitas  seitas. 

QUAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat  qualis,  forma- 
do de  qui  illo,  elle  que  ou  aquelle).  É  ar- 
ticular attributivo  e  também  serve  de  rela- 
tivo conjunctivo.  Exprime  identidade  ou 
semelhança  perfeita,  com©  se  colligirá  dos 
seguintes  exemplos  e  accepções  apparenle- 
mente  diversas  que  nelles  se  notam,  v  g. 
Lncontrei  um  homem  o  —  me  reconheceu, 
isto  é,  elle  próprio,  o  individuo  encontrado 

—  delles  ?  —  dos  dois  ?  individuo  distin- 
guido dos  outros.  O  caracter  deste  sujeito 
é  —  eu  desejo,  conforme,  que  condiz.  Tal 

—  o  deixei,  no  mesmo  estado,  ex.  íal  mu- 
lher rae  fosse  ella,  —  marido  lha  eu  sou  » 
Ferreira,  Cioso.  A  —  dono  ptrtence  o  ca- 

vallo.  « Quaes  para  a  cova  as  providas 

formigas  levam  as  provisões.  »  semelhantes, 
da  mesma  maneira  que  as  formigas  ;  — 
andava  seu  espinto,  erh  que  estado,  dis- 
posição. —  mais,  —  menos,  um  indivi(hio 
mais,  outro  menos,  ou  «  —  do  cavallo  vôa... 

—  c'o  cavallo  em  terra  d^ndo  >  CaiiiÕes, 
Uíh  dentre  elles. 

QUALHADO.  Y.  Coaljiado. 

QUAiHÀR,    V.   Coalhar. 

QUALIDADE,  s  f.  (Lat  qualilas,  tis,  dh 
qualis ,  que  exprime  individualidade  ca- 
racterística de  pessoa  ou  cousa  ;  a  des.  itas, 
atis  vem  de  slo,  are,  statum,  on  do  Gr. 
histemi,  estabelecer),  atributo,  propriedade 
dos  corpos,  e  do  animo ,  v.  g.  a  —  acida, 
alcalina,  inflamável.  As  boas  qualidades  da 
pessoa  ;  (íig. )  graduação.  Pessoa,  gente  de 
— ,^  qualificada  por  nascimento ,  oii  por 
cai^gòs,  empregos. 

StN.    comp.    Qualidades,   froprieda4€Í  ^ 


m» 


(0b 


^9m 


aecidintes.  Termos  didactÍYOS  que  vtlígar- 
raente  se  confandem,  porêm  que  em  lin- 
guagem philosophica  muito  bem  se  diffe- 
rençam. 

Qualidades  sào  os  attribulos  que  con- 
vém, se  adaptão  a  um  ente;  quando  estas 
qualidades  procedem  de  sua  essência  cha- 
mam-se  propriedades,  ou  qualidades  essen- 
ciaes ;  quando  não  procedem  de  sua  essên- 
cia, e  sem  ellas  pôde  o  ente  subsistir;  cba- 
mam-se  accidentes,  ou  qualidades  AC^\àen- 
laes.  O  ser  racionaes  é  uma  propriedade  ou 
qualidade  essencial  do  bomem ;  o  ser  bran- 
co ou  preto,  alto  ou  baixo,  sábio  ou  igno- 
rante, é  um  accidente  ou  qualidade  acci- 
dental  da  espécie  bumaoa. 

OTJALiFiCAçÃo,  í.  f.  graduação  conferida 
pela  lei  ;  censura  do  qualificador .  r.  g. 
Este  sujeito  tem  as^  qualificações  necessá- 
rias, requesitos,   predicados. 

QUALIFICADO,  A,  p.  p.  de  qualificar ,  e 
adj.  que  tem  as  qualidades  ou  requesitos 
necessários,  v.  g.  Homem  — ,  de  gradua- 
ção ;  aprovado  pelo  censor  ou  qualifica- 
dor. 

0Ui!L»iCAD0R,  *.  m.  censor  dos  livros; 
V.  g.  —  do  santo  ofTicio,  antigamente  en- 
carregiido  pela  inquosição  de  censurar  os 
livros:  adj.  que  qualifica,    caraclerisa. 

QUALIFICAR,  v.a.  (do  Lat.  qualis,,  qual, 
ficar  sufi.),  caracterisar,  estabelecer  as  qua- 
lidades, os  caracteres,  v.  g.  k  lei  qiialiQ- 
ca  esta  acção  de  roubo,  de  crime  de  lesa 
magcstade  ;  —  alguém,  conferir  predica- 
mento, graduação,  darás  atribulações  mo- 
n  es,  r.  g.  para  exercer  cargo,  dignidade 
censurar  livros. 

QUALIFICATIVO ,  A  ,  ttéj .  (dcs.  ivo),  que 
qualifica,  ou  serve  de  qualificar,  c»racte- 
rizar. 

QUALQUER,  adj.  dos  i  g.  [q^ial,  e  quer], 
um  ou  outro  tomado  promiscu« mente,  aquel- 
le  individuo  que  se   quizer  escolher,  t.  g, 

—  (pessoa)   pode  conhecer  esta    verdade , 

—  que   seja   o   resultado,    seja  qual   for; 
Quasquer  que  sejão  os  riscos. 

QUA«,  adv.  V.  Quão. 

quamanho,  a  adj.  (do  Lat.  quame  m«- 
gnus,  grande),  (ant  )  quão  grande. 

QUAMQUAif,  s.  m.  (do  Lat.  quanqtiam,  pos- 
to que),  (jocoso  )  Fazer  o  seu  — .  o  seu  elo- 
gio, ou  palavras  de  cumprimento,  parolorio. 

QUANDO,  adv.  (Lai.  de  quantus,  quí>nto; 
e  dieg,  dia),  no  tempo  era  que.  —  ?  erò' 
que  tempo;  (fig.)  castigou  o  filho  —  elle 
o  não  merecia,  em  occasião.  Ainda  — ,  ain- 
da no  caso;  —  muito,  ao  mais,  v.  g.  isso 
tale  —  um  cruzado.  —  menos,  pelo  me- 
nos, —  n6da.  —  quer  que  ,  em  lodo  o 
tempo.  — ,  (ant ),  ora,  tim&sveícsjD,  g. — 
a  tlt)t&,  —  a  galope. 


QUANT*Á,  (ant.)  —  por  isso.  V.  Quanto 
a  isso. 

QUNATé,  (ant.)  —  por  isso.  V.  Quanto 
por   isso. 

QUANTEiitA.  f.  f   V.   Canteira. 

QUANTIA,  f.  f  [quanto,  des.  la),  somoM, 
parcella,  porçèo  de  dinheiro.  V,  Contia. 

QUANTiDADB,  s  [.{Lsii.quantitas,  tis,\. 
Quanto),  aggregado  de  partes  ou  indrti- 
duos,  V.  g.  —  de  terra,  agua,  vrnhb;' •^' 
de  gente.  «  E  dos  inimigos  grande  ^-^  #* 
Camões,  (math.),  grandeza,  que  se  pode 
niedir,  multiplicar  ou  dividir  :  —  côutinuff, 
discreta,  positiva,  negativa.  V.  Estes  ter- 
mos. — ,  (de  prós.),  a  natureza  longa  oftf 
breve  das  syllabar»;  (de  nus),  duração  re- 
lativa das  notas 

QUANTIOSO,  A,  adj.  [quantia,  des.  oso), 
numeroso,  avultado,  r.  g.  Homem  — ,  ritóo, 
que  tem  muitos  cabedaes 

QUANTITATIVO,  A,  adj.  (des.  ivo),  cuja 
extensão  e  volume  se  podem  médir  ;  v.  g. 
As  cousas  —s  pertencem  aa  tafcto. 

QUANTO,  A,  adj.  (Lat.  quantut.  Primiti- 
vamente os  Romanos  escreveram  cuantut^ 
que  julgo  formado  do  p.  f.  de  continéò, 
ere,  conter,  encerrar,  contcTitus] .  quão  graú- 
de,  que  grandeza  de  extetisâo ,  volume , 
intensidade,  ou  numérica,  v.  g.  —  espaço, 
tempo,  sangue.  —  gente.  Com  —  dôr, 
pena,  magoa,  corag..m.  —s  dias,  ~s  noi- 
tes, —s  trabalhos,  —s  lidais' metem  custa'- 
do,  quão  gTandes.  —  morte,  —  í  tíobrtés. 
— ,  que  porção,  —  de  fel  bebemos  !  «  At- 
raes,  »  — ,  que  espaço  de-  tempb,  r.  g.  — 
vai  ,!o  i%alaU  1'ascoa'.  —  custou,  que  quan- 
tia, que  somma  de  dinheiro.  —  vai  déútn 
lugar  ao  outro,  que  distancia' :  —  vaf  do 
escravo  ao  homem  livre.  — ,  tudo  o  que. 
Fiz  —  pude  para  valer  ao  amigo.  Póúcòs 
sabem  —  importa  saber  calar-se.  Ver  paVa 

—  este  homem  he,  até  onde  chega  o  siáti 
préstimo.  Quant'á,  (ant ) ,  por  —  ha  ou 
tem. 

QUARTO,  adv.  e  eonj.,  em  igual  quanti- 
dade, ou  na  mesma    proporção;  tanto  — . 

—  mais,  com  maior  razão ;  —  menos,  com 
menor  razão.  —  a,  relativamente,  v.  g  — 
a  isso  ,  —  á  disputa,  pelo  que  loca.  Com  — , 
não  obstante,  posto  que. 


Com  quanto  leve  o  mestre  tkiltb'  tirtto. 
Que  primeiro  amainou  que  desse  o  vento. 
Gamões,  Lus.  VI,  75. 

Por  — ,  ví^o  que,  v.  g.  —  me  constou, 
— ,  é  ou  he  em  —  a,  pelo  que  toca,  v.g. 
—  a  esse  ponto,  ou  assumpto. 

QUÃO,  adv.  (Lat.  çíiiam),  quanto  em  quan- 
ta porção,  em  qu©  gráo.  —  grande,  illitt-' 


8tt 


m^ 


OUA 


QUi 


tre,  bom,  sabío,  feliz.  —  azinha,  Camões, 
com  quanta  pressa. 

QUAQUER,  s.  m.  V.    Quaker   ou  Quacre. 

OUakkira,  s.  f.   V.  Carreira. 

QUARENTA,  odj .  numr.  dos  2  g.  (Lat. 
quadraginta,  Fr.  quarente),  quatro  deze- 
nas, f>.  g.  —  horas,  dias,  navios,  homt*ns. 

QUARENTENA  ,     S.     f     (icS.     CTia  ,    do    L«t. 

ineo.  ire,  começar, entrar),  espaço  dequa- 
renla  dias  Santa — .a  quaresma.  Fazer — , 
estar  quarenta,  ou  menos  dias.  separado 
da  communicaçào  com  a  terra  ou  c»»m  lu- 
gares habitados,  para  evitar  o  risco  de  con- 
tacto em  casos  de  peste  oa  outra  doença 
contagiosa  ;  «.  g.  Pôr  em  —  noticias,  dei- 
xar passar  tempo  a  ver  se  são  confirmadas. 
— ,  a  quadragésima  parte  que  o  foreiro 
paga  ao  senhor  direito. 

QUARENTOLA,  (geogr.)  cidado  do  ducado 
de  Mod^na,  ao  N    de  Mir«n«iola. 

QUARESMA,  s.  f.  (^31.  quadrogesima.)  OS 
quarenta  dias  que  vão  dn  qiiaita  feira  de 
Cinza  até  sabbado  de  Alleluia,  durante  os 
quaes  a  Igreja  ca thohca  e  grega  prohibe  aos 
aduhos  sãos  us  comeres  de  carne. 

QUARESMAL,  ttdj .  dos  2  g.  (des  adj.  ai.) 
pertencente  á  quaresma.  Desobriga  — .  Co- 
meres   sermões  quaiesmaes. 

QUARESMAR  ,  V.  a.  OU  n.  [quaresmã,  ar 
des.  inf.)  abster-se  durante  a  quaresma  de 
comeres  de  carne. 

QUARiztL,  s.  m    V.  Coraz  l. 

quarnero  ou  quarnerolo  (geogr  )  Flana- 
ticus  sinus  dos  antigos,  golpho  do  Aoria- 
tico,  entre  a  lll)'ria  a  O.  a  Croácia  a  E  e 
ao  N.,  e  a  Dahnacia  ao  S. 

QUARRE-LES-TOMBES,  (geogr  )  cidadc  de 
França  4  léguas  ao  Sb.  d'Avaliuu  ;  2,000 
habitantes. 

QUARTA,  s.  f.  (da  des.  f    de  quarto.)  a 
quarta  parte  de  qualquer  quanii.lade,  ex- 
tensão, peso,  vrrtuii.e,  espaço  de  tempo,  v 
g,  —  da  varfl,  do  arrátel,  do  alqueire  Uma 
—  de  farinha,  de  cevada  ;  —  de  vinho  [de 
almude)  tr«s  canadas.    Velaae — ,  que  pesa 
a  quarta  parte  de  arrátel,  —  ,  bilha,   v  so 
de  ba  ro,  assim  chamada  por  conter  a  qunr- 
ta  parte  de  um  pote.  — ,  na  musica,  inlcr- 
vallo  de  quatro  tons,  subindo  ou  descendo. 
— ,  na  d«nsa,  o  passar  duas  vez»'s  um  pé  i 
diante  e  atr^s  do  outro  no  ar.  Pas>ar  bem  j 
— *.  — do  z<diaco,  a  quarta  pariedaecli   , 
ptica.  —  do  vento,  (naut.jdi.^iancia  da  quar-  { 
ta  parte  do  iiitervallo  que  separa  os  quatro  ! 
meios  ventos  dos  quatro  pontos  cardiuaes,  [ 
isio  é,  nordeste,  e  noroeste    ele.  —de nor- 
deste, é  o  rumo  mais  chegado  ao  nordé.>te. 
— ,  era  a  quarta  aula  de  gramuiatica  lati- 
na em  que  se  com»  cava  a  traduzir.  — ,  no  j 
jogo  dos  centos,  sequencia  das  quatro  car-  i 
tas  maiores  do  mesmo  uaipe,  az,  rei,  dama 


e  valete.  —  falcidim,  (t.  de  direito  romano) 
quarta  da  herança  de  que  o  herdeiro  se  pó- 
á^1  inteirar  entran  lo  pelos  legados.  —  tre- 
belliana,  de  que  se  pôde  inteirar  entrando 
pelos  (ideicominissos  — funeral  ou  tpisco- 
pai,  a  quarta  ou  quota  parle  dos  bens  lega- 
<ios  a  mosteiros,  igrejas  ou  lugares  pios  da 
diocese  que  pertencia  aos  bispos.  — ,  o  que 
se  paga  ao  panjcho  por  freguez  que  não  é 
enterrado  na  parochia. 

quartãa  ou  quartan,  s.  f.  febre  inter- 
n.itiente  que  repete  no  quarto  dia  do  cres- 
cimento an.ecedente,  isto  é,  com  dois  dias 
livres  de  intervallo.  Ter— s. 

quartaoo,  a,  adj.  (des.  adj.  ado.)  com- 
posto de  quatro  partes  ou  espécies.  Pão — , 
de  trigo,  milho,  cevada,  centeio.  Um  alquei- 
re de  pão  — . 

QUARTA  FEIRA.  V.   Quarto,  c  Feira. 

QUAHTALUDO,  A,  ttdj.  (des.  Mcío.jquetem 
abertura  ou  defeito  nos  quartos;  da  feição 
e  habito  do  quarlão  ;  baixo  grosso  de 
corpo. 

quariamknte  ,  adv.  (p.  us.)  em  quarto 
lugar. 

QUARTANA1 ,  s.  f.  (aut.)  softe  de  estoffo 
ou  tecido  de  lã. 

quartanairo,  (ant.)  V.  Quartanario. 

quartanario.  a,  u<(/.  doente  de  quartans. 
— ,  s.  m.  benefiíjado  de  cabido  que  lem  di- 
reito á  quarta  paite  da  côngrua  de  cónego. 

quahtano,  s.  m  (ant  )  quatro  alqueire*, 
ou  a  quarta  parte  do  quarteirão,  sendo  es- 
te de  dezaseis  alqueires. 

quartão,  s  m  cavallo  corpulento,  cur- 
to e  quadrado  mui  reforçado  no  costado,  e 
próprio  para  carp-gar. — ,  peça  de  artilha- 
ria pequena  que  leva  a  quarta  parte  da  car- 
ga do  canhão. 

quartào,  s.  m  rafdida  de  liquides  que 
leva  três  canadas  ou  a  quarta  parte  de  um 
almude 

quartão.  V.  Cartão,   Tarja  quadrada. 

QUartapisa  ,  s.  /  (do  (^ast.  cortapisa.) 
barra  át^  outra  côr  que  guarnece  a  borda 
inferior  dos  saias  ;  coUas,  ele. 

quartapisado,  a,  p.  p.  de  quartapisar ; 
adj.  guarneci  lo  de  quartapisa.  Saia,  vas- 
qumha.  C' Ixa  — . 

qlaktafisar,  V.  a.  {quartapisa,  ar  des. 
inf.)  guarnecer  do  quartapisa  ,  v.  g.  —  a 
saia,  a  colxa. 

quartario,  s.  m.  V.  Quarteiro. 

qu^rteado,  a,  p.  p.   de  quartear ;    adj\^  ^ 
dividido    em  quíídrados    de  cores  diversas. 
Escudo  — ,  dividido  em  quatro  parles    Ca- 
vallo — ,  dowBspaduasUrgas,  reforçado.  Ca- 
misa — ,  com  entremeios  bordados. 

quarteak,  V  a.  (qwirto,  ardes  inf.)  di- 
vidir em  quatro  panes  ou  repartimentos,  c. 
g.  —  o  escudo  de  côrts,  em  quadrados  de 


gUA 


UUA 


346 


cÒT  diversa.  —  «  camwa,  ornar  com  ren- 
f]as,  entremeios. 

QUARTEIRA,  (geogr.)  rio  de  Portugal  no 
Alg«rve,  nasce  na  serra  do  Caldeirão,  pas- 
sa perto  de  Loulé,  e  unido  ao  riacho  Selir, 
lança- se  quasi  em  frente  da  ilha  de  San- 
ta Mflria  ou  dosCàes,  com  8  léguas  de  cur- 
so. Ha  outro  do  mesmo  nume  t  léguas  ao 
O.,  que  passa  por  Santo  António  da  Quar- 
teira. 

QUARTEIRÃO,  s.  m.  (Fr.  quarteron]  a  quar- 
ta parte  de  um  cento  ;  ou  vinte  e  cinco,  v. 
g.  um  —  de  maçans,  peras.  — ,  a  quarta 
parte,  r.  ^.  do  escudo  quarteado.  —  da  lua, 
quarto.  — ,  carta  geographica  parcial.  — , 
uma  das  quatro  vigas  que  atravessam  o  tecto 
da  casa.  Um  —  das  casas,  ilha  quadrada 
d*ellas,  ou  com  quatro  faces.  Quarteirões, 
pi.  imposição  antiga  de  dezoito  soldos  sobre 
cada  casal.  Elucid. 

QUARTEIRO,  s.  m.  (aut.)  quarta  parte  do 
moio;  quinze  alqueires,  v.g.  —  de  legumes 
ou  de  trigo.  — ,  jugada  ou  pensão  que  se 
pagava  aos  quartéis. 

QUARTEL,  s.  m.  (Fr.  quartier,  abarraca- 
mento  de  soldados,  assim  chamado  por  ser 
de  ordinário  edifício  com  quatro  faces.  — 
do  exercito,  lugar  onde  elle  está  acampado. 
O  —  generaly  onde  está  o  general  em  che- 
fe e  o  seu  estado  maior.  Quartéis  de  inver- 
no, lugar  onde  o  exercito  passa  o  inverno, 
de  ordinário  em  terra  ^iOvoada,  e  não  em 
acampamento.  — mestre,  aposentador  de  re- 
gimento, que  cuida  no  alojamento.  —  mes- 
tre general,  aposentador-mór  do  exercito. 
Dar,  ou  não  dar — ,  conceder  a  vida  aos 
vencidos  ou  aos  prisioneiros,  ou  tirar-lha. 
Não  deram  —  a  nenhum  dos  inimigos.  — , 
triírestre,  quarta  parte  do  anno,  parte  de 
renda,  ordeiiado  ou  pensão  que  se  recebe 
cu  paga  cada  trimestre.  São-lhe  devidos  dois 
quartéis.  —  do  anno,  estação.  Ultimo — da 
vida,  próximo  á  morte.  — ,  uma  das  qua- 
tro partes  em  que  se  divide  o  escudo.  — 
das  escotilhas,  (nSut.)  a  tampa  ou  porta  del- 
ias, que  é  quadrada. 

quartelha.  V.  Quartella. 

quartel-la,  s.  /.  (alveit )  tecido  tendino- 
so  que  pega  da  coroa  do  casco  até  á  pri- 
meira junta  das  bestas.  — ,  (arch.)  peça  que 
sustenta  um  vão.  — s  guarnecidas  de  folha- 
gens. 

quartelludo,  a,  adj.{áes.  udo.) queiem 
grande  quartella  (besta). 

quartete.  V.  Quarteto. 

quarteto,  s.  m.  quatro  versos  rimados, 
o  primeiro  rima  com  o  quarto,  o  segundo 
çom  o  terceiro.  — ,  (mus.)  peça  de  musica 
em  quatro  partes.  — ,  dansa  de  quatro  bai- 
larinos. 

quartilho,  s.  m.  a  quarta  parte  de  uma 

TOl.    IT. 


canada.  INo  Brasil  corresponde  á  canada  de 
Portugal. 

quartinho,  í.  m.  diminut.  de  quarto,  a 
quarta  parte  da  moeda  de  ouro,  ou  4800 
réis,  doze  toslões. 

QUARTO,  A,  adj.  (Lat.  quarius.)  numeral 
ordinal  de  quatro.  O  —  lugar,  dia.  A  —par- 
te. —  feira  (féria),  o  terceiro  dia  depois  do 
domingo. 

QUARTO,  s.  m.  a  quarta  parte  de  uma  ex- 
tensão, quantidade,  medida.  Um  —  de  ou- 
ro, quartinho.  —  de  vinho,  barrilinho  que 
contém  a  quarta  parte  de  uma  pipa.  —  de 
carneiro,  de  boi,  etc,  perna.  Um  —  de  ho- 
ra, quinze  minutos.  Fazer  em — s  o  crimi- 
noso, esquartejar.  Ter  bons  — s  (a  besta), 
ser  reforçada,  bem  proporcionada. — ,  (naut. 
e  milit )  vigia  que  dura  três  horas.  —  de 
prima,  das  seis  até  ás  nove  da  tarde.  — da 
alva,  —  da  modorra,  entre  o  de  prima  e  da 
alva.  Entrar,  estar  de — .  — da  lua,  qua- 
dratura. —  crescente,  minguante.  —  ,  jogo 
carteado  de  quatro  parceiros.  Livro  em — , 
cujas  folhas  são  dobradas  pelo  meio  de  mo- 
do a  ter  cada  uma  oito  paginas.  —  de  casa, 
—  de  dormir,  camará.  Quarto,  adv.  latino, 
em  quarto  lugar. 

QUARTO,  (geogr.)  cidade  da  Sardenha , 
légua  e  meia  ao  E.  de  Catiari ;  5,3U0  ha- 
bitantes. 

QUARTOLA,  s.  f.  meia  pipa. 

QUARTZ,  s.  m.  (do  Aliem,  quarz.)  (min.) 
espécie  de  rocha  siliciosa.  Uma  das  es- 
pécies mineraes  mais  notável,  pelo  papel 
importante  que  representa  na  structura  do 
globo.  E'  a  substancia  mais  abundante  do 
reino  mineral. 

QUARZO.  V.   Quartz. 

QUASA,  QUASAL.  V    Casa,  Casal. 

QUAS( ,  adv.  (Lat.  quasi.  Creio  que  vem 
de  queo,  poder.)  perto  de,  próximo  a,  com 
pouca  falta  ou  differença,  v.  g.  —  morto. 
São  —  dez  horas. lho  confessei,  esti- 
ve a  ponto  de. — contracto,  ao  qual  só  fal- 
ta o  consentimento  expresso  das  partes.  Pe- 
culio  —  castrense,  (t.  do  direito  romano)  o 
que  o  fílho-familias  adquire  nos  cargos  ou 
empregos  públicos. 

QUASSiA,  s.  f.  lenho  medicinal ;  é  amar- 
go puro.  Rasuras  de — . 

QUATERNAR  o,  A,  adj.  (Lat.  quaternarius.) 
composto  de  quatro,  v.  g.  combinação — , 
(chim.)  de  quatro  elementos.  Um  — ,  o  nu- 
mero quatro. 

QUATERNiDADE,  s.f.  numoro  de  quatro  pes- 
soas uoidas. 

QUATERNO,  s.  w.  (Lat.  quatefjiio,  onis.) 
o  numero  de  quatro ;  quatro  números. 

QUATis  (serra  dos),  serra  na  província  de 
^inas-Ceraes,   no  Brazil,    na    comarca    de 
Paracatú,  ao  N.  da  serra  da  Saudade. 
87 


346 


QtJA 


Q(JÊ 


'•■  QUATORZADA,  s.  f.  (prOTi.  catorzada.)  no 
jogo  dos  centos,  quatorze  pontos  que  conta 
quem  tem  as  quatro  azes,  os  quatro  reis , 
etc. 

QU>TORZE,  adj.  numeral  dof;  2  g.  (Lat 
quatuordecim.)  dez  mais  quatro,  duas  vezes 
sele.  Pron.  catorze,  e  nos  derivados. 

QUATOBZENO,  A,  adj.  decimo  quarto  Pa- 
no— ,  que  tera  quatro  mil  fios  no  ordume. 
O — ,  dia  decimo  quarto,  critico  em  muitas 
doenças. 

QUATRALVO  ,  A  ,  adj.  que  tem  os  pés  e 
mãos  brancos  (cavallo  e  outros  quadrúpe- 
des). 

QUATRAPisio ,  s.  m.  jogo  de  tabolas  em 
que  as  parelhas  se  jogam  quatro  vezes. 

QUATRiDUANO,  A,  adj.  (do  Lat.  quatri- 
duum  )  que  comprehende  o  espaço  de  qua- 
tro dias. 

QUATRiDUO,  s.  IH    (Lat.  qnatriduum,  de 
quatuor,  quatro,  e  dies,  dia.)  espaço  de  qua- 
tro dias. 
^       OUATRiM,  s.  m.  (do  JtaL  quatrino.)  cei- 
til, branca,  dinheiro  da  menor  valia. 

QUATRíNEA,  s.  f.  (aut.)  quBtro  vezes,  no 
jogo  da  garatuza,  quatorzada. 

QUATRO,  adj.  numeral  dos  i  g.  [lai.  qua- 
tuor, em  Sanscr.  chatur.  A  origem  deste 
termo  tem  sido  ignorada  dos  etymologistas. 
Creio  que  é  composto  do  Egypc.  rat,  pé,  e 
fto,  quatro.  De  ftorat,  fácil  é  a  mudança 
em  ktorat  ou  catorat  )  duas  vezes  dois,  três 
com  a  addição  de  um. 

QUATRO  RIBEIRAS,  (geogr.^  aldeia  da  ilha 
Terceira,  que  foi  a  primeira  povo'<ção  que 
na  ilha  houve.  Está  situada  em  terreno  pe- 
dregoso sobre  uma  rocha  á  beira-mar,  uma 
légua  a  O  de  Agualva. 

QUATRO-oiTAVAS  ,  Serra  na  província  de 
Minas-Geraes,  no  Brazil,  comarca  do  Lio- 
de-Jequitinhonha,  a  12  léguas  »o  KE,  da 
cidade  de   Minas-Novas. 

QUATRO-BRAÇOs,  (geogr.)  cidade  da  Bélgi- 
ca, 2  léguas  ao   SE.  de  ^ivelle. 

QUATROCENTOS,  AS,  adj.  numeral  pi.  cem 
repetidos  quatro  vezes,  quatro  centenas. 

QUATRO  OLHOS  ,  s.  m.  peixo  da  osta  do 
Brasil. 

QUATROPEADO,  A.  V.   QuadrupUcado. 

QUATROPEAR.  V.   QuadruphcaT. 

QUATROViNTENS,  s.  m.  Hioeda  antiga  cu- 
nhada poi  D.  João  III,  do  valor  de  80  réis  : 
no  Brasil  ha  moedas  deste  valor. 

QUATRUMVIRATO    6    QUATUOR VIRATO,    S.    m. 

V.   i^uadrumviraío. 

N.  B.  Em  todas  as  vozes  que  se  seguem 
não  sôa  o  w  de  que. 

QUE,  adj.  articular  rela thoe  demonstra- 
tivo dos  2  g.  (Lat.  qui,  quce,  quod,  segun- 
do creio,  vem  de  ^'«/fo,  poder,  ser  capaz,  ter 
potencia.)  o  qual,  os  qtiaes,  a  qual,  as  quaes. 


O  homem  —  commetteu  o  crime,  o  qual,  ón 
o  homem  perpetrador,  autor  do  crime.  A 
cheia  —  alagou  os  campos,  a  massa  de  agua 
capaz,  sufflciente    para  cobrir  o  campo.  A 

—  fim?  qual.  — ,  qual  motivo  (corresponde 
ao  quod  i.at.)  Para — fizeste  isso?  De — 
procede  isso?  de  qual  causa? 

QUE,  conjuncção  copulativa  (corresponde 
ao  Lat.  quod,  a  qual  cousa  )  precede  os  ver- 
bos no  subjunctivo,  v.  g.  quero  —  vás,  fa- 
ças, venhas  ;  quiz  —  fosse,  viesse;  são  phra- 
ses  ellipticas  equivalentes  a  :  quero  uma 
cousa,  a  qual  cousa  é  ires,  vires,  etc. 

QUEBEC,  (geogr.)  cidade  da  America  in- 
gleza,  hoje  capital  de  lodo  o  Canadá  ;  40, COO 
habitantes. 

QUEBRA,  s.  f.  acção  de  quebra',  oeífei- 
lo  delia  ;  racha,  v.  g.  —  do  muro,  brecha; 
(fig.)  desunijio,  v.  g.  —  da  amizade.— ,  fal- 
ta, detrimento,  falha,  diminuição,  v.  g.  as 
— s  do  vinho,  o  que  falta  nas  vasilhas  ;  — 
no  peso,  valor. — ,  (merc.)falli«Qento,  ofal- 
lir.  — ,  mudança  para  peior.  —  do  primei- 
ro homem,  estado  descaído  por  eíTeito  do  pe- 
cado original.  —  da  honra,  credito,  repu- 
tação Descobrir  as—s  alheias,  faltas,  de- 
feitos. —  ,  no  brasão,  cólica  que  atravessa 
o  escudo  em  banda,  que  denota  que  a  pes- 
soa não  é  chefe  dafamilia.  —  de  bastardia, 
que  tem  signal  caracteristico  de  bastardia 
no  escudo. 

QUEBRADA,    S.    f.    (subst.  da  dcS.  f.  de  Í/MC- 

brado.)  rotura,  fenda,  v.  g.  — de  serrania, 
monte,  muro;  precipício  alcantilado.  —  no 
rio,  angulo,  seio,  remanso  que  rompe,  mo- 
dera a  rapidez  da  corrente.  — ,  propriedade 
rura!  de  pequena  extensão.  — s,  pés  de  la- 
deira, rupturas  feitas  nos  montes  pelas  aguas 
da  chuva  ;  lugar  alcantilado  do  monte.  — . 
(ant.)  soldada  de  dois  pães  por  dia.  Elucid. 

quebra-Cangalha,  (geogr.)  serra  altíssi- 
ma e  árdua  de  subir,  como  de  descer,  no 
Brazil. 

QUEBRADAMENTE,  adv.  (p.  us.)  de  impro- 
viso,  de  repente. 

QUEBRADEIRA,  S.    f.    6   QUEBRADEIRO,  S.  m. 

—  de  cabeça,  (famil  )  cousa  que  cansa,  im- 
portuna. —  ,  (famil.  p.  us.j  falta  de  bens, 
de  posses. 

QUEBRADIÇO,  A,  adj.  (dcs.  iço]  fíagil, 
sujeito  a  quebrar-se,  que  quebra  facilmen- 
te, v.  g.  —  como  vidro.  — ,  (fig.)  que  facil- 
mente se  quebranta.  «Dizem  que  a  lei  de 
Deus  é  —  ;  os  — s  são  os  que  não  tem  for- 
ça e  virtude  para  a  guardarem.  »  Vida,  saú- 
de—  ,  mui  sujeita  a  peider-se.  Bens  —  , 
pouco  duráveis.  Lealdade  — ,  frágil.  Arraes. 
Porta  — ,  formada  de  duas  peças  dobradi- 
ças que  se  movem  sobre  gonzos. 

QUEBRADO,  A,  p.  p.  de  quebrar  ;  adj.  par- 
tido, fendido,  roto.  Copo,  vaso—.  Ptma 


(HJE 


QUE 


347 


— ,  fracturada.  Negociante  — ,  fallido.  Ho- 
mem— ,  qii«  tem  heraia,  ruptura,  quebra- 
dura. — ,  quebrantado.  «  Os  inimigos  de — s 
se  retiraram.  »  «  A  rainha  estava  -  -  de  gen- 
te que  lhe  morrera  oo  combate.»  Castanh. 
Torpo  —  do  forças.  — no  animo.  Pactos  paz, 
amizade — .  Cortes  — «,  dissolvidas.  O  co- 
ração —  de  dôr,  de  medo.  Verso  —  ,  meio 
verso.  Prata — ,  cousa  que  ainda  depois  de 
perdido  o  feitio  conserva  o  seu  valor  Ge- 
ração— ,  em  que  faltou  a  legitima  succes- 
são,  ou  em  que  entrou  bastardia.  Náu  — , 
uaufragada.  Cores  — «,  na  pintura,  que  se 
usam  misturadas  com  outras  para  serem  mo- 
nos vivas.  Aguas — s,  as  que  não  são  bas- 
tantes para  mover  o  rodizio.  — ,  marés  fra- 
r.is,  baixas,  opposto  a  oyuas  vivas.  O  lem- 
1-0  — ,  venio  fraco.  Estar  de  perna  — ,  (fig.) 
incapaz  de  trabalhar  Para  que  seus  maus 
pensamentos  lhes  fiquem  —s  na  cabeça,  tor- 
nados em  mal  para  quem  os  concebe.  A 
castanha  —  na  bocca,  (phraz.  famil.)  o  pro- 
jecto frustrado  Olhos —s,  (p.  us.)  vasados; 
(lig.)  molles,  abatidos  com  dissimulação.  — , 
requebrados.  Olhar  — ,  com  requebro,  co- 
mo os  namorados. 

OUFBBADO,  s.  TO.  (math.)  fracção  de  uni- 
dade ou  de  numero  inteiro,  0.  ^.  três  quar- 
tos, ura  decimo.  —  de  monte ,  de  parede , 
quebrada.  — ,  homem  atacado  de  hérnia. 

QUEBRADOR,  s.  TO.  OU  adj .  quebraulador. 

qukbradura  ,  s.  f.  (des.  ura.)  rotura, 
hérnia,  o  acto  de  quebrar  ou  quebrar-se. 
fractura  ;  quebra. 

QUEBRAMENTO ,  s.  TO.  {mcnto  suíf.)  que- 
'bra,  rompimento,  infracção,  c.  g. — da  Jei 
da  paz,  do  pacto.  — de  olhos,  (ant  )ovasa- 
los.  —  da  cabeça,  quebradeira.^ —  do  corpo, 
estado  moido,  inaptidão  ao  movimento.  — 
de  forças,  jtrostração.  —  dos  escudos,  rom- 
pimento por  morte  do  rei. 

yuEBRAisçA,  s.  /".  embate  das  oudas  quau- 
do  rebentam  na  praia,  e  rolam  para  ella  as 
embarcações. 

QUEBRANTADissmo,  A,  adj.  supcrl.  de  que- 
brantado, mui  quebrantado.  Coração  — . 

QUEBRANTADO  ,  A,  f,  p.  de  quebrantar ; 
adj  —  o  corpo,  o  animo,  ou  —  no  corpo, 
no  animo,  abatido.  O  navio — ,  desttoçado. 
«As  praias — s  dsLS  ondas.»  poet.  Mousi- 
nho. Feras  — ,  que  perderam  parte  da  bra- 
veza. 

QUEBRANTADOR,  s.  w.  O  que  qucbra,  in- 
fringe, V.  g.  —  da   lei,  do  pacto.  —  ,  adj. 
que  quebranta,  abate,  debiUta.  Doenças  — 
p     das  forças.  Dt-sgoslos  —  do  animo. 

t^  \  QUEBRANTAMENTO,  ^.  n»-  (m€»ÍO  Suff.)  eS - 
lado  quebrantado ;  rotura,  fractura,  o  g. 
—  na  carne,  no  corpo.  — ,  arrombamento, 
V.  y.  —  da  cadeia,  da  igreja  — das  forças, 
do  animo,  (tig.)  abalimeuto.  — ,  infracção, 


V.  g.  —  da  lei,  do  pacto.  —  dos  olhos^  (p. 
us.)  o  cega-los. 

QUEBRANTAR ,  V.  a.  {quebva,  entar,  des. 
progressiva)  facilitar  a  quebra,  ir  enfraque- 
cendo, prostrar  do  forças.  —  o  corpo  ,  o 
animo,  infringir,  violar,  v.  g.  —  a  lei,  o 
preceito,  o  pacto,  a  paz,  a  amizade.  — pri- 
vilegio, couto,  asylo,  devassar.  —  os  dias 
santos,  não  os  guardar.  — as  paixões,  o  or- 
gulho, a  feresa,  minorar,  domar,  sujeitar. 

—  igrejas,  cadeias,  arrombaras  portas  del- 
ias. — SE,  V.  r.  perder  o  animo  ;  abster-se 
de  corpo  e  animo. 

QUEBRANTO,  s.  w.  quebrantamento  do  cor- 
po, desfallecimento  do  animo.  Dar—,  cau- 
sar- doença  alguém  por  eífeilo  de  máu  olha- 
do, como  crê  o  vulgo  supersticioso. 

QUEBRANt'0SS0  ou  QUEBRA-OSSO  ,  S.    TO. 

V.  Brita-ossos. 

QUEBRA-osso,  s.  m.  cspecie  dtí  açor  OU  de 
águia  marinha. 

QUEBRAR,  V.  a.  (alterada  do  Lat.  crem , 
are,  estalar,  quebrar.  E  voz  imitativa.)  rom- 
per com  violência,  rachar,  fazer  estalar. r-- 
0  copo,  a  garra,  a  lança,  a  espada,  o  es- 
cudo, um  braço,  as  pernas,  a  cabeça  ,  a 
porta  ;  (íig.)  infringir,  violar,  v.  g.  —  a  lei, 
o  preceito,   o  pacto,   as  pazes,  a  amizade. 

—  o  palavra,  faltar  a  ella.  —  leis,  estatu- 
tos, annuUar,  revogar,  cassar.  —  os  foros, 
privilégios,  a  jé,  a  promessa,  não  guardar, 
faltar  a.  —  o  jejum,  comendo.  —  ,  afrou- 
xar, tirara  força,  »  g. — o  Ímpeto  da  cor- 
rente, o  impulso,  — a  ira.  a  fúria  ;  abran- 
dar, domar,  —  animal  bravo,  a  fereza.  — a 
cabeça  a  alguém,  (fig.)  importunar,  impa- 
cientar muito.  —  a  ira,  a  cólera,  os  desgos- 
tos em  alguém^,  fazer  sentir  os  effeilos  des- 
sas paixões  a  pessoa  de  ordinário  innocen- 
te.  —  as  mãos,  o  coração,  (íig.)  causar  des- 
fallecimento, abater,  fazer  esmorecer,  des- 
alentar, descorçoar.  —  os  olhos  a  alguém, 
vasa  los,  cegar;  (íig.)  fazer  cousa  quepeze 
á  pessoa.  —  os  olhos,  requebra-los  — a  moe- 
da, para  a  recunhar.  —  o  tardança,  cessar 
de  tardar.  — .  (fig.)  dobrar  com  força,  v.  g. 

—  o  corpo.  —  os  remos,  encostar-se  a  elles 
com  grande  força.  «  Outros  g«e6ra»i.  ao  pei- 
to a  dura  barra.»  Camões,  Lus.,  a  barra 
do  cabrestante.  — o  fio,  interromper,  v.  g. 

—  da  historia,  narração,  do  discurso. — o 
fio  da  vida,  matar.  —  alguém  vivo,  esquar- 
tejar. — ,  descontar.  Quebrou-lhe  narcnda 
dois  milcrusados,  abateu  o  rendeiro  a  quan- 
tia de  que  era  credor  ao  senhorio.  —  uma 
lança  com  alguém,  ter  duellocom  elle — , 
romper^se  com  violência,  rachar,  eslajpr. 
Quebrou  o  mastro  a  amarra,  a  panella»  o 
copo. — ,  dar  com  impeto,  e  desfazer-se^-r- 
a  náu  nos  penedos,  espedaçar-se.  Quebram 
as  ondas  na  praia,  rolam  e  s^  ç|}Be\4Í4a?,. 

87  « 


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mt 


'iOÉ 


Quebra  o  vento  em  chuva,  desfaz- se  em 
agua.  Suspiros  que  quebravam  em  lagri- 
mas. —  o  vento,  abater,  diminuir.  — o  im- 
peio,  moderar-se.  —  o  ^o  t/a  rida,  morrer, 
perder  o  viço.  —  por  tudo,  romper.  — com 
'  somno,  cabecear  de  somno.  —  o  coração 
com  medo,  dôr,  senlir-se  peneirado. — ,  per- 
der o  animo.  —  das  virilhas,  ter  hérnia,  ru- 
t  ptura.  — ,  (merc  )  fallir,  soíírer  quebra,  v. 
g.  o  mercador,  o  negociante,  o  banco. — , 
soffrer  quebra,  diminuição,  v,  y.  no  peso, 
no  producto.  As  rendas  quebraram  muito. 
A  pimenta  quebrou  muito.  Quebram  as  on- 
das, rebentam.  Quebrou  tanta  agua,  cho- 
veu, caiu  lanta  chuva.  —  da  fúria,  do  Ím- 
peto, abrandar,  GÍrouTLdir .  Quebrarem  os  âni- 
mos, desfrtiiecerem.  —  a  dianteira,  rompe- 
rem as  aguas  do  útero.  — se,  v.  r.  rom- 
per-se.  —  o  legitimo  herdeiro,  faltar  succes- 
são  legitima  a  uma  íamilia.  — ,  (ant.)  V.  Co- 
brar. 

QUEBRO,  s.  m.  inflexão.  —  da  voz,  re- 
quebro, trinado.  —  dos  olhos,  requebros. — 
do  corpo,  movimentos  affectuosos,  languidos. 

QUECA,  s-  f.  (ant.)  peça  da  antiga  vesti- 
dura de  mulher.  Pron.  o  u  sôa. 

QUECER.   V.  Aquecer. 

QUEDA,  s.  f.  (contracção  de  caida.)  cal- 
da ;  declinação  ou  pendor  de  monte ;  (fig.) 
propensão,  tendência.  Tem  —  para  a  poe- 
sia, a  pintura. — ,  decadência,  ruína,  r.  ^ 
a  —  do  império  romano,  dos  anjos,  de 
Adão.  — ,  salto  de  rio  que  se  despenha  de 
aho.  — do  pello,  a  direcção  natural  do  píd- 
lo.  Dar  uma — ,  cair;  (íig.)  passar  da  pros- 
peridade á  desgraça. 

QUEDAR,  V.  a.  ou  w.  (ant  )  ficar,  restar, 
cessar,  parar,  estar  quedo,  aquietar- se.  V. 
Aquietar  e  Quedo. 

QUEDLiNBUHGO ,  (geogr.)  cidade  murada 
da  Prússia,  13  léguas  ao  SO.  de  Magde- 
burgo ;  12,000  habitantes. 

QUEDO,  A,  adj.  (do  Lat.  quietus.)  quieto, 

'    iminovel.  Ficou — .  A  pé — ,  sem  se  mover. 

Pelejar  a  —  ,    firme,  sem  recuar.  —  — , 

(loc.  aHlv.)    attentamente  ,  pé  ante  pé  ,  de 

mansinho. 

QUEENDAS,  s.  f.  (ant.)  V.   Calendas. 

QUtENiis  couNiY,  (geogr.)  (islo  écondãdo 
da  Hainha)  cimdado  uMrlanda,  enlrft  tsdo 
hei  ao  .N.  e  ao  O.  de  KaMareaE.  de  Car- 
-lon  ao  SO.  90,UOJ  habitantes.  Capital  Ma- 
rjboruogh. 

queen'  s-ferry,  (geogr.)  cidade  d*Esco- 
cia,  A  léguas  ao  O.  d'tdimburgo  ;  700,  ha- 
bitantes. 

QUEENTÊ ,  adj.  dos  2  g.  (anl.)V.  Quente. 

QUE  JADA,  s.  f.  [queijo,  des.  s.  oda.)  pas- 
tel cheio  de  nata,  com  ovos  eassucar. 

QUEijADo,  A,  p.  p.  de  queijar;.a(/;'. fei- 
to em  queijo. 

*   v8 


OuEJAR,  V.  a,  [queijo,  ar,  des.  inf.).  fa- 
zer em  queijos ;  v.  g.  —  o  leite. 

QUEiJARiA,  s.  f.  (des.  arta) ,  o  trabalho 
de  queijar. 

QUEijEiRA,  s.  f.  (des.  eira),  casa  onde 
se  fazem  queijos. 

QUEjiNHo,  s.  m.  diminuí,  de  queijo. 

QUEIJO,  s.  m.  (Lat.  caseus) ,  parte  do 
leite  de  vacca,  ovelha,  cabra,  etc,  coalha- 
do e  apertado  no  cincho ;  (fig.)  cousa  que 
tem  forma  de  queijo,  v.g.  —  de  figos  pas- 
sados ;  —  de  cabeça  de  porco,  de  presun- 
to picado  ,  etc,  apertado  em  cincho  de 
pau. 

QUEIMA,  t,  f.  acção  de  queimar,  abraza- 
mento,  incêndio,  fogueira;  v.  g.  pena,  de 
fogo. 

QUEIMAÇÃO,  s.  f.  (fig.)  —  do  sangue,  cou- 
sa que  enfada  muito. 

QUEIMADA,  s.  f.  (subst.  dâ  des.  f.  de 
queimado),  acção  de  queimar,  de  pôr  fogo: 

—  do  mato,  da  cidade,  v.  g.  campo  cujo 
mato  foi   queimado. 

QUEIMADAS,  (geogr,)  povoação  da  ilha  de 
S.  ^icolau,  pertencente  á  freguezia  de  Nossa 
5)enhora  da  Lkpa  ;  1,<!00  habitantes. 

QUEiMADELiA,  (gcogr.)  povoaçào  de  Por- 
tugal a  4  Ipguas  e  meia  de  Braga,  cora  880 
habitantes.  Ha  outra  a  1  légua  de  Lame- 
go, com  400  habitantes. 

QUEIMADO,  A,  p.  p,  de  queimar,  e  adj., 
abrazado,  reduzido  a  cinzas,  incendiado ; 
dessecado  muito  ao  lume.  v.g.  Cavallo — , 
de  côr  preta  como  o  carvão.  Zona  — ,  tór- 
rida ;  Assucar  — ,  tostado.  Horas  — s  ;  (fig.) 
perdidas.  V.  Queimar. 

QUEIMADOR,  A,  s.  t)er6.,  pcssoa  que  quei- 
ma, põe  o  fogo. 

QUEIMADURA,  s,  f.  (dss,  ura),  combustão  ; 
a  parte  do  corpo  queimada.  «.  ^r.  Tem  uma 

—  na  perna. 

QUiMAMENTO,  s.  m.  [mento  suff ),  incên- 
dio, acção  de  queimar ,  abrazar,  v.  g,  — 
da  frota. 

QUEiMÃo,  s.  m.  V.   Quimão. 

QUEIMAR.  V.  a.  (do  lir.  kaihó,  queimar, 
kaúma  ,  calor.  Creio  que  o  rad.  he  aké, 
ponta,  cousa  aguda,  que  punge),  incendiar, 
abrazar,  reduzir  a  cinzas  ;  tostar,  dessecar 
rrtuito.  í?  g.  O  sol  ardente,  e  o  frio  quei- 
mão  as  plantas.  — ,  (fig),  desbaratar,  dis- 
sipar, V.  g.  —  a  fazenda  ;  vender  por  vil 
preço.  —  o  sangue  de  «Ignem,  (fig.)  affli- 
gir,  importunar,  fazer  enfadar  muito,  amo- 
finar; —  as  pestanas,  estudar  assiduamen- 
te, trabalhar  de  noute.  A  inveja  queima, 
faz  arder,  roe.  — sk,  v.  r.  soíírer  queima- 
dura ;  (fig.)  —  alguém,  impacientar-se,  irar- 
se.  V.  g.  —    de  amor,  de  inveja. 

QUEiMAROUPA,  s.  f.  A'  — ,  (loc.  adv.  de 
mui  perto,  v.  g.  desparar  um  tiro  de  os- 


QVÈ 


OUK 


n\9 


díngarda  á  — ,  de  repente,  inesperadamen- 
te. 

OUErRÂA,  (geogp.)  povoaçSo  de  Portugal 
situada  a  2  legoas  de  Vizeu,  no  concelho 
de  Lafões,  1.7u6  habitantes. 

QUEiTO,  adj.  (ant.)  V.  Queixeiro,  Idente. 

VUKiROGA.  s.  f.  espécie  de  planta. 

QUEiss.  (geogr.)  rio  da  Prússia  que  se- 
para da  Saxonia,  cae  no  Bober. 

QUEIXA,  s.  /".  (de <7Mciarar-íc),  palavras cotn 
que  nos  queixamos  daoffensa,  damno,  dôr; 
sentimento  doloroso ;  (fig  )  doença,  molés- 
tia, V.  g.  A.  gota   ó  uma  —  mui    molesta 
Fazer  —  de  alguém,  queixar-se. 

QUEIXADA,  s.  f.  {queixo,  des.  s.  ada), 
mandíbula   de  animal,  v.  g.  —  de  burro. 

QUEixAL,  adj.  dostg.  [queixo,  des.  adj. 
ai),  do  queixo*  v.  g.  Dentes  queixaes,  mo- 
lares,   maxillares. 

QUBíXAR-SE,  V.  f.  (Lat.  quevov,  p.  p. 
questus],  proferir  queixas,  lamenlar-se  ;  — 
ao  juiz,  ao  ministro,  fazer  queixa. 

QUEIXEIRO,  adj.  m,  cabeiro.  v.  g.  Den* 
te  — ,  cabeiro,  do  siso. 

QUEixiA,  X.  /.  (ant.)  V.  Queixa,  Escân- 
dalo. 

QUEIXO,  s.  m.  (do  Lat.  quasso,  are,  que- 
brar, romper),  mandíbula  do  homem.  v. 
g.  Bater  o  — ,  causar  grando  medo ;  ticar 
de  —  cabido,  embasbacado,  pasmado. 

QUEIXO,  (ant  )  por  Queijo. 

QUEIXOSAMENTE,  adv.  [mente  suíf.),  lasti- 
mosamente, com  queixa,  queixume. 

QUEIXOSO,  A,  adj.  [queixa,  des.  oso],  ag- 
gravado,  offendido.  Som  — ,  toz  — -.  que 
se  queixa,  lastima.  .vjyn: 

QUEIXUME,  s.  m.  queixa  de  alguém  por 
offensa  recebida,  agravo,  offensa  ;  querella 
judicial. 

QUEJANDO,  A,  adj.  [que,  e  jando,  ant. 
tal),  que  tal.  — s  são,  que  taes.  «  Torna  o 
conto  a  narrar  a  sua  vida  —  foi.  »  Chron. 
do  Condestavel.  Tale  —,  (loc.)  vulgar,  nem 
bem,  nem  mal. 

QUELEN,  (hist.)  arcebispo  de  Paris,  nas- 
ceu em  177 ?<,  morreu  em  1839.  Escreveu  : 
Mandamentos,  Oração  fúnebre  de  Lutx  XVI, 
e  a  do  duque  de  Berry. 

QUELHA,  X.  f.  V.  Calha. 

QUELiDONiA.  V.  ChcHdoníã  ou  Celida' 
nia. 

QUELUZ,  (goegr.)  aldeia  de  Portugal  si- 
tuada a  2  léguas  ao  N.  de  Lisboa,  em  lu- 
gar baixo,  desolado  e  quasi  des  irto.  Deve 
a  sua  celebridade  aos  magnifícos  paços  que 
ahi  fundou  El-Rei  D.Pedro  III,  marido  de 
D.  Maria  I,  e  senhor  da  riquíssima  casa 
do  Infantado. 

QUELUZ,  (geogr  )  pequena  villa  da  pro- 
víncia de  Minas-Geraes,  no  Brazil,  a  b  lé- 
guas ao  SE,  da  cidade  d^Ouro-Preto,    15 

fOfc.   IT. 


ao  NE.  da  villa  de  Sào-JoSo-d'Elrei,  e  70 
ao  N.  do  Rio-de-Janeiro. 

QUELUZ,  (geogr.)  nova  villa  na  província 
de  Minas-deraes,  ne  Brflzil. 

QUEM,  pron.  relativo  invariável  (do  Lat. 
quem,  accusativo  de  quis,  formado  daqui, 
que,  qual,  e  esse,  ser),  que  pessoa  ou  pes- 
soas —  és  tn ;  —  vera   lá  ;  —  são  elles? 

—  t'o  disse?  Somos  —  somos.  —  será  o 
deno  da  casa?  —  serão  os  pais  d'estes  me- 
ninos? Como  -,  como  aquelle  ou  aquel- 
les  que.  Não  foram  elles  sós  —  vos  mata- 
rão. Bernardes,  Var.  Rimas.  A  —  mais  da- 
ria, a  qual.  —  quer,  qual  pessoa.  —  , 
este,  aquelle.  —  se   arremessava  a   nado, 

—  entrava   na  agua  até  á  bocca.   Lucena. 
QUEM,  adv.  (do  Cast.  quende,  do  Lat.  hic, 

aqui,  e  inde,  d*aquelle  lugar.)  lie  só  usa- 
do na  phrase  áquem ,  da  banda  de  cá. 
Vaquem  e  d'álem,  de  uma  e  outra  banda, 
v.  g.  de  rio  ou  mar.  Achar-se  áquem  da 
agua,  (proverb  )  i  longe  do  conseguimen- 
to,  do  que  se  esperava,  frustrado,  balda- 
do,    '''-^f'] 

QUEMQUER.  V.  Quem   relativo. 

QUKNGA,  s.  f.  (t  Brazil),  meio  coco  lim- 
po do  miollo  e  cheio  de  alguma  cousa,  v. 
g.  —  de  farinha,   feijão. 

QUENTAR.  V.  Aquentar. 

QUENTE,  adj.  dos  t  g    (do  Cast.  caliente 
do  Lat.  calens,  tis,    p.  a.    de   caleo,   ere 
aquecer),   cálido,   aquecido.   Agua  — .  um 
ferro  —  em  brasa.    O  sol   está   muito  — 
terras  — s.  de  temperatura  elevada.    (Gg.) 
as   armas  ainda  — s  de  sangue,  pouco  de- 
pois do  combate.  Andar  o  negocio  — ,  Ira 
balhar-se  nelle   com   muito   fervor.  —  na 
peleja,  ardente,  encarniçado.  Malhar  no  fer- 
ro em  quanto   está  — ,  adagio ,    trabalhar 
em  tempo  opportuno,  cuidar  de  negocio  em 
quanto  he  tempo.  —  do  miollo,    cDlerico. 
Um  feito  mui  — ,  (fig),  arriscado,  perigo- 
so, cavaUo  — ,  ardego.  Ter  as    costas  — *, 
(phr.  famil.),  tor  confiança  na  protecção  de 
alguém  :  sentir-se  protegido,  apoiado. 

QUENTURA,  s.  f.  (do  Cast.  calenturà),  ca- 
lor, calma  ,  (p.  us.),  calor  tebril,  febre  ;  (fig. 
fervor,  v.  g.  —  de  negocio. 

QUEPEM,  (geogr.)  aldeia  da  provinda  de 
Chandravady  ;  1,118  habitantes. 

QUER'M,  (geogr. )aldeia  da  província  de  Pon- 
dá  (Novas  Conquistas)  que  é  mercê  do  Boto 
Sroloy.  1,144  habitantes. 

QUEQUÉR,  adj.  ant.  dos  2  g.  qualquer, 
tudo  o  que. 

QUER,  conj.  (do  verb.  querer),  equival 
a  no  caso  de.  Irei,  — chova,— faça  bom  tem- 
po. Se  — ,  ao  menos,  dai-me  se  —  ura  qua- 
dro. Como  —  que,  de  qualquer  modo;  ao 
tempo  que,  t.  g.  —  apparecesse  o  inimi- 
go na  costa. 


356 


QVE 


OUK 


QUER-Y-MARTiNEZ,  (hist.)  botaníco  fpan- 
cez  nasceu  em  169C),  morreu  em  1764.  E 
auctor  da  Flora  hispanhola. 

QiJERBOEUF,  (hist.)  cscriptor  suisso,  nasceu 
em  726  morreu  em  1799.  Deixou:  Car- 
tas edificantes  e  curiosas  escriptas  das  mis- 
sões estrangeiras  ;  Memorias  para  a  his- 
toria de  Luiz  delphim  de  França. 

QUECULA,  s.  f.  (Lat.  de  qnercus,  carva- 
lho), planta  de  que  ba  duas  espécies  a 
maior  e  a  menor.  O  w  sôa. 

QUERCY,  (gfogr.)  antigo  e  pequeno  paiz 
da  França,  na  (layenna,  era  dividido  em 
Alto-Quercy,  capital  Cahors;e  Baixo  Quer- 
cy,  capital  Montanban. 

QUERELA,  s.  f.  (Lat.),  (for.),  queixa  de 
aggravo,  injuria,  contestação  jurídica  ;  cau- 
sa, demanda.  «  Defendião  justa  — .  »  Chron. 
de  D.  João  1,  (ant),  queixa,  Ter  —  de  po- 
derosos, motivo  de  queixa. 

QUERELADO,  A,  p.  p.  de  querelar,  eadj., 
d«  quem  se  querelou,  ou  deu  queixa  ju- 
dicial. 

QUERELADOR,  s.  m  O  que  querella,  adj. 
que  querela. 

QUEREiANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans,  tis),  que  querela  ou  se 
queixa,  v.  g.  Libello  — .  em  que  se  dá 
querela  judicial. 

QUERELAR,  V.  abs.  OU  n.  (querela ,  ar 
des.  inff.),  dar  querela  judicial,  queixar-se 
de  aggravo,  offensa.  injuria,  -se,  v.  r. 
(p.  us.),  queixar-se,  lamentar-se. 

QUERELOSO,  A,  adj.  (dcs.  oso),  lamentoso 
queixoso,    mavioso ,    magoado ;    v.  g.    Em 
vozes  — .  Homem  — ,  o  que  dá  a  querela. 

QUERENA,  s.  f.  (do  Lat.  carona,  quilha 
do  navio.)  Dar  — ^  calafetar  o  navio,  quei- 
mando o  breu  velho  e  pondo-lhe  novo. 

QUERENADO,  A.  p.  p.  dequereuar,  eadj 
a  que  se  deu  qucrena,  calafetado, 

QUERENAR,  r>.  d.  (qucrcna,  ar  des.  inf.), 
dar  querena,  calafetar. 
-  QUERENÇA,  s.  /.  (ant  ),  acção  de  querer, 
vontade,  mostra.  «  Fizeram  —  de  desem- 
barcar »  Couto.  Mostrou-me  grande  —  de 
desejar  ver-vos.  Ulis  3,  4.—,  lugar  on- 
de os  falcões  criam  os  filhos.  Arte  da  ca- 
ça 

QUERENÇA,  (gcogr.)  povoação  de  Portugal 
fio  Algarve  no  concelho  de  Loulé,  a  3  lé- 
guas do  Faro,  com  800  habitantes. 

QUERENÇoso,  A,  adj.  (dcs.  oso),  desejo- 
so, «.  V.  —  de  seu  serviço,  —  de  boa  dou- 
trina. Arraes.  benévolo,  amoroso;  desejoso 
do  que  excita  a  (petite. 

QUERENTE,  adj.  dos  2  g  (des.  do  p.  a. 
Lat.  era  eus,  tis),  que  quer. 

QUERER,  V.  a  ido  Lat  qucero,  ere,  bus- 
car, procurar),  ter  vontade,  desejo  activo, 
exigir.    V.   g.  —  agua,   vinho,    comer,   ir 


viajar  ;  —  que  vás ,  faças.  —  ,  ordenar, 
mandar,  resolver:  quero  que  cesse  o  cofi* 
trabando  e  todo  o  monopólio.  Que  ma>s 
quer^  que  pretende?  visto  ter  já  consegui- 
do o  que  desejava.  Que  quer  isso  dizer'? 
que  signitica  ?  Sem  — ,  involuntariamente. 
—  ou  —  bem  a  alguém,  amal-o,  ter-lhe 
allecto.  Queira  Deus,  praza  a  Deus,  oxalá. 
Deus  que  bem,  (phras.  ellip.  ant.),  foi  Deus 
que  bem  lhe  quiz  fazer.  «  Se  o  doente  *"í- 
capa  Deus  que  bem.  »  J,  Ferr.  Com.  Ulis. 
— ,  pretender,  afirmar,  asseverar,  manter. 
Quer  Epicuro  que  Deus  seja  impróvido  ou 
descuidado  das  cousas  do  mundo  Quero 
que  assim  seja,  adníitto.  —se,  v.  r.  dese- 
jar-se.  Quero-me  ver  rodeado  de  amigos. 
As  damas  querem-se  idolatradas,  anim'idas. 
(impes.),  ter  precisão.  A  mocidade  qupr-se 
vigiada,  guiada  pelos  bons  exemplos;  — 
amar-se.  Os  esposos  querem-se  muito. 

QUERER,  s,  m.  (do  inf.  do  verbo  subst.), 
vontade,  acto  volitivo,  desejo  activo,  v.  g. 
fcste  homem  não  tem  — ,  não  tem  energia 
de  vontade. 

QUERETAjRO,  (geogr.)  cidade  do  México, 
capital  de  um  Estado  do  mesmo  nome^  42 
léguas  ao  NO.  do  México ;  3l),000  habi- 
tantes. 

QUERFURT,  (geogr )  cidade  murada  dos 
Estados  prussianos,  9  léguas  ao  O  de  Mar- 
seburgo  ;  3,1' O  habitantes. 

QUERIDO,  A,  p,  p.  de  querer,  e  adj.  de- 
sejado com  energia.  Tinha  —  alalharomal. 
Mal  — ,  desfavorecido,  v.  g.  Benjamim  era 
o  filho  -- -. 

QUERicuT,  (geogr.)  villa  de  França,  a  13 
léguas  ao  SE.  de  Terrascon  ;  b80  habitan- 
tes. 

QUERiMA.  (ant.),  V.  Ouerimonia. 

QUERiMONiA,  s.  f.  (Lat.),  (p.  us.),  queí- 
xume.  Pron.  o  u   sôa. 

QUERiNi ,  (hist.)  cardeal  e  sábio  italiano, 
nasceu  em  1680,  morreu  em  l7-9.  Deixou 
entre  outras  obras :  Primordia  Corcyrit\ 
Vida  de  Paulo  Hl. 

QUERLON,  (hist.)  escriptor  franrez,  nas- 
ceu era  1702,  morreu  em  >780.  Trabalhou 
para  diíTerentes  jornaese  escreveu:  Memo- 
rias para  a  historia  da  guerra  terminada 
pela  paz  d' Aix-la-Chapelle ;  Continuação 
da  Historia  das  viagens. 

QUERMES,  s.  m  (do  Arab.  ai  qermés,  a 
gran),  a  gran,  o  insecto  que  se  acha  dentro 
da  gran,  cochonilha.  V.  Alquermes  e  Ker- 
mes. 

QUERQUERO,  A,  adj.  (Lat.  querquerus.) 
Febre  querquea ,  febre  intensissirna  com 
grandes  calefrios  e  convulsão  dos  «efla- 
bros 

QUERUBIM.  V.   Cherubim. 

QUÊS,  contracção  usual  de  queres. 


OUE 


Qm 


351 


OUESADA,  (geogr.)  cidado  d'Hispanha,  6 
léguas  ao  E.  d'Ubeda;  1,200  habitan- 
tes, 

QUEsifAT,  (hist.)  economista  francez,  nas- 
ceu em  11)94,  morreu  em  1774  Escreveu 
entPH  muitas  obras  uma  Refutação  do  Tra- 
ctado  de  Silva  sobre  a  sangria,  ele 

OiBSNBL,  (hist.)  sábio  francez,  nasceu  em 
16  í4,  morreu  em  1719.  As  suas  prin^ipaes 
obras  são  Rfflejões  Moraes  sobre  o  Novo 
Testamento ;  Tradicção  da  hjreja  roma- 
na sobre  a  predestinação  dos  Sanctos  e 
sobre  a  graça  cjjicaz. 

QUEs:<0Y,  (geoxr.)  cidade  de  França,  5 
léguas  ao  NO.  d'Avernes ;  3,280  habitan- 
tes. 

QUESNOY-suR-DKULE.  ( geogp. )  cidade  de 
França,  'â  léguas  ao  NO.  de  Lille;  4,36U 
habitantes. 

QUESTÃO,  s.  f.  (Lat.  qucestio,  anis,]  pon- 
to que  se  discute;  controvérsia,  disputa: 
pergunta,  v.  g.  Pôr  em— ,em  duvida,  — 
de  nome,  que  versa  sobre  termos  e  não  so- 
bre o  ponto  essencial.  r>.  g.  Questões 
de  lan  de  cabra  ou  de  cagado,  ociosas,  fú- 
teis. 

QUESTÃoziNHA,  s.  f.  diminut.  de  Ques- 
tão. 

QUBSTEiiBERT,  (geogr.)  cidadft  de  França, 
5  léguas  e  meia  a  E.  de  Vanaes :  2,500 
habitantes. 

QLETiF,  (hist )  dominicano  francez,  nas- 
ceu em  16  8,  morreu  em  .69i.  Começou 
a  Biblíotheca  Scriptorum  ordinis  minorum, 
cum  nolis. 

QUESTIONADO,  A,  p.  p  de  qucstíonar,  e 
adj,,  discutid.\  controvertido,  disputada; 
V.  g.    perguntado,   interrogado. 

QUESTIONADOR,  A,  s.  que  questiona,  que 
interroga 

QUESTIONAR,  V.  fl.  (Lat.  quoecstío,  nis,  âos 
inf.  ar)  por  em  questão,    controverter,  dis- 
cutir ;  interrogar. 

QUESTIONÁVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  occ/)dis 
pulavel. 

QUESTIÚNCULA,  «./".(Lat  dim.  de í/íWKí'.io) 
(eschol.)  questãozinha. 

QUESTOK,  s.  m  (Lat.  qn(Bsi.or,  áequoero, 
ere,  procurar)  magistrado  da  antiga  Uoma, 
encarregado  do  erário,  de  cobrar  os  tributos. 
Queslores,  pi.  (do  Fr.  quétevr,  e  ant  quês- 
teur,  pedinte,  quèíe,  peditório)  frades  meo- 
dicantes    \  ron.  cuestor. 

QUESTORio,  A,  adj.  [qucBsíorius :  pron. 
cuestorio)  pertencente  ao  questor. 

QUESTUARio,  A,  adj.  (proH.  cuestuàrio) 
(\>.  us)  traficante,  chatim 

Q-JESTUOSO,  A,  adj.  (proo.  caestuoso  :  Lat. 
quaseòtuosus)  lucroso,  lueraiivo,  proveito- 
so. .     .    i  .    •"^  ••'. 

QUESTíRA,   s.  f.  (proo    cuestura)  oíBcio, 


cargo  do  questor,  magistrado  de  Roma  anti- 
ga- 

QUETTEnou,  (geogr.)  cidade  de  França, 
3  léguas  o  meia  ao  .NE.  de  Valogues ; 
2,00i)  habitantes. 

QUEUi.A,  (geogr.)  aldeia  capital  da  provín- 
cia de  Pondá  ;  2,483. 

QUEVEDO  DE  viLLEGAS,  (geogr.)  satyrico 
hispanhol,  nasceu  em  1580,  morreu  em 
1645  A  sua  principal  obra  ó  os  Suenos 
(os  sonhos). 

QUEiiQUER,  s.  m  (rust.  e  ant.)  qualquer 
cousa.   Lspantado  de — . 

QUEZALTENANGO     DO     ESPIRITO,     { geOgr. ) 

cidade  do  Guatiraala,  40  léguas  ao  SE.  de 
(iuatimah  ;  11,000  habitantes. 

.Nas  palavras  seguintes  ou  mo  soa 

Qui,  adv.  (do  Fr.  ant.  iJte,  ainda  hoje  usa- 
do na  icardia,  do  Gr  ekei,  ali)  neste  lugar. 
Até-qui,  até  aqui.  Não  ha  í/ut  homens,  jus- 
tiça, (ant.) 

QuiABEiRo,  s.  m.  (t  Brasil.)  planta  que 
dá  os  quiabos 

QUIABO,  s.  m.  (t.  Brasil  )  vagem  cónica, 
pontaguda,  dividida  em  repartimentos  lon- 
gitudinaes  que  contornas  sementes  do  çuia- 
beiro,  e  se  come  quando  tenra  como  as  va- 
gens do  feijão  No  Kio  de  Janeiro  lhe  chamam 
Quigcmbo  ou  Ouinanmhn. 

QuiAios  (S.  Mamede  de),  (geogr.)  villa  e 

freguesia  de  Portugal  vizinha  da  Figueira  e 

7  léguas  a  O.  de  Coimbra,  pouco  arruada, 

"e  de   4,500  habitantes,    em    grande   parte 

marítimos. 

QUiBERON,  (geogr.)  cidade  de  França,  na 
península  de  Quiberon,  6  léguas  ao  SO. 
d'Auray ;  2.000  habitantes. 

QuiBO  ,  (geogr.)  cidade  da  America  do 
Sul,  na  costa  S.  do  isthmo  de  Panamá. 

QUIÇÁ,  adv.  (do  Ital.  chi  sa,  pron.  ki  sá 
quem  sabe)  talvez,  porventura. 

QUiÇAis,  (ant.)  V.   Quiçã. 

yu'ÇAMASSuNGO,    (geogr.)  praso  da  Coroa 
Porlugueza   no  districlo  de  Sofalla,   que  se 
extende   NS.  perto  de  12  léguas,  contando 
de  Uupinda  até  Xingoé  e  Morope,  com  quem 
contina,  e  que  é  limitado  por  um  rio  de  agqa 
salgada  que  se  chama  Inhamunne. 
j      QUicio,  s.  m.  gonzo  deporta 
I      QuicoNGo,  s.  m.  (t.  Brasil,)  pao  medici- 
nal. 
I      QuiDPHOQUO,  s.  m.  (Lat )  V.  Quiproquó. 
i      QuiERZY-suR-oiSE,  (gcogr.)  villa  de  Fran- 
I  ça,  9  léguas  ao  (3.   de    Laon  ;  '/60   habi- 
{ tantes. 

i      QUIETAÇÃO,  s.  {.  tranquilladade,  descan- 
1  SO,  repouso,  socego,  r.  g.  —  do  animo,  es- 
pirijo  ;  —  da  republica,  do  motim,  tumul- 
j  to,  discórdia. 

Syn.  comp.  Quietação  é  cessação  demo- 
1  viiaanto.  Repouso  e  descanço  den-otap)  pa^- 
88  ♦  ■ 


8ftr 


QUÍ" 


Otl 


sa,  allivio  de  trabalho  afadigoso.  TranquiU 
lidade,  socego,  serenidade,  denotam  estado 
não  agitado  sem  referencia  a  agitação  ante- 
rior. Paz,  posto  que  se  refere  a  guerra, 
também  denota  estado  plácido,  v.  g.  passa- 
va á  vida  em  paz. 

de  quietar;   adj.  V. 


[mente  suff.)  com  quie- 


QUI.  TADO,   A,  p.   f 

Aquietado. 

QUIETAMENTE,  adv 

tação. 

QUIETAR,  V.  a.  V.  Aquietar. 

QuiETisMO,  s.  m.  (des.  ismo)  (p.  us.)  quie- 
tação, socpgo,  descanço ;  nome  de  uma  dou- 
trina também  chamada  wo/inwmo,  denomi- 
nação derivada  do  seu  autor  Miguel  de  Moli- 
na,  que  ensina  bastar  uma  continua  enle- 
vação ou  extasis  para  ganhar  a  bemaventu- 
ranç;»,  ainda  que  a  pessoa  se  entregue  a  tor- 
pezas peccaminosas. 

quietíssimo,  a,  adj.  superl.  de  quieto, 
muito  quieto,  plácido. 

QUiETiSTA,  s.  m.  (des.  ista)  sectário  do 
quietismo. 

QuiETiSTAS,  (hist.)  (de  Quies  repouso) 
mysticos,  que  fazem  consistir  a  prefeição 
christà  no  repouso  ou  inacção  completa  da 
alma,  entregue  a  uma  comtemplação  pas- 
siva,   e   desprezando   absolutamente   outro 

niialanpr  puiítaHn 

QUIETO,  A,  adj.  (Lat.  quietus,  de  quies, 
tis,  socego.  do  (ir  kathé,  assento)  quedo, 
immovel,  Iranquillo,  socegado,  aquietado. 
Mar,  vento — ,  não  agitado.  Povo  — ,  Ani- 
mo— . 

QUIETO  (Falveo),  (hist.)  2.^  filho  do  im- 
perador Mariano,  e  co-regente  em  :i6l,  foi 
morto  em  262. 

QUiEVRAiM,  (geogr.)  villa  da  Bélgica,  5 
léguas  ao  SO.  de  Mans  ;  2,0(10  habitantes. 

QuiGiLA,  s,  f.  (t.  Afric.)  antipalbid  queos 
negros  tem  a  certas  comeres.  — ,  (us.  fa- 
mil.)  aversão,  antipathia,  v.  g.  ter  —  a  ou 
com  alguém. 

QuiGii.AR,  v.n  [quigila,  ar  des.  iaf.)  to- 
mar quigila  a  alguém. 

QuiGOMBO.  V.   Quiabo. 

QuiJANDO.  V.   Quejando. 

QuiL,  s  m.  (pron.  cui/)  espécie  de  furão, 
animal  da  índia. 

QUILATADO.  A,  p.  p.  de  quilatar  ;  adj.  cu- 
jo quilate  foi  averiguado. 

QuiLATADOR,  s.  w.  contraste,  o  que  exami- 
na os  quilates. 

qutlatar,  V.  a.  {quilate,  ar  des.  inf.)  exa- 
minar os  quilates  do  metal,  das  pedras  pre- 
ciosas. —  os  merecimentos  de  alguém,  ava- 
liar, apreciar. 

QU  late,  s.  m,  (do  Arab.  qirat,  a  semente 
da  alfarroba  do  peso  de  quatro  gràos)  unida- 
de de  peso  usada  pelos  ourives  e  joalheiros 
pam  fíxar  apurtsw  datwiro,  prata»  eôpieéo 


das  pedras  preciosaís.  O  ouro  puro  se  suppôe 
ter  vinte  e  quatro  quilates ;  (tig  )  gráos  de 
pureza,  valia  Oj — s  do  amor,  do  saber,  do 
primor,  do  merecimento,  do  entendimento. 
V.  ^.Qualificar  os — s  do  amor  na  pedra  de 
toque  daaasencia. 

QuiLATEiRA,  s.  f.  [áes.  eiro)  peneirinhade 
metal  cora  furos  de  diversos  diamatros  que 
se  usa  para  apartar  as  pérolas  de  diversas 
grossuras. 

QUiLENGUES,  (geogr.)districto  de  Benguella, 
povoado  de  negros  bastante  civilisados  pelo 
trato  continuo  que  tem  com  os  moradores 
da  cidade  daquelle  nome,  que  dista  25  lé- 
guas ao  NO. ;  39,100  habitantes. 

QUILHA,  s.  f.  (Fr.  quille,  de  Gr.  koilos, 
concavo^  (naut.j  a  parte  inferior  do  navio, 
dft  qual  se  elevam  todas  as  obras  do  costado. 
Embarcações  de — ,  não  rasas.  —  limpa,  a 
quilha  por  si  só.  — ,  (fig  )  náo,  navio.  Lan- 
çar a — ,  (fig  )  por  o  alicerce,  a  base. 

QUILHADO,  A,  p.  p  de  quilhar;  adj.  que 
tem  quilha,  construído  sobre  quilha. 

QUILHAR,  V.  a.  [quilha,  ardes.  inf.)(naut.) 
por  quilha  aos  navios. 

QUILHAR,  adj.  m  ons.  orego  com  que  se 
pregam  as  cavernas  na  quilha  <ias  náos. 

QUíLiMANCY,  (geogr.)  rio  pouco  conheci- 
do da  Africa  oriental,  lança-se  no  Oceano 
índio. 

QuiLiMANE,  (geogr.)  ramo  do  Zambeze, 
íança-se  no  canal  de  Moçambique. 

QuiLiMANE,  (geogr,)  villa  capital  do  gover- 
no subalterno  deste  mesmo  nome.  em  Mo- 
çambique, eque  tem  o  nome  de  S  Martinho 
posto  que  não  seja  conhecida  por  elle,  e  sim 
pelo  que  se  deixa  mencionado.  z'* 

QuiLLAN,  (gfogr.)  cidade  de  França  5  le- ' 
guas  e  meia  a©  S.  de  Limoux  ;  1,8^0  ha- 
bitantes. 

QuiLLEBOEUF,  (geogr.)  cidade  de  França 
a  4  léguas  de  Ponte-d'Andemer ;  15U0  ha- 
bitantes. 

QuiLLET,  (hist.)  medico  francez,  e  poeta 
latino  moderno,  nasceu  em  1602,  morreu 
em  16()9.  E'  auclor  de  um  curiozo  poema 
latino  :  Callipcediat  seu  de  pulchrce  proUs 
habendce  ratione. 

QUILOMBO,  s.  m.  (t.  Brasil.)  lugar  onde  se 
refugiam  os  escravos  fugidos  no  interior  do 
sertão. 

QU'LOA,  (geogr.)  cidade  d'Africa  oriental, 
capital  do  reino  de  Quiloa,  na  bahia  do 
mesmo  nome.  O  reino  de  Quiloa  sobre  a 
costa  do  Zanguebar  ó  limitado  ao  .N.  pelo 
de  Zanzibar,  ao  S.  pela  capitania-general 
de  Moçambique;  .50.000  habitantes. 

QUILOMBO,  (geogr  )  serra  da  cordilheira 
dos  Aimorés,  no  Brazil,  na  província  do 
Uio-de-Janeiro,  distrioto  d^i  didade  do^^abo- 
Frio. 


oui 


ÍW 


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OUILOTA  OU  S.    MARTINHO   DK    Là   CONCHA, 

(geogr.)  cidade  do  Chili,  20  léguas  ao  NO. 
de  Santiago. 

QUiMÃo  s.  m.  (t.  da  Ásia)  roupão  talar, 
/argo  e  aberto  por  diante.  Quimõesde  peites 
de  animaes.  Lucena,  Fern    Mendes,  Couto. 

0UIII8RA,  s.  f.  V.  Chimnra. 

QUiMKRico,  A,  adj.  V.  Chiinerico. 

OUIMBRISTA  ou   CHfXERISTA,    S.    TM.    (p.  US.) 

inventor  de  chim«ras. 

QUÍMERIZ\R   ou   CHIMERIZAR,    V.    a.    (p.  US.) 

inventar  chimeras.  — ,  v.  n.  phantasiar. 

química,  s.  f.  V.   Chimica. 

químico,  *.  wi.  V.  Chimico. 

QuiMiNHA,  s.  f.  planta  de  Angola.  V.  Mi- 
nhaminha. 

QUIMPER    ou     QUIMPER    CORENTIN,    (geOgr.) 

cidade  marítima  de  França  ,  12  léguas 
e  meia  ao  SE.  de  Brest ;  9,715  habitan- 
tes. 

QUiMPERLS,  (geogr.)  outrora  Quimper- 
EUé,  cidade  de  França,  a  11  léguas  ao  SE. 
de  Quimper ;  5,540  habitantes. 

QUINA,  s.  f.  (t.  Peruviano)  casca  amargo- 
sa e  febrifuga  do  Peru. 

QUINA,  s.  f.  (do  Gr.  gonia,  angulo)  canto 
esquina.  —  viva,  muito  aguda. 

QUINADO,  A,  adj.  (des.  a-lj  ado)  (pharm.) 
Vinho  — ,  em  que  seinfundio  quina,  casca 
peruviana. 

QuiNAL,  í.  m.  (ant.)  medida  do  vinte  e 
cinco  almudes. 

QUINALONGA,  (geogr.)  ilhas  do  Cuauza,  que 
fazem  parle  do  districto  de  Pungo  Andongo, 
as  quaes  foram  era  1745  cei I idas  á  Coroa  de 
Portugal  pela  lainha  Ginga 

QUiNAO,  s.  m.  (do  Lat.  quianam,  porque?) 
emenda  de  erro  que  Ui  o  discípulo  respon- 
dendo. Dar — ,  argumentando,  apanharem 
erro. 

QuiNAQuiNA,  s.  f.  (t.  Peruv.)  casca  amar- 
gosa e  febrifuga  do  Peru. 

QuiNARio,  A,  a'//,  (pron.  cuinario\  Lat. 
quinarin^]  que  contem  cinco.  Numero  — , 
cinco  uniiades. 

QUiNARio,  s.  m.  (Lat.  quinarius)  cinco  as- 
ses, moeda  antiga  romana. 

QUINAS,  s.  m.  pi.  (Lat.  quini^  oe,  que  con- 
tem cinco)  parelhas  de  cinco  nos  dados.  As 
—  porluguezas,  as  armas  de  Portugal,  as- 
sim denominadas  em  razão  dos  cinco  pon- 
tos marcados  no  escudo. 

QuiNCALHARiA,  s.  f.  V.  QninquHharia. 

QuiNCALnKiRo,  «.  m.  (des.  ciro)  o  que  ven- 
de quinquilharias. 

quincalogo,  s.m.  V.  Quinqualogo. 

QUINCHOSO.  V.  Quintal.  , 

QUiNCY,  (geogr)  villa  deFranç»,  a  légua  j 
e  meia  ao  S.  de  Meaux ;  !2i,050  habitan- ' 
tes. 

QUiMfrBCENViROS,  ê.  m,  pi,  (Lat.  qxkmAt" 


cimviri)  os  quinze  magistrados  que,  na  an- 
tiga Roma,  presidiam  aos  negócios  religiosos. 
O  u  sôa. 

QuiNDENio,  s.m.  (Lat.  ^uíndíni,  que  con- 
tem quinze)  pensão  que  se  paga  todos  os 
quinze  annos  ao  papa,  de  igrejas  annexas, 
de  rendas  ecclesiasticas.   kvon.  o  u  sôa 

quinfandongo,  (geogr.)  povoação  do  dis- 
tricto da  Barra  do  Bengo,  situada  junto  da 
espécie  de  lagamar,  que  ahi  forma  o  rio 
Bengo. 

QuiNGEY,  (geogr.)  cidade  de  França,  4  lé- 
guas e  meia  ao  SO.  de  Desancou ;  OOO  ha- 
bitantes. 

QUINGONHO,    V.    Quiabo. 

QuiNGOSTA,  s.  f.    V.  Cangosta. 

QuiNGUiNDA,  (geogr.)  serra  da  província 
de  Sergipe,  do  Brazil,  districto  da  villa  de 
Lagarto. 

QUINHÃO,  *.  m  (do  Fr.  quignon,  naco,  pe- 
daço de  pão)  ração,  pitança ;  parte  que  to- 
ca a  alguém  eaa  pirtilha  ou  distribuição,  v. 
g.  os  quinhões  de  cada  herdeiro.  — ,  (fig.) 
copia,  quantidade,  ex.  «  tm  feridos  houve 
bom  quinhão.  » 

QUiNHÃoziNHO,  s.  m.  diminut,  de  quinhão 
pequeno  quinhão 

QuiNHENTEsmo,  A,  adj.  V.  Quinquagesi- 
mo. 

QUINHENTISTA,  Sm.  (des.  isía)  autor,  es- 
cripior  portuíçuez  do  XV  século  ,  o  que  apre- 
cia o  estylo  dos  clássicos  d'aquelle  século. 

QUINHENTOS,  AS,  adj,  numcr.  (Lat.  quin» 
genli)  cinco  centenas. 

QuiNHOAR,  V.  a.  V.  Aqwnhoar. 

QuiNHOEiRO,  A,  adj.  (des.  et ro)  o  que  tem 
quinhão,  que  part  cipa  de  quinhão,  partici- 
pante. —  na  demanda,  com  parte. 

QUíNHOM,  (ant.)  V.  Quinhão. 

QUiNi-SEXTO,  (hist.)  concilio  reunido  em 
Consiantinapla  no  anno  69  i;  nelle  foram 
regeiladas  as  Conslituiçõas  apostólicas.  Deu- 
se-lh-i  o  nocne  de  Quini-Sexto  porque  subs- 
tituiu pelos  seus  cânones  o  5.**  concilio 
[qijbinu^]  e  o  6.*^  [sexiut). 

QUiNOLA,  s.f.  (d)Cast.,  escudeiro  de  da- 
mas) o  valete  dí3C)pas  nojoso  doreversino. 

QUiNOHEZ  (hist.)  cardeal  hispinhol,  nas- 
ceu em  1485,  morreu  em  1540.  Publicou 
um  famozo  Breviarium 

QUiNQUAGENARio,  A,  adj.  (Lat.  quinqua^C' 
narius)  que  tem  cincoenta  annos  de  idade: 
decineoenta. 

quinquagesima,  (hist.)  (do  latkn  çuin- 
quagestmus,  cincoenta).  E'  assim  chamado 
na  igreja  romana,  o  domingo  que  cae  50 
dias  antes  da  Paschoa. 

QUiNQUAGBSiMo,  A,  adj .ordOiál [LàX.  quin- 
quagesimus)  o  que  corresponde  ao  numero 
cincoenta. 
OuiNQtiAi/>«o,  f k  n^.  (do  Lat.  oíaímu^  cia- 


354 


QUI 


OUI 


CO,  elogos)  os  cinco  mandamentos  da  santa 
madre  igreja 

OuiNQUATRios,  s.  m.  pi.  (mjth.)  festas,  na 
antiga  Roma,  em  honra  de  Minerva,  que  du- 
ravam cinco  dias. 

QUiNQUEFOLio,  s.  m.  [L&t.  quinquefoUum 
planta. 

QuiNQUEGENTU,  (hist.)  Home  de  um  ge- 
neral do  cinco  tribus  da  Ásia  e  da  >umi- 
dia  no  tempo  de  Diocleciano,  sustentou  o 
usurpador  Juliano,  mas  foi  vencido  por 
Maximiano  em  2b6. 

QUiNQUENNAL,  adj .  dos  2  Q.  (Lot.  quiu- 
quennalis)  que  dura  cinco  annos  ;  que  se 
repete  de  cinco  em  cinco  annos  ",  lustral. 

QUINQUÉNIO,  s.  w.  (Lat.  quinquenuium) 
espaço  de  cinco  annos;  lustro.      ijííysiuií 

QuiNQUENOVE,  s.  »».  jogo  de  dados  emque 
perdem  os  pontos  cinco  e  os  nove. 

QUINQUEPARTIDO,    A,    afií/ •  psrtido  CSU  CÍQCO 

partes. 

QuiNQUEVTR,  s.  TU.  UMi  dos  membros  do 
quinquevirato. 

QUiNQOEViRATO,  s.  m.  tribuual  romano 
provincial  composto  de  cinco  membros,  que 
tinham  a  inspecção  sobre  a  agricultura. 

N.  B.  O  u  sôa  em  todos  os  precedentes 
termos  formados  do  quinque  Lai. ^  cinco 

QUINQUILHARIA,  s.  f.  (do  Fr.  quificaillerie, 
áe  quincaille,  voz  imitativa  do  tinnido)  pe- 
ças de  ornato  de  aço  e  outros  metaes 

QUiNQUiLHEiRO.  V.  Quincãlheiro. 

QUINTA,  s.  f.  (do  Arab.  ghennot)  casa  de 
campo  com  granja  ou  terras  de  grangearia. 
Moraes,  ignorando  a  origem  d'este  termo, 
diz  que  se  chama  quinta  porque  os  quin- 
teiros pagam  de  ordinário  a  quinta  parte  dos 
fructos. 

QUINTA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  quinto] 
na  musica ,  intervallo  comprehendido  em 
cinco  tOQOS.  No  jogo  dos  centos,  são  cim;o 
cartas  seguidas.  A  — ,  classe  em  que  anti- 
gamente se  traduzia  o  Lalim. 

QuiNTÃA,  s.  f.  (ant.)  quinta,  casa  de  cam- 
po. 

QUiNTÃA;  (geogr  )  povoação  de  Portugal 
no  concelho  de  Cadima,  4  léguas  ao  O. 
de  Coimbra,  2,100  habitantes.  Ha  outra 
denominada  de  Pedro  Martins  no  concelho 
de  Castello-Hodrigo,  com  4.iO  habitantes. 

QuiNTADO,  A,  p.p.  de  quiutar ;  arfj.  tira- 
do década  cinco  um. 

QUiNTA-ESSENCiA,  s.  f.  ua chimiçfii,  apar- 
te amais  pura,  amais  essencial.    íim^v]*,, 

QUINTAL,  s.  m.  (do  Arab.  qentar,  peso  do 
120  arráteis)  peso  de  quatro  arrobas. 

QUINTAL,  s  m.  [áQquinta,  dess.oí)  por- 
ção pequena  de  terra  pa  cidade,  plantada  de 
arvortts  e  murada,  de Qrdincirio  junto  á  casa 
de  habitação. 

aviNTAL^OÀg,  «,  í»,  pi'  ^Q|-)  03  qw^ntaeç 
dá 


de  pimenta  que  cada  official  da  feitoria  po- 
dia comprar  para  seu  negocio,  ou  que  lhe 
era  concedida  por  certo  preço  como  salário; 
o  que  o  marinheiro  poae  levar  no  seu  ran- 
cho para  seu  uso  ou  negocio  sem  pagar  fre- 
te. 

QuiNTALÃo,  s.  m.  augment  de  quintal, 
quintal  grande. 

QuiNTALEJO,  s.  m.  diminut.  de  quintal, 
pequeno  quintal;  um  barril  de  duas  arro- 
bas. 

QUINTALILHO  OU  QUINTALZINHO,  S.  W.  di- 
minuí, de  quintal. 

QUINTANA,  adj.  f.  Febre  — ,  que  vem  de 
cinco  em  cinco  dias. 

QUINTANA,  (geogr.)  cidade  d'Hispanha,  6 
léguas  ao  '^.  de  Villanueva-la-Serena  ;  4,000 
habitantes. 

QUINTANAR-DÍL-ORDKN   ,     (gCOgr.)     cidade 

d'Hispaiiha,  6  legnas  ao  N.  d'Alcazar-de- 
S.-Juan  ;  6,400  habitantes. 

QU'NTAR,  V  a.  [quinto  ar  des.  inf.)  tirar 
década  cinco  um.  —  o  ouro,  tirar  a  quinta 
parte  para  o  rei.  —  o  regimento,  castigar 
os  soldados  quintados. 

QUiNTKiRA,  s.  f.  mulhor  do  quinteiro. 

QUINTEIRO,  s.  m.  (des.  eiró]  abegào,  fei- 
tor de  quinta. 

QuiNTELLA,  (gcogr.)  povoação  de  Portu- 
gal situada  a  6  léguas  de  Lamego,  no  con- 
celho da  Lapa ,  cou<  400  habitantes,  lia 
outra  denominada  de  Azurara  no  conce- 
lho de  Mangoalde,  e  3  legoas  ao  S.  de  Yi- 
zeu,  50(j  habitantes 

QuiNTiL,  s,  m.  (Lat.  Quintilis]  o  mez  de 
Jnlho,  quinto  do  antigo  anno  romano  quan- 
do começava  em  Março. 

QUINTILHA,  s.  f.  cinco  versos  lyriíios  ri- 
mados, V.  g.  As  —  s  de  Nicolau  Tolen- 
tino, 

QUINTILIANO,  (hist.)  ilf.  Fahius  Quintilia- 
nus,  celebre  rhetorioo,  nasceu  em  Roma 
no  anno  42  de  Jesu-Chisto.  Deixou  um 
traclado  em  12  livros  De  institutione  ora- 
tória ou  da  Educação  do  Orador. 

QuiNTiLiO,  s.  f.  (pharm  )  preparação  de 
aniimon-o  em  pó. 

QuiNTiLio,  (hist.)  nome  de  uma  famillia 
romana  cujo  ramo  mais  conhecido  é  o  dos 
Varos. 

QUiNTiLLO,  (hist.)  M.  Aurelius  Claudius 
Quintillus  ,  irmão  de  Cláudio  II,  e  chefe 
de  ura  corpo  na  Aquilea,  vio-se  abandona- 
do por  todos  depois  de  se  fazer  proclamar 
augusto,  ematou-se  no  fim  de  17  dias  de 
reinado 

QUiNTiN,  (geogr.)  cidade  do  França,  5 
léguas  ao  O.  de  S.  Brien  ;  4,450  habitan- 
tes. 

QuiNTiNHA,  .9.  f  diminut.  de  quinta,  pe- 
quena qi^inta  ou  ladeada  rural 


OUI 


oui 


355 


QUiHTiNO  (S.),  (hist.)  soffreu  o  raartyrio 
no  Vermandez  em  287.  É  festejado  a  Òl 
d'Outabro. 

QUINTINO  (S.),  (gfiogr.)  poToaçàode  Por- 
tugal a  5  léguas  de  juisboa  ;  2,75U  habitan- 
tes. 

QUiHTio,  (hist.)  Quinctius  Capitolinus, 
foi  seis  vezes  cônsul  e  batteu  os  Volscos 
em  46 -t  antes  de  Jesu-Christo. 

QUINTO,  A,  adj.  numer.  ordin.  (Lat,  quiu' 
tus)  o  que  na  strie  numérica  está  entre  o 
quarto  esext).  Pron.  kinlo. 

QUINTO,  *.  m.  a  quinta  parte,  t.  g.  o  — 
do  ouro.  Á  náu  dos—s,  a  que  antigamen- 
te trazia  a  Lisboa  o  producto  do  quinio  das 
minas  de  ouro  do  Brasil  — ,  jogo  da  espa- 
dilha de  cinco  pessoas. 

QUINTO  cuRCio,  (hist.)  Quiníus  Curcius 
fíussus,  historiador  latino.  Wão  se  sabe 
nada  da  sua  vida,  presume-se  que  viveu 
no  1.°  século  da  nossa  era  Deixou  uma 
Historia  d' Alexandre,  em  10  livros. 

QUINTO,  (geogr.)  rio  das  Provincias-Uni- 
das  do  liio  da  Prata,  atravessa  as  provín- 
cias d©  S.  Luiz  e  de  Córdova  e  cae  n'um 
pequeno  lago. 

QUINTO  DE  SMYRNA,  (hist.)  chamado  tam- 
b-ra  Quintus  Calaber,  poeta  grego,  de  que 
se  não  sabe  a  epocha.  Ha  cotn  o  seu  no- 
me um  poema,  em  continuação  da  Illia- 
da. 

QUiNTUviRO,  s.  m.  (Lat.  quintuvir)  magis- 
trado da  antiga  Roma,  membro  du  tribunal 
chamado  quintumvirato. 

QuiNTurtiCAR,  V.  a.  multiplicar  por  cinco* 

QUINIUPLO,  A,  adj.  (Lat.  quintuplex,  icis.) 
cinco  vezes  outro  tanto.  O — ,  cinco  tan- 
tos. 

QuiNZANGA,  (geogr.)  uma  das  ilhas  do  rio 
Cuanza,  e  a  única  delias  que  é  habitada,  ain- 
da que  por  poucos  moradores 

QUiNZANo,  (hist.)  poeta  latino  moderno, 
nasceu  em  1^8^,  morreu  em  1557.  Dei- 
xou muitas  poesias. 

QUINZE,  adj  numeral  dos  2  g.  (Lat.  quin- 
decim.)  uma  dezena  e  mais  cinco.  Dar — e 
fauta,  partido  de  jogo.  —  de  resto,  jogo  de 
envidar  a  fazer  quinze  com  cartas. 

QUINZENA  ,  í.  /■.  a  decima  quinta  parte ; 
uma  arroba  de  cada  quinze  que  os  lavra- 
dores da  Bahia  pagam  aos  senhores  de  en- 
genhos do  assucar  que  fazem,  pela  renda 
da  terra. 

QUiPELA,  s.  f.  (t.  da  Ásia)  animal  da  ín- 
dia. 

QUIPROQUÓ,  s.  m.  o  tomar  uma  cousa  por 
outra,  como  qui  Latino  porqfwo  ;  substitui- 
ção fraudulosa  ou  accidental  Pron.  o  u 
sôa. 

QUiRA,  (ant.)  por  Queira. 

QUiRATE,  s.  m.  (ant.)  V.  Quilate. 


QuiRAto,  s.  m.  nome  de  uma  arToredo 
Brasil. 

QuiRiLLO,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portu- 
gueza,  no  districto  de  Quilimane  ;  é  muilo 
abundante  em  toda  a  espécie  demimtimen- 
tos  ecom  muita  caça;  boas  madeiras. 

QuiRiNAL  (monte),  (googr.)  Quirinalis» 
mons,  uma  das  sete  collinas  de  Homa,  en- 
tre a  collina  Horta  lana  ao  N.  e  o  monte 
Viminal  ao  S. 

QUiRios.  s.  m.  V.  Kyrie. 

QuiRiTES,  (hist.)  nome  usado  primeira- 
mente ptlos  Sabino«,  depois  pelos  próprios 
ilomanos,  depois  da  fuzào  dos  Romanos  de 
Rumulo,  e  dos  Sabinos  de  Tacio  Proa.  o 
u  sôa.  •  ' .  f»> 

QUiROGA,  (hist.)  missionário  hispanhol, 
nasceu  em  '707,  morreu  em  1784,  visitou 
as  terras  de  Magalhães,  e  redigiu  um  Jor^ 
nal  da  sua  viagem. 

QUIROMANCIA.   V.   Chiromancia. 

QuiROs  (srchipelago),  (geogr.)  nome  da- 
do por  alguns  geographos  modernos  ás 
grandes  Cyclades  e  ás  iSovas  Hebridas,  vi- 
sitadas por  Quiros. 

QUiROS,  (hist,)  (Fernandez  de),  navega- 
dor hispanhol,  substituiu  Mendana  no  com- 
D  ando  em  1595,  conduziu  os  restos  da  es- 
quadra ao  México,  a  Manilla  e  ao  Peru. 
Descobriu  muita.s  ilhas  e  archipelagos  da 
Polynpsia,  e  morreu  em  Uitt  em  Panamá. 
Publicou  uma  Memoria  com  o  tiiiilo  de : 
P.  F.  Quiros  narratio  de  terra  australi 
incógnita. 

QuiSECo,  s.  m.  nome  de  uma  arvore  de 
Benguella. 

QuisGNALis,  (bot.)  geuero  de  Plantas  da 
famillia  da  Comberlaceas  e  da  Decandria 
Monogynia,  L. 

QUissÁ,  adv.  V.   Quiçá. 

QuisSAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  7  lé- 
guas ao  NO.  de  Nimes  ;  1,íjOO  habitantes. 

QuissENB,  (geogr.)  praso  da  Coroa  de  Por- 
tugal, no  districto  de  Sofalla,  que  tem  no 
seu  maior  comprimento  2  léguas,  e  outro 
tanto  na  sua  maior  largura. 

QUISTO,  A,  adj.  querido,  reputado  «Ser 
mui  —  e  amado  do  seu  povo.  »  Barros.  Bem 
ou  mal — ,  bem  ou  mal  visto,  olhado,  re- 
putado. 

QUITA,  s.  f.  de  quitar.)  remissão,  per- 
dão de  divida.  Fazer — ,  perdoar  a  divida. 

QUITA  (Domingos  dos  Beis),  (hist.)  poeta 
portuguez,  nasceu  em  1728,  morreu  em 
1770  As  suas  obras  formam  2  volumes  em 
S.*'  consistem  em  5  tragedias  (a  melhor  é 
D.  Ignez  de  Castro)  e  em  sonetos,  elegioi 
e  idyliios. 

QUITAÇÃO  ,  s.  f.  {quita,  des.  ção.)  acto 
pelo  qual  desobrigamos  alguém  de  divida. 
Passar — . 

89  • 


S56 


m 


QDt 


«^QUTTADO,  A,  p.  p.  de  quitar;  adj.  remit- 
tido,  perdoado.  Divida  — ,  perdoada.  Pena 
— ,  remittida.  — ,  poupado,  evitado.  Ques- 
tões — s. 

QuiTAMENTO,  s.  m.  (mento  suíf.)  desqui- 
te, di/orcio  entre  casados;  quitação  de  di- 
vida. 

QUiTANÇA,  s.  f.  (ant.)  V.  Quitação,  Re- 
cibo. 

QUITAR,  V.  a.  {quite,  ar  des.  inf.)  remit- 
tir  a  divida,  declarar  o  devedor  quite  dp.  di- 
vida ou  obrigação  ,  ou  da  pena  incorrida  , 
castigo. — ,  poupar,  v.  g  quitar -lhe  o  pe- 
.jo  ; — questões. — ,  impedir,  tolher,  tirar. 

—  o  marido,  desquitar-se  delle.  Quitou  a 
mulher,  deixou-a. — se,  «.r.  desquitar-se. 

—  a  mulher  do  marido,  ou  o  marido  da  mu- 
lher. — ,  apartar-se,  v.  g.  —  dos  maus  cos- 
tumes.— ,  não  cumprir  a  avença,  o  ajuste, 
o  pacto. 

QuiTASOL,  s,  m.  chapéu  de  sol,  sombrei- 
ro de  pó. 

QUITE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  quietus,  quie- 
to, socegado  )  livre,  desobrigado  de  divida 
ou  obrigação,  ónus.  — ,  perdoado,  v.  g.  se- 
jam os  açoutes — .  — ,  apartado,  desquita- 
do. «  D.  Berengueira  casada  com  El-Rei  de 
Leão,  e  —  delle.  »  Chron.  de  Cister. — ,  li- 
vre, desembaraçado,  v.  g.  ver-se  —  de  al- 
guém. 

QuiTELLO,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
a  mais  oriental  de  todo  o  reino,  situada  a 
2  léguas  e  meia  ao  NE.  de  Miranda,  pró- 
xima ao  Douro  no  distrito  de  Bragança  ;  a 
sua  longitude  oriental  excede  2  minutos  o 
de  Paradella 

'■,  QuiTEsiENTE,  adv.  [mente  sufif.)  (ant.)  li- 
vremente, sem  embaraço. 

QuiTEVE,  s.  m.  (voz  Afric.)  nome  genéri- 
co dos  régulos  do  sertão  e  rio  de  Sofala. 
■"'quito.  A,  adj.  (ant  ^  V.  Quite,  Litre 

QUITO,  (geogr.)  cidade  da  America  do 
sul,  capital  do  antigo  reiuo  de  Quito,  e 
actualmente  da  republica  do'' Equador ; 
70,000  habitantes. 

,  QUITO  (reino  de),  (geogr.)  antiga  audien- 
'cia  da  Kova-Granada,  com  o  titulo  de  rei- 


no, foi  depois  compreendida  na  parte  ao 
SO.  da  Colômbia. 

QuiTUMBATA,  s.  f.  nomc  de  um  arbusto 
de  Benguela. 

QuiTURA,  s.  f.  um  moio  de  milho  no  Mo- 
nomotapa.  Santos  Ethiop. 

QUIXERAMOBIM    OU     QUiXERAMUBI,     (geOgf  ) 

rio  na  proviucia  do  Ceará,  no   Brazil. 

Quixos-E-MACAS,  (geog.)  região  da  Nova 
Granada,  tira  o  seu  nome  de  duas  povoa- 
ções indigenas,  que  formam  quasi  toda  a 
sua  população. 

QuiTY.  V.  Quite. 

QUOCIENTE,  s.  m.  (Lat.  quotiens  ou  qu^O" 
ties,  quantas  vezes.)  (arith.)  resultado  da  di- 
visão de  um  numero  por  outro.  Pron.  cuo- 
ciente. 

QUODLiBETAL  ,  adj.  (des.  adj.  aí.)  (ant.) 
concernente  ao  acto  do  quodlibeto. 

QU0DL'BETO,  s.  m.  Home  de  um  acto  an- 
tigo que  faziam  os  doutorandos  na  univer- 
sidade de  Coimbra  antes  da  reforma  (em 
1772)  no  fim  do  nono  anno.  Pron.  o  u 
sôa. 

QUOGELO,  s.  m.  espécie  de  crocodilo  da 
Gafraria. 

QUOJA  (reino  de),  (geogr.)  na  costa  da 
Serra-Leôa. 

QUOLLA  ou  QUORRA,  (geogr.)  uome  que 
se  dá  ao  Djoliba  ou  ao  Niger  depois  d'elle 
ter  passado  o  Tombonctou. 

QUALOE,  (geogr.)  (istoé  ilha  das  baleias) 
ilha  do  mar  (llacial,  na  Norwega,  na  cos- 
ta ao  NO.  deste  paiz.  '"^ 

QUOMO,  (ant.)  V.  Como. 

QUOTA,  adj.  f.  — parte,  o  que  toca  a  ca- 
da um. 

QUOTE,  s.   m.  V.  Cote,  Quotidiano. 

QUOTIDIANAMENTE  ,  adv.  [meutc  suíT.)  de 
todos  os  dias. 

QUOTIDIANO,  A,  adj  (Lai.  quotidianus)  de 
todos  os  dias.  O  pão — ,  diário.  Febre — , 
cujos  crescimentos  repetem  cada  dia.       " 

QUOTiLiQUE,  s.  m.  Homem  de — ,  (chul.) 
de  importância. 

QUY,  (ant.)  por  Qui,  Aqui. 


\b 


r»'-iir<;>>oq  f  Jn 


ív', 


RAB 


RAB 


S57 


R 


1,  *.  m  pron.  érre^  decima  oitava  letra 
do  alphabeto  Porluguez,  e  decima  quarta 
das  consoantes.  No  principio  das  palavras 
sôa  como  quando  é  dobrado,  isto  é,  tem 
som  forte  e  asoero,  v.  g.  em  rabo,  rosa; 
entre  vogaes,  e  precedida  de  h,  c,  d,  f,  g, 
p,  í  e  t>,  tem  som  brando  e  fluente  ou  li- 
quido, V.  g.  brando,  claro,  vidro,  frio.  grou, 
prova,  traz,  livro.  Em  muitas  línguas  subs- 
titue-se  a  /,  v.  g.  em  Portuguez,  prumo  e 
plumo.  Ingrez  e  Inglez,  frol  ant.  por  flor. 
Was  vozes  em  que  sôa  forte  é  som  imitati- 
vo de  movimento  violento  e  rápido,  tanto 
em  Latim  como  em  Portuguez,  v.  g.  rom- 
per, roncar,  correr,  rebentar,  arruinar,  ro- 
lar, rodar.  Cs  antigos  dobravam  o  rno  prin- 
cipio das  palavras,  v.  g.  rrei,  rroupa. 

R,  abreviatura  de  receberá  ;  de  resposta. 
de  réo  ou  r^  ;  de  reprovo,  reverendo;  e  em 
formulas  de  medico,  recipe,  tome. 

João  Franco,  Barreto,  e  Moraes  querem 
que  demos  ao  r  a  denominação  de  ré,  mas 
além  do  inconveniente  de  mudar  um  nome 
antiquíssimo,  não  ha  mais  razão  para  ado- 
ptar o  de  ré  que  o  de  ra,  ro,  ri  ou  ru, 
Yisto  que  o  som  deste  caracter  de  per  sié 
uma  vibração  da  voz  em  que  não  entre  vo- 
gal. 

RÃA.  V.  Ban. 

RAAB  ou  RABO,  (gcogr.)  i4rraòo  em  latim, 
no  dos  Estados  Austriscos,  nasce  na  Sly- 
ria,  e  cae  no  Danúbio  em  Raab. 

RAAB  ou  JAVABiN,  (gPogr.)  A rrãboTia  ôos 
antigos  Jararinum  em  latim  moderno,  ci- 
dade na  Hungria,  27  léguas  a  ^0.  de  Bu- 
de  ;  1 3, 'í  OU  habitantes. 

RABAÇA,  «.  f.  (Lat.  rapa,  raiz  do  nabo.) 
planta  aquática  ;  (Gg.)  pessoa  insulsa,  sem 
sabor. 

RABAÇA,  s.  f.   (ant.)  bubão  de  má  sorte. 

RABAÇAL  ,    S.    W».    (dcS.     COllcCt,  o/.)    plaO- 

tio  de  rabaças. 

RABAÇAL,  (geogr.)  concelho  de  Portugal, 
situado  a  4  léguas  de  Coimbra,  2,478  habi- 
tantes. 

▼OL.    IT. 


RABAÇARTA,  s.  f.  [tahaça,  des.  ária.)  hor- 
taliça, hervas,  frutas  grosseiras.  Amigo  de 
— s. 

RABACEiRo,  A,  adj .  (dcs.  eivo.)  amigo  de 
rabaçarias. 

rabacoelha.  V.  fíabicoelha. 

RABADA ,  s.  f,  [rabo,  des.  s.  arfa.)  rabo 
de  peixe  ;  (íig  )  popa  do  navio.  —  ,  (ant.) 
trança  do  cabello  terminada  por  laços  de 
Ota. 

rabadam  ou  rabadão,  s.  m.  (ant.)  guar- 
dador assoldadado   do  gado  ou  de  porcos. 

rabadaoa,  s.  f.  (t.  da  Beira)  nome  de  um 
jogo  de  rapazes. 

rabadella,  s.  f.  (de  rabada  )  na  ribeira 
de  Lisboa  é  o  peixe  que  fica  para  o  pes- 
cador que  o  pescou  á  linha.  — ,  (anat.  ant ) 
á  extremidade  do  espinhaço,  o  osso  sacro. 

rabadilha,  s.  f.  rabadella  ;  sobre- cu  da 
gallinha. 

RABADO ,  A,  adj.  [rabo,  des.  adj.  ado.) 
caudato.  Cometa — . 

rabalde.  V.  Arrabalde. 

RABALHA  OU  RABALVA;  adj.    (t  do  Miuho) 

quarta  —  ,  medida  de  liquidos  usada  no 
fo-^to,  de  menor  capacidade  que  a  quarta 
nova 

RABALYA,  s.  f.  [rabo,  e  alvo.)  (h.  n.)  ave 
nocturna  de  rapina  que  tem  a  cauda  branca. 
RABAN  MAUR,  [hist.)  Rhabatius  Maurus  OU 
iMagneníius,  sábio  allemào,  nasceu  em  776, 
morreu  em  856.  Deixou  :   Invenção  das  lin- 
\  guas  desde  o  Hebreu  até  ao  Tudesco,  e  di- 
{ versas  obras  eccleí^iasticas 
j      BABANA,  s.  f.  (t.  da  Índia)  atabale que  05 
I  Malabares    trazem   dependurados    ao  pes- 
coço. 

RABANADA ,  s.  f.  (des.  s.  ada.)  pancada 
que  o  peixe  dá  com  o  rabo.  — s,  (t  da  Bei- 
ra) fatias  que  se  fazem  naquella  província 
pelo  entrudo. 

RABANHO.  V.  llebanho. 
RABÃO,  *.  m.  {Lail.  raphanus),  espécie  de 
raiz  branca  succosa,  que  se  come.  PI.  Rd- 
bãos. 

90 


358 


tms 


PUR 


RABÃO,  ONA,  aâj^  que  tem  rabo  cortado. 
V.  g.  Cavallo  — .  Égua  — . 

RABASTENS,  (geogp.)  cidade  de  França,  a 
9  léguas  SO.  de  Alby  ;  5,680  habitantes 

RABASTENS,  (geogr.)  Cidade  de  França,  a 
4  léguas  ao  Mi.  de  Tarbes  ;  i,'iOO  habi- 
tantes. 

RABAT,  ARBaTE  OU  NOVA-SALÉ,  (gCOgr.)  ci' 

dade  do  estado  de  Marrocos,  defronte  da 
Velha-Salé. 

RABALT-SANTO-ESTI  VÃO  ,    (hlsl.)    eSCliptOf 

francez,  nasceu  em  1741,  morreu  em  1793. 
Deixou  :  Resumo  da  Historia  da  Revolução 
Franceza  ;  Cartas  a  Bailiy  sobre  a  historia 
primitiva  da  Grécia. 

RABBAH,  (geogr.)  villa  da  Syria,  a  E.  do 
Mar  Morto  ,  25  léguas  ao  SÉ.  de  Jerusa- 
lém. 

BABAZ,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  rapax,  eis  ) 
V.  Rapace. 

rab'avento,  adv.  com  o  rado  ou  vento. 
V.  g.  Voar  a  ave  — ,  segundo  a  direcção 
do  vento. 

RABDAT-AMMON,  (geogr. )  hojo  immaíi,  ca- 
pital dos  Ammonitas,  a  E.  do  Jordão,  e 
perto  das  nascentes  do  Amraon. 

RABBE,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu  em 
1786,  morreu  em  18:^0.  Escreveu:  Resu- 
mos da  historia  da  Rússia,  de  Portugal, 
de  Hispanha,  etc. 

RABBi  ou  RABBiNO ,  s.  w*.  (do  Hubralco 
rabbi,  senhor),  doutor  da  lei  entre  os  ju- 
deus, mestre. 

RABBiNADO,  s.  fn.  dignidade  de  rabbino. 

RABBiNico,  A,  adj.  dc  rabbino,  dos  rab- 
binos. 

RABBiNiSMO,  s.  w.  (des.  ista),  o  que  se- 
gue a  doutrina  dos  rabbin^s. 

RABBONi.  V.  Rabbi 

RABBOin,  s.  m.  (voz  Hebraica),  commen- 
tarios  allegoricos  do   Pentateucho. 

RABEADOR,  A,  adj.  que  mcxc  muito  o  ra- 
bo, que  bole  muito  com  o  rabo,  v.  g.  <  a- 
vallo  — . 

RABEADURA,  s.  f.  (des.  ura),  movimento 
úfi  cauda,  v.  g  —  do  cão. 
í  RABEAR,  V.  n.  [rabo,  ar,  des.  inf.),  bo- 
Ur  com  o  rabo.  saracotear,  rebolar,  em  cer- 
tas dansas  lascivas ;  (tig.)  fazer  obséquios, 
baixos,  adulações  vis. 

RABECA,  s.  f.  (Fr.  ant.  rabec,  que  dizem 
ser  alterado  do  Árab,  rabala),  instrumento 
musico  de  quatro  cordas  que  se  tecem  com 
arco  de  sedas  de  cavallo.  v.  g.  Tocar  — . 
V.  Ârrabil. 

RABECÃO ,  s.  m.  augment.  de  líabeca : 
—  grande  ;  —  pequeno,   violoncello. 

RABECO,  (t.  chulo,   V.  Refoucinliado. 
^fjRABEiRA,  s.  f.  trilha,  rasto. 

RABiKL,  *.  m.    V.  Arrabil. 

RABELA18,  (hist.)   celebfe  escriptor   ^Mk 


cez,  nasceu  em  1483,  morreu  em  1553.  Ea- 
tre  as  suas  muitas  obras  a  mais  celebre  (-  « 
Historia  de  gargantua  e  Pantagruel. 

RABELLO,  s.  m.  {rabo,  ello  des.),  cabo 
pregado  no  couce  da  rabiça,  por  onde  pe- 
ga o  lavrador  quando  dirige  o  arado  lavran- 
do. 

RABENER,  (hist.)  pocta  O  moríilista  allemão, 
nasceu  em  1714,  morreu  em  1771.  Deixou 
Cartas  satyricas,  e  Poe.íai. 

RABF.QuiNHA,    s.  f.  deminut.  de  Rabeca. 

RABERViVA,  s.  f.  ave  silvestre. 

RABETA.  V.  Aveloa. 

RÁBiA.  V.  Raiva,    Hidrophobia. 

RABECA,  s.  f.  [rabo,  iça  des.),  rabo  do 
arado  onde  o  lavrador  pega  lavrando  ;  es- 
teva.     ■  '■  '■  •  -f^'- 

RABJCÃO ,  adj.  m.  (do  Cast.  rabicano), 
que  tem  clinas  ou  cerdas  brancas  no  rabo. 
V.  g.  (avalio  — . 

RABicnÃo,  adj.  V.  Rabão,    Cavallo. 

RABICHO,  s.  m.  peça  í^m  que  se  enfia  a 
cauda  da  besta  e  que  prende  na  parle  tra- 
seira da  sella  ou  albarda  ;  cabello  enrola- 
do em  íita  por  detraz  da  cabeça  ou  daca- 
belleira.  v.  g.  Trazer  — .  Cabelleira  de  — . 

RABicoELHA,  s.  f.  ave  aqudtica  do  tama- 
nho da  perdiz. 

RABicuRTO,  A,  odj.  {rabo,  e  curto],  que 
tem  a  cauda,  curta,  v.  g.  Ave  — . 

RÁBIDO,  A,  adj.  (Lai.  rabidus),    raivoso. 

RABiFORCADO,  A,  adj.  quo  tem  o  rabo  far- 
pado.  V-  g.    Ave  — . 

RABIL.  y.  Ârrabil. 

RABiL,  (geogr,)  aldeia  da  ilha  da  Boa- 
vista ;  140 i   habitantes. 

RABiLEíRO,  s  M.  dos.  ciro),  O  que  toca 
ârrabil :  o  que  os  faz. 

RABINO.  V.  Rabbi  ou  Rabbino. 

RABiRio,  (hist.)  cavalleiro  romano.  Accu- 
sado  porLabiens  como  assassino  do  tribuwj 
Saturino  foi  defendido  por  Cícero.  > 

RABiSACA,  s.  /.  digressão  furtiva,  v.  g. 
Deu  uma   —  por  casa  de  alguém. 

RABISCA,  s.  f.  (V.  Rabiscar],  pequenoes- 
galho  de  uvas  que  licou  na  vinha  portles- 
cuido  do  vindimador. 

RABISCA,  *.  f  traço  de  penea  ou  lápis. 
V.  g.  Eucheu  o  papel  de  — s,  de  traços  ou 
riscos  informes. 

RABisCADEiHA,  s.  f.  (des.  eira),  mulher 
que  colhe  as  uvas  que  íicaram  na  vinha 
depois  de  vindimada. 

RABISCADO,  A,  p.  p.  dc  rabiscar ;  adj- 
traçado  v.  g.  Tinha  —  todo  o  livro,  suja- 
do com  rabiscas,  —  os  esgalhos  que  Íica- 
ram ^por  descuido  na  vinha. 

RABISCAR.  V.  a.  (de  rápido,  e  riscar.)  su* 
jar  com  rabiscas,  ou  traços  de  penr.a  ou 
lápis  informes :  —  o  papel,  o  Jivro.  lU 

RABISCAR  ,  V.  a.  (alterado  de  rabisctar^ 


RA6 


tlAC 


359 


dar  busca  a  vinha  vindimada  para  apanhar 
os  esgalhos  que  os  vindimadores  deixaram 
por  descuido  ;  darnova  busca.  «  Torna r.»iri 
os  Turcos  a  —  a  povoaçào.  »  i-outo,  dar  no- 
vo saque. 

RABISCAS ,  *.  f.  V.  Rabisca,  de  pen- 
na. 

RABISCO,  s.  m.  (alterado  de  rebusca.)  as 
uvas  que  por  descuido  dos  vindimadores  fi- 
caram na  vinha. 

RABiSECCO,  A,  adj.  (chulo)  secço,  esieril, 
minguado.  '    ' 

RABO,  s.  m.  (do  Lat.  rapum,  rábánó,  fáíz.) 
cauda  de  quadrúpedes,  v.  g. — de  cavai- 
lo,  porco  ;  (fig.)  a  parte  posterior;  coronha, 
culatra  de  armas  de  fogo.  jtíeiter  o  —  en- 
tre as  pernas,  ^loc.  famil  )  aquieta r-se  por 
medo.  O  —  é  ruim  de  esfolar,  (loc.  prov.) 
isto  é,  o  mais  diíTicil  é  ternsinar  o  começa- 
do. Olhar  com  o —  do  olho,  (famil.)  olhar 
a  furto,  com  o  olho  de  esguelha.  Fegou- 
Ihe  pelo — ,  (phraz.  chul.)  pela  qual  se  ex- 
prime que  alguém  fugiu  e  eàtá  fora  do  al- 
cance Receber  com  o  — pelo  chão,  com  ges- 
to, em  postura  humilde,  de  rastos  como  cão 
fagueiro.  —  do  vestido,  cauda.  Pimenta  de 
— ,  longa.  Mentira  de  —  ,  (chul.)  grande. 
—  de  asno,  nome  de  uma  planta.  — de  ra- 
posa, amaranto,  planta.  — de  cacallo,  ca- 
vallinha,  planta.  —  de  ovelha,  espeoie  de 
uva  grossa.  — s  de  junco,  aves  que  se  en- 
tíonlram  na  derrota  da  índia,  do  tamanho 
de  pombos  torcazes,  e  com  uma  penna  na 
cauda  mais  comprida  que  as  outras. — for- 
cado, ave  que  se  encontra  nas  paragens  do 
Cabo  da  Boa  Ksperança 

RABO  DE  PEIXE,  (geogr.)  aldeia  a  mais 
considerável  dos  Açores,  (na  ilha  de  9.  Mi- 
guel), situada  em  terreno  plaino  e  muito 
fértil  á  beiramar,  a  légua  e  meia  ao  U. 
da  Ribeira  Grande  e  i  ao  K  de  Ponta- 
Delgada  ;  4000  habitantes. 

RABOLÃo  ou  antes  rabulão,  s.  m.  (chul.) 
o  que  diz  rabularias,  bravateador. 

RABOLARiA.  V.  Rabularxa. 

RABOLEVA,  s.  wi.  fabo  de  papel  OU  panuo 
que  pelo  entrudo  pregam  os  rapazes  nas 
costas  do  vestido  de  alguém,  dando-lhe  vaia, 
e  gritando  :  rabo  lera  !  — ,  (fig.)  appendix, 
cousa  adjunta,  appensa. 

RABOLO.  V.  Rebolo. 

rabotar,  V.  a.  [rabote,  ar  des.  inf.)  aplai- 
nar com  o  rabote. 

RABOTE,  s.  rn.  (do  Fr.  raboi,  do  Lat.  ra- 
dulum,  de  radere,  raspar.)  plaina  de  car- 
pinteiro. 

RABUDo,  A,  adj.  |des.  udo  ]  que  tem  ra- 
bo ou  cauda.  Animal,  vestido—.  — ,    (p. 
us.)  que  tem  cabellos  longos  na  parte  pos 
tenor  da  cabeça. 
BABUGEM,  s.  f.  (do  iat.  tabies ,  raiva.) 


sarna  dos  càes  ;  (lig.)  máu  humor,  imperti- 
nência. 

RABUGENTO,  A,  adj.  (des.  enío.)  anelem 
rabugem.  Pessoa  — ,  (fig.)  de  máu  humor. 
Velho—. 

RÁBULA,  í.  f.  (Lat.  rábula,  palrador.)  ad- 
vogado ignorante,  e  mui  fallador. 

RABULARiA,  s.  f.  (des.  ária.)  fanfarrice; 
razões  de  rábula. 

RABULiCE,  s.  f.  arrazoado  de  rábula;  tra- 
paças forenses. 

RABUSCA.  V.  Rebusca,  e  Rabisca  de  vf- 
nha. 

RACA,  s.  dos  2  g.  t.  Hebraico  de  despre- 
zo, paleta,  tolo  parvoeirão.  .^ 

RAÇA,  s.  f.  (Fr.  race,  do  Lat.  radix,  iciSf 
raiz.)  casta.  Cavallo,  cão  de  boa  — .  Ter — ^ 
(fig.)  ter  sangue  de  Mouro  ou  de  Judeu.— ,* 
abertura  no  casco  da  besta  —  do  sol,  (anl.) 
raio 

RACALMUTO,  (geogr.)  cidado  da  Sicilia,  a 
5  léguas  ao  NK.  de  Girgenli ;  7,000  ha- 
bitantes. 

RACAN  (marquez  de),  (hist )  poeta  fran- 
cês, nasceu  em  1589,  morreu  em  167  0 
Deixou  Memorias  para  a  vida  de  Malherbe  ; 
e  Odes  sacroso. 

RAÇÃO,  s.  f.  (do  Lat  ratio,  onis,  razão, 
computo.)  porção,  pitança  diária  que  se  dis- 
Iribue  á  tropa,  á  tripulação  de  navio,  aos 
membros  de  communidades  religiosas,  a  cria- 
dos do  rei,  ele.  PI.  Rações.  Pagar  — ,  fant.) 
pagar  foro  como  plebeu, 

RACEA  ou  REHA,  (geogr.)  oulr*ora  Nicé- 
phorium,  cidade  da  Turquia  asiática,  40 
léguas  as  S.   d'Orfa. 

RACHA,  s.  f.  (V.  Rachar.)  fenda,  pedaço 
de  páu  rachado,  lasca.  Enxertar  de  — ,  fen- 
dendo o  tronco  da  arvore  e  mettendo-lhe  o 
enxerto. 

rachadeira,  s.  f.  (des.  ei/a),  instrumen- 
to de  fender  o  tronco  ou  ramo  para  en- 
xertar. 

rachado,  a,  p.  p.  de  rachar,  adj.  fen- 
dido ;  biíido,  bipartido. 

Rachador,  s.  w.  o  que  racha  lenha. 

rachadura,  s.  f.  (des.  ura),  o  acto  de 
rachar ;  fenda,  racha,  greta. 

RACHAR,  V.  a.  (do  Gr    rhassô,   romper^, 
fender,  abrir;  v.  g.  —  a  madeira  com  ma- 
chado, ou  cunha  ;  (fig.)  de  estofador,  riscar, 
gravar,  abrir  risco  ou  pintura  estofada  para 
fazer  appsrecer  o  ouro  que  está  por  baixo 
da  ultirr  a  mão  de   tinta.  —  alguém ;  (fig.J 
(fam.),  maltratar  de  palavras,  injuriar;  — 
cem  acoutes,  fertr  o  corpo,  escalar.  — ,  v. 
n.  e    SE,  V.  r.  abrir  racha,  gretar,  fender, 
V.  g.  Racha  o  barro  ao  fogo. 
RACHEBiDOS,  s.  w.   V.  Rasbustos. 
RACHEL,  (hist.)  segunda  filha  de   LabiòV 
inspirou  «mor  a  Jacob,  o  qual  para  a  obter 
90  « 


360 


ftAC 


RAD 


sujeitou-se  a  servir  seu  tio,  pae  de  Rachel, 
durante  sete  ânuos.  No  fim  deste  tempo  en- 
ganado por  Labão,  que  lhe  deu  Lia  em 
lugar  de  Rachel,  teve  de  servir  outros  7 
annos  para  a  obter. 

RACHGouN,  (geogr.)  pequena  ilha  de  Al- 
géria, defronte  da  embocadura  do  Tafua. 

RACHiTico,  A,  adj.  que  padece  rachilis. 

RACHiTis,  $.  f.  (proa.  rakitis ,  do  Gr. 
rakhís^  espinha  dorsal,  e  iíys,  contorno, 
redondeza),  curvatura  mórbida  da  espinha 
dorsal,  e  dos  ossos  em  geral. 

RACBiTiSMO,  s.  m.  ostado  de  pessoa  ra- 
chitica. 

RAcnoL,  (geogr.)  aldeia  na  provincia  de 
Salsete,   no  firazil ;  1 ,5(j0  habitantes. 

RACiMiFERO,  A,  adj.  (lat.  racemifer.  V. 
Racimo),  (poet.)  que  produz  ou  traz  rácimos. 

RACiMO,  s.  f.  (Lat.  racemusjf  cacho,  v. 
g.  —  de  uvas. 

RACiMOSo,  A,  adj.  (Lat.  racemosus),  cheio 
de  racimos.  «.  </.  O  —  outono;  a  vide — . 
Os  — s  bagos  das  vides. 

RACINE  (João),  (hist )  um  dos  maiores  poe- 
tas trágicos  fraiicezes,  nasceu  em  1639,  mor- 
reu em   1699.  Deixou  muitas  tragedias,  e 
#  outras  ]ioesias. 

RACINE  (Luiz),  (hist.)  poeta  didáctico  íran- 
cez,  filho  do  precedente,  nasceu  em  Pariz 
em  1692,  morreu  em  l763.  Deixou:  Re- 
flexões sobre  a  poesia ;  Tratado  da  poesia 
dramática,  etc. 

RACJHE  (o  abbade  Boaventura],  (hist.)  es- 
,  ^  criptor  francez,    nasceu  em   1708,  morreu 

I       em  17 & 5.  Deixou  um  Resumo  da   historia 
ecclesiastica. 

RACiociNAÇÃo »  s.  f.  (Lat.  ratiocinatio, 
onis),  discurso,  raciocínio. 

RACIOCINADO,  A,  p.  p.  de  raciocinar,  adj. 
discursado,  deduzido   de  premissas. 

RACIOCINAR,  V.  n.  (Lat.  rflíioduor,  ari,) 
discurrer,  formar,  um  raciocínio. 

RACIOCÍNIO,  s.  m.  (Lat.  ratiotinium),Ta- 
ciocinação,    discurso. 

RACiONABiLiDADE,  s.  f.  &  qualidadtí  de 
ser  racionavel ;  o  ser  racional,  a  faculdade 
de    raciocinar. 

RACIONAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  raiiona- 
lis),  dotado  da  faculdade  do  raciocinar,  v 
g.  Medecina  — ,  nàoempyrica,  fundada  em 
raciocuiio  ;  arrazoado.  Kumero,  quantida- 
de — ,  que  tem  proporção  com  outra.  Os 
entes  racionaes. 

Racional,  s.  ní.  {!.&{.  rationale),  peça  de 
èslòíro  quadrada  que  o  summo  sacerdote 
dos  Judeus  trazia  no  peito,  sobre  a  qual 
eslavào  escriptos  os  nomes  das  doze  tribus, 
e  ornada  de  doze  pedras  preciosas 

RACIONALIDADE,  s.  f.  sl  qualidade  de  ser 
racional ;  conformidade  com  a  razão  e  equi- 
dade, com  os  dictames  da   boa  razão. 

•  0« 


RACIONA VEL,  adj  dos  2  g.  (Lat.  rationa- 
/ts),  accomodado  com  a  razão,  arrazoado. 
V.  g.  Preço  — .  Proposições  racionáveis. 

racionavelmente,  adt/.  (mcníc  suíT.),  con- 
forme á  razão,  de  modo  raciona vel,  arra- 
zoadamente, com  equidade. 

RACjONEiROOu  RAÇOKiRo,  A,  adj,  que  tom 
direito  a  uma  ração  ;  fant.)  natural  de  mos- 
teiro, nj 

RAÇOM,  (ant.)  V.  Ração.  .^^ 

RACONIGI,  (geogr.)  Cidade  dos  Estados  Sar-  • 
dos ,   a   9  léguas  ao  N.  de  Com ;  12,U00 
habitantes. 

RACONTO,  *.  m.  (do  Ital.)  (p.  us.)  relação. 
O  —  da  festa.    Vieira. 

RADAGAiSE ,  (hist )  Radcgast,  chefe  dos 
Germanos,  penetrou  na  Itália  com  200,000 
homens,  devastou  o  norte  deste  paiz,  cer- 
cou Florença,  mas  foi  vencido e  aprisiona- 
do por  Stihcou,  general  d'llonorio,  em 
406.  Morreu  decapitado. 

RADAR.  V.  Redrar  as  vinhas. 

RADCLiFFE  ,  ( hist. )  romaucista  ingleza  , 
nasceu  em  17C4,  morreu  em  1823,  era  es- 
poza  de  um  doutor  da  universidade  d'Ox- 
ford.  Deixou  :  os  Castellos  d'Âthtin  e  de 
Dumbaque ;  a  Floresta  de  S.  Clair,  etc. 

RADuisiA,  (bot.j  género  de  Plantas  da  fa- 
millia  das  Dippocrateaceas,  e  da  Triandria 
Monogynia,  L. 

RADEGAST,  (myth.)  Deus  Slavo,  era  a  di- 
vindade principal  dos  Varegues. 

RADEGONDA,  (hist.)  rainha  de  França,  fi- 
lha de  Bertairo,  rei  da  Thuringia,  nasceu 
em  519.  Cazou  com  o  rei  Clutario  1,  em 
?»38.  Professou  em  Nogon,  aonde  fundou  a 
abbadia  da  Sancta  Cruz;   morreu  em  587. 

RADELGiso  I,  (hist.)  prjucepe  de  Bene- 
venlo,  reinou  de  879  a  881. 

RADIAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  radiatio,  onis),  emis- 
são de  raios  de  luz,  irradiação. 

RADIADO,  A,  p.  p.  de  radiar,  adj.  que 
radia,   raiada. 

RADIANTE,  adj.  dos  2^.  (Lat.  radiíx.is, 
tis  de  radio,  are,  radiar],  que  radia,  !  .n- 
ça,  emitte  raios  de  luz.  v.  g.  —  coroa  de 
brilhantes.  O  sol  — . 

RADIAR,  V.  n.  (Lat,  radio,  are,  ré  em 
Egypc.  sol),  lançar,  emittir  luz.  c.  g.  O 
sol,  o  astro  está  radiando,  —com  luz. 

RADi-BiLLAH  (Abou'l  Abbas  Mohammed  ai), 
(hist.)  cahfa  Âbassida  de  Bagdad,  reinou 
de  934  a  ii40. 

RADICAÇÃO ,  s.  f.  (Lat.  radicatioy  onis.) 
acção  de  se  arraigar,  no  sentido  physico  e 
no  OiOral. 

RADICADO,  A,  /?.  p.  de  ladicar ;  arf/.  ar- 
raigado. — ,  (jurid.  tinha-se  nelle  —  a  he- 
rança. 

RADICAL  ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  radicalis , 
de  radix,  icis,  a  raiz.)  de  raiz,  pertencen- 


RAD 

te  á  raiz.  Letrat  radicaes,  as  que  perten- 
cem aos  vocábulos  simples  de  que  são  com- 
postos os  ouiros.  Numero,  grandeza  — ,  que 
é  raiz  de  um  quadrado  ou  cubo.  Signal 
— ,  na  álgebra,  o  que  se  pôeanles  da  quan- 
tidade cujn  raiz  se  quer  extrair.  Quantida- 
de — ,  a  que  é  precedida  desto  signal.  — , 
(fig  )  que  nutre  mAntêiu  como  as  raízes  o 
tronco  e  ramos.  Humor — ,  (med.  anl.)  que 
é  como  principio  da  acção  vital.  — .solido, 
completo.  Cura  — ,  que  eilirpa  o  mal  pela 
raiz. 

íadical.  s.  m.  tudo  o  que  serve  de  base, 
de  fundamento,  v.  g.  os  radicaes,  [grata  ) 
vozes  simples  de  que  são  compostas  as  ou- 
tras. Os  radicaes  em  todas  as  linguas  são 
pouco  numerosos. 

radicalmenti,  adv.  (meníe  sufi )  de  raiz, 
pela.  Curar  — ,  de  todo.  —  instruído ,  a 
fundo. 

RADICAI»,  V.  a.  (Lat.  radicor,  ari.)  arrai- 
gar, no  sentido  próprio  e  no  fig.»  v.  g. — 
as  virtudes,  os  vicios  no  animo. 

KADiCLiLA,  t.  f.  (Lat.,  dim.  do  radix , 
icis.)  (bot.)  raiz  mui  delgada ;  a  herva  la- 
naria. 

RADIO  ,  s.  m.  (Lat.  radius,  raio  do  sol. 
Creio  que  vem  do  radical  Egyp.  ré,  sol,  e 
hall,  emanação.)  raio  da  luz,  do  sol  ou  das 
estrelhs  ;  b/ilestilha  de  piloto  ;  raio,  semi- 
diametro  do  circulo  ;  raio  de  roda. — ,  (anat.) 
o  mais  delgado  dos  dois  ossos  do  ante- 
braço. 

RADIOSO,  A,  adj.  (Lat.  radiosus.)(\i\^en' 
te,  cheio  de  raios  de  luz,  brilh/»nte. —  pe- 
draria. Astros — s,  que  Innçam  luz. 

RaDJaus  ou  rajás,  (hist.)  suo  assim  cha- 
mado* os  principes,  indjos,  que  gover- 
nam diversas  regiões  do  Indostão.  Per- 
tencem á  casta  dos  chattryas  ou  guerrei- 
ros. 

RADJEMAL  OU  RADJEMAHAL*  (geOgr  }  cida- 
de da  Índia  ingleza,  ti  léguas  ao  ISO.  de 
Mourchedabad. 

RADJEPOUTES,  (hist.)  isto  é  filhos  de  Rad- 
jahs,  nome  dado  na  índia,  não  somente 
«os  tilhoK  dos  H.'tHj«hs,  mas  a  todo  o  che- 
fe militar  d'iim  principado,  d'ijra  senhorio, 
d'um  cantão  pequeno   ou  grande. 

RAD^nR,  (geogí.)  condado  d'inglalerra , 
no  principado  de  tlalles,  é  situado  entieos 
de  Montgomery  ao  ^.  de  Shrop  ao  WK.de 
llerefurd,  a  t.  ;  800,2o6  habitantes,  Capi- 
tal Madnor. 

RADNOR  (New-),  ou  Maesypleld-newtold, 
(geogr.)  cap  tal  do  condado  de  Rfldnor  37 
bguas  ao  NO.  de  Londres ;  2,000  habi- 
tantes. 

RADONViLLiERS,  (gcogr.)  cidade  de  França, 
a  5  léguas  ao  ^£.  de  Bar-sur-Aube ;  5U0 
habitantes.  | 


RA6 


â6i 


RADONvTLLTtRS,  (hist.)  sabio  franccz,  nas- 
ceu em  17(tU,  morreu  em  1780.  Deixou  um 
Tractado  muito  estimado  sobre  a  maneira 
de  aprender  as  linguas. 

RADoviciiB,  (geogr.)  cidade  da  Turquia 
europea,  a  20  léguas  ao  SO.  de  Giustea* 
til ;  ^,000   habitantes. 

radstadt,  (geogr  )  Teurnia,  pequena  ci- 
dade d'Austria  ,  a  14  léguas  ao  So.  de 
^fiizburgo ;  1,0(JO  habitantes. 

RADZiviL,  (hist.)  antiga  caza  polaca  da 
LithuAnia,  começou  a  ligurar  na  historia 
no  XiV  século,  o  seu  chefe  foi  Nicolau  Had- 
zivel,  que  recebeu  o  baptismo  era  1386. 

radzivilor,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  eu* 
ropea,  7  léguas  ao  NO.    de  Kremenetz. 

raemeam,  (geogr.)  districto  maritimo,  si- 
tuado na  costa  do  sul  da  ilha  de  limor; 
30,000   habitantes. 

RAiR,  V.  a.  (do  Lat.  rado,  cre,  raspar.) 
puxar  o  sal  nas  marinhas  com  o  rodo. 

RAEZ.  V.  Arrais. 

RAFA,  s.  f.  (p.  us )  grande  fome. 

Bafado,  a,  adj.  (do  Fr.  rapé,  safado, 
usado,  gasto.)  (chnl.)  pobre,  gasto  pelo  uso. 
Casquilho  —  ,  pobre,  que  traz  vestidos  de 
pouco  valor,  faio  mesquinho. 

RAFEIRO  ,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  raffer,  do 
Lat.  rapio,  ere,  arrebatar.)  cão  grande  de 
guardar  gado,  e  quintas.  — ,  adj.  (p.  us.) 
uma  f»'bre — ,  violenta,  arrebatada. 

RAFFENEi,,  (hist.)  sabio  fraucez,  nasceu 
em  1/H7,  morreu  em  182/.  Deiíon  :  His- 
toria dos  Greqoí  d^sde  a  tomada  de  Cons» 
taniinopla ;  Historia  completa  dos  aconte- 
cimentos da  Grécia. 

rafflessia,  (bot.)  E'  assim  chamada  uma 
producçào  vegetal  i-xlraordinaria,  que  cresce 
como  parasita  sobre  a  raiz  de  algumas  ar- 
vores na  ilha  do  Japão. 

rafiado,  a,  p-  p.  de  rafiar;  adj.  «O 
vestido  era  de  gorgorão  de  seda  azul —  de 
prata.  »  guarnecida,  tecida.  Salgueiro,  Re- 
lação. 

RAFfANAZ.  V.  Ru/ianaz. 

RAFiÂo.  V.  Rufião. 

rafiah,  V.  a.  [ie  pref.  duplicativo,  /?o, 
ar  des.  inf.)  (p.  us.)  guarnecer  com  lio , 
tecer. 

«afiar,  (ant.)  V.  Rufiar,  Afagar. 

RaFINAR.   V.   Refinar. 

rafnia,  (bot )  género  de  plantas  da  fa- 
millia  das  L-guminozas. 

raGeira  ,  s.  f.  (de  ré,  da  náu.)  (naut  ) 
cabo  quH  amarra  o  navio  pelo  leme. 

RAGES,  (g:ogr.)  hoj«  Razh  ou  Rti,  cida- 
de da  Media,  ao  S.  perto  d'Eebaiana. 

RAGOTZKYou  RAGOCZi,  (hist ) magnate  hun- 
garo,  foi  eleito  princepe    da  Trans}lv»nia, 
por  morte  d' Estevão  Uotskay  em  i6o7. 
HAGOTZKT,    (hist.)   O  Ve//io  principe  di  ' 
91 


36S 


RAI 


BÀI 


Trans^^lvania  desde  1930  a  1648»  na  guer- 
ra dos  Trinta  Annos  declarou-se  contra  o 
imperador 

RAGOTZKY  ,  (hist.)  O  Moço,  principe  da 
Transylvania  desde  1648  afé  1661,  foi  de- 
posto pelos  Turcos,  e  perdeu  a  vida  def- 
fendendo-se. 

BA6UA»  (geogr.)  rio  de  I  ortugal,  no  dis- 
Iricto  de  Bragança  em  'Iraz-os-Montes,  nas- 
ce na  Galliza  perto  de  Vegas  de  Camba,  re- 
cebe á  esquerda  o  Rabaça,  que  também 
nasce  no  mesmo  reino  e  se  lhe  vem  unir 
perto  de  Brocaes,  na  terra  da  Lomba,  e 
ambos  reunidos  com  o  Tuela  entram  na  di- 
reita do  Tua. 

RAGUENET,  (hist.)  sabio  fraucez,  na«ceu 
em  1660,  morreu  em  1720.  As  suas  prin- 
cipaes  obras  são :  Monumentos  de  Roma ; 
Historia  de  Oliveiro  Cromwell^  etc. 

BAGURA ,  (ant.)  V.  Rtincoura  ou  Ran- 
cura. 

RAGUSA,  (geogr.)  cidade  da  Sicilia,  13 
ao  O.  Syracusa  ;  6,600   habitantes. 

RAGUSA ,  (geogr.)  Dubraiva  em  slavo , 
Rhausum  em  latim,  cidade  da  iialmacia^ 
78  léguas  ao  SE.  de  Zara ;  16,000  habi- 
tantes. 

RAGUSAKO,    A,    OU    UAGUSEO,    A,    adj .    6   S. 

natural  de  Ragusa,  ou  pertencente  a  lla- 
gusa. 

RAHAB,  (hist.)  mulher  de  Jericho,  rece- 
beu e  occultou  em  sua  casa  os  enviados 
de  Josué,  pelo  que  a  sua  casa  foi  poupa- 
da pelos  Israelitas  na  tomada  de  Jericho. 
Cazou  com  Snlmon  principe  de  Judá,  e  foi 
mãi  de  Booz. 

RAHAD,  (geogr,)  rio  d'Africa,  nasce  na 
Abyssinia,  4  léguas  emeia  ao  NE  deDa- 
manhor. 

RAIA,  s.  f.  (Fr.  raie,  do  Lat.  radius,  raio, 
radio.)  risca,  linha  ;  confins,  u.  g.  o  pe- 
queno rio  Caia  é  a  —  de  Portugal  no  Alem- 
lejo. — s,  (flg.)  limites,  v.  g.&s  —  dajuris- 
dicção,  do  saber.  A  —  da  vida,  o  termo. 
Pôr  a  —  mais  alto,  ou  por  cima  de  alguém, 
avantajar-se. — ,  no  truque  do  taco,  é  um 
dos  quatro  pontos  com  que  se  ganha  a  par- 
tida. 

RAIA,  *.  f.  peixe  chato  de  rabo  compri- 
do e  cujas  espinhas  são  irradiadas.  V.  Ar- 
raia. 

RAIA,  (geogr.)  aldeia  na  província  de  Sal- 
sete. 

RAIADO,  A,  p.  p.  de  raiar ;  adj.  radiado; 
que  raiou ;  listrado.   Purpura  —  de  ouro 
Olhos — s  de  sangue. 

RAIAR  ,  ».  a.  ou  n.  (Y.  Badiar.)  lançar 
raios  de  luz.  «  Ainda  a  escassa  luz  raiata,  » 
Malac.  Conquist.  «  Ali  raiam  as  gemmas  » 
brilham,  Arraes.  Raitm  teus  olhos,  luzam, 
brilhem.  —  por  eima  de  algfuem,  avanta- 


jar-se. — ,  listrar.  —  a  túnica  de  ouro,  pra- 
ta, purpura.  — ,  lançar  luz.  «  E  a  serena 
lua  nitida  raiando  a  tibia  luz.  *  «  Quando 
dos  olhos  raia  resplandores,  » 

RAiGOTA,  s  f.  diminuí,  dè  raiz,  raiz  mui 
delgada.  As  — «  das  plantas.  — ,  espiga  das 
unhas. 

RAiKES,  (hist.)  impressor  de  Glocester , 
nasceu  em  1735,  morreu  em  1811,  adqui- 
rindo grande  fortuna  gastou-a  em  obras 
de  philantropia,  e  fundou  em  1781  as  es- 
colas do  domingo. 

RAiHOisDi,  (hist.)  gravador  italiano,  nas- 
ceu em  1488,  morreu  em  1546.  Foi  em- 
pregado em  Roma  por  Raphael. 

RAiHOisDi,  (hist.)  orientalista  italiano,  nas- 
ceu em  1540,  viveu  muito  tempo  na  Ásia. 
Publicou  uma  Grammatica  árabe. 

RAiNETA ,  s.  f.  (Fr.  rainêtte.)  sorte  de 
maçã  eicellente. 

RAiNETE,  s.  m.  maceira  que  dá  as  maçãs 
rainetas. 

RAINHA ,  t.  f.  (Lat.  regina,  f.  de  rex , 
regis,  rei.)  mulher  do  rei ;  soberana  de  mo- 
narchia  ;  peça  de  xadrez  ;  (fig.)  a  principal. 
A  águia  é  a  —  das  aves.  —  do  prado,  bar- 
ba de  bode,  herva. 

RAiNOLF,  (hist.)  aventureiro  normando, 
primeiro  conde  d'Averso.  Morreu  em  1059. 

RAIO,  s.  m.    (do  Lat.  ladiut.)  filete  de 
luz  emittido  do  corpo  lúcido.  —  de  luz,  so- 
lar. —  reflexo,  reflectido  por  superfície  opa- 
ca. —  refracto,  que  atravessa  corpo  trans- 
parente. —  de  incidência,  reflexo. — visual, 
o  que  parte  do  centro  do  objecto  e  penetra 
ató  á  retina  do  olho  entrando  pela  pupilla. 
— ,  (geom.)  semidiametro  do  circulo,  linha 
recta   que  vai  do  centro  á  circumfer«ncia. 
—  de  roda,  paus  direitos  que  saem  do  cubo 
e  vão  ter  ás  pinas,  —s,  na  lança  para  cor- 
rer argolas,  são  os  que  cercam  o  toral  del- 
ia.— ,  o  fogo  eléctrico,  corisco;  (fig.)  pes- 
soa  mui  ardente,  prompta  em  conceber  e 
executar,  de  grande  penetração,  ou  mui  ter- 
rível. Alexandre,  César,  Napoleão  foram — s 
de  guerra.  Este  rapaz  é  vivo,  esperto  como 
um — .  Fedra  de — ,  aerolithe.   Vento,  ou 
ar  do  — .  agitado  por  elle  e  que  produz  com- 
moção  em  quem  toca. — ,  (fig.)  tudo  o  que 
fere  e  penetra  com  grande  força  e  rapidez, 
V    g.  tiros  de  canhão,  settas  arrojadas. — •.. 
de  pólvora.  V    Rasto.  —  ,  (fig  )  fio  ,  v.  g! 
um  —  de  leite  ;  —  de  mel. 

RAisMES,  (geogr.)  cidade  de  França,  lé- 
gua e  meia  ao  NO.  de  Valeacienes ;  5,500 
habitantes. 

RAIVA,  s.  f  (Lat.  rabies,  de  tapio,  ere, 
arrebatar.)  hydropbobia  ;  sanha,  furor,  ira 
impetuosa ;  (fig.)  desejo  violento,  v.  g.  — 
de  comer,  fome  canina  —  de  jogar,  demal-> 
dizer.  Ter  —  a  alguém,  ódio.  Pôr  —  a  «í- 


RAI 


RAL 


363 


guemt  (ant.)  irritar,  fazer  cousa  que  enco- 
lerize. Bolo  de  —  ou  — *,  bolos  de  farinha, 
manteiga  e  ovos.  (Creio  quo  t  sta  ultima  ac- 
cepção  vem  do  Fr.  ant.  ratmn  ,  funcção , 
festa,  ou  de  radice,  que  ainda  hoje  em  íyho 
significa  bolo,  era  Fr.  ant.  razis). 
.  RAIVA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal,  no 
concelho  de  Paiva  na  esquerda  do  Douro, 
a  8  léguas  ao  0.  de  Lamego;  1,500  habi- 
tantes. 

BAiVAÇO,  s.  m.  {raiva,  des.  aço,  do  Lat 
açus,    aguilhão.)  desejo   vehemente  de  co- 
mer, ou  lascivo. 

RAIVAR,  V.  a.  on  n.  [raiva,  ar  des.  inf.) 
ser  íigitado  pela  raiva,  ira  ;  arder  em  raiva. 
—  com  alguém,  irar-se  muito.  —  ,  sentir 
dt  sejo,  impulso  vehemente,  v.  g.  raivan- 
do-lhe  a  lasciyia  no  corpo.  —  o  vento,  en 
furecer-SB,  enfuriarse.  Os  filhos  de  Israel 
raivavam  por  adorar  os  Ídolos. 

HAiVENTO.  V.  Raivoso. 

RAIVOSAMENTE,  adv.  [mente suS.)  com  rai- 
va, movido  de  raiva. 

RAivosiNHO,  A,  adj .  diminut.  (p.  us.)  de 
raivoso. 

RAIVOSO,  A,  adj.  (Lai.  rabiosus.)  agitado 
de  raiva,  possuído  de  raiva;  que  excita  rai- 
va, furor,  V.  g.  fome —  ;  a  —  peste  ;  luxu- 
ria —  ;  a  —  inveja  ;  o  —  fanatismo.  Doen- 
ças de  tão  —  ardor. 

RAiXA.  V.   Raxa,  est^íTo. 

RAIZ,  s.  /.  (Lat,  radix,  icis,  doGr.  r/ii- 
sa,  rad.  rheô,  correr,  manar,  e  zaô,  vi- 
ver, isto  é,  por  onde  corre  a  vida,  ou  os 
suecos  que  vivificam  as  plantas.)  parte  in- 
ferior dos  vegetaes,  que  penetra  na  terra, 
absorve  os  suecos  vivificantes,  os  transmit- 
te  ao  tronco  e  ramos,  e  serve  também  de 
segurar  a  planta  ou  arvore  no  solo;  (fig  ) 
a  parte  inferior  que  fixa,  segura,  v.  g.  as 
Taizts  dos  dentes.  —  do  monte,  do  rochedo, 
o  pé,  a  parte  inferior.  Bens  de — ,  que  con- 
sistem em  terras  cultivadas,  e  por  amplia- 
ção bens  immoveis,  propriedades  rústicas 
ou  urbanas.  Lançar  a  planta raizcs,  arr&i- 
gar-se,  pegar.  Lançar  raízes,  (fig  )  firma r- 
se,  estabelecer- se,  v.  g.  —  de  vivenda,  fi- 
xar-se  em  um  lugar  Ter  raízes  em  uma  ter- 
ra, bens  de  raiz,  familia,  parentes,  amigos, 
cousas  que  prendera  a  ella.  —  ,  (fig  )  ori- 
gem, principia,  causa,  fut.damenlo.  As  rai 
zes  do  mal.  — ,  (gram.)  a  parte  radical  de 
um  vocábulo,  v.  g.  sol  é  —  de  folar,  sols- 
ticio  ;  astro  de  astral,  aálrologo.  astronomia. 
Muitos  philologos  reservam  o  nome  de  raiz 
para  designar  os  elpmentos  simplices  desta- 
cados de  prefixos  e  suflixos  ou  de  desinên- 
cias, incrementos,  e  que  pela  maior  jarte 
são  monossilábicos  ou  mui  curtos,  e  cons- 
tam de  consoant<ís.  ou  de  vogaes  fortes,  v. 
g.  r*ou  rh  é  &  —  de  correr,  rio,  ruino.  ^asta,  espécie 


Ák  é  raiz  de  innumeraveis  vocábulos  Gre- 
gos, Latinos,  v.  g  de  ai'us,  aguilbào,  acU" 
tus,  agudo  ;  may  ou  mu,  mãi  era  Kgypcío, 
é  a  raiz  de  wiei,  amar,  amor,  na  mesma  lín- 
gua, e  doGr.  nia<),  desejar,  maia,  avó,  ama 
de  leite,  meter,  mãi;  (!  do  Lat  mater, 
amor,  amare.  Nesta  accepçào  os  idiomas 
ou  dialectos  derivados  tem  termos  radicaes 
ou  comparativamente  elementares,  mas  care- 
cem de  raizes,  v.  g.  amor  é  o  radical  de 
amoroso  ;  amar  de  amável,  amatorio,  ama- 
dor. As  raizes  que  subsistem  puras  nas  lín- 
guas derivadas  devem  referir-so  ás  línguas 
mais,  v.  ^.  em  Portuguez.  as  partículas  pre  • 
positivas  oh,  ac,  de  re.  Só  se  exceptuam  as 
raizes  imitativas  de  soas  próprios  da  lingua,^ 
V.  g  eh  em  chiar;  chilrar;  zwn-emzuniry 
zunido.  — ,  (math.)  a  quantidade  que  mul- 
tiplicada por  si  mesma  dá  o  quadrado :  o 
multiplicador  do  quadrado  que  dá  o  cubo. 
—  quadrada,  cubica.  — ,  no  jogo  da  pella, 
a  raia  que  remata  o  jogo. 

RÁiz  ou  RRÂiz,  s  m.  (do  Fr  ras,  sarja.] 
(ant.)  sarja  usada  para  vestidos.  «  Seis  co- 
vados  de  —  branco  » 

RAizAME,  s.  m.  (des.  collectiva  ame]  to- 
das as  raizes  da  planta. 

RAJA,  s.  m.  (t  da  Ásia)  chefe  tributário 
na  In.da.  —  ,  epitheto  honorifico  entre  os 
•Malaios.  V.  Radjhas. 

RAJADA  ,  *.  /.  ('do  Gr,  rhassô,  romper.) 
refega  forte. — s  (iercnío,  lufadas.  Vento  de 
—s.  — procellosa,  (fig.)  arremessos,  impo- 
tos. 

RAJADO  ,  A  ,  adj.  raiado,  listrado.  .Negra 
nuvem  —  de  coriscos. 

RAJANO,  (geogr.)  villa  d*»  reino  de  Nápo- 
les, t3  léguas  ao  SE.  d'Aquílla ;  l,b:3  J 
habitantes. 

RAJECZ,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  7 
léguas  ao  NE.  de  Trentchin  ;  4,'"jOO  habi- 
tantes. 

RAJEiRA,  s.  f.  V.  Rageira. 

RAKONiTz,  (geogr,)  cidade  dos  Estados  aus- 
tríacos, 7  léguas  ao  O.  de  Schalan  ;  2,000 
habitantes. 

RAKOW.  (geogr)  villa  da  ftussia  eurpí^ea, 
9  léguas  ao  SO   íí'()aptw. 

BALA,  í..  /.  (de  ralar.)  Vão  de  —  ,  tóíii 
somente  <}e  raláo  ou  rolão.  ^  , 

RALADO ,  A,  j).  p,  dft  ralar  ;  àij.  ^a^y^ 
do  ptlo  ralo. 

^Aí.^?iE,NT,|.j  V.  RarairifeiHe.  ^ 

lULAO ,  ào^.  m-  í©  ralf,  Pãò  ~,  (vulg. 
roUiO.  

RAijAR^  «.  a;  .Cr/ij4  af  ^çs^  inf:)  passar 
ralo  —  ta  ri n ha  y 


pelo 

R.Uví,  ^,  /.  ^Ça^t.  ra/ea,)  ;v,ola t,.). a  aye  ou' 
o  àniníal  em  que  a  ave  á^.  rapina  costuma 
fazer  presa.  A  —  do  falcão  são  pombas ;  (fig.) 


Gente   da 
91  • 


nossa  — .  i.atisa» 


m 


ÈAM 


HAM 


dessa  — .  A  sua  —  são  louvaminhas.  Acções 
desta—.  V.  Uelé. 

RALEAR,  V.  n.  {ralo,  ar  des.  inf.)  fazer- 
se  ralo,  ou  laro.  — ,  ficiír  ralo,  cora  ralei- 
ros.  Ralenram  muilo  as  searas,  as  uvas. — , 
fazer  rwleiros.  O  sol  ralêa  osplaiitios. 

RALF.iGH,  (geogr.)  cidade  dos  Kfclados  Uni- 
dos, capital  da  Carolina  do  ^o^le;  2,700 
habitantes. 

RALF.icii  ou  RALECn  (sir  Waltcr),  (hist.) 
celebrp.  ifiglez,  nascfu  eni  1L52.  coajbfítcu 
com  valor  os  irlandfzes  revoltados,  fundou 
em  1G84  o  fStHbelecimenio  da  Virginia. 
contribuiu  para  a  derrota  da  celebre  arma- 
da dos  lii«psnhoes.  foi  decapitado  em  1618, 
injustani«'nte.  heixou  uma  Historia  do  mun- 
do, muilo  estimada. 

raieiro,  s.  m.  {ralo,  des.  eiró.)  espaço 
ralo  no  jilantio  ou  na  sementeira,  por  não 
terem  vinpado  as  plantAsou  terem  morrido. 
'  Es(a  tinha  tem  muitos  —s  ^  claros;  (fig.) 
grande  falia,  escassez,  v.g. — de  varões  de 
en  Renho,  de  p«lriolas. 

rai.eo  ou  rei.eo,  s.  m.  o  bródio  que  ?e 
dava  aos  pobres  na  portaria  do  mosteiro  de 
Alcobaça. 

RAi  tzA.  V.  Rareza 

Ralhado,  a,  superl.  de  ralhar,  que  ra- 
lhou. Tirdia  —  muito  com  o  filho. 

raiiiador.  A,  s.  pessoa  que  ralha  por  ha- 
bito. 

RAinAR-  «.  a.  nu  n.  (do Fr.  rot//cr,  zom- 
bar, escarnecer,  allnrado  o  sentido  )  enfa- 
dar-so,  fazer  vãos  aneaços. 

RALHOS,  s  m.  vãos  ameaços;  vozes  de 
quem  se  enfada. 

RAi  LAR ,  s    m.  fant.)  V.  Real,  moeda. 

RALO,  A,  adj  (Lat.  rarus,  eraUus.)mo 
basto,  raro.  v.  g  tecido —  AJato  — ,  com 
muitos  claros.  Cabello — .  Peneira  —  ,  de 
tecido  pouco  tapado.  Pão — ,  de  rala.  Bi- 
cho— ,  insecto  que  lóe  a  hortaliça. 

RALO,  s  m.  folha  de  melai  fnrada  de  bu 
TAquird.os  que  lapa  o  Uxutorio  de  freirasou 
jrttieMa';;  f.»lha  de  lata  com  furos  feitos  de 
dt-nifo  para  fora  (irando  o  nu  lai  arrebita- 
do na  siipíMÍicin  «xt^rna  :  Contra  ella  .«e  ro- 
i^ho  .»•ult^lal,ci«s  para  as  reduzir  a  pó,  r  g. 
queijo  parn.e.^ão,  ««nnellrt.  a^sucar,  l<^ba- 
co  — ,  p^^vfl  de  metal  ou  peHra  furada  |  or 
ond*^  H.^rorre  agua  ou  uuiro  liquido,  v.  g. 
—  «'e  i.si  que,  (Ih  pi«. 

n^MA,  s.  I  (He  ramo.)  os  lamoí;  miúdos 
dn  arvons  A  —  da  virloria,  a  palma.  /V- 
ta —  si.pHilinii  iiiTiiie.  Andar  p»  la —  Se- 
d'i  en*  — ,  como  «áe  do  casulo,  não  fiada, 
iiào  loicida 

r«AMA  i>u  AHiMATíiiA,  fgpogr.)  h* y  Rnma, 
Ram'é  ou  Sandeu,  antiga  cidade  «la  Pales- 
tina, na  tribu  d'Kphraim,  entro  Samaria  e 
Jtíiusalem. 


RAiíA,  (myth.)  7.*  incarnação  de  Vichnou, 
era  lilho  do  rei  d'Aoude,  Daçaratha. 

RAMADA,  *.  f.  [rama,  des.  extensiva  ada.) 
ramos  de  arvores  mui  largos  e  dilatados ; 
ram  ís  de  arvores  cortados  e  dispostos  para 
assorLbrarem  algum  lugar;  sombra  de  ra- 
mos nativos  de  arvores  sobre  j^tnHllas,  por- 
tas, alpendres  ;  casas  cobertas  de  rama;  co- 
berta de  taboado  a  modo  de  ramos;  pes- 
caria que  su  faz  deitando  ramos  nos  pegos 
e  poços  para  o  peixe  sair  por  elles,  do  Bra- 
sil se  chama  caiçara. 

RAMADAN  ,  *.  m.'  (Arab.)  nome  do  nono 
mí'z  arabicí»,  em  que  os  Mahometanos  je- 
juam, es()ecie  de  quaresma,  em  que  elles 
não  comem  n»!m  bebem  desde  o  romper  da 
aurora  até  sol  posto. 

ramaoan  ou  rauazan,  (hist.)  9."mez  do 
caU-ndario  turco;  durante  este  mez  osMu- 
sulmanos  observam  severa  abstinência,  des- 
de o  nascer  até  ao  pôr  do  sol :  é  a  sua 
quaresma. 

RAMADO,  A,  adj.  V.  Enramado. 

Ramal.  s.  m.  {ramo,  des.  collectiva  aí.) 
molho,  cordão,  fios  Cordão  de  iret  ramaes, 
torcidos  em  um.  Um  — de  missanga,  con- 
tas, perfilas,  alambre.  — de  funda  de  ali' 
rar  fedras,  o  cordão  das  pontas,  -—de  coi- 
fa, a  borla,  ou  os  conlões  que  pendem  da 
coroa  delia.  Ramaes  de  pinhões,  decamoe- 
zes  seccos,  enfiadas.  Ramaes,  (fort.)  lados 
que  estabelecem  a  communicação  entre  a 
praça  e  as  obras  exteriores;  trincheira  re- 
ciilinea  para  defender  obra  córnea  ou  co- 
roada. —  de  mina,  caminho  subterrâneo  que 
guia  aos  fornilhos,  ramo  da  mina. 

r^malde,  (geogr  )  povoação  de  Portugal, 
no  roncelho  de  Bouças;  2,iOO  habitantes. 

Ramalhada  ,  s.  f.  {ramalho,  des.  colle- 
ctiva  ada  )  quantidade  de  ramalhos. 

RAMALii.^o,  (geogr )  palácio  real  situado  a 
perto  de  3  quartos  de  légua  de  Cintra  jun- 
to &  estrada  que  ahi  conduz  de  Lisboa  n'uma 
plauirie  excellentemente  arvorisada,  era 
ouir'ora  propriedade  particular  da  rainha 
D.  Carlota  e  hrje  é  d'ura  particular. 

ramalhar.  ».  a  ou  n.  {ramalho,  ar  des. 
inf.)  U)car.  attingir  os  ramos  mais  baixos  das 
arvores;  f«7er  soar  os  ramos  baixos  rias  ar- 
vores ou  arbustos,  ou  aditar  as  plantas  al- 
tas que  lem  rama.  Ramalha  a  cobra  O  — 
quȒ  f/iziam  correndo  pelo  campo  de  n.ilho. 

itAMALiiKTK,  s.  m.  diminui  flores natu- 
raes  ou  artitiriaes  aladas  pelo  pé. 

RAMALiiKTEiKA,  s.  f  (des  eifã.)  mulhcF 
que  faz  e  vende  ramalhetes. 

RAMALHO,  s.  m.  {ramo,  des.  alho,  do  Lai. 
alUyo,  are,  atar.)  ramo  velho  e  secco  cor- 
tado. 

RAMALHUDO,  A,  adj.  (des.  udo.)  que  tem 
muita  rama. 


nAM 


RAM 


lANASSÀo.  Y.  Ramadan. 

RAMAYANA  OU  ramaiana,  (hist.)  epopca 
Índia,  rtídigida  em  lintiua  conscrítâ,  aonde 
são  celebradas  as  aventuras  de  l.ama. 

RAMBEKVILLER    OU    RaMBRHVILLIERS,    (geo- 

gr.)  cidade  de  França,  6  léguas  ao  NK.de 
Edinal ;  G,0()()  haUitanles. 

RAMBLA,  (gcogr.)  cidade  de  Ilispanha,  7 
léguas  e  meia  ao  SE.  de  Córdova ;  b,OUO 
babitanUis. 

rambouillet,  (geogr.)  í?am6o/tf/um,  cida- 
de de  França.  8  léguas  ao  SO.  de  VersaiU 
lesi  3,200  habitantes. 

RAMBOU1LLET  (casa  de],  (hist.)  ramo  da 
'amiUia  d'Angeones,  em  França,  possuiu 
desde  o  XlV  século  a  lerra  de  Uambouil- 
let. 

ravbotih,  s.  tn.  (t.  da  Ásia)  certo  estoíTo 
Asiático. 

rahbour  ou  rambures,  (gcoGrr.)  villa  de 
França,  5  léguas  ao  W.  d'Abbeville ;  SUO 
habitantes. 

RAMEAU,  (hist.)  celebre  compositor  fran- 
cez,  nasceu  em  lb8J,  morreu  em  176). 
Compoz  muitas   operas. 

RAMEJRA  ,  s.  f.  (de  ramo,  signal  de  ta- 
verna, des.  eira  )  puta,  meretriz  que  anda 
pelas  tavernas,  ou  pelas  ruas  ao  ganho. 

RAMEiRO,  s.  m.  [ramo,  des.  eira  )  o  que 
arremata  aos  contractadores  de  algum  mo- 
nopólio algum  ramo  do  contracto.  Os  con- 
tractadores do  tabaco  e  seus — *. 

RAMEIRO,  A,  adj.  {ramo,  des.  eira  )  que 
anda  pelos  ramos  de  arvores.  Gavião,  pom- 
bo—. 

RAMELA,  y.  Remela. 

RAMELoso.  V.  Remeloso. 

RAMENTos,  s.  «i.  (Lat.  ramewía,  pi.)  fra- 
gmentos, pequenos  pedaços,  v.g. — deen- 
xofre. 

RAMERUPT,  /'geogr.)  cidade  de  França,  3 
léguas  a  E.  d'Arcis-sur-Aubé ;  680  habi- 
tantes. 

RAHESSES  OU  RAMSÉS,  (hist )  nomo  com- 
mum  a  7  reis  do  tgypto  da  18.*  e  19  * 
dynastia;  reinaram  desde  o  século  XVilío 
Xlll  século  antes  de  Jesu-Christo. 

RAMGANGA ,  ( gcogr. )  rio  de  Indostão 
septentrional,  nasce  nos  montes*  Ghéronal, 
e  cae  no  Ganges. 

RAM  FiCAçÃo,  s.  f.  (Lat.  ramificatio,  onis.) 
distribuição  de  ríimos,  ou  coi  forma  de  ra- 
mos,   t?.  g.  as  ramiflrações  dos  vasns  .^an 
guineos :  —  d«  mina  ;  (lig  )  as  ramificações 
da  conspiração, 

RamifiCauo,  a,  p.  p  de  ramificar;  adj. 
propagado  em  ramos;  distribuído  em  ra- 
mos. 

rahipicar  ,  V  a.  (ramo,  frar  sn(T.  ,  do 
Lat.  (arere,  fflzer.)  Unçar  raiin's;  |(i^.)  pro- 
pagar em  diversas  direcções,  dertamar,  c. 


g.  —  a  doutrina,  a  sciencia,  os  vícios; — a 
geração,  —se,  v.  r.  (mais  us  )  exlender-se 
em  ramos;  propagar-se,  dilTundir-se.  A  aor- 
ta ramifica-se  por  toduo  corpo.  A  nova  dou- 
trina ramificou-se  por  lodo  o  glubo. 

RAMiLiiKTK.  V.  Ramalhete. 

ramillies,  (geogr  )  rid.sde  da  Bélgica.  5 
léguas  ao  SE,  ao  Louvaiiia /'^DO  habitantes. 

RAMi-MEiíEMET,  (bist.)  poeta  tí  mínistro 
turco,  foi  successi vãmente  s«<Telario  do  di- 
van,  gran-visir,  e  pachá  do  Egyplo  no  rei- 
nado d'Ache.med  II,  mas  foi  con  leoanado 
á  morte  pouco  depois  de  occupar  este  ul- 
timo cargo. 

RAMINHO,  s.  m.  diminut.  de  ramo,  pe- 
queno ramo  de  arvore  f;u  arbusto 

RAMIRO  I,  (hist.)  rei  d'Oviedo ,  filho  de 
AÍTunso  li,  reinou  de  8  2  a  85),  ganhou 
aos  árabes  em  b'49  a  victoria  de   Logrono. 

RAMIRO  II,  (hist.)  filho  d'Ordonho  II.  su- 
biu ao  trono  de  Leão  em  i)  7,  tomou  Ma- 
drid em  9j2,  combateu  os  árabes  em  Os- 
ma,  Siroancas,  /.amora,  Salamanca,  Taia- 
veira.  Morreu  em   950. 

RAMIRO  Hl,  (hist)  filho  de  Sancho-o-Gor- 
do.  e  rei  de  Lí»ào  d^sdo  967  a  9">2;  foi 
obrigado  a  ceder  parle  dos  seus  estados  a 
Bermudo  11  seu  primo,  e  morreu  pouco  de- 
pois. 

RAMIRO  (hist )  rei  d'AragTio,  filho  do  rei 
da  Navarra  Sancho  111,  reinou  desde  l(Kí5 
até  1063    Morieu  combatendo  os    Mouros. 

RAMISSERAM,  (g«^ogr.)  pequcua  ilha  da 
Indía  íngleza,  entre  o  estreito  de  Palk  e  a 
ilha  de  Manaar 

RAMLER,  (hist.)  poeta  allemão,  nasceu  em 
1726,  morreu  em  171)8.  Deixou  Odes,  CaU' 
latas.  Fabulas.  Canções,  ele. 

RAMNO.  V.  Rhamno. 

RAMu,  s.  m.  (Lat.  ranius.  Court  de  Gé- 
belin  o  deriva  do  rad.  ram,  que  significa 
altura,  elevação.  Eu  creio  qne  vem  do  lír. 
orô,  lançar,  brotar.)  membro  em  que  o  tron- 
co da  arvore  ou  a  baste  do  arbusto  se  di- 
vide, ou  que  lança  de  si :  —  de  oliveira,  de 
salgueiro,  de  videira.  Vinho  de — .  —  de 
louro  á  porta,  signal  de  taverna,  onde  se 
vende  vinho. — ,  (fig  )  taverna. — ,  (fig.)  ra- 
mificação, divisão,  porção,  v.  g.  —  de  veia 
ou  artéria.  —  do  rio,  do  monte,  braço. — 
de  ode,  estrophe.  —  de  contracto,  de  indus- 
tria. —  de  lençol,  um  dos  panos  dequeel- 
le  é  feilo.  —  de  uma  casa  ou  fsmilií».  um 
dos  d«S'endent«'S  de  al;iiiin  tronco.  Um  — 
de  gente,  porção  — ,  (fig.)  pnrção  ténue  — 
de  pente,  de  paralysia.  ainqu^U-ve.  Domin- 
go de  — s.  o  da  St-maii»  >Hnia,  em  que  se 
dão  |»»hniios  ou  ramos  dn  obv.-ira  ans  lieis, 
em  eonmiemoraçãodMque  praticavam  os  Ju- 
deos  anips  da  1'ascho.i. 

RAMOiNCUAMP.  (geogr.)  cidadc  de  França, 


366 


RAN 


BAN 


4  léguas  ao  SO.  de  Remiremont ;  3,200 
habitantes. 

RAMOND-DE-CARBONISIERS  ,      (  hist.)      Sabio 

franctíz,  nasceu  em  1755,  morreu  em  1827. 
Deixou  :  Observações  feitas  nos  Pyrineos  ; 
Viagem  ao  Monte-Perdido. 

RAMOS  (Fr.  Jerónimo),  (hist.)  religioso 
portuguez  da  ordem  dos  Pregadores ;  nas- 
ceu em  Kvora,  e  morreu  em  Lisboa  em  !rj6í>. 
Escreveu  Chronica  dos  feitos,  vida  e  mor- 
te do  infante  santo  D,  Fernando. 

RAMOSO,  A,  adj.  (Lai.  ramosus.)  que  tem 
muitos  ramos.  Arvoro  — .A  —  cornadnra 
do  veado,  os  cornos  ramosos. 

RAMPA,  s.  f.  (do  Fr.  rampe]  ladeira, 
plano  inclinado,  v.  g.  a  —  da  bateria. 

RAMPALLE,  (hist )  Ulterato  francez  do  XVli 
século,  morreu  em  1663  Deixou  Idyl- 
liós. 

RAMPOUR,  )(geogr.)- cidade  da  índia  in- 
gleza,  4  léguas  a  E.  de  Moradabad  ;  dO,000 
habitantes. 

RAMDAY  ou  RAMSEY,  (g^ogr  )  cidade  d'ln- 
glaterra,  3  léguas  ao  NK.  d'iluntingolon. 

RAMSAY,  (hist.)  escriptor  escossez,  nasceu 
em  l(i8*},  morreu  em  1/43.  Escreveu:  Vi- 
da de  Fenelon  ;  Historia  de  Turenne  ;  Via- 
gens de  Cyro,  etc 

RAMSAY,  (hist.)  fidalgo  escossez,  publi- 
cou em  1678  uraa  arte  Tachygraphica. 

RAMSDEN,  (hist.)  oplico  iuglcz,  nasceu  em 
1785,  morreu  em  1800,  inventou  muitos 
instrumentos  de  mathematicas. 

KAMSGATE,  fgegor.)  cidade  marítima  d'[n- 
glaterra  ;  ilO  léguas  de  Londres;  8,000 
habitantes. 

RAMus.  (hist.)  celebre  philosopho  francez 
nasceu  em  150^,  foi  envolvido  na  matan- 
ça de  S.  Bartholomeu,  em  1572.  Deixou  : 
Institutiones  dialecticce  ;  Animadversiones in 
Dialecticam  Aristotelis. 

RAMUsio.  (hist.)  escriptor  Veneziano,  nas- 
ceu tm  1485,  morreu  em  í557.  Deixou: 
Relatório  das  navegações  e  viagens  .  Des- 
cripção  da  Ajrica. 

RAN  ,  s.  f.  (Lat.  rana.)  pequeno  animal 
amphibio  que  habita  charcos  e  lagoas,  e  cuja 
voz  é  mui  tlesagradavel  («rasnam  as  —s. 
—  do  mar,  peixe  muito  grande  com  picos 
na  bocca. 

liANATBE,,  (h.  n.) /?anaírrt  género  de  inse- 
ctos <in  ordem  dos  H^^raipteros,  secção  dos 
Metei qj^.tnro,  famillia  dos  Iljdrocorisos. 

Kii-NLAUA,  (ant.)  V.  Arrancada. 

RA?JC8.  s.  m  movei  antigo.  «Um — cha- 
pado »  Prov.  da  Hist.  (ieneal  ,  tomo  1. 

RANCE,  (çeogr.)  rio  de  França,  nasce  no 
departamento  das  costas  do  Norte,  e  lan- 
ça se  na  Mancha,  acima  de  S.  Maio. 

RANCE,  (geogr  )  aldeia  de  França,  6  lé- 
guas ao  NO.  de  Briey. 


RANCE,  (hist.)  reformador  d  a  Trappa,  nas- 
ceu em  í  aris  em  \&l^,  morreu  em  1700. 
Escreveu  :  A  regra  de  S.  Bento  traduzida 
e  explicada ;  Regulamentos  para  o  conven- 
to da  Trappa,  etc. 
RANCEONAR.  V  Resgatar,  Remir. 
RANCHEiRO,  s.  f».  [vancho.  des.  eiró.)  o 
camarada  que  faz  o  rancho  ou  mesa  com- 
mum  no  quartel  de  soldados  ou  nos  na- 
vios. 

RANCHEL,  s.  wi  diminut.  de  rancho,  ca- 
marada pequena,  rancho  pequeho.  '^ 
RANCíio,  s.  m.  (do  Fr.  ranger,  enfileirar) 
os  soldados  ou  marujos  que  se  ajuntara  na 
mesma  camarada  para  comer  e  dormir  ,  a 
divisão  do  quartel  ou  do  navio,  onde  elles 
fazem  rancho;  ajuntamento  pouco  numero- 
so de  pessoas  para  conversarem  ou  anda- 
rem de  companhia  ;  bando,  facção  — ,  ten- 
da portátil  que  se  arma  pelas  estradas. 

RANCiDO  ,  A,  adj.  (Lat.  rancidwi.)  ran- 
çoso. 

RANCOR,  s  m.  (Lat.  rat.cor,  odio  inve- 
terado.) ódio  inveterado  e  encoberto.  Arder 
em  rancores. 

RANCOROSO  ,  A,  adj.  (des.  oso.)  cheio  de 
rancor.  Homem  — ,  que  conserva  rancor  a 
alguém. 

RANCOURA  ou  rancura  (aut.)  Y.  Quere- 
la, Queixa. 

RANÇO ,  s.  m.  (Lai.  ranceo,  ire,  adqui- 
rir ranço;  do  Gr.  rhaiô,  corromper.)  esta- 
do íirdido  de  substancias  gordurentas,  que 
adquirem  sabor  acre,  cheiro  forte,  como  o 
toucinho,  o  azeite,  a  manteiga,  guardados 
muito  tempo,  ou  por  effeito  do  calor e  hu- 
midade. 

RANÇOSAMENTE ,  adv.  {mente  suff.)  com 
ranço. 

RANÇOSO,  A,  adj.  (des.  oso.)  que  adqui- 
rio  ranço  ;  (fig.)  sediço,  antiquado.  Estylo, 
conceitos — s. 

RANCUROSO.  V.  Rancoroso,  Qaerelante. 
RANCURAR-SB.  V.  Arrancurar-sc. 
RANDAN.  (geog.)  cidade  de  França  5  lé- 
guas 80  NE.  de  Itiom;  i750  habitantes. 

RANDAZZO,  (geogr.)  Tissa,  cidade  da  Si- 
cilia,  20  leguasaoSO.  de  Messina  ;  14,0(iO 
habitantes. 

RANDERS,  (geogr.)  cidade  murada  dalú- 
namarca  16  léguas  ao  S.  d'Aalberg ;  4750 
habitantes. 

«ANDOLPH,  (geogr.)  nome  de  muitos  con- 
dados dos  tstados  Unidos ;  1  °  na  Carolina 
do  Norte,  li, 300  habitantes  2.°  S.  do  Es- 
tado do  lUiuez ;  7,275  habitantes,  etc. 

RANGER,  t),  a.  ou  71.  (Lat.  vingo,  ere  , 
mostrar  os  dentes.)  fazer  um  ruido  ou  som 
áspero,  v.  g.  range  a  porta  nos  gonzos. — 
os  dentes,  ou  com  os  dentes,  fazer  com  os 
dois  queixos  um  som  estridente.  —  os  den- 


Isa» 


1UP 


96f 


tes  com  o  frio  da  febre  ou  da  raiva. — ,  ra- 
lhar mostrando  os  dentes  como  faz  o  c5o. 

RAWGIDO,  s.  m.  som  estridente,  áspero  de 
cousa  que  range,  v.  g.  —  dos  dentes,  do 
carro,  da  porta  sobre  os  gonzos. 

RAifGiFER,  s.  m.  (do  Aliem.  rtfnn«n,  cor- 
rer muito.  Sueco  rhen,  Islandez  hrei.i.)  ani- 
mal da  Laponia,  mui  veloz,  semelhante  ao 
veado,  e  d«  que  se  servem  os  habitantes  da 
Laponia,  da  Finlândia,  etc,  para  tirar  os 
trenós  sobre  o  gado. 

RANGOMELA  ,  s.  f.  (t.  da  Beira  )  aversão. 

RANGOtN,  (geogr.)  cidade  capital  do  im- 
pério Birman,  no  antigo  Pegu,  20  léguas 
■ao  SO.  de  Pegu;  15,000  hab-tantes. 

RANGPOUR,  (geogr  )  cidade  da  índia  trans- 
Çangetica  ingleza,  capital  do  reino  d'As- 
^am. 

rangue  ,  *.  m.  (de  renhir.)  (ehul.)  re- 
singa. 

RANHO,  s.  m.  (do  Gr  rhin,  enos,  nariz) 
o  monco  do  nariz. 

RANHOADA ,    s.  f.  (aut.)  —  de   carneiro 
Eluc.  Moraes  conjectura  com  razão  ser  erro 
por  rinhoada,  do  Cast.  rinonada ,  guisado 
de  rins,  rinon,  rin. 

«ANnoso ,  A,  adj.  (des.  oso,)  que  tem  o 
nariz  cheio  de  ranho, 

RANHURA  ,  *.  /".  (Fr.  rainure  )  (carp.  e 
pedr.)  canal  na  taboa,  pedra  ou  columna, 
para  nelle  se  embeber  o  resultado  corres- 
pondente de  outra  peça. 

RANiLHAS,  s.  m.  (do  Lat.  ranula  )  (alveit.) 
a  parte  trazeira  do  casco  das  bestas. 

RANTZAu,  (geogr.)  pequeno  condado  do 
Holstein.  conta  10,000  habitantes. 

RANTZAU  ou  RANTZOw,  (hist.)  Celebre  ge- 
neral dinamarquez,  apellidado  o  Âchilles 
do  Chersoneso  Cimbrico,  nasceu  em  1492, 
morreu  em  1565, 

RANTZAU,  (hist.)  general  e  sábio  dinamar- 
quez, nasceu  em  1526,  morreu  em  1598. 
Deixou  entre  outros  escriptos  :  Epigram- 
mata  et  carmina  varia. 

RANU'A,  8.  f.  (Lat,  1  anula,  dim.  dera- 
na,  ran.)  tumor  que  nasce  debaixo  da  lín- 
gua junto  ao  freio,  no  homem  e  nos  ani- 
maes. 

RANÚNCULO,  «.  m.  (Lat.  ranunculux,  dim. 
de  rana,  ran.)  (bot  )  nome  de  uma  planta 
e  flor.  Tira  o  nome  da  forma  da  raiz  algum 
tanto  semelhante  ás  patas  da  ran,  e  de  se 
criarem  em  charcos,  morada  das  rans.  Ha 
diversas  espécies  da  planta,  v.  ^f.  o— acre, 
que  é  venenoso. 

RANZINHA     ou    RÃAZINHA  ,    S.    f.    dímxnut. 

de  ran. 

raon-l'-etape,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, 4  léguas  ao  NO.  de  S  Dié ;  3,517  ha- 
bitantes. 

RAPA ,  f.  f.  (d«    rapar.)  dado  com  uma 


ponta  sobre  que  se  faz  gyrar  por  meio  de 
uma  haslezinna;  tem,  em  duas  de  suas  qua- 
tro faces,  as  letras  T  et  /},  que  significam 
tira  e  rapa,  e  nas  outras  duas  D,  deixa  e 
P,  põe.  Quem  lança  T  tira  a  sua  entrada; 
R  leva  todo  o  bolo  ;  D  não  ganha  nem  per- 
de, e  P  põe  um  tento. 

RAPACE,  adj.  dos  2  g.  (Lat  rapas,  acit, 
de  rapio,  ere,  arrebatar)  roubador,  «x.  «  Com 
mão  — .  >  Camões.  — *  lobos. 

RAPACrDADE,  s  f.  (Lat.  rapacttat,  tis)  dis- 
posição rapace,  inclinação  a  roubar.  A  —  doi 
agentes  do  fisco. 

RAPACissiMO,  A,  adj.  supcrl.  de  rapace. 
Animaes  — «. 

RAPADA,  s.  f.  (subst.  dt  dcs.  f.  de  rapado) 
a  cabeça  rapada. 

RAPADA,  (geogr.)  ilha  alta  e  destituída  de 
vegetação,  na  bahia  d'Angra-dos-Reís,  no 
Rio  de  Janeiro. 

RAPADO,  A,  p  p.  de  rapar;  adj.  pellado, 
que  tem  ocabello  cortado  rente  com  a  car- 
ne. Panno  — ,  mui  gasto.  Tinha  —  a  cabeça. 

RAPADOURA,  í.  f.  (dos.  ourfl)  ínstrumeuto 
de  rapar. 

RAPADURA,  s.  f.  (des.  tira)  o  que  se  tira 
rapando,  raspas,  raspadura.  —  de  coelho, 
a  terra  que  o  animal  tira  fazendo  cova  ou 
toca  ;  massa  dura  de  assucar ;  crostas  de  açú- 
car que  ficam  pegadas  aos  tachos, 

RAPAGÃO,  s.m,  augment.áeTãp&i,  moço 
bem  feito  que  ainda  não  tem  barba. 

RAPALiNGUAS,  s.  f.  horva  de  superfície 
mui  escabrosa. 

RAPALLO,  ( geogr. )  cidade  dos  Estados 
Sardos,  6  léguas  ao  SE.de  Génova;  2,500 
habitantes. 

RAPÃo,  t.  m.  homem  que  anda  rapando 
e  ajuntando  lixo  para  estercar. 

RAPÃO,  s.  m.  nome  de  uma  chita  ingleza 
muito  encorpada. 

RAPANTE,  adj.  dos^g.  (des.  do  p  a.  Lat 
em  ans,  tis)  (braz  )  em  postura  de  rapar  a 
terra  com  as  unhas.  Animal  — . 

RAPAPÉ,  8.  m.  (famil.  ejoc.)cortezia  feita 
arrastando  o  pé  para  trás, 

RAPAR.  f).  a.  (Fr.  rãper.  V.  Raspar)  cor- 
tar rente,  á  raiz,  v.  g.  —  o  cabello.  revol- 
ver com  as  unhas  ou  com  instrumento  den- 
tado, V  g.  —  a  terra  ;  raspar,  v.  g.  —  uma 
raiz  com  faca. 

RAPAR,  V.  a.  (do  Lat,  rapio,  ere)  arreben- 
tar, roubar,  levar  por  violência.  É  termo 
chulo. 

RAPARIGA,  s.  f.  (V.  Rapai)  moçazínha, 
moça  de  servir  de  pouca  idade. 

RAPARiGO,  s.  m.  (ant.)  V.  Rapax. 

BAPAZ,  $.  m.  (do  Gr,  «rad,  amar,  tò  paitt 
moço,  mancebo)  adolescente  ;  moço  de  sol- 
dada. É  termo  muito  antigo  na  língua,  enão 
ignorado  dos  antigos,  como  diz  o  autor  das 

»2  ♦ 


868 


RAP 


RAF 


Memorias  dalitter.,  tora.  in.  pag.iOl,  ar- 
tigo Moço,  n  que  bom  notou  M  »rí»es. 

RAPAZ.  aHj.  dos2  g.  (Lat.  rapnx,  cis]  rapa- 
ce, ronbidor,  Lobo,  li}j;re — .  Rapaces  ítíras, 

bapaza,  (ant.)  V.  Rapariga. 

rapazão,  *.  m.  avgment.  de  rapaz. 

rapazetb,  s.  m.  diminui,  dorapac,  ra- 
paz nào  mui  crescido. 

BAPAZiA,  *.  f.  (des  ío)  dílo,  acção,  tra- 
vessura de  rapaz ;  mullidào  de  rapazes ;  cre- 
dulidade de  rapaz. 

RAPAZIADA,  s.  f.  rapazia  ;  noultidão  de 
rapazes.  Fazer  — *,  acções,  travessuras  de 
rapaz. 

RAPAZINHO,  s.m.  diminut.áe  rapaz  de  pou' 
cos  annos,  menino. 

RAPAZOTE,  s.  m.  rapaz,  moço  crescido. 

RAPÉ,  s.m.  [doFr.  rapé,  raspado)  tabaco 
em  pó  para  tomar  ás  pitadas,  v.g.  —  gros- 
so, lino. 

RAPEI  HO,  (ant )  V.  Rapazinho, 

RAPiiAEL,  (hist  )  archanjo,  cujo  nome  si- 
gnifica Remédio  de  Deus,  é  um  dos  sete  an- 
jos, que  eslão  sempre  na  presença  de  Deus. 

RAPHAEL,  (hist.)  o  maíor  dos  pintores 
modernos,  o  seu  apeilido  era  Sanzio,  nas- 
ceu em  1-183,  morreu  em  Mj20.  Nào  so 
foi  eximio  pinlor,  mas  também  eminente 
architeclo.  Os  seus  melhores  quadros  são ; 
a  Escola  dAtkenas,  as  Sibyllas,  os  Pro- 
'  phetas  ;  a   Viigem  de  Foligno,  cIc. 

RAPiiELENG,  (hist  )  sa!  io  orien«alisla,  nas 
ceu  em   153  •,   morreu  em  irt97.  I»eíxnu  : 
Diccionario  Chaldaico  ;  um  Novo  Testamen- 
to em   Syriaco. 

RAPiiiA,  (geogr  )  cidade  forle,  nos  con- 
fins da  Syria  e  do  Egypto. 

RAPiAR,  V.  a.  (anl.)  V.  Ârripiar  (a  car- 
reira). 

RAPIDAMENTE,  odp,  {mcnte  suíT.)  com  ra- 
pidez. 

RA  PIOR,  (gengr  )  rio  dos  Eslavos -Unidos 
sae  dos  Biacks-tlilis.  e  cae  no  Missouri. 

RAPIDFZ,  *  f   [rápido,  dps.  rz)  movim»'n- 
.    to  ríipido,  accelerado,  celeridade.  Kão  tem 
plural. 

Rapidíssimo,  a,  adj.  svperl  de  rápido, 
summaujenle  rápido,  arrebatado. 

Rápido,  A,  aí/;  (\.f\l.rapidu8  ;  ôeruo,ere, 
arremessar  e  i»recip«lAr-s»*,  e /)/«,  dis.  pé)  vo- 
lt z.  acoeirrado.  —  corrente.  — rio,  c<na  lo. 
niovirnento  A  —  língua,  de  quem  fíill« 
COai  grande  volubilidade    O  —  pensaiui-nto. 

Rap  i.iiah,  v.  a.  V.  Roubar,  Pilliur. 

rapii.iiu,  s.  m    V     Piutus  fpe.lra). 

Raimn,  (lii>t  )  fsnriplor    franctz    do   XVI 
S*>C»lo     nasceu  em  15^0,  morreu  em    (i(>8 
Foi  um  dos  autores   da  Sutga  Menip/iea 

HAPIN,   tlii.«>t.)  pueiN  laiiiio  iiiodeino,   ii/is 
cou  eni    lU   1,    morreu   tm  Itiôl.    UeiluU 
auóuift  puttÚA»  kiiiiftfr 


RAPiN-TnoYHAs,  (hist.)  histofiador  fran- 
cez,  nasceu  em  16*1,  morreu  em  17  í5. 
Deixou  uma  Historia  d' Inglaterra  em  S 
volumes. 

RAPINA,  s.  f.  (Lat.  de ra;>io,  ere,  arreba- 
tar) roubo  de  salteador,  roubo  coíaviolm- 
cia  ;  a  cousa  em  que  se  faz  preza  Ates  átÍBi 
— ,  de  preza,  como  as  águias,  os  açores,  ga- 
viões, falcões.  «  Cobras  que  caçam  de  —  sal- 
tando da<«  arvores  na  pfêa  que  jstá  no  ch&o.» 
Mendes  Tinto.  <b 

rapolla,  (geogr.)  cidade  do  rwiôíidâ^'^"' 
Polés,  meia  légua  ao  SO.  de  Melíl ,  íT^ÍJO 
habitantes. 

Rapontis,  s.  f.  V.  Rhapontico  ou  Rui' 
ponto. 

RAPORTB,  s.  m.  (do  Fr.  rapport)  (ant.)  re- 
latório, relação,  cousa  que  se  refere  ;  conta 
que  se  dá  de  alguém.  Este  gallícismo  é  usa- 
do por  Góes,  Chron.  Man. 

RAPOSA,  s.  f  (do  Lai.  rapio,  ere,  roubar, 
arrebater)  animal  quadrúpede  que  faz  gran- 
de estrago  nos  gallinheiros,  e  mui  astucio- 
so. 

RAPOSEIRA.  V.  Repouseira. 

RAPOSEIBO.  *.  m.  V.  Repouseiro. 

RAPOSEiRO.  A,  adj.  (fig  )  astucioso,  ma- 
nhoso como  a  raposa. 

RAPosiA,  s.  f.  (des.  ia)  (joc.)  astúcia,  ma- 
nha. 

raposinha,  *.  f.  diminuí,  de  raposa. 

RAPosiNiiAR,  V.  n.  (raposa^  ar  des.  inf.) 
(chulo)  usar  de  astúcia,  sermarhoso. 

RAPosiNHO,  s.  m.  diminuí  de  raposo,  ra- 
poso pequeno.  Cheirar  a  — s,  a  catinga  ou 
bodum.  Diz-se  dos  prelos  e  mulatos. 

RAPosiNO,  A,  adj.  de  raposa  :  (fig  )  astu- 
to, manhoso,  malicioso,  ícatreiro,  ardilo* 
so. 

RAPO'10,  s.  m.  V.  Raposia. 

RAPOSO,  s.  m    o  macho  da  raposa. 

RAPOSO,  A,  adj.  V.  Raposinn. 

RAPOZA  (serra  da),  serra  da  proviacía  ii« 
Pernambuco. 

RAPO/.os.  ígeogr.)  viUa  da  p'-ovincia  d« 
Minas-Geraes,  no  Brayil,  3  legu  s  ao  >.  da 
cidade  d^^  Sabará,  e  1-{  ao  NK.  da  cidade 
d'Ouro-Prelo  ;  4,500  habit.intes. 

RAPPAHANNoCK.  (geogr.)  rio  dos  Estados* 
I'nidjs,  sae  dos  montes  Azjes  e  cae  na 
Bahia  de  (lhe>0|ienck. 

RAPPKKSCHWYK  (geogr  )  cidade  da  Snií- 
sa,  15  l>guas  ao  S«i.  de  S.  Gall ;  2,5jO 
h.-ibit/«tites. 

KAp.sonu,  s. /".  (Gr.  r/io/íM,  coser,  e  rfí/^, 
canto)  coll^^içâf»  de  versos. 

kaps«'Dista,  s.  m.  (des  ista)  o  que  com- 
|)õe  rapsódias  de  obras  alheias  ;  cantor  de  rap* 
so«iiis. 

raitaDO  a,  p.p  derapisr:  odj.  levado 
viuloiiMiuMiutie,  «.  f^.  Ueleud  íoi  -*. 


lun 


RAS 


RÀPTADOR,  t.  m.  raptor,  o  quo  raptou. 

KAPTAR,  V.  a.  (lai.  rapío,  me,  âecapio, 
ere,  tomar,  e  rvo,  ere,  ou  rhuô,  levar  de  ras- 
tos) rouD*r,  levar  por  violência  afilha  ou  a 
mulher  de  outrem  pnra  tim  deshonesto. 

Rapto,  *  m.  {<\oLat.  raptum]  roubo  vio- 
lento; roubo  violento  da  íillia  ou  mulher  de 
outrem  para  fim  deshon^^sto.  —  de  seduc- 
çáo,  quando  se  illudo  a  donzella  com  a  pro- 
messa de  casamento.  — ,  enlevarão  inleile- 
ctual,  ritase.  transporte.  Os — s  dos  namo- 
rados, transportes  amorosos. 

RAPTO,  A,  adj  {Lat.  raptus)  (p.  us.)  arre- 
batado, rápido.  —  movimen  o  dos  astros. 
Rio—    Camões,  Lus    x.  8Ge9G. 

RAPTOR,  s.  m.  (Lat.)  arrebatador,  rouba- 
dor,  o  que  cnmmette  rapto. 

RAPTY,  (geogr )  rio  do  Indostão,  no  Ne- 
pal, «  lança-so  no  Gogra. 

RAQUETA,  *  f.  {óoFr.raquette)  pala,  aro 
guarn»  eido  de  rede  com  cabo,  usado  para 
dar  no  volante,  ou  em  pellotas  nestes  j'»gos 

raquítico,  raquitis.   V,  Rackitis,  etc. 

RARAMENTE,  adv.  (mcn/e  suíT.)  raras  vo- 
zes. 

R4RAR,  13    a.  V.  Ralar. 

RAREFACÇÃO,  s.  f.  íphys)  estado  rarefeito 
ou  dilatado,  v.  g,  — doar,  dos  vapores. 

RarefaCIENTr,  adj.  dos2g.(Lm.  rarefa- 
eienSf  tis,  p.  a.  dera/c/aciu,  ete]  querare- 
íaz,  V.  g.  o  ar,  o  sangue. 

RARF Factível,  adj  dos  t  g.  (des.  ivel)  sus- 
ceptível de  «xpansào,  de  s»»r  rare/eito. 

RAREFACTivo,  A,  ttdj .  (dos.  ivo)  quG  rare- 
faz. 

RAREFAZER.  V.  fl.  (Lat  rarffúcio,  ere)  di- 
latar, tornar  menos  denso,  dar  maior  expen- 
são  ;  —  o  ar.  Oralor  rarr/azaagua.  — se, 
V    r.  eimpeíis.  dilalar-.«e. 

RARRFEiTo,  A, />.  p.  dtí  larí^fazcr ',  fl<//.  di- 
latado. O  ar — . 

RAREZA,  s.  f.  [raro,  dos.  eza)  raridade,  o 
ser  raro,  pouco  commura.  — ,  o  ser  ralo, 
f>.  g.  a  —  dopaniio  ;  ran  facção. 

RARIDADE,  s.  f.  (Lat.  Taritas,  tis)  cous.i 
rara,  pouco  commum.  As — x  da  natureza. 
— ,  effeilo  da  rarefacção,  o  grande  augmen- 
to  de  volume  de  corpo  dilatado,  v.  g.  a  — 
do  ar. 

BARissiHANENTE,  adc.  svpcrl.  de  raramen- 
te 

RARÍSSIMO,  A.  a^j.  íM/)e'/.  de  raro.* muito 
raro 

RARO,  A,  adj.  (I  at  rarus,  de  araiot,  te- 
nuH,  de  o<»<5.  el»v.ir,  fazfr  ^ubir.  oude/jcr. 
O  ar)  leiíue,  p'U«:od*'nS(»,  pouco  basto  Shiio. 
robelh,  tecidu  —,  n\o.  lUde  — ,  denialhis 
lar^MS,  pouco  tapada.  — ,  mui  poroso,  v 
g.  t^^ria — .  — ,  (p- ns  )  «|.«ro,  não  lurv.», 
V.  g  viíiho  — .  — ,  (íi>?  )  pouíío  corniiiiim. 
qucãeiiuconira  coiu dilUwUiUatie  tí cUi  pcquo* 


na  quantidade.  O  ouro,  os  diamantes  e  ru« 
bis  sà') — »;  precioso  tm  razSo  da  raridade. 
Cous'S  — s.  Livro  — .  — ,  (dg.)  pouco  fre- 
quente. Caso — .  Phenomenos  — s.  A  que- 
da dosaerolilhes  é  ohenoraeno — . 

RAHO,  s.  m.  V.  Halo,  s    mais  us. 

RAROTo:<GA.  (geogr  )  uma  das  ilhas  Ilar- 
vej  ;  7,00i>  habitantes. 

RAS,  *.  m.  (do  Fr.  Arras,  cidade  da  anti- 
ga 1'icardia,  celt^bre  pela  fabricação  de  tape- 
çarias) ou  panos  </<• —,  tapeçarias,  ex  «  Ks- 
tava  elle  por  detrás  de  um  — .  »  Menina  e 
.lloçaft 

RASA,  *.  f.  (do  Fr.  ras^  raso,  sem  felpa) 
estoiro  de  là  sem  pello,  espécie  de  sarja  de 
lã. 

RASA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  do  raso]  taxa 
do  estipendio  ou  custas  dos  autos  fixada  pelo 
contador.  Pagar  pela — ,  arisca,  sem  exce- 
der o  regimento. 

RASA.  Igeogr.)  piquena  ilha  deserta  no 
archipelago  de  Cabo-Verde. 

rasadura,  s.  f.  (des.  ura)  o  que  se  tira 
com  a  rflsoura  da  medida  cogulada. 

RASAMEiNTE,  ado.  (mente  suíT.)  (p.  us.)  to- 
talmente, ex.  «  Vinha  deliberado  a  conquis- 
tar—  toda  a  llispanha.  »  Mon.  Lus. 

RASANTE,  adj.  dos  i  g .  (do  Fr.  rflsaní,  de 
raser,  arrasar)  (fort  )que  r.ssa.  Linha  de  de- 
fesa —  ;  flanco  — .  Fogo,  bateria  — ,  cuja  di- 
recção rasa  a  terra. 

Ras.vo.  V.  Razão. 

ra;ão,  (anl  )  V.  Rasoura. 

raSar.  V    Abrasar. 

rasrutos  ou  resbutos,  s.  m.  pi.  (t.  da 
Ásia)  casta  militar  na  Índia. 

rasca.  s.  f.  (do  Kr  ani.  raisian,  rede  de 
arrastar,  ou  de  rascar,  varrer)  rede  de  arra;i- 
l«r.  embarcação  em  qiesR  pesca  compila; 
pedaço.  Letar  — em  algum  ne<fOCÍo,  (loc. 
f-<mil  )  ter  parte  no  lucro,  no  ganho.  Deor- 
dinario  se  diz  de  ganho  illicito. 

RASCAD  iR,  s  m.  (ouriv  )  raspador,  ferro 
de  rascar  ou  ra«par;  in^lium^nto  de  ferro 
com  que  os  bombeiros  raspão  as  bombas  fer- 
rugfnías. 

rasc^dura,  s.  /".  (des.  ttra)  imprpssãoque 
deixa  em  siiperficie  ura  corpo  que  raspa  01 
rasga,  arranha  luras,  ex.  «  Lhe  fizeram  mui-  . 
tas  — s  (nonislo  o<5  bambus)  porque  cortam 
como  navalhas.  »  Conto. 

HAsc.\o,  s    m.  (anl  )  pagpm. 

uascío,  s  m.  (doArab  rd.*,  cabeça,  e^rfl- 
nam,  canipiro)  guisado  de  carneiro  picado 
com  cebida,  toucinho,   etc. 

hAsCAH,  V  a.  (do  Lai  re^eeo,  are,  cortar) 
rasp«r,  arranhar,  v.g.  — a  l»*pra 

h»scak,  V.  a    (anl  )  clarna»'.  bradar. 

R\sciA,  (gHiigr.)  rei>n  de  lias  inn,  ou- 
irora   Dxrdanii  parii*  oiienlal  da  Servia 

MAJscuA,  *.  ^  \útí  roncar,    ra«par,  vairer  ) 


miú 


"^m 


RA8 


moça  da  cozinha.   Bluteau  verto  moça  que 
serve  de  aia. 

RASCOEíRO,  s,  m.  {rascôa,  des.  ciro)  o  que 
tem  amores  com  rascôas,  moças  de  varrer. 

RASCoiCE,  s  f.  acção  de  rascão  ou  ras- 
côa. 

RASCOTE,  í.  m.  (chulo.)  diminuí,  de  ras- 
cão. 

RASCUNHADO,  A,  p.  ]».  de  rascuuhar ;  adj. 
delineado  ouescripto  toscamente. 

RASCUNHAR,  D.  O.  [rascunha,  ardes,  inf ) 
delinear  toscamente;  esboçar  grosseiraraen 
te  ;  escrever  minuta,  borrão  ;  imprimir  si- 
gnaes  profundos. 

RASCUNHO,  s.  m.  (de  rascar,  e  unha)  de- 
lineamento tosco,  grosseiro;  minuta,  bor- 
rão ;  descripçao  tosca,  imperfeita. 

RAS-EL-AiN.  ígeogr.)  Resena,  depois  Theo- 
dosiopolis,  cidade  da  Turquia  asiática,  27 
léguas  ao  S.  de  Reha. 

RAS-EL-HAD,  (geogr.^  Didymi  montes,  o 
cabo  mais  oriental  da  Arábia 

RAS-EL-KHYMA,  (gcogr.)  cidade  c  porto  da 
Arábia,  sobre  o  golpho  pérsico. 

RASENA,  (hist.)  nome  que  se  dava  á  po- 
pulação da  Etruria,  aquella  que  nos  sécu- 
los XlleXl  antes  de  Jesu-Lhristo  submet- 
teu  os  Tyrrhios,  e  os  Siculos. 

RASGADO,  A,  p.  p  de  rasgar ;  adj.  roto, 
lacerado.  Tinha  —  os  vestidos,  a  carta.  Ai' 
faces  — s,  com  as  unhas,  pordôr,  afflicção. 
— ,  mui  aberto,  v.  g.  bo«;ca  —  ;  olhos  — s. 
Portinhola  — ,  de  grande  altura.  —  em  com- 
primentos, mui  excessivo.  Cumprimento  — , 
mui  longo  e  palavroso,  — ,  adverbiaimente, 
muito,  com  excesso.  Comer,  dansar,  can- 
tar — . 

RAS6AD0R,  A,  adj    que  rasga. 

RASGADURA,  s.  f.  (des.  ura)  abertura  da 
cousa  rasgada ;  abertura  natural  grande,  t>. 
g.  —  da  bocca  ;  —  do  muro,  brecha. 

RASGAMENTO,  s.  m.  {mênío  suff.)  abertu- 
ra artificial. 

RASGÃO,  s.  m.  [áo  augm.)  rasgadura  gran- 
de :  —  do  pano.  «  Fez-lhe  um —  na  cara.  » 
— ,  o  pedaço  que  pende  da  peça  rasgada. 

RASGAR,  9.  a.  (do  Gr.  rhasaô,  ou  rhessó, 
rasgar,  romper)  romper,  fender,  lacerar,  v. 
g.  —  as  carnes,  o  vestido,  a  carta  ;  —  o  pego, 
(fig.)  navegar.  —  a  amizade,  romper,  que- 
brar. —  o  coração,  as  entranhas,  o  peito, 
aílligir  profundamente.  Hasgarem-se  as  nu- 
vens, em  trovões,  (fig.)  lançarem,  romperem. 
— ,  romper,  abrir  brecha  :  —  o  muro,  a 
parede;  —  portinholas  no  navio,  ajanella, 
a  porta,  a  ferida  profunda.  —  a  letra,  es- 
crever com  traços  largos. 

RASGO,  í.  m.  traço  rápido  feito  com  a 
penna  ou  o  pincel;  (fig.)  acção  bella,  brio- 
sa e  repentina,  v.g.  ter  —  s  de  generosida- 
de, ^r^  sublime  de  virtude,  patriotismo.  — s 


de  eloquência,  expressões  persuasivas  eque 
parecem  impulsos  do  coração,  da  mente. 

RASGUNHO,  (ant.)  V.  Rascunho. 

RASO,  A,  adj.  (Lat.  rasus,  p.  p.  de  rado, 
ere,  raspar)  raspado,  cortado  rente.  Cabello 

—  ;  estoffo  — ,  sem  pello  Lugar,  campo  — , 
charneca  — ,  plana,  sem  mato.  — ,  arrasa- 
do. Nau  — ,  navio  — ,  sem  mastros,  nem 
obras  altas.  Cadeira,  assento — ,  sem  encos- 
to nem  braços  Escudo  — ,  sem  ornato.  Dou- 
dice  —,  calva,  manifesta.  Razão  — ,  clara, 
singela.  Tornar  tudo  — ,  arrasar.  Bala  — , 
liza,  não  escabrosa  ou  encadeada.  — ,  (fig.) 
baixo,  de  condicção  inferior.  Soldado  — . 
Fidalgo  — ,  não  titular.  Cavalleiro,  escu- 
deiro —  ;  cura — ,  que  não  tem  outra  dis- 
tincção,  simples.  Homem  — ,  plebêo,  sem 
graduação  civil.  Vejo-me  tão  —  como  d'an- 
tes,  na  mesma  condição  humilde.  Signal 
— ,  sem  as  guardas  da  assignatura  dotabel- 
lião.  Escriptura  —,  lavrada  pelo  tabellião, 
e  assignada  por  eile  sem  as  guardas  de  nome 
usadas  em  documentos  solemnes.  Traslado 

—  de  escriptura,  que  encerra  as  condições 
^0  contraio  sem  ter  ainda  a  data  — ,  em 
escriptura,  raspado,  ou  cancellado. 

RASOADO.  V,  Razoado. 

RASOAR.  V.  Razoar,  etc. 

RAsoR[,  (hist.)  medico  italiano,  nasceu 
em  1796,  morreu  em  1837.  Escrevfiu  :  Dis- 
curso sobre  o  pêvtendido  génio  d'Hippocra- 
tes,  Theorxa  da  inflamação. 

RASOURA,  s.f.  páo  roliço  torneado  que  08 
medidores  passam  por  cima  das  medidas 
acoguladas,  para  as  arrasar,  tirando-lhes  o 
cogulo.  Passar  a  —  por  cima,  (fig.)  tirar, 
supprir  o  que  existe  em  excesso,  ex.  « Irei 
botando  a  —  a  esses  louvores.»  — ,  o  fazer 
a  barba.  Casa  de  — ,  onde  os  religiosos  se 
fazem  barbear  o  cabello  da  barba,  e  a  coroa. 
Dia  da  — . 

RASOURADO,  A,  p.  p.  de  rasourar ;  adj. 
arr  sado  com  a  rasoura. 

RASOURAR,  V.  a.  [rasoura,  ar  des.  inf.) 
arrasar  com  a  rasoura  :  —  as  medidas  cogu- 
ladas. 

RASPADO,  A,  p.  p.  de  raspar ;  ad/.  quese 
raspou    ou  tirou  raspando. 

RASPADOR,  s.  m  instrumento  de  raspat^^^ 
V.  g.  as  letras  ou  manchas  na  escriptura . 

RASPADURA,  s.  f.  (dcs.  wra)  O  acto  dc  ras- 
par ;  raspas,  o  que  se  tira  raspando,  v.g. 

—  de  ponta  de  veado,  de  quassia  amarga. 
RASPAR,  V.  a.  (do  Fr.  ráper,  deriv.  do  Lat. 

rasus,  p  p.  de  rado,  ere,  e  asper,  áspero) 
roçar  corpo  áspero,  escabroso,  ou  cortante 
contra  qualquer  superfície  solida  de  corpo 
secco,  para  o  alizar,  ou  reduzir  a  pó  parte 
da  substancia,  v.  g.  — a  ferrugem,  a  caspa, 
a  côdea;  — queijo,  açúcar,  canella,  pontas 
de  veado,   páo  quaseU.   —  eém  as  unhas, 


RÁB 


IA 


tri 


como  faz  o  touro,  ocnvallo, — o  musgo  das 
arvores  ;  o  pau  com  faca  ;  o  papel ;  o  queijo 
com  ralador  ou  com  faca. 

RASPAS,  s  f.  pi.  o  que  se  tira  á  madeira, 
aos  cornos,  etc  ,  raspando,  v.g. — de  pon- 
ta de  veado. 

RASPE,  (hist  )  antiquário  allemão,  nasceu 
em  1737,  morreu  em  179 i.  Deixou  uma 
edicção  das  Obras  philosophicas  e  latinas 
de  Leiboitz, 

RASQUETA,  s.  f.  (talvez  do  Aliem,  reissen, 
arrancar;  lng\.  wrist^  pulso,  carpo)  (p.  us.) 
ajunta  da  mão  com  os  ossos  do  antebraço, 
carpo. 

RASSAMALHA  OU  ROSSAMALHA,    *.  f.  CStOra- 

que  liquido. 

RASso.  V.  Raspado,  Basa,  na  escriptu- 
ra. 

RASTADT,  (geogr.)  cidade  murada  do  gran- 
ducado  do  Bade,  ti  léguas  ao  SO.  de  Car- 
Isruhe  ;  4,300  habitantes. 

RASTEAR,  t),  n.  [rasto,  ardes,  inf.)  andar 
de  rastos,  rastejar,  v.  g.  as  cobras  rasteam. 
Muitas  plantas  rasteiam,  se  extendem  pelo 
solo  sem  subirem  nem  treparem  —  o  en- 
tendimento, o  discurso,  não  se  elevar  á  al- 
tura do  assumpto.  N  .Rastejar. 

RASTEIRAMENTE,  adv.  (mewíc  suff.)  de  ras- 
tos  ;  do  modo  rasteiro. 

RASTEIRO,  A,  adj .  (vasto,  des.  eiró)  baixo 
rente  com  o  chão  ;  (fig.)  humilde.  Homem, 
estylo,  pensamentos,  sentimentos  — s.  Ani- 
mal — ,  reptil.  Plantas  — s,  arrastadeiras. 
Navios  — ,  pouco  alterosos  no  bordo. 

RASTEJADO,  A,  p.p.  de  rastejar;  adj,  que 
rastejou. 

RASTEJADOR,  s.  m.  0  quB  rasteja,  inda- 
ga- 

RASTEJADURA,  s.  f.  (dos.  ura)  o  acto  de  ras- 
tejar: 

RASTEJAR,  D.  O.  [vãsto,  des.  ejar)  seguir 
pelo  rasto  ou  pisa,  seguir  as  pegadas,  vestí- 
gios ;  seguir  de  perlo,  alcançar  imperfeita- 
mente. Rastejou  a  verdade,  o  sentido,  as 
causas.  Imitar  imperfeitamente,  v.  g.  —  o 
estylo  do  vate,  os  primores  do  original  em 
traducções.  Suspeitar,  ter  noção  imperfeita, 
indícios.  «  Rastejando  alguma  cousa  d*esta 
sua  dissimulação.  »  Chron.  de  D.  João  111. 
—  uma  mulher,  requesta-la.  — ,  v.n.  an- 
dar de  rastos,  de  mjo,  arrastar-se  ;  (fig.)  an- 
dar rasteiro,  não  se  elevar  á  altura  do  as- 
sumpto. «Nem  cobarde  rasteja  áquem  di 
mela.»  Bocage. 

RASTPjo,  s.  m.  acto  de  rastejar,  de  rojar; 
(fig.)  conhecimento  imperfeito.  O  —  dos  se- 
gredos da  natureza. 

RASTELAR.   V.  Restellar. 

RASTELO.  o  —  da  chave,  as  divisões  do 
palhetào  por  onde  passam  algumas  peças  de 
ferro  cravadas  na  fechadura. 


.     RASTILHO,  í.  m.  diminut.  de  rasto.  —  de 

pólvora,  fiada  d'ella  quo  se  dispõo  delgada 
e  solta  no  chão  para  communicar  o  fogo  a 
mina,  a  barril  cheio  de  pólvora  ou  substan- 
cias combustíveis.  — ,  carrinho  de  rojo  sem 
rodas,  treno  para  correr  sobre  o  gelo. 

RASTi:^GA.   V.  Restinga. 

RASTO,  s.  m  (do  Lat.  rado,  ere,  raspar; 
rastellum,  grade  de  agricultura.)  vestígios, 
pegadas,  pisadas,  pista,  trilha  que  o  animal 
deixa  no  caminho.  Seguir  o  —  do  animal 
ou  de  alguém.  —  dn  sangue,  s\gnn\,  traças. 

—  do  segredo,  indícios.  — de  edifício  anti- 
go, vestígios,  15.  g.  havia — «deaqueductos. 
— s,  suspeitas,  v.  g.  —  de  conjecturas  Per- 
de* os  — s  dos  intentos  de  alguém  ,  os  in- 
dícios, as  traças.  Andar  em  —  de  alguém, 
na  sua  comitiva.  —  de />o/t?ora,  c?- freira  del- 
ia ;  formigão  para  pôr  fogo  á  mina.  Rede 
de — ,  de  arrastar  O — do  repairo  de  ar- 
tilharia, a  parte  que  arrasta  Carro  de — , 
rastilho,  trenó.  De  — ,  arrastando,  arrojan- 
do. Ir,  andar  de — ,  de  rojo.  Levar  de— s, 
de  rojo ;  (fig.)  constrangidamente,  á  for- 
ça. 

RASTOLHADA,  s.  f.  [rastolho,  des.  s.  col- 
lectíva  ada.)  grande  quantidade  de  rastolho. 

—  de  mortos,  (fig.)  montão  delle«. 
RASTOLHO,  s.  f  &  caua  do  trigo,  ou  mi- 
lho segado,    que  fica    com  a  raiz  na  terra. 

RASTREiRO   V.  Rasteiro. 

rastrilho,  s.  m.  (do  Lat  rastrum,  gra- 
de.) (fort.)  grade  de  ferro  que  se  suspende 
nas  portas  de  praças  fortes ;  trenó,  rasti- 
lho 

RASTRO,  s.  m.  fLat.  rastrum,  grade.)  re- 
de grande  de  pescar  que  se  lança  longe  da 
praia,  e  se  arrasta.  — ,  ensinho,  grade  de 
quebrar  os  torrões.  V.  Rasto. 

RASURA,  s  /.  raspadura  do  escripto  er- 
rado. Rasuras,  pi  ,  raspas,  c.  ^  — dequas- 
sia,  de  ponta  de  veado,  de  íerro,  latão  , 
etc. 

RATA,  s.  /".  a  fêmea  do  rato. 

RATA,  «.  /".  ^de  ratus,  a,  um,  p.  p  de 
reor,  julgar,  estabelece.)  a  quota  parte  que 
cabe  a  alguém  em  rateio  Pro — ,(loc.lat.) 
á  proporção,  em  razão.  — do  tempo,  na  pro- 
porção. 

RATADO,  A,  p.  p.  de   ratar ;  adj.  roído. 

RATÃO ,  s.  m.  augment.  de  rato,  rato 
grande,  ratazana.  — ,  peixe  semelhante  á 
arraia. 

RATÃO,  adj.  m.  Assucar  —  ,  inferior  ao 
chamado  panella. 

RATAR,  V.  a.  [rato,  ar  des.  inf.)  roer  co- 
mo fazem  os  ratos.  Os  ratos  rataram  à 
roupa. 

RATAZANA,  s.  /".  rato  graude,  arganaz.— , 
(chulo)  homem  ridículo. 

RATCHis,  (hist.)  duque  do  Fraal  em  737, 
9$  « 


m 


RAT 


e  rei  dos  Lombardo»  em  7\\,  abiicoa  em 
74U.  \ 

RATEAÇÃo,  s.  f.  V.  Rateio. 

RATElAlíAMENTE   OU    RATKADAMKNTE  ,    adv. 

(nieníe  suíT.)  em  ralnio.  Repartir,  contri- 
buir — ,  cada  um  á  proporção  d- s  capitães, 
ou  dos  seus  direitos  como  credor  do  fal- 
lido. 

RATEIADO  ou   RATEADO,   A  ,    p.    p.   de    ra- 

teiar ;  adj.  repartido  em  rateio,  ou  pro  rata. 

RATFiADOR  OU  rateador  ,  s.  w.  O  que 
faz  rateio. 

rateiambnto,  V.  Rateio. 

RATEiAR  nu  RATEAR,  V.  a  {vãta,  ar  dcs. 
inf.)  distribuir,  reparlir  pro  rata. — os  ga- 
nhos, as  perdas,  os  dividendos,  os  gnslos 

RATEIO,  s.  m  repariição  pro  rala,  na  pro- 
porção das  posses,  capitães,  ou  dos  direi 
♦    tos  de  credor. 

RATES  (S  Pedro  de],  villa  de  Forlugal. 
4  léguas  a  0.  de  Braga  e  2  ao  S.  de  liar- 
cellos. 

RATHAusjíERG.  ígeogr.)  montanha  d'Aus- 
tria,  nos  Alpes  Noricos. 

RATOENOW,  (geogr  )  cidade  dos  E'ít3dos 
prussianos,  7  léguas  ao  ^0.  de  Brandebur- 
go ;  4,700  habitantes. 

RATiROR ,  (gengr. )  cidade  dos  Estados 
prussianos.  15  léguas  ao  SE.  d'Uppehi ; 
4, SOO  habitantes. 

RATIFICAÇÃO  ,  s.  f.  o  acto  dc  ratificar , 
tratado  de  paz,  convenção,  tractado. 

RATIFICADO,  A,  p.  p  de  ratificar;  adj. 
confirmado,  approvado  definiiivami-nle. 

Ratificar,  v.  a.  (do  Lat.  ratui^,  p.  p. 
de  reor,  estabfdfcer,  (irar  suíT.)  cí)nfirra«r, 
approvar  definilivaoceute  ,  v.  g.  —  tratado, 
pacto,  /»jnste. 

RATiHABiçÃo,  (ant.)  V.  Ratificação. 

RATM    V.   Quilate. 

RATiNA  ,  s.  f.  (do  Fr.  ratine.)  pano  de 
lã  fino,  sarubulhenlo  da  parte  da  flor,  e  não 
no  envez. 

RATINHADO,  A  ,  p,  p.  de  ratinhar,  adj. 
dado  muito  escassamente ,  regaleiado. 

RATINHAR,  V.  a.  diminuí,  e  piorat.  de 
ratiar,  despender  com  summa  parcirnonia, 
escasseameuto :  —  v.  n.  regatear  ceitis. 

RATiNUO,  s.  m.  diminut.  de  rato,  rato 
piqueno. 

RATINHO,  s.  m.  ou  odj  na  Beira,  e  usa- 
do pe'os  antigos  pnelas  cómicos,  forr«*la 
«  MutHS  vezes  acontece  sít  mais  a» eito  o 
que  lejiresenia  ratinho,  que  o  imperador.  » 
RA1IS,  .ç.  «I.  (ant.)  «  Villáozinho  de  ra- 
tis.  y>  Eufr.  de  Mor-fies  ^jllrlla  «  ou  antes 
das  'lervas.  derivando  ralis  do  ant  Fran- 
cis »fl/i.v  »  r.oni  eíTc-ito  este  lernio  em  Fr. 
ant.  significa  h»'rva,  e  feto,  mas  chmo  que 
nunca    teve  e.s>a    afcepçào    em    l*»'riugue/ 


RÀU 

rece  derivado,  do  termo  ratero,  baixo,  vil, 
humilde;  a  expressão  citada  significaria 
villãozinho  humilde. 

RAT'SB(j"SA.  (geogr.)  Regenfthurg  em  alle- 
mão.  Castra  reyina,  Áucfusta  Tiberii  do» 
antigos,  cidide  do  re'no  de  Baviera,  capi- 
tal do  circulo  de  Uogen  25  léguas  ao  AE. 
de  v.unich  ;  2li.0l)0  habitantes. 

RATO,  s.  m.  (Fr.  raí,  Lat.  rasus,  raso, 
rapado,  na  B.  Lat.  raíus),  quadrúpede  pe- 
queno roedor  e  daninho,  de  pello  mui  cur 
to  ;  —  caseiro,  —  do  campo  ou  montez.  — , 
(íig.)  (naut.)  pedra  escabrosa  quo  roe  as 
amarras  da  ancora  v.  g.  fUber  como  — , 
(phr.  chul),  muito,  — ,  nome  de  um  pei- 
xe parecido  ao  rato.  — ,  adj.  e  chulo,  i/o- 
mem  mui  — ,  extravagante. 

RATO,  A.  adj.  (Lat.  ratus,  p.  p  do  reor, 
eri,  julgar,  estabelecer),  ratificado.  «  Ter 
por  firme,  — .  »  Azurara.  Pazes  ■  -«. 
1  RATO,  (geogr.)  ilha  da  b^ihia  d 'Angra- 
dos-heis,  na  província  do  Rio  de  Janeiro, 
no  dislricto  da  villa  de  Parati. 

RATOEIRA,  *.  f.  (des.  eira),  armadilhado 
apanhar  ratos,  (fig.)  ardil  para  enganar  al- 
guém ;  V.  g.  cahir,    fazer  cahir  na  — . 

ratoneau,  (geogr.)  pequena  ilha  do  Me- 
diterrâneo, a  1  quarto  de  légua  de  Mar- 
selha. 

ratonfiro,  s.  m.  (do  Tast.  raton,  ani- 
mal, des.  eiró),  ladrão  de  cousas  dft  pou- 
co valor;  o  que  segue  o  exercito  em  cam- 
panha para  comprar  aos  soldados  objectos 
tomados  ao   inimigo. 

RATONF.S.  (g'^ogr.)  dou«;  ilhotes  na  bahia 
de  Sarita-Catharina  no  Brazil,  defronte  da 
boca  do  rio  do  mesmo  nome. 

ratones,  (geogr  )  Pequeno  rio  da  pro- 
víncia do  Santa  Catharina  no  Brazil  cha- 
mado vulgarmente  rio  de  São-José. 

RATOS  (Ilha  dos),  ígeogr  )  Ilhote  graníti- 
co da  bahia  Miherôhi  no  Brazil,  a  peque- 
na distancia  ao  SO.  da  ilha  das  Cobras. 

RATOS  (Serra  dos),  (geogr  )  serra  da  pro- 
víncia do  Oará  no  Brazil,  no  dislricto  da 
aldeia  de  Mecejana. 

RATOS  (rio  dos),  (gpogr  )  ribeiro  na  pro- 
vincia  de  São-Pedro-do-Uio-Grande  no  Bra- 
zil. 

RAU,  /'hist.)  em  latim  Ravis,  orientalis- 
ta prusnano,  nasceu  em  IGO'^,  morreu  em 
t6'7.  Dhíxou  uma  Grammatica  geral  das 
hngnos  hebraica,  caaldav:a,  synaca,  ara- 
b  ,  e  ettiiupc. 

RAU,  ihi.st  )  cirurgião  allemão,  nasceu  em 
K)  8,  m<i»reu  e"i  17  "J  Entre  oulms  es- 
criptos  deixi»u  :  De  methodo  discendi  ana- 
lomrn. 

ralcisono,  a,  adj.  (Lat.  rflMc/.çoM»<í)  pon- 
liro.  que  icm  som  r«Mico.  .As  — $  raws  ^prue.) 
j  acccuiu  ua  aule^tuuuluma» 


RiV 


RAT 


m 


lAUDAL,  s.  m.  (do  Lat.  rudor,  ruído  sur-  Reroígío 


do),  (anl.),  torrente  de  agua  ;  flig.)  raudaes 
de  sangue. 

RAUUAO,  adi.  m.  Cavallo  — .  V.  Ro$i- 
Iho. 

RAUDii  CAvrr,  (sf^ogr.)  vasta  planície  da 
Gallia  ti^alpina,  9  léguas  ao  >0.  de  MeJio- 
laoum  (Milão). 

RAUDiVA,  s.  /".  (t.  da  Ásia),  sortes  de  rou- 
pas. — s  de  setim.  Mendes  finto. 

RAUGRAVES,  (hist)  Comttes  hirsuti,  con- 
des dos  paises  irrigados  de  ojontanhas. 

RAUL  ou  RODuLPHo ,  (hist.)  duque  de 
Borgonha,  gen''o  dt?  Roberto  duque  de  Fran- 
ça foi  eleiío  ni  era  UiJ. 

raulukcaen,  (liisi.)  escriptor  francez, 
Seguiu  Ta:icredo  á  Taleslina  eui  1091».  líei- 
xou  :  Feiíos  do  princepe  Tancredo  duran- 
te a  iTpediçúo  de  Jerusalém. 

RALLiM,  5.  m.  sact-rdote  do  Pegú. 
BAULiN,    (hist.)    pregador  francez ,    nas- 
ceu em    l4Íi,  morreu   em  .51-1.    Deixou 
muitos  Sermõts. 

ralraci,  (gHogr.)  partrt  do  Sengam  e  do 
caniào  de   íiale^    povoação    da  (lerinanica. 
rausado,  (ant.)  V.  Itaptado  Violado. 
rausador,  (ant.)  V.  R.ptador. 
RALSAR,  (anl.)  V.   Raptar,   Vto/ar,  For- 
çar. 

RA  uso  ou  RAUSso,  {oDt.)  V.  Rapto,  For- 
çamento. 

rava!LLac.  (hist )  o  assassino  de  Henri- 
que lV  rei  de  França,  nasceti  em  An^ulem»^, 
era  1 579,  matou  o  rei  era  I4|de  maio  de  ItílO. 
Foi  atfln.izado  e  esq"iarlejfido. 

ravei,  (g*^«>gr.)  Jlydrastcfs  dos  antig<^s, 
rio  de  Lahore,  sae  do  Uimalaya  e  cae  no 
Tch«^rinab. 

RAVELLo,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  ^a- 
poles,  3  léguas  e  meia  ao  O.  de  Salerno ; 
1,090  habitantes. 

rayenna,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  ec- 
ciesiaslicos,  capital  de  legação,  8U  léguas 
ao  Mil.  de  Homa  1H,0OU  habitantes. 

ravekna  (Irgaçào  de)  (g«!Ogr  )  provinda 
dos  Estados  úh  Igreja,  enire  as  de  Ferra- 
ra, ao  fi.  d»i  Bolonha  ao  Mu,  de  Focti  ao 
SE.  a   loscana  ao   >0, 

ravenna  leiarchato  df»),  (seogr  )  a  prin- 
cipal priiviíicia  rta  liftlia  g«e«a  ,  ao  S. 
da  Vei.clia  ,  a  E.  da  LpjdiH  e  a  Fla- 
minia.  Foi  dfsiriiido  t-ai  7í)2  |  or  As 
tolfo  rei  dos  Lon. barbos  ,  depois  de  1«t 
duríido  .8^  atiiios  e  haver  tilo  18  exar- 
chas,  que  furam  os  seguintes  : 


Kleuterio 

Issaac 

Phião 

Theodoro  I     . 

Olyinpio 

Theodoro,  2.* 

(•rego  no 

Theodoro  II    . 

J'>ài>  IMalyno  . 

Theoph^lacto 

HhiZficope 

Euiyehio 

Schulastico 

Paulo 

Eutychio,    i  ^ 


Longino 

Suiarjígde 

Romado  .• 

Callmico 

Smaragde,  2  *  vex  .. 

TOL.  IT. 


56K 
b8^ 

197 


r.ii 

616 

61J 

im 

648 

6^9 

vez 6*»^ 

666 

678 

6.S7 

702 

710 

7  1 

..        7J3 

IV 

vez  ..  .  ..  TiS 
ravenna,  (hist.)  É  designado  com  este 
nome  o  autor  desronhecido  de  um  tractado 
de  g^^ographia,  cujj  manuscripto  foi  acha- 
do era  Ríívenna. 

ravknsbergo.  (geogr.)  antigo  condado  de 
Allemanha,  actualmente  compreendiao nos 
Estados  prussiaiius. 

ravensblrg,  (g'0gr.)  cidade  murada  do 
Wiirt«'mb^rg ,  20  léguas  ao  SO.  d'lllm ; 
3.500  habitantes. 

ravensteiiN  ou  RAVESTEiN,  geogr.)  cida- 
de d'll«»llanda,  /  léguas  ao  NE.  de  Bois-le- 
Duc  ;  1  ^00  habitantes. 

RAviNHOso,  (ant.)  V.    Rabugento. 
RAVisio  TEXTOR,  (hist  )  escrjptor  francez, 
nasceu  era  1-8  ',  morreu  em  1524.  Compâz 
muitos  Manuaes  Clássicos. 

rawicz  .  (gtogr  )  ridade  da  Prússia  , 
53  léguas  ao  S.  de  Pozen  1  7,800  habi- 
tantes, 

RAWLiNSON,  (hist.)  sabio  inglez,  nasceu 
era  1700,  morreu  em  1755.  Compôz  uma 
Historia  d' Oxford. 

raxa  ou  RAiXA,  s.  f.  (do  Fr   ras,  sarja), 
sarja  (ordinária  de  là.  —  de  Florença,  e*- 
tolío  de  seda  tecido  á  maneira  de  sarja. 
raXaDa.  V.  Rajada. 
raXado,  a,  ailj.  V.  Rajado  LiHrado 
haxkta,  s.  m.  diminui,  de   raxa,    raia 
delgada. 

ray  ou   wray,  (hist )    em   latira    fíaius, 
naturalista  inglez,  iiHsceu  em    10*8,  mor- 
reu em  17(15.  Ueixuu  :  Calaloyus  Siirpium 
Cuniahrig,  <  tn. 
HAYA.  V.  Raia. 
KAVA,  (ant.)  V.  Rainha. 
raval,   s.    m.  (do  Fr.  royal),  (ant.j  V. 
Rcat  moeda, 

ravau.   V.  Raiar, 

raYaS,  (hi>íl.)  nome  inj'iriozo  dado  p**lo$ 
Turcos  aos  Cbristàos,  que  habitam  nos  scut 
Estados. 

HAYMUNno.  (hist.)  chimico  francez,   nas- 
ceu eiu  1756,  morreu  em  18^7.  Fez  mui- 
tas descobertas  em  chi  mica. 
94 


174 


RÂZ 


RÉ 


RATNAL,  (hist.)  escripor  francez,  nasceu 
em  1713,  morreu  1796.  Publicou:  Histo- 
ria philosophica  dos  estabelecimentos  dos 
Europeos  nas  Duas  Judias. 

RAYNOUARD,  (hist.)  litlerado  francez  nas- 
ceu em  1661,  morreu  em  1836.  Publicou: 
os  Templários,  tragedia,  e  diíferentes  poe- 
sias e  romances. 

RAZ,  (geogr.)  Calbium  prom,  cabo  de 
França,  síbre  o  Atlântico,  4  léguas  ao  O. 
de  Ponteroix 

BAZA  E  SERRÃO,  (loc  fiut  J  Pvopriedades 
de  roza  e  seriáo,  as  que  pagão  foro  um 
anno  sim,  e  outro  não,  Nem  o  Elucidário 
nem  o  Moraes  dão  a  significação  d'esta 
phrase.  Vem  do  Fr.  rés,  nada,  e  serrer, 
guardar,  ou   sers,  certo. 

RAZA,  (gcogr.)  ilha  baixa  e  oval,  defron- 
te da  entrada  da  bahia  Nitherôhi  ou  de 
Rio-de-Janeiro  no  Brazil. 

RAZÃO,  s.  f.  (Lat.  ratio ,  onis,  de  reor, 
eri,  julgar,  pensar,  suppor,  imaginar.  Vem 
do  Gr.  rheô,  fallar,  manar,  .correr,  cujo  ra- 
dical he  sem  duvida  o  Egypcio  ro,  bocca. 
O  sentido  primitivo  e  próprio  de  razão  e 
razoar  he  fallar,  porque  as  palavras  são  os 
signaes  dos  pensamentos),  a  faculdade  ou 
faculdades  intellectuaes  pelas  quaes  pensa- 
mos, discernimos,  comparamos,  e  exprimos 
em  palavras  o  resultado  d'estas  operações 
de  viva  voz  ou  por  linguagem  escripta,  e 
até  por  gestos.  A  —  humana  só  pode  abran- 
ger os  objectos  sensíveis,  e  quando  cuida 
poder  elevar-se  alem  d'este  limite,  nada 
mais  faz  que  exercer-se  sobre  combinações 
phantasticas  de  ideias  procedidos  de  objec- 
tos sensiveis.  Homem  de  — ,  de  bom  sen- 
so, metter  alguém  em  ou  na  — ,  conven- 
cel-o  do  que  he  razoável,  por-se  na  — , 
moderar-se,  ceder  a  considerações  sensatas. 
Ter  — ,  fundar-se  nella,  professar,  manter 
a  verdade,  o  que  he  justo,  recto.  Entes  de 
— ,  ideias  chimericas.  v.  g.  Encher-se  de 
— ,  soíTrer  por  algum  tempo  injuria,  detri- 
mento de  alguém  ate  que  nos  dê  multipli- 
cados motivos  de  o  repreender  ou  castigar. 
— ,  motivo,  causa,  fundamento  de  crença. 
Tenho  —  para  assim  julgar,  crer,  fazer , 
Deu  —  do  seu  dito.  Não  tens  —  no  que 
dizes.  AUegou  boas  ou  más  razões, 
provas,  argumentos.  Sem  —  sufficiente, 
causa,  motivo.  Debalde  pretende  o  homem 
descubrir  a  —  das  leis  da  natureza,  ou  o 
nexo  que  liga  todos,  os  entes,  pela  compa- 
ração dos  phenomenos  naturaes  com  os  dos 
entes  dotedcs  de  raciocinio.  O  conhecimen- 
to do  instincto  dos  animaes  e  do  mesmo  ho- 
mem bastaria  para  o  convencer  que  as  fa- 
culdades intellectuaes  são  dependentes,  cir- 
çumscrij^tas  e  só  regem  parcialmente  cer- 
tos entes  orgonasidados.  Dar  —  de  si,  ex- 


plicar os  motivos  do  proceder ;  dar  conta 
da  sua  administração,  do  negocio  de  que 
fora  encarregada  a  pessoa.  Fazer  —  do  si, 
justificar-se  ;  reparar  o  mal  feito.  Idade  da 
— ,  aquella  em  que  o  homem  começa  a  re- 
flectir. Ter  uio  de  — ,  ter  chegado  á  idade 
de  reflexão.  —  de  estado,  considerações, 
motivos  poHticos  fundados  no  interesse  real, 
ou  supposlo  do  de  estado  — ,  prova,  j«rgu- 
menlo.  v.  g.  O  advogado  allegou  razões 
poderosas,  disputa  ,  contest/ição.  Alcançar 
—  de  alguém,  satisfação.  Ter  razões  com 
alguém,  ellercações.  — ,  relação.  Ter  — 
de  parentesco  com  alguém.  — ,  (math.)  pro- 
porção, relação  entre  entre  duas  grande- 
zas, ou  dois  números :  —  irracional,  har- 
mónica. V.  estes  termos.  A —  de,  comprei 
vinte  peças  a  —  de  cí, 000  reis,  dando  esta 
quantia  por  cada  peça.  Livro  de  — ,  (merc), 
em  que  se  lança  a  conta  da  receita  edes- 
peza  ;  relatório,  memorial  —  de  commer- 
cio,  a  íirma  de  casa  de  commercio. 

razelm,  (geogr.)  j&Ta /mi/ m,  lago  da  Tur- 
quia européa,  na  antiga  Bulgária,  ao  S.  e 
perto  da  embocadura  do  Danúbio. 

BAZES,  (geogr.)  paiz  da  França  no  Bai- 
xo Languedoc ;  tinha  o  titulo  de  condado. 

RAZi(Mohammed-Aboubekr-lbn-Kakaria), 
(hist.)  celebre  medico  árabe,  nasceu  em  850, 
morreu  em  923.  Deixou  muitas  obras,  que 
foram  traduzidas  em  latim. 

RAZ  IMO.  V.  Racimo. 

RAZO,  s.  m.  (do  Fr.  ras,  sarja,  de  lã 
ou  de  seda),  sarja  de  seda  ou  de  lã ;  se- 
tim. 

RAZOADAMENTE,  ttdv.  [mcnte  suíT.),  com 
devida  proporção,  de  modo  razoável. 

RAZOADO,  A,  p  p.  de  razoar,  adj.  arra- 
zoado, sensato, 

razoamento,  s.  m.  [mento  suff".)  discur- 
so arrazoado 

RAZOANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  ans^.  tis,)  que  usa  da  razão.  «  Crea- 
turas   — s.  »  Ord.  Aff'ons. 

razoar,  V.    a.  V.  Arrazoar. 

razoável,  adj.  dos  1  g.  (des  atei],  ra- 
cionavel,  conforme  á  razão.  t?.  </.  Prcpo  — , 
moderado. 

razoavelmente,  adn.  [mente  suíf.),  ra- 
cionavelmente,  de  modo  conforme  á  razão. 

RAZONAvEL.  V.  Razoavel. 

razouRa.  V.  Jiasoura. 

RE,  partícula  preposetiva  inseparável,  que 
denota  repetição,  iteração.  He  latina,  con- 
tracção de  iterum,  segundo  alguns  etymo- 
logistas.  Iterum,  e  iter,  caminho,  vem  do 
Egypcio  rat,  pé,  ou  de  re,  verbo  redupli- 
calivo. 

RÉ  s.  f.  (do  Lat.  retro,  atraz),  (naut.), 
a  parte  posterior  do  navio  desde  o  mastro 
grande  até  a  popa ;   A  — ,  a  traz,  v.  g. 


BEA 


nu^dn 


871 


estar  á  —  do  cabo,  da  outra  náO;  por  de 
— ,  (fig.)  postergar,  não  fazer  caso.  íoz  de 
—  todo  o  sentimento  de  justiça. 

nÉ  s.  f.  (do  Fr.  raie,  risca),  no  jogo  do 
aro,  raiz,  risca  no  chão.  A  —  do  jogo,  a 
raia  donde  elle  principia.  No  jogo  da  bola, 
a  raia  alem  da  qual  não  deve  passar  a  bo- 
la, para  ganhar.  -,  (mus.),  a  nota  da  sol- 
fa  que  se  segue  ao  ut. 

RE  ou  RHE,  (geogr.)  em  latim.  Cracina, 
7?eo,  Reacus,  ilha  de  França,  na  costa  do 
departamento  do  Charente-lnferior  ;  15.865 
habitantes. 

RÉ,  s.  f.  feminino  de  róo,  mulher  accu- 
sada  em  justiça. 

RE  A,  (aut.)  V.  Ré,  termo  de  jurisprudên- 
cia. 

REABILITAR.  V.  Reabilitar,  etc. 

REACÇÃO,  s.  f.  (Lat.  reaíio,  onis)  (phys.) 
acção  reciproca,  repulsão  do  corpo  que  re- 
cebeu impressão  de  outro.  Não  ha  acção  se  m 
— .  — ,  acção  em  sentido  opposto,  resistên- 
cia a  acção.  As  revoluções  são  uma  serie  de 
reacções  politicas. 

REAcciNDER,  V,  tt.  (fc  prcf.  6  Lat.  accen- 
do,  ére)  V.  Reacender. 

Os  dois  cc  são  conformes  ao  radical  lati- 
no, mas  o  uso  e  a  pronuncia  exigem  acender, 
tanto  mais  que  o  primeiro  c  não  é  radical, 
e  não  faz  parte  de  candeo,  ere,  accender  ; 
a  preposição  a  port  corresponde  ao  ac  ou 
ad  latino,  e  o  pode  supprir  nas  vozes  em  que 
não  soam  os  dois  cc. 

HEACCusAÇÃo,  *.  /.  nova  accusação,  recri- 
minação. 

REACCLSADO,  A,  p.  p.  dereaccusar;  adj. 
accusado  de  novo. 

RBACCUSAR,  V.  a  [tomar  a  accusar ;  re- 
criminar. 

REACENDER,  V.  O  [rc  prcf.,  e  accender) 
tornar  a  acender. 

REACESO,  A,  adj.   tornado  a  acender. 

RKadilho,  s.  m.  sorte  de  estoffo  de  seda 
e  lã. 

reaggravação,  5.  f.  acção  de  reaggra- 
Yar. 

REAGGRATAR,  tj.  tt.  tomár  a  aggravar,  fa- 
zer novo  aggravo. 

READiNG,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
capital  do  condado  de  Berks,  15  léguas  ao 
O.  de  Londres ;  15,900  habitantes. 

REAL  adj.  dos  2  g.  (Fr.  royal,  Lat.  re- 
galis)  de  rei  ou  soberano,  régio.  Poder,  au- 
toridade — .  Direitos  reaes,  pertencentes  ao 
rei.  Familia,  progénie  rca/.  — ,  (fig.)  digno 
de  um  rei,  próprio  de  rei,  magnifico.  Ave, 
veado,  porco — ,  grande.  Galé — .das maio- 
res Comhoi  — ,  (p.  us.)  conduzido  por  for- 
ças maiores.  Doenfa — ,  (anl.)  ictericia.  Otos 
reaes,  manjar — ,  manjares  deUeados  ebem 
conhecidos. 


REAL,  adj.  dos  %  g.  (Lat.  rea/ú,  de  res, 
cousaj,  existpnle,  não  imaginário,  v.  g. 
Objectos  reaes 

REAL, «.  m.  moeda  antiga  Portugueza  que 
teve  diversos  valores.  Reaes  brancos,  —  pre- 
to de  cobre,  —  de  prata.  Hoje  —  é  a  uni- 
dade das  moedas  ;  Réis.  —  d' agua,  tribu- 
to d'um  real  que  se  tira  da  carne,  vinho, 
etc.  para  as  despezas  de  construir  e  repa- 
rar canos,  chafarizes,  etc  (ant.)  Reales,  hoje 
Reaes  ou  Réis. 

REAL,  s.  m,  (subst.  do  adj.),  acampa- 
mento real,  arraial  — ,  — ,  voz  do  accla- 
maçáo  de  rei  :  —  por  D.  Maria,  rainha  de 
Portugal  Equivale  a:  eis  aqui  a  bandeira 

REAL,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal,  a  lé- 
gua e  meia  de  Braga,  com  1,200 habitan- 
tes. Outra  no  concelho  de  Amarante  com 
900 ;  outra  no  de  Paiva,  com  960  ;  e  ou- 
tra a  3  léguas  de  Vizeu  com  700. 

REALÇADO,  A,  p.  p.  de  Tcalçar,  adj,  re- 
levado, que  sobresahe.  v  7.  O  merecimen- 
to —  pela  modéstia.  Virtude  —  pelos  vi- 
cios  dominantes. 

REALÇAR,  V.  a.  [rc  pref.,  e  alçar),  fazer 
sobresahir ;  avivar  a  côr,  (fig.)  dar  maior 
lustre  Os  enfeites  realçam  a  belleza  naítt- 
ral.  A  modéstia  realça  a  formosura.  — * 
bordar  de  realce.  — se,  v.  r.  elevar-se  adqui- 
rir realce. 

REALCE  ou  REALÇO.  í.  w».  a  parte  releva, 
da  onde  fere  mais  a  luz  .  a  côr  com  que 
o  pintor  realça  os  escuros  do  painel ;  (fig.) 
luzimento,  maior  lustre,  v.  a.  A  modéstia 
é  o  maior  —  da  belleza.  Bordar  de  —  fi-  - 
cando  o  bordado  realçado  sobre   o  panno. 

realegrar^  V.  a.  tornar  a  alegrar.  — se, 
t.  r.  recuperar  a  alegria,  ou  alcgrar-sede 
novo. 

REALEJO,  s.  m.  órgão  portátil  que  se  faz 
soar  com  uma  manivela. 

HEALENGAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  com 
grandeza  de  rei. 

REALENGO,  A,  adj.  regío,  próprio  de  rei. 
Terra  —  ,  reguengo. 

REALETB,  s.  m.  diminut.  de  real,  tributo 
de  um  real  que  se  paga  por  cada  canada  de 
vinho. 

REALEZA,  s  f.  magnificência  regia,  pom- 
pa, apparato  régio ;  dito,  feito  próprio  de 
rei.    — ,  soberania,  estado,  ser  de  rei. 

REALIDADE,  s.  f.  (Lat.  reuHs,  des.  iias,  tis) 
existência  das  cousas,  dos  entes;  o  ser  real, 
não  imaginário.  Na  — ,  realmente,  com  ef- 
feito.  — ,  (ant.)  realeza. 

Str.  comp.  Realidade,  terdade  ;  na  rea- 
lidade na  verdade.  A  realidade  se  entende 
tudo  o  que  existe  lelalivamente  anos;  li- 
mita-se  unicamente  ao  mundo,  ás  cousas 
mundanas;  porém  a  terdade  pertence  ifl 
ÍÍ4  ♦ 


376 


REA 


REB 


ideias  reaes  c  ás  ideias  factícias ;  tem  por 
objecto  não  somente  o  mundo  que  <  xisie, 
senão  t/imbem  tudo  o  que  pôde  exislir; 
combina  as  abstrac.ões,  as  possibilidades, 
os  infinitos. 

Tela  mesma  razão  diíTerem  rnlre  si  as 
eipressôts  na  verdade,  e  na  realidade.  Na 
verdade  n  fere-se  ao  que  pensámos  do  ob- 
jecto, segundo  ideias  darás  e  «xactas;  na 
realidade  refere- se  ao  que  o  objecto  6  em 
si  Diesn>o  segundo  a  sua  natureza.  A  pri- 
meira diz  respeito  ao  mundo  inlellectuai  ; 
a  segunda,  ao  mundo  real. 

BEAiJSSiMO,  A,  adj.  svperl.  de  real. 

baelista,  s.  dos  lg.  [de  real,  régio)  par- 
tidário da  monan  hia,  inimigo  do  partido  re- 
publicano nas  (iissensòes  politicas. 

BEALiSTAS,  (hisl.)  seiía  cscolastíca  oppos- 
ta  á  dos  ^ominaes,  sustentava  que  as  ideias 
geraes  teem  um  objecto  real.  Esta  doctrina 
que  tira  a  sua  origem  da  pbilosophia  de 
l'latào,  sucumbiu  aos  ataques  d'occam  e 
d'llt.bbes. 

REALIZADO,  A,  p.  f.  de  rcalizar  ;  adj,  fei- 
to efftíciivo,  effectuar. 

REALIZAR,  V.  a.  [real,  des.  izar)  fazer 
real,  effeclivo,  eífectuar.  — ,  (merc.)  liquid^ir, 
V,  g.  —  uma  somma  considerável  de  dinhei- 
ro pela  venda  das  fazendas,  — se,  v.  r. 
impess.,  eífectuar-se,  veriticar-se,  v.g.  — 
o  projecto,  apiomessa,  a  esperança,  a  pro- 
phecia. 

Mn.  comp.  Realizar,  verificar.  Reali- 
zar é  fazer  tffectiva  e  real  un.a  cousa,  dar 
rtalidode  ao  que  d'antes  a  não  tinha.  Ve- 
rificar é  mostrar  que  a  cousa  é  verdadei- 
ra, exaixinando-a  em  si  e  em  suas  rtla- 
Ções.  Tudo  que  pertence  ao  futuro,  ou  exis- 
to em  projt^cio,  quando  chega  a  ter  exis- 
tência, realtza-se.  Tudo  o  que  se  conta,  se 
aliena,  se  annuncia  como  existindo  ou  ten 
do  existido,  e  se  acha  ser  verdadeiiO,  ve- 
rifica-se. 

iiiz-se  que  uma  prophecia  se  realiza  com 
referencia  a  ser  predicia  teuipo  antes,  e 
que  se  verifica  por  se  havei  cumprido  co- 
mo o  pruphfla  o  havia  predito. 

realmeme,  adv.  [menle  sulf.)  cora  modo 
de  rei,  com  grandeza,  apparalo,  pompa  re- 
gia 

REALMENTE,  a<iv,  na  realidade,  cora  cffei- 
lo.  As  noções  que  os  meta ph|SÍcos  denomi- 
navam absiract^is  não  exsiem  — . 

REALMONT.  (gcugr.)  cidade  de  França,  4 
léguas  ao  Sui  d'Alby ;  2,GU0  habitan- 
tes. 

REALViLLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  2 
léguas  ao  SÓ.  de  Caussade ;  iJ,0-0  hftbi- 
tautes. 

RtAME,  s.  m.  (do  Fr.  royame,  reino)  (ant.) 
V,  Reino. 


REATíiMADO,  A,  p.  p.  de  reanimar*,  adj, 
tornado  a  animar. 

HEANiMAUOR,  s.  ih.  0  quo  reanima.  So- 
pro— .  Protecção  — das  artes  e  sciencias. 

REANIMAR,  V  a.  {re  pref.  tornar  a  ani- 
mar ;  —  o  moribundo  ;  —  a  gente  esiLOre- 
cida. 

REASSUMIDO,  A,  p.  p.  do  reassumir;  adj. 
recobrado. 

REASSUMIR,  V.  a.  [re  pref.)  recobrar,  v. 
g.  —  as  do  governo. 

reassumpção,  s.  f.  acto  de  reassumir. 

Reassumpto,  V.  Reassumído^ 

Reata,  s.  /".  (de  rcoíar.já rriata. — «,  vol- 
tas de  cabo  forte  com  que  se  atam  peças 
em  torno.  — ,  cintas  de  furro. 

REATADO.  A,  p.  p.  de  reatar;  ad/.  torna- 
do a  atar;  atado,  com  força. 

reaTa DURAS,  s.  f.  (naut.)  Yoltas  que  rea- 
tam, V.  g.  —  do  mastro. 

REATAR ,  V.  a.  [re  pref.)  atar  de  novo , 
tornar  a  atar,  atar  bem.  — ,  (naut.)  pôr 
reatas  ao  mastro. 

REATE.  V.  Cabresto. 

REATE,  ('geogr.)  hoje  Rieti ,  cidade  da 
Ombria,  nos  confins  do  paiz  dos  sabi- 
nos. 

REATO ,  s.  w».  [réo,  des.  ato )  estado 
de  pessoa  accusada  em  juizo,  estado  de 
réo 

REAUMUR ,  fhist. )  phisico  c  naturalista 
francez,  nasceu  em  168$,  morreu  em  l757. 
E  autor  do  themrornetro  que  tem  o  seu 
nome.  Alem  de  muitas  Memorias  escreveu 
un.  Tractado  sobre  a  arte  de  converter  o 
ferro  em  aço,  ele. 

REAUMURiA,  (bot.)  Reaumuna.  GeneTO  de 
Plantas  da  famillia  das  Fivideas  e  da  Po- 
liandria I  entandria,  L. 

REA  VISADO  ,  A ,  p.  p.  dc  Tcavisar  ;  adj. 
tornado  a  avisar;  mais  que  avisado. 

REAViSAR,  V.  o.  [re  pref.)  tornar  a  avi- 
sar, fazer  scienle. 

REBADiLHA.  V.  RabadUlia. 

REBAIXADO,  A  p.  p.  de  robaixar,  adj.de- 
priraido  ,  «baii<lo. 

reb\ixamento,  s.  m  [mento  suíT.)  esta- 
do rebaixado;  o  acto  de  rejaixar. 

REBAIXAR,  V.  a  [re  pr^f.).  deprimir,  fa- 
zer uiais  baixo  cavando,  abatendo,  em  sen- 
tido abs.  abater  se  ;  — se,  v    r.  abater  se. 

REBAis,  Cgeogr  )  cidade  de  França  ;  3  lé- 
guas ao  ^E.  de  Coulommiers ;  1,2UU  ha- 
bitantes. 

REBAIXO,  s.  m.  de  pedreiro,  abertura  bai- 
xa para  dar  sabida  ás  aguas  da  chuva  on- 
de ha  muro  que  a  embaraça. 

REBALDio.  V.  Ribaldio, 

hebmcca,  (hist.)  lillia  de  Bathuel,  e  es- 
poza  de  Isaac,  foi  mài  de  £sau  e  de  Ja- 
cob. 


BEB 


REB 


377 


REBALSADO,  A,  p.  p.  àfí  TehfihtíT- SB',  adj . 
cercado  de  balsas,  represado  por  balseiros, 
V.  g.  agua  — .  Charco  — ,  (fig.)  encharca- 
do, V.  g.  almas  onde  estão —5  todos  os  vi- 
cies. 

REBANHAR.  V.  Arrebanhar. 

REBANHO,  s.  m.  (do  Vasconço  oberea,  re- 
banho.) dez,  doze  ou  mais  ovelhas,  gado 
lanígero  ;  (fig.)  gente  que  segue  alguém  co- 
mo o  gado  ao  pasto.  Um  —  de  discipulos 
que  seguiam  cegamente  o  mestre. 

REBANQUio.  V.  Bibranquio. 

REBÃo ,  s.  m.  piloto  do  estreito  do  mar 
Roxo. 

REBAPTiZAR,  V.  ã.  tomar  a  baptizar. 

REBARBA,  s.  f.  a  peça  do  engaste  que  se 
vira  sobre  a  pedra  para  a  segurar.  A  —  do 
annel. 

REBATAMENTO.    V.    RãptO,    ExtãSe. 

REBATAR.  V.  Arrebatar. 

REBATE,  s.  m.  {re  pref.,  e  bater.)  assal- 
to, incursão  repentina ;  signai  com  sino  , 
caixa  ;  (fig.)  susto.  Dar  — ,  tocar  —  ou  a 
— ,  alvoroçar,  dar  aviso  do  perigo.  Ter — , 
noticia,  aviso  repentino.  Tomar — ,  (p  us.) 
assuslar-se,  receiar  ataque  ou  perigo.  —  , 
ataque,  tJ.  g.  —  de  febre.  — ,  (phys.)  reper- 
cussão, repulsão,  v.  g.  de  corpo  que  rece- 
beu choque.  Os  — s  da  pella.  —  ,  (raerc.) 
desconto,  r.  g.  —  de  leiras,  papel-moeda. 
De — ,  (loc.  adv.)  de  repente. 

REBATEDOR,  s.  m.  pessoa  que  rebate  le- 
tras, papel-moeda,  obrigações,  apólices  do 
erário. 

REBATER,  V.  a.  [re  pref.)  repercutir,  re- 
pellir,  rechaçar.  —  o  golpe,  a  cutilada,  a 
estocada.  —  força   coai  força.  —  o  inimigo. 

—  os  esforços,  o  assalto.  Os  rochedos  re- 
batem as  ondas.  O  mar  rebate  cascalho  so- 
bre a  costa. — ,  (fig.)  combater. — a  accu- 
sação,  razões,  refutar.  —  ,    repellir,  v.  g. 

—  os  males,  a  peste.  —  ,  (merc.)  descon- 
tar, V.  g.  —  letras  de  cambio,  papel-moe- 
da, apólices. — SE,  V.  r.  recuar  como  re- 
pellido. 

REBATIDO,  A ,  p.  p.  dc  rebater  ;  repjelli- 
do,  repercutido,  lançado.  —  ,  (merc.)  des- 
contado. Mesura — ,  mui  baixa  e  profunda. 

REBATIMENTO.  V.   Rebate. 

REBATiNHA,  s.  f.  Deitar  dinheiro  d — ,  a 
gente  junta,  para  cada  um  apanhar  o  que 
puder.  Vender  ás  — s,  em  concurso  de  mui- 
tos compradores ,  que  contendem  sobre 
quem  comprará  primeiro. 

REBATiZAR.  V.  Rebaptizar. 

REBATO,  s.  m.  (ant.)  Y.  RebaH  e  Soleira 
de  porta.  '  *'  &ino)  ív  .    t   >?; 

REBAXO,  s.  m.  V.  Rebaixo.       ' 

REBEBER,  D.  tt    tomar  a  beber. 

REBECA  ,  s.  f.  (V.  Rabeca.)  instrumento 
musico  de  quatro  cordas,  que  se  ferem  com 

TeL.     IV. 


arco.  — ,  enxergão  de  palha,  cama  de  gen- 
te pobre.  — ,  (naut.)  vela  que  vai  atravessa- 
da entre  o   mastro  grande  e  o  da  popa. 

REBEÇAR.  V.  Revessar,   Vomitar. 

REBEiJAR,  V.  a.  [re  pref.)  tornar  a  hexia 
jar. 

REBEL.  V.  Rebelde. 

REBELDE,  udj .  dos  2  g.  (Lat.  rebellis;  re 
pref.,  e  bello.  are,  guerrear.)  que  faz  re- 
bellião.  que  se  rebelloii  ;  (fig.)  que  não  ce- 
de, V.  g.  sezões  — .  Chaga  —  aos  reme^ 
dios;  indócil,  v.  ^.  moço  —  ao  ensino;  pai- 
xões— s  á  razão. 

REBELDIA,  s.  f.  (dcs.  io.)  a  culpa  de  re- 
belde, crime  de  rebellião ;  (fig.)  resistência, 
V  g.  —  da  doença  aos  remédios. —  do  ven- 
tre, difficuldade  de  ter  evacuação  alvina. 
—  de  patrão,  (dir.  merc.)  acto  do  patrão 
contra  os  interesses  do  dono  do  navio. 

REBELIM.   V.    RêVelim.  !ii«f;i    ,! 

REBELLADO  ,  A  ,  /).  p.  do  rebcllar ;  adj, 
sublevado ;  excitado  á  rebellião.  Os  povos 
que  se  tinham  — . 

REBELLADOR,  A,  5.  O  quo  excita  á  rcbcl- 
lião. 

REBELLÃo,  adj.  m.  augmeni.  de  rebel , 
que  não  obedece  á  rédea  (cavallo)  ;  que  re- 
siste á  razão  (pessoa) .  ^i 

REBELLAR,  V.  a.  [rebel,  ar  des.  inf.)  ex- 
citar rebellião.  —  os  povos,  osvassallos. — 
SE,  V.  r.  (mais  us.)  sublevar-se,  v.  g.  — 
contra  o  rei ;  e  (fig.)  rebellarem-se  as  pai- 
xões contra  a  razão  ou  á  razão,  resistirem- 
Ihe,  não  lhe  cederem.  i 

REBELLIÃO,  s.  f.  (Lat.  rebelHOf  anis.)  su- 
blevação contra  a  autoridade  suprema  do  es- 
tado ;  (fig.)  a  —  das  paixões,  da  sensuali- 
dade contra  a  razão. 

Syn.  comp.  Rebellião,  revolução.  Rebel' 
Hão  indica  a  desobediência  e  a  sublevação; 
revolução  exprime  a  rebellião  e  a  perfídia. 
O  rebelde  levanta-se  contra  a  autoridade 
que  o  governa ;  o  revolucionário  revolta- 
se  até  contra  a  sociedade  a  que  está  intima- 
mente unido.  A  rebellião  tem  um  motivo 
apparente ;  que  é  a  violência  exercida  pela 
autoridade  contra  os  cidadãos  ;  não  ha  mo- 
tivo apparente  na  i-evoluçáo.  O  rebelde  quer 
subtrair-se  ao  poder  ;  o  revolucionário  quer 
aniquila-lo.  A  rebellião  faz  resistência  ;  a 
revolução  leva  a  eífeito  seus  intentos.  Aquel- 
la  sacode  o  jugo ;  esta  rompe-o,  despeda- 
ça-o. 

REBELLioNAR,  V.  a.  V.  Rcbellur. 

REBEM,  adv.  vulg.  duas  vez?s  bem. 

REBEH,  s.  m.  (do  Fr.  raban,  corda  del- 
gada.) o  açoute  de  corda  breada  com  que 
o  comitre  castiga  os  remeiros,  galeotes  ou 
forçados. 

REBENTA-BOi,  s.  m.  fructo  da  sylvama-n 
cha,  atropa  belladona.  ,  >• 

95 


378 


REB 


fM 


REBiNTADO,  Â,  p.  p.  de  rebentar;  adj. 
arrebentado. 

REBENTÃO ,  s.  m.  augmeut.  de  rebento, 
gomeleira,  os  rebentos  ou  filhos  que  reben- 
tam do  pé  da  arvore. 

REBENTAR,  V.  a.  V.  Arrebentar. 

REBENTAR  ,  c.  a.  OU  H.  arrebentar,  es- 
tourar, estalar,  romper  com  Ímpeto,  iie- 
benta  a  agua  em  flor,  em  cachão. — ,  bro- 
tar :  rebentam  as  arvores  na  primavera. — , 
romper :  rebentou  em  blasphemias,  inju- 
rias. Rebentou  a  ira  em  vingança ;  (fig.) 
manifestar-se  de  repente  com  violência,  ». 
g.  rebentou  a  guerra,  a  revolução. 

REBENTINA     OU     REBENTINHA,     S.    f.    (aOt.) 

sobresallo,  furor,  assomo. 

REBESBELHAR,  (aiit.)  \\  Reverberar. 

REBETE.  V.  Ribete. 

REBiCADO.  V.  Arrebicado. 

fl.  BIMBA,  (ant.)  V.  Preguiça. 

REBiQUE.   V.  Arrebique. 

REBISCAR.  V.  Rebuscar. 

REBITAR.  V.  Arrebitar. 

REBITE  ,  s.  m.  (de  rebater.)  a  ponta  do 
cravo  que  o  ferrador  dobra  sobre  o  casco, 
e  corta. 

iiEBO ,  s.  m.  cascalho  de  pedras  ou  te- 
lhas quebradas. 

REBOCADO,  A,  p.  p.  de  rebocar ;  ad;".  co- 
berto com  cal  ou  reboco. 

REBOCADURA ,  s.  f.  (des.  ura.)  acção  de 
rebocar. 

REBOCAR,  V.  a.  colrir  com  cal  para  apla- 
nar a  superíicie,  v.  g.  —  a  parede. 

REBOCAR,  V.  a.  (de  ré,  parte  posterior,  e 
Cast.  buque,  navio,)  puxar,  levar  á  tôa,  á 
sirga.  A  galé  que  rebocava  a  náu. 

REBOCO,  5.  m.  a  cal  com  que  se  reboca. 

REBOLADO,  A,  p.  p.  de  rebolar,  rabeado. 
Faceteado  ;  adj.  atacado  de  rebolo  (a  azei- 
tona. 

REBOLADO,  s.  m.  labeadura,  movimento 
saracoteado  bailando  o  londú,  ou  outras  dan- 
sas  lascivas. 

REBOLÃo,  adj.  m.  (de  rábula]  (ant.)  que 
diz  ou  faz  Tabularias ;  fanfarrão. 

REBOLAR,  v.n.  {rcbola,  ar  des.  inf.)  sara- 
cotear, rabear,  agitar  as  nádegas  bailando  o 
londú  ou  outras  dansas  lascivas.  -,  ser  ata- 
cado de  rebolo,  doença  das  oliveiras,  defi- 
nhar-se  a  azeitona. 

REBOLARIA,  (aut.)  Y.  Rãbularia,  Fanfar- 
rice. 

REBOLEAR-sE,  V.  r.  remechcr-sc,  revol- 
ve r-se. 

REBOLEIRA,  *.  f.  [rtbolo,  de  amolar,  des. 
eira)  teira  ou  lan.a  que  fica  no  fundo  do  co- 
che onde  anda  o  rebolo.  — ,  nas  matas,  éa 
parte  amais  hasta,  amais  cerrada,  onde  ha 
menos  claros.  — ,  lanchão  de  castanheiro.  £ 
coirupção  de  reboleira  ou  reboleiro. 


REBOLEIRO,  í.  w.  (rc  prof.,  G  Cast.  bolea) 
chocalho  grande  :  —  de  arvore.  V.  Robolei^ 
ra. 

REBOLIÇO,  *.  f.  {re  pref.,  eboliço)  bulha 
de  gente  inquieta  em  acção,  bulício.  Fa- 
zer—. 

REBOLiNDO,  gerundío  de 

REBOLiR,  V  a.  [re  pref  ,  e  bolir)  (vulg.) 
agitar  os  quadris,  saracotear;  tornara  bolír; 
(fig.)  rever,  examinar  de  novo.  Fazer  algu- 
ma cousa  — ,  com  muita  presteza,  depres- 
sa   Ir,  vir,  acodír  — . 

REBOLO,  s.  m.  {re  pref.,  e  bola)  pedra  re- 
donda que  gyra  sobre  um  veio  dentro  de  um 
coche  com  agua,  em  que  se  amolam  instru- 
mentos cortantes.  — ,  doença  da  azeitona, 
que  se  definha  e  se  converte  em  grãos  redon- 
dos quasí  sem  caroço  e  privados  de  óleo. 

REBOMBAR,  V.  n.  {rebombo,  voz  imitativa) 
soar  como  o  echo  do  trovão  ou  de  grande  mas- 
sa déagua  cahindo  em  pego. 

REBOMBO,  s.  m.  (voz  imitativa)  echo  de 
som  atreador,  como  o  do  trovão  ou  da»  on- 
das propelidas  com  força,  e  rebatido  por  pe- 
nedos, rochas  concavas,  etc. 


Inda  o  Mareio  rebombo  atroa  os  vallet, 

BOCAGB. 


da  artilharia. 

REBONissiMO,  A,  adj.  superl,  duas  vezes 
muito  bom. 

REBOQUE,  s.  m.  [ré,  aparte  posterior  de 
embarcação,  e  Cat.  buque,  navio,  ou  do  Fr. 
bac,  barca  de  passar  nos)  a  toa  ou  sirga  com 
que  se  puxa  o  navio  ,  o  acto  de  rebocar.  Dar 
— ,  rebocar  navio. 

RÉBORA,  s.  f.  (alterado  de  robora)  (ant.) 
revora ou  robora,  idade,  —comprida,  (ant. 
jur.)  idade  completa  que  a  lei  requer  para 
o  matrimonio  ;  é  de  quatorze  annos  para  os 
homens,  e  de  doze  para  as  fêmeas.  — ,  do- 
nativo que  antigamente  seéavapara  obterá 
confirmação  de  contracto  emph}'teutico. 

REBORADO,  5.  m.  (t.  da  Beira)  (do  Fr.  ant. 
rebourrer,  alimpar,  tirar  a  matéria  crassa) 
matéria  deleicenço  ou  chaga,  pus. 

REBORAR,  V.  O.  (aut.)  Y.  Roborav,  Con- 
firmar. 

REBORDÃo,  ÃA  OU  AN,  adj.  Castanheiro 
— ,  bravo.  Castanha  rebordan,  d'estes  cas- 
tanheiros, grossa  e  redonda. 

REBORDÃos,  (geogr.)  considerável  serrania 
de  Portugal,  em  Iraz-os-Jflonles,  que  come- 
ça a  légua  e  meia  ao  S.  de  Bragança,  es- 
tende-se  parallela  ao  rio  Fervecça,  1  légua 
ao  0.,  e  torna  a  voltar  para  o  W. 

REBORDOSA,  (gcogr.)  freguczia  de  Portu- 
gal, no  concelho  de  Penafiel ;  1 ,20t)  habi- 
tantes. 

jREBOREDO,  (geogr.)  alta  montanha  sei vosa 


REB 


REC 


379 


que  contém  minas  de  ferro,  junto  a  Mon- 
corvo, em  Portugal. 

REBOTADO,  A,  p.  p.  dè  rebotar ;  udj.  re- 
pellido,  rechaçado ;  enfastiado,  desalenta- 
do. 

REBOTALHO,  s.  m.  (do  Fr.  rebut)  fruta  ou 
fazenda  de  qualidade  inferior  que  fica  depois 
de  escolhida  a  melhor. 

REBOTAR,  V.  O.  (rc  pref.,  o  bolar  ou  em- 
botar) embotar,  dobrar  o  fio  de  instrumento 
cortante,  v.  g. — afaça,  espada,  fouce. — , 
(fig.)  rechaçar,  repellir.  — se,  v.  r.  (do  Fr. 
se  rehuter ;  rad  but,  fim,  alvo,  objecto  de 
mira)  (ant.)  enfastiar-se,  desalentar-se,  ex. 
«O  toureiro  não  se  exercite  muito  nos  cavai- 
los  em  que  houver  de  tourear,  por  se  não  re- 
botarem. »  Galvão. 

REBOLLET,  (hist.)  sabio  ilaliauo  nasceu 
em  i687,  morreu  em  .752.  Escreveu  a 
Jfistoriade  Luiz  XIV,  a  Historia  de  Cle- 
mente XI,  etc. 

REBOUTA'HO.  V.  Rebotalko. 

REBRAÇO,  s  m  [ré,  a  parte  traseira)  (ant.) 
aparte  da  armadura  que  cobria  o  braço  do 
meio  d'elle  para  o  hombro. 

REBRAMADO,  A,  p.p.  de  Tcbramar ;  adj. 
retumbado,  retumbante.  Kchos,  mugidos. 

RKBBAHAR,  V.  71.  {ve  prcf.)  prolougar  o  bra- 
mido, repetir  o  bramido,  retumbar.  As  ca- 
vernas rebramaram.  O  raio  rebramando. 

REBUÇAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  re- 
buço, disfarce. 

REBUÇADO,  A,  p.  p.  de  rcbuçar  ;  adj.  bem 
embuçado  ;  (fig.)  encoberto,  disfarçado.  V. 
Embuçado 

REBUÇADO,   s    m.  honTO«i  muito  embuça 
do  em  capote,  com  a  cara  escondida.  — s, 
pellotas  de  açúcar  embrulhadas  em  papel. 

REBUÇAR,  V.  a  [rebuço  ar  des.  inf.)  co- 
brir com  rebuço,  o  rosto,  a  cabeça;  (fig.) 
ennobrir,  dissimular,  disfarçar  :  —  a  mentira, 
a  injuria,  o  crime,  o  ciúme.  — se,  tj.  r.  em- 
buçar-se  bem ;  (fig.)  dissimular,  disfarçar- 
se. 

REBUÇO,  s.  m.  (V  Embuçar)  peça  de  co- 
brir o  rosto  ou  parte  d'elltí.  Carapuça  de  — , 
que  tem  abas  com  que  cobre  o  rosto.  — ,  a 
parte  da  capa  com  que  se  embuça  o  rosto.  — , 
(fig.)  dissimulação,  disfarce.  Cair  o  — ,  a 
mascara.  Mulher  de  — ,  embuçada,  prosti- 
tuta. 

REBUSCA,  s.  f.  o  acto  de  tornar  a  buscar; 
indagação  cuidadosa;  rabisca  de  vinha. 

REBUSCADO,  A,  p.  p.  dc  rcbuscaf  ;  adj  tor- 
nado a  buscar,  a  indagar. 

REBUSCAM,  V,  a.  (rcpref.)  tornar  a  buscar, 
indagar  de  novo  ;  revolver  na  memoria.  —  a 
vinha,  dar  busca  ás  uvas  que  os  vindimado- 
res  deixaram  por  descuido. 

REBUSCO,  s.  m.  T.  Rebusca. 

REBUSNAR.  V.  Zurra. 


recabdar;  (ant )  V.  Recadar,  Arreca- 
dar. 

RECABDO,  (ant.)  \.  Recado,  Conta;  e  Re- 
cebimento de  esposa. 

recabedar.  (ant  )   V.  Arrecadar. 

RECABEDO,  s.  m.  (ant.)  V.  Arrecadação, 
Caução,  Segurança. 

RECABITO.  (ant  )  V.  Recabdo,  Recado. 

RECACHADO,  A,  p.  p.  de  recachar;  adj. 
entonado.  V.  Recachar  e  Recachar-se. 

recaChar.  t).  n    e  — se,  r.  r.   responder 

com  cacho,  entonar-se  « quando  estas 

damas  me  cachão,  então  — .  »  Camões    An- 
fitr. 

recachar,  o.  a.  levantar,  v.  g  —  a  es- 
pada. 

RECACHI0.  V.  Recacho. 

RECACUO,  s.  m.  [re  prpf.  e  cacho,  do  pes- 
coço) o  entono  do  coUo  ;  o  que  cobre,  em- 
buça a  cabeça  ou  os  hombros 

RECADAÇÃo,  s.  f.  arrocadação  ;  rol,  n)e- 
morial,  diligencias  para  arrecadar  ;  custodia, 
prisão.  V.  Arrecadação. 

recadado.  V.  Arrecado. 

recadador.   V.  Arrecadador. 

recadar    V.  Arrecadar  e  Prender. 

recadista,  s.  m  pessoa  que  faz  reca- 
dos 

ntCADO,  s.  m.  (do  Ital.  recarc,  trazer,  le- 
var) mandado,  messagem.  Levar  — s.  Moço 
de  —  s.  Pagarei  a  seu  — ,  á  ordem  da  pes- 
soa. Dé'lhê  muito-t  — s  da  minha  parte, 
lembranças.  — s,  reprehensões.  Este  comer 
manda  — s  á  bocca,  (loc.  famil  )  é  indigesto, 
causa  arrotos. 

RECADO,  s.  m.  (V.  Reeato,  Recatar]  cau- 
tela, segurança.  Pôr  a  —  ou  a  bom  — .  Pôr- 
se  a  — ,  acautelar-se.  Obrar  com  — ,  com 
tento,  prudência.  Agran — ,  em  cobro,  em 
lugar  seguro.  Andar  a  — ,  acautelado,  com 
vigilância.  Mão  — ,  damno,  máu  êxito  Dar 
— ,  dar  conta,  caução  fiança,  responder 
por,  V  g.  «.  ~  &  Deus  da  jusiiça  que  não 
fez  »  Ord.  .^ffons.  — ,  (ant  )  recibo,  clare- 
za ;  provisão  do  necessário.  «  Vos  dará  todo 
o  —  para  a  fundação  da  igreja.  »  Cunha. 

REÇAGA,  s.  f.  (ant.)  (doCast  zaga,  carga 
que  se  põe  nas  ancas  de  besta)  \.  Retaguar- 
da. 

RECAHiDA,  s.  f  (subst.  da  des.  f  de  reca- 
hido)  o  acto  de  tornar  a  cahir  na  mesma  cul- 
pa ;  repetição  de  doença.  Teve  uma — .  As 
—s  são  perigosas. 

RECAHiDiço,  A,  adj  (dcs.  frcqueut.  iço) 
sujeito  a  recahir  na  culpa;  — nos  appeti- 
tes,  no  crime,  nos  maus  hábitos. 

RECAHmo,  A,  p.  p.  de  recahir  ;  adj.  que 
recahio,  v.  g.  —  em  culpa.  Doente  — ,  em 
doença. 

RECAHiMENTO,  s.  m.  [mcnto  suíT.)  acção  de 
recahir,  reincidência  em  culpa. 
95  * 


380 


'm 


RÈC 


RECAHiR,  V.  n.  [re  pref.)  tornar  a  cahir, 
reincidir :  —  em  culpa,  vicio  ;  ter  recahida 
de  doença.  — ,  carregar  sobre.  Recahiram 
em  mim  os  trabalhos,  as  despezas,  os  cuida- 
dos. A  culpa  reca/iird  sobre  o  autor  do  con- 
selho. 
RECAIA,  (ant.)  V.  Ressaca. 
RECAIR.  V.  Recahir. 

RECALCADAMENTE,  adv.  [meníe  suíT.)  bem 
cheio  e  calcado. 

RECALCADO,  A,  p.  p.  de  recalcar  ;  adj.  cal- 
cado de  novo  ;  (fig.)  peitos  — s  de  dobrez  e 
malicia. 

RECAI  CADURA,  s.  f.  (des.  ura)  acto  de  re- 
calcar. 

RECALCAR,  ».  tt.  [re  pref.)  calcar  ás  cama- 
das, V.  g.  —  o  açúcar  nas  caixas;  a  lã,  o 
algodão  nas  sacas,  a  pólvora  nos  barris. 

becalçar,  V.  a.  (re  pref.)  tornar  a  calçar, 
V.  g.  —  as  ruas. 

RECALCITRADO,  A,  j9.  /).  de  recalcitrar ;  adj. 
resistido,  desobedecido  com  resistência. 

RECALCITRANTE,  adj.  dos  2  g .  (Lat.  recal- 
citrans,  tis,  p.  a.  de  recalcitro,  are)  que  re- 
calcitra, que  desobedece  resistindo. 

RECALCITRAR,  V.  n.  [L&t.  recalcitr O,  are, 
re  pref.,  ecalciíro,  are,  escoucear  ;  rad.  calx 
icis,  calcanhar)  escoucear  ;  (fig.)  resistir  des- 
obedecendo. 

RECAMADO,  A,  p.  p.  dc  recamar  ;  adj,  bor- 
dado de  realce.  Boupas  — *.  O  manto  da  noi- 
te —  de  estrellas. 

RECAMAR,  V.  a.  [liú.  ricam are]  bordar  de 
relevo,  relevar  com  bordaduras. 

RECAMARA,  s.  f.  [ré,  parte  traseira)  cama- 
rá interior  qUe  fica  por  detrás  do  quarto, 
guarda-roupa  ;  roupa,  apparelho  de  serviço; 
—  de  ouro,  — de  jóias.  1 

RECAMBIADO,  A,  p.  p.  de  recambiar ;  adj 
feito  segundo  cambio  ou  troca  ;  accrescenta- 
do  novo  idteresse  ao  cambio;  enviado  á  pes- 
soa que  remetteu,  v.  g.  letra  de  cambio  não 
aceita. 

RECAMBIAR,  V.  r.  [rccambio,  ar  des  inf.) 
fazer  segundo  cambio  ou  troca  ;  accrescen- 
tar  novo  interesse  ao  cambio ;  enviar  letra 
não  aceita  a  quem  a  remettera,  ou  fazenda, 
cousa  que  não  convém. 

RECAMBIO,  s.  m.  (repref.  e  cambio)  segun- 
do cambio,  outrora  ;  usura accrescentada  ao 
interesse  do  cambio  nas  letras  ;  remessa  de 
letra  não  aceiía  ou  não  paga;  adespezado 
protesto  da  letra  eda  remessa,  e  o  interesse 
da  não  paga.  ''\  V"    •     ",r,iH. 

RECAMO,  s.  m.  (Ital,  ricamo)  bordado,  la- 
vor de  realce. 

RECANATi ,  (geogr.)  fíecinctum,  cidade 
murada»  dos  Estados  Ecclesiasticos  ,  légua 
e  meia  ao  SO.  de  Loreto '.  4.000  habitan- 
tes. 

BiÇAKFONiWAB.  V.  Resatifoninar. 


réCantação,  s.  s.  (Lat.  recantatio,  ònú), 
retractação   publica. 

RECANTAR,  V.  a.  (Lat.  recanto,  are),  re- 
tractar publicamente  ;  —  os  seus  erros,  re- 
tractai-os. 

RECANTO,  s.  m.  [re,  atras),  canto  recôn- 
dito, lugar  retirado.  — s,  escondrijos  ;  (fig.) 

—  do  coração,  sentimentos  occultos. 
REÇÃo.  V.  Ração. 

RECAPACtTADO,  A,  p.  p.  de  Hicapacitar,  adj. 
tornado  a  capacitar. 

RECAPACiTAR,  V,  a.  [rc  pref.),  tornar  a 
capacitar,  a  persuadir.  — se,  «.  r.  tornar 
a  capecitar-se,  tornar  a  reflectir  em  algum 
assumpto  para  o  fixar  na  memoria. 

RECÁPiTo,  (ant.)  V.  Recado,  Messagem. 

RECAPiTULAçÃo,  s.  f.  acto  de  recapitular, 
repetição  resumida,   resumo. 

RECAPITULADO  ,  K  ,  p.  p.  de  recapitular 
adj.  repetido  resumidamente* 

RECAPITULAR  ,  t.  a.  [rc  pref ),  resumir, 
compendiar  a  narração,    argumento. 

RECARDÃEs,  (gcogr.)  villa  de  Portugal,  si- 
tuada a  3  léguas  a  E.  de  Aveiro,  junto  ao 
rio  Couto ;  o  seu  concelho  tem  1,770  ha- 
bitantes. 

RECAREDO  I,  (hist.)  O  CathoUco,  rei  dos 
Wisigodos  d'flispanha ,  reinou  desde  386 
até  601.  RecaredoII,  filho  de  Sisebut,  rei- 
nou desde  o  anno  620,  ató  621. 

RECARGA,  s.  f.  O  acto  de  tornar  a  car- . 
regar  o  que  se  tinha   descarregado,    v.  g\^ 

—  do  navio. 

RECATA,  s.  f.  [re  pref. ,  e  caía,  busca), 
segunda  busca,  v.  g.  —  no  cascalho,  — 
nas  faisqueiras ;  —  nos  papeis,  aponta- 
[  mentos.  Dar  ou  fazer  uma  — ,  dar  busca. 
I  RECATADO,  A,  p  p.  de  rccatar,  adj.  acau-^ 
telado;  posto  em  recato,  precatado,  v.  g, ,' 
Homem  — .  Moça — . 

RECATAR,  V.  a.  [re  pref. ,  e  cauto ,  ar 
des.  inf.),  pôr  em  recato,  guardar,  acau- 
telar. V.  g.  —  as  filhas  de  conversações 
perigosas.  — se  ,  o  r.  acautelar-se ,  pre- 
catar-se ;  v.  g.  —  do  inimigo,  de  enga- 
ganos. 

RECATO,  s.  m.  (V.  Recatar),  cautella  pru- 
dente para  evitar  engano,  v.  g  Vive  esta 
mulher  com  — .  A  bom  — ,  guardado  em 
lugar  seguro. 

RECAVEM  s.  m.  [re  atras),  a  parte  tra- 
seira do  leito   de  carro. 

RECAYo,  s.  m.  ant.  e  de  significação  in- 
certa. «  Pola  quebrada  [o  AU&nge  de  San- 
taremj  nom  se  podia  haver  entrada  a  ho 
lugar  se  nomporrecayos.  »  Galvão,  Chron., 
cap.  23.  Talvez  venha  do  Fr.  ant.  en  rc- 
caler,  por  caminhos  desviados. 

RECEADO.    V.  Receiado. 

RECEANÇA,  s.  f    V.  Rcceio. 

RECEAR  e  deriv.  V.   Receiar. 


REC 


msc 


381 


RECEBEDO,  (ant )  V.  Recibo,  Quitação. 
RECEBEDOR,   s.  w.  cobradof ,    arrecada- 
dor. 

RECEBEDORIA ,  s.  f.  (des.  ia),  offioio  de 
recebedor ;  casa,  escriptorio  ondo  se  rece- 
be O  pagamento  de  rendas,    sizas,  etc. 

RECEBENTE,  adj .  dos  9,g.  usado  ant.  co- 
mo p.  a.  dô  receber  ;  que  recebe.  «  Notá- 
rio publico  recebente  a  dita  promessa.  » 
Leão,  Chron.  Affons.  Hoje  he  desusado. 

RECEBER,  V.  a.  (Lat.  recipio,  ere  ;  re  pref., 
e  capio,  ere,  tomar),  oqne  alguém  nos  dá, 
envia,  oíTerece  em  pagamento,  nos  confia 
para  guardar  ou  para  outro  qualquer  desti- 
no. V.  g.  Recebi  o  presente,  a  dádiva,  o 
pagamento,  as  fazendas,  os  géneros,  a  le- 
tra de  cambio,  a  carta,  a  noticia.  —  mer- 
cê, favor,  premio.  —  saúde  o  doente,  re- 
cobral-a.  —  furtos  em  casa,  ser  recepta- 
dor  d'elles.  —  alguém,  v.  g.  — com  agra- 
do, com  mostras  de  amizade;  —  alguém 
uma  descarga  de  artelheria  ,  ou  —  o 
ataque  com  a  lança  em  rosto,,  —  soffrer, 
V.  g,  —  damno,  injuria.  — ,  celebrar  ma- 
trimonio. O  cura  recebeu  os  noivos.  Rece- 
beu por  mulher.  Receberam-se.  —  os  em- 
bargos, a  appellação,  no  foro ,  admittir. 
—  lei,  uso,  costume,  adoptar. 

Syn.  comp.  Receber,  acceitar.  Recebemos 
o  que  nos  dão,  nos  enviam,  ou  vem  a  nós; 
acceitâmos  o  que  nos  offerecem,  ou  nos  pro- 
põem. 

Recebem-se  graças  ;  acceitam-se  serviços, 
obséquios.  Recebemos  de  bom  ou  máu  gra- 
do ;  acceitâmos  com  agrado  eboa  sombra. 

Receber  exclue  simplesmente  a  negativa 
ou  acto  de  recusar.  Acceitar  parece  indicar 
um  consentimento  ou  uma  approvação  mais 
expressa.  Deve  o  homem  moslrar-se  agra- 
decido aos  benefícios  que  recebeu.  Não  se 
deve  desprezar  nunca  o  que  se  acceitou. 

Syn.  comp.  Receber,  tomar.  Receber  óa 
acção  formal  com  que  acceitâmos,  ou  ha- 
vemos o  que  se  nos  dá.  Tomar  é  a  acção 
material  com  que  nos  apoderámos  de  uma 
cousa.  Recebe-se  do  amigo  o  presente  ou  mi- 
mo que  nos  manda,  e  íowa-se  materialmen- 
te da  mão  do  criado  que  o  traz. 

Também  ha  outra  diííerença  entre  estes 
dous  verbos,  e  vem  a  ser,  que  para  tomar 
basta  a  vontade  e  acção  do  que  toma;  po- 
rém para  receber  não  basta  a  vontade  e  ac- 
ção do  que  recebe,  porque  necessita-se  tam- 
bém que  concorra  a  vontade  e  acção  do  que 
dá.  «Não  posso  receber  o  que  não  me  dão, 
porém  posso  toma-lo, »  assim  que,  o  que 
furta  toma,  e  não  recebe. 

RECEBIDO,  A,  p.  p.  de  receber,  adj., 
adoptado,  v.  g  costume  — .  os  noioos  — s, 
casados.  V.  Receber. 

RECEBIMENTO,  s.    m.  {meuto  suH.),   acto 

VOL.    IV. 


do  receber,  ou  de  ser  recebido ;  casamen- 
to dos  noivos:  recepção,  v.  g.  —  appara^ 
toso .  / 

RECEBONDO,  A,  adj.  (des.  do  p.  fut.  Lat. 
em  undus),  (ant.)  capaz  de  ser  recebido  em 
pagamento. 

RECECEAR  ou  antes  recbnckar.  V.  Recen- 
sear. 

RECEiADO,  A,  p.  p.  de  foceiar,  adj.  te- 
mido, que  receia.  «  Ficou  sempre  tão  sus- 
peitoso, e  receiado  de  vós.  »  Galvão,  Chron., 
cap.  8. 

RECEiANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  ans,  tis),  que  receia.  He  antiq. 

RECEiAR,  V.  a.  (do  Lat.  recedo,  ere,  re- 
cuar; re,  contracção  de  retro,  atras,  e  ce- 
do ,  ere ,  ceder) ,  temer  perigo  presen- 
te ou  remoto;  v.  g.  receio  mau  êxito,  ou 
que  o  negocio  tenha  maus  resultados. Receio- 
Ihe  grandes  trabalhos,  desgostos.  — se,  v. 
r.  ter  receio,  temer-se. 

RECEIO,  s.  m.  susto,  temop;  v.  g.  Ter 
— ,  receiar. 

RECEioso,  A,  adj.  (des.  oso),  cheio  de 
receio. 

RECEITA^  s.  f.  (de  receber],  o  acto  de  re- 
ceber dinheiro;  o  diiheiro,  as  rendas  rece- 
bidas para  despender,  v.  g.  A  —  e  a  des- 
peza.  Livro  de  carregar  em  —  a  alguém, 
assentar  nos  livros  mercantis  ou  de  arre- 
cadação. — ,  preparação  pharmaoeutica  or- 
denada e  prescripta  pelo  medico,  formula 
e  methodo  para  fazer  tintas,  licores,  ou  ou- 
tra   composição. 

RECEITADO,  A,  p.  p.  de  receitar ;  adj. 
prescripto  pelo  medico  ;  lançado  em  recei- 
ta 

RECEITAR,  V.  a.  [rcceita,  ar,  des.  inf.), 
(p.  us.),  prescrever  medicamento ;  lançar 
em  receita,  ou  no  livro  de  receita. 

RECBiTARTo,  s.  t».  arame  ou  cordel  em 
que  os  boticários  enfião  as  receitas. 

RECEITUÁRIO,  s.  w.  livro  de  formulas  de 
medicamentos,  as  p  rescripções  do  medico 
no  decurso  do  tratamento  de  uma  doen- 
ça. 

RiCEM,  adv.  (do  Lat.  recenSy  recente)  , 
recentemente,  ha  pouco  tempo.  Usa-se  co- 
mo prefixo  em  muitos  vocábulos,  v.  g.  — 
nascido. 

RECEM-coNVERiiDO,  A,  adj.  converlido  re- 
centemente. M)i:l ,  lõ ,  1  •  . » 

RECEM-DEFUNTO,  A  adj.  morto  de  pouco. 

RECEM-NASCiDO,  A,  adj,  nascido  de  pou- 
co. 

RECENDENTE,  adj.  dos  t  g.  y,  Rescen- 
dente. 

RECENDER.  V.-  Rêscendcr. 

RECENHAR.  V.  Rcscnharl 

RECENNAR,  XL.  a.    (de   douradoí),   cobrir 
com  pedacinhos  de  ouro  ou  prata  batida  ai. 
96  ' 


382 


REC 


MM 


partes  onde  ficou  falta  da  primeira    vez   a 
peça  se  cobriu;  (fig.)  eacobrir. 

RECENNASCiDO,   V.  Recem-nascido. 

RRCENSEADo,  A,  p.  p.  de  recenscar,  ad/., 
revisto,  cotejado,    contado. 

RECENSEADOR,  s.  m.  O  que  recensea. 

RECENSEAMENTO,    S.    W     {mentO    Sufif.),     O 

acto  de  recensear,  censo  estatistico. 

RECENSEAR,  tj.  a.  {L&í.  rccenseo,  ere,  re 
pref.,  e  censeo,  ere,  julgar),  rever,  cotejar 
as  contas,  fazer  alistamento,  resenha,  v.  g. 

—  a  tropa  ;  contar,  —  entre  o  numero  dos 
santos. 

RECENSEIO.  V.  Recenseamento. 

RECENTAL,  s.  m.  [recente,  des.  ai),  cor- 
deiro de  três  ou  quatro  mezes  que  nasce 
por  abril  e  maio. 

i-  RECENTE,  adj.  dos  S.  g.  recens,  tis,  do 
QiT.  kainôs,  novo,  recente,  de  kuein,  con- 
ceber, empenhar),  novo,  de   pouco  tempo. 

RECENTEMENTE  ,  adv.  {mente  suff  ) ,  de 
pouco  tempo,  proximamente. 

RECENTILO,   RECENTIR-SE  «  deHv.    V.    Res- 

sentir-s9. 

RECEO.  V.  Receio. 

RECEOSO.  V.   Receioso. 

RECEPÇÃO,  s.  f.  (Lat.  receptio  ,  onis),  o 
acto  de  receber,  acolhimento,  v.  g  Fez- 
nos  uma  amigável  — . 

RECKPTACULO,  s.  m.  (Lat.  receptaculum) , 
lugar  onde  se  recolhe  pessoa  ou  cousa.  v. 
g.  As  cavernas  eram  —  de  feras,  de  sal- 
teadores. 

RECEPTADOR,  s.  f.  (Lat.  reccptator),  o 
que  recolhe,  guarda  e  esconde  em  sua  ca- 
sa objectos  roubados. 

RECEpTiVEL ,  adj.  dos  2  g.  (des.  ivel). 
admissivel'.  v.  g  Embargos,  razões  recepti- 
veis. 

RECEPTIVO,  A,  adj.  (des.  ivo],  (p.  us.), 
que  recebe,  capaz  de  receber. 

RECEPTOR,  s.  m  (Lat.),  (p.  us.),  recebe- 
dor, thesoureiro. 

RECESSO,  s-  m.  (Lat.  re^essus),  lugar  re- 
moto, retiro  ;  (aslr),  apartamento  do  astro, 
V.  g.  —  do  sol,  o  apartar-se  da    terra. 

RKCETÁCULO.  V.  Receptaculo. 

RECHÃ,  s.  f.  (re  pref.  ,  e  chan),  (ant), 
planicie,  campo.  Menezes,  llist  de  Tanger 

RÉCHABiTAS,  (hist.)  seita  judaica,  funda- 
da por  Jonadab.  filho  de  tteebab.  Ferten- 
diam  observar  rigorozamente  a  lei  dô  Ittoi- 
sés. 

RECHAÇADO,  A,  /?.  p.  de  pechaçar,  adj., 
repellido. 

RECHAÇAR,  tJ.  tt.  (do  Ff.  Ttchasser),  re- 
pellir,  rebater,  v.  g.  —  a  pella,  as  balas, 
o  inimigo ;  (fig.)  —  o  dito,  a  zombaria, 
alguém  na  cara,  dando  resposta    picante; 

—  a  conservaçáo,  (ívital-acom  mi  respos- 
U. 


RKCHAço,  s.  m.  repu'são,  acção  de  re- 
chaçar, rebater;  t.  g.  —  dapftUa,  das  bai- 
las. — ,  (6g.)  estorvo  do  progresso,  repulsa. 
— s,  da  fortuna,  contrariedades.  — ,  (ig  ), 
resposta  ou  replica  com  que  alguém  fica 
atrapalhado,  enleado ,  retruque,  revirete. 
— ,  espécie  de  dansa. 

RECBANO,  s.  m,  [re  pref.,  do  Fr.  ant. 
réer,  ou  raire,  arrasar,  e  chão),  (ant.,  pla- 
nicie, chan  em  altura,  no  oimode  monto, 

RKCHATAS,    V.  Regatas. 

RECHEADAMENTE,    ãdv.   [menlC   Suff.j,    COfli 

recheio. 

RECHEADO,  A,  />.  p.  de  rechear ,  adj. 
cheio  de  picado  ou  recheio  ;  (fig.)  que  pos- 
sue  em  grande  copia  :  v.  g.  —  de  dinhei- 
ro. 

RECHEADURA,    S.    f.    V.    Rccheio. 

RECHEAR,  V.  a.  {re  pref.,  chéo,  ar  des. 
inf.j,  encher  de  picado  ou  recheio  o  inte- 
rior, V.  g.  de  peru,  galinha  ;  (fig.)  encher 
muito,  X).  g.  —  de  palavras  o  discurso. 
— SE,  V.  r.  encher-se  de  comida,  bebida, 
(fig.)  de  fazendas,  provisões,  riquezas,  de 
noticias,  de  conhecimentos,   erudição. 

RECHECO,  s.  m.  (do  Fr.  ant  rechet,  lu- 
gar de  refugio),  (de  caça),  lugar  escondido 
entre  junco  ou  hervas  para  espreitar  as 
adens. 

RECHEO  ou  RECHEIO,  s.  m.  {re  pref.,  e 
cheio),  picado  ou  massa  de  que  se  enche  a 
barriga  de  gallinha,  perií,  leitão  ou  pei- 
xe, assado  ou  frito,  ou  com  que  se  enchem 
paios,  chouriços,  pepinos,  empadas,  etc. 
(fig.)  grande  quantidade,  v.  g.  —  de  fa- 
zendas, mercadorias,  géneros  ;  —  das  lo- 
ges.  Casa  que  tinha  grande  —  móveis,  pro- 
visões, riquezas. 

RECHicouRT-LE-CHATEAU.  ( gcogr.  )i  cidade 
de  França,  4  léguas  ao  SO.  de  Sarzebur- 
go  ;  9  JO  habitantes. 

REGHiNANTE,  ttdj .  dos%  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  ans,  tis),  que  range,  faz  estridor. 

RECHiNAR,  V.  H.  (do  Fr.  rèche,  ou  rache, 
áspero,  e  rechigner,  dar  um  som  áspero), 
ranger,  fazer  um  estridor  ',  v.  g.  —  o  ferro 
em  brasa  mettido  ena  agua.  P.  p.  Rechi- 
nado. 

RECHiNO,  s.  m.  rangido,  estridor,  som 
áspero,  v.  g.  O  —  da  voz,  do  ferro  era 
brasa  mettido  em  agua,  —  da  setta. 

RECHONCHUDO,  A,  adj.  (de  recheio  des. 
chudo,  do  Fr.  chou,  couve),  (chuloj,  mui 
gordo. 

RECHT,  (geogr.)  grande  cidade  do  Iran^ 
capital  da  província  de  (ihilan ;  a  2  léguas 
e  meia  da  bahia  d'Inzellí;  60,000  habi- 
tantes. 

RBCiARTO,  s.  m.  (Lat.  retiarius,  de  retis, 
rede),  gladiador  que  combatia  com  rede  em 
que  procurava  invicrfrer  o  adversário. 


REC 


WC 


389 


R^CTBO,  s.  m.  escripto  em  qu9  alguém  re- 
conhece ter  recebido  diaheipo  oa  outro  va- 
lor, por  conta  própria  ou  alheia.  Dar,  pas- 
sar, exiíçir,  assignar  — . 

RECIFE,  s.  m.  (V.  Arrecife.)  lanço  de  pe- 
nedia ao  loníço   da  costa. 

RECIFE,  fgeogrj  cidade  rica,  grande  ede 
muito  trato,  capital  da  provincia  de  Per- 
nambuco, no  Brazil ;  38,000  habitantes. 

RECiFoso,  A,  adj.  (des.  oso.)  que  tem  re- 
cifes. Posto—.  Praias—*. 

RECiNDiR.  V-  Rescindir. 

RECINTO,  s.  m.  {re  pref.,  atrás,  ecinío) 
espaço  coraprehendido  dentro  de  certos  li- 
mites, área  cingida,  circuito. 

RECio.  s.  m.  Duarte  Nunes  de  Leão  dix 
que   assim   se   deve  escrever  rocio,  praça. 
Com   effeito    parece    ser  contracção  de  re 
cinto.  V.  Rocio. 

RéciPE,  s.  m.  (do  Lat.  r«ctp«,  toma.)  re- 
ceita de  medico. 

RECIPIENTE,  s.  m.  fdo  Lat.  recipicns,  tis, 
p.  a.  do  rscipere,  receber;  re,  e  capio  , 
ere,  tomar.)  vaso  chinoico  que  recebe  im- 
mediatamente  o  liquido  destillado  ou  filtra- 
do. — ,  manga  de  vidro  fechada  namachi- 
na  pneumática  em  que  se  introduzem  cor- 
pos sobre  os  qua^s  se  experimenta  o  eífei- 
to  da  abstracção  do  ar. 

RECiPROCAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  reciprêcatio  , 
onis.)  mutua  correspondência,  reciprocida- 
de, correspondência  de  deveres. 

RECIPROCADO,  A,  p.  p  de  reciprocar;  adj. 
coramunicado  mutuamente,  feito  com  reci- 
procidade. 

RECIPROCAMENTE  ,  adv.  [mente  suff.)  com 
reciprocidade. 

RECIPROCAR,  V.  a.  (Lat.  reciproco,  are.) 
communicar  mutuamente,  v.  g.  —  as  pe- 
nas, os  abraços.  « Reciprocando  as  vidas 
▼iviam  um  no  outro. »  Vieira.  — se,  v.  r. 
communicar-se  mutuamente,  com  recipro- 
cidade Reciprocam-se  os  interesses,  as  pe- 
nas, os  serviços. 

RECIPROCIDADE,  s.  f.  (dcs.  idãdc,  da  Lat. 
itas^  tis.)  acção  reciproca,  correspondência 
mutua. 

RECIPROCO,  A,  adj.  (Lat.  reciprocus,  de 
recipio,  ere,  receber  ,•  re  pref. ,  capere,  to- 
mar, e  procor,  ari,  requestar.)  que  tem 
mutua  correspondência.  Amor  —  ,  corres- 
pondido por  ambos  os  amantes.  Alliança, 
cartas — s  Espelhos — s,  que  se  correspon- 
dem, postos  em  face  um  do  outro  Terrros 
— ,  V.  ff.  homem,  e  animal  racional.  Pro- 
nome— ,  o  que  indica  reciprocidade;  me, 
se,  te,  nos,  etc.  Verho  — ,  o  que  exprime 
acção  reciproca  pntre  duas  pessoas,  ani- 
maes  ou  cousas,  ou  entre  a  vontade  de  uma 
pessoa  e  o  seu  próprio  individuo,  v.  g. 
muito  se  querem  os  dois  amantes.  Ge  dois 


amigos  concertaram -se.  Os  aaimaes  prote- 
gem-se  mutuamente.  Matou-se  com  a  espa- 
da. 4s  particulas  dos  corpis  attrahem  -se  mu- 
tuamente. 

RBCisÃo,  s.  f.  (Lat.  recisio,  onis,  corte, 
amputação.)  (fig.)  rescisSo,  annuUaçào,  v. 
g.  — de  sentença. 

RECITAÇÃO,  *.  f  (Lat.  recitatio,  onis.)  o 
acto  de  recitar  papel  d?  drama,  e  particu^- 
larmente  de  drama  musico. 

RECITADO,  A,  p.  p.  de  reoitar;  adj.  dito, 
cantado  ou  lido  em  voz  alta.  O  —,  recita- 
tivo de  drama  musico. 

RECITADOR,  A,  s.  dos  2  flf.  a  pessoa  qu« 
recita. 

RECITAR,  V.  a.  (Lat.  recito,  ar«;rc  pref., 
e  cito,  are,  citar  )  dizer,  ler,  referirem  voz 
alta,  repetir  o  recitativo  nos  dramas  musir 
cos,  declamar  —  ,  contar,  narrar.  —  uma 
tragedia,  ode.  Este  actor  recita  o  seu  pa- 
pel com  a  maior  energia. 

RECITATIVO,  s.  m.  declamação  modulada 
com  acompanh^ímento  musico. 

RKCKENITZ,  (geogr.)  rio  de  4llemanha,  en- 
tre o  grin-ducado  de  Meckleraburgo-Sche- 
werin  e  a  regência  prussiana  de  Stralsund. 

RECKLiNGHAUSEN,  (tçeogr.)  cidadc  da  Rús- 
sia, a  7  léguas  ao  NO*  deOortmund;  5,SO0 
habitantes. 

RECLAMAÇÃO,  s.  f.  O  acto  de  reclamar.  As 
reclamações  das  partes  lesadas. 

RECLAMADO,  A,  p.  p.  de  reclamar  ;  adj. 
que  se  reclamou,  que  reclamou. 

RECLAMADO,  (ant.)  V.  Rccramado,  e  Re- 
camado . 

RSCLAMADOR,  A,  s.  pessoa  quo  reclama. 

RECLAMANTE,  s.  dos  ig  {\.&t.  rcclamans, 
tis,  p.  a.  de  reclamo,  ars.)  pessoa  que  re- 
clama. 

RECLAMAR,  V.  ã.  ou  H.  (Lat.  rcclamo , 
are',  re  pref.,  e  clamo,  are,  clamar,  repe- 
tir o  cla-nor,  protestar  contra.)  resoar;  cha- 
mar-se  ias  aves),  chamar  de  uma  arvore  por 
outra.  Reclama  o  ecco,  resòa. — ,  protestar 
contra,  pronunciar-se  contra  alguma  deci- 
são injusta,  resistir,  oppôr-se.  «  Reclama' 
vam  as  mais  ao  mandado  com  lagrimas.  » 
Arraes. 

RECLAMAR,  V.  a.  chamar  com  0  rcclamo  ; 
pedir,  exigir  o  que  nos  tomaram  injusta- 
mente, V.  g  o  arbitramento  se  pode — até 
um  anno.  »  Ordenação.  Rwlamou  a  preza 
feita  pelo  corsário.  — ,  (fig.)  convidar  en- 
ganosamente como  se  faz  aos  pássaros  com 
reclamo  ou  negaça.  «  As  honras  quaes  ne- 
gaças nos  reclamam.  » 

O  senhor  D.  Francisco  de  São  Luiz  no 
seu  Glossário  reprova  como  gallieismo  re- 
prehensivel  o  us©  deste  verbo,  na  accepção 
de  invocar,  implorar,  v.  g.  —  a  justiça,  a 
autor  davle  das  leis,  o  testemunho,  e  iM,d« 
96  « 


m 


REC 


REO) 


demandar,  exigir,  v.  g.  —  toda  a  attenção. 
A  pezar  desta  autoridade  não  vejo  razão  pa- 
ra rejeitar  as  accepções  hoje  mui  usuaes  de 
reclamar,  e  que  são  conformes  ao  sentido 
do  Port.  clamar,  Lat.  clamare.  Confesso 
que  é  gallicismo,  como  o  são  tantos  termos 
6  locuções  as  mais  antigas  da  lingua,  e  por 
certo  vale  mais  que  muitas  usadas  pelos 
clássicos.  Reclamar  nas  accepções  reprova- 
das parece-me  excellente  e  não  é  supprido 
pelos  synonymos  apontados.  Reclamar,  exi- 
gir imperiosamente  ou  como  cousa  de  di- 
reito. Neste  sentido  porque  não  diremos, 
V.  g.  reclamo  o  pagamento,  a  intervenção 
da  autoridade;  e  esta  matéria,  esta  investi- 
gação reclama  toda  a  attenção? 

RECLAMAR,  (ant.)  V.  Recramar,  e  Reca- 
mar. 

RECLAMO  ,  s.  m.  Ave  ensinada  que  cha- 
ma cantando  as  outras  para  os  laços  ou  re- 
des ;  assobio  com  que  o  caçador  chama  as 
aves  imitando  o  seu  canto  ;  (fig.)  cousa  que 
attrae,  convida.  Acodir  ao  -^,  ao  chama- 
mento, á  chamada.  O  homem  venal  acode 
ao  —  do  interesse. — ,  ecco.  Sero  — da  re- 
putação de  alguém.  — ,  chamada,  no  fim 
da  pagina.  V.  Chamada. 

RECLAMO,  s.  m.  (ant.)  ornato  dos  vestidos 
antigos,  V.  Recramo. 

RECLiNAçÃo,  s.  f.  situação  reclinada,  in- 
clinada. 

RECLINADO  ,  A ,  jo.  p.  de  recUnar ;  adj. 
recostado,  deitado,  v.  g.  —  sobre  o  cotove- 
lo, sobre  o  leito. 

RECLINAR,  V.  a.  abaixar,  encostar,  v.  g. 

—  a  cabeça,  o  corpo. 

RECLiNATORio,  s.  m.  (des.  ório.)  almofa- 
da, ou  travesseiro  de  descansar  a  cabeça  na 
cama. 

RECLUiR.  V.  Encerrar,  Clausurar. 

RECLUSÃO,  s.  f.  encerramento,  clausura, 
estado  de  pessoa  reclusa. 

RECLUSO,  A,  adj.  (do  Lat.  clusus,  fecha- 
do.) preso,  encarcerado  ;  recolhido  em  con- 
vento ;  emparedado-  Em  Lat.  reclusus  si- 
gnifica de  ordinário  patente,  aberto,  e  raras 
vezes  clausurado. 

RECLUTA,  reclutar.  V.  Recruttt,  Recru- 
tar, 

RÉCOA.  V.  Recova. 

reçoar,  V.  a.  (do  ¥r.raçonner.)\.  Res- 
gatar do  cativeiro. 

RECOBRADO ,  A  ,  p.  j?.  de  Tccobrar ;  adj. 
recuperado, 

recobramento,  s.  m.  V.  Recuperação. 

RECOBRAR,  V.  a.  [rc  pref.,  e  cobrar,)  tor- 
nar a   cobrar,  recuperar  o  perdido,  v.  g. 

—  o  reino,  a   fazenda,  a  saúde,  as  forças, 
o  animo,  o  alento,  osomno. 

RECOBRO,  s.  m.  o  acto  de  recobrar,  re- 
euperação. 


RECOceiLHADO,  A,  adj    (do  Cast.  cuchillo^ 
cutelo.)  (ant.)  acutilado  segunda  vez;  (íig.j , 
escarmentado.  -r^.i 

RECOCTO.  V.  Recozido,  Requeimado, 

REÇOEiRO.  V.  Raçoeiro. 

REÇÕES,  s.  f.  (ant.)  V.  Resgates,  Razò$s. 

reCoitar  ,  V.  a.  (p.  us.)  Y.  Requeimar, 
Abrandar  ao  fogo,  Recozer. 

RECOiTO ,  (ant.)  V.  Requeimado,  RecO' 
zido. 

recolegir.  V.  Recolher,  Compilar. 

REcoLEiçÃo.  V.  Recollecfão. 

REC0LETA,  s.  f.  (do  Fr.  r^coZ/cí.)  casa  re- 
ligiosa reformada  ;  (fig.)  reforma  de    vida. 

RECOLETO,  adj.  m.  ou  s.  m.  (do  Fr.  ré- 
collet.)  religioso  reformado. 

RECOLHEDOR  ,  A ,  s.  &  pessoa  que  reco- 
lhe. 

RECOLHEiTO,  (ant.)  V.  Recolhido. 

RECOLHER,  V.  tt.  (Fr.  recueilHr,  do  Lat. 
recollego,  eie;  re  pref.,  atrás,  e  collige- 
re,  colher,  ajuntar.)  colligir,  apanhar  e  guar- 
dar, V.  g.  a  novidade,  a  fruta,  a  fazenda  no 
armazém,  o  producto  da  pesca.  — peixe  na 
rede,  apanhar,  colher;  (fig.)  — noticias  di- 
versas. —  ar,  tomar  a  respiração.  Semear  e 

—  os  fructos  —  a  gente,  a  tropa,  chama- 
la,  faze-la  entrar  nos  quartéis.  —  d  cadeia, 
prender.  —  o  gado  nos  curraes.  — ,  (íig.)  in- 
ferir, deduzir,  colher.  V.  Colher.  O  barco 
recolhia  a  agua,  recebia.  —  os  Uvros  que 
corriam,  supprimir.  — ,  (de  acolher),  aco- 
lher, agasalhar,  v.  g.  —  os  fugitivos,  os  via- 
jantes ;  —  em  amizade  ;  —  alguém.  —  a  si, 
tomar  ao  seu  serviço.  —  nos  braços,  aco- 
lher.— ,  colher,  apanhar,  v.  g.  —  as  ve- 
las ;  —  os  cabellos  em  rede.  — a  rédea,  co- 
lhe-la, encurta-la  ;  encolher.  «  O  pó  que 
tem  no  mar,  a  si  recolhe,  »  Camões,  Lus. 
V,  22.  -  -  a  menor  espaço,  estreitar.  —  a 
pratica,  (fig.)  encurtar. — ,  estreitar.  «  O  cães 
alarga  contra  o  rio,  e  logo  reco //i«  outra  vez 
para  a  terra.  »  Vida  do  Arceb.  Tocara — , 
(phraz.  milit.)  fazer  o  signal  para  os  solda- 
dos voltarem  aos  quartéis  — se,  v.  r.  vol- 
tar a  casa,  á  morada,  á  habitação,  aos  quar- 
téis ;  relirar-se  á  camará  de  dormir,  ir-se. 

—  no  escudo,  (ant.)  cobrir-se  com  elle.  Re- 
colhe-se  o  caracol  na  sua  concha. — se, 
(fig.)  cessar  de  fallar,  meditando. — em  si; 

—  a  alma  comsigo.  —  o  homem  dentro  em 
si,  reflectir,  meditar,  ponderar.  — com  Deus, 
meditando  nelle  profundamente.  — se  ao  pro- 
pósito, voltar,  cingir-se. 

RECOLHIDA,  s.  f.  aclo  de  recolher,  retirar; 
retirada  de  tropa  aos  quartéis  ou  ao  campo. 

RECOLHIDAS ,  s.  f.  (subst.  dc  rccolhido^ 
adj.)  mulheres  que  vivem  reclusas,  em  clau- 
sura. 

RECOLHIDO  ,  k  ,  p.  p.  de  recolher;  adj. 
tulhido,   apanhado ;   colhido  ;    retirado.  — 


RBGlH 


REC 


em  cadeia,  preso.  —  gw»  seus  olhos  ,  (lig.) 
modesto.  V.  o  verbo  Recolher. 

RECOLHIDO,  A,  s.  homom  ou  mulher  que 
vive  em  clausura,  recolhimento. 

RECOLHIMENTO,  s.  1».  [mento  suff.)oacto 
de  recolher  ou  de  se  recolher ;  lugar  onde 
se  recolhe  ou  guarda  alguma  cousa.  — ,  co- 
Ihimento,  colheita,  v.  g. — dos  fructos, — 
da  tropa,  retirada.  — ,  casa  religiosa  de  clau- 
sura, e  retiro  para  homens  ou  mulheres  sem 
votos  religiosos.  —  ,  encerramento  ,  retiro, 
vida  retirada.  — ,  abrigo,  refugio.  — do  es- 
pirito, estado  de  meditação. 

RECOLHO,  (ant.)  V.  Recolhimento. 

RECOLHO,  s.  m.  (do  Cast  resollar,  respi- 
rar.) (ant.)  resfolgo,  respiração  forte.  Os — s 
da  baleia,  com  que  ella  roja  agua  para  o  ar. 

RECOLLKCçÃo ,  s.  f.  vida  recoleta ;  casa 
de  recoletos. 

RKCOMER.  V.  Ruminar  ou  Rumiar. 

RECOMiuo.  V.  Ruminad». 

RECOMMiNDAÇÃo,  s  f.  aclo  de  recommen- 
dar,  termos  com  que  se  recommenda  al- 
guém. Cartas  de — ,  a  favor  de  alguém. — , 
qualidade  que  faz  recommendavel.  Recom- 
mendações,  lembranças  que  se  mandam  a 
alguém,  expressões  de  amizade. 

RicoMMENDADO,  A,  p.  p.  de  recommeudar; 
ndj.  protegido,  a  favor  de  quem  se  deu  re- 
commendação  ,  encarregado.  Tinha-lhe— o 
segredo;  tmha-lhe  —  o  afilhado. — na  ca- 
deva,  embargado  nella  por  causa  diversa  da- 
quella  por  que  estava  preso. 

RECOMMENDADOR ,  s.  w.  O  que  recom- 
menda. 

RECOMMENDAR,  «.  a.  [rc  prcf.,  e  Lat.  com- 
mendo,  are.)  encommendar,  encarregar  al- 
guma cousa  a  alguém,  v.  g.  — o  negocio, 
o  segredo,  celeridade.  — uma  pessoa  a  ou- 
tra, enculca-la  como  digna  de  favor,  mer- 
cê ;  pedir  que  seja  tratada  com  favor,  bom 
agasalho,  ou  que  seja  auxiliada  nas  suas 
pretenções, — ,  aconselhat  o  uso  como  pro- 
veitoso, V.  g .  os  médicos  recommendam  a 
dieta  nas  doenças  febris,  a  quina  contra  as 
febres  intermittentes  ;  o  exercício.  Recom- 
mendei-lhe  a  lição  dos  clássicos,  o  estudo  da 
geometria.  — se,  v.  r.  ser  attendivel,  me- 
recer distincção,  favor.  Este  sujeito  r«cow- 
menda-se  pelas  suas  boas  qualidades,  pelo 
saber,  engenho  e  modéstia. 

recompensa,  s.  f.  compensação,  satisfa- 
ção ;  emenda,  indemnisação  ;  remuneração, 
premio,  gratificação,  retribuição  de  serviço 
feito,  de  beneficio  recebido  por  quem  re- 
munera. Dar,  conceder  — s.  — ,  (p.  us.)  com- 
pensação, encontro  de  dividas. 

RECOMPKNSAÇÃo ,  s.  f.  compensação,  in- 
demnisação. 

RECOMPENSADO,  A,  f>.  p.  de  recompeosar; 
adj.  compensado,  índemoisado  ;  remunera- 

VOL.    IV. 


do;  (fig.)  correspondido.  Amor  mal — .Ser- 
viços mal  — ,  remunerados  Beneficio  mal — . 

RECOMPENSADOR,  s.  m.  pessoR  quo  fecom- 
pensa. 

RECOMPENSAMENTO ,  s.  wt.  (ant.)  recom- 
pensa,  remuneração. 

RECOMPENSAR,  V.  a  [rc  prcf.,  e  compen- 
sar.) compensar,  satisfazer,  indemnisar;  re- 
munerar. —  serviços,  benefícios,  o  amor. 
«  O  que  esta  louça  da  índia  tem  de  quebra- 
diço recompensa  com  a  barateza  do  seu  cus- 
to. ■»  Vida  do  Arceb.,  Hv.  II,  cap.  24. 

RECOMPOR  ,  V.  a.  (Lat.  recompono,  ere.) 
compor,  combinar  de  novo. 

RECOMPOSTO,  A,  p.  p.  de  recompor;  adj. 
composto,  combinado  de  novo. 

RECÔNCAVO,  s.  m.  (re  prof.,  atrás,  O  coH- 
cavo.)  enseada  semicircular  na  costa,  que 
entra  pela  terra.  «O  —  da  Bahia  cuja  barra 
tem  duas  léguas  de  boca,  e  onze  de  circum- 
ferencia.  »  Vieira.  —  ,  commarca,  districto 
vizinho  de  cidade  ou  villa. 

RECONCENTRAÇÃO  ,  s.  f.  O  acto  de  recon- 
centrar-se,  ou  d3  se  recolher  ao  centro,  ao 
interior,  no  sentido  próprio  e  no  figurado. 

RECONCENTRADO,  A,  p  p.  de  reconcentrar; 
adj.  concentrado  no  interior  ou  profunda- 
mente. Ódio — .  Inveja  —  no  coração.  jHo- 
mem — ,  retraido.  «Meditação  —  nos  ga- 
nhos da  avara  cubica.  » 

RECONCENTRAR,  V.  a.  [re  pref.,  atras,  no 
fundoj,  metter  no  centro,  no  intimo,  v.  g. 
—  as  forças,  (fig.)  recolher,  occultar  pro- 
fundamente, V.  g.  o  amor,  o  ódio  no  pei- 
to. — SE,  V.  r.  chegar-se  para  o  centro ; 
V.  g.  —  a  tropa ;  (fig.)  —  o  ódio,  o  amor. 

RECONSiLiAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  rcconsiUatio, 
onis),  renovação  da  amisade  rota  ou  que- 
brada ;  confissão  auricular  de  algum  peoca- 
do  que  se  esquecera  na  antecedente  confis- 
são ',  V.  g.  ■—  do  hereje,  readmissão  ao 
grémio  da  igreja  por  eíTeito  da  abjuração 
dos  seus  erros  ;  —  da  igreja  violada,  ce- 
remonias  que  se  fazem  nella  para  levantar 
o  interdicto.  PI    Reconciliações. 

RECONCILIADO,  A,  p.  p.  de  recouciliar, 
adj.,  restituído  á  antiga  amizade  ;  readmit- 
tido  no  grémio  da  Igreja,  levantado  o  in- 
terdicto a  templo,  v.  g.  Penitente  — ,  que 
veio  ampliar  a  confissão. 

RECONCILIADOR,  s.  m.  (Lat.  reeonciliator), 
pessoa  que  reconcilia  ou  procura  reconci- 
liar, adj.  que  reconcilia,  que  tende  a  re- 
conciliar. V.  g.  Palavras,  maneiras  recon- 
ciliadoras. 

RECONCILIAR,  v.  a.  (Lat.  reconciLiOy  are), 
restituir  á  antiga  amizade ;  v.  g.  — os  dois 
esposos,  admiltir  á  antiga  communhão,  v. 
g.  —  o  apóstata  com  a  Igreja ;  benzer  o 
lugar  profanado,  -^  o  templo.  — se,  v.  r. 
tornar  á  antiga  amizade  ;  confessar-»e  o  pe- 


REG 


REPH 


nitente  de  peccado  esquecido,  ou  commet- 
tido  depois  da   precedente  confissão. 

RECONDiTissiMO,  A,  adj .  superl.  de  recôn- 
dito. Mysterios  — s 

RECÔNDITO,  A.  adj.  (Lat.  reconditus)^  oc- 
culto,   encoberto ,   profundo,    v.   g.   Saber 

RECONDiTORio,  s.  m.  lugar  onde  se  escon- 
de, guarda  alguma  cousa. 

REcoNDUcçÃo,  s.  f.  (re  pref.),  continua- 
ção de  magistrado  no  lugar  queoccupava  ; 
reforma  de  contracto  para  outros  prasos 

RECONDUZIDO,  A,  p.  p.  de  recouduzlr,  adj, 
conservado,  provido  no  lugar  que  occupa- 
va  d'antes. 

RECONDUZIR,  V.  a.  [te  pref.),  prove'  de 
novo,  continuar  no  cargo  \v.g.  —  em  cor- 
regedor do  bairro,  conduzir  aos  seus  regi- 
mentos os  soldados  ausentes  ou  dispersos. 

RECONECER,  (aut.)  V.  Reconhccer. 

RECONFESSAR,  V.  tt.  {re  pref.),  confessar 
de  novo.  P.  p.   adj.    Reconfessado. 

RECONGRAÇADO,  A,  f.  p.  de  recongraçar, 
adj.  restituido  á  graça,  ao  favor;  reconci- 
liado. 

RECONGRAÇAR,  V  a.  {re  pref.),  reconci- 
liar — SE,  V.  r.  tornar  á  graça  :  v.  g.  — 
com  alguém,  reconciliar. 

RECONHECENÇA,  s.  f.  V.  Reconhccimenío, 
Gratidão 

RECONHECENTE,  adj.  dos  1  g.  (des.  dop. 
a.  em  ens,  tis),  (ant.),  usado  no  sentido 
participial,  que  reconhece.  «  Não  —  supe- 
rior. »  Couto. 

RECONHECER,  v.  tt  [re  pref  ),  renovar  o 
conhecimento;  v.  g.  pessoa  ou  cousa  de 
que  se  tinha  perdido  a  memoria.  Becon/ic- 
ci  o  amigo,  apezar  da  alteração  das  suas 
feições.  Reconheceu  o  engano,  o  erro,  veio 
no  reconhecimento.  — ,  confessar,  v.  g.  — 
o  seu  erro ;  —  o  favor,  a  mercê,  o  servi- 
ço, agradecer.  — ,  fazer  acto  de  reconhe- 
cimento ou  de  submissão,  v.g  —  autori- 
ridade,  a  superioridade;  —  por  soberano, 
rei ;  —  vassallagem,  pagando  tributD.  — , 
declarar  ;  t).  g.  —  o  bastardo  por  filho  ;  — 
o  signal,  declarar  authentico  — ,  ver  exa- 
minar ,  V.  g,  —  as  fortificações  da  praça. 
—  o  campo  inimigo.  —  a  ferida ,  phr. 
cir.,  sondal-a,  tenteal-a. 

RECONHECIDO.  A,  p.  p.  de  reconhcceT,  adj . 
que  se  reconheceu,  que  reconheceu  agra- 
decido, grato,  declarado,  v.  g.  —  por  le- 
gítimo sucessor,  —  por  seu  filho.  —  de 
suas  obrigações,  que  as  conhece  bem.  Vida 
do  Arceb.  —  de  seus  erros,  que  os  con- 
fessa. Vieira. 

RBConHECiHiNTo,  8.  m.  [mento  suíT.)  o  acto 
de  recoihecer  ou  de  ser  reconhecido  ;  agra- 
decimento,   gratidão ;   prestação,    homena- 
gem, acto  de  vassallagem,  sujeição. 


Stn  comp.  Reconhecimento t  gratidão. 
Indicam  ambas  estas  palavras  a  memoria  do 
ben«fi^,io  recebido;  poróm  reconhecimento 
só  dá  a  conhecer  que  não  se  esquece,  e  se 
confessa  ;  e  gratidão  exprime  o  sentimen- 
to habitual  que  nos  inclina  a  dar  graças  pe-** 
lo  bem  que  se  nos  fez.  Uma  alma  sensível 
não  se  contenta  com  ser  reconhecida  quer 
ser  grata  ;  o  reconhecimento  »ó  lhe  desper- 
ta a  ideia  de  beneficio  ;  a  gratidão  aviva- 
Ihe  a  lembrança  do  bemfeitor.  O  reconhe- 
cimento paga  beneficio  com  beneficio ;  a 
gratidão  conserva  a  doce  lembrança  de  uma 
boa  acção  com  um  vivo  sentimento  de  cari- 
nho  para  com   a  pessoa  que  lhe  fez  bem. 

RECONQUISTADO,  A,  p.  p,  de  recouquístar ; 
adj.  conquistado  de  novo. 

RECONQUISTAR,  V.  a.  (rc  pref.)  conquistar 
de  novo,  recobrar  a  conquista. 

RECONTADO.  A,  p.  p.  de  recoutar  ;  adj.  con- 
tado, referido  de  novo. 

RECONTAMKNio,  s.  m.  (aot )  relatorío,  re- 
lação, informação. 

RECONTAR,  V.  a.  [rc  pref.)  contar,  referir 
de  novo.  — se,  o.  r.  contar-»e,  numerar-se,' 
V.  g.  —  entre  os  varões  celebres.  >♦ 

RECONTENTE,  adj  doslg.  [re  pref.)(p.  us.) 
duas  vezes  contente,  mui  contente. 

RECOSTO,  s.m.  (rc  pref.)  o  segundo  conto 
que  a  lança  tem  no  reverso  da  haste. 

RECONTRO,  s  M.  (do  Fr.  rcncontre)  encon- 
tro ;  conílicto  ;  encontro  casual,  acerto. 

RECONVALECER,  p.  u.  tomar  aconvalecer. 

RECONVENçÃo,  í.  f.  [re  pref.  e  Lat.  convé- 
nio, ire,  demandar  em  justiça)  (jur.)  acção 
retorquida  pelo  demandado  contra  o  autor. 

RECONVIDO.  V.  Reconvindo. 

BECONviMENTO,  s.  w.  (aut.)  V.  Reconvõu- 
ção. 

RECONVINDO,  A,   p.  p.  de  teconvir ;   adj. 
contra  quem  o  demandado  intentou  recon- 
venção.  A  peasoa  — ,  contra  quem  se  intea 
ta  reconvenção. 

RECONviR,  V.  a  [re  pref.,  e  Lat  convénio, 
ire,  demandar  em  justiça)  demandar  o  réo 
ao  autor  que  o  demanda,  alguma  cousa  que 
esto  lhe  deve. 

RECOPiLAÇÃo,  5.  f.  acçào  dereco)ilar;  re- 
sumo, epitome,  compendio. 

RECOPiLADAMENTE,  ado.  (mcute,  suff.)  com- 
pendiosamente ,  em  resumo. 

RECOPILADO,  A,  p.  p.  dc  recopílar ;  adj. 
resumido  ;  colligido. 

RECOPILAR,  V.  a.  [re  pref.,e  compilar)  abre- 
viar, compendiar  obra,  resumir;  colligir.  — 
leis,  ajuntaras  que  andam  dispersas,  formar 
collecção  delias.  — se,  ».  r.  impessoal,  ci- 
frar-se,  resumir-se.  «  Neste  tormento  se  rí- 
copilam  todos  os  da  paixão.  »  Vieira. 

RECopTO,  (ant.)  V.  Rococto. 

RitORóAçÃo,  i.  f.  (Lat.  r€Cordatio,  oni$) 


REC 


Rte 


867 


o  acto  de  recordar,  lembrança  de  cousa  de 
que  se  havia  perdido  a  memoria.  Príncipe 
de  feliz  — ,  memoria. 

RECORDADO,  A,  p.  p.  de  recordar ;  adj.  tra- 
zido de  novo  á  memoria. 

RECORDADOR,  A,  adj.  que  recorda,  qne  traz 
á  lembrança.  Palavras rccordadoras  dos  an- 
tigos successos.  Monumentos  —  da  antiga 
gloria  do  Fgypto. 

RECORDAR,  V.  fl.  (Lat.  rccordoT^  ari ;  re 
pref.,  ecor,  cordis,  coração,  animo)  trazer 
de  novo  á  memoria,  v.  g.  —  a  lição,  os  be- 
nefícios, os  successes  antigos.  — se,  v.  r.  tra- 
zer i  memoria,  lembrar-se. 

RECORDO,  s.  m.  (ant )  V.  Recordação. 

RECORRENTE,  s.  dos  2  Q.  (des.  do  p.  Lat. 
em  eng,  tis)  o  que  interpõe  recurso 

RECORRER,  V.  n.  (Lat.  recurro,  ere]  tornar 
a  correr,  vir  correndo  ;  (fig  )  interpor  re- 
curso. —  a  alguém,  implorar  o  seu  auxilio. 
—  á  justiça,  para  que  proteja  os  nossos  di- 
reitos. —  a  Deus  á  misericórdia  divina.  — 
atrás  ao  anno  de  l777,  voltar  com  a  me- 
moria, remontar.  — ,  v.  a  percorrer,  exami- 
nar de  novo  e  rapidamente,  v.  g.  —  o  livro, 
o  manuscripto,  com  os  olhos.  —  com  ajun- 
teira,  passa-la  pela  taboa.  —  o  costado  do 
navio,  examina-lo  para  o  calafetar.  —  com 
a  memoria  os  successos  antigos.  — se,  v.  r 
(^ant.)  recorrer,  v   g.  ao  juiz  superior. 

RECORRIDO,  A,  p.  p.  de  recorrer  ;  adj.  que 
recorreu  ,  contra  quem  se  interpõe  recurso, 
V    g.  o  juiz  — . 

RECORTADO,  A,  p.  p.  de  Tccortar  ;  adj.  que 
se  recortou  ;  que  recortou. 

RECORTADO,  s.  m.  cousa  recortada.  — s, 
pi.  obra  recortada,  de  papel,  pano,  em  que 
se  recortaram  ornatos  ou  figuras. 

RECORTAR,  V.  a.  [vc  pref  )  cortar  fazendo 
desenhos,  figuras,  v.  g.  —  o  vestido,  as  rou- 
pas, o  papel,  as  arvores,  os  arbustos  Anti- 
gamente era  costume  —  as  murtas  nos  jar- 
dins, dando-lhes  diversas  formas. 

RECORTE,  s.  m.  o  lavor  que  se  faz  recor- 
tando, V   g.  panno,  sedas,  papel 

RECOSER,  V.  a.  [re  pref.)  tornar  a  coser 
com  agulha. 

RECosíDO,  1,  p.  p.  derecoser;  adj.  tor- 
nado a  coser  com  agulha. 

RECOso  e  RECOSso,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  r#- 
cousse,  recuperação)  (ant.)  «  Duas  barcas  que 
andam  a—.»  Ined.  tom.  ii,  foi.  345.  Mo- 
raes crê  ser  erro  por  recooo,  porque  ignora- 
va a  origem  do  termo.  Significa  recupera- 
ção de  cousas  perdidas,  de  objectos  lança- 
dos na  praia  oa  na  costa,  ou  salvados  de  na- 
vio naufragado. 

RECOSTADO,  A,  p.  p.  de  recostar  ;  adj.  en- 
costado sobre  o  cotovelo  ou  de  ilharga.  Ti- 
nha —  a  cabeça. 

REC09TAR,  «.a.  ^«,  Dd accepçÃo de atrás, 


costa,  ar  des.  inf )  encostar  de  ilharga,  ou 
reclinado  sobre  ocotovello,  v.  g. — a  cabe- 
ça, o  corpo;  (fig.)  apoiar-se.  Ali  se  reeoí- 
tam  os  vicios. 

RECOSTO,  s.  m.  terra  elevada  em  encosta  ; 
ladeira. 

RECOVA  s.  f.  (do  Arab.  rocoha^  cáfila,  na- 
moro de  bestas  de  carga. 

RECOVADO.  V.  Recovo. 

RECOVAGEn,  s.  f.  (V.  Récova)  conducção 
por  bestas  de  carg.T,  transporte  de  fazendas, 
géneros  ;  quantidade  de  bestas  de  transpor- 
te. 

RECOVEIRO,  s.  m.  [recova,  des.  «iro)  almo- 
creve. 

RECOVO,  í.  m.  (do  Lat.  rêcubo,  are,  dei- 
tar-se)  (ant.)  Estar  de  — ,  reclinado. 

RKCozKR,  v.a.  (repref.)  tornar  a  cozer  ao 
lume,  requeimsr. 

REcoziDO,  A,  p.  p.  de  recozer ;  adj.  cozi- 
do outra  vez  ao  lume,  requeimado;  (fig.)  — 
em  malicia,  requintado. 

RECOziMENTO,  s.  m.  [mcnto,  sufT)  estado 
de  cousa  recozida. 

RECRAMADO,  A,  p,  p.  dc  recramar  ;  adj. 
feito  era  pregas. 

RECRAMAR,  V.  a.  (V.  Rocamar)  (ant.)  fazer 
em  pregaá' 

RECRAMo,  s.  m  (ant.)  pregas  nos  vesti- 
dos. V.  Reclamo. 

RECREAÇÃO,  í.  f.  [Lat.  recreatio,  nií)  o  re- 
creia r  ou  recreiar-se ;  allivio  de  desgosto, 
consolação  ;  e  mais  usado,  passatempo,  cou- 
sa i|ue  recreia,  diverte. 

RECREADO   OU    RECREIADO,    A",    p.    p.    de  TB- 

crear ;  adj.  divertido. 

RECREADOR,  A,  adj.  quo  recreia,  diverte, 
allivia  de  desgosto. 

RECREAR,  r.  a.  (Lat.  recreo,are,  crearde 
novo;  recreiar)  tornar  a  crear  ;  recreiar,  al- 
liviaro  desgosto,  causar  prazer.  — se,  v.r. 
divertir- se. 

N.  B.  Poslo  que  o  termo  latim  tenha  as 
duas  accepçôes,  é  preferi vel  escrever  recrear 
divertir,  recreio,  passatempo. 

RECREATIVO    OU  RECRBIATIVO,    A,   adj.    dSS. 

ivo)  que  recreia. 

RECRiCENTE.  V.  Rccrsctente. 

RECRECKR.  V.  RecresccT. 

RECREMKNTicio,  A,  adj.  (de  recremento), 
(med.),  Humor  — ,  mal  elaborado  na  di- 
gestão. 

RECREMENTO.  s.  w.  (Lat.  vecrementum) , 
(med.),  porção  indigesta  do  alimento. 

RECRKO  ou  RECREIO,  s.  m.  recrcação,  pas- 
satempo. 

RECRESCENTK,  adj.  dos  í  g.  (Lat.  recrt- 
cens,  tis,  p.  a.  de  recresce,  ere),  que  re- 
cresce, que  acresce,  sobrevem. 

RECRESCER,  V.  H.  (Lat.  rccrcsco* ere)y  so- 
brevir, accrescer ;  f>.   g.  Recresce  a  gutr- 

97  « 


WH* 


REG 


REC 


ra,  a  epidemia.  Recresceram  novos  negó- 
cios, —SE,  V.  r.  (ant.)  «  de  «m  mal  que 
86  lhe  faz  outro  mór  se  lhe  recresce.  »  Sá 
Miranda. 

RECRESCiMENTO,  s.  m.  {mento  suíf.),  o 
acto  de  recrescer,  de  sobrevir. 

RECRiM'NAçÃo,  s.  f.  [re  pref.),  accusação 
contra  o   accusador. 

RiíCRiMiNAR,  V.  a.  [rc  pref.),  retorquir  a 
accusação  contra  o  accusador,  p.  p.  de  re- 
criminado. 

RECROBAR,  (aut.)  Rccobrar. 

RECRU,  A,  adj.  [re  pref.,  e  cru.  Fio — , 
que  não  ficou  bem  recuzido. 

RECRUDECENCiA,  s.  f.  (mcd.),  renovação 
de  epidemia  ]  v.  g.  i  —  da  cholera  mor- 
bo. 

RECRUDECER,  V.  n.  (Lat-  recrudesço,  ere), 
encruar-se  :  v.  g.  —  a  ourina,  a  matéria, 
de  tumor ;  —  a  febre,  assanhar-se,  —  a 
epidemia,  grassar  de  novo. 

RECRUTA,  s.  f.  em.  fFr.  recrue),  solda- 
do novo,  bisonho,  leva  de  gente  de  guer- 
ra ;  V.  g.  Um  — ,  o  soldado  de  leva. 

RECRUTAR,  V.  a.  {¥?.  rccruter),  fazer  le- 
va de  gente  para  o  serviço  militar,  lavan- 
tar  tropas,  p.  p.   adj.  recrutado. 

RECRUZETADO,  A,  adj.  (t.  do  bras.),  que 
na  extremidade  de  cada  braço  tem  outra 
cruz.  ou  que  vem  a  formar   cruzetas. 

RECTAMENTE,  adv.  {mcntc  suff.),  com  rec- 
tidão ;  em  linha  recta. 

RECTÂNGULO,  A,  adj.  (geom.),  que  tem 
angulo  ou  ângulos  rectos ;  v.  g.  Triangu- 
lo — .  Figura  rectângula. 

RECTAR,  (ant )  V.  Reptar. 

RECTIDÃO,  s.  f.  postura  recta ;  confor- 
midade com  a  justiça,  o  dever.  Rectidões, 
(ant.),  direitos  annexos  a  alguma  proprie- 
dade. 

RECTIFICAÇÃO,  s.  f.  acto  do  rectificar,  v. 
g.  —  de  erro  ;  (chim.),  apuração ,  —  de 
espíritos. 

RECTíFiCADissiMO,  A,  adj.  supcrl.  de  rec- 
tificado. 

RECTIFICADO,  A,  p.  p.  de  rcctificar;  adj. 
corrigido,  emendado ;  apurado.  Espiritos 
— ,  tornados  a   distillar  para  os  apurar. 

RECTIFICAR,  1).  a  [rccto,  ficar,  sufi".)  cor- 
rigir, emendar,  v.  g  —  erros,  intenções. 
— ,  (chim.)  íspurar  por  distillações  repeti- 
das. — ,  (ant.)  ratificar. 

rectilíneo  ,  A ,  adj.  (Lat.  rectilineus  ) 
(geom.)  em  linha  recta,  formado  de  linhas 
rectas.  Movimento — . 

RECTissiMAMENTE,  ttdv.  superl.  de  recta- 
meatt. 

rectíssimo,  a,  adj.  superl,  de  recto,  mui- 
to recto. 

rectitude,  s.  f^  (Lat.  rectitudo,  inis.)& 
direcção  rept^L. -rn ,  mais  us.,  rectidão,  re- 


cta  razão.  Obrar,  governar,  decidir  com — . 

REBTO,  A,  adj.  (Lat.  r ec tus,  de  rego,  ere ^ 
ter  em  linha  recta,  reger.)  direito,  erecto, 
não  inclinado  ou  curvo.  — ,  conforme  á  jus- 
tiça, ao  direito,  v.  g.  homem — ;  intenção 
— .  «  —  viver.  »  Arraes. 

RECTOR,  s.  m.  reitor,  director. 

RETRIX    ou   RETRIZ  ,     S.    f.    pi.    RCCtricCS  , 

pennas  da  cauda  das  aves,  com  que  gover- 
nam ao  seu  rumo. 

RECUA ,  s.  f.  multidão  de  cavalgaduras 
de  carga.  V.  Recova. 

RECUADEiRA,  s.  f,  correia  que  prende  na 
ponta  do  varal  da  sege,  e  serve  para  fazer 
recuar. 

RECUADO ,  A,  p.  p.  de  recuar ;  adj.  que 
recuou  ou  fez  recuar.  — ,  atrazado,  deca- 
dente. 

RECUAMENTO ,  s.  m.  [mcnto  suff.)  acção 
de  recuar. 

RECUAR ,  V.  a.  ou  n.  {re  atrás ,  cu  ,  ar 
des.  inf.  Fr.  recw/«r.)  retroceder,  andar  pa- 
ra trás  sem  voltar  a  face.  — ,  empurrar  pa- 
ra trás,  V.  g.  —  a  sege,  o  cavallo. 

RECUBiTO,  s.  m.  (Lat.  recubitus,  de  re- 
cubo,  are.)  posição  reclinada. 

RECUDAR,  (ant.)  V.  Recuidar. 

RECUDiR,  (ant )  V.  Acudir. 

RECUIDAR,  V.  a.  [re  pref.)  cuidar  assidua- 
mente. —  os  annos  já  vividos  ;  —  no  nego- 
cio, na  vida,  na  morte. 

REçuMAR ,  V.  a.  ou  n.  (Cast.  rezumar.) 
coar,  verter  pelos  poros,  v.  g.  reçuma  o 
odre  cheio  de  agua,  ou  —  pelos  púcaros  a 
agua. 

REçuMBRAR.  V.  Rcssumbrar  ou  Reçu- 
mar. 

RECUO  ,  s.  m.  acção  de  recuar,  repuxo 
do  canhão,  espaço  que  o  canhão  retrocede 
ao  disparar. 

RECUPERAÇÃO ,  s.  f.  (Lat.  recupcratio  , 
onis  )  acção  de  recuperar,  de  recobrar  ou 
de  reconquistar. 

RECUPERADO,  A,  p.  p.  dc  rccuperar;  adj. 
recobrado,  reconquistado. 

RECUPERADOR  ,  s.  m,  (Lat.  rccuperator .) 
o  que  recupera. 

RECUPERAR,  V.  O.  (Lat.  recupcTo,  are;  re 
pref.  ,  e  capere ,  tomar.)  recobrar,  recon- 
quistar. 

RECUPERAiORio ,  A ,  adj.  (Lat.  recupera- 
torius.)  Interdicto  — ,  (jur.)  mandado  pelo 
qual  o  juiz  procedendo  summariamente  or- 
dena que  se  ponham  no  primeiro  estado  to- 
dos os  actos  feitos. 

RECURçÃo,  s.  f.  (ant.)  V.  Limite ,  Ter- 
mo. 

RECURRENTE  ,  adj  dos  ^  g.  (Lat.  recur- 
rens,  tis.)  que  retrocede  Nervos — ,(anat.) 
dois  nervos  do  sexto  par  que  se  ramificam 
no  larynjt,  e  lançam  ramos  que  voltam  pa- 


ma 


RÉÀ 


3S9 


ra  cima.  Pulso — ,  (med.)  que  depois  de  al- 
gumas pulsações  torna  a  fazer-se  largo  e 
frequente  como  dantes.  — ,  (jur.)  que  in- 
terpõe recurso.  V.  Recorrente. 

RFCURSAR,  V.  O.  (Lat.  rccurso,  are.)  (p. 
us.)  tornar  a  examinar,  t).  g.  —  o  entendi- 
mento, tornar  a  passar  pela  reflexão,  tor- 
nar a  reflectir. 

RECURSO,  s.  m.  (Lat.  recursus  )  acção  de 
recorrer ;  appellação  com  instancia  a  tribu- 
nal superior,  ao  rei,  á  coroa,  pedindo  emen- 
da, remédio  de  injustiça  commettida  por  in- 
ferior ;  instancia  pedindo  auxilio,  soccorro. 
Ter  —  a  alguém,  recorrer,  valer-se  delle. 
— ,  regresso,  v.  g.  do  fiador,  pela  quantia 
que  pagou  pelo  fiado,  contra  os  bens  des- 
te.—  da  maré,  refluxo. ''■''    *'"  . 

RECURVADO ,  A,  p.  f.  ds  Fccurvar ;  adj. 
encurvado. 

RECURVAR,  V.  a.  (Lat.  recurvo,  are.)  en- 
curvar, dobrar,  inclinar,  v.  g.  —  o  corpo. 

RECURVO,  A,  adj.  (Lat.  recurvus.)  curvo, 
torcido.  Trombetas  —  s. 

RECUSAÇÃO ,  s.  f.  (Lat.  recusatio,  onis.) 
acto  de  recusar,  v.  g.  —  dos  árbitros,  jui- 
zes, jurados. 

RECUSADO,  A,  p.  p.  de  recusar;  adj.nao 
aceitado.  —  ,  no  jogo  das  armas  brancas, 
desviado.  Talho — ;  estocada — . 

RECUSADOR,  A,  s.  pessoa  que  recusa. 

RECUSANTE,  adj.  dos 'Í  g .  [Lat.  recusans, 
tis,  p.  a    de  recuso,  are.)  que  recusa. 

RECUSAR,  V.  a.  (Lat.  recuso,  are;  re  pref., 
e  cudo,  ere,  bater,  malhar.)  rejeitar,  não 
aceitar,  v.  g.  —  o  juiz.  o  jurado  ;  — o  car- 
go, emprego,  dom,  mercê,  paga ;  — a  pro- 
posta, a  supplica.  Recusou  communicar  o 
segredo.  —  alguém,  não  attender,  negar- 
Ibe  a  supplica,  não  deferir  a  ella. 

Syn.  comp.  Recusar,  refusar.  Recusar 
é  o  verbo  latino  e  castethano,  refusar  é  o 
francez  refuser,  e  o  castelhano  rehusar,  e 
talvez  corresponda  ao  latino  abnuo  ;  e  se 
houver-mos  de  traduzir  aquella  expressão 
de  Cícero,  na  oração  a  favor  de  Milão : 
«  Non  recuso,  non  abnuo ;  »  nào  podería- 
mos melhor  fazel-o  que  descendo :  «  Não 
recuso,  não  refuso.  »  Recusar  exprime  a 
ideia  de  nào  querer  admittir  ou  acceitar 
alguma  cousa,  e  talvez  com  desdém,  e  dan- 
do-lhe  de  rosto ;  refusar  indica  que  nos 
esquivamos,  que  não  prestamos  ao  que  se 
nos  oíferece,  ao  que  se  nos  quer  impor  ou 
de  nós  se  exige.  O  primeiro  é  oerempto- 
rio  ;  o  segundo  exprime  repugnância.  Re- 
cusa-se  o  cargo,  o  beneficio,  o  titulo,  o  di- 
nheiro ;  refusa-se  a  batalha,  a  luta,  oduel- 
lo,  o  desafio ;  e  neste  sentido  disse  Ca- 
mões com  muita  propriedade : 


TM.  17. 


Como  da  gente  illustrd  <)o^ttigueza  ^^ 

Ha  lie  haver  quem  refute  o  pátrio  mnrte  ? 
(Lu8.,  IV,   15.» 


Isto  é,  ha  de  haver  quem  se  refuse,  se 
não  preste,  se  negue  a  pelejar  pela  defen- 
sa da  pátria  ?  z^"    '~ 

RECUSAVEL,  adj.  dos  2 g.  {àes.  avel?j  cfiHí' 
pode  recusar-se,  rejeitar-se,  ou  não  ser  ad- 
mittido,  V.  g.  juiz,  jurados  recMíamí.  Car- 
go, autoridade,  beneficio,  compensação,com- 
missão  — .  Provas,  testemunhos  recusáveis. 

REDADA,  s.  f.  [rede,  des.  coUectiva  ada.) 
lanço  de  rede  ;  (fig.)  prisão  de  muita  gente, 
V.  g.  grande  —  de  vadios,  ladrões. 

REDADEiRO.  V.  Derradeiro. 

REDADO,  A,  p.  p.  de  redar;  adj.  tornado 
a  dar ;  redrado. 

REDAMENTo,  s.  m.  (aut.)  V.  Redimímento. 

REDAisno.  V,  Redenho. 

REDAR,  V.  a.  (repref.,  e  (/ar)  (p.  us.)  tor- 
nar adar ;  redrar. 

REDARGUIDO,  A,  p.  p.  de  redarguir  ;  adj. 
refuiado,  retorquido,  impugnado. 

REDARGUiDOR,  s.  wi.  recriminadòr. 

REDARGUIR,  V.  a.  [Lãt.  rcdarguo,  'ere)T:é^' 
futar,  impugnar ;  retorquir,  rtplicar  argu- 
mentando ;  recriminar,»,  g.  redar guindo-o 
de  falsftrio.  — ,  accusar,  v.  g.  --  o  documen- 
to de  falso.  — ,  demandar  em  juizo  ;  vindi- 
car, convencer. 

REDDiTiBA,  (geogr.)  ribeiro  na  província 
do  Rio-de-Janeiro,  appellidado  também  São- 
Gonçalo.     * 

REDDiTO,  s.  m.  [Lài.  reddiíus  ou  reditus, 
de  reddo,  ere,  render)  redimento,  fructos  de 
propriedade  rural ;  lucro  do  dinheiro.  Os  — s 
da  província. 

REDE,  s.  f.  [L&t.rete  onretis,  deretineo, 
ere,  reter)  tecido  de  malha  mais  ou  menos 
larga  com  que  se  apanha  peixe  em  rio,  la- 
go ou  no  mar.  Ha  redes  de  diversas  formas, 
e  com  diversos  usos,  v.  g.  —  varredoura, 
tarrafa,  chumbeira,  do  rasto  ou  de  rede-pé. 
—  de  tombo,  com  que  se  arma  ás  avas.  — , 
(fig.)  laço,  armadilha.  Cair  na  — .  — ,  teci- 
do de  malha,  em  quesemettem  oscabellos, 
coifa  ;  tecido  de  malha  com  qne  se  cobrem 
05  cavallos.  — ,  no  Brasil,  na  Africa  e  na  ín- 
dia, tecido  de  malha  com  ramaes  que  se  sus- 
pende para  dormir,  ou  para  ser  transporta- 
do ás  costas  de  homens.  — s,  pi.  (naut.)  de 
impedir  a  abordagem  em  navios  de  peleja  ; 
espécie  de  baileo  sobre  que  se  pelejava  an- 
tigamente nos  navios.  «  A  náo  levava  sobre  a 
ponte  uma  —  tecida  de  cairo  mui  miúda.  » 
Barros,  para  rasguardar  das  frechadas  e  ou- 
tras armas  de  arremesso.  Andar  ás  — s,  Ca- 
zendo  bordos,  espancando  os  mares.         '"  * 

RiéDKA,  s.  f.  (Lat.  retinaculum,  de  réti- 
neo,  ere,  reter)  correias  ou  cordõ«s  presos 
98 


m>, 


RED 


RED 


no  freio  docaTallo  que  ocavalleiro  leva  na 
mão  para  o  governar.  Dar  ou  alargar  a — ; 
colher,  encurtar  a — ,  Terá  —  curta.  Bater 
as  — s,  fazer  correr  o  cavallo ;  (tig  )  fugir. 
Dar  de  —  ao  cavallo,  faze-lo  andar.  Voltar 
torcer  as  — *,  mudar  a  direcção  do  cavallo. 
— ,  (fig.)  moderação,  freio,  refreio  :  direc- 
ção, governo.  As  — s  do  governo.  Soltar  as 
— s.  dar  largas,  ».  g. — da  ou  á  vergonha 
Soltar  a  —  ao  pranto,  eutregar-se  a  elledar- 
Ihe  livre  curso.  Dar  —  á  paixão,  desafoga- 
la.  —  de  uvaSf  resto  de  cachos  de  pendu- 
ra. 

REDEFOLLI.    V.    Rodofollc. 

REDEiRO,  s.m.  (des.  ciro)  homem  que  faz 
redes;  armadilha  de  caça. 

REDEMiDO.  y.  Remido. 

REDEMiR.  Y.  Remir. 

REDEMOINHO.  V.  Rodomoinho  ou  Remoi- 
nho. 

REDEMPÇÀo,  s.  f.  (Lat.  redemptio,  onis) 
resgate,  o  acto  de  remir  ;  (fig.)  meio,  auxilio 
que  tira  alguém  de  trabalho,  ou  necessida- 
de. 

redemptor;  *.  m.  (Lat.)  o  que  resgatou, 
'  remio.  O  Redemptor,  diz-se  por  excellencia 
de  Jesu-Christo. 

REDEMUiWHAR.  V.  Remoinhar. 

REDENÇÃO,  REDENTOR.  V.  RcdcmpçãO,     e 

Redemptor. 

REDKNHO,  s.  m  (de  rcí/«)  tela  de  gordura 
que  cobre  os  intestinos,  o  zirbodo  homem. 

HEDENTES,  s.  m.  p/.(r«pref.,  e  dente)  (fort.) 
obras  de  feição  de  serra,  com  ângulos  rein- 
trantes. 

nEDEpÉ.  V.  Rede. 

B.EDIRAR,  V.  Redrar. 

redezinha,  s    f.  diminut.  de  rede. 

REDHiBiçÃo,  s.  f.  (Lat.  redhibitio,  onis)  o 
acto  de  restituir  ou  de  encampar  ao  vende- 
dor a  cousa  vendida  com  dolo  ou  fraude. 

REDHIBIR,  V.  a.  (Lat.  redhibeo,  ere)  (jur.) 
encampar,  tornar  ao  vendedor  a  cousa  de- 
feituosa vendida  emfrâude,  restituindo  este 
o  preço  ou  o  excesso  do  valor. 

REDHiBiTORio,  A,  adj .  {áes .  ório)  {iuT .)  Ac- 
ção  — ,  de  encampação,  WRedhibir,  e  En- 
campar. 

REDi,  (bist.)  naturalista  italiano,  nasceu 
em  1626,  morreu  em  1697.  L'  conhecido 
pelas  suas  Experiências  sobre  a  geração 
dos  insectos. 

REDiARios,  (hist.)  gladiadores,  que  com- 
batiam contra  os  Myrmillontes.  Tinham  por 
arma  uma  rede,  com  a  qual  procuravam 
envolver  o  adversário. 

RBDiL,  s.  m.  {rede,  des.  i/)  curral  de  ga- 
do, sebe  para  encerrar  e  guardar  ovelhas  ou 
cabras. 

jlÇDijuMENTO,  s.  w.  V.  Rcsgatc,  Redem- 


REDIMIR.  V.  Remir,  Resgatar. 

REDiNGOTE,  s.  m.  (do  lugl.  reding-coai,^ 
casacão,  vestido  de  montar  a  cavallo)  sobr^ 
casaca,  casacão.  j| 

REDINHA,  s.  f.  diminuí,  de  rede ;  (fig.) 
pano  mui  ralo. 

REDINHA,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  5 
léguas  ao  S.  de  Coimbra  e  1  ao  N.  de 
Pombal;  1,600  habitantes. 

REDiNTEGRAÇÃo,  s.  f,  [Lat.  redintegratio,^ 
onis)  acção  de  redintegrar,  reintegração,     i 

redintegrado,  A,  p.  p.  de  redintegrar >) 
adj.  reintegrado.  • 

redintegrar,  V.  a.  (Lat.  redmtegro,  are) 
inteirar  a  cousa  quebrada ;  (fig.)  repor  no 
antigo  estado,  na  posse. 

redito,  s.  m.  (Lat.  reditus)  rendimento, 
reddito 

redivivo,  a,  adj .  {Lat.  redivivus)  resusci- 
lado. 

redizer,  V.  a    (r«  pre;  )  tornar  a  dizer. 

REDiziMA,  s.  f.  {re  pref.)  dizfma  dos  fru- 
cios  já  dizimados. 

REDiziMADO.  A,  p  p.  do  rodizimar ;  adj. 
dizimado  segunda  vez 

rkdizimaR,  v.a.  (re  pref.)  dizimar  segun- 
da vez,  cobrar  nova  dizima  dos  fructos  já 
dizimados. 

REDJEB,  (hist.)  pachá,  nasceu  na  Anató- 
lia ;  tinha  sido  chefe  de  Kleptes  (ladrões). 
Foi  nomeado  pachá  mais  por  intrigas  do 
que  por  merecimentos.  Foi  morto  por  or- 
dem de  Solimão  IIL 

REDNiTZ,  (geogr.)  Radantia,  rio  da  Ba- 
viera, nasce  a  2  léguas  ao  NO.  de  Pappe- 
nheim,  lança-se  no  Mein. 

REDOBRADO,  A,  p  p.  de  redobrar  ;  adj.  do- 
brado duas  vezes,  que  tem  duas  dobras,  do- 
brado sobre  si  mesmo.  —  em  numero,  du- 
phcado  duas  vezes  outro  tanto.  Escudo  — , 
o  que  tem  dois  ou  mais  forros  ou  dobras  de 
coiro  Batalha  — ,  na  antiga  milícia,  consta- 
va de  três. 

REDOBRADURA,  s.  f.  (dcs.  ura.)  acção  de 
redobrar. 

REDOBRAR,  ».  a.  (fc  pref.)  dobrar  scguu- 
da  vez,  ou  sobre  si  mesmo,  reduphcar. — 
o  pano  :  —  o  pranto.  —  as  paradas,  no  jo- 
go. —  as  diligencias,  as  despeías,  os  sons. 
O  sino  dobra  e  redobra.  Redobra  a  ave, 
garganteia,  gorgeia.  O  rouxinol  redobra  os 
seus  amores.  — ,  amiudar  os  golpes.  Redo- 
bra o  alfange.  Eneid.  IX,   .68. 

REDOBRE ,  s.  m.  a  repBtição  das  arcadas 
na  rabeca  ;  (fig.)  trinado.  O  —  das  vozes  dos 
pássaros.  Os  — s  do  rouxinol.  — ,  forro,  cou- 
sa que  forra. — s,  (fig.)  refolhos  Fazer— s, 
haver-se  com  dolo,  fazer  velhacarias. 

REDOLENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  redolens, 
tis,  p.  a.  de  redo/co,  ere,  rescender.)  (poet.) 
mui  cheiroso,  rescendente.  O  —  amomo. 


RED 


HED 


391 


REDOMA,  s.  /".  (contracção  de  redondo  am- 
bula.)  vaso  de  vidro  com  bojo  e  gargalo, 
cylindrico  ou  afunilado. 

IKDOXAZINHA,    REDOMINHA,    S.    f.diminut. 

de  redoma,  pequena  redoma. 

REDOMOiNHO  ,  s.  m.  movimento  em  gyro 
que  faz  a  agua  em  rios  ou  no  mar  encon- 
trando-se  duas  correntes  ;  voragem,  sorve- 
douro. —  de  dois  ventos  oppostos.  —  dos 
cabellos,  disposição  em  espiral  nos  cavallos 
e  nos  homens. 

REDON,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  15 
léguas  ao  SO.  de  Rennes ;  4,500  habitan- 
tes. 

REDONDA ,  (geogr.)  lagoa.  V.  Estrella , 
(serra). 

REDONDA,  (geogr.)  ilha  do  Occeano  de- 
fronte da  entrada  da  Bahia  Netherôhi  ou 
de  Rio-de-Janeiro,  ao  occidente  da  ilha 
Raza. 

REDONDA,  (geogr  )  ilhota  na  bahia  dV.n- 
gra-dos-Reis,  na  província  do  Rio-de-Ja- 
neiro. 

REDONDAMENTE,  adv.  (m«wíe  suíT.)  em  for- 
ma circular;  (fig.)  sem  hesitação.  Z)iícrgwe 
não,  negar — ,  positivamente,  desengana- 
damente.  Cair  — ,  de  pancada. 

REDONDEAR,  V.  tt.  V.  Arredondar. 

REDONDELLA,   S.    f.    -4'  — ,    (ç.  US.)  á  foda 

REDONDEZ,  s.  f.  V.  Redondcza. 

REDONDEZA,  s.  f.  (des.  eza.)  a  forma  do 
corpo  redondo  ;  o  globo  terrestre.  Estar  a 
lua  em  sua  — ,  cheia. 

RKuoNDiLHA,  s.  f.  (do  Fr.  rondcau.)  es- 
tancia de  4  versos  de  8  syllabas,  em  qae 
o  primeiro  rima  com  o  quarto,  e  o  segundo 
com  o  terceiro  ;  outras  vezes  rima  o  primei- 
ro como  terceiro,  eo  segundo  com  o  quar- 
to. 

redondilho,  s.  m.  V.   Redondilha. 

R^DONDiNflo,  A,  adj.  diminut.  de  redon- 
do, pequeno,  e  de  figura  redonda,  circu- 
lar. 

REDONDO,  A,  adj.  (Lat.  rotundus,  de  ro- 
ta, roda.)  rotundo,  de  figura  circular;  glo- 
boso,  espherico.  Moeda,  pella — .  Vestido, 
saia,  capa — .  Navio — ,  que  tem  a  proa  re- 
donda Em — ,  loc.  adv.  em  circuito,  cir- 
cularmente Uma  volta  em — ,  á  roda.  Tro- 
vas — * ,  em  verso  lyrico,  ou  de  arte  me- 
nor. Um  não  — ,  desenganado.  Ave  —  no 
voar,  que  vôa  em  gyro,  dando  volias.  Ser 
—  no  contar,  usar  de  rodeios,  de  ambages. 
Trazer  alguém  — ,  (phraz.  ant.)  macio,  fei- 
to á  mão. 

REDONDO,  (geogr.)  villí  de  Portugal  no 
Alemtejo,  situada  em  terreno  alcantilado  e 
fértil,  nas  faldas  da  serra  d'Ossa,  A  léguas 
a  E.  d'tvora,  e  pouco  menos  ao  S.  d'Ès- 
tremoz ;  2,500  habitantes. 

RXDONDO,  (geogr.)  poToação  na  proTiocia 


He  Minas -deraes,  districtode  Queluz  no  Bra- 
zil. 

REDONRs,  (hist.)  povodaGallia  na  Lyon- 
neza  3." ,  ao  0.  dos  Arvis,  dos  Andecavi. 
Capital,  Condate  ou  Redones  /'Rennes). 

REDOPio  ,  *.  m.  (de  redor,  e  pião.)  An- 
dar em — ,  ou  cm  um—. 

REDOR  ,  s.  m.  (áo  Arab.  raddodor,  voz 
corrupta  do  verbo  rad,  voltar,  e  da  prep. 
dur,  á  roda.)  Ao — ,  em — ,  em  torno,  á  ro- 
da, em  circuito.  Andar  em  — ,  gyrar.  Re- 
dores, pi.  V.  Arredores.  Contornos.  Duarte 
Nunfs  de  Leão  escreve  rodor,  e  Moraes  ap- 
prova  esta  orthographia  contraria  ao  uso 
constante.  Um  e  outro  ignoravam  a  etymo- 
logia  do  termo. 

REDOUÇA,  s.  f.  (mesma  origem  que  o  pre- 
cedente) corda  bamba  presa  a  dois  pontos 
fixos,  no  meio  da  qual  se  assenta  quem  se 
quer  balançar  nella. 

REDOUDAR-SE.  V.  Ba/anpar-5e  ua  rcdouça. 

REDRADê,  A,  p.  p.  de  redrar;  adj.  amo- 

REDRAR,  V.  a.  (de  redor^ar  des.  mf.)  ca- 
var segunda  vez  a  vinha,  amota-Ia,  cavar 
segunda  vez,  e  chegar  terra  á  roda  das  ce- 
pas. 

REDRUTH,  (geogr.)  cidade  dlnglaterra,  a 
20  léguas  ao  SO.    de    Launceston ;   9,000 
habitantes, 
tado. 

REDucçÃo,  s.  f.  (Lat.  reductio,  onis.)  o 
acto  de  reduzir,  ou  de  ser  reduzido;  o  acto 
de  converter,  c.  g.  a  moeda  estrangeira  em 
moeda  corrente,  ou  o  herege  ao  grémio  da 
igreja. 

reductiyamente,  adv.  V.  Restrictamente, 

reducto.  V.  Reduto. 

redundância  ,  s.  f.  (Lat.  redundantia.) 
sobegidão,  nimia  copia. 

REDUNDANTE  ,  adj.  dos  2  Q.  sobc^o,  ex- 
cessivo.  Rio,  fonte  — ,  que  transborda.  Pa- 
lavra — ,  desnecessárias.  Phrazes  — s. 

REDUNDANTEMENTE,  adv.  (mcuíe  suff.)  com 
redundância,  de  modo  redundante. 

REDUNDAR,  V  O.  (Lat.  reduudo,  are',  re 
pref.,  e  unda  onda  )  transbordar,  v  g. — 
a  tonte,  o  rio,  a  agua  no  tanque  ;e  fig. — 
a  gloria,  a  fama,  as  lagrimas. — ,  vir  a  dar, 
ter  por  effeito,  ou  resultado  Redxindou-lhe 
em  grande  honra,  proveito,  A  elle  redunda 
toda  a  gloria,  todo  o  proveito. 

REDUPLiCADO^gif  i  t^fl^;  dc  rcduplicarj ; 
adj.  redobrado.      .,     ,  -. 

REDUFLiCAR.  V.  a.  (Lat.  reduplico,  art.) 
redobrar,  repetir  a  miúdo,  v.  ^^  -y- 9j^.,go^- 
pes  ;  as  penas,  augmentar.  .    ,^    ,,.... 

REDuruCATivo,  A,  adj.  (des.  ivò.)  (gram.) 
que  denota  reduplicaçào.  A  partícula  re  é 
reduplicativa. 

REDUTO,  s.  m.  (Fr.  redoutc,  Ital.  riaot- 
to,  do  Lat.  redvcius,T^Tàáo,b»iv>.){íorL 


392 


HÊÊ 


REE 


pequeno  forte  destacado  :  espécie  de  molhe 
para  navios,  recinto. 

REDUZiçÃo.  V.  Reducção. 

REDUZIDO,  A,  p  p.  de  reduzir ;  adj.  re- 
posto no  mesmo  lugar,  reconduzido,  con- 
vencido :  convertido.  Juros  — ,  a  que  se 
substituíram  juros  ou  interesse  menor,  v. 
g.  de  três  por  cento,  em  vez  de  cinco,  de 
que  gozavam  d'antes. 

REDUZ'R,  V.  a.  (Lat.  reduco,  ere,  condu- 
zir) reconduzir  ao  mesmo  lugar,  repor  no 
mesmo  lugar  ou  no  antigo  estado,  v.  g.  — 
a  rez,  a  ovelha  perdida  ao  rebanho  ;  —  o 
osso  deslocado  ;  —  rebellados  á  obediência; 

—  05  amigos  desavindos  á  antiga  amizade. 

—  a  cinzas,  queimar  de  todo.  Ã  fome  re- 
duziu os  cercados.  —  opeccador  com  cas- 
tigo a  melhor  estado.  — apractica,  porem 
practica.  — a  breves  palavras,  resumir. — , 
converter,  trocar,  v.g.  — apólices,  moedas 
estrangeiras  a  dinheiro  ;  —  as  libras  esterli- 
nas a  réis  ;  os  palmos  a  pollegadas,  as  milhas 
de  Allemanha  a  léguas  Portuguezas.  —  a  di- 
nheiro, vender  a  troco  d'elle.  A  velhice  nos 
reduz  a  meninos.  A  guerra  nos  reduziu  á  po- 
breza. —  um  sentido  em  outro,  substituir- 
Ihe  um  equivalente.  — ,  (chim.)  — ooxydo 
metallico,  expellir  o  oxygenio,  ficando  o  me- 
tal puro.  — SR,  V.  r.  limitar-se,  v.g.  —  a 
viver  de  pão  e  leite,  ou  ao  estricto  necessá- 
rio. 

REEDiFiCAçÃo,  8.  f.  acto  do  reedificar. 

REEDIFICADO,  A,  p.  p.  de  reedificar  ;  adj. 
que  se  reedificou ;  que  reedificou. 

REEDIFICAR,  V.  a.  (Lat.  reoedifico ,  are) 
tornar  a  edificar,  reconstruir ;  (fig.)  reformar 
regenerar,  v.  g. — os  costumes,  as  virtudes. 
■  REELEGER,  V.  tt.  [re  prcf-  e  eleger)  tornar 
a  eleger. 

REILE6ID0,  A,  p.p.  de  rcclegcr ;  adj  tor- 
nado a  eleger,  reeleito. 

REELEIÇÃO,  5.  uova  eleição  da  pessoa  pre- 
cedentemente eleita  para  um  cargo. 

REELEITO,  A,  p.  p.  de  reeleger,  adj.  elei- 
to de  novo;  v.  g.  O  deputado  foi  — . 

reeNcher,  V.  a.  [re  pref ),  tornar  a  en- 
cher,; tornar  a  preencher,)?,  p.  adj.  reen- 
chido. 

REENViDAB,  V.  a.  [re  pref.),  dobrar  a  pa- 
rada ao  que  envidou,  tornar  a  envidar,  p. 
p.  adj.  reenvidado. 

RBEs  (Abrahão),  fhist.)  sábio  inglez,  nas- 
ceu em  174^,  morreu  em  1825.  Publicou 
a  IVeio   Cyclopoedia. 

beesperar,  V.  a.  [re  pref.),  tornar  a  es- 
perar, PP-  adj.  reesperado. 

reespumàs,  s.  f.  [re  pref.),  o  assucar  fei- 
to da  espuma  da  primeira  espuma. 

REESTABELECER.   V.  RestabeUcer, 

REEXPORTADO,  A,  p.  p.  do  Fsexportar, 
adj'*  tornado  a  ewortar.     * 


rkbxportador,  s.  m.  o  que  reexportou. 

REEXPORTAR,  V.  a.  ('»'«  prcf.*),  tornar  a 
exportar;  v.  g.  fazendas,  mercadorias  im- 
portadas. 

refaCimento.  V.  Refazimtnto. 

refaLSAdamente,  adv.  [mente  suff.),  com 
falsidade,  com   astúcia.  '^' 

REFALSADO,  A,  adj.  [re  pref.),  não  since- 
ro, atraiçoado. 

rEfalsamento,  s.  m.  [mento  suíT.),  dolÒ^ 
falsidade.  "^ 

refalseado.   V.  Refalsado. 

refazodor,  a,  adj.  [re  pref.),  que  re- 
faz. 

refazer,  V.  a.  [re  pref.),  tornar  a  fazer 
o  que  tinha  feito,  ou  o  que  se  tinha   des-' 
feito;  V.  g.  —  as  contas,  as  casas,  as  re- 
des, desfez  e  refez  o  muro,   a   pintura,   a 
obra.  — ,  renovar,  v.  g.  —  navio  deman-À 
timentos,  do  munições,  aparelhos,  reformar, 
reparar,  restabelecer,  v.g.  —  a  tropa  des- 
baratada, ajuntando-a  de  novo  ;  —  o  exer- 
cito, com  recrutas  ;  —  as  forças,  vigorar  ; 

—  o  damno,  reparal-o ;  —  o  justo  preço, 
preencher  o  que  he  diminuto.  —  o  gado^' 
razel-o  a  pastagem  pingue,  para  o  engor-*^ 
dar.  — se.  v.  r.  recobrar  forças,  saúde, 
tomar  provimento  d'aquillo  que  se  gastou 
ou  perdeu,  prover-se  : — da  fome,  toman- 
do  alimento ;  —  da   fadiga,    descansado  ; 

—  de  gente,  munições,  mantimentos. 
refazimento,  s.  m.  [mento  safí.),  acto  de 

refazer  ;  compensação  do  que  faltou  no  pre- 
ço, ou  da  parte  minguada  que  coube  a 
algum  co-herdeiro. 

reFeçar,  V.  a.  (ant.)  abaixar,  aviltar.' 

REFEcçÃo.  V.  Refeição. 

REF1CE ,  adj.  dos  2  g.  (do  Arab.  raMs-^ 
fácil,  barato,  vil.)  (ant.)  baixo,  de  pouco 
valor,  vil.  Homem,  mulher — .  Moeda — , 
do  baixa  lei.  «  Vender  a  — ,  barato.»  «Com- 
prar as  mercadorias  mui  — s,  »  Ord.  Affonsv 

REFECER,  V.  a.  V    Arrefecer,  Esfriar.. 

refectorio,  a.  adj.  (p.  us.)  Cura — , 
que  se  opera  dando  remédios  misturados 
com  o  alimento. 

REFEGA,  s.  f  V.  Rajada,  e  Refrega. 

REFEGADO,  A,  adj.  [rcfcgo,  des.  ado.)  qucb 
tem  refego.  Vento  — .  Saia  — . 

REFEGADA ,  s.  w».  augmeut.  de  refega , 
grande  refega  de  vento. 

REFEGO,  s.  m.  (do  Lat.  refiigo,  ere,  fixar, 
pregar  de  novo)  dobra  que  se  faz  no  alto 
das  saias,  para  se  poder  desdobrar  accrescen- 
tado  a  altura  quando  cresce  a  pessoa  ou  en- 
colhe a  saia-  Pêra  de  — ,  que  tem  como- 
um  refego. 

REFEIÇÃO,  s.  f.  o  refazer  com  alimento  s 
fome  ou  fraqueza,  Tomar — ,  alimento. — ,. 
supprimerito,  reforma,  reparaçáo. 

REFEiTEiRo,  A,  adj.  V.  Referteiro. 


i 


REF 


REF 


393 


REFEITO,  A,  p.  P'  alatinado  de  refazer ;  adj. 
(Lat.  refectus,  adj.  e  p.  p.  áereficio,  ere]  fei- 
to segunda  vez,  renovado;  reparado,  resta- 
belecido ;  provido,  v.  g.  —  de  forças,  alimen- 
tos, viveres,  munições.  Homem — ,  baixo  e 
corpulento. 

REFEiTOREiRA.  s.  f.  (des.  eira.)  religiosa 
que  cuida  do  refeitório  e  seu  concerto. 

REFEiTOKEiRO,  s,  t».  (des.  eiro.)  o  que 
cuida  do  refeitório. 

REFEITÓRIO,  s.  wv.  (Lat.  refcctoHum.)  ca- 
sa de  jantar  nos  conventos. 

REFÉM,  s.  m.  (do  Arab.  rahan,  penhor.) 
penhor  ,  pessoa  que  fica  em  poder  de  al- 
guém como  garantia  da  execução  do  pacto. 
Ficou  o  filho  em—.  V.  Reféns 

REPENDER,  V.  d.  [ve  pref.)  tornar  a  fen- 
der. 

RKFKNDiDO  ,  A  ,  p.  />.  de  Tifeuder ;  adj. 
tornado  a  fender ;  aberto  com  ponteiro  em 
pedra,  ou  com  junteira  em  madeira,  v.  g. 
pilares  —  s. 

REFENDiMENTO,  s.  m.  {mento  suff.)  côrle, 
abertura  em  obra  refendida. 

REFÉNS  ,  s.  m.  pi.  (V.  Refém.)  pessoas 
ou  praças  que  S3  põem  em  poder  de  inimi- 
go eomo  penhor  ou  garantia  da  execução 
de  pacto.  Cederam-se  quatro  praças  ao  ini- 
migo victorioso  em  — .  — ,  (fig.)  fiadores, 
V.  g.  os  filhos  —  da  posteridade  das  famí- 
lias. Também  se  encontra  nos  antigos  no 
género  feminino. 

REFERENDADO  ,  A  ,  p.  p.  de  referendar  ; 
adj.  rubricado,  a  escriptura,  o  documento. 

REFERENDAR,  V.  tt.  (Fr.  référender.)  as- 
signar,  rubricar  a  escriptura  ou  documen- 
to publico  para  lhe  dar  inteira  autoridade. 

REFERENDÁRIO  ,    S.    M.    (dcS.   ávio.)   O   que 

referenda  documento  publico ;  relator  de 
supplica.  D.  Fraoc.  Manuel. 

REFERIDO,  A,  p.  p.  dc  referir ;  adj.  con- 
tado, narrado.  Testemunha  —  ,  nomeada 
por  outra  de  quem  ouvioodito,  — no  nu- 
mero dos  deuses,  contado,  numerado. 

REFERIMENTO,    S.    M.    [meiltO  Suff.)  (p.  US  ) 

acção  de  referir  ou  de  se  reportar  ao  dito 
de  outrem. 

REFERIR,  V.  a,  (Lat.  refero,  erre.)  con- 
tar, narrar,  v.  g.  —  uma  historia,  um  fa- 
cto, textos.  O  que  referiram  as  testemu- 
nhas.— ,  attribuir,  v  g—  um  phenome- 
no  ou  effeito  á  sua  causa,  — se,  v.  r.  re- 
portar-se,  v.  g.  —  ao  dito  da  testemunha, 
ao  testemunho  de.  outrem. 

REFERRAR,  V.  a.  (rc  pref.)  tornar  afer- 
rar (bestas).  - 

REFERTA  ,  s.  f.  (de  refcrlar.)  contenda, 
disputa,  altercação,  briga ;  opposição.  Pa- 
gar sem — . 

REFERTADAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
repugnância,  com  resistência. 

VOL.    IV. 


REFBRTAMENTo,  s,  m.  (mtfTiío  suff.)  (ant.) 
contestação,  impugnação;  instancia. 

REFERTAR,  V.  O,  (do  Fr.  aut.  fierrer,  fe- 
rir, do  Lat.  ferire.)  (ant.)  contender,  con- 
troverter, impugnar,  contestar.  — ss,  v.  r, 
altercar. 

REFERTEiRAMENTE,  adv.  {mente  snff.)  (ant.) 
com  pertinácia  ;  com  repugnância. 

REPERTEiRO,  A,  adj.  (ant.)  que  resiste 
porfiando  ;  que  tem  repugnância.  Gente 
—  ao  serviço  do  rei.  Mulher — ,  desde- 
nhosa. 

REFERTO,  s.  m.  (ant.j  V.  Referia. 

REFERToiRO,  (ant.)  V.  Refeitorto. 

REFERVER,  V.  a.  (rc  pref )  tornar  a  fer- 
ver, V.  ff.  — o  liquido,  o  cozimento,  asfe- 
zes ;  (fig.)  avivar,  v.  g.  — os  ódios;  —  o 
peito.  — ,  levantar  nova  fervura,  entrarem 
fermentação,  v.  g.  a  calda — ,  Refervem  os  ^ 
humores,  (phraz.  med.)  exaltar-se  a  acri- 
monia. 

REFERVIDO,  A  ,  p.  p.  de  referver;  adj. 
que  referveu ;  feito  ferver  de  novo. 

REFESTELLA  ,5.    /".  ,     REFESTELLO  ,     S.    1». 

(ant.)  festança,  folgança,  festividade,  ale- 
gria. 

REFEZ.  V.  Refece. 

REFiÃo,  (ant.)  V.  Rufião 

REFiAR,  (ant.)  V.  Rufiar,  Alcovitar. 

REFILADO  ,  A,  p.  p.  de  refilar,  que  refi- 
lou. 

REFiLADOR,  A,  adj.  ou  s.  quo  refila.  Cão 
— .  Cadella— . 

REFILAR,  t».  a.  OU  n.  [re  pref.)  tornar  a 
filar,  tornar  a  morder,  acommetter.  O  cão 
refilou  no  lobo,  no  touro  ;  (fig.)  resistir  com 


violência. 


REFiLHAR  ,  t).  a.  [re  pref.)  lançar  filhos 
ou  vergonteas  (as  arvores  decotadas). 

REFILHAS,    S.    m.    pi.    OU  REFILHOS,    S.    »», 

pi    renovos  de  arvores,  de  plantas ;  novoa 
filhos  que  rebentam  delias. 

REFINAÇÃO,  s.  f,  acção  de  refinar,  de  apu- 
rar ,  V.  g.  o  assucar,  os  metaes,  depura- 
ção. 

REFINADÍSSIMO,  A,  adj.  superl.  de  refina- 
do ;  (íig.)  mui  fino,  subtil,  v.  g.  —  velha- 
co. —  odío,  mui  intenso. 

REFINADO,  A,  p  p.  de  refinar ;  adj.  apu- 
rado,  clarificado,  v.  g.  assucar,  salitro — ;> 
(fig.)  puro,  mero,  sem  mistura,  intenso. — 
adulação,  maldade. — ,  astuto,  subtil,  t?.  ^r. 
—  ladrão.  Cumprimento—,  com  expressões 
alíectuosas. 

REFINADOR,  s.  m.  O  que  refina,  v.  g.  —- 
de  assucar,  salitre. 

REFiNADURA,  s.  f.  (des.  ura  )  o  acto.de 
refinar. 

REFINAR,  V.  o.  [re  pref,  ea^nar.)  apu- 
rar, depurar,  separar  as  fezes,  v.  g.  —  as- 
sucar, salitre,   metaes,    pólvora ;  (fig.)  re- 
ii9 


■,^í\ 


394 


REP 


RKF 


quintar,  ©.  g.  —  o  ódio,  a  amizade.  — se, 
V.  r.  apurar-se,  esmerar-se. 

REFINARIA  ,  s.  f.  (des.  ariã.)  fflibric^  de 
refinaçáo,  v.  g.  —  de  assucar,  pólvora. 

REFiNCADO,  A,  p.  p.  do  de  refincar;  adj. 
tornado  a  fincar. 

REFINCAR  ,  V.  tt.  (r«  pref )  tornar  a  fin- 
car o  que  se  tinha  arrancado. 

REFINO,  s.  m.  refinação,  refinaria,  v.  g. 
—  da  pólvora,  de  ferro,  de  assucar 

REFiNTA  ,  s.  f.  ( re  pref.  )  segunda 
finta. 

REPINTADO,  A,  p.  p.  de  refiutar;  adj.  lan- 
çado segunda  finta. 
«EFiNTAR,  V.  a.  (r«  pref.)  lançar  segun- 
, 'da  finta. 

REFLECTIDO  ,  A  ,  p.  p.  de  reflectir  ;  adj. 
que  se  reflectiu;  que  reflectiu.  Lux—,  re- 
flexa. Tinha — muito  na  matéria. 

REFLECTIR,  V.  a.  (Lat.  reflecto,  tre;  re 
pref.,  e  /íecío,  tre,  dobrar)  fazer  dobrar, 
repellir,  lançar  de  si,  v>.  g.  os  espelhos  re- 
flectem a  luz. — ,  retroceder,  resurtir  o  cor- 
po elástico  ;  (fig.  e  mais  us.)  meditar,  fa- 
zer reflexão,  ponderar.  — em  alguma  ma- 
téria. Reflectis  bem,  fazeis  uma  reflexãoju- 
diciosa. 

REFLEXAMENTE  ,  adv.  [mente  sufT.)  com 
movimento  reflexo ;  com  reflexão,  com  ad- 
vertência, reflectidamente. 

REFLEXÃO,  s.  f.  (phys.)  Tcpulsão  de  cor- 
po elástico  ou  da  luz  por  superfície  contra 
a  qual  é  propellida.  O  angulo  da  — -  da  luz 
é  igual  ao  da  incidência.  — ,  reparo,  consi- 
deração. Fa;zcr  —  ,  considerar,  reflectir  Fa- 
zer  uma — ,  uma  observação  reflectida.  PI. 
Reflexões. 

RiFLEXAR ,  V.  tt.  V.  Reflectir,  Conside- 
rar. 

REFLEXIVO,  A,  adj.  Vcrbo  —  ,  (gram.)  o 
que  se  conjuga  com  o  pronome  pessoal  e 
se  refere  ao  mesmo  individuo  como  agente 
e  paciente,  t?.  g.  lavar-se  ,  ferir-se,  ar- 
mar-se. 

REFLEXO,  A,  (Lat.  reflcxus.)  reflectido,  v. 
g.Xni — .   Ytrho — ,  reflexivo. 

REFLEXO,  s.  m.  (Lat.  reflexus.)  luz  refle- 
ctida. —  do  sol.  —«de  gloria 

REFLORECER  OU  REFLORESCER,  V.    a.OXXn. 

[re  pref.)  tornar  a  florescer.  —  ,  tornar  a 
produzir  flores.  A  primavera  reflorece  os 
campos.  —  as  letras  humanas,  (fig.) -fazer 
prosperar  de  novo,  restaurar. 

REFLUÍDO  f  k  ,  p.  p.  de  rtfluir,  que  re- 
fluio. 

REFLUIR,  v.  a.  ou  w.  (lat.  refluo,  ere ; 
re  pref.,  e  fluo,  ere,  manar,  correr.)  tor- 
nar a  correr,  retroceder,  v.  g. —  o  rio. 

REFLUXO,  s.  m.  —  dn  maré,  a  vasante. 

REFociLLADO,  A,  p.  p.  dc  rclociUar;  adj. 
realentado,  revigorado. 


REFociLLAMENTO,  s.  m.  [mento  suíf.)  ac- 
ção de  refoeillar. 

REFOCiLLAR,  V.  a.  (Lat.  refocíllo,  are;  re 
pref.,  e  focilío,  are,  de  /bcus,  fogo,  calor.) 
reaputar,  revigorar,  dar  alentos. 

REFOGADO,  A,  p.  p.  de  refogar  ;  adj.  fei- 
to era  manteiga   ou  gordura.  Cebollas  — s. 

REFOGAR  ,  V.  a.  [re  pref.,  fogo,  ar  des. 
inf )  frigir  em  manteiga  ou  em  gordura,  v. 
g.  —  cebollas,  hervas, 

REFOLHADO,  A,  adj.  [re  pref ,  folha,  des. 
particip.  ado.)  que  tem  refolhos;  (fig  )  dis- 
simulado, dobre.  Homem  — 

REFOLHAMENTO.    V.    Refolho. 

REFOLHO,  s.  m.  [re  pref.)  rebuço,  dissi- 
mulação, dobrez. 

REFORÇADO,  K,  p.  p.  de  feforçsr;  adj. 
fortalecido,  augmentadoem  forças.  Homem 
— ,  musculoso.  Canhão,  cano  de  espingar- 
da —  ,  com  maior  espessura  de  metal.  O 
exercito  —  com  dez  regimentos.  A  armada — 
com  seis  naus. 

REFORÇAR,  V.  a.  [re  pref., /brpa,  ar  des. 
inf.)  fortalecer,  dar  nova  força,  augmentar 
as  forças,  v.  g.  —  o  corpo  com  alimentos; 
—  a  praça,  o  exercito;  —  a  armada  com 
tropa,  naus; — o  canhão,  o  cano  de  arma 
de  fogo,  pôr  mais  metal,  dar-lhe  maior  es- 
pessura. —  a  voz,  engrossa-la.  —  ,  (p.  us.) 
dar  mais  força,  v.  g.  — as  supplicas  com 
lagrimas. —SE,  v.  r.  adquirir  novas  forças, 
fortalecer  se ,  v,  g.  —  a  armada,  o  exer- 
cito. * 

RiFORço,  s    m.  augirento  de  força;  soc- 
corro,   adjutorio   de    gente  de  guerra ,  de 
naus.  —  de  canhão,  mais  espessura  do  me-tíii 
tal. 

REFORMA,  s.  f.  O  acto  de  reformar  ou  de 
se  reformar,  v.  g.  —  dos  estatutos  dauni- 
/ersidade,  da  constituição,  das  leis.  —  dos 
costumes,  da  vida,  mudança  para  melhor. 
— ,  (milit  )  dispensa  de  serviço  activo  com 
continuação  do  soldo.  — ,  nova  provisão  pa- 
ra supprir  o  que  se  consumiu. 

REFORMA,  (hist.)  da-se  csto  nome  á  revo- 
lução operada  na  christandade  no  XVI  sé- 
culo, e  que  separou  da  igreja  romana  gran- 
de parte  da  europa. 

REFORMAÇÃO,  s.  f.  reforma.  Diz-se  parti- 
cularmente da  reforma  religiosa  de  Luthe- 
ro  e  Calviao. 

REFORMADAMENTE,  ttdv.  [mente  suíT.)  com 
emenda  nos  costumes. 

REFORMADissiMo ,  A  ,  adj.  supcrl.  de  re- 
formado. , 

REFORMADO,  A,  jo.  p.  de  reformar ;  adj. 
restituído  á  primeira  forma ;  melhorado  de 
forma,  provido  do  necessário,  do  que  fal- 
tava ou  se  tinha  consumido  ;  emendado,  re- 
generado, 1?.  g.  —  nos  costumes.  Official, 
militar  —  ,  dispensado  do  serviço  conser*^^'^ 


RI^ 


«9 


39S 


vando  o  soldo  ou  parte  delle.  — *  as  naus 
de  mantimentos,  as  mesas  de  iguarias. 

KBFORHADOR  ,  A.  s.  possoa  quB  reforma, 
V.  g.  ordem  religiosa;  eraendador  dos  cos- 
tumes. 

REFORMAR,  V.  ã.  (r«  pref.)  tornar  a  for- 
mar; dar  nova  forma,  restituir  á  primeira 
fónna,  refazer,  v.  g. — o  muro,  as  ameias; 
(Cg.)  confirmar,  v.  g.  —  &  paz,  a  amizade, 
(p  us.)  nestas  accepções.  — ,  renovar,  con- 
certar, reparar,  w.  g.  —  vaso  quebrado,  a 
enxárcia,  os  mastros  quebrados  do  navio. — , 
pro.v«r  do  novo,  v.  g. — os  mantimentos  do 
navio,  as  munições,  o  exercito  de  tropas  ; 

—  a  gente  com  refresco.  —  ,  mudar  para 
melhor,  melhorar,  dar  melhor  forma,  v. 
g.  —as  leis,  a  constituição,  avida,oscos- 
ti\utes.  — ,  (milit.)  conceder  a  reforma,  a  of- 
cial  conservando-lhe  o  soldo  ou  parte  delle. 
— -o  despacho,  a  sentença,  emendar  o  juiz 
ou  tribunal  superior  a  de  autoridade  infe- 
rif»r  -t-sE,  V.  r.  cobrar  nova  força,  v.  g. 
porto  onde  a  gente  sf  reforma  ;  prover-se, 
c.  jr:— i  a  gente,  mantimentos,  munições. 

—  ,  tomar  emenda,  emendar-se,  v.  g.  — 
na  vitlft,  nos  costumes. 

RSPORMAiivo,  A,  ãdj .  (des.  ivo.)  que  re- 
foro^a   ou  é  capaz  de  reformar,  emendar. 

REFORMATOEio ,  í.  f».  (des.  ório.)  regi- 
mento ábáo  para  se  executar  alguma  refor- 
ma. 

RKFOSSETK,  s.  fUr.  [r€,  O  fosscte,  dim.  de 
fosso.)  pequeno  fosso  cavado  no  fosso  sec- 
co  de  praça  forte  ou  em  mina. 

REFOLCiiSHADO  ,  A  ,  ãdj.  [rc  pref.,  foci- 
nho, des.  ado.)   (p.  us.)  carrancudo. 

REFOUFINUADO  V.  Eucrespado  ^  Rhçado 
(cabello^.  \:v:Vo. 

REFKACçÃo,  s.  f.  (Lat.  refractio ,  onis.) 
(phys  )  desvio  da  linha  recta  que  soffre  a 
luii  passiaudo  de  um  meio  raio,  como  o  ar, 
a  iravéz  de  corpos  transparentes  densos,  co- 
nM>.  o  crystal,  ou  fluidos  como  a  agua.  PI. 
Re  fr  acções. 

REFRACTÁRIO,  A,  adj .  (Lat.  rcfractãrius.) 
o  que  falta  á  promessa  ou  facto. — ,(chim.) 
diílicil  de  fundir.  Velai  —  ;  (fig.)  renitente, 
insubordinado,  desobediente. 

R&FRACTivo  ,  A  ,  adj.  (des.  ivo.)  (phys.) 
que  teqa  a  propriedade  de  refranger  a  luz. 
A  propriedade  —  do  crystal  de  Islândia. 

REFRACTo,  A,  p.  p.  alatmado  de  refran- 
ger ;  adj.  (Lat.  re-fractus,  áerefrii\>go,  ere, 
refnaager.)  refrangido,  que  soffreuL  refrac- 
ção  Lua-^.  Yisáo  — ,  que  se.  £ai  por  qieip 
de  luz  sofraogida.  .>i;;tu<x>  ,8- 

REFRANGESTE,  odj .  dos  2^.  (Lat  rgfrtH- 
gens,  tis,  p.  a.  de  refringo,  er».)  que  re- 
frange. 

REFRANGER,  V.  O.  (._at.  refringo,  ere;  re 
de  frango,  «re,   quebrar.)  desviar  os  raios 


d.i  luz  da  sua  direcção  rectilínea,  como  faz 
o  prisma,  o  crystal,  a  agua. — se,  v.  r. 
apassivado,  soífrer  reacção.  —  a  luz. 

REFRANGIBILIDADK,    S.    f.    (deS.    idãdc,)   (t. 

phys.)  propriedade  refrangivel. 

REFRAisciVEL  ,  adj.  dos  t  g.  (des.  itel.) 
capaz  de  soíTrer  refracção.  Raios  refrangi- 
veis. 

REFRANSEAR,  V.  ã.  OU  u.  Moraesverte 
refranzear  muito,  e  fig.  discretear.  E  sem 
duvida  erro  por  refrasear. 

REFRÃO,  s.  m.  (Fr.  refrain.)  V.  Ri- 
fão. 

RBFREADAMBNTE,  adv.  {mente  sutr.)  com 
moderação. 

REFREADO,  A,  p.  p.  dc  refrear;  adj.  mo- 
derado, reprimido. 

REFREADOiRO,  s.  m.  (aut.)  cousa  que  re- 
frêa. 

REFREADOR,  A,  adj.  6  s.  que  refrêa.  Pen- 
samentos refreadores  das  paixões  desorde- 
nadas. 

REFREAMENTO  j  s.  w.  [mento  sufif.)  acção 
de  refrear,  de  cohibir. 

REFREAR,  V.  a.  [re  pref.,  frêo  ou  freio^ 
ar  des.  inf )  conUíuder,  cohibir,  reprimir, 
V.  g.  — o  inimigo,  as  paixões,  o  furor,  os 
appetiíes,  a  lingua,  a  violência. — se,  tj,  ir. 
cohibir-se,  moderar-se. 

REFREGA,  s.  f.  [re  pref  ,  e  Lat.  franga, 
ere,  quebrar.)  briga,  batalha,  conflielo.  Nas 
bellicas  — s.  Quando  o  inimigo  começasse 
a  — . 

REFREIO  ,  s.  m.  cousa  que  refreia,  que 
cohibe. 

REFRESCADA  ,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de 
refrescado.)  fp.  us.)  cousa  que  serve  de  re- 
fresco, adjutorio,  auxilio. 

REFRESCADO,  A,  /).  p.  do  refroscar,  adj., 
moderado  o  calor  com  ar  fresco ;  (fig.)  que 
recebeu  refresco,  auxilio,  soecorro. 

REFRESCAMENTO,    (aut.)    V.    RcfrCSCO. 

REFRESCAR,  V.  a.  {re  pref.,  fresco,  ar 
des  inf.),  moderar  o  calor  com  ar  fresco, 
ou  por  qualquer  outro  agente  refrigerante  ; 
V.  g.  —  o  corpo  abanando-se,  ou  com  be- 
bidas refrigerantes.  •  ,  (fig),  dar  refresco, 
soecorro,  adjutorio.  v.  g.  a  gente,  refor- 
ços;  —  a  briga  com  gente.  —  a  memoria, 
avivar,  —se,  v.  r.,  moderar  o  próprio  o»- 
lOr  ;  tomar  reíresoo  ,  mantimentos  ;  {úg^.y 
recreiar-se.  —  v  n.,  tomar  refresco  de 
agua  e  vitualhas.  •  astanheda,  tornar-sc  mais 
rijo.  V.  g.  Refrescou  a  briga. 

REFRESCO,  ^.  m.  refrigério,  refrigeração;  , 
v(fig)  cousa  que  reftesoa,  vigora  :  «>.  g.^^^ 
de  gente,  soecorro,  auxilio;  -^  de  mai^i-» 
mentos  e  aguada.  «  Derão  de  —  nos  ini-- 
migos,  »  os  que  chegaram  de  reforço,  -r- 
das  casas  com  ar  fresco  ;  dos.  viveiros  codi 
agua.  <í^  Augusto  paro)^-».  dt^^sua  lascivia 
99  ♦ 


39f 


REF 


KEP 


trazia  buscadores  de  donzellas,  »    para   a 
excitar,  despertar. 

REFRETAR,  V.  a.  [ve  pref ),  tornar  afre- 
tar; V.  g.  —  o  naviOf  p.  p.  adj.  Uefre- 
tado. 

REFRETAR,  («nt.)  V.  Refertar.. 

REFRiCAR,  (ant)  V.   Disputar,   Altercar. 

REFRIGERAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  vefrigiratio  , 
onis),  o  acto  de  refrigerar,  de  refrescar, 
resfriamento;  (fig.)  refrigério. 

REFRIGERADO,  A,  p.  p.  de  refrigerar  a((/. 
resfriado ;  (fig.)  alliviado,  que  recebeu  re- 
frigério. 

REFR  GERANTE,  ttdj .  dos  2  g.  (Lat.  refri- 
gerans,\tisj  p.  a.  de  refrigero,  are)^  que 
refrigera  ,  refresca ;  Os  — «,  bebidas  que 
moderam  o  calor  interno  do  corpo. 

REFRIGERAR,  V.  a.  (Lat.  refrigero,  are, 
re  pref.,  e  frigus,  oris,  frio),  diminuir  o 
calor  interno  do  corpo  por  bebidas  e  remé- 
dios appropriados ;  v.  g.  As  bebidas  acidu- 
ladas, os  banhos  refrigeram  o  calor  febril, 
/'fig.)  alliviar,  desafogar,  v,  g.  —  a  dôr,  as 
penas;  em  sentido  abs.,  e  — se,  r.r.  sen- 
tir refrigério. 

refrigerativo-  V.  Refrigerante. 

REFRiGERATORio,  A,  adj.  (Lat.  refrige- 
ratorius),  que  resfria;  v.  g.  Vaso  — ,  res- 
friador. 

REFRIGÉRIO,  s.  M.  (fig')  desafogo,  allivio, 
cousa  que  refrigera,  allivia. 

REFUGADO,  A,  p.  p  de  refugar,  flí//.  pos- 
to  de  parte,  e  enjeitado  como  de  qualida- 
de  inferior. 

Refugador,  s.  m.  o  que  refuga. 

REFUGAR,  V.  a.  (do  Ital.  rifiutare] ,  se- 
parar o  mau  de  bom,  e  enjeitar  o  que  é 
de  má  qualidade;  v.  g.  —  a  fructa  toca- 
da ou  podre ;  a  telha  mal  cozida,  o  grão 
avariado. 

refugiado,  a,  p.  p.  de  refugiar-se,  acíy  , 
acolhido. 

REFUGiAR-sE,  t>.  r.  (Lat.  refugio  ,  ere), 
acolherse,  busca  asylo,  abrigar-se  ;  v.  g. 
—  no  porto,  em  casa  de  um  amigo. 

REFUGIO,  s.  m.  (Lat.  refugium),  acolhi- 
da, acolheita,  asylo,  acolhimento;  pessoa 
a  quem  reccorremos  em  lance  diííicil,  pes- 
soa valedora,  amparo,  soccorro,  auxilio. 

Syn.  Comp.  Refugio,  asylo.  Refugio  é 
uma  acolheita,  um  recurso  contra  a  aíilic- 
^ão,  o  perigo,  um  mal  presente.  O  asylo 
é  uma  protecção,  uma  defensa  contra  a 
força  e  a  perseguição,  o  hospital  é  um  re- 
fugio para  os  pobres  ;  e  a  igreja  é  um  asy- 
lo para  os  criminosos.  Busca  a  náu  um 
refugio  em  qualquer  porto,  quando  vem 
acossada  da  tormenta;  busca  n'um  porto 
amigo  ou  noutro  um  asylo,  fugindo  de  for- 
ças superiores  que  a  perseguem. 

REFUGO,  s.  m.  a  porção  má  que  se  re> 


jeita,  V.  g,  o  —  da  fructa,  do  grão.  Dia- 
mante — ,  o  de  qualidade  inferior. 

REFUL6ENCIA,  s.  f.  (Lat.  refulgentío),  bri- 
lho, resplendor  de  corpo  luminoso. 

REFULGENTE,  adj.  dos  2  g  (Lat.  reful^^ 
gens,  tis,  p.  a.  de  refulgeo,  ere],  brilhan- 
te. 

REFULGENTIS8IM0,  A,  adj.  suptrl.  de  re- 
fulgente. 

REFULGIR,  V.  u.  (Lat.  refulgeo,  ere,  re 
pref,,  e  fulgeo,  ere,  brilhar),  resplandecer, 
lançar  luz  brilhante,  brilhar. 

REFUNDADO,  A,  p.  p  de  refuodar,  adj., 
cavado  fundo,  profundado 

REFUNDAR,  V.  a.  [re  pref.),  tornar  a  fun- 
dar cavando ;  o.  g.  —  valias,  rebaixar. 

refundição,  s.  f.  o  acto  de  refundir. 

REFUNDIDO,  A,  p.  p.  de  refuudir,  adj., 
tornado  a  fundir. 

REFUNDIR,  V.  a.  [re  pref.),  tornar  a  fun- 
dir; V.  g.  —  metaes,  (fig.)  recompor,  — 
as  chronicas  antigas ;  —  a  obra,  escrever 
de  novo,  reformando,  emendando,  passar 
o  licor  de  um  vaso  para  outro ;  em  senti- 
do (p  us.),  concentrar-se.  ~-se,  v.  r.  de- 
saparecer, sumir-se ;  v.  g.  Refundiu-se  no 
lago,  sumiu-se,  afundou-se.  «  No  recolher 
do  mantimento  houve  tanta  desordem,  que 
se  refundiu  quasi  a  metade.  »  «  Puderam 
os  Lascarins  refundir- se  sem  os  verem,  » 
escoar-se,  escapar,  Couto.  O  sentido  figu- 
rado é  antiquado,  e  vem  da  ideia  de  cor- 
rer de  um  vaso  para  outro,  de  ser  vasado. 

REFUSADO,  A,  p.  f.  de  refusar,  adj.  re- 
jeitado, recusado. 

REFUSADOR,  s  w.  O  quo  refusa,  recusa 
ou  rejeita. 

REFUSAR,  v.  a.  (Fr.  refuser),  não  acceí- 
tar,  não  consentir,  não  se  prestar ;  v.  g.  — 
a  batalha,  o  desafio,  a  graça,  o  cargo ;  — 
o  remo,  remar  para  trás  ou  não  avante  ;  -— 
o  cavallo,  o  estribo,  recuar,  quando  o  ca- 
valleiro  quer  metter  o  pé  no[  estribo.  E' usa- 
do por  Barres,  Sousa,  Ferreira.  — se,  «, 
r.  resistir;  v.  g.k  natureza  se  re/uía  mui- 
tas vezes  ás  indagações  dos  sábios. 

REPUTAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  refutatio ,  onis) 
acção  de  refutar;  argumentos  com  que  se 
refuta,  refutações. 

REFUTADO,  A,  p.  p.  do  refutar,  adj.  que 
se  refutou,  que  refutou,  v.  g  Tinha  —  a 
doutrina. 

REFUTADOR,  s.  f».  0  quc  rcfuta. 

REFUTAR,  V.  a.  (Lat.  refuto,  are,  re  pref., 
e  for,  are,  aius,  fallar),  combater  com  ra- 
zões, confutar,  convencer  de  falso  ;  v.g. — 
os  argumentos,  as  objecções,  (p.  us.)  (do 
Ital.,  rifiutare),  não  acceitar ;  v,  g.  —  os 
parabéns. 

REFUTATOHio,  A,  adj.  (des.  crio),  que 
refuta ;  (t.  de  dir.  can.)  Apostolas  -— í,  le- 


RE6 


REG 


897 


trás  ou  carta  testemunharei  de  que  se  não 
recebeu  a  appellação  no  foro  ecclesiastico. 

RK6A,  *.  /.  (de  regar),  regadura,  regadia, 
(de  reger),  regra,  instituto. 

REGABOFK,  s.  wi.  (contracção  de  regala- 
hofe),  (fam.),  folgança,  grande  prazer ;  t). 
g.  Ter  um  dia  de  — . 

RE6AÇA   i,  f.  V.  Regaço. 

RKGAÇAR.    V.  Arregaçar. 

REGAÇO,  g.  m.  (Creio  que  vem  do  Fr,  rc- 
hausser,  levantar),  seio  das  saias  ou  rou- 
pas apanhadas  para  levar  alguma- cousa  no 
vão  ;  a  parle  do  corpo  que  o  apanhado  da 
saia  cobre  ;  (fig.)  o  lugar  de  repouso,  de 
descanço,  v.  g.  no  —  do  ócio,  dos  praze- 
res, —  florido,  o  prado,  a  campina,  a  par- 
te interior,  profunda,  v.  g.  Ventos  que  so- 
pram do  — do  sul.  — í,  tiras  de  renda  com 
que  se  ornavam  as  alvas  dos  sacerdotes,  por 
diante  e  por  detrás. 

RkGadeira.  V.  Enxurrada. 

REGADIA,  s.  f.  (des.  ia),  trabalho  de  re- 
gar,   regadura. 

REGADIO,  A,  adj.  (^des.  io),  que  se  rega. 
V.  g.  Terreno  — ,  terra  — ,  penedos  — s, 
que  o  mar  banha,  — ,  (subst.),  terras  de 
— ,  que  se  regão  ;  Ribeira  de — ,  cuja  agua 
serve  de  regar.  — «,  terrenos  que  se  regão, 
».  g.  semeados  de  milho,  linho. 

REGADO,  A,  p.  p.  de  regar,  adj.  que  se 
regou,  que  «e  rega,  banhado,  c.  g.  Terras 
— í.  Tendo  —  os  pomares,  o  milho,  (fig  ) 
teu  espirito  —  de  prazer,  nadando  em  pra- 
zer. —  de  doutrina,  m.  Lucena. 

REGADOR,  s.  m.  aguador,  vaso  de  lata  com 
biqueira  de  ralo,  usada  para  regar  hortas, 
flores. 

REGADURA,  í.  /".(des.  ura),  acção  de  re- 
gar, regadia. 

REGAENGO,  (aut.)  V.    Reguengo. 

REGALADAMENTE,  adv.  {mente  suff.j,  de 
modo  regalado. 

REGALADÍSSIMO,  A,  adj,  superl.  de  rega- 
lado, muito  regalado;  v.  g.  Cidade  — . 

REGALADO,  A,  p.  p.  do  regalar,  adj.,  em 
que  ha  regalos,  v.  g.  mesa  — ,  dado  a  re- 
galos, homem  — .  Iguarias  — *,  que  rega- 
lam, muito  gulosas.  Vida  — ,  de  folgança, 
prazer,  passada  em  prazeres, 

REGALADO.  V.  Arregalado. 

RBGALADOR,  s.  m.  O  que  regala  ;  adj., 
que  regala. 

REGALÃo,  ONA,  adj.  quo  se  trata  com  re- 
galo, principalmente  no  comer. 

REGALAR,  V.  a.  (Fr.  régaler,  do  Lat  re- 
galis,  régio),  tratar  com  regalo,  sumptuo- 
samente ]  V.  g.  —  o  hospede  ;  causar  gran- 
de prazer,  a  amenidade  do  sitio  regala  a 
vista  ;  este  prato  regala  o  paladar.  — se,  v. 
r.  tomar  regalo,  disfrutar  grande  prazer, 
viver  regaladamente,  v.  g,  Regalei-me  de 
T».  IT. 


comtemplar  o^bello  quadro,  o  aprazível  sitio . 

REGALEZA,  s.  8.  corrupção  do  FT.réglis- 
se,   alcaçuz. 

REGALIA,  s.  f.  (do  Lat.  regalit,  real,  ré- 
gio), direito magestatico,  soberano;  autori- 
dade regia.  — s,  privilégios,  prerogativas. 
V.  g.  Gozar  das  — s  do  cargo. 

REGALIA,  (hist.)  direito  que  os  reis  ti- 
nham para  arrecadarem  os  rendimentos  dos 
bispados  e  abbadias  vagas.  Este  direito  foi 
sempre  contestado  aos  reis  pelos  papas. 

REGALiCE,  s.  f.  corrupto  do  Fr.  réglisse, 
alcaçuz. 

REGALiNDO,  (aut.)   V.  Reguengo. 

REGALiTO,  s.  m.  diminut.  de  regalo. 

REGALiz,  s.  f.  corrupto  do  Fr.  réglisse, 
alcaçuz.  > 

REGALO,  s.  m.  (do  Fr.  régal,  do  Lat.  re- 
galis,  régio,  subtendido  comida),  iguarias 
gulosas,  comeres  appetitosos  ;  mimo,  luxo 
no  comer,  e  mais  prazeres ;  prazer,  cousa 
que  causa  grande  prazer ;  manguito  depel- 
les  em  que  as  senhoras  mettem  as  mãos  de 
inverno :  mimo,  presente. 

REGALONA,  ttdj  f.  V.  Regãlão. 

reg'ámargem,  s.  m,  (rego  á  margem), 
um  ou  dois  regos  que  se  dão  na  extremi- 
dade do  terreno  depois  de  lavrado,  para  dar 
sabida  á  agua  da  chuva. 

reganhar.   V.  Arrega/ihar. 

regar  ,  V.  a.  (Lat.  rigo,  are,  composto 
de  ruo,  correr,  e  aqua,  &gua.)  aguar  a  ter- 
ra com  regador,  ou  fazer  correr  por  ella 
agua  em  regos;  (fig.)  banhar  em  grande  co- 
pia ,  V.  g.  o  sangue  dos  Mouros  regava  o 
campo  de  batalha.  — as  faces  de  lagrimas. 

—  a  terra  com  suores  ;  (tig.)  afadigar-se. — 
a  nova  igreja  com  doutrinas,  difí'undindo-a. 

—  SE,  ti.  r.  ser  regado.  «As  terras  que  se 
regam  das  enchentes  Niloticas.  »  Camões. 

regardar,  V.  a.  (do  Fr.  regar  der.)  [uni.) 
olhar,  attender,  ter  diante  dos  olhos  «  Re- 
gardando  além  de  todos  os  exemplos,  aos 
Inglezes.  »  Obras  d'El-Rei  D.  Duarte. 

RKGARDO  ,  s.  m.  (do  Fr.  regard.)  (ant.) 
respeito,  contemplação;  resguardo.  Obras  de 
El-Rei  D.  Duarte. 

REGATÃo,  s.  m.  (V.  Regatear.)  o  que  ven- 
de por  miúdo. 

REGATÃo,  ona,  adj.  (do  regatear  )  que  re- 
gateia, que  faz  toda  a  diligencia  por  vender 
caro. 

REGATAR,  V.  a.  (do  Ital.  recata,  o  levar, 
ou  trazer.)  (p.  us.)  comprar,  vender,  trafi- 
car. — ,  vender  por  miúdo,  expor  á  venda. 

RECATARIA.   V.  Regãtia. 

REGATAS,  s.  f.  chítas  da  Índia.  — *, 
(mar.)  corridas  de  barcos ,  á  vela  ou  a 
remos  ,  geralmente  usados  por  divertimen- 
to e  aposta. 

REGATEADO,  A»,'. pi  pj  de  regataf ;  adj,oi» 
100 


REG 


REG 


íerecido   ao  comprador  por  preço  desarra- 
zoado, indo  abatendo  delle  aos  poucos. 

REGATEAUOR,  A ,   s.  pessoa  que   regalêa. 

REGATEAR,  V.  tt.  OU  w.  (do  Lat.  recanto, 
are,  desdizer-se.)  pedir  preço  subido  para 
ir  abatendo  aos  poucos,  como  fazem  as  re- 
gateiras.  — ,  (íig.j  escassear,  dar  com  mão 
escassa,!),  g.  —  mercês,  honras,    favores. 

REGATEiRA,  s.  f.  (de  regalar,  des.  eira.) 
mulher  que  compra  pescado,  fruta,  horta- 
liça para  revender. 

BEGATEiRAS,  s.  f.  pi.  —  de  AbHl,  na  Bei- 
ra são  ventanias  frias  com  o  céu  nublado, 
que  fazem  cair  a  flor  das  arvores.  Vem  do 
Lat.  rutum,  sup.  de  ruo,  ere,  cair. 

REGATEiRAMENTE,  ttdv.  (mewíe  suíf.)  a  mo- 
do  de  regateiras. 

REGATiA,  s.  f.  trafico  de  regateira. 

REGATiNHO,  s.  m.  diminut.  de  regato. 
;•/  REGATO,  s.  m.  (de  regar.)  pequena  cor- 
rente da  agua  própria  para  regar.  — s    re- 
gos que  a  aguadeiíana  terra  por  onde  pas- 
sou. 

REGATÔA,  /  f.  mulher  queregatêa. 

REGEDENTE,  (aut.)  V.  Residente. 

REGEDOR,  s.  m  O  que  rege,  magistrado 
municipal  ;  regente.  — dajustiça,  presiden- 
te da  relação  de  Lisboa,  e  do  Porto 

REGELORA,  s.  f.  (ant  ]  mulher  de  regente 
de  reino.  Hoje  mulher  de  regedor. 

REGEiTAR.  V.  Rejeitar. 

REGELADO,  A,  p.  p.  de  regelar;  adj.  for- 
temente gelado  ,  V.  g.  os  membros  —  de 
frio;  a  Laponia — .  Peitos — s,  (fig.)insen- 
siveis. 

REGELADOR,  A,  adj.  que  regela.  Frio — . 

REGELANTE,  ttdj .  dos  25  g.  (des.  dop.  a. 
Lat.  em  ans,  tis.)  que  regela,  v.  g.  frio  , 
medo  — . 

REGELAR,  V.  O.  {re  pref.)  congelar,  con- 
verter em  gelo;  (fig.)  esfriar,  entorpecer, t». 
g.  o  frio  regela  a  neve,  os  membros  O  sus- 
to, o  medo  regelam  o  peito.  O  pregador, 
em  vez  de  commover,  regela  os  ouvintes. 
— SE,  V.  r.  congelar-se ;  lioar  tolhido,  en- 
torpecido pelo  frso  ;  —  de  medo.  — ,  endu- 
recer como  o  gelo. 

REGELO,  s.  m.  [re  pref.,  e^^e/o.)  carame- 
lo, gelo  denso ;  (fig.)  entorpecimento,  insen- 
sibilidade. 

REGENy  (geogp.)  rio  da  Saviera,  sae  dos 
montes  Baehmerwald,  corre  ao  hO.  e  cae 
no  Z)anubio,  defronte  de  Batisbonna. 

REGÊNCIA,  s.  f.  regimento,  o  acto  de  re- 
ger o  estado;  governo,  autoridade  do  regen- 
te do  reino,  da  pessoa  ou  pessoas  que  go- 
vernam na  menoridade  ou  incapacidade  do 
rei.  Conselho  de  — ,  que  assiste  o  regente. 
— ,  (gram.)  dependência  que  existe  entre  os 
membros  de  uma  phraze.  Syntaxe  de  — , 
exposição  das  regras  desta  depeadeacia. 


REGENERAÇÃO,  s.  f.  seguudo  nasclmento, 
acto  de  regenerar.  — espiritual,  o  baptismo. 

—  do  império,  da  nação. 
REGENERADO,  A,  p.  p.  de  regenerar;  arfj. 

que   recebeu  nova  vida;  (fig.)  restaurado, 

—  na  ou  da  agua,  do  baptismo.  —  como 
sangue  de  Jesu-Christo    Nação — . 

REGENERADOR j  A,  údj .  que  regenera.  — , 
s.  pessoa  que  regenera. 

REGENERANDO,     A,     ãdj .    (deS     do    p.    fut. 

Lat.  em  andus.)  que  está  para  ser  regene- 
rado pelo  baptismo. 

REGENERANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat  rege- 
nerans,  tis,  p,  a.  de  regenero,  are.)  que 
regenera.  Aguas,  banhos  — . 

REGENERAR,  V.  a.  (Lat.  regenero,  are;  re 
pref.,  e  género,  are,  gerar.)  tornar  a  ge- 
rar ;  (fig.)  restaurar,  v.  g.—r&  uaçào. — 
pelo  baptismo,  dar  nova  vldaíf.n'")  < 

REGENERATIVO,  A,  adj.  (des.  ivo.)  que  tem 
virtude  de  regenerar. 

REGENTE,  s.  dos  2  g.  (Lat,  regens,  tis.) 
pessoa  que  governa  o  reino  durante  a  meno- 
ridade OU  algum  impedimento  do  rei.  —  de 
cadeira,  cathedratico.  —  derebanho,  (p.  us  ) 
guardador.  — ,  mulher  capaz  de  reger,  ou 
que  rege  casa  pia  ou  recolhimento. 

REGER,  V.  a.  (Lat.  rego,  ere,  cujaetymo- 
logia  não  encontro  nos  lexicographos,  a  pe- 
zar  da  grande  importância  dei-te  vocábulo 
que  é  o  radical  de  rex^  o  rei,  ejfiereHus, 
recto,  e  seus  derivados.  Se  me  não  engano 
vem  do  Egypcio  er  ou  re,  ra,  fazer,  pôr 
em  acção,  dirigir  e  hié,  ieme,  enàodere- 
ctè  agere.)  dirigir,  jíovernar,  corjfo  rei,  ou 
como  chefe.  —  a  cadeira,  dar  lições,  desem- 
penhar as  obrigações  de  lente.  —  oest«adti. 
— ,  (gram.)  determinara  variação,  desinên- 
cia dos  membros  dependentes  da  phraze  , 
V.  g.  este  verbo  rege  o  accusativo;  este 
tempo  rege  o  conjunctivo.  — se,  v.  r.  diri- 
gir-se,  governar  se,  portar-se. 

REGBRAR.  V.  Regenerar. 

REGGio,  (geogr.)  Regium  ou  Rhegiam 
Lepidi.  cidade  d'ltalia  no  ducado  de  ittod^í- 
na  a  6  léguas  ao  ft'0.  de  Modena ;  18,000 
habitfíntes. 

REGGIO,  (geogr.)  chamado  tarabem  S.anta 
Ágata  delle  Galline  ;  Rhegium  dos  antigos, 
ou  Rhegium  Ji*/u,  cidade  de  iX  a  polés,  ca- 
pital da  Calábria  ulterior,  a  130  léguas  de 
Wapoles ;   iO,O0O    habitantes. 

REGIA,  í.  f.  (poet.)  palácio,  paços  reaes. 

REGIAMENTE,  adv.  [mente  suíf.j,  com  ma- 
neiras de  rei. 

REGIÃO,  s.  f.  (Lat.  régio,  anis,  de  rego, 
ere,  reger.)  grande  extensão  ou  espaço.  As 
regiões  polares.  A  —  ,  do  ar.  —  ,  (anat.) 
parte  do  corpo  comprehendida  era  certos  li- 
mites.—  epigastrica,  hypogastrica,  etc. 

RBftiCiUA,  $.  dos  i  g.  matador  de  rei. — , 


REG 

adj.  que  medita  morter  de  rei,  v.  g.  alma, 
seita  — . 

RKGiCDío,  s.  m.  (do  Fr.  régicide.)  mor- 
to ^ioio.,«a  ^p  p^j  Qjj  rainha. 

REGICISMO,    S.    m.    (Ues.    tomu.7  ^iu^.^jl.   ^  ^,. 

us.)  doutrina  contraria  á  monarchia,  e  aos 
reis. 

REGIDO,  A,  p.  p  de  reger;  adj.  gover- 
nado, dirigii^o. 

REGiFUGio,  s.  m.  (Lat.  regifugium.)  fes- 
ta da  antiga  Roma  commemorativa  da  fugi- 
da do  rei  Tarquinio. 

REGiLLo,  (geogr.)  Regilhim,  pequena  ci- 
dade d'Italia,  entre  os  Sabinos,  a  5  milhas 
de  fioma.  Nos  seus  arredores  ficava  o  lago 
Regillo,  hoje  di  Santa-Prapeda. 

REGIME  ou  REGIMEN,  s.  m.  (Lat.  regime\) 
governo,  direcção.—,  (med  )  dieta,  direc- 
ção do  doente  durante  o  curativo  ou  na  con- 
valescença. 

REGIMENTO,  í.  w.  [mento  suff.)  direcção, 
governo,  administração  do  estado  ;  forma 
de  governo  ,  v.  g.  —  por  communidades  , 
governo  republicano.  — ,  procedimento  pru- 
dência], modo  de  se  portar.  — ,  directório, 
inslrucções  escriptas,  norma  das  obrigações 
do  cargo,  da  administração,  t).  5^. — dos  ca- 
pitães, governadores,  do  erário,  dos  pilo- 
tos.— ,  (med.)  dieta,  regime,  v.  g. — da 
mulher  parida.  Dias  de  — w  — ,  (milit.)  cor- 
po do  infantaria,  de  cavallaria,  artilharia 
composto  de  companhias  e  mandado  por  um 
coronel. 

REGiNAR,  vem  no  Elucidário  como  antigo 
por  original.  Custa-me  a  crer  que  exista 
tão  barbara  corrupção,  e  creio  que  é  erro 
de  transcripção  por  origitiar,  trocado  o  / 
por  r. 

Reginon,  (hist.)  abbade  de  Prum,  mor- 
reu em  915 ;  deixou  uma  Chronica  que 
acaba  em  977. 

REGio,  A,  adj.  (Lat.  regius,  de  rex ,  re- 
gis,  rei.)  de  rei,  real.  Carta  — .  O  —  apo- 
sento. A  —  prole.  Agua  — ,  acido  nitro-mu- 
riatico  que  dissolve  o  ouro. 

REGiOMONTANus,  (hist.)  Celebre  astrouomo 
allemão  nasceu  em  J4J6>  morreu  em  1476 
As  suas  principaes  obra  são :  Ephemerides 
astfonomicoe  ah  anuo  1475  ad  annum  151)6  ; 
Kalendarium  novum  ;  Tabulce  directionum 
profectionumque,  etc. 

REGIONAL,    adj.    dos  2  gf.  e  REGIONARM,  A, 

adj.  (p.  us.)  de  bairro,  ou  distiicto  da  ci- 
daiie.  Diácono,  protonotario  regional.  Cu- 
nha, Bisp.  de  Lisboa. 

REGíRAR.   V,  Regyrar. 

REGiRO.  V.  Regyro. 

REGisTADAMENTE,  ttdv.  [mente  suff.)  com 
fragilidade,  parcamente,  côm  regra,  mode- 
ração. 

REGISTADO,  A,  p.  f.  de  regislar;  oá/.  88- 


REG 


889 


sentado  em  registo  ;  regrado,  moderado.—, 
dirigido,  regulado,  v.  g.  confiança  —  pela 
lei  de  Deus.  V.  Registrado. 
REGISTAR,  tj.  a.  V.  Registrar. 

REGISTRADO,    A,    p.    ^'"'dê^Vègisi.u.   ,    ^..^ 

assentado  em  registro.  Na  chancellaria  fi- 
cam — s  as  mercês,  as  cartas  regias. — ,  par- 
co, moderado,  poupado,  regrado. 

REGISTRADOR,  s.  w  O  que  registra  em  li- 
vro. 

REGISTRAR,  V.  a.  (Lat,  registro,  are',  res, 
negocio,  agere,  fazer,  struo,  ere,  dispor.) 
assentar,  copiar  por  inteiro  ou  em  extracto 
no  livro  de  registro,  v.  g.  —  cartas  regias, 
cédulas,  mercês,  alvarás  ;  manifestar  nas  al- 
fandegas, aduanas  ou  casas  de  arrecada- 
ção, V.  g. — o  ouro  nas  casas  de  fundição. 
— ,  marcar  com  registro  o  lugar  de  livro  ; 
(fig.)  ver,  examinar ,  verificar ;  consultar, 
tratar.  — ,  dirigir,  regular,  moderar,  v.  g. 

—  os  pensamentos,  as  palavras 
REGISTRO,  s.  m.  (Fr.   rigistre.)  livro  em 

qut3  se  faz  assento  de  mercadorias  que  en- 
tram e  saem,  ou  de  despeza  ;  acto  de  regis- 
trar ;  casa  em  que  se  registra,  examii^ia  ; 
exame  feito  nas  alfandegas,  casas  de  arre- 
cadação ;  escriptura  donde  consta  ter  sido 
registrada  a  mercadoria,  a  despeza,  o  do- 
cumento. —  de  livro,  fitinha  presa  no  topo 
da  encadernação  com  que  se  marca  o  lugar 
onde  se  deve  abrir  o  livro.  — ,  retrato,  ima- 
gem de  santo,  que  marca  o  lugar  do  livro. 

—  na  despeza,  moderação ,  economia,  re- 
gra. — ,  (impres.)  correspondência  entre  as 
regras  da  pagina  cora  as  da  outra  que  ficam 
nas  costas  do  papel.  — ,  chave  de  bica  ou 
torneira  de  fonte  que  regula  a  quantidade 
de  agua  que  por  ella  corre.  —  de  açude^ 
porta,  taboa  que  dá  passagem  á  levada  de 
agua.  —s  de  órgão,  de  piano  for íe,  mecha- 
nismo  que  reg^ula  e  modifica  o  som.  Tocar ^ 
nos — s,  (fig.)  fallar  a  propósito,  com  acer- 
to Tocar  todos  os — s,  (fig.)  fallar  em  tudo, 
em  todos  os  tons. 

REGius.  (hist.)  lente  de  medecina  em  U- 
trechet,  nasceu  ora  1598,  morreu  em  1679. 
Deixou  Physiologia;  Explicatio  mentis  hu- 
mance ,  Philosophia  natu(ralis. 

REGNAiSTE    V.  Reinante. 

regNard,  (hist.)  poeta  cómico  francez, 
nasceu  em  1655,  morreu  em  17Ô9.  As  sua» 
principaes  prças  sko^  O  Jogador :  O  Dis- 
iraido  ;  as  Loucuras ^\atnDrosas,  etc. 

regnatívo  ,  ;A  ,  <adj .  (4çs.  ito.)  (p.  us.)' 
que  respeita  ao^.j^einar.  Irudencia — .      ,  , > 

REGNicoLA,    aa[/.    dos  á   g-  y.    Reini-r^, 

cola.  ,     .,  .ly 

REGNIER,  (hist.)  poeta  satyrioo  francez.^ 
nasceu  em  1573,  morreu  em  1613.  Regnior.r 
foi  o  primeiro  poeta  francez  C|ue  ganhou 


RÉG 


REG 


fama  na  satyra  ;  imitou  bem  os  poetas  an- 
tigos, que  havia  tomado   por  modelo. 

REGO,  s.  m.  (V.  Regar.)  sulco  que  deixa 
o  arado,  a  roda  do  ^ç^arro.  gi^^^q^áfo 'feg 
aguas.  — ,  o  acto  de  regar,  rega  das  plan- 
tas; (fig.)  cultura.—,  (fig.)  caminho  recto, 
proceder  recto,  singelo. 

RÍGOA,  s.  f.  (do  Lat.  regula.)  taboa  es- 
treita e  plana  terminada  na  sua  longura  por 
duas  superfícies  parallelas,  por  meio  da  qual 
se  traçam  linhas  rectas. 

Moraes  diz  que  régua  é  melhor  ortho- 
graphia,  mas  não  reflectiu  que  a  suppres- 
são  do  l  pede  o,  como  de  nebula,  névoa, 
de  ccelum,  céo. 

regoàdo,  a,  p,  /?.  de  regoar ;  adj.  aber- 
to rego,  sulcado. 

RKCOADURA,  s.  f.  (dos.  uva.)  acto  de  re- 
goar, de  abrir  regos ;  greta  nas  mãos  ou 
nos  pés. 

REGOAR,  V.  a.  [rego,  ar,  d«s.  inf.)  abrir 
regos,  sulcos  com  o  arado.  — se,  v.  r.  gre- 
tar a  terra  pelo  calor  do  sol,  ou  a  pelle, 

REGOLGO ,  8.  m.  (do  Cast.)  retrocesso  da 
agua.  Moinhos  de  —  ,  cuja  agua  retrocede 
depois  de  ter  posto  em  movimento  a  roda. 

lEGOLiz,  s.  m.  (do  Fr.  réglisse,  Lat.  gly- 
cirrhixa.)  alcaçuz. 

REGOMARGEM.  V.  Reg'ámargem. 

REGORGEiAR,  V.  ã.  [re  pref.,  gorgeio,  ar 
des.  inf.)  dobrar  o  gorgeio  ;  —  sons  effemi- 
nados. 

REGOUGADO,  A,  p.  p.  de  rogougar ;  adj. 
que  imita  a  raposa  no  som.  Cão —  ,  que 
dobra  a  cauda  sobre  as  ancas  como  a  ra- 
posa. 

REGOUGAR,  f).  H.  uivar  como  faz  a  rapo- 
sa ;  voltar  a  cauda  sobre  as  ancas,  como  faz 
a  raposa. 

REGOUGO,  s.  m.  a  voz  própria  da  rapo- 
sa. 

REGozrjADO,  A,  p.  p.  de  regozijar;  adj. 
causado  regozijo ;  alegrado,  em  que  ha  re- 
gozijo. Festa,  serão,  dia  — . 

REGOZIJAR,  V.  a.  {re  pref.  gozo,  ejar  des. 
do  Cast.  «c^ar, lançar,  ou  do  Fr.  réjouir)  cau- 
sar regozijo.  — SK,  v.  r.  alegrar-se,  ter  re- 
gozijo, gosto,  prazer. 

REGOZIJO,  *.  m.  acto  de  se  regozijar,  ale- 
grar ;  recreio,  cousa  qne  causa  prazer,  fes- 
ta, folgança. 

RE60ZILH0.  V.  Rogozijo. 

REGRA,  s.  f.  (Fr.  règle,  do  Lat.  regula,  de 
rego,  ere,  reger,  manter  direito,  na  linha  re- 
cta) norma,  preceito  para  fazer  alguma  cou- 
sa ;  disposição  de  lei.  —  de  bem  viver,  da 
vida.  -,  instituto  de  ordem  religiosa,  •  g. 
a  —  de  São  Bento. — ,  (fig.)  moderação,  eco- 
nomia, V.  g.  viver,  gostar  com  — ,  regra- 
(Jamente.  —  de  três,  operação  de  arithme- 


tica,  em  que  por  meio  da  proporção  entre 
duas  quantidades  se  procura  achar  a  que  de- 
ve existir  entro  uma  terceira  e  a  quarta.  — 

ou  impresso  — ,  (naut.)  ração,  pitançaque 
se  dá  nas  naus.  — ,  fluxo  menstrual  das  mu- 
lheres. Estar  com  a  regra.  — s  de  arte  ou 
sciencia,  de  pensar,  escrever,  de  jogo,  v.g. 
—  dos  centos,  do  bilhar.  — s,  termo  de  en- 
cadernador, taboas  em  qae  corre  o  ferro  de 
aparar  o  papel. 

REGRACiAR,  V.  a.  (p.  us.)  agradecor  de  no- 
vo, dar  novas  graças. 

REGRADAMENTE,  ttdv.  [meute  suíT.)  com  re- 
gra. Gastar,  viver  — . 

REGRADO,  A,  p.  p,  de  regrar  ;  adj.  regu- 
lado, moderado,  v.g.  —  nos  gastos,  no  co- 
mer. 

REGRAL,  adj.  dos2g.  (rc^ra,  des.  adj.  a/) 
regular  ;  concernente  a  regra  religiosa. 

REGRANTE,  adj.  dos2 g.  [áes.  do  p.  a  Lat. 
em  ans,  tis)  regular.  Cónego — ,  o  que  vive 
em  communidade.  Os  cónegos  — s  de  Santo 
Agostinho. 

REGRÃo,  s.  m.  augment.  de  regra. 

REGRAR,  V.  a.  [regra,  ar  des.  inf.)  traçar 
regras,  ou  linhas  com  regoa  ou  pauta  ;  re- 
gular, moderar,  v.  g. — asdespezas.  — sk, 
t>.  r.  regular-se,  dirigir-se  com  regra 

REGRAS  (João  das),  (hist.)  sábio  juriscon- 
sulto portuguez  o  mais  ardiloso  do  seu  tem- 
po ;  nasceu  em  Lisboa  em  1362,  falleceuem 
1442.  Estudou  jurisprudência  em  Bolonha, 
onde  teve  por  mestre  o  celebre  Bartolo,  e 
regressou  em  1882  a  Portugal,  onde  gozou 
da  estimação  il'el-rei  D.  Fernando  L  Nas 
co-tes  de  Coimbra  de  1385  advogou  os  in- 
teresses do  mestre  de  Aviz,  e  com  a  sua  ver- 
bosa dialéctica  decidiu  os  procuradores  dos 
povos  a  porem  a  coroa  na  cabeça  de  D.  João 
I.  Gozou  João  das  Regras  de  grandes  hon- 
ras e  poder  ;  foi  senhor  de  Cascaes.  Oeiras, 
Lourinhã  e  outras  muitas  terras  ;  chanceller 
mór  do  reino,  do  conselho  de  D.  João  I,  e 
seu  privado.  Classificou  as  leis  do  reino,  ac- 
crescentando-lhe  interpretrações ;  traduxiuo 
Código  de  Justiniano  ajuntando-lhe  intelli- 
gencias  das  glossas  de  Acursio  e  Bartolo ;  e 
escreveu:  Pratica  nas  cortes  de  Í^Hb.  No- 
biliário do  conde  D.  Pedro  addicionado,  e 
outras  obras. 

REGRAXAR,  p.  fl.  (fô  prof.,  B  graxav)  [pini.) 
appUcar  de  novo  certas  tintas. 

REGRESSADO,  A,  p.  p.  de  regrcssar,  que 
regressou.  Tinham  — ,  voltado. 

REGRESSÃO,  s   f.  V.  Regrcsso. 

REGRESSAR,  V.  n  (Lat.  regredior,  i,  ssum; 
re  pref.,  e  gradior,  caminhar,  de  gradus, 
passo)  voltar  ao  lugar  d'onde  se  partio^t?.^. — 
ao  posto,  á  pátria. Não  sei  porque  razão  D.  Fr. 
Francisco   de   São   Luiz  reprova   este  ver- 


BEG 


REG 


401 


bo  que  diz  nào  ser  derivado  conforme  a  ana- 
logia dalingua.  Elle  épor  certo  de  tão  bom 
cunho  como  retrogradar,  progresso,  ingres- 
so, grassar.  A  isto  acresce  não  possuirmos 
termo  que  o  possa  supprir.  Retroceder  e  re- 
trogradar significam  voltar  atrás,  e  não  vol- 
tar ao  lugar  da  partida.  Em  quanto  á  origem 
que  dá  o  sobredito  autor  de  regresser  que  elle 
diz  ser  francez  moderno,  é  verbo  que  não 
•liste  na  lingua  franceza. 

REGRESSO,  s.  m.  (Lat.  regressus)  volta  ao 
lugar  da  partida  ;  (fig.)  volta  ao  antigo  esta- 
do, V.  g.  —á  má  vida.  — ,  (jurid.)  restitui- 
ção da  posse,  v.  g.  —  de  beneficio;  recur- 
so contra  a  pessoa  por  conta  de  quem  pa- 
gámos, t).  g.  4o  fiador  contra  o  fiado 

Syn.  Comp.  Regresso,  remig ração.  Am- 
bas estas  palavras  exprimem  a  ideia  de  vol- 
tar uma  pessoa  ao  ponto  d'onde  sairá,  com 
a  diflferença  que  regresso  a  exprime  sem 
relação  a  nenhuma  outra  circurastancia,  e 
remigração  é  o  regresso  depois  de  imigra- 
ção, degredo,  ou  expatriação.  Quem  sáe  de 
sua  pátria  para  viajar  ,  ou  por  negó- 
cios, regressa  a  ella  depois  de  algum  tem- 
po.  Demosthenes,  desterrado  em  Calauria 
e  Vieira  em  Roma,  suspiravam  por  sua  re- 
migração á  pátria. 

REGRETA  ,  5.  f.  diminut.  de  regra,  pe- 
quena regra  de  páo  com  que  o  composi- 
tor tira  as  letras  do  componedor  para  formar 
a  pagina  na  galé. 

«KGUA,  s.  f.  T.  Regoa. 

REGUACHO.  V.  Recacho. 

REGUADEiRo,  (ant.)  V.  Arrecadador,  Co- 
brador. 

REGUANTE,  (ant.)  V.  Regrante. 

REGNARDA,  (ant.)  Y.  Retaguarda. 

HKGUARDAMENTO,  s.  m.  W .  Atteução,  Res- 
peito. 

REGUARDO,  (ant.)  V.  Resguardo. 

REGuçAR,  V.  a  [re  pref.,  e  aguçar)  (p.  us.) 
tornar  a  aguçar. 

REGUEiFA,  s  f.  (Arab.  dim.  de  reguifon, 
pão)  pão  pequeno  em  forma  de  rosca  ou  ar_ 
gola. 

REGUE!FE'RA,  *.  f.  (des  eira)  mulher  qu* 
faz  ou  vende  regueifas. 

REGUEiME.  V.  Requeime. 

REGUEIRA,  s.  f.  rego,  regueiro. 

REGUEIRA,  (ant.)  V.  Rageira. 

REGUEIRO,  s.  m.  {rego,  des.  eira  que  de- 
nota curso)  sulco,  rego  prolongjdo  por  onde 
corre  agua  para  regar,  arroio. 

REGUENGO,  A,  adj .  rcalcugo,  real,  do  rei. 
Terras,  herdades  ~s.  Maçans  — *,  azedas, 
que  nascem  nos  termos  de  Óbidos  e  Alcobaça. 

REGUENGO,  8.  m.  terras  do  património  an- 
tigo dos  reis  de  Portugal,   anteriormente  a 
D.  Pedro  1. 
;   REGUENGUEiao,  A,  adj.  de  reguengo,  «.  g. 

YOL.    IV. 


herdades — ;  que  mora  no  reguengo.  Ho- 
mem — . 

REGUiNGOTE,  í.  w.  (corrupção  do  Fr.  r«- 
dingole,  deriv.  do  Ingl.  riding-eoat,  sobre- 
tudo de  montar  a  cavallo  ;  de  ride,  andar  a 
cavallo,  coat,  casaca)  casacào,  sobretudo. 

REGULAÇÃO,  s.  f.  direcção  para  fazer  al- 
guma cousa. 

REGULADO,  A,  p.  p.  de  regular ;  adj.  di- 
rigido, regrado.  Relógio  bem  — ,  que  regu- 
la bem.  Homem  bem  — ,  que  se  regula  bem, 
que  vive  regradamento. 

REGULADOR,  s.  m  O  quc  rcgula.  —  da 
pêndula,  parte  do  mechanismo  que  regula  a 
marcha  do  relógio. 

REGULAMENTAR,    odj .   doS    t   g.   Q 

REGULAMENTARio,  A,  adj.  rclativo  a  regu- 
lamentos, que  encerra  regulamentos. 

REGULAMENTO,  s.  f».  (Fr.  réglcment  der^- 
gleo,  regalar)  lei  particular;  código  de  leis 
militares  relativas  ádisplina. 

REGU'AR.  adj.  dos  2  g.  (Lat.  regularis) 
feito  segundo  as  regras.  Movimento — ,  uni- 
forme. Cónego  — ,  o  que  vive  em  communi- 
dade,  regrante. 

REGULAR,  V.  ã.  [Fr.réglcr,  do  L&t.  regu- 
la, regra)  dirigir,  regrar.  —  as  suas  acções, 
as  despesas ;  o  relógio,  fazer  que  ande  cer- 
to. — SE,  V.  r.  dirigir-se,  reger-se,  gover- 
nar-se.  — ,  em  sentido  abs.  oun.,  servir  de 
norma.  O  relógio  regula  bem,  vai  certo  com 
o  tempo,  marca  exactamente  o  tempo,  as 
horas. 

REGULARIDADE,  *.  f.  (des.  idade)  qualida- 
de de  ser  regular  ;  successão  regular  ;  pro- 
cedimento regrado  —  de  movimento  ;  —  de 
costumes  ;  —  das  oscillações,  uniformida- 
de. — ,  observância  de  instituto  religioso.  Â 
—  das  estações,  successão  ordenada,  regu- 
lar. 

REGULARMENTE,  adv.  [mente  suíf.)  com  re- 
gularidade ;  periodicamente,  v.  g.  o  correio 
parte  e  chega — .  — ,  de4)rdÍDario,  por  via 
de  regra.  .\'Vj-rv.r4u  «       vvi 

RÉGULO,  s.m.  [Ldit.  regulus,  dim.  àerex, 
rei)  reizinho.  — ,  t.dechimica  antiga,  me- 
tal depurado,  v.  g.  —  de  antimonio 

REGULO,  (hist.)  Marcus  Atilius  Regulus, 
general  romano,  cônsul  no  anno  i56  an- 
tes de  Jesu-Christo.  Foi  prisioneiro  dos 
Carthaginezes  os  quaesno  fim  d'alguns  an- 
nos  de  captiveiro  deram-lhe  liberdade  de- 
baixo da  sua  palavra  para  ir  a  Roma  trtc- 
tar  da  entrega  dos  prisioneiros,  mas  Regu- 
lo em  vez  de  fazer  diligencia  para  a  con- 
cluzão  deste  negocio,  tractou  antes  de  per- 
suadir os  seus  concidadãos  para  que  nào 
( s  entregassem  e  depois  disto  não  hesitou 
em  voltar  a  Carlhago  onde  foi  morto  no 
meio  de  atrozes  suj.plicios. 

REGULO   SERRANO,   (hÍSl.)  C.  AttiUuS,  COft- 

lOi 


REI 


BEI 


sul  nos  annos  257  e  250.  Alcanço  a  sobre 
os  Cartbaginezes  a  jatalha  naval  de  Lipa- 
ri  em  2á7. 

REGURGITAÇÃO,  s.  f.  (i^ai.  regurgitatio  , 
onis)  movimento  de  fluido  que  regurgita. 

REGURGITADO,  A,  p.p.  de  regurgitar  ;  ací/. 
que  regurgitou. 

REGURGITAR,  V.  n.  [ve  pref . ,  e  Lat.  gurges^ 
itis,  pego)  borbulhar,  como  a  agua  quando 
sáe  do  pego. 

RE-iYRAR,  V.  a.  [re  pref.)  tornar  a  gy- 
rar. 

REGYRo,  s.  m.  novo  gyro. 

REnABiLiTAçÃo,  s.  f.  acto  de  rehabilitar, 
ou  de  ser  rehabilitado. 

REHABiLiTAno,  A,  p.p.  de  rehabilitar  ;  adj. 
tornado  a  habilitar,  restituído  aos  direitos 
civicos. 

REHABILITAR,  V.  a.  {re  pref.  e  habilitar) 
restituir  aos  direitos  civicos  ou  civis.  — sb, 
V.  r.  obter  a  reahabilitação. 

REI,  s.  m.  [Lai,  rex,  regis;  Sanscr.  radja. 
Vem  dere^o,  ere,  reger,  governar.  Ital.  re, 
Fr.  roi  ou  roy)  soberano,  oii  chefe  heredi- 
tário ou  electivo  de  um  estado,  v.  g  o  — 
de  Hespanba,  de  Polónia  (que  era  electivo) 
Em  Portugal  dá-se  este  -titulo  ao  marido  d^ 
rainha  reinante.  — ,  das  cartas  dejogar,  a 
carta  em  que  está  pintado  orei.  de  cada  nai- 
pe. —  doxadres,  a  peça  principal  d'este jo- 
go ;  no  jogo  antigo  dagaratuza.  ■— ,  dojogo 
de  prendas,  o  que  ganhou  o  sentenceia  os 
que  perderam  segundo  as  leis  do  jogo.  — de 
armas,  official  publico  que  escreve  as  genea- 
logias, explica  o  brasão.  Os  — s,  a  festa  em 
>que  a  Igreja  celebra  aapparição  dos  magos 
no  presépio  de  Jesu-Christo,  chamados  im- 
propriamente reis  magos.  El-Rei,  o  rei :  diz- 
se  do  rei  do  estado  onde  vivemos.  De  — ,  ré- 
gio, real.  — ,  (fig.)  senhor,  chefe.  O  leão  é 
o  —  dosanimaes.  Peixe-rei,  peixe  semelhan- 
te ao  salmão  ou  truta. 

hYN.  comp.  Rei,  monarcha,  príncipe, 
potentado,  imperador.  Rei  vem  da  palavra 
latina  rex,  e  segundo  sua  ethymologia  [a 
regendo)  é  o  que  rege,  dirige  e  guia,  man- 
dando ;  e  seu  cargo  é  dirigir,  reger  e  con- 
duzir os  povos  que  lhe  são  confiados  ;  po- 
rem commumente  designa  esta  palavra  o 
soberano  que  rege  e  governa  só  um  rei- 
no. 

Monarcha  é  palavra  grega  ,  de  monos 
só ,  e  archô  ,  mandar ,  governar ,  e 
signiflca  o  que  governa  só,  ou,  em  lingua- 
gem moderna,  o  rei  absoluto  e  independen- 
te que  concentra  em  si  todos  os  poderes ; 
pelo  que,  os  reis  de  Inglaterra,  e  de  quasi 
toda  a  Europa,  nao  são  monarchas,  e  so- 
mente   reis  constitucionaes. 

Principe  vem  do  latim  princeps,  que  si- 
gnifica o  primeiro,  o  cabeça,  e  designa  em 


geral  o  soberano  d'ura  estado  independen- 
te ainda  que  não  tenha  o  titulo  de  rei  ou 
monarcha  ;  em  particular  significa  o  her- 
deiro da  coroa,  porque  entre  os  filhos  do 
rei  é  o  primeiro  e  destinado  a  reinar.  Tam- 
bém se  chama  principe  dos  poetas,  dos  ora- 
dores, dos  philosophos  ao  que  entre  elles 
ó  o  primeiro  em  merecimento,  o  entre  to- 
dos mais  eicellente. 

Potentado  vem  do  latim  potentatus  dô 
antes  potens,  potentis,  e  significa  m  pode- 
roso, principe  grande  com  poder  absoluto, 
ou  também  principe  com  dominio  absohito 
n'alguma  província  tomando  investiduta 
d'outro  superior. 

Imperador,  segundo  a  força  da  palavra 
latina  imperator  [cx  impero),  significa  che- 
fe militar,  generahssimo  ;  mas  só  se  usa  na 
significação  restricta  de  soberano  poderoso 
de  certos  estados  que  formão  confederação, 
ou  d'um  império. 

REI  ou  RAZi  (hist  )  nome  moderno  dás 
minas  de  Regoe  ou  Ragés  na  Pérsia,  a  1 
légua  ao  SE.  de  Tehéran. 

REI  UE  ROMA,  (hist.)  titulo  quc  SC  dcu  ao 
filho  do  imperador  Napoleão  no  momento 
do  seu  nascimento. 

REI  DOS  REIS,  (hist.)  titulo  pomposo  que 
tomavam  os  antigos  reis  da  1'ersia. 

REI  DOS    ROMANOS,    (hist.)    tilulo    USado  htt 

império  d'ÂUeínaiih^,  e  que  tinha  doussen- 
tidos  dislinctos  :  1.*^  era  o  chefe  do  império 
depois  da  eleiçã«)  feita  pelos  eleitores  e  an- 
tes da  coroação  feita  pelo  papa  ;  2/^  era 
(quando  havia  um  imperador  reinante),  um 
futuro  imperador  eleito  pelos  mesmos  elei- 
tores que  tinha  elegido  o  verdadeiro  impe- 
rador, mas  sem  poder  próprio  em  quanto 
vivia  o  imperador ;  por  morte  deste  torna- 
va-se  de  direito  imperador. 

REI  DOS  SACRIFÍCIOS,  (hist.)  Rtt  sacrífí,- 
culus.  Kra  em  Roma  o  sacerdote  de  Diana 
^'Aricia.  Este  sacerdócio  foi  instituído  de- 
pois da  quedada  monarchia  ;  para  comple- 
mento de  certas  cerimonias,  que  exigiam  a 
mão  de  um  rei.  O  rex  sacrificulus  erdi  setQ" 
pre  um  escravo  fugitivo,  o  qual  devia  ter 
morto  o  seu  predecessor. 

REI- JORGE  (ilhas  do),  (geogr.)  duas  ilhas 
da  Polynesia. 

REi-joRGE  Til  (archipelago  do),  (g^ogr.) 
na  costa  ao  O.  da  America  septenlrional. 
Explorado  por  VancOuver. 

REI- JORGE  III,  (geogr  )  vasta  babia  da  cos- 
ta ao  S.  da  Nova   Hollanda. 

RKICHA,  (hist.)  compositor  allemão,  nas- 
ceu em  1770,  morreu  em  l8ol).  Deixoaum 
Tractado  de  Melodia.  As  suas  principaes 
operas  são  :  Nathalia  ;  Sapho. 

REiCHARD.  (hist.)  oscriptor  allemão,  n«s- 
ceu  em  1751,  morreu  em  18Í8.  Publicou 


REI 


REI 


i^tWS 


um  Guia  de  viajantes  na  Europa,  e  outras 
I'e(]uenas  viagens. 

REiciiKNAU,  (gpogr.)  ilha  do  gran  ducado 
de  Bade,  no  Lago  de  Constança,  a  légua  e 
meia  ao  NE.  de  Constança  ;  1,500  habi- 
tantes. 

REicnENAU,  (gengr.)  villa  e  castello  da 
Suissa,  a  2  léguas  meia  ao  SE.    de  Coire. 

REiCHENAU  ou  RiCHNOu,  (gBOgr.)  Augia 
dives,  cidade  da  Bohemia,  a  1  légua  a  K. 
de  Solnitz  ;  3,250  habitantes» 

REiciiKNBACH,  (geogp.)  cidad»  dos  Esta- 
dos prussianos,  a  12  léguas  aoSO.  de  Kres- 
lau;  3,900  habitantes.  "^^  .-^ 

REiCHENBERG,  (geogf.)  cidade  da  Rohemia, 
capital  de  senhorio,  a  12  léguas  ao  INE.  de 
Jung  Bunzlau  ;  li.Oíí  )  habitantes 

REiCHENHALL,  (geogr.)  cidade  da  Bavie- 
ra, a  3  Ifgua  e  meia  ao  80,  de  Salzburgo  ; 
2,500  habitantes. 

REiCHSTADT,  (geogr.)  cidade  da  Bohemia, 
a  9  léguas  ao  NO  de  Bunzlau  ;  2,000  ha- 
bitantes. 

REicnsTADT  (Francisco  Carlos  José  Napo- 
leão, duque  de),  (hist.)  filho  do  imperador 
Napolt-ão  e  da  sua  segunda  esposa  Maria 
Luiza,  nasceu  em  Paris  a  20  de  Março  de 
1811,  morreu  em  18B2. 

REiD,  (hist.)  philosophoftescocez,  nasceu 
em  1710,  morreu  era  1796.  Deixou  :  In- 
vestigações sobre  o  entendimento  h-imãno  ; 
Ensaios  sobre  as  faculdades  intetlectuaes, 
etc. 

REiGADA,  s  f.  (do  Gr.  inus.  r/ie^d,  ou  r^y- 
gnuô,  rachar,  des.  ada)  rego  entre  as  náde- 
gas do  animal.  A  —  das  azas,  orneio  entre 
ellas. 

REiGADO.  V.  Arraigado. 

REii,  (geogr.)  pequeno  povo  da  Gallia  na 
Narboneza  2.*,  entre  os  Âlbiaeci ;  capital 
Reii  (hoje   Riez). 

REiKiAViK,  (geogr.)  capital  da  Islândia, 
sobre  o  golpho  de  Fale  ;  500  habitan- 
tes. 

REiLLANE,  fgeogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  e  meia  aoSO.  de  Forcalquier  ;  1,300 
habitantes. 

REiHA.  V.  Reuma. 

REiMANN  ,  (hist.)  bibliographo  allemão , 
nasceu  em  Í668,  morreu  em  1743.  Deixou 
uma  Historia  critica  da  Lógica^  e  outras 
obras. 

HEiMAR,  (hist.)  fíeimaí^MS,  philologo  e  na- 
turalista hamburguez,  nasceu  em  1 69  ,  mor- 
reu era  1M8.  Deixou:  I  rac  lado  das  prin- 
cipaes  verdades  da  religião  natural ;  áí-bser- 
vaçôes  physicas  e  moraes  sobre  os  instinc- 
cWs  dos  animaes. 

REiMBRANÇA.  V.  Relcmbrauça. 

REiMBRAR.   V,  Relembrar. 

RRiMS,  (geogr.)  Remi  ou  Durocortorum, 


cidade  de  França,  sobre  o  Vesle,  a  S  legufiis 
ao  NK.  de  Paris  ;  38.3'>0   habitante?. 

RKINAOO.  s.  m.  {reino,  des.  ado)  duração 
da  autoridade  regia,  v.  g.  no —  d'El-Rei  D. 
Manoel ;  direito  de  reinar,  soberania,  exer- 
cicio  do  poder  régio,  oíTicio  de  rei.  «O  —  ó 
oííifjo  de  muita  vigilia  e  trabalho.  »  Fêo. 

REINANTE,  adj .  d')S  i  g .  (des.  do  p.  a.  Lat. 
emans,  tis)  que  reina  actualmente,  v.  g.  o 
príncipe,  a  rainha — .  — ,  dominante,  v.g. 
epidemia  — . 

REINAR,  V.  n.  (Lat.  regno,  are)  exercer  o 
poder  régio,  governar  como  rei ;  (fig.)  do- 
minar, ter  poder,  v.  g.  ♦*-  sobre  a  nação. 
/?<?maí)a  era  Hespanha  oGodo  ilodrigo.  Aqui 
reina  o  silencio.  Hoje  reina  a  hypocrisia  e 
a  corrupção. 

REINCIDÊNCIA,  s.  f.  [re  pre( . ,  Q  mcidencia) 
recahida,  v.  g. — em  culpa.       ',ui  A  Jiir) 

REINCIDENTE,  adj.  dos  2  g.  (rcpref  líqtie 
recae  de  novo,  v.  g.  —  em  culpa,  delicto. 

REINCIDIR,  v.n.  [re,  pref.,  e  Lat.  incicfo, 
ere,  cahir)  recahir,  v  g.  —  na  culpa,  no 
dtílicto. 

REiNECCius,  (hist.)  sábio  alemão,  nasceu 
com  o  titulo  de  Historia  Julia  uma  inte- 
ressante historia  dos  Caldeos  e  dos  Assy- 
rios. 

REiNESius,  (hist.)  sábio  allemão,  nasceu 
em  1587,  morreu  em  1667.  Deixou  notas 
sobre  Muilio,  sobre  Petronio,  e  um  Sijn- 
tagma  Inscriptionum. 

REiNHA,  (ant.)  V,  Rainha. 

REiNHARD,  (hist.)  moralista  empregador 
protestante,  allemão,  nasceu  em  1753,  mor- 
reu em  1812.  Deixou  Systema  da  moral 
ckristã ;  Licçôes    de  theologia    dogmática. 

REiNHOLD,  (hist.)  philosopho  allemão,  nas- 
ceu em  1758,  morreu  em  1823.  1'ublicou 
Cartas  sobre  a  philosopkia  de  Kant ;  Nova 
theoria  da  faculdade  representativa,  etc. 

REiNKiRiK,  (geogr.)  antigauiente  Skal- 
holt,  cidade  da  Islândia  a  15  léguas  a  E. 
:e    Ileikiavik. 

REiNicoLA,  adj.  dos  2  g.  do  reino,  natu- 
ral de  reino,  pertencente  ao  reino 

REINO,  s.  m.  (Lat.  regnum)  estado  monar- 
chico,  regido  por  um  rei  ou  rainha  :  diz-se 
do  território  e  da  nação.  O—  de  Portugal,  de 
França.  Muitos  estados  que  hoje  estão  incor- 
porados em  outros,  v.  g.  o  Algarve,  o  Aragão, 
Leão, Granada,  conservam  a  sua  denominação 
antiga  de  — .  Negócios  do — ,  a  administração 
interior  doestado.  — ,  (fig.  e  p.  us  )  opoder 
do  rei,  a  realeza.  — ,  (íig.)  o  lugar  onde  do- 
mina algum  poder,  v.  g  o  —  do  céo,  do  in- 
ferno, das  trevas.  —  escuro,  o  inferno,  a 
sppultura.  Os  três  — s  da  natureza  :  animal, 
vegetal,  e  mineral,  as  divisões  que  compre- 
hendem  os  animaes,  as  plantas,  e  as  substan- 
cias inorgânicas.  Esta  deQommação  adopta- 
101  « 


404 


REI 


REI 


da  pelos  naturalistas  é  imprópria  porque  equi- 
yale  a  região.  Seria  mais  acertado  chamar- 
Ihe  systemas  ou  stemmas,  do  Lat. 

Stn.  comp.  Reino,  império.  Posto  que 
não  haja  uma  verdadeira  razão  porque  se 
dê  a  diíferentes  estados  governados  por  im- 
peradores ou  reis  o  nome  de  reino  ou  de 
império  \  todavia,  lembrando -nos  daquelle 
dito  de  Ciíjero,  que  o  povo  romano  era  o 
imperador  de  todas  as  gentes,  imnerator 
omnium,  gentium  populus  romanus  {pro 
Domo,  33),  parece-nos  que  império  faz  nas- 
cer a  ideia  de  um  vasto  estado  composto  de 
muitos  povos,  tal  é  o  de  Allemanha,  o  da 
Bussia,  o  império  Ottomano  ;  a  palavra  rei- 
no denota  um  estado  mais  limitado,  e  faz 
sentir  a  unidade  da  nação  de  que  é  forma- 
do, tal  é  a  França,  a  liispanha,  Portugal, 
etc.  A  Inglaterra  é  um  pequeno  reino  na 
Europa,  mas  considerada  em  suas  posses- 
sões nas  cinco  partes  do  mundo,  é  um  gran- 
de império,  cuja  metrópole  é  a  maior  do 
mundo;  o  império  marítimo  da  Grã-Breta- 
nha  é  o  maior  que  jamais  existiu. 

REiNOL,  adj.  dos  2g.  do  reino,  vindo  do 
reino.  Fidalgos  reinôes,  assim  se  denomi- 
navam nas  conquistas  Portuguezas  da  Ásia 
os  fidalgos  vindos  da  Europa.  Ameixa  — , 
preta. 

REiNTEtRAçio,  s.f.  O  acto  de  reintegrar, 
ou  de  ser  reintegrado. 

REINTEGRADO,  A,  p.p.  de  reintegrar  :  adj. 
que  reintegrou,  ou  foi  posto  no  estado  pri- 
mitivo. 

REINTEGRAR,  V.  a.  [re  pref.)  restituir  ao 
estado  primitivo,  ou  aos  seus  direitos,  sa- 
tisfazer alguém  do  que  lhe  foi  usurpado,  v. 
g. —  no  posto,  na  posse 

HEiNTRANTE,  adj.  dos  2  g.  (do  Fr.  ren- 
trant )  Angulo—,  (fort )  cujo  vértice  volta 
para  dentro  da  praça. 

REiNviTE ,  s.  m,  o  acto  de  revidar. 

REio,  (ant.  arreio. 

REiRA,  (ant.)  V.  Diarrhea. 

KÉis,  pi.  irregular  de  real,  s.  m.  moeda 
antiga  de  ténue  valor,  e  hoje  unidade  mo- 
netária das  moedas  portuguezas,  v.  «7.  vin- 
te mil —  ;  um  conto  de  — . 

REIS  (António),  (hist.)escriptor  portuguez 
do  século  passado.  Era  perito  em  sciencias 
naturaes  e  notável  na  eloquência  do  púlpi- 
to, e  na  poesia  latina.  Escreveu  :  Epy gra- 
mas, Vida  do  conde  da  Ericeira.  Corpus 
illustrum  poetarum  it  lusiíanornm,  qui 
latine  seripserunt. 

REIS  (livro  dos),  (hist.)  são  assim  cha- 
mados quatro  livro»  da  Biblia,  que  con- 
teem  a  historia  do  povo  hebraico  desde  Sa- 
muel até  ao  principio  do  reinado  deSede- 
cias,  abrangendo  um  espaço  de  perto  de 
cinco  séculos.  Origenariamente  estes  qua- 


tro livros,  só  formaram'dous  designados  pe- 
los titulos  de  Livro  de  Samuel  e  de  Livro 
dos  Reis. 

REIS,  (hist.)  (isto  é,  chefe  e  em  arabej  ti- 
titulo  de  muitos  officiaes  ou  dignatarios  do 
império   ottomano. 

REisBUTOs,  s.  m.  (do  Sanscr.  radja-pu- 
tra,  filho  de  rei.)  casta  militar  na  Índia. 

REisETE,  s.  m.  diminui,  (famil.)  V.  Rei- 
zête. 

REisKE ,  (hist.)  philologo  c  Orientalista 
allemão,  nasceu  em  1716,  morreu  em  1774. 
Deixou  Tharapha  mollakah  ;  Abulfeda  an- 
nales  mostemici,  etc. 

REISMARKT  OU  REUSSMARKT,  (gCOgr.)  ci- 
dade da  Transylvania,  capital  de  circulo» 
a  7  léguas  ao  NO.  de  Hermaustadt. 

REITERAÇÃO,  s.  f  {re  pref.,  e  Lat.  itóra- 
tio,  onis.)  o  acto  de  reiterar. 

REITERADO,  A,  p.  p.  de  reiteirar;  ad/.  re- 
petido segunda  vez.  Tinha  reiterado  a  or- 
dem. 

REITERAR,  V.  a.  [re  pref.,  e  iterar.)  re- 
petir segunda  vez,  v.  g.  — a  ordem. 

REITERA VEL,  aáy,  dos  2  ^í.  (dcs.  aocL)  que 
se  pode  reiterar. 

REITOR,  s.  m.  (Lat.  rector.)  chefe  ou  re- 
gente de  universidade.  —  do  mundo.  —  de 
almas,  cura,  parocho. 

REITORADO  ,  s.  m.  duração  da  reitoria. 

REITORIA,  s.  f.  (des.  ia,)  oílicio  e  direitos 
do  reitor. 

REiTRES,  (hist.)  de  [reiter,  cavalleiro) , 
espécie  de  cavaliaria  allemã,  que  servia  nos 
exércitos,  principalmente  na  guerra  da  Li- 
ga. 

REiTz,  (hist.)  Reitzius,  philologo  allemão, 
nasceu  em  17ò3,  morreu  em  1790.  Deixou 
excellentes  édicções  da  Poética  e  da  Rhe- 
thorica  d'Arisloteles,  de  Heródoto,  de  Per- 
seo,  etc. 

REivAS ,  s.  f,  (chulo)  cantilena  de  frei- 
ras. 

REIVENDICAÇÃO     OU    ftUteS    REIVINDICAÇÃO, 

s.  f.  (Lat.  reivindicatio,  onis)  (jur.)  acção 
para  reivindicar  a  posse  do  que  por  direito 
nos  pertence. 

REIVINDICADO ,  K  ,  p.  p.  de  rciviudicar ; 
adj.  que  reivindicou,  ou  que  se  reinvidi- 
cou. 

REIVINDICAR,  V.  a.  (Lat.  reivindico,  are, 
de  rei,  genitivo  de  res,  cousa,  e  vindicare, 
vindicar.)  (jur.)  intentar  acção  para  obter  a 
restituição  de  cousa  que  fomos  injustamen- 
te desapossados. 

RBiiiA,  s.  f.  rixa,  contenda.  —  velha,  ini- 
mizade antiga. — nova,  briga  repentina.  V. 
Rixa. 

REiXA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  reiz,  raso,  cha- 
to, plano.)  barrinha,  taboinha.  —  de  cadeia- 
do,  barrinha  de  ferro  que  o  prende.  «  íi&o 


REL 


RKL 


406 


mette  —  sem  lirar  — ,  »  prot.,  nada  faz  sem 
interesse. 

RBiXA,  s.  f.  (do  Gr.  rhôx,  grão,  pevide.) 
(med.  ant.)  tumorzinho  que  masceno  sacco 
iacrjmal  junto  ao  nariz. 

«EiXELO,  s.  m    (t.  da  Beira)  W.  Cabrito. 

RKizKTB,  *.  m.  diminuí,  de  rei,  rei  de 
pouca  idade ;  régulo,  rei  de  um  pequeno 
estado. 

REiziNHO,  s.  m,  diminut.  de  rei,  rei  de 
pouca  idade  ;  rei  de  estado  pequeno. 

RUÃO.  V.  Bojáo. 

REJECTO ,  p.  p,  alatinado.  V.  Rejei- 
tado. 

REJEIÇÃO,  s.  f.  (Lat.  rejectio,  onis.)  o  ac- 
to de  rejeitar,  repulsa,  v.  g.  —  áo  propo- 
sição. 

REjEiRA.  V.  Rageira. 

REJEITADO,  A,  p.  p.  de  rejeitar;  adj.  que 
se  rejeitou  ;  que  rejeitou.  A  proposição  foi 
— .  Tinha — a  capitulação. 

REJEITAR,  V.  a.  (do  Fr.  rejeter,  do  Lat. 
rejicio,  «re,  cíum.)  atirar,  ferir  arremessan- 
do ;  recusar,  repulsar,  v.  g.  — a  proposi- 
ção, o  conselho.  Na  volateria,  revessar,  vo- 
mitar. 

Stn.  comp.  Rejeitar,  enjeitar.  Rejeitar 
segundo  sua  etymologia,  de  rejicere,  é  re- 
pellir  de  si,  talvez  com  rudeza,  o  que  se  dá 
ou  ofiferece  ;  enjeitar  é  lançar  de  nós  com 
óespeito  ou  desamor  o  objecto  que  já  ti- 
nhamoSj  ou  estava  á  nossa  disposição.  Re- 
jeitasse o  cargo  que  se  tem  em  pouca  con- 
ta, o  conselho  que  desagrada,  o  favor  que 
humilha.  As  aves  enjeitam  os  ovos  ou  os  fi- 
lhos quando  nelles  se  bole  ;  o  pai  desa mo- 
roso enjeita  o  filho  que  não  quer  reconhe- 
cer. Rouijseau  enjeitou  os  filhos  por  motivos 
que  todo  o  homem  cordato  rejeitará 

REJEITO  ,  í  m.  arma  de  ferir  de  arre- 
messo. 

RELA,  s.  f.  rã  das  montas,  rã  verde  que 
vive  entre  silvas  e  vallados.    V.  Rubeía. 

RELAÇÃO.  «.  f.  (Lat.  rc/oíio,  onis.)  o  nar- 
rar, ou  referir  algum  successo.  — ,  tribunal 
superior  composto  de  desembargadores  que 
pronunciam  sobre  aggravos  e  appcUações. 
A  —  de  Lisboa,  casa  da  supplicação.  —  do 
feito,  relatório.  Nos  Documentos  antigos  en- 
contra-se  nesta  accepção  escripto  rolação, 
que  me  parece  erro  de  transcripção.  Tam- 
bém antigamente  se  dizia  relações  das  ca- 
marás, e  conselhos  municipaes.  — ,  conne- 
lão,  correspondência  mutua  entre  duas  cou- 
sas, pessoas  ou  ideias,  v.  g.  &  —  de  paren- 
tesco. Relações  de  amizade.  Não  existe  — 
entre  os  dois  phenomenos. 

relamber,  V.  a.  [re  pref.)  tornar  a  lam- 
ber. 

RELAMPADEJAR  ,  V.  impcssoal  (r#  prcf.,  e 
Gr.  lampo,  brilhar.)  haver  relâmpagos,  bri- 

VOL.     If. 


Iharem  relâmpagos  na  atmosphera.  Relam^ 
padeja  o  téu. 

RELÂMPADO,  (ant.)  V.  Abolido. 

RELÂMPADO,  (ant.)  V.  Rclampago. 

RELÂMPAGO,  s.  m.  (prou.  O  acceuto  na  an-  • 
tepenullima.  V.  Relampadejar  )  luz  ou  cia-"' 
rão  eléctrico  que  brilha  repentinamente  na 
atmosphera,  de  ordinário  seguida  do  tro- 
vão. Ê'  mais  extensa  que  o  corisco ;  (fig.) 
cousa  que  apparece  subitamente  e  dura  pou- 
co,appariçãojbrevissima, mostra  momentânea. 

RELAMPAGUEAR,  RELAMPBAR,  e  RELAMPEJAR. 

V.  Relampadejar. 

RELAMPO,  s.  m.  relâmpago.  E'  conforme 
ao  radical  Grego  lampo,  brilhar. 

RELANCE,  *.  m.  {re  pref-,  e  lance.)  Ga- 
nhar de  — ,  (t.  de  jogos  de  parar)  sobre  o 
lance. 

RELAND,  orientalista  allemão,  nasceu  em 
1676,  morreu  em  1718.  Deixou:  Palaisti- 
na  ex  monumentis  veíeribus  illustrata; 
Enehiridion  studiosi. 

RELAPSiA,  s.  f.  (do  Lat.  relapsus ;  re,  e 
lapsus,  lapso,  de  labor,  i,  escorregar.)  rein- 
cidência em  erro,  em  heresia  abjurada. 

RELAPSO,  A,  adj.  (Lat.  relapsus.)  qae  rein- 
cidiu no  erro  abjurado. 

RELATADO,  A,  p.  p.  de  relatar;  ad;.  re-» 
ferido  ;  contado,  v.  g.  — no  numero  dos  deii»^  • 
ses.  Camões,  Lus. 

RELATADOR    V.  Rclator. 

RELATAR,  V.  a.  [úo  Lat.  relatum  ,  sup. 
de  refero,  rre,  referir.)  referir,  narrar;  fa- 
zer relatório. 

RELATiVAMENTi ,  odv.  (mcnte  suff.)  com 
relação,  em  relação,  v.  g.  —  a  esse  nego- 
cio, á  questão.  > 

RELATIVO,  A,  adj.  (Lat.  relativus  )  que  tem" 
relação  com  outra  cousa,  pessoa,  ou  ideia. 
Adjectivos  ou  pronomes  — s,  que  exprime  a 
relação  de  um  termo  com  outro,  que  se  re- 
fere a  elle,  v.  g.  que  na  phraze  seguinte : 
o  homem  que  julga  os  outros  por  si  enga- 
na-se  quasi  sempre. 

Stn.  comp.  Relativo,  respectivo.  Relati- 
vo exprime  a  referencia  de  uma  cousa  a  ou- 
tra, em  quanto  ella  convém,  se  applica,  ou 
pertence  a  uma  outra.  Respectivo  exprime 
a  proporção  em  que  uma  cousa  determina- 
da tem  o  valor,  a  qualidade,  ou  qualquer 
propriedade,  que  é  commuu  também  a  ou- 
tras. Esta  proposição  ére/aíira  ao  assumpto 
de  que  falíamos  hontem.  Os  pobres  costu- 
mam ser  respectivamente  mais  felizes  que 
os  poderosos.  Todo  o  homem  tem  seu  res- 
pectivo amor  próprio,  relativo  á  paixão  que 
o  domina. 

RELATOR,  s.  t».  O  que  narra,  refere  his- 
toria ,  successo;  juiz  que  faz  relatório  de  pro- 
cesso, que  expõe  a  causa,  o  direito,  as  pro- 
vas, a  defesa,  etc. 

102 


m 


REL 


MV 


RELATÓRIO,  s.  f».  (des.  ótío.)  exposição, 
narração  de  successo;  exposição  verbal  que 
faz  o  juiz  relator;  exposiçào  verbal  ou  escri- 
pta  que  faz  algum  membro  de  asseml)leia  de- 
liberanle  em  sessão  publica  ou  particular,  de 
negocio  de  que  foi  encarregado  pelo  con- 
gresso, ou  por  commissão  que  o  escolheu 
para  esse  fim. 

RELAXAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  relaxatio,  onis), 
estado  relaxado,  falta  de  tensão;  v.  g.  — 
da&  libras  musculares,  intermissão,  folga, 
descanso  do  trabalho;  (fig  )  odispensarou 
fcfrouxar  na  execução  de  lei,  ou  instituto; 
inabservancia  das  regras  de  «Igum  institu- 
to. V.  g.  abandono  de  réo  de  crime  reli- 
gioso á  autoridade  secular  para  lhe  impo- 
rem pena  de  sangue  ou  cap'lal ,  subterfú- 
gio usado  pela  atroz  Inquisição. 

,BSLÀXAOo^  A,  p.  p.  de  relaxar,  adj,  não 
tenso,  p.  g.  musculo  — ,  no  estado  que 
succede  á  contracção.  Estômago  — ,  que 
perdeu  a  sua  energia  contractji.  — ,  tibio 
na  observância  de  instituto  ou  lei ;  frouxo, 
dissoluto  ;  Vida  — ,  dissoluto.  Religião  — , 
pouco  estrícta.  -^j  remettido ;  v.  g.  —  á 
justiça  secular,  abondonado  a  ella  pela  au- 
toridade ecclesiastica  —  do  processo. 

RjRL^XADOR,  \  adj.  (Lat.  rçlaxator),  que 
relííxa  (pessoa  ou  cousa).- ,  •  oi' 

RELAXAMENTO,  s.  w.  (do  Ff.  relâchemcnt), 
relaxação  physica. 

RELAXAR,  ».  a.  (Lat.  relaxo,  are,  re 
pref.,  e  laxare,  afrouxar,  deseutesar),  remo- 
ver a  tenção,  desentesar  ;  is.  g.  —  as  fi- 
brftfry  os  músculos,  o  estômago,  õ  ventre; 
(íig.)^. -r-  as  forças  do  animo,  do  espirito.  — 
os  cuidados,  distrahir-se  d'elles.  —  oscos- 
tuines,  fpzer  dissoluto,  licencioso.  — ,  (iig) 
dis|>ensaf,  desligar  diminuir  o  rigor;  ».  g. 

—  â  lei,  o  juramento;  perdoar,    absolver, 

—  peccados,  culpas.  —  a  réo,  o  condem - 
nado  por  crime  religioso,  abandonal-o  ás 
autoridades  seculares  para  lhe  imporem  pena 
de  sangue  ou  capital.  — se,  v.  r  perder 
a  tensão ;  afrouxar  no  dever,  fazer-se  dis- 
soluto ;  deixar  de  executar  estrictamente  ; 
t?.  g,  —  na  observância  de  deveres,  de  ins- 
tituto. 

RSLAXtJ^A,  adj.  relapso;  que  reincidiu 
na,' culpa.  Diz-se  dos  crimes   religiosos. 

RBL^,  6.  f.  (V.  Halo),  ralé,  casta,  laia 
sorte  ;  í3.  ^f.  gente  d'esta  — .  V.  Ralé. 

RBLEGADO.  V.  Relígado. 

R«LEGADO,  A,  adj  [rclègo,  des.  partici- 
pais a<2â}|- axposlo  iiOi.  relego  ;  V.  g.   Vinho 

RELEGAGEM,  s.  f.  (ànt),  peusão  que  pa- 
gava o  que  vendia  vinho  durante  o  relôgo. 

RELEGO,  5.  m.  (do  Lat.  relinguo,  ere,  dei- 
xar), lagar,  celleiro,  adega  onde  o  senhor 
recolhe  os  seusíruclos,  v.g.  Vinho  de — , 


do  celleiro  ou  adega  priviligiadas.  — ,  im- 
posição antiga^,  provavelmenae  relativa  i 
izenção  do  privilegio  do  relego, real.  Pagar 

— .  :  V.ífiJBÍE  íJUp    0diHVí>  íUij.      :;-,>    .[> 

RELKGUEiRA,  s.  f.  mulhep  dtfT^de^eTfo. 

RELEGUEiRO,  s.  m.  (dcs.    ciro),    rendftiro 
de  terra  que  tem  o  privilegio  do  relego. 

RKLKiçÃo,  $.  f.  {re  pref.,  e  Lat.    lectio^}^- 
segunda  licção  ou  leitura. 

RELBiXAR    V.  Relaxar,   Dispensar^ 

RELEixo,  s.  m.  (t    de  forí.),  o  espaço  de 
terra  entre  a  muralha  e  a  cava. 

relembrança,  (ar.t.)  V.  Recordação. 

Relembrar,  (ant.)  V.  Recordar. 

RELENTAR,  V.  a.  {rclento,  ar  des.  inf  ], 
amollecér,  amolentar  com  a  humidade  do' 
relento  ;  v.g.  —  a  corda  do  arco.  — ss, 
V.  r.  cobrir-se  de  relento;  v.  g.  as  plantas 
se  relentào.  Ka  costa  d'Africa  relenta-se 
pela  cacimba.  F.  p.  adj.    relentado. 

RELENTO,  s.  íw.  [ar  e  lenlo,  húmido),  a 
humidade  nocturna;  v    g.    Dormir  ao  — . 

RELEO.   V.  Ralêo. 

RELER,  V.  a.  (repref.,  eler)  ler  segunda 


vez. 

RELEU,    s. 

mesa)  (ant.) 


m.  (doCast.  relieve,  sobeja  da 
sobejos  que  distribuiam  aos  po- 
bres os  frades  na  portaria  dos  conventos. 

RELEVADO  A,  p.  p  de  relevaf ;  adj.  feito 
em  relevo,  resaltado  Ter  os  membros  — 5», 
carnudos.  O  escudo  — .  O  —  da  pirhtura,' 
subst.,  a  parte  do  painel  que  figura  corpos 
resaltados.  — ,  perdoado;  ajUviado de  encar- 
go, obrigação.  •^»:'n>    -dl  f.-fi<v.  o 

RELfiVADOR,  A,  adj.  quo  retevt  (couiS  ou 
pessoa). 

rklevamento,  5.  m.  [mento  suíí  )  (ant.) 
o  acto  de  relevar,  perdoar,  alliviar,  absolver 
djC  obrigação,  encargo.  —  do  degredo. 

relevância    V.  Importância 

RELEVANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans,  tis)  que  releva,  realça ;  (fig.) 
importante,  attendivel.  nrgaurieatos,  motivos 
— s.  Gircumstancias — s.  Embargos — s,  que 
provados  relevam. 

RíLEVAR,  V.  a.  fLaU  relero,  are,  re  pref. 
e  Uvave,  levantar)  realçar,  dar  relevo,  v.g. 
—  a  pintura,  fazer  sobresahir  certas  partes 
do  quadro.  — ,  absolver,  perdoar,  diraittir, 
dispensar,  v.g.  —  a  pena;  —  a  falta,  cul- 
pa, erro,  descuido,  dissimular,  passar  por, 
desculpar.  -^  adora  alguém,  consolar.  — , 
V.  n.  importar.  Cousa  que  lhe  tanto  releva- 
va; importava,  ex.  «  Relevava  abreviar  o  ne- 
gocio. »  Eufr.  Isso  releva  para  o  i  ugmento 
da  agricultura,  das  artes.  Releva-me  que  o 
façamos  »  Lamões,  Seleuco. 

RELEVO,  s.  m.  (do  Ital.  r«/ícpo.  Vr.relief] 
a  parte  que  sobresáe  da  superficie  plana  de 
esculptara  ;  as  partas  da  pintura  que  figu- 
raid>  ccHP^os  resaltados ;   (tig.)  realce,  cousa 


REL 


R£L 


W 


que  realça.  —  inteiro^  em  que  as  Oguras 
se  destacam  inteiramente  do  plano.  Meio — , 
era  qie  sobresáem  por  metade.  Baixo  — , 
em  que  as  tiguras  esculpidas  sobresiem  pou* 
CO.  Bordado  de  — ,  de  alto,  alcachofrado. 

RELHA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  reilhe  onreille)  a 
parte  do  arado  que  corta,  abre  os  regos  na 
terra.  — s  dos  carros ^  taboas  que  atravessam 
por  dentro  da  madeira  o  meão  e  «s  caibas,  e 
chaços  das  rodas  do  carro,  e  as  seguram. 

RBLHiNQUiMENTO,  s.  m.  (ant.)  V.  Dcixu- 
fõo.  Abandono. 

RELUiNQUiR,  tj.  a  (do  L&i.relinquo^  ere, 
deixar).    V.   Deixar^  Abandonar,  Uemittir. 

RELHO,  s.  m.  (Lat.  religo,  ere,  apertar) 
(ant )  cesto,  cinto  matronal.  Chegar  uma  mu- 
lher ao  —  ;  (fig.)  casar  com  ella  ou  gozar 
d'ella.  Vir,  chegar  ao  — ,  (fig  )  conseguir 
o  intento.  — ,  nome  de  um  peixe  do  Mon- 
dego. 

rílho,  s.m.{áo  Sióy  relho)  açoute  de  tira 
de  coiro  torcida  sobre  si. 

RELHO,  A,  adj.  rijo.  duro  como  o  coiro 
cru,  inflexível,  \elbo  e — .  Fallarportuguez 
velho  e  — . 

HELHOTE,  s.  m.  diminut.  de  relha,  peda- 
ço de  relha  mais  estreita. 

REI  íCARio,  s.  f.  [réliquia,  des.  ário)  caixa 
de  relíquias. 

RELifiADO,  A,  p.  p.  de  religar  ;  adj.  hga- 
do,  atado  de  novo. 

RELIGAR,  V.  o.  [rc  prcf.,  e  ligar)  atar,  li- 
gar de  novo,  ou  com  novos  laços. 

RELiGAS.  V.  Relíquias. 

RELIGIÃO,  s.  f.  [IM.  religio,  onis,  dere- 
ligo,  are,  ligar  fortemente)  culto  a  Deus,  aos 
santos ;  culto  aos  deuses  gentílicos,  ás  di- 
vindades symbolicas  ;  observância  dos  pre- 
ceitos divinos  ou  suppostos  taes ;  reveren- 
cia ás  cousas  sagradas ;  acto  religioso.  — , 
casa  de  homens  consagrados  ao  culto  divi- 
no, v.g.  conventos  de  frades ;  ordem  de  ca- 
valleiros  que  fazem  votos  religiosos,  ».  g 
a  —  de  Malta.  — ,  vida  de  ptssoa  dedicada  ao 
culto  divino.  — ,  (ant.)  santidade,  virtude 
divina,  ex.  «O  rio  Wagundii...  não  tem  aquel- 
la  —  das  aguas  do  Ganges.  »  Barros.  Cre- 
mos que  nesta  phrase  religião  significa  ve- 
neração como  a  cousa  divina,  sagrada. 

Syn.  comp.  Beligiáo,  piedade,  devoção. 
Beligiôo  é  a  \iriude  TLOtnl  com  que  ado- 
ramos e  revrenciamos  a  Deos.  Ftedade  é 
a  \irtude  que  move  o  homem  a  honrar  a 
Dtcs  ;  ajunta  á  prin  eira  a  ideia  de  zelo  , 
e  íiireição  (ordiaL-  ó  a  religião  affecluosa 
e  anavei.  lUtOiões  éo  fer\or  e  reverencia 
religiísa  com  que  f«zen.os certos  exercícios 
de  piedade,  que  por  isso  se  lhes  dá  tam- 
bém o  nome  de  detoções. 

Ka  religião  domina  a  íé ;  na  piedade,  a 
caiicide  ;    na   áixcçào,    a  csperai^ça ;  que 

; 


nào  são  nossas  devoções  senSo  votos  a  Deus 
para  que  nos  onça,  por  isso  que  nelle  po- 
mos toda  a  nossa  esperança. 

RELiGiONAHio,  s.  m.  (Er.  religionnaire]  no- 
me dado  aos  protestantes  reformados. 

RELIGIOSAMENTE,  ttdv.  {mente  suff.)  com 
religião,  dirigindo-se  por  princípios  religio- 
sos; com  escrupulosa  attenção,  v.  g.  guar- 
dar —  o  segredo. 

RELIGIOSIDADE,  s.  f.  [lãX.  religiositas,  tis) 
a  qualidade  de  ser  religioso,  observância  re- 
ligiosa. 

RELiGiosrssiMAXENTK,  adc.  superl.  de  re- 
ligiosamente. 

religiosíssimo,  a,  adj.  superl.  de  religio- 
so. 

RELIGIOSO,  A,  adj.  (Lat.  re/»^iosi*.9)  obser- 
vador dos  preceitos  da  religião,  dado  ao  cul- 
to divino,  que  professa  regra  religiosa,  mo- 
nástica. Vida  — .  Casa  — ,  convento,  mostei- 
ro. 

RELINCHAR,  RELINCHO.  V.  Rinchar,  Rin- 
cho. 

relinga,  s.  f.  (naul.)  corda  de  atar  ave- 
la, ex.  «('orlou  —  da  vela  com  a  espada.» 
Couto. 

relinquir,  V.  a.  (Lat.  relinquo,  ere).  IP.o'- 
Deixar. 

relíquia,  s  f.  (Lat.)  resto ;  cousa  vene- 
rada por  ter  pertencido  a  Jesu-Christo,  á  vir- 
gpm  Maria  ou  aos  Santos.  — s,  restos,  o  que 
escapou,  v  g.  —  da  antiga  grandeza  do  Egy-í*'' 
pto,  da  Grécia.  As  —  do  exercito,  a  gentô 
que  escapou. 

RçLiQUíARio.   V.  Relicário,  mais  usado. 

RELiQuo,  A,  adj.  (Lat.  reliquus)  V.  ReS" 
tante. 

RELLA.  V.  Rela. 

relogeiro.  V.  Relojoeiro. 

R ELOGIARIA.  V.  Relojoaria. 

RELOGiNHo,  s.  m.  d^minut.  de  relógio. 

RELÓGIO,  s.  m.  (coiTupto  do  Lat  horolo- 
gium,  *ieho7a  e  logia,  Fr.  ant.  re/o^e)  mer 
chanismo  de  rodas,  pesos  e  molas  que  marca 
as  horas  e  suas  subdivisões,  posto  em  tor- 
res. —  de  parede,  metido  em  caixa  e  encos- 
tado á  parede.  —  de  mesa,  qu3  se  põe  so- 
bre mesa,  chaminé  de  sala,  etc.  —  de  al- 
gibeira, que  se  traz  no  bolso.  —  de  agua, 
que  se  move  por  agua.  —  rf«  areia,  ami- 
pulheta.  —  do  sol,  gnomon  que  indica  as 
horas  e  suas  subdivisõos  pela  sombra  do  sol. 
Dar  corda  60 — .  y.  Corda.  — ,  (naut )  meia 
hora  medida  pela  ampulheta  :  ex.  «  Esteve  ' 
sete  relógios  do  mar  em  travez.  » 

RELOjo.  V.  Relógio.  í^i 

RELOJOARIA,  s.  /.  (des.  ario),  arte,  ofi- 
cio de  relojoeiro. 

RELOJOEIRO,  s.  m.  (ées.  eiro),  artífice  que 
faz,  tonceila  ru  vende  relojos. 

RfLOUCAfio,  A,  p.  p.  dp  reloucar*    adu,- 
102  ♦ 


REM 


EEM 


enlouquecido,  duas  rezes  louco,  infatua- 
do. 

RELOUCAR,  V.  tt.  (rc  pref.,  louco,  ardes, 
inf.),  enlouquecer,  tcanstornar  inteiramen- 
te o  juizo,   infatuar. 

RELUCTADO.  V.  Rcsistido,  Repuguado. 

HELUCTANCiA.  V.  Repugnância. 

RELUCTANTE,  ttdj .  dos  2  g.  (Lat.  reluc- 
ía«,  tis,  p.  a.  dereluctor,ari),  repugnan- 
te, que  repugna,  resiste. 

RELUCTAR,  V.  n.  (Lat.  reluctor,  ari),  re- 
sistir, repugnar. 

RELUMiJRAR.  V.  Resplandecer,  Reluzir. 

RELUZENTE,  adj .  dos  'È  g  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ens,  tis),  que  reluz,  brilhante. 

RELUZIR,  V.  n.  (Lat.  reluceo,  ere),  bri- 
lhar, resplandecer;  (fig.)  sobresahir :  v.  g. 
Reluz  o  prazer  no  rasto.  P.  p.  reluzido. 

RELUZIR,  í?-  o,,  (p,  us.),  reflectir  a  luz. 

RELVA,  s.  f.  herva  curta  do  prado. 

RELVAR,  V.  a.  [relva,  ar  des.  inf.)  cor- 
tar, segar  a  relva.  — ,  cobrir-se  de  relva. 
Relvam  os  prados. 

RELVOSO,  A,  adj.  (des.  oso  ]  coberto  de 
relva. 

REM,  s.  f.  (do  Lat.  rem,  accus.  de  res, 
cousa.)  (ant.)  cousa.  «Se  achasse  que  algu- 
ma—  fereza  como  nom  devia.»  Ord.  Af- 
fons.  Como  adv.  negativo  corresponde  ao 
Francez  rieu,  nada,  v.  g.  não  valeu — . 

REMACLE   ou    RIMAI L    (S.)  ,    (hist.    S.)   bispO 

de  Tongres  em  650,  fundou  o  convento  de 
Stavelo.  Morreu  em  675.  E'  festejado  a  d 
de  Setembro. 

REMADA,  *.  /.  [remo,  des.  s.  aáa.)  golpe 
de  remo ;  impulso  dado  remando. 

REMADOR.  V.  Remeiro. 

REMADURA,  s.  f.  (dcs.  ura.)  o  trabalho 
de  remar. 

REMAESCER.  V.  Remanccer. 

REMAL.  V.  Ramal. 

REMANCHADO,  A,  p.  p.  de  remauchar-se; 
adj.  feito  de  vagar,  com  deleixo  Homem 
— ,  remanchão,  tardo,  vagaroso. 

REMANCHADOR,  A,  adj.  V.  Remanchão. 

REMANCHÃO,  ONA,  adj.  c  s.  delolxado,  tar- 
do, pachorrento,  vagaroso.  Criados  rema?i- 
chões. 

REMANCHAR,  V.  a.  (do  Fr.  remansurer, 
demorar-se.)  (ant.)  delongar,  procrastinar. 
— SE,  V.  r.  andar  vagaroso;  ser  tardo,  de- 
morar-se eni  fazer  alguma  cousa. 

REMANCHO,  s.  m.  paí»horra,  falta  de  acti- 
vidade, fleuma,  inércia 

REMANço.  V.  Remanso. 

REMANDiOLA ,  s  f.  (chulo)  engauo  astu- 
cioso. Armar  uma  — .  E'  provavelmente  cor- 
rupção de  armadilha. 

RSMANBCENTE,  odj .  dos  2  g.  (dcs.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans,  tis.)  que  sobra,  sobeja.  O 
—  da  herança,  o  que  sobra  deduzidas  as 


despezas  e  satisfeitas  as  disposições  do  tes- 
tador. 

REMANECER,  t>.  fl.  OU  n.  (Lat.  remanco, 
en ;  re  pref.,  e  manere,  permanecer.)  so- 
brar, sobejar,  restar.  Satisfeitos  os  legado» 
remaneceu  um  grande  cabedal. 

remaneNte.  V.  Remaiiecente. 

REMANENTE  ,  adv.  (ant.)  de  pancada,  de 
repente,  de  romania.  «  Saxeo  pilar  vir  — 
abaixo.  »  Fr.  Barreto.  Eneid  IX,  170.  V. 
Romania. 

REMANGAR,  V.  a.  [re  pref.,  e  L&t.mani- 
ca,  manga),  lançar  mão  para  ferir.  «  Se  eu 
remango  d'um  capim  »  Cam.  Anfitr.  —se, 
V.  r.  arremangar-se. 

REMANSO,  s.  m.  (do  Lat.  remansum,  sup. 
de  remaneo,  ere,  ficar,  demorar-se),  lugar 
do  rio  onde  a  agua  se  acha  represada,  plá- 
cida, sem  movimento ;  (flg.)  cessação  de 
movimento,  de  acção ,  recolhimento  tran- 
quillo,  V.  g.  o  —  da  cella,  do  retiro  ;  es- 
tado plácido,  tranquillo,  de  repouso,  des- 
canso, quietação.  O  somno  ó  o  —  da  vida, 

REMAR,  V.  r.  [remo,  ardes,  inf.),  impel- 
lir  a  embarcação  por  meio  dos  remos,  mo- 
ver a  embarcação,  dando  aos  remo».  «  Não 
íendo  quem  lhe  remasse  os  navios.  »  Bar- 
ros. «  iNeste  batel  que  remo.  »  Cruz,  Eglogv 
A  galé  remava  trinta  remos,  era  remada  por 
trinta  remos.  — ,  v.  n.  fincar  a  pá  dore^- 
mo  na  agua,  forcejaedo  para  propellir  a  ^ 
embarcação,  adiantar-se  remando  (a  embar- 
cação) :  —  contra  a  maré,  (fig.)  tentar  cou- 
sa árdua.  —  para  a  sua  opinião ;  (fig.)  fa- 
zer por  sustental-a ;  —  a  ave  com  azas, 
adejar.  — ,  (fig.)  nadar,  —  com  os  pés. 
— ,  (fig.)  esforçar-se,  afanar  em  qualquer 
trabalho  :  —  sem  cadeias,  soffrer  trabalhos, 
forçados  por   costume. 

REMASCAR,  «■  a.  (re  pref.),  tomar  a  mats- 
car,  remoes,  ruminar;  (fig.)  considerar  de 
novo ;  V.  g.  —  os  seus  cuidados,  paisa»* 
mentos,  as  palavras,  as   ideias. 

remassaR,   (ant.)  V.    Remanecer^ 

REMASSE,  s.  f.  peça  de  ferro  usidia!  pelos 
espingardeiros. 

REMATAÇÀO.   V.  Arrematação.. 

REMATADAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com- 
pletamente, V.  g. — louco,  cego. 

REMATADO,  A,  p.  f.  de  rematar  ;  adj.  aca- 
bado de  todo.  Tinha  —  a  obra,  completado, 
completo.  K' um  louco — .  — ,  seguro,  v.y.. 
—  o  ponto,  dobrando-o  para  que  não  esca- 
pe a  costura. 

REMATADOR.  V.  Árrematador. 

REMATAR,  fj.  a.  (do  Lat.  rima,  fendfty  o 
atar)  acabar  de  todo,  terminar,  compleiar, 
ccncluir,  v.  g.  —  a  malha ;  —  o  ponto  da 
costura,  segurando-o,  dobrando  o  ponto ; 
(fig.)  —  a  obra,  a  guerra,  o  discurso.  — , 
emalmoeda,  leilão.  V.  Arrematar.  — ,  v. 


REM 


REM 


409 


a.  ou  n.  terminar-se,  v.  g.  a  figura  rema- 
ta em  peixe.  O  entremez  remata  em  pan- 
cadaria. 

reuate  ,  s  m  a  peça  que  se  põe  para 
terminar  qualquer  obra  de  archileclur«,  v. 
g  o  —  da  t<»rre  é  uma  cruz  — ,  conclusão, 
lim,  termo,  terminação  Poz  o  —  i  obra,  á 
guerra.—,  cume,  cumulo,  v  g.  para — de 
suas  desventuras.  —  de  cantiija,  fecho,  ver- 
sos com  que  o  poeta  termina  a  canção. 

reubrawdt  (Paulo),  (hist.)  um  dus  pri- 
meiros pintores  da  escólio  holUndeza,  nas- 
ceu em  l(i(l6.  morreu  em  1()74.  Das  suas 
prí»diirções  a  melhor  é:  'lobias  t  ma  fa- 
mília. 

HKMCOM.  V.  Rincão. 

RKiKAÇÃo,  (ant  )  V.  Tornada,  Volta. 

remeçar.  V.  Rfimessar. 

REiKCHER    V.  Remexer. 

REMEDÃo.  V.  Ramadan. 

REMEDAR.  V.  Arremedar. 

REMEDIADO ,  A,  p.  p.  de  remediar ;  adj. 
a  que  se  deu  remédio,  curado  ;  soccorrido. 
Homem  — ,  (fig.)  que  tem  com  que  subsis- 
tir. 

REMEDiADOR,  A,  s.  wi.  ppssoa  que  reme- 
deia, ar^ode  ás  necessidades  de  alguém  ,  ». 
g.  —  dos  pobres; — dos  alheios  trabalhos. 

REMEDIAR  ,  V.  a  [remédio,  ar  des.  inf.) 
curar  doença,    ferida  ;  dar  remédio,  v.  g. 

—  o  mal,  o  damno  ;  (fig  )  emendar,  corri- 
gir, V    g.  —  abusos. — ,  desviar,  j^revenir, 

—  alguém,  soccorre-lo  nas  suas  necessida- 
des. 

REMEDiAVEL .  adj.  dos  2  g.  (des.  avel.) 
que  se  pode  remediar. 

REMÉDIO,  s.  m.  (Lat.  remedium;  repreí., 
medeor,  eri,  curar.)  medicamento  emprega- 
do para  curar  ;  meio,  expediente  para  re- 
mediar, atalhar,  prevenir,  corrigir,  acudir 
és  necessidades  ;  recurso,  refugio.  Não  ha 
— .  Isio  não  tem  — ,  é  inevitável.  — ,  bens, 
riqueza.  Homem  que  tem  — ,  abastado.  JSáo 
ter  — ,  não  ter    neios  de  subsistência. 

Syn.  comp  Remédio,  medicamento.  Es- 
tas duas  palavras  dizem-se  de  tudo  o  que 
se  prepara  ou  se  emprega  para  curar  as 
enfermidades,  porem  com  n  seguinte  diffe- 
rença. 

Chama-stí  remédio,  em  geral,  a  tudo  o 
que  conlribue  a  curar  as  enfermidades,  a 
conservar  a  saúde,  ou  que  para  esse  fim  se 
empr.fa.  Diz-se  medicamento  toda  a  sub- 
stancia cap«z  de  produzir  no  animal  viven- 
te mudanças  uleis  para  a  saúde,  isto  é;  a 
propósito  para  resta belecel-a  .  ou  evitar  o 
seu  detrirrento,  applicando-o  já  interior,  já 
oxieriorniente. 

Remédio  é  o  termo  mais  extensivo  que 
medicamento,  é  o  género  de  que  este  é  a 
Êspecie ,   pois  medicamento   significa    uma 

TOL.    IT. 


preparaç&o  pharmaceutica,  ou  remédio  de 
botica.  O  primeiro  refere-se  á  faculdade  cu- 
rativa, á  cura  ;  o  segundo,  a  um  dos  meios 
de  obtel-a.  Medicamento  nào  tem  as  accep- 
ções  figuradas  de  remédio.  4  natureza  fa- 
cilita 011  suggeie  os  remédios :  ha  reme-" 
dios  caseiros.  A  pharmacia  compõe,  prepa- 
ra os  medicamentos. 

REMEDIR,  V.  a.  [re  pref.)  tornar  a  medir. 

RRMRDO.  V.  Arremedo. 

REMEiRO,  s.  m.  [remo,  des.  eiró.)  rema- 
dor, o  que  rema  embarcações. 

BEMKiRO  ,  A,  adj.  que  cede  facilmente  á 
impulsão  dos  remos.  Fusta,  galé  — ,  que  an- 
da bem  a  remo. 

REMELA  ,  s.  f.  (Ho  Lat.  mclUgo,  gomma 
com  que  as  abelhas  besuntam  o  interior  dos 
cortiços.)  humor  viscoso  que  se  ajunta  no 
canto  interno  dos  olhos,  e  na  raiz  das  pes- 
tanas. 

REMELADO.   V.    RcmcloSO. 

REMELÃo  ,  adj.  m.  (de  remela.)  Assucar 
— ,  molle,  sem  boa  gran,  queimado. 

REMELAR,  V  a.  (rcmc/a,  ar  dcs.  iuf.)  cfiar 
remela  ;  fazer  assucar  remelão. 

REMELHOR,  ttdj .  dos  2  g.  (t.  cómico)  mais 
que  melhor. 

REMELOso,  A,  adj.  (dcs.  050.)  que  tem  re- 
mela Olhos  — s.  Lia  (nome  próprio)  a  r«- 
melosa, 

RKMEMBRANÇA  ,  s.  f.  (ant.)  V.  Lembrança. 

REMEMBRAR,  V.  a.  (ant.)  V.  Lembrar. 

REMEMORAR,  V.  a.  [rc  prcf.)  tornar  a  lem- 
brar, recordar,  trazer  de  novo  á  memoria. 

RKMEMOHATivc,  A,  adj.  (des.  ivo  )  que  trax 
á  memoria  o  passado,  que  serve  de  lem- 
brar, de  recordar.  Signaes  —s. 

REMENDADO,  A,  p.  p.  de  de  remendar; 
adj.  a  qu»í  se  poz  remédio.  Cavallo — .ma- 
lhado. Mentira  mal  —  ,  mal  concertada. 

REMENDÃO,  s.  wi.  (remcndo,  des.  ão,  de- 
notando oílicio  )  oílícial  de  sapateiro  ou  de 
alfaiate  que  concerta  calçado  ou  fato  velho. 
— ,  oíTniial  de  obra  grossa,  pouco  hábil. 

REMENDAR,  V.  a  [remeudo,  ar  des.  inf.) 
deitar  remendo,  concertar,  t?.  g.  — sapatos, 
vestidos.  —  navios,  galés.  —  doutro  pano, 
(fig.)  cousa  de  outra  origem,  fora  do  as- 
sumpto. 

REMENDARIA ,  *.  f.  (des.  ária.)  (p.  us.) 
capa  de  reniendos. 

REMENDEIRA,  s.  f.  [remendo,  des.  eira.) 
mulher  que  remenda  fato  velho. 

RBMENDiNHO,  s.m.  dimiuMí.  de  remeudo. 

REMENDO,  s.  w  [re  pref,,  e  emendar.) 
peça  de  pano  ou  de  coiro  c^m  que  se  con- 
certa a  parte  rota  do  f« to  ou  do  calçado  hei- 
tar — s  nos  sapatos,  no  vestido.  Z)ciíor — sá 
vida,  ir  vivendo  com  as  suas  necessidades 
e  a  custo  — s,  malhas  noscavallose  outrOg 
acimaes.  Fa;icr  as  cousas  a  — 5.  a  pedaços 
103 


410 


REM 


HEM 


com  interrupção.  Musica  de—s,  composta 
de  peças  de  diversos  estylos,  ou  autores. 
*   REMERCEAMETSTO,  s    wi    (do  Fr.  remerci- 
rhent.)  (ant  )  V.  Agradecimento. 

REMERCEAR,  V.  tt.  (do  Fr.  remcrcígr. )  (aut.) 
agradecer.  Chron.  de  D.  Affonso  IV,  por 
Leão,  cap  21. 

REMERECEDOR,  A,  ttí/;".  dobradamciite  mti - 
recedor,  muito  merecedor. 

REMERECER  ,  V.  tt    [ve  pref.)  merecer  de 
novo  ou  duas  vezes;  merecer  mais  do  que 
yole  o  que  se  dá  em  paga. 
"   REMiRECiDO,  A,  p.  p.  áe  TemeTBcer,  adj 
mais  que  merecido.  «  O  que  me  dais,  pri- 
meiro vo  lo  teniio — .  »  Utis.  E'  ant. 

REMEZ,  (geogr.)  antigo  pequeno  paiz  de 
França,  na  Champanha,  formava  o  territó- 
rio de   Iteims. 

REMESSA,  s.  f.  o  acto  do  remetter;  a  cou- 
sa remeitida,  v.  g,  —  de  fazendas,  de  di- 
nheiro. 

REMESSADO.  V.  Arremessãdo . 

jREMESSÃo,  s.  m.  [ão  des.  augm  )  arma 
de  arremesso  grande.  PI.  Remessões. 

REMESSAR,  V.  O.  ^ .  Arremessar. 

REMESSO,  s.  m.  arma  de  atirar.  V.  Ar- 
remesso. 

REMESTRE,    S.    m.  (t.  COmicO  6  jOCOSO)  du8S 

Vezes  mestre. 

REMETTEDURA.  V.  Remettida ,  Envesti- 
da. 

REMETTER  ,  V.  tt  (Lat.  remitto,  ere ;  re 
pref.,  e  mitto,  enviar,  lançar.)  mandar,  en- 
viar cousa  a  alguém,'??.  ^.  —  fazendns,  ge- 
íleros,  mercadorias,  dinheiro,  carts,  docu- 
mentes. —  os  autos  80  juiz.  —  o  negocio, 
coníia-io,  entrega-lo.  —  uma  pessoa  a  ou- 
tra, enviar-lha  com  recommendação. — ,  en- 
treger,  v.  g.  —  QO  silencio.  —  ,  deixar,  c. 
^.  _  a  decisão  do  negocio  para  outra  ccca- 
sião,  diífenr ;  deixar,  v.  g.  remettamos  os 
nossos  aggravos  a  Deus,  para  que  os  ca&li- 
gup.  —  tribvtos,  a  divida,  perdoar.— a  ira, 
remettir,  moderar.  —  o  cava  lio:  arremessa- 
lo,  faze  lo  sair  com  iropeto.  —  se,  v.  r.  re- 
ferir-se,  acquiescer.  Bcmeíío-wic  ao  seu  ar- 
bítrio, á  sua  decisão,  ou  —  ao  livro  citado. 
V.  Arremetter. 

REMíTTiDA,  s.  f.  Bcto  de  arremetter,  im- 
pulso,  arrojo  de  homem  ou  de  animal ,  v. 
g.  —  de  touro. — s  de  nossa  gente. 

REMETTiDO  ,  A  ,  p.  p  de  remetter  ;  odj. 
perdoado.   Tributo  —  ,  perdoado,  quitado 

RÈMETTiDURA.  V.  Remeitida,  e  Ctmmtt- 
ti^ento. 

REMEXER,  t>.  a.  [re  pref.)  tornar  a  mexer, 
revolver,  v.  g.  —  o  liquido.  —  os  quadris, 
âove-los  lascivamente  como  em  certas  dan- 
sas;  (íig  )  inquietar. 

REMI,  /geogr.)  povo  da  Gallia,  na  Bélgi- 
ca 2.",  ao  0.  dos  VeromanãiHs  e  dos  Se- 


eessionis,  tinha  sido  antes  de  César  um  dos 
povos  mais  consideráveis  da    Gallia. 

REMI  (S.),  (hist  )  Remigius,  apostolo  dos 
Francos;  era  arcebispo  de  Ileiras ;  bapti- 
zou Clóvis,  operou  numerozas  conversões 
entre  os  Francos,  morreu  em  5H3.  K'  fes- 
tejado no  1.*^  de  outubro. 

REMI  (S.),  (hist.)  arcebispo  de  Lyâo  em 
852,  assistiu  aos  concílios  de  Valence,  de 
Chaloiis  sobre  Saone  e  obteve  diversos  pri- 
vilégios para  a  sua  igreja  fe'  festejado  a  8 
de  outubro.  Outro  S.  liemi,  foi  arcebispo 
de  Pouen  no  Vlll  século;  morreu  em  //l. 
E'  festejado  em  Rouen  a  7  de  janeiro  e  a 
15  de  maio. 

REMIDA,  subjunctivo  ant.  de  remedir. 

Remido,  a,  p.  p.  de  remir ;  adj.  resga- 
tado. 

REMiDOR  ,  s.  m.  o  que  resgata,  redem- 
ptor. 

RííMiGES,  adj.  f.  pi.  (Lat.  remiyo y  are, 
remar.)  As — ,  pennas  das  azas  das  aves. 

REMiGio,  s.  m.  (Lat.  remigium.)  adejo, 
movimento  das  azas. 

remigração  ,  s.  f.  {re  pref.)  regresso  do 
lugar  para  onde  se  tinha  emigrado. —  dos 
desterrados  ;  —  para  a  pátria. 

remimento,  s.  m.  V.  Remissão  das  cul- 
pas. 

REMiNHOL,  s.  w.  grande  colher  de  cobre 
encravada  em  cabo  de  páu  com  que  se  re- 
mexe o  assucar  nas  caldeiras,  antes  de  ir  pa- 
ra as  formas. 

REMINISCÊNCIA,  s.  f.  [Vbi.  rcminiscentia, 
de  reminiscor,  ci,  recordar- se,  do  Gr.  mnao- 
mai;  rad.  menô,  permanecer,  durar.  Em 
Egypc.  meui  ou  meyi  significa  memoria.) 
recordação  de  ideias  conservadas  na  mente; 
lembrança  imperfeita  de  successo  ou  noção 
pretérita  ;  exercício  da  memoria. 

REMIR ,  V.  a.  (do  Lat.  redimo,  ere  ;  re 
pref.  iterativo,  e  tmere,  comprar.)  resgatar 
o  que  estava  empenhado,  ou  a  pessoa  que 
estava  em  captiveiro  ;  fazer  cessar  a  obriga- 
ção, pagando  por  si,  ou  por  outrem  ;  li- 
vrar do  poder,  v.  g.—f*  praça  conquista- 
da ;  —  o  combate.  —  os  peccados,  procurar 
obter  o  [erdão  delles,  u  g.  por  boas  obras, 
esmolas,  arrependimento  sircero.  —  texa- 
me,  livrar- se  delle.  — ,  soccorrer.— o /yncm, 
tira-lo  de  grande  trabalho. —se,  «.  r.  re- 
mediar-se  da  necessidade. 

REMIRADO,  A,  p.  p.  de  Tcmirar;  adj.  olha- 
do, revisto  atlentamente. 

RiMiRAR,  V.  a.  [re  pref.)  rever,  tornara 
olhar  com  attenção.  — se,  «.  r.  mirar-sea 
miúdo,  tornar  a  mirar-se :  —  no  espelho, 
na  formosura. 

»EMiRKHONT,  (gcogr.)  iáctfwái  caílfi*»,  ci- 
dade de  França,  a  6  léguas  ao  SE.  d'Epi- 
nal ;  5«050  habitantes. 


KEM 


REM 


411 


REMissAMENTE,  adv.  [mente  suflf.)  de  mo- 
do remisso,  demoradamente,  com  frouxidão, 
sem  presteia.  Fazer  a  sua  obrigação — . 

RKSiJSSÃo  ,  *.  f.  (^at.  remitsio,  onis.)  o 
Hcto  do  remeiter,  mandar,  enviar;  remessa, 
V.  g. — dos  embar^{OS. — ,  [^erái^o ,  v .  g . — 
da  culpa-  altivio,  minoraçào,  v  g.  —  da 
pena  —  da  divida,  quitação.  — ,  diminui- 
ção da  intensidade.  —  da  febre,  da  dôr,  do 
paroxysmo  As  febres  continuas  tem  remis- 
sões, mas  não  perfeit^^s  intermittencias  — , 
frouxidão  do  animo  remisso. 

REMfSSiVEL,  adj.  dos  2^.  (des.  m/.)  per- 
doável, r.  g.  peccados,  culpas  remissiwis. 

RBiisso,  A,  adj.  (Lat.  remissus.)  tardo, 
vagaroso  ;  frouxo  no  obrar,  em  executar ; 
que  perdeu  da  sua  intensidade.  — no  go- 
verno ;  —  em  castigar. 

REMissoRio  ,  A,  udj.  (Lat.  remíssorius ,) 
(fort.)  Carta  — .  a  que  o  juiz  manda  com 
os  aiitoi  a  outro  juiz  ou  tribunal.  Letras, 
decreto  —  ,  as  que  contêm  remissão,  per- 
dão. 

REMiTTETSTE^  adj.  dos  2  g.  (Lat.  remit- 
tens,  tis.)  (med.)  que  tem  remissões.  Febre 
— ,  cujos  paroxysmos  soffrem  diminuição, 
seo.  todavia  flcar  o  doente  livre  da  enfer- 
midade como  nas  febres  intermittontes, 

RKMiTTiDO,  A,  p.  p.  de  remittir;  ac(/.  per- 
doado.  afrouxado. 

REMiTTiR,  V.  a.  (Lat.  remitto,  ere.)  per- 
doar, qnitar,  v.  g. — as  injurias,  a  divida, 
o  tributo,  a  pena,  opeccado. — ,  ceder,  lar- 
gar, V.  g. — o  governo,  o  direito. — ,  afrou- 
xar, V.  g.  —  o  rigor,  o  zelo. — se,  c.  r. 
affouxar,  perder  a  intensidade.  —  a  dôr,  a 
febre  ;  —  o  calor  do  sol,  o  furor. 

RBMiTiL,  adj.  dos  2  g.  (des.  ip#/.)  resga- 
tavel. 

REMO,  s  tn.  (Lat.  remus,  de  raw?<*,  ra- 
mo de  arvore.)  vara  ou  páu  roliço  fixado  na 
borda  de  embarcação,  terminado  em  pá  com 
que  o  remeiro,  fincando  a  na  agua,  propel- 
le  a  embarcação.  Armada  de — ,  de  navios 
de  remo.  Estar  —  «m  puw/io,  prompto  a  re- 
mar. Alado  ou  prezo  ao  — ,  diz-se  do  ga- 
leote,  e  (fig.)  de  quem  está  aferrado,  v.  g. 
ao  vicio,  á  ambição  Remar  seu  —  ;  (fig.) 
passar  a  vida  era  trabalho,  trabalhar  mui- 
to por  viver.  Dar  ao  —  por  onde  fazem  as 
ondas,  ir  com  a  maré,  seguir  o  curso  fa- 
vora /el  das  cousas.  Picar  o — ,  daVirt)^; 
tirar  pelo — ,  remar  com  força.'  * 

REMO,  (hist.)  irmão  de  Rómulo,    foi  ex- 
posto com  elle  logo  depois  de  nascido,  ajii 
dou  o  a  fundar  R()'na,  e  foi  morto  por  elle 
em  consequência  de  ter  saltado  por  escar- 
neo   o    fosso   que   traçava  o  recinto  da  ci 
dade. 

REMOÇADO,  REMOÇAR.  V.  Remoqucar,  dar 
remoque. 


REMOÇADO,  A,  p.  p.  de  remoçsr;  ac(;'.  tor- 
nado  moço  ;  que  adquiriu  novo  vigor. 

REMOÇÃO,  s.  f.  o  acto  de  remover,  ou  de 
ser  removido. 

REMOÇAR,  c.  a.  [re  pref.  iterativo,  moço, 
ar  des.  inf.)  fazer  recuperar  o  viço  da  mo- 
cidade ;  dar  noto  vigor.  «  Ustição  que  re- 
moça a  natureza,  »  íiodinho,  a  primavera. 

—  SE,  V.  r.  recobrar  o  viço,  o  vigor  da  mo- 
cidade, «ijuando  as  cãs  remofom  para  desa- 
tinos de  amor  e  de  lascívia.  »  Bocage. 

REMOEDURA.  V.  Ituminação. 

REMOF.LA,  s.  f  (chulo)  pirrâça  que  se  faz 
a  alguém  remoendo  o  punho  dâ  mão  direi- 
ta contra  a  palma  da  esquerda. 

REMOER,  V.  a.  [re  pref.  iterat.)  tornar  a 
moer,  moer  com  trabalho  e  imperfeitamen- 
te. —  o  comer,  rumiar.  -  os  dentes ,  ran- 
ger;  (fig.)  raivar,  de  inveja,  ou  de  paixão 
contra  alguém. 

REMOINHAR ,  V.  a.  OU  n.  [remoinho,  ar 
des.  inf.)  fazer  remoinhos,  gyrar,  mover- 
se,  ou  subir  gyrando.  Remoinham  as  on- 
das, onde  ha  sorvedouros,  voragens  Remoi- 
nha o  fumo,  o  vento  — ,  fazer  gyrar.  (is 
tufões  remoinham  as  ondas.  Os  fumos  da 
vinhaça  remoinham-lhe  a  cabeça  estontada. 

REMOINHO,  s.  m.  V.  Redomoinho. 

REMOiNHOso,  A,  adj.  (des.  oso.)  que  faz 
remoiíihoi,  voraginoso. 

REMOLHAR,  V.  a.  [re  pref  ilerat)pôrde 
remolho,  macerar;  molhar  muito.  Barba 
remolhada,  meio  rapada. 

REMÔLHO,  s.  m.  acto  de  remolhar,  mace- 
rar. Deitar,  ou  pAr  de — ,  debaixo  de  agua, 
para  macerar,  amollecer.  «  Quando  vires  ar- 
der as  barbas  do  teu  vizinho,  põe  as  tuas 
de — ,  »  dictado  que  equivale  a  quando  vi- 
res mal  que  ameaça  leu  vizinho,  previne-te, 

REMONTA,  s.  f.  —  de  cavallaria,  provisão 
de  novos  cavallos  para  suoprirem  os  velhos 
ou  estropeados.  ";•  ., 

REMONTADO,  A,  p  p.  d^  rènSontar ;  adj. 
elevado  ao  alto ;  subido,  elevado.  Pensa- 
mentos, animo,  discurso.  — ,  remoto  (em  lu- 
gar ou  em  tempo).  «  Eraprt zas — s  dos  olhos.» 
mui  antigas.  Às  nações  mais  —s.  Terras — i. 
Caça — ,  que  se  fez  fugir  para  os  mais  jei- 
tos lugares  — ,  (milit  )  provido  de  remoa- 
tas.  «  As  tropas  melhor  — s.  »  Port    Resi 

REMONTAR,  t>.  tt.  [re  pref.)  elevar  a  lug^ar 
alto,  ao  monte,  subir  —  o  iôo,  voar  alto... 

—  »  pensamento,  eleva-lo.  —  o  nome.  — , 
tornar  a  subir.  Remontou  o  rió,  indoeon- 
tra  a  corrente;  —  a  serra.  — ,  fazer  fug'r  pa- 
ra os  montes,  v.  g  — a  caça.  — a  cãtal- 
laria,  provê  1&  de  novos  cavallos  para  sup- 
prir  os  que  faltam,  ou  os  que  estão  velhos, 
estropeados ;  prover  de  novos  appa relhos, 
».  g.  —  a  sege.  — a  lyra,  proVir  denoVas 
cordas. — se,  t».  r.  elevar-so.  sublimar-se, 


411 


HEM 


flER 


V.  g.  —  ao  cume  da  gloria.  — ,  ensoberbe- 
cer-se,  ufanar-se.  —se  aos  séculos  passados, 
volver  a  elleso  pensa mealo,  estuda-los,  me- 
ditar sobre  a  historia. 

BEMONTE,  s.  m.  elevação  do  que  se  re- 
monta ;  lugar  elevado. 

REMcQUE,  s.  m.  [re  prpf.,  e  Fr.  moçucr, 
zombar  )  insinuação  indirecta  e  signitica- 
tiva. 

REMOQUEADOR ,  s.  m.  O  que  dá  remo- 
ques. 

REMOQUE/*R,  V.  ã.  [remoque,  ãr  des.  íqí.) 
dar  remoqiies,  advertir  por  meio  de  remo- 
que. 

RÉMORA,  s.  f.  (Lat.  re  pref.,  e  mora, de- 
mora.) estorvo,  obstáculo  ao  movimento.  — , 
peixe  qne  dizem  deter  os  navios  pegando- 
se  á  quilha  junto  da  popa. 

BEMORAUO,  A,  adj.  retido  por  pequenos 
estorv(ts.  retardado. 

REMORDAZ  ,  adj.  dos  2  ^.  V.  Remorde- 
dor. 

REMORDEDOR,  A,  afl[/.  quc  remordc.  Cons- 
ciência  ;  —  escrúpulos. 

REMORDER ,  V.  a.  (Lat.  remordeu,  ere.) 
morder  segunda  vez  ;  morder  a  quem  nos 
mordeu  ;  (tig  )  atoruieular.  A  consciência  re- 
morde os  malvados. — ,  censurar  com  mali- 
gnidade, D.  g.—  a  obra  e  o  autor. — .re- 
pisar uma  maletia.  Mestns  duas  ultimas  ac- 
cepções  usa-se  como  «5.  abs.  :  remorder  no 
auíor,  na  obra,  na  n  ateria. 

BEMORuiMENTO.  V.  Remorso. 

REMOBOSO,  A,  adj.  (Lat.  remara,  des.  aso.) 
que  detêm,  demora. 

REHOBSO,  s.  m.  (Lat.  remorsus.)  pungi- 
menlo  da  consciência,  pezar  pungente  de 
cul(  a  ou  crime  commettido. 

REMOTiss  MO,  A,  adj.  supcrl.  de  remoto, 
mui  distante.  — s  regiões. 

REMOTO,  A,  aJj.  (i.at.  remoíus,  áeremo- 
veo,  ere.)  apartado,  distante,  afastado,  lon- 
giquo.  Terrfts,  regiões,  cliiuas  — .  Em  tem- 
pos — s  O  fiituro  — .  — ,  pouco  disposto, 
que  tem  aversão.  «E  ptsto  qu^  tão  —  es- 
tejais de  me  escutar.  »  Cantões.  Redond 

MEMOULiNS,  Igeogr.)  villa  de  França,  a  3 
léguas  6  meia  ao  S.  d'Uiés ;  bUO  habitan- 
tes. 

REMOTER,  V.  O.  [istl.  remoreo,  er«.)  afas- 
tar, apartar,  tolher,  tirar,  v.  g. — os  obs- 
táculos, estorvos,  as  diíliculdades,  as  objec- 
ções —  «Iguem  do  cargo,  emprego  ;  (tig  ) 
dissuadir,  r.  g.  —  alguém  da  sua  restilu- 
ção. — ,  frustrar,  baldar,  v.  g. —  a  victo- 
ria.  Rcmoteu  o  conf^elko,  mudou,  alterou. 
— ,  tornar  a  mover,  renovar,  v.  g.  —  a 
guerra. 

REMOVJDO,  A,  p.  p.  de  removor;  adj.  apar- 
tado, tirado.  — do  cargo,  do  emprego. 

REMoviMEMio,  g.  t».  V.  Remoçáo. 


RBtfOTiVEL,  adj,  doí  2  g.  (des  tve/.)que 
se  pi»de  remover.  Oíficios,  empregos  remo-' 
vireis. 

REMUDAR ,  Vi  Q.  OU  u.  (r«  pref.  iterat.) 
tornar  a  mudar. 

REMUiNiiAR.  V.  Remoinhar. 

REMUiNoo.  V,  Remoinho. 

REMUNERAÇÃO ,  s.  f.  (Lat.  remunerãtto, 
anis.)  acto  de  remunerar. 

REMUNERADO,  A,  p.  p.  de  remunerar;  orf/. 
que  se  remunerou ;  que  remunerou 

RKMUNERADOR,  S-  wi.  (Lat.  remunerator.) 
o  que  remunera,  galardoa. 

REMUNERAR ,  V.  u.  (Lat  remunero,  are; 
re  pref.,  munuí,  dadiva.)  galardoar,  recom- 
peiísar. 

RCMUNER ATITO,  A,  ãdj.  (des.  ivo)  que  re- 
munera ;  que  se  dá  em  premio  de  serviços. 

RENUNERA10RI0,  A,  odj .  (des.  ório]  destí- 
nado  a  remuuerar,  a  recompensar  serviçoi. 
Doação  — . 

RKMUSAT,  (geogr.)  villa  de  França,  a  à 
léguas  ao  .NE.  de  Nyons ;  H50   habitantes. 

REMUSAT  (condessa  de),  (hist.)  sobrinha 
do  conde  de  Vergennes,  ministro  de  Luii 
XIV,  nasceu  em  1780,  morreu  em  IHfl. 
í^ompoz  um  Ensaio  sobre  a  educação  dat 
mulheres. 

RiMUSGAR.  V.  Resmonear. 

RENAix,  (Keogr )  cidade  da  Bélgica,  a  3 
léguas  ao  S.  d'Oudenarde  ;  10,001)  habi- 
tantes. 

RENAL,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  renalis]  dos 
rins.   Vasos  renaes. 

RENASCENÇA,  RBNASClNClA,  «.  f.    V.  Ret' 

nascimento. 

RENAscENTi,  adj.  dos  1  g.  (Lat.  renaS" 
cens,  lis,  p  a.  de  renascor,  i)  que  renasce, 
que  se  reproduz.  O  —  ódio.  A»  — s  cabeças 
da  hydra  de  Lerno. 

RENASCER,  V.  n.  (Lat.  renascor,  i)  tornar 
a  nascer,  adquirir  nova  vida,  novo  vigor.  Os 
hgypcios,  na  sua  linguagem  symbolica.  di- 
ziam que  a  ave  phenix  renascia  das  suas 
cmzas.  Os  h(»mens  renascem  pelo  baptismo. 
As  letras  renasceram  na  Europa  depois  de 
muitos  séculos  de  barbara  ignorância.  Re- 
nasceu a  ai^ricultura,  a  industria. 

RENASCIDO,  A,  p.  p.  de  rcnascer ;  adj.  que 
renasceu,  que  cobiou  nova  vida,  novo  vigor. 
A  phenix  — . 

RENASCIMENTO,  t.  m  (metito  sufT.)  novo 
nascimento;  regeneração,  v.g.  —  das  le- 
tras, das  artes. 

RENATO  (S  ),  (hist.)  patrono  d'lngers  e 
bispo  da  mesma  cidade  no  V  século.  E'  fes- 
tejado a  12  de  novembro. 

RENATO  d'anjou,  (hist.)  apelidado  o  Ban 
Renato,  nasceu  em  Angers  em  402,  era 
filho  de  Luiz  II,  duque  d'Anjou,  conde  da 
Provença  e  rei  titular  de  Nápoles.  Foi  re- 


RÉS 


REN 


413 


conhecido  em  Nápoles  ona  14'}8,  donde  fo»alf,^^    Rendeu  o  homem  neltitalHlhat,    «o- 


exptilso   em    ^AM   por   AfToaso   d'Aragão. 
Morreu  em   14KÍ). 

«i?i4To  rr.  (hisl  )  duque  de  Lorrena,  nas 
ceu  em  l45l  de  Ferry  II.  conde  de  Van - 
deraout.    e  de    Yol^nda  d'Anjou,    filha    de 
Renato  I.    Governou   por    muitos  annos  a 
Lorrena  e  a  Provença,   vorreuem  15  8. 

RKifAiiD.  (hist  )  eiu  latim  VaUriu^  liegi 
nalus,   JHizuita    francHZ,    gran  le     cazuista, 
nasceu  em  1540,  morreu  em  I6í3.  heixon 
entro  outras  obras:  Praiis  fori  panMenlia- 
lif  ad  direclionem  confessarii. 

hrnaudot.  (hisl.)  ejcriplor  írancez,  nas- 
ceu em  16ÍG  morreu  em  l7iO.  Deixou: 
Lilurgiarum  orienta  Hum  collectio  ;  flislo- 
ria  dos  patriarchas  jacobitas  d' Alexandria, 
etc. 

iKNcn,  *.  m.  (do  Fr.  ant.  renge.  cinto). 
RENCHKN,  (geogr.)  cidade  do  gran  duca- 
do de  Badft,  a    i    léguas   ao   Nt.  d'Otren- 
burgo;  2,000  habiiantes. 
RENÇO     V.  Ranço. 
RiNCoNTRO.  V.  Recontro. 
RENDA,  s.  f   (Fr  rente)  r«>ndimento,  pro- 
ducto  de  bens  de  raiz,  juro  de  dinheiro. 

RENDA.  s.  f  (do  Lat.  rete,  rede,  tecido  re- 
ticular) tecido  mui  fino,  e  bordado,  feito  de 
fio  de  linho,  dt  seda,  de  ouro,  etc,  para  or- 
nato de  roupas,  de  voos,  para  puubos. 
RENDA,  «.  f.  (ant.)  V.  Rédea. 
RENDADO,  A,  odj .  guamecido  de  renda  de 
linha,  seda,  oiro,  ele. 

RENDADO.  A.  flí//  que  possue  rendas,  ren- 
dimento ;  arrendado. 

RENDAR.  V  a.  [renda,  rendimento)  pagar 
renda ;  arrendar. 

RENDAR,  V.  a.  (V.  fíento)  (t.  d'agric.)  — 
milho,  sachar  legunda  ver. 

RENDAVEL,  odj    dos  t  g .  V.  Rendoso. 
REN6E.  (geogr.)  Arintha,  cidade  do  rei- 
no de  flapnles  a  2  l»'guas  e  meia  «o  NO.  de 
Cozenia  ;  4,900    habitantes. 

RENDEIRA,  s  f.  ( les.  eira)  mulher  que  faz 
rendas  de  ornato. 

RENDEIRA,  s  f.  mulher  que  cobra,  ou  que 
paga  renda,  alugu»*!. 

RENDciRo,  *.  m.  (df>s.  eiró)  o  que  paga  ren- 
da de  herdade  ou  prédio  que  disfrula  ;  o  que 
cobra  rendas,  impostos,  v.  g.  —  dos  dízi- 
mos; —  do  verde,  das  verduras,  hortali- 
ças. 

RENDER,  t.a.  (do  Lat.  redigo,  ere,  repel- 
lir,  forçar  a  entrar,  der«prel.,  para  trás,  e 
adigo,  ere,  forçar,  ad%a{)ere)  obrigar  «ce 
der,  vencer,  obrigar.  r>  g.  —  a  praça,  a 
náu,  em  batalha;  o  inimigo;  os  co^açõ-^s; 
com  seducções,  rogos,  ameaças,  peitas  — , 
•m  senlidu  abs.  ou  n.,  ceder  com  o  peso, 
estar  a  ponto  de  quebrar.  Rendeu  o  mas 
trQ,  •  verga,  estalou.  — •  o  pcif,  eàtar  es- 

V»ll.    !▼. 


fren  rntura.  on  herrfia  nor  eíTeito  d«^  gran- 
de esforço  ransf^iilar  — se,  «.  r.  abater-SA, 
cM<»p,  f).  g   —  á  tornnpnta. 

RCNnp.n,  V  a.  (do  Fr.  rendre.  entreíjar,  do 
Lat.  red'h.  ere)  entreg<ír.  v.  g.  —  as  armas; 
—  o  espirito,  a  alma,  morrer.  *»Tnirai*.  — /i- 
nezas,  tributar.  —  a«  xenfineJIas,  randa  las, 
entregar  o  po«fo  a  novas  tropas  — se,  «.  f. 
pnfregar-ise,  cpdpr,  v  r^  —  ao  inimisjo,  ao 
«mor.  ás  suppllfa*;.  á  força  da  verdade  ;  —  a 
nau,  a  praça  ao  inimieo. 

RENDER,  f).  n.  (renda,  rf»ndim«>nto,  pro- 
ducto,  erdes  inf.)  produzir,  fundir.  4  azei- 
tona rendcnmuho  azeite.  Ksta  herdada r«n- 
de  mnito<«  fruí^tos.  d,i.  nro^nz.  — .  d^^r  n»a- 
dimpnto.  As  minas  r^nd^rim  muitos  milhões. 
O  oíTieio  rendia  dez  mil  cruzados  cada  an- 
no. 

RENDIÇÃO,  ».  /.  V.  Rendempção,  Resga- 
te. 

RENDIDAMENTE,  adv.  (mcíiíc  suff.)  com  reu- 
dimi^nto  da  vontade. 

RENDiDissiMO,  A,  ãdj .  superl.  de  renili- 
do. 

RKvmno,  A.  p,  p.  do  render ;  adj.  força- 
do, ab^itido  í  entregue.  —  o  mastro,  a  rer- 
nn..  rachado.  —  pelas  virilhas,  qn»brado. 
Tinha  —  as  armas;  tinha -se  —  «o  inimigo. 
Á  vraça — .  tomada,  entregue  Tinha —  o 
eapirita.  expirado.  —  ao  amor,  á?  svppli' 
caf.  cedendo.  O  contracto  tinha  —  muito, 
dado  prande  prodncto. 

RF,NDinuRA,  s.  f.  (des.  ura)  o  lugar  por 
onde  escala  pau,  mastro,  verga.  etc. 

RENniMKNT-^,  s.  m  (mfnto  suíT)  reddito, 
prodncto  de  b^ns  de  raiz  ou  decapitai  pm- 
preg,ido  mprcan«ilmente,  renda.  O  —  does- 
tado, dos  particulares. — .  o  que  rende,  fun- 
de, V.  q.  azeitona  de  mau  — ,  que  dá  pou- 
co azeite.  — ,  o  acto  de  render  ou  de  se  ren- 
der, de  se  entregar,  v.  q  —  da  praça,  da 
n»u  —  da  vontade,  snjeiçao,  submissão.  — 
das  juntas,  estado  rendido,  cansado,  rela- 
xado poreíTeito  de  grande  forcejo,  de  traba- 
lho vir-l^nto,  fadiaroso.  — de  forças,  do  ani- 
mo, dos  brios,  abatimento,  prostração. 

RENDOSO,  A,  adj.  (renda,  reldito.  des.  oso) 
que  dá  lucro,  reddito  consiileravel,  lucrati- 
vo.   Kmprego  — .    Ilerd.^des  — s. 

RENnsRURQO,  fgeozr. )  ci 'ade  de  Dinamar- 
ca, a  8  léguas  ao  O.  de  tiel ;  7,600  ha- 
bitantes. 

RBNDUPB,  íeeogr  ^  víUa  cie  Portugal,  a  2 
léguas  e  meia  de  Braga;  1,600  habitan- 
tes. 

RENEGADA.  V  ,  ifreneqada,  jogo. 
renagado.    v^  Arrenegado. 
RRNEGAD^^g    /.  m.  'p    us  )  O  que  costum» 
blasphnr  jjur  ie  Dens  e  dos  santos- 


REN 


BflEN 


RENEMBRANÇA,  (ant."  V.  Lembrança.     '^ 

RE1VEMBRAR,  (ant.)  V.  Relembrar. 

RENPRCW,  (geogr.)  cidade  d'Escocia,  ca- 
pital do  condado  do  mesmo  nome,  a  21  lé- 
guas ao  O.  de  Glasgow  ;  2  830  habitantes. 
O  condado  de  Renfrew  um  dos  mais  pe- 
queno» da  Eseocia,  tica  situado  entre  os  de 
Dumbarton  ao  N.  de  Lanarka  E.  d'Ayrao 
S,  e  ao  O.  e  o  golpho  de  Clyde  ao  NO.  ; 
133,4^0  habitantes.  * 

RENGA.  s.  f.  V.  Benque,  Fiada,  Carrêi- 
ra^  v.  g.  — de  casas. 

«BNGAiBO,  s  m  renda  de  linha  sem  la- 
vor, tecido  de  renda  lizo 

RENGE,  s.  m.  T.  Rengo. 

«ENGEi,  REisCíR.  V.  Ranger. 

ntfiTGO.  «*  m.  fiado  de  tecer  cassas,  eou- 
tro«  panflos  finos  de  algodão. 

RENHIDO,  A,  p.  p  de  renhir  ;  adj.  briga- 
do. Tinha  —  com  elle.  —  combate,  porfia- 
do. 

RENHIR,  a.  ».  (<Jo  Gr.  rhygnuô,  romper) 
contender,  porfiar  altercando. 

RENHUÇAR,  (ant.)  V.  Renunciar. 

RENITÊNCIA,  8.  f.  repugnância,  resistên- 
cia a  esforço  feito  para  constranger.  Mostrou 
grande  — . 

RENITENTE,  adj.  dos  2  g .  (repref.,  e  Lat. 
nitens,  tis,  p.  a.  de  nitor,  i,  forcejar)  que 
repugna,  que  resiste  contra  pessoa  que  pro- 
cura constranger. 

RENiTiR,  t>.  n.  [re  pref.,  e  Lat.  míor,  i, 
forcejar)  resistir  á  força  que  procura  cons- 
tranger, repugnar,  mostrar  renitência. 

RENNEL,  (hjst.)  distincto  oíScial  inglea, 
morreu  «m  1830.  Publi- 
trabalhos   sobre   geogra- 


nasceu  em  1742, 
cou  importantes 
phia. 

RiNNES.  (geogr  )  Condaíe,  Redones,  cida- 
de de  França,  capital  do  departamento  d'll- 
le  e  Vilaine,  a  86  léguas  ao  SO.  de  Faris ; 
35,550  habitantes. 

RENNEVíLLB,  (hi&t.)  ôscriptor  francez,  nas>- 
ceu  em  1650).  Deixou  um  Relatório  de  Via" 
gens  ás  índias  Orifi^íaeSi  e  a  Historia  da 
Bastilha. 

RENNEVitLE,  (hist.)  escpiptora  franeeza, 
nasceu  em  1771,  morreu  em  1822.  Escre- 
veu :  Lucillia  ou  a  booi  filha  ;  Contos  a 
minha  neta,  etc. 

RENOME,  s.  m.  (Fr  reiiom)  bom  nome, 
boa  reputação. 

RENOu,  (hist)  pintor  francez,  nasceu  em 
1731,  morreu  em  1806.  Os  seus  melhores 
quadros  são:  Jesu  no  meio.  dos  doutares; 
Aurora;  Agrippina  desembarcando  em  Brui" 
des  ;  uma  Annunciação,  etc. 

RENOVA,  *.  f.  (Lat  renotatio,  anis)  acto 
de  renovar;  (fig.)  reforma,  melhoramento, 
V.  g.  —  da  alma,  dos  costumes. 

RENOVADO,  A,  p.  f,  de  reoovar ;  adj^.  qne 


renovou.  Tinha  —  a  a  mi-"* 


TO  renovou  ;  que 
zade,  o  tratado. 

RENOVADOR,  *.  «i.  O  que  renovou. 

RENOVAMENTO,  s.  «.  V.  Rienotação. 

RENOVAR,  ■».  a.  (Lat  renovo,  are;  rcpref. 
iterat.,  ^novus.  novo)  fazer  de  novo,  restau- 
rar, restabelecer;  prover  de  novo  :  — os  vi- 
veres, as  munições  ;  —  o  edificio,  —  a  plan- 
tação. — ,  repetir,  X).  g  —  a  supplica,  os 
conselhos.  —  a  chaga,  abri-la  de  novo.  — 
a  dôr,  o  sentimento,  excitar  de  novo.  —  a 
memoria,  refresca-la.  O  ar  fresco  lhe  re- 
novava o  alento,  avivava,  refrescava.  —  a 
peleja,  o  combate,  a  guerra,  começar  de  no- 
vo. —  fazer  nascer  de  tronco  e  raizes  velhas. 
—  o  privilegio,  proroga-lo.  —  as  forças, 
separa-la8.  — se,  v.r.  tomar  novo  aspecto, 
V.  g.  —  a  lua;  revezar-se,  alternar-se,  v. 
g.  —  na  peleja.  — se  nos  vicias,  voltara  elhs. 
— ,  em  sentido  abs  ou»j.,  voltar  de  novo. 
Renovam  as  plantas  na  primavera,  lançam 
renovos.  Renotam  as  estações,  succedem- 
se. 

RENOVO,  s.  ramo  que  brota  da  planta  po- 
dada, ou  cortada  ,  gomo,  pimpolho  ;  planta 
nova  para  se  dispor  e  renovar  o  plantio.  Os 
— s,  as  novidades  da  terra. 

RENQUE,  s.  f.  (do  Fr.  ran^í)  (ant.)  ala,  fi- 
leira :  —  de  arvores,  de  casas.  Navios  em 
— .  «  Duas — 5  de  homens  armados.  »  Góes. 

RENTE,  adv  (contracção de  ra;sanítf)  ao  ní- 
vel do  chão,  do  solo,  ou  da  superficie.  Cortar 
a  arvore  —  com  o  chão  ;  cortar  a  herva  — . 

RENTY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas e  meia  ao  SO.  de  S.  OiiQer  ;  l,0bO 
habitantes 

RENUiR.  V.  Recusar,  Rejeitar. 

RENUNÇAR.  Y.   Rcnunciar. 

RENUNCIA,  s.  f.  o  acto  de  renunciar,  «. 
g.  —  da  herença,  do  officio,  cargo.  — ,  [t.  de 
jogo»  carteados)  Fazer  uma  — ,  não  jogar 
carta  de  naipe  jogado,  tendo-a. 

RENUNCiAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  renuntiatio,  onis) 
o  acto  de  renunciar,  renuncia. 

RENUNCIADO,  A,  p.  p.  de  reuunciar ;  adj. 
que  renunciou.  Tinha  — o  cargo,  a  coroa. 
O  parceiro  tinha  — ,  não  tinha  servido  car- 
ta do  naipe  jogado,  tondo-a 

RENUNCiADOR,  A,  adj.  (Lat,  rennntiatior) 
que  renuncia. 

RENUNCIANTE,  *.  dos  tg.  (Lat.  renuntianSf 
tis,  [i.  ã.áerendntio,  ere)  o  que  renuncia. 

RENUNCIAR,  t).  tt.  (Lat.  renuntio,  art ;  re 
pref.,  enuntiare,  annunciar)  resignar,  ab- 
dicar, V.  g.  —  o  cargo,  o  emprego,  acorda. 
—  a  própria  vontade.  — ,  em  sentido  abs. 
(t.  de  jogos  carteados,  não  servir  carta  do 
naipe  jogado,  tendo-a. 

RENUNCIÁVEL,  adj.  dos  tg.  (des.  aveJ)  que 
se  pode  renunciar.  Cargos  renunciáveis. 
RBNTRZ,  (geogr.)  ctdadd    de   França,  a  3 


REP 

léguas  ao  1^0.  de  Iteziéres;    1,200   habi- 
ta d  tes. 

RBNziLHA.  V.  Rixa,  Briga. 

Río,  s.m.  (Lat.  r«uí,  de reor,  julgar)  pes- 
soa contra  a  qnal  se  intenta  acção  em  juiio; 
o  que  é  culpado  de  crime  ou  delicio.  — de 
morte,  de  crime  que  tem  pena  de  morte.  Co- 
réo,  associado   na  accusação. 

REOBARBO,  V.  fíheubarbo  ou  Ruibarbo. 

KioLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  17 
léguas  ao  SE.  de  B.irdeos ;  3,930  habitan- 
tes. 

REORDBNAR,  V.  a.  (re  pref.)  tornar  a  pôr 
em  ordem.  —  o  sacerdote,  conferir  novas  or- 
dens, ordenar  de  novo. 

REORSANiSAçÀo,  s.  f.  {rc  prof.)  nova  or- 
ganisação. 

REOR&ANíSADO,  A,  p.  f.  de  reorgaoisar  ; 
adj.  organisado  de  novo. 

HKORGANiSAR,  v.a.  (rc  pref.)  organisar  dc 
novo,  physica  ou  moralmente,  r.  g.  —  o 
exercito  ;  as  escholas. 

RBPAGO,  A,  adj.  [re  pref)  (joc.)  mais  que 
pago,  pago  com  excesso. 

REPAiRAR.  V.  Reparar. 

REPAiRo,  5.  m.  (V.  Reparar)  reparo,  con- 
certo, v.g.  —  de  edifício  velho  :  (ant.)  soc- 
corro.  — g  da  artilharia,  carretas,  assentos 
de  madeira  sobre  que  as  peças  pousam. 

REPANÇO.  V.  Ripanço. 

RKPANBAV  <>•<*•  (^«  pref.,  e  apanhar)  (p. 
us.)  arrebatar  com  força. 

REPARAÇÃO,  s.  f  acto  de  reparar,  ou  de 
concertar,  concerto,  v.  g.  —  da  ponte,  das 
estradas.  — ,  (fig.)  satisfação  de  injuria  ou 
inèulto. 

REPARADO,  A,  p.  p.  de  reparar  ;  adj.  con- 
certado, V.  g.  —  aponte,  o  edifício;  emen- 
dado, corrigido,  v.  g.  — odamno,  o  erro. 
— ,  repellido,  ».  jr.  o  golpe.  Aíí  forças  — a, 
restabelecidas.  — ,  defendido,  v.  g  —  coao 
anfras;  c<jntra  o  frio.  — ,  feito  reparo,  ad- 
vertido. Tiaha  reparado  no  gesto,  reparado 
nS  figura. 

KEPABADOR,  s.  m.  O  qu©  executa  ou  faz 
eiecutar  reparações;  o  que  faz  reparos,  que 
(Sènsura  ;  adj  que  repara,  redemptor  ;  que 
restitue,  restabelece,  v  ^.  bebida  —  das  for- 
ças ;  —  das  fadigas. 

REPARAR,  r>.  a.  (Lai.  reparo,  are  ;  re  pref. 
e  paro,  art,  preparar)  concertar,  tornar  a 
levantar,  v.  g. —  o  muro,  ©edifício  ;  resta- 
belecer, v.g.  —  a  saúde,  as  forças  — ,  sa- 
tisfazer, V.  g.  -^  o  damno,  a  injuria,  o  in- 
sulto. —  erron,  emendar,  corrigir.  —  con- 
tra b  vento,  o  frio,  proteger,  defender.  — 
abra,  (t.  de  ourives)  retocar.  — se,  v.  r. 
abrigar-se,  v,  g.  —  do  ou  contra  o  frio,  con- 
tra o  vento  ;  ressarcir-se,  v  g.  —  de  per- 
das. 

RJSPARAR,  v.n.  [do  Lti.  reperio,  ire,  dee- 


w* 


m 


cobrir)  observar,  fazer altençào,  v.g.  —em. 
alguma  cousa. 

REPARAR.  V.  n.  (rí  pref.  iterat.  e  parar) 
(p.  us.)  tornar  a  parar. 

REPARO,  *.  m  acção  de  reparar,  concer- 
tar, reparação  ;  observação  attenta,  nota, 
advertência,  inspecção  curiosa  e  attenta;  o 
acto  de  rçparar,  de  rebater,  do  se  abrigar, 
V.  g.  —  contra  o  vento,  o  frio;  reparação, 
satisfação,  t.g.  —  dodamno,  da  injuria,  do 
insulto ;  do  golpe.  — ,  (p.  us  )  supprimenlo 
das  necessidades  da  vida  ;  remédio,  v.  g.  — 
das  dores.  — ,  (t.  de  artilh.)  repairo,  carre- 
ta, assento  em  que  pousa  o  canhão.  — ,  (fort.) 
obra  de  fortifícação  levantada  em  torno  da 
praça,  trincheira;  dique;  (fig.)  defesa,  res- 
guardo, ex.  «A  feialdade  é  — ecastello  da 
castidade.  »  Arraes. 

REPARTIÇÃO,  s.  f.  o  acto  de  repartir  divi- 
dir, distribuição  ;  divisão,  parte,  membro, 
partilha,  sorte,  quinhão.  — ,  attribuiçâo, 
secção  de  tribunal,  de  secretaria,  ramo  de 
administração  publica,  v.  g.  pela  —  dos  ne- 
gócios da  fazenda,  —  ecclesiastica,  da  mari- 
nha. 

repartidamente,  adv.  [mente  suff.)  com 
repartição 

REPARTiDEíRA,  s.  f.  (dcs.  eira]  tacho  pe- 
queno de  cobre  com  cabo  de  pao  com  que 
se  reparte  o  mellado  nas  formas 

REPARTIDO,  A  p.p.  do  repartir ;  adj.  di- 
vidido, distribuido,  v.g.  em  muitas  partes, 
ou  por  muitas  pessoas.  Votos  —s. 

REPARTIDOR,  s.m.  O quo  reparte;  repar- 
tideirado  mellado,  nos  engenhos  de  açúcar. 
— ,  juiz  de  partilhas. 

REPARTiMENTO,  $  í».  [mento  suff.)  sepa- 
ração, V.  g.  do  interior  de  casa,  de  papelei- 
ra, gavetas. 

REPARTIR,  V  a.  [re  pref.  iterat  ,  t  partir,^ 
separar)  separar  em  partes;  dividir  um  nu- 
mero (o  dividendo)  por  outro  (o  divisor).  — , 
distribuir,  partilhar,  v.g  — os  bens.  as  ter- 
ras, o  dinheiro,  os  dons,  os  tributos  pelo  pOr 
vo.  Repartia  o  império  entre  os  filhos  — , 
(ant.)  apartar,  separar,  partir,  estremar,  tx. 
Onde  um  braço  do  mar  alio  reparte  a  Abas- 
sia  da  arábica  aspereza.  »  Camões,  Eleg.  — 
o  tóínpo.  as  horas,  distribuir  — se,  d.  r.  ser 
repartido,  distribuido.  Repartiram-se  os  yio- 
tos.  Repartisse  o  peso  dos  negócios  em  vá- 
rios. Repartiu-êe  o  despojo  por  igual  entre 
os  vencedores. 

REPAS,  s.  f.  pi  (chulo)  cabellos  raros  da 
cabeça,  barba  pouco  bastada. 

REPASAGE,  s. /".espécie  de  almeirão,  plan- 
ta. 

REPASSADO,  A,  p.p  de  fepass^r  ;  0(^'  tor- 
nado a  passar ;  revisto  ;  adornado  de  listras, 
ç.  y.  -*-degatôes,  franjas,  passaioanes    — , 
(l.  do  bras.)  enlançado :  ex.  «Dws  dragq<^ 
lOi     ♦ 


REP 


REP 


ba  talhantes  com  os  rabos  — s. »  — ,  bem  em- 
bíbido,  V.  g. — de  calda  ou  em  caHa. — ,  (íig.) 
bem  penetrado,  v.  g.  «  —  d'estas  más  ven- 
turas. »  Ulis.  Velhaco  — em  más  asluciat, 
cadimo   chapado. 

REPASSAR,  V  a  [re  pref )  tornar  a  pas- 
sar, V.  g.  — o  rio.  — o  litro,  tornar  ale- 
lo  —  a  fita,  o  galão,  fazer  outras  listras  a 
par  da  primeira,  ou  entrelaçar  as  pontas. 
—  de,  ou  em  calda,  embeber,  ensopar. — 
SE,  V.  r.  embeber-se ;  (íig.)  penelrar-se,t?. 
g.  —  em  doutrinas  ;  —  de  dores,  —  em  mis 
astúcias  e  fraudes. 

RLPASTADO  ,  A ,  p.  p.  de  Tcpastar ;  adj. 
apascentado  de  novo. 

REPASTAR,  V.  fl.  [te  pref.)  tornar  a  pas- 
tar, ou  a  apascentar,  a  dar  pasto. 

REPASTO,  s.  w.  segundo  pasto  ou  comida, 
pasto  mais  abundante. 

REPEAR.  V.  Serpear. 

REPEDAR,  (ant.)  V.  Recuar. 

REPEENDiMENTO ,  s.  m.  (aut.)  satisfação, 
indomnisaçào.  «Km  —  dos  peccados  de  seu 
filho,  »  Klucidario. 

REPEírAR,  t).  a.  [re  pref.,  peita,  ar  des. 
inf.)  dar  segunda  peita. 

REPELLADO.  V.  Arrepcllado. 

BEPELLÃo,  s.  m.  empuxão,  impulso  vio- 
lento e  repentino.  —  de  vento,  embate  for- 
te, rajada.  Dar  um — .  Ferir  de — ,  dando 
de  esporas  mouriscas  ao  cavallo.  Aos  re- 
pellões,  dando  empuxões. 

REPELLAR    V.  Arrepellar. 

REPELLENTE,  adj.  dos  2  g .  [L&i.  repcllcns, 
tis,  p.  a.  de  repello,  ere)  que  repelle,  re- 
bate 

REPELLiDO,  A,  p.  f,  de  repsllir;  adj.  re- 
chaçado, rebatido. 

REPELLiR,  V.  a.  (Lat.  repello,  ere\  re  pref. 
pello,  ere,  impellir.)  rebater,  repulsar,  re- 
chaçar.—  o  gf>lpe,  a  força;  ffig.)  — a  inju- 
ria ;  —  a  accusaçào.  — ,  (phys.  e  chim.) 
exercer  repul>ão,  ».  g.  os  óleos  repellem 
a  agua  ;  a  electricidade  positiva  rejoe//c  o  po- 
lo positivo  dos  corpos,  eattrae  o  negativo. 
— SE,  V.  r.  impessoal,  v.  g.  os  dois  corpos 
electrisados  negativa  ou  positivamente  se  re- 
pellem. 

REPELLO,  g.  m.  [re  na  accepçào  de  atrás, 
e  pello.)  a  direcção  contraria  á  do  pello.  A 
— ,  (fig.)  por  mal,  com  violência. 

REPELUSADO,  (ant.)  V.  Amedrentado,  As- 
sustado. 

REPENDiMENTO.  V.  Arrependimento 

REPENICADO,  A,  p.  p.  de  repenicar;  adj. 
ferido  com  amiudadas  picadas  ;  (tig.)  mui  re- 
cortado, por  enfeite  ou  ornato. 

REPENICAR,  V.  O.  (Lat.  rc  pref.  iterat.,  e 
pungo,  ere,  pungir,  picar.)  dar  amiudadas 
picadas,  picar  a  miúdo,  espicaçar;  (tig.)  or- 
oèr  còtQ  rôbdrtèis  Varíadoi^. 


REPENSÃo,  s.  f.  [re  pref.)  segunda  pen- 
são, pensão  addicional.  E'  p.  us 

REPKKSAR,  V.  a.  OU  n.  [re  pref.)  pensar 
de  novo,  tornar  a  pensar. 

REPENTE,  s  m.  (do  Lat.  repens,  tis,  re- 
pentino, de  rapto,  ere,  arrebatar.)  dilo.  ca- 
so ou  acto  súbito.  Ter  bons — s.  De — ,  loc. 
adv  )  repentina,  subitamente. 

REPENTINAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  de  re- 
pente. 

REPENTINO,  A,  adj.  (Lat.  repentinus,  V. 
Repente.)  súbito,  inopinado.  Morte — . 

REPERCUSSÃO,*,  f  [Lnt.repercussio,  onis.) 
reverberação,  acção  de  repercutir,  rebater, 
V.  g. — da  luz,  do  golpe. — ,  (med.)al»sor- 
pção  repentina  ou  mui  prorapta  dos  fluidos 
que  formavam  tumor  ou  erupção. 

REPERCussivo,  A,  adj  (dfS  ico.)  que  cau- 
sa repercussão.  —  ,  (med.)  que  repercute  , 
próprio  a  repercutir. 

REPERCUsso,  s.  w.  (p.  us.)  rcverberação, 
repulsão. 

REPERCUTIDO,  A,  p.  p.  de  repercutir;  adj. 
reverberado,  repelhdo,  repulsado.  Erupção 
— ,  que  dt^sapparece  subitamente. 

REPERCUTIR,  V  a.  (Lftt.  rcpercutio,  ere; 
re  pref.,  e  quatio,  ere,  ferir.j  rechaçar,  re- 
bater. — ,  (med  )  f«zer  retioceder  doença  ex- 
terna para  o  interior  do  corpo,  v.  g.  — a 
erupção,  o  tumor. 

REPERGUNTA ,«./".  a  pergunta  repeti- 
da. 

reperguntado,  a,  p.  p.  de  reperguntar; 
sdj  perguntado  de  novo.  As  testemunhas 
foram  — . 

reperguntar,  V.  a.  (rc  pref.  iterat )  per- 
guntar, interrogar  de  novo,  ou  segunda  vez, 
V.  g   —  as  testemunhas. 

REPERTÓRIO,  s.  w.  (L&t.  rcpertorium,  áe 
reperio,  ire,  achar)  reg'stro,  indicealpha- 
be»ico  das  matérias  contidas  em  algum  li- 
vro, V.  g. — da  ordenação.  O  vulgo  diz  im- 
propriamente reportório 

repesado,  a,  p  p  de  repesar;  aí/j.  tor- 
nado a  pesar,  pesado  de  novo. 

REPESADOR  ,  s.  m  O  que  pesa  segunda 
vez  a  carne  no  açougue,  o  que  veriíica  o 
peso. 

REPESAR,  V.  a.  [re  pref.  iterat.)  tornara 
pesar,  pesar  segunda  vez. 

REPESO,  s  m.  o  acto  de  tornar  a  pesar; 
contrapeso ;  lugar  com  balança  de  repesar, 
nos  açougues,  ele. 

REPETANADOOU  REPETENADO, A,  adj.   (chuIO 

p  US.)  insolente,  orgulhoso.  I)iz-se  das  pns- 
Sí>as  baixas  No  Bristo  de  J.  Ferreira  cha- 
ma um  íillio  ao  pai  duro  que  o  castigara 
celho  repetenado. 

REPETÊNCIA,  s.  f.  (des.  encia.)  (med  )  re- 
fluxo de   humores   para    alguma  parte  do 


RBP 


lUf 


^m 


REPKTiNTE,  *.  t».  O  que  faz  repetiçSo  Dfls 
escolas. 

RFPETiçÃfí,  8.  f.  (Lat.  repetitio,  onis.)o 
acto  de  repelir ;  reiteração.  —  de  doença, 
novo  ataque  ;  lição,  prelecção  doutrinal  ,  H- 
giira  de  rh^lorica  'Juh  consiste  em  repelir 
palavra  ou  [ihraze  para  d«r  mais  força  e  in- 
timativa ao  discurso  Reloyiode — ,  que  por 
meio  de  um  mechanismo  faz  soaras  horas 
€  quartos.  — ,  no  foro,  acção  p»^ia  qual  se 
pede  em  juizo  que  nos  tornem  o  que  se  nos 
deve. 

RErKTiDAMKNTE.  adv.  (wewíe  suff.)  repeti- 
das vezes;  a  miúdo. 

RKPfTiDO,  A,  p.  p.  de  repetir;  adj.  que 
se  repeliu  ;  que  repeliu. 

REPETIDOR.  8.  m.  o  que  repete. 

REPETiMENTO.  *    w.  V.  Repet  çáo. 

REPETIR,  V.  a.  (Lat.  repelo  erc;  r«  pref , 
e  peto,  ere,  buscar,  ele  )  tornar  a  dizer  ou 
a  fazer,  reiterar,  segundar.  — ,  no  foro.  pe- 
dir o  quf»  tinhamos  dado  e  nos  deve  ser  res- 
tituido.  Repete  o  tutor  as  despt^zas  quefeí 
com  o  pupillo,  o  procurador  os  gastos  que 
fez  com  o  processo.  -,  narrar.  «  repelire- 
mos de  long«  a  origem  dnlle.  »  Barros. 

REPETIR,  em  sentido  abs.  ou  n.  tornara 
vir,  voltar,  v.  g.  o  accjsso  de  febre. 

REPiAR.   V.  Arripiar 

nEPiCAno.  A,  p.  p.  de  repicar;  adj.  Ti- 
nha —  os  sinos,  dado  golpes  amiudados,  em 
occasiàofesliva. 

REPiCADOR,  s.  m.  o  quo  repica. 

repica-ponto  ,  *.  m.  usa  se  adverbial- 
ment»í.  De — ,  feito  com  todo  o  primor,  mui 
atiladamente. 

REP  car,  V.  a.  [re  pref.  ilerat.)  dar  gol- 
pes amiudados.  —  os  sinos,  tange  los  por 
occasião  íestiva,  ou  como  signal  de  reba- 
te; ((jg  )  mostrar  alegria.  Em  sentido  abs. 
soar  festivamente.  Os  sinos  repicam  por 
festa 

REPIMPADO,  A,  p  p.  de  repimpar;  adj. 
mui  cheio,  atulhado,  que  tem  a  barriga 
cheia. 

REPIMPAR,  V.  a.  (do  Fr.  repas,  comida, 
ou  repti,  p.  p.  de  repaitre,  fartado,  eirn- 
par  ou  himpar],  encher,  atulhar  de  comi- 
da. —  IH  r  encher,  a  barriga,  rechciar- 
se  até  ficar  impando. 

repinaldo,  a,  adj.  m.  Pêro  — ,  espécie 
de  pêro. 

BEPiQUB,  s.  m.  o  neto  de  repicar  sinos 
festa,  ou  para  rebatf^ ;  (fig  )  alteração,  aba- 
lo publico  — ,  no  jogo  dos  centos,  ó  con- 
tar o  jogador  que  tem  quinta,  qualorzeeo 
ponto,  noventa,  em  vez  de  trinta,  com  o 
que  ganha  o  j^go. 

repiqlete,  s.  m.  diminut.  de  repiqu*», 
cacha;  rebate  amiudado;  v.  g.  Ventos  de 
-^ti  que  corre  rapidameotn  oi  rumoa,  $o- 


prando  pouco  tempo  de  cada  um.   — ,  la- 
deira íngreme 

rcpisa,  s  f  o  acto  do  repisar;  ©.  g. 
Vinho  de  — ,  de  uvas  repisadas. 

ríims\r.  V.  a.  [re  pref.  iterat.),  tornara 
pisar,  pisar  de  novo ;  (fig  )  —  a  m«sma 
matéria,  insistir  fallando  ou  tratando  d*ella. 

replantar,  V.  a  [re  pref.  iterai.),  tor- 
nar a  plantar.  P   p    adj    replantado 

repleção,  s.  f.  (Lat.  replelin,  onis],  (t. 
med  ),  enchimento  do  estômago,  ou  do» 
vasoo  por  humores  ;    obesidade. 

replgvauo.    V.  Terraplenado. 

repleno,  *.  m    V.   Terrapleno. 

repleto,  a,  adj.  (Lat  repletns,  p  p.  de 
repleo,  ere),  mui  cheio  de  comer,  ou  de  hu- 
mores ;  V.  g.  O  estômago  — .  Hom^^m  mui 
— ,  gordo,  obeso  Vasos  — .  cheios  de  san- 
gue ou  de  humores. 

RÉPLICA,  s  /.  oacto  dft  replictr ;  ft  for.), 
rfcSjiosta  á  contrariedade;  v.  g.  OdeJecer 
sem  — ,  sem  contestação. 

RErLiCAÇ.Ã.0.  s.  f.  (Lat.  replicatio,  onts), 
acção  de  replicar  se,  reproducção. 

REPLic\oo,  A,  p.  p.  de  replicar ;  adj. 
contrariado  replicando ;  v.  g.  Libello  — 
por  netíação. 

REPLICAR,  V.  n.  (Lat  replico,  are  ;  re 
pref.  contracção  de  reíro,  e  p/icarí.  dobrar, 
lazer  pregas),  refutar,  contrariar  as  r/>zões 
com  que  o  adversário  combateu  as  nossas, 
responder  á  resposta,  impugnar  a  contra- 
riedade;  V.  g.  —  ao  juiz,  ao  superior,  fi- 
ztT  representação  contra  o  de-^pacho  ou  de- 
cisão. — ,  repetir,  (p.  us  )  ;  «  seus  suspi- 
ros replica    »  hlegiad. 

REPOLEGAR,  V.  a.  [repolcgo,  ardes,  inf.) 
dobrar  fazendo  repolego. 

REPOLEGO,  s.  m.  [re  atrás,  e  Lat.  polio^ 
ire.  alizar,  ornar)  filete  retorcido  e  grosso, 
OU  bainha  roliça  á  roda  de  toalhas  de  ros- 
to ;  cordão  á  roda  das  empadas. 

REPOLHAL,  adj.  dos  2  g.  [repolho,  des. 
adj.  adj)  repolhuio    Couve — . 

REPOLiiAR,  V  a.  ou  n.  [repolho,  ar  des. 
inf)  fechar-se  em  repolho.  Couves  que  raras 
vezes  repolham.  Cortou  as  couves  antes  de 
repolharem. 

REPOLHO,  *.  m.  couve  fechada  e  redonda. 

REPoLHUDO,  A,  adj.  (des.  udo  )  da  feição 
de  rep  tlho  ;  (fig.)  grosso,  e  arredondado. 
Couve,  alface  — . 

REPoiNCio,  í.  m  (Lat.  rapuníÍMn»,  de  ra- 
pum,  rábano)  (boi.)  planta  cujas  11  »res são 
vermelhas  e  as  sementes  pretas  dentro  de 
capsulazinhas. 

REPONTA,  s.  f.  {re  pref.)  nova  ponta  ou 
direcção.  —  da  maré,  quando  ella  começa 
a  enchf-r  de  novo. 

REPONTAR,  V.  a.  ou  n.  (rc  pri-f . ,  e  apon- 
íarv)  CDmevAr  ^  a pparecer  denodo. — o  ma- 


m 


FftE 


REP 


ré,  comaftçr  a  enôher  de  novo.  —o  dia,  a 
aurora.  Repontou  a  ira,  (fig  )  acendeu -se 
de  novo. 

REPOR,  V.  a.  (Lat.  repono,  ere.)  tornara 
pôr  no  mesmo  lugar. —  o  6oZo  (ao  jogo)  pôr 
na  mesa  outros  tantos  tantos  ou  dinheiro 
como  estava  no  bolo  em  mão  perdida  de 
reposta.  — o  dinheiro  que  se  havia  recebi- 
do, restitui-lo  — ,  refazer  a  falta,  o  saldo 
de  conta. 

REPORTAçÃo  s.  f.  (p.  us )  moderação,  co- 
medimento   Discreta — . 

REPORTADO  ,  A,  p.  p.  de  reportar  ;  adj . 
comedido,  moderado  —  ,  de  reportar-se  , 
conseguido,  alcançado;  referido,  attribuido. 
«  A  causa  da  doença  era  —  a  nojo  e  pade- 
cimentos. » 

reportamento,  s.  m.  [mento  suff,)  (for.) 
acto  pelo  qual  nos  reportamos  a  algum  do- 
cumento. 

reportar,  V.  a.  [re  pref.  iterat.,  e  Lat. 
opertere ,  ser  conveniente ,  convir.)  fa- 
zer comedido,  inspirar  moderação.  E'  anti- 
quário. 

REPORTAR,  V.  tt.  [áo  Fr.  romporter.)  coTi- 
seguir,  alcançar.  E'  p.  us. 

REPORTAR-SE,  V.  r.  (do  Lat.  reporto  are; 
re  pref.  iterat.,  e  porlore,  levar.)  refenr- 
se,  V.  r.  —  ao  documento,  rffnetter-se  ;  — 
a  alguém.  — ,  ceder,  obedecer. 

REPORTÓRIO    V.  Refjertorio. 

REPOSIÇÃO,  .?.  f.  acção  de  repor;  (fig.) 
vomito. 

repositar.  V.  Depositai'. 

REposiTOR'0,  s.  m.  (Lat.  reposiiorium  ) 
lugar  onde  se  deposita  alguma  cousa 

REPOSTA,  s.  f.  (de  repor  )  t.  de  diversos 
jogos  carteados,  como  a  arrenegada,  o  vol- 
tarete. Fazer—,  diz-se  do  feito  que  não  pon- 
do ganhar,  sendo-lhe  as  vasas  empatadas, 
e  que  é  obrigado  a  repor  o  valor  do  bolo. 
V.  Repostaria. 

REPOSTA,  s  f.  (alterado  de  resposía  )  pa- 
lavras com  que  se  responde.  Foguete  de 
— ,  que  leva  bombas  que  estouraria  no  ar. 
V.  Resposta. 

REPOSTADA,  s.  f.  Tcsposta  descort'"z. 

REPOSTARIA,  s.  f.  (des.  ária.)  officina  e 
cargo  de  reposteiro. 

REPOSTE,  «.  m.  (de  repoçío.)  casa  de  guar- 
dar moveis  ;  os  moveis  guardados  na  dita 
casa. 

REPOSTEIRO  s.  m.  [reposte,  áes.  eiró.)  oí- 
ficial  encarregado  de  guardar  os  moveis,  a 
prata,  roupas  e  outros  objectos ;  copeiro, 
guarda  da  copa.  — ,  frade  administrador  da 
vestiaria— mrfr,oíricial  da  casa  real  que  st^gu- 
ra  os  reposteiros  e  chega  a  almofada,  ou  a  ca- 
deira ao  rei  quando  ajoelha  nacapella. — , 
pano  em  que  estão  bordadas  as  armas  da 
casa  o  que  serve   de  cobrir  as  cÂrgas  das 


azemelas ;  guarda-porta  com  o  escudo  bor- 
dado. 

REPOSTO,  A,  p.  p.  de  repor ;  adj  torna- 
do a  pôr;  restituído.  Tinha  — óbolo. 

REPOTREADO  ,  A. ,  p  /?.  dc  repotrear-se ; 
adj  sentado  muito  a  seu  commodo,  em  pol- 
trona. 

REPOTREAR-SE,  V.  r.  (re  pref.,  para  trás, 
e  Aliem  polttr  ou  po/ííer,  almofada.)  sen- 
ta r-se  muito  a  seu  commodo,  em  poltrona, 
estar  de  perninha,  mollemente  recostado. 

REPOUSADAMENTE,  adv.  [mente  snff )  com 
repouso,  era  descanso,  com  pausa.  Consi- 
derar — . 

REPOUSADO  ,  A,  p.  p.  de  repousar  ;  adj. 
posto  em  repouso,  em  descanso.  Entendi- 
mento, juizo  — ,'  não  agitado,  ponderado. 
A  alma  —  das  paixões  e  aíflicções.  A — me- 
ditação, deliberação  ;  o  — conselho. 

REPOUSAR,  V    a.  (Fr.  r«posgr.)  descansar. 

—  o  corpo;  (lig.)  ajuietar,  socegar,  v.  g. 

—  o  espirito.  Veremos  se  a  musica  me  r»- 
pousa.  — ,  descansar,  .socegar,  ter  descan- 
so, socego  ;  dormir.  —  em  o  Senhor,  mor- 
rer. 

REPOUSEIR\  ,      $     /.    e     REPOUSEIRO,    S.    m. 

(ant.)  quinta  de  r'^creio.  — ,  cama. 

REPOUSO,  s.  m.  (Fr.  repôs  )  descanso,  so- 
cego, ttanquillidade.  O  —  da  noite.  Dormir 
com  — ,  Iranquillarat-nte. 

Syn.  comp  Repo^no  descatiço.  O  repou- 
so, no  sentido  physico,  signjfica  intermissão 
de  trabalho  ou  de  fadiga,  e  neste  sentidi)  é 
synonymo  de  descanço,  porem  com  esta  dif- 
ferença,  que  o  descanço  suppõe  maior  cin- 
S3Ç0,  maior  necessidade  de  reparar  as  forças 
perdidas,  e  uma  fadiga  mais  immeditada  ; 
repouso  suppõe  menor  cansaço,  ou  menos  im  - 
mediato,  e  talvez  uma  situação  de  pui^a  com- 
mod idade,  ou  que  suppõe  uma  fadiga  mui 
remota.  Depois  de  ter  corrido  é  indispen- 
sável o  descanço.  Cora  o  tempo,  paciência  e 
repouw,  curam-se  muitos  males.  O  rico  se- 
dentário repousa  brandamente  sobro  colchões 
de  pennas,  em  quanto  o  pobre  lavrador  dcí- 
cança,  sobre  o  duro  solo,  das  fadigas  do  dia 
e  do  calor. 

Stn.  comp.  Reponw,  socego.  Significam 
estas  duas  palavras,  em  sentido  moral,  quie- 
tação, tranquillidade,  serenidade  de  ammo, 
porem  com  estadifferença.  A  ideia  de  repoit- 
so  exclue  absolutamente  toda  acção ;  a  pa- 
lavra socego  não  a  exclue.  antes  suppõe  mui- 
tas vezes  a  moderação  e  tranquillidade  do 
animo  durante  a  acção.  Assim  que,  repouso 
explica  somente  à  tranquilla  situação  do  ani- 
mo :  e  socego  extende  sua  relação  á  tran- 
quillidade que  o  estado  do  animo  communi- 
ca  ás  acções  exteriores.  O  homem  prudente 
que  quer  conservar  o  repouso  de  seu  espi- 
rito, e  a  tranquillidade  de  seu  animo,   é  #o- 


Wr 


tlGf 


i^ 


cegado  em  seu  proceder,  dirigeiíásaè^ôes 
com  socego  e  moderação. 

repregar,  V.  a  [re  pref.  iterai.,  o  pre- 
gar.) pregar  de  novo,  segurar  bera  com  pre- 
gos ;  (fig.)  firmar,  asseverar. 

REpREGO,  s.  m.  o  acto  de  repregar  o  que 
se  díispregou  ou  o   que  está  mal  pregado. 

REPREHEUDEDOR,  s.  m.  pessoaque  repre- 
hendo. 

REPREHKNDER,  V  a.  (Lat.  rcprehendo,  ere], 
dar  reprehensão,  censurar,  incrspar ;  v.  g. 
—  alguém  por  erro,  culpa  comm<ítida  ;  — 
a  alguém,  alguma  cousa. 

REPREiíENDiDO,  A,  f.  /),  de  reprehender*, 
adj.  censurado,  que  recebeu  reprehensão. 
V.  g.  Tinha  sido  severamente  — .  Tinha-o 


REPREHENDiMENTO,  s.  lYi.  V.  Reprehea- 
sâo. 

REFREHENSÃo ,  s.  f.  {..aj.  repvehensio, 
onis),  o  acto  de  rí^prehender,  de  censurar 
o  proceder  de  alguém;  r,  ^.  Daruma  — . 
Pi.  Reprehensões 

REPREHENSivEi.,  ttdj .  dos  í  g.  (des.  íveí), 
digno  de  reprehensão,  censurável  v.  g.  Ac- 
ções rpprehMusiveis. 

REPREiiENSOR,  «.  m.  (Lat.  reprehensor), 
o  que  reprehende,   censura,  increpa. 

REPBENDOR,  6  REPRENDEDOR.  V.  Rcprc- 

hendedor. 

REPRENDER.  V.  Reprehender. 

RePRendoiro,  (ant.)  Reprehensivel. 

RePRensão.  V.  Reprehensão. 

reprensor.  V.  Reprehenwr . 

REPRESA,  t.  f.  (de  represar),  estado  re- 
presado ;  V.  g.  das  aguas  do  rio  por  dique, 
açude ;  a  cousa  que  represa,  (fig.)  romper 
a  —  dos  vicios.  — s,  (na  arch  ),  assentos 
arrimados  á  obra.  —  (do  Fr.  reprise),  re- 
presadura,  represália;  o  navio  retomado  ao 
inimigo  ;  V.  g.  Fazer  —  no  navio. 

REPRESADO,  A,  p.  p.  de  reprcsar  ;  adj. 
retido  Agua  — .  por  dique,  açude,  ou  es- 
tagnada ;  (fig  )  lagrimas  — ,  que  não  cor- 
rem, Ódio  —  no  coração,  navio  —  sobre 
o   inimigo. 

represador,  s    m.  adj  que  represa. 

REPRESADURA,  s.    f    (dds.    ura),  acto  de 
represar,  fazer  represália  sobro    o  inimigo 
V.  g.  .Juízo  das    — s. 

REPRESÁLIA,  s.  f.  (Lat.  represália)  o  to- 
mar, embargar  ou  confiscar  as  proprieda- 
des do  inimigo  que  começou  as  hostilida- 
des, represa  de  navio.  v.  g.  Direito  de—. 
Fazer  — . 

REPRESAR,  V.  a.  {re  pref.,  áeretro,  para 
trfls,  e  Lat.  prehendo,  ere,  sum,  pren  ler, 
rQíer),  reter,  conter  ;  v.  g.—  as  aguas,  com 
dique,  açude.  — ,  (fig  )  conter;  —  as  lagri- 
mas, o  ódio.  — ,  embargar  as  propriedades 
dos  inimigos ;  retomar  os  navios  apresados 


zer  rejíresalia  sobre  o 


por  elle;  fazer  rejíresaha  sobre  õ  ínTmígo. 
REPRESARIA,  s,  f.  (ant  )  V.  Represália. 
R.  PRESENTAÇÃO,  s.  f  acto  de  representar 
drama  em  theatro  ;  prologo  de  drama,  a 
peça  representada.  — ,  (fig.)  mostra,  appa- 
rencia,  de  fasto,  luxo,  pompa,  poder.  v.  g. 
Pessoa,  cargo  de  muila  — ,  imagem,  oou- 
sa  que  se  not  afigura.  — ,  o  acto  de  suc- 
ceder  como  representante  de  algaem ;  v.  g, 
do  pai,  do  avô.  — ,  exposição  dos  factos, 
rações;  requerimento  ao  soberano  ou  a  au-i- 
toridade  superiof* ;  v.  g.  Fez  repetidas  é 
inúteis  representações. 

REPRESENTADO,  A.  p.  p.  dé  irepreséntàf  j 
adj.  que  representou;  v.  g.  Drama  — ,  expos- 
to em  representação ;  figurado. 

represeStador,  s  m.  V.  Reprèsentá'^- 
te  ;  adj.,  que  representa,  figura,  (p.  us.) 
«  Estylo  chão  —  de  verdades.   » 

REPRESENTANTE,  s  m.  (des.  dò  p  á  Làt. 
em  ans,  tis),  actor  ou  actriz  que  faz  as  ve- 
zes de  outra.  v.  g.  Us  — s  da  nobreza  cle- 
ro e  povo. 

REPRESENTAR,  V.  a.  (Lat.  reproesento, 
are,  re,  pref,  e  prísce/)-ío,  are,  a  presentarj, 
reproduzir  as  formas,  afigura  de  um  objec- 
to. V.  g.  Este  painel  reprerenta  a  batalha 
de  Marengo,  o  porto  de  «ioustantinopla.  — 
um  drama,  lecitarem  os  diversos  papeis  d*elle 
os  act  ires  e  actrizes,  com  o  gesto,  vestuá- 
rio e  scenario  conveniente.  — ,  expor  fac- 
tos ou  razões  ao  soberano  ou  autoridade  su- 
perior, de  palavra,  ou  porescripto.  Em  vão 
representou  a  Ll-Roi  a  injustiça  do  gover- 
nador, da  sentença,  do  decreto  Os  povos 
representavam  em  cortes  as  necessidades 
publicas.  — ,  (t.  dé  dir.),  «star  em  lugar 
de  alguém,  substituir  v.  g.  O  filho  repre- 
senta seu  pai  para  succeder  na  herança  do 
avô.  — ,  fazer  figura  pelo  seu  posto,  car- 
go, dignidade.  Lepresenta  bem  Nesta  ac- 
cepção  é  V.  n  — se,  v  r.  figurar-se,  ima- 
ginar, afigurár-se  á  phantasia,  offerecer-se 
aos  olhos. 

REPRESENtATiTO,  A,  odj  (des.  ívo)  que  ser- 
ve de  representar,  v  g  palavras  —  da  suà 
miséria.  — ,  subst.  imagem,  era  um  — da 
morte.  Governes  — s,  cujo  elemento  essen- 
cial éumacamera  de  representantes  delega- 
dos, ou  procuradores  ao  povo  «  Ministros 
—  dos  três  estados.  »  Deduc,  Chron. 

REPRESENTAVEL,  adj  dos  2  g.  («Ics.  uvel] 
que  se  p'^dí  figurar,  representar,  eat.  «  As 
cousas  espirituaes  representáveis  em  espé- 
cies corporaes.  » 

represo,  a,  adj.  retido  em  represália  ; 
aprisionado  de  novo,  depois  de  soíto  da  pri- 
são. 

repressão,  s.  f.  (Lat.  repressio,  onts)  acto 
de  leprimir,  v.  g    a  —  dos  vícios;  dos  le- 
vantados, dos   rebeldes. 
106  « 


MBPRESsiTO,  A,  ãdj .  que  reprime. 

HépRiCA,  (ant )  V.  Rfplka. 

BEPRiCAR,  (ant )  V.  Replicar. 

BEpR  MíDo;  A,  p.  j).  de  reprimir  ;  adj.  re- 
freado, contido. 

BEPRiMinoR,  5.  m  ea'//.  que  reprimo  (pes 
soa  ou  cousa),  v.  g.  —  de  insultos,  crimes, 
facções. 

RRPRi«iR,  e.a.(Lat  reprimo,  et e  ,repãe(. 
de  rcírô.  atras,  e  premo,  cre,  suj»^ilar,  reter) 
conter,  refrear,  v.  g.  —  as  p<íixões,  as  fa  > 
ções,  o  furor  do  povo,  os  insultos,  audácia, 
os  abu^os,  as  lagrimas,  a  dôr,  o  sentimento. 
— SB,  tj.  r.  conter-se,  moderar-se ;  abaster- 
se. 

REPROBAçio.  V.   Reprovação. 

RÉPR"BO,  K.aâj.  [\M.reprflh^$\  r«  pref 
de  retro,  atras,  e  prohus,  probo)  malvado, 
perverso.  Homem  — .  Sentido  — . 

REPROCHAR.  V  a.  (do  Fr.  re/)rocAcr)  (ant.) 
exproorar,  vituperflr,  hnçar  em  rosto. 

REPROCHK,  s.  m  (Fr.  ant.)  exprobração, 
desapprovaçào,  vitupério  Sem  — .  E  galli- 
cismo  mui  antigo  uíí  lingua,  e  usado  por  D. 
Fr.  Manoel,  l.eào,  etc. 

REPRoDucçÃo,  s  f.  [re  pref  iterat )  reno- 
vada producção.  A  —  das  plantas,  dos  ani- 
maes. 

REPRODUCTivEL.  V.  Reproduzirei. 

REpRODiCTivo,  A,  ãdj.  (dés  %to)  que tem 
virtude  de  reproduzir  Industria — .  — ,  que 
reproduz,  regenera,  fecunda. 

REPRODUZIR,  V.  ã.  (re  pref.  iterat.)  tornar 
a  produzir  Os  animaes  reproduzem  as  es- 
pécies ;  tornar  a  apresentar,  v  g.  —  docu- 
mentos, argumentos. 

REPRODUZÍVEL,  adj.dos2g.  que  é  susce- 
ptivel  de  se  reproduzir. 

REPRoaissÃo,  s.  f.  promessa  reciproca  e 
mutua.  Arraes. 

REPROVA.    V.  Rejeição. 

REPROVAÇÃO,  s.  f  a<' to  de  reprovar,  òu  de 
ser  reprovado  ;  (oppõe-se  a  predestinado)  re- 
jeitado da  bem-avputurança  celeste. 

REPROVADO,  A,  p.  p  de  reprovap  *,  aáy.  re- 
jeitado, riào  adMíiitiílo  ;  réprobo  Foi  —  pe- 
los examinadores.  Tinha  reprovado  o  pro- 
cedimento. 

REPROVADOR.  A,  odj .  que  reprova. 

REPROVAR,  V.  a  [Lhí.  réprobo,  are.)  des- 
approvar,  não  approvar,  condemnar.  — o 
candidato.  —  o  testemunho. 

REPROVÁVEL,  ttdj  dos  Í  g.  (áes.  avel.) 
digno  de  reprovação. 

REPRuiR,  V.  a.  [re  pref  iterat  )  tornar  a 
pruir,  a  titillar. 

REP5,  (geogr.)  cidade  da  Transylvania,  a 
20  léguas  ao  EC.  de  Uarmanstadt ;  2.200 
habitantes. 

reptalor.  8    m.  (ant)  o  que  repta. 

BirTAMfiKTO.  V.  Repto, 


RE? 

REPTATiTB,  s.  dos  2  gf.  V.  Reptil. 

reptar,  r.  a.  (do  Lat  rapto,  are,  arre- 
batar, frequen».  de  rapin,  ete.)  (ant  )d«*s- 
aíiar  para  du^llo,  para  obrigar  o  contrario 
a  confessar  a  sua  IraiçDio  ou  deslealdade  ao 
rei. 

REPTIL,  adj.  doa  2  g  (Lat.  reptili»,  de 
repto.  are.  andar  de  r.  jo  )  que  anda  de  ro- 
jo como  as  cobras.  Os  reptis,  animaes  que 
andam  de  rastos. 

REpTiLiA,  s.  f  (ant )  animal  reptil. 

REPTO,  í.  m.  (V,  Ueptar.)  desafio  propos- 
to por  quem  accusa  alguém  de  traição  ou 
deslealdade  ao  rei ;  (íig.)  convite  para  jo- 
gar. 

REPTON,  fgeogr.)  ciHade  d'Inglaterra,  a  2 
léguas  e  meia  ao  SO.de  Derby ;  2,100  ha- 
bitantes. 

REPUBLICA,  s.  f.  (Lat.  respublira,  res,  a 
cousa.)  a  cou'?a  pubMea,  o  bem  doestado; 
o  estado  social.  —  ,  fórraa  de  governo  em 
que  o'  povo  por  seus  delegados  ou  directa- 
mente exerce  o  supremo  poder.  A  —  roma- 
na. A  —  dos  Lstados  Unidos  da  América  se- 
ptentrional.  A  —  das  lettrat,  os  lilteratos 
de  todos  os  paizes,  que  formam  como  uma 
comaiunidade. 

REPUBLiCA-FRANCEZA,  (hist )  foi  proclama- 
da a  2i  de  s^-tembro  de  1792  e  durou  até 
lí<  de  maio  de  1804,  época  da  creaçào  do 
.mperio. 

REPUBLTCAN-PORH,  (geogr.)  rio  dos  Esta- 
dos Unidos,  nasce  no  Missouri  e  cae  no 
Hansas. 

REPUBLICANISMO,  *.  t».  govemo  repubU- 
cano ;  preferencia  dada  a  este  governo. 

REPUBLICANO  .  A,  adj.  que  %>>z^  dos  di- 
reitos de  cidadão  de  republica:  queappro- 
va  a  forma  republicana  de  governo.  Osre^ 
publicanos,  subst. 

REPUBLICO.  A.  adj.  (ant.)  republicano,  ze- 
loso do  bem  publico.  «  Este  severo  —  (Ca- 
tão). »  Duarte  Hibeiro. 

Syn.  comp.  Republico,  republicano  Bem 
parecidi.s  são  estes  vocábulos,  e  parecem 
tet  igual  siííniHc»ção,  porem  á  entre  elles 
mui  notável  ditTr-rença. 

Republico  é  o  homem  zelozo  e  amigo  do 
bt<m  publico,  pode-se  ser  bom  republico 
sendo  vassalo  d'ura  rei,  como  se  vê  de 
Vieira  que  disse :  «  Devemos  desejar  todos 
a  união  c  )mo  bons  chr  siãos,  como  bons 
republiros.  e  como  bons  vassallos  (V,  33').» 

Republicano  é  o  cidadão  d'uma  republica 
ou  o  que  é  partidário  da  republica,  isio  é, 
da  forma  de  gt>verno  democrático  em  que 
governa  o  povo  em  parte  p<>r  si,  e  em  par- 
te por  meio  de  alguns  cidadãos  escolliidos. 
>ão  se  pode  ser  vassalo  sendo  republica- 
no ;  mas  pó<le  haver,  e  tem  havido  repu" 
iêUcaiws  que  são  mmlo  íLàus  repúblicos^ 


hep 


REQ 


m 


RiPUDiADO,  A,  p.  p.  de  repudiar;  adj.  que 
se  repudiou;  í|ue  repudiou.  A  mulLer — . 
Tiiilia  —  a  mulher. 

RKPUDiANTK,  *.  m.  (Lai.  repudians,  tis, 

{>.  a.  de  repudio^  are  )  o  que  repudia  a  mu- 
her 

REPUDIAR,  €.  a.  (Lat.  repudio,  are;  re 
prpf.,  drt  retro,  atrás,  e  pudor,  vergonha.) 
rfjeilar ,  abandonar  o  mnrido  a  mu.her; 
(Gg.)  rpjeitar,  repelhr,  abanilonsr. 

BEPUD  o.  s.  m.  (Lat.  refnídiutn.)  acçS^ 
de  repudiar  a  mulher;  desquite;  (lig  jac- 
to de  rfjeitar  com  desprezo. 

REPUG.NADO,  A,  p.  p.  de  repu^nar  ;  adj. 
a  que  se  resi>tiu.  que  repugnou;  imi)Ugna- 
do.  Ptelençào,  casamento — ,  r»jeilado. 

RKpuuNAUOR,  A,  adj  (i.at.  repvgnator.) 
que  rnpugna  (pessoa) 

r»plgna2scía,  í  f.  [Lai.  repugnantia.) 
indisposição,  contrariedade,  aversão  a  cou- 
sa, ou  a  acção,  v.  g  —  a  cerios  comeres , 
á  vida  Sí.lilaria.  'linha  g'ande  —  á  vida  da.s 
côrles.  — ,  antinomia,  incon  p«tibilidade,  v. 
g  —  de  leis  contradiclorias. 

bkpugnantk  ,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  repv- 
gnaus,  tis  )  que  repugna  ;  incompatível. 
Cousas  — s  ao  juizo,  á  boa  razão. 

repcgnar.  t.  a.  (i  at.  repugno,  are;  ie 
pref.  iterat.,  e  pugnare,  couibater.)  rejei- 
tar com  força,  v.  g.  —  o  oflicio,  a  dignida- 
de. L*  anl.  — ,  sentir  repugnanc  a,  c.  y.— 
a  certas  comidas,  a  certu  modo  de  vida  Is- 
to repugna  á  razão,  e  incompativel,  impli- 
ca contradirção.  —  se,  v.  r.  ^ant.)  contra- 
diíer-se ,  estar  em  contradicçâo.  —  a  si 
mesmo. 

repulego.  V.  R^polego. 

Repulgar.  V.   liepolegar, 

RiPULGo.  (ant.l  V.  Repalego. 

repuilar.  V.  Repulluíar. 

repullular,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  repullu- 
do,  are)  tornara  pullular,  brotar  de  novo, 
lançar  renovos. 

REPULSA,  s.  f.  acto  de  repulsar,  denegnr 
a  «upplica ;  o  acto  derepellir,  v.  g.  — das 
iojurias,  dos  aggravos.  da  vinlencia. . 

REPUi  SA,  (geogr.)  ilha  do  mar  folar,  na 
costa  meridional  da  peninsuU  de    Melville. 

REPULSADO,  A,  p.  p  de  repulsar  ;  adj.  re- 
pellido. 

REPULSÃO,  t  f.  (Lat  renulsio,  onis)  acção 
de  repulsar,  rebater  o  embalo,  repercussão; 
opposto  a  atírocfão.  qualidade,  acção  repul 
síva,  V.  g.  a  do  calórico,  a  da  elei;tricidade 
para  o  polo  da  mesma  denominação,  v.g- 
a  ropulsão  exercida  pnire  dois  corpos 
que  possuem  ambos  a  electricidade  positiva 
ou  a  npgativa. 

REPULSAR  V.  a.  (do  Lat  re,  de  retro,  para 
trás.  e  pellú,  ere,  puhum,  arremessar)  re- 
peilir,   rechaçar,   dar  repulsa,    repercutir; 

TOL.   IT. 


(dg.)  ní^gar  o  que  alguém  pede,  «.  g  — ''fc 
pretençào,  a  supplna. 

REPULSO.  V.  llepiUido. 

replnak.   V.   liepugnar. 

REPUNHANCiA.   V.  íiepugnancia. 

RKPU^UAR,  (ant.)  V.  Repugnar. 

REpUHUAÇÀo,  *.  f.  (teprtl.  ireral.)  purgi 
repelida;  o  tornara  purgar,  alimpar,  v.g. 
—  do  «cucar. 

RtPUhGADO,  A,  p.  p.  de  repurgar ;  adj. 
tornado  a  purgar;  purgado,  limpadj  outra 
vez.  '» 

REPURGAR,  «.  a.  (re pref.  iterat.)  tornara 
purgar,  ou  alimpar,  v  g.  —  o  doente;  o 
«cucar. 

REPUTAÇÃO,  5  f.  (Lat  reputatio,  onis)  o 
conceito  que  se  fíiz  de  alguém  ;  lama.  Medi- 
co de  grande — .  Tinha  muno  má — . 

REPLiADO,  A,  p  p.  de  reputar;  adj.  con^ 
ceiíuado. 

REPUTAR,  V.  a.  (Lat.  reputo,  are;  r#  pref. 
Iterai,  ejt^iiío,  are,  julgar,  considerar)  esti- 
mar, lerem  conta  ;  grrUgear  reputação  ;  dar 
reputação,  ex.  «  Lom  as  victorias  assegurou 
8  reijutuu  l).  João  de  (astro  o  estado  da  lu- 
dia,  »  Freire.  —  bem  a  fazenda,  ^loc  mer» 
cant  usualj  vendeu-a  por  bom  preço. 

replxaR,  ta.  ^repref.,  para  iraz,  epu" 
xarj  puxar  para  tiás;  lepehir,  lecLaçar ; 
ttíZer  repuxo  ao  muro. 

KEPLxo,  s.  m.  pendor,  declividade ;  pa- 
rede, muro  com  pendor,  declive :  encosto, 
ootareo  que  escoia  um  péd'arco,  para  elle 
puder  susler  o  peso  ;  a  parede  opposta.  — , 
recuo:  —  da  ariiliiaria.  — ,  ferro  com  que 
se  embebem  as  larrachas  na  madeira  ;  peça 
que  se  bale  com  vaivém  para  a  lazer  entrar 
em  outra.  — ,  agua  qaees.uicha  com  força 
de  canos  estreitos,  touie  de — . 

RiQUA,  (ant )  V.  Recua. 

RtQUEBRAUo,  A,  p  p.  de  requebrar :  adj. 
feito  com  requebro;  lorcido  Amante  — , 
que  diz  munas  iine/as  ãsua  dama. 

requebhar,  0.  a  {le  prtf.  iierat.)  torcer, 
dar  uma  inileião,  geito,  v.  g  —  os  olhos, 
dar-lhe*  geiío  amoroso.  —  uma  dama,  di- 
4.er-ihe  huezas. 

RLQUiiBHO,  t.  m.  inflexão,  geíto  amoroso, 
lascivo  da  viz,  dos  olhos,  do  corpo,  do  gesto. 
—s,  expressõt^s  amorosas,  lascivas,  íiuezai. 
Dizer  — s  com  «s  olhtts. 

requeijão,  s  m.  (repref.,  atras,  queijo) 
nata,  coalho  do  leite  depois  defeito  o  quei- 
jo. 

RfQUEiMADO,  A,  p  p.  de  requeimar ;  adj, 
ressequido,  tostado.  Uumor — .  Cólera  — , 
de  c«>r  muito  escura,  tostada. 

REQUEIMAR,  x>  O.  (re  pref.  iterat.)  pcssecar, 
tostar  ao  calor  do  fogo  ou  do  sol.  —  Jioae 
ferro  ou  arame,  po  lo  em  brasa  ao  fogo 
para  o  tornar  flexível.  —  sk,  «.  r.  (fig.jsen* 


411 


HEQ 


4ir  fortemente  sem  o  manifestar,  v.  g.  a  in- 
veja lá  no  peito  sercqueima.  — ,  (tig.)  em 
sentido  abs.,  pungir,  picar.  O  cravo,  a  pi- 
menta requeimam  na  bocca. 

REQUEiME,  s.  I».  qualidade  pungente  de 
substancias  aropoalicas.  — ,  (h.  n  )  nome  de 
um  peixe  que  junto  aos  ouvidos  tem  dois 
ferrões. 

REQUEiXADO ,  (ant.)  V.  Acanhado^  Es- 
treito. 

REQUEIXARIA  ,    *.    f.     (aut.)   offiçlo   dc    fC- 

queixeiro. 

BEQUEIXEIRO,    S,    Wl.    (aut.)   talvC^  JÇ^<j[tí«- 

Jeiro,  pasteleiro  de  natas.  ,"    ,,. 

REQUEMADO,  A,  p.  f  de  requéntáf  ",  aáji'. 
aquentado  de  novo.  Comer,  caldo—;  (fig.) 
satisfações  más  de  uma  offensa. 

REQLENTAR ,  t>.  O.  (re  pief.  iterat.)  tor- 
par  a  aquentar;  —  o  comer,  o  caldo. — se, 
c.  r.  totnar  a  aquentar-se. 

REQUEREÇÂo,  (ant.)  V.  Requisição. 

KEQLEREDOR,  s,  m.  (ant.)  requerente;  co- 
fcrçdor,  v.  g.  —  dos  rendeiros,  de  alcaida- 

íía, 

REQUERENTE,  s.  m.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ens,  tis)  pessoa  que  requer  ou  solicita 
justiça  ;  procurador  forense  ;  o  que  pede  ou 
§olicita  por  outro.  — ,  f.  mulber  que  soli- 
cita entrar  em  clausura. 

HEQUERER  ,  V.  ã.  (Lat.  rcquivo,  ere ;  re 
pref,  Uerat-,  e  qucBre,  ere,  procurar.)  fp. 
V5.)  buscar  de  novo,  ou  varias  vezes;  pe- 
Uir,  solicitar,  pedir  em  juizo.  —  sua  justi- 
ça_.  o  seu  direito  ,  algum  despacho.  —  al- 
guém de  um  crime,  accusar. -- rfe  amores 
uma  dama,  requestar  —  ,  exigir,  necessi- 
tar. Este  negocio— muita  prudercia.  A  doen- 
ça —  grande  cuidado.  —  ,  demandar,  exi- 
gir o  pagamento.  —  dividas,  tributos.  —  , 
rever,  dar  busca.  «O  carcereiro  ha  de — 
os  presos  duas  vezes  cada  dia  para  ver  se 
sSo  presos.  »  «  O  corregedor  deve  —  o  que 
fezerem  os  vereadores.  »  Ord.  Affons.,  in- 
dagar, examinar.  — ,  procurar:  — matenaes, 
obreiros. 

REQUERIDO,  A,  p.  p.  dc  rcqucrer;  adj.  bus- 
cado muitas  vezes,  procurado;  rogado,  exi- 
gi^jo ;  —  por  autoridade  superior ;  citado,  a 
quem  se  intimou  ordem,  v.  g.  —  para  dar 
os  bens  á  penhora. 

REQUERIMENTO,    S.    W     (íílCníO    SUlV.)   pcti 

çào  verbal  ou  por  escripto.  Fazer,  dar  um 
—  — ,  pedimeuto  :  a  —  da  parte,  (loc.  fo- 
rens.)  — ,  (p.  us.)  cobrança,  exacção  detri- 
bqtos,  rendas,  dividas. 
"  *REQUERiz,  (ant.)  V.  Re^oHz,  Alcaçuz 
'  REQUESENS  (S.  de  Zuniga),  (hist.)  gran- 
de commendador  de  Castella,  foi  o  guia  de 
t).  João  d'Austria  nas  guerras  contra  os 
Mouros  das  Alpujarras,  acompanhou-o  na 
c^iupapha  naval  de  Lepanto,  governou  al- 


REQ 

gum  tempo  o  Milanez,  substituiu  o  duque 
no  governo  dos  I'aií;es  Baixos,  venceu  tui? 
de  Nassaes  ;  Morreu   em  1576. 

REQUESTA,  s.  f.  lequerimeuto,  supplica; 
acto  de  requestar  uma  mulher,  solicitações 
feitas  a  dama. — ,  (ant.)  desafio,  duello,  bri- 
ga, contenda.  Combater-se  a  toda  a — .To- 
mar a  —  por  outrem.  — ,  defesa,  fprtit|ça- 
ção.  Porta  com  sua  — . 

REQUESTADO,  A,  p.  p.  de  requestai" ;  ádj. 
que  requestou,  solicitou  dama.  Mulher — , 
solicitada  por  amantes  ou  pretendentes  pa- 
ra casar.  —  ,  (ant.)  chamado  a  desafio,  a 
duello,  atacado,  acommettido.  Praça — pelo 
inimigo.  — ,  tentado,  procurado.  Cidade  — 
dos  estrangoiros  para  conimercio.  — ,  forti- 
ficado, defendido.  Porta — . 

REQUESTAR,  V.  Q.  {re  prcf.  iterat.,  e  Lat. 
qucsro,  ere,  situm,  buscar,  procurar.)  bus- 
car, procurar  solicitamente,  solicitar.  — uma 
dama,  para  casar.  — ,  (ant.)  desatiar,  cha- 
mar a  duello. 

RÉQUiA,  s.  f.  (ant.)  V.  Requie. 

RÉQUiE,  s.  f.  (Lat.  regwics.)  descanso,  re- 
pouso, 

REQUiM,  s.  f.  (t.  da  Ásia)  licor  espirituo- 
so da  Índia. 

REQUINTADO,  A,  p.  p  de  requintar;  adj. 
apurado  ;  fino,  subido,  aprimorado;  nimio, 
aíiectado.  Devoção — ,  excessiva.  £/c^a)icia 
— ,  mui  exquisita. 

REQ'NTAR,  V.  a.  (re  pref.  iterat.,  quinta, 
subentendido  essência,  ar  des.  inf  Kqui- 
vale  a  eitrahir  a  quinta  essência  por  cinco 
distillações  sucessivas),  apurar,  levar  a  auge; 
V.  g.  —  o  amor,  a  amizade,  os  sentimen- 
tos, o  estylo.  — ,  V.  u.  apurar-se,  haver- 
se  com  nimio  apuro,  primor,  levar  ao  maior 
auge,  V.  g.  —  em  amor,  na  malicia,  na 
censura;  —  no  estylo,  na  elegância,  no 
luxo. 

REQUINTE,  s.  w.  (de  re^Miníar),  cousa  re- 
quintada, exquisita,  grande  apuro,  primor  : 
V.  g.  —  no  amor,  nas  expresões.  no  es- 
tylo. — s,,  pi.,  prazeres  mui  sucidos,  refi- 
nados. 

REQU  RIR.   V.    Requerer. 

RKQUfsiçAo,  s  /.  requerimento,  pedido, 
exacção,  cobrança  por  autoridade.  Reque- 
sições,  pi.  cousas  ou  serviços  requeridos 
por  autoridade  civil  ou  militar. 

REQUisiR,  (ant.)  V.  Requerer. 

REQUISITO,  A,  adj.  (Lat.  requesitus),  re- 
qu*^rido,  devido,  lie  p.  us. 

REQUISITO,  s.  u.  (sub$t.  do  precedente), 
cousa  reíjuesita,  o  »jue  se  requer  para  um 
fim  qualquer  v.  g.  Os  — *,  as  condições 
oú  qualidades  necessárias  para  preencher 
um  emprego.  O  sugeito  tem  todos  os  — s 
para  bem  desempenhar  os  deveres  do  car- 
go- 


RES 


HES 


4S^ 


BKQUisiTORiA,  s.  f.  (des.  orta],  carta  em 
que  um  magistrado  pede  a  outro  que  faça 
executar  algum  mandado. 

REQuiSTA,  (geogr.)  cidade  de  França  ,  a 
y  léguas  ao  S.  de  Rhodez  ;  ^,010  habitantes. 

REREC,  (geogr.)  capital  dos  Obotrites,  é 
hoje  Mecklemburg. 

«RS  ou  REZ,  s.  f.  (do  Arab.    raz,  cabe- 
ça, cabeça  de  gado),  cabeça  de  gado ;    pi 
Rezes    (fig.)  má     -,  pessoa  de  iudole. 

RKSABEB,  V.  Tl.  (t.  cliulo),  sabcf  muito. 
Toma-se  de  ordinário  á  má  parte. 

RESABiADO,  A,  de  resabiar-se  ;  adj.  des- 
gostado, qne  conservou  resabio,  asco,  a  al- 
guém ao  a  alguma  cousa  \  v.  g.  —  da  af- 
fronta  recebida.  Besta  — ,  que  tem  manha, 
espantadiça. 

RESABiAR-SE,  t?.  T.  [resabio,  ar  des.  inf.), 
contrahir  resabio,  asco,  desabrimento.  «  Se 
começou  a  resabiar  o  animo  do  rei.  » 
Chron.  de  Cister. 

RESABiDO,  A,  p.  p.  dc  resabcf  ;  adj.  mui- 
to sabido,  que  sabe  de  mais,  muito  exper- 
to, muito  fino  ;  v.  g.  Homem  muito  — . 
(Diz-se  á  má  parte.) 

RESABIO.  s.  m.  (alterado  de  resaíbo],  sa- 
bor mau ;  o    mau  saber. 

BESACA,  8.  f.  fFr.  ressac,  choque  impe- 
tuoso das  ondas  contra  a  costa,  do  Lat. 
quassare,  quebrar),  o  movimento  que  faz 
o  rolo  da  agua  recuando  da  praia.  «  A  on- 
da da  — .  »  Couto.  — ,  porto  formado  pela 
enchente  do  mar.  «  O  porto  de  Alexandre- 
la  vem  a  ser  uma  — ,  que  ali  faz  o  fiíede- 
terraneo,  larga  e  profunda.    »  Godinho. 

RESAiBO,  5.  m.  [re  pref.  atras,  e  saibo], 
sabor  que  se  pega  a  algum  vaso  e  se  com- 
munica  ás  substancia  que  nelle  se  encerrão, 
V.  g.  o  sabor  rançoso,  de  mofo,  etc.  (fig.) 
que  conserva  vestigios,  signaes  de  estado 
anterior,  de  hábitos  contrahidos  ;  t?.  ^f.  Dou- 
trinas, máximas,  proceder  que  tem  —  da 
educação  monacal,  do  claustro,  do  trato 
das  cortes.  — ,  manha  de  bestas.  — ,  (ant), 
o  resabído.  «  Todo  o  seu  —  me  aborre- 
ce. »  Uhs,  8,  6. 

RESAiu,  (ant.  e  obs.)  O  Elucidário  diz 
que  é  Ressio. 

RESALTADO,  A,  p.  p.  dc  Tcsaltar ;  releva- 
do, sobresahido  ;  que  saltou  de  novo. 

RESALTAR,  f.  ti.  (Lat.  resiUo,  ire^  sul- 
tvm,  re  pref.  iterat.,  e  salio,  ire,  sallum, 
saltar),  tornar  a  saltar  ;  sobresahia  fora  da 
superfície  ;  saltar  aos  olhos,  dar  nos  olhos 
por  mais  elevado,  saUente.  v.  g.  liesalta 
o  friso,  a  cornija,  o  relevo  do  bordado,  e 
(fig,)  stbresahirt?.  g.  sobre  as  mais  virtu- 
des resalta  a  modéstia.  He  p.  us.  nesta  ac- 
cepção  figurada. 

BESALTAB,  V.  O.  Fcvelar,   fazer  sobresa- 
hir  em  relevo. 


resaltear,  V.  a.  [re  pref.  iterat.)  tor- 
nar a  saltear.  P.  p.   resalteado. 

HESALTO,  s.  m  relevo,  prominencia,  t>. 
o.  —  do  friso,  da  cornija,  do  bordado,  das 
feições,  do  nariz.  — ,  repuxo,  repercussão, 
salto  dado  por  corpo  elástico;  c.  g.  —  da 
bola,  das  bolas. 

RESALVA,  8.  f.  declar»ção  por  escripto 
para  segura nçp  de  alguém  ;  cautella  para 
evitar  prejuizo,  v.  g  Dar  —  de  divida, 
quitação,  reserva,  excepção,  —  da  entre- 
linha, declaração  que  o  tabellião  faz  de 
que  a  entrelinha  foi    escripta  por  elle. 

RESALVADO,  A,  p.  p.  do  resalvar ;  adju\ 
protegido  por  resalva ;  que  obteve  resalva. 
V.  g.  Entrelinha  — . 

RESALVAR,  V.  tt.  fazer  ou  dar  uma  resal- 
va, declarar  como  resalva  ;  reservar,  excep- 
tuar ;  Uvrar  de  perigo,  por  a  salvo,  em 
segurança.  Queria  —  as  naus  que  tinha 
em  Meca  «Couto.  — se,  v.  r.  tomar  resal 
va,  procurar  desculpas,  razões  que  justefi- 
quem  algum   acto. 

RESAMPHONiNAR.    V.   Resãnfoninav 

hesaisfoninar,  V.  a.  [re  pref.  iterat.,  e 
sanfoninar),  (chul.),  repetir  muitas  vezes 
mofando,  cousa  importuna. 

resão.  V.  Razão. 

BESARCiDO,  A,  f  p.  de  f  csarcif ;  adj. 
reparado,  satisfeito  ;  v.  g.  Tinha  —  odamno. 

RESARCiMENTO,  *.  m.  I^meníe  suff.),  acto 
de  resarcir. 

RESARCiB,  V.  a.  (Lat.  resarcio,  ire,  re- 
mendar, concertar),  reparar,  satisfazer,  in- 
demnizar,  V.  g.rfsarcir  o  damno,  o  pre- 
juizo, a  perda  qne  se  causou  ou  experi- 
mentou. 

RESAUDAR,  V.  r.  {re  pref.  iterat.)  respon- 
der á  saudação. 

resralar.  V.  Resvalar. 

RESBORDO,  s.m.  [áúPr.  rébord)  (naul.)  se- 
gundo solho  do  navio ;  «  na  costura  da  ta- 
boti  do  — .  » 

BESBUTOS,  s.  m.  pi.  V.  Reisbutos. 

rescaldado,  a,  adj.  [re  pref.  iterai.,  e 
escaldado)  muito  quente.  A  peça  d'artilha- 
ria  de  —  arrebentou. 

REscALDAMENTo,  s.  m.  (ni«nío  suíf.)  abra- 
samento. 

rescaldeiro,  s.  m.  [rescalde,  des.  eiró) 
prato  fundo  ou  vaso  de  folha,  de  prata,  ou 
cobre  em  que  semeiem  brasas  ou  agua  fer- 
vendo para  censervar  quente  o  comer  na  me- 
sa ;  esquentador  da  cama  ;  braseirinho  com 
testo  grelado,  para  aquecer  os  pés. 

rescaldo,  s.  m.  (rcpref.  intensilivo,  eca- 
lidus,  quente)  borralho,  cinzas  com  brasas; 
(fig.  ep.  us.)  sensação  pungente  causada  por 
comeres  indigestos  no  estômago,  e  substan- 
cias irritantes  introduzidas  ou  desenvolvidas 
nelle. 

106  ^ 


424 


RES 


HES 


RESCAMBio,  8.  m.  (ant.)  V.  Recambio,  Tro- 
ca, Pemnitaçào. 
RtscÃo    V.  Rascáa. 

RíSCENHENTE,  ãdj  dos  2  ^í.  (des.  do p.  a. 
Lai.  em  ens,  lis)  que  cheira  bem,  cheiroso; 
menos  us.,  que  chbira  mal.  Aromas,  jasmins, 
rosas  — s    O  —  bode. 

RESCENDER,  V.  H  exhalar  cheiro  suave, 
gralo  ;  e  menos  us.,  exhalar. cheiro  bom  ou 
mau. 

Woraes  deriva  nste  termo  dolng'ez  scent, 
que  vem  áo¥r.  senleur,  sentir,  cheirar,  do 
Lot.  sentire,  seniir,  E  provável  que  rescen- 
der  vnm  d'esta  origem  ;  mas  é  nuiftvt-l  (|ue 
em  Copiico  ou  Egypcio  çrhoi  si^íiiifica  chei- 
ro, cheirar,  exai  ou  sinal,  ventas. 

RESCINDIDO,  A,  p.  p.  de  resciudir ;  adj. 
dissolvido,  V.  g.  o  contracto  — . 

RESCINDIR,  t  a.  (Lai  rescindo,  ere ;  re 
pref.,  e  srindo,  ere,  cortar,  romf  er)  (fig.) 
cortar,  romper,  desfazer,  revogar,  v.  g  — 
o  contracto;   —  o  matrimonio. 

RESCISÃO,  8.  f.  (Lat.  rescisio,  anis.)  selo 
de  res''indir,  revogar;  — do  coiilraclo,  tes- 
tamento ;  —  do  matrimonio. 

RESCREVER,  V.  a.  (re  pref.  iterat  )  tornar 
a  f  screver,  responder  por  escripto  ;  dar  um 
rescripto. 

RESCRipçÃo,  *.  f  mandado  para  se  pagar 
corta  quantia. 

RESCRIPTO,  8.  m.  (Lat.  rescriptum  )  or- 
dem, mandato  de  rei,  resoluçàe  régia. 
RKSCRiTO.  V.  Rescripto. 
RESEDA,  8.  f.  (Pr.  réséda.)  (bot.)  planta 
rasteira  e  mui  cheirosa  de  que  ha  varias 
espécies,  dfls  qu«es  uma  é  empregada  na 
mt^diriíia  para  mitigara  inflammíiçào,  e  tfll- 
Tez  d'»hi  tire  o  nome  (Lat.  reseao,  are, 
acalmar,  abrandar). 

RESEGLisuAB,  u.  fl.  [re  pref.  iterat )  tor- 
nar a  segundar,  redobrar,  amiudar.  —  os 
golpes. 

RESKLLADO,  A,  f.  f.  de  ressllar;  oí//.  sel - 
lado  de  novo,  a  que  se  poz  segundo  shUo 
resellar,  t>.  a.  [re  pref.  iterat.,  oselh, 
ar  des.  inf.)  pôr  segundo  sello  ou  novo  shI- 
lo.  —  as  fazendits,  na  alfandega,  —  as  apó- 
lices ou  papel  moeda. 

RESEMEADO,  A,  p.  p.  do  rcsemeaf ;  adj. 
torn«do  a  semear. 

RKSEHEADURA  ,  8.  f.  (des.  ura.)  segunda 
semeadura  ou  sementeira. 

RESEMEAR,  V.  O.  (re  pref.  iterat.)  tornar 
a  íemear ,  fazer  segunda  sementeira  —  tri- 
go. —  o  campo.  —  a  fé,  cujas  sementes  não 
Tingaram, 

RESENHA,  8.  f.  (Lat.  rcccnsio,  onÍ8.)  mos- 
tra, alardo,  revista  ;  — de  tropas,  da  gente- 
— ,  de  cousas,  v.  g.  — de  livros,  de  acon- 
tecimentos   —  litteraria,  politica,  revista. 
AisiMUR,  V.  a.  [resenha,  ar  des   inf.j 


passar  mostra,  revista,  alardo,  fazer  rese- 
nha. 

RESKNHOR,  s.  w.  (jocoso)  duas  vezcs  se- 
nhor. 

RES8NTID0,  A,  p.  f.  de  reseutir;  adj  of- 
fendido,  irritado;  excitado,  despertado.  Man- 
timentos—s,  quasi  podres,  tocados.  A  men- 
te presaga  e — ,  presentida. 

RESSENTIMENTO,  8  m.  {mento  suíT)  sen- 
timento causado  por  o(Te»nsa  lev»»,  ou  quese 
enct  bre  ;  sentimento  vivo  de  offensa  rece- 
bida. 

RESENTiR  ,  V.  a.  [re  pref.  iterat.)  tornar 
a  sentir  ;  sentir  vivamente.  — se,  ».  r.  of- 
fender-se,  n.ostrar  sentimento  ou  pezar. — 
de  alguma  cousa,  sentir  o  eífeito,  v.  g.  — 
da  doença,  do  remédio;  recobrar  o  senti- 
mento, despf-rtar-se  ;  advertir,  dar  íé.  Res- 
sentiu se  do  rapto. 

BESEQUiDO,  A,  adj.  [re  pref.  intensitivo, 
e  seccado.)  mui  secco,  exhausto  de  sueco  e 
humidade   L'vas — s. 

RKSiRVA,  s.  f  portão  reservada,  poupa- 
da, po!>ta  de  parte.  Ttrdeoxiem — .  Gente 
de  — ,  de  sobreseUnle.  para  acudir  era  caso 
de  urgência. — ,  circumspectão  no  obrar  ou 
no  fdllar.  Sem — ,  com  toca  a  franqueza. 

RESERVAÇÃo,  8.  f  condição  ou  restricção 
posta  em  acto  fazendo  reserva  de  parte  dos 
fructos,  rendas,  etc.  —  de  pecrado,  restric- 
ção imposta  pí»ra  (jue  só  certa  pessoa  ou  pes- 
soas os  possa  absolver 

RESERVADO,  A,  p.  p.  de Teservar  ;  adj.  pos- 
10  em  reserva  ;  pr^^servado.  Caso,  peccado 
— ,  cuja  ôbsí>lvição  é  incumbida  a  pessoa  de- 
terminaua  Homem  — ,  que  usa  de  reserva,, 
tircumspecto,  cauteloso, 

EESFRVAnoR,  A,  adj  que  reserva. 
RESERVAR,  V.  a.  [Lai.  reservo,  are]  pôrens 
reserva,  guardar;  pôr  de  parte  para  servir 
tm  caso  de  urgência  :  —  os  seus  segredos,, 
as  suas  forças  — ,  fazer  reserva  em  contra- 
cto. V.  g.  de  fructos,  rendas.  —  peccado% 
limitar  a  certas  pessoas  a  faculdade  de  os 
absolver. 

RESERVATÓRIO,  8.  m.  (dcs  ório)  receptá- 
culo, v   g.  —  de  aguas,  deposito. 

RESERviR,  V.  a.  (  e  pref  j  tomar  a  ser- 
vir 

RESFOi.EGADouRO,  *.  wi.  (des.  uvo)  passa- 
gem, abertura  por  onde  sae  o  ar,  ^o  fumo,, 
respiradouro. 

RE -POLEGAR,  V.  a.  [re  pref.  iterat.,  s  por 
«X,  fôlego,  ar  des.  inf.)  lançar,  fazer  sahir, 
V.  g.  o  canhão  resfolegando  o  fumo  pelO' 
ouvido.  — ,  V.  n.  respirar,  exhalar  ;  (fig.) 
sentir  satisfação,  ex.  «  Resfolegou  Ll-Hei  con» 
a  nova  »  Couto,  Dec.  iv 
RESFOLEGO.  ?.  Anhelito 
RtSFOi.GAR ,  RESFOLGO.  V.  ResfolegoT^ 
Resfolego. 


RKS 


RES 


425 


RESFRIADO,  A,  p.  p.  de  resfriar;  adj.  tor- 
nado frio,  insensível ;  desanimado.  —  do 
amor,  do  zelo. 

EESFRiADO,  *.  w».  defluxão,  catarrho  cau- 
sado pela  exposição  ao  frio. 

RtSFRiADOR  ,  A  ,  odj .  que  resfria  ;  (fig.) 
que  faz  esfriar,  v.  g.  o  animo,  o  zelo,  o 
patriotismo,  o  amor.  A  —  ingratidão.  Os 
ventos,  os  gelos  resfriadores. 

RESFRiADOR  ,  s.  m.  vaso  com  agua  fria 
ou  neve  para  resfriar  bebidas. 

RESFRIAMENTO,  s.  m.  [mentosuS.)  estado 
resfriado,  diminuição  do  calor  ;  (fig.)  tibie- 
la,  diminuição  da  energia,  do  animo  do  ze- 
lo, do  amor,  etc. 

RESFRIAR,  V.  Q.  (fc  pref.  iterat.  ou  in- 
tensivo, 6  esfriar.)  tornar  a  esfriar;  (fig.) 
diminuir  o  ardor,  o  fervor,  v  g.  — o  zelo, 
o  amor,  o  patriotismo.  — se  ,  v.  r.  ganhar 
um  resfriado  ;  (fig.)  abater-se  o  ardor,  o 
fervor,  v.  g  —  o  furor,  a  devoção,  o  zelo, 
t  paixão,  a  caridade,  o  amor,  a  amiza- 
de. 

RESCAL  R.  V.  Arregalar. 

RESGATADO,  A,  p.  p.  de  resgatar;  adj.  re- 
mido do  cativeiro,  vendido  por  resgate, 
permutado.  —  a  preço  de  dinheiro,  ou  de 
sangue. 

RESGATADOR ,  s.  m  O  que  resgata,  ou 
que  resgatou. 

RESGATANTE ,  s.  dos  2  g.  V.  Resgata- 
dor. 

RESGATAR,  V.  ã.  (do  Ff.  rachetcr.) remir 
com  dinheiro.  —  o  captivo,  remir  do  capti- 
Tttiro.  —  a  obra,  a  escriptura,  tira-la  da 
obscuridade,  publica-la,  dá-la  á  luz.  —  o 
Umpo,  recuperar. — se,  u.  r.  remir-se. 

RESGATAVEL  ,  adj.  dos  2  g .  (des.  avel] 
que  se  pode  ou  ha  de  resgatar,  dando-se 
o_  valor  da  cousa  que  se  resgata.  Obriga- 
ções, hypothecas,  valores  rw^faíaceis,  remí- 
veis. 

RESGATE,  s.  m.  acção  de  resgatar;  preço 

fíOT  que  se  resgata,  t?  g.  o  captivo ;  (fig.) 
ugar  onde  se  faz  o  resgate  de  captívos,  de 
escravos,  de  mercadorias.  Cousa  de  pouco 
— ,  de  pouco  preço  ou  valor.  —  ,  redem- 
pçio. 

RESGUARDA,  (aut.)  V.  Retaguarda. 

RESGUARDADO  ,  A,  p.  p.  de  resguardar ; 
adj.  posto  em  reserva,  resalvado.  — ,  am- 
parado, protegido,  v.  g.  casas  —do  frio; 
plantas  —  das  geadas.  Jnnocencia  — .  Olhos 
—  de  objectos  impudicos  ;  ouvidos  —  de  ca- 
lumnias. 

RESGUARDAR,  V.  G.  {re  pref.  iterat.,  e  65- 
guardar.)  guardar  com  cautela e vigilância, 
para  evitar  damno  ou  perigo  ;  pôr  em  re- 
serva, resalvar.  — ,  considerar,  attender. — 
SE,  t?.  r.  defender-se,  acautelar-se,  vigiar- 
se,  guardar-se,  v.  g.  — do  frio,  do  vento, 
rm..  !▼. 


do  sol ;  —  das  emanações  perniciosas;  — de 
um  inimigo. 

RESGUARDO,  s.  fit.  cuidado  cauteloso,  vi- 
gilância ;  meios  de  defesa ;  prevenção  ,  v. 
g.  gente,  forças  de  terra  ou  de  mar.  —  .re- 
serva. Ter  de — .  Dar — a  alguém,  adver- 
ti-lo de  perigo  que  o  ameaça  Ter — na  co- 
mida, na  dieta.  —  ,  respeito,  acatamento, 
attenção.  Sem  —  da  justiça.  «  Moças  desam- 
paradas do  todo  o  —  que  lhe  é  devido.  » 
Guia  de  Casados,  isto  é,  de  cautelas,  de  vi- 
gias que  desviem  perigo  á  honestidade,  ao 
decoro. 

RESiccAçÃo,  s.  f.  [re  pref.,  e  Lat.  sicca- 
tio,  onis.)  estado  do  que  está  resiccado. 

HESicCADO,  A,  p.  p  de  resiccar;  adj.  re- 
sequido,  muito  secco,  privado  de  toda  a  hu- 
midade. 

HESICCAR  ,  V.  a.  {re  pref.,  e  Lat  sicco  , 
are.)  seccar  muito.  —  as  entranhas,  requei- 
ma-las  com  drogas  acres. 

RESIDÊNCIA  ,  s.  f.  (dcs.  encia.)  assistên- 
cia, morada  continua  em  um  lugar  ou  apo- 
sento, lugar  da  residência,  tempo  que  dura 
a  residência.—,  casa  religiosa  dos  jesuítas, 
que  não  era  coUegio,  nem  casa  professa. — , 
(forens.)  comparecimento  em  juízo  do  réo 
que  está  seguro  h'ko  comparecendo  que- 
bra a  residência.  — ,  entrega  do  mando  ao 
successor;  entrega  que  o  governador  ou  ca- 
pitão faz  do  mando  da  praça  ou  cidade  em 
que  reside  apresentando  as  chaves  delia  ao 
successor. — ,  informação  que  se  tira  a  res- 
peito do  como  procedeu  nas  cousns  do  seu 
oíTicio  ou  cargo,  o  governador  ou  juiz.  Ti- 
rar, tomar—.  Dar  a  sua—,  conta  da  sua 
vida,  acções,  proceder.  «  Deus  a  ninguém 
dá  —  das  suas  obras.  »  Ulís. 

RESiDENCiAR  ,  V.  a.  [residencia,  ar  des. 
inf.)  (p.  us.)  tomar  residencia,  tirar  infor- 
mação. 

RESIDENTE,  adj  dos  t  g.  {Lai.  residens, 
tis,  p.  a.  de  resido,  ere;  re  pref,  esede- 
re,  estar  sentado.j  que  reside.  Usa- se  subst. 
residente  ou  ministro  residente,  agente  di- 
plomático de  corte  estrangeira  de  graduação 
inferior  á  de  enviado. 

RESIDIR ,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  resido,  ere  ; 
re  pref. ,  e  sedo,  ere,  estar  de  assento  ou  sen- 
tado.) morar,  assistir  em  cidade,  povoação, 
ou  casa;  assistir  pessoalmente,  v.  ^.  o  bis- 
po na  sua  diocese,  o  cura  na  sua  parochia 
fazendo  as  suas  obrigações. 

RESÍDUO,  s.  m.  (Lat.  residuum  )  o  pé,  se- 
dimento ;  o  resto,  restante.  O  —  da  distil- 
lação.  Os— «  damesa.—,  (forens.) legados, 
dinheiro  ou  propriedades  deixados  por  pes- 
soa fallecida  para  obrns  pias.  Casa,  juizo, 
proieder  dos  -s,  a  qu  em  pertence  a  arreca- 
dação e  e  n prego  das  «quantias  deixadas  pa- 
'm  obras  pias 

;  107 


426 


RES 


IBES 


RESIGNAÇÃO,  s.  f.  O  acto  de  resignar,  v, 
g. — do  cargo,  do  beneficio;  estado  resi- 
gnado, V.  g  soífrer  com  — ,  sem  se  quei- 
xar. 

resignadíssimo,  a,  adj.  superl.  de  resi- 
gnado. 

RESIGNADO,  A,  p.  p  de  resignar:  ac(;'.  que 
resignou:  que  soffre  com  paciência,  soífri- 
do.  —  á  sua  triste  sorte    Tinha  —  o  cargo. 

RESiGNANTE,  s.  w.  (Lat.  vesigiions,  tis  , 
p.  a.  de  resi^narc.)  pessoa  que  resigna  car- 
go, oíficio. 

RESIGNAR ,  V  a.  (Lat.  resigno,  are  ,  re 
pref.  iterat  ,  e  5Ú/no,  are,  assignar.)  renun- 
ciai*, V.  g.  —  oíTicio  ,  beneficio  ,  cargo,  o 
mando  — .,  (fig.)  fazer  abandono,  v.  g.  — 
a  vontade,  sujeita-la  á  de  outrem  — se,  v. 
r.  ceder,  abandonarse,  v.  g.  —  á  sua  sor- 
te, á  vonlade  de  nutrem  ;  —  em  Deus. 

RESiGNATÁRio,  s  m.  (dcs.  ávio  )  sujcíto 
em  quem  se  resignou  o  beneficio 

RESINA,  s.  f.  (Lat  do  br.  rhtô,  manar.) 
sueco  vegetal  unctuoso. 

RES  NA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, sobre  o  golpho  de  Nápoles ;  9,O0U 
habitantes. 

RESINAR  ou  ROSiNAR,  (geogr.)  cidade  da 
Transylvania,  a  3  lejíuas  ao  SO.  d'ílar- 
manstadt;  5,000  habitantes 

RESiNENTO,  A,  adj.  resiu/SO. 

RESiNGA,  s    f.  disputa,  dltercação. 

RESiNGAR,  c.  tt.  OU  u.  (de  rixa,  e  ango, 
ere,  apertar,  vexar.)  altercar,  disputar,  v. 
g.—iiom  alguém.  Encontra-se  também  nos 
antigos  em  sentido  acílivo,  v,  g.  «ha  hi 
mulher  tão  referteira,  que  até  o  matrimo- 
nio resinga. 

RESiNGUEiRO,  A,  adj.  (dcs.  eiro.)  costu- 
mado a  resingar. 

RESiNHAR-SE,  (ant.)  V.  Resiguar-se . 

RESINOSO  ,  A,  adj.  (Lat.  resinosus.)  que 
contém  resina,  da  natureza  de  resina. 

RESío  ou  RESsio.  V.  Jiecio  OU  Rocio. 

RKSipiscEKCiA,  s.  f.  (Lat.  resipiscentia, 
de  resipisco,  ere  ;  re  pref.  iterat.,  esapto, 
ere,  saber.)  acto  de  voltar  á  recta  razão,  á 
emenda  de  culpas,  de  erros. 

Na  ultima  edição  de  ft'oraes  esle  termo 
se  acha  escripto  resipienda 

REsiSTAR.  V.  Registar,  ou  Registrar. 

RESISTÊNCIA .  s.  f  (de  resistir.)  acto  de 
resistir,  oo  sentido  physico  e  moral,  e  fal- 
tando dos  agentes  naturaes  ou  da  vontade 
do  homem.  Oppôr  grande  —  ao  inimigo,  ás 
ordens,  ás  íeis.  O  ar,  a  agua  oppõem  — aos 
corpos  que  se  movem  nestes  fluidos. 

RESISTENTE,  ttdj .  dos  2  g.  {L&t.  resísUns, 
tis,  p.  a.  de  resisto,  ere.)  que  resiste,  op- 
põe  resistência,  tanto  physica  como  moral. 

RESISTIDO,  A,  p.  p.  de  resistir ;  adj.  que 
se  faz  resistttacia ;  qae  resistiu.  O  miaqtie 


foi—,  rebatido.  Tinham  esforçadamente — 
ao  inimigo. 

RESisTiDOR  ,  s.  m.  o  que  resiste,  resis- 
tente. 

RESISTIR ,  tj.  a.  (Lat.  resisto,  ere ;  re 
pref.i  e  sisto,  ere,  soster,  rebater.)  oppôr 
força  em  contrario.  —  o  ataque,  o  desem- 
barque, a  audácia,  a  tentativa. 

Crês  tu  que  já  nâo  forSo  levantados 
Contra  seu  capitão,  se  os  resistira. 
Fazendo- se  piratas,  obrigados 
De  desesperação,  de  fome,  de  ira? 

Camões,  Lus.,  V,  72. 

Resistir,  oppôr  resistência  physica  ou  mo- 
ral. O  ar,  a  agua  resistem  aos  corpos  que 
se  movera  nelles.  —  ao  embate  das  ondas, 
ás  balas,  ao  inimigo,  á  tentação,  ás  leis, 
aos  conselhos ;  (fig.)  não  ceder,  mostrar-se 
sensível,  v.  g.  —  aos  rogos,  ás  lagrimas,  ás 
suppHcas.  — SE,  V.  r.  —  um  homem  a  si , 
refrear-se. 

RESISTO.  V.  Registro. 

RESLUMBRAR.  V.  Transluzir. 

RESMA,  s.  f.  (do  Arab.  rasma,  do  verbo 
razama,  arrumar  apertando,  rolligir,  ajun- 
tar muitas  folhas  em  um  só  corpo  )  vinte 
mãos  ou  quinhentas  folhas  de  papel. 

RESMONEAR  OU  RESMONiNHAR,  RESMUGAR. 

V.  Resmungar. 

RESMUNGAR,  V.  a.  OU  H.  (voz  imitativa.) 
(ffimil.)  fallar  enlre  os  dentes,  em  tom  dj 
quem  ralha,  exprime desconientamento. 

RESOADO,  A,  /).  p.  do  resoar ;  adj  tor- 
nado a  soar ;  retumbado. 

RESOANTE.  adj.  dos  1  g.  (Lat.  resonans, 
tis,  p.  a.  de  resono,  are.)  que  resôa,  re- 
tumba 

RESOAR,  V.  a.  (Lat.  resono,  are;  rcpref. 
iterat  ,  e  sonare,  soar.)  fazer  soar  ;  (fig.) 
publicar,  proclamar  :  «  resoem  doces  versos 
teus  louvores.  »  «  Hymnos  que  resoem  os 
louvores  do  senhor.  — façanhas,  altos  fei- 
tos — ,  retumbar,  fazer  écco.  Resoam  os 
clarins,  as  trombetas,  os  clamores,  o  tro- 
vão. 

RESOBRADO,  A,  p.  p.  dc  Tcsobrar ;  adj. 
que  resobrou  ;  mais  que  sobrado. 

RKSOBRAR,  V.  a.  OU  w.  [re  pref.  intetisi- 
vo.)  sobrar  muito.  « Sobrou  madeira,  di- 
nheiro, e  resobrou.  » 

resolto,  p.  p.  irregul.  de  resolver.  V. 
Resolvido, 

RESOLUÇÃO  ,  s.  f.  (Lat.  resolutio,  onis.) 
decisão  tomada  pela  pessoa,  ou  por  ou- 
trem ;  resultado  de  deliberação  ;  propósito 
firmo,  coragem.  Tomar  uma  — .  Ter,  mos- 
trar— ,  valor,  coragem. — dos  nervos,  re- 
laxação, frouxidão.  —  do  ventre,  soltur?!.  - 
do  tumor,  da  inflammação,  terminação  da 
doença  peU  restituição   das  partes  ao  esta- 


RES 


RES 


427 


do  natural,  dissipando-se  os  flaidos  accu- 
miilados  j[)or  absorpçao.  — ,  (chim.)  disso- 
lofçâo,  decomposição  dos  corpos,  separação 
dos  seus  princípios  ou  elementos. 

RESOLUTAMENTE,  ado.  {mente  suff.)  com 
resolução,   coragem,  denodo. 

resolutíssimo,  a,  adj.  superl.  de  reso- 
luto. 

RESOLUTIVO,  A,  adj.  (des.  ivo.)  (ítíed.) 
resolvente,  pVÔpriô  a  obter  a  resolução,  v. 
g.  do  tilràor,  da  mflammação.  Methodo—, 
aúalytico 

RESOLUTO.  A,  ãdj .  (Lat.  resolutus,  a^lj.e 
p.  p.  de  resolvo,  ere.)  V.  Resolvido  e  Re- 
solto.  Homem  — ,  destemido,  denodado,  fir- 
memente determinado  a  executar  algum 
feito.  Homem  — em  riegócios,  pratico,  cor- 
rente. 

RÉSOLUTORio,  A,  ããj .  (des.  ório.)  (jófr.) 
Clausula  — ,  que  verificada  annulla,  desfaz 
o  acto  a  que  ó  jaata  ou   posta. 

RESOLVENTE  ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  resol- 
veris,  tis,  p.  a.  de  resolvo,  ere.)  (med.)  re- 
solutivo. Substancias — s. 

RESOLVER  ,  V.  O  (Lát.  resoltò,  ere  ;  re 
pref.  iterat.,  e  solvo,  ere,  dissolver.)  redu- 
zir, V.  g.  ~  o  pó,  a  substancia  ;  —  os  cor- 
pos aOs  seus  principies  ôti  elementos.  — , 
desfazer,  v.  g.  o  vinagíe  rêsohe  as  péro- 
las. O  fogo  tcsòlve  em'  fumo  a  madeira,  o» 
carvão    —  o  tumor,  faze-lo  desapparecer. 

—  d  duvida,  a  questão,  d  c&nsuha,  deci- 
dir. — ,  tomar  decisão,  detetminar-sé.  Re- 
solvi partir,  ausentar-me.  — se,  v.  r.  to- 
1ÍÍÁY  resolução,  decidir-sè,  determttfat-^e. 
Resolveu- se ,  em  sentido  impessoal  tomou- 
se  a  resoluçãro.  — se ,  reduiíit-se  ,  conver- 
ter-Sé.  A  tempestade  resoheu-sè  em  chu- 
va. O  diamante  resohe-se  inteiramente etó" 
gaz  Resolveram-se  os  perigos ,  desfize- 
ra ní-se. 

RESOLVÍDO  ,  A  ,  p.  p.  de  ['esolver ;  adj. 
decidido,  d'elerminado,  d*?ssipado  (oturaoi*, 
a  inflammTíção).  f^uvida  — ,  solvida.  Pro- 
blema — ,  de  que  se  deu  a'  solução. 

RESONANCiA,  s.  f.  (Lat.  fesonaníid.)  éQ,o; 

—  $tt  voz 

RESONAisTE,  adj.  dostg.  [Lh\.  resonant, 
tis,  p.  a.  â'&  fUsóno,  are.)  retumbante,  que 
faz  ácco.  i  ingiià,  voz — . 

REísoNAR  v\  a.  ou'  ú'.  (Lát  reéono,  are.) 
resoar.  — ,  r'ésptrKr  dormindo. 

RESPALDAR  .  V,  a.  (t.  de  encadernador.) 
V.  Solfar. 

RESPALDO  ,  8.  m.  [re  pref.  dé  retro  por 
detrás,  e  Ital  spallá,  espádua.)  encosto  de 
cadeira  de  espaldar;  parte  trazeiradesege, 
coche, — ,  (alveit.)  doença  dos  cavallos  pro- 
cedida de  violência  feita  ás  espáduas  da 
besta. 

respauçado,  a,  adj.  raspado.  Pergami- 


nho —  ,  raspado  para  nelle  se  poder  es- 
crever. 

RESPANÇAMENTO,  *.  m.  \ .  Raspadura . 

REsPECTATivo.  V.  ÍAsongeiro ,  Adula- 
dor. 

RESPECTIVAMENTE,  adv.  [mente  silfT, )  enri 
relação,  relativamente,  com  respeito ;  — 
no  negocio  ;  —  nO  tempo  em  que  esta- 
mos. 

RESPECTIVO,  A.  adj.  (des  iva.)  que  diz 
respeito  a  alguma  pessoa  ou  cousa  era  par- 
ticular;  que  guarda  proporção. — ,  (p.  us. ) 
respeitador,  que  respeita,  ©.</.«  homem 
—  dos  templos.»  Vieira,  cultor,  venerador^ 
respeitoso,  honrador. 

RESPECTUOSO,  A,  adj.  (Lat.  respectus,  des. 
oso.)  que  respeita,  Venera,  que  mostra  res- 
peito. 

RESPEITADO,  A,  p.  p.  dft  respeitar;  adj. 
a  que  se  tem  respeito  ;  tratado  com  respei- 
to e  attençào. — a  necessidade,  altenta,  ai' 
tendida.  Nada  tinha  — . 

RESPEITADOR,  s.  m.  O  que  reápeita,  iletíf 
féspmtú. 

RESPEITAR,  V.  fl.  (tat.  respecto,  are:  fê 
pref.,  e  specto,  are,  olhar,  considerar.)  olhar, 
estar  voltailo  para  :  «  por  esta  parte  do  ser- 
tão respeita  a  terra  do  Brasil  aquellas  afa- 
madas serranias.  »  Vasconc.  E'  aut.  nest«^ 
sentido. — ,  òonsiderar,  attender.  «Sem  — 
o  pefígo  »  I  obo.  — ,  ter  respeito,  veneraér, 
V.  g.  respeitar  as  leis,  os  deveres,  as  pes- 
soas. Res')eitar,  tocar,  dizer  respeito,  v.g. 
pelo  t^e  respeita  á  segurança  da  repu- 
blica. 

RÉspEiTATivo  ,  A,  ãdj.  (p.  US.)  que  díz 
respeito  ai  pessoas  ou  cousas  Conselho,  pa'* 
recer,  voto  — . 

RESPEITÁVEL,  adj.  dos  2  ff.  (déí.  étã.) 
digno  do  respeito,  devénet*áção.  Ancião  —. 
Virtude,  saber — .  — ,  que  mette  rcspefSo. 
Forçai  respeitáveis,  consideráveis,  capares 
de  metter  respeito. 

rtESPEnro,  s.  m.  (Lat.  rtspeéhi^.  V.  Res- 
peitar.) aspecto  do  algutóa  cousa,  cbnside- 
raçâo  ,  relação  entt'e  diversos  objeétos.  A 
este,  a  esse — .  A  —  desse  negoci'o.  — ,  at- 
tenção,  consideração  ;  acatamento,  venera- 
ção. Ter—,  tratar  com'  —  ;  mostrar  -  tf  Mi- 
guem.—  de  pesioas,  aceitação  delias  Pes- 
soa de  — ,  respeitável.  Cousa  de  — ,  deim- 
poi'tancia,  altendivel,  cOn^idei^avel.  Três  ga- 
leõ'es  do  — .  Guiar-se,  mover-se  pelos  — s 
da  fazenda,  dia'  honta,  dé  interesses,  pelai 
consideração,  por"  n*iotivo,  influxo.  Guar- 
dar' a  dama  —s,  éslXHT  occasiões  de  dar  ciú- 
mes. 

RFSfÉiTOSXiÉÉNTE,  adv.  [men*.e  suff )  com 
respeito'. 

^ESPlsrtuAR  ,    (ant.)   V.  Respeitar,    dizer 
respeito,  haver  respeito,  attônção 
107  * 


418 


HES 


RfcS 


RESPIGA ,  s.  f.  O  trabalho  de  respigar  a 
seara. 

RispiGADEiRA ,  s.  /",  (des.  eira.)  mulher 
que  recolhe  as  espigas  que  ficaram  no  agro 
depois  da  sega. 

RESPIGADO  ,  A  ,  p.  p,  àe  respigar ;  adj. 
recolhido,  as  espigas  deixadas  no  agro  de- 
pois da  sega. 

RESPiGADOR ,  s.  m.  homcm  que  respiga 
as  searas  ceifadas,  que  colhe  as  espigas  que 
ficaram  no  agro  ceifado. 

RESPiGÃo,  s,  m.  espigão  que  nasce  junto 
ás  unhas. 

RESPIGAR,  V.  a.  {re  pref.  iterat.,  espiga^ 
ar  des.  inf.)  recolher  as  espigas  que  fica- 
ram por  segar ;  (fig.)  tirar,  colher  todo  o 
ganho,  o  lucro,  até  por  meios  illegaes.  «  Não 
só  segavam,  mas  respigavam  no  povo  o  que 
ficava. »  Fêo. 

RESPiiSGADOR,  s.  wí.  respingão. 

RESPJP5GÃ0,  ONA,  adj.  que  respinga.  Ca- 
vallo — ,  inquieto,  couceador. 

tiEspiNGAR  ,  V.  a.  ou  w.  inquietar-se  a 
besta,  coucear ;  recalcitrar,  resistir;  res- 
ponder com  agastamento. 

RESPINGO,  s.  m.  couce  de  besta  que  res- 
pinga.  —  de  vela,  estalinho  da  vela  cuja 
cera   ou  sebo  tem  agua  misturada. 

RESPIRAÇÃO,  s.  f.  [i  &t.  respira  tio,  onis.) 
o  acto  de  respirar,  fôlego.  Soltar,  tomar  a 
— ,  respirar. —  laboriosa,  anhelante.  —  de 
trabalho,  folga,  allivio. 

RESPiRADEiRo.  V.  Respíradouro,  Resfol- 
gadouro. 

RESPIRADO,  A,  p,  p,  de  respirar;  adj.  sol- 
to pela  respiração,  exhalado.  O  ar — ,  Ti- 
nha —  um  gaz  pernicioso. 

RESPIRADOURO,  s.  m.  (des.  ouro.)  resfol- 
gadouro,  abertura  que  dá  passagem  ao  ar, 
a  vapores,  fumo. 

RESPiRAMENTO,  s.  wi.  V.  Sopro,  Aragem, 
Alento. 

RESPíRANTE,  ãdj .  dos  2g.  (Lat.  respi- 
rans,  tis,  p.  a.  de  respiro,  are.)  que  res- 
pira, sopra.  O  vento,  as  auras respirantes. 
— ,  (fig.)  que  parece  animado,©,  g.os — s 
mármores,  representando  pessoas  vivas. 

RESPIRAR,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  respiro,  are; 
re  pref.  iterat.,  e  spiro,  are,  tomar  o  fôle- 
go.) lançar  o  ar  impuro  do  bofe,  e  receber 
nelle  o  ar  exterior  alternadamente.  — ar  pu- 
ro. — ,  soprar,  exbalar,  v.  g.  —  cheiro,  aro- 
mas. «Do  rosto  respiíava  um  ar  divino.» 
«  Animaes  que  respiravam  o  hálito  da  mor- 
te.  »  «  Os  cavflUos  (do  Sol  que  respiram 
nas  hervas  frescas.  »  Respira  o  fogo,  exha- 
lu  a  sua  força  —  fumo,  solta  lo,  dar-lhe 
saida  por  resfolgadouro.  —  vingança,  ex- 
balar. Escriplos  que  respiram  corrupção, 
ímmoralidade.  «  Respiram  agua  por  as  trom- 
)4ft,  »  os  peides.  Barros. 


'  RESPIRAR,  em  sentido  ahs.  ou  n.  tomar 
o  fôlego,  soprar.  —  o  vento  ;  (fig.)  estar  em 
vigor.  Respira  ainda  o  amor  da  pátria,  a 
pudicicia.  — ,  parecer  animado.  «  u  bronze 
e  o  mármore  respiram.  »  Respiraram  n  no~ 
va  vida  as  letras,  as  artes,  as  sciencias  amor- 
tecidas, renasceram,  cobraram  novo  alento. 

RESPIRO,  s.  m.  acção  pela  qual  se  solta  o 
ar  do  bofe;  (fig.)  folga,  descanso  breve  de 
fadiga.  Dar,  conceder  —  ao  devedor. 

RESPLANDECENTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do 
p.  a.  Lai.  em  cns,  tis.)  brilhante,  que  res- 
plandece. 

RESPLANDECENTEMENTE,  adv.  de  modo  res- 
plandecente. 

RESPLANDECENTissiMO ,  adj.  superl.  de 
resplandecente.  Luz  — . 

RESPLANDECER,  V.  a.  OU  w.  (Lat.  resplen- 
deo,  ere  ;  re  pref.  e  intensitivo,  e  spJeudeo, 
ere,  brilhar.)  brilhar  muito,  lançar  esplen- 
dor, fulgir.  Resplandece  o  sol,  a  pedraria, 
a  formosura  ;  (fig.)  manifestar-se  claramen- 
te, em  cores  vivas,  v.  g.  — a  modéstia,  a 
bondade  do  coração,  a  virtude.  «Fervor  do 
espirito  que  lhe  resplandecia  no  rosto.  » 
Lucena.  Resplandece  a  discripção  nosditos. 
«As  virtudes  que  nelle  mais  resplande- 
cem.  »  — ,  (p  us.)  fazer  brilhar  muito ,  v. 
g. — alguém  por  armas,  com  doutrina,  por 
letras  e  virtudes. 

KESPLANDECiDAMENTE  ,  ttdv.  [mente  suíf.) 
com  resplandor. 

RESPLANDOR.  V.  Rcsplcndor. 

RESPLENDECER,  mais  corrccto,  mas  por  uso. 
V.  Resplandecer. 

RESPLENDENTE.  V.  Resplandecente. 

BESPLENnoR,  s.  m.  grande  clarão,  luz  vi- 
va que  brilha  á  roda  de  algum  corpo,  ou 
emiUida  por  elle.  u  —  do  sol,  da  ctiamma. 
— ,  coroa,  aureola  de  metal  polido  formada 
de  raios  brilhantes  que  se  põe  á  roda  da 
cabeça  das  imagens  da  virgem  Maria,  e  dos 
santos;  (tig.)  brilho,  v.  g. — da  gloria,  dos 
talentos,  das  virtudes. 

RKSPONDÃo,  ONA,  fld/.  (t.  fam.),  que  res- 
ponde contradizendo;  v.  g.  Criado,  súbdi- 
to, soldado  — . 

REsroNDEDOR^  A,  adj.  rcspondão. 

RESPONDENCiA,  s.  f.  (p.  us.),  corfespon- 
dencia  mercantil,  lucro,  proveito :  «  fruc- 
to  de  mais  proveito  e  —  que  todas  as  dro- 
gas (do  oriente).  »  Couto. 

RESPONDENTE,  s.  wi.  (Lat.  respoTidtns,  tis^ 
p.  a.  de  respondeo,  ere),  correspondente 
mercantil;  (t.  for.),  o  que  responde  ou  de- 
põe a  artigcs  sobre  que  se  requer  depoi- 
mento da  parle  contraria, 

RESPONDER,  v.  71.  (I.at.  Tcspondeo,  ere, 
re,  pref.  iterat.,  espondeo,  ere,  prometler), 
satisfazer  de  palavra  ou  por  escripto ;  v.  g, 
—  á  pfergunla,  ao  argumento,  á  proposta. 


IE5 

á  carta,  ás  objecções,  á  accusayão.  «  Sal- 
vou a  náu,  e  respondeu-lhe  o  castello,  » 
respondeu  á  salva  com  liros.  — ,  correspon- 
der. O  premio  responde  á  boa  obra,  o  fa- 
vor ao  merecimenlo.  Costumes  que  não  res- 
pondem á  minha  profissão.  Arraes,  condi- 
zem, convém.  — ,  dar  em  retorno.  A  terra 
bem  cultivada  responde  com  copiosos  fruc- 
tos,  ou  —  ao  trabalho  e  á  semente  com  o 
fructo.  —  a  uma  dadiva  com  outra  ;  — 
ao  beneficio  com  ingratidão.  Responde  um» 
época  á  outra,  — ,  ser,  ficar  responsável ; 
^'9-  —  pelo  deposito.  — ,  cantar  respon- 
sos, cantar  por  seu  turno  o  ramo  do  psal- 
mo,  ou  de  versos  que  lhe  toca. 

RESP0'^DiD0,  A,  p.  p.  de  responder;  adj. 
a  que  se  deu  resposta  ;  que  respondeu  :  v. 
g.  Carta  — .  Homem  — ,  a  quem  se  deu 
resposta.  Tinha  —  á  carta,  á  proposição. 

RESPONSABILIDADE,  s.  f.  (do  Fr.  respou- 
sahilíté),  o  ser  responsável;  v.  g.  —  dos 
oíficiaes  da  fazenda,  dos  magistrados. 

RESPONSABiLiSADO,  A,  p.  p.  de  respousa- 
bilisar;  adj.  feito  responsável,  sujeito  a  res- 
ponsabilidade. 

RESPONSABiLiSAR,  V  a.  (t.  mod.),  fazer 
outrem  responsável,  impor  responsabilida- 
de.— SE ,  t>.  r.  obrigar-se,  sujeilar-se  a 
alguma  responsabilidade. 

RESPONSADO,  A,  p.  p.  de  respoosar ;  adj. 
por  quem  se  disse  o  responso;  v.  g.  O  de- 
funto será  — .  «  —  com  vitupério,  com 
memenlos  do  seu  máu  viver.  » 

RESPONSÂo,  «.  f.  (ant.).  Pagar  de  — ,  a 
titulo  de  foro,  senso. 

RESPONSAR,  V.  a.  fLat.  responso ,  are), 
rezar,  dizer  responso:  v.  g.  —  os  defun- 
tos. 

RESPONSÁVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  atei}, 
que  contrahio  lesponsabilidade,  obrigado  a 
responder  por  damao,  perda,  ou  por  qual- 
quer acto,  V.  g.  —  pelo  deposito  ;  ou  — 
do  máu  êxito  da  empreza. 

RESPONSO.  V.  Responsorio. 

RESPONSOM,  s.  m.  (ant.)  V.  Resposta,  e 
Responxão. 

RESPONSORIO,  s.  71%.  (dcs  orio],  oração, 
supplica  que  se  diz  pelos  defuntos,  ou  se 
dirige  a  algum  santo  implorando  beneficio 
espiritual  ou    temporal. 

RESPOSTA,  s.  f.  termos  com  que  se  sa- 
tisfaz a  pergunta.  «  Dar  uma  — .  Instruc- 
ção  em  perguntas  e  — s.  V.  Reposta. 

RESPUBLiCA  (Lat).  V.  Republica. 

RESPUBLiCo.  V.  Republico. 

resquício,  *.  m.  (creio  que  vpm  do  Fr. 
ant.  rais,  raio  de  luz,  e  qnicio,  gonzo  de 
porta),  greta,  fenda  por  onde  penetra  a  cus- 
to a  luz  ;  «  sem  permittir  nem  um  —  ao 
menor  raio  do  sol,  »  Vieira,  (fig.)  meio  de 
penetrar  o  animo  de  alguém.  — ,  cova  , 
voi..  jy. 


RES 


m 


lapa.  «  Monges  que  viviam  em  lapas,  e  — *, 
da  terra.  »  —  usa-se  vulgarmente  por  por- 
ção mui  ténue,  resto;  metaphora  tirada  da 
luz  que  penetra   pelas  gretas. 

RESREGRAR,  V.  O,  [re  pref.  regrar),  (p. 
us.),  regular  os  valores  correspondentes  nas 
permutações  de  mercadorias,  p.  p.  ad;.  res- 
regrado. 

RESSABiAR.  V.   Resabiar. 

RESSABio.  V.    Reíiaibo. 

RESSACA,  s.  f.  (do  Fr.  ressac),  recuo  ou 
retrocesso  de  vaga  ouda^lingua  do  mar  ». 
g.  X  —  da  onda.  Entre  o  rolo  (do  mar)  e 
a  — . 

RESslo.  V.  Recio  ou  Rocio. 

RESSUDAçÃo.  V.   Resudação. 

ressudar.  V.  Resudar, 

RESSUMBRADO,  A,  p.  p.  de  ressumbrat ; 
adj.  reçumado.  v.  g.  Agua  —  dos  montes, 
ou  das  vasilhas,   dos  cântaros. 

RESSUMBRAR,  V  n.  (V.  Reçumar] ,  coar- 
se,  reçumar ;  v.  g.  Humidades,  aguas  que 
ressurabrào  dos  montes. 

RESTABELECER,  V.  a.  [rc  pref.  iterat.  ,  e 
estabelecer),  repor  no  estado  primitivo,  tor- 
nar a  estabelecer,  instituir  de  novo;  refor- 
mar :  V.  g,  —  a  saúde,  ns  forças ;  —  o 
comraercio  ,  as  manufacturas ,  as  antigas 
ipsiituições. 

RESTABELECIDO,  A,  p.  p.  de  restabelecer  ; 
adj.  rt^stituido  ao  antigo  estado,  á  antiga 
Cundi(;ào  v.  g.  O  doen  e  está  — ,  restituí- 
do á  saúde. 

RESTABELECIMENTO,  s.  m.  {mento  suff.), 
restituição  ao  antigo  estado,  á  antiga  con- 
dição ;  —  da    saúde. 

resta  boi,  s.  m.  (bot.)  herva  medicinal. 

rEstampa,  s.  f.  reimpressão  de  estampa. 

RESTAMPAR,  V.  O.  [rc  pref.  iterat.  e  es- 
tampar), renovar  a  estampa,   reimprimir. 

RESTANTE,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  restam, 
tis,  p  a.  de  resto,  are,),  que  resta,  fica, 
sobra  ;  v.  g.  O  —  do  dinheiro,  dos  viveres. 
Gastou  o  restante  da  vida  em  boas  obras. 
O  —  da  Ilespanha  estava  ainda  em  poder 
dos  Mouros. 

RESTAR,  V.  n.  (Fr.  rester,  do  Lat.  resto^ 
are,  ficar  parado),  ficar,  permanecer  sobre, 
remanecer.  Resiou  muita  pólvora ,  muito 
trigo,  poucos  annos  do  vida  lhe  restavào. 
Paguei  o  capital,  reslão  os  juros.  D'esta 
familia  apenas  resta  um  descendente.  Pou- 
cos fragmentos  restão  dos  escriptores  do  an- 
tigo Kgypto. 

RESSONS-SUR-MATS,    (  geogr. )   cídade  d«* 
França  a  4  léguas  ao  So.  de  Compiegne  ; 
1,000  habitantes. 

RESTAURAÇÃO,    s.    f.   (Lat.    restaurotio ,  ^ 
onis),  acto  de  restaurar  ou  de  ser  restaura-  ' 
do,  restituição ;  v.   g.  —  do   reino,  —  do 
príncipe  ao  trono,  —  da  saúde ;  —  das  le- 
108 


4^0 


RES 


HEIS 


trás,  das  scieacias,  4as  artes,  do  coDQiiier-r 
çjo. 

RESTAURAÇÃO,  (l^ist.)  Desijg[ja-se  com  es- 
te nome  em  Portugal  a  epocha  em  que  os 
Hispanhoes  for.am  expulsos  destes  reinos  ; 
eçQ  França  os  15  annos,  que  decorreram 
desde  a  queda  de  Napoleão  até  á  revolu- 
ção de  julho ;  e  em  Inglaterra  o  restabe- 
lecimento dos  Stuarts  em  16G([). 

RESTAURADO,  A,  p.  p.  dtí  restaurar ;  arf;'. 
re^stituido,  restabelecido. 

RESTAURADOR,  s.  m.  O  quc  restaura  ou 
restaurou. 

lESTAURAR  V,  G.  (Lôt,  rç^t^i^ro,  ç,re,  re 
pref.  iterat,,  e  sto,  are,,  estar  firme),  repor 
no  antigo  estado,  renovar,  repousar,  resta- 
bejecpr ',  v^  g.  r-  ^  saúde,  />s  forças  per- 
didas. — ,  satisfazer,  pagar,  inteirar;  — a 
perda,  o  damno ;  —  a  opinião,  o  credito, 
restituir.  — se^  r.  r.  reslabelecer-se,  v.  g. 
~-  dojs  rpaíes,  do  trabalho,  da  doença,  da 
fadiga,  da  perda. 

REsyAUPATivo,  A,  adj .  (des.  iw),  que 
teça  virtv46  de   restaurar;  v.   g.   Jteipedio 

RESTAURAVEL,  adj,  [dos  2  g.  (des.  avel)^ 
qye  pode  rcstaurar-se  ;  v.  g.  documentos, 
memorias,  farças  restauráveis. 

RESTALT,  (liist.)  grftmmatico  fr«ncez,  nas- 
cpu  em  169o,  morreu  em  I7(j4.  Deixou 
uma  Qrammatiça  franceza,  adoptada  ptla 
Universidade  de  Paris. 

RfSjE,  s.  m.  (do  Fr.  ai^t.  çtrrest,  do  Ali. 
ro^f,  dfscspço,  riste,  peça  da  armadura 
onde  o  cavalleiro  justador  encosta  o  ctuto 
da  lança  para  encontrar  de  justa  o  adver- 
sário ',  V.  g  A  lança  em  — .  Com  as  lan- 
ças no  —  ,  metter-se  em  reste  phrase 
chula,  metter-se  no  numero,  entemet- 
tejT-se. 

BJjSTE,  ^.  m.  (ant.  V.  Resfç. 

jiíSTE,  s.  f.  Y.    Bestia. 

iiESTEA,  s.  f.  Rç^tia. 

pESTEi.HO,  s  tH.  (de  reatar  ou  arrestar, 
fazer  parar),  uma  parte  do  palbetão  das 
cljflves  das  portas;  abertas   no  paljieião. 

flí^jELíAK,  V.  a.{rcit€Uo,  ar  des.  inf.), 
-r-  liçbo,  tirar  a  estopa  por  ipeio  do  res- 
tello ;  p.  p.  fi(//.   reslellaap. 

RtSTELLO:  s.  m.  (do  Gr.  rhessô,  rcmper), 
pepte   de  feiro,  de  restellar  linho. 

?ifSTEVA,  í.  /.  Y.  Bastolho. 

RÉSTIA,  s.  f.  (Lat.  restio,  cnis,  cu  restis, 
corda),  —  de  cíbollas,  de  alhcs,  atados 
pel<Js  pés  formando  coelo  uma  corda,  —  do 
sol,  a  luz  que  rsia  por  entre  nuvens  e  du- 
ra píuco.  — ,  ratto  ou  vara  que  nasce  do 
meio  da  arvore  paia  cima,  princijalmentc 
d9  freixo, 

8PT1F  DE  IA  p^Elo^^E,  (hitl.)  littcralo 
/ractez,  casccutin  17c4,  morreu  em  1800. 


Deixou  :    Camponez  pervertido ;    os  Com- 
temporaneos ;  os  Provincianos,  etc. 

RESTINGA,  s.  f.  (Lat.  rcsto,  are,  fazer 
parar,  e  agua),  baixo  de  areia  ou  cie  pe- 
dras   no    mar.    v.  g.  Deu  a  náu    em  uma 

RESTiNGtiiíi,  c.  a.  [re  pref.  iterat.,  e  cj- 
tinguir],  (p    us.),  tornar  a  estinguir. 

RESTITUIÇÃO,  s.  s.  (Lat.  restitutio,  onis], 
acto  de  restituir,  o  ser  resiituido,  o  repor 
no  mesmo  estado,  condição  ;  v.  g.  —  do 
menor,  para  que  os  actos  feitos  na  sua  me- 
noridade lhe  não  prejudiquem.  —  do  nas- 
cimento, legitimação  por  mercê  do  rei. 

RESTITUÍDO,  A,  /?.  p.  do  restitujr  ;a(í;  re- 
posto  no  antigo  estado,  restabelecido ;  v. 
g.  —  á  saúde,  —  á  ou  na  posse,  indemni- 
sado,  Tinha  —  o  (Jinheiro,  os  bens,  res- 
taurado. 

HESTiTuiDOR,  s,  m.  O  que  restitue  ;  res- 
taurador ;  v.  g,  —  das  boas  artes. 

RESTITUIR,  V.  a.  (Lat.  restituo,  ere,  re 
pref.  iterat-,  e  statuo,  ere,  pôr,  assentar, 
coUocar)  ,  repor  no  antigo  estado ;  re- 
por, dar  aquillo  que  nos  fora  dado,  con- 
fiado ou  emprestado  ;  v,  g.  —  a  seu  dono 
o  que  lhe  foi  tomado,  formado,  ou  o  que 
perdera,  confiara,  emprestara.  —  a  saúde, 
as  cGU.sâS  ao  seu  antigo  estado  ;  -  o  prín- 
cipe ao  reino.  Restituiu-lhe  a  saúde,  a  vi- 
da, a  vista.  Restituil-o  ao  emprego,  á  gra- 
ça, á  amisade,  ao  antigo  esplendor,  —  o 
damno,  reparai -o,  ou  —  alguém  de  per- 
das, darunos.  — ,  reproduzir.  «  Os  campos 
d'antes  ferliles  nem  as  sementes  restituiam.  » 
(anl.)  —  alguma  obra,  reedificar.  — ,  (t. 
de  dirt.),  —  «Iguem,  lazer  que  não  preju- 
diquem a  alguém  actos  feitos  durante  a  sua 
menoridade  ou  perda  da  razão.  —  se,  v,r. 
recuperar  o  antigo  estado  :  v.  g.  —  de  per- 
da, damno,  satisfazer- se  ;  —  do  reino  quo 
lhe  tomaram; — em  honra.  — ,  (t.  dedireit.], 
obter  restituição  jurídica. 

RESTiTUTORio,  A,  adj  (des.  orio],  pró- 
prio a  obter  restituição  jurídica,  dos  direi- 
tos da  pessoa. 

RESTO,  s.  m.  o  restante,  o  que  fica,  so- 
bra ;  a  porção  que  falta  para  inteirar  ou- 
tra maior  v.  g.  V  —  do  dia,  do  anno,  a 
porção  que  íalta  para  o  terminar ;  —  das 
garrafas,  do  liquido  nella  contido.  — ,  (t  de 
jcgad.).  o  dinheiro  que  elle  ainda  não  pa- 
rou ;  V  ^.  jogar  o  —  ;  melter  o  —  parar 
o  dinheiro  que  lhe  resta.  Um  — ,  uma  pa- 
rada do  — .  Ter  o  — ,  acceitar  a  perada  a 
quem  nos  manda  jogar  o  nosso  — .  Mel- 
ter o  sfu  —  na  batalha,  empenhar  todas 
as  suas  forças. 

RESTOLHAR,  V.  a.  (Lar.  restolho,  ar  des. 
inf.),  colligir,  aproveitar  o  restolho. 

RESTOLHO,     S.   m.  &  CMIU^    do  tfigO,     OU 


RES 


RFS 


431 


milho  segado,  que  fica  com  a  raiz  na  terra. 
V,  Rastolho. 

RESTuiBAR,  V.  11.  [re  nref.  ilerat.,  e  in- 
t>  isivt».  estribar),  {ixzer  fincapé,  resistir  com 
íorça.   —SB,  V    r.  firmar-se,  escórar-se  ;  c 
g.  —  a  p«rede  uobutaréo,  p.  p.  adj.  res- 
iribado. 

RESTRiCÇÀo,  $.  f.  (Lai.  restrictio,  onis), 
cl&usula  n-slrictiva  ;  limilaçào,  inlerprela- 
ção  reslrieliva.  —  mental,  reticencia  sophis- 
tica  e  fraudelosa. 

RESTRiCTiVA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de 
itstrictivo],  reslricção,  clausula  restrictiva. 

RESTRiCTivo,  A,  adj  (des.  ivo),  que  res- 
Iritige  ;  v.  g.  clausula  — .  Lei  —  da  li- 
berdade da  imprensa,  do   commercio. 

;;f.stricto,  a,  (Lai  resirictus,  p.  p.  de 
iiiringO;  ere,  reslr'ngir),  limitado,  v.  g. 
sôiuido  — .  rala?ras  ruja  iiccepção  se  acha 
—  pelo  uso. 

ii«£SifiiNGiDO,  A,  y.p    de  restringir  ,  adj 
liiuifado,  estreitado,  cohibido,  refr-'ado. 

RESTRiNGiMENTO,  s.  m  [meuto  suff  ),  ac- 
^ào  do  restringir. 

RESTRINGIR,  p.  a.  (Lat.  restringo,  ere, 
re  prf  f.  iterat  e  iatensitivo,  e  stringo,  ere, 
apertar),  estreitar,  limitar  ;  v.  g.  —  o  cer- 
co, o  sentido,  a  liberdade.  — se,  v.  r.  li- 
mitar-se ;  cohibir-se,  abster-se,  refrear-se. 

RESTRiNGiVEL,  adj.  dox  2  g.  (des.  ivel), 
que  íe  pode  restringir. 

«ESTUCAR,  V.  a.  [re  pref.  iterai  ,  e  estu- 
car), tapar  greta  ou  fenda  com  estuque,  ou 
outra  sustancia  glutiçosa  :  p.  p.  adj .  res- 
tucado. 

rksulação.  s.  f.  (t.  medj,  transpiração 
de  humor  que  sabe  pelos  poros. 

REsuDAR,  V.  n.  (Lat.  resudo,  are,  te  pref. 
iterai.,  e  sudo,  are,  suar),  sahir  pelos  poros 
(o  humor),  reçumar,  p    p.    resudado. 

RESULTA,  s.  f.  o  Tesuliado,  a  cousa  que 
resultou,  procedeu  ou  se  seguiu;  v.  g.  de 
uma  deliberação  de  junta,  concelho,  con- 
gresso, consequência,  eíTeilo,  da  imprudên- 
cia, leviandade,  credulidade. 

RESULTADO,  p.  p.  de  Tcsultar ;  que  resul- 
tou ;  V.  g.  Da  incúria  do  governo  tinha  — 
grande  damno. 

RESULTADO,  s.  m.  (subsl.  do  preccd.)  con- 
sequência, effeito  immediato  de  algum  fei- 
to, acção  ou  deliberação  de  junta,  congres- 
so ;  (t.  chim.),  producto  de  operação  chi- 
mico,  de  analyse  de  substancia. 

REsuLTANCiA.  V.    Resulta. 

RESULTAR,  p.  abs.  (Lat.  resulto,  are,  re 
pref.  iterat.  ,  e  sólio,  ire,  saltar,  pular), 
originar-se,  proceder  como  consequência, 
tornar-se.  Da  união  dos  cidadãos  resulta 
a  força  da  republica.  Do  luxo  immoderado 
resuUão,  males  infinitos.  Isto  resulta  em 
damno  do  estado,  torna-se.  «  Palavras  que 


sem  nenhum  custo  resultam  ás  vezes  em 
grande  proveito  »  Mendes  Pinto.  No  nau- 
frágio de  Sepúlveda  acha -se  empregado  no 
sentido  pjoprio.  «  O  (luxo  embatido  nas  ro- 
chas resulta  para  Iras. 

KEsujáE.   V.  liesutno 

RBSUMiDAMENTK,  adv.  [me  te  suff.),  de 
modo  resumido,  em  r»  sumo. 

RESUMIDO,  A,  p.  p.  de  resumir  ;  adj.  abre- 
viado,   encurtado. 

RESUMiDoa,  s.  m  o  que  resume,  abre- 
via, reduz  a  compendio,  epilome  historia, 
escriptura,  ou  qualquer  obra  litleraria,  re- 
copilador. 

RESUMR,  V  a.  [Lai.  resumo,  ere,  repre(. 
iterat.,  e  sumo,  ere,  tomar),  reassumir,  tor- 
nar a  tomar:  recopilar,  compendiar,  redu- 
zir a  menos  ',  v.  g.  —  a  historia,  as  razões, 
os  argumentos,  resolver,  determinar  a  (ioal 
a  cousa  duvidosa  ;  v.  g.  —  o  negocio,  (tig.) 
«  o  fogo  resume  a  casa  em  breves  cinzas,  » 
reduz.  Mal.  Conq.  ix,  \'^'3.  —se  v.  r.  re- 
copilar brevemente  os  argumentos,  as  ra- 
zões, o  discurso  ;  cifrar -se. 

RESUMO,  s.  m.  compendio,  summario,  epi- 
lome, recopilação.  v  g.  Km  — ,  adv.  suc- 
cinctamente 

RESUMpç\o,  s.  f.  (tal.  resumptio,  onis], 
acto  lie  reassumir,  do  continuar  o  que  se 
havia  interrompido,  suspendido,  delongado. 

RESUMPTA,  s.  f.  V.    Resumo,    Repetição. 

REsuMPTivo,  A.  adj  (des.  ivo),  (t,  med  ) 
ílemedio  — ,  que  não  só  cura  mas  serve 
de  alimento. 

RESUPiNo,  A,  adj  (Lat.  resvpinus),  dei- 
tado de  costas  com  a  barriga  para  o  ar, 

RisuRGiDO,  A.  p.  p.  de  resurgir ;  adj  que 
resurgio,  resuscitado. 

RESURGIR,  V.  n.  (Lat.  resurgOf  ere,  re 
pref.  iterat.,  e  surgo,  ere,  surgir),  surgir 
de  novo;  resuscitar  :  v.g.  —  a  melhor  vi- 
da, converter-se.  — ,  (tig.)  prosperar  de 
novo.  Resurgiram  as  artes,  as  sciencias ;  re- 
surgio o  commercio. 

REsuRREiçÃo.í.  /".  (Lat.  resurrectio,  onis), 
acto  de  resurgir  ou  de  resuscitar,  restitui- 
ção de  um  morto  a  vida. 

REsuRTiR,  V.  n.  [re  pref,  iterai.,  e  sur- 
tir), resaltar,  dar  pulo,  ser  repellido,  reba- 
tido por  corpo  elástico.  Resurte  a  agua,  o 
vento  rebatido  da  costa,  p   p.  resurtido. 

RESUsciTAÇÃo,  5.  f.  O  acio  de  fazer  re- 
suscitar. 

RESUSCITADO,  A,  p.  p  de  rcsuscitar  ;  adj. 
restituído  á  vida  depois  de  morto  ;  (fig.)  as 
flores  —s  pelo  orvalho,  reanimadas. 

RESLSCITADOR,  s.  w.  O  que  faz  resusci- 
tar ;  (fig.)  O  que  vivifica,  o  que  faz  pros- 
perar de  novo;  v.  g.  —  das  artes,  das  lo- 
iras, da  indusiria,  do  commercio. 

RESUSCITAR,  V.  a.  (Lai.  resuscito,  are. 
108  « 


4a2 


HÊf 


re  pref.  iterat.,  e  suscito,  ate,  suscitar), 
fazer  resurgir,  reanimar  o  morto  ;  (íír.)  re- 
novar, reproduzir;  v.  g.  —  as  esj)(  ranças, 
os  antigos  erros,  a  accusação,  as  disputas, 
discórdias,  reanimar,  restabelecer,  v  g.  — 
o  animo  abatido.  — ,  v.  n.  recuperar  a 
vida  aquelle  que  a  perdeu  ;  (fig.)  escapar  de 
perigo  imminente  de  vida,  ou  de  estado  de 
morte  apparente  ;  tornara  apparecer,  resur- 
gir. Resuscitaram  em  fim  as  letras,  as  artes. 
— SB,  V.  r.  (p.  us.)  «  E  quem  pode  jamais 

—  senão  o  Unigénito  de  Deus  ?  » 
RESVALADEIRO,  s.  m.  [resvalav,  e  ladeira), 

lugar  escorregadio,  como  ladeira,    encosta. 

RESVALADio,  A,  udj .  (des.  io),  cscorrega- 
dio,  lúbrico. 

RESVALADOURO,  s.  m.  V.  Resvãladeiro . 

RESVALAR,  V.  ti.  (do  Fr  avaler,  descer, 
do  Lat,  ad  vallemire,  com  o  pref.  raiz  ou 
rez  Fr.,  terreno  lizo),  escorregir  ;  deixar  es- 
corregar por  ladeira,  terreno  escorregadio, 
ou  pelo  gelo  tendo-se  empe.  v.  g.  Resva- 
lou o  pé ;  —  a  lança  no  escudo  sem  fazer 
presa  —  por  um  rochedo  abaixo.  «  E  o 
lenho  pelo  liquido  elemento  ligeiro  resva- 
lando discorria,  »  Malaca  conq,,  deshzava. 

—  o  tempo,  (fig.)  correr  ligeiro  e  insensi- 
velmente, (fig.)  —  da  fé  innocencia,  des- 
via r-se  insensivelmente :  —  em  erro,  em 
culpa,  cahir  por  imprudência. 

RESVELAR    V.  Resvalav. 

BETÁBOLO,  s.  m.  quadro,  painel ;  obra 
de  architectuia  ou  de  marcenaria  sobre  que 
assenta  o  quadro  que  orna  o  altar. 

RETADO,  (ant.)  V.  Reptado,  Desafiado. 

rktador,  (ant.)  V.    Replador. 

RETAGUARDA,  s.  s  [reta,  de  retro,  atras, 
6  guania),  a  trase  ra  do  exercito,  ultima 
companhia  do  regimento  em  marcha.  PI. 
Retaguardas. 

RETALHADO,  A,  p.  f.  do  retalhar ;  adj. 
cortado,  golpeado,  terra  —  de  esteiros. — , 
cortado,  em  retalhos,  vendido  em  retalho, 
por  miúdo,  c.  g  Vender panno  — ,  avaras 
covados. 

RETALHADOR,  s.  m.  O  quB  retalha,  vende 
por  miudo,  em  retalho. 

RETALHADURA,  s.  f  (dcs.  uro),  Bcçio  de 
rel»lhfír,  o  golpe  que  se  dá  retalhando. 

HETAi  RAR,  V  a.  [Te  {iref.  iterat.,  e  talhar 
y.),  cortar  em  talhos;  —  o  rosto  com  cu- 
tiladas ;  —  a  terra  e<  m  o  arado.  Esteiros 
de  agua  salgada  que  retalham  hs  marinhas. 
— ,  coitar  em  retalhos,  vender  por  miudo, 
em  retalhos,  v    g.  —  pannos. 

RETALHERO,  s  lu.  (des.  ciro),  o  que  ven- 
de etn  retalhos,    por  miudo. 

RETALHiNHO,  s.  m.  diminut.  de  retalho, 
peqiieno  retalho. 

jtETALHo,  s.  m  (de  retalhar),  pedaço 
cortado  de  peça  ou  de   ))orção   maior ;  u. 


g.  Um  —  de  panno.  Manta  ou  capa  de  — í,, 
feita  de  pedaços  diversos  ;  (fig.)  obra  com- 
posta de  extractos  de  diversos  autores  ;  ho- 
mem que  sabe    as  cousas  imperfeitamente. 

RETALIADO,  A,  p.  p.  de  retaliar;  adj. 
vingado,  punido  com  pena  análoga  ao  di- 
licto,  á  offensa. 

RETALIAR,  V.  a,  (Lat.  ratalio,  are^  re 
pref.  iterat.,  e  ía/to.  onis,  talião,  V.)  im- 
por pena,  castigo  análogo  á  offensa,  impor 
pena  de  talião  ;  —  as  cruezas. 

RETAHA.  V.  Giesta. 

rEtanchar,  V.  a.  {re  pref.  iterat.,  tan- 
chão,  ar  des.  inf.).  por  bactUo  no  mesmo 
covato,  em  que  estava  outro  que  nâo  me- 
drou   Alarte,  Agric.  das  vinhas. 

RETAR  e  RETO.  V.  Reptar   e   Repto. 

RETARDAÇÃo,  s.  f.  O  retardar  ou  ser  re- 
tardado, demora  ',  v.  g.  —  de  pagamento, 
do  navio,  das  cartas,  do  negocio ;  —  do 
movimento. 

RETARDADO,  A,  p.  p.  de  retardar  ;  adj.  que 
soífre  tardança,  demorado,  movimento,  cor- 
reio — .  que  retarda,  causou  tardança,  r. 
g.  Tinha  —  o  correio,  o  relógio,  ser  —  de 
fazer  alguma  cousa,    estorvado,  delongado. 

RETARDADOR,  s.  m.  pessoa  que  retarda, 
demora;  peça  do  relógio  que  retarda  o  mo- 
vimento da  roda  mestra  que  faz  gyrar  os 
ponteiros  do  mostrador. 

RETARDAMENTO,    S.    Wl,    [meutO   Suff.),   dô- 

mora,  dilação,  tardança,  detença. 

RETARDANÇA,  s.  f.  V    Retardamento. 

RETARDAR,  v .  a.  (re  pref.  itorat ),  demo- 
rar, causar  demora,  dilação,  deter,  delon- 
gar; V.  g.  —  correio,  a  decisão  do  nego- 
cio, o  despacho,  o  pagamento,  fazer  raais, 
tardo;  'c.  g    —  o  relógio,  o  movimento. 

RETAvoLO.  V.  Retdbolo. 

BETEAR,  (ant.  e  obsoi.)  V.   Retirar. 

RETELHADO,  A,  p.p.  de  rctelhar ;  ad;,  te- 
lhado de  novo. 

RETELHADLRA,   S.    f.    (deS.     ura),     O    TCte- 

Ihar. 

RETELHAR,  1?  a  (re  pref.  iterat.,  6  íc/Ziar), 
cobrir  de  novo  com  telhas,  teUiar  de  novo, 
concertar-  o  telhado. 

RETÉM,  s.  m.  (t  milit.),  reserva  ;  v.  g. 
Official  do  — ,  que  está  em  reserva  para 
qualquer  serviço  militar. 

RETE-MiRABiLE,  s.  m.  (t.  Lat.  do  auat  ) 
(reie,  red* ,  tecido,  mirabile,  admirável), 
tecido  formado  de  muitas  arteriazinhas  dis- 
posto sobre  o  os»o  basilar  por  baixo  do 
cérebro. 

RETENÇÃO,  s.  f.  (Lat.  retentio,  onis),  o 
acto  de  reter,  d-ter,  dHm*^ra^ ;  v.  g.  — da 
fazenda,  do  dinheiro  alheio  ;  —  das  bulias 
suspensão  na  sua  execução  ordenada  por 
autoridade  do  rei ;  —  do  cargo,  conserva- 
ção d 'aquelle  que  alguém  exercia  passando 


a  outro.  Beneficio  de  — ,  o  que  a  lei  con- 
cede ao  rendeiro  que  faz  bemfeitorias,  para 
não  ser  despojado  do  prédio  que  traz  de 
renda,  em  quanto  não  for  embolsado  ouin- 
demnisado  do  valor  d'ellas,  —  das  ourinas. 
das  fezes,  o  não  as  poder  eipellir. 

»ETENTivA,  *.  f  (subst.  da  des.  f.  de 
rettntitó),  faculdade  de  reter  e  conservar 
na  mente  as  espécies  recebidas.  «  Tinha  boa 
memoria  e  feliz  — .   y^  Lucena. 

RiTiNTiTO.  adj.  (des.  ico)  que  retôm,  que 
serve  de  reter,  segurar,  impedir  que  uma 
cousa  escape  itadura — ,  (cirurg.)  que  se- 
gura OS  appositos.  A  faculdade  —  do  estô- 
mago, da  bexiga. 

RKTENTO,  A,  p.p.  irrcg .  de  reter.  Y.Re- 
tido. 

RETENTRIZ,    ãdj .    f.    V.    fícteutlVO. 

RETER,  V.  a.  (t.at.  retineo,  ere  ;  re,  de  re- 
tro, para  três,  e  teneo,  ere,  segu'ar,  ter  mão) 
segurar,  não  largar,  ter  mão  em  alguma  cou- 
sa ou  pessoa.  O  arpão  retinha  o  peixe  As 
amarras  retinham  a  n.iu.  Os  diques  retém 
o  mar.  O  mau  tempo  retinha  os  navios  no 
porto.  —  a  ourina,  as  fezes,  não  expellir. 

—  os  impulsos  da  ira,  o  Ímpeto  das  pai- 
xões, refrear,  moderar.  —  em  prisão,  ter 
preso.  — ,  embargar,  apenar,  não  deixar  sair 
ou  ir  livremente,  v.  g.  reteve  o%nnv\os,  os 
prisioneiros,  os  trabalhadores  e  bestas  de  car- 
ga. — ,   conservar,    v.  g.   —  na  merroria. 

—  o  alheio,  não  o  dar  a  seu  dono.  Não  po- 
de —  as  aguas,  (phr  vulgar,  fig.)  não  sabe 
guardar  segredo.  — se,  v.  r.  refrear-se,  mo- 
derar-se,  abster-se  de  fazer  violência,  con- 
ter-se,  ex.  «  Reteve  se  d'aquella  vontade  » 
Barros  Clarim.  «  Sabes  porque  me  retenho?^ 
Ferr.  Bristo. 

RETESADO,  A,  adj,  (re  pref.  inteusitivo,  e 
entesado]  estendido  e  teso  '  ex  «as  cabras 
tem  os  uberes  —s  com  leite.  »  Costa  Virg. 
Egiog. 

RETEÚDO,  (ant.)  V.  Reter. 

RBTFORD  ou  REDFORD,  (geogr.)  cidado  de 
Inglaterra,  a  11  leguns  ao  .N.  de  Nottin- 
gham  ;  37,500  habitantes. 

RKTHHL,  (geogr.)  cidade  de  França  a  12 
léguas  ao  SO.  de  Mezreres ;  6771  habitan- 
tes. 

RRTHELOis,  (geogr.)  anticoe  pequeno  paiz 
da  França,  na  Champanha  hoje  no  SO.  do 
departamento  d'Ardennes,  tinha  por  capi- 
tal Rethel. 

RBTHiERs,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
6  léguas  ao  SO.  de  Vitré ;  3,eU0  habitan- 
tes. 

RKTiCEUCA,  s.  f.  (Lat.  reticentia)  o  calar 
cousa  que  se  devera  dizer,  figura  derheto- 
rica,  que  consiste  em  ir  levemente  tocando 
naquillo  que  dissemos  se  deixaria  em  silen- 
cio. 


REt 


4^3 


RETICULAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  reticular 
ris)  da  feição  de  malha  de  rede. 

RETiPiCAR.  V,  Rectificar. 

RBTiMO,  (geogr.)  Riíhymna ,  cidade  da 
ilha  do  Cândia,  capital  de  livah,  a  15  lé- 
guas ao  SO.  de  Cândia ;  4,000  habitan- 
tes. 

RETiMT>M,  t  m.  voz  imitativa  de  som  de 
corpos  que  tinnem  ou  retinnom  quando  se 
tocão. 

RETINA,  *.  f.  (Lat  ,  áerete,  rede)  (anat.) 
expansão  formada  polo  nervo  óptico  no  fun- 
do do  olho,  órgão  immediato  da  vista. 

RETiNNENTE,  adj.  dos  ^  g .  que   relinne. 

retinnir;  V.  n.  (Lat.  retinnio,  ire  ;  re 
pref.  iterat  ,  e  tinr\,ia,  ere,  tinnir)  dar  som 
agudo  ou  tinnido  prolongado.  Retinniam 
os  malhos  de  ferreiro;  relinniao  tamlam,  o 
cascavel,  o  bronze;  retinniam-me  os  ouvi- 
das. Retinniam  os  golpes,  as  seitas.  «  Fica- 
ram-lhe  as  orelhas  abrasadas  e  retinnindo 
com  a  aspereza  da  reprehensão.  »  Vida  do 
Arceb.  loj 

Moraes  o  muitos  autores  escrevem  este  ter- 
mo com  um  só  n,  contra  aetymologia  lati- 
na e  a  natureza  do  som  ao  qual  convém  per- 
feitamente a  letra  n,  cuja  duplicação  expri- 
me a  prolongada  vibração 

RETIRA.   V.  Retiração. 

RETiRAÇÃo,  s.  f.  (t.  de  typographos)  a  par- 
te em  branco  da  folha  opposta  a  que  se  aca- 
ba do  tirar  ou  imprimir. 

RETIRADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  retira- 
do] 'milit  )  oretirar-se  doata(jue,  ou  do  ini- 
migo ;  lugar  para  onde  oexercito  se  acolhe 
e  retira  ;  lugar  para  onde  alguém  se  retira, 
retiro.  Fez  uma  —  opportuna.  Tocar  a  — , 
fazer  sinal  com  o  tambor,  ou  com  as  trom- 
betas, á  tropa  para  que  se  retire. 

R  ITIRADAHENTE,    adv.    (WlCníC  SUÍf.)   om  TO- 

tiro,  fora  ou  longe  da  communicação  da  gen- 
te, em  lugar  solitário. 

RETIRADO,  A,  p.  p.  de  retirar ;  adj.  re- 
moto, apartado,  em  retiro.  Lugar — ,  escu- 
so, solitário,  remoto  da  conversação  da  gen- 
te. Homem  — ,    que  foge  das  companhias. 

—  do  mundo,  que  vive  em  solidão,  em  er- 
mo. Viver  — ,  fora,  longe  do  trato  social, 
em  retiro,  Tinha-se  —  a  um  sitio  inexpu- 
gnável, acolhido. 

RETiRAMENTO,  s.  in.  (mcnío  suff.)  acção  de 
se  retirar,  apartar;  retiro,  ermo.  solidão. 

RETIRAR,  V.  a.  (Fr  relírer,  do  Lat.  retraho 
ere;  re  atrás,  etrahere,  trazer,  puxar)  pu- 
xar p»ra  trás,  retrahir,  v.  g.  —  a  mão,  o 
pé ;  fazer  retroceder,  v.  g.  —  as  tropas  da 
posição  que  occupavam,    —  as  senliuellas, 

—  os  navios  do  porto.  —  os  luzimentos,  (loc. 
ant)  fugir  das  occasiões  de  luzir,  de  brilhar. 
— SE,  V.  r.  acolher-so.  arrclar-se  do  inimi- 
KO,  evitando  o  combate,  fugir ;  aparlar-se, 

lOíí 


434 


RET 


lET 


desviar-se,  v.  g.á&s  sociedades,  da  compa-    em  Castella,  »    haviam  voltado  a  Castella. 


nhia  de  alguém,  de  um  lugar.  Ir  viver  em 
retiro.  —$edojogOy  deixar  de  jogar,  reco- 
lher aparada. 

RETijUO,  s.m.  lugar  retirado,  ermo,  soli- 
dão. 

RiTO.  V.  ^epto,  e  Recto, 

RETOAR.  V.  Reptar. 

RETOCADO,  A,p.  p.  de  rctocar ;  adj.  aper- 
feiçoado, «que  se  deram  retoques.  Quadro 
poema—. 

RETOCADO»,  $.  m.  instrumento  de  ferro 
com  que  os  ourives  tirão  o  rebarbo  do  ouro. 

RETOCAR,  ».  a.  [re  pref.  iterat.)  tornar  a 
tocar;  (íig.) remendar,  aperfeiçoar,  limas,  v. 
g,^~  o  quadro,  a  pintura,  o  poema. 

rítolo.  Y,  Rótulo. 

RETOMADO,  A,  p.p  dc  retomar ;  adj.  tor- 
nado a  tomar.  Navio  — ,  aprazado  ao  inimi- 
go que  o  havia  tomado. 

RETOMAR,  V.  O.  [re  pref.  iterat.)  tornar  a 
tomar,  a  apresar.  —  navio,  recobra-lo  das 
mãos  do  inimigo. 

RETOMBAR.  V.  Retumbar. 

RETOQUE,  s,  m.  acção  de  retocar  pintura, 
poema,  ou  obra  de  ourives;  emenda,  aper- 
feiçoamento. Dar  — í,  letocar. 

RETORCEDURA,  s.  f.  (des.  ura)  acção  de  re- 
torcer, voltas  de  cousa  retorcida. 

RETORCER,  v.a.  [re  pref.  iterat.)  tornara 
torcer  com  força,  v.  g.  —  ofio,  a  corda,  o 
arame.  Torcer,  voltar,  dobrar:  —  os  olhos, 
o  braço  —  lança,  rechaçar.  —  o  caminho, 
torcer  seguir  estrada  não  recta.  —  o  cami- 
nho pelos  próprios  passos,  voltar  pelo  mes- 
mo. —  o  argumento,  retorquir.  —  os  gos- 
tos, (p  us.  efig)  repelli-los.  —  tudo,  pro- 
curar meios  tortuosos,  evasivos  para  não 
executar  a  promessa,  ou  fazer  o  que  é jus- 
to. 

RETORCIDO,  A,  p.p.  de TBtorcer *,  arf;'. que 
se  retorceu ;  que  retorceu ;  tortuoso,  que 
não  está  em  Unha  recta.  Fio  — .  Búzio,  trom- 
beta, caminho — .  Olhos — ,  que  exprimem 
avfísào,  inveja  ou  dtjsppprovação.  Palavras 
— ,  (i!g.)  não  ditas  com  singeleza,  que  en- 
cerram nialicia,  malignidade,  ou  sentido  for- 
çado. Estylo  — ,  duconstrucção  cre.'pa,  cheio 
de  Hiverí-ões,  não  corrente.  — ,  que  lem  o 
corpo  virado,  voltado  para  algum  lugar,  ex. 
«D.João,  —  para  os  que  estacam  em  der- 
redor, diec..  »  Barros.  Valles,  canaes  — , 
em  voltas;  não  direitos  Rebatido,  t?.^,  lan- 
ça— .  «Kas  ondas  —s  da  alta  penedia.  » 
Cabello  — ,  revolto,  crespo,  encarapinha- 
do. 

RETÓRICA,  V.  Rhetorica,  etc, 
RETORNADO,  A,  p.  p.    de  retomar;    adj. 
(anl.)  virado,  voltado.   «  Os   beiços    —s  úo 


Jned.  E  locução  franceza  :  ils  étaient  retour- 
nés  en  Castille, 

RETORNAR,  V.  H.  (do  Fr.  retoumer,  vol- 
tar, virar)  (ant.)  voltar,  regressar.  —  sobre 
si,  cobrar  animo ;    —  a  si,  á  vida    --,  em 
sentido  activo,  fazer  voltar.  É  gallicismo  ajii«. 
tigo  e  hoje  desusado 

RETORNELLO,  s.  m,  (t.  Itâl.  ritomello]  (t. 
de  mus.)  parte  da  ária  que  se  repete.  Na  poe- 
sia é  o  verso  que  se  repete  no  fim  da  es- 
tancia. 

RETORNO,  *.  m.  (merc.)  a  fazenda  que  se 
traz  em  troca  de  outra.  Foram  os  navios  car- 
regados de  vinho,  agusrdente,  pannose  trou- 
xeram em  —  açucare  algodão  ;  cousa  que  ae 
dá  em  commutação,  ou  em  recompensa,  v 
g.  em  —  do  presente,  da  ajuda,  do  beneficio; 
troco  de  uma  moeda  por  outra  ;  golpe  que  se 
dá  a  quem  nos  ferio.  — ,  (fig  )  reconhecimen- 
to, gratidão.  — ,  acção  de  regressar.  Sege 
de  — ,  que  transportou  alguém  a  um  lugar, 
e  volta  de  vazio,  e  por  isso  se  aluga  por  pre- 
ço commodo. 

RETORQUIR,  V.a.  (Lai.  retovqueo,  ere;  re 
pref.  iterat.,  torqueo,  ere,  torcer]  retorcer: 
revirar,  voltar  contra,  v.g.  —  o  argumen- 
to contra  quem  o  dirigio,  em  opposição  á 
nossa  these. 

RETORTO,  A,  adj.  rctorcido,  curvado  para 
baixo  ou  para  dentro.  A  —  fouce.  Mouris- 
ca — ,  dansa  antiga. 

RETOSAR    t.  a.  V.  Retouçar. 

RETOSTAR,  V.  a.  [re  pref.  iterat  ,  e  tostar) 
repetir  os  tostes  ou  brindes  ;  tostar  depois 
da  mesa  levantada.  E  moderno  ep.us. 

RETOUCAR,  v.a.  [rc  pref.  itvírat.j  tornara 
toucar,  compor  o  toucado. 

RETOUÇADOR,  A,  adj.  V.  Retoução. 

RLTOUÇÃo,  adj.  m.  (creio  que  vem  do  Ingl. 
lo  toss,  fazer  saltar)  inquieto,  buliçoso.  Ca- 
vallo  — . 

RETOUÇAR,  v.n.  c  -SE,  V.  r.  (do  Ingl.  ío 
toss,  fazer  s/sUar;  pu^ar,  nndar  saltando  por 
brijco  ;  espojar  se  couiO  í,Híem  os  animaei 
p(»r  brinco    O  gado  — , 

p.RTOi  ço,  s.  m.  o  retouçar  oy  retouçar- 
se. 

rrtraçah,  V.  a  cortar  o  retrnç)  ;  (íig  ) 
deixar  como  'etr?.ço,  desdenhar,  —se,  v.  r. 
V    Recolher-se. 

RKTRAcçÃo,  s.  f.  acrão  de  retrahir,  ou  de 
puxar  para  trás,  ou  de  ser  relrahido.  — do 
prepúcio,  (med.)  paraphyraosis.  —  do  bra- 
ço, contracção. 

rktrâço,  5.  n.  a  palha  que  as  bestas  re- 
jeitam, ou  esperdiçam  comendo;  (fig.)  cou- 
sa de  que  senão  iaz  ca.so. 

betraçtaçãO,  #.  /"•  (Ut.  retractutio,  oiiis] 


sorte  que  mostravam  os  dentes-  *  Falmeir.  |  o  acto  de  retractar-se 

•^  em  gua  saúde,  re&iabelecído.  «  Eram  _^     retractado,  a,  p.  p.  de  retractar ;  adj 


RET 

desappfovadó  eipressamente  ;    qde  le  aes- 
disse.  Tinha  —  o  seu  erro. 

RETRACTAR,  c.  fl.  (Lat.  retracto,  are  ;  re, 
de  retro)  desajiprovar  expressamente  ;  des- 
dizer-se,  v  g.  —  o  erro.  — ,  [re  ilerat.)  tor- 
nar a  tratar.  —SK,  v.r.  desdizer-se,  reco- 
nhecer o  erro. 

RETRAIR  ou  BETRAnER    V    Retrahir. 

ritraguarda,  s.  f.  (lio  Ital.  relrogi^ardia] 
?.  Retaguarda. 

retrahido,  a,  p.  ;>.  de  retrahir;  ady.  re- 
colhido ;  ri'tirado.  Homem  — .  reservado. 
— ,  (p.  us.)  preso,  encerrado  ;  (ant.)  nota- 
do, rcprehendido. 

RíTRAniMENTO,  s.  m.  0  acto  de  se  retra- 
hir ;  lugar  retirado,  retiro,  qunrto  interior 
da  casa,  retrete,  solidão  ;  (p.  us  )  retirada  ; 
(fig.)  reserva  de  pensamentos  secretos 

RETRAHIR,  V.  O.  (Lat.  vetrako,  ere  ;  re 
pref.,  de  reíro,  para  trás,  etraho,  ere,  pu- 
xar, trazer)  puxar  para  trás,  recolher,  reti- 
rar:  —  a  mão,  o  braço,  a  gente  da  batalha. 
—  os  máos  do  erro.  —  alguém  de  alguma 
eousa,  dissuadir. —  o prowtcssa,  tornar  atras 
com  a  palavra,  não  a  cumprir  — os  pensa- 
gameníos,  os  segredos,  guardâ-los,  não  os 
communicar.  — se,  v.r.  recuar,  ir-se  reti- 
rando, recolher-se. 

RETRA'R.   V.  Retrahir. 

KETRAMAD0.  A,  p.  p.  dc  ffitramar  *,  adj. 
tramado  de  novo, 

RETRAMAR,  c.  fl.  (/c  pTef.  iterat.)  tornara 
tramar. 

RETRANCA,  s.  f.  (de  reíro,  e  a n.?a)  correia 
que  cinge  a  alcatra  das  bestas.  — ,  (naut.) 
apparelho  que  at;aca  a  verga  da  cevadeini, 
e  vem  ao  beque. 

RETRATADO,  k,p  p.  de  retratar  ;  adj.  pin- 
tado, delineado. 

retratador,  s.  m.  pintor  de  retratos  ;  de- 
lineador. Us  poetas  retratadores  das  obras 
da  natureza. 

RETRATAR,  V.  O.  [retraclo,  ar  des.  inf.) 
copiar  pintando,  representar  a  imagem  de 
pessoa  ou  cousa  em  pintura,  em  debuxo  ; 
l&g }  representar:  — em  si  os  dotes,  —se, 
V.  r.  ^tig.)  reproduzir-se  a  semelhança.  No 
filho  se  retratou  culro  pai. 

tETRATo,  s.  TO.  (Ital.  riltrato)  copia,  imi- 
ta çSo  das  fpi(,ões,  da  figura  de  pessca  ou  cou- 
sa, semelhança  perfeita.  íielccpia,  imagem 
Fazer,  tirar  o—  de  alguém  ou  a  alguém.  A 
filha  era  o—  ris  mâi.  Alarco Aure(\o  —  dcs 
bons  principias,  modelo,  exemplar.  — ,  (fig  ) 
dtscrip  ção  tm  ^erso  cu  em  prosa  de  alguma 
pesstia . 

RETRALTAR.  V.  RetractQr. 
rlirazer.  V.  lietrahir. 
B£tR£Heb,  V.  n.    [ie  j.reí.  iterai.)  tornar 
a   trtn.er.  Jietremeu  a  terra. 
BKTBiTA.  V.  Retirada. 


titt 


435 


RBTABTJK,  |.  ^  [áoFr.  relraíte,  lugar  re- 
tirado) quarto,  camará  interior  da  casa  .)íoça 
de  — ,  que  serve  na  camará  a  rainha,  as  prin- 
cezas  ou  infantas.  — ,  secreta,  commua. 

RETHiBuigÃo,  s.  f.  (Lat  retributio,  onis) 
premio,  paga  que  se  dá  a  quem  não  serve 
por  salário,  v  g  &  —  dos  serviços  ;  —  dos 
ministros  dos  altares  Em  — ,  em  recompen- 
sa. 

RETRIBUÍDO,  A,  »,  p  de  retribuir;  adj, 
dado  em  retribuição,  remunerado. 
RETRiBUiDoa,  s  m  O  que  retribue. 
retribuir,  V.  a.  (tal.  retribuo,  ere  ,  re 
pref.  iterai.,  e  ír/í/ua  ere,  dar,  conceder)  re- 
compensar o  serviço  a  quem  o  não  faz  por 
salário,  dar  em  recompensa,  ern  paga, 

retrilhar,  t>.  a.  (re  pref.  iterat.)  tornar 
a  trilhar.  —  o  caminho. 

RETRiNCADO,  A,  adj.  (re  prcf  iutensilivo, 
e  intricado  mui  dissimulado,  cavillijso,  ma- 
licioso. 

RETRiNCAB,  t).  a.  (p.  US  )  tomar â  trinca-; 
(fig.)  —  as  palavras  de  alguém  interpreta- 
las  maliciosamente. 

RETKiNCHEiRAMENTO.    V.     Entrincheira,' 
mento. 

RETRO,  adx).  lalirio  que  significa  alrãs.  E 
formado  do  pref.  re,  e  traho,  ere,  puxar, 
trazer.  Entra  como  prefixo  em  muitos  vo- 
cábulos, e  significa  para  Irás,  c.  g.  retrO' 
ceder,  retrogradar, 

RETRO.  5.  w.  (juTr)  Vender  a — ,  ou  a  — 
fechado  é  vender  com  condição  de  que  em 
leíppo  liu.ilado  o  vendedor  poderá  resgatar  a 
cousa  vendida.  Vender  a  — aberto,  ô  pa^ 
cio  eiji  que  o  Vr  ndedor  a  t-.do  o  tempo  pode 
resgatar  a  cousa  vendida. 

RETROACTIVO,  A,  adj.  que  tem  acção  so- 
bre o  passa  d..',   htreito — .  Acção —  da  lei. 
RETiiOàR,  V.  n    t^irn.ir  a  Uoar. 
RETR0C\D0s,  s    m.  pi.  cspccie  de  ornato 
o  de  lavor  antigo  nas  bordaduras. 

RETROCEDER,  V.  7».  (Lat.  retroccdo,  ere) 
voltar  atrás,  descontinuar  a  marcha ;  (fig  ) 
ceder  da  empreza  «omeçiida. 

Syn.  comp.  Retroceder,  recuar,  retro- 
gradar. Todos  esies  verbos  exprimem  9 
ideia  de  voltar  ou  andar  para  traz,  porenj 
cada  UDL  d'elle?comsua  circumstancia  par- 
ticular. O  que  retrocede  volta  jara  traz  no 
que  tinha  andado  ou  adiantado.  O  quere- 
cva  anda  para  traz  sem  voltar  o  roilo  para 
essa  parte.  O  que  retrograda  volta  para 
traz,  ou  retrocede  pelos  p^esmos  passos,  ou 
gráos.  O  que  segue  seu  taminho  e  nelle 
encontra  um  obstáculo  que  o  não  deixa  ir 
por  diante,  retrtcede,  ou  seja  pelo  mesmo 
camiiího  ou  por  outro.  !?egun(  o  a  etiqueta 
antiga  do  paço,  o  que  entrava  a  tl-Rei 
tornava  reatando.  Recua  a  stge,  o  carro, 
a  leca  de  artilharia,  etc.  Relrogradam  0$ 

*  m  0 


436 


REt 


KEt 


planetas  na  ecliptica  ;  retrogradam  os  estu- 
dos, as  bellas  artes  com  as  guerras  e  in- 
vasões inimigas ;  retrogradou  a  sombra  no 
relógio  de  sol  de  Achas. 

RETROCEDIDO,  A,  p .  p .  áe  Telrocede?  ,  adj . 
voltado  para  trás.  «Fuligers  — *  da  circum- 
ferencia  (do  corpo)  para  o  cérebro,  »  Cur- 
vo. 

uETROCEDiMEUTo.  V.  Rclrocesso. 

RETROCER.  V.  Rctorcer. 

RETROCESSO,  s.  m.   O  acto  de  retroceder 

RETROGRADAÇÃO,  s.  f.  movimcnto  retro- 
grado, V.  g .  —  do  planeta. 

RETROGRADADO,  A,  f.  f.  de  retrogradar , 
que  retrogradou. 

RETROGRADAMENTE,  ttdv.  [mente  suií.)  com 
movimento  retrogrado. 

RETROGRADAR,  V.  n.  (Lat.  retrogradior,  i) 
voltar  atrás,  desandar  caminho  ;  (fig.)  des- 
continuar a  empreza  começada. 

RETRÓGRADO,  A,  adj .  (Lat  retrogradus) 
que  anda  para  trás,  que  desanda  o  caminho 
andado.  Movimento  — ,  na  astronomia,  o 
dos  corpos  celestes  em  direcção  opposta  á 
do  seu  movimento  ordinário,  realouappa- 
rente. 

RETROGUARDA.  V.  Rctãguarda. 

RETRoiTAR,  V.  a.  (jurid.  ant.)  contrariar 
em  juízo. 

RETBÓs,  s.  m.  (do  Fr.  retors,  retorcido)  fio 
de  seda  ou  de  lã  de  dois  ou  três  fios  torci- 
dos. 

RETROTRACTivo.  V.  Reíroactivo 

RETROTRAHiR,  V.  a.  [retro,  e  tat.  traho, 
ere,  puxsr)  dar  acção  retroactiva.  —  o  ef- 
feito  de  uma  lei,  applicar  as  suas  disposi- 
ções a  casos  anteriores  á  sua  promulgaç;^o. 

RETROVENDENDO  (Factode),  V.  Retro,  s  m. 

RETROVENDER,  t.  Q.  vonder  a  pacto  de 
retro. 

AETROVENDiçÃo,  8.  f.  (juHd.)  0  acto  do  re- 
trovender. 

RETROVENDiDO,  A,  f.  p.  de  retrovcndcr ; 
adj.  Vendido  a  pacto  de  retro. 

retroz.  V.  Retrós. 

Retrucar.  V.  Retorquir,  eReenvidar. 

retruque,  s.  m.  [re  pref,  iterat.,  e  tru- 
que), no  jogo  do  truque  de  taco,  volta  da 
bola  tocada  sobre  a  que  a  tocou.  No  jogo 
de  cartas  (truque),  reenvite  a  quem  nos 
trucou,  dizendo  retruco. 

RETULAR,  V.  Rotular. 

rktumbado  a,  p.  p.  de  retuor.bar ;  adj. 
quo  retumbou.  —  voz,  Elegiad.,  que  resôa. 

RETUMBANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans.  tis),  que  retumba,  resôa 
em  echo. 

RETUMBAR,  V.  D.  (voz  imitativa;  repref., 
e  tumbar)y  resoar,   reflectir  o  som  como  o 


RETUMBO,  s.  m.  reflexão  estrondosa  do 
som,  echo  soneroso. 

RETUNDiR,  V.  a.  (Lat.  retundo,  ere),  (med. 
ant.),  temperar,  v.  g-  —  n  acrimonia  dos 
humores,  da  cólera. 

RETZ,  (geogr.)  Retiastensis  pagus,  anti- 
go paiz  da  Bretanha  meridional,  h  «je  no 
departamento  de  Loire-lnferior,  tinha  por 
capital  .Macheconl* 

RiTZ  (Alberto  de  Condi,  marechal  de), 
(hist.)  nasceu  em  1522  em  Florença,  mor- 
reu em  1602.  Accuzam  o  de  ser  um  dos 
que  aconselhou  a  matança  de  S.  Bartholo- 
meu. 

RETZ  (Pedro  de  Gondi,  cardoal  de),-^  (hist.) 
celebre  bispo  de  Paris,  nasceu  em  Lyão 
em  153:i,  morreu  em  161tí.  Protegiflo  por 
Catharina  de  Medicis  occupoii  os  maiores 
cargos  até  que  foi  nomeado  cardeal  em 
1557. 

RETZ  (J.  F.  Paulo  de  Gondí,  cardeal  de), 
(hist.)  nasopu  em  16, 4,  morreu  em  1679. 
Tornou-se  celebre  pela  sua  vida  licenciosa 
e  como  chefe  do  partido  da  Fronde.  Dei- 
xou Memorias  sobre  a  Historia  de  Fraca. 

REUBARBO.   V.  Ruibaròo. 

REucuN,  (hist.)  philologo  allemão,  nas- 
ceu em  1455,  morreu  em  l.>22.  As  suas 
principaes  obras  são  Rudimenta  hcebraica^ 
e  Lcxicon  habraicum. 

REUMA.  V.  Rkeuma. 

REUMÁTICO.   V    Rheumatico. 

REUMATISMO.  V.  Rheumati^mo. 

REUNIÃO  [re  pref),  união  de  cousas  se- 
paradí»s  e  que  estavão  d'anles  unidas  ;  (fig.) 
reconciliação.  I^o  sentido  de  companhia, 
sociedade,  é  gallicismo  inadmissível. 

REUNIÃO  (ordem  dal,  (hist.)  ordem  civil  e 
militar  creada  por  Napoleão  na  Hollanda 
em  1811. 

REUNIDO,  A,  p.  p.  de  reunir ;  adj.  uni- 
do de  novo. 

REUNIR,  V.  a.  (r#  pref.  iterat.),  tornar  a 
unir  o  que  estivera  unido  e  depois  se  se- 
parou;  V.  g.  —  os  lábios  de  ferida,  as  pe- 
ças de  madeira  ;  —  as  tropas,  os  alliados, 
os  amigos.  «  Quando  Deus  nos  —  comsi- 
go  no  céu,  »  Arraes.  Retiniu  á  coroa  di- 
versas províncias,    reannexou. 

REus,  (geogr.)  cidade  d'Hispanha,  a  3 
l^^guas  ao  0.  de  Tarragona  ;  25,000  habi- 
tantes. 

REuss,  (geogr )  rio  da  Suissa,  formado 
de  três  braços,  que  se  reúnem  em  Ander-i 
matt,  cae  no  Aar  em  Windisch. 

REUSS  (Principados  de),  (geogr.)  São  as- 
sim   chamados  dous  estados  da  Confedera- 
rão germânica:  Reuss-Schleiz  e  Reuss-Lo- 
bensiein-Ebersdorf  pertencentes  á  caza  de 
echo  :  «  retumbando  o  echo  o  vão  dos  mon- 1  Ueuss  e  contiguos  um  ao  outro  ;  teem  84,000 
tes.  »  Rttumbaram  os  bosques.  'habitantes. 


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REUTLiTfGBN,  (geogr.)  Cidade  murada  do 
WurtetLberg,  a  8  léguas  ao  S  de  Slutt- 
gardl ;  10,000  habilantes 

REVALIDAÇÃO,  s.  f.  O  BCto  de  revalidar ; 
o  ser  revalidado. 

REVALIDADO,  A,  p.  p  de  Fcvalidar ;  ãdj. 
tornado  a  validar. 

REVALIDAR,  V.  a.  (fc  pref.  iterat.,  e  va- 
lidar.) tornar  a  validar,  r}.g.  —  o  contracto, 
o  matrimonio. 

REvEDOR,  s.  m.  o  quo  revê.  —  de  con- 
tas. —  de  livros,  censor.  —  de  provas  ou  fo- 
lhas de  impressão,  corretor. 

REVEL,  adj.  dos  2  g.  (V.  Rebelde.)  (jur.) 
que  não  obedece  ao  mandado  do  juiz,  que 
nem  por  si  nem  por  procurador  apparece 
em  juizo ;  que  não  obedece  ao  alardo  ou 
mostra  que  faziam  antigamente  os  coudéis. 
Gado  não  —  de  metíer  a  caminho,  quo  obe- 
dece á  voz  dos  tangedores. 

REVBL,  (geogr.)  cidade  de  França  a  6 
léguas  ao  L.  de  Villsfranche  3,900  babi- 
tantes. 

RKVEL  ou  REVAL,  (gcogr.)  Kolyvau  em 
russo,  sobre  o  golpho  de  Finlândia,  a  DO 
léguas  ao  0.  de  S.  Petersburgo  ;  14,000 
habitantes. 

REVEL  ou  REVELLO,  fgeogr.)  cidado  forte 
dos  Estados  Sardos,  a  6  léguas  e  meia  ao 
Nu.  de  Coni ;  5,U00  habitantes. 

REVELAÇÃO,  s.  f.  (Lat,  retclatio,  onis.) 
o  acto  de  revelar  ;  a  cousa  revelada  ;  (fig.) 
religião  revelada.  —  do  segredo. 

Syn.  comp.  Revelação,  inspiração.  Re- 
velação signiíioa  em  geral  a  manifestação  de 
alguma  verdade  secreta  ou  occulta,  e  em 
phrase  theologica  a  manifestação  que  Deus 
faz  ao  homem  de  verdades ,  que  se  não 
podem  conhecer  pelas  forças  Ja  razão,  ou 
por  meios  puramente  naluraes.  A  inspira- 
ção é  a  illusttação  ou  movimeulo  sobrena- 
tural com  que  D»'us  inclina  a  vontade  <;o 
homem  a  fazer  alguma  acção  boa.  A  reve- 
lação illustra  o  entendimento ;  a  inspira- 
ção move  e  leva  a  vontade.  Revelam-se  fa- 
ctos, verdades,  doutrinas;  ins pi ram-sb sen- 
timeníos,  desgoi,  aíTectos,  resoluções. 

As  doutrinas  contidas  nas  sagradas  Es- 
crituras são  reveladas,  porque  Deus  mani 
festoa  a  seus  autores  factos  e  verdades  que 
elles  não  podiam  alcançar  pelas  luzes  da  ra- 
zão. Os  sngrados  Escnlorts  furão  inspira- 
dos para  escrevêl-fis,  isto  é,  o  Espirito  San- 
to os  illustrou  interiormente,  moveu  a  es- 
crever, e  dirigiu  sua  penna  em  tudo  que 
e-screvôram  para  ensino  e  santificação  dos 
homens. 

REVFLADo,  A,  p.  p.  de  retelar;  adj.  que 
se  revelou;  que  revelou.  Tinha  —  osegre-j 
do.  A  religião  —    Mysterios  —s.  \ 

RKviLADOR,  Á,'s.  pessoa  que  revela        ' 

fpL.    IV. 


REVELAR,  V.  Q.  (Lat.  revelo,  are;  re  pref., 
para  trás,  e  velum,  o  véu.)  descobrir,  pa- 
tentear, V.  g.  —  o  segredo,  mysterios.  «Deus 
revelou  aos  apóstolos  as  verdades  da  fé.  » 

—  mulher,  phraze  da  Biblia,  conhecer  car- 
nalmente. —  ,  (fig.)  manifestar,  dar  a  co- 
nhecer. —  SE,  V.  r.  manifestar-se,  descobrir- 
se,  dar-se  a  conhecer.  Deus  revelou-se  aos 
homens. 

REVKLHUsco ,  A  ,  adj.  (t.  chulo  ant.)  al- 
gum tanto  velho.  Ella  é  já  —,  durazia,  co- 
mo hoje  dizemos. 

REVELIA.  í.  f.  [revel,  des.  ta.)  (jur.)  des- 
obediência do  réo,  que  não  comparece  em 
juízo  nem  por  si  nem  por  procurador.  Sen- 
tenciar á  —  de  alguém.  Correr  a  causa  á — 
de  alguém  Comer  d — de  alguém,  não  es- 
perando por  elle  além  das  horas  certas,  flc- 
velia  ,  e  pi.  Revelias,  as  penas  incorridas 
por  falta  de  comparecimento  em  juizo,  ou 
nas  mostras  e  alardos  dos  coudéis. 

REVELíM,  s.  m.  (Fr.  ravelin.)  (fort.)obra 
exterior  de  du6S  faces  formando  angulo 
saliente  ,  para  defender  cortina  ,  ponte , 
etc. 

REVELLÃo  ,  adj.  m.  augment.  de  revel. 
Cavallo  —  ,  que  recua  ;  emperrado  ;  (fig.) 
obstinado,  pertinaz,  cabeçudo.  Homem — . 

RKVELLAR,  V.  a.  OU  n.  e  — SE,  V.  r.  re- 
bellar-se,  resistir.  — o  cavallo,  se'  revel- 
lão. 

REYELLENTE  ,  adj.  dos  2  g.  (í  at.  revel- 
lens,  tis.)  (med.)  que  tem  propriedade  re- 
vulsiva. 

REVELLiR  V.  a.  (Lat.  revello,  ere.)  [med.) 
remover,  derivar  o  humor  da  parte  doente 
para  onde  causa  menos  damno. 

REVELLO ,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  a  1  légua  ao  SE.  de  Lago-J<egro ; 
5,200  habitantes.  ~ 

REVELLÔA  ,  des.  f.  do  re/ellão.  «  Ha  de 
ser  cabeçuda  e  — .  » 

REVELOso,  A,  adj.  V    Bebclde. 

REVENDA,  s.  f.  seguuda  veuda. 

REVENDEDOR,  A,  adj.  O  quo  roveude. 

REVENDER,  V.  a.  tomar  a  vender. 

RKVENDiçÃo,  (ant.)  V.  Revindicta. 

REVENDiçÃo,  s.  f.  O  acto  de  tomar 8  Ven- 
der. 

REVENDiLHÃo,  s.  w.  (t.  popul.)  homem 
que  trafica  em  comprar  e  vender  muitas  ve- 
zes as  mesmas  cousas. 

REVENDiTA,  s    f.  V.  Rczindicta. 

REVENERAR.  V.  Reverenciar. 

REVER,  V.  a.  [re  pref.  iterat.,  e  t?«r.)  tor- 
nar a  ver,  a  examinar  para  emendar,  cor- 
rigir, aperfeiçoar.  —  a  obra,  as  folhas  de 
impressão,  as  contas.  — se,  v.  •^.  mirar-se. 

—  em  alguma  cousa,  olhar  com  grande  pra- 
zer, admiração,  v.  g.  —  na  esposa,  na  fi- 
lha. 

110 


m 


RBY 


REV 


RÍ-vÍRA,  (Lat.  r«,  e  vera.)  (loc.  adv.)  na 
realidade. 

REvERRERAçÃo,  ^.  f.  reflexao  da  luz,  do 
fogo.  Fogo  de — ,  era  qao  a  chanamaó  re- 
flectida. Maldizentes  de  —  ,  (íig.  e  jocoso) 
i[ue  dizem  mal  indirectamente. 

REVERBERADO  ,  A  ,  p.  )t).  de  reverberar ; 
adj,  reflexo.  Luz,  fo^o — . 

reveRberaNte  ,  adj.  dos  2  g.  (Lai.  re- 
verberans,  tisy  p.  a.  de  reverbero,  are.) 
que  reverbera. 

reverberar,  V.  a.  (Lat.  reverbero,  are; 
re  pref.  iterat.,  e  verbero,  are,  ferir  com 
vara  )  reflectir,  v.  g.  o  espelho  reverbera 
os  raios  da  luz ;  a  fornalha  reverbera  á 
chamma.  — ,  em  sentido  abs.,  brilhar,  v 
g.  a  luz  reterbèra  no  rio.  «  Revey  berando- 
íhe  no  semblante  resplandores  de  luz  eter- 
na. »  Sousa,  Hist. 

REVERDECER,  V.  fl.  [re  pref.  iterat.)  fazer 
tornar  verde,  dar  novo  viço  ás  plsntas.  A 
chuva  reverdece  as  arvores.  A  primavera  — 
os  campos.  — ,  toro  ar- se  verde,  cobrir-sede 
verdura,  criar  novo  viço.  Reverdece  o  prado', 
o  arvoredo ;  (fig.)  renascer,  criar  novo  vi- 
gor, V.  g.  reverdeceu  o  amor,  a  amizade  ; 
cobrar  alentos,  v.  g.  reverdeceram  as  mp^- 
ranças,  as  paixões,  as  suspeitas,  discórdias, 
as  artes,  o  commercio.  —  o  tempo,  toraór- 
se  invernoso.  Este  velho  reverdeceu,  revm- 
çou. 

reverdecido,  a,  p.  p  de  reverdecer;  adj. 
que  reverdeceu,  que  criou  novo  viço  <c  A 
postura  queimada,  e  —  com  as  primeiras 
aguas  »  Vieira. 

REVERE,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziano,  a  6  léguas  e  meia  ao 
SK.  de  Mantua,  7,500  hfíbitanl<»s. 

EEVERÉNÇA.  V.  Reverencia. 

REVERENCIA,  s.  f.  (Lat  reveTentia.)  ve- 
neração, acatamento,  grande  r«'speito;  cof- 
t»>zia.  Vossa  — ,  tratamento  que  se  dã  aos 
religiosos  mais  autorisadbs. 

REVERENCIADO,  A,  p.  p  de  reverenciar; 
adj.  tratado  com  reverencia. 

REVERENCiADOR,  A,  ffàj    fjij3  reVcrencia. 

REVERENCiAL ,  adj.  dos  2  g.  qiie  expri- 
me reverencia 

REVERENCIAR,  V.  a  [revefeMeiúf,  ar  des. 
inf.)  acatar,  venerar,  iralar  com  roverencia, 
V.  g.  —  os  pais,  os  mestres,  ôs  idolos. 

REVERENDAS,  s.  f.  pi.  [snbòt.  án' reveren- 
do.) letras  dimissorias  em  que  o  bispo  dá 
faculdado  a  alguém  seu  diocesano  para  se 
ordenar  com  outro  bispo.  Cambar  com  — 
falsas,  /'fig.)  assumir  caracter  que  lhe  não 
pertence,  ser  impostor. 

REVERENDÍSSIMO,  A,  ddj .  íwperí.  de  rcvc- 
rrndo.  —  titulo  que  se  dá  pos  cardeaes  , 
bispos,  abbades,  geraes  á*'  ordens  religio- 
sas. 


REVERENDO,  A,  adj.  (Lat.  reverendus.)  di- 
gno de  i^everenciáf,  venerável.  Pessoa  -^.  — , 
titulo  honorifico  que  se  dá  rtos  saéerdot^s, 
V.  g.  o  —  padre  Diogo. 

REVERENTE,  adj.  dos  2  gf.  (Lat.  f«p<frenj , 
tis.)  que  reverencia,  que  mostra  retófencia. 
Postura  — . 

REVERENTEMENTE,  adv.  [mente  sdíT.)  tíòtn 
reverencia. 

Retèrentissimaménte,  ádv.  supefl.  de  té- 
verentementp.. 

REVERiA.  V.  RevéHá  Reteria,  no  senti- 
do do  Fr.  rêterie,  estado  absorto  da  men- 
te, é  gallicismo  inadmissível. 

REVERSA    V.  Revessa. 

RÉVÉRíAL ,  adj.  dos  t  g  Cafta — ,  etft' 
resposta  a  outra,  ou  que  s^  refere  a  algum' 
acto.  Usa-se  subst.  f.  urnareversal. 

REVERSÃO,  í.  f.  (Lat  rever$io,oúig.)fè' 
gresso,  volta  ao  lagar  donde  se  hatfà'  ptt-^ 
lido.  —  dos  bens  ao  antigo  domínio,  dequé 
haviam  srdo  deâmembrados. 

REVERSÍVEL,  adj.  dos  1  g  (des.  atêl  )  q\í€ 
deve  voltar  ou  reverter.  Bens  retersiveis  i 
coroa,  aos  herdeiros. 

REVERSIVO,  Ã,  adj.  (des.  ivo  )  que  torn-jí 
a  vir,  que  voltar  de  novo,  reversivei.  Beôs 
rever siteis  á  coroa.  Nervos  — s,  (anát.)  re- 
currentes 

REVERSO,  A,  àdj  que  fica  por  detrás',  ou 
nas  cosias    V.  Revêsso 

áÉtÍRSO,  í  fh:  a' frarttíposterYof,  as  cos- 
tas, *.  g.  O  —  da  medalha,  da  moeda,  a  fi- 
ce  opposta  á  eíA-  que  está  *  effigie.  féfá- 
mos  o  —  (ía  ífiedalba,  OU  Viremos  agora  a 
medalha  rfO  — ,  (fig.)  examinemos  o  negócio 
por  outro  lado,  debaixo  de  ,mtro  aspecf**; 
ouçamos  outra  versão  do  caso.  Neste  sentV 
do  diz-se  ordinariamente  do  outro  aspecto 
ou  versão  desfavoT'avel,  v.  g.  o  negocio  mos- 
tra boa  apparencia.  nr tfs  quem  sabe  qual  so- 
rá  o  —  da  medalha. 

rí:veuter,  V.  a.  mx  n.  [l&i.  reter  to,  éf(f.) 
voltar  atrás  ;  íaíêf  reversa»,  tornar  a  incor-f 
porá r- se  no  dominfo-  âe  qne  fora  desmem- 
brado. 

REVERfrôo  ,  A,  p.  p.  dte  revertef;  aâj 
que  reverteu  ao  antigo  domínio. 

REVERTiVEL.  V.   Reversivcí 

REVÉS.  V.  Revéz 

EEVESSA  ,  s.  f.  (subst.  B  altcTado  de  fé^ 
verso.)  na  piaia,  ou  era  riv^S.  onde  encTíé 
a  maré,  ó  a  agua  próxima  ás  margens,  quô^ 
enche  quando  ella  vasa,  e  ás  avessas.  «Fa- 
ziam as  aguas  revessa.  »  ^.  Mendes  Pin- 
to. 

REVESSADO  ,  A  ,  p.  p  de  rcvcssar  ;  adj. 
movido  ao  revéz,  opposto  ao  direito.  Ca- 
minho — ,  tortuoso.  — ,  vomitado. 

REVESSAR,  V.  a.  (Lat,  rever.so,  ere,  sum.) 
vomitar,  arrevessar.  — o  alimento.  — ,  roô- 


REV 


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439 


ver-se  para  trás.  Aqui  revessa  o  rio,  faz 
í^evessa . 

hkvesso,  a,  adj.  (do  Fr.  r«t)^c/ie,  altera- 
do do  Lat.  revírsus.)  áspero  Madeira—  de 
lavrar,  nodosa.  Mares — 5  da  diíTerença  dos 
ventos.  Homem  — ,  ríspido* 

REVESTIDO,  A,  p.  p.  de  reveslir;  ttrf;'.  tor- 
nado  a  vestir  ;  envolto  era  roapás,  vesti- 
tnentas  Homem  —  de  valor,  munido.  — de 
dotes,  prendas,  que  possue  dotes,  ele.  Acto 

—  de  todas  as  solemnidades  de  direito,  mu- 
nido, corroborado. 

REVESTIR,  c  a.  [re  pref.  iterat.)  tornara 
vestir ;  vestir  por  cima ,  v.  g.  —  as  vesti- 
mentas sacerdotses;  (fig.jpôr  cobertura,  ca- 
pa ou  forro,  v.  g.  — de  lages,  de  tijolo. 
Montes — s  de  arvoredo,  ou  de  penedia. — 
SE ,  c.  r.  vestir  roupas  sacerdotacs.  O  sa- 
cerdote revés te-se  para  celebrar,  —se,  mu- 
nir-se ,  r.  g.  —  de  paciência  ,  resigna- 
ção. 

RKvtfz,  s.  m.  rtverso,  avesso  O— da  me- 
dalha. — ,  golpe  dado  com  as  costas  da  ttiào: 
golpe  que  se  dá  com  a  espada  diagonal- 
mente ferindo  da  direita  para  a  esquerda. 
Fazer  revezes,  na  sella,  torcer  o  corpo  pa- 
ra evitar  o  bote  de  lança  do  contrario.  — , 
(artilh.)  travéz.  Estrepes  em — ,  meio  deita- 
dos — ,  alternativa.  A  revezes,  por  turno, 
cada  um  por  sua  vez.  Cantar  a  revezes, 
alternadamente.  — ,  successo  infausto.  Re- 
r>exes  da  fortuna,  lances  infelizes,  desgra- 
ças, alternativas  de  bem  para  inal. 

revezadamentè,  adv.  [mente  suff.)  a  re- 
vezes, alternadamente. 

REVEZADO,  A,  f.  p.  de  revezar;  adj.  al- 
ternado ;  mutuo.  Amor  —  ,  correspondido, 
mutuo. 

REVEZAMENTO,  s.  T».  V.  Revcz,  Alterna- 
tiva. 

REVEZAR  ,  V.  a.  [revez,  ar  des.  inf.)  al- 
ternar, mudar  por  turno  ;  —  soldados,  tra- 
balhadores —  as  sortes,  os  destinos,  \an&r 

—  o  canto,  as  cantigas.  Revezando  ao  peito 
os  filhos,  dando  de  mamar  ora  a  um  ora 
a  outro.  — SE.  v.  r.  alternar  com  algucm, 
trabalhar  ou  fazer  alguma  cousa  por  turnos. 
«  Os  Mouros  se  revezaram  com  gente  de  re- 
fresco. »  descansaram  em  quanto  combatiam 
os  novamente  chegados.  — se,  (p.  us.)  re{)e- 
tir-sp,  no  que  já  disse  ou  fez.  — se  de  um 
cavallo  em  outro,  cavalgar  ora  um  ora  ou- 
tro 

REVEZiLHO,  g.  m.  [revez,  des    ilho,  que 
denote  acção  dti  apertar),  ponto  ás  avessas 
qm>  se  faz  nas  meias  pela  barriga  da  per 
na. 

RE/Ezo,  A,  adj    V.  Revesso. 

REVEZO,  s.  m  (de  rercjar),  cerrado  para 
criar  relva,  grama,  capim  outra  herva  para 
onde  ge  muda  o  gado  em  quanto  outro  cer- 


cado cria  herva  ;  (fig.)  boa  mesa,  mesa  laa- 
ta.  ''  >  • 

REVIDADO,  A,  p.  f).  de  f«TÍdar ;  aâj.  €9t* 
vidado  sobre  o  envite  do  parceiro  ;  (fiíç.) 
repelido,  amiudado ;  t.  g  Golpes  revida- 
dos. 

REVIDAR.  V.  a.  (reiterai.  eenoi'/i^),  tor- 
nar a  envidar,  ou  antes  envidar  siobre  o 
envite  ou  parada  primitiva  do  jogador  ;(ftg.) 
fazer  outro  tanto  ou  mais,  contradizer  ;  tf. 
g.  .4,  isso  revido.  «  Tendo  feito  o  mal,  nió 
lho  podem  — .  »  Ceita,   Serm. 

REViGNY.  (geogr.)  cidade  de  França  a  6 
léguas  ao  0.  de  Bar;  l,liO  habitanteg. 

REViMENTo,  *.  m.  (de  rever,  reçumar), 
o  reçumar,  ou  coar  p^los   poros. 

REVIMENTO,  í.  m.  (de  rever,  examinar), 
(ant),  revista  de  prodesso,  dô  demanda. 
Ord.  Man. 

REviNDiCAÇÃo.    V.  Reivináicação . 

REViNDicAR  6  deriv.   V    Reivindicar,  etc. 

REV  NDiCTA,  s.  /.  [re  pref.  itefat,),  viff'- 
gança  tomada  de  quem  a  toa!M>u,  pof  se 
vingar  de  injuria  que  lhe  fizéramos.  O  vul- 
go diz  rebendita,  e  a  Ordenação  Affons.  re- 
vendita. 

REViNGADO,  A,  p.  p .  dé  Tcvingar  ;  adj. 
duas  vezes  vingado. 

RRViNGAR,  V.  O.  [re  pref.  iterat.)  tornar 
a  vingar;  tomar  vingança  maior  que  a  of- 
fensa  recebida. 

REVIRADO,  A,  p,  p.  de  revirar  ;  adj.  tor- 
nado a  virar. 

REVIRAR,  V.  a.  [re  pref.  iteròt.),  tornar 
a  virar  na  direcção  contraria  ;vg.  — uma 
bofetada  ,  desandar,  dal-a  em  resposta  da 
affronta,  (fig  )  dar  um  revirete,  ou  respos- 
ta picante  a  quem  nos  injuriou ;  recrimi- 
nar. ^ 

REVIRETE,  s.  m.  (fig.)    resposta    picante. 

REVISÃO,  s.  f.  traoalho  de  rever  obra 
para  .a  emendar;  t.  g.  —  do  código;  — 
do  processo,  para  examinar  se  foi  bem  jul- 
gado, revista. 

REVISOR,  *.  TM.  o  que  revê,  examina  obra 
para  a  emf;ndar  ;  censor  de  livros. 

REjisoRio,  A,  adj.  (des.  orio),  relativo  a 
revisão,  ou  revista  de  processo. 

REvisTTAÇÃo,  s    f  acção  de   revisitar. 

REVISITAR,  V.  a.  (Lat  revisito,  are),  tot- 
nar   a  visitar, 

REVISTA,  s.  f.  segunda  vista,  exame ; 
novo  exam^  de  processo  julgado  em  ulti- 
ma instancia  ordinária  ;  'ó.  g.  —  de  tro- 
pas, mostra,  resertha  :  passar  — . 

REVISTADO,  A,  p  p.  dê  revistar ;  adj. 
examinado  de  novo  ',  v.  g.  Tropa  — ,  a  que 
se  passou  revista. 

REV  STAR,  V.  a.  [p.  us  ),  passa?  revista; 
V.  g.  —  as  tropas;  —  a  cansa,  o  feito,  exa- 
minar com  attenção ;  v.g.  —  mercadorias, 
110. 


440 


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para  que  não  passem  por  alto,  ou  —  pes- 
boas,  para  conhecer  quem  são. 

REviTAR  e  deriv.  V.   Arrebitar,  etc. 
REViTE,  s.  m.  [re  pref,  e  envite],  segun- 
do envile. 

REvivECER,  (ant.)  V.  Reviver. 
REVIVER,  v.  n.  [re  pref.),  tornar  a  viver, 
resuscitar ;  (fig.)  criar  novo  vigor,  novo  viço. 
Revivem  as  plaotas  murchas,  reviveram  as 
artes. 

REViviFiCAR,  v.  a.  [re   pref    iterat.),  dar 
nova  vida,  novo  vigor  ;   (t.  chim.),  restituir 
ao  estado  metallico,  ou  salino. 
REViziTAçÃo.    V.  Revisitação. 
REVOGADA,  s.  f.  acção   de  revoar,   o  re- 
gresso da  caça  voando. 

REVOAR,  V.  n.  [re  pref.  iterat, )  tornar  a 
voar,  voltar  ao  mesmo  sitio  voando ;  voar 
em  diversas  direcções. 

REVOGAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  revocatio,  onis)  o 
acto  de  revocar. 

REVOGADO,  A,  p.  p.  do  rovocaf  ;  aeí/.  man- 
dado voltar. 

REVOGADO,  (ant.)  V.  Rebocado. 
REVOGAR,  V.  a,  (Lat.  revoco,  are  ;  re  pref. 
atrás,  e  voco,  are,  chamar)  mandar  voltar 
regressar  ;  chamar  alguém  do  lugar  onde  fora 
mandado.  —  os  socorros,  retira  los.  —  os 
espíritos,  reanimar.  —  as  artes,  as  scien- 
cias,  a  industria,  fazer  prosperar  de  novo, 
restaurar.  —  alguém  do  errado  caminho  que 
leva,  persuadira  que  mu le  devida.  — ,  re- 
vogar. 

REVOGAR,  (ant.)  V.  Rebocar. 
REVOGATÓRIO    V.  Rcvogatorio,  Derogato- 
rio. 

REVOGAÇÃO,  s.  f.  acto  revogatorio,  dero- 
gação,  annullação,  v.  g.  —  das  clausulas, 
do  contracto ;  —  da  lei. 

REVOGADO  A,  f.  p.  do  revogar  ;  adj.á%- 
rogado,  animllado.  Ordem,  lei.  Magistrado 
— .destituído,  privado  do  cargo,  do  em- 
prego. 
REVOGADOR,  s.  m.  O  que  revoga. 
REvoGANTE,  adj .  dosl  g.  [LsíÍ.  revocans, 
tis,  p.  a.  de  revoco,  are],  que  revoga. 

REVOGAR,  V.  a.  (Lat.  revoco  are],  desfa- 
zer, annullar,  derogar ;  —a  doação,  o  tes- 
tamento, a  lei,  sentença,  nomeação,  —  ou 
revocar  a  ordem  dos  destinos. 

REVOGATÓRIO  A,  adj.  (dos.  ório],  que  re- 
voga, annuUa.  Sentença,  clausula  — .  — ,  s. 
f.  instrumento  que  revoga. 

REVOLTA,  s.  f.  (Fr.  revolte],  levantamen- 
to, distúrbio;  v.  g.  —  do  povo,  desordem, 
arruido,  confusão  de  gente,  rebate  de  ini- 
migo e  desordem  que  elle  causa.  «Levan- 
taram os  Mouros  uma  — ,  »  Barros.  «  Na 
—  da  gente  que  embarcava.  »  «  —  da  fu- 
gida, »  desordem.  —  no  animo,  perturba- 
ção que  faz  mudar  as  ideias ,  as  paixões. 


— 8,  pi.  ambages,  rodeios  para  delongar 
a  conclusão  de  algum  negocio :  ó  ant.  nes- 
te sentido.  Wetter  o  feito  em  —  de  juizo, 
(loc.  for.  ant.),  por  em    litigio. 

REVOLTvDO,  A,  p.  p.  de  rivoltar  ;  adj. 
levantado,  revirado. 

REVOLTADOR,  s.  m.  pessoa  que  excita  re- 
volta ;  adj.  que  excita,  promove  a  revolta. 

REVOLTAR ,  V.  a.  [re  pref.  atrás.)  fazer 
voltar  atrás,  v.  g. — as  armas,  contra  quem  as 
lançara. — ,  causar,  excitar  revolta. — o  povo. 

N.  B.  Revoltar  a  razão,  o  bom  senso,  a 
humanidade,  são  gallicismos  modernos,  na 
accepção  de  escandalizar,  repugnar  a,  hor- 
rorizar. 

Revoltar-te,  revolv«r-se,  pôr-se  em  re- 
volta. — ,  (p.  us.)  tornar  a  voltar. 

REVOLTO  ,  A,  adj,  (do  Lat.  revolutui,  p. 
p.  de  revolvo,  ere,  revolver.)  revolvido,  mui 
agitado.  À  terra,  a  agua  — ,  agitada.  An- 
dava o  povo  — .  Bico  —  ,  recurvado  para 
baixo.  Cahello  — ,  crespo,  torcido,  encara- 
pinhado. O  mar — ,  agitado  pelo  vento.  O 
tempo  —  ,  turbado,  não  sereno.  Terçado, 
alfange — ,  curvo  pela  cota.  As  paixões— s, 
violentas,  que  agitam  violentamente.  Fogo 
— ,  nos  sambenitos,  eram  chammas  pinta- 
das com  as  pontas  viradas  para  baixo;  de- 
signavam os  róos  que  haviam  escapado  ao 
supplicío  do  fogo. 

REVOLTOSO,  A.  adj.  (des.  oso]  que  excita, 
suscita  revoltas.  Gente  — ,  inquieta,  indó- 
cil, disposta  a  levantar-se.  Tempo  — ,  de 
revoltas,  agitações  populares.  — ,  (ant.)  li- 
tigioso. — ,  que  usa  de  rodeios,  trapaças 
para  delongar  a  conclusão  do  pleito.  Os  ven- 
tos — ,  que  revolvem,  agitam  o  mar. 

REVOLUÇÃO,  s.  f.  (Lat.  revolutio,  onis.) 
acto  de  revolver,  gyro  na  orbita. — dos  as- 
tros, planetas,  gyro  inteiro  do  planeta  na 
sua  orbita.  —  dos  humores,  movimento  vio- 
lento. —  politica,  mudança  violenta  na  for- 
ma do  governo.  —  do  cabello,  (p.  us.)  re- 
domoinho.  — das  a/maí,  transmigração.  ?l 
Revoluções. 

REVOLUCIONADO,  A,  p  p.  de  revolucioDar; 
adj.  posto  em  estado  de  rjvoluçào  politica. 
Tendo  —  a  Itália. 

REVOLUG'ONAR,  V.  a.  (do  Fr.  révolution- 
ner.]  operar  revolução  politica.  Os  France- 
zes  revolucionaram  a  Itália.  K*  termo  mo- 
derno e  indispensável. 

REVOLUCIONÁRIO,  A.  adj.  (Fr.  révolution- 
naire.]  relativo  a  revolução  politica,  que 
emana  delia,  ou  a  favorece,  llomem — .Ideias, 
opiniões,  princípios  — s.  Os  — s 

HEVOLUTO,  A,  adj.  (do  Lat.  revolutus,  p. 
p.  de  revolvo,  ere  ]  (p.  us  )  enrolado.  5#r- 
pente — ,  em  espiraes. 

REVOLVEDOR,  s.  m,,  O  que  revolve,  agita, 
autor  de  discórdias. 


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441 


REVOLVER,  V.  a.  (Lat.  revolvo,  ere),  vol- 
ver de  baixo  para  cirna,  remexer;  v.  g. — 
a  terra  cavando,  fossando  ;  volver,  mover 
»*ra  gyro,  —  a  porta  sobre  os  gonzos :  ei- 
xos. —  no  pensamento,  considerar  muitas 
vezes,  —  livros,  historias,  livrarias,  carto 
rios.  —  os  sículos,  ler  as  historias  d*elles. 

—  os  olhos,  vira-los  a  um  e outro  lalo. — 
o  cavallo,  fazel-o  dar  voltas  em  pouco  ter- 
reno ;  viral-o  pelas  rédeas.  — ,  causar,  sus- 
citar revolta,  desordem;  v.  g.  —  famílias, 
túmulos ;  o  estado,  a  cidade.  —  o  céu  e 
a  terra,  causar  grandes  revoltas,  —se,  v. 
r.  agita r-se,  mover-se  em  gyro,  ou  em  di- 
versas direcções  ;  v.  g.  —  o  mar  cone  os 
ventos  ;  —  c'o  inimigo,  brigar.  —  o  anno, 
fazer  a  sua  revolução.  — ,  perlurbar-se,  d. 
g.  n  cidade,  o  povo. 

REVOLVER,  V.  n.  gyrap,  fazer  a  sua  revo- 
lução, dar  uma  volta  inteira.  Revolvem  as 
plantas  nas  suas  orbitas. 

REVOLVIDO,  A,;?. />.  de  revolver  ;  adj  agi- 
tado, remexido  ;  c.  ^.  O  estômago  — ,  em- 
brulhado. 

REvoLViMENTO.  s.  w.  [mento  suff.),  agi- 
tação revolução;  v.  g.  —  da  agua;  per- 
turbação. 

REVOO,  s.  m.  revoada,  vôo  em   volta. 

RÉTORA,  s.  f.  (provavelmente  alterado  do 
Lat.  rubor,  força,  vigor,  idade  de  puber- 
dade ;  «de  —  comprida,  »  Ord.  Aífuns., 
completa,  maioridade.   «  E  o  menino  é  de 

—  de  quatorze  annos,  e  a  menina  de  doze, 
Ord.  Afíons.  «  Quando  eu  era  menina  e 
sem,  — . 

REVORAR,  (anl.)   V.  fíoborar. 

REVoso,  A,  adj.  (do  Fr  rêveur),  (ant  ), 
pensativo,  cuidadoso.  Ined.,  tomo  i,  foi.  24'j. 
«  A  rainha  muito  —  dos  movimentos  e  al- 
vorotos de  Lisboa.  »  É  gallicismo  mui  an- 
tigo e  contrario  á  analogia  da  lingua. 

REVosso,  A,  adj,  (t.  com.),  muito  vosso. 
«  Hei-de  ser  vosso  e  — ,  »  Camões  Anfit., 
duas  vezes  vosso. 

REVULSÃO,  s.  f  (i.at.  revulsio  onis],  (t. 
med.)  —  dos  humores,  o  removel-os  da 
parte  doente  para  outra  onde  facão  menos 
damno 

REVULSIVO,  A,  adj.  (t.  med.),  que  opera 
revulsão.  Applicação  rcrulsiva. 

REVLLSORio,  A,  ttdj .  dcs.  ório),  que  cau- 
sa ou  faz  revulsão  ;  v.  g.  Sangria  — . 

REX,  (Lat.)  V.  Rei. 

RKXA,  s  f.  (do  Fr.  ant.  raú,  raio  de  luz), 
grade  ou  barra  de  pôr  emjanella  para  dei- 
xar penetrar  a  luz,  ~s   de  ferro. 

RIXA,  *.  f.  arado. 

RExo.  V.  Recio. 

KEY,  *.  m  (Lat.  rex,  regis],  o  rei.  Os 
antigos  escreviam  á  maneira  dos  castelha- 
nos rey,  e  assim  assignavam  os  nossos  mo- 

fOL.   lY. 


iiarchas.  O  y  era  também  usado  pelos  Fran- 
cezes,  que  escrevião  rey  e  roy,  mas  nada 
justiíica  o  emprego  d'esta  letra  que  não  tem 
relação  cora  o  ^í  ou  x  do  radical  latino. 

REYES,  (geogr.)  cidade  da  America  do  sul, 
a  40  léguas  ao  S,  de  La  nela  Marta. 

RKYES,  (geogr.)  011  S.  Sebastião  de  los 
Reys,  cidade  da  America  do  Sul,  na  pro- 
vincin  de  Caracas,  a  17  léguas  ao  SO.  de 
Caracas. 

REYGNO,  (anl )  V.  Reino. 

REYNiER,  (hist.)  general  e  escriptor  fran- 
cez,  nasceu  em  1771  acompanhou  Bona- 
parte ao  Egypto,  dislinguiu-se  na  batalha 
das  Pyramides,  bateu  120,000  Turcos  dian- 
te de  El-Arich,  morreu  era  iòl3.  Escre- 
veu :  Da  economia  publica  e  rural  dos 
povos  antigos ;  Do  Egypto  no  tempo  dos 
Romanos. 

REYNOLDS,  (hist.)  piutor  iuglez,  nasceu 
em  i723,  ruorreu  em  1<92.  Deixou  Dis- 
cursos sobre  a  Pintura. 

REYNOSA,  (geogr.)  villa  d'flispanha,  a  6 
léguas  ao  JNE.  d'Aguilar;  1,450  habitan- 
tes. 

REYO.  V.  Reio,    Arreio. 

REYRE,  (hist.)  pregador  francez,  nasceu 
em  17ò5.  morreu  em  ÍS12.  Deixou  algu- 
mas obras  de  educação,  entre  ellas  o  Men- 
tor das  crianças. 

REYssousE,  (geogr.)  rio  de  França,  nas- 
ce em  ?ont-Ain  ao  0.  e  lança-se  no  Saona 
acima  de  font-dc  Vaux. 

RfZ,  *.  /".  (do  Arab.  raz,  cabeça  de  ga- 
do), cabeça  de  gado.  Matou  três  rtzes, 

RÉz,  s.  m.  Uza-se  na  {íhrase:  réx  por 
rez,  ao  justo. 

REZA,  s.  f.  orações  que  se  dizem  por 
obrigação  ou  por  devoção. 

REZALO,  A,  p.  p.  de  rezar ;  adj.  missa 
í  — ,  não  cantada. 

REZADOR,  s.' m    o  quo  reza  muito* 

HEZÃo.  V.    Razão. 

REZAR,  V.  a.  (contracção  de  recitar),  di- 
zer orações;  v.  g.  —  o  rosário,  o  terço. 
—  sentença,  (loc.  ant.)  proferir,  fazer  por 
escripto  ou  em  escripto,  murmurar. 

REZAT,  (geogr.)  rio  da  Baviera,  nasce  no 
circulo  que  tem  o  s«u  nome,  e  perde-se  no 
Rednitz. 

REZAT  (circulo  de),  (geogr.)  um  dos  8 
círculos  do  reino  de  Baviera,  enlre  os  de 
Alto-?.eno  ao  N.  do  Baixo  Meno  ao  NO.  de 
Regen  a  E  ;  540,000  habitantes. 

REZE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  1  lé- 
gua ao  SO.  de  Nantes  ;    5,000  habitantes. 

REZENDE,  (geogr.)  villa  de  lortugal,  situa- 
da a  2  léguas  a  O.  de  Lamego,  em  terreno 
alto  e  montuoso,  2,300  habitantes. 

REZETíDE  (André  de),  (hist,)  historiador  e 
sábio  antiquário  portuguez,  nasceu  na  ci- 
111 


íH 


KÈk 


BHE 


dade  d*Evora  em  1^95,  e  ahi  morreu  em 
1575.  Foi  o  mais  sábio  antiquário  do  século 
XVI;  escreveu  varias  onras  sobre  historia 
theologifi,  polygraphií»,  poesia,  etc.  Assu)s 
principaes  obras  elu("idam  muitos  pontos  «la 
nossa  historia  no  tempo  fios  Ro  lianos  e  Ára- 
bes são  apreciadas  até  entre  arcbaistas  es- 
estrangeiros.  Deixou  De  Antiqnitatibus  Lu- 
sitaniae  em  4  livros.  Antiguidades  d' Évora, 
e  outras  obras  ainda  não  impressas 

REZENDE  (Duarte  de),  (hist.)  Escriptor  pur 
tugupz  do  século  XVI.  era  natural  d'Evora. 
e  feitor  da  fortaleza  de  Ternate  em  152'^. 
Temos  d'elle :  Tractados  da  amizade.  Pa- 
radoxos e  Sonho  de  Scipião  de  M.  T.  Ci- 
eerOf  traduzidos  em Portuguez,  obra  estimá- 
vel não  só  pela  fidelidade  da  traducção,  co- 
mo tarribem  pela  riqueza  da  frase,  e  nati- 
va graça  dos  vocábulos  na  antiga  lingua- 
gt^m. 

REZENDE  (Garcia  de),  (hist.)  dtstiucto  es- 
íjriptor  portuguez  .Nasceu  na  cidade,  foi  des- 
de tenra  id«de  moço  da  camará  d'elrei  D  João 
II,  em  1490  passou  ao  serviçD  do  principe 
D.  Aífonso,  por  morto  do  qual  voltou  para 
o  serviço  do  rei,  de  quem  foi  secretario  parti- 
cular, e  que  o  tratou  senapro  com  dislincção. 
&m  i5  6  nomeou-oelrei  D.  Manoel  secretario 
da  en  baixada  em  Roma.  Lscreveu  itezende  ; 
Chronica  dos  valorosos  feitos  d'elrei  D.  Jcão 
11.  A  entrada  d^elrei  D  Manoel  em  Castella. 
Ida  da  infanta  D  Beatriz  para  Sabóia, 
Miscellanea  e  outras  obras. 

REZENHA    V.  Resenha. 

REZENTAL,  faut  )  V    fíeccntal 

rezente,  (ant  )  V.  liecente. 

rezina  e  deriv.  V    Resina,  etc. 

rezuar.  V    Razoar,  Arrazoar 

rezumbrar.  V.  Ressii '>hrar,  Repimar. 

rhaa,  s.  f.  dragoeiro,  arvore  que  dá  san- 
gue de  drago. 

RHADAMANTHO  ,  (mjlh  )  Rhttdamanthus, 
filho  de  Júpiter  e  d'Europa,  e  ura  dos  três 
juizes  dos  inf^^rnos.  Era  notável  pela  sua 
justiça  e  severidade. 

RHADAHiSTo,  (bJst.)  íilho  do  rci  da  Ibe 
ria  Vharasmano,  cazou  com  Zenobia,  sua 
prima,  e  deslhronou  Milhridaies,  seu  so- 
gro, rei  da  Arménia.  Atacado  pelo  rei  par- 
4ho  Volog^so  refugiou-se  nos  Estados  de 
seu  pai,  este  fe-lo  assassinar  no  anno  b\ 
de  Jesu-f  hristo. 

RHAGADAS,  s.  f.  (do  Gr.  rhogas  ,  ados  , 
fenda.  racLa,  de  rhégnuô,  romper),  (t.  med.), 
gretas  qne  se  abrem  nas  pabiias  das  mães, 
B8S  solas  dos  pés,  dos  atacados  de  sy- 
phibs. 

RHAMNO,  s  m.  (Lat.  rhamnvs ,  do  Gr. 
rhcmrtos),  espinheiro,  planta. 

RIJAM^(^^T£,  (gengr.)  Rhorrnvs,  cidade 
4Í'Atiica,  sibreoaar,  ceUbre  por  um  len.- 


plo  de   Amphiarao,  e  por  uma  estatua   de 
;\émesis. 

RHAMPsiNiT ,  (hist.)  chamado  tarabem 
Ramsés,  rei  do  Egypto,  reinava  depois  da 
guerra  de  Tróia,  e  vivia  no  XII  século  an- 
tes de  Jesu-Christo  Possuia  immensos  the- 
souros,  e  construiu  um  templo  de  Fia  em 
Meraphis. 

RflAPSODES,  (hist )  Eram  assim  cbama- 
dos  na  Grécia  aquelles,  que  fasiam  proíis- 
são  de  recitar  em  publico  trechos  dos  poe- 
tas antigos  principalmente  dMlomero. 

RHAPSODiA,  s.  f.  (íat.  doGr.,  de  r/iapí<1, 
coser,  ajuntar,  e  aeidò,  cantar),  composi- 
ções poéticas  soltas,  maus  versos,  má  pro- 
sa. 

RHEA  sYLViA  OU  ÍLIA,  (hist )  filha  doNu- 
mitor,  fez  se  vestal  por  ordem  d'Amulio  ; 
mas  quebrou  os  votos  e  deu  á  luz  ilomulo 
e  Remo,  que  tivera  do  Deus  Marte.  Foi 
enterrada  viva  em  castigo  dos  seus  crimes. 

RHÉA,  (myth.)  mulher  de  Saturno  e  mãi 
de  Júpiter,  Neptuno,  í'lutão,  Vesta  e  Ce- 
res, ('ada  vez  que  dava  á  luz  um  filho  da- 
va a  seu  marido  uma  pedra  para  elle  devorar, 
em  lugar  do  recem-ní^scido,  porque  aquelle 
deus  sabendo  que  um  de  seus  filhos  havia  de 
destronai-o  tinha  resolvido  exterminar  todos. 
Huando  Júpiter  expulsou  S.^iturno  dos  céus, 
íthea  seguiu  seu  marido  a  Itália  eajudou-o 
a  fazer  ilorescer  a  agricultura  e  os  bons 
costumes,  e  d'ahi  veiu  o  nome  de  Scculo 
de  Rhea,  dado  á  idade  d'ouro. 

RHEiNA-woi.BECK,  (geogr.)  seuhorio  d'Alle- 
manha,  parte  na  provincia  prussiana  de 
Westphalia,  e  outra  parte  no  governo  ha- 
noveriano  d'03nab"uck  ;  iO,Ot)0  habitan- 
tes. 

rhrinau,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  so- 
bre o  Rheno  entre  Schaffouse    e  Eglisau. 

RHEiSBERG  OU  RUiNFERG,  (í2;eogr.)  cidado 
dos  Estados  prussianos.  a  9  léguas  ao  ISO. 
de  Dusseldorf,  H,00(>  híibitanles. 

RHEINFELDEN  OU  RHiNLELD,  (geogr  )  cida- 
de da  Suissa,  a  7  léguas  ao  NO.  d'Aarau  ; 
1,500  habitantes. 

RnEiNGAU,  (g.^íogr.)  território  do  ducado 
de  rsassau  ao  S.  sobre  a  direita  do  Rhe- 
no 

rheinthal  ou  valle  do  rheno,  (geogr.) 
valle  da  Snissa,  que  se  extende  pela  mar- 
gem Occidental  do  Rheno  é  limitado  ao  O. 
pelo  cantão  d'Apenzell. 

rhemetalces   j,  (hist.)   rei   da    Thracia, 
tio  e  surcessorde  l^hfscnporis  II.  Auxiliou 
os  Romanos  na  sua  guerra  contra  os  Dál- 
matas,   e   as   nações  panonias    revoítadas.^ 
Acorreu  no  anno  . O  depois  de  Jesu-f  hrisloJ 

RHtMÍTAi.cÉs  II,  (hist.)  lei  da  Thracia, 
sucíesííT  de  Rhescujoris  I.I. 

RI1ENA^A  (piovincia],    (geogr.)   piròvincia 


BIT 

dos  Estidos  prassianos,  na  região  «o  O.  fio 
Wnser,  ó  situadn  enirea  Westplialia  no  NE.  i 
os  (luoaílos  (IWles^fi  e  do  Na^sau  «o  E.  a  i 
Baviora  rhonana  ao  SK.  a  França  ao  S  a  ! 
B«l:4n;a  *o  (i.  ea  HoUinfía  a-j  N  2,5'<íO,<^50  | 
habil?ioi<»5.  t'«pif»l  r.vhmi». 

HHENANU«i,  (hist  )  philologo  alloitíão^  nas- 
ceu tMii  U85,  morreu  eia  \bM.  t>^lou  : 
Illyricí  liesrripli»  i 

HHENO,  (geogr.)  Hheirns,  th)  »r!Í;tWír.  san 
dos  AptMíinf.s,  a  1  légua  ^o  8.  â>^  S    ^nr~  \ 
rellitio,  junta-se  ao  Po  di  Primam^  p*rlo 
de  Ferrara. 

RiiE.No.  (geogr  )  Rhenug  em  l»ti:Ti,  Rhêin 
em  ílletnãcí,  grahde  rio  d'AlIemanh'»,  íor- 
ma  lo  na  Suissrt  por  tros  braços,  sae  do 
m  m^e  S.  Gothardo,  corre  ao  N  ató  ao  la- 
go t}*>  Constança  e  perde-se  no  mar,  o  sen 
cuisi»  é  df!    yíâ   léguas,   5i2   são  narega- 

rtRi:so  (eircuk)  d')) ,  'geogr.)  chamado 
ttinibcni  Baviera  Rhenana,  o  único  dos  8 
ciroii^»>s'  lia  Baviera,  quy  íicn  ao  O.  do 
RhfM.i ;  Um  par  liriiite*,  aoS.  a  Praça,  ao 
N  a  Prússia  rbenana  e  Hesse,  ao  a  O.  Prús- 
sia rhenana,  e  ao  E  o  gran -ducado  de 
Bad>v,  í)4H,0(X)  habitantes.  Capital  Spifâ. 

RHiiNO  (circak)  do  Baixo-)  (gfogr.)  ura 
doí  dez  riniulos  do  anligo  infjperio  d'A}fe- 
manha,  á  esquerda  do  Rheno  ao  SE  do  cir- 
culo de  Westphaha,  ao  S.  o  de  ÍJanca  Sa- 
xonia,  ao  N?>.  o  de  Franconia  Forma  ho- 
je a  m  (iíjr  parte  do  H»^sse  eléctofal  e  do 
Hesse-- \irmsladt. 

RHEKo,  (departamento  do  Alio-)  (g^ogr  ) 
departaraenlo  da  França,  entre  os  do  ftfii- 
xo  Rhéno  ao  N.  do  Alto  Saona  e  dos  Vos-; 
ges  ao  O.  do  Doub  ao  S.  e  o  grande  du- 
cado de  ílade  ao  K.  447, OIU  habitantes. 
Capital  Colmar 

RHENO  (departamento  do  Baixo  )  (geogr  ) 
um  dos  departamentos  da  França,  limita- 
do fio  S.  pelo  ao  Alio-Rhnno,  ao  O  p  los 
de  MMSiíHa.  de  Metirlhe  e  .'n  Vosges,  e  a 
E.  f)ei.>  AUematiha ;  ..00,859  habitantes. 
Capiííil  >trasbur'go. 

RHENO  (nroYimiia  do),  (geogr )  Niêder^ 
Bhti'i  a  parto  meridional  do  grán  ducado 
prussiano  do  &aixo  Rheno,  entre  as  pro* 
TÍnc!as  de  Clevps^  erg  ao  iN.  e  de  West- 
phalia  at)  NK;  e  ducado  de  Nassau  e  a  Ba- 
vÍK:ra  llíhpnana  ao  B.  a  França  ao  S.  a 
Bclgica  e  o  grati-ducado  d©  t.uxptfibnrgò  a 
O.  8)0, 000  habitantes.  Capital  4ix  la-Gha- 
pelle 

KiiHNociROTE.  V.  UkinoceroH. 

RH.-çscupoRis  I,  (hist.)  rei  da  Thracia,  íio 
I  seMilo  antes  de  Jesu-Christo,  sefviu  al- 
ternativemente.  Pompêo  e  B^^uto  nas  gner- 
ras  ( ivis. 

KHKSCíJPdats  if,  (hist )  61bo  de  Cot^  IV^ 


M5 

reinou  desde  o  anno  6  até  ao  anno  7  an- 
te-í  de  Jesu-rhrisl  > ;  morreu  e?n  nma  ba- 
talha contra  os  Be.*;?;*»». 

RHíso,  (mylh  )  H^i  ,h  'flirací/».  filho  do 
ri6  J^irynmn.  veio  em  soroífrci  d»j  Troiano 
uhiiíio  atino  do  cercu.  \  cidade  devia  ser 
salva  se  os  cafaUo»  de  Rh!>9fv  bfrbessem  a 
agua  do  Xanlho,  mas  Rh^íso  In  morto  na 
nouttt  em  quB  chegni  por  Diomedes,  em 
quanto    Ulysses  lhe  roubava  os  ravallos. 

IIH2TIA,  (g«"gr.)  HhcBtia^  hoj«  paiz  dos 
Grisões,  e  parle  da  VaUelma,  da  Tyrol  e 
da  fiãviera,  província  da  ♦i/'lli»  cisalpina, 
entre  a  Helvécia  «o  O.  a  Soritía  ao  E.  era 
limitada  ao  N.  pelo  banubio 

RRETORíCA,  #.  f  (Lat  doOr.  rhetoriké- 
r»f\.  rheô,  filiar,  e  tekh>iéi  arl»)y  a  arte  de 
fallar  cora  eloquência  para  persuadir  os 
ouvintes. 

RHETORicvME.NTS,  adv  (/tnente  saff.),  se- 
gundo »s  regras  da  rhetori -a. 

hhetoricar,  o.  n  (lat.  rketorlcor,  ari), 
fallar,  discorrer  eotn  concerto  íhetorico. 

RHETORico,  A,  ãdj .  (Lat.  rhetortcu^),  con- 
cernente á  rhetorica  ;  r  §.  Um  — ,  peri- 
to, versado    na  rhetorica. 

RHSUBARBARO.     V.    Ruihúrbo 

bheubarbo  ou  rhuibarbo,  .t  m  (Líti  rha, 
barbar!f<í,  que  signiíica  raiz  estrangeira), 
plaiita  e  raia  purgaiiva    V    Ruibarbo. 

RHsu»A,  s  f.  (L«t  í  do  tir.  rheô,  cor- 
rer, mamar),  (tjmed),  deôuião. 

RHKi)3iATíS!iiAL,  «'(/'.  do§  3  (/.  (dps  adj . 
a/),  (t.  med),  pertencente .10  rheamatismo; 
V.  g.  Dore^  rheumatismafs. 

RHEUMATICO,  A,  adj.  iLat.  rke^im^^ticus), 
(t.  med  ),  atacado  d'i  rheumatis  00,  causa- 
do pelo  rheumatismo  ;  c.  g.  D.oença  — . 
Dores  — s. 

rheumatismo,  s.  m  [\M.  rheii  r ali^mus). 
(t.  med  ),  doença  dolorosa  qu;  a  laca  as 
grandes  articulados**. 

rhígas,  (hist  )  uu  d  ys  a  ornjíores  ds 
insurreição  grpga  nísceu  em  Valestina  Tor- 
nou em  Vienna  um»  sociedade  st^creta,  cu- 
jas ramificações  Se  exteiiditim  muito  longe, 
mas  foi  sacriílcado  á  Turquia  pela  Áustria  ; 
foi  afogido  tio  l)»nubio  em  1798, 

BHíMA.  V.  Rima. 

RHí-^GRAVSs,  (hist  )  (ist<)  ó,  cotutes  do 
fíhene,  Rheni  comités)  titulo  que  de«de  o 
VIII,  século  usavam  certas  famillias  de  con- 
des, cujos  domínios  ficava m  iMs  utargens 
do  Hheno,  no  circulo  do  Alto  Rheno.  Ti- 
nham assento  nas  dietas  ilo  império,  e  to- 
mavam o  titulo  de  marechaes  hereditários 
do  Palatinado. 

RilmocÈRnifTe  «n  rkinochhos,  s  m.,  e 
RHiNOCERoTÊ,  s  m.  (Lat  '^hinoeeros  oníis, 
do  Or.  rhin,  nariz,  e  keras^  corno),  ganta, 
atiádrupede  á»  grandf  za  de  vm  touro,  oom 
^  111  * 


444 

focinho  semelhante  ao  javali,  lera  um  cor- 
no que  sahe  do  nariz. 

BíiiNOCOLURA,  (geogr.)  cidade  marítima, 
nas  fronteiras  da  Syria  e  do  i-gypto,  mas 
pertencente  a  este  ultimo  paiz  ;  era  um  lo- 
gar  d'exilio. 

RHisoPHAGOs.    V.  Rinofhagos. 

RHiTMA.  V.   Rima. 

RHiTMO,  RHiTMico.  V.  Rhythmo,  etc. 

RHODANO,  (geogr.)  Rhodanus,  rio  daSuissa 
e  da  França,  nasce  na  Suissa,  entre  os 
montes  Furca  eGrinsel,  corre  ao  O.  até  ao 
lago  Leman,  depois,  entrando  em  França, 
corre  ao  SO.  elança-seno  Mediterrâneo  por 
muitas  boccas. 

rhodaNo  (departamento  de),  (geogr.)  situa- 
do entre  os  departamentos  de  Saona-e-Loi- 
re  ao  íi.  de  loireaoS,  e  O.  <risèrea  K.  ; 
/|80,024  habitantes  Capital  Lyon. 

RHODE-isLAN,  (geogr.)  um  dos  Estados  Uni- 
dos da  America  do  Norte,  entre  o  Massa- 
chussets  ao  SE.  o  Connecticut  aO.  o  Atlân- 
tico ao  S,4i0,000  habitantes.  Capitães  l'ro- 
videncia  e   New-Port. 

RHODES,  (geogr.)  em  grego  Rhodos,  ilha 
do  Mediterrâneo,  na  costa  O.  da  Ásia  .Vie- 
nor;  30,000  habitantes.  Capital  Rhodes. 

RHODES,  (geogr.)  capital  da  ilha  deste  no- 
mer  na  costa  ao  NE.   6,000  habitantes. 

RiiODES  (colosso  de),  (hist.)  enorme  estatua 
de  bronze  maciço,  que  se  via  á  entrada 
do  porto  de  Rhodes  e  que  representava  Apol- 
lo  ou  o  scl.  Tinha  83  metros  d'aliura.  Foi 
derrubada  por  um  tremor  de  terra  no  íim 
de  5tí  annos  ;  era  obra  de  Charés  de  Lin- 
de ou  de  Laches. 

RiiODES  EXTERIORES,  (gBOgr.)  Aussevrho- 
dcn,  pequena  republica  da  Suissa,  occupa 
as  parles  íN.  e  O.  do  cantão  d'Apenzell  ; 
45,0-0  habitantes.  Capital  Trogen. 

RHODEZ  ou  RODEZ,  (geogr.)  ^e^odwnwm ou 
Civitas  Ruienorum,  cidade  de  França,  a  5 
léguas  ao  ^E.  d'Alby  ;  9.080   habitantes. 

RHODOGUNK,  (hist.)  filha  de  Milhridntes, 
rei  d<  s  Parlhus,  foicazada  no  anno  140  an- 
tes de  J»^suChristo  com  Demétrio  Nicator, 
rei  daSyria,  prisioneiro  dos  Parthos,  o  qual 
já  era  ca.sado  com  Cleópatra,  filha  de  Pto- 
lomeu Philometor.  Este  casaraenío  excitou  o 
ciúme  de  Cleópatra  e  deu  origem  a  grandes 
males. 

RHODOPO,  (geogr  )  Despoíodagh,  cordilhei- 
ra de  montanhas  da  ihríicia,  deslaca-se  do 
Bemus  e  corre  ao  SU    até  ao  mar. 

RHODoiA,  (geogr.)  provincia  da  diocese 
da  Thracia,  no  lempo  do  império ;  linha 
por  capital  Abdera. 

RFioDopA,  (hist.)  cortezã,  natural  de  Thra- 
cia, vivia  nos  tempos  d'Esopo  e  foi  escra- 
va com  elle.  Charase  de  Lesbos  coroprou-a 
0  lel-a  sua  amante.  Estabeleceu-se  em  Meu^ 


RÍB 

ctatis  no  Egypto  onde  ganhou  tanto  dinhei- 
ro que  fez   construir  uma  pyramide. 

RHOEN  (montes  de)  ,  (geogr.)  fíhoBuge' 
birge,  cordilheira  do  montes,  que  se  enten- 
de pela  provincia  ba vara  do  Alto  Mono,  por 
Hesse  t  assei  e  pelo  ducado  de  Saxe-Mei- 
ningen. 

RHOBBO ,  s.  m.  (Lai.  rhombus ,  do  Gr. 
rhombos.)  (geom  )  figura  de  quatro  lado» 
iguaes  e  parallelos,  que  tem  dois  angulo» 
agudos  e  dois  obtusos,  figura  de  lisonja. 

RHOMBOiDE,  adj .  dos  2  g.  [rhombOs  des. 
do  Gr.  eidos,  forma,  figura  )  da  figura  de 
rhombo,  de  lisonja. 

rhonaszek,  (geogr.)  cidade  de  Hungria, 
a  t  léguas  a  E.  de  Szigeth. 

RHTNDACO  OU  LYco,  (googr.)  pequeuo  rio 
da  Ásia  Menor,  nasce  perto  de  Miletopolís 
na  pequena  Hysia,  e  lança-se  no  Propon- 
lido. 

RHTTHMíCA  ,  s.  f.  (su  3st  da  de»,  f.  de 
rhythmico.)  arte  dos  rhytmos. 

RHYTHMíco,  A,  adj.  (Lat.  rhythmicui  f 
pertencente,  relativo  ao  rhythrao. 

RQTTHMo,  s.  m.  (Lat.  rhythmni,  do  Gr. 
rhúo,  correr  fluido.)  metro,  numero,  har- 
monia dos  versos  e  da  prosa. 

RIA,  s.  f.  (do  Lat.  rivHS,  regato,  rio.) 
embocadura  de  rio. 

RiACHÃo,  (geogr.)  Nova  vilia  da  provincia 
do  Maranhão  no  Brazil  aoSO.ena  comar- 
ca de  iastos-Bons. 

RiACHiNHO,  (geogr.)  serra  da  provincia 
da  Bahia  no  Brazil. 

RIACHO  ,  s.  m.  diminuí,  de  rio,  regato 

RiAzAif  ou  RuiZAN,  fgeogr.)  antigamen- 
te Pereiaslavl  Riaixanskui,  cidade  da  Rús- 
sia europea  capital  do  governo  de  Riazan, 
a  47  léguas  ao  SE.  deMoscow;  8.000  ha- 
bitantes. O  governo  de  Riazan,  entre  os  de 
Vladimir  ao  ii.  Tambov  a  E  e  aoS.  Mos- 
cou e  Toula  a  0.  conta  1, 300,00 J  habi- 
tantes. 

RIBA  ,  s.  f  (Lat.  ripa,  de  tivus,  rio,  e 
Gr.  apo,  sobre,  em  cima.)  ribeira,  outeiri- 
nho  píoximo  á  margem  de  rio,  ribanceira, 
margem,  outeirinho.  Esteiro  profundo  e  com 
— s  tão  altas,  que  ficava  em  partes  a  terra 
sobre  a  agua  perto  de  duas  lanças.  Barro», 
í)ec.  2,  9,  7.  — mar,  margem  do  mar.  — 
Tejo,  bordas  do  Tejo.  Lugares  de  — mar, 
do  — 'iejo.  De  — ,  (ioc.  adv.)  de  cima,  do 
alto  para  baixo.  A — ,  a  cima;  para  cima. 

RiBA,  (geogr.)  denominação  dada  a  mui- 
tas terras  do  reino  de  Portugal  que  geral- 
mente estão  situadas  na  margem  de  rio  ou 
do  mar,  para  riba  ou  cima,  em  relação  ao 
lugar  donde  se  falia,  c.  g.  ribatejo,  riba- 
mar; ás  ribas  do  Tejo  acima,  em  Lisboa  se 
chama  ordinariamente  borda  d'agua.  h'ahi 
procede:  —  d' Ancora,   aldeia  do  concelho 


RIB 


RIB 


445 


de  Monção,  550  habitantes.  —  de  Mouro, 
povoação  do  concelho  de  Valladares,  distri- 
triclo  deYianna,  1,860;  outra  freguezia  do 
mesmo  nome  edo  mesmo  concelbo  ;  1,900 
habitantes.  —  Tua  ou  S.  Mamede,  vill«  si- 
tuada a  5  léguas  a  E.  de  Yilla-Ueal,  com  igual 
numero  de  habitantes.  — d'Ul,  povoação  do 
concelho  de  Oliveira  d'Azemeis,  6  léguas  ao 
S.  do  Porto,  1,Í30  habitantes,  e  outras  mais 
de  diminuta  importância. 

BiBADA.  V,  Riba,  Alcantilada. 

RiBADBNRiRA,  (hist.)  jesuita  hispaubol,  aas- 
(cu  em  1527,  morreu  em  1611,  foi  dos  pri- 
meiros companheiros  de  Sancto  Ignacio.  É 
autur  do  Fios  Sanctorum. 

RiBADiLDA.  Y.  RabadUha. 

RiBALDAEiA ,  s.  f.  (dcs.  aHa  )  acção  de 
ribaldo. 

RiBALDEiRA,  (gcogr.)  concelho  da  Estrema- 
dura, am  Portugal,  contiguo  ao  de  Torres- 
Vedras,  7  léguas  ao  N.  de  Lisboa,  3,030  ha- 
bitantes. 

EiBALDKRiA  e  RiBALDU.  V.   Riòaldaria 

RiBALDio,  adj.  m.  Figo — ,  bravio,  de  sa- 
bor áspero. 

RIBALDO,  s.  m.  (do  Fr.  ribaud,  deriv.  do 
B.  Lat.  ribaldus,  de  ripalis,  mariola  que 
trabalha  na  borda  d'agua  ;  e  (fig  )  homem 
grosseiro  e  dissoluto.)  homem  máu ,  ve- 
lhaco. 

RiBA-MAR.  V.  Riba. 

RiBANÇA.  V    Ribanceira. 

RIBANCEIRA,  *.  f.  {ribança,  áeê  eira,  que 
decota  extensão,  prolongação.)  riba  de  rio 
talhada  a  pique,  riba  alcantilada. 

ribar,  V.  a.  (nnt.)  V.  Derribar. 

ribaRgorce,  (geogr  )  paiz  d'Aragão,  nos 
confins  da  Catallunha,  extende-se  desde  os 
Pyrineos  ató  ao  Ebro,  e  encerra  muitas  vil- 
las,  mas  é  mal  povoado.  Lugsr  principal 
Benaverre. 

ribas,  adv.  (ant.)  acima.  «  Estas  terras — s 
escriptas. »  Elucidário. 

RiBK  ou  RiPEN,  (geogr.)  cidade  de  Dina- 
tnarca,  capital  de  dioceze,  a  25  léguas  ao 
.^0    de  Sleswig ;  2,000  habitantes. 

RiBBAUTiLLE,  (gcogr.)  Rappoltsw€Íler  em 
allemão,  cidade  de  França,  a  3  léguas  ao 
N.  de  Colmar  ;  7,170  habitantes. 

RIBECOURT,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3 
léguas  ao  NE.  de  Compiegne;  550  habi- 
tantes. 

RIBEIRA,  s.  f.  (do  Fr.  rivière,  Cast.  ribe- 
ra,  do  Lat.  riparius.)  pequeno  rio.  ribei- 
ro. «  — s  que  levam  muita  agua.  »  Barros. 
—  ,  terra  lavada  de  inverno  pela  agua  do 
rio.  — ,  margem  do  rio  ou  do  mar.  borda  da 
agua.  «  Do  Rheno  as  húmidas  —s.  »  Ga- 
Ihegos  — ,  (fig.)  mercado  do  peixe;  arse- 
nal naval.  A—  das  naus  Carpinteiro  da — . 
Terras — s  (adjectivado),  margmaes  do  rio. 
Vtf>t..   fv. 


RIBEIRA  (S.  João  da),  (geogr.)  povoação 
de  Portugal,  vizinha  de  Santarém  a  14  lé- 
guas de  Lisboa,  1,500  habitantes.  lia  outra 
da  mesma  invocação  próxima  da  Ponte  do 
Lima,  1,230  habitantes  —  d'Alhariz,  no 
concelho  de  Chaves,  1,050  habitantes,  — de 
Canha,  no  de  Benavente,    550  habitantes. 

—  de  Frades,  no  de  Coimbra,  600  habitan- 
tes. —  de  Fraguai,  no  de  Pinheiro  da  Bem- 
posta, 700  habitantes.  —  deLitem,  a31e- 
guas de  Leiria,  1,300  habitantes.  —  de  !\iza. 
a  2  léguas  de  Portalegre,   900  habitantes. 

—  de  Pena,  po/oação  de  2,700  habitantes 
jiinto  a  Chaves,  no  districto  de  Bragança, — 
de  Soaz,  outra  do  concelho  de  Guimarães, 
3,000  habitantes 

RIBEIRA  GRANDE,  (geogr.)  villa  Capital  da 
ilha  de  Santo  Antão;  4,527  habitantes  pou- 
co mais  ou  menos. 

RIBEIRA  DA  jANELi.A,  (gcogr.)  aldeia  da 
Ilha  da  Mad^'ira  com  uma  freguezia,  que 
conta  989  habitantes  pouco  mais  ou  menos. 

RIBEIRA  DO  SALTO  (geogr.)  povoação  da 
Ilha  de  Santiago,  sita  na  freguezia  de  S. 
Miguel ;  680  habitantes. 

RIBEIRA  DE  s.  MIGUEL,  (geogr.)  povoação 
da  ilha  de  Santiago;  1,400  habitantes. 

RIBEIRA  SECCA,  (geogr.)  aldeia  considerá- 
vel da  illia  de  S.  Jorge,  situada  em  ter- 
reno alguma  cousa  elevado  mas  muito  apra- 
sivel. 

RiBEiRADA  .  *.  f  {ribeiro ,  des.  s.  ada 
que  denota  prolongação)  (p.  us.)  corrente, 
arroio  «  Saiu  da  ferida  uma  —  de  sangue,  » 
loc.  ant. 

RIBEIRÃO,  s    m.  augment.  de  ribeiro. 

RIBEIRÃO     ou    I APA-DO-RIBEIRÃO,     (g^Ogr.) 

nova  villa  e  antiga  freguezia  da  ilha  de 
Santa-Catharina,  no  fundo  d'uma  enseada, 
2  léguas  ao  sul  da  cidade  do  Desterro. 

RIBEIRINHA,  s.  f.  dminwí.  dc  ribeira,  re- 
gato,  riacho. 

RIBEIRINHO,*,  m  ÉÍmiiiMí  de  ribeiro,  pe- 
queno ribeiro. — ,  moço  de  ganhar  que  faz 
carretos  em  cavalgaduras,  ou  que  serve  na 
ribeira  do  peixe  com  ceira. 

RIBEIRINHO,  A.  adj.  que  anda  ou  vive  nas 
ribeiras;  que  mora  na  borda  d'agua.  Gente 

RIBEIRO,  s.  m  (do  Lat.  rivus,  ou  antes 
riparius,  vizinho  ao  rio.)  pequena  corrente 
de  agua  que  brota  de  nascente. 

RIBEIRO  (Bernardim),  (hist.)  poeta  portu- 
guez.  Era  moço  fidalgo  dcl-rei  D.  Manoel, 
em  cuja  casa  serviu,  e  natural  da  villa  do 
Torrão  no  Alentejo.  Apaixonou-se  pela  in- 
fanta [),  Beatriz,  e  este  amor  lhe  inspirou 
muitas  poesias,  repassaflas  da  saudade,  que 
o  devorava.  Diz-se  que  fora  a  Turim,  ealli 
se  apre.senfara  á  infanta  disfnrçfido  era  men- 
digo ;    tendo-lhe  ella    porem    extranhado  a 

1-1 


m 


REÇ 


temerjid^de,  Berna  rdirp  fjil^eiro  vqUou  ao 
reino,  aonde,  segUiídp  algurj?,  foi  naorto  de 
um  tiro.  Kscreyeii :  flistoria  da  meninq,  p 
moça  em  que  pinta  engenhosaroenle  osct|iSr 
tujtjoes  da  corte  de  0.  Manoííl,  e  «  sua  jr^r 
feliz  paiíão,  o  varias  Eclogq^. 

RIBEIRO  (João  Ptuiro:,  (Iiisi  j  distincto  es- 
criptor  porluguez  do  ulliijiip  çecqlo.  Foi 
desembargaí^or,  lente  de  jiiri3prt|d,epcia  da 
universidade  de  (Coimbra  pom  ^xerc|ciQ  i)a 
cadeira  da  diploffiatica  erp  i^isboa,  e  incan- 
çavel  em  j^verigiiiar  as  verdades  |iisloric«8 
de  Poptííg^i  f.ra  ^f)ol)  .da  ,^cr\i\  íípja  .das 
sciencias  p  ujo  do*  qotí  m<iis  jlluslruu  as 
su^s  ^íçmorias  Publijjoii :  pis^^ria^òts  chro 
nolifjicas  e  criticas  sobre  a  liislorf^  e  ja- 
r^sprudQ)}ciq  pivil  ç.  pççlesiqUiça,  fiq  pprfii- 
gal,  pfjippaçQç^  pc^rq  serpy-em  dfi  m^fnQr 
rias    ao    systkcmu    de   diplgí]if^t'^çq  iiQfíu- 

píUEMpTST»  (geogf.)  ("iJade  de  ^r§nça,  a 3 
legií^s  e  })«i  qufirio  op  SÍ^.  ,de  .>.   Quiírti- , 
np  ;  %.'4Íih  habitantes. 

RiBER^G,  íg';ogr.)  cidade  de  França,  a  8 
léguas  .-ío  NO.  da  Perigueuv  ;  3,770  habi- 
tantes. 

RíBETE  ,  í.  m.  (Cast.)  fila  de  açairdar  e 
guarnecer. 

RiBiERS,  (gtíogr  )  cidade  de  França,  a  10 
léguas  ao  SÒ.  de    Gap;    i,4flO   habitantes. 

RIBOMBAR,  V.  a.  ou  n.  (voz  iínit.  e  Uai.) 
retumb-ir.  V.  Rebortibar. 

RIBOMBO.  V.  Itebombo. 

ríbolttií;,  íhist  )  aiitordramatícp  fr<;  nc-z, 
nasceu  em  17/0,  raornMi  em  18  4.  Com- 
poz  aigiimíis  corai  dias,  entre  ella? ;  Á  reu- 
nião de  famiUia  ;  o  Miiiislro  imjlez  ,  q  Es- 
peculador. 

RiBRAKQuio,  adj.  ífí.  {(]e  rubro,  o  branco  ) 
Figo — ,  que  é  verpaelho  por  dentro  e  es- 
branquiç'ido  por  fprAr 

RICAÇO,  A,  adj.  augmenl.  de  ripQ,  pauito 
rico.  Lsa-se  subst.  Um  —  ,  homeífl  nr^uito 
rico. 

R1CAPQN4,  f.  f.  [riçq^  e  io^-a,  senhpra.) 
(ant.)  mulher  (vii^y^  pu  Ulha]  siíCQe^sQra  de 
rico  homem, 

RiC4MgP([|g,  adn.  (íTjeíiíe  suff.)  com  riquoT 
za,  custosamente,  v.  g,  —  vestido.  — ,  com 
abundância,  abundantemente,  pm  ppi^Iep- 
cia.  Viver-  .  liicamfnte,  flí^^ito betR,  }^ul- 
lamente 

aiCAN^o,  A,  adj.  (p.  ^s.j  rico  avqrento 

RiÇADO,  A,  p.  p.  à»  lúçar;  adj.  encres- 
pado Cabe|lo  — .  (O  — ,  subst  ,  p  ç^bello 
riçado. 

P-içAR,  V.  o.  (do  Ff.  /i^risser)  encrespar, 
V.  g  — ocabello. 

RiCARDi,  (gHOgr.)  pequeno  rio  d'Italia,  no 
território  do  Bolonha. 

RICARDO  (s.),  ibist.)  bispo  de  Çhiohester 


ate 

em  ínglat^fra,   morreu  em  Í.253.    ^  cora- 
memorado  a  4  d'íibril. 

RiCAÇDo  I,  (hist.)  CQmçflo  de  Leão,  rei 
d'lnglaterra,  lilhp  9  successpr  de  Henrique 
|1,  nasceu  em  J 157  perturbou  a  velj^ite  de 
Sf{}^  pai,  tomando  por  três  vezes  arn]as-|con- 
tra  eile.  Acclaip^dp  reiera  í  189  fez -se  cru- 
zado ;  apoJerou-^í^  da  iUia  de  Chypr.e.  de- 
pois 4q  Ptolpmai^.  Desavindo-se  corp  ['hilip- 
pe  Augusto  de  França,  ficou  só  ngi  Talisii' 
na,^  onde  fez  a6s«$sinar  2,500  capijvos.  a1- 
caqçou  pífja  brilh*|nte  yicioria  em  A§or  con- 
tra 100,000  Musuirpanos,  todavia  não  se 
atrevei^  f]  atacar  Jerusalém  Pjolo  itiu  orgu- 
lho creou  muitos  ipifuigu;? ;  depois  de  bri- 
Ihanlesi  feitos  d'arm,a^  Í4.we  de  letirarrse  sem 
poder  rjeponqpi^tar  «a  Palestina.  Casando 
pelns  Estados  do  duque  d'Austria,  a  quem 
tiiíha  w.ltnjado  íiQ  cercQ  di»  S.  João  d'Acre 
foi  prrso  por  sua  pftlpíp  e  só  recoperou  a 
hbardads^  no  fim  de  um  ;inuo,  iped^nnte  a 
somma  dti  250, OM)  marcos  de  praii.  Vol- 
tando ^  lng'aierra  leye  du  anniquillar  a  re- 
volta de  João,  seu  irmão,  que  p  qupria  sup- 
plantar  em  Inglaterra.  Fez  gu*MTa  a  Phi- 
iippe  Augusto  ;  balteu-o  em  Freteval  depois 
reconciliou-se  cori^  elle  e  viveu  alguns  aa- 
nos  em  paz  Foi  ojorlo  por  um  tiro  de  fre- 
';ha  defrpnle  de  Chalus,  a  que  tinha  posto 
cerco,  no  anno  1199. 

RICARDO  II,  (hist.)  rei  d  inglat^irra.  filho 
do  celebre  prin.-ípp  I!^egro.  pasci^ucq^  13 '6, 
e  §iib|u  l»o  trnrj^iji  t^  lo77.Foi  ^ífl p.ijr.i- 
p3  f.'aca,  d  ■S0í4i'ia4^í  ^  predigo,  j^jii  m;;ito 
por  ordem  de  seu  prifpo,  o  duque  4^^®" 
reford.  qui)  ihe  usurpou  o  Iroiio. 

RiGARDO  iií,  (hist  )  rei  d'ínglaterra,  pas- 
c  u  em  1452,  em  o  quarto  filho  do  duque 
d'Ynrck,  Ricardo,  o  foi  por  omito  tempo 
cpnhecido  pelo  nome  de  duque  de  G[oi:es- 
ter.  Irmão  de  Kduardo  IV,  o  primeiro  prin- 
c.ipj3  (la  casa  dTorck  que  subip  ao  trono 
d'Iuglaterra,  sustentou-o  fjipp  fodo  q  seu 
pptjlir  contra  os  partidariosde  llenriqi4e  Iv » 
e  de  pqmbinação  cpqa  pm  de  seus  irpiãos 
assassinou  depois  da  batalha  de  Tev^r- 
kí-sburg  p  joven  tilho  do  rei  ver}p|dp.  Fez- 
sp  npxpear  rçgínlç  pu  protectpr  etn  |4S'>, 
em  nome  d'|:^duardo  seu  sobrjpho,  e  por 
y]íí\&  serie  d'atrocidíídes  e  de  crimes  JSjppde- 
nniT^e  do  trono  depois  de  ter  feito  nqprrer 
na  Torre  de  Londres  o  joven  rei  o  seu  ir- 
mão. Não  gozou  por  muito  tempo  o  frpcto 
das  suas  atrocidades,  já  estava  por  todos 
abandonado,  quando  foi  atacado,  vencido  e 
morto  em  Bosworth  por  tlenrique  di)  Uiche- 
mond. 

RICARDO  [  (ou  sem  medo],  (hist  )  duquQ 
de  xNormandia  (19*3-996),  filho  de  (iuilier- 
'me  Longa  Espada,  tioha  10  annoí»  quan- 
do morreu  seu  pai ;  Mhiu  OQ  poder  d^  (.uiz 


RIC 


RIC 


447 


«rAlem-mar,  pode  escapar-lhe,  foi  colloca- 
do  no  seu  du'íado  por  llaralli  e  concor- 
reu para  a  ellevsçâo  de  Hugo  Capeto  ao 
trono. 

RiGAíino  II  (ou  o  Bora],  (hist.)  duque  de 
Normandia  (5'96-1027)  íilho  do  precedente  ao 
qu'il  succcdeu  sustentou  diversas  guerras  in- 
icrioros  e  exteriores,  de  que  se  sahiu  bem 
com  o  soccorro  dos  r»' is  do  Norte,  Lflgman 
o  Olof  foi  ai  liado  dos  reis  de  França,  Ilo- 
berio  II,  e  teve  por  successor  seu  filho  pri- 
mf^genilo  Ricardo  lil,  o  qual  reinou  pouco 
tempo,  porque  foi  envenenado  por  seu  ir- 
mão Uoberto. 

kíCardo  I,  (hist.)  conded'Averse  em  ^059, 
ífopois  príncipe  de  Capua  ;  morreu  em 
lOOH,  no  momento  em  que  ia  submetter 
Napol»'S. 

niCARDO  Tl,  (hist.)  priíicipe  de  Capua  des- 
de lliíll,  morreu  em  i  105  era  filho  deJor- 
dà;>  I. 

RICARDO    DE    CORNOJíAlLLES,  (hist  )    filho  de 

J('ão  sem  Terra,  rei  d'lnglaterra,    comprou 
(»s  votos  de  4  eleitores  e  foi  proclamado  rei 
d*A!lemanha  em  1257,  em  quanto  que  ou 
tros  tres  eleitores  nomeavam    AfTon^o  o  sá- 
bio   lo  ('astollrt.  Morreu  em  1272. 

p!Cardo  de  cirenckster,  (hist.)  benedi- 
ctin  »  inglez,  morreu  em  1  lOl  E  autor  de 
uma  obra  sobre  o  antigo  estado  da  Gran- 
RreMnha. 

íucardo,  (hiàt.)  dominicano  franrez,  nas- 
ceu om  1711,  morreu  em  179  i.  A  sua  prín- 
cipe! obra  é  o  Diccionario  das  sciencias  ec- 
cfesiasiicas 

*"  RICARDO  (1.  Maria),  (hist.'  botânico  fran- 
cíez.  nascou  em    1751,   morreu   em   1821 
São  muito  estimados  os  seus  trabalhos  so- 
bre a  organisação  dos  vegetaes  e  a  sua  .Ana- 
/:/v«  do  fructo. 

RICARDO,  (hist.)  econon.ista  inglez,  nas- 
'  11  em  17V2.  morreu  em  182H.  Deixou  : 
Vrl'ic\pios  cfeconomia  politica  e  do  im- 
posto; Projecto  de  um  papel-moeda  econó- 
mico e  seijaro,  o  te 

nicci  (o  padre  Malheus},  (hist.)  jesuita 
iialiano,  foi  missionário  na  China,  achou 
nifio  de  ser  apresentado  na  corte  do  Pekin 
o  ganhou  a  estima  do  imperador,  op^-rou 
muita»  fonversões,  morreu  em  Pekin  em 
^610.    Deixou:  Memorias. 

nicci,  (hist.)  geral  dos  Jesuítas,  nasceu 
em  Florença  em  170"^.  Quando  a  ordem  dos 
jsuitas  foi  suprimida  Hicci  foi  encarcerado 
tio  castello  de  S.  Angelo  onde  morreu  em 
1"'^'».  Com  o  appeliio  de  Ricci  são  conhe- 
cidos muitos  pintores  italianos,  o  mais  ce- 
lebre é  Sebastião  Hicci,  que  nasceu  efu 
(•()'í  e  raorrpu  em  173i.  Os  seus  princi- 
\íM'.s  quadros  são  :  A  Degollação  dos  In- 
'AocentéS]  èf  liaptò  ds$  Sabinis,  etc. 


RicciA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  4  léguas  e  meia  ao  SE.  de  Campo- 
Rasso ;  4,&00  habitantes. 

RiccíA,  (K*^ogr.j  villa  dos  Estados  ecclesiai- 
ticos,  a  2  léguas  de  Vellelri,  no  lugar  da 
antiga   Aricia 

RiCCioLi,  (hist.)  jesuita  italiano,  nasceu 
em  159S,  morreu  em  1*^71,  ganhou  algu- 
ma fama  como  astrónomo.  Deixou  r  Alma- 
gestum  novum ;  Astronomia  reformata; 
Chronologia  reformata. 

RiccoBONí,  (hist )  conhecido  pelo  nome 
de  Lélio,  nasceu  em  1674.  morreu  em  1()77, 
tentou  estabelecer  na  Itália  o  systema  dra- 
matizo da  comedia  franceza.  Escreveu  a 
Historia  do  iheatro  italiano,  desde  a  deca- 
dência da  comedia  latina. 

RiccoBONi,  (hist.)  actor  e  autor  dramáti- 
co tillio  do  precedente,  nasceu  em  17s  7, 
morreu  em  t772  As  suas  prinoipaes  peças 
são :  os  Comediantes  eserates  ;  os  Diíerd- 
mentos  da  moda» 

RiccoBiNi  (Maria  .íoanna),  (hist.)  mulher 
do  precedente,  também  autora,  nasceu  em 
17 IJ,  morreu  em  1792.  A  sua  Hixtoria 
do  marquez  de  Creíisy  ;  as  suas  Carla .  de 
milady  Catesby,  Ernestina,  etc.  colloca- 
ram-a  no  numero  das  romancistas  mais 
agradáveis. 

BiCEYS  (g»'Ogr.)  cidade  de  França,  a  -i 
léguas  ao  S.  de  Bar-sur-Seine  ;  3,5J2  ha- 
bitantes. 

RICHARDSON,  (hist.)  romancista  inglez^  nas- 
ceu em  16S9,  morreu  em  l/Gl.  Publicou 
Ramela,;  Clarisse  Harlowe  ;  e  Sir  Charles 
Grandifson. 

RICHARTE,  adj.  (chulo)  pequeno,  gordo,  e 
teso.   lioraern  — 

RicriBOROUGn,  (geogr, )  a  antiga  Rutupim, 
villa  d*lnglat8rra  a  1  légua  M).  de  Sand- 
wich. 

RiCíiELET,  (hist.)  grammatico  francez,  nas- 
ceu em  1^^'Ití,  morreu  em  1698.  Publicou 
um  Dicrionario  francez,  e  uma  Grammati- 
ea  extraii.t  do  uso  e  dos  bons  andores. 

RiCHELiEU,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
4  léguas  SO.  deChinon  ;  2,914  habitantes. 

RiciiELiEU,  (geogr.)  chamado  também  i»o- 
rel,  ou  Chamhhj  rio  da  \merica  do  Norte, 
sae  do  lago  Champlnin,  corre  ao  NE.  e  lan- 
ça-se  no  S.  Lourenço. 

RiCHELiEu  (\rmando  J.  do  Plessis,  cardaal, 
duque  de),  (hist.)  cflebre  ministro  de  Luiz 
XI If,  nasceu  em  1585,  da  nobre  casa  do 
Poitou,  íilho  de  Francisco  do  i  lessis.  capi- 
tão das  guardas  de  Henrique  ;V.  Foi  prt- 
mp:iramente  destinado  ás  armas,  depois  re- 
cebeu ordens  e  foi  sagrado  bispo  de  Luçon 
em  !6()7.  Foi  nomeado  primeiso  miniisfro  em 
1623,  e' governou  a  Frnoç.T  ftfé  *  íua  ^l0^t^í 
apezaf  dos  abalos  e  intri^i?  dft  todos  o?  jr/wt-» 


448 


RÍC 


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des  para  o  derrubarem  do  poder.  Este  ho- 
mem incontestavelmente  foi  ura  dos  maiores 
ministros  que  teve  a  França  Richelieu  ama- 
va e  protegia  as  lettras  ;  creou  a  Academia 
franceza  Deixou  alguns  escriptos  theologicos 
e  memorias  muito  curiozas. 

RICHELIEU,  (I,.  F.  Armando  duPlessis  du- 
que de)  (hist  )  marechal  de  França,  filho 
d'Armando  João  de  Plessis  lUchelieu,  neto 
do  cardeal,  nasceu  em  1696.  Sérvio  com 
dislincção  cura  Berwich  em  1733,  assigna- 
lou-se  no  cerco  de  Kehl,  morreu  em  1788. 

RiGHEL'EU,  (Armando  Manuel  do  l'lessis, 
duque  de),  (hist.)  ministro  de  Luiz  XVlil, 
nasceu  em  176G,  eaiigrou  era  1789,  foi  á 
Rússia,  onde  serviu  com  distincção.  IVeco- 
Iheu  a  França  na  Restauração  e  foi  nomea- 
do ministro  dos  negócios  estrangeiros  e  pre- 
sidente do  conselho     Morreu  em  1822, 

RicnEMONT,  (geogr.)  villa  d©  França.  »  2 
léguas  e  um  quarto  ao  S.  de  Tionville  ;  700 
habitantes. 

RiCBEMONT,  (hist.)  á.*'  tilho  dç  João  V,  de 
Bretanha,  foi  condestavel  de  França  em  1424, 
expulsou  os  inglezes  da  Normandia  e  da 
(iuyenna  Foi  duque  da  Bretanha  em  1458 
cora  o  nome  de  Arthur  III  e  morreu  em 
1458. 

RiCHER,  (hist.)  litterato  francez,  morreu 
em  1748.  Fez  duas  tragedias  Edonina  e  Sa- 
bino, e  Coriolano. 

RiCHKR  (hist.)  jurisconsulto  francfz,  nas- 
ceu em  1718.  morreu  em  17  0.  Publicou 
uma  obra  com  o  titulo  de  Cauzas  celebres. 

RiciiER  (Adriano,)  (hist  )  irmão  do  prece- 
dente, nasceu  em  17z6,  morreu  em  1798. 
publicou  A  Vida  dos  homens  illustres  ;  e  a 
Vida  dos  marítimos  celebres. 

RicnERAND,    (hist.)    hábil  cirurgião  fran 
cez,  nasceu  em  1779,  morreu  em    840  Pu- 
blicou; Elementos  de  Physiologia  ;  Histo- 
ria dos  progressos  recentes  da  cirurgia,  etc. 

RiCHMOND  (geogr  )  villa  d'lngialerrra,  a  4 
legnas  SO  de  Londres,  sobre  o  Tamisa  ; 
8,o00  habitantes* 

RiCHMOND  (geogr  )  cidade  d'lnglaterra,  a 
16  léguas  NO.    d'York ;   4.72i;  habitantes. 

RiCHMOiSD.  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
l.nidos,  capital  do  Estado  de  Virgínia,  na 
margem  esquerda  de  James  iuvPr,  defron- 
te de  Manchester,  a  40  léguas  SO.  de  Was- 
hington ;  20,150  habitantes. 

RiCHTEK,  (hist.)  escriptor  alleraão,  nas- 
ceu em  176  <,  morreu  em  1825.  As  suas 
obras  são:  Escolha  feitas  Ure  os  papeis  do 
diabo  ;  o  Hespero  ;  Quinto  Fixlein  ;  o  Vai- 
le  de  Campan,  ele. 

RiciMEUo,  (hist.)  general  romano,  d*origem 
§ueca,  neto  do  rei  gcdo  Wallia,  foi  cônsul 
em  4^9.  Dispondo  do  império  a  seu  bel 
f^raur,  desthronoa  Avito,  fez  aMassinar  Ma- 


joriano,  deu  a  purpura  a  Libio Severo,  to- 
lerou a  elevação  d  Anthemio  ao  supremo 
poder,  eJoi  genro  deste  príncipe,  mas  den- 
tro em  pouco  o  faz  degollar  e  substituiu-o 
por  Olybrio.  Morreu  40  dias  depois. 

RiCLA,  (geogr)  Nertobriga  cidade  d'líe8- 
panha,  sobro  o  Oxalon,  a  8  léguas  NC.  de 
Calatayud  ;    2,400  habitantes. 

RICO,  A,  adj.  (Fr.  riche,  do  Saxonio  rtc, 
Teut.  reich,  nobre,  poderoso,  rico.  opulen- 
to. E'  o  suffixo  de  um  gíando  numero  de 
nomes  de  chefes  antigos  gaulezes ,  v.  g. 
\rabiorix,  Dumnorix.)  opulento,  que  possue 
superabundância  de  bens,  de  dinheiro  ou 
outros  valores.  Homem — .  Casa — .  — em 
dinheiro,  em  terras,  fazendas.  — ,  abundan- 
te. Mina — ,  que  dá  abundância  de  metal 
ou  mineraes.  Rio  —  de  peixe,  ou  de  pesca- 
dos. Pescaria  —  de  pérolas.  Terra  — de  fru- 
cto*  e  gado» ;  (íig.)  a  Hngua  Gruga  é  mais 
—  que  a  Latina,  mais  copiosa  era  termos  e 
locuções.  D  discurso  —  de  eloquência  — , 
custoso,  esplendido,  precioso.  Chapéu,  ves- 
tido— .  — espada.  — adereço,  diadema. 

RICOCHET     ou    RICOCHETE  ,    S.    W.    (Fr.)    V. 

chapeie  ta. 

RicoFEiTio ,  s.  m.  (p.  us.)  imagem  tosca 
de  gesso.  «Mais  íjarecem — «  que  verdadei- 
ras imagens.  »  Vieira. 

RicoHOMEM,  s.  m.  Antigamente  eram  as- 
sim denominados  os  senhores  territoriaes  , 
grandes  do  reino  que  prestavam  vassallagem 
aos  reis  e  os  serviam  com  gente  de  guerra 
contra  os  Mouros  e  outros  inimigos.  Corres- 
pondiam aos  barons,  leudes,  richommes,  da 
antiga  França  O  titulo  exprime  riqueza  e 
poder. 

RiDEAU  (geogr.)  rio  da  America  do  Norte, 
sae  do  lago  liideau  e  cae  noOttavvra 

RsoEiíio,  s.  m.  ou  adj.  (aot  )  queri.  jo- 
vial, risonho. 

RIDENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  ridens,  tis, 
p.  a.  de  rideo,  ere,  rir.)  risonho.  Oltios  ri- 
dentes. 

RIDES,  s.  m.  (naut.)  V.  Jiizes. 

RIDICULAMENTE,  adv.  (mcMíc  suíf.)  de  mo- 
do  ridículo. 

RiDicuLABiA  ,  s.  f.  cousa  ridicula,  dito, 
acção  ridicula. 

RiDicui.ARiSAR.  V.  Ridiculisar. 

RiDicuLiSADO,  A,  p.  p.  de  ridicuUsar;  adj. 
tornado  em  ridículo,  e.ecarnecido. 

RIDICUUSAR,  V.  a.  [ridiculo,  isar  des.  inf.) 
(mod.  e  útil)  escarnecer,  fazer  escarneo  de 
alguém,  representar  como  ridiculo.  —se,©. 
r.   fazer-se  ridículo 

ridículo.  A,  aij.  (Lat.  ridiculas,  de  ri' 
deo,  ere,  rir.)  que  move  o  riso,  extravagan- 
te, próprio  de  bobo.  Figura — .  Gestos,  di- 
tos —s.  — ,  de  pouco  valor»  desprezível .  Cou- 
sa  -.  Mêtter  em  ou  a  rídixulo — ,  mofar, 


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ftfô 


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ridiculisar.  —  ,  substantivado,  na  accepçào 
de  acção  ridícula,  é  gallicumo  moderno  e 
quo  se  deve  evitar,  t>.  g.  conheço  os  — s 
deste  sujeito 

RiDicuLOSissiMO,  K ,  adj .  supcrl.  de  ridí- 
culo, (p.  us.) 

RiDicuLOSO.  (ant.)  V.  Rííiculo. 

nioLEY,  íhist  )  ecclesiasticoan-^licano,  nas- 
ceu em  17k«2.  morreu  em  r774  Foi  dis- 
tinclo  pregador.  Deixou  í  Vida  do  bispo  Ri- 
dley  ;  e  o  poema  Psyché. 

RIDO,  A,  p.  p.  do  rir,  anligaraent(3  usado 
adjecti vãmente.  «  Seja  —  e  desprezada,  » 
Ferreira,  carlt  5,  liv,  2.  «  Zombados  o  — s 
os  homens.  »  Barros.  Gram. 

RiDOi-Fi,  (hist.)  pintor*  eesoripfor  italiano, 
nasceu  em  160^,  morreu  em  166  í.  E' au- 
thor  de  muitos  quadros  estimados,  o  es- 
creveu a  Vida  de  Jacques  Robusti,  e  a  Vi- 
da dfi  Carlos  Cagliari. 

RiuOR,  (ant.)  V.  fíisote,  Mofador^  Zom- 
bador. 

RiEGO.  (his).  Itaphael  dei  Rieffo  y  Nunes, 
auclor  da  revolução  hispanhola  de  1820, 
nasciMi  em  1785,  nas  Astúrias,  combateu 
em  180S  contra  os  francezes  e  foi  feito  pri- 
zioneiro,  só  recobrou  a  liberdade  em  1814. 
Foi  um  dos  principaes  autores  da  cons- 
piração de  Cádis,  e  quando  Qairoga  e  os 
seus  companheiros  foram  presos  levantou  o 
estandarte  da  insurreição,  proclamou  a  cons- 
tituição, livrou  Queiroíía,  precorreu  a  An- 
daluzia, obrigou  Fernando  Vil  a  acceítar  a 
Constituição,  e  foi  nomeado  marechal  de 
campo  e  capitão  general  de  Aragão.  En- 
carregado em  182.^  pelo  partido  constitu- 
cional do  coramando  das  tropas  estaciona- 
das era  Málaga,  não  pode  oppor-se  á  mar- 
chi  do  exercito  francez  .,  ia  em  soccorro 
de  Fernando,  foi  entregue  e  morto  em 
1823. 

RiBivz[,  OU  RiKNZo  (his).  tribuuo  de  Ro- 
ma, nasceu  em  1310.  Proclamou  a  20  de 
maio  de  1347,  uma  constituição  nova  para 
pôr  termo  á  anarchia  que  aííligia  Roma, 
donde  expulsou  os  barões,  fez  executar  os 
bandidos  e  recebeu  os  titulos  de  tribuno  e 
libertador  de  Roma.  Uionzi  foi  morto  em 
uma  revolta  a  8  de  outubro  de  1-5-. 

niKSENGEBiRGK.  (geogr.)  islo  é  montanha 
dos  Gigantes)  cordilheira  de  víonlanhas  da 
Alemanha  oriental,  nas  fronteiras  da  Bohe- 
mia  e  da  Silesia,  continua  ao  NO.  os  mon- 
tes Sudeles.  e  junla-se  a  O,  com  as  mon- 
tanhas de  Lusace 

RiKTi.  geogr.)  iícaíg,  cidade  dos  Estados 
ecrUsiasticos.  capital  de  delegarão,  sobre  o 
Vel  no,  a  .T)  léguas,  ao  .>E  de  Roma;  y,3UJ 
habitantes. 

RíEUMES.  (geogr.)  cidade  de  França,  a  S 
léguas  SO.  de  Muret;  1,100  habitantes. 
▼OL    ;  V . 


Riiox  (geogr.)  Rivensis,  cidade  de  Fran- 
ça, sobre  o  Arize,  a  6  léguas  S.  de  Muret ; 
1,91)0  habitantes. 

RiEZ.  (googr  )  Reii,  Albictei,  cidade  de 
Franga,  a  8  léguas  SO.  de  Pigne ;  3,115 
habitantes. 

RIFA,  s  f.  (do  Fr.  ant.  rafer ,  hoje  ra- 
fler,  rafÍQ.  Ménige  o  derivado  Lat.  rapere, 
arrebatar,  ganhar  co  um  só  lance.  Outros 
o  derivam  do  Aliem  raffeii,  rappen  ou  rau- 
ben,  arrebatar,  que  me  parece  deverem  re- 
ferir-se  ao  radical  do  termo  latino.)  no  jogo, 
é  sequ(3ncia  de  cartas  do  mesmo  naipe. 
Rifa ,  jogo  de  dados  em  q  ue  leva  o 
premio  ou  a  cousa  rifad*  quem  lan- 
ça ponto  maior.  Fazer  Rifa  de  um  re- 
lógio. 

RIFA,  (C.isl.)  (ant.)    V.  Rixa. 

RIFA,  (ant.)  erro  em  vez  de  Ripa.  V.  Ri- 
pa, ou  Riab. 

UIFAIJ-),  A,  p.  p.  de  rifar;  adj.  posto  em 
rifa,  jogado  em  sortes.  Tinham  —  o  reló- 
gio 

RiFADOR,  (Cast.)  V.  Rixador,  Rixoso.  Ca~ 
vallo  — ,  inquieto. 

RIFÃO,  s.  rn.  (Fr.  re/'raÍH.  Ménage  o  deri- 
va do  Lat.  refcraneus ',  Le  Duchat  oGébe- 
lin,  de  frcBnnm,  freio,  porque  marta  pau- 
sa, suspensão.  Eu  creio  que  o  termo  Cast. 
refran,  do  qual  rifão  é  derivada,  vem  do 
Lat.  referu,  erre,  referir,  dizer  respeito.) 
provérbio,  sentença,  adagio.  Andar  em—, 
ser  objecto  de  mofa,  andar  n.i  bocca  de  to- 
dos. —  ,  (fig  )  composição  poética  breve  e 
má.  í  1.  Rifãos. 

RiPÃoziNHO,  s.  m    diminut.  de  rifão. 

RIFAR,  V.  a.  [rifa,  ar  des.  inf.)  pôr  em 
rifa  :  —  o  relógio,  o  cavallo.  — ,  ganhar  por 
sorte  lançada  era  rifa.  — ,  «.  n.  (Cast.)  bri- 
gar, rixar. 

RiFARU.   V.  Rixa,  Rriga. 

RIGA.  (geogr).  em  eslhinio  Riolin,  cida- 
de da  Rússia  Europea,  antigamente  capi- 
tal do  ducado  de  Livonia,  e  hoje  do  go- 
verno de  Riga,  a  150  léguas  SO.  de  5».  1'eteps- 
burg);  45,000  habitantes. 

RIGA,  ou  Livo?<iA  (googr  )  V.  Livouia. 

RJGA.  (golpho  de)  ou  de  Livonia  (geogr.) 
golpho  do  mar  Báltico;  na  costa  Occiden- 
tal da  Rússia  europea,  aoSO.  do  golpho  de 
Finlândia. 

RICAÇO,  s  m  (do  Lat.  rigo,  are,  regar.) 
(ant.)  regadio.  Pão  de  — ,  de  terras  de  re- 
gadio. 

RiGAUD.  (hist.)  celebre  pintor  frarcez , 
nasceu  em  1659,  morreu  em  1  /43.  Era 
eminente  em  retratos ;  e  compoz  mais  de 
200. 

RiGAULT.  (hist,)  philologo  francez,  nasceu 
j  em  15/7,    morreu  em    1651.  Deixou   edi- 
ções annotadas  de  Phedro,  Marcial,  Jute- 
113 


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nal,  Teatuliano,  Minucio  Felix^  e  de  S. 
Cypriano. 

RiGEiRA.  V.  Rageira 

RiGEZÁ.  V.  Rijeza. 

RIGIDEZ  ou  BiGinE?A  ,  s  f  (Lfll.  rigidu 
tas.)  a  qualidade  de  ser  rígido. 

rígido,  a,  adj.  (Lat.  rigidus,  frio,  teso, 
rígido  j  muito  duro,  v.  g  o  —  páu,  ferro, 
diamante.  — ,  severo,  austero,  rigoroso.  Mo- 
ral — .  Censura  — . 

RiGissiMO.  V.  Rijíssimo. 

RiGO,  (ant.)  V.  iiijo. 

RíGOR,  s.  m.  (Lat.  rigor,  de  rtgeo,  ere, 
regelar,  entesar.)    fortal*^za,  força,  v.  g.  o 

—  do  braço  rijo,  forte  No  —do  inverno.  O 

—  do  sol. — ,  severidíide dura,  áspera.  Cas- 
tigar com  — .  O  —  da  lí.oral,  da  antiga  dis- 
cijlina,  da  Ipí.  Em — ,  rigorosamente,  em 
sentido  restricto,  rigoroso.  O  — do  texto,  das 
palavras,  do  sentido. — mathematiro,  a  mai<ir 
exactidão  — ,  (mor!  )  ?fn?âo  {  retis-nalural 
dos  músculos  e  tendões,  ou.  como  .se  diz 
vulgarmente,  dos  nervos. 

RIGOR,  s.  m,  floco  de  seda  delgado. 

RiGOBD.  (his  )  em  Latim  Rigordns,  Ri- 
gohus,  religioso  de  S.  Diniz,  em  rr.jnça, 
morrpu  em  !207.  Deixou  uma  Historia  de 
Philippe  Augusto. 

RiGoitiDADE,  s    f.  V,  Rigor. 

RIGORISMO,  s.  /".  (do  Fr.  ri</oriím«.)  gran- 
de severidade. 

RIGOROSAMENTE,  oflít.  (mr/tíe  suíT  )  em  H- 
gor,  com  rigor;  estrictanieiUe,  v.  g.  casti- 
gar—, —  fallando. 

RIGOROSIDADE,  s    f   Y    IHgor. 

RGOBOsissiMAMENTE,  adc.  supevl  de  ri- 
gorosamente 

RIGOROSÍSSIMO,  A,  adj  .superl.  de  rigo- 
roso. 

RIGOROSO,  A,  adj  (des.  oío  )  que  usa  de 
rigor.  f.  g.  mestre — .  —,  severo,  que  en- 
cerra rigor.  Castigo,  pena  — .  —  ,  exacto, 
estricto.  O  sentido  —  das  palavras  de  texto. 
Exame  — . 

rigueifa.  V.  Regueifa 

rigueira,  s.  f  (do  Lítt  riyo,  are. 1  aber- 
tura na  terra  por  onde  se  escoam  as  aguas 
da  chuva.  —  de  pão.  V    Regueifa. 

RIGUEIRO,    5.    771.    V      H-iJittiro. 

RiGUEiTA    V.  Regueifa 

RiiGO,  (ant)  bluleau  vtrle  apressado.  «  E 
assy  como  viera  roas  m-nas  — ,  assy  separ- 
tio  — .  »  Chron.  do  Condestavel. 

RIJAMENTE,  ttdv.  [meiíle  sníT.)com  força. 

KijEZA,  s.  f.  [rijo,  dvS  ezfl.)  estado  rijo, 
dureza,  tenacidade. 

RIJÍSSIMO,  A,  adj    siiperl    de  rijo. 

BUO,  A,  adj.  (Lat.  rigidus."]  duro  forte, 
rf>busto  teso,  V.  g.  pão  —  ,  madt  ira  — . 
Vento  — ,  forte.  Vos  —  forte.  Saúde — , 
Yigorosa    Homerrf,  — ,  robusto  ,  (%.)  rispir 


do,  áspero  de  coqdição  — ,  adv.  pprelH- 
pse.  Fallar,  ventar — ,  com  força,  violên- 
cia. De — ,  em  voz  alta.  Pelejar,  (Jar  em  al- 
guém — . 

RiL,  s.  m    (ant  )  V.   Rim. 

RiL  ,  s.  f.  (do  Ingl.  reel.)  dansa  esco- 
ceza. 

RIL.  (geogr.)  cidade  do  Darfour,  de  que 
foi  algum  tempo  a  capital  a  28  léguas  Si), 
de  Cf^.lbé 

RILHADO,  A,  p.  p.  de  rilhar ;  adj,  roidp, 
comido  roendo. 

RiLHAuoR,  s.  m.  o  quB  rilha. 

RILHADURA  ,    S.    f.    {ÚQS.     UVa.)    O    aCtO   4«l 

rilhar. 

RILHAR,  V.  «.  [relha,  ar  des.  inC)  comer 
roendo  e  puxando  com  os  dentes,  como  se 
faz  quando  a  carne  é  muito  dura  ;  (6g.) 
mascar,  murmurar  de  alguém. 

RiLHEiRA,  s.  f.  (ouriv.)  peça  em  que  se 
v.isa  a  prata  fundida  para  se  fazer  em  cha- 
pas. 

BiLHEiRO,  s  m.  [rio,  e  lat.  lira,  rego.) 
redomoinho  de  agua.  — ,  (t.  provincial)  mo- 
lho de  trigo  ceifado  e  atado  pelo  meio. 

RiLLE.  (gf^ogp  ]  rio  de  França  sae  da  la- 
goa de  S.  Wandrile,  corre  ao  INE.  ,  regí\ 
Aigle,  desapparece  no  Sena,  acima  de  Quil- 
lebíBuf. 

Ria,  s.  m  (do  Lat.  rtn  rfjiiç.  prova vel- 
njente  do  Gr.  rheô.  correr  liquido,  por  se- 
rem os  rins  os  órgãos  secretores  da  ourina.) 
(anat.)  órgão  secretor  da  ourina.  Os  rins. 
RIM,  (ant  )  em  vez  de  riem,  terceira  pes- 
soa do  pi.  do  presente  indic    de  rir. 

BiMA  ,  í.  f.  (alteração  de  rbylhmo,  Fr. 
rime,  ilal.  e  Çast.  rima.)  o  consoante  em 
que  terminam  os  versos  fortaguezf^s  e  de 
outras  línguas.  Oitava—,  estancias  de  oito 
versos  rimados,  —encadeada,  é  a  que  con- 
diz era  consoante  no  meio  do  verso  seguin- 
te :  é  hoje  desusada.  — ,  versos.  Em  prosa 
e  — .  — s,  versos,  obras  poéticas. 

RIMA,  s.  f.  (Lat,  rima  )  fenda,  fisga,  gre- 
ta.—.  (cirufg  )  fractura;   fenda  no  anus. 

RIMA,  s.  f.  (V.  Arrimar  )  montão,  barda, 
pilha,  V.  g.  -de  madeira,  de  corpus  mor- 
tos. 

RIMADO,  K,  p.  p.  de  rimado;  ac(;'.  me- 
trificado em  rimas.  Versos  —s. 

RiMADOR ,    s,  m.    autor    de  rimas;  m^vi 
poeta . 
I      RiM.\NCK,  (ant.)  V.  Romnnce, 

BiMAR,  V  a.  [rima,  verso,  ar  des.  inf,) 
I  escrever  em  rima,  fazer  corresponder  os  cou- 
soanlps.  — nabos  com  bugalhos,  (loc.  joco- 
sa) dizer  despropósitos,  — ,  corresponder  nos 
consoantes.  Este  verso  rima  cora  o  prece- 
dente. — ,  (íig.)  convir,  concordar,  condi- 
zer. 

RiUBOHSO.  y    RebombQ. 


RiMiHi.  (geog.)  Ariminun^,  cidade  iDpr,a- 
da  dos  Estados  Eííh^siaslicos,  perlo  da  etubo- 
cadiira  do  Marechia,  a  t  i  l»*guas  SE.  de 
tp^li ;  17,ol/0  habilaoles. 

RiMiR.  V.  Remir. 

piuNus,  OU  RiBNíK.  (geogr.)  cidade  da 
Valgchia,  sobre  o  Rimnick  a  .iá  léguas  NE. 
de  Houkharesl 

)?Hioso,  A,  adj.  (Lat  rimosus.)  gretado, 
chejo  á&  rimas,  rachas,  fendas. 

RilULA  ,  s.  f.  (Lat.  dim.  de  rima.]  (ci- 
rurg)  fenda. 

BiNALDi.  (geogr  )  superior  da   congrega- 
ção do  Oratório,  francez.  nasceu  em  15!)5 
m.  em  1671  ;  continuou  os  Ánnaes  eccle- 
siasticos  de  Baiono. 

RiNQÃo ,  s.  m.  (Cast,  ri^^con.)  pantp  oc- 
Qu}to,  escondido.  E*  ant. 

piN.ciupAS,  s.  f.  V.  Gqrgulhadc^  d^riw. 

RiNcnÃo,  s.  m  (bot.)  herva  rpedipinaj,  em 
Lai,  erysimum. 

piNCH.vo,  pNA,  adj.  (dô  rinchar.)  que  rin- 
cha. Cavallo.  Homem — ,  grande  gamora- 
dor  não  attendido. 

RINCHAR  ,  V.  a.  ou  11.  (v.z  imitativa)  o 
som  que  faz  o  cavallo  quando  vê  éguas,  ou 
fig.  alvoroçar-se  o  homem  com  a  vista  de 
mulher, 

RiNCUAVKLHADA,  s.  f.  (chulo)  risada  des- 
temperada. 

RINCHO,  s.  m.  a  voz  do  cavallo. 

«iNDEiao.   V.  Rendeiro. 

RiNGíR.  V,  Ranger. 

RiMíjjKOEpiNG  (geogr.)  cidade  de  Dina- 
marca, capital  de  bailiado,  a  20  léguas. 
SU-  de  Vijjorg  ;  800  habitantes. 

RINGWOOD.  (geogr.)  Regnum,  cidade  de 
Inglaterra,  a  lO  léguas  bÒ,  de  Winchester; 
4,00)  habitantes. 

RiNHÃo,  s.  m.  (do  Cast.  rinon.)  rim.  «O 
b«i  &  leilão  em  Janeiro  criam  — .  » 

RiiNHiR.  V.  Renhir 

RiNi,  ou  RUNN.  (geogr.)  gr.inde  lagoasal- 
gada  do  Uindostão,  ao  NE.  eslende-se  ao 
comprimento  do  mar,  entre  as  províncias 
de  Kalcb,  de  Sindhy,  de  Guzz'^rate  e  d'A.d- 
jiu^ir,  perto  <las  embocaduras  do  Siqdh. 

RiNOCEROTE.  V.  Rhinoceronte. 

RINS,  *.   m.  pi.  (\e  rim. 

RiNTEi.N.  (síeogr.)  cidade  murada  do  elei- 
torado d*liessft,  sobre  oWeser  a  2j  léguas 
NQ    de  Caseei ;  2,700  habitantes. 

RiisucciNi  (bis),  poeta  italiano,  morreu  em 
FlprençA  em  11)21.  feixou  dramas  iyricos, 
entre  outros;  Dapné,  Earydíce,  Ariana  em 
N  CISCOS. 

Río,  s.  m.  (Lat  rivus,  do  Gr.  rAcd,  cor- 
rer.) volume  de  agua  considerável  quecor- 
rç  por  entre  margens,  v.  g  o  —  Tejo,  II he- 
iio  Mississipi;  (tig  )  Jíraude  copia  de  liqui- 
do (Jiu  de  cousãg  soltas,  v.  j/.—s  de  lagri- 


mo 


m 


mas,  de  sanguQ,  de  trigo,  cerada,  cenlsio, 
de  dinheiro;  — s  de  /eloquenpia,  de  doutri- 
na ;  de  mercôs,  d«  graças. 

iMoraes  diz  que  rio  se  pronuncia  ri-io,  e 
qijer  que  escrevamos  rpyo.  E'  um  erro  ;  o 
i  sôa  forto  e  longo  como  em  estio,  tio,  /5o, 
etc. 

RIO  MAIOR,  (geogr.)  villa  do  fortuernl,  uo 
districto  rle  Santarém,  donde  dj-ta  2  léguas 
para  O.  junto  do  rio  do  mesmo  nome  que  des- 
agua na  direita  doTejo,  quasi  em  frente  de 
Salvaterra,  com  10  léguas  decgrso;  3,^00 
habitanUs. 

Rip  DE  MOINHOS,  (geogr.)  ha  p^^tode  uma 
dúzia  de  povoações  deste  nome,  em  Portijr 
g«l,  pujas  principaes  são  .  1.^  no  concelho 
d';^rcos  de  Val-cJe-Vez,  ÓOO  babilapte? ;  2.' 
no  de  Penafiel,  1,020;  3.^  no  de  Abrantes, 
5,275;  4.*  villa  a  3  legija?  de  Vizeu  850 
habitantes.. 

Rio  TINTO,  (geogr.)  riacho  de  Portugal  quo 
desagua  no  Douro,  1  légua  u  E.  do  Porto. 

Rio-DA-  PRATA,  fgeogr.)  povoação  da  prQ.n 
viacia  de  MinasrOeraes  no  Brajil  no  con- 
fluente dos  rios  da  Trata  e  Escurso,  l2  Iq-? 
guas  ao  sul  da  cidade  de  Paracalú. 

R'0-i)E- CONTAS,  (geogr  )  villa  de  grande 
trato  do  sertão  da  província  da  Bahia  no 
Brazil. 

R'0-DE-jvNEiRO,  (geogr.)  Bella  e  impor- 
tante província  do  Hrazil,  pela  sua  popu- 
lação actual,  commercio,  industria  e  siiios 
aprazivHÍSj  e  por  vezes  pitorescos  e  ma ges- 
tosos.  E  a  principal  província  do  ImperÍQ 
do  Brazil  de  que  é  Capital  a  cidade  do 
mesmo  nome,  esta  província  conta  170,000 
habitantes. 

Rio-GR.\NDE,  (geogr.)  cidade  mercantil  da 
província  deSào-Pedro-do-Ilio-Grande,  que 
foi  largo  tempo  capital  da  capitania  dMr 
Rei. 

RÍO-GRANDE-DO-NORTB,    (gPOgr.)   proviucía 

septentríonal  do  Brazil,  cujo  nome  é  deri- 
vado do  rio  Potengi,  a  que  os  primeiros 
exploradores  que  se  estabeleceram  em  suas 
margens  chamaram  imporpriauaente  I\io- 
Grande  5U.O0O  habitantes. 

Bio-PARDO,  (geogr  )  villi  considerável  d» 
província  de  Sào-i'edro-do  lUo-Grande,  no 
Brazil  na  margem  direita  do  río  de  s  'u  no- 
me, perto  de  seu  confluente  çom  o  Jacu- 
hi,  e  20  léguas  ao  poente  da  çidad^  de 
l*orto  Alegre. 

Rio-REAL,  (geogr.)  nova  villa  da  provín- 
cia de  Sergipe,  na  cabeceira  do  rio  Ueai 
no  Brazil. 

Rio-vERDE,  (geogr.)  aldeia  da  proviocia 
de  Mato-Grosso,  no  Brazil  na  comarca  de 
Cuiabá,  nas  cabeceiras  do  rio  Verde. 

RioHAMBA.  (geogr.)  cidade  da  America  do 
Sul,  capital  da  província  de  Qj^ímbordco  a 
ii3  . 


^i 


RIP 


1»Q 


47  léguas  S.  de  Quito  ;  16,000  habitantes. 

Río  COLORADO,  (geogr.)  nome  commum  a 
tres  rios  da  America;  1.*  u  Rio  colorado 
do  México,  que  se  perde  no  Mar  Vermelho; 
2.°  o  Rio  colorado  de  Texas,  corre  do  N. 
ao  S.  c  cae  no  golpho  do  México  ;  3.*^  o 
Rio  colorado  de  Buenos -Ayres,  nasce  nos 
Andes,  nos  limites  do  Chili ;  corre  do  NO. 
ao  SO.  e  lanç?i-se  no  Mceano  Atlântico. 

Rio-DE-LA.-nACH\.  (geogr.)  chamado  tam- 
bém Nucstra-Senora-d$los-Remedios,  cida- 
de da  Republica  da  Nova  Granada,  capital 
de  proviricia,  na  embocadura  doRio-de-la- 
Xacha,  a  H4  léguas  NO  de  Santa  Martha; 
100  cazas. 

RIO  GRANDE  (geogr.)  chamado  também 
Rio  dos  Nalons,  rio  da  Negricia,  nasce  no 
Fontadialo.  e  lança-se  no  Oceano  atlânti- 
co ao  S.  de  Geba. 

RIO-GRANDE,     OU     HONDO.    (gCOgr.)     rÍO   do 

México,  nasce  nas  fronteiras  do  Guatimala, 
corre  ao  NE  e  lança-se  na  bahia  d'Hano- 
ver. 

Rio-NEGRO.  (geogr.)  cidade  da  Nova  Gra- 
nada, a  18  léguas  SE.  de  Santa  Fá  deAn- 
tiochia;  15,500  habitantes 

RiOJA,  (geogr.)  cidade  da  America  doS. 
na  confederação  do  llio  da  Prata,  capital 
do  Estado  de  Rioja,  sobre  o  Angualasta, 
perto  das  Andes  3,000  habitan'es. 

RIOJA,  (georgr  )  paiz  d'Hispanha,  com- 
preendendo a  maior  parte  da  província  de 
Logrono  o  NE.  da  de  Syria  ;  conta  mais 
.le  200,000  habitantes. 

RiOLAN,  (hist.)  medico,  n.  em  Amiens  em 
1539,  morreu  em  ItJOu.  A  sua  doutrina  so- 
bre as  febres  anda  no  Tractatus  de  Febri- 
bus. 

RioN,  (geogr.)  Ricomagus  ou  Ricomum, 
cidade  de  França,  a  4  léguas  N.  de  Cler- 
mont  Ferrand;  11,475  habitantes. 

BiON-LES-MONTAGNES,  (geogr.)  cidado  de 
França,  a  6  léguas  NE.  de  Mauriac;  2063 
habitantes 

RiOMEBO,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  légua  e  meia  ao  S.  de  Melfi;  10,000 
habitantes. 

RioNi  (geogr.)  Rheon  e  Phase  dos  anti- 
gos, rio  da  Rússia  sub-caucasiana,  nasce 
em  Imerethia,  corre  ao  S.  e  aO.,ecáe  no 
mar  i^^egro  em  Poti. 

RIOS,  (geogr.)  povoação  de  Portugal,  no 
concelho  de  Monção,   t^OOO  habitantes. 

Rioz,  (geogr. 1  cidade  de  França,  a  6  lé- 
guas ao  S.  de  Vesoul ;  1,023  habitantes. 

RIOZINHO,  s.  m.  diminut.  de  rio,  peque- 
no rio. 

RIPA,  s.  f.  (do  Gr.  ripai,  escoras.)  fas- 
quia de  taboas,  paus  fendidos  que  postos  so- 
bre barrotes  formara  grade. 

RIPA.  V.  Riha^  Ribanceira, 


RiPAL,  adj.  dos  2  g.  [ripa,  des.  adj.  ai,] 
Pregos  ripaes^  com  que  se  pregam  as  ripas 
aos  barrotes. 

RiPANÇADO ,  A  ,  p.  p.  de  ripauçar ;  adj. 
preparado  com  ripanço  (linho). 

RiPANÇAR  ,  V.  a.  [ripanço,  ar  des.  inf.) 
preparar  o  linho  com  o  ripanço,  separar  a 
baganha. 

RIPANÇO,  s.  m.  (do  Fr.  responder.)  livro 
que  contém    os  officios  da  semana  santa 

RIPANÇO  ,  s.  m.  (de  ripar.)  instrumento 
dentado  com  que  o  jardineiro  raspa  a  terra 
e  ajunta  as  pedras  ;  instrumento  de  páu  com 
que  se  separa  a  baganha  do  linho.  — ,  (de 
repouso.)  camilha  de  dormir  a  sesta,  espre- 
guiceiro. 

RIPAR,  V.  a.  (do  Lat.  rapio  ou  arripio, 
ere ,  puxar,  arrancar.)  tirar  a  baganha  ao 
linho  com  o  ripanço;  ajuntaras  pedras  com 
o  ripanço.  Ervilhas  de  —  ,  cozidas  com  as 
vagens,  que  se  comem  puxando  pelo  pedún- 
culo. — ,  (chulo)  agadanhar,  roubar.  — ,  (de 
ripa,  taboa.)  gradar  com  ripas  os  caibros  do 
telhado. 

RiPAULT,(hist.)  antiquário  e  philologo  fran- 
cez,  nasceu  em  1775,  morreu  em  t8?3.Foi 
um  dos  redactores  aa  Gazeta  de  França  no 
tempo  da  revolução.  Deixou  uma  Historia 
de  Marco  Aurélio,  e  uma  Descripção  dos 
principaes  monumentos  do  Egypto. 

RipERT-MONCLAR,  (hist  )  magistrado  fran- 
cez,  nasceu  em  i711,  morreu  em  1773.  Dei- 
xou diversos  Opúsculos  e  Memorias. 

RiPHEOs  ou  RHiPEOS  (moutauhas),  fgeogr.) 
chamadas  também  Hyperboreas,  cordilheira 
de  montanhas,  que  os  Gregos  collocam  va- 
gamente nas  paragens  septentrionaes. 

RipiA  ou  REPiA.  V.  Arrepia. 

RipiADO ,  adj.  m.  que  tem  ripios.  Ver- 
sos — s. 

RipiNiiA,  s.  /.  diminut.  de  ripa,  fasquia. 

Ripio,  s.  m.  pedrinha  de  encher  os  vãos 
que  na  parede  deixam  as  pedras  maiores  ; 
(úg.)  cunha,  palavra  que  entra  no  verso  só 
para  OEcher  a  medida. 

RiPON,  (geogr)  Rhidogonum,  cidade  de 
Inglaterra,  a  8  léguas  ao  NO.  de  Torck ; 
5,735  habitantes. 

RipRiCAR,  (anl.)  V.  Repicar. 

RipUARio,  A,  adj.  (do  Fr.  Ripuaires,  tri- 
bu  dos  antigos  Francos  que  habitavam  as 
ribas  ou  margens  do  Rheno.)  Lei  —  ou  «a- 
lica,  instituída  pelos  Francos  lipuarios. 

RIQUEZA,  s.  f  (de  rico,  des.  eza  )  abun- 
dância dos  bens  da  fortuna. — ,(ant.)  valor 
intrinseco  da  moeda.  A  —  da  nação,  a  tota- 
lidade do  que  ella  possue  e  produz. 

Syn.  comp.  Riqueza,  opulência.  Riqut- 
za  é  n  superabundância  debens  da  fortuna 
ede  cousas  preciosas.  0//w/«ficia  é  a  grande 
rúiueza  acompanhada  de  ostentação,  e  tal- 


HI9 


HIS 


m 


TeK  de  poder  o  inílaencia.  A  riqueza  consis- 
te na  posse  ;  a  opulência  no  gozo  apparalo- 
so  dos  bens  da  fortuna.  O  avarento  que  en- 
tesoura e  não  gasta  é  rico,  mas  não  opulen- 
to ;  o  fidnlgo,  o  lavrador  abastado,  qu«  não 
entesoura,  e  gasta  com  ostentação  suas  ren- 
das, é  opulento,  sem  deixar  de  ser  fico.  Po- 
de-se  ser  rico  sem  ser  opulento,  mas  não 
opulento^  sem  ser  rico  ;  por  isso  se  diz  rico 
e  opolento,  e  não  opulento  e  rico. 

RiQuiER  (S] ,  (hist  )  abl>ade  de  Centule, 
no  Ponthieu,  morreu  em  645.  E'  fost*»jado 
a  26  de  Abril  e  a   W  de  Outubro. 

RiQuiOTA.  V.  Uécova. 

RiQUissiMAMBNTK ,  adv.  supcrl.  do  rica  • 
mente. 

riquíssimo,  a,  adj.  superl.  de  rico,  mui- 
to rico,  mui  custoso,  v.  y.  homem  — .Des- 
pojos — .  Adereço,  vestido  — . 

RIR  ,  t).  o.  ou  n.  (Lat.  rideo,  ere  O  ra- 
dical é  imitativo  do  som  que  faz  quem  ri.) 
movimento  dos  órgãos  da  voz  cnm  que  ex- 
primimos grande  alegria,  prazer  do  acto  ou 
dito  faceto,  ou  por  escarneo ;  (fig  )  mostrar 
aspecto  risonho,  v.  g,  o  céu  ri.  Demócri- 
to de  tudo  ria.  —se,  v.  r.  rir;  escarnecer, 
mofar,  v.  g.  — de  todos  ;  (fig.)  mostrar  ap- 
parencia  alegre.  Iti-se  a  Aurora ;  o  prado. 
A  clara  noite  se  lhe  ri  —  ou  — se  ás  pa- 
redes, (loc.  famil.)  o  rir  dos  tolos,  rir-se  co- 
mo os  parvos. 

RIR,  V.  a.  ant.  e  hoje  só  usado  na  poéti- 
ca, escarnecer  rindo-se,  v.  g.  —  os  males 
alheios.  «  Rimos  o  alheio  prazer.  »  Sá  Mi- 
randa. 

RIS,  (geogr  )  vilia  de  França  a  6  léguas 
e  meia  ao  WO.  de  llorbeil,  sobre  o  Se- 
na. 

risa.  V.  Risada. 

RISADA,  s.  f.  [riso,  des.  s.  ada.)  riso  sol- 
to. Dar — .?. 

RISA50,  (geogr.)  cidade  da  Áustria,  sobre 
o  Adriático,  a  5  léguas  ao  NO.  deCattaro; 
3,1^0  habitantes. 

RisBECK,  (hist.)  escriplor  allemào,  nasceu 
em  HoBchst  em  l7òO,  morreu  em  Í78d.  Dei- 
xou os  volumes  2  o  3  das  Cartas  sobre  os 
frades,  uma  Viagem  em  Allemanha  ,  uma 
Historia  de  Allemanha. 

RI8B0RD0,  s.  m.  (do  Fr  ant.  rés,  nirel- 
ou  de  ré,  a  popa  e  bordo.)  (naut.)  porti- 
nhola ao  lum^  de  agua,  para  introduzir  mas- 
tro ou  volumes  semelhantes. 

RISCA,  *.  f.  traço,  rasgo  de  penna,  ou  fei- 
to com  ponteiro  ou  buril,  linha  traçada,  v. 
g.  em  papel,  lamina  do  metal,  páu,  pedra. 
As — s  da  palma  da  mão,  as  linhas  que  se 
notam  na  pelle.  Pano  de  — s,  listrado,  ris- 
cado. A'  — ,  adv.  cora  escrupulosa  exacti- 
dão. Observar,  cumprir  á  —  a  lei,  as  ordens, 
a  promessa.  Pagar  á — .  — ,nojogodabo- 

TOí..    IT. 


Ia  e  da  laranjinha,  raia,  meta;  signalpara 
marcar  os  pon'os. 

luscADA,  s.  f.  [risca,  des.  ada,  que  de- 
nota prolongação.)  risca  para  borrar  a  es- 
criptura. 

RISCADO,  A,  p.  p.  de  riscar  ;  adj.  em  que 
se  traçam  riscas  ou  riscos.  Panos  ou  chitas 
— *.  — s,  tícidos  com  listras  ao  longo  de  côr 
diíTerente  do  fundo. 

nisCADOR,  A,  adj.  que  risca,  traça  riscas 
ou  riscos. 

RiscADURA,  s.  f.  (des.  ura.)  acção  de  ris- 
car;  riscos  para  borrar  a  escriptura. 

RISCAMBNTO,  s.  w.  V.  Riscadura. 

RISCAR,  V.  a.  (do  Gr.  arassô,  romper,  cor- 
tar.) traçar  riscas,  borrar  com  riscas  a  es- 
criptura. —  com  penna,  ponteiro,  buril. — , 
debuxar,  traçar  o  pintor  ou  o  architecto 
o  risco.  — o  estoffo,  tecê-lo  com  raios  ou  lis- 
tras de  côr  differente  do  fundo.  — dos  livros 
de  El-Rei  e  do  seu  serviço,  demitti-lo,  ris- 
car o  nome  do  sujeito  —  os  pontos  nojO' 
go,  marca-los  com  riscos.  — por  cima,  (fig.) 
avantajar-se. 

RiscLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  11 
léguas  ao  iNO.  de  Miranda  ;  1,600  habitan- 
tes. 

RISCO,  s.  m.  (mesma  origem  que  mear.) 
risca  traço  feito  com  penna,  ponteiro,  bu- 
ril ;  debuxo,  planta  de  edifício,  delineação 
sobre  pano,  — ,  raia,  meta.  Pôr  ou  lançar 
o — mai-!  alto  que  outrem,  avantajar-se-ihe. 

RISCO ,  s.  m.  (Cast.  riesgo,  Fr.  risque, 
ítal.  rischio,  que  creio  derivados  do  Lat.  res- 
cindo, ere,  issus,  cortar,  romper,  abrir  pas- 
sagem.) lance  perigoso.  Correr  — ,  expôr-se 
a  perigo.  Em  —  da  cicia,  expondo-se  a  per- 
de-la. Dar  dinheiro  a — ,  (phraz.  mercan- 
til) correndo  o  risco  de  o  perder  pelo  máu 
successo  da  expedição  marítima.  Segurar  o 

—  do  mar,  do  ioimigo.  — ,  (ant.)  penhasco, 
mui  alto  e  alcantilado. 

Riscoso.  V.  Arriscado. 

RSiBiLiDADE,  s  m.  [áes . idade .) qualiddi- 
de  risivel. 

RISINHO,  s.  m.  diminuí  de  riso. — de 
escarneo,  sorriso  mofador. 

risível,  adj.  dos  2  g' [Lat.  resibilis.)  que 
excita  o  riso,  move  a  riso.  Ditos,  gestos  ri- 
siveis.  — ,  que  gosa  da  faculdade  de  rir.  O 
homem  é  animal  — . 

RISO,  s.  m.  (Lat.  risus.)  acto  de  rir;  es- 
carneo, mofa.  Cousa  de  —  ,  risivel,  ridícu- 
la. Mover  —  ou  o  riso,  excita-lo.  Dar  — , 
causa-lo  Fazer  —  de  alguma  cousa,  met- 
t(í-l:i  em  derisão.  Trazer  em  —  e  jogo  fa- 
zer  zombaria,  mofa.    Ferreira,  í<onet.  Ser 

—  a  alguém,  objecto  de  irrisão.  —  ,  (fig.) 
apparencia  risonha.—*,  zombaria. 

RISONHAMENTE,  adv.  [mentc  sufiT.)  com  ar 
risonho. 

114 


m 


RIV 


RÍZ 


RISONHO,  A,  adj.  que  exprime  riso ;  da- 
do a  rir,  que  ri  facilmente  ;  que  causa  riso. 
Semblante,  aspecto  — .  — ,  alegre,  favora- 
fel,  V-  g.  a  —primavera,  aurori  Apodos 
risonhos. 

RisoPííÀéos,  #  tn.  pi.  [do  Gr,  oryza,  ar- 
roz, e  fhagô,  comer)  povos  da  Elhiopia  que 
tívem  princiipslmeiíté  de  arroz. 

RISOTA,  s.  f.  riso  mofddor. 

RisoTÉ,  s.  dostg.  pessoa  que  ri  pores- 
carneo,  zombando  de  alguém    Dar  objecto 

aofs  — *. 

RispiDAiiEíítií,  adt.  [mtntt  stjff.)  Com  ris- 
pidez. 

RispiDEí!,  5.  f.  (des.  ei]  qualidade  ríspi- 
da. 

Ríáptfyo,  A,  àdj.  (do  Lat.  hispidus,  espi- 
rífeóstt,  áspero,  erc  inlensitivo)  áspero  Ue- 
ftio,  humor  — .  Versos,  sj-llabas  — s.  Ferro 
^f^,  agro,  quebradiço,  pedrex. 

RiSso,  s.  m.  panno,  velludo  de  seda  ou 
H. 

iiistÉ  oti  RíSTRE,  s  m.  (V.  Reste)  peça 
de  ft^rro  em  que  o  cavalleiro  embebe  o  con- 
to da  lança  encostada  ao  peito  direito,  qaaii  • 
do  a  leva  horizontalmente  para  ir  encontrar 
o  adversário. 

Alto,  i.  m.  (í.at.  ntu.<()  ceremonia  reli- 
giosa. O  antigo  — ,  a  lei  velha.  Fazer  al- 
guém do  seu  — ,  converter  a  sua  religião. 
Á  Congregação  dos  — s,  tribunal  em  Roma 

3tíe  decide  todas  as  questões  deèeremonial, 
é  {)récedeneias  e  de  cânonisações. 

Syn.  comp  Riío,  ceremonia.  O  rito  éa 
feiíoião  de  todaâ  as  ceremonias  d*um  coito 
religioso,  não  precisamente  postas  em  pra- 
tica, senão  corripilaífas  por  escrito  para  sua 
èxeiiução,  é  autorizadas  pelo  Summo  Pon- 
tífice, ou  patriarcha  d'algum3  seita  ;  por  isso 
Se  diz  o  rito  g''ef?o,  etc.  As  ceremonias  são 
o  modo  porque  este  rito  se  executa  Rito 
exprime  mai*  que  ceremonia.  O  ritual  ro- 
mano, entre  nós,  prescreve  as  ceremonias 
t&Oi  qtie  se  deverfí  celfíbrar  tH  fvííífiíos  dl- 
vinoi; ;  a  manoira  dft  exefíjta-los  são  *»?  cf- 
Hrhoniái. 

RiTTER.,  (hist  j  phy-iòo  a  feãião,  naséo:j  em 
I77C),  mofreu  cm  \ê\t  Deixou:  PMrade 
õiiíí  a  ã&ção  da  vida  ê  sPMttre  ac<>n\.páfíHá- 
da  do  golvanrstho  ;  Cúfitrihui^do  pãtà  o 
conherÃmento  maii  particular  do  gahãnii'- 

mó. 

RITUAL  adj.  dosíg.  (Lat.  Htualis)  que 
ensín/t,  cofrtêiti  OíS  HíOS,  relativo,  concernen- 
Tê  *ritrys 

RíttÍAt.  .«.  rft.  (Lflrt.  Uluaff^  Vivto  que  tra- 
íra dos  ritos,  doceremonial  religioso. 

RiTfL»LMÉNf  R,  adv.  {méute  sufT.)  conforme 
ao  rito,  áo  í-f  remonial  religioso. 

íMVA.  V.  Riba,  Praia,  Margérh. 

RIVAL,  adj.  dos  i  g.  (Fr.  rivaL  á6  Lrtt 


rivalis,  propriamente  que  h«bita  as  margens 
de  um  rio,  e  participa  das  suas  aguas,  o 
que  estabelece  direito  igual,  competição  aó 
uso  d'ellas)  competidor.   Potencias  rivais. 

RiVAL,  s.  dos  2  g.  competidor,  concur-^ 
rente,  v.  g.  —  cm  amor,  no  poder,  naspré- 
tenções 

RiVAíJDAôtí,  i.  f.  (Lai.  rivdlitas,  tii)  ò 
SeT  rival,  competência  acompanhada  com  vio- 
lência. 

KiVALiSAR,  t>.  n.  (Fr.  Hvalisér]  ser  rival, 
entrar  em  compéteriôí*  (iom  alguemí.  par^ 
obter  a  posse  de  um  objecto  cubicado. 

RiVALis.\R,  V.  a  (p.  \ii.)  meter  em  riva- 
lidade, excitar  a  rivalidade,  t.g.  —  os  bons 
engenhos  ;  —  as  nações 

RivAROL,  (hist.)  escriptor  frartcez,  nasceu 
em  1753,  morreu  em  1^)1.  Foi  um  dos  priti- 
cipaes  autores  dos  Actos  do$  Apóstolos,  btít- 
xou  :  Discurso  sobr«  a  universalidade  da 
língua  franceza  ,  Vida  politica  do  senkot 
de  Lafayette. 

RivAROLA  (g^^ogr.)  cidade  dos  Est.-íd  )s  Sar- 
dos, a  4  léguas  ao  NO  de  Chivasáo;  5,20í) 
habitantes. 

RiVE,  (hisl.)  bibliOgrapho  francez,  ni5Sceu 
em  1730,  morreu  em  1792.  Deixou  muitaâ 
obras,  entre  ellas;  Esclarecimentos  sobre  ai 
cartas  de  jogar. 

riVe-D!í-6íêr  ,  (geogr.)  cidade  de  Fr.Ti- 
ça,  sobre  oGier,  a  5  léguas  ao  NE  de  San- 
to Kstevão  ;  9,560  h.lbiíantf«s 

ftivES.  (geogr.)  cidade  dé  França,  a   .  lé- 
guas ao  NO.  d*?  Grenóble  ;  2,220  habitan 
tes. 

RirtSALTES,  (geogr.)  cilade  de  França, 
sobre  o  Ag!y,  a  t  léguas  e  um  quarto  N. 
de  Perpignan  ;  3,400  habitantes 

RiviNO,  (hist.;  o  seu  verdadeiro  nome  era 
Bachmann,  medico  e  botânico  allemão,  nas- 
ce^i  en  H35^,  morreu  em  17  .3.  Foi  o  pri- 
meiro que  na  sui  Introdartio  ai  rem  her- 
bariam,  iniroduiiti  íiníà  classiticáção  das 
plantas  fundadriá  s^sbre  a  c^^^t^ié. 

RlVí1(.r,  (g?»0^í  )  Wp»hi,  ftí4a  i^  do^  Es- 
íídus  Sar'loí.  a"'5  l»'guis  Ò  ^U  Tíirrm  ;  &,1W) 
hMiftafíUíS. 

Ktxtii.í,  ígfíogr)  cida<lVí  dW  reino  Loffibaf^ 
do  V<'ne'sia!to,  perlo  dfí  Adig^,  #  5  Feçííá^ 
e  mh  ?t.  O^    de  Ver  mi. 

RIXA,  6*.  f  (i  af.  tiJíA.  de  tii&rè,  derrv.  do 
Gr.  rhfíxis,  disputa,  contenla,  de  arnssâ, 
romper,  ferir)  briga,  disi^ordla,  òontenda. 

RfXADOR  ou  RIXOSO.  A,  fídj .  (Dat.  tiiiíúlius) 
dado  a  rixas,  a  brigíís. 

KiXHKtM  ou  RR vi."<r,  (geogr.)  viliadeFraíi- 
çá,  ai  léguas  K.  de  ^liilhou^í ;  f,!í5()  ha- 
bita nfís. 

ft!i«if,  fgên^ry  cida-de  da  Turquia  asi.f- 
tica,  sôBfe  o  ma?  i^e^rof,  á  10  le^^uá-S  *0.  de 
Trebiionda ;  2,500  babitatates. 


iM^ 


ftOfi 


ISt 


RiZKS,  «.  m.  p/.  (Fr.  rú)  (naut.)  as  tran- 
ças que  se  enfiam  nos  ilhós  dos  dois  ifirços 
das  víílas  do  navio,  por  onde,  quando  o  ven- 
to é  muito  forte,  $e encolhem.  Wetter  a  v»ia 
nos  rize^  ou  ridês. 

Rizzio,  ou  Riccio.  (David)  (hist.)  sucip- 
ííitiKj  o  favoril)  de  Matia  Sluarl,  era  muilô 
fèlo  fi  curou vado,  pofem  pelo  seu  espirito 
soube  agradar  á  s()l)»'rana.  Henrique  Harn- 
lej,  segundo  nj«rido  da  rainli.!,  concbuu 
ciúmes  delle  e  feí-o  assassinar  no  próprio 
quarto  de  Maria  Sluart,  que  eslava  gra- 
vida. 

REjev  —  BOLODiMEROv  .  ( gcogr. )  Cidade 
da  liussia  furopua,  a  28  léguas  S.  O.  de 
Tver;  9,0000  habitantes. 

AoANNK,  ígeogr.)  Hudumna,  cidade  de 
F^arlça,  «  :•  1  léguas  ^.  do  Mjótbrison  so- 
bre o  loire  :  9,í/10  hshitantts. 

ROANOKE,  (gengr.)  rio  dus  Estãdus-Uni- 
dos,  naèco na  Virgínia,  perto  de  Chri&lians- 
hurgo,  corre  a  E.  S.  E.,  entra  na  Carolina 
do  .^orle,  e  lança-se  nogolpho  Albemarle. 

roataU  (geogr.)  ilha  da  bahia  d'Hoíidu- 
ras.  para  o  lado  de  Guatimfila. 

AOAZ.  adj.  dos^ g.  (de  roer,  des.  az)  que 
roe,  devora,  voraz,  (.obo  — .  Moraes  verte 
í^^ub^z,  arrebatador  do  q^ie  pode  torrar ; 
tfias  o  sentido  próprio  é  tirado  da  acção  'íe 
rt)írr,  devjta',  dyquovem  a  accepção  íigu- 
rada,  murmurador,  maldizente.  Lingua—, 
mordaz. 

roaZ,  5  m.  nome  de  uni  pAxe  dó  qn^  se 
faz  menção  no  Foral  de  Setúbal 

roballo,  s.  tá.  peixe  chamado  lupíi$  ovt) 
Latim. 

ROB.^Z,  adj.  dos  "•  g  (de  roiíbâr]  (ant.) 
roubador,  que  arrebata,  rapace.  Lobos  ro- 
btízes,  Sá  ^ir. 

kddi;e  dr  BSAufKSET,  (hlst  )  poeta  fran- 
cês, nasíeu  em  1711,  morreu  em  'i7íH.  A 
sna  II  elhor  oLra  éum  poenYa  er:i  6  cwnlns 
intitulado  as  Victimeis  do  despoiUmo  papal. 

Robe,  (ánt.T  V    Atiohe.  e  Doce. 

ROBERTO,  (hist  )  appeilida  ioo  Forte,  tron- 
co dos  Ca  petos,  era,  segundo  uns,  Saxo- 
nio  de  origem,  segundo  ontros,  oriundo  fie 
Childebrand,  irmão  de  Carlos  M a rtcíl.  Círios 
o  Calvo,  investiu  o  no  condado  de  l'ariz  ^ rn 
861,  na  Marcha  Angevina  ou  condado  lU^ 
Adjou  em  864.  Mosirou-se  intrépido  inind- 
go  U  )S  Normandos,  mas  a  íinal  foi  victima 
delles  em  866. 

RcBKRto  I,  (hist.)  rei  de  França  ,  2.°  fi- 
lho  de    Roberto-o-Forte.  e  irmão  d^Eudts, 
foi  eleito  rei  eirt  ^o  ssons  tm  t)-2,  era  op 
posição  a  Carl(.s-o- Simples,  foi  morto  tta  ba- 
talha de  í^oissons  era  yi3. 

ROBERto  n,  (hist.)  o  l'iedoso,  rei  de  Fran- 
ça, de  b96  n  W^i,  lilbtí  <fè  Hugo  Capelo, 
foi  associado  por  sfu  i;ai  á  coroa  etj988, 


L 


foi  excommungado  em  998  pelo  papa  por 
ter  casado  forn  R<rl'iade  fJorgo  iha,  .>;u"'  pa- 
renta ;  substituiu  .1  por  *  onstança  de  Ar- 
1«'S,  que  o  to-ri  "(1  muito  desgraçado;  seus 
filhos  du  is  vrtZ(S  se  revoltaram  contra  elle 
por  in5tigaçõ»«s  de  sua  esposa,  nà  >  poude 
obtar  ás  p^^rtençôes  di  iraperailor  tAmrado 
111    sobre  o  reino  de  Borgonha  ou  de  Ar- 

ftoBERTO,  (bf  i  ;  -f  V>;lho,  «íilqtíe de  f?or- 
gonhá.-  K°  filii  *  ie  R.tbHMo  li,  r.-ide  Fran- 
ça, tentou  'l^nUí^  supplantár  seu  irmío 
ílertrique,  qir;  rt.TÍa  SíiiCcédtT^r  no  Iron.).  foi 
investido  por  esie  meSmo  ir/nào  no  ducfi- 
do  de  Bori^onha  hhi  f  t)  )2,  e  rtiorreii  etn  1075 
depois  de  u  u  reui.ido  manchado  por  mui- 
tas violências. 

ROBERTO  B'ARTT>f<;,  (hist  )  O  VahnU,  tr^ 
raãa  de  S.  Luiz,  srguiu  este  prinríipe  ao 
Lgy[)to,  oiirU-,  <if,i],  contra  as  orlens  do  rcí, 
a  batalha  de  MauiOnrah  ;  g-mhou  a  victo- 
riá,  míts  morreu  perseguindo  Os  fugitivos. 
Seu  filho,  Roberto  11  d'Arto!s,  seguiu  ^. 
Luiz  na  segunda  cruztda  foi  d-^poi^ornsoc- 
corro  íie  Orlos  de  .Anjou,  rei  de  Napo!(»se 
derrotou  os  Aragoru-z^s;  foi  morl()  na  ba- 
talha de  O-HiHenn^em  t;í;?2.  llobnrti»d'Ar- 
tois,  neto  do  i^rí>iced.^^fe  foi  despojado  do 
condííHo  d'Artois  por  sua  tia  ^í  ^h.iut,  pediu 
o  auxilio  do  rei  deí^rahç.i.  Pbiiippe  de  V»»- 
lois,  para  «  recuperar,  oD-ino  este  lho  uíí- 
gassc,  re{f-5rtti  se  Jr  Inglaterra,  escons'!h)u 
tduardo  il!  para  que  (izesse  ^irferra  a  í^i- 
lípp'Ô  e  ú  qnA  tOth?5s-e  o  (hirlo  dh  trí  d« 
França.  Morreu  era  l'>'f2. 

RóSíTrtto  I,  (rri^t  )  O  Mií(fiíi^rò\i<\^D}ii- 
bo,  dnqiie  de  Nu;- nàri /ia,  à  *  (ifho  du  d.i;- 
qrn^  fticardo  II,  substituiu  em  tOÍ8  seii ir- 
mão Ricario  111;  ri^p/i  hiu  múHas  revoltas 
nos  ènus  estados.  Qi/eí-endo,  tspíar  as  fâí- 
tas  dl  ^ua  miícidadè,  Vá  t'rnj")erft.;^i'fnaçào'^ 
Jerus.iiofo,  e  morreu  em  ."Siceá  en  1()Ío, 
quan  io  j4  volta^va  para  os  seu>  »  sta  tos. 

ROBERTO  n.  (hist  )  o  Pèrtia-CUrta.  Còiir- 
te-llcast',  diiquí  da  !Norriiandia,  de  íWííí 
ílíVí,  filho  primugeiiilo  do  .«uilherme  o 
Conquistador,  tinha-èe  revolta  lo  corrtra  seú 
pai  para  o  obrig  r  A  cedér-lhe  a  Norman- 
dia. Disputou  a  coroa  de  Inglaterra  a  seu  ir- 
mão ,  (luilherm^ô  Vermelho ;  empenhou 
o  seu  ducado  para  obter  meíos  de  ir  á  l.' 
cruzada,  cobriu-se  de  gloria  nesta  expedi- 
ção, mas  foi  privado  do  trono  do  Inglater- 
ra por  seu  irmão  Henrique,  que  tambeiti 
invadiu  a  Normandia;  battido  por  die  erà 
Tinchfbray.  foi  jhresoíio  cáât^-llo  de  Cardiff, 
onde  roorreu  em  113'. 

ROBERTO  GLiscARD,  (hisl.)  O  Prudenle, 
doque  de  ÍNíuillíe,  um  dos  lílbos  de  Tan- 
credo de  Hí  ut»  villc,  surced»  ti  a  OnfrOi  co- 
mo condB  d6  Pouiilé  etn  1057,  coDcTuistou 


4&e 


ROB 


ROB 


a  calabria,  »poderou'se  do  principado  de 
Salermo  e  de  Benavente,  tomou  Corfou, 
Bbtrinto,  batleu  Alexis  Comnene,  mas  foi 
obrigado  a  voila-las  aos  seus  tstados  par» 
os  proteger  contra  o  iniperador  Heiirique 
IV,  livrou  o  papa  Gregório  Vil,  cercado  no 
Castelio  de  S.  Angelo,  e  morreu  pouco  de- 
pois em  i085. 

ROBERTO  I,  (hist.)  príncipe  de  Capua  e 
conde  d'Averse,  d'origem  normanda,  suc- 
cedeu  a  seu  irmão  i*icardo  II,  e  teve  por 
successor  Jordão  11.  lioberto  II,  filho  de 
Jordão  II,  ssucf edeu-lhe  era  1127,  morreu 
miseravelmente  preso  por  Guilherme  I. 

ROBERTO  d'anjou,  (hlst.)  O  sabio,  rei  de 
Rapoles,  3.°  filho  de  Carlos  o  coxo,  succe- 
deu  em  1309  a  seu  pai,  rei  de  ííapoles, 
pela  protecção  dos  papas,  com  prejuizo  de 
Charoberto,  filho  de  seu  irmão  primogéni- 
to, morreu  em   i343. 

ROBERTO  DE  couRTENAY,  hist.)  imperador 
latino  de  Constantinopla,  succedeu  a  seu 
pai  Pedro  de  Courtenaj,  no  fim  do  anno 
de  1218,  fez  guerra  a  Vatacio,  imperador 
de  ^'icea,  morreu  em  Acha  ia  em    1228. 

ROBERTO  ,  (hist.)  o  brcve  ou  Clemente, 
imperador  d'Allemanha,  nasceu  em  1352, 
era  filho  de  Roberto-o-Tenaz,  conde  pala- 
tino de  Baviera,  pertencia  ao  ramo  Rodol- 
phino  da  casa  de  Wittelsbach  ;  foi  impera- 
dor em  14(J0,  depois  da  deposição  de  Wen- 
ceslau,  tentou  debalde  reconquistar  o  iMila- 
nez,  morreu  em  1410, 

ROBERTO  1  BRUCE,  (hist.)  rcí  d'Escocia.  V. 
Bruce. 

ROBERTO  II  STUAHT,  (hist.)  rei  de  Escoc'a, 
nasceu  em  13 'O,  succedeu  a  David  II  em 
13i0,  consohdou  a  sua  autoridade,  apezar 
da  opposição  de  WiUiam  Douglas,  renovou 
alliança  com  a  França,  fez  guerra  a  Ingla- 
terra, ganhou  a  batalha  d'Oiterburn  e  mor- 
reu em  1390. 

ROBERTO  iir  STUART,  (hist.)  filho  de  Ro- 
bero  II,  succedeu-lhe  em  1390  Teve  ao 
principio  que  acalmar  algumas  desordens  o 
a  repeliir  Henrique  IV.  morreu  em  1406, 
de  desgosto,  porque  seu  filho  Jacques  ti- 
nha caido  nas  mãos  dos   ingUizes. 

ROBERTO.  (S)  ,  (his.)  chamado  Roberto  d: 
Champanha,  nasceu  em  lOíiO,  morreu  em 
1110,  fundou  em  1075  a  abbadia  de  Mo- 
lemes,  é  festejado  a  29  de  Abril. 

ROBERTO  DE  GÉNOVA,  (hís.)  papa,  era  bis- 
po  deTherouana  e  cardeal,  quando  foi  elei- 
to papa  com  o  nome  de  clemente  Vil  em 
1336  por  15  cardeaes,  que  alguns  annos 
antes  tinham  eleito  Urbano  VI.  Estas  duas 
eleições  cauzaram  um  scisma,  que  durou 
mesmo  depois  da  sua  morte,  a  qual  suc- 
cedeu em  1:í94. 

ROBERTO  Dn  TAUGONOT,  (hís  )   geographo 


írancez,  nasceu  em  1688,  morreu  em  1770 
Deixou  :  Geographia  sagrada,  e  um  Atlas 
Vnhersal.  Seu  íilho  Hodier  Roberto,  nasceu 
im  1723.  morreu  em  1786.  Deixou  ;  Geo- 
gríiphia  antiga,  einstiluições  geographicas. 

ROBERTO,  (Fr.) ,  (his.)  geographo  francez, 
nasceu  em  1/37,  morreu  em  18:9.  Deixou 
uma  Geographia  Elemerttar,  e  um  Diccio- 
nario  (jeographico 

ROBERTO,  (hist )  pintor  francez,  nasceu 
em  1733,  morreu  em  1808.  Os  seus  me- 
lhores quadros  são  :  o  Tumulo  de  Maria  ; 
a  Ponte  de  Gardee  as  catacumbas  de  Pa- 
ris,  ttc. 

ROBERTO  (Leopoldo),  (his.)  celebre  pintor 
francez,  nasceu  em  1794,  suicidou-se  em 
1 835,  victima  de  uma  paixão  :  Os  seus 
quadros  mais  conhecidos  são  :  o  Improvi- 
zador  Napolitano;  a  Madona  d' Acre,  e  os 
Pescadores  do  Adriático. 

ROBERrsoN,  (hist.)  historíador  escossez, 
nasceu  em  17il,  morreu  em  1793.  Deve- 
so-lhe  :  a  Historia  d'Escossia  nos  reinados 
de  Maria  e  Jacques  VI,  a  Historia  de  Car- 
los Quinto,  a  Historia  da  America,  etc. 

ROBiiRTSON,  (hist)  phisico  O  arcon^iuta  al- 
lemão,  nasceu  em  176*'?,  morreu  em  1837. 
l)eixou  Memorias  recreativas  e  scienti ficas. 

ROBEKVAL,  (hist.)  geouictra  francez,  nas- 
ceu em  lt)02,  norreu  eja  .675.  Inventou 
as  Curvas   chamadas  robervaliennas . 

ROBEsriERRE  (Maximlliauo),  (hist.)  um  dos 
personagens  mais  celebres  da  revolução  fran- 
ceza»  nasceu  ein  1.5W,  em  Arras.  Em  1791 
ganhou  a  favor  da  populaça,  de  quem  era 
o  oráculo,  nomeado  accusador  publico  no  tri- 
bunal criminal  do  Sena,  mostrou -se  de  uma 
C':ueldade  infinita.  Eleito  membro  da  Conven- 
ção dirigia  com  Danton  o  processo  de  Luiz 
XVI,  paralysou  os  esforços  dos  Girondinos  pa- 
ra salvarem  este  príncipe,  estabeleceu  o  sys- 
tema  de  Terror  em  toda  a  França,  e  era  tão 
odioza  a  sua  tyrannia,  que  nem  mesmo  pou- 
pou os  seus  coUegas  ;  que  sobreviviam  irrita- 
dos pela  sua  altivez,  ou  assustados  pelas  suas 
ameaças  reuniram-se  a  final  contra  elle  e  por 
proposta  de  Talliuu  a  Convenção  decretou  a 
sua  accusaçào.  Foi  morto  no  cadafalso  a  28  de 
Julho  de  1784 

noBESPiERRE  (.4g</itinho  Bom-Joze),  (hist.) 
irmão  do  precedente  foi  procurador  da  Com- 
muua,  e  depois  deputado  da  Convenção.  Ven- 
do seu  irmão  condemnado  á  morte  declarou 
que  tendo  partilhado  as  suas  virtudes  tam- 
bém queria  partilhar  a  sua  sorte,  expirou  no 
cadatalso  a  28  de  julho  de  1794. 

ROBiM.  V,  Rubim. 

RoBiNET,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu 
em  17ò5,  morreu  em  l820.  Adquiriu  fama 
pelo  seu  Tractado  da  Natureza. 

ROBLE,  s.  m.  {L&i.  robur)  uma  espécie  dei 


ROC 

carvalho,  arvore  que  tora  o  tronco  éramos 
tortuosos  e.i  casoa  esnabrosa.  E'meri05  al- 
to que  ocarvalh  >  ordinário. 

ROBLBDO.  s.   m    mata  de  robles. 

uoBLODO,  (geogr.)  cidaded'nispanhaameia 
légua  ao  >0.  d'Alcarsa  ;  7,uno  habitantes. 

ROBoÃo,  (h.  s.)  filho  de  Salomão,  foi  reco- 
nhecidí  rei  das  \"Z  tiibus  por  uiorte  de  seu 
pai  no  anno  1)62  antosde  Jesu-I.hristo,  mas 
canzou  pelas  suas  exaltações  uma  violenta  in- 
surreição Dez  ttibus  rccuzaram  obedecer- 
Ihe  e  oscolherarn  para  seu  rei  a  Jeroboão.  Foi 
então  que  se  formaram  os  dous  reinos,  o  de 
Israel  com  10  tribus,  e  o  de  Judá  com  2.  Ko- 
boão  reinou   8  annos. 

REBOisB  ou  KOLi.EBOiSE,  (gB  »gr.j  villa  de 
Françi,  a  2  l''guas  e  um  quarto  ao  ^0.  de 
Nantes  :  4U0  habitantes. 

ROBOLEiRA,  s.  /"  parle  de  bosques. 

ROBOR.A.   V,  Révora. 

KOBi  IAÇÃ.0.   V.   Corroboração. 

aoBORADo,  A,  p  p-  de  roborar  ;  adj.i^r- 
tali'i;ido,  corroborado. 

MOBORAMR,  adj .  dos  t  g .  (Lat.  roòom/is, 
tis,  p.  a.  df!  roòoro,  are)  que  fortalece,  que 
fortalece,  que  corrobora. 

ROBORAH,  V.  a.  (l.at.  roboro,  are.  robur, 
carvalho,  força)  fortr^lecer,  corroborar.  — 
o  estômago,  fortificar,  dar  força.  —  a  lei, 
as  provas. 

ROBORTEi  LO,  (hist.)  philologo  austriaco, 
nasceu  em  lol6  morrei  em  1667.  Deixou 
bellas  edições  dos  clássicos  gregos. 

RoBRE,  s.  m.  (i.at  robur)  robre.  E'  ant. 

ROB-RoY,  (histj  celebre  ladrão  escossez, 
nasceu  em  166U  ;  vendo  se  arruinado  pelo 
rigor  do  duquo  de  Montrose,  qupilhe  tinha 
adianl.-do  algumas  sommas,  vingou-se  d  -vas- 
tando-lhe  os  domínios,  e  mesmo  os  de  outros 
senhores  ;  afinal  levantou  o  blaken-mail  (ui- 
buto  doladrãoj  mediantíí  o  qual  poupava  os 
gadosdotiibulario.  Kube^lo-ttoy  morreu  sep- 
tuagenário e  s^cegado  em  sua  casa  em  1715, 

r;)Bustamente,  a(/p.  imcHíe  sufi.)  com  ro- 
bustez. 

ROBUSTEZ,  s.  f.  (de^.  ez)  a  qualidade  de 
ser  robusto. 

ROBUSTEZA.  V.  Rubti%lez. 

robustíssimo,  a,  adj.superl  de  robusto, 
mui  robusto. 

ROBi  STo,  a,  adj.  (Lai.  robusius,  feito  de 
carvalho,  rijo  como  a  madeira  dt>  carvalho) 
rijo,  forte,  de  muitas  forças.  Ânimo  — ,  es- 
forçadi),  firme.   Saudc  — ,   rija. 

roca,  s  f.  (Vr.  roc,  roche,  <>o  Vir.  rhox, 
rochedo,  penhasco  escarpado)  rocha.  <>ysial 
de  — ,  —  batida  das  ondas. 

ROCA,  s.  f.  (do  Arab.  roca;    íngl.  rock) 
instrumento  de  fiar  linho,  lã,  algodão  que 
as  mulheres  mettem  r.a  cinta.  K'deordina-i 
rio  uma  canna  fendida  ena  torno  longitudi- 

VOL.    fv 


ROÇ  457 

nalmente  junto  á  extremidade  superior  coro 
uma  rodinha  no  centro  que  forma  bojo  á 
roda  do  qual  se  envolve  a  estriga  ;  espada 
d*' pequenas  guarnições;  nos  viisiidos  anti- 
go-, tira  tvstreita  que  gt>  usava  nas  mangas, 
cHlça*  :  «  o  pelote  de  ■  s  roçagante,  com  ti- 
ras como  as  rexas  d.is  roca<í  de  fiar  —  de 
fogo,  vara  com  artilicioí  de  fogo  na  extre- 
midade, que  se  usava  n.i  guerra,  imagem  de 
— ,  cuja  p?rte  inferior  ó formada  de  bojo  de 
rooa  ;  a  peç»  da  laii>;a  da  argolinha  cercada 
de  raios.  — .?,  pi  (naul.)  peças  •íefj:adeira 
que  se  põem  em  roda  do  mastro  rendido, 
como  talas. 

ROÇA,  s.  /".  acçio  de  roçar  ;  terra  roçada, 
do  mato;  noBrazil,  terra  de  lavoura,  parti- 
cularmente do  mandioca. 

ROCA,  (antigamente  Promontorium  ma- 
gnum),  (geogr.)  cibo  de  Portugal,  onde  ter- 
mina a  serra  de  Cintra,  1  légua  ao  NO.  de 
Cascaes  o  da  foz  do  Tejo  :  é  o  ponto  mais  Oc- 
cidental do  continíiite  da  Europa.  Perlo  tem 
o  pharol  da  Guia  para  orientar  os  mariti- 
raos. 

ROÇADA,  s.  f  a  lã  ou  linho  que  se  põeá 
roda  da  roca  de  fiar ;  pancada  com  roca. 

ROÇADO,  A,  adj.  Mangas  — a,  eram,  nos 
vestidos  antigos,  compostas  deliras  ao  com- 
prido talhadas  para  deixar  ver  as  rour-as  por 
baixo.  Sapatos  — s,  com  a  extremidade  gol- 
peada. Manténs,  pcllotes  — s,  golpeados, 
fendidos  como  o  bojo  das  rocas  de  canna. 

ROÇADO,  A,  p.  p.  de  roçar  ;  adj.  que  se 
roçou;  que  roçou.  Mato — ,  Tinhão  — o  mato. 
esfregado. 

ROÇADOR,  s.  m.  o  que  roça. 

roçador,  a,  adj .  que  roça,  que  servô  para 
roçar.  Fouce  — ,  de  roçar  mato 

ROÇADURA,  s  f  (dcs.  wro)  o  acto  de  ro- 
çar ;  a  tirito. 

ROÇAGA?iTE,  adj .  dos  2  g.  (De  roçar)  Rou- 
pa ou  vestido — ,  que  tem  cauda  de  arras- 
tar pelo  chão,  larga,  vistosa 

ROCAL,  s.  m.  entiadura  de  contas,  ou  pé- 
rolas  que  as  mulheres  trazem  por  enfeite, 

rocalha    s    f.  avellorio  de  vidro  duro,  la  ■ 
vra  .0  em  forma  de   conias,  para  fazer  ro 
s.'irios. 

ROÇAM inouH,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  4  !e«uas  e  meia  1  E  de  '^ourdon  ;  1,100 
habitíinit.^s. 

roçamalha,  s.  f.  na  índia  é  o  mesmo  que 
e»toraque  liquido. 

RoçAasNTo,  5  in.  [mento  suíT.)  acção  de 
roçar,  aiirio.  O  —  da  rodoge,  dos  eixos,  das 
molas. 

ROÇAR,  V.  a.  (do  Lai.  ranço,  are,  roçar 
mato.)  c -rtar  o  mato  com  foucn ;  esfregar 
levemente,  u  g.  uma  bala  lhe  ropou  os  na- 
rizes. — ,  em  sentido  abs.,  locar  levemen- 
te. A  náu  foi  roçando  por  cima  do  baixo. 
H5 


458 


m 


ROC 


^— SE,  V.  r.  esfregar-se  ;  (fig.  e  famil.)  pa- 
recer-se,  ter  grande  analogia.  Isso  roça-ae 
com  cobardia  e  mentira.  Côr  que  se  roça 
cora  o  gridelem. 

ROÇAS,  (geogr.)  grande  aldeia  de  Portii- 
1^1,  no  concelho  de  (luiraarães,  '1,000  habi- 
tantes. Ha  uma  povoação  assim  chamada  nO 
^ncelho  de  Melgaço,  675  habitantes,  e  bil- 
tra [no  da  villa  d'Arouca,  700  habitantes. 

ROCAZ,  s.  m.  nome  de  um  peixe. 

ròcca-dei.l'aspro,  (geogr.)  cidade  do  rei- 
po  de  Nápoles,  a  4  léguas  ao  NE.  de  Ga- 
pacio ;  3,200  habilanles. 

ROCC\  Dl  PAPA,  (geogr  )  Algidnm,  villa 
dos  Estados  Ecclesiasticos,  a  1  légua  ao  8.  de 
Frascati ;  1 ,0.0  habitantes, 

RoccA-MAwnoLFi  ,  (geogr.')  cidade  do  rei- 
no de  Nápoles,  a  2  léguas  e  meia  a  O.  de 
»aJ8tto;  :^,400  habitantes. 

ROCCA  MONFiNA,  (geogr.)  Sucssa  AuruTica 
cidade  do  reino  de  Nápoles,  a  2  léguas  N. 
O.  de  Teano  ;  ^.  00  habitantes. 

ROCCA-SAN-FELic?:,  (gcogr.)  cidade  do  rei 
ho  de  Nápoles,  a  1  légua  S.  O.  deTrigen- 
to;  2,  Oy  habitantes. 

t .  ROCCA  SECCA,  (gGogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  a  2  léguas  e  meia  ao  NO.  d' Aquino 
2.500  habitantes. 

ROCCHÈTTA  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  a  légua  e  meiíi.ao  N.  de  Lacedogna, 
4,000  habitantes. 

ROCEDÃo.  s.  m.  o  íio  cora  que  o  sapatei- 
ro ata  o  coiro  sobre  a  fornia 

ROcéoA  ou  ROSsiÈGA,  .V.  f.  O  trabalho  6  o 
apparelho  de  tirar  do  fundo  do  porto  amar- 
ra» e  outros  ferros  peniidos. 

ROCEIRO,  s.  m.  (de  raça,  de  lavoura.)  o 
que  faz  e  planta  roças,  principalmente  de 
mandioca,  e  legumes,  no  Brasil 

ROCDA,  s.  f  (Fr.  roc/fCj  V.  Roca,  penhas- 
co.) penha,  penhasco;  pedra  ou  veia  delia 
mui  dura.  —  de  fogo,  ou  de  enxofre,  mas- 
sa feita  de  salitre,  enxofre,  pólvora,  etc.  , 
flue  talhada  em  pedaços  e  arremessada  ao 
inimigo,  arde  com  violência .  Exame  de  bom- 
beiros. 

ROCHAS,  (geogr.)  Ilha  no  mar  largo  ro- 
deada d'arrecifes,  no  archipelago  defronte 
da  entrada  da  bahia  Nilherôhi  ou  do  hio- 
de-Janeiro. 

ROCHAZ,  adj.  dos  2  </.  criado  nos  roche- 
dos, que  habita  os  rochedos,  como  as  aves 
áe  rapina,  liirifalte — . 

ROCHDALE,  (geogr.)  cidade  d'lnglaterra,  a 

a  léguas  N.d»  Manchester;20,0<  O  habitantes 

ROCHECHOUART,   (geogr.)  Rupcs    Cãvardi, 

cidade  de   França,  a    O  léguas  e  meia  a  U. 

de  Limoges  ;  4, '20  habitantes. 

ROCHEDO,  s.  m    (Fr.  rocher.)  penhasco. 

EOCH    F0rT0UR0CULPORT-SUR-llER,(gt0gr] 

Hupiforlium  em  látím  moderno,  a  3."  das 


grandes  postas  militares  da  França,  a  8  lé- 
guas vS.  K.  de  Rochella ;  15,450  habitan- 
tes. 

ROCHBFORT,  (geogr.)  cidade  de  França  a 
7  léguas  è  mtíia  de  r.lermont ;  1,430  habi- 
tantes. 

ROCH«FORT-EN-TEiRi,  viUa  de  França.  a 
7  Ipguas  e  meia  '6.  de  Vanes  61)5  habi- 
tantes. 

ROCHRFORT-suR-LOTRE,  (geogr.)  cidade  die 
Franç!?,  a  3  léguas  e  meia  S.  0.  d'Anger8; 
2,4(!0  habitantes. 

ROCHF.FORT,  (hist.)  Utterato  francez,  nas- 
ceu em  1731,  morreu  em  l788.  Iraduziu 
a  Illiada  e  depois  a  Odissea  em  verso  francez. 

rOchkiro.  adj.  V.  Roqueiro. 

ROCHELLA,  (geogr.)  Santonum  porlus, 
Rupella,  cidade  e  posto  de  França,  capi- 
tal do  dí^partamento  do  Charente  Inferior, 
a  12i)  léguas  S  O.  de  Paris;  1A,,8^0  faa- 
bitantps. 

ROCHEMAURE,  (geogr  )  Rupemorus,  cida- 
de t^>ança,  a  4  léguas  ao  SK.  de  'Privas; 
1,100  habitantes. 

RocHESTER  (geogr.)  Durobrivis  ou  Roffa, 
cidflde  d'Inglaterra,  a  11  léguas  ao  St),  de 
Londres;  Li, 000  habitantes. 

ROCH-RSTER,  (geogr.)  cidade  dos  i  stados 
Unidos,  sobre  o  grande  canal  d'Erié  e  áe 
tíennessee  ;  77  léguas  ao  Nt).  d'Albany  ; 
20,(  00')  habitantrs. 

ROCHESTER,  (J .  Wilmot,  coudô  dfe),  (hist.) 
corterão  e  ):)oeta  inglez,  filho  de  Henrique 
Wilmot,  peia  sua  fidelidade  aos  Stuarts,  nas- 
ceu em  11)48.  Era  homem  de  principio» 
oanito  depravados,  morreu  em  1680.  Dei- 
xou algumas  poesias  cheias  de  talento  e  gra- 
ça, a  maior   parte   são  satjras. 

RHCHETE  ,  s.  m.  (Fr.  rochet  )  sobre(  elliz 
roçada  e  crespa  de  que  usnm  os  bispos  e  ou- 
tros prelados  por  baixo  do  manteletè,  e  so- 
bre a  sotaina. 

ROCHOW,  (hist.)  astrónomo  e  navegante 
francez,  nasceu  em  1741  morreu  era  18  7, 
reconheceu  as  ilhas  e  os  escolhos,  quesc- 
param  as  costas  da  Índia  das  ilhas  de  Fran- 
ça p.  de  Bourbon.  Deixou  Memorias  sobre 
a  Mecânica  e  sobre  a  Phtjsica;  Nova  via- 
gem ao  mar  do  Sul;  Viagens  ás  Indiaa 
Orientaes  e  á  Africa,  etc. 

ROCIADA,  s.  f.  (de  rocio,  orvalho,  chuvei- 
ro, des.  s.  ada.)  orvalhada,  chuveiro.  As 
primeiras  — s ,  as  primeiras  horas  do  dih 
quando  crvalha.  Uma-  dp  setta?,  de  psco- 
petaria  ,  de  balas,  (fig.)  chuveiro,  grande 
quant  dade  successiva.. 

rociado,  a,  p.  p.  de  rociar ;  adj.  or- 
valhado, borrifado.  O  prado — ,  (fig.)  ba- 
nhado. Olhos  — s  de  lagrimas.  Moraes  com 
razão  reprova  as  expressões  metaphoricas : 
rociado  de  lagrimas  a  mares,  cfu  —  de  es- 


IlOT) 


fóOD 


459 


padanas  de  sangue  Este  sentido  nSoconvêoQ 
á  ideia  de  borrifo,  orvalho 

ROCtAft,  t.  a.(ro<rio,  orvallio,  af  des.  inf.) 
orvrtlhor,  borrifar.  « — cora  orvalho.»  ru- 
rais. 6  pIooti^sYno.  «  Rociou- ihe  as  armais 
com  o  sangue  delles.  »  .Mon.  I,iisrt. 

RrdíM.   V.  fíònifh. 
.       rocíisa!,.  V.   fíossifial. 

fc*'  ftoCIMÍA-DA  NltGHA,  ({(cogr.)  Povoaçfirt  da 
proviniia  dy  Min.'ts-(W'raes  nu  Hrazil  Ingua 
e  meia  aò  >'.  do  rit)  Parahibuna. 

KÓcio  ,  s.  m.  (Lat.  ros,  roHs,  orvalho.) 
orViílho,  chuva  tuiudíi  I>evêra  escrever- se, 
assírti  Côúio  os  áer\\diáo%,Yoscio,rosciarse 

Rocfó,  s.  í)í.  dií-^sò  hoje  geralmente  em 
vez  de  rtfecíò;  fira^a  publica.  O—  die  Lis- 
boa   V.  Recto. 

rocioso.  V.   Ofúnfkofo. 

iujCKiNGHA»,  fgeogt".)  vílla  d'fnglaterra,  a 
8  !♦  gUns  ao  ÍÍO.  de  >ortharapton  ;  500  ha- 
bit.itile'$. 

Hl  (íitlNGHAK,  (raarcjúBlí  íle),  (his  )  minis- 
tro ttiglfez,  nasceu  ertl|1 730,  morreu  em  1 782* 
tra  uín  dos  chefefe  do  partido  whig.  Fioi  ele- 
vado ào  Tfiiaisleriô  Corbó  pt-imeirò  loí-d  do 
thezouro  em  1705,  deu  a  sua  demissão  em 
176(3,  e  ioroou  a  ser  ministro  em  17*82. 

MOCLÓ,  s.  fh,.  (ant.)  capote  de  mangas  de 
pouca  roda,  hoje  denominado  joséxinko. 
Vem  do  Fr.  Roquelau^t,  ou  robt  à  iaRo- 
quehure. 

Roco,  s.  m.  ave  da  Ásia  de  grr.ndeza  e 
forç«  extraordinária,  mui  eelebfada  pelos  es- 
criptrt^s  asiáticos,  e  de  que  contaito  mil  fa- 
bulas. 

R0C0US8,  (geogr.)  vill.i  da  Bélgica,  a  1 
légua  e  um  quarto  ao  NO.  de  Liiege ,  400 
habitantes. 

ROCQUINCOURT,  (gcogr)  YÍlla  e  castello  de 
Fran.,a,  a  3  quartos  de  légua  de  Versa illes, 
sobre  uma  colima ;  200  habitantes. 

RoCHOY,  (geogr.)  cidde  forte  de  Fran- 
ça, a  7  léguas  e  meia  ao  INO.  de  Mezi- 
res,  em  uma  grandfe  planície  ;  3.(380  habi- 
tantes. 

ROUA,  s.  f.  (Lat.  rota,  de  rua,  ere.  Gr. 
rheô,  correr,  ttn  Sanscr.  ralha.)  peça  pla- 
na circular  que  gyrá  sobre  eixo  e  faz  mover 
cano,  ou  outro  corpo.  A^  —  s  do  carro.  — 
dentada,  com  irfdfntaçôes  qii«  errgTaYizam 
em  outras  correspoiídentes.  —  de  coroa  ou 
de  chão,  qúe  terb  os  dentes  pãralleíos  á  cir- 
cuDiferehcia  qúfe  engranzam  íft^s  da  roda 
grande  da  fiora  que  encaixa  na  pequena. — 
de  agua,  a  roda  principal  das  tijOentfas^'de 
esgotar  minas,  que  se  move  por  agua. — de 
encontro  ou  catáHno,  é  a  roda  dOs  reló- 
gios que  topa  com  as  palhetas  do  volante. 
—  de  eacàchàr,  a  roda  por  meio  dia  qual  os 
tiradorts  dé  fio  de  Ouro  e  ;)rata  fazeiíi  a  pa- 
lheta. —  àepgo,  tom  foguetes  alados  qi  e 


a  fazem  gyrar  sobre  o  seu  eixo.  — de  frei- 
ras, espécie  de  armário  redon'lo  com  vãos, 
quo  se  move  horizoni.-tlmenlek  e  onde  se  me- 
tem VIS  (íou-as  pnra  fis  fizot-  enir.ir  no  con- 
vento.—  lios  cnjnlain.s,  SíMovIfiante  á  prt*- 
cedunte,  e  iju«  sí^rve  de  re<>»bi*p  as  crianççs 
expostas.  —  de  toteria^  que  se  f«>i5  g^rar  pa - 
r«  delia  extrair  ae  sortes  ««  nimn^ros  —da 
fortuna,  qun  m  poetas  tigarmn  decidir  da 
soii*»  dos  mortaes  p!*lo  seu  gyro;  os  reve- 
zes e  alternativas  da  fonuTi!^.  Dar  d  —  da 
fortuna,  Miud-ar-se  />a!7'á '^,  Íaze-Ia  gyrar 
depois  lie  metter  neíln  5ories  e':  cri  pias  para 
tirar  uma  ao  acaso  a  fímdf^  adivinhar  o  fu- 
turo ;  abusão  popular.  — ,  circulo,  v.g.  — 
de  genl»». — ,  porção  circular,  v.  g.  — ide 
nabo,  de  pepinn.  belteraba,  limão.  Bomba 
de  — ,  que  se  move  por  leeio  de  uma  roda, 
e  não  por  Koncho  — ,  instrunoento  em  que 
se  atavam  criminosos  de  crimes  atrozes,  e se 
lhe  quebravam  os  membros.  — .  (íig-)  gy'*^, 
movimento  circular.  A  —  do  tempo  :  decur- 
so; na  —  do  anno.  — ,  (naut  )  páu  grosso  e 
curto  que  teríoina  a  p6pa  e  •*  pf  ôa . — ,  (lig  ) 
tudo  o  que  forma  ouse  deseíiVHlvne  em  cir- 
culo, V.  y.  a  —  do  pavão,  do  peru,  a  que 
estes  animacs  fHzexíi  abrindo  as  pennas  da 
cauda.  Desfazer  a —  a  alguém,  (lig.)  abater 
a  sobe  ba.  —  do  v&stido,  4a  saía,  amplidão 
era  redor.  —  tixa,  que  nunca  pára  ;  (fig.)li- 
d-a  continua,  inee,«.8anle.  And^r  em  —  mta, 
sem  cessar.  «  Seirs  olhos  -eram  —  viva  ,  » 
Ulis.,  gyravam  coirtinuarftentf».  Nesta  —  de 
trabalho,  gyro,  cttMo.  —  *de  couces ,  (loc. 
pleb.)  quantidade  de  pontapés  quo  se  dão 
a  alguém  que  corre  ao  redor  do  lugar  onde 
procura  acolher-se.  — s,  manchas  circulares 
de  pello  dos  caVallos  rodado^.  Untar  as  — s  do 
carro,  pôr-lbe  unto  para  diminuir  oaltritoe 
faze-las  gyrar  com  mais  facilidade;  /ig.)  pei- 
tar oíRciaes  e  agentes  de  negócios  para  os  tor- 
nar favoráveis  aos  nossos  interesses. — do  joe- 
lho, roúeWi*.  A — ,  adv.  ao  redor,  em  tomo, 
segumdo  o  circuito.  A  —  da  ilha,  de  nós.  £m 
— ,  de  — ,  ao  redor,  circularmente. 

RODADO,  A,  p.  p.  de  rodar;  aflfj''  supplicia- 
do sobre  a  roda.  foi  —  vivo.  C&vallo  ruço — , 
com  manchas  circulares  no  pello.j4/^««ire— , 
arrasado  €hão,<:avkiiiho—,  roarcado  com  os 
regos -ou  curril  que  deixam  as  rodas  Carta — , 
(íinl.)  setíadacom  selloeircu^r.  — ,  carril.  O 
—  do  carro. 

RODAGEM,'»./.  [rodiL,  des.ayem.)«  totalida- 
de das  rodas  de  uma  macbina. 

BODAMONTADA,  s.  f.{¥r.  rodomontade.  E' 
derivatioxJe  Rodomonte,  uma  persoTMigem  de 
Orlando  Furioso  de  Ariosto,  e  significa  roe 
montes  ) fartfarrice,  bravata. Oevêra  escrever- 
se  rtrdomoninda . 

RODAKTfe,  ndj.  dos  2'yi(des  dop.alat. 
em  cns,  tis.)  que  gyra circularmente^-Gomo 
115  « 


460 


ROD 


ROb 


roda.  As  — s  do  tempo.  Período  — .  concer- 
tado, sonoro. 

HoDÃo  ou  viLLA-VELHÀ,  (googr  )  antiquís- 
sima villa  (ie  Portugal  com  castello  arrui- 
nado situado  n'uma  altura  á  direita  do  Te- 
jo, 2  léguas  e  meia  ao  S.  dtCaslello-Bran- 
co,  a  cujo  distrito  pretonce,  e  a  igual  dis- 
tancia ao  O.  da  raia  hespanhola ;  o  seu 
ctncelho  contém  2  750  habitantes. 

HODApá,  s.  m,  pano  como  sanefa,  alpara- 
víiz  que  cobre  a  roda  da  cama  desle o  col- 
chão êté  abaixo,  rente  com  o  chão 

RODAR,  t?  a.  [roda,  ar  des.  inf.)  fazer  mo- 
ver-se  em  roda,  ou  gyrar  sobre  rodas.  (Js  ca- 
vallos  rodam  o  coche.  —  a  peneira,  —  pe- 
dras —  o  mar,  dar  volta.  —  o  mundo,  gy- 
rar, correr. — ,  quebrar  os  ossos  do  suppíi- 
ciado  com  maço  de  ferro  sobre  a  roda.  — ,  u. 
n.  mover-se  em  roda,  gyrar.  ii odam  as  car- 
retas, as  ondas,  —  o  dinheiro,  andará  ro- 
da, correr  em  grande  abundância.  Jiode  a 
fortuna  prospera  ou  adversa,  corra,  liodam 
os  astros,  gyram  n^ts  suas.  orbitas.  — , 
cair,  tcmbar  por  ladeira  ;  (fig.)  cair  do  esta- 
do, da  dignidade. 

RODA  VALHO.  \  .RodoVttlho. 

RODAziNHA.  V.  Rodinha. 

RODEADO,  A,  p.  p.  de  rodear;  adj.  cer- 
cado guarnecido  em  roda.  — de  inimigos  ; 
—  de  trabalhos,  de  dores.  «  O  mundo  —  dos 
Apollineos  raios.  »  Camões,  i  us.,  X,  25.  «O 
mundo  —  e  passf^ado  dos  Portuguezes  »  Lu- 
cena, 9,  4,  «  Kazões— í  a  seu  intento.  »  (phr. 
anl.)  que  se  achegam  com  rodeios  pr.ra  cons<3- 
guir.  Catailo  — ,  rodado. 

RODEAMENTO,  s.  m.  [meiíto  suff.)  acto  de  ro- 
dear, ou  de  ser  rodeado. 

FODfcAR,  c.  a  [ioda,  ar  des.  inf.)  cercar, 
cingir,  dar  volta  em  roda,  em  torno.  Rodêa  a 
cidade  i  m;  muralha  antiga.  Rodeou  a  praça 
com  um  fosso.  Vinha  de— toda  a  Africa  e  Ásia. 
Coulo.  — aproça,  cercar,  sitiar. — ,  faz(r  gy- 
rar, f.  g.  —  aiunda.  — ,  (lig.)  a  ambição  ro- 
dêa o  mundo  ;  —  um  lugar  com  a  vista  ou  os 
olhos.  —  caminhos,  seguir  rodeios, — r>izões, 
usar  de  rodeiíiS  e  ambages., — ,  gyrar,  and.ir 
em  roda .  O  tufão  rodêa  lodos  os  i  umos,  corre 
successivamenle. 

RODKio  <  u  KODEo,  s.  m.  (de  rodear.)  volta  , 
gy^o,  tortuosidade.  —  do  caminho  ;  — *  do 
no.  —  s  de  lalavros,  circumlocu<,ões,  amba- 
ges. —  s,  ueuts  tortuosos,  dilatórios.  Buscar 
— *,  usar  de  voCíííos. 31  uratHUvsos — sda  for- 
tuna, mudanç?  s  allernalivas. 

RíDEiRA,  s  (  [roda,  dts  eira  )  freira  en- 
canegada  d»  roda  do  tíuvenlo.  qut  responde 
és  jíssias  de  íóia,  retLe  as  cartas,  eic  — , 
rcdi<(io  tío  tano,  ( airil  que  deiiam  as  rodas. 

lititiho,  A,  oúj.  Maço,  malho — ,  coiiique 
CS  s(  jtiics  e  caipinliiios  de  carros  ajustam  as 
rodas. 


RODEIRO,    S.   m.  ou  RODEIROS,  pi.  fOdaS  DOS 

eixos  sem  leito. 

RODELLA  OU  RODELA,  5.  m.  (Lfft.  rotula,  di- 
minut.  de  roía,  roda.)  escudo  redondo,  bro- 
quel ;  osso  redondo  do  joelho.  —  de  mato^ 
(ant  )  moita.  — ,  malha. 

RODELLAZiNBA,  s.  f.  diminut.  ds  rodela. 

RODELLEiRO,  A,  adj.  armado  de  rodella. 
Cavalleiros  — .  — ,  redondo,  chato.  Carrapa- 
to—. 

RODELLiNHA,  s.  f.  diminut  dc  rodella,  pe- 
quena rodella. 

RODELO,  s  m.  tomba  na  bota  ou  no  sapato, 

RODEMACK.  (geogr.)  villa  de  França,  a  3  lé- 
guas ao  NE.  de  Thionville;  1,000  habitantes. 

RODENDo,  s.  m.  peixe  da  Africa  que  tem 
uma  só  espinha  como  o  enxarroco. 

RODKRICO,    ou     RODRIGO,    (his.)    u!ti«0   TCÍ 

dos  Wisigodos  de  Hispanha,  era  filho  de 
um  duque  de  Córdova,  ao  qual  o  rei  Wi- 
sigodo  Vitiza  tinha  mandado  arrancar  os 
olhos  Rodrigo  aroaou-se  contra  Vitiza,  bat- 
teu  o  e  tomou  a  coroa.  Os  filhos  e  paren- 
tes do  principe  desthronado  chamaram  os 
Árabes  em  seu  soccorro.  Tank,  á  frente 
dos  Árabes,  desembarcou  era  Hispanha,  Ro- 
drigo marchou  contra  elle  seguido  de  90,000 
homens.  Os  dous  exércitos  baterara-se  por  y 
dias  etn  Xeres  de  la  Fronlera,  Rodrigo 
morreu  ao  3  "^  dia. 

RODETA,  s  /.  dimiriMí.  de  roda,  pequena 
roda. 

RODE  TE  V  Rodizia. 

RODicio,  s.  m.  [roda,  e  Lat.  ico,  ere,  ferir.j 
roseta  que  se  põe  nas  pontas  das  disciplinas. 

RODii  HA,s.  /.  chumaço  circular  que  os  ma- 
riolas põem  no  cachaço  para  assentarem  o 
páu  que  serve  a  levar  pesos  ;  trapo  de  cozi- 
nha cnuprido  e  estreito.  — ,  (do  Cast.)  rodel- 
la do  joelho.  Rolo  de  — ,  com  repolegos  e  «n- 
feiles. 

iiODiLHADO,  s.  m.  [rodilha,  des.  ado.)  pano 
que  .se  ata  á  roda  da  cabf  ça  para  dormir. 

HODii  HÃO,  s  m.  augment.  de  rodilha,  ro- 
dilha grande  e  grosseira. 

ROUiLHÃo,  s.f.  [rola,  •  Gr.  heilein,  cingir, 
rolar,  j  roda  usada  nos  carrinhos  de  mão.  —  , 
pf  ça  da  atafona.  «  Com  a  alavanca  se  faz  mo- 
ver o  — .  »  Bluteau. 

RODINHA,  s  f.  diminuí,  de  roda.  pequena  J 
roda,  I 

RODÍZIO,  s.  m.  [roda,  e  Lat.  ico,  ere,  ferir  ) 
páu  grosso  cónico  ou  afusado  cuja  base  as- 
seiita  no  chão,  e  tem  uu  as  travessas  ou  pen- 
nas  onde  bate  a  agi  a  que  põe  em  niovimenlo 
o  rodízio,  o  qual  faz  gyrar  a  rodíi  do  moinho. 

RODNEY.  (his.)  almirante  inglez ,  nasceu 
em  1717,  morreu  em  1792,  tomou  aos 
fiancezes,  em  1761,  as  ilhas  de  S.  Pedro, 
Granada,  Santa  Lúcia,  S.  Vicente,  distin- 
guiuse  contra  os   Lispanhoes  e  Franceses , 


ROD 


aoE 


461 


bateu  João  Langara  em  1780,  e  o  conde  de 
Grape  em  1782. 

RÔDO,  s.  m.  ( le  rodar.]  espécie  ()e  enxa- 
da que  em  vez  de  ferro  tem  uma  taboa  com 
que  se  ajunta  o  trigo  na  eira  ou  no  celleiro.  A 
— ,  adv.  em  grande  copia  e  pelo  chão.  An- 
da o  dinheiro  a  — . 

RODOFOLLE  ,  s.  w».  [roda ,  e  folie)  rede 
grande  afunilada  de  arrastar. 

RODOLPHO  I.  (his.)  filho  do  conde  de  4u- 
xerre  Conrado  II,  foi  coroado  rei  da  Bor- 
gonha Transjurana  em  888,  depois  da  de- 
posição do  imperador  Carlos-o-Gordo,  sus 
tentou  gu;'rra  contra  Arnaldo  rei  de  Germâ- 
nia, e  viu  a  final  reconhecida  a  sua  inde- 
pendência em  894.  Morreu  em  í)12. 

RODOLPHO  II.  (his.)  filho  e  successor  de 
liodolpho  I,  fez  guerra  ao  duque  de  Sua- 
bia,  que  o  venceu  em  Winthertun,  tomou 
em  922  o  titulo  de  rei  de  Itália,  mas  foi 
balido  por  Berenger  I,  ficou  senhor  da  alta 
Itália  depois  da  mort«  deste  príncipe,  mas 
teve  em  Hugo  de  Provença  um  coaipe- 
tidor  mais  forte  do  que  elle,  voltou  eu- 
tão  as  suas  vistas  para  a  Allemanha  Uel- 
vetica,  da  qual  o  imperador  Henriquo  I  lhe 
cedeu  uma  parte,  recebeu  de  Hugo  em  933 
o  rein«  de  Borgonha  Cisjurana,  e  foi  o  funda- 
dor do  reino  das  Duas-Borgonhas  ou  de  Aries 
e  morreu  em  ^137. 

RODOLmo  III,  (his.)  Piedoso,  neto  do  pre- 
cftdente  e  filho  de  Conrado  o-Pacifico,  foi  rei 
das  Duas  Borgonhas  desde 'J93  até  10 '2,  te- 
ve que  abafar  muitas  revoltas  e  desordens. 
Não  tendo  filhos  cedeu  o  seu  reino  ao  impera- 
dor Henrique  IH,  depois  a  Conrado  II, 

RODOLPHO,  (his.)  anti-imperador,  era  con- 
de de  Rheinfelden,  duque  deSuabia,  e  mari- 
do de  Mathilde,  irmã  do  imperador  Henrique 
IV;  foi  eleito  rei  da  Germânia  em  10  /  /  pelos 
senhores,  .|ue  annuiram  á  sentença  de  Gre- 
gório Vil  contra  Henrique;  tomou  por  conse- 
lheiro e  general  a  Othào  de  Nordheim,  Sof- 
frea  três  derrotas  successivas  e  morreu  na  ba- 
talha d' r.lster  em  108G. 

RODOLPHO  I.  D'HABSBURGO,(his.)  cra  filho  de 
Alberto,  conde  de  Habsburgo  na  Alsacia,  foi 
eleito  imperador  em  1273.  Kodolpho  fez  to- 
dos os  esforços  para  oôr  termo  á  anarchia, 
percorreu  a  Alemanha,  destruiu  os  castellos, 
donde  os  nobres  saiam  para  as  suas  correrias, 
manteve  a  paz  publica,  sustentou  os  direitos 
do  império  sobre  o  reino  d'Arles,  submetteu 
os  condes  de  Montbeliard,  de  Borgonha  e  de 
Sabóia,  mas  não  poude  fazer  eleger  Alberto, 
seu  filho,  por  successor  ao  iraperio.  Morreu 
em  1291. 

RODOLPHO  jí,  (his.)  imperador  filho e  suc- 
cessor de  Maximiliano  II,  nasceu  cm  Vienna 
em  \b'ôi,  foi  aclamado  rei  da  Hungria  em 
1572,  dos  Romanos  em  1575,  e  imperador 

VOL       fY. 


em  1576.  Eraumprincipeirresoluto,  descui- 
dado e  incapaz  de  governar.  Foi  destronado 
por  Vathias,  seu  irmão,  em  l'nl. 

RODOMA.  V.  Redoma. 

RODOMOiNHO.  V.  Redomoinho. 

RODOPE  LO ,  s.  m.  Ao  —  ,  ao  redor,  em 
roda. 

RODOPIO  ,  .* .  m.  [rodar ,  e  pião  )  movi- 
mento circular  nmi  rápido.  Trazer  algue '\ 
em  — ,  em  roda  viva.  Andarem  um  — .  — , 
redomoinho  de  cabello  nas  Destas  ;  verti- 
gem. 

RODOR.  V.  Redor 

RODOSTO,  (geogr.)  entre  os  antigos  Rhcedes- 
tus,  Bisantho,  e  entre  os  Turcos,  Tekir- 
Bagh,  cidade  murada  da  Turquia  europea,  a 
24  léguas  E  de  liallipoli,  ^0,000  habitantes. 

RODOVALHO,  s.  m.  (h  n.)  peixe  do  mar, 
com  a  bocca  resgada  e  desdeníada,  é  chato, 
G  tem  as  costas  pardas 

RODRIGUES  (ilha),  ou   DIOGO-RUIZ,    (geOgf.) 

uma  das  ilhas  Mascarenhas. 

RODRIGLRZ  OU  SANCHES  D*ARKVALO,(hÍSt.)em 

Ifitiiu  Rodericus  Sancius,  sábio  prelado  de 
Castella,  nasceu  ena  140 i,  morreu  em  1470. 
Deixou  entre  outros  escriptos  :  Speculumvi- 
tae  humana. 

RODRiGUEz  (Affonso!,  (his.)  jesuita  hispa- 
nhol,  nasceu  e:n  15^:6,  raorreuem  1656;  é 
celebre  pela  íua  Praíica  cia  perfeição  chris- 
tã. 

RODRíGUEZfA,  (bot  )  Rodriguezia,  género 
de  plantas  da  familia  das  Orchideas. 

ROEDEiRO,  s.  m.  (volat.)  peça  com  que  o 
caçador  levanta  o  falcão  que  e.stá  comendo 
a  vianda  que  lhe  deram. 

ROEOERER,  (coude  do)  (his.)  escriptor  e  po- 
litico francez,  nasceu  em  1^54.  morreu  era 
18  5.  Foi  ministro '3as  finanças  d<^  José  Bo- 
naparte, rei  de  Nápoles.  Ueixouenlre  outros 
escriptosde  yalov:  Jornal  de  Eronomii  pu- 
blica, O  primeiro  e  o  .segundo  anno  do  consu  • 
lado  de  Bonaparte;  Memorias  para  a  Histo- 
ria de  Luiz  XII,  etc. 

ROEDOR,  A,  adj  (roer,  des.)  que  róe.  Ani- 
maes  roedores  ;  (íig  )  que  censura  —  da  fa- 
ma alheia. 

ROEDORES,  (his  n)  Quarta  Ordem  da  clas- 
se  dos  Ma  m  mi  feros 

ROEDURA.  s.  f.  (des.  ura. )  Rcção  do  Toer; 
a  porção  roida,  v.  g.  dos  ratos. 

ROEL,  s.  m.  (braz.)  V.  Arruela. 

ROíLAS  ('Paulo  de  las),  (his.j  um  dos  melho- 
res pintores  hispanhoes,  nasceu  cm  i5H0, 
morreu  em  1620,  discípulo  d^  Ticiano,  era 
padre.  Oseu  principal  quadroéa  Apotheose 
de  Santo  Izidoro. 

ROENNE,  (geoKr.)  cidade  da  Dinamarca,  ca- 
pital da  ilha  de  Bornholm,  na  costa  de  0.  ; 
1,'rH)  habitantes. 

ROER,  V.  a.  (Lat.  rodo,  ere,  que  creio  for- 
116 


46f 


UOG 


^Qk^n 


mado  do  Gr.  órá ,  impellir,  e  çáom  i  tat, 
dens,  deute.)  líortar  coí»  os  deates  em  pe- 
daços miudes.  Os  càcs  rosm  os  oss.og.  O5 
ratos  roem  o  queijo  ;  a  traça  roe  q  falo ; 
(fig  )  a  lima  roô  o  ferro  Os  acidps  roem  os 
metaes.  A  ferrugem  o  (erro,  gasta,  conso- 
me. A  agua  roe  as  pedras.  — ,  (tig  )  raalli- 
zer,  censurar  asperamente,  v.  g  — afama 
—,  pungir,  o.  g.  o  pezar,^  a  lembrança  do 
crime  lhe  roe  a  consciência,  k  dôr  lhe  roe 
as  entranhas. 

ROER  ou  RUHR,  (geogr.)  rio  dos  estados 
prussianos,  nasce  a  21egua.%  e  mein  MhI,.  de 
Malmedy,  elança-áenoMeuseem  RuKjmQU- 
de. 

ROSRAAS,  (g  ogp.)  Cidade  da  Noruega,  a  ^6 
léguas.  8K  de  Drontheim:  3,000  habitantes. 

BOFA,  s.  f.  (no  jogo  das  prezas)  é,  «me- 
nor $Mf  ttí  sem  .eufontco., 

ROFo  ,  A,  a'{j.  (do  Ingl  rough,  pron  róf, 
áspero)  que  tom  í^superlicie  áspera,  não  po- 
lida.  Ouro  — ,  inale  ;  oppõií-SH  a  brunido 

ROFO,  í.  m.  rugas,  aspereza  da  supcrU- 
cie. 

ROGAÇÕES,  s  f.  (Lat.  rogationes  ]  preces 
publicas  feitas  na  primavera  para  obter  boas 
colheitas,  cessação  de  máu  tempo,  ou  de  al- 
guma calamidade, 

ROGADO,  A,  p.  p.  uo  rogar ;  adj.  a  que  se 
rogou;  que  rogou  a  outrem. 

ROGADOR,  s.  m  (L«t  rogaíor.)  o  que  ro- 
ga, pede,  que  serve  de  empenho  para  obter 
alguma  graça.  —  de  males  a  outrem,  im~ 
precador.  rncuntra-ge  usado  igualmente  pa- 
ra o  género  feiúinino,  v.  g.  Santa  í  ária  — 
em  vez  de  rogadora  . 

ROGAL  ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  rogalu-,  fu- 
nerário, roíjus,  pyra,  fogueira)  de  foguei- 
ra ou  pyra.  —  cliamma,  (poet.) 

ROGAR,  v.  a.  (Lai.  rogo,  are.)  pedir  por 
graça,  supplicjir  ;  ptdir  a  Deus. —  pragas, 
imprecar.  Fazer-se  de  — ,  fazer-se  diíficil  er  1 
conceder,  para  que  o  roguem. 

ROGATIVA,    S.    f.   SUpplica,   POgOS,    pti}f;:3ij6., 

lOGATORiA,  s    f.  rogação,   rogativa. 

ROGEiRA.  V.  Rageira. 

ROGERo(Si,  (his.)  bispo  e  patrono  de  C  p- 
nesna  Itália,  »i  orreu  no  X  s^cuIq  era  P'K- 
mando.  K'  com  memorado  â  |t>4<?  pw^"'}*"*)  i^ 
3(  dedbzombro 

aoGERO  I.  ihu,)  grande  condii  da  Sicília. 
12."  filho  dtí  Til ncredo  de  lUuieville,  passou 
á  Sicília  em  1 0íi  ,  e  depois  de  viple  annoA"  de 
fadigas  e  combates  ficoa  ^(uihor  ã^  toga  a 
Uha.  Morreu  eiu  llOi. 

ROGERoii,  (his.)  primeiramente gran-(OJido 
depois  rei  da  Sicília,  filho  do  precedente,  n  >s 
ceuem  i093  Tirou  a  Calábria  a  seu  j  ri  o  ) 
Guilherme,  e  foi  duque  de  Ponille  depois  da 
morte  deste  príncipe.  Tomou  o  titulo  de  rei 
das  Duas  Sícilías  em  i  130.  HorrAu  em  1(51 


ROG6EWÇEN,  (bis )  navegau^  ho|land§5^,, 
nasceu  em  1669,  fez  a  viageo^oo  redpr  dQ 
mundo,  e  tocou  em  miji,tas  íihas.  jjíão  se  sabe. 
a  data  da  sua  morte, 

ROGGÇWERN  (Archipelago),  (geògr.)  b.í-se 
este  nome  á  reunião  das  ilhas  Penrhyn,  ^'ere- 
grino.  Hearson,  el).  no  grande  Oceano  p.quí- 
nocial,  ao  NO  do  Àcciíipelago  da  Sqqie^ade  e 
ao  .NE  do  archipeligp  dos  Navegadores, 

R.í>GiDo    V.  R^gido. 

ROGiNAL,  (ant.  e  barbara  orthographia.)  V. 
Original, 

bOGir.  V.  Uugir. 

RQGLiANO  (geogp.)  l\ublcinum,  cidade  do 
reipo  de  l^apale^,  a  4  le^uaí  Sp  de  Coz^nza  í 
3,'í50  habitante^. 

ROGLiANO,  (geogr.)  cidade  de  Fraqça,  a  7 
léguas  N.  de  Bastia;  I4OO  habitantes. 

íiOG>'iAT  (visconde  de],  (his-)  celèt)re  gene- 
ral francez  nasceu  em  t7G7,  morreu  em  Í840, 
vivia  com  Morean,  fez  as  campaubas  d/^  1805 
a  1807,  dislinguiu-se  no  c^rco  de  i>aFi'zicI^, 
esteve  em  Hispanha,  aonde  conlribniu  para 
as  tomadas  de  Saragoça,  Torloz.a  e  de  Tarra- 
gona,  lublicou  um  Relatório  dos  cercos  de 
Saragoça  e  de  Tortosa,  e  escreveu  Consi- 
derações sobre  a  arte  da,  guerra^. 

ROGO,  s.  m.  acção  de  rogar. 

KOHAN,  (g"ogr.)  Cidade  de  França,  na  anti- 
ga Bretanha,  a  7  léguas  NO.  de  lloermd  ; 
1,5.90  habitantes, 

ROHAN-iiOiíAN    oU     í  !M}?íTÉNEY-l,At-AB^T''"'--  » 

(geogp.)  cidade  (U>  França  a  dw^ç  léguas  y  um 
quaiio  í?,  de  >ic'>t ;  1^5 '  hal^iiaDles. 

ROípo,  (ant )  V.  RxLidçí 

ROíM  e  derÍY    V.    RMim,  etq. 

ROío.  V.  Arroi. 

lioisiNHOR,  (ant.)  y,  Rouxinol. 

ROíXBA».   y.  Roxear. 

HoixmoL.  V.   Roixinol, 

ROIXO.   V,   R,oxo, 

ROJADA.  ^    Rajada  de  v$nto. 

ppj.^PO,  (a.it.j  V.    Jorrado^    A^^dàiO  . 

.  R04ADQ,    4.    V-    P:    4^  '"QJ^'"  ;     Q,dj .    trWtd  .» 

de   rojo,  arrastado. 

RO,|^D0A,  A,  adj.  qu/B  ?^  arrastq.  f  Vos 
caracoes  o  —  ç?»í?<ií»í    «  Boçagç. 

RO j  A  j.  G A.R    V    Rasa  Ig  ar , 

BOJio,  s.  m-  (de  arrojar]  gflrroçhão. 
— .  (t.  phulo ,,  toque  r<isg^do  na  vjola,,  — , 
«Qto  de  arrojar,  tirão.  o.  g.  Levqr  a  fp- 
jões,  de  rojo    de   rqstos 

rojõís,  torresmos. 

ROJAR.  V.  n.  (do  Eg^po,  r<^;p,  s.er^tyec- 
to,  rasteiro,  trdes.  itif ),  ir  de  rojo.  srr;^?- 
t^r  pelo  chã);  v.  g.  4  cauda  do  yM^ò<lfj 
roja.  As  bandeiras  rojando  pelo  ch^o,  — 
madeiroi,  em  sentido  activo,  arrastar,  le- 
var a  rojo,  tig  )  rastejar  «  Rqjq  p  pç^ía- 
mento  usado  a  rôos.   »  Bocage. 

ROJBIRA.  V.  Rageira. 


REV 


RIV 


403 


ROJO,  *.  m.  (de  rojar],  o  arrastar-se  al- 
guma cousa,   roçando  por   outra,    t>.  g,  o 

—  da  náu  no  banco  de  aroia  ;  o  som  que 
faz  o  corpo  que  se  arrasta.  Madeira  de — ,. 
mui  grossa  que  se  transporta  a rraslando-a. 
Ir,  trazer  a  — ,  de  rastos. 

ROL,  s.  m.  (do  Fr.  rôk,  registro,  ronUr, 
enrolar),  apontamento,  lista  de  nomes  de 
pessoas,  de  artigos,  de  sommas ;  c.  g.  — 
das  pessoas  da  familia,  dos  presos,  das  di- 
vidas, dos  operários.    PI.   Itoes. 

ROL,  s.  m.  (t.  de  valeteria),  peça  de  coi- 
r»>,  em  que  se  atão  azas  de  aves,  e  corpan- 
ços  de  ga. linhas  com  que  o  caçador  chama 
o  falcãt)  que  anda  voando. 

rAla  s.  f  (voz  imitativa  do  som  dos 
pombos),  pombo    vulgar. 

ROL^ÇÃO   ou   HOLAÇOM,    S.    f.    (aut.)   V.  fí«- 

laçào. 

ROLADO,  A,  p  p.  de  rolar ;  adj.  revol- 
vido, movido  em  roda,  cortado  em  roda, 
torado.  «  Mar  que  sempre  anda  — .  »  Cas- 
tanh. 

ROLÃO,  «.  m.  parte  da  farinha  menos  gros- 
sa que  o  farelo  ;  ffig.)  gente  vulgar. 

holantk,  adj.  dos  2  g.  ides  do  p.  Lat. 
em  ans,  íiv).  Fogo  — ,  (t.  milit.),  fogo  con- 
tinuo de  pelotão. 

rolar.  V.  a.  (do  Fr.  rmiler),  revolver 
uma  (ious»»    sobre   si,  fazel-a    gyrar ;  c.  g. 

—  galgas,  cortar  em  roda,  torar  um  páu. 
«As  correntes  e  ventos  foram  rolando  o 
navio  »  «  O  vento  rolando  serras  de  ma- 
res. »  — ,  V.  n.  mover-se  em  roda,  revol- 
\ep-se  rolo.  v.  g.  O  marro/a,  (íig.)  Osan- 
nes  rtlam,  correm,  se  volvem. 

rolar,  t>.  n.  (alterado  de  arrular.)  Os, 
pombos,  as  poail»as  rolão 

aoLDA.  (ant  )  V.  Ronda. 

R0L0ADOR,  (ant )   V.    Roniador. 

uni  DANA,  s.  f.  polé,    moitão. 

n'!LDÀo,  *.  m.  de  — ,  adv.  de  golpe  e 
s  -hrcsalto.  Entrar  de  — .  4  Entraram  pe- 
las tranqueiras  de — .  »  Albuq.  (fig.)«Com 
a  \>'lhice  entram  de  —  iodos  os  achaques.  » 
Cosia.   Virg. 

ROLDAR.   V.    Rondaj^. 

KO  .EíRA,  s.  f  [rolo,  de?,  eiró],  palma- 
tória onde  se  põe  o  rolo  de  acender. 

itoLEiRo,  s  m  [roL  des,  ei%o),  o  que  faz  rol. 

BOIEIRO,  A,  adj.  [rolo  des.  erro],  rola. 
Mar  — ,  que  i»ola  muito  as  ondas. 

ROLETE,  s.  m.  diminuí,  de  rolo,  rolo  pe- 
queno ;  t?.  g.  —  de  caiina,  intervallo  de 
iió  a  nó  — 8  do  cabello,  trançando  no  alto 
da   cabeça. 

uolha,  ?.  f.  tampa  de  cortiça,  metal, 
vidro  ou  pau  accommodada  á  bocca  de 
garrafas,  redomas;  v.  §.  Melter  uraA  —  i)ft 
bocca  í  (tig.)  fazer  calaf.  T'far  a -^  (fam  ), 
diziír  o  que  se  não  desvia 


ROLHADO,  A,  p.  p.  de  Tolhar ;  adj.  tapa- 
do com    rolha. 

rolhão,  s.  m.  instrumento  de  que  usão 
os  pedreiros  para  conduzir  as  pedras  cono 
menos  incommodo. 

ROLHAR,  V.  Oc  [rolha,  ar,  des,  inf.),  \Sm 
par  com    rolha. 

ROLHEiRO,  s.  m.  [rolha,  eiró  des.) :  — 
d'agua,  corrente  muito    arrebatado. 

ROLHO,  A,  adj.  gordo,  redondo,  curto  e 
grossa.  V.  g.  Cavallo,    homem. 

ROLHO,  s.  m.  (ant.)  rolella  do  joelho. 

ROLIÇA,  fgeogr.)  freguezia  do  concelho  dçj 
Óbidos,  9  léguas  ao  >.  de  Lisboa,  contém 
760  habitantes. 

ROLIÇO,  A,  adj.  [rolo,  des.  iço],  da  fei- 
ção de  rolo,  cylindro  ;  (chulo),  gordo  en- 
volto em  carnes. 

RÓLiM,  s.  m  (t.  da  Ásia),  dignidade  su- 
prema do  sacerdócio  no  l'egú. 

HOLO,  4'.  m  peça  longa  e  roliça,  como 
uma  vela  dé  cera,  ou  uma  canna  ;  cou^, 
que  envolta  era  si  toma  a  forma  de  -rr-, ;  Pf 
q.  Um  —  de  pergaminho  ,  de  tabaco  de 
fumo.  — s  dos  bocais  das  meias,  que  se 
enrolavam  sobre  o  joelho.  —  do  mar,  as 
ondas  que  se  revolvem  quando  faz  a  resa- 
c»,  e  espraiam  depois  «O  —  inchado  das 
ondas.  »  «  Os  cadáveres  que  o  grosso  -rn;» 
d'agua  vem  botando  pela  deserta  praia,  f 
(fig.)  multidão,  tropel.  O  —  dos  que  vão 
pelejar.  — ,  tudo  o  que  se  enrola,  c.  g. 
—  de  cera.  Coser  em  — ,  as  folhas  de  au- 
tos. —  do  boi  ou  vacca,  a  parte  do  joelho 
para  cima  até  á  primeira  noz. 

ROM,  s.  m.  tinta  amarella,  espécie  de 
gomraa. 

HOMA.  (geogr.)  Roma,  nos  tempos  «9tvgo% 
capital  do  império  romano,  hoje  capital  dos 
Estados  e eclesiásticos  ede  lodo  o  mundo  C0- 
tholico  e  residência  do  papa,  nas  duas  mar- 
gens do  Tibre,  princi;)alDaents  na  margefp 
esquerda  ou  oriental  .\  parte,  que  fic?  á  di- 
reita do  no  chama-se  cidade  Leonina  e  o& 
seus  habitantes  Transteverinos.  Nenhuma 
outra  cidade  apresenta  tantos  e  tão  ricos  mo- 
numentos amontoados  em  tão  pequeno  espa- 
ço. Kntra- se  em  Roma  por  15  [)ortas  (a  mais 
íiella  éa  dei  Pofiulo  ]  ;  tem  três  ruas  sober- 
bas (df/  Corso  di  Bipetta,  di  Balnino]  O  Var 
ticano  e  ou  Quirinal.  ou  palácio  di  .Vp/ilf  eq,- 
vaUo,  5ào  duas  magnificas  residências  do 
papa.  e  os  priqaortis  de  todas  as  artes  nelies 
estão  reunidos  Qom  incrivej  profusão,  lloma 
conta  165,UfiO  hatytantes. 

Roma  foi  funda^^  no  a  uno  lh'\  antes  «le 
Jesu-Chrisl,o.Nãp,(uÍ90  principio  mais  do  que 
ujB  grande  burgo  ov^  covil  de  l.aj^rões.  Duraor 
te  o  immensiipjanoiiode  tempo,  qi^fi  |re!m-f«.Mi 
dfi§jie  ^a  fundação  d»;  HoQ^^.  fista  citlfldeJi^i 
succes^^vamputj^gpv^rnada  sob  o  poder  4í<ífW' 


46i 


1/  :.i  ^ 


(75b-759  antes  de  Jesu-  Chrislo),  por  cônsu- 
les (509  fel  aniesdo  Jesu-thristo),  por  impe- 
raáorts  (31  ames  de  .lesu-Christo  a  4  <  6  de- 
pois do  lesu-Clirislo;,  depois  da  passagem 
dos  Hercules  e  Godos,  por  duques  dependen- 
tes dos  exarchas  de  Ravenna,  e  a  linal  pelos 
papas,  que  ainda  hoje  a  possuem.  A  seguinte 
ó  a  lista  dos  reis  eimperadures. 


Heis, 


Roraulo  antes 
'i<í  Jesu-Chris- 
to  753 

Numa  Pompilio  7^4 
Tullo  Hostilio  671 
Anco  Mareio        6  9 


Tarquinio,  o  an- 
tigo 614 

Sérvio  Tullio       57ÍJ 

Tarquinio  o  so- 
berbo 534-5ti9 


Imperadores  Romanos. 


Augusto  ;    anles 

de  Jesu-Christo  31 
Tibério :  depois 

deJpsu-(  hristo  14 
Caligula  37 

Cláudio  I  41 

INVro  54 

Galha  68 

Othão  69 

\itellio  69 

Vespasiano  69 

Tito  79 

Domiciano  8j 

Nerva  96 

Trajano  98 

Adriiino  117 

Antonino  138 

Marco  Aurélio  e 

Lúcio  Vero  16t 
Marco  Aurélio  só  169 
Commodo  180 

Pertinax  1'J3 

Didio  Juliano       193 


foscennio  ISi- 
ger  ly3-19i 

Albino  i93-97 

Sepiimo   SeverD  193 

Caracallae  Geta  í^l< 

Caracalla  só 

Macrino 

11  el  ioga  balo 

Alexandre  Seve- 
ro 

Maximino  l 

Osdous  Gordia- 
nos 

Maxirao  Fuoie- 
no  e  Balbino 

Gordiano   111 

Ihilippe  o  Ára- 
be 

Decio 

Galloe  Volusio 

Eiiiiliano 

Vai  nano 

Gallieno 


il2 
271 

2.8 

237 

237 

138 

2.4 
249 
bi 
25.Í 
253 
260 


i-.lili 


Os  ?0  Tyrannos. 


Cláudio  11  2  0 

Quintillo  2"^0 

Aurélia  no  2/0 

Tácito  275 

Flttríffoo  27ti 

Probo  276 

Caro  282 
CarinoeNume- 

riano  284 
Diocleciano  284-805 
Maximiniano 
Hercules     286-305 
Constâncio  Clo- 
ro. Oexar  292 


Augusto       HO5-306 

Galeno  293 

Cezar      Auyus- 
to  aO5-310 

Maxiiiãno  II  Ua- 
za  ou  Da  ia  305 

Cezar     Augus- 
to 0O8-3.2 

Licinio,  Augus- 
to ;i07c25 

Constanti- 
no I  ;>06-337 

Constantino   II, 
Constâncio  U  e 


Theodosio  1 

no  Oriewíc  392-395 

Honório 

395 

Valenlinia- 

liO  111, 

424 

PetroDio    Máxi- 

mo 

4ͻ5 

Avito 

455 

Majisiano 

457 

Libio    Severo 

-6t 

Anlhtmio 

467 

Olybrio 

472 

Glycerio 

473 

Júlio    Nepos 

474 

Rómulo  Augus- 

tulo            473 

-476 

V.fíomano  (império), 

e  Igreja  [\ls\aaoi 

da). 

ROM 

l^onstaiite  3b7 

Constâncio    il  e 

Constante  3i0 

Constâncio  11  w  S-iQ 
Míignen.  io  35i)-íi53 
Juliano  o  Após- 
tata. iíBl 
Joviano  36'^ 
Valenliniano     4 

no       Oi.cíden- 

le  364-375 

Valente,  no 

Oriente       364-i>79 
Graciano,  no 

Occidentc  •:  75-383 
ValentianoII, 

no  Occiden- 

te  38  -39i- 

ROMAGEM,  s  f.  (V.  Romaria],  peregrina- 
ção devota  á  casa  de  algum  sdato,  a  igre- 
ja ;  V.  g.  —  á  Meca.  Foi  de  —  a  Santia- 
go. 

ROMAN  OU  ROMÀÁ,  5.  f.  (Arab.  romman, 
do  Egypcio  erman  ou  roman,  formado  de 
ro,  bocca  moh.  e  ini,  semelhante,  em  ra- 
zão da  côr  c  forma  da  flor),  fruclo  vulgar 
da  romeiras,  tem  casca  dura  e  avermelha- 
da com  bógos  pur|>ureos  e  sncco  agridoce; 
a  porrJÀO  que  divide  os  bagos  se  chama 
galo. 

R(i5iAis"A,  s.  f.  (subst.  dl  (ies.  de  rotna- 
no),  balança  de  que  usavão  os  Romanos, 
e  que  tem  um  só  braço. 

ROMANCE,  s.  m.  (do  Fr.  romance,  joma- 
ne,  langue  romane,  o  Latim  corrupio  de 
que  se  formou  o  Provençal  e  o  antigo  Fran- 
c(»z),  a  lingua  vulgar  de  alguma  terra  ;  v. 
g.  Em  bom  — ,  em  bom  poriuguez.  No  — 
da  terra.  — s,  novellas.  contos  fabulosos  de 
amores. 

ROMAKCFAK,  t?.  a  [romancc,  OT  des.  inf.), 
traduzir  ^-m  vulgar  ;  introduzir  na  lingua 
ternos  de  ;  uiraslinguas  ;  t;.  g.  romancean- 
do muitos  vocábulos  latinos. 

romancíma,  s.  m.  (des  ista),  composi- 
tor de  roíuatices;  o  que  só  sabe  a  sua  lin- 
gua, e  igiiora  principalmente  a  latina. 

flOMANiA,  s.  f.  (i.at.  ruí;,  erg,  arremessar- 
se)  De  ~  ,  de  golpe,  de  repente,  de  pan- 
cada . 

ROMANiNHo,  A,  adj.  dimínut.  de  Roma- 
no. 

HOMANISMO,  A,  ãdj  vcrsado  nas  cousas  e 
modo  do  nego<!Íar  de  Roma  moderna.  Pin- 
tor — ,  que  imita  o  estylo  da  eschola  ro- 
mana. 

ROMANO,  A,  adj.  (^  at.  romanus),  natu- 
ral de  ou  pertencente  a  lioraa.  v.g.  O  p> 
vo  — .  Os  cidadãos ;  os  exércitos  — s. 

I  OMANo,  s  m.  (do  precedente) ,  (  archit.), 
^ma  folhagem   do  frito- 


ROM 

ROMANO  (império.),  (geogr.)  Designa-se 
propriamente  cora  esU;  nome  o  imp*írio 
constituído  no  reinado  de  Augriisto  no  anno 
29  antis  de  Jezu-Christo :  império  que 
continuando  nos  successorcs  deste  prince- 
pe,  fttrraou  um  unioo  estado  rdé  á  morte 
de  Theodosio  1395  annus  depois  de  Jezu- 
Christo  e  que  dividido  depois  em  iaiperio 
do  Occidenle  e  em  império  do  Oriente, 
prolongou-se  no  0;'.cidenle  ató  47G,  e  no 
Ori3nte  ató  ih  '^.  Abolido  na  Itália  por 
Odoaoro,  o  império  foi  restabelecido  por 
Carlos- \Jagno.  que  trammiltiu  a  seus  des- 
cendentes o  titulo  d'imperador  Este  titulo, 
que  se  tinha  perdido  depois  da  extincção 
da  raça  rarlovingia  na  Allemanha,  foi  re- 
tomado por  Olhão  I,  quando  se  assenho- 
reou de  toda  a  Itália  ;  depois  d»  síe  princi 
pe  o  imperi<)  d'Allpmanha  tornstu  offioial- 
D  ente  o  titulo  de  Saneio  império  romano 
da  nação  germânica  Os  seus  sucoessores 
continuaram-o  até  Napoleão,  o  qual,  em 
1806,  poz  fira  ao  império  germânico  e  to- 
mou o  titulo  de  imperador. 

O  império  romano  foi  dividido  de  diffe- 
renles  maneiras;  a  divizão  mais  perfeita  foi 
a  que  lhe  foi  dada  no  IV  século,  e  que  é 
a  seguinte. 

mPERIO    DO    OCCIDElfTE 

1."  Prefeitura  das  Galhas. 

Diocese  de  Bretanha. 

Bretanhas  1,"  e2  *      Flavia  Cesariana 
Grande  Cesariana.         Valentia. 

Diocese  das  Gallias. 

belgicas  1.»  e  2«  iS(  ver^popalmiia. 

Germaniras  í."e  2."  .Nfirbnnezas  1  *  o  2.* 

Lyonnezasí.^S.":!'»  Vianeza. 

ô  ^•*  Alpes  Gregos. 

Grande  Sequan^za.  Alpes  Maritimós. 
Aquitania*  J.*  e  2." 


ma 

ROM 


46» 


Alpes  Coflíanos. 
Venecia. 


Emilia 
Flaminia. 


Diocese  de  Roma. 


Diocese  d'Jliípanha. 


Tarragoneza . 
Gallecia. 
Carth.ígineza. 
Lusitânia. 


Bélica. 
Baieares. 

Mauritânia     Tinçita- 
ns. 


2.*  Prefeitura  d' Itália. 
Diocese  d' Itália. 
Diocese  d'italia  propriamente  dita 
Khtciâs  1.*  2."  Liguria. 

▼t«..    IV. 


Tuscia  e  Ombria. 

Valeria. 

Picenum. 

Campania. 

Samnium. 

Africa  e 

Diocese 

Numidia. 
Mauritanias   Cesaria- 


Apulia  e  Calábria 
Lucania  e    Bnitium. 
Sicilia, 
Sardenha. 
Córsega. 

Byzacane. 

d'Africa. 

na  e  Sitifensis. 
Tripolitana. 


Diocese  d'llljria. 


Noricíís  !.•  2.^ 
Pannonias  i.*  2* 
Valeria. 


Savia. 
Dalmácia, 


IMPÉRIO    D  ORIENTE. 


3.°  Prefeituria  d^Illyra. 
Diocese  de  Dacia. 


Dacias  í  *  e  2." 
Mesia  i.* 


Dardania. 
Prevalitana. 


Diocese  da  Macedónia. 

Macedónia.  vo.) 

Thessaha  Achaia  ou  Grécia. 

Kpiros  (antigo  e  no-    Ilha  de  Creta. 

4.**  Prefeitura  d' Oriente. 

Diocese  de  Thracia. 


iMftsia   :  .* 

Thracia 

Hemimonte. 


Rhodope. 

Europa 

p.  quena  Sythia. 


Diocese  da  Ásia. 
Proconsulado  da  Ásia 
Ásia  propriamente        As  ilhas. 


dita 


Lydia. 

Caria 

Lycia 

1  amphylia. 


Uellespanto. 
Vigariato  da  Ásia. 


Pisidia. 
Lycaonia. 

Phrygias  Pacaciaua  ©. 
Salutar. 
11. 


46a 


ROM 

Diocese  ou  condado  d 'Oriente. 


Isauria.  Paleslinas  1.^  2.^  .i.' 
Cilicia.  ^i.^ 

Phenicia  maritima  ou  A  ■  •«!>  .i . 

do  Líbano.  Osroene. 

Syrias  consular,  sa-  Mesopolamía. 

lutar,  euphratesia-  Chypre. 

na. 


Diocese  do  Ponto. 


Bylhinia. 
Uonoriada. 
Paphlagonia. 
Hellenoponto. 


Ponto  t^oíémoniaco. 
Galacias  1  ^  e  2.' 
Caftpadocias  l.^e  2.^ 
Arménias  l  *  e  2.^ 


Diocese  do  Egypto. 

EgyP^*J    própria-  Arca<iiíi  ou  Heptano- 

mente  dim.  mida. 

l.ibps  l.«  e  2^  ilj.baida. 

Augustantnica. 

ROMANO  I,  (hist  )  chHraítdi)  Lecapene,  im- 
perador do  Oriente,  nasceu  na  Arménia 
d'um3  famillia  obscura,  adquiriu  nome  nos 
exércitos.  F.ú  jrrande  abiiirante  no  reina- 
do de  Constantino,  que  lhe  deu  em  caza  • 
menl)  sua  filha  Helena,  fui  nomeado  co- 
regenie  em  919,  e  associou  successivamen- 
te  ao  império  s^us  filhos  Christ*  vão,  1  sie 
vão  e  Constantino.  Foi  desihronado  em  941 
por  seus  filhos  e  encerrado  em  um  con 
vento,  onde  morreu  em  948 

ROMANZEiRA,  *.  f  romans,  des.  eira],  ro- 
meira, arvore  que  dá  as  romans. 

ROMÃO    V.  Romano 

ROMÃO  (S.),  (geogr.)  rio  d«  Portugal  que 
nasce  na  serra  de  Monchiqup.  percorre  par- 
te do  Alemtejo  de  S.  ao  >  o  é  um  dos 
q  o  dão  principio  ao  S  do. 

«GMÃo  (S.),  (geogr.)  \illa  e  íroguezia  de 
Pvfti;  ^al  do  distrito  de  «uimbra.  donde  dis- 
tíi  li'  léguas  ao  E.  perto  de  C,ea,  comi  510 
b  bií  inles  Ha  uma  )  )v<iação  do  mesmo 
D  íDi  e  de  1,'£00  habi  mies  no  concelho 
d'Vlc!cer  do  Sal,  fi  !  guas  ao  O    d'l.vora. 

ROíARiA,  s.  /",  (do  F,  roumiei ,  peregri- 
o  1  q  ie  foi  a  I  orna.  ou  de  Ramier,  de  ra- 
ViiAv  ramo  de  paímíi,  habuilo que  traziam 
os.  pe  egrinos  da  TeMf!  Saiila).  p^regriíia- 
Çí<o  devota;  v.  y.i 'i  «rra -Santa,  a  casa  ou 
á  igrfjd  de  algum  san'  >,  v.g.  a  S.intiago  de 
€•  mpostella,  ou  entn  o   musuloianos  áM«- 

Cít. 

ROMARiz,  (geogr.)  ai  'eia  de  Portugal  de 
1,'3n  habitantes  do  cr  ncelho  da  Feira,  5 
It  1^'Ui  s  ao  S.  do  Porto 

RO  «An AS.   V.  Arrori  liadas 

i\o  BAMfcNTE,  abv.  [intnf  sufi.),  rude- 
Hi  .nte,  sem   finura.    Negociar  — .  (p.  usji. 


ROM 

ROMBO,  s.  m.  (do  Lai.  rumpo,  ere,  que- 
í)r»r,  romper),  quebrada,  furo;  v.  g.  — 
na  poria,  no  navio,  Tomar  os  — s,  (phr. 
paut.),  tapal-os,  para  impedir  que  entre 
agua  no  navio. 

ROMBO,  A,  adj.  (do  precedente,  que  tem 
a  ponta  quebrada),  não  agudo  ;  v.  g  En- 
genho — ,  boto. 

ROMBO,  ROMBOiDR,  (t.  geom  )  V.  Rhombo, 
flhoritbo-dc. 

R0M8.1RA,  s.  f.  arvore  que  dá  romans, 
romanzeira 

ROMEIRO  A,  s.  (V.  Romaria),  homem  ou 
poulher  quo  vai  em  romaria,  peregrino } 
peixinho  que  anda  diante  da  balêa  e  se  nu- 
tre do  comer  que  lhe  fica  entro  os  dentes. 

ROMME,  (hist.)  geometra  francez,  nasceu  em 
1744,  morreu  em  1805.  Deixou  :  Diccionario 
da  Marinha  francesa  ;  Diccionario  da  Mari- 
nha ingleza. 

ROMNRY,  (geogr.)  cidade  dMnglaterra,  a  11 
legu;i.,Si^  de  Maidslone  ;  1,000  habitantes. 

ROMORiNTiN,  (geogr.)  cidade  de.  França,  a 
1 1  léguas  e  um  quarto  ao  "^0  de  Blois  ;  7180 
habitantes. 

ROMPEOEiRA,  s.  f.  cunha  cravada  em  ci- 
b  >  com  que  os  ferreiros  abrem  o  ferroem 
bra.sa.  talhadeira    de  ferreiro. 

iU)ai»ííDOR,  A,  adj.  queronpe;  rompen- 
te. 

rompeoura.  V.  Roptura,  Rotura. 

ROMPENTií,  adj.djs  2g.  (Lat.  rumpens, 
lis,  p.  a.  de  rwmpo,  er«,  romper),  que  rom- 
pe, lacera  ;  Unhas  — s.  «  Pellicano,  ave  — 
^•ingue  no  peito.  »  (ant.  eobsol.,  neste  sen - 
iido  de  participio  activo  ou  do  presente  )u. 
y.  Animal— ,(t  dobras  ),  cuja  cabeça  ap- 
parece  só  no  alto  do  escudo  em  pé. 

ROMPER,  V.  a.  (i,<it.  rumpo,  ere.  Os  etj- 
mfilogistas  não  concordam    sobre  a    origem 
d*este  vocábulo  ;  uns  querem  quo  seja  imi- 
tativa ;     outros ,     o    referem     ao     radical 
rain    ou    rum  que    significa    altura,    ale- 
vação.    Eu   creio   que    é  formado  de    ruo, 
ere,  arremessar,  lançai  e  pes,    pé),    que- 
brar, á  força,  arrombar;    'v    g.  —  o  Val- 
lado,  a  tranqueira,    o  dique,  os  ferros,  as 
cadeias  ;  rasgar,  lacerar,  v.  g.   —  a  fita,  o 
vestido,  os  sapatos,  a  carta.  Rompeu  o  cão 
A  garganta  ao  touro.  David  rompeu  a  tes- 
ta ao  gigante.   —  lanças  instando  ;  —  ter- 
ras maninhas,  cultivar,  —  matos,  rooal-os, 
desmonlal-os  ;   entrar    por  elles  com  diffl- 
j  cuidado.  Rio  mui  caudeloso  que  rompe   o 
1  mar  por  mais  de  uma  légua    —  o  exerci- 
I  |lo,  os  batalhões  inimigos.    Os    portuguezes 
i  fomperam  os  castelhanos   em    Aljubarrota, 
''  derrotaram,  —  a  paz,  os  pactos,  a  tregoa, 
quebrar;  as  leis,    violar;  —  o    segredo,  o 
!  silencio,  decidir-se   a  fallar ;  —  o  somno, 
as  trevas,   dissipar.  —  guerra, — o  sitio  de 


praça,  começar:  -r  o  ar,  o  céu  com  gri- 
tos, atroar.  —  receios,  diíílculd.afies,  snpo- 
rar.  — ,  t.  n,  enlrflr,  d^r,  sahir  com  Ím- 
peto',  V.  g.  o  vento ;  —  o  dia,  amanhecer. 

—  era  pranto,  em  lagrimas,  «m  ira,  em 
aq^eaças.  entregar-se  cora  viol"ncia  ;  —  pôr 
obstáculos.  conlrAiirões,  p;jr  tudo  ;  nào  f »- 
Ter  caso,  d'?sprezar  ;  —  em  desatinos,  — 
pelas  laqças,  pelas  chamas,  atravessar  com 
ímpeto,  arremessar-se  Caminho  que  rompe 
por  serras.  Rompeu  a  nova.  a  noticia,  di- 
▼ulgou-se.  Rompeu  a  batalha,  começou  — 
com  alguém,  desavir-se.  — se,  v.  r.  impes- 
soal, quebrar-so  ;  v.  g.  —  o  mir  nos  ro 
chedos.  fíompeu-se  a  noticia,   divulgou-S'i. 

—  a  virgem,  (ant.)  corromper-se. 
ROMPE-TKRRA,  wJj .    dos  1   g.  (l.    poet.), 

que  rompe  a  terra. 

lOMptDO,  k  p.  p  de  romper;  aij.  roto, 
quebrado,  violado  ;  v.  g.  X  paz  — .  Tinha 

—  o  nó,  roto,  cortado.  Tinhi  —  a  noti- 
cia, tinha-se  divulgado.  O  exercito  — ,  des- 
baratado. 

ROMPiMETíTo,  s.  m.  {menío  suff.),  ruptu- 
ra, acto  de  romper;  v.  g.  —  da  paz,  da 
tregoa  ;  compço,  —  da  batalha.  O  —  do 
canal,  abertura.  Ter  com  alguém  — ,  que- 
bra da  amizade. 

ROUPÕES,  s.  m.  pi.  {áe  romper]  as  pon- 
tas das  ferraduras  viradas  para  b^íixo,  para 
fazerem  pega  e  impedirem  a  besta  de  escor- 
regar lias  ca  çâdas  e  no  regelo. 

ROMUALDO  I,  fhist.)  Duque  deBenev^nte, 
filho  deGrimoaldo  Cercado  pelos  Gregos  em 
Benevente  em  663,  resistiu  vigorosamente  e 
foi  soccorrido  por  Grimoaldo,  que  correu  da 
Lombardia  para  o  libertar. 

romoaldo  n,  (hist.)  filho  e  successor  de  Gi- 
soUl,  tomou  Cumel  e  deixou  os  seus  Estados 
a  seu  filho  Gisolf  II. 

ROMUALDO  (S.),  (hist )  nasceu  em  Rav<^nna 
ena  956,  fundou  em  1012  o  mosteiro  de  Ca- 
maldoli  na  Toscana,  de  que  foi  o  primeiro 
abbade.  Morreu  em  1027.  i/ commemorado 
a  7  de  fevereiro. 

RoíuLEO,  A,  adj.  (poet.)  de  Rómulo.  Ter- 
ra — .  Eneid. 

RÓMULO,  (hist.)  fundador  e  primeiro  rei  de 
Roma,  passava  por  filho  de  Marte  ode  Rhea 
Silvia,  filha  de  >umitor,  reid'.Alba.  Veio  ao 
mundo  com  Remo  Amulio,  tiodo  llhea,  man- 
doii-a  enterrar  viva  por  ter  quebrado  os  seus 
vt  tng,  e  fez  expor  os  dous  gémeos  sobre  o  Ti- 
bre,  mas  o  rio  deixou-os  em  secco  e  uma  lo- 
ba lhes  deu  de  mamar.  Faustulo,  pastor  do 
rei,  tendo-os  achado,  os  fez  criar  por  Acca 
Laurentia,  sua  mulher,  i.orauloe  Remo  cres- 
ceram entre  os  pastores.  Inslruido  do  segredo 
dpseu  nascimento,  Rómulo  matou  Amulio, 
de[iois  foi  com  Itemo  seu  irmão,  lançar  os 
fundamentos  de  Roma  no  mesmo  lugar,  aon- 


RON 


467 


de  tinham  sido  expostos  (753annos  antes  de 
J.  C.)  Durante  estes  trabalho»,  o»  dous  rr- 
mãos,  d(38aviado-se  um  c  )m  o  outro,  Ronau  - 
lo  matou  Remo,  depois  d'islo  fez  da  sua  cida- 
de um  azylo  de  vagabundos  e  fugitivos.  Ten-  * 
do  convidado  aos  jogos  públicos  as  p  )vo.iç3es 
visinhMs,  e  principalmente  os  Sabinos,  rou- 
bou as  mulheres  dos  espectadores  para  dar 
esposas  aos  seus  vassallos:  d'aqui  seorgina- 
ram  muitas  guerras,  de  qu*i  R  )miilo  sempr« 
saiu  vencedor.  Orgnnizou  o  seu  pequeno  es- 
tado, dividiu  a  Uííção  em  patri',ios  e  ple- 
beos,  creou  um  senado,  instituiu  o  trium- 
pho  e  as  ceremoni^s  religiosas,  e  desapare- 
ceu no  meio  de  uma  tompestade,  ou  foi  oior- 
lo    pelos  senadores  no  anno    7t'»  antes  de 

j.  í:. 

RONCA,  s.  f  (de  ronear)  bravata,  amea- 
ça de  fanfarrão  ;  instrumer»to  de  som  rouco 
e  medonho. 

RONCA  s.  f.  (do  Lat.  runco,  oni»,  ensi- 
nho)  união  de  três  ou  quatro  finzoes  em  for- 
ma de  fateixa  para  pescar  no  alio  mar  peixes 
grandes. 

RONCADOR,  s.  m,.  OU  adj,  fanfarrão,  va  • 
lentào. 

RONCAGLiA,  (geogr,)  villa  do  Estado  de  Par- 
ma, sobre  o  Vo  entre  Placencia  e  Cremo- 
na. 

RONCÃo,  (geogr.)  riacho  de  Portug'>l  qu$ 
nasce  na-í  serras  situa  ias  ao  S.  de  Miirçí 
de  i  anoyas,  avizinha-se  a  Favbios  e  entra 
na  direita  do  Douro. 

RONCAR,  V.  n.  dar  um  som  rouco  como 
fazem  algumas  pessoas  dormindo,  resonar ; 
rugir,  t).  ^.  as  tripas  roncam..  — ,  bravatear, 
ameaçar  em  vão;  blazonar,  v.r.  — de  va- 
lente. U  mar  —  em  tormenta. 

RONCARIA,  s.  f.  (des.  aria]  bravatas  de 
roncador,  feros  grandes  ameaços,  fanfarri- 
ce,  o  som  rouco  do  peito  de  quem  respira 
mal :  —  de  trombetas  dissonantes 

RONCARIA,  s  f.  movimento  ronceiro  ;  pri- 
guiça 

RONCEAR,  V.  n.  (Y  Ronceiro)  naover-se, 
obrar  ronceiramente.  i  ii<'úí 

RONCEIRAMENTE,  adv.  (m«^f«'Séff.)  tarda 
vagarosamente  :  vai  o  negocio  mui — . 

RONCRiRO,  A,  adj.  (do  Fr.  ant.  roncin, 
sendeiro  máo  cavallo)  zorreiro,  tardo,  vaga- 
roso ;  tardo  em  aprender,  pouco  diligente. 
Estudante,  servidor—.  Navio — . 

RONCÈvALLES,  (geog»"  )  vílla  d'llispanfeii  a 
8  léguas  NE.  de  Pampellona. 

RONCiGLiONE,  (geogr*)  Cidade  dos  Estados 
Ecclesiasiicos,  a  4  léguas  ao  SE.  de  Viterbo  ; 
3,3G0  habitantes. 

RONCO,  s.  m.  som  rouco,  surdo  como  o 
que  se  faz  resonando,  ou  com  a  ronca  — s, 
feros,  bravatas.  Os  — *  do  Auslro  O  mariti- 
mo  — . 

117  ♦ 


468 


ROO 


ROR 


RONCO,  A,  adj.  (ant.)  rouco. 

RONCOLHO,  adj.  raal  capado.  Porco  — , 
mal  capado,  Cavallo  — ,  que  tem  um  só 
testículo. 

RONDA,  s.  f.  (de  rondar)  guarda  militar 
de  pé  que  anda  vigiando  os  postos,  assenli- 
nellas  ou  obairro.  Fazer — s.  Andarde  — . 
— ,  diz-se  também  do  numero  de  quadrilhei  • 
ros  e  oíTiciaes  de  justiça  quf  andam  de  noi- 
te rondando  as  ruas. 

RONDA,  (geogr.)  Arunda,  cidade  d'Hispa- 
nha,  a  16  léguas  NO.  de  Málaga;  l9,000 
habitantes. 

RONDADOR,  A,  adj.  que  ronda. 

RONDÃo,  s.  m.  {áeroda)  De  -  ,  precipi- 
tadamente, do  roldão. 

RONDAR,  V  a  [áoFv.ronde,  v.rond.  re- 
dondo) andar  visitando  as  sentinellas,  os  pos- 
tos, as  ruas;  —  a  cidade,  a  praça.  Andar 
jondando. 

aoNDELET,  (hist )  medico  e  naturalista  fran- 
oez,  nasceu  em  1507,  morreu  om  i566.  Dei- 
vou  uma  Historia  dos  peixes. 

RONFE,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal a  1  légua  e  meia  de  Braga,  1,000 
habitantes 

RONHA,  s  /.  {do  llàl.  regna,  doLat.ru- 
bigo,  ferrugem  do  trigo)  espécie  de  sarna 
queda  nas  ovelhas  ;  (fig.)  vicio  moral;  ma- 
licia,  manha.  Tem  muiia — . 

iiONHOSO,  A,  adj  íd'^s.  oso]  que  tem  ro- 
nha. Gado  —  :  (tig.)  astuto,  malicioso. 

RONQUEAR,  V.  tt.  alimpar  o  atum  da  espi- 
nha para  oeslopejar  e  pôr  em  conserva. 

RONQUEIRA,  s    /.  doouça  do  gado. 

RONQLENHO,  A,  adj.  rouco.  A  rã  7'on- 
quenha. 

RONQuiDÃo,  s.  f.  ronquido,  voz  rouca. 

RONQUiDO,  ú.  m.  rouco. 

RONSARD,  k(hist.)  celebre  poeta  francez, 
nasceu  em  l524,  morreu  em  1585.  As  suas 
obras  constam  iVodes,  sonetos,  elegias,  epi- 
thalaniios  e  poemas. 

ROOKE,  (hist.)  astrónomo  ingíez,  nasceu 
em  i651),  morreu  em  1708.  Deixou  .  Obser- 
vações sobre  o  cometa  de  1052;  Methodopa- 
ra  observaras  ecclipses  da  lua. 

HOOL,  s.  m.  pi.  Rooles.   V    Rol. 

RooLiM,  s.  m.  (t.  Ásia)  dignidade  supre- 
ma do  sacerdócio  noPegu.   V.  Rólim. 

ROO.S,  pi.  (ant.)  V.  Rol  e  Roes. 

Roos,  (hist.)  família  d'artistasallemães,  que 
cultivou  com  vantagem  o  género  de  pinturas 
d'aaimaese  paizagens,  o  mais  celebre  é  Phí- 
lippe  Roos,  que  nasceu  em  165Ò,  o  morreu 
eml7i5. 

ROPA.  V,  Roupa. 

ROPiA.  V.  Rupia 

ROQUE,  s.  m.  (do  Fr.  roe,  rocha,  rochedo) 
no  jogo  do  xadrez,  a  torre 

ROQUE  (S  ),  (hist.)  nasceu  pm  Montpellier 


em  12'J5,  morreu  em  1327.  E'  commemo- 
rado  a  U)  d' a  gosto. 

ROQUE-BRUSSANE,  (geogr)  cidade  de  França, 
a  M  léguas  e  um  quarto  SO.  de  i^rigoolle  ; 
1,50"^  habitantes. 

ROQUiBROU,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
legua-í  d'Aurillac,  1 ,360  habitantes. 

ROQUEBRUNE,  (ooogr.)  vílU  de  França,  a 

4  léguas  SE.  de  Draguignan  ;  2,019  habi- 
tantes. 

ROQUicouRBE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
2  léguas  e  um  quarto  NC.  de  Castres; 
17 j 7  habitantes. 

HOQUEFORT,  (googr.)  villa  do  departa- 
mento d'Aveyroa  em  França,  350  habi- 
tantes. 

ROQUEFORT     DE   HARIAN,     (gCOgr  )    VÍlla   ds 

França,  a  5  léguas  ISE.  de  Mont-Marsan ; 
600  habitantes. 

ROQUEFORT-DE-SAULT  (geogr.)  vjlla  ds 
França,  a  8  léguas  de  Simox  ;  780  habi- 
tantes. 

ROQUEIRA,  s.  f.  (de  roca)  peça  de  artilha- 
ria que  joga  pellouros  de  pedra. 

ROQUEiRADA,  s  f.  (des.  8.  ttda)  tiro  de  ro- 
queira. 

ROQUEIRO,  A,  adj.  de  roça,  de  roqueira. 
Pellouros — ,  desparados  por  roqueira  Cas- 
tello  — ,  construído  sobre  roca  alcantilada. 
— -,de  roca,  que  íia  era  roí*.a    Moça  — . 

ROQUEJAK.   V.   Rouquejar. 

roquelaure.  V.  Rocló. 

ROQUELAURE,  (geogv.)  villd  de  França,  a 
2  léguas  N.  d'Auch  ;  150  habitantes. 

ROQUELAURE,  (hist.)  marcchal  de  França 
d' uma  antiga  famillia  d'Armagnac,  conhe- 
cida no  Xlli  século.  Foi  nomeado  marechal 
de  França  era  i61>    Morreu  em   itíáj. 

ROQUELAURE  (marquez,  depois  duque  de), 
(hist.j  nasceu  t;n  ífVi.),  tuoii-en  em  i683  ; 
distingíii-se  nas  jalolU.is  d  í  Mari.io,  de  Ho- 
necourt  Publicou  Ateniuroi  direríidas  do 
duque  de  Roquelaure 

ROQUELAURE,  (ge  gr.  ,  (idade  do  i^Vauça, 
a  7  léguas,  ^C.  d'Uzés  ;  4  130.  habitan- 
tes. 

ROQUES,  (hist.)  tiieoiogu  piotesíanie,  nai- 
ceu  eji  10^5,  luorreu  em  l748.  Deixou  o 
Pastor  Evangélico,  Cf 

ROQUETE.  V.  Rochete.  Etn  — ,  .t.  do  bras.) 
cm  triangulo. 

ROQUEVAiRE,  (geogr  )  ciladeu!  França,  a 

5  léguas  JN.  E.  de  .Marselha  ;  3  22>)  habi- 
tantes 

ROUANTE,  adj  dos'zg.  (Lit. /'>r«/i5,  tis, 
p.a.  doro/*o,  are,  crvalhur)  ;poet  )orvalho- 
so,  rorifero. 

RORARio,  s.  m.  ou  adj.  ^Lat  rorarius) 
Soldado  — ,  soldado  romano  armado  á  li- 
geira que  ia  na  primeira  lileira. 

RORARIUS,  (hist.)  escripior  italiano,  nasceu 


KOS 


ÍIOS 


469 


em  1485,  morreu  em  1556.  Deixou  um 
traclado  intitulado ;  Quod  animalia  bruta 
sotpe  ratione  utantur  melius  homine. 

RÓRIDO,  A,  adj  (Lat.  roridus,  de  ros,  ris, 
orvalho)  (poet  )  húmido  com  orvalho  Copos 
— s  (do vinho).  Diniz. 

RORiFEHO,  A,  a^j .  (Ut.  Torifcr)  (poet.)or- 
yalhoso,  que  traz  orvíilho  ou  chuva. 

ROSA,  s  f.  (i^at.  rosa.  Creio  que  vem  do 
Egypcio  rn,  bocca,  e  çai  ou  sai,  bella,  ou 
xai,  nascer.  O  Ur.  r/íorfon,  de  que  Varro  de- 
riva rosa,  tem  a  mtsma  origem)  flor  bellis- 
sima  odorifera  vulgar  de  que  ha  varias  es- 
pécies. —  albardeira  ou  montez,  de  Jerichó, 
de  Alexandria  ;  branca,  mosqueta,  mogu- 
rira  Era  geral  é  do  côr  encarnada  desmaia- 
da. — ,  (fig.)  roseta.  Nó  de  —,  que  forma 
como  uraa  rosa.  —  de  encadernador,  peça 
de  latão  com  lavor  que  os  encadernadores 
aquecem  para  applicar  a  folha  do  ouro  so- 
bre a  capa  dos  livros  — náutica,  di!^tribui- 
ção  circular  dos  rumos  ou  ventos  cuja  direc- 
ção é  marcada  pela  agulha  de  marcar.  — , 
adjectivado,  da  côr  da  rosa,  encarnado,  Ac- 
mas  —s  Setira  — .  As  -  s  do  rosto,  a  bella 
côr  encarnada  dasfaces.  Maré  de—s,  (fig.) 
mui  favorável,  plácida.  Domingo  de  — s  ou 
de  — ,  oitava  depois  da  Ascensão.  Diamante 
— ,  chapa,  cujo  fundo  é  plano  e  por  isso 
tem  pouco  brilho. 

ROSA  (S.)  (hist.)  virgem,  nasceu  em  Lima 
em  1586,  fez-se  celebre  pela  sua  virtude 
e  ardente  devoção  ;  educada  com  magnifi- 
cência, caiu  em  pobreza,  evio-se  obriga- 
da a  servir ;  como  criada  ;  depois  entrou 
na  ordem  Terceira  deS.  Domingos  e mor- 
reu em  l6t7.  E'  festejada  a  39  d*Agos- 
to. 

ROSA,  (Monte)  (geogr.j  montanhi  daSuis- 
sa,  é  o  mais  alto  cume  dos  Alpes  depois 
do  Monte  Branco. 

R0SA-cn!j2,  (Irmãos  da)  (hist.)  sociedade 
secreta  d'illuminados,  osquaes  julgavam  |.e- 
netrar  08  mysterios  da  natureza  com  osoc- 
coro  d'uma  luz  interior.  Tinham  por  chefe 
um  fidalgo  allemão ,  chamado  Ho- 
senkrenlz,  (isto  é  Rosa-Crnz],  o  qual  di- 
ziam ter  vivido  mais  de  cem  annos,  e  que 
voltando  de  viagem  na  Turquia  e  Arábia, 
tinha  contado  segredos  maravilhosos.  Os  Ro- 
sa-(  rijz  propunham-se  aperfeiçoaras  scien- 
cias  úteis  á  humanidade,  principalmente  a 
medicina,  mas  caíram  nos  erros  da  magia, 
de  alí^himia,  e  acabaram  por  se  tornarem 
charlatões.  Espalharam -se  pela  Alemanha  no 
principio  do  XII  século.  Esta  seita  pare- 
ce estar  extincta  hoje. 

ROSA  (Sí^lvador)  hist.)  celebre  pintor  ita- 
liano, nasceu  em  1615  em  Aremella,  mor- 
reu em  1673.  Entre  os  seus  muitos  quadros 
DOta-se.  S.  Thomé  tocando  nas  chagas  de 

TOL.   IT. 


Jesus;  Jonas  pegando  emNiyiive,  aPytho- 
nisa  d'Ender,    a,  Sombra  de  Catilina. 

ROSAOA,  s   f.  nome  de  um  peixe. 

R  ;Sado,  A,  adj  [rosa,  des.  adj.  ado)  com- 
posto dti  rosas,  feito  com  rosas,  nleo,  açú- 
car, mel  — .  — ,  côr  de  rosa,  ©.  g.  as  — * 
faces.  O  —  carro  da  Aurora.  Os  — s  horizon- 
tes. 

ROSARS,  (geogr.)  aldeia  considerável  da 
Ilha  de  S.  Jorge,  situada  sobre  a  ponta  do 
NE  da  Ilha,  virad»  ao  SK  e  cercada  de 
altas  rochas,  á  beiramar. 

ROSAiRO.   V.  liosario. 

ROSAL,  s.  m.{rosa,  des  collectiva  ai)  mata 
de  roseiras. 

ROSALGAR,  s.  m.  oxydo  de  arsénico. 

ROSÁLIA  (S.)  (hist.)  patrona  de  Palermo, 
fiiha  de  um  senhor  de  Roses,  do  sangue 
de  Carlos  .MagDO,  vivia  no  Xlí  século.  Re- 
tirou-sc  a  uma  g'uta  do  monte  Perogrino, 
aonde  passou  vida  austera,  e  ahi  morreu 
em  16G0.  E'  commemornda  a  4  deSeptembro. 

ROSAKio,  s.  m  enfiada  do  contas  que  mar- 
cara os[».idre-nossos  e  ave-mari/is.'//!»  — , 
são  cento  e  cincoenta  ave  marias  e  quinze 
padre-nossos,  — ,  machina  de  tirar  agua 
por  meio  de  uma  cadeia,  em  que  estão  en- 
fiadas meias  bolas  ou  êmbolos  justos. 

ROíARio  ou  s.  JOSÉ  cucuTA  OU  simplcs- 
m-nte  cucuta,  (g^ogr.)  cidade  da  republi- 
ca de  Nova  Granada,  a  100  léguas.  NE.  de 
Santa  Fé  de  Bogotá 

R03AIU0,  (geogr.)  cidade  do  México,  a  44 
léguas  S.  de  Culiacan  ;    5,600  habitantes. 

ROSÁRIO,  (geog.)  villa  mercantil  da  pro- 
víncia do  Maranhão,  no  Hrazil  na  margem 
esque'"da  do  rio  i tapicuru,  a  8  léguas  de 
sua  embocadura  na  bahia  de  São-José. 

RO.<?ARio,  (geogr.)  nava  villa  da  provín- 
cia de  Sergipe,  no  Brazil  na  conarca  de 
Santo -Amaro  creada  por  lei  da  assemblea 
provi  icirl. 

ROSÁRIOS,  erro  por  rorarios 

ROSAS,  (guerra  das  Duas)  (hist )  guerra 
civil,  que  aííligiu  a  Inglaterra,  durante  o 
XV.  século,  teve  por  causa  a  rivalidade  das 
casas  de  Lencastre  ed'tforck,  que  disputa- 
vam o  throno,  e  tomou  o  nome  de  rosas, 
porquejos  dous  partidos  tinham  tomado,  ca- 
da um  uma  rosa  para  signal. 

ROSAS,  (geogr.)  cidade  forte  d'Hespanha, 
sobre  o  Me^iiterraneo,  a  12  léguas  NE.  de 
Girona;  2*31  j  habitantes. 

RosASOLis,  s.m.  (do  Lat.  ro5  solis,  orva- 
lho do  sol,  planta  que  entrava  ni  composi- 
ção d'este  licor)  licor  espirituoso  em  que  en- 
tra o  sândalo  vermelho.  — s,  gottas  de  or- 
valho, planta. 

ROSBACH,  (geogr )  villa  da  Prússia,  entre 
Naumburgo  e  Merseburgo. 

ROSBECQUE,  (geogr.)  Roosebeke  em  Fla- 
118 


♦''# 


ROS 


RÓS 


mengo,  cidade  da    Bélgica,  a  ^  léguas   ao 
NE.  d'Ypres  ;    1,500  habitantes. 

ROSCA,  s.  f.  linha,  volta,  dobra,  lavor, 
espiral.  As  — s  que  faz  a^ cobra.  As  —s  do 
parafuso.  — ,  bolo  de  farinha  feito  em  for- 
ma de  argola  torcido. 

ROSCELiN,  (hist.)  philosopho  escholastico 
«aseeu  na  Bretanha  no  BQeado  do  XI.  sé- 
culo. Sustentava  que  es  ideias  geraes  não 
tinhão  a  m«'nor  realidade  fora  do  nosso  es- 
pirito, e  que  só  são  puros  íiomcs  a  que  nào 
corresponde  nenhum  ser  real.  Foi  o  fun- 
dador da  «eita  dos  Nominaes.  Crendo  ap- 
plicar  esta  doutrina  ao  mysterio  da  Trinda- 
de, adquiriu  adversários,  e  foi  condemna- 
do  no  concilio  de  Soissons. 

ROSCíADO.  V.  Bociado. 

hosciAR,  V.  n.  ou  n.  V.  Rociar,  Borri- 
far, Orvalhar. 

«osciDO,  A,  adj.  (t.at,  roscidus)  húmido, 
orvalhado. 

ROSCO;  s.  m.  V.  Rocio. 

ROSCíbso.  V.   Ortalhn. 

R08C1US,  (hist.)  celebre  actor  romano,  nas- 
ceu em  12y  antes  de  J.  C,  morreu  em  62, 
aperfeiçoou  a  pantomima  e  deu  lições  a  «j- 
ceru  que  advogou  a  sua  causa  contra  Fau- 
nio  Cheréa. 

ROscoE,  (hist.)esciiploringlez.  nasceu  em 
'1752s  morreu  era  1831.  Deixou  além  de 
muitas  po^-sias :  a  Wúa  áeLourínço  de  Me- 
-eis ;  a   Vida  e  pontifioado  de  Leão  X. 

HoscoFF,  (geogr)  villa  de  França,  a  5 
leguas*80  J\0.  de  Morlaise;  'è.óòi)  habitan- 
tes. 

RoscoMMON,  (geogr.)  cidadc  d''IrlanHa,  ca- 
pital do  condado  de 'Uoscommon,  a  18  lé- 
guas NB.  de  BuHisi  ;  3.300  habitantes.  O 
condado  do  iloscommon,  situado  entre  os 
de  Leilruis,  I  ongford,  Wcst-Mealh,  Sligo. 
(lalvvav  e  Mf?yo,  conta  250,000  h;  bitan- 
les. 

ROscoMMON,  (conde  de)  (hist.)  poeta  ir- 
landez,  nasceu  em  1603.  era  sobrinho  de 
Wentwert,  conde  de  \Slr;ifTofd.  Deixou  um 
Ensaio  sobre  u  tradjcçào  em  verso  ;  tra- 
<ki<(.õt'6  da  Arte  poética  d' Horácio,  e  da  *'».^ 
Sglcgu  de   Virgilio. 

HíiSE,  (hist.;  doutor  fraiuiez,  nísc»  u  ett 
1714,  morreu  etn  4ií05  Deixou  :  Tralado 
elern^it&r  de  fttoral ;  Moral  evangélica  com- 
parada com  a  de  iíifferenies  seitas  de  r^- 
Ugmo  e  de  philosophta. 

ROsEAU  on  CHARLOTTE-TowoN,  (geogr  )  Ca- 
pital  da   ilha    da    1  ominica,   5,a0o    habi- 
"iRntfes. 

ROSEIRA,  s.  f.  [rosa,  des.  eira)  o  arbiis- 
^^40  eí-piifh*  80  que  dá  rosas. 

BOSELLA,  s.  f.  nome  de  uma  herva  cha- 
-  Hítda  em  L«tim  m/Ks  mas. 

ROSfcllo^DA,  (bisMi)  íilbadeCunimond,  rei 


dos  Cedidas,  o  qual  o  rei  lombardo  Alboin 
batteu  e  matou  em  167,  foi  obrigada  a  ca- 
zar  com  o  vencedor.  Obrigando-o  este  bár- 
baro a  beber  pelo  craneo  de  seu  pai,  man- 
dou-o  matar  por  Peridés,  seu  amante  com 
o  qual  casou  e  fugiu  para  Ravenna.  Den- 
tro era  pouco  quiz  envenenar  este^.*"^  ma- 
rido para  casar  com  o  exarca  í*ongíno,  más 
foi  ahrigada  a  beber  o  veneno. 

ROSENAU,  (geogr.)  Rozno-íianya  em  hún- 
garo, cidade  de  Hungria,  a  7  léguas  NE.  cte 
Goemoer  ;  ó,O0Ò  habitantes. 

ROSENAU,  (geogr.)  Uosnyo ,  cidade  da 
Transylvania,  a  3  léguas  SO.  do  kroustrtdl; 
4,ul0  habitantes. 

ROSENBEHG,  (geogi.)  villa  da  Hungria,  a 
légua  e  meia  de  S.  Niklas ;  2,200  habitan- 
tes. 

ROSENHEiM,  (geogr.)  villa  de  Baviera,  so- 
bre íi  lufig  a  li  léguas  SE.  de  Munich; 
ij^iSO  habitantes. 

ROsaíiMULLER,  (hist.'  grande  anatómico  al- 
lemão,  nasceu  ecn  1771,  morreu  em  l8j£t^ 
Alem  de  muitos  artigos  nas  revistas  scienti- 
íicas,  publicou  ;  De  Ossibus  fossílihus  ani- 
malis  cujusdam  ;  Atlas  anatómico  chirur- 
gicum,  etc. 

RÓSEO,  A,  a(/;.  (La t.  rosews)  de  rosas  ,  côr 
de  rosa.  FerfuRies  —s.  BoCca,  faces  — s. 

ROSETA,  s.  f.  (Fr.  roseite)  a  peça  jas  es- 
poras que  tvm  puns  rom  que  o  cavalleiro 
pica  o  cavallo  ;  bolinha  arma-la  de  puas  que 
se  pÕ!3  nos  remates  das  disciplinas  ;  peça  sp- 
raelhanle  á  roseta  das  esporas  queseappli- 
ca  aura  dos  ramos  do  compasso  para  traçar 
pontinhos.  Côr — ;  feita  com  raspas  de  piío 
brasil,  pedra  huijiie,  g'an,  etc. 

RosETTA,  (geogr.)  Bachid  dos  .Árabes,  ci- 
dade do  baixo  Kgy.pto,  capital  de  uraa  pro- 
vincia,  no  ramo  occidental  do  >ilo,  ao  NE 
d'Alfcxandria  e  d'Ahoi:kir;    9,000  habitan- 
tes. 

ROSHEiM,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  e  meia  S').  deSlrasbcurg,  3771  ha- 
bitantes. 

ROSiCLER,  s.  nn.  (ftHt.)  peça  de  pedraria 
que  oi^na  o  pescoço ;  peça  que  cingia  a  ca- 
beça ÍA  iiijosla  de  pingentes  (  reio  quo  é 
corfupçào  derossi-collar. 

RosiCLKR,  adj  dos  2  g.  (Moraes  SMppôy 
que  \eru  do  Fr  rose,  e  clair,  claro  ^e  as- 
sim iòra  deveria  significar  detòr  de  rosa  des- 
maiado. Vem  dtíroK.T,  ruivo,  e  clair,  claro) 
purpurino,  arroxado,  afogueado,  tx  O  pla- 
neta niôirr  matizava  de  —  no^^ccus.  »  Mal. 
conq. 

KOSiCKií.   V.  Rosiclfr. 

RosifeRts,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
leguíis  NK.  de  Mtntdidier  ;  2  HLO  habitan- 

ROSiERES-AUX^AUHSS,  (geogr.)  Cidade  06 


ROS 


ROT 


471 


França,   a   4  léguas  SF.  de  Nancy ;   2,500 
habitantes. 

RosiERs,  (geogr.)  villa  de  França  a  6  lé- 
guas NO.  de  Brives. 

RosíERS,  (geogr.)  villa  de  França,  a  Ue- 
guas  NO.  de  Sanraur;  2,760  habit^nles 

«osíLHO    V,  Russilko. 

Rosirr,  (bist.)  Rosinus  antiquário  allemão, 
nasceu  em  1551,  morreu  era  1H2/.  Deixou  : 
àfUiquitatum  romanarum  corpus. 

«osíNHo,  (ant.)  V.   UusiUho. 

ROSKiLD  ou  HOTHSCHiLu,  (gcogr.)  cldade 
de  Dinamarca,  a  9  legnas  SO.  de  Cope- 
nhague; *2,0"()  habitantes. 

BOSLiN,  (geogr.)  cidade  dTscossia,  a  2  lé- 
guas e  um  quarto  S.  <i'tdimbourg, 

ROSMANINHAL,  s.  Wi  {rosmaninlio,  des. 
collectiva  ai)  campo  de  rosmaninhos. 

ROSMANINHAL,  (geogr.)  villa  do  distrilo  de 
Castello  Braço,  em  lOrlugal  donde  dista  7 
léguas  ao  E.  qua^i  i  ao  O  da  raia  hespa- 
nhola,  e  igual  distancia  ao  ^.  do  Tejo 
1.300  habitantes. 

ROSMANINHO,  s  m.  (Lat.  ros  marinus)  ar- 
Jjusto  aromático  vulgar. 

ROSMAR,  s.  m.  espécie  de  phoca  mui  gran- 
de», animal  amphibio    E  ant.  e  desusado. 

ROSNADO,  A,  p  p.  de  rosnar,  que  rosnou. 

ROSNADOR,  5.  m.  o  que  rosna. 

ROSNADURs  s.  f.  (d(.s.  UTu)  acçiio  do  ros - 
nar. 

ROSNAR,  V.  n.  (Lat  rc.sowo,  are,  resoar] 
murmurar.  — se,  v.  r.  impessoal,  liosna- 
se,  sussurra  #e,  diz-se  em  segredo,  pela  boc- 
ca  pequena. 

ROSNT^  (geogr.)  villa  de  França,  sobre  o 
Sena,  a  2  léguas  (>.  de  .\ianles  ;  750  ha- 
bitantes 

HOSPORor-N,  (geogr.)  villa  de  Franç«,  a  4 
léguas  e  meia  iE.  de  Qnimper;  900  habi- 
tantes. 

R0SQUiLH.\.   \^  lio^quinha. 

HOSQUiLHO,  s.    m.    V.  Rosquínho. 

ROSQUINHA,  s.  f.  dininut.  de  rosca. 

Ross,  (geogr.)  cidade  d'Iiiglaterra,  sobre 
o  W>e,  a  5  léguas  SO.  d  liereford  ;  3,800 
habitantes. 

Ross.  (geogr.)  cidade  dTrlanda,  «  10  lé- 
guas SO.  de  Cork 

ROSS  (condado  de),  (geogr.)  na  Escócia,  en- 
tre os  de  Sulherland  ao  N  ,  d'inserness  ao  S  , 
/^e  Cromarty  a  E  ,  limitado  a  O  pelo  Oceano  ; 
7  ,>'00  habitantes.  Capital  Tain. 

RossA.  V  Roça.  Ancora  d—,  (phr.  naut  ) 
prompla  para  se  soltar,   a  pique. 

ROSSANo,  (geogr.)  Roscianum,  cidade  mu- 
rada do  reino  de  Napohjs,  a  légua  e  meia 
fto  Ui8r  Jonio ;  7,L0O  habitantes. 

R(>ssi,  ^hist  )  illnstre  famillia  italiana,  es- 
teve por  muito  tempo  é  frente  do  partido 
jguelfo  em  farma,   quando  as  perseguições 


do  cardeal  Berlrand  de  Ponget,  a  obriga- 
ram a  lançar  so  ucs  braços  dos  Gibelinos. 

Rossi  (1'roperiia  de),  )hist.)  esculton  ita- 
liana, nasceu  em  1540,  morreu  em  591. 
.\s  suas  principies  obras  d'es<'ulptura  são  a 
Paixão  de  Jesu  Christo  ;  José  regeitando  os 
offe^ecimenlos  da  mulher  de  Putiphar. 

ROSSi  (Jeronjmo),  (hist.)  éscriptor  italia- 
no, nasceu  eni  1551,  nporreu  em  607. 
Deiyou  uma  Hisíona  de  Rnremta. 

^lossi,  (hist  )  f.scrij^tof  il^aiLano,  nasceu  efH 
1577,  morreu  vm  ltj47.  Deixou  com  o  ti- 
tulo á[Endefriin  \,(iui  sátira  dos  xicioR  da  Éor- 
tc  de  Rttm;». 

Rossi  (J.  B  )  ^liiil.)  sábio  italiano,  nas- 
ceu em  1742.   Duixou  ;  Carmina escotira. 

ROSSiENA,  (geogr  )  cidadade  da  Rússia  eu- 
ropea,  n  5'  léguas  NO.   de  Vihia. 

ROSsiM,  s.  m  [áo  Fv-  rosse,  Aliem,  ross) 
sendeiro,  cavallo  máo. 

RossiNAL,  odj    dos  2  g.  derossira. 

ROSSIO.   V.   Rocio. 

Rosso,  (hist.)  pintor  de  Morença,  nasceu 
em  l^i96,  morreu  em  1591  O  seu  melhor 
quadro  é  Christo  no  Sepulchro. 

Rossons.   V.  Rosasolis. 

ROSTALHADA.  V.  Rastolhada.  Rostolha- 
da. 

BOSTAMiDES  ídynaslia  dos),  (hi«t.)  dynastia 
árabe,  que  possuía  as  costas  marilimas  d'A^ 
frica,  desde  Tunis  at<^- ao  estreito  deiiibral- 
tar,  foi  d^âtrtiido  no  começo  do  X  século 
mahadi  Al)  tul  Cacem-Mfthammed-Ben-.-J^- 
dalili,  ao  mr-smo  tempo  que  o  dosnglabi- 
tas. 

RosThNHOj  s  m  diminut.  1p  rosto  — 
de  tauxia,  boniio.  —s,  pi  mostras  de  des- 
contentamento 

RosTiR,  V  a.  (doTeul.  rf/5í,  grelítas)  (ant.) 
moer,  (tisir,  maltrafar  ;  (lig  )  mastigar, 

ROSTO,  s.  m.  (do  ai  roxlm^n,  parte  an- 
terior dos  pássaros,  bio  (lourl  de  f  bolino 
deriva  de  raz,  cabeça  em  Chaldeo,  Hebraico 
e  Arábico,  cujo  radical  é  o  Egypcio  ro  bocca , 
face  ;  mas  não  dá  razão  da  segunda  parle  do 
vocábulo,  que  talvtz  venha  do  Gr,  sterea, 
solido)  a  parte  dianteira  da  cabeça  do  homem, 
cara,  face  ;  fronte,  frente  ;  semblante  ;  (ftg^ 
animo.  A  meio — ,  de  lado,  não  de  face. — 
a  — ,  ou  de  —  a  — ,  cara  a  cara  Estar  — 
por  —  ctm  alguém,  só  a  só  com  elle.  Ter, 
fazer — ,  encarar,  aíTrontar.  Mostrar  o  — 
ao  inimigo,  acommetter  Voltar  o  —  ao  ini- 
migo, resistir  ao  inimigo  que  vai  em  nosso 
alcance.  Fazer  bom  ou  indo  — .  bom  ou 
máo  semblante.  Pôr  o  — em<ilgum  ponto, 
dirigir-se  a  elle,  tJ.  ^f.  puz^mos  o  —  na  Ín- 
dia, (phr.  naut  )  Paro—  afortuna,  aym- 
turar-se.  Fazer  bom — ,  ou  <«r  —  quedo  á 
fortuna,  não  desmaiar,  nos  perigos,  nasdes- 
graças.  Pór-se  com  alguém  de  —  a  — ,  acom- 
118    « 


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metter,  luctar,  pelejar.  Darde—,  a  alguém 
ou  a  alguma  cousa,  desviar-se,  não  dar  at- 
tonção.  Dar  o  vento  de  — ,  na  cara.  Dei- 
tar, dar,  lançar  em—,  increpar,  accusar 
Trazer  o  coração  no  —  ,  não  dissimular, 
inoslrar-se  sincero.  Fazer  —  de,  dar  mos- 
tras Mostrar  a  viotoria  o  — ,  mostrar-se  h  - 
voravel,  —  alegre,  triste,  temeroo,  animo, 
disposição  ,  semblante.  Com  o  mesmo  —  , 
(fig.)  sem  torvação.  —  do  livro,  frontispício. 
—  da  medalha,  o  lado  onde  cslá  estampa- 
da a  eíTigie.  — do  sapato,  a  parte  que  cobre 
o  peito  do  pé. 

ROSTO  DE  cÁo,  (geogr.)  aldeia  grande  da 
Ilha  de  S.  Miguel,  situada  á  beiramar  em 
terreno  plano,  uma  milha  distante  de  Pon- 
ta Delgadn. 

ROSTOCK,  (geogr.)  cidade  de  gran-ducado 
de  Mecklemburgo  Schwerin,  a  16  léguas  e 
ura  quarto  INE.  de  Schwerin;  19  000  habi- 
tantes. 

RCSTOLHADA.  V.  Rastolliãda. 

ROSTOPCHiis  (Theodoro,  conde  de)  (hÍ5.)ge- 
neral  russo  nasceu  em  17G5,  morreu  em  1826 
foi  governador  de  Moscowem  $812  4'ap- 
proiiraação  dos  ffancezes,  incendiou  a  cida- 
de para  não  não  deixar  nenhum  recurso  ao 
inimigo. 

ROSTOV,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  na  mar 
gemlNO.  do  lago  Nero,  a  15  léguas  SO.  de 
laroolov ;  5,000  habitantes 

ROSTOV  ou  SANTA  DiMiTRiA,  (gcorg.)  cidade 
da  Rússia  europea,  sobre  o  Don.  a  11  lé- 
guas SO.  de  Novo-Tcherkask;  i),000  habi- 
tantes. 

ROSTRADO,  A,  adj.  (L.it.  Tostratus.)  que 
tem  bico  ou  rostro.  Galé  —  ,  que  tem  es- 
porão. 

ROSTRATA,  adj  f.  Corôtt  — ,  que  repre- 
senta esporões  de  navios,  destinada  a  p^e- 
noiar  vencedor  em  combate  naval. 

ROSTRKNEN ,  (geogr.)  cidade  da  Fran- 
ça, a  9  léguas  SO.  de  Guingamp;  1.140  habi- 
tantes. 

ROSTRO,  s.  m.  íLat.  rostrum,  bico  de  pás- 
saro, esporão  de  galé  )  (ant.)  V.  Uosio.  — , 
tribuna  de  Roma  antiga  onde  os  orad.'  res 
fallavam  ao  povo,  assim  chamada  por  ser  or- 
nada de  esporões  das  galés  tomadas  aos  Kn- 
ciates. 

ROswEiiDE,  (hist.)  sabiojesuita  allemão, 
nasceu  em  1569,  morreu  em  li)29.  Dei- 
xou uma  Historia  das  vidas  dos  Padres  no 
Deserto. 

ROTA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  deroío,  rom- 
|)ido.)  derrota,  desbarate.  —  do  exercito  ini- 
migo.— ,  (ant.j  rompimento  de  guerra,  pe- 
leja. 

ROTA,  s.  f.  (do  Lat.  rota,  roda.)  Iribu- 
nal  de — ,  tribunal  supremo  ecclesiastico  em 
Roma  composto  de  doze  auditores  onde  vão 


llOf 

por  appellação  as  causas  ecclesiasticas  de  lo 
do  o  orbe  catholico. 

ROTA,  s.  f.  (do  Fr.  route,  caminho,  de- 
rivado do  Lat.  rupia,  f.  de  ruptus,  p  p. 
de  ru)>ii,o,  ere,  roaiper  )  (íiaut  j  derrota,  ca- 
minho por  mar  «Que  —  se  seguiria,  se  pa- 
ra o  norte,  ou  para  o  sul  »  Menles  Pin- 
to. —  batida  ou  abatida,  ou  de  —  batida, 
de  cam-nho,  s^-ra  demora.  Diz  se  do  ma^  e 
da  terra. — ,  caminho  por  terra,  e  (fig.)  as 
vias,  caminho,  (!irec;;ão.  «  (Juera  no  mar  da 
vida  quizer  seguir  a  —  do  seu  parecer.  » 
M.  i  into. 

ROTA,  s.  f.  (t  Asiat.  ro/anijf.)  cana  da  Ín- 
dia, espécie  de  sipó,  de  que  s«  fazem  velas, 
fundos  de  cadeiras,  etc.  «  K  com  duas  — s  do- 
bradas, nos  sangraram  muito  sem  piedade.» 
Mendes  Pinto,  cap    24 

ROTA,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha.  sobre  o 
Oceano,  defronte  de  Cadix,  a  6  b^guas  .>0.  de 
í'orlo  de  Santa  .\laria;  8,000  habitantes. 

rota,  (his.)  poeta  italiano,  nasceu  em  1509 
morreu  era  r«75  Deixou;  elegias,  epigram- 
mas,  sú/ietoii,  eglogas  maritimas 

ROTAÇÃO,  s  f.  (Lat,  rolatio,  onis.)  mo- 
vimenío  circular.  Eixo  de — ,  sobre  que  se 
revolve  roda,  esphera,  etc. 

RÔTAMENTK,fldy.  [mente  suff.)  (p.  us.)  aber- 
tamente, sem  segredo. 

ROTEADO,  A,  p.  p.  de  Totcar;  adj.  desmon- 
tado, desmaninhado. 

ROTEADoR ,  s.  m    6  quB  rotêa  a  terra. 

ROTEAR  ,  V.  a.  (de  roto,  rompido,  e  ar 
des  iiif.)  romper  a  terra  maninha. — char- 
neca desmontar,  desraaninhar,  arrancar  as 
más  hervas,  para  cultivar  a  terra. 

ROTEARíA,  s.  f  [rótear,  des.  ana.)  arro- 
téa,  o  trabalho  de  rotear, 

ROTEIRO,  s  )íi.  (roía,  naut.,  des.  eíro.)  li- 
vro que  aponta  a  situação  das  costas,  ilhas, 
portos,  baixos,  correntes,  ventos,  etc,  pa- 
ra dirigir  os  navegantes  na  sua  derrota,  der- 
roteiro  ;  (fig)  norma,  direcções  sobre  o  mo- 
do do  proceder. 

ROTELA,  s.  /.  (ant:j  V  Ruptura,  Rompi- 
mento. 

ROTELLO,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  3  léguas  ao  SE  de  1  arino;  !  ,800  habi- 
tantes. 

KOTH,  (geogr.)  cidade  de  Baviera,  a  4  lé- 
guas ao    JNK.  de  renafiel;  ^,200  habitantes. 

ROTHARis,  (his.)  duque  de  Bresoia,  depois 
rei  dos  Lombardos,  deveu  o  trono  á  escolha 
de  Gondeberge,  íilha  de  .\rivaldo  com  a  qual 
cazou ;  conquistou  Gense  a  Liguria.  pu- 
blicou o  celebre  código  lombardo. 

ROTUENEOURG,  (gcogr.)  nomc  de  muitas  ci- 
dades da  AUemanha;  I.*  em  Hesse-Cassel, 
sobre  oFulde,  a  9  léguas  SE  de  (Cassei;  5,150 
habitantes;  2.*  na  Baviera  sobre  o  Tanbera  , 
7  léguas  NO.  de  Aresuach;  5,600  habitantes  ; 


ROT 

3/  no  reino  do  Wnrtemberg,  a  3  léguas  SE. 
de  Tubingen;  5,5()0  habitantes. 

ROTHKNBUHGO  (conde  de),  (bis.)  general 
prussiano  ,  nasceu  em  1710  ,  morreu  em 
1751. 

ROTHERHAM,  (geogr.)  cldado  de  Inglaterra, 
a  l  léguas  e  meia  NE.  de  Sheffield;  10,417 
habitantes, 

ROTHERHiTE,  (geo^^r.)  villa  de  Inglaterra,  a 
meia  legoa  da  ponte  de  Londres;  12,870  ha- 
bitantes. 

ROTiiERTiiLM ,  (geogr.)  desfiladeiro  da 
Transylvania,  nos  montes  Corpathas,  nas 
fronteiras  da  Valaquia. 

ROTHíERE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  4  lé- 
guas NO.  de  Bar-sur-Aube:  200  habitantes. 

ROTHOUMA,  (geogr.)  uma  das  ilhas  Polyne- 
sias;  4,000  habitantes. 

ROTHSATOUROTHESAY,  (gcogr.)  villade 
Escossia,  na  ilha  de  Bute,  a  8  léguas  O.  de 
(ilasgow;  5,000  habitantes. 

ROTHSCHEN-SALM,  (geogp.)  cidade  da  Rús- 
sia, a  4  léguas  SO.  de  Friedrichshamn. 

ROTHSCHiLD,  (his.)  Celebre  família  de  ban- 
queiros  :  o  seu  fundador  nasceu  em  1743  em 
Francfort  sobre  o  Meno,  de  uma  familia  israe- 
lita, morreu  em  18l2.  Ajuntou  ama  fortuna 
collossal,  deiíou  cinco  filhos,  que  continua- 
ram no  mesmo  negocio,  e  são  chefes  de  ban- 
cos em  algumas  capitães  da  Europa. 

ROTHwiEL  ou  ROTWEiL,  (gcogr.)  Arim  Fia- 
vice,  Rottevilla  em  latim  moderno,  cidade 
murada  do  Wurtemberg,  a  14  léguas  ao  SE. 
de  Tubiugue;  8,400  habitantes. 
ROTiA,  (ant.)  V.  Arrotéa. 
rotíNa,  s.  f.  (ôo  Fr.  rouím«.)é  gaUicis- 
mo  moderno  e  escusado.  Temos  trilha,  tri- 
lho, usança,  carril. 

ROTINEIRO,  a,  at/y.  (do  Fr.  rowíimer.)  que 
segue  a  trilha,  o  carril,  Cístumeiro.  É  gal- 
licismo  moderno  e  escusado. 

ROTO,  A,  adj.  (do  í.at,  ruptus,  p.  p.  de 
rumpo,  ere,  rompor.)  rompido,  quebrado 
O  vestido — ,  rasgado.  As  ondas — s  nos  ro- 
chedos, quebradas.—,  desbaratado,  v.g.o 
eiercito,  — ,  (fig.)  quebrantado,  violado.  A 
paz,  o  pacto—  ;  divulgado,  v.  g  s  r^ova— . 
— ,  supino,  rompido.  Tinha  —  a  paz.  o  pa- 
cto ;  começado,  v.  g.  — a  guerra. 

ROTOMAGUS,  fgcogr.)  ciflade  da  Gnllia,  na 
Lyoneza  :i^  entre  ofi  Veliocasses,é  hoje  Ruão. 

ROTORiA,  s.  f.  (ant.)  o  arrotear,  desma-  | 
ninhar. 

ROTROu,  (his.)    poeta  dramático  francez ,  ; 
nasceu  em  1G09,  e  morreu  em  1650.  Drixr.u  ^ 
23  peças  trágicas  ou  romicas,  asprincipaes 
são  :    Antigono,    Belisario,  Hercules  mori- 
bundo,  ctc. 

ROTTECK,  (his)  historiador  allemão.  nas-* 
ceuera  1775,  morreu  em  1840.  Escreveu: 
Historia  geral;  Historia  geral  do  mundo. 

VOL.    IV. 


ROU 


m 


ROTTERDAM,  (gcogr.)  fíoterodamum  em  la- 
tim moderno,  cidade  do  reino  de  Hollanda,  a 
51eguasemeiaaoS.  deHaya;  80,000  habi- 
tantes. 

ROTTi  ou  ROTTA.  (gcogr.)  um»  das  ilhas  de 
Sonda,  ao  S.  da  de  Timor. 

ROTTo,  (geogr.)  villa  dos  Estados  Sardos,  a 
2  léguas  ao  SE.  de  Verceil. 

RÓTULA,  3.  f   rodella,  patella  do  joelho. 

RÓTULA,  s.  f-  (talvez  de  roto,  com  a  des. 
dim.)  obra  de  madeira  com  gfdosias,  para 
pôr  diante  da  janella,  formada  de  traves- 
sas cruzadas  que  deixam  entrar  o  ar  e  laz 
escassa. 

ROTULO,  A,  adj.  que  tem  rotulo,  ou  p.  p. 
de  rotular,  que  poz  rótulo. 

ROTULAR,  V.  a.  [rótulo,  ar  des.  inf.)pôr 
rótulo. 

RÓTULO,  s.  m.  (de  rolo.)  letreiro,  inscri- 
pção  sobre  pergaminho,  papel, madeira,  mar- 
fim, esmalte,  que  indica  o  nome  da  cousa, 
V.  g.  o  do  Hcor  de  garrafa,  redoma.  Pro- 
priamente era  rolo  de  pergaminho  escripto. 

HOTUNDiDADE,  s.  f.  (Lat.  rotuuditas,  tis. 
redondeza. 

ROTUNDO ,  A  ,  adj.  (Lat.  rotundus.)  re- 
dondo. 

ROTURA,  s.  f.  (Lat.  rw/. íwra)  abertura  da 
cousa  rota,  ruptura  ;  rompimento ,  quebra 
da  paz,  da  amizade  —  da  guerra,  rompi- 
mento. — ,  quebradura,  hérnia,  —de  pala^ 
vras,  razões  desconcertadas  de  desavindos, 
altercação. 

ROu,  Rou  I  interjeição  ant.,  de  impor  si- 
lencio, 

ROUAD,  (geogr.)  Aradus  dos  antigos,  pe- 
quena ilha  da  Turquia  asiática,  no  Mediter- 
râneo, na  costa  da  Syria,  ao  SO.  e  perto  de 
Tortosa . 

ROUBA,  s.  f,  (ant.)  V.  Roubo. 

ROUBADiA.  V,  Rapina. 

ROUBALO,  A,  p.  p.  de  roubar;  adj.  toma- 
do por  violência,  despojado,  arrebatado.  Ti- 
nham—a casa,  o  gado.  Caía —,  despoja- 
da. O  cavalleiro  —  das  suas  armas. 

ROUBADOR,  s.  m.  O  quo  rouba.  —  ,  adj. 
que  rouba,  v.  g.  a  brandura  amoro.sa  r<m- 
badora  das  liberdades.  Gentes  roubadorat,- 
Cau  õos  d 

R0UB.i!x,  (ííeogr.)  cidade  de  França,  a  2 
léguas  ô  nieiaaoNE.de  Lille;  18,817  habi- 
tantes. 

R0UBA?5TiA,  (ant.)  V.  Rapina. 

Rot  BAR,  t.  a.  (do  Lat.  ro//io,  crc,  Aliem. 
ravben,  Sax.  reapian,  Pers.  robadan,  Fr. 
ravir,  (ir.  harpô,  harpazô.)  despojar,  tirar 
por  fo/on,  t'f,m  violência,  arrebatar,  furtar : 
—  o  Ihesouro  ;  —  a  donzella.  — ,  (lig.)  en- 
levar. Musica  que  rouba  os  ouvidos.  A  for- 
mosura que  roí/fta  as  altenções,  os  alvedrios. 
—SE,  V.  r.  furtar- se,  fugir-nos.  «Os  bens 


m 


aou 


ROU 


deste  muadô  elles  mesmos  se  nos  roubam.^ 
Vieira. 

ROUBAUD,  (his.)gpammatico  francez,  nas- 
ceu em  1730,  morreu  em  179í.  Publicou  en- 
tre outras  obras:  Historia  da  A&ia,  da  Africa 
e  da  Ameri.a;  JSovos  ^ynonimos  da  língua 
franceza. 

roubaZ.  V.  RoaZf  Rapace. 

ROUBLK.  V.  Ruble. 

ROUBO,  s.  m.  O  acto  de  roubar,  furto  acom- 
panhado de  violência  ;  (fig.)  a  cousa  rou- 
bada. —  dos  seniidoSf  rapto,  enlevo,  êxtase, 
transporte.  €  Em  doce  —  minha  alma  enle- 
vada. » 

ROUÇADO,  ROUÇADOR,  ROUÇAR.  V.  ROU- 

sa,  etc. 

ROUCAMENTE,  ãdo.  {isento  suff.)  com  rou- 
quidão, com  som  rouco. 

ROUCO,  A,  adj.  (Lat  raucus,  voz  imitati- 
va.) que  emitte  som  surdo,  O  —  som  das 
trombetas,  —  do  vento,  que  penetra  nas  ca- 
vernas. 

RGUÇOM,  s.  m.  (ant)  o  que  força  mulhe- 
res. 

ROUDAH,  (geogr.)  ilha  do  Baixo  Egypto,  no 
Nilo,  defronte  de  Fosfat.  Na  extremidade  SU. 
desta  ilha  estava  o  celebre  nilometro  dos 
Egypcios. 

ROUDBAR,  (geogr.)  cidade  da  Pérsia,  a  15 
léguas  ao  SO.  de  Recht. 

ROUERGUE,  (gcogr  ]  Ruteni,  antigo  povo  de 
Guyenna,  na  extremidade  ISO  do  grande  go- 
verno de  Guyenna  e  Gaseonha,  ficava  limitado 
por  três  lados  pelo  Languedoc,  linha  a  i>0.  o 
Auvergne  e  oQuercy  ao  SE  asCevencas. 

ROíFENHO.  V.  Ronquenho. 

ROUFiA,  (geogr  )  o  antigo  Alphêo  rio  da 
Grécia,  cae  no  golfo  d'Arcadia. 

ROUGE,  (geogr.)  cidade  do  França,  a  2 
léguas  e  um  quarto  ao  NO.  de  Chatesub- 
riaiid  ;  2,100  habitantes. 

ROUfiEMONT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
4  legues  e  um  quarto  ao  N.  de  Baume-les- 
Da-mes;  1,-^53  habitantes. 

ROUGKT  DE  l'isle,  (hist.)  ôuctor  da  il/ar- 
stlhêza,  nasceu  em  1760,  morreu  em  j8íj6 

ROUiLLAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  e  meia  NO.  d'Angouleme ;  l,470ha- 
bitantes. 

ROUJAN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  NE.  de  Beziers  ;  1,420  habitantes. 

Roujoux  (o  baião  de),  (hist.)  escriptor  fran- 
cez, nasceu  em  17/9,  morreu  rm  1830. 
Deixou  uma  Historia  dos  reis  e  duques  da 
Bretanha  e  \xm  D%ccionario  Francez-1  ta  lia- 
na, 

HOULANS-L*EGLlsE.  (geogr.)  villa  de  Fran- 
.ça.  a  3  léguas  SO.  de  Baume-les-Dames ; 
650  habitantes. 

ROUMELIA,    ROIIELIA,    CU  ROMANIA.  (geOgr.) 

Roum-lly  dos  Turcos  (isto  é,  paiz  dos  Ro- 


manos) Designa-se  com  este  nome  ou  uma 
região  ou  um  pachahk  do  império  turco. 
Como  região  corresponde  ou  á  antiga 
Thracia  meridional,  ou  a  esta  mesma  Thra- 
cia  augmontada  com  a  ^lacedonia,  a  Thes- 
salia,  ou  mesmo  a  Albânia.  Como  pachalik 
ou  yaleto  comprehende  os  livahs  de  Jani- 
na,  Salonico,  Tricala,  Seutari ,  Ochrida, 
Avlona ,  Ghiustendil,  ll-Bassan,  Perzerin, 
Dukagin,  Ouskoup  ,  Delvino,  Velitschtem, 
Cavale,  Ronchewatz ;  3,000,000  de  habi- 
tantes. Capital  Sophia  e  Monastir. 

ROUMEZ,  (geogr.)  antigo  e  pequeno  paiz  da 
França,  comprehendido  hoje  nos  departa- 
mentos do  Sena  Inferior  e  de  Eure,  tirava 
o  seu  nome  da  cidade  de  Ruão  e  tinha 
Quillebaeuf  por  lugar  principal. 

ROUMYAH,  (geogr.)  cidade  da  Turquia  asiá- 
tica, capital  de  Livah,  sobre  olagodeRou- 
myah,  a  37  léguas  S.  de  Bagdad;  400 ca- 
zas. 

ROUPA,  s.  f.  (Fr.  robe,  Ali.  rau6,  vesti- 
do. Em  Egypc.  hobç  ou  hops  significa  co- 
brir), tudo  o  que  «erve  a  vestir  o  corpo,  e 
cobrir  a  cama,  a  mesa  ;  capa,  vestiduras 
—  branca,  camisas,  etc;  — de  mesa,  to- 
alhas, guardanapos,  etc. ;  —  de  cama,  len- 
ções,  etc.  — 5,  pi.,  vestido  talar,  tant©  de 
homem  como  de  mulher  :  —  de  jogo,  de 
festa.  A'  queima  — ,  (loc.  adv.)  disparar  a 
espingarda  sem  fazer  pontaria  e  de 
mui  perto.  Corsário  de  toda  —  [rêupa  po- 
rouba),  que  despoja  inimigos  e  amigos,  pis 
rata.  —  de  francezes,  (loc.  fam  )  despojor 
de  piratas,  bens  mal  havidos  Homem  de 
fraca  — ,  (loc  fam.)  (fig.)  de  pouco  valor 
ou  préstimo. 

ROLPADO,  A,  p.  p,  de  roupar ;  adj.  en- 
roupado. Pintura  estatua  bem  — ,  que  tem 
as  roupagens  bem   imitadas. 

R(jupagem,  s.  f.  (des.  agem],  roupas  da 
pintura,  ou  esculptura.  As  roupagens  do 
quadro. 

ROUPÃO,  s.  f.  augment.  de  roupa,  ves- 
tido largo  talar  mui  amplo,  tanto  do  ho- 
mem como  de  mulher  que  de  ordinário  se 
traz  por  casa. 

ROUPAR,  V.  a.  {roupa,  ardes,  inf.),  (p. 
us.},  cobrir  de  roupas,  vestir  ;  v.  g.  —  as 
figuras  do  painel,  a  estatua,  fazer  as  rou- 
pagens, —  SE,  V.  r.  cobrir-se  de  roupa,  de 
fato,  enroupar-se. 

RoupARiA.  V.   Vestiaria. 

ROUPA velhbira,  $.  f.  (xoupa,  velha,  des 
eira),  adela  de  fato  velho. 

ROUPAVELHEiRO,  s.  m.  (V.  O  precedente), 
homem    que  vende  falo  usadado,  algibebe. 

ROUPEIRA,  adj.  f.  Lva  — ,  espécie  de  uva. 
Creio  que  é  alteração  de  ro-èe,  (ant.),  doce. 
V.  Arrobe, 

ROUPEIRO,  *   m.  {rovfa,  des.  eiró],  oqu< 


ROU 


ROU 


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ou'da  da  roupa.  — ,  entre  os  pastores,  o  1742,  morreu  era  18(12.  Vuhlicou.  o  Syttema 
que  guarda  as  ovelhas.  yhysico  e  moral  da  mulher. 

ROíipKTA,  s.  f.  rfimint/í.  de  roupas,  rou- i  huusselakii,  (geogr.)  cidade  da  Bélgica,  a 
pa  mais  estreita;  tiinica  de  frade;  v.  ^f.  a  4  Ipstií.k  IVO.  fie  r.ourtray  :  H,<,liO  habitan- 
—  dos  jesuítas.  I  tes. 

t»on>i7!HAS,  s.  f.  pi.  diminui,  de  roupas,  '  bolssi.  i  bii  misst,  (hist.)  compilladorfran- 
vesliílur.i  dií  mulher  quo  desce  ató  á  ciutu- |  cez.  nasceu  em  1686,  morreu  em  176á.  Dei- 
ra  e  se  aperu  por  diauie.  \xoii  :  Memorias  do  reií.ado  de  Fedro  o  Gran- 

iiouQUEJAR.  V.  n.  [rouco,  ávs.  ejar^  do '  rfe  ;  Snpplemento  ao  corpo  diplomático  de 
Cast    ecUar,  lançar),  dar  som    rouco.  «  A  j  Dumont,  etc. 


rã  rouquejQva.  »  íiocage. 

RouQuiNHO,  A,  adj ,  diminut.  de  rouco, 
o'gum  tanto   rouco. 

iftOUQUlCE,  e  ROUQUIDÃO,  «./".  CStado  POU- 
CO da  voz  de  -pessoa   encatarrhoada. 

nOfUSADO,  A,  p,  p.  de  rousar ;  adj.  (ant. 
e  obsol),  roubado,  c.  g.  mulher  — ,  vio- 
lada, estuprada. 

ROUSADOR,  s.  m.  roub?idor,  o  que  com- 
mdlle  rapto. 

uoíiSAR,  V.  a.  (alteração  de  roubar,  ou 
dí5  raplar],  (ant.)  forçar  mulher,  commet- 
l'  r  rapto. 

Ruuso,  s.  m.  (ant )    V.    Rapto,  Estupro. 

RoussAK,  (ant.)  V.    Rousar. 

KOUSSEAU,  ^hisl.j  poeta  lyrico  francez,  iias- 


KOussiLLON.  (geogr.)  antiga  província  e 
graude  governo  da  França  ao  8.,  tinha  por 
limites  ao  N.  o  Languedoe,  a  O.  o  condado 
de  Foix,  a  E.o  Mtditerraneo,  eaoS.  Hispa- 
nha.  Forma  hoje  o  departamento  dos  Pyre- 
neos  Orientaes,  e  derive  o  seu  nome  da  antiga 
cidade  deRuscin. 

RoussiLON,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas S,  de  Yienna. 

ROUssiNOL.  V.  Rouxinol. 

Rousso,  s.  m.  (ant)  \.  Rapto,  Estupro. 

ROLSTAM,  (his.)  O  i/ercw/fsda  Hersia,  era 
filho  de  qal,  príncipe  do  Sedjistan,  e  descen- 
cia  de  Djemchid. 

HOLSTAM,  (bis.)  general  persa,  que  vivia  no 
VII  século  da  n^ssa  era,  collocou  no  throno 


ceae.n  Parisem  167J,morreuem  1741.  Rous-Í  Yez-ledjerd  III,  em 622;  morreu  em  636,  com- 


seau  não  leve  poeta  que  o  egualasse  na  ode, 
creou  a  cantata  espécie  nova  do  género  lyri- 
00  :  compoz  muitos  epigrammas,  cheios  d'tís- 
piri'o  mas  onie  reina  algumas  vezes  um  cy- 
nisuio  revoltante. 

ROUSSEAU  (J,  Jacques),  (hist.)  celebre  es- 
crijú.»r,  nasceu  em  Í712  em  Génova,  era  fi- 
lho dum  relojoeiro  drsla  cidade  ;  a  sua  edu- 
ção    foi    muito  desprezada,    limilando-se  á 
leitura   de  alguns  romances   e  ás  vidas  de 
Plutarco,    hm  1749  é  que  começou   a  pa- 
lentear-se  o  génio  deste  escriptor.  A  questão 
proposta  pela  Academia  de  Dijon  :  O  progres- 
so das  sciencias  e  das  artes  tem  contribuí- 
do   para  corromper  os  costumes  ?   decidiu 
Rousseau    a    entrar    na  carreira  btleraria, 
e  a  sua  primeira  obra  fui  o  Adivinho  d'ul- 
deia,  opera  que  ganhou  grande  voga  ;  se- 
guiu-se-lhe  uma  Carta  sobre  a  musica  fran- 
ceza  ;  a  NovaHeloisa^  e  Emi/ía  adquirindo- 
Ihe  grande  nome.    Morreu   em  1778.  Alem 
das  obríis  ja  citadas  deixou  muitas  outras, 
entre  ollas  as  Confissões,  em  que  narra  com 
uma  veracidade  algumas  vezes  cynica,  a  h"s- 
toria  tão  interessante  da  sua  vida.  Rouseau 
obteve  uma  celebridade  quasi  egualá  de  Vol- 
Idire. 

liCLSSEAU  (J.  Francisco  Xavier),  (hist.) 
(  onsul  fiancez  na  Pérsia,  filho  de  um  ourives 
e  Génova,  e  primo  de  J.  Jacques  Rcus- 
itau,  nasceu  em  17H8.  Deiíou  interessantes 
Men  01  ias  siihie  o  coucmercio  e  historia  da 
J'ersia. 
RObssEL,  (bist.  medico  trancez,  nasceu  em  J 


batendo  oá  Árabes    que  tinham  invadido  a 
Pérsia 

RousTAM,  (his.)  filho  de  um  camponez,  foi 
vizir  de  Solimão  I!,  e  cazou  com  Mirmah,  fi- 
lha deste  Sultão  o  da  celebre  Roíelane.  Mor- 
reu em  1500. 

'  ROUSTAM-BEYG.  (his.)  príncipe  da  dynas- 
tia  turcomaaa  do  Carneiro  Negro,  destro- 
nou em  14UU  a  Beisinkour ;  foi  depois 
de  alguns  annos  de  reinado  destronado  por 
Acmet. 

ROUTCHOUK,  (geogr.)  cidâde  da  Turquia  eu- 
ropea,  a  22  léguas,  g  E.  do  i^ikopoli,  3,00(> 
cazas. 

ROUTOT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4  lé- 
guas E.  de  Pont-Audemer,  1 ,30 U  habitan- 
tes. 

ROUviNHOSo,  A.  adj.  (ant.),  de  máu  hu- 
mor ;  difficil  de  contentar ;  caprichoso.  Sá 
Miranda. 

ROUVRES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3  lé- 
guas SK.  de  Dijon. 

RouxAR    V.  Rausar,  Rousar,  Forçar. 
ROíxmoL,  «.  m.  (Ft.  rossignot,  ant.  or- 
signot  ou  otsigncl,  Jtal.  rvsignolê,   rusi- 
gnuole ;   do  Lat.    Imriniola,    diminut.  de 
luscinm.  ^ão  sei  porque  os   etymologistas 
derivam  este  termo  de  ncx  noite,  quando  é 
evidente  que  é  formado  de  lucus,  manhã, 
e  cano,  ere,  cantar,  ou  cantillo,  are,  gor- 
geiar),  ave  vulgar  cujo  canto  é  mui  grato, 
e  que  ranta  ao  amar  hecer.    Os  poetas  lhe 
cbamão  philomela. 
AOuxiiiOL,  (bis.  n.)  espécie  de  passares  do 
119  * 


476 


ROX 


ROY 


género  Sylvia,  é  a  avezinha,  que  tem  a  voz 
mais  extensa  e  melodiosa. 

Rouxo.  V.  Rouso. 

ROUZA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  sobre  o 
Rouza,  a22  léguas  O  de  Moscow;  2,800  ha- 
bitantes. 

ROUZADA,  adj.  f.  (ant.)  V.  Violada,  For- 
çada. 

ROVA,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lombardo 
Veneziano,  a  légua  e  meia  ao  NE.  de  Chiari, 
4,900  habitantes. 

ROVERE,  (bis.)  caza  italiana  de  muito  baixa 
origem,  parece  oriunda  de  uma  familia  de 
pescadores  deSavona.  Deu  dous  papas  á  Igre- 
ja; Francisco  de  la  Rovere  que  tomou  o  nome 
Xisto  IV,  e  Juliano  de  la  Rovere  que  tomou 
o  nome  de  Júlio  II. 

ROVERE  (João  de  la),  (bis.)  sobrinho  de  Xis- 
to IV  e  irmão  de  Júlio  II,  foi  príncipe  de  Si- 
nigagha  e  Mondavio,  e  cazou  com  a  filha  do 
duque  de  Urbino. 

ROVERE  (Francisco  Maria  dela),  (bis.)  ulti- 
mo duque  de  Urbino,  nasceu  em  1551,  mor- 
reu em  1631. 

ROVERE  (Francisco Maria  dela),  (his.)  filiio 
do  precedente,  foi  duque  de  Urbino  por  mor- 
te de  Guid©  Ubold  I,  seu  tio  materno.  Morreu 
em  1538. 

ROVERE.  (bis.)  htterato  e  diplomático  italia- 
no, nasceu  em  1563,  morreu  em  1608.  E' 
auctor  da  Filli  di  Sciro.  Compoz:  11  Solima- 
no.  tragedia;  Dramas  em  muzica;  Comedias, 
Cartas  e  Poezias  diversas. 

ROViGNO  ou  TREviGNO,  (gcogr.)  Rivonium 
ou  Rovinum,  cidade  dos  Estados  Austríacos, 
a  21  légua  S.  de  Trieste;  9,tJ06  habitantes 

ROviGO,  (geogr.)  Rhodigium,  cidade  do 
reino  Lombardo  Veneziano,  capital  da  Polesi- 
na,  a  15  léguas  e  um  quarto  SO.  de  Veneza, 
6,700  habitantes. 

ROviLLE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  6  lé- 
guas S.  deNancy:  500  habitantes. 

ROVOREDO,  (geogr.)  Rovereith,  em  allemao, 
Rohoretum  em  latim,  cidade  dos  Estados 
Austríacos,  a  4  léguas  S.  de  Trento;  7,200 
habitantes. 

ROVORENÇA.  V.  Revevencía. 

ROWE  (Mcolau),  (bis.)  poeta  dramático  in- 
glez,  nasceu,  em  1673,  morreu  em  1718.  As 
suas  obras  consistem  em  tragedias:  Tamer- 
lão,  Ulysses,  Joanna  Grey,  Joanna  Shore. 

ROv^^E  (Thomaz),  (his.)  biographo  e  poeta 
inglez,  nasceu  em  1687,  morreu  em  1715. 
Continuou  as  Vidas  de  Plutarco.  Deu  em 
verso  inglez  a  Historia  de  José. 

ROXADO.  V.  Raxado.  Rajado. 

ROXANE,  (his.)  mulher  persa  de  grande  bel- 
leza,  foi  cazada  com  Alexandre-o-Grande ; 
estava  gravida  quando  morreu  este  príncipe 
e  deu  á  luz  Alexandre  oÂigus.  Ajudada  por 
P^rdlccas  mandou  matar  Statira,  outra  via- 


va  de  Alexandre,  fez  aclamar  rei  stu  filho 
depois  do  tratado  de  311,  mas  passado  pouco 
tempo  foi  morta  com  elle  por  Cassandra. 

ROXAS,  (geogr.)  villa  de  Hespanha,  a  8  lé- 
guas NE.  de  Burgos;  400  habitantes. 

roxburgh,  (geogr.)  Marchenium,  villa  de 
Escossia.  a  1  légua  e  um  quarto  SO.  de  Kelso; 
200  habitantes. 

ROXBURGH,  (geogr.)  condado  de  Escossia, 
entre  os  condados  de  Berwick  ao  N.  e  ao  NO, 
de  Dumfries,  de  Selkirk  ao  SO.  e  a  0.  de 
Cumberland  ao  S.  ;  43,700  habitantes.  Ca- 
pital Kelso. 

ROXEADO,  k,  p.  p  de  roxear ;  adj.  tinto 
de  roxo,  de  côr  tirante  a  roxo. 

ROXEAR,  V.  a.  [roxo,  ar  des.  inf.),  tin- 
gir de  roxo.  O  sol  roxeando  os  horizon- 
tes, v   n.  fazer-se   roxo. 

ROXECRiÉ.  V.  Rosicréy  Rosicler. 

ROXELANE,  (his.)  conhccida  também  pelo 
nome  Khourrem,  isto  é.  Favorita,  favorita  e 
depois  esposa  de  Solimão  II.  Tinha  sido  es- 
crava, nascida  na  Galiciaou  Rússia  Verme- 
lha,foi  mãi  de  Bejazeto,  de  Selmi  II, e  da  Sul- 
tana Mirmah.  Morreu  em  1557. 

ROXETE.    V.  Rochete. 

HOXiNOL.  V.   Rouxinol. 

ROX'scuRO,  A,  adj.  [roxo,  e  escuro)  (t. 
poet.),  de  côr  entre  roxo  e  escuro. 

ROXO,  s.  m.    (ant.)  Rouso,  Roubo. 

ROXO,  A,  adj.  (do  Fr.  roux,  do  Lat.  rw- 
fus,  ou  rubidus),AGCÒT  de  violeta,  purpu- 
rino; vermelho  ardente,  v.  g.  A.  —  flam- 
ma,  o  —  sangue.  A  —  aurora,  ruivo. 

ROXOLANOS,  (geogr.)  Roxolani,  povo  da 
Sarmacia  europea,  entre  o  Borysthenes  e  o 
Tanais. 

ROY,  (his.)  poeta  francez,  nasceu  em  1683, 
morreu  em  1/64.  Deixou  seis  operas;  Calli- 
roé,  Semiramis;  Philomela,  Bradamante; 
Hippodamia,  Creusa,  etc. 

ROYAN,  (geogr.)  Novioregum,  cidade  de 
França,  a  6  léguas  S  do  Marennes;  2,589  ha- 
bitantes. 

ROYANS  ou  ROYAiNEZ,  (geogr.)  autigo  pais  de 
França,  no  Dolphinado,  na  margem  esquerda 
do  Isere.  Capital  Pont-en-Royans. 

ROYAT,  (geogr.)  villa  de  França  a  meia  lé- 
gua ao  SO.  de  Clermont-Ferrand. 

ROYAUMONT, (geogr.)  villa  de  França,  a  6  le- 
goas  ao  N.  de  Paris. 

ROYE,  (geogr.)  cidade  da  antiga  Picardia, 
hoje  nO  departf  mento  de  Saume,  a  3  léguas  e 
meia  ao  NE.  deMontdidier;  2,306  habitan- 
tes. 

ROYER-coLLARD.  ( his. )  medico  francez. 
nasceu  em  1/68,  morreu  em  1825.  Entre  ou- 
tros escriptos  deve-se-lhe  a  fundação  da  Ri- 
bliotheca  medica. 

ROTERE,  (geogr.)  cidade  de  França  a  4  lé- 
guas 6  um  quarto  É.  de  Bourganeuf;  i  ,600. 


RUB 


RUC 


477 


ROTO.  V.  Arroio. 

ROTOU,  (his. )  jornalista  franccz,  nasceu  em 
1741,  morreu  em  1792.  Foi  redactor  do  An- 
no  litterario,  e  fundou  em  1790  o  Amigo  do 
Rei 

noYOU  (Jacques),  (his.)  irmão  do  prece- 
dente ,  historiador  francez ,  nasceu  em 
1745,  morreu  em  18'8.  Deixou  duas  trage- 
dias: Phocion,  a  Morte  de  Cexar;  euma  come- 
dia, o  Froníiiò^ía;  também  escreveu  diversas 
obras  de  historia. 

R02EIM0 ,  s.  m.  (t.  da  Beira),  rancor, 
ódio. 

ROZENDAEL,  (geogr.)  cidade  d'Hollanda, 
a  6  léguas ;  SO.  de  Bredas  4,500  habi- 
tantes. 

ROZANs,  (geogr.)  villa  de  França,  a  13 
léguas  SO.  de  tjap ;  750  habitantes. 

RozíER,  (hist.)  agrónomo  trancez,  nasceu 
em  1734,  morreu  em  17^3.  Deixou  :  Cur- 
so completo  d' agricultura. 

ROZOY  ou  ROSAT,  (geogr )  cidade  de  Fran- 
ça, a  3  léguas  e  meia,  SO.  de  Coulommiers, 
2,700  habitantes. 

RUA,  s.  f.  (Fr.  rue,  diminut.  de  route, 
entrada,  caminho,  do  Lat.  rupta,  (.  ruptus, 
p.  p.  de  rumpOf  ere,  romper),  via,  cami- 
nho entre  casas,  que  dá  passagem  nas  ci- 
dades, villss,  alóa  de  jardim  ;  estrada  co- 
berta de  praça  forte,  renque,  correnteza  fi- 
leira de  casas,  arvores.  «  — s  de  embarca- 
ções nos  rios  da  China.  »  Mendes  Tinto. 
— s  de  gente  em  fileiras  parallelas. 

RUÃO,  *.  m.  (de  Ruão,  cidade  de  Fran- 
ça), panno  de  linho  tosado,  ás  vezes  tinto, 
para  forro». 

RUÃO,  s.  m.  (derwa),  (ant.),  cidadão  pes- 
soa que  vive  em  cidade,  villa,  etc. 

RUÃO,  adj.  in.  (do  Fr.  r#wan,  Ital,  roa- 
no,  r§vano,  que  Scaligero  deriva  do  Lat. 
ravus,  ruivo  arruivadol,  cavallo  ruço, — , 
branco  com  nódoas  negras  redondas. 

RUÃO,  (geogr.)  Rothomagus,  Rotomagus, 
Rudomum,  cidade  de  França,' na  margem  di- 
reita do  Sena,  a  34  léguas  ao  ^0.  de  Pa- 
ris, 92,080  habitantes. 

RUBEN,  (h.  s.)  filho  primogénito  de  Ja- 
cob, oppoz-se  a  que  seus  irmãos  matassem 
José,  e  aconselhou-os  a  que  o  mettessem  n'u- 
ma  cisterna,  d'onde  tencionava  ir  tiral-o. 
Os  seus  descendentes  formaram  a  tribu  de 
Ruben,  e  occuparam  na  Terra  da  Promis- 
são, a  província  situada  a  E.  do  Mar-Morto 
e  do  Jordão,  ao  S.  da  tribu  de  Gad,  en- 
tre as  torrentes  do  Jabok  e  do  Arnon. 

RUBENAHC,  (gcogr.)  villa  dos  Estados  prus- 
sianos,  a  3  quartos  de  légua  N.  de  Coblenlz, 
700  habitantes. 

RUBENS  (Paulo),  (hist.)  celebre  pintor  fla- 
mengo, nasceu  em  1577,  de  uma  famillia 
nobre  e  abastada,  morreu  em  ,640.  O  nu- 

YOL.    lY. 


mero  de  obras  de  Rubens  elleva-se  a  1,500. 
Era  eminente  em  todos  os  géneros,  todavia 
as  suas  principaes  obras  são  no  género  d'his-»i 
toria  e  representam  objectos  religiozos. 

RÚBio,  A,  adj.  (do  Lat.  rubens),  decôr 
vermelha. 

RUBETA  ,  s.  f.  (Lat.),  rã  de  mouta.  V. 
Rela. 

RUBI  ou  RUBiM,  s.  f.  (do  ruheo,  ere,  ter 
côr  vermelha),  pedra  preciosa  côr  de  fogo. 
PI.   Rubis. 

RUBicÃo  OU  RUBiCANO,  A,  adj.  (de  rubeo, 
e  cano,  branco),  que  tem  pello  vermelho  e 
branco;  v.  g.  Cavallo  — . 

RUBicoN,  (geogr.)  JRm&íco,  hojeFmnten- 
no  ou  Pisatello,  pequeno  rio  d'ítalia,  tri- 
butário do  Adriático,  separava  a  Gallia  Ci- 
salpina da  Itália  propriamente  dita. 

RUBICUNDO,  A,  adj.  (Lat.  rubicundus),  ver- 
melho, — s  rosas,  faces. 

RÚBIDO,  A,  adj.  )Lat.  rubidus),  verme- 
lho, ardente.  O  —  horisonte.  A  —  dextra 
de  Jove. 

RUBiFiCANTE,  adj.  dos  2  g.QiiQ  averme- 
lha. 

RUBiK.  V.  Rubi. 

RUBLE  ou  RUBLO,  s.  m.  (do  Russo  rubUu, 
cortar),  moeda  de  prata  da  Rússia. 

RUBO,  s.  m.  (Lat.  rubus.)  V.    Sarça. 

RUBO.    s.  m.  (Lat.),   vermilhidão ;    v.  g. 

—  das  faces,  dos  lábios;  (fig.)  —  do  pejo, 
da   affrouta. 

RUBRICA,  s.  f.  (de  rubro],  almagra  ;  titu- 
lo de  lei ;  de  lição  de  breviário ;  titulo  ou 
nota  de  escriptura,  assignatura  em  cifra  do 
nome  não  escripto  por  extenso.  Uns  pro- 
nunciam rubrica,  outros  rubrica. 

RUBRICADO,  A,  p.  />.  dc  rubricar ;  adj.  as- 
signado  com  rubrica,  marcado  com  rubri- 
ca ;  assignalado  com  almagra. 

RUBRiCADOR,  s.  m.  O  que  põe  rubrica. 

RUBRiCATUS,  geogr.J  rio  d'Hispanha,  ho- 
je O  Holsegat.  —  rio  da  Mauritânia,  que  se 
lança  no  Bagradas,  ó  hoje  o  Seibous. 

RUBRICAR,  V.  a.  [rubrica,  ar  des.  inf.), 
assignalar  com  almagra  ;  tingir  com  côr  ver- 
melha ;  pôr  rubrica  ;  v.  g.  —  Um  livro, 
escrever  no  alto  e  na  <lireita  da  pagina  o 
nome  ou  apellido  do  rubricador  por  baixo 
do  numero 

RUBRO,  A,  adj.  (Lat.  ruber,  ra,  um ; 
Sanscr.  rudhira,  sangue.  Creio  vem  de  os, 
oris,  ou  do  Egypc.  ro,  bocca,  onrokh,  quei- 
mar, accender),  mui  vermelho.  Os  — solhos, 

—  chammas,  —  faces. 

RUC  ou  ROC,*.  m.  espécie  de  águia  mui 
grande. 

RUÇAR,  V.  a,  [ruço,  ar  des.  inf.),  fazer 
ruço. 

RuccELLAi,  (hist.)  cm  latim  Oricellariut, 
nasceu  em  Florença  em  1449^  morreu  em 
1«0 


178 


RUE 


RUG 


1514,  era  alliado  dos  Medíeis.  Foigonfa- 
loneiro  da  justiça.  Escreveu  :  De  urbe  Uo- 
ma ;  De  bello  itálico ;  De  magisíraíibus 
romanis. 

RUCHOCHÓ.    V.   RUXOXÓ. 

RUÇO,  A,  adj.  (do  Fr.  roux.)  esbranqui- 
çado. Diz-se  da  eôr  do  pello  dos  cavallos  : 
—  pombo,  argentado,  rodado.  Agua  —  ,  a 
que  escorre  das  tulhas  de  azeitonas  ensal- 
mouradas 

RUDA,  s.  f.  V.  Arruda. 

RUDA,  adj.  f.  (de  ntf/o)  rude.  «  A — )in- 
gua  mal  coraposla.  »  Carnõeg. 

RUDAMENTE.  V.  Rudemente. 

HUDBECK,  (hist.)  sábio  sueco,  nasceu  em 
163!),  morreu  em  i7()2.  Tinha  10  annos 
quando  fez  ura  relógio  de  madeira,  que  ó 
considerado  como  uma  maravilha  em  me- 
yCanica,  Deixou  entre  outras  obras  :  Cata- 
ogus  plantarum  horíi  academim  Upsalênsis. 

RUDDEK,  (Olaus),  (hist.)  filha  do  prece- 
dente, excedeu  a  seu  pai  na  variedade  dos 
seus  conhecimentos,  nasceu  era  1670,  mor- 
reu 1740.  Deixou  :  Nova  Samoland  ;  Cam- 
pi  Elysii ',  Thesouro  polyglotta. 

RUDE,ad;".  dos  2  g.{L9t  rudis,  de  rus,  cam- 
po.) tosco,  grosseiro,  não  polido,  não  cul- 
tivado. O  —  povo.  A  — gente,  —  fraula,  de 
que  usão  os  rústicos.  Estylo  —  ,  bamildc, 
de  poeta  pastoril. 

if-  RUDEMENTE  ,  ttdv.  [mente  suíf.)  com  ru- 
deza. 

RUDESHEMi,  (gcogr.)  villa  d@  ducado  de 
Nassau,.  sobre  o  Rheno,  a  H  léguas  SO,  de 
Wiesbaden. 

RUDEZA  ,  s.  f.  (des  eza.)  grossaria,  falta 
de  saber,  de  cultura. 

RUDíAS  geogr.)  Rudm,  hoje  J^ugge  ou  Ro- 
tigliano,  cidade  da  Japygia,  entre  os  Sa- 
lenlinos. 

RUDIMENTOS,  s.  m.  [LslÍ.  rudimenta.)  ele- 
meitos  de  arte  ou  de  sciencia  ;  (ig.)  prs:!- 
cipio,  ensaio. 

RUDKiOEBiNG,  (geogr.)  cidade  murada  d( 
Dinamarca,  capital  da  ilha  Langeland  ;  1 .4'10 
habitantes. 

RUDO,  A,  adj.  V.  Rude. 

RUDOLPHi,  (hist.)  naturalista  sueco,  nas- 
ceu em  1771,  morreu  em  em  183!.  Dti- 
xou  Entozoa  ou  Historia  dos  vermes  in- 
testinaes. 

RUDOLSTADT,  (gcogr.)  Capital  do  principado 
de  Schwartzburgo-Rudotstadt,  a  8  léguas 
S.  de  Weimar  ;  4,000  habilanles. 

RUE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5  le 
guas  e  meia  NE.   d'Abbeville ;    1,200    ha- 
bitantes. 

RUEDA-DEL-ALMiRANTE, (geogr.)  cidada  d< 
Hispanha,  a  6  léguas  SE.  de  Leon ;  2800 
habitantes. 

rueda-medina;   (geogr.)  «idade  d'Hispa- 


nha,  a  8  k'guas;SO.  de  Valladolid  ;  3,100 
habitantes. 

RUEL  ou  luiBL,  (geogr.)  Rotalgensis  do 
Gregório  de  Tours  ;  cidade  de  França,  o '2 
léguas  e  meia  ao  NK.  de  Vcrsalhres  ;  3,3;iO 
habitantes. 

RUELLA.  V.   ArrueUa. 

RUFA.  V.  Rifa  de  cartas  ao  jogo. 

RUFAR,  V.  a.  [rufo,  ar  des.  inf.)  tocar 
rufos  no  tambor  militar  ;  (lig.)  —  o  pan- 
deiro. 

RUFFEC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  12 
léguas  ao  N.  d'\ngouleme;  2860  habitan- 
tes. 

BUFFi  (António  de),  (hist.)  sábio  francez, 
nasceu  em  1607,  morreu  em  168U.  Dei- 
xou :  Historia  de  Marselha  :  Historia  dos 
condes  de  Provença. 

RUFFo,  (hist)  chamado  o  General-Car- 
deal,  estadista  napolitano,  nasceu  em  1744, 
morreu  em  í82i  ;  foi  Ihesoureiro  do  Tio 
Vi,  que  o  nomeou  cardeal  apezar  delle  não 
ser  padre. 

RUFíANAZ,  s.  m.  augment.  de  lufião.      - 

Rufião,  s  m.  (Fr.  rufien,  Ital.  rufiano  ) 
alcoviteiro  ;  homem  mantido  por  meretrizes 
que  as  desfruta. 

RUFIAR,  V.  a.  ou  n.  fazer  o  offi<"io  de  ru- 
fião. 

RUFINO,  (hist.)  Rufinus ,  ministro  de 
Theodosio  l  e  d'Arcadio,  nasceu  cm  350 
em  Erusa.  ta  ser  associado  ao  império  por 
Arcádio,  quandí)  as  tropas  de  Stilifíão,,  jm^ - 
netrando  cm  Cunsianlinopla  em  395  oao:- 
tarara  em  pedaços. 

RUFINO,  (hist.)  Tyrannius  ou  Toranius 
Rufínus,  padre,  nasceu  em  Concórdia,  mur- 
reu  era  410.  Deixou  traducçÕPS  latinas  da 
Historia  Eclesiástica  a  Eusébio,  e  das  Ho- 
melias  d'Origenes  sobre  o  Génesis. 

BUFio,  s,  tn.  brigão,   homem  brigoso. 

RUFLSTA ,  s.  m.  (des.  ista.)  rufião  bri- 
goso. 

RUFIA,  s.  f.  V.  Rufo. 

RUFO  ,  ^.  m.  (voz  imitativa.)  floreio  do 
tambor  militar. 

'  RUFO,  A,  adj.  (Lat.  rufus.)  ruivo,  de  côr 
avermelhada.  Os  — s  touros. 

RUFUS,  (hist.)  medico  grego,  que  vivi» 
ou  no  lemoo  d'Augusto,  ou  no  de  T rajauo 
no  anuo  110,  escreveu  sobre  anatomia,  so- 
bre doenças  dos  rins,  etc. 

RUFUS  FESTUS    OU     SIXTUS     RUFUS,    (hist  ) 

historiador  ktino,  que  vivia  no  anuo  3,0, 
de  Jezu-ilhristo.  Ha  em  seu  nome  :  De  his- 
toria romana  íibellus  ;  De  regionibua  ii>-- 
bis  Romog. 

RUGA,  s.  f.  franzido  natural  na  pelle.  As - 
—sêo  ventre,  da  velhice. 

RUGEif,  (geogr.)  ilha  da  Prússia,  no  mar 
Daltico,  é  separada  da  costa  por  um  canal 


RUI 


RUM 


479 


estreito;  31,000  habitantes.  Capital  Bergen 
RUGKíiwALDE,  (gsogr.    cidade  murada  dos 
Estados  Frussianos,  a  6  léguas  e  meia   ao 
NE.  dtí  Hoslin;  3.900  habitantes. 

RUGERU6R,  $.  m.  (dtí  rw^ir.)  som  que  fai 
a  seda  áspera  roçando-se,  ou  o  ar  nos  in- 
testinos. 

RUGino,  s.  m.  (Lat.  rw^iíus.)  voz  própria 
do  leão ;    estridor  do  ar  nos  intestinos.  O 

—  das  ondas. 

RUGIDOR,  A,  adj.  que  ruge. 

RUGios,  (geogr.)  fíuçjii  povo  de  raça  ger- 
mânica, parece  ter  habitado  primeiramen- 
te a  ilha  de  Kugen  no  mar  Báltico.  No  V 
século  fundaram  na  Germânia  um  império, 
que  se  compunha  do  território,  que  hoje 
forma  a  Moravia  e  a  Áustria  ao  N.  da  Da- 
núbio. 

RUGii,  V.  a.  (Lat.  rugio,  ire,  voz  imita- 
tiva.) fazer  estridor.  Ruge  o  leão,  dá  rugi- 
dos. Ruge  o  ventre.  Rugem  as  sedas  roça- 
das. — ,  fazer  murmúrio,  v.  g.  ruge  o  re- 
manso ;  rugem  as  auras.  — ,  (fig.)  dizer-se 
em  voz  baixa,  em  segredo.  Já  se  começa- 
va a  — .  — ,  em  sentido  activo  ,  fazer  ru- 
gir. Rugindo  sedas. 

rugles,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  10 
Isguas  ao  SO.  d'Evreux;  2,000  habitan- 
tes. 

RUGoso,  1,  adj.  (Lat.  rugosus  )  que  tf  m 
rugfts.  A  —  testa  do  volho  A  suporficie  — 
da  pelle,  da  casca. 

■  L'HLA,  (geogr.)  cidade  d'Allemanha,  a  2 
léguas  e  um  quarto  ao  SE.  d'Eisenach  ; 
3,00o  habitantes. 

RUHNKENius,  (hist.)  em  allemão  Ruhne- 
ken,  celebre  philologo  allemão,  nasceu  em 
1723,  morreu  em  179H.  Publicou:  Epis- 
tol(M  critica  in  Homeridarum  hymnos ; 
Timoei  sophistce  lesncon  vacum  platonica- 
rum,  etc. 

RUHR,  (geogr.)  rio  dos  Estados  Prussia- 
nos,  affluente  do  Meuse.  —  Rio  d'Allema- 
nha,  que  nasce  na  Westpbalia  corre  ao 
^0.  e  lança-se  no  Rheno  em  íluhrort. 

RUBRORT,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  prus- 
sianos,  nt  confluência  do  Ruhr  e  do  Rheno, 
a  ti  léguas  N.  de  Dusseldorf;  1,150  habitan- 
tes. 

RUIBARBO.   V.  Rheubarbo  ou  Rhuibarbo. 

RUÍDO  s.  m.  (do  Lat.  rwa,  ere)  estrondo, 
sosLi  forte  de  corpo  que  cáe.  —  do  trovão, 
do  ventre,  da  gente  que  grita  era  desordem; 

—  do  macaréo,  —  da  agua  da  catadupa, — , 
arruido  ;  (fig.)  brado,  fama. 

RUIDOSO,  A,  adj.  (des.  oso  )  que  faz  ou 
causa  ruido  ;  (fig.)  feito  — .  Empresa  —  , 
que  dá  brado.  Homem  —  ,  gritador,  bri- 
goso. 

RUIM  ou  rnuiN,  adj.  dos  2  g.  (de  ruina.) 
ffiáu,  physica  ou  moralmente. 


RUIMM BNTE  OU  RUIl1MINTS,a(ÍD.(mS»íe  SufT. 

de  modo  ruim. 

RUÍNA,  s.  /.  destruiçSo,  queda,  —  de  edi- 
fício, —  da  nação,  da  saúde.  As  — <  do  mor- 
ro, quebradas.  — ,  (p.  us.)  cousa  que  cáe. 
«  — do  mar  sobre  a  penha.  »  Eneíd,  Port. 
Fazer  — ,  arruinar-se.  Sousa,  Hist.  Domin. 

RUiifADO.  V.  Arruinado. 

RLiNAR.  V.  Arruinar. 

RUINDADE,  s.  f  perversidads  ;  má  quali- 
dade phjsica,  V.  g.  — do  clima,  dos  ares» 
dos  alimentos. 

RUINOSAMENTE,  adv.  (wicíiíc  suíT.)  de  mo- 
do ruinoso  com  ruina  ou  destruição  immi- 
nente. 

RUINOSO,  A,  adj.  (des.  oso)  que  ameaça 
ruina  ;  meio  arruinado. 

RUIPONTO,  s.  r».  (do  Lat  rhaponticum) 
raiz  medicinal  do  Ponto. 

RUIR,  V.  n.  (Lat.  ruo,  ere,  voz  imitativa) 
(n  us)  cahir  com  e.slrondo  ;  arruinar-se. 

RUIVA,  s.  f.  (Lat.  ruhia)  planta  que  tem 
a  raiz  amarella  ou  vermelha;  é  medicinal» 
usada  na  tinturaria. 

RUivACA,  s.f.  peixinho  de  côr  avermelha- 
da que  se  cria  em  tanques  e  se  guarda  em 
redomas ;  tem  os  olhos  esbugalhados. 

RUiviDÃo,  *.  f.  côr  ruiva. 

RuiNEL,  (geogr  )  villa  de  França,  a  3  léguas 
SE.  de  S.  Fleur  ;  650  habitantes. 

RuiSDAEL,  (hist)  pintor  hoUandiz,  nasceu 
em  1636,  morreu  em  1681 .  Os  melhores  (\\idi- 
àms^TaiO:  A  caçada  do  veado;  a  Tempestade^ 
etc. 

RurviNHO,  A,  adj    diminut.  de  ruivo. 

RUIVO,  A,  adj.  (do  lat.  rufus,  Sanscr.  rud- 
hira,  sangue)  côr  de  sangue  ou  amarello  mui 
ardente.  Cabello  — ,  barba  — .    Manhã  — . 

RUIVO,  s.  m.  peixe  do  mar. 

RLLAR,  V.  n.  gemer  como  o  pombo  ou  a 
rola.  — ,  V.  a.  rulando  a  pomba  queixas 
amorosas. 

RULHiERE,  (hist.)  littcrato  francez,  nasceu 
em  173%  morreu  em  i791.  Os  seus  es«riptos 
mais  importantes  .são  :  Esclarecimentos  sobre 
a  revogação  do  Edicto  de  Nantes  ;  historia  da 
revolução  da  Rússia,  etc 

RULLO.  V.  Rolo  das  ondas. 

RUL'  us,  (hist  )  tribuno  do  povo  noanno  63 
antes  de  Jesus-Christo,  propoz  uma  lei  agra- 
ria, para  que  se  vendesse  em  proveito  do  po- 
vo, o  antigo  dominio  dos  reis  de  Macedónia. 
Cioero,  então  cônsul,  conseguio  pela  sua  elo- 
quência, que  o  mesmo  povo  regeitasse  esta  lei 
tão  popular. 

RUM  ou  ROMN, (geogr.)  uma  das  ilhas  Hebri- 
das,  aoS  dadeSkye.  Capitaltenloch. 

RUMA,  s.  f.  montão  de  cousas  sobrepostas. 
— s  de  papeis,  livros,  de  pão,  arroz. 

RUMAçÃo,  (ant  )  V.  Arrumação. 

RUMADO,  (ant.)  Y.  Arrumado. 


^ 


RIM 


RUR 


RUMAR,  (ant.)  V.  Arrumar. 

rumbo.  V,  Ruma. 

RUME,  adj.  es.  dostg.  (do  A  rab.  romi, 
natural  da  Grécia)  natural  da  Grécia  e  da 
Thracia 

RUMFORD  (conde  de),  (hist.)  celebre  physi- 
00  e  philantropico,  nasceu  em  1753  na  Ame- 
rica ingleza,  torrou  partid.)  pela  metrópole  na 
guerra  da  independência  Morreu  enn  1814. 
Devem-se  a  este  sábio  muitas  investigações  so- 
bre o  calor,  assim  como  um  clarimetro  e  um 
thernioscopo.  Inseriu  muitas  Memorias  nas 
Transacções  philosophicas  de  Londres.  Tam- 
bém publicou  Memorias  sobre  o  calor  ;  sobre 
a  combustão,  etc 

RUMiADOR,  A,  ad/.  quc  Tcmoe,  rumina. 

RuMiABOURO.  V.  Ruminadouro. 

RUMiADURA,  s.  f.  (des.  uro)  acção  de  ru- 
miar  ou  remoer. 

RUMiAR,  V.  a  (Lat.  rumino,  are)  remoer 
6  comer,  ruminar. 

RUMiDOURO,  s.  m.  bolso  onde  os  animaes 
ruminantes  depõem  os  alimentos  e  d'onde  o« 
fazem  subir  á  bocca. 

RUMiGNY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas e  meia  SO  de  Kocroy  ;  ^ilô  habitantes. 

RUMiLLY,  (geogr.)  cidade  dos  Esíados  Sar- 
dos, a  3  léguas  e  ura  quarto  SO.  d'Arnsecy  ; 
3,100  habitantes. 

RUMINAÇÃO,  s  {  (Lat.  ruminatio]  rumia- 
dura. 

RUMINADO,  A,  p.  p.  de  ruminar  ;  adj.ve- 
moido  ;  (fig.)  digerido.  Negocio  bem  —  . 

RUMiNAL,  adj.  dds  2  g  (Lat.  ruminalis) 
relativo  á  ruminação.  Figueira  —  (do  Lat. 
ruma,  teta)  junto  á  qual  os  Romanos  criam 
que  a  loba  dera  de  mamar  á  Rómulo  e  Re- 
mo. 

RUMiNANSK^  adj.  dos  ?  g~  (Lat.  ruminans, 
tis,  p  a.  áerumino,  are)  que  rumina. 

RUMINAR,  V.  a.  (Lat.  rumino,  are)  rumiar, 
remoer  a  comida  ;  (fig.)  meditar,  v.  g.  — 
plano,  projecto. 

RUMMEL  ou  ROMMEL,  (geogr.)  Ampsagas, 
rio  de  AUemanha,  passa  em  Constantina,  e 
cae  no  Mediterrâneo,  a  E.  de  Bongia. 

RUMO,  s.  m.  (do  Gr  rhembo,  gyrar)  na 
rosa  náutica  é  qualquer  das  trinta  <í  duas  di- 
visões da  bússola,  que  indicam  a  direcção  de 
cada  vento,  marcadas  por  linhas  ou  raios  de 
um  circulo  que  represent;)  o  horizonte  ;  a 
direcção  que  leva  a  proa  do  navio  por  um 
dos  trinta  e  dois  rumos;  projecção  ou  si- 
tuação de  terra  com  relação  a  algum  rumo. 
— ,  (naut.)  é  um  palmo  6  uma  poUegada  de 
agua.  Tem  esta  quilha  tantos  — s  ,  (ant  ) 
cinco  palmos  «  Sendo  de  vinte  e  um  — s, 
que  são  cento  e  vinte  palmos.  »  Barros,  Dec. 
3,  liv.  4  cap.  7.  — ,  (fig.)  caminho,  direc- 
ção, modo  de  proceder.  Trazer  os  negócios 
g,  — ,  a  caminho  de  sortirem  bom  effeito. 


RUMOR,  s.  m.  (Lat.  rumor,  rum,  radical 
imitativo  de  som  surdo,  e  oris,  genit.  de  os, 
bocca)  ruido,  murmúrio,  voz  que  corre,  no- 
ticia que  se  communica  de  bocca  em  bocca, 
vozes  surdas.  —  do  povo,  vozes  surdas,  re- 
boliço. 

RUMORZiNHO,  s.  m.  dimínut.  de  rumor, 
rumor  surdo. 

RUMP,  (hist.)  nome  dado  por  eicarneo  aos 
destroços  do  longo  parlamento  em  Inglater- 
ra, quando  foi  restabelecido  em  .659,  depois 
da  abdicação  de  Ricardo  Cromwell  Este  par- 
lamento foi  dissolvido  pelo  general  Lambert. 

RUNFA   ou    RUMFA,    S.    f.  jOgO   antJgO. 

RUNf.ET-siNG,  (hist.)  rei  de  Labore,  nasceu 
em  1762,  d'uma  tribu  obscura,  morreu  em 
18H9,  distinguiu-seem  muitos  combates  con- 
tra osinglezes,  foi  eleito  chefe  pelos  Seikhs, 
conseguiu  suotrair  a  sua  nação  aodominio 
inglez,  e  foi  em  pouco  terapo senhor  da  vasta 
extensão  de  território. 

RUNHA,  RUNHOSO.  V.  Ronha,  Ronh0so. 

RUNNEMTo,  s.m.  {ãui.)  — demuros,  roe- 
dura  tie  ratos  Elucid.  V.  Roedura. 

RUNNYMEAD,  (.geogp.)  villa  d'Inglaterra,  a  2 
léguas  SO.  de  Windsor. 

RUNUs,  (hist.)  caracteres  de  que  se  serviam 
os  antigos  Scandinavos.  O  alphabeto  único 
que  lera  16iettras. 

RUPELMONDE,  (geogT.)  cidade  da  Bélgica,  a 
4  léguas  NO.  de  Denderraonde  ;  ?,500  habi- 
tantes. 

RUPERTO  (Roberto  de  Bavieraj,  (hist.)  filho 
do  eleitor  palatino  Frederico  V,  e  sobrinho  de 
Carlos  I,  foi  um  dos  principaes  generaes  d'es- 
te  príncipe  na  guerra  civil,  fez  levantar  o  cer- 
co d'Yorck,  mas  perdeu  as  batalhas  de  Mars- 
ton  Moor,  e  de  Naseby  Morreu  em  1682. 

Rupfvr,  s.  f.  {do  rers&ropah,  prata)  moe- 
da dt)  praia  da  índia,  que  tem  diversos  va- 
lores ;  a  do  Surate  vale  300  réis,  no  Mogol 
48i?réis.  Um  lacou  laque  de — s,  cem  mil. 

RUPTORio,  s.  m.  (des.  óriaj  (t.  de  cir  p. 
us.)  instrumento  de  abrir  fontes. 

RUppiN-  (Nova),  (geogr.)  cidade  murada  dos 
Estados  piussianos,  a  13  léguas  do  Potsdam  ; 
8,000  habitantes. Defronte  daNova  Ruppin  fi- 
ca a  Alia  Ruppin  ou  Ruppin  Velka,  sobre  o 
lago  Ruppin  ;  1,200  habitantes. 

RUPTURA,  s.  f.  (Lat )  rotura,  hérnia  ; 
quebra,  v  g  — da  amizade,  da  paz,  da  tre- 
goa. 

RURAL,  adj.  dos2g.  [iM.ruralis.  dertt*, 
campo)  rústico,  camponez  ;  do  campo.  Pré- 
dio — ,  rústico  (oppõe-se  a  urbano). 

RUREMONDE,  ^geogr.)  Rocrmoudi,  em  Fla- 
mengo, cidade  do  Limburgo  hollandez,  ali 
léguas  ao  N.  de  Maestricht;  4,040  habitantes. 

RURiK  ou  ROURiK,  (geogr.)  fundador  ao 
império  russo,  era  um  chefe  de  Varegues 
(piratas  das  margens  do  Báltico).  Chamado 


?}">    uus 


RUS 


481 


ora  861  pelos  habitantes  de  Novogorod, 
deu-lhes  soccorro  contra  os  ataques  dos 
vizinhos ;  raas  dentro  em  pouco  dominou 
aquelles,  que  linha  ido  delíender.  Morreu 
em  879.  X  dynastia  de  Rurick  occupou  o 
throno  da  Rússia  ató  ao  tim  do  XVI,  sé- 
culo. 

rusadir,  (geogr.)  hoje  âfelilla,  porto  da 
Mauritânia  Tingitana,  perto  do  cabo  do 
mesmo  nome. 

RUSBROCK,  (hist.)  raygtico celebre,  nasceu 
em  Rusbrock  em  I29i,  morreu  em  1381. 
Deixou  muitos  escriptos ;  entre  elles :  De 
nuptiis  vel  de  ornatu  nuptiarum  spiritua- 
lium. 

RusciNO,  (geogr.)  hoje  Perpignan,  ou 
antes  Torre  de  Roussillon,  capital  dos  Sar- 
dones,  povo  da  Narboneia  1.^  a  K  perto 
do  Mediterrâneo  e  da  embocadura  de  Te- 
tis. 

Rusco,  s.  m.  (Lat.  ruscum  ou.  ruscus)  gil- 
barbeira,  arbusto  espinhoso  e  medicinal. 

RUSELL.E,  (geogr.)  hoje  Rosellas  cidade 
da  Etruria,  não  longe  da  costa  e  de  Um- 
bro, entre  Velulonia  e  Cosa. 

RUSSKL,  (geogr.)  rio  da  Bélgica,  forma-se 
em  Rumpst  pela  reunião  do  Dyle  e  do  Nethe, 
corre  ao  NO.  a  reune-se  em  Escaut,  defronte 
deRupelmonde. 

RUSSEL  (WilUam),  (hist  )  celebre  patriota 
inglez,  filho  de  Williara  Russel  1,  duque 
de  Bedford,  nasceu  em  1639,  era  1L>72  der- 
rubou o  mmisterio  chan«ado  a  cabala,  e 
foi  antagonista  do  conde  de  Derby  ;  depois 
quando  Carlos  começou  a  governar  sem 
parlamento  entrou  na  conspiração  de  Mon- 
moulh  e  foi  decapitado  a  isl  de  iulho  de 
1683.  ^ 

RUSSKL  (Edward),  (hist.)  celebre  almiran- 
te inglez,  primo  do  precedente,  nasceu  em 
1651,  morreu  em  1727. 

RussKY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  9  lé- 
guas ao  S.  de  tíontbéliard ;  900  habilan- 
jes. 

RÚSSIA  ou  IMPÉRIO  RUSSO,  (geogr.)  o  mais 
vasto  Estado  do  Globo ,  na  Europa , 
na  Ásia  e  na  America.  Tem  por  li- 
mites: i.°  na  Europa,  ao  0.  o  imp«,'rio  de 
Áustria,  a  monarchia  prussiana,  o  mar  Bál- 
tico, a  Suécia;  ao  S.  a  Moldávia  e  a  lur- 
quia  Europea;  2.°  na  Ásia,  ao  S.  a  Tur- 
quia asiática,  o  Iran,  o  Turkestan,  e  os 
vastos  paizes  pertencentes  ao  império  chi- 
nez;  3.^  na  America,  a  America  ingteza  a 
E.  Das  três  Russias,  a  asiática  ó  sem  com- 
paração a  maior.  A  população  do  império 
russo  vae  sempre  em  augmento,  hoje  deve 
ser  de  70,000,000  d'almas.  A  capital  geral 
é  S.  Potersburgo,  fundada  por  Pedro-r- 
(irande  em  1703;  antigamente  era  Moscou. 
A  maior  parte  das  divisões  do  império  rus- 

VOl.    IV. 


80  teem  o  nome  de  governos;  algumas  s&o 
chamadas  províncias,  districtos,  etc.  etc. 
só  nma  (a  antiga  Polónia)  tem  o  nome  de 
reino. 

Rússia  Europea. 


Rússia  Dalíica. 

Governo  de  S.  Peters- 
burgo  (capital  S. 
Petersburgo). 

Esthonia  (Revel). 

Livonia  ^Riga). 

Curlandia  (Mitau). 

Gran-ducado  de  Fin- 
lândia (líelsingfors). 

2  0 

Grande  Rússia. 

Moscou 

Smolensk. 

Pskov 

Tver. 

Movogorod. 

Oloneje    (Petrozavo- 

dsk). 
Arckhangel. 
Vologa. 
iaroslav. 
Kostroma. 
Vladimir. 
Nijnei-Novogorod. 
lambo  V. 
Riazan. 
Toula. 
Kalonga. 
Orei. 
Koursk. 
Voronejo. 

3.« 

Pequena  Rússia. 

Kico. 

Tchernigov. 
PultavaouFoltava. 
Slobodes  d'Ukraina. 
ou  kharkov. 


Rússia    meridional. 

Kherson. 

Jékaterinoslav. 

Taurida. 


Província  de  Bessara- 

bia. 
Paiz  doi  Cossaoos  do 

Don. 

5.° 
Rússia  Occidental. 

Vilna. 

Grodno. 

Vitebsk. 

Mohihiv. 

Minsk. 

Volhynia  (Jitomir). 

Podolia  (Kaminiec). 

Província  de  Bialys- 

tok. 
Reino  da  Polónia. 

Rússia  Oriental, 

Kazan. 

Viatka. 

Perm. 

Simbirsk. 

Penza. 

Astracan. 

Saratov. 

Orenburgo  (Oufa), 

Rússia  Asiática. 

!.• 

Sibéria. 

Parte  oriental  de  Porn 
6  d'Orenburgo. 

Tobolsk. 

Tomsk. 

Jenisseisk. 

Irkoutskí. 

Província  de  Omsk. 

Provinda  d'Iakoutsk . 

Districto   d'Okhotsk. 

Districto  de  Kamtcha- 

tka  (Pétropaviosvsk). 

Paiz  dos  Kirghis. 

Paiz  dos  Tchoukt- 
ches. 

121 


I 


^JHDS 


RUS 


Região   Caucasiana. 

Geórgia  (Tiflis). 
2.*  Geórgia  (Akhalt- 
sikhé). 


Cbirvtn  (Bakou), 
Arménia  (Erivan). 
iméréliiia. 

Vladikavkas  ou  paiz 
fias  rrionlaahas. 
Dagheslan. 
Província  do  Cáucaso* 


Rússia  Americana. 


Parte  insular. 


Parte   continental. 


Grandes  Príncipes  ou  Czars  da  Rússia. 


IDynaxlia  de  Rurik. 


Rurikl  primei- 
ramente com 
Sineous  e 
Trouvor,  de- 
pois só  862 
Oleg,  regente  879 
Igor,  filho  de 

Rurik  918 

Olga ,  sua  viu- 

«fl  945 

SviatoalavI  96^ 

Jaropolk  1  ii7:{ 

Vladimir  I  980 

Sviatopolk  I  1015 
laroslav  í  10)9 

Isiaslav  1054-10/8 
Vfosliv  \()67 

Svntoslav  11107:1-76 
Vsovoljd  1  t07H 
Svialcpolk  11  Í093 
VI  di/nir  n  1118 
A:.M,ísIhv  1  J125 

l.írop(  Ik  II  lia2 
Vii*i(;;tiislav  1137 
Vsévo'od  U  Í1ÍÍ8 
Isi.slíiv  11  114(3 

lourié  (ou  Jor- 
gf^)  1  PolgoroU' 
/ss  duque  de 
Souzdal,  em 
1  'J\  de  Mos- 
cou em  1147, 
filial  mente  em 
Kiev  1149  57 
(^J  S'  hisma  de 
^  *  r.nnoíi  (2 
y  Ulules  prín- 
cipes ou  mais. 


Em  Kiev. 

Rostislav  I  1 '54-62 
Isiaslav  l!l,  79a- 

vidovitch  1156-b7 
Mstislav  II  1176-70 
r.lel»  lourievi- 

ich  1168  72 

laroslav  !I  Isias- 

lavitch  1172-75 
Roman  I  li 79 

Sviatolav 

III  1179-9::} 

Ilurik  II  1193-1209 
Roman  lí  1193-1206 
Vsévolod 

Hí  120612  2 

Msiishv  111  1212-'24 
Vladimir  1111230-39 
Miguel  I     Vs^- 

tolodovíta  1239-40 

Em  Moscou. 

A  :dré    í.    fío- 

'jolinuhski  1 1  4-75 
Miguel  I  lt75'7/ 
Vípvoled 

ilí  1177-1212 

r.nriéll  1213-38 
rr,n*»antino  r2\7-18 
laroslav  íl, 

Vsévolodori- 

frh  12;^8-40 

(3)   A    Vladi- 
mir até  1339, 

p  depois  em 

Wngou. 
].íroí>líivlI  12^0 

Sviatoslav  III  1247 
André  1249 


S.  Alexandre     1252 

laroslav   III       1263 

Vasili  ou  Basí- 
lio I  1272 

Dmitri  I        1Í76-94 

André  II  129^-1304 

Daniel  1295 

Vasili  de  Souz- 
dal  1304 

Miguel  II  de 
Tver  1304-19 

lourié  IH  1319 

Dmitri    II    de 
Tver  1323 

Alexandre     II 
de  Uer  1326 

Ivan  I  Kalita   1328 

Simeão     i,     o 
Orgulhoso        13 'O 

Ivan  II  1353 

Dmitri    III    de 
Souzdal  1359 

Dmitri  IV  !3ft0 

Vasili  II  1389 

Vasili  III  o  ce^fo  1425 

Ivan   III,    o 
Grande  W^O 

V?siii  IV  1505 

Ivan  IV  o  Ter- 
rível J533 

Fedor  I  158i 

II   Transicção  para 
os  Romanov. 


Boris  Godou- 

nov  i598 

Fedor  II  1605 

Dmitri  V  1605 

Vasili  V  1606 

Vladislay,    Va- 
sa de  Polónia  iBlO 

///   Dy  nas  tia  dos 
Romanov. 

Miguel  III  1613 

Alexis  I  1645 

Fedor  m  1676 

Ivan  V  e  Fedro 

I  o  Grande  1682 
Sophia    co-re- 

gente  1686-89 

Fedro  I  sô  l689 
Catharina  I  1625 
Fedro  II  l727 

Anna /t?anocna  1/30 
Ivan  VI  1740 

Isabel,  Pélrov- 

na  1740 

IV  Dynastia  de  Hoh- 
tein   Gotorp. 

Pedro  III  1762 

Catharina  II  1762 

Paulo  I  1796 

Alexandre  111  ^800 

Nicolau  I  18!5. 


RÚSSIA  (grande),  (geogr.)  Era  assim  cha- 
mada antigamente  uma  vasta  região  da 
Rússia  europea,  que  se  extendia  do  mar 
Glacial  até  ao  Don  e  ao  mar  Caspio,  tinha 
por  capital  Moscou. 

KussiA  (pequena"),  (geogr.)  região  da 
Uussia  antiga,  ao  80.  da  Grande-Russia, 
compreendia  os  governos  actuaes  de  Kiey, 
Tchernigov,  Pultiiva,  Slobodes  d'ljkraina. 

RÚSSIA  BRANCA  E  NEGRA,  (geogr.)  Eram 
assim  chamadas  antigamente  duas  regiões 
da  Lilhuania,  a  1.*  situada  a  E.  cor- 
respondia aos  governos  russos  actuaes  de 
Smolensk,  Mohilev  e  de  Vitebsk ;  a  2.®, 
situada  a  O.  correspondia  aos  governos  de 
Grodno,  Diusk,  etc. 

RÚSSIA  VERMELHA  (gcogr.)  região  situada 
ao  SO.  daRnssia,  entre  a  pequena  Rossia 
ao  NE.  a  pequena  Polónia  aoNO.,  a  Hun- 
gria ao  S.  era  composta  pelos  palalinados 
de  Lemberg,  Chelm  e  Belez. 

RÚSSIA  (Nova)  (geogr.)  parte  da  Russi, 
meridional,  compreende  .ido  os  governos  a 
novamente  conquistados  de  Rhenon,  Jéka- 
terinoslav,  Taurida,  Cosacos  do  ^on,  Bessa- 
rabia. 


RtlT 


RUT 


483 


RossiLHO,  A,  adj.  (deflufo  oa  Russo]  án 
côr  ruça  com  encarnado  mesclado. 

RUSSO,  A,  adj.  V.  Ruço. 

RLSso,  A,  adj,  e  s.  russiano,  natural  da 
Rússia,  pertencente  á  Rússia, 

RUSTAUDS,  (guerra  dos)  (hist.)  chamada 
lambem  guerra  dos  campone:ies.  E'  assim 
rhamada  uma  guerra,  que  rebentou  em  152'j 
na  AIsacia,  Os  camponezes,  excitados  pe- 
los Anabaptistas,  levantaram-se  debaixo  da 
conducta  de  certo  Erasmo  Gerbest  de  Mo- 
Ipsheim,  e  apoderarara-se  deSaverne,  aon- 
de se  defenderam  por  algum  tempo.  Ex- 
pulsos desta  cidade  e  da  AIsacia,  espalha- 
ram-se  peiíf  Allemanha,  onde  commelterafn 
grandes  estragos. 

RUSTiCAMETSTK  ,  adv.  {mente  suff )  á  ma- 
neira dos  rústicos 

RUSTiCAR,  V.  a.  oun.  (Lat.  rusticor,  ari.) 
Yíver  no  campo,  fazer  vida  de  camponez 

RUSTrciDADE,  s.  f.  (des.  idade  )  maneiras 
de  rústicos  (oppõe-se  a  urbanidade,  corte- 
xania). 

RÚSTICO,  A,  adj.  (Lat.  rusticus,  derwí, 
campo.)  do  campo,  camponez.  Os  — s ,  a 
gente  do  campo. 

RÚSTICO,  (hist.)  Fahius  Arulenus,  roma- 
no animoso,  que  não  receiou  no  reinado 
de  Wero  e  Domiciano,  fazer  apologia  de 
'fhraséa  e  Helvidio  Prisco.  Domiciano  man- 
dou-lhe  ordem  para  se  matar.  Rústico  ti- 
nha composto  uma  Historia  dos  imperado- 
res, notável  pela  independência  com  que 
fora  eseripta 

RÚSTICO,  (S)  (hist )  Rusticus,  foi  um  dos 
companheiros  de  S.  Dionizio,  esoffreu  com 
elle  o  martyrio  no  fim  do  III.  século.  E' 
comraemorado  a  9  de  outubro.  Outro  S. 
Rústico,  bispo  de  Narbonna  no  V.  século, 
morreu  em  402,  é  commemorado  a  26  de 
outubro. 

RUSTiQUEZA.  V.  Rustícidode. 

RUsuccuRRU,  (geogr.)  cidade  da  Maurita 
nia  Cesariana  é   hoje  Belljs,    ou,  segundo 
outros,  Coléah 

RUTK,  (geogr.)  cidade  d'Hispanha,  a  18 
léguas  SE.  de  Córdova  ;    1,100  habitantes 

RUTENi,  (geogr.)  povo  da  (iallia  na  Aqui- 
tania  1 .'  entre  os  Arverni,  os  Arecomici,  oc- 
cupavam  o  paiz,  que  hoje  tem  o  nome  de 
Ronergue  e  tinham  por  capital  Segodunum 
depois  Ruteni,  (hoje  Rhodez), 

RUFGERS,  (hist.)  Janus  Rutgêjsius,  es- 
criptor  allemão,  nasceu  em  1589,  morreu 
om  i625.  Escreveu  notas  sobre  muitos 
clássicos  latinos. 

RUTH.  (h.  s.)  mulher  moabita,  filha  d'E- 
glen.  rei  dos  Moabitas.  Tinha  cazado  em 
primeiras  núpcias  com  Mahalen,  tilho  de 
Noh:v,í.  Euviuvando  seguiu  sua  sogra  aBe- 
ihléem,  e  para  subsistir  começou  a  apanhar 


esprgas  de  trigo  no  campo  de  Booz,  rico  la- 
vrador, que  era  parente  de  seu  primeiro  ma- 
rido conseguiu,  seguindo  os  conselhos  de 
Noemi,  caztr  com  elle,  e  foi  mài  d'Obed, 
um  doj  avôs  de  David.  A  historia  de  Ruth 
ó  consignada  em  um  livro  chamado  o  Li- 
vro de  Ruth,  que  faz  parte  do  antigo  Tes- 
tamento. 

RUTHENO.   V.   Russo,  Russiano. 

RUTHVEN,  (hist.)  senhor  escossez,  conde 
de  Gowrie,  foi  um  dos  assassinos  de  Riziio, 
e  entrou  na  liga,  que  obrigou  Maria  Stuart 
a  abdicar,  formou  em  1582  o  projecto  de 
se  apoderar  de  Jacques  VI,  mas  foi  renei- 
do,  apanhado  e  morto.  Josée  Alexandre  llu- 
thven.  seus  filhos,  também  tramaram  em 
1,000  uma  conspiração  contra  Jacques  VI, 
mas  o  rei  surpreendeu-osem  Gowrie-Hou- 
se  e  mandou  matal-os. 

RUTILANTE,  ttdj .  dos  2  g.  (Lat.  rutilans, 
tis,  p.  a.  de  rutilo,  are.)  brilhante,  res- 
plandecente. A  lança — .  O — céu,  escudo. 
Os  olhos  — s. 

RUTILAR ,  V.  a.  (Lat.  rutilo  ,  are.  Creio 
que  vem  do  Egypcio  r^,  sol.)  luzir,  brilhar, 
resplandecer.  O  sol  nas  armas  rutilando. 
«  Da  lua  os  claros  raios  r^itilavam, »  Ca- 
mões, Lus. 

RUTILAR,  em  sentido  activo,  e  (fig.)  refle- 
ctir, dardejar.  Os  olhos  rwíi/éiníío  fogo  vivo. 

RUTiLio,  (P.  Rufus)  (hist  )  nasceu  no  an- 
no  150  antes  de  J.  C.  seguiu  Wetello  co- 
mo seu  logar-tenente  á  guerra  da  Numidia, 
foi  nomeado  cônsul  no  anno  105  antes  de 
J.  C,  reparou  os  erros  de  seu  collega  Mal- 
ho battido  pelos  Cimbros.  Morreu  exilado  em 
Smyrna. 

RUTiLio  iSUMACiANO,  (hist.)  perfeito  de  Ro- 
ma no  reinado  de  Honório,  era  natural  de 
Toulosa  ou  de  Poiters,  deixou  um  Itenera- 
rio  em  versos  elegíacos,  onde  descreve  uma 
viagem  feita  na  Gallia  de  417  a  420. 

RUTiLio  LOBO, (hist.)  Rutilius  Lupus  gram- 
matico  latino  do  ultimo  século,  é  auctor 
de  um  tratado  ;  Da  figurissententiorum. 

RÚTILO  ,  A,  adj.  (Lat  rutilus.)  resplan- 
decente, brilhante. 

RUTiNA,  RUTiNEiR»^.  V.  Rotíua  Rotineíro. 

RUTO,  s.  m.  (do  Fr,  roítíe,  caminho,  via- 
gem.) (ant.)  «  Messageiros  que  passavam  ca- 
da dia  — s  de  um  reino  para  outro.  »  Ined. 
II.  355. 

RUTLAND,  (geogr.)  condado  d'Inglaterra, 
entre  os  de  Lincoln,  de  Northampton  e 
de  Leicester ;  4,500  habitantes.  Capital 
Oakham. 

ri5tulo,  a,  adj.  (Lat.  Rutulus.)  perten- 
cente aosRutulus.  ÒsRutulos,  povos  do  an- 
tigo Lacio. 

RUTULOS,  (geogr.)  Rutuli,  pequeno  povo 
do  Lacio,  desde  O  tempo  d'Eneas,  tinha  por 

ia  ♦ 


484 


HYB     • 


azE 


capital  Ardea.    Conduzidos   por  Turno  seu 
rei,  fizeram  a  guerra  a  Eneas. 

RUTupiAS,  (geogr.)  RatupicB,  hoje  Jiich- 
horough  ou  salvez  Sandwich^  cidade  da  Bre- 
tanha 1.*,  no  Cancio. 

RUTURA.  V.  Rotxira,  Ruptura. 

RuviMHOso.   V.  Carunchoso,  Carcomido. 

RUTO,  (geogr  )  Rubi,  Rubia,  cidade  mu- 
rada do  reino  de  Nápoles,  a  7  léguas  SE. 
de  Barletta ;  3,300  habitantes. 

Ruxoxó,  s.  m.  voz  imitativa  do  som  com 
que  se  enxotam  as  aves  dos  campos  semea- 
dos. 

RUYSCH,  (hist.)  anatómico  hollandez,  nas- 
ceu em  1638,  morreu  em  1731.  Este  sábio 
tinha  um  magnifico  gabinete  de  prepara- 
ções anatómicas,  o  (jual  foi  vizitado  e  com- 
prado por  Pedro-o-Grande  1717.  Deixou 
muitos  escriptos.  Seu  filho,  que  também  foi 
um  sábio  distincto,  publicou  o  Theatrum 
universale  animalium. 

RUYSSELEDE,  (geogr.)  cidade  da  Belgica,  a 
légua  e  meia  NO.  de  Thielt ;  5,460  habitan- 
tes. 

RUYTER,  (hist.)  celebre  navegante  hollan- 
dez, nasceu  em  1607,  deu  8  campanhas  na 
Índia  como  capitão  de  navio,  commandou  co- 
mo contra-almirante  em  645,  a  esquadra 
opposta  aos  Hispanhoes,  e  em  .  652  a  que 
Hollanda  mandou  contra  os  Inglezes  ;  susten- 
tou gloriosamente  Tromp  nosseus  três  com- 
bates contra  Blake,  fez  soíTrer  grandes  per- 
das aos  corsários  barbarescos.  bateu  a  esqua- 
dra sueca.  Ganhou  immensa  gloria  na  guerra 
de  1665  —  1667  contra  os  inglezes,  e  na  de 
1672 — 1676  contra  a  França;  foi  ferido 
mortalmente  na  batalha  de  Duquesne  e  mor- 
reu em  1676. 

RYBNA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia,  a  mesma 
queOstrojosk. 


RYE,  (geogr.)  cidade  d'Inglaterra,  a  3  léguas 
NE.  de  Winchelsea  ;  3,700  habitantes. 

RYE  ou  RYES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
uma  légua  e  um  quarto  NE.  de  Bayeui ; 
2,000  habitantes. 

RYEGATE  ou  REiGATE,  (geogr.)  cidads  d'In- 
glaterra,  a  6  léguas  e  meiaE.  deGuirfold; 
3.(jOO  habitantes. 

rye-house  (conspiração  de)  (hist.)  E'  assim 
chamada  uma  conspiração  formada  em  Ingla- 
terra em  168d,  no  reinado  de  Carlos  II,  e  que 
tinha  por  fim  matar  o  rei  seu  irmão.  O  atten- 
tado  devia  levar-se  a  effeito  em  Rye-House 
caza  de  campo  de  um  dos  conjurados  (daqui 
lhe  veiu  o  nome)  foi  descoberta  antes  de  ser 
posta  em  execução. 

RYLSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  europea, 
a  27  léguas  emeia  0.  delloursk;  5,700  ha- 
bitantes. 

RYMER,  (hist.)  historiador  inglei,  nasceu 
em  1650,  morreu  em  1713.  Publicou  uma 
obra  preciosa  intitulada  Rymer. 

RYSWYK,  (geogr.)  cidade  de  Hollanda ,  a  3 
quartos  de  léguas  SO.  da  Haya  ;  1,700  ha- 
bitantes. 

RYTiiMO.  V.  Rhythmo. 

RZEszow,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  aus- 
tríacos, a  36  léguas  ao  0.  de  Cemberg  ;  4,GU0 
habitantes. 

RZEwusKi  (hist )  general  polaco  .  nasceu 
em  i 705, morreu  om  1780,  tomou  successiva- 
iiiente  partido  porEstanisláu  Leczinsky  e  por 
Augusto  III,  repelliu  uma  invisão  de  Tárta- 
ros, combateu  com  todo  o  seu  poder  a  eleição 
de  Estanislau  Poniatowski,  o  os  projectos  da 
Rússia  sobre  a  P«lonia,  foi  por  esto  facto  pre  - 
zo  com  seu  filho  e  encarcerado  por  seis  annos 
na  Rússia. 


SA 


SAA 


485 


S 


s,  ».  m.  esse  ou  ice,  decima  nona  letra 
do  alphabeto  Portuguez,  e  decima  quinta  das 
consoantes.  Tem  um  som  sibilante.  Entre 
vogaes  sôa  como  z,  v.  g.  leso.  Uso,  peso, 
e  como  ç  em  todas  as  mais  posições. 

tntre  os  Gregos  o  S  era  letra  numeral 
quo  valia  ^00. 

s,  abreviação  por  San,  São  ou  Santo ;  SS 
santos,  V.  g.  os  SS.  PP.,  os  santos  padres 

8S,  abrev.  por  Santíssimo. 

N.  B.  Muitos  autores  com  affectação  ala- 
tinada  escreveram  star,  stabelecer,  etc,  em 
vez  de  estar,  «síaòe/eccr,  etc,  como  se  pro- 
nuncia e  sempre  se  pronunciou  em  Portu- 
guez e  em  Castelhano.  A  orthographia  La- 
tina e  frega  deve  todavia  conservar-se  em 
termos  scientiticos  e  em  alguns  outros  em 
que  o  e  euphonico  inicial  pôde  supprimir- 
se ,  V.  g.  sphincter,  spectro,  sphinx  e  em 
nomes  próprios  de  pessoas  ou  lugares,  v.  g. 
em  Sparta,  Spartaco,   Spiridio,  Sporadês. 

SA,   (ant  )  em  vez  de  sua. 

SA  DE  MIRANDA  (Francisco),  {hist.)umdos 
mais  distinctos  escriptores  portuguezes,  e 
o  poeta  do  seu  século  mais  conhecido  em 
toda  a  peninsula.  Nasceu  em  Coimbra 
em  1495,  falleceu  na  sua  quinta  da  tapada 
junto  a  Ponte  de  Lima  em  15í>8.  Perten- 
cia a  uma  familia  distincta  por  seus  servi- 
ços; tomou  o  grau  de  doutor  na  universi- 
dade de  Coimbra;  viajou  por  varias  cida- 
des de  Hespanha  e  Itália  ;  voltou  ao  reino, 
e  foi  muito  bem  recebido  na  corte,  mas 
em  breve  se  retirou  delia  para  o  sitio  aon- 
de paisou  o  resto  dos  seus  dias,  entregue 
aos  seus  trabalhos  poéticos,  e  aonde  veio 
a  fallec':'r,  como  assima  dissemos.  Sá  de 
Miranda  era  versado  era  humanidades,  co- 
nhecia os  clássicos  latinos  e  sabia  também 
o  grego,  que  não  só  lia  os  livros  nesta  lín- 
gua, mas  na  mesma  os  anotava;  foi  o  pri- 
meiro pai  da  nossa  poesia,  e  um  dos  maio- 
res homens  do  seu  tempo  ;   introdozíu  no 

TOL.  TI. 


género  pastoril  um  estilo  moral,  e  foi  o 
primeiro  que  no  nosso  paiz  compoz  come- 
dias regulares;  a  língua  portugueza  lhe  é 
devedora  de  muito.  Compoz  comedias,  os 
Vilhalpendoa  o  os  Estrangeiros,  Satyras, 
Fabulas,  Eglogas,  Epistolas,  e  muitas  ou- 
tras poesias  em  diversos   estillos  e  metros. 

SÁ  DE  MENEZES  (iraucísco),  (hist.)  dis- 
líncto  poeta  portuguez  fallecido  em  166i ; 
foi  casado  com  D.  Antónia  l  eitão,  por  mor- 
te dfl  qual  professou  na  ordem  de  S.  Do- 
mingos com  o  nome  de  Fr.  Francisco  de 
Jesus.  Compoz  Malacea  conquistada,  poe- 
ma heróico  em  que  conta  a  gloria  militar 
portugueza,  especialmente  a  do  grande  Af- 
fonso  de  Albuquerque.  Esta  alma  mostra 
a  brilhante  imaginação  do  poeta,  posto  que 
peque  por  incorrecção  de  estilo.  &eu  filho 
Balthasar  de  Sá  Leitão  foi,  segundo  o  tes- 
temunho dos  contemporâneos ,  um  dos 
maiores  homens  de  letras  do  seu  tempo  ; 
dedicou-se  como  seu  pai  á  poesia,  profes- 
sou na  companhia  de  Jesus,  e  morreu  in- 
do de  viagem  para  a  índia. 

sA  (Valentim  de)  (hist).  geographo  por- 
tuguez, natural  de  Lisboa  e  cosmographo 
mór  do  reino  no  tempo  da  dominação  cas- 
telhana. Escreveu  :  Regimento  de  Navega- 
ção. 

sÃA,  terminação  f.  de  são,  adj. 

sÃA,  s.  f.  (ant.)  V.  Som. 

SAADEH,  (geogr.)  cidade  da  Arábia. 

SAAD-EDDYH-MAHAMMED,     (híSt.)    chamado 

Khodjah-Effendi,  historiador  turco,  morreu 
em  1600,  é  auctor  do  Tadj-al-Tawankh 
(Coroa  das  historias)  que  compreende  o  rei- 
nado dos  \l  primeiros  sultões  turcos. 

SAADi,  (hist.)  o  primeiro  poeta  persa,  nas- 
ceu no  Chyraz  em  1195,  morreu  em  1296. 
Fez  14  vezes  a  peregrinação  de  Meca,  com- 
bateu 08  sectários  de  Brahma  na  índia,  e 
os  Christãos  na  Ásia  Menor ;  foi  apriziona- 
do  pelos  Francos,  que  o  obrigaram  a  tra- 

li2 


486 


SAB 


SàB 


balhar  nas  forteficações  de  Tripoli.  Deiíou 
muitas  obras  em  verso. 

SAALE,  (geogr.)  nome  commum  a  muitos 
rios  d'Allemanha  :  1.°  o  Saals  Saxonio  ou 
Thuringio,  que  sae  do  Fichtelberg  na  Bo- 
hemia  e  lança-se  no  Elba ;  2.°  o  Saale 
franconio,  nasce  na  Baviera,  e  lança-se  no 
Mein,  próximo  a  Gemiinden  ;  '6.^  o  Saale 
austríaco  que  se  lança  no  Salza  em  Salz- 
burghausen. 

SAALES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3  lé- 
guas e  um  quarto  ao  NE,  de  S.  Diey ;  7(30 
habitantes. 

SAALFELD,  (geogr.)  cidade  ffiurada  do  du- 
cado de  Saxe  Memingeo,  a  1  légua  e  um 
quarto  ao  SE.  de  Hudolstadt ;  4,/00  habi- 
tantes. 

saaise  ou  sarine,  (geogr.)  rio  da  Suissa, 
nasce  no  Cantão  de  Berne  e  lança-se  no 
Aar. 

SAAR,  V.  a.  (ant.)  V.  Sarar. 

saabdam  ou  sardam,  (geogr.)  cidade  do 
reino  d'Ilollanda,  a  3  léguas  ao  NE.  d'tlar- 
lem  ;  12,000  habitantas. 

SAAR-UNioN,  (geogr.)  Saarwerden  em  al- 
leujão,  cidade  de  França,  a  9  léguas  ao 
NO.  de  Saverne  ;  3,950  habitantes. 

SAATZ,  (geogr.)  cidade  da  Bohemia,  a  Jl 
léguas  ao  0.  de  Praga  ;   4,000  habitantes. 

SAATZiG ,  (  geogr. )  circulo  dos  Estados 
prussianos,  na  regência  de  Stellin,  capiíal 
Stargardo. 

SA\VEDaA-FAXARDO ,  (hist.)  sabio  padre 
bispai. hol,  nasceu  em  lí;84,  morreu  em 
3648;  foi  encarregado  de  muitas  missões 
em  Roma;  na  Suissa,  Allemanha,  etc.  ad- 
quiriu o  sobrenome  de  Tácito  hispanhol 
peíos  seus  escriptos,  dos  quaes  são  os  priíi- 
cipaes :  o  Principio  politico  chistão  ^  a 
Republica  das  lettras  ;  Coroa  gothí- 
ca  oii  Historia  do  reino  Goãç  em  His- 
panha. 

SABA  (ilha),  (geogr.)  uma  das  pequenas 
Antilha  hollandezas,  ao  NO.  de  Santo  Eus- 
táquio;  3,00í)  habitantes 

SABA,  (gBOgr.)  antiga  cidade  da  Ârai>ia, 
era  habitada  jielos  iabeus  e  era  capital  de 
um  estado,  cuja  rainha  foi  á  Juciea  ver 
Salmão. 

sabaCON,  (hist.)  principe  elhiope,  coci- 
quistou  o  I^^ypto  no  anno  7â7  aiite.s  de 
Jezu  Christo  fundou  a  XXV    dynastia,  que 


o  sétimo  dia  da  semana  dos  Judeos,  e  da 
nossa. 

SABÃO,  s.  m.  (Lat.  sapo,  onís,  Fr.  savon, 
Arab.  sabun.)  massa  formada  pela  incorpo- 
ração de  azeite  ou  gordura  com  una  alcali, 
—  moUe  ;  —  duro  ou  de  peira.  O  primeiro 
serve  para  lavar  a  roupa,  o  segundo  para 
as  mãos.  a  barba,  etc.  Dar  um  —  a  al- 
guém, (phraz.  vulg.)  reprehender.  — ,  no- 
me de  um  fructo  brasílico  que  nasce  em  ca- 
chos pelos  vallados,  e  cuja  casca  tem  um 
sueco  que  faz  escuma  como  o  sabão  dissol- 
vido em  agua. 

SABAOTH,  (t.  Hebraico)  que  significa  exér- 
citos. Dominus  —  ,  senhor  dos  exércitos. 
Vem  do  Egypcio  bolç  ou  bots  guerra. 

SABARiA,  (geogr.)  cidade  da  2.*Panonia, 
hoje  Sarwar. 

SABASTO,  s.  m.  e  SABASTRO,  s.  m.  V.  Se- 
basto  e  Secastro. 

SABART,  (geogr.)  S.ibrata  dos  antigos,  Tri- 
poli-Vecchio  na|i<ladtí  media,  eidade  do  esta- 
do de  Tripoli,  al'j  léguas  aoO.  de  Tripoli. 
SAB  AS  (S.),  (hist.)  abbadjB  e  fundador  de 
muitos  mosteiros  na  Palestina,  nasceu  em 
-139,  morreu  em  b  >t',  é  festejado  a  5  de 
dezembro 

SABATHAi-SKVi,  (hist.)  falso  iiessias,  nas- 
ceu era  Smyrna  em  i625,  era  filho  de  um 
corretor  de  commercio.  Depois  de  ler  via- 
jado na  Turquia  e  na  Europa,  foi  em  IGliã 
a  Jerusalém,  e  ligou-se  com  um  Juduu 
chamado  Nalhan,  que  o  reconheceu  pu- 
blicamente por  Messias,  seduziu  g''ande  nu- 
mero de  correligionários  e  esteve  a.  ponto 
de  operar  uma  revoluçuo  no  Oriente,  mas 
foi  prezo  no  moio  dos  seus  triumphos. 
Morreu  em  1676 

S-iBATico  ou  SABBATico,  A,  adj.  que  diz 
respeito  ao  sabbado  judaico.  Ánno — ,  o  sé- 
timo e  tambíím  o  quiriquagesirao. 

SABATINA     OU    SABIÍATINA,    S.    f     fcxercicio 

académico  que  se  fiz  aos  sabbados  e  em 
que  se  recapitulam  as  ma^orifts  tratadas  qo 
decurso  da  semaiKi  ;  rt-ia  do  oííicio  divino 
própria  para  o  sajbad'». 

SvBATINO    OU   SABB.i-TuNO,    A,    adj.   do  Sab- 

bado,  pertencente  í^o  sabbado. 

S.^RATiZAR   ou   ÇABBATIZAR  ,     V      a.   OU  .fl. 

guardar  o  Sii)hbado  ;  |fig  )  de^anaan,  ceás^^r 
de  trabalhar. 

sabatier    (António)  ,    (hist.)    co.iipilador 

so  deu  3  reis  ao  Egypto,  morreu  cm  7"0.  1  francez,  nasceu  em  J742,  morreu  em  IM  /. 

p^BADEADOR  OU  sabbadeador.  A,  adj.  Q  s.    Dcixou  :   Três  séculos  da  litteratura  fran- 

que  guarda  o  sahbado  como  fíizem  os  Ju-    ceza  ;  Diccionario  das  paixõôs,  das  tit  tu- 

deos  !  des  c  dos  vicios  etc. 

.«SABADEAR  OU  SABBADKAR,  V.  a.  OU  íí .  [sab-       SABATiKR  (Raplia^l),  (hist.)  cirurgião  fran- 

bado,  ar  des.  inf.)  guardar  o  sabbado.  cez,  uasctu  em    1732,   morreu   em    1842. 

SAbADO  ou  SABBAUO  ,  s.  ííi.    (lat.  safeòtt-   Deixou  um  Tractado  completo  d' anatomia; 

tum,  do  Hebraico  skabbat,  descanso,  ou  o  '  Medicina  expectativa ;    Medicina   operatO" 

qwe  julgo  mais  provável,  de  shebet^  sete.],  ria,  etc^ 


SAB 


SAB 


487 


SABBADO   y.  Seteado. 
SABBAOTH.  Y.  Sabaotk. 
SABBATHiKB,  (hist.)   compilador   francoz  , 
nasceu  em  1732,  morreu  em    <807.  ÍH^i- 
xon  um  Diccionario  para  intelligencia  dos 
auclores  clássicos  grego*  •  latinos. 

SABBATisMo,   s    m.   cclebiação  jiidaica  clo 
sabbado  com  ce!>saçào  de  trabalho. 
SABBÇHÃo.  V.  Sabichão. 
SABKCHOSO.  V.  Sabichosa. 
SABBDOR,  A,  8    011  a(iy.  que sabe,  que  tem 
noticia  de  alguma  cousa;  sabio,  prudente. 
SABEDORIA,  s.  f,  (des.  íã.)  scicncla,  dftu- 
»rina,  prudência,  sapiência.  À  — increada, 
ncarnada,  infinita,  o  Divino  Verbo   O  li- 
vro da  — ,  da  i>apiencia,  um  dos  que  com- 
põem o  Antigo  Testair:ento. 

Stn.  comp.  Sabedoria,  sciencia.  Sabe- 
doria corresponde  ao  vocábulo  latino  sa- 
pientia,  que  vem  de  sapio  ;  sciencia  é  pa- 
lavra latica,  vinda  de  seio.  A  primeira  tem 
significação  mais  eilensa  e  complexa  que  a 
segunda.  Sabedoria  é  o  conhecimento  in- 
tellectual  das  cousas  divinas  e  humanas,  é 
a  razão  perfeita,  como  disse  Cicero:  «  lia- 
tio  perfecta  nominatur  rilè  sapientia  (de 
Leg.  1,  7).  »  Sciencia  é  a  noticia  ou  conhe- 
cimento das  cousas  humanas.  X  sabedoria  é 
uma  qualidade  que  se  considera  inherente 
ao  homem,  abrange  o  saber  e  o  obrar  se- 
gundo a  recta  razão  ;  a  sciencia  só  diz  res- 
peito á  parte  especulativa,  c  pôde  conside- 
rar-se  iu<lependenttí  do  homem  ;  e  neste 
sentido  a  deliuem  os  modernos,  uma  serio 
de  verdades  discursivas,  que  não  alcança 
por  si  só  o  senso  coramum.  A  geometria,  a 
mathematica,  a  astronomia,  etc,  saoscien- 
Ci.as,  mas  não  se  podem  chamar  saòct/orias. 
SABEDOKMEME  ,  ado.  (úi.t.j  V.  Sabida- 
mente,  Sabiamente. 

sabedobzinho,  a,  adj.  diminuí  de  sabe- 
dor.  Só  usatio  em  tstylo  jocuso. 

SABBisMO,  (hist.)  culto  rèudido  aos  cor- 
pos celestes,  ao  sol,  á  lua  e  ás  eslrsllas. 
SABELLCo,  (hist.)  sabio  moderno  italiano, 
nasceu  em  14  6,  morreu  em  iw08.  Entre  ou- 
tros escriptos  compoz  uma  Historia  de  Vene- 
xa 

SABELLio,  (hist.)  heresiarca  do  111  século, 
discipulo  de  ^oet,  via  na  Trindade  Ires  acções 
diversas  d'um  mesmo  priccipio,  o  qual  cria. 
Salva  edá  a  graça. 

SABENÇA,  s.  f.  (Lat.  sapientia),  sabedo- 
ria. Hoje  é  £Ó  usfido  ironicaiDente,  v.  g. 
Tem  muita  — . 

SABENUAS  ;  a  — ,  adv.  (ant.),  com  conhe- 
cimento e  noticia. 

SABENTE,  (ai:t.)  V.  Scieníe. 
SABÉo,  A,  adj.  pertencente   á  cidade   de 
Sabá,  metro{^o]e  da  Arábia  Feliz,  abundan- 
te eoi  ÍDceDso  e  outras  drogas  aromáticas; 


V.  g.  Costas  -«.  Incenso  — .  Lagrima — , 
(t.  poet.),  o  fno-*»n5o  que  gotleja  da  incisão 
feita  na    arvore. 

sABÍos,  t.  m.  povos  da  cidade  de  Sabá. 

SABER,  «.  a  il.at.  sapio,  ere,  saborear, 
provar  com  o  paladar,  olfacto,  fttc.^fig)  co- 
nhecer, saber),  lur  noticia,  sciencia  conhe- 
cimento de  alguma  cousa;  ehesabe  aslin- 
guas  antigas  e  modernas,  cbimica,  mathe- 
matica. —  p^rte  do  algTjma  cousa,  ter  no- 
ticia d'elh.  -  dfl  cór ;  decorar,  ter  na  me- 
morin.  —  C!»nt.ir,  tecar,  dansar.  —  viver, 
haver-se  com  pni  iencia,  condescender  com  . 
as  outras  pessoas.  Suvba-me  d'isso,  infof^ 
mar-se.  Não  ~  de  si,  andar  distrahido  por 
força  d>i  negócios.  Vir  r  saher-se,  a  serno- 
torio,  publico.  — ,  v.n  ter  sabor; — bem 
ou  mal,  ter  bom  ou  mau  salor;  v.  g.  Esta 
fructa  sabe  a  ananaz.  Não  me  sabe  bem, 
(lig  )  não  me  agrada.  — ,  ser  sabio,  sci- 
ente,  prudente. 

SABER,  s  m.  (do  infinitigo  saber,  subst.) 
sciencia,  doutrina,  conhecimentos  Homem 
de  muito  — ,  roui  douto 

SABERETES,  5.  w.  pi.  dimiiiut.  de  sabcf, 
(ant.  ejoc.)  erudiçã'),  noticias,  conhecimen- 
tos, 

SABERMATTi,  ;geogr.)  HO  da  ludia,  uo  Guz- 
ze-at,  nasce  a  5  leguíís  ao  N.  de  foloh,  e  cae 
no  golfo  be  Cambaya 

SABIAM  PINTE,  adj.  [mer.te  suff.)  comsal>e- 
dória,  doulamonle- 

S.4B.C1IÃO,  adj.  m.  ona,  f.  augment  de 
sabio,  (jo(toso)  {tessoa  que  nffecta  de  rriídição 

s.íBiciioso,  A,  adj.  (joc  )  qur3  tem  erudi- 
(iição  má.  e  qii^-  faz  mh)  uso  d'ell?i,  que  alar- 
dya  falso  saber. 

SAB.DAMKNTE,  adx).  [mentt  sufT.)  conheci- 
damente, cora  conht;cimento  cabal. 

SABin'»,  \,  p.  p  de  saber ;  adj.  conhe- 
cido Homem  — ,  s?fbido,  scimte,  sabedor, 
destro,  perito,  astuto 

SABIDOS,  s.  m.  Os  — ,  os  ordenados  que 
o  apresentador  de  igreja  paga  ao  parocho 
011  vigário  ;  emolumentos,  lucros  legítimos 
e  conhecidos. 

SABINA,  s.  f.  (Lat.  sabina)  arbusto  sem- 
pre verde,  resinoso,  de  cheiro  forte,  espé- 
cie de  zimbro  cujas  folhas  são  usadas  na  me- 
dicina. 

SABINA  (Jnlia),  (hist.)  sobrinha  de  Trajano, 
foi  dada  por  esposa  a  Adriano.  Adriano  trac- 
tou-a  com  extremo  rigor,  ea  fmalobrigou-a 
a  beber  veneno  ;  todavia  depois  da  í»ua  mor- 
te rendeu-lh-e  honras  divinas. 

SABINA,  ou  PAiz  DOS  SABINOS,  (geogr.)  hoje 
das  delegpções  de  Spoleta,  de  Rieti,  etc.  re- 
gião da  Itália  antiga,  entre  o  Apenino,  o 
Anio,  oTibre  eaEtruria,  tinha  por  capital 
Cures. 

f:ABl^A,  (gecgr.)  antiga  província  dos  Esta- 
122^ 


m 


SÁ6 


SAB 


dos  da  Egreja,  entre  a  Ombria  ao  N.,  o  Patri- 
mónio de  S.  Pedro  a  O.,  a  Champanha  de  Ro- 
ma ao  S.,  e  o  reino  de  Nápoles  a  E.  Capital 
Chieti. 

SABINA,  (geogr.)  rio  de  Texas,  nasce  no  NE. 
desta  republica,  separa-o  da  Lusitana  e  lança- 
se  no  golfo  do  México. 

SABINAS  (rapto  das)  (hisl.)  rapto  ordenado 
por  Rómulo,  no  anno  IV  de  Roma,  teve  lu- 
gar, durante  uma  festa,  a  que  foram  coíivida- 
dos  os  Sabinos  ;  Rómulo  queria  por  esla  for- 
ma perpetuara  colónia,  que  tinha  fundado,  e 
também  para  se  vingar  dos  povos  vizinhos  a 
Roma,  que  não  lhes  tinham  querido  dar  suas 
filhas  em  cazamento. 

SABiNiANOs,  (hist.)  escola  romana  de  juris- 
consultos, opposta  á  dos  Proculeos,  tinha  per 
chefe  Masurio  Sabino,  discípulo  de  C.  Ateio 
Capito. 

SABINO,  A,  adj.  Caítello  —  ,  detrespellos, 
branco,  vermelho  e preto  ;  dos  Sabinos,  povo 
antigo  da  Itália. 

SABINO  (Aulio),  (híst.)  poeta  latino,  contem- 
porâneo e  emulo  d'Ovidio.  Deixou  8  Capí- 
tulos. 

SABINO  (Masurio),  (hist.)  jurisconsulto  do 
tempo  de  Tibério,  discípulo  d'Ateio  Capito, 
foi  o  primeiro  que  deu  consultas  escriptase 
foi  chefe  da  escola  dos  Sabinianos. 

SABINO  (Júlio),  (hist.)  senhor  Gaulez,  nas- 
ceu entre  Lingones,  tomou  o  titulo  de  César 
no  principio  doreinano  deVespaziano  e  foi 
vencido.  Para  escapar  ao  vencedor,  rctirou- 
«e  80  subterrâneo  deumaca-za  e  espalhou  o 
boato  da  sua  morte.  Sabino  escapou  a  todas 
as  perseguições  durante  9  annos  ;  mas  final- 
mente as  í requentes  vizitas  d'í  ponina,  sua  es- 
poza  descobriram  o  seu  retiro.  Foi  conduzido 
a  Roma  canregado  de  ferros,  e  foram  inúteis 
os  esforços  d'^  punina  para  excitar  a  compai- 
xão de  1  espaziano,  que  teve  a  crueldade  de  o 
condemnar  á  morte. 

SABINOS  ou  CHiSTÃos  DB  s.  JOÃO,  (hist.)  sei- 
ta da  Pérsia,  pertende  tirar  a  sua  origem  de 
S.  João  Baptista,  e  dh  ser  um  restodos  Ju- 
deos  banidos  de  Jerusalém  no  ^  Il-seculo  pe- 
los Mahometanos.  A  sua  religião  c  uma  mis- 
tura dos  dogmas  dos  Judeos,  Christãos  e  Imer- 
sas. 

SÁBIO,  A,  adj.  (Lat.  sapiens,  tis]  douto, 
perito,  erudito ;  que  possue  sabedoria,  sa- 
piência. Com  —  mão,  mui  destra.  Os  — s, 
s.  os  homens  doutos. 

sabioncello  ou  sABiNERO,  (geogr.)  penin~ 
sula  dos  Estados  austríacos,  defronte  das  ilhas 
de  Meleda  e  de  Curzola.  Capital  Stagno. 

SABiONETA,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lora- 
bardo-Veneziano,  entre  Crémona  e  Mantua; 
6,500  habitantes. 

SÁBIOS  (o8  sete),  (hist.)  nomes  dados  a  7 
gregos  illustres  do  VI  século  antes  de  Je- 


Su-Christo,  eram  elles:  Thabs,  Sólon,  Bias, 
Chilon,  Cleobulo,  Pittaco,  Periandro. 

SABiRES,  (geogr.)  Sabiri  povo  da  Sâoaa- 
cia  meridional,  no  V  e  VI  soculo,  no  VI 
século  estabeleeeu-se  sobre  o  l>esna  e  nos 
arredores  de  Dniepr,  ro  paiz  que  tomou  o 
nome  de  Seberia  ou  Severia. 

SABiSMO,  s.  m,  culto  dos  astros.  Os  ety- 
mologistas  derivam  este  termo  do  He- 
braico tsaba,  exercito,  porque  dizem  elles 
os  Uebreos  chamavam  os  astros  a  milicia 
celeste.  A  origem  do  vocábulo  é  o  Egypcio 
ciou,   estrella,  e  oueb,  sacerdote. 

SABLE,  s.  m.  (Fr  sable,  areia),  (t.  bras.), 
a  côr  verde.  Em  Francez  é  a  preta. 

SABLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6  lé- 
guas ao  NO.  (lelaFleche;  4,188  habitantes. 

SABLES  ii'oLONNE ,  (  gcogr. )  Cidade  de 
França,  a  17  léguas  ao  NO.  de  la  Rochel- 
le;  4,778  habitantes. 

suBLON,  (geogr.)  villa  de  França  a  uma  lé- 
gua ao  S.  de  Melz. 

SABLONViLLK,  («[eogr.)  cidado  de  Frauça,  3 
O.  de  Paris,  a  O.,  defronte  do  Bosque  do  Bo- 
lonha ;  300  habitantes. 

SABOARiA,  s.  f.  [sabão,  des.  ária),  facri- 
ca  de  sabão ;  officira  de  fazer  sabão. 

SABOEiRA,  s.  f.  (áes,  cira),  mulher  que 
faz  sabão, 

SABOEIRA.  V.   Saponaria,  planta. 

SABOEiRO,  s.  m.  (des.  eiró), [fabricante  do 
sabão. 

SABÓGA,  s.  f.  V.  SaveL 

SABÓIA,  (geogr.)  Sabaudia  ou  Sapadia  nSi 
edade  media,  primeiramente  condado,  de- 
pois ducado,  hoje  uma  das  intendências  ge- 
raes  dos  Estados  Sardos,  tem  por  limites,  ao 
N.  a  Suissa.  a  0.  a  França,  a  E.  e  ao  S,  o  Pie- 
monte e  os  Alpes ;  576,700  habitantes.  Capi- 
tal Chambery.  O  ducado  de  Sabóia  forma  8 
provindas  :  Sabóia  própria,  Alta  Sabóia,  Ca- 
rouge,  Chablais,  Faucigny,  Geneoris,  Mauria- 
na,  Farautaide. 

SABÓIA  (casa  de),  (bist.)  casa  soberana, 
que  leve  por  chefe  Humbert,  o  qual  vivia 
no  principio  do  XI  século.  Os  príncipes 
desta  Caza  tiveram  primeiramente  o  titulo 
de  condes  de  Sabóia  (Í027-I4i6,) ;  toma- 
ram depois  o  de  duques  em  1416,  e  rece- 
beram, finalmente,  o  de  reis  da  Sardenha 
em  17i0. 

Condes  de  Sabóia. 


Amadeo   IV  1233 


Ilumbert  I 

1027 

Amadeo    í 

1060 

Amadeo  II 

1('60 

Hnmbert  II 

t072 

Amadeo  III 

li03 

Humbert  III 

J48 

Thomaz     i 

1188 

Bonifácio 

1253 

Pedro 

1S63 

Philippe 

1268 

Amadeo    V 

li85 

Eduardo 

1323 

Simon 

1^29 

SAB 


SAC 


489 


Amadeo  Vi     1343 
Am«deoVni   1392 


Condes   de  Sabóia. 

Amadeo  Vil 


1383 


Duques  de  Sabóia. 


Luiz    I 
Amadeo  1\ 
Phdisberio 
Carlos  i 


1440 
14Bj 
U72 
1482 


Carlos  II  1489 
Ph.lippe  11  1496 
Philisberlo  li  1497 


SABOiANo,  Â,  adj.  s.  natural  de  Sabóia. 

sabonrta.  V.  Cebolela. 

SABONETE,  s.  m.  dimiiiut  bola  de  sabão 
duro  para  fazer  a  barba;  (lig.)  (chulo), 
irrisão  clamorosa,  apupada,  reprehensão pu- 
blica. 

SABOR,  s.  m.  (I.at.  sapor,  V.  Saber),  a 
sensação  que  produzem  no  paladar  as  sub- 
tancias  sápidas  :  a  propriedade  saborosa  dos 
corpos;  (lig.)  prazer,  gosto.  A  seu  — ,  vive 
a  teu  — .  Correia  as  cousas  a  nosso — .Pal- 
iar a  —  da  vontade  aíheia.  Fallar  em  — , 
(ant.),  gracejando,  Fallar  com  — ,  com  dis- 
crição. V.  Seinsabor. 

Sabor,  (geogr.)  rio  de  Portugal  em  Trás- 
os-Monles,  no  distrito  de  Bragança,  perto 
de  cuja  cidade  passa. 

SABOREADO,  A,  p.  p.  dc  saborear ;  adj. 
que  toiíou  o  sabor  e  gostou  da  cousa  pro- 
vada, que  vive  a  sabor,  regalado. 

SABOREAR,  V.  u.  [saboT,  car  des.  inf.), 
provar  tomar  o  gosto,  gostar  com  deleita- 
ção; V.  g  —  os  manjarei,  prazeres;  dar  sa- 
bor ao  comer.  Os  adubos  saborêam  as  co- 
midas — SE,  V.  r.  hcoslumar-se  a  usar  de 
alguma  cousa  com  deieitej*,  gostar  com  de- 
leição. 

SABOR  IDO,  A,  adj.  que  tem  bom  sabor ; 
(lig.)  agradável. 

SABOROSA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
de  7(J0  habilanles  pouco  arredada  de  N íl- 
ia Ueal.    Ribeira  de   Saborsa,    povoação  e 


sabrks,  (geogr.)  cidade  do  França,  a  8 
léguas  ao  AO.  de  Mont-de-.Warsna;  2,200 
habitantes. 

SABRO.  V.  Saibro. 

sabudo,  (ant.)  por  sabido.  V.  Sabido. 

SABUGAL,  s.  m.  (a/ des  collectiva.)  mata 
de  sabugos  ou  sabugueiros. 

SABUGAL,  adj.  (de  sabujo,  des  ai.)  Uva 
— ,  de  cão.  Devia  escrever-se  sabujal. 

SABUGAL,  (geogr.)  villa  de  1  ortugal  situa- 
da sobre  o  Coa,  perlo  da  nascença  de  uma 
das  torrentes  principaes  do  mesmo  e  das 
cabeceiras  do  Zêzere. 

SABUGO,  s.  m.  (Lat.  sambucus  Talvez  ve- 
nha do  Egypc  sche,  arvore,  e  tbud,  mel, 
doce.)  o  sabugueiro,  arvore  de  polpa  mui 
tenra  e  doce,  cujas  flores  são  usadas  na  me- 
dicina como  diaphorelicas.  — ,  a  medulla  do 
corno  do  boi. — ,  a  parte  da  cauda  das  bes- 
tas da  qual  procede  a  cola,  e  nascem  as  cli- 
nas.  — do  milho,  a  parte  da  espiga  onde  o 
grão  está  embebido  nos  alvéolos.  —  das 
vnhas,  a  parle  branca  e  tenra  na  raiz  del- 
ias. 

SABUGUEIRO,  s.  m.  (o  mesmo  que  sabu- 
go, e  mais  usado.)  sabugo,  arvore 

SABUJO  ,  s.  m.  fCast.  sabueso  ]  cão  de 
montaria  maior  que  o  podengo. 

SABULOso,  A,  adj.  [Lai  sabulosus,  de  sa- 
bulum,  ar«ria  raiuda.)  areento.  Urina  — . 

SABURRA  ,  .T.  /.  (Lat,  saburra  ,  lastro.) 
(  ned.)  humor  viscoso  que  cobre  a  liogua  e 
o  canal  intestinal  em  doenças  febris,  eque 
os  antigos  médicos  julgavam  ser  o  sedimen- 
to dos  humores. 

SABURRENTO,  A,  adj.  V.  Saburtcso 

SABURROSO,  A,  adj.  (des.  050  )  coberto  de 
saburra.   i  ingua  — . 

SACA,  s.  f.  (Lat  saccus.  V.  Saco.)  saco 
granda   — s  de  algodão 

s.ACA,  s.  f.  (de  sacar.[  (p  us.)  extracção, 
exportação.  —  da  moeda,  de  mercadorias. 

SAC  BOCADO,  «.  m.  vasador,  instrumento 
de  aço  cortante  com  que  se  cortam  pedaços 


riacho   do   concelho  de    Penafiel,  8  léguas  I  circulares  de  coiro,  soía,  pano. 

a  E.  do  Porto,  600  habitantes.  j      s.^cabocado,  adj.  m.  Pano — ,  de  aber- 

SABOROSAMENTs  ,  adv.  [menU  sulT.)   com  •  los  leitos  com  o  vasador,  por  ornato. 
sabor;  agradavelmente,  com  deleite,  j      sac*buxa,  s.  f.  espécie  de  irombeta  divi- 

SABORosissiMo,  a,  ndj.  supevl.  de  salx-tdida  pelo  meio;  sacairapo  de  espingarda, 
roso.  SACADA,  s    f   (subst.  da  dos.  f.  de  srtca- 

SABOROSo  ,  A,  adj.  [úes.  oso.)  que  temi  rio.)  ioda  a  obra  resallad.i,  e  que  avança 
bom  sabor,  gralo  ao  paladar ;  (lig.)  agrada-  fora  da  parede  do  edilicio.  .lanella  de — . 
vel,  deleilavel,  diserelo.  j  —  do  telhado,  aba. — ,  no  manejo,  sofrea- 

SABuUMELX  DR  LA  BONNfe.TERiE  ,  (hisl.)jda.  Moiicr  govfos  de — ,  Cí^riando  a  videem 
e.scriptor  francez  nasceu  em  Pariz  em  1725,  I  forma  de  aparo  de  penna,  e  unindo-lhe  o 
morreu  em  1781.  líeixou;  Constituições  \  g&ií)  lalhsdo  da  mesma  feição. —,  saca, 
dos  Jesuítas;  Manual  dos  Inquisidores,     íc.  |  tirada,  exportação;  imposto  sc^bre  as  expor- 

SABn.\,  s.  f    nome  de  uma  sorte  do  uva    tacões 
laniber  I  chamada  lilma.  saC/.oilla,  s.  f.  puxão  que  dá  o  pesca- 

sabkao,  (geogr.)  uma  das  ilhasda  Sonda,  'dor  quando  sente  que  o  peixe  mordeu  na 
a  E,  Ua  de  Flores,  Capital  Adeiiara.  isca.   Oar  uma  — . 

VOL.    IV.  \^'ò 


m 


8AC 


SACADO,  A,  p.  p.  de  sacar;  adj.  extraí- 
do, exportado.  O  —  ,  (merc.)  a  pessoa  sa- 
bre quem  se  sacou  letra  de  cambio. 

SACADOR,  *.  m.  cobradoB  dft  rendas^  (é 
ros,  contribuições,  impoatos  — ,  pessoa  qjie 
saca  letra  de   cambio  sobre  outrem  que  se 
chama   sacado.    Cão  — ,.  o  que  tira  a  caça 
aos  outros  cães  para  a  levar  ao  caçador. 

SACAFiLAÇA  ,  s  m.  agulha  de  artilbeiro 
com  duas  ou  Ires  farpas 

SACALA,  (geogr.)  cidfldedo  reino d'Amha- 
ra  Da  Abyssiuia,  a  LO  légua»  ao  80.  de 
Gondar. 

SACALADOR.  V.  Áçacalãdor. 

SACALÂo,  s.  m.  V.  Empuxão. 

SACALiNHA.  V.  Sancadilho,.. 

SACAMOTEL,  t.  m.  (artilhi  ).agulha  dc  gar- 
▼ato. 

SACAM0LA9,  s.  w.  (do  Cast.  sacamuelãs. 
(t.  de  desprezo)  n  áu  dentista,  tirador  do 
dentes 

SACANiA,  (geogr.)  nome  dado  na  edade 
media  a  uma  parte  da  Morea,  comprehen- 
dendo  os  antigos  territórios  de  Sicjone, 
Cor in  lho  e  d'Argos, 

SACAPELOURO  OU    SAGAPILOURO,    *.    «l    inS- 

trumento  de   tirar  o  pelouro  da  espingar  • 
da. 

sa€ar  ,  V.  a  (vem  do  mesmo  rad.  que 
sacco  ou  saco,  do  i  gypcio  cok  ou  sok,  ti- 
rar, trazer,  levar.)  tirar  para  fora,  extrair; 
exportar.  —  moeda,  mercadorias,  —uma  le- 
ira de  cambio,  ordenar  ao  correspondente 
que  pague  a  pessoa  determinada,  e  em  cer- 
to prazo  uma  quantia  de  dinheiro  —a  es- 
pada ou  da  eáparfa,  arrancar,  tira-la  da  bai- 
nha.—  de  Inslrc,  (ouriv  )  correr  o  buril  por 
cima  das  orilhas  para  dar  lustro. 

SACA-RABO  ,  s.  m  animal  da  feição  do 
furão. 

SA£ARrA,  s  f.  ((des.  ccUectiva  ária.)  quan  - 
tidade  de  sacos  ou  sacas.  — s ,  imposições 
sobre  as  exportações. 

SACARIA,  s.  f.  (de  saquear.)  (ant.)  reba- 
te falso  dado  pelo  general  para  ver  se  a  tro- 
pa está  promptav 

SACARINO.   V.  Sacharino. 

&ACATEPEQUEZ  OU  s.  JOÃO,  (geogr.)  cida- 
de do  Guatimala  ;  a  10  léguas  ao  í\0.  do 
Guatimala;  8,600  habitantes. 

SACATRAPO,  s.  m.  ppça  de  ferro  com  al- 
T.ado  fixada  na  extremidade  da  vareta  com 
que  se  saca  a  buxa  da  espingarda  ou  outra  ar- 
ma de  fogo. 

SACAVÉM,  (geogr.)  considerável  povoação 
de  Tortugal  situada  uma  légua  e  meia   ao 
^E.  de  Lisboa,  conta  perto  de  2,400  ha- 
bitantes. 

SACCA    V.  Saca 

SACCBi  (iJuvknaíl),  (hisl.)  escriptor  Italiano 
nasceu  cil  1716,  DQorrcu  em  1780,  é  auc- 


tor  das   Vidag  dos  Farindli  e  dos  MarceU 
los. 

SACCHiNi,  (hist )  compositor  celebre,  nas- 
ceu em  INapolesem  173j,  morreu  em  178G. 
Compoz  muitas  opera?;  as  melhores  s.V>; 
Renaud,  Climene^  Dardano,  Édipo  em  Co" 
hnia,  etc 

SACCO.  V.  Saca. 

N.  B.  Em  Lat.  escreve-se  saecus,  mas  o 
termo  não  é  de  origem  Latina  nem  Vitc/b, 
uiai  sim  do  Egypcio  foA  ou  sok. 

SACCOLA    V.  Sacola. 

SACCOMANO  ,  í.  m.  (ant.)  V.  Saque. 

SACCOMÃo,  *.  m.  (aflt.)  V.  Salteador,  Sa- 
queador. 

saccomardo  ,  5.  m.  (ant )  Ladrão,  Sal- 
teador,  Saqueador. 

SACE,  (hist.)  snbio  francez,  nasceu  em 
Í740,  morreu  em  1824.  Deixou:  Exame 
chimico  das  differentes  substancias  mine- 
raes;  Elementos  de  chimica  dosima&tica.  ete. 

SACEDOif,  (geogr.)  Thermida,  cidade  de 
llispanha,  a  1  légua  do  Tejo;  2,700  habi- 
tantes. 

SACEHi,  (hist.)  pintor,  nasceu  em  Roma 
em  1598,  morreu  em  1661,  foi  o  ultimo 
discípulo  d'AJbano.  Os  seus  quadros  sio  es- 
timados. 

SACBLLO,  s.  m.  (Lat.  sacellum,  de  sacer, 
sagrado  )  pequeno  templo,  capelia,  ermida. 

Sacerdócio,  5<,  m  (Lat,  sacerdoiium.) 
o  ofticio.  a  dignidade  sacerdotal ;  q^  poder 
espiritual  dos  sacerdotes. 

SACE  rd  OTA.  V.  Sacerdotixa. 

SACERDOiAL  ,  adj.  dos  t  g.  (Lat.  sacer- 
dotalis.)  que  respeita  ao  sacerdócio,  de  sa- 
cerdote, ilabito,  dignidade  — .  Rito,  vestf.*» 
sacerdotaes. 

SACERDOTE,  s.  m.  (Lat.  sacerdo,  otis,  de 
sacer,  sagrado,  e  do  ara,  dar  )  ministro  de 
qualquer  religião  ou  culto,  sacrilicadorgen- 
tihco    mini.^tro  da  igreja  chrislã. 

SACERDOTiZA,  s.  f.  mulhcr  que  no  paga- 
nismo fazia  sacrifícios  nos  templos. 

SACES,  (geogr.)  Saces,,  povo  da  Scythia 
asiática,  ao  N.  da  Sogdiana,  deu  o  nome 
a  uma  era,  que  começa  no  anno  18  deJe- 
su-Chrislo. 

SACHA  ,  s.  f-  (de  sachar.)  o  acto  de  sa- 
char, sachadura,  monda  com  o  sacho. 

SACHADO,  A,  p.  p.  de  sachar ;  adj.  mon- 
dado com  o  sacho. 

SACHADOR,  s.  m.  O  que  sacha. 

SACHADURA  ,  s.  f.  monda  com  o  sacho. 

s-^CHÃo,  s.  m.  augment.  de  sacho. 

SACHAR  ,  e.  a.  (Lat.  sarculare  )  mondar 
com  o  sacho. 

SACHARINO,  A,  ttdj.  assucarado, 

s.  ACHEUL,  (geogr. 1  antiga  abbadia  da 
Picardia,  és  portas  d'Amifcns. 

SACflo  f  t.  m.  (JLat.  íarculum,  sareuUi.) 


ílAC 


SAC 


491 


instrumento  de  agricultura  cujo  ferro  cor- 
tante por  dentro  é  menor  que  o  da  enxa- 
da e  o  cabo  mais  longo;  sfjrve  de  remexer 
l»'v.>m,'nle  a  terra  das  hortas,  e  deaesmon- 
dar  das  miíf  hervas. 

sachola.  *.  f  (do  sac/io.)  eàpecie  do  en- 
xada pequena. 

SACíADO,  A,  p.  p.  de  s»i;iar;  adj.  farda- 
do, satisfeito. 

SACIAR,  t>.  a.  (Lat.  saiio,  are.)  fartar,  sa- 
tisfazer plenamente.  —  a  f3me,  a  sede,  e 
(dg.)  os  olhos,  os  ouvidos,  os  desejos,  a  pai- 
xão, a  cubica,  os  appetites, 

^CiAViL,  adj.  dos  3  g.  {l»i.  satiabilis.) 
que  fóde  ser  saciado.  Desejos  saciáveis. 

.SACiEDAD»,  s.  f.  (Lat  sacieias,  tis.)  far- 
lun,  o  que  basta  para  fartar  ;  estado  de 
p«:ssoa  que  está  farta 

s.\CfLA,  (geogr.)  cidade  murada  do  reino 
I.f>!!;bHrdo-V»»neziano.  a  :5' léguas  ao  S->. 
<ri  (Hri»;  3,7(K)  h.íbitautes. 

SACK,  (geog  )  rio  da  Africa  austral,  na 
nultentotia,  cae  no  rio  Orange 

*^ACKEr«,  (hi«t.)  general  russtí,  nasceu  em 
175'i,  morreu  em  1S.37,  combateu  primei- 
ramente contra  os  Turcos  e  os  t'ol«c  ss,  foi 
aprizionado  pelxsFrancezes  em  Zurick.  Km 
1814,  depois  da  capitulação  de  Pariz  foi 
nomeado  governador  desta  cidade. 

s.\co  ,  s.  ni.  (Lat.  saccHS  ^  Gr  sakkos , 
íleb  e  Chald.  .me  ou  sak,  do  Egypcio  co/c 
ou  .^ok,  saco,  levar,  trazer.)  espécie  de  bol- 
sa grande  fechada  ou  cozida  por  todos  os 
lado-  .'om  uma  só  abertura  superior,  feita 
de  coiro^  pano  grosseiro  ou  de  outro  esttf- 
fo  ;  (fig.^  o  que   o  saco  contêm,  «.  g.  um 

—  de  farinh«,  de  arroz,  de  terra.  —  de  en- 
seada, a  parte  mais  funda  delia.  — ,  habito 
fúnebre  e  penitente.  Vestir-se  de  —  e  cilli- 
cio.  — ,  acto  de  saquear    Dar  —  ;  metter  a 

—  a  cidade,  saquear. 

SACOU,  s.  f.  saco  de  'lois  fundos  ou  al- 
forges, como  o  que  trazem  os  frades  men- 
dicantes. 

saçom,  (ant  )  V.  Sazão. 

SACOMÃo,  e  SACOMARDO,  (ant  )  V.  Saltea- 
dor, Saqueador. 

sacmnuro,  s.  m.  espécie  de  abelha  de  Ma- 
dagáscar. 

SACOTHiM.  V    Socotorino. 

Sacra,  s.  f.  (iubst.  da  des.  f.  á%  sacro.) 
laboa  do  altar  que  contêm  as  palevrrs  da 
consagração-  e  «•  Gí-edo;  a  parte  a  maisso- 
lenme  da  missa  e  principalmente  a  da  con- 
sagração das  espécies.  — ,  s?»graçã0v 

SACRA  (via),  (geogr.)  Fio  sacra,  rua  de 
Roma,  que  ia  de  O.  a  E  e  conduzia  ao 
Capitólio.  Era  por  esta  via  que  aquelles  que 
obtinham  as  honras  de  triumphar  se  dirigiam 
ao  templo 

SACRAH£NTADO,  A,  f.  f.  de  Sacramentar; 


adj.  a  quem  se  administrou  a  communhSo, 
ou  extrema  uncção. 

SACRAMENTAL,  adj.  dos  2  g  (Lai,  sacra- 
mentalis.)  de  sacrament ».  pcrt-ncente  ao» 
sacraíDentos  Palavras  sacrainentaes,  h  for- 
mula roía  que  se  administra  algum  sacra- 
mento.  Acto—. 

SACRAME?<TALMEr«TR,  ttdv.  [mente  suíí.)  CIB 
forma  de  sacramento 

SACRAMENTAR,  V.  Q.  {^acramento,  ar  áes 
inf.)  administrar  a  commuuhão.  e  extrema- 
uncçãu.  !  izse  principalmente  dos  enfermos 
e  moribundos;  consagrar.  — o  corpo  de  Je- 
sn~Christo.  converter  nelle  a  hóstia.  — se, 
V.  r.  receber  o  sacramenl^^da  comuiunhão, 
commungar.  — ,  fazer  de  si  sacramento,  c. 
g.  Chri^ito,  na  eucharistia  —  ,  (chulo)  não 
se  deixar  ver.  nem  conv»  rsar. 

SACRAMRisTARios,  (hist.)  I3eu-se  este  no- 
me aquelles  dos  reformados,  que  afastan- 
do-se  da  opinião  de  LuJhero  sobre  o  sa- 
cramento da  Eucharistia,  regei-aram  a  pre- 
sença real  de  Jesu-Chri^-to,  que  Luthero  ti- 
nha conservado,  i  sta  dilferença  de  opiniões 
deu  lugar  •  uma  separação,  que  rebentou 
abertamente  a  32  d'agosto  de  1524  entre 
Luthero  e  muitos  dos  seus  sectários. 

SACn*34E!<TO  ,  s.  m  iLat.  sacrameníum, 
dinheiro  depositado  em  juizo  por  cada  um 
dos  litigantes;  juramento  de  fidelidade.) 
(ant.)  jnraraento  solemne.  «Cumprindo© — 
que  tinham  feito  ao  povo,  de  morrer  por 
defensão  e  liberdade  de  todos  »  Anaes. — , 
santidade  —s,  actos  religiosos  próprios  a  sal- 
var a  alma,  e  conferir  graça  divina.  O  san- 
tissimo — ,  ou  o — ,  por  eí<jellencin,  a  eu- 
charistia. 

SACRÁRIO,  s.  m.  {■  at.  sacrarinm.)  lugar 
onde  se  guarda  cou=a  digna  de  veneração 
sagrada,  e  particulí^rmenie  aqueHe  em  que 
se  encerram  as  formulas  sagradas^  e  as  hós- 
tias consagradas  para  se  darem  nacommu- 
nhão.  —  de  reliquíus,  relicário. 

SACRAS,  s.  f.  (Lat  saem.;  três  tábuas  em 
que  estão  escriplas  certas  palavras  que  ©sa- 
cerdote diz  na  missa;  encostam-se  sobre  o 
altar  de  modo  a  poderetni  ser  vistas. 

SAcnATissiMo.  A  odj .  mptfl.  (Lat-.)i,  de 
Sagrad.^,  muito  sagrado. 

SACRK.  *.  m.  (4I0  Arab.  wfer,  deídAara, 
ter  »  vista  aguda.)  espécie  de  falcão,  ave; 
— ,  canhão,  peça  de  arulheria  antiga  do  ca- 
libre de  4  a  Gv 

SACRIFICADO,  A,  p  p.  de  SacHficar;  adj, 
immolado;  otferecido  em  sacritieio;  exposto, 
OU  resignado  como  victima 

SACHiFiGAJ>o»,  s.  w.  (,úat.  sojtnifex,  icts), 
sacerdote  do  paganisojo  que  s«cpi<icava  vic- 
timas  nos  templos;  o  que  sacrifica  cousa  ou 
pessoa 

SACRIFICADOR  (grande)^    ow  Gfande  Sá" 
12^  • 


49S 


SAC 


SAC 


cerdote  (hist.)  chefe  do  culto  entro  os  Ju- 
deus; foi  também  o  chefe  supremo  dosJu- 
deos  do  anno  166  ao  anno  40  antes  deJe- 
su-Christo. 

SACRiFiCAL,  adj,  dos  2  g.  /'Lat.  sacrifica' 
lis.)  que  respeita  a  sacriíicio. 

SACRiFJCATSTE,  adj .  dos  2  g.  (i  at.  -sacri- 
ficans,  lis.)  que  sacrifica. 

SACRIFICAR,  V.  a.  (Lat.  sacrificare,  de 
.sacer,  sagrado,  e  efficere,  fazer  )  immolar, 
offerecer  em  sacriíicio.  —  viclimas  aos  deu- 
ses; —  um  touro  a  Júpiter.  — ,  expor  a 
pessoa  ou  a  fazenda,  v.  g.  —  a  vida  ou 
peia  pátria;  —  os  bens,  o  socego.  Sacrili- 
cou  o  amigo;  —  a  honra.  — se,  v.  r.  ex- 
pôr-se,  £ujeitar-se  a  incommodo  cu  peri- 
go; oíferecer-se  como  victima,  v.  g.  — ,  á 
salvação  da  pátria. 

Syn.  comp.  Sacrificar,  immolar  A  idéa 
commum  d'estas  palavras  é  a  de  consagrar 
uma  cousa  á  divindade,  porem  a  primeira 
é  o  género  e  a  segunda  a  espécie. 

Sacrificar  uma  cousa  é  desfazer-se  d'el- 
la  para  consagral-a  á  divindade,  dedicar- 
lh'a  de  tal  modo  que  seja  perdida  ou  trans- 
formada. Immolar  é  consagrar  á  divinda- 
de por  meio  d'um  Eacriíicio  sangrento  ;  é 
degelar  uma  victima  sobre  o  alí.ar.  Ha  dif- 
fereoles  classes  de  sam/Sctos ;  aiwmo/apão 
ou  sacrifício  cruento,  é  o  maior  de  todos. 
Sacrifica-se  todo  o  género  de  objectos  ;  não 
se  iwwo/am  senão  viclimas,  seres  animados. 
O  objecto  sacrificado  é  offerecido  á  divinda- 
de, o  objecto  immolado  é  destruido  em 
honra  da  divindade.  O  sacrifício  tem  geral- 
mente por  objecto  o  honiar;  diimmolação 
tem  por  objecto  particular  oapplacar  a  ira. 

Figuradamente,  e  em  sentido  profano, 
lêem  estas  palavras  as  mesmas  diíferenças. 
Sacrifica- se  toda  a  sorle  de  cousas  a  que 
se  renuncia  voluntariamente  ou  que  se  aban- 
donam por  algum  interesse  particular,  ou 
em  proveito  d'outra  pessoa ;  immolam-se 
objectos  animados  ou  seres  personiticados, 
que  se  consideram  como  victimas,  e  se  con- 
sagram á  morte,  ao  anathema,  á  desgraça. 
A  idéa  de  sacrificar  é  mais  vaga  e  mais 
extensa  ;  a  de  immolar  mais  forte  e  mais 
limitada,  Napoleão  sacrí^cata  columnas  in- 
teiras de  homens  para  vencer  o  inimigo ; 
e  muitas  vezes  ímmo/ow  a  justiça  á  vingan- 
ça, a  equidade  á  ambição. 

SACRiFiCATivo,  x.adj.  próprio  para  o  sa- 
crifício. Ciado  — . 

SACR'FiCAVEL,  ttdj .  dos  2  gf.  quo  se  pode, 
que  é  licito  sacrificar. 

SACRIFICIAL,    adj.  dos  '^  g.  que  respeita 
ou  pertence  a  s&crificios.  Vasos,  ritos,  aras  í 
sacriíicíaes.  i 

SACRIFÍCIO,  8.    m.  (Lat.   sacrificium^   de' 
$acer,  crUf  sagrado,  e  offício^  ere^  iázer), 


oblação  de  victima,  ou  oíferta  aos  deuses 
em  expiação  de  culpa,  ou  com  o  fim  de 
implorar  o  auxilio  divino;  o  acto  de  sacri- 
ficar; a  cousa  sacrificada.  O  —  do  altar  ou 
da  missa.  Fez  —  dos  bens,  sacrificou. 

SACRIFICO,  A,  adj,  (Lat.  sacrificus.)  (t. 
poe.)  sacrificante,  sacrificador. 

sacrificulo,  s.  w.  (Lat.  sacrificulus.) 
ministro  deslip.ado  a  fazer  sacrifício. 

sacrilegambnte,  adv.  {mente  sufi.)  de 
modo  sacrílego,  com  sacrilégio, 

sacrilégio,  s.  m.  (Lat,  sacrilegium,  de 
sacer,  crit,  sagrado,  e  lego,  ere  colher,) 
roubo  de  cousas  sagradas,  desacato,  acto 
que  offende  as  instituições  religiosas,  pro- 
fanação. Dar  — s,  (ant.)  consignar  o  pro- 
dueto  das  penas  pecuniárias  impostas  aos 
sacrílegos  e  excommungados. 

sacrílego,  a,  adj.  {pron.  sacrílego*.  Lat. 
sacrilegus),  o  que  profana  os  templos,  os 
mysterios  religiosos,  impio,  que  commeteu 
sacrilégio    Homem  — .  Acção  sacrílega. 

SACRIPORTUS,  (geogr.)  logar  do  Lacio,  en- 
tre os  Volscos,  parte  deSygnia,  celebre  por 
uma  victoria  de  Sylla  sobre  o  partido  de 
Mário,  no  anno  82  antes  de    Jesu-Christo, 

SACRISTÃ,  SACRISTÃ  OU  SACRlSTAN.  S.    f. 

freira  que  éuida  da  sacristia. 

sacristania,  s.  f,  oflTicio  de  sacristão  ou 
sacristã  n, 

SACRISTÃO,  s.  m.  (Lat.  sacristã.)  homem 
que  cuida  da  sacristia,  PI.  Sacristãos,  ou 
Sacristães-  (o  segundo  ó  hoje  mais  usa- 
do). 

SACRISTIA,  s.  f.  casa  contigua  á  igreja 
onde  se  guardam  as  vestiduras  sacerdotaes, 
vasos  para  o  culto,  e  onde  se  revestem  os 
sacerdotes. 

SACRO  ou  SACRE,  s.  m.  (T,  Sacre),  (ant.) 
peça  de  ariilheria  antiga. 

SACito,  A,  adj,  /'Lai.  sacer,  sacra,  um 
Court  de  Gébelin  o  deriva  do  Chaldaico, 
hag.  festa,  mas  vem  do  Egypcio  íac,  exal- 
tar.) sagrado.  Ordens  sacras,  as  de  sub- 
diacono,  e  presbytero.  Osso  — ,  o  que  ter- 
mina a  columna  vertebral.  O  —  monte  ou 
nume,  dizem  os  poetas  do  Parnasso  e  de 
ApollO'  — ,  (fíg  )  inviolável,  respectivel. 

SACRO  (cabo),  (geogr.)  Sacrum  promon^ 
torium  nome  commum  na  antiguidade  a  di- 
versos cabos,  entre  outros  o  cabo  de  S.  Vi- 
cente e  o  cabo  Corso. 

SACRO  (monte),  hoje  Castel-San-Siheò- 
iri,  a  2  le/^uas  de  Roma. 

SACROBOsco,  (hist )  astrooomo  inglez,  ru) 
XIIl  século.  Deixou:  De  Sphera  mundi; 
De  anni  ratione,  seu  de  computo  ecclesiaa- 
íico. 

SACROSANTO  A,  adj.  (Lat.  sacrosanctu^  ) 
sagrado  e  santo.  A  virgem  sacrosanta. 

SACAOviu,  (hist.)  Eduo,  levantou  as  Uai- 


RAD 


RAF 


493 


lias,  foi  battido  em  Autun,  em  21.  e  sui- 
cidou-se 

SACUDIDA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  sa- 
rudido.)  sacudidura. 

SACUDIDELA,  s.  f.  leve  sacudidura. 

SACUDIDO  A,  p.  p.  de  Sacudir;  adj.  aba- 
lado, batido,  expellido,  arremessado  bran- 
dido. Foi  bem  — ,  (phr.  fam.) ,  severamen- 
te reprehendido  ou  castigado. 

SACUDiDOR,  s.  m.  o  que  sarode. 

SACUDIDURA,  v.  /.  flbalo,  acto  de  sacu- 
dir. 

SACUDiMKNTO,  s.  m.  abalo,  sacudidura 

SACUDIR,  V.  a.  (do  Lat.  succutere.)  aba- 
lar, abanar,  agitar  com  força;  —  os  ramos 
da  arvore,  o  pó  do  fato,  dos  móveis',  lan- 
çar de  si,  V.  g.  —  as  moscas,  os  cães;  ar- 
remessar ,  brandir:  —  a  lança  ;  expellir , 
rechaçar,  v.  g.  —  o  inimigo  da  posição 
que  occupava.  O  cavallo  sacudiu  o  caval- 
leiro,  lançou-o  em  terra.  —  o  pó  a  al- 
guém, (fig.  fam  ) ,  espancai  o,  zurzil-o.  So- 
cudiu-o  deu -lhe  áspera  reprehensão. 

SAçuHi,  (geogr.)  rio  da  província  de  Minas- 
Gerae?  na  comarca  do  Serro  no  Brazil. 

sacy  ou  s^cí,  (hiít.)  escriptor  francez, 
nasceu  em  161*2,  morreu  em  em  16X4. 
Deixou  tradunrões  muito  estimadas;  do  An- 
tigo Testamento;  da   Santa  Bíblia,  etc. 

sacy,  (hist.)  adv:)gado  do  Parlamento  de 
Pariz,  nasceu  em  1654,  morreu  em  i7á/. 
Deixou  uma  Traducção  muito  estimada  de 
PUnio-o-Moço\  Cartas;  Panegyrico  de  Tra- 
jano,  etc. 

SACT  (Silvestre  de)  hist.)  sábio  orienta- 
lista francez,  nasceu  em  )75S,  morreu  em 
1838.  As  suas  principaes  ob"as  são:  Prin- 
cipios  de  Gramrnatica  universal;  Gram- 
matiea  árabe;  Chrestomaiia  árabe,  etc. 

SACY-o-GRANDE,  (geogr.)  villa  de  França, 
a  2  léguas  e  meia  ao  SE.  de  Clerraont;  650 
habitantes. 

SADE,  (hist.)  escriptor  francez,  nasceu  em 
1705,  morreu  em  1778.  Publicou  :  Observa- 
ções sobre  os  poetas  francezes.  Obras  escolhi- 
das de  Francisco  Petrarcha. 

Sadiamente,  adv.  {mente  suff.),  sauda- 
velmente. 

SADIO,  A.  adj,  (de  saúde.)  saudável.  Si- 
tio, terra,  ares  sadios.  Homem  — ,  que  go- 
za saúde;  — ,  (fig.)  e  chulo,  pouco  libe- 
ral, que  não  se  arrisca  pelos  amigos,  nem 
se  expõe  a  incommodos  sem  calcnlar  o  pro- 
veito que  disso  lhe  pode  vir. 

SADO,  s.  m  (t  da  Ásia.)  embarcação  de 
pescar. 

sadoc,  (hist.)  Judeo  celebre,  discipulo 
d'Antigono  de  Socho,  estabeleceu,  no  anno 
24H  antes  de  Josn-<.hriito.  o  systema  phi- 
'oS'»phico  e  rel'gioso  chiwwado  o  Sad)ieisnio. 

SADOLKT,  (hist  )  cardeal,  pasceu  em  1477, 
vrtt.   IV 


morreu  em  1547.  Deixou :  De  liberis  reete 
instituendis;  Phaedrus  sive  de  laudibus  philo- 
sophioe,  ele. 

SADRAS,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingleza, 
no  Uarnatid,  a  16  léguas  ao  S.  de  Madrasta 
sobre  o  golpho  de  Bengala. 

SADUCEos,  Chist  )  seita  judia,  assim  cha- 
mada de  Sadoc,  seu  fundador,  que  a  fun- 
dou no  111  século  antes  de  Jesu-Christo  Os 
Saduceos  serviam  a  Deus  pelas  recompen- 
sas temponies.  Seguiam  o  texto  da  lei  e  não 
admittiam  explicações  ;  não  attendiam  a  tra- 
dicções,  negavam  a  immortalidade  da  alma, 
a  resurreição  dos  mortos ;  também  não 
acreditavam  no  livre  arbítrio  e  na  provi- 
dencia divina.  Os  Saduceos  no  II  século  an- 
tes de  Jesu-Christo,  formaram  um  partido 
e  foram  sempre  oppostos  aos  Phariseos. 

SADYATE,  (hist.)  reida  Lydia,  no  anno  62, 
antes  de  Jesu-Christo,  pai  d'Alyatte,  e  avô 
de  Creso.  Fez  guerra  aos  Milesios. 

s.EMUND-siGFussoN,  (híst.)  escriptor  irlan- 
dez,  a  quem  se  attribue  o  Edda,  que  con- 
temos dogmas  e  a  mythologia  dos  Scandina- 
vos  ;  vivia  no  anno  10l)7. 

saeta  ou  SAiETA,  s.  f.  tecido  de  lã  de 
que  se  fazem  vestidos. 

SAETABicuLA,  (geogr.)  cidade  d'Hispanha 
na  Tarragoneza,  hoje  Aleira. 

s.íiTABis,  (geogr.)  hoJH  Bativa,  cidade  de 
Hispanha,  a  10  léguas  ao  80.  deSucro 

SAFA,  s.  m.  (do  imperativo  de  Safar.) 
«  Ouve-se  um  safa,  safa,  »  isto  é,  fora 
d'aqui,  arredai-vos. 

SAFADO,  A,  p.  p.  de  Safar:  adj.  ,  gasto 
com  o  uso.  Moeda  — .  cujo  cunho  quasise 
não  distingue. 

safar,  V.  a.  (do  Arab.  sa/far  )  tirar  fora, 
desembaraçar  do  que  pode   estorvar,  v.  g. 

—  o  navio,  —  a  artilheria.  —  a  moeda, 
limal-a.  — se,«  r.  abalar,  ir-se,  desemba- 
raça r-se. 

safara,  (geogr)  povoação  de  Portugal  do 
distrito  de  Beja,  situado  2  léguas  a  E.  de 
ftloura,  perto  do  riacho  S.  Pedro,  ^80  ha- 
bitantes. 

sAfara,  s  f.  (do  Arab.  sahará.)  terra 
deserta  o  coberta  de  pedregulho  miúdo. 

safario,  a,  adj.  Roman  — ..  a  que  tem 
os  bagos  grandes  e  quadrados. 

sÁFARO,  A,  adj.  (do  Arab.  saffar.)  bra- 
vio; áspero,  rude,  indócil.    Gavião,  falcão 

—  Povos  — s. 
safate.  V.  Açafate. 
SAFENA,  V.  Srtphona. 

saffi,  ou  AZAFFi,  (geogr.)  Rusupis,  cilade 
murada  do  Estado  de  Marrocos  ;  sobre  o  Oce- 
no  Athlanlico,  a  M  léguas  ao  N.  de  Moga- 
dor;  l;.\OI)U  habilanles. 
!  safio,  s  m  (doArrtb.  snflio,  assim  cha- 
mado por  se  pescar  lio  fundo  domar;  (rad). 
K4 


4^4 


SAG 


8É6 


se/lon,  lugar  fundo,  inferior.) peixe  domar, 
espécie  de  congro  p«'qiieno. 

SAFio,  A,  ailj.  {V.  Silaro.)  tosco,  rude, 
grosseiro  incullo.  Villão  safio  — .  Areaes 
safio—s. 

Safira,  V.  Saphira. 

S\FiRAS,  (Ser.-a  das),  (geugr.j  Serra  dila- 
tada da  província  dti  Minas-Geraes,  na  co- 
marca do  ^e^ro  no  Brazil 

SAFiRO,  s.  m.   V.  Sa  J/h  iro 

SAFO,  A,  adj.  [omlracçho  de  safado.)  áe- 
sembaraçado,  livre  de  perigo  O  navio  está 
— ,  V.  y.  do  'baixo,  d^s  esculh'ts,  do  «pe- 
rigo ou  díísenibaraçado  para  navegair,  ou 
combater.  A  artilk*ria  está  —  ,  («rirínpU 
para  laborar.  Eslar  alguém  — ,  livre,  v.  g. 
de  dividas,  encargos. 

safõks,  s.  m  (pi.  ant.  e  obsol  )  calças 
largas  usadas  antigam^^nie. 

SAFRA,  s    f    Ha(í\ú   que  vem  do    gr<ígo 
sphyra,  marlelio  )  bigorna  grande  quadrada 
sem   pontas 

SAFRA,  s.  f.  (doÂrab.  saara,  carj»pina.) 
coll  eita,  ftovidcide,  v.  g.  —  de  azeitona, 
castanha.  Foi  anuo  de  — ,  de  copiosa  no- 
vidade. 

SaFra,   V.  Siifora. 

SAFHADEIRA.    S.    f.     V.    Alfoça. 

SAGA,  s.  f.  (I.at.  saga,)  feiticeira. 

SAGA,  s.  f.  iV.ast.  zag^í.)  (ant.)  a  r-^a- 
guarda,  na  níilicia  antiga. 

saga  ou  SAGAS  (hist.)  "ãoassim  chamadas 
nas  antigaii  liuguas  do  Norte  as  trarlicções 
hislofii'as  ou  rnyhologicas  do»  povos  s«p- 
teiiirionat's,  con^^ignadas  nos  escriptos  poé- 
ticos, que  oonJp(>^•m  os  Scaldos  ou  Bardi^s. 
A  maior  |>arle  dos  S^^gas  foram  compostos  no 
Xll  século  da  nossa  ';ri  e  nos  Ires  secuios  se- 
guintes. 

sagaçaria,  s»ga(:eza,  s.\gacu,  (ant)  V. 
Sagacidade. 

sagaCíuade,  s  f.{  ai.  sagacitas,  tis)qiii-]- 
lidade  sagaz,  penetração  de  espirito, 

sagacíssimo,  a,  adj  siiuperi  (de  sajace 
por  sagaz]  muito  sagaz. 

sagan,  (geogr.)  cidade  murada  da  Prússia 
sobre  o  Bober,  a  '  8  léguas  ao  NO. de  Liegmiti, 
A, 500  habitantes. 

SAGAPENO,  s  m.  {'iM.sagapenum,  em  Rer- 
sa  Sagapina)  gomma  medicinal. 

SAGAZ,  adj.  dos  lg.  (Lat  saijax,  cia,  de 
sagio,  ire,  ter  ô^ulezade  sentidos)  dotado 
de  penetração.   Homem  — ,  astuto. 

SAG4Z,  s.  m,  insecto  que  a4jaftha  einata 
as  aranhas. 

SAGAZiDi^DB.  V.  SigucUdie . 

SAGAZHENTB,  ait).  [mente  suíT )  com  sa- 
gacidade. 

SAGEIR4.  ou  sageria,  s.  f.  (d<i  Fp.  sttge, 
sábio,  sapiente)  (aat.)  V.    Sabedoria. 

8AGBNA,  s.  f.  (do  Árab.  sagena,  cárcere) 


(ant.)  cárcere,  prisão  de  cativos  chrislãos  en- 
tre os  Mouros. 

SAGEZ,  adj.  dos^g.  (do  Fr.  sage,  sábio) 
(ant.)  sábio,  sabedor. 

SAGEZMENTE,  (ant )  V.  Sabiamente. 

SAGiiALA  ousiGHLA.  (geogr  )sandjak.a'o  da 
Turquia  asiática,  entre  os  de  Serruklem  ao  N 
O.  CHpiíal  Smyrna. 

SAGL\o,  (ant )  V.  Saião,  Algoz. 

SAGiNADO,  A,  p.  p  de  sagiuar ;  engorda- 
do, cevado. 

SAGiNAR.  V.  a.  (Lat.  sagino,  are,  de  .sa- 
yina^  carne  picada,  cevo)  cevar,  engordar 
animaes. 

SAGioN,   (ant.)  V.  Algoz. 

S',GiRAve,  i.  m.  (t.  Asit  )  prateleira.  Fern. 
Mendes  i  into. 

SAGiTAL  ou  SAGiTTAL    adj.  dos2g.  (Lat 
sagitialis,  Úesagitta,  settaj  (anal.)  Sutura 
— ,  a  que  une  os  parietaes. 

SAGITAR  o    ou    SAGITTARIO,     A,     adj.    (Lat. 

sagitlarius,  de  sagiita,  setta)  frecheiro,  set- 
teiro,  guerreiro  armado  de  arco  e  tl^^xas.  — , 
s.  m.  constellaçào  e  signo  ou  emblema  zo- 
diacal  que  occupa  o  lugar  da  ecliplica  en- 
tre o  Escorpião  e  o  Capricórnio,  tem  a  figu- 
ra de  um  centauro,  etem  na  mão  um  arco 
com  uma  setía  embebida  para  disparar.  E 
um  bieroglypho  egypcio  destinado  a  repre- 
sentar os  ventos  etesios  que  precedem  o  tol- 
slioi.j  e.^^livsl.  1):^  o  dinari  )  tinha  diias  caras 
oppostaâ,  que  tiarecciu  indiííar  o  anna  qiie 
iical)a  e  o  que  vai  principiar,  e  oor.f)ap.>ii- 
de  á  época  em  queoauno  egypcio  e-ô-mcçá- 
va  cora  o  sohlicio  estival,  ao  qual  corres- 
pondeu primilivamerite  a  constei  laça' )  do  Ca- 
pricórnio, segundo  Dupuis.  — ,  soldadoda 
amiga  miUcia  rora^ina,  armado  de  arco  o 
settas. 

sagitabio,  (hist.)  historiador  alleioão  , 
nasceu  nm  iC.i3,  morreu  em  <6'Ji.  Publi- 
cou :  Nucleus  Histories  ;  germnicoB  Introduc- 
tio  in  kistoriam  ecclenaslicam. 

sagitífero  ou  SAGiTTiFEftO,  A,  ac(/.  (Lat 
sagmifer]  q^e  leva  settas  e  arco 

s.  AuNANT,  (geogr.)  cidade  de  í^Tança  .«5 
legua«  de  Marennes;   1,015  habitantes. 

sago,  s  m.  (Lat.  *a(7Hm,  voz  céltica)  saio 
militar. 

SÁGOiiTE,!giiOgr.)  Saguntus,o\i Saguntum, 
cidade  d'Uispanha,  s  >bre  a  cost*  K,  ao  N. 
de  Valência,  no  sitio  actual  de  Hfurniedro. 

SAGRA,  s.  f.  festft  do  orago  da  igrt»ja  de 
São  Domingos,  termo  de  -ascaes.  Hist.  Dom 
E'  essim  chamado   por  ser  commemorati>vfl 
da  sagração  da  igreja. 

SAGRA,  (geogr.)  pequeno  rio  de  Brusium, 
entre  o  paiz  dos  Locrios  e  o  dos  Croloniatas 

SAGRAÇÃO,  s.f  acto  de  sagrar  igreja,  bis- 
po, etc. 

SA^RADAMENTE,  adv.  [wiente  sufT.)  que  res- 


Sill 


sah 


A% 


ptit*  «  cousa  sagrada,  divina  ;    venera vel- 
mente 

SAGRADO,  A,  p.p.  de  Sagrar  ;  adj.  dedi- 
cado, consagrado,  cx.  «  A  deusas  ó  —  esta 
floppsta.  ramões.  Liis.,  ix,  61í. 

Sachado,  s.  m.  lugar  sagra-lo,  dedicado 
ao  cuLo.  Enterrar  os  mortos  em  — .  O  — 
da  pe^.^íoa,  a  quali  lade  venerável. 

sagr^kl,  adj  dos  ig.  (ant.)  umas  vez^ís 
usado  por  sagrado,  outras  impropriamente 
por  Secular. 

SAGRAR,  c.  a.  (Lat.  sacro,  are)  conferir  ca- 
racter sHtjerdotal  ou  religioso,  consagrar  ao 
culto  dos  lípuses,  ou  de  Deus  :  —  um  templo, 
—  uma  igreja,  um  bis(>o. 

SAGRE.  V.  Sacre,  canhão. 

s.  AGiíEvg,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
12  léguas  ao  O  de  Toubon  ;  2,480  habi- 
tantes. 

SAGttEs,  (geogr.)  villa  do  Algarve,  em  Por- 
tugal situado  perto  do  cabo  de  S.  Vicen- 
te, bem  fortificada,  e  que  pela  sua  posição 
elevadi  podi«  torna r-se  uma  praça  incon- 
quistavel,   jlO  habitantes. 

SAGÚ  s.  m.  (voz  Asiat.)  miollo  de  uma 
arvore  semelhante  á  palmeira,  que  se  seca  e 
de  que  se  faz  farinha  boa  para  comer  ;  be- 
bida espirituosa  feita  d'este  miollo  fermen- 
tado. 

SAGUÃO,  s.  w.  (Cast.  xaguan,  do  Arab. 
sahuon)  pateo  descobf^rto  no  interior  de  edi- 
fício, área  aberta  entre  casas  ;  entrada  co- 
berta junto  á  entrada  de  convento  ou  de 
casa. 

SAGUATE,  s.  m.  (voz Asiat)  presente. 

♦AGUEIRO,  s.  m.  (pron.  o  u  sôa)  a  arvore 
deqiie  seextrahe  osa^ú. 

s*GUEZA,  (ant  )  V.  Sagacidade. 

SAGul,  s.  m.  (pron.  owsôa  :  t.  Brasil,  dos. 
indigenrís)  bugio  pequeno. 

SAGiHi.   V.  Sagú. 

SAGUNTiNO,  A,  adj.  de  sagunto,  níilural 
deSsgunto  em  Hespanba. 

6AGUR,  s.  m.  V.  ^agú. 

SAHARA.  (geogr,)  vasta  região  d'Africa,  en- 
tre o  Maghreb  ao  N.  a  Senegarabia  e  o 
Sondfln  ao  S.,  o  AtManlrco  a  O.,  a  Núbia 
a  E.  Não  é  mais  do  qú^  wm  iramenso  de- 
serto d'areia,  «orlado  por  colllnas,  valles  e 
oásis  e  aonde  se  encontram  algumas  tribus 
ferozes. 

SAHEL,  (geogr.)  Isio  é  casta,  margem  Ks- 
ta  palavra  foi  «pplicada  depois  da  conquis- 
ta d'Algeria  ás  colinas,  que  se  estendam  ao 
SO.  e  a  E.  dMlger,  ao  ^,  da  vasta  planí- 
cie de  Milidja. 

KAB-EL-HAGGAR,  (geogr.)  villa  do  fiflixo 
Eívpto,  a  8  léguas  ao  O.  de  Mekallet-el  Ke- 
brr,  na  margem  ao  O.  do  Nilo. 

SABioA,  s  f.  (sub5?t.  da  des.  f.  (lesahido) 
o  acto  de  sahir ;    sortida  feita  por  tropas  ; 


pisso,  porta,  luíçar  por  onde  se  sahe  :  beco 
sem  — .  Tomar  a — .  — ,  venda,  exporta- 
ção :  este  género  ó  de  boa  —  ;  ou  tem  boa 

—  fora  do  reino  Dar  — ,  (fi»  )  razões  que 
desculpem,  ou  expliquem  a  diííiculdade  pro- 
posta ;  despachar,  dar  expedição. — ,  êxito, 
cx.  «  A  —  do  negocio  mostrou  o  acerto  de 
qiiem  o  meditou.  »  «  As  cousas  não  sãojul- 
gadas  senão  pelas  — s.  »  Sousa.  —  do  anno, 
cabo,  fim    —  da  vida,  a  morte 

SAiiino,  A,  p.  p.  de  sahir  ;  adj.  que  sahio 

—  para  fora,  resaltado.  Às  fêmeas  dos  ani' 
mães  andam-  s,  com  o  cio,  ou  brama.  — , 
acabado,  passado.  «  vntes  de  ser  —  o  tem- 
po »  Ord.  AÍTofts.  E'  ant.  nesta  accep- 
ção. 

SAHiMEUTO,  s.  m.  (mcuío  suff  )  (ant.)  pom- 
pa fúnebre  de  pt3Ssoas  enlutadas ;  fim  con- 
clusão linal,  t>    g.  —  das  cortes. 

SAiiiNTE,  adj.  dos  ig.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  iens,_  tis)  (ant.)  —  da  quinta,  sahindo, 
no  acto  de  sahir  ;  que  vai  acabando.  —  o 
anno. 

SAHIR.  u.  n.  (do  Lat  salto  ere,  pular, 
brotar  ;  Fr.  sailiir,  Lat  exire,  sahir)  passar 
de  dentro  para  fora.-  —  de  casa,  do  oorto, 
da  prisão  ;  —  do  banho  .  —  a  criança  do 
ventre  materno:  —  ao  encontro  do  inimigo, 
ou  f  o  inimigo,  ao  campo,  ao  terceiro,  para 
combater.  —  em  terra,  desembarcar.  —  a 
nado,  nadando.  —  a  fallar,  a  orar,  apre- 
sentar-$e  em  publieo  para  failar,  orar.  — 
por  alguém  ou  por  alguma  cousa,  a  defen- 
de-la.—  de  uma  doença,  (fig.)  escapar  d'ella. 

—  dos  limites,  (fig.)  exceder,  v.  g  —  da 
razão,  apartar  se  d'ella  desordenar-se.  — 
do  propósito,  fazer  digressão.  —  do  cami- 
nho, arredar-se,  afastar-se,  por  erro,  ou 
com  desígnio. — de  perigo,  difflcullade,  in- 
commndo,  escap.ir,  livrar- se.  —  do  copti- 
veiro,  recobrar  a  liberd.^de.  —  á  luz,  nas- 
cer. —  d  luz  um  livro,  apparecer,  publi- 
car-se.  —  de  si,  ou  fora  de  si,  fazer  ex- 
cessivas demonstrações  ;  irar-se  ;  fazer  ex- 
cessos. —  do  seu  caracter,  não  se  conformar 
a  elle,  obrar  conio  não  convém  á  pessoa.  — 
da  vontade  de  alguém,  não  se  conformar 
cora  eMa  — ,  brotar,  apparecer  a  cima  da 
superfície,  .^o/ic  o  rio  da  madre.  Sahio  uma 
ilha  do  mar,  levantou-se.  Sahem  da  terra 
as  plantas,  brotão.  Sahiram-lhe  pelo  cor- 
po muitas  postulas,  bexigas,  pintas,  man- 
chas, Sahiram-lhe  três  dentes,  nasceram, 
appareceram  fora  dos  alvéolos,  ^ahiu-lhe  o 
fémur  da  sua  articyilarão  superior,  deslo- 
cou-se.  Sahio  a  machina  dos  eixos  Sahiãm- 
Ihe  osoihos  ^a  testa  dffs  orbitas  — ,  tirar  a 
sua  origem  :  «  a  mãi  de  Hannibal  sahio  de 
Lisboa,  »  e^  oriunda  de.  —  a  alguém,  pa  re- 
cer-se  cort  a  pessoa  de  q«e  alguém  piocede, 
em  feições  ou  em  inolinações.  ^êie  aaoQo  so^ 


♦96 


SAI 


IMi 


ao  avô  e  não  ao  pai.  —  o  aUgria,  a  ira,  á  ca- 
ra, (fig  )  dar  o  rasto  mostras  d*estas  paixões. 

—  uma  nova,  romper,  espalhar- se,   v.  g. 

—  do  povo,  ou  pelo  povo,  correr  voz.  — 
palavra  dabocca,  proferir.  Nunca  lhe  sa/iia 
palavra  da  bocca  que  offendesse.  --  lanço, 
uma  sorte,  ou  a  soiteem  preto  a  alguém, 
haver,  ganhar,  cahir-lhe.  — a  sorte  em  pre- 
to, na  milicií,  biihete  que  obriga  ao  serviço 
militar.  —,  sobresahir,  dar  realce,  O  ouro 
sahe  bom  sobre  azul  Esta  côr,  este  maliz 
sahe  bem.  —  sobre  as  fontes,  levar  os  ca- 
teihumenos  a  baptizar  pela  Páscoa.  — ,  ter 
nxilo:--,  mal,  victorioso,  com  honra,  com 
vicioria  ;  —  bem  o  intento,  ou  —  em  bem, 
em  vão,  de  balde,  ou  baldado,  ter  bom  ou 
mau  successo,  êxito,  conseguir,  ou  ser  frus- 
trado. —  com  a  sua  (subentendido  tenção';, 
conseguir  o  fim.  —  com  a  empreza,  realiza- 
la.  —  certo,  verificar-se,  v.g  sahio  certa 
a  prophecia.  -7-.  vir  a  custar.  Sahiu-me  es- 
ta fazenda,  esta  obra,  a  tanto,  custou-me, 
ou  mais  estrictamente,  finita  a  conta  aos  gas- 
tos, o  resultado  foi  a  quantia  de.  Sahiu-me 
o  banquete  a  cin(  oenla  moedas.  — ■,  appa- 
recer  em  outro  estado,  ouapparecer  inopi- 
nadamente. Lançou  o  metal  no  fogo,  e  sahio 
leiloem  prismas  Pôz-so  a  meditar  esahiu 
um  soneto.  Espt'rava-se  um  portento,  saliiu 
um  ratinho  —  alguém  com  alguma  cousa, 
ofTcrere-la,  v.  g.  —  com  um  argumento, 
com  uma  objecção.  Sahio  com  uma  decima. 

—  a  agua,  estar  com  o  cio,  rom  a  brama. 
— ,  bojar,  t).  gf. — da  parede  do  muro  Sahe 
ao  mar  um  cabo,  ou  promontório  —  das 
conchas,  adagio,  perder  o  acanhamento, 
afoular-se.  —  do  atoleiro,  (fig.)  tirar-sede 
perigo,  ou  de  embaraço,  —se,  v.  r.  apar- 
tar-se,  afastar-se  :  —  algur-m  do  algum  lu- 
gar. — se  um  navio  do  outro,  escapar  lhe 
— se  bem,  conseguir  feliz  resultado.  —  de 
perigo,  livrar-se,  desembaraçffr-se  Sahiu- 
se  com  uma  artificiosa  desculpa,  recorreu  a 
este  expediente. 

SAIA,  s.  f  (do  Lat.  sagum,  Fr.  saie)  ves- 
tidura antiga  de  homens ;  hoje  é  vestidura 
de  mulheres  que  se  cinge  pela  cin»ura  e  des- 
ce até  á  parte  inferior  das  pernas.  — de  ma- 
lha ,  armadura  feita  de  malhas  de  fer- 
ro. 

SAiAGUEZ,  adj.  dostg  (ant.)  rústico  que 
veste  saial 

SAiAL,  s.  m.  {úesaia)  (ani.j  panno  gros- 
seiro, fflpudo  por  uma  face  ;  (fig.)  vestidu- 
ra, feita  de  saial,  para  homem  ou  multier, 
(japa  aguadeira  de  pastor. 

sAiÀo,  s.m  [C&il.sayon,  antigamente  al- 
giiazil ;  verdugo,  algoz  Covarruvias  dizquo 
eram  assim  chamados  por  trazerem  saio  os 
algozes.  Eu  creio  que  vem  do  Arab.  hmsa. 
mstar)  (ant.}  algoz,  yerdugú, 


SAIBO,  s.  m.  (de  saber,  ter  sabor)  saibo ; 
mau  sabor.  Tem  — ,  ou  mau  — . 

SAiBRÃo,  s.  m.  augment.  de  saibro. 

sAiBRO,  s.  m.  (Lat.  sabulo)  areia  grossa. 

SAÍDA.  \.  Sahida. 

SAiDEs,  (gcogr.)  villa  de  França,  a  4  lé- 
guas ao  iNE.  de  Mauriac  ;  511  habitantes. 

SaIdo.   V.  Sahido. 

SAii-TA.  s.  f.  droga  de  lã  para  forrar  ves- 
tidos. 

SAiEZA,  s.  f  (ant.)  V  Sagacidade.  ÁstU' 
cia,  Ardil. 

s.  AiGNAN,  (geogr.)  cidade.de  França,  a 
i)  léguas  e  um  quarto  ao  S.  deBlois,  2,856 
habitantes. 

s.  AiGNAN-soBRE-o-ROÉ,  (gcogr.)  cidadc  de 
França  a  9  léguas  ao  NO.  de  Chateaugon- 
tier  ;  1,500  habitantes. 

SAI60N,  (geogr.)  T/iai/yone  em  Cochinchí- 
na,  cidade  e  porto  do  império  nnnamitico. 
sobre  o  Don-nas,  180,000  habitamos 

SAíiouEssui,  (geogr.)  povo  da  (lallia  en- 
tre os  Camutes  a  E.,  os  fíiducasscs  a  O.,  ti- 
nha por  capitaLÇaii,  hojeSéez. 

SAiLLAGOUsE,  (geogr.)  villa  de  França,  a 
9  léguas  SO.  d^í  Prades  ;  350  habitantes. 

SAiLí,A>s,  (geogr.)  cidade  dn  França,  a  4 
leguns  ao  SO.  de  Die  ;  1,058  hobitantes. 

sAiMA,  (gec>gr.)  lago  da  Oussia  europea  ; 
comrnimica  com  o  lago  Ladoga  e  o  golpho 
de  Finlândia. 

SAiMEL,  s.  m.  (t  de  pedreiro)  a  primeira 
pedra  sobre  o  capitel  oucimalha  que  come- 
ça a  formar  a  volta  do  arco. 

SAIMENTO.  V.   Sahimento. 

SAiNETE,  5  «i.  {i.  Casl.  saynete,  áe  sain, 
manteiga  de  porco.  Lai.  sagina)  o  pedacinho 
de  tutano,  ou  de  mioUos  que  os  falcoeiros  dão 
ao  falcão,  ou  a  pássaros  para  os  terem  man- 
sos <<  a!riiiro>,  etambem  no  tempo  da  mula; 
(fig.)  píe,-ii'nt.',  mimo  com  que  se  ameiga  pes- 
soa esquiva;  cousa  agradável  que  suaviza  o 
desabnruenlo  ou  incommodo  ;  pico,  sal. 

SAiNiiA,  y    f.  (ant.  n  obsol.)  V.  Salina. 

SAiNiio.  .s'.  wi.  diminut  de  Saio,  vesti- 
dura antiga  de  mulher. 

SAiKs,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 lé- 
guas ao  (.».  de  Varvins;  2, 2(i0  habitantes. 

s.\iNs,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2  léguas 
e  uuí  quarto  ao  S.  d'Amiens,  660  habi- 
tamos 

SAi.NTE,  V.  SaMnte. 

SANTEs,  (geoíP.)  Mediolanum,  ou  Santo- 
nes  cidadH  de  França,  a  18  leguasaoSEda 
Rocha  ;  9,650  habii-intes. 

Saio,  s  m.  (Lai  sagum,  Fr.  5oe.)  (ant  ) 
vestidura  antiga  de  homem,  roupa  larga 
espetio  de  casacào,  veste  com  fraldào  até 
ao  joelho  0^;  — s  demulh  r,  eram  roupas 
hrgas  abertas  por  diante  com  mangas  per- 
didas e  cauda. 


SAL 


SAM 


m 


SAíOARTA,  s.  f.  (de  saiáo,  algoz.)  (anl.] 
execução  feita  por  algoi ;  (fig.)  oppressão 
feita  por  oriíciaes  de  jusliça. 

SAioNizio,  s.  m.  (anl  )  carceragem. 

saIr.  V.  Sahir. 

SAIS,  (gííogr.)  hoje  Sa,  cidade  do  Antigo 
Egypto.  no  Delta  ao  N.,  perto  do  lago  de 
Buto,  tinba  um  templo  de  Neith  I^íís. 

SAissAC,  (geogr.)  cidade,  a  ti  léguas  ao 
NE.  de  Carcassona ;  1,830  habitantes. 

SAiTico  (canal)  (geogr.)  canal  do  Nilo,  que 
ia  de  Agaluodnman  ao  lago  Huto. 

SAKARio,  (geogr.)  Sanganus,  rio  da  Tur- 
quia Asiatitica,  nasce  no  rio  Sandjakato 
d'Angora  atravessa  o  de  Sultão  Eiini,  sepa- 
ra os  de  Boli  e  de  Kadjaili  e  cae  no  mar 
Negro. 

saRatou,  (geogr.)  cidade  d.i  Negricia,  no 
reino  de  Kaoussa,  a  56  léguas  aoi).  deCa- 
chena ;  80,01)0  habitantes. 

sakkarah,  (geogr.)  cidade  do  Bmxo  Egy- 
pto,  a  4  léguas  ao  S.  do  Djizeh. 

SAKMARA,  (geogr.)  rio  da  Rússia  Asiática, 
lança-se  no  Uural. 

SAKTi,  (hist.)  diviuiJade  india,    esposa  de 
Brahma,  é  a  mesma  que  Maia.  Também  cha- 
mam Sakatis  ás  três  grandes  deusas  da  Irin 
dade  india. 

SAL,  s.  m.  (Lat.  sal,  Gr.  hals  )  NenhuTi 
etyiLologista  acertou  até  ao  presente  com  o 
sentido  radical  d'este  termo.  A  meu  ver 
vem  do  Egypcio  í/Jo/  onschol,  ondas,  mar, 
ou  de  a/,  pedra,  saraiva,  e  iom,  mar.  Km 
Lat.  salum.  mar.  em  Gr.  salos,  e  saleuô, 
fluctuar.)  termo  genérico  de  substancias 
formadas  pe  a  combir)ação  de  um  acido  com 
um  alcali,  e  particularmente  o  sal  comido 
na  agua  do  mar,  ou  tirado  de  mina  d'elle, 
ou  extrahido  de  poços  de  agua  salgada. 
Tem  nomes  diversos  segundo  as  suas  pro- 
priedades e  substancias  de  qaesíi  compõe. 
—  marinho,  o  que  a  agua  do  mar  encer- 
ra ,  hoje  cklorureto  de  soda,  e  (rantes 
murialo  de  soda.  —  gemma,  o  mesmo  que 
o  —  marino,  mas  tirado  de  minas.  — am- 
moniaco  ou  volátil,  —  de  nitro,  etc.  — s 
ir.etallicos,  o  que  na  chimica  moderna  se 
denorainào  oxydos,  v.  g.  —  de  chumbo.  O 
caracter  principal  dos  saes  é  a  facilidade 
com  que  as  dissoluções  d'ellos  cryslallisão 
regularmente.  j)farinhas  de  — .  V  Mari- 
nhas. Esiar  o  comer  uma  pilha  de — .Cas- 
tigo por  crime  de  lesa  magestade  em  que 
se  arrazava  a  casa  do  condemnado  e  se  la- 
vrava o  chão  lançando-lhe  o  sal.  — ,  (lig  ) 
pico,  graça;  discrição;  boa  doutrina  O  — 
da  sabedoria,  prud^^noia,  sabedoria. 

SALA,  s.  f    (Fr.  salle,  do  Lai    au^a'.  Gr. 
aúlé,  sala,  praça,  páteo  )  peça  principal  de 
uma  casa,    destinada   a    rec^^ber   visitas,    a  ! 
bailes,  e   a  banquetes;  — ,    aula.    Dar  —  i 
voL.  vr. 


franca,  (ant  )  mesa  franca  Fater  —  a  al- 
guém, frequentar,  e  fazer  corte  a  alguém 
para  o  grangear. 

SALA,  s.  m.   V.  Salama,  ou  Salema. 

SALA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  2J  léguas  SE.  de  Salerno  ;  5, Gí)0  ha- 
bitantes. 

SALA,  (georg.)  cidade  da  Suécia,  a  S lé- 
guas .'1.  de  Westeras ;  4,i00  habitantes. 

SALA,  (rteino  de)  (geogr.)  estado  da  Afri- 
ca central,  ao  .NE.  de  Congo 

SALA,  (Ni'olao)  (hisl.)  compositor  italiano 
nasceu  em  17 lU,  morreu  em  180(L  E*  au- 
tor de  um  I ralado  do  Contraponto,  mui- 
to estimado. 

SALA,  (his.)  medico  de  Vience,  morreu 
em  1610.  Fez  muitas  descobertas  importan- 
tantes  em  chimica  Deixou:  Opera  medico 
chymica;  Anatomia  tilrioli,  etc. 

s.\LE  ou  VELHO  SALE,  (geogr.)  Sala,  ci- 
dade e  porto  do  Estado  de  Marrocos,  a  41 
leguss  ao  O.  de  Fez;   l8,0íl0  habitantes. 

SALABORDiA,  s.  f.  (Fr.  salopcrie,  porca- 
ria.) t.  chulo  ,  semsaboria  ,  vulgaridade 
Contersas  — s.  cousas  ensossas. 

s.ALADA,  s.  f.  (Fr.  sdlade,  ítal.  insalali 
de  sal.)  hortaliça  crua  temperada  cora  sal, 
azeite,  vinagre,  pimenta,  ele.  (lig  )  cousas 
feitas  em  migalhas,  r.  g.  a  arlilheria  fez 
tudo  em  — ;  — ,  composição  poética  em  que 
entravara  coplas  de  toda  a  sorte  de  ver- 
sos. 

SALADiNHA  ou  antes  SALADiNA,  s.  f.  (ant). 
contribuição  imposta  antigamente  em  Fran- 
ça e  em  Inglaterra  para  as  despezas  da  guer- 
ra contra  Saladin  sultão  do  Egypto. 

salado,  (geogr.)  nome  de  dous  rios  das 
I  rovinnias  unidas  do  rio  da  Trata,  um  que 
nasce  ni  parte  NO.  do  governo  de  Buenos 
.4yres  corre  ao  SE.  e  cae  no  rio  da  Prata  : 
o  segundo  nasce  na  proviocia  deSalta,  cor- 
re ao  SE.  e  cae  no  Paraná  Também  ha 
em  Hispanha  muitas  rios  do  mesmo  nome. 

SALADiNO  (Malek-an-Nashr-Salah-Eddyn), 
(his.)  primeiro  sultão  ayoubita  do  Egypto, 
iilho  do  Kurde  Ayoub,  assignalou-se  na  mo- 
cidade contra  os  christãos,  serviu  no  Egyp- 
to por  conta  do  Atabek  Noureddin,  para  se 
apoderar  da  regência  do  atabekialo  da  Sy 
ria,  e  para  se  tornar  independente.  Juntou 
ás  suas  provindas  a  maior  parte  da  Meso- 
polania.  Atacado  pelos  christãos  foi  ven- 
cido em  Rarala,  mas  bateu  Guido  de  Lusi- 
gnan  em  muitos  corab.ites,  e  tomou  Jeru- 
salém. Morreu  em  1103. 

SALADiNO  ii,(hist.)sulião  ayoubita  d'.^  lepo. 
tentou  om  vão  reconquistar  o  Egypto  ;  foi 
assassinado  por  oíílciaes  tártaros 

SAL.\GNAC,  (geogr.)  villa  de  França  a  4 
léguas  ao  O.  de  Guerel ;  2,800  habitantes. 

salawa.    «.  m.  (do  Arab    mlama,   sau* 


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SAL 


SAL 


dação,  do  verbo  sala,  saufiar.  Outros  dizem 
salema.  Não  ó  voz  Turca,  como  diz  Blu- 
teau,  mas  Arábica.)  saudação,  cortezia. 

SALAMALÍ   ou   SALAMvLEK.   A'      m       (('XprOS 

são  ArHblcR  éãlúm  alaik  ou  es  í>aià'n,  aleik, 
saú  lo-te,  pazcomligo.)  cort-^zia  respeitosa. 

SALAMANCA,  (geogp.)  cidade  do  Wexico ! 
perto  do  Uio  iiran  Je,  a  9  léguas  S.  de  i 
Guanaxuato  ;  4,000    habitantes.  j 

SALAMANCA,  {gen^ír.)  Sala>n'Luc<i  cut  iiis  I 
panhol,  Salmanticaáo^  ànw^  s,  Elniantica 
na  edade  media,  ci  lade  d'Misp«nha  no  rei- 
no de  Leão.  capital  de  inttndencin  deste 
nome,  a  36leg!iai.  ao  ISO  de  viadrid;  l''>,00ii> 
habitantes.  A  intendência  de  Salamanca,  si- 
tuada entre  as  intendências  de  Zamora  ao 
N.,  de  Valladolid  ao  NE.,  rt'Avda  a  E.  de 
Toledo  âo  SE  e  Portugal  a  O  .  conta  240,000 
habitantes. 

SALAMANDRA,  f.  f.  (do  Arab  salaman- 
dara,  Lnt.  salamandra  )  tí^\)Í\\  do  ;íen<'ro 
dos  lagartos,  semelhmle  a  uma  lagartixa, 
e  que  o  povo  antig'» mente  sup[)unha  viver 
no  fogo;  (6g  )  o  amianto,  o  asbesto. 

SAiAMA>QUE,  (ant.)  V.  Salamantico. 

salamatega,   V.  Sahimnniiíja 

sAlamantkiga,  (ant.)  V    Salamandra. 

salamantico.  a,  adj.  de  Salamanca;  na- 
tural de  Salamanca. 

salamamíga,  s.  f.    centopêa,    bichinho. 

salamão  ou  SALOMÃO,  !t.  m.  (Oebr.  ,  do 
Egypcio  djal,  depor,  conliar  a  alguém,  e- 
Amon,  o  DeusAmon,  consagrado  a  Amon.) 
epitheto  do  filho  de  David  rei  dos  Judeos, 
cujo  nome  próprio  era  ledidiah;  (hg.)  ho- 
mem mui  sábio.  E'  um  —. 

SALAMKAR.  V     Salmcãr  013  Psalmear. 

salambar.  V.   Celenmar 

SALAMiM,  V,  Selamim. 

SALAMirsA,  {geogr.)5a/aFnií.  h^^eColouri 
ilha  do  mar  Egeo,  no  (çolphu  Salonico,  a 
1  l'^gU(i  das  costas  d*Atti.'.a,  tinha  duas  ci- 
da!es  principaes  Salamii  tehis  (.osta  O.), 
Salaniis  nova  (costa  E.)  Formou  antign- 
m«  fite  um  estado  partic  lar.  de  que  Tele- 
majo  e  Ajan  foram    os  irrais   «íclebres   reis. 

■salami^ía,  (geogr  )  hoje  l*orto  Costanza, 
cidade  da  ilhadeChypfe    na  costa  oriental. 

salandra,  (ge-^igr.)  vil'  t  d  »  reino  de  Na 
p*>!<*s,  a  6  léguas  e  mfia  SK    le  Tricarico, 
2,(^00  hftbiiantes. 

salankemen  ,  (gí^ogr  j  iaminctim,  Sa~ 
lancetia,  villa  da  Esclavuoia,  «7  léguas  SE. 
de    arlowitz. 

SALÃO,  s  m,  augmt  de  >3Í.i  (Fr.  sa/on.) 
sala  grande 

'^ALÃo,  s  m.  (do  Fr.  sablon,  areia  gros- 
sa ■■;  \i  aos. 

^u.\i*iA.  'gedgr  )  hoy.  Tifrrf  delle  Saline, 
v,ui:ih  da  Apúlia,  perto  da  embocadura  do 
Athd*',  servia  de  porto  i  cidade  d'Arpi. 


SALAR1AD0.  V.  Assalariado. 

SALARUR,  V.   Assalariar. 

SALÁRIO,  s.  m.  (Lat,  salarium,  de  smI, 
porque  os  Romanos  pagavam  em  sal  os 
trabalhadores.)  estipendio  qu*^  se  dá  a  jor- 
naleiro, e  em  geral  íi  toda  a  pessoa  que 
trabalha  para  outrem. 

SALAS,  (geogr.)  nome  de  muitas  villas 
d'llispanha  pouco  importantes;  citaremos só- 
nirtntí  Salas  de  los  Infantea,  ali  léguas 
SE    de  Burgos;  l,liOO  habitantes. 

SALASSES,  (gí>ogr.)  povo  da  (iatlia  Cisalpi- 
na, no  paiz  chamado  hojj  Valle  d' AosH  ti- 
nham por  cidade  principal  /cíimu/aou  Vi- 
ctiinula. 

SALAT,  (geogr.)  rio  de  França,  sae  dos 
Peryneos,  no  departamento  d'Ariege,  eca« 
no  (iaronna 

SAL4TIS.  (hist.)  rei  do  Egypto,  de 2300  a 
2292.  E'  o  prim  iro  dos  reis  pastores  ou 
Ilycsos. 

SAI, AVANÇO,  V    Solavanco. 

SAL  AZ,  adj.  dos  2,  g.  (Lat.  salax,  eis,  de 
salio,  ire,  picar,  brincar.)  impuro,  impudi- 
co, libidinoso.  A  salaz  concupiscência. 

SALAYER  (ilhaj,  (geogr  )  no  mar  da  Son- 
da, ao  S.  da  ilha  Celebe»  ;  60,000  habi- 
ta n  tas 

s^LBíiíS,  (geogr.j  cidade  d«  França,  a  O 
léguas  e  meia  iNE  de  ftomoranti ;  1,612 
habitantes 

salces,  (geogr.)  villa  de  i'rança,  a  4  lé- 
guas N.  de  Perpignan  t  500  habitantes. 

SAiCHiCHA,  s.  f.  Fr.  saucisse,  do  Lat, 
salsa  salgada.)  tripa  de  porco  cheia  de  car- 
ne gorda  do  HQesmo  animal,  crua,  picada 
e  temperada  com  .sal,  pimenta,  pimentão, 
vinho  branco,  etc.  ;  t.  de  artilh. ,  chouri- 
ço de  panno  com  a  costura  alcatroada  da 
gros-íura  de  um  dedo,  que  se  enche  de  pól- 
vora e  se  enterra  no  chão  para  por  ella§e 
communicar  fogo  á  mina;  —  t.  de  fort. 
fachina  longa  que  se  atravessa  sobre  as  ou- 
tras para  as  segurar. 

SALCfiiCHÃo,  s  m  augmt  de  Salchica 
(Fr.  saucisson  ]  salchicha  grossa;  —  t.  de 
fort.  salchichões,  molhos  de  lenha  atados 
pelo  meio  e  pelas  extremidades  que  servem 
de  faf^hinas. 

S4LDA,  (gftogr  j  hoje  Bougia  ou  Tedeles, 
cidade  da  Mauritânia  Silifensis,  fez  parte 
dos  reinos  de  Bockho  e  de  Juba 

Saldado,  a,  p.  p.  de  sallc^r;  adj.  pago 
inteiramente;  ajustado  o  debito  com  o  cre- 
dito   — s  as  contas. 

Saldanha.  (g'^ogr )  Eldana,  villa d'Hispa- 
nha,  a  6  léguas  N.  de  Caniim. 

SALOAR,  V.  a.  [saldo,  ardes,  inf.)  pagar 
ou  restituir  o  que  resta  ao  crédorí  —  at 
contas,  inteirar,  pagar  a  differenças. 

«ALDO,  s.  m.    (Fr.    »oWe),   t.  mero. ,   • 


WBt 


SAI 


quantia  que  completa  o  paiçamento  ao  cre- 
dor. Por  —  de  contas  ficou-me  deoendo 
ou  pagou-me  um  conto  de  reis 

SALDUBA,  (geosfr.)  cidade  d'Uispanha,  ho 
je  Saragossa  :   lÍio  da  Betica,    hoje  o  Rio 
Verde. 

SALE,  *.  f,  (Fr.  salée.)  V.  SeU. 

SALíiRiNiio,  s.  m    diviinut.  de  Saleiro. 

«Ai.EiRO,  s.  m.  [sal,  des  ei'-o  )  vasjem 
que  se  serve  o  sal  na  mesa ;  o  que  faz  e 
vende  sal. 

Saleiro,  s.  tn.  (do  Lat.  salio,  ire,  bro- 
tar, sahir  fora),  a  parle  a  mais  alia  da  ca- 
beça do  veado,  a  n««nença  das  pontas 

SALRM,  (geoíír  )  ciiade  dos  Estados-Urn- 
dos,  a  \  léguas  ao  NE.  de  Boston  ;  14,uu0 
habitantes. 

SELiM  ou  TCHELAf,  (geogr.)  cldade  da 
índia  ingleza,  capital  do  distri  :lo  de  Salem 
e  Barramahal ;  í  0,0(10  habitantes. 

Salema,  s.  f.  V.  Salama. 

Salbía,  *    f-^'  Celewna. 

SALEMA,  *.  f.  (do  Arab.  hallama  )  peiíe 
bera  Conhecido.  D^'vêrae>crpvpr-s«sa//ama 

SALi  MI,  (geogr.)  Halyria,  cidade  fortefiea- 
da  da  Sinlia,  a  j  5  léguas  ao  SE.  de  Trapaui ; 
lá, 300  hííbitantes. 

SALKMiNUA,  s.  f.  diminut.  de  Salema, 
peixe. 

SALENCY,  ígeogr.)  villa  de  França,  a  5 
quartos  de  léguas  ao  K.  de  Noyon ;  6  -O 
habitantes. 

SALKNGORK  OU  SALANGOR,  (ffeogr.)  cídade 
da  Iniia  Transg^ngetica,  a  4i  léguas  ao 
hO.  de  Malacca 

salentinos,  (geogr.)  povo  da  Itália  me- 
ridion«l,  o^cupava  as  costas  e  a'guns  dis- 
trictos  interiores  da  lapygia;  Hydtrona  e 
Brumdusium  eram  os  logares  principaes. 

SALfcNTo,  (:?eogr  )  uone  da  supposta  ca- 
pital dos  Salenlinos. 

sai.ernes,  (geogr  )  cidade  do  França,  a 
6  léguas  ao  0.  de  Draguignan  ;  l,6l5  ha- 
bitantes. 

salerno,  (geogr.)  SiUmo  em  italiano,  Sa- 
lernum  em  latim,  cidade  do  reino  da  Ma- 
polí»s,  capital  do  Principado  Citerior,  sobre 
o  golpho  de  Salernj.  a  11  léguas  ao  SE. 
de  Na^.oles  ;   :2,U0O  habitantes. 

SALES,  (geogr.)  cidade  de  França,  per- 
to do  Marone  a  4  léguas  ao  SÊ.  de  Maa- 
riac  ;  1,282  habitantes. 

sxLRS,  (geogr.)  antigo  castello  da  Saleya, 
perto  d'Annecy,  deu  o  seu  nome  a  uma  fa- 
millia  nobre  á  qual  pertenceu  S.  Francis- 
co de  inales. 

Saleta,  s.  f.  dimunt.  de  Sala,  pequena 
sala.  I 

SALFi,  (hist.)  litteralo  francez,  nasceu  era 


Discurso  nobre  a  Historia  dot  G-regoi,  etc. 

SALGA,  s.  f.  (de  salgar.)  o  acto  de  sal- 
gar; o  lugar  em  que  se  salga  o  peixe  ou  a 
carne;  —  tributo  antigo  iobre  o  sal  impos- 
to pelos  reis  de  Aragão. 

salgadamenfe,  adv  [mente  su(T.)  p.  us. 
(fig.)  com  pico,  com  sal  ou  graça. 

SAI  CADEIRA,  s.  f.  (des  eira  )  lusar  onde 
se  salga;  — ,  tina  com  fundos  postiços  on- 
de se  tem  o  peixe  em  salmoura;  — ,  planta 
quo  tem  sabor  salina 

SALGADSSiMO,  A,  adj .  ún  Salgado. 

Salgado,  p.  p.  de  Salgar;  adj  ,  impre- 
gnado de  sal,  posto  em  salinourji;  tempe- 
rado C(im  sal;  (fig.)  caro,  custoso,  —  co- 
berto de  sal. 

SALGAR  ou  SANKAR,  (hist.)  chefe  turco- 
mauo,  tirou  o  Farsistan  aos  Seldjoucidas 
em  14S,  tomou  o  titulo  d'atabek  e  mor- 
reu em  ll6l. 

SALGADLRx,  s.  /".  (dcs  ura.)  O flcto  de  Sal- 
gar:  —  do  peixe,  da  bacalhau. 

SALGAR,  V  a.  (Lat.  ía/io,  ire.)  impregnar 
de  sal,  meltendo  em  salmoura.  — carnes, 
peixe,  temperar  cora  sal.  —  as  casas,  arra- 
fa-las  com  sal;  (fig.)  corrigir,  emendar,©. 
g.  erros,  heresias. — se  a  ícrra,  ser  inunda- 
da pela  agua  do  mar. 

SAL  G8MMA  ,  s.  m  (uào  salgema,  como 
traz  Moraes  )  sal  de  rocha,  de  mina.  V. 
Sal. 

SALGOURios,  (hist  )  dynastia  asiática,  que 
reinou  nos  séculos  XI.  e  XIII. 

SALGUEiRA,  s.  f.  (V.  Saigueiro.)  (aiit.)  sftl- 
gueiro,  arvore. 

s*LGuRiRAL,  s.  m.  [aí  des.  collectiva)  cam- 
po de  salgueiros. 

SALGUEIRO,  s.  «t.  (Lat.  salix,  icis.)  arvo- 
re que  tem  a  casca  liza  e  flexível,  as  folhas 
felpudas  e  longas,  mais  estreitas  que  as  do 
pecegueiro;  dá-se  em  lugares  húmidos  e  na 
proximidade  dos  nos. 

SALHAR  V  a.  (do  Fr.  saillir.)  (ant.)  pu- 
xar, arrojar,  arrastar,  v.  g.  — a  artilharia, 
assesta-la,   tirando-a  do  porão. 

SALiAR,  adj.  dos  á  y.  concernente  aos  sa- 
lios,  sacerdotes  de  Marte. 

SAL'CO,  A  adj.  (Fr.  salique  )  Lei  —,  in- 
troduzida em  França  pelos  Francos  Salios, 
e  que  extíluia  as  fêiieas  do  trono. 

SALHiEH,  (geogr.)  cidade  do  Baixo  Egy- 
pto.  a  U  léguas  ao  NE.  de  Belbeys  ;  6,0J0 
habitantes. 

SALiBABO  (ilhas),  (geogr.)  grupo  da  Ma- 
lásia, ao  NO.  da  ilha  i>ilolo. 

SALic  ;.  (geogr.)  villa  da  Córsega,  a  6  lé- 
guas ao  .NO.  d'Ajac«io  ;  360  habitantes. 

SAI  icETTi,  (hi«st.)  em  latim  De  Saliceto  e 
Placentinus,  celebre  medico  francez,  nasceu 


l7o9,  morreu  em  IS^^â.    heixou    traged  as    em    lâOO     Deixou  obras  que  gozam  d*utn 
m    italiano  iConrtidino ,    Medea  e   Saul\  ;  grande  authoridade,  entre  ellas:  Lxber  in 

116  ' 


500 


SAL 


SAL 


scientia  medicinalif  seu  Summa  eonservatio' 
nis. 

SALiCETTO,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
Sardos,  a  5  léguas  ao  NE.  de  Ceva,  3,000 
habitantes. 

SALios,  (mitti.)  sacerdo-tes  de  Marte  en- 
tre os  Komanos,  assim  chamados,  ou  por- 
que elles  executavam  danças  guerreiras  [sa- 
Hendo),  e  batendo  sobre  escudos,  ou  por- 
que foram  instituído?  por  um  certo  Sa- 
lio,  originário  da  Arcádia  ou  doSamothra- 
cia,  que  aportou  com  Eneas  á  Itália. 

SALiENOS  (Francos)  (hist.)  povo  Franco,  que 
occupou  em  diversas  epochas  as  margens 
do  Ussel(ísaZa  ou  Sala.) 

SALiiRi,  (hist  )  compozitor  italiano,  nas- 
ceu em  Legnano  em  1750.  Compoz  muitas 
operas,  as  mais  conhecidas  são  :  Danaides  ; 
Tararo,  e  Assur,  rei  d' Ormuz. 

SALiENS,  (gengr.)  villa  de  França,  a  i\  lé- 
guas e  meia  Sh.  de  S.  Gaudêncio  ;  ò67  ha- 
bitantes 

SALTES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  ao  O.  d'Orthez  ;  8t5õO  habitantes. 

SALIGAS  ,    S.    f.    ou     SALIQUES,    S.    W.    (vOZ 

Asiat.)   nome   de  uma  arma  de  arremesso 
F,  Mendes  Pinto. 

SALiGNAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  ao  iN-  deSaslat;   1200  habitantes. 

SALINA  ou  SALiNf,  (geogr,)  uma  das  ilhas 
Lipari,  ao  NE.  de  Lipari ;  4,000  habitan- 
tes. 

SALINA,  s.  f.  marinha  de  sal. 

SALiNAVEL,  ãdj .  dos  2  Q.  (Fr.  salifiable.) 
(chim.  raod.  susceptível  da  formar  saes. 

SALINAS,  (geogr.)  nome  de  muitos  loga- 
res  d'Hispanha,  assim  chamadas  das  mui- 
tas sallinas,  que  nellas  ha.  A  mais  conhe- 
cida é  uma  villa  de  Guipuzcoa,  a  4  léguas 
HE.  de  Tictoria 

SALiNEiRO  ,  .s".  m.  (des  eiró.)  proprietá- 
rio do  salina,  e  que  faz  nella  sal. 

SALINO,  A,  adj.  (Lat.  salinus  )  que  con- 
têm sal.  Mistura  — ,  preparação  pharmaceu- 
tica  em  que  se  dissolve  um  sal. 

SALINOS,  (geogr.)  nome  de  muitos  rios  dos 
Estados  Unidos,  cujas  aguas  são  salgadas, 
os  de  maior  influencia  são  :  um  affluente  do 
Prata,  outro  aííluente  do  KepubUcain-Fork. 

SALiNS,  (geogr.)  Salina,  cidade  do  Fran- 
ça, a  9  léguas  NE  de  Sons-le-Saulnier ; 
6,700  habitantes. 

SALIR,  V  a.  ou  Tl.  (Lat,  salio,  ire,  Siltar.) 
(ant.)  sair.  «  Se  se  pay  Martins  ante  sal  , 
ca  que  eu  per  morte.  »  Llucidario,  isto  é: 
se  sáe  ante  mim  deste  mundo,  se  morrer  an- 
tes de  ojim. 

SALis,  (hist.)  escriptorfranc<>z,  nasceu  em 
1.28,  morreu  em  IftOO.  Deixou  :  Memoriís 
para  servirem  d  historia  da  scienria  na- 
tural  e  da  economia  domestica  das  Duas 


Sicilias  ;  Fragmentos  da  historia  politica 
de  Valtelina. 

SALISBURT,    OU   NEWSARUM,    (gOOgr.)  Sam- 

beria,  cidade  d'Inglaterra.  capital  do  con- 
dado de  Wilts,  a  35  léguas  ao  80.  de  Lon- 
dres ;  8,500  habitantes. 

SALiTRAÇÁo,  s.  f.  ã  formaçào  natural  ou 
artificial  do  salitro. 

SALITRADO,  A,  p.  p.  de  Salitrar  ;  adj.  im- 
pregnado de  salitro,  reduzido  a  salitre;  pre- 
parado com  salitre.   •■  olvora  — . 

SALiTRAL,  s.  m.  V.  Nitreira. 

SALITRAR,  V.  tt.  [salitre,  ar  des.  inf.)  re- 
duzir a  salitre;  preparar  com  salitre. 

SALITRE,  s.  m.  {áoFr.  salpélre,  quasiío/ 
pedra.)  sal  de  nitro,  nitrato  de  potassa.  (.\lis- 
turado  em  devidas  proporções  com  carvão 
e  enxotre  forma  a  pólvora). 

SALiTREiRO,  s.  m.  (des.  É iro.)  o  fabrican- 
te de  salitre. 

salitrisação.   V.  Salitração. 

SALiTRiSAR.  V.  Salitrar. 

Moraes  nota  que  a  analogia  da  lingua  pe- 
diria salitrificação,  salitri^car  ;  mas  com 
razão  prefere  salitrar,  etc,  como  mais  bre- 
ve e  fácil  de  pronunciar. 

SALiTROSo  ,  A,  adj.  (des  aso.)  nitroso, 
que  contêm  salitre.  Planta  — . 

SAiivA,  s.  f.  (Lat.  de  sa/ )  humor  segre- 
gado pelas  glândulas  salivares;  b.iba,  En- 
(julir  a  — ,  (fig  )  não  poder,  não  ousar  di- 
zer alguma  cousa. 

SALIVAÇÃO,  s.  f  (Lat.  salivatio,  onis.)  se- 
creção excessiva  da  saliva. 

SÁLiVAL  e  salivar,  adj.  dos  2  g.  (Lat. 
salivarius.)  da  saliva,  concernente  á  saliva. 
Glândulas  — . 

SALIVAR,  «.  a.  ou  n.  (Lai.  5a/ii;are.] lan- 
çar saliva  copiosa  da  boca. 

SALivoso,  A,  adj.  (Lat.  salivosus.)  cheio 
dtí  saliva. 

SALLENCriR,  (y^eogr.)  cidade  dos  Estados 
Sardos  a  11  ao  NO.  d'Annecy  ;  5,500  ha- 
bitantes. 

sallengre,  (hist.)  lilterato  francez,  nas- 
ceu em  16  j4,  morreu  em  i7.'}3.  Deixou: 
Memorias  de  Utteratura  ;  Novas  thesaurus 
antiquitatum   ronianarum,  ele 

s\LLES,  (geogr.)  cidade  do  França,  a  3 
léguas  (!  meia  ao  O.  de  Casteln;iudary  ; 
1,200  habitante.s. 

sAi.LEs-cuRAN,  (geogr.)  cidade  de  França 
a  10  léguas  ao  NO.  de  Milhau,  2367  habi- 
tantes, 

SALLO,  (hist.)  conselheiro  do  parlamento 
de  Paris,  nasceu  em  1025,  morreu  em  10'J6, 
fundou  em  i665  o  Jornal  dos  sábios 

SALLUSTio  (hist)  C.  Salustino  Crispas,  ce- 
lebre historiador,  nasceu  no  anno  8  5  antes 
de  Jesu-Christo,  de  uma  famdia  plebêi  d'.v- 
miterne.  Foi  questor,  tribuno  euUimamen- 


SAL 


SAL 


roí 


te  procônsul  na  Numidia,  a  qual  roubou  e^ 
voltou  a  Roma  carregado  de  riquezas  Dei- 
xou então  a  carreira  politica  para  sodedi  , 
car  a  escrever  a  historia  romana.  Morreu 
no  anno  38  antes  de  Jesu-Christo.  A  sua 
obra  principal  era  a  Grande  Historia,  em 
livros,  compreendríndo  todos  o  acontecimen- 
tos desde  a  morte  de  Sylla  até  á  conspira- 
çào  de  (latilma  ;  desta  obra  só  nos  restam 
fragmentos. 

SALLLSTio,  fhist.)  Secutidus  Sallustius  Pro- 
moius,  philosopho  e  estadista  romano,  foi 
prefeito  das  Gallias  no  reinado  de  Constân- 
cio, e  desempenhou  as  funcções  de  gover- 
nador no  reinado  de  Juliano.  Grangeou  a 
amizade  deste  principe,  que  lhe  confiou  em- 
pregos importantes  e  até  o  elevou  ao  con- 
sulado. Morreu  em  370. 

SALM,(geogr.)  nome  de  dous  pequenos  con- 
dados francezes  outr'ora  independentes:  um, 
chamado  Alto  Salm  [Ober  Salni)  situado  nos 
Volges,nas  fronteirasda  Alsaciaeda  Lorrena, 
e  tinha  por  logar  principal  a  cidade  de Se- 
nones ;  o  outro  chamado  Haiio  Salm  [Nieder 
Salm),  ou  Salm  nasArdennes,  era  nos  l'aizes 
Baixos  nas  fronteiras  das  províncias  de  Lie- 
ge  e  Luxemburgo.  Havia  outra  cidade  cha- 
mada Solm,  AU-Salm  ou  Velko  Salm  nos 
tstados  Prussianos  a  10  ao  N.  de  Treves. 

SALM  (caza  de),  (hist )  antiga  caza  de  prín- 
cipes d*All(  manha,  quepossuia  os  condados 
de  Salm,  e  muitos  outros  domínios  na  mar- 
gem esquerda  do  Reno.  Data  do  século  IX. 

SALMACis,  (mith)  naiade,  presidia  a  uma 
fonte  de  Casia.  perto  d'lIalicarn3sso ;  apai- 
xonada por  llermaphroditus  obteve  dos  deu- 
ses formar  um  só  corpo  cora  elle. 

SAi.MANASAR,  (hist.)  foi  rei  de  Ninivede 
pois  de  Teglath-Phalasar,  do  anno  /21  a 
7l2  antes  de  Jesu-Christo;  tomou  Samaria 
e  enviou  uma  infinidade  dTsraelilas  captivos 
para  alem  do  Euphrates,  em  quanto  as  coló- 
nias syriacas  vinham  habitar  a  Judea. 

Salmão,  *.  m.  (Lat.  salmo^  onis,  de  sa- 
lto, ire,  sflltar.)  peixe  do  mar  bem  conhe- 
cido ;  tem  a  carne  vermplha  e  mui  gostosa; 
habita  de  ordinário  a  embocadura  dos  rios 
Parece-me  tirar  o  nome  dos  saltos  que  dá 
por  cima  das  represas  e  catadupas  Sino  ou 
signo  — . 

«  Sino  ou  signo  salmão,  dois  triângulos 
«  de  metal  travados  que  usam  trazer  as  crian- 
«  ças,  como  uma  espécie  do  talismã  ou  en- 
feite. » 

Lluteau  escreve  sino  samáo  ou  çamào,  mas 
ignorando  a  verdadeira  origem  do  vocábu- 
lo, imaginou  que  devia  ser  corrupção  de 
salmão,  por  ter  visto,  dizelle,  em  Fariz,  no 
livro  intitulado  Clavicula,  falsamente  attri- 
buido  a  Salomão,  muitas  figuras  de  triângu- 
los. V.  ^amão  e  Signo. 


SALMAR.  V.  Açaimar. 

SALMKADO   OU    PSALMKADO,    A,   p.  p.  de  Sdl- 

mear. 

SALMBAR   OU    aUteS    PSALMBAR,    V.    a.  OU  ti. 

(Lat.  psalmus,  do  Gr.  psalmos,  rad.  psallo, 
cantar.)  V.  Psalmear. 

SALMEJAR,  V.  a.  (i lo  Arab.  sóllema,  arma- 
dilha de  paus  que  se  põe  sobre  os  cavalle- 
tes  do  carro  para  sustentar  a  palha,  xelma. 
Também  se  põe  nas  bordas  dos  barcos  que 
trazem  palha  )  no  termo  de  Lisboa,  acarre- 
tar o  tr  go  para  a  eira.  Devera  ser  solme- 
jar  ou  xelmejar.  V.  Xelma. 

SALMERON,  (hist.)  um  dos  fundadores  da 
sociedade  de  Jesus,  nasceu  em  Toledo  em 
i015,  esluduu  na  universidade  d'Alcaláena 
de  Paris,  aonde  travou  conhecimento  com 
Santo  Ignacio  de  Loyoia,  foi  nuncio  na  Irlan- 
da, e  orador  da  Santa  Sé  no  concilio  d<- Tren- 
to Morreu  em  1585.  Deixou  commentarios 
sobre  o  Novo  Testamento. 

SALMISTA.  V.  Psalmista 

SALMO.   V.  P salmo. 

SALMoniA.  V.  Psalmodia. 

salmoeira,  s.  f.  (V.  Salmoura.)  vaso  em 
que  se  tem  a  carne  ou  o  peixe  de  salmoura 

SALMOEiRAR.   V.  Salmourar. 

SALMOKiRO  ,  s.  m.  y  Salmoeiru  e  Sal- 
moira,  ou  Salmoura. 

SaLmoira.  V.  Salmoura. 

salmonejo,  s    m.  V.  Salmonete. 

salmo.neo,  (mith.)  filho  dE'olo,  reinou  na 
Thessalia,  depois  no  Peloponeso,  aonde  fun- 
dou uma  cidade,  a  que  poz  o  seu  nome. 
Orgulhoso  pelo  seu  poder,  quiz  passar  por 
igual  de  Júpiter.  Para  isto,  fez  rodar  com 
grande  estrondo  sobre  uma  ponte  de  metal, 
um  carro  do  qual  lançava  chammasá  imita- 
ção de  raios.  Júpiter  para  o  punir,  fulminou-o 
com  um  raio. 

salmonete  ,  s.  m.  diminuí,  de  salmão, 
salmão  pequeno. 

salmonico.  V.  Ammoniaco,  sal. 

SALMOURA,  ,-..  f.  [sal,  V,  muria  Lat.,  agua 
salgada,  escabeche.)  agua  mui  salgada  em 
que  se  conserva  peixe,  ou  carne,  para  se 
impregnar  delia. 

SALMOURADO,  A,  p.  p.  de  salmourar;  at//'. 
meltido  em  saimoura.  Escravas  — ,  a  que  es- 
fregaram com  salmouras  as  feridas  dos  açou- 
tes 

SALMOURAR,  V.  a.  [salmoura,  ar  àcs.  íní.) 
metter  em  salmoura  ;  (fig  )  pisar,  moer,  mal- 
tratar 

SALMYDESSA  OU    HALMYDESSA,    (geOgr.)  hoje 

Midiah  ou  Midjek,  cidade  da  Thracia  a  E. 
sobre  o  ponto  Euxino 

SALO,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lombardo 
Veneziano,  na  marf^em  occidental  do  lago 
de  Garda,  a  6  léguas  Mi.  de  Brescia  ;  4,799 
habitantes. 


502 


SAL 


9AE 


SALOBRE,  adj.  dos  ^  g.  \.  Salobro. 

SALOBRO,  A,  adj.  (Lat.  sal,  e  uber,  cheio.) 
que  tem  algum  sal,  ou  sabor  >algado.  Agua 
—  r  Poços  — «,  cuja  agua  é  má  para  bebtir, 
por  saber  a  s»l.  Néscio —  ;  homem  — .  Mo- 
raes verte  :  insulso,  desenxabido,  sem  sal, 
sem  sabop.  Eu  creio  antes  que,  seguudo  a 
analogia  do  sentido  próprio,  deve  interpre- 
tar-se  nauseoso 

SALOIA,  s.  f.  (V.  Saloio)  mulher  das  vi- 
zinhanças de  Lisboa. 

SALOIO  ,  s^.  m.  (do  Arab.  salauio  ou  ça 
lauio,  salatino,  de  Salé.  cidade  da  Mauritâ- 
nia donde  vieram  muitos  lavradores  estabe- 
leeer-se  nos  contornfs  de  Lisboa.)  habitan- 
te do  termo  de  Lisboa,  descendente  dos  «ou- 
ros que  Affonso  Henriques  deixou  viver  nas 
riziflhanças  de  Lisboa  As  saloias  vem  ven- 
der fruta  a  Lisboa. 

SALOMÃO,  (hisi.)  \°  r»  i  àjs  Ju  leos,  filho 
e  successor  de  David  e  de  Bersabee.  Í*ot 
morte  de  Stu  pai  (1001  antes  de  J.  C.)  te- 
ve que  luctar  contra  as  pretenções  d'Ado- 
nias,  seu  irmão,  ao  qual  mandou  luatar 
com  Jí>ab  eliuei.  Adquiriu  grande  fama  pe- 
la sua  magnificência,  justiça  e  sabedoria 
roas  deslustrou  os  últimos  annos-  do  seu  rei- 
nado com  faltas  indisculpaveis,  teve  l,OOU 
mulheres  e  para  lhes  agradar  tolerou  mui- 
tas vezes  o  culto  dos  Ídolos.  E'  auctor  dos 
r  rovebios,  do  Tantico  dos  Cânticos  e  do  Ec- 
clesiaste». 

SA!0.vtÃo,  (hist  )  rei  da  Bungria,  filho  de 
Andfé  1,  nasceu  em  104 j,  foi  coroado  em 
1-050,  subiu  ao  throno  em  i063,  foif  des- 
ihronado  em  1074. 

SALOMÃO  I,  (hist.)  duque  de  Bf.eta«ha  de- 
pois de  Conan,  seu  avô,  em  421,  foi  mor- 
to em  um  tumulto    em  434. 

SALOMÃO  ir,  (hist.)  Duque  de  Bretanha 
4."  Olho  e  sucressor  de  Uoel  III  (612-32] 
deix'  u  o  l'on<»  ducal  a  Judicael,  seu  ir- 
mão mai^  velho. 

SALOM.ú.  ui,  (hist  )  duque  de  Bretanha, 
subiu  ao  thionoem  851,  uniu-se  com  Car- 
los-o  Calvo  líoritra  os  >o?riiandos, tomou- lhes 
Angers    em  87:'.    Koi  assassinado   em  874. 

SALOMÃO,  (archipflago  de)  ^g'Higr.)  cha- 
nado  terobrm  ilhas  das  Arsaadus  e  ISora 
Geórgia  archipelago  do  Cirande  Oceano  Kqui- 
niK  ial,  a  E    da  ^ova  Granada. 

SALOMÉ,  (hist.)  iimã  d'Herodes  o  Grande, 
í;azou  com  José,  seu  tio,  encheu  dedesor-l 
dens  e  crimes  o  palácio  de  Jerusalém,  cau- ' 
zou  pelas  suas  calumnias    a  morte  de.  Ma-  | 
nanna,  n.uUer  d'Heiodes,  fezniorrcr  Cos- 
tobare,  seu  segui  do  maiido,  concorreu  mui- 
to para  a  cataslirphe  dAiisttbulo  e  d'Ale- 
iMidie,  e  desbcnicu-se  prlas  suas  ligações 
]<ubli(-8s  cí:ixi  o  aiabe  ^iilêo. 
salcke',  ^bist.)  a  Joun  ou  a  Dauíoriníu 


de  dansa  diante  de  seu  tio  (Herodis-Anti- 
pas),  pediu  em  recompensa  a  cabeça  de  S. 
João  Baptista,  que  logo  lhe  foi  entregue. 
Fui  por  instigação  de  sua  mãi  Herodiada> 
que  ella  fez  este  bárbaro  pedido. 

SALOMOMS,(geogr.)  rio  dos  Estados-l  nidosi, 
corre  a  E.  e  lança-se  no  Republiain-  Fork. 

SALON,  (geogr)  Saio  cidade  de  França,  » 
6  léguas  .>0.  d'Aix ;  5,W40  habitantes. 

SALON,  geogr.)  pequeno  rio  de  França, 
nasce  n)  departattiento  do  Alto-Marne,  ede- 
sappaiece  no  Saone 

salnk,  (geogr.)  Salona,  cidade  da  Dal- 
mácia antiga,  sobre  o  iader,  entre  os  Au- 
sariales,  a  10  léguas  do  mar  superior. 

SALONE,  (geogr.)  Ainphissa,  cidade  do  no- 
vo Estado  da  Grécia,  a  2  léguas  do  golpho 
de  Lepanlo  ;  8,(HíO  habitantes. 

SALONiCA  (geogr. j  Salinisi  dos  Turcos, 
Thema,  d»'pois  Tkessaloniea  áos  antigos, 
cida<le  da  Turquia  europea,  capital  de  sand- 
jakato,  soore  o  golpho  de  Salonica  [Ther- 
maicus  sinus)  a  150  léguas  O.  de  Cons- 
tantinopla ;  7(',OU0  habitantes 

SALOUER  on  THSAN-LouftN,  fgeogr.)  riod« 
Índia  írangaugetica,  nasce  nas  montanha* 
do  Thibet,  e  desapp.irecc  no  Oceano  índio 

SALOUM,  (geogr  )  n:'ino  da  Senegambia,  á 
direita  do  Gambia;  300,000  habitantes 

SALPr  ($ç*íogr.)  lago  do  reino  de  Nápoles 
perlo  do  Adriático,  e  a  'á  léguas  NO.  dat 
embocadura  do  Ufanto, 

SALPICADO,  A,  jB.  p.  de  salpicar;  at/y.  mo- 
lhado com  gotias  de  algum  liquido  ;  man- 
chado com  pintas  de  diversas  cores.  Passa- 
rinho—  do  azul,  verde.  — de  grtcejos. 

salpicador,  A,  adi.   pessoa  que  salpica, 

S.ALPICADUHA,    S     j     SalpicUS 

SALPiGÀo,  s.m  pri\sunto  de  vinha  de  alhos, 
picado,  metlido  em  tripn  de  boi  e  curado. 

SALPICAR,  V  a.  (sa/,  e  picar.)  molhar  com 
goltas  espargi-ias,  Sí<lgar  e-^pargindo  pedras 
de  sal;  (%.J  matizar  com  pintas,  com.man' 
chas  ;  entremeiar  com  ditos  picaníes;  ma- 
cular a  reputação  de  alguém,,  descobrindo- 
as  suiss  faltas. 

SALPICO,  s.  m.  gotta  qu«  salta  e  borrifa, 
e  o  sigilai  ou  nódoa  que  ella  dtMxa.  — í  , 
manchas  de  côr  diversa  no  tecido  ou  na  pin- 
tura ;  nódoas  na  reputação  ;  íi.olejos,  gra- 
cejos leves,  graçaSv 

SALPicoLA,  s    f.  nome  de  uma  planta. 

SALPiMENTAR,  O.  a.  temperar  com  sal  e  pi- 
menta ;  (Hg)  maltratar  de  motejos  picantt-s. 

SALPRtSAR,  V.  a.  sftlgar  levemente,  quan- 
to besta  para  preservar  da    podridão. 

Salpbeso^  a,  p.  f).  irríí^MÍ.  de  salpresar; 
adj.  salgado  levemente  Carne  — .  l'eixe — . 
filha  d'Merod<s  Philippe  e  d'IIrrodiada,  ca- 
iou- «Jin  um  íilho  dllerodes,  rei  de  Char- 
kis.   Executando  com  graça  alguns  passog 


âAi 


êkt 


ã03 


Si^LPREZAH  sALPUirzo.  ^ .  Sfilprcsar,  Sal- 
preso. 

Salsa,  s.  f.  (Ho  Lat.  salsus,  picante.]  plan- 
ta vulgar  e  gostosa  com  que  se  tempera  o 
comer. 

sai.sa,  s.  f.  (Fr.  ant  saulce,  molho  )  mo- 
lho que  (Já  sabor  á  carne,  ao  peixe  Ter — , 
(fig.  e  ant.)  ser  maltratado  na  guerra. 

SALSADA  ,  s.  f  {'\e  salsa,  mrtlho.)  enre- 
do, embrulhada,  confusão. 

salSaFraz.   V    Sassafraz. 

SALSAPARRILHA,  *.  /.  planta  americana 
cuja  raiz  é  sudorifica  e  prestantt  contra  a 
sjphilis,  as  impigens,  etc.  V.  Sarsaparri- 
lha. 

SALSEiRA  ,  s.  f.  (Fr.  sancière.)  vaso  em 
que  se  servem  na  mesa  os  molhos  ou  sal- 
sas. 

SALSKiRiNHA  ,  s.  f.  diminut.  dc  saUeira. 

Salskiro.  s.  m.   V    Aguaceiro. 

SALSKTB.  [geogr  ]  Dj ha It a  dos  índios  ilha 
da  índia  iogíeza,  no  N.  e  petto  de  Bombaym 
60,000  habitantes.  Pertenceu  f»os  Portugue- 
zes,  desde  o  XVI.  século  até  1750. 

SALSiNHA,  s.  m.  (chulo)  homemzinho  ine- 
pto. 

SALSO,  Ar,  orfjt.  (l.at.  salsus,  áesalio,  ire, 
salgar.)  (poet.)  salgado  O  —  argento  ,  o 
mar. 

SALSLGEM,  s.  f.  (tat.  mlsugo,  salmouíir.) 
humor  salgado.  A  —  dos  mariscos  faz  sede. 
—  dos  humores,  acrimonia  ;  (tig  )  erupção 
com  prurido  attribuido  á  ncrimonia  «jos  hu- 
mores «  A  —  e  amargura  de  nossas  misé- 
rias. »  Bem.,  Flor. 

SALsuGiNOSo  ,  A  .  adj .  (des.  oso.)  co  >ert(í 
de  salsugera  (erupção). 

.s.alt,  (hist.)  viajante  inglez,  morreu  em 
1827,  acompanhou  lord  Bídenlra  nas  suas 
viagens  ao  Levante.  Publicou  a  su-i  Via- 
gem na  Abyíisinia. 

salta,  (geogr.)  cidade  diis  Provindas  Lni 
das  do  no  da  ;  rata,    capital  de  Estado  de 
Salta;  9,000  habitantes.  O  Estado  de  Snltri 
é  situado  entre  os  de  Jujuyao  N.,  de  Rio 
]a  a  O.,  de  Tucuraan  a  US. 

saltada,  8.  f.  (subst.  da  des.  f.  àe,  sal- 
tado.) assalto,  o  Ímpeto  no  saltear;  o  roubo 
do  salteador  ;  entrada  de  improviso  em  ca- 
sa de  alguém  para    apanhar  contrabandos. 

SALTADO,  K,  p  p.  dc  Saltar  ;  Of/;  que  sal- 
tou, deu  salto;  passado  de  salto.  Tinha  — 
o  passo  estreito,  ou  —  da  ponte  abaixo  ;  — 
duas  linhas,  dois  paragraphos  da  escriptu- 
ra,  passado  em  claro,  omiltido;  —  de  con- 
tente. — ,  rnsallado.  Olhos  — s,  (ant  )saidos, 
proeminentes. 

SALTADOR,  A,  odj .  quf  salts. 

8ALTANT8,  adj.  rfoí  2  (7.  (des  dop.  a.Lat 
em  ans,  tis.)  que  salta. — ,  (braz.j  em  pos- 
tura áo  mIuf. 


SALTÃO,  adj.  nv.  (de  saltar,  de».  »ugm. 
do  )  que  s^lia  mu  lo,  p.  g.  —  granizo 

.«■ALTÃo,  *•  m.  ura  peixe  de  Sofala,etnfi 
insecto,  que  í<fiibí»s  saltam  muito. 

SALTAR,  9  a  ou  n  (Fr.  ant.  saM/í«r,  do 
Lat.  saltus,  salto,  de  salto,  ire,  saltar  )  dar 
saltos,  pulos,  pular:  —de  contente.  — em 
terra,  desembarcar. — ,  (fig^.)  mudar  de  im- 
proviso. O  vento  aaltou  do  norte  ao  sul  — 
de  um  assumpUf  a  outro,  fazer  transições 

—  etn  ou  rofi  alguém,  acomrnelter  de  rí>- 
pente.  Saliaram-lhe  herpes,  vieram-lhe  de 
repente  Sallnu-lhe  a  jvsti^a  em  casa,  d«ii- 
lhe  uma  salii*  1;j  em  busca  deC'^nlr?»b.indo. 

—  ,  (fig.)  elevar-so  de  repente.  Saltovf  de 
soldado  a  general,  de  fra<le  a  papa. 

Saltar  ,  o.  a  passar  de  salto,  atraves- 
sar de  um  salto.  Salto'>i  o  fosso,  o  v,=ill«do. 

—  palavras,  otuitli-las   lendo  ou  copiando-. 

—  lugares,  po-^iios,  consegui  los  sem  passafl 
pelos  inlerraedi lírios.  Saltar  se  vf-m  no  pri- 
meiro forno  dus    neditos  por  saltear- se. 

saltaregra,  s.  f.  instriimento  matheracf- 
ti<o  chamado  também  aew/a,  porqii**  se  abre 
ou  cerra  por  tria.igui*»  ou  esquadro 

saltahello,  a,  adj .  (famil.)  raáu  dflns.i- 
rino    bailarino  grotesco 

SALTATRiCE,  s.  f.  V.  Dansurína,  Baila-' 
ríua. 

SALTCOATS,  (ge^gp.)  peqih^no  porto  da  Es- 
cossia,  a  8  léguas  SÓ.  de  Glasgon  ;  \  i><f 
hiibitanies. 

sAi,TEAi),\,  s.  f.  V    Saltada,  Assa  lio 

SALTEADO,  A,  p.  p.  de  saltear;  alj.  .^íS' 
saltado,  .icommeltido  de  improviso,  soôre^ 
saltado.  Guerra—,  divsall'),  guerteadfl.  eH» 
que  ha  muitos  cotnbales  parci«es. — do  ven- 
to, por  ven  o  que  se  lávanla  derepenteno 
mar.  Ficar  —  .  sobresaltado.  Tomar  uma 
cidade  de  — ,  (loc.  ant  )  d-í  surpresa- ,  <les- 
apereebi  ia.  Saber  dv  cór  e  --,  perguntado^ 
iiilerpol.idamenle',    e.  g.  os  verbos—. 

SALTEADOR  ,  s.  m.  ladião  que  ataca  os 
pa.<ísageiro8  nas  estradas  — ,  adj.  que  vive^ 
de  roubos  de  estrada. 

SALTEAMENTO  ,  s.  fíi.  [meuto  sufí.)  acção 
de  assaltar,  sobresalto,  surpreza. 

SALTEAR,  e.  a.  [salto  ou  assalto,  ardes, 
inf.)  acommetter  de  improviso  para  roubar, 
atacar  de  improviso  por  terra  ou  por  mar 
para  fazer  prezas,  saqutar  O  touro  cioso 
salíéa  o  descuidado  caminhante  —,  causar 
sobresalio,  susto,  dar  de  repente.  Salteou- 
nos  nm  pé  de  vento  «O  tufão  saltêa  os 
mares  »  lHC(na.  A  Ivzsalleou-rneosolhot^ 
desluMibreu  Salteou  o  um  estupor;  salteou-o 
a  inlau^^ta  nova.— se,  v.  r.  (p.  us.)  lii-ar 
sobresaltado,  turvar-se,  ficar  atalhado  com 
successo  inesperado. — ,  viver  de  salto  e  ra- 
pina. 

SALTBIRO,  i.  m.  {salto  de  Mpate^  de»^  «i- 


504 


SAL 


Sàl 


ro  )  official  que  faz  saltos  para  sapatos.  — , 
(ant.)  V.  Psalterio. 

SALTEHio    V.  Psalterio. 

SALTiMDAMCO  ,  s.  IH.  (Ff  sallimbanque  y 
(lo  Ital.  saliimbanco.)  charlatão  que  baila 
nas  praças  publicas,  (az  peloticas,  vende 
unguentos,  ete. 

SALTiMBARCA.s.  f.  especie  dtí  roupeta  íiber- 
ta  pelas  ilhargas. 

SALTiMVÃo,  «.  m,  (contracção  de  salta  em, 
vão.)  jogo  de  rapazes. 

SALTiNHO  ,  s.  w.  diminut.  de  salto ,  em 
todas  as  accepções  do  termo ;  pequeno  sal- 
to do  sapato;  pulinho. 

SALTO,  s.  m.  (Lat.  saltus,  de  salio ,  ire, 
saltar,  pular.)  impulso  repentino  que  o  ho- 
mem e  os  íinimaes  dão  nos  músculos  dos 
membros  pelo  qual  o  corpo  se  elcva  do  chão 
perpendicularmente,  ou  em  direcção  obli- 
qua, transversa,  ou  de  cima  para  baixo: 
também  se  diz  de  corpos  elaslicos  lançados 
contra  o  solo  ou  propeilidos  Dar  uir:  —  ; 
dar — s.  —  mortal,  o  que  dão  os  volatins 
de  cabeça  abaixo  caindo  subre  os  pés.  A 
pella  lançada  com  força  contra  um  corpo  so- 
lido dá — s.  Cousa  que  se  abre,  fecha  de — . 
com  mola.  Em  um — ,  de  pressa .  Fa;íer — 
a  successáo,  não  seguir  alinha  recta.— woí 
rios,  catadupa,  cataracta.  —  ,  na  musica, 
subida  repentina  da  voz  fora  do  compasso. 
Tomar  o  ~  de  longe,  vir  coirendo  4e  lon- 
ge para  ganhar  velocidade  e  saltar  com 
maior  impulso  ;  (fig.)  prevenir-se  com  mui- 
ta anlecipação.  — ,  acto  de  saliear,  assalto, 
sorpreza.  Tomar  a  cidade  de — .  Dar  de  — 
em  algum  lugar.  Pôr-se  de — ,  em  cilada, 
emboscada  Tomar  o  — ,  o  lugar  por  onde 
o  inimigo  pôde  acommetter.  Trazer  os  na- 
vios ao  — ,  ás  prezas.  —  desalio,  assim  cha- 
matlo  porque  alça  quem  o  calça. — ,  (volat.) 
correia  do  falcão  que  vai  do  tornei  ás  la- 
grimas cu  contas.  De — ,  saltando.  Montar 
o  cavallo  de — ,  (t.  de  improviso)  de  repen- 
te. — ,  saltando  lugares,  graus  intermediá- 
rios. Chegar  de  —  á  maior  dignidade.  Mo- 
ter-se  de  ^  ,  no  xadrez,  saltando  casas. 

Syn.  comp.  Salto,  pulo.  Salto  é  o  acto 
de  saltar,  ou  de  levantar  o  corpo  com  li- 
geireza e  Ímpeto.  Pulo  é  o  salto  do  corpo 
elástico,  ou  do  animal  vivo,  para  o  ar,  e 
voltando  ao  mesmo  lugar,  ou  próximo  d'el- 
le.  Salta  o  homem  do  muro,  da  janella  a 
baixo  ;  salta  o  cavallo  adestrado  por  cima 
da  têa  no  campo,  salta  um  vallado,  uma 
sebe.  Pula  abola,  a  pella,  caindo  no  chão, 
pula  o  dansarino  por  arte  ;  pula  o  homem 
de  Contente.  Os  tigres  prêào  de  pulo,  na 
altura  de  trinta  palmos,  aos  que  dormem 
sí»bre  a*  arvores  psra  lhes  escaparem, 

SALTO  A  SALTO,  (loc)  adv.  SOS  saltos. 

sAlub£RRimo,  a,  adj.  alatinado  (do  Lat. 


saluber.)  muito  saudável;    muito   salubre. 
Sitio  — .  Aijuas  — . 

.SALUBRE,  adj.  dos 'í,  í/.  (Lat.  saluber,  ris, 
de  sakis  saúde.)  sadio,  saudável.  Sit'.o  — , 
Ferida  — ,  p.  us.   facil  de  cur.ír-se. 

SALUBRIDADE,  s.  f  (Lat.  salubriías  lis.) 
qualidade  salubre,  sadia,  saudável.  A  — 
do  ai  tio,   los  ares. 

saluçar,  V.  Soluçar. 

SALUCES,  (geogr.)  Saluzzo  em  italiano, 
cidade  dos  Estados  sardos,  capital  da  pro- 
víncia de  Saluco,  entre  o  Po  e  o  Braita,  a 
5  léguas  e  meia  NO.  de  Coni ;  12,000  ha- 
bitantes. 

SALUÇO,   V.  Soliço. 

SALUDADOK,  s  ju,  (l'ast  )  bcnzedor,  im- 
postor ou  homem  supersticioso  que  preten- 
dia curar  benzendo,  ou  por  meio  de  nomi- 
mas  de  santos.  Km  llispanha  chamavam-se 
— s  os  benzedores  qun  se  diziam  descen- 
dentes de  santa  Catharina,  ou  santa  Qui- 
téria, e  traziam  as  cabeças  d'estas  santas 
marcadas  nos  braços  com  tinta  azul  ou  preta, 

SALUDAR,  V.  a  (do  Lat.  salus,  saúde.) 
benzer  doentes,  com  a  pretençào  de  os  co- 
rar. 

SALUTAR,  adj  dos  2  g.  (Lat.  salutari$.) 
p.  us.  saudável. 

SALUTAR,  (geogr.)  nome  dado  no  impé- 
rio do  Oriente  a  certas  províncias. 

SAi.uTiFEuo,  A,  adj.  (Lat.  salutifer,  sau- 
dável,) útil  á  saúde;  (fig.)  útil,    proveitoso. 

SALUTO,  s  m.  Esta  termo  vera  nos  Iné- 
ditos, por  moeda  antiga,  e  talvez  estran- 
geira. 

SALVA,  s.  f.  Todas  as  accepções  em  ap- 
parencia  tão  diversas  d'este  termo  vem  do 
verbo  salvar,  livrar  de  perigo,  fazer  salvo, 
seguro,  proteger,  defender,  no  sentido  phj- 
sico  e  no  moral.  — ,  peça  chata  de  vidro, 
prata  ou  outro  metal  sustentada  era  um  ou 
mais  pés,  sobre  a  qual  se  serve  doce,  um 
copo  de  agua,  ele.  — ,  cautella,  preven- 
ção, meio  de  atalhar,  prevenir  ou  de  se 
resguardar,  v.  y.  tomar  a  salva,  fallando 
de  beLila  que  alguém  nos  oíTerece  e  que 
suspeitamos  encerrar  veneno,  fazer  beber 
d'elle  quem  nol-a  apresenta  Também  sig- 
nifica, fazer  prova,  provar,  v.  g.  tomar  a 
salva  das  lanças  do  inimigo,  ir-lhe  ao  en- 
contro, «  Tomar  a  —  a  tormontos  de  to- 
do o  género;  »  «  —  á  gloria  futura.»  ter 
prelibação  d'ella.  — ,  desculpa  antecipada 
de  objecção  prevista.  ^  fazer  — s,  protestar, 
oíTerecer  prova,  fazer  promessas  solemnes, 
V.  g,  —  de  ser  fiel; —  de  innocencia.  — , 
saudação,  expressão  dos  votos  que  fazemos 
pela  segurança,  saúde,  e  prosperidade  da 
pessoa  que  saudamos;  (ííg,)  cortezia,  de- 
monstração de  acatamento;  descarga  dear- 
tilheria  ou   mosquetaria  com    pólvora,    por 


ifc^ 


êÁ 


occasião  festiva,  ou  em  signal  de  honra  em 
enterro  militar  ou  por  cortezia  a  navio  de 
guerra  de  potencia  amiga,  ou  a  personna- 
gem  de  alta  distincção,  v.  g.  arei,  prioci- 
pe,  general,  ele,  —  cortezias  da  mesa.  — 
t.  for.  ,  declaração  de  ser  passado  trasla- 
do de  um  documento  que  se  pordeu.  «  Da- 
rá cartas  (traslados  das  notas)  presentes 
pnrtes,  e  com  salva.  »  Ord.  Affons. 

SALVA,  s.  f.  (Lat.  salvia,  de  salvns,  sal- 
vo) herva  vulgar  e  medicinal  a  que  no  orien- 
te se  attribuiam  grandes  virtudes,  para  con- 
servar a  saúde. 

SALVAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  salvaíio,  onis)  o 
acto  de  salvar  ou  de  salvar-se  de  naufrágio, 
perigo,  damno  (a  pessoa,  ávida,  a  fazenda, 
o  navio,  etc.)  Bóia  ou  ancora  de  — ,  a  que 
se  lança  por  ultimo  recurso  a  ver  se  pega 
no  fundo  e salva  o  navio;  (fig.)  ultimo  re- 
curso. —  da  alma,  posse  da  bemaventuran- 
ça  eterna.  Entrar  o  navio  a  —  pela  barra, 
a  salvamento,  como  hoje  se  diz.  — ,  sau- 
dação. 

SALVADA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
do  distrito  e  concelho  de  Beja,  a  18  léguas 
d'£voraj  com  1,790  habitantes. 

SALVADO,  A,  p.  p.  de  salvar  ;  adj.  posto 
em  salvo,  que  se  salvou  ;  que  salvou  de  pe 
rigo  ;  salvo.  Tinha  —  o  navio  ;  —  muita 
fazenda  do  incêndio.  Tinham-se  —  em  terra. 
— ,  dado  salva  de  honra  ou  cortezia.  Ofer- 
te tinha  —  a  nau.  — ,  transposta  do  um 
salto. 

SALVADOR,  s.  m.  (Lat.  Salvator)  o  que 
salva  ;  Jesu-Christo  por  antonomásia ;  adj. 
que  salva  de  perigo. 

SALVADOR  (Ordem  do],  (hist.)  ordem  ho- 
norifica, instituída  em  1834  por  Olhão,  rei 
da  Grécia,  depois  do  estabelecimento  defi- 
nitivo do  reino  da  Grécia. 

SÁLVAGKii,  s.f.  {de  salvar]  (merc.)  o  pre- 
mio ou  recompensa  que  se  deve  a  quem  sal- 
vou o  navio,  ou  parte  da  carga. 

SALVAGEM.  V.  Selvagem. 

salvagino.  Y.  Selvagino,  Montesino. 

SALVAGNAC,  (googr.)  cidado  de  França,  a 
7  léguas  ao  0.  d3  Gaillac ;  1,840  habitan- 
tes. 

SALVAGUARDA,  s.  f.  guarda  para  prote- 
ger, defender,  protecção  dada  por  escripto 
a  uma  povoação  para  não  ser  roubada,  ou 
maltratados  os  habitantes  pela  tropa;  (fig  ) 
cousa  que  protege,  defende.  Ir  debaixo  da 
—  de  sua  palavra.  A  —  da  honra. 

SALVAjAKiA.  V.  Brutalidade. 

salvajola,  ,«.,fM.,  .(chulo)  homem  abru- 
tado.  j,  i.jv    ,,  .^     j,; 

salval,  (ant.)  V.  Savei. 

salvalkon,  [geogr. )  Inicramnium,  cida- 
de de  H  spanha,  a  10    le^ua»   aQ   SK.    de 
Badajoz ;  3,000  habitantes. 
T0>,  ly 


SAL 


5;;^ 


SALTAMENT0,  s.m  [mento  8u(T.)  acção  de 
salvar,  ou  de  se  salvar  de  perigo.  Chegar  a 
entrar,  o  navio  a  — ,  salvo  de  perigo,  sem 
ter  experiraeutsdo  avarias.  .y. 

SALVANDO,  (gerúndio  de  sa/car.)  usado  ant. 
adj.  ou  adverbialmente,    V.  Excepto,  Sf^lff,\ 
vante. 

SALVANTE,  advorbialmente.  V.  Excepto  , 
Fora,  Senão. 

SALVAR,  V.  a.  (Lat  salvare,  salvus,  sal- 
vo, seguro,  salus,  lis,  saúde  ;  do  Gr.  soos, 
salvo,  seguro,  saoô,  conservar,  segundo  qua- 
si  todos  os  etymologistas.  JauíTroi  o  deriva 
de  sallere,  salgar,  pôr  de  escabeche  ou  sal- 
moura, para  conservar.  Daqui  veio,  diz  el- 
le,  a  ideia  de  conservar.  Eu  creio  que  vem 
do  Gr.  althô,  curar  enfermidade,  remediar, 
dar  a  saúde  ao  doente,  ou  de  alexô,  de- 
fender, proteger.)  hvrar  ou  tirar  do  perigo. 
—  alguém  do  naufrágio,  da  ruina,  das  mãos 
do  inimigo,  da  morte  ;  —  os  bens,  a  fazen- 
da, a  honra,  a  reputação.  —  a  acção,  li- 
vra-la de  imputações.  — as  ajoparcncias,  dar 
boa  côr  ao  negocio  ;  apparencia,  mostras 
plausíveis.  —  os  nossos  erros,  descupa-los. 
Salvaram  suas  pessoas  em  terra.  — ,  dará 
salvação,  ou  consegui-la.  — a  alma.  Deus 
vos  salvará.  Deus  te  salve,  formula  pela  qual 
rogamos  a  Deus  que  salve,  seja  propicio  a 
a  alguém,  que  o  livre  de  perigos.  Salve! 
eu  te  saúdo. — ,  (fig.)  saudar,  fazer  corter ; 
zia  dando  salva  de  artilharia  ou  mosquetaT;> 
ria.  A  fortaleza  salvou  á  náu  com  vinte  ti- 
ros.—  fazendas,  izenta-las  dos  direitos,  fa- 
ze-las  entrar  livres  de  direitos.  ^j 

N.  B.  Moraes  dá  como  primeira  accepção 
de  salvar  dar  salva  de  artilharia,  não  adver- 
tindo ser  este  sentido  figurado  equivalente 
a  saudar. 

Salvar-se,  v.  r.  livrar-se.  acolher- se,  abri- 
gar-se,  escapar,  pór-se  em  salvo.  — do  nau-.^ 
fragio,  das  mãos  do  inimigo,  da  justiça. -rr,ri> 
em  juixo,  provar  a  sua  innocencia  por  tes- 
temunhas, ou  como  se  costumava  antiga- 
mente por  ferro  quente  ou  caldo.  — se,  con- 
seguir a  bemaventurança  eterna  ou  celeste. 
Salvar,  (do  Lat.  salio,  ire,  saltar  ,  e  val- 
lum,  fosso.  Em  Ital.  ca/icare.)  saltar  além, 
alcançar  saltando  ,  e  não  como  diz  Moraes 
passar  em  salvo  da  outra  banda  saltando. 
Os  exemplos  que  dá  :  salvar  o  barranco  ; 
bala  que  salvou  por  cima  da  muralha;  sal- 
var o  baixo ,  significam  transpor,  passar 
além  6  por  cima,  sem  tocar,  isto  é,  saltar, 
verbo  que  em  tidas  estas  e  semelhantes 
phrazes  se  pôde  substituir  a  salvar.  A  pro- 
va do  que  digo  ó  que  em  Latim  e  iinguas 
delle  derivadas  como  o  Francez,  Italiano, 
não  tem  tal  sijçnificação  o  verboque  corres- 
p  -r  dtí  80  nosso  salvar  e  ao  r.a.sielhano  .No 
Di<cionario  da  Academia  Hispanhola  expU- 

1^7 


506 


SAL 


SAM 


ca-se  este  «entido  de  salvar  por  transpor , 
passar  além  sem  tocar,  por  cima  ou  tocan- 
do mui  levemente,  e  não :  passar  em  salvo 
ou  sem  perigo  por  cima.  Salvou  o  barran- 
co, o  fosso. 

SALVATiLLA  ,  s.  f  OU  adj .  f.  Veia  ~  , 
(anat )  ramo  da  cephalica,  na  costa  da  mão. 
—  hepática,  situada  na  mão  direita.  — sple- 
nica,  na  esquerda. 

SALVATERBADO  EXTHKMO,  (geogr.)  villa  de 
Portugal  assim  chamada  por  se  achar  na 
extrema  raia  de  Portugal  e  do  reino  de 
Leão,  situado  na  direita  do  E!gas,  contém 
um  castello  em  b^a  posição,  e  dista  lOle- 
guas  a  K.  de  Castello  Branco,  a  cujo  dis- 
tricto  pertence  :  sua  população  é  de  yOLI  ha- 
bitantes. 

SALVATERRA,  (geogr.)  antiga  villa  da  ilha 
de  Marajó  na  província  do  Pará  no  Hrazil. 

SALVATERRA,  (geogr.)  cidado  do  México, 
a  35  léguas  ao  i>0.  do  México  ;  7000  ha- 
bitantes. 

SALVATERRA  DE  MAGOS,  (gcogr  )  villa  an- 
tiga de  Portugal  do  distrito  de  Santarém, 
donde  dista  ò  léguas  e   meia    para  o  S.  e 

9  a  E.  de  Lisboa 
SALVATico.  V.  Selvático. 

SALVÁVEL,  adj.  dos  2^1.  que  pôde  ser  sal- 
vado, 9.  g.  —  de  naufrágio,  de  incêndio, 
doença,  perigo, 

SALVE,  loc.  Lat,  (de  salveo,  erg,  estarem 
boa  saúde  )  formula  do  saudação  ,  eu  te 
saúdo. 

SALVE  RAINHA,  s.  f.  A  — ,  uome  do  uma 
oração  á  Virgem  Maria  que  começa  por  es- 
tas palavras. 

s    ALVERE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 

10  léguas  ao  NE.  de  Bergerac ;  l,80j  ha- 
bitantes. 

SALVESTE,  (hist.)  escriptor  francez,  nas- 
ceu em  1771,  morreu  em  l8ji9.  Deixou  : 
Elogio  de  Diderot ;  Relações  da  Medecina 
eom  a  Politica  ;  Quadro  litterario  da  Fran- 
ça no  XVIII  século. 

SALVETA,  s.  f.  (de  salva,  de  metal,  etc.) 
salva  pequena. 

SALVETAT  d'angles,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  5  léguas  e  meia  de  S.  Pons  ; 
3,850  habitantes. 

SALTETAT  PEYRALÉs,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  27  léguas  ao  SO.  de  Rhodez  ; 
3,050  habitantes. 

SALviAC,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  3 
léguas  e  meia  ao  SO.  de  Gourdon  ;  1,150 
habitantes. 

8ALVIANI,  (hist.)  ichthyo'ogista  francez, 
nasceu  em  1514,  morreu  era  1572.  Deixou 
entre  outras  obras  uma  Historia  dos  Peixes. 

SALVfAPío,  (hist.)  Salvianus ,  padre  de 
Marselha,  nasceu  era  39'-.  Deixou :  Tracta- 
40if  ià  PrQ9%4$neiaf  e  da  ivarixa. 


SALViATi,  (hist.)  celebre  pintor,  nasceu 
em  Florença  em  1510,  morreu  em  156'J, 
foi  protegido  pelo  cardeal  João  Salviati,  de 
quem  tomou  o  nome,  trabalhou  para  os  pa- 
lácios de  Florença,  Roma  e  de  Veneza,  etc. 

SALViNA,  s.  f.  nome  de  uma  preparação 
pharmaoeulica  febrífuga  ,  hoje  desusa- 
da. 

SALVO,  A,  adj.  (Lat.  salvus.  V.  Salvar, 
livrar  de  perigo.)  salvado,  livre  de  perigo, 
acolhido  a  lugar  seguro  Direito  — ,  conser- 
vado, reservado,  mantido,  para  poder  usar 
delle.  —  ,  salvado,  que  conseguiu  a  bem- 
aventurança.  — ,  adv.  excepto,  fora,  senão. 
Serão  todos  obrigados  ao  serviço  militar,  — 
os  filhos  de  viuva.  A  — .em,  — ,  livre  de  pe- 
rigo, risco.  Chegou  o  navio  a  — .  Ficou  a 
gente  em  — .  Repicar  em  — ,  antes  do  pe- 
rigo, ou  depois  de  passado,  loc.  antiga.  A 
—  da  honra,  ficando  sem  mancha,  sem  de- 
sar. 

SALVO,  s.  m  (subst.  do  pre^^ende,  por  el- 
lipse,  subentendendo  lugar.)  lugar  seguro, 
livre  de  perigo.  A  meu,  a  teu  — ,  sem  que 
eu  ou  tu  corras  risco,  sem  damno  meu  ou 
teu. 

SALvo-coNDUCTO ,  s.  m.  cartá  de  seguro 
eoncedida  a  pessoa  banida,  ou  a  inimigo 
para  podrr  ir  o  voltar  livremente;  (fig-)  pri- 
vilegio, iz(*nção 

SALVES     ou   SALLUTII,    (hist.)    pOVO   ligurio 

da  Ciallia  Narbuneza,  habitava  ao  W.  de 
Marselha,  entre  o  Uhodano  e  os  Alpes. 

SALZ  ou  SAi.ZA,  (geogr.)  Juvavus,  Salsa, 
rio  da  Áustria,  nasce  nas  montanhas,  (Jue 
separam  a  Áustria  do  Tyrol,  corre  a  E.  de- 
pois ao  N    e  perde-se  no  In. 

SALZBURGO,  (gcogr  )  Juvavum,  e  na  ida- 
de madia  Salisburgium,  cidade  da  Alta 
Áustria,  capital  de  um  circulo,  sobre  o  Salza . 
a  42  léguas  ao  SO.  de  Vienna  ;  16O0O  ha- 
bitantes. Ha  outras  duas  cidades  do  mes- 
mo nome  nos  Estados  Austríacos :  uma  na' 
Hungria ,  a  1  quarto  de  légua  ao  SE.  de 
Eperies  ;  a  outra  na  Transylvania,  a  1  qiirtfir- 
to  de  légua  ao  SE.  de  Harlsburgo. 

SALZEDAs,  (geogr.)  povoação  de  í-ortugal 
de  1,2H0  habitantes  a  légua  e  meia  de  La- 
mego. 

SALZ«ANN   ou   SALTZMANN,    (hist  )    miuistrO 

protestante,  nasceu  em  Erfurt  em  1744, 
morreu  em  1811.  Deixou:  Carlos  dê  Car- 
Isberg,  romance;  e  o  Mensageiro  de  Thu- 
ringia. 

SAizuNGiN,  (geogr.)  cidade  murada  do 
ducado  de  Saxe-Meiaingen,  a  8  léguas  ao 
NO.  de  Meiningen ;  í<,000  habitantes. 

SAM  ou  sio  ,  (ant.)  em  vez  de  sou  ,  do 
verbo  ser. 

SAM  ou  SAN,  sÃA,  f.  de  são. 

sàHADANG,  (geogr.)  cidade  da  ilbt4e^«^ 


8ÁM 


8AM 


507 


va,  capital  de  província,  a  56  léguas  ao 
SE.  cie  ttatavia. 

SAMAKOv.  fgeoRr.)  cidade  da  Turquia  en- 
ropea,  a  ?3  léguas  de  Philippopoli ;  7,000 
habitantes. 

SÀMALHOUT,  (geogr )  o  antigo  Có,  povoa- 
ção do  Egypto,  a  23  léguas  ao  S  de  Be- 
nysoupíf,  na  margem  esquerda  do  Nilo. 

SAMANAKODAV     OU     SOHMOff  ACODOH,    (hist.) 

(isto  ó  O  deus  5amaneo)  O  grande  deus  dos 
Siamezes,  é  o  mesmo  que  Bouahdd,  istoéa 
7.*  encarnação  de  Vichnou. 

SAMAN.4P,  (geogr.)  ci'ladft  do  archipelago 
de  Sonda,  na  costa  do  SE. 

s.  AMAND,  ígeogr  )  villa  <le  França,  a  3 
léguas  e  meia  ao  S.  de  Vendome  ;  516  ha- 
bitantes. 

s.  ahawd-de-bonexe,  fgeogr.)  cidade  de 
França,  a  4  léguas  ao  NO.  d'Angouleme  ; 
1630  habitantes. 

s  AMANT)-EN-PUYSAYB,  (gpogp.]  cidade  de 
França ,  a  6  léguas  ao  NE.  de  Cosne  ; 
1,800  habitantes. 

s.  AMAND-MouTBOND,  (geogr.)  cidadede 
França,  a  12  léguas  ao  SE.  de  Bourges  ; 
7,íl8i>  habitantes. 

SAMANEos.  fgaogr.)  Samanêei.  Eram,  se- 
gafi3o  os  Gregos,  philosophos  Índios,  dis- 
tinctos  dos  brabamanes,  mas  que  como  es- 
tes, se  tornavam  celebres  por  uma  vida 
austera;  (ram  solitários e  inspiravam  mui- 
to respeito  pela  sua  repilfação  desanctida- 
de  Estes  Samaneos  eram  provavelmente  os 
solitários  ou  padres  bouddhistas.  Também 
se  dá  o  nome  de  Samaneos  a  todos  os  ado- 
radores do  Dalai-l  ama. 

SAMANHONOUD,  (geogr)  Hei aclcBopolis,  (e 
não  Sebennytus)  cidade  do  Baixo  Egypto, 
no  braço  oriental  do  Nilo,  a  1  quarto  de 
légua  ao  E.  de  Mehallet-el-Hebir  ;  4,500 
habitantes. 

SAÍíANi{Abnu-lbrahim  fsmail),  (hist.)  che- 
fe *persa,  nasceti  em  8^7,  sftiu  em  892  da 
Transoiiana,  de  que  era  governador,  cori- 
quistou  o  Taberistanso  Khoraçãn  e  uma 
parte  da  PerSia  Occidental  e  morreu  em 
907  com  grande  reputação  de  justo  e  sá- 
bio Foi  o  fundador  da  dinastia  dos  Sa- 
manides 

SAMANiDEs,  (híst.)  dynastía  de  reis  da  Pér- 
sia, oriunda  de  Ismail  Samani,  supplantou 
em  902  a  dos  SoffaridRS  no  Rhoríiçan  e  na 
Pérsia,  mas  em  932  foi  obrigada  a  ceder 
o  Fars  e  o  Irak-Adjemi  aos  Bonidas  .  e 
manteve-se  nas  outras  possessões  até  999. 

s.  amans,  (geogr.)  cidade  de  França  a  8 
legtlas  ao  N.  de  Mende  3.60O  habitantes. 

s.  AiAN8-DEs-copts  ,  (gcogr.)  cídade  de 
Fraiiça,  a  10  legtías  ao  NO.  d*Espalion  ; 
1,300  habitantes. 

s.  AiATis-LA-BAsTiiíi  ,  (geogr  )  cidáde  dç 


França,  a  6  léguas  e  um  quarto  ao  SE.  de 
Castres  ;  2,500  habitantes. 

s.  AMANT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  ao  O.  d'Ambert ;  í,290  habita  ites. 
s.    amant-tallrnde,  (geogr.)  cidade   de 
França,  a  4   léguas  e  1  quarto  ao  S.    de 
Ciermont;  1,48')  habitantes. 

SAMÃo.  Signo  samão,  e  não  sino  samão, 
salmão  ou  salamão,  como  traz  Moraes.  Sa- 
mão vem  do  Uebr.  ou  Arab.  saman,  céu , 
celeste.  Signo  — ,  signo  celeste,  talismã  com- 
posto de  uma  estrella  de  seis  pontas,  ou  de 
dois  triângulos  travados.  Entre  os  Egypcios 
uma  estrella  assim  formada  com  seis  ângu- 
los  era  o   hieroglypho  de  céu,  luz  celeste. 

samara.  (geogr)  neme  de  dous  rios  da 
Rússia  europea:  um,  chamado  também  Svia- 
taia-Reka  (isto  é  rio  saneio)  percorre  o  go- 
verno d'lekaterinoslav,  e  lança-se  no  Dníe- 
per  :  o  outro  atravessa  os  governos  d'Oren- 
burgo  e  de  Simbirsk  e  lança-se  no  Volga 
em  Samara. 

Samara,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  énro- 
pêa,  a  40  léguas  ao  SE.  de  Suinbirsk  ; 
3,600  habitantes. 

samarang,  (geogr.)  cidade  fortificada  da 
ilha  de  Java,  capital  da  província  de  Sa- 
marang, na  costa  ao  N.  a  105  léguas  ao  E. 
de  Batavia ;  30,000  habitantes. 

samarcnand^  (geogr.)  Maraconda,  cidade 
da  Ásia  central,  a  2.^  do  khanato  de  Bou- 
khara,  sobre  o  monte  Kokak,  a  50  léguas 
ao  E    de  Boutehara ;  50,000  habitantes. 

SAMARIA  ou  samabitida,  (geogr.)  Foi  as- 
sim chamada  durante  os  dous  primeiros 
annos  do  império,  uma  das  4  partes  da  Pa- 
lestina, entre  a  Galiléa  ao  N.  a  Judea  ao 
S.  e  Jordão  a  E   e  o  mar  ao  O. 

SAMARIA,  (geogr.)  Samaria,  depoisScftas- 
le  cidade  da  Palestina,  na  meia  tribu  Occi- 
dental de  Manasses,  no  centro,  foi  depois 
de  Sichem,  a  capital  do  reino  d'Israele  fi- 
nalmente capital  da  Samaria. 

s.  AMARiN,  (geogr  )  cidade  de  França,  a 
11  léguas  N.  de  Refort ;  1,890  habitantes. 

SAMARITANO,  A,  odj.  de  Samar/a  cidade 
da  Palestina. 

PAMAROBRivA, (geogr. ant.)cidade  da  Bélgica 
2.',  chamada  depois  im&iani,  hoje  Amrens. 

SAMARRA,  s.  f  (Fr.  sitnarre.  do  Ital.  zi- 
marra.)  vestido  pastoril,  de  pelles  de  ovelha 
com  a  lã,  de  palha  ou  de  pano  grosseiro, 
pellote  rústico.  — ,  espécie  de  vestido  talar 
de  ecclesiasticos  sèf^ulares. 

SAMARRÃo,  s.  m.  augmeíti.  de  samarra. 

SAMATAN ,  (geogr.)  cidade  de  França  , 
1,970  habitantes. 

SAMBA,  (geogr.)  Ilha  do  archipelago  da 
Sonda,    a  20  léguas  S.  da  ilha   de  Flores. 

sambata.  V.  Zumháia. 

SAílíÀRcAii,  V.  Cámôilfc^r 


508 


SAM 


SAMBARCO,  «.  m.  (ant.)  sapato  velho.  Creio 
que  vem  de  sola  e  alparca. 

SAMBARCO,  s.  w.  (tdlvez  áeseio,  e  abar- 
car.) ant.)  cinto  largo  que  as  mulheres  tra- 
ziam por  baixo  dos  peitos.  — ,  travessas  que 
se  punhara  ás  portas  por  autoridade  judi- 
cial. 

SAMBAS,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de  Bor- 
néo,  capital  do  reino  de  Sambas,  a  10  lé- 
guas da  embocadura  do  Sambas.  O  reino 
de  Sambas  é  limitado  aoN.  eaE.  pelo  rei- 
no de  Bornéo,  ao  S.  pelo  de  Poutiania. 

SAHBENiTADO ,  A  ,  p.  p.  à(ò  sambcnitar  ; 
adj    coberto,  revestido  do  sambenito. 

SAMBENiTAR,  V.  tt.  [sambenilo,  ar  des.  inf.) 
revestir  de  sambenito  ;  (fig  )  de  insignia  des- 
honrosa 

SAMBENITO,  s.  m.  (corrupçào  do  Cast.  sa- 
co, benito,  saco  bento.)  saco  bento  de  que 
na  primitiva  igreja  se  revestiam  os  peniten- 
tes ;  depois  foi  destinado  aos  condemnados 
pela  inquisição,  que  appareciam  no  auto  da 
fé.  Fazer  do  —  gala,  gloriar-se  de  cousa 
deshonrosa,  vergonhosa 

SAMBER,  (geogr.)  serra  da  provincia  do  Rio 
de  Janeiro  no  Brazil. 

SAMBixuGA,  erro  por  sanguesuga. 

SAMBLADOR,  s.  m.  carpinteiro  que  lavra, 
ajunta,  e  corta  madeira  liza  em  meia  esqua- 
dria especialmente  nos  ângulos,  nasjuntu- 
ras,  faz  lavores,  e  molduras. 

SAMBLAGEM,  s.  f.  O  trabalho,  obra,  lavor 
do  samblador. 

SAMBLANÇAY  OU  SEMBLANÇAY,  (gCOgr.)  VÍl- 

la  de  França,  a  3 léguas e  meiaaoi>E.  de 
Tours;  700  habitantes. 

SAMBLAR,  V.  a.  (Fr.  assembler^  Provençal 
assemblar.)  cortar  madeira  liza  em  meia  es- 
quadria para  juntar  as  peças  delias  em  mol- 
duras ou  encaixes. 

SAMBOANGAN,  (gcogr.)  cidade  da  ilha  de 
Mindanao,  na  extremidade  ao  SO.  1,000 
habitantes. 

SAMBOR,  (geogr.)  cidade  da  Galitzia,  ca- 
pital de  circulo,  a  16  léguas  ao  SO.  de 
Pemberg  ;  6, COO  habitantes. 

SAMBRO,  (geogr.)  Sabis  villa  de  França  e 
da  Bélgica,  ao  N.  a  1  quarto  de  légua  ao  .^E. 
de  Nonvion,  corre  ao  N.  e  ao  INE.  e  lança-se 
no  Meuse  em  Namur. 

s.  AMBROíSE,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  5  léguas  NO.  d'Alais;  3,li0  habitantes. 

SAMBUCA,  s.  f  (Lat.  sambuca.)  instrumen- 
t)  musico  antigo  da  feição  de  harpa.  —  , 
machina  de  guerra  antiga  da  forma  deste  ins- 
trumenlo. 

SAMBUCO ,  s.  m  (voz  Asiat.)  batel  usado 
na  índia. 

SAHBUCus,  (hist.)  sábio  húngaro,  nasceu 
em  1531,  morreu  em  1584,  foi  historiogra- 
t^  de  Mftximilifliao  II,  fe^  omiuMites  ser- 


8 

"    '     viços  ás  lettras  pelas  suas  notas,  commen-j^ 
ta  rios  e  traducções,  e  pelo  grande  numero'' 
de  medalhas,    retratos  e  outros  monumen- 
tos antigos,  que  fez  conhecer. 

SAMBURÁ,  s.  m.  (t.  Brasil.)  cesto  de  sipó 
pequeno,  com  fundo  largo,  e  boca  afunila- 
da em  que  os  pescadores  de  miúdo  levam  a 
isca  e  recolhem  o  que  pescam. 

SAMBUXA.  V,  Sacabuxa. 

SÃMENTE  ou  SANMENTE,  adv.  {mente  suíf.) 
saudavelmente. 

SAMER,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  e  meia  SE.  de  Bolonha;  1,895  ha- 
bitantes. 

SAMiCAS,  s.  m.  (do  Ital.  sa,  sabe,  emi- 
ca^  nada.)  (ant.)  homem  de  curta  intelligen- 
cia,  pobre  de  espirito. 

SAMíCAS,  adv.  (ant.)  por  ventura. 

SAMTSATE,  (geogr.)  a  antiga  Samosate^  ci- 
dade da  Turquia  asiática,  sobre  o  Euphra- 
tes,  a  23  léguas  NE.  d'Ani-Tab. 

SAMiTARRA   U.   Cimitarra,  Semitarra. 

samland,  (geogr.)  antiga  divizão  da  Prús- 
sia oriental,  tinha  por  capital  Kenigsberg. 

sammonico,  (hist.)  São  conhecidos  com  es- 
te nome  dous  médicos  latinos,  pai  e  filho  ; 
viviam  no  fim  do  II.  século  e  no  começo., 
do  ili.  O  pai,  Q.  Serenus  Sammonicus  ti-" 
nha  formado  uma  bibliotheca  de  62,000 
vol.  Foi  morto  em  um  banquete  por  ordem 
de  Caracalla.  O  filho  legou  a  bibliotheca  de 
seu  pai  a  Gordiano  111.  Ha  em  nome  de 
Sammonico  um  poema  de  Medecina,  mas 
não  se  sabe  se  é  de  pai.   ou  do  filho. 

SAMNiTico ,  A .  adj,  dos  Samnitas.  Ju- 
go—. 

SAMNiUM,  (geogr.)  hoje  Sannia,  Princi- 
pado Ulterior  e  parte  do  Abruzzio,  região 
d'ítalia,  ao  N.  da  Campania,  a  E.  do  Lacio, 
ao  S.  dos  Frentanos,  tinha  poucas  c  dades 
entre  outras  Au/idene,  Trevente,  Esemia, 
Clavia,  Tifate,  Biviano,  Equo  TuticOf  Ma- 
leventum,  Candio. 

SAMNON,  (geogr.)  cidade  murada  do  Fez- 
zau,  a  42  léguas  N.  de  Mourzouk, 

SAMO,  s  m,  (do  Fr.  ant.  samc,  sabuguei- 
ro, Lat  sambucus.)  aparte  branca  e  tenra 
que  está  entre  a  casca  e  o  cerne,  entrecas- 
co,  alburno. 

SAMOGiciA,  (geogr.)  Szamau  em  lithuano 
antiga  provincia  da  Lithuania,  entre  o  Bál- 
tico da  Curlandia  ao  N.,  o  Báltico  e  a 
Prússia  a  O.  ,  a  Lilhuania  propriamente 
dita  ao  S.  e  a  E.  hoje  está  compreendida 
no  governo  russo  de  Vilna,  capital  Rossiena. 

SAMON,  (his.)  rei  dos  Esclavonios,  era  um 
negociante  franco,  natural  de  Seus  Achan- 
do-se  entre  os  Esclavonios  em  b^0,  com- 
Laieu  com  elles  os  Avaros,  contribuiu  pa- 
ra a  victoria,  foi  eleito  rei,  e  governou  coni 
gloria  pelo  e»paço  de  3õ  aanos. 


SAM 


SAlf 


509 


SAMORA  CORRBA,  (geogr.)  villa  de  Portu-1 
g»l  do  distrito  de  SantBrem,  ao  S.  do  Te-  \ 
jo.  1  legon  ao   SO.    do    Benavente  e   8  de 
Lisboa  na  carreira  meridional  do  Tejo,  per- | 
to  do  rio  Almansor,  1,400  habitantes.  \ 

SAMOS,  (geogr.)  em  Turco  Sonsam  Ádas- 
si,  ilha  da  Turquia,  no  mar  Egej,  perto  das 
costas  da  Asia  Menor,  ao  SE.  de  Chio; 
60,000  habitantes. 

SAMOSATA,  (geogr.)  hoje  Samisatou  Cham- 
chad,  antiguidade  da  Asia  Menor,  capital  da 
Comagene,  sobre  o  Euphrates  aoMi.  d'An- 
tiochia. 

SAMOTHES,  (hist )  filho  de  Japhet,  funda- 
dor da  raça  dos  Celtos,  segundo  as  antigas 
Chronicas. 

SAMOTHRACiA,  (geogr.)  hoje  Semendraki, 
ilhas  nas  costas  da  Thracia,  ao  NE.  d'Im- 
bros,  e  defronte  da  embocadura  de  Kebro ; 
teve  por  habitantes  os  Carios,  os  Thracios, 
os  I  henicios,  e  finalmente  os  Helenos, 

s.  AMOUR,  (geogr.)  villa  de  França,  a  9 
léguas  SO  de  Lons-le-Saulnier,  5^,630  ha- 
bitantes. 

SAMOYÉDES,  (geogr.)  Khasova  em  lingua 
indígena,  povo  da  Rússia,  provavelmente  da 
raça  tchoude,  habita  sobre  o  Mezem,  porto 
do  Oceano  Glacial.  Também  ha  esta  raça 
nos  governos  de  Tob';lsck  e  de  Tomsk, 
~f*'SAMPEYRE,  (geogr)  cidade  dos  Estados  Sar- 
'dos,  a  6  léguas  ao  SO.  deSaluces,  sobre  o 
Vfizita  ;  5,000  habitantes. 

SAMPiETRO,  (hist.)  celebre  chefe  corso,  nas- 
ceu em  1501,  morreu  em  1567  serviu  na, 
França  a  Francisco  I  e  a  Henrique  lie  foi 
com  de  Thermes  tirar  a  Córsega  aosGeno- 
vezes.  Depois  da  paz  de  15^9  que  restituiu 
a  ilha  a  estes  últimos,  foi  pedir  soccorro  á 
Turquia  e  desembarcou  na  Córsega  cora  25 
homens;  já  tinha  conseguido  augmentar  as 
suas  forças  quando  foi  apunhalado  por  um 
traidor  assalariado  pelos  Cenovezes. 

SAMPiGNY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  i 
léguas  e  um  quarto  ao  INO.  deCommercy  ; 
500  habitantes. 

SAMSÃo,  íhist.)  decimo  segundo  juiz  d'is- 
rael,  nasceu  durante  o  sexto  captiveiro  dos 
Hebreos,  foi  consagrado  a  Deus  por  sua  mãi, 
absteve-se  de  vinho  e  de  todo  o  licor  fer- 
mentado, durante  a  sua  primeira  mocidade 
e  adquiriu  uma  ^rca  prodigiosa.  Fez  diver- 
sas expedições  contra  os  Philisteos,  e  sem- 
pre ficou  victorioso,  foi  eleito  juiz  no  anno 
1172  antes  de  Jesu-Christo.  Durante  20  an- 
nos  que  durou  o  seu  poder,  combateu  sem- 
pre os  inimigos  da  sua  pátria,  até  que  foi 
prezo  e  entregue  aos  Philisteos  por  traição 
de  Dalila  sua  amante  a  qual  lhe  cortou  os 
cabellos,  pois  era  no  comprimento  d'elles 
que  consistia  a  força  de  Samsão.  Os  Philis- 
teos   tiraram-lhe   os   olhos,    e  serviram-se 

f«L.    ÍV. 


d'ellle  como  de  bobo;  um  dia,  em  uma  fes- 
ta. Samsão,  a  quem  já  tinham  crescido  os 
cabellos,  abalou  as  columnas  do  edifício  em 
que  se  achavam  os  principaes  da  nação,  e 
fez  morrer  muitos,  mas  também  morreu  es- 
magado debaixo  das  suas  ruinas. 

SAMSCRiTO,  (bist.J  (isto  é  ,  aperfeiçoada) 
lingua  sagrada  do  Indostão  septentrional, 
é  hoje  uma  lingua  murta  e  oíferece  gran- 
des analogias  com  os  idiomas  de  todos  os 
povos  Germânicos  ;  é  notável  pela  sua 
armonia,  e  abundância,  e  pela  perfeição  do 
seu  systema  grammatical ;  mas  é  muito  com- 
plicada. 

SAMSOCE,  (geogr.)  ilha  de  Dinamarca,  no 
Cattegat,  entre  Jutland  e  a  ilha  de  Saeland  ; 
5,000  habitantes. 

SAMsouN,  (geogr.)  Amisus,  cidade  mura- 
da da  Turquia  asiática,  sobre  o  mar  Negro, 
a  l<i  léguas  ao  NE.  d'Amasieh  ;  2,000  ha- 
bitantes. 

SAMUEL, (hist.  s.)14.°e  ultimo  juizd'lsrael, 
nasceu  em  Ramattia  no  anno  1132  antes  de 
Jesu  Christo,  tornou-se  notável  pelas  suas 
virtudes  e  dom  de  prophecia,  foi  proclama- 
do juiz  em  1092,  e  fez  por  muitos  annos 
a  ventura  dos  Israelitas,  mas  tendo  deixa- 
do a  seus  filhos  o  cuidado  da  administra- 
ção, estes  descontentaram  o  povo,  que  pediu 
um  rei,  Samuel  depois  de  ter  combatido  em 
vão  este  projecto  dos  Israelitas,  sagrou  Saul, 
reservando  para  si  as  funcções  sacerdotaes. 
Desobedecendo  Saul  a  Deus  em  muitas  oc- 
caziões,  Samuel  sagrou  David  em  seu  lo- 
gar,  todavia  esta  sagra ção  foi  secreta,  e  Sa- 
muel morreu  3  annos  antes  da  queda  d« 
Saul,  no  anno  1043. 

SAMUEL,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal  do 
concelho  da  Figueira,  a  5  léguas  de  Coim- 
bra, 1,580  habitantes.  Era  um  antigo  re- 
guengo. 

SAN,  (geogr.)  rio  do  Galitzia,  sa§  dos  mon- 
tes Carpathos  e  rega  os  territórios  de  Sanoh 
e  de  \zeszow. 

SAKA  ou  sAisADON,  (geogr.)  cidade  da  Ará- 
bia, capital  de  Sano,  a  6i  léguas  ao  WE. 
de  Moka  ;  íi0,000  habitantes. 

SANADO  A,  p.  p.  de  sanar ;  adj.  sarado ; 
remediado. 

SANADON,  (hist )  Jesuila  francez,  nasceu 
em  1670,  morreu  em  17.^3.  Deixou  uma 
traducção  de  Horácio  muito  estimada. 

SANAR,  V.  a.  (Lat.  sanore.)  sarar  ;  (fig.) 
remediar  erro,  falta,  culpa,  falta  legal. 
SANATivo,  A,  adj.  que  sara,  cura. 
SANAVEL,  adj.  dos  2  g.  (Lai.  sanabilis.) 
que  pôde  remediar-se  ,  curavel     remedia- 
vel. 

SANCADiLHA ,  s.  f.  (de    sanco.)    cambapé 
que  se  dá  para  fazer  cair  alguém. 
SANCARUÃo ,    s.    m.  augment.  de  sanco. 
Iz8 


ma 
SIO 


SAN 


SAK 


«O  —  de  Mafoma  está  suspendido  [no  ar.  » 
Aulegr.,  os  ossos  descarnados  delle. 

SANCESGUES,  (geogp.)  villa  de  França,  a  4 
léguas  ao  S.  de  Sancene  ;  70()  habitantes. 

SANCENK.  (geogr.)  Sacrum  Coesaris  ou  Sa- 
sro  Ccesariumy  cidade  da  França,  a  meia 
légua  do  Loire  ;  3,60 í)  habitantes. 

SANCHEZ  (Francisco)  (hist.)  em  latim  San- 
eius,,  celebre  grammatico  hispanhol,  nas- 
«eu  em  lo23,  morreu  era  .601.  Deixou: 
Grammaficac  latince  instilutiones  ;  Gram- 
matica  g rosca  ;  Minerva  seu  de  causis  linguoe 
latince. 

SANCHEZ  (Jhomaz).  (hist.)  jesuíta  hispa- 
nhol nasceu  em  1560,  morreu  em  1610. 
Giinhou  grande  reputação  como  casuista 
e  deixou  um  tractado  De  Matrimonio. 

SANCHiNAS,  s.  f.  Y.  Co^umelos. 

SANCHO  I  (D.),  (hist )  o  Povoador,  rei  de 
Portugal,  filho  de  D.  Aífonso  Henriques,  e 
da  rainha  D.  iMâfalda,  nasceu  em  Coimbra 
em  1154,  subiu  ao  trono  por  morte  de  seu 
pai  em  1185,  e  reinou  até  12  il  época  em 
que  morreu.  Na  idade  de  14  annos  achou- 
se  na  batalha  de  Arganhal  contra  o  rei  de 
Leão  ;  e  mostrou  sempre  o  seu  valor,  se  bem 
que  mais  se  applicou  a  melhorar  o  reino  e 
povoar  as  terras.  Durante  o  seu  reinado  le- 
ve de  combater  os  mouros,  a  peste,  a  fo- 
me, e  outras  calamidades,  e  principalmen- 
te sustentar  uma  lucta  com  o  poder  eccle- 
$iastico,  que  queria  dominar  o  poder  real. 
Km  11b8  tomou  Silves,  e  outros  pontos  do 
Algarve,  que  sustentou  contra  os  mouros 
«té  1190  ;  livrou  Lií^boa  e  Santarém  dos  cer- 
cos, que  os  mesmos  lhes  fizeram  ;  e  com- 
Ikateu  uma  invasão  de  Almohades  que  assol- 
kram  o  reino,  e  tinham  tomado  varias  pra- 
ças ;  recuperando  muitas  delias,  como  foi  a 
de  Elvas,  que  fez  repovoar  e  fortificar.  Ten 
do  sustentado  por  muilo  tempo  a  suprema- 
OÍ|L  do  poder  real  na  sua  lucta  com  o  clero, 
Dão  teve  ncs  últimos  annos  da  sua  vida  ener- 
gia bastante  para  a  fazer  valer,  e  pagou  a 
fenocencio  111  o  censo  estipulado  por  seu 
pai.  Foi  casado  este  cponercha  com  D  Dul- 
ce, filha  do  conde  de  Bòrcelona  ,  da  qual 
le\e  var'cs  filhos,  e  entre  elies  D.  Aflonso 
U,  que  lhe  succedt  u  Jaz  em  Santa  Cruz  de 
Coimbra  junto  de  seu  pai. 

SANCHO  II  (D.),  (hist.)  rei  de  Portugal,  íi- 
Jlio  de  D.  Aflonso   1),  e  de  sua  aiilber  D 
tiraca,  nasceu  tm  Ccinbra  em  1202,  su- 
biu ao  trono  em  12íj3.  e  reinou  aiél245, 
em  que  foi  deposto  fe!o  papa  ;  morreu  em 
Toledo  em  1248.  Logo  que  subiu  ao  trono 
tratou  de  pôr  fim  ás  discórdias  do  anterior  rei- 
Biado  ;    nínietu   árbitros  que  ccmpízessem 
as  pretençqes  do  arcebispo  de  Braga,  jon-  í 
4o  termo  á  lucta  do  iK:)der  real  com  o  cie-  1 
jo,  6  ecebcu  as  questões  das  infantas  suas/ 


tias  sobre  as  terras,  que  seu  pai  lhes  doara. 
Combateu  os  mouros,  a  quem  tomou  Arron- 
ches, Cacella,  Mertola,  Aljustrel  e  Tavira  de 
1232  a  1242,  recuperou  Elvas.  Jerumenha 
e  outras  praças,  e  alcançou  do  rei  de  Cas- 
tella  a  restituição  de  Chaves  No  seu  rei- 
nado, o  celebre  D.  Paio  Peres  Corrêa,  re- 
cuperou Silves,  e  conquistou  aos  mouros qua- 
si  todo  o  Algarve.  Era  D.  Sancho  bom  e  hu- 
mano, com  tudo  os  nobres,  descontentes  com 
as  violências  dos  seus  viciosos  validos,  ex- 
citaram o  povo  á  revolta,  no  que  foram  au- 
xiliados pelo  clero.  O  arcebispo  de  Braga  e 
os  bispos  do  Porto  e  Coimbra  expuzeram  a 
lunocencio  IV  as  causas  do  descontentamen- 
to, e  alcançaram  do  pontitice  a  bulia  de  1245, 
que  depunha  D.  Sancho  da  adminisiração 
dos  seus  estados,  sendo  nomeado  seu  irmão 
conde  de  Bolonha  (depois  D.  Aífonso  ill)/e- 
gente  do  reino.  Apesar  desta  decisão  muitos 
vassallos  e  praças  fortes  se  lhe  conservaram 
fieis,  e  entre  ellas  Coimbra  e  o  seu  gover- 
nador o  celebre  Martim  de  Freitas ;  porém 
D.  Sancho  para  poupar  o  sangue  de  sc  us  súb- 
ditos e  desgostoso  com  tal  ingratidão  reti- 
rou-se  para  Toledo,  aonde  passou  os  dois 
restantes  annos  da  sua  vida  em  exercícios 
de  devoção,  e  morreu  em  1:^4^. 

Sancho,  (hist.)  o  Sancion  conde  de  Na- 
varra de  837  a  857,  era  irmão  d'Azuar,  a 
quem  succedeu  e  foi  paedeGarsimina. 

SANCHO  I,  ou  SANCHO  GARCIA  (bist)reide 
Navarra,  3°  filho  deGarcimina,  foi  primei- 
ramente conde  de  Ga^conha  em  872  ;  foi  ac- 
clamado  rei  de  ÂVavarra  em  ii05,  cedeu  en- 
tão a  Gascpnha  a  seu  filho  (jarcia  Sanchesde 
Courbe  ;  bateu  os  Árabes  defronte  de  Pam- 
plona  em  U07,  assignalou-se  até  9111  em  cada 
anno  do  seu  reinado  por  urca  expedição  con- 
tra os  infiéis,  depois  retirou-se  mas  sem  abdi- 
car, ao  convento  de  Seyre,  donde  saiu  apesar 
da  sua  muita  edade  depois  da  derrota  dcs 
christãos  em  Jonquera,  bateu  as  tropas  d'Al- 
deranje  111  e  morreu  em  9^6.  Lm  outro  Gar- 
cia Sanches  succedeu  na  Navarra  aSanchoJ. 

SANCHO  II,  (hist.)  filho  esuccessor  de  Gar- 
cia li,  lei  de  Navarra,  de  970a  974,  batleu 
muitas  vezes  os  Árabes. 

SANCHO  111,  {hist )  chamado  Sancho-o- 
Grande,  rei  de  Navarra  dei ilOl  a  10^5,  fi- 
lho e  succesor  de  Garciaill,  conquistou  em 
lOi8  o  condado  de  tastella,  cazou  Fernando 
seu  seguido  filho  ctm  Sancha,  herdeira  do 
reino  de  Leão,  e  pre}«8rou  assim  a  reuniio 
deste  reino  de  I  eão.Us  estados  de  Sancho  fo- 
ram por  sua  morte  divididos  em  4  reinos 
(Aragão,  hibargcce.  Navarra,  Castella.) 

SANCHO  IV,  (hist.j  rei  de  Navarra,  de  1054  a 
1076  filio  de  Garcia  IV,  morreu  assassinado, 
e  não  dtixcu  n^is  doquetm  irnâobaLcho 
iMLiies  (l'Aiít^fco,  o  qbfil  usiii|ou  os  seus 


SAN 


SAN 


511 


estados  e  reinou  com  o  nome  de  Sancho  V,  de 
1076  a  1094. 

SANCHO  VI  E  SANCHO  VII,  (híst.)  ulUmos  rftis 
de  ^av«^ra  da  casa  meroaíngiana,  reinaram 
um  do  1150  a  1194,  o  outro  de  1194  a  1234 
(este  ultimo  dislinguiu-se  na  batalha  de  Tolo- 
saem  1^12.) 

SANCHO  I,  (hist.)  o  (jrande,  rei  de  Leão  e 
das  Astúrias,  irmão  e  succossi.r  de  Ordonho 
111,  rei  de  Leão,  e  filho  de  Ramiro  II,  apode- 
rou-se  da  coroa,  com  prejuízo  de  seu  sobri- 
nho, o  filho  de  Ordonho  III,  mas  foi  deslho- 
ronado  )or  Ordonho  IV,  filho  deAíTonsolV, 
retirou-se  para  Navarra,  depois  para  Córdova, 
cujo  califa  o  restabeleceu  no  throno  em  9b0. 
Morreu  em  *.  67. 

SANCHO  I,  (hist.y  rei  deCastella,  o  mesmo 
que  Sancho  III,  rei  de  Navarra,  é  muitas  ve- 
zes omi  tido  nas  listas  dos  reis  de  Castella. 

SANCHO  II,  (hist)  o  For/e,  rei  de  Castella, 
um  dos  Ires  filhos  de  Fernando  1  (rei  de  Leão, 
i.aliiza,  e  Castella)  coube-lhe  em  partilha  por 
luorte  de  seu  pai  a  '  asiella,  despojou  seus 
dous  irmãos,  quiz  também  tirar  o  dote  a  suas 
ir  mãs,  e  tirou  a  um  a  cidade  de  Faro,  mas  foi 
morto  no  cerco  de  Zamora  em  1672. 

SANCHO  III,  (hist.)  um  dos  filhos  de  Aílonso 
Vil,  rei  de  Leão  e  de«  astella,  só  lhe  coube 
em  partilha  a  Lastella  (1157)  e  no  fim  de  um 
anno  deixou  o  reino  a  seu  filho  AÍTonsoV. 

SANCHO  IV,  (hisi.)  rei  de  Castella  e  de  Leão 
filhode  AlTonsoX,  revultou-se  contra  seu  pai; 
reinou  desde  1Í84  a  1295,  esteve  continua- 
mente em  guerra  com  os  Mouros.  Tirou  aos 
Mouros  a  importante  praça  de  Tarissa. 

SANCHO  BAMiRES,  (h)st  )  rei  d'Ar8gflO,  filho 
de^.amiresl,  reinou  desdel(J63a  1094,  con- 
quistou Baréastro,  usurpou  em  1076,  a  coroa 
de  Navarra,  que  se  conservou  na  sua  casa  até 
1 1 34.  Morreu  no  cerco  d'Huescr. 

sanchoniatiion,  (his.)  antigo  historiador 
da  1  henicia,  natuial  de  Tyio  cu  de  Bery- 
to,  era  hierophante  na  sua  pátria  Flores- 
ceu no  XX.  seru'o  antes  de  J.  C.  .«tgun- 
do  uns,  ou  no  XXVII.  secundo  outros.  Es- 
creveu uma  Hiitoiia  cu  Iheologia  1^ heni- 
cia, una  Theologia  egypcia,  e  um  tratado 
da   Physia  d'Bcmes. 

sanchristão.  V.  Sacristão. 

SAKCo,  s.  m.  (do  Cast.  zanca,  perna  de 
ave;  Fr  ant.  sWunc,  força,  vigor.) cannela 
da  perna  da  ave  na  parte  que  fica  emula, 
sem  carne. 

SAKCO  ou  *ANGO,  (Myth  )  dfus  sabino, 
muito  poderczo,  foi  assassir>ado  pelos  l!o- 
manos  ao  seu  deus  fiditis. 

SANCOiKS,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  6 
léguas 80 NE.  de  St.^  Amand;l,9<i0  habi- 
tantes 

SANCRiscHAO,  orth.  barbara  e ant., .por  sa- 
cristão. Elucidário. 


SANCTA  SANCTORUM ,  s.  m.  OU  f,  (t.  lati- 
no) lugar  sagrado,  vedado,  tabernáculo. 

SANCTiAGO.  V.  Santiago. 

sanct'ficação,  s  f.  (Lat.  sanctificaiio  , 
anis.)  o  acto  de  sanclificar ;  acção,  efTeito 
da  graça  sanctificante. 

sanctificado,  a,  p.  p.  de  sanctificar;  adj. 
feito  santo ;  venerado  como  santo. 

SANCTiFiCADOR,  A,  adj.  (Lat.  sancti/lca- 
tor.)  que  sanctifica. 

SANCTIFICANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  san- 
ctificans,  tis,  p.  a.  de  sane  ti  fico,  are.)  que 
sanctifica. 

SANCTIFICAR,  V.  a.  (Lat.  sanctifico,  are.) 
fazer  santo.  Deus sancít^ca  aquelles  a  quem 
concede  a  graça;  honrar  como  a  cousa  san- 
ta, V.  g.  —  o  nome  de  Deus,  bemdizer. — 
a  alma,  fazendo  obras  de  santidade,  exer- 
cendo virtudes  —  ,  declarar  por  santo.  O 
papa  sanctificou  a  rainha  Isabel  de  Portu- 
gal. — ,  ensinar  santos  costumes.  —  o  do- 
mingo, as  festas,  guardar,  abster-se  de  tra- 
balho profano,  lazendo  obras  de  religião. 

SANCTORio,  (hist )  medico  italiano,  nas- 
ceu em  1561,  morreu  em  1629.  Pertendia 
achar  a  causa  da  saúde  e  das  doenças  na 
maneira  porque  se  faz  a  transpiração,  e 
pesava-se  todos  os  dias,  para  calcular  a  de- 
perciação,  que  soffreocorpo  humano.  Dei- 
xou :  Medecina  síatica. 

SANCTUARio,  s.  f».  {L&i.  sanctuarium.)  O 
lugar  o  mais  secreto  do  templo  em  que  só 
entrava  o  summo  sacerdote,  entre  os  pagãos 
e  os  judcos  ;  casa  onde  se  guardam  relí- 
quias de  santos  e  relicários  :  (fig.)  lugar  a 
que  o  vulgo  não  tem  accesso. 

SAKCY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3  lé- 
guas N.  de  Brify  ;  600  habitantes. 

SAND,  (hist )  celebre  sociniano  de  Heni- 
goberg,  morreu  em  1680  na  llollanda.  Dei- 
xou entre  outras  obras:  Historia  ecclesias' 
tica. 

SANDALHAS,    e    SANDÁLIAS,    S.  f.  (Lat.  SOn- 

dalium.)  calçado  composto  de  uma  sola  de 
sapato  atada  sobre  o  peito  do  pé  por  correias. 
— ,  calçtdo  antigo  de  senhoras. 

SÂNDALO,  s.  m.  (pron.  a  primeira  accen- 
tuada  :  Lat.  santalvm,  Arab.  sanrfa/oM.)  páu 
aromático,  usado  para  perfume,  e  também 
na  medicina. 

sandabaca  ,  s.  f  (do  Gr.  sandarakhé.) 
rosalgar  vermelho,  arsénico  rubro.  — ,  a  her- 
va  chupt^mel.  — ,  gon  ma  usada  para  verniz. 

SANDEC  ou  NciiVY-SANDEC,  (gcogr  )  cídado 
da  Gôlitzía,  capital  de  um  circulo  do  mes- 
mo nome,  a  16  léguas  SE.  de  Cracóvia; 
3,700  habitantes.  A  H  léguas  SO.  de  San- 
dcc.  sobre  o  Poprad  ha  outra  cidade  do 
mesmo  nome  a  qual  tem  2,51 0  habitantes, 
SANDEU,  adj.  m.  (t.  Cast.  corrupto  do  L  t. 
insanitus,  p.  p.  de  insanio^  ire,  perder  «'o 


m 


.s^ 


siso.)  insano,  mentecapto.  «Mais  sabe  o  — 
no  seu  que  o  avisado  no  alheio.  »  No  femi- 
nino sandia,  v.  g.    cousa,  presumpção  — . 

SANDIAMENTE,  ttdv,  (weníesuíí.)  como  san- 
deu. 

SANDICE,  5.  f.  (des.  iie.)  necedade,- par- 
voíce, tolice. 

SANDiciNO,  A,  adj.  (do  Gr.  sandyx,  ceru- 
sa  queimada  )  de  côr  vermelha  ou  de  vcrmi- 
Ihão. 

SANDico,  A,  adj.  de  sandeu. 

SANDiM,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal, perto  da  Feira,  a  3  léguas  ao  S.  do 
Forto;  1,;U5  habitantes. 

SANDiz ,  s.  m.  (Lat.  sandiv  ou  sandyx , 
icis,  do  Gr.  sandyx.)  côr  de  vermilhão  fei- 
ta com  ceruísa  queimada. — ,  herva  que  tin- 
ge de  vermelho. 

SANDJAK,  (hist.)  São  assim  chamados  nos 
exércitos  turcos  os  officiaes  secundários,  que 
não  podem  levar  diante  de  si,  como  signal 
d'honra,  senão  uma  cauda  de  cavallo  (em 
turco  sandjak).  Os  sandjaks  administram 
pequenas  subdivisões  de  pachaliks,  chama- 
das sandjakats. 

SANJAR,  (hist.)  sultão seldjoucida  da  Pérsia, 
um  dos  filhos  de  Mebik-Shah,  nasceu  em 
1086  emSandjarou  Sindjar,  tornou-se  cele- 
bre pela  sua  sabedoria  e  valor,  e  foi  appolida- 
do  o  Segundo  Alexandre.  Reinou  desde  1095 
sobre  o  Koraçan,  e  depois  em  t®da  a  Tersia, 
deu  19  batalhas  e  só  perdeu  duas;  na  segun 
da  foi  entregue  por  um  dos  emires.  Pela  sua 
morte,  o  dominio  dos  Seldjoucidas  acabou  no 
Khoraçan. 

SANDOMiL,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal, perto  de  Cea,  a  11  léguas  de  Coim- 
bra;  1,400  habitantes 

SANDOMiR,  (gpogr.)  cidade  murada  da  Rús- 
sia europea,  a  5'á  léguas  SE  de  Varsóvia; 
6,000  habitantes. 

SANDOVAL,  (geogr.)  villa  de  Hispanha,  a  9 
léguas  ao  NO.  de  Burgos  ;  500  habitantes. 

SANDOVAL,  (hist.)  historiador  hispanhol, 
bispo  de  Pamplona,  nasceu  em  1560,  mor- 
reu em  lOál .  Deixou  entre  muitas  obras  uma 
Historia  de  Carlos  Quinto, 

SANDRAUA ,  s.  f.  arvore  cuja  madeira  é 
mui  preta. 

SANDRART,  (hist.)  pintor  6  biographo  alle- 
mão,  nasceu  em  1606,  morreu  em  1688. 
Deixou  diversas  obras  estimadas  sobre  ar- 
tes :  Academia  allemà,  lonologia  Deorim ; 
Admiranda  sculptura  veteris. 

SANDROEOTTUS  OU  SANDRaCOTTUS,  (hist.) 

Índio  de  um  nascimento  obscuro,  que  de- 
pois da  morte  de  Alexandre  fez  levantaras 
províncias  Índias,  e  se  fez  coroar  em  Pali- 
bottira ;  estendeu  o  seu  poder  pelas  duas 
margens  do  Ganges  e  sobre  quasitodoo 
Pendjab  actual. 


SAN 

SANDWICH,  ^geogr.)  cidade  e  porto  d'In- 
glaterra,  a  4  léguas  ao  E.  de  Dantobery  ; 
8,000  habitantes. 

SAUDwiCH  (archipelago),  (geogr.)  chamado 
também  Arehipelag9  d' Hawaii  ou  Ouhyhea, 
o  archipelago  maisseplentriooal  da  Polyne- 
sia  ;  as  cidades  principaes  são :  Hawaii  ou 
Unhyhea,  Onoahou,  Mooui,  Atoni,  Moro- 
tis,  Unihou,  Ranai,  etc.  ;  40J,000  habi- 
tantes. 

SANEADO,  A»  p.  p.  de  Sanear ;  arfy.  reme- 
diado, reparado. 

SANEAMENTO  s.  m  (menío  sufí.)  O  acto  de 
sanear  í>u  de  sanear-se,  reparação 

SANEAR,  V.  a.  (do  Lat.  sano,  are,  sarar  ) 
dar  salubridade   a  um  lugar  ou  habitação. 

—  as  terras  alagadiças,  a  cidade  inficiona- 
da.— ,  remediar^  reparar,  v.  g.  o  damno, 
a  quebra,  a  infâmia,  os  erros  da  vida  pas- 
sada, o  mal,  a  consciência.  —  a  tenção , 
desculpar.  —  uma  pessoa  com  outra,  recon- 
ciliar. —  amizades  quebradas.  — se  ,  v.  r. 

—  de  quebra,  desdouro,  reparar.  —  com  al- 
guém, reconciliar-se. 

SANEDRiM.   V.  Sanhedrim  ou  Synhedrim. 

SANEFA,  s.  f.  (do  Arab.  sanifa.)  pecado 
cortinado  que  se  atravessa  no  alto  da  por- 
tada, e  chega  de  uma  perna  á  outra  ;  é  de 
seda,  algodão,  etc.  — ,  (carp  )  taboa  assen- 
tada de  travéz,  em  assoalhados  do  madei- 
ra. 

SANFONA,  s.  /".  instrumento  vulgar  de  cor- 
dasj  que  se  toca  movendo  uma  tecla  E'  usa- 
do pelos  cegos  e  por  pastores. 

SANFONHA,  s.  f.  [áoltàl.  sampogua,  i^Tou. 
samponha.)  frauta  rústica. 

sanfonina,  5.  f.  cíiminwí.  de  sanfona,  pe- 
quena sanfona. — ,  s.  m.  o  homem  que  to- 
ca sanfona 

SANFONiNAR,  «.  a.  tocar  sanfouina  ;  (fig.) 
ser  importuno,  fallar  importunamente. 

SANFONiNÉiRO,  s.  m.  (dcs  ciro.)  O  ^ue  to- 
ca  sanfona  ou  sanfnnina. 

SANG  (conselho  de),  (hist )  nome  dado  pe- 
los habitantes  dos  Taizes  Baixos  a  um  tri- 
bunal estabelecido  em  1567  pelo  duque 
d'/Uba,  eque  se  assrgnalou  pelas  suas  san- 
guinolentas execuções. 

SANGA,  *.  f.  (t.  Brasil.)  algirão,  boca  dos 
covãos  por  onde  entra  o  peixe.  Ha  também 
ratoeiras  de  arame  com  sanga  de  pontas 
para  dentro.  W 

SANGA,  (geogr.)  cidade  murada  do  Japão, 
na  ilha  do  Rimo,  a  15  léguas  NE.  de  Nan- 
gasaki ;  capital  de  província. 

SANGADO,  A,  adj.  [sanga,  des.  adj.  ado.) 
preso  da  sanga  para  o  fundo. 

sangalha,  medida  antiga  de  sólidos e lí- 
quidos, que  era  igual  a  cinco  selamins. 
Elucidário. 

SANGARio,  (geogr )  hojs  Sakaria,    rio  da 


SAN 

Ásia  Menor,  corria  na  (lalacia  e  na  Bithy- 
nia,  e  caia  do  Ponto  Euiino. 

s.  ange:o,  (geogr.)  celebre  castello  situa- 
do em  Roma  e  formado  do  antigo  Mauso- 
leo  d' Adriano  ;  tem  muitas  vezes  servido 
de  azylo  aos  papas;  hoje  ó  uma  pri- 
zão. 

s.  ANGELO,  (geogr.)  o  antigo  cabo  Maleo 
promontório  da  iMosea  ao  St. 

s.  ANGELO,  (hist.)  poeta  francez,  nasceu 
em  1747,  morreu  em  1810.  Alem  de  di- 
versas poesias  de  S.  Angelo,  ha  uma  tra- 
ducção  de  Ovídio  um  verso. 

SANGERHANSKfí,  (geogr  )  cidade  murada 
da  Prússia,  a  i  léguas  ao  i>0.  de  Marse- 
burgo ;  4,^)00  habitantes. 

sANGiACo,  s.  m.  (Turco  «aíyaA.jcapitào- 
chefe  de  um  território,  districto,  ou  do  ter- 
mo de  uma  cidade.  V.  Sandiak. 

SANG-KOi,  (geogr.)  rio  do  império  d'An- 
nam,  corre  ao  SK.  rega  Kecho,  e  cae  no 
goipho  de  Tonkin. 

SAMGOEIRAOUSANGUEIRA.S.  f.  COpia,  abuU- 

dancia  de  sangue  derramado. 

SANGouiR,  (geogr.)  ilha  da  Malásia,  no 
mar  d^  Celébes;  12,000  habitantes  Capital 
Taronm. 

SANGRADO,  A,  p.  p.  de  Sangrar;  adj.  que 
se  sangrou,  que  sangrou,  ferido  ;  (flg.)  es- 
carmentado. 

SANGRADOR,  s.  w.  homem  quc  saugra  por 
oíTicio. 

SANGRADOURO,  s.  m  8  flexura  do  braço 
onde  se  costuma  sangrar ;  o  lugar  onde  se 
deriva  agua  de  algum  rio  para  a  encami- 
nhar a  algum  lugar. 

SANGRADURA,  s.  f.  saugradouro.  V.  Sin- 
gradura 

SANGRALiNGUA,  s.  f.  (bot )  herva  que  dá 
uma  folhas  pequenas,  ásperas  e  espinhosas 
por  baiio. 

SANGRAR,  V.  a.  (do  Cast.  sangre,  sangue, 
ar  des.  inf.)  abrir  a  veia  ou  a  a  artéria  pa- 
ra fazer  correr  o  sangue  ;  (fig.)  ferir  de  mo- 
do a  fazer  correr  o  sangue,  v.  g.  —  a  cu- 
tiladas, com  açoutes.  —  o  rio,  derivar  agua 
delle  para  regar  ou  para  outros  usos.  —  a 
lagôa^  o  dique,  o  fosso,  abrir  sangradouro. 
— ,  (fig.)  levar,  tirar,  v.  g. — a  mina,  uma 
terra  de  ouro,  de  dinheiro.  Sangrou  bem 
os  conventos,  tirou-lhe  grande  parte  da  ren- 
da, ou  dodinhe#o  em  cofre.  — sb,  v.  r.  per- 
der sangue  por  meio  de  sangria.  —  em  saú- 
de, (fig.)  acautelar-se,  prevenir-se,  preparar 
de  antemão  desculpa,  satisfação. 

SANGRENTO,  A,  adj .  cruento. 

SANGRIA,  s.  f.  (des.  ia.)  picada  da  veia  ou 
artéria  com  lanceia  para  evacuar  sangue. 
-  - ,  o  sangue  que  se  lira  de  cada  vez.  O 
doente  levou  duas — s  copiosas.  — ,  (fig.)  o 
que  se  tira  a  alguém  com  dolo,  fraude  ou 

TOL.    IT. 


«AN 


518 


por  constrangimento  astucioso.  — ,  (fig.)  mis- 
tura de  vinho  tinto  com  agua  eassucar. 

SANGRO,  (geogr.)  Sagrus.  rio  do  remo 
de  Nápoles,  nasce  perto  de  Gioja,  e  cae  no 
Adriático. 

SANGUE,  s.  m.  (Lat.  sanguis  ou. sanguen 
que  Court  de  Gébelin  deriva  do  Chaldaico 
dam,  sangue,  o  que  não  tem  probabilidade. 
Km  Egypcio  çnof,  sangue,  parece  formado  de 
cen,  correr,  e  af,  carne,  quasi  carne  fluida.) 
liquido  animal  necessário  á  vida,  producto 
da  elaboração  do  chylo  que  penetra  todos  os 
órgãos  ;  conduzido  pelas  artérias  e  veias,  dis- 
tribue  a  nutrição  e  o  calor  em  todo  o  corpo,  e 
é  origem  das  secreções  e  exhalações  ;  é  de  côr 
rubra  no  hom'\iíi  n  lO  maior  numero  dosani- 
maes. — arte'»  tal  o  quc('  propellido  pelo  ven- 
trículo direito  oii  anterior  do  coração  pela 
aorta  e  suas  lamifi»  açòcs,  depois  de  adqui- 
rir no  bofe  as  .jualniades  vivificantes  com- 
binatido-se  com  o  oxygoneo,  e  perdendo  par- 
te do  carbónico,  o  que  lhe  dáa  côrmaisfló^ 
rida.  — tenoso,  o  (|ue  depois  de  ter  circu- 
lado pelas  ailôiias,  volia  pelas  veias  ao  cora- 
ção, e  vai  depirar-se  no  bofe  ^  e  converter - 
se  em  sangue  arterial  —  ,  (fig.)  derrama- 
mento de  saiigue  Ter  muito  —  ou — quen- 
te, estar  na  força  da  idade,  das  paixões.  Ser 
carne  e  — .  carnal,  sujeito  a  paixões,  a  af- 
fectos  humanos  4  —  frio,  sem  paixão.  Es- 
tar a  fogo  e  a  — ro)n\alguem,  em  grande 
inimiiade.  —  ,  (íig.)  casta,  raça,  geração. 
Homem  de  — ,  htbie,  illustre.  Não  ficar  got- 
ta  de  —  no  cotpOy  (fig.)  ficar  mui  assus- 
tado. 

SANGUEÇHUIVA  6  SANGUECHUVA,  S.  f.  (ant.) 

fluxo  de  sangue,  hemorrhagia 

SANGUEiRA,  s.  f.  O  saugue  que  cscorre  de 
animaes  mortos.  A-   das  victimas. 

SANGUKL,  (geogr.)  rio  das  Províncias  Uni- 
das do  Rio  da  ^^rala,  sae  das  lagoas  de 
<  anaverales,  e  juncla-se  com  o  Como  Leu- 
vu,  para  formar  o  Cusu  Leuvu. 

SANGUEN lADO.  V.  Ensanguentado. 

SANGUENTO ,  A  ,  adj.  que  verte  sangue ; 
coberto,  tinto  de  sangue  ;  cruento,  em  que 
ha  grande  effusão  de  sangue.  Peleja  — . 

SANGUESA,  (geogr.)  Suessa,  cidade  d 'His- 
panha,all  léguas  ao  SC.  de  Famplona  ; 
3,500  habitantes.    >  í-tí  í  -.m  (.^f 

SANGUESUGA  OU  SANGUISUGA,  S.  f.  [sangut, 

e  Lat  sugo,  ere,  chupar.)  insecto  aquático 
preto  que  se  pega  ao  corpo  do  homem  e  dos 
animaes ,  e  lhes  chupa  sangue  inchando 
muito. 

SANGUEXUGA,  rio  da  província  de  Mato- 
Grosso  no  Brazil. 

SANGUEXUPA.  V.  Sangucsuga. 

SANGUEXUVA,  (aut.)  Y.  Hcmorrhagia. 

SANGuiFiCAçÃo  ,  s.  f.  (t.  physiologico.)  a 
conversão  do  chylo  em  sangue. 
129 


M4  ^áN 

SANGUiPiCADO  ,  A  ,  p.  p.  de  sanguificar  ; 
adj.  convertido  em  sangue  (o  chylo). 

Sanguificar,  v.  a.  converter  em  sangue 
e  chylo. 

SANGuiFico ,  A,  ddj .  que  tem  virtude  de 
facilitar  a  sanguificaçao. 

SANGuiLEiXADO,  A,  adj.  (ant.)  que  está  san- 
grado. 

sanguileiiador,  (ant )  V.  Sangrador. 

SANGUiLEXiA,  s.  f.  (ant)  oíiicina,  e  arte 
de  sangrar 

SAKGum,  (geogr.)  cidade  da  Guine  su- 
perior a  50  léguas  ao  S.  do  departamento 
de  Palmas ;  e  «  í^ual  distancia  de  Libé- 
ria. 

SANGumARio,  A,  adj.  (Lat.  sanguinarius.) 
truel,  amigo  de  derramar  sangue.  Homem 
ferino  e — .  Tyraano — . 

SANGUÍNEA,  í.  f.  corríjiola,  planta  rastei- 
ra, dá  raminhos  tenros,  e  tem  as  folhas  re- 
cortadas nas  extremidades 

SANGUÍNEO,  A,  údj  (Lat  sanguinevs.)úe 
sangue,  de  côr  de  sangue  ;  sanguinolento. 
Temperamento  — ,  em  que  predon>ina  o  san- 
gue. 

SANGUÍNEA,  s.  f.  V.  Sanguifiea. 

SANGHiNflo,  s  m.  pano  com  o  que  o  sa- 
cerdote alimpa  o  cálix  na  missa,  antes  de 
commungar. 

SANGUÍNEO  ou  SANGuiNHEiRo,  s.  m.  nome 
^e  uma  arvore  sylvestre. 

SANGtJiNHO,  A  ,  adj.  (p.  us  )  sanguíneo ; 
íanguinolento. 

SANGUiNiDADE,  s.  /".  V.  Consanguinidade. 

íAHGUiNO,  A,  adj.  V.  Sanguíneo 

SANGUINOLENTO,  A,  adj.  (Lat.  sanguino- 
9entvs.)  tinto,  ctberto  de  sangue.  — ,  ('p.  us.) 
sanguinário,  que  derrama  sangue.  Sacrifi- 
eio  — ,  de  victimas  degolladas.  Moda  —  de 
€urar,  por  sangrias  mui  ccpicsas. 

SANGUiNoso,  A,  adj.  (Lat.  sanguinosus  ] 
«m  que  houve  muito  sangue  derramado. 
'Guerra — .  — ,  sanguinário,  amigo  de  derra- 
mar sangue*,  ensanguentado.  Aimas— s. 
»  SANGuisEL,  s.  m.  [X.  Asiat.)  (nibarcação 
pequena  da  Índia.  «  Sanguiséts  muito  ligei- 
TOS.  »  1  outo. 

SANGUisuGA,  s.  f.  (Lat.  ionçuis  e  suge- 
re.) senguesuga.  Ista  ortbcgraphia  é  a  mais 
usada.  V.  Sangvesvga. 

SANttixiGA.  V.  í>anguisuga. 

saNBA,  s.  f.  (do  Arab.  a-aviá,  cdio,  do  ver- 
to aatíO,  «boir<(ír,  ttr  ódio.  ^loiac  s o  de- 
riva de  zanne,  que  elle  diz  ser  Italiano  : 
tjtíiz  diíer  zamna  cu  sanna,  dente  de  cào, 
javali.  E'  oiigtm  errada.)  ir»,  furor,  rfliva. 
Faxtr  arniQsâe  — ,  (ant.)  combater  en  duei- 
lo  por  prova  judicial.  —  de  xiUào,  agasta- 
fioento  intempestivo. 

SANHADO.  V.  Assavihadó,  Sáíthuéó.  j 

^ànbbdrui,  s.  nt;  Y.  Synhedrio.  / 


San 

SANHOANEiRA,  *.  f.  (ant.)  V.  Sanjoaneifã. 

SANBOANEiRO,  A,  adj,  aunual  que  se  pa- 
gava pelo  S.  João.  Pensão,  renda  — .  V. 
Sanjoaneira. 

SANHOso,  A,  adj.  iroso,  cheio  de  sanha. 

SANHUDAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  sa- 
nha. 

sanhudo,  a,  adj.  assanhado,  sanhoso,  rai- 
voso, muito  irado. 

SANiAR.  V.  Sanear. 

SANiCULA,  s.f.  (Lat.)  orelha  deesno,  es- 
pécie de  consolda,  planta. 

SANIDADE,  a.  f.  (Lat.  sanitas,  tis)  estado 
são  ;  cura  de  parte  ferida  ou  doente. 

SANiE,  s.  f.  (Lat.  sanies)  (med.)  matéria  ou 
pus  seroso,  que  verte  das  chagas  ou  feridas 
em  mau  estado. 

SANioso,  A,  adj.  (Lat.  saniosus)  da  natu- 
reza da  sanie,  que  verte  sanie.  IJlcera  — . 
Matéria  — . 

sanissim^^,  A  adj  swperl.  alatinado  (de 
sanus,  são)  muito  são. 

sanja,  s.  f.  (de  sanjar)  abertura  larga  en- 
tre dois  vallados  para  escorrerem  as  aguas. 
— s  dos  hacellos,  regos  na  vinha. 

Sanjaco,  s.   n.  (t.  Turco)  Y,  Sangiaco. 

Sanjar,  u.  a.  (Lat.  sinuo,  are,  excavar, 
abrir  regos)  abrir sanjas:  —  a  terra,  avi- 
nha. 

SANJOANEIRA,  s.  f.  tfibuto  autigo  quo  se 
pagava  pelo  São  João;  uma  espécie  de  pêra 
assim  chamada.* 

SANEARA,  (geogr.)  região  do  SO.  da  Ni- 
gricia  central,  ao  norte  dos  montes  Rong. 
É  muito  vasta  e  nasce  nella  o  Djoliba. 

SANKHTA,  (hist.)  um  dos  systemas  semi- 
orthodoxos  da  philosophia  dos  Índios,  ha 
neste  systema  três  differenças  ;  a  1  ^  o  San- 
khya  de  Kapila,  que  não  admitte  mais  que 
dous  principios  ;  a  natureza  matéria  e  a 
alma,  e  que  con<ede  ao  primeiro  a  activi- 
dade e  a  unidade;  2.^  o  Sankhya  de  Pa- 
tandjali.  que  reconhece  uma  inteliigencia 
suprema  creadora  e  conservadora,  e  admit- 
te uma  espécie  de  magia  ;  3.^  o  Sankhya-^ 
Pcurakina,  que  declara  que  a  natureza 
não  é  mais  do  que  un  a  ilJuzâo» 

f^ANLEfOUE,  ihist  )  poeta  lranc(z,  nasceu 
fm  1(52,  moncu  em  1/14.  Deixou  alem 
de  Poei^ias  latinas,  satyras,  sonetos  e  ma- 
drigaes.  9 

s^NNAZARO,  (hist.)  poeta  italiano,  nasceu 
em  i4í,8,  morreu  (m  1L30.  Deixou  poe- 
s'as  latines  muito  estimadas. 

SA^QU]TAR,  t).  a.  —  boroa,  pô-la  no  al- 
guidar edar-lhe  voltas  com  farinha  para  li- 
gar bem  a  massa. 

SANTA-ARvoRE,  S.f  especje  de  arvcreda 
ilha  de  Ferro,  semelhante  nas  folhas  ao lou- 
feil^,  e  sem{  re  verde. 

SANTA  ou  PARiLLA,  (geogf  )  cidfide  doPe- 


SAN 


éAN 


òú 


su  ,  perto  da  embocadura  do  Santa  ou 
Tombo. 

SANTA  AFFRiCA,  (gcogr.)  cidadc  d«  Fran- 
ça, a  11  léguas  ao  bh.  de  Kbodez  ;  6,420 
habitantes. 

SANTA  agata,  (ííeogr.)  nome  de  muitas 
cidades  do  reino  de  ^iapoles,  2  na  Terra  de 
Labor,  outra  a  um  quarto  de  légua  deSes- 
s«. 

SANTA  AGRi^R,  (geugp )  uma  das  ilhas 
Sorlingues ;  2i'U  habitantes. 

SANTA  ANNA,  (geogr.)  pequfiua  cidade  da 
ilha  ingleza  d'Aurigny.  burgo  da  N  arlioi- 
ca,  na  j^arte  mais  meridional.  Burgo  de 
i»uadelupe  do  S.  de  M»  ule. 

Santa  aldaya,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  5  léguas  ao  ^0.  de  biberaçe  1,440 
habitantes. 

SANTA  BARBABA,  (geogr.)  ilha  do  grande 
Oceano,  a  O.  de  Bornéo. 

SANTA  baume,  (geogr.)  do  provençal  baou- 
fpo.  caverna,  montanha  de  França,  a  7  lé- 
guas ao  bO.  de  Brignolles. 

SANTA  COLOMBA,  (geogp.)  cidade  de  Frau- 
ça,  a  7  léguas  de  Lyon  ;  1,000  habitantes. 

SANTA  CBOCE,  (gcogr.)  uome  de  muitas 
cidades  d'ltaha,  as  priucipaes  são ;  uma 
cidade  do  grin-ducado  de  Toscana  a  meia 
Ugua  ao  ^0.  de  b.  Miniato  ;  3,00u  habi- 
tantes ;  2  cidades  do  reino  de  INapoles,  uma 
a  8  léguas  ao  ^E.  de  Campobasso,  2,H00 
habitantes ;  outra  a  o  léguas  ao  SE.  de 
Campo  Basso ;  2,700  habitantes. 

SANTA  CRUZ,  (geogr.)  uma  das  ilhas  dina- 
marquezas  3.30u  habitantes.  Capital  Chris- 
tianstat. 

SANTA  CRLZ,  (geogr.)  cidade  e  porto  da 
ilha  de  Teneriffe,  sobre  a  Costa  a  t.  SÍ-.OOU 
habitantes. 

SANTA    CRLZ    NA     PLANÍCIE,     (gCOgr.)     viUa 

de  França,  a  2  léguas  e  1  quarto  ao  S.  de 
Colmar  ;  l,v80  habitantes. 

SANTA  CRUZ  das  MINAS,  (geogr.)  villa  de 
França,  a  9  léguas  ao  N.  de  Colmar,  l,5bO 
habitantes. 

SANTA  CRUZ  DE  TOLVESTRE,  (gCOgr.)  ci- 
dade de  França,  a  ó  léguas  e  meia  ao  JN. 
46  S.  (jirons  ;   .>  ,900  habitantes. 

SANTA  CRUZ,  (geogr.)  ^ome  de  muitas 
údades,  ilhas  e  nos,  ete.  dtíispanha,  Por- 
tugal, da  America,  quasi  todas  pouco  im- 
portantes, as  principais  são. 

SANTA    CRLZ   OU  ILHAS    DA    RaINBA   CaRLO- 

TA,  (geogr.)  archipelago  do  grande  Oceano- 
Equinocial. 

SANTA   CBIZ    DA    SillA,     (gCOgr.)   dÍ8trÍctO 

da  Boli^ia  enlic  os  da  Paz  ao  ^0.  de  Co- 
cbabamba  ao  SO.  de  thuquisaca  ao  S.  o 
de  àoios  a  F.  e  ao  K.  l^tt.OtíOi  habitan- 
leò. 

SáATà  CBIZ  DA  SUBA    NOTA   OU    S.   LOU- 


RiNÇO  DA  frontera,  (g€Ogr.)  cidadc  da  Bo- 
lívia, capital  do  distrito  do  mesmo  nome, 
a  112  leguasa  t.  da  Paz;  9,0t]0  habitan- 
tes 

santa  cklz  lk  muuela,  (geogr.)  cidade 
d'llispanha,  a  l2  Ipguas  ao  S£.  de  Cidade 
Real ;  4,800  habitantes. 

santa  cruz  (Marquez  de)  (hist.)  almiran- 
te hispanhol  no  reinado  de  Carlos  (juinto. 
Tomou  t>ran  eTumsaBarba  roxa,  ganhou 
uma  vittoria  a  Strozzi,  mas  manchou  a  sua 
gloria,  tratando  como  piratas  os  que  lhe 
cairam  nas  mãos.   -orreu  em  l;'i^/. 

SANTA  EUPUtMiA,  (geogr.)  Laiiietiã,  cida- 
de do  reino  de  >apoles,  sobre  ogolphode 
Santa  Euphemia  (Sinus  Hipponiales.) 

SANTA  MARIA  (ilha),  (georg.)  ilha  do  mar 
das  Índias,  na  custa  a  t.  de  Madagáscar  ; 
5,000  habitantes.  Capital  S.  Luiz. 

SANTA  Maria  uas  minas,  (geogr.)  cidade 
de  França,  a  9  léguas  ao  ísO.  de  Colo  ar ; 
11,542  habitantes. 

SATA  FÉ,  (geogr.)  cidade  da  Confederação 
mexicana,  5,t00  habitantes. 

SANTA  FÉ,  (geogr.)  cidade  da  Confedera- 
ção do  lUo  da  Prata,  capital  do  Estado  de 
Santa  Fé,  na  margem  direita  de  Paraná  ; 
t»,0lO  habitantes.  O  istado  de  Santa  Fé  fi- 
ca situado  tntre  os  Estados  d'Entrerios  a 
E  de  Buenos  Ayres  ao  SE.  de  S.  Luiz  ao 
SO.  de  Córdova  ao  N. 

SANTA  GENOVEVA,  (gcogr.)  cidade  dos  Es- 
tados-Uuidos,  a  20  legoas  ao  SE.  de  S.  Luiz  ; 
1,500  habitantes. 

SANTA  HELENA,  (geogr.)  ilha  a'Africa  no 
Oceano  Atlântico  ;  5,000  habitantes.  Uma 
so  cidade  James-Town.  Descoberta  pelos 
Portuguezes  em  1502.  Uoje  dos  Inglezes. 

SANTA  HERMÍNIA,  (gt^ogr.)  cidadc  de  Fran- 
ça, a  5  léguas  e  meia  qq  i\0.  de  Fontenay; 
i,9U0  habitantes. 

SANTA  iZABEL  (Ordem  de),  (hist.)  ordem 
portugueza,  instituída  em  1801,  pela  rainha 
D.  Carlata  Joaquina.  Devia  condecorar  uni- 
camente 26  damas  de  alta  nobresa,  e  hoje 
é  raramente  distribuída. 

SANTA  i  iCRADE,  (gcogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  1  léguas  e  meia  a  U.  de  Villauova 
d'Agen  ;  b,087  habitantes. 

SANTA  LLCiA,  (geogr.)  Uma  das  Antilhas 
inglezas,  ao  ^  da  de  S.  \ic«nte;  95,000 
habitantes.  Capital  Porto  Caslries  ou  Cere- 

nage. 

SANTA  MARGARIDA,  (geogr.)  a  maior  ilha 

das  i.erinas. 

SANTA  MARGARITA,  (geogr.)  cidade  da  Si- 
cília, a  7  léguas  ao  SO.  de  Corleone  ;  7,;i00 
habitantes. 

SANTA    MARIA    D'0L&lt0N,    (gCOgr.)     cidadtí 

de  França,  pttrto  dOleroa;  i>,440 habitan- 
tes. 

1S9  * 


516 


SAN 


SáN 


SANTA  MARiA-OTTERY,  (geogr.)  cidâde  de 
Inglaterra,  a  um  quarto  de  légua  ao  SE. 
d'Exeler,  3,000  habitantes. 

SANTA    MAllIA    DS     BETHANCURIA,      (geOgf.) 

capital  da  ilha  de  Fortavenlura  ;  &50  ha- 
bitantes. 

SANTA  MARIA  Dl  CAPUA,  (geogr.)  cidadc 
do  reino  de  Nápoles,  a  1  quarto  de  légua 
de  Capua  ;  9,0UO  habitantes. 

SANTA  MARIA  Dl  LELCA,  (geogr.)  Cidade 
do  reino  de  Nápoles,  a  4  léguas  ao  S  de 
Alessano  ;  8.000  habitantes. 

SANTAS   MARIAS  OU    N.    SENHORA    UO    MAR, 

(geogr.)  villa  de  França,  a  7  léguas  ao  SO. 
d'Arles;  837  habitantes. 

SANTA  MARTA,  (geogr.)  cidade  da  Nova 
Granada,  capital  da  província  de  Santa  Mar- 
ta ;  6,000  habitantes.  A  província  de  San- 
ta Marta,  situada  no  mar  das  Antilhas,  en- 
tre o  distrito  de  Zulia  a  E.  e  a  provincia 
de  Carthagena  ao  O  conta  62,000  habitan- 
tes. 

SANTANDER,  (geogr.)  ('isto  é  Santo  André) 
porto  e  cidade  deCastella,  capital  da  inten- 
dência de  Santander,  a  90  léguas  de  Viadrid 
19,000  habitantes.  A  intendência  de  >antan- 
der  tem  por  limites  o  golpho  de  Gasconha  ao 
N.  :  as  Astúrias  a  O  ,  a  Byscaya  a  E.,  as  pro- 
víncias de  Burgos  e  de  Falência  ao  S.  192,000 
habiténtes. 

SANTANDER,  (hist.)  sabio  hispanhol,  nas- 
ceu em  17b2,  morreu  em  181;i.  Tublicou 
o  Catalogo  da  Bibliotheca  de  I).  Simon  de 
Santander  em  cartas  bibliographicas  e  litte- 
rarias  muito  curiosas.  Também  é  autor  do 
Diccionario  bibliographico  do  XV século. 

SANTA  ROSA,  (geogr.)  nome  de  varias  cida- 
des da  America,  uma  no  México,  a  85  léguas 
NE.  de  Montelovez  ;  4,000  habitantes  ;  a 
outra  no  Chili  sobre  o  Aconcagua,  a  5  léguas 
ao  SE  de  Aconcagua. 

SaNta  severina,  [geogr.)  Siberena,  cida- 
de do  reino  de  Nápoles,  a  5  léguas  í\E.  de 
Cantazaro;  1,000  habitantes. 

Santa  suzanna,  (googr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  9  léguas  E.deLabal;  1,720  habitan- 
tes. 

SANTAFOLHO,  s.  m.  V.  CentifoHo. 

santamente,  adv.  [mente  suff.)  com  san- 
tidade,  como  santo.  Viver — . 
.    SANTÃo,  s.  m.  rehgioso  asiático  tido  em 
conta  de  santo. 

SANTAR  ,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Senhorim,  a  2  léguas  do  Vi- 
zeu  ;  l,!:i00  habitantes.  Ba  outra  no  conce- 
lho de  Arcos-de-Val-de-Vez. 

SANTARÉM,  (geogr.)  (antiga  iScaòa/úe  de- 
pois Proesidium  Juliam  dos  Romanos),  an- 
tiquíssima e  importante  villa  situada  a  14  lé- 
guas ao  hE.  de  Lisboa,  no  centro  da  Estre- 
■iLadura,  da  qual  é  uma  das  três  adminis- 


trações civis,  e  das  17  do  reino;  n'um ter- 
reno elevado  sobre  a  margem  direita  do 
Tejo. 

sANTARRÃo,  s.  m.  augmcnt.  jocoso  de  san- 
to, hypocrila,  que  affecta  santidade. 

SANTAS  (ilhas),  (geogr.)  grupo  do  Archi- 
pelago  das  Antilhas,  duas  são  as  principaes  : 
uma  a  Terra  d' Alto  ou  do  Vento ;  a  outra 
a  Terra  debaixo;  l.^íOO  habitantes. 

SANTEE,  (geogr.)  rio  dos  Estados -Unidos, 
nasce  nas  Montanhas  Azues,  corre  a  E.  e  cae 
no  Oceano  Atlântico. 

SANTEIRAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
hypocrisia. 

SANTEIRO,  A,  ttdj .  devoto  supersticioso  dos 
santos,  beato  ;  (p.  us.)  devoto  sincero. 

SANTELLO,  s.  m.  especio  de  rede  de  pes- 
car. 

SANTELMO,  s.  m.  (do  Ital.)  a  electricidade 
que  apparece  nos  mastros  e  outras  partes  de 
navios  em  tormenta  ;  (íig  )  cousa  que  livra, 
salva  de  perigo,  ou  de  mal  imminente. 

SANTENAY,  (geogr  )  villa  de  Frauça,  a  2  lé- 
guas e  meia  NO.  de  Clagny  ;  1 ,600  habitan- 
tes. 

SATERRE,  (geogr.)  antigo  paiz  de  França, 
na  Ficardií-  ;  era  dividido  em  Alto  e  Baixo 
Santerre,  linha  por  capital  l'eronne. 

SANTEUIL  ou  SANTEUL,  (hist.)  SantoUuS^ 

poeta  latino  moderno,  nasceu  em  i630,  mor- 
reu em  1697  As  suas  poesias  consistem  em 
hymnos,  inscripções  eepigraphes. 

SANTIAGO  DA  ESPADA  (Urdem  de),  (hist.) 
ordeui  militar  portugueza,  mas  de  fundação 
castelhana.  Foi  insliiuida  em  1173  emiies- 
panha  por  D.  Bamiro  1,  e  introdusida  em 
Fortugal  porD.  Affonso  Henriques,  em  agra- 
decimento da  tomada  de  Santarém,  doando- 
Iheelleeseus  successores  muitas  terras.  Foi 
seu  primeiro  assento  em  Lisboa  no  mostei- 
ro de  Santos-o- Velho,  depois  em  Alcácer, 
depois  em  Mertola.  e  por  ultimo  em  Palmella. 
Em  1320  o  papa  João  XXII  desligou  esta 
ordem  da  de  Castella  e  em  }  522  ficou  o  seu 
grão-mestrado  incorporado  na  coroa.  O  ha- 
bito dos  cavalleiros  era  uma  espada  coroa- 
da em  forma  de  cruz  roxa  sobre  manto  bran- 
co; o  património  da  ordem  abrangia  47  villas, 
150  commendas  75  igrejas  e  muitos  benefí- 
cios. 

SANTIAGO,  (geegr.)  Campus  Ste Um  em  la- 
tim da  idade  media,  S.  Thiago  de  Compôs- 
teila,  cidade  de  Hispanha.  na  intendência  da 
Corunha,  a  127  léguas  NO.de  Madrid;  29,000 
habitantes. 

SANTIAGO,  (geogr.)  capital  do  Chili  e  do  dis- 
tricto  de  Santiago,  sobre  oMaypocha,  a  450 
léguas  de  Buenos  Ayres  ;  45,000  habitantes. 
O  districto  de  Santiago,  um  dos  8  do  ChiU, 
tem  por  limites  o  de  Aconcagua  ao  N.,  os 
'Addes  aE 


HH 


8ÀW' 


SANTIAGO  DE  ALANH»,  (geogr.)  cidade  da 
republica  de  Nova  Granada,  capital  da  pro- 
Tincia  de  Veragna,  no  districlo  do  Isthmo; 
5,000  habitantes. 

SANTIAGO  DE  CUBA,  (gcogr.)  Capital  do  dis- 
tricto  oriental  de  Cuba,  a  2(i0  léguas  SE.de 
Havana  ;  12,00U  habitantes. 

SANTIAGO  DE  HAITI,  (geogr  )  OU  Santiago 
de  los  Cahalleros,  cidade  do  Haiti,  a  39  lé- 
guas NO,  de  S.  Domingos  ;  12,000  habitan- 
tes. 

SANTIAGO  DRL  ESTERO,  (gcogr.)  Cidade  da 
Confederação  do  Uio  da  Prata,  capital  do  Es- 
tado do  mesmo  nome,  a  4  léguas  SE.  de  Tu- 
cuman. 

SANTIAGO,  s.  m.  santo  mui  venerado  na 
Ilespanha.  Dar  —  no  inimigo,  ataca-lo  bra- 
dando — .  Entrada  de — ,  entre  pastores,  a 
via  láctea.  Mostrar  o  cavallo  a  estrada  de 
— ,  entre  alveitares,  estender  a  mão  estan- 
do quieto. 

santiamen,  s.m.  Em  um — ,  em  um  ins- 
tante ou  momento,  isto  é,  no  tempo  que 
basta  para  pronunciar  sancti  amefi. 

santíco,  s.  m.  dixe,  brinco  que  se  traz 
ao  peito,  e  em  que  está  esculpida  a  imagem 
de  um  santo. 

SANTIDADE,  s.f.  (Lat.  sauclitas  tie)  a  qua- 
lidade de  ser  santo. — s,  (p.  us.)  as  divinda- 
des do  paganismo.  Sua  — ,  titulo  do  papa 

santigar,  V.  a.  (nnt.)  fazer  o  signal  da 
cruz  :  dizer  orações  sobre  o  enfermo. 

santiguado.  a,  p  p.  de  santiguar-se  ; 
adj.  coberto  com  capa  de  santidade. 

santiguar-se,  V.  r.  cobrir-se  com  pretex- 
to ou  capa  de  santidade,  para  fraudar  e 
damnar  a  outrem. 

SANTiLÃo,  adj.  m.  augment.  e  peiorativo 
de  Santo,  hypocrita  que  se  finge  santo. 

santillana,  (geogr.)  Coucana,  cidade  de 
Hispanha  ,  a  7  léguas  SO.  de  Santander  : 
2,300  habitantes. 

SANTiMONiA,  s.  f.  (Lat.)  — s,  pi.  saulida- 
des,  penitencias  de  santos;  hypocrisia,  ex- 
tenoridades  de  santo,  beatice. 

SANTiMONiAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  senlimo- 
nialis)  de  santo  ;  que  tem  exterioridade  de 
santo,  que  tem  maneira  de  santimonia. 

santinha,  s  f.  diminuí,  de  santa,  mulher 
de  muito  bons  costumes,  e  mui  humilde. 

santinho,  s.  m  dimmut  de  santo,  ho- 
mem de  muito  bons  costumes,  e  mui  hu- 
milde. 

santissimamente,  adv.  superl.  de  santa- 
mente, 

santíssimo,  a,  adj.  (Lat,  sanctissimus) 
superl.  de  santo,  mui  santo.  O  —  Sacra- 
mento, oti  subst    O — ,  a  ♦^ucharislia. 

santo,  a,  adj.  (Lat.  sanc/uí,  úbsancire, 
consagrar,  eslabnlecer,  siinccionar ;  ou  do 
Ejí^^po.  souten,  rectidão,  soutan,  dirigir.  Em 


SAN 


m 


Sanscr,  sadd,  signitlca  santo)  sagrado,  vene- 
rável; virtuoso.  —  exercício.  Vida — .  — * 
costumes.  —  homem.  — ,  dotado  de  santi- 
dade, v.g.  homem—.  — ,  (fig.)  muito  ulil 
eellicaz.  —  remédio  —  herva.  —  offício^ 
o  atroz  tribunal  da  inquisição,  hoje  feliz- 
mente extincto.  Padre  — ,  epitheto  do  papa. 
A  —  igreja  catholica  Corpo — .  V.  Santel- 
mo. — ,  cadáver,  ossada  de  algum  santo. 
Dia  —  de  guarda,  em  que  a  Igreja  manda 
ouvir  missa  e  abstir  se  de  trabalho  profano. 
Encommendar-se  a  bom  — ,  (loc.  famil )  sair 
de  perigo  ou  de  embaraço  por  intervenção  do 
bons  valedores. 

SANTO,  s.  m.  (subst.  do  precedente,  por 
ellipse,  subentendendo  homem]  homom  san- 
to, reconhecido  santo  pela  igreja ;  imagem 
de  algum  santo.  Dia  de  todos  os  — s,  festa 
que  a  Igreja  celebra  no  primeiro  de  Novem- 
bro. — ,  (milit.)  nome  de  um  santo  que  sor- 
ve desenha  ás  guardas 

SANTO  AGOSTINHO,  (geogr.)  cidade  dos  Es- 
tados-Unidos,  antigamente  capital  da  Flori- 
da oriental,  á  entrada  desta  península ; 
2,00i)  habitantes. 

SANTO  AGOSTINHO  (bahia  de),  (geogr.)  ba- 
hia  na  costa  O.  de  Madagáscar. 

SANTO  AGOSTINHO  (ç,d\)o),  (geogr.)  O  cabo 
mais  oriental  da  America,  no  Brazil. 

SANTO  ALBíNO,  (gcogr  )  cidade  de  França, 
a  6  Iftguas  NE.  de  Ville-Franche  ;  2,950  ha 
bitantes. 

SANTO  ALBINO  d'aubigne,  (geogr.)  cidade 
de  França,  a  4  léguas  e  meia  NE.  de  Ilennes; 
l,2i)0  habitantes. 

SANTO  ALBINO  DO  CORMIER,  (geogr.)  cida- 
de de  França,  a  5  léguas  S().  de  Fougeres  : 
1,<70  habitantes. 

SANTO  AMBRÓSIO,  (geogf.)  cidade  dos  esta- 
dos Sardos,  a  7  léguas  NO,  do  Turin,  porto 
do  Doire. 

SANTO   ANDUE    LA  MARCHE,    (geOgr.)  cidâde 

de  França,  a  5 léguas  d'Evreux  ;  2,240  ha- 
bitantes. 

SANTO  ANDREASBEac,  (gcogr.)  cidade  do 
Hanaro ,  a  5  léguas  SO.  d' rllbuigerode ; 
4,0;íO  habitantes. 

SANTO  ANTHEME,  (geogr.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  6  léguas  E.  d'Aubert;  2,^00  habitan- 
tes. 

SANTO  ANTioco,  (geogr.)  J?nosis,  pequena 
ilha  do  Mediterrâneo,  na  costa  SO.  da  Sar- 
danha  ;  2,0)10  habitantes. 

SANTO  ANTÓNIO,  (geogr.)  umo  das  ilhas  de 
Caba  Verde,  4,000  habitantes, 

SANTO  ANTÓNIO,  (geogr  )  Dome  de  quatro 
cabos  ;  o  i .°  na  ponta  O.  de  Cub.í  ;  o  2.°  na 
ponta  S.  da  entrada  do  rio  da  Prata ;  o  <3.° 
na  ponla  da  terra  do  Fogo  ;  o  i.°  nos  Esta- 
dos-Unidos, 

SANTO  AKTORiNO,  (ge.>gr.)  Cidade  cle  Frap* 


1^8 


SiN 


SAP 


ça,  a  10  léguas  NE.  de  Montauqan  ;   5,500 
habitantes. 

SANTO  AWTONio  DK  BEJAR,  (geogr.)  cida- 
de do  Texas,  capital  da  provincia  de  Santo 
António ;  3,000  habitantes. 

SANTO  ESPIRITO,  (geogr.)  cidade  da  ilha 
de  Cuba,  a  20  léguas  >E.  da  Trindade;  7,000 
habitantes. 

SANTOANE,  í.  m.  ant. ,  obsol.  e  de  signifi- 
cação incerta.  O  aulordo  I  lucidariocrê  que 
é  nome  de  ura  panno  ou  tecido. 

SANTÕES,  (hist.)  religiosos  inusulmanos, 
que  passam  uma  vida  vagabunda  e  libertina, 
e  muitRs  vezes  roubam  os  viajantes  ;  fingem- 
se  doidos  (porque  a  loucura  passa  por  inspi 
ração  e  por  sinal  de  santidade  entre  osMu- 
sulmanos,  disputam  com  aquelles,  que  en- 
contram, e  pedem  esmola  armados. 

SANTOLA.  V.   Centola. 

SANTONA,  (geogr.)  ciHade  e  porto  de  His- 
panha,  a  7  léguas  K.  de  Saniander  ;  1,500 
habitantes. 

SANTONES ,  (geogr.)  hoje  a  Saintonge,  o 
Angoumez  e  o  Aunia,  povo  da  Gallia  na 
Aquitania,  ao  S.  dos  Pietones,  tinha  por  ca- 
pital Sain tones  (hoje  Saintes). 

SANTO-OFFicio,  s.  m.  V.  Santo.  adj . 

SANTOR,  s.  m.  (corrupção  do  Fr.  sauloir) 
(t.  do  bras.)  aspa. 

^í  SANTORAL,  s.  m    livro  de  panegyricos,  ou 
vidas  de  santos. 

SANTORiN  (ilha),  (geogr.)  Thera  dos  anti- 
gos, ilha  dos  Estados  da  Grécia,  uma  das 
Cyclades  meridionaes  ;  1:*,000  habitantes. 

SANTORUM  (por  sanctorum,  Lat.)  o  pão  por 
Deus. 

SANTOS,  (geogr.)  cidade  dellispanha,  a  8 
léguas  ao  NO.  de  Llerena  ;  6,000  habitan- 
tes. 

SANTO  STEFANO-BELBO,  (geogr  )  cidade  dos 
Estados  Sardos,  a  4  léguas  ao  ^0.  de  Ac- 
qui ;  .'Í,í00  habitantes. 

SANTUÁRIO,  s.  w.  (Lat  sãntuarium)  V. 
Sancívario. 

N.  B.  O  USO  tem  feito  supprimir  o  c  ra- 
dical em  Santo  e  seus  derivados.  Nós  o  con- 
serva-mos  em  sanctuario,  sanctificar,  e  em 
todos  os  mais  vocábulos  em  que  na  decla- 
mação se  far  soar  o  c 

SANUDO  (Marcos),  (bist  )  general  venezia- 
no, nasceu  em  1153,  fez  parte  da  4.'  cru- 
zada, ajudou  os  Francos  a  derrubar  do 
Ihrono  o  imperador  de  Cons»antinopia  e  a 
fundar  o  império  latino,  ftjio  ierou-se  das 
Sporades  e  das  Cyclades,  foi  nomeado  du- 
que do  Archipelago  e  transmittiu  este  titulo  a 
3PUS  descendentes.  Morreu  em  1220. 

SANUTO,  (geogr.)  Vcnoziano,  fez  cinco 
viagens  á  Palestina  e  ao  Oriente  empreen- 
deu pregar  uma  nova  cruzada,  e  apresen- 
tou ao  pap«^Jo&o  XX  Cartas  geogrupkicas 


do  Mediterrâneo,  da  Terra  Santa  e  do  Egy- 
pto. 

SANUTO,  (hist.)  historiographo  de  Vene- 
za, nasceu  em  1466,  morreu  em  l58'. 
Deixou  entre  outras  obras:  De  adventuC^- 
roli  in  Italiam  adversus  regnum  neapoK- 
tanvm. 

SANUTO,  (hist.)  nobre  veneziano  do  XVt 
Sfcculo.  l»eixou  :  Historia  d' Africa  ;  e  uma 
Geographia. 

SÃO  ou  SAN,  abreviado  de  Santo,  v.g. — 
João,  Pedro,  Thomé. 

SÃO,  adj  m.  sãa,  sã  ou  san,  f.  (Lat.  »a- 
nus)  em  estado  de  saúde,  de  perfeita  integri- 
dade, conservação,  que  não  tem  lesão,  ou 
que  eslácurado  d'ella.  Fruta — .  Ares tãos, 
saudáveis,  sadios  Sino  — ,  sem  racha  Ou 
falha.  Voz  san,  que  não  dá  notas  falsas.  Juí- 
zo são,  recto.  Homem — ,  em  est  ido  de  saú- 
de ;  (tig.)  recto,  probo,  seguro  no  trato.  Dour- 
trina  — ,  boa.  — con^ielho,  prudente.  Ter- 
ras pouco  ôcitis,  doentias,  não  salubres,  não 
sadias  Não  ter  osso — ,  ter  o  corpo  moido. 
O — ,  subst  ,  aparte  san,  v  g  cortar  pelo 
— ,  como  se  faz  á  fruta  tocada,  e  a  membro 
que  começa  a  gangrenar-se. 

SÃO,  (ant.)  por  sou  .lo  verbo  ser.  Tam- 
bém disseram  sam,  e  som. 

SAÕES  ou  SAIÕES.  V.  Saião,  Algoz. 

SAONE.  (geogr.)  Araris  dos  antigos,  ^e- 
gotta  e  Sancona  na  edade  media,  rio  de 
França,  nasce  no  SO.  do  departamento  de 
Vosges,  e  cae  na  Rhoae  em  Lyon 

SAONE  (departamento  do  Uto),  (geogr.) 
departamento  franòez,  situado  enire  os  de 
Vosges  ao  N.  do  Doubs  e  do  Jura  ao  S. 
do  Alto  Hheno  a  E.  do  Alto  Mame  e  da 
Cosia  d'Ouro  ao  O  043,298  habitantes.  Ca- 
pital Vesoul. 

SAONE  E  LOIRE  (departamento),  (geogr.) 
departamento  francez,  entre  os  da  Costa 
d'òuro  ao  N  do  Loire,  do  Uhone.  d'Ain 
ao  S.  do  Jura  a  E.  d'Allier  ao  0.  53Sí,507 
habitantes  Capital  Maeon 

SAORGio,  (geogr.)  cidade  dos  E^tados-Sar- 
dos,  a  9  léguas  NE.  de  Nice  ;  3,100  habitan- 
tes. 

sÃo-THOMé,  s.  m.  nome  de  uma  moeda 
de  ouro  fino  que  fez  cunhar  na  Ásia  Garcia 
de  Sá. 

SAPA,  s.  f.  (Lat.  *apa,  envada)  pá  de  pau 
ou  de  ferro  com  cabo,  para  levantar  a  terra 
cavada  ;  obra.  trabalho  do  sapador. (Os  Fran- 
cezes  chamam  sape  ao  trabalho  dos  minei- 
ros no  ataque  das  praças,  porque  em  Fran- 
ça a  pá  ousada  em  lugar  da  enxada). 

SAPADOR,  s.  m.  gastador  que  trabalha 
com  a  pá,  na  sapa  ou  cava. 

SAPAL,  s.  m.  [desolo,  e  paul]  terra  bre- 
josa,  e  apaulada. 

SAPÃO,  (t.  Asit.)  espécie  de  madeira  ésti- 


SAP 


SAP 


519 


mada  na  tinturaria  (Vem  principalmente  de 
Siãn). 

SAPAR,  V.  a.  {sapa,  ardes,  inf)  cavar  com 
a  pá  ou  sapa  ;  minar. 

SAPvTA,  .>  f.  (V  Sapato)  (t.  de  pedreiro) 
a  parte  da  parede  que  cresce  sobre  a  terra  ; 
peça  de  madeira  sobre  o  pilar  e  que  sobre- 
sahe,  onde  assenta  a  trave,  para  ficar  mais 
firme  Feijões  de  — ,  verdes  e  tenros  cozidos; 
espécie  de  borzeguins  de  mulher.  — s,  pi. 
sapatos  de  mulher. 

SAPATADA,  s.  f.  golpe  com  o  sapato. 

SAPATARIA,  s.  f.  (des.  ária)  bairro  ou  rua 
dos  sapateiros. 

SAPATEADO,  A,  p.  p.  de  Sapatear  ;  adj.  ba- 
tido o  compasso  com  o  salto  do  sapato.  Dan- 
sa  — . 

SAPATEAR,  f).  n.  [sapata,  ar  des.  infj 
marcar  o  compasso  batendo  no  chão  com  o 
salto  do  sapato. 

SAPATEIRA,  s.  f.  mulherdo  sapateiro  ;  ma- 
risco de  concha,  vulgar. 

SAPATEIRA,  adj.  f.  Azeitona — ,  a  que  já 
está  molle  e  meia  podre  na  salmoura. 

SAPATEIRO,  s.  m.  homem  que  faz  sapa- 
tos, botas  e  mais  calçado. 

SAPATLTA,  s.f.  especie  de  sapata  ou  chi- 
nela ;  o  som  que  faz  alguém  andando  em 
chinelas  e  batendo  o  salto  dVllas  no  sobra- 
do ou  no  calcanhar,  ou  saltando  e  bailando. 
Correr  a  —  a  alguém,  dar-lhe  um  corrima- 
ço,  ou  vaia. 

SAPATiLHOS,  s  m.  pi.  [áe  sapato)  (naut  ) 
ferros  redondos  em  que  pegam  as  poas,  por 
senão  cortar  a  bolina,  ou  em  que  pegam  os 
brióes  na  esteira  da  vela.  Os —  das  cannas 
de  açúcar,  as  primeiras  folhas  que  despon- 
tam junto  do  pé,  meias  enterradas. 

sapatinha,  s.  f.  diminut.  de  sapata. 

SAPATINHO,  s.  m.  ãiminut.  de  sapato,  pe- 
queno sapato,  sapato  fino. 

Sapato,  s.  m.  (na  B.  Lat.  sapata,  Cast.  za- 
pato.  Fr.savate,  chinela.  M.  Itoquefort  o  de- 
riva do  Lat.  sopa  que  elle  verte  lamina,  cou- 
sa chata.  Vem  do  Arab.  «apaío»,  áe  sapatos 
calçar  :  o  Egypc.  sop  ou  shop  significa  a  plan- 
ta dope;  cen-h,  çon  h  ou  son-h,  cingir; 
sêhof)  também  significa  comprehender,  en- 
cerrar, ephat,  pé)  calçado  de  coiro  que  co- 
bre por  cima  o  pé  ou  parte  d'elle,  e  se  segu- 
ra com  fivela,  fita  ou  cordão,  os  sapatos  de 
mulher  cobrem  só  a  extremidade  do  pé,  e  de 
ordinário  não  tem  fivela  nem  fita  de  apertar. 
Jogo  do  — ,  em  que  se  esconde  um  sapato 
que  um  dos  jogadores  anda  buscando,  ba- 
tendo-lhe  os  outros  com  elle  nas  costas.  Fa- 
zer gato —  de alguém.  V.  Gato.  Poz  de—, 
marfim  ou  corno  queimado  e  reduzido  a  pó, 
para  fazer  graxa. 

s.\PE,  interj.  com  que  se  enxotam  os  ga- 
los. O  jogo  de  —  na  barba,  é  do  dois  ra- 


pazes que  põem  uma  m&o  na  barba,  e  d&o 
uma  pancada  com  a  outra. 

SAPÉ,  s  m.  [t.  Brazil.j  herva  com  que  se 
cobrem  palhoças.  Casa  ds  — ,  de  taipa,  e  co- 
berta d'esta  herva. 

SAPEZAL.  e.  m.  (t.  Brazil.)  campo  onde  ha 
muito  sapé. 

SAPHENA,  adj.  f.  (lat..  do  Gr.  saphénes, 
deriv  de  sap/i^í.  manifesto,  apparente)  Keia 
— ,  que  sobe  do  peito  dopo. 

SAPII1C0.  A,  adj.  (deSapAo,  celebre  can- 
tora lyrica)  Kntre  nós  O"»  versos  saphicos  tem 
Onze  syllabas,  e  o  accento  métrico  na  quar- 
ta. Em  Laiim  temo  primeiro,  quarto,  e quin- 
to pés  trocheos,  o  segundo  spondêo,  e  o  ter- 
ceiro dactylo. 

SAPHIRA,  s  f  (Lat.  sapphirus,  do  Gr.  sap~ 
pheiros,  que  os  etymologistas  derivam  do 
Chaldaico  ou  Hebraico  safar  ou  saphar,  bel- 
lo,  brilhanto,  o  qual  vem  do  Kgypcio  çaié 
ou  saié,  bello,  e  pheri  ou  phiri,  esplendi- 
do, brilhante,  brilhar)  pedra  preciosa  de  côr 
azul  purpurina 

sapho,  fhist.)  a  mais  celebre  das  mulhe- 
res poetas,  nasceu  em  Mytelene,  na  ilha  de 
Lesbos,  no  anno  612  antes  de  Jesu-Christo, 
ficou  viuva  de  pouca  idade,  conspirou  com 
Alceo  contra  Pittaco,  tyranno  da  sua  pátria 
e  foi  morrer  naCicilia.  Contou  que  apaixo- 
nada por  Phaon,  e  desprezada  por  elle,  poz 
fim  a  seus  dias,  dando  o  salto  de  Leucate ; 
estes  factos  porem  pertencem  a  outra  Sapho. 
natural  d'F.resos,  celebre  cortezão  do  seu 
tempo.  Os  antigos  são  unanimes  em  admi- 
rar o  fogo  que  reinava  nas  poesias  de  Sapho, 
echamavara-lhe  a  Decima  musa.  Sapho  íq- 
ventou  um  género  de  versos  chamados  ver- 
sos saphicos ;  estes  versos  compunham-se 
d'um  trocheo.  d'um  spondêo,  de  um  dacty- 
lo, de  dois  trochéos  e  uma  cesura. 

SAPiA,  s.  f.  (do  Fr.  sapin,  pinho)  madei- 
ra de  pinho  má  de  lavrar. 

SAPIÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  sapientia)  sabedoria 
de  cousas  moraes  e  divinas.  A  — ,  (theol.)  a 
verbo  ou  razão  eterna.  Livro  da  — ,  attri- 
buido  a  Salamào. 

SAPiENTE,  adj.  dos  'ig.  (des.  adj.  ai)  da  sa- 
piência, sábio,  prudente.  Conhecimentos  ía- 
pienciaes. 

SAPiENTí,  adj.  dos  2  g.  [Lai.  éapiens,  tis) 
dotado  de  sapiência  ou  sabedoria,  sábio,  pru- 
dente. 

SAPíENTEMENTE,  adv.  [mente  suff.)  sabia- 
mente, com  prudência. 

sapientissimaMentk,  adv.  superl.  de  sa- 
pientemente. 

SAPIENTISSIIO,  A,  ãdj .  suptrU  desapien- 
te,  muito  sábio. 

SAPINHO,  s.  m.  áimint*<.  de  sapo.  — i,  pi. 
aphthas  na  bocf*a. 

SAPO,  s.  m.  (do  yasconçp  af^a  ou  ap-koa, 


520 


SAP 


SAR 


ap  contracção  de  apal,  baixo,  pequeno,  pou- 
co, e/ioa,  andar)  animal  amphibio,  veneno- 
so, oviparo,  tuberculoso  eimmundo,  seme- 
lhante á  rã.  —  concho,  no  Minho,  cágado 
—  da  terra,  (fig.)  o  cubiçoso  insaciável.  Pe- 
dra de  — ,  pedra  preciosa  parda,  convexa  de 
uma  face  e  concava  ou  plana  da  outra.  Tira 
o  nome  de  ser  parecida  na  côr  e  na  forma 
com  o  sapo. 

SAPON,  s.m.  (t.Asiat)  ou  sapan.  y.  Sa- 
pão. 

SAPONACEO  ,  A ,  ttdj .  (Lata.  saponaceus.) 
de  sabão.  Linimento — . 

SAPONARA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  10  léguas  NE.  dela  Sala  ;  3,115  ha- 
bitantes. 

SAPONARiA,  s.  f.   (bot )  herva  saboeira. 

SAPOR  I,  (hist.)  filho  de  Ardjir  ou  Arta- 
xerxes  I  e  de  uma  escrava  do  sangue  dos 
Arsacides,  subiu  ao  trono  em  2íí8.  invadiu 
a  Mesopotâmia  em  242,  recuou  diante  de 
Gordiano  e  fez  uma  paz  pouco  vantajosa ; 
apoderou-se  da  Arménia,  pelo  assassinio  de 
Arsacides,  tornou  a  pegar  em  armas  contra 
Roma  no  reinado  de  Valeriano,  penetrou  na 
Syria  e  de  concerto  com  Macriano,  ao  qual 
tratou  com  a  ultima  deshumanidade ,  pôde 
então  devastar  a  Syria,  a  Cappadocia  e  a 
Cilicia,  mas  foi  obrigado  a  retirar-se,  bati- 
do na  passagem  do  Euphrates,  e  persegui- 
do por  Odenato  até  Clesiphon.  Morreu  em 
271. 

SAPOR  11,  (hist  )  filho  posthumo  de  Hor- 
meidas,  foi  proclamado  rei  em  310,  bateu 
os  Árabes  que  tinham  infestado  os  seus  es- 
tados, protegeu  na  Arménia  a  facção  idola- 
tra, que  expulsou  Khosrou,  impoz  tributo  a 
este  príncipe  restabelecido  por  Constâncio 
II ;  fez  guerra  aos  Romanos,  a  quem  deu 
9  batalhas,  tentou  em  vão  tomar  Nisibis  ; 
em  359  apoderou-se  de  Amida,  fez  guerra 
a  Juliano,  ganhou  uma  batalha,  em  que  es- 
te príncipe  foi  ferido  mortalmente.  Fez  com 
que  Joviaiio  lhe  cedesse  5  provinciais  trans- 
tigritanas  e  í5  praças,  com  supremacia  so- 
bre a  Arménia  e  a  Ibéria.  Morreu  era  380. 

SAPOR,  (hist.)  rei  da  Arménia,  filho  de 
Zezdedjerd  I,  rei  da  lersia,  foi  acclamado 
rei  da  Arménia,  por  morte  de  Khosrou  111, 
em  prejuízo  de  auhram-Chahpour.  Tentou 
ena  v&o  aílastar  os  seus  vassallos  do  chris- 
tianismo  e  da  alliança  dos  Romanos;  foi-lhe 
tirado  o  trono  da  Arménia  durante  uma  via- 
gem que  fez  a  Ctesiphon  em  ^í 20,  e  foi  mor- 
to por  traição  de  Behram  V  seu  irmão. 

SAPRi ,  (geogr.)  S>ipron,  cidade  do  reino 
de  Nápoles,  a  ií  léguas  e  meia  ao  SE.  de 
Policastro  ;  2,000  hahilanles. 

SAPORiFERo,  A,  adj.  (Lat  sapor  ,  sabor, 
e  fero,  rre,  trazer.)  saborQso,  que  dá  ou  tem 


SAPUCAIA  ou  sapucaya  ,  «.  f.  (t.  Brasil.) 
espécie  de  coco,  de  côr  esverdeada,  que  en- 
cerra fructos  como  castanhas. 

SAPUCAIEIRA     ou     SAPUÇAYEIRA  ,     S.    f.    (t. 

Brasil  )  a  arvore  que  dá  as  sapucaias,  e  cu- 
ja madeira  é  mui  rja. 

SAPUCHO,  s.  m.  (t.  Brasil )  herva  Africana 
e  Brasílica,  que  se  diz  ser  contraveneno  da 
mordedura  das  cobras. 

saqua,  (ant )  V.  ^aca,  Exportação. 

SAQUE,  s.  m.  acto  de  saquear,  — de  le- 
tra, (phraz.  merc.)  o  dar  ordem  a  alguém 
que  pague  o  importe  de  letra  á  pessoa  de- 
terminada. 

SAQUEADO,  k,  p.  p.  de  saquear;  adj. 
posto  a  saque. 

Saqueador,  s.  m.  o  que  saquea. 

Saquear,  v.  a.  [saque,  ar  des.  inf.)  dar 
saque,  despojar,  escorchar ;  roubar;  —  a 
cidade. 

SAQUETARiA,  s. /'.  oflScina  da  casa  real  on- 
de se  guardava  o  pão  cozido. 

saquetario,  s.  m.  official  encarregado  da 
saquetaria,  saquiteiro. 

saqueie,  s.  m.  diminuí,  de  saco,  peque- 
no saco. 

SAQUiLADA,  s.  f.  8  saca  da  novidsde  do  tri- 
go. 

SAQUiLHÃo,  s.  m.  {áe  soe,  Fr.,  relha  do 
arado)  ramo  que  se  põe  nas  pontas  das  ai- 
vecas do  arado  para  alargar  bem  o  rego  e 
espalhar  a  terra  em  que  seha-demetterba- 
cello. 

SAQuiM.  V.  Sequim,  moeda. 

SAQUINHO,  s.  m.  diminuí,  de  saco,  pe- 
queno saco. 

saquino.  V.  Sequim,  moeda. 

SAQUiTURio,  SAQUITEIRO.    V.  Saqucteiro. 

SAQI.1TEL,  s.  f.  diminuí,  de  saco,  peque- 
no saco. 

SARA ,  (hist.)  sobrinha  d'Abrahão,  com 
quem  casou  e  seguiu-o  ao  Egypto,  aonde 
Pharao  Aphonis  quiz  tentar  contra  a  sua 
castidade,  e  aos  estados  d'Abimelech  que  se 
apaixonou  por  ella.  Depois  delonga  esteri- 
lidade, deu  á  luz  um  filho,  Isaac,  tinha  en- 
tão yO  annos;  morreu  com  127  annos. 

sarabanco.  V.  Solavanco. 

SARABANDA,  s.  f.  musica  c  dansa  alegre, 
com  meneios  algum  tanto  indecentes,  e  sa- 
racoteada. 

SARABANDEADO,  A,  adj.  Q  p.  p.  de  sara- 
bandear.  Sorte  —  ,  no  jogo  das  prezas  , 
quando  a  sorte  se  vai  continuando. 

sarabandear,  ».  a.  ou  n.  [sarabanda,  ar 
des.  inf.)  dansar  a  sarabanda. 

SARABATANA  OU  ZARABATANA  ,  S.    f.    (Ff. 

serbacane  do  Uai.)  buzina  que  leva  a  voz 
a  granJe  distancia. 

SAKAuuLHA,  s.  f.  (do  Céltico  saf ,  áspe- 
ro, e  bolka.)  V.  Sarabulko, 


SAft 


8AR 


621 


f)Alti6ijt.HEKT0,  A,  adj.  áspero,  escíbro- 
so,  cheio  de  saríbulhos ;  cheio  de  bostel- 
las,  espinhos,  tara — . 

SARA  BULHO,  5.  m.  (do  Celtico  sar^  "áspe- 
ro.) desigualdade,  aspereza  na  superfície  da 
louça,  ou  do  vidro  lual  fundido.  V.  Sara- 
lha. 

«ARABULHOSO,  A,  adj.  V.  Sarãbulhefito. 

SARAÇA.  V.  Sarasa. 

SARACiNA,  (geogr.)  Sestum,  cidade  do  rei- 
no de  Nápoles,  a  ^  léguas  ao  O.  de  Cas- 
«ano ;  2,0(J0  habitantes. 

saracenos  ,  (hist.)  Saraceni,  tribu  da 
Arábia  deserta,  para  as  bandas  do  N.  re- 
fiistiu  longo  tempo  ás  forças  do  império  do 
Oriente.  Suppõe-se  que  os  Saracenos  são  os 
mesmos  habitantes  de  Cedar,  que  de- 
ram o  seu  nome  aos  Sarracenos  da  eda- 
do  media. 

SABACOTE ,  s.  m.  iuquietaçSo  de  quem 
não  pára  em  um  lugar. 

SARACOTEADO,  a,  p.  j).  de  saracotear;  adj. 
Baile,  dansa — ,  em  que  se  sara  cotea  mui- 
to O  corpo. 

SARACOTEADOR,  A,  5.  quc  saracotea. 

SARACOTEAR,  V.  ã.  OU  ti.  (do  Arab.  safo, 
andar,  e  daura,  á  roda.)  não  pararem  um 
lugar.  —  CS  quadris,  (em  sentido  activo) 
bailar  aovendo  indecente  es  quadris. 

SARACOTEO  OU  SARACOTEIO,  S.    m.    m0VÍ - 

mento  de  quem  se  saracotea. 

SARADO,  A,  p.  p.  de  sarar;  ad;.  curado, 
restabelecido  á  saúde. 

SARAFÃo,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
situada  a  à  léguas  de  Braga,  1,000  habi- 
tantes. 

SARAFiNA.  V.  Será  fina. 

SARA6AÇ0.  V.  Saragaço. 

SARAGOÇA,  s.  f.  pano  de  lã  não  tinta,  fa- 
bricado a  principio  em  Saragoça. 

SARAGOÇA,  (geogr.)  Cmarea  Augusta  ^ 
Saragoza  em  hispanhol,  cidòde  d'Hispanha, 
capilal  do  Aragão,  e  da  intendência  de  Sa- 
ragoça, a  70  léguas  ao  ^E.  de  Madrid; 
45,010  habitantes.  A  intendência  de  Sara- 
goça, situada  entre  as  de  Huesca  ao  I*iE 
Lerida  e  de  Tarragona  a  E.  de  Castellon 
ao  SE.  de  Teruel  ao  S.  do.  Sorioe  de  Le- 
grona  ao  O  ;  320, OUU  habitantes. 

SARAiTA  ,  s.  f.  (do  Celt.  sar,  áspero,  e 
an  ou  aOy  agua,  ou  do  Vasconço  harria,  sa- 
raiva.) granizo,  pedrisco. 

SARAIVA  (Cardeal),  (hist.)  D.  Fr.  Francisco 
de  S.  Luiz,  sábio  porluguez,  nascido  em 
Ponte  de  Lima  em  1766,  fallecido  em  Lisboa 
em  1845.  Dedicando-se  desde  tenra  idade, 
e  com  grande  aproveitamento  ao  estudo,  aos 
16  aunos  professou  na  congregação  bene- 
dictina,  em  Tibaes  ;  passou  a  profundar  o 
estudo  da  Theolcgia  na  universidade  de 
Coimbra,  aonde  recebeu  o  gráo  de  doutor 
vn»..  ív. 


em  1791,  e  desempenhou  depois  com  admi- 
ração eapplauso  asfuncções  do  magistério. 
A  Academia  Iteal  dasSciencias  onomeouem 
1794  seu  sócio,  depois  de  ter  pnimiado  com 
uma  medalha  de  ouro  a  primeira  das  suas 
memorias.  Levado  por  força  do  seu  destino 
a  tomar  parte  nos  accontecimentos  politicos, 
que  em  1820  mudaram  o  nosso  systhema 
de  governo,  o  ( ardeai  Saraiva  seguiu  sua 
fortuna,  ora  applaudido  o  victoriado,  ora  re- 
movido em  remotos  claustros ;  mas  destes 
mesmos  contratempos  soube  a  cordura  do 
sábio  tirar  honrada  e  proveitosa  desforra,  e 
durante  a  sua  reclusão  na  Batalha,  eexilio 
na  serra  d'Ossa,  escreveu  a  eruditíssima  me- 
moria sobre  aquelle  convento,  e  reuniu  pre- 
cioso cabedal  da  nossa  historia  antiga.  O 
Cardeal  Saraiva  foi  membro  do  governo  pro- 
visório, Coadjutor  e  depois  bispo  de  Coim- 
bra, Reformador  Reitor,  Bispo  de  Arganil, 
Deputado  e  Presidente  das  Cortes.  Guarda- 
Mór  da  Tone  do  Tombo,  Ministro  d'£stado. 
Par  do  Reino,  Grão-Cruz  de  Christo,  Pa- 
Iriarcha  do  Lisboa,  Cardeal,  e  Conselheiro 
d'lstado  eíTectivo.  O  esplendor  de  tantas  di- 
gnidades nunca  lhe  deslumbrou  porem  o  es- 
pirito, nem  alterou  a  singela  ingenuidade  do 
seu  natural.  Era  homem  doutíssimo,  e  com 
vasto  conhecimento  de  muitas  linguas  mor- 
tas ;  a  nossa  historia,  e  lingua  lhe  devem 
muito  pelo  que  sobre  ellas  escreveu.  São 
numei  osas  as  suas  obras,  algumas  tão  conhe- 
cidas, como  as  Memorias  eos  SynonymoSf 
e  por  isso  não  fazemos  enumeração  d'ellas. 

SARAIVAR,  tj.  a.  ou  n.  [saraiva,  ar  des. 
inf.)  cair  saraiva. 

SARAMACA,  (geogr.)  rio  da  Guyana  ingle- 
za,  communica  com  o  Surinam  acima  de 
Paramarjbo,  corre  ao  SE.  e  lança-se  no 
Atlântico. 

SARAMAGO,  s.  m.  [sarmogo,  voz  Pérsica, 
o  rabão  sylvestre. 

SARAUAnTEGA  6  SARAMANTÍGA,  S.    f,    V. 

Salamantiga,  e  Salamandra. 

SARAHBEQUE  ,  s.  m.  (de  sarao^  e  beque.) 
dansa  antiga  alegre  e  lasciva. 

SABAMATULOs,  s.  H.  (talvcz  do  Lat.  cer- 
vus,  veado,  e  mutilus,  sem  cornos.)  (mon- 
taria) os  cornos  novos  do  yeado  que  se  re- 
novam lodos  os  annos 

SARAUBURA ,  s.  f.  (t.  Asial.)  V.  asaram- 
pura. 

SARAHBNUEiRA,  s.  f.  apvore  quedásara- 
menhos. 

SARAMEisiio  ,  s.  f».  especio  de  pêra  pe- 
quena e  redonda. 

SARAJíONT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
5  léguas  ao  SE.  d'Auch  ;  1,000  habitan- 
tes. 

SARAMpELO.  V.  Sarampo. 

8arami'0,  s,  m.  doença  eruptiva,  emqae 
Í6\ 


^8 


êlOí 


SAR 


o  corpo  se  cobre  de  pintas  roxas,  com  fe- 
bre e  tosse.  Talvez  venba  do  Egypcio  sc/ta- 
r»,  vermelho. 

SAHAMPURA,  s.  f.  (dâ  ScrampuT.)  tecido 
de  algodão  de  Bengala. 

SARAMUGO,  s.  m.  (h.  II.)  iioudc  de  uiii  pei- 
xe  do  Tejo. 

SARANDALHA    OU    anteS   CIRANDALIIA,    S.    f. 

\ciranda,  des.  alha.)  as  alimpadiiras  que 
«e  apartam  cirandando,  e  se  lançam  íóra  ; 
^fig.)  a  plebe,  gentalha. 

SARANGUE,  s.  m.  (p.  us.)  piiolo,  guarda 
da  proa. 

SARAríSK,  (geogr.)  cidade  da  Hussia  eii- 
ropea,  sobre  o  Saranja  e  o  Inzara,  a  2G 
léguas  ao  íN,  de  Penza  ;  .8,000  habitantes, 

SAR  AO,  s.  m.  (de  serãú.)  passatempo  no- 
cturno. — ,  dansa  antiga. 

SARÀo.  V.  Serão. 

SARAOUAN,  (gGOgr.)  proviucia  do  Belout- 
chislan  ao  N.  o  Katch-Gandava  a  E.  o 
Djalaouan  ao  S.  o  Mekran  ao  Sfi.  Capital 
Kelat. 

SARAPA^KL,  s.  m  (do  Ff.  sur,  sobre,  e 
panneau.  uma  das  faces  da  pedra  decan- 
taria )  (arch.)  volta  abatida  Abóbada  de — . 
f  SARAPANTADO ,  A,  p.  p.  de  sarapantar ; 
íMéj.  mxiiío  -assustado,  espantado,  espaven- 

ciT  SAAAPATStAR ,  V.  Q.  (de  Serpente.)  espa- 
■jfentar,  metter  susto  ;  espantar. 

SARAPATEL,  s.  1)1.  (do  Ff.  chair  dpâU:.] 
guisado  de  sangue  de  porco,  e  de  ordiná- 
rio com  o  fígado,  feito  com  banha  derre- 
-tída  o  varies  adubos 

SARAPOUL,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  eu- 
fopêa,  sobre  o  Kama,  a  75  léguas,  ao  N. 
-4«  New-Yorch  ;  3.000  habitantes. 
o-  SARAPUHI  ou  scRAPUiu,  (gcogr.)  rio  da 
provincia  do  Rio-de-Janeiro  no  l.trazil  que 
rega  o  termo  da  freguezia  de  Jacutinga  on- 
de nasce  dirige-se  para  o  oriente,  e  reco- 
lhendo o  ribeirão  Tinhim  se  torna  navegá- 
vel atéabahia  ISiiherôhi,  na  q\ial  desagua 
ao  sul  da  foz  do  rio  Iguaçu,  e  ao  norte 
da  ilha  do  Governador. 

SARAPULHA.  V.  Sarãbullia, 

SARAR,  V.  a.  (do  Lat.  sanare,  oudeser- 
^tare,  conservar.)  restabelecer  inteiramente 
a  saúde,  curar;  (figj  corrigir,  v.  g.  — os 
-eos4umes.  — ,  recobrar  perfeitamente  a 
saúde. 

«ARARií,  (geogr.)  rio  da  provincia  de  Ma- 
to-Grosso  no  Brazil,  que  vem  dos  Campos 
■Pâfécis,  engrossa-se  com  o  tributo  de  vá- 
rios ribeiros  durante  ura  curso  de  15  para 
&.Q  léguas,  e  vai  ajuntar-se  com  o  Guapo- 
réj  pela  margem  direita. 

SARASA,  s.  f.[t.Ás'i&i.)  chita  de  que  usam 
âs  Malaias  para  vestido,  e  para  cobertas  de 
«noa. 


SARATOR,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  «u- 
ropea,  capital  do  governo  de  Saratora209 
léguas  ao  SE.  de  Moscou  ;  16,000  habitan- 
tes. O  governo  deSarator,  situado  entre  os 
de  Pouza  e  de  Simbirsk  ao  K.  d'Orenbur- 
go  a  E.  d'Astrakhan  ao  S.  dos  Cosacos  de 
Don,  de  Veronejo,  e  de  Tambov  ao  0.  i&m 
400,000  habiiantes. 

SARAZN,  (hist)  esculptor  francei,  nas- 
ceu em  1590,  morreu  em  1060,  foi  discí- 
pulo de  Guillan  pai,  passou  11  anoos  eqj 
Roma.  A  sua  melhor  obra  é  o  monumento 
que  representa  a  Religião,  a  Justiça,  a  Pie- 
dade e  a  Força. 

SARCELLEs,  (gcogr.)  villa  de  França,  a  4 
léguas  ao  M.  de  Paris;   1,500   habitantes. 

SARÇA  ou  SARSA,  s.  f.  (do  Celt  sar,  as** 
pêro,  ou  do  Egypcio  çouri  oasouri,  silva- 
do, espinhos.)  silva,  silveira. 

SARÇAL,  s.  m.  [ai  des  collecíiva.)sika- 
do,  mata  de  silvas  ou  silveiras. 

SARÇAPARRILHA     OU    SAIJSAPARRIl.HA,    8     f. 

(de  sarça  e  Parillo,  medico  hispanhol  que 
a  introduzio.)  espécie  de  cipó  preto  cuja  raiz 
é  sudoriíica  e  antisyphilitica. 

SARCILHOS,  s.  m.  V.  Auri$<ulas  decora- 
ção. ■  •,,>   ■;-    .je-Ki'\ 

SARCiNA,  s.  f.  (Lat.)  carga,  peso  ;i(íig) 
gravame,  opus  -  >/o  <í  t 

SARCOCELE,  s.  w.  (do  Gr.  &arx ,  earne  , 
kélé,  tumor.)  (med.)  tumor  carnoso  do  es- 
croto. 

Sarcocolla,  s.  f.  (do  Gr.  í«rar,  carne.o 
kolla,  coUa  )  gomma  de  uma  arvore  da  Pér- 
sia, que  une  as  feridas. 

Sarcófago.  V.  Sarcophago. 

sarcohydrocele,  s.  w.  (med.)  sarcocele 
acompanhado  de  hydrocele. 

SARCOMA,  *.  m.  (Lat,  do  Gr.  ma-x, «ar- 
ne.)  (med.)  tumor  carnoso  do  nariz. 

SARCOPHAGO,  s.  m.  (pron.  sarcófago;  €*r. 
sarx,  carne,  e  pAoí/o,  comer  )  tumulo  vazio, 
cujo  cadáver  foi  deslruido. 

SARCOTico,  A,  adj.  (tir.  sarx,  earne. )(jaQ©d.) 
que  faz  criar  carne  fungosa  ás  ulceras. 

SARçoso,  A,  adj .  [sarça,  des.  oso  )  onde 
ha  muita  sarça  ou  silvas. 

SARDA  ,  s.  f.  (de  sardão,  lagarto.)  man- 
cha pequena  e  parda  no  rosto  e  mãos.  — , 
peixe,  espécie  de  cavalla  menor,  que  tem 
manchas  ou  pintas. 

SARUA,  adj.  f.  T.  Sardento.  - 

SARDANAPALO,  (hist.)  nome  caldeo,  que 
significa  dado  por  Deus ,  (oi  uzaáo  por  mui- 
tos princepes  da  Assyria,  o  mais  celebre 
dos  quaes,  chamado  tambenri  Empacmés  ou 
Tonos  Concoieros,  o  ultimo  soberano  do 
império  da  Assuria  ,  reinou  de  959  a  997 
antes  de  Jezu-Christo.  Cercado  em  Nini- 
ve,  e  vendo  que  o  inimigo  estava  a  entrar 
01  cidade,  fez  levantar  uma  fogueira,  on- 


«4B 

do  poz  os  seus  thezouros  e  nella  se  lançou 
com  todas  as  suas  mulheres  no  anno  75y. 

SARDÃo,  s.  m.  (do  Arab  hardão  ou  har- 
daon,  lagarto.)  lagarto  verde,  WipiSP  ^^ 
cobras.     m.<Vv^v.  ..'       r  ,  „., 

SARDENHA,  (geogr.)  Sardcgna  ém  italia- 
no, Sardinia  dos  Romanos,  uma  das  três 
grandes  ilhas  do  Mediterrâneo,  ao  S.  da 
Córsega,  de  que  a  separa  o  estreito  de  Bo- 
gifacio  ;  faz  parte  dos  £stados  Sardos  ;  con- 
,to  540,000  habitantes.  Capital  Cagliari. 
,  SARDENHA,  (gGogr.)  esta  lo  da  europa,  divi- 
dido em  duas  partes  dislinctas,  a  ilha  da  Sar- 
denha e  osEstndos  da  terra  firme.  Estes  siti^a- 
dosaoN.  da  Itália,  parte  a  E.  parte  ao  O.  dos 
Alpes,  entre  a  Suissa  ao  N.  a  França  ao  O. 
o  reino  Lombardo  Veneziano  a  E.  eo  Me- 
diterrâneo ao  S.  conta  4,1íi5,0U0  habitan- 
tes. A  capital  é  Turim-  O  reino  é  dividido 
em  9  intendências  geraes  e  uma  vice-in- 
tendencia  geral,  estas  também  $4ft  dij^^i- 
4ís  §g)  pequenas  inlendeocias.     ^ 

tíi0^ft)9i»db  '^ 

-••.•-•<!  t.°  ESTADOS  DA  TERRA  FJi^|l^. 


0iR 


Hl 


!.•  Turim. 

,\f^ji'it 

Oíil  ,8< 

Turim. 

Turim. 

Biella. 

Biella. 

Ivpéa. 

Ivrea. 

Bignerol. 

l*ignerol. 

Susa. 

Susa. 

2.°  Coni. 

Coni. 

Coni. 

Alba. 

Aba. 

Bra. 

Bra. 

Mondovi. 

Mondovi. 

$aluces. 

Saluces. 

3.®  iSovara. 

Sovara. 

Piovara. 

Lomcllina. 

Mostara. 

Ossola. 

Pomo  d'Ossola 

Pallanza. 

.  Pallanza. 

Yalsesia. 

Varallo. 

Verceil. 

Verceit 

.À.°  Alexandria. 

Alexandria. 

AsU. 

Acquí. 

Casal. 

Toftona. 

Yoghera. 


Alexandria. 

Astí. 

Acqui. 

Casal. 

Tortona. 

Vo^bera. 


'♦I  tii} 


díiBq 


5.°  Aofte.                    fí 

Aoste. 

Aoste 
6.*  Génova. 

H 

(íenova. 

Savona. 

Albenga. 

Novi. 

Bobbio. 

Lhiavari. 

Levante. 

Qenova. 
Savona. 
Albenga. 

ÍÍQVi. 

BobbiO. 
(>hiavari. 
Spezziç. 
7.°  Kiza. 

Niza. 
Oneillo, 
S.  Remo. 

Niza. 
Qneille. 
$.  Jlemo. 

8.°  Saboya. 

Saboya. 
Alta  Saboya. 
Caronge. 
Chablais. 
Fancigny. 

Chamberg. 
Hospital. 
S.  Julião. 
Toííon. 
Bonneville. 

Genevez. 
Mauriaunçi. 

Tarentezp. 

Annecy, 

S.  José  de  l^aur^a 
na. 

Moastier. 

n- 

^.^    lí-flA 

^    fiEINO    DE    SAÇpp;j!ÍHA,,,,,v 

9.°  Cagliark 

! 

Cagliari. 

Iglesias. 
S.  Antiocbo. 
Ilha  S.  Pietro. 
Isili. 
Busachi. 

Cagliairi. 
Iglesias. 
S.  Antiocho. 
Cario  forte. 
Isili. 
Busachi. 

Lamusei. 
Nuoro. 

lamusei. 
Nuofp. 

10.*^  >Sassari. 

Sassari. 
Algbero. 
Ozieri, 
ÇuglieÂ. 

Sassari. 
Algbero. 
V           Ozieri. 

i;vgi.ieri. 

4)5  sobejanos  da  Sardenha  até  1416  fo^ 
ram  ccndes  íJ^  Saboja,  e  nesta  epocha  mu- 
daram o  titulo  de  coudes  pelos  de  duques 
e  só  em  17'i0  é  que  assumiram  o  titulo 
de  reis  úa  ^r49pjb^. 


J.°  conp^$  DE  sabom: 


Bertol,  conde  de 


Amadeo  I¥ 
131   . 


li^ 


m 


u^ 


ÉAH 


Maurianna 
Humberto  I 
Amadeo  I 
Ámadeo  II 
Humberto  II 
Amadeo  lil 
Humberto  III 
Tbomaz  I 


D99 
1027 
1048 

1060 
1072 
1118 
1118 
1188 


Bonifácio 

Pedro 

Pbilippe 

Amadeo  ' 

Eduardo 

Aymon 

Amadeo 

Amadeo 


VI 
VII 


2.*^    DUQUES    DE   SABOTA. 


Amadto  YIII 
(primeiramen- 
te conde ,  e 
depois  duque 
desde  1416)  1391 


1504 


Luiz 
Amadeo  IX 
Fbiliberto  I 
^'arlos  I 
Carlos  II 
Pbilippe  il 
Pbilisberto  11 


1459 
1465 
1472 
1482 
1489 
1496 
1497 


Carlos  III 

Manuel    Pbilis- 
berto 1553 

Carlos  Manuel  I 

1580 

Victor    Amadeo 
I  1630 

Francisco  Jacyn- 
tbo  1637 

Carlos  Manuel  II 

1638 


3.°    RBIS    DA   SARDINHA. 


Victor  Amadeo 
II  (como  du- 
que) 1675 

I  (como  o  rei) 

1710 
Victor    Amadeo 

II  1773 
Caries     Manuel 


1796 


II 

Vietor     Manuel 

II  1802 

Carlos  Félix       1821 

Carlos  Alberto   1831 

Victor     Manuel 

II  1849 


SARDENTO,  A,  ãdj.  quc  tem  sardas  no  ros- 
to e  mãos. 

SARDES,  (geogr.)  boje  Sart,  capital  do 
reino  da  Lydia,  sobre  o  Pactolo,  perto  da 
sua  confluência  com  o  Hermo,  em  uma  pla- 
nície deliciosa  e  fértil  ao  pé  do  monte  To-' 
nolo.  Cjro  tomou  Sardes  em  548  e  des- 
truiu assim  o  reino  dt  Lydia;  Sardes  foi 
depois  a  capital  da  2.^  satrapia. 

SARDiCA,  (geogr.)  Ulpia  Sardica,  boje 
Sophia  ou  Triadiíza,  cidade  da  Dacia  in- 
ferior pátria  do  imperador  Galerio. 

SARDINHA,  8.  f.  (Lat.  sardiua  ou  sardinia, 
da  ilba  da  Sardenba  )  peixe  pequeno  mui 
gostoso  do  Mediterrâneo  e  costas  de  França, 
Hispanha  e  Portugal.  Dinhetro  de  — #,  (loc. 
famil  )  que  se  recebe  em  mui  ténues  quan- 
tias. Cada  um  chega  a  braxa  á  sua  —  , 
adagio,  isto  é,  cuida  nos  próprios  interes- 
ses. 

SARDINHA  (Pedro  Fernandes),  (hist.)  sá- 
bio porliiguez,  que  foi  lente  de  theologia 
em  Pariz,  e  o  primeiro  bispo  do  Brasil  em 
1950. 

8A1D1NHE1RA,  s.  f.  (V.  Sardinheiro.^  pes- 
êà  da  sardinha.  Andar  i  — . 


Í25Í      SARDINHEIRO,  s.  wi.  (des.  eiró.)  pescadof 
1263   de  sardinha,   ou  vendedor  de  sardinhas. 
1268       SARDINHEIRO,  A,  adj .  empregado  na  pes- 
1286   ca  das  sardinhas.  Barco — . 
13Í.3       SARDio,  s    m.  (do  Lat.  íardmi,  da  cida- 
1329   de  de  Sardis.)  pedra  preciosa  transparente, 
1343   GÔr  de  carne,  carnerina,  cornalina. 
1383       SARDO,  A,  adj.  e  *.  (Lat.  sardus.)  natu- 
ral da  ilha  de  Sardenha. 
SARDO,  A,  adj.  côr  de  sarda. 
SARDOAL,  (geogr.)  villa   de    f  ortugal    do 
distrito  de  Santarém,  donde  dista  4  léguas 
e  meia  ao  I*(E.   o  légua  e  meio    ao  N.  de 
Abrantes  ;  é  extensa  e  encerra  ;  3,200  ha- 
bitantes. 

SARDONES,  (geogr.)  hoje  Roussillon  poTO 
da  Narboneza  I,  ao  S.  sobre  o  Mediterrâ- 
neo, era  limitrophe  da  Hispanha  e  tinha 
por  cidades  principaes  Ruscino  e  llleberit. 
SARDO  ou  SARDOPATER,  (hist.)  filho  d'Her' 
cules,  conduziu  uma  coknia  de  Phenicios 
ou  de  Libyos  á  Sardanha  e  deu  o  nome  a 
esta  ilha,  cujos  habitantes  lhe  decretaram 
honras  divinas 

SARDONiA,  X.  f.  planta  semelhante  á  her- 
va  cidreira. 
SARDÓNICA,  5.  f.  V.  Sardonyx. 
SARDÓNICO,  A,  adj .  {L&t.  sardonicus  )  Ri» 
so — ,  falso,   para  dissimular  outros  senti- 
mentos, riso  amarello. 

SARDONTX,  *.  m.  (de  «aráio,  eonydf.)  pe- 
dra preciosa  entre  o  sardio  e  o  onyx. 

SARiPTA  ou  SAREPHTH,  (geogr.)  hoje  Sar- 
fendy  cidade  da  Phenicia,  sobre  o  Mediter- 
râneo, entre  Tyro  e  Sidon. 

SARBPTA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  eu- 
ropea,  a  6  léguas  e  um  quarto  ao  S.  de 
Tzaritzin ;  4,000  habitantes. 

SARGAciNHA,  adj.  f.  Uva — ,  pequena  co- 
mo 8  baga  do  sargaço. 

SARGAÇO,  *.  m.  (do  Aliem,  see  gras.her" 
va  do  mar,  em  Ingl.  sea  weed.  Bluteau  e 
muitos  outros  cuidaram  sem  razão  ser  roz 
de  origem  portugueza.)  planta  marina  que 
anda  travada  ao  cimo  da  agua,  e  forma 
grandes  mantas  em  certos  mares  e  costas : 
cada  pé  de  folha  tem  uma  baga  como  um 
grão  vazio  de  pimenta.  A  berva  não  tem 
raiz.  Mar  de — ,  o  que  está  entre  dezoito  e 
trinta  graus  ao  norte  da  linha  equinoxial. 
SARGEL  ,  s.  m.  (de  sarja,  tecido.)  tecido 
grosseiro  de  lã. 

SARGiNTA,  s.  f.  (V.  Sarjar)  sangradouro 
de  lagoa ;  valleta,  regueira  aberta  por  meio 
de  terras  húmidas,  lenteiras,  alagadiças,  pa- 
ra onde  escorrem  as  aguas  supérfluas. 

SARGENTE,  s.  dos  2  Q.  (provavelmente  é 
corrupção  de  servente.)  pessoa  de  serviço , 
que  acode  com  o  necessário  a  uma  e  outra 
parte  ;  (fig  )  «os  bateis  que  houvessem  de 
ficar  debaixo  da  ponte,  ficavam  por  — t  do 


tÁR 


SAR 


(tt 


<ia«  houvessem  mister,  de  uma  e  outra  par- 
te. »  Barros.  — ,  irmà  leiga  que  servia  em 
communidade.  — t ,  oíTiciaes  de  justiça  ou 
de  fazenda.  «  Faz  talhar  as  orelhas  aos  — s 
dos  bispos.  »  Ord.  Aflons. 

8AR6INTÍAB ,  V.  ã  OU  n.  [sargeuto,  ar 
des.  inf )  fazer  as  vezes  do  sargento;  (Gg.) 
dar  ordens  com  fadiga,  ou  executa-las. — , 
em  sentido  activo,  mandar: — o  terço. 

SARCiNTO.  s.  m.  (Fr.  sergent,  do  Pérsi- 
co sar  jank,  sar,  cabeça,  chefe,  e  jank, 
guerra.)  oílic'<al  militar  de  cada  companhia, 
superior  ao  cabo  de  esquadra,  que  dispõe 
as  filas  e  põe  as  seníinellas.  —  mór  ou  ma- 
jor ^  official  abaixo  do  coronel  e  tenente  co- 
ronel, cujas  vezes  suppre.  —  mór  de  bri- 
gada, o  major  mais  antigo  de  uma  brigada. 
—  mór  de  praça,  official  immediato  ao  go- 
vernador.—  mór  de  batalha,  era  immedia- 
to ao  mestre  de  campo  general. 

SARCKiiTO,  s  m.  na  ordem  de  Malta,  sar- 
gento, servidor. 

SARGETÁ.  s.  f.  diminut.  de  sarja,  tecido 
d»  lã  de  cordão  fino.  — ,  sargenta,  valleta. 

SARGO,  A,  adj.   Uva  — ,  especi*  de  uvas. 

SARGO,  s.  m.  (Lat.  sargus  ]  nome  de  um 
peixe. 

SARI,  (geogr.)  cidade  do  Iran,  capital  do 
Mazenderan,  a  33  léguas  ao  N.  de  Tehe- 
ran;  1500O  habitantes. 

SARiÇA.  V.  Sarissa. 

8ARID0,  *.  w.  (ant.)  foído,  rugido. 

SÁRiGué  ,  s.  m.  (t.  Brasil.)  animal  qua- 
drúpede do  tamanho  de  um  cachorro,  com 
cabeça  de  raposa,  focinho  agudo,  dentes  e 
barbas  de  gato  e  as  mãos  mais  curtas  que 
os  pés.  A  fêmea  tem  na  barriga  um  bolso, 
que  lhe  cobre  as  tetas,  onde  traz  os  filhos 
pequenos. 

SARILHADO,  A,  p.  p.  de  Sarilhar;  adj.  do- 
bado com  sarilho. 

SARK  iiAR ,  «.  a.  {sarilho,  ar  des.  inf.) 
dobar  com  sarilho. 

SARILHO,  *.  m.  (Gr.  seira,  corda,  e  a/id, 
enrolar.)  dobadoura  em  que  se  envolve  o  fio 
das  maçarocas,  para  fazer  meadas;  machi- 
na  de  levantar  pesos,  composta  de  um  cj- 
lindro  com  barras  ou  raios  nos  extremos  que 
o  fazem  revolver  sobre  os  seus  fulcros  e  en- 
volver em  si  a  corda  do  peso  que  se  levan- 
ta. — ,  haste  atravessada  em  cruz  por  ou- 
tras, que  serve  de  encosto  ás  espingardas 
nos  acampamentos.  Pôr  as  armas  em  —  , 
em  pé  sobre  as  coronhas,  enfeixadas  umas 
com  outras. 

SARissA ,  s.  m.  (Lat.)  lança  dos  Macedo- 
díos,  usada  também  pelos  Romanos. 

SARJA ,  s.  f.  (de  sarja.)  incisão  superfi- 
cial na  pelle  para  tirar  sangue. 

SARJA,  *.  f.  (do  Arab.  saraga.)  tecido  de 
lã  ou  seda  ligeiro  e  como  trançado. 

TOL.    IT. 


SARJADo,  A,  p.p.  de  sarjar  ;  escariAcado. 

SARJADOR ,  s.  m.  o  que  sarja  ou  escari- 
fica. 

sarjadura,  s.  f.  acção  de  sarjar  ou  es* 
carificar. 

Tarjar  ,  v.  a.  (Bluteau  o  deriva  do  Lat. 
scarifico,  are,  escarificar.  Ku  creio  que  vem 
do  Gr.  sarx,  carne,  e  rhassô,  fender,  rom- 
per.) escarificar,  fazer  incisões  superficiae» 
na  pelle  para  tirar  sangue. 

SARLAT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  17 
léguas  ao  SE.  de  Ferigueux  ;  5,670  habi- 
tantes 

SARMACIA,  (geogr.)  Sarmatia,  nome  dado 
pelos  antigos  a  uma  vasta  região,  que  se 
extendia,  na  Europa  e  na  Ásia,  entre  o 
mar  Báltico  eo  mar  Caspio,  ao  N.  do  Pon- 
to Euxino.  Era  dividida  em  Sarmacia  Oc- 
cidental ou  europea,  entre  o  Vistula  o  o 
Tanais,  compreendendo  todos  os  paizes  que 
formam  hoje  a  Rússia  e  a  Polónia,  e  Sar- 
macia oriental  ou  asiática,  extendendo-se 
desde  Tanais  até  ao  mar  Caspio. 

SARNEN,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  a  10 
léguas  a  E.  de  Berne ;  3,500  habitantes 

s ARMÃO.  V.  Salmão. 

SARMENTO,  s.  m.  (Lat.  sarm$n  ou  sarmen- 
tum.)  renovo,  ruma  da  vide ;  rama  da  vide 
secca  para  o  fogo. 

SARMENTO  (Jacob  de  Castro)  (hisl.)  síbio 
medico  portuguez  do  século  passado ;  foi 
lente  na  universidade  de  Aberdeen,  do  Col- 
legio  Real  dos  médicos  de  Londres,  e  go- 
zava de  grande  reputação  entre  nacionaes 
e  estrangeiros.  Deixou  uma  traducção  das 
obras  de  Baccon. 

SARMENTOSO,  A,  adj.  (Lat.  sarmentosus.) 
que  tem  sarmentos,  comoa  vido.  Plantas— . 

SARNA,  *.  f.  (talvez  do  Egypcio  schár, 
pelle,  e  neui,  favo.)  erupção  degrãozinhof 
cheios  de  aguadilha  que  causa  grande  co- 
ceira. Encerram  um  bichinho  que  se  suppõo 
ser  a  causa  da  doença  e  da  comichão.  Ha 
diversas  espécies  :  —  castelhana,  mal  vené- 
reo, boubas.  Não  lhe  falta — para  coçar- 
se,  (loc.  fig.  e  famil.)  não  lhe  faltam  causas 
de  inquietação. 

SARNEN  TO.  A  ,  adj.  (des.  ento.)  que  tem 
sarna. 

SARNOSo,  A,  adj  (des.  oso.)  coberto,  cheio 
de  sarna. 

SARO.  V.  Sardo. 

SARONico  (golpho  ou  mar),  (geogr.)  hoje 
golpho  d'Athenaso\id'Egina,  parte  do  mar 
Egeo,  entre  a  Africa  e  a  Argolida,  Assim 
chamado  de  Saron,  rei  de  Trezene,  que 
nelle  se  afogou. 

SARONiDBS,  (hist.)  uome  que  se  dá  aos 
Druidas,  da  palavra  grega  Saronis,  velho 
carvalho. 

SAROS  ou  SAROscii,  ígeogr.)  província  da 

m 


m 


SâR 


SAh 


Hjingi^ii,'  Ãd   circulo  alem  do  Theiss,  en- 4  leguàs  ao  SO.  '(íe  Sarrèguemifies ;  3,560 
tré  a  Galitzia  ao  N.  as  províncias  d'Aban- 
ioar  ao  S.  de  Zips   ao  0.  e  de  Zemplia  a 
E  ;  184,500  habitantes.  Capital  Eperies. 

SAROs  (Nagj),  (geogr.)  cidade  da  Hun- 
gria, a  1  quarto  de  légua  ao  NO.  d'Epe- 
ries  ;  ^,00i)  habitantes. 
^  SAROS  [golphode),  (geogr.)  Pinus  Males, 
golphò  formado  pelo  Archipelago,  na  costa 
de.Homelia.  .  ' 

saroudj  ou  sERoubji,  (geogr.)  ctáaâe  da 
Tíírqúia  asiática,  capital  de  Sandjakato,  a 
11  léguas  ao  SO.  de  Heha. 
^'SAROUKHAN,  (geogr.)  Sandjakáto  da  Tur- 
duia  Asiática,  limitado  pelos  d'Aidin  ao  S. 
de  Rarassi  aq  N.  de  Kontaioh  a  K.  o  Ar- 
chipelago ao  0.  tâpital  Thyalire  ou  Ak- 
llissar. 

^Sarp,  (geogr.)    cidade  da   Noruega,  a  4 


iOíítín. 


leg^ias  ao  80.  de  Frederiksladt. 
^  SARPAR  ou  Zarpar,  v.  a.  (Cast.  zarpar, 
de  zarpa,  garra,  unha  da  ancora.)  (uaut.) 
levantar,  desaferrar.  —  a  ancora. 

SARP  DON.  (mjth.)  Filho  de  Júpiter  e 
d'Europa,  disputou  o  Ihrono  de  Erta  a  Mi- 
nos,  seu  irmão,  e  foi  fundar  na  Lycia  um 
pequeno  Estado.  Segundo  Homero  fui  um 
aos  príncipes  que  foi  ao  cerco  de  Tróia  e 
foi  morto  por  l'atrocIes,  mas  ApoUo  tirou 
o  seu  corpo  do  campo  da  batalha  e  en,viou-o 
á  Lycia,  lavado,  perfumado  com  ambrósia 
e  revestido  com  hábitos  immortaes. 

SARPi  (fedra  de),  (hist.)  chamado  Fra- 
Taolo,  celebre  historiador  Veneziano,  nas- 
ceu em  155Í,  morreu  em  1623  Foi  mem- 
bro do  Tribunal  dos  Dez.  Escreveu  entre 
muitas  obras  a  Historia  do  Concilio  de 
Trento. 


habitantes 

SARRASiN,  (hist.)  poesta   franèfez,   nasceu, 
em  16)3,  morreu  em  1654.  Alem  dediíTeí-^ 
rentes  poesias  publicou  a  Historia  dó  Cé^- 
co  de  Dunkerqiiè.  ;"■'",. 

Sarracenos,  (hist )  %nonyrao  de  ^íusiíl-^' 
manos  nas  historias  ciiristãas  da  idade  mt?-^' 
dia,    designava    priraèirârtíente    umá    tribn 
particular  da    Arábia   deserta,  os  !ia'r'i'âce- 
nos,  os  qu^es  Fazlauí  a  força  principal  dos 
exércitos  árabes ;    os  Christãos   deram  de- 
pois  este    hómè  a   todos   ós    Siúsulmanos, 
Árabes  ou  ^*ouros,  nao  sÔ   aos  da  Palesti- 
na más  também  áqu^lles,  que  irivádira,m  à 
Africa,  a  Siçilia,  a  tíi^panhá  e  o  Meio  dfà 
da  França,  também   se   deriva   á  p3láVÍ*à'^ 
Sarracenos  áaartibe  Charqinn  (iâto  è  Orien- 
tal) em  oppnzição   á    Mouros,    que    vende 
[Magres- Poente  ) 

SaRsalhe  RO.  V.  Serralheiro. 
SaRRaliio.   V.  Serralho.  "''* 

SARRÃo,  s.  m.  V.  Rasa,  e  Serrão. 
BARRAR.  V.  Serrar,  e  Cerrar. 
SARRE,  (geogr.)  Saar  em  aliemão.  Sara- 
vus  e  Sara  em    latim,   rio   que  nasce   em 
França  no  departamento  de  Vosges,  e   que 
se  lança  no  Mosella  em  Tonsarbruck.         , 
SARREBURGO.  (geogr.)  Saarburg  em  alie- 
mão,  Caranusca  e  Sarm  castrum    em    la- 
tira, cidade  de  França,  sobre  o  Larre,  a  16 
léguas  e  um  quarto  a  E.  de  Naacy  ;  2^^40 
habitantes.  , 

SARREBURGO,  (geogr.)  em  aliemão  Saar- 
burg, cidade  dos  Eslados  prussianos,  a  4 
léguas  e  meia  ao  S.  de  Tréves ;  1,550  ha- 
bitantes. 

SARREBRUCK,  (gcogr  )  Saarbrucli  evQ  a\]<é- 
SARRABULHADA  ,  s.  f.  (dcs.  ada.)  porção  nião,  Augustimuri,  Sarce  pons  em  latimi 
grande  de  sarrabulho;  (íig.)  desordem  porca,  cidade  dos  Estados  prussianos,  capiti^l  do 
.  SARRABCLHO,  c.  wi.  (do  Fr.  c/iflir,  came,  circulo,  a  16  léguas  de  Tf éves ;  7,000  ba- 
]p,.bouillÍ9,  cozida,  ou  do  Lat.  sueris,  ge-  bitantes.  ,'i|l  ;r>., 

jiitivo  ant. .  de  sus,  porco,  e  bullio,  ire)  ,,  sarreguemines,  (geogr  )'5aar5fcmwn!Í  em 
sarapalel;  (fi^.)  desordem  porca  entre  gen-  íjílemào,  cidade  de  França,  a  l9  leguás  ao 
talha.  ^...,^;,'.j  ^j.j,     [,,,,  S.  de  Metz  ;  4.11'i  habitantes. 

SARRADO.  V.  Cerrado.  ,      sarreluiz,  (geogr.)  Saar  Luiz  éxn  alle- 

sarrafaçador,  s.  n^,  o.quesarrataça.     !  .I^So^.  An  Luiotiçi  ad  Saram,  cidade  d^os 

sarrafaçadura,  *.  /.  (des.  ura.)  o  acto  Estados  prussjanos  a  -U  léguas  ap  ^3.E5(.,íjB 

de  sarrafaçar.   _     ,  j.    ..,    ^     .  Tréves ;  7,000  ha))itaiúes  [..,^   .,iíi., 

sarr.^façar,  t?.  a.  (frequentativo  de  5a»*-       sarrento,  a,  adj.  (sarro,  des.  é»ío4q[i|0 

ra/ar.)  (p.  us)  sarja r. —;    us.  cortar  com  tem  sarro.  ,  ,|  ' 

jnáa  instrumento  que"  serra,    ou  não  corta       sarrido,   í.  «ii.  (fi^  serray  e  soidq.)  Jp, 

lizo.  ..     .     ,  us.)  difficuidade  de  respirar,  estridor  da  res.- 

,^^   sarrafaíÇal,  s.  m,..máu  oíficial  de  car-  piraçào.  ' 

jpintniro  ;  (llg.  e  chulo)  máu  barbeiro.    ,      -    sarrilha  ,   s.  f.   (alteração  de  serrilha) 

Sarrafar  ,   V.  a.  {sarrafo,  ardes,  inf.)  lavor  em  torno  da  moeda  para  se  não  cercear. 

corlar,  serrar  sarrafos  — ,  (p    us  )  sarjar     |      sarr  lhado,  a.  p.  p.  de  sarrilhar;  adj. 

V),  ,S-^RR^Fo,  .$.    r/i.,(de  *trra  )  lira  longa  du   lavraio  em  s;<rn||ifl  ;,i,  ^  j  .. 

tabiM  'y    sakk.i.ha  <,  t?    a    {.carrilha,' ar  (\*>$^^  Mit^ 

SAiumHAS    V    Serrnlkai':K  ua  .-.  .w.  U'i*'f  "U  lavrar  sarrilha  em  torno d.isfMíÇas 

saí.ha.ue,  fge(>:gr<)  cidade  de   França,. a    ua  mot-da 


SAR 


SIS 


5í7 


S/kftRiH;  í.  tn.  (t.  da  AsiaJ  pano  tecido 
dos   filaraentoâ  de  uma  planta  de  Be;ií?al». 

àtnAo,  s.  m.  (do  It.il  sanro,  côr  tirante 
a  Toio,  ou  antosdo  Aliem  sauer,  acre,  aze- 
do.) as  fetes  do  vinho,  ou  da  ourina  que  se 
pegam  no  fundo  do  raso  ;  crosta  que  vem 
aos  dentes ;  saburra  da  lingua. 

SAititoLA,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2 
Iftgiiíís  e  meia  ao  NE.  d'AjaccTt) ;  600  hs- 
bilantos. 

SARMJGA,  s.  f.  V.  Saruga,  Aresta. 

SAiisiNA  ou  BOBiUM,  (gAôgr.)  antiga  cida- 
de  dá  Ombrja,  hoje  no  Estado  ecclesinstico, 
a  6  leguasemefia  ao  SE.  do  Cesena  ;  1,200 
habitantes. 

SAUT,  (geogr.)  a  antiga  Sardes,  cidade 
da  Turquia  asiática,  a  22  léguas  ao  NE. 
d'Aidin. 

ôARTA,  s.  f.  (do  Lat.  sartus,  cosido,  re- 
mendado.) enxárcia,  cordoalha  do  navio  pre- 
sa a'  entenas.  —  ,  cordão  de  cousas  enfia- 
das, t).  g.  —  de  perola.s,  de  figos. 

SARTÃ  OU  sartaN,  s.  f.  (do  Lat.  seirta- 
go.)  frigideira  chata  com  pouca  borda,  on- 
de so  frige  peixe  ou  carne.  «  Mssea  caldei- 
ra á — ,  tir-te-lá,  não  me  enfarrusques,» 
provérbio  que  exprime  o  desdém  com  que 
a  pessoa  torpe  e  sórdida  aceusa  outra  dos 
TOesttfòs  defeitos.  —  de  fogo,  placa  de  ferro 
em  hrási. 

i^ARrxÈM  ôu  Sartagem.  V.  Sartan. 

é'ARtÀL,  í.  m.  V.  Sartáy  coi^o. 

ÍJ'AATÃ0.  V.  Seríào.'^''-^*"^ -'     '^*'^        •  "■ 

SURTEM,  s.  f.  sartan,  placa  dé  ferro.  Soft^-i 
tens  de  fogo,  laminas  de  ferroem  brasa cotíi 
(fuè  atormentavam  ôs  marlyres. 

S.^ítEN-A,  (geogr.)  cidatfe  da  Coríega,  á 
1^*  íè^uas  ao  Sh.  d'AjáCcro  ;  3,050  habi- 
tantes. 

s.4RTn«,  (geogr.)  Sartha,  rio  de  França, 
na*?!ce  no  departampnto  d'Orne,  perto  do 
antígti^  convento  da  Trdppa  e  cae  no  Mayén- 
n^  acima*  d'*tígfers. 

SAiítffí  (departamento  do),  (geogr.)  de- 
pífTA^itienr.)  âe  Fr.mça,  ètltre  os  de'  Orne 
sò  N  do  ÍVlavenne  ai)  O.  de  Loir-e-Cher  a 
í.  n6,8«8  h.nlalanWs  Capital  Mans. 
-  ^Xh^ícÉS,  (hi^t.)*  Cd^bre' templário  fran- 
crz  nSííifert  eftí  t26 ',  e^a  coítimendador  de 
Caverna'  océasiãD  áò  ilt*ècífá$o  dos  Tem- 
ptarítH;  nntento^i' cOTir  ctJfagcm  a  innocon- 
éi«  f\H  «na  ofricm,  e  deptlis"  d''elU  conde- 
rtonada  rssí?(írt'a  Allémanbá' Mde  entrou  ria 
oíderti  TtMifortica 

«ARtiLt.t;'  fgpfttçr.)  ctdirde-  dé'  Frhnçá,  a 
2  lpí.';ras^m(»ltrao  Sf).  de  Gfanviliy} ;  1,(100 

íARTtNií.v  (fif<»1»rfel  M,  {hhX.)  mlrlintro^ 
fMnri'7,  nasceu  em  72Í),  morreu  e!T»'rÔOt, 
loi  fWttlèttdíi  infípomtr  gefí?V'  dH  ^fiM'à  fin. 
I'59V«  ndtjWíVl^  frd»rt^>  ctèrf^t)  tíh»a 'r*|nn;» 


çâo  europea,  tanto  pela  habilidade,  com 
que  a  policia  foi  feita  no  sou  tempo,  co- 
mo pel»s  diverssas  medidas  úteis,  que  feí 
adoptar. 

SARUGU ,  í.  f.  (do  Lat  sericum^  seda.) 
(ant )  barba,  aresta,   pragana  da  espig». 

saruH   ou   old-sauum  .    (geogr.)    aWieia 
d'ínglaterra,  a  Ifgua  e  meia  ao  N.  deSa-'- 
lisbury,  * 

SARDS,  (geogr.)  hoje  Seikoiin,  rio  da  Ci- 
licia, sae  d'j  Tauro,  nos  limites  da  Calão-»; 
nia    e  desapparece  no  Mediterrâneo. 

SARWAR  ou  KOTiiBURG,  (gcogr.)  SabaHã, 
villa  da  Hungria,  a  5  léguas  e  meia  a  E. 
de  Stftin-am-Auger  ;  1,500  habitantes. 

SARY-sou.  (geogr.)  rio  do  Turkestan  in- 
dependente, nasce  ontre  os  montes  Oulon- 
tan  e  Kartché-tan,  e  desapparece  n'um  pe- 
queno lago  protimo  ao  de  Telekoal. 

SARZANB,  (geogr.)  cidade  murada  dos  Es* 
tados  Sardos,  a  t  léguas  ao  SE.  de  Spez-«- 
zia ;  3,00iJ  habitantes. 

sarzeaU,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  í« 
léguas  80  S.  de  Vannes;  7,020  habitan-. 
tes 

sarzedas,  (geogr.)  villa  e  fregurzia  dé 
Portugal,  2  léguas  ao  O  de  Caslello-Kran- 
co  situado  em  alto  e  fragoso  {tvnvta  da  sci*** 
ra  da  Guardunha,  contém  2,^40  habitan- 
tes. 

sarzir.  V.  Seriir.  ^« 

Sasão.  V.  Sazão.  ■-■'^' 

s.  ASAPH,  (geogr.)  cidade  dTnglaterra,  « 
B  léguas  ao  NO.  de  Flint ;  3,10t>habitan-í- 
tes. 

s^asrach,  (geogr.)  cidade  do  gr*n  ducado 
de  Badft.  a  6  léguas  ao  N^.  de  Strasbur- 
gO;  1,000  habitantes.    '--^  -» 

Sas  dii  gand,  (geogr.)  Afffêt  Gaitdaven- 
sis,  ciiade  dUKillanda  a  3  léguas  ao  SO. 
d'Axol  ;  2,0fM>  habitantes.  •  ^^-nv.  i   u;-  . 

SASKATCHEWAN,  (gcogr.)  nomft''^  '<!oé«"» 
rios  da  America  ingleza  ;  um  stre  (íos  Won  ■ 
tes  Pèdregozós  e  cae  no  la^go  Oufftipeg  ;  o 
otflro  íírfe  dos  mesmos  montes,  ty  caiB  no 
pi^è^-tidentti  rio  de  Saskatchewan. 

Sas^adò.  V.  Sazonado. 

SAS^OAií.  V.  SaxorM^. 

gAssAFRAZ,  s.  m.  (t.  Anleri<í3no)  espécie 
de  1'oureiro  éuja  madeira,  raiz  e  casca  sã(y 
aromáticas  *  sudoriíicai«V  aísatft)  ira  isiedi- 
ciníi. 

SASSAR,  V.  a.  (Fr.  sasseri  pewrfraf ,  (♦# 
sm,  i^fneira.)  p^H^itar: 

sjvs5A!«TnÉá,  (hfet.)'  dytía-ptra  ^  reis  *\h 
Pérsia,  que  íttdc^d<»u  á  dhs  Ar-^aH^ides  o» 
rei?»  paríhos.  e  pYí»<í(*dfMi  «s  califíí*!  «laho- 
ili»*fíftlo*.  A  tfyn^sfra  tk^  Sasdfftódfq  r»ígiçtr!^< 
126  annos.  Deve  o  seu  ilM&e^  *  SBPsaíii. 
pai  d'ArdíThyr.  i— l^iM^  .>    /.irj.>. 

m  * 


SS8 


SÀT 


SAT 


pitai  da  TÍce-ÍHtendencia  geral  de  Sassari, 
a  4  léguas  do  porto  d«  Torres ;  21,000  habi- 
tantes. A^vice-intendeacia  de  Sassari,  cha- 
mada também  Gap-Sassari  ou  Logoduro, 
occupa  o  N.  da  ilha  e  conta  ;  17O,UO0  ha- 
bitantes. 

«ÁSSENAGE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  lé- 
gua e  meia  ao  O  de  Grenoble;  1,500  ha- 
bitantes. 

SAssi,  (hist.)  em  latim  Saxms,  sábio  ita- 
liano, nasceu  em  1675,  morreu  em  1751. 
Deixou  :  De  síudiislitterariís  Mediolanen- 
sium  antiquis  et  notis  ;  Ai  chiepiscoporum 
mediolanensium  seriei  historico-chronolo- 
gica. 

SASso  SERRATO,  (geogr.)  Juficufn,  cidade 
dos  Estados  ecclesiasticos,  a  5  léguas  ao  S.  de 
Pérgola  ;  3,300  habitantes. 

SASsuoLO,  (geogr  )  villa  do  ducado  de  Mo- 
dena,  a  4  léguas  ao  SO,  deModena;  3,?00 
habitantes. 

s.  ASTiER  ,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
5  léguas  ao  SO.  de  Perigueux ;  2,61^^  ha- 
bitantes. 

sasvar  ,  (geogr.)  Schlossberg^  villa  da 
Hungria,  a  6  léguas  ao  S.  de  Skaiitz. 

SATADou,  (geogr.)  cidade  e  paiz  do  Sene- 
gal, sobre  o  Talémé. 

SATALA,  (geogr)  hoje  £^rj5 /n^ /lia»,  cida- 
de áa  Ppquena  Arménia,  sobre  o  Pyxirato. 

SATALiEH  ou  ADAL[A,  (geogr.)  kílaUa.  ci- 
dade da  Turquia  asiática,  capital  do  sand- 
jakato  de  Tekke-ili,  sobre  um  golpho  do 
Mediterrâneo,  que  temo  mesmo  nome;  18,000 
habitantes. 

SATANAZ,  s.  m.  (Hebr.  e  Arab.  Xaitan, 
do  Egypcio  sith,  inimigo,  adversário.  Em 
Arábico  xatana,  ser  obstinado,  desobedien- 
te. Sith  ou  Seth  é  um  dos  nomes  egypcios 
do  génio  do  mal,  que  os  Gregos  denomi- 
nam Typhon.)  o  diabo,  o  espirito  das  tre  - 
vas,  o  chefe  dos  anjos  maus  ;  (fig.)  denun- 
ciador, malsim. 

SATÂNICO,  A,  adj.  de  Satanaz,  infernal. 

SATARAH,  (geogr.)  cidade  da  índia,  no 
Bedjapour,  a  25  léguas  ao  S.  de  Ponnah. 

SATEi.LiTE,  s.  wi.  (Lat.  satcllcs,  tis.)  guar- 
da que  acompanha  alguém  para  o  defender. 
— .  (astr.)  planeta  menor  que  gyra  em  tor- 
no de  outro  maior,  v.  g.  aLuaé — da  Ter- 
ra. Os  — *  de  Júpiter,  de  Saturno. 

SATCpozA,  s.  f.  (i.  Asiat.)  pano  de  algo- 
dão de  Bengala. 

8ATKRLAND,  (geogf)  pequeno  paiz  do  du- 
cado  de  Oldenburgo.  no  NO.  do  circulo  de 
Kloppenburgo ;  l.HOo  habitantes. 

SATGONG,  (geogr.)  Ganges  Regia^  cidade 
da  índia  ingleza,  sobre  o  Kougly,  a  légua 
e  meia  de  kougly 

fATHAK.  y.  Satanax. 

$kti  ou  8ATi,(myth.)  divindade  «gypeía  de 


segunda  ordem,  emanação  de  Neith.é cha- 
mada a  rainha  da  região  inferior.  Yô-se  mui- 
tas vezes  a  sua  imagem  nas  occasiões  do  fu- 
neral :  está  de  joelhos  e  parece  tomar  ou 
proteger  o  gavião,  symbolo  da  alma  do  de- 
funto. 

SATiLiEU,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  ao  NO.  de  Tournon  ;  1,800  habitan- 
tes. 

SÁTIRA.  V.  Satyra. 

SATiRiÃo,  s.  m.  V.  Satirio  e  iatyrião. 

SÁTIRO.  V.  Saíi/ro. 

SATis,  adv.  Lat.  assaz,  bastante.  Vem  de 
satum,  sup.  de  sero,  ere,  semear. 

SAiisDAçÃo,  s    f.  (ant.)  fiança. 

SATiSDAR  ,  V.  a.  ou  n.  fLat.  satis,  bas- 
tante, e  dar.)  (forens.  ant.)  dar  fiança,  cau-;, 
ção  bastante,  pessoal  ou  real. 

SATISFAÇÃO,  s.  /".(Lat.  satisfactio.onis.) 
o  acto  de  satisfazer  divida  pagando-a,  ou 
obrigação  cumprindo-a  ;  reparação  de  dam- 
no,  injuria,  offensa ;  conta  que  se  dá  de 
cousa  incumbida  ;  contentamento.  Satisfa- 
ções, excusas,  desculpas.  Deu  muitas «aíís- 
fações  de  ter  feito  esperar  os  convidado;». 

Syn.  comp.  Satisfação,  contentamento. 
Satisfação  éo  sentimento  jucundo  que  ex- 
perimentámos quando  se  cumpre  nosso  de- 
sejo ou  nosso  gosto ;  se  este  sentimento  é 
cabal  e  durável,  se  nelle  se  aquieta  a  al- 
ma e  judiciosamente  o  approva,  esse  é  o 
estado  áe  contentamento .  k  satisfação  pre- 
cede o  contentamento,  o  qual  ó  sua  conse- 
quência, ou  seu  complemento  Veja-se  Ale- 
gria, pag.  38. 

SATiSFACTORio,  A,  ttdj .  [áus  óvio.)  capsí 
de  satisfazer!  que  satisfaz.  Razões,  descul- 
pas — s.  Obras  —  da  culpa,  que  satisfazem, 
pela  pena  que  mereciam. 

SATISFAZER,  V.  a.  (Lat.  satisfacio,  ere, 
satis.  bastante,  e  facere,  fazer.)  pagara  di- 
vida, o  serviço  ;  desempenhar  a  obrigação; 
cumprir,  v.  g.  —  as  suas  obrigações,  pro- 
messas, os  legados,  os  votos,  o  promettido . 

—  o  damno,  a  injuria,  reparar.  —  a  fome, 
saciar,  fartar.  —  os  olhos,  os  ouvidos,  o  «- 
pirita,  o  juízo,  causar  grande  prazer,  ou 
satisfação. — ,  em  sentido  absoluto  ou  neu- 
tro, cumprir,  v.  g.  — aos  seus  deveres,  — 
com  as  suas  obrigações.  —  pela  culpa,  com 
penitencias,  ou  obras  meritórias.  — se,  v.  r. 
•aciar-se,  fartar-se,  v.  g. — de  comida,  de 
agua.  —  ,  pagar-se,  indemnisar-se.  —  da 
perda,  damno,  injuria. — ,  vingar-se,  v.  g. 

—  nos  inimigos.  — se  de  si,  sentir  se  con- 
tente, satisfeito  do  seu  estado,  ou  próprio 
procedimento.  «  O  homem  modesto  raras  ve- 
zes se  satisfaz  de  si,  e  da  suainnocencia.» 
Lucena. 

8AT1SFAZIMINT0,  s.  m.  V.  Satisfãçáo. 
sATisrciTO,  A,  p.  p.  de  satisfazer  ;  adij.  em 


9AT 


84T 


5» 


estado  de  satisfaç&o  ;    pago  ;  índenanisado  ; 
saciado,  fartado. 

SATiTo,  A,  adj.  (Lat.  sativus,  áesattií,  se- 
meado, p.  p  de  sero,  ere,  semear)  de  semon- 
teira.  Plantas  — s,  semeadas,  hortadas. 

SATO,  *.  m.  (t.  da  Ásia)  espécie  de  c^bra. 

SATRAPA,  s.m.  (^at.  e  (ír.  de  origem  Per- 
sa) governador  de  provincia  ;  (fig  )  grande, 
nobre. 

SATRAPAS,  (hist.j  no  imperío  medo-persa 
eram  assim  chamados  os  governadores  das 
províncias  encarregados  da  cobrança  e  ad- 
ministração dos  impostos.  Ao  principio  não 
tinham  autoridade  militar  ;  depois  é  que  lhes 
foi  dada.  As  Satrapias  eram  em  pequeno  nu- 
mero e  por  consequência  consideráveis ;  os 
Satrapas  juntavam  immensas  riquezas  e  vi- 
viam com  um  luxo  que  se  tornou  prover- 
bial. 

SATRAPEAR,  tj.  n  [satrapa,  ar  des.  inf.) 
fazer  de  satrapa;  governar  com  mando  im- 
perioso, dar-se  ares  de  grande  o  poderoso. 

sátrapIa,  s.  f.  (Lat.)  governo,  limites  da 
autoridade  de  um  satrapa. 

SATRAPisMO,  s.m.  [des.  ismo)  mando  au- 
toridade, orgulho  dos  satrapas,  soberba  dos 
mandões,  alíectada  superioridade. 

SATRiANO,  (geogr.)  nome  de  duas  cidades 
do  reino  de  Nápoles,  uma  na  Calábria  Ulte- 
rior 2."  ,  a  4  léguas  ao  S.  de  Aquillace ; 
2,200  habitantes ;  a  outra  no  Basilicato,  a 
3  léguas  ao  SO.  de  Acerenzad. 

SATURAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  saturatio,  onis)  es- 
tado do  corpo  saturado,  v.  g.áQ  alcali  pelo 
acido,  ou  da  agua  pelo  sal. 

SATURADO,  A,  p.  p.  de  saturar  ;  adj.  com- 
pletamente embebido. 

Saturar,  ».  a.  (Lat.  saturo,  are,  de  sa- 
tur,  cheio :  rad,  .%ero,  ere,  atum,  semear) 
(chim.)  impregnar  completamente  os  poros 
de  um  corpo  com  outra  substancia  liquida 
ou  que  se  dissolve,  r  g. — a  agua  de  sal,  o 
alcali  de  acido. 

SATURACEM,  s.  f.  (Lat.  «atureia)  Segurelha 
herva. 

SATURNAL,  adj.  dost  g .  [Lhi.  saturnalis) 
de  Saturno.  Festas  saturnais,  ou  subst.  f. 
saturnaes,  em  que  se  commettiam  excessos 
escandalosos.  Eram  o  lypo  do  nosso  entru- 
do. 

SATURNINA,  (Julia)  (hist.)  lusitaua  celebre 
pela  sua  perícia  medica,  e  que  viveu  no 
tempo  da  dominação  romana. 

SATURNINO,  A,  ad/.  de  Saturno  ;  dechum- 
bo ;  (fig.)  triste,  melancholico. 

SATURNINO  (S.) ,  (hist.  s  )  nome  de  dous 
santos,  um  dos  quaes  pregou  o  Evangelho 
nas  Galli»s  no  principio  do  II  ou  III  sécu- 
lo, foi  o  primeiro  bispo  deToloza.esoíIreu 
o  martyrio  naquella  cidade  em  150,  e  é  com- 
memorado  a  29  de  Novembro ;  o  outro  foi 

VOL.    IV» 


padre  em  Africa,  e  foi  morto  emCarthage- 
na  con  S.  Dativo  no  anno  304;  é  festeja- 
do a  ii  de  Fevereiro. 

SATURNINO,  (hist)  Luci^As  ApuUiui,  ro- 
mano turbulento  ,  creatura  de  Wario,  foi 
questor  em  Oslia,  concorreu  muito  para  as 
eleiçõís  que  conferiram  a  Uarío  o  /i."  e  o 
5  °  consulado.  Mário  manlou-o  matar  no 
anno  9J. 

SATURNINO,  (hist.)  Sexto  JaUo,  tyranno, 
gaulez  de  origem,  assignalou-se  pelas  suas 
expedições  na  Gallia,  na  Ilispunha  e  em 
Africa,  chegou  aos  primeiros  postos  nos  rei- 
nados de  Aureliano  e  de  Probo,  foi  accla- 
mado  imperador  em  2S0.  Passados  alguns 
annos  foi  abandonado  pelas  suas  tropas  e 
morto  em  Apamea.  Dois  outros  Saturninos 
assumiram  a  purpura;  um  em  26i,  o  ou- 
tro em  350,  ambos  foram  mortos  pela  sol- 
dadesca. 

SATURNio,  A,  adj.  (Lat  saturnius)  de  Sa- 
turno, deus.  —  prole.  Â  —  Juno,  filha  de 
Saturno.  Idade  — ,  a  em  que  os  poetas  fi- 
guravam ter  dominado  a  virtude  ;  os  tempos 
prio  itivos  porque  Saturno  era  o  tempo  sjm- 
bolizado.  Cícero  diz  qua  Saturnus  é  forma- 
do áesatur,  saturado,  cheio,  e  annis  de  an- 
nos. 

SATURNO,  s.  m  (LAt.  satur nus]  nome  do 
planeta  mais  remoto  do  sol  e  da  terra;  (tig.) 
chumbo  (em  razão  da  cór).  Sal  de  — ,  ace- 
tato de  chumbo. 

SATURNO ,  (myth.)  Saturnus,  em  Grego 
Kronos,  deus  latino  e  grego,  passava  por  fi- 
lho segundo  de  Ceo.  Titão,  seu  irmão  mais 
velho,  cedeu-lhe  o  trono,  mas  reservando -o 
para  seus  filhos  os  Titões,  e  exigindo  que  Sa- 
turno devorasse  os  filhos  machos,  logo  de- 
pois de  nascidos.  Saturno,  executando  fiel- 
mente o  tratado,  devorou  Plutão  e  .Neptuno, 
mas  Cybele,  sua  mulher,  enganou-o  no  nas- 
cimento do  Júpiter,  substituindo  ao  recem- 
nascido  uma  pedra  que  Saturno  devorou.  A 
mesma  Cybele  conseguiu, sem  Saturno  ser  sa- 
bedor de  tal,  tirar-lhe  das  entranhas  e  resti- 
tuir a  vida  a  Plutão  e  .Neptuno.  Titão  informa- 
do da  existência  dos  três  meninos,  deslronoa 
e  prendeu  Saturno;  mas  Júpiter  que  ficava  li- 
vre, vingou  seu  pai.  bateu  os  Titões  e  repôz 
o  captivo  no  trono.  Porém  dentro  em  pou- 
co, Saturno  cioso  de  seu  filho,  armou-lhe 
traições  ;  então  Júpiter  pegou  em  armas  con- 
tra elle,  e  expulsou-o  do  céu.  Reduzido  a 
descer  á  terra,  Saturno  foi  esconder-8e(/a- 
íere)  no  Lacio,  aonde  foi  recebido  pelo  deus 
Jano,  casou  com  Venilia,  sua  filha,  e  foi  o 
seu  successor.  Os  Latinos  aprenderam  delle 
a  arte  da  agricultura  e  das  sementeiras  («er- 
ere,  semear,  esta  é  a  origem  do  nome  Sa- 
turno) o  seu  reinado  foi  chamado"  a  idade 
de  ouro  para  a  Itália. 

183 


m 


m 


SArtt:i;'f::f.  (Lat.  Gr.  \ertiWmirS'^'Í'' 
nSo  doChald.  sòí/,  catopos,  como  querGé- 
belii))  poeujaem  quo  se  censuram  os  coslii- 
raés  e  defeitos'  públicos  ou  de  algum  particu- 
lar, de  ordiniuio  era  verso.  Priraitivatuente 
foram  assaijras  poemíis  recitados  nas  fastas 
campestres  de  Bacco  e  acompanhados  de  dan- 
sas 

SATYiuÃo,  $  m  orchis  macho,  tesliciilo 
de  cão,  Carita  burbosa  qne  exita  o  appeiíto 
veneno. 

SATYRiCAMlíNTE,  adv.  [mente  suíT.)  de  mo- 
do ou  em  estjlo  salyrico. 

âATYRico,  A.  adj\  .que  respeita  á  salyra, 
mordente,  que  salyriza.  Poeta,  poema  — . 
Versos  — s.  Allusões  —s. 

SATYinsMO  ou  SATYRiAsis,  .V.  m.  priapls- 
mo. 

ii'-  SATYRizÁDo,  A,  p.  p.  de  Fatyrizar;    adj. 
censurado  em  csijlo  salyrico. 

Satyrizar  V.  á.  [satyra,  izar  des.  inf.) 
censurar  em  estylo  mordente  os  costumes, 
as  pí^ssoas. 

SATYROS,  s,  m.  (Lat.  Satyri,  do  Gr.  sa- 
tyros,  de  salhé,  o  membro  viril)  (mylh.  e 
popt.)  ossatyros  eram  semideuses,  compa- 
nheiros de  Bacco  mui  lascivos  e  chocarreiros, 
que  faziam  mofa  e  escarneciam  de  quantos  in- 
divíduos encontravam  Os  Salyros  tinham 
corgos  hurpanos,  com  ordhas  e  pós  de  bo- 
de, habitavam  as  ílorrstas  e  psreciam-se  cofu 
os  Faunos  ou  i  aliscos.  São  representados  pe- 
los poetas,  ora  dançando  com  as  nymphas, 
ora  perseguindo- f!s. 

s.  AUBAM,  (geogr.)  villa  de  França  a,  11 
léguas  80  ]N0.  de  Grasse ;   660  habitantes. 

SAUCO,  s.  m.  (do  Fr.  soque,  calçado,  soco) 
parte  do  casco  da  besta  entre  a  tapa  e  a  pal- 
ma. 

SAUDAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  salitatio,  onis]  o 
acto  d  j  saudar. 

SAUDADE,  s.  f.  (alterado  de  soledade,  ou 
soidade)  a  magoa  que  causa  o  estar  aparta- 
do do  objecto  amado,  e  o  desejo  de  o  tornar 
á  ver  e  de  estar  na  sua  companhia.  Ter  —s 
dèalguem.  Dar  — ,ç,  fazer  saber  que  as  le- 
mos da  pessoa.  Fazer— s,  demonstração  de 
pezar  apartando-nos  ;  caus;ir  este  sentimen- 
to. — s  minhas,  as  quealguem  tem  de  mim. 
—  ti(a3,  as  que  tenho  de  ti,  ou  as  que  tu 
tens  de  mim.  Morrer  de  —s.  —s,  nome  de 
uma  flor  roxa  ou  vermelha  salpicada  de  bran- 
co. 

Syn  comp.  Saudade,  pena  A  palavra 
saudade,  que  os  antigos  escreviam  soidade 
ou  svydade,  de  soledade.  6  tão  singular  e 
éiprime  unia  iddia  tão  complexa  e  um  seti- 
lim»  ntn  tào  mimoso  que  não  tfm  risorusa- 
íbfDte  faltando,  synonymia  roro  nenhuma 
òbtra  ;  La  com  tudo  entre  elia  e  pma  um 
pOíJlo   du  piptjscu^»   que  mui  difcprttann:iU« 


sltr 

é  a  impressão  que  faz  desgosto  em  nosso 
animo,  é  um;i  mortificação  que  nos  ponafi- 
za,  mas  vagamente,  e  sem  os  aíFectoscom-^' 
plicados  que  a  saudade  produz. 

«A  palavra  saudade,  úll  o' Sr.  Cfiífétt 
n'uma  erudita  nota  ao  seu  Camões,  é  por 
vftnturá  o  rtiais  doòé  cxpressivd  o  delicíií^ó 
termo  de  língua.  A  ideia,  ou  sentimento  |iof' 
eíle  representado,  certo  que  éái  tortos  os  pái- 
zes  o  sentem  ;  rans  que  haja  vocábulo  es- 
pecial para  o  designar,  não  o  6  de  õutrâ 
nenhuma  linguagem  seucío  da  portugueza.  » 
Mal  sabia  o  illustre  prtcta  contemporâneo 
quando  isto  escrevia  que  quatro  séculos  an- 
tes d'elle  havia  exprimido  a  úiesma  ideia  um 
sábio  rei  portuguez  Diz  os^hhor  D.Duar- 
te no  Leal  Conselheiro  (pág'  l5í]  :  «  E  po- 
rém me  parece  este  nome  de  snydade  tam 
próprio,  queoíâtím,  nem  outro  linguagem 
que  eu  saiba,  nora  é  pêra  tal  sentido  seme- 
lhante. »  E  entrando  a  definil-a,  diz  :  «  Suy- 
dade  propriamente  é  sentido  (sentimento) 
que  o  coraçom  íilha  por  se  achar  partido 
(apartado,  separado)  da  presença  de  alguma 
pessoa  ou  pessoas  que  muito  por  aíTeiçom 
ama,  oii  o  espera  cedo  de  ser ;  e  essO  me- 
des (assim  mesmo)  dc^  tempos  e  lugares  em 
que  pordeleitaçam  muito  folgou,  digo  afei- 
çom  edéleitaçom,  porque  som  sentimentos 
que  ao  coraçom  pertencem,  dohde  verdad^ir 
ramentc  nace  a  suydade,  niais  que  da  rázôia 
nem  do  siso.  >> 

U,  Francisco  Vanuéi  etòrídbTti  a  rfiesiiiíi' 
ideia  dizendo:  «.A  quemsoraènte  liÔs  sabe- 
mos o  nome,  chamando-lhe  saudade.  »  H 
não  se  contentou  com  isto,  senão  que  dèÚ" 
a  razão  porque  isto  assim  é,  descrevendo  a 
saudade  nesta  elegante  e  suave  linguàgerà:' 
«  Florece  entre  os  Portuguezes  a  saudade 
por  duas  cauâás,  mais  certas  em  nós  quó 
em  outra  gente  do  mundo  ;  porque  d'amba^ 
essas  causas  tem  seu  principio.  Amor  é  au- 
sência são  oã  pais  da  sawádrfc  ;  e  como  nos- 
so natural  é  entre  as  mais  nações  conheci- 
do por  amoroso,  e  flossas  dilatadas  viajèns 
occasionam  as  maiores  ausências,  d'ahi  vem 
que  onde  se  acha  muito  amor  e  ausência  lar- 
ga as  saM(/af/cs  sejam  rha is  ceftas  ;  o  está  foi^ 
sem  falta  a  razão  porque  entrenós  habitas- 
sem como  em  seu  natural  centro...  E'  a  sau- 
dade uma  mimosa  paixão  da  átnáa,  è  í>or  issH 
tão  sutil,  que  equivocadamente  se  expierf- 
menta,  deixando-nos  indistincta  a  dôr,  da 
satisfação.  E'  um  mal  de  que  se  gosta,  eiiiri 
bem  que  se  padece :  (Juando  fenece.  fi*oca- 
ge  a  outro  maior  contentHmento.  mas  não 
cjuo  formalmente  se  éttinfra  ;  porque^  m 
si^m  rtielhOria  seácalw  a  saudada  é  certo  qué 
o  amor  e  o  desejo  sn  acab.irara  primeiro  .>àò 
ó  a»bim  com  a/ycfia  ,  poiq-ie  ^usnto  éméióf 


SAC 


ut 


m 


a  )r>êha,  é  maior  a  sandaiu,  6  linnca  ^e  píi^sa 
ao  maior  mal,  antt^s  rompo  pelos  raab-s ; 
conforme  succedeAos  rios  impetuosos,  con- 
servarem o  sabor  d^)  suas  aguas  muito  espa 
ço  depois  dô  ínisturar-se  cora  as  ort-las  do 
irtar  tfiais  opolonlo  Pelo  que  diremos,  que 
ella  é  um  suave  fumo  dofogodoartaor,  eqile 
do  \)yAíprio  toodo  (^ue  a  lenha  o^onfóra  hn- 
c^  um  vapor  leve,  «Ivo  é  eh 'iroso,  a>sim  a 
aau^ade  modesta  e  re^uhda  dá  indih!0sd'um 
amot-iíno,  casto  e  puro.  Não  necessita  de  lar- 
ga á\i*fncia  ;  qu.ilquer  desvicKbasta  para  que 
se  conheça. 

Ne^  o  desifíeriím  laiihb,  fiem  o  souve- 
nir  ou  orcijret  íraxicei  podem  compárar-se 
Cíím  animosa  saudade  poftÚ^úezã  ;  Ha  cora 
tudo  uma  exr.ressão  franceza  que  de  algum 
modo  arremeda  este  nosso  vocábulo,  que  é 
ie  sourenir  dn  cop.ur. 

CSmõo-s  sentiu  bem  o  qué  era  a  saudade 
quando  disse  : 

Agora  a  saudade  dn  passado, 
Tormento  puro,  doce  e  magoado. 
Que  converter  fazia  estes  furores 
Erá  magoadas  lagrimas  de  amores. 

(Canç.   X.) 

SAUDADO,  A,  p.  p.  de  saudar ;  adj.  a  quem 
se  saudou.  —  por  rei,  acclamado. 

SAUDADOR,  s.  m,  0  que  saúda;  o  que  sal- 
va. 

SAUDANTE,  s.  f».  V,  Saudador. 

SAUDAR,  v.a.  [Lat.  sahiio,  are,desalus, 
Us,  saúile)  cortejar,  exprimir  os  votos  pela 
saúde  de  alguém,  dar  o  deus-te  salve.  — , 
jicclamar,  v.  g.  —  rei,  imperador.  —  por 
♦  onarcha,  acclamãr  com  demonstrações  de 
;  ibilo. 

SAUDÁVEL,  adj.  doslg.{(]es.  avel]  queda 
saúde,  sadio.  Sitio  —  ;  ares  saudáveis.  — , 
ulil,  proveitoso,  tonsplho  — .  — .  (p.  us.) 
saudador,  que  cura  Varão  — ,  (loc.  ant.j 
de  quem  depende  a  salvação  da  pátria. 

saudavelmente,  arfe  (mcuíesufT.)  de  mo- 
do saudável,  com  utilidade  da  saúde. 

SAUDE,  s.  f.  [lai.  salus,  ííí)  estado  de  per- 
feita conservação  das  funrções  do  horat^me 
dos  animaes.  Lograr  — ,  gozar,  desfrutar. 
Ter  boa,  vigorosa  — ,  isto  é,  acompanhada 
de  vigor.  Ter  má  oifpouca  — .  Estar  de—. 
— ,  brinde,  votos  pela  saúde  de  aljjuem.  Fa- 
*er  —s;  beberá  —  de  alguém  Fazer  uma 
— ,  exprimir  um  desejo  no  aclo  de  beber  um 
copo  de  vinho.  — ,  salvação,  spgjrança, 
prosperidade.  ~  publica,  doestado,  da  na- 
ção. Tribunal  ou  junta  da  — ,  que  vigia 
sob-p  a  ronsprvaçã'1  da  ssúde-publufl,  elo 
ma  n  «^i li  las  |i.1'A  ob«>tar  é  inln^lucí^ã  •«  pr  •- 
j>«g  ç'0  dn  doenças  coni«Ktosa'*  ed«  epi-íe 
nii/»í  Wxihi  da  — ,  a  que  f<«/.  o  niH<ii«-,i)  h 
'  íílciaes  da  jtiiila  «Oá  n^vios  (jue  entram  nu 


prtrto  para  vòrifiòir  st  vem  de  pottò  ífíficifi- 
nado  :  so  Uveram  contacto  trom  embarcações 
011  lugareà  íhfecladòs ;  sViduHanlô  a  viagem 
se  manifestou  doRhça  contaíriosa  a  bordo, 
ou  se  traz  mantimentos  corrupto^  Visilada 
— ,  (fig.)  melhoras  passageiras  qub  prétíe- 
dém  a  morte  do  doente. 

SAUDOSAMENTE,  adv  (weníc  suff.)  com  síô- 
dade 

SAUDOsrssíMO.  A,  arfj.  iU/Tcr/.  dò  saudoso. 

SAUDOSO,  A,  a^f/.  (des.  ííjrolò^ie  %etilés'aCi- 
dade ;  que  exprime  Saudatliil  que  inspira 
sauda'dé.  «  O3  — s  ólho^.  i>  C^tnõos.  Fiquei 
muito  — .  Expr<»ssõe3  — s. 

SAUDào,  (geogr.)  Sederá,  Ho  de  França, 
nasce  no  distfiotó  de  Loir  é-Chér,  e  desap- 
parece  no  Cher,  âcitaa  de  Selles. 

SAUGATTS.  V.  Ságúúte. 

SAUGUiM.  V.  Sajul. 

SAUGUEZ,  (geogr )  cidade  <íe  França,  a  7 
léguas  ao  O.  do  Puy;  2,800  habitantes. 

SAUJON,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6  lé- 
guas ao  SO.  de  S^intes ;  2,00^)  habitantes, 

sÀUL  ,  (hist.)  priíneiro  rei  dos  Israelitas, 
era  filho  de  ilm  homem  poderoso  de  Gabaa, 
e  notável  pela  sua  alta  estatura  e  belleza. 
Samuel  obrigado  a  escolher  um  rei,  sa- 
grou-o  no  anno  1 080  antes  de  Jesu-Christo. 
Saul  bateu  os  Ammonitas,  osPhilisttos  e  os 
Ámalecitas,  mas  tendo  irritado  Samuel  eóm 
muitas  desobediências,  foi  reprovado  e  caiu 
em  negra  melancolia;  David  disiipava  estes 
accessos  tocando  harpa  diante  delle.  Quan- 
do David  matou  Golialh,  Saul  recusou-lhô 
sua  filha  Michol,  e  só  lha  deu  quando  a  is- 
so se  viu  obrigado.  Tentou  muitas  vezes , 
mas  debalde  fazer  morrer  o  joven  herÔ6  , 
que  tinha  sido  sagrado  secretamente  por  Sa- 
muel. Saul,  abandonado  por  Deus.  morreu 
com  4  de  seus  filhos  na  batalha  de  Gelboé 
contra  os  Philisteos  no  anno  1040  antes  de 
Jesu-Christo. 

SAULi,  (hist.  s)  apostolo  da  Córsega,  nas- 
ceu era  Milão  fem  1j3d,  morreu  em  1592; 
foi  bispo  de  Aleria,'na  Corsí>ga,  converteu 
e  civilisou  as  tribus  semi-selvagèns  da  ilha. 
fe  festejado  a  23  de  Abril. 

SAULiEU,  'gfogr.)  Sidilorum  ou  Sedèíau^ 
cum,  cidade  de  França,  a  7  léguas  SO.  de 
>aumur  ,  3,051)  habitantes. 

SAULT,  (geogr)  cidade  de  França,  a  íí  lé- 
guas NE.  de  Carpentras ;  i,887  habitantes. 

SAULT,  (geogr  )  antigo  paiz  da  França  no 
Alto  Languedoc. 

SAULX,  (geogr.)  pequeno  rio  de  Fraiça, 
nasce  perto  de  Vassy,  e  lança-se  no  Mame. 

siAU'X  Igf^f^ur  )  cidade  de  França,  a  5  lé- 
guas <•  de  Lure;   1;Í8D  habitantes. 

HAiMuR,  «eoRr.)  Sahnuriam  em  latim  n^Ò- 
dçruo,  cidíide  «le  Fr«n';«     «11   léguas  St. 
(i*,\ngers;'  ii  l'W»  h^l»it^^1^s. 
iJò  « 


532 


8AV 


SAV 


SàUKdbrson,  (hist.)  celebre  cego,  francez 
nasceu  em  1682,  morreu  em  1739,  foi  um 
dos  mais  celebres  professores  demathema- 
ticas.  Deij.ou.:  Elementos  d' álgebra  ;  Trata- 
do das  fluxões,  etc. 

SAURAT,  (geogr,.)  pequena  cidade  de  Fran- 
ça, a  6  léguas  SO.  deFoix;  5,336  habitan 
tes. 

SAURiN,  (hist.)  theologo  protestante,  nas- 
ceu em  1639,  morreu  em  1<03.  Escreveu 
entre  outras  obras  :  Defesa  da  verdadeira 
doctrina  da  Igreja  rt formada. 

SAURIN,  s.m.  (t  Asiat.)  pannoque  vinha 
da  índia. 

SADROHAT,  (hist )  uome  commum  a  S3is 
reis  do  Bosphoro,  que  reinaram,  o  primeiro 
desde  11  annosantesde  Jesu-Christo,  ató30 
annos  depois  de  Jesu-Christo,  os  outros  cin- 
co no  II  IH  elV  século. 

SAUSSURE,  (hist )  naturalista  genovez,  nas- 
ceu eml7''*0,  morreu  em  1799.  A  sua  prin- 
cipal obra  tem  o  titulo  de  Viagem  nos  Al- 
pes. 

SAUTERNE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  4  lé- 
guas emeia  NO.de  Bazas ;  948  habitantes. 

SAUVAGE,  (hist.)  medico  e  botânico  francez, 
nasceu  em  1706,  morreu  em  1767.  Alem  de 
muitas  Memorias  e  Dissertações  deixou  uma 
interessante  Nosologia  em  latim. 

SAUVETAT,  (georg.)  nome  de  duas  villas  de 
França,  uma  a  3  léguas  emeia  E.  d^Agen  ; 
1,500  habitantes;  a  outra  a  5  léguas  NE.de 
Mamando  ;  3,000  habitantes. 

SAUVE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  9  lé- 
guas E.  deVigan;  2,800  habitantes. 

SAUVETERRE,  (geogr  )  villa  de  França,  a  9 
Ipguas  SO  de  Rhodez  ;  'JOO  habitantes. 

SAuvETEURE,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3 
léguas  e  meia  NO.  de  Reole ;  Tlò  habitan- 
tes. 

SAUxiLLANGES,  (gcogr  )  cidadc  de  França, 
a  "^0  léguas  NE  d\ssoire,  2,128  habitan- 
tes. 

SAUZ,  s.  VI.  ^ant.)  V.  Salgueiro,  arvore. 

SAUZAY-LE-POTiER,  (geogr.)  villa  de  Fran- 
ça, a31eguasS.  deS.  Amand;  600  habitan- 
tes. 

SAUZE-VAUSSAY,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  6  léguas  SE.  de  Melle ;  1 ,654  habitantes. 

SAVAGE,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em 
Londres  em  16ÍJ8,  morreu  em  i743.  Com- 
poz  comedias,  tragedias,  saiyras  e  poemas 
de  diversos  géneros. 

SAVANDIJA.  V,  Setandija. 

SAVANNAH,  (geogr.)  rio  dos  Estados  Unidos, 
nasce  no  limite  da  Geórgia  e  da  Carolina  do 
Sul,  edesapparece  no  Atlântico. 

SAVANNAH,  (geogr.)  cidade  dos  Estados- 
Unidos,  a  4  léguas  emeia  do  rio  Savannah  ; 
100,000  habitantes. 

SAVARY,  (hist.)  duque  de  Rovigo,  general 


do  Império  francez,  nasceu  em  1774,  mor- 
reu em  1833.  Tornou  se  celebre  pelos  seus- 
feitos  militares  e  pela  sua  dedicação  a  Na- 
poleão. 

SAVASTRO.  V.  Sabasto,  e  Sebatto. 

SAVE,  (geogr.)  Sau  em  allemào,  Savus  dos 
antigos,  rio  da  Illyria,  cáe  dos  Alpes  Carni- 
cos,  separa  a  Styria  dalUyria,  ecàe  no  Da- 
núbio em  Belgrado. 

SAVEIRO,  s.  m.  (talvez  do  Fr.  ant.  <a»ar- 
ret,  reservatório  de  peixe)  barco  de  atraves- 
sar o  rio  e  de  pescar  alinha;  o  homem  qn»? 
o  rema. 

SÁVEL,  s.  m.  (do  Lat.  alosa,  ou  alansa, 
termo  Céltico,  Aliem,  alse)  peixe  do  mar  que 
entra  nos  rios,  mui  saboroso  e  de  muitas  es- 
pinhas miúdas. 

SAVELHA,  s.  f.  (de  sável)  peixe  pequeno, 
espécie  da  anchova. 

SAVENAY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  10 
léguas  NO.  de  Nantes;   1,840  habitantes. 

SAVERDUN,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  i 
léguas  NO.  de  Pamiers ;  3,855  habitan- 
tes. 

SAVERNE,  (geogr.)  TabertKB  dos  antigos. 
Zabern  em  allemão,  cidade  de  França,  a  9 
léguas  emeia  NO.  deStrasburgo  ;  5,352  ha- 
bitantes. 

SAViCA.  s  f.  (talvez  áoYi.saur>$,  guarda 
e  vis,  laracha)  peça  do  coche  que  se  mctte  nas 
pontas  dos  eixos  para  pegarem  nas  porcio- 
neiras. 

SAViGNAC-LES-EGLiSES,  (gcogr.)  cidade  d*» 
França,  a  4  léguas  e  meif  NE  de  Perigueux; 
1,000  habitantes. 

SAviGNANO,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Ec- 
clesiasticos,  a  4  léguas  SE.  deCasena;  f^O  J 
habitantes. 

SATiGNY,  (geogr)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas ao  NO.  de  Lyon  ;    1,500  habitantes. 

SAViGNY,  (geogr.)  villa  dos  Estados  sardos, 
a  5  léguas  e  meia  ao  SO.  de  S.  Julião. 

swiGNY-LEs-BEAUNE, (geogr. )villa  dc  Fran- 
ça, a  1  leguaeumquartoaoN.de  Beaune; 
1,600  habitantes 

SAviGNY-sur-BRAYE  ,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  5  léguas  ao  NO.  de  Vendome; 
2,600  habitantes. 

SAVIGNY,  (hist.)  sábio  francez  do  XVI  sé- 
culo, nasceu  emlb30.  É  autor  de  uma  obra 
intitulada  :  Quadros  completos  de  todas  as 
artes  liberaes. 

SAVIGNY,  (hist.)  sábio  jurisconsulto  fran- 
cez, nasceu  em  1779.  Deixou  :  Tratado  da 
posse  ;  Do  direito  de  successão  ;  Historia 
do  direito  romano  na  idade  media. 

SA  iLE,(hist.)sabio  inglez, nasceu  em  1549, 
morreu  em  1622.  Deixou  uma  obra  intitu- 
lada:  Rerum  AngUcarumseriptorespr(»ei^ 
pui.  '^'^ 

SAViniAN,  (geogr.)  eoj  Italiano  Sat»^ /ir  • 


HX 


íkX 


idd 


7(0,  cidade  dos  Estados  sardos,  a  6  léguas 
ao  NO.  de  Coni ;  18,700  habitantes. 

satina.  V.  Sabina,  herva. 

SAViNKS  ,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  8 
léguas  e  um  quarto  ao  O.  âe  Embrum  ; 
1,UOO  habitantes. 

s.  ATALD,  (geogr.)  por  corrupção  por  S. 
iNabor,  cidade  de  França,  a  8  h^guas  a  O. 
de  Sarreguemines ;  3,365  habitantes. 

SAVONE,  (geogr.)  Saco  ou  Sabata,  cidade 
dos  Estados  sardos,  capital  de  intendência, 
;•  9  léguas  ao  SO.  de  Génova  ;  11,000  ha- 
hitantes. 

SAVOURKUSE,  (geogr.)  rio  de  França,  af- 
iluente  do  Doubs. 

SAVUGO.  V.  Sabugo. 

SAI,  (hist )  Saxius  em  Latim,  sabio  com- 
pilador o  biographo  allemão,  nasceu  era 
17.4,  morreu  era  1806.  í  ut)licou  muitas 
obras,  entre  ellas  uma  mtitulada  ;  Onomas- 
ticon  litterarium. 

SAXATiL,  adj.  dostg.  (Lat.  «axaíi/is)  que 
se  cria  entre  pedras  ou  pegado  a  eilas.  As 
fiaxatilis  lampreias.  Proa.  satçátil. 

SAIBO,  A,  adj.  (Lat.  saxeus)  de  seixo,  ou 
pedra.  Pron.  sácceo. 

SAXi-ALTENBURGo  (ducado  de),  (geogr.) 
um  dos  Estados  da  Confederação  Germânica; 
e  composto  de  duas  partes  distinctas,  sepa- 
radas pelo  senhorio  de  Gera,  eteem  por  li- 
mites :  a  parte  oriental ;  o  Saxe-Prussiano  ao 
NO.,  o  Saxe-Weimar  ao  SO.  ;  aparte  Occi- 
dental, o  Saxe-Prussiano  ao  NE,,  o  Saxe- 
Weimar  ao  N.,  o  Saxe-fieiningen  ao  8.  ; 
107, 0<M)  habitantes   Capital  Áltenburgo 

SAXE-coBOURG-GOTHA  (ducfido  de),  (geogr.) 
i  )  dos  Estados  da  Confederação  germânica  ; 
*  composto  de  duas  partes  separadas  situa- 
U8S  no  centro  da  Allemanha  :  o  principado  de 
Coburgo  (entreo  Saxe-Meiningen  e  a  Bavie- 
ra) e  o  principado  de  Gotha  (entre  a  Saxe- 
Prussiana,  o  Saxe-Weimar,  a  Saxe-Meinin- 
gen, e  o  principado  de  Schwarzburgo,  etc  ) ; 
125,000  habitantes.  Capital  Coburgo.  Os  du- 
ques de  Saalfeld,  depois  de  Saxe-Coburgo 
Saalfeld,  são  um  dos  ramos  da  casa  ducal  de 
^'axe-Goiha,  oriunda  do  ramo  Ernestino,  e 
começou  em  1680  quando  os  3  filhos  d'Er- 
nesto-o-Piedozo  partilharam  os  seus  esta- 
dos. 

SAXE-GOTHA  (ducado  de),  (geogr.)  antigo 
ucado  da  confederação  do  Rheno,  e  depois 
ua  confederação  Germânica,  compreendendo 
rs  principados  deiiotha  e  d'Altenburgo. 

sAxi-eiLDBURCHAUSEN  (ducado  de),  (geo- 
gr.) antigo  ducado  da  confederação  do  Rhe- 
no e  da  confederação  Germânica, 

SAXB-MtlNlNGKN-HILDBURGHAUSEN    (duCado 

de),  (geogr.)  um  dos  ducados  da  confedera- 
ção V>ermanica,  entre  o  Saxe-Altemburgo,  o 
principado  de  Schwarzburgo,   a  Baviera,  o 

?«1.    IT. 


Séixe-Coburgo,  e  o  principado  de  Reuss,  etc. ; 
136,000  habitantes.  Capital  Meiningen.  Di- 
vidido em  três  partes:  o  Unterland,  oOber- 
land,  o  principado  de  Hildburghauson. 

SAXE-WEIMAR  (gramducado  de),  (geogr.) 
ura  dos  estados  da  confederação  Germânica, 
contem  com  o  antigo  ducado  deste  nome  e 
o  de  Saie-Eisenach,  parte  do  condado  de 
Henneberg,  do  bispado  de  Fulde,  do  circulo 
deNeustadt,  Blankenheim,  Hranach,  etc.  Ca- 
pital Woimar. 

SAXB-pRUSsiANO.  (geogr.)  província  dos 
Estados  Prussianos,  entre  a  província  de 
Brandeburgo,  o  reino  e  ducado  da  Saxonia, 
a  Hesse  Eleitoral,  o  ducado  de  Brunswick  e 
o  reino  deHanover;  -  ,2OO,(J00  habitantes. 
Capital  Magdabiirgo.  Dividida  em  3  regências: 
Magdeburgo,   vierseburgo  e  Esfurt. 

SAXE  (casía  de),  ihist.)  podem  contar-so 
seis  : 

1.*  A  casa  de  Saxe,  ou  Casa  imperial  as- 
sim chamada  porquí»  deu  impera- 
dores á  Allemanha.  Começou  em 
843. 

2."  Casa  de  Billung.  Começou  em  962. 
Hermann  Billung  foi  o  seu  primeiro^ 
duque.  on 

3.*  A  casa  de  Supplinburqo  começou  em 
1106. 

4.'  A  casados  Guelfos.  Começou  em  1128, 
acabou  em  1180,  > 

5."  A  casa  d'Ascania.  Começou  em  1180, 
mas  era  1112  foi  dividida  em  dous 
ramos 

6.*  A  casa  de  Wetin  ou  de  Minia.  Come- 
çou em  1142.  Tornou-se  casa  real  em 
1806. 

SAXE  (Maurício,  eleitor  de),  (híst.)  oriun- 
do do  ramo  Albertino,  nasceu  em  1521,  ser- 
viu o  imperador  Carlos  V  em  1544  contra  a 
França,  eem  .44j  contra  a  liga  deSmalka- 
de,  obteve  em  1540  o  eleitorado  de  Saxe. 
Morreu  em  1553  n'um  combate  em  Stevers- 
pausen. 

SAXE  (Maurício,  conde  de),  marechal  de 
França,  nasceu  em  Dresde  em  16'J6,  era  fi- 
lho natural  do  Eleitor  de  Saxe,  rei  da  Poló- 
nia Augusto  11  e  da  condessa  Kenigsmarck. 
Morreu  em  1750.  Deixou :  Memorias  esco- 
lhidas nos  papeis  do  marechal  de  Saxe,  etc. 

saxidas,  s.  f.  (ant.)  V.  ^ahidas. 

SAXiFBAGiA,  $.  f.  (Lat.  dc  saxum,  pedra, 
e  frango,    ere,   quebrar,  romper.)  herva  a 
que  erradamente   se  attribuia  a  virtude  de 
desfazer  os  cálculos  da  bexiga. 
134 


634 


U% 


^AX 


SAXQNiA,  (geogr.)  em  AUemão  Sachseu, 
Dome  commum  a  muitos  estados  ou  paizes 
(i'Allemanha,  tanto  antigos  como  modernos 
situados  entre  o  Euxe,  o  Oder,  o  Dani^bio 
^  Q  Báltico. 

I.     «AXOHIA  ANTiGA. 

j  y  A  SaxQtiia  primitivía  na  época  dos 
Merovingios,  começava  a  O.  de  Wr;ser,  um 
pouco  aoS.  do  Lippe,  e  estendia-se  até  ao 
JBalticQ  eaoEider  í}'»Bfia  parte;  e  da  outra 
ura  pouco  alem  do  Klba  ;  linha  pois  por  li- 
mites a  Thuringia,  a  França jhhenana,  aFri- 
sa,  os  paízos  dinamarquezes,  e  as  tribus  Sla- 
Vas  estabelecidos  a  0.  do  Oder, 

2.^  Primeiro  ducado  da  Saxenia.  Du- 
rou desde  843  até  1180  ;  correspondia  pri- 
meiramente ao  território,  que  formou  d(!pois 
os  circulos  de  Baixa- Saxonia  e  de  Westphaha, 
foi  depois  augmentado  pelas  duas  marchas 
de  Mirnia,  e  de  Branibor  ou  Brandeburgo. 
Finalmente  foram-ihe  anneiados  todos  os 
paizes  compreendidos  depois  no  circulo  da 
Alta-Saxonia,  e  todo  o  território  atéMecklem- 
burgo  e  a  Pomerania. 

3.°  Segundo  ducado  de  Saxonia  (sob  ó 
domínio  da  casa  d'Ascania  ou  d'Anhalt).  Só 
compreendia  os  territórios  de  Witlemberg  e 
de  Lauenberg,  e  tiiiha  suzerania  sobre  o 
Holstein. 

4.°  Terceiro  ducado  de  Saxonia  ou  du- 
cvdo  eleitoral.  Este  ducadoque  forma  a  ba- 
stí  do  reino  actual  da  Saxonia  foi  constituí- 
do em  1*22. 

5."  Condado  Palatino  ou  Palalinado  da 
Saxonia.  Tompreendia  a  cidade  d'Allstelt 
com  o  seu  território.  Foi  reunido  eoj  1180 
ao  Sansgraviato  da  Thuringia. 

().°  Marcha  oriental  da  Saxonia.  E  a 
mesma  que  a  Marcha  de  Misnia. 

7."  Marcha  septentrional  de  Saxonia, 
chamada  também  Marcha  de  Branibor  ou 
Brandeburgo t  e  Marcha  de  Solfwedel.  V. 
Urandeburgo. 

UrSàSíHmk    SBt>ois  da  divizão  do  império 
'     KM  Círculos.  o 

1.°  Circulo  da  Baixa  Saxonia  (um  dos 
10  circulos  do  império  estabelecido  em  í  512) 
liiBitado  ao  N.  pelo  Báltico  e  o  Slewig,  ea 
E.  pelo  circulo  da  Baixa  Saxonia.  Contava 
entre  outros  estados,  os  dous  ducados  de 
Mecklemburgo,  os  dous  condados  de  Hols- 
tein, o  bispado  de  Lubeck,  e  o  ducado  de 
Breme,  etc.     ■■■'f\  .  ?   \  j!.»^      , 

â.*^  Cirtuloàa  -  Âlta'^Saxonia,  entre  os 
do  Alto  Bfaeno,  a  Baixa  S^xooia,  o  mar  Bál- 
tico, ft  Felonia,  etc.  Coiupreendia  t2  esta- 
do». 


3.°  Eleitorado  de  Saxonia,  mui^q  maU 
vasto  que  o  actual  reino  de  Saxonia,  confi- 
nava com  o  Hesse,  o  Brandeburgo,  e  com  os 
ducados  de  Saxonia,  tinha  por  capital  Dres- 
áe,  e  dividia-se  etn  : 


1  Circulo  eleitoral 

Wittemborg. 

%  Circulo  da  Thurin- 

gia saxónica. 

Langensaltq. 

3    Margraviato  de  Misnia  subdividi(Jo  em 

t  Os  4  bailliadosde 

Wjsnia. 

Meissen. 

á  0  grande  bailliado 

de  Dresde. 

Dresde. 

3  10   outros  baillia- 

dos 
4  0  circulo  de  Lei- 

Torgau 

psick. 
5  0  circulo  d' í!rzge- 

Leipsick. 

birge. 
6  0  circulo  do  Voigl- 
taud. 

Freyberg. 
Plauen. 

4."  Ducado  de  Saxonia-Lauenburgo  An- 
tigo ducado  de  Allemanha  entre  os  de 
v.ecklemb»rgo  ,  Luneburgo  ,  liatzburgo  , 
Holstein  ,  etc.  linha  por  capital  Lauen- 
burgo. 

Ill   SAXOIKIA   ACTUAL. 

ij/. 

SAXOnu  (Reino  de),  um  dos  Estados  -dii 
(onlederação  Germânica,  tem  por  limites  ao 
PíE.  Qs  Estados  Prussianos  do  KO.,aBohe- 
mia  a  E.  e  ao  S  ,  a  bavieraaoSO.,  o  prin- 
cipado de  Beuss-Greitz,  e  o  ducado  de  Sp- 
xe-Altenburgo  a  O.;  1,687,140  habitante-. 
Capital  Dresde.    E'  dividido  em  5  circulos  : 

Misnia.  Dresde. 

Leipsick.  Leipsick. 

Erzgebirge.  Freyberg. 

Voigtland.  Pkuen. 

Lusace.  Bautzen. 

ELEITORES    B      BJEIS   DA   SAXONlA   DA  CASA   Dk 
WETTlN. 


/  Antes  da  partilha. 

Frederico  I  o  BellicO' 
so  14^2 

Frederico    II   o 
Bom^  1428 

Ernesto  e  Alber- 
to 1464 

líimhaêrnmina. 

'vvti)  i)n~>'j  «b  ?■• 

Ernerto    ^  '  *   14fr4 
l*isilefko  Hl  o     ' 


Christianolf.      1591 
João  Jorge  I.       IGõO 
João  Joige  II.     1606 
JoãoJorgeilI     ll)8U 
João  Jorge  IV     16i] 
Frederico    Au»» 
gustolouAa- 
gusto  II.         1695 
Frederico    Au-       «u 
gustolIouAu*    ' 
gusto  Ili.      1768 
Frederico  Cbris- 
tiano.  1769 


M 


^PB 


^35 


Sábio,  14)^6.    Frederico    fía- 

Joào  l  o  ConS'  gusto  III.      1703 

tanU.  1525 

João  Frederico  o  ÍV  lieis. 

Mugnanimo.  ih'ò% 

Frederico     Au- 
///  linha  Albertina.         guslo  1806 

Amónio  I.  1827 

Maurício.  15V8    Frederico     Au- 

Augusto  1553        gusio  IV.       1836 

Cbristiano  I.       1580 

SAXO  CRAMHATICOS   OU  l.O»NGUS,    (hist  )  bÍS>- 

loriador  Uinaiparquez  do  XII  seoulo,  mor- 
reu em  1104.  Deiíou  uma  Historia  dina- 
OQarca. 

SAXONios  (paizdos),  (geogr.)  E  assim  cha- 
mada uma  49S  Ue$  divizões  da  Transylva- 
wa,  no  centro  e  no  sul,  capital  Hermausr 
t«dt. 

SAxoso  ,  A,  adj.  (des.  oso.)  cheio  de  »ei- 
4QS  ou  pedras,  pedregoso. 
I  SAT,  (hist.)  economista  francez,  nasceu 
em  1707.  morreu  em  1823.  Deixou :  Tra- 
ciado  de  Economia  Politica ;  Cathêcismo 
46  E€onojnia  Politica ;  Curso  completo  de 
Economia  Politica  pratica^. 
.  SATA    V.  Saia. 

SAYAK.  V.  Saial. 

SAYÃo.  V.  Saião. 

SAYDA,  SAYiR.  V.  Sahida,  Sahir, 

SAYF.L0,  í.  w.  (ant.)  V.  Se//o. 

SAYLAft,  p.  o.  (ant.)  V.  Se/Zar. 

&AYANgK  (mautanhas]  ou  satapjianas,  (geo<r 
gr.)  grande  Cordilheira  de  Montanhas  na 
A^ia,  conlixiuaçãQ  da  que  separa  a  Sibéria 
da  China. 

SAYo.  V.  Saio. 

SATOADO.  V.  Saioado.  i-AtíA 

SAYOANE        e     SANHOANK  ,     (tnt.)     V.     São 

J$áo. 

SAYOARi.i,  s.  f.  [Lat.Barb.  dos  ForaesíOí/o- 
niziuijn.][nn\.)  aclodõ  saião,  deexactor,  ve- 
xame, 

SAYOM,  s.  m.  (ant.)  V.  Saião,  Algox, 

SAYoKABiA,  e  8AY0RIA,  (ant.)  V.  Satoaria. 

SAYPAN,  (geogr.)  S.  Josi  dos  Ilispanhoes, 
uma  das  ilhas  Masianas,  ao  K.  da  ilha  de 
Tiniai. 

Sazão,  s.  f.  (Fr.  saison.)  •stação  do  anno  ; 
conjunctura,  occasião,  ensejo  ;  tempo  oppor- 
tuno.  Sem  — ,  ou  fora  de  — *. 

SAZOADO.  V.  ozonado. 

SAZOAR.  Y.  Sazonar. 

SAZOAYKL,  ãdj.  dos  %  g.  (des.  avel.)  dispos- 
to a  produzir.  Terra—,  disposta  a  produzir 
em  abundância  q  que  aolla  se  semear  ou  plan- 
Ur. 

SAZONADO,  A,  p.  p.  de  sinozar;  adj.  ama- 
durecido ;  temperado,  adubado.  Tempo — , 
opportuDA.  Fruía— r-,  hem  madara.  Ditcur^ 


«a  -rrde  cçncpi^QSt  flçiornado.  — ,  (Gg.]  sabo- 

SAZONAa,  o  a.  (Fr.  assaisonner.)  amadu^ 
recer,  maturar.  O  sal  sazona  a  fruta. — ,  tem- 
perar, adobar  o  comer,  fazer  saboroso  f(  Para 
mais  —  o  gosto.  »  Vjeira,  satisfazer  com  tem- 
pero; (fig.)  adornar.  —  o  discurso  c<>m  sçQ,t 
tenças,  çpnceiíos  ^-  a  verdura  dos  annos,  — 
SB,  t)  r.  a/paíli^reQpr ;  [í^^  JppQd&içwr-^. 

SAZu,  s.  m.  passíif^,4^^olij>li|do  tamanho 
do  pardal.  ■,    >  \ 

s.  B^RTROLo^Eu,  (geogr.)  pma  d^s  iptir 
lhas;  10,000  habitantes.   Capital  Gustavia, 

s.  dartiiolomí;u  de  gí^ouin,  (geogr.)  villa 
do  França,  a  5  léguas  e  muia  ao  SÓ.  de 
Qrcnoble. 

s.  BSAT,  (geogr.)  cidjde  de  França,  a  9 
léguas  de  S    Gaudêncio;  1,400  habitantes. 

s.  BBAUZ8LY,  (geogr  )  villa  de  França,  a 
4  léguas  ao  NO..  J|;iyihau ;  897  habitan- 
tes, r',.  / 

s.  BENEDiCTO,  (geogr.)  cidade  e  porto  da 
ilha  Bourbon,  a  lO  légua?  aoSE.  deS.  Pi- 
niz;  11,380  habitantes. 

s.  BENEDiCTO  DO  SAUL,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  8  léguas  ao  SE.  deBlanc;  1,205 
habitantes. 

s.  BENIGNO  d'azt,  (googr.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  7  leguag  ao  pi.  de  ?í^vers;  l,0l8  ha- 
bitantes. 

s.  BERAiN,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5 
léguas  e  meia  de  Chalons  sobre  o  Sena;  940 
habitantes. 

s.  BERNARDO  (Grande),  (geogr.)  Peninus 
m#Ms,  alia  montanha  dos  Alpes,  entre  o  Vpr 
lais  e  o  ralle  de  Aoste.  No  cimo  desta  mon- 
tanha ha  um  celebre  hospício  fundado  em 
982  por  Bernardo  Menthon,  éoccupadopí»? 
religiosos  Agostinhos,  que  se  dedicam  ao  al- 
livio  dos  desgraçados  surpreendidos  pelo  frio 
ou  perdidos  nas  neves,  são  ajudados  nas  suas 
diligencias  no  meio  das  monta::]has  por  cães 
de  uma  siugplar  intelligencia. 

s.  BERNARDO  (Pequeno).  (geogr.)  Graius 
mons,  montanha  dos  Alpes  Gregos  entre  a 
Sabóia  e  o  valle  d'Aoste,  ao  SO.  do  Grande 
S.  Uernardo. 

S.  lERTRANP  DE  C0JIM1SGUE8,  (geOgr.)  Co»- 

venoe  ou  Lugdunum  Çonvenarum,  cidade  de 
França,  a  5  léguas  ao  SO.  de  S.  Gaudên- 
cio ;  ^05  habjiantes 

s.  BUN,  (geogr.)  villa  de  França,  a81e-f 
guas  de  Chaumont;   520  habitantes. 

s.  BQNNST-LE-íASTKLLO,  (gcogr.)  cidade  de 
França,  a  5  léguas  ao  N.  de  Montbrison  ; 
2,130  habitantes. 

s.  BsissoN,  (geo^r.)  vjlla  de  França,  a  O 
léguas  de  Lure  ;  2,lt)0  habitantes. 

s.  BRiCK-£M-cocuBS,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  4  léguas  ao  W.  de  Tougeres  ; 
1,500  habitantes. 

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s.  BRiEHE,  (geogr.)  Briocum,  ou  Tanum 
Sancti  Brioci  em  latim  moderno,  cidade  de 
França,  a  111  léguas  ao  O.  de  Pariz;  11,380 
habitantes. 

s.  BRisc,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5i  lé- 
guas e  um  quarto  ao  SK.  de  Auscerre  ;  1,960 
habitMites. 

SC.  Procurem-se  por  esc  os  nomes  que  se 
não  acharem  )  or  íc,  v.  g.  Escala,  Escala- 
dor,  por  Scala,  Scalador,  ele. 

scaan,  s,  f.  (do  Aliem,  hanne,  pote)  (fnt.) 
O  Elucidário  diz  que  um  «cqgíi  de  mantei- 
ga era  Dmvavelmente  um  almude  de  48 
quartilhos,  a  12  por  quarta. 

scAER,  (geogr.)  cidade  de  França,  5  lé- 
guas ao  ^.  de  Quimperlé  ;  3,997  habitantes. 
sc^voLA  (C.  Munio),  (hisl.)  joven  roma- 
no, que  na  occasião  do  cerco  de  Rema  por 
Porserna  penetrou  no  campo  e  quasi  atéá 
tf  nda  do  rei  dos  Etruscos  para  o  matar, 
nas  íejiu  per  engano  o  seu  st  Cl  etário.  1  reso 
e  inteiiogado,  que  em  vez  de  responder,  col- 
Itcou  a  mâo  sobre  um  brazeir©,  fomo  pa- 
ia a  punir  da  sua  pcuca  destreza. 

ií^voLA  (0.  lMuci(>),  (hist.)  pretor  na 
Sardenha,  no  anno  2 17  antes  de  Jesu- 
Christo.  Era  considerado  como  o  mais  há- 
bil jurisconsulto  do  seu  t(mpo. 

sc^voíA  ALGUR,  (hist.)  neto  do preceden- 
te, ( ra  hábil  orador  e  ticellente  jurisccn- 
*ulto.  Foi  cônsul  no  anno  47  antes  deJesu- 
Christo.     '    "  ' '      ■" 

sCitvoíA  (O-  Mucio),  (hisl.)  a^ôdelom- 
|.êo,  e  piimo  do  preietíente,  foi  cônsul  no 
anno  9í>  fintes  de  Jetu-Cbristo. 

SCALA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, 1  légua  ao  O.  d'Aaalfi ;  1,'/50  ha- 
bitantes. 

fCALA  RCVA,  geogr.)  NeopoHs  dos  anti- 
gos, Kcnché-Ãdaú  dcs  Turcos,  cidade  da 
Turquia  tsièíita,  15  legues  íío  S  de  Smyr- 
na  ;  ";  O.ttO  habitai  tes. 

SCALA  ^Os),  ^hist.)  celfcbie  faniiiia  gibeli- 
na  de  Veiona. 

scalabk-,  (geogr.)  cidade  da  lusitôuia, 
hoje  imantarem. 

s.  Calais,  (geogr.)  Âmlla  cu  Arthola, 
depois  Jíancti  tanlesi  oppidum,  cidade  de 
França  a  .  2  h  guas  *o  SE.  de  Maus  ;  3,780 
habitantes. 

scaldos,  (hist.)  antigos  poetas  scandina- 
vos  que  na  Islândia,  na  ^oruega,  na  Dina- 
marca, na  í^Lecia  cantavam  os  mistérios  da 
religião,  as  aventuras  dos  deuses,  eas  em- 
prezas  dos  reis  e  dos  guerreiros. 

SCAIEA,  /'geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  14  legues  ao  NO.  de  Paola ;  2,060 
habitantes. 

sCALi^o,  adj  (1  at.  scaleiivi,  do  Gr.  scazô 
(Oieai)  (gtim.)  Tiia/gvlo^,  qte  tem  os 
três  lados  desiguaes. 


scaletta,  (geogr.)  villa  da  Sicilia,  perto 
do  pharol  de  Messina. 

scALiGER,  (hist.)  celebre  sábio  italiano , 
nasceu  em  1484,  morreu  em  15Íj8.  Deixou, 
entre  outras  obras  :  Paiices  Ithri  VIII;  De 
subtilitale,  ad  Cardanum  ;  De  causis  lin» 
gv(B  latincB,  etc. 

scaliger  (J.  Justino),  (hist.)  tílho  do  pre- 
cedente, nasceu  em  1 540,  morreu  em  li.Oi>, 
ainda  excedeu  seu  pai  como  philologo.  Dei- 
xou :  Ccmmentarios  sobre  Varron,  Verrio 
Flacco,  Festo,  Catullo,  TábuUo,  Propercio, 
Perseo,  etc,  e  muitas  outras  obras. 

scAMANDBo  OU  XANTHO ,  (geogr.)  rio  de 
Troiade,  ao  0.  de   'Iroia,  saia  do  Ida  por' 
duas  bocas,  uma  quente,  outra  fria;  ecaia 
no  mar  Egêo. 

SCA^DERBEG  (Jorge  Caslriot),  (hist.)  fllho 
de  João  Castriot,  príncipe  de  Albânia,  tri- 
butário de  Amurat  II,  íoi  dado  como  refém 
a  este  sultão  que  o  mandou  educar  na  re- 
ligião musulmena.  Recebeu  de  Amurat  o  ti- 
tulo de  sandjôk  e  o  commando  de  5,000 
homens;  mas  elle  abjurou  o  islanismoe  ba- 
teu muitas  vezes  os  Turcos. 

SCAKD'AN0 ,  (geogr.)  villa  do  ducado  de 
Modena,  a  4  léguas  ao  SO.  de  Modena. 

SCANDIA  ,  (gtogr  )  os  antigos  chamavam 
pssim  a  região  iLeridional  da  Suécia  actual. 
Alguns  sábios  crêem  que  a  Scandia  era  a  ilha 
de  Fionia 

SCA^D1^AVIA,  (geogr.)  nome  usado  na  ida- 
de media  para  design^r  a  Noruega  e  a  Sué- 
cia. Este  nome  vem  da  antiga  província  de 
Scandia. 

scAMA,  (geogr.)  hkane,  antiga  divisão  da 
Suécia  meridional,  formou  as  acluaes  pre- 
feituras de  Malmcebus  e  de  Christianstadt. 

scAPTA-HTíiA,  jgeogr.)  lugar  da  Thracia, 
80  NE.,  perto  de  Abdera. 

fCAPLLA,  (hist.jlexicogrephoallemão,  nas- 
ceu em  1540,  morreu  no  começo  do  sécu- 
lo X\ll.  (ompoz:  Thesaurus  lingua  grct' 
cct ;  Ltxicon  grego-latino.  íí-x 

SCABBCROLGH,  (gcogr.)  cidadft  de  Inglater- 
ra, a  16  legues  ao  NE.  rie  Yorck  ;  8,500 
habitantes. 

^CARDONA,  (geogr.)  ilha  du  Adriático,  hoje 
Isola  (U  Àrbe,  na  tosta  da  Liburnia.      >  ^ 

SCABD0^A  ou  SKARDiN,  (geogr.)  cidade  mu- 
rada dos  Estados  Austriacos,  alegues  a  NE. 
de  Spaiato  ;  6,t00  habitantes. 

scarcos  (montes) ,  (geogr.)  Scardus  ou 
Scardus  Mcns,  h(  je  Tchardagh,  cordilheira 
de  montar)has  do  Epiro,  hgada  ao  Ortelo 
a  E. 

scabificar  ou  escarificar.    V.  Sarjar. 

SCABPA,  (hist )  celebre  cirurgião  e  anato-  " 
mico,  nasceu  no  Frioul  em  1747,  morreu  em 
18<í2.  Escreveu  muito,  e  algumas  das  soas 
obras  ainda  são  clássicas,  entre  ellas:  M^ 


sen 


scti 


S37 


morta  da  physiohgia  e  da  cirurgia  prati- 
cas.   .^   ^ 

íCílEFAtiíltiílí,   adv.  y.  Maltadamen- 

^^-     -  ,  ' 

SCETPADO,    À,'odj.  (Lflt    srehraivs^  de 

scelus,  ii,tiliJ«de)  u  ^^vfl<lo,   ÍmÍioííso. 

5CKNA,  f./^.  (lai  ,  du  Wr.  fkctté,  lenda, 
pAvilhèo  ;  raií  ikiá,  stojlii»)  &«(^-.-o  de  utu 
aclo  dedraua.  A — ,  o  ^'^|le^^a•  uU»  dr^tn.a- 
tiiti ;  ou  as  —  *,  (» Iftl.iftdc»,  tnde  seiejiif- 
serla  draiia  criu  l)^slid^^HS,  \i^los(lU  íce- 
nario.  Mudaram  as  —  *,  ^lig.)  /ilo»e,  d  es- 
tudo dfts  i<  u>8S  m  |í(S£(j8S.  a  —  do  n,nn- 
do,  í  s  suítesKs:   '    . 

scEN/hio,  s  m.  [âes.átio]  8S  vistas,  bas- 
tidoifs,  III-.,  d«  s«  ti  a. 

í^t^!C«,  A,  oi'j.  j.trltnccnte,  ou  relalivo 
á  s<  ena.  Jojj*  s  —  *. 

siEM)ChAiiiiA,  *  [.(fccva,  e grcfjlía]\e- 
prcsn.tM.àu  « Dj  p»i>|iMtivíi  (Je  bii>  t  Ljttio 
ptrjeií^du  b(>Lte  um  [.huu  Lnizoniòl. 

sct^0llcu,  *.  /.   \.  Euariius. 

scnTiti.-iiu,  s.  m.  ((íes.  í.\iiio]  doutrina 
dos  siepiieos,  t^ciía  dos  s<  epiicv  &  ;  uií-p(*si- 
çào  a  (Juvidfir  de  tudo  oqueiíáo  édtnons- 
Xibúo  tu  evideme,  increaulidace  tui  uj&le- 
rias  íledogiuís  relign  so-». 
'  Syn,  touip  S^itj  liciòmo,  fiyrthonismo 
São  iernios  oe  |  hiU  >U(  hia  que  uiM^iiiciiu  doub 
5}■sU•U!^s  I  hiii  s<  phicos,  se  ííshiui  >e  pt  deiti 
ctjsiirar,  (p  is  Ob  <ii>  b<>i>  á  iheoiia  da  Ctileza; 
o  piinieiru  nada  ^íIilua,  o  bt^und<>  liiUo  ne- 
ga. U  ife/ /<co  i!US|  eiide  ojupZnsiLie  lodns 
CS  tljecus  ;  o  lynlionicv  ifliina  pOíih\a- 
Dienie  a  inceiíeza  univ»;rf8l  *  Lu.  e  oulio 
sy>i»  II  a,  Ui2  U.  ^r.  fiiiiitiMn  de  5>.  Luiz,  tii- 
ceiTd  em  ^ua  pKpiia  iiauiieza  o  principio 
da  sua  desuui^ão;  poiqiie  òuLos  ^ílouia^s 
ou  iLenos  d<  gn  òticns.  A  lazào  não  |  óde  ata- 
car a  rbzau,  stnàoeujpregMido  o  ibciocmio 
e  Uido  o  raciot  Hiio  suppòe  principioh,  e  sup- 
pôe  a  teittza  das  regras  de  1  ogua. 

JCEPTiCo,  A,  atij.  \\.bX.  scepucus,  do  Gr. 
skepivviui,  pesar,  tonfcideiar.j  sedai io  do 
scepiicisir  o ;  que  nao  acitdita  sem  maduro 
exAine    Os— «. 

scEriKo,  .-.  TO.  (lat.  sceptrum,  do  Gr. 
skéiiiô,  enci  siar-se.)  Loida»-,  l»flsiào  euilo, 
inMgiiia  de  rei;  (tig  )  o  tei,  Hb«rania.pu- 
di-r,  pr»^dufi  imo,  manco,  p<  der  hupiiii.o 
Dar  o —  a  alguém,  rtCMitiece  lo  (trsotie- 
raiio  Lar  o  —  do  acu  co  ojão  ás  jiutuões, 
(«Zer-se  esciavo  dt-llos.  M«)r<iesdiz  qi>e  &i(ro 
é  úitrlhor  oiiLi  giaptiia.  i^ho  seip«iquenáo 
estuve  stluo  e  Attio,  ptr  i>ctpiicu  cACtfta. 

.«•cnAVtCiiohi,  (^e«  gr  j  4wiit/.r,  cidade  da 
t'>retia,  2  l»gi>as  a  K.  du  ^ll^ilrH. 

;ciin<LiA,  s.  f.  (tal.  4</<td»»/a ,' do  Gr. 
schcdtii,  junl«»,  peru» ;  ichtdwzô,  ínitr  de 
pie^sa,  ítuj  príiipiidã'»  J  eMiip  o  bit>e,  bi- 
lhete. —  de  tt^lamt^lo.  Muiaes  tscieve  stdu- 
voL.  ir. 


/a.  nio  sei  por  que  razão.  Cédula  r tt  «c«- 
duh  é  aduissive!  oriliographia. 

íridUE,  (Lisi )  «tUl.re  «htmieo,  nafreu 
rni  Stialí-ard  <ni  .7A:f,  norrtu  em  1786. 
D»'ve•^e-llie  a  dfSM  b«  na  de  uuiios  princí- 
pios tbimuos.  Piibliiou  Tiatados  a  MímO' 
nos 

scniiD,  (bisl.)  S<'keidius,  sábio  hoUaa- 
dez,  nfsctutm  l74á,  u.(»ireufm  1795.  bti- 
x<  u  (  niie  (UlM  sescriptos  :  lilonarium  aia- 
bi<o  loliiiQ  manuale. 

scHEiDT,  (liisi.)  nis'oriddor  allenão,  nas- 
c(u  uu  7(  V,  aorieu  tm  i761.  l)eixou : 
Ihhliolliica  iiOiliiitgtnsiSf  e  Origin  s gutl» 

fciiFiESTADT,  (geogr.)  chamada  tanbem 
Sehftoi  t  idade  dt  Hrni^a.  Jl  léguas  So.de 
Mra.^^ljurpo  ;  y,7<  O  habitantes. 

sciiiLiKiiN,  (^eogr  )  glande  bbbographo 
ali*  n  âo,  Il^s<  eu  t  m  1L)*j4,  o  orieu  em  1773. 
ItbliKU:  AUiOen  taus  litieianíB. 

>cni  I  LiMithG,  (^(ogr.)  i.ome  de  muitas 
villas  d'AlÍi  manha,  a  ptineípai  i  na  Baviera, 
a  2  léguas  e  iLeia  de  ftalzbuigo;  5cU  habi- 
tant<s. 

scHELLFR,  (List.)  sabio  allemâo,  nascea 
em  )7^ó,  n^oneu  em  ihti3.  As  buas  pria- 
cipaes  ( hras  ^âo  :  Dois  dicciouaríos,  /ali- 
nvs  e  alltu.àts  ;  oHin.à>s  e  lutmos, 

.<^cu£LLl^G  ou  scHEiLiii.s.  TO.  ^Flameo^ 
escalin,  A  lem.  sdnUivy  )  moeda  inglezade 
^rata  que  \ale  d«  ze  |tnn}s;  vinie  lazim 
uma  hhra  esterlina. 

S(  nELll^Gou  TlR-KHElLl^G,  gpogr.jilhft 
i!a  Holl»nda  no  mar  do  noite,  ao  ti).  d'Ame- 
land  ;  4.t  (j(>  h<  biiantes. 

s.  tiULY  ii'ArcnLU,  (geogr )  cidade  d© 
França,  a  8  léguas  ao  4^.  de  Maijevas ; 
1,61o  habitan  es. 

s.  cuLLY  d'al'bac.  (geogr.)  cidade  de 
t>ança,  a  6  léguas  d'Lspõhon ;  3.0^4  ha- 
bitauies. 

scukma,  s.  f  (pron.  skema\  Lat.  do  Gr) 
figura,  lóima,  modtlo. 

scBEMMiz,  igeigr)  cidade  da  Hungria, 
It)  léguas  aoN.  d'ipoly-Sagk;  17,U10  ha- 
bitantes. 

scuLNA  .  s.  f.  (pron.  skitia;  Gr  skhoi' 
nos.}  medida  iiineiana  eg}pcia  de  sessenta 
siadks,  igual  a  duas  paiaAaiigas  persas.  1  li- 
nio  dá  lho  >ó  quaieuta  :»tadics.  h\.  ^>eigej 
ciê,  ciitiiia  a  opinião  rvctbida,  que  tiàuera 
medida  (gjpcia  uias  sim  aMallca. 

stiiiMKhi,  ^hiat  j  mueoiunidco  francex, 
na^c*  u  im  ló47,  min  eu  em  tblM',  inven- 
tou pio(e^^GS  de  miK  u.onica  ariiheial,  e  per- 
ctirieua  Luiopa  acabando  tumempha^eakua 
arte. 

stHEKECT>DY,  (geogr.)  ciH«de  dos  Estados 
Uiiijos,  7  leKuas  ao  ^U.  d'AlbimY  :  7>iM) 


habitantes. 


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scHKKK,  (geogr.)  Yilk  da  Traníylvania,  11 
íeguas  a  NE.  d'Hermanstadt. 

SCHEREMETOV,  (hist )  um  dos  generaes  de 
jfedro-o~Grande  da  ílussia,  teve  parte  na 
▼ictoria  dePultawa;  morreu  em  1719. 

s.  CHET,  (geogr )  Yilla  de  França  a  3  lé- 
guas e  1  quarto  ao  ^0.  de  Tour  do  Pin ; 
3,390  habitantes. 

SCHBUCHZBR,  (híst.)  medico  e  naturalista 
suisso,  nasceu  em  1672,  morreu  em  1733. 
Ás  suas  principaes  obras  são  :  Museum  di- 
lutianum  ;  Homo  diluvii  testis,  etc. 

SCHETB,  (bist.)  sábio  allemão,  nasceu  em 
1704,  morreu  em  1777.  Deve-se-lhe  uma 
soberba  edição  das  Taboas  de  Pentinger. 

SCHIATONK  (André  Medula  o),  (hist.)  pin- 
for,  nasceu  em  15á2  ná  Dalmácia,  morreu 
em  1582.  Foi  protegido  e  empregado  por 
Ticiano  e  Tintoreto.  O  sou  melhor  quadro  é 
I^Btia  Cabeça  de  S.João  Baptista. 

SCHIEDAM,  (geogr.)  cidade  de  Uollanda,  2 
léguas  a  O  do  Rotterdam  ;  10,000  habitan- 
tes. 

SCH'LLE«,  (hist.)  celebre  poeta  allemão, 
nasceu  era  17S9,  morreu  em  1805.  Schiller 
é  sobretudo  conhecido  pelas  soas  tragedias 
que  são  :  Os  salteadores,  Fiesque,  Cabala 
i  Amor,  D.  Carlos,  Wallenstein,  Maria 
Stuart,  Joannad'Arc,  a  Desposada  de  Mes- 
sina,  Guilherme  Tell. 
l_^  scHiL»  iNG,  (hist.)  romancista  allemão,  nas- 
ceu em  1766,  morreu  em  1839.  Foi  emi- 
nente no  género  cómico  Também  escreveu 
um  drama  :  Elisa  Colmar. 

sCHiLFiGnEiM,  (gcogr  )  villa  de  França,  1 
íegua  ao  N.  de  Strasburgo ;  2,790  habitan- 
tes. 

scHiMMELPENNiNCK,  (hist )  csladista  hollan- 
éez  nasceu  em  1761,  morreu  em  1825.  Go- 
vernou a  Hollanda  durante  quinze  mezes 
com  o  titulo  de  gran-pensionisla. 

s.  CHimAN  ou  caiSNAN,  (geogr.)  cidade 
de  França,  a  6  léguas  ao  SE.  de  S.  Tons ; 
3,540  habitantes 

SCHINNER  ou  SKiNNER,  (hist.)  chamado  o 
Cafdeal  deSion,  nasceu  no  Valais  em  1470. 
^"01  agente  zelozo  do  papa  Júlio  II,  recebeu 
com  o  barrete  de  cardeal  o  commando  ge- 
ral da  Itália  pelo  papa. 

scHio,  (geogr.)  cidade  murada  do  reino 
Lombardo  Veneziano,  6  léguas  a  HO.  de  Vi- 
cença  ;  6,600  habitantes. 

SCHIRMECK,  (geogr.)  cidade  de  França,  8 
léguas  a  NE.  de  S.  Diej ;  1.415  habitan- 
tes. 

sCHiSMA.í.  m.  (Gr.  skhizó,  cortar,  separar, 
díividir.)  separação  de  conn munida df  religio- 
sa, de  partidos,  opiniões   O  —  da  igreja  gre- 
ga, separada  de  Roma  Pron.  cisma ^  e  nos  de 
^ivados. 
^  i^Oi^MAtiCO,  À,  a4/  qiiefezscbisma,  que 


legue  o  schisma.  Homem  ichismatico^  appre» 
hensivo. 

scHíSTO,  *.  m.  (pron.  xisto :  do  mesmo  ra- 
dical que  schisma.)  (miner.)  nome  genérico 
das  pedras  que  se  separam  em  laminas  del- 
gadas como  a  ardósia. 

scHLADMiNG,  (geogr.)  villa  dos  Estados- 
Austriacos,  20  léguas  a  O.  de  Judenburgo ; 
1,000  habitantes. 

scBLAif  ou  SLAiSY,  (gcogr.)  cidade  da  Bo- 
hemia,  7  léguas  a  O.  de  1  raga  ;  3,000  habi- 
tantes. 

sciiLECEL,  (hist.)  poeta  allemão,  nasceu 
em  1718,  morreu  em  í749.  Imitou  com  suc- 
cesso  os  poetas  clássicos  latinos  e  gregos. 
Também  escreveu  para  os  theatros. 

SCHLBCEL,  (hist.)  critico  6  poeta  allemão, 
nasceu  em  1/07,  morreu  em  1845.  Publi- 
cou :  Ensaio  sobre  a  litíeratura  provençal, 
e  traduziu  duas  epopeas  Índias  :  O  Bamaya- 
na  ;  o  Hitapadessa. 

scHLEiDEN,  (geogr.)  cidade  dos  ístadtis- 
Prussianos,  1  légua  aS.  deGemund  ;  1,5'JO 
habitantes. 

SCHLEIERMACHER,   (hist.)    philologO  6  iheo- 

logo  allemão,  nasceu  em  1768,  morreu  era 
1834.  Traduziu  do  inglez  os  sermões  de 
Blair  e  de  Fawcett,  e  foi  distincto  prega- 
dor. 

scHLEiz,  (geogr.)  cidade  murada  da  Alle- 
manha,  capital  do  pr.ncipado  de  ReusS- 
Schleiz  í  légua  e  meia  ai^E.de  Saalburgo 
4,700  habitantes. 

sCHLEusm ,  (geogr.)  cidade  da  Prússia 
capital  do  circulo  de  Kenneberg  ;  12  leguai 
ao  SO.  d'Érfurt;  2,100  habitantes. 

sciiLiCHTEGROLL,  (hist.)  sabio  biographo 
allemão,  nasceu  em  1764,  morreu  em  1822. 
Publicou  entre  outras  obras  o  Necrológio 
dos  Allemãet. 

sCHLOEZER  OU  SCHLOETZER,  (hist )  histo- 
riador allemão,  nasceu  em  1737,  morreu 
era  1800  :  Escreveu  :  Historia  da  Lithuania ; 
Historia  universal  ingleza,  etc. 

scoLUSSELBURGO,  (gcogr.)  primeiramente 
N(eteburgo,  cidade  e  fortaleza  da  Rússia  eu- 
ropea,  8  léguas  aE,  de  S.,  Petersbourg. 

SCHMIDT,  (hist.)  um  doç  grandes  publicis- 
tas allemães,  nasceu  em  1726,  morreu  1778. 
Entre  outras  obras  deixou  :  Principia  ju^ 
ris  germanicimi  antiquissi,  antiquii,  mediii 
pariter  aíque  hodierni. 

SCHMIDT,  (hist)  historiador  allemão,  nas- 
ceu em  1730,  morreu  em  1794.  Deixou  umt 
Historia  dos  Allemães. 

SCHIUDT,  (hist.)  chamado  o  Phiseldeck. 
historiador  allemão,  nasceu  em  1740,  mor- 
reu em  1801.Dfixou:  Historia  da  Rússia- 
Maieriaes  para  aHntoria  da  Ruotia  desde 
Ptdrtt  /.  ric 

scuiiit.bE0£RG,  (geogr.)  cidade  dos  Estedoí 


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PrDssianos,  3  léguas  ao  S.  de  Hirscbberg ; 
8,000  habitantes. 

scHvoELNiTz,  (geogr.)  cidade  da  Hungria 
a  7  léguas  aSO.  d'à:insíedel ;  5,500  habi- 
tantes. 

sciinKCBKnG,  (geogr.)  is\o  é  monte  de  neve 
nome  de  muitas  montanhas  d'Allemanha  ;  a 
mais  aha  é  na  Áustria. 

scHnECBKRG,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Saxonia.  7,4UO  habitantes. 

scHNRKOpp,  (geogr.)  montanha  da  cordi- 
lheira dfl  Uiesengebirge,  no  limite  da  Silesia 
eda  Bohemia. 

scNEiDKR,  (hist.)  medico  allemão,  nasceu 
em  16l0,  morreu  em  1680  Deixou  muitas 
obras  de  merecimento  sobre  medicina. 

scuNEiDER.  (hist  )  demagogo  allemào,  nas- 
ceu em  756,  morreu  em  1784.  Traduziu 
em  allemão  as  Homelias  de  S.  Joáo  Chr%- 
sostomo. 

SCHNEIDBR,  (hist.)  pbiloloRO  e  naturalista 
allemão  nasceu  em  1750,  morreu  em  l822. 
Deixou:  Diccionatio  grego-allemáo :  His- 
toria dos  animaes^  etc 

SCHNEPFKNIHAL,  (geogr.)  villa  «lo  ducado 
de  Saxe-Coburgo-Golha,  perto  de  Walter- 
shau. 

scHOEFFEB,  (hist.)  um  dos  inventores  da 
imprensa,  morreu  em  1502. 

íCfiOELL,  (hist )  sábio  historiador,  nasceu 
em  1766,  morreu  em  1833.  As  suas  prin- 
cipaes  obr«s  são :  Curso  de  Historia  moder- 
na dos  Estados  eiiropeos  :  Histotia  abrevia- 
da da  lilteratura  romana,  etc. 

scnoEríAU,  (geogr.)  cidade  dos  Estados- 
Austriacos,  1  légua  e  meia  aSE.  deHrum- 
bach. 

SCHOENAU  (Gross),  (geogr.)  cidade  do  rei- 
no de  Saxonia,  H  léguas  a  0.  de  Zittau ; 
4,0<'0  habitantes. 

scflOENBRUsN,  (geogr.)  Fons  bellus,  nome 
de  muitos  logares  d'Allem8nha,  o  mais  ce- 
lebre é  uma  villa  dos  Estados-Austriacos,  1 
légua  a  E  de  Vienoa  ;  400  habitantes. 

scHOEi^EBECK,  (gcogr.)  cidade  dos  Estados 
Prussianos,  3  léguas  a  SE.  de  Magdeburgo  ; 
4,1^00  habitantes 

scHoENHOF,  (geogr.j  cidade  da  Bohemia, 
meia  légua  o  E.  de  Maschau. 

scHOEPFLiN,  (hist.) sábio  publicista  e  his- 
toriador allemão,  nasceu  em  16U4,  morreu 
eml»71.   Deixou  entre  outras  obras  :  Álsa 
tia  illustrata  ;  Historia  Zceringo  Èade/i*is, 
etc. 

SCHOLA,  e  outros  vocábulos  escriptos  por 
scho.  V.  por  Esco.... 

scholastica  (S.),  (hist )  virgem,  irmã  de 
S.  Benedicto,  fundou  a  ordem  das  Benedicti- 
nas.  Morreu  em  643.  £'  festejada  a  10  de 
Fevereiro. 

SGQOLÁSiico,  A,  adj.  y.  Escolástico, 


scHonosus,  (hist.)  poeta  latino  do  XTI  sé- 
culo, nasceu  em  Gonda.  E*  autor  de  come- 
dias latinas  tiradas  da  Escriptura  Santa ;  imi- 
tou Terêncio. 

sciioPFUEiM,  (geogr.)  cidade  dogran-du- 
cado  de  Bade,  5  léguas  a  MK.  de  Balo  ;  l,Sd^ 
habitantes. 

scHORL,  s.  m  (míner.)  substancia  pétrea 
fusirel  em  crystaes  de  diversas  cores. 

SCHOUTEN ,  (hi.st.)  navegante  hollandez, 
commandou  a  Concórdia  na  expedição  de 
Lemaire,  morreu  em  1625.  Deu  o  seu  nome 
a  um  grupo  de  ilhas,  que  descobriu  ao  ^ 
da  Nova  Guiné. 

SCHOUTEN, (geogr.)  grupo  de  ilhas  do  Ocea- 
no Equinocial,  ao  ISE.  da  Paponasia. 

scHouvEN,  (geogr.)  ilha  da  UoUanda,  ao 
?i  da  ilha  Noord-Beveland.  Capital  Brou- 
wershaven. 

SCHRBVELIO,  (hist.)  philologo  de  Harlem, 
nasceu  em  161*»,  morreu  em  1667.  Compox 
entre  outras  obras  o  celebre  Lexicon  manual 
grceco- latino. 

s.  CHRisTOVÃo,  (g^ogr.)  chamada  também 
S.  Kit  uma  das  Antilhas  inglezas.  ao  MO. 
do  lago  liuadeloupe,  e  ao  SE.  de  Santo 
Eustachio;  30,(^00  habitantes.  Capital  Bai- 
xa-Terra. 

s.  CHRisTOYÃo,  (geogr.)  villa  de  França, 
a  9  léguas  ao  1^0.  d'Issondua ;  577  habi- 
tantes. 

s  CHRISTOVÀO,  (geogr.)  villa  de  França, 
a  7  léguas  e  meia  ao  NU  de  Tours  ;  1,515 
habitantes.  . ,, 

SCHROECKH,  (hist )  sabio  allemão,  nasceu 
em  1733,  morreu  em  1800.  Deixou :  His- 
toria da  Igreja  christã,  Historia  Univer- 
sal. 

scHBOEDBR,  (hist.)  Orientalista  allemão» 
nasceu  em  1H80,  morreu  em  1756.  Deixouf 
Thesaurus  linguce  armenicct. 

SCHUBART,  (hist  )  escriplor  e  musico  alle- 
mão, nasceu  em  1739,  morreu  em  179 1.  Dei- 
xou bellas  poesias  e  um  volume  intitulado 
Cantos  da  prisão. 

scHUMEG  ouscHTME,  (geogr.)  proviucia  da 
Hungria,  entre  asdeSzalad  aoll.  eaO.  de 
Veszprim  ao  NE.  ;  200,tOO  habitantes.  Capi- 
tal KâposTai!.,..,,.jO.   .  v 'i .-     .   ii  ;■ 

scHusMAifN,  (bist.)  senhora  celebre  pela 
sua  sciencia,  nasceu  em  Colónia  em  1607, 
morrtu  em  1678.  Deixou  :  Opuicula  hebraa^ 
groeca,  latina^  jgftlliea,  .prçêaicu  $i  nyttri^ 

scHUTT,  (geogr )  ilha  da  Hungria,  entrt 
um  braço  do  Danúbio  edoYag.  Capital  Bis- 
cbdorf. 

scuiJTZ,  (hist)  philologo  allemão,  na.^cea 

em  1/47,  nr.orreu  em  1832.  Deixou  ediçõe» 

muito  eaUmadM  Ú9  Cieero^  é'Àri$tophaiMt, 

•Ic.  O 

i35  • 


5(0 


ScW 


;iè' 


SCÍ 


^'sfcnwAB,  (hist.)  sflb-o  allemâo,  nasc<»u  era 
17  3,  ujorreu   em  1821.    A  sua    principal 
obrn  é:  Solire  a.v  cauzas  da  universalidade 
da  liiigua  franceza. 

íchwaBacii  (g»ogr.l  cidade  da  Baviera, 
h  legurts  ao  So  de  ÍSuretiiberg ;  V>00  ha- 
bilanles.  " 

scnWifxnAT,  fgeogr  )  villa  dos  Fstádos 
Auslriôcos,  3  léguas  ao  SE.  de  Vienna  ; 
2,0(10  híibilantes. 

sciiwarz,  (hist.)  monge  benedictino  de 
Friburgo,  vivia  no  conheço  do  XIV  século; 
passa  por  ser  o  invenlor  da  pulvura. 

scwAiiZA.  (geogr  )  itoine  du  muitos  rios 
msigniticr^iitf^s  da  Âlleinaiiha.' 

sciiWARZBURCo,  ígeogr.)  paiz  d'Allfroa- 
nba,  outrora  rompn-f ndido  no  circulo  da 
Alta  SMonia.  E^te  paiz  está  actnaiufen'e 
dividido  em  d»ius  ramos  da  cara  de  Sch- 
warl  urgo,  fuj«s  possessões  te^m  o  titulo 
de  principado  e  formam  dons  Estados  da 
CoTif»*dfr«(,ào  germânica  :  o  de  Stliwarirbur- 
go  Undi.liiadl,  e  ronia  G",UIIO  habitantes 
e  ó  de  Si  liwarzburtfo  Sonderstaiisen,  que 
ccnta  5(1, í  OU  habitantes. 

íCiiWAhZBUKr.o,  (grogr.)  cidade  do  prin- 
cipado tie  >rhwí'Zbuigo-injdolsiadt.  i  légua 
ao  SE.  de  Eaemgs^^e  ;  «'dU  habitantes 

í.cnwARZK^BFhG,  (fieogr.)  nítme  de  muitos 
sImos  da  Allemanha.  fnire  outros  um  cas- 
tello  da  Baviera  entre  >Vartzburgo  e  aus- 
parh. 

fcwabzkí^bepg  (prin^ipe  de\  (hist.)  ge- 
neral «uslria<o,  nasceu  em  Vienna  em  1771, 
morreo  em  181U. 

scnwAZ,  'g*  ogr  )  cidade  dos  Estados  Aus- 
tríacos, ó  léguas  80  KE.  d'lnspruck ;  8,UD^ 
habitantes. 

$c»'WFDT,  fgpogr.)  cidade  da  Prússia,  a  5 
Ifguas  ao  KE.  d'Angermunde ;  4,20{)  ha- 
bitantes. 

scwEiDUiTZ.  'geogr.)  cidade  da  Tnissia, 
i\  letfuas  ao  SO.  de  bresiau  ;  iO,OOU  ha- 
bitantes. 

sciiWEiGn^usER,  (geogr.)  sábio  philologo 
allerrâu,  n«s«'ea»m  71á,  morreu  em  l8  0. 
Deixou  ediçÔHs  muito  estimadas  (i*/4/</)ic»o ; 
de  Sxiidas^  ele. 

fCiiWE  ^FLKT,  ( gfogr, ]  Deronn  Trajecíum 
Suerorvm,  cidade  da  Baviera,  9  legnas  ao 
No    de  VuMzbnrKO  ;  ô,tM  O  habitantes. 

SCWENCKFELD,  (hist.)  sectnrio  de  Lulhe- 
ro,  nasceu  na  Sdesia  em  14U'',  morreu  em 
15«'l  l)eixou  mais  de  hO  obras,  todas  mui- 
to rara«. 

scnwERNT,  (gpogr.)  57wm»na.  cidade  ca- 
pital do  gtaii  durado  <  e  iMetklemhiirgo- 
Síhverjn,  \i  léguas  ao  SE.  de  Lubetk.; 
lH,(MtO  habitantes 

scwKRiN.  cidíde  da  Prjissia,  6  )egua9'a6 
O.  de  Birubaum  ;  3,000  habitantes. 


sctvKTz  ou  swTFCiE,  (geogr.)  cidade  da 
Prússia,  14  legnas  ao  SE.  de  Alarieiiwer- 
der ;  2,500  habitantes. 

sciiwiTZ,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  ca- 
pital do  cantão  do  mesmo  nome,  25  léguas 
a  E.  de  Iteme ;  .)8,0(J  •  habitantes. 

scnwiTZ,  (geogr.)  um  dos  22  cantões  da 
Suissa,  entre  os  de  Iri,  Intcrwald,  Zurich, 
Lucerna  ;  30,001)  habitantes.       •    .^mi'! 

sciacca,  (geogr.)  Tfiermot  SelinuntinU. 
cidade  da  Siciba,  16  léguas  ao  >0.  de  Gir- 
gcnti. 

sciagraphia,  8.  f  (rir.  skia,  sombra,  e 
grojilna  )  arle  de  conhecer  a  hora  do  dia  e 
da  noite  pela  S'  mbra  do  sol  ou  da  lua. — ,  de- 
linearão do  interior  de  um  editicio. 

sciARRA,  (hist.)  celebro  chefe  de  bandi- 
dos, devastou  por  muito  tempo  os  Kstados 
Romanos,  foi  mandado  assassinar  pelo  go- 
verno drt  Veneza. 

sciatp.rico.  a,  arij  que  mostra  a  hora  pela 
soml>ra  do  ponteiro. 

scíatiCa.  «  f.  (I  at ,  doGr.  ú/c^is,  lombo.) 
'med.jgotta  no  quadril. 

sciATiCo,  A,  a^ij.  (aiiat.  e  med.)  do  qua- 
dril, da  coxa  Nervo  — .  Gota  — . 

sciCLi,  (g*'Ogr.)  Casinena  cidade  da  Sicí- 
lia. 2  léguas  e  meia  ao  SO.  de  Módica, 
0,700  habitantes. 

sciENCiA,  *.  /".  (Lat.  ícícníia,  de #no,  ire, 
sabnr  )  Conhecimento,  noticia;  corpo  de  dou- 
trina que  expõe  as  causas  h  eíFt* itos  d-í  pheno- 
menos,  ou  applica  prmcipiose  verdades  de* 
m»»ns«radas.  A  —  da  geometria,  da  pbysica, 
chimica. 

sciENTE,  adj.  dot  2  g.  (Lat.  sciens,  tis, 
p.  a.  de  seio,  ire,  saber.)  sabedor,  que  tem 
noticia,  conhecimento;  douto,  perito. 

sciENTEsiENTE,  adv.  {mente  suíT.)  com  co- 
nhecimento da  cousa;  sabiamente. 

scirntificamente  ,  adv.  [mente  suíT.)  do 
modo  scientitico. 

sciE."<TiFico,  A,  a?//,  que  respeita  ás  «ciên- 
cias. 

sciENTissiMO,  A,  adj.  superl.  de  sciente. 
E'  p   us. 

s.  ciKRS-LA-LANDE ,  (geogr  )  cidado  de 
França,  a  5  l^^gnss  e  meia  ao  N.  de  Blaye ; 
2,(500  h^^bitantes. 

sCiFÃo.   V.  Siphão. 

sCiLLA.  V.  S^ylla.  rochedo. 

sciLLA  ,  s  f.  cebolla  albarran ,  prestante 
dinntico. 

sciLiONTE,  (gpogr.)  Srillus,  Cidade  da 
Triphylia,  na  I  lida,  perto  de  Pisa. 

sciMiLLA,  s.  /.  V.  Faísca,  Crntdha. 

sciríTiLi.AÇÃo,  s.  f.  (Lat  scintillatio,  onis.) 
o  acto  de  sniitillar,  v.  g.  —  das  estr-llas. 

SCI^TILLANTE.  adj.  d  OS  2  g  (l^al  icintil' 
hns,  tis,  p.  a.  de  «cinf i//o,  are.)  que  scia- 
tilla.      '•>  J^ '»»'»>*' A  .  ♦'  ^Vi«  ...   .•.•,>i.i/:- 


SCI^ 


SCjír 


W 


scnTTLiAK  ,  «.  a.  ou  n  (í  at.  scintillo , 
are,  f«iscflr.)  fiiscar,  lançir  fai-^cis;  brilhrtr, 
chammcjtr,  v.  g  scintilla  o  furro  era  bra  • 
sa ;  sctntiilam  os  olhus  do  homem  ira<lo. 
€  Sciniillata  espíritos  divinos.  )>  Camões  , 
dardejava  (em  st^mido  activo). 

8CI0,  (geogr  )  Chiou,  ilha  do  Archipelago, 
perlo  das  costas  da  Auatolia ;  10,uOO  ha- 
bitantes. 

scioLO,  s.  m.  (Lat.  sciolus.)  (ant.)  igno- 
rante (iresumiJo. 

scioNK,  (g  v)«r  )  cidade  da  Chalci  liça,  na 
peninsiila  de  l'«llene,  sobre  o  mar. 

sciopptus,  (hist.)3abio  philologo  alleroão, 
nast eu  eoi  Í5T6.  morreu  em  IGií)  heixou 
104  obras  ou  libellos.  Kscreveu  contr^  Sca- 

bg^TO.  .',!: 

scioTERico  V.  Sciaterico. 

scioTO.  (geogr  )  rio  dos  Estados-Vnidos, 
um  dos  afllaentes  do  Ohio,  corre  a  E.  de- 
pois ao  L. 

sciPiÕES,  (hist )  celebro  faraillia  romana, 
fazia  parte  da  caz«  dos  Come llos  ^«n«  Coi- 
neliu  )  A  palavra  Scipião  quer  áx^^r  bor- 
dão        .-N.^  .J.    .  j,.^  ,     .Olii^'u\ 

Os  mais  selebres  Seipiões  foram : 

L.  Cornelio  Scipião,  Olho  de  L.  Corne- 
lio  Scií^iiào  Barbato,  que  tinha  sido  cônsul 
em  298  antes  de  Jezu  Christo,  elle  mesmo 
foi  cônsul  cm  259,  e  censor  em  258  du- 
rante a  primpira  guerra  púnica. 

Cn.  Cornelio  Scipião  Asina  cônsul  doas 
vezes,  em  260  e  25^  antes  do  Jezu7Chris- 

Poblio  Cornelio  Scepião,  filho  de  Lúcio, 
o  conquistador  da  Sardanh»,  foi  cônsul  em 
118.  Alorreu  n'um  coa.bate  contra  Asdrú- 
bal. 

Cn.  Cornelio  Scipião  Calvo,  irmão  do 
precedente,  fez  um  pap»^!  importante  na  se- 
gunda guerra  púnica:    foi  cônsul  em  i^^». 

PubiJo  Cornelio  Scipião  Africano  M»j  »r, 
chamado  vulgarmente  Scipião  o  Africano. 
filho  de  Pnbho,  nasceu  em  2(6  antes  de 
Jezu  Christo  silvou  a  vida  a  seu  pai  no 
combate  de  Tessino;  ganhou  na  llispanha 
uma  victoria  deciziva,  «m  que  Asdrúbal 
perdeu  &4,'  (iO  homrns.  Foi  nomeado  côn- 
sul em  2()5  antes  de  Jezu-Lhristo,  e  fez 
guerra  na  Africa  sempre  com  vantagem, 
obrigou  Carlhago  a  implorar  paz  Tantas 
façi^nhas  valerem  a  Scipião  o  triumpho  e  o 
sobrenome  d'Africano  *.orreu  no  anno 
184  antes  de   Jesu-Chrisfo.  ,.\     ..j^   ..y^ 

L;  .Car^elio  Scipião,  chaíâa.<rK)^jO,  Asi^f)ifi<>i 
irmão  do  precedente,  foi  nom^acip  ^<jonsiiil 
no  anno  190  antes  do  Jesu-r.hristrí,' e  ba- 
teu Antio'  ho-o-'«rande  em  Masjne^jia.  As 
suas  victoria s  na  A^ia  valerain,-lbc| |  o , j^po^ 
4«  AuMlico. 

wi.v  IV.  " 


iíJ4JM^«M 


Cornelio  Scipião  Calvo,  cônsul  no  anno '222 
autes  de  J»»Z'i-i;hrÍNi  i.  Venceu  os  Boio}.     , 

l*.  Cornelio  Scipião  Masica  Copoulum  li-; 
lho  d )  precedente  distinguia-sf)  na  baldha' 
do  Pydna,  foi  nomeado  coasul  em  155  e 
venceu  os  Dabnaias  ; 

P.  Cornelio  >ci(»ião  Emiliano  Africano 
Numanliao,  appeli  lado  o  segundo  Africa- 
no era  íilh  >  de  Paulo  Erailio,  e  foi  adopta- 
do por  ura  tillio  do  grande  Scipião.  distin- 
guiu se  pelo  seu  valor.  Foi  encarregado 
por  Ma.>sinissa  de  oividir  os  seus  estados 
entro  s.-us  filhos  Foi  ^dil  em  151  antes  de 
Jhzu  Christo,  e  cônsul  em  148.  Fez  guer- 
ra na  Africa,  arrazou  C.-^rthago  depois  de 
um  cerco  de  três  annos.  tomou  Niimancia. 
Depois  destas  eraprezas  obtnve  duas  vezes 
o  iriumpho  e  os  sobre  nora^s  d' Africano 
f,  Niimantioo  Julgi  se  que  foi  ^orto  por 
Sempronia.  su.i  espoza.  .í,í,'  i.i,    ..  ,^ 

sciRoN,  (mylh  )  salteador  da' A tbica,  fi- 
lho de  Eaco,  roubiv.i  os  viajantes,  e  dei- 
tava os  ao  mar.  Theseo  purgou  a  terra  des- 
te monstro. 

sciRRo  ou  scniRRO,  s.  m.  (Lat.  scirrxis^  Gr. 
$kiros.]  (med  )   tumor  duro  indolente,  qua^ 
ataca  le<;idosglandulosos  Pron.  cÍTO, 

sciRROso,  A,  aJj.  (i.at.  ácirroíu* )  (med.), 
da  natureza  do  scirro.  \ 

scisMA,  í.  w    V.  Schisma. 

scissfA,  s.  /*.  (famil  )  opinião  mal  fun(|adaf 
preoccupaçào ,  apprehensàj  errónea./^  jV,' 
Schisma. 

sciSMAR,  V.  a.  ou  n.  (Não  vemdesc/aí- 
ma,  divisão,  scissão,  mas  sim  do  Lat  ,eGr. 
schema,  projecto)  ter  apprehensèo  errónea, 
pensar,  cuidar  em  cousa  que  inquieta,  em- 
baraça. 

scisjfATTCO.  "V.  Schismatico,  dissidente  em 
matérias  religiosas.  lanj  V    ^^-'^ 

scisMAiico,  À,  «í/J.  (íçwj^ar,)  f  ppreheh- 


sivo.. 


'-'^  .t**í^\^. 


scíssÃo,  íi  /.  (tal.  scissió.)  ruina,  des- 
truição. 7 

sciTosAMENTE,  adv.  (do  Lat.  scilè ,  astu- 
tamente )  (p.  us.)  de  caso  pensado. 

s.  CLAiR,  (geogr  )  villa  de  França,  a  3* 
l*>guas  ao  ^E.  de  S.  Lo;  Gò3  habitan- 
tes. 

8.  CLAIR,  (geogr  )  lago  da  America  do 
Norte  na  região  dos  grau  ies  lagos,  a  10 
léguas  ao  do  lago  lluron. 

s.  CLAis,  (g^ogr.    rio  da  Aimerica  do  Nor- 
te, une  os  lagos  Uuron  e  S    CJair,  separa 
o  terrjlí^rio  de,Michi^an  do  Alto  Canada. 
.>;:"Çl'/V;?:SU^-.çi^R,J^e..^r:)viJh;d^ 
ça,  a  2  Ifgnas  e  1  quarto  ao  RP,^,a^|,  M«<|^ 
gn^rVjpdOfí^bitanttjs,^   ,    ,        ".•  ..  i^n.l' 

s  CLAK  i)K  io\i*GNB  ,  ,(Ç^Pgr, )  cíd«da  d(|^ 
França,  a  .-»  I^^uas  e^  rpeià  «v  ^^ji  ^^''fr^* 
wóur*!;'  i,COÔ  habiifliíies.       \,.,^  !..«";, 

'  l«i6  i.iuy^.f  isjw  -^.^tf 


642 


BCÒ 


6(3f 


^'•i.  %LADD,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  6  meia  ao  SO.  de  Confolens;  1,956 
habitantes. 

8.  CLÁUDIO,  fgeogr.)  Conãate  dos  Anti- 
gos cidade  de  França,  a  13  léguas  ao  SE. 
de  Lons-le-Sannier ;  5,240  habitantes. 

SCLEROTICA,  s.  f.  OU  adj .  ^.  (Lat,,  doGr. 
sklerós,  compacto.)  (anat.)  membrana  exter- 
na e  compacta  do  olho. 

s.  CLORT,  (hist.)  ou  Pedro  de  S,  Clono, 
tutor  do  Romance  du  Renard,  poema  alle- 
Çorico  e  satyrico  de  2,000,  versos,  vivia 
no  começo  do  Xíil,  século. 

s.  CLOND,  (geogr.)  villa  de  França,  a  2 
léguas  ao  O    de  j  «ris  ;    2.3l6  hí«bitantes. 

8C0NE,  (geogr.)  villa  <rEscossia,  1  légua  ao 
N.  de  ferth  ;  2,500  habitantes. 

scoi.FiTO.  fant.)  por  esculpido. 

icoLiASTES.  V.  Escoltaste. 

sroiopENURA,  s  /.  (Lat.,  do6r.  »/^o/o;?5, 
agujlhào,  e  hedra,  assento.)  (h  n.)  reyúí 
que  tem  muitos  pés  e  uqj  aguilhào  no  ra- 
bo — .  norr  e  de  uma  planta. 

scoMUNGADoiRO,  A,  údj    (aut.)  diguo  dn 
étcomniunhâo. 
-    ícoNDUDO,    »n\. )  V.  Escondido. 

scop*s,  \hist.)  cel*-bre  escuiptor  grego, 
nascí»u  Pm  Pa^is  era  460  antes  de  Jezu- 
Chrl>io  encheu  a  Jonia,  aAttica,  a  Beócia 
e  o  Peluponeso  com  os  seus  trab«lhts.  Fui 
appelldado  o  Artista  da  Verdade.  Os  seus 
primores  d'arte  são  um  Mercúrio  e  uma  Ba- 
chante. 

scoRBUTico.  V.  Escorbutico, 

scoRBUTO.  V.  Escorbuto. 

scoRDio.  V.  Escordio. 

scoRDiscos,  (geogr.)  Scordisci,  povo  que 
depois  de  ter  formado  alguns  estabeleci- 
mentos na  Panonia,  e  na  Thracia,  íixou-se 
sobre  os  montes,  que  limitam  ao  M.  a  Ma- 
cedónia. Eram  muito  ferozes. 

sçoRF,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  nas 
proximidades  de  Pontivy,  e  lança-se  em 
Blavetena  Lorient. 

scoT,  (hist.)  em  latim  Scotus  Erigena, 
isto  é  natural  d'Erin  (antigo  nome  da  Ir- 
landa) sabip  monge  irlandez  do  IX  século. 
Deixou  um  fraciado  da  Predestinação. 

scoí,  (hi§t.)  escriptor  escossez  de  XIII, 
século,  nasceu  em  1210  morreo  em  1291. 
Deixou  :  Physiognomiq^  Mensa  philosophi- 
ea.     * ^ 

SCOT  ()pfò  tipns),  (hist.)  celebre  philoso- 
pho  scolastíçp  ésçossez,  apellidado  o  Dou- 
tor êuhtit,  nasceu   em  1275,    morreu   em 
130{^.  Foi  um    do8  melhores   disputadores 
'  ^do  seu  tempo. 

scóru.  X  f  (T.at.  <0o<ia.)  (arch.)  saliente 
Qê  b  se  da  coltimrii. 

sci'T<>ii  A.  8.  f*  |UU  'êiíÊÁimik.)  ^med.  p. 


scoTs,  (geogr.)  Scoti,  naçSo  saída  da  Hi- 
bernia  veio  habitar  o  Norte  da  Ilha  d*Al- 
bion  ou  a  Caledónia,  de  quH  disputou  por 
muito  tempo  a  posse  aos  Pictas,  ate  que 
estes  dous   povos  se  confundiram  em  um 

SO. 

scoTT  (Walter),  (hist.)  poeta  e  romancis- 
ta celebre  escossez,  nasceu  em  1771,  mor- 
reu em  18í^2  Os  principaes  dos  seus  poe- 
mas são  :  O  Lamento  do  ultimo  menestrel^ 
Marmion,  a  Dama  do  Lago,  o  lord  dat 
Ilhas ;  e  entre  os  seus  romances  :  a  Pri- 
zão  d'Edf'mburgo ,  os  Puritanos ,  Iva- 
nhoe  Rob-Hoy  ,  Ricardo  na  Palestina , 
etc. 

scoTTi,  (hist.)  jesuit»!  italiano,  nasceu  em 
1602,  morreu  em  1669.  Attribuem-lhe  a 
monarchia  dos  Solipsos. 

scoTTO  íhist  )  um  dos  chefes  dos  Gibe- 
linos de  Placencia  em  lá90. 

scoTU«A,  (geogr.)  Scotussa,  ci'lade  dA 
Thessalia.  ao  SR    deLarisse. 

SCRAVONETA,  *•  f    ''ubi  hruto,  não  polido. 

sCRiBONio,  íhisl.)  Furto  Camillo  Scribe" 
mano,  iionsul  no  armo  32  rie  Jeiu  Christo 
fez  se  proclamar  imperador,  roas  abando- 
nado pelas  mas  tropas  foi  assassinado  na 
ilha  de  Lisa  no  anno  42. 

scRiBONio  LARGO,  (hist)  m^^dico  Tomanò 
nos  reinados  de  Tibério,  r.jtligula.  e  Cláu- 
dio. Deixou  um  opúsculo  :  De  compositio- 
ne  medicamentorum. 

scRivEBio,  (hist )  erudito  allemão,  nas- 
ceu em  1576,  morreo  em  ir»60.  As  suas 
principaes  obras  são  :  Ântiquitalum  ba^ 
taniearum  tabularium ;  Chronicas  da  líol- 
landa,  Zelândia,  Trisa,  etc. 

scRiviA,  (geogr)  rio  da  Itália,  sa©  ^m, 
Apeninos,  e  lança  se  no  Po.  '  '' 

scuDERi,  (hist.)  poeta  e  romancista,  fran- 
cez  celebre  pela  fecundidade  e  pelo  ridicu" 
lo  dos  seus  escriptos,  nasceu  em  1601,  mor- 
reu em  1667  ;  deixou  16  tragedias  e  mui- 
tos romances. 

SCUDERI,  (hist.)  irmã  do  precedente,  nas- 
ceu em  1607,  morreu  em  1701.  Publicou 
muitos  romances,  que  tiveram  extraordiná- 
ria voga,  e  recebeu  de  seus  comtempora- 
neos  o  sobre  nome  de  Sapho,  a  Segunda 
Musa. 

scuLCA.  V.  Inculca. 

scuRCULA,  (geogr.)  Excubias,  villa  do 
reino  de  Nápoles,  8  léguas  ao  S.  d'Aquila ; 
1,300  habitantes. 

scuTARi,  (geogr  )  Ouskoudar,  cidade  da 
Turquia  asial-ca.  defronte  de  Constantino- 
pla ;  85,000  habitantes. 

?CUT.«R<,  (g''«»«r.)  Scoira  cidade  da  Tiir- 
qira  eur>pea  ^0  {.«fjuíís  «o  >E.  d»  Cous* 
(antinoplM  ;  lO.lMNI  babitarit«6 


Ét» 


543 


ã»áe  do  Brutium,  perlo  de  um  pequeno 
golpho  do  mar  Jonio,  chamado  o  golpho 
Sfylacico. 

SCTLAX,  (hisl.)  geogMpho  grego  auclor 
de  um  Periplé  do  mar  interior.  (Mediter- 
râneo), yirea  n*uma  epocha  incerta. 

scYLiTZís,  (liist.)  historiador  byzantino 
do  XI  século,  foi  em  Constantinopla  go- 
vernador do  palácio.  Continuou  a  historia 
de  Theophanes. 

scTLLA,  (myth.)  nympha  siciliana,  foi 
amada  por  Glauco  ;  mas  Circóa  sua  rival 
tfansphormou-a  em  um  rochedo. 

SCYLLA,  (geogr.)  cabo  celebre  d'Italia  so- 
bre o  mar  Tyrreno,  na  ponta  ao  S.  do  rei- 
no de  Nápoles. 

SCYLLA,  (geogr.)  hoje  Scilla  ou  Scigliê 
cidade  d'ltalia,  no  reino  de  Nápoles  sobre 
um  elievado  rochedo  perto  do  cabo  de 
Scylla. 

SCTLLEO,  A,  adj.  de  Scylla. 

SCYMNO,  (hist.)  geographo  grego,  que  vi- 
via 80  annos  antes  de  Jezu-Christo  na  cor- 
te de  Nicomedes,  rei  da  Bythinia,  é  auctor 
de  um  Periesege. 

s.  CYPRiAKO,  (geogr.)  cidade  de  França 
a  4  léguas  ao  de  Sarlat;  2,^87  habitan- 
tes. 

s.  CYRAN,  (geogr.)  celebre  abbadia  de 
Frisnça,  situaaa  em  Brenne. 

k.  CYRO,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas e  meia  ao  O  d(<  Paris;  1,013  habi- 
tantes. 

sCYRos,  (geogr.)  hojV  Skiro,  ilha  da  Gré- 
cia, no  mar  Egeo,  2  léguas  a  E.  dTubea. 

6CYTAL  ou  scvtalr,  t.  f-  (Lhí.  scytala  ou 
seytale  ]  nome  de  uma  serpf^nte.  — ,  ba*t&o 
á  roda  do  qual  os  Lacedemonios  escreviam 
os  despachos  que  mandavam  aos  seus  ge- 
neraes. 

SCYTHIA,  (geogr.)  vasta  região,  que  en- 
tre os  antigos  compreendia  todos  os  paizes 
spíitentrionaes  e  orientaes  estranhos  á  ci- 
vilização ;  começava  a  E.  do  Vistula  e  ao 
^.  do  Danúbio,  e  prolongava-so  indifini- 
damenle  para  o  Oriente 

SCYTHIA  (pequena),  (geogr.)  Scythia  mi- 
tior,  pequena  provincia  romana  da  diocese 
da  Thracia,  entre  o  i^oato  Euiino  e  o  Da- 
núbio. 

scYTHOPOLis,  (geogr.)  BèifísaH,  hoje  Ri- 
sin,  c  d  >de  da  ralestina  na  Samaria,  ao 
SF. 

5.  divid's,  (geogr.)  Menetia^  cidade  d'In- 
ítlaterra.  a  »»  légua»  e  meia  ao  SO.  de 
Tembrolte ;  300J  habitantes. 

s.  DEitYíous.  D!Hiz,  (ceogf.)  Catolncum^ 
Wepois  l>iòn\/tii^poíit.  Tanum,S.  Dionysii, 
cidad«  d^  França,  a  t  léguas  ©meia  ao  Pi. 
do  Paris:     ,8^0  habiiantw. 


cas  de  França,  redigidas  nos  mais  antigos 
tempos  da  monarchia  pftlos  religiozos  de . 
S.  Denyz  e  guardadas  no  thesouro  da  al)^ ' 
badia.  O  abbade  de  S.  Denyz  escolhia  pá- 
ra historiographo  um  religioso,  que  seguia 
a  corle,  para  tomar  nota  dos  factos,  con- 
forme elles  iam  succedendo ;  depoi^s  da 
morte  do  rei  redigia,  segundo  estas  notas, 
uma  chrunica,  que.  depois  de  approvada 
pelo  capitulo,  era  incorporada  nas  Gran^ 
des  Chronicas. 

s.  DiNYz,  (i?eogr.)  capital  da  ilha  Bour- 
bon, sobre  a  Costa  ao  S.  lií.OOO  habitan-^ 
tes. 

8.  DKNYZ  Dg  GART  OU  DE  GUART,  (gBOgr.) 

cidade  de  França,  a  4  léguas   E.  de   Con- 
ta nces ;  2,000  habitantes. 

s.  DENYZ  DE  gatines,  (gôogr )  cidade  de 
França,  a  4  léguas  ao  NO  de  Mayenne ; 
3,516  habitantes. 

s  DiDiER-LA-LEAuvE,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  6  léguas  ao  NE  d'yssengeaux ; 
3,866  habitantes. 

s.  DIB  ou  s.  DiEY,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  12  léguas  ao  NE.  d'Epinal;  7,900 
habitantes. 

s.  DiER,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  9 
léguas  SE.  de  Clermont ;  1,-60  habitantes. 

sDiLO  ou  sDin,  (geogr.)  nome  de  duai 
ilhas  do  archipelago  grego.  /^~ 

s  DiziER,  (geogr.)  cidade  de  Fránçé*;  í5 
léguas  N.deVassy;  3,^60  habitantes. 

g.  DOMINGOS,  fg^íogr.)  ilha  da  America,  i 
meíima  que  Haiti. 

s.  DONATO,  fgeogr.)  cidade  de  França,  a 
7  léguas  de  Vaíence  ;  2,159  habitantes. 

SR,  conj.  condiíMonal,  hypothetica  (Lat  *í, 
de  sit,  seja.  conj«in<Hivo  áe  esse,  ser.)  t.g. 
irás  se  puderes ;  se  íizer  bom  tempo. 

SR  (do  Lat.  se,  variação  do  pronome  da 
terceira  pessoa.  Em  Portuguez  corresponde 
ao  dativo  sibi ,  a  si.)  com  os  verbos  acti- 
vos denota  que  a  pessoa  é  o  objecto  da  ac- 
ção, V.  g.  feriu-«,  matou-íí  Com  os  verbos 
absolutos  denota  espontaneidade  de  acção, 
V.  g.  {oi'Se,  lá  se  ficou.  Com  os  verbos  ac- 
tivos suppre  a  voz  passiva  que  não  temos,  e 
muitas  vezes  é  impessoal,  «.  y.  afundiu-**, 
alagou-««  a  terra;  encheu-*e  o  poro;  sec- 
cou-í«  a  fonte;  levantou-íc  grande  tempo- 
ral. Deve-«c  amara  virtude. 

SÉ,  s.  f.  {^oTséde,  do  Lat.  sedes,  assento.) 
cathedral.  Á  Santa  — ,  a  igreja  de  Roma,  á 
géde  apostólica 

SEAFORD,  (geogr.)  cidade  d'Inglaterra,  i 
4  léguas  ao  SE.  de  Brightom. 

SEARA.  s.  f  (do  Arab  sahra.  campina  se* 

mp«''a  de  trieo  nm  pé  anl»'!»  de  ceifado;©^ 

<?o  Lat.  íf.err,  }^^•me^r.  Em  Kiryprto  fff^í^i 

«TBir.  e  rfit.  naitc»T  )  a  iiHm^^nteira  di^t3vrpf^i| 

'píL  quanto  wté  tt6  pénocarojityiW^poi^ 


Ml 


544 


SEB 


de  terra  sftmeadfl  que  se  dá  era  paga  no  sea- 
reiro. — ,  (fig  )  abundância,  «.  e^  tt;  de  al- 
mas, de  dnir.rina. 

Stn  comp.  Srara,  mense.  Smra  épala- 
Tra  árabe,  sahra^  ♦•signillca  o  \\\\n)  eui  pó 
antes  de  ceifdd*»,  a  c«mpma  femeíífla,  a  (jue 
cmnspnndH  em  laiim  «eyís  Mesne  ép^^vríi 
latina,  me«.si.v.  e  si|<niH«;a  a  ««am  j;i  uiadura 
a  ponto  de  se  lhe  meuera  f<»icH,  e  i^tubmn  a  ^ 
1cpifa  Seara  diz  respeito  ao  estalo  dos  pã»'s 
dppois  que  nasorm  e  cobrem  a  lerm,  e  wf'.vie 
desde  que  anaailurfcem  e  promclieiu  «»st!U- 
ctos  quo  lof^ose  ooIhHin  :  por  isso  se  diz -lue 
a>  «cara?  estão  boas,  mui  v  rd^s,  cr»'sci'la>, 
que  |»romeltern,  ou  ar»  coiiirario  ;  e  «las  me.s- 
ses  diz  se  que  são  «hundHntHs,  que  esià" 
CpifaHas,  rerolhidas,  etc.  iVf.sseé  palrtvr.i  rnnis 
culta  e  men  .s  vulgar,  sobrv.tud  .  no  s  ntiilM 
figurado  e  r»  bgioso.  Messe  erann<  Uca  é  a 
multidão  deglutes  conv(;rridí<s,  queeuiraru 
no  grémio  da  'grrja,  que  Vieirn  coriípara  a 
um  celeiro,  dizeiíilo  •  «  Itecoih^^r  nosr.»l<^i- 
ros  da  Igreja  ioda  a  messe  dos  conversi  s  á 
Fé.  »  K  antes  d"elle  tinha  diti»  Lucuh  :  «  S  n- 
do  grande  a  copia  da  messe,  e  igudl  a  foltíi 
de  obreirrs,  » 

Seareiro,  s.  m.  (d^s.  eiró)  o  hvrador 
que  faz  seara.  — ,  no  Aleiut^jí».  lavra-lor  po- 
bre que  cultiva  poucas  e  pequenas  herda- 
des. 

SEBA,  (hist )  viajante  holland^?,,  nasceu 
em  IG  .5,  viaj 'U  nas  índias  Orient^e^  e«'c- 
cidentaes  Deixou  :  ltt'tuinnai,urali}iin  lhe- 
saeci  acururata  descriptio?.,,'  tt^   ,,'     '^.  ,,. 

SEBASTK,  Ig^ogr.)  h"jrt  Sicas,  cidadè  da 
Ásia  M  nor,  sobre  o  Ilal)rs,foi  capital  da 
Arménia.         dioiíyd';!.?^!^'';}  r-,  j  .'Z;,, 

SFBASTiANiSTA.  '#.  dos  2  g  seclaho  da  ri- 
dícula crença  dos  que,  pe^^suadido*  que  hl- 
hei  D.  SHb.istiào  não  morreu  em  A fiica,  es- 
peram ainda  por  elle. 

suBASriÃo,  (bisi  )  chrisião  z^^lozo,  nJisceu 
em  Narbonna  era  .5tí,  fui  ra^íl}•ris«do  em 
288    fc'  commeaorado  a  H)  «le  Jiueiro. 

SKBA*iT'Ào  (D  ),  (hist)  r«  í  de  Toriiig^l,  neto 
d*el  lei  li  João  IH.  e  íilho  do  príncipe  D. 
Joà  \  eda  princesa  D  .loauna,  íi'hH  do  im- 
perador  Carlos  V.  Nascpu  em  >tò\,  succe- 
deu  a  seu  avô  em  IfiliT,  sendo  reg<'ute  do 
reino  a  rainha  D.  Caiherin^t,  sua  avó  Hióao 
anno  de  íf>(J2.  e  depois  ot>rdeal  I)  llerir»- 
quo  seu  lio.  Era  15G8  foi  ÍK  Si  bastião  de- 
clarado maior,  e  touiou  as  redffls  do  gover- 
no, encetando  o  seu  reinado  sob  os  melho- 
res auspícios ;  o  reino  nadava  em  riqu-^sa. 
a  Afrira  achava  se  Iranqudh.  o  nr'«zil  a  Mh- 
deira  e  os  Açores  avulta víim  jd  era  povoação 
e  riqueza,  ena  inlia  se  obtinhara  valiosos 
leitos  a'armas,  que  continuaram  «luranieeste 
reinado  Cora  ttfuito  os  rortuguezHS  tomarara 
PttOiô^}  {Ib^i  MeuM)r«   veuticrau  O  rei  ij^ 


Sixrrafe,  os  Malnhares  era  Cananor  ('565]  os, 
('.hingil.ns  e  outros  povtis,  sustentaram  va-^ 
I  trosadiMuiu  tloi  e  M  dicd  jlõ/i)  eobriranp, 
mil  prodígios  de  val-ir  no  Oriunle.  infdiz- 
m<;nte  o  g'*iiio  ardunte  e  guerreiro  do  jovnn 
lUMUíirchH,  excitado  talvez  pelo  fanatismo  re- 
ligioso, olevararn  a  uinn  euipr^^s^».  queoc- 
CH>i  )íiou  a  sua  mina,  e  cora  e  la  a  da  pátria, 
e  preparou  a  i^surpiç.io  da  no^Jsa  inlep^^n- 
d^Tii-iH  Mul^y  vloh^foel,  expulso  do  trono 
drt  F»'Z  ^  .Marroiíos  por  seu  Ho  Vluley  Moluco 
rec'amou  o  soítcom»  do  monarcha  porlugiiez, 
qie  deliberou  em  s<mi  auxilio  p-i^a  o  que 
mandou  «promptar  lojjo  ura^i  lusidn  ex, «edi- 
ção. C.om  2'),tli>il  homen-  lí^rtiu  «d-rei  de  Lis- 
boa em  *i.T  d<!  Julho  de  »57H,e  dHseiul)arcou 
eui  .IVi<a  pa;a  combater  um  exercito  de  mais 
dH  10t>,0  lu  ^>oui'  ns  t»  resulta  líidestM  t-^me- 
rid«de  fd  a  perda  da  batrtl^ta  de  Ahíater  Qui- 
bir,  era  qie  morreu  I)  Sebflstião.  Muley 
Mohrtrned  purquem  corab  tila.  e  Míd^-y  M"lii- 
eo  seu  a«lver.sario  Hcpois  da  batalha  Vliilnj 
ilauiel  Micc»^s«or  deste  ultimo,  mandou  ro- 
cofihei;er  por  tilalgos  porliuiieze';  o  corpo  (le 
D.  "^cbasiião.  qiiH  remetteu  pira  UacerQ  d-^ 
bir,  e  depois  para  ('eula,  don  1*^  em  I5BÍ 
foi  transpoitido  pani  o  templo  rlMB^Iern,  e 
ahi  lhe  mau  iou  I)  te  Iro  II  em  \hHí  fizer 
o  tumulo  em  qu^-jjiz.  |íiversi"S  tradições  cor- 
rigiam no  r-iiio  Sobre  a  sua  morte  ;  a'fi:uns 
rfíIirmavHm  não  ler  morrido,  e  S'  1  Ud  »s  hou- 
\e,  qije,  «lte>«laram  have-lo  visto  l.'var  pri- 
sioiíeuo.  Formou-se  desde  eniào  um«  espe- 
ci-^  de  seita,  chamada  do«  Scbnstianislait^ 
que  secouserva  na  <dis:iuad(i  opinião  de  |ue 
o  príncipe  não  raorrera,  e  que  airida  h<jQ 
dt^pois  de  d(íis  se<iiIo«í  o  meio  espera  o  seu 
reg-esão  a»  reino  Foi  no  reinado  d^sie  mo- 
iiarchn,  que  viveu  o  iraraortal  Camões 

sebasuáo  (S.),  (g^^ogr  )  nt-que  a  villa  da 
ilha  Terceira,  erectn  em  15'>i.  Ksiá  situada 
•  rn  terreno  q  •'««i  plano.  cercado;|>íV  altas 
u.onlaiih«s,    »,5.'J3  habitautf^s. 

SKB\sriÃo  OEL  PipM^t. .  (hisl  ]  pin»or  de^ 
Veru'zi,  nasceu  era   i^iSS.  morreu  í^m  1547. 
Kni  elle  q  lem  desenhou  a  l^esnurreiçáo  de 
Lazaro, 

siiBASTO,  s.  m.  (do  Lat.  septum,  separa- 
ção )  liras  nas  vestiduras  de  côr  diversa.  Kas 
casu'as  ó  a  do  meio.  , 

'  skb\st"ChaTor,  (hist  )  isto  éaugustoitO' 
herano,  IíujIo  creado  por  Alexs  I,  para  um 
irruào  Isaac,  era  immedialo  ao  de  impera-' 

SEBASTOPOLis.  (geogr.)  hoje  Tourkal,  ci- 
dade do  Ponlo,  a  O    sobre  o  íris. 

SEBB,  s.  f.  (.  at.  scpes,  de  sepio,  ire,  en- 
cerrar.) tapume  de  rama  secca  para  cercar, 
e .vedar  o  ac<esso  a  quinta,  vmh»,  etc,  — • 
€Íca,  vallado  de  arbustos,  era  peral  espinho- 
sos âilvttdo.  Casai  de  — ,  do  ^lipa^  cruzadas 


SEC 

c  tapn<Í9s  com  h!<rr'»ain»ssn(lo.  Taipji  da  — 

SLBKKrKK<N,  (\\'\-l  ]  fiiii'í«'ior  <lo  imperi<» 
dos  Turcos  íi  «z  r-vnltis  f«ii  escavo,  <Irt|)<)i.s 
g"nro  (Itj  Alp-T<rk;ii.  general  dos  exércitos 
do  iNouh-ó-^^aiuiii  le  e  lorn'Mi  so  indiípcií- 
denle  em  9<l»    M  írreu  ena  d.tl. 

s^BKiMÇo,  fgeogr.)  cid;í'le  do^  Kstados  Aus- 
tríacos. It  léguas  ao  SÉ.  de  Zira,  G.Ouu 
bãbitant^^s 

s  B'^^NiNVTB,  (gftoar  ]  hoje  njftrnnoud,  ci- 
dade do  anlÍRo  Kgypto,  no  sliio,  em  que 
o  *>il<»  So,4ôvide  em   iiinii<'S    liraços. 

SEBENTO,  A,  adj.  cnse^ba^o^  untado  de  se- 
bo ;  suj  »,  / 

SíBr JtiNiiA,  s,  f.  dimiiint.  de  sube, 

SEBV^R,  (geo„'r  )  litjrfíania.  cjd.ííle  do 
Iran,  ib  lfgo;<s  «o  SO     de    Nirhabour. 

SFBO,  ^.  m  (Lai  stvwn  oti  sehu>n,  que 
talv»z  v»'nha  de  ovis,  CHrneiro,  ovelha,  e  far 
ou  ejuo.  ere,  despir.)  a  banha,  unlodecar-^ 
nei'0.  l>oi,  etc. 

SFB  UM.  (g''ogr  ]  uma  das  cidad*^s  da  Pa- 
lestina, na  marg-^ra  do  lago  A3.phaUite,  fui 
destruída  com  S(>doma.  _ 

SFB  íNUR.  (hist.)  sábio  do  XVsecn^o,  na- 
turnl  de  Bmel  »na.  morreu  em  l4.*12.  !íei- 
xou  :  Thtniotjia  naturalú  ;  De  natura  ho- 
minis  dialogi. 

SEBOSO,  A,  a//.  {iM.  nebosmonserosns. 
da  natureza  do  Sjebo;  untado,  besuntado  de 
sebo ;  siij  >. 

SEBOU  ou  MAMORE,  ígf^ogr.)  Ho  do  imp?rio 
de  iiarrocos,  san  do  Atlas,  e  lança-se  no 
Oceano  Athntico. 

SEBZ  ou  CHEiíER-SEBZ,  (geogr.)  Cidade  do 
Turkeslan ,  12  Ieg.uas  ao  S.  de  Samar- 
cand.  \,.. 

SECANTE,  adj.  f.  dos  ?  g.  (Lat.  secané , 
(tjf ,  p.  a.  .de  sccare ,  cortar.)  (geom.)  que 
corta,  linha—. 

Morí-es  es<Teve  este  termo  cora  cc,  e  o 
confunde  com  seccatite,  de  seccar jf  ,^-^3^ 

SfCATLRA    s.   f.   V.  Séica. 

secaz.  (ant.)  V,  S'quas. 

siiCCa  ,  s.  f.  (de  xeccar]  falia  de  chuva, 
cstayàj  em  que  não  eáe  chuva. 

SECC  ,  s  f.  practica  importuna,  enfado- 
nha   Dar  unia  — . 

SKCCA.  (g»:'0)ír  )  pequena  ilha  pmxiraa  da 
Cosli  da  Cabaceira  pequct\a,  em  f^uçambi-!- 

SEccxMKKTE,  adv.  {mente  suff )  com  sec- 
cura.  com  desabrim»  nio  ;  sem  ornato. 

Syn  oinp.  Seccamente,  dexaliridu mente, 
esquiiamenie  To'los  e-l»s  advérbios  Se  to- 
mam no  sentidn  moral  e  tiíiurado,  ef-nriam 
grad«i^ão  no  modo  piíuco  agradável  c-m  que 
recebefucs  ou  trnl.uuns  Al^u<'m  !>frcaiiitnte 
quL-r  (lizer,  f.em  agrado,  sem  aíT.tbiJ.drtdc, 
C'<m  síMxura  ;  rnetaphor.i  mui  ex,)rHSsiva,  ti- 
ratU  <i«i  turra  secca,  bm  quti  uno  Veui  chu- 


m 


M^ 


•  vido,  em  qu*^nàohahum'dade.  Detabriia' 
mente  s'gtiilitja  cotu  dtísabrim»ifilo,  cpiu  «5- 
perezi,  com  ar  oi  moios,  qj»)  aaaunf.iain 
iHSContenlamentooí^nfado.t  mrtaphora  tila- 
da do  loMipo  dctiibridn  e  áspero  qu^^  uos  in- 
commoda  o  coiup  qii*í  iios  arripi;»  E^qa  va^ 
mente  qu^r  dizer  com  es'iiiivança,  C'MU  moS' 
trás  d(i  desdém  e  despeito  :  metaphira  tira- 
da do  verb  >  eaqnitar,  que  vai  o  rae-moqno 
o  arceo  hítino.  no  sent<do  em  que  disse  um 
moderno  :  «  Vulgo  profano,  eu  te  aborreço 

secoaístk,  adj  í/oç  2  7.  (Lai  sicxamt,  tis, 
p.  a.  de  «teco,  are,  spccar.)  que  seoea  :  dro- 
ga—. — , que  cáustica, importuna.  Homem—. 

SECÇÃO.  8.  f.  (Lai  stxlio,  fíriis,  d*'  see<), 
are]  porção  separada  de  um  todo  ;  linha  que 
divid-i.  Secções  cónicas,  (g-^.om  )  de  coies. 
l*onta  de  —  ,  aquelh  em  que  duas  liubas 
se  fortam.  — ,  divisão,  separação. 

seccar,  V.  a  (i  at.  sicco,  are.  V  Secco  j 
privar  da  huiiilade.  O  calor  do  solseccaa 
ttTra.  as  fontis.  — r,  faznr  murchar  de  todo. 

—  as  flores.  — ,  (íig  )ain  gir :  —  a  alma— r-, 
irnporiunar  com  pr.»clica  enfa^lonlia  —  a 
tela  no  navio,  ferra-la. — ,  esgota r-se.  ces- 
sar de  correr.  Seccara>n  as  fontes.  Secca- 
ran  as  arvorei,  ficaram  seccas,  mo  tas,  pri- 
va ias  de  su<cos.  — sk,  o.  r.  perder  a  hu- 
mid.ide,  o  fluido  Seccaram-se  as  fontes  — , 
esgotar  se,  faltar;  (Hg  )  detinhar-se  .  t.  g, 

—  de  doença,  desgosto.  — se,  (fallando,', re- 
zando), aj^a^tar-se. 

seccarwão.  adj.  m.  auqment.  de  spceo. 

.«ECCHiA,  ig«irtgr.)  Gnbdlas,  rio  ílltalia; 
sae  da  vcteuie  seplj^ntrional  dos  ApeninoSi^ 
o  cao  no  ró.  '^(i- 

SECCO,  A^t  adj.  (Lat.  sircus;  em  Céltico 
seh  01  stk.  em  i.hald  lzrkh,i*r.  xeros,eai 
Kgypcio  srhou,  &ew.o,  e  sclio,  arfia.)|>riva- 
do  de  humidade,,  enxuto,  sem  agua.  Poço, 
rio.  lago  -7-.  Arv.íires,  piçinla.v— í.  Lenha  , 
f-lhas — s  Linyua,  /<o.;a  —^  falia  de  saliva, 
Frvta  —  ,  pa^sas..ou  d(3  casca  s^cca  cotno 
nozes,  airenloas  l^yar  em—  ^  Jis  )  ata- 
lhado no  meio  do  sormào  ou  do  discurso. 
Dar  o  navio  em  —  ,  en»  baixio,  encalhar. 
l*fjrtos-~4t  enlratla  ilo  género^  por  terra  e 
nàV.por  mar  ou  rio  Ama — ,  a  que  não  dá 
de  mamar,  ^irrore  — ,  (naui  )os  mastros  sem 
vé|as.  lialallvi  — ,  em  que  nã^o  ha  eíTusào 
de  sangue.  Missa  —  ,  em  que  o  sacerdote 
não  consagra.  Hoha  — ,  vazi^ .  ^fi^qrçs  —s, 
sem  prazeres  carnaes  Coiicubij^o — -,^^ems€r. 
tuinaçào.  —  de  pnlacras,  de  condição  des- 
abrido, pouco  alíjvel.  /iiso —,  tingido  'lâo 
siniero.  Hesf>()sia  — ,  desabrida.  A  dinheiro 
^(aposta),  não  para  se  gastar  emromida. 
Pà't  — ,  (lig  )  sem  outro  alimento  snlmlo.  //o- 
mem—,  de  poucas  carnes    OraçdOf  eslff/A, 

*  131 


146 


ÉÉÍ 


SBCC&ài,  s.  f.  de  humidade ;  falta  de  chu- 
va, sede.  —  da  bocca,  falta  de  saliva.  —  , 
(fig.)  sequidão,  frieza.  —  de  condição,  des-  ; 
abrimento,  génio  pouco  affavel. 

SKCEAE.  V.  Cecear. 

SECKDiMBNTO,  (ant.)  V.  Succeditnento . 

SCCESSO,  s.  m.  (Lat.  secessus,  de  secedere, 
apartar.)  (aat.)  apartamento 

SEOio,  A,  adj.  (termo famil.  moderno.)  cas- 
quilho. 

SECioso.  V.  Ceceoso. 

SECKAU,  (geogr.)  Secovium,  villa  dos  Es- 
tados Austríacos,  a  l3  léguas  ao  NO.  de 
bcBiz ;  4'»0  habitantes. 

SECKKNDORF,  hist.)  historiador  da  Fran- 
couia,  nasceu  em  16  6  morreu  em  1692. 
Deixou  entre  outras  obras  :  De  lutheranis- 
mo  ;  iCompendium  hisloria  ecclisiasticcB. 

SECKKNDORF  (conde  de),  (hist.)  feld-mare 
chal  da  Áustria,    nasceu  em  1673,  morreu 
•m  1763.  Destioguiu-se  na  guerra  da  suc- 
cessâo  de  Hispanha. 

SECKiNGEN  ,  (gcogr  )  Sancfio  ,  antiga  ci- 
dade da  Saabia,  hoje  no  gran-ducado  de 
Baile,  6  léguas  ao  NE.  de  Rale. 

SECLAVES  ou  MARATis,  (geogr.)  povo  da 
ilha  de  Madagáscar  ao  NO. 

8ECL1N,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  ? 
léguas  ao  S.  de  Lille ;  2.950  habitantes. 

SECONDiGNT,  (gcogr.)  cidade  de  Franr,i,a 
2  léguas  e  meia  ao  SO.  de  Parthenay  ;  1,720 
habitantes. 

SECREÇÃO ,  s.  f.  (Lat.  secretio,  onis.)  (t. 
physiol.)  segregaç&o  de  diversos  humores  do 
sangue,  elaborada  pelas  glândulas.  As  se- 
creções são  sujeitas  ao  influxo  dos  ner- 
vos. 

SECRisTO,  (ant.  e  errada  orthog.)  V.  Se- 
guei iro. 

SECRETA ,  8.  f.  (subst.  d*  des.  f.  de  se- 
creto.) latrina,  commua,  privada. 

SECRETAMENTE,  adv.  {mente  suff )  em  se- 
gredo, apartadamente. 

SECBETARÍA  ,  *  f.  oíTicio  do  secrctario  ; 
casa  onde  se  guardam  os  documentos  da  re- 
partição do  secretario,  e  onde  escrevem  os 
oíTiciaes. 

SECRETÁRIA,  s.  f.  confideute ;  Ireira  que 
faz  o  oflicio  de  secretario.  —  de  tratos  amo- 
rosos, terceira, 

siCRETARiAHEHTE,  (ant.)  V.  Secretamen- 
te. 

sccmetartaR,  V.  a.  ou  n.  {seeretãrio,  ar 
des.  inf.)  (aat.)  fazer  o  officio  de  secreta- 
rio. 

SECRETARIO,*  m.  [Fr.  secretairê,  áoVii 
secretum,  s»'gredo  )  oíBciíl  de  tribunal  que 
escrnve  oÍ  d»'t;pa(:ho$,  carias,  «  d4  coma  do 
estado  ótvi  n^gf^ioft  da  sua  repa  dição.  — do 
fi»f«do,  da  guerra,  drt  marinh»^  e  como  ho- 
je íb  OÚ  -^  ^  '^m4of  *<íMjO%ftdo  #a  dir#» 


ção  dessas  repartições.  (Os  partienlàfes  iáni- 
bem  tem  secretários  a  quem  dictam  ou  fa- 
zem escrever  cartas  e  outros  papeis.)  —  , 
o  que  sabe  guardar  segredos;  a  quem  os  con- 
fiamos. Dizia-se  principalmente  de  negocio$ 
amorosos. 

SECRETÍSSIMO,  A,  adj.  superl.  de  secreto, 
mui  SHoreto.  ?<egocio,  lugar — .  Homem^y 
mui  guardador  dos  seus  segredos.  ** ' 

SECRETO,  A,  adj.  (Lat.  secrelus,  de  secer^ 
no,  ere,  separar,  pôr  de  parte.)  occulto,  es- 
condido. Lugar  — .  — ,  que  está  em  segre- 
do, não  sabido.  Negocio  —  Ordens  — s,  da- 
das em  segredo,  não  patentes,  contidenciaes. 
Homem  — ,  que  guarda  bem  os  seus  segre- 
dos. Os  pensamentos  — ,  Íntimos.  Porta — , 
escusa,  por  onde  não  entra  quem  quer.  Par- 
tes — *,  pudendas,  do  homem  e  da  mulher. 
Estar--,  incógnito,  sem  companhia. — ,  s. 
V.   Segredo. 

sECREiORio,  A,  adj  (Lat.  secretorius.) 
(anat.)  que  segrega,  separa  do  sangue  e  ela- 
bora as  secreções.  Vasos  — s. 

SECTA.  V.  Seita. 

SECTADOR     ou     SECTATOR.     V.    SíCÍUano  , 

Sequaz. 

SECTÁRIO,  s  m.  (Lat.  seetarius,  adj.)  o 
quo  segue  uma  seita. 

SECTOR ,  o.  m.  O  —  de  um  circulo , 
(geom.)  a  parte  delle  comprehí^ndida  entre 
dois  dos  seus  raios,  e  o  arco  que  elles  com- 
prehendem.  — ,  instrumento  astronómico 
menor  que  o  quadrante. 

SECULAR,  adj  (Lat.  «cu íarú.)  de  seculò, 
do  século,  mundano.  Homem  —  ,  laical , 
não  ecclasiastico.  O  braço  —  ,  poder  C'- 
vil. 

SECULARES  (jogos),  (hist.)  festas,  ^ue  se 
celebravam  em  ilonia  com  muita  jiompa  para 
solemnisar  o  começo  década  século  Conhe- 
cem-se  doze  celebrações 

SECULARiDADES  ,  s.  f.  ditos,  actos  muii- 
danos  de  ecclesiasticos,  impróprios  de  seu 
caracter. 

SECULARisAçÃo,  s.  f.  acto  de  secularisãr, 
ou  de  ser  secularisado. 

SECULARiSADO  ,  K  ,  f.  f.  à%  secularisar  ; 
adj.  feito  secular  (o  frade  ou  freira). 

SECULARiSAR ,  «.  a-  [sccular,  xsar  des.) 
absolver  da  regra  ecclesiastica,  restituir  ao 
estado  secular.  — frades,  freiras.  —  se,  r. 
r.  obter  a  secularisação. 

SÉCULO,  s.  tn.  (Lai.  stcuHm,  que  os  ety- 
mologistas  derivam  de  stcare,  cortar,  qua- 
si  secção  do  tempo.  Eu  creio  que  vem  do 
radical  Epypcio  sehe,  em  Sanscrit.  sat,  eoi 
fersa  sad,  cera :  a  desinência  eul  ou  eol^ 
vHm  «*o  Cir.  ou  do  Kgyjoio  %ot,  quesigni* 
H''a  involver.  Varro  o  deriva  sem  ra'iodè 
íenis,  Ví»lho  *  outroit  de  sufuor^  %.)  o  espatío 
è  tf^  «(mo»  lolair»»»)  ^llf.)  í^pow»  JddWr 


SED 


147 


O  —  de  ouhi\'  iètnpo  qtif  os  poetas  imagi- 
naram ter  sido  o  da  perfeita  felicidade,  e 
da  virtude  e  innocencia  O  —  de  ouro  de 
uma  nação,  aquelle  em  que  ella  se  illus- 
trou  mais.  O—,  (Úg.)  o  mundo,  ascoasas 
mundanas,  a  tida  mortal. 

SECUNDA  .  s.  f.  (anl )  €  Pào  — .  milho  e 
painço,  »  de  qualidade  inferior,  de  segunda 
qualidade. 

SECUNOARiAMSNTE,  adf>.  [mente  suíT.)  em 
segundo  lugar. 

skcundario,  a  ,  adj.  (Lat.  seeundarius.) 
segundo  em  ordem  ou  em  graduação. 

SECUNDEiRO,  A,  adj.  (V.  Secunda  ou  Se- 
gnnilo  )  Moinho — ,  (ant.)  de  pão  secunda, 
milho  e  painço 

secundinas,  *.  f.  (Lat  secundus.)  [inst.) 
as  piiraes  da  mulher  parida. 

SECUNDO  GENiTO  ,  A  ,  adj,  fllha  ou  filho 
£e^.íundo, 

SECURE,  *.  f.  (Lat  securis  de  secare,  car- 
iar.) marhadinha.  V  Segure,  mais  usa  !o. 
sídk.  ».  f  (ant.)  V.  Sede. 
SRDA  ,  s.  f.  (Lat.  seta,  pello  comprido , 
cerda.)  pello  da  barba,  cauda,  coma,  e  do 
corpo  de  certos  animaes.  — s  de  eatallo, 
crinas  ou  clinas.  —  de  porco,  cerdas,  —s  df. 
sapateiro,  de  porco  rcontez  enceradas.  — , 
substancia  tilarnentosi  e  lustrosa,  que  forma 
o  casulo  do  bicho  chamado  de  seda  Teci- 
dos, vestidos  de — .  —  ,  enire  canteiros, 
eiva,  falha  nos  instrumentos  por  onde  de 
ordinário  quebram. 

SEDA.  (geogr.)  povoação  do  concelho  de 
Alter  do  Chão,  em  Portugal;  junto  ao  rio  Er- 
vedal,  4  léguas  a  O.  de  Portalegre ;  1,200  ha- 
bitantes. 

sedaceiro  ,  $.  m.  (des.  eiró.)  o  que  faz 
fedaços  e  os  tece. 

SEDAÇO .  *.  m.  tecido  ralo  de  seda,  de 
que  se  faz  pano  para  peneiras. 
SEDADO.  V.  Ássedado. 
SEDA'NE,  (hist.)  autor  dramático  francez, 
nasceu  em  1V19,  morreu  em  1797.  Deu 
muitas  peças  para  o  theatro  italiano,  entre 
ellas  :  Anacreonte,  o  Jardineiro,  o  Desertor, 
o  Falcão,  Ricardo  Coração  de  Leão,  etc. 

SEDAL,  adj  dos  2  g.  Veia — ,  (ant.)  veia 
do  sesso. 

SEDALHA,  8.  f.  sedcUa,  linha  de  seda  com 
que  se  ala  o  anzol. 

SEDAN,  (geogr.)  cidade   de    França,    a  5 
léguas  80  SE.  de  Mezieres ;    1^^,719  habi- 
tantes. 
SEDAt.  y.  Assedar. 

•EDATiTO,  A.  adj  (Lat  sedativu!f.){meá.) 
que  applaca    dôr.  irritação.   Kemedios  — 

SÍDK,  $.  f  (Lai  scdcií  )  assi-ntn  ca  leips. 
A  »anla  — .  A  ^  epoiêul^ca,  a  igreja  de  >  o- 
nia.  «  ,(ifK.)  o  papa  —  .  (t.  de  podwiiro;  o 
«MtUU>  (lo  {MXllA  tlà$  ^milàê. 


ínii'^:  f  \l>át.  titit,  do  radical  de  «í- 
eus,  secco,  e  ictus,  ijolpe  )  desejo  d  í  beber 
agua  causado  pela  seccura  da  boca  e  eso- 
phago.  Apagar,  matara —  Uma  —  d'aguaf 
porção  ténue,  quanto  baste  para  apagar  á 
sede;  (flg.)  allivio,  soccorro  lenue  — ,  (fig.) 
grande  desejo,  cubica.  —  de  ouro,  de  ri- 
queza, de  sangue  humano,  de  vingança,  de 
concupiscência  —  das  almas,  necessidade 
do  doutrinas  Ter  —  a  alguém,  desejo  de 
lhe  fazer  mal  ou  de  se  vingar.  A  —  dos 
agros,  seccura,  falta  de  chuva  ou  de  agua 
de  rega. 

SEoeciAS.  (hist )  ultimo  rei  de  Judá,  foi 
posto  no  trono  por  Nabnchodonosor,  em 
lugar  de  Joaquim  ou  Jechonias,  foi  apri- 
sionado pelo  rei  da  Assyria,  e  morreu  na 
Chaldea. 

SEDAR,  V.  a.  (t.  de  ourives)  limpar  com 
a  escova  de  sedns  prata  ou  ouro.  '^ 

SEDKiRO  ,  s.  m  {seda,  des  tiro  )  taboa 
em  que  estão  cravadas  muitas  puas  ou  den- 
tes agudos  de  ferro  em  Oleiras,  pelas  quaes 
se  passa  o  linbo  para  o  assedar,  e  sepa- 
rar a  estopa. 

SEDELA,  s.  f.  [seda  )  corda  de  seda  com 
que  se  ata  o  anzol  á  cana.  Trincar  a  — , 
como  o  peixe  faz,  e  (íig.)  frustrar  as  es- 
peranças. 

SEDENHo,  s.  m.  (Fr.  íeíon  )  cordão  chato 
de  soda  que  se  introduz  na  pelld ,  atraves- 
sando-a  para  promover  a  suppuraçào.  —  , 
a  chaga  assim  produzida. 

SEDENTÁRIO ,  A  ,  ãdj .  (Lat.  sedcntarius.) 
Sida — ,  a  de  pessoas  que  trabalham  senta- 
das, V.  g.  do  escriptores  e  muitos  oíTicios 
mechanicos,  on  a  de  pessoas  caseiras,  que 
fazem  pouco  exercicio. 

SEDENTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Sedento. 

SEDENTO  ,  A  ,  adj.  {séde,  des.  ento  )  que 
tem  sede,  sequioso  ;  (íig.)  mui  desejoso,  co- 
biçoso, 

SEDERENTO,  (aut.)  V.  Sedento. 

SEDETÍDO  ,  A  ,  adj.  [scda,  des.  udo.)  que 
tem  sedas,  cerdas,  ou  cabello  teso.  O  — 
porco,  javali.  Homem — ,  cabelludo 

SEDIÇÃO,  s.  f.  (Lat.  stditio,  onis,  de  se, 
a  si,  e  deditio,  entrega.)  alteração  popular, 
motim  ,  rebellião,  levantamento. 

SEDICIOSAMENTE,  adt.  {mente  sxiff.)  de  mo- 
do sedicioso. 

SEDICIOSO,  A,  fdj.  (Lat.  seditiosus.)  que 
promove  ou  excita  á  sedição.  Homem,  di.«?- 
curso— .  — ,  propenso  á  sedição.  Povo — . 

SÁDICO,  A,  adj.  (do  Lat.  sedeo,  ere,  es- 
tar sentado.)  Agua — ,  estagnada.  Ovo — , 
qu)»si  podre  por  estar  po^to  ha  mni  tempo. 
— ,  [lifc]  mui  vtlbo.  trilha  lo.  A ni-tim,  di- 
to-*-.  Trasitt-^ti,  antiquados. 

sEniLH»T,  /'hi>t.)oTujitalista  e  astrónomo 
írtttcer»  utweu  (Mu  1777.  luurrvt^cm  |«^. 

ia?  • 


548 


SEE 


SCG 


Traííuziu  o  tratado  d'Aboiil-ÍIarsan-41i  so- 
bre a  conslrucgào  dos  inslruraentos  d'astro- 
nomia. 

SEuiHCNTO,  s.  m.  (Lat.  sedimentum.)  pé, 
deposito  de  liquido,  ft^zes,  lia,  borra. 

SEDiMENTiiso,  A,  ãiij .  (des  oso  )  que  tem 
sedimento,  que  depõe  sedimento,  nàoclaiili- 
cado. 

SEOJF.LMEssK.  (gcogr.)  cidade  do  império 
de  Marrocos,  no  reino  do  íafilet,  a  10  lé- 
guas a  li  de  T«fd«íl. 

SEDJER    ou  CHiiDrHRR ,    (Reogr.)    paiz  da 
Arábia,  na  parle  orifnlal  do  Hadramaout 
-     SEDi.iTZ,    (Ket>gr  )  cidrtd«  da  tíuheoiia,  a 
7  1^'guas  ao  S(J.  de  TíTBjiIíIz 

SEDuNHo  ,  «.  TO.,  doença  qna  vem  aos 
porcos,  de  sedas  na  gnrpflttta. 

SK.nnpENTO,   (ant  )  V.  Sedento. 
,  SEUucçÀo,  s  f.  (Lat.  seduciio,  onis)  acto 
de  seduzir. 

SEDLCTOR,  s.m  (Lat.)  oqne  seduz,  des- 
encaminha; adj  que  seduz.  Palavra?,  cari- 
nhos, encantos  <e^<*cíí>r«í.  MuiUçp  Set/wt?- 
tara.  .^g  .,  ,,.  -  ,,    . 

SEDUCTORi,  «.  f.  mulher  que  seduz.  ^  • 

SEUL' LA    V.  Schedula. 

N.  li.  Sedula  é  contrario  á  etymolojíia  e 
confunde-se  com  o  f.  de  sedulo.  Cédula  é  me- 
nos incorrecto.  ^.tvM.nyHi 

SEDULO,  A.  adj.  (prr>n.  sêdulo  :  Lat.  «««-' 
lus)  cuidíídoso,  diligente.    —  admoestação 

SEi'ULio  (C.  CíBiio  ou  Cecilio),  (hist  )  pa- 
dre do  V  socuU),  é  autor  de  um  poema  in- 
titulado ;  Pasckaie  Cármen,  seu  de  Christi 
miraculis  libri  V. 

SKDUzino,  A,  PP  deseduzir;  aí(/.  desen- 
caminhado, corrompido  por  seductor  ou  se- 
ducçào. 

SKDUZiR,  V.  a.  (Lat.  seducere,  de  se,  coui- 
sigo,  e  ducere,  levar,  conduzir  a  qbçar  mal, 
desencaminhar.  ,f, 

SEDuzivEL,  adj.  dos^g.  (des.  ivel)  que  pó 
de  seduzir-se 

SEE,  (geofír.)  rio  da  França,  nasce  no 
cantão  de  Mort.nin,  e  lança  se  na  b^bia  dp 
monte  do  S.  Miguel.  ■■    '■■.■■■r 

SEiíDA,  (ant.)  V.  Seda. 

SEl'DLA^D,  fgfogr.)  SjaeUand,  a  maior 
das  ilhas  de  Dinamarca,  a  E  da  de  Fyen, 
e  na  extremidade  ao  òE.  da  Suécia  ;  34m,í  O  J 
habita  tiles.  ^  ,, 

SEÍLBURG,  (geogr.)  cidade  d.'í  Rússia  Eu- 
ropea,  a  5  l»'guas  ao  .NO.   d'iakoDsiadt. 

SEKLLAR,  (ant  )  V.  Sellar. 

SEt:L\.o,  \Rfiy  )  V.  Sello,  .  ,     ,, , 

s^ER^pA 'oiji  .sp^r^oA,  s../.  (dp  líit.  í^mi^. 
ca  painho  e&lrtjítô,  ..passagem)  (ant..)  çairad?,  ^ 
ad'f' i^-sãp,   /    ,,  , ,;:, ,       .  ji 

SEENTE,  (aat,)  por  sendo.   Seníw  t  f/rç-j 


«0>iena   bem  see  nãj  se  levaata.  »   Eafr,, 
''fologo.  ,   ..^.  .. 

SRESinO  e  SEXTRp,  («0.^1  V*  ^Mírò,  Si* 
nixtro.  Esquerdo.     .^   .^ii.,r, 

«Rz,  (g'Ogr.)  San,  Sagium,  cidade  de 
Fr«nç?»,  ♦)  léguas  ao  NE.dAlamoa;  4,5G7 
hrtbitanlcs. 

SEEZ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados-SaHos, 
1  légua  a  h.  do  S.  Maurício;  1,700  habi> 
tant«^s. 

SEPFiN,  (geogr.)  cidade  da  Turquia  Asiá- 
tica, a  33  leiiuas  ao   SE.  d'Orfa 

SKFV  (Chah),  (hist )  o  Nero  da  Pérsia,  da 
dynaslia  dos  Sophi;»,  foi  successor  de  Ab- 
bas  o-(írande ;  ft^z  executar  ou  privar  da 
vista  todos  os  príncipes  de  seu  sangue, 
os  grandes  alliadts  com  a  sua  família,  ot 
seus  ministros  c  gen«^r»es 

sÍGA,  s  /*.  o  ac.o  de  segar,  ac**ifa,  o  tem- 
po decnifar  os  pães.  4  —  do  arado,  O  ferro 
que  abr-e  a  terra  com  o  seu  gume. 

shf.ADA,  g.  f.  ceifa,  séj^a. 

SEGADÃES,  (geogr  )  villa  de  Portugal,  a  2 
léguas  a  E.  d'Aveiro,  junto  ao  Vouga  ;  con- 
ta J,20a  habitantes. 

SEf.ADELLA.  V.  Ceifa.  Sega. 

SEGADO,  A,  p.  p.  do  segar;  at/jf.  ceifado  ; 
(fig  )  cortado. 
,,  SEGADOR,  ^.  t».  ceifador. 

srgaouubo,  a,  adj.  (des.  dop.  fut.  Lat. 
em  urus]  em  estado  dose  segar.  Trigo  — . 
—  ,  que  serve  de  segar  ou  ceifar.  Fou- 
ce — . 

SEGALANNí,  (googr.)  povo  da  Galha,  na 
Viennefise,  a  E.  do  Hhodano.  , 

SEGÃo,  s.  m  (do  Lat.  seco,  are,  cortar) 
ferro  que  se  ajunta  ao  arado,  junto  ao  leiro, 
para  ajudar  a  abrir  a  terra. 

SEGAR,    V.  a    (do  Lat.  seco,  are,  cortar ; 
em  Egypcio,    osk  ou  ock  significa    messes) 
ceifar  os  pães;  cortar:  —  a  cabeça  ;  (fig.) 
—  vidas. 

SRGARRECA,  s.  f.  (voz  i  iiitativa)  cigarra; 
instrumento  feitode  umarozinho  cobettode 
pergaminho,  do  meio  do  qual  sáe  uma  seda 
de  cavallo,  quegyrando  em  ura  pau  roliço 
e  lizo  dá  um  som  semelhante  ao  da  cigarra. 

sÍGAViDAS,  adj  dts  lg.  (p.  us  )  que  curta 
muitas  vidas.  Empada  — .   . 

SEGE,  «  f.  (Lat.  «e(ierí,  sentar  ;  Ital  sedia) 
carruagem  de  duas  rodas,, tirada  por  duas 
bestas. 

SEGED,  (geogr  )  chamada  também  9izegei: 
ou  StegeJm,  cidade  da  Hungria,  48  léguas 
ao  SE.  de  Peslh  ;  iiO.OlK).  bf bil^nt»^,.,, , 

SEGEiRO,  s.  m.  (des.  eiró]  homeoi  qujé  faz 

^cH*'^,  .;.;.  ,     . .[ .  ,, 

SEGELHAR,  V.    a.  (aut )  Y»  Swi//af,  ,§I>U 

^'**    '     '•■■^(^  .av).)  rv*;,  -  J.  ,,-,   -^uiv»  A 
SEGELHQ,  «V  m.  (aat.)  V.   Sigdlq^  ^Wn 

sJ^GBLos,  8.  m.  pL  (aat.).S«Wof. ;  ^,/,,^ 


|SEO 


fito 


S49 


siGESTE/Reogr.)  chamada  também  Acexti, 
eidado  da  Si.ilia,  ao  ^0.  a  alguma  distan- 
cia do  mar. 

SKcrsvAR  on  scn>€eBURG,  fge'>gr.)  cidade 
dns  Kstados  Auslnacos,  5  léguas  ao  WE. 
â'llermansladi:  (V.OlN)  babitintes. 

SegitoRIo.  (ant.)  V.  Sugistorio. 

siGi.AC*,  (ant.)  V.  Secvlares. 

SPCi.AR.  (ant.)  V.   Secular. 

segmkmo,  s.m.  {iM.segmentum)  porçSo 
cortada  do  ciroulo  ou  da  esi»liera 

SEGNi,  'g»'Ogr  )  Signia,  cidade  dos  E<Jta4 
dos  tcciesiastic'»».  7  l^gnas  ao  O.  de  Fro- 
cinone;  '^.HOO  h^bitant^s.         ' 

SfcGMCiA,  s.  f  (Lnt.  sfyvitia,  de  segnis, 
tardo,  vagaroso)  vagar,  pn>giiiça.  inércia. 

SíGNicio,  A,  adj.  V.   Vugaroao. 

SIGO  011  chagro.  fgpogr.)  cidade  da  Ne- 
griria  central ;  i,bM)   habit«nt«-s 

SEGOBRiGA.  (gPO>ír.)  n'^me  de  duas  cida- 
des da  Hi.<|ianba  em  Tarragoneza,  bojeSe- 
gobre  e  t  riego.  ,  .»;<     ;s  '-:: 

sBGOD0"UMí.  ígpoprr.)  cilade  da  G&llia, 
capital  dos  Huteni,  boj^  Rhodez. 

SEGONTiA.  (gHogr  )  hojrt  Supietiza^  cida- 
de (l'Hispanba.  e  perto  detiunia. 

srGoisTiui,  (geogr  )  cidade  da  Bretanha 
2  *  hoje  llaeinarvon. 

SFG(l^ZAC,  (g*'ogr  )  cidade  de  França,  3 
Ipgiias  ao  iiE.  de  Cogaac;  2,60<»  habitan- 
tes. 

srGOR,  ígeogr  )  antieam<^nte    Bala,    hoje 
Zoar  uma  das  \  cidades  da  Palestina  des 
tinadas  a  morrer  cm  Sodoma,  foi  salva  por 
inten-»ssào  de  Loth. 

SfGoHBB,  iReogr.)  Segobriga.  cidade  de 
Hisj«nha,  14  léguas  ao  N.  de^aleneia  ; 
6,5i>0   habit.íntes. 

SEGÓVIA,  Segubia  on  Segobia,  cidade  de 
Hispanha,  capital  da  intendência  de  Se^jo- 
via,  9  lepuas  e  meia  ao  ^0.  de  Madrid; 
J3,t:00   habitantes. 

SEGRAis,  (hist )  poeta  franrcz.  nasceu  em 
1624,  morreu  eru  17i)l.  IteiKu  JiUtlios, 
e  uma  tiadurção  em  verso  da  Entiaa. 

skgral,   (ant.)  V    Srrular. 

SEGRE,  s.  m  (ant  )  V.  Século.  Âs  moças 
do — ,  mundanas,  meretrizes 

»ECRE.  {u*'f^gr  ]S irares,  rio  de  Hispanha. 
sae  dos  Peryneos,  e  lança  se  no  ibr»,  um 
pouco  abaixo  de  Mequinenga. 

5I.GRK,  (geoí?r.)  cidade  de  França,  9  lé- 
guas aí»  NO.  d'.Angers  :  2,130  habnanies. 

SECREDiSTA,  s.  tn.  (d«s  ísío)  O  qiie  sabe 
segredos  ou  remédios  especi.ies  cuja  compo- 
sição nào  é  geralmente  conhecidi. 

siGRFUo.  #.  m.  (V.  Secreto)  cousas  que  se 
cala,  Sobre  que  se  gu«rda  silencio,  que  se 
nho  communica  a  outrem  ou  a  terceira  pe.^- 
soa.  Reeommendou-lhe  o  —  sobre  o  pro- 
jecto. Ser  homem  de  — ,  capaz  de  o  guar- 
t«i«  ir. 


dar.  Em  — ,  (phr.  adv  )  confidencialmente, 
'Cm  que  terceira  pessoa  ouça.  Disse-lheem 
— .  — ,  cárcere  onde  o  prés?»  nãocorrimu- 
nica  com  pessoa  alguma.  Metter  alguém  no 
— .  — .  achatlo,  invento  não  c<»nhecidodo 
(>ublico.  Tinha  um  —  para  curar  a  gota,  as 
fel»res.  Ter  alguma  cousa  em  —  ,  conser- 
va-la occulta.  Os — s  da  natureza,  as  cau- 
sas incógnitas  dos  phenomenosnaluraes. /o- 
qo  dos  —  s,  que  se  j  «r»  entre  diversas  peí» 
íoas  diiendo  segredinhos  ao  ouvido.  ' 

Syn.  comp.  Segredo,  reserva,  tiaarda 
Hgiedo  o  que  cíilla  o  que  não  deve  dizer. 
Ter  reserva  o  que  não  diz  nem  ainda  aquil- 
lo  que  nãn  está  obrigado  a  callar. 

O  segredo  é  um  silencio  que  noí  impõe 
a  obrigação  (;u  a  necessidade.  A  reserva  é 
um  silencio  m  que  nos  inclina  a  prudência 
ou  a  desco'di?ínça.  ^ '-' 

U  homem  d«  bem  deve  guardar  com  a 
maior  exa<ii(ião  o  segrtdo  qu**  lhe  foi  con- 
fiado. O  homem  prudente  deve  fallarcom  a 
maior  reserva  cora  pessoas  que  nào  co- 
nhe'"e.  -    ■•^  .  >    «v 

SEGRFGADO  .  A,  p  p.  de  Segregar;  edj{ 
separado,  apartado.         '^  : 

segmegar,  t.  a  (Lat.  segrego,  are^  âcse 
que  denota  soparaf.ào,  e  grex,  egis,  reba- 
nho.) separar,  apartar  da  companhia  dos 
outros.  * 

SEGuni.  V.  Segure. 

seguipa  ,  s.  f.  (subst.  da  des,  f.  de  #«- 
guido)  seguimento. 

SEGriniLHAS.  «  f.  (rast.)  trovas  garridas, 
alegres,  lascivas,  que  se  cantam  com  toada 
semelhante ,  e  a  que  bailam  diversas  dan- 
sas. 

SEGUTDO,  A,  p.  p.  de  seguir;  flfl[;.  emcn- 
jo  seguimento  vai  alfjuem  ;  formando  serie 
ou  correnteza.  Caminho — ,  trilhado  Jl/ut- 
tos  dias  — s  ,  consecutivos.  Opinião,  dou- 
trina — ,  por  n  uitos  ou  geralmente.  Ura- 
ma,  profexsor,  cantor,  pregador  muito — , 
muito  afamadí»,  que  todos  procuram  ouvir, 

SEGUinoR,  s.  m.  o  que  segue,  assiduo  fre- 
quentador, V  g  — de  seita,  doutrina  Re- 
ligioso erande  —  do  cAro  — de  boasobras, 
dado  a  *»llas,  que  as  faz  continuamente.  — 
da  lei  d*  Ala  (orna.  sectari*).  4 

SFGUiER,  (hist.)  s^líio  francez.  nasceu  em 
I7tl3,  morreu  em  1784.  l)eixou  :  liihlio- 
tlvca  Botânica  ;  Inseriptionum  antiquarum 
Índex. 

sEGUiMEifTO  ,  s  f».  {mcnto  suff.)  actn  de 
seguir,  de  acompanhar,  de  ir  após;  alcan- 
ce. ».  g.  ir  em  — de  aiguem  em  seu  al- 
cance. — ,  séquito,  comitiva  de  adherentef . 
O  —  do  povo.  V 

SEGíjiisTK,  adj.  dos  f  g.{LBt.  sequens,  íw, 
p.  a.  áe  sequor,  i,  seguir)  que  se  segue  na 
seiie  ou  oídem,  que  vem  no  lugar  oa  ém 
138 


110 


S£6 


Qi^' 


tempo  subsequente.  No  dia  — .  As  — *  ra- 
zões, paginas.  O  — ,  a  matéria  que  se  se- 
gue. — *,  s.  pi.  (arch.)  as  engras  ou  ângu- 
los que  continuam  sobre  os  semicirculos  dos 
«rcos ;  entre  carpinteiros,  as  ilhargas  de  uma 
felosia  nas  quaes  prende  a  dianteira. 

SEGUIR,  V.  a.  (Lat.  sequor,  i,  que  Court 
de  Gébelin  di»  vir  de  seco,  are,  cortar,  por- 
que quem  segue  vai  mui  próximo,  separado 
por  pequena  distancia  da  pessoa  ou  animal 
após  do  qual  se  vai  no  alcance.  Pião  ado- 
pto esta  origem,  e  creio  que  vem  do  Grego 
hekô,  vir,  approximar-se,  fut.  hexô,  dorad. 
cd,  vir:  a  aspiração  inicial  forte  foi  substi- 
tuída por  $  em  Latim  ;  e  de  seco  ou  seko, 
se  fez  itens  adv.,  perto  de,  juato;  sequor 
é  seeus  ire.  ts  Latinos  ámamsecusTiam.) 
w,  caminhar  após  ou  dirigir  os  passos.  A 
comitiva  seguia  o  enterro.  A  escolta  seguia 
os  prisioneiros.  —  o  kom  caminho,  ou  - 
$tu  caminho,   ir  caminhando  pela  estrada. 

—  alguém,  ir  atrás ;  (fig  )  dirigir-se,  gaiar- 
se  por  elle.  —  os  conselhos,  o  parecer  de  al- 
guém, adopta-los.  —  viagem,  derrota,  pro- 
seguir,  continuar.  — o  seu  génio,  inclina- 
ções, deixar-se  levar.  —  as  partes,  a  facção, 
o  partido,  bandear-se.  — as  pisadas  de  al- 
guém, a  trilha;  (fig.)  imita-lo  —as  ban- 
deiras de  alguém,  militar  debaixo  delias. — 
ã  alguém  com  os  olhos,  não  os  apartar  da 
pessoa  em  quanto  a  vista  a  alcança.— p/eí- 
tOy  continuar  o  processo.  — ,  v.  n.,  ou  —se, 
V.  r.  vir  depois,  immediato ;  resultar.  Se- 
gue o  gado  avante  —  ,  proceder,  causar- 
»e.  Da  tyrannia  e  desenfreada  cubica  se  5c- 
guiu  a  queda  de  muitos  impérios.  Segue- 
se,  resulta,  é  consequência.  (Os  clássicos 
antigos  d  sseram  sigut  no  imperativo). 

SEGUiTO.  V.  Séquito. 

SEGUNDA  ,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  se- 
gundo.) a  segunda  classe  ou  auladegram- 
matica  ;  na  musica,  o  intervallode  um  tom 
ou  de  dois  semi-tons.  Faxer  a  — ,  acompa- 
nhar cantando  com  a  voz  ou  instrumento. 
— ,  (subentende-se  farinha),  de  milho,  pain- 
ço, de  qualidade  inferior  á  flor. 

SEGUNDADO,  A,  p.  p.  de  segundar ',  adj. 
repetido,  feito  segunda  vez  Tinha — os  gol- 
pes — ,  apoiado.  Foi  o  votante,  o  voto  ou 
a  proposta  —  por  Metei  lo. 

SEGui^DAMEisTK,  adv.  {mente  suíT.)  em  se- 
gundo lugar. 

SEGUNDAR,  V.  ã.  {segundo,  ardes  inf.) 
repetir,  duplicar.  —  os  golpes.  —  núpcias , 
tornar  a  contrahi-las  — ,  apoiar,  sustentar; 

—  o  primeiro  votante,  o  voto,  a  proposta. 
— ,  V.  n.  redobrar,  renovar-se,  «.  g.  se- 
gundou a  tormenta  ;  —  no  peccado,  recair. 
Não  segundou  a  nova,  não  foi  confirmada. 

SECUNDARUMiNTK,  odv^  {m$nH  sttff.)  de 
]BM»4o  segundario.         '.'in     ,^-  .\  i  o.. 


SEGUNDAS.  V.  Seeundinas. 

SEGUNDAS,  s.  f.  pi.,  OU  pâes  de  segunda, 
milho,  cevada,  senteio  e  outros  cereaes  de 
que  se  não  faz  pão  branco  como  o  de  tri- 

go. 

SEGUNDA vo,  M.  m.  à  metade.  Um  —  de 
real. 

SEGUNDSiRo,  A,  adj.  Moinho — ,qUieBoe 
milho  e  painço ;  oppõe-se  a  alveiro. 

SEGUNDO,  A,  (Lat  secundus,  de  seeutus, 
p.  p.  de  sequor,  »,  seguir.)  adj.  ordinal,  o 
que  «e  segue  ao  primeiro,  precedido  por  ou- 
tro. Sem  —  ,  único,  singular,  sem  igual ; 
excellente.  Minuto — ,  ou  subst.  um  —  ,  a 
a  sexagésima  parle  de  um  minuto.  Cousas 
— s,  sujeitas  á  causa  primeira. 

SEGUNDO,  adv.  conforme.  —  a  lei  manda. 
—  forem  as  ordens,  as  precisões,  as  cir- 
cumstancias.  —  que ,  conforme  ,  como,  da 
maneira  que. 

SEGUNDO,  prep.  (Lat.  secundum.)  v.g. — > 
as  pessoas,  a  opinião,  a  lei,  a  norma,  os 
dictames  da  razão,  as  regras  da  arithmeti- 
ca,  da  óptica,  o  calculo.  Camões  disse  a  «a- 
gundo  a  policia  Melindiana ;  a  prep.  a  ó 
redundante.  «  —  a  São  Jeronymo.  »  Fêo , 
Trat.,  quasi  seguindo  a  são,  etc. 

Segundo,  que  Moraes  e  o  Senhor  D.  Fr. 
Francisco  de  São  Luiz  fazem  adverbio,  é 
quasi  sempre  preposição  como  o  Lat.  se- 
cundum. 

SEGUNDO  GBNíTO,  A,  adj.  fílho  seguudo. 

SCGUR,  s.  m.  V.  Segure. 

SEGUR,  (geogr )  villa  de  França,  5  léguas 
ao  SO.  de  Severac  ;  1,700  habitantes. 

SEGUR,  (hist.)  nobre  e  antiga  familia  da 
(juyenna,  donde  teem  saido  muitos  homen» 
dislinctos. 

SEGUR,  (hist.^  guerreiro  e  escriptor  fran- 
cez,  nasceu  em  1753,  morreu  em  18á3.  Es- 
creveu :  Galeria  Moral  e Politica;  Pensa- 
mentos ',  Fabulas,  e  uma  Historia  Univer- 
sal. 

SEGUR,  (hist.)  escriptor  fraucez,  irmão  do 
precedente.  Compoz  muitos  romances. 

SEGURA,  s.  f.  machado  muito  largo  de  ta- 
noeiro, de  lavrar  aduelas. 

SEGURA,  povodção  de  Portugal,  no  dis- 
tricto  de  Castello-Branco,  donde  dista  7  lé- 
guas a  K.  juntu  da  raia  hespanhola  e  do 
rio  Elgas  ;  encerra  B20  habitantes. 

SEGURA,  (geogr.)  Jttder,  rio  de  Uispanha, 
nasce  na  província  de  ('hinchilla,  e  cae  no 
Mediterrâneo ,  7  léguas  ao  SO.  d'Alican- 
te. 

sicuRA-DE-LEON,  (geogr.)  Sccura  cidade 
d'Hispanha,  11  léguas  ao  O.  de  Lierena ; 
4,(j0()  habitantes. 

SEGURA-DR  LASiERRA,  (geogr.)  Castrum 
Áltum,  cidade  d'Uispanha2u  léguas  ao  K£« 
de  G«9« ;  4,200  habitantes. 


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ii«URAçÃo«  t.  f.  (p.  us.)  seguro  marcaa- 

til.  1!  iJI   .  '- 

SEGURADO,  A,  p.  p.  de  segurar ;  adj.  fir- 
mado, sostido  ;  que  segurou  a  própria  fa- 
zenda. O — ,  subst.  o  que  deu  premio  aos 
seguradores  para  se  garanãr  de  risco. 

SKeuRADOR,  s,  m.  (t.  meròaQtil)oque  por 
premio  recebido  segura  casas,  fazenda,  na- 
vios contra  risco  — ,  garante,  fiador,  abo- 
nador.  Seguradores  do  cam^jo,  os  que  man- 
tinham o  campo,  ou  a  segurança  dos  repta- 
dos ou  desafiados. 

SEGURAMENTE,  ãdv.  [mente  suíT.)  com  se^ 
gurança,  sem  susta  ou  receio  ;  sem  risco, 
sem  perigo. 

SKGuitANÇA,  i.  f.  estado  seguro  de  risco, 
perigo,  livre  de  incert-^za.  Cartas  de — ,  de 
seguro,  como  hoje  dizemos.  Matar  alguém 
sobre — ,  (phraz.  ant.)  depois  de  lhe  dar  se- 
guro de  vida,  ou  munido  de  seguro  régio 
— ,  firmeza,  seguridade  de  animo,  confian- 
ça, denodo.  Filhar  panos  de  — ,  (phraz.  ant.) 
tomar  o  habito  religioso.  — ,  o  acto  de  se- 
gurar, garantia  —  das  vidas,  pessoas,  fa- 
zenda. Dar  suas — «,  aíliançar,  garantir. — , 
pessoa  ou  cousa  que  segura  contra  incerte- 
zas, perigos. 

E  vós  ó  bem  nascida  segurança 
Úa  Lusitana  antiga  liberdade.' 
Camões,  Lu». 

fallando  de  El-Rei  D.  Sebastião.  —  da  eguu, 
prenhez. 

Stn.  comp.  Segurança,  segaridade.  Am- 
bas estas  palavras  vem  de  securus,  seguro, 
e  sua  terminação  annuncia  diíTerença  entre 
ellas,  que  consiste  em  segurança  diz-se  das 
pessoas  e  das  cousas,  e  seguridade  sò  se  áiz 
das  pessoas  com  referencia  ao  estado  do  es- 
pirito. A  prim<»ira  corresponde  ao  francez 
súreté,  e  a  segunda  a  sécuriti.  Segurança 
eiprjme  o  estado  seguro  de  risco,  de  peri- 
gos, livre  de  máu  successo ;  e  seguridade, 
a  falta  de  temor,  tranquillidade  de  animo, 
nascida  da  confiança  que  tem,  ou  da  opinião 
em  que  se  está,  de  que  não  ha  perigo.  Ape- 
zar  de  que  esta  distincção  é  mui  lógica, 
não  diremos  que  é  autorisada  por  Vieira, 
o  qual  usou  a  primeira  palavra  com  a  si- 
gnificação da  segunda,  dizendo :  «  O  bispo 
que  se  portou  com  grande  valor  e  seguran- 
ça [Pai  f.  245).  » 

SEGURAR,  ©.  a.  (Lat.  securus.  V  Seguro), 
firtr^ar,  sostcr ;  prender  alguém  para  que 
úho  escape,  fazer  presa.  — ,  assegurar,  ga- 
rantir, afiançar;  v.  g.  —  a  fazenda,  o  na- 
^io,  a  victoria  ;  —  a  alguém  o  throno  o 
império,  o  mando  a  posse.  —  o  golpe, 
da-lo  de  modo  que  não  falhe.  —  o  campo, 
DOS  daelins,  torneios,  pôr  guardas  para  im- 
pedir desordem»  tumulto»  traição  —  a  reia» 


fixal-a,  para  não  errar  a  sangria.  —  a  ci- 
dade, o  passo,  com  defeza,  fortificar.  — 
bem  a  linha  solar,  tomar  a  altura  do  sol 
para  determinar  a  latitude.  €  Só  em  Deus 
seguro  meus  males,  »  espero  livrar-me  d'elles 
a  meu  salvo  —  alguém,  (fig  )  dar-lhe  con- 
fiança, ousadia.  — ss,  v.  r.  ficar  seguro, 
adquirir  segurança,  ousadia  ;  tomar  carta  de 
seguro,  precaver  se,  v.  g.  —  de    alguém. 

segi;re  s.  f.  (Lat.  securis,  de  seco,  are, 
cortar),  machadinha  que  os  lictores  roma- 
nos levavam  entre  as  fasces,  e  com  que 
cortavam  a  cabeça  aos   delinquentes. 

segurelha,  8.  f  (Lat  satureia),  herva 
hortense  aromática. 

SEGURELHA,  s.  f.  [de  scgurar),  na  atafona 
é  um  ferro  mais  largo  nas  extremidades  que 
no  meio,  onde  ',está  a  abertura,  em  que  entra 
o  ferro  que  faz  mover  a  pedra  de  cima  ;  nos 
moinhos  anda  em  cima  do  rodizio  e  por 
baixo  da  mó. 

SEGURIDADE,  s.  f.  (Lat.  securitos,  tis), 
falta  de  risco,  de  perigo  pessoal ;  falta  de 
temor,  ousadia,  intrepidiz.  —  ,  (ant ),  se- 
guro real ;  segurança,  garantia,  tj.  g.  Pa>a 
—  da  Índia ;  —  dos  tratados  de  paz,  dos 
contractos.  Se^^uridad*  de  consciência,  tran- 
quillidade. 

SEGURissiHAMEifTK,  adv  superlat.  de  se- 
guramente. 

SEGURÍSSIMO,  adj.  superlat.  de  seguro. 

SEGURO,  A,  adj.  (Lat.  íecMnis,  que  Court 
de  Gébelin  derivA  de  sine  cura,  sem  cui- 
dado. Talvez  venha  do  Gr.  soas,  salvo,  se- 
guro, são  e  salvo,  e  kér,  coração)  livre  de 
periga,  risco,  damno,  (fig.)  intrépido,  v.g. 
Lugar  — ,  livre  de  perigo.  -^  em  alguma 
pessoa  ou  cousa,  confiado.  Pessoa  — ,  de 
confiança.  Estar  —  de  alguém,  livre  de  re- 
ceios d*elle.  — ,  firme.  Obra  — ,  feita  cora 
firmeza,  solidez.  —  a  cavallo,  firme.  Mulhef 
— ,  (ant.)  que  presume  não  cederá  aos 
amantes.  — ,  que  obteve  carta  de  seguro. 
Égua  — ,  prenhe.  Estar — ,  certo.  Fazenda 
— ,  (t  merc),  pela  perda  ou  damno  da  qual 
responde  o    segurador. 

SEGUuo,  *.  m.  (do  procedente),  contrac- 
to pelo  qual  uma  pessoa  ou  companhia  to- 
ma sobre  si  o  risco  que  pode  correr  uma 
propriedade  ou  mercadoria,  Jpor  um  premio 
estipulado,  v  g.  Fazer  um  — ,  diz  se  do 
segurado.  Toaiar  o  --,  diz-se  do  segura- 
dor. Carla  de  — ,  concedida  pelo  rei  ou 
tribunal  a  um  réo  paraqutí  possa  tratar  de 
seu  livramento  sem  correr  risco  de  ser  pre- 
so. Tirar  carta  de  — ,  (fig.)  precaver-se  to- 
mar salva  contra  objecções.  —  real,  salvo 
conducto  concedido  pelo  rei  Tr  sobre  — , 
proceder  com  cautella.  Vir  sobre  — ,  tem 
risco,  com  certeza  de  bom  eiito.  Commet- 
tor  alguma  cousa  sobre  — ,  com  cirlezade 
t88  • 


r&2 


SEI    ' 


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«  cfPffpwir.  TrerdíT  íctre  — ,a  qufiDlein 
carta  de  Sfgino. 

stGLSuM,  (gí^rgr.)  povo  da  Gallia  lyo- 
npza,  esleriília-se  pela  In^rge^l  àiíeita  do 
lihone,  e  liuba  por  prií.cipaes  cidades  iyào 
e  Teurs.   :-^^-'  í.ní^'  .-■'^ 

srctsio,  /geogr  )  cidade  da  Gellia  Cisal- 
pina, hoje  S«ii.e. 

SEGLSTKBo,  ígpogr.) cidad© da GsUia  Trans- 
alpina, hoJM  Sisl«^ion. 

sn.tR.  V.  tcior,  Ciar. 

seiavoca.  V.  Ceiatoya,  Ciavoga. 

S£iPA,  *.  /.  V.  So/ira. 

SeíBa,  s^.  /".  V.  >eira  ou  Scre. 

sf.ibo,  (geogr.)  cidade  do  Uaiii,  ?5  léguas 
a  ^E,  de  S.  Ihtnningos  ;  4,^  ('(»  Lahilanies. 

SEiBous,  (geogr.)  Rvbncalus,  riod'Alge- 
ria,  nas<eaSK  de  <:onst»niina,  e  caenoMe- 
dilerraneo,  perto  de  Bune. 

stiCHES  ou  SEYCiits,  igeo^T.)  ÂqvcBSiccot 
ciddde  (Je  França,  légua  e  ujeia  a  ^L.  de  JVlar- 
iiihnde  ;  t,bbO  tiabiiMiles. 

SEif-Uts,  (geígr.)  iida'!e  de  França,  5  lé- 
guas a  >0.  de  bougé  :  i  ,bi->  hcibitíniips. 

SEiU  ou  sior,  (hi^t.)  palavra  aiabe,  que 
quer  dizer  sei  bor,  é  um  limlo  de  b(»i.ra, 
usado  poi  t(;dos  os  que  periendem  descen- 
der do  pFOph»  la. 

ssiD,  ih. si  )  escravo  de  ^t^h(  met,  foi  o  pri- 
ireiío  «íni  Ali  aerer  ua  untsào  do  prcpLe 
ta.  Foi  iLorlo  n'uDQ  combate  cm  Aiohtk  em 
6í0. 

suda,  (ant.)  V.    Sahida. 

SE  D/h-khatcl'n,  ibist.)  princeza  boudda 
es|(sa  de  ii;klji-ell  Ilòuiali,  Ici  i(g«i.l»  eui 
ntae  de  teu  liilu»  Mòd-tll-Dsulab,  eui  l>ií7, 
g(>veriitu   líim  gloria,  e  mo. leu  tm  li)!^. 

SE'i)Ão.    V.  Alj.endre. 

stiDE  ou  SAibE,  (geogr.)  ^idvn  cidade  e 
porto  da  ^}lia,   2u  léguas   ao  N.  d*Acre  ; 
15, ( (O  babit»nies. 
.  £E)DíÇO.  \ .   i^édiço. 

SEiíiMHLiz,  íge(gr.)  villa  da  Bchemia,  lé- 
gua e  ri»eia  »o  b.  tieredbiz. 

SHFtD  DAUiAii.  (bi>t.)  6.®  cmir  de  Se- 
ragí^a,  It  ideyj»  jòdo  tm  Í127  [íor  Aíítoío 
rei  d'Ar^^^o,  Jo»  14  ei^s  re»  oe  CoMio\a. 
ftíoireu  lia  laulba  d'Ala»eie  «m  lJ4b. 

suFJA,  s.  /  pe.xe  do  abo  temo  o  sargo, 
de  talit.a  p»  qi «  La  e  ^^ud^. 

^^1G^E  (^(figínia  tío  ,  igMgr.)  pasfcgfm 
dos  /l|es  (jitgts,  tniiea  pio\intJa  oaos- 
le  e  a  Sal»  }a. 

sE)(.iiiA\,  (gcfgr.)  cidade  de  Frfrça,  íi 
legL^s  íio  iN    o  Atíare  ;  J,llO   líliiunus 

slJl^Ol^  cu  /D/>a,  (gngr.)  Saitis  tu 
Sivams^  lio  ca  'luiquia  A^itl^i(a,  sfe  do 
Ituro  e  cae  no  RlediRiiaLto,  5  Ugtas  ao 
b.  de  T^rie. 

sucMi./Y  (lEafqufZ  de),  (bist.)  íilbofii- 
mcgtnuo  do  giaiioe  loll&tl,  sub^uiuiustu 


pai   no  ininistcrio  da  marinha   cm  1676. 
Ãlorreu  em  if)9(). 

sEiKs  ou  sisKns  (fomíederação  dos) , 
(gecí^r.)  ou  in.fierin  de  ^ultore,  tstf^do  da 
Inriia,  enire  o  r«  inf>  de  K«b(.ul,  ao  O.  o 
I  eqiitno  Thibel  ao  N.  o  Soidly  e  a  índia 
irigle/a  ao  S.  4,rt('0,0(O  habitantes.  Capi- 
tal Amreisin.  Divi^ões  f 


Labore  subdivididd  èm 


iH',M   O 


Pendjfíb 

Konbrtan 

kacbmir 


Aneretsir. 
Radjpour 
Kacbiiiir. 

Afghamitan  Seikh 

Attock. 


Tchotch 
tIas.Hith  « 

l'«'}ehftwer  Peychftwer. 

Tcliikarpou#«^>  Q^  «''•'•■rcbikarpour. 


Molutan 


Moultan 
Leia 


Moultan. 
Leia. 


Dera-lsmail  Kban  Dera-Isrrail-Khíii. 

hera-(.h^zl-Kban  Lera  (jhazi  Kban. 

i  ab^W'fllj  our  B«  bówaipiur. 

SULH/C.  (geogr)  cidadt  ue  ^rftnça,  31e- 
gu^s  ao  MJ.  de  Tulle  ;  1,A5tl  habitantes. 

Skiii.E,  (g«ogr.)  no  de  Fiatça,  nasr.e  a  a 
>K.  de  L«  n-.-leSfuliiier,  e  de  uo  Saona 
ítcina  de  Ti^urnes,  Ha  lUi  Franca  outro  rio 
do  me^mo  n»  me,  que  nf*&ee  a  bE.  dt  Ititu- 
se,  e  cáe  liO  AloKlla  em  Melz. 

SEJME  ou  stiM,  (geogr.)  rio  da  Pussia  Eu- 
rejea,  rega  os  governos  de  Koutik,  e  de 
Tibernigov  e  táe  no  Desna. 

stiN  ,  (gergr  )  Seria,  ilha  do  Atlântico, 
ra  íosta  de  Finisterra  ,  'ó'Ai  habitantes. 

SEIO,  s  m  [Lai.  SI  nus]  bolso  que  se  faz 
afanhando  as  fiLas  do  \e&tido,  o  que  faz  a 
cauHsa  de.'de  o  peito  até  á  cintura  ;  parte 
irilerna,  oceulla,  c.  (/.«  os  111} ricos — í  pe- 
I  etitu,  »l8n  ôes  ;  ti'heia<ia.  g«  IIí»  ;o—  ara- 
l»ico.  — ,  o  I  eno  da  iLulher.  Str  do  —  de 
olyvtm,  stu  muieso,  fcmigo  innno  O  -^ 
ou  ('S  — í  du  olma,  ostcreto  o'tlla.  O -^f 
o  >eiitre  naUrn».  ;  ^íig.)  o  peito. 

íEiBA.  \.   (eira. 

íEihÂo.  V.  tíiião. 

y^)hl^HA.  V.   Ctinnha. 

sus,  odj.  i.hfí.cial  dtus^g.ilfil  sex.  Gr. 
/.íít,  haiiicrit  aoi;  J'er^a*<a•,  Jt;}[cio  íocu) 
dtas  vtzis  titz,  cimo  nais  um,  quatro  e 
dous. 

susACE.^siiio.  V.  Sfsogesitfío. 

siifct»M«s,  AS,  Qdj.  iivtt.tral,  seis  cen- 
Ittas,  ctm  itpttido  ^fcis  ^tzts. 


SEL 


SEL 


(&3 


SEiSDOBRo,  s.  m.  sextuplo. 

SEisMA,  s    f.  V.  Sesma. 

SEisMo,  s.  m.  V.  Sesma. 

seistan  ou  sedjestan,  (geogr.)  parle  da 
antiga  ^rta,  região  da  Ásia,  limitada  aoN. 
peio  Âfghanistan,  ao  S.  peloBeloutchistan, 
ao  0.  pelo  Iran. 

SEisTATAOO,  A,  adj .  que  tem  seis  ângu- 
los. 

SEIST1L,  5.  m.  (do  Lat.  sextilis )  a  sexta 
parte. 

SEisTO.  V.  Sexto. 

seita,  s.  f.  (do  Lat.  secta^  de  seco,  are^ 
cortar,  separar.)  opinião,  doutrina  religiosa 
ou  philosophica,  que  se  aparta  da  crença  ge- 
ral. Errara  —  a  alguém,  enganar-se  no  que 
elle  intenta,  traça  Furtar  o  vento  á  — , 
fazer  mudar  de  propósito,  frustrar  os  in- 
tentos A  accepção  aniiga  de  seita  vem  do 
Lat.  seculus,  a,  de  sequor,  i,  seguir. 

SEiTiA.  V.  Setia. 

SKiTiL,  s.  m.  (corrupção  de  ímíi/.)  a  sex- 
ta parte  do  real.  De  ordinário  se  escreve 
ceitil. 

SEiTosAMENTE,  adv.  (aut.)  V.  Acintemen- 
te,  de  caso  pensado. 

SEI  TOSO,  A,  adj.  V.  Atraiçoado ,  Traidor. 

SEIVA,  s.  f.  seva. 

SEix.  (gpogr )  cidade  de  França,  3  lé- 
guas ao  Sti.  de  Girons  ;  3,880  habilantes. 

SEiXA,  s.  f.  ave  semelhante  ao  ganso  ou 
ás  alens  pequenas. 

SEiXA,  s.  f.  (ant.)  espécie  de  turbante. 

SEJXAL,  s  m.  {seixo,  des.  collecliva  ai.) 
lugar  coberto  de  feeixos. 

SEIXAL,  fgeogr )  vilb  de  Portugal,  situa- 
da no  riacho  do  mesmo  nome  que  desem- 
boca na  esquerda  do  Tejo,  2  léguas  em 
frente  de  Lisboa  ;  2  >iOO  habitantes. 

SEIXAL,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  da  Madei- 
ra pertencente  ao  concelho  de  S.  Vicente ; 
1,200  habitantes. 

SEiXATiL    V.  Saxatil. 

SEixiNHO,  s.  m.  diminuí,  de  seiXD. 

SEIXO,  s.  m.  (Lat.  sairttm  )  pedra  dura  de 
varias  grandezas  o  formas,  mas  pouco  vo- 
lumosa. 

SEJA,  s.  f.  —  de  janella.   V    Sede. 

SBJANA.  V.  Sagena. 

SEJANO,  (hist.)  jElius  Sejanus,  celebre 
ministro  de  Tibério,  era  um  simples  caval- 
leiro  romano  de  Valsinias  Foi  'cheft  dos 
pretorianos.  Foi  encarregado  por  Tibério  da 
direcção  dos  negócios,  e  tornou-se  odiozo 
pela  sua  tyrannia  e  avareza.  Foi  morto  no 
anno  31. 

SEJO,  (ant.)  por  sou,  do  verbo  ser. 

SEL.  (geogr.)  villa  de  França,  11  léguas 
ao  NE.  de  Uedon  ;  600  habitantes. 
/^  ««LADA.  V.  Salada. 

SELAMiM,  s    m.  a  decima-sexta  parte  do 
▼ot.  IT. 

\ 


alqueife,  medida  de  seccos,  v.  g.áegraoSt 
de  farinha. 

SELBT.  (geogr.)  Salebia  no  tempo  dos  sa- 
xonios,  cidade  d'lnglaterra,  5  léguas  ao  SE. 
d'York  ;  4,600   habitantes. 

SELDEN.  (hist.)  estadista  inglez,  nasceu  em 
1584,  morreu  em  1654.  As  suas  obras  mais 
notáveis  sã.">  :  Maré  clausum;  Maré  liberum. 

seldjoucidas  (Turcos),  (hist.)  celebre  dy- 
nastia  oriental,  teve  por  chefe  Togroul-Beg, 
neto  de  Seldjouk ,  oriundo  do  Turkes- 
tan,  e  que  no  começo  do  XI  século  se  apo- 
derou de  Nichapor  á  frente  de  uma  hor- 
da turcomana  ,  conquistou  o  império  doi 
Gaznevides,  acabou  o  reinado  dos  Benidas 
d'lspahan,  tornou-se  senhor  de  Bagdad. 

SELE  ou  SALÓ,  s.  dos  2  g  (do  Fr.  salé  ^ 
salgado.)  Carne  de — ,  salgada.  — ,  ffig.  e 
chulo)  putas  vis,  meretrizes 

SELEA,  s.  f.  (do  ingl.  */<:rf(7í.)  trenó,  ras- 
tilho, carro  sem  rodas  usado  nospaizesse- 
ptentrionaes  durante  o  gelo.  n 

SELECÇÃO,  s.  f.  (Lat.  selectiv,  onis.)  es- 
colha, acto  do  escolher. 

sâLECTO,  A,  adj.  (Lai  selectus,  p.  p. de 
scligo,  ere,  escolher.)  escolhido  ;  (fig.)  de 
qualidade  superior.  Laranjas  — *.  Urra- 
ria — . 

SELEFKRH,  (geogr.)  Seleucia  Tracheaci- 
dade  da  Turquia  asiática,  capital  de  um  li- 
vah  do  mesmo  nome,  25  léguas  ao  SO,  de 
de  Tarsous. 

SELENA  (Cleópatra),  (hist.)  princeza  egyp- 
cia,  filha  de  Ptolomeo  Evorgeto  11,  casou  com 
Ptolomeo  Lathyro  no  anno  il7  antes  de  Jesu- 
t.hristo,  depois  com  Anihioco  Grypo,  final- 
mente com  Anthioco  Eusébio.  Selena  gover- 
nou durante  a  menoridade  de  seus  filhos  do 
80  a  70  annos  antes  de  Jesu-Christo. 

SELENGA,  ígeogr.)yE(r/iarrfMs,  rio  da  Ásia, 
nasce  na  Mingoiia,  no  paiz  dos  Kalkhas,  e 
cae  no  lago  Baikal. 

SELENGiNSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia 
asiática,  85  léguas  ao  SE.  de  Werkhnei- 
Oudinsk  ;  2,600  habitantes.  n 

SELENiTEs,  s.  t».  OU  f.  (do  Gr.  selénét  a 
lua.)  pedra  da  lua,  sal  formado  pela  combi- 
nação do  acido  vitriolico  ou  sulphurico  com 
a  cal. 

SELEUCIDA,  (geogr.)  região  da  Syria,  as- 
sim chamada  de  ^eleuco  iSicíilor,  extendia- 
se  desde  o  golpho  d'lssus  ao  iN.  até  i  em-, 
bocadura  do  Oronle  ao  S. 

SELEUCIA,  (geogr.)  Seleucia,  1."  capital 
do  reino  da  hyria  situada  na  Babylonia,  ao 
N.  sobre  a  margem  direita  do  Tibre  e  fun- 
dada por  Seleuco  Mcator. 

SELEUC  DAS  ,    (hist )  djnastia  macedoniea 
que  reinou  sobre  a  Syria  e  a  Alta-Asia,  de- 
pois da  morte  de  Alexandre,    tirava  o  seo 
nome  de  Seleaco  I,   um  dos  genros  deste 
189 


I 


S54 


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S£L 


príncipe.  Bein^rara  2n  annos,   desde  316 
aió  Oi  antes  de  Jesii  <'hristo. 

SELEUco  I,  (hist )  Nicator,  isto  é  Ven- 
cedor, rei  da  Syria  e  chefe  da  dynaslia  dos 
Seleucidas,  em  ;35  ^  antes  de  Jesii-Chris- 
to,  foi  um  dos  rnelbores  oíRijiaes  de  Ale- 
iindro;  qu-íncio  morreu  este  príncipe  pra 
elle  governad.  r  de  Media  e  da  Raliilonia 
Toiuou  |)ari«  na  lijía  f«»rmada  contra  l'redic- 
cas.  ficou  cora  a  iJihylonia  e  levou  moilo 
l'»n^e  as  suas  conquistas.  Foi  morto  em 
281. 

SELEuro  n.  (hist  )  o  Callinieo  nu  o  Virto- 
rioso,  reinou  ns  Syria  desde  2Waió  225, 
fui  vencidi»  H  mn^-to  pel<»í  l*.irlhos. 

SELEico  líí,  (liist  )  filiio  do  precedente, 
ninou  na  Syria  desde  Siô  a  ?22,  ondt>  foi 
notável  e  morreu  assassinado  por  ires  de 
Síus  (díiciaes. 

SRLRLCO  IV,  o  Philnpator,  reinriu  na  Sy- 
ria des  fe  I8G  até  tM,era  filbo  (|e  Anlln  »- 
co  o  Grandn,  vex<.u  os  Jud*^us.  Fui  envene- 
nado p'»r  lleliodoro    s^n  ministro. 

SKLKLCO  V,   (hist.)  filho  de  i  emeirío  il  Ni 
eator  e  de  Cleópatra,  foi  proriiin«(l(i  rei  ecn 
li4  por  morte,  de  seu  pai,  mas  foi  dentro 
em  poMco  assassinado  p  r  sua  própria  mai 

SELEUCO  VI,  o  Efji/hanes,  isto  c  uiUus- 
íre,  filho  primoRí-nitn  de  Anthiocho  Cirypo, 
reinou  desde  97  antes  de  Jesu-Christo.  Álor- 
P€u  em  9J. 

SEi.EUMA.  V.  Celeuma. 

SELf.E,  (gí*ogr  )  íilade  da  Fisidii,  para 
O  N    ao   pé  de  Taunes,  e  sobre  o  Ciestros. 

SRiGA.   V.  AceUja. 

SELHA.  V.  Celha. 

SELiios,  (ant.)  V.  Senhos. 

SELíCio.   V.  Cilicio. 

SEI.  GEvsTAiíT,  (geogr.)  cidado  do  gran 
ducado  d'IIesse  D^rm-tal  7  léguas  ao  WE. 
de  DarmstHt  :  2,550  habitantes 

SELiJi  I.  (liist.)  o  Feroj,  suliào  ottomano, 
filho  de  Rajrtzeto  II,  na«ceu  em  .467,  rei- 
nou de  1512  a  1520.  Foi  corajozo  guer- 
leiro. 

SELiH  n,  o  fíchido,  filho  de  Solimão  II, 
íei  sultão  em  15116,  fez  guerra  ao  papa,  a 
Liiiiippe  II  de  Uispanhi,  e  a   Veneza. 

SELmKii,  (gi^ogp.)  (ia«iá  da  iNuba.  na  es- 
trada da  grande  caravana  da  Darfour. 

^ -5 E LI .. ^ o ,  í geog p  )  Sy / * m iiia,  h la m dj /  d ns 
Turcos,  cidoleda  Tui(|iiia  enropea.  5*7  lé- 
guas ao  N   d'An  'rinopídfl;  2t».0»(»  habitantes 

SELiNO,  (g^^ngr  )  Lii!>a,  cidade  da  ilha  de 
Ciindiâ  rap. tal  de  um  livah,  ió  léguas  ao 
1^0.  da  t  an  iia. 

SEL  isoME,  fgeogr.)  Selinuí,  cidade  da  Si- 
cília, ao  O.  Lra  col<Miia  megarianna. 

fELiKOMK.  (teogr.)  Srlitéusou  Trojano- 
poUx  hoje  Seliiiii,  cíJade  d«  Ásia  menur, 
|i»  RO  d'i&tio(liia. 


SELiitTi,  (geogp.)  cabo  na  Turquia  Asiá- 
tica, sobre  o  Àledilerraneo,  10  léguas  ao 
hK.  d*Alaya. 

SKLis,  ihi'<l.)  litlerato  francez,  nasceu  em 
17:^7,  morreu  em  1801  lieiíou  entre  outras 
obras  uma  tradução  em  verso  do  Perteo. 

SELKIRK,  {Ke'ogr  )  cicade  d»  Escos^ia,  a 
10  léguas  d^Edtmbourgo ;  2,90  >  habitan- 
tes. 

SELKIRK,  fhisl.)  raaritimo  escocpz,  nasceu, 
em  16SU,  foiabandona  lo  peio  conimaniJan- 
te  I  radling  na  ilha  deserta  de  João  Fer- 
nandes a(tnde  viveu  4  annos  e  m"io.  As 
suas  avt^iitiirasderíim  a  Drtnifl  de  Fue  as- 
suujlo  para  o  seu  Hobinson  Cruscé. 

SELi.A  ,  s.  f.  (I.at.  sella  }  assento  de  di- 
versas fóriíias  e  matérias  sobre  o  qual  o  ca- 
vallero  monta  o  cavallo  ou  outra  besta. 
Perder  o  catulleiro  a — ,  sersicu^lido  dei- 
1»  pelo  cavallo.  Estar  firme  na  — ,  (lig  )  se- 
guro, conliado  em  si.  Estar  jioittn  na  —  , 
^íig.)  ter  o  mando,  a  autoridade.  De  entre 
ainhas  as — s,  da  gineta  e  da  bri  ia  — ícu- 
rvícs,  r.adeiras  de  braços  dos  senadores  ro^- 
maiH  s. 

SELLADA,  s  f.  (de  seVa,  des  ada.)  parte 
onde  a  lombada  da  serra  qut^bra,  e  f.iZ- 
aberta  baixa,  como  a  de  uma  ;-ella  de  ca-* 
vrtll.í,  pi.r  onde  se  entra.  «  «an  íou  que  o 
aguaníassem  em  uma  — .  »  Ined.,  11,  fo- 
lha 371. 

sellaOO,  a,  p  p  de  stllar ;  adj.  a  que 
se  p  iz  a  sella.  Cavnllo —  Tmham  —os  ca- 
vados. — ,  a  que  se  poz  o  sello.  Tendo  — 
a  patente.  — ,  aiqueado  como  sella.  V.  SeU 
lado. 

sellaoor,  $.  m.  o  que  põe  sello  ou  sella. 

selladolro,  s.  m.  a  pai  te  do  costado  da 
besta  onde  assenta  a  shIIh. 

SELLAGÃo,  s,  m.  sella  com  ?rçâo  diantei- 
ro mui  baixo,  rasa  por  detrás.  Leão  escre- 
ve sele;]  do. 

skilagem,  s  f  {sello,  des.  agcm)o  pôr 
o  selio  nas  alfandegas. 

SELLAR.*tJ.  a.  [sella,  ardes  inf)  pôr  sel- 
la na  besta. — ,  om  senti  lo  abs.  ou  n.  do- 
brar com  o  peso,  acurvar,  v.g.  — a  cuniiei- 
ra,  ns  caibros. 

SELLAR,  V.  a.  {sello,  ar  des.  inf )  pôr  o 
8*^1  lo  ;  (lig.»  pôr  Hm,  conrl-iir,  remafír.  — , 
cerrar,  fechar.  —  as  pnrtis,  o  (lig  )  a  boca, 
os  lábios.  ~,  marcar  com  ferrete. 

N.   It    Devora  escrever- se  íce/Zar. 

SEiLARiA,  .V  f.  {sella,  des.  ária.)  rqas  » 
bairro  dos  sell»'irns. 

ski.lasia,  (geogr  )  Seliuia,  cidade  da  I  a- 
conia  s(direo  t.org^lo,  ao  W.  de  SparU. 
seilig.vo.   \.Sella;iào. 
selleiro  .   *.  m.  (des.  eira  )  o.Ticijl  quo 
faz  .(^ellas. 
SiLLtiàO,  A,  adj.  quo  já  leíou sella.  Ca- 


Éít 


ÈLTi 


ta 


ÚWo  — .  — ."qnô  se  sogura  bom  nu  seVu.—,  'sehagens ;   nriiilrs  Tr.Hírs  <ío  rf/7Íl  fTo/n- 

rotjeiís,  5em  5etem /<»roífi ;  olfidrlllodecs^ 
Irfldfl  que  rouba  c  inala,  nâo  6  «e/co^í^m^ 
mas  é  ferox. 

SELVAGENS  (ilhas),  grupo,  quo  í&i  parte 
das  (!an»ri«s,  au  N. 

selvaCino,  a,  a(tj  (V.  èelv.igpin,  sclj ) 
Carne — ^,  a  do  animaes,  e  vea^ào  do  mou- 
Ic,  V.  g    porros,  veadíis. 

SELVATlCA&lK^Te,  adv.  (mcn/esuíT.)  á  ma- 
neira de  selvagens.  ,  ,  ■  <, 

SEL*Aiico,  A,  aàj.  (t'ál.  silratims)  âo 
seivas,  b<>«qiie,  niMitesinn.  que  hhliia  ás 
selvas,  os  nalcs;  lude.  Homens  —  s,Qínte 
— ,  s»lvíígfin. — ,  próprio  de  sel\ag<iii. — 
brulHza.— ,  coLerto  dn  b(íquí'S.  Monle-^^ 
Idjjôa — .  — ,  amigo  d.isseUas,  da  solidão. 

SELVAiiQLr.ZA  ,  «.  /.  a  qubl.dade  de  ser 
selva^tem  ;  brule/a,  rudeza.  ^  ^ 

SELv<  so,  A,  adj  (l  ai.  sitrosus.)  coberto 
de  stlvíis,  matos.  Os— í  l'}i(nt^os. 

SEM,  *.  /.  o.  nirací^ão  obsoleta  dt^  9XJÍ)en 
Lai.,  scainte,  V.  iitroçàò.      '"..,.»,    1.1 

SEM,  fiTip.  (l ai.  fii.f.  Ir.  sâns\  ran.  íiiie- 
rf,  periuiiiir.  Em  F.j:\pu.  cawc  )  d(noiacx« 
tlu>^o,  privauíO,  falia,  v  q.  —  modo,  — 
duvida,— demora,  —icnépo,  pr.ematuiaiçjtu^r 
le.  ames  do  lei  mo.  <>  „t.i.    ««kí 

Os  antigos  antepunham  sem  aos  gerúndFr.S, 
».  g.  nem  querendo,  lloje  (lizemobt/doí/ue- 
ríitt/o,  cu  stm  querer,  o  que  f  m^is  cor- 
rtcio. 

SEM,  (grogr.)  villa' de  França,  3  Icguaii 
ao  St.  de 'Jiiísioiia  ;  c(  O   l.ibitantcs. 

SIM,  (gHgr.)  lio  da  llus^ia. 

SFM,  ihisi.)  IjII.o  n  ais  At  Ih"  de  Ncé,  ha- 


(fig.)  costumado  a  caircgar,  a  soíTrerope- 
80  do  outr»'m. 

SKi.LES  soBKK  o-cni^R.  (gêogr.)  cidaífé  rfè' 
França.  4  léguas  ao  SO.  de  liomorantla  ; 
l,*?*!)  habitantes. 

SKLLO,  s.  m.  (Fr.  scel,  do  T.al.  sigiUum, 
segredo,  sell.» )  reça  drt  m*>íal  ou  de  pedra 
Cotil  caracteres  inscjlpidosqu»  se  imprimem 
em  cera,  lacre  derrr^lidi»,  chumbo,  ele  — 
pendente.,  o  que  pende  por  liia  de  carta  re- 
gia, e  (jue  leva  as  armas  reaes.  —  rtal,  o 
que  !év«  as  armas  do  rei  — ,  (fig.)  ordem, 
carta  sell.ida.  Vôr  o  —  ,  imprimi-lo,  c,  g, 
^-nas"  fezendíis,  que  passam  pela  alfande- 
ga, para  prova  que  p?4garam  os  diieilos; 
(tig.)  ultimar,  cnncluir,  áp«  rfeu^oar.  /'asilar 
alguma  cousa  serri — ,  |lig  )  ser  admittida, 
còitút  sem  ei«me.  — ,  (fig  )  o  ponto  princi- 
pal de  um  negocio  ;  (Onlirmnçào,  cousa  que 
prova  decisivamente.  «  As  fendas  sàoos — s 
do  valor.  »  Vi»  ira.  «O — prz  a  quanto  li- 
ntty  feitb.  y  —  *ó/a»»/V;    V.   Volante. 

SEi.LiH.  (hist.)  iilliciar  judeu,  matou  Za- 
cbaViás,  rei  oTsrael,  ò  t(»mou-lhe  o  irono. 
nas  foi  morlo  no  lim  de  um  mez  [orMa 
nassera. 

soLOMMES,  villa  de  França,  3  léguas  a  E. 
de  Vendome ;  800  h^biI^nl•s. 

áELO>GKY,  (geogr  )  cidade  de  Frarra.  8 
legnas  ao  N.  de  lijon  ;    l,G7ã   b^bi'aniès. 

SEL^EA,  ou  selslY,  (giogr.)  villa  d*lr^la- 
terra,  3  léguas  ao  S.  lithtsttr;  800  ha- 
bilantes 

SfLTZ  ou  MEDER-SFLTÉRS,  (gCf  gr.)  ÊUzQ- 

tirim,  villa  do  ducado  de  i>af^í'au,  10  1«  guas 
ao  fi.  de  Mayencia  ;  85«  ll^bitiBnl<sl 

SFLiz  (geogr.)  cidade  de  Fiança,  5  lé- 
guas ao  S>.  de  Wissen-burgo ;  2,:83  ha- 
bitantes. 

SELVA,  s.  f.  (Lai.  silra.)  maio.  bosque; 
(Gg  )  espessura,  bastidàu  :  «  hórrida  —  decr- 
riçadas  lan<,as.  »  Diniz,  l')iuiar. 

SELVAGEM,  odj  dcst  g  {.»(/t<7,des  agiih.) 
que  habita  as  selvas,  os  I  isqu»  s,  n  (nu si- 
no. Hcmevs  feliagens,  ludts,  biavios.  li- 
da — ,  telvatiia. 

SELVAGEM,  s.  m.  hoffirm  rude  que  vive 
no  Dòaio  ,  em  salvas,  boíques,  nâo  ci\iii- 
sado. 

StN  cnmp.  SeVvagéni^,  feroz.  Schagím 
é  o  animal'  que  >ivc  nas  sth  as,  Lo.Miutstu 
maios,  e  por  ((n^e^uinle  «igitsWe  1  ravio  ; 
diz-se  lambem  dò  Itmcm  stm  ciiliúianitn 
(i\ilisaçào.  A  palaAra  /ctiz  a|  plica-ie  <ui 
sentido  propiio  ais  aninaís  CMoiteircis  t u 
dianinhis;  e  «m  stntidor|.uifdo,  aotaia- 


bil<  u  na  Asia,  quando  si  us  trts  iiaècs 
laitilharaDi  o  gh  b(s  e  ntllase  estabeliccu 
c<  m  8  sua  jostt  lidade. ,  'Jtve  cinco  l:li.oi 
^EUm.  A>sur,  AipliMAd,  l.ud.  Afim).  Stm 
vivtu  6(0  nLLcs,  de  3418  a  2í.t8  anlts^do 
Jesu-l  hl  isto. 

!  SI  MAM,  s.  f.  (Fr,  íCf;  fltfir,  dolal  scfti' 
nàiiQ  \  o  (íUiMO  de  itie  dias  ttnitcíis  do, 
ctniigo  a  Ctn^iigo.  l&iúr  de  —  ,  fíztndo 
^el\iço,dulal.te  a  *(nMia,tJ.  ^.  1:0 paço.— " 
Sonta^  a  uitin  a  da  qiiaièsaa.  .j^ 

simaUai,  oflj'..  vos  2,  g.  ides.  i»dj  cl.)  ae^ 
s«  uiMa,  j.tiliiiÇíjçUe  i  jktiL^iia.  J^ilUçiCi^ 

^iMA^AB]o,  A,  flíy.  (ces.  ario.)  st  irarei; 
qLC  ^tl^e  al^LUi  (iliio  tu  t  i  n^içlo  ^ssc<^ 
iLfras.   IxtMitio,  st  i\i((),  I  tiittlítu  — . 
siMANEiiiO.  \.  Scmai.ario.  . 

SIMÃO,  |j:(( gr.)  iJla,  t'o  anbifcIrfO  do 
Sti.da,  na  utia  10  iO.  da  ill  a  ce  1  iíLcr. 
^IMA-111S1A^,  (hist.)  l.isttiiòdtr  (i.in<z, 
tler  ou  qualidhde  noial  ce  a!LUIL^s  |  ts- |  (h;  u  ^do  o  )m  da  histoiia,  laíCtu  i  m 
soas.  Ohao,  o  tturo,  o  ti^ie,*oja>8li.  ^âb  14*^  iiiits  ce  Jt>u-lhiisio  cia  (hitni&ta, 
niii^acfs  nli'oj,t'is  e/íííxi*;  o Viado^t»  j^a-  d^o^iii  ^-í^iip. ^Tof  coi.dt n  r.» do  á  nuie  jor^ 
ao,  a  coiça*,  u  ivbnio  iLtUiz  ilio iCíLcute   têV tcmbdo a^cíifèsa  de  um  gcutiial  i^ue.tia 


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m 


considerado  como  traidor,  mas  foi  depois 
perdoado.  Ha  delle  uma  grande  obra  in- 
titulada :  Gee-Ki  (memorias  históricas  so- 
bre a  China). 

SEMBRNiTO,  erro  por  sambenito. 

Semblagem.  Y.  Samblagem. 

SEMBiANTE,  s.  TO.  (Fr.  scwfe/flní,  do  Lat. 
simUitudo.  semelhança  ou  de  simw/,  jun- 
tamente, isto  é,  o  lodo  das  ft-ições,  em  Fr. 
ensemble.)  rosto,  face,  cara,  apparencia,  fei- 
ções ;  (íig.)  mostras,  aspecto.  —  igual,  o  do 
homem  que  se  não  altera  nos  perigos,  nos 
trabalhts,  ou  com  as  paixões.  Não  mudar 
de — .  Fazer — de  temor,  dar  mostras.    O 

—  da  guerra,  das  negociações,  o  aspecto,  o 
estacão  apparente.  «  Culpa  que  tinha  —  de 
virtude.  »  Freire. 

SEVBLEA.  V.  Âssemhléa. 
^ '  siMBRA  :  em — .  adv.  (Fr  ensemble,  do  Lat. 
simul.)  (ant.)  Em  —  com,  "unifmente. 

SEMBBAGm,  (ant.)  V.  Samblagem. 

s£HBKA^T£,  (ant.)  V.  Semblante. 

SEHEA,  s.  f.  mais  us.  no  pi.  Sêmeas  (do 
Lat.  «wu/wja  /"omía,  a  parle  mais  leveda  fa- 
rinha.) a  parte  que  se  titã  da  farinha  pe- 
neirada, depois  de  separado  o  rolão. 

SEMEADA,  s.  f.  (subst.  d*  des.  f.  de  se 
meado.)  campo  semeado,  sementeira.  —  de 
trigo,  milho. 

SEMEADO,  à,  p.  p.  de  semear;  adj.  lan- 
çado á  terra  para  germinar,  ou  arfruclo 
Terra — .Tinha  —  as  várzeas;  (tig.) implan- 
tado dissf minado,  v.  g.  havia —  verdades 
úteis,  virtudes  nos  coraçÕ»s. — ,  (fig.)espar- 
lido,  derramado,  espalhado  O  céu — dees- 
trellas  ;  a  tela  —  de  abelhas  de  ouro,  bor- 
dadas. Campo — de  cadáveres,  juiiMào  Ma- 
res— s   de  mastros,  tcrgas,  coberto    Obro 

—  de  sentenças,  de  preceitos.  ^iÚA — de  vir- 
tudes, —  de  trabalhos. 

SEMEADOR ,  5.  TO.  O  que  semêa ,  (fig.)  o 
que  espalha  ,  dissemina,  v.  g.  —  de  trigo; 

—  de  erros,  de  perniciosas  doutrinas 
SEHEADOURO,  1.  TO.  (dcs.  do  p.  ft.  Lat.  em 

urus.)  terra  que  se  ha  de  semear,  ou  pró- 
pria para  fazer  sementeira. 

SEMEADURA,  s.  f.  (dcs.  urã.)  O  trabalho 
de  semear ;  a  quantidade  de  semente  que 
se  lança  á  terra.  Esta  terra  leva  vmte  al- 
queires de — .  — ,  a  terra  semeada. 

SEMEAR,  V.  a.  (Lat.  seminare  àe  sémen, 
semente.)  lançar  á  terra  a  semente  para  que 
germine  e  dê  fructo.  —  um  terreno,  espa- 
lhar nelle  as  S(menifs  lançando-as  nos  re- 
gos feitos  de  anltmão  pelo  arado  ou  outro 
instrumento.  —  trigo,  roilto,  nabos;  (lig.) 
diflundir,  esparzir,  tspalLar  ;  —  sâs  doutri- 
nas ;  —  a  boa  industria;  —  discórdias. — 
de,  eníher,  v.  g.  —  o  mar  de  cacLojics. 
baixos,  perigos.  —  un  a  terra  de  gente.  «  A 
mAior  parte  da  Arábia  umtou  a  natureza 


d-íquelles  Mouros  Arábios.  »  Couto.  Deus  ««- 
meou  o  céu  de  estrellas.  —  benefícios  e  co- 
lher ingratidões.  —  a  terra  de  mentiras,  de 
minas.  «  A  má  fama  que  elles  tinham — .» 
Leão. — em  má  /erra,  (fig.)  leneficar  ingra- 
tos. —  o  campo  de  mortos ;  —  o  discurso  de 
sentenças ;  —  a  tela  de  flores.  Colhe  cada 
um  segundo  semêa,  (fig.)  os  fructos  corres- 
pondem ás  obras.  —  para  colher,  tendo  o 
fito  no  lucro.  —  na  areia,  trabalharem  vão, 
de  balde.  —  segredos,  divulga-los ;  —  erros, 
enganos,  desastres  ;  —  ódios,  desavenças. — 
iS  defeitis  de  alguém,  (p.  us.)  divulga-los, 
assoalha-los. 

SEMEAVEL,  adj.  dos  2  g.  que  se  pode  se- 
mear.— ,  (ant.)  V.  Semelhável. 

sEMEDEiRo.  \.  Semidciro,  Atalho. 

sKmeiologia,  s.  /.  V.  Semeiolica. 

skhei,  (hist.)  parente  de  Saul,  insultou 
Daniel  quando  elle  fugiu  d'Absalão.  Foi 
mandado  decapitar  por  Salomão. 

SEHE1ÓT1CA,  5.  f.  (do (ir.  síOTtíoti,  sigual, 
indicio.)  parte  da  medicina  que  ensina  a  in- 
dicação das  doenças. 

SEM  EL,  s  TO.  (corrupção  de  semente,  ge- 
ração.) obsol. 

SEMBLA,  (myth.)  uma  das  filhas  de  Cuel- 
mo  e  d'tíamonia,  foi  amada  por  Júpiter. 
Juno,  cioza,  disfarcou-se  e  aconselhou-a 
a  que  lhe  apparecesse  com  todo  o  brilhan- 
tismo da  sua  gloria,  mas  apenas  o  deus  lhe 
apareceu,  pegou  fogo  no  palácio  de  Semeia, 
e  ella  morreu  queimada  ;  todavia  Baccho 
que ella  trazia  no  seu  seio  foi  salvo. 

SEMELHADO,  A,  p  p.  á%  scmelhaf  ;  adj, 
assemelhado,  parecido. 

SEMELHANÇA  ,  s.  f.  (Fr.  scmblance ,  Lat. 
síTOw/,  juntamente, smi/ís,  semelhante  )  con- 
formidade entre  duas,  ou  mais  cousas  ou 
pessoas,  na  forma,  figura  ou  em  outras  qua- 
lidades, parecença  :  —  dos  rostos,  das  fei- 
ções ;  —  dos  génios,  casos,  successos.  — , 
imagem,  retrato, 

SEMELHANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans,  tis.)  que  tem  semelhança,  pa- 
recido. —  a  si  mesmo,  coherente,  que  não 
varia.  Os  nossos  —  s,  os  outros  homens.  Vm 
— ,  simile,  comparação. 

Syn.  comp.  Semelhante,  parecido.  A  con- 
formidade de  figura,  de  propriedades,  ede 
outra  qualquer  espécie  de  circumstancias, 
que  ha  entre  duas  cousas  diflerentes,  é  a 
idfia  commum  que  corresponde  a  estes  dois 
adjectivos ;  porém  semelhante  a  explica  de 
um  modo  absoluto,  como  existente,  real,  e 
verdí«deiramen.e  na  cousa  mesma  ;  pareci- 
do a  explica  de  um  modo  relativo,  isto  é, 
com  relftção  á  percepção,  ao  <  fíViío  material 
que  causa  em  nossa  vista,  e  aojuizo  que  es- 
ta nos  faz  formar  da  semelhança.  Triângu- 
los semelhantes.  Retrato  parecido. 


"]      ■ 

Daqui  vem,  que  semdhante  sô  podeap- 
plicar  com  igual  propriedade  ao  physico  e 
ao  moral ;  porém  parecido  só  convém  com 
propriedade  ao  physico,  isto  é.  áquHlles  ob- 
jectos de  cuji  sem^ílhsnç^  pôde  julgar  ma- 
terialmente nossa  vista.  Uma  virtude,  uma 
autoridade  semelhante.  Um  {[[[nfsfnelhan- 
te  a  seu  pai  nas  acções ;  parecido  com  elle 
nas  (''ições. 

SBMELH/iNTKMENTE,  ãdv.  [mente  suíT.)  de 
modo  semelhante. 

SEMKLBANTissiio,  A.  ãdj .  superL  de  se- 
melhante, mui  parecido. 

SEMELHAR,  V.  a.  (mesmo  radical  que  se- 
melhança.) remedar  ,  imitar.  «  Republica 
sem  leis  semelha  um  monstro,  que  não  tem 
mais  que  o  parecer  humano.  »  Barros.  «  Ti- 
nha quem  ficasse  para  o —  »  Ined.  ,  III , 
35,  parecer-se  com  eWe.  Semelhou  este  suc- 
eesao  ao  outro,  comparou. — se  a  alguém, 
9.  g.  comparar-se-lhe  com  emulação. — ,  ser 
semelhante,  ter  semelhança,  parecer-se  :  — 
ao  pai.  — ,  afigurar-se,  ter  para  si. 

SEMELHÁVEL,  adj .  dos  t  g.  V.  Compara' 
vel. 

SEHELHATELMEiSTE ,  ãdv.  V.  Semelhante- 
mente. 

semelitudinariambuti.  Y.  Similitudina- 
riamente. 

SÉMEN,  s.  m.  (Lat.  sémen,  inis.  V.  Se- 
mente.) a  matéria  proMca  do  animal  mas- 
culino, semente. 

SBMBNÇAR,  crro  por  Femençar. 

SBMBNDRAE.I,  (geogr.)  a  anliga  Samothra- 
ee  ilha  do  Archipelago,  ao  NO.  da  ilha 
d'lmbro. 

SEMENiSTA,  $.  m.  (des.  ista.)  oqueattri- 
bue  a  geração  ao  sémen  do  macho. 

SEMENTAL  ,  adj.  dos  2  q.  (des.  adj.  ah] 
destinado  a  ser  semeado.  Trigo — ;  concer- 
nente á  semeadura.  Lavores,  instrumentos 
sementaes.  Carneiro  — ,  de  semente,  pai  do 
rebanho. 

SEMENTAR,  D.  V.  (Lat.  sementOn  are.)  cul- 
tivar as  sementeiras ;  distribuir,  dar  semen- 
te. —  os  lavradores.  — si ,  v.  r.  prover-se 
de  sementes  para  as  lançar  á  terra. 

SEMENTE,  s.  f.  (do  Lat.  seme:iíum,  de  se- 
minatus,  p.  p.  de  seminare,  semear.)  o  grão 
vegetal  que  enterrado  mais  ou  menos  pro- 
fundamente germina  e  se  desenvolve;  a  ma- 
téria seminal  dos  animaes.  Carneiro  de — , 
pai  do  nbatilio.  Homem,  mulher  de — ,  í*as- 
tiço  do  [h\H  liiihAgHtn  «  HriíhíPza^  de  sAm 
'-.  »  — rfoí  hiihoi  da  seda,  são  osovinh(>s 
donde  o  aiiim'<l  se  repníduz  com  «Vauxilio 
do  Cíilur  — ,  (li^.)  doulriíi.is.  noticias  pri- 
meiras, V.  g. — do  erros.  d«  Cf  iines,  d«  vir- 
tud«s.  — ,  origem,  ciusa.  t.  g.  —  do  dis- 
córdia. A  —  da  tida,  duulriua  da  saIva'.ào 
eterna. 


sÉâ 


é57 


SEMÉNTiiBA,  *.  f.  (des.  etrfl.)  á  semente^ ^ 
lançada  na  terra,  ou  no  agro. — ,  pães.ce- 
reaes  crescidos;  viveiro  dn  plantas  que  nas-- 
cem  juntas    —  ,    (fig.)  viveiro,  manancial.^-, 
origem  fecunda,  v.  g.  —  de  vícios,  discór- 
dias. 

SEMENTEIRO,  s.  m.  (des.  eiró)  o  agricul- 
tor que  vai  semeando  ;  o  saco  de  semeadu- 
ra ;  (fig.)  o  que  dissemina  doutrinas 

SEMENTiLHis.  s.  f  Beuto  Pereira  diz  quo 
são  as  sementes  da  saponaria. 

SE«ENDRiA,  (geogr.)  isto  éSancto  Andréf 
capital  da  Servia,  sobre  o  Danúbio.  10  lé- 
guas ao  SE.  de  Belgrado ;  11,000  habi- 
tantes, ,_    V  ,,..,/   ,  ,    ;   ,  .  , 

SEMESTRE,  s.  m.  (Lst.  séméstns,  áéiex, 
seis,  e  menses,  mezes.)  espaço  de  seis  mezes. 

SEMETRiA.    V.   Sumetria  ou  Symmetria. 

SEMI,   adv,    prefixo  (i.at.  semi,  de  seco^ 
secare,  cortar,  e  m>edium,  meio  ;  Gr.  hemi' 
sus  ou  hemysis,  rad.  hemi,  meio,  metade, 
ou  do  Egypcio  th  ou  íi  wcíi,  a  metade.)de-l; 
nota  a  metade,  meio,  v.  g  semicirculo ^  sei^^^ 
milunar,  semideus,  semicapro 

SEMiANiMR,  adj  dos  2  g.  (Lat.  semiani- 
fnis.)  meio  morto. 

SEMíBREVE.  s.  f.  {semi  prof.)  nota  de  mu-:'' 
sica  que  vale  a  metade  de  um  breve. 

SKMiCADAVER  .  s.  m.  [scmi  prcf.)  homem 
quasi  morto,  moribundo. 

SEMICAPRO,  adj.  m.  [semi  pref.)  meio  bo- 
de. Os  — s  satyros.  O — peixe,  o  signo  do 
Capricórnio.     ,,i,  ',^ 

semichas  ,   s.  In.   (do  Lat.  *emw,  wm,  ^ 
meia  libra  )  (ant.)  crescenças  de  uma  cana-f^ 
da  em  cada  almude.  «  Seis  almudes...  com* 
suas — ,  ou  samicias  (semicias).»  Elucid.    r 

SEMICIRCULAR,  adj.  (Lat.  semicircularis.j 
da  forma,  ou  flgura  de  meio  circulo.        '   , 

SEMICÍRCULO,  s.  f».  meio  circulo. 

SEMicoLCHEA  ,  s.  f.  [semi  pref.}  nota  de  ^, 
musica  que  vale  meia  colchêa.     .\-:„.''.  ^ 

SEMicoMPLEMENTO,  s.  t».  [semi  pref.)  iíieio 
complemento. 

SEMICROMATICO   OU  autes   SEMICHROMATICO,^ 

A,  adj    [semi  pref.)  Modo  — ,  c^mjposto  <lo,.J 
chromatico  e  do  diatónico.       ■  \'  ' .'' . .. 

SEMicupio,  s.  m.  [semi  pref.,  eeúpà,  tí-i^ 
na)  banho  em  agua  quente  até  á  cintura.     ^^ 

SEMiDEA,    s.  f.  (Lat.)  meia  deosa,  nyna-j., 
pha  quasi  deusa. 

SEMiDEFUNTO,  A,  adj.  [scmi  pref.)  quasi 
defunto  ,       ^-    u.,  ot 

SEMIUEIRO,    9.    m.:    {AoJ^Í.SemÍtfl'i(\^^y^%^ 

.<iemita,    raminho  estreito,    atalho,  d.»  rad.  ,^ 
Kgypcio  múit    caminl^,  i®  jf"*/»  ílravessarjT 
ant)  ia^^llio.  ,  j,     V;.    >.-<"; 

SKMinKos,  s.  in.  (Tat  yeni//eM*1  raéio  deuf  j^ 
diviiiil»rle  suball»^r"a  -   li"rue  eoll-  cadp  en- 
tre os  duusçs,  lilbo  Ue  U(ii  d^L^di.o  do  ijiU* 
l-tr. 

140 


m 


^3 


^MinTÁMETRO,  *.  m.  {semi  pref .)  (s^^Qtp  ) 

sKMiourAZvo,  g.m.  (íe?»Í  prof )  (nunicil 
inlervallo  dis  ornato  «l-i  oiio  voz^ís  ;  quilro 
lUMS.  e  ires  semilon?  rnaioni^. 

SKMiinAPRNrK,  «  «».  (ve»nt  pf-ef )  (raiH.) 
a  quina  ronii^a;  inlervalla  dd djus  tiase 
djus  somitms  m.iiopes. 

semiihatiiessíkào,  s.  m  {semi  pn^fjin- 
torvrtllij  dissorijnle  dd qailro vozes,  ucnlona 
odõtis  S''railons. 

SKMipiróso,  s.  m  («tfmi  pref)  (muç.]  iri- 
te''vail<»  qutj  ciri^ta  de  iiua  lorD^ui|  Sjtjini - 
toro.  lerceira  meii'>r. 

SEMiDiíuns  A,  ailj  {semi  pref.)  m^io  d  >u- 
lo,  q'ic  lera  só  cniili'*cimenl<)s  siiperlioianjí. 

SKHIDLPLKS,    ailj     dos  i  fl    («ewt  pPuf  ).ftíS- 

ta  ecciesiaslica  riJLMins  soledHie 

SEViiKUSA,  s  f.  {semi  prof )  (mus.)  nota 
que  vaiti  a  melade  diurna  fii-a. 

SKM  GAi.LK.  ^f:^r^^^.)  p»^«iiieno  paiz  cnnn- 
proeiididi)  oulr*ora  no  duiíado  <!«  ('orhn- 
dia,  e  liojn  no  gov»írn  »  ruàso  dd  Culapiía, 
tinha  por  capual  Miu«n.   '^ 

SKMir.oi.A.   V.   IJcmigola. 

SKMiiNsiMR^çxo.  s  f  {semi  pref)  (mus) 
pausa  q<io  dura  a  metade  de  uma  inspira- 
ção.' 

SEM:noMEii,  *.  «.  (Lst.  semihoino)  meio 
bornem. 

s«fiíiLKTR\,  *.  f.  {aemi  pref )  sinal  que  va- 
lo moiade  do  uma  letra. 

SEMiLiiAS,  s  f  pi  chamam  assim  em  al- 
gun>as  p«rl»'S  á^halatas  inglezas. 

SKMii.ujíAii,  atlj  dos '?' g .  {\M  semilunar] 
da  fòrniH  do  meia  lua  ou  crr»st;enle. 

SEMii.fXio,  s  m.  (l.«i.  semiíuniutn)  meia 
lua,  ni<>la<io  do  tempo  em  que  a  lua  faz  a 
sua  revolução;  quatorze  dias  com  puuca  dif- 
íuí  ença 

SfcMiMF.Dicp,  *.  m.  {xemi  pref.)  que  tem 
algutu  levo  conhecimnnto  em  medicina. 

Si!.MiMi?íi!|iA.   V    Seminima. 

Fr.wiMOKTo,A,  O'//,  «cmí  prof.)  meio  morto. 

seminaçâo,  *  f.  {\.íil.  seminaiio,  onis]  ex- 
putsà»),  ijaculaçào  do  sémen,  nos  ániiiiaes, 
ou  do  pi.llen,  nos  vegetaes. 

sesiinal.  adj-  dos  i  g.  (f.at.  seminalis) 
de  sémen  ;  da  nainrrza  do  sémen  Vasos  se- 
minaes,  que  contem  o  semea.  — ,  prudu- 
Clivo. 

skmínar.  V.  Disseminar, 

SEXiNARiò.  s.m  (Lai  seminarium)  vivei- 
ro de  plant^  novas ;  (Hg. )  casa,  collegio  on- 
de s^  educa  a  híocídade ;  causa,  origem,  v. 
g.  —  de  discórdias. 

SEMINÁRIO.  A,  alj.  V.  Seminal. 

sr.MiNARisrA,  X  m.  (des.  tjU)  o  moço  que 
éé<iu'ali  tíiU   s«>QiiiRrio. 

SKiiMiJív,  /.  f.  !íf'/<»  pref)  (muf  )  nota 
^utt  t«Mf  uiiiMi  liâioiaMi  i  é  t  q^uiuUi  uoia. 


SEMnoRA,  ígeogr.)  Tauriana  cila/ií^  /io 
reiuo  d^  .Napohs,  p  l  quarto  de  le^ua  d.O 
mir  Typrh^ino.  U  léguas  ao  >E.  iie  Ueg^io  ; 
l>,00  )  habitantes. 

sã»  .NU,  A,  adj.  (Lat.  seminudas]  meio 
nu. 

sEíPALWR.^.  f.  f.  {sumi  pref.)  (p.  us.) 
palivra  mal  articulH'ia. 

SKMiPAKKNrg,  adj  e  s  do<{  ?  g.  [semi 
pref)  ain  u,  qielem  al-jum  parentesco  com 
alguém. 

SEMiPKLAr.ivNiíMo.  (Iii.st.)  doulrina  p'*p- 
f^i^saih  no  V,  secnl),  p<ír  Fausto  e  Capie- 
uo.  IVrl-*n  lia  oinMliár  a<  opiuiõs  dos  i^e- 
hgios  cona  a->  d  •->  O  lho  l  »x  »■»  sobre  a  gra- 
Ça,  e  S')bre  o  peccado  oriiíir|i^l. 

sE«iPEi.\GUNOs,  s.  n^.  pi  Qomed9c^r7 
tos  ht-regH-. 

SEMipMupiiERiA.  s.  f  [semi  pref)  meia 
peripheria  do  circulo. 

SEMiPLBNo,  A,  ãij.  [scmi  pref )  meio  cheio. 
Proca  — ,  Iju'* )  a  q^^^  nà  i  q  co'njjI';la. 

SRMIPOLMINSK,     (ge0;?r.)     i.StO    é    OS     StfíiÇ^ 

pa/af;i'*s  cidid^i  forte  da  Hu>si'i  Asinlica, 
10)  léguas  ao  SO.  de  Biisk ;  3,000  habi- 
tantes 

SEMiRAMrs,  (hist )  rainha  di  As>iria.  ce- 
lebre \)Ai^  seu  génio  n  b-jl^-za.  ti  iha  silo 
escrava  ;  caz<  u  com  M^nonés,  g-jneral  dq 
.Nino,  e  depois  foi  cedidí  a  este.  Scpira- 
mis  t-ive  gran  le  ascendente  sobre  este  prin 
cip"^',  e  succtídea  lhe  por  sui  morte;  çll^ 
engrande'eii  c  embellezou  Uabylonia.  §ují- 
m-tleu  a  Arábia,  o  \  pypt'^,  parle  dj^  ^l|i|Q- 
pia  e  da  Sirií.  o  toda  a  Ásia  alé  ao  J.U|t{|o. 
Morreu  em  l8/4  antes  .lezii  Chrislo. 

SEMiRF.CTO,  A,  adj  [scmi  [í^fi  )  J^ngifjlo 
— .  igual  i\  metade  do  um  angulo  rect|í. 

SKMiRítTo,  A,  adj.  (vtf/«iprL'f )  mejo  rptc). 

SEMiSKRPRVTE,  >'.  f  OU  TO  [semi  pref: 
corpo  que  tem  uma  metade  em  forma  áv 
çerpt^nte 

SEMITA,  s.  f  (lat.  r^d.  Epypc.  cen  q^  ç^- 
íii,  atravessai*,  e  môit,  caminho)  (anl.)fi}9- 
(ho,  vercd^. 

semitarra,  í.  f.  y.  Ci^Uarrp,. 

SE»iTFuctANA,  adj.  f.  {Lí^i.  sein,iurt'(^na\ 
fmed  )  FtHrç  — ,  mula  t^rgancombiqad^jfpu! 
febre  quotidiana. 

SEMnic.\s  (linsuas),  (hist )  n<^me  dado  á:> 
línguas  qu«  f/illavãm  os  novoç  da  ^^ij^  pc- 
cidental.  Q  l^p9  dgstas  linguas  f^  ^  if^Jfttí 
anti.^o. 

séuiTOif,  f.  ^.  (mus.)  vo^  l^aixa. 

SRXiTONÓ,  i.  m.  (Lat.  semilonium]  (mqs.) 
meio  tom,  inlervallo  que  separa  uma  nol^ 
da  outra;  —  miior;  —  menor. 

SKMiviHo.  i.  m.  ^La^.  i,mÍ6Ír)  ci^aucGO^ 
meio  hitinem.  *' 

SKsiivoííAi.,  adj  dos  í  q.  ou  *  /.  fí.at. 
«eiMiVuMÍ»«)  qutfti  vogai,  l^rtiê  ê9mv)Q^aW\ 


■    \ 


SEB 


St!l 


659 


cíjjrt  nnfne  compça  e  acaba  prr  ▼"•g"',  ».  f^. 
L.  *1,  éle^  ime. 

A  psle  respeito  fiz  Mnr.ies  «seruinteob- 

5' rviçftrt  ;  «  inns  (i»'VHMm  pnmiiríri^r- 

so  lè,  inè  com  c  muito  mii-lo,  porqiie  Hize- 
mos  í.^iiz,  Marin,  e  náo  E'uiz.  Emaria  » 
<  i"íto  r  spon  ler»*mos  primeiro  :  que  nào  ó 
li' ito  mul;ír  o-j  nom^^s  propriot  das  l«*iras 
que  nos  vem  do  Latim  ojuIo  Tiref^o  ;  segun- 
do qiic  tariib"'m  n?io  prnniincinmo-í  l.euis. 
Mearia,  nem  Meaneoel  ou  meil  {Mntoel, 
fnil\  nem  srts  o  /  linal  /e  em  cônsul  como 
cm  /;•//«.  fnlle,  mntle. 

SEtíJUsTiÇA,  í.   /".  (ant  )  injustiçi. 

SE«i.ER  ,  (}:eoj;r.)  ltipnlii;:o  protestante, 
n«<;*<Mj  em  Sa  lei  lei  em  17^5,  míirr^ii  em 
179'.  Ohíxoii  entre  oníras  obras  ;  Inlrodu- 
cçfto  á  encgese  iheo'!»*;!!**. 

SR^i  111.  !g-»ogr  )  MeiitUh  na  edade  me- 
<lia.  ridrtde  dos  K^lados  Aii3lri«cos,  sobre 
o  hanubio  perto  da  confluência  do  Seve  ; 
8,')(M>  h-íliiant-^s. 

SEsiMKno  íJoào  r.urvo),  (bist.)  disliní^to  rae- 
dir.o  portnguez,  nasceu  era  .Monft)rle  em 
lfi'^5,  morreu  em  I  isb'»a  em  17  í).  Escre- 
veu: Trilado  da  Peste,  Obsercações  medi' 
cas,  IHanifeslo  aos  amantes  da  saade,  Vo- 
lyantheu  medicinal,  e  nutras  ob'as. 

sEíNíS.  s  f.  (çcw  nrf^  quií  nào  tem  nó,  es- 
pécie dejiinco. 

SEvi^o^ES,  (hist.)  povo  da  (ierm.mia  per- 
tencente á  raça  dos  IlefmiSes  ou  ôuevos, 
habitaví'  entre  o  Eiro  e  o  Oder. 

semíilmero,  s.  m.  numero  incalculável, 
ff/í»  —^  de  motes,  infínito<:,  incnlculaveis. 

SEJio,  (m^lh.)    deus  S.uino  ou  Sarnnita. 

SRMONES,  (geogr.)  .Semi  honiines  mei<  s  ho- 
mens, tram  as<im  designados  algumas  ve- 
xes os  deuz^*s  inferiores,  taes  como  os  Fau- 
no? os  Satyros,  Priapro.  Jirno,  etc. 

stM  Y,  (g"ogr.)  rio  que  nasce  em  Allon 
no  grau -ducado  de  Luxemburgo,  nos  li- 
intt»s  da  França  e  da  Allemanha,  cae  no 
Meijsa. 

SRMOTO,  A,  adj.  (Lat.  semotus)  apartado, 
posto  de  parte.    «  —  a  lei  divina.  »  iieita. 

SEilTíVEME,  adj.  dos  i  g.  {\.ai.  semotens^ 
tis,  p  a.dewmoceo,  ere)  Bens — *,  gados, 
«s>ravos. 

sEMPACn,  ígeogr.)  cida(ile  da  Suissa;  3 
Icgiiis  no  NO.  dtí  í.ucetTia. 

SEMP.vD,  Igeogr.)  nome  de  muitos  prin- 
*'  !>•  «*  í»rmeni«is.  o«  mais  notáveis  ?ão  :  Sem- 
p.,  I  An^i^tyr  que  reinou  de  8'í9ayi4; 
•'  o  iiro -Sempa  i,  qoíí  reinou  na  Pequena 
Arrienia   no  fi-n  do  Xlll  século. 

sfmpar,  adj  dos  '1  g .  sem  igual,  sem  se- 
trellnnte.    Fífmnsttra — ,  ^itignhr. 

ssM^iTERNo.  A.  adj.  {Ual,  teinpkt^rnut] 
èterrin.  «wjmpfe  Pterna 


SCYPRK.  ado.  (T.at.  semper.  Corri  de  Cébo- 
Hi  diz  que  ninzuem  acenara  com  a  verda- 
deira origem  d'esle  voc^ibnlo,  queelle  de- 
riva de  .«um,  «ou,  e  depgr  qiio  dfii  ilapictl- 
lencia.  Vem  de //erenwiv.  f,  pf'rcnne,  durá- 
vel. V.  rerennej  em  lod'>  o  lempi,  sem  ces- 
sar, farj  todo  — ,  sem  lim.  De  — ,  (anl.) 
em  l<  •.!.-»  o  t»mpo. 

SEMinEUENTc  OU  simpremente.  V,  Sim- 
plesmetite. 

srviphknoiva,  f.  f.  corrupçSo  de  sempre 
nora]  herva  que  n^o  morre  de  inverno. 

SEMPRKVKHiiR,  a  (/.  d(ís  2 í/.  quc  se  con^ 
serva   verde  todo  o  anuo.    Ihrva  — . 

SKMPKRvivA,  s.  f.  phntí  que  .se  conserva 
verde  tolo  o  anno.  i,ue  não  secca. 

SE«P'«o.NiA.  (hist  )  mulher  de  íempronio 
Ciraecho  e  n)ài  dos  Ciracchos.  é  mais  co- 
nhecida com  o  ní>me  de  Cornélia. 

SKMPRONn,  (hist.)  mulher  de,  Scipiào  Emi- 
liano e  irmã  dos  Ciracehos  ;  presume-se  que 
concorreu  para  a  morte  de  s<  u  marido. 

SEMPuoxiA,  (hist.)  mulher  de  um  Jnnio 
Bruto,  fji  a  mulher  mwis  espiri^noza  do 
seu  tempi  etafohem  amais  vicioza. 

SESipnoNiA,  (hist.)  nome  de  duas  fannil- 
lias  rom.^ínas,  uma  patricia,    outra    plebêa. 

s^jiPRONio  graccuo,  (hist.)  cônsul  em 
215  H  213  antes  de  Jezu-Christo  morreu 
em  f\2. 

sKMPRONio  LOXGo,  (hist.)  consul  Pm  2i8 
antes  de  Jezu-Chri>io,  perdeu  a  batalhado 
Trebia  contra  Annibnl. 

sEsipROMO  Tl  iHTANo,  (híst.)  cpa  tríbano 
regionario  na  batídha  de  Caronas,  rscapou 
com  «sua  legião,  foi  consul  cm  203,  e  ven- 
ceu Annibal  em  Croton"».  " 

sEMRAZ.vo,  s.  f.  acção  desarrazoada,  in- 
juslira. 

SKMSABOR,  ad;  </o«2^.  insnlso,  insinido, 
desenxabiJo.  llomem  — ,  deíengraçado. 
Obra  — . 

SEJiSABOR,  í.  m.e  sm^sABORiA,  «.  f  (des. 
ia]  insipidez,  falta  de  sal,  de  graça,  inépcia, 
dito  sem  sal.  — ,  (p.  us.)  ignorância,  falta 
de  saber,  indiscrição.  Semsabcria,  trato, 
ronversaçào  enfadonha ;  coua  quo  causa 
desgosto  leve. 

SEMSAL,  adj.  dos^g.  não  salgado,  fres- 
co, insulso,  desenxabido,  sem  sahor. 

SEMUR    ou   SEMUR    F.M  ALXOIS,    (hÍ8t.)  5«»nM- 

rium.  cidade  de  França,  17  léguas  ao  KO. 
de  nijon  ;  4,i00  habitantes 

siMUR  El  BR'0?fSAis,  (g^^ogr.)  Cãstrum 
Sinemurum,  cidade  de  França.  9  léguas 
ao  S.  de  Charolles;  4.50M  habitantes. 

.«EUVAi.on,  ndj.  dos  'i  g  que  nada  vale, 
de  n^nhutn   v^lir. 

sf.n,  ;ant )  V     Sen. 

BEfiA  (departam»ritM  r]i>\  ''geoirr.) -o  nia»i 
hequeii(/  úos  depaitam»*nios  da  franca » 
14U  • 


M 


'-^N 


SEM 


compõe-se  de  Paris  e  suas  dependências; 
1,106,891  habitantes.  Capital  raris. 

SEKA  E  MARNE  (departamento  de),  (geogr.) 
a  E.  do  departamento  de  Sena  o  Cise,  ao 
O.  dos  de  Mame  e  d'Aibe,  ao  N.  dos  de 
Loispt  e  d'Yonne  ;  323,880  habitantes.  Ca- 
pital Melun. 

SENA  E  0'SE  (departamento  de)^  (^eogr.) 
entre  os  de  Oise  ao  N  de  Doiset  ao  S.  d'Ku- 
re  ao  O  de  Sena  e  Marne  a  E  ;  4  i9,fj82 
haLitantes.  Capital  Vers}iill«^s. 

SENA  INFERIOR  (departamento  de,)  ígeo- 
gr.)  departaniento  mariíimo  da  França, 
ao  S.  do  de  Somme,  ao  N  do  d'Eure,  720, 5ií» 
habitantes.  Capital  Huão. 

SEIVA,  (geogr.)  Scquana,  rio  de  França, 
nasce  em  Chanceaux,  e  lança-se  na  Man- 
cha noílune. 

SENA  ou  SENA  GALLiCA,  (geogr.)  hoje  Si- 
nigaylia,  cidade  d*ltfalia,  entre  os  Seno- 
nes. 

SENA  JÚLIA,  (geogr.)  hoje  Sienna,  cida- 
de da  Etruria  ao  SE.  de  Umbro,  e  ao  ^E. 
de  Vola terra. 

SENNA,  (geogr )  nome  d'uma  pequena 
ilha  á  entrada  de  Aloçambiqne,  que  também 
se  chama  ilha  de  S.  Jorge,  e  que  fica  fron- 
teira á  de  Goa,  ou  Santiago. 

SENNA,  (geogr.)  villa  pertencente  á  pro- 
Yincia  ou  governo  gerai  de  Moçambique,  e 
cabeça  de  um  dislricto  conhecido  pelo  no- 
me de  Rios  de  Senna. 

SENNA  (rios  de),  vasto  território  em  Mo- 
çambique que  se  extende  ó75  léguas  de 
L.  a  0.  desde  a  costa  do  mar  até  ás  terras 
de  i.hiova,  e  de  N.  a  S.  328  léguas  na  sua 
maior  largura. 

SENADO,  t-  m.  (Lat.  senatus^  á^senex^  ve- 
lho) corporação  dos  senadores  ro  <janos ;  cor- 
poração que  exerce  furicções  soberanas,  ju- 
rídicas ou  municipaes.  Kome  dado  em  di- 
versos estados  á  um  corpo  deliberanto  in- 
vestido das  attribuições  da  soberania.  Os  se- 
nados mais  celebres  são,  entre  os  antigos : 
o  dos  Judeos,  conhecido  com  o  nome  de 
Synhedrim  ;  o  de  Esparta  instituído  por  Ly- 
cursjo  ;  o  de  Athenas  instituído  por  Sólon, 
finalmente  o  de  Roma,  o  mais  importante 
de  todos. 

SENA  no  DE  aoMA,  (hist )  Este  corpo  ins- 
tituido  por  lleníulns,  tariiliouo  srberftfio 

{)Oder  com  iS  reis.  e  dej ots  <oni  os  eonsu- 
es  «  com  o  poví»  :  deliberava  sobre  a  paz 
e  a  guerra,  redigia  as  leis,  r«'ííLl.«va  os  iui- 
poslos,  distribuía  «s  províncias  e  f<izia  jus- 
tiça Depoii  da  partdha  do  império  houve 
dl  us  s*^ nados,  um  em  iloma,  outro  em 
Constantinopla. 

SENADOR,  9.  m.  (Eat.  sefiator)  membro  do 
áeoado.  O»  senodorex  romanoi. 

«fetUJK    tuU.   ÍÊk/»^0,   |dO  Ut.  MfM«  c»<k 


seis)  Diamante — ,  bruto  e  miúdo  que  pesa 
menos  de  meio  grão. 

SENÃO,  adv.  (Fr  sinon,  Lat.  nisi)  que  res- 
tringe, limita.  Não  irei  —  c<'nvida'lo.  — 
íião,  de  outra  maneira,  em  outro  caso,  anão 
ser  assim  não  terá  lugar,  não  se  verificará. 
— ,  só,  unicamente,  meramente  :  não  senhor 
dos  bens,  -^despenseiro.  — se,  salvo,  ex- 
cepto se.  —  quando,  só  com  a  diíTerença 
com  o  desconto.  —  que,  não  ha  duvida, 
V  g  «  —  que  o  mundo  é  couía  bella.  » 
Pinto.  O  ouro  não  se  encontra  —  em  pou- 
cos lugares. 

SENÃO.  s.  m.  defeito,  imperfeição.  E'  for- 
mosa sem  — .  ISao  quero  aoiar  —  a  quem 
não  tiver  — . 

SENARiCA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  4  léguas  ao  SO.  de  Teramo  ;  2,000 
habitantes. 

SENARio,  A,  adj.  (Lat.  senarius)  de  seis. 
Numero — ,  de  seis  unidades.  Verso — ,  de 
seis  pés :  hexametro. 

senas,  s  f  pi.  (Lat.  seni]  parelhas  dos 
dados  quando  ambos  pintam  stis. 

.«ENATORio  a,  adj.  (Lat.  senatorius)  de  se- 
nador. Ordem,  famiUa  — . 

SENATUscoNsui-TOi  s.  »».  (Lat.  senatuscofi' 
sull\im)  decreto  do  senado  da  antiga  Roma. 

SENDALj  s.  m.  (V.  Cendal,  mais  próprio) 
tecido  raro  de  cobrir  o  corpo,  veu  fino,  guar- 
nição do  vestido  feito  de  tecido  raro.  — ,  (ci- 
rurg  )  ligadura  mui  fina  usada  nas  fe  idas 
do  cérebro.  Sendaes,  pi.  ligas  dws  meias. 

SENDAS,  adj.  f.\.Sendos  e  Senhos,  adj. 

SENDEIRO,  s.  m.  (provavelmente  do  Lat. 
segnis,  vagaroso)  cavallo. 

SENDos,  AS,  adj.  pi.  (ant.)  a  cada  um  o 
seu,  ex.  «.  .Mandou  dar  a  cada  um  —  ca- 
vallos  »  V.  Senlios. 

SENDRE,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  no 
districto  de  Janzac,  e  lança-se  na  Atlântico, 
defronte  da  ilba  d'Oleron. 

SENE  ou  SENNE,  s  m.  hcrva  purgativa 
muito  usado  na  medicina. 

SENE,  adj.  dos2g.  (Lat.  senex).  Y.  Velho, 
Idoso. 

SENEBIER,  (hist.)  sabio  Genovez,  nasceu 
em  1742,  morreu  em  1809.  Deixou :  En- 
saio sobre  a  a'ite  de  observar;  Physiolo- 
yia  vegetal,  etc. 

SE > Er. A,  s  m.  F aliar  — ,  (fig.)  sentencio^ 
sãmente,  á  maneira  do  phdusopho  Séneca. 

SE>íiCa,  <     f.   V    Arsénico. 

SE^EC%,  (geogr  )  lago  dos  Ksladus  Unidos 
da  América  do  .^orie,  no  Esta  io  de  NVw- 
Yoik.  Co Jjm única  com  os  lagos  Cayuga  e 
Lnó. 

SE?(LCA,  (hi>t.)  o  Rhetorico^  M  A^maeun 
I  Séneca  nasceu  em  Curdo va  no  armo  oS 
j  antes  de  Jezu-Chrislo.  esl^b' l^cen-se  em 
|jiuma  aoodd  letK  eMoLa  tk  rlM»locio8  c»  mor" 


SEIV^;^ 


imi?. 


tíA 


reu  ao  anno  32  de  Jezu-Christo.  Tinha 
prodígioza  mtímoria.  Ha  delie  Declama- 
cies. 

SÉNECA,  i^hi.)  O  Philosopho  Lix  Annaus 
seneca,  tilho  do  precedente,  nasceu  no  an- 
no 2  ou  3  dtí  Jezu-Chrislo.  Abraçou  a  sei- 
ta do  Pórtico  e  abriu  escola  que  foi  mui- 
to frequentada.  Foi  mestre  de  Nero,  o  qual 
depois  o  mandou  matar  no  anno  G5.  Dei- 
xou :  Traclaiios  dos  Benefícios  da  Cólera, 
da  Clemência,  da  Conslancia  do  Sábio,  da 
Providencia,  etc. 

sKNecTUDB,  s  f,  (Lat.  .ççnAc/^uj,  ui^fj^imt.) 
V.  Velhice.  »\vnt.L '..■.-.    u-.mv' ;     ;, 

SENEF  on  SENEFFE,  (gcogr.)  Cidade  da 
BeUica,  5  léguas  ao  NE.  de  Cbarleroi ;  3,000 
habitantes. 

SEfiEFELi^ER,  (bjst )  ínventor  da  lithogra- 
pbia,  nasceu  em  Praga  em  1771,  morreu 
em  1834.  Publicou  a  Arte  da  Typographia. 

SENEGAL,  (geogr.)  talvez  o  Daradiis  dos 
antigos,  grande  rio  da  Africa,  que  nasce  no 
Fonta  Dj«lo,  forma  numerozas  ilbas  e  cae 
por  três  boccas  no  Oceano. 

SENEGAMBiA,  (geogr.)  região  da  Africa  Oc- 
cidental, extende-se  do  M.  ao S.  desde  Saha- 
ra,  até  á  serra  Leoa  ;  e  de  O.  a  E.  desde  o 
Oceano  Atlântico  «té  á  Kigricia  central ; 
12,000, OoO  habitantes.  Deve  o  sfunomeao 
Senegal  e  ao  Gambia,  que  o  regam.  E' ha- 
bitado por  negros,  e  forma  a  Nigricia  oci- 
dental do  Norte.  Compreende  grande  nume- 
ro de  estados  pequenos,  os  quaes,  além  do 
Galam  ou  Kadjaaga,  e  do  Djailonkadoa,  po- 
dem ser  divididos  em   três  grupos : 


1.®   Estados  Peuls. 


Fouta-Toro 

capital 

Kielogu 

• 

Agnans. 

Fontadjalo 

Timboa  ? 

Fouladou 

Bangassi? 

Kasson 

Mamier. 

Bondou 

Boulebané. 

t.« 

Estados 

Mandings. 

Yani 

Kataba. 

Fouini 

Jereja. 

Oulii 

Medinah. 

Pentilia 

Beni-erail. 

T-nda 

F«rba'!a. 

K  «arta 

Ghinka. 

Ba  nbouk 

Farbana. 

Saloum 

Kahonne. 

Kabou 

Scbimisa. 

a.° 

Estidot  Ghiolofi. 

•Ghiolof  (prjprio) 

Oiiarkhogb 

6ya 

Ghi«tka<HJ 

«flu 

n* 

(outr*ora 


Oualo 

Baol 

Kayor 
Saloum 


Daghana 
Nder  ) 

Lambay 
Kaba). 

Ghighis. 

Kahon. 


(outr*ora 
(outr'ora 


SENESCAL,  s.  11%.  (Fr  aut.  seneschal,  sobre 
cnja  etyraologia  ha  diversas  opiniões.  Pro- 
va velmente  do  i.at.  íencj;,  velho  echal,  ca- 
vail-íiro)  mordomo-mór,  superintendente  de 
casa  real.  E(U  Portug^il  correspondia  a  vódor 
da  casa  real. 

SENEZ,  (geogr.)  cidade  de  França.  3  lé- 
guas ao  iNE.  de  Casltdlane ;  1,000  habitan- 
tes. 

SEN-GRN  ou  ssE-EN,  (geogr  )  cidade  da 
China,  90  léguas  ao  SO.  de  K.onei-hing. 

SKNGO,  A,  adj.  (do  Ital.  «a^fj/io,  Fr.sage, 
sábio)  (ant.)  prudente,  sábio,  avisado,  assi- 
sado, huarle  iNunes  de  Leão  diz  «jue  é  ter- 
mo plebeu.  Ser  — na  linguagem,  sínten- 
cioso.  Tempo  tão  — ,  idade  tão  iliustrada. 
tO  —  antigo  »  Sá  Miranda. 

SENGRADURA.  V.  Singrãduva. 

SENGRAR.  V.  Singrar,  etc. 

SENHA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  seignau,  hoje 
seing,  sinal,  do  Lat.  signum)  sinal,  aceno 
conhecido;  siníl  e  nome  que  se  ajunta  ao 
santo,  na  milicia,  nas  praças  d*armas  para 
se  reconhecerem  as  patrulhas, 

SENHEDRiM.  V.  Synedrio. 

SENHO,  s.  m  (do  iial.  cenno,  pron.  tchen" 
no,  do  L9ii.  signum,  signal,  marca)  carran- 
ca que  se  faz  carregando   as  sobrancelhas. 

SENHO,  A,  adj.  V    Senhos,  adj, 

SENHOANNEIRO  OU   SANflOANNEIRO,    A,    ãdj. 

{de sanjoanneiro)  década  anno,  annual.  Ser- 
viços  senhoaneiros,  oa  sanhoaneiros,  como 
traz  o  Elucidário. 

SENHOR,  s.  m.  {Fr.  anX.  senhor,  hoje  «ire. 
sieur,  seigneur,  Ital.  signore,  ileriv.  do  Al- 
iem, sein.  seu.  e  herr,  senhor,  e  não  do  abl. 
de  sénior,  seniore,  como  querem  alguns  ety- 
mologistas  que  mais  consultam  o  ouvido  que 
a  significação  dos  sons.  Em  Egypcio  oç  ou 
os,  esios,  senhor,  dominador.  Em  Sanscrit 
es  significa  senhor)  dono  de  qualquer  pro- 
priedade, o  que  tem  domiaio  sobre  escravos, 
vassallos,  ou  criados  a  quem  paga  soldada; 
chefe,  dominador.  Glande  — ,  pessoa  nobre 
e  podtTosa.  —  da  hoste,  (ant  )  general  dos 
exércitos.  —  de  si,  ou  df  suas  acções,  li- 
VH',  que  não  dependo  de  outrem.  —  de  si, 
em  perfeiío  juizo,  sem  perturbação  :  sem 
paixão.  Ficar  —  do  camito,  len  lo  «fugí»n- 
lado  dVlIco  ininiig  I  U  yrau-senhor,  «moi. 
perador  de  Turquia.  O  — .  por  exc^ih-ncia 
Ueu.s  Uescaiiçar  cm  o  — ,  morrer  em  boa 
opinião  «'e  virtude. — ,  na  astrologia,  opla- 
i¥o\M  domioanleem  uo^a  chòb.  — ,  (aol.j  pai. 


m 


mu 


SCI 


^m-,  iralara^^nto  quo  d^mos  falhnd'»  ou  «i- 
crevenJo  a  EI-1ímí.  elraiam^íntíqtift  o  cria- 
do dá  floamo,  eq'i»)  por  o,a'^t'zia  dfim-ís  a 
qiia'qiier  homem  do^so  ignl  nu  siipípiur. 
Antigampntfí  ii<;iiva*se  de  senho,'  nr>  género 
masculino  enofrtramino.  <juin  lo  nà'Mj'ie- 
remos  d«r  a  alguém  o  Irstamnoto  de  v  ss-a 
mef-cé,  un  de  vossa  senhotia,  dizemos  o  se- 
nhor, na  tercfira  p«ssoa. 

SEMitRA.  *  f.  |V.  Senhor.)  mulher  que 
tem  o  dnmiri'0  sobro  cou<ia  ou  pe«sia*  da- 
ma, mulher  de  alguma  dislincçào  A  mlhha 
— ,  (Vu  o  mariio  Miando  da  esposa  Asa 
— ,  dizemos  fnlltrido  ao  marido.—,  t%'»la- 
menlo  qne  se  dá  á-íPflinhíís  —,  dominado- 
ra, ».  g.  Koma  —do  raufído.  A  opinião  é 
■5-  d.»  murxio. 

s«fNH0KAÇ\  ,  s.  (.  augment.  de  s«»nhora. 
grande  senhorji.  É  só  usado  em  estylo  jo- 
coso, 

SRNH^RAço,  s.  t».  auffment.  de  senhor, 
gf-andtí  senhor.  Só  usado  hoje  em  esfylo  jo- 
^    '    coso. 

SENHOREADO,  A,  p    p    d*  Senhorear;  <!'<[; 
tomado,  apossado  ;  dominado.  «  Rsfa  sober- 
ba que  tào  — te  traz   »  O  nW  —  de  vslidos. 

stNHOREADOR,  «<//  que  senhorêa,  domina, 
dominante. 

t,  FENHORRACE.  V.  S''nhoriaije. 
'  *EMiOREAR,  V.  a.  (senhor, eov  des.  inf.]  do- 
minar :  —  o«  mares,  h  fig  —  as  paixõ-s  — , 
em  jenlido  abs  .  domniar,  ciar  sobranceiro. 
Monte  que  senhoreava  pí>r<Mfna  domar  Se- 
<  «'íorcoíí  muitos  annos  «D  us  que  sobre  toda 
a  terra  senhnrêa   »  .  ina.  Chron   de  D.  Oiniz. 

—  SE,  V  r.  apossar- s**,  fazcr-se  senhor,  ».  g. 

—  de  uma  terra.  —  di  tonta  lede  ahpiern. 
dispAr  delia,  —  do  rspirito,  do  entendimento 
de  alguém,  domina -'o 

SENHORIA,  s  f.  (ant.^  V,  Senhorio. 

fENHORiA,  s  f.  (V,  senhorio,  proprietário 
4e  casa,  ou  terra  arrendada  )  senhorio  ;  dona 
da  casa  occnpada  por  inquilino  A  rainha  — . 

SKNHoRFA,  í  f  titulo,  graduaçào  qtje  se  dá 
a  certas  pessoas,  a<Mma  de  mercê  e  inferior  a 
fxcellrncia   Vossa  — . 

SEPIHORMGE  OU  SENHORIAGE».  í    f.  {scnho- 

rio,  des.  age)  dir«^ito  qn«se  paga  cm  reco- 
nhpciraenl..  do  senhorio,  e  psper ialm^nte  se 
diz  do  que  El-Rei  pccobe  pela  fabricarão  da 
moeda. 

SEf(noRiL,  adj  dnt  2  g.  próprio  de  senhor, 
de  homem  ou  dn  senhora  nobre,  garboso. Ani- 
ma—  — ,  que  doTDÍna  «  Sitio  levantado  e 
— .  »  Moreis,  tapizes  senhoris,  próprios  para 
ptssoasdistinclas. 

fE^HOHlI,MRNTK.  adf)  («i^níe  suff )  de  mo- 
do senhoril,  <om  garbo 

SFNHf»nio,  g.  m  iffnhfír,  des.  pngcri;«iva 
io)  dominio ;  autoridade  dofierhor  Terras 
d<Ht-d« i»^|nií».<i-'^ ^adò;  t-rri» <t^ pl||uitt)i 


*f%  Hireit^is  He  jinsdifiçài  qne  tinli^ím  os  s^- 
nhor-í^  feii  l<«s  —  proneitoso.  d  )  ni*iio  utd  -: 
op;»õe  se  a  s^nhofin  directo  —  mnior,  o  d-J 
soberano.  — d'is  caias  on  de  herdade,  ^^edio, 
odono  quoi  arrnnda  ao  inquilino  ou  ao  culli- 
vadtír.  —  do  nario,  o  dono. 

sRV(iOKi«A«  nu  SRNHO'i'Z*R,  c  aJsetíhor, 
izir  d  s.  inf  )  dnr  senhorio,  fizer  s  «nhop, 

SENHORITA,  s  f  dimin  ít.  de  snnhora,  mu- 
lher mí»nos  sjradiiala  :  menina  nobre. 

sENHORiTo.  e.  m  diminuí  dHs»*nho'*,  me- 
nino n'»bre  ;  senhor  de  peq-ipnos^nh»»^!'». 

SEXHos.  AS.  adj.  pi.  («lo  Lat    siniinli.  cada 

um  )  Lacrar  com— arados,  com  —  charruas^ 

c:Ha  um  com  os  u  arado,  cíírn  a  sua  (■'hií^rtia. 

SENIL,  odj    dos ^  ij.  Cl.nl  senifiii,á*i  sentx, 

velho  )de  v.'lho,  ido-ío.  Id«de  — . 

sENiLiDADE,  s.  f.  (Lít.  scnilitu^,  tis .)  ve- 
Ihice, 

sKNio,  s.  m.  (Lat.  ienium.)  idade  senil,  de- 
cre{»i»a. 

SEMon,  (ant  )  V.  Senhor. 
SÉNIOR,  C'>mnara»ivo  I,at.  de  .tcniit,  velho. 
Tsa-se  para  distinguir  o  irmã  »  mais  v«»lhodo» 
outros,  e  contra põ'*-se  ajunior.  mais  moço. 
SKNjKN,  (geoffr  )  ilha  do  Atlântico  na  cos- 
ta ao  NO.  da  No'"Uí»íja. 

SENKENRKRC.  (hist )  juriíconsullo  aTlemío, 
nasceu  em I  i)\,  m">rreu  em  17l)8.  iMixTn 
ent-e  outras  oT»»"as:  Corpus  j uris  g^frm a nici 
puhlici  ac  privati  meditum. 

«ENNA.  'g-^gr  )  ci  la  le  da  Turquia  asiá- 
tica. .'Vi  leguís  ao  SE.  de  Mossuul ;  8,0J0 
habitantes. 

SENN\»R  ou  «["^n^R.  'peogr.)  nome  dado 
pelos  ilfibrens  a  Babylonia. 

SRNNAAR,  fjjeoflT.I  cídad^í  da  Núbia,  capi- 
tal dl  reino  de  Sannaar,  sobre  o  Bahr-el- 
Azrt^k:  U.díU)  hííbitaatps.  O  r»*inode  San- 
naar é  limit^ílo  a  O  pelo  Kordofan,  ao  Slf. 
p^la  Abyssijiia;  conta  0.000,000  de  habi-  . 
tanfes. 

SBNNACHKRIB  fhist )  F^i  da  Assjria,  fiHif» 
e  sncces  or  de  R«lmanazar,  reinou  de  712 
a '/07,  tomou  «Igumis  praças  aos  Ju  lens.  e 
poz  cerco  a  Jerusalém,  mas  perdeu  n*uraa 
noite  íHFi.OOO  homens.  Fui  assassinado  por 
seus  filhos. 

SRNNE    V  Sene. 

SENNE.  fgeogr  )  rio  Ja  Bélgica,    nasce  no 

Dainaut,  ao  SO.  de  Sotgnies.  e  cae  no  Tyle. 

SRNNECEV-o-GRANDK,    (gcogr.)  cidaie   de 

França.  A  léguas  ao  S.  de  Chabns  sobre  o 

Sena  ;  2  580   habitantes. 

SENNEH,  fgpogr.]  cidade  do  Tran.  40  lé- 
guas ao  N.  de  Kermanchah  ;  15,000  habi- 
i  lantps. 

j  f F>o,  g.  m.  flat.  tirvg.)  'germ  )  a  r^rta 
perp»  ndif  nlflr  tirnd*  dr  uma  das  dtrendda- 
d»í  dti  ^rrn  «o  ríio    que  pas^a  pela  outra 


SER 


SEI 


Moinho  de  matéria  que  «o  forma  aç  UJodf 
uvp»  chaga. 

Çlf^oc\.  (flnl.)  V  Synagngu, 

SíiNoKz.  (g^iosir  )  Senonex,  pirle  Ho  gran- 
de g)verno  i\>i  Chirnpa;íri'>  o  Urirt.  nosc^n- 
íius  da  ilha  do  Kranç^.  Uoyt  conapreendiJa 
DO  d»»p  rtiineiito  de  Yonne. 

SFNo.Nruiís,  ('urftogr  )  ri  lade  do  França,  U 
l^^guas  ao  SO.  dtjpreuí;  1,980  habiiaa- 
te$. 

sçNMKS,  fgóp^çp )  povo  da  Odlia,  naLyo- 
neza  4  *  «fnlre  os  Aureliani,  Oí  Cwniifea, 
Ltignnes.  Pie,  linha  por  capital  ^ijtdincain 
ou  Sfnnne^  h<>j'<  Sens. 

S(í>Oís.  fí^ogp  )  p'>vo  da  Itália,  ei^tre  o 
ricpripm  a  E  a  Onbfia  ao  S.  a  «.allia  Ci- 
Stiljina   ao  O    e  o  Adri(itico  ao  N. 

ÇEfliOS-  V.  S«u/<o«. 

SKNRA.  v^-m  O"»  Elu«i<Iano  por  Seara  :  é  sem 
duvida  erro  de  transcripçào. 

^KWÍ<izÃo.  V.  Sf.mroiào 

SKNuKiRA,  *.  /  (provavelmpnto  do  Fr  ant 
stn,  Lat.  sei\ítn%.  fpnM  lo.  razã  >,  cr-^Mír, 
tratar  com  rigor.) anlip^ilbia.  Ter  —  com  ai 
guem 

SENs.  íg^^o^r  )  ÁqeniUnrnm,  depois  Seno- 
nei,  cidaile  de  França,  17  léguas  ao  N.  de 
Ausocrrpí ;  9  0  íí   hal^itrintes. 

SRNSAíitR  V  Semsabor. 

spíNSAU^Hu.  y.  Seinsabnici. 

sínsação,  ^  f  (Fr  sen  ation,  do  Lat.  fcn- 
sus,  sentido;  $entire,  sentir.)  o  acto  de  sen- 
tir as  imprps«ôeN  ff^itas  ní>s  orpãos  s^n^u^es 
externos  ou  interno*.  As  sensações  as  mais  vi- 
ras apagam  as  que  o  sãom^nos. 

SENSATO,  A,  a<lj.  (Fr.  sensé,^esens,im- 
zo.  V.  Insensato)  a^ssisa^iu»  dutddude  bo;» 
senso. 

SENSER.  fgeogr.)  pequeno  rio  de  França, 
nasce  porto  <le  Bapouiue,  e  cae  em  Bou- 
Bouchain,  no  Escaut. 

SEissiBiLinADK,  s  f.B  qualidade  de  scrscn- 
sivcl ;  o  ser  sensivid  ás  oíTensas.  ás  injuri  s. 

SENSieKTE.  adj.  (Lat  seníiens,  us,  p.  a. 
de  sentia,  ire..  s«5ntir.)  que  sente,  que  adula- 
do de  sensibilidade. 

sens'FicaR,  V  a.  [senso,  q  /ícarsulT.)  (p. 
us.)  restituir  a  sensib  lid^íde  aos  membros 

SENSITIVA,  s  f.  (>ub>t.  da  des.  f.  de  srn- 
siíivo.)  planta  chamada  miwosa //Mí/íca,  ru- 
j^s  folhas  se  retrabera  apenas  tocadas.  No 
Bròzil  chamam  lhe  malicia  dai;  mulheres. 

ÇENSiTivo,  A,  adj  (Lat.  sensitivas)  do- 
tadq  da  faculdade  de  sentir,  sensivel.  Vida 
— ■,  e  que  consiste  unioamentR  nas  sensações 
Âppeiile  — .  de  cousas  que  excitam  sensa- 
çãrts.  — ,  que  causa  seniiiutjuto.  paixàft  Ag- 
gravos  inui  —g. 

gCNfttVE',  adjl  (Lai.  f^níibi/i*  )  p<»rçepli- 
vel  p»li'S  stptid.  {»:  o«.ol>jerto'i*e««(tpw. — , 
qui  ifc^^  M  iw|>re89de9  tlu9ubji!Hí(K.9i  c)uq 


so  dée.  compadeça,  8.  f.  -^ii  (Mnas.  I«« 
grimas  — ,  qa*»  se  oITende,  magòt,  ressen* 
te  de  inju-ia,  oITrtnsa. 

SEVsiVE:.iiRNTf. .  ãlii.  [mctlê  Rnff.)  notur 
v^bncnie,  vi-.ivHlmMnte.  dn  ra'^lo  8en8ivȒ!| ; 
por  ranio  da  sensação;  com  gran  le  sentimenr 
to.  pezar,  pena 

siiNso,  s.  n.  (Lat.  jtensus  ,  de  «nitre, 
sentir,  e  immedi^ítamente  d>  Fr.  ««»«.  iuir 
zo  :  i.  nivam^nteintroduzidi))  senti  lo  juí- 
zo B^m  —  juizo  —  co'}|"iutn.  a  o  )iniào  ge- 
rnl  di»s  hornjMH  sensatos  :  o  moio  «^ral  ilo 
fj  lizar  dos  objectos  sen>iveis  ;  assenso  comr 
luurn. 

SKNíORiiL,  adj    d'>s  2  (/.   V.  Senforiq. 

seNs>Kio,  A.  atj  (lat  $em<trias  )  que 
serve  a  receber  as  sensaçõs    Os  órgãos— *. 

SEVSOBIO.    X.    m  ,    ou   SRNSOBO   Co«l|(JM,   O 

centro  imaginário  de  todos  os  nervos,  ede 
toilas  as  percepçõ*^s. 

SKNsuAi  ,  adj  do%  t  g.  (Lat  senmalis.) 
dos  snnti  los,  concernente  aos  sentiHí)*;  qu»* 
re^p^ita  aos  prazeres  d.is  sentidos.  Hom^m 
— .  carnal,  lasí^ivo,  impulico.  •— :,  qua  ex- 
cita á  sensualidade. 

SENSUALIDADE,  s.  /".  dd^iitaçãi  Hos  praze- 
res carnaes;  propensão  aospraz^^r^ssen^uies. 
«  Sardanapalo,  monstro  de  —  ede  luxuria  » 

SENSIJAIJSAR    ou    SENSUALlZiR,    t3.    ã    (sen- 

Kiial,  iaar  des.  ijif.)  f3zer  sensual,  excitara 
sensualidade. 

SENSUAi.i«MO.  (hi-it.)  doutrina  philosophi- 
ca  opp'»sla  ao  i  lialismo,  fiz  derivar  todas 
as  nossas  i  leias  dts  sentiilos.  e  dá  por  úni- 
co íim  á  no>!ia  existência  os  gozos  çensuaes; 
liga  se  muito  com  ooiatt^rialismo  e  com  a 
aiheisrao. 

SENSUALMENTE.  a'i»>.  [mente  suíT.)  com  sen- 
sualidade, CO  u  liscivia.  libidinosamente. 

SENTA,   s    f.   V.    Pinta. 

SENTADO,  A,  p.  p.  de  sentar;  adj.  collo- 
cado  em  assento,  cadeira,  etc.  -r  ?e,  c  r. 
pôr-se  sobre  assento,  cadeira,  etc.  rie ordi- 
nário dizemos  £ea|a-(e.  sente-se,  ^entei-me, 
4entaram-se. 

SENTEAL  011   CENTRAL,    S.    TO.    (dftS    COlleCl. 

ai  )  agro  Stímcad>>  de  senteio,  seara  (ieieo? 
teio.  I 

SK.NTCto,  s.  m.  (K  mais  conformie  ao  |.8i 
^ecale.)  V    Centeio. 

SENTENÇA,  .>.  f  (Lat.  scíií«»íia;  rad.  í««- 
sus.  sen»'»,  sentire,  sentir) ditumem'^ravel, 
máxima  mui  s;ibia  di^cret*  que  contém  mo- 
ralidade ;  preposição,  exposição  completa  de 
pensamento;  voto,  parecer,  jui^o,  o^úniào 
de  .'Itíuem.  — ,  decisão  de  juiz  ou  arbítrio, 
de  tributai  em  matéria  litígios^  ii^r  uj»a 
1—,  sonteni.iar.  I  fímiincií^r  -r 

Svs  comp.  Sentençn,  printiifip,  waxi^ 
ms,  apofiktheyma,  procerhw,  adat/io,  r^ffío, 
d^^^dn^  |>arcff|t«,  a/>/|'rí|iNQ.  (^baiua-fe  iiiMi 


M4 


SEN  ^^ 


SER 


tença  qualquer  reflexão  profunda  e  lumino- 
sa, cuja  verdade  se  fanda  no  raciocínio  ou 
na  experiência.  Se  é  puramente  especula- 
tiva, chama-se  principio  ;  se  se  dirige  á 
pratica  toma  o  nome  de  máxima  ;  se  o  di- 
to sentencioso  não  é  do  mesmo  que  falia, 
senão  tomado  de  algum  ouiro,  diz-se  apo- 
phthegma  ;  se  é  vulgar,  provérbio,  adagio, 
ou  rifão. 

Estes  três  últimos,  que  frequentemente 
se  confundem,  differençào-se  em  que  o  ada- 
gio é  mais  vulgar  que  o  provérbio,  e  d'uma 
moral  menos  austera,  e  que  o  rifão  dá 
sempre  a  tnstruoçào  por  meio  de  alguma 
allegoria  ou  metbafora.  Alem  di«so  o  pro- 
ver bto  é  grave  e  secco  ;  o  adagio  singelo  e 
claro ;  o  rifão  agudo,  chistoso,  e  muitas 
vezes  d*um  estylo  daixo.  Em  rigor,  todo 
rifão  e  todo  adagio  é  provérbio  ;  porem  não 
fallaria  com  propriedade  o  que  chamasse 
adágios  ou  rifâos  aos  provérbios  de  Salo- 
mão. 

Ditado  é  voz  popular  que  diz  o  mesmo 
quo  adagio,  mas  indica  talvez  moralidade 
particular,  ou  algum  d'esses  conselhos  vul- 
gares, fundados  na  experiência,  que  são  a 
sabedoria  do   povo. 

Pa^emia  é  palavra  grega,  pouco  usa- 
da em  nossa  lingua ,  que  significa  pro- 
vérbio ,  ou  sentença  vulgar,  e  como  tal 
a  ousou  Vieira,  dizendo  :  «  E  daqui  nasceu 
aquella  paremia ,  ou  provérbio  :  que  era 
para  Deus  e  a  terra  para  os  homens  (IV, 

Aphorismo  é  também  palavra  grega,  e 
significa  sentença  breve  e  doutrinal,  má- 
xima geral. 

SENTENCIADO,  A,  /).  p.  dc  senteucíar;  adj. 
ordenado,  decidido  por  sentença.  Tinham 
—  o  réo  a  degredo,  condemnado.  —  o  plei- 
to, decidido  a  matéria  delle. 

SENTENCiADOR,  A,  adj,  que  sentenceia, 

SENTENCIAR,  V.  a.  [sentença,  ar  áes.  luí.) 
decidir,  julgar  por  sentença.  —  a  galés,  a 
degredo,  á  morte  ;  (fig  )  decidir  :  «  esta  cau- 
sa (a  da  restauração  de  1640)  hão  de  scn- 
tencia-la  as  armas.  »  Fortugal  Kest. 

SENTENCiosAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  de 
modo  sentencioso. 

SENTENCIOSO,  A,  ttdj .  (des.  oso.)  que  usa 
de  sentenças ,  apophtegmas,  cheio  de  sen- 
tençjjs,  de  maxim?»s  discretas.  Discurso  — . 

SKNTiDisuvAMENrE,  odo.  supcrl.  coui  mui- 
to  S"rilim"nlo. 

sentidíssimo,  a,  adj.  superl.  de  sentido, 
mui  aíllirlo. 

SE^T^DO,  Á,  p.  p  de  sentir :  adj.  deplo- 
rado. Idujentad).  A  sua  nii>rl«!  foi  —  de  lo- 
do» — ,  pressentido.  Os  itiiinigos,  que  erarn 
— 8,  fiiji^iram.  — ,  p-Zíro^o.  Fiem  mui  — do 
deiasir».  <--,  que  ex^iiiLe  Kuulimeulo.  ma- 


goa ,  mavioso.  Vozes,  queixas  — s.  Musica 
— ,  maviosa.  Diniz,  Idill.  Estar  ben  ou  mal 
— ,  (ant.)  de  boa  ou  má  saúde.  — ,  (ant.) 
entendido,  de  que  tem  bom  juizo,  discre- 
to. Carne  — ,  meia  podre.  Mulher  — ,  (ant.) 
que  tende  a  perd«r-se.  '" 

SENTIDO ,  s.  m.  (Lat.  sensus  )  qualquet' 
dos  órgãos  que  recebem  sensações;  o  —  do 
ouvido,  do  tacto,  da  vista,  do  olfacto,  do 
paladar.  Fazer,  dizer  alguma  cousa,  ou  w- 
lar  nos  seus  cinco  — s,  com  perfeito  accor-  . 
do,  ou  inlelligr-ncia  do  que  se  laz  ou  diz. 

SENTiENTE.   V.  Seusiente. 

SENTILHO.  V.   Cinlilho. 

sentimental,  adj.  dos2g.  (do Fr.  moder- 
no) que  exprime  sentimentos,  affecto  pathe- 
tico.  obra,  estylo,  novella  — . 

E'  termo  ulile  indispensável,  pois  não  te- 
mos equivalente. 

sentimento,  s.  m.  [mento  suíT.)  sensação 
intima,  de  ordinário  dolorosa,  pezar,  magoa ; 
sensibilidade  de  alma  amante,  maviosa ; 
opinião,  parecer,  voto ;  intelligencia,  dis- 
cernimento. «Teve para  a  musica  bom  — .» 
Inedit.  —  do  edifício,  abalo  do  edifício  que 
começa  a  dar  de  si.  — ,  (p.  us.)  estado  de 
cousa  que  começa  a  apodrecer,  e  a  cheirar 
mal. 

SENTINA,  s.  f  (Lat.  sentina]  arca  da  bom- 
ba ;  porão  da  náu  onde  se  ajunta  e  se  cor- 
rompe a  agua ,  (fig.)  receptáculo  de  cousas 
podres,  torpes,  :  Sentina  devicios,  mal- 
dades, 

SENTiNELLA,  *.  f.  (Fr.  sentinclU)  atalaia, 
soldado  que  fica  em  vigia,  ou  guarda  mili- 
tar em  um  posto;  (fig  )  vigia,  v.  g.  do  de- 
coro, da  honra.  — s  perdidas,  as  que  se  põe 
mui  longe  do  corpo  de  exercito,  e  próximas 
aos  poslos  inimigos  Render  as  — s,  mudá- 
las. 

SENTiNUM,  (geogr.)  Sassoferrato,  cidade 
da  Ombria,  ao  SE.  de  Callis. 

SENTIR,  V.  a.  (Lat  .sentio,  ire.  Osetymo- 
logistas  não  dão  origem  plausível  d'este  ver- 
bo, que  julgamos  dever  referir-seao  radi- 
cal Egypcio  si,  attingir,  e  het,  mente,  si  het, 
perceber,  sentir.  Na  mesma  lingua  «íípi  si- 
gnifica provar  com  o  paladar,  tihet,  atten- 
der,  prestar  attenção,  e  sinem,  tocar)  per- 
ceber por  meio  dos  sentidos,  v.  g.  — o  ca- 
lor, o  frio,  os  corpos  exteriores,  a  mão  (de 
outrem  ou  a  nossa  própria)  «jiie  toca  os 
iiiHobnís;  — osorn,  os  pnss  «s.  — .  j'dsfar, 
entender.  Assim  o  sinto.  Sentiran-lhe  di- 
nheiro, perceberam  que  o  linha.  Cargos 
para  que  lhe  sentiam  talento,  conlieci.»m 
q  le  elltí  th  ha  l^lenlo.  —  bem  ou  mui  de 
alguém,  p-^iisar,  fzer  conceito, — ,  ie«' ma- 
goíi  pezar.  —  os  mal  s  alheios.  Senlio 
milito  a  morte  do  filhi»,  do  amigo.  —  sk,  «1' 
r.  ler  coasciuuuia  de  si.   —  lium,  doeut9,i' 


SEP 


SEF 


565 


com  forças,  convencido.  Urinar  sem  se  — , 
involunlariamente,  sem  experimantar  sensa 
çio.  — se,  impessoal,  solTrer-se,  passar-se, 
experimentar-se.  Seniiu-'se  um  grande  tre- 
mor, abalo,  ruido. 

SENZALA,  s.  f.  (i.  Brasil.)  cabana  onde  ha- 
bitão  os  pretos  escravos. 

sio.  V.  Seu. 

8K0.  V.  Seio. 

siPA.  V    Cepa. 

SEPARAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  separatio,  onis] 
apartamento,  desunião  das  partes  que  for- 
mam um  todo,  ou  de  pessoa  que  se  ausen- 
ta de  outra,  de  dois  sócios  ou  cônjuges  que 
se  apartam. 

SEPARADAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  cada 
um  de  per  si. 

SEPARADAS,  s  f.  pi.  {»nt)  mercê  queEl- 
Rei  D.  AíLnso  V  fazia  dojurod<iS  dotes  que 
prum^tlia  a  certas  pessoas,  emquautolh'os 
não  dava. 

SEPARADO,  A,  p.  p.  de  separar ;  adj.  apar- 
tado, desunido. 

SEPARAR,  V.  a.  (Lat.  separare,  de  sepio, 
»r«,encearar,  cerc^rde  vallado  ;  sepes,  v»l- 
lado,  ou  daporSftis,  parle,  pariire,  sepa- 
rar) apartar  pôr  distante,  desunir,  v.g.  o 
joio  do  trigo;  — os  casados,  oscontenden- 
tes,  os  buns  dos  mãos.  — se,  t.  r,  apartar- 
se,  cessar  a  união,  Separaram-seosco\\']\i 
ge»,  os  sócios,  os  caminhantes.  Separaram- 
se  as  cortes,  separou-se  o  congresso,  deslez- 
se. 

SEPARÁVEL,  adj.  dos  2  g.  [L&l.separahi- 
Hs]  que  se  pode  sf  parar. 

sEpjN,  (geogr.)  Sepinus,  ciábáe  do  reino 
de  ^apoles,  7  léguas  e  meia  ao  NO.  de 
Benevente ;  3,325  habitantes. 

SEPO,  s.  m.  Y.  Cepo. 

SEPOsiçÃo,  s.  f.  empenho,  supplica  para 
obter  alguma  cousa. 

SEPTEMBRO  OU    SETEMBRO,    S.  «l.    (lat.  Sep- 

tembtr)  o  sétimo  mez  do«nno  primitivo  ro- 
mano, 6  0  nono  do  nosso,  que  precede  Ou- 
tubro. 

SEPTEMFLUO,  A,  adj.  (Lat.  septemfluus) 
(poet.)  que  corre  por  sete  fontes. 

SEPTEMPLiCE,  adj.  (Lat  septernplex,  icis) 
que  tem  sete  dobras,  laminas  ou  ferros.  «  O 
—  raio.  »  Dinis,  das  sete  cores  uo  prisma 

SEPTEMVJRATO,  s.  m.  (Lat.  septemtiratus) 
tribunal  dos  septemviros. 

skPiEMViRos,  s.  m  pi.  (Lat  septemviri) 
sete  magistrados  Uomanos,  quedisliibuiam 
as  terras  aos  colonos. 

SEPTKNARio,  A,  adj.  (Lat.  septenarius)  de 
sete.  Inúmero  — . 

SEPiEMHiÂo,  s.m.  [Lai.  septen trio,  oriw, 
de  sípittn,  fcete,  e  (rio,  otíu,  boi  de  lavrar) 
o  norte,  assim  chanado  das  sete  estrellas 
dtnciLinatías  a  carteia  ou  sete  estrello. 

TOt.    lY. 


SEPTiNTRiONAL,  odj.  (Lat.  septentrionalis) 
do  norte. 

SÉPTICO,  A,  adj.  (Lat.  septieut,  do  Gr. 
sépô,  apodrecer)  que  faz  apodrecer,  que  cau- 
sa putrefacção. 

SEPTicoRDE,  adj.  dos^g.  de  sete  cordas. 
Lyra  — . 

SEPTIFORMB,  adj.  dos  2  jjT.  de  sete  for- 
mas 

SEPTIMAISIA  OU    60TH1A,  (gCOgr.)  Uuica  pro- 

vincia  da  (iallia,  que  os  Godosde  Uispanha 
conservaram  depoií  da  morte  do  grí*nde 
Tbeodorico  em  526;  correspondia  quasi  á 
antiga  ^albonneza. 

SEPTiMONCEL,  (geogp.)  villa  de  França,  3 
léguas  a  E.  de  S.  Cláudio;  2,5 U habitan- 
tes. I      í;:1,   ,•    • 

sEPilsoNo,  A,  aí/;,  de  sete  sons.  Lyra  «e- 
plisona. 

septívoco,  A,  adj.  (do  Lat  septem,  sete, 
e  vox,  eis,  vozj  que  tem  sete  vozes. 

SEPTO,  s  m.  [IM.  septum,  àesepire,  en- 
cerrar) (anat.  e  bot.)  repartimento,  separa- 
ção 

SEPTRO.  V,  Sceptro. 

SEPTUAGENÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  septuagena- 
lius)  que  tem  setenta  annos 

SEPTUAGEsiMA,  s.  f.  (Lat.  septuagesimo 
Dominica)  o  terceiro  domingo  antes  da  qua- 
resma. 

SEPTUAGESiMO,  A,  adj.[Lfíi.  septuagesimus) 
o  nuitero  que  se  segue  na  serie  ordinal  ao 
sexítgHsimo  nono. 

stPfLCURO  (igreja  do  sancto);  (hist)  Igre- 
ja de  Jerusalém,  no  sitio  em  que  foi  enter- 
rado Jesu-Chrislo. 

SEPULCHRO  (cónegos  do  sancto),  (bist.) 
cónegos  regulares,  instituídos  por  Godofre- 
do  de  Bulhão,  para  servirem  em  Jerusa- 
lém na  Igreja  do   Sancto  Sepulchro. 

SEPULCRAL,  údj.  dos  2 g.  {Lui.  sepulchra' 
lis)  de  sepulcro,  que  respeita  a  sepulcro. 
Campa,  inscripçào  —  ;  cheiro  — .  Voz  — , 
surda,  como  se  sahisse  do  fundo  de  um  se- 
pulcro. Trevas,  gemidos  «epw/craes.  Plantas 
— ,  as  que  de  ordinário  cercam  os  cemité- 
rios, V.  g.  cyprestes. 

SEPULCRO,  s.  m  (L&i.  sepulchrum,  áe  se- 
pelire,  sepultar.)  sepultura  o  ornada  O  san- 
to — ,  o  tumulo  em  que  se  expõe  o  corpo 
de  Jesu-CLristo  morto,  na  semana  santa. 

SEPULTADO,  A,  p.  p.  de  sepultar ;  flc//.  pc- 
cclhido  em  sepultura  ;  (fig.)  subterrado,  v. 
g  a  cidade  íicou  —  debaixo  das  ruinas. — 
em  iomno,  em  vinho,  adormecido  ;  —o no- 
me, a  gloria  —  cm  esquecimento,  entregue. 
—  no  abysmo,  abysmado. 

seplltar,  V.  a.  (Lat.  sepultus,  p.  p.  de 
sepeiío,  ire,  sepultar,  ar  des.  inf.  Court  de 
Gébelin  dá  uma  extravagante  etimologia  des- 
te termo  que  diz  derivado  de  cai,  elevado. 
14S 


m 


SEP 


SEÍ 


•  st  pftrtietil»  negaliv».  Otffrtt'^  6  fffzrm  vir 
de  sepes,  cprta(\(\,  vallado,  o  que  éabsuirlo 
Sfi>vl(ar,  ou  sépeliie  é  fornifldo,  senie  não 
effano,  á^  svh,  mh,  d*-b«ixo,  e  telo.  are, 
cobrir,  e  dwqui  vem  o  sem  ido  u&eiflphorico 
do»  verbo,  encol.rrr,  pôf  em  esqueciíiiento  ) 
sublerrar,  lecoUxT  o  cadáver  ou  os  ossos- 
na"  sepuiíufff.  —  tío  esquecimento,  ffesvane- 
cer,  apaj^ar  a  memoria,  fi^zer  e^q^)pce^  intfi- 
romenti*.  O  lerremoto  aejvltou  a  ridade  de- 
baixo das  suas  rninas.  A  morte  não  lhe  se- 
pultou o  xclo,  amorteceu,  tepuliori  a  fa- 
milm  na  tíbjecçào  ,  reduziu  a  e&Wdo  ab 
jeclo. 

SEPULto,  A,  (idj.  (fat  S''jt^ih'tíS,  p  |S.  de 
SffeUú,  if&,  s<>puI«íir.)sepurt«do.  —  íiOAOW- 
«o,  (fig.)  profunda oimie  adormecido. 

SEretiiRA,  s  f.  (lal.  ^ejnilmra.)  o  lu- 
gar onde  se  íepiiila  ( adaver,  jazif<o  ;  acto 
de  íepulfar;  (íig  )  terra  onde  iimrre  muita 
gente  «Moçambique — do^  i'orluguezes.  » 
Var — ,  jrtzigo. 

síPi'L'TURBiR0,  s  7W.  (dcs.  eiro.)  coveiro, 
o  queemerra  |»or  i  ílicio. 

sepll^eda,  (gpogr.)  Cotf fluentes,  cidade 
de  Ihppaiih»,  \i  léguas  ao  iSt.  do  Segóvia  ; 
1,7»  O  h^bitan^es. 

SKPi3iVKnA  (Manuel  de  Sousa],  (hist.)  por- 
tuguez  ceUbre  p<>r  seus  iHustres  feitos,  e 
desditosa  n  orlo.  Era  de  illustre  nofcciuaen- 
tOi  e  afiiSrignalava-SH  no  Orienfe,  cou  o  go- 
Yetnadop  de  biu.  Em  155»  embarcou  «om 
sua  esposa  h.  Leonor  de  ^all^s  em  txcbiin 
pftTif:  ngnssar  6  Europa  ;  n  as  passando  o 
tabo  d»  Boa  Esperanço  naufragou  n^  costa 
oriental  (l'Africa.  Sepúlveda  e  sçnsííODpa- 
Dbein  s  arhando-se  n'uma  terra  inhospiia, 
dirigiram*se  para'  o  rio  de  1  outeriç»»  Mar- 
ques, mas  depois  de  lerem  percorrido  mais 
de  ceiílo  e  cincoenla  léguas  vemendo  mil 
dilliculdades.  e  faz4'ndo  esforços  incríveis, 
foram  atacados  peloy  íafies,  que  os  de^po- 
jaróm  dos  vet^lidosí  e  SepLlvedn  mc»rreli»  dii' 
fome  ^brw;^do  com  sua  es^  osa  e  lilhos  no 
amo  daquellts  areaef?  ^bfa¥i^Hlor«•s■.  As  d«s- 
graçwíje  SeiíulvHn  forí)<i&Jc»«lffdas'pur  Ca- 
uões  nos  Lviiadas.  -  '  i'.'  *  ' 

í*iHii  \iírA'{Ma-iM#elJorge  Oornes-dê)^  {VHt) 
disiHvt:40  gHif^hl  portiiiíu-zeDftscViííWr  Í735, 
moweo  em  ^  8i  4  Em  1  /  Ib  \  im»  çou  a  j^er- 
■vir  no'  B'fazil,  a^>nd<?  lhe  foi  tonrf.wío  o  roni- 
ttiando  das  tiofas  e  ír<  nlnr^s  do  H»o  Ciran- 
de ;  aiii  OTjWínrsoií  as  tr<pas,  e  d«  fendíu 
aquelta.!  fwovu»cia  dos  att^ques  dos  lli^pa- 
nhtws;  que  d»sl)aratou  em  Tiib^trnga}  e  llio 
J  artio.  Feila-a  fiaz,  angiif-enlí  u  ííqijell»fcon- 
ticente  eiigindo  i  ovís  \illits  e  Iffgt^íiaS, 
eu^n  aitajidoi' e^iUililloau^o  a  vitia,'  íhjf^ 
íituú*'  óv  loitH(){.re.  Noltaf  dw  a  iVrlug»! 
Iti'  tilv-  O'  |iioiiro  gníul  que  durante^  a 


crntra  òs  intáíòrrs.  prestando  graíides  Ser- 
viços n?qíjefla  guerra.  F(  igrâo-cruirfàlor- 
re  Espada,  C  mmendador  de  Cbristo,  te- 
nente general,  e  Alcaid3  nÒT  de  Trhncos^o. 

SEPÚLVEDA,  (hist)  cham^do  o  'JitoLittò 
hhpanhol,  tiasceu  em  1490.  morrèii  em 
1572.  Ueixou  :  Historia  de  Quinto;  tíli^ 
loria  de  Philippe  11;  Histeria  dasgúíffc,» 
índias,  ele. 

skQUACE.  V.  Sequaz. 

S>QUANos,  (geogr.)5f7wani,  hrjeo^>*án- 
CO  Condado,  povo  daOallia,  naOrande-SO- 
quanesa  a  O'. 

siquaZ,  odj.  dos'ig.  (Lai.  5pç«dz,  ^f*.][ 
(p.  us  )  que  segue,  v.  g.  «siudus.  — ,  mais 
uS.  e  súl  st  ,  sctlario,  jailidista,  membro  de 
bando,  partido.  i>s  siquazes  dO  l)fanno. 

s^Qi'ii.iKo,  í.  m.  [itccu,  dts.  ciio  )  terre- 
no secio  e  que  se  nào  rega.  Fmta  í/c—, 
qno  se  não  rega  :  o||õtí-se  á  deregodíó'. 

SíQVELA,  s.  f.  (Lai.  .sTçae/o.jcon  tquHií- 
cia,  tireito  do  uma  causa  ;  oaclo  de  s  guir, 
o  sers(qu^z;  seguiiuenio,  continuíçào.  Os 
da— de  ahjnetn,  sequazes.—  ,  cousef|ueu- 
cia,  (onelusíio  que  se  tua  iMiocuanio. 

s^QLt^ClA,  s.  f.  {Lòi.  beqnemia.]  prosa 
com  coiJSoaLies  a  modo  de  veisos  leoumos 
que  em  algumas  festas' sole mnes  sé  rtzd  de- 
pois da  epi^iola  na  missa  ;  cai  tas  seguidas 
de  liin  naipe  (l.   de  j"go). 

SFQUEisiií.  V.  Stguinie. 

SFQuitR,  fdv.  (toiiip.)  a  seii  prazfep,  sè 
quizer  ;  ao  mef^)S,  p»  lo  menos. 

si'QiJtst«AÇAO,  s.  f.  6  acto  de  sequestrar, 
ou  Oe  seqi.esUar-se  ;  sOpar^çâo. 

siquEsiuado,  A,  p.  p.  útí  sequesfrap ; 
adj.  posto  em  stques>tro  ;  separado,  apar- 
lado. 

SFQUESTRAR,  V.  O.  (lai.  scqucstro ,  fl>e, 
de  secus,  á  parte,  separado,  e  traho,  ere, 
levar  )  pôr  bens  cm  s»  questro ;  (lig  )  pri- 
mar do  uso,  do  exereirio,  do  dom. mo.  ou 
das  faculdades.  Pron.  o  u  sOa  e  nos  deri- 
vados 

siQLESTRo,  y.  m.  (Lai  scqnest^nm.)  tb-^ 
madíí  jí/diclal  e  dep's»lii)  Mfi  n:àv's'dt/  leitei- 
ro. pMa  responder  de  dl*ida  ;  df^pVsilo  dé 
íousa  i^li^i^^^n  aié  se' a%e/lgu8r  aqiíí  m  per- 
tence ;  pessta  em  ciijAs  itai.s  sG  lai  o  díí^*^ 
posiio,  ou  s»(|ueí5iro. — ,  aparlèfiícnloi  Fa- 
zeP-^.  LHi^ahiaro — . 

siouiDADK.  V.  Stccurtí'.  S^cq  idâo. 

siot'n»Ão,  *•  f.  sercura  ;  ^lig.)  désabri- 
roniio,  desapego.  —  âetspiiilo,  falta  de  sen- 
sibdtdade  ;  ^na  n  }sticai  l<ilia  de  fer\oP. 

MQtltHOS,  s.  /  (4ÍCCP,  des.  dim.  itho.) 
bolinlics,  rosquitlhas  de  massa  sèltrca  d6f&- 
riii^ha;  dé  xaiiífs  umpeioS  e  feitios. 

siQt^^H^s^),  a',  arj:  (*ni.)  stcco,  aíido. 
«Ateia'"-.  »"Lobo. 


í^l% 


m 


seccar-se,  dfs.  éso.)  que  sofTre  seà»,  sotfen-  spnte.  Ahi  êwa  o  jiiir.  — ,   passar,   acnnle- 


U> ;  qtie  careoe  de  reg»  ou  chuvíi.  Terra— . 
Plantas  —s,  que  neressilam  ser  regadas. — , 
(lig  )  que  sente  des»jo  nnlenle,  c.  ^f.  — (]p 
vin^anga,  He  sal)er.  «A  —  lança  em  sangue 
ceva.  »  M()u>inho. 

sequíssimo,  Attíd^.  super l.  de s^^co,  mui- 
tQ  secco. 

SÉQUITO,  *.  tn.  (do  Lst.  sequiitor.  o  que 
segue  ,  acompanha.)  comiliva,  g^nle  que 
acompanha,  a  pomj  a,  a  fíenle  que  acompa- 
nha [h>r  obs»qtiio;  seguim»'nto  do  initiiigo. 
Doutrina  de  muito  — ,  muito  seguida.  » re- 
gador, actor  que  tem  muilo  — .  Grang*»ar 
o  —  dos  p'  vos. 

SER,  v.n    (lai.  esse,  Itul.  essere.  S»nscr. 
asHum  ou  asinin.   Km  Lat.  confnnde-se  no 
iiifinili«o  e  alguns  ouJros  lempo*  com  eilete, 
C0'uer.  e  em  San.scrit  o  m«  smo    If^m  Iwfiar 
cora  asuvm.  Km  lífypcio  oi,  ser,  existir,  e 
o/u,  est«r,    permaneier  ;  ouoi,  pess(a.  m- 
divíduo,  dV.nde  .«^e deriva  oveibo.  ImAra 
bi«o,    Ch»^^^ico,    e  Urbrafco   não  exi  te  o 
cornspondenle  d'i  sie  v.  rbo.  Em  Anglo->a- 
Xão  beon,  emlngUz  lo  be  signilicHm  estar 
•■lu  pé,  e  vem  de  budan,  preleriío  do  vnrbo 
ftT«ico  huntrn^  esiar  cm  p<^,  eiii>tir.  qneé 
o  Oicsmo  que  utaden,  o  Sanscrt  sihuium. 
o.  ai.  .«/are,  e  o  (Ir  Hnô.  bhrp  em  l^ypcio 
íignifUa  str,  e  prof)riamente  estarem  pé,  e 
Vf m  de  ihvp,  plant«  <Ut  pé.   K'  notav»  1  que 
em  Sansciil,  Peisie  Latim  este  v.>rboé  com - 
pobtu  de  dois  radicaes  ditíenntes :  um  fins 
em  i'ei^a,  os  em  Sanscrit,  ts  em  Laiim  :  o 
oulíOdeque  sefórms  opreteriio,  é  fuo,  fui 
em  Lat.,  bhu  em  ^anstril,  e  bud  em  *Vr>a. 
O  nosso  veiba  tem  a  mesma  irregularKladc 
de  c««  ;  p.  ex  sev^setei,  seria,  e  fui,  for, 
fosi^t.   O  >eibo  /mo,    tre,    é  L.Hlino  antigo, 
e  vem  de  bhu,  ou  bud.  O  radiral  áa  esse, 
asium,  husten,  é  a  meu  ver,  o  Kgypcio  are 
ou  t,  andar,  ir.  Isi  ou  Itis  é  a  deusa  sjra- 
bolo  doaiino,  e  da  natureza  fecurulo,    e  é 
.«jncnimo    di^   (xisleocia.    fun     Um,  bud 
vem  dove;bo  hg}  peio  pe  ou  phe,  ser   de 
íivado  de  he  ou  ho,    f«<e,    pessoa)  Misiir. 
estar.  Lste  vtibo  ^elve  dehgar  osujcnod» 
I  ri>posi<^ào  ao  ftlinbuto.  Sou  filho,  irruáo. 
Thiiu  o  animai  é  mortal.  Fõrtna  a  n»!  pas- 
siva dos  vubos  «ttivos,  í>    g.   sou  amado, 
Umido     Lotar  tm    — ,    »o  mesmo  estado, 
sem  fclltTii^àu.  Elle  mostra  —  quem  é,  obra 
ccnfoime   á  sua   quaJidtKle  ou  caracter.   (» 
Mires  lu  form»  sa  :  o  —  eile  ff ».  «A  fon- 
di^ào  que  mais  lustra  fm  príncipes  ésere  •» 
libtrats.  »  Llis.,    Con  ed.  ^eí^tas  ibrans  o 
inliLitiVo  é  substantivado.    — ,    pertencer 
í>6*i    i.m  dillts     Elle  ó  dos    nossos     ^ou 
fe  itituto   dtyta    iata,    aoiigo,    «(Tei^oado.    — 
^    eieiipio  a,  seivir  de  tx«  D>plo.    — ,   ir  ter. 
bfi^çi  um  MiibiÁi  á  u,«kL«.  •>->,  utar   pte- 


wr  Como  foi  isso  ?  como  passou.  A  nào  — 
assim,  ou  —  esse  motivo. 

Muitos  dos  grammaticos  modernos  cha- 
mao  ao  verbo  ser  verbo  substantivo,  pre- 
tendvm  que  é^  o  único  verbo,  porque  n« 
sua  accep*.ôo  primitiva  significa  a  b  ira  cia- 
mente  a  existência,  e  ajuntam  que  é  ver- 
b'^  com  que  asseveramos  Tudo  isto  é  con- 
trario i  razào,  e  A  verdafii».  Nenhum  ver- 
bo 011  no^n»^  exprime  na  sua  açceiM;ão  pró- 
pria noçào  ab>t^acta.  O  verbo  ser  não  tem 
privilegio  ífllru  atiro,  nem  d'eile  se  preci- 
sa para  ex(>rimir  com  clareza  a  existência 
dí»  arção  ou  estado.  Amar,  comer,  andar^ 
í  ffr-rece  cada  Bin  noçào  completa.  V.  a  ín- 
trjducçào  á  tlrammaiica. 

SER,  s.  m.  (do  lufinit.  íer  substantivado), 
ente;  existência,  v.  g.  Us  seres,  os  entes, 
as  cousas  exi>tHntes.  O  íer  supremo  o  en- 
te Homem  de  grande  — ,  de  grande  por- 
te, importância  A  primtira  cousa  de  loio 
—  — ,  estado  moral,  o  —  de  pai,  o  ca- 
racter,   a  qualidade. 

Syn.  comp.  Ser',  esta^.  Ao  verbo  latino 
esse  correspondem  dois  verbos  rortuauezos, 
ser  e  estar,  que  os  nossos  grammat. cos  uAo 
leem  sabido  distinguir,  mis  entre  osqiiaes 
ha  mui  notável'  diíFerença.  Ser  é  precisa- 
mente o  verbo  subsianlivo  sum  com  toda  a 
sua  fofça,  é  a  copula  da  proposição,  e  in- 
dica que  a  qualida<it5  que  ptyr  e!ln  se  allrl- 
bue  ao  sujeito  \hn  é  natural,  permanente, 
ou  habitual;  estar  é  uma  espécie  de  verbo 
auxiliar,  ou  pelo  menos  o  verbo  sum  mo- 
<lilicado  de  modo,  segundo  a  Índole  de  nos- 
sa lingua,  que  designa  somente  uma  quali- 
dade accidental,  transitória,  ou  que  data 
de  pouco.  Quanlo  dizemos  que  ura  homem 
é  doente,  é  bêbado,  etc,  queremos  signi- 
íicar  que  este  hom»^m  tem  doença  habitual, 
ou  qiie  o  ataca  a  miúdo,  que  tem  o  habito 
ou  o^tstume  de  embebedar-se,  etc  :  e  quan- 
do dizemos  qie  está  dmnte,  que  fsfd  bêba- 
do, etc,  queremos  que  se  emenda  que  ac- 
tualmente se  acha  doente,  ou  tomado  do  vi- 
nho, etc  ,  dando  a  'ntender  quenànéesle 
um  estado  permanenlf»,  nem  uma  qualida- 
de habitual,  scnSito  tirtr  caso  acciueutai  ^; 
transitório. 

E'  esta  uma  admirável  propriedade  de  nos- 
sa língua  em  q<ie  leva  vantajem  á  laiina  e 
á  franceza,  e  que  dá  muita  pre.'i>ào  ao  dis- 
curso e  livra  de  ambiguidades.  Quando  que- 
remos dizer  que  um  homem  nasceu  tico, 
prssue  bens  da  fortuna  ha  muitos  tempf^s, 
dizen.os  que  é  rico  ;  quando  queremos  si- 
gnificar que  nào  «asccu  rico,  que  houve  tem- 
po em  que  o  não  foi,  on  que  sua  riqueza 
data  de  pouco,  diz«u<os  qti*^  e^td  rico  ;  sen- 
do Quv  um  Uèwxt  uir4«<m  aiLbos  Çifcêsoá 
Mb 


568 


SER 


SER 


il  est  riche^  em  I  atim,  dites  est. 

Talvez  os  nossos  antigos  confundiam  em 
alguns  cnsos  esles  verbos,  ccmo  ainda  se 
confundem  na  lingua  castelhana,  mas  tal 
não  ôconieceu  ao  primeiro  mestie  da  lin- 
gua, antes  nos  deixou  mui  positivos  exem- 
plos do  seu  respectivo  uso  ;  eis  aqui  dous : 
«  Quando  a  lua  esiá  mais  longe  do  sol,  en- 
tão se  \ê  mais  allumiada,  porque  tão  lon- 
ge esláo  os  longes  do  sol  de-lhe  diminuir 
a  luz...  E  se  esles  láo  os  eíleitos  do  sol, 
etc.  De  soite  que  o  amigo,  por  ier  antigo, 
ou  por  estar  ausente,  não  perde  o  mere- 
cimmto  de  ser  amado  (Vtciío,  111^  371  e 
b72)  » 

Syn.  coDip.  Ser  digno^  merecer  Estas 
duas  expressões  refeiem-se  á  mutua  união 
que  existe  entre  as  boas  ou  más  acções,  e 
ao  que  lesulia  d'uD  as  e  outras  na  opin  ão 
ou  no  dever  d'uma  pessoa. 

Ser  diytio  diz- se  das  pessoas  e  das  cou- 
sas. FalJMido  das  pesfoas,  e  tem." da  (m  sen 
tido,  sigmíiia  ter  asquahdaoes  necessárias 
para  poisuir  uma  cousa,  gozar  d'e)la,  etc. 
Fulano  é  cfí^íjo  detlcgio,  da  estima  publi- 
ca, do  caigo  qttese  lhe  destina,  etc  ,  quer 
dizer,  que  tem  as  qufilidades  necessárias  jiaia 
gozar  G'eslas  cousas.  Falbndo  das  cousas, 
ier  d^íjno  indica  uma  relai ào  de  tonloini- 
dade,  de  conveniência.  Este  drama  é  aiijno 
de  \ossa  penna.  Os  altos  leitos  dos  Tí-rtu- 
guezes  foi  assumpto  digno  da  épica  tuba  de 
Len  ôes. 

Merecer  diz  se  também  das  pessoas  e  das 
cousas.  Fallando  díiquellas.  significa  que  as- 
siste a  una  pessoa  ceito  direito  paia  obter, 
para  possuir  uma  cousa,  e  aiô  para  a  exi- 
gir de  quem  lha  nega.  Quando  se  hão  feito 
serviços  a  uma  pessca,«ícrere-5e  delia  uma 
recon  pensa,  ou  ao  menos  agradecimento. 
Fallando  das  cousas,  diz-se  «esta  acção «ic- 
rece  recompensa,  >  para  explicar  que  ella 
trouxe  a  um  sujeito  grandes  benefícios,  o 
que  se  prepara  a  recompensa-los  como  é  na- 
tural. 

Merecer  suppõe  ordinariamente  acções ; 
seu  contrai io  éílíófwerfcer.  Ser  digno  sup- 
põe sen  pie  qualidades;  seu  conirario  é 
ser  ind^no.  O  hcmem  btnenitriío  da  pá- 
tria, isto  é  que  nttrtceu  bem  para  com  e\- 
]d,é  digito  cia  esiima  de  seus  concidadãos. 
O  Ltn  nu  que  danteiectu  um  t  íiicio  por 
erro  ou  néu  proceder,  é  indigno  da  con- 
fiança publica. 

SER,  (geegr.)  região  da  Arábia,  que  tem 
por  piincipal  logar  una  cidade  do  mesmo 
noipe,  sobie  o  golpho  Pérsico. 

SARACOTeAR.  V.  Saracotcar. 

SE  BADJ-iD-D/iLAH,  (hist. )  filho  adoptivo 
d'Allah-\^fcid>-Khen,  príncipe  deBengela; 
começou  a  reinar  em  I7t>6. 


íSERAFmA,  s.  f.  (creio  que  vem  do  Fr.  ser- 
ge  fine,  sarja  fina)  tecido  de  lã  delgado  para 
forros,  cortinas,  etc. 

SERAiN,  (geogr )  rio  de  França,  nasce 
perlo  de  Muntburd,  e  cae  no  Gonne,  em 
llonnard. 

SEBAMPELO.  V.   Sarcwijjo. 

SERAPioN,  (hist )  templo  de  Serapis,  em 
Alexandia,  situado  no  Bruchium. 

SEBAPis,  (myth.)  deus  egypcio,  sobretu- 
do celebre  no  dominio  dos  ^agides,  e  cujo 
culto  passou  a  Roma  no  1.°  século  antes 
de  Jesu-<,hristo.  Era  o  deus  principal  do 
inferno.  Serapis  era  o  deus  egypcio  mais 
conhecido  na  orecia  e  em  Roma. 

SERAMUGO.  V.  Saramugo. 

SEKAMPt  UR,  (geogr.)  cidade  de  Bongala, 
12i»  léguas  ao  IN.  de  Calcatta ;  12,0UU  ha- 
bitantes. 

SERAN  DE  LA  TouR,  (hist.)  littcrato  fran- 
cez  do  XVIlí  século;  é  auctor  de  muitas 
compilações  esiimada*  :  Ht.slotia  de  Srião 
A/iicarto;  fíisioria  d' Epaminondas :  His- 
toria de  Ihilippe,   rei   de  Macedónia,  etc. 

SEHÂo,  s.  n.  (doltal  será,  tanle,  ou  do 
Arab,  sahion,  vjgilia)  o  Irabatho  que  se  faz 
depois  de  posto  o  sol  até  ás  dez  horas;  o 
lenpo  desde  a  b( cca  da  noite  até  ás  dez 
hor  s,  baile  noduino  em  cas«  nobre  ou  real, 
saráo,  como  ho'e  se  diz  «  Os  serões  de  Por- 
tugal Ião  famosos  no  mundo.  » 

SERAOiADDY,  (geogr.)  fio  do  iiuperio  bir- 
man,  no  ^»gu. 

seraíbica,  s.  f.  nome  de  uma  flor. 

SERAPHiCAMr.NTE,  orf».  {mente  suíT.)  á se- 
melhança de  seraphim. 

SEBAPHico,  A,  aaj.  (de  seraphim)  de  se- 
raphim;  (fig.)  mui  bello,  formoso.  Ordem 
— ,  a  de  San  Francisco. 

SERAPHIM,  s.  m.  (é  plural  de  saraph,  t. 
hebraico  que  significa  queimar,  inflammar) 
anjo  da  primeira  hierarchia,  assim  denomi- 
nado por  ser  mui  resplandecente;  (fig.)  pes- 
soa de  Índole  celeste.  E'  um  — . 

SERAPILHEIRA    OU  SEBAPILHEIRA,    í.  /".  (Fr. 

serpillière)  panno  muiio  ralo  de  estopa  mui- 
to grossa,  usado  para  encapar  fardos. 

SERASKiER,  (hist.)  offícial  militar  turco, 
encarn  gado  do  commendo  em  chefe  de  uro 
exercito  durante  uma  campanha.  Deve  pe- 
lo menos  ser  pachá  de  duas  caudas. 

SERATULA,  «./^.planta  cujas  folhas  se  pa- 
recem com  as  da  belonica. 

SEPAssi,  (bist.)  escriptor  italiano,  naS' 
ceu  em  1701,  morreu  em  l7i)l.  Escreveu: 
as  vidas  de  Tasso  e  de  Dante 

s£RBA^o,  A,  adj.  (I)o  Cast.  cebruno,  de 
cervo  ou  veado)  Catallo  — ,  de  côi  mais 
carregada  que  a  de  cervo.  Moraes  o  drri- 
va  de  zebra  I 

s£R£A  ou  SEREIA,  i.  f.  (Lat.  «ireti,  do  Gr. 


SER 


SER 


569 


tetra,  cadeia,  ou  de  *urd,  levar)  monstro  ] 
fabuloso,  da  cintura  para  cima  mulher  for- 
mosa, e  oeiío  no  resto  do  C^rpo,  cujo  cau- 
to suave  attraia  os  navegantes;  (tig.)  mu- 
lher seductora  As  phocas  sào  a  meu  ver, 
o  typo  das  sereias  fabulosas. 

SEKEFoiío.  V.   Cerefólio. 

SERENADO,  A,  p.  p.  de  sereoBr ;  oflj.  ex- 
posto ao  sereno ;  aquietado,  acalmado. 

SEKENAMK<>TK,  udo.  [meiíle  suir.jcom  se- 
renidade, brandi^mente. 

SEHEN/vR,  V.  a.  (Lat.  sereno,  are  V.  Se- 
reno )  expor  ao  sereno  ;  (fig.)  aqiiietar,  acal- 
mar, V.  y.  —  a  tempestade.  «Brando ven- 
to o  mar  serena,  »  Lubo.  —  o  animo,  o 
semblanle  ,  tirar-lhe  a  apparencia  pertur- 
bada. — ,  em  senliJoabs.,  íicar  sereno,  acal- 
mar-se,  t?.  g. — o  niar,  a  lormenta. 

seuenata,  s.  f.  (Fr.  sé'^énade ,  Ital.  se- 
renata.) musica  instrumental  e  voral  qup 
SM  execuia  de  noite  debaixo  ou  defronte 
das  janeilas  de  alguma  casa,  por  obse- 
quio. 

SEHENIDADE,  s.  f.  (Lat  ser  nitãs,  lis  )  es- 
tado sereno.  — do  ar,  limpo  de  nevoeiros, 
nuvens  chuvas,  tempestades. — do  animo, 
do  semblante,  estado  tranquillo.  — da  ccns- 
ciencia,  da  innocencia,  desassombramento, 
paz,  tranquillidade 

sereníssimo,  a,  adj.  superl.  de  sereno, 
muito  sereno,  titulo  de  honra  qnesedáaos 
príncipes,  e  antigaiuente  aos  soberanos. 

SERENO,  A,  adj.  (lat.  se/cnus,  que  (^ourl 
de  Gébelin  deriva  do  primitivo  zer  ou  ser, 
brilhar,  brilhante;  e  ivoqnefort  do  Gr.  are- 
rós,  secco.  l'arece  incrível  que  não  acenas- 
sem com  o  verdadeiro  radical  Gr.  eireneuô, 
apaziguar,  viver  em  pHZ  ;  e  eiréne,  p«z,  tran- 
quilli  iade,  socpgo,  axlhra,  serenidade  do 
ar. Eu  inclino  me  a  derivar  o  radical  Grego  do 
Eg}p(:io  iheoi,  ar,  vento,  e  ran,  plácido  , 
agradável,  j  limpo,  sem  névoas,  nuvens,  chu- 
veiros. Ar,  tempo,  céu — .  lioslo,  animo — , 
tranquillo,  não  turvado,  bola — ,  a  que  tira 
a  vista  sem  lesão  apparente  ou  opacidade 
dos  humores  do  olho,  paral)'sia  da  retina 
o  nervo  óptico. 

SERENO,  s.  m.  (Lat.  serotinus  )  O  —  da 
noute,  O  ar  húmido,  orvalhoso,  vaporoso 
da  noute,  o  relento.  Expor  ao — . 

SEHKS,  (g«'ogr.)  cidade  da  Turquia  euro- 
pea,  17  léguas  ao  NE  de,  Salonica  ;  30,000 
habitantes. 

SEREI  11,  (geogr.^  Ordessus  ou  4rarus, 
rio  da  Galicia,  entre  a  y.oldavia,  cae  no 
Hanubio  entre  Dahilov  e  Galatz. 

SERGANTANA.  V.  Lagarlixa 

SERGENTA,  *.  f.  (corrupção  de  servente.) 
moça  de  servir,  servente. 

SERCEME,  s.  VI.  (corrupção  de  £erven/e.) 
[  anl.)  meço  de  servir,  servente ;  leigo  ou 
»<u.-  I». 


servente  de  ordem  militar:  freires — s.  — , 
meirinho,  oíTi  ciai  de  justiça. 

SÉRGIO  (s.),  (hisl )  Sergius,  mart^T  na  Ly- 
sia  no  hl  ou  IV  século.  E'  festejado  a  7 
deUutubro. 

SKRGiNES,  (gpiogr.)  cidade  de  França,  4 
léguas  ao  N.  de  Sens  :   1,41J0  habitantes. 

SERGios,  (hist.)  familia  romana,  que  per- 
tendia  descender  de  Sergesto  companheiro 
de  Er.eas  :  formou  dois  ramos  illuslres  ;  os 
Fidenas  e  os  Silos. 

SEKGio  PAULO,  (hist.)  procônsul  romano, 
e  governador  ún  ilha  de  Chypre,  foi  con- 
vertido por  S    Paulo. 

SEucio  I,  (hist.)  papa  de  687,  a  701,  es- 
teve sete  annos  ausente  de  Roma  por  cau- 
sa das    perseguições  de  que  foi  vi>tima. 

SÉRGIO  II,  (hist.)  f)apa  de84ia  8V7,  fo 
elc^ito  sem  autorisação  do  imperador  Sertho- 
rio  I,  cont^^stou  a  sua  eleição,  mas  fuicon- 
íirmada  n*uma  assemb  eia    de  bispos. 

SEHGio,  iii,  ihist.)  papa  de  ii04  a  911, 
foi  elevado  ao  trono  ponliíicio  pelas  intri- 
gas de  Marozia,  em  concorrência  com  Joto 
IX,  e  só  ficou   triumphante   em  ')Ui. 

SKRGio  'V,  (hist.)  papa  de  lOOU  a  1012, 
charaava-se  primeiramente  Docca  di  Po  $o. 

SERiEYs.  (hist  )  compilador  fnincez,  nas- 
ceu em  1755,  morreu  eui  181'.).  Escreveu 
as  Decadencias  republicanas  :  Memorias  his^ 
toricas;  Dicci  nario  genealógico,  liistorico 
e  critico  da  Escrip lura  Sagrada,  etc, 

sergueiras,  s.  (.  (do  Fr.  ierge,  sarja  de 
là.)  tecido  de  lã  e  linho  de  pouco  preço. 

SERGUiLHA,  s  f.  (V.  Sarja  )  droga  de  lã 
mais  tapada  que  ciUcio,  á  imitação  da  qual 
se  faz  a  de  seda  e  algodão. 

SERIAMENTE,  adv.  (wiCMíc  suff.)  com  Serie- 
dade, deveras  ;  sem  zombaria,  sisudamente. 

sericaia,  6*.  f.  iguaria  mui  estimada  na 
índia. 

SERico,  A,  adj.  (Lat.  5cricu«,  de  seda;  de 
Seres,  povos  além  do  Indo,  que  parecem 
ser  os  Chins)  de  seda.  Capas — s. 

SEKiE  ,  s  f,  (pron.  série^  de  sero,  erê, 
semear,  e  pôr  em  ordem.  Gr.  crd,  semear, 
ou  elro,  ligar,  alar.)  continuação  ordenada 
e  suncessiva  de  cousas,  numero  de  cousa» 
seguidas.  Uma  —  de  annoi.,  successos,  des- 
graças.— ,  (maih.)  ordem  de  grandezas  que 
crescem  ou  diminuem  segundo  certas  lei» 
de  piogressãii. 

seriedade,  .V.  f.  modo,  ar,  gesto  serio  ^ 
sinceridade  no  trato ;  importância  de  algu- 
ma matéria. 

SERIFB.  V.  Xerife. 

SERiGi.  (gfogr  )  rio  da  província  da  Ba- 
hia no  iirazil,  chamado  também  por  vezes 
Sorgipf. 

SEKiLiiAR.  V.  Sarilhar. 
\     sERiLuo,  s.  m.  (V.  Sarilho.)  dobadoura. 


SER 


SER 


'    SERINGA,  í.  f.  (Fr.  senngu<í, 
rinx,  cana.)  tubo  de  meta!,  de 


marfim  ou 
de  outra  matéria,  terminada  por  um  pipo, 
em  uma  extremidade;  com  cabo  e  embolo 
que  corre  por  dentro.  Serve  para  injectar 
líquidos,  dar  clysteres,  etc. 

SERINGADA,  s.  f.  (des.  ada.)  jacto  da  se- 
ringa, liquido  que  a  enche  e  se  faz  sair 
delia. 

SERINGADO,  A,  p.  p.  de  Seringar;  adj.  in- 
jectado com  seringa. 

SEiíiNGAPATAM,  (geogf.)  OU  Sri-Ranffa- 
Patana,  cidade  da  Jndia  ingleza,  capitai  do 
districlo  deSeringapalam,  108  léguas  ao  SO. 
de  Madrasta,  H',000  habitantes. 

SERINGAR  ,  tJ.  a.  [seringa,  ar  des.  iaf.) 
injectar  com  seringa,  —a  lislula  ,  a  chaga 
funda,  a  urethra.  —  alguém,  molha-lo  com 
o  liquido  que  está  na  seringa. 

SERiNGATÓRio,  *.  w,  (des.  drio. )  injecção 
do  liquido  com  seringa.  Dar — s. 

SERiNGfiAM,  (geogr.)  ilha  ingleza,  no  an- 
tigo Karnate,  defronte  de  Trilchinapoli. 
•  SERiNO,  (geogr.)  cidadede   Nápoles  3  lé- 
guas ao  NE.  de  Salerno ;    7,500   habitan- 
tes. 

SERIO,  A,  adj.  (Lat.  serius,  que  Court  de 
Gébelin  deriva  de  se,  sem,  é  risus,  riso  , 
clymologia  aue  me  parece  plausível.)  sisu- 
do, grave.  Homem  — .  ir,  rosto,  semblan- 
te— ,  sem  riso,  sem  zombaria.  Faltar  — , 
com  seriedade,  sem  dobrez,  sem  dissimu- 
Isção,  sinceramente.  Negocio  — ,  que  exige 
ponderação. 

SERIO,  fgeogr.)  rio  Lombardo- Veneziano, 
liasce  nos  Alpes,  e  cae  no  Addaam  Monto- 
dian. 

SERiPHE,  (geogr.)  Seriphos,  hoje  Serp, 
uma  das  cidades,  entre  Siphnose  Oythnos 

SERLio,  (hist.)  archilhecto  italiano,  nas- 
ceu em  14/5.  Publicou  Oí/? as  sobre  archi- 
tecturas. 

SERMAiZE,  (geogr.)  villa  de  França,  6  lé- 
guas ao  NE.  de  Vityo  Francez ;  1,800  ha- 
bitantes. 

SERMANO,  (geogr.)  villa  da  Córsega,  21e- 
|Bas  e  meia  de  Cosle ;  300  habitantes. 

SERMÃO,  s.  m.  (Fr.  sermon,  do  Lat.  ser- 
mo,  onis.)  discurso,  practica  que  se  faz  a 
liguem,  p.  us.  — ,  discurso  doutrinal  reli- 
gfioso.  Pregar  um  — ,  no  púlpito.  — ,  repre- 
hensão,  advertência  correccional.  Sá  Miran- 
da chama  sermões  as  epistolas  e  satyras  de 
Horácio. 

SEHMÃoziNno,  s.  m.  diminuí,  de  sermão 

SERMENRAY ,  (geogr.)  chamado  também 
Akker-Morken,  cidade  do  Jrak-Arabi,  a  12 
Ife^as  de  Uagdado. 

SKRMioNE,  (geogr.)  em  latim  Sirmio,  an- 
tiga villa  do  reino  Lombardo -Veneziano,  2 
Itpj&s  e  meia  ao  NE  de  Lonato. 


do  Gr.  íí/-'     sermonarto,  s,  m.  fdes.  ário.)  collecçaô 


de  sermões,  escriptos  ou  impressos. 

SERMONETA,  fgeogr.)  8  Sulmo  dos  Vols- 
C03,  villa  dos  Estados  da  Egreja,  a  8  lé- 
guas de  Bresciao. 

SERMONETE.  V.  Salmoncte. 

SERMONTESio,  A,  adj.  V.  Sertentcsio . 

SERNA,  s.  f.  herdade  que  se  semêa,  e  tri- 
buto que  se  cobra  para  a  .sementeira. 

SERNACHE  DOS  ALHOS,  (geogp.)  vilha  efre- 
guezia  de  Portugal,  1  légua  e  um  quarto 
ao  S.  de  Coimbra;    1,300  habitantes. 

SERNACHE  DO    BOM-JARDIM,  (geOgr.)  f"egue- 

zia  de  Portugal,  no  concelho  da  Cerlãa,  8 
léguas  ao  O.  de  Castello-Branco  ;  1,8(J0  ha- 
bitantes. 

SERNANCELHE,  (geogp  )  vilU  dc  Portugal, 
6  leguds  ao  SE,  de  Lamego,  perto  de  Ta  - 
vora,  cujo  concelho  tem  2,701)  habitantes. 

SERÓ,  s.  m.  (t  Asiat.)  embarcação  de  re- 
mo. 

SERÔDIO,  A,  adj.  (Lat.  serolinus,  de  íc- 
rus,  tardio.)  tardio,  que  vem  tarde  na  es- 
tação. Fruta  — .  Chuvas  —s. 

SEROSIDADE,    S.    f .  [Ldil.  SC rositãS,  tis.)  hw- 

mor  seroso  ou  aqueo  do  sangue. 

SEROSO,  A,  adj.  (Lat  serosus.  V.  Soro.) 
aqueo.  Humor — .  Sangue — ,  que  abunda 
em  soro  ou  scrosirlade. 

SEROTINO.  V.  Serôdio. 

SERPA,  (gengr.)  antiga  villa  de  Portugal, 
no  Alemtejo,  ó  léguas  a  E.  do  Guadiana ; 
4,600  habitantes. 

SERPOukuov,  (geogr.)  cidade  murada  da 
Rússia  europea,  22  léguas  ao  S.  de  Mos- 
cou; 6,000  habitantes. 

serpão.  V.  Serpoí. 

SERPE,  s.  f.  (Lat.  serpens,  deserpo,€re, 
rastejar.)  serpente.  E'  mais  vellio  que  a—, 
fphraz.  vulgar)  muito  velho,  alludindo  A  ser- 
pente que  tentou  Eva.  —  de  arcabuz  ou  mos- 
quete, peça  de  metal  onde  se  punha  o  mor- 
rão aceso  nas  espingardas  antigas  que  não 
tinham  fechos  com  pederneira.  —  de  crya- 
tal,  (poet.)  aguas  que  correm  serpeando. 

SERPEAR ,  V.  a.  ou  u  (i.at.  serpo,  ere.) 
mover-se  como  as  serpentes,  rastejando  em 
voltas  tortuosas-  Diz-se  da  agua  dos  rios,  ri- 
beiros, regalos,  e  de  algumas  plantas  ras- 
teiras. 

SERPEJADO  por  SERPEADO.  V.  Scrpcãr. 

SERPEJANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  ans,  íw.)  que  serpeja. 

SERPEJAR.  y.  Serpear. 

SERPENTÃo ,  s.  m.  augment  de  serpen- 
te, instrumento  de  sopro  mais  longvi  e  gros- 
so que  o  baxão, 

SKRPENTAR.  V.  Serpear,  Scrpejar  ou  Ser- 
pentear. 

SERPENTEARIA,  (bol.)  planta  medicinal  ori- 
giDaria  da  Virgiuia. 


SER 


SER 


571 


r 


SERPENTÁRIO .  s.  m.  (Lat.  serpcntarius.) 
nome  de  uma  conslellaçào  do  hemispherio 
boreal  representada  por  uma  figura  de  ho- 
mfm  segurando  uma  S'?rp"nlo, 

SERPENTE,  s.  f.  (Lai.  serpen<i,  tis,  p.  a.  de 
serpo,  ere,  serpejar,  andar  de  rojo  ou  do 
lasto.  f>o  rad  egypcio  sc/íc,  andar,  e  roí/y/^, 
andar  de  raslo)  animal  reptil :  diz-se  de  to- 
da a  espécie  de  cobras,  viboras,  áspides ; 
(fig.)  mulhor  mui  feia.  —de  metal,  põe-se 
TiTís  peças  de  artilharia  para  soster  o  mor- 
rão.—  inftmal,  o  diabo. 

SKRPENTEAR,  V.  a.  OU  71.  (do  Yv.scrptn- 
ier.)  serpear,  serpejar,  mover-se  em  voltas 
toi^tuosas.  «  O  rio  entro  pedrinhas  serpen- 
teia. »  Bocage. 

SERPENTicoLAS,  s.  m.  [serpente,  eLat.  so- 
lo, ere,  adorar.)  os  Judeos  que  adoraram  no 
deserto  a  serpente. 

SERPF.NTiFKKO,  A,  ttdj .  [serpente  ^  e  Lat. 
fero,  rre,  levar,  trazer  j  (poet.)  que  gera  ser- 
pente, que  contêm  serpentes. 

SERPENTir.ENA,  aJj .  dos  2  fl^.  gerado,  nas- 
cido  de  serpente. 

SERPENTINA ,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de 
serpentino.)  vé!a  de  três  lumes,  que  se  acen- 
de nos  0Í1ÍCÍ03  do  sabbado  sanio  ,  castiçal 
com  tros  braços  e  Ires  lumes  ,  palanquim 
com  cortinas  usado  no  Brazil  cujo  leiloe  de 
rede  — ,  canudo  espiral  de  estanho  por  on- 
de corre  a  agua  ardente  distillaudo -se;  me- 
te-se  no  refrigeralorio. 

SERPENTINA.  V.  Serpentária. 

SERPENTINO,  A,  ttdj.  (Lat.  scrpentinus.) 
de  serpenle,  de  feição  de  serpente  ;  (fig  ) 
manhoso,  astuto,  mtiu.  Língua  — ,  depra- 
vada, maldizente.  Furia — ,  como  a  de  ser- 
pente assanhada.  Pedra — ,  mármore  verde 
escuro  cem  listões  tortnosos. 

SERPiLUEJiiA.  V,  Serapilheira. 

serpillo.  V.  Seopol. 

SERPINS,  ígeogr.)  villd  do  Portugal,  4  lé- 
guas ao  iSE.  de  Cuimbra  ;  l,'/iO  habitan- 
tes. 

serpol,  s.  m.  (do  Fr.  serpolet,  do  Lat. 
serpyllum,  tle  serpere,  serpear.)  planta  hor- 
tense aromática. 

SERRA  ,  s.  f.  ([at.  sfrra,  som  imitativo 
da  acção  de  serrar  madeira,  pedra  ou  me- 
laes.)  lamina  de  aço  delgada  e  estreita  den- 
tada por  um  lado,  e  Gxada  de  ordinário  em 
armaçào  d*',  madeira,  para  cortar  rtiadeira, 
metaes,  pedra.  — de  mão,  com  que  um  s6 
homem  serra.  —  d' agua,  a  que  é  movida  por 
agua,  em  engenho  de  serrar  madeira.  —  , 
na  antiga  milícia,  era  esquadrão  com  mui- 
tos ângulos  a  modo  de  dentes  de  serra. — , 
no  lírazil,  cavalla  pequena,  peixe. — ,  (fig.) 
monte  de  penedia,  com  picos  e  quebradas. 
— s  d'agua,  ondas  muito  ercpoladas.  Uma 
«—  de  labareda,  (fig.)   Barros.  Ir-se  áj— , 


(ant.)  fazer-se  desabrido,  como  a  gente  ser- 
rana. 

serra  [José,  Correia  da),  (hist.)  distinclo 
lilleralo  portuguez,  o  primeiro  secretario,  o 
verdadeiro  fundador  da  Academia  Real  das 
Sciencias  ;  nasceu  na  vjlla  de  Serpa  cm  1750 
falleceu  nas  Caldas  em  1823.  Erul7aH  pas- 
sou com  seu  f)ai  a  lloma,  aonde  começou 
seus  estudos,  e  fez  taes  progressos,  queaoi 
l4  annos  publicou  a  sua  primeira  obra  ;  em 
1775  ordenou-se  sacerdote,  e  noanno  se- 
guinte veio  a  Lisboa,  onde  em  17/9  auxi- 
liado pelo  duque  de  Lafões  (V.  este  nome) 
com  quem  travara  amisade  conseguiu  fun- 
dar a  Academia  das  Sciencias.  Eai  1801  foi 
conselheiro  da  legação  porlogueza  em  Lon- 
dres; d'ahi  passou  a  Paris,  e  em  lH\'i  aos 
Eslados-Unidos,  aonde  teve  uma  aula  de 
botânica,  sendo  em  18 IG  nomeado  ministro 
plenipotenciário  junto  áquelle  estado.  Im 
18iU  voltou  ao  reino,  e  emj^l82.3  foi  eleito  de- 
putado. Foi  este  homem  eminente  em  bo-  > 
lanica,  antiguidades,  e  no  conhecimento  das 
línguas,  pois  lhe  eram  familiares  afrance- 
za,  ingleza,  allemâ,  árabe,  grega,  latma, 
italiana,  hespanhola ;  era  membro  da  So- 
ciedade Real  de  Londres,  e  das  Academias 
di3  Turim,  Florença,  Bordeos,  Lião,  Marse- 
lha, Piemonte",  Toscana,  e  muitas  outras, 
enriqueceu  c«im  seus  escriptos  as  Transac- 
<;ôes  philosophicas  da  Sociedade  Iteal  de 
Londres,  e  os  Annaes  do  Museu  de  Paris, 
G  os  Archivos  litterarios  da  Europa,  obra 
publicada  em  Pariz. 

SERRA,  (hist.)  escriptor  italiano,  foi  im- 
plicado na  conspiração  de  Campanella  cm 
lõbl).  Leixou  :  Tractado  dos  meios  quepo- 
dem  fazer  abundar  em  um  estado  o  ouro 
e  a  prata. 

serra  (a),  (geogr.)  Serra  di  Santo  Ste- 
fano  de  Bosco,  cidade  do  reino  de  Nápoles 
48  léguas  ao  80.  de  Squillace  ;  á,40U  ha- 
bitanes. 

SERRA  capriola,  (hist.)  diplomatico  ita- 
liano, nasceu  em  I7ó0,  morreu  em  1822, 
foi  embaixador  na  corte  da  Rússia,  e  em- 
pregou todo  o  seu  poder  contra  Napoleão. 

serra  capriola,  (geogr.)  cidade  do  rei- 
no de  Nápoles  5  léguas  e  meia  ao  NO.  de 
S.  Levero ;  4,850  habitantes. 

SERBA-DA-piEDADE,  (geogr.)  serradapFO- 
vincia  de  Minas  Gefaes  no  brazil,  no  dis- 
tricto  da  vílla  de  Caheté. 

sERUA-tío-NEGRo,  (gcogr.)  scíTa  da  pro- 
víncia do  Maranhão  no  Bmiil,  rio  districlô 
da  villa  da  Chapada. 

SF-RRA-uo  PAULISTA,  (geogp.)  Serra  da  pro- 
víncia da  IJahia  no  Brazil,  nas  adjacências 
do  salto  de  Paulo-AíTonso,  no  rio  de  São- 
Francisco. 

SERRA  d'agua,  (gert^.*)  aWeía  ida  ilha  da 
143  « 


&72 


g£M 


SEE 


Madeira,  pertencente  íio  concelho  da  Ponta 
do  Sol;  1,4Lj3  bahilanls. 

serra-crande,  (geogr.)  serra  aliissima 
da  píovincia  do  (leará  no  Rrazil,  limilro- 
phe  das  de  Tarabiba  e  do  Rio-Grande-du- 

Korte. 

SERRA-NECRA,  (geogr)  scrrft  da  provín- 
cia de  Minas-deraes  uo  Brazil,  ua  comar- 
ca de  Parac.atú. 

8ERRA,  (geogr  )  serra  da  província  do  Ma- 
ranbào  no  Brazil,  entre  a  villa  das  Balças 
e  a  de  pastos- Bons. 

SERRAÇÃO,  s.  f.  acto  de  serrar.  A  —  da 
velha,  ceremonia  burlesca  com  que  se  ce- 
lebra a  quaresma  chegada  ao  meio.  Serra- 
ção por  Cerração,  ó  erro. 

f  ERRADICO,  A,  aiij.  (des.  iço.)  Madeira — , 
serrada  para  obras  de  carpintaria  e  marce- 
naria. 

SERRADO,  A,  p.  /).  de  serrar ;  adj.  cor- 
tado com  serra. 

SERRADOR ,  s.  m.  homcm  quo  serra  ma- 
deira. 

SERRADURA,  5.  f.  (Lflt.  serratura.)  aclo 
de  serrar ;  o  pó  que  cáe  da  madeira  que  se 
serra. 

SERRAFAÇADO  ,  A  ,  p.  p.  de  scrrafaçsr  ; 
adj.  cortado  com  instrumento  de  máu  gum»í 
que  tem  bocas,  e  corta  lacerando  a  modo  de 
serra 

SERRAFAÇAR,  X).  a.  cortar  com  instrumen- 
to  do  máu  gume,  que  tem  bocas  e  lacera  a 
modo  de  serra.  Bluteau  verte :  roçar  com 
ferro. 

SERRAFiLA,  s.  m.  (do  Fr.  serre-file.)  ca- 
bo ou  soldado  ultimo  da  fileira  militar  for- 
mada. 

SERRAGLio,  (geogr.)  cidade  da  Córsega  a 
1  Itígua  de  l'.osie  ;  O^O  habilaiites. 

SERRALHA,  *.  /•  Dome  de  uma  berv?i. 

SERRALHAR,  V.  a.  OU  w.  (do  Lat  serru- 
/a,  serrinha,  ar  des.  inf.)  lavrar  como  os 
serralheiros. 

SERRAI  HEiRO  ,  s.  w».  (des.  eiro.)  ferreiro 
que  faz  chaves,  fechaduras,  etc.  Vem  do 
Fr.  serrurier. 

SERRALHO,  í.  m.  (do  Pérsico  sarai,  pa- 
lácio, casa,  após»  nto  )  palácio  do  gr^n-se- 
nhor.  De  ordinário  confundimos  esie  verbo 
com  harém,  Labitação  das  mulheres  e  con- 
cubinas. 

SERRANA,  5.  f.  mulhcF  quo  viv3  na  sefrd, 
montanhez. 

SEHRAMA,  $.  f.  (serra,  des  an'a,  que  de- 
nota cfmiinuaçào.)  continuação  de  serras, 
corda  de  serras. 

serraNice,  s.  f.  (des.  ice.)  habitação  nas 
serras  ;  vida  monlesina  ;  modos  ,  costumes 
dos  serranas. 

sebrano,  a,  adj.  {serra,  des.  ano.)  ha- 
l^itaote  de  serra.  Pastor — . 


j      serrão,  adj.  ou  s.  m.  V.  Serrano. 

SERRÃO  (Jeronymo  Freire),  (hist  )  escriptor 
portugaez  ;  nasceu  em  Kvora.  e  ahi  fídle- 
cej  em  1651.  Escreveu:  Discurso  Poli' 
lico. 

SERRAR,  v  a  (Lat.  s«rra,  ftr.)  cortar,  di- 
vidir, separar  com  serra.  —  madeira,  már- 
more, barras  de  ferro.  Serrar  por  Cerrar 
é  erro. 

SERRARTA,  s.  f.  (des.  ta  )  armação  de  ma- 
deira em  que  se  lixara  as  pranchas  que  se 
hão  de  serrar  com  serra  braçal. 

SKRRATiL,  adj.  dos  í  Q.  (t.  de  stercome- 
iria  )  Corpo — ,  terrainarlo  por  cinco  super- 
licies ,  das  quaes  três  íão  par«llelo- 
grammos,  e  as  <iuasoppostas  triângulos  pa- 
rai lelos  e  iguaes. 

SERRAVALLE,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo Veneziano,  W  léguas  ao  N.  de  Tre- 
viso  ;  5,Gi)0  habitantes. 

SERRAZINA,  s.  t.  (de  serra  )  importuna- 
ção d«  pessoa  que  insta  muito.  — ,  a  pessoa 
impo:  tuna. 

SERRECONTAR,  V.  O.  vcm  na  Prosódia  de 
Bento  I  ereira,  que  verte  :  tomar  antecipa- 
damente. 

sERREo,  A,  adj.  (do  seira.)  da  feição  de 
s*»rra  com  seus  dentes,  dontado  como  serra. 
Formação,  evolução  — ,  corpr*  de  tropas  dis- 
posto como  os  dentes  de  serra. 

SERRES,  (geogr.)  cidade  de  França,  7  lé- 
guas e  meia  ao  SO.  de  Gap;  1,140  habi- 
tantes. 

SERRES,  (hist.)  em  latim  Serranus,  sábio 
calvinista,  nasceu  em  1.40  em  Hhodez, 
morreu  em  1098.  Deixou  entre  outros  es- 
criplos  :  l)c  fide  catholica,  site  de  prin- 
cipiis  religionis  clirisiiance,  etc. 

SERRES,  (hist.)  irmão  do  precedente,  nas- 
ceu *^m  15j9,  morreu  em  IblJ,  pode  ser 
considerado  como  o  pai  da  agricultura  em 
França.  Deixou  um  Tractado  dui  col/ieita 
da  seda. 

SER R ETA,  s  f.  diminut  de  serra,  monte, 
pequena  ser.  a  ou  serro. 

SERRiEREs,  (g<'ogr  )  cidade  de  França,  8  lé- 
guas ao  JNO.  de  Tournon;  2,048  habitantes. 

SEHRiL,  adj.  dos  2  g.  de  serro,  monte- 
sino  ;  (íig  )  agreste ;  bravo.  —  parelha  de 
machos. 

SERRILHA,  s.  f.  de  serrã,  des.  ilha,  que 
denota  ligação  )  um  lavor  de  s^da  para  ador- 
no dos  vestidos,  com  pontas  como  serra. — , 
nos  cabeções  das  bestas,  são  pontas  agu- 
das para  domar  o&^avallos.  — ^fa  moeda,  i&- 
vor  no  circiilo  das  peças  de  moeda,  i.ara 
serem  cerceadas. 

SEHRiiNHA ,  s.  f.  dimiiiut.  de  serra ,  de 
serrar,  pequena  serra. 

SERRO ,  s.  m.  (de  serra,  monte.)  serra , 
monte  alto. 


8EH 


SER 


673 


8KRR0,  adi.  por  encerramento,  6  obsol. , 
e  viciosa  orlhographia.  —  de  uma  cont/i. 
Devora  ser  cerro. 

SERRO,  (geo|?r  )  nova  cidade  da  provín- 
cia de  Minasõer.ies  no  B-azil,  outrora  Vil- 
la-do-Principe  21), 679  habitantes. 

SERROTE,  5.  m.  diminut  de  serra  ,  pe- 
quena s«rra  de  mào,  cora  que  o  cirurgião 
serra  os  ossos  nas  «mputaçõns. 

«EiiT,  (g-íoi^r.)  cidade  da  Turquia  Asiá- 
tica 25  léguas  ao  Nh).  de  Nisibiu ;  3,000 
habitantes. 

sertãa.  V.  Sartãa  ou  Sartan. 

SERTANEJO,  A,  adj  6  s  que  vive  no  ser- 
tão ou  matos  inloriores;  que  nasce  no  ser- 
tão :  herva,  besta,  gado  — . 

SERTÃO,  s  m.  (do  serra,  e  souto,  mata.) 
região  interior  remota  da  costa  do  mar,  ma- 
to int»>riur.  Bem  pelo  — ,  (fig.)  no  mais  in- 
timo, V.  g.  —  do  pensaraimlo  :  6  ant.  no 
sentido  fig.  O  —  da  calma,  o  mais  forte , 
intenso  delia. 

SERTEMA,  (geogp.)  pequeuo  rio  de  Portu- 
gal, nasce  na  serra  d'Alcobaça  jimioaoBus- 
saco  no  sitio  das  Lameiras  ;  lança-se  no 
Couto. 

SERVA,  s.  f.  (V.  Servo.]  escrava,  criad», 
servente.  —  de  Deus,  mulhe»*  virtuosa,  dada 
a  exercicios  de  piedade  e  rehg'ão. 

SERvÃo,  ;ant.)  subjunctivo  de  servir;  ho- 
je sirráo. 

SERTÓRIO,  (hist.)  general  romano,  nas- 
ceu em  1^1  antes  de  Jesu-(.hrislo  em  Nnr- 
sia,  na  Subrina,  foiquestorde  Mário.  Quan- 
do rehpntaram  as  guerras  civis  declarou-se 
por  Mário  no  anno  87  antes  de  Ji^su-Mhris- 
to,  tornou-se  independente  na  Hispanha  e 
chamou  no  seu  partido  os  povos  da  Pe- 
nínsula, principalmente  os  Lusitanos,  bateu 
sempre  os  gentraes  romanos,  e  foi  assassi- 
nado  por  Persenns,  seu  tenente,  em    73. 

SfcRVAis  (s.)  (hist )  bispo  de  Tongres,  mor- 
reu em  'áii^,  assistiu  im3W  ao  concilio  de 
Sardica,  aonfle  S.  Aihanasio  foi  absolvido. 
E'  commemorado  a  J3  de  maio 

SEBiANCR,  (geogr  )  villa  de  trança,  ,5  lé- 
guas ao  NE.  de  Lure;  4, 3ii6 habitantes. 

SERVAisDONi,  (hist.)  celebre  archit»^cto  ita- 
liano, nasceu  em  16'J5,  morreu  em  1GG6, 
trabalhou  para  quasi  toda  a  Europa. 

SERVAR-SB ,  (ant.)  V.  Guardar-se,  Con- 
servar'se. 

SFuvAzmnA,  «.  f.  diminut.  de  serva. 

SERVENciA.  V.  Serventia. 

SERVENTE,  í.  IH  (Lat.  scrmens,  tif,  p.  a. 
de  sertio,  ire,  servir.)  homem  ou  rapaz  que 
ajuda  em  trabalho  e  dá  as  achegas  aos  pe- 
dreiros. — ,  o  qupi  serve  outra  pessoa. 

SERVEJJTE  ou  SIRVEN1E.   V.  Serreniesio 

SERVENTESio  ,  A,  adj.  (do  Ff.  aut.  xer- 
vantois,  canção  em  honra  de  Deus,  da  Vir- 

TOL.    IT. 


gem  ou  «obre  outroi  assumptos  graves.) 
Versos  — s,  rústicos. 

SERVENTIA,  s.  f.  (dcs.  xa.)  USO,  Utilidade, 
presumo. — ,  serviço  de  emprego  feito  pcs- 
soaliuente,  ou  por  oulro  que  suppre  as  ve- 
zes. — s ,  (ant.)  serviços  a  que  o  povo  era 
ob'ig^do,  V.  g.  repairo  das  estradas,  por- 
tos, fortalezas.  — ,  servidão,  escravid-^io:  pe- 
na de  crime.  — ,  (ant )  cousa  que  se  dá  ao 
juiz  por  peita.  — ,  lugar  que  dá  passagem, 
e  facilita  n  serviço  da  casa,  quinta,  jaidim. 
«  Havia  no  muro  —  para  a  praia.  »  Penha 
que  dava  —  p«ra  a  cava.  «Destes  paços  de 
tl-Itei  vai  uma  —  secreta  parn  a  serra.  » 
Barros.  Kstí»  casa,  esta  quinta  tem  muitas 
e  eic^Uentes  —s. 

SERVENTUÁRIO,  s.  m.  (des.  ár»o.)  qufi  ser- 
ve  um  emprego  ou  oílicio  fazendo  as  vezes 
do  proprietário. 

SERVET,  (hist )  sábio  francez.  nasceu  em 
'F»Oy,  morreu  queimado  como  herege  em 
lò[)3.  Kscrevpu  :  De  trinitatis  erroribus; 
De  Christiahi'}miretitutionet  etc. 

SERVfA,  s.  f.  V.  Serventia. 

SERVIA,  (geogp.)  a  Mesia  Superior  dos 
antigos,  Serf-Vilaíeli  dos  Turcos,  esta- 
do tributário  do  império  ottnmano  na  Euro- 
pa, tem  por  limites  ao  .i.  a  Hungria,  aoO, 
d  Bósnia,  a  E.  a  Bulgária  e  a  Valakia.  ao 
S.  a  Albânia  e  a  Kommelia  ;  850,<IOO  habi- 
tantes Capital  Semondria.  A  Sérvia  tirou  o 
seu  nome  drrs  Se  vianos,  chamados  também 
Serbes  e  Sorabes,  povo  de  raça  slava,  que 
habitava  nos  montes  Krapaks.  O  governo  da 
Servia  é  monarchioo  heriditdria  ;  o  chefe 
tem  o  titule  de   príncipe  ; 


Soberanos  da  Sereia. 
1.°  Reino  da  Servia. 
Cronologia  incerta        1630-923 

ê  °  Reino  da  Servia. 

Estevão  Boislav  1039    Bodin  1085 

Dabroslov  1042    Bolcan      1090-1105 

3°  Reino  da  Servia.. 

I  Dy  nas  tia  dos  Neemans. 


Tchondomil 

ou  Bac- 

Estevão  III 

1224 

cbin 

lir»i 

1  adislao 

12:^0 

Estevão! 

1165 

Estevão  IV 

12 '7 

Estevão  II 

1195 

Estevão  V 
144 

1272 

^^ 


SER 


SER 


Estevão  VI         1275    Estevão  YIII     1333 
Estevão  Yll       1321     Ouroch  1356 

//  Anarchia. 

Vonkachin        1307    Ougliccha  1371 

III  Dynastia  dos  Brankotitch. 

Lazaro  I  1371     Jorge  1427 

Estevão  IX         1390    Lazaro  11  1458 

Helena  1458 

Principado  da   Servia. 


Czerni  Jorge 

1804-18)2 

Miluch  Obrem vitch 

IKIG 

Miguel 

18.(9 

Alexandre  Pre»roivtch 

1841 

SERVIA  0'ova),,(geogr.)  da -se  este  nome 
a  urna  parle  da  í-ova  llussia,  principal- 
mente aquclla  tjuo  forma  o  governo  de 
Kherson,  porque  foi  povoada  por  uma  co- 
lónia de  Sérvios  era  175  í. 

SERVJAN,  (geogr.)  cidade  de  França,  2 
léguas  e  meia  ao  NE.  de  Beziors ;  2,2o0 
habitantes. 

SERVIÇAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  adj.  ai.) 
amigo  do  servir,  de  prestar  :  homem  — . 
— ,  que  serve  por  soldada. — ,  capaz  de  ser- 
vir Diz-se  dos  homens,  dos  animaes  edas 
cousas.  Bpstas  velhas,  mas  ainda  scrriçaes. 
C»pa  u  ada,  mas  ainda — . 

SERviciAL,  s.  VI.  homem  que  ganha  a  sua 
vida  a  servir  por  soldada. 

SERvicio,  A,  arlj.  (ant.)  V.  Serviçal. 

SERVIÇO,  s.  m.  (Lat.  seívitium  ,.âe  ser- 
vus,  servo,  escravo,  sérvio,  ire,  servir.)  o 
estado  e  ministério  do  servo,  escravo,  ser- 
vente ou  criado. — militar,  no  exercito  ou 
marinha  nacional.  Ter  vinte  annos  de — . 
Requerer  satisfação  de  — s.  Cativar  os  — s, 
pedindo  mercê  em  remuneração  delles.  — 
de  Deus,  culto,  practica  dos  preceitos  mo- 
raes  da  religião.  — ,  (fig.)  os  vasos  eappa- 
relhos  que  servem,  v.  g.  o  —  da  mesa.-  , 
oíTifiiosidade,  obsequio  aos^^migos;  utilida- 
de, proveito,  préstimo.  Cousa  que  lhe  foi 
de  muito  — .  — ,  o  acto  do  servir,  appare- 
Ibar,  V.  g.  as  colheres,  os  cartuxos,  ctc.  , 
para  a  artilharia.  —  de  villão,  o  que  se  faz 
por  mero  interesse,  e  não  por  generosida- 
de.— ,  (ant.)  donativo  de  v«ssallo,  dom  gra- 
tuito, gradu.  TT-,  presente,  dom,  mimo.  Fez- 
lhe  de  ou  em — ,  mimo  — s,  (ant.)  espécie 
de  tributo,  ou  ónus  de  servir  pessoalmen- 
te, ou  com  dinheiro  para  r*^mir-se  do  ser- 
viço pessoal.  —  ,  bom  oíTicio  ,  acção  útil , 
presente  que  se  faz  a  juiz  para  o  peitar. — , 
lio  jo^o  da  ptíUat  é  o  ultimo  dui  parceiros 


que  serve  a  pella.  — ,  vaso  p^ra  nelle  se 
evacuarem  os  excrementos,  bacio. 

Antigamente  serviço  ^-ra  synonymp  de  do- 
nativo ou  pedido,  z.  g.  as  cortes  fizeram  a 
El-Rei  serviço  de  cem  mil  crusados. 

SERVIDÃO,  s.  f.  (Lat.  serí;iíurfo,  inú.)  ca- 
tiveiro ;  serviço  civil  ou  militar.  — ,  direito 
que  uma  propriedade  tem  de  exigir  serven- 
tia por  outro  prédio  :  —  urbana  ou  rústica. 

SERVIDO,  A  ,  p.  p.  de  servir,  a'lj.  que 
serviu,  ft.'Z  OU  recebeu  serviço  ;  apparelha- 
do,  provido.  Tinha  —  no  exercito,  na  mari- 
nha. Alcsa  bem — ,  de  iguarias  louça,  ap- 
parelhos  e  serventes.  Ser— ,  haver  por  bem. 
Se  Deus  fôr — ,  se  houver  por  bem,  se  lhe 
aprouver    Seja  vossa  mageslade  — , 

SERVIDOR,  s  m.  (Fr.  .^erviíeur.)  homem 
que  serve,  servente,  servo,  criado.  ííwa^.scr- 
tidores,  criada^:  h('je  dizeipos  serrÁdoras, 
— CS  do  azul,  serventes  da  Misericórdia  que 
trazem  lunica  azul.  —  de  damas,  chischis- 
beo.  — ,  vaso  para  os  excrem<^ntos. 

SERVIDORA.  V.  Serra,  Criada. 

SERViEN,  (hist.)  diplomata  francez,  nas- 
ceu em  151)3  morreu  em  16G4.  Concorreu 
[)ara  a  paz  de  Westphalia. 

SERViERES,  (geogr.)  cidade  do  França,  10 
léguas  ao  SK.  de  Tulle  ;  1,500  habitan- 
tes. 

SERVIL,  adj,  dos  2  g.  (Lat.  servilis.)  de 
servo,  de  escravo.  Condição,  estado,  obra 
— .  — ,  profírio  da  condição,  da  baixeza  de 
servo  ou  escravo.  Animo,  acção  — .  Senti- 
mentos servis. 

SERviLiiA,  s.  f.  (de  servo.)  calçado  de  es- 
cravo ou  servo,  sapato  de  coiro  brando  com 
sola  sorvi'ía.  — ,  embarcação  em  que  se  pes- 
ca sardinha. 

SEuviLHEiRo,  s.  fí*  (des.  ciVo.)  O  quo  pcs- 
ca  em  servilho  ou  barco  sardinheiro. 

SERviLHETA,  s.  f.  moça  de  servir  em  ca- 
sa ou  de  porta  a  íóra. 

SERViLHETEiiio,  s.  m.  ídes.  eiró.)  homem 
dado  a  namorar  criadas,  servilbetas. 

SERViLiA,  (hist )  íilha  de  Q.  Scrvilio  Cío- 
pio  e  irmã  uterina  de  Catão  d'Uiica,  ioi 
cazada  com  Juni  o  Bruto,  e  mãe  do  ce- 
lebre Bruto.  Inspirou  viva  paixão  a  Cé- 
sar, o  que  fez  julgar  que  truto  era  filho 
deste, 

servilià,  (hist.)  nome  de  duas  fa;iiillias 
Romanas,  uma  patrícia,  á  qual  pertencem 
os  Priscos  e  os  Caepios ;  a  outra  plebca, 
donde  sairam  os  Casca,  os  RuUor,  e  os  Yas- 
tia. 

SERviLiDADE,  s.  f.  (Fr.  S6rvilité,  Uai.  ser^ 
vililà.)  (t.  usual)  baixeza  de  alma,  disposi- 
ção servil;  (lig.)  exactidão  servil  ou  niiLÍa- 
mente  escrupulosa,  v.  g.&  —  do  tra<lurtor. 

SERViLio  STRUcro  AiiALA,  (hiit.)  genersl 
da  cavallaria  no  tempo  do  diotador  Cincia? 


SEH 


ses 


575 


nato,  em  438  antes  de   Jeiu-Christo  ;    foi 
cônsul  em  427. 

SERvii  IO  c.r.pio,  (hist.)  cônsul  no  anno 
203  antes  de  Jezu-Christo,  venceu  Anni- 
bal,  junclo  a  Crolona.  Seu  neto  Q.  Servi- 
lio  ftopio  foi  cônsul  no  anno  140  antes  de 
Jezu-(>hrislo. 

SERvjLio  VATIA,  (hlst.)  ctiamado  o  Isau- 
ro, pretor  no  anno  8J  antes  de  Jizu-Chris- 
to  ton  ou  a  cidade  d'lsaiira. 

SERVILISMO,  s.  m.  (adoptado  recentemen- 
te do  Fr.  servilisme.)  disfuisiçào  servil,  bai- 
xeza de  sentimentos;  estado  servil,  de  servo. 

SKRviLMENTP,  adv.  {menie  sulf  )  do  modo 
servil,  c<'m  baixeza,  vileza,  com  animo  ser- 
vil. Copiar — ,  sem  ajuntar  cousa  alguma 
ao  tpxto. 

SFRv  NTE.  V.  Servente. 

SKRVio  Tui.Lio,  (hist.)  Vi  rei  de  Roma, 
filho  do  uma  captiva  (d'on'le  so  ori^jinou  o 
seu  nome  Sérvio)  cazou  com  uma  íilha  de 
Tarquinio  o  Antigo,  e  succedeii  a  este  prín- 
cipe em  578  antes  de  Jezu-Christo.  Ires 
vezes  entrou  triíimphanle  cm  Roma  fui  as- 
sassinado em  í)3i  por  ordem  de  Tuilia, 
sua  filha,  e  de  Tarquinio-o-Soberbo,  seu 
genro. 

SÉRVIO  MAURO  HONORATO,  (hist.)  gramali- 
00  do  V  século,  é  conhecido  pelo  seu  Com- 
meutario  sobre  Virgílio, 

SERvioLA,  s.  f.  (naut )  páu  que  sáe  do  cas- 
tello  da  proa  para  os  lados  áó  navio;  ser- 
ve de  afastar  a  ancora  do  costado. 

SERVIR,  V.  a.  [LuL  sérvio,  ire,  áo  Gr.  the- 
rô,  cuidar,  mudado  o  ih  em  s,  ou  thera- 
peiíÔ,  servir,  honrar,  reverenciar,  prestar 
serviços.  V.  Servo.)  prestar  serviço,  empre- 
gar-se  a  pessoa  em  utilidade  de  outrem  li- 
vre o  desinteressadamente,  por  salário  ou 
constrangido,  —  a  Deus,  adora-lo,  dar-lhe 
cu'to. — o  estiado,  no  civil  ou  na  railicia. — 
o  amigo,  dar-lhe,  prestar-lhe  nquiilo  que 
clle  precisa  ou  deseja.  —  cargo,  emprego, 
exercer  as  funoções,  os  deveres  delle  como 
proprietário  ou  serventuário.  —  uma  com- 
menda,  (ant.)  ir  fazer  serviços  militares  pa- 
ra se  mostrar  digno  de  a  desfrutar.  —  a 
mercê,  o  beneficio,  fazer  boas  obras  a  quem 
nos  fez  mèrcô  ou  benotlcio.  —  degredo  ,  ir 
cumpri-lo.  —  ,  favorecer.  O  tento  sercii- 
nos,  era  favorável ;  ou  em  sentido  absolu- 
to. O  vento  sertia,  era  prospero,  favorável. 
—  damas,  gal«ntea-las,  ser  seu  cavalheiro 
servente.  —  o  inimigo  de  tires,  frechadas, 
artilharia,  disparar  contra  eUe. — a  maa, 
guarnece-la  de  toalha,  nraios.  talheres,  igua- 
rias. —  as  peças  de  arnlkaria,  carregar,  dis- 
parar, et**-.  — ,  em  jogos  rarle«dos,  jogar  car- 
,ta  (lo  naipe  jogadt»  pelo  que  é  niã!>. -+— , 
prestar  fervidos,  t>.  ;9.-Mnro  servo  au  cria- 
ÚOi  ou  na  tropa,  na  iLariuha.  — «lerpr^íK 


limo,  utilidade.  Esta  madeira  serve  para  cons- 
trurção  de  navios,  para  móveis.  —  de,  subs- 
tituir, supprir,  fazer  as  vezes,  ©.  g.  — de 
secretario,  interprete,  piloto.  De  nada  ser- 
ve, é  inútil.  O  receio  dos  castigos  serve  de 
intimidar  os  facinorosos.  De  que  serce  a  dis- 
simulação? Isto  vos  serctrá  do  recompensa. 
—  SE ,  V.  r.  fazer  uso,  empregar  ena  uso 
próprio. — de  alguém,  empregar  o  seu  mi- 
nistério ou  préstimo.  —  de  uma  mulher  , 
gozar  delia  carnalmente. — sede  um  instru- 
mento, traste,  animal. 

Syn.  comp.  Servir  para,  servir  de.  Ser» 
vir  para  representa  o  uso  a  que  se  desti- 
na, ou  em  que  se  emprega  uma  cousa.  A 
penna  serve  para  escrever,  os  olhos  ícrter» 
para  ver. 

Servir  de  representa  a  equivalência  de 
uma  cousa  a  respeito  de  outra,  em  cujo 
lugar  se  emprega,  como  so  se  dissesse  : 
em  lugar,  ou  em  vpz  de.  O  chão  lhe  sér- 
vio de  cama,  o  tambor  lhe  serce  de  mesa  ; 
isto  ó  em  lugar  de  cama,  em  lugar  de 
mesa. 

SERVO,  s.  m.  (Lat.  servus,  derivado  de  ser- 
vire,  e  não  vice  versa,  como  querem  os  mais 
dos  elymologistas.  Em  Gr.  therapôn,  sex\o, 
de  thrrô,  cuidar.  Os  antigos  Latinos  diziam 
serfus  e  serfos.)  criado,  servidor,  servente  ; 
escravo;  (lig.)  sujeito  que  ohedece  como  es- 
cravo, tJ.  g.  —  da  cubica,  da  coneupiscen- 
cia.  —  da  pena,  o  que  ó  por  sentença  pri- 
vado dos  seus  direitos  civis.  —  dos—s  de 
Deus  ou  do  ^ficnhor,  titulo  que  toma  o  papa 
nas  bulias.  Sou  seu — ,  formula  obsequio- 
sa. 

SERZiDEiRA,  s.  /".  (des,  cira. )  mulhcf  quo 
trabalha  em  serzir. 

SERZibO,  A,  p.  p.  de  serzir. 

SERZiDURA,  s.  f.  O  trabalho  de  serzir;  a 
obra  feita  serzindo. 

SERZ  R,  «.  a.  (do  Fr.  íwr/ííer,  cozer  bor- 
da com  borda.)  cozer  duas  bordas  de  pano 
com  pontos  repassados  do  ria odo  que  se  não 
veja  a  costura. 

sesac,  (hist.)  chamado  também  Sesenchis 
ou  Sesoncorhís,  rei  do  Egypto,  que  reinou 
desde  980  até  950  antes  de  Jezu-Christo. 

SESÃo.  V..  i^azào  ou  Sasão, 

SEsiÍGA,  s.  f.  o  solo,  o  chSo  onde  assen- 
ta ediíieio  ou  está  pegada  a  arvore.  «  Ven- 
dou o  castanheiro'com  sua  — .  Elucid. 

SESELi,  $.  m.  (Lat.  seselis.)  nome  de  uma 
planta. 

SESERiGO,  s.  m.  V.  Seséga.  ' 

9ESG0,  A,  adj.if>ast.  í^í^o,  obliquo,  tor- 
to.) V.  í<»7CÍí/o. -*,  plftctdo,  sereno.  «So- 
bre a  "^  corr*ntèRde«^'rie.  <>  Naufr.  de  Se- 
pulv.  Mor.nes  inclin»  a  crer  qnè  (tode  sigid-^ 
iícar  torcide,  to  tíioífl:  sefceòbtí»,  mas^em 
GwtókfiQW  tíMDiíeiB  tP«n  ia  awepçàé^^-«w*? 
144  * 


576 


SES 


SET 


reno,  quieto,  e  cmo  sercontracçSodftsocí- 
^íarfo,  anl.  sesxegado,  aesseqo. 

SESiA,  (geogr.)  Sf piles,  rio  dos  Estados 
Sardds,  sae  do  monte   Hosa  e  cae  no  ló. 

SERMA  ou  SEXAIA,  $.  f.  [seís,  a  (le<^.  vem 
de  manvs,  mno.)  a  sexta  parte,  v.  g. —  da 
vara.  Lma  —  de  pano. 

SESMAD\  A.  p.  p.  desesmar;  a^/;.  repar- 
tido rm  porções. 

SESMAR,  t)  a.  (do  Fr.  anl  sUmater,  di- 
vidir, spparar;  do  (\r.  skliiimn,  separação; 
skhizô,  cortar,  sppnrar,  dividir  )  paríir  di- 
vidir, e  distribuir  terras  incultas  a  colonos  ; 
(fig.)  repartir.  Km  sentido  absol.  diz-se 
jocosamente  de  i  quem  se  apartou  :  ses- 
utcri, 

SESMARIAS.  $.  f.  fdes  oria  ]  terras  mani- 
nhas, incultas  que  se  íiistrihuiam  a  colonos 
ou  a  cultivadores,  e  se  lhes  demarcavam. 
Também  se  usa  no  singular,  v.  g.  dar  so- 
maria. 

SESMKíRO,  s.  m.  fdes.  ei^n.)  o  que  tem  a 
seu  cargo  distribuir  as  sesmarias. 

SFSMo  ou  SEXMO,  s.  ffi.  {V.  Sesma  )  a  sex- 
ta parte. 

SKSMo  ,  s.  m.  (em  Cast.  significa  marco, 
linde.)  terra  onde  ba  sesmarias,  terra  in- 
culta <lAda  a  alguém  para  a  ciiltiv,ir. 

sEsoNCHis  ou  SEsoiscíiosis,  (hist.)  uome 
de  muitos  reis  do  F.gypto,  o  mais  impor- 
tante é  conhecido  com  o  nome  do  Sesac. 

SESOSTRIS  fU   RAMSl^S  SF.SOSTRIS,    (hisl  )  O 

roais  celebre  dos  reis  do  rgypto,  lilhod'A- 
menophis-HamsPs,  reinou  d^  1565  até  1  V.ll). 
Conquistou  a  Kthiopja,  a  Judeia,  a  Syria, 
a  Assyria  e  a  Media. 

SESQuiAi.TERA,  adj .  (do  Lat.  seaqui,  unr, 
e  meio.)  Proporção  — ,  (mus.)  que  contôra 
outra  e  uma  vez  e  meia. 

SESQuiPEDAL  adj  dos  2  g.  (Lat.  sesqui- 
pedalis  )  que  tem  pé  e  meio  de  longo. 

«ESSA,  ígeogr  )  Swc«m  Áumnca,  ciJade 
do  reino  de  Sapoles,  1)  léguas  ao  NO.  de 
Capua  ;  4,000  habitantes. 

SESSÃO,  s  f  (Lat  sexsio,  onís.)  o  tempo 
que  duram  as  deliberações  de  uma  junta, 
congresso,  corporação,  tribunal.  A  —  das 
cortes,    congresso^  parlamento. 

sessAR.   V    Sassar,   Peneirar, 

SESSEGA,  s.  f.  (ant.)  V.  Socego. 

8ESSEGAR,  /^ant.)  V.  Socegar. 

SESSEGO,  (ant  )  V.  Socego. 

SESSENTA,  adj .  dos  2  g.  numeral  (do  Fr. 
soixanle,  alterado  do  Lat.  sexaginta)  seis  de- 
zenas, seis  vezes  dez. 

SESSO,  s  m.  (do  Lat  sessum^  sup.  de  se- 
deo,  ere,  sentar)  o  anus :  «  lhe  raetleram  um 
caluete  pelo — ,  que  lhe  saiu  pelo  toutiço.  » 
F.  Mendes  Pinto. 

SESTA,  s.  f.  (áe  sexta,  hora  do  dia  conta- 
do oousoLdiino)  hora  do  meio  dia*  ^mo- 

*  n'- 


sa  no  estio,  em  qne  os  homens  e  o  gado  se 
deitam  a  dormir  d«'pnis  deter  comido. 

sésTF.AR,  V  a.  (sesta,  ardes  iof )  levara 
lugar  fresco  abrigado  do  sol,  para  dormir 
a  sesta:  —  o  gado.  — ,  ».n.  dormir  a  ses- 
ta, passar  a  hora  calmosa  á  sombra. 

SRSTEIRO,  s  m.  (t.  da  Beir«  (do  Fr.seíier) 
medida  de  tres  ou  quatro  alqueir.^s.  Bento 
Pereira  diz  que  é  peso  dearr»t»*l  e  meio. 

SESTÉRCIO,  s.  m.  (..at  neatertium)  moeda 
rom-^na  de  prata  de  diversos  valores ;  moeda 
ideal ;  (fig  )  — .?,   poir  o  dinheiro. 

SKSTO.  s.  m.  (do  Ital.  seíío)  (ant.)  ordem, 
medida,  regra. 

SE<5T0,  erro  que  se  encontra  em  edições 
dos  autores  antigos  por  festo  :  a  — ,  em  vez 
de  a  festo.  V.   Festo. 

SF.STO,  s.  m.  V    Sistro. 

SESTRI-D1-LEVANTR,  (geogr.)  Seqesto  Ti- 
guliorura.  cidade  dos  Estailos  Sar-loslOle- 
ííuas  ao  SE.  de  Génova ;  3,50i)  habitan- 
tes. 

SESTRi-Di-PONENTE,  (geogr  )  cidade  dos 
Estados  Sardos,  légua  emeia  ao  O.  de  Gé- 
nova ;  2.400  habitantes, 

SESTos,  (geogr.)  Itovalli-Kalessi,  cidade 
da  Tbracia,  sobre  o  liellesponto,  defronte 
d'Abydos. 

SESTRO,  A,  aij.  (do  Cast.  deriv.  do  Lat.  «[- 
niftter)  esquerdo.  A —  mão,  — agouro,  si- 
nistro, mau. 

SESTRO,  s.  m.  manha  de  besta,  má  ma- 
nha, mau  habito;  mau  ou  sinistro  conse- 
lho ou  parecer. 

SESTRoso,  A,  a^y.  (des.  050)  que  tem  ses- 
tro, manha,  que  toma  más  resolurões,  que 
segue  maus  conselhos. 

SESTRUOECK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia, 
6  léguas  e  mnia  ao  M).  de  S.  Fetersbur- 
go  :   1,200  habitantes. 

SESTRUOso,  A,  adj,  (V.  Scstroso)  manho- 
so. 

SESUDAMENTE,  adi),  com  sisudeza. 

SESUDO,  A,  adj.  V.  Sisudo. 

SETA  011  SETTA,  s.f.  [lai.  sagiíía  Court 
de  Gébclin  deriva  este  vocábulo  dorad.ac, 
ak.  ou  aq  que  significa  pon'aem  Lat.,  Gr  , 
e  muitas  (miras  lin^Mias,  sendo  o  s  prefixo 
subslituido  á  aspiração  Grega  de  aA;^,  ponta. 
Egypcio  çat,  ccí  ou  cií,  significa  arreme-sar* 
lançar,  e  cote  ou  çoihnef,  setta  ;  foí,  enefe, 
ferir)  frecha  qne  se  disi>ara  cone  areo  ;  (fig.) 
cousa  ou  palrtvra  que  fere  «penetra.  Agu- 
das — s  degelada  chuva.  — s  da  luz  do  sol. 
-idos  olhos;  — de  dor,  de  fogo,  de  amor, 
ódio,  mortes.  Expressões  figuradas  e  poéti- 
cas —  de  rehgio,  ponteiro,  mào.  Seta, 
uma  constellação  próxima  á  Via  láctea  e  á 
Águia. 

sÉTADA,  «.  /.  (des.  ada)  golpe  com  seta 
disparada  < 


8ET 


8ET 


S77 


SE-TCHiou,  (geogr.)  ci'lndecla  China,  50 
léguas  «o  NK.  de  lIouei-yHng. 
,  SE  TCHiNG,  (^e^>g^  )  Cidade  da  China,  ca- 
pital de  província. 

SK-TCHEusu,  (geopr.)  província  Occiden- 
tal da  China,  luiiilada  pelo  Thibet,  pelo 
Cheu-si,  pelo  Xoupe. 

SftTR  ou  SKTiE,  adj .  fiumeral  dos  2  g. 
e  s.  m.  {Lai.  se.filem,  {\r.  fiefita,  Ver^a  heft, 
Sanscr.  septa^  Chaldnico  e  Hebraico  xehet, 
tg}'pc  xaxf.  Creio  queequiv^íje  a  .vciv  c  «m, 
du  tgypc.  xext,  seis,  e  oua,  um)  seis  mais 
um,  r,irico  e  dfiis.  —  vozes.  O — ,  o  algaris- 
mo qu(3  ligiira  esle  numero.  -»-  é  ponto,  os 
Ires  —  í,  nomes  de  jogos.  —  e  lerar  (do  Fr. 
íepi  et  le  va),  parada  do  jogo  da  banca  im- 
meiliat.H  ao  parohrn,  e  em  que  o  pnntii  ar- 
risca a  primeira  parada  e  o  ganho  lodo  d'ella 
e  tia  segunda.  Fazer  —  levar,  de  levar,  ou 
—  a  Itívar. 

sete-Casas,  s.  f.  pi.  casas  em  que  so  ar- 
recadavam os  direitos  sobre  genenisda  lerra 
que  entram  para  o  consumo  de  Lisboa.  Al- 
fandej?a  das  — . 

SETE  ANNos  (guerra  dos),  (hist.)  guerra 
europea  que  começou  em  175G,  e  acabou 
em  1763,  teve  por  cauza  ociume  da  Áus- 
tria, que  via  ellcvar-seao  ?i  da  Allemanha 
uma  potencia  rival,  e  que  queiia  retomar 
a  ^llei>ia  da  qual  a  Prússia  se  linha  apo- 
derado. 

SETE-CABOS  (os),  (geogp.)  OU  Bugaroni, 
cabo  de  Algéria,  ao  N.  de  Constantina. 

SBTK-CíiEFKS,  (hist )  Home  dado  aos  sete 
príncipes  que  parliram  para  a  primeira 
guerra  de  Thebas,  guerra  empreendida  pa 
ra  restabelecer  Tol^nice  no  ihrono  de  The- 
bas. Os  sele  chpf*s  eram  Polynice,  Adras- 
to,  Tyses,  Amsíhiarao,  llip[>omedon,  Par- 
Ihenopeo,  Capaneo  ;  moireram  todos  á  ex- 
cepção de  Adrasto 

SETE-COMMUNAS,  (geogr.)  Sette-CommU' 
ni.  Kra  as5im  cbaniada  uma  pequena  re- 
publica d'lt6lia,  no  meio  dos  Estados  Ve- 
nezianos da  trrra  íirmo,  desde  Benta  e. óp- 
tico alé  aos  montes  Maroslica,  e  de  S.  Mi- 
guel; JO.OOO  habitantes.  Capital  Asiago. 

SETE  ILHAS,  (geogr.)  sele  pequenas  dhas 
na  Custa  do  depa  na  mento  francez  das  Cos- 
tas do  Norte,  na  Mancha. 

SETKCENTos,  AS,  ajj.  sets  centeoas,  sete 
vezes  cem. 

SETE  ESTRELLO,  «.  tti.  O  — ,  fls  Pleiades. 

SETEIRA,  s.  f.  aberta  estreita  no  muro  das 
foFlilicações  antigas  enas  naus,  por  onde  so 
enliavain  os  tiros  das  setas. 

SETELERAu,  s.  m.  (origeiu  incerta)  panno 
grosseiro  de  encapar. 

StTE    LEVAR,    S.    m.    V.    SctC. 

SETEMBRO   OU  SEPTEMBRO,    t    m.    (Lat.  Síjp- 

tMnòôr)  o  septimo  mez  do  anno  primitivo  ro- 


raano,  e  o  nono  do  anno  reformado  e  do  nos- 
so   Seguo-se  a  Agosto,  e  precede  Outubro. 
SETKMRZiNiio,  A,  ãdj .  uascido  no  septiuQO 
raez.  Criança  — 

SETKMPLICE  OU  .SEPTEMPLICE,  adj.      (Lat. 

setentplet,  irAs)  sele  vezes  dobrado. 

SETKNo,  A,  adj.  (do  Lat.  .ve/)í8/»,  setft)  se- 
ptimo.  O  — ,  s.  (med.)  o  dia  sele,  re[»uta- 
do  critico  n.is  febres. 

SETENTA,  adj.  numeral  dos 'i g .  (Fr.  ant. 
seplante,  do  L/if.íe/yíaar/inía)  sete  dezenas, 
sele  vezes  dez. 

SETENTA  (versão  dos),  (hist.)  traducção 
grega  do  Antigo  Testamento  fei»a  debaixo 
«los  auspícios  do  sanhedrin  judeu  do  Egy- 
pto,  que  era  compnslo  por  setenta  raeui- 
bros. 

SET  NTRiÃo.  V.  Septentrião. 

SETENTRIONAL.  V.  SeptenlrionãL 

SETH,  (hist.)  terceiro  (ilho  de  Adão  e 
Eva,  nasceu  no  annodo  munHo  130.  Subs- 
tituiu Abel,  de  quem  teve  todas  as  virtu- 
des. 

SETHIA,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de  Csn- 
dia,  20  léguas  ao  SE.  de  Cândia  ;  1,2jO  ha- 
bitantes. 

SETHos  ou  sETnoN,  (hist.)  rei  do  Kfjypto, 
primeiramente  summo  sacerdote  de  Fia  em 
Mempbis,  subiu  ao  throno  no  anno  713  an- 
tes de  Jezu-Chrislo 

SETiÁ,  s  f  (t.  Asiat.)  embarcação  peque- 
na da  Ásia 

SETÍ4,  s.  f.  (do  Lat.  siíw/a)  cano  de  madei- 
ra que  leva  a  agua  aos  cubos  da  roda  do.ç 
engenhos  movidos  por  agua. 

SETiA,  (geogr.)  hoití  Sezza,  cidade  do  La- 
cio,  perlo  de  Uteus  e  dos  Pântanos  t'onli- 
no.s,  outrora  afamada  pelos  seus  vinhos. 

SETiAL,  s.  m.  as5enio  ornado  que  se  põe 
nas  igrejas. 

SET  F.  (g'^ogr.)  Sitifis,  cidade  da  Algé- 
ria, 30  loguas  ao  O  de  Constantina,  Sobre 
as  fuinas  da  antiga  Sitiíi. 

SETiFERO,  A,  adj,  (Lat.  seta)  sedeúdo.  Por- 
co javali  — . 

SETiGERO.  V.  Setifero. 

SRTiM,  s,  m.  {Fr.saiiii,  do  Lat.  seta,  se- 
da) tecido  de  seda  lizo  e  lustroso.  Pau  — , 
madeira  do  Brazil  que  recebo  um  bello  po- 
lido:  chama-se  na  lingua  dosindigenaspc- 
quiá. 

SÉTIMA,  s.  f  sele  cartas  do  mesmo  me- 
tal —  maior,  na  musica,  contém  cinco  to- 
nos, e  uraseraitono  maior.  — menor,  con- 
têm quatro  tonos,  o  dons  semilonos  maio- 
res. 

SÉTIMO,  A,  adj.  ordinal,  que  occupa  o  lu- 
gar que  se  segue  ao  sexto.  O  — ,  s  a  sep- 
tima  parte. 

SETiMo-sE^^ERO,  (hist )  L.  Septimius  Se- 
verus,  imperador  romano,  natural  da  Lys- 
145 


678 


SEV 


stv 


tis  na  Africa, foi  successi vãmente  advogado  do 
fisco,  senador,  cônsul,  e  por  morte  de  Poliax 
era  .193  foi  proclamado  imperador  pelos 
soldados,  ao  mesmo  tempo  qne  Didio  Ja- 
lianno,  Albino,  e  Pisceniiio  Níger;  obrigou 
o  primeiro  a  rennunriar  fio  ihrono,  reco- 
nheceu o  segundo  por  collega,  e  venceu  o 
terceiro,  depois  vctltou-se  contra  Albino  e 
o  fez  morrer  em  1  yão. 

SETiM )  spRENo,  (liist.)  pocta  Ifllino,  com- 
Icmporaneo  de  Domiciano.  Descreveu  os 
trabalhos  e  os  praseres  do  campo  nos  s^ius 
Opuscula  ruralia. 

SETiNADO,  A,  p.  p.  de  setinar ;  adj,  a  que 
SB  deu  O  IJzo  o  polido  dosetim. 

SETiNAH,  V.  a.  {selim,  ar  des.  inf.)  dar 
oluslro  de  selim,  v  g  — o  papel,  h' termo 
novo  e  indispensável  para  verter  o  Fr.  ícíí 
ner. 

SETiUM,  ^g^ogr  )  chamada  também  Sctie- 
ua,  o»  Setivsmons,  cidflde  da  llallia  INar- 
boneza,  hoje  Cette. 

SF.TLEDJE,    SF-TLDJE     OU     GIIARRA.    (gCOgr.) 

0  Ifyfívdrvs  dos  «ntigos,  rio  da  Judeia, 
cae  nus  lagos  de  Uaonauede  Chnn-i>arova- 
ra,  cae  no  Djelem. 

SETO,  s.  m.  vem  em  Tenreiro,  Itiner.,  cap. 
3:  Jotas  de  — .  Talvez  seja  seda. 

SETOURA,  s.  f  (do  Lat.  seges,  tis,  seara) 
fouce  de  segar  searas  ou  feno. 

SETRA,  s.  f.  V.  Cetra. 

SFNRINA,  s.  f.  (alterado  de  sestro)  (anl.) 
teima,  sestro. 

SETRO.  V.  Sceptro. 

SETUAL,  s.  m.  (ant.)  V.  Setial, 

SETURAL  ou  SETUVAL,  (goosr.)  a  maisim- 
porlante  villa  de  Portugal,  tanto  pela  sua 
f*liz  situação  como  pelo  feu  commercio,  O 
léguas  ao  SE.  de  Lisboa  ;  17,000  habitan- 

tCi. 

Sfu,  pronome'possessivo  m.  (I.at.  snvs, 
de  sni,  ou  se,  si,  que  croio  vir  do  Egypc. 
Aí',  tomar,  ou  foh,  atiirigir,  tocar,  e  ho  ou 
ovoi,  pessoa)  dVlle,  d'ella.  d'elles,  d'elias, 
poFsuido  por  el'o,  elia,  ellcsouellas.  O  seu 
filho,  a  sua  es  bens.  Os  antigos,  para  evi- 
tar o  equivoco,  fjuntavam  a  Seu  d'ella 
t).  g  «  Contratou  <sle  casamento  Kl-Rei  D. 
João  líl  com  o  duqne  1)  Theodosio  o  sfu 
irmão  d'cl(a.  »  de  D  Isabel  de  Bragança  Ho- 
je omittiriaraos  seu,  o  que  é  mais  correcto 
e  não  deixa  equivoco  Seu  por  eHipse,  ter, 
haver  Tinha  de  —  posstiia.  De  — ,  (ant) 
de  {-'],  por  si,  de  seu  natural,  v.g.  «  os  tra- 
balhos sem  os  chamarem  de  —  se  ve»n  por 
—  pé.  »  De  — ,  (ant  )  subentendido  rogar, 
descansadamente,  devagar  lie  —  esljl,  ou 
de  —  se  está,  locuções  anl>gas,  é  ou  está  cla- 
ro,  palpavnl    manifesto 

SEVADRíBA.  s.  f   V.   Cevodeira. 

sByAHouA,  *.  f,  (CoTarruviag  o  deriva  de 


sapo,  ediz  quft  é  quasi  sapandija)  verme, 
bi<d)inho  immundo  ;  (fig.)  homem  de  baixa 
estoíT.i,  vil,  desprezível. 

sevanduado,  a,  f'.p.  desevandijar ;  adj, 
tratado  com  indecencia.  Tinha-se — ,  falta- 
do ao  decoro,  v.  g.  tratando  com  gente  vil. 

SEVANDiJAR,  v.a.  sevandija,  ard»^s.  inf.) 
tralí-ír  com  indecencia,  faltar  ao  decoro. — 
SE,  V.  r.  haver-se  indecorosamente. 

SRVAKDii  iiA,  s.  /.  V.  Sevandija. 

SEVAR.  V.   Cerar. 

SEVE.  V.   Selie. 

SEVF,  s.  f.  (Ff.  sèce,  do  Lat.  sapa  ;  rad.  o 
mesmo  de.çuccuí,  sueco,  eorbo''  on  arhor, 
arvore)  (lx)t )  o  sueco  nutritivo  das  arvores 
o  plantas,  seiva. 

SF.vR,  s.  m.  {á^\ng\.  scven,  sete).  O  — , 
jogo  de  dados,  chamado  também  scíc  d  pon- 
ío. 

sEVEnAC  ,  (gengr.)  cidade  de  França,  a 
G  lí-guas  ao  N.  de  Milhau ;  1,HC0  habi- 
tante?. 

SEVERAMENTE,    adv.    (wCM/eSuff.)    COm  SC- 

veridade,  com  rigor. 

SF.vERiA,  (gpngr  )  nome  dado  na  idade  me- 
dia a  uma  região  da  Rússia  central,  banhada 
pelo  Derna,  e  que  compreendia  Tchernegiv, 
Novorogod-Sever.sikov,  etc.  Devia  o  nome  a 
uma  tribu  de  Sabires  ou  Seteros. 

SEVERIDADE,  s.  f.  (L&t.  setcritas,  tis)  ri- 
gidez, rigor;  seriedade  grave  de  pe?soa  au- 
íorisada,  ou  de  mestre.  A  —  das  leis 

Syn.  comp  Severidade,  rijor.  X  severi- 
dade acha-se  principalmente  no  modo  de 
pensar  e  de  julgar  ;  o  rigor  no  modo  de 
castigar.  A  primeira  condemna  facilmente 
som  admitir  escusa  ;  o  segundo  nem  sua- 
viza a  pena,  nem  perdoa  cousa  alguma. 
Diz -se  semblante  setiero,  fronte  severa,  e 
Vieira  diss«  scrcra  majestade,  porque  as- 
sim se  indica  a  severidade  do  animo  ;  e  o 
adjectivo  rirforoso  não  se  poderia  usar  em 
taes  casos  com  igual  propriedade.  Diz-se 
80  contrario  ovigor  úo  le.iipo,  do  inverno, 
etc  e  não  se  pôde  dizer  severidade,  por- 
que DUO  é  cousa  que  exista  no  animo,  se- 
não que  se  experimenta  no  corpo. 

Á  severidade  oppõe-se  a  equidade  ou  a 
indulgência  ;  ao  rigor  oppõe  se  a  brandu- 
ra,'e  nos  príncipes  a  clemência. 

SEVER,  fgftogr.)  rio  do  Toi^tugal,  «iji^.rt- 
mo  principal  nasce  perto  de  Alegrete  ni- 
serra  de  S.  Mamede  no  Alemitejo,  e  outro 
na  Estremadura  hesp.inhola,  corre  de  Ã.  a 
N.  onde  servo  de  reia  a  Porugal  poç espaço^ 
de  O    léguas.  ■■    '<>  'i  'ni^r»'-, 

SEVER,  fgeogr.)  villa  dePorlugaí,  8  léguas 
distante  de   Vizeu  ;  6110  habitantes. 

SEVhRiM  DE  FAKiA  (Manuel),  (hist.)  douto 
antiquário  .  e  eseriprtwr  pof-tuguez,  nasceu 
Da  oidado  do  Lisboa  em  15(8^^  a  faile^eú 


.V  V 


SEY 


8E1^ 


na  de  Evora  em  1GG5  Foi  chantre  e  cóne- 
go da  Sé  de  Evora  ,  doutor  pela  universi- 
dade de  Coimbra,  e  goznu  duranle  a  sua 
vida  de  grande  cri  dito  entre  os  sábios  seus 
conlem[)oraneos,  e  da  geral  estima  de  seus 
concidadãos,  para  o  que  concorria  o  sou  sa- 
ber, a  cantiura  e  modéstia  do  seuciracter. 
e  o  digno  emprego  de  suas  rendas  ou  em 
actos  de  caridade,  ou  em  livros  e  antigui- 
dades, facultando  a  todos  os  seus  conheci- 
mentos e  escolhida  lubliolheca.  Deixou  uma 
immerisid.ide  de  escriplos  históricos,  genea- 
lógicos rt  haraldicos,  qu(5  o  classilicam  um 
dos  g-^andes  poIygra(ihos  da  sua  época.  No- 
tam-sH  iMUro  ellijs  :  Dixcursos  vanos  politi- 
cos.  Noticias  de  Portugal,  Origens  de  tolos 
os  apptUídos  e  armas  das  famílias  nohrei 
do  reino,  Moedas  que  correram  ve^(a  Pro- 
víncia do  íempo  dus  Romanos  alé  ao  pre- 
sente, Prompiuario  espiritual  e  exemplar 
de  virlmies. 

SEVEHiNo,  (s.)  nome  de  muitos  sauctos  ; 
os  ppincipaessãí) :  Severino  abbade  de  Mau- 
ricio  em  Valttls,  morreu  em  5''8,  festeja- 
do a  11  de  fevereiro  ;  S.  Severino,  piedoso 
solitário,  morreu  em  5)5;  é  festejado  a  24 
de  novembro. 

savERissiMAME.ME,  ado  svperl.  de  severa- 
mente. 

severíssimo,  a,  adj.  superl.  de  severo. 

SEVERN,  (geogr.)  Sarernc,  em  Latim  la- 
trina, 0  maior  rio  d'lnglalerra,  nasce  no 
paiz  de  Galles,  e  entra  no  canal  de  Bris- 
tol. 

SEVERO,  A,  adj.  (Lat.  scterus  Court  de  Gé- 
belin  o  deriva  A^verus,  no  seu  sentido  pró- 
prio, claro,  luzente,  brilhante,  límpido,  e 
de  ss,  prelixo  privativo,  sem,  eajunia  que 
exprime  o  ar  turvado  do  homem  severo.  l*a- 
rece-me  extravagante  tal  origem,  e  creio  que 
o  termo  tem  outra  mui  diversa.  O  se  nãoé 
prefixo  enão  denota  privação  ;  o  termo  vem 
de  íorçwí,  fero,  irritado,  carrancudo,  e  os, 
ori.s,  fftce,  semblante,  owreor,  julgar)  rigi- 
do,  rigoroso,  áspero  em  punir,  em  repreen- 
der. Lei — ,  que  impõe  penas  rigorosas.  Cas- 
tigador — ;  semblante — ,  que  indica  a  se- 
veridade do  ani-iio. 

Syn.  comp.  O  senhor  D.  F.  de  São  Luiz, 
adopiando  a  etymolfgia  de  ilébelin,  diz  que 
severo  exprimo  um  (juasi  apartamento  ou 
destio  da  verdade,  e  ajunta  que  tale  a  for- 
ça da  partícula  se,  e  dá  por  exemplo  sedu- 
zir, etc.  Ora  é  incontestável  que  seducere, 
Lat.,  ó  conduzir  comsigo,  e  qun  o  senão  é 
privativo.  De  tal  errada  origem  não  éra  pos- 
sível deduzir  com  «certo  a  differença  entre 
severo  e  rigoroso.  5ecero  refere-se  á  pessoa 
que  mostra  severidade  ;  rigoroso  designa  os 
autos  d'tílla  e  o  eíT-jilo  d'eiles,  o.  g.  o  juiz 
é  sovcroi  e  o  castigo  rigoroso*  Por  isso  se 


não  pôde  dizer  semblante  ri/yoroío.  —  mas 
clemtntc,  ftias  não  s»í  pode  dizer  rigoroso 
mas  clemente.  V.   Itigor,  Rigoroso. 

SKVKBo ,   Vibius  ou   Libius  Severus,   um 

I  dos  últimos  imperadores  do  occidonte.  foi 
proclamado  pelas  legiõisda  lllyvia  em  461; 

I  morreu  em  4t)tí, 

1      .SEVERO,  (hisl  )  Flacíns  Valerius  Scrcru.9, 

j  lllyrío,  foi  nomeado  César  por  Dioclecisno, 
o  Augusto  por  Galerio,  em  306  ;  matou  se 

I  em  34»7. 

sevícia,  s  /".(Lat.  S(BDÍtia,(\QS(Bcus,  adj. 

je  seoio,  ire)  crunl  iade  ferina;  mau  trata- 
mento que  o  marido  faz  á  mulher,  o  pai  aos 
lilhos,  A  —  d )  lyranuo.  Dar  — s,  sentença 
de  separação  por  motivo  de  sevícias  do  ma- 
rido á  mulher. 

^  SKviCfAn,  V  a.  {setíria,  arátís.mi.)  mal- 
tratar, o  marido  a  mulher,  o  pai  ou  mãi 
os  filhos. 

SEViGNÉ,  (hist.)  escriptora  franceza  nas- 
ceu em  1G2H,  morreu  em  1696  É  muito 
conhecida  pelas  Car/a?  que  escreveu  quau- 
do  t-íve  de  aíFdslar-se  de  uma  filha,  que 
muito  estimava. 

SEViLUA,  (geogr.)  Hispaliset  Júlia  Romu- 
la  dus  antigos,  cidade  e  porto  d'llesprínha, 
capital  dl  intendência  de  Sevilha,  9i  lé- 
guas ao  SE.  de  Jladrid  ;  100, OOJ  habitan- 
tes. 

SEVII-HA-DEL-ORO   OU  M^CAS,    (gCOgr.) //tí- 

palls  Áurea,  cidade  da  Nova  Granada,  na 
província  de  Quixos-e-Macas,  Hh  léguas  ao 
.NE.  de  Cuença. 

SEviN,  (hist.)  philologo  francez,  nasceu 
era  1G82,  morreu  em  17 il,  fui  enviado  a 
Constantinopla  para  procurar  manuscriptos, 
redigiu  o  1."  v:)lume  do  catalogo  dos  ma- 
nuscriptos. 

SF.vissiMO,  A,  adj.  sujcrl.  de  sevo. 

siívo.  A,  adj.  (Lat.  sa-vus,  que  Court  do 
Gí^belin  deriv.  de  za  ou  zae,  Ímpeto.  Em 
Egypcio  skliicí  significa  atormentar)  cruel 
que  maltrata,  faz  sevícias,  que  castiga,  pu- 
ne, se  vinga  com  violência.  — s  tyrannos. 

SEVO  s.  in.  (Lai.  sebum  ou  sevum.)  V.  Se- 
bo. 

SEVoso.  V.  Seboso. 

ssvKE,  (geogr.)  Suare^iria,  nome  de  dous 
rios  de  França;  o  1.°  Sevre  Nantez,  nas- 
ce no  departamento  dos  Dous  Sevres,  ecae 
no  Loire,  em  Nantes;  'I.'^  o  Setre  Niortcs, 
nasce  no  Departamento  dos  Dous  Sevr^s. 

SEVRES  (departamento  dos  Dous),  (geogr.) 
departamento  francez,  limitado  pelos  do 
Maine-e-LOÍre  ao  N.  Charente-lnferior  ao 
S.  Vendea  ao  O.  VíennaaE.  capital  Niort ; 
oO:>,<  00  habitantes. 

SEVRss,  (gecgr.)  cidade  de  França,  2  lé- 
guas e  meia  ao  S0«  de  Paris ;  3,U7U  ha- 
bUautes. 

145  « 


58o 


SEX 


SEZ 


SBVSK,  (fj;eogr.)  cidade  da  Rússia  Euro- 
pea,  M)  legaas  ao  SO.  d'Orel ;  5,U00  ha- 
biiflntes. 

SRWA-DJY,  (hist.)  fundador  do  império 
dos  Mahraltas,  nasceu  em  Baçaim  em  1B28, 
morreu  era  168í). 

SEXTfAE  (Aquae),  fgeogr.)  hojo  Aix  ^  ci- 
dade da  (ialiia  (>"salpini.  7  léguas  no  N. 
de  Maasilia,  foi  fundada  por  C.  Seito^Cal- 
vino  no  anno  123  antes  de  Jesu-Chrislo. 

SEXAGENÁRIO,  A,  adj .  (l.at.  sexagenavius) 
que  tem  spssenta  annos.  Divisão — ,  de  um 
numero  ou  todo  em  sessenta  part<ís. 

sf,xagr<5ima,  s.  f.  (Lat.)  a  oitava  dominga 
antes  da  Paschoa. 

SEXAGÉSIMO.  A,  adj.  (Lat,  sexagcsimus]  or- 
dinal, que  na  serie  vem  logo  depois  de  qnin- 
quagesimc  anno. 

SEXCENTESIMO,  A,  ã-fj.  Ordinal  (Lat.  sex- 
centesimus  )  correspondo  ao  numero  seis- 
centos. 

SEXENNío,  s.  m.  (Lat.  sexennium.)  espaço 
de  seis  annos. 

SEXUA,  SEXMO    V.  Seuma,  Sesmo. 

Skxo ,  s.  m.  (pron.  sécso  :  Lat.  sexus,  e 
ant.  secus,  do  sup.  sectum,  dftsccarc,  cor- 
tar, porque  exprime  a  separação  dos  órgãos 
masculinos  e  femininos  que  se  achara  uni- 
dos em  muitas  ordens  de  animaes,  e  no  maior 
numero  de  vf>getaes  )  a  organisação  que  dis- 
tingue os  animaes  machos  das  íêujeas  de 
ca^a  espécie.  O  hcllo  — ,  as  mulheres. 

sexquiai.teka.    V.  Sesquialtera. 

SFXTA,  s.  f  a  sexta  hora  ;  a  hora  canó- 
nica entro  a  terça  e  a  nona, — ,  na  musica; 
—  maior,  que  conlôm  quatro  tonos,  e  um 
semi-iono  maior  ;  —  menor,  que  contê.L  três 
tonos,  e  dous  semitonos  maiores  — ,  no  jo- 
go dos  centos,  seis  cartas  segui  las  do  n^es- 
mo  naipe.  —  fei^a  da  paixão,  ou  de  endocn- 
ças,  a  da  semana  santa. — ,  na  dansa,  três 
batutas  no  ar  de  um  pó  contra  o  outro: 
passar  uma  — . 

SEXTARio,  s.  m.  (Lat.  sextarius.)  a  sexta 
do  congio,  medida  romana  para  líquidos  e 
seccos. 

SEXTA vAoo,  A,  adj.  que  tem  seis  faces,  e 
seis  ângulos. 

SEXTEiRO,  s.  m.  a  sexta  parte  de  um  moio 
de  gião. 

SEXTERCfO.  V.  Sestércio. 

SEXTiL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  sextilis.)  As- 
pecto —  ,  (astr  )  é  a  distancia  de  sessenta 
graus,  em  que  um  planeta  está  do  outro. 

SFXTiLMA.  V.  Sexluia. 

SExriNA,  s.  f.  composição  poética  em  es- 
tancias de  seis  versos. 

SKXTio  LUTERANO,  (hist.)  primcifo  consul 
plebnO,  enlrou  no  cargo  com  um  patricio 
no  anno  366  antos  de  Jezu  t^hristo. 

SEXTio  CALTiNo,  (hist.)   consul   no   anno 


1M  antes  do  Jezu-Christo,  depois  procon" 
sul  da  liallia  em  1?3. 

8EXTI0,  (hist.)  qiiestor  do  con?ul  C.  An- 
tónio no  anno  62  antes  de  Jczu-(Uiristo  con- 
correu para  a  victoria  de  Pistola  sobre  Ca- 
tilina. 

SEXTO,  A,  adj.  ordinal  (Lrt.  sextus.)  que 
na  serie  occupa  o  lugar  que  se  segue  ao 
quiiito. 

SEXTO,  s.  m.  a  sexta  parto. 

SEXTO  empírico,  (hist.)  medico  e  philo- 
sopho  grpgo,  era  segundo  se  crô,  de  Mity- 
lena,  e  vivia  no  fira  do  íl  século  da  no.«;sa 
era.  Pertencia  á  seita  dos  médicos  chama- 
dos empíricos. 

SEXTOr.ENlTO  ,    A  ,     ttdj .   O  SCXtO  gCUitO,   0 

sexto  íiiho, 

^  SEXTUMViRATO,  s.  w  tribunal  de  scis  ma- 
gistrados;  o  cargo  do  sextumviro. 

SEXTUMViRO,  s.  m.  (Lat  sexlumvir )  ma- 
gistrado romano  de  um  tribunal  composto 
de  seis  membros. 

SEXUAL,  adj.  (/oç  2  g.  (do  Lat  sexus  ou 
sexnm,,  des.  adj  nl,  do  Lat,  a/ts  )  que  res- 
peita ao  sexo,  DiíTerençass«j?u.a«.s,  Systema 
— ,  a  ciassiíicaçào  botânica  de  Linneo  fun- 
dada sobre  os  órgãos  sexuais  das  plantas. 

seyar,  (ant.)  V.  Seiar,  Ciar,  etc. 

SEYAvoGA    V.   Ciavoya. 

SEYCiiELLES  OU  SECiiiiH  ES  (ilhas),  (geogr.) 
grupo  de  ilhas  do  mar  das  Índias,  ao  N. 
das  Almirantes;  são  trinta,  Mahé  óa  prin- 
cipal ;  9.000  habitantes. 

SEYFiA.  V.  Seijia. 

SEYMOUR  (Joanna),  (hist.)  3  **  esposa  de 
Henrique  VIU  d'lnglaterra  o  mãe  de  Kduar- 
do  VI,  era  dama  de  honor  de  Anna  Hole- 
na,  á  qual  supplantou. 

SKYMOUR  (Thomaz),  (hist )  lord  Dudley, 
grande  altairante  d'fnglaterra,  irmão  de 
Joanna  Seymour.  Morreu  decapitado  em 
i54'.L 

SEYNE,  (geogr.)  cidade  de  França,  10  lé- 
guas ao  N.  de  Digno;  íJ88í)  habitantes. 

SEYNE,  (geogr.)  porto  de  mar  sobre  o  Me- 
diterrâneo, 2  léguas  ao  SO,  de  Toulon  ; 
<>,;i40  habitantes 

SEVO.  V.  Seio. 

SEYSSEL,  (geogr,)  pequena  cidade  do  an- 
tigo B.igey,  hoje  no  deparmento  do  Ain, 
6  léguas  ao  NK.  de  Bellt^y;  3.6  habitantes. 

SEYSSEL,  (hist.)  historiador  francez,  nas- 
ceu em  1450,  morreu  em  15''0.  Kscreveu  : 
Hislor>a  de  Luiz  Xlí,  e  a  grande  Monar- 
chia  etc. 

SEZKWNE,  (geogr.)  cidade  de  França,  9 
léguas  ao  bO.  d'Epernay  ;  4,200  habitan- 
tes 

SEZÃO,  s.  f.  (corrupção  de  accasão,  ao- 
cesso.)  (t.  vulgar)  febre  intermiltenle.  Está 
com  a — .  Ter  sezões. 


SFU 


SHÁ 


581 


ÍRZIRÃO,   SESIRÃO  OU   CKZIRÃO,   S.    m.  (í  flt. 

tiser  ou  sisaron.)  V.  ^izirão  ou  Cizirun. 

SEZONATico,  A,  adj.  sujeito  a  sezões.  Si- 
tio —  ;  lerrn  — . 

SRZUOo.  V.  Sisudo. 

SEZZA,  (geogr  )  Setia  ou  Suessa  Pomelia, 
ciHade  do<  Kstadus  Lclesiasticos.  7  léguas  ao 
SO.  de    Frosinone  ;    0,0(10  h.ibitanlfs. 

SFAKrA,  (gpogr  )  cidade  d»  ilha  de  r.andia, 
d  léguas  ao  SÓ.  de  Canea ;  1,800  habitan- 
tes. 

s.  FARGEAU,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
12  léguas  ao  SO.  do  Joigny  ;  2,250  habi- 
tantes- 

SFAX  ou  SFAKFS,  (geoffr  )  cidade  murada 
do  estado  de  Tunis,  07  léguas  ao  ílE.  de 
Tunis*.  tj,00l)  habitantes. 

s  FELICIANO,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  G  léguas  ao  O.  de  Tournon ;  2,380  ha- 
bitantes. 

s.  FELíX  D8  caramand,  (gpogr.)  pequena 
villa  do  França,  a  I^  léguas  c  noeia  ao  NK. 
de  Villefranche  ;  2,G20  habitantes. 

SFONDRATE,  (hlst.)  Cardeal  italiano,  nas- 
ceu em  1493,  morreu  em  l.iOO.  E'  aolordu 
diversas  obras  de  politica  e  jurisprudência, 
e  do  poema  :  De  raptu  Helence. 

sfendratk  (delesiino),  (hist  )  cardial,  da 
mesma  família  que  o  precedente,  nasceu  em 
tG;y,  morreu  em  1G96.  E'  autor  de  mui- 
as  obras;  entre  elias  :    Tractaius  H'fgali(S; 

s  FIRMINO,  (geogr)  cidade  de  França,  a 
7  léguas  ao  N.  de  (iap  ;  1,000  habiiantes. 

s.  FLORÊNCIO,  (geogr.)  San -Fií>rc»}zo,  ci- 
dade de  França,  a  3  léguas  ao  SO.  de  Bas- 
tia ;  40i>  habitantes. 

s.  Fi.ORENCio-o-VELno,  (gcogr.)  cidade  de 
França  ,  a  O  léguas  ao  íN  de  Beaupr^au  ; 
2,080  habitantes. 

s.  FLORENTINO,  (geogr.)  antigamente  CAa- 
teaudun,  cidade  de  França,  a  8  léguas  ao 
^E.  de  Auxerre;  2,57h  habitantes. 

s.  FLOUR  (geogr.)  Florwpolis,  cidade  ue 
Fraiiça  ,  a  15  léguas  ao  E.  de  Aurillac ; 
5,648  habitantes. 

s.  Foix,  (hist.)  escriplor  francez,  nasceu 
em  1G1)8,  morreu  em  i703.  Assuas  princi- 
paes  obras  são:  Carlos  de  Nedim  a  Hoggia 
ou  Cartas  turcas,  Uiatoria  da  Ordem  do 
Espirito  Santo,  etc. 

sFoucE,  (hist  )  em  italiano  Sforza,  cele- 
bre família  italiana,  qne  reine u  no  ducado 
de  Milão  no  XV  e  XVI  séculos,  o  seu  fun- 
dador foi  Giacommuzzo  Atiendulo,  chaa:a- 
do  Sforce  por  causa  aa  sua  muita  força. 

s  ERANCisco ,  (geogr.)  rio  dos  Estados- 
Sardos,  sáe  dos  montes  Uzaik  ecáe  no  Mis- 
sissipi. 

s.  FU^GENCio,  (geogr.)  cidade  de  Frença,  a 
4  léguas  aoKE.  dt»  Louibon  Vendea  ;  1,620 
habitantes. 

VOL.   !▼. 


8.  GALL,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  capi- 
tal do  cantão  de  S  (;all.  a  IG  léguas  ao 
E    de  Zurich  ;  10,000  habitantes. 

8.  GALL  .  (neogr  )  decimo  quarto  cantão 
suisso,  limitado  ao  IS  ptlo  de  'Ihiirgovia 
e  o  lago  de  Constança,  a  E.  pelo  Uheno, 
ao  S.  pelos  tirizões ;  i40,  000  habitantes. 

s  GALMiER.  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
4  léguas  ao  £.  de  .Montbrison  ;  2,800  ha- 
bitantes. 

s.  GAUDÊNCIO,  (geogr.j  cidade  de  Fran- 
ça. «  23  léguas  ao  SO.  de  Tolosa  ;  6,02) 
habitantes 

s.  CAULTIER,  (geogr)  cidade  de  França,  a 
7  léguas  ao  E.  de  blanc ;  1,600  habitan- 
tes. 

s.  GELA's  (Octávio),  (hist.)  poeta  e  escri- 
ptor  franoez,  nasceu  em  146G.  morreu  era 
i002  Deixou  iradurções,  em  verso  da  Enei^ 
da,  e  das  Odes  de  Ocidio.  Seu  irmão  João 
Galais  é  autor  de  uma  Historia  de  França 
muito  fstimada. 

s.  GENEST-M.ALiFAUx  ,  (geogr.)  cidade  de 
França,  a  i  I^'guas  e  meia  ao  SO.  de  Santo 
Estevão  ;  3,480  habitantes 

s.  GKNiEz  DA  MARGEM  d'ott,  (geogr.)  cida- 
de de  França,  a  G  léguas  ao  E.  de  Espa- 
lion ;  3,8^0  liabilantes 

s.  GENis,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  3 
léguas  ao  NO.  de  Jonsac ;  1,020  habitan- 
tes. 

s.  GENis-LAVAL,  (geogr.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  2  léguas  ao  S.  de  Lyon  ;  2,190  ha- 
bitantes. 

s  GEOiRE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6 
léguas  e  meia  de  Tour  du  Pri ;  4,4U0  ha- 
bitantes. 

.«^HADWELL,  (geogr.)  villa  dMnglatcrra,  con- 
tigua a  Londres  do  lado  do  SE.  ;  10,000 
habitantes. 

siiADWELL,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em 
1640,  morreu  em  IGU?.  Deixou  uma  traduc- 
ção  era  verso  das  Saíyras  de  Juvenal,  e 
diversas  obras  para  o  ihealro. 

shafteíbuhg  ou  shaston,  (geogr.)  cidade 
dMnglaterra,  iO  léguas  ao^E.  deDorches- 
ter  ;  8,000  hab'tí«nle*. 

SHAFESBURY,  (híst.)  cstadísta  inglez,  nas- 
ceu em  iGil,  morreu  em  16b3.  Foiminia- 
tro  por  diversos  vezes. 

SUAFTE.-BLRY,  ^hist )  filho  do  preredeule. 
nasceu  em  1G71,  morreu  em  1713.  As  sua» 
principaes  obras  sào  :  Observações  scbrea 
virtvde;  Caria  sobre  o  eniliusiaunto,  ele. 

SliAKE&PEARE     ou     SHAKSPEAÍE  ,     (hist.)    O 

primeiro     poeta   dramático   inglês,    nasceu 
j  em  1063,  morreu  tm  1754.  Deixou  35  pe- 
ças.   As  pricipaesobras  ião:  Henriíjtie IV^ 
j  Jicnico   e  Jvbtia^     o  liei  Lear,    Macbtt, 
Bem  Ut,  O  te  I  to. 
í>uA^^cIl,  (^togr.)  ^enuSf  rio  d'lrlaQdâ, 
14t> 


68â 


snE 


su 


nasre  no  condado  de  Feitrittí,  6  cae  no 
Occeano  A*lantico,  enlre  o  cabo  Rerry  e  o 
cabo   ioop. 

5»nARp,  (hist.)  arcebispo  de  Santo  André, 
nasceu  em  1618,  e  foi  degolado  ptlosfana- 
licos  era  1679. 

síiARP,  (hist.)  uradosmaÍ5  hábeis  grava- 
dor(:S  inglezes,  nasceu  era  1749,  morreu  em 
1HV\.  As  suas  melhores  gravuras  são  :  Py- 
thonissa d' Eupor y  'tancla  Cicilla,  Diógenes. 

siiARV,  (hisi.)  viajante  inglez,  nasceu  em 
1692»  morreu  l75t,  visitou  a  Numidia  an- 
tiga, a  Sjria,  o  Egypto.  Deixou  :  Viagens 
e  observações  relativas  <i  muitas  parles  da 
B<irharia  e  do  Levante. 

siiEERNF.ss  (g^ogr  )  cidade  e  posto  mili- 
tar d'lnglaterra,  4  léguas  ao  ?IK,  de  I\o- 
ebester  ;  2,000    habitantes. 

siiEFFiELD,  (geogr  )  Cidade  d'Inglaterra, 
17  loguas  ao  SO.  d'Yorck  ;  111,000  habi- 
tentes. 

snEFFiELD,  »(hlst.)  duqu  í  de  Buckuigham, 
nefceu  em  16VJ,  morreu  em  1721.  De!Í- 
xou  :  Poesias,  um  ensaio  sobrea  salijra,  6 
diversos   ensaios. 

SFiEicuKNE  (marquez  de  Lansdown,  con- 
de de),  (hist.)  estadista  inglez,  nasceu  em 
1737.  morreu  em  1805,  foi  ministro  cora 
Foxem  1782  e  concluiu  a  paz  de  Versail- 
les, 

siiiLLiNG.  o,  m.  (íngl.)  V.  Schellim,  Clie- 
Um  ou  Xelim. 

SHELLEY,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em 
1792,  morreu  em  ;8?2.  Deixou  duas  tra- 
gedias :  Beatriz  Cenci,  Promelheo  solto ; 
e  deus  lioeradiS  Hellas,  a  rainha  Mab . 

SHENSTOiSE,  (hist.)  pocla  inglez,  nasceu 
em  1714,  morreu  em  17t)3.  É  auctor  de 
diversas  obras  estimadas,  entro  as  quacs  se 
distingue  :  The  Jiidgment  uf  Hercules. 

siiBPPEY,  (geogr.)  ilha  dMnglaterra,  na 
embocadura  do  Medway  e  do  Tamisa.  Ca- 
pital Sheerness. 

SHEPTON-MALLET,  (geogf.)  cidflde  d'ínRla- 
terra,  2  léguas  ao  O.  de  Wells;  5.(00 ha- 
bitantes. 

SHERBONE,  (gcogr.)  cidado  d'Inglaterra.  7 
le^^uas  >ao  NO.  de  Dorchesíer  ;  4,080  habi- 
tantes. 

SHEiuDAN.  (hist.)  esoriptor  e  orador  ír- 
landez,  nasceu  em  1751,  morreu  em  1810. 
A«  suas  principaes  obra  são  os :  Rivaes ; 
Escola  da  Maledicência,  ctc. 

sHERiFF,  (hist.;  nome  dado  na  Inglater- 
ra ao  principal  jtJiz  d'um  condado. 

SHERi.ocK,  (liist.)  ilieo'ofo  inglcz,  nasceu 
em  1641,  morreu  tra  J707.  Dfdxon  obras 
çslliaiodos  sobre  a  Morte -,  sobre  o  Juizo  fi- 
liai, ^  ura  Tractado  da  Providencia. 


em  1761.  Deixou  alem  áe  Sermões,  outras 
obras :  Teslimunho  da  resiirreição  de  Je- 
zu-Christo,  exJiminadas  e  julgadas  segun- 
do todas  os  regras ;  Tractado  das  prophe" 
cias. 

siiETLAND  (ilhas),  (googr.)  archipelago  do 
Atlântico,  ao  N.  da  Escossia,  e  15  léguas 
ao  NE.  da  Orcades ;  5l9,<íOO  habitantes. 

SIIETLAND     (Novo)    OU     SnETLARD     DO   SUL, 

(geogr.)  archipelago  do  Atlântico  Austral, 
ao  O.  da  Terre  da  Trindade. 

SHiEi.D,  (hist.)  compozilor  inglez,  nasceu 
em  1754,  morreu  em  18:!8.  As  sn«s  me- 
lhores operas  são  ;  The  flitch  of  Bacon  ; 
Bosina,  fíobin  lloood,  Marian 

SHiEi.us,  (geogr.)  nome  de  duas  cidades 
d'Inglalerra,  no  condado  de  Northuraber- 
land,  defronte  uma  da  outr.a  nn  eadiooa- 
dura  do  Tyne  ;  uma  NorheShields  na  mar- 
gem esqueni.i,  9,680  habitantes;  a  outra 
South 'Shields,  na  margem  direita;  9,000 
habitantes. 

siURLEV,  (hist  ]  poeta  dramático  inglez, 
nasceu  em  1594,  morreu  em  1656,  Deixou 
37   p;'f;as  de  iheatro  e  alguns  poemas. 

siioREflAM  (New),  (geogr.)  cidade  d'Ingla- 
terra,  9  léguas  ao  NO.  de  New-Ilaven  ;  900 
habitantes. 

SUREUSBURY,  (gcogr.)  Uriconivm  dos  la- 
tinos. Pengiverne  dos  antigos,  cid.-ido  d'In- 
glaterra,  58  léguas  ao  NO  de  Londres; 
20,500  habitantes. 

sliROP  ou  SALOP,  (geogr.)  condado  d'ln- 
glalerra,  entre  os  de  Chesterao  N.^deStaf- 
ford  a  E.  de  Wercester  e  d'Iíreford  ao  S. 
e  o  paiz  de  Galíes  <  o  O.  ;  240,000  habi- 
tantes. Capital  Shrewsbury. 

SI.  variação  do  pronome  da  terceira  pes- 
soa (do  lat,  sibi,  a  si,  ou  se.)  U^a-sccom 
as  preposições  a,  de,  por,  para.  Quando  o 
precedido  da  prep.  com,  muda-se  era  sig, 
por  euphonia.  A  —  mesmo.  Estar  em  —  •, 
muito  em  — ,  senhor  de  — .  Cair  cm — ,  ad- 
vertir no  erro,  no  descuido.  Tornar  sobié 
— ,  fazer  volta  do  erro.  Homem  sobre — , 
esquivo,  que  evita  a  conversação  dos  ou- 
tros. Fazer  uma  cousa  de  —  me.ç/no,  de  seu 
moto  próprio,  espontaneamente.  De  per  — , 
separadamente.  Os  antigos  diziam  maior, 
melhor  que  si  ;  hoje  dizemos  que  tile. 

SI,  adv.  (ant.)  V.  Sim. 

siA,  (int.)  por  estaca,  de  estar,  ou  ser. 

si.\DF.s,  (ant.)  por  (slcjae.s,  de  estar. 

siAK  ,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de  Suma- 
tra, sobre  o  Siak.  capital  do  Estado  do  Siak, 
o  qual  fica  limitado  ao  NE.  pelo  estreito  de 
Sumalja. 

Si  AO,  (gnngr.)  chamado  também  Yondra, 
Jièlhia.h  Dounraouaddi,  cidade  do  reino  de 
SI1EHI.0CK,  (hist.)  pregador   inglez,   íilho  '  Sião;  líi  leguás-fK»  N.  de  Bankok ;  10,000 
íki»iprc£í5deak»,  uAscea   eoa   1678,   m^Freu  hibitanles. 


SIG 


SlC 


583 


SIÃO  (reino  de),  (geogr.)ou  Beino  de  Thai, 
um  dos  Ires  grandes  Estados  do  Indo-Chi- 
na,  tem  por  limites  ao  ÍSO.o  Yun-nau,  a  E. 
o  Laos  e  o  Cambodje,  a  E.  ogolphode  Ben- 
gala ;  3, 100,000  de  habitantes.  Capital  Ban- 
kok. 

SIÃO  (golpho  de),  (geogr.)  golplio  forma- 
do pelo  mar  da  China  entre  o  reina  de  Sião 
ao  N    e  a  O. ,  e  o  impeiro  de  Annam  a  E. 

siAR,  V.  a.  (V.  Ciar)  (volat.)  —  a  ate  as 
azas,  cerra-las  depois  de  aferrar  a  ralé  para 
baixar  com  ella  mais  depressa. 

siATico    Y.  SciaticOf  Sciatica. 

siBA,  s.  f  (Lat.  sépia)  um  peixe  Tulgar 
cujo  sangue  é  preto. 

siRANA,  (ant.)  V.  Choupana,  Cabana. 

siBAR,  s.  m.  (t.  Asiat  )  embarcação  da  Ásia, 

siBEuiA,  (geogr.)  vasta  região  da  Ásia,  que 
compõe  quasi  toda  a  llussia  Asiática,  tem  [)or 
limites  a  O  a  Rússia  Europea,  a  E.  o  Grande 
Oceano,  ao  N.  o  Oceano  Glacial  árctico,  ao 
S.  o  Turkestan  independente  e  o  império 
chinez.  Cidade  capital  Tobolsk. 

SIBÉRIA  (Nova)  ou  ILHAS  LiAiKiiow.  (geogr.) 
no  Oceano  Olacial  Árctico,  na  costa  IN.  da 
Sibéria  ,*  três  ilhas  principaes,  Kotelooi  , 
Fad('wkf>i,  Afrikanikoi. 

SIBILANTE,  adj,  (Lat.  sibilans,  tis,  p.  a. 
de  sibilo,  are)  que  assobia  Vento,  petar- 
do — . 

SIBILA»,  V  n.  {Lai.  sibilare,  voz  imitati- 
va) assobiar,  soprar  com  zunido  agudo,  sil- 
var como  as  (, obras. 

SYDiLLA,  (hist.)  tilha  de  Amauri  I,  rei  de 
Jerusal.3m,  foi  casada  com  Guilherme,  o  Es- 
pada Longa,  e  teve  delle  Baudoni,  que  foi 
coroado  rei  de  Jerusalém  em  1185. 

SIBILO,  s.  m.  (Lat.  sibitum)  assobio,  voz 
sibilante,  silvo. 

siBiR  ou  isKER,  (geogr.)  antig«  cidade  da 
Ásia,  não  longe  da  cidade  ondo  foi  cons* 
truida  depois  a  cidade  Tobolsk. 

siBTHORp,  (hist.)  botânico  inglez ,  nasceu 
em  175S,  morreu  em  17J6.  Publicou  Flo- 
ra gr  caca. 

siBYLLA,  s  f.  (Lat )  mulher  que  vaticina- 
va o  futuro  entre  os  antigos  Romanos. 

siBYLLAS,  Sibylla;.  (de  sio,  por  theo,  theos. 
Deus,  e  ryll  ou  ti7ía,  antiga  palavra  que  si- 
gnifica prophelisa)  nome  dado  pelos  Gregos 
e  Romanos  ás  mulheres,  ás  quaesattribuiam 
o  conhecimento  do  porvir  e  inspiração  divina. 
Eram  muito  consultadas ;  davam  os  seus  orá- 
culos em  termos  ambíguos,  ou  osj escreviam  \ 
em  folhas  volantes,  que  muitas  vezes  se  tor  - 1 
nava  m  o  jogo  dos  ventos. 

siBYLLico.   V.  Sybillino. 

siBYLLiNO,  A,  adj.  (Lat.  sybillinus)  dassy-  • 
biUas.    Versos  —s,  propheiicos. 

siBYLi.iSTA,  s:  m.  livro  das  sibjllas.         ^ 

siciMBROS,  (geogr.)  Sicambri,  povo  da  Ger- ; 


mania,  habitava  perto  da  margem  direita  do 
Rheno,  e  ao  Í1.  da  Lippe. 

siCARD,  (hist.)  jesuíta  francez,  nasceu  em 
1677,  morreu  em  1/2G,  percorreu  aSyria,  o 
Egypto,  apren^leu  o  árabe  e  visitou  os  monu- 
mentos li 

SICARD  (o  abbdde),  (hist.)  instituidor  dos 
«urdos-mudos,  nasceu  em  174;?,  morreu  em 
1822.  Deixou  entre  outras  obras  :  Memqrias 
sobre  a  arte  de  instruir  os  surdos  de  nascen- 
ça. Curso  de  instrucçdo  de  u>:u  surdo-mudo, 

siCARiATO,  s.  m.  (do  Lat.  sicá,  punhal) 
morte  feita  com  punhal,   faca  ou  adaga. 

sm:ario,  s.  m.  (,  at.  sicarius)  matador, 
malfeitor,  armado  de  faca  de  ponta,  punhal 
ou  adaga. 

siCELEG,  (geogr.)  cídattc  da  Palestina,  foi 
dada  pelo  rei  de  Gelh  ;i  David,  quando  este 
fi.gia  da  perseguição  de  Saul. 

siCERA,  s.  f.  (do  Hebr.)  todo  o  licor  que 
ercbibada,  excepto  o  vinho. 

siciiEM  depois  NKAPOns,  (geogr.)  hnje  iVa- 
plouse,  cidade  da  Palestina,  na  Samaria,  ao 
N.  perto  do  monte  Girizuí. 

sicia-venerEa,  fgfíogr.)  hoje  El-Kef,  cida- 
de da  ^umídia  a  E.,  entre  Zama  ao  S.  e  Ma- 
daure  a  O. 

siciLTA,  (geogp.)  Sicilia,  Sicania,  Trina- 
cria,  a  maior  ilha  do  MedUorraneo.  na  ponta 
do  Itália,  ó  dividida  ena  7  intendências; 
l,l'00,000  habitantes.  Capital  Palermo. 

sicilias  ( reino  das  Daas-,  (g3r)gr  )  um 
dos  Estados  meridionaes  da  Europ-i  actual, 
limitado  ao  N.  pelos  Estados  da  Igreja  e  por 
todas  as  outras  partes  pelo  Mediterrâneo,  é 
do  daas  formado  partes  dislinctas;  o  reino 
do  Mapoles  o  a  Sicília,  que  r.'paradus  pelo 
estreito  deMessina.  Tem  por-capitaLNapoles  ; 
conta  7  a  8,000,000  hsbítantes. 


SOBERANOS  D.^S  DUAS    SlClLfAS  DESDE  1043, 


l.*'  Áníes  do  nome  de  duas  Sicilias'. 

Grande  condado  depois  ducado  de  Ponilit. 

Guilherme  I,      10^3        (dnqne  desde 
D  rogo  n.  10)0  1059] 

Hurafroi,  1051     Rogero   2  °  fi- 

Roberto    Guis-  lho  de  Ilober- 

card,  1057      to  1085 

Guilherme   11,   tlll-Uu 

Grande  condado  ító  Sicilia. 

Rogero  I  (irmã*  Gaiítliard',      1058 

de    Roberto  Simon,  1101 

Rn^ò  If,  11054130. 


146  # 


584 


81C 


SIC 


//  Reino  das  duas  Sicilías, 
Dynastia   Normanda. 

Rogero  I,  (o  mes-  Tancredo  e  Gai- 

mo  que  Hoge-  Iherme     lií, 

roll,  conde  de  usurpadores 

Sicília),          il30  Guilberraell,     1166 

Guilherme  1,      1154  l»MJ4iy4 

Dynastia  Hohenstaufen. 

Henrique   VI,   li 94  Conradmo  1254- 

FredtMJco  I.  (como  1268 

imperador,     1197  Manfredo   usur^ 

Conrodo             1250  pador   12.8-li46 

Principio  I  da  casa  d'Avjons. 

(  irl  js  I,  (irmão  de  S.  Luiz)  121)6-1282 

///  Separação  dos  dous  Reinos, 

Nápoles  {casa  d^Ânjou.) 


Caríos   I,  12.S2 

Carlos  U,  1285 

licber/o  lc(i9 

Joanna  1,  1343-lb82 
com  /.ndréde 


Hungria  13'»3-1345 
com  Luiz  de 

Tarento  1 349-1:^62 
Carlos  III  1M82 

iadisláo  1386 


Joanna 111414-1435 
Sicília  [casa  d' Aragão. 


Pedro  I  (3  *»  co- 
mo rei  d'Ara- 

J282 
1285 
1216 
i3H7 
1355 


gao 
Jacques 
Frederico  1 
Pedro  II 
Frederico  \1 


Maria  1377-1402 
Pedro  oceremo- 

nioso  1H77-Ig82 
Martinho  l3iJl-1402 
Fernando  1  1415 
Am.nso  1  1416- 

1335 


IV  Segunda  reunião. 


Aííonso  1  (já  rei  da  Si- 
cília. 


1435-1458 


V  Segunda  separação. 


Em  Nápoles, 


Na  Sicília. 


Fernando  1 
AíTonso  II 
Fernando  H 
Frederico  II 


1458  João,  d'Araf2ão 

1494  Fernando    Hl, 

1495  o  Catliolico, 
1501       rei  d'Aragão 


VI  Terceira  reunião. 


ííi 


Fernando  III  (d'Aragão)  o  Catholi- 

CO. 


1458 
1479 

1C04 


DYNASTIA    D  AUSTRlA-DlSPANHA. 

Carlos  I  (Carlos  Quinto)  1516 

Phili[»pe  I  (II  na  llispanha)  )Uò^ 

Philippe  Jl  (lil)  15U8 

Philippe  111  (IV)  162  i 

Carlos  II  1605-1700 

Depois  do  fim  da   dynastia, 

Pbilippe  IV  de  Bourbon  (V  na 
Uispanha).  170O 

Carlos  de  Áustria  (depois  impera- 
dor. 1706-1173 

VII  Terceira  separação. 

Em  Nápoles.  Na  Sicília. 

Carlos   III  (o  Victor  A- 

mesmo).         17l3      madeo.  1713-1721 

VIII  Quarta  reunião. 

Carlos  IV  (ITl  em  Hispanha)  1735 

Fernando  IV  (de  Bourbon)  175ii-l80G 

IX  Quarta  separação. 
Em  Nápoles.  Na  Sicília. 


José  Napo- 
leão 18U6 

Joaquim  Mu- 
ral.    I8lj8-1815 


Fernan- 
do IV      1806-1815 


X  Quinta  reunião. 

Fernando  I  (ou  IV)  de  novo  rei  das 

Diias  Sicilias. 
Francisco  I. 
Fernando  II  (ou  V). 


1815 
1826 
1830 


siciNio,  (hist.)  tribuno  do  povo  depois 
da  morte  de  Syila,  tentou  restituir  ao  se- 
Dado  as  atribui(,õps  de  que  o  privara  o  di- 
ctadrr,  mas  fui  assinado  por  Cuhon  no  an- 
no  '/(>  antes  de  Jesu-Christo. 

siciNNO,  A,  odj.  próprio  dos  Sicinnista» 
que  dansavam  nas  exéquias  cantando  sous 
tristes.  «  Coréas  — ,  »  íiarçào,  Diihyr.  i,  on- 
de vem  por  erro  síncinnas. 

sici  o,  s.  m.  (do  Debr.  schekel)  peso  c moe- 
da usados  entre  os  llebreos.  > 

sicoMORO.  V.  Sycomoro. 

sicopiRA.  s.  f.  [i  Brasil )  em  Pernambuco 
é  a  n;esma  arvore  que  na  Bahia  se  chama 
si  pi  pira. 

SICRANO,  s.m.  nome  usado  para  designar 
pessoa  incerta  :  oppõe-se  a  fulano. 

sic&ocEo,  adj.  m.  (doLat.  erocus,  açaírão) 


*    0*^. 


SID 


SIE 


S8& 


Unguento  — ,    (ant.)  usado  na  pharniacia ; 
cousa  que  significa  mais  rio  que  sôa 

sicuLES,  (liisl  )  Siculi,  hí-biianles  muito 
aniigDS  da  llali»,  râo  díT  nm  dos  ('elogios 
ou  Ty(rhen<)S.  Perlencia:u  A  grande  popu- 
laças illyna  ou  (lirncit,  ura  rauio  da  qu»l 
veio  á  lialia  transpondo  os  Alpes  Caruicos 
e  Julianros. 

sicui.iana,  (geogr.)  porto  da  Sicília,  4  lé- 
guas ao  ^0.  de  Girgenli ;  4,5U0  habitan- 
tes. 

sicuL«ii  FRETUM,  (gGOgr.)  hoje  Phare  di 
3IessÍ7ia,  noino  antigo  do  estreito,  que  se- 
para a  Sicília  da  Itália. 

sicY(»NK,  (geogr.)  Sicyon  hoje  BaxiUca, 
cidade  do  Peloponeso,  ao  O.  de  Corintho, 
formava  um  pequeno  estado  chamado  Si- 
C}'(tnia. 

siD-Bou-SAiD  ,  (gpogr.)  villa  do  Tunis,  C 
legnas  ao  SE.  de  Tunis. 

siOE  ou  ciD  (do  Arab.  «i^i,  senhor,  de^a- 
da,  don  ínar)  eplheto  dfldo  ao  celebre  Rui 
Dias  de  Bivar.  u  —  camppador. 

siDB,  (Keogr.)  h.ije  E<ki  Adalia  cidade 
da  Pamphylin,  tnlre  as  embocaduras  do 
lleias  e  do  Eurymedon. 

siDEHEo,  A,  adj.  [Luí.  sidcreus  ;  rad.  si- 
dus,  estrella  a-l(0,  do  Kgypc.  ciou,  cstrella) 
de  astro,  das  cstrellas  ;  brilhante,  resplande- 
cente: esplt-ndor — .  «U  — escudo,  reful- 
gente. » 

siDKRiTE,  s.f.  (Lat.  siáerí/is)  planta  mpn- 
cíonada  porlliiiio  de  que  ha  varias  espécies. 

siui  nu  sibY.  (Iiíst.)  palavra  árabe,  que 
quer  diznr  st»iihor. 

siDi  FERLCH,  (geogr.l  em  hispanhol  Tor- 
re Cinca  pequena  bahia  e  |)enínsula  da 
Afrií-a  a  b  léguas  ao  O.  d'Argel 

SIDI  nESCiiAM,  (Keogr.)  estado  d'Africa,  no 
Mtíghreb,  compreende  parte  do  paiz  de  Fous, 
e  fllgiins  paizes  ao  O.  desta  região.  Capi- 
tal Trtieni. 

siDi  MdiiiMMFD,  (hist.)  imperador  de  Mar- 
rocos,  da  uyna^lia  dos  «  herifs,  succedeu 
em  175/  a  sru  pai  Mulei  Abdallah,  e  esia- 
ielereu  nia^ôes  coamieniaes  cuni  muitas 
naçõf^s  da  Kuropa.  Morreu  ea  l^SiJ. 

s  DiciNOS.  (g»ogr  )  pequeno  povo  do  N.  da 
Cflro|ania,  no^  coníins  de  Saujsolum,  tinha 
por  capital   Tcaniim  Sidicino. 

siDMoLTii,  (jrecgr.)  cidade  d'Inglaterra, 
4  Wfi\i»s  e  meia  ao  íiE.  d'Lieter;  i4,liG 
habitantes. 

siDMiY,  (hist.)  estadista  inglfz.  foi  embai- 
xador de  Eduardo  IV  em  trança,  fui    de- 
'  puiaoo  I  ela  Irlanda  e  morreu  em  1186. 

siDMY,  ^hist.)  lilho  do  precedente,  esla- 
disia  e  eftriptor,  nasceu  em  1;54,  mor- 
reu em  U>6,  formou  uma  liga  de  protes- 
tantes contra  o  u'*|a  e  a  llí>panha,  e  foi 
eleito  rei  da  I  olouia.  Assiguiilou-so  na  ba-  ! 

VOL.    lY. 


talha  de  Gravelincs,  eoflde  foi  ferido  mor- 
taluiente.  Ifeixou  :  Arcádia  da  condessa  de 
femhnike;   líejoía  da  jocsia,  etc. 

su)^EY  (Algprní.n\  (lnsl.)  um  dos  marty- 
res  da  Liberdade  íngleza,  nasceu  em  Lon- 
dres em  lb.7,  era  2°  filho  de  l^oberto, 
conde  de  LeiceRler.  >eiviu  o  parhroenlo, 
mas  recuzou  julgar  o  r^i,  fui  condemnado 
á  morte  em  tHKA,  arcuzado  deter  tomado 
parle  na  con.«píraçâo  de  itye-llons.  Mor- 
reu com  admiravtl  coragem. 

siuo.  .«upino  de  Ser.  Usa-se  cora  es  ver- 
bos auxiliares  possessivos.  Ter.  Haver.  \em 
do  Lat.  slalmn,  siipino  de  sto,  are,  ou  da 
forma  sãn«críia  do  infinitivo  se,  asinmoxi 
asitum.  /tíiAícm  em  Persa!  que  ft'i,  que  exis- 
tiu. Tinha  —  avisado,  ferido,  insuliadi),  no- 
meado, proclamado.  Tem  —  publico,  notó- 
rio. Tínha-lhe  —  intimado. 

siDois,  (geogr.)  hoje  Seide  cidade  da  Phe- 
nicia.  um  pouco  ao  iN.  de  Tyro.  Formava 
um  pequeno  Hstado  muito  rico. 

siDoM  o  APOl.LI^AHlo,  (hist.)  SolUus  Si' 
donins  ApnUmajius,  nasceu,  em  4;i(í,  mor- 
reu em  A 88.  tm  472  foi  escolhido  para 
bispo  de  Clermont.  Foi  canonizado.  Dei- 
xou 24  poemas, 

siDKA  (siolpho  da),  fgeogr.)  Grande  Syrto 
dos  amigos  {Strty<i  major],  no  Mediterrâ- 
neo, na  cosia  d'Africa;  extendt-se  do  cabo 
Mesuraia  ao  cabo  Hengazi. 

SlfBfeNGtDIKGE,    (geOgT.)     ÍStO     é     ttS     SCÍC 

monlaniias,  nionianhas  da  Prússia,  sobre 
a  marjí^m  direita  do  Rheno,  eulre  Colónia 
e  Keuwied. 

siEDA.  s.  f.  sede,  cadeira. 

siEDLEC,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Euro- 
pea  capital  da  voivodia  de  ^iedlec,  a  25 
léguas  a  E.  de  Vatsovia;  2,ÍOO  habitan- 
tes. A  voivodia  de  Siedlec,  chamada  tam- 
bém de  Pola»  hia  ou  de  Podia»  hia,  é  situa- 
da entre  as  de  i  lock,  de  Absovia,  do  San- 
clomir,  de  Lublin,  conta  350,100  habitan- 
tes. 

siEG,  (geogr.)  rio  dos  Estados  prussia- 
nos  ,  nasce  em  Westphòha  ,  na  regência 
(Je  Arensberg,  e  cae  no  Rheno  defrontado 
tonn 

siegen,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  15 
léguas,  ao  S.  d'Areusberg;  3,800  habitan- 
tts. 

siEiRO.  V.  Cieiro. 

siE>ciA.   V.  Sciencin.,  etc. 

siFN>A,  (geogr  )  S^eva  Julia  em  Latim, 
cidade  do  gran  ducado  de  Ttscítna,  15  lé- 
guas ao  S.  Florença;   .O.ttO  habitantes. 

siEHCK,  ígtogr  )  cidade  de  Frai  ça,  5  lé- 
guas ao  ^t.  de  Thioirville ;  2,034  hali- 
tanies. 

s  EPRA-LEOA,  íg^ogr.)  ísto  ó  ifonte  dot 
Leõts  costa  d'Aíiica  fccidental  na  Guine, 
147 


«86 


filG 


SIG 


entre  Libéria  e  a  Scnegambia ;  tira  o  seu 
Dome  de  uma  cordilheira  de  montanhas  in- 
festada de  leões. 

•  siERRE  ou  siDEBS,  (gGOgr.)  villa  da  Suis- 
sa,  5  léguas  ao  KE.  de  Siou ;  SUO  habi- 
tantes. 

8IESTRA.  V.  Sestra,  Esquerda. 

siEYES  (o  ahbnde),  (hisl.)  escriptor  fran- 
cez  nasceuemlT-^iS,  morreu  em  1836.  Dei- 
xou grande  numero  de  escriptos,  a  maior 
pane  políticos. 

siFAKTO  (ilha),  (geogr.)  uma  das  Cjcla- 
dcs  septendrionaes,  ao  SE.  de  Serfo  ;  '/,000 
habiianles. 

siPÃo.  V.  Siphão. 

siFFHiD  DE  MisMA,  (hi»t )  auctor  de  uma 
Chronica,  que  começa  na  creaf  ão  do  mun- 
do e  chega  aló  ao  armo  1^07.  Escrevia  no 
XtV  século. 

siFRA  cu  CIFRA,  s.  f.  (Vem  àecifr  que  cm 
Sanscrito  sigiiilica  vazio,  como  o  zeroariíh- 
meiico,  c  não  ao  Hebraico  sefer  ou  sepher 
que  siguifica  escripiura,  letras,  livro.  Em 
Ibgjpcio  xouo  signiílca  vasar,  evacuar)  V. 
Cl/ ta. 

siFRÃo.  V.  Cifrão. 

siGALHO,  s.m.  (doLat.  seco,  are,  cortar) 
pedacinho,  bocadinho,  v.  g  — de  pão. 

siGALON,  (hifct )  pintor  ff  ancez,  nasceu  em 
1791),  morreu  em  1837.  Us  seus  melhores 
quadros  são:  Aíhalia  jazendo  degoUar  os 
matíCthos  de  savgue  real,  a  Vizào  de  S. 
Jeronymo,  o  Calcar  ia. 

siGANARiA,  s.  f.  (áes.  ária)  multidão  de 
ciganos  ;  siganice. 

siGANiCE,  s.  j.  (des.  ice)  acção  de  cigannj; 
artes,  astúcias  de  ciganos  ;  (tig.)  meiguice, 
afagos  para  caplivar  alguém. 

siGANO  ou  CIGANO,  A,  adj.es.  (do  Aliem. 
Zigauner,  pron.  tsigainer ;  ao  Pérsico  Zan- 
gui,  nome  derivaao  de  uma  província  entre 
a  tthiopia  e  o  t  gypto  sobre  as  margens  do 
^llo  chamada  Zinyliei.  INa  Syria,  onde  ha 
bastantes,  são  denominados  Teinganes  ;  os 
Italianos  os  chamam  Zingari  com  pouca  ce-r- 
rup(,ão  ;  os  líespanhoes  Uitancs  ;  os  Jnglezes 
Gypiíes,  nome  deiivado  do  ígypcio;  os 
VióDUiz^s Boliémicns,  porque  vieram  a  Fran- 
ça da  bohf  mia  tml4:z7).  E' uma  fracção  de 
Iribu  ou  casla  das  iiferiores  dos  Índios  ex- 
pulsa da  terra  natal,  e  que  se  disseminou  pela 
Asia  Occidental,  pi  la  Alrica,  lg}pto  e  outras 
regiões,  edela  passou  a  Europa  no  princi- 
pio doXV  século.  Faliam  entre  si  ura  dia- 
lecto hiiic'osiani ;  dizemabucna  dichaesão 
ttjui  dados  a  roubar.  — ,  (fig.)  pessoa  que 
afaga,  faz  meiguices  para  caplivar  ou  «edu- 
xir.  Dii-se  failiculaimente  das  mulheres, 
V.  g.  Q  muilo  — . 

8iGARpi£|i,  siGAR&o.  V,  Cigarrar,  Cigar- 


siGAUD  DE  SUFOW,  (hist)  phisico  6  ciruF- 
gião  francez,  nasceu  em  1740,  morreu  em 
Í810.  lieixou  :  Lições  de  phiAca  experimen- 
tal ;  Diccionario  de  pliisica,  etc. 

siGEAN,  (geogr.)  villa  de  França,  6  lé- 
guas 80  S.  de  iNarbona 

siGEBERTO  I,  (hist )  3.*^  filho  dc Clotario  1, 
em  5^1  foi  aclamado  reideMetz  ou  d'Aas- 
iria  ,  cazou  com  Bruneoaht,  ioi  assassi- 
nado por  ordem  de  Fredegoda,  mulher  de 
Chiiperico  em  575. 

SIGEBERTO  H,  (hist.)  filho  de  Dflgoberto  í, 
foi  rei  d' Áustria  desde  638  aló  656.  Foi 
canenisado,  e  é  çommemorado  no  1.°  de 
Fevereiro. 

siGfcBERTO  DE  GEBBLOURS,  (hist.)  benedic- 
tino  francez,  nasceu  em  iO  O,  morreu  era 
11  i2.  Deixou  uma  Chronica  :  a  Vida  de 
S.  Ihierry,    ele. 

siGEo,  {geogr. )  Sigeum  promontorium,  ca- 
bo do  Tronda,  entre  ornar Egeo,  na  entra- 
da do  Hellesponto. 

siGEo,  (hist  )  sábio  hispanhol  do  XVI  sé- 
culo, era  chamado  pelos  soas  contemporâ- 
neos a  Minerva  do  stu  lempo. 

siGiLLADO,  A,  p.  p.  de  sigiUsr ;  adj.seU 
lado  ;  fechado  com  sello. 

siGiLLAR,  V.  a.  (Lat.  sigillare)  sellar,  pôr 
osello.  —  a  casa,  por  travessas,  fechar  com 
sello,  para  signal  de  sequestro. 

siGiLLATA,  adj.  f.  latino  Terra  — ,  es- 
pécie de  terra  argillosa, 

siGiLLO.  s.  m.  [Lnl.sigillum.  V.Selloou 
Scellu)  (ant )  sello,  sinete;  usado,  segredo: 
o —  da  confissão. 

siGisMUNDo(S.)  (hist.)  rei  de  Borgonha  des- 
de 516  até  524,  lilho  e  successor  de  Gonde- 
baldo,  deixou  o  arianismo  pela  fé  caiholica. 
Foi  morlo  por  Clodomir,  rei  d'Orleans.  £* 
commemorado  no  i.**  de  maio. 

siGiSMUNDO,  (hist.)  imperador  d'Àlleraai>hi, 
nasceu  em  !•  66,  era  lilho  do  imperador  Car- 
los lVed'Anna  de  Silesia  Foi  eleito  iutpe- 
rador  eml4i0.  Foi  acclaraado  reidaBohe- 
mia  em  1419.  Morreu  em  14  s7. 

siGiSMLNDO  I,  (hist.)  o  6Va«d<?,  rei  da  Fe- 
lonia desde  1506  6lé  1538,  irmão  osucces^- 
scrde  Alexandre  1.  Quasi  sempre  teveguer- 
ra  com  os  Tártaros  da  Crimea,  comosMul- 
davos  e  com  os  russos.  Inspirou  aos  pola- 
cos ogosledas  artes  e  dasscicncias. 

siGisMOiíDO  if,  {h\sX.)  Augusto,  filho e  suc- 
cessor do  pie.cedenle,  nasceu  em  Ijti),  foi 
aclamado  rei  em  1548,  adquiriu  a  maior  par- 
te da  Lionia.  Morreu  em  15  2. 

siGisMLNDO  III,  (hist.,  filho  do  rei  Sardfl- 
ceia  João  IH,  scbrmbo  do  precedente,  fti 
acclannado  reidaFolonia  em  15<'7,  ganhou 
noarehiduqiío  ri'Austria,  seu  competidor,  a 
batalha  dei  itschem.  Morreu  em  HjõT. 

&1CU,  í.  /.  (Lbt.  pi.  «iji /o,  ontim,  íbffr- 


lia 


fIL 


587 


viaturas)  letras  iniciaes  que  indicam  abre- 
viatura nos  escriptos. 

siGM\Ri!ir,EN.  (geogr.)  piquona  cidade  d'Al- 
lemaiilií),  2UleguasaoS.  do  Slultgard  ;  8<J0 
habitantes.  • '     4  • 

SIGNA.  y.  itfia. 

signaculo.  V.  Sello. 

siG!»ALADAMT.íiTE.    V.    Ássiijnaladamente. 

siGN\LAR.   V.  Assignalar. 

siG^fATURA.  V.  Aiisi(jnatur4i  ou  Assina- 
tura. 

siGNiA,  (geogr.)  hoje  ^e^-ni,  cidade  do  La- 
cio  ei>lre  Su»>ssa  Pomecia  e  Frusino. 

siGMFERo,  s.  n.  [IM.  si^mfer,  signum, 
bandeiri»,e /Vro,  'rre.  lovar)  entre  os  anti- 
gos Romnnos,  elfenis,  ports-estandarte. 

SiCNiFiCAÇlo,  s  f.  (Lat.  signifieútio,  onis) 
o  sentido  quo^s  pvlavras  encorrara  ;  expres- 
são, sinal,  V.  g.  €  —  de  benevolência.  »  Lu- 
ceQ«. 

SIGNIFICADO,  A,  p.  p.  dosiguificar  ;  adj. 
expressado. 

SIGNIFICADO,  s.  m.  (subst.  do  precedente, 
por  eliipse)  signiíicação,  accepção  de  um  vo- 
cábulo. 
'^  S16NIFICAD0R,  adj.' \ .  Significaíiv&. 

significauie,  adj.  dostg.  [Lat.  si//nifí' 
cans,  tiSf  p.  a.  de  sigm/ieo  are)  que  signi- 
íica. 

sígnifjcar,  c.  a.  (Lat.  signifiro,  are,  si- 
gnum, signal,  e  ejfício,  ere,  fazer)  ter  uma 
significação  ou  signiticido. 

significativo,  a,  adj.  (Lat.  signifieativm) 
qu&  tem  signiiicaçào  ou  sentido,  falavras 
si  gni  ficai  tta^. 

siG.^o,  s  m.  [Ih.  signum,  que  uns  deri- 
vam do  Gr.  Higma,  e  outros  de  ikhnos  tks- 
tlgio,  pegada,  traço.  Talvez  do  E^-ypcio  ciou, 
astro)  (astr.)  caracter  symbolico  que  repre- 
senta as  duze  constallações  do  zodiaco  ;  as 
linhas  d«  escala  musica. 
C'i4HGN0  SABÃO,  s.  m.  Bluleau  crê  que é con- 
tracção de  Salamão,  signo  ou  sello  de  Sala- 
mão,  mui  celebre  talisman  no  oriente,  c  não 
duvirloqne  este  fosse  osentido  vulirar  ;  mas 
considerando  «  figura  formada  por  dois  triân- 
gulos ligados  entre  si  de  modo  «apresenta- 
rem seis  poetas  ou  ângulos,  vé-se  que  é 
identici  á  estrell.i,    simulacro  ou  hi   rogly- 

fkho  entre  os  Eprjpcivs.  eíym-boio  da  luz  ce- 
esto,  dos-astros-e  do  ceu  e«lrellado:  e  por 
isso  julgo  que  se  deve  verter  ^^^'no-ce-l^ste. 
5ám«o  vem  do^Ar^b.  eUehT.saman  ou  sa^ 
min,  ceu,  cnus,  derivado  do  'fipypo  eio<u. 
ostro,  «  moué,  fulgor,  esplen<ior.  Era  bem 
natural  que  a  rmagem  syQ[ibolic»d;í  l«aoe- 
Iste  fosse  para  os  astrólogos  um  talÍMp««v 
O  nome  de  Salamáo  Herivado  do  figyipeio 
significa  grato  o\i  àeàicaéo  mo  Anmr.  «léus 
da  priíoeira  classa  enti^e  os  Igyp«io*  «  um 
dos  s^bolos  da  luz  solar. 


signt-o-grawde,  (geogr.)  cidade  d3  Fran- 
ça, G  léguas  80  sO.  deMozieres;  2,D8Jha« 
bilanles. 

SIGO.  V.  Si  e  Comsigo, 

siGONio,  (hist )  s.ibio  italiano,  nasceu  em 
1520,  morreuem  iíiSi.  Deixou  muitos  rs> 
criptos  sobre  antiguidades  romanas,  e  sobre 
a  historia  da  idade  me<iia. 

siGOULES,  (geogr.)  villa  de  França,  3  léguas 
ao  SO.  dtí  Berg^rac  ;  77v)  habitantes. 

siGovESO,  (bist )  chMfegrtulhz,  irmão  de 
Bulloveso,  e  sobriuho  d'Ambigat,  rei  dos  Bi- 
turigps. 

siGHALHA,  s.  f.  dvc  Semelhante  á  gralha 
mais  negra  e  mais  pequena. 

sii.GuEiROS,  (geo^r.)  aldeia  de  Portugal, 
situada  a  1  légua  e  meia  légua  de  Vizeu : 
i,580  habitantes  c  muita  caç-a  nassuascer- 
canias. 

siGUENSiA.  V.  Sequencia, 

siGUENZA,  (geogr.)  Segonlia,  cidade  de 
Uispanha  sobie  oiíenaFé«  ;  4,900  habitan- 
tes. 

siCUHD,  I,  (hrst.)  rei  de  Noruega,  filho  e 
saccessor  do  Magno  III,  reinon  primeira- 
mente com  seus  dous  irmãos,  mas  a  íinal  fi- 
cou só  no  trono.  Mcareu   em  11  0. 

siGUíiD  ir,  (hist )  S^lembidiakni,  tirou  a 
coroa  a  liaraldo  IV  em  1136;  morreu  as- 
sassinado em  1155. 

siGURSi.HA,  V.  Segurelha. 

si-KiANG,  (geogr)  no  da  China,  nasce  nos 
montes  i\a-h»g,  e  cae  no  golpho  de  Can- 
tão. 

SíK-KM,  (geogr.)  ou  Damou^Dzoung,  ci* 
dade  da  Indiaseptentrional.  cspital  do  prin- 
cipado de  Sikkim,  oqiialficana  vertente  de 
Himalaya,  entreoThdvl  ao  N.  eNepal  ao 
S.  eoBoutanaK,   150,00;  habitantes. 

siKOKOu  s'K0KO,  (gpogr.)  uma  das  quatro 
grandes  ilhas  do  Japão,  é  ao  S    dtí  Niphon. 

siL,  (geogr  )  riode  Uispanha,  sae  dos  mon- 
tes Canlabns,  ao  NO  da  provincia  de  Leão, 
e  cae  no  íUiaho,  3  leguss  ao  NE.  d'Orense. 

s'LA,  (geogr.)  do  laíim  Stjlca,  floresta;  pla- 
taforma dos  Apenninos,  no  reino  de  Nápo- 
les. 

SUADA.  V.  Cihida. 

silano.  (hist  )  ^  °  ras-rido  da  celebre  Ser- 
vilia  que  fíi  amante  de  ('e^ar ;  foi  cônsul  no 
annp  ^2  antes  de  Jrsu-Chwsto. 

sílauo  (.4ppio  Junio),  (hist.)  cônsul  noan- 
BO  âí)  de  Jesu«Christo,  fôi  morto  no  anuo 
40  fior  intrigas  de  Nfci^lina. 

siLARO,  (geogr.)  5i/a?tts.  hojeSf^lo,  rio  da 
LucRva,  40  X  saia  do  Apennino  e  caia  no 
golplio  do  tíesturo. 

-  ■8il««««i:jíg,  (g?GOgr.](iàto  ó  monte  depra^ 

ta},'  iàiversos  lugiires-d'Allemanb.i,  tpcm  esta 

nomy  ;  ok  principaes  são :  uma  cidade  dos 

'  E»(»ios  (ia4'i^s$ia,  7  h^guasao^O.da  Fran- 

147  • 


588 


glL 


ftiL 


kestein ,  1,700   habitanles,  uma  cidade  da 
Buhemia,  1  légua  ao  WE.  de  Grasiilz. 

SILENCIAR,  V.  a.  {silencio^  cr  dts.  inf. 
fazer  cal«r,  impor  silencio. 

siLKNciAiuos,  (hisi )  cargo  importante  na 
forl»;  dos  imperadores  gregos  :  esle  titulo 
era  dado  ás  pe^so8S  desiin«das  ás  negocia- 
ções secretas.  Havia  um  grande  S'lenciaiio, 
c  yo  silencia rits  ordinários. 

slL^^clo.  s.in.  [Ibl.  silentiwjs,  desileo, 
ere,  íalar-se  ;  vem  dos  radicaes  Egypcicssi 
Icmar,  apprebender,  e  luç  ou  las.  iinguay 
estado  da  pessoa  que  cessou  ou  se  *b5iem 
de  lallar,  cessação  deruido.  Guardar,  obser 
varo — .  Tor,  impor — ,  mandar,  fazerca- 
lar.  — ,  falta  decanas  de  corrtsjiondencia  ; 
falta  de  replica,  de  resposta  a  interroga turio 
ou  8(cuía.,ào.  Ao  —  da  noite,  em  que  se 
não  ouvem  sons,  ruido,  passos  de  gente  ou 
dtí  animaes. 

sir  LNCioso,  A,  aâj.  (des.  oso)  taciturno, 
que  falia  pouco;  (ng.)  a  —  noite,  obotqut 
— ,  em  que  seiiào  ouvem  sons,  ruído.  «  — i 
complacências,  »  bein.  Flor.,  de  quem  guar- 
da siltneio  sobre  cousa  que  devera  dizer  e 
censu'ar. 

^VN.  comp  Silencioso,  taciturno.  Silen- 
citio  é  o  que  lallaptiuto  e  com  moderação. 
'Jociívrno  éoque  l^l  a  pouco  e  com  repu- 
gnaticia.  Aquelle  pôde  se-lo  toniraseu  ge- 
mo por  prudência,  per  interesse,  por  modés- 
tia, I  or  olirigftâo;  <  ste  é-ostmpre  por  ca- 
racter, por  li}|  ot  ondria,  ou  por  Udlural  in- 
cliiii<(,80  ao  sil»  ncio.  O  silencioso  ttm  uni- 
Cíjmmie  um  ar  serio:  o  taciturno,  um  ar 
si\«io  e  caiiegado.  O  primeiro  é  inutil 
n'Lrua  sociedode  de  {;ente  divertida,  porque 
Cíntiibue  }ouco  a  ítize-la  agradável ;  jonm 
o  se^undoen  aisque  iiiutil,  é  pesado,  por- 
que inspira  dtscoLliança,  ou  contribuecom 
tua  b}])OCondiia  a  diminuir  o  goato  eajo- 
viòlidòúe  dos  demais. 

siLtNO,  (m}ib.J  mentor  de  Baccho,  acom- 
panljou  este  deus  com  os  Satjios  na  sua  ex- 
pedi», to  á  bcioia. 

siLER,  s.  m.  (Lat.  siler)  arbusto  parecido 
com  o  salgueiro  ou  o  amieiro. 

siLtsiA,  (|iC(  gr.(  6VtA/íóíer<,  em  Allímão, 
província  ucs  Lsiados  da  irussia,  ao  bh.  do 
LraiiCtbuígo ;  2,L0u  babilanlcs.  Capital 
Lie&iau. 

tiiLSJA  ALSTriACA,  (gcogr.)  cxirfmidadc 
da  líiUsia,  é  icuj  ritm  ida  LogoNcinoaus- 
trifco  Ce  AiorbNÍa  e  Mlttia. 

siLUA,  s.  f.  (do  Fr.  siyler,  cingir,  aper- 
tar] cinta  de  panno  ou  coiro  com  que  >e  se- 
guia e  aperta  a  sella  sobre  o  coitado  das 
JLcitíS  ;  tiiLada,  eoida  :  tUia  —  de  colmêas. 

sjLiiA,  *•,  /.  (eiii  j  \.  Ladtiia,  tcde. 

siiii/Lo,  A,  p.p.  desiibar;  adj,  cingido 
com  silha. 


STinÂo,  s.  m.  augment.  de  silha,  silha 
forte  e  larga  ;  sella  grande  para  cavalgarem 
mulheres.  — ,  (fort.i  obra  elevada  de  terra 
no  meio  do  fuSbO  que  cinge  a  praça. 

sií-iiar,  V.  a.  [silha,  ar  des.  inf )  aportar 
as  silhf.s:  —  a  besta. 

siLHAR,  s.  m.  pedra  lavrada  em  quadro 
para  assentar  em  parede. 

siLHARiA,  s.  f.  (des.  ia)  Obra  de  — ,  de 
silha  res,  louzas,  pedras  chatas  de  guarnecer 
paredes. 

siLiioNETTE,  (bist )  cscriptor  francez,  nas- 
ceu em  r/(i9,  morreu  em  1 767.  Deixou  di- 
versas obras  ;  entre  ellas  :  Idda  geral  do  gO" 
verno  chinex;  Viagem  de  Fian^a^  Hiipa- 
nl*a,  e  iialia 

SÍLICA  ou  siLiciA,  í,  f.  o  oxydo  de  sili- 
cium. 

siLiCATE  ou  siKiciATE.  s.  m.  combinaç&o 
de  siiicia  com  outro  corpo. 

silício.  V.  Cilicio. 

siLicioso,  A,  adj.  (des.  oso)  da  natureza 
da  silicia  ;  que  comem  silicia.  Pedra  — ,  pe- 
derneira, silex. 

siLiciuM,  s.  (chim.  mod.)  base  metallica  da 
silicia. 

siLicoso.  V.  Silicivso. 

siLicoso.  V.  ailiquoso. 

siLiNGORNio,  A,  adj.  (plebeo)  que  falia 
man^amenie  para  enganar. 

siLiQUA,  s.  f.  (Lai.  siltqua,  ragem)  vagem 
de  legumes. 

siLiQuoso,  A,  adj.  (Lat.  siliquosus)  que 
nasce  em  siliquas  ou  vagens,  v.  y.  as  favas 
leijòes  eoutios  legumes. 

siLisiRiA  ou  LRisTui,  (geogr.)  Durostorum, 
Dufosiena,  cidade  da  lutquia  Furopea,  25 
léguas  ao  ^E.  de  lltutcLouk  ;  iUjOtULabi- 
iantes. 

s  LIO,  (hist.j  romano  d'alto  nascim entoe 
de  grande  belesa,  inspirou  violenta  paixão 
a  iMessatina,  que  o  tez  repudiar  Silana  sua  mu- 
lher, e  casou  publitamente  com  elle,  duran- 
te uma  ausência  de  Cláudio.  O  impera- 
dor a<«vertido  porMarcizo,  voltou  a  Komaá 
pressa.  Silio,  surpreendido,  matou-se.  Mes- 
salina foi  morta  n'aquella  mesma  noi- 
te. 

S1LT0  iTALico,  (bist.)  poeta  latino,  nasceu 
CO  anno  !^5  de  Jesu-Cbrisio,  foi  cônsul  no 
i  einado  de  ^el  o  e  depois  governador  dt  Mià 
u:enor.  lia  de  ^lll0  um  poema  épico,  a  iSe- 
yunda  guerra puiiica. 

siLioKi,  (gtogr.)  Sehmbria,  cidade  da 
Turquia  turopea,  17  Uguas  aoO.  Constan- 
linopld  ;  b,UUu  babitar.tes 

sillaBa.  V.  Syllaba,  ele. 

s  llage    V.  Siitgrcdura. 

siLLt-LE-CLiLLALME  ,  (g' ogr  )  Cidade  do 
França,  \i  legues  ao  AU.  de  Alaus ;  3,i45  iit- 
bilautes. 


SIL 


SIM 


189 


«iLLERT.  (g<*o?r.)  vilM  de  Françn,  2  lé- 
guas ao  SE.dft  Rííims:  5').')  habitantes. 

siLLGGisiio   V.  Syllogixmo. 

8IU.T,  (gQojçp.)  antiga  abbalia  da Píorman- 
dia,  <  léguas  d'Arífp!ntan. 

síLO,  ((çeogp.)  cidideda  Julea,  ao  N.  de 
Belhel,  foi  a  priraBira  cipital  dos  n-íbreus 
depois  de  entrarem  na  terra  da  premissão. 

SíLoá,  (geogr.)  fonte  de  JHirusalera.  sae  do 
mnnie  Sion  e  vae  lançar-se  na  torrente  do 
Códron, 

SILVA,  «.  f.  (Lai  silra,  qn^i  os  efyraolo- 
gistas  derivam  do  Ch«I-Jaico  asei,  bo«que, 
mata.  Em  Gr.  /ly/í  sijfnifica  bnsqne)  arbus- 
to espinhoso  de  que  hi  muitas  espf*ci»»s.  v. 
g.  —  macha,  — da  praia. —  (Cngna,  plan- 
ta brasilica.  —  de  doutrina  (fis:  )  intrin- 
cada. — ,  selva.  mata.  —  armada,  espes- 
sura, grande  numero  do  gpnte  d*armas.  — , 
espécie  de  canção,  cujos  consoantes  sào  ri- 
mados de  dois  em  dois.  — ,  (t.  de  alveitar) 
ião  dois  ou  três  dedos  de  pello  branco  ao 
longo  da  testa  do  cavallo  para  as  ventas.  — , 
cilicio  de  arame. 

silya,  (geogr.)  deste  nome  ha  meia  dú- 
zia de  povoações  em  Portugal,  todas  de  di- 
minuta importância,  sendo  as  mais  povoa- 
das, uma  no  concelho  de  Valença  ;  9í)i)  ha- 
bitantes, e  outra  no  deEstarreía,  101)0. 

SILVADO,  s.  m.  (des.  s  ado]  sarça,  mata 
de  silvas. 

siLVANECTES,  (geogr.)  povo  daGallia,  na 
Belitica  á."  entre  os  Pasirti.  os  .Veldi,  os 
Bellovaci.  os  Viducasscs,  tmhana  por  capital 
uma  cidade  do  mesnno  nome  (hoje  Senlis). 

SILVÃO,  s.  m.  silva  macha. 

SILVAR,  r.  n.{úesihillar)  assobiar,  como 
a  serpente,  zunir.  Silvam  ppllouros,  balas. 

siLVATico.   V.  Selvático,  Silvestre. 

SiLVíiRA,  s.  f.  silva,  arbusto,  sarça. 

SILVEIRA,  (geogr  )  pequena  aldeia  da  ilha 
do  Pico,  situada  entre  as  aldeias  de  S.  João 
e  Lages,  um  pouco  para  o  interior. 

fn.VEiRAS,  (g^^ogr  )  villa  da  provincia  de 
São  Paulo,  no  Brazil  era  uma  povoação  an- 
tiga dodistricto  da  vilia  de  l.ourena. 

siLVKiROs.  (g-iogr.)  alJ"ia  de  Portugal,  si- 
tuada a  2  léguas  e  meia  de  braga.  GOO  ha- 
bitantes. 

SILVÉRIO  (s.),  (hist )  pnpa  de  536  a  538,  re- 
cusou substituir  Anlhymo  na  sede  de  Cons- 
tantinopla. L'  festejado  a20dejnnho, 

SILVES,  (geogr.)  ci-lade  de  Portugal,  no 
Alg«rve,  3tí  léguas  a  SE.  de  Lisboa ;  i,400 
habitantes. 

SILVESTRE,  adj.  dos  í  g.  (T.at.  sihestris) 
da  selva,  do  maio,  monlesino  ;  agreste,  ru- 
de Vida — .  Homem — ,  nascido,  criado  no 
mato.  Plantas  —s,  não  cultivadas.  C«nnõps 
chama  arte  —  a  medicina,  p  irque  empre- 
ga plantas  no  tratamento  das  doenças. 

VOL.   If. 


s-LVBSTRE,  fg=»ogr  )  aldeia  de  Portugal,  si- 
tuada a  l  légua  e  meia  de  Coimbra;  1.090 
habitantes 

siLV  A,  *.  /.  pintarroxo,  avo. 

silvícola,  .ç.  d^istg.  (Lat.  silva  e  colo, 
ere)  que  habita  as  selvas. 

siLviNiix,  s.  f.  diminuí,  de  silva. 

siL^o,  s.  w.  assobio,  voz  aguda  das  ser- 
pentes. 

siLvoso,  A,  adj.  [silva,  des.  osó)  selvo- 
so. 

SIH.  ndv.  (do  Lat.  sit,  snbjunctivo  de  esse) 
ser.  OsFrancezes  dizemso»'í.  sfja,  assim  se- 
ja, indicando  que  consentimos,  ou  do  Lat. 
ftiam,  que  significa  sim)  t^xprime  o  consen- 
timento, e  oppÕR-se  a  não.  Kesponier  de 
— ,  responder  aíllrmalivamente ,  annuir, 
consentir.  — ,  substantivado.  Um  — ,  con- 
sentimento. 

sima.  V.   Cima. 

siHancas,  fgeogr.)  Septimanca.  cidade  de 
Hi<panha  .  ^  léguas  ao  SO.  de  Valladolid; 
1,20'»    habitantes. 

srMÂo-o-c\N^NEO,  (hist.)  um  dos  12  após- 
tolos, natural  de  Cana  na  Gildei,  foi  marly- 
sidado  na  Pérsia  K'  commemorado  a  2i  de 
Outubro  cora  S.  Judas. 

srH.\o-o-»uGico  ,  (hi".t )  dl  villa  de  Git- 
ton,  na  Samaria,  operava  prodígios  e  intu- 
ía va  se  a  Virtude  de  Dcuç  Foi  baptizado 
pplo  diácono  Phdippe,  e  atr^veu-se  a  pedir 
a  S.  Pedro  que  lhe  vendesse  o  pider  do 
operar  milagres,  donde  se  originou  o  nome 
de  simonia  para  lesignar  o  trafico  das  cou- 
sas sanctas.  Foi  amalliçoado  pelo  chefe  dos 
apóstolos;  desde  enião  quiz  rivalizar  com 
elles.  Conla-se  queluctou  com  S.  Pedro  na 
presença  de  Nero,  elevou -se  aos  ares  pela 
magia  mas  depois  caiu  e  quebrou  as  per- 
nas. 

SIMÃO  REU-J0KA1,  (hist) rabiuo  do  IX sé- 
culo, discípulo  d'Akiba,  é  considerado  co- 
mo autor  de  um  livro  intitulado  Zoar,  com- 
mentario  do  Pentateuco. 

siMxo.  (hist.)  litltirato  francez.  nasceu  «m 
em  MhO,  morreu  em  1818.  Publicou  í  £.'«- 
colha  de  poesias ',  Muzas  providenciaes,  etc. 

siMBin^K.  fgeogr  )  cidade  da  Kussia  euro- 
pea.  capil.d  do  governo  de  Simbirsk  ;  lõ.OHO 
habitantes  O  governo  de  Simbirsk  liça  entre 
os  de  Kazan,  d'Orenburgo.  de  Saratov,  do 
leuza;  l.iOl.OOO  habilHules. 

SIMBOLIZAR.  V.  Sijinbohzar. 

símbolo.  V.  Symbolo. 

siMKÃo,  (hist.  s.)  segundo  filho  de  Jacob  e 
de  Lia,  nasceu  no anno*2ll'l  anies  do  Jesu- 
Chri^lo.  lleu  o  seu  nome  a  uraa  das  doze  iri- 
bus,  que  era  a  mais  miridion'il. 

siMKÃo,  (hist.)  piedozo  v<'lho  judeu,  foi 
advertido  da  vinda  do  Salvador  ;  eslava  no 
templo  quando  a  Virgem  lá  levou  o  menuio 

*  14J 


590 


sm 


sIm 


Jesus,  erecobeu-OTios  brpços  ;  foi  enfão  que 
el!e  tíntonu  o  famozo  cântico;  Nunc  dimit- 
tis  servum  tuum,  Domine. 

siMEÁo  STELiTA  fs  )  (l)ist )  piedosf)  onacho- 
relfl/nnscpu  em  390  era  Sisan,  nns  confins 
da  Sicília  o  da  Syria,  morreu  em  451),  votou - 
se  moço  á  vida  solitária,  olornnn  se  notá- 
vel pol«s  suas  excessivas  austeridades;  em 
422  deixou  a  sua  choupana  e  retirou  se  a 
Uffia  columra  {atylnsom  p;rego,  d'ondolho 
proveio  o  sobronomel,  e  d'ahi  pregava 
aos  lieis.  E'  commemorado  a  5  de  feverei- 
ro. 

siMFÃo  DE  nuBHAW,  (hist  )  liisíoríadof  do 
XII  f^cnlo  corapoz  uma  Historia  dos  reis 
dlnalalerra. 

siMFTUR,  fgeogr.)  SimceUvs  boje  Giarct- 
ta,  rit>  da  Sicília,  saia  nos  roon'es  Nfbro- 
des,  e  lançava-se  no  mar  Jonio>  não  longe  do 
Catana. 

SIMETRIA..  V.  Symetria. 

siMFEuOPOT..  ígeogr  ]cidn<]e  da  Rússia  en 
ropea,  capital  do  governo  da  Taurida  ;  3,000 
habitantes. 

siMiA-,  5  f.  (Lat.  ,ví!w>a,  de.çimo»  onix,  on 
simus,  chato  de  nariz)  fp  us  )  bnsio,  mono, 
macaco;  (fig  ]  p^^s-oa  quearremeda  os  ou- 
tros, como  farem  os  macacos. 

simiana  ou  collfngue,  (gpogr.)  Colhim 
Longum.  cidíidede  França,  3  léguas  ao  S. 
d'Aí^ia ;  800  habitantes 

siMiAS,  (hist  )  poe'a  grego  de  Rbodec.  jnl- 
ga-sequo  viví^n  no  século  Vj!]  antes  dn-Iesu- 
l  hristo.  1>flxon  três  peças  em  verso;  as 
ssAzas,  o  Oco  Ilaclia. 

símil.  V.  Simil.     . 

SIMILAR,  adj  dns^g.  (lai.  simiJaris)(]e 
naturez"»  semelhante.  Parles  sirnilures 

SMiLDÂo  ou  sniiLDÃo,  5.  /.  V.  Semclhan 
ça. 

símile,  s.  m.  fda  terminação  neutra  de«i- 
milis)  comparação. 

siMiLOA^ÇA.  V.  Scmdknnça. 

siMiLiMO,  A.  n<lj.  snperl  (i  at  simillimvs, 
superl.  de  simi/ts,  sQínelhanle)  muito  serue- 
Ihante. 

siMiL'TUDiNAniAHENTE,  ãdv.  [mente  suff.) 
por  semelhanças. 

siMiLiTUDiNARio,  A,  odj,  (des.  ário)  em 
que  ha  semelhança. 

siMiTAS,  s.  f.  pi,  (do  Lat.  sima)  (ant.)  re- 
mates. 

siMMERN,  jfgeogr.l  cidsde  da  Prússia,  1í) 
léguas  ao  S.  de  Goblcntz,  2,250  habitan- 
tes. 

siMO.  V.  Cimo. 

&1M0GGA,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingle- 
za,  oO  léguas  ao  NO.  de  Seni<?npatam. 

81M0IS.  (geogp.)  hc\yi  o  Menderé  Sou.  rio 
da  Troada,  saia  do  «da,  «  caia  no  lao- 
thq. 


siMOiçé.v,  vera  na  Ord.  Manuel.  erTadameatf«i 
te  por  Scamnnéa. 

simonU,  s.  f.  (de  Simon  ou  Simão  o 
Mago)  crime  de  comprar  cargo  ecdesiasli- 

CO. 

siMOMACAMENTB,  adv.  [meníe  suff.)'  com 
simofiia. 

siMOMAco,  A,  udj.  que  commelte  &ímo- 
nia  ;  em  que  ha  simoriia". 

siiaOiMDAS.  (hist  )  poeta  philosopho  grego, 
nasceu  em  558  antes  deJesu  Chri.sto,  raor- 
rfu  em  4JM  ;  Diz-so  que  ac.crescentou  uma 
8^  corda  á,  Lyra^.  4  letras  ao  Aipliabalo 
grego.  As  suas  Thsé  ou  Lamentarõts  eram 
afíiraadas. 

siMoNNEAU,  (hist)  famillia  de  gravadores 
francozes,  oí  princip^^oá  f^ào :  Carloí,  que 
nasceu  em  IGilí,  morreu  em  tV*i8  ;  Luiz 
irmão  de  Carlos  morreu  em  i738,  ó  au- 
ctor  de  ura  a  A^rampçáo  da  Virgem;  Phi- 
lippe,  filho  de  Carlos,  auclor  do  Raplo  das 
Sabinax,  ele 

siMONTE,  adj  m.  Tabaco — ,  da  primeira 
íolha.  Parece  alteração  de  íómenie. 

siMOTíiRACEA,  ttdj .  f.  Ptdra  — ,  semelhan- 
te ao  az^^viche. 

siMPATHiA    V.  Sijfttpalhia,  ele.      ^ 

SIMPLACFIEIRÃO,    adj     m.     ONA,    f,   SJMPLA- 

cno.  A,  adj.  (chulo  )  V.  Simplorco. 

siMPLE  ,  adj.  dos  2  g.  pi.  simples.  V, 
Simples. 

SIMPLES,  adj.  dos  â  g.  (Lat  simpPx,  cit^ 
quasi  8ine,  sem.  e  plcxus.  p  p.  de^/.'Ctòr, 
i,  dobrar.)  8Íng<do,  só,  não  comp(»fi46  des*- 
acompanhado.  Corpos — .  Palavras — .  Tna- 
zia  vsiida  uma— camisa. — ,  não  ornado, 
não  enfeitado.  F.stylo — .  — no  vestir.  —  , 
não  complexo.  Razões,  questões  —  •— ot- 
valleiro.  —  sacerdote,  que  não  tem  dignida- 
de, ou  condecoração  ujai.  subida.  — ,  mero. 
Voto —  Doação  — ,  sem  clausula,  reserva 
ou  restricção  Festa—,  não  duples.  Pro- 
messa — ,,  não  coníirmadn  por  juramento. 
Uomem-^y,  ingénuo,  sem  dobroz  — ,  er«- 
duio,  pirvo.  Dene/icio  -^,  sem  cura  do  al- 
mas. Utn  —  dito,  asserção  sem  provas.  Jíí- 
sa,  comida — ,  seia  rauiio  concerto  ou  adu- 
bos, sem  guisados  ou  iguarias  únns  Farto -^-^ 
sem  arrombamento  ou  violência.  Formcoçuo 
— .  sem  adultério,  ou  incesto,  etc.  Os  auligios 
diziam  simp/é  no  singular,  e  sim  pies  oastm- 
plices  no  pi.  Hoje,  no  pi.  usamos  de  am- 
bos. 

SIMPLES,  s.  m.  pi.  siraplices,  plantas  modi- 
cina>-s  ;  drogas,  ingredientes  usados  nas  ope- 
rações chimicas,  e  na  tinturaria.  — ,  arcos  do 
mad.  ira  sobro  os  quaes  se  vão  formando  os  do 
edifício 

siMPLESiERTE ,  aiv.  {mente  sulT.)  mera- 
mente, sefn  complicação,  ou  mulliplicidado 
de  parlei ;  sem  proatu ;  sem  eriítíilei ;  »e({| 


STH 


sm 


591 


refolho,  sem  dobrez:  cora  candara,  singela- 
mente, sera  adubos,  f-illando  de  comida. 

siMPLEZA.  s  f.  (des.  eza.)  simplicidade; 
singeleza  do  animo ;  credulidade,  innoc^n- 
cia  ;  falta  dt3  arte,  adorno,  enfeite  ;  dito 
singplo  de  alma  simples  e  seramalicia. 

siurLiCE  ou  SIMPLÍCIO  (S  ),  (hiít )  papa 
de  A68  até  a8í,  estabeleceu  no  Oriente  a 
au^^.loridade  do  Cortsilio  de  Cbali;edonia.  É 
comraemorado  a  2de  março.  Outro  S.  Sim- 
plicio,  bispo  de  Autim  no  IV  século,  é 
festfjado  a  24  de  junho. 

siMPi.iCES,  s.  m.  pi    simples,  s.  m.eadj 

simpliciuade,  s.  f.  (Lnt.  simpUcitas,  tis), 
o  SPf  simplis,  nào  complexo  oucompnst->; 
simpípza,  singeleza,  innocencia,  inepc-a  ; 
falta  de  pnfeites.  dõ  adornos  curiosos;  falta 
de  astúcia,  de  malicia  ;  disposição  á  credu- 
lidade, falia  de  suspeita. 

Syn.  comp  Simplicidade,  simpleza.  Sim- 
plicidade é  a  qtifllidade  de  ser  simpl>'s,  tan- 
to no  sentido  physicu  como  no  moral.  Sm- 
pteza  só  se  diz  do  homem  no  sentido  mnral. 
Simplicidade  toma -se  semj>re  em  boa  parte 
como  negação  dedobrez,  de  refolho;  sim- 
pleza parece  referir-se  ao  adjectivo  simpl/s 
na  accppção  de  néscio,  de  pauco  engenho, 
pelo  qjje  muito  se  parece  com  ignorância 
ou  parvoíce.  A  simpleza  de  Sancho  II,  de 
que  falia  o  chroni<ta,  era  certamente  d'cRta 
espécie,  e  mui  diíTerente  da  simpliridade, 
que  excluindo  a  dobrez,  o  dolo^  a  astucii,  o 
refolho,  sabe  unir-se  com  a  discrição  e  o 
juizo.  A.  simpleza,  no  nossprntender.  é  sin- 
gela, mas  tola  ;  a  simplicidade  é  singela, 
mas  avi5^da. 

s^AiPLicio,  (hi.«;t.)  philoRopho  grego  do  VT, 
sççuío,  recebeu  licçõesd'Ammonio.  filh^  de 
líermias.  Deixou  commentarJos  sobre  kíuí- 
tos  tractados  de  Aristóteles. 

simplicíssimo,  a,  adj.  svpcrl.  de  sim- 
p!çs. 

siWLicisT>,  s.  OU  adj.  fn.  que  trata  dos 
simplices  medicinaes.  ]\jeflico — ,  que  curçi 
cora  simplices. 

sjmplificado,  a,  p  p.  de  simplificar;  a-/;, 
fçilq  çinçujles,  (i,esçgibA.raça^o  de  tudo  o  que 
Cviç^dica. 

si>iPifjFiCADoç,  s.  8»  pesgpA  que  simpli- 
fica. 

síHPi.iF  CAtt  V.  çç.  {nmplç,  e  ficar,  do  Lat. 
efpcere,  fazer.)  íazer  simpleç,  desembaraçar 
do  quç  complica,  v.  7,.  r— a  questão,  o  pro- 
cesso, o  calculo,  as  formulas,  o  mechanis- 
mp.- 

SlHPLlClSStMO,    SIJIP.USSISSIIÍO,   A,  Q.(fJ.  SU- 

f.erl.  de  sinrplice. 

siMPLON  (monte),  fgeogr.)  S^mpelen  ^m 
allejn^p,  ^(mp\(^ie  «ira  it{|li^po,,  mons  Çce- 
pionift,  ^cifwnis  ou  Sempronius  em  I9- 
|im,   ^iontRD^a  dos  Alpes   llpopcianos  na 


Suissa  no  limite  do  Valalis  edo  Fiemonle. 

SIMPLÓRIO,  A,  afij.  crédulo,  ingénuo  , 
parvo. 

s;iiPRES,  (ant )  V.  Simplea,  ndj. 

siMPRESA,  (ant.)  V.  Simpleza. 

siMPRKSMENTE,  (ant.)  V,  Simplesmente. 

siMPsoN,  (hisl )  mathematico  inglpz  nas- 
ceu em  17  O,  morreu  era  17GI.  Deixou  en- 
tre outras  obras  :  Doutrina  dos  fl  ixos  ;  Tra- 
rtado  sobre  a  natureza  e  leis  das  probabi' 
l idades  ele. 

siMPTOMA.  V.  Symptoma. 

siMSON,  fhist )  mathematico  escossez.  nas- 
ceu em  168i.  morreu  era  )7GS.  Deixou: 
Trartado  sobre  a  extracção  das  raizes  aprO' 
limadas  dos  números  e  series  infinitas. 

siMUL.  ado.  latino  (p.  us.)  juntamente  , 
ao  mesmo  tempo. 

SMULAÇio,  s.  f.  (Lat.  simulatio,  onis.) 
disfarce,  iingimenlo,  falsa  apparencia 

SIMULACRO,  s.  m.  (Lat.  íimrt/acru/n.)  ima- 
gem, estatrua.  idolo. 

SLHULADAMPNTE  ,  ttdp .  {metite  suíT)  com 
fingimento,  disfarce. 

SIMULADO,  A,  p.  p.  de  simular ;  a(/;  fin- 
gido, aíTeetado  ;  feito,  obrado  com  fingiroen- 
m'^nlo  ;  feito  á  semelhança  de  outro.  Con- 
trato — ,  sopposto,  fictifio. 

sinUL.-^Doa,  A,  a//y.  quesiraula,  finge. 

SIMULAR,  V.  a.  (Lat.  simulo,  are,  da  si" 
milis,  semelhante.)  fingir,  disfarçar,  v.  g. 
—  a  !ntenç5o  —  amizade. 

siMULCADENTE,  s.  f.  (Lat.  simul,  c  cadcns, 
lis.)  figura  de  rhelorica  que  consiste  em 
acabar  as  clausulas  com  palavras  semelhan- 
tes. 

siHULDKS  NENTE,  s.  f.  (Lat.  simul,  6  de- 
siriens,  tis]  fisrura  de  rhetorica  que  consis- 
te era  acabar  as  clausulas  com  palavras  que 
tem  o  mesmo  som. 

SIMULTANEAMENTE,    adv.    (mcníC  Suflf  )    80 

mesmo  tempo  que  outras  pessoas,  juntamen- 
(e.  Todoii  —  o  applaudiram. 

siMULTAWfciDAnE,  s  f.  8  qualidade  de  scp 
sitpultaneo :  —  do  caso,  successo,  dos  tem- 
pos. 

SIMULTÂNEO,  A,  adj.  (Lat.  simul-,  a  de», 
vem  de  ceias,  tis )  que  se  diz  ou  faz  ao  mes- 
mo tempo.  Consentimento  — ,  de  duas  ou 
mais  passoas  a  um  acto ,  v.  g.  dos  coDJu- 
gf^s 

siN,  (geogr.)  decerto  situado  ao  NE  do 
EgJPto. 

SIS,  (geogr.)  rçiijK)  da  Sencgambia,  so- 
bre o  Atlântico,  entre  os  de  Rael  ao  N.  do 
Sfilom  a  E.  do  b^jí-.^,?.  A9  S-  40,000  ha- 
bitantes ,...,    ,, 

SINA  ,  í.  /.  ,(dQ,  t9t.  ?^«iyíJ/J>ÃP'í^ira  ) 
bandeira  rjíal.  A  —  real. 

.  sii^4.  ^-  /•  (^•'^  mjmr  P»  «iiJMWííi^^^.' 

Ip,  d^»lino  de  oatla  pessoa. 


m 


SIN 


sm 


smAC,  íeenpr.)  anlig«  cidarlft  da  Genrgifl, 
hr.j.\na  Riissia  Mníi-lional.  25  léguas  ao 
SE    de  Tiílis;  2,(>U0  habitanlps. 

sínaoauente.  V.  Assignadamente. 

StTíADO.  V.   Axsiqnafio. 

SINAGOGA.  V.  Sijnagnrja. 

SIN  Aí,  SINA,  fKW)gr.)  Djebd-Tor,  monte 
da  Ar«bia.  ao  .M).  na  p^^ninsuls,  q')e  avan- 
ça no  meio  do  mar  vermelho  onlre  03  gol- 
phos  de  ?u- z  e  d'Akal>a,  Foi  nesta  mon- 
tanha que  l>HQs  ap|)ar*^ceu  a  Muises. 

SINAI,  ou  SIGNAL,  s.  m.  (do  Lat.  xigna- 
re,  apsignar,  siíjnvm,  si^no,  signal  )  tudo 
aqiiiilo  qiio  designa  ura  plipuorripno,  facto, 
successo  ou  acto  presente.  p?4ssado,  ou  fu- 
turo, tj.  g.  o  fumr»  6  —  de  fogo.  a  vpgeta- 
çâo  que  cobre  os  muros  é  —  da  huMiidade 
do  sitio.  A  lava  ainda  quente  é  —  de  ante- 
rior e  próxima  rrup^íio  do  volrão  A  agila- 
çâo  das  ares  é  —  de  próxima  irovondi,  pro- 
gnostico, prpsagio. — ,  n.3rca  posta  na  rou- 
pa, no  gado,  nos  escravos,  e'c.,  para  se  re- 
conhpcer  a  pessoa  a  quem  pertencem  — dos 
açovlcs,  os  ver|.:ô^^s,  feridas  ou  ciraltizes.  — , 
firma,  assignatura  àw  «Ignem  :  firma  aberta 
era  metal  para  assignar.  —  em  branco,  as- 
signatura posta  em  baixo  de  papel  Dar — 
em  branco,  approvar  tudo  o  que  fo  fizer, 
contratar  ou  negociar  em  nome  de  quem  dá 
podt.TPs  em  brnnco  ou  caria  branca,  coit.o 
bíJH  dizprnos- — .  mancha,  nódoa,  excres- 
cência congénita  que  se  observa  no  corpo 
dás  crianças.  Sinaes,  demonslra(,õ"S  qup  se 
fazem  com  a  mão,  com  foguet»'S,  fumaças, 
etc,  c»im  loque  de  sino,  d^  tauibor,  trom- 
beta, ele  ,  para  annnnciar  algnm  successo, 
ou  communicar  noiiria,  ou  orth-ni  Sinaes, 
pedacinhos  de  tafetá  preto  que  as  multie- 
res  punham  no  rosto  como  ornato  — \  di- 
nheiro qnft  se  dá  ao  vHn'ledor  oii  abigador 
para  spgurançíi  da  compra  aju-la<la.  ou  do 
^  preço  do  aluguel  Por  — ,  adverbiabnente, 
em  provi  de  ser  verdade  o  que  seaílirmori, 
ou  para  se  reconhecer  a  idenlidadcí  de  pes- 
soa ou  cousa.  Dar  —  de  si.  mcjtrar  se;  dar 
indif^ios  de  movimentos  vilães  a  nessoaqne 
se  jul|,iava  morta.  —  ,  (ant.)  jóia.  O  —  da 
cruz  Fazer  o  —  da  cruz,  per^ignar  se. 
|;*,.Syn.  comp.  Sírjflf/,  indicio,  mostra.  Si- 
nal, em  linguagem  philns^phica.  é  tudo 
aqnillo  que,  «juando  se  perc-be,  dá  noticia 
de  outra  fOu«a  rom  que  it»m  rebiçào  ní<tu- 
ral  ou  convencional.  InHiiio  eludo  aqnillo 
que  indica,  aponta  alguma  cousa,  ou  leva 
ao  conhecimen  o  dVlIa  Mostra  é  a  roanifes-  , 
tacão  ou  apparencia  d'un;a  cousa  presente 
ainda  que  não  na  totalidade. 

As   palavras    o  gesto,  a  escritura  sã»  os 
tinaes  das  ideias.  As  nuvens  grossas  e  car- j 
rpgadas  são  indicio  do  chuva.  As  lagrimas  | 
fi&o  no^raa  de  stmliinentCK  O  «iiMÍ  tem  li- 


gação com  a  cousa  significada  ;  o  indicio 
não  tem  a  mesma  ligação  com  o  objecto  in- 
dicado, e  s6  se.rve  de  abrir  caminho  para 
elle  ;  a  mostra  pó  le  ser  verdadeira  ou  ap- 
parente,  pois  se  as lag  irais  são  ordinaria- 
mente mostra  de  sentimento;  lambem  ás  ve- 
zes o  são  dejiranle  alegria. 

SINALAR,  y.  Assignalar,  Marcar. 

SINALAR  ss.  V,  A^siqnnlar-se. 

SINAI  EPHA.  V.  Synatefiha 

siNALOA  ou  ciNALOA,  (««ogr )  cidado  da 
confederarão  Mexicana,  31)  léguas  ao  NU. 
de  r.oliaí^an. 

siNALrENDK,  s.  m.  medida  agraria  de  cen- 
to e  vinte  pés  em  quadrado.   Klucid. 

sinan  ou  sinano-paciiá,  (hist.)  apellida- 
do  Koljah  ou  o  mestre,  gen'íral  ollomano, 
era  ura  renegado  mlural  de  Floreriçi  ou 
Messina  ;  f  jí  vizir  de  Solimào  1.  de  Selim 
II,  d'Amurat  111,  de  Mahom-t  III. 

siNAPiSMO,  s.  m.  (bat  sinapismus,  ãesi' 
nape  ou  sinapis,  mostarda.)  cataplasma  fei- 
ta com  farinha,  mostarda  e  vinagre   Pôr— í. 

siNAPiZAR,  V.  a  (do  i.at.  sinapis  mos- 
tarda, izar  des.)  pôr,  npplicar  sinapismos. 

siVAR,  V.  a.  [sina,  ar  des.  inf.)  (p.  us.) 
balizar,  marcar  com  sinas  ou  pendões. 

SiNCA.  V.   Cinca 

sincaua  e  sincadilha.  V.  Sancadilha. 

SINC*P0R     ou     SINCIUPOR  ,      (geOgC.)      pe- 

quena  ilha  da  índia  Trans"j:angetica,  entre 
a  ponta, S  de  Malaca  e  a  ilha  de  Suma- 
tra ;  3  ),0  O  habitantes. 

sinCar.  V.   Cirtcar 

sinceiral.  V.  Snlgueiral. 

siNCK  RO.  V.  Salgueiro. 

si>cf.l.   V.  Sinzel. 

siNCFLO.?,  s.  m.  (talvez  de  syn  prefixo, 
junto,  e  geh)  (t.  da  n»'ira)  os  caramelos  da 
chnva  gelados  que  pendem  do  l<-lhado. 

sinceramente,  údo.  {mcHíesuír. j  com  sin- 
ceridade. 

si.xCKiUDAnE,  5.  f  (bat.  sinreriías,  tis.) 
singeleza.  Ihanez».  lizura  no  filiar  oi-  rbrap; 
pureza,  falta  de  mistura  de  tudo  o  que  al- 
tera, CO  rompo. 

SINCERÍSSIMO,  A.  ttdj .  superl    de  sincero. 

SINCERO,  A,  a(//.  (Lat.  «iMccriif,  que('ourl 
de  (iébelin  deriva  de  sine  cera,  sem  cera, 
mel  sem  mistura  de  cera.  tu  creio  que  vem 
do  f.r.  akeraios,  innocente.  singelo,  pri- 
vativo, keros.  cor.io,  agudhão,  ou  de  ke- 
rannumi,'  misturar,  sem  mistura  )  puro  , 
Sem  mistura  de  cousa  que  altera,  corrom- 
pe. Animo,  sincero  — ,  lhano,  sem  dobrez 
ou  dissimulação.,  Offerecimento — ,  feito  de 
boa  vontade.  (E  só  usado  no  sentido  mo- 
ral). 

siNCO.  V.  Cinco. 

SINCOPA  e  &UIÍCOPAA*  V.  Syncopc,  SyMO' 


^ 


sm 


sin 


593 


siTfD  OU  pnon,  fgeogr.)  o  Tndm  dos  an- 
tigos, eiim  Ho^  dons  íírrtn'le>  rios  da  inuia, 
nasce  ao  SK  do  1'oquHno  Thibet,  e  cae  iio 
mar  das  Índias. 

siNDKiRO    V.  Sendeiro. 

siNHEiíRS  s.  V.  SynderesU. 

siNDiiv,  (gftos;r.)  Kslado  da  Tndia  alem  do 
Gangps,  na  embocadura  do  Sind,  qie  Iht3 
dá  o  sen  nome,  limilado  ao  M).  ptlo  Be- 
louldiislan,  ai  !S.  pelo  n-iuo  de  Labore,  a 
E.  pnlo  Adjmire  o  kalch.  Capital  lldide- 
rab»b 

siNDMYAn  oti  smniAn,  (gpogp )  Estado  da 
índia  Hi^uem  do  Ganges,  entre  o  ijjomnab 
e  o  Nesbelda. 

siNDiiYAn  (hist.)  chamado  Behadoar  ou  o 
Virtoriozo  priní^epe  mabralta  nasceu  euj' 
1743.  morreu  em  l79'»,  funduu  o  estado 
de  Sindbyab  e  teve  a  seu  serviço  1U0,UU0 
homens. 

SINDICA,  (gftogr.)  paiz  da  Scythia,  sobre 
o  Ponto  Euxino,  extendia-se  desde  o  lios- 
pboro  Ciaimerio  «té  á  .^chaia  asiática. 

sixniC^R.   V.  Syndícar. 

fiNhico.   V.  Syndico. 

siiNDiJr,  (g»'Ogr.)  villa  de  Portugal,  a  5le- 
guas  <l.e  Latue^M) ;  1,  00  babiiantcs.  lia  ou- 
tra povoação  do  mesmo  nom-s  «  de  igual  nu- 
moro  d'^  híibitintí^s  no  di»tnclo  de  Bragança, 
ea3le<(uas  dn  Miranda. 

si>'DJAR,  (geogr.)  5in^ara  cidade  da  Tur- 
quia Abiatica  ,  3i  léguas  ao  O.  [de  .'>'0S- 
soul. 

siNDO,  s.  m.  (t.  Asiat.jomesmoqueBan- 
darira,  na  Índia  septeritriunal. 

siNURA,  t.  f  &  mulher  do  sineiro. 

SINEIRO  ,  s,  m.  [sino,  des  eiró.)  fundi- 
dor de  smos  ;  trcadur  de  sinos. 

siNFN.  (geogr.)  cidade  da  ilba  de  Majo- 
ren.  9  léguas  ao  NE.  deParme;  4,0UUba- 
bitantes. 

SINES,  (geogr.)  villa  de  Portngnl.  no  Alem- 
tpjo  nodisiricio  de  B«'Jh,  donde  disla  18  lé- 
guas a  U  ,  c  20  ao  S.  de  Libboa  ;  1 ,70  J  ha- 
bitantes. 

SINES,  (geogr.)  Siwcc  povos  orienlaes,  que 
os  antigos  só  conhticiam  ptlo  nome,  pare- 
cem ser  '  s  tiamezes,  ou  talvez  mesmo  es 
Cbiíie7es. 

siNESTRO,  (ant.)  V.  Sinistro,  Esquerdo. 

siNEiE,  s.  m.  (do  Lat.  siynum.)  (irmã  ^ 
chanc^^lla,  divisa. 

si>fans  (gf^ogp.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal, a  4  léguas  de  Lamego;  2J,510  habi- 
tantes. 

sr  NGAN,  (geogr.)  cidade  da  China,  ca- 
pital da  província  de  Chen-si. 

SINTEL,    S.    m.    o   SINGKLADA,   S.  f.  Uffl  pa". 

—  de  bois,  junta  de  bois. 

SINGELAMENTE,  ado.  (m«At«  suH.)  com  SÍJl- 
geiezd. 

fOLw  1». 


siNGELBiRA ,  «.  f.  soTtò  dõ  redo  de  pes- 
car. 

siNGEi.EiRO ,  s.  m.  [sin^el,  des  eiró.)  o 
lavrador  que  lavra  com  um  singel  ou  junta 
de  boi>,  sua  ou  alheia  ;  carreiro  que  acar- 
reta em  carro  tirado  por  umi  junta  de  bois. 

siNGELRZv.  s.  f.  (dtjs.  eza  ]  Sinceridade, 
ingBnuidad'\  simpleza  :  — do  animo,  das 
palavras    Fallar  com  — ,  com  lizura. 

siNr.ELissiM),  A,  udj.  s^ip^rl.  de  siogelo. 

SINGELO,  A,  adj  (Casl.  sencillo,  do  i.at. 
sin(julii>!.  só,  ou  singularis,  único,  só,  não 
duplo  ou  muliiplo.  t?.  </.  ílires  singplas  ;  ca- 
nhão — ,  não  reforçado  Feridas  — s,  feitas 
cada  uma  por  sua  vez.  Custas — s,  não  em 
dobro,  tre.5dobro,  ele.  Partida  — (no  jogo), 
que  conta  só  por  um.  Apostar  dobrado  con- 
tra — .  Ter  caval'0  — ,  (ant  )  sem  obriga- 
ção de  ter  besta  ou  outras  armas  ;  falto,  min- 
guado. Estar  —  denatios,  ter  poucos.  Bar- 
ros e«;outo.  Andar —  sem  túnica  ou  ves- 
tido interior.  As  —s,  (loc.  a<lv.)  só,  setiQ 
companhia.  — ,  (fig.)  sincero,  lhano,  ingé- 
nuo. 

siNGiDUNUM,  (geogr.)  cidade  da  Dacia,  na 
confluência  do  irter  e  do  Savo. 

siNGiTico,  (geogr.)  golpho  do  mar  Egêo 
nas  costas  da  iVlacedonia,  entre  as  penín- 
sulas de  Sithinia  e  do  monte  Athos. 

SINGKADURA  OU  CINGRADURA,  S    f     (naut.) 

a  derrota  de  ura  navio  á  vela  em  um  dia,  o 
caminho  que  elle  fez  no  espaço  de  ura  dia. 

siNGíiANTE,  adj.  dos  2  g.  (de  singrar) 
pronipto  a  dar  á  vela.  Vender  zinte  moios 
de  sal  — í,  postos  a  bordo,  livres  de  despe- 
zas. 

s  NGnAR,  V  n  [cing ler,  (\oLsit.  cingvla, 
cinta,  óeciyigere,  cingir)  (naut.)  navegar  à 
vela,  velejar,  surdir  avante.  «  A  nau  sin~ 
grava  menos  que  as  nutras.  »  Castanh.  De- 
\cra  escrever-s»*  Cingrar. 

SINGULAR,  adj.  dus  2  g  (Lat  singularis) 
só.  único  Curnbate — ,  entre  duas  pessoas, 
uma  contra  o  ou  ro.  Numero  — ,  ou  subst. 
o  singular,  do<5  nomes,  verbos,  que  denota 
um  só  individuo,  ou,  nos  nompscollectivos, 
una  e.ípecie.  — ,  raro.  excellent.í,  único  em 
perfeição,  extraordinário,  emsegunilo.  //o- 
mem — ,  que  aífr-cta  di>tinguir-se  dos  mais 
por  alguma  extravagância. 

^YN.  ci>mp.  Si/íçu/a»*,  particular.  Ambos 
representam  o  individuo  d'uma  esppcie,  po- 
rem disiinguem-se  em  quo  singular  o  re- 
presenta como  único  e  só,  sem  relaçã)  aos 
demais  individiios;  eparíicit/ar  o  represen- 
ta com  relação  a  elles,  como  parte  d'um  todo 
composto  de  vari"S  indivíduos,  entre  os  quaos 
s«  distingue.  Cadw  um  dos  homens  que  exis- 
tem é  um  individuo  particular  da  especio 
humana.  Se  existisse  um  só  homem,  seria 
\aingular  em  sua  espécie. 


in 


sm 


sm 


Por  isso  dizemos :  todos,  e  cada  um  em 
particular ;  e  não,  cada  ura  em  singular, 
porque  consideramos  a  cada  um  como  par- 
te d'um  numero,  istoó,  com  rel'içãoai'S  de- 
mais individues  que  conTjjrehende  a  voz  ío- 
dos.  A  phenix,  se  realmente  existisse,  seria 
particular  entre  as  aves,  esin^u/ar  em  sua 
espécie. 

siNCCLARiDADE.  s.  f.  (Lai.  singulariías, 
tis)  a  qualidade  de  ser  singular,  em  ambos 
os  sentidos  d'esle  termo;  o  que  pertence  a 
um  só  individuo  e  não  aos  outros.  A  — do 
procedimento,  do  humor  de  alguém,  extra- 
vagância, o  exlraordmario.  — s,  pi.  8Ca;6>^s 
extravagantes,  desusadas,  que  alguém  Uz 
por  se  singularizar,  ou  qu«  o  distinguem. 
— ,  propriedade  de  ura  só,  e  não  da  com- 
munidade.  i)iz-se  á  má  parlQ  dos  frades  que 
nào  devem  ler  bens  em  próprio. 

siNGULAUissiMAMEiSTE,  adv  superl.  desin- 
gularnienle. 

siNGULARissiMO,  A,  ad[;'.  sií/jer/.  de  Singu- 
lar. 

SINGULARIZADO,  A,  p.  p.  do  siogulârizar ; 
adj.  feito  singular. 

SINGULARIZAR,  V  a.  [sirigiilar,  des.  izar] 
fazer  singular,  único  na  sua  esp^  ie ,  par- 
ticularizar, individuar,  conferir  qualidade 
que  faz  alguém  conspicun,  distincto  — sk, 
«.  r.  distinguir-se,  fazer-se  singular,  notá- 
vel. 

siNGULABííENTE,  adfí,  [mentc  suíT.)  com 
singularidade,  deiuodo  singul.'<r. 

siNGULTO,  s   m.  (Lat.  singultvs)  V.  So- 
luço. 
'SiNiFiCAçÃo.  V.  Significação. 

.SiMFiCA».    V.  Significar,  etc. 

sinigaglia,  (geogr.)  Sf.na  Gallica,  cida- 
de dos  Estados  <la  Kgrfja,  *J  léguas  ao  SE. 
de  iesaro;  7,(100  habitantes. 

SI  KiKG-QEi,  ígcogr.)  cidadje  da  China. 

„§iBi^  oiJi  SíNNis,  (hist  ]  famozo  Salteado? 
da  Grécia,  que  apí^ihava  os  viajantes  no 
islhmo  de  Corinlho,  e  ora  os  lançava  no 
mar,  ora  os  e.íqiiarlejava.  Theseo  purgou 
a  terra  deste  monstro. 

aijsisTRAMENTíf,  aiííJ.  [rãcnic  suíT.)  de  mo- 
do siniblro,  mal.  á  má  parte,  avessamen- 
te. 

SINISTRAR,  V,  n.  {si  tus  iro,  ar  des.  iuf ) 
termo  moderno  merrauld,  usado  cm  apóli- 
ces de  seguros  mariliiijus,  soffrer  desastre, 
pprecer. 

SINISTRO,  A.  adf  (Dat  siyiisíer,  esquertjp, 
mau,  pernicioso.  —  prcsagio,  infausto,  — , 
ÍDteu,lo5    3Ieios — s,.  Interpretações  — 5. 

siNisTB-o,  s.  in.  (subãt.  do  precedente,  por 
ellipse  subenlendido  caso,  successo)  terççi.o 
de  contractos  de  seguros  raaritimos,  desas- 
Iro,  avaria  grossa  que  acontece  ao  navio. 

glRPAiABi,  (gepgr.)  jfiu  da  Guyanna  fjai?- 


ceza,  desce  das  montanhas,    que  ficara  no 
centro  da  colónia,  e  lança-se  no  Allnntico. 

siríO,  5.  m.  (Lat.  sinut]  V.  Seio,  Enseada. 

smo,  s.  m.  (de  sinal)  instrumento  de  bron- 
ze ou  de  outro  metal  sonoro  de  fórraa  cam- 
panuda,  que  se  tange  com  badalo.  —  da 
oração,  que  toca  ás  trindades  ou  avemarias. 
—  de  recolher,  colher  ou  correr. 

SINO.  V.  Signo. 

sixo,  (ant.)  V.  Si^naíou  Sinai,  Âssigna-'. 
tura. 

siNOBLE.  V.  Sinopole. 

siNocHA.  V.  Synocha. 

siNíiCHO.  V.   Synorho. 

sinodal.   V,  Synodal. 

sínodo,  V.   Synodo. 

siNO?í,  (hist.)  grego  famozo  pela  sua  p^r^ 
fidia  Quando  os  seus  compatriotas  fingi- 
ram renunciar  ao  cerco  de  Tróia,  nr)resen- 
touse  aos  Troianos,  como  abandonfído  pe- 
los seus  coif  pauheiros,  e  persuadiu>os  a, 
meitprera  na  cidade»  o  gigantesco  cavallo 
de  madeira  que  estava    cheio  de  soldados. 

siNONiMiA.  V.  Synonimia. 

SIXONIMO.  V.  Synonimo. 

siNOPfE,  (geogr )   cidade  e  forte   da  Asi^^. 
Henor,  na  Paphiagonia,  sobre  o  Ponto  Eu-" 
nino,  na  embocadura  de  ura  pequen  >  rio. 
I>a  uma  colónia   de    Mileto.    Pertence  dos 
turcos   e  fo  bombardeada  pelos   rusçoj  cm 
18.53, 

siNOPERA.  V.  9>inopla. 

SiNoPLA,  s.  f  tinta  vermelha  de  que  usam 
os  pintores  para  pi  atar  aqjeo,  ei  i  rábida  djP^ 
sinople. 

MSOPLE,  j^,  m.  (Fr.)  jaspe  verde. 

SINO  SAUÃo,  y.  Signo. 

siKQUiNiio.  V,  Cinqainho. 

siNX4,ç\^A.  V.  ^yntagma. 

siN-TCiir.ou,  (gpogr.)  cidade  da  Chin.a^  so- 
bre o   I"igO^QU-.lfÍ.3í)g. 

siNTE.  V.  4^in,tc,  adv. 

siNTEL,  s  ^j,  (carp.)  compA4S0  grande (J.ç, 
uma  só  perna,  com  que  os  carpinteiros  tr4- 
çam  circulp5 

g^i.-SiiOA,  ^gçagr)  T^^m.  da  ^laced^nia, 
p^ara  p  HE.  n^s  ^^argeos  Jp,  fiò  Poiítus. 

siNTiLLAR.  V.  Sciniiliar,  flc. 

siNTiNEi.LA.  Y.  SentincUa._ 

,sisT0  ou  si.\TOisuo,  (hist,)  religião 'primi- 
tiva do  J.ípão  llende  culto  á  iirtudet  re- 
conlieceu  o  deus  TÍ€n{o  ceo)  e  uma  inllnida- 
de  de  çs^iritos  ou  dey.sjes  ij^feriores,  e  divani- 
za  03  grandes  homens. 

SINTOMA.  V.  í^ympíoma,  çtç. 

siNTztisiM,  (geogr.)  ciú^ide  do  gran-diica- 
dode  Bade,  fjlç^yas  ^t  S.  d'Ueidelberg. 

sinnessa,  (ííei-gr.)  Sitjiiuesía,  cidade  da 
Campania  i^o,  N,  perto  das  fronteiras  do  La- 
cio,  pnlroo  Valtuf^noe  o  Minturno. 

llfluoeo,  A,  flíO*.  (i.at.  fimoiy^.  que  tsm 


5IP 


sm 


595 


(jtt  £az  seios,  voltas.  Rio  — .  Margens  — *. 

5i>xó,  X.  m.  (t.  A«iial )  madeira  mui  com- 
IíusUvhI  do  que  so  fazem  facliosque  servem 
de  arclioia^, 

siKZEL,  s.  m.  (djíngl.  c/<ú(?/,  Vc.eiseau) 
inslrumenlo  de  ferro  com  quo  os  cravado- 
rrs  •joalheiros  engaslim  as  pedras;  cinzel 
dí)  fstulplor.  V.  CinziL 

^8I^ZLLAD0,  A,  p.  p.  desinzelap;  at/y.  es- 
culpido do  moio  relevo. 

sijiZEi.ADOR,  s.  m.  o  que  sinzela,  ouri- 
ves quo  lavra  de  meio  relevo. 

s  >ZKLAB,  V  a.  (sinãel.  ar  des.  inf.)  Ib- 
vanlar,  lavrar  de  meio  rí-levo. 

sioBA,  s.  f  (t.  Brasil)  um  peixe  grande 
e  gostoso  do  Brasil. 

smi  Kl,  (g-  ogr.)  grflnde  cordilheira  de  mon- 
tanhas do  impfrio  chiiiez,  percorre  aiC.  da 
Mongfilia  e  a  Ur^ruria. 

sioN,  (googr  )  nome  de  uma  'lasqnalrocol- 
linas  sobre  que  éoonslruida  J*  rnsalem 

sion,  (geogr.)  Sú/cn  em  alíemão,  Sprfw- 
num  dos  antigos,  cidade  da  Siii<;sa,  20  léguas 
ao  S.  de  Herne-;  ^.U){)  habitantes. 

sioN,  (gfogr.)  cidade  da  Índia  ingleza,  3 
léguas  a.)N.  de  Bon!b;iÍT3. 

SION.  (geogr.)  montanha  dos  Kstados-Sar- 
dos,  1  léguas  ao  SO.  deTienova. 

sioNiAou  siouNiA,  (geogr.)  uma  das  pro- 
vincias  da  Arménia  ao  IV  si^culo. 

siouEN-TCHEou  (gpogr.)  cidade  da  China, 
35  hguas  ao  SO  de  Fou-Tcheou. 

sioux,  (geogr.)  nação  indígena  da  Ameri- 
ca do  iNoíte,  dividida  em  grande  numero 
de  raças,  .«;endo  as  principaes  os  PaAoíaj,  e 
os  Assiniboinos. 

.  siOLX  on  jowA,  ígeogr.)  uma  das  divizõ^^s 
provizorias  dos  t!stados-rnido<?,  tornado  r.«5- 
tadoem  18U), compreende  a  parte  inferior  do 
Ciírso  do  iiíssiss-pi, 

siPiiÃx),  s.  m.  'Gr.  Syphos,  vazio)  tubo  cur- 
vo. 

sifRNOs,  íg''Ogr.  )  hojo  íiifanto,  uma  das 
Cjilades,  ao  SL.  doíorintho. 

sifó  <ta  c  PÓ,  s.  m  (t.  Bazil  )  phxnH  fl'> 
xivel  e  trepadeira  ;  i  >ecacu«nba.  — de  chum- 
6o,  planta  trepadeira  o  mucilaginosa,  mui 
ulil  p.nra  suspender  he-morrhagias. 

siroAOA.  s.  f.  (de.s  ada)  golpe  com  va- 
rinha de  sipó,, vergastada. 

siroA» ,  s  m.  (dos.  colleclivaa/)  balsa  em- 
maranhada  dosipós  Meter  alguém  n  um— , 
cm  passo  ou  negocio  embaraçoso. 

Rip.iNTo,  (geogr.)  S>ipus,  hoje  ^ipontoon 
Manfredonia,  cidaJe  da  ApuHa,  perto  do 
golpho-b'rias,  ao  pó  do  monte  Gargana. 

sifUES,  (ant  )  por  simples. 

Moraes  escreve  este  termo  sipres,  oqueé 
indubi  avelmonle  orro  de  transi^ripçao  de 
manuscriptos  onde  o  til  mal  feifo  s»  con- 
funde com  9  acceulo  agud*),  ou  falta. 


siFiLO,  (geogr.)  Sípi//u«,  cidade  da  Lyííi, 
ao  NO.  sobre  uma  elluvada  montanha  do 
mesmo  nome,  perto  do  Meandro.  Fraacapip 
tal  dos  Estados  de  Tântalo. 

&)Ri,  (hist  j  hisluri.idor  italiano,  nasceu  cm 
1608,  morreu  em  IGáíi.  Publicou  :  //  J/cr- 
curio  ;  e  Memorias  secretas. 

siKAGE  ,  «..  f.  (do  Arab  siregCt]  olco  de 
gergelim. 

SIRAMPOR    ou     SIRAMPOOR,    fgCOgf.j    cidada 

da  índia  dinamarqueza,  situada  na  presi- 
dência ingli-7.»  do  Calculla,  defronte  de  lia r- 
rakpor;  12,000  habitantes. 

siuANOA.  V    Ciranda. 

Sí»R0!«is  LACus ,  ígeogr  )  hoje  Selíaket 
Dardonil,  lagoa  próxima  ao  Mediterrâneo  no 
Baixo- i-gypto,  a  E.  entro  Ostracina  eomon-» 
le  Casio. 

siR-DARiA  ou  si-nouN,  (gcogr.)  lúxartes^ 
rio  da  Ásia,  &ae  do  Ala  tagb,  e  cae  no  mar 
d'Aral. 

PIRE  ,  s.  7n.  (Fr.  sire,  V.  Senhor  )  se-»» 
nhor^  titulo  que  se  dá  aos  reis  de  França. 

SIRENA.  V.  Sr.reia. 

siRENico,  A,  adj.  de  sereia,  encantador. 
A  —  voz. 

siRET,  (gpogr  )  grammalií^o  francez,  nas- 
ceu em  1745,  morreu  em  17U8.  heix'-u  : 
Elementos  da  Limgua  ingleza  ,  Gramma^ 
liça  italiana. 

SIRGA,  s.  f.  (do  r.r.  5cirá,  corda,  e  Oíjfo, 
cre,  conduzir.)  corda  de  puxar  náu  ou  bar- 
co .i  tôa.  Trazer  alguém  á — ,  após  si,  lo- 
va-lo  para  onde  queremos.  Andar  á-^det 
outrem,  sujeito  a  elle,  dependente  delle. 

siKCADO,  A,  p  p.  de  sirgar;  a(/y'.  puxa- 
do Á  sirga,  levada  a  reboq'ie. 

siRGiDO,  s.  m  nome  de  um  peixe  gran- 
de c  gostoso  do  Brazil. 

SIRGAR,  V.  a.  {sirga,  ar  des.  inf.)  alar  , 
puxar  com'  sirga,  dar  reboque  :  — a  náu  , 
o  navio,  o  baíco.  — ,  prover  de  sirgas. 

sinGiDEiRAS,  s.  f.  (íiaut.)  cordas  para  car- 
regar as  veias. 

sir.GiK.  V.  Serzir, 

SIRGO,  s.  m  (do  Lat.  sericus,  de  seda.) 
na  l?tíira  significa  bicho  de  seda.  — ,  (ant.) 
fio  de  seda,  seda  bruta. 

siRGUEiao,  vulgarmente  sibig.ubiro,  s.m. 
o  <jue  faz  obra  de  fio  ou  cordoas,  galões 
do  iio  de  seda  ou  de  lã. 

siRUiND,  {geogr  j  cidade  da  índia  media- 
ta, no  paiz  dos  Seikhs,  31  léguas  ao  iSO. 
do  Dehli. 

siai,  s.  m.  (t.  Brasil.)  marisco  de  per-» 
nas.  —  candeia,  é  pernilongo,  e  se  pesca  á 
borda  do  mar  ao  candeio. 

siaiACo  (s.)    (hist )  papa  desde  385  a  398, 
depois  Dumario.  Combateu  os  Noracianoi, 
e  ajudou  The.tdosioa  comprimir  os  M^W'' 
çheua.  E*  lestejado  a  !•)  da  novembro, 
t49  . 


69G 


STS 


8IS 


f  siRiCAU.  s.  f.  Leite  de  — ,  (t.  de  cozi- 
nha) cozido  cora  ovos,  assucar  e  ás  vezes 
farinha.  Talvez  venha  do  Gr.  siraion,  vi- 
nho ftírvido  com  especiarias. 

SIRIGAITA,  s.  f.  aveiinha  da  côr  da  carri- 
ça com  bii^o  longo,  que  irepa  pelas  arvores; 
(flg.)  rapariga  inqtiiela,  andeja, 

SIRIGUEIRO.  V.   Sirgueiro. 

SIRINAfiOR   ou   SKRINAGOR,    (geOgP.)   cHacle 

da  Índia  ingleza.  no  antigo  Gheronel,  35  lé- 
guas ao  NO.  d'Alraira. 

siRiNGA.  V.  Seringa. 

SFRio,  s.  m.  (Lat.  Sinus,  do  Gr  Seiros, 
de  sciron,  astro,  ou  antes  do  Kgypcio ciou 
astro,  e  ouhnr,  cão.)  (astr.)  uma  constella 
ção  austral  chamada  vulgarmente  ianicula, 
mas  que  é  o  Cào  maior,  denominada  So- 
this  pelos  Fgypcios.  ou  astro  de  leis  [ciou, 
astro,  ti  Isi,  de  Isis,  ou  Smirol). 

siuio,  s.  m.  festa.  V.   Cirio. 

smMAT.  (geogr.)a  antiga  /l  ri  arnoso  ia,  ci- 
dade da  Turquia  asiática,  entre  Sflmisalao 
SO.  e  Diarbekir  a  h. 

siRMicn,  (geogr.)  Sirmium,  cidade  da 
EsfJavonia,  ao  O    de  Belgrado. 

siRMtutf,  fgeogr  )  Sirmich  ou  Mitrovitz 
capital  da  Pannonia,  perto  do  Save. 

siRMONo,  (hist.)  sábio  jesnita  francez  nas- 
ceu em  1  .5i>,  morreu  em  16j1.  Deve- se- 
lhe  a  publicação  de  muitos  autores  eccle- 
siastico<;. 

siROES,  (hist.)  Knbad  II  ou  Kabad-Chi- 
roni«^h.  rei  di  Pérsia  da  dyníistia  dos  Sas- 
sanides.  revullou-se  contra  seu  pai  Khor- 
rors  II,  mandou  omatlar  com  14  ou  5  dos 
seus  irmãos,  e  tentou  fazer  esquecer  as 
suas  atrocidades  fazendo  florescer  a  justi- 
ça nos  spus  estados.  Morreu  em  Gjí9. 

siROLico-Tico,  s.  m.  jogo  de  crianças, 
s    siRRO.  V,  Scirro  OU  Schirro. 

siRTR.  V.  Syrtes. 

siR2(N0,  s.  m.  passarinho  corco  o  caná- 
rio enire  pardinho  e  amarello. 

siRZiR.  V.  Serzir. 

SIS,  fgengr.)  cidade  da  Turquia  asiática, 
no  pachalik  d'Adana,  15  léguas  ao  N^. 
d'Adana. 

síSA  ou  SIZA,  í,  f.  (do  Fr.  accise ,  Ingl 
cxcine,  do  Lai  cxcidcre,  cortar,  tirar  uiua 
porção.)  tributo  temporário  que  ^e  pagava 
para  as  urgências  do  esta  lo,  e  gastos  d«  guer- 
ra, Sfbre  compras  e  vendas  de  ben»  de  raiz, 
de  victnalhas,  bestas,  ele.  l  epois  de  tl- 
Rei  D.  José  se  tornou  permanente. 

SISADO  ou  SISADO,  A.  p.  p.  de  sizar;ãfl[/, 
que  pagou  a  sisa  ;  (fig  )  fraudado,  furtado. 

siSAi.HA,  s.  f  fragmento  dos  pães  de  ou- 
ro batido  por  batelolha  ;  aparas  que  se  ti 
ram   das  chapas   que  so   vão  cunhar  em 
moeda.     ' 

61SAHU.  V.  Zezaaia. 


SIS  lo ,  (h.  n)  ave  do  tamanho  da  adem 
de  côr  entre  branco  e  pardo,  com  um  cor-» 
dão  nt^gro  no  pescoço. 

SISAR  ou  siZAR,  f).  a.  [sisa,  ar  des  inf.) 
arrecadar  a  sisa  ;  furtar  pequenas  quantias 
em  contas  ou  compr  s. 

SISA  RO,  s.  m.  espécie  de  chiiivia,  herva. 

siSBORDO,  s,  m.  (naut.  ant )  «  Carregan- 
do a  náu  nté  metterem  o —  debaixo  da  agua.» 
Amaral.  Moraes  pergunta  se  será  risbordo. 

siSEBUT,  (hist  )  rei  dos  Wisigodos  suces- 
sor de  llondemar,  subm^lteu  as  Astúrias  e 
as  Vascongadfls  Expulsou  o:;  Gregos  dos 
seus  últimos  dominios  era  llispanha :  fez 
florescer  o  commercio  e  as  lettras,  deixou  a 
coroa  a  sou  tilho,  Rccaredo  I. 

sisEiRo  ou  siZEiRO,  s.  m.  (dcs.  ciro.)  co- 
bra Jor  da  sisa. 

sisEisNA,  (hist )  filho  d'Archelao,  princepe 
de  Comana,  fez  morrer  Asiobarzane  U,  rei 
da  Cappadozia,  e  sucedeu-lhe  no  anno  42 
antes  de  Jesu-Christo. 

sisENNA  (hist  )  amigo  de  VarrSo,  de  Cí- 
cero, d' uiico,  foi  questor  na  Sicília,  no 
anno  77  antes  de  Jesu-Christo.  E  conhe- 
cido como  historiador  e  orador  Conpôz  uma 
Historia  Romana. 

sisGOLA,  s.  f.  uma  d?s  peças  do  arreio 
do  cavallo. 

sisis,  (geogr.)  hoje  Torre  di  Sena,  cida- 
de da  Laconia,  sobre  ura  rio  do  mesmo 
nome,  era  o  porto  d'lleracbea. 

sisMA.  V.  Schisttiã,  e  Scisma. 

siSMONDí,  (hist.)  chamado  Buzzaehenno, 
almirítnie  de  I  isa,  ganhou  aos  Genovezes 
a  celebre  batalha  naval  da  Mellaria,  nas 
costas  da  Toscana. 

siso,  s.  m.  {do  Lat.  sensus  )  juizo,  pru- 
dência Ter — ,  sensato.  Máu,  —  ,  impru- 
dência Fazer  —  de  alguma  cousa ,  (loc. 
ant.)  dá-h  por  obra  do  prudência.  Vender 
—  a  Catão,  (phraz.  prov.)  Arraes  ,  querer 
ensinar  prudência  ou  sabedoria  a  quem  é 
mais  avisado.  De  — ,  adv.  de  veras,  seria- 
mente, com  força.  Cuida  nisso  de — .  Pôr- 
Ihe  as  mãos  de —  Dentes  de — ,  os  cabei- 
ros  uu  últimos  qneixaes,  que  de  ordinário 
apparecem  em  idade  adulta.  — í,  discrições, 
máximas  prudenciaes :  é  p.  us. 

sisoo.  V.  Siso. 

sisoRio,  s.  m.  De — ,  (ant.  e jocoso)  mui- 
to do  siso. 

sissoNNE,  (geogr )  cidade  do  França,  5 
léguas  a  B.  de  Laon  ;  1.3^5  habitantes. 

SISTEMA.  V.  Sysiema 

siSTERON,  (i^eogr.)  Segastero,  cidade  da 
França,  10  léguas  ao  i\0.  de  Digne  ;  4,540 
habitantes. 

sisTovA,  (geogr  )  cidade  da  Turquia,  eu- 
ropea,  10  léguas  ao>E,  4»  íi^k^^P^^l»  í  ÍO.OOO 
habitantes.  ' 


SIT 


6KA 


597 


tiSTKO,  s.  m.  (Lat.  sistrum.  Gr.  (eistron, 
de  seiein^  agitar.)  trombeta  aguda  usada  nas 
ceremonias  tsiacas.  — ,  espécie  de  pau jeiro 
com  soalhos  de  latão. 

sisuDEZA,  s.  f.  (des.  eza)  aquilidadede 
ser  si>udo,  seried<ide.  siso,  prudência. 

sisuuo.  A,  adj.  [siso,  des.  udo  )  sensato, 
de  siso,  cordato,  prudente,  serio;  por  iro- 
nia, o  que  aílecta  siso. 

sisYGAMBis,  (bist )  mãi  de  Dário,  ultimo 
rei  da  ^er^ia.  foi  apnziouada  na  bfllalh.i 
d'K^sus  por  Alexandre,  e  por  tal  maneira 
íicuu  reconliecida  á  g«  nerozidade  com  que 
este  pnnceje  a  tratou,  quesf  dnixou  mor- 
rer de  fome  quando  teve  noticia  da  sua 
morte. 

siSYPHO  (inyth.),  filbo  d'Eclo,  e  neto  de 
Ilellen,  e  celtbro  na  Q.)'thologia  peia  sua 
malicia  e  peiiidia. 

siT,  (geogr.j  no  da  I.ussia  europea,  nas- 
ce no  guvtino  de  Tver,  e  lança-se  doJtto- 
loga. 

êiTAi,  (ant )  V.  Situar. 

mtuoma,  (geogr.)  uma  das  três  penínsu- 
las da  tbòlcidia,  entre   íallene  e  Albus 

siTiALo,  A,  p.  p.  de  sitiar ;  adj.  cercado 
por  tropas  luimigas. 

siTiAL  ,  s.  m.  (do  Lat.  situs,  assento.) 
banco  ou  geiíuOexuiio  com  seu  paramento 
e  almolada  onde  «s  pessoas  reaes  se  encos- 
tam quando  ajutlbiim  na  capella.  —  ,  (t.  de 
armarturj  ariiiação  de  tafetá  e  velludo  paru 
uma  capella  cum  duas  cortinas  o  uma  sa- 
neia. 

SJTIAR,  V.  a.  [sitio,  ar  des.  iuf.) cercar, 
pôr  assedio.  —  uma  praça. 

siTiBLNBO,  A,  adj.  ('lo  Lat.  sitis,  sede, 
dts.  da  p.  fut  J  (poel )  sequioso,  sedento. 

siTíFi,  ^geogr.j  tjoje  beiíf,  capital  da  Alau- 
ritania  cliaUibdab(i./e7(m,  á  qual  uá  o  seu 
nome. 

ftiSTii,  s.  m.  (Y-at.  setim^  do  Hebr.)  ma- 
deira preciosa  para  edilicios  e  trastes. 

SiTiM.  V.òcdin. 

siTio,  s.  m.  (Lat.  situs.)  lugar,  espaço, 
chào,  situação,  espaço  descoberto  para  neU 
le  Se  edilicar.  ik-llu  —  para  viveuda.  Achou 
no  hl  aço  uesarmado  do  Loniiario  —  para  o 
ferir,  lugar. — ,  assedio,  cercode  praça.  — , 
(do  Lasi.)  casa  de  campo  do  rei  nas  vizi- 
nbançòs  da  capital  E  usado  ialiando  dus 
reis  Ue  iuspaubit,  e  também  eui  Ternam- 
buco  debiguaudo  quiula,  rvça  na  BaLia 
e  chácara  uo  Rio  de  Janeiro. 

siijts,  ^ge«  gr.)  cid«detíe  llif penha,  8  lé- 
guas ao  bU.  de  HfciceltLa;  ò.btOLabilau- 
tts. 

SITO  ,  A  ,  adj.  (Lat.  sitvs,  situado.)  si- 
tuado .  casas — «na  lua  augusta. 

SITO,  s.  m.  (Lat.  suuSt  s.  m.,  mofo,  la- 
fio. 


siTTAN,  (geogr.)  rio  do  império  birman, 
o  mesmo  queZiítnng. 

siTTAHD,  (geogr.)  cidade  do  Limburgo, 
hollanlez.  5  léguas  ao  ^E.  de  Maesfricbi ; 
:J,320  h^bitantes. 

SITUAÇÃO,  $.  m.  o  asscntio  das  casas,  da 
cidade,  praça,  quinta ;  o  estado  das  cou- 
sas. 

8JTUAD0,  A,  p.  p.  de  situar ;  adj.  assen- 
tado, sito.  A  cidade  esiá  —  em  uma  ilheta. 

SITUAR ,  V.  a.  (do  Lat<  siius,  assento.) 
assentar,  edificar,  v  g.  siluuu  a  cidade, 
a  fortaleza  em  ura  monto. — ,  arrumar,  dis- 
por g.  ographicamente.  l'tolomeo  xiiua  esta 
ilha  em  vinte  graus  de  latitude  boreal. 

siVA,  (uiyih.)  divindade  índia,  H,*  pessoa 
da  Tiimouili.ou  Trindade  Indiana,  a^sa  vul- 
garujtnio  ptlo  deus  destruidor,  mas  é  an- 
tes deus  que  modiiica,  que  ena  com  o 
auxilio  da  morte  que  mala  para  crear.  bào- 
Ihe  por  mulher  bhavaui.  Os  seus  adorado- 
res chamam  Sivaitas. 

siVAcii  (golpho  de),  (geogr.)  parte  ao  SO. 
do  mar  d'Azov. 

siVAS,  (geogr  )  Cabirce,  depois  Sebasle, 
cidftde  da  Tun^uia  asiática,  capital  do  pa- 
chnlick  de  Sivas,  15  léguas  de  Tukat ;  lG,v>UO 
hòbilanies. 

sivAS  ou  ROUM,  (geogr.  eyaleto  da  Tur- 
quia Asiática,  ao  .N.  da  Xúa  Uenor  entre 
o  mar  ISegro  ao  K.  os  pachali(ks  de  Tie- 
bizonda  e  d'fcizerum  a  lii.  de  l>jòrbtkir  e 
de  iVlaratk  ao  S.  d'Auatoiia  ao  U;  8UO,U00 
habitantes. 

SIZA,  siZAR.  V.  Sisa,  Sisar. 

siZAo,  s.  m.  ave.  V.  Siáào. 

siZfcBoLi,  (geogr.)  cidade  da  Turquia  Eu- 
repea,  5  léguas  ao  bO.  de  bourgos. 

siziRÀo  ,  ou  antes  cizikào,  s.  m.  (Lat. 
cicera.)  espécie  de  ervilhaca. 

sizuN,  (geogr.)  cidade  de  França  sobre 
o  Llorn,  a  ti  léguas  de  Moiiaix;  i$,ti5U  ba- 
bta  nies. 

SKAGEN,  (geogr.)  cidade  da  Dinamarca, 
na  pariu  ao  i\  do  Juiland. 

^KAGtR-HAK  ou  CANaL  DE  JUTLAND,  (geO- 

gr.)  braço  do  mar  do  ^orle,  entre  a  Di- 
namarca u  a  JNoruega,  liga-se  ao  bE.  com 
o  Caltegat. 

skalitz,  (geogr.)  cidade  da  llumgria,  20 
léguas  ao  ^0.  de  ^eutra ;  5,700  babiiaa- 
les 

SKANDA,  (rnytb  )  lilho  de  Siva  e  deRha- 
vani,  ó  o  irmão  e  rival  de  Cjaneça. 

SKAKA,  Igeogr.)  cidade  da  Suécia,  82  lé- 
guas au  &Ò.  de  btockkolm  i  1,0UU  habitan- 
tes. 

sKAfiABORG,  (g<  Cgr.)  divizào  da  Gotia,  na 

Suma,    entre  es  goveinos  de  Jffii.kaíi  mg, 

to  bE.  u'i.lltLoigòo  bl;.  d'ceitLio  ac/ ^L. 

de  tàihtad  ao  ^.  u  h^o  >\btter  a  E.  e  o 

Í5U 


i 


598 


iLO 


lago  Wener  ao  O.  161,000  habitantes.  Ca- 
pital Maneslad 

SKELTON,  (hist.)  poeta  satyrico  inglez, 
nasceu  eto  l^i60;  morreu  em  1529.  Ape- 
zar  de  Ser  padre  atacou  em  versos  murda- 
zes  os  al)U70s  do  clero. 

SKiAto  ^itlia),  (geogr  )  Sciathos^  uma  das 
Cj^clades  seplentrionaes 

SKioLDUNGiEiNS,  (hlst.)  antiga  dynaslia  da 
Dinamarca,  cuja  origem  é  fabuloza,  tira  o 
sen  nome  de  Skiold,  filho  de  Odin,  foi 
substituída  em  1047  pela  dos  Esihrithides. 

SKipÊTARS,  (hist)  nome  indígena  dos  Âl- 
bunezes. 

SKirTON,  (geogr  )  cidade  d'ínglciterra,  so- 
bre o  catiíll  de  Leeds  e  liverpool,  16  lé- 
guas Bo  O.  d'York  ;  ^,200  habitantes. 

5K0í»iNA,  (gpogr.)  cidade  da  ÍUissia  eu- 
rOpèa,  10  léguas  ao  S.  de  Riazan ;  6,000 
habitantes. 

^KYA  (ilha),  (geogr.)  Eluda  orienlalis, 
UEba  das  Hebridas;  18,000  habitantes. 

SKYRA  OU  SKYRo  (ilha),  (geogr  )  S-:^ros, 
ilha  do  srchipelago,  a  E.  de  ^'egroponío  ; 
1,800  habitantes. 

íSlane,  (geogr.)  villa  d'Irlanda,  3  léguas 
ao  O    de  Progheda. 

siÁREusK,  (geogr.)  antes  Setzka  ou  Tor 
cidade  da  ilussia  turopea,  5  léguas  ao  SE. 
de  Rharkov.   Outrora  capital  dos  Cosacos 

slavos,  (hist.)  fnmilia  ethnographica  eu- 
rOpea,  a  mais  oriental  da  Enfopa.  ferten- 
éè  incoriteslaveimente  á  raça  indo-germa- 
nica, 

SLAV0UIA,  (geogr.)  estado  situado  ao  S. 
do  mar  Báltico,  tihha  por  limites  ao  O.  o 
Efbn,  õ  Kiar  do  Tíòrte  e  o  Eyder,  a  E.  f  ee- 
ne,  e  ao  S.  o  Elda,  correspondia  ao  Me- 
cileicbilrgn. 

SLE/UAMJ3 ,  (hrât.)  historiador  allemão, 
ifítsten  P.m  ^506,  morreu  era  !536.  Deixou 
edtre  outras  obras :  De  qu^tuòr  summis 
impenU,  babylonico,  pérsico,  grceco,  ro- 
mtrtio  Ubri. 

sLESwicou  FCUL^s^rc,  (geogr)  cidade  da 
Dki'à«iar6tí,  d  legtias  ao  IS  de  Kiel;  "9,000 
hdlntírnfes. 

^*i'Eswrc  (duéado  de\  (geOgr.)  ou 'Jutland 
meridional,  assim  chamado  pch  sua  pozi- 
çSo  éo  S.  dm  hÚR^hò  ao  Juttand.  é  Uma 
rfârs  ptOvlncfAS  da  Tert-j  Firme  da  Dínaiiar- 
ca,  e  tem  por  lim{'r.s  ao  S.  o  ílolstein  ; 
a?rv,^00  hafeíínrilrs.  eapil.-íl  íiles^rz. 

5L!G0,  (<çf?0'gy.)  íisl.Tdfe  da  Tríanda,  capi- 
fatdo  condado  de  Sligo.  UO  le««as-aot^O 
de  DtiWin  ;  1 IWO  habitantes.  Cí>ndado  de 
Sljgo,  situado  suhni  o  Oceano,  entre  os 
cioíid-ados  de  Eeítmin,  RdseoradJtffi  e^Míígo, 
cúsnn  17t;0  O  habitantes. 

^íKfiiB;  ftrfilToaçdiíJtr  e  btjtanico  íTtart- 


IMO 

dez,  nasceu  em  1660,  .morreu  em  1752. 
Deixou  :  Viagens  ás  ilhas  da  Madeira,  Bar- 
buda,  S.  Clíristotão,  Jamaica,  com  a  his- 
toria natural  das  plantas,  quadrúpedes, 
ele 

SL0B0DE-P0L0V3K.UA,  (geogr.)  cídádô  da 
Rússia,  perto  de  (iatchina. 

SLOBODSKOiE;  (geogr.)  cidade  da  Riíssia 
Europea,  8  léguas  ao  N.  de  Viatka  ;  5,'OOi) 
habitantes. 

SLOisuio,  (geogr  cidade  da  Rússia  Euro- 
pea, ;iO  légua  áo  SE.  de  Groduo ;  4,500 
habitantes. 

SLOUGH,  (geogr.)  cidade  d'Inglalerra,  1 
quarto  de  légua  ao  N.  de  Windsor. 

SLouTcn.  (geogr )  Nome  de  dous  rios  da 
Rússia  europea,  um  nasce  nai  fronteiras 
da  Podolia,  e  cae  no  Goryne  ;  o  oillro  no 
Governo  de  Minsk,  cae  no  Pripet. 

SLoríTZK,  (geogr )  cidade  da  Rússia  eu- 
ropea, 25  léguas  ao  S.  do  Minsk ;  4,500 
habitantes. 

SLOVACOS,  (geogr.)  povo  de  raça  Slífa 
espalhado  na  .Moravia  e  na  ilunffria. 

SMALKADE,  (geogr.)  Schmallialdeii,  c\ileL^ 
de  murada  do  eleitorado  de  Uesse,  15  lé- 
guas ao  NE.  de  Fulda  ;    l,4?i)   habitatites. 

SMEATON,  (hist)  ingenheiro  inglez,  nas- 
ceu em  17.4,  morreu  em  179  2,  A  sua  obra 
mais  importante  tem  por  laulo  :  Experièn' 
cias  s^obre  o  poder  mecânico  da  àgúã. 

SMF.KDÍS,  (hist.)  magico  dn  Pérsia,  que 
usurp-^u  a, coroa  no  anno  522  aates  de  Je- 
su-Christo,  depois  da  morte  de  Cáinbyres. 
Uma  de  suas  mulheres  que  o  reconhecAu. 
porque  elle  não  tinha  orelhns  que  lhe  haviam 
sido  cortadas  por  cauza  de  um  delicio,  pu- 
blicou que  elle  era  um  impostor.  "EntSo  for- 
mou-se  uma  conspiração,  que  acabou  o 
reinado  e  a  Vida  de  S^merdis. 

SMiin,  (hist )  navegante  inglez,  feíí  trez 
viagens  á  Yirginia'  dcsda  1005  até  1014. 
Publicou  úmà  dèscripção  da  í^ota  Ingla- 
terra. 

SMixn,  {hist )  phisico  in|té2,  tiasccU  ém 
1G8B,  morreu  erú  íY68.'CWnpõz  'úta  Syj- 
tema  completo  d' óptica. 

SMiin,  (hist  1  célebre  c^criptGr  Kscossôz, 
nasceu  em  1723,  morreu  òm  1790.  Dei- 
xou :  Theoria  dos  st;ritimcnlos  iiorHs  \'Ih' 
vé.Higações  sobre  a  liitafési  t  çeíuía  das 
riquezas  das  nações. 

SMiin,  (hist  ]  celebre  cíTicial  de  marinha 
injjlez,  nasceu  em  l764,  morreu  em  18ít). 
Disiin.?uiu-se  contra  Napoleão.  Fundou  uma 
sociftdade  chamada  anti  pirata  fará  abolir 
a  pjráieria  no  Mediterrâneo. 

.SMiTHFíELD,  (gcogr,)  cidado  dos  Estados- 
rntdrts,  ^  'tégiíás  "ao  ?tU.  de  Prírvideacía ; 
4. COO  babilárírés.  '        "'' 

•s^o^'Íí^l>V'tgt?bgK^>fiitfg^S-diVizãodaSiíe- 


80Á 


^(^Â 


(99 


cia,  forma  bojo  os  governos  de  Calmar, 
Joenkceping  e  Kronoberg. 

sxuLE^SK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  cu- 
ropea,  capital  do  governo  do  Smolen&k,  a 
104  legues  ao  SO.  de  Moscou  ;  li), 000  ha- 
bitantes. O  governo  de  Smolensk  é  situado 
entre  os  de  Tver  ao  H.  de  Moscou  ede  Ka- 
longa  a  K.  d'Orel  ao  St;  j, '.00 habitantes. 

SMtLKT,  (hist.)  historiador  o  romancista 
escossí  z,  nnsceu  em  1720.  Compoz;  Aven- 
turas de  Pregrino  Pickle ;  as  /ivenluraa 
de  Rodtrico  Vlaudom;  Historia  d' Ingla- 
terra, etc, 

SMYHNA,  (geogr.)  Izmir  em  turco,  cida- 
de da  Turquia  «sialica,  liO  léguas  an  SE. 
de  Constantinopla  ;  130,000  habitantes. 

SNAiTU,  (geogr.)  cidade  (l'lugtaterra,  8 
léguas  fioSli.  a'\ork  ;  6.000  habitantes. 

SNtfcK  ou  sPiíTS,  (geogr.)  cidade  d'iIol- 
landa,  5  Ifguas  ao  Nu.  d'llereenveea  ;  5,(>tiO 
habitantes. 

SNàLLius  (hisl.)  gpometra  allemão,  nas- 
ceu em  >C)9i,  moneu  em  1620.  Deixou: 
Eraloiílienes  balavvs  de  terrcB  ambitu. 

skoehattaK,  (geogr.)  montanha  da  ISo* 
rupga,  37  U-guas  ao  SO    de  Dronlbeina. 

í^o»Ro-STUH>  ESON  ,  (gcogr.)  historiador 
irlandez,  nasceu  em  1178,  morreu  em  1241. 
Deixou:  Snorro-Edda  ou  Syslcmada  mi- 
tkologia  Soandinava. 

s^uwDON,  (geogr.)  Erijri  em  língua  gal- 
lica,  montes  d'lnglaterra,  no  paiz  de  GaJ- 
les,  no  limite  dos  condados  de  Caernarvon 
e  de  Merionetb. 

SO,  (ant )  V.  Sob, 

fô,  por  senhor  (t.  jocoso)  Oh  sô  bêbado. 

só  ,  adj.  dos  l  g.  (í  at.  solas,  de  sine, 
sem,  e  vllus,  algum.)  desacompanhado.  Es- 
tar, viver — .  —  ,  (p.  us.)  solitário.  Luga- 
res— s.  Fallar,  estar  com  alguém  —  por — . 
Tiraram  as  espadas  — s  por  —s.  Vieira.  Es- 
tar ou  ser —^  de  alguém,  (phraí.  ant.)  or- 
phão,  privado  de.  «A  cidade  tào —de  gen- 
te. »  barros.  Achar-se  um  — com — ,  v,  «jr. 
o  clérigo  com  a  b^rregan,  .sem  outrem  em 
casa. — ,  único.  Um  —  Deus.  Com  uma  — 
excepção. 

só,  adv.  (Lat  ,  so/úot,  somente.)  unica- 
mente. —  elie  crn  capaz  de  fazer  isso.  — 
por  fome  ou  traição    [)odia  tomar  a  praça. 

soÃA,  s.  f.  (do  Lat  svs,  porco.)  eniro- 
coslo  do   porco  da  parte  do  espinhaço. 

soABuiR,  V.  a.  (de  so  por  fo(f.)a^jrir  um 
pouco  :  —  o  postigo. 

SOAÇAR.  V.  Soassar. 

S0A4JA,  X.  f.  to*tía  de  cantiga;  (%) 'fa- 
ma, ruaor ;  bulha,  estrondo. 

SOADO,  A,  p.  p.  de  soar;  At/J.  que  soou; 
de  que  se  falia  muito,  famigerado.  Uoma 
tão  ~-  DO  mundo.  «  O  negocK)  foi  pubUco  e 
muito  — ,  »  fallado.  Vida  do  Arceb. 


SOageh,  «.  f.  viperina,  planta. 

soAi^UA,  s.  f.  (de  soar.)  chapinha  do  la- 
tão enliada  horizontalmente  nos  arames  do 
pandeiro,  a  qual  ferindo  em  outra  faz  um 
som  ngu  io  vibrando  o  pandeiro.  Pôr — sa 
alguma  cousa,  ffig.)  asoalhar,  divulg  ir,  pu- 
blicar. — s  ,  os  braçoi  da  cruz,  na  balesti- 
Iha  náutica. 

soAiUADO,  A,  p.  p.  do  soalhar;  divulga- 
d  ),  assoalhado,   sobradado. 

SOALHADO,  s  m.  (do  precedente),  íobra- 
do.  t)   g.  Taboado  de  — ,  do    assoalhar. 

SOALHAI.  V.  Assoalhar,  pôr  ao  sol  ;e  soa- 
lhar  ou  sobradar. 

SOALHAR,  V.  a.  (de  soalha],  fazer  soar,  di- 
vulgar, 

SOALHEIRO,  s.  TO.  (do  sol),  lugar  nndo  a 
gente  vai  aquecer-se  ao  sol  de  inverno. 

soALueiuo,  A.  adj.  ^do  precedente),  expos- 
to ao  sol.  «  Ama  a  vide  as  eacoslas  :^oa- 
Iheiras.  » 

SOALHO,  ou  SOLHO,  s.  m.  (Lat.  solium}, 
sobrado. 

soanoa,  (geogr.)  cidade  da  Capadócia, 
hoje  Juzghat. 

soANB,  (geogp.)  Sonus,  rio  da  índia  Se- 
pteotrioual,  nasceu  na  plataforma  d'umer- 
cantoo,  e  cae  no  Ganges,  9  léguas  ao  O. 
do  Patnah. 

soANK,  (geogr.)  rio  da  índia,  nasço  ao 
i^U.  dô  Baronah,  e  cee  no  golpho  do  Ben- 
gala. 

SOANTE,  adj.  dos  lg.  (Lat.  tonans,  Hí, 
p.  a.  de  sono,  are,  £oar),  que  sôa.  —cas- 
cavel. Bem  ou  mal  — .  1'roposiçuo  mal  —  , 
que  oífende  a  crença  ej&tabciecida, 

SOÃO,  s.  m.  (do  Lat.  so/,  e  «o /ia nur?»)  an- 
tigamente sigaiiicava  o  pomo  do  horizimle 
onde  nasce  o  £ol,  o  nascente  ;  hoje  ó  o  ven- 
to de  lésle  mui  calmoso,  e  em  gerai  lem* 
po  mui  calmoso,  abafado,  seru  viração.     ,  , 

SOAU,  í.  m.  (ani.  e  obsol.)  V.  òo/a»-,  j. 
m, 

SOAU,  V.  a.  mais  usado  cm  sentido  absol. 
ou  u.  (Lat.  sono,  are,  soat),  dar  som,  fe- 
rir o  ouvido  :  (Ug.)  cantar,  tocar.  A  Ijra 
tristezas  sôjí,  o  lasltmas  respira.  Lkgiad  , 
canto  1.  est.   13. 

«Quantos  varàes  Gregose  Latinos  opiea 
tuba  lieiboosa  sOa.  >  fclfH>fio«Dunense.  «  Tu- 
do soava  alvoroço,  prazeres,  anaunciavo, 
dava  sinal,  mostras,  «  .irBLa  arma,  ludohôa, 
tudo  guerra.  »  «Piibuma  consona  voz  todfls 
.sua\ão.  »  Camões,  Lusiad.  X,  7).  O  c  sôa 
k  antes  de  a,  o  «  it.  j— ,  divolgar-se,  correr 
voz.  «  Sòa- me  dentro  d'«kDa  oquella  voz.;» 
— SB,  V.  r.  (ant.),  *oar,  *livulgnr-so,  correr 
voz.  «E  como  por  toda  ilfricasóa.  Camões, 
Lusiad. 

soAssAR,  V.  a.  assar  lentamente. 

MíAVB^  ^túfit.)  usenp^tor  italivoo,   otscea 


600 


SOB 


SOB 


em  17^3,  morreu  em  181G.  Deixou  muitas 
obras  estimadas  sobre  educação  o  philoso- 
phia.  , 

SOB,  'prep.  (Lat.  svh.  Gr,  hypfi,  Sanscrii 
vf)0.  Creio  que  vrra  do  Fpypo.  hep  occul- 
tar-se  ,  «iludindo  parlicul.u mente  ao  sol 
quando  ?e  põe  ou  desaparece  debaixo  do 
horizonte),  debaixo,  v.  y.  —  o  trópico  ;  — 
Poncio  Pilatos,  —  o  amparo,  a  protecção. 

—  a  côr  dtí  amisade.  —  enlra  como  prefi- 
xo em  muitas  palavras  compostas,  as  njais 
das  vezes  contrai  ido  em  ío,  v.  g.  socalco. 

soBACO,  vulgarmente  prnnuncrado  Sova- 
co, s.  m.  [sob  e  axilla,  e  não  de  oíícv*  an- 
gulo, ermo  diz  Moraes)  a  cava  debaixo  do 
braço  onde  elle  se  articula  ao  hombro. 

SOBAH.  (geogr.)  um  dos  4  reinos  da  an- 
tiga Syria,  no  valle  do  Líbano,  foi  submet- 
tido  por  David  no  anuo  lObO  antes  deJe- 
su-Cbiisto. 

S(Baiçar,  V.  a.  {sob,  debaixo,  e  alçar, 
subir,  elevar-se),  (ant.),  alçar,  «  (!onru  ca- 
rão os  alcailiís  e  mas  gente   de   f>uerra  a 

—  Mv  lei  IJainct.  Jornada  d'Africa. 
sobcalco.  V.  Socalco. 

S"  BCoiXA  ou  síbcoxa,  s.  f,  (aut.).*  —  do 
monte,  a  parte  baixa  do  monte. 

soBC"L()R,  phr.  adt.  sobc6r,  adv.  {sob. 
pref.  e  color,  côi),  dtbaixo  de  côr,  de  pre- 
texto   ' 

SOBCRESTAR.  V.  Scqvestrar. 

SíBtGiDÂo,  s.  f.  quantidade  sobeja,  de- 
masia, (xc«£SO,  sufíiflua  ^l!nndancja•,  (íig.l 
atre\imento,  msoUncia.  SobcyicJões,  oxf es- 
ses de  quem  senão  (ontem  nos  justos  ter- 
mos, razões  demasiadas  de  quem  não  tem 
direito  a  dâ  las. 

soBEGissiwo,    A,    odj .  svjerl.  de  sobejo. 

SíBtiHA,  5.  f.  {sob,  ebtiia)  segunda  or- 
dem de  telhas  dibaixo  da  beira  do  telhado, 
paia  sus*.<r  a  sujerior. 

,soBEJADAiiEME.  V.  Scbcjomcnle. 

£(BfjADo    sup.  de  solejar. 

sobejameme,  cdv.  {fíiínte  suíT.)  em  de- 
Dcasia,  nimiamente,  com  excesso. 

sobejak,  V.  n.  (sticjo,  ar  d<s.  inf.)  so- 
brar, exceder  o  rece^SMÍo.  O  que  stbtjou 
de  quanim  í^estinada  8(s  gastos.  — ,  (anl.) 
superar,  foLres^bir  Ifr.eflos  que ubjatam 
ao  mar  e  tkavim  des(ol>rtcs  d'illo. 

soBíJinÂo.  \.   tolcytdão. 

fc(  LEJissiBO,  A,  ai^j.  iV}erl.  de  sobejo. 

S(BiJO,  A,  adj.  (CO  lat.  svptijtctio,  de 
svjetJHíO,  ere)  que  S(Lra,  txtioe,  sujera 
O  que  é  n((ess8ii(»,  excessivo,  dcnasifcdo, 
ninio;  ilig.)  que  exieífe  ( s devidos  Iidjíks, 
aud.iz,  atrevido,  t.iueza — ,  — no  u  itndar. 
tOsMouios  eum  tâc  —s  que  vinlòm  to- 
mar CS  Toiluguizis.  »  CijstaLhtda.  —  vai- 
dade. 

SOBEJO,  s.  tn.  (subst.  do  precedente)  o  que 


sobra.  Os — s,  sobras.  Aproveitar  os  -—s  de 
outrem,  os  restos  que  elle  deixa. 

SOBEME^DER.   V.  Subentender. 

SOBERANAMENTE,  flcío.  {mente  SUÍT.)  com  so- 
berania. 

soRRRANtA.  s.  f.  (Hes  iot)  8  qualidn-íe  de 
ser  soberano,  e  os  direitos  ou  a  auloriílade 
annexos  ao  soberano;  (fig  )  irnperiosidade, 
altivfza  ;  excellencia,  superioridade. 

SOBERANISSIMO,    A,    odj     SUpcrl.   dc  SObO- 

rano. 

soBFRANiZADO,  A,  /),  p.  do  soberanizar ; 
adj.  feito  soberano,  elevado  á  soberania. 

soBEU.f.MZAR,  r.  a  [soberano,  izar  des  ) 
dar  solefano.  mandar,  imperar  com  sobe- 
rania ;  (ílg  )  exaltar,  engrandecer. — ss  ,  v, 
r.  baver-se  como  soberano,  fazer-sè  digno 
da  realeza 

SOBERANO  ,  A  ,  adj  (Fr.  souverain,  Tlal. 
sovrano,  rio  Lat.  svpra,  sobre.)  supremo  ; 
(lig  )  excellenle,  prestante  t?.  «7.  remédio — 
contra  o  rheumatismo.  —  ,  imperioso,  al- 
tivo. 

SOBERANO  ,  A,  s.  (do  precedente,  por  el- 
lipse,  subentendendo  rei,  r /íf/e  )  rei  absMu- 
to.  Na  republ  ca  o  povo  é  soberano 

SOBERBA,  s.  f.  (Lat.  svpeibia,  svper,  so- 
bre, e  Gr.  lia,  força.)  siluaçà(»  sobrancei- 
ra ;  (lig.  e  mais  usado)  rdtivrz,  orgulho;  for- 
ça superior.  Abater,  quebr.sr  a —  «  i  or  on- 
de o  Nilo  descarrega  a  —  de  suas  aguas,  o 
grande  peso.  Karros.  Fazer— s  a  alyuem  , 
(ant  )  assoberba-lo. 

soBERBAço  ,  a'^j .  avymení.  de  soberbo, 
t.  jocoso. 

.«SOBERBAMENTE,    odv.   (mCíl/C  SUÍT.)  COffi  SO- 

berba. 

soBERBÃo,  CNA,  adj.  avgment.  de  soberbo. 

soBr^PBETE,  odj.  dos  2  g.  de  soberbo,  al- 
gum liinlo  «oberbo. 

soB^^Bl^HA,  s.  t.   diminuí,  de  soberbo, 

S0BFHBl^^o,  A,  Oí/j.  djmiíii/í.  de  soberbo. 

soBmBissiMAMENTE,  ttdv.  superl.  desobei- 
bamtnte. 

SíBEBBissiMO,  A,  odj.  «í/f cr/.  de  sobcrbo. 

siBHiBO,  A,  adj.  (Lai.  svpeTbus,àe  su- 
pir,  sobre,  e  vis,  força,  em  i.r.  bia).  so- 
iiranceiro.  «  Lugar  —  sobre  a  barra  Cas- 
tellos  —  í  S(  bre  a  ponte  »  Harros  — ,  (fig.) 
al'i>o.  orgulhoso,  arrogante:  —  da  viclo- 
ria.  Ilímtm  sobtrbo  Inlavras— s. — ,  (fig.) 
n  apnitiro,  v.  g.  —   rdificio. 

S(  BiBBOSAMtNTE,  odv.  («(CHíe  suíT.),  (ant.) 
cem    S(beiba. 

toBiRBos(t,  (ant.)  V.  Soberbo. 

sobeRnação,  (ant.)  Svbòii^açáo. 

S(BERVA,  (ant.)  V.  Soie'ba. 

SOBKSCHEVIR.  V.  Svbscretcr. 

soBEKRno.  V.  ^vbscriío   e   Sobrescrito, 

£(Bt.BAVE,  adj.  (t.  mus.)  Signo — ,  abai- 
xo do  giavo.  , 


SOB 


SOB 


661 


soBiDA.  V.  Subida. 

soBiFSki  ou  JOÃO  111,  (hisl.)  rei  da  Polo- 
í\\n  H  iitfi  dos  íiemes  d«'Sie|)a!z,  iiHSceii  em 
mi\i,  foi  pfocl«nj»di»  rei  em  Jl)7^,  mor- 
reu lui  1U.>6.  toi  li«bil  g«iu'rii|  tí  «mijjoda 
sua  (liUria,   (k-ía  qu^l  seiupre  cunibiUeu. 

soBiMKNTO,  *  m.  (m  hio  suif  ),  («III.),  al<,a, 
arçàt)  de  lev«iil«r,  ou  do  subir;  v.  g.  -- 
do  preço,  di»  v«l(>r  do  ouro,  díts  mercado- 
rias. O  —  do  s«ii|^ue    á  cabeça. 

soBiNTK,  odj,  ú- s  2  g.  í<nt.  (des.  do  p. 
a.  Lai.  em  «''Ují,  I(.s-j,  asceadeiile.  i/.  ^.  Her- 
deiros — s.  Orl.    Alloiis. 

SOBiR.   V.  Subir. 

S'  BJLGui  o  defiv.  V.  Subjugar. 

soB.tVAMAH,  V.  a.  <  rguer,  levantar,  al- 
çar ssobre  outra  cousa, 

soblkv.ak  e  deriy.  V.  Sublevar,  ele. 

sohlimiauo,  a,  p.  p.  de  soblmliar;  a<Jj. 
marcatio  com  uma  bulia  por  bai.x  >. 

soBLiMiAii.  V.  a.  pHSsar  com  a  penna  uma 
linha   por  baixo  de.  uma  ou  mai>  palavras; 
enlre  carpinteiros,   lavrar  a  madeira  por  bai 
xo  de  liiiha  Iragada. 

soBMKKGER  edeiiv.  V.  Submergir,  ele. 

stB^KTTtK  e  dtriv    V.  buhmtiur. 

sub^iicad  ),  subnegak  e  dcnv.  V.  Sonega- 
do,   Sonegar,  por  ua) 

soBoi.A,  («ni.j,  sob.e  a.  • 

sobolo.  (aul. ',  Sobre  o,  v.  g^  — s,  rios 
que  vao  por  iJalijlmia  me  achei.    Camões. 

sobural.  V.  Sobral. 

sobokuílNado.  V.  Subordinado. 

SuBuH.^aÇAO.   V.  Sabor nt). 

soyoKNAMtNio.  V.  Suborno. 

soBiJHNAR.   V.    Subjrnar. 

sob  (UNo.    V.  Suborno, 

sòbjko,  $.  m.  (Lai.  saber). S.   Sobro. 

si-BuRUALiiADoURO,  s.^n,  varrcdouro  do 
forno. 

soBORHALUAR,  V.  a.  pur  debaixo  do  bor- 
ralho para    cozer:  —  bulus. 

soBouRAi.íi'),  .<f.  m.  bolo  de — ,  cozi  J  o  de 
baixo  do  bui  ralho. 

soBPÉ,  s.  m.  [Sob,  e  pé),  pé,  raiz.  v.  g. 
Ao  —  do  um  monle.  moiro,  leso. 

sobpena.  ado.  debaixo  da  p'jna  ;  v.  g. 

de  purdimento  de  bens. 

sobpodeu,  aJv.  [sob,  e  poder),  debaixo  do 
poder. 

sonouEix^DO.  V    Soqneixado. 

soBHAgADO,  p  p  de  sobraçar;  adj.cn- 
oosiado,  lirmado  uos  braços  de  oulra  pes- 
soa. ^  i 

srBRAÇ*n,;"iíi  #.' -{íofr©  ferflp,  ar  des 
inf ),  segurar  debaix)  dobtaço,  r.  g.  —!\ 
capa  lf8ça'la  ;  — alguém,  Iraze-ioiJo  braço, 
segurando  o,  sostendoo  pi>r  dnbaiXí»  dos 
b  açcs  ;  ^tig  )  —  um  auimo  fraco,  sos- 
ler        o:.j-  -r^ 

SOBRADADO,  A,  p.  p,  de  sobradar ;  aJj.  que 

VOL.    IV. 


tem  pavimento  de  laboas,  que  tem  um  ou 
mais  .«obrados.  «.  g    Casa  — . 

sobkaoar,  V.  a.  [i^ubrvdo,  ardes.  inf.).  pôr 
pavidieiiiu  <Je  i.tboas  ou  ar^amasbu ;  |>ôr, 
assi^nlar  osobraclo;  v.  g.  — a  casa. 

sobrado,  s.  m  (do  I  ai.  Kvptruddo,  erf, 
í»juniar  sobre),  pavimenlo,  s..lho  de  madei- 
ra, ^lig  )  anuar.  t>.  g.  Lasa  de  dois  ~s.  Me- 
dico de  — ,  dos  luais  colimados,  mercador 
de  — ,  que  i^m  as  fazendas  no  andar  superior 
e  não  em  log»*,  e  \ende  aiacdoe  nàoau  re- 
talho. Meieinzes  de  — ,  graúdas. 

SOBRAUO,  A,  p.  p.  de  sobrar  ;  adj  que  so- 
brou, sobejou.  Maiilimenujs  — s  «  a  nau 
viidia  falia  de  tudo,  e  —  de  miséria  »  Hist. 
>Ht.  iloiiiem  — ,  que  tem  em  abuuiJaucia 
com  que  passe. 

soBKAUo,  (geogr  )  aldeia  de  Portugal,  no 
concelho  de  reiíali.  I,  a  ^  léguas  do  Porto  ;  - 
l,(iOU  habiiaiues.  :-obiado  de  l'uica,  no  con-' ^ 
ctltio  de  raiva,  sobre  o  mesmo  riu  e  a  1  lé- 
gua do  Uouro,  7UU  h^biianUs. 

SOBRAL,  5.  w.  (conliarçao  íÍíí  scberal,  do 
Lai.  suber,  o  sobreiro),  maia,  bosque  de  so- 
breiros. 

suBKAL.  (geogr.)  povoação  de  Portugal  no 
dislniu  deLoimbia,  <ion»ltí  oisla  7  léguas, 
íio  Concelho  de  Tondtlla,  l,yju  habiianles. 
lia  oulra  do  mesmo  nome  no  concelho  de 
lorres-VedrHS,  G  l<'guas  ao  .N.  de  li.-bja; 
UjU  habi»anle<  ;  outra  a  1  Ifguasde  Ihomar, 
denomina  la  d»  Ignja  l\oca,  {,i'(iO;  uuira, 
villa  e  Irt-guezia  próxima  a  Torres-Vt-dras, 
•  lenominada  do  J/ou íe  Ajroço,  1,0  iU  babi- 
laiiles  ;  e  ouira  povoação  denominada  da 
>erra,  a  12  léguas  da  Guarda  e  b\)  de  Lisboa, 
tiUO  habiianles. 

soBitAi.iNUo,  (geogr.)  amenissimo  eapra- -• 
/ivtl  iiigarde  Portugal,  situada  a  meia  hora 
lio  caminho  de  Altiundra,    pouco  arredado 
do  Tejo. 

suUKAi\ç\RiA.  V.  Sobranceria.  - 

SuBKA^Cl!.lRO,  A,  adj.  (do  lat  svperans^ 
dts    ei/o^,que  e^lá  em  posição  superior,  doí.'^ 
uinanle  ;  que  faz   sobranc<3iia. 

soukaNceliía,  s  J.  (Lai    supercilium),   os 
•abeliiiihíS  que  formam  uma  arcala   acima 
'los  olhos.  V  g.  Fazer  a  — ,  concerlal-a  pr» 
n  que  ti  pi^^  bem  arqueada,   arrancando  ai-*  ' 
guns  cabellos.  ■''« 

s  (BKAMiKHiA,  s.  f.  (dt?s.  ia],  fipção  de  ho- 
■  nem  subraiiceií'»,   qu^  «lenola  aliiveza,  S0<»'^ 
berba,  sop^rioridade.  Fazer  — s, 

SOBRAR,  V.  abs.  ou  n.  (do  i,at  s^iperare, 
HX'eder),  restar  depois  defeito  n devido em- 
pr(  go.  Sobraram,  dez  mil  cruzadoí,  depois 
iJe  leiías  asdrspeza-s.  — .superar,  licaraci* 
ma,  sobranceiro.  «.Sobraram  as  aguas  por"' 
c  ma  do  nionte  »  He  anl.  nesfa  accepção. 

soBRARBK  OU  sobrarve  (reiuo  de),  (geo- 
gr.) pcqueuo  cantão  d'i.ispauba,  ao  S.  dos 
151 


699 


SOB 


SCHI 


Peryneos,  ao  O.  do  Ril)agone,  tevQ  o  li- 
tulo  de  reino  quando  foi  dado  a  Gonzales, 
4.°  filho  de  Sancho  Ilide  Navarra,  depois 
foi  reunido  no  reino  d'Ar8gão. 

sobbaRCO.  V,   Subrearco. 

SOBRAS,  s.  f.  pi.  os  sobejos,  o  que  sobrou 
os  restos,  o  que  íicou  tirado  o  necessário. 

SOBRE,  prep.  (Lat.  super,  Gr.  hxjper,  San- 
scril  upaVy  Zend  opero,  Pérsico  aher  ou  ahur, 
ber,  bur,  per,  pur,  zubur,  sobre,  em  cima, 
por  cima,  e  summidade,  cimo,  ponta  ;  uber 
em  Ali.  Todos  estes  vocábulos  me  parecem 
derivados  do  Egypcio  ape,  cabeça,  ou  depe 
ouphe,  ceu,  que  ambos  são  vozes  piimiti- 
vas,  edere  ou  ri,  sol,  e  com  o  artigo  mas- 
culino pire  ou  phté,  e  com  effeito  sujocra  em 
Lat.  significa  o  ceu),  em  cima  de,  por  cima, 
V.  g.  — a  mesa,  o  chão,  o  muro,  superior. 
E'  —  ní^ssas  forças,  excede  ;  —  a  intelligen- 
cia  humana,  acima  de.  fcstar  —  alguém,  ser- 
Ihe  superior.  — ,  apóz.  Golpes  uns  —  outros, 
repetidos  sem  intervallo.  —  longa  ou  madu- 
ra consideração,  depois  de.  Estar  — ,  sobran- 
ceiro, por  padrasto.  Estar  o  inimigo  —  a  ci- 
dade, pondo-lhe  cerco,  combatendo  a.  Rei- 
nar —  muitos  povos.  Estes  magistrados  tem 
outros  —  elles.  —  a  palavra,  fiado  nella.  Es- 
tar, andar  —  si,  sem  dependência,  com  izen- 
çao,  separado  de  outrem.  Andar  —  si,  vi- 
giar-sie.  Tomar  —  si,  obrigar-se,  afiançar, 
fazer-se  responsável.  — palavra,  — seguro, 
dada  palavra,  dado  seguro,  com  confiança  de 
quem  está  seguro.  — ,  próximo  :  —  a  tarde, 
-^  a  nouie,  já  entrando  pela  tarde,  pela  noi- 
te. —  minha  velhice.  — ,  acerca.  Èallar  — 
a  questão.  Escreveu  —  essa  matéria.  —  alem 
de,  não  só  —  feia  é  indiscreta.  —  que  pelo 
qual  motivo.  • 

SOBREABUNDANTE.  V.  Superabundante. 

sobrEabundar.  V.  Superabundar. 

sobreaguado,  h,adj.  alagado,  coberto  de 
agua.  V.  g.  Cjampos— 5 

sobrealcunha,  s.  f  segundo  appeliido,  se- 
gunda alcunha, 

soBREAPPELLiDO,  s.  w.^gundo  appellido. 

.soBREARCO,  s.  m. :  —  do  portal,  a  ver- 
ga. 

sobreaviso,  s.  m.  aviso  prévio,  antecipa- 

do*  V.  g .  Estar  de  — ,  prevenido  com  avi- 
so. 

go^REAvoNDAVEL,  adj .  dos  2  g.obsol.  V. 
Svtperabundan  te. 

SOBREBAILEO  OU  SOBREBAILEU,  S.    m.   hn\r 

leo  posto  sobre  outro. 

sp^MBAJ^Íi^HA,  s.  f.  forro  exterior  da  bai- 
nhi, 

soBREBico,  s.  m.  a  parle  superior  do  bi-. 
CO  ;  Açor  de  bom  — . 

SOBREACABADO,  A,   adj.  (p.  US.).  situado  HA 

maípr  eminência  de  um  cabo  da  costa. 
^PRECAHA,  t.  /.(t.dealveitar),  tumor  du- 


ro sem  dor,  que  apparec©  no  terço  da  cana 
do  braçodocavallo. 

SOBRECARGA,  s.  f.  a  carga  de  mais,  alem  do 
que  permilte  o  porte  do  navio,  ou  as  forças 
da  besta  ;  (fig  )  cousa  que  agrava  o  incom- 
modo  quejá  se  sentia. 

SOBRECARGA,  s.  OT.  (pof  elUpse),  pessoa  que 
vela  sobre  a  carga  do  navio,  feitor  da  nego- 
ciação do  navio. 

SOBRECARREGADO,  A,  p.  p.  de  Sobrecarre- 
gar ;  adj.  que  leva  ou  soffre  carga  demasia- 
da, V.  g.  tinha  —  o  povo  de  tributos.  O  na- 
vio ia  — . 

SOBRECARREGAR,  V.  a.  Carregar  com  mais 
peso  ou  carga  do  que  pode  levar  o  navio,  a 
besta,  ou  a  pessoa :  v.  g.  —  o  n:ivio  ;  — o 
povo  de  impostos. 

soBRECELESTB,  adj .  dos'i  g.  celestial 

soBRECELESTiAL,  adj.  dos  lg.  cuais  que 
celeste. 

SOBRECELLENTE,  V  Subresaknte. 

soBRECENiio,  $.  m.  [sobrc  e  cenho),  carran- 
ca que  se  faz  carregando  e  cerrando  as  so- 
brancelhas. 

soBRECÉd,  s.  m.  guardapó,  pavelhão,  es- 
paravel ;  —  do  leito,  do  docel. 

soBRECEVADEiRA.  s.  f.  (t.  naut.)  vela  pe- 
quena que  fica  sobre  a  cevadeira. 

SOBRECHEGAR.  V.  Sobrcúr . 

soBREC(i£TO,  A,  adj  mais  que  cheio,  cheio 
superabundantemente. 

soBRECLAUSTRA,  s.  f.  clfluslra  superior. 

SOBRECU,  «.  m.  o  mamillo  de  que  em  al- 
gumas aves  nascera  aspennasdo  rabo,  vul- 
garmente òi.vpo  da  galinha. 

soBRECURVA,  s.  f.  (t  de  alveitar,  tumor 
carnoso  sobre  a  junta  da  besta. 

soBREDENTAL,  adj.  dos2  g.  que  está  por 
cima  dos  dentes.  Folliculos  sobredenlaes, 
das  cobras. 

soBREDENTB,  s.  m.  dente  cavalgado  sobre 
Ojutro. 

SOBREDITO,  A,  adj.  djto,  referido  mencio- 
nado antes,  acima. 

soBREDiviNO,  A,  adj.  mais  quB  divino 

soBREDOURADO,  A,  p,  p.  de  sobrcdouraf  ; 
adj.  dourado  por  cima. 

SOBREDOURAR,  V.  a.  dourar  por  cima  ;  — 
a  prata  :  (fig  )  realçar. 

soBREEMiNENTE,  adj.  dos  Í,  g .  supcrlor^  S0». 
breelevado.      .^VpxhMvcv'^-    V   iO/7i:iuC'«*'8 

soBREERGUER,  V.  O.  ergiifir  mais  alto  qae 
oiutra  cousa. 

soBREERGUiDO,  A,  p.  p  de  sobrcergucr ; 
adj.  erguido  a,cimade   outra  cousa. 

soBREEROGAÇÃo,  s.  f.  i,  bras  de  -rr,  por 
maior  merecimento  de  salvação. 

SOBREESCREVER.  V.    Subescrevcr. 

SOBREESCRITO.   V.    SuhescHto. 

soBREESPERAR,  V.  a.  espeiaf  muito,  estar 
muito  teqapo  na  esperança. 


SOB 


SOB 


609 


soBREESTADO,  A,  p.  f.  de  sobreestar ;  adj,  1  bundos.  »  «  O  temor  comquesahiu  sobre- 
suspendido.snstado.  Moraes engana-se quão-    levou  a  prudência  esegurança  com  que  en- 


do  úhsxistado  é  erro. 

soBREESTANCiA.  V.  Super í tendência. 

SOBREKSTANTE,  s.  V.  Super i tendente. 

soiiREESTAR,  V.  a.  descoDlinuar,  dettorar, 
suspender,  sustar;  —  a  partida  dos  navios, 
a  obra,  a  continuação  do  edillcio.  Sustar  não 
é  erro,  como  quer  Moraes.  V.  Sustar, 

SOBREESTAR    OU  SOBR'eSTAR,  t?.   ãbn.     OU  ti. 

cessar,  descontinuar,  não  ir  por  diante.  «.  ^. 
Sobreesteja  ojuiz  appellado  na  causa,  nào 
proce<la  pelo  feito  em  diante.  A  guerra  sobre- 
esteve,  cessou.  *  Queres  que  o  nosso  canto 
sobree&heja^  »  cesse.  Gn»z,  Pões.  — s%v.  r.  \ 
cessar.  .,6,^7'^  ihqiV  • 

sobreexcellente,  adj.  dos2g.  de  supe- 
rior excell<íncia. 

sobrkexckllente,  vem  impropriamente, 
em  Bluleau  e  outros  autores  por  sobresa- 
lente. 

S0BREEXCELLESTISS1M0,  A,  adj.  superl.  im- 
próprio. 

sobreface,  s  f.  (t.  de  fort.),  a  distancia 
entre  o  angulo  exterior  do  b.iluarteeo  flanco 
prolongado;  superfície.  «Toda  a  —  da  ter- 
ra. ■»  HosSanct. 
.  sobregávea,  s.  f.  (t.  naut ),  peça  que  está 
por  cima  da  gávea. 

soBREiiuMANO,  A,  odj .  superior  ás  forças 
e  faculdades  humanas 
soBREiSTENDENTE.  V.  Superintendente. 
SOBREIRA,  (geogr.)  povoação  do  concelho 
d*Aguiar,  em  Portugal,  a  4  léguas  do  Porto, 
lOoO  habilf.ntes.  Sobreira  Formosa,  villa  e 
freguezia  do  districto  de  Castello-Branco  , 
!:i,41)2  "habitantes. 

SOBREIRO  ou  sovEBEiRo,  s.  m.  (Lat.  suber), 
sobro,  espécie  de  carvalho  cuja  casca  leve  de- 
nominada cortiça  se  separa  espontaneamen- 
te todos  os  annos  ;  (fig.)  homem  de  alta  esta- 
tura. 

SOBREIRO  DE  BAIXO,  (geogr.)  povoação  de 
Portugal,  no  concelho  deVinhaes,  6  léguas 
a  O.  de  Bragança  perto  do  Tucla  ;  680  ha- 
bitantes. 

-soBREJUiz,  s.  m.  njagistrndo  antigo  em 
Portugal  a  quem  se  recorria  dos  juizes  in- 
feriores. 

soBREJUSTiçA,  s.  m.  {sobre  fl  justiça,  no 
sentido  ôe  juiz),  juiz  de  alçada,  juiz  supe- 
rior, corregedor.  E  ant. 

SOBRELEVADO,  A,  p.  /).  do  sobrelevar  ;  adj. 
mais  alto,  roais  elevado   que   outro.  v.    g 
Estylo  — .  —  preço 

soBRELEVAB,  V.  a.  cxceder  om  altura. 
«  Eminência  que  sobrelevava  o  forte  de  S, 
Thomó.  »  Freire,  passar  por  cima  «O rio 
ou  a  enchente  sobreletando  aponte.  » — . 


trou.  »  Barros. — ,  (fig.)  soíTrer,  supportar. 
V.  q.  —  os  trabalhos,  os  cuidados.  — se.  v. 
r.  levantar-se  muito,  sublimar-.se.  «  Sobre- 
levando-seao  heróico  de  eroprezas  grandes. 

SOBRELEVAR,  em  sent.  abi.  passar  por  alto. 
«  Dispararam  uma  das  peças,  equiz  nosso 
senhor  (]ue  sobrelevasse,  po*que  lhe  pozeram 
o  ponto  alio.  »  Barros.  — ,  exceder,  supe- 
rar. «  O  de'*oro  com  que  servem  as  damas 
soòre/eca  ranilo  de  ponio  de  ponto  o  servi- 
ço real.  Tanto  sobrekvata  o  ardor  do  sol, 
tão  excessivo  era. 

soBRELAS,  (obsol.),  por  sobre  as. 

SOBRELIMINAR,  s.  m.  (t.  do  fort.),  a  viga  que 
atravessa  sobre  os  esteios  perpendiculares  da 
ponle  levadiça,  formando  com  elles  um  portal 
de  madeira  ;  peça  que  liça  por  cima  do  li- 
minar ou  soleira  (ia  porta. 

soBRRLOGE  OU  SOBRELOJA,  s.  f.  cntrosolho  ; 
sobrado  ou  andar  baixo  que  fica  por  «im» 
da  loge  ou  casa  térrea. 

SOBREMANEIRA,  ãdo.  alcm  da  justa  medi- 
da, excessivamente,  v.  g.  —  assustado.  Feio, 
grande^  encarnecido -i-.    _ 

soBREMÃo,  5  w.  (t.  dealveitar),  tumor  que 
vem  sobre  a  mão  das  bestas. 

soBRE«Ão,  adv.  De — ,  com  todo  o  vagar 
descanso,  curiosidade  para  bem  obrar»  de  as- 
sento, Recommendar  alguém  de  — ,  com 
muitos  gabos.  Cautellas  de  — ,  extraordi- 
nárias. 

soBREMARAVíLHADO,  A,  p  p.  de  sobrema- 
ravilhar-se  ;  adj.  muito  maravilhado. 

soBREJíARAViLHAR-SK,  V.  T.  admirar-so  em 
demasia. 

SOBREMESA,  s.  f.  ospratos,  fruta,  doces, 
etc.  que  servem  depois  das  outras  iguarias  e 
que  terminam  o  jantar  ou  céa. 

SOBREMODO,  adv.  com  excesso. 

soBREMUNHONEíRAs,  s.  f.  pi,  [t.  de  artiíh.), 
peçHS  de  ferro  que  a  travessão  sobre  as  mu- 
nhonheiras  dos  canhões;  para  segurar  os  mu- 
nhões  dentro  d'ellas. 

SOBRENATURAL,  adj.  dos  2g.  que  excede 
ou  parece  exceder  as  forças  da  natureza  ; 
(fig.)  maravilnoso;  v.  g.  Engenho — .  Phe^ 
nomenos  iobrenatvraes. 

soBREisATUBALiDAUE,  5*  f.  qualidade  ou 
i força   sobrenatural.  o^^P"'^ ''  /■'' 

sobrenatijralmentb;v«<Í»*.^  (♦Mcn/e  suíV), 
de  modo  sobrenatural.    ' 

soB«ENERO.,  s.  Tft.  (t.  de  fllveitar),  tumor 
sobre  o  nervo  da  besta. 

SOBRENOME,  s  m.  fippellido  ou  alcunha 
que  se  ajunta  ao  nome  <Jí>  baptismo. 

soBRENOMEADO.,  A,  p.  p.  de  sobreoomear 
adj.  appellidado. 

soBREROSEAR    V.  a.  Uobrcnome,  ar  des. 


cederem  força.    «O  som  da  artilharia  so 
brelevava  os  gritos  dos  combatentes  e  mori-  'inf.)  der,-  pôr  sobrenome  oa  alcunha 

15t  « 


604 


SOB 


SOB 


SOBREWUMERAVEL,     ttdj .    doS  2  g.    (p.    US.) 

quo  excede    tjdos   os  números,    iacalcula- 
vul. 

soBRKnsso,  s.  m  (alveít.)  doença  que  vem 
ás  bestas  por  eíí-ilo  de  golpe  ou  f^^ritla  so- 
bre o  osso  ou  cana  da  ueina  ;  (íig.)  cousa 
que  incoinraoda,  niolesla. 

soBREPARTO,  adv  imrppdiaiamente  depois 
de  parir.  Adoecf^u  — .  Morreu  de  — ,  aas 
consequências  do  [«ario. 

soBRKPKLLiz,  s.  f.  (Fr.  xurpHs)  vestidura 
ecciesiaslica  branca  que  se  enfia  pelo  pes- 
coço, e  Cobre  era  n.drt  o  corpo  atéaomejo. 

soBHEPENSAUo,  ado.  de  proposilo,  delibe- 
radamenle. 

ROBREPENSAR,  V.  a  usado  lambem  em  sen- 
tido abs.  ou  n  ,  cuidar  em  negocio,  mili- 
tar, 

SOBREPESO,  s.  m.  V.  Sobrecarga. 

SOBHtPOJAR.   V.  ^obrepvjnr. 

SOBREPOR,  V  a  f>ôr  era  cima  ou  por  cima 
de  outra  cousa;  d.brar  porcim«. 

soBREPossE,  adv.  {tiem,  irais  do  que  se 
pode,  com  excesso.  Comer,  beber,  despen- 
der — . 

SOBREPOSTO,  A,  f.  p.  de  sobrepor ;  adj 
pfsioem  lima  deouuo;  (íig.)  auiontoado 
Tenas  —  s,  as  de  ailuviâo,  depostas  pelas 
cl  eias  ou  i^tlllJnd^çô(S  de  rios.  —s.  s.  pi 
(sadíiriios  degftiôts,  passf  manes,  fitas  que 
se|õ*ni  fíbie  aspcí^as  ou  bardas  dos  ves- 
tidos, jaezes,  etc. 

soiiiuruATEADO,  A.  p.p  de  sobrepratear; 
adj  esmaltado  com  preta,  prateado  pcrci- 
ma. 

scBREPRATEAR,  V.  a.  s.atear  por  cima, 
esniíhíír  com  prata. 

síbui-pualo.  Á,p  p  de  sobrepujar  ;  oí/y. 
excedido  em  ^'tura  ;  superado. 

scBBEiiJAiiENTO,  s.  iti.  [mcnto  sulT.)  (p. 
US.)  exee^so. 

siButi  ljança,  s.  f.  (des.  ançá]  excesso, 
grande  superioridade. 

S'  BREFUJAME,    fl///.    doS  2   </      (dPS.    do  p. 

a.  Lai.  eui  ans,  tis)  que  sobrepuja,  exce- 
de. 

SOBHEPUJANTFMEME,  Orfc.   mCnte  Suff.)  (p. 

US.)  d»!  modo  solíiepnjanie. 

s«BuEPL'jAR,  V.  a  [sf  bre,  e  pvjar)  exce- 
derem ^lMJra.  sem,  força,  virtude,  talento. 
«  As  »  bfin  mas  tcLupiijaram  <  s  telhados.  » 
«  11(  rlensio  Hbrejvjov  os  jtradores  do  seu 
teu  po  »  — ,  em  sentido  abs.,  exceder.  — 
ás  foiças,  d'- alguém,  ^obrcpvjavom  ás  to- 
zcs  os  SUS}  ires,  soavam  mais  alto. 

sob^epixar.   V.  Sobieptijar. 

soBRfOLii-HA,  s.  f  (rirtul.)  peça  compo<ta 
de  outras,  que  corre  da  [i0|»a  á  proa  sobre 
as  cavernas,  e  (orr«  spoinle  á  (juilba. 

SORHEBODFLA,  s.  f    (alveil.j  tun;or  sobre 
a  rodela  do  joelbo  das  bestas,  que  toma  par. 
t6  da  juQta. 


soBREBOLDA  ♦  s.  f.  sobrerouda.  Sobrt- 
roída.  s.  m.  pessoa  que  vigia  os  homens 
deronda. 

sorreroldar.  V.  Soltrerondar. 

soBRERONDA,  s  f  e  m.  geute  ou  pessoa 
que  vigia  em  praça  forte  sobre  os  que  an- 
dam de  ronda. 

SOBRE  RONDAR,  tJ,  a.  vigíaf  a  gente  que  an- 
da rondando. 

soBRESAiiiR,  V.  n.  ter  realce. 

sobresa lente,  adj  dos2g.  (soò-*,  eLat. 
saliens,  tis,  p.  a.desa/io,  ire,  saltar,  bro- 
tar) de  mais  que  o  necessário,  destinado  a 
suprir  as  faltas.  Gente — ;  naviosi  munições 
-  s.  De  — ,  (lí.'C.  adv.)  era  reserva,  para 
supprir  as  falhas.  Levava  gente,  viveres,  mu- 
nições de  — . 

soBRESALTADO,  A,  p.  p.  de  sobresaltar ; 
adj.  tomado  de  improviso,  em  guerra  ca 
era  outra  qualquer  circumslancia. — ,  atto- 
nilo.  assustado.  Ficou  —  com  a  inesperada 
e  infausta  noticia. 

SOBRESALTAR,  c.  a.  tomaf  de  improviso, 
saltf-ar,  acomn  elter  de  repente  :  —  a  praça, 
o  c^mpo  inimigo.  Sobresaliouo  a  morte, a 
doença.  — ,  causar  susto,  espaventar.  O  me- 
nor ruido  o  sobre-^altata.  — ,  interromper  o 
íio,  a  serie,  a  ordem,  v.  g.  —  a  historia , 
annos,  passar  em  claro,  omittir,  saltar.  — 
cargos,  pvsios,  oble-los  sem  passar  pelos 
intermediários. 

sobkesaltadeado.  A,  p.  p.  de  sobresal- 
tear  ;  adj.  assaltado,  acommettido  de  im- 
proviso, salteado. 

sobresalteaR  ,  V.  a  saltear,  assaltar, 
acíimnietler  de  improviso.  Sobresaliou-oso 
inimigo.  —  o  tufa  I.  ^'ào  o  sobresalleando 
as  poiaões,  toroando-o  de  súbito,  apoderan- 
do-se  delie. — se,  v.  r.  assustar-se,  llcar 
atalhado 

soBRESALTO,  s.  wi.  assalto  repentino,  acont- 
nííeiíimento  imprevista;  (Hg  J  susto,  enleio, 
pavor  cauSíido  por  causa  que  sobresalla.  v, 
g.  por  assalto  He  iniuiigo,  nova  inesperada 
e  inlauí-ta,  desastre  imprevisto,  e  qualquer 
oulro  msl  ou  d«mnn  repentino  :  —  de  te- 
mor. De — ,  de  improviso. /^arflíí — ,  acom- 
metler  subitamente,  v.  g  —  na  praç«,  ci- 
dade, no  ( ampo  inimigo.  Dia  de  — ,  o  da 
morte,  íu  do  juízo  final. 

sobhesarado.  a,  p.  p.  desobresarar;  arf;. 
sarado  superhcial,  não  radicalmente. 

sobresaiiar,  t).  a.  curar  sup«>rtícial,  não 
radicalmente:  —  a  enfermidade.  E'  pouco 
usado. 

soBREscREVEa.  V.  %ubscrever. 

SOBHESCRnO     ou     fOBRESCRIPTO,    A,   p.    p. 

de  sobiescrever ;  adj.  us.  como  s.  m.,  ca- 
pa ou  d(»bra  da  «ar  (a  onde  se  escreve  o  no- 
me, titulo  e  morada  da  pessoaa  quemédi- 
ligida. 
soBRESEEB,  (aut.)  Y.  Scbrestãf. 


SOB 


soe 


60S 


80BH«sr,i,gTiTE.  V.  Sohretalente. 

SOBRKSEMKAR,  V  a  tornar  a  s'ímear,  se- 
mear sobrrt  o  trtrreno  já  semeado. 

soBRKSENrio.  V.  Senho- 

soBRESCR,  V.  a  ou  H  (Lni.  superscdcre, 
sobre  estar.)  (p.  us.)  sobre  estar. 

SOBRKSEVFR,  siT  erro  por  sobrescrever. 

soBRESiiMENTO,  (ant.)    V.  Sobresitimento. 

SOBRESINAL,  $.  m.  sínal  exterior  sobrn  o 
vesliHo,  como  a  cruz  qne  os  cruzados  e  os 
templários  traziam  boníada  no  habito 

soBRKSoi  KíRA. .  s.  f.  ppç.i  que  fica  sobre 
a  sol»*ira  do  coche  ou  da  porta. 

SOBRESSALENTE    V.  Sobremlcnte. 

SOBRESSUIENTO     e    SOBRKSSYMKNTO,    S.    m. 

(ant.)  parada,  d«'sconiinuação  ;  interrupção. 
«  Pediram  uma  hora  de  — ,  «rmisticio,  tre- 
goa. 

soBRESTANTB,  s.  m.  olheifo ,  apontador, 
Tigia  dos  trabalhadores. 

SOBRESTAR  ,  c.  ã.  OU  H.  (contrar.ção  de 
sobre,  e  estar.)  parar,  descontinuar,  não 
prosegiiir. 

soBRESLDSTAKCiAL ,  adj  dos  2  Q.  (tbeol.) 
mais  que  substancial.  «O  —  pão  do  céu,  » 
o  sacramento  da  eucharislia. 

soBRETAL,  ado.  (ant.)  finalmente,  em  con- 
clusão. 

soBRETEiMA,  adv.  V.  Pertinazmente. 

SOBRETOALHA,  í.  f.  toalha  que  se  põe  por 
cima  de  outra  que  cobre  a  mesa  ;  véu  ou 
beatilha  que  cobre  a  toalha  de  freira  ou 
Téu  da  cabi'ça. 

SOBBEVENTA,  *.  f.  [sobre,  e  tenta,  de  ven- 
tus,  p.  p.  do  Lat.  venire.  vir  )  vinda  ino- 
pinada. 

SOBREYENTO,  *.  m.  (de  sobrevir.)  (fig.)  so- 
bresalto,  cousa  que  sobrevem  e  altera,  as- 
susta, inquieta. 

soBREVEsrg  ,  s.  f.  vestidura  que  se  traz 
por  cima  de  outra. 

SOBREVESTIDO,  A  ,  p.  p.  de  sobrcvestir ; 
adj.  vestido  por  cima. 

soRRRVESTiR,  V.  a.  vestir  por  cima  de  OU - 
tro  vestido ;  (fig  )  revestir.  «  —  de  humil- 
dade a  própria  soberba.  »  disfarçar. 

soBRCvnuo.  K,  p  p.  e  gerúndio  de  so- 
brevir, adi.  que  sobreveio.  Desgraça  —  a 
tantos  infortúnios 

SOBREVIR,  V.  a.  ou  H.  vir,  occorror,  suc- 
cedí^r,  acont"cer,  logo  depois  de  ou  iro  suc- 
cesso.  a'  ffbre  sobreveio  uma  violenta  he- 
morrhagia.  — ,  dar  sobre,  r.  g.  sobrevinham 
nuvens  de  seitas.  »  (lastanh. 

soBRKViRTUDE,  s  f.  ^éii  que  certas  frei- 
ras tr«zem  sobro  a  loalhinha. 

SOBBEvisTA,  «.  f.  barra  sonííilunar  d.3  fer- 
ro  que  se  une  Á  borda  que  fazem  os  mur- 
riões  no  ouço  .|ue  corresponde  ao  rosto. 
«  BandHS.  tenções,  escudos,  sobrevi-las.  » 
]»gba,  Cuolest. 


Bluteau  diz  que  na  Monarchia  Lusitana 
SC  toma  por  sobreveste.  Será  erro  typogra* 
phico 

soBRKviVENCiA.  V.  Supcrcitenria. 

SOBREVIVER,  V.  a.  OU  ti.  viver  mais  que 
outra  pe«<?oa,  viver  depois  de  morrer  outra 
possoa  9>obrevicí'lo,  que  sobreviveu.  Tinha 
sobrerivido  a   todos  os  parentes 

soBHiAUENTE,  adc  [mente  suíT.)  com  so- 
briedade. 

SOBRIEDADE, «  f.  (Lat.  sob  tetai,  íi^ )  tem- 
perança, prmcip«Irarnte  no  beber  licores  es- 
pi«*ituosos  ;   (fig  )  moderação.  Saber  rora  — . 

SOBRINHA,  .1  f  (Lat.  ío//rí.na,  prima  cora- 
irmô.)  filha  da  irmã,  ou  da  mulher  do  ir- 
mão 

soBRiNiio ,  s.  m.  (Lat.  sobrinns,  primo 
com-irraào  .  de  5'»»"or,  irmã,  c  inis.  filho.) 
filho  da  irmã,  ou  da  mulher  do  irmão. 

SOBRINO,  (ant  )  V.  Sobrinho. 

SÓBRIO,  A,  adj  (Lat.  sobrins,  do<lr.  ío- 
phron,  teraperante  )  Court  de  déblin  o  de- 
riva de  bru  ou  bri,  agua.  bebida  em  Célti- 
co. Eu  creio  que  vem  do  Egypcio  cbo,  pru- 
«lencia,  sobriedade,  e  er^,  vinho.)  modera- 
do no  beber,  no  comer,  e  em  outros  ap- 
petites. — e!n  palavras,  (fig)  parco. 

SOBRO,  5  m.  (Lai.  f^uber  )  sobereiro,  ar- 
vore. Madpira  de  — .  Carvão  de  — . 

SOBROÇADO-  V.  !^obraçado. 

soBROço.  V.  Sobre  osso. 

sobrogação.  V.  Stubrogação 

S0B«0GAR.  V.   Subrogar. 

soBROSA,  (geojçr  )  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Penaliel,  e  a  i>  loguas  aE 
do  Porto;  1,9  O  habitantes. 

soBROSADO  ,  A  ,  adj  (sob,  e  ro.sado.)  ti- 
rante a  rosado,  a  fôr  de  rosa. 

SOBROSSO.  V.  Sobreo.<;so. 

SOESCREvER.  V.  Subsrrever. 

soBSTABELiiCER.  V.  Substabelecer. 

soB^TAR  ou  SUBSTAR.  V.  Sustar. 

soBTERRAR.   V    Soterrar. 

soBTiLii».  (ant)  V.   Tilha. 

soBVERSÃo    V.  Subversão. 

SOBVERTER.  V.  Subverter. 

SOCA,  s  f  (t.  Brasil.!  a  cana  deassucar 
aue  brota  depois  do  primeiro  corte  ,  e  dá 
segunda  novidade.  Mo  temem—,  nem  um 
real. 

SOCADO.  A,  p.  p.  de  socar  ;  adj  calcado 
cora  o  soquelt:.  Ilomem — ,  bem  coberto  de 
carnes,  refeito. 

S0C4IRO,  s.  m  (Moraes  o  d'»riva  de ío  ou 
sob,  e  rairo,  por  amaira,  e  fijunla,  citan- 
do finlUt.  que  pode  lambem  vir  da  pali- 
vra  Irlandeza  ou  Celiica  socair,  quesigni- 
íica  em  posto  «brigado  do  ven  lo.  Wm  de 
soga,  em  V«sconço««ra.  corda,  ^  ré.  do  na- 
vio.) (n«iil  )  aiLarra  com  nrg-in^o  .  ou  r<pia 
à^  amar.a  da  popa.  «nsquu  Icv^vaoialôa 


606 


soe 


«oc 


soltaram  com  meda  o  —  ,  e  á  náu  dera  á 
costa  se  outros  não  aciidissetn  a  tomar  o  — ,  » 
Castanheda,  liv.  3.  Ao — ,  á  ré,  |ior  detrás 
da  popa  do  navio.  —  da  fortaleza,  em\)aLrai- 
do  com  ella,  por  detrás  delia.  //'  ao  —  de 
alguém,  (ant.)  após  elle 

liluteau  interpreta  socairo  ao  longo,  no  que 
se  engana.  Não  conheceu  o  verdadeiro  seríti- 
do  do  termo. 

SOCALCO,  s.  m.  {soiiorsob,  ecalcaf'.]  por- 
ção  de  terra  sostida,  talhando-se  a  piqueou 
em  talud  para  fazer  no  aito  pequenos  pla- 
nos em  terras  montuosas  ou  na»  encostas. 
Os  socalcos  formam  como  degraus. 

SOCAPA,  adv.  [so  por  so/>.)  com  copa,  côr, 
pretexto  ;  furtivamente. 

socAJj,  V.  a.  calcar  com  o  soqueíe;  dar 
sôcoà. 

socARRÃo,  adj   (ant.)  velhaco,  astucioso. 

SOCAVA,  s.  f.  {so  por  soò.)  cava  subterrâ- 
nea por  baixo  de  monte,  ou  em  p.ofun- 
doia. 

SOCAVADO,  A,  p.  p  de  socavar;  arf/.  ca- 
vado pol*  baixo  ;  extraído  de  excavações,  de 
minas. 

socAvÃo,  s.  m.  avgment.  de  socava,  so- 
cava grande,  ou  mui  profunda. 

SOCAVAR ,  V.  a.  {so  por  sob.)  cavar  por 
baixo;  extrair  de  mina  ou  excavaçâo. 

socco,  s.  m.  (Lat.  socowí.)  calçado  rústi- 
co, usado  pelos  actores  da  antiga  Roma  na 
comedia;  oppõe-se  ao  coí/n^rno  trágico,  c.  g. 
Waíeria  é  de  í^othurno  e  não  de—  Fronun- 
cia-se  sócco.  — ,  membro  do  pedestal  de  co- 
lumnas.  —  ,  base  das  cruzes  o  relicários, 
etc  — ,  hasta  publica.  «  Escravos  vendidos 
nO  bárbaro  —  de  Argel.  »  Epanaf. 

soCCORUER,  v.a.  {Lai.  succurrere,  àe  sub, 
prep.,  sob,  junto,  e  curro,  eie,  correr.)  pres- 
tar auxilio,  ajudar  em  lance  perigoso,  em 
aperto,  necessidade  urgente.  Soccorremos  o 
navio  próximo  a  afundir-se  ;  —  os  naufra- 
gados, os  necessitados  Hoccorreu-me  na  mi- 
nha desventura  cora  dinheiro.  Soccorreu  a 
praça  com  gente  e  mantimentos.  Os  anti- 
gos diziam  soccorrer-ike, —  Ihfj  ;  hoje  di- 
zemos soccorré  lo,  —  /ct?.  — SE,  V.  r.  (p.  us.) 
pedir  auxilio ;  valer-se,  ajudar-se,  recorrer 
ao  auxilio.  -^  dos  braços,  dos  dentes,  valer- 
se  delles  para  .se  defender.  —  ás  lagrimas, 
ás  armas,  ou  das  armas  «  — se  do  magico; 
^— de  algum  remédio,  »  Valer-se.  Vieira. -- 
se  aos  amigos,  recorrer  a  elles. 


A  socc*E)rrer-me  á  tua  potestade 
Me  'òliriga  espeoiâl  necessi  ade. 
Camões,  Lus.  IX,  37. 


soccoRRTDO,  A,  p.  p.  de  soccorrer ;  adj. 
ajudado,  auxiliado,  a  quem  se  valeu;  que 
soccorreu,  valeu.  -i>^''M 


soccoRRiiwpíM  V  ••  ♦»•  (ant.)  V.  Soc- 
corro.  < 

soccoRRO,  «  m  auxilio,  adjulorio  que  se 
dá  a  quem  está  era  necessidade,  apertoi,  pe- 
rigo imminente :  —  de  armas,  gente  de  guer- 
ra, de  dinheiro.  Mandar  a  o\i  de  —  ,  ena 
auxilio,  para  auxiliar.  — ,  recurso  — ,  di- 
nheiro adiantado  a  soldados  e  raariufeeiros 
uoentes  ou  feridos,  que  estão  nos  hospitaes, 
e  que  se  lhes  abate  no  soldo.  — s,  diz-sede 
ordinário  de  tropas  auxiliares. 

soCEDER.  V.  Sncceder. 

socEGA,  s.  f.  (fig.)  porção  de  vinho  que 
se  toma  para  conciliar  o  somno.  O  copo  da 
se  cega. 

soc£GADAMENTE,  adv.  {m^ute  suíí.)  com  so- 
c^go. 

socEGADO,  A,  p.  p.  de  socegar;  adj.  aquie- 
tado, tranquillízado ;  descansado,  que  tem 
socego. 

socegador.a,  adj  ou  s.  que  socega,  aquie- 
ta, tranquilliza.  Somno  —  de  cuidados  roe- 
dores. 

SOCEGAR,  V.  a.  (ÚG  Socpgo,  dcs.  inf.  ar.) 
aquietar,  tranquillizar  ;  adormecer;  — o  ani- 
mo, a  agitação. — ,  em  sentido  abs.,  ter  so- 
cego ;  cessar  de  soífrer  dôr,  inquietação  ; 
adormecer,  descansar,  repousar. 

soGF.Go,  s.  m.  (do  Fr  sowci,  cuidado,  de- 
riv.  do  Lat.  saucius,  oíTindido,  magoado,  e 
egeo,  ere,  carece'.)  quietação,  descansa,  re- 
pouso ,  tranquillidade  do  espirito  ;  somao 
plácido,  tranquillo. 

socESSÃo,  (ant )  V.  Síiccesmo. 

sochastrado,  s.  r».  a  dignidade  de  so* 
chantte. 

sccHANTRARiA ,  s.  f.  oíficio  do  soctan- 
tre. 

socHARTRE,  s.  m.  0  ecclesiastico  que  swp* 
pre  no  coro  o  chantre. 

socíiANTREAR,  V.  ã.  ou  u.  oxerccr  0  of» 
íicio  áa  soehatííre» 

socHiAR.  V.  Esconder.  C'--" 

SOCA ,  s  f.  (Lflt.  socwK.}  companhekra; 
Y.  ^oãox  01/ 

sociAurhiDADE,  s.  f.  qualidade  de  ser  s<J* 
ciavel ;  caracter  sociável»  conversavel,  lha- 
no, amigo  de  convivew        '  !• 

SOCIAL,  adj.  dos  2!  g.  (Ií»ú  «tocídits.)  so- 
ciável, dado,  propenso  a  frequentar  a  socie- 
dade ;  relativo,  concernente  ao  estado  de 
sociedade  humana.  Estado,  pacto — .Deve- 
res sociaes.  — ,  relativo  aos  sócios  de  UYna 
companhia  mercantil,  t.  g.  6  razão  ottât^ 
ma  -^  ;  os  interesses  sociacs9i>.    .hí  /.T«au8 

sociAR.  V.  Associar.  '  J 

SOCIÁVEL,  adj    dos  2  g.  (Lat.  sociabilis. 
amigo  da  sociedade,  da  conversação ;  pró- 
prio a  viver  em  sociedade:  o  homem  é  ani- 
mal— .  — ,  (p.  us.)  compalivel.  «  Obra  em 
que  S6  acham  sociáveis  as  virtudies  que  o 


80Ç 

poeta  suppoz  incompatíveis.  »  Varella,  Nu- 
mero Vocal.  84. 

STif.  comp.  Sociável,  social.  A  differen- 
ça  entre  sociável  e  social  prorêm  da  ter- 
minação de  cada  um  d'estes  vocábulos.  A 
terminação  atei  denota  disposição,  força, 
propensão ;  a  terminação  ai  exprime  me- 
ramente união,  ligação,  ou  dependência, 
acccssorio,  etc.  Assim  que  sociável  quer  di- 
zer inclinado,  propenso  á  sociedade ;  e  so- 
cial, o  que  eflectivatâenle  pertence  á  so- 
ciedade, d'ella  faz  parte,  a  ella  se  refere. 
Sociável  só  se  diz  do  homem  ;  social,  diz- 
sè  das  relações  e  deveres  que  resultào  aos 
homens  em  consequência  de  £ua  sociabilí- 
daée  e  <lo  estado  da  sociedade. 

SOCIEDADE,  s.  f  (Lat.  societas,  tis.)  união 
de  pessoas.  Viver  em  — .  O  homem  tem  o 
instineto  àa  — .  — ,  associação  de  duas  ou 
mais  pessoas  para  fins  commiin<? ,  v.  g.  — 
de  commercio,  lilt^raria.  —s  secretas  Acto 
de  — ,  assim  se  denominou  a  junta  de  no- 
breza, governo,  e  magistrados  que  fez  a  ce- 
lebre representação  ao  infeliz  D.  Affonso 
VI. 

sociedaDB  (lhas  da),  (geogr  )  archipelago 
na  Polynesia,  ao  O.  do  Archipelago  Ferigozo; 
40,OUU  habitantes.  Ilhas  principaos  ;  Ota- 
hiti,  Kimeo,  Raiate,  Iluahina,  liarabora. 

sociNíANos,  (hist.)  celebre  seita,  que  ne- 
ga a  T-riwdade  e  Divindade  de  Jesu-Chris- 
to,  o  pecca^  0f*iginal,  a  predestinação,  a 
graça,  começou  no  meado  do  XVI  século 
e  teve  por  fundadores  os  dous  Socinos  (Lé- 
lio e  Fíusto  ) 

sociNo,  (hist.)  celebre  heresiarcha,  nas- 
ceu em  hipnna  em  15:5,  tíiorreu  em  15G3, 
percorreu  a  Suissa,  a  AÍIemtfnha  e  ligou-sè 
com  os  mêrrs  celebres  reformadores. 

soeiNo  (Fausto),  (brst.)  sobrinho  do  pre- 
cedente, nasceu  em  1531),  morreu  em  i  604, 
seguiu  a  doctrina  e  deu  o  seu  nome  á  sei- 
ta dos  Socinianos. 

SÓCIO,  í.  m.  (Lat.  gociiis,  db  Gr.  zeugô, 
vmr;xevf/os ,  parelha  de  bois,  cavailos  , 
etc.  Em  tg7pc  ±oá:  Ou  íc/ioíí:/»  significa  um 
par  )  cocfrpanherro  de  outro,  associado  com 
elte ;  complice. 

socio,  A,  adj.  ffssociadb.  — gente. 

sociSA.  (geogr.)  villa  de  Corseg«,  a  21e- 
g«fls  e  ttieia  éo  NE.  â'Ajafddo ;  (324  habi- 
tantes. 

s6c0.  V.  Sòcdõ. 

soco,  s.  rh.  fAriem.  zu^  iSu  znk,  golpe ; 
OH  do  Lat.  st<cwíío,tre,  bater,  dar  pancada, 
de  sub,  e  qnatio,  ere,  bater,  sacudir.)  mur- 
ro. Dar -5.  Jogar  os—s.  —s,  chamamos 
rapazes  as  mossas  que  faz  o  pião  lançado, 
«M>  que  está  tio  meio  da  roda  e  set-ve  de 
alvo  ' 


80E 


6d7 


^oço.  V-  Ensosso  ou  Ensojfi: 


soçoBnAm.  V.  Sossobrar. 

socoLHEDOR,  s.  m.  (aut.)  subcollector,  aju- 
dante do  collector, 

socoLipÉ.  V.  Pósi^eílo. 

socoLOR.  V.  Sobcolor. 

SOCORDIA,  s.  f.  [LH.  socordiaou  secotiiiitf 
de  sine  e  corde,  sem  coração  ou  animo.)  co-^ 
bardia,  priguiça,  indolência,  inércia. 

SOCORRER.  V.  Soccofrer. 

SOCORRO.  V.  Soccorro. 

SOCORRO,  (gí^ogr  )  cidade  da  America  do 
Sul,  na  Nova  Granada,  capital  da  provín- 
cia do  Socorro,  7  léguas  ao  NE.  de  Bogo- 
tá ;  12,000  habitantes.  A  província  do  So- 
corro é  limitada  pelas  de  Pamplona  ao  N.  de 
Tunja  e  de  Casanare  ao  S. ;  160,000  ha- 
bitantes. 

socoTORá,  (geogr)  ilha  d'Africa,  no  m«f 
das  índias.  55  léguas  a  E.  do  cabo  Garda- 
fin.  Capilal  Tamarida. 

socoTORiNO ,  A.  e  socoTRiNO,  A,  adj.  de 
Soco  tora.  Áloes  — . 

S0CR4TES,  (hist.)  celebr«  philosopho  gre- 
go, nasceu  era  Athenas  no  anno  470  an- 
tes de  Jesu-Christo,  filho  de  um  esculptor 
chamado  Sophronisco,  e  de  uma  parteira 
chamada  Thenarete  Morreu  com  corageal 
e  resignação  admiráveis  no  anno  400  an- 
tes de  Jcsu-Christo.  Sócrates  creouascien- 
cia  da  moral,  recommendou  a  pratica  do 
bom  como  o  meio  mais  seguro  de  chegar 
á  ventura;  demonstrou  a  existência  dentíi 
Deus  e  a  itnmortalidade  da  alma. 

SÓCRATES,  (hist.)  o  Escolastico,  escriptor 
eclesiástico,  nasceu  em  Constantmopla  nó 
fim  do  IV  século,  cotinuou  a  í/isíoria  J5c/e- 
siastica  d'Euzebio. 

socRESTADO,  soCRESTAE.  (anl.)  V.  StqueS" 
irar. 

SODA,  s.  f.  (Fr.  soude,  Cast.  soda.  Em 
Egjpc.  sói  significa  coalhar-se.)  alcali  mi- 
neral, hoje  considerado  como  oxydo  de  urfl 
radical  raetallico  denominado  sodium  em  La- 
tim, barilha.  E'  a  base  do  sal  marino. 

soDALicio,  s.  m.  (Lat.  sodalitium,de  so^ 
dalis ,  companheiro.)  confraria,  sociedade, 
corporação. 

soDAMA,  (geogr.)  cidade  da  Palestina,  ao 
N.  e  perto  do  lago  Asphallile,  foi  queima- 
da pelo  fogo  do  céu  no  tempo  de  Abrahão, 
por  cauza  da  impudicidade  dos  seus  habi* 
tanles. 

SODIACO.  V.  Subdiacortò. 

SODOMIA,  s.  f.  (de  Sodoma,  cidade  anti- 
ga da  Palestina.)  pecfcadO  nefando  sensual. 

soaoMiTA,  s,  m.  homem  dado  á  sedo-»' 
mia.     '^'»^'->       •    »■ 

soDOMiTico,  l/'ííí^."âadfo  di*/8omia.  Pec- 
cado — .  '     ■ 

soEDADK,  s:f\A\\^ttt^oá(isdledádt.]  (antj 
solidão,  soledade,  saudade  V.  Sauda^.*^^  -■ 
152  * 


603 


SOE 


SOF 


soFiBAS,  s.  f.  {(\?t  soer,  costumar  1  (ant  ) 
Parece  significar  as  cons.isque  sccslntri/un 
dar.    Nos  foraps  antigos  vem  :  «  um  leilão 
ou  carru^iros  com  suas  soeiran  » 

SOEMlAS  011  SOOFMIS,  (hisl  )  Riài  (le  II»"lio- 
gabalo.  teve  este  (u  iniMpe  do  seu  coinn.er- 
cio  aíliiltero  com  Caracalla.  Fui  morta  cum 
seu  íilho  era  '2.2. 

SOEMMKKINP.,  'grtogr.)  cordilhf^Jra  que  se- 
para a  Aiislria  propriamente  dila  H.i  Siyria  e 
que  atraves'ía  a  rsirada  io    Hnicli  a  Niena. 

SoEMMi  Ri>G.  Ihist.)  anai-^niic».  nasceu  em 
Thoru  em  1»fí'/,  tnorieu  em  18  O  Kscre- 
veu  :  De  corporis  humana  fabrica;  Jco- 
ncs  ccnlí  limnani,  ele. 

soE^|)E^FlEl.^lS,  (geogr.)  a  parle  mais  me- 
ridional <'a  >oriiega.  compreende  as  dioce- 
zes  de  ChrisUrti.saud  e  d' <gi;erhnus. 

soEB,  V.  a.  011  w.  (l.al  sulco,  ere.  ou  skco, 
ert;  em  Gr.  e/Ao.y,  Cíistume,  e  í//<úí5  a('«is- 
tumar.)  ter  por  cítslume,  co^-lumar.  Como 
soe,  como  é  (osíun.e,  come  se  costuma  t' 
hoje  quasi  desusado,  sem  razão. 

8YN.  comp.  Siter,  rostumar.  estar  af[n- 
ío.  Socr  é  urn  verb  »  con'rahido  do  eH>iH- 
llianu  soler,  do  latim  solfre,  que  lnje  é 
q  -asi  desusado,  raas  sem  r«zão  ;  ínz  i-juo- 
nyuiia  com  costumar,  poicm  diíT- reriçamr 
Si  em  que  «oer  denota  r(inliinia<,uu  dn  mt'S- 
ma  cou>a,  ou  do  mesmo  ii  odo  de  s^r  ou 
estar  e  isto  desde  rrsuito  lempo;  c<  slumar 
exprime  [>nipriarrentM  a  repeiií.ã»  dos  mes- 
mos act.  s,  a  qual  lóJe  ser  recente.  Higo- 
ro»amente,  costumar  í-ósediz  das  pessoas. 
St  ndo  que  soer  se  diz  das  pessoas  e  das 
cousas,  hev^riam  os  u.oderuns  re^tabidec  i" 
O  uso  d'este  Vf^fbo,  c  se  o  exemplo  <Ih  Ca- 
noas lhes  nãu  bfisla,  leu  breni  se  q'ie  Viei- 
ra não  c  mui  antigo,  e  era  mui  aulido  ern 
tudo  (|ue  diz'ae  «screvia,  e  aimla  o  usou, 
80  menos  duas  vezes,  com  a  signilicação 
que  aqui  lhe  damos.  «O  s«d  que  soia  fa- 
zer o  (lia,  se  ha  de  escurecer  (I.  ^i-8)  O 
sil^^ncio  que  sou  encobrir  ou  cissimular  a 
lris»^^7a  (VII,  4i)  » 

Estar  aff-^ito  éo  ra-^smo  que  estar  acos- 
tuu  a  lo  ou  linb  lucilo  a  lazer  uma  cousa  ; 
supi  õe  facilidade  adquiri  ia  p<la  repeligào 
de  acios,  e  sempre  se  diz  dí<s  (>e,»soas 

soEKGUEK,  V.  tt.  (so  por  ,»o//.  ergunr,  le- 
varílar  a'giuQ  latito  de  baixo  para  i;ima.-- 
SE,  tJ.   r.  al<;ar-se  um  pouco. 

SOESCREVEn.  (ant.)   V.  Subscrever. 

SOEST,  íg^íigr  )  ti  lale  dos  l>i.«dos  prus- 
sianos  h  legunseraeia  ao  N.  d'Aveiisberg ; 
7,(lOU  híibiiaiifs. 

soESTABEi.E<;ui)o.  V.  SnUstabeleciJo. 

80ESTa\IENTO.   V     Sequestro. 

soFsiuYK,  («eegr.)  cidade  da  Ilollanda, 
nn   esirada  U'Auie{feL(ur(>  a  \eidea,  perlo 


soESTRO,  A,  adj.  (l.at.  stíii.sí«r.)  (aQt.)y, 
Sesfo,  Esquerdo.  :•;■:■/  ;ii9ca 

soF.v,  .s".  m.  (do  Arab.  soffá,  hanca,  .«s- 
tradinho  )  estrado  levantado  do  chão,  e  co- 
herto  com  l.tfiete  em  que  os  Turcos  se  as- 
»etiiam,  cin^p  . 

íofai.la.  (geogr.)  villa  pertencente  ao  go- 
verno gepíil  Ml  provincia  de  Níoçaii.bique. 
Ksiá  situada  na  foz  do  rio  do  mesmo  no- 
me. 

soffbedor,  a,  adj.  que  s'^ÍTre  com  pa- 
ciência, resignado  no  soíírimento,  capaz  de 
S(Hfer  :  —  de  injurias. 

soFFítER,  V.  a  [\^»i  svffero,  erre,  desí<6, 
e  fero,  ne.  |i*v«r,  .njppoilar  )  aturar,  sup- 
{ortar  os  tr^b.Mlhos,  iucommodos,  privações, 
dores,  rafth'S  de  tud.t  a  especio  —  fome  , 
padecer.  O  touro  vão  soffre  o  j^go,  &up- 
potla.  A  r.áa  S"f[re  o  m,<ir,  re.»iste  ás  on- 
das —  o  fhsto,  poder  com  a  despeza  Isso 
ndo  soffre  duvida,  não  admiMe.  —  mol,  to- 
lerar mal,  supportar  rom  trabalho,  eom  re- 
pu^u«mia.  — SE,  V.  r.  dissimular  o  soífri- 
mrno,  su[)poriar  com  resigUíiçíi»,  accimmo- 
dar-se  á  sua  (lena,  ao  seu  ptzar  — de fa^ 
ZfV  olipimn.  cousa,  absler-se  com  constf^an- 
giraeuto.  S(  ffrasf^  tenha  p.iciencia,  lepri- 
.i.a-se.  «^ó•i  lagrimas,  que  aqui  aponiaes, 
snffrei-rns  um  pouco,»  reprimi-vos.  liie- 
dit.,  :^U(). 

sy.v.  comp.  Sof[>-er,  jiadecer,  aturar,  sup- 
portar, tolerar.  >í'/7'' cr  exjtriírie  a  ideia  ge- 
ral e  absídiíla  de  lev«ro  malque  ivis  acun- 
lece,  cu  nos  fazet*».  I^odecer  *^x prime  par- 
ti 'ularmeote  o  sofTcimento  phy*ico  do  in- 
•  iivi  luo.  Aturar  é  siffrer  com  ref»ugn«n- 
cia.  de  máo  grado,  i^ii/iporiar  é  soffter  (U)m 
paciência  e  conformidade.  Tolerar  ó  lam- 
bem soffrcr  por  elfeito  de  prudência,  ou 
de  boa  educação,  porém  ó  soffrer  etn  si- 
lencio. 

U  que  tem  desgosli^s  domésticos,  enfer- 
midades, se  vc  em  pobreza,  ou  injuriado, 
soffre;  o  que  tem  dons,  padece',  o  íilho 
submisso  atura  niuito  ao  pai  velho  e  ra- 
bi)j"nto  ;  o  homem  caridoso  supporta  coai 
bom  semblante  os  «iefeilos  e  fr/^quezas  do 
próximo  :  o  r^i  prud-nt^-  to'cra  aUous  abu- 
sos contra  sua  autoridade  para  evitar  maio- 
res mhies. 

soFFKiuAMENTE ,  ado.  [mente  suíT.)  com 
soíTi  ifiimio. 

soFFiuuo,  A,  p.  p  de  síiffror ;  adj  que 
soíTieu  :  qi.e  s<ffre  com  resignação  ,  v.  g. 
—  ri«s  Iribiilai^õtíS.  M<il  —  .  insolfrido,  que 
sofTre  com  impaciência,  iaipicient" :  que 
eu'ta  a  stdlrer,  que  se  soíbe  coui  diíTicul- 
dade. 

SOFFRIMENTO.  s.  171  {mcnto  suíí )  habilo 
de  s(lTf*  r ;  pacieucia,  resiguii^àa;  toleraa- 
cia  Újõ  flbuiMjâ. 


ÍOF 


SOT 


^09 


soFFnívEi,,  Cf//.  do^2g.  ('los  teci)  quis e 
podrt  siiíTrf»r,  irilprflvrl  ;  in'>riinnaiueiite  bum. 
A  terra  <M  snffrireU  novi  l«iles. 

soFFuivtL^ENTK,  0'/^.  (mcníe sufT  )  de  mo- 
do SdfFiivRl;  (ne'IÍNnarnenUí. 
-  soFFUiiiDEs,  (hisi  )  dyrnslia  p^rsa,  que 
sulisl  tiiiti  a  dos  r»h^rid»'S  cm  muiias  das 
suas  posses>õ';s.  leve  por  fíin  l.ulor  um  che- 
fe de  s.dietilores,  chamado  Jakoub.  Rei- 
nou de  hli  a  «Jíli, 

snpí.  s  m  fdn  \rrtb.  c  Pcrs.  íom/Í,  d^  <au«r- 
/?,  vesiiilo  de  là  qu-^deiiofa  pt-^soa  religio- 
sa, sábio,  piirqiie  est^íS  ppssnasnàrt  vesitnn 
stda,  e  a<:si(u  fdzia  ox^quu  Isojael,  primei- 
ro smIí)  lilulo  do  r«íi  tia  i  ersia. 

suFiSMv.  V.  Sophisnria.  Kncontra-se femi- 
nino em  alguu>  anloios  amigos. 

SOFisTA.   V.  S>ophista,  ele 

s  focação,  sufuCaR.  V.  i^vffocoção,  Suf- 
focar,  etc. 

soFuLif',  s.  m.  tecido  de  algodão  ralo  de 
varias  cores. 

SOFOUAR,  V  a.  (.çopor.voft)  furar  por  h'Hxo. 

sofhaganho,  sofragayo.  V.  Sufjfraga- 
neo. 

sofraldar.  t).  a.  {so  por  s'-b)  levantar, 
erguer  a  fraMa  ou  a  cauda  das  roupas. 

SOFREADA,  s  f.  (sub^.  da  des.  f  ú^ so- 
freado] oarlo  de  puxar  de  repente  ^s^^deas 
do  cavallo  para  o  reler  ou  reprimir  ;  (Hg.) 
as  —  s  do  rt-morso. 

s<'FiiE\DO,  A,  p.p.  de  sofrear,  aJj.  rc- 
priniido 

sofkkadura.  s  f.  (anl )  acto  de  sofrear 
o  cavHJIo :  sofreada. 

sofkfar.  r.  a  {so  \)nrsob.  frèo,  a)  des. 
inf.)  reler,  reprimir  o  cavallo  puxfndo  as 
r«  dcas  e  snjeiíando-ocom  olreio;  {(lg.)  re- 
ter, reprimir,  v  g  —  as  paixões,  os  appp»  ■ 
tiles  desordenados,  o  atrevimuulo,  o  fuior 
do  [lovo. 

sofregamente,  adv.  [mente sufí.)  com  so- 
freguidão. 

sofhfgo,  a,  adj  (pron  .sôfrego.  Creio  que 
vetij  <Jo  Kr.  anl  io/f'C.  glolào,  comilão;  ávido, 
que  drsfja  com  iii, paciência;  que  corne  cí)m 
v«ira(  i<l,ide  qn.tsiseui  irj.isiijíar  (lcum«  igua- 
rif<  phra  .«.e  lanrar  sobre  oulra.  01' os.  ou- 
vidos — s  de  ver,  ouvir  «  Os  inimigos  lào 
— s  oapirihoados  »  «  Homem  —  de  f-illar 
em  ludo.  »  «  ns  iiiiiiiigus,  de  —  .s,  despara- 
rí»m  Ioda  sua  ail  Iharp.  que  lod^  lhe  foi 
pel)  ar  »  Couto.  «  Ardia  o  f"go  no  navio 
com  uma  í>o«}.o  Ião  —  e  impetuosa.  »  Afia- 
ral  «  Os  Jrtriizarus  —  do  >aio  da  cidade  ; 
—  de  cav^ig^rcm  as  parede».  »  Couio. 

SOFiuGLinÀo,  s.  f  grande  cubica,  des-jo 
impacienle  depo.^-suir  vu  conseguir  al^uura 
cou-a  ;  o  comer  sofri^gameiíle. 

S(>FKF.^ÇA,  *.  f.  ffiMi.)  V.  ['adecimenlo, 
^vH'.  imenio. 


.«íOFRENTE,  adj.  dos  2  g.  (ant.)  V.  Sof- 
f  redor. 

SOFRER.  V.  Siojfrer,    ftc. 

SOCA.  í.  f.  (do  VascouQo  soca,  corda),  cor- 
da gi-ossá  de  espa-lo  ou  de  outra  matéria,  v. 
q  S^iiihnr  de  —  e  culelo^  de  baraço  e  cu- 
telo.   V.  líiraço. 

socD.  fgeogr  )  Polytimelus,  rio  da  Bouh- 
haria.  adi  leme  do  Djihonn. 

soGr)í\NA,  (geogr.)  região  da  Alta  Asi», 
ao  IS.  da  Bactriaua,  cujos  limites  não  são 
bem  conhecidos 

sogdiaNO,  (hist.)  Sogdianns,  rei  da  Pér- 
sia, era  o  *2  °  lilhc»  dAttarxerxes.  Longi- 
mano,  subiu  ao  ihrono  no  anno  4i5  «n- 
les  de  Jesu-Christo,  fazendo  luorrer seu ir- 
mài  priíno}:enito 

sncF.içÃo.   V.  S'ijeição. 

sor.ii^T  ou  sur.iiUKLD,  (geogr.)  Coíj/çiuw 
ou  Toilarium  cidade  d'»  Turquia  Asiática, 
11  le;íuas  ao  yO.  d'Kski-cheber. 

SOGiLilA.   V.    Sngnili/a. 

SfiCHA,  s  s.  [\.  Sogro],  a  mãi  da  mulher 
ou  do   marido. 

SOGRO,  s  m.  (Lat.  .<incer  ou  socerux],  o  pai 
do  ntiarido  ou  da  mulher,  relativamente  ao 
genro  ou   á  nora. 

.sonuiLiii,  s.  f.  dininnt.  de  soga ,  torçal 
de  adornar  os  vestidos 

soHiA  ou  soía,  pret  imperf   de  srer. 

soiii.,  (g-^ogr  )  provincia  da  Hungria,  ao 
S.  no  circulo  áquem  do  Dmubio,  ••ntre 
as  provincias  de  l.yptan  ao  N.  de  Ciumer 
e  de  .Nesgiad,  a  É. ;  85,t00  habitantes. 
Capital  i\enls(thl. 

soiÇK,  s.  f.  (de  sumo\  (ant ),  imitação, 
arremedo,  exercicio  militar  para  adrestara 
soliJadesca.  «  A  sold'»de5Cfí,  a  queii  arreme- 
d«ndo  os  meninos,  fdzem  também  suas  — «.» 
Lucena 

soiCiA.  s.  /■  (ant.).  ordenança  mililardos 
suis-^os,  musica  militar  das  tropas  suissas. 
V.  i^oiça 

soiiiaue  V.  Soedade,  Soledade^  Sauda- 
de e  Solidão. 

soiDO,  s.m    (Lat.  sonitus.)  som. 

.soiDOso,  (ant.)  V.  Saudoso. 

soiEiRA.   V.  Malricaria. 

soiEiR*  ,  s.  j.  (anl  j  a  espera  que  faz  o 
caçador  de  coelhos. 

soiGMEs,  (geogr.) cidade  da  Bélgica,  4  lé- 
guas ao  >K.  de  M  ms  ;  5,0(10  hrhiunles. 

soissnNKZ.  (g*íogr.)  paiz  da  ilha  de  Fran- 
ça, enlre  o  Valoiseo  Leon^^z,  linha  por  ca- 
pilé l  >oissons. 

sojssoNS,  (g'^ogr  )  Nnriodunum  ,  depois 
Sutssin  ou  Cifitas  Suessiomim  cnire  os  an- 
tigos, eoi  Latim  motlerno  SuxuniiB,  cidade 
dtt  França,  lU  lc^u»s  auSO.  de  Faon ;  ^,12U 
habii»*nies. 

suiSóujis^rôiao  de],  (geogr  )  um  dos 4  rei* 


m 


m 


iòs  formados   píèlò    désnièiftWSfifiifeôfô    do 
império    de   Clóvis   em    511.   Extendia-se 
desde  Soissonse  Amiens  á  O.  alé  ao  Rhe- 
uo. 

soissoisís  (condes  de),  (hist.)  Esle  titulo  foi 
"tíiado  desde  o  VIU  século  pelos  senhores 
particulares,  que  dependiam  dos  duques  de 
França,  ^o  Xlil  século  pertencia  á  casa  de 
Chimay,  e  passou  depois  para  as  casas  de 
Ifainaut  c  de  Chatillon.  ! 

soissoNS  (Carlos  de  Bourbon,    conde  dèf, ' 
(liist  )  principe  franccz,  o  ultimo  dos  filhos  de 
Luiz  1,  princepe  de  Conde,  nasceu  em  i5t)6, 
morreu  em  1Hl2.  Tomou  parle  em  todas  as 
ihtrif<as  dò  lemjío.  '  '^;'  '^ 

SOJA,  (geogr )  riò  da  nussía'ètffó'pejí;  n^-' 
ce  no  governo  de  Smolensk,  è  cae  no  Dniepr. 

sojOíiNO,  s.  tn.  (ftàl.  soggiorno,  Fr  sé- 
jour.)  morada,  habitação. 

sojuGADO,  A,  p.  p.  desojugar;  ac(/.  sub- 
jugado, domado. 

sojuGADOR.  V.  Siihjugador. 

SOJUGAR  ou  SUBJUGAR,  V.  tt.  [Lat.  subig 6- 
re,  OU  subjugare.)  subjugar,  sujeitar.  V. 
Subjugar. 

scKo,  (geogp.)  cidade  da  Guine,  a  50  lé- 
guas ao  N.  de  Commaria. 

SOL,  adv.  (Lat   solúm.)  (ant.j  somente. 

SOL,  s.  m.  (Lsit.  sol,  qtie  alguns  etyrao- 
logistas  derivam  de  sòlus,  único.  Vem  do 
Gr.  helioSy  cuja  origem  não  dá  Court  de 
Gébelin,  limitando-se  a  dizer  (jue  ó  termo 
orientai.  Helios  parece-me  vir  do  Fgypcio 
ial  ou  íé/,  esplendor,  e  oíc/í,  grande.)  o  as- 
tro luminoso  centro  do  nosso  systema  plane- 
tário, fonte  de  luz,  astro  do  dia  ;  (fig.)  dia. 
De — a — ,  desde  que  elle  nasce  até  que  se 
põÍ3.  Men  tir  de  —  a  sol,  todo  o  dia,  de  conti- 
nuo, Tomar  o  — ,  aquecer-sea  eílè.  — ,  to- 
mar a  altura  do  sol,  a  latitude  geogrâphica. 
Pesar  o — ,  (ohraz.  fiaut.  p.  us.)  tomara  al- 
tura Soes,  (fjg  )  os  ardores  do  sol ;  dias.  — , 
(poet.)  os  olhos.  Adorar  o  -  quenasce,  adu- 
lar Os  poderosos,  os  que  recentemente  adqui- 
riram poder,  autoridade.  —  deinterno,  (íig.) 
mostras,  protestações  de  amizade  que  duram 
pouco.  ISào  deixar  alguém  nem  ao  —  nem  d 
som6ra,p(Tsegui-to  de  continuo,  a  toda  a  ho- 
H.  —  tris,  eclipse  do  sol.  Partir  o — ,  era  re- 
partir o  campo  ou  área  em  que  se  faziam  due- 
los, de  modo  que  não  dê  o  sol  na  cara  de  ne- 
nhum dos  combatentes. 

^L,  (ant.)  V  Solo,  Chão. 

SOL,  s.  fn.  nota  desolfa. 

SOLA,  s.  f.  (Lat  solea,  calçado.)  o  coiro  de 
boi  grosso  curtido  epieparado  para  calçado. 
•— -  do  sapato,  a  parto  inferior  e  mais  dura  do 
calçado.  —  do  pé,  a  planta  do  pé,  lôr,  deitar 
-^s  nos  sapatos,  nas  botas. 

soLAçoso,  A,  adj.  (Lat.  solatinih,  cònsola- 


íòt 

s^íM;  t,f'f'à^  solar;  aàj.  ^tiliffièrcido 
de  solas.  Tinha  —  os  sapatos. 

S0LA'R0,  erro  por  salário. 

SOI  AM,  s.m  (do  Lat.  solàmen,  consòraçSo.) 
consolação. 

solameNTe.  V.  Somente 

solana,  (geogr.)  cidade  de  Hispahhai,  f 
léguas  aô  NO.  de  Villa-nuevade  los  Infá'á- 
tes  ;  8,300  habitantes. 

solandfr,  (hist.)  naturalista  sueco,  íias- 
cèti  em  1736,  morreu  em  1781,  foi  discí- 
pulo de  Linneo.  O  seu  nome  foi  dado  á 
muitas  plantas  e  a  uma  ilha  do  grande  Ocea- 
no Austral,  situada  ao  SO.  da  ^ova  Zelân- 
dia. 

soL.-iNO,  s.m,.  (Lat.  solanum.)  a  herva  mou 
ra.  — ,  o  vento  sul. 

solão. V.  Soldo. 

soláo  ,  s.  m.  (corrupto  do  solatio,  onis, 
consolação.)  (ant.)  consolação  ;  romance  ou 
cantiga  com  toada  musica  triste,  maviosa,  ou 
própria  para  alliviar  a  melancolia. Cantar  — ir. 
Cantar  de  — .  «Se  nos  velhos  —s  ha  verda- 
de. » 

SOLAPA,  $.  f.  {so  porso?;,  e  lapa.)  excava- 
çao  tapada;  (fig.)  cousa  solapada.  O  amor  tem 
mil  — s,  astúcias,  manhas,  ardis. 

solapadamente,  adv.  {mente  su(T.)  de  mo- 
do solapado,  ásé.scondidas,  com  disfarce. 

sol.^pado,  a,  p.  />.  desolapar ;  aí//,  onde 
ha  lapas,  solapns,  covas.  ííoc/ia  —  na  raiz, 
minada,  fenedo,  serra  —  das  ondas.  — «pe- 
nedias. Ferida — ,  iunda  e  fistulosa  ;  (figj 
minado  cobertamehtè.  A  republica,  — poi"  ví- 
cios, ou  por  germes  de  rebellião.  A  prosperi- 
dade dá  néção  — .  Homem,  anitnò  — ,  que 
encobre  mal(íá'^è.  Cabelladura  —  ,  (phraz. 
ant.)  ^'loraes  cre  i(ae  significa  çabello  cres- 
cido, solto.  Talvez  seja  antes  postiço. 

solapamíeíítò,  s.  rii  [mento  su(T  )  ò  vão  da 
cousa  solapada  *,  (fig.)  engano  occulto,  mina 
occulta. 

SOLAPAR,  V.  a.  [solapa,  ar  des.  inf.)  cavar, 
escavar  por  baíjío,  minar  O  mar  solapa  òs  ro- 
ch^id^.s  da  costa.  O  mineiro  50Ía/)a  as  monta- 
nhas. As  forMgâs  minam  e  solapam  as  casas, 
a  terra.  À  matéria  ío/âpou  todo  o  tuinor.  —  , 
minar  a  base,  a>'niinaK  Os  viciôs  ío/a/)am  a 
republica.  A  cubica  sohpa  todas  as  virtu- 
des. 

SOLAR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  sotaris.)  do  sol, 
òúe  respeita  ao  sol.  A  luz —  Oanno — .  Os 
eclipses  solares. 

SOLAR ,  s.  m.  (do  Lat  solum^  soto,  qjí^ 
Court  de  Gébelin  deriva  de  tsuí  Chald.  e 
Uebr. ,  fundo,  lugar  baiio.  t.m  Céltico  sol  ou 
skl  signiíicà  pavimento,  solho.  Creio  que  sq 
rè'íèrí;  aò'ftf.  íioíkos,  sulèo,  rego  do  arado.  V. 
Solo.)  o  chàodâ  casa,  da  habitação  antiga  de 
fàtoíííà  nòl)re,  herdailè',  terra  ondehaassen. 
to  primitivo  de  faipilia  nobr§,;  {ú^)  asáeíítOj 


ÍÍOL 


Hii 


ài 


o^)lM:^''.  f:  i  làVlívèrsidade  de  Coimbra  foi 

—  das  boas  leiras.  «  A  genlé  Portugiieza  a 
mais  Occidental  de  Hispanha,  e  do  próprio 

—  delia,  \hrros.  Maldizentes  de — ,  de  gera- 
ção, de  raça,  ou  graúdos. 

SOÍ.AR,  V.  a.  {sola,  ar  des.  inf.)  pôr,  deitar 
solas. — os  sapatos.  — o  calçado  de  corti- 
ça 

socareóo,  T.  Solarengo. 

SOLARENGO,  A,  adj.  [solar,  s.  m.)  o  que  Vi- 
ye  em  terras  do  solar  de  pessoa  nobre,  e  lhe 
paga  direitos  feudaes.  Os  —s. 

SOLARES  ,  s.  m.  (p.  us.)  adorâdorôs  do 
sol. 

SÒIARIEGO.  V.  Solarengo. 

SOLÁRIO,  (ant.)  V.  Soalheiro. 

SOLOROSO.  V.  Consolador 

solAs,  *.  rh.  (do  Lat.  solatium.)  V.  Con- 
solação. 

SOL  As,  adj.  dos  2  g.  que  consola,  con- 
solador. 

soLas.  a  — ,  adv.  só  poríó. 'Estar  a — com 
alguém. 

SOLAVASCO,  È.  rh.  [so  por  sob,  e  alavanca.) 
íalto,  sacudidela  que  dá  a  carroça,  sege,  oú 
coche  em  estrada  mal  calçada,  ou  de  alti- 
baixos. Dar  — s. 

SOLDA .  s.  f.  (de  soldar.)  a  matéria  que 
se  usa  para  soldar  metaes,  pedras;  consol- 
da,  herva. 

SOLDADA,  s.  f.  (de  soldo.)  soldo,  eslioen- 
dio  que  se  dá  á  tropa,  a  criados  de  servir. 
Homem  de  — ,  ganhão.  Ser,  estar  de— com 
alguém,  servir  por  soldada  ;  /'lig.)  pbga,  re- 
compensa. —  de  pimenta,  a  porçào  delia  que 
se  dava  por  um  soldo  do  moeda  ;  foro  pago 
em  soldos. 

SOLDADEIRO,  s.  m.  [soldada  des.  eiró.) 
(ant.)  O  que  serve  por  soldada  ;  soldado. 

soLDADEíCA,  s.  f.  (Fr.  soldatcxçuc.)  geu- 
te  de  guerra,  soldados.  — ,  (ant.)  exercito  ; 
acção  própria  de  militar. 

SOLDADESCO,  A,  arf/.  de  soldâdo.  Vida,  âf- 
dileza  — .  Jantar — .  Calças  — s. 

SOLDADINHO,  s.  m.  dimínut.  de  soldado. 

SOLDADO,  s.  m.  (Fr.  soldat ;  Ital.  solda- 
to,  de  soldo.)  homem  alistado  para  o  servi- 
ço milita.'" ;  (lig  )  homem  de  valor,  exerci- 
tado na  disciplina  militar, — ,  nome  do  um 
peixe  brasilico  chamado  pelos  indígenas  cam- 
boalá  ou  tamboatá. 

SOLDADO  ,  A  ,  p.  p.  de  soldar  (unir  com 
solda),  e  de  soldar  (dar  soldo) ;  adj.  uni- 
do com  solda  ;  unido  por  adhesão.  Ferida  — . 
Conta  — ,  saldada  V.  o  verbo  Soldar. 

SOLDADOR,  A,  adj.  que  sclda. 

SOLDADURA,  s.  f.  uniào  de  metaes  por  meio 
.  da  solda. 

soLDANELLA,  s.  f.  couvo  marina,  herva  me- 
dicinal. 

soLDÃo,  «r.  m.  (do  Àrab.  toitan,  soberano.) 


1       '*»' f)*.?'"»  '  Ví'''"^     ítt*!"*     .í!ÍVÍ!i  í'0  í'"^* 

titulo  do  imporá  dor  doTs  Turcos,  e  de  oulros 

potentados  do  Oriento. 

SOLDAR,  tj.  o.  (Lat.  solidare,  consolidar, 
de  solidas,  solido.)  unir  melaes  com  solda 
ou  malei^ia  derretida  ao  fogo  e  que  se  ag- 
glulina. — uma  ferida,  fazer  unir  os  lábios, 
cer.ar.  —  tjuebras  de  amisade,  reconcil-ar. 
—  amisade  rota,  e  qu«:brada.  —  o  damno, 
repara-lo,  indomnizar  delle.  — se,  recooci- 
liar-se  em  amisade  ;  —com  alguém.      ,,  <• 

SOLDAR,  V.  a.  (Fr.  solder,  de  solie,  áot- 
do  e  saldo)  (l.  merc.)  saldar,  pagar  ao  cre- 
dor a  differença  que  se  lhe  deve ;  —  con- 
tas. 

SOLDARES,  s.  m.  /'ant.)  cabo  de  navio.  Lu- 
cena o  faz  femi  linò  :  uma  soldirés,  liv.  x, 
cap  i\.  Moraes  pergunta  se  soldarez,  que 
vem  na  segunda  edição  de  Lucena,  deve 
ler-se  soridarezu.  E'  o  vocábulo  preceden- 
te, que  vem  correcto  nas  outras  edições, 
Eis-aqui  a  passagem  de  Lucena  :  «  O  padre 
Francisco  ...  consola,  e  a^sossega  a  gente 
com  palavras  cheas  de  divina  confiança,  so- 
be-se  ao  chapiteo,  pede  uma  soldares  a 
Però  Vaz  pfoprio  mestre  do  navio,  que  o 
assi  vio,  e  jurou,  e  atando  ni  ponta  o  reli- 
cário que  trazia  aocollo,  lança-oás  aguas.» 

SOLDO,  5.  m.  (Fr.  solde,  de  sol  ou  sou, 
soldo,  raoeda.)  a  paga  ou  soldada  do  solda- 
do e  oíTmial  mi  itar,  estipendio.  Estarão  — 
de  uma  potencia.  Pagar  o  —  á  tropa. 

SOLDO,  s.  m.  (Fr.  sol,  sou,  do  Lat.  soli^ 
dus,  peça  de  moeda  melallica.)  moeda  an- 
tiga de  diversos  valores.  Em  Portugal,  an- 
tes de  1U8!>,  vinte  soldos  faziam  uma  livra. 
Pagar  ou  contribuir  —  d  livra,  pro  rata» 
proporcionadaooente  ao  principal. 

SOLECISMO  ,  s.  m.  (Lat.  solecismus,  dos 
habitantes  de  Soles,  cidade  da  Cicilia.)  er- 
ro de  grammalica,  ná  concordância. 

SOLEDADE,  s.  f.  (do  Lat.  solus,  só,  e  so- 
litudo,  inis,  solid?o.)  falta  de  companhia, 
soli  Ião,  estado  de  pessoa  que  está  só ;  lu- 
gar solitário  ;  saudade.  Deste  termo  fizemos 
soedadc,  e  saudade.  Hoje  dizemos  soledade, 
de  quem  está  só,  v.  g.  Virgem  da — .  So- 
lidão diz  sè  de  lugar  solitário,  e  saudades 
que  causa  a  ausência  de  pessoa  que  ama- 
mos. 

SOLEDADE  OU  coNTi,  (geogr.)  uma  das  ilhas 
•Malouinas,  a  maior  depois  de  Falkland. 

soLEDÃo.  V.  Solidão. 

SOLEIRA,  s.  f.  [solo,  chão.)  lumiar  ou  li- 
minar de  porta,  peça  de  pedra  que  assen- 
ta no  chão,  pedra  a.«sentada  por  baixo  do 
portal ;  ferro  que  anda  por  baixo  das  te- 
souras do  coche.  — ,  na  artilharia,  taboa  quê 
vai  da  taleira  á  dianteira  da  carreta. 

soLEMNK,  adj.  dós  2flr.  {LòX.  solem^es  oii 
solemnitas.y.  Solemnidade.)  féiio  com  appa- 
ralo,  pompa  e  ceremonias  publicas,  reii^io- 
1^  « 


612 


SOL 


gOL 


sas  ou  civis.  Festa,  missi,  exeqnias.  Voto 
— ,  o  que  se  (»i  na  f^ce  da  Igreja  com  to- 
das as  cereraoriias  canonicí^s.  Jhfoa  —s,  pom- 
posos, apparatosMs.  Acto  — ,  feito  C')m  todas 
as  ceremonias  requeridas,  aulhentico. 

Syn.  comp  Sotemne,  anihenticn.  Emui 
sensível  a  fliíTerença  entre  est^^s  dous  vocá- 
bulos, ealéquíisise  poderia  dizer  que  nào 
são  synonymos. 

Tudo  o  que  se  faz  com  solemnilade,  com 
apparato  de  rereraonias  puLiiras,  religiosas 
ou  civis,  é  solemne.  Amhentlfío  ésóaquillo 
que  tem  autoridade  o  fé  publica,  que  é  ju- 
ridicamente legalizado,  sem  ideia  nenhurua 
de  solemnidade  ou  apparato.  5o/e/n»Jc  refe- 
re-se  ás  forii/.lidades  exteriores  com  que  s^ 
faz  ura  actopublico,  eau  hentico,  á^qna- 
lidades  inlfinsecas  do  instrumento  que  fica 
fazendo  íé,  é  tendo  validade. 

so<  EMNEMESTE,  ado.  (m«níc  suff.)  de  ffio- 
do  solem  ne. 

SOLEMNIDADE,  s.  f  (Lat.  solemuitas.  tis 
Court  de  Gébelin  o  deriva  de so/e/nni.9,  com- 
posto de  solere,  costumar,  e  annus,  aimo, 
e  outros  deste  mesmo  radical,  e  de  o/. ws  ou 
ohs,  do  <ir  liolns,  que  na  lingua  Osca  si 
gniPicava  toio,  isto  é,  que  se  renova  todos 
os  annos  Devera  pois  esirever-se  solenni- 
dade,  solcnne,  etc.  Outros  o  derivam  sem  ra- 
zão do  rhaldaico5g//í,  oíT^recer  )  rito,  sacri- 
licio.  festa  solemne,  dia  solemne ;  qualida- 
de de  ser  solemne. 

SOLEMNIZADO,  A,  p.  p.  de  solemui/ar ; 
adj.  Celebrado  com  solemnidade;  revesti- 
do das  solemnidades  legaes.  Acto  — . 

solemniZa»,  V.  a.  [solemne,  ízar  des  inf ) 
celebrar  com  solemnidade,  fizer  solemne : 
—  um  acto,  o  testamento;  festejar  com  so- 
lemnidade; —  o  anniversario,  o  dia  festivo. 
soLEO,  V.  Solo,  Chão,s.  m. 
SOLER,  (do  Lat.  solere)  (ant.)  V.  Costu- 
mar. 

soLERCiA,  s  f.  (Lat.  ioh^tia  )  industria,  di- 
ligencia ;  habilidade,  astúcia.  «A  —  do  ca- 
çador. »  Arraes. 

soLERTE,  adj.  (Lat  solers,  tis,  de  soleo, 
ere,  cosiumar,  ears,  tis.  arte,  ex-  rcicio.)  (p. 
us.)  industriíiso,  diligente,  pru-lente. 

soi.es.  s.  m.  (talv.-z  do  Fr.  solite,  travessa 
dP!  páu  )  uma  peç.n  It;  páu  em  que  se  tomam 
os  bois  quando  o  carro  ou  o  arado  leva  mais 
urna  junia.  Moraes  diz  que  no  Rrazil  se  deno- 
mina cambão. 

SOLES,  (geogr.)  cidade  da  ilha  do  Chy- 
pre  entre  os  promontórios  Aca  nante  eCrom- 
iByon  O  povo  deJSoIes  f«ll«va  muito  maio 
grego,  esta  é  a  origem  da  p.^ílavra  SoleciS' 
mo. 

SOLESHES,  fgeogr.)  cidade  de  França,  5Ie- 
é^as  a  E.  de  Cambray ;  4,UJU  babilan- 
tesi  ;  •"^' ' .. 


SOLETA.  .<.  f'  diminut.  de  sola,  sola  corta- 
da para  solar  o  calculo. 

soi.ETO,  ígeogr  )  cidade  do  reino  de  >apn- 
les,  5  léguas  aoM.de  Nardo;  1,U»0  habi- 
tantes, 

SOLETRADO,  A.  f).  p.  do solctrar ;  adj.  háo 

soletrando,  mal  lido. 

SOLETRAR,  V.  a.  [so  por  íofí.)  ler  como  fa- 
zem  as  crianças  quando  começam  a  ligar  os 
sons  figurados  pelas  letras. 

soLEURE  (gHOS[r.)  ^oludurum  dos  antigos 
So/oí/iurnem  AHcmão,  cidade  daSuissa,  8 
léguas  ao  N.  de  Berne  ;  5.0().}  habitantes. 

soi.EURE,  (geogr.)  0  decimo  cantão  Stiisso, 
qnasi  inteiramente  encravado  no  de  Berne; 
53,U()0  habitantes. 

SOLEVANTAR.  V-Sogrí/ucr. 
SOLEVAR,  V.  a.  [so  por  so6.)  levantar,  suble- 
var. —  írafta/Zio,  supp^rtar    E'pus. 

soLFA,  s.  f  (de  so/e/a.U  escala  musica, 
em  q'ie  entram  as  notas  sol,  fá,  etc. 

soLFADO,  A,  p.  p.  de  solfar;  adj.  coUado, 
grudado. 

SOLFAR.  V.  a.  (t.  de  encadernador.)  grudar 
uma  folha  com  (»utra  para  se  poderem  cozer  ; 
unir  com  coUa  um  pedaço  á  folha  rota,  na 
margem  ou  no  meio. 

soLFEAR.  V.  Solfejar. 

SOLFEJADO,  A,  p  p.  de  solfejar;  adj.  canta- 
do porsolfa. 

so«  FEJAR.  V  a.  [solfa.  des.  ejar.)  cantar  as 
notas  de  musica  sem  proferir  leira  ou  palavras 
eorrespondentes. 

so  FEjo  ou  soLFEio,  s.  m.  a  musica  que  se 
dá  aos  principiantes,  para  aprenderem  a  sol- 
fejar. 

soLFiSTA.  .5.  dos  2  Q.  (dcs.  ísta.)  pessoa  que 
canta  por  solfa  :  o  que  põe  em  musica  uma 
letra. 

soLiiA,  s.  f.  peixe  de  rio,  chamado  também 
patru»;a. 

SOLHA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  soh,  e  soleret.  ar- 
madura dos  pés,  espécie  de  sapatos  de  ferro.) 
Moraes  cuida  que  6  alteração  de  folhas  na 
passagem  que  cita  daOrd.  Affons  :  «  passou- 
Ihe  umas  soalhas  de  que  ia  ar  mado.  » 

SOLHADO,  p.p  de  solhar.  \ .  Assoalhado. 

soLHAD  \  s  m.  V.  Solho,  PavimeJito. 

SOLHA  DURA.  ^'.  Assoalhadiira. 

SOLHAR.  V.  Assoalhar. 

soLHKiRO,  A,  adj.  so;  Iheiro,  exposto  ao  sol. 
y  .Soalheiro. 

SOLHO,  s  m.  (Cast  sollr,  pron.  solho.)  pei- 
xe marino  que  frequenta  os  rios:  tem  corpo 
chato,  focinho  aguio,  olhos  e  boca  pequenos, 
c  Ó  desdentado. 

fOLHo,  s.  m  (Lat..  o/wm,  o  solo.)  pavimen- 
to da  casa,  soalho,  sobrado;  madeira  de  so- 
lhar í  u  Sobradar  casas,  camns.  estrados. 

SOLHO,  (gt  ogr  )  riacho  de  Portugí^l,  do  dis- 
iriclo  <ie  hra^&,  o  qual  a&i>(i&  1  légua  c  m&ià 


SOL 


SÔL 


613 


a  NE.  do  Fale,  volleia  piíra  O.,  e  seguindo 
depois  para  oS..  desngua  no  Ave  com  5  lé- 
guas decurso,  perlo  de  i  andim. 

solIa,  í./.eslolfo  amigo  de  lã  ou  seda  gros- 
seiro. «  Mantos  de  — ,  íil-^le  esarji».  »  Talvez 
venha  do  Francezani.  Sulie  pur  Surieo\i  Sy- 
rie,  a  Syria,  dondo  vinham  eslolFos  de  seda. 
V.  8u/ia.  Escudeiro  de — ,  (fig.  oanl.)  du  bai- 
xa sorte,  nào  lidalgo  de  linhage. 

SOLICITAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  solicitado,  onis.) 
actodesolicilar.pl  Solicitações  inr>iigações. 
SOLICITADO,  A  p  ;>.  de  solicitar;  Qt/;'  nga- 
do,  instigado,  incitado. 

SOLICITADOR,  A,  s,  (L&t.  solicitãtor.)  pes- 
soa  que  Solicita. 

soLiciTAiiRNTE,  ãdv.  {mente  suíT.)  de  modo 
solicito,  cora  ancioso  cuidado. 

S0LIC1TA^TB,  s.  dos  t  g  (Lat.  solicitans, 
tis,  p.  a.  de  xolicito,  are.)  o  que  solicita 

S'»LiciTAR,  V.  a.  (Lat.  soliciiare,  'avar,  re- 
volver; dtí  soluta,  o  solo,  e  citare.  freq.  de 
cieo,  ere,  afíilar)  pedir  com  instancia,  agen- 
ciar, diligenciar,  v.  ij   — o  despacho,  um  em- 
prego. —  ,    induzir  com  razões,  instancias, 
instigar;  — hlguema  m»\.  — a  mulher  alhtia. 
procurar  seduzir.  —  fazend»,  a  paz. — ,  f.i- 
ler  solicito.  «  .Não  o  solicitavam  cuidados  da 
republica  »  Solicitei  erros  da  mocidade,  re- 
produzi, renovei.  — sk,  v.  r.  inquietar- se  : — 
de  alguma  cousa.  >oliciiániO  nosiia  salvação 
das  almas  ;  —  dascbriga^^ôes  alheias. 
soLiciiiDÀo,  (anl.)  V.  Solicitude. 
SOLICITO,  A,  adj.  (Lat.  so/<c» íui.)  cuidado- 
so, desvelado,  ancioso  por  conseguir,  dili- 
gente :  —  para  a  vittude,  —  da  salviK;ào,  - 
da  sua  perdirão.  — s  pelo  futuro  nào  gozamos 
o  presente.  Andar —  no  serviço  da  paina. 
«  As  abelhas  são  mui — s  no  trabalho  »  Custa. 
soLicnuuE,  s.  /.  (lat.  sollicitudo,  iuis.) 
ancia,  cuidado,  desvelo. 
soLiUADE.  V.  Solidez. 
SOLIDADO,  A,p.  p.  de  solidar;  adj  consoli- 
dado ;   forialecido,  feito  solido:  corroborado 
solidaMiínte,  adc.  [mente  suíT  j  com  soli- 
dez, com  lírmeza,  com  boas e  solidas  rozòts  ; 
com  srguran(,'a,  com  maduieza,  com  alieu- 
çâo,  rcUexào. 

solidão,  s.  f.  (Lai.  solitudo,  inis.)  retiro, 
lugar  solitário. 

soLiUAH,  v.a.  (Lat  ío/í(/o,  are),  fazer  íir- 
me,  dar  firmeza,  lirmar,  ccnsuliUar;  forta- 
lecer ;  estabelecer  com  razoes  solidas,  dar 
consistência  solida  aos  líquidos.  U  frio  soli- 
da a  agua. 

soLiDto,  í.  m.  (composto  dos  lermos  Lai. 
soUdto,  ao  só,  unico  deus),  Larieiuiho  re- 
di.iido  e  lizo,  que  o&eci.KsibSiicos doutores, 
e  outros  d  guaiaiios  ti  azem  sobre  o  coroa 
para  a  cobiir. 

siiLiDtz,  s.  s.  (des.  tz],  estado  solido,  con- 
ii&leuutt  &obda  ;  (lig  )  Itrmcza,  seguiança, 

V9L.   IT. 


t>.  g.  —  do  contracto.  A  —  das  razões,  for' 
ça. 

sonDissiMO,  A,  adj.  superl.  de  solido,  mui- 
to solido,  lirme. 

SOLIDO.    V.  Soldo. 

SOLIDO,  A,  adj.  (Lat.  solidus,  de  solum, 
solo,  chão,  que  creio  derivado  do  Kgypcio 
sulídj,  pé),  cujis  partes  mais  ou  menos  ad- 
herentes  lormam  um  agíjregado  ou  todo  in- 
teiriço, que  a  agitação  não  desliga  ou  desu- 
ne, oppõtí-se  a  fluido-,  lirmo.  que  resiste  a 
embates  ;  o  g.  edifício  —  ;  ponte  —  ;  (fig.) 
que  tem  validade,  firmeza.  Doutrina,  razões 
— s.  Contracto — ,  feito  cum  segurança.  Nu- 
mero— ,  cubico,  cubo  Era  — ,  (loo.  adv.), 
j.or  inteiro,  sem  partilha. 

SOLIDO,  s.  m.  (do  (irecpden^e),  corj  o  so- 
lido. Us  — s  e  os  lluidos.  Lm  —  de  seis 
faces 

soLiDUM,  (t.  F.atjur.) /a—,  expressão  la- 
tina for<*nse,  por  inteiro.  Obriyam-se  in — , 
respondendo  cada  um  por  toda    a    divida. 

soiiFUGO,  A,  adj.  (Lai.  solifugus),  que 
evita  a  luz  do  sol.  nocturno,  iucitugo.  O  — 
morcego,  a  —  coruja. 

soLiuNAC,  igeogr  )  >olemniacum  cidade 
de  branca,  2  léguas  ao  S  de  Puy  ;  1,(J0J ha- 
bitantes. 

soLiGNY.  (gengr.)  villa  de  França,  a  3  lé- 
guas dtíMofiagne;  900  habiianies. 

SOLILÓQUIO,  .ç.  m.  (Lat.  soliloquium,  do 
solus  só,  e  loquor,  i,  fallar),  discurso,  falia 
que  alguém  faz  a  si  mesmo,  falia  deperso- 
nag.  m  do  drama  a  si  só. 

soi.iBAO,  s.  m.  (corrupção  áesublimado)^ 
sal  (iG  mercúrio  corroaivoo  venenoso  sub- 
limado corrosivo,  hoje  chlorate  de  mercú- 
rio. 

soLiMÃo  ousoLBiM.\o.  (hist)  chefe  da  dy- 
nastia  dos  suliõcs  sebíjoucidas  de  Koiiieh, 
lilbo  de  Koutoulmich  ;  fundou  o  império 
selijoucida  de  Koniea  em  1074. 

SOLI.UÂO  II,  (hist.)  sepiimo  sultão  seidjoa- 
cida  de  Konieh. 

SOL  MÃO,  (liist.)[rc/ie/e/H,  fdho  do  Bajazelo 
l,  passou  á  turopa  depois  da  batalha  de  An- 
cyia  e  lez-se  pruclaiuar  sultão  era  Andrino- 
pla  em  i4U2,  Foi  morto  em  14li>. 

soi.iMÀo  liou  III,  (hist )  o  Grande,  o  Cow- 
quisiadur,  o  Alaynifico,  o  Legislador,  o 
mais  celebro  dos  s>uliões  ottoicanos,  nasceu 
em  14y»,  e  succedeu  a  sm  pai  Selira  I  em 
1520.  morreu  em  1  GB.  O  seu  reinado  foi 
o  apt  geo  da  grandeza  Oltomana. 

soLiMÀo  111  ou  iv,  (hisi.)  irmão  csiicces- 
sor  ae  Mahomet  iV,  reinou  desde  1687  até 
1691. 

sOLiMiADEiRA,  s.  f.  espccie  do    martello 
com  que  os  cavouqueiros  talhão  a  pedra  por 
bauo  da  linha  iiaçada. 
ílJU^UAR,  v.a.  isopor  sob  f  linha,  ar  dn* 
154 


614  SOI, 

iní.),  lavrar  a  pedra  por  baixo  da  linha  tra- 
çada. 

soLiNO,  (hist.)  C,  Julius  So/inw.9,  escri- 
tor latiao,  redigiu  em  230  uma  compilação 
conhecida  com  o  titulo  de  Pohipister. 

S0L'KGEN,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  5 
léguas  a  SE.  de  Dasseldorf ;  8.600  habitan- 
tes. 

soLio,  5.  m.  (Lat.  so/íMW,  rad.  se//a,  ca- 
deira), trono.  O— puro,  (poet.),  o  assento 
celeste,  o  ceu. 

soLis  (AHtoniod«),  (hi^t )  litterato  hispa- 
nhol,  nasceu  em  1610,  morreu  era  1686. 
Deixou  U  comedias,  entre  eliasa  Bohemia^ 
e  uma  Historia  da  Conquista  do  México. 

SOLITARIAMENTE,  adv.  [mente  suffj,  em  es- 
tado solitário,  em  solidão. 

SOLITÁRIO,  A,  [adj .  (Lat.  soliíarius),  des- 
habitado,  despovoado,  ermo  '■,  v.  g.  Lugar 
— .  que  vive  só,  sem  companhia  ou  em  so- 
lidão. Verme  — .  Pássaro  —  Homem  — ,  que 
vive  em  solidão.  Tempos  — s,  occasiões  em 
que  cada  um  está  só. 

SOLITÁRIO,  s.  m.  (do  precedente,  por  el- 
lipse  subentendido  homem  ou  anncl),  homem 
que  vive  em  solidão  ou  só,  annelemqueha 
uoaa  só  pedra  engastado ;  v.  g.  Um  —  de 
diamante.  Os  — s. 

soLiTAURiLiAS,  s.  f.  pi.  (Lat.  soUtauriUa), 
sacrilivios  que  faziào  os  antigos  romanos  de 
tres  viclimas  inteiras,  v.  ^.  de  um  touro,  um 
cfitrneiro  e  um  porco. 

soLiTUDE,  s.  f.  (Lat.  solitudOt  inis.)  V. 
Solidão. 

SOLLEMNE.  V.  Solcmne. 

SOLLER,  (geogr.)  cidade  o  porto  de  Majoc- 
ca,  6  léguas  a  WE.  de  Palma  ;  8750  habitan- 
tes. 

soLLEVAiv.  V.  Soblevary  Soerguer  Sup- 
portar. 

soLLiciTAÇÃo.  V.  Solicitação. 

soLLiciTAR.  V.  Solicitar- 

SOLLIES-PONT,  (gcogr.)  cidadc  de  França, 
4  kguas  a  NE.  de  Toulon  ;  3,460  habitan- 
tes. 

soLiiONA,  (geogr.)  Sn/mo,  cidade  do  reiuo 
de  Nápoles,  15  léguas  a  SE,  d'Aquila ;  ,8,500 
habitantes.  •;.-'»     '  •\">    ■ 

SOLO,  s.  m.  (Lat.  solutfi,  o  chão,  o  solo), 
chão.   terreno. 

SOLO,'*,  m.  (Ital. ,  do  Lat.  solus ,  só), 
peça  ih  musica  vocal  ou  instrumental  eie- 
culada  por  uma  só  pessoa  com  a  voz,  ou  em 
instrumento  rcusico. 

SOLO,  (geogr.)  rio  da  ilha  dsJava,  corre 
ao  NE.,  e  cae  no  estreito  de  Madura. 

soLOFRA,  geogr.)  cidade  de  Nápoles,.  2  lé- 
guas e  meiaSE.d'Avellino  ;  6,100  habitán- 
tes'. 

sotOGtSAR.  V.  SyUogi$ar. 

soLOGNE,   (Reogr.)   isecolonnia,   peqneno 


SOL 

paiz  de  França  no  Orleanez,  entro  o  Loirç  e 
o  Bem,  capital  Romorantin. 

SOLOMIL.  V.  Selamim. 

SÓLON,   (hist.)  legislador  d'Atenas   e  una 
dos  sete  sábios  da  Grécia,   nasceu  em  640 
antes  de  Jcsu-Chrislo  era  Salamina,  foi  iv?-, 
meado  archonte  em  593,  morreu  eiii  ^6í(^.. , 
Era  bom  poeta  e  eloquente  orador.  • 

soLOROiÃo,  (ant.  e  barbara  Orthogr.),  Y. 
Cirurgião. 

SOLPOSTO,  s.  m.  o  occaso  do  sol. 

soLRE  E  CHATEAU,  (gcogr.)  cidade  de  Fran- 
ça 3  léguas  a  KL.  d'Avernes;  !2,559  habi- 
tantes. 

soLSONA,  (geogr.)  Ce/sa,  cidade  de  Hispa- 
nha,  12  leguasaNE.  deCervera  ;  2,100  ha- 
bitantes. 

soLSTiciAL,  adj.  2  dos  g.  (Lat.  solstitia- 
lis),  do  snlslicio.  Coluro  — ,  que  vem  no 
tempo  do  solsticio.  Doenças  solsliciaes. 

soLSTicio,  s.  m  (Lat  solstitium,  sol,  e 
&to,  are,  estar  parado),  (t,  astr  ),  o  tempo 
em  que  o  sol  parece  estar  parado,  e  se  acua 
em  um  dos  dois  pontos  mais  afastados  do 
equador.  O  —  estival  ou  estivo;  —  hye- 
mal  ou  de  inverno. 

soLT,  (geogr.)  yilja(^a^Huqgj?i^,  ?.9ten,^R^, 
l^rsço  do  Danúbio. 

SOLTA,  s,  f.  (de  soltar],  maniota  com- 
prida de  pear  bestas.  «  Quando  as  éguas 
andào  presas  ou  — s.  »  Leonel  da  Costa, 
Geogr.  Passo  de  — s,  o  que  se  ensina  aos 
cavallos  andando  com  —s  travadas  ;  (fi^.) 
cadeia,  vinculo,  grilhão.  Quebrar  as  — í^ 
comper  todos  os  vínculos  moraes. 

SOLTA,  s.  f.  (de  soltar),  a  acção  de  soltar 
o  gado,  V.  g.  Fazer  —s  de  gados,  solta-lps 
para  pastarem. 

SOLTADO,  A,  p.  p.  de  soltar.  V.  <^nUo. 

soLTADOR,  A,  adj.  O  quo  solto  j  —  de  so- 
nhos,  que    pretende  explica-los. 

SOLTAMENTE,  adv.  (meníe  suíT.),  livro,  des- 
embaraçadamente. Andar,  correr,  pelejar 
—  ;  licenciosamente,  dissolulamenle.  Viver, 
mentir — . 

soLTANiM,  s.  m.  moeda  de  ouro  turca,  ^o 
valor  de  um  cruzado. 

soLTÃo  ou  SULTÃO,  s.  m,.  (Arab.  sultan 
ou  soltan,  ãe  soliatn,  con.seguia  a  dignid^i;; 
de  regia),  soldão,  imperador  turco. 

SOLTAR,  V.  a.  (V.  Solver),    largar  o  que 
estava  atado,  preso  ou  encolhido ;  t>.  g.  — 
os  cabellos,  as  pêas,  os  grilhões,  laços,  — 
jum  preso  do  cárcere,  — os  bois  do  jugo, — 
Ido  curral,  — a  ancora,  largal-a  ;  —  as  re- 
!  deas  ao  cavallo,  (fig.]  —  ás  paixões,  á  cruel- 
jdade;  — asmãosatoda  a  crueza,  —  o  cão, 
a  ave,  para  que  faça  presa  na  caça.  —  os 
diqúéá,  abri-los  para  deixar  correr  a  agua 
represada;  —  o  sangue  das  veias,  deixa- 
lo  côrr éf.  —  palavras,  vozes,  moles,  ditos, 


SOL 


SOM 


6il>- 


queixas,  proferir ;  —  a  voz,  íallar  ;  —  sus- 
piros, suspirar.  —  o  ventre,  purgar,  causar 
cursos,  camarás.  —  o  cavallo  ao  pasto,  dei- 
xar solto.  —  amizades,  desfazer.  — ,  quitar, 
desobrigar;  —  parte  dos  tributos,  izenlar 
d'elles  —  a  outra  parte  conlraclante,  deso- 
brig«l-o,  — ,  (ant.)  deixar,  abandonar;  — 
uça  lugar,  -7-  a  terra  que  se  trazia  de  ren- 
da. — ,  (p.  us.),  abrir  mão,  desistir  de;  — 
a  empreza,  a  guerra,  não  proseguir. 
— .  (ant.)  pormiitir,  dar  licença.  «  Soltou 
que  viessem  ve/ider  ás  naus  mantimentos  » 
barros,  — s?.  f,  r.  desembaraçar-sedas  pri- 
sões, laços,  cadeias,  peias,  grilhÕ3S,  ou  de 
cárcere.  Sollaram-se  os  bois,  os  cães,  os  pre- 
sos, os  galeotes.  — ,  (fig.)  dizer  injurias,  -^ 
ein  vento,  desfazer-se,   torna r-se  era  nada, 

SQLTEiRAJiKNTE,  adv.  {mente  suíT.)  (ant.), 
livre,  desembaraçadamente. 

SOLTEIRO  A,  adj  (contracção  de  so/j'íaria), 
celibatário,  não  unido  por  matrimonio  a  con- 
sorte. V.  g.  Homem  — .  Mulher  — ,  não 
casada  ;  (ant.)  prostituta  ,  mal  procedida. 
«  Foi-se  este  homem  perder  uma  mulher 
— .  »  Alvará  de  2  de  junho  de  l  j70.  Mel- 
ladura  — ,  a  primeira  que  se  faz  depois  que 
o  engenho  de  assucar  pejou  por  um  dia. 

SOLTO,  A.  p-  p.  de  soltar  ;  adj  livre,  de- 
sembaraçado de  tudo  o  que  prende,  ou  de 
cárcere,  prisão;  (flg.)  desobrigado  de  contra- 
to, fiança,  garantia,  etc.  Ventre  — ,  lúbri- 
co. Seda  — ,  frouxa,  não  torcida.  — ,  des- 
feito ;  as  nuvens  — s,  em  agua  e  vento  — , 
ligeiro  ;  —  o  cavallo.  —  para  correr  a  costa. 
^avios  — f,  ligeiros,  que  andam  destacados. 

—  de  lingua,  o  que  falia  sem  pejo  sem  mo- 
déstia, sem  comedimento.  Homem  — ,  disso- 
luto, que  não  respeita  os  seus  deveres  «  Ho- 
mem —  de  lingua  e  atado  nas  n^ãos.  »  Pal- 
iar solto,  sem  comedimento ;  prosaicamen- 
te, sem  medida  de  verso.  Verso  — ,  não  ri- 
mado. Vida  — ,  livre,  independeçite ;  disso- 
luta, licenciosa.  ,,,,,, 

SOLTURA,  s.  f,  des.  ura),  o  acto  de  soltar 
de  prisão,  cadeia,  cárcere.  Ordem  de  — . 
— ,  (fig.)  destreza  despojada,  desembaraço 
em  qualquer  exercício;  t».  g.  —  eoçi  caval- 
gar, esgrimir  ou  na  esgrin\a  ;  descomedi- 
mento, desenvoltura,  dissolução,  licensio- 
sidade  ;  —  de  vicios,  —  de  palavras,  —  em 
viver,  em  roubar.  — 5,  acções  descomedidas, 

—  dos  ofliciaes  da  fazenda,  malversações. 
— ,  (ant.),  solução,  explicação,  interpreta- 
ção, —  de  sonhos,  do  oráculo. 

SOLTWEDEL  OU   SALZWEDEL,  (gCOgr  )  cidado 

murada  da  Prússia,  I(j  léguas  a  NO.  de  Mag- 
deburgo ;  G,000  habitantes. 

SOLUÇADO,  A,  p.p.  de  soluçar;  adj.  (fig.) 
mui  desejado,  cuja  perda  se  chora  com  so- 
luços. «Terra  tão  suspirada  ç  -r  d'e^e$.  » 
Heitor  finto. 


SOLUÇÃO,  í.  f.  (Lat.  solitio,  onis),  conser- 
vação de  um  solido  em  liquido  por  meio  de 
um  menstruo,  dissolução,  r.  g.  —  do  sal  pela 
agua,  dos  metaes  pelos  ácidos. — ,  (fig.)  ex- 
plicação de  difiiculdade,  resolução  ,  —  de 
probelema. 

SOLUÇAR,  V.  aln.  ou  n.  (I^at  singullare, 
o  radical  é  imitativo),  dar  soluços,  v.g.  — 
a  náu,  arfar  'ou  —  coqao  diz  Barros),  jogar 
da  popa  aproa.  «  Começou  a  náu  a  —  de 
maneira  que  trincou  duas  ajjiarras.  B«rro.i, 
Dec.  Ill,  H,  7.  —  em  sentido  act.  (p.  u?..£ 
proferir  em  som  rouco  ou  a  modo  de  spi^^! 
ço.   «  —  verses.  »  Elegiad.  . 

SOLUÇO,  s.  m.  [LblI.  singullus,  do  Gr.  Iv^» 
zô,  soluçar;  hjnx,  soluço.  O  rad  parece-mi^ 
imitativo.)  movimento  couvulso  da  respira- 
ção, espécie  de  suspiro  interrompido. -—c/a 
nau  (ou  saluço  como  Barros  escreve],  o  arfar 
da  náu. 

soLUçoso,  A,  adj.  (des.  oso.)  que  soluça,  dá 
soluços.  — ,  acompan^§4ií.  4^  ?aW.Ç9s.  O  — 
alento..  .,     ,  ,,  /  ,      ;. 

soLUTivo,  A,  a</;'.(med.j  qw^^rçjf^^ÇLeadçl- 
gaça  os  humores. 

SOLUTO,  A,  adj.  (Lat.  solutus,  de5o/»o,erés. 
solver.)  solto,  livre,  desatado  de  YÍncUvLo,.Ó.r<^-  , 
ção — ,  (p.  us.)  prosa.  J,. /!, 

SOLÚVEL,   adj.  ioa  2  g.  (Lat.  solubiíis.] 
que  pode  ser  dissolvido  por  um  menstruo. 
Os  saes  são  solúveis.  O  ouroé  —  em  acido, 
nitro-muriatico  ou  agua  regi,a. 

SOLVER,  V.  a.  (Lat.  solçerç,  do  Gr.  luâ, 
soltar,  solver;  em  Egypcio  òói  ou  siM/,  sol- 
ver.) soltar;  dissolver;  (fig.;  rssolver,  «.  g^. 

—  duvidas.  —  cores,  (t,  de  pintor)  desfaze- 
las. 

soLWAY  (golphode),  (geogr.)  Solwag-Fri^ 
em  inglez,  Itunacesuarium,  golpho  domar 
d'lrlanda  entre  Inglaterra  ao  S.,  e  a  costji 
escoceza  ao  N. 

SOLWAY-Moss,  (gcogr.)  lugar  e  pântano  de 
Inglaterra  na  extremidade  NE.  do  golpho  de 
Solway. 

sojLYiiAS,  (geogr.)  pequeno  povo  da  Lycia, 
(oi  vencido  por  Bellerophon. 

SOM,  s.m  (Lat.  sonus,  de  souare.  V.  Soar) 
impressão  que  faz  no  ouvido  o  ar  vibrado  :  -77.^,, 
da  voz,  da  trombeta,  ^osiuo,  doéco,  dos  ti-  • 
ros  de  artilharia,  Canla,r  ao  —  dos  instrur 
mentos,  seguindo  a  toada,  conformando -se  á 
musica.  Em  —  de  paz,  coço  demonstrações 
pacificas.  Dizer  alto,  e  de  bom — ,  sem  te- 
mor, com  voz  não  allerad^.  Ao  — ,  (fig  )  se- 
guindo a  norma,  como,  qvkera  segue  a  toada 
musica.  —  da  vontade,  do,  paixão,  da  raxão, 
danitureza,  conforme,  segundo.  «  Paliarão 

—  do  seu  paladar.  »  Eu(r.,  como  convém,  açi 
gosto.  Navegar  cw  —  (jLos  mares,  a  arbítrio 
delles.  Estar  cfl^  —  de  guerra,,  de  resistir^ 
disposto,  preparado,  em  dispQíiç^,  líi»-^.^^. 

154  « 


616' 


dOM 


SOÍll 


de  caça  como  qiif  m  vai  caçflf.  Anda  o  m«T?- 
do  d'oulro  — ,  segue  outros  eslylos,  outra 
marcha. 

Syn.  comp.  Som,  tom:  som  de  voz,  tom 
de  voz  Som  éa  impres;àoque  f«z  no  ouvi- 
do o  ar  vibrado,  v.  g,  som  da  voz,  da  iroin- 
bMa,  do  sino.  dos  tires  do  artUheria,  ele. 
Tom  é  so  ;í  delcruiinado,  apprcciavel,  como 
o  dos  inslruuientos  músicos. 

O  som  da  voz  está  dfl»^riDÍniido  pela  cons- 
tituição |>b}'sií'-a  dl»  órgão  vocal  :  í  suave  ou 
áspero,  agradável  ou  desagradável,  fraco 
ou  f"rte.  O  tom  de  voz  é  urna  inflexão  de- 
terminada pelas  fifl"eiçoes  interiores  de  que 
uma  pfssoa  ^e  acha  possuída  e  quer  dar  a 
conhecer.  Srgundo  as  occasiões,  é  elevado 
ou  b.HÍxo,  imperioso  ou  subnisso,  triste  ou 
alegre,  etc.  CctuLec»  m-se  as  pessoas  pelo 
som  da  voz,  como  se  conhece  rirua  fl:iiita, 
um  clarim,  etc  :  conhec»  m-se  as  atítiç^ões 
da  pessoa  que  falia,  pelo  tom  de  voz  com 
que  se  exprime,  como  se  distinguem  n'um 
meí^mo  insliumenio  o  tom  maior  ou  menor 
os  andamentos  musictes,  as  difTerer.lis  toa- 
das, e  outras  variedades  rii cessarias. 

SOM  ou  DJOM,  («13 th  )devindade  egypcia, 
que  parece  stramesma  que  o  Hercules  dos 
Gregos. 

SOM,  variação  do  verbo  ser,  por  sou. 

SOMA.  s.  f.  [i.  Asiat.)  embarcação  usada  no 
Chincheo. 

SOMA.  V.  Somma. 

SOMADA.  V.  A<i>:(/mada,  Altura. 

somana    V.  Semana. 

SohaR.  V.  Sommar. 

SOMARIO.  V.  Snjnmnrio. 
:    soMAXA,  (gpogr  )  5c//»6xa  em  italiano,  vijla 
do  re  no  LomLardo-Neneziaro,    '6  itguas  a 
Nlj.  de  líergamo. 

soMBOR,  Igergr.)  cidade  da  Hungria,  2  lé- 
guas e  11. eia  a  SU.  »1e  Thcreàieustadt ;  15,000 
habitantes. 

SOMBEHNON,  fgeogr.)  villa  de  França,  7  lé- 
guas a  O  de  Dijitn  ;  OíM)  habitantes. 

SOMBRA,  s.  f.  (i,at.  Mmí;/^a,  íjue  íM.  de  Ro- 
qnefori  deriva  sem  razão  do  «ir  ombros,  chu- 
va Court  de  (iébelin  o  deriva  do  o  ou  w  nega- 
tivo e  mera,  dia.  Nenhuma  destas eiytnolo- 
gias  é  exacta  O  vocábulo  vera  do  tgypcio 
schom,  diminuir,  tipi-ié,  o  sol  )  obscuridade 
causada  por  um  corpo  opaco  que  intercepta 
a  luz  do  sol,  ou  a  que  é  emiltida  ou  reflecti- 
da pfT  um  corpo  luminoso.  Estnrá—,  no 
lugar  em  que  não  dardejam  os  r/íios  do  sol; 
(dg  )  ao  amparo,  aoabng.  ,  debaixo  da  pro- 
tecção de  alguém  ou  de  ílgum^  cousa,  v.  <j 
—  da  fortaleza,  da  clemência,  do  rei,  de 
nomem  podero>o.  Fazer — ,  (fig  )  proie«er, 
amparar;  oífuscar.  ,4 rtor^s rfc —,  mui  fron- 
dosas, próprias  para  fazer  sori.bra.  As — s  da 
noite,  a  escuridão  que  reina  então.  —  da 


morte,  (fis;.  e  pnet.)  a  privação  da  luz,  da  vi- 
da, a  habitação  tenebrosa  dos  nnrlos.— 5,  na 
piniura,  as  parles  do  painel  que  representam 
os  corpos  em  que  não  dá  a  luz  ;  as  liiitas  es- 
curas com  que  se  pintam  as  sombras.  —  , 
(lig  )  apparencia,  leve  indicio,  mostras.  Com 
ou  sem  —  de  verdade; — d')  amisade.  de 
confiança.  Receber  ahjuem  com  bn.i — ,  com 
bom  ar,  coru  demonstrações  de  fiíTr^clo.  com 
agM.sallio.  Lugar  de  má — ,  triste.  Aã'/ í/ííc- 
rer  nem  por — s.  por  nenhum  modo,  ou  ma- 
neira. — ,  (lig.)  leve  deleito,  fpparencia  de- 
feituosa ;  prelfXlo.  A'  —  de  fazerem  guerra 
«os  <  astelhaiios  tomavam  nossos  navios  des- 
armados. — ,  (fig  )  imagem  apagada,  imper- 
feit»;  vesiigios.  leves  noões.— ,  visãí>  phan- 
ta.sma,  sneclro.  —s  dos  mortos,  manes.  — , 
im()erfeiia  lembrança.  I)e  um  homenr  que 
«Companha  outro  conlinuamenle  se  diz  que 
é  sua  .sombra.  — ,  peixe.  V.  (fmbria. 

soMRriAÇAR,  (anl  )  V.  Sobraçar. 

sombkeauo,  a,  p.  p.  do  simíbrear  ;  adj. 
coberto  de  sombra  ;  que  e3'á  á  sombra  «Je 
arvores  ou  de  edilicio.  Pintura  — ,  a  que 
se  pijzerara  as  sombras. 

suMBKEAH,  V,  a.  (sombra,  ar  des.  inf) 
(pintura,  [lôr,  dispor  as  sombras  ou  côreS 
escuras  que  re((resenlam  os  oljectos  que  es- 
tão no  esíuro. 

soMBKEiRA,  s.  f.  planta  que  dd  flores  azues 
da  fórrua  d.»s  jasmins. 

soMBKEiUKiHo,  s.m.  (do  Cast.  sowòrcrero) 
chapeleiro,  homem  quo  fabrica  e  vende  eha- 
[>eus. 

soMBRFJRiNnos,  s.  m.  dim-nut  de  som- 
breiro, ihapelmho.  —  de  mào  on  de  sol, 
parasol,  chapéu  de  sol  pequimo  de  senho- 
ras. — s  do  telhada,  herva,  chamada  tam- 
bém orelha  de  monge,  e  conrello!i. 

SOMBREIRO,  s.m.  (do  Cast  .vom  6  rero)  cha- 
péu. —  de  sol  ou  de  pé  alto,  chapéu  de 
si>l.  —  de  pé  pfqueno,  maneiro  :  a  cousa 
que  faz  sombra  ;  nome  de  ura  peixe  mons- 
truoso. Tarece  ser  espécie  deb.deia. 

sombkekiíte,  s.  m.  dimmut.  de  sombre- 
ro. 

sombria,  s.  f.  ave  do  feitio  da  cotovia. 

SOMBRIO.  A,  adJ  (drs.  icí)  ottde  ha  smii- 
bra.  Bosque  — .  Sitio  — .  — ,  {i'\^  )  Irisie, 
tristonh ',  severo,  carrancudo.  Homem,  ros- 
to— .  Almas  —s.  —,  (lig  )  feito  á  ^ombra, 
com  descanso.  —  delicadeza. 

sombroso,  a,  tt'//  (Lat.  w/MÔrosus)  que  faz 
sombra. 

soMEiROs.  V.  Sommeiros. 

SOMENOS,  adj.  dostq.  [so  por  .çofc)  infe- 
rior na  liondailti.  qualidade,  graduação    «  A. 

—  parle    no  homem    é  o  dinheiro  o  «  ri- 
queza  »  Ferreira,  Cioso    Fm  talentos  não  é 

—  dos  outros.    Esta  fazenda    é  muito  — .. 
Açúcar  — ,  inferior  ao  branco. 


SOM 


SOM 


617 


SOMENTE,  adv.  [mente  suiT.)  unicamente, 
só,  meramente.  Bastam-me — dez  dias  pa- 
r.i  aprnmptar  a  obra,  ou  dez  mil  cru/ados 
para  os  gastos  Qnizera  —  que  me  dissesses 
«  Tão  fraco  que  —  nào  podia  levantar  os 
olhos.  »  Clarim.  Hoje  diríamos  que  nem  ou 
nem  sequer.  — ,  excepto.  «  Vinha  armado 
de  todas  as  arrass,  —  o  rosto.  »  E  antiq. 
neste  sentido.   Táo — ,  meramente. 

SOMEKS,  (bist.)  ura  dos  prirpeiros  estadiS' 
tas  dMiiglaterra,  nasceu  em  16i0,  morreu 
em  1716.  Deixou  10  volumes  i:i  folio  ma- 
nusoriplos. 

SOMEUGER,  soMERGiR.  V.  Submergir. 

soMtRSET,  (gengr.)  condado  d'lng!aterra, 
entre  os  deCornouiallesa  O.  de  Wilts  a  i'^. 
de  i»Iocesler  ao  ^.  de  Dorset  ao  SE  e  de 
DevonaoSO.  ;  4i3,000  habitantes.  Capital 
Coth. 

soMEKSET  (duque  de),  (hist.)  era  irmão  de 
Joanna  Seymour,  3,*  esposa  de  Henrique 
8.°  Foi  nomeado  protector  do  reino,  mas 
lornou-se  odioso  pela  sua  parcialidade,  e  foi 
decapitado  em  1jú2. 

soMERSET  (visconde  de  Rochesler,  e  depo- 

s  conde  de),  (hisl.)  favorito  de  Jatques  1, 

deveu  o  seu  alto  valimento  á  sua  fortuna  o 

belleza.    Morreu  exilado   na  Inglateira  em 

1638. 

soMERTON,  (geogr.)  cidade  d'lpglalerra,  6 
léguas  ao  SÓ.   de  Welli ;  2  OijO  habitantes. 

bOMETER.  V.  Submelter,  Sujeitar. 

soMiCHAS.  V.  Semichas. 

SOMICHO.  V.  Submisso. 

soMiDEiuo.  V.  Sumidouro. 

SOM  IR.  V.  Suniir. 

soMissÃo.  Y.  Submissão. 

soniTEGO,  e  somítico.  V.  Sodomita,  G  Mes- 
quinho, Avarenlo. 

soMiTiniNTO,  s.  tn.  V.  Submettimento. 

scWKHEiH,  (gtcgr.)  província  da  Geórgia, 
limitada  ao  N.  pelo  karlhli,  a  O.  pelo  dis- 
tricio  dVkbí-lísiliki,  a  sua  cidade  principal 
é  Durgtchetaka 

soMMA,  s.  f.  (Lat.  iumma,  de  summare, 
sommar,  addicionar.)  a  quantidade  que  re- 
sulta de  diversa^  parcellas  ou  números ad- 
dicionados,  expressão  numérica  desta  addi- 
ção. — ,  summa,  resun,o  da  matéria,  da  to- 
talidade das  razões,  proposições,  ele. 

SOMMA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, 16  léguas  a  E.  de  Nápoles;  7,100 ba- 
la ntes. 

soMMADO,  A,  p.  p.  de  sommar;  adj.  ad- 
dicionado  ;  resumido. 

SOMMAR,  V.  a.  (lat.  ívmwío,  are,  fom.a- 
do  de  sunio,  ere,  tomar,  e  imus,  iundo,  pro- 
fundo j  addicionar  nucceros,  parcellas,  gran- 
dezas, quantidades  da  mesma  espécie  ;  (tig  ) 
resumir.  — se,  v.  r.  resumir  se,  cifrar-se. 

soMMARio.  V.  Summano. 

▼OL.    IT. 


soMMARiVA,  (geogr  )  vilia  dos  Est^dos-Sar- 
dos,  5  léguas  ao  O.  a'Alba  ;  5,000  habitan- 
tes. 

SOMMARIVA,  (hist.)  director  da  republica 
Cisalpina,  nasceu  em  1760,  morreu  t  m  1826. 

SOMME,  (geogr.)  Somara,  rio  de  França, 
nasce  em  Fensomme,  e  cae   na  Mancha. 

soHME,  (geogr.)  departamento  marítimo  da 
França,  sobre  a  Mancha,  en^i'.  os  de  Passo 
de  Calais  ao  N.  do  Seua-lnferior  a  O-  de 
Oise  ao  S.  o  de  Aisne  a  E.  ;  55*2, 70i)  habi- 
tantes. Capital  Amiens. 

soMMEPUis.  (geogr.)  villa  de -França,  4  le-. 
guas  ão  SE.  do  Viiry-le-Franc  ;  700  habi- 
tantes. 

soMMERGHEM,  (geogr  )  cídado  da  Bélgica, 
4  léguas  ao  N.  de  Gand;  6,400  habitantes. 

soMMETTiMENTO,  s.  m.  V.  Submettimeu- 
to,  Sujeição. 

soMMiERES,  (geogr.)  cidade  de  França,  G 
léguas  ao  SO.  de  Mmes  ;  3,700  habitantes. 

SOMNAMBULO,  A,  ãdj .  (do  Lflt.  sommum, 
e  ambulo,  are,  andar.)  que  anda,  passeia 
durante  o  somno. 

soMNiFERO,  A,  adj .  {iat.  somuiferus.)  quo 
causa,  excita  o  somno,  que  faz  dormir.  As 
— s  papoulas.  Discurso — . 

SOMNO,  s.  m.  (pron.  sono  ;  Lat.  somnus, 
de  sub,  para  baixo,  e  nuto,  are,  inclinar-se. 
Nos  dialectos  Célticos  hun  e  hyn  ;  em  Gr, 
hypnos,  somno,  somnolencia,  que  dizem  for- 
ttado  de  hypô,  baixo,  epneô,  respirar,  ou  de 
hypo,  e  noos,  espirito,  mente,  sentido.  Eu 
creio  que  é  tormado  de  hypo,  em  baixo,  e 
neuô.  inclinar.  Km  Egypcio  raconi,  e  srom 
significa  somiio,  soi  ou  ço%,  costas,  e  men, 
permanecer  )  estado  de  quem  dorme.  Ter — . 
Causar,  dar  — ,  adormecer,  — ,  (íig  )  lethar- 
go.  Dormir  o  —  do  tsquecimenlo.  O  —  da 
culpa.  «  Vai  com  descuido,  e  — profundo 
nas  cousas  de  importância.  »  Fêo.  Pegar  no 
— ,  começar  a  dormir.  Ter  o  —  /cte,  pou- 
co profundo.  —  pesado,  mui  profundo. 

SOMNO  (rio  do),  (geogr.)  rio  da  província 
deGoyâz.  Nasce  perto  da  província  do  Per- 
nambuco, na  serra  das  Figuras. 

SOMNO  (rio  do)*,  (geogr.)  rio  da  província 
de  Minas  Geraes,  no  Brazil,  na  comarca  de 
i  aracaiú.  Nasce  na  serra  da  Saudade,  perto 
dos  nascentes  dos  rios  Abaiié,  das  Almas  e 
Catinga. 

SOMNO,  (geogr.)  ribeiro  da  província  do 
Hio  de  Janeiro,  no  districto  da  villa  de  Pa- 
rati. 

SOMNOLENCIA,  s.  f.  (Lat.  somrioleulia.) 
disposição  a  dormir. 

SOMNOLENTO,  A,  adj.  (Lat,  somnolenlus.) 
disposto  a  dormir. 

soMONTE.  Y.  SÍDtonle 

soMORRosTRo.  (geogr.)  villa  de  Hispanha, 
2  kguas  ao  NO.  de  Portugalele. 
155 


l 


6I« 


SON 


lOIf 


soNAJAS,  (ant.)  V.  toalhas,  Pandeiro. 
soNANCiA,  s.  f.  V.  Consonância,  Harmo- 
nia. 

SONANTE,  aáj.  dos  2  g.  (Lat.  sonans,  tis, 
p.  a.  de  sonare,  soar.)  soante  ;  sonoro. 

soNcmo,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lombar- 
do-Veneziano,  sobre  o  Ogiio.  iO  léguas  ao 
NO.  de  Cremona  ;  4,200  habitaíites. 

SONDA,  s.  f.  (Fr.  sonde,  qao  osetymolo- 
gislas  derivam  do  Lat.  funda,  de  funis,  cor- 
da. V.  Sondar.)  piurao  ou  prumo  com  que 
os  naulicos  sondara  a  altura  do  mar,  rio, 
lago. — ,  fundo,  altura  da  agua  no  mar,  em 
lago  eu  rio  :  «  Acharam  —  de  tantas  bra- 
ças, »  Góes  ;  o  fundo  que  o  chumbo  da  son- 
da toca,  t>.  g.  —  de  arera,  de  vasa.  Tomar 
a — ,  (tíg.)  medir  a  profundidade,  v.  g. — 
á  sabedoria  de  alguém.  —  de  cirurgião,  ten- 
ta metallica,  ou  de  gomma  elástica,  solida 
ou  ouça,  para  sondar  a  bexiga,  feridas,  fis- 
tulas,  etc. 

SONDA  (archipelago  da),  (geogr.)  nome  da- 
do ora  ás  três  grandes  ilhas  de  Sumatra, 
Java  e  Borneo,  o  ás  que  a  cercam,  ora  ás  que 
se  estendera  de  Sumatra  a  Timor,  ('.alcula- 
se  a  sua  população  em  17, 000, t Ou  de  habi- 
tantes. 

SONDADO,  A,  p.  p.  de  sondar ;  adj.  to- 
mado a  altura  com  sonda  naulica  ;  exami- 
nado com  sonda  de  cirurgião  ;  (íig.)  tentea- 
do. Tinha-lhe  —  as  intenções,  os  projectos, 
procurado  descobrir. 

SONDAR,  V.  a.  (Fr.  sondei,  que  os  etymo- 
logisfas  derivam  de  fundare,  ou  fundere, 
ambos  de  fundu^,  fundo.  INão  me  parece 
provável  a  conversão  do  f  em  í.  Creio  que 
sonda  é  formado  de  sub  unda,  sob  as  on- 
das.) tomar  a  altura  do  mar,  rio  ou  lago 
com  a  sonda  náutica,  tomar  o  fundo.  —  o 
poço,  o  lastro;  (fig.)  tentar  descobrir,  pro- 
curar penetrar  :  —  um  homem  ;  —  o  animo, 
o  coração  de  alguém,  a  consciência.  —  o 
negocio,  examina-lo  a  fundo. 

SONDAREZA,  s.  f.  (dcs,  cza.)  sonda,  plu- 
mo  náutico  de  examinar  a  altura  do  mar, 
de  lago,  rio,  etc. 

soNDERBOURGH,  (geogr.)  cidade  da  Dina- 
marca, 10  léguas  ao ^E.  dei^lesvig;  2,800 
habitantes. 

soNDERSHAUSEN,  (gcogr,)  cidade  capitai  do 
principado  de  SchwarzburgoSondcrshau- 
»en,  11  léguas  ao  ^0.  d'Erfnrt ;  3,ò00  ha- 
bitantes. 

SONDES,  (ant,  epopul.)  \)0t sois  do  verbo 
ser. 

soNDRio,  (geogr.)  cidade  do  reino  Loub- 
bardo-Veneziano,  capital  de  uma  piovim^a 
do  mesmo  nnme,  22  léguas  ao  I^E.  de  Mi- 
lão; ;',500  habitantes.  A  provincia  d«  Son  , 
dfio,  sitfoada  entre  a  Su  ssa  ao  Pi.  a  provincia 
de  Bergamo  ao  S,  conta  84,000  habitantes. 


soNE,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portugueza 
no  districto  deSénna,  que  tem  5  léguas  de 
comprimento,  e  1  de  largura.  Produz  mi- 
lho e  azeite,  mandioca  e  algodão. 

soNEGADAMENTE  ,  adv.  [mente  suíT.)  com 
fraude,  sonegando. 

SONEGADO,  A,  p.  p.  de  sonegar;  adj  dis- 
trahido  com  fraude,  furtado,  roubado,  des- 
encaminhado. Kstes  ben<  foram — s.  Oí — s, 
bens  ,  propriedades  furtadas,  v  g.  ao  in- 
ventario. 

SONEGADOR,  A,  s.  pessoa  que  sonega. 

soNEGAMENTO  ,  s  m.  [mento  suff.)  acção 
de  sonegar. 

SONEGAR,  V.  a.  {sob  e  ncí^ar)  desencami- 
nhar, furtar,  distrahir  com  fraude,  não  dar 
ao  inventario  bensdndefunto,  que  se  deviam 
manifestar,  ou  ao  censo,  em  rol  para  o  ser- 
viço publico. 

SOES,  (ant.)  por  sois.  do  verbo  ser, 

so?«ETEAR,  ».  a.  ou  íi.  (t,  burlesco)  fa- 
zer sonetos  ;  em  sentido  activo,  recitar  so- 
netos, celebrar  em  sonetos:  — as  cocheiras 
e  rascoas. 

soNETiSTA,  s.  dos  ^i  g.  (des.  ista)  autor 
de  .sonetos. 

SONETO,  s.  m.  (Ital.  sonetto,  Fr.  sonnet, 
do  Lat  sonettus,  dim  do  sonus,  cantiga.) 
composição  poética  de  quatorze  versos  ri- 
mados, a  saber  dois  quartetos  e  dois  ter- 
cetos. 

soNG,  (hist.)  nome  de  duas  dynastias  chi- 
nezas, 

soNGEONs,  (geogr.)  cida  le  de  França,  G 
léguas  e  meia  ao  ^0.  de  tíeauvais;  1,080 
haoitantes. 

SONHADO,  A,  p.  p.  de  sonhar ;  adj.  vis- 
to, ouvido,  imaginado  em  sonho.  Tinha — 
grandes  venturas,  Thesouro5  —  s  Fabulas — *. 

SONHADOR,  A,  adj.  pcssoa  quc sonha,  ha- 
bituada a  sonhar. 

SONHAR,  V  a.  (Lat,  somniare.  V,  Sonho  ) 
ver,  imaginar  era  sonho,  «  iionha  a  avare- 
za thesouros  sem  conta.  »  Sonhei  venturas, 
fortunas,  riquezas  ;  (íig.)  imaginar,  suspei- 
tar sem  fundamento,  v.  g.  so)?/iou  ter  des- 
coberto a  pedra  philosophal,  o  movimento 
perpetuo.—,  ter  um  sonho  oa  sonhos."  — 
de,  com  ou  em  cousa  ou  pessoa,  iánrfarío- 
nhando  em  alguma  coruja,  embebido,  ab- 
sorvido nella, 

SONHO,  s.  m.  [L^L  somnium,áe  somnus, 
o  visum,  sup,  de  videre,  ver.)  representa- 
ção ideial  que  se  oíTerece  á  mente  durante 
o  somno.  Ter  — 5.  Teve  um  —  Explicar, 
interpretar  os — s.  Viu  em  —  a  imagem,  a 
figura  do  defunto  amigo.  — s,  (lig  )  opiniões 
vãs ;  cousjis  imaginarias,  não  reaes  ;  massa 
leve  de  farinha  e  ovos  frita  ás  boletas  fofas 
em  manteiga,  e  passada  por  calda  do  as&u- 
car. 


SOH 


SOP 


619 


SONHOS,  (mylh.)  foram  presoneíicados  pe- 
los poetas  antigos,  que  os  dão  por  filhos  do 
soirino  e  da  noite,  e  os  dividem  cm  verda- 
deiros e  falsos.  Os  primeiros  saem  do  infer- 
no por  uma  porta  de  corno,  e  os  outros  por 
umad'ebano. 

SONIDO,  s.  m.  (Lat.  joniítíí.)  som,  estron- 
do, ruido,  V.  g,  o  —  do  mar.  da  voz,  das 
aguas  do  ribeiro,  das  folhas  das  arvores,  dos 
golpes.  Hórrido  — ,  de  corpo  que  retumba 
caindo 

soNiL  ,  s.  m.  (t.  Asiat )  titulo  honorifico 
entie  os  Persas  religiosos;  significa  suslen- 
tador  e  seguidor  da  verdade. 

SONIPEUE,  adj.  (Lai.  soncpis,  dÍ5.)  (poet.) 
que  faz  som  com  os  pés  andando.  Os — íca- 
vallns.   O  —  ardente,  (poel.)  Diniz. 

SOisNERAT,  (hist  )  viajante  francez,  nas- 
ceu cm  1745,  morreu  em  1814.  Deixou: 
Viagem  á  nota  Granada ;  Viagem  ás  ín- 
dias Orientaes  e   á  China. 

so;«NfNi,  (hist.)  naturalista  francez,  nasceu 
em  1751,  morreu  em  1812.  Deixou  :  Viagem 
no  Alto  e  Baixo  Egypto  ;  Viagem  na  Gré- 
cia t  na  Turquia,  ele. 

SONO.  V.  Somno 

SONOLÊNCIA.  V.  Somuolencia. 

SONOLENTO    V.  Somnolento. 

N.  B.  Hoje  é  mui  vulgar  escrever  sono, 
6  deriv,  por  somno ;  mas,  aléiu  deserpon 
trario  á  elymologia  e  de  confundir  o  radi- 
cal sonus,  som,  com  o  de  sojnnus,  pronun- 
ciamos o  m  em  somnifero,  somnambulo,  e 
em  insomnia. 

SONORA,  (geogr.)  Cidade  do  México,  6  lé- 
guas e  meia  ao  S  «l'Arispe  ;  6,500  habitan- 
tes. 

soNORA-F.-coNALTA,  (gcogr.)  cslado  da  con- 
federação V.exicana,  tem  por  limites,  a  O.  o 
mar  vermelho,  a  E.  os  estados  de  Durongo 
e  de  Chihuahua,  ao  ^.  os  paiies  desertos, 
e  ao  S.  o  estado  de  Guadalaxara  ;  100,000 
habitantes.  Capital  Villa  dei  Fuerte. 

SONORAMENTE,  adv.  {mente  suíT.)  com  som 
cheio,  sonoro. 

soNORENTO.  V.  Somnolcnto. 

SONORIDADE,  s.  f.  (Lai,  sonoriias,  lis.)  d. 
propriedade  de  ser  sonoro. 

SONORO,  A,  adj.  (Lat.  sonorus,  àa  sonus, 
som,  c  os,  oris,  bpca.)  que  d4  som  claro. 
Metal  —  ,  voz — .  — ,  (p.  us  )  estrondoso. 
<   -s  tempestades.  »  Gamões,  Eteg.  I. 

SONOROSO,  A,  adj.  (des.  oío.)  sonoro,  har- 
monioso «Dai-me  uma  fúria  grande  e — .» 
Camões,  Lusia.d-  I,  5.  Lyra — .  — s  trom- 
betas Camões. 

SONOUTE,  5.  /".  (so6,  e  ttOítíe.)  (ant.)  o  cre- 
púsculo da  noule,  pouco  depois  da  poyle. 
*  Viemo-nos  uma  —  a  encontrar.  »  Sá  JMi- 
randa. 

SONSA,  s.  f.  (V.  Sonso)  sagaciííade  com 


dissimulação.  Pela—,  (loc.  adv.)com  dffe- 
ctada  simplcza  ou  necedade. 

soNSECA,  (geogr.)  cidade  de  llispanha,  5 
léguas  e  meia  ao  S.  de  Toledo ;  tí,OU0  ha- 
bitantes. 

SONSaNATB   ou     SANTÍSSIMA     TUINDADK     DE 

SONSANITE,  (geogr.)  Zezontlall,  cidade  de 
Guatemala,  20  léguas  ao  O.  de  S.  Salvador; 
4,01)0  habitantes. 

SONSO,  A,  adj.  [so  poríot,  e  nescius,  nés- 
cio.) esperto,  astuto  e  fino  com  apparencia 
de  simpleza,  com  affectada  necedade. 

soNSONETE,  s.  m.  (de  som  e  soante.)  ac- 
cento  oratório  com  que  se  profere  alguma 
ironia  ou  reflexão  maviosa.  — ,  o  accento 
próprio  de  uma  lingua  ou  dialecto,  v.  g,o 
—  do  l'ortuguez. 

soNTnoNAX,  (hist.)  estadista  francez,  nas- 
ceu em  1763,  morreu  1813. 

soo,  (ant.)  V.  Só. 

soo,  (ant.)  y.  Sob,  Debaixo 

soo,  obsol.  por  sou,  do  verbo  ser.        \oi 

sooDES,  obsol.  por  tós  sois,  do  verbo  ser. 

soopÉ,  (ant.)  V.  Sobpé. 

SOPA,  s.  f.  (Fr.  soupe,  do  Lat.  supa,  Gr. 
fós,  seve,  sueco  extrahido  d^s arvores.)  pão 
embebido  em  caldo,  leite,  vinho,  etc  Estar 
ás —s  de  outrem,  comer  da  mesa  delle  por 
mercê.  Estar  jeito  uma — ,  muito  molhado. 
Bêbado  como  xima  — ,  enfrascado  em  vinho, 
licores. 

soPADA,  s.  f,  (des.  ada.)  quantidade  do 
sopas;  (fig.  ant.  e  burlesco)  grande  copia 
V.  g.  — 5  de  amores.  »   Camões,  Filodemo 

sopÃo,  adj,  m.  V.  Beberrão. 

SOPAPO,  s.  m.  (do  Cast.  so  por  506,  e  pa- 
po.) pescoção,  bofetão  nas  bochechas.  Dar, 
levar,  aparar. — s.   , 

sori,  s    m.  V.  Cambapé. 

SOPEADO,  A,  p.  p.  de  sopear ;  adj.  met- 
lido  debaixo  dos  pés  ;  (fig.)  subjugado,  re- 
primido 

soPEADOR,  A,  adj.  e  s.  o  que  sopêa. 

sopEAUENTO,  s.  m.  [mento  suff.)  o  acto 
d©  sopear  ;  o  estado  da  pessoa  ou  animal 
sopeado. 

SOPEAR,  V.  a.  {so  por  sob,  e  pear.)  me- 
ter ou  trazer  sob,  ou  debaixo  dos  pés;  era- 
bar.^içar  o  movimento;  (fig.)  reprimir: — 4 
ira,  a  fúria,  o  orgulho,  o  furor,  os  appeti- 
tes,  a  liberdade,  -?  cpueupiscencia.  — ,  ira- 
,  ?er  em  temor  c  obed^en/çia  :  «  Sopeando  0$ 
Mouros   » 

soPEE,  (ant  )  V.  ^opé.  ^ 

SOPEIRA  ,  s.  f.  [sopa,  des.  £ira.)  terrina 
em  que  se  serve  a  ^opa,  tigela,  prato  para 
sopas. 

SOPEIRO  ,  s.  m.  (íojpa,  de.s.  eira.)  amigo 
de  sopas ;  o  que  eslá  ás  sopas  do  outrem 
ou  d^  conpmppidade. 

çop^UA.  y,  BQbpcna. 
155  • 


l 


620 


SÔP 


mp 


SOPEREROGAÇÃO.  V.  Supererogãção. 

SOPESADO,  A,  p,  p.  de  sopesar ;  adj.  da- 
do por  peso  e  medida  ;  dado  com  regra  , 
com  conta;  calculado.  A  sua  gratidão  ou 
amizade  é  — . 

SOPESAR,  e.  a.  [so  por  sob,  e  pesar.)  to- 
mar o  peso  ao  corpo  que  se  pretende  arro- 
jar, arremessar,  librar: — lança;  (íig.)dar 
com  regra  e  parcimonia,  «  g.  —  mercês, 
favores.  — ,  equilibrar,  contrapesar.  — con- 
versação com  alguém,  (ant.)  soíTrer.  — se, 
V.  r.  librar-se,  equilibrar-se.  As  avessope- 
sam-se  nas  azas.  iNa  volateria  é  fugir  a  ave 
com  a  ralé,  dando  dois  pulos  diante  do  ca- 
çador. 

soPETEAR,  t?.  a.  ou  H.  (dcs,  iterativa)  mo- 
lhar, embeber  a  miúdo  o  pão  no  cal- 
do. 

sopHENE,  (geogr.)  região  da  Arménia,  ao 
SO.,  foi  uma  das  cinco  províncias  adquiri- 
das pelos  Romanos  no  Oriente  no  111  sécu- 
lo. 

SOPHETIM,  s.  m.  (do  Hebr.  5c/ie/eí.)  jui- 
zes entre  os  Hebreus ;  juizes  na  republica 
de  Carthago, 

SOPHl.  V.   Sofi. 

sopiiiA.  (geogr.)  Triaditza  era  búlgaro  Ul- 
pia  Sardica  dos  antigos,  cidade  da  Turquia 
europea,  72  léguas  aolSO.de  Constantino- 
pla ;  ^5,000  habitantes. 

soPHiA,  (gtogr  )  cidade  da  Rússia  europea, 
8  léguas  ao  S.  de  i>.  Petersburgo ;  (JO»,' ha- 
bitantes. 

soiHiA  (Sancta),  (hist.)  este  nome  designa 
primeiro  me  nle  cão  uma  sancta,  mas  um  atri- 
buto de  Deus,  a  Sabedoria  ditina.  Hagia 
Scphia.  A  igreja  venera  uma  sancta  deste 
nome,  njãi  de  ó  virgens  a  que  poz  o  no- 
me das  3  virtudes  theologaes,  soffreram 
o  marl}  rio  em  Rema  no  reinado  d'Adriano. 
São  festejadas  nol.°  d'agosto. 
4  soPHiA,  (hist.)  esposa  do  imperador  Justi- 
no il,  e  sobrinha  de  Thecdcra,  teve  grande 
parte  uos  ne{.0(ios  do  reinado  do  fraco  Jus- 
tino li,  e  dirigi-os  muito  mal;  por  morte 
dtsle  príncipe  fez  collocar  no  trono  Tibério 
lonttaijiino  com  a  esperança  de  casar  com 
elle,  mas  vendo  as  suas  esperanças  illu- 
didas,  quiz  destronal-o  enão  o  pôde  conse- 
guir. 

soPBiA,  (hist )  czarina  da  Rússia,  filha  de 
Alexis  Mikhailovitch,  nasceu  em  1616,  go- 
\ernou  7  annos  cem  Pcdro-o-Grande,  e 
João  V;  iLonfu  em1'<(i4. 

soPHJA  CARI  OTA,  (híst  )  rainha  da  Prússia 
nuiler  de  tiedeiicoJ,  cem  o  qual  césou  cm 
1684,  pioleg(u  as  letias  e  íssíitnc  as  ede- 
tein;in(u  o  rd  afurdara  academia  de  Eer- 
hm.  Morreu  ím  \10i. 

SOPHIA  DOLoiHEA,  (hist.)  rainha  da  í  rus- 
sía,  esposa  de  Frederico  Guilherme  1  e  mãí. 


do  grande    Fridericê,  era  a  senhora  mais 
completa  do  seu  tempo. 

soPHis  ou  soFís,  (hist.)  dynastia  persa  que 
se  seguiu  á  dos  Turcomanos  do  Carneiro- 
Branco,  e  que  começou  em  1499  em  Ismael, 
deu  á  Pérsia  13  soberanos,  e  acabou  em 
Abbas  lli  em  1V36. 

SOPHIS  OU  soFis,  (hist)  seita  panlheista 
e  mystica  do  Oriente,  oriunda  da  relígiã  mu- 
sulmana;  foi  fundnda  no  11  século  da  hégira 
(VIU  da  nossa  era)  por  Abon-Said-Aboul- 
Cheir ;  está  hoje  muito  espalhada  pela  Pér- 
sia e  índia. 

soPHisMA  ,  s.  m.  (Gr.  de  sophos,  subtil.) 
argumento  capcioso,  enganoso. 

SOPHISMAR,  V.  a.  ou  w.  [sopliisma^  ar  des. 
inf.)  usar  de  sophismas. 

SOPHISTA,  s.  m.  (Lat.  e  Gr.  V.  Sophis- 
ma.)  argumentador  subtil  e  capcioso.  Pri- 
mitivamente significou  philosopho,  sábio. 

soPHisTARiA  e  soPHiSTERiA,  s.  f.  (des.  %a) 
razão  sophistica,  argumentos  sopbisticos. 

sopHisTiCADO,  A,  p.  p.  do  sophisticar ; 
adj.  enganado,  illudiíio  com  sophismas  fal- 
siticado,  V.  g  vinho,  drogas  sophistica- 
das. 

SOPHISTICAR,  V.  a.  enganar,  illudircom 
sophismas;  moderno,  falsificar,  v.g.  — os 
vinhos,  as  drogas. 

sopHisTico,  A,  aí//,  desophista,  engano- 
so. Argumento,  argumentador  — . 

soPHuCLEO,  A,  adj.  deSophocles,  celebre 
poeta  trágico  grego.  Estylo  — . 

SOPHOCLES,  (hist.)  celebre  poeta  trágico 
grego,  nasceu  em  495  antes  de  Jesu-Christo, 
naviila  de  Colona,  perto  d'Athenas.  De  123 
peças  que  os  antigos  lhe  atribuem  se  conhe- 
cem 7  ;  Phiioctetes,  Antigono,  CEdipo  rei, 
(Édipo  em  Colona,  Ajax,  Electn,  os  Tra- 
chinianos.  Das  outras  só  temos  fragmentos 
ou  os  títulos 

soPHONiAS,  -^hist.)  o  9.°  dos  pequenos  pro- 
phetas,  vivia  no  reinado  de  Josias.  A  sua 
propbecia  contem  H  capítulos. 

SOPHONJSBA,  (hist.)  Carihagiaeza,  filha  de 
Asdrúbal,  nasceu  no  anno  235  antes  de  Jesu- 
Christo,  foi  noiva  de  Massinissa,  mas  depois 
Casou  com  Syphax,  induziu  este  ultimo  á 
alliarça  contra  os  Romanos,  caiu  no  poder 
de  Lélio  e  de  Massinissa  em  203.  e  deu  a  mão 
a  este  príncipe,  Scipião  não  reconheceu  este 
casemento,  e  Massinissa  para  a  subtrahir  á 
vergonha  do  triuropho  enviou-lhe  ve- 
neno. 

soriNHA,  s.  f.  diminut.  de  sopa.  — s,  pi. 
diz-£e  de  migas  dadas  a  crianças. 

s<TiTADo,  A,  p. ;?.  desopitar  ;  adj.  ador- 
mentado, adormecido. 

sopiTAR,  V.  a.  (do  I.at.  sopio,  ire,  itum^ 
adormentar)  fazer  adormecer,  adormeentar, 
—  a  dor ,  as  paixões^  fazer  cessar. 


SOR 


SOR 


eu 


sopiTO.  A,  adj.  (Lài.  sopitus,  p.p.de.ío- 
pio,  %ré)  adormecido,  adormentado. 

sopoNTADURA,  s.  f.  (des.  uro.)  (ant.)  pon- 
tinhos com  que  se  marcava  uma  palavra  por 
baixo. 

sopÔR.  V.  Sotopor. 

sopoRADO,  A,  adj.  (ant.)  Massa  — ,  que 
tem  virtude  de  adormecer.    V.  Soporifero. 

sopORíFERo,  A,  adj.  (Lat.  soporifer)  que 
causa,  promove  o  som  no. 

sopoRiSADO,  A,  p,  p.  de  soporisar ;  adj. 
fftito  cahir  em  somno  profundo. 

sopoROso,  A,  adj.  (Lat.  soporosus)  somno- 
lento,  comatoso. 

sopoRTAMENTo,  s.  m.  {meuto  sufT.)  (ant.) 
sustentação,  mantença,  supprimento.  Des- 
pezas  para  —  da  guerra. 

sopoRTAR.  V.  Supportar^  etc. 

soposTo.  V.  Supposto. 

SOPRADO,  A,  p.  p.  de  soprar ;  ad.  agita- 
do com  o  sopro.  Tinha — ,o  fogo,  (fig.)  fa- 
vorecido, excitado,  v.  g.  Soprada  a  dis- 
córdia. 

soprador.  s.m.  o  que  sopra:  (fig.)  que 
excita  :  —  do  fogo  da  discórdia. 

SOPRAR,  V.  a.  (Fr.  soufjler,  do  Lat.  sub, 
e  flo,  are,  soprar.  Fl  é  radical  imitativo) 
agitar  com  o  sopro  :  —  o  fogo  ;  (fig.)  exci- 
tar ,  —  o  fogo  da  discórdia, 

soPRKSAB,  V.  a.  {so  por  sob,  presa,  ar 
des.  inf.)  apresar,  fazer  presa. 

sopRiCAçÃo,  (ant.)  V.  Supplicação,  e  Casa. 
Desembargador. 

SOPRICAR,  (ant.)  V.  Supplicar. 

soprilho,  s.  m.  (ant.)  seda  muito  rala  e 
leve. 

soprior,  5.  TH.  (sw 6,  e  prior)  religioso  que 
suppre  o  prior  nas  faltas  d'este. 

soPRiOREZA,  s.  f.  [snb,  eprioreza)  a  frei- 
ra que  faz  as  vezes  da  prioreza. 

sopRiR,  (ant )  V.  Supprir. 

SOPRO,  s.  m.  (V.  Soprar)  agitação  ligeira 
do  ar :  —  do  ar.  Apagar  a  vela  com  um 
— .  Instrumentos  de  — ,  como  a  flauta,  a 
trompa,  o  oboé. 

soQUEixADO,  A,  adj.  {so  por  sob,  queixo^ 
des.  ado)  atado  por  baixo  do  queixo. 

soQUEixo,  s.  m.{so  ^or  sob)  volta  por  bai- 
xo do  queixo,  v.  g.  de  toalha  de  freira. 

soQUETB.  s.  m.  (de  socar,  des.  ete)  (artilh.) 
espécie  de  maço  roliço  com  que  se  calca  a 
pólvora  no  canhão,  ou  nos  canudos  dos  fo- 
guetes. 

soQUBTEADO,  A,  p.  p.  de  socpietear ;  adj. 
calcado  com  o  soquete. 

soQUETEAR,  V.  a.  [soquetc,  ar  des.  inf.) 
calcar  a  pólvora  com  o  soquete,  no  canhão 
ou  em  canudo  de  foguete. 

soQLiR,  V.  a  (chul.)  comer  ás  escondi- 
das. 

sÓR,  s.  f.  (contracção  do  lat.  soror,  ir- 

YOL.    IT. 


man)  titulo  que  se  dá  ás  freiras.  —  There- 
sa.  Clara. 

SOR  ou  SORO,  (geogr)  rio  de  Portugal,  no 
Alemtejo,  nasce  perto  do  Tolosa  e  do  Amiei- 
ra, 3  léguas  ao  N.  do  Crato,  e  entra  com 
10  les^uas  decurso  na  direita  do  Z«tas,  que 
também  ahi  se  chama  Erverlal:  limita  ao 
N.  as  Sesmas  de  Ourem. 

soRA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, 25  léguas  ao  fíO.  de  Capua  ;  8,000  ha- 
bitantes. 

soRA,  (geogr.)  Germanicopolis,  cidade  da 
Paphlagonia,  sobre  o   Euphrates. 

SORACTK,  (geogr.)  hoje  monte  de  S.  Sil- 
vestre, montanha  da  Itália  antiga,  na  Etru- 
ria  meriodal. 

SORADA  (Nevada  de),  (geogr.)  alfa  monta- 
nha do  alto  Peru,  na  cordilheira  das  Andes. 

soRAN,  (geogr  )  nome  de  duas  cidades  da 
Prússia,  uma  no  Brandeburgo,  24  léguas  a 
Se.  de  Francfort ;  4,000  habitantes ;  outra 
na  Silezia,  4  léguas  ao  SE.  de  Rybuik  ; 
2,  00  habitantes. 

SORAVALHADA,  s.  f.  (ant.)  Bcoto  Pereira 
diz  que  é  multidão  de  fruta  espalhada  sem 
ordem.  Talvez  seja  fruta  sorvada,  ou  quan- 
tidade de  sorvas. 

soRBAS,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha,  6  lé- 
guas a  O.   de   Mujacar ;  5,300  habitantes. 

soRBTERE,  (hist  )  escpiptor  francez  do  XVII 
século,  nasceu  ero  MWj,  morreu  em  176,0. 
Adoptou  a  philosophiasensualista  de  Gassen- 
di  e  de  IJobbes. 

SORBON,  (geogr.)  villa  da  antiga  Champa- 
nha, em  França  hoje  departamento  das  Ar- 
dennas,  1  légua  ao  N.  de  Rethel;  400  habi- 
tantes. 

soRBSON,  (hist.)  sábio  doutor  francez  do 
XUl  século,  nasceu  em  12  1,  morreu  em 
li74,  fundou  em  1252  a  Sorbonna.  Deixou 
muitas  obras  :  De  consciência  :  Super  con- 
fessione  ;  Iter  Puradisi,  etc. 

SORBONNA,  (hist.)  uome  dado  á  faculdade 
de  theologia  em  Paris,  foi  seu  fundador  em 
1252  Roberto  de  Sorbon. 

SORÇA,  s.  f.  talvez  erro  por  sarsa.  Moraes 
verte  capoeira.  E  desusado. 

SORDA.  V.  Assorda  ou  Açorda. 

SORDES,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  arda  ;  ardaloó, 
manchar,  sujar.  Em  Egypcio  corem  signifi- 
ca fezes,  borras)  matéria  grossa,  viscosa  e 
fétida  das  chagas. 

soRDiciE,  s    f.  V.  Sordes. 

soRDiDAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  sor- 
didez, sujamente. 

SORDIDEZ    e   SORDIDEZA,    S.  f.   tOrpCZB,    iffl- 

mundicie  ;  o  ser  sórdido. 

soRDTDO,  A,  adj.  [Ifíi.  sordidus.  V.  Sor- 
des) sujo,  torpe,    vil.    —  interesse,  (fig.)  O 
que  se  adquire  por  meios  torpes.    —  ava- 
reza. Homem  —  ,  vil,  venal. 
116 


623 


SOR 


SOB 


SORDINA,  V.  Surdina. 

soRDiR.  V.  Surdir. 

soRE,  (geogr.)  cidade  de  França,  12  léguas 
ao  N.  do  monte  de  S.  Marsan  ;  2,00J  habi- 
tantes. 

soREL,  (hist)  litlerato  francez,  nasceu  em 
1599,  morreu  em  1674.  As  suas  obras  prin- 
cipáessãn:  A  verdadeira  Historia    cómica 
de  Fancion,  Historia  de  França  desde  Pha 
ra.ondaté  840, 

SORESINA.  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziano,  6  léguas  ao  NO.  de  Cre- 
mona  ;  4,(^00  habitantes. 

SOREZE,  (geogr.)  Beata  Maria  deSordilia- 
co  ou  de  Soliaco,  cidade  do  França,  6  lé- 
guas e  meia  ao  SO.  de  Castres ;  2,430  ha- 
bitantes 

soRGUES,  (geogr.)  ha  muilosriosem  Fran- 
ça com  este  nome,  entre  outros  :  um  aflluenle 
do  Rhodano,  que  s«o  da  celebre  fonte  de 
Vauclause,  ecae  no  Rhodano. 

soiiGUES.  (geogr.)  'Cidade  de  França,  3  lé- 
guas e  uraquaíto  ao  NE.  d'Aviuhào  ;  2,lOO 
habitantes. 

souiA,  s.  f.  (de  Soria,  cidade  de  Ilespa- 
nha)  espécie  de  burel. 

SORIA,  (geogr.)  Niimantia  Nova,  cidade 
de  liispanha,  capital  da  intendência  de  So- 
ria, 51  léguas  ao  NO.  de  Madrid  ;  o^500 
habitantes,  A  intendência  de  Soria  situada 
entre  a  de  Burgos  a  O.  d'Aragão  a  E.  de 
Cuenca  ao  SE.  de  Guadalaxara  ao  S.  conta 
225,000  habitantes. 

soRiAiso,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  ec- 
clesiaslicos,  2  léguas  a  E.  de  Viterbo  ;  5,500 
habitantes. 

soRiTES,  s.m.  {do  Gr.  soros,  montão)  (ló- 
gico) argumento  composto  de  uma  serie  de 
proposições,  das  quaes  oaltributo  da  ante- 
cedente é  explicado  pela  subsequente. 

soRLiNGUES,  (gcogr.)  Cãssiterides  dos  an- 
tigos, grupo  d'ilhas  na  Mancha,  nas  costas  do 
condado  do  Cornouailles  ;  145  ilhotas,  mas 
iOú  são  habitadas;  2,7(i0  habitantes.  íor- 
tenco  a  França. 

soRNA,  s.  f.  (do  Cast.  sqrrc  ou  zorro^,  ^reia 
grossa  para  lastro)  graade  preguiça  e  inér- 
cia. 

soRNA.  s.  11.  (do  precedente)  (famil )  ho- 
mem mui  preguiçoso,  inerte. 

soRNAC,  (geogr.)  cidade  de  França,  61er 
guas  ao  NE.   d'Ussel ;  1,56U  habitantes. 

soRNEiRO,  A,  adj.  (Cast.  sorrero  ou  zor- 
rero,  pesado,  tardo)  que  obra,  falia  com 
muito  vagar,  priguiçoso,  inerte. 

SOBNAR,  V.  n.  [soma,  ar,  des.  inf.)  (p. 
•-á.)  fazer  as  cousas  com  sorna. 

SORO,  s.m.  (Lat.  serum,  do  Gr.  orros,  ou 
uros,  .soro  deleite)  humor  aqueo  que  se  se- 
para do  leite  quando  se  coalha  ;  parte  aquea 
cl  3  sangue. 


SOROCABA,  (geogr.)  nova  cidade  e  antiga 
vilia  da  província  de  São  Paulo,  no  Brazil, 
na  margem  do  rio  do  mesmo  nome,  lO  lé- 
guas ao  SF.  da  cidade  de  São  Paulo. 

SOROCABA,  (geogr.)  rio  da  província  de  São 
Paulo,  noBrazil,  vem  do  vertente  Occiden- 
tal da  serra  do  Cubatão  por  detrás  da  villa 
d'ítanhaen,  incorpora-se  pela  margem  es- 
querda com  o  rio  Tietê;  obra  de  12  léguas 
abaixo  da  villa  de  PortoFeliz. 

SORODEO.  V.  Serôdio. 

SOROE,  (geogr.)  cidade  da  Dinamarca^l? 
léguas  ao  80.  de  Copenhague  ;  í  ,000  ha- 
bitantes. 

soROMENHO,  s.  m.  pereira  brava. 

SOROR,  5. /".  (Lat.  soror,  irmã)  titulo  que 
se  dfi  ás  freiras 

soROso  ou  SEROSO,  A,  adj.  (Lat.  serosus] 
que  contem  soro  ;  àa  natureza  do  soro. 

soRPRENOER,  V.  tt  (Fr  surprendrc]  tomar 
de  improviso;  (íig.)  enganar  deslumbrar 
com  razões  que  atalham,  enleiam. 

sniipRENDioo,  A,  j).  p.  de  sorpreuder  ;  adj. 
tomado  de  improviso  ;  (fig  )  espantado,  ea- 
leiado  por  successo  súbito  e  imprevisto. 

SORPRESA,  s,  f.  (Fr.  surprise)  sobresalto, 
enleio  causado  por  causa  que  espanta,  des- 
lumbra. Tomar  a  praça  por — . 

soRPREso,  A,  p.  p.  de  sorprender;  adj, 
sorprendido. 

soRRABAR,  V.  a.  [so  poT  sob,  rãbo,  ardes, 
inf)  tratar  com  excessivo  obsequio,  faz«r 
corte  assídua,  adular  com  baixeza  :  —  os 
ministros. 

SORRA^A,  (geogr.)  rio  de  Portugal,  no 
Alemtejo  que  banha  os  terrenos  situados  ao 
N.  da  região  inferior  do  rio  /.atas,  sáe  de  uma 
grande  pateira  situada  ao  N.  de  Coruche,  e 
se  lança  no  Tejo  em  Salvaterra  de  Magos  com 
5  léguas  de  brando  curso. 

-soRRATE,adverbialmente,  t.  chulo,  sorra- 
teiramente. 

SORRATEIRAMENTE,  ado.  (weníesuff.)  a  fur- 
to, de  modo  sorrateiro. 

SORRATEIRO,  A.  ttdj .  (do  Lat.  subripere^ 
de  sub  sob,  e  reptare  çerpejar)  que  faz  as 
cousas  com  mansa  sagacidade,  a  furto,  com 
ardil,  manhoso,  disfarçado.  Laárão —,  ra- 
toneiro.  Um  olhar  — ,  a  furto,  sem  levan^- 
tar  o  rosto.  Morder  o  cão  — ,  dar  a  sua  den- 
tada pela  calada. 

soRREiçoM,  obsol.  V.  Subrepção. 

soRREiTiCLO.  V.  Subrepticio. 

SORRELFA,  s.  f.  (chul®)  dissio^ulaçlo  man- 
sa para  enganar.  Pela — 

SORRELFO,  A,  adj.  (chulo)  dissimulado, 
que  usa  de  mansa  dissimulação  para  enga- 
nar. Uomem  — .  Palavras,  enganos  sorreU 
fos. 

soRRiDENTF!,  adj.  doê  ^  § .  /Xat.  tubri" 
dens,  tis)  que  sorri. 


SOR 


SOB 


6K^> 


SORRIDO.  A,  p.p.  de  sorrir;  adj.  acolhi- 
do com  sorriso. 

soBRiR,  V.  n.  e  — SE,  V.  r.  L&i.subri- 
dere,  de  sub,  sob,  eridere,  rir)  rir-so  com 
comiiostiira,  como  mostra  de  nlcgria,  satis- 
fação, ou  por  zombaria  ;  [íig  )  sorria-se  na 
terra  a  primavera.  «  Os  fados  em  nascendo 
lhe  sorriram  » 

soRRisn,  .ç.  m  (Fr.  sourire)  começo  de  riso 
em  signal  dn  s;Uisfa(;ào,  ou  por  zombaria  ; 
(fig  )  mostra  do  benevolência,  de  favor. «  Fiei- 
me  nos  — .t  da  ventura.  »  Bocage.  Os  — s 
do  patrocínio.  Os  — s  da  aurora. 

soiuoBOLiiADOL'RA,  s.  IH.  O  varrcdouTO  do 
b-orralho. 

SORSENTE,  (geogr  )  Suríeníww,  cidade  do 
reino  de  f»apoles,  3  léguas  ao  SO.  de  Cas- 
tel-a-Mare  ;  4,<'0  )  habitantes. 

SORTK,  s.  f.  (Lat.  sors,  lis.  Não  se  m- 
conlra  em  nenhum  elymologista  origem  sa- 
lisfactoria  d'este  vocábulo,  que  creio  vir  de 
orsum,  sup  ôeorior,  iri,  nascer,  appare- 
cer,  sair,  começar.  O  í  é  o  pronome  se,  e 
o  termo  é  análogo  a  seorsum,  á  parle,  sepa- 
radamente] o  que  toca  a  alguém  em  parti- 
lha, quinhão,  lance,  bom  ou  mau,  v.  g. 
—  de  dados,  com  que  se  ganha  ou  perde. 
Couba-lhc  em  ou  por  — .  Saiii-lke  em  — , 
de  loleria.  — ,  loteria  Saiu-lhe  a' —  em 
hranfto,  não  tirou  premio.  —  no  jogo,  lan- 
ce. Estar  lançada  a  — ,  deitado  o  dado  ; 
(tig.)  commetlida  empreza  de  exilo  duvido- 
so — ,  acaso,  accidente ;  fortuna,  boa  ou 
má,  destino,  fado  A  —  inexorável ;  ven- 
tura, dita.  — ,  condição,  qualidade,  classe, 
espécie,  laia  Gente  d'esta  — .  Ua  mullas 
— s  de  embarcações,  demechanismos,  de  il- 
lusões.  Gente  de  baixa—.  Homem  de  pou- 
ca — .  Fazen.las  da  melhor,  da  primeira — . 
Homens  cavalltiro?  de  — ,  («nl.}  nobres,  — , 
maneira,  modo,  geito.  D'esta  — .  De  — 
que.  Fazer  — s  o  toureador,  negaças,  en- 
gano, on  ferir  o  touro,  sem  daunno  ou  risco 
próprio.  Por-se  ou  posto  em  — ,  em  risco 
perigo.  Lançar  — s,  para  advinhar,  como 
iazem  os  embusteiros. 

soRTEAçÃo,  í    f.^o  acto  de  sortear. 

SORTEADO,  A,  p  /).  de  sortear ;  adj  tira- 
do por  sorte;  sortido.  Fazenda  — ,  de  di- 
versas sortes  ou  qualidades  ;  provido  de  cou- 
sas de  varias  sortes  ou  qualidades,  em  sor- 
timento 

soRTEADOR  s  íji.  O  que  laoça  sortes  para 
adivinhar,  embusteiro. 

SORTEAMENTO,    J.  fM.  (mfílíO  Suff  )    Sorlcio, 

sortimento. 

SORTEAR,  r.  a.  [sorte.,  ar  des  inf )  aqui- 
nhoar, repartir  por  sorte,  ».  g.  —  osdes-, 
pojos,  rifar,  pôr  em  loleria  ;  e.«colber,  «le- 
ger  por  sorte    t.  g.  —  gente  nova,  recrutas 
papi  o  exercito    —  f»se»4ãs,    htef  Sf.íhi- ' 


mento.  — ,  (fig.)  aquinhoar.  *  Assim  nos 
sortea  a  providencia  a  vida  mesclada  de  pra- 
zer os  c  desprazeres  » 

SORTEGAMLNTO.    V.  SortiXO. 

soRTEGAR.  V.  Sorícar. 

SORTEIO,  s.  m.  o  acto  de  tirar  as  sortes 
era  rifa  ou  loteria.  a  ver  a  quem  saem  os 
prémios,  sortimento  de  fazendas. 

soRTKiRO.  V.  Sorteador. 

soRTF.LA,  s  f  (ant.)  (Do  Cast.  «or/t/o,  an- 
nei)  V.  Sortija,  ^ortilha. 

SORTELHA,  (googr.)  villa  de  Portugal,  si- 
tuada a  4  léguas  ãoSO.  da  Guarda  no  meio 
da  sena  da  Atalaia  em  alto  penhasco,  por- 
to da  origem  do  Coa  :  tem  um  castello  ;  900 
habitantes. 

SORTIDA,  s.  f.  (Fr.  íoríie,  àe  sortir,  sair) 
saí  ia  de  parte  dos  cercados  contra  os  sitiado- 
dos  ;  postigo  qu'  nas  fortificações  se  faz  por 
baixo  do  terrapleno  ao  fosso,  para  haver 
comraunicaçào  com  a  praça  abrigada  do  fo- 
go do  inimigo  ;  passo  para  sair  ao  inimigo. 
Tomou  as  —s  que  desembocavam  no  ter- 
reno. 

SORTIDO,  A,  p.p.  de  sortir  ;  adj.  feito  sor- 
timento. Caixa,  fardo  de  fazendas  — :?,  de 
varias  sortes,  qualidades,  e  preço,  próprias 
para  a  venda 

soRT^jA,  5.  f.  (do  Cast.  sortija,  annel.  do 
Lai.  circes,  itis,  annél  arco,  argola)  annel; 
argolinha. 

soRTiLHA,  s.  f.  (V.  Sortija)  annel ;  argo- 
linha. 

SORTIMENTO,  s.  m.  {mento  suff^  diversas 
sortes  e  qualidades  de  fazendas,  ou  merca- 
dorias, c.  ^f,  tinha  grando  —  de  sedas,  le- 
ques, espelhos,  psnnos. 

SORTIR,  V.  a.  (sorte,  ir,  des.  inf  )  fazer  lo- 
tes de  diversas  fazendas.  —  a  loja,  de  mer- 
cadorias. — SE,  V  r.  prover- se  de  sortimen- 
to de  géneros  ou  fazendas. — ,  prodazir,  ter 
kora  êxito  :  —  effíito.  Sortio  o  remédio, 
ou  a  traça,  produziu  o  seu  effeito.  — ,  ter, 
tirar,  achar  em  sorte.  «Para  queosservos 
sortissem  amos  bons  o  benignos.  » 

SORUMBÁTICO,  A,  ãdj .  (do  Fr.  aut  scriroxi 
saurir,  seccar  ao  fumo)  (vnlg.)  sombrio,  tris- 
te, carraiicudo,  melanco.lico    Homem — . 

sottVA,  *.  f  (V.  Sorveira)  fructo  da  sor- 
vei ra  ;  é  muito  molle  quando  maduro 

SORVADO,  A,  p.  p  de  sorvar ;  a-/^.  €|ue 
se  sorvou. 

.    soRYAL,  adj.  dos  "ig.  que  se  sorva.  Pê- 
ra— . 

soavAR,  «.  «.  {sorva,  ar  4es,  iof.)  faz^r 
amollecer  a  fruta.  O  calor  easpicadura» ior- 
vam  muitas  sortes  de  peiras.  — s«,  9.  r. 
amollecer. 

SORVEDOURO,  s.  m.  (des     ouro]  vfiragfiB 
de  rio  ou  mar,  on^ea^^ua  faz  rodofSdúilK), 
9  leva  60  fundo  o  que  ncièa  cáo. 
15ii  • 


624 


SOS 


SOS 


soRvpmA,  s.  f.  (Lat.  sorbus,  Fr.  sorbicr, 
de  sorbeo,  ere,  sorrerj  arvore  qne  dá  sor- 
vas. 

SORVER,  V.  a.  (Lat,  sorfcgo,  erc.  voz  imi- 
tativa do  som  do  sorvo)  beber  «os  poucos 
chupando;  chupar,  absorver.  Aterra  sorve 
a  chuva. — ,  submergir.  Sorveu  o  mar  dois 
galeões.  O  mar  sorveu  as  ilhas  Cassiterides. 
O  pego  voraginoso  sorve  quanto  nelle  cáe. 
A  natureza  sorve  tudo.  A  guerra  sorre  era 
um  momento  os  reinos  emonarchias  intei 
ras,  destroo,  abysma.  — ,  (íig  )  soíTrer  sem 
o  demonstrar  :  —  injurias,  calumnias. 

SORVETE,  í.  m.  [áo  Aríih.  xarbete,  bebida 
de  xaraba,  beber)  entre  os  Turcos  é  limo- 
nada, OU  bebida  refrescante  ;  entre  nós  é 
limonada  nevada,  ou  qualquer  oulro  xaro- 
pe de  fruta  nevado. 

SORVIDO,  A,  p.  p.  de  sorver  ;  aflj.  bebido 
aos  sorvos ;  (fig.)  submergido.  As  nau"?  — s 
do  mar  ou  das  ondas;    (ant.)  absorto,  en 
levado,  v.g. — no  amor  de  alguém.  Sapa- 
tos ou  solas  — s,  mui  delgadas. 

SORVINHO,  s.  m.  diminvt.  de  sorvo. 

SORVO,  8.  m.  o  acto  àe,  sorver  bebpndo  ou 
chupando  ;  a  porção  de  liquido  que  de  uma 
vez  se  sorve.  De  um — vasa  um  copo  de  vi- 
nho. 

SOS,  fgeogr.)  cidade  de  Hispanha,  ao  SE. 
de  Sanguesa  ;  2,800  habitantes. 

SOS  ANO,  s.  m,  Y.  Daembaraço^  Resolu- 
ção. 

sosiBO,  (hist.)  o  Antigo,  Sosibus,  gram- 
matico,  nasceu  na  laconia  no  anno  225  an 
tes  de  Jesu-Ghristo. 

sosiGENE  ,  (geogr.)  astrónomo  d'Alexan- 
dria,'^o  principal  membro  da  comissão,  que 
no  reinado  de  Júlio  César,  operou  a  refor- 
ma do  calendário,  e  introduzio  o  calendário 
Juliano  no  anno  46  antes  de  Jesu  Christ;». 

sosiTHKO,  (hist.)  poeta  dramático  e  satyri- 
co  d' Alexandria,  vivia  no  principio  do  111 
século  antes  de  Jesu-Chisto. 

SOSLAIO,  s.  m.  (Fr.  ant.  sas,  acima,  e  lé, 
lado)  esguelha.  ^0 — ,  de  esguelha,  de  lado. 
Encontrar,  tomar,  ferir  ao  ou  em — .  «Este 
livro  saio  em  meu  nome  ao  — .  »  D.  F.  Ma- 
nuel. 

soso  ou  suso  (do  Lat  super ^  ou  do  Fr.  sus) 
(ant.)  acima.  Soso-dUos,  sobreditos. 

soso,  V.  Sosso. 

sosoBRAR.  V.  Sossobrar  ou  Soçobrar. 

sospEiçÀo.  V.  Suspeição. 

sospKiTAR,  V.  Suspeitar,  etc. 

sosPE"LO,    (gengr.)    Hospitellum,  cidade 
dos  Estados-Sardos,  6  léguas  ao  WE.  de  Ni- 
ce;  3,200  habitantes. 
[  sosQuiNADO,  A,  p.  p.  de  sosquinar ;  adj. 
inclinado. 

SOSQUINAR,  V.  a.  [se  por  sob^  eêquinar^ 
«cr  (ttai  híf.)  ioolíMr. 


SOSSEGAR.  V.  ^ocegar. 

sosso  ,  A .  adj.  (do  Fr.  ant.  sous,  solto, 
só.)  solto.  Parede  de  pedra  em  — ,  solta  sem 
cal. 

sossoBRA,  s.  f.  V.  Sossobro. 

sosíORRADO,  A,  p.  p-  de  sossobrar;  adj. 
subvertido,  abysmado.  A  náu  — .  O  nada- 
dor —  das  ou  pelas  ondas.  Montes  — s  pe- 
lo tremor  de  terra. 

SOSSOBRAR,  V.  €.  (do  Ital.  sotto,  debaixo, 
e  sopra,  de  cima,  de  baixo  para  cima,  e  ar 
des.  inf )  subverter,  voltar,  virar  com  vio- 
lência de  baixo  para  cima.  O  mar  em  tor- 
menta sossobrou  as  naus.  — ,  (p.  us  )  met- 
ter  para  dentro,  arrombar :  «  as  armas  e 
os  ossos  todos  lhe  sossobra,  »  com  golpes. 
Kneid.  Fort.  —  o  animo,  (fig.)  perturba-lo 
muito,  abysmar. 

SOSSOBRAR,  V.  ã.  OU  n.  submergir-so,  fi- 
car perdido.  —  o  animo,  ficar  abysmado. 

snssoBRETA  ,  s.  f.  (t  de  jogador  p.  us  ) 
máu  agouro  que  o  jogador  toraa  de  quetn 
se  lhe  põe  ao  pé,  zanga,  quizilia,  como  ho- 
je se  diz. 

SOSSOBRO,  s.  m  o  acto  de  sossobrar,  es- 
tado de  cou«a  ou  pessoa  soss)brad:i. 

sosTENTAÇÃo.  V.  Sustentãção. 
"sosTENTADO.  Y.  Snstcn  ado. 

sosTENTAHOR.  V.  Susteatador. 

sostenta-Mento.  V.  Sustentação,  Sus- 
tento. 

sosTENTAR.  V.  Sustcntar. 

sosTRR,  V.  a.  (Lat.  smtineo,  ere,  sus,  em 
cima,  e  teneo,  ere,  ter,  segurar.)  segurar 
um  corpo  para  que  não  caia  ou  se  abata, 
ter  mão  Sosteve  a  parede  com  espeques; 
—  a  arvore  com  estacas ;  —  o  furioso  que 
se  arremessava  para  o  ferir.  —  o  Ímpeto,  os 
golpes,  a  fúria.  ^—  a  fé,  defender.  — ,  [úg.) 
conservar,  preservar  ;  —  o  credito  de  casa  de 
coramercio  ;  —  as  terras  conquistadas  ;  —  a 
nação  ameaçada  de  imminente  ruína. — pe- 
nas, soíTrer,  padecer.  — se,  v.  r.  ter-se,  man- 
ter-se  seguro,  firme,  fixo. 

sosthfne,  (hist.)  general  macedónio,  re- 
pelliu  uma  invazão  dos  (laulezes,  e  em  re- 
compensa foi  proclamado  rei  da  Macedónia, 
no  anno  279  antes  de  Jesu-Chrislo.  Foi 
morto  pouco  depois  n'um  combate. 

SOSTHENE,  (hiot )  um  dos  72  discípulos  de 
Jesu-(.hristo.  Um  oulro  Sosthene  ch/^fe  da 
Synagoga,  converteu-se,  e  foi  muito  perse- 
guido pelos  Judeus. 

sosTino,  A,  p.  p.  de  soster;  adj.  segura- 
do, mantido  firme;  conservado 

S03T1MENT0,  s.  m.  (mcrtío  suff.)  0  acto  de  ■ 
soster,  de  manter  seguro,  firme  :  sustenta- 
ção, V.  g.  para  —  de  guerra.  E  antiq. 

sosTRA,  erro  por  Coslra. 

sosTRATo,  (hist.)  a rchi tecto  grego  de  Gni- 
^úo,  no  III  secolo antes  de  Jiasu-Cihristo,  cons- 


SOT 


80T 


truiu  o  famoso  pharol  d' Alexandra,  uma  das 
7  maravilhas   fio  raundti. 

SOS  VA,  (geogr )  nome  dedous  rios  da  Rús- 
sia asiática,  unsitjtlií  rnjrites  Ourales,  e 
cae  no  Obi ;  e  outro  roga  os  goveraos  do 
Peru  edeTobolsk  ejiinta-se  com  o  Lovza, 

SOTA,  s.  f.  dama  do  jogo  das  cartas,  cu- 
jo valor  é  inferior  ao  do  rei. 

SOTA,  s.  m.  (do'ltal.  solto,  debaixo,  in- 
ferior )  cocheiro  inferior,  segundo  cocheiro; 
capataz  de  companhia  de  oíFicios.  O  —  dos 
medidores. 

SOTA,  termo  que  forma  muitas  palavras 
compostas,  e  que  significa  inferior,  subor- 
dinado ao  chefe,  segundo,  iramedialo  em 
autoridade,  mando.  E' contracção  de  soío  a, 
^-  9-  —  piloto,  inferior  ao  primeiro  piloto. 

sotaalmirante,  s.  m.  segundo  almirante. 

sotaCapitania,  s.  f.  náu  que  serve  de  ca- 
pitania. 

sotacapitão,  s.  m.  segundo  capitão. 

SOTACOCHEIRO,  s.  171.  OU  simplesmente  so- 
ta, s.  m.  segundo  cocheiro. 

sOTACOMfTRE,  s.  »».   segundo  comitre. 

sotades,  (hi-t.)  poeta  grego,  natural  de 
Maronen  na  Thracia,  vivia  no  III  século  an- 
tes de  Jesu  Christo  na  corto  de  1'tolomeo 
Philadelpho,  rei  do  Egyplo.  Inventou  o  »er- 
sositadico. 

SOT  AEM  BAIXA  DOR,  s  m.  O  que  faz  as  ve- 
zes do  erphaixador,  segundo  embaixador, 
inferior  em  graduação  ao  primeiro. 

soTAESTRiBEiRO,  s.  w.  segundo  estribeiro. 

SOTAINA,  s.  f.  (Fr.  souiane.)  vestidura  ta- 
lar, «berta  por  diante  e  abotoada. 

SOTAL  ,  por  SOB  TAL,  debalxo  de  tal ,  v. 
g.  —  condição. 

SOTANA.  V.  Sotaina. 

SÓTÃO,  s.  m.  (do  Arab.íoíw/io.)  casa  tér- 
rea por  baixo  do  primeiro  andar;  entre  so- 
lho.— ,  cova,  adega,  abóbada  subterrânea. 

SOTAPILOTO,  s.  m.  segundo  piloto. 

SOTAQUE,  í,  m.  (talvez  contracção  ãeso, 
e  ataque)  dito  picante,  apodo  que  encerra 
reprehensào,  remoque.  Deu-lhe  um  — . 

SOTAVENTADO.  V.  Sotaventeado. 

soTAVENTEADO  ,  A  ,  p.  f).  de  sotaveotear  ; 
adj.  Navio  — ,  que  ficou  a  sotavento.  Ten- 
do—  a  armada  inimiga. 

SOTAVENTEAR.  V.  a.  {sotavento,  ar^  des. 
inf.)  ganhar  a  barlavento,  fazerficar  a  sota- 
vento. 

SOTAVENTO,  s.  m.  (naut.)  a  borda  do  na- 
vio opposta  iíquelia  donde  sopra  o  vento : 
oppõa  so  a  barlatento. 

sÓTEA,  s.  f.  (V  Sótão  )  varanda  no  alto  da 
casa  para  tomar  o  sol.  —  ,  sótão,  quarto 
baixo. 

soTFRiA,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  sotie,  compo- 
sição poética.)  composição  em  veríw  em  lou- 
vor. 

ftTíi.   !▼» 


soTEHiw,  .?.  m.  (do  Hebr.)  V.  Sophetim. 

soTERiopotisou  DioscuRiAS,  (geogr.)  cida- 
de  da  Ásia  antiga,  hoje  hgaur. 

soTERNOCAMENTE,  vem  no  Elucidarío  er- 
radamente por  Solerrancamente  ;  ó  erro  de 
transcripção  e  não  voz  anli^|uada. 

soTKRio,  Cgcogr  )  rio  da  provincia  de  Mato- 
Grosso,  nasce  na  cordilheira  dos  Tareeis  e  se 
vai  ajuntar  com  o  Guaporé  pela  margem  di- 
reita. 

SOTERRAÇOM.  V.  Entcrro. 

SOTKHRADO,  A,  p.  p.  de  soterrar;  adj.  en- 
terrado, mettido  debaixo  da  terra. 

SOTERRAMENTO,  í.  WK  [mento  suff.)  acção 
de  soterrar. 

SOTERRANEO,  O  SOTERRANHO.  V.  SubteV' 

raneo, 

SOTERRAR,  O.  tt  {so  por  soh,  terra,  ar 
des.  mf.)  metter  debaixo  da  terra,  enterrar; 
(fig.)  esconder,  sepultar  no  esquecimento  , 
P.  g.  —  os  nomes,  as  acções  illustres — se, 
V.  r.  metter  se  por  baixo  da  terra,  v.  g. 
—  o  rio. 

soTERRENHO,  s.  M.  V.  Subtcrraneo. 

soTHEsouREiRO,  s.  m.  ecclesiastioo  qtto  faz 
as  vezes  de  thesoureiro. 

soTnis,  (ast.)  nome  que  os  Egypcios  da- 
vam á  estrella  chamada  canicula.  Chama- 
stí  período  sothiaco  um  período  de  1,460 
annos. 

soTíCAPA,  ado.  cómico,  debaixo  de  capa 
ou  pretexto. 

soTiLiZAR.  V.  Subíilisar. 

soTO,  prep.  ant.  (do  Uai.  sotto,  do  Lat. 
subter.)  debaixo.  Entra  na  composição  de 
muitos  termos  compostos, significando, debai- 
xo, inferior,  segundo,  immediato  em  man- 
do, em  autoridade ;  mas  sota  é  mais  usa- 
do. 

SOTO.  V.  Souto. 

SOTO,  (hist  )  theologo  hispanhol,  nasceu 
em  15!)().  Deixou  tratados  detheologia  mui- 
to esliraidos. 

SOTO,  (hist.)  companheiro  de  Pizarro  na 
conquista  do  Peru  ;  depois  empreendeu  a 
da  Florida,  morreu  em    1542. 

soTO-MAYOR  (S.  Salva  lor  de),  (geogr  )  ci- 
dade de  llispanha.  5  léguas  e  meia  ao  NE. 
de  Vigo ;  ;í,LO0  habitantes. 

SOTOALMIRANTE.  V    Sotaalmirante. 

soTOAR,  s.  m.  (do  Fr.  sautoir,  que  sòa 
sôtoar  )  Em — ,  (braz  )  em  aspa. 

sotocapitão.  V.  Sotacapitão. 

soTOCocHEiRO.    V.  Sotacochúro,  e  Soía. 

soTOEMBAiXADOR.  V.  SotaembaixadoT . 

soTOMESTRE,  s.  m.  seguudo  mestre,  que 
faz  aí  vezes  do  primeiro. 

soTOMiNiSTBO,  s.  f».  ajudante,  substituto  do 
ministro. 

soToriLOTO.  V.  Sotapiloío. 

soToprtR  ,  V.  a.  {xoto  pref.)  pôr  debaixo. 

r§7 


6se 


âOtJ 


SOlí 


sotoPoSTo,  A,  i'.  ^.  de  solopôr ;  arf;".  pos- 
to debaito, 

sotbaNCado,  a,  p  />.  dí  sotríincar,  a']j. 
absrcfldo  no  moio, 

soTRAKfjÃo,  adj.  (íiiit.  e  desiis.)  dissimu- 
lado, cora  cara  tristonha  que  encobre  ani^ 
mo  máu. 

soTRANCAR,  r.  a.  [so  por  sob,  e  trancar) 
abarcar,  tomar  no  moio. 

soTTEGUEM,  (geo^^r.)  cidadti  da  Bélgica,  3 
léguas  e  meia  so  SK  d'Oudf'narde  ;  2.701) 
habitantes. 

S0TTEViLLE-LE:v-B0UEN  ,  (geogr.)  villa  do 
França,  1  quarto  de  légua  ao  S.  de  Iluão, 
3,9íi0  habitantes. 

soTTOMARiNA,  (geogf.)  ilha  do  reino  Lom- 
bardo-Veneziar'0,  a  mais  ao  S,  das  que  sepa- 
ram as  lagoas  do  Adriático. 

SOTURNO,  A,  adj.  (de  sninrno,  que  entre 
os  antigos  chimicos  era  o  none  dado  ao 
chumbo)  tristonho,  taciturno.  Dia — ,  es- 
curo, triste,  e  quente,  sem  viração. 

souBAB,  (hist.)  eram  assim  chamados  no 
império  Mogol  da  índia  os  vice-reis  que  go- 
vernavam em  nome  do  gran-raogol,  as  vas- 
tas divizões  do  império  chamadas  soubabias. 

souBiSE,  (geogr.)  villa  de  França,  1  quar- 
to de  légua  ao  SO  de  llochcford  :  1,000  ha- 
bitantes. 

souBíSE  (princepe  de),  (hist.)  general  ecor- 
tezão  francez,  nasceu  era  1715,  morreu  em 
1787. 

SOUBISE  (cardeal  de],  (hist  )  irmào  de  pre- 
cedente, nasceu  em  17 1 7,  morreu  em  1750 

souciiAY,  (hist.)  escriplor  francez,  nasceu 
em  1688,  morreu  em  1716.  lUixou  edições 
muito  estimadas,  a  principal  é  a  dos  Com- 
mentarios  de  Juliarw  Fleury  sobre  Aiisone. 

soucY,  (geogr.)  villa  de  França,  légua  e 
meia  ao  KÈ.  de  Sens ;  700  habitantes. 

souDÃo,  ou  soiDvo,  (hist  )  allí'ração  do 
nome  de  Sultão,  titulo  dos  .enentcsgeneraes 
Califas. 

souEN  íiOA,  (geogr  )  cidade  da  China,  Csl 
léguas  ao  NO.  de'^'eking 

souFRiERE,  (gi^ogr.)  moutc  volcanico  dô 
Guadeloupe. 

souiLiAC,  (geogr.)  cidade  (íe  França,  6  lé- 
guas ao  N.  de  Gourdon  ;  3,040  habitan- 
tes. 

souiLLY,  (geogr.)  cidade  de  Frapça,  4  lé- 
guas ao  SO.  de   Verdum  ;  900  habitantes. 

souiTCHEOu,  (geogr.)  cidade  da  China,  75 
léguas  ao  SE.  de  Ching-tou. 

souLAiNES,  (geogr.)  cidade  de  França,  4 
léguas  e  meia  ao  N  deBar-sur-Aube  ;  1,<>00 
habitantes. 

souLAviE,  (hist.)  lilteralo  francez,  nasceu 
em  1751,  morreu  em  1813.  Publicou  as 
Memorias  deS.  SiniQn,  do  duque  d'Ai^uii^ 
hnf  de  Duelos»  eto. 


sotJLÉ,  (geogf.)  Subola,  antigo  pequeng 
paiz  da  Gasconha  meridional,  entf-e  o  Beard 
a  E.  a  Navarra  francpza  a  O  a  Navarra  his- 
panhola  ao  S..    Capital  Mauleon. 

souLRS,  (hist.)  liltf-rato  francnz,  nasceu  em 
1750,  morreu  em  180 ).  Traduziu  do  inglez 
gran'ie  numero  de  obras. 

soLLi,  (geogr.)  pequena  cidade  da  Tur- 
quia europea.  10  léguas  ao  SO.  deJanina, 
no  meio  de  montanhas. 

wuLiMANA,  (geogr.)  pequeno  estado  da  Ni- 
gricia,  ao  NE.  de  Kouranko. 

souLOu,  (geogr.)  archipelago,  entre  a  ilha 
Borneo  c  a  de  Mindanao  ;  compõe-se  de  160 
ilhas  em  Ires  grupos.  A  princi  pai  é  Soulou, 
que  tem  8.000  habitantes. 

soui.iz.  ígr-ogr.)  Sm/í  em  allemão,  villa  de 
França,  9  legues  ao  SO.  de  Colmar;  4,150 
habitantes. 

souLTz-i.<'S  BAiNs,  fg(30gr.)  Salz-lhadcn 
era  allemão,  villa  de  França,  5  léguas  a  O. 
de  Strasburgo  ;    1,000  habitantes. 

soLTZ-sous-FORETs ,  (geogr.)  cidade  de 
França,  4  léguas  ao  S.  de  Weissenburgo  ; 
2,016  habitantes. 

souLTZBACH,  (googr )  Sulzbach  em  alle- 
mão, villa  de  França,  3  léguas  e  meia  ao 
So.  de  Colmar. 

souLTZMATT,  (gcogr.)  villa  de  França,  5 
léguas  e  meia  ao  SO.  de  Colmar ;  3,0 'O  ha- 
biiantes. 

souMAROKOv,  (hist  )  poeta  russo,  nasceu 
em  i7lH,  morreuem  1777.  Deixou:  Trage- 
dias, Comedias,  e  diversas  poesias. 

souMY.  (geogr  )  cidade  da  Rússia  euro- 
pea, 35  léguas  oo  NO.  de  Kharkov  ;  11,000 
habitantes. 

souNG-KiAiSG,  'gcogr.)  cidadft  da  China. 

souR,  (geogr  )  antiga  Tyro,  cidade  dl  Sy- 
riú,  '<  leguajao  N.  d'.?.cre;i7,C00  habitantes. 

sou  RA,  (geogr.)  rio  de  Rússia  europea, 
nasce,  no  governo  de  Si^nbirsk,  e  cae  no  Yol  - 
ga  em   Varil. 

souRABAYA,  (gcogr.)  cidado  e  porto  da  ilha 
do  Java;  80.  a  100,OUO  habitantes. 

souHUEVAL-DE-LA  BARRE,  (geogr.)  cidade 
de  Fra[)ça,  2  léguas  e  um  quarto  ao  N.  do 
iVlortain ;  4,400  habitantes. 

SOURE,  (geogr.)  antiga  vilia  de  Portugal, 
fundada  pelo  conde  I)  Henrique,  junto  ao 
rio  do  mesmo  nome,  1  légua  e  meia  antes 
dedesnguar  na  esquerda  do  Mondego  ;  está 
situada  4  léguas  ao  S.  de  Coimbra,  porém 
pertence  ao  dislricto  do  Leiria,  donde  dista 
5  léguas  e  meia  e  31  de  Lisboa  ;  3,700  ha^ 
bilantes, 

souRK  ou  soiRE,  (geogr.)  pequena  villa  do 
Brasil,  na  província  da  Bahia,  na  comarca 
d'llapicnru,  10  léguas  ao  poente  da  villa 
d  este  nome,  e  distante  4a  margem  direita 
do  rio. 


sov 


sou 


9ft 


soLRB,  (geogr.)  antiga  villa  doDraxiK  na 
província  do  (leará ;  í.iOi)  habitantes. 

souRGOLT,  (geogr. )  ciiiado  da  Uussia  asiá- 
tica sobre  o  Obi ;  1  500  habilaiitos 

souRNiA,  villa  de  Tranca.  H  bgaasanN. 
de  Tr^des  ;  800  habilant^s 

souROUGA  on  souMPOu,  (geogr.)  grande 
cidade  do  Japão,  na  ilhn  de  Niphon,  na 
costa  do  S.  ;   G0D,0UO  habitantes. 

sous,  ígeogr.)  ruínas  que  se  encontram  na 
Pérsia,  porto  de  Dosfoul. 

SOUSA  ou  SOUZA,  (geogp.)  rio  de  Poriugal 
na  provincia  do  Douro,  o  qual  nasce  na  ser- 
ra d'Alvo  ou  d'Alvão,  entro  (  outo  de  bom- 
beiro eoprioralo  deCaraoics,  no  concelho 
de  Felgueiras  ;  desli?a-se  mnn«a  o  sinuosa- 
nienle  por  espaço  de  8  léguas  até  entrar  no 
Douro,  b  léguas  a  E.  do  Porto. 

SOUSA  ou  SOUZA,  (gcogr.)  villa  e  freguezia 
de  Portugal,  situada  a  2  léguas  ao  S.  de  Avei- 
ro, 1  milha  d'Esgutíir5;  3,715  hcibitan- 
tes. 

SOUSA  ou  FOZ  DE  SOUZA,  (geogr.)  povoa- 
ção de  Portugal,  situada  perto  da  foz  do 
rio  do  mesiiu»  nome,  H  léguas  a  E.  do  Por- 
to ;  9r>í)  habitantes.  Passo  de  -- ,  anti- 
ga aldeia  dePortugnl.  situada  a  5  léguas  e 
meia  do  Porto  ;  l,y(>0  habitantes. 

SOUSA,  (geogr.)  cidade  do  estado  de  Tunis. 
sobre  o  tedilerraneo,  27  léguas  £.o  SE.  de 
Tunis,  kO.CUO  habit;intes. 

sousADOR.  V.  Svccessor. 

sousTons,  (geogr  )  «idade  de  França,  7 
léguas  ^0.  de  Dax ;  :í,5(J0  habitantes. 

souTCHAVA,  (geogr.)  cidade  da  ». alicia,  11 
léguas  ao  SE.  de  ozernovicz;  5,000  habi- 
tantes. 

souT-TCUEOu,  (geogr  )  cidade  da  China, 
sobre  o  canal  imperial ;  1^00,000  habitan- 
tes. 

•ouTERRAiNE,  (geogr.)  cidade  de  França, 
9  léguas  ao^O.  doGueret ;  3, '48  habitan- 
tes. 

southampton,  (geogr.)  outr'ora  Haníon, 
Clausentum  em  latim,  cidade  e  porto  d'ín- 
glaterra,  4  legua.s  ao  S.>.  de  Winchester, 
20,OUU    habitantes. 

souTHERU,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  era 
1660,  morreu  em  i746.  As  suas  obras  são 
quasi  todas  Comedias  ou  Dramas. 

souTuwABK,  (geogr.)  arrabalde  de  Lon- 
dres na  parlo  S.  desta  cidade,  na  margem 
direita  do  Tamiza  ;  80,000   habitantes. 

souTuwKLL,  (geogr.)  cidad')  d'ínglalerra, 
6  legi.as  ao  NE.  de  Nottingham  3,000  ha- 
bitantes. 

souTHWOLD,  (geogr.)  cidade  e  porto  d'In- 
glaterra,  6  léguas  ao  S.  d'Yarmouth  ;  1,700 
habitantes-. 

SOUTO,  s.  m.  (Fr.  ant.  saut  ou  sault^âo 
Lat.  suhus,  bosque,  mata.)  mata  de  arbus- 


tos, de  que   se  tira  lenha  ;  erô  geral  dlz-Síí 
de  castanhal,  bosque  de  casl.inheifos. 

SOUTO,  (geogr  )  as  principaos  terras  de  Por- 
tugal que  t^ra  esto  nomesSo  as  seguintes  : 
1  .*,  aldeia  situ.ada  no  concelho  de  Sabugal, 
1,000  habitante?.  2."  no  de  Abrantes.  28  le- 
guns  a  E.  do  Lisboa,  1,760  habitantes.  3.", 
IVeguczia  do  concelho  de  Ponte  do  Lima,  a  3 
léguas  de  Braga,  500  hibitantes.  4.'  —da 
Carpalhosa  a  2  léguas  de  Leiria,  liSnOba-* 
bitant.\s.  5."  —  da  Cata,  m  districto  do  Cas- 
tello-Branco,  UOO  habitantes.  0.'  — Maior, 
no  concelho  edislricto  de  Villa-Real ;  9!0 
habitantes.  7.^  —  llciondo,  povoação  si- 
to da  \  léguas  e  meia  ao  S.  do  Porto  6  qna  - 
si  1  da  vilíd  da  Feira,  a  cujo  concelho  per- 
tence, l,*ií>l)  habitanle^. 

souTRO,  (ant)  por  Essoutro. 

souvarOv,  (hist.)  celebre  general  russo, 
nasceu  na  Ukraina  em  17J0,  dislinguiu-se 
na  guerra  dos  Sete>4nnos,  morreu  em  1800. 

souviGNY,  (geogr.)  cidade  de  França,  ai 
léguas  ao  Si),  de  .Vloulim  ;  2,7/0  habitan^' 
tes. 

SOUZA  (Frei  Luiz  de),  (hist  )  escriptor  pot^ 
tuguez  Chamava-se  antes  de  professor  Ma- 
noel de  Souza  Coutinho,  era  de  nascimen- 
to illustre,  grandes  qualidades  e  singulares 
virtudes.  Professou  n.i  ordem  deS.  Domin* 
gos  em  1614,  foi  seu  chronista,  e  nella  fal- 
leceu  no  convento  de  Benitica  em  1614.  Es- 
creveu :  Chronica  de  S-  Domingos,  Vida 
do  arcebispo  de  Braga  D.  Frei  Bartolomeu 
dos  Mariyres,  e  Annaes  ^e  D.João  III.  O 
seu  estylo  é  elegante  e  sentencio>o,  breve, 
claro,  e  puro  de  enfeites  e  artifícios  vicio- 
sos ;  as  duas  primeiras  obras  são  talvez  os 
mais  perfeitos  modelos  da  nossa  lingua. 

SOUZA  (Manoel  de  Almeida  e),  (hist.)  um 
dos  mais  eminentes  jurisconsultos  portugue- 
zes  do  ultimo  século,  e  mais  conhecido  pelo 
nome  do  Lobão,  terra  onde  exercitou  a  ad- 
vocacia. Kasceu  em  VouzMlla  em  1745;  for- 
mou-se  em  Cânones  em  176B,  foi  estabe- 
lecer-so  como  advogado  em  Lobão,  aonde 
falleceu  em  1817.  A  sua  fama  como  juris- 
consulto estava  espalhada  por  todo  o  reino, 
e  de  toda  a  parle  corria  gente  a  consulta- 
lo  nas  questões  transcendentes.  Escreveu 
uma  infinidade  de  obras  sobre  os  diversos 
ramos  de  direito  civil,  cora  que  enriqueceu 
o  foro  portuguez,  taes  como  as  IS'otas  de 
uso  pratico  ás  Instituições  de  Mello  Freire, 
muitas  Dissertações  sobre  diíTerentes  obje- 
ctos. Tratados  dos  Morgados,  do  Direito 
Emphyteulico,  das  Acções  sammarias,  das 
Execuções,  etc.  e  outros  muitos,  que  não 
é  possível  enumerar. 

SOUZA  COUTINHO  (Lopo  de),   /'hist.)  íllus- 
tro  guerreiro  o  escriptor  portuguez,  pai  do 
Celebre  Frei  Luiz  de  Souza ,  nasceu  e  m  151&) 
157   • 


i 


628 


SOV 


8PA 


morreu  etn  1577.  Era  de  nascimento  illus- 
tre,  Cj  tornou  se  bem  conhecido  por  seu 
exforço  e  valor,  assistia  ao  primeiro  cerco 
de  Diu,  6  foi  governador  de  Mina.  Alem 
disto  era  grande  philosopho  e  mathemali- 
co,  bastante  antiquário  e  histórico,  e  bom 
poeta.  Escreveu  :  O  cerco  de  Diu,  e  outras 
obras. 

SOUZA  DE  MACEDO  (Antonio  de),  (bist.)  dis- 
tiacto  poeta  e  escriptor  portugez,  nasceu  no 
Forto  em  1606,  morreu  em  Lisboa  em  16S2. 
Desempenhou  grandes  cargos,  entre  os  quaes 
o  de  Secretario  de  Kstado  de  D.  Aííonso 
VI,  o  que  não  o  impediu  de  cultivar  as  le- 
tras. Escreveu  :  Ulyssipo  poema  hitorico, 
Eva  e  Ave,  Armoniapoiilica  dos  documentos 
divinos  com  a  conveniência  do   Estado. 

souzDAL,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Euro- 
pea.  a  9  léguas  ao  N.  de  Vlãdimir;  3,000 
habitantes. 

souzEL,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  nodis- 
tricto  de  Portalegre,  2  léguas  a  INU.  d'Estre- 
moz;  1,630  habitantes. 

SOUZEL,  (geogr.)  villa  do  Brazil,  na  pro- 
víncia do  Fará,  na  raiz  d'uma  serra  que  do- 
mina a  margem  esquerda  do  rio  Xingu,  a 
30  léguas  de  sua  embocadura  no  Amazonas. 

SOVA,  s.  f.  (de  sotar.)  pisa  de  pancadas. 
Dar,  levar  uma  — . 

sôvA,  s.  m.  (t.  da  Africa)  governador  de 
província  ou  de  districlo,  no  Congo. 

SOVACO  ou  soBACo.  s.  m.  (V.  Sobaco)  a 
parte  que  íica  por  baixo  da  articulação  su- 
perior do  braço, 

*  SOVADO,  A.  p.p.  de  sovar;  a(t/.  calcado, 
bem  assado.  Bolos  — 5,  amassados  com  ovos, 
manteiga,  etc. ;  revolvido.  «Areia  estava 
—  de  animaes,  »  revolvida  das  pegadas.  D, 
F.  Manuel,  Epanaph. 

sovADURA,  s.  f.  (des.  ura]  acção  de  so- 
var. 

sovANA  ou  soANA,  (geogr.)  Suanum,  ci- 
dade da  Toscana,  a  25  léguas  ao  S.  de 
Sienna. 

sovAQUETE,  s.  M.  O  tirar  a  p^lla  da  casa, 
quando  sáe  apertada. 

SOVAR,  V.  a.  (do  Lat.  suhigo,  ere,  bater, 
amassar)  calcar,  amassar  :  —  a.  massa,  o 
pão ;  —  a  terra  molle ;  pisar  com  panca- 
das. 

sôvARO.  V.  Sobro. 

sovELA,  s.  f.  (Lat.  suhula)  poníeiro  de  fer- 
ro ou  de  aço  embebido  em  cabo  de  pau, 
com  que  os  sapateiros  e  correeiros  furara  o 
coiro,  para  pelos  buracos  fazerem  entrar  a 
corda  com  o  fio. 

sovELADA,  s  f.  (des.  ada]  golpe  ou  pica- 
da com  sov«^la,  ou  sovelão  ;  (Hg.)  solicita- 
ção mui  repelida  o  importuna.  i 

SOVELÃO  s.  m.  auy me íit.  áesoveU,   sove-  j 
la  grande  de  «"'^'•eeiro,  para  furar,     ferir,    i 


SOVERAL,  s.  m.  V.  Sobral, 

sovEREiRO.  V.  Sobreiro. 

SÔVERO.  V.  Sobro. 

sovERTEDOR,  A,  adj.Bs.  que soverts. 

sovERTER,  V.  a.  V.  Subvertcr. 

sovERTiDO.  V.  Subvertido. 

soVERTiMENTO,  s.  m.  V.  Subvcrsão. 

SOVINA,  s.  f.  (Cast.  sobina,  cravo,  torno 
de  pau,  do  Lat.  subula^  sovela)  cravo,  tor- 
no de  pau. 

SOVINA,  s.  m.  (chulo)  homem  mui  ava- 
rento. 

soviNADA,  s  f.  (des.  ada)  picada  com  so- 
vela ;  (fig.)  remoque  mui  picante. 

soviNAR,  V.  a.  (Lat.  subula,  ardes,  inf.) 
picar  com  sovela  ;  (fig.  e  chulo)  dar  remo- 
ques picantes. 

soxE,  (geogr.)  praso  da  Coroa  Portugue- 
za  no  districto  de  Tetle,  que  tem  de  com- 
primento 1  légua,  e  de  largura  três  quar- 
tos. 

sozfNHO,  A,  adj.  diminui,  de  só,  adj. 

sozoMENO.  (hist  )  historiador,  nasceu  na 
Palestina,  no  começo  do  V  século.  Compoz 
uma  Historia  ecclesiastica. 

sozopoLis,  (geogr.)  um  dos  nojaes  da  Ápol- 
lonxa  de  Thracia,  hoje  Sizeboli. 

sozusA,  (geogr.)  depois  Ápollonia,  cida- 
de da  Cyrenaica,  sobre  o  mar,  ao  ííE.  de 
Cyrene,  hoje  Marza-Sousa. 

SP  Procurem-se  por  csp  os  vocábulos  que 
se  não  acharem  com  sp,  v.  y.  Spada,  spa^ 
po,  sperança,  e  outros,  posto  que  deriva- 
dos do  Latim  e  nessa  lingua  escriptos  com 
sp,  mas  a  que  o  uso  invariável  tem  dado 
uma  syilaba  de  mais,  sendo  pronunciados 
esp.  Seria  indesculpável  pedantaria  conser- 
var nelles  a  orlhographia  latina,  excepto 
quando  em  verso  sesupprime  a  syllaba  ini- 
cial. 

SPA,  (geogr.)  cidade  da  Bélgica,  a  7  lé- 
guas ao  SE.  de  Liege  ;  3.600  habitantes. 

SPAGIRICA,  s.  f.  (Lat.  ars  spagirica,  chi- 
mica,  do  Gr.  spaô,  separar,  exlrahir,  e  aghei- 
ro,  unir,  ajunlar)  nome  que  antigamente  se 
dava  áchimica  e  á  metallurgia,  artedeana- 
lysar  e  decompor  os  corpos, 

sPAGiRico.  A,  adj.  relativo  á  spagirica. 

SPAHis  ou  sjPAnis,  (hist.)  assim  chamam 
os  Turcos  um  corpo  de  cavallaria  ligeira, 
que  foi  substituída  por  Amurat  1.  Os.Fran- 
cezes  dão  este  nome  á  cavallaria  indígena 
na  Africa. 

SPAITLA,  (geogr.)  S/fueíw/a,  cidadedeTu- 
nis,  a  30  léguas  ao  ^0.  de  Tunis. 

SPALATRO,  (geogr.)  Aspalathos  ou  Spala^ 
tum  dos  antigos,  ci  íade  da  Áustria,  a  4  lé- 
guas ao  SK.  do  Zara ;  7,000  habitantes. 

SPALDING,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra,  a 
6  leguâs  ao  S.  de  Boston  ;  6,500  habitan- 
tes. 


SPÁ 


SPE 


629 


■íALDiNG,  (hist.)  um  dos  primeiros  pre- 
gadores da  Àllemanha,  nasceu  era  1714, 
morreu  em  1804.  Deixou  muitos  Sermões. 
spALLANZANi ,  (hisl.)  Celebre  naturalista, 
nasceu  em  Scandiano,  perto  de  Mantuaem 
1729,  morreu  em  17yJ.  Fez  muitas  des- 
cobertas. As  suas  principaes  obras  são  :  Ob- 
servações microscópicas  sobre  o  systemada 
geração  de  Needkam  e  de  Buffon;  dos  Ani- 
maculos  Jnfworios,  etc. 

SPANDAU,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  a  3 
luguas  e  meia  ao  O.  de  Uerlin  ;  7,000  ha- 
bitantes. 

SPANGENBERG  ,  (geogf.)  cidftde  do  eleito- 
rado de  IJesse,  a  2  léguas  ao  SE.  de  Mes- 
sungun ;  1,7(iO  habitantes. 

sPAncENBERG,  (bist  j  bispo  moravo,  nas- 
ceu em  1704,  morreu  em  1792.  Escreveu 
a  Vida  do  conde  de  Zingendorf. 

SPANUEIM  ou  spoisuEiH,  (geogr.)  viila  dos 
Prússia,  a  3  léguas  ao  KO.  de  Crentzach. 
SPANHKIH,  (hist.)  numismático  genovez, 
nasceu  i6ál),  morreu  em  17  0.  A  sua  prin- 
cipal obra  ó:  De  u^u  etprceslanlianumis- 
matum  antiquorum. 

SPNAHEIM  iFrederico),  (hist.)  irmão  do  pre- 
cedente, nasceu  em  1632,  morreu  em  1701. 
As  suas  obras  \ersam  sobre  geographica, 
historia  sagrada  e  theologia. 

sPANise-TowN, (geogr.)  Santiago  de  ia  Ve- 
ga dos  Ilispanhoes,  capital  da  ilha  Jamai- 
ca, a  6  léguas  ao  0.  de  kingston;  5,(i0t 
habitantes. 

SPARADBAPO,  s.  iti.  (Fr.  sparadrop,  drap, 
panno,  e  spargo,  ere,  espalhar)  (cirurg.)  pan- 
no  coberto  de  (mplsslro  ou  unguento  que 
se  applica  sobre  chagas,  feiidas.  Moraes  dá 
uma  etimologia  ridícula  d'este  termo  que 
supj  õe  erradamente  vir  do  Inglez  spare,  pou- 
par, e  drap,  panno,  porque  diz  elle  :  «  pou- 
pa panno,  »  servindo  alguns  mais  de  uma 
vez.  U  nome  é  francez,  assim  como  o  inven- 
tor Gauthier. 

SPARGIMENTO,    SPARGIR.   V.    EspargiT. 

SPARTA,  aparta,  ou  lacedimoma,  Lace- 
datntnia ,  (geogr.)  cidade  do  Feloponeso,' 
capital  da  Laccnia  e  de  todo  o  eslcdo  lace- 
demonio,  quasi  no  centro  da  Laccnia,  n'uma 
região  aspara  e  monlénhosa,  perlo  deTay- 
gete,  e  sobre  o  Eurotas  ;  íiO.tlOO  habitan- 
tes. Sparta  foi  mais  uma  republica  militar 
do  que  um  estado  monarchico. 

REIS   DB   SPARTA. 

(X    ibiicclígia   destes  íeis  é- muito  in- 
certa]. 


Mylés  ou  Meles  1^80 

Eurotas  16  «1 

Lacedemon  1577 

Amyclas  1480 
Argalus  » 

Cyuostai  1415 


Gilbalus 

llippocoon 

Tyndaro 

Meneláo 

Oresles 


» 

1328 
1280 
1240 


Tisamemo  1220-1 192 


11  Dynastia  dos  Heraclidas. 


Aristodemo 
r  rocies 
Sous,  Eu- 
rypion,  e 
prytanis 
Eunomo 
Polydectes 
Churilao 
Meandro 
Theopompo 
Zeuxidamo 
Amaxidamo 
Archidiímo 
Agasiclés 
Ariston 
bem  :i  rato 
Leotycbides 
Archidamo  il 
Agis  l 
Agesilao 
Arcnidamo  111 
Agis  II 
Archidamo  IV 
Eudumida^  11 
Agis  111 
urydamas 


11 UO 
1186 


1142-986 
986 
907 

898 
809 
770 
723 
690 
651 
645 
597 
520 
492 
400 
427 
400 
361 
338 
296 
261 
?44 
239 


Eurylhene,Agis, 
Echestrato,  Sa- 
botas 
Dorysso 
Agesilao 
Archelao 
Telecle 
Alcameno 
Folyporo 
turyscralo  I 
Anaxandro 
Euryscralo  11 
Leão 

Anaxandrido 
Cleomeues 
Leonidas 
Plutarco 
Plistounax 
Pausanias 
Agesipolis  I 
Cleonibrote 
Agesipolis  II 
Cleomenes  II 
AreusouAretasl  309 
Acrotalo  265 

A  réus    ou   Are- 


1186 
li86 
957 
909 
853 
813 
776 
7  24 
68/ 
652 
645 
597 
519 
491 
480 
46u 
409 
397 
380 
371 
370 


íjtila 


1  Antes  dos  Heiaclidas. 

ao    Ltlex 
yoL.  nr. 


1742 


Euclides  ou  Epi-  tas  lí  264 

elidas.  234     leonidas  II  257 

Leonidas  II  {restabelecido)  239 

('.leomene  111      2ò8    Agesipolis  III  219 

Lycnrgo,  lyranno  da  raça  dos  Pro- 

blides.  210 

Machanidas  219 

Nabis.  tyranno.  205-192 

SPARTACUS  ,  (hist.)  sábio  ,  que  presume 
ter  sido  do  sangue  nobre ,  serviu  n'um 
corpo  auxiliar  aiicexo  acs  Romanos,  deser- 
tou, foi  ípanbado  e  conduzido  a  Capta  aon- 
de se  fez  gladiador,  lugiu  da  pnsào  com 
muitos  d(s  stus  ccmp^nheiros  em  73,  as- 
sclku  a  Címiiar.Lô.battu  o  pretor  Cláudio, 
reuniu  uma  loi^a  de  '<IJ,OCO  homens  com 
que  ítz  n  uito  mal  aos  í.omcncs,  até  que 
foi  Lendo  por  Crasso  em  71.  Morreu  como 
um  biavo. 

sPARiEi ,  {gecgr.)caLo  no  estado  deMar- 
loccs,  foima  a  tmiada  ao  S.  do  tsueJioue 
Cibieliai, 

spíCLiARiA,  s.  /.  (íit  Lat.  sptculor,  ari, 
olhar)  caioplrica,  pane  da  opiica  que  traia 
158 


«30 


^PH 


m 


da  perspectiva  por  meio  dos  raios  reflexos  de 
luz, 

SPEITAR.  V.   V.  Despeitar.  Espeitar. 

SPELLO,  (geogr. )  Hispellum  cidade,  dos 
^stados  tcclesiaslicos,  1  quarto  de  légua  ao 
JSO.  de  Foligno  ;  2,000  nabilanles. 

srARTiANO,  (hist.)  A^lias  Spartiamis  um 
dos  autores  da  Historia  Augusta,  TÍveu  no 
IV  século  no  reinado  de  Diocleciano  eCons 
tantino.  Escreveu  as  vidas  d' Adriano,  Nero, 
Didio,  Severo,  Wigér,  Caracala,  etleta, 

sPENDius,  (hist.)  escravo  em  Roma,  deser- 
tou, serviu  entre  os  Carlhaginezes,  e  foi  um 
4os  chefes  da  grande  revolta  dos  mercená- 
rios, que  em  2^0  antes  de  Jcsu-Christo  es- 
tiveram para  cauíar  a  ruina    de  Carthago. 

SPENSKR,  (hist.)  poeta  ihglez,  nasceu  em 
1553,  morreu  em  JõUG.  A  sua  melhor  poe- 
sia é  a  Rainha    das  fadas. 

sPENSiPpo,  (hist.)  philosopho  d'Atherias, 
sobrinho  e  discípulo  de  Platão  succedeu-lhe 
na  cadeira  da  Academia,  com  prejuízo  d'A- 
rislolles,  no  annoSW  antes  dePesu-Christo 
M  orreu  em  Athenas  no  anno  339  antes  de 
Jesu-Christo. 

speKguntar.  V.  Perguntar. 

spE^^MA,  s.  m.  (Lat.,  eGr.  áòspeiro,  so- 
OJear)  o  sémen  dos  animaes. 

SPERMACETI,  s.  m.  (tat  sperma,  sémen, 
e  ceti,  genit.  de  cetus,  baleia)  óleo  concreto 
branco  semi-opaco,  que  existe  fluido  no  cra- 
neo  e  espinha  dorsal  das  baleias,  e  se  coa- 
lha ao  ar. 

SPERMATICO,  A,  adj.  (Lat.  spef  iUticus)  re- 
Mívo  ao  sémen  dos  animaes.  Vasos  — s, 
que  vão  ou  vem  dos  testículos  onde  se  se- 
grega o  sémen. 

SPERO-Ni,  (hist.)  degli  Alvauora,  escriptur 
italiano,  nasceu  cm  Pádua  em  Í5l0,  mor- 
reu em  1588.  Deixou:  Canace,  tragedia,  e 
Observações  sobre  Virgilio. 

SPESSART,  (geogr.)  região  raontuosa  d'Al- 
leinanha,  sobre  o  Mein,  extende-se  desde 
a  embocadura  do  Saalo  até  á  de  Kin- 
ztg. 

SPETZIA,  (geogr.)  Tiparenus,  ilha  estéril 
d'o  Archipelago,  Sobre  a  costa  E.  daMorea, 
á  entrada  do  golpho  de  Kauplia. 

SPEY,  (geogr.)  rio  da  Iscossia,  ^nasceu  no 
condado  d'Averne§s,  e  cao  no  mar  do  Norte. 

SPEZIA,  ou  spEzziA,  (geogr  )  Sund  por- 
tus,  cidade  murada  dos  estados  Sardos,  20 
léguas  ao  SE.  de  Génova  ;  4  000  habitan- 
tes. 

sphAcelo,  í-  m.  (Lat,  áo(\r.  sphákelos, 
áe-sphago,  taatar)  (mcd.)  perda  total  da  vi- 
talidade de  uma  parte  gangrenada. 

sruXCTEliu  ou  spíí/^GiA,  (geogr.)  hoje Pro- 
dona,  ilha  domar  Jonio,  na  costa  da  Eu- 
clida,  e  defronte  de  Pylos. 

isínAtiiA,  {geogr .j  ilha  do  mar   Egeo^  a 


pequena  distancia  das  costas  d'argolida,  ó 
nojo  Poros. 

SPHENOIDAL,  ttdj .  dos  ^  g .  ^0  spgenoide. 

SPHENOIDS    ou  SPHENOIDEO,    S.  Til.    (do   Gp. 

sphen,  canto,  cunha,  e  eidos,  forma)  («nat.) 
osso  que  está  mettido  na  base  do  craneo  cò" 
mo  uma  cunha. 

SFHERA.  V,  Esphera,  etc. 

spHiNCTER,  s.  m.  (Lat.,  do  Gr.  sphingo, 
apertar)  (anat.)  musculo  constrictor :  —  do 
anus;  —  do  coUo  da  i:exi;ía. 

spíiiNx  ou  spíiiNGE.  V.  Esphinge. 

SPHYKGE,  (mylh.)  monstro  fabuloso  do 
Egypto  e  da  Grécia  ;  no  Egypto,  era  uma 
estatua  de  leoa  com  peito  e  cabeça  de  mu- 
lher, symbolo  de  Neith,  d«usa  da  sabedo- 
ria. A  mylhologia  grega  colloca  a  Sphínge 
nos  arredores  de  Thebas  da  Boecia, 
mas  ao  corpo  de  mulher  e  á  cabeça 
do  leoa  dos  Egypcios  ajunla-lhe  as 
azas  da  sguia.  A  Sphinge ,  dizem  os 
poetas  gregos,  fazia  persistência  na  es- 
trada de  Delos  a  Thebas,  propunha  eni- 
gmas aos  viajantes;  squelles  que  os  não  deci- 
fravam eram  precipitados  no  mar ;  final- 
mente (Édipo  advinhou  o  sentido  do  eni- 
gma ea  Sphinge  vencida -precipitou -se 
no  mar ;  os  habitantes  de  Thebas  tinham 
soffrido  tanto  ao  monstro  que  collocaram  no 
trono  aquelle  que  delle  os  livrara. 

SPÍCANARDO,  s.  m.  (do  Lat.  spica,  tspiga. 
e  úardo)  espécie  de  nardo  da  Índia,  plan- 
ta. 

spiílberg,  (geogr.)  cidade  da  Bavie- 
ra, 1  quarto  de  légua  ao  NO.  de  Hes- 
dorvheins. 

siMNA,  (geogr.)  antiguidade  d'Italia,  na 
embocadura  mais  meridional  do  Pó,  é  uma 
das  celebres  colónias  pelasgicas. 

SPíNA  (Alexandre  de)  (hist.)  monge  domi- 
nicano do  Xlll  século,  nasceu  em  Piza  em 
1313.  Foi  o  que  achou  o  segredo  de  fazer 
cculoS. 

spNicouRT,  (geogr)  villade  França,  7  lé- 
guas aoS.   de  MontmeJy;   500  habitantes. 

SPÍNOLA,  (hist  )  celebre  general,  nasceu 
em  Génova  em  15/1,  morreu  em  i630, 
levantou  tropas  á  sua  custa  por  Philippe 
IV,  sustentou  por  muito  tempo  a  causa  his- 
panhala  nosPaizes-Baixos,  apoderou-se  d*Os- 
tende  depois  do  cerco,  tomou  Breda,  o  mor- 
reu em  1630,  apaixonado  por  se  ver  des- 
presado  por  Philippe  IV. 

spíNosA,  (hist  )  celebre  philosopho  hol- 
landez,  nasceu  em  ;6)2,  de  uma  lamilia  de 
judeus  porluguezes,  morreu  em  1077.  Éau- 
tor  d'um  systema  do  pontheismo.  As  suas 
obras  são :  Expozição  do  systema  de  Des- 
cartes demonstrado  geometricamente  ;  Trac' 
tado  theologico  politico,  etc. 
spíRA,  (geogr.)  Nemetes.  Angusta  Neme- 


iPU 


S7A 


681 


tum  e  Noviomagus  dos  antigos»  Speiereoa 
allemão,  cidade  do  reino  de  Baviera,  75 
léguas  ao  NO.  deMunich;  9,0OO  habitan- 
tes. 

spíRA,  (geogr.)  rio  da  Baviera  Rhcnana, 
sae  dos  Vosges,  o  lança-se  no  Rheno. 

spiraculo  ou  ESPiRACULO,  «.  m.  (l.at.  spi- 
raculum,  respiradouro)  (p.  us.)  sopro,  ins- 
piração. 

spíTiíEAD,  (geogr.)  velha  bahia  d'ínglaler- 
ra,  entre  1'orlsmoulb  e  a  ilha  de  Wight. 

spíTZUERG,  (geogr.)  archipelago  do  Ocea- 
no Glacial  Arcticto,  ó  cooaposto  por  3  ilhas 
principaes.  Pertence  á   Mussia. 

SPLANCIINOLOGIA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  splan- 
kh7ion,  entranha)  parto  da  anatomia  que  tra- 
ta das  vísceras. 

sPLF.Nico,  A,  arfj  (I^at  splenicu<!,desplen, 
ini/s,  o  baç^))  (anat  )  do  baço,  concernente  ao 
baço 

SPOHN,  (hisl.)  sábio  allemão,  nasceu  era 
Lorlmund  em  1792,  morreu  em  1824. 
Deixou  muitas  obras  de  critica,  historia, 
geographia  e  phil')Sophia  clássicas. 

SPOLETO,  (geogr.)  í>po/eíMm  em  Latim,  ci- 
dade dos  tslados  hcclesiaslicos,  íjapital  da 
delegação  de  Spoleto,  a  26  léguas  ao  N.  do 
Roma  ;  7,OjO  habitantes.  A  delegação  de 
Spoleto  tem  por  cidades  principaes  Narni, 
Temi,  Amélia,  Kercia,  Pie  di  Lueo. 

SPONDEO.  V.  Espondeo. 

SPONDYLO  ouESPONDYLO,  s.  m.  (Lat  spon- 
dylus)  ('anat.)  vértebra. 

SPORADES,  (geogr.)  isto  é,  dispersas,  gru- 
po de  ilhas  do  Archipelago,  a  E  das  Cycla- 
des,  entre  Samos  e  Rhodes  rcrteocem  aos 
Turcos. 

SPORADES  DA  oceaNia,  (gcogr.)  dá -sg  este 
nome  ás  ilhas  do  Oceano  Pacifico. 

SPKAT,  (hist.)  prelado  inglez,  nasceu  em 
16^6,  morreu  em  1713,  Deixou:  Historia 
da  Sociedade  real  de  Londres ;  Vida  de  Co- 
icley,  etc. 

SPREE,  (geogr.)  rio  de  AUemanha,  nasce 
no  reino  de  Saxe,  e  cáe  no  Spandan. 

«PREMUI1TAR,  V.  Experimentar, 

SPREISGEL,  (hist.)  historiador  allemão.  nas- 
ceu em  1716,  morreu  em  1U7J.  Deixou: 
Historia  das  principaes  descobertas  geogra- 
phicas,  até  d  do  Japão;  Historia  das  revo- 
luções das  índias. 

spRENGEL,  (hist.)  medico  prussiaoo  ,  nas- 
ceu em  1766,  morreu  em  1833.  Xs  suas 
principaes  obras  sào :  Ensaio  de  uma  His- 
toria prognostica  dá  medicina ;  Historia 
de  Botânica. 

SPRINGFIELD,  (gcogr.)  cid^íde  dus  Eslados- 
Unidos ,  a  \b  íeguss  ao  U.  de  Boston; 
10,000  habitantes. 

spuuzBEiH,  (hist.)  escriptor  fráncez,  nas- 
ceu  em   1766,  jzu)rreu  tm  1833.  Deixou: 


Ayiatomia  do  cérebro  ;  Tratado  sobre  a  loa- 
cura ,  ele. 

SQUiLACE  ou  ESQUiLLACK,  (gcogr.)  Scyla- 
ceum,  cidade  do  reino  de  Wapoles,  a  6  le- 
guns  ao  .^0.  do  Cantanzaro  ;  3,000  habi- 
tantes. 

SRi-PERMATARA,  (Rcogr.)  cidade  da  índia 
Ingleza,  no  antigo  tarnate,  a  U  léguas  ao 
SO,  de  Madras. 

ssi  ou  SA,  obsol.  Y.  Sua. 

ST  Dusquem-se  com  cst  as  palavras  que 
se  não  acharem  com   st. 

STA,  obsol.  V.  Esta. 

STAAL  (baroneza  de),  (hist.)  escriptora  fran- 
ceza,  nasceu  em  ItjUJ,  morreu  em  17504 
Deixou-:  Cartas;  Memorias  da  sua  vida,  mui- 
to curiosas. 

STABiKS.  (geogr.)  Slabicje,  hoje  Cartel  a 
Maré  de  Slabia,  cidade  marítima  da  Uam- 
pani.1,  subre  o  golpho  de  Puteoles,  foi  en- 
golida pela  erupção  do  Vesúvio  noanno79 
de  Jesu-Christo. 

STABROKK    ou    GEORGE   TOWN,    (geOgr.)   08- 

pit;il  do  governo  de  Demerary,  sobro  o  De- 
merara;  i  0,000. 

STACio,  (hist.)  P.  PupiniusStatieus,  poe- 
ta latino,  nasceu  em  Nápoles  no  anno  61 
de  Jesu-l  hristo,  morreu  no  anno  96.  Foi 
wuho  potegido  de  Domiciano,  de  quem  fez 
o  elogio  Deixou:  a  Tkebaida,  poema  épi- 
co em  i2  cantos:  a  Àchi^eida,  outro  po3r 
ma  épico. 

STADA.  V.  Estada. 

STADE,  (geogr.)  cidade  do  Uanover,  capi- 
tal do  governo  de  Stade,  35  léguas  ao  íN. 
do  Uanover ;  5,0i)0  habitantes. 

STADio.   V.    Estádio. 

STADO.  V.  Estado. 

stapt  am-iiof  ,  (geogr,;  Riparia,  cidade 
da  Baviera,  defronte  do  Ratisbonna;  1,5U« 
habitantes. 

STADTBERG,  (geogr.)  Ekresburg  na  idade 
media,  villa  da  Weslpbalia,  a  12  léguas  e 
meia  ao  E,  de  Areusberg ;  2,500  habitan- 
tes. 

STADTHAGKN,  (geogr  )  cidadc  do  principa- 
do de  Schaumburgo-Lippe,  a  4  léguas  ao 
N.  de  IJuckeburgo  ;   1,50»   habitantes. 

STAEL-uoLSTEiN  (baro!!cza  de),  (hist.)  es- 
criptora fraaceza,  nasceu  em  l766,  mor- 
reu em  1817.  Os  ^seus  escripAos  são:  Del^ 
pkina,  Corina ;  a  AUemanha,  etc. 

ST.EUDLiN,  (hist.)  sábio  thoologo  allemào» 
nasceu  em  1761 ,  morreu  em  I82d.  Dei- 
xeu  exceileates  trabalhos  sobre  theologia  e 
philosophiâ. 

STAFEA,  (geogr.)  uma  das  illins  Bebridas, 
é  muito  {lequena. 

sTAFFARDii,  (gcogr.)  villa  c  antiga  abèar^- 
dia  dos  Eslados-Sariios,  légua  e  meia  aoN. 
de  Siilmes,  e  »  pouc«  distancia  4o  Vò. 
♦  158  • 


632 


STA 


STE 


STAFFORD  (cofidado  de)  (geogr.)  na  Ingla- 
terra no  centro,  enire  o  de  Chester  ao  NO. 
de  Derby  ao  ^E  de  Warvick  ao  SE.  de 
Worcester  ao  S.  75,411 ,000  habitantes.  Ca- 
pital Sltaford. 

STTAFFOUD,  (hist.)  antiga  família  d'íngla- 
lerra,  d'origem  normanda,  teve  por  chefe 
líoberto  Toenes,  coratenoporaneo  de  Gui- 
lherme o  conquistador. 

STAFFORD  (Guilherme  Koward,  conde  de), 
(hist.)  2.**  íilho  do  H.«  duque  de  Norfolk, 
nasceu  em  1611,  morreu  decapitado  em 
1680. 

STAGTRA,  (geogr.)  hoje  porlo  Libesade  ou 
Straro,  cidade  da  Macedónia,  na  Chalcidica 
ao  N.,  perto  dogolpho  Strymonico. 

STAGNAÇÃo.  V.  Estagnação. 

STAQNo,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Aus- 
tríacos, 7  léguas  a  INO.  de  Ragusa ;  2,000 
habitantes. 

SLAiNs,  (geogr.)  villa  de  França,  1  quar- 
to Qe  légua  a  NE.  de  S.  Diniz. 

STALA,  s.  f.  (Lat,)  V.  Fresepio ,  Cur- 
ral, 

stalactite,  s,  f.  (do  Gr.  stalactos,  que 
distilla),  congelação  vítrea  ou  pétrea  forma- 
da pelo  deposito  das  aguas  calcareas  qne  fil- 
tram por  ofendas  de  cavernas. 

STALiMENE,  (geogr.)  a  antiga  Lemos,  ilha 
do  Archipekigo,  26  léguas  a  O.  da  cosia  da 
Anatólia ;  ll.OCO  habitantes. 

STALLO,  s.  w.  (Fr.  stalle,  Lat.  stallus], 
banco,  assento  em  igreja. 

stamford,  (geogr.)  cidade  d'Inglalerra,  a 
15  léguas  de  Lincí  In  ;  8,(]C0  habitantes. 

STAMFOKB-BKiDGE,  (geogr.)  Cidade  d'Ingla- 
terra,  3  Itguas  a  NE.  ^'lorfk. 

STA^ÇA.   V.  Estática,   e  Instancia. 

STA^co  ou  sTALCHio,  (geogr.)  Cos.  uma 
das  Sporades,  yaleto  das  ilhas,  4  léguas  das 
costas  da  Turquia.  Capital  Stanco. 

STAKDIA,  (geogr.)  />ia;  ilhadoÁrchipela- 
go,  na  costa  í<.  de  Cândia. 

STANisLAO  (S.),  (hist.)  marljr,  bispo,  de 
Cracóvia  em  1172.  Censurou  ao  rei  Boles- 
lao  II  a  !>ua  tyrannia,  e  foi  mandado  mar- 
tirizar em  lo79.  L'  commemorado  a  7  de 
maio. 

STANisLAO  kotska  (S.),  (hist.)  íilho  de  um 

senador  polaco,    entrou    para  a  ordem  dos 

Jesuítas  em  1167,  e  morreu  passados  9  me- 

zes  em  15b7.  E  commemorado  a  13  de  no- 

.  vembro. 

sTAMSLAO  LECziNSKi,  (híst.)  rei  da  Poló- 
nia, nesceu  em  16b2,  era  filho  deRaphael 
Leczníski,  Palatino  deíosnania.  Ja  era  Pa- 
latino da  Posnania,  quando  rebentou  a  guer- 
ra entre  augusto  11,  rei  da  Polónia  e  Carlos 
II,  foi  eleito  lei  por  influencia  da  Suécia. 

STAPBiL,  í.  m.  (do  Lat.  siajilus,    vinha 
silvestre  de  que   os  decuriôts  romauos  se 


serviam  para  fustigar  os  soldados),  (ant.), 
açoute,  azorrague  de  correias. 

STAPHiSAGRiA,  s.  f.  (Lat  de  staphis,  vi- 
nha sylvestre,  e  agria,  azeda),  planta  acre* 
cuja  semente  é  medicinal ;  reduzida  a  pó  é 
usada  para  destruir  os  piolhos.' 

STASi?,  s.  f.  (Lat.  stasis,  do  Gr.  staô,  es- 
tar parado),  (t.  med.)  estagnação  de  san- 
gue ou  dos  humores  em  alguma  parte  do! 
corpo. 

STATHOUDER,  s.  m.  (do  HoUandcz  stadt, 
cidade,  e  houder,  que  convoca,  preside), 
primeiro  magistrado  da  republica  hollande- 
za.  Era  hereditário,  convocava  a  assembléa 
dos  estados-geraes,  e  commandava  o  exer- 
cito e  a   marinha. 

STATICA  ou   ESTÁTICA,    S.    f,    (do    Lat.  StO, 

are,  estar  firme),  parte  da  mechanica  que 
tracta  do  equilíbrio  dos  corpos,  ou  das  for- 
ças que  tem  acção  reciproca  ;  v.  g.  —  chi- 
mica. 

STATISTICA.  V.    Eslalistica. 

STEAiiTE,  s.  f.  (do  Gr.  stear,  sebo),  ter- 
ra molle  e  unctuosa  como  sebo,  espécie  de 
marr\e, 

STEATOMA;  s.  m.  (do  Gr.  sígar,  sebo),  (t. 
med),  tumor  enkystado  formado  de  maté- 
ria da  consistência   de  sebo. 

STEDE,  obsol.,  i^or Esteve,  de  estar. 

STEGAKOGRAPHfA,  s.  f.  (do  Gr.  slêgatios, 
coberto,  graphia  suff  ),  arte  de  escreverem 
cifra. 

STELLiONATO,  s.  m.  (Lat.  stsllionatus,  de 
slellio  lagarto  malhado),  fraude  em  con- 
lra'*to,  dolo. 

STENOGRAPHÍA,  s.  f.  (do  Gr.  stcuos  ,  es- 
treito,  e  graphia  suff.)  arte  de  escreverem 
abreviado. 

STENÓGRAPHO ,  s.  m.  O  quo  Bscrevo  em 
abreviatura. 

STEHCORARIA     OU     ESTERCORARIA  ,    ttdj .    f. 

(do  Lat.  stercus,  esterco,  excremento.  Ca- 
deira— ,  era  que  o  papa  se  assenta  no  dia 
da  sua  sagração. 

sTEREo  ,  (do  Gr.  stereos,  solido.)  prefixo 
que  entra  na  composição  de  muitos  termos 
derivados  do  Grego. 

sTEREOGRAriiiA,  s.  f.  [stcreo  ^veí.,  e  gra- 
phia sulí.)  representação  dos  corpos  sóli- 
dos. 

stereographico  ,  A  ,  adj.  concernente  á 
slereographia. 

STEREOMETRIA,  s.  f.  {stereo  pref.,  e  m«- 
tria.)  medição  dos  corpos  sólidos. 

STEKEOTOMiA,  s  f.  [sterto  pref.,  6  Gr.  to- 
me, córle  )  arte  de  talhar  os  sólidos,  de  ta- 
lhar a  pedra,  arte  do  canteiro. 

stebeotypar  ,  V.  a.  {stereotypo,  ar  des 
inf.)  imprimir,  estampar  livros  com  pranchas 
inteiriças  de  typos. 

stereotypo,  A,  adj.  [stereo  pref.,  e  ty- 


8TI 


8T0 


633 


po.)  impresso  com  prancha  inteiriça  de  ty- 
pos.  I 

sTERiso  OU  STERwon,  «.  1».  (Lat.  stfmum,  , 
do  (ir.  slernon,  lirme  )  (anal.)  osso  era  que 
se  articulim  as  extremidades  anteriores  das 
costellas  verdadeiras. 

STKH!«UDAÇÃ0  ou   STER^UTAÇiO,  S,  f.  (Lat. 

síernuialio,  onis  )  V.   Espirro. 

STKRNUTATnlMO.    A,   ttdj ,    [L&i.  SlemutatO- 

rius.)  quo  f»z  espirrar. 

STEsiciioRE.j^hist.)  poeta  lyrico  grego,  na- 
tural HMimortí  na  Sicília,  lloreçeu  emfi.G 
antes  de  Jesu-Christo. 

SFETTiN,  (geogr.)  Sc//muwi,  cidade  da 
Prus>ia,  capital  da  regência  de  Sletiin,  e 
Oulr'ora  de  toda  a  Pomerania,  25  léguas  ao 
^E  de  BerLn  ,  35,000  habitantes.  A  regên- 
cia de  Sietlin,  uma  das  três  da  Pomerania, 
eat<'e  a  de  (;íe>liii  a  E.  os  dous  grau  duca- 
dos de  M.nklembiirgo  a  O  o  mar  Uaitico 
ao  N    conta  \h  »,0B  »  habitantes. 

STETTiN  ^Kova),  (geogr  )ci'ladeda  Prússia, 
15  léguas  ao  S.  de  C{fi>lin  ;  2,500  habitan- 
tes. 

STEVADAME,  s.  tn.  T.  Est^va. 

STEVAUAMENTE.  V.  Esdvadamcnte. 

STEVEKSH\N«EPÍ  OU^SIEVKK>IIAUSKU,  (geOgr.) 

cidade  de  Uauover,    no  bailliado    de  Mei- 
ners"n :  300  habitantes. 

STEViN,  (hist.)  inathematico  francezdoXlI 
fecul  •  morreu  em  ItWS.  Resolveu  muiias 
quesiõts  de    mecânica. 

SífcWAKT,  (hist.)  philosophoescoí^ez,  nas- 
ceu em  \l.hi,  morreu  em  I  2'*.  Deixou: 
EUmenlos  de  phtlosuphia;  Ensaios  phdu- 
sophicus,    etc. 

STfcWART-DENnAM.  (hist )  cfonomisla  es- 
cocez,  nasi:eii  em  17 li,  morreu  em  l7<S0. 
Deixou  :  Noções  d'economia  politica. 

STEííER,  geogr.)  cidade  dos  b>tados-Aus- 
irirtc^js,  4  i  léguas  aoSO.  de  Vienna  ;  10,OjO 
habitantes. 

siuENELUS,  (hist.)  u-n  dos  filhos  de  Perseo 
e  «^'Andromed^-s,   por  morte  de  seu  pai  cou 
be  Jhe  em  partilha  Mycenas,    venceti    e  fez 
pritÂoneiro  Amphjtriào,  seu  s(d»rinho. 

srriENKLUs,  (hist)  filho  de  iC-ípaueo,  um 
dos  7  chefes  que  cercavam  Thebas  com  Po - 
Jynice,  foi  um  dos  Epiyones  que  cercaram 
«sta  ci'iade. 

STUENiA,  s.  tn.  (Lat.,  do  Tir.  síhenò,  ier 
força.)  (fied.)  estado  de  exaltação  das  for- 
ças orgânicas. 

sint.-s.co.  A,  adj  (V .  Sthenia  )  Estado, 
doença  —  ,  em  que  ha  exaltação  das  ftr- 
ças. 

STHENOBEA,  (hist.)  filha  d'íobato,  rei  de 
lycia,  concebeu  ciiminoza  p«ixâo  por  Bel- 
lerojhonte. 

STif.MA,  *.  m.  (lat.  eGr.  de*í«sô.  picar  ) 
marca  de  picada.  — ,  ^bol  ]  extremidade  glan- 

TUL.   IT. 


dulosa  do  pistillo  ;  órgão  exterior  da  respi- 
ração de  alguns  insectos, 

stigmatisado.  V.  Estijmalisado. 

stigmatisar     V.   Ksligmatisar. 

STiLicoN,  (hist  )  F/acÍM«  Sí/ico,  general  e 
favorito  de  Theodosio,  vanlalo  de  origem, 
Crtzou  com  Serena,  sobrinha  do  imj)erador, 
por  morte  d»*ste  princijje  foi  tutor  de  Ho- 
nório, seu  filho.  Traotava  de  fazer  |  assar 
a  coroa  para  a  sua  família,  quando  Honó- 
rio, informado  das  suas  intrig.isdeu  ordem 
para  jue  fosse  morto ;  um  dos  seus  capi- 
tães lhe  cortou  a  cabeça  em  408. 

STILLING,  (hist.)  mysti.jo  allemão,  nasceu 
em  l7'iO,  jnorreu  em  18  7.  Publicou  :  Rei- 
nas do  reino  dos  Esffiritos;  Apologia  da 
Tkroria  dos  Espiriíox.  eto. 

sTiLLiNr.FLEET  ,  (hist )  controversista  in- 
glez,  níisi;eu  em  16^5,  morreu  em  IGJD.  As 
suas  principies  obr.ts  são  :  Ori<jines  Sacrcg] 
Origine'}  hriíannicce,  eto. 

STH. LO  ou  STíLO,  (gcogr.)  ConJÍ/»UTO,  ci- 
dade do  reino  de  Nip.dns,  9  léguas  ao  S. 
de  Squillace  ;   1,800  hribitant»^s. 

STiLPON,  (hist.)  philosopho  de  Me:?art, 
discípulo  de  Diogene»*,  e  mestre  de  Zenão 
o  Sioíco,  foi  um  modelo  de  virtude. 

sTíPULA,  s.  f  (Lat  palka  )  (bot.)appea- 
dix  squsraoso  ou  membranoso  que  acompa- 
nha a  base  do  pcciolo. 

STiPULAÇÃo,  stipular.  V.  Estipulor,  etc. 

STIRLING.  OU    STKIVELING,     (geOgr.)   CÍ  lade 

da  tscocia,  capital  do  condado  desie  nome 
i4  léguas  ao  NO.  d'E'limburgo  ;  10,740  ha- 
bíianles.  O  cndado  de  Siírling  situado  en- 
tre os.de  Porih  ao  N.  de  ílUckminnan  ao 
NE.  de  Lenark  ao  S.  de  Dumbarton  a  O  ; 
7ú,0U0  habitantes. 

sTiRLiNG  (oondo  dei  ,  (hi^t.)  nasceu  dm 
15^0,  morreu  em  1(5^0,  foi  secretario  da 
Escócia.   Deixou  Poesias  muito  estimadas. 

STO.  V.  hlo. 

STOBEo,  (hi-^-t.)  Joannes  Stobttus  ouS/o- 
bensis,  compilador  g'Pgo,  que  se  julga  ter 
vivido  em  450  ou  5iJ0  de  J -Ísu-Christo,  e 
que  sem  duvida  era  de  Stobi,  ci<lade  da 
Macedónia.  D*^i\ou  ;  EclogcB  pfiisicce  et  Ethi- 
coe;  Sermones  ou.  Auilmlogcon. 

STOBES,  (geogr  )  .S/o/yi.  hoje  Istib,  cidade 
da  Macedónia,  Ci<pit;il  «la  1'conia,  entro  oi 
Agr-ianos. 

STocKnAi.E,  (hist. literato  escocez,  nasceu 
em  l"3tí,  morreu  em  181 1.  PubMcou:  Oft^cr- 
voções  si  bre  a  natureza  e  leis  da  piesia; 
Lfcções  sobre  os  melhores  poetas  ingle^ 
zes. 

STOCKiioLio.  (gftogr.)  cíípiíal.  da  Suécia, 
e  da  p  ovimia  de  St  tckhoirao.  entre  o  la- 
go âloelar  e  a  Bélgica  ;  90,000  habitan- 
tes. 

STOCKPORT,  (geogr  )  cidade  d'Inglalerra, 
159 


cu 


&T3 


&Íf( 


3  le!?uRS  ao  SE.  de  Manchester ;  Gl.OrOha- 
LitíiTiies. 

sroCKTnN-upoN-TéRS,'gpogr  )  cidade  d'ln- 
glíiiíMia.  sitbíH  H  Te»*;;,  a  4  It^guas  da  sua 
eijd)(M;.i'lura  ;  8,0<*U  Imljit-ífKes 

sTotciun  s  insul.í:  ,  (;íe<»g''.)  hoj*)  illi«s 
llye^ct  g'Uj»o  das  ilhas  do  iiinr  ifift-rior  lus 
CK-Ntíis  <ía  Narbi  iKZH,  peito  de  i)lassilta 
(hoj*  M  rv,v  lha  . 

sTuFF  Er.  ^tiUt.^  general  vpndeino,  nas- 
CiMi  t.m  i7  I.  iu<tr'vii  fMn  i7'.>6.  Foi  fuzdd- 
do  em  Ancora  cru   171)(). 

STOif:is«'),  s.  m.  (de;*.  fçwo.)donlrinn  mo- 
ral <ius  sloicos,  singular  insensibilidade  aos 
niíil'  s 

STOico,  A,  «'//.  (do  Or.  stoa,  porl-co.) 
rju-^  segue  n  doutrina  primiliVíniente  en^^i- 
nada  em  Athenas  no  poriico.  Os — s,  phi- 
lusophís  desta  siila. 

sToiCos,  (hist  )  Stoici,  peita  de  philoso- 
phos  fundada  m  anno  30J  antes  <JeJesu- 
Chtisto  por  Zenão  de  Cilium,  tirava  o  >eii 
noMjedi!  uoi  pórtico  (em  g^ego  stoa],  aonde 
se  renuiaoi  os  discípulos  de  Zenão,  para 
receber  as  licgõesde  seu  mestre.  Os  Sloi- 
cos torna  mm -se  nolav-ispeLi  su<i  mo  ai. 

STOKK-UPON-TRÇRT,  (j^-ogr.)  cidad,?  d'ln- 
gl.Uerra,  sobre  o  Treut;  37,23J  h^bit^in- 
íes. 

STOiíBERr.,  (geogr.)  cidade  da  Prnssia.  2 
leí2;ijas  e  iii»  ia  a  K.  de  Aix-la-Cliapelle ; 
4,r»00  ha  b. ta  mes. 

STOLBERG-A.M-IIARZ ,  (gcogr.)  oldade  da 
írussií,  '2o  léguas  ao  Ni.  de  Merseburgo; 
4;í(lO  habitantes. 

sroLBKiiG-iN-r.EB'nnK,  (geogr.)    cidade  do 
reino  da  Saxonia,  A  legu»s  h  meia  ao  SO 
d=í  Cneniitz;   2.0  H>  habilantesí. 

STOLBEB';,  (hist  )  escript  r  allemão.  nas- 
ceu em  175  ^  mornu  cmi  18!9.  As  suas 
priíifipaes  obras  são  iradiicrões  em  verso 
da  lUoda,  d'Ksch}lo,  etc. 

.STOLBOVA  ou    STo|  BOWbKAIA,  (gCOgr.)    villa 

da  Hussia  europea,  In  jn  em  minas. 

sTÓLiDO,  A,  aiij.  (Lai.  stvlidus.)  tolo,  es- 
tujddo. 

SToi.ps,  (geogr  )  cidadi  murada  d<i  Prns- 
sia, 15  léguas  ao  Aê..  de  («B^lin  ;  6,(300  lia- 
l^itmtes. 

STONK,  (p;eogr  )  cidade  d'Inglaíerra,  li  lé- 
guas ao  yj     de  SlaíFord  ;  8,000  habitan- 

STONEUKNCE ,  (liist.)  monumeuto  curio- 
20,  do  cnllQ  dos  antigos  Bretões ,  que  se 
«chi  um  Ifiglate-ra  na  ldaniciedeSal^^bu^g, 
ò  '6  léguas  desta  ciilade 

STONMpiUSE.  (geoyrr  )  aldeia  dMnsjlaterra. 
enife  rlyiuouil)  e  riymuulli-Oorks ;  6,100 
habita  ri t<;s. 

sTOiNYiiuKST.  (gí^ogr )  fll  leia  d*ingl!aterra, 
7  léguas  ao  bC.  de  l^itiBcastre. 


'  STORA  ou  sciGVTA,  fgBogr  )  perto  da  an- 
tiga liusicadi^  c'dide  d\Jgeria,  15  léguas 
ao  .NK.  de  »>onslaniina. 

STOKA  KnppAKBEBG  ,  (peogr)  iim  dos  la- 
na los  d  rt  Suecii.  na  Suécia  pnipriam^-nle  dita, 
ao  ?l  é  siwiadoenir-tos  lanatnsd^  Jce  nlhnJ 
HO  N.,d  >(E  ebroa»  S.;  IJj.OO»  hábil. nles, 
ta p' lai    Fahon 

sroKCii  ou  sToncK.  (hi<it.]  rdiefe  dosAna- 
bapiisias,  oasoeti  cm  ^  olberi;.  morreu  eru 
15  t:  tirouas  ujais^!xaggera  ias  couiequen- 
nas  dos  [tfinoijdos  >U',  tuihero.  V  sei'a  de 
Si'tn  k  é  CMuhecila  pelo  nome  de  s  iia  de 
l*iU'i(ica<ioie!i. 

sT<uí?ioWAV,  (íreogr  )  cidade  ft  porto  da 
Escncia,  capital  da  ilha  de  Lewis ;  4,2O0 
habitantes. 

STOROE,  ígeogrJ  ilha  do  raar  do  norte,  10 
léguas  ao  S,  de  Bergen ;  2,000  habitan- 
tes. 

STORTH^iNC,  (hist.)  assemMé.i  geral  ou  die- 
ta da  Noruega,  é  um  corpo  representativo 
e  electivo,  no  qual  estào  coOifundidas  as  Ires 
ordens  do  K>tado. 

STomi,  (geogr.)  noo^e  de  muitos  rios  d'ín- 
glaterra :  !.•  um  que  rega  os  con<lados  de 
Hors"!  (»  Souihampt  n;  i.^  um  que  na*ce 
n  s  limites  dos  condados  d'Ks.sen  edeSaf- 
íohk  ;  i.**  urn  rio  do  condado  de  Kent ;  \  • 
um  aíliipute  de  Severn,  que  rega  ocouda- 
do  de  Wecester. 

STOURPoRT,  (geogr  ]  cdade  d'lní?lat.»rra, 
\  léguas  ao  .N.  de  Wurcesler ;  6,150  habi- 
tantes. 

STow,  fgengr.)  vilia  d'Inglaterra,  3  lé- 
guas ao  Ns).  de  Hridjí^waier. 

STR^BU),  (hist.)  Strabo.  celebre  geogra- 
pho  grego  d'AMiasea  na  Cappadooia,  nas- 
ceu no  anno  bi)  antes  de  Jrsu-Christo.  te- 
ve diátincta  elucacayão,  viajou  pela  As'a, 
morreu  nos  uliimos  annos  do  reinado  de 
Tibério.  <'omp6z  Memona-i  históricas;  e  uma 
(ieographia  que  co n  adel  tobmeo  éa  me- 
lhor obra  deste  género  que  nos  legou  a 
anfíguidaiJe 

STKABU)    Df.   F.AMPSiCO.    fhi<5t.)    phH  \SOpho 

peripaielíco,  disniixilo  deTheophrasto,  sue  • 
cedeu -lhe  no  Lycêo  no  anno  28.1  antes  de 
.lesu  ('hfi^l.í,  morreu  em  770.  Kst/«beleceu 
um  syslema  te  philosophia.  segundo  o  qual 
explicava  tudo  pela  f-  rça  produclora  da  na- 
tureza, o  que  lhe  valeu  o  nome  de  phisicê 
ou  natura, isla. 

STR^RisHo,  s.  m  (Lat.  *<ro/;tsmwt,  do ftr. 
strephfl.  Voltar,  volver.)  (med.)  defeito  dos 
olhos,  olhar   vesgo 

siRADA.  (hist  )  jesuíta  romano,  na«;ceu  em 
1572,  morreu  en  i6V.).  heixou  entre  ou- 
tros escrlplos  :  De  Lélio  Belgico  He  decadet 
duo  *^ 

STRAoELLA,  (geogr.)  cídadd  dos   Estadoí- 


sflP 


STH 


ca3 


Sardos  7  legaas  ao  ^E.  di  Voghera;3,900 
hfbiiniilos. 

straDiVaRils.  (hist.)  o  mais  h»bil  artis- 
lista  de  iii&truiitrntos  du  r^rdas,  nasouem 
l()7o  em  r.ieujona,  morreu  eoi  17  Í8,  fo» 
discipi  l«)  dos  Amaii. 

STHArFOBD  UU   STHATFORD,    (gPOVr  )  CÍda- 

no  (riiijilí^íiTra,  \  Ihjíuss  ao    a»J.  de  >Var- 
witk  :  :V07<>  liabilariteH. 

siR^FPoRD  (condn  de',  (hist.)  estadista  in- 
ft]ei,  nasceu  em  1593,  de  nma  famdia  ai 
liada  com  o  sanjiue  real,  f.i  iio  parlamt^n 
tu  defensor  dos  fwfitsnacinnaes  S>r?ifT.»rd,  fez 
serviços  111  porlantes  a  <  ai Ks  duranleo  tem- 
po eiu  quH  HSle  princ'pe  governou  sem  par- 
lam^nto.  Obieve  alguns  successos  fobre  <»s 
rebelde^  d'tscocia.  SiralT.ird  fni  condemna- 
do  á  morte  pelo  parlamento  em  cons»qupn- 
cia  de  uma  accusa«,ào  de  Pym.  O  rei,  de  quf^m 
elle  fOra  ins  runipoto  leve  a  bsix^^za  de 
«ssi^nar  a  stnt»>nça  que  foi  executada  a  lá 
de  maio  de  1041. 

siRAKOMTZ,  (grogr.^  ciilade  daBoheraia, 

5  léguas  ao  SO.  de  Pis^k ;  2,000  habitan- 
tes. 

STRAi.suND,  (gpogr.)  cid,ide  da  Prússia, 
capital  da  regência  do  mesmo  nomn,  55  lé- 
guas an  N.  de  Herlin  ;  tí.OOO  babiiantes 
A  regência  de  Siralsund  tem  por  limit-esao 
NO.  ao  S.  e  a  E.,  o  Báltico,  ao  SK.  e  ao 
S.  a  regência  de  Stetiin  ;  ICj.OUO  babiian- 
tes. 

STRAWGUHIA,  s.  f.  (^M  ,  de  slringo,cre, 
apertar.)  (rand.)  diíliculdade  e  desejo  cons- 
tante de  ourinar. 

stbamiar.  V.  Estranhar. 

str  \sburro,  {\^'^oj^r  )  Argentoratum  dos 
antig  is,  cidade  <le  França,  rapilal  do  dnpar- 
tami^nlo  do  baixo- Itheno,  HG  léguas  a  fc. 
de  rans  ;  57,88j  habitantes. 

5TBA^BUKGo  (bispado  dȒ).  igsogr.)  com- 
preendia raiitios  distnrlos  da  Uaixa-Alsacia, 
mas  nào  a  própria  cidai»». 

STAASSBUKG,  Rfiogr  )  /íro /fttfzo  em  pola- 
co,  cidaile  murada  da  l'rijssia,  15  l»*giiasao 
SE.  de  Wafiemv.inlp- ;  f  (íOO  habitantes. 

STRATAGKM4.  V.  E<traíagema. 

STa.ATÍi;iA.   V.  EsiraUiiia,  etc. 

STRATHAVgN,  {g''ogr.)  cidade  da  Fscoria, 

6  léguas  ao  SE.   de  olasgow  ;  5,0-U  habi- 
ta ntei- 

STBATIPICAR.  V.  Estrati ficar. 

STRAToNiCEA,  (geogr.)  h<»je  Eski-hhsar^ 
cidade  da  Caria,  no  centro,  9  E.  de  Mjla- 
so. 

STRAUBCVCEN,  (g*»oer  ]  Castua  ^uguata- 
fia,  cidade  da  Havi^-ra,  2»  léguas  ao  >0. 
de  Passau  ;  (5^200  habiíanles. 

STRF.LiTZ  (ge«'gr.)  m  me  de  duas  cidades 
do  ducado  de  Me»  kl»*ii.biirgo-Streliiz.  uma 
Neu-Strelitx,  [^'ova-Strelitx],  85  feguas  ao 


SE.  <*e  Fclwf^rin  ;  ^..^^^00  h^^itant^s.  A  cu- 
ira  AU  Sticliiz  {Xilha  StuUiz  ,  Irgua  e 
meia  ao  SK.  de  Sinl  iz  ;  2,4(0  haLiianfen, 

siRM.iTZ,  lhi^t.)  isto  éatitad'  tes.  rorpo 
de  iiif/ínlfiia  nissa  folrL^do  rm  !■  45  [oc 
Joào  IV,  íin  puiiha-Mí  de  /.(»,( (50  lonunt 
e  fornrcirt  a  ^ii/iida  impei i{<l.  loidi&olvido 
este  corpo  em  consequência  de  una  revel- 
ia contra  Pedro-o-tirande. 

STB^^G^il:<í.  (ge(»gr.)  cidade  da  Fuecii,  15 
ao  >.  de  ^}kappin^í;  1,100  habitantes. 

STREPITAH     V.   Etsirefiilar. 

STiiEiMTO.   V.  Estrépito, 

SI  Ria.   V.  Estria. 

STRICTO  ou  ESTHiCTO,  A,  aâj .  (I  ftt.  slrt- 
ctus,  p.  p.  de  stringo,  tre,  apartar.)  apar- 
tado, estreito ;  (tig  )  rigoroso  lnlerpreta<,ào 
— .  Sentido — .rigoroso.  Voto — , que  obri- 
ga a  v,bservancia  ligorosa, 

STRiDO,  (geogr  )  Stridtinia  dos  aritigos, 
Sirignv  eoj  AU»  nià«>,  cidade  da  Hungria, 
3  léguas  a  O.  de  Izeidfthely. 

STKiGE  ,  s.  f.  (i  at.  slrix,  igis.)  ave  no- 
cturna lri>le  e  agoureira. 

srRiCELiN.  (hisi.)  the<  logo,  nasceu  na 
Su«bia,  em  152«,  morreu  em  lò*9.  Sus- 
tentou muit«s  discussões  sobre  o  peccado 
mortal    Foi  discipul»  de    l.iiihero. 

STBiVAi.i,  (geogr.)  outr'ora  Stroiihadet.  pe- 
queno grupo  <1«  4  ilhas  no  mar  Jouio,  a 
lo  Ir^guHS  da  <lha  do  /ante 

sTKi  EMoE,  (g»^rgr  )  a  principal  das  ilhas 
Fseroe ;   l.iVO  habitantes. 

stroemsoe,  ígeogr.)  cidade  da  Noruega, 
9  legu«s  ao  bO  de  Chrisiiania ;  5,420  ha- 
bitanl^^s. 

STRiíGONOF,  (hist )  autifra  f^milia  russa  , 
conhecidíi  d  sde  o  século  \VI,  delia  sai- 
raru  muitos  personagens  disctinctoi. 

sTROM\TKS ,  s.  m.  (do  Cir.  stiOÔ.  espa- 
lhar.) collecção  dos  pensamentos  de  um  au- 
tor mi^lura'^os  com  os  de  outros. 

STrtOMBMi,  (geogr)  'strongyle,  uma  das 
ilhas  I  ipari  ;   1,000  habitantt^s 

STROMNEss,  (gergr  )  ci  l«d«  e  porto  da  ilha 
Pom.Mia.  .j  léguas  a  O.  deJIkii^waU;  â.3Jt) 
halnianl»  s.  i   •     ' 

STHONCiANA,  s.  f  terra  àl^atínà  snraelhaji- 
le  á  barjirts,  desc<d»erta  pela  primei  a  vei 
em  ilruntian  na  Escócia. 

STRONGYLE.  ígeogr.)  uiua  das  ilhas  Lipa- 
ri,  h.  j-^  i>lrotnhuli. 

STRoiND,  (g*í<»gr.)  cidade  d'InKlaterra,  3 
léguas  e  meia  ao  S.  de  Glocesler ;  42,u00 
habitantes 

s  TROND.  fgeogr  )  Fannm  S.  Trudorius 
em  lalÍ4u  moaerno,  S  fVMyí»»»  em  allemâo, 
cidade  da  He^gi^a,  7b'guasaoKE.  de  Lie- 
ge  ;  S,490    habilautes. 

sTKo^'iAY.  (geogr.)  uipç  das  Orcades ; 
i.OoO  habitantes. 

159  • 


I 


636 


STR 


6TU 


sTROMiAN,  (geogr.)   villa  da   Escócia,  8 
legufls  ao  SO.  de  Forih-William.  j 

s.  Tu^TEZ,  (içeogr.)  lleraclea    Caccabria 
dos  Miligos,  Fanum  S.   Tor^jetis  em  latim 
rooderno,  cidade  de  Franca,  a   ^2  léguas  e 
meia  aj  SE.  de  Draguignam  ;  3,tí4u  Labi 
ta  11  te?. 

sTROpnADES.  (geogr.)  hoje  Strirali,  ilhas 
do  mar  Jonio,  delronte  deMessina  e  ao  S. 
de  l.vynúio.  A  mytholugia  dava-aspor  ha- 
bilaçàu  ás  Uarj.yas. 

STKOPUE.  V.  Esiro'ihe. 

STHOZzi  iP«llas',  (híst.)  sábio  italiano,  nas- 
ceu tm  Kwá,  mordeu  em  l-^tL*.  l)eu-se  a 
fazer  c«ipiar  ns  n!«nuscii|)tos  gregos  ;  a  elle 
se  deve  o  Alntagesio  de  Itoh-mcO  ;  «s  Vi 
das  de  Plutarco  ;  as  Obras  de  í  latJiO. 

STRozzi  (Tiiu  Vespasiiíno)  (hisl  )  poHia  la 
tino.   naseí^u  em  142.  em  Feriara,  murr»  u 
em  15(ll.  Toriiou-se  notável  pela  elleg«n- 
cia  de  seu  e&lilo. 

sTRozzi  (llí^rcules)  (hist.)  filho  do  prece- 
dente, naMuu,  em  1471 ,  morreu  em  15<8, 
tevecom  seu  paia  presidência  doconcelho 
dos  í2  em,Ferr«r8  ;  foi  as-assinado quando 
ia  casar.    Deixou  poe>ias  Iwlinfcs. 

STBozzi,  ihist.)  chamado  o  Capuccino, 
pinlítr  genovez,  nasceu  em  1581,  morren 
em  1044,  era  •  ílectivanienie  c;»puchiriho  ; 
deixou  o  convénio  erefngi<u-&e  em  Vene- 
za aonde  fez  b*  lios   quadros. 

STBi  z^i ,  (hit-t.)  celtbie  florentino  ,  nas- 
ceu em  1488,  cazou  ra  casa  dos  Medicis, 
mas  p<  r  isto  i  ào  deixou  de  spr  iimd»feu 
sor  da  hber<lade  contra  csla  família  ;  ret-u 
sou  um  pnuiipado  que  lhe  oílereceu  Leão 
X  e  teve  a  princi[^al  ^lane  na  revoluràod^! 
lv'27,  que  tirava  a  iiiflu»  ncia  aos  Medicis, 


e  resti' helena  a  antiga  forma    de   governo 
Coiicorreu  p»ra  o  liiunphodo  dujue  Ale- 
xandre que  o   creou  senador.    Suicidou-se 


em 


í5:í8. 


sinozzi  (Thilippe),  (hist)  filho  do  prc- 
ccdt  nte.  disiinguiu-se  ao  servido  da  Fran- 
ça, aonde  foi  fomeado  general  das  galeras, 
depois  mareihal  Foi  morto  em  15.8  no 
cerco  de  lhi«nville. 

siRtzzi,  (hist  )  filho  de  Pedro,  nasceu 
em  Aeniza  cm  1541,  distinguiu  se  ao  ser- 
vido ^s  Fraiiça  dtscíe  a  idadt  de  15  aniios, 
fez  predigiííb  de  valer  nas  batalhas  deRo- 
fhe  y^lnlie,  de  >  i  ii((nt(  ur,  e  no  cerco  da 
t«(l.dla,  ioi  a,"iMMoi  ado  •  m  .584  peloal 
itíiiante  ífònia  Ciuz,  que  o  mandou  lançar 
ao   mar. 

SI  KL  Cl  IRA.  V    E>trviCtura. 

^^Kl^^^EE,    (hi^t.)   «Mfdisfa   prnfsipno , 
Ka.»cen  i  uí  17»^   Foi  i*Ma|  í'k!o  an  Wil, 
»Min'f}o  de  leh  çôes  (rin  ir  í  fas  c<  m  a  lai- 
)  ha  re  Tin^n  ana  (  aiolmaMaiildi  de  qutm    tes. 
era  piiiLeiío  iLÍm&uo. 


I      STnuvio,  (hist.)  Struvius,  jurisconsulto  «1- 

'  lemào,  nasceu  em  16  9,  mornu  rm  It  92. 

As  suas  principaes  obras  são  ;  o  Júris  feu" 

dalis   syntagma ,     Jurisprudtn,A(B   civilis 

syntagma. 

STRY,  ígeogr.)  cidale  murada,  capital  de 
um  circulo,  sobreo  Slry,  15  léguas  ao  S.  de 
Lemberg  ;  U,bOi)  habitantes. 

STRYMON,  (geogr)  h"je5íroma  oa  Kara» 
sou,  rio  da  Thracia  e  dn  Macedónia,  sai  do 
tlemns,  e  cai  no  mar  Egôo,  pouco  acima  de 
Ampbipolís 

STRYMoRCus  siNUS,  (gpogr.)  hoje  golpho 
WOrfano,  golpho  do  mar  Fgêo sobre  acos- 
ta da  Macedónia,  recebia  o  Strymoa  que 
lhe  deu  o  nome. 

STiJAKT.  (hist  )  família  real  celebre  pelo 
seu  poder  e  desgraças,  reinou  primeiramen- 
te na  Kscocia  e  depois  em  toda  a  (Iran- 
Hrelanna.  Teve  por  chefe  um  certo  Waller, 
oriundo  de  Bonquo,  chefe  de  í  ocbaber.  O 
reinado  desta  ca^a  terminou  em  Ja  quês  II, 
exilado  pela  revolução  de     688. 

STUART  (Ja<ques  Ldua»do),  (hist )  apeli- 
dado o  cavúlUtrode  S.  Jo^ge,  filho  deJac- 
quês  II,  nasceu  a  10  de  Junho  de  i68S, 
em  1701  foi  reconhecido  rei  d'lnglaterra 
com  o  nome  de  Ja«qnes  lil,  por  LmzXlT 
e  esperou  por  muito  tempo  que  a  rainha 
Anna  o  nomeasse  s»»u  successor.  Morreu  em 
em  boma  em     "466. 

siUART  (Carlos  Eduardo)  (hist.)  chama- 
do o  IWetendenie,  e  o  conde  d'Albavy  , 
nasceu  em  lioma  rm  1744,  morreu  na  lia- 
IÍH,  1788,  depois  de  ler  tentado  occupar  o 
trono  d'lnglíiterra 

STUART,  ^hist )  segundo  filho  de  Tarlos 
Eduardo,  nasceu  era  1725,  morreu  em  1807. 
Teve  primeiramente  o  titulo  de  duque  de 
iorck,  tomou  depois  ordens  e  foi  eleito  car- 
deal 

STUART  (Arabella),  (hist.)  chamada  ordi- 
nariamente Laly  Arabella,  filha  de  (larlos 
Siuítrt,  c  nde  de  Lennon,  teve  perlen!,õ«s 
ao  li-ono  d'lnglaterra.  Foi  encarcerada  pelo 
rei  da  Escócia,  e  morreu  na  prisão  em 
I6i5. 

STUART,  (hist.)  arrhiiecto   e   antiquário, 
inglez,  nasc»-u  em  1713,  morreu  em  1 ;  88. 
Visitou  a  Itália   e  a  Grécia     publicou  de- 
pois as  Antiguidades  d'Athenas. 
siy)o.  V,  Esivdo. 

s1LHll^Gi'^,  (geogr,)  villa  da  gran-dnra* 
do  de  fcadcn.  4  h  guas  ao  ^0,  de  l^chíif- 
fhouse  ;   1 ,( (  O   habitantes. 

simLWEifSF.KBLHGo .  (geogr.)  chamada 
tí>nbim  A'ba-Jhol,  Athalieg  a  Juba  em 
l^iim  Drdtrno,  cidade  da  hnngria,  15  lé- 
guas ao   ^0.    de    iJuda ;   4,0(<U   habiian- 


siiiiM,  (j^eo^r.)  cidade  da  Piuisia,  51e- 


Qãt 


SUA 


SUA 


637 


guas  (10  NE.  de  Maríeawerder ;  900  babí- 
tnntes. 

STULTiLOQuio,  *.  m.  {Lst.  stullilo'juium.) 
(p.  us  )  palavras,  razõ 'S  de  tolo. 

STULTo ,  A,  ajj.  (Lat.  stulius.)  estólido, 
tolo 

STUPIDO    V.  Eitupido. 

STURA,  (geogr.)  Siu^a  era  latim,  nome 
de  dons  rios  dos  Estados  Sardos  ;  am  afllaen- 
te  do  ró  ;  e  outro  cae  no  Tennro. 

STURE,  ihist  )  chamado  o  Antiijn,  foi  no 
meado  admitiistradordo  r<»ino da  Subiria  em 
1471,  por  morte  do  Carlos  Vlll.  Morreu  em 
150  {. 

STURM  (Cbristovão),  (hisl  )  sábio  allemão 
nasceu  era  l()i5,  morreu  em  l"t)3.  Asna 
melhor  obra  tem  por  titulo:  Collegium  ex- 
perimentale  sive  curiosun. 

«TUTTCART,  (g^^ogr  )  capítal  do  rpjno  de 
Wuriemberfí ,  a  meia  légua  do  >eckar ; 
35,0UU  habitantes. 

STYGio,  A,  adj.  do  styx,  da  estyge.  A  la- 
goa -  . 

STTL.  Y.  Astil  ou  Hastim,  medida  agra- 
ria. 

STTf.iTA  ,  s.  m.  ou  adj.  m  que  so  tem 
em  pé  sobre  uma  columna.  S.  Simão — . 

STYLO,  s.  m.  (Lai.  ííy/as,  coliimnarinha.) 
ponteiro  com  que  osGregose  Romanos  tra- 
çavam as  letras  ;  (fig.)  esljlo.   V.  Eslyb. 

siYMPiiALE,  [geogr.) Slymphalus hoJH Za- 
raca,  pequma  cidado  da  Arcádia,  ao  JNE., 
nos  confins  da  Phliasia  edaArgolida. 

STTPTico,  A,  adj.  (Lat.  stypticus,  do  Gr. 
styphein,  apertar.)  (med.)  que  aperta,  cons- 
tringe. 

STTR,  (geogr.)  rio  d'Allemanha,  nasceu 
na  iialicia,  perto  de  Brody,  depois  entra  na 
bussia  e  perd^í-se  no  Pripets. 

STTRiA,  (gpogr.)  parte  da  Norica  e  da 
Pannonia  antiga,  Steyer  em  «llemão,  um 
dos  governos  damonarchia  austríaca,  limi- 
tado ao  N.  e  a  O.  pela  Áustria,  a  E.  pela 
Hungria,  ao  S.  pela  lllyria  e  Croácia; 
87(t,O0l)  habitantes.  Capital  Grcetz. 

STYs.  V.  Aslins  ou  Ilastins  de  llastim. 

STYGE,  (myth.)  rio  do.s  infernos,  segundo 
a  fabula  grega,  .«^egundo  uns  era  gelado; 
segundo  outros  as  suas  aguas  eram  veneno- 
zas.  I»eriva  o  shu  nome  de  Stygeo  odiar. 
Fez-se  de  .-tyge  uma  Oceanida,  mulher  de 
Titan   i  alias. 

sT^x,  (Ke<'gr  )  rio  d«  Arcádia,  entre  os 
rherieiles.  cai  iinCraihis. 

SLA,  de>inpn>ia  f.  de  spu.  d  Ilnoudella, 
referindo  s«  A  pessoa  ou  cousa  p 'S>uid8,  e' 
não  «o  possui  'c,  ex    Nero  deveu  a  —  mài 
Aífrippina  o  império.   Séneca  a(djou  em  —  i 
esposa  j 

!»U«BiA,  'gpogr.^  ero  all^^n  fto.^r' ir/cn.  rm 
latinri     ufr'0.    r»  giàii  da  afit't{»   \ll«naiiha 

V»  l..    íT, 


noSO.,  não  tinha  Iim<t(^s  he-n  fito'?,  «van- 
<;ava  pelo  S.  ale  n  do  llheno  até  á  Suissa  a 
sua  capital  era  Zuricb. 

Duques  de  Suabia  desde  912. 

I  Duques  não  hereditários. 


rrchanger 

012 

Hermann  III      1004 

t^urkh.írd 

92fi 

Ernesto  1            1012 

Hermaun  I 

9  6 

Hermann  IV      1031 

Ludolf 

d\H 

Henrique             1038 

Rurkhar  II 

9.ÍÍ 

Olhão  |[             1    U 

othào  1 

97;j 

Olhão  III           1044 

Conrado  I 

9^2 

ílodolpho   de 

liermaun  II 

997 

Kheiufeld  1057-80 

II  Duques  heriditarios  (caza  de 
Huhenslavfen. 

Frederico  I  1í'80  rhilipe               1196 

Frederico  II  1H»5  Frederico   VI     12  3 

Frederico  III  11^7  Henrique  II       1219 

Frederico  IV  1155  Conrado  V          1250 

Frederico   V  1167  Conrado  VI  ou 

Conrado  IV  1191  (!onradino  12j4-68 

SUABIA  (condado  palatino),  (geogr.)  parte 
do  ducado  de  Suabia,  tinha  Fabrigue  por 
capital. 

suABiA  (circulo  de],  (geogr.)  um  dos  4 
grandes  circulo  do  iroperio  d'Allemanha 
creados  em  I  j87  por  Wuicesláo,  e  um  dos 
f^ez  formados  por  Maximiiiano  no  XVI  sé- 
culo, entre  os  de  Alto  e  Baixo  Rheno,  de 
Baviera,  d'Austria,  Franconia  e  a  Suissa. 

suADER,  (Lat.  suadeo,  ere.)  (aat.)V.P«r- 
suadir. 

SUADO,  A,  p.  p.  de  suar;  ac(y'.  coberto  de 
suor. 

suADOR ,  A,  adj.  ou  s.  que  sua  muito. 

SUADOURO,  8.  m.  banho  que  faz  suar,  v. 
g.  banl.o  de  vapor.  Tomar  um  — .  ou  — s. 

—  da  sella,  são  dois  coxins  da  sella  que  as- 
sentam no  costado  do  cavallo. 

SUAKEM  ou  soNAKiN,  (geogr  )  cidade  da 
Núbia,  sobre  o  golpho  arábico,  77  léguas 
de  I)jidd«h. 

sLÃo.  V.  Soão. 

SUAR,  V.  a.  (Lat,  sudn.  are,deex.  evdo^ 
are,  n;olhar.)  exhalar,  lançar  pelos  foros 
da  pelle.   —  hnyas  de  agua,  suor  copi"so. 

—  snnyue  y   l;inçfl   lo  p- los    póf^os  da   pelle. 

—  o  rí"»eHf),  ei>)elli  lo  p»íl()  suor,  ou  des- 
eniba^^wrar  s*»  da  c«u»a  di  do^nçít  pe  íisu«>r. 
Smoí*  í/í/ot  cami  ns.  ♦nsfípnu  »ís  de  suor; 
(fig  )  adquirir  ciMU  g»"an'<e  fadiga  —  ,  em 
seiíiiío  abs.,  exíiellir  o  suor  pela  pelle; 
(ti;,'  )  verif-r  hurnidHde.  o  y.  sumn  as  pare- 
des Cerins  ojrifn  .^iiain  di  U  l-i(ii  sui,i  os. 
— .   fiif    1  dar  trj^bíilhwr  riiuiio.  ^f  ttl'^ar-t.e 

a6j 


G38 


SUB 


ÍUB 


IpsuARn,  (hist.)  historiador  f  anc^z,  nascer 
era  17. >^.  morreu  em  18 '7,  rwblicoii  tra- 
durçôf^s  d«s  Viayens  de  Cook,  e  da  II  ia  to- 
rta da  Ani eriça,  eto. 

suahda  .  s.  f.  («lo  s^iar.)  matéria  oleosa 
qne  (»s  pan'is  de  là  p^rd^m  no  pis'o. 

suARkNTo,  A,  adj    hiimidti  com  suor. 
*    siiASÀo.  s.   /".  V     /Vr.çMHAa ). 
^suasokio.  a,  adj  [\  ni..suosorius.){[)  iis  ) 
que  serve  de  persuadir,  persuasivo.   Niriu- 
de  — .  H.-ízões  —s. 

SUAVK,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  sufliti.ç,  do^-r. 
ÍO&.V,  sào,  e  aô,  sopra**,  respirar;  emíltlii- 
co  schva,  Sflns!-,rii.  snadi.)  brando  aprazi- 
v»d  aos  seruidos.  Voz,  canUí,  cliein».  vira- 
ção —  ;  (lig.)  teve,  n.  íj  jug-»,  tributo  — 
— ,  fácil,  pouco  trabalhuso. 

suAVfcafcMTK,  adi\  (mfifífe  suíT.)  <cnm  sua- 
vidade, de  modo  «íuave,  leveiijente.  Cantar 
— .  Co  i    melodia 

«UAVDAHE,  s  /".  (lat  «uorí/oç, //«)  a  qua- 
lidade de  se*"  snav»^,  b  aodr»,  grato,  aprazí- 
vel aos  sentidos;  leve,  f«cil :  — do  cheir» 
da   v  z.  'ío  canto  ;  —  de   vi*  ho,  do  remediu; 
(fig  )  —  dl»  jugo,  dos  tr'b»itos.  do«  ch^-fns. 

srAVissiMAMí-NTE.  a/o.  superl  dó  suave- 
mente, com  a  m«ior  su?<vi  lade. 

SUAViss.iio.  A,  adj  SM^er/.  dt' suave,  mui- 
to suave,  r.heiro,  canto — .  t  alavras,  costu- 
mes —  s. 

SUAVIZADO  nu  suAviSAi)"»,  A  f  p  desu«- 
v:zar  ;  a  (/    alliviado.  abrandad  >,  rnitiga<lo 

sUAViz*R  ou   sUavisar.   V.  n.   {.suacf.   izar 
d»s.i  fíízer  suav«:  (fig)    fb^and^r    alliviar 
mitigar  :  —  a    'òr,  o  castigo,  o  dissaòor,  a 
moléstia,  o  jugo.  o-i  aggravos. 

SIaZOR  o     V.   Siiasiirio. 

SUB,  prep.  littina,  d  Imíxo,  sob.  Corres- 
ponde ao  fir  /*///'"  ou  hiifio  qun  se  deriva 
do  Kpypc.  shop.  planta  do  pó  Enira  como 
prefixo  na  cí»tí» posição  de  «uitos  voí^ahulos 
e  dí»nota  siluaçSici  inf-rior,  no  sentido  pró- 
prio tí  no  raei?<phori('0. 

SLB^L^RES,  s.  /.  (dl  Lai.  ítultnlari^  ,  de 
sub,  e  ala,  azi.)  penn.isquj  estão  debaixo 
das  azíís. 

subaltrhnaç^o.  ft.  f.  dependência  que  tem 
a  coira  soburlinada  da  superior. 

suBAiTERNAUo.  A,  p.  p  de  subaltemap ; 
adj.  subordinado  a  superior. 

srB\i.TKR?iAti(iNTK  ,  àdo  [mente  .<ufT  )  do 
mod»  siit>alterno,  com  s-ubordinação. 

st  BAl.TKRNAR.    V.  U.    OU    W.   «    — SK,    ».    T. 

[sub,  e  alternar.)  alterníjr-se,  rev-^zar-se 

RUB\LTt£RNO,  A ,  « //  (s'/ft  iirnf  ,  e  a/í«r«o.) 
inferior  «m  aal<jriJad.3,  Oiri:ial,j*iÍ£,  tribu- 
nal — . 

suBiLTaRti ,    s    m.  (d'i  pre'.edmtft,  por 
ell<p«e)  p;siia  subjrdia.ida  aoutraouaoa- 
trás. 
su3:(i%aicti,  A,  alj  (Lat.  subwhiriein^ ) 


cozido  debaixo  do  borralho.  Pão  — .  Cór 
— ,  qiiasi  cinzenta. 

SLBCí-AVlo,  A.  adj.  (Lat.  »ubcldVÍUS.)[àT)Hl.) 

que  esiíí  por  biixo  da  clavícula.  Veias,  ar- 
térias — . 

SIBCUTANKO,  A,  adj.  {.«uft  pfof.)  (flnat.) 
qiiH,  Uca  por  baixo  da  pelle  ou  cútis  Glân- 
dulas —  s. 

SI  BOFi-EfiAçlo,  s  f.  [sub  pref )  o  actode 
subdelegar. 

sUBDE  EGADO,  A,  p.  p.  dc  Subdelegar;  adj. 
duleí^ndo  a  lercnira  pessoa. 

sibuelígaNTE,  adj  dl  s  2  g.[LHX.  subde- 
Itijoux,  tis  ]  que  subleb^ga. 

SI  BDELi-G^u,  V  a  (Lai  subdelego,  are  ) 
delegar  o  delegado  os  s  us  podr  resa  oulia 
nu  outras  p<ss 'as  O  \\i\z  subdelegou  aai  ou- 
vo  a  sua  jiiMsdicçào 

51  Bi)i*co>iATo ,  X  m.  (f.al.  subliaeona'' 
tus  )  ordem  dn  subdiacono. 

SUBIU \CONo,  .ç.  m.  (!,at.  ftubdiaconns.)  o 
sacerilitte,  que  tem  onlem  de  epistola,  que 
é  a  p'iiíieira  das  maiores. 

SUBIUTO,  A,  ndj.  [i.Hl.  ^uhdi:vs.-\\.  p.de 
subdo,  eip..  submetler  )  sujeito.  As  terras — t 
«  (loa.  «  O  princq»e  —  ás  suas  leis.  »  Al*- 
raes. 

suBoiTo,  s.  m.  pessoa  sujeita,  vassallo. 

suiu)  vin^no,  a.  p.  p  de  subdividir;  at//. 
divi-fi.lo  dn  novo. 

.SUBDIVIDIR,  V.  a.  [sub  pref)  dividir  de 
novo,  dividir  a  cousa  ou  numero  já  divi- 
dido. 

siBDivfs.vo,  s.  f  divii.ão  de  cotisa  ou  de 
numera  j.i  »iividido,  segunda  divisão. 

suBKMiMiYTEosE,  s.  /.  acto  desubemphj^- 
teut'car. 

suBKMpnvTEUTA.  *.  dos  2  g.  pessoa  a  quem 
o  emphjtenia  afór.i  prazo. 

suBKMPiiYrEUTiCADo,  A,  p.  p.  de  suberD- 
pliyieulicrtr  ;  adj.  emphyteuticadopelo  em- 
phytMita. 

suB^MPHYTEUTiC.vR ,  V  a  [sub  pref.)  dar 
o  euiphyieiiia  de  aforamento  a  outra  pes- 
soa UíU  prazo  foreiro 

SUBENTENDER,  V  a  (su/í  pref  j  supprir  cofll 
o  entendimento  palavra  ou  expressão  que 
se  nào  expnme. 

suBRMiíNDiDO.  A,  p.  p.  d^  Subentender; 
adj.  suppn  lo  com  o  entendimento. 

«ÍUBFKUD^TARIO  .    A,    S     (<tub    pref)    fcuda- 

tario  dc  senhor  de  feudo,  feudatario  de- 
pendente. 

suBFEUDO.  s.  m.  [sub  pref )  feudo  depen- 
de íte  d«  outro  feu  to. 

SUBFRACANIIO,     SUBFREGA^IIO.    V.     Su/frU" 

ganeo. 

suBr\C'>,  (g^o^r  )  Huhlir,  em  fraace25»*- 
bf<iq>ieun  em  hiim,  ci  h  h  do>  Kst.idií  Ec- 
clrí>M>ti':o>,  Gle^iai  a  \uS&.  dd  Tivv^li;  .3,000 


fVD 


sm 


m 


•UBinA,  t.  f.  (subst.  d«  d*'»  f.  de  subi- 
do.) «cio  de  subir;  encosla,  ladeira  por  oii-f 
d«;  SH  ^óbe. 

suBiiHs-iiíio,  A,  ailj    xnp^rL  d<}  S'ibi  lo. 

Si  Bfi)o,  A,  p  p  de  subir;  qí//.  «lio,  «le- 
va<l(»,  (íiiiíuenle  ;  Icvioií/i  lo  — a  rei,  elevi- 
d.».  l'rrço —,  flilo.  K^iyli),  <»ní;tíiib  » — .«Sn 
íízeniiii  por  Arinss  ião — s.  »  CauQÕJS  ,  Lu- 
sial..  I.  H. 

suRiMtiNFo,  a.  m  (meuíJ  suíT  )  crescioien- 
to.  Mii.'in»'nt(>.  el''Vfl(.ã  ». 

SLui.MftLLBCTo,  odj .  (ant.)  V.  Subenten- 
dido. 

í>UBlMK^D!|»0  o  SIBINTBNDER.  V,  Subcil- 
teudido,  Suhenlfder. 

SLBiK,  V  a  [LfM  sub M.  ire;  xub,  i\*^  bu- 
xo, e  eo,  ire,  [r,  inumar,  ♦•luvar-so  jdqoji- 
tar  Irepar,  levar  de  bux»  p^ira  ciuí.i,  ele- 
var; —  a  l.i<eira.  a  escada.  Subiram  \vt- 
dras,  —  u'n  baniliáco  ao  muro.  —  alguém  a 
ho>Tas,  duinidades,  eleva  lo.  «  A  luciuia 
iube  (sobn)  a  um,  e  abaixa  o>  outros.  »  — . 
ir  de  baixa  para  riaia,  elevar-se  :  —  por 
uma  ladeira,  escada,  corda  ;  -  »o  monte,  ao 
mastro,  á  arvore,  ao  mur*-,  ao  ar,  ao  cu 
—  a  diipiidade,  no  troiw.  elevar-se.  — wna 
ideia  uo  pensafne»lo,  vir  <i  meote  :  —  ao  co- 
rft^ãõ  o  desíjo  O  tin lio  sobe  á  cabeça  (fig  ) 
p**rlurba  o  iííiellis?cncia,  o  juizo. — sobre. 
S'd>r*'piij  ir,  ex-eder.  —  na  virtude,  cesct-r 
nel!a  — de  preço,  augm^nlar,  encarecer. — 
de  «.st<//o,  el»ivar  s*»..  —  de  pe  ■samenlo,  en- 
soh»írl)"cer-se. — de  pmuo,  elev.ip  se.  — a 
consulta,  p^s^'  do  iribansl  aos  ministros 
que  despacham  com  fcl  HA  Não  —  de,  não 
exc»'der,  — se.  t;.  r.  montar,  eh^var-se. 

iV.   íi   Subir,  por  si.lTrer,  padecer,  v.  g. 
— »  a  i^ena.  o  casiij^o  é  gnlUcismo  ioadmis 
fciveL  jOàlo  que  CfHifonne  a  nm  dos  S''nli- 
dos  da  verbo  laliou  subeo,  ire. 

SLBiTAacNTE  ,  odv.  [mente  sufi  )  de  re- 
peiUe. 

suBiTASE^MKSTB,  ãdc,  (men/c  suíí)  de  TO 
p>?nle. 

SUB  TANRO.  A,  ãdj .  (Lat.  subitjneus.)  re- 
pentino. Morte  — . 

suBíTo.  A,  adj.  (i.at.  subitus,<ie subire.) 
reperiíino.  Morte  — . 

SLBiTo,  adv.  {(\o  Lat.  subiiò.)  de  re- 
pente. 

suiuTo,  s,  m.  (subst.  do  a^ij.  porellip^e) 
um  ct^penle,  sorpre/.a  ;  (.nansporle  repeiiuno 
de  ]*.iuão.  — í,  diliís  r-^pentinos  e  dis<'.r<<- 
los.  De  —  ,  [itíf^.  ad»v.)  dv  repente,  subila- 
menie. 

Sys  cotuf»  Súbito  lde\  de  repente.  Os 
clássicos  us.i-am  indíT-rerUMmenuí  destas 
duaseipreí^sòes.  poisassun  como  diziam  orar, 
glosar,  \i<yliin  da  repente,  tambeui  .se,  lô  na 
Eiifivda:  ^  De  siibi'to  Ibe  veiu  ao  |x.>n<amen- 
to;»  t  8«  diíia,   glosar  de  snbUn'  «.  {i}^ 


sai -me  osle  vilancete  (/««w/^/O.  »  E  Camões 
di-ise  asubito  temor,  sub. ta  proc  lU  »  To- 
davií.  ó  muilo  a<.ertado  q'H;  se  distinízani 
esi  s  diMS  expresso  iSeoGO  os  Fr.-íoce/es  dis- 
tingu -m  o  snr-le  cbamp,  i\it  suhiteinent  De 
repinte  itilic*  qu  í  a  cousa  se  fiz,ouacou- 
t!ce,  sem  demora.  Ii)>ío  log),  em  coniinen- , 
l\  De  súbito,  ou  sub  timen'e.  exprime  ò 
queaconltrí  »M»u  se  f.tz  ia  'pin  idamenie,  n'uru 
abrir  e  fetdiar  d.»olh^s.  O  prég.idor,  o  poe- 
ti  qu(!  mi:»rovisa.  falia  dt)  repente,  i.>lo  o,  som 
p-^.-pir^çà.»  pr<!via  ;  o  rai  »  fere  da  sabilo,  o 
sdlii^a  lor  actmtnille  de  subi.o,  isloé,  inopi- 
nada-n^^nte.  (|u,-«ii>lo  menos  s^  espera 

De  súbito  exprime  mais  rapilez  que  de 
repente,  e  «ccroscenta-lbe  a  iJaia  de  impre- 
visão 

SUBJACENTE,    adj .  f/iç  2  (j .  ('-at.  subj ^- 
cens,  tis,  p    a.  de  subjiceo,  ere]  que  está,  , 
(j  le  jaz  por  baixo, 
^    suBJKCTo.  V.  i^u jeito. 

SLBJKCÇio,  V,  Siij^içd^. 

suBJur,M)o  ,  A,  p.  p  de  subjugar;  adj. 
subnelii  10  ao  jogo,  sujeita  lo 

suBiur.AOoa,  s    m.  o  (}im  subjuga. 

SUBJUGOU,  V.  a.  (Lat.  sulijuifo,  are.)  im- 
pAr  o  jugo,  meiter  debi^XJ  do  jugo;  (lig  ) 
submeiíer,  subjeití^r. 

suBJUNcrivo  ailj  m  [I.hí.  subj une: ivus.) 
e  usa  lo  oor  ellipse  como  s.  m.  subaiten- 
dido  rnod'i.)  (aram  )  modo  dos  verb.»s  cuj  «s 
teoípos  são  subo  dinados  aos  de  outro  verOo 
no  iud  (íHtivo  ou  no  con  liei  «nal,  expresso 
011  subentendido;  >.!?.  quero  que  cáv.  Oue- 
ria,  qiiiíer*  qu,}  fns^ita.  Iria  se  tu  foascs. 
Irei  se  tu  f)re.f.  Outros  chamam  Ctííjjaucíi- 
vo  o  subj  inrtivo. 

suBi.RVAgvo,  s  f.  o  acto  de  sublevar  ou 
dt?  subleví4r-»e,  levantamento. 

suBi,KV.%Do,  A.  p.  p.  de  sublevar;  ai/,  le- 
vantad»,   rebellado. 

suBLEVAUOtt.  s.  m.  o  que  subleva. 

siBLEVAR  ,  V.  a  (Lat.  sublevo,  are  ]  le- 
vantar dd  baixo  para  cima  ;  (tig.  e  maisus  ) 
amoiioar.  fazer  rebeil.ir  contra  a  autoridade 
eslab-derida  :  — ossublilosou  vassallos  con- 
tra o  rei.  — SR  ,  V.  r.  le«aniar-se,  rebel- 
lar-se. 

stBi.iM.^çlo  ,  X  f  (chim.)  operação  peU 
qual  se  s»^parsm  as  part'^s  viditoiis  de  ura 
(;urpo,  fazenJo-as  subir e.n  vaso  onde  se  con- 
densam. 

SUBLIMADO,  A.  p.  p.  de  sublimar;  adj  se» 
par.ído  por  sublimação  ;  (lig  )  muitu  illustre, 
exaltado.  Um  som  al'.o  o — . 

*i'BLi>uuo,  &.  m.  Mercúrio  — corrosivo, 
S'dimào. 

SUBLIMAR,  t).  a.  (Lai  snbJi^OJ^e^  V.  Su- 
bliiiie.)  l"vant«r  a  altura,,  elevar;  (Hg.)  exal- 
tar. «  No  variai  no  que  tanto  SAih,Umara»^.  » 
Camões,  Lus.  I,  !.  i\^  vÍ4U)4ÍiísltuU/)>»an%ivtN 

im  •  ^ 


'v^f 


64o 


SUB 


SUB 


homem.  —  loutando,  exaltar,  elogiar.  — , 
(chim.)  separar  por  sublimação.  — se,  c.  r. 
eievar-se,  exnllar-se,  íazer-se  sublime,  dis- 
tiiiclo,  eminente. 

suBMMATORio,  A,  adj .  (chim.)  qfie  serve 
á  sublimação.  Vasos,  appareihos,  fogo,  ope- 
ra<,ò  'S  — s. 

SLDMMATEL,  adj\  dos  3  g.  (dps.  avel.)  que 
86  pede  sublimar  chlmicamenle. 

SUBLINGUAL,  adj.  dof  i  q.  (Lat.  snblin- 
gualis  )  (anat  j  situado  debaixo  da  lingua. 
Veias,  vasos  .çu/í/tM(/Maeç. 

SUBLIME  ,  adj  dos  2  g.  (f.at.  snblimus, 
de  sub  por  sup,  contracção  de  super,  so- 
bre, em  cima,  e  /imcr»,  j.orla.  entrada.)  al- 
to, levantado  ;  (Hg  )  elevado  Esiylo,  pensa- 
mento —  ;  engenho,   poesia  — . 

SUBLIME,  s.  m.  (subst.  do  precedente,  por 
ellipse,  subentendido  esiylo)  O  — ,  subli- 
midade. 

suBLiMEÃo,  adj.  V.  Sublime,  Eminen- 
íf, 

suBL'MEMF.NTE,  odv.  {mentfi  suff.)  com  su- 
blimidade   de  modo  sublime. 

suBLiMiDAOR,  s.  f.  (Lat.  subUmitas,  tia  ) 
aluíra,  elevação;  (fig  1  alto  ponto  '  yl  — do 
e^lijlo,  dos  penxamentos,  grande  elevação. 
A  —  dos  myíierios,  incomprehensibili-lade 

SUB  .iMissiM»,  A,  aij.  superl  de  sublime, 
pou'0  u-sado 

s'jBiuNAH.  alj  dos  l  g  {{j^l.  sublimaria.) 
que  fi'í«  inferior  ,i  orbita  ■!«  Ium.  O  mir.nlo  — 

SLB.M\KiNO,  A,  O  (/.  qití  eslá  diíbatxo  do 
iDir.    Volcão — . 

suBMKR(;ino,  A,  p.  p.  de  submeri<ir;  a'lj 
cob-^rto  oel'«s  aguas,   subvertido  pelo  mar, 
pelis  ondrts,   nu  e:n  rio.  hg). 

supMERfiiii.  o    a    (í.at  siihtnfrgfire ',  sub. 
debaixo    e  m(f')o,  ere.  merífulh^r  )  m  it.T 
deb8'xo  d'«s  aguHs  do  mar,  ou  de  lago,  rio 
—  ?<m  unvio,  afiin  Iíp. 

s  uviKHSxo  ,  *•  /".  (I.al  siibmfirsif},  nn>s  ) 
acto  de  sut)uiergir  ou  d^^  snr  'iubfiHírwi.l». 

^UBviERSo,  A,  /»  p.  alitinado  dn  sub  ner- 
gir  ;  tiilj.  (I.at  .sx/í-ff^ »•>•'<<).  sub  *iHfgii|o  . 
afiin  lido.  o.ob  rio  <lrts  «guas  do  mar,  met- 
tiiio  dni  «jxo  d<i  aiíu.i. 

suHMEiTEDuR.  s.  oi.  0  quB subretlc,  su - 
JHJia 

SIBVIKTTF.R,  ti.  n.    (Lut    submiito.  i  re:  suh 
pref      e  mitio.  ere   píV  )smj -iia.',  subjii><.'<r, 
d-tinar  :  —  nti^õ-is.  povos  rebelladus.-  — sk,  d 
r,  siij  iiMr  se 

SI  BrtKTTiDo,  A.  p  /)  de  submetter;  adj. 
SKJ^ilrtdo.  .'■u' joi;ailo. 

s' BviFTT  M-.Mo,  s.  m.  imanto  sníT  )  acto 
de  suhfn»lt»'r,  ou  de  siib'n»  tl»T-st*. 

SI  B«i>isiHAç\o.  .*  f  iLat  sulfninhstra- 
tio    nhix  ]  II  flfi  I  de  sub  'ii'ii<*iríip. 

«iB»iiM»THAii(i.  A.  p  f)  de  subdinistpar; 
a'fj    pr.  viJo.  L  »e  ido. 


suBMTNisTRADOR,  s.  m.  {LiX.  subministraT 
tor  )  o  que  siibministra 

SUBMINISTRAR  ,  V.  a.  (Lat.  subministro, 
are.)  prover,  fornecer  do  necessário:  — os 
remédios,  os  m-ins,  forças 

suBMiss.Âo,  s.  f  (Lat.  submissio,  onis.) 
estarlo  submisso;  humiliafle 

SUBMISSO,  A,  adj  (Lat.  SMÒitmMS.)  sujei- 
to ;  humilde.  Ar —    Voz — . 

suBNEGADO  O  suBNEGAR.  \ .  Sonegado^So' 
negar,  por  uso. 

SUBORDENADO.  V.  ísubo^dinado. 

SUBORDINAÇÃO,  s.  f.  esta<lo  subordinado, 
sujeição,  dependência  de  superior  autorida- 
de ou  jurisdicção  ;  dependência  entre  phe- 
nomen'>s. 

suBiRDiNADAMENTE,  adv.  ftnente  suíT.)  com 
subordiniçào,  sujeição,  ob-'diencia 

suB0Ri)iNt.Do ,  A,  p  p  de  subirilinar  ; 
adj,  snjeiti),  depen-i-Mite  de  sup^^rior  auto- 
ridade ou  jurisdicção.  Proposição  —  ,  de- 
pendente íje  outra. 

suBORUiNADOR,  s.  m.  ou  adj.  que  subor- 
dina, qu'»  \\Ô4  em  subordinação. 

SUBORDINAR,  V.  ã  (swft  pref.,  a  ordenar.) 
suj'itar,  fazer  dependente; — os  meios  aos 
(iiis  ;  —  ns  versos  A  toada. 

suBoriNfÇ.\.\  s.  f.  (i.at.  subornatio,  onis.) 
acto  de  subornar,  suborno. 

SUBORNADO,  A  /[>./)  de  subornar;  adj. 
que  rf-^r.íduMi   peita,  ppilado. 

SLBoMSiiDOR ,  .«.  m  (Lat  subjrnator.)  o 
que  soborni,   peit^. 

suBoRNAMENro,  s.  m.  \.S»iborno. 

SUBORNAM,  V  a.  (*.at.  suborno  are;  de 
sub  Pi  ornare,  siih^^nle"!!  lendo /ia^/i/utí,  lou- 
vor^í.)  S"dozir  corii  palavras  bsoiig- iras.  ou 
p^iias  par.')  tibr«r  lual  o  juiz  para  que 
'lê  si^uieiiça  a  l:ivi»f  <h\  algo^fn.  — a ^i  teste- 
munhas p.HH  qii.'  jirpfii  f«lso  —  vfficios, 
cart^ftK.  ad  juifi-lus  pop  sub  >r;io. 

suRoR\o.  s.  m.  buboniaçà),  peita,  acto 
de  -u!»"rnar. 

suB•^^pg\o,  s  f.  (Lat  snhrfjtio,  oai*  í 
sub  p''ff..  e  rapto,  ere,  arrebatar.)  jurid.) 
d-l  ,  fa.lde 

suRiiHPrC  AHíNTK.flf/p  {m^nte  siiíT.)  jurid.) 
iío'11  subrcpç/n»,  por  vi«  siihrepli' ia 

siBHKPnr.io  .  A,  ailj  (l.«t  ftdir^ptitins.) 
jurid  !  tVrtu  lolpnto,  d< doso,  obtido  por  frau- 
dti.   íj  do.  sobrefiÇH» 

suRuiCiO,  s  m  Oiz  o  riur.Hario  qiiesí- 
gniri"'.>*v.i   li  lal^o.   Trtlv»'/.  .vw/»r/ro.  de  ric». 

SUBHoc.çxo.  t  f  int  xiib''oyalio,  uní^j.) 
acto  dn  •ubriijí.ir,  siibsiitni».ão 

subR'h;*d  »  A  .  p  p  de  subro2«p:  »dj. 
snb>ii  liidM  l^sciod'»  — .  passado  pup  heian- 
Çí).   por  !»ue<v-.>H'»    riirf>it-><«  — s. 

sib«oi;\\TR.  alj    t-ii  *  dns-l  q  f   nl  .»»»• 
b  nqtfA,    t'  ,   (».   1     f|'!  siihri  yn,  we  I  O  fyi9^ 
SUbroyj».  ^ 


SUB 


SUB 


641 


SUBRor.AR,  f>.  a.  (Í.Jit  snhroffare,  mh  pref  , 
e  rogo.  are,  rogar.)  íj  irid  )  substituir.  p(5r 
em  liig?»r  d*í  outro:  —  flljçiieín  «nri  (»(Ti'io, 
diiçnidaiJe,  direito  ;  —  o  b^jnefiioFilo.no  indi- 
gno ;  —  uma  ouss  a  outra.  — sk,  v.  r.  usur- 
par, assumir  o  quo  pertencia  a  outrem:  — 
todo  o  mando  da  rrtpublifia. 

suBRKfiANO.  s.  m.  (aot  )  cas«l  OU  praso  que 
pagava  luitào,  marrão,  cobro  ou  espádua  de 
por -,0. 

suBCRSSivo,  A,  a'íj,  (Lat.  .ç»/6v?.ssious,  de 
suhseco,  are.  cortar  parle  Horas  —s  ,  as 
que  sibrana  do  triíbalho  e  qu^^s^^empr^f^am 
em  honesta  recreação ;  horas  furtadas  ao  tra- 
balho. 

SL'B<!CREVER,  V.  ã.  (Li^t  snb<críb') .  ere.) 
a5si;?nar  por  baixo: — acarta,  a  declaração, 
o  seu  n'}me. 

suBscRRviMiíNTO,  *.  w».  (aut.)  V.  A^signã- 
tura,  b"h^fíripção. 

suBSCRipçio,  5  f  [Lnl.  siih<icnptio,onis.] 
assii(natura  do  nome  po«;to  por  ba  xo  de  car- 
ta, documento  — ,  emt^nta,  suramario  das 
cartas  que  tl-I\ei  h\  de  ver  e  subscrever: 
lista  de  nomps  ái  pessoas  qu"^  proraettem 
dar,  ou  contribuir  com  cert'»  q'ianlia  ou  do- 
nativo para  alguma  obra.  Abrir,  fechar  uma 
subacripção. 

SUB-íCHIPTO,    SUBSCRITO.    V.    Softrg?rr»";íÍ0. 

SUBSCKIPTOR,  .ç  ?n.  assi^Uíinie  íl^subsori- 
pçâo,  o  que  conl!*ibuft  com  ilinhei«'ooii  do- 
nativo para  algima  obra,  ou  para  empre- 
23.  theatro.  etc. 

SfJBSEOUKNTR,  adj .  (io^  t  Q .  (l.at  snhitf- 
qnens,  tis  )  que  vem  iramediítara-^nle  de- 
pois do  outro.  O  dia  — .  Os  actos — *. 

suRsinuDO,  A.  p.  p.  do  subsidiar;  aiij. 
auxiliado  com- subsidio,  esti-jí^n  lio. 

suRSiD'AR.  w.  a     Lit  .<í</»íi7»ari  j  dar  sub- 
sidio ;  auxdiar,  fju  lar  co.-n  sub^i  li  > ;  esti 
pendiar,  v    g. — trtpas  e>tr.ing-'iras 

suBsiouRi^.MiíNTK,  fl/o.  {mftttte  suíT.)  de 
modo  sobsidiario,  oomo  auxilio 

suBsioiARio  ,  A.  atli  ('.ai  suh^vliari  if.] 
quM  «uxilja.  ;»jiida,  a''jiiva  Estiflns ~,  tyie 
ficditatri  a  i(iielli<çMnciH  e  appliciçà  »  do*  ou- 
tros. Arção  — ,  íjiir.)  a  que  l»*m  o  m.nor  con- 
tra o  J!>iz  que  lhe  ntuni^ou  n  áus  tutores 
que  nào  lem  por  onle  oajfutMD  o  damno  cau- 
sado peh  n<&  administr/>rão 

SUBSIDIO,  .t  m.  (L'H  sulxidium,  (\q  suhíi- 
deor,  eri,  .ijulrtr.)  «uxdio.  adj  itorio.  r  q. 
do  dinb  iro.  so  da  los.  muniçõn-s  —  lillern- 
rio,  irri»  tslo  e>tAb  Incido  iiara  os  eaífo-;  «lo 
en-íino  piiblirío  — ,  (fi)<.Uirfoo  qn»*  xju  la  a 
in-ítituir,  a  mantnr.  e  c<tní»*rv«ral>íiinia  c^u- 
sa  ou  pfssoíi.  P  g  n  —  da  doniin»<,ão  Ks- 
ludo  q^i"  é  um  gao  e  —  na  pratica  na  con- 
tHr»«<,ão,  e  lr«(í»  doH  honipus 

suB*iHTK:if:iA  .    «     /"    ('at     sub^i^^ientia  ) 
txisluiici.i  iniivilual;  pHfu.anein.ií,  eiiabi- 
tíit.   if 


lidade;  passadio,  os  meios  de  viver,  o  sup- 
prim^nto  d.is  despezas  de  ali<uem.  íionce- 
deii  llie  uma  rendi  annud  para  sua — . 

suBsisriDj,  superl.  de  subsistir,  que  subs- 
tituiu. 

SUBSISTIR  ,  V  a.  ou  n.  (Lat.  subtistere.) 
ter  ••xistencia  individual;  perm^upcer.  Os 
accidnules  de  um  corpo  não  svbtisiem.  Es- 
ta alliança,  este  governo  n/^o  póle — . 

SUBSOLANO.  s.  m.(l.at  sob<nlanns,  desub 
pref. ,  e  sol )  vento  de  levante,  opposto  ao 
favonio. 

SLBSTABRLECF.R,  V.  O.  {suh  prpf.)  pslabe- 
If^cer  algnecn  outra  pessoa  que  faça  f.ssuas 
vezes,  substituir,  sobrogar. — os  pvlfiresda 
piocuraçào.  nomeando  outro  procurador. 

suBíTABEf.pcino,  A.  p  p.  de  substabele- 
cer ;  úilj.  sub-tiiuido,  subrogado. 

sub^tabf.lecim'NTO  ,  s.  m  {mento  suff.) 
arção  de  substabelecer:  — de  pr»dt*res. 

substancia  ,  s.  f.  (Lat.  substantia  ,  de 
sub.  sob,  e  stare.  estar  )  estrictamente  si- 
gnitica  cousa  que  tem  corpo,  que  não  é  mera 
>upeHicie.  1  ntre  os  met«pbysicos  é  a  base  das 
propriedades,  qualidades,  attributos  e  acci- 
dent-^s  dos  corpos  ou  entes  materiaes,  ou 
dos  immateriaes,  ou  tudo  aqnillo  que  sub- 
siste por  si  independente  de  accidt^ntes  ou 
attributos:  expressão  hypolhetica  abstracta 
e  ini!it»^lliaivel.  —  ,  a  p.^irte  mais  nutritiva 
dos  alimentos    A  — da  carne.  Caldo  dí — . 

—  ,  (fig.)  a  parte  a  mais  importante,  que 
coiislitue  a  força.  v.  g.  a  —  de  um  discur- 
so. Em  — ,  em  summa.  —  d»)  estado,  da  fa- 
zenda. Naus,  relas  de  pouca  —  ,  de  pouca 
força,  porte,  carga. 

«ubstancaoo  ,  A  ,  p.  p.  de  substanciar; 
adj.   resumi  lo,  exposto  em  substancia 

suBSTANCíAf,,  fl'/;'.  í/o«  2  g.  (des.  adj.  a/) 
concenente  A  sub>tan(Ma.  ess^nt-ia,  base  de 
a'5íuma  'oiisa  ;  que  on«^erra  muita  su  jstan- 
ci«  nutriliv,^  ;  ídií.)  digno  de  ponderação, 
importante.  R<?ões  su bstnnciaes  ,  fhWa,  dis- 
cu»-*©  —  —  ,  q-ie  pos«ue  a  substancia,  a 
pule  e'S-^encial. .«  1.'   bispo  na  fdifigarão,  e 

—  do  <dri'ii»,  ainda  que  não  ponha  mitra,  » 
Vida  do  Arí^eb  ,  1,  7. 

SI  BsrANCiA».MK>TR,  odv.  {mfníe  suíT)em 
sub^t.Mi-ia ;  de  modo  útil,  importante,  mui 
uidfíiente. 

suRsíANCiAR.  V.  a.  {substancia,  ar  des. 
inf  I  «lar  com  res  «ubsiancias  para  vigorar; 
Hxpôr  em  substancia  e  resumi  lameuie,  v. 
g     —  o  ca<;o 

suRSTANCio^o,  A.  adj  (dps  oso)  que  dá 
substancia,  que  nutre,  alimt^nia.  Alimen- 
tos —  s. 

srB-«TA?iTiv4D0,  A.  p.  p  de  substantivarj 
n  {j    toiuailo  em  «-eniido  subslíjutivu.  UroMl- 

j    clivo  — . 

SI  BsrâNTivxMfSTK.  adc.  'íWR/e  suff  )  CUJ 


SUB 


51B 


fentí'1o  siihsMntivft.  U>fir  os  »dj'íclivos  — *. 

íí  B-íTANTiVkR,  V  a.  {xuhsíantitn,  ar,  ácsi. 
inf  fUr  n  acrepção  iÍh  "íuh-tmiivo  :  —  os  iij- 
íifiilivos  dds  veibijs,  os  a  Ij^clivos,  phrases 
inleiras. 

SI  llsTANTlvo,  A,  adj.  (K«t  sub^tanlirux) 
que  ex(iriro«i  substancia.  o<tu'^ai]n«  snbsiíst»? 
per  si.  >omft — .  V.  Suh>.ta»iivo,  s,  m. 

SUBSTANTIVO,  s.  m  ((Jo  prerelorit»',  8ub- 
enteri<liiio  nome)  ffçram  )  nome  q'ie  fipri- 
íTJe  Hiisleiíoia  in'livi(JijMl.  ente  íinimado  ou 
inanimado,  c  qn;i!qiM^r  ideia  simples  ou  com- 
plexa ionsifJHíada  cduíO  individuo,  ou  t^e- 
lu*ro,  fspfcie,  (dasse,  coIlHcção  de  individuos 
-T-  roUertira,  v  g.  homem,  animal.  —  ver- 
hal,  derivado  de  verbo  e  que  exprime  agen- 
te, agencia,  o.  g.  professor,  «ulor.  leitor, 
Jente,  armador,  navegante,  observação,  di- 
visão, ppnsaffifmlo. 

sunsTAK    V.  a.  (1  at.  suhstare,  parar,  fi 
car  tirme)  Moraes  erradamr-nle  pretende  qui« 
este  v»'rbo  esolr^iar  ou  «Mí/ar são  erros  por 
sobre  estar    V,  Sustar. 

siBSTAiORio    V.  Snstatnrio. 

SUBST  TU  çÃo  M  /^  (' ai  siihvtitvtin,  oni  ) 
o  HvUi  desub^tituir  ou  de  ser  siib>títuid4i  ; 
(jurid  )  a  de  unu  herdeiro  em  falia  de  ou- 
tro. 

suBSTiTiiDO,  A,  p  p.  desubsliluir  :  adj. 
posto  eui  lugar  de  outra  p<  ssna  ou  cou«a 

SUBSTITUIR,  r.  a.  (Lat.  suhstituere  ;  snh 
pref  ,  e  siattto,  ere,  pAr  nomear)  pôr  pes- 
s  )a  ou  cousa  em  lugar  de  ouira. —  um  her- 
deiro a  ontro,  nomeâ  lo  na  f«illa  dn  outro. 
Substituiu  ao  liuilo  de  rei  o  de  imperad<M\ 
—  uma  cadeira,  fazer  as  vezes  do  lente  ou 
priífessor. 

SLDSTiTUTA,  s  f.  mulher  que  faz  as  ve- 
ies de  (íutra,  v.  g    demostra  de  neninas. 

SUBSTITUTO,  s.  tti.  (Lat  snbitiivtux'  ho- 
mem que  faz  as  vezes  de  outro,  ».  g.  do  len- 
te ou  jirofessor  de  sciencia  ou  arte. 

suBsiRAÇÃo,  e  n*io  sunsTRACçÃo.  como 
Iraz  a  ultima  edição  de  Moraes  (do  I.at  s%ib- 
ttrutas,  p.  p.  .fvb<ternfl,  ere,  strari,  stra- 
tum  sují^iiar)  (ant.)  p*»nilenr:ia  canoniea  do 
tercí  iro  gráo,  que  se  impunha  na  primitiva 
igreja,  prosternação 

slbsthaCçao.   V.  9>vhtrarção. 

SUBSTRACTO,  A,  odj.  [LH\,s(ubsfratus,  pros- 
trado. V,,  o  precedente)  (ant)  prostrado, 
sujeito  á  p»'na  da  Putisiraçào. 

slbstrucçxo,  s, /"  {\.&l.  substructio,  onis] 
fundamento  do  edifício. 

suBTEiNDKR,  V.  a.  [sub  pref )  (geom.)cor- 
tar  com  linha  subtensa. 

suBTENSA,  t  f  (geom.)  linha  recta  op- 
posia  t  um  angulo  e  que  sesuppÕe  iira<la 
entre  as  duas  extremidades  do  arco  que  me- 
de este  a  Ustulo. 

^u^rsuruaio,  «.  Mu   (Lat  subterfugium] 


fraude,  meio  doloso,  pretexto  para  escapar 
ou  deixar  de  executar  pron!e>isa,  pacto,  ajus- 
te ;  ou  para  eludir  as  ra/òes. 

sUBTKUFLT.iH.  t).  a  (i.  ai  íw/i/er/"Mfl ire)  elu- 
dir cum  pretexto  doloso  ou  escapula.  É  p. 
us. 

siBTF.HRAno,  A,  p.  f.  desublcrrar;  adj. 
metido  debaixo  da  terra,  i:av«>rnas  — *. 

suuri-RRANEO.  s  m.  (do  pree.ednnle,  par 
ellipse,  suluMitendido  nigar)  excavayào  de- 
baixo da  terra,  caverna,  construcção  sub- 
lerratiHa. 

siBTFHRAR,  V.  O  [sub  pref.)  meter  de- 
baixo da  lorra    V.  i>(tierrar. 

siBTií.  odj  dns  2  g.  {Lat.  subiilis,  de 
nvb,  e  tela.  Incido,  panno.  ou  tUia,  enlre- 
casco  llnoílas  arvoro)  ténue,  d»  Igadu.  TÓ, 
?»r,  rnateria  subi  I.  A<  partes  mais  tubtis. 
Engenho,  enlr-ndinienlfi  — ,  perspicaz,  pe- 
nMir«nte.  atíiiijo.  I-tíerpretaçào  — ,  aguda. 
(inlé*i,  embatca^õr.s  subtis,  ligHÍr«s,  leves, 
v«  leiras. 

SLBT'i.EZ\.  *  f.  (des  exa)  tenuidade,  de- 
liea-íeza  :  —  d(»  ar,  do  pó.  das  p'<riiculas 
voláteis.  — ,  Sm)  agudeza,  penetração,  v. 
g  —  do  engenho,  do  entendimH.nto.  — de 
mào^,  destreza,  v  g  de  peloliqueiro  ou  de 
.aluno. 

suBTiiJDAnE,  *.  f  (Lat  subliliia^y  tis 
d'lgad«za,  tenuidade;  (li;;  ]  agudeza  do  en- 
ten  liu!*'nto.  destreza,  astúcia. 

suBTiLtSADO,  A,  p    p.  de sublilisar '.  adj. 
reduzid  »  a  estado  subtil,  ad^-lgiç.-ido  :  (fm'  ) 
inventado,  concebido  com  subiilidaie,  agu- 
deza. 

suBTiLisADOR,  s    m    O  q'ie  subtilisa. 

suBnns^R.  t)  a  [subtil,  i<^ar  des)  redu- 
zir a  estado  subld,  adelaraçar;  (tig  )  inven-» 
tar,  conceber  c«'in  .subiilidade  ;  discorr^-r, 
disputar  com  subtileza.  «  Andava  svbtili" 
xando  a  traiçã'>  »  Lbron  del>  JoàolU 

suBTiLissiiiAHEMg  odv.  superl.  desttbtil- 
mente,  com  grande  subiilidade 

SLBTiLJSsiuo,  A,  a'ij^  svperl.  de  suliUi, 
mui  subtil    mui  Uno,   agudo  ú*'  espirito 

suBTiLMENTR,  adv.  (í//euí«  sulT  )  cóiii  sub-» 
lileza,  em  parles  mui  ténues,  v.  g.  —  tri- 
turar — .  — ,  com  agudeza  Discorrer  — . 
sem  ser  sentido  Abrir  a  poria  — .  Furtar 
— ,  Cíun  destreza. 

siBTHAfçu).  s  f.  («ai  ivbtratio,  enis) 
privai.«o,  diminuição  — ,  (arithm.)  diminui"^ 
ção  de  numero  ou  quantidade. 

suBTrtACTivo.  A,  adj  que  se  Uh-de  sub^ 
Irahir,  diminuir.    iNiimero,  quantidade  — . 

siDTui^uiDo,  A,  p.  p,  do  sublr«hir;  adj. 
diminuído,  tirado. 

siBiBAHíH,  o.  a.  (Lat  sMbtrahere^  suk 
ft  iraho,  ere,  tirar)  tirar,  prjvar,  diminuir; 
retirar,  —na,  e    >"    retir^r-so:  i-r-  ít  alg-U» 

lua  cousa»  t!vii4-l8#  ^gic-iàe. 


6UC 


sue 


6U 


«UBURBxxo,  A,  ailj-  (í«t.  suhurbinu^t  sub 
pref  ,  «  Ufbaaus,  «le  mt/ís.  c.i-la  le)  viiiuiio 
á  «'iddde,  silUfitia  nus  Hrrab.ilil  s,  subúr- 
bios 

SLBLKBlCAniO,  A,  Ofij  (.<"/>  pref  ,  eMr/>?, 
cila»!»',  e  por  excnlleijcirt  «  rid  vle^le  K  Pua) 
suJHJto  ao  papa.  Ijrejas—s,  sujeitas  ao  papa, 
a  Hi»ma 

SUBÚRBIO  í  m.  (Lai  subirbiuni,  sub[)te( 
e  urb<.  ciiladtíjarrabfilcle,  Tiziuhauyas,  ha» 
bitaJas  (Itíci  ia  de. 

suBVAssAi.i.o,  s  m  v^ís^ílIodí^ponJenlede 
outrti  vassídio,  do  senhor  f  udal 

siBVENçÃo,  s  f  ^di)  .81.  siibrenio,  ire] 
sub.sidii»    adjiiloru),  socorro  ♦•m  doduii-o. 

subvkmanko.  a,  tt'//.(  ai  suhcfntaavu^, 
sub  pr^f  ,  e  ventas,  v»'nu)  )  Ocos  —  í,  in- 
fe<*/iu  fo-í  g  if^ados  Panos — *•,  «ivasdepei- 
i'^  nàii  fetundí»d'>s 

SLBVfRSÂo.  s  f.  (i.nt  ntihcrsio,  onisj  mi- 
na. d"Slriiiç.ío,  cabida,  v.  (j  — da  r»»puldi- 
ca  ;  —  do  esiomayo,  (med  p  us.)  d»*S)r- 
deiu  da  faculdade  digestiva.  — ,  ^lig  )  pi^r- 
veisào  luiual. 

sLBVRRSivo,  A,  0'//.  que  tende  a  subvpr- 
tfír.  l'riuoipi<is,  doulriíi.ss  — s  da  uj-th!,  da 
b  »a  onletu,  da  p-íZ.  dos  t)ous  coátuuie.s 

slbveksok,  s    m.    (Kal  )  o  que  subvtTte 

SI  bvekter,  r  a  (Lai  suhteriefe  sub  pr»  f 
e  terto,  erc,  voltar,  vivar  i  .sos^iobrar,  tras- 
toritar,  arruinar,  destruir  ;  (lig  )  pt-rd^-r.  e> 
tragar,  pi>rvert':'r:  —  os  costniru-s.  a  jusii- 
ÇA.  i^ubcerterse  a  nau,  no  mar,  ir  a  pique 
sossf-brar,  afundir-se. 

SLBVCRTiDo,  A,  p    p    de  subverfPT ;  arlj 
goisnbrado,  arruinado,  deslruido  ;  (fig  )  per- 
vertido. 

sucar.  V.  Chupar. 

SLCCEDESiíO,  8.  m.  (t.  da  Beira).  V.  Sue- 
cesso 

«í  CCRDER.  c  n.  (Lat  succedere,  de  sue 
por  sup,  c  ntracçào  de  super,  em  cima,  so- 
br»',  e  cedefe,  cahir,  vir)  vir.  sr^uir  se  em 
ordeíD  ou  em  tempo.  S>ucredR  a  noite  ao  dia, 
asereni"fade  a  tormenta.  i>ucceden  a  s^u  \  ai  ; 
—  no  reino;  —  n<\  herança,  n»  dignida- 
de, no  cargo.  Succeden  n  leinp'),  decor- 
rendo. —  .  acontecer  Kào  succedei  as- 
sim. — ,  sortir,  ler  ifleim.  ,\ã  >  lhe  sncce- 
deu  como  esjerava.  S<iccedeu-Hu  o  fim  de- 
srjidn,  conseguio.  —  bftn,  prospera meuie 
ou  mal.  sahir,  v^riticar  se  Succedeulhe  a 
gucra  bem  ou  mal.  «  .Vos  perversos  sncce- 
de>n'lhe  á  vontade  os  seus  atrevimentos.  » 
Arraes. 

succEDER,  o.  a.  (ant.)  adquitir  por  suc- 
cessão :  —  a  herant^a  ;  — (j  rein  »,  herd.ir 
por  suícessão  «Aié  que  dôatl-Rei  que  o 
surceda  »  .aeJ.  i.   ÍOá. 

8UC<:k»id>,  a,  p  p.  desucceler  ;  ai/,  que 
su^;oodúu ;  qaa  aooatidoou ;  qie  hurdou  por 


successín.  «  Eram  —s  mui  los  insultos  » 
AiT.ies.  K  p  u*.  ro'no  «djeciivo. 

succcuiiís.NTO,  &'.  rn.  [aut.)sui'/esso;  sue» 
cessão. 

succcNSO,  A,  odj  {\.!\\.  s  'ccensns,  <\e  sub 
tí  accimiere^,  aíienJer^ de>Us.,  aces).  incen- 
diado. 

sucCEssÃo.  «.  f.  (Lai.  successh,  onit)  o 
acto  <i«í  succeder  ;  a  vinda  de  aUuma  cou- 
sa posterior  em  tempo.  A  —  dos  dias á^  noi- 
tes. —  das  estarõ-^s.  — ,  a  serie  de  lierdei- 
ros,  de  .«successores  era  cargo,  govordo.  4 
—  da  liiiin,  dos  governa  lores  no  «>eados 
pelo  rei  para  succederem  aos  que  frílleces- 
.sem 

succ»s5iVA«E\TR,  uic.  {mente  sníT )  eoj 
s^cces^õtís,  seguidamente,  um  depois  do  ou- 
tro. 

sLCCKSsivEL,  adj  do<tt  g.  [áes.ioel]  c«<- 
paz  do  succeder  em  herau»,»  ou  de  outro 
mo  lo 

SI  ccRSSivo,  A,  odj.  que  succe<le  ou  vem 
«pós  uulro  sem  interrupção.  Três  dias.  au- 
nos  — .  Hrogressos  — •«.  — ,  (p.  us.)  heie- 
d  ta  rio    Este  .'eino  ó  — . 

succEs-io,  s.  m  (Lai.  successus]  aconteci- 
meiílo  Utu  —  imprevisto.  — .  exilo  U  — 
da  brttalha,  da  negucirtÇJío,  da  ddigen<'.ia,  da 
empr»  ZH  — ,  exito  feliz,  acontecimenUj  pros- 
pero. Belisario  pi>r  seu»  «randes  — s  —  , 
^tig.)  parlo.  Tfve  bom,  feliz,  ou  máo  — . 

siiCCEs-OR,  $  »H  (Lai.)  o  que  sucoedeem 
carg»,  postíí,  g  »verno.  —  á  corAa. 

Sv?í  comp.  SuctCisor,  herdeiro.  SiicceS" 
sor  indica  propriauienle  o  vir  logo  depois 
de  outrem.  Herdeiro  é  o  successor  á  h')- 
rança. 

succE'ísoRio,  A,  adj,  (Lai.  succe  sorius) 
jurid  )  que  traia  da  successão.  Lei  — .  Edi- 
cio  — . 

SLCCINTAMF.NTE  OU  SUCCINCTaMENTE,    adv. 

[mente  su»T  )  de  modo  succinto.  >arrar.  di- 
zer — . 

SUCClNTO   ou  SUCCINCTO,  A.    adj    (Lat    SUC" 

ciwtiis,  sue  jMir  sub,    e  cinctus,    cingido) 

SLCCo,  s  m.  (Lai.  succus,  de  suijo,  ere, 
chupar.)  tualeria  mais  ou  menjs  tlujda  en- 
cerra ia  no<  vasos  dos  anima-*  evegetaes. 
—s  nutritivos. — das  pLautas,  suitío,  sove. 

succoso.  A,  adj.  (Lai.  swccoiU*.)  que  lem 
muito  suceo  ou  sumo. 

succuMBiDo,  A,  V-  p.  dc  succumbif;  ttí//. 
ca  ido,  debaixo,  a  balido 

succuMBiR,  V.  a.  ou  n.  (Lai  suceumbe^ 
re,  sue  por  sub,  e  cumby,  ere.  deitar-s«*.) 
cair  íieboxo,  ser  prostrado,  abater  se;  (fig  ) 
ceder  a  f -rça  maior,  v.  g.  —  á  leal.ição, 
á»  ameaças,  á  s-.ducção. 

SLCiA,  *.  /".  (chuloj  sociedade,  convivên- 
cia de   amigos   mui    familiares,  dt)  lafud«« 
jogadoras,  vadjo»,  gaunos. 
161  • 


«44 


SUE 


SUE 


suCRioso.  V.  Delgado,   Ténue. 

suCRO,  (geogr.)  híje  Xitcar,  rio  de  líis- 
panlia,  nasce  perto  das  nascentes  do  Tejo, 
e  lança-se  noMediíerraneo. 

súcuBO,  adj .  m.  (Lat.  sucubus ,  sus  por 
sub,  e  cubo,  are,  deitar-se  )  que  fica  por 
baixo  na  cópula  carnal.  Diabo  — .  Opu^e- 
se  a  incubo. 

siícuLíS,  s.  f.  (Lat.  sucuJce.  de  í«í,  por- 
co.) (astr  )  as  liyadas,  constellação  que  os 
Egypcios  representaram  por  uma  porca  «jom 
as  crÍAs. 

SLCURju  ou  sucuRiiYUBv,  s.  171.  (t.  Bra- 
sil.)  cnbra,  chamada  lamb^^m  cobra  de  vea 
do,  Cubra  monstruosa  que  tragíi  ura  veado 
inteiro    Creio  que  é  a  mesma  que  a  ana- 
conda  da  Ásia. 

suDAUio,  s  m.  ((,at  sudarium,  âesvdo, 
are,  suar.)  pano  de  limpar  o  suor.  O  S>an- 
ío — ,  pano  em  que  se  representa  a  figura  de 
Christo  ferido  e  atormentado. 

SUDBURY.  (geogr.)  Cidade  dTnglatcrra,  5 
léguas  e  meia  ao  S.  d'Edmadbury  ;  4,000 
habitantes. 

SUDEIRO,  (ant.)  V.  Sudano. 

SUDERMANIA,  [geogr.)  Socdermanland  em 
sueco,  antiga  provincia  sueca ,  ao  S.  do 
Upland ;  era  dividada  em  3  partes. 

suDRRMAMA  (duque  de),  (hist  )  regente  da 
Suécia  depois  do  assassinato  diMiuslavo  111, 
depois  rei  com  o  nome  deCailo«  XIII. 

suDETES,  (geogr.)  ^vdetsch  ou  Swleíen, 
cordilheira  de  mímt^ínhas  que  faz  parle  do 
systema  tercynio-carpalho,  que  se  estende 
dos  montes  Carpathos  occiddntaes  até  ás 
nascf^ntes  do  Ester 

suDOMiTico.  V.  Sodomitico. 

sudorífico,  A,  adj  que  promove  o  suor, 
a  transpiração. Remedias — ,  ou  sub  t  os— s. 

suuRO,  s.  m  (t.  Asiat.)  homem  de  casta 
inferior  na  Índia;  hom^m  que  lira  a  sura 
das  palmeiras. 

SUDUÉSTF. ,  s.  m.  vento  entre  o  sul  e  o 
oeste. 

SUECA,  (gengp.)  cidade  d»»  íTispanha,  7  lé- 
guas ao  S.  de  Valenç"»  ;  7,0  iO  habitautts. 

SUFCIA,  (geogr  )  Sverige  era  Sueco,  um 
d'S  dous  reinos,  que  foriram  a  n.onarchia- 
Sueca,  tem  porlimit-s  a  O  «la  Normga,  a 
E.  a  Hussia  europe.i,  o  golpho  d^  Botina  e 
o  m/.rR»Iiico;  2, 82v^,0U0  habitantes.  Capi- 
tal Sio(kholmo 

Dividese  em  ?4  governos,  a  saber  : 

I.     SUÉCIA    PROPRIAMENTE   DITA. 


Governos. 
Stoíkholmo. 
rpsal. 
^V'»'^lH  ros. 

^;k^3,H^g. 


Capitães. 
S»oi  khiilmo. 
Up-»^! 
Wi-t^^fffis. 


QE  rebito. 

«'arlstad. 

Siera  Kopparberg. 

ijefltíborg. 


(Erebro. 
Carhiad. 
Fahin. 
Gefleberg. 


-i:?'r> 


II.    GOTBIA. 


Linkseping 

ilabnar 

.lajnkíeping 

Ivronoberg 

Hbkinge 

Skaraberg 

r.jfsb^^rg 

íiíBiheborg  o  Bohus. 

ilrtlrristad 

■  Ihristianstad 

Malfiioehus 

Gottland 


Linkoeping. 

C«l(iiar 

Jcenkceping. 

Wexio 

Cailscrona. 

Mariestd. 

\onersborg. 

GíBlhenborg. 

li^lmstad. 

r.hristianstad. 

Malmoe. 

Wifeby. 


III.  norrland. 

Xorrbotton  ou  Bolnia 

oriental  Pitea. 

VVesterbolten  ou  Hot- 

nia  Occidental         Imea. 
Wesipr-iNorrland         lIernoB=;and. 
lajmtland  Oslersand. 

Até  80  começo  d'este  século,  quando  a 
verdadeira  Hotfiia  oriental  e  a  Finlândia  per- 
tenciam á  Suécia,  eram  oivididas  pela  ma- 
neira seguinte  as  trez  grandes  regiÕBS  aci- 
ma descriptas. 

I.   REINO  DA  SUÉCIA. 


l.°  Upland  (  capital 
Opsal  e  Stockholm). 

2°  ^CBdermanl(^nd 
ou  Sudermania  (ca- 
pital Nykoeping) 

3."  .Nerike  ou  Wéri- 
cie  (capital  CErebro) 


4."  Westmannland 
ou  Westmannia  (ca- 
pital Westerms). 

0.°  Halarne  ou  halé- 
carlia  (capital  Ilede- 
mora) 


II.     REINO  DE    GOTOfÁ. 

Golhia   oriental. 

6  °      (Estergotli'and    8.°  ffiiand  (ilha  do), 
ou  OstroKothia  (ca- 
pital l.inkoBping).         9.°    Colhland    (ilha 

V  **  >niHland  (capital       de). 
Caimarj. 

Golhia  Occidental. 

10°  Westcrgnihland     11  °  W^^rn^fland  (ca- 
ou  Wf},troj^Mihia  (ra-       piíal  CnrlsUid). 
piíHl  «.OBlh»'l'org'.        1"?  °  I»  li.i 


SUE 

Gothia  meridional. 


íh^  Scania    ( 

MalmoBi 
15."  llalland. 


capital     10.°  Blekingie  (capi- 
tal Corlscroiifl  . 


III.  NORRIAND. 


17.*  GoBStrikland  ou 
Ge^ilncia    (capital 

18/»  llelsingland. 
lU.*»  Uerjedalia. 


20°  Medelpad. 
'21°  IflemllanJ. 
22  °  AnKermania(ca« 

pitai  llernoesandj. 
2a.°    Wesierbotlen. 


SODERAIfOS  DA  SUSCIA  DESDE   O  XI  SÉCULO. 


/  Fim  da  dynastia  de  Loibrog-Sigurdsan, 


Olaus  111  lOni    ÀQuadJacques  102G 

Erojund  III  1051-Ô6 


//  Raça  de  StenkiU, 


Stenkil  III         10:;G    Jngel  lOgn 

Eri.M.VUeVlU  106G    Philippe  1112 

UaqninI  itb9     Jnge  U  11J8 

III  Raças  de  Sverker  e    de  Stenkill^Erico 
aliei  nadamenle. 


Sovprker  I 
Enco  IV 
Carlos  Vil 
Canuto 


inO  Sveiker  11 

11  5  Enco  X 

n6l  José  l 

1168  Érico  XI 


IV  Ditersos  principes. 


Waldem  eBirger 


Magnus  l 
Bergtrr   11 


i?5n 

lá75 
li75 


Magnus  TI 
Eri.o  XII 
Ilnquin  li 
Âibeito 


1199 
1216 


1119 
1H50 
i:i6i 
1363 


V  Período  da  Vnião  de  Calmar. 


Margarida  de 

W«llemar       1389 
Érico  XIII,  rei 

|de  Dinamarca  1497 
Chrisrovão  rei 

de  hiiiamarcalí40 
Carlos  V I  I,  i'.a- 

nut«on,    lei 

inlig«'na         1448 
Slen«.n,    Slere, 

Atltuiuistra* 

dor  149; 

«M.    If. 


João  11,  rei  de 
I  inamarca      1497 

Stenon  1  de 

n.vo  1501 

Svaute  Nisson- 
Slore,  admi- 
nistrador        1594 

Sl^^non  II,  ad- 
ministrador   1512 

Chrii>U'Vf,o    rei 
dti  binaiLar- 
ca  1520 


SUg 
VI  Dynastia  dos  Vasa, 


64» 


Gustavo  I,  Vasa  1523 
Krioo  XIV  1561) 

João  III  156S 

SigesiQundoda 


Polónia  1592 

Carlos  iX  16o4 

Gustavo  l[  lOil 

Crbristioa  1632-54 


VII  dynastia  de  Duas  Pontes. 


Car/os  X  1054 

Carlos    XI  16.0 

«  arlos  XII  1697 

Ulrioa  Eleonora, 
irmã  do  prece- 


1719 


dente 

Frederico  de 
Uesse,  esposo 
de  Ulriea       17?0 

Só  1721 


VIII  Dynastia  dos  Holstein  Gotorp, 


Adrilpho  Frede- 
rico 1751 
Gustavo  III        t772í 


Gustavo  IV 
Carlos  Xlli 


1791 

1809 


IX  Dynastia  franceza. 


Carlos  João  ou 
Carlos  XiV 


(Bernadote)    1818 
Oscar  1644 


SUBIRAS,  s.  f.  O  Elucidário  interpreta: 
pedras  pnciosas  de  broslarem  panos  cor- 
nar sallas  O  lerojo  vem  do  Lat.  suo,  ere, 
coser.  Em  Fr.  ant  sufrerie,  loja  de  costu- 
reira ou  de  alf.nate. 

suKNOJ«  I ,  fbist  )  rei  de  Dinamarca,  re- 
vollou-stí  muitas  vezes  contra  seu  pai  Ha- 
raMo,  feio  morrer  e  subiu  ao  trono  em  98  j. 

SUKNON  II,  (hist  )  neio  do  prece  ^euie,  foi 
vice-rei  da  binanarca,  por  M^gno  I,  rei 
de  Dinamarca  e  da  iNt  ruega,  o  qual  em  1047 
lhe  c^^d^u  a  cofôi.  Morreu  tra   1074. 

suli^ON  III,  (hist.)  iiiho  de  Érico  Edmun- 
do. usurp<»u  o  trono  da  Dinanr)arca  a  Canu- 
to V,  a^  quí»l  mandou  a. s«ssinar  ;  mas  que- 
ren('o  fazer  o  mesmo  a  Waldemar  foi  batido 
por  este  pnnripe,  e  moireu  na  fuga. 

suESSA  auhl^ca  ,  (gHogr.)  bessa,  cidade 
de  Itália,  c  pitai  dos  A uruncns,  nas  frontei- 
ras do  Lacio  ♦'  da  Campaiii». 

SUESSA  poMETiA  ,  (geogr.)  Sezze  ^  capital 
de  um  estado  voUco,  foi  tomada  pelos  iio- 
manos  no  rtinado  de  Taíquinio  oáobeibo. 

suESSioNE  ,  (geogr.)  povo  da  Gallia,  na 
Belfjica  2."  ,  entre  os  Veromandint  os  Re^ 
mi.  e  05  Catatani. 

suEssoLA.  (geogr  )  Sessola  ou  3Iaddalon*f 
cidade  da  Campauia  4  léguas  a  SE.  de  Ca- 
pua. 

SUESTE ,  s.  m,  vento  entre  o  sul  e  o 
este. 

SLKTO,  s.  m.  (do  Lai.  sueíum  ,  sup.  do 
s^iehme,  «ostumar.)  dia  ('in  que  se  costuma 
lenar  nas  aulas,  nasesiólis. 

suKiOMO,  ihiát.)  C  ^uetoniut  Tranquil- 
tti2 


646 


SCP 


«Wf 


luK,  na«;ceii  no  anno  70  de  Jesu-Christo.  fi* 
lho  de  um  tribuno  milit«r.  foi  advogwdo, 
depois  secretario  [mayister  epistnlarufn)(\t; 
Adriano.  Ficou  desííratjado  eui  t2l  por  se 
ter  poftado  familiarmente  com  a  imperatriz 
Sabina. 

stJETONo PAULINO,  (hist )  general fomano, 
pretor  no  reinado  dtí  Cláudio  eui  H7,  sub- 
meltcii  os  Muuros  revoltad>se  pen*Mrouaió 
ari  Tatilet  aí^iual.  ílommandou  em  t. 9  o  exer- 
cito de  Oiliâ  I  contra  Nitellio  e  perdeu  a  ba- 
talha de  Hedriac. 

suF.vos,  (gHogr.)'  Stuevi,  nome  dido  pelos 
Romanos  «iesde  Osar  até  Seplimo  v>eYern 
aos  povos  da  (Irande  Germânia  dos  quaes 
tinham  pou^o  conhecimento. 

SUKZ,  (gpogr.)  Arsirióe  ou  Cleopa tris  (\ns 
antigos,  Soueis  em  Árabe,  cida<ledo  Fgypto 
na  extremidade  N.  do  golphode  .-u<^z,a38 
léguas  do  Cairo  ;  1  ',000  habitantes. 

SUKZ,  (geoítr.)  Xeroopoliio  dus  antigos,  o 
gol|;ho  qutt  feíha  a  ponta  ao  NO.  do  Mar 
Vermelho.  Também  lho  chamavam  Golpho 
Arábico. 

SUF2  iisthmo),  (geogr.)  isthn»©  que  forma 
o  ponto  de  contacto  da  Ásia  e  da  Africa,  é 
situado  ria  ponta  N.  do  golpho  de  Suez  e 
o  Mediterrâneo. 

siFKTTES,  (hist.)  magistrados  annuaesem 
Carthago,  rram  n»^sta  cidade  o  mesmo  que 
os  coiusulís  em  Roma. 

sui'Fici£>CfA  ,  s,  f.  (Lat.  sufjicientia.) 
abastfinça  pbysica,  porção  t>astanie de  habi- 
lidade, destreza,  capacidade,  aplidào. 

SUFFICIKNTK,    Qífj .  doS  2  'j .  (L»t.  SvfJicienS, 

th.)  bastante  em  abastan(;a  Ouantt.lade  , 
dinheiro,  força,  habdidade — .  — ,(rig.)  ap- 
to, capaz    Pessoa  —  para  Uiit  empngo. 

suFFiCfRMEMENTE,  odv.  [mente  suff.)  com 
suíTiciencia,  quanto  é  b.istanle. 

SLFFiciEisrii-.siMAMEME.  ãdv.  svperl.  im- 
próprio de  í^uílicientemenle. 

SLFFICIKNTISSIMO,   A,   odj .   SUpnl.    ifflprO- 

prio  de  í-uííiciente. 

suFFoCAÇvo,  5.  f.  (í.at.  sv ffocatio,  onú.) 
estado  de  pessoa  que  se  afoga,  que  não  po- 
de respirar,  ou  que  respira  com  grande  dif 
ficuldade. 

SL'FF(CADO,  k,p.p  desufTocar  ;  aí/;',  que 
respira  com  grande  diíliculdade  ou  estran- 
gulado, afogado. 

suFFOCADOB,  A,  adj .  que  suíToca.  Calor, 
calma    inchação  — . 

sfFFoCANiE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  soffo- 
cans,  tis^  p.  a.  de  suffoco,  are,)  que  suf- 
foca. 

suffocar,  V.  a.  (Lat  svffocare,  «»//"  por 
tuh,  debaixo,  e  foco.  are,  ài\faux,  fauces, 
a  garganta  )  tolher  a  respiração.  O  fumo  o 
svifocou. — ^  privar  da  vida  tolhendo  a  res- 
pira^'. ^  á  toí,  o  aUnto,  supprimir.  — , 


abafar,  fazer  cessar.  —  os  cJamoret.  os  loa" 
tox,  reprimir.  —  a  justiça  dosr(quereute*f 
não  lhes  deferir.  — ,  (tig  )  atalhar,  inutili- 
zar : —  os  talentos,  o  valor,  a  industria. 

slffocativo.  ,  adj.  qu«  suíToca;  r.  g. 
Vapor  — ,  (tig  )  (pie  faz  baldar. 

SUFF01.K,  i geogr  )  condado  de  Inglaterra, 
ao  i>  do  címdado  de  Lssex,  ao  .S.  do  de 
.Norfolk,  a  E.  do  de  «  ambridge  ;  300,00J 
habitantes.  Capi'al  Tpswi(;k. 

siJFPoiK  (cond*',  depois  marqfiez  e  duque 
dei.  (hist.)  general  injílez,  neio  de  .Miguel 
Toll,  1  °  conde  de  Sulfnlk  Foi  accusadode 
trairão  e  d^golhdo  em  1   5'. 

siFFOLR  {rtondes  de),  (hist)  este  titulo  foi 
usado  em  Inglaterja  pelas  familias  de  Pol 
e  de  Brin  len  até  IG03. 

suFFOiK  (dujue  de),  (hist.)  amigo  do  in- 
fância de  Henrique  Vtll,  foi  porellecreado 
duque  de  SulVulk  em  1513. 

sufphaCanro,  A.  adj.  ou  s  m.  [Lf^t.svf- 
fragat.ens  V.  5í//f/Q</í'o).  siij-iio,  subor  fi- 
nado V.  g.  Bi?po  —  do  Arcebispo.  Igreja 
—  a  Roma. 

suFPKAr.AMio,  (obsol)V-  Siijfraganeo. 

suFFRAGAR,  V.  u.  (Lat.  suffragor,  ari)^ 
approvar,  favo^^ecer,  apoiar  couj  o  seu  vo- 
to, rogar  por  algnem,  ajuda-lo  cora  sutfra- 
gios;  D.  g.  —  os  monos,  em  sentido  acti- 
vo, ou  por  elles. 

SLFFRAr.io.  s.  m.  (Lat.  suffmgium,  suf 
por  shIi,  e  {>ango,  ere,  miebrar),  voto,  to- 
da a  ídjra  pia  por  alma  nos  defuntos. 

SUFFREN  s  TRõpEZ,  (hist  )  navegante  fran- 
cez  muito  cplebre,  nasceu  em  1726.  mor- 
reu em  1780.  Distinguiu  se  no  m/irdas  ín- 
dias, arruinou  no  Cabo  a  esquadra  do  Com- 
modoro  Jonhston. 

siFFUMiGAçvo.  s  f.  (Lat.  supimigatlo, 
onis),  (t  med  ),  vapor  que  se  applica  a  al- 
guma parte  f5.ra  acurar,  c.  g.  —  de  lã 
queimada,  de  enxfífre. 

sLFFUMiGio,  s.  m.  (t.  med.j,  V.  Su/fit- 
migaçào. 

suFFUsÃo.  .*.  f  )Lat.  suffitsio,  oni*,suf 
por  sub,  afundo,  erc,  verter),  derramamen- 
to, V    g.  —  de  sangue 

SI  FisTARiA.  V.  Sof,histeria. 

suFHAGANTE  por  fligrante  ou  flagrantn 
dilicto,  é    popular 

SUGAR,  (ant.)  íLat.  sugare.)   V.  Chuj^ar. 

SUGEITO.   V.    Sujfito. 

suGK.R  ,  (hi»l.)  escíiptor  francez,  nasceu 
em  1082,  foi  eleito  abbad»^  de  S.  Diniz  em 
1122;  morreu  em  1  tl>2 quando  ia  conduzir 
á  Ásia  «ma  expedição  de  lO.OlK)  homens 
que  reunira,  em  consequência  de  uma  cru- 
zada que  pTgara.  E' considerado  como  fun- 
dador das  Clironicas  de  S.  Diniz. 

^iJGaKRino.  A,  p.  p.  d«  suggerir;-  tídi'. 
inslâiciAdo.  lembrado,  advertido. 


sm 


stii 


«47 


sucfirniR.  t>.  o.  {'at.  sugqe^o,  ere,  de 
sug  por  sub,  ileUnixo.  e  gero,  ere,  levar^, 
insinuar.  Itfiiibf-ar,  «tlverlir ;  t?.  //  — a  res- 
posta, iies(5tili).4S,  pensamentos  elefadus,  — 
maus  fons»  lhos,  nlenios.  O  uso  i^va  feito 
suppridiir  jjtn  g  Ho  rad.    I  at 

sur.GE-^TÀo,  s.  f.  (Lat.    sngfjeidio     nnis) 
acção  de  sn^i^firir.  ifis»niiaçào,  connelho  v, 
g    Sugi^esiòes  da  perversidade,   da  tra,  do 
demnnio. 

MTGOfSTivo,  A,  aij.  qne  cont^^m  sugg^s- 
tàii,  que  sui{gere,   iii^-iuui,  inspira, 

sin:r,KST<»    a.   m   ^Lal    sngg^fitiiffiou  srig 
gestas)    ir»buna  ou  pulpilo  «funde  os  or.i- 
do'es  filiavam  ao  povo  romano. 

suGiDADK.  V.  SujUade. 

SUGIGar.  V.   Snlij^igar. 

SL'r.n,i,AÇ\o,  s.  f.  (Lat.  sngiUatio,  onU, 
de  sugillo,  are,  corifiindirj,  nódoa  roxa  ou 
lívida  na  pelle,  cansada  por  pancada. 

SU6INHO.  V    ^ujinh.o. 

SUGIR,  (t    da  Bfir.i).  V.   Chupar. 

siGjsToRio,  s.  m.  hon  em  qtie  nas  pro- 
cissões ia  em  a(Mo  de  matar  a  serpe,  que 
lambem  figurava  na  procissão. 

suGiTORio.  V.  Sugistorio 

SUG».   V.    St/íco. 

suHM,  (hisl  )  hist(»riador  dinamarquez  , 
nasceu  em  i72^,  morreu  em  17-8.  As  suas 
principais  obras  são:  latrodwçdo  á  histo- 
ria critica  da  IHnamarca;  Historia  da  IH- 
namorca,  ele. 

slIça.  V.  Soiça. 

suiciD*,  s.  do.v  2  g,  matador  de  si  pró- 
prio, o  que  se  dá  a  m«»rte  a    si  mesmo. 

slmdaue,  s.  f.  (t.  jur.),  condição  de  her- 
deiro necessário. 

suiDAS,  (hisl.)  JPiicoçrapho  grejro,  quese 
julga  ter  vivido  no  IX  ou  X  século,  ó  co- 
nheciilo  pelo  seu  hexicon. 

suíno,  a,  adj  (Lat  .siiinwí,  de  sus,  por- 
co), do  porco;  t>.  g.   Carne  — . 

suiNTii.LA,  (hisl,)  roi  dos  Wisigodos  de 
Hi«panha,  desde  621  até  65l.  Morreu  era 
63o. 

suioiSES.  (h«st.)  antigo  pnvoda  Seandina- 
via,  <»riginario  da  Germânia,  occupava  se- 
gando se  julga  a  actual  Su<»cia. 

suiPPRS,  (geogr  )  ci'la)ede  França,  6  lé- 
guas a  .nR.  de  '  halons-sobre  o-.Marne  ; 
2,4  O  habitai. 

SU18SA  OU  CONFEDERAÇÃO  H^LTETICA,  (g**0- 

gr.)  i^fheveiz  pm  alien  ão,  llelvetira  e  par- 
te da  Rheiia  dos  at  tigos,  republica  fedn- 
ral  lera  por  bmilfs,  a  O  a  França,  ao  ?i 
o  gran- ducado  de  Bade,  a  K.  o  Tyrol,  ao 
S.  o  reino  Lonibardo-Vene/iano  eos  l.sta- 
dosSrífdos;  2,jo0,t(>0  halniant«'S,  capi»..íl 
Zuticfa.  A  Suíssa  é  dividida  em  22caniões 
que  sào  os  ?e^nint»'S  jxla  ordem,  que  oc- 
cu^^tafD  na  ( onfedef6<;ào  GereBauica  : 


I   Zurich 
i  Berne 
3  l-ueerna 
\  Una 
5  Scliwilz 
Vt  IJnterWfllJ 

7  (II. íris 

8  Zutf 

.'  Fri burgo 
10  Soiileure 
n    Bale 
•  i  SihdThnuse 
l3  Ap[»renzel    . 

\\  S    Call 
13  Grisões 

16  Argovia 

17  Thurgovia 

18  Thessino 

í9  Vaul 
20  Valais 
^■i   .\euohatel 
22  Genebra 


Zurich. 

BernH. 

I.uc»*rna. 

Allorf. 

Sch\rilz. 

Sarneae  Starz. 

Glaris. 

Zug. 
Frd)'irgo. 

Stiuleure. 

BalH 
Sch^fTaouse. 

Apprenz«l,  llerisau  e 
Triígen. 

S  Gall. 

Coire,  Ilinze 
Da  vos. 

Aarau. 

Frauenfd. 

Beliuzoni,  Lugiuo  O 

Loca  mo, 
Lousana. 

Sioíi. 

Neuchalel. 

Genebra. 


suissos  (Cera),  (hisl.)  companhia  de  Suis- 
sos  Men^enarios.  creada  em  iVJâ.  Foi  ei- 
tincta  em  líSl7. 

SUJADO,  A.  p  p.  desvj.%r;  adj.  mancha- 
do. 

suJAM-EfiTK,  adv.  (mcíií«su(T.),  porcaraen- 
Ih  sordidamente,  no  physico  e  moral. 

SUJAR,  V.  a.  [sijo,  ar  des.  inf),  empor- 
calhar, manchar,  f-izer  suj  ) :  enlamear;». 
g.  —  a  roupa,  o  fato,  >  rosto,  as  màos  ; 
(tig.  manchar,  fazer  torpe:  —  a  consciên- 
cia 

suj!!iç.\o,  «,  f  esl.ido  de  oessoa  ou  cousa 
sujeita,  èobordiíiada,  dependente,  obedit-n- 
cia,  acatamento,  acanhamento  diante  de  pes- 
soa de    respeito. 

SUJEITA,  s.  f.  mulher  qne  se  nSo  nomeia. 
Uma  — ,  certa  mulher  que  nào  nomeamos. 

sujKir/íno,  A,  p.  p.  de  sujeitar  ;  a//;',  re- 
duzi l<>  a  sujeição,  doma  lo    subm«'Uido. 

SUKITADOR,  A,  adj.  q-ie  SMJeiía,  submetle. 

sujf.ir*R,  o.  a.  (do  Lat  ««/v/ec/ítra,  sup, 
de  suUjicio,  ere  ]  suhmelter,  reduzir  a  (»be- 
diencia,  ter  sujeito,  dependente,  domar,  su- 
bjugar; fazer  obedecer-  — a  vontade  á  ra- 
7à o  — SK,  t.  r.    submeler-^-e,  limitar-se. 

suJEiTissiMO,  A,  adj.  superl    de  su^^rto. 

suj»iTO,  A,  adj.  (Lmi.  suhjectus  p  p.  de 
suhjicto,  ére.)  subaaeuido,  subj  igado,  re- 
duzido a  suj^içào;  exposto,  c.  g. — a  dam- 
no,  risco,  m(»lt*siií.  —  ,  dócil,  obediente. 
<',avallo.  vassallo  —  Vontade  —  á  raz.Ho. — , 
Wnmal  bravo -^.  A  matéria—,  que  serve 
de  assumpto. 

132  • 


G48 


SUL 


SlX 


SUJEITO,  s.  m.  súbdito,  vassallo,  cativo, 
escravo  ;  ohjeclo,  assumpto. — da  proposição, 
a  cousa  designada  p«lu  verbo  que  tej^e  a 
oração.  Um — ,  horatni  qne  se  não  nomeia. 

SUJIDADE,  s.  f.  f.ilia  de  limpeza;  immun- 
dicie ;  os  excrementos  alvinos  do  boinem. 
— ,  (íig  )  palavras  lorpos,  deshoneslas. 

sujiNiio,  diminut.  de  sujo. 

SUJO,  A,  adj.  (Cast.  sucio,  do  Lat  sus, 
porco.)  torpe,  immundo,  sórdido,  não  lim- 
po, não  asseiado ;  (lig.)  deshonesto ,  impu- 
dico. Chaga — ,  que  tem  sordes,  ichorosa. 
Liviro  —  ,  incorrecto,  cheio  de  erros.  Mar 
—  dt  ilhotas,  restingas^  impedido,  emba- 
raçado. 

SUL  ,  s.  m.  (Fr.  sud.  Aliem,  sud,  Cast. 
sur,  Anglo-Saxonio  S"t'i,  \n^[.  south,  lIoU. 
zuid.  Court  de  (iébelin  deriva  este  termo 
do  Arab.  suedou,  schud,  negro,  esr.uro.  11o.'- 
ne  Tooke  o  deriva  do  verho  Anglo-Saxo- 
nio  siothen,  cozer  ao  lume,  em  Ingkz  se 
seethe.  Eu  creio  q<ie  ambos  se  enganam,* 
que  o  termo  sul  vem  do  Saxonio  son,  sun, 
ou  Aliem,  sonne,  sol,  e  unter  ou  unten, 
baixo,  inferior,  contraído  em  sm/íí  ou  sttwtí, 
que  em  Franco  correspondia  ao  moderno 
sud.  J'ara  os  povos  septentrionaes  o  sol  no 
inverno  anda  mui  baixo  parque  enião  oc- 
cupa  o  h-.mispherio  austral  ou  iii(«rior  ao 
boreal.  Também  pode  vir  <lo  l.at.  subius.) 
o  ponlo  cardinal  oppostn  «o  norle  ou  á  cons- 
tellaçao  da  Ursa  menor;  o  vento  que  sopra 
daquelle  ponto.  O  ventv — ,  é  expressão  el- 
lipt;ca  equivalente  á  que  sopra  do  sul. 

suLAVKMEALto,  A,  //.  p.  de  sulftvenlear ; 
adj.  descaído  para  sotavento. 

suLAVEisThAR  ,  V.  a.  ou  11.  descâif  para 
sotavento. 

sui.AVENTO.  V.  Julavento,  Sotavento. 

SULCADO,  A,  p.  p.  de  sulcar;  adj.  aire- 
goado  com  o  arado. 

SULCAR,  V.  a.  {sulcOj  ar  des.  inf.)  arre- 
goar  com  o  arado  ;  (tig.)  cortar  as  ondas. 
Os  navios  sulcando  os  mares. 

SULCO,  s.  m.  (Lat  sulcus.  Gr.  holkos, 
de  helkeô,  puxar,  rasgar  ;  rad  keô,  cortar, 
abrir  com  força,  romper,  ee/ad,  puxar  com 
força.)  rego  feito  com  o  arado,  ou  com  a 
quilha  do  navio. 

SULFATO.   V.  Sulphato. 

suLFLRiNO   V.  hulphereo, 

SULFITE.   V     Sulf.hiie. 

SULFUK.   V.  Enxofre. 

SULFURADO.  V.  ^ulfhurado. 

fcULFLRLO    V.  Sulphureo. 

suiFUKtio.  V    i>ulphureto,  e  Enxofre. 

SU    FUHICO     V.    SulphuricO. 

stiFLhO.^^O,  V.  ^vlf  huroso. 

SI  LIA  OU  soiiA,  s.  /.  (do  Fr.  ant.  5t</ic, 
S3ria.)  seda,  tecidos  de  seda  que  vinhòiii  da 
Sjria. 


suLLY-LA-TOUR,  (geogr.)  yilla  dePrança, 
a  3  léguas  ao  SE.  de  Cone;  1,800  habi- 
tantes. 

suLLY-soR-LOiRE,  íg<^ogr.)  SuHocum,  cida- 
de de  França,  quassi  5  léguas  ao  JSO.  de 
Gien  ;  2,:i<'0  habitantes 

SULLY  (Maurício  de),  (hist  )  bispo  de  Pa- 
riz  no  secolo  XH.  Aasciu  em  IHiO,  mor- 
reu em  119B  afitos  de  ver  concluidaa  c«- 
th'^^'dral  de  Pariz,  para  cuja  contribuição 
contribuiu  muito. 

sumo,  (geogr  )  h'^'je  Solmona,  cidade  de 
Itália,  entre  os  Paligui,  a  4  léguas  ao  8C. 
de  Coitinium.  Foi  a  pátria  de  Ovídio. 

sulpuato,  s  m.  (chim.  mod  )  sal  forma- 
do pelo  atido  sulphurico  e  uma  base. 

suLPHiTE,  s.  m.  (chim.  moJ  )  sal  forma- 
do pelo  acido  sulphuroso  e   uma  base. 

suLPUUKADO,  A,  adj,  combinado  com  en- 
xofre, 

SULPHUREO,  A,  adj,  (Lat.  8ulphureus.)áe 
enxofre. 

SULPUURETO,  s.  m.  (chim.  mod.)  combi- 
nação do  enxofre  com  substancia  alcalina. 

SULPHURICO,  udj.  Acido — ,  (chim.  mod.) 
antigamente  vilriolico. 

SULPHUROSO,  A,  adj.  Acido  — ,  (chim. 
med  )  que  contem  menos  oxygeneo  que  o 
sulpliurico. 

suLPiCio  (S  ) ,  (hi5t,)  chamado  também 
Sulpicio-Secero,  bispo  de  Bourgcs  no  secu- 
!•)  Vi.  Foi  sagrado  em  58 i,  e  morreu  em 
591. 

suLP*cio-SEVERO  ,  (híst )  SuJpicius-Seve' 
rus,  historia  ior  ecclesiastico,  nasceu  em 
Aquiiania,  no  anno  36J  Foi  discípulo  de 
S  Maninho,  e  morreu,  segmHo  uns,  em 
410,  e  segunlo  outros  em  429.  A  sua  obra 
principal  éa  Historia  Sagrada  em  2  livros, 
que  abrange  desde  acreação  do  mundo  até 
ao  anno  410. 

sui  pic  ANOS,  (hist.)  congregação  '  de  pa- 
dres, destinada  é  instrucçào  de  jovens  ec- 
clesiaslicos,  fundada  em  .641,  por  Obier, 
cura  de  S.  Sulpicio. 

suLPiTiA,  (hist  )  romana,  que  cultivou  a 
poesia  e  viveu  pelo  anno  90  de  Jesu-(]bris- 
10,  no  tempo  de  Domiciano.  Só  d'ella  nos 
resta  uma  saljra,  de  edicto  Domitiaai,  {\aQ 
vem  ordinariamente  no  hm  do  Jons  Juve- 
nal, ou  de  Petrona. 

suLPiTiNS  GALLUS  (c),  (hist)  pretop  no- 
anno  lló  antes  de  Jesu-iihristo,  tribuno- 
militar  no  tempo  de  Paulo-Emilio,  cônsul 
em  Itíti,  foi  orador  distincto,  e  sábio  as- 
trónomo. 

SULTANA,  s.  f,  mulher  do  sultão  :  —  fa- 
vorita. 

suLTANiM,  s.  m.  moeda  de  ouro  turques- 
ca,  do  víilor  de  um  sequim  de  Veneza. 

SULTÃO,  s.  m.  (do  Aiab.  tuUa.h  ousai» 


SUM 

ían,  do  verbo  sallata   ou  saUa,  domÍDar;i 
saUan,  domínio,  poder.]  imperador  dos  Tur- 
cos. 

suLVESTO ,  s.  m.  (p.  us.^  vento  sul,  do 
meio  dia. 

sui.z,  (gpogr.)  cidade  do  reino  de  Wur- 
temberg  (Floresla-Negra).  11  léguas  as  SO. 
de  Heuilingen  ;   /.'rlOO  habilanles. 

sulzbaCh.  (geogr.)  cidade  de  Baviera,  2 
léguas  ao  M).  de  Amberg;  3,000  habitan- 
tes, 

SULZBACH,  (geogr.)  rio  do  ducado  de  Nas- 
sau,  afllijente  do  la  Lahn. 

SUM,  adv  (do  I  at.  simul,  junto,  junta- 
mente )  Viver  em — ,  Je — ,  de  companhia, 
juntos    V.  Suu. 

SUMA.  Y.  Summa. 

suMACA,  s.  f.  (Ingl.  smack.)  embarcação 
rasa  costeira,  de  pescar;  embarcação  rasa 
o  ligeira  de  dois  mastros. 

suMAGRE,  s.  m.  (do  Arab.  summac,  #u- 
mak  Ou  semuk.)  planta  com  cuja  folha  e 
casca  se  curtem  coiros. 

SUMARENTO,  A,  adj .  (dcs.  euto.)  que  tem 
muito  surao.  Limões — . 

SUMATRA,  (geogr,)  ilha  da  Oceania,  e  a 
mais  occidenlal  de  todas  as  ilhas  d'este  pon- 
to do  mundo ;  eslá  separada  da  penínsu- 
la de  Malacca  pelo  estreito  de  Malacca  ; 
6,000,000  habitantes. 

suMBAiA.  V.  Zumbaia. 

SUMBAVA,  (geogr.)  uma  das  ilhas  de  Son- 
da ;  50,U(jO  habitantes.  A  ilha  é  dividida 
em  3  pfininsulas,  e  na  do  centro  está  o  ter- 
rivel  volcào  do  Tomboro. 

SUMBAVA-TIMOR  (Archipelago  de),  (geogr.) 
serie  tíMfcas  da  Malásia,  a  E.  deJava,  col- 
locado  ii'uma  linha  do  h.  ao  O.  ;  a  princi- 
pal é  Sumbava.  e  a  t.  é  Timor. 

suMEAs,  s.  f.  (naut.)  taboas  com  que  se 
refaz,  e  repara  o  leme. 

suMENE, (geogr.)  capital  de  cantão  em  Fran- 
ça, no  departamento  do  Gard,  L  léguas  do  Si- 
gon  ;  2,9(J0  habitantes. 

8UMERG1D0.   V.  Submergido, 

suMERciR.  V.  Submergir. 

SUMERSÃO.  V.  Sí<6  .  ersão. 

suMEBSO.  V.  Svbmerso. 

SUMIÇO,  s.  m.  (de  sumir.)  acto  de  stimir. 
Levar  — ^  perderse  de  vista,  não  se  achar, 
sumir-se. 

suMiDiço,  A,  aí/;',  que  facilmente  se  some, 
ilesa ppaiece,  se  desvanece. 

SUMIDO,  A,  p.  p.  de  sumir;  adj.  que  se 
perdeu,  desapjjareceu:  metlido  para  baixo  do 
nível,  afundiao.  Olhos —s,  encovados,  os  do 
moribundo. 

SUMIDOURO,  *.  m.  lugar  por  onde  se  so- 
me, ou  escoa  a  fgua  ;  (lig.)  cousa  ou  pes- 
soa que  tons4  me,  dilapida.  Esta  mulher  é 
sumidouro  da  lazeoda  dos  amantes. 
v«k.  nr. 


SUM 


649 


8UM1LHÍII,  s.  m.  (Fr.  sommelier.)  oílicial 
de  diversos  serviços.  —  do  cortina,  que  cor- 
re a  cortina  da  capella  real.  —  da  camisa 
que  vestia  a  camisa  ao  rei. 

SUMIR,  V  a.  (contracção  de  SI/ m«r^ ir.)  su- 
mergir  ,  metter  a  pique  ;  esconder,  fazer 
desapparecer  —  sr,  v.  r.  occultar-se,  des- 
apparecer,  esconder-se.  — avox,  apagar-se. 
Sumiram-se-lhe  vs  olhos,  encovaram-se- 
lhe. 

Este   verbo   é   hoje  irregular.  No  indic 
eu  sumo,  somes,  e  somem  ;  mas  os  anligof 
diziam  sumes,  sumem. 

suMissÃo    V.  Submissão. 

SUMMA,  s.  f.  (Lat.)  somma  ;  resumo,  epi- 
tome.  Em  —  ,  (loc.  adv.)  resumidamente, 
em  substancia. 

suMsfAMENTE,  ttdv .  {mente  suff.)emsum- 
mo  grau. 

suMMAN,  (geogr.)  rio  d'Africa. 

suMMAR,  V.  a.  V.  Sommar, 

suMMARUDO,  A,  p.  p.  de  summariar;  adj 
resumido ;  processaao  summariamente. 

SUMMARIAMENTE.  ade.  [mente  suff.)  de  mo- 
do summario,  compendiosamente. 

SUMMARIAR,  V.  a.  [summario,  ardes,  inf.) 
reduzir  a  summa  ou  a  summario ;  resumir, 
recopilar  em  summa.  —  umréo,  fazer  lhe 
processo  summario. 

SUMMARIO,  A,  adj.  (Lat.  summarius,  bre- 
ve) Processo  — ,  que  se  faz  summariamen- 
te. 

SUMMARIO,  s.  m.  compendio  dos  pontos 
principaes  de  uma  matéria,  processo  sum- 
mario. 

suMMARissiMO,  A,  odj.  supcrl.  do  summa- 
rio. 

suMMiDADE,  s.  f.  (Lflt.  summitas,  tis  )  o 
cimo,  o  ponto  o  mais  alto,  cume.  A  —  do 
monte,  do  arco,  dos  ramos  da  arvore. 

suHMíssÃo.  V.  Submissão. 

suMMisso.  V.  Submisso. 

lUMMisTA,  s.  m.  (des.  wía.)  autor  de  sum- 
ma, resumo,  epitome. 

suMMO,  A,  adj.  (Lat.  summus,  contraído 
de  supremus,  supremo,  ou  formado  de  <m- 
pra,  em  cima.  a  cima,  e  úmt45,  profundo.) 
o  mais  alto,  elevado,  supremo,  —grou,  cui- 
dado. O  —  bem.  Em  grau  —,  —  estado  de 
poder. 

SYN.  comp.  Summo,  supremo,  soberano. 
Summo,  é  o  latim  summus,  e  significa  o 
mais  alto  e  elevado,  o  que  nrais  Sibresai 
em  seu  género.  Diz-se  Summo  pontifico, 
summo  amor  (de  Christo),  em  íwmno  grau, 
etc. 

Supremo  designa  o  ultimo,  o  maior  na 
g.aduatão,  de  mór  excellencia  no  seu  géne- 
ro. Diz  se  o  dia  supremo,  o  supremo  man- 
do; e  Vieira  disse:  «  Supremos  anjos  da 
suprema  jerarquia  (I,  ^''J).  » 
163 


f(50 


sun 


|UP 


Soberano  designa  o  qae  ó  su,premo  em 
autoridade  e  poder,  e  se  usa  como  substan- 
tivo para  designar  o  senhor  ^bsoluto  no  do- 
minio  e  governo  de  seus  vassallos. 

suMMULA,  s.  f.  diminuí,  de  summa,  bre- 
ve epitome  doutrinal. 

SLMMULisTA  ,  s.  wi.  (des.  istã.)  autor  de 
summula. 

SUMO,  s  m.  (do  J^at.  humco,  crc,  molhar, 
humedecer.)  sueco  de  fractos  e  de  hervas, 
9.  g.  —  de  limão,  laranja,  de  azedas,  chi- 
cória. — ,  (p.  us.)  sueco  da  carne,  suecos 
nulrilicios, 

SLMPTO ,  s.  m.  (Lat.  sumptus,  p.  p.  de 
turno,  ere^  tomar.]  (p.  us.)  custo,  despeza, 
gasto. 

SUMPTUÁRIO,  A,  ttdj .  (Lat.  sumptuarius.) 
concernente  a  gasto,  despeza.  Leis — s. 

SUMPTUOSAMENTE,  ttdv.  {mente  suíT.)  com 
sumptuosidade. 

SUMPTUOSIDADE,  s.  f.  cuslosa  magníílceu- 
cia,  grande  fasto,  pompa  :  —  doedificiOj  dos 
trajos,  do  festim. 

suMPTUOsissiMAMEi^TB ,  (xdv.  superl.  de 
sumptuosamente. 

SUMPTUOSÍSSIMO  ,  A,  adj    de  sumptuoso. 

SUMPTUOSO  ,  A  ,  adj.  (Lat.  sumpluosus.) 
fastoso  ;  magnifico,  de  muito  custo.  Casa , 
edifício,  festim — .  Dons — s.  — ,  magnifi- 
co, que  despendeu  com  mão  larga,  em  ma- 
gnificência, era  preciosidades. 

SUNAMITE,  (hist.)  habitante  da  cidade  de 
Sunam,  na  tribu  d'íssachar.  Por  este  no- 
nle  se  designam  principalmente  1.°  Abisaig, 
que  se  uniu  a  David,  na  sua  velhice  ;  2.°  a 
esposa  mysteriosa  de  Salomão,  no  Caiitico 
dos  Cânticos. 

suND,  (geogr.)  estreito  da  Dinamarca,  en- 
tre a  ilha  Seeland  e  a  costa  sueca  do  Mal- 
ttiaehus,  junto  do  Báltico  ao  Caltégat.  Na 
profundidade  de  muitas  braças,  encont ra- 
se uma  corrente  em  sentido  contrario. 

suNDERLAND,  (geogr.)  cidade  d'ínglaterra, 
no  condado  de  Durham,  na  emboccadura  do 
Wear,  ãleguasao  NE  de  Durham  ;  17,000 
habitantes. 

suKDERLAWD  (H.  Speucer,  1.'' conde  de). 
(hist.)  nasceu  em  I6í0,  foi  grande  partida- 
Irio  de  Carlos  I,  morreu  na  batalha  de  Kew- 
burgo  em  1643. 

SUNDERLAND  (Robcrto  Spcuser,  ^.*  conde 
de),  (hist.)  filho  do  precedente,  nasceu  eip 
1641,  morreu  era  170.L 

suKDGAU;  (geogr.)  pequena  região  annexa 
á  Alta-Alsacia,  cidade  principal  Refort. 

suNGO,  (geogr  )  praso  da  Coroa  Porlngue- 
za,  no  districto  deleite,  que  tem  uma  lé- 
gua de  comprimento  e  duas  de  largura. 

suNiuíi,  (geogr.)  actualmente  cabo  Cqlon- 
lle,  forma  a  extremidade  aol§E.  da  Adiça 


SUNNITES  ou  soNNiTES,  (hist. ( seita  musul- 'fora  ae  tempo 


mana,  assim  chamada,  da  palavra  sunnah 
porque  reconhecem  como  verdadeiros  siic- 
cessores  de  Mahomet,  os  califas  Aboubekr, 
Omar  e  Othman. 

suNTUOSiDADE,  V.  Sumptuosidade. 

SUOR,  s.  m.  (Lat.  sudor.  V.  Suar.)exha- 
lação  copiosa, excrementicia  que  sáe  pela  pel- 
le  ;  (fig.)  trabalho,  fadiga.  Ganhar  o  pão  com 
o  —  do  seu  rosto.  Passar  suores  de  morte, 
ou  suores  frios,  estar  em  grande  aperto,  arir 
gustia,  trabalho.  Suores,  (fig.)  fructo  de  graqx 
de  trabalho. 

suPEDANEo.  V.  Suppedaneo. 

SUPER,  preposição  latina  (V.  Sobre.)  En- 
tra como  prefixo  na  composição  de  muita  s 
vozes  e  denota  posição  cimeira,  posteriori- 
dade em  tempo;  excesso,  preeminência. 

SUPERABUNDÂNCIA,  s.  f.  excesso,  abundân- 
cia excessiva. 

SUPERABUNDANTE,  aàj .  dos  2  Q.  (Lat.  «u- 
perabundans,  ■tis.)  qae  superabunda. 

SUPERADUNDANTEMENTE.    ttiv.  [mente  SMÍÍ.] 

cora  superabundância. 

SUPERABUNDADO,  A,  p.  p.  do  supcrabun- 
dar  ;  adj.  que  superabuudou. 

supERABUNDAR,  V.  O,.  OU  H.  (Lat  supera- 
hundare.)  mais  que  ^bundjarj  exceder  o  ne- 
cessário. 

supERADDiTO.  V.  Âcovescentado. 

SUPERADO,  A,  p.  p.  de  ^^^gfjar;  adj.  oi- 
cedido. 

sypERALTAR,  s  m.  [ánt.j  pedra  (|e  ôra»  ai 
lar  portátil. 

SUPERAR,  V.  a.  (Lai  svpsrare.)  exoeder, 
levar  de  vencida  :  —  o  inimigo,  o  passo  dif- 
ficil.  — ,  ayantajar-so  :  «  mas  a  todos  Anchi- 
ses  superava.  »  Eneid.  Pprl.  —  a  matéria, 
exceder. 

supERAVBL,  adj.  dos  2  g.  [Lai.  superabi- 
lis)  que  se  podo  superar,  exceder,  vencjyel. 
DiflTiculdades,  paixões  superáveis. 

suPERBissiMO.  V.  Soberbissimo 

suPERCEiERiA,  s.  f.  (Fr.  SM/JC/T/ierie.]  (a^l, 
e  desusado.)  embuste. 

supKRCiLio,  s.  m.  (Lat.  supercilium.]  (ant.) 
sobrancelha ;  (fig.)  çoberba,  or^qjl^Q,  go- 
ber^ínia. 

supEREMiNENTE  ,  adj.  dos  2  g,  $p|)reele- 
vado- 

síJPEREMiNENTissiMO ,  A,  adj.  superl.  de 
supereminente. 

suPEREROGAÇÃo  ,  s.  f.  (Lat.  supercroga- 
tio,  onis  )  o  acto  de  dar  mais  do  qqe  se  pe- 
de, Dfiais  que  a  obrigação  exigp.  Obrais  de 
— ,  transcendentes. 

suPEREvANGEiíA,  s.  f.  capâ  prcciosa  com 
que  se  cobriam   e  ornavam  os  evangelhos. 

suPERFETAçÃo  ,  s.  f.  (^at.  supsrfo^tatio  , 
onis.)  novo  parlo,  de  feto  que  nasce  depois 
de  outro  ;  (fi^.)  cou^q  que  .apparpce  l?rdg^ 


supKRFiciA»,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  super~ 
(icialis.)  que  está  á  flor,  na  superfície.  F«- 
rida — ,  não  profunda,  —  ,  que  não  é  so- 
ido  e  bem  fundado.  Conhecimentos  SM/)cr- 
ficiaes. 

SUPERFICIALIDADE,  s.  f.  qualidade  de  ser 
superfií-ial. 

SUPERFICIALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  ásu- 
perficie  ;  nào  profundamente  ;  não  funda- 
damente. 

superfície,  s.  f,  (Ltt.  superfícies,  super, 
e  fácies,  face.)  o  exterior,  a  extensào  consi- 
derada do  per  si,  sem  dependência  das  ou- 
tras dimensões  de  altura,  e  espessura.  A— 
da  terra. 

suPERFLUAMENTE,  adv.  [mentç  suff.)  de  so- 
bejo, sem  necessidade. 

SUPERFLUIDADE,  s.  /".  (Lftt.  superfluitas , 
tis  )  sobegidão,  excesso,  demasia.  — s,  cou- 
sas supérfluas. 

SUPÉRFLUO,  A,  adj.  (Lat.  superfluus,  que 
trasborda,  inunda,  super,  e  ^ueni  que  cor- 
re.) desnecessário,  detnasiado,  inútil  ror  so- 
bt^o. 

supERGA,  (geogr,)  montanha  dos  Estados 
Sardos,  2  léguas  ao  RE.  de  Turim. 

supERHUMERAL  ,  s.  tJi.  cspecíç  de  estola 
que  cobria  os  hombros  do  sacerdote  dá  lei 
velha. 

SUPERINTENDÊNCIA ,  *.  f.  Inspecção  sobre 
qualquer  ramo  de  admini3lraçãb  oú  de  obra, 
fiscalisação. 

SUPERINTENDENTE,  s.  wi.  pessoa  encarre- 
gada de  superintender,  ou  da  superinten- 
dência. 

SUPERINTENDER,  V.  O  (siipcr  pref . ,  e  en- 
tender.) vigiar,  fiscalisar  os  empregados  de 
qualquer  ramo  de  administração,  ou  de  obra. 

SUPERIOR,  adj  dos  ^  g.  (Lat.compar.de 
superius,  elevado.)  que  está  mais  alto,  ele- 
vado ;  que  tem  maior  autoridade,  poder,  gra- 
duação ;  estremado,  avantajado.  Talento , 
engenho,  animo — .  — ,  emanado  da  auto- 
ridade superior    For  ordem — . 

SUPERIOR,  s.  m.  pessoa  superior  em  auto- 
ridade, V.  g.  —  áe  convento,  ou  communi- 
dade  religiosa. 

SUPERIOR  (jíago),  (geo^r  )  o  mais  Occiden- 
tal e  o  mais  Vaslo  dos'  cinco  grandes  lágós 
da  America  do  ^drte. 

SUPERIOR  (mar),  (geogr.)  Superum  maré, 
hoje  golpho  ou  mar  Adriãtico,  entre  a  Itá- 
lia e  a  Illyria!  -rw.   ..     .^ 

SUPERIORA,  s.  /".  freira  que  governa  ò  con- 
vento, a  communidade.         .  'W'«  •••"•- 

SUPERIORATO,  í;  m.  oíTicio,  cárgo  de  su- 
perior ou  superiora  de  cominunidade  reli- 
giosa ;  (fig.)  influenL  ia  superior,  'preeminên- 
cia. 

SUPERIORIDADE,  s.  f.  (Lat.  s^pcrioritas  , 
tis.)  preeminência,  exc.ellencia,  qualidade  su- 


perior  de  cousa  ou  pessoa,  predomínio  A 
-  dos  talentos,  do  valor ;  —  dos  vinhos , 
dos  tecidos,  das  manufacturas  ;  —  do  poeto, 
de  graduação. 

STN.  comp.  Superioridade,  autoridade^ 
poder,  soberania,  senhoria  Superioridade 
é  a  preeminência  d'uma  pessoa  sobre  outra, 
em  qualquer  dote  ou  qualidade.  Autorida- 
de é  &  superioridade  quo  provem  da  lei  na- 
tural ou  positiva,  cora  direito  de  se  fazer 
obdecer.  Soberania  é  a  autoridade  do  so- 
berano com  poder  absoluto  e  independente 
sobre  seus  vassallos.  Senhorio  é  a  autori- 
dade  com    império  e  domínio. 

Superioridade  denota  preeminência  com- 
parativa, e  encerra  ideia  de  comparação,  o 
que  não  acontece  com  os  vocábulos  auto- 
ridade, poder,  soberania,    domínio. 

SUPERLATIVAMENTE,  ttdv.  (wcníff  suff.)  em 
gráo  supperlativo. 

SUPERLATIVO,  A,  adj.  (Lat  superlativus, 
super,  e  latus,  p.  p.  de  tollere,  levantar) 
summo  gráo,  tanto  do  bem  como  do  mal ; 
eminente;  (fig.)excellente,  óptimo.  Bonda- 
de — .  Gosto--.  Em  Porluguez  issimo  éa 
desinência  mais  usual  do  superlativo,  v.  g. 
brevíssimo,  finíssimo,  aa.ahilissimo,  excepto 
em  superlativos  latinos  como  óptimo,  míni- 
mo, ínfimo,  péssimo.  Quando  os  adjectivos 
não  admittèm  a  desinência  issimo,  ou  ella 
é  desusada,  suppre-se  por  muito,  cg.  mui- 
to meigo,  cortei,  civil,  lísongeiro,  colérico, 
enfadonho."  O  —]  stibst.  o  gráo  superlati- 
vo.        '  i    ^ 

SUPERNAL,  adj.  dos  2  g.  V.  Superno. 

SUPERNO,  A,  adj.  [Lãi.  supernuí)  supe- 
rior. Uceu.  A;  luz  — .  <<  Aquelle  de  quem 
sois  seahor  — .  »  Camões  — ,  (fig.)  exeel- 
lente,  prestante.  Bálsamo  — . 

SUPERNU3ÍERARI0.  V.  Supranumerário , 
mais  usado. 

SUPERO,  A,  adj.  (Lat.  superus)  elevado, 
subido.  t)ppõe-se  a  infero. 

supERpAKTicuLARis,  àdj,  dos  2g.  (Latim 
moderno)  (arílh.  e  musica)^  Género  — ,  é  o 
segundo  da  proporção  desigual,  cm  que  a 
quantidade  maior  coiítém  à  menor  uma  vez 
Ó  mais  upa  parte  do  mesmo  numero. 

suçERPARTlENS,  adj.  <?os  2  g  (Latim  mo- 
derno) (arith)  6'enero  ou  razãê  — ,  a  que 
existe  entre  dois  números  dós  quaps  um 
contêm  o  outro  lima  vç^  e  tpaís  algutnas  par- 
tes do  todo. 

SUPERPOSIÇÃO,  f.  f.  poslçSo  de  unia  cou- 
sa sobre  outra. 

SÚPERPURGAÇÃO,  s.  f.  purgação  que  so- 
brevem a  outra,  ou  que  evacua  com  px- 
cesso 

SUPERR06AÇÃ0.  V.  Supererogação. 

SUPERSTIÇÃO,  s.  f.  (|Jat.  superstitio,  onis, 
I  de  superstçar,  firma r-se^  falsa  doutrina  ou 
'  '     ^'^'' 163  ^-^ 


65â 


hiiP 


Í\}P 


crença  em  matéria  religiosa,  falsa  religião; 
crença  absurda  e  conlisnça  em  praticas  re- 
ligiosas O  mundo  está  inçado  áe  supersti- 
ções. Cada  crente  na  sua  religião  chama  — 
ás  outras  religiões. 

SYN.  comp.  Superstição^  fanatismo.  A 
suprestição  é  um  culto  de  religião  falso, 
cheio  de  erros,  contrario  á  razão,  e  indi- 
gno da  l)ivin(iade.  O  fanaliamo  ó  um  zelo 
cego  e  apaixonado  que  nasce  das  opiniões 
superstiviinas  e  faz  cometler  acções  ridicu- 
las,  injustas  e  cruéis,  não  somente  sem  ver- 
gonha e  sem  consciência,  senão  também  com 
uma  espécie  de  alfgria  e  consolação,  como 
se  o  que  as  faz  houvera  recebido  alguma 
missão  de  Deus. 

Á  superstição,  diz  Bacon,  foi  quem  for- 
jou os  Ídolos  do  vulgo,  os  génios  invesiveis, 
os  dot  ndes,  os  trasgos,  as  bruxas,  os  vam- 
piros, etc  ',  o  fanatismo  levantou  cadafal- 
sos, accendeu  pyras,  e  fez  correr  rios  de 
saiigue  nas  guerras  da  religião. 

A  superstição  posta  em  acção  constitue 
própria ínentp  o    fanatismo. 

supí'  '•  ^:.  ^UEisTE,  adv.  [mente  suíf.) 
com  s  (içao,  de  modo  supersticioso. 

surt,  JiCiOíO,  A,  odj.  (Lat  supcrslitio- 
sus]  d  ;o  a  practit&s  de  íscrupulosa,  ab- 
'Uí  'a  í^evorfio/  a  que  os  ignorantes  altri- 

ã-n)  j^randes  virtudes   dur^nle   a  vida,  e 

jKiís  da  moíle  de  quem  as  pratica.  IJo- 
c:  i  m  — .  CuUo  —  «D  homem  honrado  deve 
.>fr  —  em  não  aíTirmar  serão  o  que  vô.  » 
Arraes,  observante  escrupuloso. 

slperslbstancíal,  adj.  dos  2  g.  muito 
substancial,  por  extremo  substancial  Ião 
svperí^vbslancial. 

supu. .  JMCAL  s.  »7t.  vestidura  que  se  lan- 
çava sobre  a  íunica. 

supFuvACANhio  A,  adi.  (lat.  svpercaca- 
neus'  inutd,  baldado,  supérfluo. 

SLPERVACL'0,  A,  adj.  (Lat.  supertacuus) 
supérfluo,  vão,  desn^^cessario,  sobejo.  Dadi- 
va — .  Bernard.  Florest. 

supRvVENçÃo,  s.  f.  (do  Lat.  supervenio, 
irCt  sobrevir]  oacto  de  sobrevir.  «A  —  d'es- 
te  accidrnte.  » 

suvKRVENiENTg^  adj.  dos  t  Q.  (Lat.  su- 
p<',rtcniehs.  tis,  p.  a.  desuperveniie,  sobre- 
vir) que  -«(«brevem. 

sui-EHVivKNciA,  s  /".  o  sobreviver  uma  pes- 
soa a  outra.  —  de  officw.  nomeação  de  ai 
guem,  para  exercer  o  cargo  depois  de  morto 
o  proprietário. 

suPEKVivtNTB,  adj.  dos  2  g.  que  sobre- 
vive. 

suJETÃo,  s.m.  (Alterado  (\e  sulito,  des. 
iijfin  ]  Le  — ,  adt.  .art  )  de  iepen'e. 

stJiSTO.  (ant.s  V.  í^tibito. 

feinniE    V     FdfjíUo. 

£LFi^o,  Á,odj.  \L&^.  iupinuSf  levaniado; 


deitado  de  costas  com  a  face  para  cima)  alta, 
elevado,  v.  g.  — s  selvas.  — ,  deitado  de 
costas  com  a  barriga  e  face  para  cima.  Igno' 
rancia,  de  que  não  nos  tiramos  por  delei- 
xo. 

supiNo,  s.  m.  (do  precedente.  Lat.  supi- 
num)  raodificf.ção  do  infinitivo  dos  verbos 
que  em  Latim  não  differe  da  desinência  neu- 
tra do  partiripio  passivo.  Em  Portuguez  ser- 
ve o  supino  a  formar  os  tempos  compostos 
dos  verbos  activos  e  absolutos,  e  com  pou- 
cas excepções  tem  a  mesma  íórma  que  o 
participio  passivo  ou  do  pretérito,  v.g,  vin- 
gado, morto,  feito,  formado,  amado,  mas  é 
invariável  em  desinência,  tanto  genérica  co- 
mo plural.  Ex.  Tenho,  tinha  vingado  a  of- 
fensa,  —  morto  muita  caça  ;  —  feito,  ou 
formado  muitos  projectos;  —  amado  mui- 
tas mulheres.  Estou  vingado,  vingada,  es- 
tamos vingados:  é  participio  passivo.  Te- 
nho dormido,  vivido,  sonhado,  suado  :  ó  su- 
pino, e  também  nos  verbos  impessoaes  ou 
u«ados  impessoalmente,  v.  g  tem,  tinha 
chovido,  ventado,  nevado,  trovejado.  A  ver- 
dadeira difl'erença  entre  o  supino  e  o  parti- 
cipio consisfe  em  que  o  primeiro  uuj;case 
refere  a  substantivo  anterior  em  tempo,  co- 
mo o  participio,  t  por  isso  nunca  concorda 
em  geiíero"  ou  em  numero,  posto  que  íáo- 
raes  defii;a  erradamente  o  supino:  um  sub- 
stantivo de<;linavel  derivado  do  verbo  em 
latim  egrfgo.  Não  é  nem  subs»antivn  nem 
declinavel  nestas  duas  línguas.  INssphrases  ; 
o  tempo  que  lenho  passado,  consumido,  o 
dinhfiro  que  tenho  despendido,  dado,  em- 
prestado ha  participio.  Nas  seguintes  é  o  su- 
pino. Tenho  consumido  pasadomuilo  tem- 
po ;  —  despendido,  dado  muito  dinheiro. 
Nas  pbrases  construídas  com  verbos  impes- 
soaes, o  supino  não  se  refere  ao  substanti- 
vo, V.  g.  tem  cu /«it/o. chuva  equivale  a  cahio^ 
houve  cabida  de  chuva 

sÚPiTAMKNTE.  V.  Subitamente. 

supiTANEo.  V    Subitaneo. 

SLPiTO,  A,  adj.  (V.  Súbito)  (p.  us.)  acce- 
lerado 

supoRAR.   V    Suppurar. 

supoSiSA.  V.  Trapaça,  Falsidade. 

suppeuaneo,  s.  m.  (t  at  svppednneum, 
sup ,  por  sub,  e  pedes,  os  pés)  escabel- 
lo. 

suppEDiTAR,  V  a  (Lat.  suppedito  are]  sub- 
minisirar,  fnrnecer. 

SLPPLAMADO,  A,  p.  p.  dc  supplaular  ;  adj. 
meiíido  debaixo  dns  prs,  trilhado;  prostra- 
do ;  posto  em  lugar  de  outro. 

strPLANTAnoR.  A,  s.  (Lat.  supplantator) 
pessí  8  que  ^upplania. 

.«L'PrLAM>R,  V  a.  {L»l.  svfplan tare,  sup 
1>(<T  ivb,  e  plonto,  are  meller  debaixo  dos 
^.és,  pitar,  calcar,  trilhar  ;   (lig  J  derribar, 


SDP 


SUP 


658 


prostrar ;   arruinar  alguém,  fazer-lhe  per- 
der o  favor  para  lhe  tomarmos  o  lugar. 

SUPPLEMENTAR,  ttdj,  doS  2  gf.  SUPPLEMEN- 
TÁRIO, A.  adj.  que  serve  de  supiilemento 
de  auxilio. 

suppLEMENTO,  s.  m.  {Lnt.  suppkmentum, 
àe  suppleo  ,  ere ,  supprir)  adrlianlameiUo, 
consa  que  se  ajunta  psri  completar  o  que 
falta.  O  —  de  idade.  (juriH.)  o  dar  por  en- 
chido o  tempo  ou  a  iH«de  que  a  lei  r^qtier 
para  o  menor  poder  fazer  actos  validas 

supp'ETORío,  A,  adj.  (des  drio)  que  ser- 
ve de  supplpojenlo,  qae  suppre. /u/amcnío 
— ,  que  se  dá  quando  falia  prova  plena 

SUPPLICA,*  /".  (de  íM7>j9/ícar)  rogativa,  pe- 
ditório humilde  de  palavra  ou  por  escri- 
pto. 

suppLfCAÇÃo,  s  /".  (lat.  svppHcatio,  onis) 
acto  de  supplicar. rogativa  Casa  de  — .  amigo 
tribunal  supremo  de  justiça  qoe  se  fixou  em 
Lisboa  por  lei  do  2?  de  Julho  de,  í  582,  sen- 
do antes  ambulante  e  seguindo  a  cftrte.  An- 
tigamente se  denominava  Casa  da  suppri- 
eaçom,  e  Vaaço  dos  Âggravos. 

suppLiCADO,  A,  PP  de  supplicar;  adj. 
rogado  com  humildade,  com  submissão. 

SUPPLICADO,  s.  (lorens.)  a  parte  contra  a 
qual  requer  o  supplicanto. 

SUPPLICANTE,  s.  dostg  (Lat.  supplicans, 
tis,  li.  A.  áesupplico,  are]  pessoa  que  sup- 
plica.  — ,  (forens.)  a  pessoa  que  supplica, 
requer  em  juízo. 

SUPPLICAR  ,  V.  a.  (í.al  supplicare,  sub, 
sob,  e  p/icare,  dobrar-se,  prosternar-se)  pe- 
dir, rogar,  implorar  humiidosamente,  com 
submissão.  —  alguém,  pedir-lhe  submissa- 
mente ;  —  uma  graça. 

suppLTCATORio,  A,  adj  (des  ório]  que  en- 
cerra supplica.  Subst.  supplicatoria,  carta 
rogativa  de  supplica. 

SUPPLICE,  adj  dos  2  7.  pron,  oaccento 
na  primeira  :  Lai.  supplex,  ici.ç)  que  suppli- 
ca .  — s  e  queixosos  amadores ;  —  braços, 
r(»gos,  mãos 

suppLiciADO,  A,  p.  p.  de  suppliciar ;  adj. 
punido  do  pena  afllictiva. 

SUPPLICAR,  V.  a  [supplicio,  ardes,  inf.) 
infligir  pena  aíllicliva,  punir  de  morle. 

SUPPLICIO,  s.  m  (Lat  supplicium,  suppli- 
ca, e  castigo.  Propriamente  significa  preces 
qno  se  faziam  antes  da  «^xecuçào  de  um  cri- 
minoso) castigo,  pena  afllictiva.  —  extremo, 
capital,  de  morte. 

suppoNENDO,  s.  m.  [áo  Lai.  supponendus) 
(lógica)  supposiçào  tomada  como  verdadei- 
ra. 

suppÔR,  V  a.  (Lat  fupponere,  sup  por 
sub,  debaixo,  e  pono,  tre,  pòr,  dar  como 
certo,  ou  co.no  hypolhese ;  imaginar,  con- 
jecturar; dar  por  verdad-iro  o  que  é  falso, 
ou  pôr  uma  cousa  falsificada  cm  lugar  da 
vou  ir. 


verdadeira.   —  culpa  a  alguém,    imputar- 
lh'a. 

suppORTAoo,  A,  p.  p.  de  supporjftr  ;  adj. 
sostido  ;  soíTrido  com  paciência. 

suppoRTADOR,  A,  s.  pessoa  que  suppor- 
la,  soffre,  v  g.  —  de  fome,  miséria,  inju- 
rias. 

suppoRTAHRNTO,  s.  m.  (ant.)  entreteni- 
mento, mantença,  conservação. 

suppoRTAR,  V.  a.  ('.at.  suppo^íare,  sup 
por  sub,  df.baixo,  e porto,  ar  ,  levar)  sos- 
ter  o  peso  de  alguma  cousa.  —  o  peso  do 
inimigo,  (fig  )  sníTrer  coro  paciência,  v.  g. 
—  dores,  injurias,  insultos.  —  despezas, 
tributos,  sofTrer  com  gravame.  — ,  susten- 
tar, manter. 

SUPPOSIÇÀO,  s.  f  (Lat.  suppositio,  onis) 
acto  de  suppôr,  de  pôr  ou  dar  por  certo, 
OH  como  hypolhese;  conjectura;  o  suppôr 
o  falso  por  verdadeiro ;  imputação  falsa  con- 
tra alguém.  Homem  de — ,  de  partes,  de  au- 
toridade ,  de  porte,  que  tem  os  requisitos 
para  cargo,  emprego. 

STPi.  comp,  Siipposição,  hypolhese.  X\em 
da  prmeira  diíTerença  que  ha  entre  estas 
palavras,  a  qual  consiste  em  ser  um  termo 
scienlifico,  disliiigue-SR  mais«.m  que  :  a /íi/- 
pothese  é  uma  supposiçào  puramente  ideal, 
a  svpposiçáo  toraa-se  por  uma  proposição 
ou  verdadeira  on  npprovada.  A  hypofhese 
é  a  mais  certa,  menos  precária  ;  funda-se 
n'uma  verdade  philosophica  ;  a  supposiçào 
é  gratuita,  só  tem  por  base  a  verosimilhan- 
ça. A  hypothese  toraa-se  muitas  Ví-zes  por 
um  conjuncto  do  proposições  ou  .'nipposi" 
ções  unidas  e  ordenadas,  de  modo  que  for- 
mam um  corpo  ou  .systema.  Os  sysloinas  de 
Descartes,  de  Newton,  de  Leibnitz  chamão- 
se  hypolheses  e  não  supposições.  \  hypo- 
these refere-se*ás  sciencia'?,  á  instrucção,  á 
intellignncia,  á  explicação  das  cousas;  a  fsnp 
pusição  é  a  mais  tarailiar,  entra  na  conver- 
sação ordinária,  e  muitas  vezes  se  tníii  era 
máu  sentido,  como  allegaçào  gratuita  ou 
falsa,  que  não  tem  outro  fundamento  q  ea 
má  vontade  que  s\tppõe. 

supposiTAÇÃo,  «.  /  (iheol.)  união  dedufs 
naturez-ís  em  um  só  suppostf». 

supposiTADO,  A,  p.  p  de  supposiiar  ;  ndj 
unido  em  um  só  supposto. 

supposiTAR,  V.  a.  (theol.)  unir  duas  n»  - 
turezas  em  um  só  supposto:  «  —  a  divir  - 
dade  e  a  humanidade  no  divino  verbo.  » 

supposiTicio,  A,  adj  (Lat.  suppotititiíi,^  ) 
substituido  a  outro;  supposto,  ;  ilribuid  » 
falsamente  a  alguém.  Escriptos  — s. 

supposiTORio,  s.  m.  (Lat.  svppositorium) 
(med.)  mecha  purgante  que  se  introduz  no 
anus. 

SUPPOSTO,  A,  p.p.  desuppôr;  adj.{\.ni. 
supposlus',    contrahido  de  suppostus]  posto 
104 


654 


kvv 


m 


como  certo,  ou  possível ;  conjecturado,  ima- 
ginado ,  altribuido  falsamente.  Escriptos  — , 
Bãogpnuinos.  Factos,  documentos  —$,  for- 
jados ;  falsamente  allegados.  — ,  usado  ad- 
verbialmente,  caso  que,  na  supposição,  v. 
g.  —  que  assim  seja. 

supposTO,  s.m.  (do  precedente)  (metaph. 
etbeol.)  aquillo  qne  pode  existir  per  si  in- 
dependente da  substancia  a  que  está  ligado, 
f).  g  o  espirito  ou  principio  iojmaterial  uni- 
do á  matéria.  — ,  supposição  falsa,  cousa 
falsamente  attribuida  a  algiiem. 

SYN.  corap.  Supposto.  apocrypho.  Sup- 
posto  é  palavra  latina,  suppositus,  e  signi- 
ca  o  que  se  põe  falsamente  em  lugar  do 
verdadeiro  ;  diz-se  particularmente  do  livro 
oii  obra  que  falsamente  se  attribue  a  quem 
não  é  seu   autor, 

Apocrypho  é  palavra  ^rega,  que  significa 
cousa  secreta,  não  conheciía  antes,  cujo 
autor  não  é  conhecido,  Èm  linguagem  ec- 
clesiastíca  dá -se  este  nome  â  todo  o  livro 
duvidoso,  de  autor  incerto  e  de  pouca  ou 
nenhuma  té,  que  a  lí^reja  Catholica  não  in- 
cluiu no  cânon  daS  Escripturas  authenticas 
e  divinamente  inspiradas. 

Ainda  que  a  autoridade  do  livro  5wppos- 
to  so  reputa  suspeitosa,  pôde  com  tudo  con- 
ter doutrina  boa  e  verdadeira,  pois  por  erro 
SP  lr!m  attnbuido  a  autores  obras  que  não 
e.screv8ram  ;  dos  livros  apocryphos  não  per- 
mitre  a  igreja  que  se  tirem  argumentos 
.'ra  provar  as  verdades  theologicas. 

siJPPRESSÃo,  s.  f.  (Lat.  suppressio,  onis] 
q  acto  dn  supprir.  — ,  (med.)  suspensão  das 
evírcuações  naturaes,  v.  g.  —  da  ourina, 
da  lííinspiraçãp.  V.  Supprimir. 

suppRESSO.  V    Supprimido. 

suppRESSORio,  A,  atí;'.  (des. -drío)  quesup- 
prirre 

SLí-PiiiDO,  A,  p.p.  desupprir;  adj.  .com- 
pletado o  que  íaita  ;  fornecido,  provido. 

suppRiDOR,  «.  w,  pessoa  que  suppre,  com- 
pleta o  que  falta. 

suppRiMKNTO,  s.  wi.  (wcwío  Suff.)  áclo  de 
supprir,  ».  g,  —  das  despezas,  das  neces- 
sidades. V.  Supplemento  de. idade. 

suppiiiMiDO,  A,  p,  p.  de  Supprimir;  adj. 
que  se  supprimiu ;  (íig  )  moderado,  repri- 
mido. 

SUPPRIMIR,  V.  a.  (Lat.  supprimo,  ere,  sup 
por  sub,  e  premo,  ere,  apertar)  atalhar  o 
curso,  o  movimento,  v.  g.  dos  humores  pe- 
los seus  canaes;  calar,  não  fazer  menção; 
impor  silencio  ;  mandar  recolher ;  —  o  livro, 
a  obra  qn«  corria;  reprimia,  v.g.  — a  mi- 
lícia, as  paixões;  extinguir;  — cargo,  offi- 
cío ;  —  a  lei,  cassar,  annullar, 

suppRiR,  V.  a.  (Lat,  suppleo,  ere,  íuppor 
sub,  e  pleo,  ere.  encher)  completar  o  que 
falta,  dar  o  que  falta,  v.  g.  —  ojustopre- 


^0,  irefaíér  ;  -^à  fraqueza  dá  vista,  davozj 
a  estatura  baixa  :  -—  as  necessidade»,  as 
despezas.  —  ,  encher,  preencher,  p,  us. 
«  Mais  trabalho  do  que  a  gente  podia  —  » 

—  as  vezes  de  alguém,  ou  em  sentido  abs. 

—  por  algúexUj  fazer  as  suas  vezes.  —  a 
alguém,  dar-lhe  o  necessário  para  suá  sub- 
sistência. — ,  em  sentido  abs.  ant.,  subçti- 
tuir-se,  subrogar-seem  lugar  de  outra  cuu- 
sa.  Suppre  a  agua  por  vinho.  «Cisas  que 
suppriam  por  fortaleza,  »  que  serviam,  fa- 
ziam as  vezes. 

suppRivEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  ii'«/)  que 
se  pode  supprir  poi:  outra  cousa  ou  pessoa. 
Falta,  necessidade —.  Erro  — do  processo. 

suppuRAçÃo,  s.  f.  (Lat.  suppuratio,  onis) 
(med.)  formação  do  pus  em  chaga  ou  tu- 
mor. 

suppuBADO.  A,  p.  p".  ^é  suppurar ;  adj. 
em  estado  de  suppurâção. 

SUPPURAR.  V.  n.  (Lat.  suppurare)  (med.) 
criar  pus,  formar-se  o  pus  em  chaga  ou  tu- 
mor. 

8UPPURATIV0,  A,  àdj .  que  faz  suppurar. 

suppuRATORio,  A,  adj .  {des.  ôrio)  que  es- 
tá suppurando.  Estado — .  — ,  qae  promo- 
ve ou  acompanha  a  suppurâção.  Emplastro 
— .  Febre  — . 

suppuTAÇÃo,  s.  f.  {Lai.  supputa tio,  onis) 
computo,  conta,  acto  de  supputar,  calcu- 
lar. 

suppuTADO,  A,  p.  p.  de  supputar  ;  adj. 
calculado. 

SUPPUTAR,  V.  a.  [Lai.  iuppulare,  sup  por 
sub,  e  puto,  are,  contar,  esmar)  calcular, 
computar,  contar. 

SUPRA  (do  adv.  Lat.  supra,  de  cima.  V.  Su- 
per e  Sobre)  Só  usado  em  composição  co- 
mo prefixo :  denota  lugar  superior,  e  ex- 
cesso. 

SUPRACITADO,  A,  adj.  acíma  citado,  ou 
mencionado. 

supRALAPSARios,  (hist.)  calvíriístas,  que 
pretendiam  que  a  predestinação  do  homem 
3rà  anterior  á  queda  de  Adão. 

supranumerado,  A,  ãdj .  numerado  antes, 
acima. 

supranumerakio,  a,  adj.  que  se  ajunta 
ao  numero.  Um  — ,  s.  ofíicial,  ou  empre- 
gado alem  dos  do  numero. 

supremacia  ou  supremazia,  s.  f.  (des  ia) 
poder,  influencia  suprema,  primazia. 

SUPREMAMENTE,  adv.  {mcnte  suiT.)  supre- 
macia. (Jpíií    l>f  v- 

supREMissiMO,  A,  adj.  superl.  (p.  us.)  de 
supremo. 

SUPREMO,  A,  adj.  (Lat.  supremus,  super, 
sobre,  e  imus,  profundo)  o  mais  alto,  ele- 
vado, summo,  máximo.  Amais  —  parte  da 
torre.  —  felicidade ,  ventura.  —  mando. 
Preço  —,  o  mais  subido.  — ,  (p.  us.)ome* 


SUR 


SUR 


655 


lhor,  mais  precioso  do  seu  género.  Vasos  — s. 
Eneida  Portug.  Dia  — ,  extremo  da  vida. 
Lagrimas  — s,  derramadas  por  pessoas  mor- 
tas. 

supREsiTO,  s.  m.  (ant ),  a»  pertenças  de 
uma  herança    Elucid. 

SUPRESSÃO.  V    Snppressâó. 

suPRFsso.  V.   Supprimido, 

supRESsoRio.  V.  .''íuppressorio. 

fUPRTLHO.   V.  Suprilho. 

supRiMia.  Y,  Supprimir,  ele 

SUPRIR.  V-  Supprir,  etc. 

supuiTíL    V    Smpritel. 

SUPURAÇÃO.  V.  Suppuração. 

supuRAR.  V.  Suppnrar,  etc 

suRi,  s.  f.  (t  Asiat.).  seve  da  palmeira  que 
distillada  dá  a  fuh  ou  nipa. 

suRATi,  fgeogr.)  cidade  da  índia  ingleza, 
no  6u2zpra'e,  sobre  o  Tapeli,  8  léguas  da 
sua  embucadura. 

suRCAR.  V.  Sulcar. 

SURDAMENTE,  ttdv.  [mente  suíf.),  á  surdi- 
na, pela  calada. 

suRDEAR,  t,  n  {surdo,  ar,  des.  inf.)  (p. 
us.),  fingir-se  surdo. 

SURDEZ,  s.  f.  (f.at.  Burditas,  tis),  privação 
do  sentido  de  ouvir,  natural  ou  por  effeito 
de  doença. 

SURDKZA.  V.  Surdez,  mais   usado. 

SURDIDO,  A,  p.  p.  de  surdir  *,  a^j-  «.  A  cas- 
cavel — ,  passou  pela  armada,  »  Serrão,  sem 
fazer  rumor»  á  surda. 

SURDINA,  s.  f  (de  surdo),  peça  que  aba- 
fa o  som  de  instrumento  musico  de  sopro  ou 
de  cordas,  r  g.  A'  — ou  pela — ,  lac.  adv., 
pela  calada,  em  silencio  ou  fazendo  mui  pou- 
co ruido. 

SURDiNHO,  A,  adj  diminut    de  surdo. 

SfRDiR,  V.  n.  (Fr.  sourdre,  do  Lat.  sur- 
gOy  ere,  levantar-se),  rir  ao  cimo  da  ajíua 
cousa  que  cahiu  no  mar;  navpgar  avante 
«.  -.  —  nadando  ;  —  a  nau  sobre  as  vagas 
sahir  do  lugar  onde  estava  occulto,  «  Sur- 
diaw  os  inimigrs  das  cobertas  da  nau.»  Viei- 
ra usa  àe  surgir  por  — ,  ir  avante.  P.  p. 
adj.  Surdido 

SURDO,  A,  adj.  (Lat.  surdus,  de  *  prefixo 
contração  de  ejp  ou  sine  sem,  e  aures,  ou- 
vidos, ou  audite,  ouvir,  e  não  de  sordes,  co- 
mo traz  M.  do  Jtioquefort),  privado  da  facul- 
dade de  ouvir,  de  nascença,  ou  por  doen- 
ça ;  que  se  não  ouve  ou  distingue  bem  pelo 
ouvido:  V.  g  Sons  —s.  Voz  — .  Instru- 
mento — .  Voz  -^,  rumor,  boato  que  cir- 
cula surdamonte.  Lima  — ,  que  lima  sem 
se  ouvir.  —  is  vozes  do  dever,  aos  conse- 
lhos, não  escutaado,  não  dando  ouvidos.  A' 
vaga  -:-,  a  remo  — ,  sem  fazer  rumor.  A' 
— ,  pela  — ,  pela  calada,  insensivelmente. 
Pela  —  se  vai  o  reino  perdendo,  iuseasi- 
veímenlo.  Marchar  ás  — s,  em  silencio,  pela 


calada.  — ,  usa- se  subsl  ,  subentendendo 
pessoa,  individuo,©.^,  um — ,  Os — *mu- 
dos. 

SURDELO,  s.  m    carapáo,    peixe. 

SURESNES,  (geogr  )  villa  de  França,  légua  • 
meia  ao  O.  de  Paris  ;  l,5ôO  habitantes. 

suRGERES,  (geo^r  )  cidade  de  França,  6  lé- 
guas ao  NK.  de  fiocheford ,  2,134  habitan-  * 
tes. 

SURGIA,  s.  f  (ant.  6  barbara  orth.j  V.  Ci- 
rurgia. 

suRGiÃo,  *.  m  (ant.  e  barbara  orth.)  V. 
Cirurgião. 

SURGIDO,  A,  p.p.  de  surgir ;  adj.  fundea  • 
do. 

SURGIDOURO,  s.  m.  lugar  onde  os  navios 
surgem,  estão   ancorados,  ancoradouro. 

SURGIR,  D  n.  (Lat.  surgere,  de  sm«,  aci- 
ma, e  erigere,  levantar),  aportar,  lançar 
ferro  no  porto,  ancorar  ;  vir  do  fundo,  do 
mergulho,  subir,  levantar-se,  crescer  em  al- 
tura, erguer-se ',  v.  g.  —  «  mente,  subir, 
vir  ao  pensamento.  — ,  alçar-se,  v.  g.  — 
da  extrema  pobreza  á  opulência.  ^  Surgem- 
se  hoje  brutas  feridades.  »  Filinto.  «  A  lín- 
gua portugueza  que  até  agora  esteve  encoh- 
chada  sem  poder—.  »Eufr.,  Prologo.  — , 
proseguir  navegando  ;  ir  avante.  Couto,  e 
Vieira. 

SURGIR,  V,  a.  lançar :  —  duas  amarras 
dar  fundo  com  elles 

suRiLHO,  s.  m.  diminut.  de  suro. 

suBiNAM,  (geogr.)  rio  da  Guyena,  que  pas- 
sa pela  Guyena  franceza,  e  pela  hoUandeza. 

suRJOux,  rgeogr.)  villa  de  França,  a  5  lé- 
guas ao  SE.  deNantua. 

SURO,  A,  adj.  (do  Gr.  oura,  rabo,  cau- 
da: 05  prefixo,  contracção  do  Gr.  ex,  sem, 
fóra^,  derrabado  naturalmente,  sem  cauda. 
V.  g.  GaUinha  — .  Frade  — ,  o  que  tem 
coriôa  mas  que  nào  diz  missa. 

suRPRRNDER,  V.  a.  (Orlhographia  imitada 
do  Fr.  surprendre).  V.  Sorprender,  mais 
conforme  ao  hespanhol,  posto  que  surpren- 
der  se  acha   em  Castanheda. 

SURPRESA  ou  suRPREZA.  V.  Sorprexa. 

SURRA,  X.  /",  (de  surrar),  (t.  fam.),  gran- 
de copia  :  —  de  açoutes.  Metaphora  tirada 
da  jicção   de  surrar  coiros. 

SURRADO,  A,  p.  p,  de  surrar;  aUj.  pre- 
parado pelo  surrador,  gastado  pelo  uso ; 
aç  )utado 

SURRADOR,  *.  m.  homem  que  surra  coi- 
ros. 

surrafaçar.  V.  Sarrafaçar. 

síRRAMENTO,  s.  m.  [mento  suíl.),  acção 
de  surrar. 

suRBÃo,   s.  tn.  (fa st.  zwrrn,  bolsa  de  coi- 
ro com    pello,   do   Arab.   sorraton,   bolsa 
de  coiro),  bolsa  de  coiro  usada  pelos  pas- 
tores ;  saco  de  coiro,  v.  g.  —  de  trigo,  ie 
164  . 


656 


SUR 


SUS 


arros,  de  anil,  em  que  se  levão  estes  géne- 
ros. 

suRRAPA,  s,  f.  (doCast.  zurrapa^  filamen- 
tos fezes  do  vinho),  niaa  vinho,  vinho  que 
se  damnou. 

SURRAR,  V.  a.  (do  Cast.  zurrar),  tirar  o 
pello  ás  pelles,  ao  coiro,  alimpar-lhe  o  car- 
naz ,  V.  g.  —  pelles.  (íig)  gastar  a  super- 
fície cora  o  uso,  faze  la  escabiosn,  dar  sur- 
ra de  açoutes,  —se  v.  a.  ir-se  a  furto,  sor- 
rateiro. 

srRRATE,  s.  m.  De  surrate,  (loc.  adv. 
ant )  sorrateiramente,  ás  escondidas. 

SURRATEMíO.    V.    SorraUirO. 

suRREiçÃo.  V.  Res urrei ção. 

SUBRENTUM,  (geogr.)  hny, Snrrenío,  cida- 
de dos  Picetitini,  ao  O.  de  Salerno,  defron- 
te da  ilhfl  Capr»  ia. 

siiRRFPTiciAMENTE,  ttdv .  (mente  sufí],  com 
subr(  prão,  de  mo-lo  subrepticio 

suRRKPficío,  A,  adj.  (Lat.  surreptic^us). 
V,   Subrepticio. 

si;rrkv  (condado  de),  (geogp.)  ci'lade  prin- 
cipal de  Guílford,  em  Inglaterra  ;  486,001) 
habitantes. 

suRRíADA,  s.  f,  (Vem  de  surra,  e  não  é 
inversão  do  Cast.  rosci<^âa  ou  rucioda,  co- 
mo insinua  M(ir«e'í),  descarga  de  tiros  ;  v. 
g.  —  de  espingardaria,  de  arlilharia  ;  —  de 
granizo,  pedrisco.  — ,  vaia,  ajsupada.  Dar, 
levar  uma  — . 

surriba,  s.  f.  [sur  por  nuh,  e  riba),  a 
excavaçào  feita  na  terra  para  qur»  fique  fofa, 
o  pfgnem  mais  fficilmente  as  plantas  que  se 
disj»õera,   socalco. 

suRR]B\i)0.  A,  PP  de  surriba  r  ;  ac(/.  fei- 
to rm  surribas 

scBRiB^R,  V  a.  [surriba,  ar  des.  inf.), 
fazer  surribas;   —  a  terra. 

SURRIPIADO,  A,  p.  p  de  surripiar;  adj. 
furtado  com  manha 

SURRIPIAR,  t).  a  (Lat  surripio,  ere-  sur 
por  síib,  e  rapio,ere,  roubar;,  roubar  com 
astúcia, 

f  URTiR,  «.  n.  (do  Lat.  sursutn,  a  cima). 
voar  alto,  remontar-se  mui^^altaneiro  voan- 
do. 

SURTO,  s.  m.  (de  surtir),  vAo  arrebata- 
do de  ave,  v.  g  Dar  ura  — ,  De  —  loc. 
adv.  — s  de  génios  altaneiros,  voos. 

SURTO,  A,  p.  p;  de  surgir  r  adj.  (contrac- 
ção do  Lat.  surrecius,  áe  surriggo,  ere,  le- 
vantar), fundeado.  Estavão  asnáns  — s  no 
porto. 

suRTÚ,  s.  m.  (Moraes  diz  dubitiv;<mente 
que  é  derivadr,  do  Fr.  sortout,  como  se  não 
íos«;e  evidente  o  indubitável  essa  origem, 
sur,  sobre,  eíoití,  tudo),  sobrecasaca,  rou- 
pão. 

.'íURTUM,  s,  m.  fant.)  sobretudo,  casa- 
c&o 


SURZIDO.  V,  Zurzido. 

SURZIR.  V.  Zunir. 

sus  /  interj.  (do  adv.  Lat.  sus,  para  ci- 
ma, do  mesmo  radical  que  super,  sursum. 
Era  Egypcio  çoci  ou  soei,  alto,  levantar,  que 
a  meu  ver,  vem  de  ciou,  astro,  estrella,  e 
si,  tomar,  allingir,  drigir.)  acima  I  tende 
animo  !  coragem  1  «  Ora  —  gente  forte.  » 
Camões,  Lusiad    Eia  —  /  animo  I 

sus  ou  soiis  (reino  de),  (geogr  )  parte  do 
império  de  Marrocos;  assim  cliamado  do  rio 
de  Sus;  t<)0,OJO  habitantes;  cidade  capi- 
tal .la  roda  nt. 

sus  ou  RAZ-EL-ouADY,  (geogr.)  rio  do  im- 
pério dp  Marrocos ;  desce  do  Atlas,  e  lança- 
se  no  Atlântico 

susA,  (geogr)  Susaem  iíaWano,,  Segusio 
em  Irtiim,  cidade  dos  Estad->s-Sard()s,  no 
antigo  Piemonte  ;  cidadfí  principal  de  uma 
ppquena  intendência  ;  i  3  léguas  a  O.  de  Tu- 
rim ;  2,2'Ml  habitantes    Bispado, 

susAKNA,  (h  s  )  mulher  de  Joaquim,  da  tri- 
bu  de.lu'lá,  seguiu  sen  esposo  nocapiivei- 
ro  a  Babylonia,  e  se  tornou  celebre  pela  sua 
castidade. 

susano  ou  susÃo,  ANA,  adj.  (de  suso  )  (ant. 
de  cima.  do  alto.  Veia  — ,  uma  veiada  tes- 
t^,  do  alto  do  rosto. 

sus\RioN,  (hist.)  ornais  antigo  poeta  trá- 
gico grego,  era  natural  da  Scaria,  na  Atli- 
ca,  f  viveu  pelo  anno  589  antes  de  Jesu- 
Chrislo, 

SUSCEPTIBILIDADE,     S.     f.    O   SPF    SUSCCpti- 

vel. 

suscEPTivKL,  adj.  dos  2  g.  (do  Lat  suS' 
cipere,  susceplus  )  capnz.  que  admiile.  Doen- 
ça —  de  remédio.  Males  suscepiiveis  de  al- 
hvio. 

susciTAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  suscitatio,  onís.) 
o  acto  de  suscitar,  ou  de  suscit3r-se. 

SUSCITADO,  A,  p.  p.  de  suscitar  ;  ttd/.  mo- 
vid'>,  excitado. 

SUSCITADOR.  A,  adj.  que  suscita.  Subst., 
pessoa  qiie  suscita. 

SUSCITAR,  V.  a  (Lat.  suscitare,  sus,  aci- 
ma, e  cito,  are,  excitar;  —  lume,  fogo; 
^Ug.)  —  guerras,  demandas,  discórdias  — a 
prole  do  irmão,  na  Escriptura  é  casar  o  ir- 
mão do  mono  cora  a  cunhada  viuva,  que 
ficou  sem  filho»  do  irmão 

susiANA,  [^eof;r.)  ho]e  Khouzistan,  região 
do  império  mcdo-persa  ;  tinha  por  cidade, 
principal  Susa. 

suso,  A,  adj.  (do  Lat.  sus,  adv.,  acima 
para  cima.)  (ant.)  aciraa.  O  — dito,  o  sobre 
dito    A  — ,  acima. 

suspECTO.  V.  Suspeito. 

SUSPEIÇÃO,  s.  f.  (Lat  suspicio,  onis.)  des- 
confiança da  probidade  do  juiz,  ou  da  sua 
rectidão,  ou  disposição  de  fazer  'u^tiça.  — 
do  homem.  —  de  direito^  de  facto,  descon- 


sus 


8CS 


657 


fiança,  suspeita  do  caracter,  do  pro^ediman- 
to  ;  de  peita  dada  ou  oíT^r^cidíi. 

susPKiTA,  s.  f,  (de  suap/titar.)  conjectu- 
ra, desconfiança  pouco  funlada. 

susPRfTAn-»,  A.  p.  p.  de  suspeitar;  adj. 
que  suspeita;  que  se  suspf^ila  ;  conje'^.  lu- 
rado. «  M  ús  alonnenla  sabi  lo  que  — .  »  Ca- 
mões. R^doniilhas. 

suspkitadir,  a.  adj.  pessoa  inclinada  a 
suspoiínr   [desconfiada. 

RUspRiT^R,  V.  a.  {\M.  su^pectare,áf^  .vih, 
sob,  debuxo,  e  spicio,  ere,  ver.)  conjectu- 
rar, suppAr  com  probííbilila  le.  desf-ooHar, 
ter  desconfnnça.  —  a  b  )a  fé  do  sujeito,  a 
fraude,  traiçio  ;  em  sentido  ab^.,  ter  sus- 
p^^ita,  desconliauça.  Não  su«pei/o  da  sua  fé, 
honra 

su-PKiro,  A.  adj,  fr.at.  s»tçpící>tç )  que  dií 
lue:^r  a  ser  suspeit«do,  de  q-ien  hi  su^of^i 
ta.  Pessoi  — .  — ,  que  não  m^í rene  confim - 
ça.  de  cuji  veracidade,  probi  lade  ou  recti- 
dão ha  razão  de  lesc^^nfiar.  Teslnmunha  — . 
Juiz — ,  Dir  o  j 'iz  por — ,  allegir  razões 
e  circurastancias  que  faz^m  r^ceiar  que  o 
juiz  se  incline  á  pHrt^adv>>r3a,  e  nã')  julgue 
cora  impircialidide  Aator — ,  aquelle  cuji 
fé  histórica  é  duvidosa.  Palavra  -.  a  que 
não  é  clássica  e  de  bom  cunho  na  lin?ua. 
Hnmfm — de  fuga,  que  se  receia  fugi «"á  do 
lug-ir  que  hábil».  ÍJonnn  —  de  pe^te,  d^  es- 
tar alacíído  desta  doença  ;  — de  vicios  ^Vi- 
vio  — ,  de  ser  corsário  ou  pirata,  de  trazer 
contagio,  ou  de  traz^ír  fizenlas  de  contra- 
bando Andar  —  ,  com  receio  ou  suspeita 
de  s^r  enganado. 

su«!PEiTOSo,  A,  adj.  (formado  de  suspei- 
ta, des.  0.50.  ení  Lat  5u«/>íCÍoç»tí.)  de  que  se 
pode  ter  suspeita  receio,  (lente  — .  Homem 
— ,  que  não  inspira  confiança  Lwjar — na 
praça,  que  não  e>t4  bem  seguro e  defendi- 
do, lugar  —  de  enganos.  — ,  que  causa  má 
suspeita,  desconfiança.  «  Sempre  irmãos  (dos 
reis  mouros]  são  sutpeitos  a  irmãos.  »  Bar- 
ros. — ,  dí»do  a  suspeitar,  desconfiado,  re- 
ceioso  Homem — de  spu  mal  — ,  suspei- 
to, susp^'itado.  «  A  caridade  não  é  — . 

suspRNDER,  V.  tt.  («.at.  suspendeve,  sus, 
acima,  e  pendeo,  ere,  soster  com  a  mão.  pen- 
durar.) pendurar  :  —  a  lyra  em  uma  arvore, 

—  os  iropheos  no  Capilolio.  —  a  lança,  nas 
justas,  levanta-las  um  pouc9  do  horabroou 
da  coxa.  — ,  (fig.)  atdhar,  impedir,».^. — 
a  execução  ,    a  partida,  o  Ímpeto,  a  fúria. 

—  alguém  do  officio,  prohibir-lhe  o  exerci- 
do delle  por  algum  tempo.  — os  trabalhos, 
interromper. — o  riso,  as  lagrimas,  cessar 
por  algum  tempo  de  rir,  de  chorar.  A  dôr 
maior  suspende  a  menor.  — ,  (fig.)  eiileiar, 
enlevar,  captivar,  v.  g.  — o  animo,  os  sen- 
tidos, os  olhos,  as  «tençõf^s.  os  desHJos.  —  a 

K    «wta  em  algum  objecto,  parar  contemplaa- 


do,  fixar  «  vista  sobre.  — ,  entreter ,  fazer 
durar.  «  Onde  íuçpenii?  com  a  esperança  a 
vida  »  Uliss  — o  avalio  h',fn,  diz -se  no  ma- 
neji)  do  cav.illo  qu-í  levanta  bim  os  braços. 
— SE,  V.  r.  ficir  su^pen50,  pa^ar.  «  ^uspen.- 
deram-se  as  ondas  que  sepultaram  a  Pha- 
rAó.  »    Vinira. 

susPE-^oiDO,  A,  p.  p.  do  suspender';  adj. 
pemlurado ;  (fig.)  interrompido,  atalhado, 
parado. 

su-sPENDio,  X.  m.  (Lat.  suspendium.)  (p. 
us  )  fi)pca,  garrote. 

susPENs.io,  s.  {.  (Lat  suspfínsio,  onls.)A 
acção  de  suspender  ou  de  estar  suspendi- 
do.— jio  animo,  duvidi.  hesitarão;  enle- 
vo, êxtase,  arrebatamento,  enleio,  grande 
attenção  —  de  cargo,  of[i'no  ,  prohibição 
temperaria  de  o  ex-írc^.»*.  —de  arm2'i,  ar- 
mistício, cessação  de  hostilidid^s.  Ponto  de 
— ,  na  musica,  si^^nal  de  pausa.  — de  mãos, 
no  manejo  o  erguer  o  cavallo  as  mãos  ao 
ar  e  conserva-las  assim  por  algum  tempo. 

SUSPENSIVO,  A,  adj.  que  tem  força  de  sus- 
pender. Effíito  —  da  appellação. 

SUSPENSO,  A,  adj .  (Lat.  sufípenms  ,  adj. 
e  p.  p.  de  swipend^.re  )  pendurado,  v.  g. — 
no  ar;  (fig)  duvidoso,  incerto,  perplexo; 
descontinuado,  interrompido  :  obra,  traba- 
lho—.  —  do  nffi-io.  da'i  ordem  ecclesias- 
ticas,  prohibid  »,  iuhibido  de  exercer,  usar. 
Ihlalka  — ,  indecisa.  Carnage  — ,  suspen- 
dida em  raollas. 

SUSPENSÓRIO.  A,  adj.  (des.  drio.)  que  sus- 
nen  le.  — ,  (med  )  que  suspende  o  curso  de 
um  humor. 

SUSPENSÓRIO,  s.  m.  (Fr.  su<<pensoire.]  (t, 
cirurg.)  ligadura  que  suspen  le  uma  hérnia. 
~s,  duas  frt chás  de  coiro  ou  de  diversos  te- 
cidos, de  ordiní^rio  elásticas,  pendentes  dos 
hombros,  e  presas  aos  cozes  do  calção  ou 
calças 

SUSPIRADO,  A,  p.  p  de  suspirar  ;  ftd;.  que 
suspirou  ;  despjado  com  ardor.  Terra,  fortu- 
na tão  — . 

SUSPIRAR,  V.  a.  ou  n.  (Lat.  «u^^ ■'•o,  are, 
sus,  acima,  e  spiro,  are,  nspirar.)  lamen- 
tar-se  gemendo,  dar  suspiros  ;  desejar  mui- 
to, anhelar.  Suspirava  pela  vinda  do  ami- 
go, da  amante.  — ,  lamentar  com  suspiros. 
«  A  rola  o  seu  perdido  amor  suspira,  e  ge- 
me. »  Bernard.  Lima  — ,  exprimir  com  sus- 
piros, V.  g  — a  dôr,  o  amor. 

SUSPIRO,  s.  m.  (Lat.  suspirium.)  respira- 
ção anhelante  causada  por  paixão  que  move 
o  animo,  v.  g.  pelo  amor,  saudade,  tristeza. 
Dar,  soltar,  derramar — s. — ,  desejo  rebe- 
mente. 

susQUKHATíNAH,  (gcogr.)  Ho  dos  Eslados- 
Unidos  ;  furma-se  na  Pnnsylvania. 

suQuiNAR.  V.  Sosquinar, 

suss&x  (condado  de),    geogr.)  condado  de 
à65 


65^ 


sé 


Inglaterra  ,,  po  S.  do  canal  da  Mancha; 
S72.4nO  habitantes.  Cidade  principal,  chi- 
chester.  - 

sussEx  (reino  de),  (geogr.)  kouíh-Seaxnà 
rice,  um  dos  Estados-Saxonios  da  fleplar- 
chia.  Situado  nas  raargons  do  canal  da  llan- 
cha.  A  sua  capital  era  Chichester. 

susso.  V.  Su^o. 

SUSSURRAR.  V.  Susnrrar. 

susTANCU.  y.  Substancia. 

sustancíadò  e  SUBSTANCIAR.  V.  Substan- 
ciar, Alimentar. 

sustado,  a,  p   p.  de  sustar,  adj. 

SUSTAR,  V  a.  (Lai  substare,  íicar  para- 
do, immovel.)  reprimir,  impedir,  obstar  ao 
progresso  ;  —  a  devassa,  —  o  processo. 

Moraes,  ignorando  o  origem  d*53te  verbo, 
diz  que  «  é  erro  vulgar  no  foro,  por  sobre- 
estar  ou  sobrestar,  e  já  se  acha  em  uma  lei 
moderna,  nas  Collecções  á  Orden.  ». 

«usTATORio,  A,  adj   qiie  susta,  suspende. 

SUSTENIDO,  s.  m.  (t.  mus.)  nota  que  in- 
dica dever  a  voz  ou  o  insirumento  subir  meio 
ponto. 

SUSTENTAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  sustcnlatio,  onis.) 
acto  de  sustentar;  sustento.  — dos  embar- 
gos ,  no  foro ,  é  apoia-los  com  um  arra- 
zoado. 

SUSTENTADO,  A,  f  p.  de  sustentar  ;  adj. 
sostido,  apoiado  em  base  ,  (fig  )  império  — 
na  justiça.  Tinha  —  o  partido,  a  doutrina, 
defendido.  — ,  alimentado,  mantido. 

sustentador,  s  m.  (Lat.  sust€ntator.)o 
que  sustenta,  defende,  protege  :  —  de  the- 
ses,  conclusões,  do  partido,  da  doutrina. 

susTENTAMENTO,  s.  m.  {mento  suff.)  ac- 
ção de  sustentar,  manter  ;  sustento,  susten- 
tação; mantença,  manutenção 

SUSTENTANTE,  s.  m.  0  que  sustenta  the- 
ses,  conclusões. 

SUSTENTAR,  V  Q.  (Lat.  susttnto,  are,  freq. 
de  sustinere^  soster  )  dar  o  necessário  para 
viver,  alimentar,  manter.  Sustenta  muita 
gente,  muitos  gados;  —  uma  amiga.  — , 
prover  do  necessário  v.  g  —  tropa,  galés, 
naus.  —  o  guerra,  manter.  —  o  campo,  n 
batalha,  resistir  ao  inimigo.  —  o  cerco,  de- 
fender-se  contra  os  sitiadores.  —  theses , 
conclusões,  a  doutrina,  a  verdade  contra  es 
inimigos  delia,  defender.  —  a/^^we»»  em  al- 
guma esperança,  manter,  conservar.  —  ú 
seu  caracter,  a  sua  dignidade  ,  conservar, 
mostrar-se  digno.  O  favor,  os  prémios,  as 
honras  sustentam  as  artes,  prot<^gem,  favo- 
recem, fazem  prosperar.  — ,  soster,  resistir 
a.  A  náu  sustenta  a  fúria  das  ondas.  — s«, 
V.  r.  alimentar-se,  viver  .  nutrir  se  ,  ».  ^. 
—  de  vegetaes  ;  subsistir ,  tirar  a  substan- 
cia, V.  g.  —  do  seu  trabalho,  —  der/^ubos. 
— ,  resistir,  ter^se,  deí'ender-se.  Os  -Peiva- 
gue^es  sustentaratn-a  em  Goa. 


SUSTENTO,  s.  m..  (de  susteniar.)  âiiiJJSf- 
to,  mantimento.  ÍÕrU  lhe  para  seii  — .  —  , 
Ebanuténção  ,  mantença ,  conserváçSo.  —  , 
cousa  que  soslêm,  apoi^  ;  (fig  )  amparo,  ar- 
rimo, esteio,  encesto.  «  Filho  amado....  meu 
—  e  da  velhice  báculo  seguro.  »  ÍEneiq. 
Port. 

susiENTOR.  V.  Sustentador 

SUSTER.  V.  èoster. 

SUSTINENCIA.  V.  Sustentação . 

susTiTUiçÃo.  V.  Substituição. 

susTiTUiR.  V.  Substituir. 

SUSTO,  s.  m.  /do  Lat.  substo,  are,  ficar 
harado,  immovel)  medo  de  perigo  imprevis- 
to com  sobresalto,  pavor.  Ter,  mctíer  —, 

Syn.  comp  Ambas  estas  palavras  expli- 
cam uma  consternação  do  animo  occupaaò 
de  repente  por  um  objecto  ou  ?çcideiite  iíâ- 
previsto.  A  differença  que  erilre  ellas  ha  e, 
quB  o  swsío  óanabgo  ao  medo  ;  o  espanto, 
ao  horror  ou  á  adrair-tção.  Ura  sohhohor- 
i-orQso  expania  a  um  homem  que  não  lectí 
medo.  Um  pequeno  ruido  assusta  de  noite 
a  um  cobarde.  O  estrondo  iiiesperado  d'umá 
mina  voada  pôde  fazer  espanto  a  um  sol- 
dado desprevenido,  o  qual  se  envergonha- 
rá de  dizer  que  se  assustou  òu  teve  siísto^ 
forque  este  efífeito  supporia  medo.  _ 

susuÉSTE,  s.  m    vento  do  sul  para  sueste. 

susuRRADO,  A,  p.  p  de  susurrar;  ai/.  QÍ- 
to  em  voz  baixa.  Segredo,  noticia  -  -. 

susuRRADOR,  A,  ddj ■  qu.o  susurra. 

susuRRANTE,  adj.  dos  t  g.  (Uit  SÚSlí>7 
rans,  tis,  p.  a.  de  susurror,  arf.Jquesii- 
surrçi.  As  —s  au-as,  folhas,  ám  dos  Ze- 
phyro*. 

susuruar^  4f'^^  .ttftt.  fusurror,  ari,  yqi. 
imitativa.)  fater  soto  surdo,  zuniK  «  Vão  as 
doces  ?belhas  susm  rqndo  »  Camões,  Can- 
ção, 15.  — ,  dizer  em  voz  baixa  ;  em  sen- 
tido scúso.  —  cç,lifimnias,  dize-las  ao  ou- 
vido, insinuar.        ^v 

susuRRO,  s.  m  (Lat.  susurrus,  voz  imi- 
tativa, sus,  e  irrno,  ou  ruo.]  som  surdp, 
zuniílo  como  o  das  abelhas,  e  p  que  fazeií^ 
as  folhas  das  arvores  agitadas  pelo  yfíatb 
brando,  zumbido;  (fig.)  o  falbr effi  voz b'fti- 
xa  cofco  guando  s^  d;zèm  segr^doS  í  ^'0«  » 
boato  surdo.  ■   \     '  ■ 

suTíiiiflLASD  (condado  de),  (geogr.)  conr 
dado  dd  Escócia;  26  ,i)' O  habitantes  ;  cidar 
de  |)rmcipal,  JDornoch. 

suTH..  V.  'Subtil- 

SíjTRíF^cio,  erro  por  subterfúgio.    ^ 

gUTfii,  (geogr.)  SulriiiT)i,  cidade  do  JístA'- 
do-F cclpsiaslico  ;  "ti  léguas  St),  de  jjitefbo ; 
1,Ò0Q  habitantes.  Bispado.  . 

suTTONrCOJ-DFi^LD,  jgeogr^  p^dide  d'ln- 
glaterra  jW^r^i''.!^),  ^  Íeg«as  Dii-j.  de  Bif- 
nimfíHafB  ;  •^M'^  hfbi^iUes. 

SUTURA,  s.  f.  (lát.  dò  5^, Jur^,  utum  , 


i 


iVI 


gYA 


«59 


coser.)  articulação  dentada  dos  ossos  do  cra- 
neo,  «.  g.  a  —  coronal. 

súu  ,  suu  ,  adv.  {do  Lat.  símul^  junta- 
mente.) (ant.)  juntamente.  Viver  de  — .  Fa- 
zer algum  delicio  de  — ,  com  outros  com- 
plices. 

suvAi.Ki,  (geogr.)  cidadt  da  Rússia  euro- 

§ea  (|*olonia),  80  léguas  ao  RE.  de  Varsóvia; 
,000  habitantes. 

suxADO,  A,  p.  p.  desuxar;  adj.  desaper- 
tado, afrouxado,  soltado,  moderado ,  rela- 
xado. 

suxAR,  V.  a.  (conlr.  do  Lat.  sub^  elaxa- 
re.)  desapertar,  soltar  afrouxando.  —  acor- 
da, que  estava  atada  ;  (fig  )  relaxar,  remi- 
tir, moderar. 

suxo.  A,  adj.  desapertado,  solto,  alarga- 
do, dtísentesado.  Corda  — ,  bamba. 

SDi.  V.  Sus. 

suzE  (la),  (geogr  )  cidade  de  França,  a  5 
léguas  a  SO.  de  Mans  ;  2,05?  habitantes. 

suzE-LA-RoussE,  (gcogr.)  villa  de  França, 
quasi  8  léguas  ao  SE.  de  Montélimart ;  1 ,000 
habitantes. 

svANTOviT  ou  sviAToviD,  (hist.)  deus  da 
ilha  de  Rugen,  que  tinha  ura  templo  n'es- 
tailha,  em  Arkona,  onde  os  peregrinos  iam 
levar-lhe  donativos.  O  seu  culto  foi  abolido  em 
1168,  por  Valdemar,  rei  de  Dinamarca. 

svEADORG,  (geogr  )  cidade  da  Rússia  eu- 
ropea  ;    3.400  h;)bitantos. 

svEDENBORG  (Manuel),  (hist,)  celebre  theo- 
logo  lutherano,  nasceu  em  Stackolmo,  em 
1788,  morreu  em  1772,  distinguiu-se  nas 
artes  e  sciencias.  Escreveu  sobre  sciencias 
naturaes,  e  sobre  mystica. 

SVKNDBORG,  (geogr.)  cidade  murada  da 
Dinamarca,  na  ilha  de  Fyen,  10  léguas  ao  8. 
de  Odensee  ;  3,000  habitantes. 

SVENKSUND,    OU   SUENKSUND    OU    SWENKA- 

suND,  (geogr.)  parte  a  E.  do  golpho  de  Fin- 
lândia, entre  Viborg  e  Fredorickshamn. 

svERKER,  (hist)  houveram  10  d'esle  no- 
me, na  Suécia:  o  primeiro  reinou  delJ29 
até  1155;  o  segundodesde  li99  atél21(J. 

svERR,  ou  svERRER,  (hist.)  rei  da  Norue- 
ga, filho  de  Sigurd  III,  foi  secretamente 
educado,  depois  da  morte  da  sua  familia, 
e  conseguiu  recuperar  o  trono,  expulsando  o 
usurpador  Magnus  VI,  que  nesta  guerra  per- 
deu a  vida.  Morreu  em  ll02  Escreveu  o  Jís- 
pelho  dos  reis,  G  um  Tractado  do  dinito  pu- 
blico. 

sviATOPOLK,  (hist.)  rei  de  Lorrena,  filho 
bastardo  do  imperador  Arnoul,  que  lhe  ce- 
deu a  Lorrena  em   895 ;   mr^rreu  em  900. 

SVIATOPOLK  1,  (hist)  chamado  o  5cc/ara- 
do,  gran  principe  da  Rússia,  tilho  de  laro- 
polkl,  usurpou  a  coroa  pela  morte  de  seu 
tio  Vladimir  i,  depois  foi  expulso  do  trono, 
e  morres  naBohemia. 


SYiATOPOLK  II,  (hist)  gran-principfi  da 
Rússia,  Blhode  Isiaslav  I,  reinou  desde  1093 
até  11 12.  No  seu  tonpo  viveu  o  chronista 
Nestor. 

SVIATOPOLK,  (hist.)  rei  de  Moravia,  reinou 
de  879,  a  894. 

SVIATOPOLK,  (hist.)  houveram  duos  du- 
ques de  Pomerania  d'esic  nome  :  o  primei- 
ro procurou  em  vão  tornar-se  independente, 
e  morreu  em  iltO  ;  o  segundo  m.itou  Lerz- 
ko,  rei  de  Polónia,  fez  guerra  a  este  r.eirto, 
mas  foi  por  fim  vencido;  morreu  em  1266, 

sviATOSLAv  I,  (hist )  gran-[)rincipe  da  Rús- 
sia, filho  de  Igor,  nasceu  em  946,  morreu 
em  973,  depois  de  perder  parte  dopaiz,  que 
conquistara. 

SVIATOSLAV  II,  (hist.)  gran-principe  da 
Rússia,  filho  do  precedente,  expulsou  seu 
irmão  do  trono,  e  reinou  desde  1j73  até 
1076. 

SVIATOSLAV  III,  (hist,)  gran-principe  de 
Kiew,  roinoudesdi  1179  ató  U93. 

SVIATOSLAV  III,  (hist.)  grau-priucipe  de 
Vladimir,  filho  de  Vsévolod  III,  reinou  des- 
de 1248  até  1253. 

sviR,  (geogr.)  rio  da  Rússia  europea,  sae 
do  lago  Onoga,  e  lança-sa  no  lago  Ladoga, 
depois  de  um  longo  curso. 

swAMMERDAM  (J),  (hist.)  anatomico,  nas- 
ceu era  1037  em  Amsterdam,  e  morreu  em 
1680,  era  medico,  porem  dedicou-se  espe- 
cialmente á  anatomia  dos  insectos,  sobre  que 
escreveu  varias  obras,  de  que  a  principal  ó  a 
Historia  geral  dos  imectos.  em  hoUtndez. 

swAN-RiVER,  (geogr,)  ribeiro  dos  cysnes, 
rio  da  Austrália,  nasce  nos  montes  Darling,  e 
entra  no  mar  das  índias. 

swANSEA  ,  (geogr.)  Glamorgan ,  cidade 
d'inglaterra  16  léguas  ao  O.  de  Cardiff; 
13,000  habitantes. 

swiFT  (Jonathan),  (hist.)  escriptoringlez, 
nasceu  de  pais  pobres  em  1667,  morreu  em 
Irhnda,  em  1745.  Esc  eveu  vaiiss  obras, 
das  quaes  a  mais  conhecida  é  as  Viagens 
de  Gulliver,  traduzida  em  francez. 

SAViNE.  (geogr.)  uma  da»  trez grandes  ra- 
mificações, pelas  quaes  oOderfse  dirige  ao 
Ualtico. 

swiiSEMUNDE,  (geogr.)  cidade  da  Prússia, 
1^  léguas  ao  NO.  d^lelíin;  3,500  habi- 
tantes. 

SY.  Moraes  diz  quo  sy  é  preposição  Gre- 
ga, que  v.íjf!  com  ,  e  entra  na  composição 
de  varias  p^ilavras,  v.  g  symbolo,  sympa* 
thia.  E'  erro  crasso,  e  apenas  crivei  em  um 
Lexi  ographo.  A  preposição  Grega  é  syn, 
em  Attico  xyn  e  não  sy.  Nas  vozes  a  ponta- 
das e  em  outras  converte-5e  em  syn.  V. 
Syn. 

SYAGRius,  (hist.)  patrício  romana»»  filho  dô 
conde  ^Egidius.  ou  Gilles,  que  destronara  o 
165  • 


660 


SYL 


SYM 


rei  dos  Francos  ChilderieoT,  depois  da  mor- 
ta de  seu  pai  conservou  no  domínio  romano 
o  território  de  Soissons. 

SYBARis,  (geoíír.)  cidade  da  Itália  meridio- 
nal, fundada  pelos  Locrios  era  725  antiísde 
Jesu-Chr-sto,  foi  uestruiila  pelos  Crotonia- 
tas  em  510.  As  suas  ruínas  occupão  hoje 
um  espaço  de  7  milhas,  nas  margens  do  Cra- 
this. 

svniLLA.  V.  Sibylla 

SYCOMORO,  s.  m.  (Lat.  sí/comorws,  do  Gr 
siké  figueira,  e  morcu,  amoreira.)  arvores*^- 
mtilhanto  á  figuuira. 

SYCOPnAiNTA,  s.  m.  (do  Gr.  sykê,  figuei- 
ra, e  phainôy  declarar  patentear.)  propria- 
mente significa  o  denunciante  dos  que  con- 
tra a  lei  de  ^^Ihenas  transplantavam  liguei- 
ras  para  fora  do  território  da  republica ; 
calumniador,  dennnci;.nfe. 

SYDERKO,  A,  adj    V.  Siderco. 

SYDNEY,  (gpogr.)  cidade  da  Nova-Hollan- 
da,  e  capital  de  toda  a  Nuva  Galles  do  Sul, 
6  do  condado  de  Cumberland ;  iiO,000  ha- 
bitantes. 

SYDNEY,  (geogr.)  cida  le  da  America  ingle- 
za,  e  capital  da  ilha  do  cabo  lírelão  ;  quasi 
a  80  léguas  ao  NE.  de  Halífax. 

SYENE,  (geogr.)  hoje  Assouan,  cidade  da 
Thebaide  meridional,  sobre  o  .Nilo. 

sYiiA:  obso!.  por  .na,  estava,  do  verb.  eí- 
tar. 

SYL  LA    V.  Scylla. 

SYLLA  (L.  Cornelius),  (hist.)  romano  cele- 
bro, nasceu  no  anno  137  antes  de  Jesu-Chris- 
to  descendente  de  um  ramo  obscuro  da  an- 
tiga casa  dos  Cornelius.  Foi  rival  de  Mário, 
aquém  por  fim  supplanlou.  Foibem^ucce- 
dido  em  todas  as  suas  enoprczas,  o  que  lhe 
grangeou  o  nome  de  Félix.  Exprrieu  era 
Roma,  uma  dictadura  sanguinária,  desde 
8i  até  8â,  dur/^^nie  a  qual  procurou  enfra- 
quecer a  democracia,  depois  abdicou,  e  vi- 
veu tranquillamente,  como  particular  at,é 
ao  anno  78,  era  que  morreu  de  uma  horri 
vel  moléstia,  fructo  dos  seus  infames  exces- 
sos. Escreveu  as  suas  Memorias,  que  se  per- 
deram. O  pensamento  ue  toda  a  sua  vida  foi 
anniquilar  o  poder  do  povo,  restituirá  arís- 
tociacía  os  seus  antigos  direitos. 

syllaba,  s  f.  (Lat  do  Gr.  syllambanô, 
comprehender  )  união  de  leiras  formando 
um  som  articulado  ;  (íig.)  prosódia 

syllabada,  s.  f.  (des.  ada.)  erro  no  ac- 
cenlo  ou  na  quantidade  de  uma  sylla- 
ba. 

syllabar,  V.  a.  ou  n.  {syllaba,  ar  des. 
inf.)  pronunciar  cada  syllaba  de  per  si, 

SYLi.ABARio,  A,  adj.  [árs.  ário. )  que  pro 
nuncia  pebs  syllabas.  Menino  — .  — ,  s.  m. 
livro  por  otide  os  meninos  aprendem  a  ler 
as  syllabas. 


syllabico,  a,  aij.  que  respeita  ás  sylla- 
bas, ou  ao  accento  tooico.  Aocento — . 

SYLLRPSE,  s.  f.  [Lat.  syllepsis,  do  Ctr.  xyl- 
lambanô,  cornorehender.)  figura  grammiti- 
cal  em  que  seguimos  mais  o  nosso  concei- 
to que  as  regras  da  construcção. 

syllogisado.  a,  p.  p,  de  syllogisar ;  adj. 
inferido,  deduzindo  raciocinando, 

syllogisar  ,  f).  a.  ou  n.  (do  Gr.  syllo- 
gizoma,  de  syn,  com,  e  Ugô,  dizer,  logos\ 
razíio.)  dedu7Ír,  inferir,  raciocinando,  em 
forma  syllogislica, 

syllogismo,  s.  m.  (Lat.  syllogismus,  do 
Gr.  V.  Syllogisar.^  argumento  composto  de 
três  proposições. 

syllogistco.  a^  adj.  concernente  ao  syl- 
logismo. Forma  — . 

sylpiios,  SYLPHiDES,  (myth.)  génios,  ou 
entes  fantásticos,  uns  masculinos  outros  fe- 
meninos,  que  na  mylhologia  poética  da  ida- 
de media,  povoavam  o  ar. 

SYL  VA.    V.    Sí/ofl.. 

sylvano,  (myth.)  Syhanus,  o  deus  das 
florestas  [sylva]  entre  os  Latinos,  asseme- 
Iha-se  muíio  a  Fauno.  Sylvano  era  pai,  ou 
chefe  de  uma  multidão  de  génios,  semelhan- 
tes a  elle,  chamados  Sylvanos,  e  que  se  re- 
presentavam com  pernas  e  orelhas  de  bode. 

SYLVESTRE.    V.    SHvfíStrfí. 

sylvestre  I  (S.),  (hist.j  papa  desde  3  4 
até  ;i3li ;  nasceu  em  Homa,  e  gosou  da  pro- 
tecção de  Constantino. 

SYLVESTRE  11,  (híst.)  uasceu  em  Aurillac 
em  930,  foi  elrilo  papa  em  999;  morreu 
em  lOOJ. 

SYLVESTRE  IH,  (híst.)  antí-papa,  era  bispo 
de  Sabina.  Foi  eleito  papa  em  1043. 

SYLvio  (hist.)  filho  de  Euease  Lavinia,  su- 
biu ao  trono  na  idade  de  í»3annos,  depois 
da  morte  de  Ascanio  ;  Lu  lo,  filho  deste  prín- 
cipe disputou  lhe  a  coroa,  mas  Sylvio  foi 
preferido  pelo  povo 

SYMBOLiCAMENTE ,  adv.  [mente  suf!.)  por 
symbolos, 

SYMBOLICA,  s.  /".arte  de  symbolisar ,  de 
representar  por  symbolos. 

symbolico,  a,  adj.  concernente  a  symbo- 
los, expressado,  exprimido  por  symbolos. 
Escriptura — .  Caracteres,  representações—  . 
Divindades  — s. 

SYMDOnsAÇ\o,  s.  f.  o  symbolísar,  repre- 
sentar por  symbolos.  representação  symbo- 
lica. 

SYMBOLiSADO,  A,  p.p.  de  symbolisap;  afl(;. 
representado,  figurado  por  symbolos. 

SYMBOLISAR,  V.  tt.  (.ç?/m6o/o.  isflr  des)  re- 
presentar, figurar  por  symbolos,  v.  g  os 
cgypcios  symbolisaram  o  sol  debaixo  da  for- 
ma de  gavião,  o  anno  pela  figura  de  uma 
c(»bra  que  morde  a  rauda.  As  vestes  sacer- 
dolaes  syinbulisam  as  virtudes  de  que  o  si- 


SYM 


SYM 


661 


cerdole  deve  andar  revestido.  A  pomba  sym- 
bolisa  a  innocencia.  — ,  v.  a.  oun.  (p.  us.) 
sympathisar,  ter  congruência.  Symbolisan- 
do  ambus  estava  certa  a  ôniisade.  «  Kào  lera 
visto  o  mundo  este  Eullagre.  que  symboli- 
sasse  um  sábio  com  um  néscio.  »  Escola  de 
verdades. 

SYMBOiísMO,  s.  m.  (des.  ismo  )  o  ler  rela- 
ção symbolica,  de  symbolo. 

SYMBOLO,  s.  m.  (Lai.  symbolum  ou.  sym- 
bolus,  Gr.  syinbolon,  signfll,  de  sy.n,  com, 
e  ballô,  lançar.)  imagem,  íigura,  signalal- 
lusivo,  emblemaiico,  ou  allegonco  que  si- 
gnilica  objecto  physico  ou  moral  ,  v  g  o 
cão  é  symbolo  da  lidelidade,  o  leão  da  Ibrça. 
cão,  senha,  signal  de  convenção  para  se  re- 
conhecerem pessoas  ligadas  por  doutrina  re- 
ligiosa ou  outra  ;  (íig.)  o  Credo,  os  artigos 
da  crença  christà  aitrituidos  aos  apóstolos, 
e  pelos  quaes  se  davam  mutuamente  a  co 
nhecer  os  chrislãos. 

SYN.  comp.  Sy  abolo,  emblema,  ditisa^ 
empresa,  tenção.  Symbolo  é  umatiguraou 
imagem  sensível  que,  peia  representação, 
nos  dá  a  conhecer  outra  cousa.  O  symbo- 
lo, por  isso  queé  uma  espécie  de  sinal,  de- 
ve ler  alguma  relação,  natural  ou  conven- 
cion.d.  com  o  objecto  r»-preser<t8do.  U  cão 
é  o  symbolo  natural  da  fidelidade  ;  a  pomba, 
da  simplicidade:  a  raposa,  da  manha e as- 
túcia. O  triangulo  é  o  symbolo  convencio- 
nal da  Trindade;  o  olho,  da  providencia  ; 
o  circulo ,  da  eternidade,  ^a  myihologia 
havia  grandíssimo  nunero  de  syrti belos;  \t^s 
erão  o  thyrso,  o  tridente,  o  r<iio,  o  cadu- 
ceo,  ele,  qoe  representavão  Baccho,  ^'e' 
ptuno,  Jupitar,  Mercuno,  e  seus  diUertn- 
tes  poderes  e  atribuições  segundo  a  fòbu- 
la. 

Emblema  é  uma  figura  symbolica,  que al- 
ludea  alf,un!a  moralidade,  ou  pensfnjfn- 
to,  que  de  oídinano  se  declara  por  filguma 
lettra,mote  ou  rcluio  afigura.  U  emblema 
é  uma  allef^oria  pintada  cu  escultada  que 
falia  aos  olhos  e  á  in  aginaçào.  t  ma  figura 
esvelta  comizas  eemlocando  umaticn.be- 
ta  é  o  embkma  da  lana. 

Ditha  e  prcpri^nunte  uma  íjgura  sym- 
bclica  que  flguem  usa  pMs  disiin^-uu-se 
dos  cuiros,  8(cn  paiihada  d'aJgi:ma  leiíra  cu 
mote  queeipiime  os  piOjett(  s  (  u  inienios 
de  quem  a  traz.  1 1  rei  D.  João  11  Unha  por 
ditúa  um  pelicano  com  a  leitra  :  i  ela  lei, 
e  pela  grei.  Una  cerva  eia  a  dítúa  de  fcer- 
torio,  como  diz  Camões  . 


A  falidida    cerva  que  o  avisa; 
£lle  é    bertoiío,  e  eJla   mu  divisa, 

(Lus.,    Mil,  8.; 


Algunai'  vezes  íà  aletlia  cu  mote  cens- 

YOL.   IV. 


lilue  a  ditisa,  tal  era  o  do  illustre  infante 
D.  Henrique:   Talent  de   bien  faire. 

Empresa  era  a  divisa  que  os  cavalheiros 
mand«vào  pintar  ou  gravar  nos  escudos,  ' 
que  indicava  o  que  ião  empretender,  ou 
imagem  rthiiva  á  emprega  que  tomavam  ; 
depois  foi  lambem  a  pintura  ou  esculptu- 
ra  syrabolica  de  façanhas  ou  feitos  illustres 
que  as  pessoas  nobres  trazem  nos  escudos 
acompanhadas  de  alguma    leitra    ou  mote. 

Tenção  é  a  figura  no  escudo  allusiva  ao 
pensamento  ou  desenho  do  dono  d'elle.  Pa- 
rece aoplicar-se  não  tanto  aos  feitos,  como 
«  intenção  com  que  se  emprehendem,  pois 
Camões,  fallando  das  companhias  de  namo- 
rados que  se  armaram  pela  causa  d'tl-rei 
D.  João  1,   diz: 

Outros  fazem  vestidos  de    mil  core». 
Com  lettras  e  tenções  de    seus  amores. 
(Lus..  IV,  22  b 

SYMBOLO,  A,  adj.  (do  Lat.  symbola,  esco- 
te.) partes  symbolas,  os  respectivos  escotes. 
L'  obsol. 

SYMETBIA   ou  SYMMETRlA,    S.  /^.  (Lat.  do  Gr. 

í?/H,  coro,  e  metron,  medida,  modo.)  devi- 
tia  pioporção,  razão  de  igualdade  ou  seme- 
lhança. A  —  dos  membros  do  corpo  huma- 
no, ou  do  editicio 

SYMETRiCAMEME ,  adv.  [mente  sufi.)  com 
symetria. 

SYMEiRico  ou  antes  symmetuico,  a,  adj, 
em  que  lia  symetria. 

sYMf.TRiSAno,  A,  f  p.  àe  symelnsãT;  adj. 
disposto  em  symetria. 

SYMURlSAR  ou  8nleS  SYMMETRISAR  ,    V.    O. 

[^ymelna,  ordes.  inf)  dispor  em  symetria, 
úòT  symelriu. — ,  fazer  symetria,  estar  em 
symetria, 

SYMiA  ,  sYMio.  V,  Simia^  Macaco,  Mono. 

SYMMACo,  (hisl.)  (J  AurcUus  Anicivs  Sym- 
mocAt/s,  orador  la  tino,  foi  no  reinado  deAu- 
reliíino  e  seus  Kuceessores,  queslcr,  pretor, 
pontífice,  intend^nle  da  iucania,  procôn- 
sul da  Africa  e  finalmente  preterem  Roma. 

SYMMACO,  (bist.)  de  Samaria,  LLicnití»,  es- 
creveu em  deíeza  da  sua  seiía,  e  traduziu 
em  grfgo  o  Antigo  lisiavienio. 

s'^mii.aCii(>,  (bist.)  iahhs  Simmachus , 
p?pa  ce  4ÍJ8  bhí^,  era  sardo. 

síurAiíiiA,  s.  f.  (Gr.  *í/n,  e  pathos,  mo- 
vimento,  disposição,  peixão.)  conformidade 
de  hunor,  indinação  de  uma  pessoa  para 
cutia.  — ,  (ned.jcousenso  entre  diversas  par- 
tes do  corpo. 

syaspatjCameme,  adv.  [mente  sufif.)  com 
sjn  I  aihia. 

sYiiiAiuico,  A,  adj.  que  sympalhisa  de 
bunor,  ou  de  òfltcios.  Mtximimvs — s,  os 
qie  itsultam  da  syjujaibia  raluralou  pre- 

iLlL&lUiòf    tLtie  CjVirstS  ClkâCS  ÚO   CtlLO. 

166 


I 


662 


SYN 


ITN 


STMPAiniSADO,  A,  p.  p.  de  sympathisar ; 
adj.  que  sympathisou. 

SYMPATHíSANTE,  adj.  dos  2  </.  (des.  do  p. 
a.  Lat.  em  ans  ,  tis.)  rjue  sympalhisa  ac- 
tualmente. 

SYMPATHISAR,  V.  a.  OU  ti.  [sympatkia.  ar 
des.  iní.)  ler  sympattiia.  Eu  sympathiso  com 
este  sujeito.  O  estômago  si/mjoaí/iiía  com  to- 
dos os  órgãos 

s"iMPiio!iiA  ,  s.  f  (6r.  S7jn,  com,  junta- 
mente, phôné,  voz.)"  (mus.)  concerto  de  ins- 
trumentos de  fBusica  ;  a  partitura  para  estes 
concertos. 

sYMPnoRio  (s.),  (hist.)  nasceu  era  Autun 
no  II  .século,  soffreu  martyrio  em  179.  É 
cummemorado  a  22  de  agosto. 

SYMPiiYSis,  s.  f.  (Lat.  e  Gr.  syn  ,  com  , 
juntanioníe,  e  phyó,  nascer.)  (anat.)  união 
de  dois  ossos  a  principio  separados.  A  — 
do  pub}^. 

symphVid,  s.  m.  (Lat.  symphitus,  do  Gr. 
syn,  marcando  união,  e  phyton,  planta) 
consolda  maior,  herva  medicmal. 

SYMPTOMA,  s.  m.  (L«t.  do  Gr.  sí/n,  junta- 
mente, e  piptd,  acontecer)  /'med.)  effeito  de 
doença  doqusl  se  tiram  indícios  para  ©cu- 
rativo, 011  para  conhecer  a  natureza  e  pro- 
gnostico da  enfermidadu  ;  signal  indicio  do 
estado  moral,  —s  da  decadência  da  repu- 
blica. 

sYMpToaATico,  A,  adj.  que  respeita  a  sym- 
ptomas. 

«TN  (doGr.  5t/n,  juntamente)  prefixo  gra- 
go  que  entra  na  composição  de  muitas  pa- 
lavfías.  elites  de  h,  tn.,  p,  muda-se  em  Sí//n 
e  em  fyl  aiites  de  /. 

SYN  A.   V.  Sinn. 

STNADO,  STNAii.  V.  Assigtiado,  Assignar. 

SYNAfiOGA,  s.  f.  (Gr.  syn,  juntamente,  e 
agôf  conduzir)  assambleia  religiosa  dos  Ju- 
deus ;  o  t(  mpío  onde  se  ajuntam  os  Judeus, 
para  orar  ;  (íig  )  o  corpo  dos  Judeus. 

SYNALBPfiÀ,  í.  f.  {syriy  ealeiphô,  riscar) 
figura  grammetical,  que  consiste  na  união 
de  duas  sjilabas  ou  palavras. 

SYNALLAGMATiGo;  A/ad/.  (do  Gr.  syn,  jun- 
tamente, o  allalô,  mudar.)  Contracto  — , 
que  liga  mutuamente  os  dois  contraheules. 

SYNANCHB.  Y.^Cynanche. 

8YNARTHR0SE,  s.  f.  (Gr.  syn,  juntamente 
e  arthron,  membro)  (anat.)  articulação  dos 
ossos  que  não  admilte  movimento. 

SYNAXi,  s.  f.  (Lat.  synaxis,  do  Gr.  syn, 
e  agó,  conduíir)  assembleia,  congregação 
dos  lieis. 

SYNCAIEGOREMATICO,  A,  ãdj .  (p.  U5.)de  dia- 

lectica,  potencialmente  infinito. 

SYNCDRONO,  A,  adj.  (prou.  o  eh  soa  k  ; 
syn  pref.,  eéhronos,  íetopo)  que  seTázno 
mesmo  tempo,  v.  g.  oscdlações  — s.  fron. 
síncrono. 


SYNCOPA,  s.  f.  (do  Gr.  syn,  juntamente, 
e  kopô,  cortar)  figura  que  consiste  em  ti- 
rar uma  letra  ou  syllaba  do  meio  de  uma 
palavra,  v.  g    esprito   por  espirito. 

SYNCOPADO,  A,  p.  p.  do  syncopar ;  adj. 
elidido  letra  ou  syllaba.  >*'■' 

sfiicoPAL  ,  adj.  dos  2  g.  (des.  adj  tt9) 
(med.)  sujeito  a  syacopes ;  da  natureza  de 
syncope.  Accidentes  syncopaes. 

SYWCOPAR,  V.  a.  {syncope,  ar,  des.  inf.) 
elidir  letra  ou  syllaba  no  meio  de  uma  pa- 
lavra. 

SYNCOPA»,  «.  n.  (med.)  cahir  em  synco- 
pe. 

SYNCOPE,  í.  f.  (med.)  desfallecimento, 
com  privação  do  movimento  do  coração. 

SYi^coPE.  V.  Syncopa. 

SYNCOPfSAR,  tj.  o.  causar  syncope. 

SYNCOPisAR,  t?.  n.  cahir  em  syncope. 

SYNCRETiSMO,  5.  m.  (ít/M  prcf.,  e  krinô, 
julgar,  pensar)  concilicição. 
'  syrcretistas,  ^hist )  da-se  este  nome  em 
philosophia  aos  que  admittem  muitas  opi- 
niões contrarias  e  incociliaveis  ;  e  em  theo- 
logia  são  asiiim  chamados  os  herejes,  mais 
conhecido,  pelo  nome   de  Calisctifios. 

SYRDERESis,  «. /".  (Lat.  O  Gr.  sí/H,  com,  e 
tercin,  observar)  h  consciência  moral,  ore 
morso  ;  o  instincto  moral. 

STKDiCAÇÃo,  s.  f.  actodesyndicar,  infor- 
mação judicial. 

sYNDiCADO,  A,  p.p.  do  syndícap ;  aíi/.  ti- 
rado informação  ;  cònsurado,  rcprehendido. 

SYNDiCANTE,  s.  m.  (des.  do  p.  a.  Lat.)  o 
que  syndica,  toma  informação  judicial ;  adj. 
que  syndica. 

SYi^DíCAR,  D  a.  ou  u.  lomar  ou  tirarin- 
formaçào  judicial  do  procedimento  de  juiz 
ou  magistrado  ;  censurar,  reprehender. 

sTxiDiCATURA,  s.f.  O  oííi  "io  do  syudican- 
te  ;  o  acto  de  syndicar ;  censura,  repre- 
hensão. 

sYNcico,  s.  m.  (Lat  syndicus,  do  Gr.  ly», 
com,  e  diké;  direito,  justiça)  deputado,  pro- 
curador de  cortes,  cOmmunidade,  collegia- 
da,  universidade,  camará. 

SYNECDOCHE,  s.  f.  (o  ch  sôa  como  k ;  do 
Gr.  syn,  com,  ek,  edekhomai,  tomar.)  coip- 
prehensão,  concepção  ;  tropo  que  consiste 
em  tomar  a  parte  pelo  todo. 

SYNORDRiMJ  sYNiiEDRio,  s.  m.  (do  Gr.  syn, 
juntamente,  e  hedra,  cadeira.)  congreg.içào 
dos  Judeus,  tribunal  dos  Judeus. 

sYNEREsis,  s.  f.  (Gr.  syn,  juntamente,  e 
airéò,  tomar.)  a  união,  ou  contracção  de 
duas  vogaes  em  uma. 

sYNEKGiSTAS,  (hist.)  são  assim  chamados 
pelos  LutheraníS  aquelles  que  considejam 
o  homem  como  cp.operado  para  a  graça, 
e  por  consequência  tendo  algum  mérito  na 
justificação. 


SYNEpio,  (hist.)  escriptor  grego,  qasceu 
em  350,  frequentou  as  escolas  de  Alexan- 
dria e  de  Aihenas,  seguiu  as  lições  da  ce- 
lebre Hypatia.  Morreu  em  431.  Entre  ou- 
tras obras  deixou  um  Discnrao  a  Arcádio 
sobre  os  deveres  da  realeza. 

STÍIF05IA.  V.  Symphonia. 

ST?ÍOCHA  ,    .*.    /.   o  STllOCHO  ,   s.   m.   (Lat. 

synochus,  do  (.Ir  syn  pref ,  c  cA-Zíô,  toma^, 
possuir.)  (med.)  febre  continua 

SYisoDAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  adj.  al.)áç. 
sjnòdo. 

STNODATico,  s.  m.  iributo  que  se  pagava 
tm  Braga  durante  algum  synodo;  oitocen- 
tos réis  nor  cada  pia  onde  se  baptiza. 

STNouico,  A,  adj.  [lai.  synodicus.){astr. ] 
Mez — ,  o  que  decorre  desde  uma  até  a  ou- 
tra corijuncção  da  lua. 

èYSODO,  s  fH.  (Lat  synodus,áoViT.  syn, 
juntamente,  e  li^odos,  taminho.)  assembleia 
religiosa,  concilio.  — ,  (astr.)  conjuncç&ode 
dois  planetas  no  mesmo  grau  da  ecliptica, 
OU  no  io5smo  circul.)  de  posição. 

STR0?I1MIA     OU    StKOKYHlA  ,    S.    f.    (flg  )    de 

rhetorica  que  consiste  eoa  accumular  sjpo- 
nymos,  oii  íercços  equivalentes.         "'• 

SYNONIMO  ou   SYNONYMO,    A,    adj.  [LM.  í))- 

nonymus,  do  Gr.  syn,  juntamente,  e  óno- 
ma,  nome.)  (Jue  tem  a  mesma  significação. 
Termos  — . 

SYNomso,  s.  m.  (do  precedente,  suben- 
tendido rocabulo,  termo]  vocábulo  equiva- 
lente a  outro,  que  tem  a  mesma  signiíica- 
çâo. 

SYKOPSE  ou  SYnopsis,  s  f  (I.al..  do  Gr. 
ír/n,  juniamenle^  e  óps^  tista.j  compendio, 
summario,  epitome. 

SYNOí^Tico,  A  adj.  que  apresenta  como  èm 
um  painel.  Qiiadro,  mappa  — . 

SYNOVJA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  syn,  seme- 
lhante, e  òon,  ovo.]  (anal.)  fluido  albumí- 
noso  que  lubrifica  as  articulações. 

SYxNOViAL,  adj.  dos  2  g.  (anat.)da  syno- 
via. 

SYWTAGMA,  $.  m.  (Lat.,  do  Gr.  5?/H,  jun- 
tamente ,   e  tassò  ,   pOr  em  ordem)  (t.  di- 
dáctico) tratado  de  algum  assumpto  dividi- 
do  em  classes;    collecção,  pecúlio  de  di 
rei  to. 

8YNTAXE,  s.  f.  (mesffio  rídical  que  o  pre- 
cedente.) conslrucção  grammatical. 

sYSTEREsis    V.  Syrtderesis. 

STNTUBSE   ou    STRTHESIS,   S.    /".  (prOll.  0  flC- 

eento  na  primeira  :  Lat.,  do  Gr.  sí/?i,  jun- 
tamente, è  these.)  mctíiodo  de  expor  doutri- 
na procedendo  das  ciusas  aos  cífeitos,  dos 
principies  ás  consequências. 

SYNTHKTiCAMENTE,  adv.  [mente  suCf)  por 
synlhese,  de  modo  synlhetico. 

sYNTHETico  ,  A  ,  aâi .  (Lat.  syntheticus.) 
relativo  á  synthese.  Methodo  —  ,  que  pro- 


fm 


m 


cede  por  synthese,  das  causas  aos  effeitos, 
dos  princípios  ás  consequências. 

SYNNADE,  (geogr.)  cidade  da  Phrygia,  ce- 
lebre pelos  seus  mármores  brancos  mancha- 
dos do  purpura ;  foi  no  IV  século  capital 
da  Phrygia  Salutar. 

«YOUAR,  (geogr.)  Ammonium  oásis  do 
Egyplo,  ao  rtE.  do  deserto  da  Lybia  ;  8,000 
habitantes. 

SYouAH-soKiR  ígeogr.)  pequeno  oásis,  25 
léguas  a  E.  do  de  SyoUah. 

5T0UT,  (geogr.)  Lypocôíes ,  capital  dp 
Alto-Egypto,  entre  a  margem  esquerda  do 
Xúo  e  um  canal ;  ^0,0  O  habitantes. 

SYOUTi,  (hist.)  escriptor  afabe,  nasceu  era 
Syout  em  144Ô,  morreu  em  1505.  Compôz 
muitas  obras,  entre  ellás  ufna  Vtpla  de 
Mahomet. 

SYPOAX,  (hist.)  rei  dos  Massessyles  ou  da 
fiumidia  Occidental,  tomou  o  partido  pelos 
Romanos  na  segunda  guerra  púnica,  mas 
foi  vemcido  duas  vezes  por  Síasinissa  e 
obrigado  a  refugiar-se  na  Hispanha ;  afinal 
vollou-se  contra  os  Romanos  e  foi  batido  e 
aprizionado  por  Masinissa.  Morreu  em 
203. 

SYRA,  (geogr.)  Syros,  ilha  do  Estado  da 
Grécia,  uma  das  Cyclades  ao  SO.  deTeHo; 
300,000  habitantes. 

SYRACUSA,  (geogr.)  SiraiUscB  em  laiím^ 
cidade  daSicilia,  Capital  da  intendência  dõ 
mesmo  nome,  na  costa  oriental  da  ilha  ; 
63  léguas  a  SK.  de  Palermo  ;  14,000  habi- 
tantes. Até  ao  anno  212  Syracusa  foi  go- 
vernada por  tyranhos. 

Reis  tyrannois  ou  phef^s  de  Suracusa. 


Governo  aristo- 
crático     735-484 
Gelon    .  484 

Ilieron  l  478 

TÍirasybalo  467-46fl 
Democracia  466-405 
Dinis  I  ^.05-368 
Diniz  li  3GS 


Dion 

Callipo 

ílypárin 


3o7 


Nypsio  351 

Diniz  II  (de  no- 
vo 347-3)8 
Timoleon  34  U'*37 
Sosislrato  320 
Agalhocles  317-^89 
Democracia  ÍSO-tBG 
Ilieron  II '  269 
Jeronymo 


Democracia  214-2'1 


SYÇEKiCQ.  V.  Sirenico. 

SYHiA,  (geogr.)  Aram  na  Escriplura,  Sà^- 
el-Charn  ou  Sclianj,  eco  Árabe,  região  da 
Xsia,  entre  o  feuphrales  a  E  ,  p  Mediterrâ- 
neo a  Ò.,  a  Àsia-*lenor  aoíí.,  e  a  Arábia  ao 
S. ;  â,400,OUO  habit^nes.  '       *'",'',. 

SYRiA  ANTIGA,  (geogr.)  dividià-sçi  ém  *t'pe^ 
parles  :  í  .*  Syria  verdadeira  ^o  N. ;  2.*  Phe- 
nicia,  na  costa;  3.^  aoS.  legião  da  lajes- 
tina.  Antiochia  foi  a  capUal  dè  todo  õ  im- 
pério da  Syriá. 

"^  t66  ♦ 


604 


SYR 


Stt 


REIS   SELEUCIDAS  DA  STRIA. 


1.°  Período. 

Seleuco  1  Nicator 

311 

Anliocho  1  Soler 

^7» 

Antiocho  II,  r/icoí/ 

2<Uí 

íiekuco  U  talimco.     ...     ... 

447 

Seleuco  lH  Ceiauno     

221 

Antiocho  111   0  Grande..     ... 

22i 

Seleuco  IV  Philopator 

18K 

Heliodoro 

174 

Anliocho  IV  Epiphanes 

174 

Anliocho  Y   Eupator    

...164-16.. 

2.°  Período  (3  usurpadores]. 


Demétrio  I,  Soíer... 
Alexandre  I  (Rala).. 
Demétrio  II  (JSicaior) 
Anliocho  \I  Theos  II. 
Tryphon  ou   Diodote 
Anliocho  \]I,  Sidete 
Alexandre  11  (Zebina) 
Seleiíco  V     


...162-149 
...150-144 
...130-12ÍJ 
...14H-1M! 
...UO-133 
...139  130 
..  ítò-in 
...124-123 


3.°   Período  {A  Syria  dividida 
entre  2  soberanos. 


Antiocho  "VIII  o  Gripho      i 

23-19ii 

Seleuco  VI,  JSicaior  il 

Ii7-y3 

Seleuco  só  ou  com  os  seus  3  ir- 

mãos       

l!3-80 

Anliocho  XI 

93-8U 

Demétrio  lli  Encher    

8;-85 

Anliocho  XII  Bacco     

83 

Anlioco  iX   de  Cyzico 

144 

Anliocho  X  o  Curid'>so 

94 

Selenna.    viuva   de  Anliocho  X  ... 

80 

Tigrane,    rei  da  Arff.enia     

70 

Anliocho  Xill  o  Asiático     

C9-b4 

STR^ANO,  (hist.)  philosopho  neoplatonico, 
nasceu  em  AlexauJria  em  380  de  Jesu- 
Chrislo,  estudou  em  Alhenos  com  o  Plató- 
nico Philarco,  subsiiluiu-o  na  direcção  da 
escola  de  Alh<n8S,  e  morreu  no  anrio450. 

SYBlE^^A,(m)'^h.)  deusa  píincipal  do  Haiti. 

SYHiisx,  (n>}ih.)  njmpha  da  Arcádia,  fi- 
lha do  rio  Ladon,euma  das  luais  lieis  com- 
panheiras de  Diana. 

STíRMJA,  !ge«'gr.)  provincia  da  Dungria,  r n- 
Ire  as  de  NVercwiU  e  de  Bâes  aoM.,odis- 
tricto  de  lelervftradia  a  L.  e  ao  S  ,  o  de 


Brod  ao   S.    e  a  0. ;  110,000  habitantes. 
Capital  Vukovar. 

SYRiO.  V.  Sírio. 

sYROs,  (íçeogr.)  hoje  Syra,  uma  das  Cy- 
clades,  a  O.  de  Delos. 

SYRTES,  (geogr.)  nome  dado  pelos  antigos 
aos  dois  golphcs  formados  pelo  Mediterrâ- 
neo na  costa  septentrional  da  Africa,  enire 
o  Fgjplo  e  o  cabo  Uernaeum  ;  o  primeiro 
Grande  Syríe  é  hoje  o  golpho  de  Sidre ;  o 
segundo  Pequeno  Syríe  é  hoje  o  golpho  de 
Ca  bis 

SYSTEMA,  s.  m.  (lat.,  do  Gr.  synislémit 
compor.)  união  reciproca  das  paitesdeum 
todo.  — do  uiiíterso,  o  aggregado  dos  cor- 
pos celestes. — ,  corpo  de  uouirina  fuLdado 
em  principio  verda<íeiro  ou  falso.  O  —  de 
Copérnico,  de  Newton.  O  novo  —  chimi- 
co. 

Syn  comp.  Systema,  theoría.  Systema 
significa  em  geral  enlace  de  principios,  má- 
ximas e  conclusões  relativas  a  uma  matéria; 
e  theoría  ^  o  conhecimento  especulativo  da 
essência  e  qualidade  das  cousas. 

Systema  é  mais  extenso  que  theoría,  em 
linguagem  scientifica,  e  refere-se  á  coor  le- 
naçào  de  fflctos  ou  principios  geraes,  mais 
que  á  lelação  entre  as  causas  e  os  eííeitos. 
Theoría  é  de  ordinário  exposição  das  rela- 
ções enlre  os  phenomenosnaturaes,  funda- 
da em  observações ,  experimentos  ou  cál- 
culos. 

Isâmos  também  da  palavra  systema  pa- 
ra designar  doutrina  hjpolhetica,  ena  ac- 
cepção  de  norma  de  proceder  de  pessoas  ou 
governos,  v.  g.  «Os  Inglezes  lêem  por  sí/í- 
tema  rtduzir  na  paz  a  marinha  militar  fcffe- 
ctiva  ; »  em  nenhum  destes  casos  se  usa  a 
palavra  theoría. 

systemado,  a,  p.  p.  de  systemar ;  adj. 
reduzido  a  systema. 

systemar,  V.  a.  [fystema,  ar  des.  inf.) 
por  em  systema,  reduzir  a  systema. 
.  systematico,  a  adj.  subordinado  a  sys- 
tema, cm  que  ha  systema.  Autor  systema- 
tico, methodico,  que  adopta,  segue  syste- 
ma. 

SYSTEMATiSADO,  A,  p.p.  de  systomatisar, 
adj.  reduzido  a  systema. 

systimatisaR  ,  V.  a.  (Lat.  systema,  tis, 
isar  des.  inf.)  reduzir  a  systema. 

SYSTOLE,  s  f.  (pron.  o  accento  na  primei- 
ra :  Lat.,  do  Gr.  syn,  juntamente,  eslellò, 
reprimir,  reter.)  contracção  do  coração. 

sYZiGio,  s.  rn.  mais  usado  no  pi.  Syzi- 
gíos  (Lat.,  do  Gr.  syn,  com,  e  zeugnuò, 
^j^Jnlar.)  (astr.)  o  tempo  que  medeia  da  con- 
juncçáo  da  lua  á  opposição,  ou  a  conju no- 
ção ou  a  opposição  da  lua,  a  lua  nova,  e 
a  lua  cheia,  piir  opposição  aos  quartos, 
ciescente  e  minguante. 


TAB 


TAB 


<^6S 


SZABOLCS  on  SAB0LC5,  (geogr.)  província  da 
Hungria  ,  entre  as  do  Zeraphis  ao  N. , 
d'Unghvar  e  de  Beregh  ao  ^F,,  df>  Szalh- 
mar  a  E. ;  160,000 habitantes  (apital^lagy 
Kailo. 

szALAD,  (gecgr.)  província  d.i  Hungria,  en- 
tre as  de  Veszprim  aoNE.,  Schijinpgao  SE  , 
a  Stjria  ao  O  ;  260, OOu  hal)itflntes  Capi- 
tal Szala-Egerszí^g. 

szAMos,  (gepgr  )  Samusúm,  rio  dos  Esta- 
deSi4ustríacos,  nasce  naTransylvania  e  cae 
no  Thfiss. 

SZAMOS-UJVAR  OU  ARMENIF-NSTADI,  (geOgr.) 

cidade   da    Traiisylvania  íí  logius    ao  NO 
de    Klausenburgo  ;     14,00i),000  habitan- 
tes. 

sz^RVAS,  fgeogr.)  cidade  da  Hungria,  11 
léguas  ao  O.  de  Bekes ;  14,000  habitan- 
tes. 

szAsz-VAROs  ,  (geogrj 
sylv;?nia,  IS  léguas  ao  O, 
*J,000  habitantes. 

SZATHMAROU    SZATHMAR->-EMETH,   (geOgP.) 

cidade  da  Hungria,  95  leyuas  a  E.  deBuda; 
12,100  habitantes. 


'  iílado  da  Tran- 
At^  llermanstadt; 


SZEKLERS,  (geogr.)  tnbu  que  occupa  a  par- 
te mais  alt-i  da  Traní^jlvnnia. 

szFKi.F.RS,  (googr.)  umi  das  <i  partes  da 
Transylvania,  amaisao  SR 

SZKXARD.  (gf^fgr  )  cidade  da  Uungria,  3 
léguas  ao  SO.  dtí  T^  Ini ;   7,0ílí>  hí^bitantes. 

?Z  GETH,  (geogr.)  cidad  í  da  Hungria,  2i 
léguas  ao  S').  de  fcolouta  ;  6, 500 habitan- 
tes. 

szíBOSLO,  ígi'Ogr.)  cidade  da  Hungria,  6 
léguas  ao  SO.  de  Dehreczin ;  12,80  >  habi- 
tintes. 

szolnok,  (geogr.)  cid.uie  da  Hungria.  12 
léguas  ao  SO.  de  HevescU  ;  8,900  habitan- 
tes. 

szoi.NCK  INTERIOR,  (geogp.)  provincia  da 
Tran.í.ylvania,  limitada  ao  M'.  pela  íiungria, 
a  E.  pelo  paiz  dos  Saxões,  a^)  S.  e  a  SO. 
pela  província  de  í)ol)ok  ;  26,  :00  habitan- 
tes. Capitíd  Szamos-Ujvar. 

szoLNOK-MEDii),  (geogr  )  provincia  da  Tran- 
sylvania,  limitado  ao  SO.  pela  Hungria,  ao 
SE.  pela  de  Dubok  ,  1  2,000  habitantes. 
Capital  Zdlah. 


T 


T,  s.  m.  tê,  vegessima  letra  doalphabe- 
to  portuguez,  decima  sexta  das  con'oant<^s. 
dental.  Os  Roa^anos  a  nnud.ivam  em  muitos 
vocábulos  em  d,  e  com  ella  spguida  dií  h, 
suppriafn  a  falia  do  theta  grego,  th  i -s  irgje- 
zes.  Ter  ou  trazer  um  —  na  testa,  sf  r  t<do, 
porque  oí^é  a  letra  inio.ial  ile  tolo,  vAice 

T,  letra  numeral,  valia  160,  e  com  urn 
traço  por  cima  160,000. 

TÁ  I  interj  para  mandar  parar  ou  calar, 
equivale  n  tení^e  mão,  parai ;  v.  g.  — !  não 
"'•'va.v  mais.  — !  — !  basta. 

TA  A,  s  m  (do  Arab.  taa,  obeiienciajíant.), 

mf*  das  divisões  do  território  feitas  pelos 
iab^s  era  Hispanha  ;    districto  governado 
por  um  alcaide. 

T.AA,  («'bsol.)  V.  Alá,  Até. 

TAB,  (^rjO^r.)  Aro$is  oa  Oraotis,  ria  da 
Tersia,  que  dese.iibocca  no  golpho  Fersi- 
co. 

¥f*.     IV. 


TABACAL,  s.  frt.  (dcs.  collecliva  a/),  íerre- 
no  plantado  do  tabaco. 

TABACO,  5.  in.  (de  Tabasco  no  Yucatan, 
provincia  do  México),  planta  odorífera  e 
sternutaloria  ;  o  pó  d'ella  se  cheira  e  toma 
pelos  ventas;  v.  g.  —  de  fumo,  prep.^ra- 
do  para  cachimbar  ou  para  cigarros.  To- 
mar — . 

TABAGO,  (geogr)  nomedrts  Intilhasingle- 
zas,  ci<lade  princincipalScarborough;  16,00(1 
habitantes. 

TABALHií^M,  (obsol.)   V.   TabeUxão. 

TABALiNHO.  V.  AtabaUnho 

TABA'.  LiADEGO,  í.  m.  (obsol.)  V.  Tobel- 
liado. 

TABAi.LTADO.  V.    Tabell>ado. 

TABAi.LiÃo,  (ant.)   V.    TabeUião. 

TABANCA,  s.  f.  (t.  Asiat.)  poriazem,  mesa 
paríi  arre<adaçâo   de  direitos.  Couto. 

TABAN&z.  V.  Tavanez, 
.      Ui7 


fe 


TAB 


TAB 


tabão.  V.  Tavão. 

tabaque.  V.  Âtabaque. 

TABAQUEADO,  A,  p.  p.  de  tâbaqucar  ;  floí;*. 
a  quem  se  d:!u  tabaco;  (fig  )  logrado,  poleado. 

TABAQUEAR,  V.  ã.  (tãbaco,  ttv  des.  ioff.), 
dar  tabaco,  a  alguém  ;  {(ig.)  e  chulo,  lograr, 
petear. 

TABAQUEIRA,  s.  f.  [tabaco,  des.  cir«).  031 - 
xa,  boceta  era  que  so  traz  tabaco  em  pó ; 
fem,  do 

TABAQUEIRO,  s.  m.  (des.  ciVo),  hoinem que 
prepara  ou  que  toma  tabaco,  caixa,  boce- 
ta de  tabaco. 

TABAKCA,  (geog".)  cidado  do  estado  de  Tu- 
nis,  na  costa  N.,  e  junto  de  lailalle. 

TABARCA,  (geogr.)  pequena  ilha,  defronte 
da  precedente. 

TABARCA,  (gengr.)  ilha  na  costa  de  Hispa- 
nha. 

TABARDiiíiA,  s.  f.  diminut.  de  tabardo. 

TABARDiLíio,  s.  m  ((!ast.  tahardillo,q\ie 
Blulyau  deriva  d©  Lat.  tabe.s,  atrophia,  ph- 
thisica.)  febre  maligna  erupliva,  com  pintas 
de  varias  cores  na  pelle. 

TABARDO,  5  m,  (do  Ital.  tabiro,  Fr.  ta- 
bard]  (ant.)  capa  curta,  capote  com  capuz 
e  mangas 

TABAREO  ou  TABARÉU,  s.  m.  (de  tabardo.) 
soldado  de  ordenanças,  mal  vestido  o  mal 
exercitado,  que  faz  o  serviço  de  capoto.  Tf. r- 
ço  de  — s  malencarados. 

TABARiEH,  (geogr  )  Tíheriade,  cidade  da 
Syria,  sobre  o  lago  do  mesmo  nome,  IG  lé- 
guas ao  SE.  d'Acre ;  4,000  habitantes. 

TABARISTAN  OU  TABERISTAN,  (gCOgr.)  prO- 

vincia  do  Iram  ;  130.100  habitantes.  Cida- 
de principal  Damavend,  antigamente  foi  ha- 
Htada  pelos  Tapurianos. 

TABARRO.  V.   Tabardo. 

tabaaZet  OU  TABARZEiE,  s.  m.  (do  Ter- 
fico  tabarzad.)  espécie  de  assucar  branco 
duro  de  cana, 

TABASCO    ou   VILLA     HERMOSA    DE    TABASCO, 

(geogr.)  cidade  do  México,  capital  doestado 
de  Tabasco,  175 léguas  ao  SK.  de  Vera-t]ruz; 
72,000  habitantes. 

TABATiNGA  (serra  da),  (geogr.)  serra  que 
separa  a  provi ncia  do  i.oyás  da  de  Minas- 
Geraes,  no  l^razil. 

TABAXiR,  5.  m.  (t  Arab  )  assucar  deca- 
na. — ,  giz  de  qiie  usara  os  alfaiates. 

TABAZ,  s.  m.  (do  Arab    dabaa,  leoa,  ou 
corrupto  de  dibo,  lobo.)  lobo.  É  termo  usa 
do  na  Berbéria. 

TABEFE,  s.  m.  (do  Arab.  f«/;ic/íe,  leite  de 
ovelhas  fervido,  engrossado  cora  um  pouco 
de  farinha  e  assucar:  tabakha,  cízinhar, 
guitar.)  leite  engrossado  ao  lume  com  assu 
car  e  ovos;  o  soro  que  fica  do  leite  coalha- 
do para  fazer  queijo. 

lABELLA,  s.  /'.  (Lat.  tàbeira.)Hih'(íttzií\h& 


em  que  eslào  registrados  os  nomes  do  pes- 
soas ou  cousas ;  planta  ;  electuario  feito  em 
pastilhas. 

TAnr.i.LiADO,  í.  m  {ta'bcllfão,  des,  ado) 
oílicio  do  tabellião  ;  imposto  que  antigamen- 
te pagavam  ao  rsi  os  tabelHãeS. 

TABELLiÀo,  s.  171.  ((.at,  tabelHo,  onis.)  no  - 
tario,  ofRcial  publico  que  faz  e  conserva  as 
notas,  cu  traslados  de  e-criptura,  e  outros 
documentos  aulbenticos  :  —  de  notas. 

tabki.liar,  V.  a.  ou  n,  (<a6«//tão,  ardes, 
inf.)  fazer  o  oílicio  de  tab'dlião. 

TABRLHÔA,  adj.  f.  de  tabidlião  Lflra  —  , 
grossa,  larga '3omo  a  usada  pelos  tabelhães. 
Palavras  — í,  -que  se  dizem  por  mera  for- 
malidade. 

TABERNA  V.  Tavcma. 

Tabernáculo,  (hist.)  templo  portátil  dos 
Israelitas,  no  deserto.  Um  veu  precioso  o 
dividia  ea  duas  psrt^^s,  uma  de2')  cubitos, 
chamado  ..Santo,  e  a  outra  de  10,  chama- 
do o  Savto  dos  Santos.  N,i  segunda  estava 
a  Arca  d*aliianQa.  Só  o  gran-sacirdote  lá  po- 
dia entrar,  uma  vez  cada  anno.  A  festa  dos 
'Tabernáculos  era  uma  das  principaes  dos  ju- 
deos :  celebr3vam-n'a  em  thesri  (mez  de 
nf,arçoj,  debaixo  de  barracas,  como  seu  s 
antepassados  n3  descrío. 

tabern.ií  ,  (geogr.)  'íavtrnas,  nome  de 
muitas  cidades  eulre  os  ariligos. 

tabernario,  a,  adj.  (Lat.  tabernarius.) 
de  taberna  oa  luja  ;  ^lig.)  própria  de  lav^-r- 
neiros. 

tabernas-y-turrillaS;  (geogr.)  cidade  de 
Hispanha,  6  léguas  ao  NE.  de  Almeria;  5.500 
habitantes. 

taberneiro.  V.  Taverueiro 

TABES,  (geogr)  Taba;,  nome  de  muitas  ci- 
dades antigas, na  Caria,  na  Cicilia  e  na  i  ersia. 

TABi,  s.  m.  (do  Arab.  tdbaca,  tecer  )  ta- 
fetá grosso  ondeado 

TARiCA,  s.  f.  (provavelmente  de  taboa.) 
(naut.)  a  peça  da  borda  do  navio  qu  5  cobre 
o  alcatrate,  e  é  a  ultima  da  borda ;  p^ça 
que  se  embute  nas  cabeças  das  taboas  oara 
não  racharem  quando  se  serram. 

Wo  Brasil  é  uma  espécie  de  sipó  usado 
para  chibatas. 

TABiCAR,  V.  a.  [tabica,  ar  des.  inf.)  me- 
ter tabicas  nas  cabeças  das  taboas  para  não 
racharem  quando  se  serrara. 

TABiQUE,  s.  m  (t.  Arab.  do  rad.  tdbaca, 
tecer,  pôr  urua  cousa  sobre  outra,  ou  de 
tasbique,  engradamento.)  Parede  de—  ,  de 
grades  de  madeira  delgada,  cheios  os  vãos 
de  cal,  ou  delgada  feita  do  tijolos 

tabla  ,  s.  f.  (do  í  at  tabula,  lamina  ) 
chr;pa.  Diamante—.   V.  Diamante. 

TABLADO,  s.  m.  (Lat.  tabulaium.)  a  par- 
to do  thóBfto  onde  os  actores  representam, 
recitam,  cantam,   e  os  daasarinos  dansam. 


TAB 


TAÇ 


e67 


TABULaA  ,  S'  f'  diminutt  de  taboa,  no 
truqno  de  taco,  e  no  bilhar  é  a  taboa  ao 
redor  da  banda  do  dentro.  Dar  na  bqla  ou 
fazer  a  bola  por — ,  não  directamente,  mas 
pçr  movimento  reflexo.  Fãz$r  as  cousas  por 
— ,  por  terceira  pessoa,  por  medianeiro,  por 
meios  indirectos. 

TABO,  «.  m,  (t.  Asiat.)  embarcação  asiá- 
tica 

TABOA,  s.  f.  (Lat.  tabula.  Court  d«  Gó- 
belin  diz  que  vem  do  {  radical  que  expri- 
me tudo  o  que  ó  grande,  extenso.  Opinião 
tão  extravagante  não  meroce  seria  refuta- 
ção. i'enso  que  tabula.  Lai.  vem  do  Egy- 
pcio  táko,  exbibir,  collocar,  e  bo,  madei- 
ra, páu.  Ira  Persa  lahlia,  significa  labolei- 
ro.)  peça  de  madeira  plana  ;  (fig.)  mármo- 
re plano  ;  quadra  de  pintor  ;  mappa,  es- 
tampa, V.  g.  —  da  gíographia,  —  náuticas. 
— ,  (ant.)  laraina  óssea,  v.  ^f.  as  — «docra- 
neo.  A  —  do  pescoço  do  cavallOf  a  face  pla- 
na de  um  e  outro  lado. — ,  mesa  do  comer; 
mesa  de  jogo,  —  rasa,  (fig  )  o  entendimen- 
to antes  de  ter  noções,  de  rectber  ideias  ; 
estado  de  completa  ignorância.  —  s  de  Ioga- 
rithmoy,  disposição  em  columnas  dos  nume- 
res com  os  seus  logarithmos  adjuoctos. 

TABOA,  (geogr )  villa  de  Portugal,  perto 
de  Cea  e  b  léguas  a  E.  de  Coimbra ;  1,920 
habitantes. 

TABOAÇAS,  (geogr)  aldeia  de  Portugal,  no 
concelho  de  \  leira  ;  800  hnbilantes. 

TABOAÇo,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  4  lé- 
guas a  E.  de  Lamego  ;  950  habitantes. 

TABOADA  ,  s.  f-  [lãboa,  dcs.  ada.)  índex 
de  livro  ;  mappa  ariíhmetico  que  mostra  a 
mulliplicação  dos  números  uns  pelos  outros, 

TABOADO,  «.  in.  [taboa,  des.  orfocollecli- 
va.)  quantidade  de  taboas,  pranchas. 

tabjÃo  ,  *.  m.  augment.  do  taboa,  ta- 
boa grande  e  grossa,  pranchão. 

TABOCA,  s.  f,  (l.  15rafil,)  cana  brava  do 
Brasil,  rodeada  de  puas  mui  solidas  e  agu- 
das. 

TABOCAL ,  s.  m.  [al  des,  collecliva)  mata 
de  tabocas. 

TABOCAS,  (geogr.)  jrio  da  província  de 
Go.yás,  no   Brazil. 

TABOir^iiA,  8.  f.  diminiU.  de  taboa,  taboa 
pequena  e  delgada. 

TABULA,  s.  f  (V.  Taboa  )  peça  de  osso , 
páu  ou  marfim  ue  que  se  usa  p^ra  jogar 
as  domas,  o  gamão,  ctc.  Entrar  a  alguém 
—  de  fazer  alguma  cousa,  (fig.)  chegar-lhe 
a  voz,  vir  a  0'casiào  propicia.  Ser  —  que 
não  joga,  não  influir  cm  cousa  .dguma,  ser 
inteiramente  nullo,  não  trabalhar.  — ,  (ant.) 
mesa.  Os  cavalleiros  da  —  redonda.  — de 
Sctuvcl,  onde  se  prrcebera  impostos  do  pes- 
cado   n  rsa  de  publicanos.  ' 

TABOLADp,  s.  m.  bssiídâ  dõtabo»s;  au^ 


teparo  de  taboas ,  pavimento  levantado  do 
chSo  o  feito  de  taboas..  Tirara — .exercí- 
cio militar  antigo. 

TABOLUcu,  s  f.  (des.  agem.)  (ant.)  casa 
de  jogo  de  labolas.  Dar  — ,  ter  casa  de 
jogo 

TABOLÃO,  j.  m.  tabola  do  buxo  cm  que 
trabalha  o  ourives. 

TABOLEiRinno ,  *.  m.  diminuí,  de  tabo- 
leiro. 

TABOLEiRO,  s.  m.  [tablia,  voz  Pérsica,  ou 
do  Lnt.  tabula)  tabola  com  bordas  levanta- 
das em  torno,  para  não  cair  o  que  se  serve 
nella. — do  gamão,  com  casas  para  as  ta- 
bolas  ;  (fig.)  espaço  plano  no  topo  da  esca- 
da donde  nasce  outro  lance ;  qualquer  lu- 
gar plano,  V.  g.  «m  jardim,  horta,  adro 
de  igreja. 

TABOLETA,  *.  f.  mostrador  de  loja  de  ou- 
rives onde  se  põe  as  peças  já  feitas ;  mos- 
trador de  logista  onde  se  expõem  amostras 
de  fazenda. 

TABOR,  (ge  ígr.)  Hradistia  ou  Chomow,  ci- 
dade da  Bohemia,  capital  do  circulo  do  la- 
bor ou  Béchin,  10  legueis  ao  SE.  do  Praga; 
3,300  habitantes. 

taburdo.  V.  Tabardo. 

TAB0RETE5  (hlst.)  Seita  de  Ilussitas,  que 
reconheciam  a  Ziska  por  seu  chefe.  Segavam 
o  purgatório,  e  a  confissão  auricular 

TABs  ou  TEBBAs,  (gcogr  )  cídade  do  Iran 
Kouhistan,  quasi  201eguasao  SO.  deToun; 
8,001)  habitantes. 

TABU,  s.  m.  (t.  Brasil,  ou  Africano.)  o  as- 
sucar  que  não  coalhou  bem  na  forma 

TÁBUA,  s.  f.  (lat.  typha  minor.)  herva 
de  que  se  fazem  esteiras  groçsas.  Mandar 
alguém  á  —  ,  (phraz.  fímil  de  desprezo) 
mandar  apanhar  tábua  para  fazer  esíeiras, 
inandar  bugiar. 

TÁBUA,  (geogr.)  aldeia  na  ilha  da  Madeira  ; 
i,8i3  habitantes. 

TABÚA,  (geogr.)  serra  da  província  de  Mi  • 
nas-Geraes,  ro  Eraz  L 

TABUAL  ,  s.  '■„,  {al  des  collectiva  )  chão 
de  labuas 

TABULA.  V.   Tabola. 

TABULARío,  s,  m.  (Lat.  tabularium.)  ta- 
boa em  qit«  os  Romanos  escreviam  os  actos 
publico?. 

TABULATO,  «    m.  V.  Tublado. 

TABUi.isTA  ,  s.  m.  (des.  ista.)  o  que  fai 
taboas  geométricas  ou  astronómicas. 

TABUUNo,  s.  m.  V    Degrau. 

TABURLHiNA,  (geogr.)  no  da  província  de 
Mato-Grosso,  no  Brazil,  vem  do  norte  da 
cordilheira  dos  Parecs. 

TAÇA,  s    f.  (.\rab.  íái  ^^u  laça.)  vaso  de 

beber  d«  pouca  altura  o  do  bccca  larga,  de 

metal,  louça  ou  vidro.  Amigo  da — ,  bom 

bebedor,  amigo  de  vinho.  Beber  oii  brin- 

167  * 


668 


TAC 


nc 


dar  a  —  (Ja  iniquidade,  entregar-se  a  ella 
couto  o  bêbado  no  vinho. 

Taçalíio.   V.    T-assclho. 

tacamaca  ou  tacamahaca,  s.  m  gornnna 
e  resina  de  uma  arvore  da  índia. 

TACANHAuiA  ,  s  f.  (des.  aría.)  acção  de 
tacanho    lacanhice 

TACAífUEAR,  ».  a.  [tacanho,  ar  des.  inf  ) 
ganhar,  adquirir  por  arles  de  tacanho 

tacamífza  e  TACAMiiCE,  s.  f.  scção  de 
tacanho,  condição,  hahilos  de  tacanlio 

TACANHO.  A,  Oí/j  (Cast.  tacano  Bluteau 
o  deriva  de  tacão,  no  sentido  de  mesqui- 
nho, e  ant  íacan  ou  tocam,  áo¥r.  taquin, 
que  sijíniíica  nísingueiro.  Duarte  JN unes  de 
Leão  o  deriva  do  ilebr,  ou  Syriaco  tacat 
ou  tacae,  que  significa  fraude.  Talvez  seja 
corrupção  do  Lai  ía^ox,  velhaco.)  mesqui- 
nho, esí-asso,  mero  :  —  de  condição  ;  velha- 
co, astuto,  manhoso    E'  p.  us 

TACA^HlI^•A>^,  (geogr.)  rio  do  Tara,  no  Cra- 
zil,  nas  suas  m-irgeris  liabita  unca  tribu  in- 
dígena do  mesmo  nome. 

TACA?íiÇA ,  s.  f.  (provavelmente  do  Lat. 
-tecium,  tecto,  borda,  e  annexus,  pegado  ) 
(t.  de  pedreiro}  a  agua  ou  lanço  de  telhado 
que  cobre  o*  lados  do  ediíicio  chamados  ca- 
beceiras 

TACÃO  ,  s.  m.  (do  Fr.  taquon.)  sola  do 
salto  do  sapato. 

TACAPA    ou   AQU(E  TACAP1NC(E,  (geOgP  )  ho- 

je  Ei-Harnma- de- Cabes,    cidade   da  Africa 
antiga. 

TaCazzé,  ígeogr.)  rio  da  Abyssinia. 

taCeira  ,  s.  /.  [laça,  des.  eira.)  balcão 
ou  ífoslrador  onde  os  ourives  põem  as  ta- 
ças e  outros  vasos  á   mostra.  V.  Taboleia. 

TaCfarinas,  (hist)  chefe  numida,  ou  mou- 
ro ;  serviu  no  ( xercilo  romano,  e  depois  col- 
locou-se  no  tempo  de  Tibério  á  frenie  !os 
bandos  independentes,  morreu  n'ura  comba- 
te contra  liolabella,  no  anno  tb. 

tacua,  .s.  m.  (Fr.  tache,  nódoa,  do  Lat, 
íaarare,  tocar  a  miúdo,  reprovar,  increparj, 
falta  que  se  põe  a  alguém.  Pôr  — na  re- 
fulaçdo,  manchar.  Provérbios  : 

Quem  quer  cavallo  sem — ,  sem  elle  se 
acha.  Mào  é  —  beber  por  borracha  quando 
não — .  A  inveja  é  cega,  todo  o  seu  saber 
é  pôr  —  na  virtude. 

TACHA  ,  s  /■'  (Bluteau  diz  que  Tem  de 
chato,  tra.spostas  as  letras,  do  que  duvido; 
creio  que  vem  do  Celt.  tnch,  prego.)  prego 
de  cabeça  dourada  ou  prateada. 

TACHA,  impróprio  por  taxa,  tributo. 

TACHADA,  s.  f.  [tacho,  dcs.  ada.)  tacho 
cheio  de  cousa  que  nelle  se  coze,  v-  g-  — 
de  doce,  barrella. 

TACHADO,  A,  p.  p  de  tachar;  ad/.  cen- 
surado, increpado,  v.  g  —  de  mesquinho, 
—  de  ignorante.  V,  Taxado, 


TACHADOR.  V.  CtnsuradoT,   Taxador. 
tachão,  s    m    augment.  de  tícha,  prégo 
grande,  d'»urado,  pnileado  ou  de  latão,  de 
ornar  arreios,  capas  de  livros,  etc 

TACHAR,  t.  a.  (íac/ia,  noioa,  ar  des.  inf.) 
notar,  censurar ;  —  de  ignorante,  de  inve- 
joso, mesquinho,  soberbo. 

TACHAU,  (geogr  )  ci'íade  da  Bohemia,  13 
léguas  ao  iNO.  de  Tiisen  ;  2,800  habitan- 
tes. 

TACHFiN  (.4hoil-ranezz-abou-omar),  (hist.) 
rei  almoravide  de  Marrocos  ;  reinou  de  i143 
até  IMtí  Combalteu  oschristãos,  em  Hispa- 
nha,  e  alcançou  muitas  victorias. 

TACiiKEND,  (geogr.)  cidade  do  Turkestan, 
00  léguas  aa  N.  de  Khokand  ;  80,000  ha- 
bitantes. 

TACHiM,  s  m.  (Aliem  íaíc/ie,  bolsa.) bol- 
sa ou  caixa  para  resguardo  do  livro. 
TACHiNHA,  s  /".  rfíminwí.  de  tacha,  prégo. 
TACHO,  *  m  (do  Arab.  í«arío»  )  vaso  pou- 
co alio  de  cobro  ou  latão  com  azas  nasci- 
das das  bordas,  para  aquecer  agua  e  ou- 
tros usos. 

Tachonado,  A,  adj.  cravado  de  tachões. 
taChonché-trsse  ou  frazsr,  (geogr.)  rio 
da  America  ingleza,  no  O.  da   Nova-Hreta- 
nha,  desembocca  no  golpho  de  (leorgia. 

Tachos,  (hist.)  rei  do  Egypto,  tilho  de 
Neclani  bus  I,  reinou  desde  c 63  até  36á  an- 
tes de  Jesu-Chrislo. 

taChozipiho,  s.  m.  diminut.  de  tacho. 
tachygraphja  ,   s.  f    (o  eh  sôa  k  :  Gr. 
takhis,  de  pressa,  e  graphia]  arte  de  es- 
crever tão  depressa  como  se  falia,  por  meio 
de  caracteres  que  abreviam  a  escripta. 

TACHTGRAPHico,  A,  adj.  pertencente  á  ta- 
chygraphia. 

TACHYGRAPHO,  s.  t»,  0  que  cscreve  em  cs- 
criplura  abreviada  tão  de  pressa  como  se 
falia. 

taCIíNha  ou  taçazinha,  8  f.  diminut.  de 
laça,  pequena  taça,  chicara. 

TACITAMENTE,  adv.  [mcnte  suff.)  sem  con- 
venção ou  ajuste  expresso ;  em  silencio. 

taCito,  a,  adj.  (Lat.  tacitus,  de  taceo  , 
ere,  calar-se.)  calado;  sem  palavras  Con^ 
sentimento,  pacto  —  ,  não  expressado  por 
palavra.  —  ,  que  não  faz  rumor,  silencio- 
so. «  Com  os  — s  reinos.  »  Kneid.  Port. 

TÁCITO  (C.  Cornelius  r(ciíu.ç),  (hist.)  his- 
toriador celebre,  nascido  na  Oriíbria  pelo  an- 
no 54  de  Jesu-Christo,  foi  primeiro  advo- 
gado, e  entrou  depois  na  carreira  das  hon- 
ras, no  reinado  de  Vt'Sj.asiano..lnlgi-seque 
morreu  oclagf^nario.  no  anno  de  liO  ou  l  í4. 
Começou  a  escrever  sobre  a  historia  u'uma 
idadfí  mui  avançada,  i  erderam-se  uma  gran- 
de parte  das  s.  as  obras,  e  entre  outras  as 
suas  poesias  ;  porem  cxislera  em  parte  os 
seus  Ânnaes,  e  as  suas  Historias ;  e  possui  - 


TAÍ 


TaC 


C69 


mos  n»  sua  tolnUdfli«i  a  Vila  Á'jrirola,  e  ou- 
tras. E  uiiivcr*almHiilH  con^idivado,  oinu  o 
maior  dos  nistor:adores,  e  lem  siJo  traduzi- 
do em  todas  as  lirijfiias. 

TÁCITO  {M.  Cláudio  rocr/o,  (hist)  impe- 
rador romano,  que  dizia  descender  do  gran- 
de hislorirtdMr,  rusceu  em  2<í'>,  morreu  as- 
sassinado em  275,  depois  de  6  mezns  de 
reinsdo. 

TACITURNIDADE,  s  f.  (Lat.  tacitu' iii ías, 
tis.)  o  ser  laciínrno:   habito  silencioso. 

TaCITUKNo.  a,  atlj .  (L«t.  taciturna'},  de 
iacitwi,  taci*o,  e  liiurnus,  diurno  )  silen- 
cioso, que  frtlla  p»  uco 

TACO,  *.  m.  tac,  voz  imitaliv>i  j  haslede 
p<íu  Itírncíida  corn  ruj  i  exUemidadH  uimís  fi 
na  e  liza  se  dá  inipuho  ás  bitlas,  no  j  «go 
do  bdhar  e  outris  seinelhani''S  ;  l'uxa  de 
peçd  de  artilharia  —  ,  peçs  da  atafona  em 
que  se  assenta  o  carf-ete  Tmqnede  —,  es- 
perie  de  j  >go  do  bilhar  h.  j»  desusado. 

tacoari,  (geogr  )  riodoBrazil. 

TACTEsR.  V.  Apalpar. 

táctica,  s    {.  \>.i\\  íacíícw"?,  do  Gr  part 
de  íaiíd,  pôr  em  or^eTi.)    a  arte  de  or<íe- 
nar  as  tropa»  fm  batalha  e  de  fazer  as  evo- 
lu^õ-s  militares  —  vaval,  nautif^a. 

TACio,  $.  m.  (I.at.  tactus,  i\ii  tanQO,ere, 
tocar,  cujo  ra  i  é  o  Egypcio /or,  niáu)  sen- 
tido pelo  qual  percebemos  a  extensão,  con- 
sistência e  a  leuíjieratura  dos  corpus  exie- 
riores  sólidos  ou  liqiiidtis,  Comprehendiílaa 
as  parles  do  uo^so  proprioeorpouoias  rela- 
tivamente ás  outras  ;  {(ig.)  t.tque,  contado 
de  um  corpo  com  outro."  Pelo  —  ,  apal- 
pando. 

TACTURA.  s.  f.  (p.  us.)  o  acto  de  tocar  ou 
tanger.  A  lyrica  — .  Rimas  de  Manuel  Ta- 
vares. 

TACLBA,  fgeogr  )  aniigimente  Talcopan, 
cidale  do  Mi;x;co,  3  legms  áo  Ni>.  da  ci- 
dade do  México  ;  2,5lH)  habitantes 

tacutú,  (geogr.)  rio  da  (iui^na  brazilei- 
ra.  a  L  da  s-erra  i  acahi,  on<ie  na^ce,  é 
um  dos  confluentes  do  rio  Uiquera. 

táuega,  X.  f  nome  «le  U' a  [»hata  ou  ar- 
busto que  lem  a  baste  feipuia. 

TADf.R,  (geogr.)  hijiíSfyura,  rio  de  His- 
pânia 

tadjias,  (geogr.)  nação  numerosa,  e  civi- 
lisflda,  quH  éa  l>ase  «la  população  da  l'er.«<ia. 
Também  babiia  o  kaboul ,  a  Uoukbaria, 
etc. 

TaEL,  s.  m  pi.  Taéix,  (t.  A^iat.)  moeda 
do  Japão.  Frrnào  Mendes  i  intodiz  que  20»* 
valem  MOO  cruz«dos  ll-j^j  o>  lloiltiudezes  o 
avaliam  em  w;  florins  wiueiu. 

TÁis,  s  m.  (pr.»vavH!iueute  d'>  Fr.  (ail- 
ler,  talb^r.  coriar  )  e«pe<;i'i  tle  bigorn  .  de 
ouiives:  «  grjsso  e  estúpido  como  um  ce- 
^o  de  luev    » 

WQh'  ir. 


TAFAceiRA,  TAFsrT«4    V    Tofinva. 

TaFiíI.í.*,  (g^^onc,  TiihiUa.  ci'lade  deílis- 
panha,  8  l'gua*au  S.  do  "ampeluna  ;  ò.OiJJ 
habitantes 

TAPKiA.  s.  m  (Fr.  tnfjf^tax  E'  vor  imi- 
tativa do  som  qijo  f.u  a  Sfda  quanlo  se 
xgiia  )  e.^-totfo  Of,  seda  teSo  paia  v- sii  lus, 
forros,  cortinas,  etc. 

T^FiCiBA.  s  f  (l.  Hiat.)  teni  lo  da  In  lia, 
de  listras  ou  ramos,  de  seda  ou  de  algo- 
dão. 

TAF  LKT,  fgpngr.)  ci  lal*^  do  esta  lo  de  Mir- 
ronos  capital  da  província  do  me^nio  nome, 
*7  le«u.is  ao  bE.  ile  .warrocos ;  2.5»'  ha- 
b  tantes. 

TAFNA,  fgpogr.)  5/V1,  pequen')  rioda  .\I- 
geria,  desemb  ••  a  n»  .M^-ditorraneo. 

TAFoNHHO.  \ .    Alafiineiro 

TAFOKÉv,  *.  /.  (t.  Asiat  )  embirc-ição  asiá- 
tica de  guerra  ou  d-^  transporte 

taft,  (geogr  )  cidade  do  Iran,  8  léguas 
ao  St)    de  V  zd  ;  6,(HI0  habÍMnles. 

T*FUL,  s.  m.  [(*o  C.'ist  tiiliar  Tovarni- 
vias  diz  que  f;ste  íermo  repelido  duas  vezes 
tohur,  ítí/íiíT  sôa  litniar,  funar.  Creio  que 
vim  do  Fr  anl.  ío//*«  rt^r,  ornar,  enfeitar.) 
homem  dado  aos  pivtzeres,  aos  diveriimrju- 
tos,  casquilho,  peralta.-  .  ji.-íarlor.  homem 
qu>í  frequenta  casas  do  j>g->  1*1  Tatues. 
Tairbem  se  u»a  adj.  dus  ;:  g.  Homeui,  mu- 
lher taful. 

tafui-ak,  V  a.  ou  n  [taful.  anhs  inf) 
fazTS  viila  de  taful,  dt  j  íga  lor.  jierahilho. 

tafularíà,  s  f.  (des.  ia  )  vidii,  compor- 
tamento de  t.sful ;  csqtiilhaiia.  ptraliice  ; 
sucia  de  tafu^s  l'or  —  ,  por  diveili.rneiilo, 
oiteníando  de  taful. 

tafuiuar,  V.  a    ('o  Fr.   ímt.  ía/f':/,  n  ó- 
lho  d*',  hf-rvas  )  Jamil  )  tapar  embotiuio  tou- 
reia a  tiracollo  d'c.nde  peude  a  espada, 
sa  que  tape  ubertura. 

TaFULho,  s.  m.  cousa  que  so  embebo  pa- 
ra tapar. 

TAFUR,  (ant  )  V.   TofuL 

TAGA^UA    V.   Tainha,  Falaça. 

tAgante,  s  m.  (do  '.ast  lojar,  cortar, 
talhar.)  ^ant  )  açoute,  que  corta,  faz  ví.t- 
gões.  V.  Atuijaular. 

TAGAMifO.  (ge"gr  )  <-.idaleda  i  iissia  eu- 
ronea,  n(»  mr.r  d'A/.dr;  M),iiOU  LaLilaules. 
>'ella  morreu  Alexandre  I. 

Tag  R.  V.  Coriar,  ferir. 

TAGvRfLLA,  s  f.  (do  \  Al  gavrulus)  gri- 
tana,  motim.  — ,  *  dus  1  y.  pessoa  tuui 
lalU'lofa,   prtlr  ira,  loquaz 

tagakotk,  s  m  (d»  Ara!)  tagiron,  feu- 
il<)  es|>ecie,  de  falcão  \fricano  ;  lU  eihnl.) 
h(»mem  pobrí,  díí  ventrn  nveniur  iro,  que 
come  com  vova  -i.ladH  á  «  usia  alh  '.a, 

TaG*sik.  g  .  gr.   cida4l-'ariuinad  i  de  Nu- 
midio,  a  U.   palri.4  '^tV^.  .-^gi-íHuUu. 
f  íff 


670 


TAI 


TAL 


TAGTiEKPT,  (geogr.)  cidadc  da  Algéria. 

TAGEDA.  V,  Tágueda, 
.^,  TAGÉs,  (myth.)  génio  etrusco,  o  maior  dos 
adivinnos;  era  um  anão,  que  nasceu  um  dia 
de  um  torrão,  debaixo  do  arado  de  um  la- 
vrador, attribuiím-lhe  certas  livros  prophe- 
ticos,  talvez  os  celebres  livros  etruscos  das 
cerimonias,  e  advinhação,  chamados  libri 
rituaks,  etc 

TÁGico,  A,  adj.  (do  Lat.  Tagus,  o  Tejoj 
(poet.)  do  Tejo.  —  lyra. 

TÁGIDE,  s.  f.  (poet.)  nympha  do  Tejo  ;  (fig.) 
dama  de  Lisboa. 

TAGiNK,  (geogr.)  hoje  Lentagio,  pequena 
cidade   do  Picenum. 

TAGLiACozzo,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Nápoles,  mais  de  i6  legua^ao  O.  do  Alba; 
3,000  habitantes. 

lAGLiAMENTO,  (geogr.)  Tilavemplut,  rio 
do  reino  Lombardo-Veneziano,  sabe  dos  Al- 
pes Julianos,  e  desembocca  no  golplio  de 
Veneza. 

TAGRA,  s.  f.  (do  Fr.  tacque,  ou  tacre,  dez 
coiros  juntos)  (ant )  quatro  pedaços  em  que 
se  divide  um  coiro  para  cortir.  Uma  —  de 
coiros  meados.    . 

TAGRA,  s.  f.  (ant )  medida  antiga  igual 
á  casada. 

TAGUATiNGA,  (geogr.)  serra  mui  alta  da 
província  de  (loyáz,  no  Brazil,  limitrophe 
da  de  i^linas-Geraes,  onde  é  mais  conheci- 
da com  o  nomo  de  Tabalinga. 

TAGUEDÂ,  s.  f.  herva  pulgueira.. 

TAiiER(Al-Khonzai-ben-hocein-ben-masab) 
(híst.)  general  arabo  que  serviu  o  califa 
Haroun-al-Raschid.  Os  seus  descenden- 
tes, são  conhecidos  pelo  nome  de  Tahéri- 
das. 

TAiBA,  vem  no  Seleuco  de  Camões  na  pas- 
sagem seguinte  •  «  essa  trova  parece  muito 
— .»  Moraes  crê  que  significa  sem  sabor  ou. 
indiscreta.  Talvez  venha  do  Lat.  tubidus. 

taibo  ou  TÃiBO.  V,  Tambo   e  I  halamo. 

Taimâdo.  V.  Ataimado,  Matreiro. 

TAiMBO.  V.  Tambo  ou  Tãibo. 

TAINHA,  s.  f.  peixe  vulgar,  alias  fatâça 
ou  tagana. 

TAiKO-SAMA,  (híst)  primciro  koubo  ou  so- 
berano secular  de  Japão.  Foi  o  primeiro  que 
perseguiu  os  chrisiãos  no  Japão. 

TAiN  ou  THiis,  (geogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, cabeça  de  camarca  em  frente  do  Tour- 
nou ;  2,400   habitantes. 

TAiN,  (geogr.)  cidade  da  Escócia,  capital 
do  condado  de  Ross,  2  léguas  e  meia  ao  S. 
de  Dornoch  ;  2,800  habitantes. 

TAIPA,  s.  f.  (do  Arab.  ou  Afric.  tahia,  pa- 
rede feita  de  barro)  parede  feita  de  terra  ou 
barro  calcado  entre  dois  taboões,  ou  tai- 
paes.  —  d*  irbe,  feita  deen^radam^^nto  de 
ri^a«i  cheios  os  tIui  di  li«rr«  moiie,  ffom 


que  depois  se  reboca.  Taipa  — ,  rftbocada 
de  barro  e  cal. 

TAIPADO,  A,  p.p.  de  taipar;  adj.  fecha- 
do, com  parede  de  taipa. 

TAIPAL,  s.  m  [taipa,  des.collect.  dl)  Os 
taipaes,  são  as  taboas  entre  as  quaes  se  cal- 
ca o  barro  com  que  se  fazem  paredes  do 
taipa;  entrincheiramentos  de  taipa. 

TAIPAL,  adj.  dos2g.  (do  precedente)  carii) 
— ,  guarnecido  de  taipas  em  torno.  Pa'ra- 
peitos  taipaes. 

TAIPAR,  V.  a.  [taipa,  ar,  des.  inf.)  cercar 
de  taipa;  fazer  paredes  de  taipa. 

TAIPAS,  (g^^ogr.)  povoação  de  Portugal, 
na  província  do  Minho,  que  possue  caldas 
afamadas. 

TAiPEiRO,  s.m.  (des.  eira)  official  que  faz 
taipa. 

TAiREL,  vem  em  Couto,  talvez  errado  por 
taurel. 

TAiTA.   V.  Tala. 

TATi,  (geogr.)  uma  das  ilhas  da  -iocieda- 
de. 

TAi-TOOU.  (hist )  imperador  chim,  expul- 
sou os  Mogões  da  China,  em  13G"3,  fun- 
dou a  dynastia  indígena  dos  Mings. 

TAiXA.  V.   Taxa. 

TAixAR.  V.   Taxar,  e  Tachar. 

TAKiMA,  (geogr .J  reino  da  Guiné  superior, 
tjíbuíario  dos  Achantis,  capital  a  cidade  do 
mesmo  nome,  40  léguas  ao  N.  de  Coumar- 
sia. 

TAiíROUR,  (geogr.)  nome  que  os  indege- 
nas  d'Africa  dão  á  iSigricia  central  ouSou- 
dan. 

TAL,  adj.  dos  2  §.  (Lat.  talis,  queciléltt 
deriv.  do  Egypc.  ía/e,  oppôr,  ajuntar)  seíne- 
Ihante  a  outra  cousa  descripta,  apontada, 
igual.  Este  sujeito  ó  —  qual  m'o  pintaram. 
A  obra  está  —  qual  eu  tinha  desejado.  Eío 
taes  circumstancias,  nunca  se  viu  tal  des- 
ventura, desordem  igunl.  —  marido  —  mu- 
lher, —  pai  —  filho,  —  por  — ,  em  igual 
condição,  com  mutua  correspondência  — , 
em  tal  estado-.  —  se  achou,  —  ficou.  Qite 

—  ?  (phr.  ellipt.,  em  qué  estado,  condiçSo. 
Um  —  sujeito,    certo  Sujeito.    Um  homem 

—  e  qual,  (loc.  íhmil  )  homem  insignifican- 
te. Com  —  que,  (ant.)  com  tanto  que.  — , 
(ant.)  puro,  sem  mistura.   Agua.  vinho  — 

TALA,  s  f.  (do  Lat.  ía/us,  junta  do  corpo, 
articulação)  peça  plana  e  delgada  de  ma- 
deira com  que  se  aperta  algum  corpo,  v. 
g.  pôr  — s  ao  membro  fracturado.  — s,  (fig  ) 
angustias.  Ver-se  em,  em  apertos.  — s,  li- 
nhas com  anzoes  aboladas. 

TALA,  s    f.  acto  de  talar  os  campos. 

TALABARTR,  *.  m.  (Bluteau  o  derir.  do 
Debr.  talat,  su^prnder.  Creio  que  rem  do 
Lat.  talum.  esp.tda,  e  baltêuí,  cinto)  talía, 
oinlurào,  boldrU» 


Uh 


TAL 


C7J 


TAkACA,  s.  m.  (l.  A^íial),  rapudia,  libella 
de  repudio. 

TALADO,  A,  p.  p.  de  lalar;  alj.  »rr«sa4o, 
estragido,  destruído.  Os  bárbaros  li nh^oji  — 
os  campos. 

TALADO,  í.  m.  (loniiodtiouriíes  do  ouro). 
Ê  um  arco  como  o  dos  cnaleiros. 

TALADon,  i.  m    o  qu(í  Ula. 

TALAGA,  s.  f.  (l.  Asijl.)  uma  arvoro  da 
laJía. 

talagíupo,  í.  m.  (l.  Asii )  sacerdote  da 
Ásia. 

TALAMBOR,  #.  1».  (t  do serralbeíro.  Fecha- 
dura de  — ,  fechadura  auo  aíire  de  meia  voU 
ta,  sem  apparpcer  i>oí  fura  mais  qau  a  abf.T- 
tura  da  clinve. 

TALAMRNTo,  s  •».  (míuío  suíf )  acçào  dc 
talar;  estr.igo,  v.  g.  —  das  vinhas,  dos 
campos. 

TÁLAMO.  V.   Tlialamo. 

TAi.AN,  s.  in.  (Fr.  ant.  talant,  vontade) 
(ant )  vontade,  desejo. 

TALANHo,  s.  m.  (t.  Asial.)  sacriíicio  gen- 
tilicj  entre  os  povos  do  Pegú. 

TALAmB,  s.  m.  (Fr.  ant..  talant,  vonta- 
de) (anl.)  vontade,  desejo.  O  mote  do  in- 
fante D.  Henrique  era  •  —  de  bem  fszer. 
De  —  :  a  seu  — ,  voluntaiiamenle. 

TALANTl  ou  TALANDA,    [geogr.]  OpOtitC^  c\- 

dade  da  Grécia,  sobre  o  golpho  do  mesmo 
nojue,  JU  léguas  ao  SE.  de  Zeitoun;  5;001i 
hat:titant«6. 

TALÃO,  s  m.  (Fr.  talou]  aparte  do  .sapa- 
to que  cobre  o  calcanhar;  a  p^^rte  posterior 
do  casco  da  besta.  — ,  (agric.)  vara  que  ae 
deixa  rente  da  terra  oo  podar. 

TALAPÃo,  s.  m.  (t  Asiat.)  sacerdote  Sia- 
IUW4  ou  do  Pegú. 

lALAK,  v.a  {doVr.  taillev,  cortar)  talhar, 
cortar,  destruir,  estragar,  arruinar,  v.  g. 
—  CS  campos,  asarvures  -^  os  campos,  as 
terrns,  retalbcl  las  para  asdesalagar.  «  i  uro 
íaíawítoas  húmidas  campinas,  »  Diniz,  cor- 
tando. 

TALAR,  adj.  dos  %  g.  (Lât.  taiaris,  que 
desce  aló  os  calcanhares)  roupas  talares: 

TALARKjo,  s.  m  uma  peça  do  íreio  dos 
cavallos 

TALAUES,  s.  m  pi.  [Itíd.  talaria)  asa£i<$ 
nos  pés  com  >que  saíeprpseula  o  deus  .Merr 
curió. 

TALAsiu^t  (mylb,}'Hleut»  dq  Ilymineu,  en- 
tre 03  IJoinanos'  era,  dkom,  nmjovnn  Ro- 
mano notável  pelo  seu  valor,  c  a  quem  os 
seus  compauJueiros,  por  occasião'  do  rapto 
das  Sabinag.  reservaram  uma  <doazella 
de  rara  belleza,  este  casainealo  foi 
muilo  feliz,  fie  modo  que  u'nai  em  dian- 
te dezejava-so  aos  novos  esposos  a  íeli- 
uidade  d«   Taldúua. 

TALAVERA  DE    LA    REYNA,    (gOÔ^f^)    Elbotia 


'íalahxicat  cidade  de  llispanha,  sobre  o 
Tejo,  íG  léguas  ao  O.  de  Toleda;  8  000 
habilanU^s.  ' 

TALAVEVKA-LA  REAL,  (geogr.)  D/p;;o  cida- 
de  de  Ilispaniin,3  léguas  a  K.  do  Badajoz; 
2,900  habitantes. 

talaZia,  s  f.  [detalha]  (ant.)  talha  on- 
de se  cciservava  o  vinho  a  vender  por  miú- 
do. 

TALCA,  ou  s.  AG03TÍNU0,  (geogr.)  cidade 
dj  (.Ihili,  mais  de  4/  léguas  ao  S,  de  San- 
tiago. 

Talco,  s.  m.  (do  Arab.  ía/c,  ou.  telk]  mi- 
neral que  se  separa  em  laminas  delgadas  e 
tr^iíií  parentes. 

talk'Ga,  *.  /.  (Oasl.  lalega,  do  (Ir*  //m- 
/a/ío>-,  saco)  saco  pequeno,  mochila.  Uma 
—  de  trigo,  são  quatro  alqueiíes.  —  de 
axeUe,  diz  o  Elucidário  que  eram  dois  cân- 
taros, medida  de  Lisboa. 

TALEiGADA,  s.  f  (dos.  ada)  taleiga  cheia, 
a  porção  que  enche  a  taleiga.  —  de  azeite, 
diz  Bluteau  que  são  dois  cântaros,  medida 
de  Lisboa. 

taleigáo,  (geogr.)  aideia  das  ilhas  (Goa), 
3,053  liabitanles 

TA«EiGO,  s.  m.  (V.  Taleiga)  sacco  longo 
e  estreito  que  leva  dois  alqueires. 

TALBinÃo.  V.   Taleiras. 

TALEiRAS,  s  f  }l  tra  vcssinhas  quo  unem 
as  fiilcas  das  carrilas  ou  reparos  daortilha- 
tia.  —  dianteira,  —  baixa,  alta  ou  de  mi- 
ra. 

TALEPfDANCiA,  s.  f.  De  razões,  vera  nas 
obras  d'líl-Rei  D.  Dua.te;  talvez  erro  poi' 
abunbancia. 

TALENT,  (geogr.)  cilaie  d'Africa,  capital 
do  estado  de  Sidi-Ilescbam,  no  paiz  doSuz, 
qoazi  28  léguas   ao  SO.  de  Taroddnt. 

TAiENTE.  V.   Talante. 

TALENTO,  s.  m  (Lat  íalentum,  do  Gr. 
tahiiilon]  peso  e  moeda  f-^rega  e  rooíana, 
que  variava  de  valor  em  diversos  lugares. 
O  —  aliico.  — -<.  (fig.)  habilidade,  présti- 
mo, engenbo,  disposição  natural  para  as 
sciencias,  as  artes  Enterrar  os  — s,  não  os 
cultivar.  Grande  — ,  (íig  )  homem  de  gran- 
de capacidade. 

TALENTOSO,  A,  Ofij.  (do  Fr,  ía/auí,  vonta- 
de, de.s.  oso)  (ant.)  desejoso.  «Muito  —  de 
ver  tal  feito  acabado.  »  Lopes,  Lhron.  de 
D.  .loão  l. 

TALHA,  s  f.  (Fr.  tailh,  de  tailler,  cortar, 
retalhar,  que  parece  vir  do  Abem.  theil,  por- 
ção, thrilen,  curlar,  eaa  Anglo-Saxão  toll} 
acção  de  talhar,  retalhar,  cortar,  entalhar, 
gravar.  Obra  de  ---,  de  relevo.  —  fina,  gra- 
vura. — ,  a  porção  do  metal  que  se  separf 
com  o  buril.  — ,  oper.ieão  cirúrgica  pari 
extrahir  a  pedra  da  beiiga.  — ,  no  jogo  âh 
jauca,  o  ^irar-©  b;5pi|;2eiro  iodas  as  carta? 
168  • 


672 


TAL 


TAL 


<io  baralho  lançando  metade  á  direita  e  me- 
lado â  esquerda.  . — ,  talhos  no  pau  para 
marcar  a  conta,  c  numero  de  certas  cousas, 
V.  g.  d^í  feixes  de  lenha,  de  carradas:  doze 
carradas  serão  uma  —  —  de  fuste,  talhos 
leitos  em  vara  para  marcar  a  conta,  v.  g. 
de  quantias  que  se  hão  de  cobrar,  arreca- 
dar. —  ,  tributo,  imposto.  íiiila  :  imí)ôr — . 
— ,  soldada,  joinal,  porção  ;   preço  certo. 

TALnA,  s  /.  (provavehrentií  de  atalhar) 
(naut.)  corda,  cabo.  —  do  leme,  corda  com 
qtio  se  tem  mão  uelle  em  tormenta. 

Talhas  lhe  punham   de  uma  e  outra  parte 
Sem  aproveitar  de  liomeiís  força  e  arte. 

Cahõks,  'Lusiad.  iv,   73. 

TALHA,  s.  f.  (talvez  doArab.  ía/á,  vidrar 
vasos  de  barro,  ou  do  Fr.  ant.,  tay,  barro 
de  oleiro,  e  oU,  Lat.  olla,  vaso,  ou  oile, 
azeití?)  vaso  de  barro  vidralo  por  dentro  de 
grande  bojo,  e  bocca  estreita  e  fundo  có- 
nico para  guardar  «zf^ite  nas  adegas. 

TALiiAiiA,  s.  f.  (suhst  í.  (\e  talhado)  por- 
ção longa  e  estreita  cortada  de  algutu  cor- 
po. — s  de  queijo,  de  melão,  melancia. 

TALHADEIRA,  s.  f.  (des.  eira)  instrumen- 
to de  talhar,  cortar,  fender;  cunha  de  fer- 
ro ou  aço  com  gume, 

TALiiADiNHA,  s.  f.  dimiout.  dc  tdhada. 

TALHADO,  A,  p.p    de  talhar;  ailj.  corta 
do,  retalhado.   —  a  pique,  alcoiiilado   — , 
que   tem  certo    talhe    ou    fdição.    iwm  ou 
mal — . — ,  entalhado,  escnljiido.  Letra  — 

—  ttd  buril,  gravado.    VeAvn    — .  Bosques 

—  de  grandes  lagns  — ,  (tig  j  hábil,  dispos- 
to, rooMado  Homem  —  para  ti  n  emprego 
ou  p^ra  empresa.  — ,  convencionado.  Sol- 
dada — .  Tempo  — . 

TAiHADOR,  s  m  O  quo  talha,  cortador, 
carniceiro;  cufolio  de  ri>rtar  carne ;  prato 
grande,  Irinch  • 

TAi.HADORA,  .s'  /  mulher  quG  corta  a  car- 
ne. 

TALHADURA,  s.  f.  {á(is<  v.ra)  (p.  us.)  vez 
d*agi3a  para  regar,  entre  la vrador»^s  vizinhos; 
erro  por  tolkedura. 

TALHAFKíO  A'  w.  um  íustrumento  de  la- 
vrar de  njarcen  iro. 

TALHAMAR,  s.  w.  (naut.)  pcça  angular cor- 
tantç?  de  rirad  ira  que  se  põ ;  na  roda  da  proa 
para  quebrar  a  força  da  agua,  ou  de  aço 
p^ira  lolhar  correntes  de  íerro  que  seatra- 
essati!  em  rios  e  portos  para  tolher  a  en- 
trada a  navion  de  guerra;  obra  angular  de 
pedra  nas  pontes  para  quebrar  a  íorça  da 
égua. 

TALfiAMENTO,  s.  m.  ÍTO«n<o  suff)  a cçã O  de 
talhar,  cortar ;  amputação  de  membro;  ta- 
lh/>,  irriposto.  Pao ar  ou  dar  de — ,  segundo 
á  tíilhn  dos  cabeções. 

riimníui  ^  dmtg:  |d«9  H^^p,  t^  Ltt: 


em  ans,  tis)  que  talha,  corta.  A  —  espada. 
Proa  — ,  armada  de  talhamar. 

talhante,  (ant.  e  errado.  Y.Talante. 

TALHÃO,  s.  m.  augment.  espaço  em  hor- 
ta entre  dois  regos,  a  m-^do  de  alfobre. 

TALHAR.  V.  a  (Fr.  tailler,  pron.  talhei 
Uai,  tagliare,  pron.  talhiare,  do  Aliem. 
llieil,  porção,  e  tkeilen,  cortar,  dividir)  cor- 
tfir,  dar  talho,  fender  ;  amputar  :  — as  ore- 
lhas, o  r«bo.  — Mm  vestido,  corta-lo  á  fei- 
ção do  corpo.  —  uma  coma  por  entra,  á 
imitação,  ptdo  molde  d'»illa.  — ,  entalhar, 
esculpir,  gravar:  —  let  as,  letreiros.  — , 
aquinhoar  o  que  se  deve  pagar:  —  solda- 
da; —  o  preço  da  carne.  —  liberalmente 
as  cortezias,  baratea-las,  não  as  escassear. 
— ,  cortar  a  carne  no  açougue.  — em  dez- 
pezas,  cortar,  arbitrar. 

TALHARIM,  s.  IH.  (do  Itfll.)  massa  d<»  fari- 
nha eui  pedacinhos  de  varias  feições  quese 
coze  era  i*aldo. 

TA!, HE,  s.  m.  (Fr.  taille,  pion.  talhe)  a 
estatura,  feição  do  corpo;  a  feição  do  vesti- 
do. 

Talher,  s.  m.  ppça  da  mesa  com  repar- 
timenlos  para  galhetas,  saleiros,  pimentei- 
r<)s,  etc,  as  peças  do  talher;  e  híje  mais 
us.,  a  faca,  g.trfo  e  colher  década  pessoa á 
mesa , 

TALHO,  s.  m.  (de  talhar,  cortar)  golpe 
com  o  lio  ou  gume  defeca,  cutello  ou  ou- 
tro iiislrumeiíli)  cortante  ;  (tig  jcepoem  que 
o  cortador  corta  no  açougue.  —  de  arvo- 
res, decole  ou  corte  cl'eilas.  —  de  mato, 
porção  que  se  compra  para  fazer  lenha  ;  ta- 
b'deiros  dobrnj  »  oude  arroz^e^  cortad  spor 
valias.  —  de  sal,  nas  marinhas  sà(t  cortes 
em  tabolciros  onde  se  deposita  o  sal  da  agua 
do  mar  por  evaporação  — .  talhadura,  vez 
d'Rgua  p^ira  regar.  Trabalhar  as  minas  a 
—  aberto,  sem  fazer  poços,  rompendo  me- 
ramente a  terra  ou  rocha.  —  do  peixe,  as 
bancas  ou  barracas  em  que  as  regateiras  ven- 
dem o  peixe,  e  o  ccrtani  em  postas  — de 
letra,  forma,  feição.  Ter  bom  —  de  letra. 
Dar  —  em  alij;uroa  contestação,  duvila,  em- 
baraço, matéria,  (lig.)  resolver,  decidir,  to- 
mar partido  decisivo.  Entrar  alguém  —  de 
fazer  alguma  cousa,  (ani.)  cheg«r-lheasua 
vez,  o  seu  turno  Tomar  —  de  vida,  mo- 
do. Cair  a  —  de  fouce,  (loc.  famil.)  a  gei- 
to,  de  modo  a  poder  facilmente  aproveitar- 
se.  —  do  corpo,  talhe,  feição. 

tali.   V.   Tulim. 

TALIÃO,  s  m.  (Lat.  talio,  onis,  de  /a/if, 
tal,  igual]  oulro  tanto.  Lei  pena  de  Talião, 
castigo  que  consiste  e.n  fazer  soíTrer  ao  de- 
liu juente    o  que  elle  faz  soíTrer  á  viclima. 

TALfCHAH,  (geogr.)  khanatda  llussiame- 
ridi'<n8l,  ao  0.  domsrCaspio;  cidade  prio- 
iciptl^  Atftarth.^ 


TAL 


TA3I 


67»' 


TALinjs,  (hist.)  povo  persa,  que  habita  o 
Ijizanderan,  e  o  (ihihn.  i 

TALiGA.  V.  Talngv,  e  leiga. 

TAi.iM,  s.  m.  (do  Lai.  telurn,  espada]  cor-  i 
Dia  a  tiracollo  d*onJH  ponde  a  espsda. 

TALiNGADO  A,  p.  p.  de  lalingar  ;  aJj.&l&- 
ó?,  lia  lo.   IL-írpéns  — s. 

TALiNG*R,  V.  a.  (naiit.)  alar,  liar:  — a 
aoiarra  nn  arg 'l-i  da  ancora  ;  —  harpéos 
eíii  cadeias  de  ferro. 

Talistoso,  a,  adj    V.   Talentoso. 

TALioNAR,  V.  a  {talião,  ardes  inf )  pii- 
ric  C'  ra  pena  de  talià»,  com  castigo  igual 
8P  crime. 

TAi-ioNATO,  s  m.  casligo,  vindicta  de  la- 
Ifo,  pena  igual  ao  crime. 

TAi.iscA,  s.  f.  (do  tal.  fa/ea)  fenda,  gre- 
\\,  rí*(ha:   — dos  rochedos,  das  pedreiras. 

tali-sm^n,  t.  m.  (em  Arab.  teleimân,  que 
alguns  derivara  sem  razão  dodrego  O  ter- 
11),  assim  como  a  cousa  que  elle exprime, 
tia  a  sua  origem  doorienie,  e  nào  da  ire- 
(i.\.  Creio  que  é  voz  Persi«a,  que  como  diz 
1 1  iteau,  significa  consielluçãoaherlaao  bn- 
fi'.  Em  Persiano  e  era  Arab.  ala,  alou,  si- 
(Difíca  elevar,  alto.  e  saman.  ceii,  Thlvez 
>3iha  do  í-.gypcio  tale,  impôr,  e  sixtm  ou 
s-ichem^  agouro)  peça  de  Uielal  com  varias 
fgiiras  symb  liças,  fundida  d  baixo  do  as- 
j  e  ;to  dtí  aslros  «^u  conslell  ções  i\  que  se 
•  tlribuiam  vinudes  (xlraordinarias,  v.  g. 
I  O  ler  sobre  os  espiritos  celestes,  a  virtude 
ce  prescivar  de  perigcs  ;  as  mesmas  figuras 
§  r<  vadas  em  pedra  ou  traçadas  em  outras 
s  1  )stancias. 

rALLAHASSFf ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados- 
Inidcs,  capital  da  Florida;  4,500  bab  lan- 

t5S. 

TALLAR.  V    a.  Y.   Talar. 

TALLAHí),  (gengr )  cidadn  dos  Alpes  Supe- 
1  io  es,  2  léguas  e  meia  ao  S.  de  Gap  ;  ,000 
1  ai  itantes. 

'íALLKYRAND-PFRiGORD  (Heliede),  carde- 
rl,  nasceu  em  lóOl,  morreu  em  13 '4.  to- 
no 1  grande  parte  na  nomeação  de  quatro 
)  3|  as :  Benedicto  XII,  ClemeiUe  Vi,  liino- 
f^Djio  VI,  e  Urbano  V.  loi  contemperaneo 
(  a  Digo  de  Petrarcha. 

lALLEYKAND  (licuriquo  áf\  (bist )  conde 
'Je  Ch.lain,  nasceu  em  I5i  9,  foi  fiivoíilode 
luií  Xl!l,  c  amante  da  duqueza  deClicva- 
f?ne,  era  dotado  de  grande  valor.  Tendo 
(  otiado  n'uma  Cdiispiração  contra  Uichelicu, 
UiOi  reu  II.)  cadafalso  em  1 '.!(>,  accusado 
peli  carde il  de  se  ter  conspirado  coulra  o 
^jro,)rio   rt-i. 

1  àLi.LYR.AND-PEBiGORD  [Carlos  Mauicio 
de),  (hisl  )  príncipe  de  Perievent,  diplomá- 
tico franiMZ,  na.vc»'!!  em  7r»^,  uior.eu  *  tw 
iN.íS.  em  curo  e  foi  destinado  hn  esl  do 
^)OcI  jftitflico    Ka  idade  de  íiO  aunus  foi  uu* 


meado  bispo  d'Autun,  adoptou  os  princí- 
pios da  re.ol.ição,  li/ou-se  cora  Mirabesu, 
celebrou  missa  no  Cimpo  deMarU*  sobre  o 
all«r  (la  pátria,  a  14  de  julho  da  17J'),  ad- 
miltiu  a  nova  constiiu  rào  do  cbiro,  sagrou 
os  bispos  /jura  ncntoJos,  oque  deu  caus^  a 
ser  exjouírnirigaio  pelo  papa.  i).'Sem,nenhoa 
muitas  missões dipljma'.icas  importantes,  foi 
nomeado  ministro  'los  nej^tcios  estrang-dros 
no  tempo,  do  Dereclorio  l7'.K),  efui-lhe  tira- 
da a  p.ista  por  desapprovara  guerra  com  His- 
panhH,  «>u  aulHS  por  preferira  allianç.nngle- 
zi.  iamb»iii  f  i  nomeado  ministro  dos  lego- 
cios  I  sira!)g"iros  pnr  Luiz  XV. il,  assistiu  ao 
congresso  de  Vienna  ;  assignou  o  trácia  do 
de  Quadrupla  «lança    Deixou  3Iemoriaí. 

TALLiEN  ,  (hist  )  celebre  revolucionário 
francez  nasceu  em  :7ô'.<,  morreu  em  .820. 
Issiguaiou-se  pela  sua  violência  coutra  Luiz 
XV  i  ti  contra  os  Girundinos.  Sustentou  Ma- 
rat  e  Itobespierre. 

Talma  ,  (hist)'  celebre  trágico  francez, 
nasc<  u  era  170J,  morreu  era  IhiiO,  Wapo- 
leào  estimava-o  muito  e  admiltia-o  á  sua 
intimidade. 

Talviont,  (geogr  )  cidade  de  França,  3 
h>guas  a  E.  de  Sabl'"S  ;    3,087    habitantes. 

taLmud,  s,  m.  (liebr.  talmnd,  do  verbo 
lamad,  »nsinar)  livro  q-ie  í'íinl"m  aleiord, 
a  tr«diçno  jiidaica  Existem  varias  collecções 
tnliiiudislicas. 

talmuuista.  5,  m.  (dfs.  islã)  judeu  que 
segue  as  doulrihas  doTalmud. 

TAi.MLDi-Tico,  A,  adj.  concernente,  que 
res},eita  ao  Tdimud. 

talo,  s  m.  ('lo  Lat.  talea)  a  parte  mais 
rija  das  folhas  das  pl-tnlas,  v.  g. — decou- 
Vri  ;  —  da  pahíieira,  o  miollo,  ou  palmi- 
to. 

TALON,  s.  m  (arch  )  um  dos  membros  dos 
capitéis,  prumo  ou  peton. 

TAi.PARiA,  s,  f.  (Lat.  lalpa,  toupeira)  tu- 
mor duro  que  .^e  forma  no  pericr.Nneo. 

TALTUYmuí!,  (hist  )  arauto  d'  gamemnon 
no  cttco  de  Tróia.  O.  S"us  desi^eudentes  ti- 
veram por  muito  tempo  o  privilegio  de  for- 
necerem arautos    a  Sparla. 

TALun,  s.  m  (Fr.  talus)  inclinação  (juo 
se  dá  á  superfície  exterior  do  terreno  ou  do 
muro. 

T*LL'[)0,  A,  adj  (talo.  des  w/o)  que  lan- 
çou e  tem  talo  iijo  Moço  taludo  ,  cresci- 
do. 

TALVEZ,  adv.  [tal  e  vez]  algumas  vezes; 
por  ventura. 
^  TALY     V.    Tolim. 

TaM.  V.    Tão. 

taM-a-la  vez,  adv.  (ant.)  algum  tanto, 
poUcachinho  ;  raras  \eies. 

Tamak,  igeogr  )  dba  fia  Rússia  europea, 
tíUl(«*  o  ui«r  ^eg^u  a  o  mar  U'axoVí 


i 


674 


TAMI 


TiMí 


TAMANCAS,    S.    f.   pi.    TAMANCOS,   *.    m.  pi. 

calçado  rústico  que  em  vez  de  sola  tem  um» 
peça  alta  de  cortiça  ou  de  pau,  para  andar 
pela  lama, 

TAMANDUÁ,  s.  m.  (t.  Brasíl  )  animal  qua- 
drúpede que  tem  a  liugua  mui  longa  «vive 
de  formigas. 

TAMANDUÁ,  (geogr.)  villa  na  província  de 
Minas-Geraes,  no  Brszil,  na  nova  comarca 
do  Hio-Cirande,  cercada  de  vários  ribeiros 
que  dão  origem  ao  rio  Lambori,  20  léguas 
ao  S.  da  villa   de  Pintagui 

TAMxVNnÃo,  adj.  m.  augment.  jocoso  de 
tamanho. 

TAMANHO,  A,  adj.  (de  tão,  e  manho  por 
magno)  tão  grande. 

TAHAisno,  s.  m.  (do  precedente)  grande- 
za, altura. 

TAMANiNO,  A,  adj.  dimiuut.  áe  tamanho, 
pequenino.  Ficar  —  de  alguma  coum,  mui- 
to intimidado,  com  grande  pavor. 

lAMARA,  s.  f.  (do  Arab.  íamar)  fructo  de 
uma  espécie  de  palmeira.   Ucas  [erracs — *, 

TAMAREIRA,  s.  f.  a  palmeira  que  dá  as 
tâmaras. 

TAMAREZ,  adj.  dos2g.  [áes.  ez]  Uva — ,' 
cor  de  tâmara. 

tamargàl,  s.  m,  campo  de  tamarguei- 
ras. 

TAMARGUEiRA,  s.  f.  (i  at,  tamarix]  nome 
do  um  arbusto. 

tamarindos,  s.  íh.  pi.  (do  Arab  tamar 
hendi  que  significa  tâmaras  ou  fructo  da 
índia]  arvore  que  dá  vagem  parda  com  ca- 
roços polposos  agridocfs,  que  se  comem,  e 
usados  na  medicina.  Polpa  de — . 

tamariniieiro,  s.  m   (des.  tiro)  e 

tamarínho,  5.  m.  a  arvore  que  dá  os  ta- 
marindos 

TAMARis,  s,  m.  V.   Tamargneva. 

tamaulipas,  ou  tamaulipan,  (geogr.)  cha- 
mftdo  lambem  Nova  Sanlander,  cstsdo  da 
Conftdoração  Mexicana, entre  os  de  S.  Luiz  de 
WiQú.  de  Pova  irão,  de  Cobahiscla;  H(),0tj0 
habiianíps.  (apitol  Aguayo 

TamDíca,  s.  f.  e 

TanD'.oue,  s  m.  (do  Chin  tombac  ou  tom- 
bagá)  cobre  mui  fino  da  índia. 

Tambaliive,  (gttogr.)  prazo  da  coroa  potlu- 
gueza,  no  distrícío  do  Quilim^ne. 

TAMBAÇA,  (geogr.)  prnso  da  coroa  j>0f1u- 
gupzn,  no  distríclo  de  Si?nna. 

tambarane,  s.  m.  (t.  da  Ásia)  pedra  da 
forma  de  um  ovo  que  certos  sacer^oteis  da 
Asiâ  trazem  ao  pescoço  como  idolo. 

tambeira,  s.  f.  (t  da  Beira,  de  ta  ,  fiofiof 
thálamo)  madrinha  da  noiva  que  á  c<ffttó\iz 
á  tama.  '^  '^'-'^ 

TAMBi:»,  adv  [iam,  doLat.  cííatH, 'ígiíHl'-' 
mente,  «  htm]  junlamefilo  com,  do  mií«»H)o 
põâò,  tntíto  ura  comp  o  Ottlro ;  tgiudraen. 


te  bom.  Nesta  segunda  accepção  tão  bem  é 
melhor  orth. 

tambo,  5.  m.  (corrupto  de  tkalamo.)  (tnt  ) 
thalamo,  leito  nupcial;  solemnidado,  fcstns 
de  voda  ;  banquinha  baixa  em  que  comein 
os  frades  no  refeitório  por  castigo. 

tamboeira  ,  s.  f.  (t.  Brasil  )  a  mandiof^a 
pequena  e  mal  grada ;  a  cana  que  crescpu 
mal 

tambor,  s.  m.  (do  Pers.  tamhur.)cy\i',\- 
dro,  ou  cano  de  madeira  ou  metal  que  tcín 
nas  bocas  um  coiro  pello  tensa  de  carneir>% 
que  ferido  com  banquetas  dá  som  ou  toqui'S 
que  dirigem  a  marcha  e  evoluções  milita- 
res. —  ,0  homem  que  toca  o  tambor,  -i  - 
mór,  o  chefe  do»  tambores  do  regimenlí. 
—  do  relógio,  cylmdro  aberto  por  uma  ca- 
beça onde  está  mettida  a  mola  real.  --  , 
cjlindro  de  ferro  usado  em  engenhos  de  as- 
sucar,  e  em  outras  machinas. 

tamborete,  s.  m.  (Fr.  tabouret.)  eait-i* 
ra  sem  braços  o  sem  <!.spald«r.  —  ,  (naut.) 
peçi-ís  do  taboa  que  fechara  o  mastro  nas 
cobertas  de  cima.  i 

tamboril,  *.  m.  diminuí  de  tambor,  pe*' 
queno   tambor,    que   se  toca  por  festa  nas 
aldeias.  —  ,  nome  de  um  peixe. 

tajíborileira,  *.  f.  mulher  que  t'>ca  t»!0- 
bonl.  * 

tamboríleiro  ,   s.    m.    homem  quo  toca- 
ta mbor 

TAMB0R1LETB  ,  s.  m.  diminut.  de  ta»o- 
boril. 

T/»mbor!M.  V   Tamboril. 

TAMBOV,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  efiro- 
pea,  capital  do  geVerno  deTambov,  lâ7lé  • 
guas  ao  SK.  de  Moscou ;  t2,(M>0  habita n* 
les.  O  g()V(;rnodtí  Tarabové  situado  na  li  115- 
t^irl  europe*}  ,  entre  os  do  Vladimir ,  de 
INignei--5PVogorod  ,  de  Penzo,  de  Saratfv  ; 
1,470,600   habitantes. 

TÂMEGA,  (geogr.)  rio  de  Portugal,  que  n^s- 
ce  na  lifilliza,  na  serra  de  S.  Mamede,  f.er- 
to  de  Síprboy,  corro  para  o  S.  e  enlra  da*- 
hi  a  9  léguas  cm  Portugal,  no  dislricto  de 
Bragança,  onde  rega  o  fértil  e  delicioso  vát- 
le  de  Chaves. 

TOiEiRA     V.    Tambeira. 

tamf:n!)uA,  V.   Tamanduá. 

TAMF.RLAN,  (hisl  )  cujo  verdadêiro  nomo 
Timour- Leng  OM  Timovt-Beyg,  celebre  cofí- 
quislador  liílogol.  nasceu  em  1 180  em  K^'<fc. 
Swccedcu  em  131)0  a  seu  tio  Seitf-Eddytt'. 
VoTfcu  era  O.rar  quando  á  Irente  de  100, (KK) 
Itomens  marchou  contra  a  iWún^  ;  foram  ita- 
íinitas  as  conquistas  de  Tainerlào. 
^' Tahíça,  s.  f.  (doLat  sta)nen.(\r.ste**ia^ 
esfra!|tai\  pa^t^»  filamentosa  do  talo  das  p!au- 
tas  )  cordel  delgado  de  esparto. 
'  TAMiGKiKo,  s  tn.  (doi  cin) .]  o  que  faz  e 
tcndé  tamiças. 


ú  obúi.'' 


\- 


TAIf 


TAl* 


675 


TAMiNi,  *•  f.  (t.  Hrnsil.)  vaso  que  serys 
de  modir  a  pitança  de  farinha  que  se  dis- 
Iribue  aos  negros  escravos ;  a  ração  de  fa- 
rinha diária. 

TAMIS  ,  *.  m.  (Fr.  tamis,  do  Gr.  stxein, 
agitar.)  peneira  do  soda  dplgada,  tapada 
por  cima  e  por  baixo  com  tampos  de  coiro, 
4iara  d«iiar  passar  n  pó  fino  por  baixo,  sem 
o  deixar  voar ;  um  tecido  de  lã 

TAMISA,  (geogr.)  Tawísií  dos  antigos,  Tha- 
tnes  em  inglf^z,  rio  d'lnglatfirra,  é  forma- 
do pela  reunião  de  muitos  rios  pequenos, 
^ae  no  mar   do  florte. 

TamO,  s.  m.  V.  Jhalamo. 

TAMOEiao,  s.  m.  (de  lemào,  des.  eiró.) 
peça  de  coiro  cru  ou  de  madeira,  que  pren- 
de na  canga  ou  canzis,  ou  qtie  prendo  o 
jugo  ao  temão  do  carro  ou  arado ;  a  peça 
de  páu  que  vai  como  tirante  eatre  cada 
junta  de  bois,  ou  que  vai  da  junta  ao  ca- 
beçalho. 

TAWouL,  (geogr.)  iribu  da  famillia  mala- 
bar, habita  o  Kamate,  e  falia  um  idioma 
particular,  cujo  alphabeto  serve  algumas 
vezes  para  escrever  o  sanscrito. 

TAMPA,  s.  f.  (de  tapar.)  peça  com  que  se 
tapa  ou  cobre  vaso  :  —  da  caixa  ,  da  pa- 
nella 

TAMPÃO,  s.  m.  angment.  de  tampa,  tam- 
pa grande. 

TAMPÀozmHO ,  í.  m.  diminut.  do  tam- 
pão. 

TAMPELO,  obsol.  O  barbaro.  V.  lempU- 
rio. 

TAMPicO,  (geogr.)  chamada  tnmbem  Iam- 
pica-de-Tamaulipas  ou  Pu  bio  A^un-o,  ci- 
dade do  México,  100  léguas  ao  N.  de  Vera 
Ouz. 

TAMPÔR,  s  m.  (t.  Asiat.)  licor  espirituo- 
so de  Borneo. 

TAHPOS ,  s.  m.  peça  chata  ou  acha- 
tada de  madeira  que  forma  a  superfície  su- 
perior e  inferior  de  vaso  ou  instrumentos, 
V.  g  — da  rabeca,  rabecão,  viola,  da  pipa. 

TAMSÓMENTE,  adv.  uoicamente. 

TAMCGE ,  s  f.  nome  de  uma  planta  que 
se  dá  em  terras  estéreis. 

TAMUNGO,  s.  m.  (t.  Asial.)  paírSo  da  ri- 
beira, em  Jtíalaca. 

TAM\vo«iTn,  (geogr.)  cidade  d'ínglalerra,  4 
léguas  ao  Si:,  úcheíiell  ;  7,200  habitantes. 

TA^^iA,  (geogr.)  rio  da  Noru*»ga,  separa  o 
Finmark  da  Laponia  russa,  e  laoça-se  no 
Oceano  Glacial  Árctico. 

TANADAR ,  s.  m.  (t.  Asiat.)  official  que 
arrecada  as  rondas  dos  gancares. 

TANADARiA,  s  f.  (t.  /-sial.)  O  oíTicio  do  ta- 
nadar ;  districlo  sujeito  ao  (an;dar. 

TASADO,   A,  adj.  V.   Castanho. 

TAHAGKo,    (geogr,)  «idlflde  da  Beócia,  ao 


TANAIS, 

Don. 


(geogr.)  rio  da  Sarmacia,  hoje  o 
s.  f.   (t.  Brasil.)  formiga  dô 


TANAJURA 

azas. 

TAKAQUIL,  (geogr.)  mulher  da  cidade  de 
Tarquinias,  hábil  na  arte  dos  agouros,  ca- 
sou com  Tarquinio-o-Antigo,  induziu  seu 
I  esposo  a  deixar  a  Etruria  para  se  e?tabel«- 
ceremRoraa,  promettendo-Ihe  que  reinaria 
nesta  cidade,  o  que  com  eíTeito  teve  líJgar 
depois  da  morte  d*Anco  Mareio. 

TANARiVE,  (geogr.)  cidade  da  ilha  de  Ma- 
dagáscar, capital  do  reino  dos  Ocas  ;  50,000 
habitantes. 

TATfARO,  (geogr.)  rio  dos  Estados  Sardos, 
sáe  dos  Apeninos,  o  lança-s«  no  Pó. 

TAiSAZ.  V.  lenaz. 

TANCARViLLE.  (geogr  )  villa  de  França,  7 
léguas  a  E.  dollavre  ;  500  habitante». 

TANCHA,  s.  f.  instrumento  de  pescar. 

TANCHAGFM  ,  í.  f.  {L&i.  plantugo,  inis.) 
herva  medicinal. 

tanchão,  s.  m.  (de  tanchar.)  estaca  de 
arvore  que  se  planta ;  estaca,  esteio  com 
que  se  esteiam  as  parreiras. 

TANCHAR,  «.  o.  (do  Fr.  tencer,  ou  tan- 
cier,  defender,  proteger,  formado  de  t«nir, 
soster,  e  scion,  estaca.)  cravar  em  terra  es- 
taca, tanchão,  dispor,  plantar  estacas. 

TANCHOAL  ,  s.  til.  [ai  des.  collect )  plan- 
I  tacão  de  tancbões  ou  tanchoeiras. 

TANCnoEiRA,  s.  f.  ostaca  de  arvore  limpa 
de  rama,  para  se  plantar ,  v.  g.  de  olivei- 
ra. 

TANCOS,  (geogr.)  vilia  de  Portugal,  O  lé- 
guas ao  iNE.  de  Santarém  ;  700  habitantes. 

TANCHEDO,  (hist.)  pi'incipe  siciliano,  cele- 
bre nas  êruzadas,  nelo  deiioberto  de  Guis- 
card.  Acompanhou  a  primeira  cruzada  em 
I09t),  bateu  os  Gregos  na  passagem  do  Vai*- 
clari,  concorreu  para  a  tomada  de  Tarso; 
as3Ígnal:-u-se  no  cerco  de  Jerusalém,  e  foi 
o  que  primeiro  postou  o  seu  estandarte  nos 
muros  d'csta  cidade;  futidou  o  prittcipíldo 
de  Galilea  na  teberiade.  .NÍõrreuem  Anlicliià 
em  ílU'. 

TANCREDO,  (bist )  coudò  de  Lecce.  Por 
morto  de  Guilherme  H  fez  cora  que  os  Si- 
cilianos o  proclamas^^erri  foi  erti  Vl89.  mas 
fci  atacado  por  Henrique  Vi.  Depois  de  vá- 
rios successos  morreu  em  1194. 

TANOAn,  (geogr)  cidade  da  índia  ingleza, 
8  le^Mjas  a  NO.  do  .VIoutí  iu dabaT). 

tandjaour,  (geogr.)  cidade  da  índia  iu- 
gloza,  90  léguas  a  SU.  de  Madras ;  ;í0,U00  ha- 
bitantes. 

TANFANA,  (m)'th.)  dccsa  gormanica,  tinha 
entre  os  Marsos  um  celebre  templo,  cujos 
sacerdotes  pre<liziam  o  futuro. 

TANGA,  s.  f.  mopda  Asiática  de  diversos 
Yalbreí.  — «  dè  çúniOt  na  Asiáj  shò  btíBáos 


676 


TAN 


TA» 


encabeçados  nas  terr-as  qufi  sobejam  das  vár- 
zeas e  arrematados,  ou  palriian'S  repa;  tidos 
do  mesmo  modo.  — ,  r;a  Ásia  e  no  Brasil, 
pedaço  de  paro  com  que  os  escravos  cobrem 
as  parles  pud  ndas,  qtie  enrolada  na  cintu- 
ra, pendi  como  uma  fcalda. 

Tangado,  a,  p.  p.  de  tangar;  adj  enca- 
cbado.  cingido  com  tanga. 

TANGALANF.,  fgeogr.)  praso  da  coroa  portu- 
gueza,  no  distíicio  dtj  Quilimane. 

TANGANn\o  ou  TANr.i,»viÃo,  S-  m.  0  que 
ven<le  e  traia  em  escríivana  ,  oqueentViía 
as  mercadorias  para  as  reputar  melhor.  V. 
Tangomão. 

TA^GAMIE^RO,  A,  adj.  (t.  usado  no  com- 
mercio  de  escravos  na  costa  de  Africa.  Ne- 
gra — ,  que  tem  os  peitos  caidos^ 

TANGAK,  V.  a.  {lanya,  ar  dfs.  inf.)  en- 
cachar,  cingir  com  tanga. 

JANGARA,  s.  f.  nou-e  de  uma  avcbrasi- 
lica. 

TANGEDOR  ,  s.  m.  O  qiie  tange,  ou  tora. 
tO''ador  de  ifisirumpntws  mubicos.  —  das 
bestas  ,  o  que  as  tange  p&ra  as  excitar  a 
andar. 

tangefolles,  s.  m.  o  homem  que  tan- 
ge OS  folies  de  ferreiro  ;  (iig.)  fallador  de 
devaneios. 

TAGENCUL,  aój.  dos  2  ^í.  (geom.)dH  tan- 
gente. Força — ,  que  se  exerce  na  direcção 
da  tan-zente. 

tangentf,  s.  f.  ou  adj.  f  (Lat.  tarujens, 
ítf,  p.  a.  de  tango,  ere,  tocar  )  linha  per 
pendicular  á  extremidade  d^  raiodocircu 
lo,  que  toca  na  sua  peripberia  sem  a  cor- 
tar. 

tangeis  TE,  adj.  dos  2  g.  (ar»t.)  V.  To- 
ca Mie. 

Tanger,  tj.  a.  (Lat.  ía^gro,  cre.  tocar.)  lo- 
car, V  g. —  instrumentos  músicos,  trom- 
betas, sinos.  —  bestas,  toca-las  p-íra  as  fa- 
zer andar.  — ,  (Iig  e  a^t.)  tocar,  pertencer, 
diíer  respeito. 

tangkRj  (geogr)  cidade  e  porto  tío  impé- 
rio de  Marrocos,  sobre  uma  altura,  41)  lé- 
guas a  S.  de  tez  ;  U.l  (K)  habitantes 

Tangeres,  s.  m.  tocatas,  soadas  de  ins- 
trumentos músicos. 

Tangkkmunde,  ígeogr.)  cidade  da  Trussia 
2  l''gii8s  emeiíaSK.  deSiendal ;  H.Oíí  ha- 
bitantes. 

Tangido,  a.  p.  p  de  tanger  ;  a(//.  tocado, 
A  som  (1«;  sino  — . 

tangimento,  s.  m.  [mento  suíT )  (p.  us.) 
contacto,  ac*o  de  tocar. 

Tangiveí  ,  adj.  dos  2  g.  [Lai.  langibílis.) 
que  se  pode  tí.car,   palpar. 

Tangomào,  s    m.  iioirj' m  que  vai  ao  ser- 
tão   comprar,    ou   nsga lar  escravos    Bento 
Pe"eira  diz  que  c  fuguivo  da  poria. 
TAaitioui,  (geo^r )  ílo^ai,  em  uhiuez,  an- 


tiga região  da  China,  compreen-lia  a  pro- 
víncia á>'  Kan  son,  a  S  ).  da  Mongólia,  o  paiz 
de  Khíiukhounoor,  e  tinha  por  capital  Só- 
tcbeou. 

TANGUEiRO,  s.  wi  (de  tanga,  des  eira.) 
tanga,  esuecie  de  avental.  — ,  a''j  pano — , 
tanga. 

tangul,  s    m.  cobre  de  Berbéria. 

TANGuiiAGUA.  (geogr  )  rio  peruviano  tido 
por  muitos  geogra}dios  pel.)  verdadeiro  fon- 
.anal  do  maior  dos  rios  do  mondo. 

TANfio,  s.  m.  assento  baixo  feito  de  tá- 
bua. 

taNis,  (geogr  )  h^je  Samnah  ou  San  ci- 
dad  ^  moit»  antiga  do  Kgyplo  Inferior,  no 
pequiMií»  di  lia  ao  N  ,  deu  o  seu  nome  ao 
ramo  Tanitito  do  Nilo. 

tanjasno,  s.  m.  ave  que  tem  antipalhia 
com  os  burros 

ta?íjefolles.  V.  langefulles. 

Tanjudo.  V.  Tangido. 

ta^lay,  (gooKr  )  villa  de  França  2  léguas 
e  meia  a  E.  de  Tonerre  ;  65  >  habitantes. 

tanna,  (g<'ogr.)  ilha  da  Polinésia,  uma 
das  inovas  íiebridas. 

taNNay,  (geogr  )  cidade  de  França,  B  lé- 
guas e  meia  aSE  deUamecy  ;  1,3'Jtí  habi- 
tantes 

t»nneberg,  (geogr  )  villa  da  Prússia,  no 
circulo  de  íOtsdam,  p  rio  deTeltow. 

TANÔA,  s  f.  (V.  Tonel)  a  f.^tbrica  de  pi- 
pas ,    e   lonés    para    vinho,    azeiíe ,   agua. 

ta!NOar!a,  e  tanoeiria,  s.  /.  (dtS  ia.) 
bairro  de  tanoeiros. 

tanoeiro,  s.  m.  [tanôa,  des.  ciro.)  o  que 
faz  pipas,  barris,  toneis 

TANQUB,  .<f.  m.  (Fr.  éiang,  do  Lat.  sta- 
gnum.  li'  termo  Asiático  e  Sanscrito  lank] 
re>f'rvatoíio  feito  de  pedra  paa  agua  des- 
tinada a  regar;  r  servatorio  feito  de  ma- 
deira para  conservar  a  agua  nos  navios: 
—  de  azeite  — ,  nos  eng''nhos  de  assucar, 
reservatório  para  o  melaço 

tanquía  ,  s.  f.  medicamento  depilatoio 
feito  de  ouro  piííienta  e  c;il. 

tântalo,  (uyth.)  rei  deSipylo  na  Phry- 
gia,  íiiho  deTruíile,  foi  pai  de  Bronteo,  t'e- 
í^pseiNiobé.  To'nou-s(Midioso  aJujiiternão 
só  pf^lo  rap'o  de  Ganymedes,  como  peia  au- 
dácia de  roubar  o  n-ciar  o  a  ambnísia,  que 
deu  a  prova»  a(.s  morlaes  ;  e  íinalm»'nte  pela 
horrível  experiência  ,  que  ous  »u  fazer  da 
scienc.ia  d-tsdeases,  servindo-lhes  os  mem- 
bros de  seu  íi. lio  IVhtps  curtido  em  pedaços. 
Foi  coudemnado  por  Júpiter  a  ser  n'>s  in- 
fernos constanie  vi-Uima  de  uma  s'de  e  fo- 
rno devoradora,  lendo  ao  pé  <le  si  um  rio 
d'agna  e  toda  a  sorie  de  fructos  sem  lhes 
poder  loiar. 

Ta>tkar.  V.  Tentear. 

Tantiio,  a«  adj.  e  ».  m.  (Lat.  tantillus.) 


tAÍ 


TAP 


677 


pequenino,    pequeno.    Um — ,  tonue  por- 
ção. 

TaNTO,  a,  adj.  (í.at.  tantus.  Tnlvez  do 
Ygypcio  tavso,  mulMplicar,  ou  tfuthôn,  com- 
parar ,  eqinpar«rj  lã')  grande  numero  ou 
quantidade  —  dinheiro  ;  —  genle  ;  —  gndo; 

—  caminho  Era — o  trabalho  que  custava 
vence-lo.  Era  —  a  [ircssa  que  tudo  se  fazia 
confusamrnle.  — ,  substantivado,  ião  grande 
ou  igual  quantidade.  — por — ,  um — .cer- 
ta quíinlia.  Duis,  tres—s,  porções,  quanti- 
dades iguaes.  Outro  — ,  igual  |  orção.  Com- 
prei  jor — ,  por  tal  prfço.  Fex-  lhe  outro 
— ,  subentendendo  damno,  mal. — .tantas 
vezes,  ou  por  !anlo  tempo.  Ajua  molle  era 
pedra  dura  —  dá  até  que  tura,  adagio.  —  fez, 
tantas  cousas.  — ,  adv.  iguahi.ente,  em  igual 
quantidade,  da  mesma  maneira. — um  co- 
mo o  outro.  —  os  nossos  como  os  inimigos 
foram  victimas  do  contagio.  Sentimos  —  a 
perda  do  amigo.  Em  —  ,  em  tào  grande 
quantidade,  em  tanto  modo,  a  tal  ponto. 
«  E  vós  cujo  valor  em  —  excede.  »  Km  tan- 
to que.  — ,  (p.  us.)  tão  :  «....  em  cotíHIcios 

—  extraordinariíis  »  Mousinho.  «  Rela rr  pa- 
gos—  fulminantes.  »  Can  õe».  — é  verdade, 
é  verdade  a  tal  ponto,  ou  em  tal  grau.  —  qve, 
logo  que   Com  —  que,  com  tal  condição  que. 

TANTON  ou  TAiSTAH ,  (^cogr.)  cidadc  do 
Baixo-Egypto  ;  9  léguas  a  N.  de  Menouf. 

TÃO  ,  adv.  con,paratif:o  (do  1  at,  tam.) 
tanto,  em  Ião  grande  ou  em  tal  grau,  quan- 
tidade. Era  —  alto,  —  forte,  —  tão  valente. 
Foi  -  afortunado  que  não  teve  inimigos. 
Era  —  bem  feito,  parecido. 

TAO,  (hist,)  ura  dos  nomes  do  Ser  supre- 
mo entre  oCbinfis:  é  a  lei  suprema  consi- 
derada ccmo  regendo  a  natureza,  a  lei,  há- 
"se  o  nome  deTao-Tsée  aumaseila  funda- 
da no  VI  século  antes  de  Jesu-Chiisto,  por 
Lao-Tséu. 

TACQUES  ,  (geogr.)  povo  da  Arménia  ao 
NO.,  tentou  oppôr-se  á  passagem  dos  Dez 
mil. 

TAORMiifA,  (geogr  )  cidade  da  Sicilia,  so- 
bre o  Mediterrâneo  ;  il2  légua  a  SO.  de  Mes- 
sina. 

TAOVKBAH,  (geogr.)  cirade  murada  da 
Barbaria,  7  léguas  e  meia  a  SO.  de  Tolo- 
meta. 

TAPA,  *.  /  (de  tapar.)  a  primeira  das  qua- 
tro partes,  de  que  consta  o  casco  das  bes- 
tas; na  artilharia,  a  peça  com  que  se  tapa 
a  boca  do  canhão  cu  pedreiro. 

lapa,  Moraes  diz  que  sigi;illca  bofetada 
e  que  é  n  asculinoou  tcminino,  tim  oui/ma 
tapa,  e  rjunta  que  daqui  vem  tapa  boca, 
Io/a  olho.  h ao  dá  autoridade,  ^e  o  termo 
existe  em  autor  clássico,  vem  do  Fr.  tape, 
e  taper. 

TAPACORA,  (geogr.)  serra  da  província  do 
VQI..  nr. 


Pio-de-Janciro,  ro  districtn  da  villa  d'Ita- 
borahi,  perto  dos  ribeiros  a'Aldeia  e  Iguá. 

TAPADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  í.áe  topa- 
do.) c^rca  de  arvore  e  mata  onde  se  cria 
ca<;a. 

TAPADO,  A,  p.  p.  de  lap.ir  ;  at/J.  coberto 
com  lampa,  Ispadctr.  rolha,  etc.  Pano  —  , 
de  tecido  bem  cerrado,  não  ralo.  Mulher 
—  ,  (»í\l )  embuçada  em  capa. — ,  (ant.) 
impervia  ao  coito. 

TAPADou,  s.  m.  e  TAPADOURA,  í.  f  peça 
de  tapar,  tampa  ;  testo  do  panella. 

TAPADouRO,  s  m.  peça  do  coche  que  es- 
tá naponia  do  eixo  e  sáe  fora  da  roda. 

TApADLRA,  s  f.  acção  de  tapar;  valla- 
do,  tájiigo,  sebe,  muro,  cerca  de  quinta. 

TAPA-KMBORNAEs,  s  m.  (uf^ut  )  p-  ças  de 
coiro  que  tapam  fs  embornaes  por  fora,  pa- 
ra nho  entrarem  por  elles  as  ondas. 

tapagem,  s  f.  tápigo,  tapume,  cerca  de 
quinia,  hnii.q,  fazenda,  cerca  'e  defensão 
m  litar ;  a  que  se  faz  com  varinhas  nos  rios 
[)ara  apanhar  o  peixe. 

TAP/ JÓs, 'geogr  J  grande  rio  da  província 
da  Pará,  no  Brazil,  aílluente  do  das  Ama- 
zonas. 

TAPAMENTO,  s.  wi.  [mento  suíT.)  (p.  us.) 
tápigo,  lapurrie,  cerca  de  sebe.  Parede  de 
— ,  a  que  separa  os  quartos  de  uma  casa. 
lijolo  de  —  ,  próprio  para  construir  essas 
paredes. 

TAPAK,  V.  a.  (do  Arab.  táhhacca,  tapar, 
cobrir.)  cobrir  com  tampa,  tapadoura,  ou 
lolha  ;  cercar  crm  sebe,  taipa,  muro  ou  pa- 
rede ;  cobrir,  tolher  a  entrada,  v:  g.  —  os 
olhes,  cobri-lus  para  não  ver  os  objectos ; 
(fig.)  desatlcnder..  v.  g.  —  ao  [>erigo.  — os 
cutidcs,  para  não  ouvir.  —  a  fenda,  o  bu- 
fão., cerrar,  entupir.  —  a  boca  a  alguém, 
(fig.)  fazer  calar,  intimidando,  ou  corrom- 
pendo com  peitas. 

TAPEÇARIA,  s.  f.  (do  Veis.  tapça :  Gr,  e 
Lat.  ífl/es)  pannos  da  armação  das  paredes 
de  casas,  e  de  cobrir  os  sobrados  ;  colga- 
duras,  tapetes:  (fig.)  a  relva  e  flores  que 
cobrem  o  prado 

TAPECEiBO,  s.  m.  o  quB  faz  ou  estende 
tapeies,  pannos  de  Arras;  o  que  os  ven- 
de. 

TAPECERiA.  V.   Tapeçaria. 

TAPERA,  s.  f.  (t.  brasil.)  quinta  ou  fazen- 
da que  depois  de  cultivada  foi  abandonada 
e  se  et  brio  de  maio. 

íapes,  (geogr  )  grande  serrada  p  ovincía 
de  Sào-l*edro-do-ltio-Grande,  no  trazil. 

tapítar.  V.  Tcpizar,  mais  usado. 

lAptiF,  *.  m.  (00  ters.  taph  ou  tapça, 
d'cTide  vem  o  Lai.  ío/<:.«,  lin,  eour.  akalí- 
fa)  fcli atila  de  cobrir  o  solho,  o  sobrado  da 
cȒ8,  escada,  bfcncos,  ele. 

tapuias  ou  TALEBoiLES,  (geogf.J   DCque- 

t7a 


\ 


«7« 


TAQ 


TAR 


nas  ilhas  do  mar  Jqaio,  entre  a  Achaia  e 
J-eucade,  assim  chamados  de  Taphio  e  Te- 
íebeas,  que  nellas  reinaram. 

TAPHíios,  (geogr.)  cidade  do  Chersoneso 
Taurico  hoje  Perokop. 

TAriGO,  s.  m.  (V.  Tapume)  sebe  de  mato 
trava do^  tapume.  —  das  boccas  das  mas, 
Iranqireira,  estacada  para  tolher  o  passo  ao 
inimigo.  Tapigoyfin  no  Elucidário,  que  in- 
terpreta :  tomadia  das  terras  dos  concelhos 
e  cila  1  passagpm  seguinte:  «juizes  para 
tomarem  conhecimento  dos  estimos  e  — s.  » 
pião  vejo  nesta  citação  o  menor  fundamen- 
to sobre  que  se  possa  estribar  a  accepção 
i't  tomadia 

TAPIOCA,  s.  f.  (t.  Brasil.)  bolo  feito  da  fa- 
rinha de  mandioca  meio  secca  cozido  no  for- 
no. 

TAPiRAPOAN,  (geogp.)  serra  da  província 
de  Mato-Grosso,  no  Brazil  e  ramo  da  cor- 
dilheira dos  Taricis. 

TAPíRUVA,  (geogr.  serra  da  provincia  de 
Santa-Cathariua,  no  fírazil,  na  extremidade 
fepteteutrionalda  lagoa  appelidada  Laguna. 

TAPiz,  s.  m.{áoVen.  tapça,  tap  ou.  taph, 
alcatifa  (ant  )  colgadura,  tapeçaria,  tajpeie: 
—  das  paredes,  dos  estrados,  bancas.  Ima- 
gens tecidas  nos  tapizes. 

TAPiZADO,  A,  p.  p.  de  tapizar ;  adj.  co- 
berto, ornado  de  tapizes.  A  floresta  de  ver- 
de— ,  de  relva. 

TAPIZAR,  V  a.  (íapiz,  ar  des.  inf.)  cobrir, 
í)fnar  de  tapizes  :  —  o  pavimento,  sobrado, 
estiado,  paredes,  escadas.  — ,  (íig.)  a  pri- 
mavera-tójoúa  os  prados.  A  relva  tapiza  o 
prado. 

TAPONA,  s.  f.  [áoVr.  taper,  dar  pancada) 
(famil )  p?neada,    golpe  forte  que  contun- 

TAPROBANA,  (geogr.)  antigo  nome  da  ilha 
de  <^t»y!ão. 

TAi>T/,  (geogr.)  Goaris,  rix)  da  índia,  nas- 
ce nos  montes  do  Gaudanoua,  lança-se  no 
njai"  das  índias,  no  golpho  de  Cambaya. 

TAPULiio,  *  í».  peça  com  que  se  tapa, 
rolha,  etc. 

TAPUME,  s.  m.  (de  tapar)  tapigo,  sthe, 
Viailado  ãã  quinta,   ou  pícdio  rústico. 

TAPiiYAS,  (geogr.)  nação  d'indios,  tronco 
de  numerosas  tribus  derramadas  por  varias 
provincias  do  Brazil,  principalmente  pelas 
Aq  ^iaranhão  e  do  Ceará. 

'TAPUY15,  (g»'0{,'r.)  serra  G'-nsideravel  da  pro- 
vincia de  Ceará,  no  Brazil,  arredada  domar 
no  districto  da  villa  do  Sobral. 

taQUaíia»  *.  /.  (l.  Crasil.)  canna  ,gr«jssa 
do  IJ.ríusil,  latKíca.  —  jaçú,  alta,  de  muitas 
yaras.,  grossii  e  solida,  corn, cujo  cuco  osin- 
^,igG>nas  guisam  comer. 

TAQUARA  ou  antCS  TAQUARAL,,*'.  >».    (t  Dr«- 


TAQUARAL,  (googr.)  scrra  da  provincia  de 
Matto-Grosso,  no  Brazil,  districto  da  ci4a- 
de  de  Cuiabá. 

TAQUARATiNGA,  (geogr.)  sorra  da  provin- 
cia de  Pernambuco,  no  Brazil,  districto  dp 
Limoeiro. 

TAQUARí,  (geogr.)  rio  da  provincia  de  Ma- 
to Grosso,  no  Brazil,  que  serve  para  a  nave- 
garão entre  a  cidade  de  Cuiabá  e  a  de  São - 
Fauio. 

TaQUIgraphia    "V.  Tachygraphia,  etc. 

TAR,  (geogr.)  rio  dos  Eslados-Unidos,  nas- 
ce ao  Nu.  d'Onford,  e  lança-se  com  o  no- 
me de  Pambico  na  bahia  dePambioo. 

TARA,  s.  f  (do  Arab.  tahara,  abatimento, 
desconto)  (t.  de  alfandegas)  abatimento  que 
se  dá  por  estimativa  ao  peso  de  algum  gé- 
nero, em  razão  da  caixa,  saco  ou  de  outra 
capa  cm  que  vai  metido,  f).  g  a  —  das 
caixas  de  açúcar,  das  sacas  de  café.  — ,  fa- 
lha, V  g.  — da  moeda  safada  ;  (fig.)  as  — í 
da  natureza  humana. 

TAnA,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  asiática, 
a  meia  légua  do  Irtyche;  6,000   habitantes. 

TARABELHO,  s.  í».  (diui.  do  Lat.  trãbs,  tra- 
ve) peça  de  madeira  que  tem  a  cabeça  em- 
bebida na  corda  da  serra,  e  serve  de  a  ar- 
rochar e  apertar. 

TAKACí^NA   ou    TAREGESA,   S.    f     [áô    Arab. 

darsenaoutarçana,  dar,  casa,  esena,  obra) 
T.    Tercena. 

TARADO,  A,  p.  p.  de  tarar;  adj.  pesaJo 
para  se  abater  no  peso  ;  cuja  tara  se  mar- 
cou na  r^ixa,  saca,  eíc. 

TAnA!5E,  (hist )  patriarcha  de  Constcnti- 
nopla,  nasceu  em  Silli,  recuzou  por  mui- 
to tempo  esta  dignidade,  e  íó  cedeu  ás  ins- 
tancias da  imperatriz  Irene  Fez  conderiinar 
os  Iconoclastes  no  2  '^  concilio  de  Mcea. 
Deixou  Epistolas. 

TARALHÃo,  s.  w  (em  Fr.  ortolan]  ave  vul- 
gar ;  (fig  )  pessoa  mui  gárrula.  Mettcr-sea 
— ,  entremetiex-se  onde  o  não  chumara^  fa- 
zer-se  faceto. 

tarambola.  s.  f.  ave  vulgar. 

TARAMBOTR,  s.  m.  (chul.)  musíca  de  .vo- 
zes instrumentos. 

TARAMELA  ou  TtíAMELA,  S.  f.  |V0Z  imita- 
tiva) peça  do  madeira  cravada  em  um  prego 
onde  se  volve  para  se  embi  ber  cm  aiguíja 
buraco  ou  atravessar  os  balenles  do  jvorta 
ou  cancela.  Nos  moinhos  é  taboa  pcnienle 
sobre  a  ioda,  que  »ôa  em  quanto  a  roda 
gyra.  Dar  á  —  ,  (íig  )  fallar  muito,  pai- 
rar, 

TARAMELADO    OU     TARAliELEADO,    A,    />.?». 

«Je  taramelar^  ou  tarantelear :  adj.  que  deu 
milito  á  taramela.  Serão  muito — ,  em  que 
ive  ileii  muito  á  taramela. 

TARAMELAR  OU  TARAMELCAB,  V.   tt.  OU  », 

dar  Á  it&ramejla,  («Uar  muito. 


TAtl 


TAU 


tro 


tARAip^NTÃo,  s.  m.  (voz  i[iiila1iv*a)  som 
do  tambor. 

taranco.n,  (geogr.)  cidade  do  llespaalia, 
10  léguas  a  NE.   d'OcHgna  ^^,170  habitan- 

TARANTAisE,  (geogr.)  proviíiCLi  dos  iCsta • 
dcrs  Sardos,  entre  os  do  Faiicigny  «oN.,  de 
Aoste  a  !í.,  de  Maurienne  ajS.  enO..  e  a 
ijaboya-superior  ao  NO.  ;  40,000  hsbilaii- 
los.  Capital  Sonliers. 

TARANtA,  e  tauaHtula,  í  f.  (Lat.  ta- 
rântula, d*  Tarento.)  aranha  que  os  anti- 
gos suppnnham  sor  venenosa,  e  cnj*i  mor- 
dedura se  cria  excitar  movimentos  convul- 
•siVos  que  cediam  á  musica. 

TAU  iH,  v>.  a.  [Iara,  ar  des.  inf.)  pesara 
ririsia,  sBco  on  outr.i  capa  de  géneros  para 
pbaler  o  peso  delia  do  da  fazenda  encerrtt- 
diat  marcttt  o  peso  da  tara  na  cai^n^lico, 
ídrd.>,  elG. 

"íARARE,  (geogr.)  cidade  de  França,  7  lé- 
guas aSO.  de  Ville-Franche ;  7,760  habi- 
tantes. 

TARASAí<iA.  V.  Tereena. 

iíAHAsCA,  s.  f  (chulf>)  espada  velha.  —, 
miilbe'r  feia  -e  de  máa^enio. 

TARAscoN,  (geogr.)  cidade  de  França,  4 
■léguas  ao  M.  d'ifles;  10,774  habitanies. 

TAUASCON-soBftK-o-AuiEGii,  (geogr.)  cida^ 
Ae  dí  França,  4  léguas  ao  6.  de  i"'oix  ;  ! ,  70 
liahitantts. 

TARAZONA,  (geogr.)  cidade  de  lllspânha, 
20  léguas  a  NO.  de  Saragoça  ;  iO.OOJ  habi- 
lanles. 

TARAZONA  DE  LA  MANCHA,  (gcogr.)  cldadc 
de  llispanha,  12  léguas  a  t.  de  S.  Clemente  ; 
0,800  habitantes. 

•raRCENA.  V.  lercena. 

TARDADA    V.   Tardança. 

tardador,  «.  m.  homem  tardo,  detenço- 
so,  vagaroso. — ,  adj.  que  tarda,  sedemo- 
W,  detêm,  vagaroso. 

taRDameiite  ,  adv.  [mente  suff.)  de  va- 
gar, lentamente,  com  tardança. 

tardamento  ,  s.  m.  (ant.)  V.  Demora  . 
far^lança,  Detença. 

TARDANÇA  ,  s.  f.  (dcs.  tttiça  que  denota 
continuação)  detença,  de  níora  ;  o  acto  de 
tardar, 

TABDÃo  ,  adj.  m.  V.  Túrdador,  Deten- 
coso. 

TARDAR  ,  V.  a.  ou  11.  (Lat.  fardo,  are.) 
demorar-se,  deter-se,  vir  tarde ;  haver-se 
com  tardança;  soíTrer,  ter  demora.  Tari^iwi 
os  convidados.  'íardou  irttiito  o  correio,  a 
noticia. — ,  (p.  lis.)  retardar,  idemor.^r,  es- 
paçar. «  Se  Deus  tarda  o  castigo,  »  diítiio- 
íia.  loulo. 

TARDE,  s.  f  (do  adv.  L.^t.  íârrfJ.)  o  tem- 
po do  dia  que  vai  dó  Uicio  dia  alé  á  nòfte. 

TARDE,  attv.  (Lat.  tarde,  de  tardus,  tar- 


do, tardio,  quo  se  demora.)  passado  o  totn- 
po  l'm  que  devia  vir,  acontecer,  chegar. 
Cliôgir  — ,  e  a  raás  horas  De  —  em  ~  (sub- 
stantivado), de  longe  a  loiíg^i.  —  conhecido, 
recompjnsado.  —  ou  cedo  temos  de  mor- 
rer 

TARDEiRo.  V.  Tardio. 

TARDSZA,  »  f.  (Lat.  íar^irèí  )  falia  de  di- 
ligencia, disposição  tat.da. 

TARDiAMíNTE,  ttdv.  (^fnfgsufT.)  cotti  tar- 
dança, tardo,  passado  ^0  'letbp-í  devido,  op- 
poriuno. 

TAHDiARADO,  'A,  adj.  (poôl )  quoandadc 
vagar    A  —  preguiça. 

TAiinijUMENTo.  f.  m.  juttiento  que  ahd'a 
muito  de  devagar, 

TARDiNiiKiRAHKNTE,  adv .  Y .  Tardamente, 
Vagarosamente. 

TAUDiíSHEiRO.  V.  Tavãonho. 

^-•^RDio,  A,  adj.  (Lat.  tardus,  d^s.  io)  se- 
Todio,  que  vem  passado  o  tempo  ordinário 
ou  opportuno  Aviso  —  —  arrependimento 
Filho  —  ,  que  nasce  ao  pai  já  velho.  —  , 
que  se  move  vagarosamente.  Rio  —,  pouco 
rápido.  — ,  detençoso,  delongado,  \iagem—  . 
Pleito  — .  — ,  tardo  em  resolver-se,  cm  de- 
Gidir-se,  em  executar,  em  aprender,  crer. 

TAíiDissiMAMíTNTE,  ttãp,  supcrl  áo  i:rrW-- 
mente. 

TARD  :,siHo,  'A,  ali.  "sn^Ul  de  tardo, 
mui  tardo,  detençoso. 

TAivDBsiM),  A,  adv.  supcflat.  do  laTtle; 
adv.  mui  tarde. 

TARDO,  A,  ttrf;.'(Lat.  tardus,  cuja  origem 
não  encontro  nOs  lexicographos.  Inclino  « 
crer  que  vem  de  traho,  ere^  arrastar,  pu- 
xar, e  arduus.  ardno,  .uífioil),  vagaroso,  que 
anda  e  faz  tudo  de  vagar,  inerte,  pouco  acti- 
vo ,'v.g.—'  em  perceber,  que  percebe  cofín 
difficuldade.  A   —  velhice. 

TA  DÔA,  des.   f.  de  trjYdào,  aídj. 

TARDONno,  A,  adj.  [(\irdo^  des.  onho], 
tartío,  tardio. 

TARDOZ,  s.  f.  "apgtHc  da  pedra  de  canta- 
ria que  se  dei^xa  tosca  por  4icaT  dentro  da 
pare  !e 

TARfCENA.  V.   Tercena. 
I      i'ARKcos,  s.m  fl.  {talvez  do  Fr.  ant.  írâíí, 
I  bjg^gfm),  Ir-stes  velhos  ti e  pouco  v.-^lor. 

takefa,  s.  f.  (^o'Cast.  tarca.  Bluteau 
deriva  tarefa,  dol.U.  '.i.rc.here  jiensum,  fiar 
lã  ;  se  dissesse  traherc  ou  lorquitre  filiurn, 
fiar  oii  torce  o  fio,  iij.us  plausível  seria ; 
nnas  eu  creio  qut)  vò'.!i  'do  Ar^).  tarifou, 
fim,  extremidade) ,  ettjprerfa'í'ía  ,  trabalho  , 
obra  quxí  se  d«ve  ssc^ljar  denlro  de  cert  >  tem- 
po, fios  engenhos  de  assucar  é  a  porção  de 
ca'nna  quo  se  tiioe  em  Umidia,  e  —  redon- 
da, aquella  em  que  senão  [»erde  melladu- 
ra.  — de  azeite,  'o  vffsò  para  ortde  co'ri:e  o 
azeite 'e  aaguíi  ruça  das  céiras,  e  oníe 'se 

170  , 


I 


680 


TAR 


TAR 


separara  um  dooutro.  — ,  ffig  )  qualqa  t  tra- 
oalho  rural,  ruanusl,  lilterarso,  que  se  faz 
por  obrijí«^ào  ou  voluntária  mento. 

taheca,  s.  m.  o  que  negoceia  era  tarr- 
cos. 

taRígtcageh,  s    f  o  npgociar em  tarecos, 

TAREiFA,  s  /".  (t.  Brazil),  piixe  do  Brazil; 
V,  g.  —  do  altn.  e  —  do  rio, 

TARGETA.  V.   Tarjeta. 

T^RGO  ou  TARGUM,  s.  wi,  (voz  Ilcbr.  tar- 
gum  que  significa  expiicnçao,  commentario), 
íraducção,  |iaraphrasee  conomenlarioschal- 
daicos  Sfibre  o  texto  hebraico  Ma  Biblia. 

TARIFA,  s.  f.  ( ío  Arab.  taril,  conheci- 
mento,  do  verbo  arafa,  que.  na  i."  con- 
jugação ,  significa  fazer  certo,  significar), 
pauta  ;  v.  g.  —  da  alfandega,  paula  dos 
direitos  de  entradfi  e  sabida  de  mercadorias. 

TARiG,  5.  m.  (Arab.  tarikh  ou  tari{,h, 
época,  chronica  :  deriv.  do  verbo  urrakha 
ou  itarrogha^  escrevíT,  tiotar,  fazer  assen- 
to do  qne  se  passa),  historia  da  vida  dos  ca- 
lifas s  liicessores  do  Mahoii.et. 

TARiMA,  s  f.  (voz  fersica,  estrado  de  ma- 
deira, á  semelhança  de  leito),  estrado  alca- 
tifado que  se  põe  debaixo  do  doc<d  ;  estra- 
do alio  em  que  os  soldados  dormem  nos 
quartéis  e  corpos  de  guarda. 

TARIMBA,  s.  /".hoje  mais  u^ado  que  O  pre- 
cedente na  segunda  accepção  de  tarima. 

TABJA,  s  f.  (do  Fr.  targe,  queoselymo- 
logià«as  derivam  do  Lat.  lergum,  costas,  e 
broquel  de  coiro  ;  outros  do  Gr.  thureos,  es- 
cudo, ou  do  Arab.  dnrca^  targha,  adarga, 
bruquel;  de  teroz,  orla  do  vestido),  bru- 
quel  grande  usado  antigamenie  ;  peça  de 
pintura  ou  esculptura  com  lalha,  de  ordi- 
nário reprrsen*ando  flores,  raorioi,  festoes, 
que  cercím  um  claro  onde  vai  um  tscudo 
de  armas,  mscripção  ou  cousa  senelhante. 

xARjtTA,  s.  f.  diminuí,  de  taga. 

tArpeiha.  V.   Trapeira. 

i-^fiRAÇAnA,  X.  /.  (chul.)  grande  porção. 
Uma  —  de  vinho,  que  bebemos. 

TARBACnA,  s.  f.  àoGr.  terein,  ou  toreuô, 
furar)  pngo  roliço,  que  da  ponla  até  ao  meio 
é  lavrado  em  quina  viva  es{)irnl,  para  se  em- 
beber no  vão  correspcndente  da  porca  e 
prender  nilla.  Parafvso  de  — ,  que  tem  a 
ponla  lavrada  em  espiral. 

TAnBACHAR.  V,  Aiarrachar. 

TARFACiNE    V.   Tercena 

tArrafa,  s.  /.  (Arab.  rede  de  arrastar) 
rede  com  que  pesca  um  hom^m  só  ;  6  re- 
donda com  pesí»s  á  borda  :  lança-se  de  pan- 
ca('a  e  c/5e  abeita,  tem  no  meio  uma  corda 
por  onde  se  tira,  e  íjíh  fe<hada  com  o  pei- 
xe dentro ;  i^íig.  e  chulo)  capa  rota  e  ve- 
lha. 

tareafah  ou  tarrafear,  V,  a  ou  n.  [tar- 
rafa^  ar  des.  inl.)  pescar  com  larrafa. 


TABBANQuiM  ,  í.  m.  (t.  Asiat.)  embarca* 
ção  da  Ásia. 

tarramez.  V.   Terrantez, 

tArhataN,  s.  f.  ave  vulgar 

TARr.AxA  e  TARKAiAR.  V.  Tarracku,  Tar  • 
rachar. 

tahrazborraz,  adv.  (pleb&u)sem  orden), 
confusamente. 

TAUREiRA.  V.  Tareira. 

TAHRO,  s.  m.  (do  Gr.  tarsos,  Att.  íarrof, 
vaso  em  que  se  põe  algum  li(juido  pa?  i 
coalhar)  vaso  em  que  os  pastores  recolhe  u 
o  leite  em  qa.mto  o  vão  ordenhando. 

TARSO,  s.  m.  (Lat,  larsus,  do (\r.  tarsos, 
grade  ]  (anal.)  os  oito-cssos  que  formara  a 
planta  e  peito  do  pé;  cartilagem  que  ter- 
mina as  pálpebras  e  donde  nascem  as  pes- 
tanas. 

TARTAGo.  s.  w.  (do  Gr.  íuro<),  fazef  coft- 
Ihar.)  herva  liteira. 

TARTA.\ItíLEAR  ,     V.     O,     OU    H.     V.    TarLl- 

muiiear. 

taRtamelo.  V,  Tartamudo. 

TARTAMUiJFAR,  V.  ã  OU  n.  (voz  imitativ?) 
balbuciar,  tremer  a  falia  de  medoou  sustj. 

TARTAMUDO,  A,  adj .  (voz  imitaliva)  qiu 
gagueja,  balbucia. 

TARTANA  s.  f.  (do  Arab.  tarn  ,  mastro, 
e  tan  Ou  lana,  navio.)  embarcação  pequ3- 
na  de  um  mastro  usada  no  Mediterrâneo  ; 
anda  a  remo  e  com  vela  latina. 

TARTARANÉTA  ,  s.  f.  tcrceira  nela,  nela 
em  terceiro  giáU; 

TARTARANÉTO,  í.  w»  tefcciro  neto,  net) 
em  terceiro  grau.  —  ,  a,  é  mais  conform* 
ao  Castelhano  taía,  nome  que  os  menincs 
dão  ao  pai. 

TARTARANHA,  s-ff.  ave  de  caçar  edeia* 
pina. 

TARTABATsnA ,  s.  f.  barco  de  pescar  a  > 
Tejo.  Talvrz  de  Tartana. 

TARTARANHÃo,  s.  w.  O  macho  dd  tarla- 
ranha. 

TARTAREAR,  c.  n.  (t.  fam.),  taramelar, 
fallar  tártaro  ou  linguagem   inintelligivel. 

TARTARto,  A.  adj.  (Lat.  tartareus),  J(» 
tártaro,  infernal. 

tartarico,  a.  adj.  V.    Tartareo. 

xA^TAR•co,  adj.  m  [\.  chim  ),  Acido  - -, 
que  contem  porção  maior  de  oxygenii) 
que  o  tartaroso.  Os  seus  saes  se  denond  • 
nam  lartrates. 

taRTarísado,  a,  adj,  (t.  pharm.),  emc.ui 
entra  sal  tártaro. 

TÁRTARO,  s.  m.  (Lat  tartarus,  do  <ir. 
íár'aios,  rad.  tarassô,  perturbar),  (t.  poel.), 
O  infi-rno 

TAHTABO,  s    m.  (do  Fr.  tarire,  do  S.m 
teart,  acido),  sal  de  tártaro  ou  sal   tsrt*»r  » 
que  se  forma  no  vinho.  Uoje   denomin? -Sí 
tarlrale  de  pota^sa,  e  se  pega  ao  inteiior 


TAR 


TAT 


681 


das  vasilhas ;  sarro  do  vinho.  Crystaes,  cre- 
mor  do — .  — dos  dentes,  sarro  que  se  for- 
ma nos  dentes  junto  ás  gen^^ivas. 

TARTARiA,  (gcogr.)  região  assitti  chamada 
dos  Tártaros  seus  habilanlos,  nome  vago, 
que  na  linguagem  dos  antigos  geographos 
compreendia,  na  Ásia:  i  ^  n  ^ihe^ia;  2* 
todas  as  possessões  chinezíis  fora  da  China, 
excepto  o  Thibet,  o  Benlan,  a  Coréa,  3.*  o 
Turk^stan  indepondenle. 

TÁRTARO,  A,  adj.áe  Tnrtaria  ou  Talaria. 
Os  Tártaros  óu  Tátaros,  subst.,  os  habi- 
tantes da  Tarlaria. 

Tártaro  ou  tatabo.  V.  Gago,  Tátaro. 

TÁRTARO  (myth  )  segundo  os  Gregos  e  os 
Romanos  era  a  prirte  do  inferno  oceupada 
pelos  condemnados,  tinhxpor  limito  o  Phle- 
gethon. 

tartaro,  (geogr.)  rio  do  reino  Lombar- 
do-Veneziano,  nasce  perto  do  lago  de  Gar- 
da,  communica  com  o  Tó  ooAdige  por  di- 
versos canaes,  ecae  no  Adrialico. 

tártaros,  (geogr.)  povo  originário  do  Tur- 
k*>stan  independente,  e  quo  parece  confun- 
dir-se  com  os  Turdos,  d(  u  o  seu  nome  á  par- 
te central  do  Ásia. 

tartaroso,  a,  adj.  rr.  .Acido — ,  (chim.) 
que  contém  a  menor  por<^rio  de  oxygeneo. 
Os  seus  saes  se  denominam  tartrites. 

tartaruga,  s.  f.  (Fr.  torlue,  do  Lat.  tor- 
ta ruga,  ruga  tortuosa.)  animal  amphibio 
de  concha  e  de  quatro  [és  terminados  por 
dedos,  quasi  todos  providos  de  unhas.  Tam- 
bém ha  tartarugas  que  \\\em  sempre  na 
terra;  (fig.)  a  concha  dí- que  se  fazem  pen- 
tes, bocetas,  ete.  —  do  Aemtejo,  (t.  joco- 
so) cornos  de  boi. 

tartaruga,  s.  m.  (t.  chulo)  homem  ve- 
lho, jebo. 

TARTAS,  (geogr-)  cidade  de  França,  5  lé- 
guas ao  SO.  de  S.  Sever ;  2,785  habitan- 
tes. 

TARTERON,  (bíst.)  josuita  frauccz,  nasceu 
em  161j4,  morreu  em  1720.  Deixou  traduc- 
ções  d' Horácio  e  de  Juvenal. 

TARTEssE,  (geogr.)   Tãrtesius,  \\h<\  e  cida- 
de de  Hispanha  antiga,  segundo  os  PVifr.i- 
•cios  parece  ter  sido  situada  na  emb 
do  Betis.  Era  alli  que  os  Phenicios  i; 
car  o  ouro  para  o  levarem  para  o  (- 

TARTiNi,  (hist.)  celebre  musico  iLuiaiio, 
naíceu  em  Itiy?,  morreu  em  1770  Deixou 
um  Trartado  de  musica.  E  celebre  uma  Se- 
renata, que  compoz  n'ura  sonho. 

TAKUGADO,  A,  p.  p.  de  tarugar  j  aí/;,  se- 
gurado com  tarugo. 

TAhLGAR,  V.  a.  [tarugo,  ar  des.  inf.)  se- 
gurar coríi  farugir 

TAHLGO,  s.  fíi.  (niPsma  nr*gf'm  que  tar- 
racha  )  terno,  ]'fégo  de  páu. 

TARLMU,   (gecgr.)  tribu  d'indiosda  Guie- 

VOL.    IV. 


na  brazileira.  Vivem  nas  margens  do  rio 
Negro,  ese  acham  misturados  comosAroa- 
quis,  na  povoação  d'Airão, 

TARvisiuM,  (geogr.)  cidade  de  Veneza  ho- 
je Treviso. 

TARYis,  (geogr.)  viiia  dos  Estados-Aus- 
triacos,  7  léguas  ao  SO.  de  Villach 

tascante,  adj  dos  2  g.  (des.  do  p  a. 
Lat  oin  ans ,  tis.)  que  lasquinha ;  \ne 
tasca. 

TASCAR,  V.  o.  (talvez  do  Ingl.  íusk,  Sa- 
xonio  tax,  dente  de  javali.  Em  Cast.  taS' 
car  é  roer,  quebrar  com  os  dentes  a  herva) 
tasquinhar,  separar  a  estopa  grossa  do  li* 
nho. —  o  cavallo,  o  freio,  morde-lo  entre 
os  dentes  — o  javali  escuma,  lança-la  da 
boca  rangendo  os  dentes. 

TASCO  ,  s.  m.  (de  iascar.)  estopa  grossa 
que  se  separa  do  linho  com  a  espadelh 

tasman,  (hist.)  celebre  navegante  hollan- 
dez,  nasceu  em  i6();K  Descobriu  o  paiz  a 
que  pôz  o  nome  de  Terra  de  Van  Diernen. 

TASâiANiA,  (geogr.)  alguns  geographos  mo- 
dernos tem  querido  dar  este  nome,  uns  á 
Diemenia,  outros  á  Nova  Zellandia. 

TASNEiRA,  s.  f.  (Ff,  tanaisic,  Lai.  tana- 
cetum)  herva  medicinal 

TASQUiiSHA,  .5.  f.  (de  tttscar,  eíasco.)es- 
padella  de  páu  com  que  se  separam  os  lo- 
meníos  ou  tasco  do  linho. 

TASQuiNHAR,  V.  O.  (frequeutatlvo  de  tas- 
car) separar  o  tasco  ou  tomentos  do  linho 
com  a  espadella  ou  lasquinha  —  ,  (chulo) 
comer. 

TASSALHAR.   V.  Átassalhar. 

tassalho  ,  s.  m.  (do  Cast.  tassajo  )  tira 
longa,  V.  g.  —  de  presunto,  toucinho,  car- 
ne. 

TASsiLLON,  (hist.)  duquo  de  Baviera,  o 
ultimo  dos  AgiloUuiges.  Foi  batido  e  apri- 
sionado por  Carlos  Magno  em7í8.  ^ 

TASSisuDON,  (gpogr.)  capital  do  Boutan, 
n*um  valleaoHimalaya;  150  léguas  ao  I^E. 
de  Calculta. 

TASSONi,  (hist.)  poeta  italiano,  nasceu  em 
155lj,  morreu  em  1635.  .4  sua  obra  princi- 
pal é  um  poema  que  tem  por  titulo  íticchia 
r  a  pi  ta  ' 

TAsso  (Bernardo),  (hist.)  poeta  italiano, 
pai  do  celebre  Torquato  Tasso,  nasceu  em 
1493,  morreu  em  15^"9.  Deixou  um  poema 
em  lOO  cantos,  o  Amadjs  de  Gaulia,  emi- 
lado  do  celebre  romance  de  cavallaria. 

TASSO  (Torquato),  (hist.)  celebre  poeta  ita- 
liano, filho  do  precedente,  nasceu  em  1544, 
morreu  em  1595.  O  seu  primeiro  poema  foi 
Reinaldo,  que  compoz  na  idade  de  18  a  ri  nos. 
'  ompoz  Ani>ista,  drama  pastoril,  'Jenua" 
lem  libtrtada,  etc. 

tata,  s.  m.  nome  que  as  crianças  dão  ao 
r  ai.  Em.  Lat.  tata,  contracção  do  pater. 
171 


I 


TÀii) 


TAU 


TATÁ  I  interj.  com  que  se  exprime  ad- 
miração   V.  Tá. 

TATAji'BA,  s.  f,  (t.  Brasil.)  arvoro  brasi- 
lica  de  madeira  amarelia  de  que  se  exlráe 
tinta. 

TATAJUBA,  (p;eogr.)  serra  do  provincis  de 
Ceará,  no  Brazil,  ao  I.  do  dislricto  da  villa 
de  .fanuaria, 

tatame  ,  s.  m.  (ant.)  género  de  estrado 
ou  coberta  do  pavimento. 

TATARAMuro.  V.  lartamudo. 

TATAUAisETo,  A,  ãdj .  (de  tatá,  pai)  neto 
de  neto. -— s,  os  derradeiros  netos  que  ha  de 
haver  na  geração  de  uma  familia. 

TATARANHA.  V.  lartarankã. 

TATARAVÔ,    adj.    m.,    TATABAVÓ.    f.   O    flvô 

mais  remoto,  dos  mais  antigoi  da  familia. 
Minha—,  avó  mais  remota. 

iataho,  a  adj.  (voz  imitativa)  que  pro- 
nuncia ma!,  mudando  o  c  em  í,  f.  g.  to- 
mer  por  comer,  tama  por  cama. 

TATAURANA,  X.  f    (t.  Brasil.)  lagarta  ca- 
belluda  do  Brasil.  Tocando-lhe  no  pello  sen- 
le-se  dòr  como  de  queimadura,  que  persis 
te  ás  vezfs  vinte  e  quatro  horas,  e  dores 
nas  articulações. 

TATiTCHEv,  (hist.)  historiadoF  TUSSO,  nas- 
ceu  em  1686,  morreu  em  1750.  Hoixou  nm« 
Historia  da  Rússia. 

TATiBiTATiBi,  adj.  dos  2  g.  (voz  imitati- 
va) (chulo)  gago,  que  gagueja,  balbucia. 

TATRA  (montes  de),  (geogr.)  a  parte  mais 
èllevada  dos  Carpathes  occidentaes,  na  Hun- 
gria. 

TATTA,  (geogr.)  cidade  doestado  de  Mar- 
rocos, 60  léguas  ao  O.  de  Draha ;  10,0.0 
habitantes. 

TATTA  ou  TALTAH,  (gcogr.)  cidado  da  ín- 
dia, 2J  léguas  de  Ilaiderabad  ;  15,000  ha- 
bitantes. 

TATÚ-OCA,  (geogr.)  ilha  da  provincia  do 
t*ará,  no  Brazil,  perto  da  costa  o  bah\a  de 
Turivaçú. 

TAUBER,  (geogr,)  rio  d'Allemanha,  nasce 
no  Wurtemberg,  e  cae  no  Meno  em  Wertheim. 
,  TAUBUTE,  (geogr.)  nova  ci^lade  e  antiga 
▼illa  por  extremo  mercantil,  cabeça  da  pri- 
meira comarca  da  provincia  de  São-Paulo, 
no  Brazil,  30  léguas  ao  N  da  capital  da 
provincia  domesm:>  nome. 

TAULB,  (geogr.)  cidade  de  França,  2  legoas 
ao  NO,  de  Morlaix;  2,S9t)  hat)itantes 

TAULER,  (hist.)  Taulerns,  mistico  allemão, 
nasceu  em  1294,  morreu  em  1361.  Deixou: 
Meditações  sobre  a  vida  e  paixão  do  Salva- 
dor,  Cartas  Espirituae  •,  eíc. 

taumttirgo.   V.  Ihanmaturgo 

iV  B.  JNa  ultima  edição  de  Moras»  vem 
arradamente  escrito  taumathurgo. 

TAUNUS  ou  HOEHE,  (gcogr )  cordilbMrade 
montanhas  da  ÃUemaiiha  Occidental,  no  du- 


I  cado  de  Hassau,  começa  nas  fronteiras  de 
líesse,  e  termina  na  margem  escjuerda  do 
Rheno. 

taijPLa>  s.  f.  (ant.)  traste  antigo  «  — « 
de  velludo  com  pemlas  »  Prov.  da  Hist. 
Geneal  Moraes  não  dá  explicação  do  termo, 
que  creio  derivado  do  Fr.  ant.  tauhUs  , 
avental. 

TAUTASiA,  (geogr.)  ou  Augusta  Taurino- 
rum,  hoje   Tunis. 

TAUREO,  A,  adj.  (Lat.  taureus )  de  touro, 
taurino.  — s  cornos   —s  pelles. 

tauhes,  'geogr.)  Tauri  povo  ún  Scylhia 
meridional,  habitava  o  í^hersonesoTaurico, 
e  o  paiz  vizinho  quo    se  chamava  Taurida. 

TAURESiuM,  (gecgr.)  cidade  da  Mesia,  ao 
pé  do  Ilamus  e  perto  deScopi. 

TAURiDA,  (geogr  )  governo  da  Rússia  me- 
ridional, entre  os  de  Khe5Jon  e  d'Ekattí- 
rinoslav  ao  N  ,  o  mar  d'Azov  e  o  estreito 
de  Jenikaieh  a  E.,  o  mar  negro  ao  S,  e  a 
O.;  400,000  habitantes. 

talrim,  s.  m.  (t.  Asiat  )  uma  embarca- 
ção da  Ásia. 

TAURiNi,  (geogr.)  hftjc  provincia  de  Tu- 
rim, povo  da  Gallia  Transpsdana,  era  d'ori- 
gem  gaukza  ou  liguré. 

TAURiso.  A,  adj.  [LH.  taurinm  )  di^  itíii- 
ro.  — *  pelles. 

TAUHiNOBUM  (Augusta),  (geogr.)  cidade  da 
Gallia  Cisalpina,  capital  dos  Taurini,  hoje 
Turim, 

tauris,  (g«20gr.)  chamada  tambein  labris 
ou  lavriz,  cidade  do  Iran,  capital  do  Ad<^r- 
baidjan ;  70,000    habitantes. 

TAURO,  fgeogr.)  /)Je/>e/-A"i<rmem  turco, 
cordilheira  de  montanhas  na  Asia-Menor. 

TA«RO  ,  (g-^ogr.)  hoje  Cabo  de  Santa 
Croce,  cabo  da  Sicília,  sobre  a  costa  K  ,  per- 
to de  Tauromenium. 

TAUROMENiUM,  (gcogr.)  Taormina,  cida- 
de da  ?iciha,  sobre  o  costa  oriental,  a  E. 
do  Etna. 

TAURO ,  s.  m.  (Lat.  /aurití,  Gp.  íortrot, 
Chaidaico  thor.)  um  dos  signos  do  zodíaco 
entre  os  de  Aries  e  Gemini  Corresponde  na 
antiguidade  ao  equinoxioda  primavera,  t' 
symbolo  ou  hieroglipho  F.gypcio,  assim  como 
as  mais  figuras  zodiacaes.  K'  de  notar  que  um 
touro  coberto  de  teliz  preto  estrellado  é  na 
myihologia  egypcia  consagrado  á  deusa  Athor 
um  dos  syraboios  da  natureza  feminina  crea- 
dora.  Este  nome  Aíhor  significa  morarfa  de 
llor  ou  Horus. 

TAUSA.  V.  Tí7.Túr,  Talha 

Tausaçom  V.  Taxação. 

TAusAR.  e  TAUSSAR.  V.  Tãxar. 

TAUTO.  V.  Tacto. 

TALTocHíONo.A.flrf/.  (do  Gr.  outo,  o  mes- 
mo, e  chronos,  tempo  )  que  se  faz  no  mes- 
mo (empo  ou  em  tempos  iguaes. 


taY 


TAt 


€i1 


tAtotOLOcrA,  s.  f-  (Lat.,  do  Hr.  ío,  auío, 
o  mesmo,  e  hgia,  discurso.)  repetição  dai 
mesmas  cousds    era  outros  lermos. 

talJu.  f.  f.  (do  Arnb.  tausia,  cbra  d« 
embutidos;  do  verbo  /d 'iosa,  enfeita  r-se  do 
côrrs  como  o  pavão,  que  em  Arabesodeno- 
miiul  taú-^on]  eoibulido  de  ouro  ou  prata 
em  obra  de  ferro  ou  aço,  embutido,  ra»r- 
cheiaria  da  madeira.  Uoslinfio  de  — ,  (lig  ) 
alvo  e  corado. 

TiuXiADo,  A,  p.  p.  de  tauxiar;  adj.òr^ 
ftado,  lavrado,  embutido  de  tauiia. 
•     tAUiiAR,  V    a.  {(auxia,  ar  des.  inf.)  la- 
vrar, de  íãuiia,  embutir,  marchetar  ;  (tíg  ) 
maiizrtr  :  —  os  faces 

TAVAMtiKS,  (g«^ogr.)  \illa  da  Suissa,  9  lé- 
guas ao  M\.  de   Berne;  1,5' O  habitantes, 

TÀVAriEZ  ,  adj  dos  2  g.  (de  utão)  m- 
(Juitto,  trêfego    e?tavanado. 

TAvÃo  ,  s.  m.  (Fr.  taon,  do  Lat.  taba- 
nuis,  toz  imitativa  do  runido.)  mosca  gran- 
de qu^   nmrd«  c  chupa  o  sangue,  atabào' 

"íavastêhus,  (geogr )  cidad*  da  Rússia 
ítiròpeá,  capitsl  deum  gfivprno,  34  léguas 
ao  KO.  de  Helsingfors  ;    18'>0  habitantes. 

tAvttA,  (geogr)  rio  da  Rússia  asiática, 
formado  pela  reunião  do  Sosoa  e  do  Lesiva, 
lança  se  noTohcl. 

TAVEDA,  í.  f.  planta  cujas  folhas  são  pa 
fectdas  ás  da  oliveira,  e  dá  flores  de  chei- 
ro suave 

TAVEiRO,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
a  1  legaà  éé  Coimbra :  1,280  hábitan 
tes. 

tayel,  (geogr.)  vilia  de  França,  áleguas 
80  SO.  de  Uoquemaurc  ;    800  habitantes 

TATKnífA  s.  /".  (Lat,  taberna,  loja  )  casa 
onde  se  veiide  por  miúdo  vinho,  azeite,  e 
de  c:;Bfief. 

TAVKKNA,  (geogr)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, 3  léguas  e  meia  ao  W.  de  Cantazaro; 
2.000  habitantes 

TAVERNA'.,  adj.  dos  2  g.  de  taverna.  Vi- 
nho—. 

TAVKBNEiRA  ,  s.  f.  mulhor  que  tem  ta- 
verna, mulher  do  taverneiro. 

TAVEUjíEiRO  ,  s  m.  homem  que  tem  ta 
veríia. 

Taverneiro  ,  a,  àdj.  de  taverna,  taver- 
nal.  Vinho — . 

TAVERNES,  (gcogr.)  cidadc  de  Françl,  7 
léguas  ao  N.de  Brignole» ;  1,VJ0  habitan- 
tes 

TAVER^iiNHA,  *.  f.  diminuí,  de  tíivemfí. 

Tavkrny,  (geogr.)  villa  de  França,  2  lé- 
guas e  um  quarto  a  K.  de  Pontoise. 

TAVIRA,  (geogr.)  antiga,  aprazível  r  im- 
portante cidade  da  província  do  Algarve, 
4  léguas  a  O.  da  foz  doCiuadiana,  5  léguas 
80  O.  de  Faro ;  8,6U)  habitantes. 

TAvisToK,  (geogr.)  cidade  d'lnglatcrrtl,  it 


léguas  ao  SE.  de  Exeter ;  6,0QG  habitan- 
tes. 

TATOA,  (ant )  V.  laboa,  laboada 

tavoada,  (ant.)  V.   f^bm,   Tuboada. 

Tavoado,  (ant.)  V.    Taboado. 

Tavoinua,  (ant  )  Y.    Taboinha. 

tavola,  (ant.)  láboLi ;  mesa  de  jogo;  me-" 
sa  onde  se  arrecada  algum  imposto. 

TAvoLADO,  *  m.  Lançar  a  — .  ( mt.)  na  an- 
tiga milícia  era  exercício  militar  em  que  se 
derribara  um  casiello  de  maueira  com  tiro» 
de  arreiresso. 

TAVOLAGEiRo,  A,  odj .  (aut.)  quejoga  efli 
casa  de  jogo.  Jogador — . 

TAV0LAHA,  (gecgr.)  //«rnicpa,  ilha  do  Me- 
diterrâneo, na  cos'a  fio  NE    da  Sardenha. 

TAVOLEiRO,  (fint.)  V.  Taholeiro. 

TAVOLETA,  (ant.)  V.  Taboleta. 

TAVOHA,  (geogr  )  rio  da  Beira-Alta,  nasce 
pei-to  de  1  rançoso  e  desagua  na  esquerda  do 
Douro  com  11  léguas  de  curso,  1  légua  a 
K.  de  Lfimego  e  uma  légua  e  meia  ao  N. 
da  villa  do  mesmo  nome ;  450  habitan- 
tes. 

TAvRovsKAiA,  fgeogr  )  vílIa  da  Rússia  eu- 
ropea,  3  léguas  ao  S.  de  Verniejo  ;  l.Ot-O 
habitantes. 

TAXA,  s.  f.  (do  Fr.  tache,  nódoa.)  V.  ta- 
cha, Defeito^  Mancha. 

TAXA,  s  f.  (do  Fr.  taxe)  preço  que  l<i- 
íçohninte  se  põe  ás  cousas  de  venda  ;  tri- 
buto, imposto ;  (íig,  e  p,  us.)  modo,  ter» 
mo,  limite. 

TAXAÇ.Ão  ,*,/".  O  acto  de  taxar  tributo, 
imposto. 

TAXADAMENTE ,  ãdv.  [mente  suíl.)  ptor  ta- 
xa, limitadamente,  em  qu»ntia  eerta. 

TAXADO,  A,  p.  p,  de  taxar ;  a'i/.  fixado  o 
oreço;  prerO;  imposto;  censurado,  accu- 
sado,  reprehendido.  —  em  ouvir,  em  res- 
ponder, que  dá  audiências,  palavras  curtas. 

—  na  pratica,  que  f^lla  pouco,  taciturno. 
TAXADOR,  s.  m.  o  quQ  taxa. 

T*x*R,  t  á.  (Fr.  taxer,  do  Lat.  iaxare) 
oôr  legalmente  ó  p^eço  ás  cousas  de  venda: 

—  os  manlimeíitos,  livros  — os  ordeuaios, 
issignar  porção  certa.  —  as  despexas,  limi- 
tar, moderar. — <ti  mercês,  ser  escsso  em 
IS  <íar.  —  tís  jKiíavras  de  hutor  ^  não  ser 
amplo  e  liberal  d^tas.  *— ,  censttiar,  repre* 

itiender,  notar.  V.  Tachar. 

TAx.\Tivo,  A,  tidj.  que  tatá.  limita,  res- 
tringe. 

TAXiLo,  {hi§t.)  rei  da  índia  septenlrío- 
nal,  cujos  estados  eram  entre  o  Indo  eo 
Hydaspe. 

TAY.  (geogr.)  nd  láa  Escócia,  sae  dos  mon- 
tes Grartpi^nos,  è  cae  no  mar  do  Nor- 
te. 

tAVEF.  (geogr.)  cidade  murada  da  Ara- 
,Wii,  fJ  Y^Vfi  »ò  SR    dtj  Wena. 
171  . 


m 


fé< 


TCll 


TAYGETE,  (geogr.)  hoje  Monte  di  Maina, 
cordilheira  de  rconianhas  doPeloponeso. 

TAYOBA,  s.  f.  (l,  Brasil.)  planta  brasílica 
de  folha  larga,  quo  se  come 

TCriAD,  (geogr..)  chamada  também  lago 
de  Ouangara,  mar  de  Nigricia,  lago  da 
Mgricia  central,  entre  o  Bournou  a  O.  e 
ao  SO.,  o  Kapem  ao  N.  e  a  E, 

TCHAGAiNG,  (geogr.)  ciuade  do  império, 
birman,  capital  do  ííuperio  desde  1760  aié 
1764. 

TCHANARGAR,  (gcogr.)  cidade  da  Índia  íq- 
gleza,  4  léguas  ao  S.  do  Bénarés ;  15,000 
habitantes. 

TCHANDERKOUNA.  (gfogr.)  cldade  da  Índia 
ingleza,  i7  léguas  a  O.  de  Galcuttá  ;  18,000 
habitantes. 

TCiiANDERLi,  fgcogr  )  Fitane,  villa  da  Tur- 
quia asiática,  16  leguasaoNO.de  Smyrna, 

TCHAí^DRA  ou  SOMA,  (myth.)  deus  hin- 
dou,  qufí  é  alua  persomnificada. 

TciiANG-CHA,  (gcogr.)  cidade  da  China, 
capital  da  província  de  Ilou-nan. 

TCHANG-TaAK.EOU     OU    KHALGAN,    (gCCgf.) 

cidade  do  império  chinez,  capital  de  Tcha- 
khar,  31  léguas  ao  NO.  de  Pekim,  perto 
da  líFande-Muralha. 

tcháng-tchéou,  (geogr  )  nome'  de  duas 
capitas  da  China  :  uma  na  proviocia  de 
Kiang-sou,  roais  de  30  léguas  ao  SE.  de 
Nankim  ;  20O,(l(JO  habitantes,  a  outra  na 
província  de  Fou-kian.  60  léguas  ao  SO 
de   Fnn-tchéou-fou. 

tchag-t/:  (geogr.)  nome  de  duas  cidades 
principaes  da  China:  uma  no  Ho-nan,  quasi 
40  léguas  ao  Is.  de  Khai-foung,  a  outra  no 
Hou-nan,  41  léguas  ao  iNO.  de  Tchang- 
cha.  . 

TCHANTiBoríD,  (gcogr.)  cidade  do  reino  de 
Siam,  LO  ípguas  ao  &E.  de  Bankok. 

TCHAO  K.1NG,  (gcogr,)  cidade  da  China,  25 
léguas  a  0.  de  Cantão. 

TCHAPPRA,  ou  TCHOpRAH,  (geogr.)  cidade 
da  Índia  ingleza,  no  léhar,  capital  do  dis- 
triclo  deSarun;  43,ÍJ0O  habitantes. 

TCHEUOBA  OU  MAiSAONG  (ilha  de),  (geogr.) 
Bazacala,  ilha  do  golpho  de   Bengala. 

TCHE-KiANG,  (geogr.)  províttcia  da  Chi- 
ca,  no  mar  Amarello ;  i9,000,000  habi- 
tantes. Capital  )Harg-tcbéou. 

TCUENNAB  OU  cuENííAB,  (gcogr.)  Accsines, 
rio  do  Indostão,  sae  do  ilímalaya,  e  desem- 
boca no  Sin  1.  ' 

JCHERDINE,  igeogr.)  cidade  da  Rússia, 
75  léguas  ao  N.  de  íorm;  2,500  habitan- 
tes. 

TCHERKASK,  (gpogr  )  nome  de  duas  cida- 
des da  Itussia  euro|  ea  :  uma,  Velha-Tcher- 
kask,  14  léguas  ao  NE.  do  Azov,  sobre  o 
Don;  i,500  habitantes,  a  outra,  Nota-lcher- 
kask,  capital  da  província,  5  léguas  e  meia  ^ 


ao  N.    da   Y-Tcherkask ;   3,000  habitan- 
tes. 

TCHERNOBOG  (q.  d.  0  deus  uegro],  (myth.) 
nome  do  máu  principio,  entre  os  Slavos ; 
era  opposto  a  fcielbog  (o  deus    branco). 

TCHESMií,  (geogr.)  Cijssus,  cidade  da  Tur- 
quia asiática,  defronte  da  ilha  de  Chio,  16 
léguas  ao  NÓ.  de  Smyrna  ;  6,000  habitan- 
tes 

TCHiJEVO,  (geogr)  aldeia  da  Rússia  euro- 
pea,  11  léguas  distante  do  Smolensk. 

TCHiKARPOUR,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Labore,  capital  do  districto,  H   léguas  dis-, 
tante  de  Sind,  na  margem  esquerda. 

TCHiKiRA,  (geogr.)  rio  do  império  chinez. 

TCniKOTA  (ilha),  (geogr.)  a  maior  das  Kou- 
rilas,  bastante  povoada, 

TCiii-Li  ou  rÉ-TCHi-Li  (golpho  de),  (geo- 
gr.) formado  pelo  mar  Amarello,  na  costa 
oriental  da  (;hina,  ao  N. 

TCHi-Li  ou  pÉ-TCíii-Li,  (geogf.)  provín- 
cia  da  China,  separada  da  Mongólia  pela 
grande  muralha;  35,000,000  habitantes. 
Cidade  principal  Pekim,  que  é  capital  de 
todo  o  império, 

TCHiNG-KiANG,  (geogr.)nome  de  duas  ci- 
dades da  china,  ambas  capitães  de  distri- 
cto :  uma  na  província  de  Kiang-son,  a  16 
léguas  NE.  de  Nankim,  a  outra  no  Yun-nan, 
sobre  um  lago,  10  léguas  ao  SE.  deYua-- 
nan. 

TCHiNG-TCHEOU,  (gcogr.)  cidade  da  Chi- 
na, 70  léguas  a  O,  de  Tchang-techai. 

TCHiNG-TÉ  ou  JEHO,  (geogr.)  cídade  da 
China,  40  léguas  ao  NE.  Pe-king,  por  fo- 
ra da  grande  muralha. 

TCHiNG-TiNG,  (geogr.)  cidade  principal  da 
Ihina,  61  logua  ao  SE.  de  Pe-king. 

TCHiN-NGAN,  (geogp.)  cídade  da  China, 
115  léguas  ao  SO.  de  Kossei-ling. 

TCHiN-si  ou  BARKOL,  (gcogr.)  cidado  da 
China,  capital  do  districto  de  Kansou,  mui- 
to povoada. 

TCiiiN-YOUAN,  (geegr.J  cidado  da  China, 
capital   do  fiouei-thseou. 

TCHiPROvATz,  (gCvgr.)  cidade  da  Turquia 
europea,  Roumelia,  na  Bulgária,  a  20  lé- 
guas ao  S.  de  \'iddin 

TCHiRMEN ,  (geogr.)  cidade  da  Turquia 
europea,  capital  do  sandjakato,  a  9  léguas 
ao  NO.  de  Andrinopoli. 

Tcei-TCHEOU,  (geogr.)  cidade  da  China,  a 
2  léguas  e  meia  ao  N.  do  Nan-King. 

TCuiTTRA,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingle- 
za (província  de),  Calcutid,  capital  do  dis- 
tricto de  Ramghar,  no  Bekar. 

TCHouNG-KiNG,  (gengr.)  cidade  da  China, 
quasi  'iO  léguas  ao  SE.  de  'iching-tou. 

TCHOROK,  (geogr.)  Acampsis  ou  Batthys^ 
rio  da  Turquia  Asiática,  desemboca  no  mar 
Negro, 


TEA 

TcnouGU'E7,  /'«eogp.)  cidado  da  Russin,  8 
léguas  ao  NE.  de  Zmiev;  10,01)0  habitan- 
tes. 

TCiiouKTCHis,  (geogr.)  povo  (J.i  Ásia,  que 
ocfiupa  o  NE,  da  Sibftria  ;  50,000  habitan- 
tes 

TCíiouLm,  ígf^ngr.)  rio  da  Rússia  asia<ica, 
desemboca  no  (Jbi 

TCHou-niouNG.  (geogr.)  cidado  da  China, 
a  H5  l»'gnas  ao  O.  de  Ynn-nan. 

TCHou-TCHEOu,  (gfiogr )  cidade  da  China, 
a  õO  léguas  ao  S    de  Ilang-Tcheoii. 

TCiiouROUM,  (geogr  )  Tavtum,  cidade  da 
Turquia  asiática,  40  léguas  ao  NO.  do  To- 
kat. 

TCíiouvACHES,  (geogr.)  povo  da  Rússia  eu- 
r")pea,  de  raça  firmensa,  que  habita  nas 
margens  do  Vulga  ;   3'>0,000  habitantes. 

TCHu-SAN  ,  ou  criu-SAN,  (geogr.)  ilha  da 
China,  no  mar  Azul. 

TE.  a  ti.  (Lat.  te  ou  tibi,  a  ti.  V.  Teu, 
Tu.)  Deu-íe  uma  pancada.  Apressa-íe,  Fa- 
ze  o  que  te  ó  útil. 

TÉ.  prep.  (contracção  de  até)  V.  léqui, 
até  aqui. 

STN.  comp.  Té-qui  ou  até  aqui,  até  ago- 
ra. O  primeiro  refere-se  a  um  lugar  que  de- 
signa, e  rorresponde  ao  latim  hactanus  ;  o 
segun  Io,  ao  tempo  ou  época  era  qne  se  es- 
tá, e  corresponde  ao  Uúmadhuc.  Alé  aqui 
chegou  o  mar  no  grande  terremoto  de  1755, 
e  drisde  então  aí^-ayora  nunca  subiu  a  tan- 
ta altura. 

TEA  OU  TEIA,  s.  f.  (do  Lat  tcIã,  conlTãi- 
do  de  texela,  de  texere,  tecer.)  todo  o  pa- 
no tecido  do  longor  da  urdidura.  —  de  ara- 
nha, os  fios  tecidos  pelo  «nimal.  A  —  da 
vida,  (fig  )  o  fio,  a  duração.  Cortar  a  —  da 
vida.  Dar  os  fios  á  ~,  (fig.)  acabar  ,  con- 
cluir, fenecer,  morrer.  — ,  (anat )  tez,  teci- 
do reticular,  ò.  g.  as  —s  do  coração. —  , 
liça,  liçada  :  -  -  das  justas,  torneies.  Manter 
a — ,jus'ar  como  principal  mantenedor  da 
jusli.  Tomar  a — ,,  occupa-la  para  justar 
como  mantenedor.  Entrar  na  —  da  disputa. 

TEA,  s.  f.  (Lat.  topda.)  facha,  tocha.  «A 
futí'ifpra— ,  »  Eneid.  Port. 

TE.u)A,  s.  f.  [têa,  des.  ada. )têa  de  pano, 
tecido,  lançaria. 

TEAGEM,  s.  f.  [têa,  des.  agem.)  tela,  te- 
cido, membrana  reticular,  membrana  cel- 
lular. 

teano,  (geogr.)  Teanum  Sidicinum,  (geo- 
gr )  cidade  do  reino  de  Nápoles,  a  5  léguas 
ao  NO.  de  Capua  ;  3,1(10  habitantes 

TKAM-M    APULUM,     liojft    PontC-RottO,    OU 

Rotello,  (geogr)  cidade  de  Apúlia,  pertodo 
mar. 

_  TE.\NUM  siDiC[?<uii,    (gcogr.)   hojo  Teatio, 
oidadií  da  Lam[)aMÍa. 
TEAR,  4.  m.  (tâii,  ar  dns,  subst.  qne  do- 

VOL      ÍV. 


'^¥ec 


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nota  acção.)  machinaou  engenho  que  serve 
de  tecer  pano  .•  instrumento  de  que  os  en- 
cadernadores usam  pira  cozer  livros  — de 
relógio,  toda  a  rodagem  delle. 

TEARA    V.  Tiara. 

TEATE,  Teate-Marrucinurom,  (geogr  )  ci- 
dade da  antiga  Itália,  entro  os  Marrucini 
ao  N. 

TEBA ,  (geogr.)  Theba,  cidade  de  ITispa- 
nha,  a  15  léguas  ao  NO  de  Malíiya;  4,100 
habitantes. 

TEATRO.  V.  Ihealro 

TECA,  s  /■.  (l  Asiat )  uma  madeira  da  Ásia 
que  serve  para  conslrucçào  de  naus  na- 
vios. 

TECEDíiiRA,  s.  f.  (des.  f>íra.)  mulher  que 
tecií  pano. 

TECRDOR ,  5.  m.  o  que  tece,  tecelão.  — 
de  enredos,  ordidor,  que  tece,  trama. 

TECEDURA,  s.  íTO.  (dcs  ura.)  oacto  de  te- 
cer ;  os  fios  que  atravessam  a  ordidura,  ou 
o  ordume.  traraa. 

TEBELEN,  (geogp.)  Cidade  da  Turquia  eu- 
ropea,  quasi  40  léguas  ao  NO,  de  Janina. 
Pátria  de  Ali,  pachá  de  Janina. 

TECELÃ,    S.    f.   V.   Trccdeira. 

TECELAGEM,  s.  f.  (d^s.  «^eíít.)  0  trabalho, 
oíTicio  do  tecelão;  tecedura,  tecirrento 

TECELÃO,  s.  m.  oílicial  que  tece  o  tio  era 
pano. 

TECER,  V  a.  (l.at.  texo,  ere,detego,  ere, 
cobrir.)  passar  os  fios  -.or  entre  o  ordume 
ou  ordidura,  para  formar  a  téa  de  linho, 
lã,  seda  — léa,  (fig.)  enredar,  intrigar.—, 
(fig.)  compor,  v.g.  discurso,  casos,  versos 
a  historia.  —  uma  negociação,  catabolar. 
mar.  — ,  (ant.)" andar  em  idas  e  vindas; 
«  os  barcos  e  bateis  —  de  naus  em  náis,  e 
do  mar  para  a  terra,  e  delle  a  ella.  »  Bar- 
ros, 2,  2,  3. 

TECH,  (geogr.)  rio  de  França,  perde-se 
no  Meditearaneo. 

TCHON-LOUHBOU,  (googr.)  cldado  do  impQ^ 
rio  chinez,  na  província  de  Chsang. 

TECIDO  ,  A  ,  p.  p.  de  tecer  ;  adj .  que  se 
teceu,  que  teceu;  (fig.)  tramado;  compos- 
to. Tinha  —  enredos,  intrigas,  versos  Vida 
—  do  miséria.  Fabula  bem  — .  —  em  paren- 
tesco, unido  por  alliança. 

TECIDO,  s.  m.  pano  tecido. — s  de  lã,  se- 
da, linho. 

TECiMENTO,  5.  w».  V.  Tccedura. 

TECKLEMDURGo,  (geogr.)  cidade  dos  Esta- 
dos prussianos,  a  7  léguas  e  meia  ^o  NE. 
de  Munster. 

TECLA,  s.  f.  (do  L?«t  tudiculn,  diminut. 
de  tudts,  mart»'!lo)  as  teclas  são  peças  do 
órgão,  cravo,  on  piano  forte  era  que  o  to- 
cador carrega  corn  o«  dedos  para  ferir  fs 
c^inias  o  tir.Mr  tons  «io  insiruii:f'n'o.  Mui 
Weslrona—.  e:o  tO'-ar  órgão  çr  a- 


m 


TEG 


n\ 


no  forte.  Toear  em  uma  — ,  ou  na  -  ,(rig.) 
fallar  a  propósito  em  al^çuraa  matéria,  ferir 
o  ponto. — ,  armadilha  de  caçar  aves.  A  — 
desarnm  com  o  peso. 

TíCLADo  g.  m.  (des.  aio,  que  denota  ex- 
tensão) todas  as  teclas  de  um  órgão,  cravo 
ou  piano  forte. 

TECTO,  s.  w.  (Lat.  techirn,  s.  e  sup  de 
tegce,  cobrir)  a  parte  superior  da  cober- 
tura da  casa,  ou  de  cada  quarto 

TECTosAfiíS  ,  (gpogr.)  VulccB-Tectomges, 
povo  da  (lalia,  na  iNarboneza  1  *.  dividia- 
se  em  muitos  estadt^s  importantes,  dos  quaes 
os  principaes  eram  :  os  Tolo^ales  a  O.  e  os 
Atacioi,  a  E. ;  cida  ie  capital  Carcaso.  Jul- 
ga-se  que  era  de  origem  belga. 

TECTOSAQE*?,  (gengr  )  um  dos  Ires  ])Ovos 
gaulezes  da  Galacia,  ao  KO.  erff  limitrnphe 
da  f  hrygid.  e  tinha  por  capital  Sricjra  Eram 
descende» tes  dos  Tectosages  da  «lalia. 

TEDA,  s  f.  (Lat.  teda  ou  tosda,  tocha] 
(ant.)  tocha,  têa  de  allu^niar. 

TEDELES,  (geogr  )  capital  da  Algéria,  en- 
tre Bougia  e  Argel. 

TEDiFERO,  A,  aUj .  (Lat  íedifer,  de  tcsda, 
tocha)  que  leva  ou  traz  têa  ou  tocha  para 
allumiar. 

TEHio,  s.  m.  (Lat.  toedium,  que  Court  de 
Gébelin  deriva  àedau,  deu  onda,  que  elle 
dá  como  r/ídical  primitivo,  significando  ne- 
gro,  lúgubre  ;  etymologia  extravagíuite  e  qne 
não  corresponde  ao  sentido  próprio  de  tédio 
que  é  fastio,  repugnância  á  comida,  ou  des- 
gosto, cansaço,  i!reio  que  vem  do  Gr.  ãdò, 
saciar,  fartar,  causar  desgosto)  fastio,  ente- 
jo,  nojo,  aborrimento,  aesgosto.  —  dia  vi- 
da, desejo  de  morrer. 

TEOJEN,  (geogr.)  Ochus,  rio  da  Ásia,  nas- 
ce no  Iran,  e  desemboca  no  golpho  Bal- 
khan. 

TEDO  ou  TEÚDO,  (aut )  V.  Tido. 

TEKDOR  OU  TÉDOR,  s.  ♦».  [ãe  tcr,  Lat  íe- 
neo,  ere]  (ant.)  o  que  tem,  occupa,  posçue 
está  de  posse. 

TEEFE,  (geogr.)  rio  da  provincia  do  Pará, 
no  Brazd.  que  alguns  autores  antigos  ap- 
pelidavam  Tipi. 

TEEíGA,  s.  f.  (ant )  V.  Teiga. 

TEENçA.  (ant )  V,  Detenção,  Posse. 

TEf.N>,  por  Tinha,  impe:  f.  de  Ter. 

fEENTE,  (ant.)  V.   Tenente. 

tef,  s.  m.  uma  gemente  da  Ethiopia, 

TKFFÉ,  (geogr  )  rio  da  America  do  Sul, 
nasce  no  Perii,  entra  no  Brazil,  e  termina 
no  rio  das  Amazonas. 

TfiGEE,  TEG64,,  ígeogr.)  cidado  da  Arcádia 
oriental,  juato  da  Argolida,  aoS.  da  Manti- 
nea,  eia  u«Qa  das  mais  aiitigas  da  Grécia. 
foi  pilria  de  Ariítarclio,  ©  Orestes  foi  a*eUa 
«miefrado.. 


TE6EL0,    V.    Tijolo. 

TEGEBEiio,  decimo  tercf^iro. 

TEGEsu,  s.  m.  (t.  Brasil.)  ave  maior  quQ 
o  peru. 

TEGico,  A,  adj.  (de  Tejo)  (p.  us.)  do  Tejo. 

tegora.  V.  Aié  agora. 

TEGuisE,  (geogr.)  capital  da  ilha  de  Laa- 
cerote ;  2,0(K)  habitantes 

TEGURio    V.    Tugúrio. 

TEiiERAN  ou  TtíiisAN,  (geogr )  capilal  da 
Per.sia,  ou  do  reino  do  I:-an,  juncto  (Jos 
montes  Elbourz  ;  130,000  habitantes. 

TEÍA.    V.    Téil. 

1EIA  ou  TEIAS,  (hist  )  fci  dos  Ostrogiths, 
em  Itália,  (deito  em  552,  depjis  da  raorl') 
de  Totila,  morreu  n'uma  bnialha,  em  533. 
Con  elle  acabou  a  raonarchia  dos  Uslro- 
goihs. 

TEiADA.  V    Tenda. 

TEioA.  s  f.  (do  Lat.  tege^,  tis,  osteira) 
vaso  de  paUn  como  cesta,  tecido  em  rolc- 
tes.  — ,  meilida  que  tem  valores  diversos 
era  diíferentes  t«rra3  de  Portugal :  —  dç^ 
Abrão,  noAlemtejo,  equiv.slH,  a  um  alq'>ei- 
re.  Em  outras  partes  é  de  quatro  alquejf 
res, 

TRiGULA.  V.  Teiga. 

TEiLLEUL,  fgcogp )  cidade  de  França,  31e- 
guas  ao  SE  d.»  .Mortain  ;  2.400  habitantes, 
Pátria  de  Frederico  tSorel. 

TEIMA,  s  f.  (Cast  íema)  obsiinação,  peri- 
tina<Ma. 

TEIMAR,  V,  n  {teima,  ar  des.  inf.)  obstU 
nar-se,  insistir  com  periinancia. 

Teimosamente,  adv.  [tmute  su.ff.)  fou) tei-« 
ma.  obstinadamente. 

TEIMOSO,  A,adj  (des  osolobslina^o,  que 
teima,  insiste,  portia  ;  pertinaz,  portioso. 

TEJOiLA,  s.  f.  (t.  dealveitar)  um  o^so  dp 
casco  docavallo. 

TfciRA,  s.  f.  V.   Talão. 

Teiró,  *.  f.  (do  Gr.  teirô,  pisar)  a  peç4 
da  rabiça  do  arado  que  foi  mão  no  d»>nte  ; 
(Og  ]  peguilho,  tíim.a.  Tomar  —  com  aU 
gueW;,  pf?g3r  com  eile, 

TEiBOC^.  V.   Teirií. 

TKivE  (Diogo  de),,  (hist)  escriplor  portut 
guez  natural  49  ilí^ga,  Ví^iu  da  II  iiversida- 
de  de  Bordeos  para  a  da  Coimbra,  e  «li 
começou  a  leccionar  em  1528  Compnz : 
Epodon  sive  Jumljicorum  carmnum  libri 
três. 

TEixE,  s.  m.  {ajtprado  de  dite]  dixe  de 
ouro  usado  antig^mtnte. 

TE'XEiHA  (Luiz, ,  (hist )  distiucto  geogra- 
pho  portuguez  do  século  XVI ;  foi  cosmo- 
grapho  mór  do  reino  e  recomen<lavel  por 
suas  proilu'%õs  geographica-?  Esceveu  i 
De^rripçào  do  Japão.  Magna  Orhis  Terra^ 
H^m  noeet  §S)graphica  et  hydoijrophye^ 
FêlMk^   BMripm  /4Mtílí^rtti«  Jljeá$r^' 


Tiixo,  9.  m.  jLst.  íaxus)  arvoro  triste,  fu- 
nérea. 

Teixugo  ,  s.  m  nnimalojo  semelhante  á 
raposa,  e  muito  gordn. 

TEUDiLiio,  t.  m.  (Cast.  de  l^;/a(io,  telha- 
do] o  tecto  da  sege,  cocho,  liteira  ou  cadei- 
rinha de  braços . 

TFJO,  (geogr.)  o  nnior  rio  da  penirisula, 
nasce  na  serra  d'Albarracin  no  Aragão. 

tfjlca,  'gergr.)  serra  da  província  do 
Ri  )-de  Janeiro,   no  Brar.il. 

TKKEDEMPT    OU  TAGDEMPT,    («eOgr .)  CÍdíde 

de  Algéria,  65  léguas  ao  SO.de  Argel.  Foi 
uma  colónia  romana,  segundo  parece. 

TFKKE-iLi,  (geogr.)  pouco  mais  oti  menos 
a  Lycia  e  a  Pamphylia,  sandjakado  da  Tur- 
quia «asiática.  Cidade  principal,  Satalieh. 

TELA,  t.  f.  (Ldt. /c/a,  conlrarçâo  de  fearc- 
/a,  de /fxo,  ere,  tecer)  lèa,  terido  de  (io  de 
15,  linho,  seda,  ouro,  prata.  Revestir  se  da 
—  da  humanidade.  (Og.)  de  corpo  humano. 
-  de  justas,  torneios,  a  que  forma  a  liça. 
Pôr  as  —s  a  algnm  negocio,  dar-lhepnn 
cipio.  — ,  armadilhado  três  laços,  de  caçar 
perdizes. 

teiaRía.  s.  f.  multidão  de  telas. 

TELAVi,  (geogr.)  cidade  da  Geórgia,  f7  lé- 
guas e  meia  ao  NE,  de  Tiflis  ;  1,000  habi- 
tantes. 

TELCOiNES,  (myth.)  génios,  ou  hosoens  80- 
brenaturaes,  que  ps  Gregos  diziam  serem 
nielalli^rgistas  ,  vetermarios  ,  feiticeiros,  e 
nmito  m^us  ;  habitaram  primeiro  o  Pelopo- 
neso,  e  depois  a  ilha  de  Rhodes,  que  del- 
les  tomou  o  nome  de  Telchinia.  ^8oseea- 
be  como  desappareceram  Participavam  si- 
multaneamente do  deus  Vulcano,  de  qu^^m 
eram  ministros  na  terra,  ' 

TFiEGr.No,  (hist )  Tele^onus ,  filho  de 
Ul^Síos,  foi  procurar  seu  pai,  desembarcou 
em  Ithaca,  onde  começoi|g  roubar  para  g^^a- 
nhar  a  vida,  c  n*ura  combale  matou  seu 
pai  sem  o  conhecer,  depois  desposou  Pené- 
lope, e  foi  o  pai  de  Ilalus. 

TiLEGfjAPHico,  A,  qí//.  ^ue  reçpeila  aote- 
legrapho    Signaes  — . 

TELEGRAPuo,  s.  m.  (d*?  Gr.  í^/«,  longe,  e 
graphò,  escrever)  armação  com  hastes  mo- 
vfdiças  qi  e  transrpilte  despachos,  noticias 
consideráveis  pôr  melo  de  signaes  conven- 
cionados. 

TELjçMACQ.  [tiift.]  Tekrriachuf  ,  filho  de 
L'ly>ses,  e  de  Penelqpe,'  eílava  no  berço 
quando  pom^çou  a  guerra  de  Tróia;  novi- 
gpssimo  anno'da  ausfjinçia  de  Ulysses,  elle 
embarcou  para  o  procurar;  Mmorva,  sob 
a  ligura  de  Mentor,  guiou  o  nesta  via- 
geu).  Depois  de  diver^.ris  aventuras,  êm  ly- 
Ins,  Hparta,  «cm  Ph-rés,  tomou  a  direcção 
do  Ithaca,  mstou  os  pssasfinos,  assalariados 
pelos   firctendpufop   |)ara  o  ra-^far^nj  d  sna 


TJMí 


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volta,  c  achou  seu  pai  era  companhia  de 
lEumêo.  Auxdio«i-o  no  seu  combate  com  os 
'pretendentes,  e  partdhou  o  seu  triumpbo. 
'Jelemaco  despo  cu  Circos,  e  deste  casamen- 
}  to  nasceu  lloma. 

I      Tiíi.Éf  ne,  (myth  )  fdho  de  Hercules  e  de 
j  Augoa,  fji  engeilado  quando  nasceu, esus- 
tentado ,    diz-se,  por  uma  cadella  ;   depois 
Te.iihras  ,  rei  da  Mysia  adoptou-u. 

TELESCÓPIO,  s  m.  iCjr.iéle,  longe,  e»A;o- 
peô,  olhar)  instrumeuto  óptico  com  que  se 
obsprvam  os  astros. 

TELESiLi  A,  (hist.i  Argienua,  celebre  poe- 
tisa e  heroina,  salvou  a  sua  cidado  natal, 
altacada  por  Cleomenes,  rei  de  Sparta,  fa- 
zendo ufna  sortida  á  frente  das  mulheres 
armadas 

TELHA,  s.  f.  (Fr.  tuile,  doLat.  tegula,  de 
tego,  ere,  cobrir)  peça  de  barro  cozido  no 
forno  para  cobrir  os  telhados  ou  tectos  d« 
casa.  Casa  de  —  rã,  coberta  só  de  telha  sem 
forro  por  baixo  da  telha.  De — s  abaixo,  cá 
no  mundo. — ,  (ant )  chapéu  de  mulher  com 
as  abas  voltadas  para  as  faces. 

TELHA,  (ant.)  V.   Tile,  Tilia. 

TELHADiNHO,  s.  tu    diminut.  de  íelhado. 

Telhado,  a,  p.p.  de  telhar;  oí//,  cober- 
to de  telha.  Casa?  — s  de  tijolo.  Pagode  — 
com  laminas  de  cobre. 

TELHADO,  s  m  (subst  do  procedonte)  tec- 
to  do  casa  coberto  de  telha. 

TELHADon,  s  m.  0  quo  cobre  de  telha 
os  tectos  ;  tampa  da  tigeiia  de  barro. 

tKLHaDuda,  s.  f.  o  acto  de  telhar. 

TiLHAL,  s.  m.  forno  de  cozer  telha. 

telhão,  s  m.  augment.  de  telha,  telha 
grande. 

TELHAB,  t?.  a.  [telha,  ar  des  inf.)  cobrir 
de  telha  :  — a  casa,  oedificio.  , 

tf.lheira,  s.  f.  ollaria  de  fazer  telhas. 

Tt^LHEiRO,  s  m  tecto  do  uma  ou  duas 
aguas  do  telha  vã  onde  trabalham  canteiros; 
homem  que  faz  telhas. 

TEi.niNHA,  s.  f  dimi-ut  de  telha,  telha 
pequena.  — s,  dois  pedaços  de  louça  queos 
rapazes  fajtcrn  snar  batendo  com  um  no  ou- 
tro. 

TELHO,  s.  m.  ttslinho  de  telha,  cântaro, 
ou  louça  de  barro. 

TELiGOUL  (golpho  de),  (geogr.)  na  Rússia 
europea  é  formado  pelo  mar  Negro,  a  9  lé- 
guas ao  PíE.  deOdessa 

Tfe'LiLnA  s  f  diminuí  de  tela,  tela  del- 
gada. 

TELiNGA  (reino  de),  (geogr.)  antigo  esta- 
do da    índia. 

TELis,  íjgeogr  ]  rio  da  Gália,  hoje  o  Tet. 

TKLJZ,  s.  m  (iloPers.  telisan]  panno,  de 
ordinário  bordado  com  que  so  cobre  a  scllá 
do  cayaPo. 

TELL   Waljliernie),    Ibisl.)  um  dos  chefes 


688 


TEL 


TEM 


da  revolução  suissa  do  13)7,  ms^eu no  can- 
tão de  Uri.  Tendo  recus^ido  saudar  o  cha- 
péu, que  (les^ler  ,  governador  do  paiz  em 
nome  do  duque  de  Áustria,  tinha  mandado 
ooUocar  na  praça  de  Allorf,  foi,  dizem,  con- 
demnado  á  morte,  perdoando-lhe  a  pena. 
se  conseguisse  atravessar  com  uma  setla 
uma  maçã,  collocada  sobre  a  cabeça  de  seu 
tílho ;  apegar  de  o  fazer,  foi  declarado  pre- 
so de  estado,  e  erabarcaram-no  no  lago  Lu- 
cerna,  para  o  caslello  de  Kussnacht,  para 
onde  o  governador  se  dirigia  ao  mesmo  tem- 
po. Tendo-se  levantado  uma  granie  tem- 
pestade, encarregaram  a  Tell  do  leme;  con- 
seguiu salvar  a  barca,  porém  estanio  pró- 
ximo da  margfm  saltou  em  terra,  fugiu,  e 
matou  depois  Gessler  com  uma  seita.  Esti 
historiada  maçã  parece  duvidosa.  Guilherme 
Tell  assistiu  á  batalha  de  Morgarten,  o  mo- 
rou em  135'i,  em  Bingin,  recebedor  de  uma 
fregufzia. 

TELLA.  V.  Tela. 

TELLES  (Balthasar)  .  (hist.)  jesuita  portu- 
guez,  nasceu  em  Lisboa  em  í695,  e  ahi 
falleceu  em  1075.  Escreveu  :  Chronica  da 
Companhia  de  Jesus,  Historia  Geral  da 
Eihiopia  a  4lta,  obras reijommendaveis pe- 
lo seu  estilo,  e  curiosas  noticias. 

tELLES  (José  Homem  Correia),  (hist.)  dis- 
tincto  jurisconsulto  porlugiiez ;  nasceu  em 
Sant'lago  de  í3rtsteiros  cm  780,  morreu  om 
Estarreja  em  1849.  Formou-se  em  Cânones 
na  Universidade  de  ''oimbra  om  1800;  ser- 
viu os  lugares  de  juiz  de  fora  da  Figueira, 
provedor  de  Vizeu,  corregclor  do  civil  de 
Lisboa,  e  superintendente  dns  obras  da  bar- 
ra de  Aveiro;  desde  os  aniios  de  i803  a 
18  5,  em  qne  terminou  a  sua  carreira  de 
magistrado,  e  se  dedicou  á  de  advogado, 
que  exercera  igualmente  em  todos  osinter- 
vallos  da  magistratura.  Us  povos  d'í  starre- 
ja  o  elegeram  seu  disputado  ás  cortes  de  1820, 
182(>  e  184/.  Escreveu  uma  infinidade  de 
excellentes  obras  de  jurisj)rudencia,  taes  co- 
mo Digestos  Portuguez,  Doutrina  das  Ac- 
ções, Manual  do  Processo  Civil.  Formulá- 
rio de  Libellos,  Questões  de  Direito  Em- 
pJiytetitico,  e  outras  obras,  que  não  é  possí- 
vel enumerar 

telmacan,  (geogr.)  cidade  do  Wexico,  22 
léguas  ao  SE  de  i  uebla. 

telmantepetl,   ígeogr.)  cidade  do  México 
65  léguas  ao  SE.  dí  Oaxaca.   llabilada  por 
uma  bella  raça  de  índio*.   K  um  dos  pon 
los,  por  ond^*  se  l^w  projectado  uniroGran- 
de-Oceano  ao  Allanlico 

TELMEssis  .  /g-io;^'!-  :  h  j'  ílcí?.  cidade  da 
Lycia  ao  bl). 

TELMON,  (myth  )  tiiho -le  Eaco,  reideEgi- 
na,  e  irmão  de  í  hoeua,  e  de  Pelou.  Tendo 
mortò  cora  um  disco  o  seu  irmão  mais  ve- 


lho, foi  banido  por  seu  pai.  depois  de  ten- 
tar em  vãojustificar-se.  Foi  para  Salamina. 
onde  por  morte  di  rei,  depois  reinou.  E' 
personagem  raytholdgico  importante,  ajudou 
Hercules  a  tomar  Troya.  entrou  na  expedi- 
ção dos  Argonautas,  etc 

TELO  MARTIUS,  OU  TELFNIS  PORTUS,  (gOOgr.) 

hoje  Toulon,  pequena  cidade  da  Gália  iNar- 
boneza  2^  entre  os  Comínoni,  já  importan- 
te no  século  IV. 

TELÕES,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Basto  ;   !  ,'209    habitantes. 

telonario,  s.  m.  administrador  de  telo- 
nio. 

TELONio,  s.  m.  (Lat.  telonium]  casa  ou 
mesa  onde  estavam  os  rendeiros,  e  os  ar- 
recadadores das  rendas  publicas.  Na  univer- 
sidade de  Coimbra  era  junta  de  oppositóres 
que  suggeriam  a  matéria  aos  que  não  esta- 
vam promplos  delia.  Fazer  — . 

tema.  V.  Tkema. 

TEMÃO,  s.  m.  (Lat.  temo,  onis)  lemo.  — 
do  arado,  cabeçalho.  V.  Timão. 

tembroso,  (ant.)  V.  Temeroso 

temente,  adj.  dos  2  g.  p,  a.  de  temer, 
que  teme:  —  a  Deus. 

TEMER,  V.  a.  (Lat.  timeo,  ere,  que  creio 
derivado  do  Eaypcio  hoti,  temor,  e  moi,  dar, 
ou  mah,  encher,  ou  mar,  cingir,  pr.jnder) 
r:'cear,  ter  me 'O  :  —  a  morte,  o  castigo,  — 
a  Deu  ,  ter  temor  de  o  oíT^nder.  — se,  v.  r. 
ter  medo,  rt^ceio  :  —  de  alguém,  de  alguma 
cousa;  —  de  si,  das  próprias  paixões,  fra- 
quezas. De  que  temes  fraco  ! 

teiierartamente,  adv.  [mente  suíT.)  com 
temeridade  ;  ás  cegas,  ao  acaso. 

TEMEHARio,  A,  adj.  [Lat .  temerarius]  HT- 
rojado,  arriscado  ;  feito  sem  fundamento. 
Juízo  — .  Proposição  — . 

TEMERIDADE,  s.  /".(Lat  tcmeritas,  tis)  ex- 
cessiva ousadia,  faltado  prudência,  audácia 
imprudente,  arrojamento. 

temeros.^mentb,  ado.  {mente  sufT )  com 
temor. 

temerosíssimo,  a,  adj.  superl,  de  teme- 
roso, 

temeroso,  a,  afl[/.  que  causa  temor ;  que 
tem  medo,  timorato  :  —  Deus.  «  De  noite  o 
—  cantando  refreia  o  medo.  »  Camõds,  Re- 
dond. 

temes,  (Rtogr.)  rio  da  Hungria,  nasce 
nos  montes  Carpathos,  recebe  vários  aílluen- 
tfs,  e  desemboca  no  Danúbio. 

temese,  temesa,  tempsa,  hoje  Torre  di 
Nocera,  (geogr.)  cidade  na  costa  occidental 
do  nrutiura,  ao  N    de  Térina. 

Ti-MESVAR,  (geogr  )  cidade  da  Hungria, 
27  l'»ju3s  «o  ME  dePetervaradin ;  12,700 
h:<bitaiites. 

TEMIDO,  a,  p.  p  de  temer ;  adj.  que  te- 
me, temente,  temeroso  :    -  da  justiça.  Fdes- 


TEM 


TEM 


689 


usado  nesta  accepção :  hoje  dizemos  íimi' 
do. 

temível,  adj.  dos  2  g.  (dys.  ioe/)  que  se 
deve  temer,  para  temer.  Baixos  temiveis. 

TEMOE  RO.  V.   Tanoeiro. 

TKMOiNEiKO.  s  m.  pilolo,  O  que  rege  o 
temão  OU  leme  da  emb.ircação. 

TEMOR, .«.  m.  (Lat  timor,  era  Kgypcio  hoti, 
e  mór,  cindir,  prend-^r)  moio,  receio  fun- 
dado ;  medo  respeitoso;  (íigj cousa  ou  pes- 
soa que  causa  temor  :  «  Vós  oh  novo  —  da 
maura  lança.  »  Ca  nõ.^s,  Luziad.  i,  6. 

TEMORisADO.  V.  Atemorisado. 

TKMoaisAR  ou  TEnoRiZAR.  V.  Ateitiori- 
sar. 

temoroso.  V.  Temeroso. 

TEMPAM.  V.  Tempo. 

TEMPB,  s.  f.  (poel.)  jardim,  lugar  ame- 
no, gracioso. 

TEMPE,  (geogr.)  bello  valle  da  'srecia.  no 
NE.  da  Thessalia.  é  regado  pelo  l'eneo  Foi 
muito  gabado  pelos  antigos  e  principalmen- 
por  Virgílio. 

TEMPCLBURG,  (geogf  )  cidade  da  Prússia, 
9  léguas  ao  S  ).  de  Nov-Stiltin  ;  2,400  habi- 
tantes. Fundada  pelos  Templários,  iioXIIi 
século. 

TEMPERA,  s.  f.  (pron.  a  primeira  accen- 
tuada)  rjeza,  ou  consistência  que  se  dá  ao 
aço  ;  o  banho  era  que  se  dá  a  l«l  ten.pera  ; 
(íig.)  modo,  gosto,  usança,  esiylo.  Homem 
da  —  velha.  Pintura  d — ,  cujas  tintas  fo- 
ram desfeitas  com  collaouagua.  — ,  na  vo- 
lateria,  a  disposição  que  se  dá  á  ave  na  vés- 
pera do  dia  em  que  deve  caçar.  — ,  cunha 
do  carro  de  bois  ;  cunha  usada  nas  moen- 
das dos  engenhos,  entre  as  chumaceiras,  e 
cabeças  das  pontes,  e  para  chegar  os  bron- 
zes ou  manoaes  de  cima  aos  eixos,  —  do  ar, 
fp.  us  )  temperatura. 

TEMíEKADAMENTE,  ãdo.  (mente  suíT.)  com 
temperança,  inoieraçào. 

TEMPEHADissiMo,  A,  adj.  superl.  de  tempe- 
rado. 

TEMPERADO,  A,  f  p.  de  temperar;  aJj.. 
que  guarda  temperança,  moderado  ;  aduba- 
do, V.  g.  ocom-r  —  com  especiaria.  Ins- 
trumento— ,  preparado  para  dar  sons  afi- 
nados. Homem — .  Uesoostas — .  Ar — ,  de 
temperatura  agradável,  nem  frio  nem  quen- 
te de  m.tis. 

TEMPEKADoa,  A,  s.  pessoa  que  tempera; 
moderador. 

TEMPERAMKNTO,  s.  t»  {\M.  tempera  meti- 
tum]  compleição  da  pessoa,  constituição  phy- 
sica  ;  (lig  j  Índole,  génio.  — ,  temperança, 
moderação  ;  qtialquer  cousa  que  abranda, 
corrige  a  víi»l»'ricia,  acrimonia,  desabrimen- 
to  dascousíís  physicasou  moraes.  —  doar, 
do  clima,  lemperie,  temperatura ;  —  do  ne- 
gocio. 


TEMPEnANÇA,  í.  f.  (Lat.  temperantia)  ha- 
bito de  moderar  os  appelites  sensuaes,  os 
desejos,  as  paixões  desordenadas  ;  modera- 
ção, comedimento,  modéstia.  —  nas  des- 
pezas,  economia. 

SYN.  comp.  Temperança,  frugalidade^ 
sobriedade,  parcimohia  Temperança  é;  uma 
das  quatro  virtudes  cardiaes  que  modera  os 
appelites,  e  a  ella  pertencera  co'no  espécies 
a  fruf)  ai  idade,  a  sobriedade,  e  a  parcimonia. 

A  frugalidadc  eviti  o  excesso  na  quali- 
dade e  quantidade  da  comida  ;  o  homem 
frugal  contenta-se  com  o  que  a  natureza 
quer  e  oílerece.  A.  sobriedade  evila  o  exces- 
so no  comer  e  beber;  o  homem  softrio  con- 
tenta -se  com  o  que  a  natureza  exige.  A  par- 
cimonia só  olha  aos  gastos  e  despezas  que 
regta,  poupando  quanto  pó  le,  e  talvez  com 
estreiteza  e  acanhamento.  Quando  passa  os 
limites  que  prescreve  a  frugalidadc,  e  isto 
se  não  faz  por  espirito  le  mortificação,  de- 
genera em  escaceza  e  até  em  avareza  e  mes- 
quinhez, 

TEMPERANTE.  adj.  dos  2  g.  (Lat.  tempe- 
rans,  tis,  p.  a  de  tempero,  are)  dotado  de 
temperança,  moderação 

TEMPERAR,  V.  a.  (Lai.  tempcro,  are,  mis- 
turar. Ninguém  até  ao  presente  deu  o  radi- 
cal d'este  termo,  que  creio  derivado  tio  Egy- 
pcio  thet,  misturar,  lemperar,  (*peri,  a  co- 
mi la  Se  a  minha  conjectura  ó  fundada,  o 
sentido  próprio  da  palavra  c  adubar)  adubar 
o  comer  para  lhe  dar  bom  sabor.  —  apa- 
nella,  isto  é,  a  olha.  —  o  estylo  com  seu 
sal. — ,  dar  temperança  :  — o  aço. — ,  mo- 
dificar o  sabor,  minorar  a  aspereza,  a  força, 
avirdencia,  e  no  sentido  moral,  o  desabri- 
mento,  as  paixões.  —  o  acido  com  agua^ 
diluir  ;  —  com  calda  doce  ;  —  a  acrimonia 
dos  humores,  a  irritação,  o  animo,  osaífec- 
tos.  A  paciência  temperava  o  rigor  da  dòr. 

—  os  desgostos  com  o  soffâmenlo,  —  al- 
guém de  algum  aggraco,  (loc.  ant.)  fazer 
com  que  se  desaggrave.  —  instrumentos 
músicos,  afina-los.  —  o  relógio,  dar-lhe 
corda,  e  regula-lo    — desavindos,  compor. 

—  as  velas,  (phr.  naut.)  marea-las  confor- 
me o  venlo.  —  o  falcão,  dar-lhe  a  tempe- 
ra. —  a  lingua.  moderar-se,  não  oíTender. 

—  a  lingna  alheia  com  a  orelha  própria^ 
não  fazendo  caso  das  injurias.  — se,  v.  r. 
moderar-se,  notríibalho,  nas  despezas,  nas 
paixões.  — nas  palavras,  comedir- se.  — íe, 
ou  — ,  (loc.  ant.)  em  sentido  abs,,  fazer  al- 
guém boa  harmonia. 

TEMPERATURA,  s.  f.  (Lai)  grao  de  calor, 
e  de  (rio  :  a  —  doar,  do  clima. 

TEWPEREiRos,  s.  f.  pi  qualro  paos  que 
se  pregam  da  nora  para  o  eix  ). 

TEMPiiftiE,  s.  f.  (Lat,  temperies)  tempera- 
mento. 

173 


m 


Wd 


TEMPÇRiLHA,  í,  f.  (jpuça  nom  que  se  tem- 
pera ou  moiáèra  o  calor,  o  frio,  o  «abop  ás- 
pero ;  (fig  )  meio  com  que  temperamos  a 
condição  de  alguém  a  nosso  resp«ito. 

TEMPEiULíio,  s.  m.  o  modo  e  destpí^ra  de 
rétjea  de  queusaocavalleiro.  — s,  j>t.  aàu 
bos  grosseiros    V.  Tempero. 

TEMPERO,  *.  m.  (V,  Tempprar)  osaloadu 
bos  da  olha  ;  efTiiilo  do  rímedlo  temperanle; 
(fig.)  geito,  e  meios  cora  q|ie  se  ajas^lí^  e  con- 
clua aígum  negocio,  oucooi  que  se  mole- 
ra  o  agastado,  queixosp,  apaixonado. 

TEMPESTADE,  s.  /.  (s  at.  tempcstas^  tis] 
temporal  de  vento,  tormenta,  mar  alterado; 
(fig.)  grar)de  estrondo,  violência,  c  g. — de 
bombardas,  de  artilharia  ;  —  de  blasphemias 
de  gritos,  de  trabalhos,  d3Sgost.os.  —  de  «an 
gve^  batalha.  —  de  fscrupuhs  na  alma, 
remorsos  pur)g(i»i]tes,  inquietadores. 

TKMPESTR^R.  V.  u.  (do  Fr.  Uinpêtsr]  mo- 
ver-se  como  o  ar  em  tempestade,  agítar-se, 
son'rer  grande  per.urbacão:  —  com  algu- 
ma couia.  — ,  v.a.  (p  us.)  excitar;  mal- 
tratar com  repetidos  golpes.  «  Os  g[<>lpes  que 
o  vão  tempesteando.  »  Viriato 

TEMPESTIVO,  A,  adj ,  opportuno,  que  vem 
a  tempo. 

TEMpESTuosiDADE.  í.  f.  0  scr  tempcstuo- 
so.  A  —  dos  tempos. 

TEMPESTUOSO,  A,  ttdj .  (des.  oso)  suieiloa 
tempestades,  a  tormenlas.  Tempo,  mar  — . 
— ,  que  caqsa  tor  neni{>s,  tcmporaes  ;  pro- 
cdíoso ;  (ílg.)  muito  .agitado:  revolução  — 
de  calamidades,  «  iiora  —  da  morte.  »  ^Vr- 
raes. 

TEMfisno,  s.  m.  diminuí,  (chul.)  de  teo].- 
pO; 

TEMPio,  fgeogr.)  cidade  da  Sardenha,  li 
legiias  ao  N   de  Ozieri ;  7.1(H)  habitantes.  ' 

TfiMPLARIOS   OUGAVAlJ.piROS    DA  MlLiC  .!i  DO 

TEMfLOj  íhíst.)  ordem  militar  e  r<^ligiosa,  fun- 
d<|da  pelo  anno  (|,e  Í1 18,  em  Jerusalém  por 
Ilu^^  Tayens,  Godofredo  de  ííajito-Aldhe- 
mar,  e  outros  septe  Crtjzados  fr.anr.eze,3,  com 
o  fjm  df*  [uolií^erftíii  os  peregririO>.  Bal  luiíio 
lí,  rei  «Je  Jenjsalemj  lhes  coucedeu  ao  prií|çi- 
pio  uma  c.-qs^,  situada  junlo  da  ignjíi  (Í'n- 
qufdla  cida(|p,  e  que  fora  outr*ora  o  lemplo 
de^alorpão  :  d'ahi  veiu  o  seu  nome.  Faziam 
05  três  votos  de  pobreza,  casljdade.  e  obdieu- 
cia,  e  deviam  viver  de  esmollas.  porem  em 
breve  os  <lonalivos,  e  os  interesses  da  guerra 
cortra  os  infiéis  os  tornaríjni  ricos.  Depois  da 


rios,  que  estavam  em  França  foram  presoa  ao 
mesmo  tempo  :  um  grande  numero  morreu 
uaschamrpas,  ea^  consequ-^ncia  de  um  simu- 
lacro de  processo.  Finalmente,  o  papa  Cle- 
UiCnte  V,  muito  dedicado  ao  rei  de  França, 
5upprimiu  a  sua  ordem  em  18í^,  n'um  con- 
si -tório  secreto,  durante  o  concilio  de  Vienna. 
O  crime  dos  Templários  é  ainda  um  prob'eriia 
não  resolvido  Ksta  order^  entrou  em  Portugal 
em  Wli),  onde  foi  s«u  primeiro  M^^stre  (). 
(líildijn  Taes.  natural  de  Braga.  Habitaram 
primeirq  Castro  Marim  e  depo  s  o  vastte  li- 
iicio  de  Thomar,  tendo  pauilas  commen  ias 
e  bens  de  raiz,  Kxtincta  esta  ordem  por 
(^demente  V  em  131},  foram  confiscados  os 
bens  aos  Templários  de  Portugal,  e  quasl 
todos  os  fr^Mres  passaram  para  a  nova  qr- 
der»  de  <  h;jsto,  que  em  seu  lugar  estabe- 
leceram com  El-Uei  1)    I>iniz.    V.  Chrisio.^ 

TEMPLE,  (ant  )  V.    Tfimpero. 

TEMPLO,  s  m,  ({.at.  lemplum,  parçãp  d^ 
ceu  marcada  pelos  augur^^s  tom  o)iluo  j  o 
ceu ;  espaço  circumsCripto.  Deriyastí  de 
templo,  are,  contemplar)  edificio  destinado 
80  cubo  religioso,  em  que  se  adora  à  iáj- 
vindade.  ou  os  deuses  gentilicos.  Ordem  do 
— ,  os  templários.  Applica-se  a  todo^  os 
cultos,  o  que  o  distingue  de  Igreja,  Basl" 
Uca. 

SvN.  comp.  Templo,  igreja,  bqsilica. 
Templo  significa  em  geral  um  edifício  cpniT 
^agrado  a  Deus  é  ao  seu  culíp.  Di?-se  dos 
eddicios  que  os  antigo^  consagravam  a  suas 
divindades,  do?  em  aue  os  protestantes  exer- 
cem seu  culto.  O  íèmj^lo  de  Jerusalepi,  <> 
fempfo  de  A|)olo,  o  templo  dçJano;  «ha 
pesia  vilia  um  templo  de  prolíístantps.  )^ 

Fallftndo  dos  pdíticios  consagrados  ao  cu] 
to  catjiolico  ro.iiano,  diz-se  íem^>/o  onigré- 
jffl  ;  porê.n  fem/;/o  diz-se  unicamente  quan- 
do considerámos  estes  edifícios  como  habi- 
tados particularmente  pf  la  f^ívindade;  assim 
dis.^se  Vieira  ;  «  .\  fabrica  do  templo  Vaticano 
de  S.  Pedro.  »  Igreja  sign.iflca  propriamei^- 
to  uín  edifício  compaum  onde  se  reuncrá  os 
íieis  para  cejebrarem  as  festividades  re|i|5Í0- 
sas,  tributarem  homenageai  a  Deuseluuvo- 
res  a  seus  santos,  cijjas  rcdiquias  ou  ima- 
gens ai]  se  conservam. 

Ba-^iiicci  segando  sua  orií^em  de  rei,  quer 
dizer,  templo  real,  íím/;/»  raagestosó,  ma- 
gnifico   A  igreja  de  .Mafra  é  uma  basilicu. 

TEMPO,  s    m.    (Lai     tempu<,  oris,    çuja 


queda  do  reino  de  Jerusalém,  erai|:i'7,  es  j  ^  Ivmologia  aini:ja  nenhum  autor  descobria 
palharera-se  por' ioda  a  Kiirona  p  sugraen- |  OeÍp  qiie  vem  do  Kgypc  (a/m,  compreen- 
taram  o  seu  poder  e  riquezas.  Tanta  nro^- 1  d^^r,  estabelecer,  moslrsr,  e  empe  ou  m*ié 
peridade  excitou  a  invej.í,  e  lendo  se  corrom- i  forniadq  de  ma,  Ingar^  g  pé  ou  pké^  c^új^ 
pido  os  templários,  os  ^èus  vícios  t  orgulho  |  medida  jda  durai;5o  das  cousas,  da  sucçeí-: 
deram  aos  sons  Inimigosíumbello  pretexto,  do  ■  são  dos  phenomenos;  esnaçp,  dilação  ;  yâ- 
que  Filinpe-o-fÀello  «é  serviu  <3om  liabdilade .  i  gar  ;  ppnurtuni  lado,  conjectura,  pccasí^o  ^; 


TUI 

— ,  lomar  — ,  pedir  — ,  para  executar  al- 
guma cousa.  O  —  da  vinlima,  da  ceifa. 
— s,  as  estações  do  anno  Tascar  o  —  ou  o 
seu  —  em  alguma  rousa,  occupando  seem 
neH<»cio  ou  era  diverlimeulo.  Mell^r  —  em 
njeio,  delmgar  a  conclu-ão  do  negocio,  dei- 
xar, osqiiecer  com  o  andar  do  — .  Ganhar 
— ,  ancelerar-se,  appre$sar-se,  demorar,  di- 
tjjr  a  onnriusãodo  ncpuio,  procrastinar,  de  - 
longar,  temporisar.  Tomar  o  —  a  «Iguem, 
eçttrva  Io.  u  — ,  o  estado  da  alhu)osphe- 
ra  ;  íli}f.)  temporal,  tormenta.  O  — esiáfa- 
vpfavel  para  saliir  do  p"rto.  «  Quando  fez 
— ,  »  bom  vento  para  navt^gar.  Barros.  O 
—  ou  o<i  —5,  (lig  )  o  estado  politico,  o  es- 
tado dos  costum -s  da  época  presente  — , 
na  ixuisiea,  cf«mpasso.  iis  — i,  nad«nsa,no 
manej  >  das  armas,  as  occasiões  mesuradas 
erp  ques«  executam  c^TtosmovimenUts. —.v 
dos  vpfbos,  nrt  gr»nimatica ,  intlt'XÕ''S  do  ver- 
ba que  d^^noíam  a  época,  determinada  ou  in- 
determinada, í!o  acto  ou  acção.  C'>ai  oau- 
dar  do  — ,  p'*la  cí>niinuai,ã').  Andar  cora  o 
— ,  conforraar-se  «o  estado  das  cousas.  Com 
o  — ,  conformar-se  ao  estado  das  cousas 
Com  opudardo  — ,  pelo  decurso.  A — ,  loc 
adv.,  em  tempoopportuno.  A  seu — .quan- 
do chegar  a  ocitasiào  A  — *.  por  inlerval- 
\f^s  De  — s  a  — s,  era  intorvallos  distantes 
de  — .  Sem  — ,  fora  de  — ,  eru  occasiâo. 
nào  oppnrtuna.  Roupa  do—.  V.  Roda.  — 
Yeriadeiro,  o  que  é  marca  lo  p^^lo  curso  do 
sol ;  —  mó  lio,  o  que  é  marcado  p.or  um  re- 
lógio bíun  regulad». 

Sy!v.  comp  Tempo,  durarão.  O  tempo, 
diz  D.  Fr.  Francisco  de  S.  i  uiz,  é  para  a  du- 
ração como  o  espaço  é  para  a  extinção.  A 
duração  m^de-se  pelo  íe;«/)o.  como  a  exten- 
são pelo  esp?iço  O  tempo  detine-se  geral- 
mei  le,  medida  d í  tí?í rarão  das  cousas  ;  du- 
rarão é  a  permanência  d'ufiia  cousa  por 
certo  tempo.  Duração  é  tempo  áeienmnBii]  >] 
tempo  é  mais  vago  c  illimiisdo.  E  assim  di- 
zemos, que  um3  cousa  durou  muito  tempo, 
quando  não  podemos,  ou  não  queremos  pre- 
cisar sua  duração;  quando  porem  a  que- 
remos determinar,  dizemos  Cjuo  duruii  tan- 
tos dias  ou  an  jg.»,  cu  que  leve  tantos  ao- 
ni  s  de  duração. 

TEMPoHA,  s.  /".  mais  u5  no  pi.  lemporan 
(pron  o  accenlo  na  primeira.  Os  etymolo- 
gistas  referem  o  termo  í.at.  tempus,  ora. 
pi  ,  tempo,  I»  tontes,  ao  mesmo  radicíd,  que 
não  apontam.  Vem  do  Gr.  homoros,  que 
conlina,  que  lera  os  mesmos  limites],  fon- 
tes da  c^ly^ça 

TKMPORAUA,  s.  f.  largo  espaço  de  tempo 

TEJIP0R.4L,  odj  d>s  2  g.  [Lm.  têmpora- 
/t«),  que  dura  e  passa  r  m  tempo  iimiiad»  : 
transitório,  v    g.  Dsns  temporaeSi  profanO; 


THH 


TEMPORAL,  adj  dos  2  g.  (têmpora,  des. 
daj.  ai',  (t.  anat.)  Arteiia,  osso  — . 

TEMPORAL,  s  f».  [tempo ,  B  des.  raivem 
de  ruo,  arremessar),  tormenta  teropesta/le, 
^lig  )  (h  p.  us.),  —  de  artilharia,  repelidas 
descargas. 

TEMPORAL,  s.  m  (l.  anat )  Oí  temporaet, 
são  os  dois  ossos  das  têmporas. 

TRMPOHALiUADE,  5.  f.  a  quali  ladc  de  spf 
temporal,  as  cousas  e  bens  lerapora<^s,  mun- 
danos. — s,  pi  ,  fructos,'  rendas,  b^nes^es 
dos  eccKsiflslicos.  As  —s  d'esta  vida,  os 
ganhos,   bens,  proveitos. 

TEMPORALMENTE,  adc.  {menti  sufT ),  ppr 
algum  tempo,  hiimanaraente. 

TKíPORâNEO,  A,  a''j .  (Lai.  tempnranens], 
que  dura  tempo  limitado,  lemp  f^rio. 

TF.MiOHÃo,  Ã,  adj.  que  amadurece  cedo 
na  estação;  Figos  —ç,  prematuro,  antes  do, 
tempo  ordina'io.  Casar  — ,  com  cedo.  Chu- 
va — ,  que  vera  cedo,  antes  da  época  or- 
dinária Ser  dos  —  *,  d'aquelles  que  ante- 
cipara, que  se  antecipam. 

TEMPORÁRIO.  A.  d  (/  (l^at.  íempurarius), 
transitório,   não   perpetuo. 

TKMPORis,  s.  f.  pi  ires  diasde  jfjiim  na 
«emana  em  cada  uma  dis  quatro  estaçõej 
do   anno. 

TEMPORiSAÇÁo,  s.  f.  O  acto  dc  tempofi- 
sar,  dilação  caliíulada. 

tempohisador,  A,  adj.  e  8.  quo  lepapo- 
risa. 

temporisamento,  í.  m.  (ant )  V.  Te/íi/)o- 
risaçào. 

TEMP.ni^ANTE,  adj.  do$  2  h.  (des.  do p. 
a.  L.it.  em  a/i?,  tis  ,  que  temporisa.  |1q? 
mens,  espiritos,  conselhos  — s. 

temporisar  ou  TKMPORIZ^B,  V.  n  (Fr, 
lem'10'iaer,  do  Lat  tempus,  orú,  o  tempo), 
passar,  ganhar,  pairar  tem  »o,  delongar,  ha- 
ver se  com  dilação  ;  v.  g.  —  com  alguém, 
conlemporisar,  accuramodar  se  ao  tempo. 
<eder  ás  cire^u  osL^ncias  — ,  u  flf,  dtlon- 
íí?ir,  procraslimr  ;  v.  g.  temporisar  o  nego- 
cio. 

TEMPK\MENio,  (a!:t.)  V.  Temperamento. 

fEMPRAR,  (nnl.)  V,  Temperar. 

'fEMPREiRO,  í    m.  (aul.)  V.  Jtmplario. 

TKMprAÇoa.   V    lenlaçãQ- 

iKMULKiNCiA,  s.  f  (Lat  temnienll-i)  b&^ 
b"dice.  embri.-ígijiez. 

TF.MULENro.  A,  adj.  (  at.  temu^entus,  àe 
temi-tam,  viuh^  forte  :  r«d.  Gr.  meiliu  ou 
melliy,  vinho,  mel  uj(),  embebedar  se.)  us. 
na  puefia,  embriaga  lo,  bêbado.  A — com- 
panhia  »  Diniz. 

TENAÇA.   V.  'íenaz 

rENAcioAnK,  s.  f.  (  at.  tinacitas,  tis.)  a 
qualidade  de  ser  ienaz  ;  f>»rça  com  que  se 
s"gura  cousa  que  se  aferrou;  (dg)  apego, 
ntmvTOi  ^'.  ffí  %•  nds  t)cns^  U  múiàen  nfà 


692 


TEN 


TEN 


conselhos,  aos  propósitos.  —  na^  opiniões^ 
nos  vicios,  afinco,  constância,  adhesão. 

ténaCissímo  ,  A,  adj.  supsrl,  de  tenace, 
muito  tenaz,  pertinaz. 

TÊNALiiA,  s,  f.  (Fr.  tenaille.)  Simpleê — , 
(fort.)  obra  que  tem  na  frente  dois  ângulos 
salientes,  e  um  reintrante. — dobre  ou  flan- 
queada, tem  na  frente  qualro  faces  que  se 
ílanqueam  reciprocamente  cada  duas,  for- 
mando dois  ângulos  reinlranles  e  três  sa- 
lientes. 

TENANTO,  5.  m,  V,,  Cordo,. 

TÉNARE,  (geogr.)  hoje  Caih^res,  cidade 
da  Laconia,  ao  S(>.  nas  costas  do  mar,  junto 
do  promontório  do  mt  smo  nome  (hoje  cahn 
MaUpan.  Junto  do  cabo  Tenare  existia  uma 
caverna  profunda  d'onde  sahiam  vapores 
mephilicos  ;  os  habitantes  do  paizolhavam- 
na,  como  a  entrada  do  iaferno,  edeahi  se 
derivou,  entre  es  poetas,  a  synnnjmia  de 
Tenaro  e  dos  infernos. 

tenariaou  tanaiua.  V.  Pellamc. 

tenasserim  ,  (geogr.)  cidade  da  índia 
Transgangetica,  a  1/  léguas  e  meia  ao  So. 
de  Merghi. 

TENAZ  ,  s.  f.  (do  Lat.  teneo,  ere,  segu- 
rar.) instrumento  de  metal  formado  de  duas 
peças  unidas  por  ura  eixo,  com  as  extre^ 
midades  do  qual  s*^  aperta  ou  agarra  algum 
corpo;  é  usado  por  ourives,  ferreiros  e  ou- 
tros artífices.  — ,  na  milícia  romana,  tena- 
Iha.  esquadrão  disposto  era  tenalha.  Tena- 
zes  dos  caranguejos,  as  unhas  com  que  se 
aferram  e  pegam  nas  cousas. 

TENAZ,  adj.  dos  i  g.  (Lat.  tenax,  eis, 
mesma  origem  que  o  precedente)  quo  se. 
apega  a  alguma  cousa,  v,  5».  a  colía,  o,r'-n - 
de — .  — ,  quo  prendí%  agarra.  A  —  ua 
cora. — ,  (fig.)  aferrado,  obstinado,  v.g. — 
na*  opinião,  erro,  propósito.  Mentira — ,10- 
tentiva    Gente  —  ,  seccanto,  iojportuna. 

TENAZiNHA,  s    f.  diminut  de  tenaz. 

TENAZMENTE,  adv.  fmeníe  suíf.)  com  tena-. 
cidade. 

tenca,  s^  f.  (Lat.  tinca,  cu.)  nome  de  um 
peixe. 

tença,  s.  f.  (contracção  de  teença ,  ant 
do  veibo  ter.)  pensão  temporária  e  vitalícia 
concedida  a  alguém  era  premio  de  serviços. 
ler  se  ás — 5  de  onirem,  (loc.  ant.)  fiar-se, 
confiar  no  seu  patrocínio. 

TE^•gA,  s.  f.  (contracção  de  íefTifa.)  (ant } 
o  acto  do  ter,  possuir,  mantença  Damos 
posse  e — .  — ,  sustentHçào,  mantença,  de- 
fesa ,  V.  g.  para  —  do  casiello  Venhamos 
á  nossa — ,  ao  que  nos  imporia.  Surgidou- 
ro de  firme — ,  onde  a  ancora  prende  bera, 
o  não  esgarra.      , 

íirç.io,  s.  fí  (contrafçao  ([(^.intevção,  on 
do  teiisuni,  superl.  de  /cn(í:r<',  tndrr.)  in- 
tenção, inienio,  própostia.  dc.íignii».  Ter,  fa- 


zer—. As  tençõss  do  homem  só  Deus  as  sa- 
be. — ,  assumpto,  v  g.  —  do  escriptor.  «A 
—  deste  capitulo.  »  Barros.  — ,  propósito 
constante,  empreza  proseguida  com  constân- 
cia.—  do  infante  D.  lienriquQ.  A —da  lei, 
a  sua  mente  —,  o  que  alguém  demanda  em 
juizes,.  Dizer  missa  por  — de  alguém.  —  , 
for.)  parecer  que  dá  por  escripto  nos  autos 
o  desembargador.  — ,  nos  escudos,  divisa 
allusiva  ao  pi.nsamento  ou  desígnio  que  al- 
guera  tem  do  emprehender  feitos  altos  e 
gloriosos:  a  figura  que  dá  a  entender  os  in- 
tentos e  emprezas  que  tinhi  tomado  o  dono 
delle.  «  Com  motos  e  tençõss  de  seus  amo- 
res. » 

TENCE,  (geogr.)  cidade  do  França,  a  4  lé- 
guas ao  E,  de  Yssengeaux;  5.39S  habi- 
tantes. 

TESCEiRO,  s.  m.  [tença,  des.  eira.)  cobra- 
dor de  tenças,  de  rendas. 

TENCN  (("laudina  Alexandrina  Guérin  de), 
(hist )  mulher  celebre  pelo  seu  talento,  nas- 
ceu em  li  81,  morreu  em  17^9,  foi  5  an- 
nos  religiosa,  porem  alcançou  depois  dis- 
pensa dos  votos.  Enriqueceu,  como  seu  ir- 
mão, no  tempo  de  Law,  aíTectava  muita  re- 
ligião ;  porem  apesar  disso  levou  uma  vida 
muito  irregular  e  immoral.  Sua  casa  era  o 
ponto  de  rosiaião  dos  f^abios,  e  dos  talen- 
tos da  época,  aos  quaes  chamava  gracejan- 
do a  su'i  mèi^agerie  (pátio  ou  collecçãode 
anifoacs  ferozes  e  raros).  Deixou  muitas 
obras,  entre  ellas  os  dous  romances  :  o  Con- 
de de  Commingos  e  o  Cerco  de  Calaif. 

TENCIONADO,  A,  p'.  p.  de  leucionar ',  adj. 
exposto  em  tenção  forense.  Feito  — ,  em 
que  o  desembargador  escreveu  sua  tenção. 

TENCIONAR,  V.  tt  (íeMfão,  or  des.  iuf )  dar 
o  desembargador  a  sua  tenção  nos  autos. 
— ,  hoje  muito  usado  em  sentido  abs  ,  ler 
tenção,  desígnio  do  fazer  alguma  cousa. 
Tencionara  ir  ao  campo. 

TENCiONAKio.  s    m    0  que  recebe  tença. 

TENÇ0E1RO,  s  VI  (do  ltí»l.  íe.izone.)  (ant.) 
o  que  traz  vontade  antiga  ou  rixa  contra 
alguém. 

TENçoEiRO  ,  A,  adj  obstinaõo  ,  pertinaz, 
rixoso.  «O  villào  ó— .  Os  velhos  mais  ra- 
bugentos e  — s.  » 

TENçoM,  s.  m.  (do  Ital  tenzone.)  (ant.) 
briga,  volta,  rixa,  disputa,  altercação. 

TENCTEBA,  (geogr  )  povo  da  Germânia  ao 
O  ,  que  mudou  muitas  vezes  de  habitação, 
e  foi  por  fim  incluído  na  liga  dos  Francos. 

TENDA,  s.  /"  (Fr.  teníc.)  Irja  de  vender 
viveres  ;  barraca  de  campanha";  navilhnode 
j.irdim.  Lnantar  as  —s,  arma-las  para  pou- 
sar, abarrac-r  s?s  levantar  o  campo,  aba- 
lar. 

tí:nd\i.s.  (geog-.l  villa  de  lortngal  Ue- 
guiis  do  Lamefif»;   Í,.tíO  habitantes. 


tEfl 


tkJN 


963 


TENDAL,  s.  m.  (do  Lsii.  tendo,  «r^,  esten- 
der.) tolda  íixa  sobre  a  primeira  coberta  do 
navio.  «As  galés  com  shuí  /eíirfaes  de  ricos 
paramentos.»  Barros. — ,  lugar  onde  su  tos- 
quiam as  ovelhas. — ,  nos  engenhos  deas- 
sucar,  o  espaço  onde  se  assentam  as  formas 
de  assucar. 

TENDÃO,  s.  m.  (Lat.  tendo,  us.  no  pi.  ten- 
dines  ou  tendones,  do  verbo  tendere,  esten- 
der.) terminação  dura,  branca  e  íibrosa  dos 
músculos.  Os  tendões  no  estado  natural  são 
insensíveis. 

TENDE ,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  Sar- 
dos, a  l2  léguas  ao  NE.  de  Kice;  1,100 
habitantes. 

TRNDE  (Renato  de  Saboya,  conde  de)  (hist.) 
filho  natural  de  ihillippe  11,  duque  de  Sa- 
baya.  Fixou-se  em  França,  onde  foi  eleva- 
do ás  maiores  dignidades  por  Francisco  I, 
seu  sobrinho.  Morreu  em  Pavia  em   1525. 

TENDEDEiRA ,  s.  f.  [tender,  des.  eira.)^  a 
taboa  sobre  que  se  tende  o  pão.  e  se  dá  íór- 
ma  á  mas5a. 

TENDEiRA,  s.  f.  (des.  eim.)  mulher  que 
tem  tenda  ou  loja  de  viveres. 

TENDEitto,  s.  m.  (des.  eiró.)  o  que  vende 
Tiveres  em  lenda  ou  loja. 

TENDÊNCIA,  *.  f.  propeDsão,  pendor,  in- 
clinação. Os  corpos  tem  —  para  o  centro  da 
terra.  As  substancias  animaes  evegelaes  tem 
—  á  podridão. 

TENDENTE,  ãdj .  dos  2  g.  (Lat.  íendens, 
tis,  p.  a.  de  tendo,  cre,  tender.)  que  tende, 
tem  tendência,  que  se  encaminha,  dirige. 
Meios — s  á  mina  da  nação.  Ventos  ou  mon- 
ção — ,  que  leva  ao  porto  do  destino,  ven- 
tos lesos  e  continues.  —  ,  que  propende  e 
se  encaminha.  Substancias  — s  á  podridão. 

TRPiDER,  V.  a.  (Lai.  ítTidere,  estender.)  es- 
tender. —  a  massa,  dividi-la  em  pães.  O 
vento  tende  ns  telas,  enche.  —  as  telas,  des- 
ferir, (iesfraldar  ;  —  as  bandeiras,  as  mãos, 
estender.  — se,  v.  r.  estender-se,  alargar-se. 
— ,  V.  n.  ler  tendência,  propender,  ler  pen- 
dor. As  substancias  animaes  tendem  á  po- 
dridão. Os  corpos  graves  tendem  ao  centro 
da  terra.  'íende  o  vento  a  lésle. 

TENDIDO,  A,  p.  p.  de  tender  ;  adj.  esten- 
dido, desferido,  desfraldado.  Bandeiras— s, 
despregadas.  Velas  —  com  o  vento,  enfuna- 
das. Ver  a  olhos— s,  (fig.)  esforçando  a  vis- 
ta para  distinguir  objtclus  distantes. 

TBNDiLHA ,  «.  f.  dimínul    de  lenda. 

TENDiLOÃo,  s.  m.  augment.  de  lenda,  ten- 
da de  campanha,  pavilhão.  —  ,  tentilhão, 
ave. 

TENDINOSO,  A,  adj,  (Lat.  tendinosus.)  (l. 
anal.)  de  tendão;  da  natureza  dos  tendões. 
As  partes — s. 

lENEBRA.  V.  Treva. 

TKNiUKicoso,  A,  adj.  (Lat.  tenebricosus.) 
▼OL.  ly. 


acompanhado  de  escuridão  ou  perturbação 
da  vista,  do  entendimento.  Vertigem  — . 

TENEBRicosiDADE,  s.  f.  &  qualidade  de  ser 
tenebrosos  A  — da  noite  ;  (dg.)  —  de  pen- 
samentos 

TENEBR0.S0.  A,  adj.  (Lat.  tenebrosus),  mui- 
to escuro,  envolto  em  trevas;  u.  g.  noite, 
dia,  tempo,  sitio  — ;  (fig.)  obscuro,  diíTicil 
do  entender.  Matéria  — ,  malévolo,  infer- 
nal. Concelhos  —s,  ideias,  pensamentos  —s. 

TENEDOS ,  (geogr.)  entre  os  antigos  Bok- 
htolia-Adassi  dos  Turcos,  ilha  doarchipela- 
go,  ao  S.  de  i  emnos ;   G,(JOU  habitantes. 

TENENCiA,  s.  f.o  cargo  de  tenente  ;  a  casa 
em  que  habita  e  tenente.  — ,  oííicio,  repar- 
tição do  tenente  general  de  artilharia.  No  ar- 
mazém da  —  estjvam  lodos  os  depósitos  de 
armas. 

TENENTE,  s  m.  (de  tenens,  tis,  p  a.  de 
tencre,  ler,  segurar),  o  que  suppre  o  lugar 
de  outrem  que  o  encarregou  de  fazer  as  suas 
vezes;  cíTicialiiijrDediatoe inferior  ao  capi- 
tão. — s  dos  Césares,  governadores,  vice  reis 
de  provindas.  — .  (ant.),  governador  de  ci- 
dade por  el-rei.  — general,  —  rei,  govc^r- 
nador  de  praça  forte.  —  oironel,  oíTicial 
inferior  immedialo  ao  coronel.  —  do  mar, 
capitão  — ,  oííiciaes  de  marinha  de  menor 
graduaçàj  que  os  capitães  de  mar  e  guer- 
ra. 

TENENTE,  HO  scniido  participai  adj.  em 
composição,  V.  g.  lugar — .  A'  mão  — ,  de 
mui  perto.  Felejar  á  mão  — ,  travados. 

i  ENERiFFE  (Hha).  (geogr.)  Nivaria  ou  Plu- 
nialia  dos  auligos,  a  maiur  das  Canárias ; 
80,000  habitantes.  Capital  Santa  ítuz. 

TENESMO,  s.  m.  (Lai.  tenesmuft),  (t  med.), 
puXos  para  obrar. 

TENEsMODico,  A,  adj .  [t.  mcd.),  acompa- 
nhado  de   tenesmo. 

TííNETA,  W    'íinela. 

TENEZ,  (geogr  )  cabo  da  Barbaria. 

TE-NGAN,  (geogr  )  cidade  da  China,  25 
léguas  ao  NU.  de  Vou-lchaug. 

lENG-TCHEON  ,  (geogr.)  Cidade  aporto  da 
China,  nas  margens  do  mar  Amarello. 

TENiA,  s.  f.  (Lat,  toBnia,  íita,  nastro),  (t. 
med.),  lombriga  mui  longa  e  chata,  e  de 
ordinário   solitaiia. 

TENiERS  (David),  (hist.)  chamado  o  Velho, 
pintor  flamengo,  nasceu  em  Antuérpia  em 
1582,  morreu  em  16^9.  Foi  primeiro  dis- 
cípulo de  Rubens,  depois  ligou-se  a  Elzhei- 
mer,  e  foi  seu  imitador. 

TENiR.  V.  linnir, 

TENOR.  Y.  Teor. 

TENcR,  s.  m.  (liai),  VOZ  entre  adecon- 
traho  e  baixo  ;  cantor  que  itm  esta  voz. 

TENOR,  s.  m.  (pruvaveln.enie  de  íÍKa).  es- 
pécie de  vaso.  «  Aos  cantos  quatro  teno- 
res. »  Mendes  iinlo,  cap.  I2l4. 
li  4 


I 


ÍÉÍi 


TErí 


TÈísÀÀiiiètítK,  adv.  [mente  suff 
tenro,  (p.    us  ),  ternamente. 

TENREIRO,  A,  oâj .  (p.  US.),  teriro.  Meni- 
na — . 

TENREIRO  (António),  (hist  )  (listincto  por- 
tufíuez,  natural  de  Coicbbrá.  homem  de  cs- 
|iirito  e  esfoí-çado,  Hnin  de  OrrTMiz  pnH 
Bácora  em  Í52H  &úúáb  por  terra  fez  jorna- 
da para  Portugal  Escreveu:  Itenerarw  dè 
António  tenreiro,  que  da  índia  ttio  pof 
terra  a  este  reino  de  Porlvgal. 

TENRiLiiò.  V.    Tenrinho. 

TENRiNíiõ,  A,  ádj.  diminut.  de  tenro. 

TENRissiiiO,  A,  ádj.  súperlat.  áé  tenro, 
muho  tenro;  (fig.)  (p.  us.)  náuito  terno. 

TENRO.  A,  adj.  (í.àt.  (ènèr,  de  tenuo,  arè, 


•tlenuar],  molle,    brando,   v.   g.  Legumes 


até  ficar  i  se,  — ,  induzir  a  obrar  mâl,  sedazir  fenm 
promessas,  dadivas,  esperanças.  —  a  fé, 
procurar  corrompe-la.  —aDeus,  fazeroro»* 
vâ  do  seu  poder  infinito,  provocar  a  omni-* 
potencia  divina 

TENTATIVA,  í.  f.  áic^ão  cnm  que  setenta 
alguma  c  tusa,  ensaio,  pr.wa  ;  tentaífié,  eíí*' 
saio  Gserip«o  pa^a  fdzer  prova  de  capacida- 
de em  úíiíversidade. 

TÊNtR,  adj  dos  tg.  (do  Lat.  ítfnen.í,  tis) 
(hnt.)  A  mão  — ,  mui  dfj  pfjrto.  Pelfjar  a 
mão  — ,  travados  os  combatentes.  V.  Ti*- 
nehte. 

TENTEADO,  A,  p  p.  de  tentear;  adj.  sol- 
dado, examinado,  calculado. 

TEíiTEADOR,  A,  «dj   qué  tefttea. 

tknteak,  V.  a.  (n.odiricação  de  tentar.  X 
dés  ear  denota  ffiovio  enfo,  e  vem  do  lat. 
eo,  ire,  ir)  sondar,  examinar  com  algum  ins- 
trumento o  terreno  ou  cavidade,  f>.  g.  ò  c(fg6 
tetiiêa  b  caminho  com  o  bordão.  ■—  a  fe- 
rida, sondar  bom  a  tenta  ;  -^  o  fundo  áa 
rio.  — ,  (fig.)  calcular,  ensaiar,  xí.  g.  —  o 
negocio,  a  disposição  dos  anirnos,  .'empre- 
sa ;  dirigir  as  cousas  aos  setas  fins  cfom  ton?o. 
—  de  lòhge,  Ciílcular,  providenciar  anteci- 
padamente. 

TENtEioGo,  i.  íí>.  V.  ?>ubítitutó,  Lugar- 
tenente. 

TÉistiLíiÃo,  $  ih.  âvé  vulgar  da  feif'&ndò 
verdelhào  ;  nos  cotos  das  azas  e  nô  rabo  tenã 
peíiriáà  brancas. 

TKÍíTilã,  s  m.  diminuí,  detento  (do  Laf. 
tenuatim,  com  miudeza)  —  por  — ,  conlf 
ioda  a  miiiííèza. 

íEilTO,  s  m.  (do  lât.  teiítum,  sup.  de  iéri' 
</o,  «rc,  tender,  procurar)  attôhçào.  cuidado. 
Ter,  pôr  trazer  —  ém  alguma  cousa,  cui- 
iar,  dar  aílertção.  Dar  — ,  reparar,  consi- 
derar, ponderar  Perder  o  —  das  suas  obri- 
gações, descuidar  se  d'el!as  A  — ,  (loc.  adv.j 
coui  cuidado,  ait^ntamertle;  apalpando, 
pouco  a  pouco.  Sem  — ,  desíllentámenre. 
Com  — ,  com  prudência.  PÔr  —  no  leme. 
Pof  mau  —  se  perdeu  o  nhclò,  por  falta 
do  áltençãu  ao  leme,  á  fíianobra  ou  aos  bai- 
xos, escolhos.  — .  varinha  qaè  6  pintor  tem 
nS  iíiâó  esquerda  e  èrn  qUe  hpoia  a  direita 
pára  dar  os  traços  do  pincíd  com  tnr-Às  fir- 
meza. 

TiiNtO,  s.  m  (do  Làt  tenuatus,  feito  mid 


s,  _,  de  pouca  idade,  delicado.  — san 

nos,  os  da  mininice.  Engenho —,  recenle- 
mente  c  Uivado.  — ,    terno. 

TENROZiNHO,  A,  ádj.  diminut.ÔB  tenro, 
algum  tanto  tenro,  delicado.    Pés  ~. 

TENRURA,  s.  f.  a  qualidade  de  ser  tenro, 
(p    us.)  ternura. 

jmí\.   fensa- 

TENSÃO,  5.  f.  (Lat.  íensio,  anis),  estado 
tenso  dos  corpos,  v.  g.  —  das  cordas,  dos 
nervos  ;  (p.  us.)  V.   Tenção. 

TENsivo,  A,  adj.  que  estira,  causa  téfa- 

sâo. 

TEfífso,  A,  adj.  (Lat  tensus),  estirado,  cm 
éitado  de  tensão. 

TENsoEiRO.  V.  Tènpoeiro,  Uixoio 

TENTA,  «.  f.  (de  tentar  ou  íenvear)  ins- 
trumento cirúrgico  com  que  se  sonda  feri- 
da profunda. 

TENTAÇÃO,  í.  f.  (Lai.  ícríifl fio  tí%Í5J,  acto 
de  tentar,  cousa  com  que  se  tenta  al- 
guém;  induzimento  â  obrar  íbal ;  v.  g. 
Cahir  em  —,  cedera  el!a. 

TENTAÇÃO.  V.  Tentativa. 

TENTADO,  A,  p  p.  de  tentar;  adj.  indu- 
zido a  obrar  inál,  seduzido;  experimenta- 
do, empreendido,  intentado,  sondado. 

TENTADOR,  «.  ríi.  (lat.  t^nfator)  O  que  ten- 
ta. O  —,  ó  demofíic. 

TENTADOR,  A,  àdj    quc  t  »ntA,  è&áúi. 

TENTAME  è  teSíaJseN,  í.  Wl.  (tàt.  ttnta- 
men)  tentativa,  ensaio. 

TENTA54ENTO,  s.  w.  (aut.)  V.  Intento. 

TENTAR,  v.a.  [tm.  tenlarè    Veííi  dorad. 
commumá /en(íér,  qáfé  o  F{:ypcio  í<)?  mão,  I  do)  grão,  pedrinha  do  qae  sè  USàva  antiga- 
íiouíoi.  (íar,  ínover,  eiecutar.  f/zer  :  tièh 


tot,  ajudar,  auxiliar)  apalpar,  éxperímèutAr, 
ensaiar,  comraelter,  empíébender  :  -  -  o  vao 
a  empreza,  a  viagem  ;  —  a  sorte,  povar. 
Ttnlou  lodosos  ineios,  proctírou,  êtís.tlòu- 

—  os  mares,  éxpÔf-s^  iía^erí^^  da  nâVe- 
g^-gã-o  ;  —  íneioè.  Curativo^s,  noVoScaminbos. 

—  à  praça,  •acomicÈiéttè  ta  'h  ^etèeáé  pode 
levfr  deimprõYisô.  ~  ptHUfti,  àtenlurífr 


'  meniô  pára  fazer  contas,  Cxlculos ;  heje  é 
peça  de  maríim,  o&sò,  madreperoLi,  ou  fei- 
jão, ètè.,  com  qué  se  ifiarcãtíi  éspontoS  rftt 
jogo. 

TEítfóRio,  *.  m.  ttat.  tenti)riu)n)  {p.\ís.] 
téntta,  barraca. 

TtNTUGAL,  (geogr.)  villa  de  fortngat,  Si- 
tuada em  ameno  e  fertíTiíisiTiiO  cam^^ò,  2le- 
guèà  à  Mt).  dè  Coiffibraéa  1  doSíoudègo.  Wo 


tkR 


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tén  concelho  do  I«do  de  Cadima,  ha  uma  fon- 
te ou  grande  fojo  denominado  d&  tertença, 
que  sorve  tudo  quanto  lhe  lançam  dentro : 
parece  ser  aqueducto  sublírranco  natural, 
cuja  particularidade  já  t-ra  conheciJa  nu 
tempo  de  Plinio. 

TENLE,  adj.  *ios  2y.  {l&l.  tenuis,  do  íc- 
nuo,  arcj  attenuar,  que  creio  vem  do  Egy- 
pòio  nÒit,  farinha  Ninguém  até  ao  prpsen- 
te  tinha  descoberto  esta  etymologia,  que  me 
parece  muito  provável)  delgado,  de  pouca 
consistência  ;  (tig  )  fraco,  débil,  v.  y  — 
fundamento.  Esmola  — ,  de  pouco  valor. 
Sncco,  caldo  — ,  pouco  eápesso. 

TisuiDADK,  8.  f.  (Lat.  tenuitas,  íis)  a  qua- 
lidade do  ser  ténue;  delgadcza  de  sólidos  e 
líquidos  ;  (fi^  )  —  da  esmola,  pouco  valor, 
escassez. 

Thisuissmò,  A,  adj.  supcrl.  de  ténue  ; 
Oiuiio  ténue. 

TEOLOGIA,  tfol.jGO.  V.  Ihcologia,  Tkeo- 
ícfjo. 

TEOR,  s.  m.  e  não  TQEon,  que  é  contra- 
rio á  elymoiogia,  e  não  justiíicído  pela  pro- 
nuncia (do  Lat.  tenor]  o  conteúdo  textual  de 
ura  escripto ;  (íig.)  modo,  maneira,  nor- 
ma. 

TEORfMA.   V    ThéorertM. 

TEOBii.  V.    Theoria. 

tfpe,  s.  m.  V.  Cesptd^'. 

tepez,  (ant.)  V.  Contumaz. 

TEriDAíir^TE  adv.  {mente  snlT  )  com  pou- 
c^  calur,  tibiamente. 

TÍpiDO,  A,  adj  (Lat.  tepidus)  morno,  pou- 
co quente  ,  (fig.)  tibio,  frouxo. 

TKPoR.  s.m.  (Lat,)  temperatura  do  corpo 
tépido.  Pron.   íepór. 

TEQLE.   V.  Âté  que. 

Ter,  ».a.(Lat  íengrc.  Deriva-se  do  Egí- 
pcio tot,  mão,  ewtfm,  com.  ou  titot^  tomar. 
O  Gr.  tcinô,  estender,  tender,  vem  do  mes- 
mo radical  íoí.  mão)  possuir,  conservarem 
seu  poder,  ».  g.  —  bens,  dinheiro,  íllhos; 
possuir  qualidades,  gozar  '.e,  ou  padecer, 
soffrer,  v.  g.  — iuizo,  talento,  razão,  justi- 
ça ;  —  saúde,  dores,  penas,  cuidados,  sau- 
dades. —  ideias,  noções,  sensações  Tenho 
cincoenla  annos,  d«  idade.  Teve  boi  viagem. 

—  vma  posição,  occuftór,  estar  de  posse 
d'tlla.  Us  Mouros  tinham  o  cabeço,  o  cas- 
lello.  — mão,  suster,  resistir,  fenka  ir'*íf>i 
susppnda,  nãoprosiga.  — o /ja«o,  alaíbar. 

—  d^encontro,  resistir  ao  choque,  ao  em- 
bate. — ,  manter,  cumprir  ;  —  a  promessa. 

—  inveja,  invejar.  —  receio^  receiar.  — 
susto,  a!-suslar-se.  —  dó,  condoer-se.  — 
eompairúo,  compadecer-se.  —  que  fazer 
com  alguém,  ter  negócios  com  elle.  —  ra- 
zões com  'alguém.  —  o  preito  ou  plcUo, 
(ant  )  sustentar,  defenáer  a  d  manda,  ir  — 
fi  algum  lugar,  fallando  de  caminho,  termi- 


nar, V.  g.  esta  estrada  vai  —  á  cidade  ;  esta 
rua  vai  —  aocáes.  Ir  — ,  failando  de  pes- 
soas, navios,  animaes,  chegar  a  um  sitio, 
aportar,  fr  —  com  alguém,  ir  procurâlo. 

j  —  po.-  certo,  crer,  jul;?arcomo  cousa  cer 
tá.   —  alguém  por  verdadeiro,  flel^  r»>pu- 

I  lâ  lo  por  lai,  fazer  conceito  d*elle,  fazergraa; 

;  de  apreço,  —  em  pouco,  desprezar.  — ,  .^anl ) 

I  valer.  E'  trova  que  tem  por  seis,  que  vale 
seis.  — SB.  t.  r.  conter  se,  reprimir-se.  — 
cm  si,  raoderar-se.  — .■«  C4>m  alguém,  re- 
sistir-lhe.  — se  empe,  su-^ter-se. — st  acU' 
guma  cousa,  ater-sp,  estar  seguro,  confíi- 
do  nella  ;  estar  satisfeito  cooi  ella.  — ,  é  ver- 
bo auxiliar,  e  assim  como /latcr  serve  a  for- 
mar os  tempos  compostos  dos  outros  verbos, 
e  att^  os  do  mesmo  verbo,  r.  g.  tinha  havi- 
do, lido,  amado.   Teria  feito,  fallado 

TER,  substantivado,  bens,  havnres.  linha 
teres    K'  mais  us  ,  no  p/    V.   Teres. 

TERÇA,  s.  f.  8  terça  parte,  v  g.  —  da  he- 
rança, das  rendas  do  conselho.  — ,  uma  das 
hoias  canónicas  depois  da  prima.  — ,  peça 
de  madeira  que  se  lança  por  baixo  dos  cai- 
bros, para  não  dubrarem  ou  sellarem. 

T£ilÇ.\A    ou    TKàÇAN,    adj.    f.   OU   S.    /.    (do 

Lat  tcrtiana)  febre  cujos  paroxysmos  voltam 
no  terceiro  dia,  ouu.m  dt.Miiu,  outro  não. 

TKRÇADO,  A,  p.  p.  do  terçar;  «<//.  que 
tem  mistura  de  três  cousas.  Pão  — ,  de  fa- 
rinha de  liigo,  milho  esenleio.  — .  traça- 
do. Tinha  —  a  cap''.  — ,  posto  detravez. 
A  lança  —  por  cima  da  cabeça,  atravessa- 
da. 

TERÇíDO,  s.  m.  vulgo  THAÇ.^DO  (do  pre- 
cedente] espada  curta.  — s  mouriscos. 

TERÇADOK,  A,  adj.  (ant  )  V  Terceiro,  Me- 
dianeiro. 

TERÇA-FEIKA,  s  f.  0  dia  da  semana  que 
vem  depois  da  segunda  feira,  o  terceiro,  can- 
tando o  domingo  por  primeiro  V.  Feira  o 
Feria. 

TSHçio,  s.  m.  (agric.)  ramo  de  vide  que 
nasce  da  cepa,  e  que  se  deixa  i  vinha  eo 
poda-la. 

tekçar  ,  V.  a.  {terço,  ar  des.  inf.)  atii- 
tarar  ires  cousas,  •.  g.  trig*»,  milho  esen- 
teio,  para  fazer  pâo.  —  cal,  ftmassa-la  com 
agua  e  areia. — ,  repartir  em  três  par tvs,  ». 
g.  —  a  presa,  o  despego.  — ,  airave.iSar:  -^ 
a  capa,  a  lança.  — ,  favorecer  «  Terjça-me 
o  jogo  mal  e  and«  de  pirda.  »  — ,  servir  de 
medianeiro,  «.  g.  -7-  p^  amante,  '-er  aloo- 
vileiro.  — ,  (ant  )  favorecer,  ser  favttrav«l. 


«O    vento    nom    ttrçaia    para    naveg/?r  » 
lne«).  1.  4G1. 

TERÇAFIA,  *.  f.  (ant.)  intercessão»  media- 
ção ;  deposito,  íieldade  de  terceiro.  «  .Maa- 
d(.u  o  pfntlice  ínnocencio  iÚ  %ueasviUas 
da  contenda  se  puzesstm  em  — .  »  }A^a. 
Lus. 

«74  . 


696 


TER 


TER 


TERÇAS ,  5.  f.  as  terças  partes.  Ás  —  do 
concelho,  a  terça  parte  das  rendas  das  ca- 
maríis  que  os  povos  concederam  aos  reis 
para  sustentação  das  fortalezas,  — pontifi- 
caes,  a  tprça  parte  das  rendas  ou  obloções 
feitas  ás  igrejas  que  pertencem  á  mantença 
dos  bispos.  As  —  do  anno,  os  três  quartéis 
de  quatro  mezes  cada  um 

TERCEIRA,  s.  f.  medianeira,  alcoviteira. 
— ,  na  musica,  consonância  que  compre- 
hende  o  intervallo  de  dois  tons  e  meio. 

TERCEIRAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  em  ter- 
ceiro lugar. 

TERCEIRO,  A,  ttdj ,  (Lat.  tcrtins,  àeíres.) 
que  está  logo  depois  do  segundo.  —  pessoa 
do  verbo.  Ordem  —  de  S.  Francisco. 

TERCEIRO,  s.  m.  (do  precedente,  por  elli- 
pse,  subentendido  individuo.)  medianeiro, 
o  que  faz  bons  oíTicios  a  alguém ;  alcovi- 
teiro. 

TERCENA ,  s.  f.  (Ital.  darsena,  do  Arab. 
darsena  ou  tarçana ;  dar,  casa,  e  sena, 
obras.)  almazem,  v.  g.  —  de  trigo,  de  cor- 
doalha, munições. 

TERCENAR.io,  s.  m.  beiíeficiado  na  terça, 
parte  dos  benesses. 

TERCENEiRO,  s.  f».  0  que  trabalha  nas  ter- 
cenas. 

TERCER,  (ant.)  V.  Terctiro. 

teRcerdia,  s.  f,  (ant.)  prítzo  de  três  an- 
nos,  três  mezes,  três  seman?s  e  três  dias 
que  a  lei  concedia  para  se  cobrar  divida. 

TERCES1M0.  V.  "írigesimo. 

TERCETAR,  V.  tt.  OU  n.  [tcrceto,  ar  des. 
inf.)  (ant.)  fazer  tercetos. 

TERCETO,  s.  m.  tres  versos  que  fazem  par- 
te do  soneto. 

TERCiA ,  s.  f.  uma  das  horas  canónicas 
que  se  segue  á  de  Prima. 

TERCiAR,  V.  a.  V.  lerçar,  a  lança. 

TERCíENA.  V.  lercena. 

TERCINELA     OU     TERCIOKELA,     S.    f.    eStOÍÍO 

de  seda  de  Itaha,  mais  encorpado  que  o  ta- 
fetá. 

TERCiODECiMO,  adj .  docimoterceiro. 

terciopello,  s,  m.  (Cast,)velludodelres 
pellos. 

TERÇO,  s.  m.  a  terça  parte.  Um — .—da 
espada.  —  de  soldados,  na  milícia  antiga, 
era  quasi  um  regimento.  —  de  návs,  divi- 
são. — ,  (Snt.)  bom  meio  de  conseguir. 

TERÇO,  A,  adj.  V.  Teimoso,  Pertinaz, 
Obstinado. 

TEEÇÓ,  s.m.  V.   Trfçó,  Açor.  Falcão  — . 

TERÇOL,  s.  m.  (taluzcoLat.  tors\,m,  sup, 
de  tojqveo  ete,  torcer)  lumoizinho  que  nas- 
ce na  f^j.tlla  do  olho. 

TEtEBiMiuNA,  s.f.  (Lut.,  doGr.  íerebin- 
ihos,  ê^^enn,  molle,  e /n/7/5,  pinheiro)  re- 
sina de  terebinlho. 


TEREBiNTHiNADO,  A,  ãdj.  preparado  com 
terebinlhina 

TEREBiNTHol  s.  m.  (do  Lai.  terehinthus) 
arvore  que  dá  a  resina  chamada  terebin- 
thina. 

N.  B.  Na  ultima  edição  de  Moraes  raan- 
da-se  ver  iherebentina  atherebinío,  orlho- 
graphia  errada. 

TEREBRA,  s.  f.  (Lat.  terebrv.^  verruma)  ma- 
china  de  guerra  antiga. 

TEREBRAR.  V.  Furãv  com  verruma. 

TERECENA.  V.  lerceno, 

TERGEMiNo,  A,  ttdj .  {LaiAergeminus]  tri- 
plo. O  —  Geryão,  que  tinha  tres  corpos 
unidos  em  um. 

TERGIVERSAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  tergitcrsatio^ 
onis]  meios,  razões,  desculpas,  pretextos  eva- 
sivos. 

TERGiVERSADDR,  A,  adj.  8  s,  (Lat.  tergi- 
versafor)  pessoa  que  tergiversa,  que  usa  de 
tergiversações. 

TERGIVERSAR,  V.  u.  (Lat.  tergiversavi,  de 
tergum,  costas,  e  tJenor,  ari,  voltar  as  cos- 
tas ;  (fig.  e  mais  us.)  usar  de  meios  evasi- 
vos. 

TERGo,  s.  m.  (Lat.  tergum)  (p.  us.)  as  cos* 
tas. 

TERiciA.  V.  Ictericia. 

tErjlraír.  V.  Tresjurar. 

iermeNtina,  erro  vulgar  por  terebinlhi- 
na. 

TERMINAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  terminatio,  onis, 
conclusão,  remate  ;  desinência  das  palavras. 
As  íermiííCfões  porluguezas  emão,  ões,  são 
ingratas  ao  ouvido. 

TERMINADO,  A,  p.  f.  de  terminar ;  adj. 
coneluido,  rematado.  Palavras  —  por  som 
nasal. 

TERMINAI-,  adj.  dos  2  g.  final,  que  ter- 
mina, remata  ;  que  diz  respeito  aos  termos 
ou  marcos  dos  campos.  Deuses  ternrinaes, 

'iERBiNANTE,  cdj ,  dos  2  </.  (Lat.íerwuVíCtií, 
tis,  p.  a.  de  termino,  are]  que  termina  ;  .de- 
cisivo, llazões,  textos,  provas  — . 

TERMiNANTissiMO,  A,  adj.  swperl.  deter- 
minante. 

TERMINAR  ,  t;.  a  (1  at.  termino,  are,  de 
terminus,  limite;  (ir  ícrn- o,  lim,  termo, 
limite;  plania  do  pc.  Court  de  Gébelin  con- 
funde terma  com  //crwjw,  e  as  suas  estatuas 
mutiladas  qu<;  decoravam  os  jr.rdins  O  vo- 
cábulo i  at.  e  Gr.  vem  de  horos  fim,  limi- 
te ,  legra,  maneira  ;  horizô,  limitar,  termi- 
nar, ceterminar.  Daqui  vem  todas  as  ac- 
ctpções  íi^íUíadasde  termo.  O  t  inicial  vem 
de  litlumi,  jôr,  collocar.)  pôr  termo,  Irmi- 
te,  í,m',  limitar.  —  a  diícuíísão,  o  prccf sso^ 
a  guerra,  a  (  bra  con  fÇf  da.  —  se,  t).  r  aca- 
be* r.  A  ttbie  teimiiuM  por  Lm  suor.  A  pa- 
lavra termina  em  vogal. 


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TER 


«97 


TiBUiNÁtiVAMENTí,  adf).  (men<« suff), de 
mof^o  terminante,  respectivamente  ao  termo, 
ao  objecto. 

TERMiNi,  (geogr.)  cidade  da  Sicília,  9  lé- 
guas a  E.  de  Palermo;  14,í()í)  habitantes. 

TiRiíNO,  s.  m.  (pron.  término:  Lat.  ter- 
minus),  limite,  termo,  raia,  fim,  marco  di- 
visório €  Tendo  o  —  ardente  já  passado.  » 
Camões,  a  lona  tórrida. 

TERMO,  s.  m.  (Fr.  terme,  do  Lat.  termi- 
nus),  marco  divisório,  limite,  raia ;  (fig.), 
remate,  conclusão  ;  tempo  fixo  para  execu- 
tar algun^a  coiisa,  prazo.  Fazer  — ,  cessar. 
— ,  espaço  de  tempo  que  soda  aos  litigan- 
tes no  foro.  — ,  (t.  for.),  declaração  feita 
por  alguém  de  fazer  ou  de  se  abster  de  al- 
gum aclo.  V.  g.  Assignar  um  — ,  nos  au- 
tos judiciaes.  — ,  (fig.)  modo,  geito,  manei 
ra  de  se  portar,  maneiras,  cortezia  ;  estado 
convincente,  v.  g.  Pôr-se  em  — s  de  bri- 
gar. Fazer  — í  de  morte,  (ant.),  estar  expi- 
rando. —  médio,  temperamento  para  se  di- 
rigir em  algum  negocio,  igualmente  afastado 
dos  dois  extremos;  palliativos,  modos  de 
escapar,  de  eludir,  tergiversões.  Em  —«ba- 
beis, sem  inconveniente,  sem  prejuízo  ile 
terreiro.  Levar  uma  cousa  por  seus -~,  or- 
denadamente, por  meios  ap})ropriados  — , 
vocábulo,  dicção,  palavra.  — s  sci*»ntificos. 
—  de  villa,  limites  da  jurisdicção  do  magis- 
trado. — ,  no  calculo  é  ura  membro  da  pro- 
porção arilhmetica  ou  geométrica.  —  ante- 
cedente, —   consequente. 

SYN.  comp.  Termo  próprio,  sentido  pró- 
prio. Talvez  se  confundam  vulgarmente  es- 
tas duas  expressões,  mas  em  litteratura  de- 
signam cousas  mui  distinctas. 

Termo  próprio  quer  dizer  termo  que  ex- 
prime bem  a  id«ia,  esteja  elle  tomado  na 
accepção  que  se  queira  ;  termo  tomado  em 
sentido  próprio,  quer  dizer  que  está  toma- 
do na  accepção  primitiva,  em  sentido  recto, 
não  translato.  Assim,  por  exemplo,  quando 
usámos  a  palavra  coração  para  disignar  a 
parte  moral  do  homem,  servimo  nosd'um 
termo  propritt  e  propriissimo,  porque  ex- 
prime perfeitamente  a  ideia  ;  porem  não  es- 
tá tomado  em  sentido  próprio,  pois  cora- 
ção nio  designa,  em  sua  primitiva  accep- 
ção,  mais  do  que  a  estranha  matéria  que  se 
chama  assim  em  nossa  lingua. 

TERMO,  (myth.)  deus  latino  protector  dos 
limites.  O  deus  Termo  era  muito  venerado 
no  campo.  Representavam  como  um  marco 
de  pedra  com  braços  e  cabeça. 

TKRifAMENTE,  adv.  (meníc  suff.),  com  ter- 
nura. 

TERNÁRIO,  A,  adj  (Lat.  íernortus),  de 
três.  iNumero — ,  na  musica  :  compasso — , 
em  três  tempos  iguaes. 

TERNAS,    S.    m.    pi.    ou    TERNOS,    S.   m.pl. 
▼01»  1T« 


o  ponto  de  três  pintado  no  mesmo  lado  dos 
dois  dados. 

TERNEíRA,  s  f.  (Cast.  temera),  novilha 
tenra,    vilella. 

TF.RNEZA.  V.  Ternura. 

TERNi,  (geogr  )  cidade  do  Estados  Ecclii- 
siaíniico,  5  léguas  a  SO.  de  Spoleto  ;  8,IjOO 
habitantes. 

teRNissimamente,  adv  superlat.  de  ter- 
namente. 

terníssimo,  a,  adJ.  5M;)er/aí.  de  terno. 

TERNO,  A,  adj.  (Lat.  tener,  tenro),  mavio- 
so, meigo,  compassivo,  brando,  v.  g.  — s 
queixumes.  Palavras  —s.  Os  clássicos  anti- 
gos escrevem    tenro. 

TERNO,  *.  m.  (Lat.  ternns,  adj.),  appa- 
relho  de  três  cousas  semelhantes  ;  Ires  nú- 
meros da  loteria  de  noventa,  de  que  se  ex- 
trahem  cinco,  —s,  pi.  os  três  pontos  que 
pintão  o?  dados  do  um  lanço. 

TERNURA,  s.  f.  brandura  maviosa,  o  ser 
terno  :  v.  g    —  de  n^ãi. 

TRROLERO,  5.  m.  uM  soffi  OU  toada  a  que 
se  dansava. 

TiRPANDRO,  (hist.)  musico  6  poeta  grego, 
nasceu  na  ilha  de  Lesbos  no  anno  67H  antes 
de  Jesu-Christo.    Ajuntou   3  cordfs  á  lyra. 

TERPSicoRE,  (myth  )  uma  das  nove  mu- 
sas, éra  a  que  presidia  á  dansa 

TERRA,  s.  f.  (Lat.  terra  ;  Sanscrit.  dha- 
ra  ;  Pers.  ard,  arz,  arzu  ou  ers  ;  Gr.  éra; 
Céltico  ar,  er,  ter,tir;  Saxão  e  Aliem,  crd, 
aerd:  Ingl.  earth,  liebr.  Chald.  ari,ãrez, 
ou  araz,  A  ab.  ârd.  A  origem  d'esle  vo- 
cábulo quasi  idêntico  em  todas  as  referidas 
línguas,  é  incerta.  O  celebre  e  agudo  Hor- 
ne  Tooke  o  deriva  do  Angio-S^xào  erian, 
que  corresponde  ao  Lat  arare,  lavrar  com 
arado;  mas  parece-me  incontestável  que  o 
termo  é  muito  mais  antigo  que  o  uso  do 
arado,  e  até  dos  instrumentos  os  mais  vul- 
gares e  simples  da  agricultura.  A  meu  ver 
o  sentido  primitivo  de  terra  refere-se  ao 
cbão  solido  comparado  com  as  aguas.  O 
Sanscrit.  dhara  vem  de  dhri,  soster.  Em 
Gallez  troes  significa  o  pé,  e  em  Teutoni- 
co  e  taxão  tredan,  pisar,  caminhar.  M. 
Webster  no  seu  novo  Diccionario  Inglez  $«p- 
põequc  vera  do  Arab  aratza  que  significa 
roer,  reduzir  a  pó.  Parpce-m<5  inadmissível 
tal  supposição,  e  creio  que  a  origí^m  é  hgy- 
pcia,  do  radical  rat,  pé;  kkarat,  debaixo 
de  mim,  o  que  está  debaixo  dos  pés,  isto 
é,  a  parte  solida,  firme  do  globo  sobre  que 
caminhamos,  e  pisamos ;  talio  erat,  estar 
firme,  e  com  o  artigo,  estabelidade.  Neste 
sentido  o  radical  se  applica  igualmente  ao 
Lat.  terere,  pisar,  calcar,  ao  Gr.  tribo,  cal- 
car ;  tribos,  caminhos.  estraHa  batida,  e 
enerthe,  por  baixo,  inferiormente),  o  solo, 
a  parte  branda  ou  pidverulenla  do  solo,  em 
176 


698 


TER 


TtR 


opposiçSo  ás  pedras,  metaes,  crystallisado- 
res.  — ,  (t.  scientifico),  antigamente  signi- 
ficava o  mais  pesado  dos  quatro  suppostos 
elementos  ,  e  as  substancias  solidas  eão  me- 
tallicas  ILJe  na  chiraica  moderna  nãoé  usa- 
do. Na  pharmacia  dá-se  o  nome  de  —  a  mui- 
tas substancias  sjilinas,  ©.  g.  —  foliada  de 
tártaro.  —  ponderosa,  barytes.  — ,  terre- 
no. E  —  própria  para  lavoura,  pasto,  hor- 
ta, pí»mares.  Oanhar  o  inimigo  — ,  fazer 
progressos,  entrando  pelo  campo  Ganhar 
—  com  alguém,  (fig.)  grang^ara  sua  ga- 
ça,  o  seu  favor  por  lisonjas,  serviços,  me 
xericos.  —  chan,  plana,  campina,  nào  cer 
cada  de  muros.  —  secca,  afastada  de  rio 
ou  do  mar.  A  —  fria.(rig  ]a  sepultura. 

TEBRA,  (mylh.)  Tellas  deuza  dos  pagãos 
segundo  «Iguns  autores  a  mesma  que  Cabe- 
ie, era  mulher  d'l]rano  e  mài  do  Oceano, 
dos  Tilães,  dos  Gigantes,  dos  Cyclopes,  de 
Rhea,  Temis,  Telhys  o  Mnosymo 

TERRA  FIRME,  (gpogr.)  dá-se  algumas  ve- 
ies este  nome  :  1.°  á  parte  septentrional  da 
'  Aíuerica  do  Sul,    2.°  ás  províncias   €onti- 
iientaes  da  republica  de  \enpz.i. 

TERRANOVA,  (gcogr.)  nome  de  muitas  cf- 
dades  do  reino  das  Duis  Sicilias,  as  princi- 
pass  são:  l.'*  na  Cnlabria  41pguasao  S  de 
Cassano  ;  2  *  na  Calabria-Ulterior,  5  léguas 
e  meia  a  NO.  deGerace;  ^>.^  na^^icili»,  15 
léguas  a  SO.  de  Catana;  9,200  habitantes 

TERRA  DOS  COELHOS,  (geogr.)  ilha  da  Guia- 
na hrazileira,  entre  os  confluentes  dos  rios 
Aruari  ou  Carapapuris  com  o  Amazonas,  e 
o  Araguari  com  o  Oceano. 

TKRRA  NOVA,  (geogr.)  vasto  banco  d'areia 
no  Atlântico,  a  K.  e  a  SE.  da  ilha  da  Torra 
fíova ;  é  «onde  se  faz  a  pesca  d.i  baca- 
lhau. 

TERRA  ?íovA,  (geogf.)  em  inglez  New  fonud 
land    grande  ilha  da  America  Si»ptentrional 
Ingleza.  perto  deLabrador;  11)0,000  habi 
lantes.  Capitui  S.  João. 

TitRRAÇA,  i.  f.  (Fr.  terrasse.)  terrsdo. 

terrackna.  V.   Tercena. 

lERRACiNA,  (geogr.)  cidade  do  Estado  Ec- 
clesi&stico,  20  léguas  a  SE.  de  Roma  ;  4,100 
habitantes. 

trrraço,  *.  t».  V,   Terrado. 

TeRRADA,  s.  f.  (do  Arab.  tsrrad.)  navio 
pequeno  asiático  de  guerra. 

TERRADEGO,  s.  m  (ícr^fl,  rf^^o  sufT  )  (ant. ' 
quarentena,  a  quadrfigesima  parte  do  valor 
do  pr«dio  que  o  foreiro  paga  de  laulemio 
ao  senhoi*  «íireito,  pela  licença  de  alienar  f> 
prédio. 

lERRADBGUiiRO,  t.  m.  0  cóneRO  da  Sé  de 
Coimbra  que  cobra  os  terrade^osou  laude- 
mios  pertí-ncentes  ao  cabido. 

TMRAUiGo,  i.  m.  rend»»  qnfi  fagaor^a» 
4eiro  do  prédio  «ibeio  gu«  oulliva. 


TERRADiNflA  ,  *.  f  diminut.  de  terrada 

TERRADO,  s,  m.  {tema,  'ies.  ac/o  que  de- 
nota extensão  )  terreno  que  cada  tenda  oc- 
cupa  na  feira,  e  que  4  oeçupado  por  todas 
as  lewdas  da  feira;  tea  descoberta,  e  arga- 
massada sobre  a  casa  eu  vez  de  telhado, 
onde  se  pa«seia  «  toma  o  ar  nos  paizes  quen- 
tes ;  o  p3vimenlo  do  edificio. 

TERRADO,  A,  adj .  coberto  de  telhado  ar- 
gamassado. €  Os  edifícios  .«ão  todos  — s  por 
terra.  »  Tenreiro.  — por  baixo  ,  aterrado  o 
splho    não  solhado,  ladrilhado  ou  lageado. 

TERRAL,  adj.  dos  %  g.  quij  vem  ou  sopra 
da  terra.  Vento  — . 

TERRANQuiM,  s.  tn.  (t.  Asiat.)  espécie  de 
embitrcaçfo  da  índia. 

TERRA w TEZ,'  adj.  dos  2  g.  natural  de  uma 
terra,  nascido,  produzido  nclla.  «  Daqui  é 
é  _.  »  terra  — , 

TERRÃo,  s.  m.  V.  Torrão  por  uso. 

iV.  B.  Barros  escreve  íerrão,  deriva ni 0-0 
de  terra,  mas  o  uso  constante  tem  preferi- 
do torrão. 

terrapleuado,  A,  p.  p.  de  terraplenar  ; 
a^Ij   alizado  em  terrapleno. 

TERRAPLENAR,  V.  a.  [t$rra,  pUno,  ar  CQi 
inf.)  encher  um  vão  de  terra  fazendo-o  mas- 
tro :  —  o  baluarte. 

TERRAPLENO,  s.  Til  (Fr.  terrepleín.]  terre- 
no com  que  se  enche  algum  vão,  olizadí, 
aplanado  •  —  de  re}  aro,  do.  baluarte. 

terráqueo,  a,  at/j  do  globo  da  terra.  O 
globo — .  a  terra,  planeta. 

terkaçson,  (gyogr  ]  cidade  de  França,  8 
léguas  aoN.  deSarlat ;  2,945  habitantes. 

terRatorio.   V.  Território. 

terRkal,  adj.  dos  t  ^.  da  terpa,  munda- 
no. O  paraiso — .  Concupiscências  terreaet 
e  carnais. 

terrear,  V.  a.  ou  n.  apparecer  a  terra, 
o  solo  descoberto  sem  vegetação.  «  Em  Ja- 
neiro põe-te  no  outeiro,  sa  vires  verde.sr  poe- 
te a  chorar,  se  vires  terrear  põe-te  a  an- 
dar » 

terreiro,  s.  m.  espaço  despejado  plano, 
espaçoso,  lugar  onde  antigamente  se  exer- 
'íiam  a  tirar  a  besta  ;  lugar  onde  os  pastores 
se  ajuntam  a  cantar  e  bailar. /''azer — ,  fazer 
lugar,  desembaraçar  a  praça.  Fazer— s  de 
patacão,  (expr.  chula)  basofiar  muitn.  Ser 
— ,  alvo,  ol-j^cto,  ».  g.  —  da  maledicência, 
do  aborrecimento  Tirar  o — ,  desafiar. — 
io  trigo,\higar  onde  os  particulares  sãoobri- 
içados  a  depositar  o  seu  trigo,  e  outros  ce- 
reais para  ali  se  venderem  ao  publico. 

TERRURO,  A,  aí/;",  (anl.)  térreo.  Caíoí — s, 
terress. 

TERREMOTO,  s.  m.  (Lat.  terr(Z-motm  ) aba- 
lo, rumor  do  sfdo  causado  por  volcõas  ou 
outros  agentes  n>turaes ;  (fig.)  grande  es- 
trondo, Aj>alo,  p,  g.-^^^  bombarda», 

.7í    ..*UV 


TER 


TES 


699 


TERRENno  ,  A  ,  adj .  da  terra,  terrestre ; 
mundano.  V.  Terreno. 

TERRENO,  A,  atlj .  (Lat.  ter r enut. ) de  ifr- 
M  ;  terrestre,  mundano.  «  Dv.'leitações — .  » 
Arraes.  Vento — ,  terral.  «A  tôr  —  e  pa- 
Ifda.  »  Camões,   côr  de  lerra. 

TERRENO,  s.  m.  (Lat.  terrenum.)  campo, 
perçào  do  lerra  para  agricultura  ou  pari 
edilicação. 

TKRRKNTO  ,  A,  údj .  (des.  enío.)  que  teuí 
mistura  ou  natureza  de  terra.  Ferros  ior- 
mentos. 

TERREWTORio,  (flut.)  V.   Tetritorio. 

TERiiEo,  A,  adj.  (Lat.  í«rr«iíí  ) da  lerra; 
da  natureza  da  terra.  «Às  partes  —t  dos 
corpos.»  (,ôr — .  Casns — 5,  rentes  com  o 
tiro.  Entender — ,  (fig.)  entendimento  ras- 
ttint.  Linha—,  na  pintura,  q;i«  se  íigura 
tirada  dos  pés  das  íiguras  horizontaLitente. 

TÉRREO,  8.  m.  (aat)  terreno  baldio,  ter- 
ra inculta. 

TeRRE8T*e  ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  terres- 
trif)  da  terra,  mundano.  Guerta  — ,  (p.  us.) 
que  se  faz  po"  tí»rra. 

Iehribkl    V.   Ttrrirel. 

lERHiBELMEWTE.  V.   Terrivelmente. 

TERKíBiL.  V.  Territel. 

TERRiBiLiDADE  ^  s.  f.  &  qualidade  dê  ser 
terriveL 

TERRiBiLissiMO,  A,  ãdj .  supcrl.  de  terri- 
bih 

TEHRiBUí.AiiENTo,  *.  f».  (Lat.  terricula- 
mentum]  (ant.  e  des.)  terror,  assombra- 
merio. 

lERRiFiCADO,  A,  p.  p.  de  terr  ficar;  adj. 
a  queiQ  se  in>pifou  terror,  amedrontado. 

TERRIFICANTE,  adj.  do$  2  Q.  (Lai  terri- 
^cans,  tis,  p.  a.  de  ícrr?7?co,  are.)  que  ins- 
pira, ciusa  terror. 

TEKRiFiCAR  ,  t.  a.  (lat.  tcrrifico,  are.) 
causar,  inspirar  terror. 

TERRiFCo,  A,  adj.  (Lat.  terrificus.)  que 
causa,  inspira  terror. 

TERRiGE^o,  A,  oí//.  (l  at.  íerr/^cfiMí.)  ge- 
rado  na  terra,  nascido  delia. 

TERRtJtA,  s  f.  (Fr.  ícrrinc.)  vaso  de  lou- 
ça, porcelana,  ou  prata,  redondo  ou  oblon- 
go, em  qire  st  serve  na  mesa  sopa  ou  cal- 
do. 

TERRiPLKWAR.  V.   Teiraplenav. 

TERRITORIAL,  udj  dos  2  ç.  do  territorio, 
que  rpsptíiía  ao  território.  Justiça — .Divi- 
sões territoriaes, 

TERRITÓRIO  .^.  m.  (Lat  terriíorium  ]  área 
occupttda  por  cidade,  villa  ou  lugai;  o  cir- 
cuito a  que  abrange  a  jurisdic<,iio  do  ma- 
gistrado ou  prelado,  comarca. 

TERRÍVEL,  adj.  dos  ^  g.  (Lat.  territnlis.) 
que  causa  terror.  Terrtceif  calamidades. — 
estrigo. 

TERRiviL,    (geogr.)  montanha  da  Suiísa, 


ao  SE.  deForenty;  o  seu  verdadeiro  nome 
ó  mente  Terri. 

T^.RRiVELMENiE,  adv,  (men<0 suff.) de BQO- 
do  territel. 

TEHROADA   OU   TORROADA,    8.    /*.    (ant.j    «F- 

remesso,  tiro  com  torrões. 

TERROR,  «.  m.  (Lat.  teiror),  grande  me- 
do, susto,  pavor  com  perturbação  do  espi»- 
rito  causado  por  perigo  imminente.  v.  g. 
Causar  — .  Pôr  —  nosaiiimos;  j.ôr  os  âni- 
mos em  — .  «  tra-mos  —  e  medo  a  todo 
aquelle  oriente.  »  Barros,  ij,  6,    i. 

TERRURISAR  OU  TERRORIZAR.  V.  a.   [t^rror, 

e  ixar  des.),  inspirar  terror  aos  iniiLigos  do 
systema  pfililico    dominante  ;  terr. ficar. 

TERRORISMO,  s.  w.  (des.  ismo),  sjstema 
politico  fundado  em  incutir  terror  aos  adver- 
sários. 

TERRORISTA,  s.  m.  (des.  ista],  partidário, 
fautor  do  terrorismo. 

TERROSO,  A,  adj.  (Lat.  íerrosus),  térreo. 
Condecorações  — s. 

TERRLGEii,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Cintra,  a  4  léguas  delisboa 
1,100  hal  itates.  lia  outra  a  2  léguas  de 
Évora. 

terí-ão.  V.   Torsào. 

tersarolx  ou  verçarola,  s.  f.  (ant.),  ar- 
cabuz. 

TERSissiMO,  A,  adj.  superlai.  de  terso. 

terso,  a,  adj.  (Lat.  tersus,  de  tergeo, 
ere,  limpar),  iimpo,  lustroso,  polido.  (íig.) 
eslyto  — ,  correcto,  limado,  puro. 

lERsó.  V.  Ter  sol. 

TtHSOL,  s.  m.  (ant.),  toalha  do  altar  em 
que  o  «ac4ird')te  enxuga  os  dedos. 

tertulliano,  (hií«l.)  doutor  da  igreja,  nas- 
ceu em  KiUem  Carihago,  converte.i-se  vcn, 
do  a  paciência  heróica  dos  martyres.  >tor- 
reu  em  24  í.  Deixou  muitos escriptos  :  o  Apo- 
iageiicn,  Tratados  contra  os  Èxpeclaculos, 
eto. 

teruel,  (geogr.)  cidade  de  Ilispanha,  so- 
bre o  Guadalaviar,  a  35  léguas  de  Saragoça  ; 
7,500  habitantes. 

terzo.  V.    Terso. 

TES.  V.  Tex. 

tesamentb,  adv.  [mente  $viíí.],  rijamente, 
sem  afrouxar;  t.  g.  Vercejar  — ,  com  ar- 
tilharia. 

TES.40,  s.  m.  (do  Lat.  tensio,  onis,  esta- 
do tenso),  esiado  de  corpo  leso,  estirado. 
O  —  da  agua,  corrente  impetuosa  ;  —  da 
maré,  íotçí  —  de  f)cn3,  do  castigo,  inten- 
sidade, rigor  excessivo.  — ,  (fig.)  grande 
constância,  perseverança  :  —  do  propósito, 
do  esforço,  da  paciência.  —,  erecção  do  roen- 
bro  musculo.  —  da  voz,  força  constante. 
O  -  -  do  monte,  grande  teso,  mgrennidtde 
difiicil  de  subir.  — ,  uma  espécie  de  rede 
de  pi-scar. 


'■> 


ÍÒO 


íéú 


xbsCáo,  obsolv.  V.  Vadio, 

TESCATUBOCHTLl  ou  TLALOCH,  {myth.)  (leUS 

mexicano,  o  principal  depois  de  Teotl ;  pre- 
sidia á  vida  penitenciaria  e  á  punição  dos 
crimes. 

TESCHEN  ou  TiEssiN,  (geogr.)  cidado  dos 
Estados  Auslriacos,  7  léguas  a  SE.  de  Mcehs 
risch-Ostran  ;  5,000  habitantes. 

TESiDÃo,  s    f.  o  ser  teso. 

TESO,  A,  adj.  [Lat.  tensus,  de  tendo,  ert, 
estirar),  estirado,  tenso,  não  bambo,  v  g. 
A  corda  — .  O  arco  teso,  inteiriçado  :  o  cor- 
po, os  membros  — s  de  frio.  O  chão  — , 
duro.  — ,  rijo  forte.  Vento  — .  Agua  que 
corre  —.Chuva—.  Maré  — ,  (fig.)  o  mais 
—  do  exercito,  a  porção  a  mais  forte.  —  no 
parecer,  no  voto,  no  propósito,  firme,  cons- 
tante. Ter-se  —  em  alguma  cousa,  soster- 
se  eom  vigor.  Repreensão  — ,  áspera.  Briga 
— ,  renhida,  impetuosa.  Ter  — .  soster fir- 
me, com  toda  a  força,  estirando  oi  múscu- 
los dos  braços.  Com  remo  — ,  voft  forçada, 
— ,  immovel.  Olhos  —s,  fitos  Olhar  — , 
fitando,  encarar  sem  pejo.  A  lança  —  ou 
em  — .'  Monte  — ,  alcantilado,  Íngreme.  — 
ou  em  — ,  adverbialmente,  rijamente,  esti- 
rado ;  com  Ímpeto  Ter  se  —com  alguém, 
resistir-lhe.  Ter  algum  negocio  em  — ,  sos- 
te-lo  com  firmeza,  não  afrouxar. 

TESO,  *.  »».(subst.  do  precedente),  o  al- 
to do  monte  alcantilado,  do  morro. 

TESOURA,  í  f.  (de  tosar,  Lat.  tondêre, 
tosquiar,  tonsio,  tonsura),  instrumento  de 
aço,  formado  de  duas  peças  de  gume  cor- 
tante desde  o  eixo  que  as  une  até  ás  pon- 
tas ;  que  movidas  pelas  duas  extremidades 
oppostas,  apertando-se  uma  contra  a  outra 
e  sobrepondo-se,  cortão  panuo,  coiro,  ca- 
bello,  metaes,  etc.  — i,  aspasdepáuemque 
66  serra  a  madeira  antes  de  se  rachar  em  le- 
nha; aspas  que  sostem  acumieira  de  edi- 
fício; V  g.  ~~  do  coche,  correias  fortes  de 
sustentar  de  trás  o  balanço.  — s,  nas  aves, 
são  as  primeiras  pennas  da  ponta  da  aza 

TESOURADA,  s.  f.  golpo  de  tesoura. 

TESOURAS,  fgeogr.)  villa  da  província  de 
Goyáz,  nc  Brazil,  na  margem  direita  do  rio 
de  seu  nom  5,  íO  léguas  ao  NNE.  de  Santa 
Rita,  e  S6  ao  NNE.  da  cidade  de  Goyaz. 

TESOURAS,  (gfsogr.)  río  da  província  de 
Goyáz,  no  Brazil. 

TESOUREIRO.  V-  Thesourtiro. 

TESOURINHA,  5.  f-  diminut.  de  tesoura  ; 
V.  g.  —  das  vides,  etc.  Fazer  — s  com  os 
dedos,  (fig.)  «chula,  ateimar,  porfiar,  não 
ceder  da  porfia, 

TESOURO.  V.  Thesouro. 

TESSENOER-LOO,  (geogr  )  cidade  da  Bélgi- 
ca, 6  legaas  a  NO.  de  Hass«lt. 

TÉssERA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  téssares,  qua- 
tro), dado  de  osso  ou  marfim  que  servia  de 


senha  entre  os  antigos  Romanos. 

TESfiNO,  (geogr.)  río  da  Suissa,  nasce  no 
monte  S.  Gothardo,  e  une-se  com  o  Po  per- 
to de  Pavia. 

TEssiNO,  (geogr.)  18.*  cantão  da  confede- 
ração germânica,  limitado  aO,  e  a  SO.  pe- 
los Estâdos-Sardos,  ao  8  e  ao  SE.  pelo 
reino  Lombardo-Venezíano,  ao  N.  pelos  can- 
tões de  Valais,  e  d'Uri ;  108,000  habitan- 
tes. Capital  Lugano. 

TEssuM.  V.  Tissú. 

TESST,  (geogr.)  cidade  de  França,  4  lé- 
guas e  meio  ao  2i.  de  S.  So  ;  1,643  habi- 
tantes. 

TESTA,  s.  f.  (Fr.  tête,  ant.  teste,  Lat.  tet- 
ia,  vaso  de  barro,  concha),  a  parte  supe- 
rior do  rosto,  fronte,  v.  g.  —  coroada  de 
rei;  rei.  — ,  (íig  )  frente.  Fazer  — ,  resis- 
tir. Por-se  á  —  do  exercito,  á  frente.  — « 
das  galés,  vãos  entre  os  bancos  onde  se  ar- 
mavam beUches  para  os  criados  d'El-rei.  Cou- 
to. 

TESTACEO,  A,  adj.  /'Lat.  testaceus],  de 
concha,  que  tem  concha,  como  as  ostras,  e 
outros  mariscos.  Os  — í,  siibst. 

TESTAÇOM.  s.  m.  (aut.)  Por  testações,  se- 
questrar, embargar. 

testaçudo,  a,  adj.  cabeçudo,  obstinado. 

TESTADA,  s.  f.  [tcsta,  frente,  des.  ado)^ 
limite,  raia,  estrada  que  serve  de  limite  a 
prédio  rústico.  <(  Alimpe  ca  la  qual  a  sua  — ,  )► 
(fig.j  emende  seus   defeitos. 

TESTADO,  A.  p  p.  de  testar  ;  deixado  por 
testamento,  disposío  em  testamento. 

TESTADOR,  A,  s.  (Lat.  testator)^  pessoa 
que  faz    testamento. 

TESTAMENTARí.i,  *.  f.  (des.  ta),  oíTicío  do 
testamenteiro ;  administração  dos  bens  do 
defunto. 

TESTAMENTARio,  A,  adj.  (Lat  testamento» 
rixis),  que  respeita  ao  testamento,  á  testa- 
mentária ;  nomeado  pelo  testador. 

testamente  RO,  5.  m.  administrador  dos 
bens  do  testador;  nomeado  por  elle ;  c.  g. 
tutor  — .  testamentario. 

testamento,  s.  m  (Lat.  tesiameníum], 
declaração  escripta  que  alguém  faz  da  sua 
vontade  relativamente  á  distribuição  dos  seus 
bens  a  filhos,  á  família  depois  de  fallecer; 
V.  g.  —  holographo,  escripto  inteiramente 
pela  mão  do  testador  ;  —  militar,  feito  por 
mihtares  em  campanha  sem  as  formalida- 
des ordinárias.  Fazer  — .  — *,  (ant.),  casas 
religiosas,  solares,  casaes  fundados  por  fidal- 
gos cujos  herdeiros  gozam  de  parte  da  ren- 
da, de  foro,  emolumento,  ou  da  totalida- 
de do  rendimento. — í,  (ant.)  doações,  títu- 
los authenticos  como  testemunhos  das  von- 
tades dos  contractantes. —  velho,  os  livros 
da  Bíblia  anteriores  a  Jesu-t-hristo.  —  no- 
vo, os  evangelhos,  as  epistolas   dos  após- 


TES 


rsT 


701 


tolos,  e  outros  livros  canónicos  da  lei  chris- 
t&. 

TRSTÃo.  V.  Tostão. 

TESTAR.  V.  a,  (Lat.  í«<íor,  ari),  deixar  em 
testamento,  dispor  por  testamento  ;  v.  g. 
Testou  dois  milhões  de  cruzados. 

TESTKiRA,  s.  f.  {tosttt,  dcs.  eira],  a  par- 
te diant*»ira  :  —  do  carro  ;  —  do  caixão,  as 
peças  das  ilhargas,  —  de  prédio,  testada; 
—  dos  arreios,  armadura  da  testa  dos  ca- 
vallos  acobertados. 

TESTEiRo,  *.  m.  (ant.),  V.  Testada. 

TESTKMOIO,  TESTEMONIO,  TESTEMOTO,  obsol. 

V.   Testemunho. 

TESTEMUNHA ,  s.  f.  (Lat.  testimonium), 
pessoa  qne  dá  testemunho  em  justiça.  Ti- 
rar — f,  inquiri-las.  — ,  testemuuho,  cou- 
sa que  attesta  a  verdade  de  algum  facto,  — s, 
duas  pedras  que  se  fincão  e  enterram  aos 
lados  de  cada  marco,  ou  duas  arvores  plan- 
tadas ao  lado  de  arvore  servindo  de  baliza. 

TESTEMUNHA,  s.  dos  2  g.  pcssoa  quc  les- 
temunha  em  juizo. 

TESTEMUNHADO,  A,  p.  p  dc  testcmunhar; 
adj.  alTirmado,  atlestado  por  testemunhas; 
aulhenticado  com  testemunhas.  Testamento, 
casamento,  facto  — . 

TKSTEMUNHADOR,  A,  adj.  qiiB  dá  tcstemu- 
nho.  .|ue  comprova,  attesta. 

TESTEMUNHAR,  V.  a.  [testemunho,  ar  áes. 
inf.)  dar  lestcrriunho,  nUestar.  Aspyramides 
do  Egypto  testemunham  o  poder  daquella 
nação. 

lESTEMUisHAVEL,  adj.  dos  2 g.  [áes.  atei.) 
que  serve  de  testemunho,  que  faz  fé.  Car- 
tas testemunháveis,  copias  authenticas. 

TESTEMUNHO  ,  s.  m.  fLat.  teslimonium.) 
declaração  authentica  dada  em  juizo  ,  de- 
poimento de  testemunha;  fé,  prova.  Em  — 
de  verdade;  cousa  que  faz  fé,  que  attesta 
Dar — ,  testemunhar.  Levantar,  assacar — , 
imputar,  attribuir  falsamente  a  alguém  ac- 
ção má,  aleive,  calumniar. 

TESTi  (Fulvio),  (hist.)  poeta  italiano,  nas- 
ceu em  lt.93,  morreu  em  1H47.  A  princi- 
pal de  suas  poesias  é  Canhone  diiigida  a 
Montecuculli. 

TESTicos ,  s.  m.  testeiras,  cabeceiras  da 
serra  onde  se  encaixa  o  alfeisar,  e  se  prende 
a  folha  e  o  cairo. 

TESTÍCULO,  s.  m  (Lat.  testiculus,  dimi- 
nui, de  testis,  testemunha.)  Os  —s,  são  dois 
órgãos  encerrados  no  escroto  onde  se  segre- 
ga  o  sémen,  e  que  caracterisam  o  sexo  mas- 
culino. 

TESTiFiCAÇÃo,  s.  f.  (Lst.  tcstifíçatio ,  onis  ) 
acção  de  testificar,  testemunho. 

TESTIFICADO,  A,  p.  p.  dc  testificar ;  adj. 
attestado. 

TESTiFiCADOR  ,  A,  adj.  que  testifica,  at- 
iesta.  .    .  '     ' 


testíficar  ,  V.  a.  (Lat  testificor,  ari.) 
dar  testemunho,  testemunhar;  itlestar,  com- 
provar. 

TESTiNiio,  s  m.  diminut  de  testo,  ca- 
co, cacozinho. 

TESTO ,  s  m.  (Lat.  teslum.)  a  tampa  de 
ba?ro  da  panella  ou  do  cântaro;  vaso  de 
barro  onde  se  põe  a  enl  para  caiar.  —  do 
boi,  do  touro,  cnsco  da  cabeça. 

TESTO,  A,  adj.  (Y.  Téstudo)  (fig.)  resolu- 
to, firme  em  fazer  cousas  de  esforço  e  pe- 
rigo, cabeçudo. 

TESTRY,  (geogr.)  antiga  villa  de  França, 
perto  do  Peronne. 

TESTUDAÇO,  A,  ttdj.  úu^ment.  de  téstu- 
do, adj. 

TESTUDO  ,  A  ,  adj.  (Fr.  têtu,  ant.  testu, 
cabeçudo,  de  téte,  cabeça.)  cabeçudo,  tes- 
to, teimoso. 

TRSTUDEM,  s.  f.  Q  testudo,  s.  m.  (Lat. 
testudo,  tartaruga.)  defesa  que  faziam  os  sol- 
dados romanos  cobrindo-se  com  os  escudos 
e  offerecendo  a  figura  de  uma  tartaruga - 

TESURA  ,  s.  f.  [teso,  des.  ura  ]  rigidez  , 
estado  de  cousa  tesa,  estirada ;  (fig.)  rispi- 
dez altiva. 

TET,  (geogr  )  Tetis,  rio  da  França,  nas- 
ce nos  confins  do  departamento  d'Ariege,  e 
lança  se  no  Mediterrâneo, 

TETA,  s.  f.  (Fr.  tetle,  do  Gr  titthé,  bi- 
co do  peito.)  mama,  peito.  Hoje  diz-se  prin- 
cipalmente das  fêmeas  dos  animaes ,  t?.  g. 
—  das  vaccas,  porcas,  cadellas  —  de  terra, 
(fig.)  empola.  í/m  — s  ,  diz-se  jocosamente 
de  um  maricas,  homem  molie. 

TETANOS,  s.  m.  (do  Gr  teinò,  estender.) 
(med.)  doença  em  que  os  membios  se  tor- 
nam rigidos. 

TETE,  (geogr.)  cidade  da  Africa  meridio- 
nal, na  capitania  geral   de  Moçambique. 

TETEiA,  s  f.  (t.  infantil  usado  no  Brasil) 
brinco,  dixe  de  crianças. 

TETHYS,  (myth.),  a  primeira  das  divinda- 
des do  mar,  filha  d'Urano  e  da  Terra,  ca- 
sou com  o  Oceano  seu  irmão,  e  teve  d'elle 
as  8,000  Oceanides. 

TETiM ,  s.  m.  argamassa  de  pó  de  tijolo 
com  cal  e azeite. 

TETONAN,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  de 
MarrDcos,  11  léguas  ao  SE.  de  Tanger, 
15,000  habitantes. 

TETOR.  T.   Tutor. 

TETRA,  do  Gr.  té l tar a,  qua^ir o.  Entra  co- 
mo prefixo  em  muitas  palavras  d  irivadas  do 
Grego. 

TETRACORDio,  *.  m.  (mus  )  scriedequa- 
tro  sons  diff"erentes  separados  um  do  outro 
por  três  inlervallos. 

TETRACORUO,  s.  wí .  lyra  de  quatro  cor- 
das. 

lETRAEDBO,  s,  m.  (geogr.)  cprpo  regular, 
176    ' 


702 


TtU 


ffit 


pyramidal  cuja  superfície  se  compõe  d«  qxia-l  do  Sufiana,  enviou  ao  cerco  de  Tróia  20, ÔOO 
tro  t^iariííulos  iguaes  e  equiláteros  |  homens  commandadospor  Memnon. 


TETR\G0?50,  s.  m.  (geoiu.j  figura  rectili- 
nea  de  quatro  anguloâ  iguaes. 

TETRAGRAMMATON  ,  s.  m  (Gr.)  nome  de 
quatro  leiras,  e  por  excellencia  o  nome  de 
Deus  em  Grego  e  Latim. 

TETRArHALANGARCHiA,  s.  f.  (Gf.)  Capita- 
nia de  quatro  phalangps. 

TETRAPL»),  s.  m.  V.  Quadruplicado. 

TETRAPOLK,  (geogr.)  nome  dado  pelos  an- 
tigos  a  muitos  paizes  aonde  se  achavam 
quatro  cidades  notáveis. 

lETKARCHA,  s.  m  (Lat.  e  Gr.)  principe 
sujeito  a  um  soberano. 

TETRAUCiiiA,  s.  f.  autoridade,  e  districto 
de  tetraroha. 

TETRARCHíA,  (hist.)  nomo  dâdo  pelos  an- 
tigos: 1.**  a  pequenos  Estados,  fracções  de 
um  império,  que  ers  dividido  em  4  ;  2°  a 
uma  f'!rma  de  governo,  no  qunl  o  poder 
era  o  exercido  por  4  pessoas. 

TEiRÁsTiciio,  s  m.  poema  de  quatro  ver- 
sos 

TÉTRÍco,  A,  adj.  (Lat.  teíricus.)  melan- 
choiico,  tristemente  grave,  carregado;  (tig.) 
áspero,  severo. 

TÉTRICO,  (hist )  P.  Pivesus  ou  Pesuvius 
Tetricus,  usurp^^dor,  tomôu  a  purpura  era 
268  em  Bordeis,  e  dominou  perto  de  6  an- 
nos  sobre  as  Galhas,  a  Hispa si bn,  e  a  Breta- 
nha. Batido  era  274,  por  Aureliano  renun- 
ciou ás  suas  prí^tenções 

TETSCFIEN  OU  oiECZiN,  (gcogr.)  cidade  da 
B(»hemia,  7  léguas  ao  N.  de  Leutmerilz ; 
l,70í)    habitantes. 

TETRO,  A,  adj.  (Lat.  feíer.)  negro;  man- 
chado. 

TETUB\R.  V.   Titubar. 

tetudo    V.  Mamudo. 

TEU ,  r».  ,  TUA ,  f.  adj.  articular ;  que 
pertence  a  ti.  relativo  a  ti.  — capote,  — 
íiiho,  —  íilha.  Por  —  amor,  pof  -  tenção  o 
fiz. 

teucro,  a,  adj    Troiano,  de  Tróia. 

TELCRo,  (hist.)  principe  de  origem  eretez, 
segundo  uns,  asifltica  spgondo  outros,  rei- 
nou sobre  a  Troade  (que  do  seu  nome  se 
chamou  Teucria),  quando  Dardono  man- 
ch.ido  pelo  sangue  de  seu  irmão  .lasion  a- 
porlou  «os  seus  estados;  Teucro  purilicon-o 
e  deu-ihe  em  casam^ntosua  filha  Arish. 

teúoo,  p.p.  (ant.)  de  ter.  tido  —eman- 
teúda ,  diz  se  de  riuihí^r  que  algUem  tem 
por  sua  fonlí»,  amiga. 

teut.*,  (hist  )  [roi';ba  dá  ífyria,  viuva 
d'Agron,  remava  n  »  ar.no  "1  >t  anies  iJe  Jesu- 
Christo,  Foi  vonclda  pelos  conluies  roma- 
nos L.  T^àtunioAlbin»»  etneio  FuIvioCen- 
iumalo. 

Tkltaxb,  (hist )  aaligi  rei  da  Âásiria  ou 


TEUTADES,  (mytli  )  deus  d^os  Germanos, 
dos  Celtas  ou  Gaulezes,  presidia  ás  bata- 
lhas, ao  commercio,  ao  dinheiro,  e  á  intel- 
ligencia. 

TEUTOBURGERWALD  OU  EGGE,  (geagr.f  cor- 
dilheira   de    Allemanha. 

TEuTÓNiCo,  A,  adj.  Gcrmaníco,  día  ÁJle- 
manha.  Os  cavalleiros  — 5. 

íKUTONicos  (cavalheiros),  (hist)  ordem 
religioza  e  mditar  fundada  em  S.  João  d'A- 
cre  em  1  i90,  para  proverão  allivio  dos  Cru- 
zados doentes  ou  feridos. Tornaram-se  dentro 
em  pouco  muito  poderosos,  e  li zera na  gran- 
des conquistas  Napoleão  suprimia  esta  or- 
dem por  um  decreto,  que  foi  confirmado  no 
congresso  de  Vi-nna. 

teCtões,  (geogr  )  Teutones,  povo  germâ- 
nico originário  das  marg^r.s  do  Báltico,  oa 
anUiS  nome  commum  a  muitos  povos  da  ger- 
mânica. Os  Teutõíís  são  Ctíl«br«^s  pela  parte 
que  tomaram  na  invâzão  da  Giilia  e  da 
Itália  de  114  a  iOl  antes  de  J<-su-Chris- 
to. 

teverose,  (geogr )  Aúa  no  dos  Estados 
Ecclesifisiicos,  nasce  rta  extremidade  N.  da 
delegação  de  Fronsinone,  e  lançou- se  no 
Tibr»^  a  légua  e  meia  de  Ho  ma. 

TEVior,  (gengr  )  rio  da  E.>cocia,  nasce  nis 
confins  do  condado  de  Dumfries,  e  lança- 
so  no  Twe»^d. 

TEWKESBURY,  (gcogr.)  cidadc d' Inglaterra, 
3  léguas  e  meia  ao^.  de  Glocester  ;  6,000 
habitantes. 

TEX.  V.   Tez. 

TEXAS,  (geogr  )  novo  estado  da  America 
seplenlrional,  entre  os  Estados-lnidoá  e  a 
Confederação  Mexicana,  tem  limites  ao  >',  o 
Hed-River,  a  E.  a  Sabina,  ao  /^E.  o  rio  das 
^ozes ;  320, OuO  habitantes  Capital  Aus- 
lius.  As  divízõtís  administrativas  de  Texas 
hão  as  seguiu ies  : 


DiáTRICTOS 


Alabaraa 

Hrazoria 

Colorado 

Cu  manche 

Gol  ia  d 

Gonzilés 

liarrisburgo 

Houston 

J.Hsper 

J<  fferson 

La baça 

Liberty 

\j«ta^orda 


CAPITÃES. 


Alabama. 
Bra7oria. 
Colorado. 

€ 

Goliad  ou  Bdhia. 

Gonz«lés. 

llaTisburgo. 

Houston. 

Savali. 

Sabina. 

Vicloria. 

l  iberty. 

MatA  (Horda. 


Ifli 


TDA 


705 


Milms 

Mina 

Nacogíloches 

Ked-Kiver 

hefugio 

Sabina 

Santo   Agostinho 

Santo  ÍÀutonio 

S.  Philippe 

H.  Patrício 
Tanaha 
Travis 
Washington 


Tinoxtitlan. 

Anstin. 

Kacogdocbes. 

€ 

Refugio. 

« 

Santo  Agostinho. 
Santo  António  de  Bé- 


TnAi-TCHEOu,  (geosfr.)  cidade  da  China, 
jna  província  deTcbfkíang. 

THAi-TouNG,  (liBogr.)  cídadc  da  Chína,  70 
léguas  a  NK.  de  Thai-Yonen. 

Tiui-YONEH,  (geogr)  cidade  da  China,  50 
léguas  a  ^0.  de  1'eking 

THALA,  (geogr)  cidade  de  Byzacene,  per- 
tencia á  >uiiii(iia. 

TiiALAMO,  s.  m.  (Lat.  thalamus,(\f.thá' 


TEUL,  (geogr  )  ilha  do  reino  de  Hr lian- 
da,  no  mar  do  .Norte,  na  ponta  KO.  doQuif- 
diTzée  ;  ?i,OnO  habitantes. 

Tfxo.  V.   Teixo. 

tbUto,  «.  m.  (Lat.  ícxíuí  )  as  palavras  dp 
que  consta  alguma  escripiura,  e  de  ordiná- 
rio passagem  qne  se  cita  para  prova  de  dou- 
trina nu  ailegaçáo. 

TEXTUAL,  adj.  dos  2  g.  conforme  ao  que 
diz  o  leito. 

TEXTURA,  s.  f.  tecido;  (6g.)  contexturas 
un'ãO  imima  das  partes  de  um  lodo:  — das 
íibras  óa  madeira. 

TEXUGo.  V.   Teixugot 

tzyo.  V.  Tin. 

TRTOR.  V.   Teor. 

TFZ  ,  *  f  epiderme.  A — do  rosto,  do 
carão  ;  —  do  pomo. 

TEZAO.   V.    TfSM. 

Tfzctcn,  (geogr.)  «idade  do  Meiíico,  R  lé- 
guas e  meia  aoíNE.  doMcxieo  ;  5,000  babi- 
lrfí>tes. 

TíiABOR  ou  TAROR,  ígeogr  )  DQontanha  d»  ■ 
Sjría.  ao  SE    do  lago  Taba  rieh.  ' 

TffAGARA.  ígeogr.)  cidade  do  Indostão,  m>*  } 
estados  deNizam,  p^^rlo  d'Aurengabad.  ■ 

TiunHASp  I  ou  tiiaMas.    (hist  )    segundo 


S.  Philippe  de  k\n-\  íamos,)  leito   nupcial,  conjugai. —í  ,  (fiir.) 
tin.  i  núpcias,  bodas.  Os  —  da  aurora  ,  do  sol , 

S.  Palricio.  (poet  )    o  pomo  do  horizonte  donde  nasc© 

«  o  astro. 

Montgomery.  thales,    (hist.)  celfbre  philosopho  origi- 

Washinglhon.  nario  da  i'henicia,  nasceu  no  anno  1-39  an- 

tes de  Josu-Chríslo,  vi«jou  no  Egypto  para 
se  instruir;  fundou  df^p^is  era  Mdelo  a  Es- 
cola Jonia.  Altribuem  a  Thaie^  a  famosa  má- 
xima :  Conhece-te  a  ti  mesmo. 

thalia,  (myth.)  uma  dasnore  musas,  pre-, 
sidia  á  coaiedia  e  ao  epigramma.  Também 
é  o  nome  de  uma  das  três  graças. 

thamar,  (hist.)  mulher  cananea,  foi  ca- 
sada com  03  doíjs  filhos  de  Juda.  Her  e  Onan. 
Outra  Thamar  lilha  de  Datid,  foi  violada  por 
seu  irmão  Abra  hão. 

TUAME,  (geogr.)  tio  d'ínglaterro,  nasce 
no  condado  de  Buekingham,  ejunta-secom 
o  íris  em  Dorche*ter. 

THAME,  (geogr.)  cid<^d^  dTnglaterra,  5  lé- 
guas a  E.  d*Uxford  ;  2,500  habitantes. 

TUAíTRis,  (hist.)  antigo  poeta  grego,  íi- 
Iho  de  iiiilamon  e  d'Arsinoe.  u  isce\j  ní  Thfa- 
ci?»,  ganhou  o  preço  da  iyra  no»  j"gos  py-^ 
ihictís. 

thaFíe,  (hist )  nome  dado  pelos  Anglo- 
Sax''nios  ao  chefe  cfum  bando  ou  de  ura 
caintâo 

THÂNEt,  (geogr.;  ilha  d'ÍDgl3terra,  forma- 
da pela  ensbocadura  do  Tamisa,  e  por  dois 
bpaçfS  do  Stour ;  20,0(10  habitantes. 

TUANN,  (gengr.)  cidade  do  Kranç^,  8  lé- 
guas ao  r<È.  de  Re  for  t ;  5,n8í»  habitantes. 

TíiAO,  s.  rn.  medida  iiin^raria  do  Pegú, 


sort  da  Pérsia,  filho  ue  i.hs-h-ismaií,  subia!  igual  a  aioa  l?gua  portugneza. 


ao  trono  era  15'2íi   com  lO  annos  d'idadf?, 
ncopfpu  envenenado,  tinha  ^'ó  acínos. 

TBAHMASP  n,  (hist  )  12^."  soli  da  Pérsia, 
foi  pfoclaniado  em  kezbin  em  l"2J{y  fui  de- 
posto em  l/3i. 


TfíAPSACO,  (geogr.)  Thapsacua,  hoje  ííei)', 
antiga  e  wlnbre  cidade  da  Palpyrena,  rtí* 
margem  direita  do  Euphrates,  a  O.  deCir- 
cesiiwBr 

THAPsOf   (geogr)   hoje    Demsas ,    cidade 


THAi-wGAjr,  (geof!'.)  cidadeda  ChÍB«,  a  15  1  da  Afciea,  em  Byzacene,  n  E 
léguas  de  Tri-nan.  thargeltas,  s.  f   ((ir.  íftez-íl,  aquecer,  9 

TRAI  PKiNG,  (gcfigr.)  ckiáde  da  Cbina   na   gh^,    a  terra)  festas  dos  antigos  Aiheníen- 
provinfia-  de  Konang-si.  ses  em  honra  de  ApoHo  e  «ie  Diana  em  que 

THAi  ouAW,  ígeogr  )  cidade  da  China,  ea-  ;  se  oíTereciam  fructíts  passados, 
pitai  da  Ilha  Formoza.  j      thaso,  (geogr.)  /Elhria,  Chrysn,   Thasox 

THAis,  (hist.)  coftf^zà  de  Athenas  ,    fm  á  j  dos  antigos,  ilha  da  Tiirqu-a   europea,  na 
Ásia  e  agrad"ii  a  Alt-xandre^  Tomou  parte 'cosia  da  Rouraeha  :  600  habitantes. 


na  orgia  depois  da  qual  o  con  juis^tador  rnan- 
ár*u  largar  fogo  a  I  erscpolís-.  Fui  depoií 
amante  de  Ptolomeo. 


TH*u  ,   í.  n%.   ultima  letra  do  alphabcto 
ch;HHaico  e  hebraico. 
TuAu,  (gíwy  j^  lag^a  de  França,  no  do- 
170  ^ 


704 


THE 


THE 


parlamento  do  Herault,  esteade-se  desde 
Agde  até  aos  limites  do  departamento  de 
GaTd. 

THAUMANTiAS,  (mylh.)  sobrenome  d'lris, 
tirado  de  seu  pai  Theumas,  filho  do  Ocea- 
no e  da   Terra. 

THAUMATURGO  ,  adj .  G  s.  m.  (Gr.  thau- 
ma,  atos,  milagre,  e  érgon,  obra.)  o  que 
faz  milagres. 

TBRAME,  s.  f.  pedra  da  Ethiopia  que  se 
dizia  repellir  o  ferro. 

THEANDRico,  A.  adj.  ^Gr.  theós,  Deus,  e 
andrós ,  genit.  de  anér,  homem.)  (theol.) 
que  respeita  a  Deus  feito  homem. 

THEANo,  (hist.)  filhado  Cissea,  e  mulher 
de  d'Anlenar,  gran  sacerdotisa  de  Minerra 
em  Troi»,  entregou  Paladium  aos  Gregos. 
Outra  Theano,  filha  de  Fylhagoras,  era  há- 
bil na  philosophia. 

THEATiNo,  A,  adj.  CUrigo  — ,  de  S.  Cae- 
tano. Vem  de  Theos,  Deus. 

THEATiNos,  (hist.)  chamados  também  C/c- 
rigos  regulares  da  Congregação  de  Latrdo, 
ordem  religiosa  estabelecida  em  1524,  em 
Chieni  (em  latim  Teate  ou  Theate)  por  S. 
Caetano  de  Thieune,  e  por  Caralta,  depois 
papa  com  o  nome  de  Paulo  IV. 

THEATHAL,  adj.  dos  2  ^.  do  theatro,  con- 
cernente  ao  theatro.  Representação  — .  Sce- 
nas  theatraes.  Voz  —  ,  forte,  própria  do 
theairo. 

THEATKO,  s.  iri.  (Lat.  theatrum,  Gr.  théa- 
tron,  de  theaomai,  ver.)  lugar  onde  se  re- 
presentam dramas.  Figuras  de  — ,  actores, 
actrizes.  Âs  regras  do  — ,  dramáticas.  O  — 
de  mundo,  (fig.)  os  acontecimentos,  succes- 
sos. 

THiiDAiDA,  (geogr.)  Ihebasca  regia,  hoje 
o  Said  e  parte  S.  do  Oueslanieh,  região 
do  Egyplo  meridional. 

THKBANo,  A,  adj.  e  s.  de  Thebas,  natu- 
ral de  Thebas,  na  Grécia. 

THEBAS,  (geogr.)  Tpé  em  velho  egypcio, 
a  Thebas  Hacatompylos  (ou  das  cem  por- 
tas), dos  gregos  e  latinos,  cidade  do  Egy- 
pto  Superior,  que  d'ella  tomou  o  nome  de 
Thebaida,  sobre  as  duas  margens  do  r<ilo. 
Foi  por  muito  tempo  a  capital  do  Egypto. 

THEBCENNA  OU   THEBAlNA,  (tíst  )  legião  rO- 

mtna,  toda  composta  de  christàos  e  com- 
mandada  por  S.  tMaurício  ;  antes  quiz  ser 
morta  do  que  sacrificar  aos  Ídolos. 

THEMA,  í.  m  (Lat.  do  Gr.  rad.  íithémi, 
pôr)  texto  que  o  pregador  toma  por  assum- 
pto do  sermão  ,  assumpto,  sujeito. 

THEMiAMA.  V.  '['kymiama- 

THEOCRACiA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  theôsDeus, 
e  kratos,  poder)  governo  sacerdotal. 

theocratico,  a,  adj.  sacerdotal.  Gover- 
no — . 
-  iHEOFORio,  A,  adj.  V.  Divino. 


THEOGONiA,  s.  f.  (Lat.  do  Gr.  theós,  deus, 
6  ghenos,  raça,  geração)  genealogia  dos  deu- 
ses da  fabula. 

TUEOLOGAL,  adj.  dos  2  g .  Virtudes  theo- 
logaes,  são  fó,  esperança  e  caridade  Pre- 
bendado — .  Com  obrigação  de  ler  theolo- 
gia  nas  cathedraes. 

iHEOLOGiA,  s.  f.  (Lat.  eGr.  í/icJs,  logia, 
suff.)  sciencia  de  Deus  e  das  cousas  divinas, 
dos  dogmas  da  crença  religiosa  :  —  dogmá- 
tica, moral,  natural,  revelada,  symbolica, 
mystica,  exegética,  etc. 

THEOLOGiCAMENTE,  adv .  [mente  suff.)  co- 
mo theologo,  á  maneira  dos  theologos. 

THEOLOGico,  A,  adj.  da  theologia,  que  res- 
peita á  theologia. 

THEOLOGiZAR,  V.  u.  [theologo,  ixar  des.) 
discorrer  como  theologo,  segundo  a  theolo- 
gia. 

THEOLOGO,  s.  m.  homem  versado  na  theo- 
logia. 

THEOPHONiA,  s.  f.  (Lat.  Gr.  theós,  Btus, 
phainô,  brilhar)  manifestação  da  divinda- 
de. 

THEOPHOBiA,  s.  f.  (Gr.  theós,  Deus,  e  p/id- 
hos,  temor)  temor  excessivo  de  Deus,  que 
))erturba  a  razÔo. 

THEOR.  V.   Teor. 

THEOREMA,  s.  m.  (Lat.,  do  Gr.  theôrós, 
contemplação)  (geom  )  proposição  e  demons- 
tração (la  verdade  especulativa. 

TiiRORiA  e  THEORiCA,  s  f.  (Lat.,  do  Gr. 
theoria,  contemplação)  conhecimento  espe- 
culativo de  sciencia  ou  arte ;  systema  das  leis 
que  ligam  as  causas  e  eífeitos  naturaes.  Á 
—  chimica,  medica. 

THE08ISTA,  *  w.  (dos.  ísta)  O  que  pro- 
põe ou  ensina  theoria. 

THEOSEBiA,  s.  f,  (Gr.  í/icds,  Dous,  e««6d, 
venerar,  adorar)  culto  dado  a  Deus. 

THEOTONio  (S.),  (geogr)  povoação  de  Por- 
tugal, no  Alemtpjo  no  concelho  de  Sines ; 
3,'i('0  habitantes. 

therapeutes,  s.m.pl.  nome  do  uma  sei- 
ta antiga  dos  Judeus,  chamada  também  «*- 
senos,  cuja  moral  e  costumes  tinham  a  maior 
analogia  com  as  dos  primeiros  christãos. 

THERAPEUTiCA,  5.  /".  (Lat-  do  Gr.  tkerapeud 
servir,  cuidar  de  um  doente)  parte  da  me- 
dicina que  ensina  os  meios  curativos. 

THEREBENTiNA    V.    Terebinthina. 

XHEREBiNTo.  V.   Terebinto. 

N.  B.  Estes  dois  lermos  vem  erradamen- 
te em  Moraes  escriptos  com  th  inicial. 

thereza  ou  TAREJA  (D.),  (hlst.)  primeira 
rainha  de  Portugal ;  mulher  do  conde  D. 
Henrique,  e  m*i  de  D.  Affonso  Henriques  o 
primeiro  rei  portuguez.  Era  filha  do  rei  de 
Leão  e  Castella  D.  AflFonso  VI.  e  em  1095, 
foi  dada  em  casamento  aocondB  D.  Henri- 
que juntamente  com  o  governo  e  posse  do 


THE 


THR 


m 


paiz  situado  entre  Douro  e  Minho,  que  já 
então  se  denominava  Portugal.  Por  morte  do 
conde  D.  Henrique,  D  Thereza  assumiu  a 
regência  do  reino,  que  exerceu  desde  ltl2 
até  112S,  e  tomou  então  o  titulo  de  rai- 
nha, pois  era  vida  de  seu  esposo,  apenas 
se  intitulara  infante  e  condessa.  Durante  a 
regência  sustentou  guerras  com  sua  irmã  D. 
Urraca,  rainha  de  Castella,  e  com  o  filho  e 
successor  desta  D.  AfTon^o.  O  favor,  com 
que  tratava  o  conde  D.  Fernando  de  Trans- 
taraarn,  natural  da  G»lliza  tinha  excitado 
todos  os  ânimos  contra  D.  Thereza,  que  pela 
sua  parte  recusava  entregar  o  governo  do 
reino  a  seu  filho  já  chegado  á  maioridade 
Isto  produsiu  uma  lucta  encarniçada  entre 
D.  Thpreza  e  seu  filho,  lucta  que  terminou 
pela  victoria  de  Guimarães,  que  asseí?urou 
o  trono  a  D.  Affonso  Henriques,  D.  There- 
za fugiu  para  o  casteilo  de  Lanhoso  ;  mor- 
reu em  1 1 G9  c  jaz  na  sé  d  ?  T  raga . 

THERiAGA  OU  fRiACA,  s.  f.  (Lat  theriãca. 
Chardin  o  deriva  do  Persa  theriac,  cordial) 
composição  pharmaceutica.  V.  Triaga  por 
uso. 

THERisTRo.  s.  m.  {Gr.  therós,  verão]  veu 
ligeiro  que  as  mulheres  traziam  antigamen- 
te de  verão. 

TQERMA,  s.  f.  (Gr.  thermós,  quente)  casa 
de  banho  de  agua  quente. 

IHERMAL,  adi.  dos  2  g.  quente.  Águas 
thermaes,  naturalmente  quentes. 

THERMOço,  ant.  e  errado  por  tremoço. 

THERMOMETBico,  A,  odj .  que  rcspcita  ao 
thermometro. 

THERMOMETRO,  s.  t».  (do  Gf.  thérô,  que- 
cer,  e  metro,  sufF.)  instrumento  que  serve  a 
medir  os  gráos  do  calor. 

THESBíTiNo,  A,  adj ,  dc  Thcsbis,  perten- 
cente a  Thesbis 

THESE,  s.  f.  (Lat.  thfisis,  do  Gr.  tithèm, 
pôr)  proposição  que  alguém  expõe  propon- 
do-se  defende-la,  asierção.  Defender  — s. 
conclusões. 

THESOURADO,  s.  m.  officio  de  thesoureiro. 

THEsouRKiRO,  s.  t».  guarda  dothesouro, 
ou  dos  coffres  de  alguma  arrecadação. 

TUESOURO,  s.  m.  [La.  thesaurus,  do  <ir. 
tithemi,  pôr,  e  aurós,  rico)  casa  ou  cnfre 
onde  se  guarda  dinheiro,  jóias  e  preciosi- 
dade, burra,  quantidade  grande  de  dinhei- 
''0  '  (fig)  grande  copia,  cousa  mui  precio- 
sa. Este  litro  é  nm  —  de  verdades,  encer- 
ra grande  numero  Fazer  — ,  prover-se, 
munir-sp,  v.  g.  —  de  paciência,  de  virtu- 
des, de  prudentes  avisos,  da  ira,  da  vingan- 
ça. 

THEssALico,  A,  arf;.  da  Thessalia.  perten- 
cente áThessalia 

THíssALONiCENSE,  adj  dos  lg.  delhes- 
salonica. 

▼OL.    IT 


THÉTico,  A,  e  THKTio,  A,  adj,  (poet.)  de 
Thetis,  deusa  do  mar,  pertencente  a  Tne- 
this. 

THSTis,  s.f.  (myth.  e  poet.)  (Gr.  rad.  thaô, 
nutrir)  deusa  marina,  filha  de  Nereo,  espo- 
sa de  Peleo  e  mai  de  Achilles  ;  o  mar. 

THEUDO,  (ant.j  por  trudo.  V.   Tido. 

THKURGiA,  t.  f.  (Lat.  e  Gr.)  magia  bran- 
ca, supposta  sciencia  de  obrar  maravilhas 
invocando  as  potenciís  celestes.  «  Cada  re- 
ligião tem  a  sua  — .  » 

THKURGico,  A,  adj  que  respeita  á  theur- 
gia. 

THiAGo  (S.),  (geogr.)  povoaçãode  Portugu, 
no  concelho  de  Tondella,  a  2  léguas  de  Vi- 
seu, situada  era  terreno  frigido  e  pouco  pro- 
ductivo.  S.Thiago de  Cacem,  villa  do  A.lem- 
tejo  no  districto  de  Bpja,  donde  dista  1  lé- 
guas paraO.,  no  fundo  deuma  enseada,  em 
lugar  sobranceiro,  descortinando  o  Oceano 
que  lhe  fica  a  O. ;  2,400  habitantes. 

THiMiAMA.  V.   Thym'.ama. 

THiPG,  fgeogr.)  praso  da  Coroa  Portugue- 
za  no  districto  de  Tette,  que  tem  de  com- 
primento 2  emeia,  e  de  largura  3  léguas. 

THíRSO  (Santo),  fgeogr.)  villa  de  Portugal, 
situada  k  léguas  e  meia  a  NE.  do  Porto  e  56 
de  Lisboa;  1,560  habitantes. 

THOMAR,  (geogr.)  cidade  de  Portugal,  si- 
tuada pertr>  dasruinas  da  antiga  Wabancia. 
em  fértil  e  deliciosa  planície,  muito  abun- 
dante de  oliveiras,  vinhas  e  pastos,  na  direi- 
ta do  rio  Nabão,  (jue  desagua  2  léguas  a 
SE.  no  Zezí^re. 

TH0M4Z  (Fr.  Leão  de  S.),  (hist.)  escriptor 
portutjuez,  nascnu  em  Coimbra  em  1574,  e 
ahi  falleceu  em  i651.  Foi  monge  benedicti- 
no,  e  le-ite  na  universidade  de  Coimbra.  Es- 
creveu :   Benediclina  portuguexa. 

THOME  e  PRÍNCIPE  fgovemo  de  S.),  (geo- 
gr )  denomina  sft  também  este  governo  Gui- 
né Portugupza  do  Sul,  e  comprehende  as 
ilhas  deS.  Thomé,  doPrincip>,  das  Rolas  e 
de  Anno-Bom,  assim  como  algumas  feito- 
rias situadas  na  fronteira  cosia  chamada  da 
Sáina. 

THORACico,  A,  adj.  do  thorax,  pertencen- 
te ao  thorax. 

TnoRAx,  s.m.  (Lat.,  e  Gr.  thóro.  bater) 
(anat.)  a  cavidade  do  peito  que  enjerra  o  co- 
ração e  o  bofe. 

THORO.  V.   Toro. 

THRAciA,  s.  f.  pedra,  que  segundo  al- 
guns, se  acende  com  agua  e  se  apaga  com 
azeite 

THRACio,  A,  adj  daThracia,  pertencente 
á  Thracia. 

THRACONico,-  A,  adj.  Iraidor,  como  se  iii 
que  ernra  os  naturaes  da  Thracia. 

THRASomsMO,  s.  m.  (p.  us.)  iosolencia, 
temeridade. 


70» 


ÍÍA 


TI6 


THRílcio,  A,  aàj.  daThracia,  pef!encen- 
te  áThracia.  O  cantor — .  Rei  — . 

TiiRENO,  *.  m.  (Gr.  tfirenos,  choros)  ía- 
mentaçào ,  canto  enternec  do  com  gemi- 
dos. 

THRONO,  s.  m.  (Lat.  thronm,  àoGiT.  tkrao 
assenlar-se,  assento  regro;  ('fig.)  o  throno, 
a  realeza,  dignidade,  autoridade  regia. 

THURiBULARio,  s.  m.  O  qus  incensa  com 
thnribulo. 

THURiBULO,  s.  m.  (Lat.  thuribulum,  de 
thus,  ris,  incenso)  o  vaso  onde  se  queima 
incenso. 

rnuRiCREMO,  A,  adj.  (l  at.  thuricremuf) 
(poet )  que  que  ma  incenso. 

TnuRiFÉRARio,  s.  f».  (Lat.  tkuriferarius] 
o  que  ministra  otím  ibnlo. 

THURiFERO,  A,  ãdj  (Lat.  thurifer)  que  pro- 
duz incenso. 

TURiFiCAÇÃo,  s    f.  o  acto  de  inccnsar. 

THUKircAUo,  A,  p.  p  de  thuriffear  ;  adj 
incensado. 

THURIFICADOR   C  TnUniFrCANTE,     S.    tn.     O 

que  incensa  nas  ceremonias  religiosas. 

TOLRiFiCAR.   V,  Ificensar. 

THUSCo.   V.    Toscano. 

THYESTEo,  A,  aJj.  de  thyestes ;  (fig.)  cruel, 
atroz   Mesas  — s. 

THYMKA,  s.  m.  sacrifício  que  faziam  os  pes 
cadonjs  em  honra  de  Neptuno. 

THYMELE,  s  f.  (Gr.  altar,  de  thyo,  sacri- 
ficar) arrt,  prinripalme  ite  de  Baccho  ;  espe 
cie  de  púlpito  da  orchesta  grega. 

THTMiAMA,  s.  f.  (Gr  rad  thymio,  exha- 
lar  perfumes)  (p.  us  }  cheiro,  perfuma 

TiiYMO,  s  m  (Lat.  thymum,  ihimion  ou 
thymium)  tomilho. 

TFiYKO,  s.m  (Lat  thy mus) 'insi.)  corpo 
glandular  situado  na  parte  superior  e  ante- 
rirr  do  ihorax,  mui  «pparente  no  feto,  e 
que  se  oblitera  depois  de  elle  nascido,  fgno- 
ra-se  o  uso  d'este  órgão. 

THYROIliE,    ádj.    dot   2   g.    ou    THYROIDÈÓ, 

A,  ac(/.  (do  Gr.  thyréns,  es(Miflo)(anat.)  Car- 
tilagem — ,  uma  das  que  formam  a  tra- 
chea. 

THYRSiGiRO,  A,  odj ,  (Lat  thyrsifer]  (poet.) 
armado  de  ihyrso,  c^mo  as  baiíchantes.  As 
—  Thyadas. 

THYRso.  í.  m.  (Lai  thyrsus,  âoCir.thyr- 
sus,  ha.-te.  meia  lança)  dardo  ornado  de  fiera 
a  paoipilbos  que  traziam  na  mão  as  báchan- 
tes  ;  insígnia  de  Baccho.  O  verde  —  foi  de 
Baccho  usado. 

TiiYfeico.   V.  TíííVo  ou  Phúsico. 

TI,  variação  do  pronome  tu  (do  fat.  lihi, 
a  ti) :  a  ti,  de  li,  parati.  Dizemos  poreu- 
phr.nia  com  ligo  em  vez  âecom  H.  V.  Tigo. 
Se  eu  fora  ti  ti,  idiotisi  i6  por  se  eu  jorã 
^  tu,  se  éii  fstivesse  ém  len  Ihs';*^, 

TiA,  s.  f.  ^Ual.  íía^  i<>.  (aftíe,  hM.  íf»íi(ía 


O  nome  Porf.  vem  do  ItaL,  dérit,  do  Gr. 
thtia,  on  tethé,  ou  tithis,  tia,  ama,  de  thao 
nutrir,  educar)  a  irmã  do  pai  ou  mai,  do 
avô  ou  avó  relativamente  aos  sobrinhos. 

TIA,  (ant.)  por  tinha,  imperf.  de  ter. 

T'ARA,  s.  f.  (Lat  e  tir  )  antigo  ornato  dos 
reis  e  sacerdotes  da  >ersia  ;  mura  pontifical 
do  papa  ;  (fig  )  dignidade  pontifícia, 

TiBKZ^.   V.  Iibieta. 

TiBiKS,  (g'0gr.)  povoação  de  Portugal,  t 
légua  e  meia  a  O.  de  Braga,  3,'  00  habitan- 
tes. 

TfBiA,  «.  f.  (Lat.  tihia,  provavelmente  do 
Egypc.  lihs,  calcanhar,  pó,  perna  de  animal 
edo  homem)  (anat.)  o  osso  mais  grosso  da 
perna. 

tíbia,  s.  f.  (Lat.  tihia,  flauta)  flama,  trom- 
beta flautada, 

TiBiASENTK,  oãv.  (míTOíf  soff.)  com  tib?e- 
za,  frouxamente. 

TIBIEZA,  s  f.  pouco  cator  de  corpo  mor- 
no; ffig.]  frieza,  frouxidão,  falta  de  activi- 
dade, de  fervor,  de  zelo  :  —  da  luz,  das 
paixões, 

TÍBIO,  A,  adj.  (do  Lat.  tepidus]  morno,  té- 
pido ;  (íig.)  frouxo,  remisso,  falto  â»  energia, 
falto  de  fervor,  de  zelo.  Os —5  raios  da  luz. 
Ficou  a  gente  mai  —  do  alvoroço  que  até 
ali  mostrava. 

TiBORNA,  8.  f.  (t,  da  Beira)  pão  quente  era* 
bebido  em  azeite. 

Tiç.\o.  s.  m.  (Fr-  lison,  do  Lat  titio,  onis) 
pedaço  de  lenha  aceso,  ou  meio  queimado  ; 
(fig.)  pessoa  tíríii  suja.  —dnf  inferno,  (fig  ) 
o  con.ieranado  ás  p' nas  inf  rnaes. 

TIÇÃO,  s.  m.  (t,  áepedreim)  (tto  Fr.  tes- 
smi,  caco}  Aáf&nfiar  otijol&—,  comolon- 
gor  para  o  fundo,  ficando  a  t^^sta  ou  apar- 
te roais  estreita  á  face  da  parede. 

TiçoADA,  s.  f.  [des  ada]  golpecom  l-ção. 

TiçoRiRo,  s  tn.  instrumento  d*í  ferro  com 
que  se  atiça  o  fogo,  princip>almente  o  de  car- 
vão de  pedra. 

TIDO,  A,  p.  p.  deter,  havido;  possuído. 
V.  ler  e  Havtr. 

TIGELA.  >.  f.  (Lat.  scut^lla,  frscudelia)  vaso 
covo  de  barro,  ou  de  rfietal  par»  sopas  — 
da  casa,  grande  pote  onde  se  vasam  as  aguas 
da  cozinha  Fidalgo  de  meia  — ,  de  famí- 
lia poico  illustre,  de  escajso  ren  limento. 
Moraes  suppõe  que  vem  da  ração  que  rece- 
biam das  cozmhas  rea  s  os  fidalgos  que  ti- 
nham moradias. 

TíGRf.ADA,  s.  f.  tigela  cheia.  Camarõesde 
— .  guisados  em  tig^-ia  (om  certos  adubos. 
Estarem — ,  íp  os  ecrftuln)  promiscuamen- 
te    V.  g    gente  que  esiá  em  estalagem. 

tmELiNHA,  s.  f.  ditAinut.  de  tigeia.  — 
de  cor.  que  enceira  arrebique  para  o  ros- 
to. 

TiGELO.  V.  Ti/oía^ 


TÍM 


m 


707 


T16R1,  s.m.  e  f.  [Ift.  tiq*i!t,  qu«íOsefy- 
itiologistas  derivaoí  do  hal  líico  gtiif,  «iar- 
(fo,  011  (1«^  digkfl,  rapidi.  A  meu  vor  vem 
do Cir,  lakfnj,  com  Ímpeto,  rwpilnm^nle,  e 
orouOf  arremessar-se)  anira»!  «]iia'lrupfjd« 
carnívoro,  ímp-liioso  e  mui  lii,'»»íro  em  s» 
arríitíessar.  «  Criado  ao  [)eilo  de  maa  —  Uyr- 
caoii  »  Oimões,  Kleg.  i. 

Tir.REziNHO,  *.  m.  í/imínMí.  deligre,  pe- 
queno  tigre. 

T  I  ENTo,  $.  m.  obsol.  acção  de  reter,  de- 
tença :  t.  g.  —   da  carreira. 

TIJOLO,  *.  m.  (do  Itit.  tegula),  Larrt)  Co- 
zido ao  forno  em  peças  ile.  forma  regiihr  para 
edifif^ar;  ladrilho;  flr-rro  redondo  em  que  os 
ourives  vasão  as  arruelas.  l>ocede — ,  g^jaia- 
bada.  da  forma  e  còr  de  — . 

TIL,  s.  m.{'),  signal  ortographico,  que 
primitivamente  denotava  letra  sjpprimida  na 
palavra,  e  que  depuis,  alem  d'este  uso,  sér- 
vio para  marear  o  som  fanhoso  da  vogal 
sobre  ques«  põn.  Er.  sãto,  qiãto,  u,  por 
santo,  quanto,  um  .q  por  que;  mão,  chão, 
opin  õfs.  Um  — ,  (lig.)  o^íu-ía  mínima.  So- 
brancelhas de  — ,  mui  delgadas  .\o  Ará- 
bico P  MO  Hebraico  ha  um  smal  orthographi- 
co  dn  fó^ma  semelhante  ao  nosso  í«/,  e  que 
denota  terminação  nasalem  an,  on,  un. 

T'L,  s.  m.  V.  Titia. 

T  LDE,  s.  m.  (Cast.)  V.  Ti/,  sínil  orto- 
graphin,"». 

TiLH.Í,  s.  f.,  TiLFiADO,  5.  m.  (snt.)  (Fr. 
íillac]  Coberta  de  barco,  coxii  de  navio. 
Batelão  com  sua  — .  Em  terra,  platafor- 
ma. 

TILH4D1,  *.  m.  V.  Tillid. 

TÍLIA,  s.  f  (Lat  ).  arvore  de  ornato,  cuja 
flor  é  usada  em  medicina. 
•.  TIMÃO  ou  TEMÀo,  s.  w  (Lat  tftmo,  onis], 
létn  e  ;  lança  de  coche,  cabeçalho  do  ara(lo, 
ou  do  carro.  Moraes  diz  que  no  Brasil  se 
usa  dtj  —  por  queimão,  roupão  aberto  por 
diante. 

TiVBAL  ou  Ti»BALE,  s.  m.  (do  Pers.  tam- 
bal],  tambor  da  cavallaiia,  atabal. 

TiMRÓ,  s.  m  (t.  Brasil),  n\)ò  trepador, 
plan'a  com  que  no  Brasil  se  embebeda  o 
peixe  nos  rios. 

TIMBRADO,  A,  f.  f) .  de  tímbrsr  ;  a//;',  que 
tem  timbre,  fcséudo  —  com  o  campo  de 
prata. 

TfWBHAR,  c.  a  [timbre,  arde?  inf  ]  (t. 
do  bras  ),    prtr  por   tifubre  ;   —  o  escudo. 

TiMBR«.  s.  m.  (d<t  Fr.  ti^b'-e\  insig'iia 
qtie  <e  jôe  no  escudo  de  armas  para  m*ar- 
car  «is-  graus  de  nobreza  ;  (fi^  )  af.jã  »  glo- 
riosa que  exijn  e  ^nnobrece.  Faz^r  —  de 
alguma  ci)u<!a.  gloriar  se.  — ,  (tig  )  auge  Foi 
—  dos  ítradorps.  o  mais  i'min»>nle.  Contou 
por  —  de  suas  f)»ç''iih'»'í. 

TiMi^XA.  V.   Thiini<iH%Í^ 


Ti«io\M<?<TB,  ado.  (meMt«,  saíT),  com  ti- 
midez, com   temor. 

Tiniosz,  s.  f.  a  qualidade  de  ser  tímido. 

TiMiD  ssiMO,  A,  adj.  supçrht.  de  tímido. 

TisuDO,  A.  adj.  (Lai.  timidus),  que  tem 
temor  ;  acanhado,  falto  de  d^-senabaraço. 

TiMo?í,  obsol.   V.   Timão,  Leme. 

TIMONEIRA,  s.  /".  (t.  naut.),  o  vão  onde  an- 
da o  pi'içote  do  leme. 

TiMONKiRo,  s.  m.  (t.  naut.),  marinheiro 
que  vai  ao  lemee  o  maneja. 

TIMOR,  (g»^ogp.)  ilha  situada  ao  S.  de  Lis- 
boa (o  Cabo  de  S').)  a  qual  se  extende  de 
NE.  a  SO.  umas  60  léguas  sobre  IK  de  lar- 
gura, que  n'algumas  partes  chega  a  25,  e 
n'ouiras  apenas  a  8  ;  com  muitos  poitos, 
de  que  o  maior e  mais  celebre é  ode  Babao,^ 
bahia  que  liça  abrigada  com  aponta  de  L. 
e  ond*?  podem  surgir  com  segurança  gran- 
des esquadras  ,  8U0,500  híbilantes. 

TIMOR ATAMKiSTf,  odn.  (mcAtíe sufT.),  de  mo- 
do timorato. 

TiMORATí^,  A,  adj.  (do  Lat.  íimor,  des. 
ato],  tímido,  medroso,  cheio  de  temor.  v. 
g.  Consciência  — .escrupulosa. 

TCMORiSADO.  V.    Atemorizado. 

TÍMPANO    V.  Tympano. 

TINA.  s.  f.  (Lat  tina^,  vasilha  de  aduela 
aberia  por  cima,  como  pipa  serrada  pelo 
meio.  Também  se  diz  de  Tasilha:  de  metal 
para  banhos. 

T  Nada,  s.  f.  tina  cheia. 

TiNAi  HA.  s.  f.  tina,  dorna,  pequena  cuva 
para    vintio. 

Ti?iAziNHA,  s.  f  dimiyiut.   de  tina. 

tínca,  *.  /*.  (Lat.)  nome  de  um  peixe  de 
lagoa  ou  rio. 

TiNC\L,  s.  m.  (do  Pers.  teneal.)  bórax, 
sal  que  fjuda  a  derreter  os  melaes  e  outras 
subsl/incias. 

TiNC* LEIRA,  s.  f.  [tincãl,  des.  eira.]  Va- 
so em  que  se  deita  o  lineal  para  fundir  me- 
taes. 

fnfDO,  (ant.)  V.  Tido. 

TiNEi,  s,  f.  V.  Traça,  Caruncho, 

TiNNELLEirtO  ,  X.  m.  O  que  provo  ao  ti- 
nello  ;  o  que  come  no  tíncUo  dê  algum  sç- 
nhor. 

TiNELio,  s.  m.  (Ilal.  tinelto,  Fr.  ant.  ít- 
nel,  quarto  baixo  onde  coÍDÍam  os  orlados 
do  rei,  ou  de  fidalgo  )  casa,  quarto  onde 
comem  os  criados  e  fâmulos  em  mesa  com - 
mum. 

/".  diminui,  de  tina,  pequena 


TlNETA,    s. 

tiri?. 

riXETÁ,  í. 
tfiriêl,  do  Lat 


f  krvÁf.rt,  i.  ri    (dò  Tngl. 

fenen,  tre,  ter,  possuir.)  (anl.) 
dogma,  opinião  errónea. 

liNoiDo,  A.  p.  p.  âe  tingir;  adj.  que  se 
tingiu     que  tingiu 

flNGlDOH.    WTintfireiro. 

1i7  • 


708 


TIH 


TIP 


TiNGiDURA,  *.  f.  acção  de  tingir. 

TINGIR,  V.  a.  (Lat.  tiw^o,  erc,  Gr.  iengò, 
tingir,  molhar,  hutnedecep,  que  os  lexico- 
graphos  derivam  de  íetnò,  ostender.)  dar 
côr  ao  fio  ou  a  tecidos  de  lã,  seda  ,  linho, 
algodão,  etc  ,  mettendo-os  em  liquido  ap- 
propriado ;  (fig.)  fazer  corar,  v.  g.  o  pejo 
lhe  tinge  as  faces  ;  a  pallidez  da  morte  lhe 
tinge  o  rosto.  —  o  cabello  ,  com  diversas 
composiçõfts  liquidas  ou  unctosas.  — se,  v. 
r.  tomar  côr  :  tingem-sc-lhe  as  faces  de 
carmim.  «Quando  o  Betis  de  sangue  se  íin- 
gia.»  Camões,  Lusiad.  3,  75. 

TiNGiTANO,  A,  adj .  e  í.  pertencente  á  ci- 
dade de  Tanger ;  natural  de  Tanger.  Jor- 
nada — .  Lobos  — . 

TiNGUEiRO,  adj.m  BoU  — ,  embarcação 
pequena  usada  no  Tejj 

TiNGui  s.  m.  (t.  Brasil,  pron.  ownãosôa  : 
de  tinga,  fétida,  eiagua  na  lingua  dos  in- 
dígenas), cipó  fedorento,  qne  se  deita  mas- 
cado nos  rios  para  embebedar  o  peixe,  como 
o  trovisco  na  europa,  herva  que  mata  o  ga- 
do vacum. 

TiNGuiJADA,  s.  f.  pescaria  do  peixe  em- 
bebedado pelo  tingui. 

TiNGUiJADo  A,  p.  p.  do  tiuguijar ;  adj. 
embebedado  com    o  tingui. 

TiNGUijAR,  V.  a.  (t.  Brasil  ;  tingui,  jar 
des.'  por  ejar^  lançar)  :  —  os  rios,  lançar 
nelles  tingui  para  embebedar  o  peixe,  em 
sentido  abs  —  o  gado,  morrer  de  herva 
venenosa. 

TINHA,  s.  f.  (Lat.  tinea,  bichinho  que  se 
pega  á  madeira,  e  a  roe  ;  rad.  teneo,  ere, 
agarrar),  espécie  de  lepra  que  ataca  a  cabe- 
ça, e  faz  cahir  o  cabello  ;  (fig.)  defeito. 

TINHA,  (ant )  V.  Tina. 

TiNHÃo,  s.  m.  augmentat.  de  tinha,  s.  f. 

TiNHELA,  (geogr.)  rio  de  Portugal,  em 
Traz-os-Montes  que  entra  na  direita  do  Tua 
perto  d'Alva,  com  7  léguas  de  curso ;  a  po- 
voação do  mesmo  nome  por  onde  elle  passa 
é  do  concelho  de  Monforte ;  500  habitan- 
tes. 

TINHOSO,  A,  adj.  (des.  oso),  doente  de 
tinha,  que  tem  tinha. 

TINIDO  ou  TiNNiDO,  sup.  do  tinir  ou  tin- 
nir,  que  tinnio. 

TINIDO  ou  TiNNiDo;  s.  I».  (Lat.  tinnitus), 
som  agudo  de  metal  vibrado,  de  vidro,  etc. 

TiNiNTE  ou  TiNNiNTE,  adj.  dos  2  g.  que 
tinne 

TINIR  ou  TiNNiR ,  V.  n.  (Lat.  tinnere, 
tinn,  rad.  immitativo),  vibrar  com  som  agu- 
do, como  os  metaes,  o  vidro.  Os  ouvidos 
tinnem,  sentem  uma  vibração  ou  som  se- 
melhante ao  dos  metaes  ou  do  vidro. 

T!No.  s.  m.  (Covarruvias  o  deriva  do  Lat. 
tenere,  e  com  razão,  porque  equivale  a  ten- 
tum,  sup.  de  ienere.   V.    Tento)  instincto, 


sagacidade,  juizo  natural ;  facilidade  de  te 
dirigir  na  escuridão  seguido  dos  sons  ou 
de  signaes  locaes.  v.  g.  Atirar  pelo  — ,  di- 
rigindo-se  pelo  ponto  d'onde  vem  o  rumor. 

TINO,  «.  m.  (ant )  V.  Tina. 

TINTA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  do  Lat. 
tinctus.  p.  p.  de  tingere,  tingir),  liquido 
corado  para  tingir  ou  escrever  ;  substancia 
desfeita  em  óleo,  agua,  colla  ou  gomma  para 
pintar ;  (fig.)  côr,  matiz.  Meia  — ,  na  pin- 
tura, a  côr  que  medeia  entre  as  cores  as  mai» 
vivas  e  as  sombras.  Fazer-se  do  melhor  — , 
mais  polido,  culto  4rraes,  Tomar  pouca  — , 
(p.  us.),  fazer-se  familiar.  Encommendar  a 
alguém  de  boa  — ,  com  louvor,  tomar  — 
de  alguma  cousa,  tintura.  «  Rústico,  que 
nunca  tomará  —  de  discrição.  »  Lobo. 

TINTE,  s  m.  (ant.)  oíBcina  de  tingir,  tin- 
turaria, 

TINTEIRO,  *  m.  {tinta,   des.    eiró],  vaso 
que  encerra  a  tinta   com   que   se  escreve 
(fig.)  Fica   alguma  cousa   no  — ,  omjittida. 
Deixar  no  — ,  ojiittir,   deixar   de  mencio- 
nar. 

TINTIM,  expressão  fam.  — por  — ,  coma 
maior  individuação.  Contar,  dizer  alguma 
cousa  —  por  — . 

TjNTiNi,  s.  m.  obsol.,jogo  antigo  de  pa- 
rar. 

TINTO,  A,  (Lat.  tinctus],  p.  p.  de  tingir  ; 
adj.  tingido.  Vinho  — ,  de  cor  roxa  ou  car  • 
regada,  (fig.)  —  de  sangue,  ensanguenta- 
do. Penna  —  em  fel,  na  calumnia,  vingan- 
ça, ódio,  escripto  dictado  por  estes  affectos 
—  de  verdade,  representado  com  as  cores 
da  verdade 

TiNTOR.  V.    Tintureiro. 

TiNTOREiRA.  V.  Tintureira. 

TINTURA   OU   TINCTURA,  S.   f.  (Lat.  tinctu- 

ra],  o  acto  de  tingir,  infusão  de  substancias 
colorantes  ;  (t.  de  pharm.),  infusão  em  liqui- 
do aqueo  ou  vinoso.  — ,  (fig.)  cor;  conhe- 
cimento leve,  superficial ;  c.  g.  tem  uma  — 
de  mathematica. 

TINTURARIA,  s.  f.  (des.  ia),  officina  do  tin- 
gir ;  exercício,  arte  de  tingir.  Drogas  de — , 
próprias  para  tingir. 

TINTUREIRA,  s.  f.  cspccie  de  tubarão  gran- 
de. 

TINTUREIRO,  s.  f»  O  que  tinge  pauuos,  sc- 
das,  chapeos,  ele. 

TINTUREIRO,  A,  adj  tiuto.  Uva  -~,  tinta. 
Plantas  — ,  que  dão  fécula  própria  para  tin- 
gir. 

TIO,  s.  m.  (V.  Tia),  o  irmão  do  pai  ou 
da  mãi  relativamente  aos  sobrinhos. 

TIORHA,  s.  f.  (Fr.  thcórbe),  alaúde  maior 
e  de  mais  cordas. 

TiPiTi,  s.m.  (t.  do  Brasil.),  tecido  cylin- 
drico  de  palhas,  dentro  do  qual  se  mette  a 
mandioca  moida,  para  a  espremer. 


flA 


Ttk 


Vò« 


TiFLE,  s.  m.  (do  Ital.),  a  toz  mais  alta  na 
consonância  musica,  sujeito  quejtem  esta  voz. 

TIPÓIA,  s.  f.  (voz  africana),  palanquim  de 
rede. 

TIQUE,  TAQUE,  s.  M.  (Fr.  tric,  trac),  jogo 
de  tabolas. 

TIRA,  s.  f.  (de  íirar,  puxar),  banda  de 
panno,  deestoífo  de  seda,  de  coiro.  — ver- 
gai, coiro  como  mang«note  que  firma  os  ma- 
chos á  liteira. — ,  pressa.  Remar  a  todo — . 
Toar  i  —. 

TiRABRAGAL,  «.  m.  funda  de  quebrado. 

TiRABHAGUEL,  s.  m.  (ant.),  tirabragal,  ou 
tiravergal. 

TiRACOLLO,  s.  I».  correia  atravessada  de 
um  lado  do  pescoço  para  o  lado  do  corpo 
opposto,  por  baixo  do  braço,  em  que  se  le- 
va o  braço  ou  outra  cousa  suspensa.  Levar 
o  braço  ferido  a  — .  —  do  terçado,  tala- 
barte. 

TIRADA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  tirado), 
•iportação,  extracção  de  géneros  para  fora 
do  paiz  ;  espaço  largo  de  caminho,  andadu- 
ra ,  de  tempo.  —  do  preso  á  justiça,  tira- 
lo  por  força  das  mãos  da  justiça,  — de  obra 
(do  Ital.  tirata,  ou  do  Fr.  tirade],  passagem 
de  alguma  extensão,  v.  g.  —  de  versos.  É 
escusado,  pois  temos  enfada,  sequencia. 
.  TiRADEiRAS,  s.  f.  pi.  nos  cogenhos  de  as- 
sucar,  são  tirantes  entre  os  quaes  vão  pre- 
sas as  bestas  que  puxão  asalmanjarras. 

TIRADO,  A,  p.  p.  de  tirar ;  adj.  abstraí- 
do, puxado  ;  v.  g.  o  carro  —  por  bois,  bes- 
tas. Ouro  — pela  fieira,  estirado.  Letra — , 
feita  á  pressa.  V    Tirar. 

TiRADOR,  t  m.  o  que  tira  as  folhas  nas 
typographias  ;  o  que  tira  ouro  ou  prata  pela 
fieira. 

TiRAFUNDO,  s.  f».  sacafuudo,  espécie  de 
verruma  com  cabo  munido  de  um  aro  de 
ferro,  usada  pelos  torneiros,  e  bombardei- 
ros. 

TiRAMENTO,  *.  »i.  (menío  su ff.),  o  acto  de 
tirar,  sacar ;  izenção,   cobrança,  arrecada- 
ção, exportação.  E  p.  us. 
TiRAUo.  \.  Tyranno. 

TIRANTE,,  adj  dos  2  g.  (des.  dop.  a.  Lat. 
em  ans,  tis],  que  tira,  puxa.  Cor  —  a  ama- 
rello,  que  se  apprcxima  do  amarello. 

TIRANTE,  s.  m.  corda  ou  correia  de  pu- 
xar por  alguma  cousa  cousa,  v.  g.  os  — s 
da  sege,  de  coche  ;  barra  de  ferro  atraves- 
sada de  uma  a  outra  parede  do  edificio  para 
nella  se  pendurarem  candieiros,  etc.  — s  de 
liteira,  de  cadeira  de  armar,  varas 

TIRÃO,  5.  m.  puxão ;  estirão,  caminho 
longo. 

TiRAPé,  s.  m.  correia  estreita  fechada  com 
que  os  sapateiros  seguram  a  obra  sobre  a  for- 
ma posta  no  joelho,  passando  a  volta  por 
baixo  do  pé. 

▼o*,  r?. 


íiRAit,  V.  a.  (Fr.  tirer,  do  Lat.  hakere^ 
puxar;  Gi.  sj/rò,  puxar,  arrastar),  puxar, 
t».  g.  as  bestas  íir«n»  o  carro,  a  sege,  a  car- 
roça ;  os  bois  tirão  o  arado,  ou  em  sentido 
abs  ,  pelo  carro,  pela  sege,  carroça.  — ,  sa- 
car, extrahir  com  força  ;  v.  g.  —  um  den- 
te, a  setta  da  ferida,  o  espinho  da  carne  ; 

—  o  chapéo,  a  capa  ;  —  a  espada  da  bai- 
nha. —  géneros,  exportar  para  outro  paiz  ; 

—  agua  do  poço,  —  dinheiro  da  gaveta.  — 
o  preso  á  justiça,  livra-lo  do  poder,  dos  be- 
leguins, —  das  mãos  do  poder,  —  da  prisão, 
do  cativeiro.  —  foros,  dividas,  arrecada- 
las,  cobra-las  judicialmente,  —  esmolas, 
pedi-las  e  obte-las,  —  foros,  impostos,  ju- 
gadas,  cobrar ;  —  licença,  tença,  graça, 
mercê,  alcançar;  —  palavra  de  alguém,  obter 
promessa  formal ;  fsze-lo  fallar.  —  a  pa- 
lavra da  bocca  a  alguém,  previni-lo,  ante- 
cipar o  que  elie  ia  a  proferir.  —  o  bocca- 
do  da  bocca;  (fig.)privar-se  do  necessário. 

—  vangloria,  vangloriar-se.  —  forças  da 
fraqueza,  fazer  esforços  extraordinários  su- 
periores ás  forças  da  pessoa.  — ,    afastar; 

—  os  olhos,  ou  sentido  de  um  objecto.  — 
á  luz,  publicar  —  a  terreiro,  desafiar  para 
cantar,  bailar,  ou  o  sentido  de  um  objecto. 

—  á  luz,  publicar.  — ,  afastar,  — a  terrei- 
ro, desafiar  para  cantar,  bailar,  ou  para 
combater.  —  a  ave  os  pintos  dos  ovos,  in- 
cubar — ,  estampar;  v,  g. —  as  folhas  de 
livro  que  se  imprime,  —  ouro,  prata,  es- 
tirar o  fio  pela  fieira.  —  linhas,  traçar,  des- 
crever. —  a  sardinha  do  fogo  com  as  mãos 
do  gato,  dictado  que  equivale  a  servir-se 
de  outrem  para  executar  cousa  arriscada  ou 
incommoda.  —  de  uma  lingua  em  outra, 
traduzir,  verter.  —  a  prova,  verificar  se  o 
calculo  está  exacto.  — a  sua  a  limpo,  sahir 
bem  da  empreza.  —  a  sua  verdade,  a  sua 
honra  a  hmpo.  — ,  attrahir,  fazer  ir.  O  ala- 
rido tirou  todos  ájanella.  —  a  publico,  fa- 
zer apparecer  em  publico.  O  iman  tirão  fer- 
ro, attrahe.  — ,  abstrahir,  privar,  remover, 

—  as  nódoas,  a  casca,  a  pelle,  — duvidas, 
erros,  —  do  pensamento,  do  sentido,  dessua- 
dir.  —  parte,  porção  de  um  todo,  esta  via- 
gem tirou-me  dez  annos  devida.  — .infe- 
rir, deduzir;  v.  g.  —  por  conclusão.  Ti- 
rou d'alli  exemplo.  — ,  em  sentido  abs.  di- 
rigir-se,  inclinar-se,  v.  g.  —  para  um  lu- 
gar. ^--  uma  côr  a  outra,   approximar-se. 

—  SE,  V,  r.  sahir,  escapar,  c.  g.  — do  pe- 
rigo. —  de  cuidados,  ou  de  maus  cuida- 
dos, loc.  fam.  empreender  inconsideravel- 
mente,  tentar  sem  reflexão,  tomar  resolu- 
ção repentina. 

TIRAR,  V,  Atirar. 

TiRATEgTA,  s.  m,  arreío  que  guarnece  a 
testeira  do  cavallo.  j 

TIRAVERGAL,  s.  1».  V.  Tira. 
178 


TIS 


TIT 


TiRAz,  s.  m.  (ant.)  tecido  de  liaho  com 
kvores  usado  antignmenle. 

TiRiDiA.  V.  Ictericia. 

TiRiciADo,  A,  adj .   loftnte  d»  iclericip. 

TiRi«HA,  s.  f.  diminui,  de  tira. 
•  TiRiNTiMTiM,  «.  m.  (voí  imitativa)  sonda 
trombet» . 

TiRiTANA,  j.  f.  mantéo  de  sirguilha  que 
as  mulheres  rusiicns  trazem  por  cima  de  ou- 
tro mantéo.  V.  ^Paritária. 

TIRITAR,  V.  n.  (voz  imitativa)  tremer  com 
frio. 

TIRO,  s.m.  (Ft.  íir,  àeiirer,  atirar,  que 
Court  deijéb*  liii  deriva  do  Céltico  tir,  pu- 
xar, d'on  e  elle  eré  que  oiatiii  trahere  é 
decivado  O  s<?fnido  de  atirar  vem  do  arco 
que  antigamente  era  o  p  incipal  inslrum'  n- 
to  com  que  se  lançavam  seitas  fazf>ndo  tiro) 
acção  de  atirar,  arremesso:  —  de '-anhão, 
esp"ngarda,  pistola,  frecha,  besta.  Estar  a 
— ,  em  pontaria.  Estar  a  melhor — ,  mais 
em  ,)ontaria.  — ,  (fig.)  arma  que  lança,  d'on- 
de  se  disparam,  v.g  baUs,  settas,  dardos. 
— 5  de  fogo,  com  prilvora  ;  a  pólvora  em- 
pregada em  rada  tiro :  distancia  onde  al- 
cança o  tiro  V:  g.  estamos  a  dois  — s  de 
espingarda  do  poito.  do  rio,  da  cidade.  A 
—  de  canhão,  ao  ale  nce.  Extar  o  — ,  a 
pontaria.  — ,  (fig  )  remoque.  Um  —  de  bes- 
tas, quatro  ou  seis  iguaes  que  tiram  o  co- 
che. —  de  bois,  junta,  parelha  Animaes 
de  —,  de  tirar,  puxar  carruagens,  cairos, 
carretfis  — ,  corda  grossa  com  que  se  ajun- 
ta raajs  um  boi  ou  besta  ao  arado  ou  co^^he. 

TiROCiMO,  s.m.  (í-at.  tirocinium,  de  tiro, 
onis,  aprendiz,  prificipia«te)  o  ensino,  ees- 
Itidos  do  principiante,  aprendizado 
fTiROLico-Tico,    s.  m.    expressão   infantil 
tísada  em  um  jogo  de  crianças.  V.  Bico. 

TiR-TE,  abreviaçã'^  de  tira-te. 

TiRUF.LA,  s.  f.  estoíTo  de  seda  que  >inha 
de  Castelia. 

TISANA,  í,  /".  (Lat.  pt^sana,  cevada  descas- 
cada, doGr.  píi.ssd,  desiascarj  (pharm.)  co- 
zimento de  cevaria,  de  raízes e  fulhas  de  plan- 
tas medicinaes. 

TisiCA,  s  f.  (do  Gr.  phthisis,  de  phthio, 
se«car,  íizer  seccar)  (med.)  doença  em  q  le 
o  corpo  se  extenua  com  febre  hectica.  — 
pulmonar,  causada  por  alteração  tubercu- 
losa do  Uofe. 

Tísico,  A,  adj.  (med.;  doente  de  tisica, 
m<ui  magro,  frango—.  — s,  leques  da  Chi- 
na de  varetas  mui  estreitas  e longas. 

TisiQUiDADE,  s.  f.  V.  Etiguidade. 

TISNA,  s.  f.  (do  tisnar)  aiancha  negra  de 
fumo. 

TISNADO,  A,  p.  p.  de  tisnar;  adj.  enne- 
grecido  por  fumo,  chamuscado. 

TisNADtJRA,  s.  f.  (des.  ura)  maneha  de  cou- 
sa tisnada. 


TISNAR,  «.  a.  (do  Lat.  titio,  onis,  lição) 
ennegrecer  com  carvão,  fumo,  fulisem.  — 
a  reputação,  a  fama,  manchar.  «  Também 
os  cysnes  se  tisnam,  »  (fig.)  ató  os  bons  e 
puros  se  mancham." 

TISNE.  s.  ríi.  a  côr  que  o  íu  no  ou  if)  ca- 
lor faz  na  tez  da  pelle. 

TisouHA.  V.  Tesoura,  ele. 

Tissú,  *.  m.  (Fr.)  tela  forte  bordada  4« 
ouro 

TiTELA,  s.  f.  o  peito  carnudo  da  ave ;  o 
lado  das  aves  que  se  cobre  cora  as  azas ;  (lig.^ 
a  parte  «mais  preciosa,  «c  Era  o no^^so reino 
a  —  da  Europa.  »  Ter  — ,  (fig.)  ser  corajo- 
so, animoso. 

Ti  FERE,  s.  m.  pi.  títeres,  (do  Cost.  títe' 
re,  bonifrale,  bonccc^de  engonços,  ("ovarru- 
vias  deriva  este  termo  do  Gr.  titizein,  cbil- 
rar,  como  fazem  os  pássaros  no  ninho)  bo- 
necos que  se  movem  por  engonços  e  que 
servem  a  representar  farças. 

TiTEREAR,  ç.  n.  [titeve,  ar,  des.  inf.)  ma- 
ntvjar  os  ti  teres. 

TiTEREiRo,  s  m.  (des  €Íf0)  o  que  mane- 
ja os  lileres. 

TiTHONiA,  s.  f.  (Lat )  (poet )  a  Auiora. 

tithymalo,  s.  w..(Lat.  titymalus)  herva 
maleiteira. 

TiTiLLAÇÃo,  í. /".'(Lat.  titillatio,  oni^)  ac- 
ção de  tiiíllaf ;  cócogí»s. 

TiTiLLADO,  A,  p.p.  de  litiliar  ;  adj.  prm- 
do,  a  quem  se  fez  cócegas.  A  vaidade  — 
pela  libonjaria,  (tig.) 

TiiiLLvR,  V  a  UM.  íitiilo,  are)  fazer  có- 
cegas, pruido,  pruir;  (fig.)  lisongear  agra- 
da velmente  :  —  a  vaidade. 

tiullar.  adj  dosig.  (anat.)  Veias  titi- 
lares,  que  estão  debaixo  do  sovaco. 

TiTiM,  s.  m.  (t.  Brasil.)  espécie  de  coca 
para  matai   peixe. 

TíTiNA,  s  f.  avezinha  que  tem  as  pen- 
nps  ciiizentas  salpicadas  de  branco  ;  frequen- 
ta as  terras  de  lavoura. 

TiTiRE.  V.   Titere. 

TiTOR,  TiTORiA.  V.  Tutor,   TxUoria. 

TíiuBANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lai.  titubans, 
íii)  que  tituba. 

TiTUBAR.  t?.  n  (Lat.  titttbo,arc  ;  rad.  imi- 
tativo; vacillar,  n^osete  i>em  nos  pés  ;  (fiç.) 
hesitar,  balouciar.  —  a  li/i^ua.  —  a  alma 
na  fé,  na  crença,  'fíg.) 

TITUBEAR    V.   Tilubar. 

TITULADO,  A,  /).  p.  de  titular ;  adj.  fun- 
dado em  titulo.  Ca  a,  —s,  cujos  fidafços 
são  titulares.  — ,  intitulado. 

Titular,  v.  a  {tíiuic,  ar  des.  inf)  dar 
titulo,  intitular;  dar  titulo  jurídico  ;  escre- 
ver em  livro  depadrrtes,  e  liluíos  authenti- 
cos  <l'onde  coBSteffl  as  acções  e  direitos,  t. 
g. — dividas        'ii.;.t  ..;     oyiyp 

TiTu«AR,  adj.  dos9>g.  que  tem  titulo  fie 


kit: 


TOà 


TOC 


711 


graduação,  v.  g.  fidalgo  — .  Ábbdde  — ,  o 
que  tem  o  beneficio  coui  asuccessào  no  car- 
go 6  não  em  commenda.  Bispo  — ,  sem  exer- 
cício na  diocese. 

TiTULEiRO,  s.  m.  (anl.)  inscripção  s  pul- 
cral,  epitaphio. 

jiTULo,  s.m.  (Lat.  íiía/uí,  áo  Gr.  titios, 
rad.  tiò,  honrar)  denominação  de  dignidade, 
V.  g.  o  —  de  coude,  duque,  (fig  )  um  titu- 
lo, fidalgo  titular ;  rotulo,  inscripção,  v.  g. 
—  do  livro. — ,  (fig.)  nota,  reputação.  Mu- 
lher ou  homem  de  ruim  — ,  do  má  nota. 
Navio  dft  máo — ,  suspeito  de  pirata  ou  cor- 
sário. Ir  de  máo  titulo  a  alguma  par- 
te,  com  mao  intento  — ,  côr,  protexlo.  A 
— ,  (loc.  adv.)  com  p  eleito,  côr;  com  fun- 
damento, motivo,  — .  (jur  )  documento  que 
confere  poíse  ou  dá  direito  em  justiça,  v. 
g.  —  d*í  compra,  venda,  doação,  divida. 
.  TiTTíiALO.  y .  lithymalo. 

TizouRA    V.   Tesoura^ 

TMESE,  s.  f.  (Lat.  tmesis,  do  Gr.  temno, 
cortar)  figura  que  c<^»nsiste  em  dividir  uma 
palavra  composta  metteado  outra  ou  outras 
em  meio. 

TÓ,  interj.  usada  para  chamar  um  cão 
pççiueno, 

t'o,  te  o.  Eu  t'o  direi,  por  te  o. 

TÔA,  *.  f.  (Pr.  ínue,  de  louer,  puxar  á 
sirga,  do  golbico  tilnian,  Aog!.-S,ri.  teon, 
puxar)  sirga,  corda  que  a  embarcação  maior 
dá  á  menor  para  a  levar  arebíque;  cabo, 
cerda  atada  da  proa,  ou  da  popa  do  navio 
a  um  ponto  fixo  ou  a  outra  embarcação, 
para  se  alarem  por  ella  os  de  dentro.  De- 
ram suas  — *  pela  proa  —  os  cavallos  á 
— ,  tirados  por  uma  cprda  para  atravessa- 
rem o  rio.  andar,  ir  á  — ,  sem  governo 
Andar  d  —  de  alguém,  seguir  as  suas  di- 
recçõ-s. 

TOADA,  s.  f.  tom,  som,  soada,  a  musica 
com  que  a  letra  se  acompanha  Tomar  as 
palavras  pela  — ,  attendenio  meramente  ao 
som,  e  não  á  significação.  Fallar  pela  mes- 
ma — ,  na  mesma  substancia,  conformando- 
se  ao  que  outra  pessoa  acabada  de   dizer 

XQaPo,  a,  p.  p.  de  toar,  adj.  que  soou. 
Voz  — . 

toalqa,  *.  /.  (ítal.  totegalia,  Fr.  ant. 
touaille  ou  toa^lle,  B.  Lat.  toacula,  toalia). 
peça  de  panno  de  linho  ou  de  algodão  para 
íimp.ir  os  mãos ;  —  da  mesa,  com  que  se 
cobre  a  me*a  — ,  ppça  de  panno  de  linho 
que  as  mulheres  antigamente  traziam  na  ca- 
beça, hoje  só  u«id«  pelas  freiras. 

toalhbte,  s.  m.  diminut.  du  toalha. |;uar- 
danapo. 

TOALHiNHA,  s.  m.  diminut.  de  toalha,  pe- 
quena toalha. 

TOANTE,  adj.  dos  2  ^.  [4e.s.  dop.a.  Lat. 
em  anSf  ím),  na  rersihcação  dú-$e  de  pa- 


lavras que  terminão  por  duas  sj^llabas  cujas 
vogaes  sào  semelhantes  ;  v.  g.  romance  e 
soante 

TOAR,  V.  n.  (de  tom,  ar  des.  inf.),  dar 
som  furte,  soar.  —  alguma  cousa  bem  ou 
mal,  (fig  )  agradar,  conformar  se  com  o  nos- 
so sentimento,  com  a  nossa  opinião,  — ,  », 
n  (do  Lat.  tono,  are],  (p,  us),  trovejar. 
.«  Jove  toou  da  esleliifera  morada,  »  Eneid. 
Port. 

TOA  BUAS.  V.  Atoardas. 

toCa,  s  f.  (Fr,  a;it.  toucquet,  canto;,  bu- 
raco no  tronco  de  arvore,  em  rocha  ou  em 
terra,  onde  o  coelho  e  alguns  outros  ani- 
maes  se  recolhem  ;  chulo,  casebre. 

TOCADiLuo,  5.  m.  um  jogo  detabolas. 

tocado,  a,  p.  p.  de  tocar;  adj.  palpa- 
do, aiiingido;  ^fig.)  muvido,  v.  g.  —  de 
amor,  d;  compaixão;  encetado,  principiado, 
V.  g.  —  de  passagem  — ,  (fig  )  eivado,  is- 
cado, infeccionado,  ferido;  v.  g.  —  da  pes- 
te, o  animo  —  de  vicio  —  do  mão  ou  da 
mão  de  Deus,  ferido  de  mal,  doença.  Fruta 
— ,  que  começa  a  apodrecer. 

TOCADOR,  *.  m.  tangedor  de  instrumen- 
tos  músicos. 

tocadura,  s,  f.  toque  com  as  mãos  ou 
pés;  contacto,  encontro. 

ToCAaarfio,  s.  ni,  {mento  suíT.),  (p.  us,), 
toque,  contacto,  —js  torpes,  da  mulher,  ou 
entre  os  dois  sexos. 

ToCAíío.  s.  n  (í.  do  Brasil.),  ave  do  Bra- 
sil semilhaule  ao  pombo, 

TOCANTE  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a, 
Lat.  e.m  ans,  íií),  concernente,  que  ^íiz  res- 
peito. iNo  —  a  isso,  subst.  por  eilípse,  no 
ponto  que  rpspeitaaisso.  — ,  aíTectuoso  que 
comraove.  «  Com  maviosas  lagrimas  —s  .» 
Barros,  Uarim. 

TOCAR.  V.  a.  e  n  (Fr.  toucher,  e  toquer, 
taquer,  toe,  toquf,  Lat  tangere,  sup.  ía- 
ctam;  Céltico  lac.  /se;  .Angl-Sax.  lekkan. 
Gr.  thiqô  Todos  estes  radicaes  vem,  a  meu 
ver,  do  Egjpcio  tul,  mão,  e  talio  ou  tako, 
tomar),  palmar,  mover  com  a  mão,  dedo, 
pé  ou  outra  parte  do  corpo,  mover,  altin- 
gir,  topar;  v.  g.  —  o  tronco  da  arvore,  a 
pedra.  O  navio  toco)*  terra  ;  tocou  o  por- 
to, (fig.)  entrou  nelle,  tanger  instrumentos 
rústicos,  »  g.  — flauta,  cravo,  piano,  har- 
pa, —  os  sinos.  — as  bestas,  com  vara  ou 
azurrague.  «  Tocáo  o  céu  de  ondas,  »  Ca- 
mões, sobem  tão  alto  que  parecem  atlia-^ 
gir  as  nuvens.  —  ouro,  prata,  esfregar  ná* 
pedra  de  toque  para  cojiheçer  os  quilates 
ou  grau  da  pureza  do  metal  Este  ouro  ío- 
ca  dezaseis  quilates,  mostra  pelo  toque  ter. 
Pedra  de  — ,  pedra  preta  mui  dura  em  que 
se  esfrega  o  ouro  e  a  prata  para  conhecer 
o  seu  grau  de  pureza,  comparando  a  côr 
das  parcelUs  que  se  separam  com  a  do  me»* 
178  i. 


1i% 


ÍOD 


TOJ 


tal  já  ensaiado ;  (flg.)  meio  de  ajuizax,  de 
avaliar  as  pessoas  ou  cousas.  —  uma  ma- 
téria, tratar  de  passagem.  —  o  céu  como 
dedo,  (íig.)  fazer  impossiveis.  — ,  (fig  )  fa- 
zer abalo,  impressão,  mover,  v.  g.  —  o  co- 
ração. — ,  pertencer,  caber  em  sorte.  To- 
cou-lhe  a  metade  da  herança  ;  —  o  terço 
do  despojo  do  inimigo.  — ,  (fig )  (p.  us.), 
ceRiurar,  notar.  —  alguém  onde  elle  sõ 
doe»  fallar-lhe  em  cousa  que  lhe  causa  dôr, 
sen  timento,  pezar.  — ,  eivar.  A  saraiva  ío- 
cow  a  fructa.  —  os  figos.,  applicar  ás  figuei- 
ras certos  insectos  a  que  se  attribueo  effei- 
to  de  as  fecundar.  —  o  painel,  dar-lhe  to- 
ques ou  pinceladas.  — .  em  sentido  abs. : 
—  em  alguma  cousa,  attingi-la,  dar  emba- 
te, poa-se  em  contacto.  O  navio  tocou  no 
baixo,  nos  cachopos,  —  de  alguma  cousa, 
(p.  us.),  ter  mistura,  ter  parte,  participar. 
Terra  que  toca  de  areia,  areenta.  «  Toca 
de  desenvolta  esta  moça.  »  Bera.  Lima.  — , 
ferir,  offender.  Graças  que  toquem.  — ,  com- 
petir, pertencer.  Toca-me  vigiar  sobre  a 
execução  das  crdens.  Toca-lhe  entrar  de 
guarda.  Toca  a  dansar,  a  folgar,  é  tempo 
de,  convém,  locar-se  a  besta,  ferir-se  an- 
dando batendo  com  os  cascos  nas  mãos. 
«  Vossa  mercê  não  se  toca  de  fiar,  »  phra- 
se  ant.  e  chula,  não  expõe  a  fazenda  fian- 
do-a  de  quem  não  dê  boa  couta  d'ella. 

toce.  V.  Toose,  etc. 

TOCHA,  s.  f.  [Fr.torche,  di  Lat.  íorçuc- 
rc,  torcer)  facho,  archote  ;  vela  grande  de 
cera,  brandão;  velador,  donzella  sobre  a 
qual  se  põe  o  candíeiro.  —s  de  prata  so- 
bre que  estavam  candieiros. 

ToCHEiRA,  s.  f.  [tocha,  eLat. /"ero,  levo) 
castiçal  grande  onde  se  põem  tochas. 

TOCHEiRO,  s.  m.  V.  Tocheira. 

TÔCHO,  í.  m.  (ant.)  páo,  cassete 

TOCO,  s.m.  (do  Fr.  ant.  toe,  Celt.  tac,  tach, 
tronco  de  arvôre)  (ant.)  tronco  do  arvore, 
«epa  que  ficou  na^  terra,  cortada  a  arvore. 

TODA,  í.  f.  nome  de  uma  ave. 

todalas,  por  todas  as. 

TODAVIA,  adv.  ainda  assim,  com  tudo  ; 
ainda. 

TODiHOJK  (coqcp.  de  todo  hoje)  (ant )  ho- 
je todo  o  dia. 

TODO,  A,  adj.  (Fr.  tout,  doLat.  totus.  A 
verdadeira  origem  d'este  vocábulo  é  desco- 
nhecida aos  etymologistas.  Vem  do  Egypcio 
thouots,  congerie  ;  thouot,  ajuntar,  congre- 
gar) arlicular  que  denota  a  aggregação  das 
partes  de  um  individuo,  ou  o  caracter  com- 
mum  a  muitos  indivíduos.  —  o  homem  é 
mortal.  — s  os  homem  são  mortaes,  isto  é 
o  homem  considerado  como  formando  um 
género  ou  espécie  animal.  Por  —  a  parte, 
na  universalidade  de  lugares. —  o  homem, 
(p.  us)  o  homem  considerado  como  compos- 


to de  alma  e  de  corpo.  — ,  inteiro,  que  abran- 
ge todas  as  partes.  Em  —  a  cidade  não  se 
achou  quem  soubesse  o  arábigo*,  Em  —  o 
reino.  —  o  dia,  mez,  anno,  em  toda  a  du- 
ração. 

Os  antigos  supprimiam  de  ordinário  o  ar- 
tigo, V.  g.  —  homem  é  mortal.  Deus  está 
em  —  parte. 

Todo,  posposto,  significa  a  união  collec- 
tiva  dfls  partes  de  um  iddividuo  inteiro,  v. 
g.  o  homem  — ,  em  toda  a  extensão  da  sua 
pessoa.  O  obelisco  está  —  coberto  de  hie- 
rogjlyphos.  — ,  no  singular  tem  a  dobrada 
accepçào  do  Lat.  Í0ÍU5,  inteiro,  e  ownú,  ge- 
ral, commum  á  universalidade  dos  indiví- 
duos. O  melhor  meio  de  evitar  ambiguida- 
de, quando  a  pode  haver,  é  pospor  todo  no 
sentido  de  inteiro,  v.g.  o  homem  — .  Nas 
phrases  —  a  terra,  a  cidade,  o  reino,  não 
ha  ambiguidade,  visto  designar-se  a  exten- 
são total,  e  não  haver  pluralidade  de  indi- 
víduos 

No  plural  é  sempre  collectivo.  — s  os  ho- 
mens, animaes,  vícios.  —  as  mulheres. 

TODO,  s.  ':í.  (do  precedente)  o  aggregado 
de  partes.  Um  — ,  a  oongerie  das  partes  in- 
tegrantes O  —  deste  edifício  magestoso, 
considerado  na  correspondência  das  suas 
parles,  e  não  examinado  por  partes.  Ao — , 
(loc.  adv.)  contando  tudo,  comprehendídas 
todas  as  partes  ou  quantias.  De  — ,  adv. 
totalmente,  inteiramente. 

tOdolos,  (ant.)  por  todos  os. 

TOESA,  s.  f,  (Fr.  toise)  medida  franceza 
de  seis  ]  és  de  rei. 

TOFACEo.  V.  Tofaceo. 

ToFEL,  s  m.  (^ant )  instrumento  muiíco 
como  pandeiro  ou  adufe. 

TOGA,  s.  f.  (Lat.  toga)  vestidura  talar  an- 
tiga romana  ;  entre  nós,  vestidura  dê  magis- 
trado ;  (fig.)  a  magistratura. 

TOGADO  ou  TOGATO,  A,  adj.  (Lat.  togatus] 
que  traz  toga.  Magistrado  — . 

TOiçA.  V.  Touca. 

TOiciNCO.  V.  Toucinho. 

TOisoN,  s.  m  (Fr.  toison,  vello)  tusão  ; 
isignia  de  uma  oi  dem  de  cavallaria  de  Hes- 
panha  de  Áustria.  O  —  de  ouro. 

TOJAL,  s.  m.  [tojo,  des.  coUect.  ai)  mata 
de  tojos. 

TOJAL  e  TOJALTWHO,  (geogr.)  duas  aldeias 
de  Portugal  no  ribatejo  a  2  léguas  de  Lis- 
boa:  ai.*  contém  1 ,000  habitantes  ;  a  2.* 
8u0  habitantes. 

TOJEiRA,  s.  f.  V.  Tojo. 

TOJEiRO,  s.  m  o  que  acarreta  tojo  e  ma- 
io para  aquentar   o  forno. 

TOJO,  s  m,  pi.  Tojos  (do  Fr.  ant.  tou-^ 
che,  moira,  mato),  arbusto  todo  espinhoso, 
usado  para  aquentar  fornos  e  fazer  fogo 
chammejante. 


TOL 


TOL 


713 


TOLA.    V.  To/o. 

TOLA,  s.  f.  (t.  chulo),   a  cabeça. 

TOLAMENTE,  adv.  [mente  suíT.),  inepta- 
mente,  como  tolo. 

TOLAN,  s.  f.  V.   Tolina. 

ToLÃo.  V.  Toleirão. 

Tolda,  s.  f,  (do  Lat.  tegnla,  cobertura, 
tecto),  primeira  coberta  dos  navios  ou  bar- 
cos sobre  a  qual  a  gente  anda;  obra  de  lo- 
na estendida  sobre  barco  ou  escaler,  rua  ou 
praça,  para  abrigar  do  sol  da  chuva,  toldo. 

—  do  vinho,  a  côr  escura  que  o  vinho  to- 
ma, fazendo-se  turvo 

toldaDO,  a,  p.  f).  de  toldar ;  adj.  cober- 
to de  tolda  ou  toldo ;  (íig  )  nublado,  offus- 
cado,  anuveado,  v.  §.  Luz  — ,  não  clara 
Dia  — ,  de  nebrina.  O  céu  — ,  coberto  de 
nuvens,  nublado.  Vinho  — ,  turro.  UoiLem 

—  do  vinho,  quasi  bêbedo. 

TOLDAR,  V  a.  [tolda,  ar  des.  inf.),  co- 
brir de  tolda  ou  toldo;  — o  navio,  olhea- 
tro,  o  carro;  (fig  )  anuvear,  nublar,  oíTus- 
car.  Nuvens  que  toldam  o  ;  éu,  (íig.)  nu- 
vens que  toldam  o  entendi nento,  escure- 
ciam, oíTuscam,  perturbam  —se  o  céo  de 
nuvens.  — se  o  vinho,  faz4!r-^e  turvo. 

TOLDO,  s.  m.  tolda  de  barco,  ou  que  co- 
bre rua,  praça,  para  abrigar  do  sol. 

toledano,  a,  adj.  de  Toledo,  cidade  de 
Hispanha. 

TOLEDO  (reino  de),  (geogr]  existiu  de  i03l 
a  1085. 

TOLEDO,  (hist.)  general  hispanhol,  nasceu 
em  1484,  morreu  em  1553,  dislinguiu-se 
na  guerra  de  Navarra  e  n«  dos  Flamengos 
contra  Carlos  Quinto.  Houve  outros  dois  per- 
sonagens do  apellico  de  Toledo  ,  D.  Fran- 
cisco vice-rei  do  Peru,  em  1666;  e  D.  Pedro 
condeslavel  de  Castella  em  1608. 

TOLEDO,  (geogr.)  cidade  de  Hispânia,  ca- 
pital da  intendência  de  loledo,  là  léguas 
aoSO.  de  Madrid  ;  15,000  habitantes. 

TOLEiMA,  s.  f.  (t.  vulg.i.  toUce,  inepcJa. 

TOLEIRÃO,  ONA,  adj ■  aug menta t  de  tolo, 
muito  tolo. 

TOLRNTiNo  d'almeida  (Nicolau),  (hist )  poe- 
ta portugez  do  século  passado,  e  um  dos 
mais  populares  ;  foi  professor  de  rhethorica 
e  poeta  satyrieo  de  immensa  graça  e  chiste. 
Escreveu  Salyras  o  outrss  poesias,  que  são 
apreciáveis  j)ela  formosura  e  pureza  das 
ideias,    e  mordaz   decência  da  sua  critica. 

TOLEisTmo,  (geogr.)  cidade  do  estados  ec- 
clesiastico,  perto  de  Chiento,  4  léguas  ao 
SE.  deMaratá;  8,850  habitantes. 

TOLBR,  (anw.l  V.  Tolher. 

toíerado,  a,  p.p.  de  tolerar  ;  ad;.  per- 
mittido,  consentido.  Culto  — ,  de  religião 
ou  seita  diversa  da  dominante.  Abusos— í. 

tolerawca,  í.  /".(Lat  ío/eranítfl),  o  acto 
de  tolerar,   soíTrer,    consentimento  dado  a 

TOt.    IT. 


cousas  que  não  approvamos.  v  g,  —  re- 
ligiosa, das  religiões  diversas  da  q*e  p.u- 
fessa  o  governo  om  a  maioria  da  nação  ',  — 
de  abusos. 

SYN.  comp  Tolerância,  indulgência  Con- 
siste a  tolerância  em  soffrer  o  mal,  ou  o 
abuso,  fazendo  que  se  ignora  sua  existên- 
cia, ou  sua  malicia  ;  mas  fila  não  o  con- 
sente, nem  o  permitte,  <;  não  renuncia  a 
castigá-lo.  A  indulfiencia  ou  dissimula  as 
culpas  ou  as  perdoa  facilmente.  Esta  pode 
virou  de  bondade  ou  de  fraqueza;  aquej- 
la  Tem  da  prudência. 

TOLERANTE,  ttdj.  dosi.g.  (Lat.  íolerans, 
tis.  p.  a.  de  tolero,  are],  que  tolera,  per- 
mitte. O  paganismo  pra  -  ,  perrailtia  todos 
os  cultos,    ritos. 

TOLERAR,  V.  fl.  (Lat.  loU.Yo,  are),  permit- 
tir,  soffrer  tacitamente  cousa  refvrehensivel 
ou  que  merece  castig"»,  censura,  levar  com 
paciência;  v.  g. — cultos,  religiões  diver- 
sos da  crença  do  governo  ou  da  maioria  de 
uma  nação,  —  abusos,  dissimular. 

SYN.  comp.  Tolerar,  soportir,  aturar, 
soffrer.  Tolerar  é  soffrer,  não  impedindo 
o  mal,  quem  tem  poder  para  isso,  é  dei- 
xar fazer,  dissimulando  soffrer,  fazendo  sem- 
blante de  que  se  não  vê  ou  se  não  enten- 
de, ou  se  não  soffre. 

Soffrer  não  exprime  qualidade  alguma 
do  soffrimento,  e  diz-se  de  qualquer  gé- 
nero de  mal.  ^o/frcmos  os  trabalhos  da  vi- 
da, as  enfermidades,  a  pobreza,  as  inju- 
rias, itc. 

Aturar  diz  soffrimento  com'c9nformida- 
de,  ou  porque  o  mal  é  inevitável,  ou  por 
que  não  consideramos  vont'jde  deliberada, 
de  fazer  mal  em  quem  o  pratica,  tSoporta- 
mos  os  defeitos  dos  nossos  amigos ;  as  fra- 
quezas dos  nossos  semelhantes  ;.  o  geni»  das 
pessoas,  com  quem  vivemos ;  as  imperfei- 
ções inevitáveis  da  natureza  humana.  So- 
portamos  os  golpes  da  adversidade  :  a  sau- 
dade dos  amigos,  a  morte  dos  parentes- 
etc 

Tolerar,  exprime  soffrimento  com  dissi- 
mulação. Toleramos  um  mal  para  evitar 
outro  maior. 

Soportar  ó  soffrer  com  paciência,  e  boa 
sombra  ;  soffrer  de  bom    grado 

Aturar  é  soffrer  com  custo,  e  difficulda- 
'  de  ;  soffrer,  porquo  mais  não  podemos. 

So/frer  significa  absoluta,  e  genericamen- 
te levar,  ou  ir  levando  o  mal  que  nos acon- 
í  tece,  ou  nos  fazem 

TOLERÁVEL,  adj  dosl.g.  (Lat.  tolerabi- 
I /ts),  supportavel,  soffrivel ;  queadmilteper- 
:  dão,  exoravel.  Marés  toleráveis 
i  TOLERAVELMiNTE,  adv .  [mente  suff.),  de 
1  modo  tolerável,  soffrivelmente. 
I  TOLiTE,  s.  m.  (Fr.  tolet),  cavilha  ábor- 
17» 


I 


714 


TOL 


TQII 


da  do  barco  na  qual  se   fixa  o  remo  por 
meio  de  corda  ou  estropo. 

101 E TE,  adj.  dos  2  g.  diminuí,  de  tolo. 
algum  tanto  tolo. 

TOIHEDUfiA     ou     TALHADURA,    S.    f.   (t     de 

vciateria),  excremèuio  das  aves  de  rapina. 

TOLHEiTo,  (ani.)  V,  Tolhido. 

TOLHER,  V.  a.  (Ital.  togliere  :  pron.  tô- 
Ihiere.  do  Lat.  tollere,  remover),  impedir, 
obstar,  estorvar  ;  —  o  passo,  prohibir,  ve- 
dar, V.  g.  —  a  sabida,  a  entrada.  —  ope- 
nbor  «o  porteiro,  (ant ),  impedir  i  penhora. 
Ord  AíToBS.  — ,  privar.  «Alei  tolhe  a  he- 
rança ao  herdeiro  inhabil,  »  Eufr.  — ,  os 
membros,  balda-los,  paralisa-l«s.  —  sede 
membros,  perder  o  movimento,  ficar  leso, 
paralytico.  — ,  diz  Moraes,  vem  na  Orde- 
nação Affonsina  por  talhar,  cortar  de  sor- 
te que  tolha  o  membro.  Eu  creio  que  não 
corresponde  á  acção  de  talhar,  mas  unica- 
mente ao  eíTeilo  d'ella. 

TOLHIDO,  A,  p.  p.  de  tolher;  adj.  leso, 
paralytico.  Ficar  ou  andar  de  falias  —  com 
alguém,  (p.  us.),  não  se  fallar  por  inimi- 
zade com  a  pessoa. 

TOLHiiíENTo,  s.  m.  [meuto  suff.),  estado 
tolhido,  parílysia,  ~  de  penhora,  (ant.)  o 
impedir  a  penhora. 

TOLHO,  s.  m.  nome  de  una  peixe  da 
feição  do  pargo,  que  se  pesca  no  Algar- 
ve. 

TOLICE,  s.  f.  [telo,  des.  ice],  acção,  di- 
to de  tolo ;  necedade,   parvoíce. 

TOLiNA,  s  f.  [t.  chulo),  logração  com  que 
alguém  come  e  vive  á  custa  de  um  tolo. 

TOLiNAR,  V.  a.  mais  usado  como  abs.  ou 
n.  (t.  chulo),  chupar,  viver  de  tolina,  des- 
frutar algum  tolo. 

TOLiNEiRO,  s.  m.  (t.  chulo),  chupista. 
Subst.  Una  — ,  o  que  vive  á  custa  alheia, 
que  desfruta  algum  tolo. 

roLiHHO,  A,  adj.  diminuí,  de   tolo. 

TOLLE,  s.  m.  (do  hat.  tolle,  imperativo 
de  tollere.).  Tomar  o  — ,  (fam),  fugir-se, 
ir-se. 

TOLLETE,  adj.  V.   Tohíe,  Tolinho. 

TOinNS,  (hist.)  sábio  hoUandez,  nasceu 
em  1630,  morreu  em  1696. 

TOLNA,  (geogr.)  villa  da  Hungria,  %  lé- 
guas emeia  aNE.  deSzexard  ;  1,800  habi- 
tantea. 

TOLO,  A,  ady.  (do  Lat.  stolidus.  on  stolo, 
onis,  e  não  do  Alhm.  icll,  louco,  doudo, 
como  diz  Moraes),  falto  de  siso,  de  juizo, 
estulto,  estólido;  (figj  pj^smado.  Ficfr  — 
de  alguma  cousa. 

TOLOMETA,  (gcogr.)  cidade  da  Barberia, 
37  léguas  a  HE.  de  Benghazy. 

TOLONA.  V    Toleirona,  e  Toleirão. 

TOLONTRO,  g.  m.  (do  Cast.  tolondro,  con- 
tasão,  gaUo  na  testa),  (p.  us.),  túbarft^  ca- 


roço,   umor  eausado  por  contusão   na  ca ' 
beça. 

TOLOSA,  (geogr)  cidade  da  Galiia  na  Nar- 
boneza  1.* 

TOLOSA,  (geogr  )  cidade  de  Hispanha.  5  lé- 
guas e  meia  ao  S.  de  S.  Sebastião  ;  5,0!0  ha- 
bitantes. 

lOLU,  (geogr.)  cidade  da  America  do  Sul, 
^5  léguas  aoS.  deCarlhagena. 

TOJ.uCA,  (gengr.)  cidade  do  México,  10  le- 
gussaoSj,  do  México. 

TOLOAWDi,  (geogr.)  cidade  do  reino  do  La- 
bore 

TOM,  s.  m  (Lat.  tonus,  do  Gr.  teinô, 
estender ;  cantar),  inflexão  da  voz ;  eleva- 
ção ou  abatimento  da  voz  ou  de  outro  som. 
Dar  o  —  nos  coros,  ferir  o  som  em  que  so 
ha-de  cantar.  Dar  o  —  nas  sociedades,  — 
á  moda,  servir  de  modelo.  — ,  força,  vi- 
gor. Dar  —  ás  fibras,  vigorar.  Sem  —  nem 
som,  despropositadamente.  — ,  (fig  )  teor, 
sentido,  cstjlo.  A  este  —  me  disse  cousas 
nesse  — . 

STN.  comp.  Tom,  som.  Tom  exprime 
mais  particularmente  o  som  apreciável ;  o 
som,  que  tem  um  valor ;  a  sua  maior  ou 
menor  elevação  calculavel. 

Toina-se  o  tom  dos  instrumentos  músi- 
cos, mede-se,  calcula-se,  devide-se,  et3  ; 
mas  não  se  pode  fazer  outro  tanto  ao  som 
do  tiro  de  uma  peça  de  artilharia,  de  um 
corpo  que  cae,  do  martôllo  que  bate,  do 
madeiro  que  feãtalla,  etc. 

Em  linguagem  musica  chama-se  íom  o 
intervallo  que  separa  um  sor»  apreciável  de 
outro  na  escala  diatónica,  e  por  isso  se 
diz  que  a  oitava  de  ut  a  ut  consta  de  cin- 
co tons,  dois  semitons,  etc. 

Som  exprime  tudo  o  que  é  objecto  do 
sentido  do  ouvido;  e  significa  genericamen- 
te a  sensação  da  impressão  que  faz  uo  ou- 
vido o  ar  ou  outro  corpo  elástico  como  o  ar, 
movido  de  um  certo  modo. 

TOM,  s  m.  (t.  Asiat.),  edificioou  templo 
na  Ásia. 

Tom.  V.  Peucedano,  herva. 

Tom,  (geogr)  rio  da  Sibéria,  cae  noObi. 

Tomada,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  ío- 
mado),  o  acto  de  tomar,  de  se  apoderar. 
A  —  da  fraca,  acto  de  prender,  apanhar, 
V.  g.   —  do  escravo  fugido. 

TOMADETE,  oúj .  dos  2  g.  dimíiiut.  de 
tomado  ;  adj.  —  de  vinho,  algum  tanto 
bêbado, 

TOMADiA,  s.  f,  (des  .ia],  o  acto  de  tomar 
conquistando ;  de  apressar,  conOscar :  — 
de  escravos,  contrabandos,  íant,),  direitode 
tomar  mantimentos  e  roupas  entre  os  se-» 
nhores  e  vassallos. 

TOMADiço,  A,  ajd.   agastadiço,   sujeito  a 
enfadar-se,  aisomado. 


TOM 


TOM 


745 


TOMADO,  A,  p.  p.  de  toíii»r ;  adj.  [appre-  , 
hendido,  apresado  ;  qne  toDiou.  —  de  vi- 
nho, en-briagado,  bêbedo.  —  de  medo,  do- 
mioddo,  espavorido  ;  —  do  somuo,  do  amor, 
de  zelos,  ciúmes,  possuído,  entregue  á  in- 
fluencia ;  —  da  pobreza,  reduzido  a  este 
egtado.  A  cadeila  —  do  cio.  Besta  de  car- 
ga —  ,  iiiagoada,  ferida  no  costado.  — ,  (lig.) 
agastado,  picado,  oíTenJicIo,  ressenti  Jo.  Cou- 
sa —  ás  mãos,  conbf.citja,  mui  averigua- 
(ilk.  EogAno,  mentira,  —  dsraãos,  palpável. 

TOMADOR,  s.  m.  o  quo  tomou  ;  • —  de 
praça,  de  navio :  «  aos  tomadores  de  Arzi-. 
la.  »  Ltão.  Chron.  do  D.  João  l. 

TOMADuiiA,  s.  f.  maladura  de  besta  feita 
p^  sella  ou  albarda  mal  cheia. 
*  ^TQíiAli,  t.  a.  (do  Lat.  .sumo,  ere,  sum- 
piPiín,  ou  sunitum,  cuja  raiz  •  manus,  mão, 
com  a  qual  Court  deGéboliunâo  acertou), 
empolgar,  approende-,  segurar,  alcançar, 
colher  coi^íí  a  mão.  Tomou  a  espada,  a  pen- 
na,  um  livro;  — assento,  sentar-se  — das 
mãos  de  alguém,  v.  g.  —  carta.  —  as  ar- 
mas, p.xra  pelejar.  —  alguém  pela  mão, 
pelo  braço,  para  o  conduzir;  —  pelos ca- 
bellos.  —  ás  mãos,  prender,  apanhir,  agar- 
rar :  —  as  abas,  es  fraldas  do  vestido,  apa- 
nhar, levantar.  — ,  apoderar-se.  —  posse, 
apossar-sfi  ;  —  o  Ululo,  appropriar-se  ;  — 
o  titulo  do  rei;  —  uiva  praça,  couquislar, 

—  navios,  apresar,  — aves,  caçar,  opachsr, 
— poixe,  pescar.  —  aiguem  por  amigo, 
juiz,  arbitro,  fazer  escolha  da  pessoa.  — 
por  perdido,  confiscar;  o.  g.  contrabandos, 
mercadorias  iulroduzidas  em  fraude.  —  de 
cór,  decorar;  —  conselho,  aconselhar- se, 
-^  alento,  folguedo,  respirar,  —  somno, 
dq^canço,  dormir,  repousar.  —  côr,  corar, 
-^  g05'.G.  goz;ír,  deieilar  se,  —  o  gosto  a 
alguma  cousa,  provar,  saborear,  -  o  fres- 
co, pondo-so  ao  ar,  —  osgI.^ —  augura, 
a  forma  do  posboa  ou  cousa,  transfigurir- 
se,  disfarçar- se,  —  a  ccrr,  pretexto,  —or- 
dens, orden>-.r-so  saçerdol-?.  —  ordens  do 
alguém,  ir  ivccbe-las  d'éllc  — ,  receber  ou 
engulir,  v.  g.  —  alimentos,  bebidas.  —  ura 
clyster,  pelo  anus.  Tomou  muitos  remedius 
durante  a  doença  —  uma  resoluç^^o,  adop- 
ta-la, —  sobr^  si,  encarregir-s^.  —  aiiii- 
zade,  ódio  a  alguém,  coulrahir.  -  -  a  cc- 
casião,  aproveita  la.  — o  caminho,  a  estra- 
da, seguir.  —  o  tempo  a  alguém,  importu- 
nar. — .  entender  iaterpretar,  v.  ^.  —  les- 
mo5,  palavras,  em  um  sentido  oi^  accepção. 

—  a  bem,  com  approvação,  —  a  ttal,  es- 
tranha, desaprovar,  oíftnder-se. —  terra  o 
navio,  aportar.  —  a  morte  por  suas  mãos, 
m^lar-se,  ^fig.)  ser  causa  da  própria  ruiua. 

—  a  direita,  pcr-so  á  direita,  — á  diriila, 
seguir  essa  direcção.  —  a  alguém  em  co- 
che, sege,  faze-lo  entrar.  —  f^go  aleuha, 


a  pólvora,  inflammar-se,  —  algaem  fogo, 
(fig.)  apaixonar-se,  enfurecer-se.  — ,  ata- 
lhar, tolher ;  —  o  passo,  o  rio,  o  cami- 
nho, —  a  luz,  obscurecer,  —  a  luz  a  al- 
guém. —  alguém  em  palavras,  fazer  fallar, 
fazer  confessar.  —  cm  caso  de  honra,  con- 
siderar como  tal.  Toma-la  com  alí5uera, 
(phr.  elliptica,  por-lhe  a  culpa,  andar  com 
elle,  agastar-se,  criar-lhe  ódio.  —  a  peito, 
ressoniir-se.  — ,  sobrevir.  Anles  de  sahir 
do  bosque  tomou-o  a  noite.  í'ela  manhã  o 
tomaram  grandes  cólicas,  dores.  — ,  adop- 
tar. Os  Romanos  íomaram  dos  Gregos  as 
leis  das  doze  taboas.  —  em  consideração, 
attender.  —  sentido,  attender,  —  cami- 
nho, seguir  boa  direcção,  — ensino,  apren- 
der, seguir  boa  direcção,  —  ensino,  apren- 
der, seguir  com  docilidade  os  preceitos  da- 
dos, —  cuidado,  cuidar.  —  por  injuria  o 
beneficio.  —  o  macho  a  fêmea,  cobrir,  ter 
cópula.  —  paixão,  apaixonar-se.  —  por  si 
algum  dito,  considera-lo  como  allusivo  a  si 
próprio.  —  casa,  alugar,  pôr  casa,  —  niu- 
Itier,  casar.  Toma  ou  toma  lá,  diz-se  fa- 
miliar e  ellipticamente  a  alguém  quando 
lhe  damos  golpe  ou  f  claque,  iííais  vale  um  ' 
torrta  (subi  lantivado  o  imperativo  toma]  que 
dois  te  darei,  provérbio.  —  a  palavra,  por 
—  a  mão,  começar  a  fallar,  é  gaUicismo 
moderno  e  inadEuissivcl.  — sb,  v.  r.  agas- 
tar-S8,  offeader-se,  —  de  ira,  paixão,  v«i- 
dc-de,  senlir-se  aniniado  ,  —  da  vinho,  em- 
bebednr-se.  Tomar  tem  os  oo  rnudss,  ex- 
cepto no  prés.  ind.  n.  f.  eu  tomo,  as,  o, 
íómam,  no  subj.  tome.  €s_.  e  tomem,  eno 
imper.  toma. 

TOMARA,  s.  f.  \X.  Ásiat.)  arma  usada  na 
Ásia.  «  Remettpu  a  elle  com  uma  —  que 
é  uma  arma  cruel.  »  Couto, 

TOMAaES,  s.m.  pi.  (no  inf.  íowar,  subst.) 
Ter  dares  e  —  com  alguém,  trato,  jonne- 
xão,  relações,  disputa, 

iOMATii,  f  m.  (Bluteau  o  deriva  de  tomar, 
cnmose  este  vocábulo  Hguiíicasse  lomai.  Ou- 
tros o  derlví^í;  '  '  '  lico  lomat  com  mais  ra- 
zão. .iJgun.s  |ne  vem  do  Lat.  toma- 
cinçi,  íomaculuifi  om  iQmaclum,  csp<:cio  de 
pi&adlo  do  carne  de  porco)  fructo  de  UJtia 
pl(inla  baixa,  mvi  saboroso  par.i  fazer  raô.- 
\hí)S',  6  decair  vermelha  quando  madura. 

tohaszow,  (gc  'i:r.)  cidn-Ie  da  Rússia,  A 
le^as  eoSÓ.  de  Raw  :  u.íllK)  babitanies. 

io]|íAT,f:ií^Oi  í^.w.  planta  que  dá  lomates; 
j  tem  talos  e  ramos  felpudos. 
I      TOMBA,  s.f.  {áe,{^orol  remendo  no  ros- 
■  to  dosa,pato.  ' 

TOMBADILHO.,  s.  m .    (n.-.i.t )  Hicia  cobefla 
j  nocaslelio  da  pô{»a. 

;      TOMBADO,  A> P- p  de  tombar  ;  adj.  caUid  ), 
derrubado.  Bcxks  —  í,  de  qu,o  se  fez  lambo. 

ToKBADOft,  f.  m.  oquçílá  tojiibosoudei,* 
179^ 


716 


TOM 


TOÍí 


xa  tombar,  cahir  ;  o  que  faz  tombo  de  pre  • 
dios. 

TOMBAR,  V.  n.  [tombo,  ar  des.  inf.)  dar 
tombo,  cahir;  (p.  us.)  retumbar.  «  Tomba- 
va a  voz  agradavelmente.  »  Barros,  Clarim. 
TOMBAR,  V  a.  dar  tombo,  fazer  cahir,  v 
g,  —  os  bancos,  —  marcos,  as  estacas  — 
terras,  fazer  o  tombo  d'ellas,  verificar  a  sua 
demarcação. 

TOMBECKBEE,  (geogr.)  rio  dos  Estados-Uni- 
dos,  nasce  na  extremidade  E.  do  Estado  de 
Mississipi,  e  cae  no  Alabama. 

TOMBO,  s.  m.  (do  Fr.  íombcr,  cahir,  deriv. 
do  Gr.  ptôma,  queda)  queda  de  corpo  que 
se  Tolve  cahindo  de  alto.  Dar  um  — .  Os 
— s  dos  dados,  lanços.  Aos  — s  dos  dados, 
(fig.)  incertamente  á  toa.  Andar  aos  — s, 
(fig  )  com  grande  fadiga , 

TOMBO,  í.  m.  (talvez  do  Lat,  tomex ou.  to- 
mix,  icis ;  Gr.  thominx,  cordel)  inventario 
authentico  dos  bens  de  raiz,  com  as  suas 
demarcações  e  confrontações,  '[orredo  — , 
archivo  do  reino.  Esle  hêmem  ê  — ,  (fig.) 
mui  versado,  noticioso, 

TOMBOWCTON,  (geogr.)  cidade  da  Africa  in- 
terior, em  uma  vasta  planicie  ;  17,000  ha- 
bitantes. 

TOMBORO,  s.  m.  (pron.  a  primeira  domi- 
nante, do  Lat.  tumulus,  elevação,  outeiri- 
nho)  (ant.)  V.   Combro  ou  Cômoro. 

TOMELLOso,  (gPogr  )  cidadc  de  Hispanha, 
16  léguas  ao  ^.  de  Villa-JNueva  de  los  in- 
fantes;  5,100  habitantes. 

lOMENTELLO,  s.  m,    dtmííiMí.  de  tomenló. 
tOmentina,    s.  f.  nome  de  uma  planta. 
TOMENTo,  s.  m.  (Lat.  tomenium)  parte  fi- 
brosa e  áspera  do  linho,  de  que  se  alimpa 
assedando-o. 

TOMES,  (geogr  )  cidade  da  Mesia-inf^r  or; 
o  uma  de»  fronteiras  do  império  romano. 

TOMILHO,  s.  m.  (Lat.  thym,um)  arbusto 
arematico. 

TOMiM,  s.  m.  (ant.)  (Cast.  tomine)  peso 
maior  que  a  oitava. 

TOMisvAR,  (geogr.)  cidade  da  Turquia  eu- 
rop«a  ;  30  léguas  a  SE.  deSilistri. 

TOMO,  s.  m.  (I  at  tomus,  Gr.  tomos,  for- 
mado do  pret.  mei.  de  temnó,  corlar,  sepa- 
rar) volume  de  obra  impressa.  — ,  (fig.  p. 
us.)  píso,  importância.  «  Homem  de  grande 
—  e  saber.  »  Homem  de  —  e  tombo,  bera 
fornido  de  membros  ;  (fig.)  de  grande  prés- 
timo, merecimento,  valor.  Cousa  de  nenhum 
tomo 

Stn.  corap.  Tomo,  volume.  Tomo  é  ter- 
mo de  hiteratura,  e  designa  as  differentes 
partes  em  que  um  autor  divide  a  sua  obra; 
volume  é  termo  de  livreiro  ou  de  encader- 
nador, e  designa  um  livro  in  preiso,  enca- 
dernado ou  brochado.  O  «o/ume  pôde  con- 
ter muitos  tomos  ;  e  o  tomo  pôde  fazer  mui- 


'tos  volumes.  A  encadernação  separa  os«o- 
lumes;  a  divisão  da  obra  distingue  os  ío- 
mos.  Uma  obra  pode  formar  um  só  volu- 
me, mas  não  se  dirá  um  só  tomo  ;  e  nun- 
ca pôde  ter  menos  de  dous  tomos.  Não  se 
deve  julgar  dasciencia  d'um  autor  pelo  ta- 
manho do  volume.  Ha  bastantes  obras  em 
muitos  tomos  que  seriam  melhores  se  se  re- 
duzissem a  um  só. 

TOMORO,  s.  m.  (Lat.  tumulus,  elevação, 
montículo,  tumulo)  ant.  e  provincial.  V.  Cô- 
moro. 

TOMSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  asiáti- 
ca, sobre  o  Tom;  10,000  habitantes. 

TONA,  *.  f.  (do  Lat.  túnica]  pelle,  casca 
fina  ;  superfície.  A  —  da  cebola,  da  roman, 
da  arvore.  A  —  d' agua,  á  superfície  ou  qua- 
si  á  superfície.  Uma  —  de  terra  ou  areiãf 
camada  de  pouca  grossura. 

TONANTE,  adj.  dos2g.  [Lãi.  tonans,  íw, 
de  tonOf  are)  epitheto  poético  deJove,  que 
troveja. 

TONBRiDGE,  (geogr.)  cilade  d'Inglaterra, 
5  léguas  e  meia  a  SO.  de  Maldstone  ;  8,000 
habitantes. 

TONDA,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingleza, 
17  léguas  aoN.  de  Mourchedabad. 

TON»ELLA,  /^geogr.)  villa  de  Portugal,  si- 
tuada 3  léguas  a  SE.  de  Viseu,  no  concelho 
denominado  de  Besteiras,  1,450  habitan- 
tes. 

TONDERN,  (geogr.)  cidade  da  Dinamarca, 
11  léguas  ao  S.  de  Riba ;  3,000  habitan- 
tes. 

TONE,  s.  m.  (t.  Asiat.)  almadia,  «mbarca- 
ção  asiática. 

TONEL  ou  TONNEL,  s.  m  (Fr.  tonr^c,  do 
Lat.  Barb.  tonna,  AU  tonne,  do  Lai.  tina, 
ou  antes,  como  quer  Horne  Tooke.  do  Angl.- 
Sax.  tynan,  conter,  f-ncerrar)  vaso  ie  adue- 
la que  leva  de  sessenta  a  setenta  e  cinco  o 
maisalmudes.  Tonéis,  toneladas.  «  \  maior 
nau  que  então  andava  na  índia  (1509)  era 
de  quatrocentos  tonéis.  »  Barros. 

TONiLADA.  8.  f.  [tontl,  des  ada)  medida 
pela  qual  se  calcula  o  porte  e  frete  dos  na- 
vios:  dois  mil  ar  ratei»  fazem  uma  tonelada, 
—  de  vinho,  cincoenta  alraudes.  — s,  (âg.) 
porte  do  navio.  «  Peitos  de  mais  — s  de  va- 
lor, de  brios,  de  perfídias,  deous.idias.  » 

TONELARiA.  V.    Tanoaria. 

TONELEiRO.  V.   Tanoeiro. 

TONELETBs,  s.  «t  pi.  (Fr.  tounclet,  parte 
da  armadura  antiga,  espécie  de  saio)  fral- 
da, fraldão  da  antiga  armadura  que  descia 
da  cintura  até  ao  joelho. 

TONGA,  (geogr.)  Archipelo  dos  Amigos,  na 
Polynesia,  ao  SE.  das  ilhas  Fidji ;  50,000  ha- 
bitantes. 

TONCATABON,  (geogr.)  8  maior  e  a  mais 
povoada  das  ilhas  Tonga. 


TOIf 


TOP 


717 


TortGRis,  (geogr.)  cidade  da  Bélgica,  5 
léguas  a  NO.  de  Liege ;  4,000  habitan- 
tes. 

TONiDO.  V.   Tinido,  Sonido, 

TOWiLHO,  s.  m.  diminut.  de  tom,  soada 
musica  seguida,  de  instrumentos  ou  de  voz. 

TONINHA,  s.  f.  diminut.  (V.  Toninho) 
atum  novo  fêmea. 

TONINHO,  s.  m.  diminui,  (do  Lat.  thun- 
nus,  Fr.  íhon,  atum)  atum  novo  pequeno. 

TomoNEiA,  s.  f  ave  do  Brasil  mui  peque- 
na. 

TONITRUOSO,  A,  adj .  [áoLdiL  toiíitrus  tro- 
vào,  des.  aso)  (poet.)  sujeito  a  trovoadas  ; 
estação,  região  — .  Júpiter  — ,  que  lança, 
dardeja  o  trovão. 

TONKAT,  (geogr.)  cidade  do  Turkestan  in- 
dependente, 25  léguas  aoS.deTaraz. 

TONNAT-BONTOMRE  ,  (geogr  )  Cidade  de 
França,  4  léguas  a  NE.  dei.  João  d'Ange- 
1/;  1,300  habitantes. 

TONNEiNS,  (geogr  )  cidade  de  França,  4  lé- 
guas e  meia  a  SE.  de  í  armande  ;  7,0(10  ha- 
bitantes. 

TONNEKRE,  (geogr  )  cidflde  de  França,  10 
léguas  80  NE  d'Auxerre;  4,271  habitan- 
tes. 

TONO,  *.  m.  (Lat.  tojius)  toada  musica, 
tom  de  voz  de  quem  falia;  (fig.)  disposição. 
Pôr-se  [em   —   de  fazer   alguma  cousa. 

TONO,  s.  m.  titulo  honorifico  no  Japão. 
Lucena. 

TONOA.  ;ant  )  V.  Tanoa. 

TONOE!RO,  (ant.)  Y     Tanoeiro. 

ToNQLiN,  (googr.)  região  da  Iiidia  alem  do 
Ganges,  outr'ora  reino  independente,  hoje 
província  do  império  d'Aunam  ;  8,000,ObO 
habitantes. 

TONSAR,  V.  a.  (ant.)  (Lat.  tondeo^  «r«,  ton- 
sum).  V.   Tosquiar, 

TONSURA,  s  f.  (Lat.)  acto  de  tosquiar,  de 
aparí«r  o  cabello  ;  córle  que  o  bispo  dá  no 
cabello  do  ordinando ;  a  coroinha  do  ordi- 
nando. 

TONSURADO,  A,  p.  p  de  tousurar ;  adj. 
tosquiado :  a  quem  o  bispo  abrio  coroinha 
na  cabeça. 

TONSURAR,  V  a.  (ímsura,  ar  des.  inf.) 
tosquiar,  aparar  o  cabello ;  abrir  a  coroi- 
nha ao  ordinando. 

TONTEAR,  V.  n.  [tonto,  «r  des  inf.)  ter 
tonturas ;  fazer,  dizer  tontices. 

TONTEIRA  ou  TONTiCE,  s.  f.  patctico,  en- 
fraquecimento do  juizo  poreíTeito  de  velhi- 
ce, dito  ou  acção  de  velho  decrépito. 

TONTO,  A,  adj.  (contrahido  de  attonito] 
que  tem  tonturas  de  cabeça,  estonteado  com 
somno,  por  vinho,  aturdido  por  golpe  na 
cabeça  ;  apatetado  por  velhice. 

TONTURA,  s.  f.  vertigem.  — s  de  cabe- 
ça. 

?0L.  ly. 


TOPA,  i.  f.  jogo  pueril  que  se  joga  com 
um  osso  de  quatro  faces. 

TOPADA,  *.  f.  acto  de  topar  com  o  pó. 
Dar  uma  — ,  (fig  e  famil.)  obrar  mal  por 
fragilidade  ou  por  inconsideração  ca- 
sual. 

TOPAR,  c.  n  (de  íocar;  ep^j  prop rir» men- 
te significa  dar  de  encontro  com  o  pé  ;  en- 
contrar accidentalmente.    —  com  ahjuem  ; 

—  com  olhos,  reparar,  parar  con»  reflexão. 
TOPAR,  V.  a.  encontrar  accidentalmente  : 

—  alguém.  Topet-o  na  escada.  Homem  que 
topa  a  tudo,  (fig.  e  famil.)  o  que  aceita  ne- 
gócios bons  e  ináos  ;  que  tem  commercio 
com  toda  a  qualidade  de  mulheres.  — ,  em 
jogos  deparar,  aceitar  a  parada  do  ponto. 
Topa  tudo. 

TO  PAZ.  V.   Topázio. 

TOPAz,  s.  m.  (t  Aiiat.)  christão  D&estiço 
de  Malaca. 

TOPÁZIO,  s  w».  (Ldt.  topazion,  queosety- 
mologistas  derivam  de  íopa<z<í,  buscar,  inda- 
gar. Court  deCiébelin  o  derivado  Chaldaico 
the  artigo,  e  paz,  pads  ou  pats,  puro ;  em 
Kgypcio  touhe  ou  toubo  significa  pureza)  pe- 
dra preciosa  transparente  e  brilhante  decôr 
amarella. 

TOPE,  s.  m.  (de  topar)  choque,  embate 
de  dois  corpos  que  se  tooam,  v.  g.  —  de 
auas  bolas,  no  bilhar  ou  no  jogo  da  bola; 
golpe  de  raartello  nas  ferrarias  ;  cbice,  obs- 
táculo. 

TOPE,  s.  m.  (V.  Topo)  sumrLidaJii.  O  — 
da  gávea  ;  —  da  mesa.  —  de  fita,  i.iço  que 
se  traz  no  chapéu  ou  as  mulheres  no  tou- 
cado. 

TOPETADA,  5. /■  (de  íopar)  cabeçada,  mar- 
rad?i,  encontrão.    Dar  uma  — . 

TOPETAR,  V.  n.  (de  topo,  topar,  emAugl.- 
Saxào,  Inglez,  íop  significa  cimo,  cume)  mar- 
rar ;  (fig  )  montíir,  subir,  elevar-se  ao  topo, 
cume. 

TOPiÉTE.  *.  Vi.  (Fr.  toupet)  o  cabello  da 
parte  dianteira  da  cabeça  riçado. 

TOPETEiRA.  V.  lesteira. 

TOPETUDO,  A,  adj.  que  traz  topéle. 

TOPHACEO,  A,  adj.  (Cat.  tophaceus,  de  to- 
phus,  areia)  (med  )  Concreções  — ,    duras. 

TOPiARiA.  í  f.  (Lat.  topiaria,  de  topia, 
orum,  figuras  recortadas  na  summidade  de 
arvores)  arte  de  fazer  figuras  de  murlae  ou- 
tros arbustos  em  jardins 

TÓPICO,  A,  adj.  [L&t.  topicus,  do  (ir.  to- 
pos, lugar)  (med.)  que  se  applica  sobre  a 
parte.  Remédios  —s,  que  se  applicam  so- 
bre as  partes  doentes,  v.  g.  cataplasmas. 

TÓPICO,  s.  m.  (med.)    remédio  tópico. 

TOPIWAMHA,  s.  dos  2  g.  none  dado  aos  in- 
dígenas da  America  meridional. 

TOPO,  s.  m.  (do  Anglo-Saxão  top,  cimo) 
summidade,  aparte  amais  alta,  remate.  O 
180 


m 


tOR 


tÔl 


—  do  mastro,  da  mesa,  do  corredor.  Os — s 
das  vigias. 

TOPO,  s.  m.  [de  topar).  V.  Choque,  En- 
contro. 

TOPO,  (geogr )  villa  dailiiade  S.  Jocome 
e  cabeça  de  um  concelho  do  mesmo  nomf); 
2,(199  tiabitantes. 

TÓPOGRAPHiA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gp.  topos, 
lugar,  e  graphia]  descripção  das  localida- 
des de  u  n  território. 

TOPOGRAPHico,  A-,  adj .  qu8  respetta  á  to- 
|;0graphia. 

TOPÓGRAPHO,  s.  m.  o  que  faz  discripção 
topographica. 

TOQUE,  s.  m.  (do  tocar.  V]  acção  de 
tocar,  contacto;  «ò  —  de  suas  rnàos  fez  o 
milagre,  s>  Vioia  ;  som  de  instrumento  mu- 
sico, n-  g-  ^  —  d*  sino,  de  clarins  de  cai- 
xa ou  tambor.  — ,  topade,  erabato.  dar  — 
o  navio,  tocar  no  fundo  ou  em  baixos,  —s  de 
pincel,  pinceLidas  que  dá  o  pintor  no  pai- 
nel. — ,  leve  impulso  «Ao  — de  qualquer 
peita  dno  com  a  justiçado  avesso,  »  Arraes. 
«Dar  um  —  de  murmuração,  i>  murmurar 
sem  offender,  sem  escandalisar.  — ,  (fig.) 
prova,  ensaio,  demonstração,  v.  g  —  da  ver 
dade,  do  entendimento  Pedra  de — ,  pedra 
dura  em  que  se  esfregam  as  peças  de  o  aro 
ou  prata  cuja  pureza  se  quer  conhecer; 
(fig.)  meio  de  avaliar,  apreciar,  v.  g.  —da 
sinceridade,  da  amizade,  do  amor.  —  da 
mão  de  Deus,  trabalhos. 

TOQUE  EMBOQUE,  5.  m.  jogo  de  bola  cora 
aro. 

TOQUEixo,  s.  m  (provavelmente  contrac- 
ção á<ò  aia-queixo  ou  de  touca]  (ant)  tou- 
cado antigo  de  mulher. 

TOR,  (geogr.)  cidaJe  da  Arábia,  sobre  o 
golpho  de  Suez, 

TORADO,  A,  p.  p.  de  torar ;  adj.  cortado, 
dividido  em  toros. 

TORAL,  s.  m.  (de  toro)  — da  lança,  o  ter- 
ço o  mais  forte  d*ella.  O  --  da  camisa,  o 
cabeção, 

toraNja.  V.  'toronja. 

TOBÃo,  s.  m.  (do  Fr.  tóron,  eminericí») 
bolo  de  nozes,  amêndoas  e  mel. 

TORAR,  V.  a.  [tora,  ardes  inf)  serrará 
arvore  em  toros 

TORÇAL  ou  TORSAi.,  s  TH.  [áh  túTcer]  cot- 
dão  de  vários  ílos  de  seda  torcidos 

TORÇALADO,  A,  adj.  omado  de  torçnns. 

TORÇÃO,  s   w,  V.   Terçol  e  Torsào 

TORC^-TO  (S.;,  (geogp.;  vilk' de  Poi^tugal. 
situada  a  3 léguas  de  Braga;  l,iO(J  habi- 
tantes. 

TORCEDOR,  s.  m  instrumento  ou  pessoa 
que  torCe.;  arrocho,  garrote;  (fig)  —  do 
coração,  do  entendimento,  da  justiça,  cousa 
que  faz  desviar,  p.  g  o  amor  é — da  justi- 
ça, — ,  (fig.)  cousa  coDQqueseduiiraos,  ou 


Molestamos  alguém  para  o  dobrar  ao  nosso 
intento. 

TORCEDURA,  s.  f.  (des.  «ra)  acção  detor- 
eer  e  efieilo  d'ella  :  —  de  membro,  da  pr-r- 
na,  volta  tortuosa  que  dá  o  rio.  Jmtiça  sem 
— ,  recta,  sem.  desvio  do  direito  caminho. 

TORCELADO,  A,  adj.  V.   Torçaladò. 

TOHCELLO,  (geogr.)  cidade  do  reino  Lom- 
bardo Veneziano,  2  léguas  a  NE.  de  Veneza  ; 
9,000  habitantes. 

TORCKR,  »  n  (Lat  Torqusre,  p.  p".  tor~ 
íWí,  sup.  tortum  ou  tomam)  fazT  volver. 
—  as  ramas,  as  fibras  d^  plantas;  —  os 
fios,  a  corda.  — ,  desviar  da  linha  recta.  — 
um  braço  ;  —  espada,  virar-lhe  o  fio.  — 
caminho,  ir  com  rodeio,  afast/ído  da  estra- 
da direita.  —  o  pauso,  voltar  atrás,  virar 
de  caminho,  —  oí  rédeas  no  cavado,  para 
mudar  de  caminho.  —  05  olhos,  olhar  vts- 
go  ;  —  a  bocca.  7—  é  focinho  ou  o  rosto, 
(fig  efamil)  em  signal  de  des.ipprovação, 
de  aversão  ou  inveja.  —  o  í^ostê  ao  inimi- 
go, reinar -í^eiValU  —  alguém,  fí»z-?- lo  des- 
viar da  justiça,  do  recto  caminho.  —  o  sen- 
tido, dar  sentido  viol-nto  aos  textos,  —as 
his,  dar -lhe  sentido  forçado,  violento,  fa- 
zer má  applicação  d'ellas  —  verdade  da 
historia,  altera  la.  —  a  vinha,  dar  volta  á 
rara  principal  para  que  a  seve  fique  nos  pri- 
meiros olhos  da  vide.  — ,  em  sentidon.se- 
gnir,  tomar  direcção  tortuosa.  Torce  o  rio, 
dá  voltas  tortuosas  «  Homem  de  antes  que- 
brar que  —  ,  y^  Sá  Miranda,  istoé,  que  nada 
é  capaz  de  fazer  ceder  ou  dobrar  contra  o 
seu  dever  ou  convicção.  — avia  deshones- 
ta,  desviar-se  do  caminho  da  virtude.  — SE, 
V.  r.  dobrarse.  —  a  espada,  o  alfange, 
nào  cortar,  por  ter  o  fio  dobrado.  «  Em  rai- 
zes  os  pés  (da  nympha)  se  vão  toree'»do.  » 
Canoõe?,  Egloga  7.  --,  (fig  )  deixar-se  ga- 
nhar, v.g.  —  a  peitas  a  empenhos,  a  adu- 
lações, lisonjas. 

TORcnADO.  V.   Trochado. 

TORCIA,  s  f.  (ant )  diíTiculdade,  obstácu- 
lo, embaraço. 

TORCJCOLLO,  *.  tn.  volta  tortuosa;  gyr», 
rodeio  ;  (fig  )  ambiguidade  de  palavras. 

tôRCrcoLLO,  A,  odj.  que  inclina  a  cibe- 
ç,i  á  haiidá',  que  tem  o  pescoço  torto  ;  (lig.) 
hypocrita, 

TORCfDA,  t  f.  (:>ubst.  da  des.  f  de  tórrido] 
fio-,  de  linho  óii  algodão  torcidos  para  me- 
chas de  velas,  candeias,  etc. 

fÒRCiDAHENTK,  udv.  [mente  suíT.)  de  mo- 
do forçado,  violento.  Applicar  —  as  leis,,  os 
textos. 

TORCIDO,  A,  p.  j[).  de  torcer;  adj.  tortuo- 
so, volvido  sobre  si.  Fio,  ramo,  braço  — . 
Caminho,  rio  — ,  tortuoso,  que  dá  voltas. 
Escada  — ,  em  caracol.  Olhos  — 1,  (fig.)  os 
do  invejoao.  Rosto  — ,  (fig.)  de  quem  des- 


tor 


VII 


approra,  duvida.  Sentido — ,  desviado. — , 
(fig.)  apartado  da  rectidão,  d»  justi(;a,  da  ver- 
dade. Caminhos  — ,  tortuosos.  —  do  dever, 
desviado  por  peita,  sedncrâo. 

ToílciLHÃo,  s.  m.  cólica  qtie  dá  nas  bes- 
tas. 

TORCiMEíiTO,  s.m.  [meiíto  suíT.)  acçriode 
torcer;  estado  da  cousi  torcida,  torcedu- 
ra. 

torCióNaíiio.  A,adj.  acompanhando  de  tor- 
s5o.  Dore^  — s,  ({uo  fazem  torcer  os  metrl- 
bros. 

tdacttLo,  s.  m  (Lat.  torculum,  prensa) 
p^q^ltíná  preúsá ;  machinade  lapidar,  v.g. 
crystaes. 

TORCY.  (geogr.)  villa  de  França,  A  léguas 
ao  SK.deDieppe;  600  habitantes 

TORDESiLLAS,  (geogr.)  cidade  de  Hispanha, 
7  léguas  a  SO  do  Valladolid  ;  t,»  00  hsbi- 
tsntes. 

TORDiLii ),  A,  aJj.  cor  de  tordo.  Cavallo 
com  pello  mesclado  branco  e  preto. 

TORDO,  s.  m.  (Lat.  turdus)  ave  vulgar  áe 
cor  negra  e  branca. 
'    tOrGa,  tobgãa,  s.  f.  V.  Urze. 

torgan,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  15  lé- 
guas a  WE.  de  Marseburgo  ;  8,00D  habitan- 
tes. 

TORi,  s.  m.  (t.  Asiat )  um  legume  de  que 
se  faz  a  ema. 

TORiBios,  s.  m.  pi.  contai  de  crystal  que 
vem  da  índia 

tOriondo.  V.  Touriondo. 

toRJOK,  (gecígr.)  cidade  da  llussia,  íTle- 
goas  âPCO  deTver;  10,010  habitantes. 

tOrma.  V.  Turma. 

tormenta,  *.  f.  (Fr.  tourmeníe,  do  Lat. 
tormentum)  grande  agitação  do  mar  com 
vento  rijo,  borrasca,  tempestade;  (fig.)  tra- 
balho perigoso  ;  violenta  agitação,  tumulto, 
desordem.  Correr  — <  ntnra-la,  soíTrê  la, 
ígOantA-la  s^^bro  amarra,  e  riãn  á  vela.  I  ma 
--  de  guerras,  de  trabalhos,  cuidados,  -^à 
do  estado,  revoluções. 

tORmeNTaR.  V,  Atormentar. 

tORmk^^íTativo.  V.  Atormentador. 

TORMENTO,  s.  m.  [l&i.  totnientum)  acçào 
de  aiurmefltar,  ou  de  ser  atormentado  ;  tra- 
0$,  lortnráí,  dor,  pena,  angustia,  afflicção 
corporal,  ou  moral. — do  animo  í^ôr,  met- 
ier  a  — s,  dartrélos.  — ,  causi  de  tormen- 
to <  TeT!«5  deido-nhcsos  cibos  —s  de  minha 
alma. » 

TOèKEM^^Rio,  1,  adj:  [/fès  6n'f»\  onde 
ba  tórmefitas  t)  c/iho  -— . 

TORMENTOSO,  A,  adj.  (des.  ório)  onde  há 
lorínentas,  <ètf!ji'èstàoSò,  príicelloso.  Mares, 
cdst.is  —s.  —  ,  que  causa  tormentas.  Os  —  s 
ventos.  Cuidados  — *,  qne  atormentam. 

TORiES,  fgeogr.)  rio  He  Hispanha,  sae  dos 
montes  de  Gredos,  e  (Ae  no  lyoíuWí. 


TORNA,  *.  f.  (de  tornar)  compensação  do 
excesso  de  valor  de  cousa  recebida  era  tro- 
ca de  outra,  —s,  compensação  em  dinhei- 
ro que  o  herdeiro  melhorado  em  partilha 
dá  aos  coherdeiros,  para  ficarem  tudoscom 
igual  quinhão 

ToRffADA,  s.  f  o  flcio  de  tomar  ou  de 
voltar  para  o  lugar  d'ondese  sahio,  ragres- 

£0 

tnnTfADA,  s  f .  {áe  torno]  liquido  que  cor- 
•re  da  vasilha  a  que  se  tirou  o  torno  ou  ba- 
toque. 

TORN*ADiço,  A,  adj.  (des.  iço,  que  deno- 
ta habito)  quo  deixou  o  amo  ou  senhor  com 
quem  vivia  para  ir  servir  outro;  renegado, 
que  mudou  de  religião. 

TORNADO,  A,  p. /?.  de  tomar  ;  adj.  volta- 
do, convertido,  1?  g.  —  ao  lugar;  —  á  fé. 
Tinha -^  a  n,  recobndo  os  sentidos.  As  es- 
peranças íinham-se  —  em  fumo,  reduzi  lo 
a  fumo, 

TORNADOURA,  •«.  f  inslru  aeuto  de  tanoei 
ro  para  torcer  e  cobrrr  arcos  de  vasilhas. 

TORNAiSE.  V,  Tornes.  Soldados  — s,  lor- 
nezes,  de  Tours,  em  França. 

TORNAHENTO,  s.  fíi.  V.  Tomada. 

TORNAR,  u.  n  (Lat.  torno,  are,  de  tor^ 
nus,  torno  ;  Gr  tornoô,  tornear,  trabalhar 
coíD  a  roda  aò  toríio.  D'aquivemaaccepção 
m?is  usual  que  tsti  em  Portuguez,  voltar) 
volta  ,  regressar  ao  lugar  d'onde  se  sshio, 
V.  g.diO  porto;  — de  jornada.  — ,  repetir, 
V.  g.  —  afazer,  fazer  du  rtovo,  outra  vez. 
—  em  ou  a  si,  recobrar  os  sentidos,  oac- 
côrdo  ;  reavisar-se,  reconhecer  a  culpa,  o 
erro,  cahir  em  si.  —  sobre  si,  reconhecer 
á  culpa.  —  por  si,  (ant )  acudir  por  suas 
cousas.  —  atrás,  regressar;  (fig.)  arrep^n- 
der-se  ;  voltar  á  religão  abjurada.  —  em 
proveito  em  damno,  con\erter-se.  —  por  ai' 
guem  ou  por  alguma  cousa,  acudir,  lahir 
caj  sua  defesi!,  v.  g.  —  pelo  credito,  hon- 
ra de  .'Uguem.  —  por  alguma  cousa,  v(j|- 
tar  ílfás  a  buscar  — ,  v.a.  restituir:  <hr 
torna,  cmpensfir  o  excesso  de  valor  da  c:»u- 
si  recebida  Cííi  troca.  Tornou- //ié  três  moe- 
das. — ,  da-  torn?ís  o  herdeiro  melhor-ido 
na  partiiha  aos  coherdeiros  «  As  ondas  tor- 
na ás  ondas  que  tomou.»  Camões,  I.us.v. 
22.  «  Tornai-ine  ftieu  amor,  se  o  lev.TÍs,  ven- 
tos. »  Fofreiía,  Eleg  7,  restitui.  — ,  res- 
ponder ft  quera  impugnou  ou  fez  o';}servR- 
ções  acerca  doque  di.ssemos.  — ,  imputar, 
t.  5». -— a  culpa  a  outrem,  — oíTensa,  dam- 
no; —  abi.  prover  o  frtagistrado,  da\  aspio- 
videncias  p.ira  punir  o  culpado.  — .  tradu- 
zir, verter,  t.g. — do  latim  em  portuguez 
— ,  mudar,  transfigurar.  Jove  a  íornoH  cm 
loureiro.  — ,  (t.  dí  tanoeiro)  dar  volta  aos 
arcos  daá  vasilhas  com  a  lornadoum.  — 
rrtâtf,  resistir. —-SE,  c.  r.  converter-áe.  Tot* 
180  « 


720 


TOR 


TOR 


naram-se  as  esperanças  em  fumo.  —  ,  trans- 
formar-se.  v.  g.  a  nympha  tornou-se  em  lou- 
reiro. — se  a  sentar,  sfíntar-se  oulra  vez. 
— ífi  a  a/^wem,  recorrer  a  elle.  —  agastar- 
se,  pegar  comclle.  — se,  converter  á  cren- 
ça, religião.  —  tem  os  oo  mudos  excepto 
no  prés.  indic.  tónio,  as,  a,  tornam;  no 
subj.  torne,  es,  e,  tornem  ;  enoimper.  tor- 
na 

TORNASOL,  s.  m.  (Fr.  tournesol)  gyrasol, 
planta. 

TORNAYiAGEM,  S.  f.  (comp.),  volta  aopor- 
to  d'onde  se  tinha  antecedentemente  parti- 
do. 

tornavoda,  $.  f.  segunda  voda  feita  em 
casa  de  um  dos  sogros  noivos. 

TORNEADO,  A,  p  p.  de  tomear ;  adj.  la- 
vrado em  torno,  roliço  ,  cercado,  rodeado; 
V.  g.  terra  —  de  agua  ;  ilha  —  das  nos- 
.sas  embarcações.  A  garganta  —  de  um  fio 
de  pérolas.  «  Barbacan  —  de  uma  gran- 
de cava.  »  Barros.  Braços  — s,  bem  con- 
torneado».  — ,  (íig.)  feito  com  curiosidade, 
apurado.  Estylo  bem  — .  Versos.  — s. 

TORNEADOR,  s.  m.  tomador,  banco  de 
quatro  pés  sobre  que  os  segeiros  trabalham 
as  rodas  grandes ,  instrumento  com  que  os 
esping^rdeiros  abrem  as  escorvas 

TORNEAR,  f).  a.  (Lat.  torno,  are],  lavrar 
ao  torno,  dár  forma,  feição  cylindrica  e  ro- 
liça ;  formar  o  estatuário  os  contornos  do 
mármore;  v  g.  —  o  pescoço,  os  braços. 
A  natureza  lhe  torneou  os  braços  — ,  ro- 
deiar,  dar  volta,  andar  em  torno.  O  rio  íor- 
nêa  a  cidade.  À  cava  tor.<êa  a  piaçfl.  «  E 
torneando  a  ilha,  »  dando  volta,  fazendo 
o  circuito.  Torneámos  a  ala  esquerda 
do  exercito  inimigo,  passámos  por  de- 
trás da  ala,  envolvendo-o,  fazendo  o  cir- 
cuito. 

TORNEARIA,  í.  f.  (des,  ia),  rua  onde  ha 
torneiros  de  lavrar  madeira. 

TORNEiADOR,  s.m.  homcm  dcstro  uos  tor- 
niios. 

TORNEíAR,  V.  n.  fazcF  O  jogo  do  tomeio, 
fí.ercitar-se  em  torneios.  V.  Tornear. 

TORNEIO,  *.  m.  (Fr.  tournois,  de  tourner, 
(Iir  voltas),  combate  simulado  de  muitos 
« ivalleiros  em  quadrilhas,  a  cavallo  com 
liinça.  ou  a  pé   com  espada. 

TORNEIO  ou  TOi  NEO,  s.  w.  feição  Foliça 
que  dá  o  torneiro  á  madeira  ou  ao  metal. 

TORNEIRA,  s.  f.  tomo   de  pipa. 

TORNEIRO,  s.  m.  oíTicial  que  lavra  ao  tor- 
no alizando  e  fazendo  roliço,  páu,  marfim, 
osso  ou  metal. 

TORNEJA,  s.  f.  o  calço  do  pedra  que  se 
põe  debaixo  da  roda  do  carro  ou  sege  quan- 
do sobe  por  ladeira. 

TORNEL,  s.  m.  uma  argola  cravada  em 
haste  de  metal,   sobre  a  qual   se   revolve 


para  todos  os  lados.  v.  g.  Torneis  de  fer- 
ro para  a  bomba  da   roda. 

tornenses.  V.  Tornezes. 

lORNEO.  V.   Torneio 

tornezes,  s.  m.  pL  (do  Fr.  tournois), 
moedas  de  D.  Pedro  I  que  valiam  pouco 
mais  de  sete  soldos.  Meios  — .  —  petiles 
(do  Fr.),  cujo  valor  não  se  sabe  ao  certo. 

TORNEYAR.  V.  Tomciar. 

TORNiLHEiRO,  A,  adj .  s.  (p.  us.),  quB 
deserta  do  serviço  militar  para  a  casa  pa- 
terna. 

TORNiLHO,  s.m'  castigo  militar  que  seda 
com  duas  espingardas  atravessadas,  uma 
sobre  o  pescoço,  e  a  outra  nas  curvas  das 
pernas,  e  apertadas  com  c  irreias  de  sorte 
que  façam  curvar  e  dobrar  o  corpo  com 
pena  e  moléstia  ;  torninho. 

TORNiNHO  s.  m.  diminuí-  de  torno,  pe- 
queno torno  em  que  os  ferreiros  apertão  as 
peças  que  querem  hmar. 

TORNO,  s.  m.  (Lat.  tornus,  roda  de  tor- 
neiro), engenho  em  que  o  torneiro  lavra  as 
peças ;  espécie  de  prego  roliço  ou  quadra- 
do de  páu,  como  os  com  que  os  sapatei- 
ros pregam  os  tacões  ;  canudo  com  seu  ba- 
toque ou  rolha,  o  qual  se  embebe  em  uma 
abertura  de  pipa  ou  tonel,  por  onde  corre 
ou  sae  o  liquido  contido  na  vasilha ;  (fig.) 

—  d'agua,  bico,  d'onde  sae  espadana  forte. 
— ,  volta.  Fazem  alguns —s  á  ilha  Em — , 
em  redor,  ao  redor,  em  volta,    em   gyro  ; 

—  da  cidade.  l*or  a  vela  em  —  de  espa- 
da, cruza-la,  manobra  antiga  náutica  ;  por 
as  vergas  Dru  —  de  espada,  enfiar  de  popa 
á  proa.  ;  esta  de  — .  V.  Besta.  — ,  torni- 
nho de  ferreiro  onde  elles  apertão  com  um 
parafuso  as  peças  que  querem  limar. 

TORNOZELO,  s.  m.  {tomo,  e  (Ir.  óxos,  nó 
de  arvort),  cabeça  do  osso  resaltada  da  per- 
na de  um  e  outro  junto  ao  pé.  Prezar-se 
de  não  ter  — s,  (phr  jocosa  ant.),  de  bem 
feito,  delicado.  Homem  de  três  —s,  mui 
rijos. 

TORO,  s.  m.  (Lat.  torus).  tronco  da  ar- 
vore limpo  de  rama;  (Gg.)  o  corpo  do  ho- 
mem destroncados  os  membros. 

TORO,  s.  m.  (Lat.  torus),    leito, 

TORO,  (geogr  )  cidade  de  llispanha,  &  lé- 
guas e  meia  a  NE.  de  Salamanca  ;  habitantes. 

TORONJA.  5.  f.  arvore  e  fruta  de  espécie 
media  entre  o  limão  e  laranja,  mais  gros- 
sa e  carnuda  cjue   esta. 

TOROPETSK,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Eu- 
ropea.  60  léguas  a  SE.  de  Pskov ;  12,U00  ha- 
bitantes. 

TOROPi,  (geogr.)  rio  do  Brazil.  na  provín- 
cia de  São  Pedro  do  Mio  tirande  :  vem  dos 
campos  da  Vacaria  e  vai  juntar-se  com  o 
rio  ibicui  pela  margem  exposta  junto  da 
povoação  da  Forquilha. 


TOR 


TOR 


7S1 


TORPE,  adj.  (Lat.  lorpidus),  (ant.),  <iue 
causa  torpor,  que  entorpece.  «  Os  — s  frios,  » 
Camões,  Lasiad.,  VI,  «  A  longa  velhice,  — 
e  tarda.  »  Eneid.  Port.,  IX,  147. 

TORPE,  adj  dos  2  q.  [turpis,  sujo,  im- 
mundo),  deshonesto,  impudico,  v.  g.  amor 
— ,  indecoroso,  ignominioso.  — *  meios,  pa- 
lavras. 

TORPEÇAR.  V.  Tropeçar. 

TORPECRR.  V.  Entorpecer. 

TORPEÇO.  V.   Tropeço. 

TORPEDO,  s.  m.  (Lat.),  peixe  eléctrico, 
cujo  toque  entorpece. 

TORPEMENTE,  adv.  [mente  suíT.),  de  modo 
torpe,  com  torpeza.  Fugir  — ,  com  igno- 
minia. 

TORPEZA,  s.  f.  (des.  eza),  fealdade ;  des- 
honestidade,  v.  g.  — uas  acções,  das  pala- 
vras — ,.  na  phrase  biblic),  as  partes  puden- 
das da  mulher.  Revelar  a  — ,  conhecer  a 
mulher  carnalmente. 

TORPiDADE,  s.  f.  (Lat.  turpitudo,  onis], 
torpeza. 

TÓRPiDO,  A,  adj.   entorpecido. 

TORPissiMAMENTE,  ttdv.  superlat.  de  tor- 
pemente. 

torpíssimo,  a,  adj.  superlat.  de  torpe. 
Acções,  palavras  — *. 

TORPOii  s.  m.  (Lat,),  entorpecimento  de 
membro ;  estado  torpido  de  alguma  parte 
do  corpo. 

torquemada,  (hist.)  primeiro  inquizidor 
garal  dellispanha,  nasceu  em  1420,  mor- 
reu em  1498 

TORQUEZ,  s  f.  (do  Lat.  torqueo,  ere,  tor- 
cer), especie.de  tenaz. 

TORQuEZA.  V.   Turqueza 

TORRA,  s.  f.  ( íe  torrar],  acção  de  tor- 
rar;  torrada. 

TORRADA,  *.  f.  (subst.  da  des.  f.  de  tor- 
rado),  falia  de  pão  torrada. 

TORRADO,  A,  p.  p.  de  torrar;  adj.  sec- 
cado  ao  sol,  ou  ligeiramente  queimado.  Zo- 
na — ,  tórrida.  Café    — . 

TORRANTEZ  ou  TERRANTKZ,  adj.   doS  2  Q 

Uva  — ,  depelle muito  delgada,  esujeitaa 
apodrecer. 

TORRÃO,  s.  m.  (do  Gr.  torêo,  volver,  re- 
volver), pequena  porção  êe  terra  presa  e 
separada  da  outra  ;  (fig.)paiz,  terra,  região. 
—  de  assucar,  pedaço  de  assucai  crystal- 
lisado,  Lom  e  fértil  — ,  solo. 

TORRÃO,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
situada  7  léguas  a  SO.  d'Evora,  1,380  ha- 
bitantes, ila  out^a  povoação  no  de  Penafiel 
eaíMeguns  do  Porto;  Í,t0{)  habitanles.  E 
pátria  de  Bernardim  Ribeiro,  um  dos  melho- 
res poetas  portuguezes. 

TORRAR,  V.  a.  (Lat.  torreo,  ere,  de  uro, 
ere^  queimar,  e  torno,  volver),  seccar  mui- 
to ao  sol,  ou  ao  lume.  O  sol  torra  as  es- 

▼•1.   IT. 


pigas,  as  folhas ;  queimar  levemente  a  su- 
perfície ]  V.  g.  —  i^ão,  café. 

TORRE,  s.  f.  (Lat.  tnrris.  Gr.  tursis.  O 
termo  com  ligeiras  diíTerenças  de  desinên- 
cia é  commum  aos  diidectos  do  Céltico  com 
a  significação  de  torre,  montão,  cousa  ele- 
vada. Creio  que  o  radical  ó  o  Egypcio  íuo», 
subir,  alçar-se,  e  djor.  forte),  edifício  for- 
tificado e  alto  destinado  a  proteger  os  que 
a  elle  se  acolhem  dos  ataques  do  inimigo,  e 
{íara  de  lá  lançarem  contra  os  sitiadores  ar- 
mas de  arremesso  ;  hoje  servem  de  prisão, 
ou  armazéns  de  armas ;  —  de  sinos,  onde 
se  suspendem  os  sinos  em  templos,  ou  igre- 
jas. — ,  (fíg.),  fortaleza.  «  As  —s  de  vosso 
animo.  »  Eufr.  «  As  velivolas  — s,  »  (loe. 
poet.).  naus. 

TORRE,  (geogr.)  ha  cora  este  nome  em 
Portugal,  pprto  de  20  povoações  pela  maior 
parte  insignificantes :  as  que  comtudo  me- 
recem alguma  menção  oPO  as  seguintes  ;  1.* 
no  concelho  de  Monção,  a  9  léguas  de  Bra- 
ga, 1,00)  habitantes.  2.*  —  do  Pinhão, 
no  de  Villa-Keal,  720  habitantes.  3.*  —  de 
Moncorvo  (V.  Moncorvo).  4.'  —  de  Dona 
Chama,  villa  de  Tras-os-Montes,  cujo  con- 
celho encerra  1,000  habitantes,  situada  em 
uma  elevada  campina  aoS.  do  Rio  Tuela,  e 
4  léguas  ao*N.  de  Mirandella. 

TOHRE,  (geogr.)  serra  da  província  do  Cea- 
ra no  Brazil,  no  termo  da  antiga  villa  do 
Mecejana. 

TORRE  d'avila,  (geogr.)  antiga  villa  da 
província  da  Bahia,  no  Brazil,  12  léguas  ao 
I\E  da  cidade  capital  da  província. 

TORRE,  (gpogr.)  cidade  d'Italia,  nos  Es- 
tados-Sardos ;  4  léguas  SO.  de  Pignerol ; 
2,2  O  habitantes. 

TORRE  E  espada  (ordcm  da),  (hist.)  or- 
dem militar  portugueza,  creada  por  D.  Af- 
fonso  V  em  1459  para  condecorar  os  caval- 
leiros,  que  fossem  ás  conquistas  d'Africa, 
íJahida  em  desuso  foi  de  novo  instaurada 
em  18U8  por  D  João  VI,  então  príncipe 
regente  para  premiar  os  militares  não  ca- 
iholicos,  que  não  podião  usar  as  insígnias 
das  outras  ordens.  Na  regência  de  D.  Pe- 
dro IV  em  18  !3  foi  de  novo  reformada  esta 
ordem,  que  ficou  intitulando :  antiga  e 
muito  nobre  ordem  da  lorre  e  Espada  d  o 
Valor  Lealdade  e  Mérito.  Hoje  é  a  mais 
nobre  e  estimada  do  reino,  e  pôde  ser  con- 
cedida a  pessoas  de  todas  as  religiões  e  pro- 
fissões. 

torreado,  a,  p.  p.  de  torrear ;  adj.  mu- 
nido, fortifícado  com  torres.  O  muro — .A 
cidade — .  Elephanie — ,  que  leva  torre  de 
úoadeira.  «  Itália  vallada  e  —  dos  montes 
Alpes.  »  Barreiros,  Corogr.  As  penhas  —s, 
que  tem  a  forma  de  torres, 
torredeita,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal, 
181 


11 


■ftftf 


situada  a  1  légua  e  inêia  de  Vi  «eu,  1,500 
habitantes  Corre-lhe  junto  o  fio  do  mesmo 
nome,  o  qual  entra  na  direita  do  Dão. 

TÓRREANTE,  ttdj .  dos  2  g.  (des.  do  p.  a 
Lat.  em  cns,  tis)  que  se  eleva  como  torre. 
O  —  cume  ás  nuvens  ergue.  A —  soberba. 
O  —  orgulho.  Cidade  — ,  cheia  de  edifiêios 
m  ages  toses. 

TORREÃO,  s.  m.  augment.  de  torro,  gran- 
de torre;  (fig  )  —  de  nuvens,  amontoadas. 

TORREAR,  V.  ã.  [torrc,  ar  des.  inf.)  for- 
tificar, munir  com  torres,  (fig  )  cercar  en- 
cerrar em  torno,  fallando  de  terras,  e  mon- 
tes altos  — ,  v.n  alçar-SB,  mostrar-se  ele- 
vado á  maneira  de  torre.  É  só  usado  na  poe- 
sia. 

TORREAu  vem  na  Monarch.  Lusit.  de  Bran- 
dão. Moraes  suppõe  ser  erro  \  or  TortcaUi 
t.  Fr.,  tnrtão.  V.   Tortão. 

TORREFACTO  ,  A  ,  adj .  (Lat.  torrefactus) 
(pharm.)  torrado 

TORREIRA,  s  f.  [do  torrar)  A  —  do  sol, 
o  tempo  do  dia  em  que  o  sol  é  mais  ar- 
dente. 

TORREJADO.  V.  Torreado 

torreloa,  s.  f.  nome  de  um  jogo  anti- 
go, prohibido  pela  Orlenação  Aífonsina. 

TORRENTE,  s  wi  6 /".  (Fr.  íorrgwí,  do  Lat. 
lorrens,  tis,  s.  m.)  agua  passageira  que  <íor- 
re  rápida  sem  álvo  certo,  epro^pra  ds^í  chu- 
vas abundantes  ou  do  s  ibito  derretimento 
das  neves.  —  de  chuva  giossa,  enxurrada. 
— ,  (íig.)  grande  copia  de  cousas  que  cor- 
rem  umas  apó»  outras,  v.g.  unaa  —  desan- 
gue,  de  iagfiraas,  de  iuz  ;  -  de  palavr.^s, 
injurias  ,  de  males,  infortúnios,  calamidades 
O  —  dos  dotares,  o  maior  numero  d'elles, 
que  seguem  a  mesma  doutrina. 

TORRES  (Domingos  Maximiano),  (hist  )  poe- 
ta portuguez,  falltícido  em  ^  180,8.  Foi  um 
dos  membros  da  academia  d^  Arcádia,  pos- 
suia  a  fundo  o  idioma  palrio,  que  escreveu 
com  a  míiior  pureza,  e  as  suas  obras  são 
modelos  de  correcção.  Escreveu  :  Éclogas 
Cançonetas  e  loutras  poetias. 

TORRfcs  NorAS,  (gpogr.)  viUa  de  Portugal, 
nod'f>tricto  de  Santarém,  don'3e  dista  5  lé- 
guas a  ^K.,  e '2  aoN.  d^Tt^o,  junto  ao  rio 
Azinhaga  e  em  lugar  baixo:  ó  cercada  de 
muros  e  tem  um  forte  castello  com  i  i  tor- 
res ;  4,600  habitantes. 

TORRES-VEDRAS,  (gcogr  )  auliga  e  niiiavel 
viila  de  Portugal,  na  disiricto  do  Lisboa, 
dorde  dista  7  léguas  ao  N.  j  a  2  da  costa  ma- 
ritima,  situada  sobre  o  rio  Sizandro.  n'um 
terreno  abundante  em  c  rcaes  e  vinho; 
3,6Ut)  habitantes. 

TORRESMO.  $  m  (deíor.ar)  á  parle  mem- 
brancsí»  e  torrada  que  fica  da  banha  frita  de 
porco. 

TOJRREZiiNMA,  s.  f.  diminuí,  dé  toVfÔ 


ÍORRIDO,  A,  adj.  (Lat  (orridus)  queima- 
áo.  Zona  — ,  que  fica  de  um  e  outro  ladd 
do  equador,  exposta  a  um  sol  vertical. 

TORRiJAS,  s  f.  pi.  fatias  torradas  embe- 
bidas eâQ  vinho  •  cobertas  de  ovos 

TORRíHHA,  í.  f.  diminui,  de  torre. 

TORRO.  V.   Tarro. 

TORROADA,  s.  f,  tiro,  golpe  com  torrão; 
grande  quantidade  de  torrões. 

TORSÃo,  s.  f.  (Lat.  tortio,  onis)  acto  de 
torcer,  estado  de  cousa  torcida  ;  cólica  nui 
dolorosa  de  honaem  e  das  bestas. 

TORSO,  s.  m.  {Uai.  torso,  tronco  de  arvo- 
re cortado)  esculptor,  tronco  de  estatua. 

TORSO,  A,  adj.  torcido.  Columnas  — í, 
bronze  ou  pedra  lavradas  em  espiral. 

TORTA,  s.  f.  (Fr.  íourte)  empada  recheia- 
da  de  pombos,  carne,  nata.  fruta. 

TORTÃO,  s.  f.  (Fr  tourteau)  (braz.)  espé- 
cie de  arruela  em  forma  de  torta. 

TORTEAU  (t.  Fr.),   y,  Tortão 

TORTEfRA,  s.  f.  vaso  de  CO b PB  em  que  se 
coze  a  torta. 

TORTELos,  adj.  m  (chul  )  que  tem  os 
olhos  tort'S. 

TORTiLiiA,  8.  f.  diminuí,  de  torta,  peque- 
na torti. 

TORTO,  A,  adj.  (Lat  tortus,  de  torqueo, 
ere,  torcer)  não  direito,  retorcido;  que  não 
olha  direito,  vesgo;  (fig)  não  recto  .rioral- 
mente.  A  —  e  a  direito,  (phr.  fam  )  sem 
fítteoder  ao  que  é  justo. 

TÓftTo,  í.  m.  (Fr.  iort,  injuria),  (ant), 
injuria,  serarazão.  Receber  —  Ser  preso  á 
— ,  sem  justo  motivo.  Satisfazer  damnos  e 
—  s. 

TORTO,  (geogr.)  rio  de  Tortugal,  na  pro- 
vincia  de  Traz  os-fWontes  que  entra  na  di- 
reita do  Tua.  meia  logua  acima  de  Miran- 
della.  Ha  outro  na  Beira-Alta  que  desagua 
no  Douro,  abaixo  do  Pinhão,  com  9  léguas 
dê  curíjé  ,  lambem  se  lhe  chama  Coura. 

TORTOS,  s.  m.  pi.  dores  violentas  de  bar- 
riga quft  sobrevem  ás    recem-paridas, 

TORTUAL,  s  m.  barra  de  madeira  que  se 
metle  no  olho  do  fuso  dolagaf,  para  o  fa- 
zer volver. 

tortulho,  í.  m.  cogumelo;  móiho  de 
tripas  atadas  para  vender  ;  (ííg  /  pessoa  bai- 
xa e  gorla  desairosa. 

TORTUOSIDADE,  s  f.  O  lançsmeulo  tortuo- 
so, tortura,  v.  g.  do  ramo  da  arvoro 

tortuso,  a,  adj.  (loI.  tortuosus],  que 
dá  voltas,  torcido  Caminho  — .  llio  — ,  ser- 
t»eant<».  ^fig  )  Meios  — ,  não  conformes  á 
justiça,  á  probidade 

tortlka.  s.  f.  inflexão,  volla."?,  desvio  da 
linha  recta  ;  (í  g.)  desvio  da  rectidão  mo- 
ral. —  dabocca;  — dos  olho^.  Fazer,  cau- 
sar -  a  alguém,  iacoíiimpdo,  leve  inju- 
ria. ■  ""  _^ 


fO» 


TORVA,  s.  f.  (ant )  V.  Est&rvo,  Ifnpedi- 
mento. 

TORVAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  turbatio,  onis),  per- 
turbação do  animo  causada  por  medo,  sus- 
to ou  ira  ;  susto.  Tl.  'Torvações. 

TORVADO,  A,  p.  p.  de  torvar;  adj.  per- 
turbado,   assustado. 

ToRVAMENTE,  adv.  {mente  suíT ),  torva- 
çío,  inquietação,  com  os  olhos  torvos. 

ToRVAMENTo,  s.  w»,  (»»«nro jsuíT.),  topva- 
çàn,  perturbação,  desassocego 

TORVAR,  c  à  (Lat.  turbo,  are,  pertur- 
bar), perturbar,  o.  g.  — os  sentidos,  a  ra- 
zão. 

TORVELTWHO,  s.  m.  (áo  Lat.  turbo,  onis, 
Fr.  tourhillon),  remoinho  causado,  #.  (f. 
por  ventos  encontrados. 

TORv.sco.  V.  Trovisco. 

TORVO,  A,  adj.  (!  at.  tomus,  d<4  rate,  ne- 
gro, fero,  hediondo),  terrivel,  iracundo,  que 
infunde  terror.  O  —  gesto,  catadura.  A  — 
face  do  tjranno.  Olhar  com  — s  olhos. 

tORVo,  s.  m.  (ant  )  V,  Estorvo. 

TORVAiiNHO.  V.   Torvelinho. 

TOSA,  s.  f.  (do  l.at.  to^us,  espancado),  (t. 
vulgar).  Dar  uma  —  a  alguém,  quantida- 
de de  pancadas,   páoladas. 

TOSADO,  A,  p.  p.  de  tosar  ;  adj.  aparado 
a  felpa,  roído. 

TOSADOR,  s"  m,  o  que  tosa  pannos  de  lã 

TOSADURA  s.  f  0  acto  de  tosar ;  o  tra- 
balho feito  pelo  tosador. 

TOSÃO,  s.  m.  (Fr.  toison],  vello  de  car- 
neiro. O  -  de  ouro,  insignia  de  uma  or- 
dem de  cavallaria  de  Uispanha  e    .\ustria. 

TOSÃO,  adj.  m.  (do  precedente),  (ant.)  tos- 
quiado. 

TOSAR,  V.  a.  (Ital.  tosare,  Fr.  ant,  t9u- 
zer,  do  Lat.  tondo,  ere.  onsum),  aparar  a 
felpa  (lo  estoffo  de  lã  ;  (Qg  )  roer,  cortar  ren- 
te. Tesa  a  ovelha  o  prado  —  a  murta,  apa- 
rar por   igual. 

TOSCAMENTE,  adt>.  {mente  suff.),  em  es- 
tado toSco,  sem  lavor,  grosseiraoienté,  sem 
adorno 

TOSCâi^EJAR,  V.  11.  (do  Lat.  oscilo,  are, 
ter  aijfimentos  de bocca),  estar  cahindocom 
somno,  abrindo  a  bocca  e  cerrando  os  olhos 

iosc\NO,  A.  adj.  da  Toscana.  Ordom — . 

TOSCANO  (Thome),  (hi.st.)  e«criptor  porlu- 
guez  do  principio  do  século  XVIi.  e  natJiral 
da  cidade  de  Kv"bra.  Esrr<rVi^u  :  Parallelos 
de.  príncipes  e  varões  illustres 

Tosco,- A,  adj.  (talvez  do  Ital.  íosco,  tos- 
cano, da  Ordem  de  architectura  toscana), 
não  lavrado,  bruto,  rud»»,  como  sahio  das 
mãos  da  natureza.  Obra  — .  grosseira,  mal 
feita.  Engenlio  — ,  sem  cult*ira. 

toíqueneJah.  V.  Toscanejar. 

TOSQUIA,  s.  f.  (d*»s.  ta),  acção  de  tos- 
quiar 08  carneiros,  ovelhas,  e  outros  aoi» 


mais.  Fazer  a  — ,  (fig.)  chulo,  censurar,  cri- 
ticar. 

TOSQUIADO,  A,  p.  p,  de  tosquíar ;  adj. 
corta  !0  rente  aparado.  «  Ir  por  lã  e  sahir 
— .  »   Adagio. 

TOSQUIADOR,  s  m.  o  que  tosquia  animaes, 
arvores,  ou  arbustos. 

TOSQUIAR,  V.  a.  (de  tosão,  e  Lat.  geco^ 
are,  cortar),  aparar,  cortar  rente  o  pello 
dos  carneiros,  das  ovelhas;  v.  g.  —  bes- 
tas, o  cabello.  —  arvores,  murta,  arbustos. 
— ,  (fig  )  despojar  com  violência,  por  meios 
illictos  ;  —  o  povo.  com  iiipostos,  exacções. 
«Ao  —  achas  dono,  nas  pressas  não  te 
conhecem,  »  adagio,  isto  ó,  quando  alguém 
tem  fazenda,  v  g.  a  lã  do  seu  rebanho, 
acha  dono,  senhor t[ue  vera  cxgir  pagamen- 
to ou  serviço;  quando  está.  em  aperto,  to- 
dos fogem  do  miserável.  «  Depois  de  rapar, 
não  ha  que  — ,  »  adagio. 

TOSSE,  s.  f.  (Lat.  ta<!sis,  que  parece  ser 
voz  imitativa  do  som  que  faz  quem  tosse), 
movimento  convulsivo  para  lançar  dos  bron- 
chios  ou  do  bofe  escarros,  ou  mucco.  — 
secca,  em  que  não  ha  expectoração.*  D'alli 
vem  a  —  ao  gato,  y>  (loo.  proverbial),  cau- 
sa de  queixa. 

TOSSE,  s.  f.  (do  Fr.  ant.  tous.^ere,  torcer), 
fant.  e  obsoí.),  dissimulação,  disfarce,  pro- 
jecto encoberto  de  engano. 

TOSSEGOso,  A,  adj.  doente    de  tosse. 

TOSSEZiNHi,  a.  f.  diminui,  de  tosse,  tos- 
se pouco  [violenta. 

TOSSIDO,  s  m.  (ant  ),  mostra  de  querer 
dizer  ou  fazer  alguma  cousa,  dando  sinal 
com  tosse. 

TOSSíGoso,  A,  adj    doente  de  tosse. 

TOSsiNHA,  s.  f.  diminut.  de  tosse,  tosse 
pouco  violenta. 

TOSSIR,  V.  n.  (lat  tussire),  fazer  esfor-* 
ço  para  expectorar,  soífrer  tosse.  P.  p.  de 
tossido . 

TOSTA,  s.  fé  y{á6  Lat.  tostis,  torradí-^j 
fatia  de  pão  torrado,    torrada. 

TOSTADO,  A,  p.  p.  de  tostar  ;  adj.  leve-^ 
mente  queimado;  de  côf  adusta,  p.  ^i.  ?áõs 
— g    Leitão  bem  — .  iíusio  — . 

TÔSTABUR.^,    S.    f.  {ítífe.   i^ta),    O   íkòitS    d* 

tostar  ou  torrar. 

TOSTÃO,  s  m.  (ant  )  tístío  fdd  \iá\,  Ws- 
lone,  (esta\  moela  de  jíiral»  dè  Portugil 
qoe  vale  iOO    réis 

tostãoziniio,  s.  m.  diminut.  de  tostão. 
«  Vrti  por  baixo  o  corta  a  sedella,  (jaelhe 
piscou  os  tostõezKàhos  »  Vi  <!pai,  Arl-i  de  fur-» 
tar. 

.TOSTAR,  V.  a.  {<HLà\:  íostus,   torrado»), 
torrar  queimar  leve\i3*nte,  v.  g-  no  forniò 
«  Os  B.jrbaros  t'ys(â9  p.1o<í  agaloai  com  que 
fazéni  irros.  *  Harros.-  d»r  cdr  ^uita.  «O 
sol  tostão  carão.»   — se  queimar-so. 
181  « 


fí4 


TOU 


TOU 


-i'TOSTAR,  «.  a.  (do  Ingl.    to   toasi,  fazer 
brindes),  (t.  moderno),  escusado  einadoais- 
sivel,  brindar,  fazer  brindes. 

TOSTE,  adj.  dos  2  g.  eadj.[¥r.  &nt.  íosí, 
hoje  tòt).  (anl.),  breve,  prompto. 

TOTE.  adv.  (do  precedente),  ant.j,  depres- 
sa, em  breve. 

TOSTE,  s.  f.  (Larramendi  diz  que  é  ter- 
mo vasconço  tostac],  banco  da  galé  onde 
vão  aferrolhados  os  forçados.  «  As  — s  vi- 
nham atochadas    «  Barros,  1,  5,  3. 

TOSTEMENTE,  ãdv.  (V.  Toste),  (ant,),  de- 
pressa. 

TOSTO,  adv.  V.   Toste. 

TOTAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  lotalis],  de 
todas  as  partes  que  formam  um  todo.»,  g. 
A  ruina  —  do   edifício ;  —  do  commercio 

TOTAL,  s.  m.  (do  precedente),  a  somma 
total,  a  totalidade 

TOTALIDADE,  s.  f.  O  aggrpgado  de  todas  as 
partes  que  formam  um  todo,  de  todas  as 
quantidades  integrantes  de   um  numero. 

totalissimamente,  adv.  superl.  impró- 
prio de  totalmente. 

totaussimo,  a,  adj.  superl.  impróprio 
de  total. 

totalmente,  adv.  [mente  suíf ),  inteira- 
mente, de  todo. 

touca,  s.  f.  (talvez  do  Fr.  ant.  tasser, 
crescer,  ou  tasson,  estaca),  o  pé  do  casta- 
nheiro d'onde  sahem  as  varas  de  que  se 
fazem  arcos,    o  pé  da  canna  de  assucar 

TOUCA,  s.  f  (doPers.  tachia,  carapuça) 
adorno  de  cabeça  usado  pelas  freiras,  viu- 
vas e  as  mulheres  em  geral,  feito  delença- 
ria  ;  espécie  de  turbante  usado  pelos  anti- 
gos sacerdotes  ehoje  pelos  Turcos,  Mouros 
Asiáticos  ;  (ant.)  rebuço  que  os  homens  tra- 
ziam antigamente  para  não  serem  conheci- 
dos. 

TOUCADO,  A,  p.  p.  de  toucar  ;  adj.  concer- 
tado o  cabello,  adornado  de  touca.  «O  feio 
monstro  d'aspides  — .  »  Bocage. 

TOUCADO,  í.  m.  ornato  e  penteado  de  ca- 
beça das  mulheres. 

TOUCADOR,  í.  «t.  traste  com  espelho  eap- 
parelhos  de  toucar  ;  quarto  onde  se  touca  e 
concerta  o  cabello ;  lenço,  ou  toucado  que 
as  mulheres  põem  na  cabeça  para  conservar 
o  cabello  com  algum  concerto  na  cama. 

ToucAif,  s.  m.  e  tucana,  s  f.  ave  do  Bra- 
zil  do  tamanho  de  um  pombo  ;  nome  de 
uma  constellaçào  austral. 

TOUCAR.  V,  a.  [touca,  ar  des.  inf.)  con- 
certar o  cab  dlo ;  pôr  touca  ou  toucado, 
usar  por  toucado.  «  Elle  toucava  grandes 
trunfas  ou  coifas.  »  Couto. 

Hoje  só  se  diz  de  quem  concerta  o  cabei- 
lo  de  mulher  ou  lhe  põe  toucado. 

toucar-se,  t.  r.  pôr  toucado  a  si  pró- 
prio. 


TOUCEIRA,  *.  f.  grande  touca,  pó  de  ar- 
vore ou  de  canna  d'on1e  nascem  vergonteas 
ou  ramos. 

TOuciNHEiRO,  A,  í.,  p9ssoa  que  veudo tou- 
cinho. 

TOUCINHO,  s.  m.  (Cast.  tocino.  NemBlu- 
teau,  nem  Moraes  dão  a  origem  d'este  vo- 
cábulo. Creio  que  vem  do  Lat.  cútis,  pelle, 
e  suinus,  de  porco  pegada  á  pelle).  —  do 
ceu,  espécie  de  doce  delicado.  — «,  (fort  ) 
sacos  cheios  de  terra. 

touga.  V.  Touca 

TOUGUE,  s.  m.  (do  Arab.  íouA/ic,  bandei- 
ra, pendão)  bandeira  ou  estandarte  que  um 
alferes  leva  diante  do  gran-senhor,  quando 
sáe  a  cavallo.  Também  os  baiás  e  sangiacos 
são  distinguidos  por  estas  ban  eiras.  Baxa 
de  três  — *,  que  vulgarmente  vertemos  de 
três  caudas. 

TOUPEIRA,  s  f.  (Lat.  taipa,  Fr,  taupe,  do 
Gr.  thalpô,  fossar)  animal  pequeno  de  qua- 
tro pós,  cujos  olhos  apenas  se  distinguem  ; 
vive  debaixo  da  terra,  que  excava  com  a 
maior  facilidade;  (fig.)  homem  cego  de  in- 
telligeiícia,  ou  de  mui  curta  intelligencia. 

TouQuiNHA,  s.  f.  diminut.  de  touca. 

TouRA,  s.  f.  (Lat.  taura)  vacca  estéril. 

TOURA,  s.  f.  (do  Hebr.  tourá.  lei)  fant.) 
Pentateucho  sobre  o  qual  se  tomava  o  ju- 
ramento aos  Judeus  tolerados  em  Portugal. 
Em  Hespanha,  familia  judenga  ,  certo  tri- 
buto imposto  aos  Judeus,  tourinhas, 

toijral,  s.m  lugar  onde  o  coelho  do  ma- 
to costuma  estercar,  e  onde  se  lhe  faz  es- 
pera. 

TOURÃO,  s  m  sacarrabo,  bicho  qu«  co- 
me as  gallinhas 

TOURvRiAS,  s  f.  pi.  (famil.)  desordens, 
estrondos,  estraladas.  Fazer  — ,  cousas  de 
estrondo. 

TOUREADO,  A,  p.  p.  de  lourear ;  adj.  in- 
vestido no  corro  ou  praça  de  touros  (fig.) 
investido,  meltido  a  bulha. 

TOUREADOR,  s  tn .  O  quo  lourêa,  corre 
touros,  a  cavallo  ou  a  pé,  que  os  agarrocha 
e  mata. 

toureah,  V  n.  [touro,  ar  des.  inf.)  com- 
bater o  touro  íio  corro,  agarrnchâ-lo,  fa- 
zer-lhe  sortes;  (fig.)  endoudecer. 

tourear,  V.  a  —  alguém,  (fig.)  inves- 
tir, dar  investida  a  alguém, 

toureiro,  s.  m  o  que  guia  e  tange  os 
touros  ;   toureador 

TOUREJÃO,  s.  m.  torno  de  pao  da  roda  de 
carreta. 

TOUREiAR.  V.   Tourear. 

TOURiL,  s.  TH.  curral  de  gado  vaccum. 

TOURINHAS,  s  f.  pi  jogo  em  que  se  tou- 
reavam novilhas  mansas ;    arremedo  d'este 
jogo  com  touros   fingidos  feitos  de  canas- 
tras. 


TRA 


TRA 


715 


TOURiNHAS.  #.  f.  pi.  (T.  Toura,  livro  da 
lei  judaica)  (ant.)  livros  destacados  do  Pen- 
tateucho. 

TouRiNHO,  s.  m.  (iiminut,  ds  touro,  no- 
vilho, pequeno  touro. 

TOuiioNDo,  A,  arí/.  que  anda  com  os  tou- 
ros na  brama  ou  no  cio.  Vacca  novilha  — . 

TOURO,  s.  m.  (Lat.  taurus.  Gr.  taúros, 
Chald.  thor.  Em  Ègypcio  ehe  corresponde  ao 
Lat.  bos,  boi  ou  vacca  ;  é  feminino,  e  leva 
o  artigo  lia,  tiehe,era,  productor,  máscu- 
lo ou  íowroj  boi  novo,  não  capado.  — s,  es- 
pectáculo bárbaro  commum  em  Hespanha  e 
em  Portugal,  em  que  se  combatem  touros  3 
cavallo  e  a  pó  em  corro  ou  praça,  assanhan- 
do-os  com  garrochas,  e  de  ordinário  acaban- 
do por  serem  mortos  por  toureador  a  pé  á 
espada.  Lançar  a  capa  — ,  (fig.)  deixar  tu- 
do para  se  salvar,  como  faz  o  capinha  fu- 
gindo do  louro.  Verse  nos  cornos  do  — , 
(íig.)  em  grande  perigo  ou  «perto. 

tousaçom.  V.   Taixaçáo  ou  laxação. 

TOUSAR.  V.  Tãxar. 

touta,  s.  f   V.  Toutiço. 

touTeador,  toutear  vem  na  ultima  edi- 
ção de  Moraes  entre  os  vocábulos  ajuntados 
pelo  editor.  São  erros  manifestos  por  ton- 
teador  ou  tontear,  copiados  de  Bento  Pe- 
reira. 

TOUTiçADA,  s.  f.  paucada  no  toutiço. 

TOUTIÇO,  s.  m.  (Lat.  occipitinm)  a  parte 
posterior  e  inferior  da  cabeça. 

TO u TINAS,  erro,  por  lontinas.  V.  Doudi- 
vanas. 

TOUTINEGRA,  s.  f.  (áo  Fr.  têle,  cabeça)  ave 
maior  que  o  pintasilgo  ;  tem  a  cabeça  ne- 
gra, o  alto  do  pescoço  cinzento  e  o  corpo  par- 
do com  pennas  negras. 

TOUTivANANAS,  crro,  por  Toutivanas.  V. 
Doudivanas. 

TOXICO,  s.  m.  (Lat.  toxicum,  veneno,  do 
Gr.  tôxon,  arco  de  atirar  frechas)  veneno,  pe- 
çonha ;  adj.  que  encerra  veneno,  veneno- 
so. 

TRABAL,  adj.  dosl  g.  (Lat.  trabalis,  de 
trabs,  trave)  Prego  —  ,  de  pregar  traves, 
grande  e  grosso. 

TRABALHADAMENTE,  adv.  {mcnte  siiS.)  com 
írabalho,  laboriosamente. 

Trabalhadeira,  adj.  ou*,  f.  mulher  la- 
borioáa,  amiga  de  trabalhar. 

TRABALHADO,  A,  p.p.  de  trabalhar ;  adj. 
que  empregou  esforço ;  obrado  com  arte, 
feito  com  esforço,  diligencia  ;  cansado,  afa- 
digado  :  posto  em  trabalho,  alllicto,  v.  g. 
—  de  doenças,  da  guerra,  de  necessidades. 
Gente  —  da  fome  efrio.  Vida — ,  cheia  de 
trabalhos,  angustias.  O  cérebro  —  de  atu- 
radas meditações;  —  o  coração  de  scbre- 
saltos. 

Trabalhador,    s.  m.   obreiro,   ganhão ; 

▼01.    IT. 


adj.  dado  ao  tral)alho,  laborioso.  Gente  tra- 
balhadora. 

TRABALHAR,  V.  u.  (ridiculas  são  as  eti- 
mologias que  os  lexicographos  tom  dado  d'e8- 
te  verbo  ;  uns  o  derivam  do  Gr.  í/i/i6d, 
comprimir,  .jpertar,  Lat.  tero,  furar,  rom- 
per ;  outros  áotrabs,  trave.  Creio  que  vem 
do  Lat  terra,  e  laboro,  are,  lavrar,  ou  de 
tribulare,  malhar  o  trigo  ;  (figj  opprimir, 
vexar  ;  de  tribula,  carroça  com  que  os  an- 
tigos Romanos  calcavam  o  trigo  na  eira)  em- 
pregar as  forças  corpóreas  na  execução  de 
obra,  exercício,  lavor  da  agricultura,  das  ar- 
tes, V.  g.  lavrando,  semeando,  colhendo, 
cavando,  serrando  e  preparando  madeira, 
lavraido  os  melses,  etc.  ;  applicar  as  facul- 
dades intellectuaes  4  execução  de  obras  do 
engenho  —  por  conseguir  ;  —em  corrom- 
per. Os  antigos  supprimiam  muitas  vezes  as 
preposições,  dizendo:  «  Trafea //lei  expri- 
mir. »  Mousinho.  «  Trabalha  corromper  o 
bom,  »  Ulis.  «  Tra6a//igi  de  mostrar,  »  Bar- 
ros. — ,  lidar.  —  o  navio  na  termenta, 
Jogar  de  popa  á  proa,  ou  de  um  ao  outro 
bordo. 

TRABALHAR,  V.  a  lavrar,  por  em  obra, 
V.  g.  —  os  metaes.  —  o  cavallo,  fazê-lo 
manejar,  alguém,  darem  que  entender. — , 
(fig.)  diligenciar,  precurar.  — se,  v.  r.  (ant ) 
dar-se  trabalho  por  conseguir  alguma  cou- 
sa. «  Me  trabalhasse  logo  de  ajuntar  e  es- 
crever os  feitos.  »  Barros  «  Atormentar-se, 
e  — se  pola  partida.  >  Costa  Terenc. 

TRABALHO,  5.  w».  (Fr.  travail)  exercicio 
corpóreo,  rústico  ou  mechanico;  ffig. ) 
obra,  fructo  d'este  exercicio:  — do  enten- 
dimento. — ,  (fig.)  a  diíTiculdade,  o  incom-- 
modo  do  esforço  corpóreo  ;  cousa  que  in- 
commoda,  afflige  o  corpo  ou  o  espirito.  Não 
perdoei  — ,  ou  não  poupei  o  — .  —  do 
parto,  as  dores  da  mulher  no  acto  de  pa- 
rir. 

TRABALHOSAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  com 
trabalho,  com  difliculdade. 

TRABALHOSISSIMAMKNTB,     odv.     SUpevl.     de 

trabalhosamente. 

TRABALHOSÍSSIMO,  A,  adj.  supevl.  do  tra- 
balhoso. 

TRABALHOSO,  A,  adj.  (des.  oso)  (jue  dá 
trabalho,  cansativo,  molesto.  Exercicio  — . 
Vida  — .  — ,  em  que  ha  trabalhos  :  tempos 
— s.  Homem  —  de  condiçáo,  forte,  áspe- 
ro, diíiicil.  Annos — ,  os  da  velhice,  cheios 
de  incommodos.  «  A  fortaleza  estava  muito 
— ,  e  tinha  todos  os  dias  grandes  rebates, 
e  assaltos  do  inimigo.  »  Couto. 

TRABEA,    S.   f.    eTRABEO,    *.   m.    (Lat.    ífO- 

bea)  roupa  ou  toga  romana,  usada  pelos  côn- 
sules e  augures. 

TRABOLHAR,  (ant.)  V.  Trabalhar. 

TRABUCADO,  A,  f.  p.  de  trabucar ;  adj.  ba- 
182 


736 


T9Á 


UUí 


ti(}o  com  trabuco;  trabalhado  muito  ecom 
estrondo. 

TBA8UCAD0R,  í-  w.  O  que  traUuca,  lida- 
dor, trabalhador  ;  adj.  que  trabuca. 

JRABLCAR,  V.  Q.  [irabuco,  ar  dos.  inf.) 
bater  com  o  trabuco;  era  sentido  abs.,  tra- 
balhar muito  e  com  estrondo.  —  uma  ern- 
barcaçãOy  fa?e-]a  voltar. 

TRABUCO,  s.  m.  (voz  inailâtiva)  machina 
bellica  antiga  com  que  se  lançavam  pedras 
contra  as  praças. 

TBABUQUETE,  s.  m.  diminut.  de  trabu- 
co. 

trabuzana,  s.  f  (cbul.)  tormenta. 

traca-arteria.  V.  Trachea. 

TRAÇA,  «.  f.  (do  Gr.  trox,  verme)  bicho 
qac5  roe  a  roupa,  o  papel,  os  livros. 

TBAÇA,  s.  f.  (de  traçar,  delinear)  planta 
rascunho,  plano.  Ás  — s,  resto,  vestígios. 
— ,  ^ig.)  meio,  industria,  «  Deu  —  como 
se  tomaria  a  foríaltza.  »  A  esta — .»  d'este 
modo,  neste  gosto,  neste  estj'lo.  Arraes. 

TRAÇADO,  A,  p.  p.  de  tfaçar  ;  a^j.  debu- 
xado, delineado,  projectado;  roido  da  tra- 
ça. 

TRAÇADO,  é  usual  ipOT  terçado,  #.  ;  p.  p. 
de  terçar,  a  '.apa. 

TRAÇADOR,  s.  m.  O  quG  traça,  debuxa, 
projecta;  adj  que  traça,  machina,  v.g.—r 
de  mortes,  enganos. 

tracaliiaz.  V.  Iracanaz. 

TRACAKAZ,  s.  m.  (do  Gr.  irógô,  comer, 
roer)  pedaço,  v.  §.  um  — de  pão. 

TRAÇÃo,  s.  m.  augment,  (ant.)  de  traço. 
—  do  rosto,  forma,  perfil. 

TRAçlo,  s.m.  (ant )  pedaço,  v.g.  — da 
haste  de  lança. 

TRAÇAR,  V,  a.  (Fr.  t  acer  do  Lat.  traho, 
ere,  tirar,  puxar),  delinear,  dar  traços,  v, 
y.  —  debuxo,  planta,  obra,  [ediíicio.  —  um 
ardil  na  guerra,  a  ruina  d(  oulreíij,  pro^- 
jector.  —  a  cspa,  tcmar-lheas  pontas  de- 
baixo do  brâÇQ,  ou  cFiVolver  ntlla  o  braço 
e  cobrir  o  peito. 

TRAç^íjí,  V.  a.  [àiò  traça,  bicho),  roer  co- 
mo 8  traça  ;  (íjg  )  «  cuidados  que  traçam  a 
alma  suidamente,  »  atormentam. 

TRACÇÃO,  *■  /  (Fr.  traction),  (t.  de  mech.), 
acção  da  força  motri»  pela  qual  um  corpo 
é  altrahido  para  o  ponto  onde  resida  a  po- 
tencia. Linha  .de  ^-^. 

TRACHEA,  s.  f.  (©  í/l  sôa Í  :  Lât.'áoGr. 
trakliys^  aapero),  (t.  cnr.t.),  cíual  canlilagi- 
noso  que  conduz  do  lar>í)x  aos  bfonchios 
e  bofe. 

TRACHEOTOMiA,  *•  /•  (í/flcka,  e>Gr  Umn^, 
cortar),  (t.  air.),,  inoisÂo  da  trachea, 

TíiACBfloiio,  í.  m.  (mfvsm/j  rad.  que  Tw- 
chta),  ft  cir.),  aspereza  doítiro  das  pesta- 
nas como  |rtta5-(^  milho. 


TRÁCIO.  V.  Thracio. 

TRACiSTA,  s.  dos  2  g.  (des.  Uta),  peçsoi 
que  dá  traças,  que  machina,  inventor  de 
alvitres  para  conseguir  alguma  cousa. 

TRAÇO,  s.  m.  (do  Lat.  traho,  ere,  lev^r, 
conduzir),  linha  traçada  com  a  penua.  Ja- 
pis ou  pincel.  «.  g.  — s  do  desenho,  da 
penna.  — ,  (fig.)  (ant.),  modo,  uso,  cqíIíi- 
me, 

traçom,  (ant.),  V.  'íracçáo. 

traçoo.  Duarte  Nunes  de  Leâi?  o  traz 
por  Treçó, 

tractadO.  V.  Tratado. 

tractar,  V.  a.  (Lat.  tractare  )  V.  Tratar. 

tRactavel.  V    Tratavel. 

tracto,  s.  m.  (Lat.  tractus),  região,  es- 
paço de  terreno.  — do  tempo,  decurso  — 
de  missa,  uma  parte  d'elía.  V.  Trato. 

TRACTORIO,  A.  adj.  (des.  ório],  de  trac- 
ção. V.  g.  Linha  — . 

TRADEADO,  A, p.p.  tradfRr ;  adj.  furudo 
com    trad© 

xradear,  V.  a.  [trado,  ar  des.  inf.),  fu- 
rar com  trado, 

tradição,  (Lat.  tradUio,  onis)^  noticia 
de  facto,  transmittida  oralpíente  ou  por  e»- 
cripto  ;  entrega,  acto  de  entregar. 

trado,  s.  m.  (do  Lat  terede,  verme  que 
roe  e  fura  a  madeira.,  de  tero,  cre,  furar,, 
vcrrumão  de  carpinteiro ;  o  buraco  íeito 
cpm  o  trado. 

trâdlcção,  s.  f  (Lat.  traductio,  onis), 
versão  de  uma  hnguagem  em,  outra;  a  obra 
traduzida. 

SYN.  comp.  Traducção,  tersáo.  De  ambos 
estes  modos  se  traslada  d'uma  língua  paia 
ou  ire,  porem  a  versão  é  mais  lilieral,  nm§ 
limitada  aos  giros  próprios  da  língua  origi- 
nal, e  mai5  sujeita  em  seus  meios  ás  regras 
da  couslrucção  analylica ;  a  ti^adueção  re- 
f'jre-s,e  mais  parliQuíarniento  ao  fundo  dos 
pensamentos,  com  msisaítençào  a  prosen- 
ta-los  debaixo  da  íóriafi  quo  rrWhor  eon- 
vem  i  m  a  nova  |lingua,  e  mais  esmerada 
nas  ^xp,ess.pes,  phraso  a  idiolismQsd'eâíla, 
A  arte  cie  traduzir  supppe  a  de  vei  ícr.  A. 
tersão  deve  ser  fiel  e  dera,  oçinservawiô 
alguns  vestígios  da  língua  origina,! ;  a  ír-«- 
ducçãu  deve  ter  meãs  facilidade,  mais  cor- 
recção, e  o  tom  próprio  úi  m&Leráa  dcque 
se  trata,  em  completar  coufocmidado  coai>« 
indplo  do  novo  idioma.  Para  fajer  uma  tfr- 
sap  exacta  ó  necessário  saber  a  signiíicaçôp 
das  palavras  da  liuè.ua  que  í>e  xerU  a  ou- 
tra ;  para  fajzer  uma  boa  tradacção  é  .oe-? 
ce^sanio  saber  a  fund'.  a  índole  das  duas 
linguas. 

traductor,  a,  í.  pessoa  quo  traduz,  ver- 
te vle  uma  lingua  em  oiittu 

TRADLZiDO,  A  ;)  /).  do  traduzir ;  «^v 
verUdp  ,de  uma  língua  era  tfòUl*....       j 


THA 


uT 


TRf 


w 


tbaDuzidor.  V.  Traductor. 

TiiADuziR,  V.  a.  5(Lal.  tradueo,  erc,  tra 
por  trans,  alem,  e  duco,  ne,  levar],  ver- 
ter as  palavras  de  uma  lingua  em  outra ; 
(ant.),  transferir,  levar.  «  —  á  brandura 
os  ânimos  ferozes.  »  Arraes. 

tbakr,  (ant.),  V.    Trahir,   Trazer. 

trAfaco.  V.  Iráfcgo. 

IRAFEGAR,  V.  n.  V,  Trasfegar ^  Udãr. 

TRÁFEGO,  s  m.  (Fr.  trafic.  V.  Tráfico), 
trato  mercantil,  negociar  e  fanicularmea- 
le  com  terras  estrangeiras ;  trato  e  conver- 
sação dos  hoKieDS  ;  lida,  trabalho,  f.  ^.  «o 
—  da  ponle.  »  Vieira. 

THAFKGUEAn,  f.  n.  traficar. 

TRAFEGUEiRo,  5  m.  crro,  por  Irasfoguei- 
ro. 

TKAFiCA.NciA,  5.  f.  iTôio  áo  traficante  ; 
(t.  fam.1,  negocio  fraudulento. 

iraficante,  s.  m.  negociante,  o  que  tem 
trato  mercantil;  (fam.),  homem  frauduloso 

TRAFICAR,  V.  «.  (  trafico,  ar  des.  inf ), 
negociar,  chatinar,  ter  trato  mercantil ;  fa- 
zer iraficancias,  fraudes  em  commercio. 

TRÁFICO,  s.  m.  [?r.  trafic,  áoL&i  trans, 
alem,  e  ejjicio,  ere,  fazer,  conseguir),  trato 
mercantil,   negocio. 

TRaFOGLeiro.  V.  Trasfoguebo. 

TRAO^LiH,  s.  m.  fiucto  de  palmeiras  íyl- 
veslres. 

tragacantho,  s.  ri  (Lai.  tragacantha). 
V.  Alquiíira. 

TRAGADEiRo,  s.  m.  V.  Esofliago 

TRAGADO,  A,  p.  p.  do  tragar  ;  adj .  engu- 
lido,  devorado,  (fig.)  —  das  ondas,  submer- 
gido. 

TRAiADOB,  A,  adJ .  s.  0  quo  traga,  de- 
vora. O  tempo  —  das  cousas,  que  as  con- 
some, destroe.  Fcgo,  incêndio,  chamas,  on- 
das — *. 

TRAGAiTALUO,  s.  m.  impos/o  quB  pagam 
os  pescadores  de  Lisboa. 

TRAGAMENTO,  s.  wi  [mento  snff.),  acção 
de  tragar. 

TRAGAR,  D.  ã.  (do  Gr.  trógô,  comer,  de- 
vorar], engulir  sem  mastigar,  devorar  ;  (fig.) 
consumir,  v.  g.  O  fogo  íra^atudo.  As  on- 
das tragaram  Si  invencível  aroiada.  — ,  (fig  ) 
soffrer  em  silencio,  levar  com  paciência  ;  — 
o  fel  das  tribulações,  as  armagur?s  dos  tra- 
balhos 

TRAGK.  V.  Iraje. 

TRAGEDIA,  <.  f.  (Lat.,  do  Gr.  íro^foí,  bo- 
de,  e  ódè,  canK>,  porque  primitivamente 
um  bode  ou  um  cabrito  era  o  premio  do 
poeta  trágico),  drama  serio  epa:hetico,  que 
tem  de  ordinário  desfecho  funesto,  que  ex- 
cita terror  ou  compaixio  ;  (fig  )  s»cces20  fu- 
nesto. tJ.  ^.  A  —  da  sua  vida,  série  de  suc- 
cessos   infaustos. 

TRAGW,  (ant.)  Y.  Tram, 


TRAGiCAUENFE,  ã^v.  m^ntc  8UÍT.),  de  mo- 
do  tiagico. 

TRÁGICO,  A,  adj.  que  respeita  á  tragedia; 
funesto.  V.  g.  Caso,  successo  — .  Poeta  — , 
compositor  de  tragedias  Homem  — ,  (p  us.), 
a  quem  succedeu  cousa  triste;  funesta. 

TRAGicoMEDiA,  s.  f.  drama  meio  trágico, 
e  meio  cómico  ;  tragedia  entremiada  de  sce- 
nas  cómicas. 

TRAGicOMico,  A,  ãdj.  tragico  entremiado 
de  scf'nas  cómicas,  Actor,  drama  trágico- 
mico. 

TRAGiDO,  A,  p.  p.  de  trazer ;  (obsol.)  T. 
Trazido. 

TRAGiMENTO,  s.  m.  O  acto  de  trazer,  v. 
g,  o  —  de  armas,  procedimento. 

TRAGO,  s,  m.  (de  tragar),  o  que  se  bebe 
de  um  gole  ou  golpe  ;  v.  g  Beber  a  —s. 
— ,  (fig  j  angustia.  O  —  da  morte,  o  acto 
de  a  padecer,  de  expirar. 

TRAGUAR,  (ant.)  V.  Tragar. 

traguinho  e  traguito,  s.  m.  diminui^ 
de  trago,  pequeno   gole. 

TRAniDO,  A,  p.  p.  de  trahir ;  adj.  atrai- 
çoado. , 

trahir,  V.  a.  (Fr.  trahir,  do  Lat.  tra^ 
dere,  de  trans,  alem,  e  ire,  ir),  atraiçoar, 
entregar  aleivosamente  ao  inimigo.  O  sen- 
tido rigoroso  é  fugir  para  o  inimigo. 

traição,  $.  f.  (Fr  trahison],  perfídia, 
entrega  aleivosa,  quebra  aleivosa  da  fé  pro- 
metida e  empenhada.  A  — ,  atraiçoadamen- 
te.  Matar  á  — . 

traído.  V.  Trahido. 

traidor,  a,  5  o  que  fez  traição  ,  que 
trahio,  atraiçoou. 

traidor,  a,  adj.  que  atraiçoou.  O —  pen- 
samento. 

TRAiMENTO,  s.  m.  V    Traição. 

trair.  V.  Trahir. 

traita,  s.  f.  (do  Fr.  íraif,  a r.^^emesso)  aba- 
lada :  —  da  caça. 

TRAiTE,  s.  m  (mesmo  rad.  que  o  prece- 
dente) golpe  de  cardar  là  ou  pannos  Dois 
— s  de  cardos. 

TRAJADO,  A,  p,  p,  4q  trajar ;  adj.  vesti- 
do, ».  g. — á  franceza.  ,g 

TRAJAR,  V.  a.  (talvez  do  Fr  targer,  cp- 
brir-se  de  tarja  ou  broquel)  vestir  certos  es- 
toíTos,  V.  g.  —  sedas.  -  -,  v.  n.  e  — se  r.  r. 
trazer  certo  vestido  ou  certas  rqiipas.  —  á 
franceza,  á  moda. 

TRAJE  oy  TRAJO,  f.^.  0  vcslido  que  al- 
guem  traz  habitualmente,  ou  prp.prio  de  ai;*, 
guma  profissão,  v.g.  em  —  do  marujo,  de 
brahmanc.  Trajos'  caseiros. 

TRAJECTO,  s.m  [toii.  trajectus,  d*^  traji- 
cio,  ere]  passagem  atravessando  porlQ,  rio 
ou  de  costa  a  cesta  .    „ 

TRALHA,  s.   f    ou   TRALBO,    S.  m.    (ÍO  J^f. 

traii^e)  malha.  Uade  de — s  ^miU)  toLudai. 
182  ,  ^v     . 


728 


TRA 


TRA 


Escapar  pela  —  da  rede,  adagio,    diíTicil- 
mente. 

TRALiiADO,  vem  no  Elucidário  por  Trasla- 
do. 

TRALHADO,  A,  p.  p.  d©  tralhaf ;  adj.  pôr 
a  tralha  á  rede. 

TRALHÃo    V.  Taralhão. 

TRALUAR,  V.  a.  tralha,  ar  des.  inf.)  por 
a  tralha  á  rede,  ou  a  corda  que  faz  a  tra- 
lha. 

trallação.  V.  Trasladação. 

tRÃ,  abreviatura  antiga  de  terra. 

TRAMA,  s.  f.  (Lat.  trama)  o  fio  com  que 
se  tece  o  panno,  e  anda  na  lançadeira  por 
entre  os  fios  da  ordidura ;  tecido,  textura  ; 
(fig.)  tramóia,  enredo  — ,  se^^a  mais  gros- 
seira que  os  fabricantes  de  meias  de  seda 
misturam  com  a  melhor  ou  com  o  estam- 
bre.  —  de  peste.  Duarte  Imunes  de  Leão  diz 
que  é  termo  de  origem  portugueza  e  Moraes 
verte  inchaço,  e  cita  Lopes,  (^hron.  de  D. 
João,  Eufr.  e  Camões.  E'  corrupção  do  Lat. 
struma,  alporca,  escrófula. 

TRAMADO,  A,  p.p.  de  tramar;  adj.  teci- 
do. Engano — .  Tinha  —  enganos. 

TRAMADOR,  s.  f».  0  que  trama,  tece :  — 
de  enganos,  de  intrigas. 

trambolhada,  s.  f.  [trambolho,  des.  ada] 
ramal :  «  e  ao  pescoço  traziam  um  grande 
—  de  concnas  vermelhas  do  tamanho  de 
ciscas  de  ostras.  »  Mendes  Pinto,  cap.  73. 

trambolhão,  s.  m.  [trambolho,  des.  ão, 
denotando  o  som  do  baque)  queda  com  rui- 
do,  tombo.  Deu  um  — .  Andar  aos  tram- 
bões,  aos  tombos,  rolando. 

TRAMBOLHO,  *.  m.  (do  Fr.  trone,  tronco, 
e  bloc,  cepo)  cepo  que  se  ata  a  animaes  do- 
mésticos para  que  não  se  afastem  muito  da 
casa  ;  ramal,  v.  g.  —  de  chaves,  enfiada 
d'ellâs  que  se  trazem  á  cinta. 

traMela.  V.  Tacamela. 

tramelaga.  V.  Tremelga. 

tramoçada,  s.  f.  quantidade  de  tramo- 
ços. 

tramoço.  V.  Tremoço. 

tramóia,  s.  f  (de  trama)  trama,  enredo, 
ardil  doloso ;  certa  renda  de  ponto  largo. 
— s  de  theatro,  machinas. 

tramolhada,  s.  f.  por  terra  molhado, 
trã  escripto  em  abreviatura,  por  terra. 

tramontana,  s.  /.  (do  Uai.)  o  vento,  eo 
rumo  do  norte    Perdera — ,  o  norte,  o  go- 
verno, o  rumo ;  metaphora  tirada  da  agu 
lha  de  marear  que  aponta  o  norte 

IRAMONTANO.  V.  Irasmontano. 

tRamontar,  v.n.  [traidor  trans,  e  mon- 
te) pôr-se  atrás  dos  montes.  «Ao  —  do  sol.» 

tramoseiro.  Y.  Iremoreiro. 

TRAMPA,  s.  f.  (do  Fr.  trampois,  agua  em 
que  se  põe  de  molho  peixe  ou  carne  salga- 
da) excremento  grosso,  fétido. 


trampa,  s.  f.  (corrupção  de  trapaça,  do 
¥r.  trompcr,  enganar)  (ant.)  enredo,  fraude, 
burla.  Moraes  manda  ver  trapa,  e  diz  que 
é  o  certo. 

trampão,  ona,  adj.  (de  trampa,  fraude) 
que  usa  de  fraudes,  enganos.  «  Procurado- 
res trampões,  que  enredam  a  justiça,  »  tra- 
paceiros. Vida  doArceb. 

TRAMPEADOR,  A,  adj.  V.  Trampão. 

trampear,  í;.  a.  (tra»n/?a,  engano,  ardes, 
inf.)  fraudar, •^calotear  ;  em  sentido  abs: 
usar  de  enganos,  tr;»pacear. 

TRAMPiSTA,  s.  dos  2  ^f.  V.  Trampão. 

tramposamente,  adv.  [mente  suíf.),  com 
fraude,  dolo,  trapaça. 

TRAMPOSO,  a,  adj.  (des.  oso)t  trapaceiro, 
velhaco  ;  subst.  enredador  no  foro,  rábu- 
la :  «  — s  a  que  as  partes  chamam  procu- 
radores, »  Mendes  Pinto,  cap.  102. 

TRANAR,  V.  a.  (Lat.  tranare  ou  trana- 
tare),  nadar  alem,  atravessar  nadando,  ou 
a  nado. 

TRANCA,  s,  f.  (do  Lat.  trabécula,  dimi- 
nut.  de  trabs,  trave),  travessa  de  páo  com 
que  se  fecha  a  porta  por  dentro  ou  por 
fora;  (fig.)  cousa  que  impede  atravessando- 
se.  Dar  ás  — s,  phr.  chula,  fugir,  correr. 

TRANÇA,  s.  f.  (Fr.  tresse),  cousa  entrela- 
çada, V.  g.  —  decabello,  defiosde  relroz, 
de  fio  de  ouro. 

TRANCADO,  A,  p.  p.  do  troucar ;  adj.íe- 
chado  com  tranca.   Tinha  —  a  porta. 

TRANCAR,  V.  a.  [tranca ,  ar  des.  inf.), 
por  tranca,  fechar  com  tranca  ,  atravessar. 
«  Uma  frecha  desmandada  lhe  trancou  o 
pescoço.  »  Castanh. 

trancarruas,  s.  m.  (comp.)  o  valentão, 
armador.  Cavallo — ,  guinador,  que  dá  gui- 
nadas. 

trancadeira,  s.  f.  fita  de  trançar  o  ca- 
bello. 

TRANÇADO,  A,  p.p.  de  trançar ;  adj.  en- 
trelaçado. Ocabello — .  Trazia  o  cab«llo —. 

TRANÇADO,  s.  m.  (do  precedente)  o  cabei- 
lo  disposto  em  tranças ;  a  fita  que  serve  de 
trançar. 

TRANÇAR,  v.a.  trança,  ar,  des.  inf.)  en- 
trelaçar, V  g.  —  o  cabello,  formar  com 
porções  de  cabello  comprido  tranças, 

TRANCE.  V.  Transi. 

iV.  B.  i«oraes  deriva  este  vocábulo  do  Fr. 
outranse,  a  pezar  da  autoridade  de  Bluteau 
que  dá  a  verdadeira  etymologia  de  transe, 
deriv.  do  verbo  francez  transir.  Deve  por 
tanto  escrever-se  com  s,  e  não  com  c. 

TRANCELiM,  s  m.  trauçado  estreito  de  fios 
de  seda  ou  de  metal 

TRANCINHA,  s.  f.  dxminut.  de  trança,  pe- 
quena trança. 

TRANCO,  s.  m  (Duarte  Wunes  de  Leão 
diz  que  é  vocábulo  de  origem  portugueza, 


TRA 


TRA 


719 


toas  Bluteau  DOta  também  ó  Castelhano 
Covarrubias  não  acertou  todavia  com  a  ety- 
raologia  d'elle.  Vem  do  Fr  tranchée,U»\ 
íracea,  e  por  isso,  na  phrnse  a  troncos  e 
barrancos,  significa,  saltando  valias,  fos- 
sos 8  barrancos),  vallo,  espaço  de  certos 
pés.  — ,  salto  largo  que  o  cavallo  dá  pa- 
rando logo.  r.  (}.  A  ~-g  (barrancos,  aos 
saltos,  depressa  mas  não  seguidamente. 

TRANCOSO,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  si- 
tuada perto  da  nascente  do  rio  Távora,  4  lé- 
guas e  meia  a  O.  de  Pinhel,  7  a  E.  de  Vizeu, 
eb  ao  N.  da  Guarda;  1,300  habitan- 
tes. 

TRANCOSO,  (geogr.)  villa  do  Brazil,  na  pro- 
víncia da  Bahia,  na  comarca  de  Porto-Segu- 
ro,  4  léguas  ao  Sul  da  caber?  d'esta  sobre- 
dita comarca,  assentada  na  margem  d'uma 
pequena  bahia  que  tem  o  mesmo  nome. 

TR  AN  GOLA,  s.  f».  segundo  Bento  Perei- 
ra sigmflca  homem  de  longo  corpo,  magro 
e  doscórado. 

TRANQUA.  V.  Tranca. 

TRANQUEIRA  ,  s.    f.    (Fr.  tranchéc,   ant. 
tranquis],  cerca  de  madeira,  estacada,  pa- 
lissada  para  fortificar  algum  posto  :  v.  g 
—  de  pedra.  Paliar  de  — ,  fora   de  peri- 
go, em  salvo. 

TRANQBEiRO,  s.  tn.  páo  quo  suslem  no 
meio  o  madeiro  que  se  vai  serrar  com  ser- 
ra braçal. 

TRANQUETA,  s.  f.  dimwut.  do  trauca, 
ferro  chato,  que  levantando-seouabaixan- 
do-Sí   abre  e  fecha  porta  ou  janella 

TRANQuiA,  s.  f.  (dcs.  to),  tranqueira, 
cerca  de  páos  em  distancia  uns  dos  outros 
para  atalhar  algum  passo.  Atravessar  o  rio 
com  — ,  estacada  que  impede  a  navega- 
ção. 

TRANQUILHA,  S.    f.    UO  jOgO  doS  pãOS,  é 

o  que  em  uma  das  fileiras  não  faz  angulo, 
e  com  o  qual  se  derribam  poucos  páos  v. 
g.  Levar  as  cousas  por — ,  (fig)por  meios 
indirectos  e  talvez  illegilimos.  — ,  peça  do 
manejo  com  que  se  aperta  o   cavallo. 

ThANQUiLLAMENTE ,  adv.  {mente  suff.), 
com  tranquillidade,  socego  v.  g.  Dormir 
— ,  com  somno  tranquillo 

TRANQUILLIDADE,  s.  f.  (Lat.  tranquUH- 
las,  tis),  estado  tranquillo,  socego,  quie- 
tação ;  V.  g.  — do  animo,  do  espirito,  da 
alma  ;  —  do  mar  immoto,  não  agitado. 

TRANQUILLO,  A,  adj .  (1  at,  tranquUlvs, 
de  trans,  alem,  muito,  e  quies,  socego, 
descanso,  e  ludere,  brinca^',  divertir  go- 
zar), quieto,  socegado.  O  coração,  e  ani- 
mo — .  Vida —,  não  agitada  por  trabalhos, 
cuidados. 

TRANS,  prep.  latina  que  entra  na  com- 
posição de  muitas  palavras  e  significa  alem, 
em  Sanscrit.  tra.  Deriva-se  de  itnm   sup. 

TOfc.    IV. 


de  eo,  ire,  ir,  d'onde  vera  íambem  iter^ 
caminho,  e  de  nans,  p.  a.  de  no  are,  na- 
dar Signiíica  propriamente  passagem  a 
uado  (de  uma  borda  do  rio  á  oulra).  Mui- 
tas vezes  se  contraheera  trás,  v.  g.  tras- 
bordar por  transbordar,  traspôr  por  trans- 
por. 

TRANSACÇÃO,  s.  f.  (Lat.  transactio.  onis). 
convenção,  ajuste  entre  litigantes  pelo  qual 
põem  termo  á  contestação  ;  contracto,  ajus  • 
te 

TRANSACTOR,  s.  m.  (Lat ),  o  que  faz 
transacção. 

TRANSBORDAR,  é  correcto,  mas  por  us», 
V.  Trasbordar. 

TRANSCENDÊNCIA,  s  /*.  soVopujança,  su- 
perioridaue  em  qualidade  ;  (fig.)  superio- 
dade  de  intelligencia,  de  penetração,  de 
virtude.  A  —  da  questão,  a  superior  im- 
portância. 

TRANSCENDENTAL,  adj.  dos  t  g.  trans- 
cendente Na  metaphysica  de  Kant  deno- 
ta superior  transcendência. 

TRANSCENDENTALMENIE,  ttdv.  (meníesuff), 

de  modo  transcendental 

TRANSCENDENTE,  adj.  dos  1  g.  (Lat. 
transcendens,  tis,  p.  a.  transcendo,  ere), 
que  sobrepuja,  de  superior  excellencia, 
sublimado;  mui  subtil,  v.  g.  Engenho — , 
que  se  avantaja  em  compreensão,  em  intel- 
ligencia. Arithemetica,  philosophia  — ,  a 
mais  subida,  subtil. 

TRANSCENDER,  13.  O.  (Lat  transccndo,  ere, 
subir),  exceder  muito,  abranger  com  o  espi- 
rito ;  V.  g.  —  com  a  compreensão,  pene- 
trar, —  os  segredos  divinos.  Defeitos  que 
transcendem  a  todos,  em  sentido  abs.,  se 
agrangem,  se  avantajão. 

TRANSCOLAÇÃO,  s.  f.  c  9cto  de  coar,  fil- 
tração. 

TRANscoLAR,  V.  71.  (Lat.  trans,  atravez, 
e  colo,  are,  coar),  coar,  filtrar  pelos  po- 
ros, exsudar. 

TRANSCREVEDOR.    V.    CoplStã. 

TRANSCREVER,  ♦?.  a.  (com  ),  trasladar, 
copiar. 

TRASNCRiPTO,  A,  p.  p  de  trauscrover;  adj. 
copiado;  subs.,  p.  g.um  — ,  copia. 

TRANscuRSAR,  tp.  a.  (cofflp  ),  passar  alom 
de  um  termo,  transpor. 

TRANSE,  s.  m.  (do  Fr.  transe  de  íran- 
sir.  enregelar,  fazer  dormente  com  frio), 
aperto,  pressa  na  guerra  e  facção  arrisca- 
da;  angustia,  afflicção,  adversidade  ;  ago- 
nia. — s,  desmaios;  raptos,  êxtases.  O  ul- 
timo —  da  vida,  agonia.  — ,  duello,  qui 
se  fazia  por  ostentação  de  valor.  v.  g.  Com- 
bater-se  a  todo  — ,  até  á  morte. 

TRANSEFFUSÃo.    V.  Transfusão.  ^ 

TRANSKUNTB,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  tran- 
siens,  euntis,  p.  a.  de  transeo,  ire,  passar 
183 


I 


TâO 


l?ft& 


Tai 


alem),  (t.  philos.),  que  passa,  não  perma- 
nente;  v.  g.  AcQko,  paixâo  — . 

TRANSFERENCIA,  s.  f.  DQudança,  pasãft- 
gem. 

TRANSFERIDO,  A,  p.p.  de  trauferir ,' «cí/. 
uiudado  de  um  lugar  a  outro,  espaçado, 
diíferido. 

TRANSFERIDOR,  s.  m.  instruojenlo  geo- 
métrico ;  é  um  semicírculo  dividido  em 
cento  e  oitenta  gráos. 

TRANSFERIR,  V.  tt.  {hâ\.  tfansfero,  rre : 
trãns,  alem,  e  ferre,  levar),  mudar  de  um 
lugar  a  outro  ;  passar,  transpassar  a  outra 
pessoa  ;  dilatar,  espaçar  para  outro  tempo. 
—  as  palavras,  dar-lhes  sentido  trsnslato, 
metaphorico.  v.  g.  [Trans ferio  o  tribunal 
para  outra  cidade. 

SYN.  comp.  Transferir ,  transportar. 
Transferir  suppõe  moviíuenlo  d'ura  lugar 
para  outro,  ou  mudança  d'um  tempo  para 
Outro  ;  traúsportar  suppõe  uma  acção  ma- 
terial que  acompanha  o  movimento.  Mui- 
tas cousas  se  transferem  que  não  se  trans^ 
portam.  A  côríe,  um  tribunal,  tudo  que 
é  pessoal,  transfere-se  duma  cidade  para 
outra,  etc. ,  transportom-se  os  moveis,  os 
archivos,  etc.  Os  navios  transportam,  tmns- 
ferem  as  mercadorias.  Trans ferern-se  es 
lestas,  8S  sessões  pafa  oaíro  dia  ou  outra 
época,  e  não  so  transporiam. 

D'8qui  vem  qn%  transferir  sósedizcoffi 
oropriedade  das  pessoas,  sem  relação  a  seu 
peso,  nem  volume ;  e  transportar ,  dos 
corpos,  com  reiaçã®  a  seu  volume  e  peso. 

TRANSFIGURAÇÃO,    S     f.   (L8t.     transfííjU- 

ratio,  onis),  mudança  d^e  íigura,  o  tomar, 
outra.  V.  g.  A.  —  de  Jesus  no  Tábor. 

SYN.  comp.  Tran figuração,  transpotta- 
fão.  Sendo  a  trans fiynração  a  mudança 
d'uma  figura  em  outra,  e  a  transforma- 
ção a  mudança  d'uma  forma  em  outra  , 
haverá  por  tanto  entre  estes  dous  termos 
uma  diífereiíça  análoga  á  que  notámos 
naquelles.  A  primeira  encerra  mudança 
na  figura,  no  aspecto, na  apparencia  ex- 
terna do  objecto  transfigurado  ,  mas  é 
de  ordinário  transitória ;  a  segunda  é 
a  mudança  na  forma ,  na  construcção, 
n«  organisação  do  objecto  transformado, 
e  como  tal  permsnente  e  durável.  «  Trans 
figurou-se  Lhristo  no  Thabor  ,  diz  Viei- 
I  a ,  e  não  parou  .-  transfiguração  na 
sagrada  humanidade ,  mas  d'eila  tras- 
bordou, redundou  nas  roupas  de  que  es- 
lava vestido.  O  rosto  resj^lanclecente  como 
coroítdo  do  sol,  as  vestiduras  brencas  co- 
mo tecidas  de  neve  (Vil,  ?.(»-.),  »  Foi  tran- 
sitória, como  se  saise,  esla  tBud«nça,  não 
assim  a  da  mulher  de  Lot,  q«c  peideu  o 
ser  humano,  e  se  transformou  para  sem- 
pre em  estatua  petrefica^a.  D'e*te  género 


são  igualmente  &s  trans fer mações  fabulo^ 
sas,  a  que  se  dá  o  nome  áemêtamorpko^ 
ses,  e  de  qae  mui  poeticamente  escreveu 
Ovídio. 

TRANSFIGURADO,  A.  p.  p.  do  trans»gu-< 
rar ;  adj.  que  mudou  a  figura,  cujo  aspe* 
cta  mudou.  v.  g.  —  e  demudado  coi» 
a  doença, 

TRANSFIGURAR,  V.  ã.  (Lat.  tranflgur^, 
are],  mudar  a  figura,  fazer  tomar  outra 
figura  ou  aspecto,  transformar,  v,  g.  — 
em  si  a  imagem  de  rei,  querer  imita -lo, 
usurpando  talvez  os  poderes.  Vieiía.  — se, 
V.  r.  tomar  outra  figura,  Tranfignrou-se 
Lhristo  no  Tabor. 

TRANSFixÃo,  s.  f.  (do  Lat.  transfigo , 
ere,  de  trans,  a  travez,  e  figere,  cravar, 
peneirar),  acto  de  ferir  penetrando,  d^ 
traspassar  com  espada  ou  arma  penetran- 
te. 

TRANSFORMAÇÃO,  s.  f.  (Lat-  transf&rmã^ 
tio,  enis),  o  acto  de  transformar  ou  de  ser 
transformado,  metamorphose,  mudança  de 
forma. 

TRANSFORMADO,  A,  p.  p.  d®  transformar; 
adj.  que  mudou  de  l<kma,  foetamorplio- 
sefido. 

TRANSFORMADOtt,  A,  ãdj .  s.  quc  iransfor* 
ma.  V.  g.  O  tempo  —  de  tudíf. 

TRANSFORMASTE,  adj.  éos^g,  (Lat.  trans^ 
formans,  tis,  p.  a.  de  transforma,  are), 
que  transforma. 

TRANSFORMAR,  V  d.  (Lat.  transfoimo, 
are,  trans,  alem,  e  ferrnare),  níudar  a  for- 
ma, metamorphosear.  — se,  v.  r.  tomar 
nova  forma ;  (fig.)  —  o  amador  na  cousa 
amada,  revestir-se   d«  seus  sentimentos. 

TRANSFORMATívo,  A,  adj.  que  tcm  a  vir-» 
tude  (ie  transformar. 

TRANSFRETANO,  A,  adj.  (do  Lat.  tranfre- 
tare,  trans,  alera,  e/Veít^m,  braço  domar), 
d'8lem  do  estreito  de  Gibraltar.* 

TRAxNSFUGA,  s.  dos  2  ^.  (pron.  a  primei- 
ra accentuada  :  Lât.),  o  desertor. 

TRANSFUGUEiRO.  V.  Trasfoguetto. 

TRANSFUNDIDO,  A,  p.  p.  d«  traasfund-ir  ; 
adj.  transvasado,  derramado  de  «m  vaso 
em  outro. 

TRANSFUNDIR,  V.  a.  (Lat.  transfundere. 
trans,  alem,  e  fundo,  ere,  vasarj,  verter 
um  liquido  de  um  lado  cm  outro  ;  (fig.) 
derramar. 

TRANSFUSÃO,  s.  f.  [hài.  transfu9Ío,  onis], 
acto  de  transfundir,  ou  de  ser  transfundi- 
do, v.  g.  A  —  dt)  sangue,  injecçãe  de 
homem  ou  animal  vivo  nfls  reií»*  de  outre. 

TRANSGRíDíoe,  A,  p.  p.  de  lransf:refin'  ; 

TRANSGREDIR,  V.  a.  (Lat.  transgi^diwr , 
i,  tranSi  alet»,  e  gradioi\  andar,  cami- 
nhai^, passai"  alem  dos  limitas ;  t?.  g.  —  as 
leis,  os  preceitos,  quebrantar,  violar. 


TRA 


TRA 


TftASSGavssÃo,  s,  f.  (Lat.  trantgretiot 
onis),  acto  de  transgredir,  quebrantamento. 
V.  y.   —  da  lei,   dos  preceitos. 

TiUNSGRussoR,  s.  m.  (í  at.),  quebranta- 
dor,  o  que  transgredio. 

THASsiçio,  s  f.  (L,at.  ^raH»ilio,  ohm), 
passagem  no  discurso  de  iim  asiumpto  p^ra 
oulro 

TRANsiuo,  A,  adj.  (fff«  ^fansi},  pas9ado, 
esmorecido  de  susto,  dor,  paixào  ;  (anU, 
daausado.  t 

THAMSifiNTK,  ac/y'.  dos2y.  {l»i.  transiens, 
euntis,  p.  a.  de  iranteo,  ire],  que  passa, 
passageiro. 

TRANsiGiH,  V.  }i.  (L^t.  írausigire,  j.  a 
troíM,  alem,  o  a§o,  $rê,  fazer),  fazer  trans- 
ação, ajuste  ;  cm  sentido  «clivo,  compor  por 
tiansacçào;  v.  g,  —  demanda,  olitjgio.  P. 
p.    iansigido. 

THAKsiTtVAiisNTE,  adj.  (inêtite  suff),  de 
modo  transitivo,  de  passagem,  por  tra»si- 
ção.  V.  g.  Usar  os  verbos  — ,  adi  vãmen- 
te. 

TRANSITIVO,  A,  adj.  (t.  gram.)  Sentido 
—  do  verbo,  activo,  que  tem  paciente. 

TRANSITO,  s.  m.  (pron.  o  acceato  na  pri- 
meira :  Lai.  transiius),  passagem,  espaço 
entre  as  bordas  de  um  rio  ou  a  travéz  bra- 
ço do  mar ;  (íig.)  mudança  de  um  lugar  a 
onlro ;  passamenU),    BSorte. 

TKANSiTOBiA)if.«TE,  adv.  {mtnU  suíT.),  áe 
paisagem,    lem  loaga  duração. 

TRANSITÓRIO,  A,  tidj .  {l»i.  tranÂÍtm'iuê], 
que  dura  |>ou60,  que  pa»&«  prompio,  não 
perraanenie. 

THANsr.AÇÃo,  s.  f.  {L*i.  translaiw,  onis], 
acção  de  transferir;  traducção,  melapbora. 

TfiANSLATíC  0,  A,  adj.  [Lit. translatitiii?], 
n.etnphorico,  Iranslato,  figurado,  v.  g.  Sen- 
tido — . 

TRANSLATO,  A,  adj.[Ln.  t>'aHslatus),  me- 
taphorico.  r    g.  Sentido  — . 

TBAKsUíCiDO,  A,  adj.  (L^t.  íra»Mlujcidus), 
transpareole,  que  4á  paísageniá  Inz;e.  0. 
Vidro  — . 

TRANSLL)i|B»Aiio.  Deslumbradt. 

ini^SLun^iAB,  V.  Cl.  Deslumbrar. 

TRANSLUZENTE,    «(//.    (foí  2  5r.  tf«íl»luOÍ49, 

que  transluz. 

TUANSLLZIHBaiQ  .    S.     m.     [MUniíi    Suií.)  , 

transparência r  di«pbao«i(ííide,  o  transluzir. 

TUANSLLaiB,    V      H.    (ep^p.),    &er   IfUBS^^- 

rente,  ui<if;hano  ;  ajipai-eceí  4j  ialejior  de 
cousa  ou  feaso*.  «.  §,  Tramiuziã-lMe  no 
rosto  o  j^ubik»  46  wh*^,  'iramlnz  o  co- 
ral debajKO  da«  oadds  i?ftlavras  eoa  que 
tramiuz  «  (^erúdia,  a  fii«ii«ia,.  ou  a  bofi- 
dade.  7Yar?.s/Mzt'aí?»  indícios  dn  oíicajJta  ttn- 
ção. 

TBAMMARim).  V.  IJliramariiU), 

TRANSMRAVFL,    odj.dos    ^   g.  (Úl     íffi^»*- 


miabilis)^  (t.  med.],  que  pode  transpirar,  ou 
passar  pelos  poros  do  corpo. 

TRANSMIGRAÇÃO,*,  f  [\M.  íransmigrotio, 
onis],  passagem  do  uma  região  para  ou- 
tra V.  g.  —  das  almas,  de  ijmcQrpoiEor- 
to  para  outro  vivo. 

TRANSHiGHADO,  A,  p.  p.  de  transmigrar ; 
adj.  que  emigrou,  pafsou  de  uma  terr^ 
para  outra. 

TRANSMiGBADOR,  .?.  m.  Lat.  transmigrç,- 
íor),  o  que  transmigre. 

THANSMiGBAB,  V.  f».  (Lflt.  transmigrare, 
trans,  alem,  e  migrare,  emigrar),  emigrar 
de  uma  região  para  outra  (íig.)  —  a  indus- 
tria, o  commercio,  passar  para  outra  ter- 
ra ;  —  a  alma,  passar  de  um  corpo  mor- 
to para  outro  vivo.  — se,  v.  r.  mudar-se, 
deixar  um  sitio  para  outro. 

TRANSMIGRAR,  V.  tt.  (p.  us.),  fazer  mu- 
dar de  assento  ou  domicilio.  «  Acabou  de 
os  — ,  »  os  judeus  das  dez  tribus,  Tieira. 

TR4NSM5SSÃ0,  5.  /.  (Lnt.  trausmissio,  onisi 
acto  de  transmittir.  ' 

TRANS...ISS1VEL,  adj.  dos2g.  que  se  pode 
transmittir  ou  ceder  a  outra  pessoa. 

TRANSMiTTiDO,  A,  p.  p.  do  tránsmittif ; 
adj.  communrcado. 

TRANSMITTIR,  v.  a.  (Lal.  transmittere, 
trans,  alem,  emittere,  enviar)  deixar  pas- 
sar alem.  O  vidro  cos  corpos  transparentes 
trarumittem  a  luz.  — ,  enviar,  participar, 
V.  g. — ordens,  despachos. 

TRAasiw.NTADO,  A.  p.  p.  de  transmontar, 
adj.  passado  por  cima  do  monte  ;  (íig.)  alto, 
elevado  oa  gráo. 

TBAijsiior^TAR,  V.  G.  (comp.)  passar  por 
cima  do  mente;  (íig)  exceder  muito.  — se 
o  sol,  pôr-se  — ,  em  s-  ntido,  abs.  ou  n., 
fugir,  úeaai  parecer. 

iR.UíiMUpAçÃo,  «.  /.  iLf?t,  transmulalio, 
onis]  traspassação,  alhearão  da  cousa  a  ou 
trero ;  transformaçrio. 

TRANSMUDADO,  A,  p  p.  (Id  traflsmudar ; 
adj.  traspassado,  transfortuado. 

TRANSJÍUOAMENTO,    í.    Í7».  {mcntO   SUff.)   p. 

us.)  poí^âgetn   da  gousíí  a  outra  mão,  do- 
mia\i) ;  trmiPin-àGíki). 

TRANSMUDAR ,  V.  tt.  (La],  trãnsmutare, 
irans,  alem,  %  mui  are,  mudar)  traspassara 
cousa  a  outra  mã^,  po^cr,  ^sf^uidor  ;  trans  • 
íwmaí,  V.  g-  —  00  meirics;  — os  bens  em 
males. 

iBAMSMiJTAÇÃo,  5.  f    (  fil   transmutalio, 
quis]  ijji|i«nça  de  lupr  ;  transformação  de 
I  u<na  ^oa^  em  ^ulra.  Os  alquimistas  acre- 
ditavam na  —  dos  corpos 

TBAKsmjTADO,  A,  P.  p.  lo  trausmutar  ; 
;  adj.  iraa&íoriaado. 

j      TBÀWSM4JTAÍI,  V.  O.  (-.aí.  tfausihulo,  are, 
trans,  aifoj,  e  wiiiiar«,  anular)  mudar  para 
'  outro  lugaf  ;  transíorirjar  (eín  cousa  deon- 
18i  . 


733! 


m 


TRA 


tra  natureza  .  —  os  aliraenloá  em  chylo  i 
—  o  apostema,  faze-lo  desapparecer. 

TRANSMUTATivo,  A,  ãdj .  que  tem  virtude 
de  transmutar. 

TRANSMUTAVEL,  ttdj ,  dos  2  Q.  (des.  ttvel) 
que  se  pôde  transmutar. 

TRANSNADAU ,  V.  ã.  (Lat.  transnãlare, 
trans,  alem,  e  nataie,  nadar)  atravessar  a 
nado,  V.  g.  —  o  rio  — ,  transportar  por 
agua,  pessoa,  animaes,  ou  cousas. 

TRANSNOMiNAçÃo,  s.  f.  (Lat.  transnomi- 
natio,  onis)  uso  transl«to  das  palavras. 

TRANSORDiNARio,  A,  adj .  superior  ao  or- 
dinário. 

TRANSt»ADANO,  A,  adj.  (Lat.  transpadanus) 
d'alem  do  Pó,  rio  de  Itália    em  Lat.  Padus. 

TRANSPARECER,  V.  íi.  (Lat.  transpavere) 
transluzir. 

TRANSPARÊNCIA,  s.  f.  qualidsde  de  ser 
transparente,  diaphaneidade.  A  —  do  vi- 
dro. 

TRANSPARENTE,  adj.  do.i^g.  [L^i.  tv  anu - 
parens,  tis)  diaphano,  que  deixa  pássaros 
raios  de  luz. 

TRANSPIRAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  transpiratio, 
onis)  passagem  do  humor  pelos  poros  do 
corpo.  A  —  insensível. 

SvN.comp,  Transpiração,  suor.  Trans- 
piração é  a  exhalação  insensível  dos  humo- 
ros  pelos  poros  Io  corpo;  suor  é  esta  mes- 
ma exhalação,  mas  abundante,  copiosa.  A 
transpiração,  maior  ou  menor,  é  perma- 
nente nos  animaes ;  o  suor  é  resultado  do 
calor,  do  exercício,  do  trabalho  corporal  ou 
de  remédios  sudoríficos.  A  transpire çâo  é 
invisível;  o  suor  cai  em  bagas,  ou  gotas  vi- 
síveis, da  fronte,  ou  sai  pelos  poros  dapelle 
em  todo  o  corpo. 

TRANSPIRADEIRO,  S.  Wl    (p.  US.)    pÓrO,    Ofi- 

ficio  subtil  da  pelle  por  onde  se  opera  a  trans- 
piração. 

TRANSPIRADO,  A,  p.  p.  de  transpirar ;  adj. 
que  transpirou  O  suor  — .  O  segredo  — , 
(fig.)  que  se  divulgou. 

TRANSPIRAR,  V.  a.  (Lat.  transpiro,  are, 
trans,  a  travéz,  e  spiro,  are,  respirar)  exha- 
lar  pelos  poros  ;  em  sentido  abs.  efig.  di- 
vulgar-se,  v.  g.  —  a  noticia. 

TRANSPiRAVEL,  odj  dos  2  g.  (des  avel) 
susceptível  de  ser  exhalado  pelos  poros  do 
corpo.  Matéria  — ,  que  pode  sahir  pela  trans- 
piração. 

TRANSPLANTAÇÃO,  s.  f.  acção  de  transplan- 
tar ou  de  ser  transplantado.  Diz-se  (fig  ) 
das  pessoas,  e  das  instituições,  da  industria, 
artes,  etc. 

TRANSPLANTADO,  A,  p  p.  de  transplantar; 
adj.  mudado  do  terreno  em  que  estava  plan- 
tado para  outro;  (fig  )  Gente,  doutrina  - 
do  oriente  para  o  occidente. 

TRAWSPLANTADOR, «.  m.  O  quB  transplanta 


TRANSPLANTAR,  v.a.  (comp.)mudar  a  plan- 
ta com  as  suas  raizes  do  terreno  em  que 
está  plantada  para  outro  lugar ;  (fig.)  —  gen- 
te, costumes,  doutrina,  artes,  instituições 
de  uma  região  para  outra.  —  doenças,  ino- 
culâ-las.  — SE,  V.  r.  mudar  de  assento,  de 
lugar,  residência. 

TRANSPLANTATORio,  A,  adj.  (des.  &rio) 
(med.)  que  tem  virtude  de  transplantar  doen- 
ças, virus. 

TRANSPOR,  V.  a.  (Lat.    transponere)  pôr 
alem,  transferir.  — se  o  sol,  pôr-sealemdo 
nonte  que  no-lo  encobre. 

TRANSPORTAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  transpõttatio , 
onis)  acção  de  transportar,  de  conduzir,  le- 
var de  um  lugar  para  outro  ;  (fig.)  êxtase 
arrebatamento,  enlevo 

TRANSPORTADO,  A,  p  p.  dft  trausportaf  ; 
adj.  levado,  conduzido  de  um  lugar  para 
outro  ;  (fig.)  absorto,  enlevado,  arrebatado, 
extático.  Rosto  — ,  que  denota  este  estado 
do  animo. 

TRANSPORTAMENTo,  s.  m.  (p.  us.)  transpof- 
te,  êxtase,  enlevo. 

TRANSPORTAR,  ^.  a.  (L»t.  trãnsportarc, 
trans,  alem,  eportare,  levar)  levar  de  um 
logar  para  outro,  cg.  —  mercadorias,  gé- 
neros, gente,  animaes;  (fig.)  fazer  sahir  de 
si,  do  siso,  fazer  perder  ossentidís.  —  al- 
guém para  o  lugar  de  desterro.  — sk.  v.r. 
ficar  transido,  enlevado,  extasiado,  arreba- 
tado; sentir-se  possuído  de  paixão,  v.  g. 
de  prazer,  jubilo,  medo,  susto. 

Moraes  interpreta  transportar  levar  fora 
do  porto,  cuidado  sem  duvida  que  o  radi- 
cal é  porto,  quando  é  ptrta  Lat.,  que  si- 
gnifica passagem,  enlrada.  Transportare  em 
Lat,  diz-se  tanto  de  t  ondução  por  terra 
como  por  mar. 

TRANSPORTE,  s.m  O  acto  de  transportar, 
ou  de  exportar.  Navios  de  — ,  de  carga. 
Carros  de—.  — ,  (fig)  êxtase,  enlevo,  ar- 
rebatamento ;  perturbação  súbita  causada 
por  paixão.  —  de  humor  morbifico,  (phr. 
med.)  melástase.  —  de  conta,  parcellaf  o 
passa  la  de  um  livro  para  outro,  ou  con- 
tinuação d'ella  de  uma  columna  ou  pagina 
para  a  immediata. 

TRANSPOSIÇÃO,  s.  f.  (Lai.  transpositio, 
onis)  acto  de  transpor,  «u  de  ser  transposto. 

TRANSPOSTO,  A,  p.  p.  de  trauspóf ;  adj. 
mudado  de  um  lugar  para  o  outro. 

TRANssuRSTANciAçÃo  ,  s.  f.  mudança  , 
transformação  de  uma  substancia  em  outra 
a  que  na  eucharistia  se  faz  do  pão,  vinho 
e  agua  em  o  corpo,  sangue,  alma  e  divin- 
dade de  Jesu-thristo,  .segundo  a  crença  dos 
catholicos. 

TRANSSURSTANCiADO,  A,  p.  p.  de  traus- 
substanciar;  adj.  mudado  em  outra  sub- 
stancia. Pào  —  em  Deus. 


TRA 


TRA 


733 


TRANSSUBSTANCiAL,  ãdj,  dos  2  g.  que  88 
muda  totalmente  em  outra  substancia. 

TRANSsuBSTANCiAR,  V,  a.  (comp.)  couver- 
ter,  transformar  uma  substancia  em  outra. 
€  Christo  transsubstanciado  o  pão  o  vinho 
em  seu  verdadeiro  corpo  e  sangue.  »  — se, 
V,  r.  converter-se  uma  substancia  em  ou- 
tra. 

transsudaçáo,  s.  f.  a  expulsão  por  suor; 
a  matéria  que  sahe  pelos  poros  da  pelle 
ou  de  membrana. 

trawssudado,  a,  p.  p  de  transsudar ;  adj. 
que  passou  a  travéz  os  poros 

TRANSSUDAR.  V.  n.  (Lat.  trans,  e  sudo, 
ate,  suar)  passar  a  travóz  os  poros,  sahir 
pelos  poros 

1RANSTAGAN0,  A,  adj.  {tvans,  e  Lat.  Ta- 
gus,  o  rio  Tejo)  de  alem  do  Tejo,  Alemte- 
jo. 

TRANSTORNADO.  V.  Trãstomado. 

Transtornar    T.  Trçstoinar. 

TRANSTRAVADO,  A,  adj.  Cavallo  — ,  que 
tem  o  pé  direito  e  ambas  as  mãos  brancas; 
outros  dizem  irastavado. 

TRANSTROCAB,  V.  a.  (comp.)  (p.  us,)  tro- 
car,  dar  em  troca,  mudar,  converter  em  ou- 
tra cousa. 

TRANSUMPTO,  íf.w.  (do  Lat   transumpíum. 
sup  de  transumere)  copia,  traslado  ;  retra- 
to. «  Deixaram  um  fiel  —  de  sua  vaidade.  \ 
Barreto. 

TRANSVERBEHAR,  V.  a.  (Lat.  írãnsverbe- 
rar)  (p,  us.)  transluzir,  reverberar. 

TRANSVERSAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  trans- 
versalis]  que  tem  ou  segue  a  direcção  trans- 
versa. Linhas,  ventos  transversaes . 

TRANSVERSALIDADE,     S.    f.    pOSlÇãO,    direc- 

ção  transversal. 

TRANSVERSALMENTE,  adv.  (me«íe  suff,)  em 
direcção  transversal. 

TRANSVER8AR10S,  s.  fíi.  pi.  (Lat.  transtei- 
sarius,  adj.)  travessas  da  balestilha. 

TRANSVERSO,  A,  adj.  (Lat.  transversusj 
atravessado,  de  travéz. 

TRANSVERTKR,  V.  a.  (Lat.  Iransverto,  ere) 
trastornar ;  fazer  sahir  de  si. 

TRANSVERTiDO,  A,  p.  p.  de  trausverter ; 
adj.  trastornado. 

TRANS''iAR-SE.  V.  Extraviar-se. 

TRAPA,  s.  f.  (Fr.  trappe)  cova  ou  alçapão 
de  armar  ás  feras. 

TRAPA,  (geogr)  povoação  de  Portugal,  no 
concelho  de  Lafões. 

jiiAPAÇA,  s.  f.  (a  Ordenação  lhe  chama 
tru)'pa8so)  contracto  fraudulento  que  faz  o  I 
usurário  com  quem  lhe  toma  dinheiro  em- 
prestado, dan  lo-lhe  mercadorias  por  p''eço 
exorbitante  em  vez  de  moeda  ;  (fig  )  dolo, 
fraudo,  cavillaçào  em  negocio,  ou  em  de- 
manda. Fazer  — s  no  jogo. 

irapaçadoh.  V.  Trapaceiro. 
või..  ilr. 


TRAPAÇAR.  V.  Trapacear. 

TRAPACEADO,  A,  p.  p.  de  trapacear ',  adj. 
fraudado,  cavillado.  J"go.  negocio,  deman- 
da ^. 

TKAPACEAR,  V.  u.  [irapaçu,  ar  des.  inf ) 
fraudar,  c.ivillar,  f«zer  trapaças;  em  senti- 
do activo,  conduzir  com  trapaça,  v.  g.  — 
a  demanda,  o  jogo. 

fRAPALHADA,  s.  f.  grande  quantidade  de 
trapos;  (tig  efamil.)  confusão,  cousa  enre- 
dada. 

trâpalhado,  a,  Q(Jj.  Leite  — ,  mal  coa- 
lhado 

TRAPALHÃO,  ona,  adj.Qs.  coborto  de  tra- 
pos ;  trapento  ;  individuo  trap^-ntu,  roto,  es- 
farrapado. 

TRAPASSADO,  A,  /)  p-  dc  trapassar ;  odj. 
(ant.)  decorriílo  ;  passado. 

thapassar.  V.  a    passar  alem,  decorrer. 

TRAPASSENTO.  Y.    TrapasseiTO. 

TRAPE,  voz  imitativa  que  inuica  goipe  ba- 
tendo. 

TRAPEAR,  v.n.  [trapo,  ar  des.  inf.)  — a 
vela  do  navio,  dar  pancadas  com  os  emba- 
tes do  vento,  fazendo  balancear  a  embarca- 
ção. «A  nau,  com  o  pairar  e  — ,  abrio  por 
muitas  partes.  »  Couto. 

trXpeira,  s.  f.  (Fr.  trappe,  alçapão)  es- 
pécie de  alçapão  no  telhado  para  dar  luz  e 
ar  á  casa.  —  do  batel,  a  parle  sobre  que 
o  arraes  o  vai  governando.  — ,  armadilha 
de  caçar. 

TRAPEIRO,  s.  m.  (aat  )  fanqueiro,  merca- 
dor que  vende  pannodc  linhoás  va^^s  ;  ho- 
mem que  vende  trapos  e  fato  vílhu. 

TRAPiíNro,  A,  adj.  vostido  de  trapos,  ro- 
to. 

TRAPEZAPE,  voz  imiiaíiva  que  exprime  o 
som  de  golpes,  v.  g.  de  espada  batendo  em 
outra. 

TAPEzio  ou  TRAPgsio,  s.  m.  (do  Gr.  írrf- 
peza,  mesa)(geom.)  figura  rectilínea  de  qua- 
tro lados  desiguaes,  dos  quaes  dois  sãopa- 
railelos,  e  outros  não 

TRAPICHE,  s.  m.  (Cast.  trapiche,  engenho 
pequeno  de  moer  cannas  deassucar,  do  Lat. 
trapes  ou  trapetum,  lagar,  prensa  de  azei- 
te.) No  Brazil  casa  de  guardar  géneros  de 
embarque,  com  aparelhos  para  carregar  na- 
vios,   barcos. 

TRAPiCHEiRo,  s.  w».  douo,  rcndciro,  ou 
administrador  do    trapiche. 

TRApii.HO,  s.  m.  ditninut.  de  trapo,  (ant.) 
Dia  de  — ,  de  feira  de  fato  velho,  chama- 
da vulgarmente  feira  da  ladra. 

TRAPINHO,  s.  m.  diminui,  de  trapo,  pe 
queno  trapo. 

TRAPO,  s.m    (do  Fr.  ant.  drapcaw,  pron. 

drapô,  na  B.  Lat    drappus  que  os  etymo - 

logistas  derivão  do  Gr.  rhaptô,    e    que  eu 

derivara  <1b  dmpiô,  «Uí/rupò,  lacerar,  ras- 

^^4 


734 


TUA 


Tfii 


gar),  (ant )  patmo  ;  e  só  usado  hoje,  peda- 
ço lacerado  de  |  anno,  de  fato  roto ;  (fig) 
vestido,  fato  V!)lho.  v.  ^f.  Com  um  — atras, 
outro  adiajite,  chulo,  roto,  pobro,  trapen- 
to.  Língua  do  — s,  que  articula  cora  diffi- 
culdade. 

TRAPOLA,    0!1    TfliPULÀ,    S,    f.   (pPOn.    trcí- 

pula,  trdpula :  do  Ital.  trapola,  armadi- 
lha de  caçar),  armadilha  de  apanhar  caça. 

TRAQUE,  s.  m.  (voz  imitativa  de  cousa 
que  dá  estouro),  foguete  que  dá  estouros ; 
(t.  vulg.),  peido.  V.  g.   Dar  um  — . 

TRAQUEAii.   V.  Traquejar. 

TRAQUEJADO,  A,  p.  p.  de  traquejar  ;  adj. 
escarmentado,  alertado.  Diz  se  das  pessoas, 
e  das  aves 

TRAQUEJAR,  V.  a.  (do  Fr.  traquer,  bater 
o  mato  para  hiav  levantai  u  apanhar  a  caça), 
perseguir,  v  g  —  a  caça,  o  inimigo.  — , 
V.  n.  dar  traques,  peidos. 

TRAQUETK,  s.  w,  (Fr  trinquet],  (t.  naut.), 
a  maior  vela  do  mastro  da  proa. 

TRAQUE! INHO  ,  s.    wi.    díminut.   de  tra- 

quete. 

TRAQUINADA,  s.  f  TOOtinada,  estrondo, 
ruido  na  briga,  peleja  :íj.  g.  —  de  campai- 
nhas soando,  chocalhada,  acção  de  traqui- 
nas. 

TRAQUINAS,  ttdj .  dos  '2,  g .  buliçoso,  tra- 
vesso, inquieto,  v.  g.  Rapaz  — . 

tras,  preposição,  usada  como  prefixo  em 
palavras  compostas,  por  trans,  alem,  a  tra- 
vés, V.  g.  trasbordar^  traspassar.  Moraes 
diz  que  differe  de  tiana,  e  dá  por  exemplo 
traspôr,  e  transpor,  vertendo  o  primeiro 
pôr  atrds,  deixar  atrús,  e  o  segundo  pôr 
alem  ;  mas  não  reílectio  que  passar  alem 
de  um  limite,  ó  o  mesmo  que  deixa-lo  atrás, 
nas  costas,  v.  g.traspozúu.  transpoz  a  me- 
ta. Trastornar  ,  nunca  sign  ficou  tornar 
atrás    V.  Traspor. 

TRÁS,  prcp.  (do  Lat  à  tergo  ,  de  trás , 
atrás),  atrás,  detrás;  v.g.  —  si,  atrás  de  si. 

TRAS  ou  TRAZ-0S-M0NTE3,  (geogr.;  dâs  an- 
tigas provindas  em  que  se  dividia  o  reino 
de  Portugal,  formava  a  região  deste  nome 
uma  das  mais  extensas:  hoje  divide -se  em 
á  districtos  administrativos.  Capital  Villa- 
Beal, 

TRASANDAR   OU   TRESANDAR,    COíflO  80    prO- 

nuncia  de  ordinário  Moraes  o  faz  activo,  e 
dá  a  segninte  explicação  :  «  fazer  aadsr, 
tornar  atrás,  com  dôr,  sensação  iogreía  ;  » 
e  cita  a  seguinte  phrase  sem  nomear  autor  : 
«  Resnendente  bodum  trasanda  as  fúrias 
dos  famintos  dfstJQ*',  »  e  <f.como  amari- 
ta  fede  trasanda  o.í  cães,  »  isto  é,  faz  re- 
cuar. .*Sa  phrase  vulgar  fede  que  tresanda 
lem  acc^pçáo  absoluta  ou  neutra.  Eu  creio 
que  víím  do  Fr.  transir^  penetrar  de  írio, 


TRASANDAR,  V.  Q.  {trás,  6  andar),  tras- 
tornar.  ¥.    Tresandar.  -• 

TRASANTEHONTEM   OU   TRASANTHONIEM  , 

adv.  no  dia  anterior  ao  de  hontem. 

TRASBORDADO,  A,  p.  jo.  de  trasbordaf ; 
adj.  que  trasbordou,  sabido  fora  das  bordas. 

TRASBORDAR,  V.  u.  {tras,  por  trans,  bor- 
da,  ar  des.  inf ),  sihir  fora  das  bordas, «.  » 
g.  — o  liquido  do  vaso;  — o  rio  das  mar- 
gens, ftíg  )  supprabundar,  eicerier  os  limi- 
tes, V  g.  trasborda  a  maldade  ,  a  graça, 
não  caber  em  si,  v.  g.  trasbordando  do  pra- 
zer, de  jubilo. 

TRASBORDAR,  V.  a.  sahif  para  fora,  v.  g. 
o  vinho  trasborda  as  taças.  O  rio  trasbor- 
dou as  margens. 

trascalar,  t>.  a.  penetrar  muito  (cheiro). 

TRASCAMAHA,  s.  f.  antec/mara. 

TRASCOLAÇÃo.  V.  Transcoloção. 

TRASEIRO,  A,  adj.  [irãs  pref.),  posterior, 
que  fica  na  parte  posterior,  detrás,  por  de- 
trás.  V.  g.  O   — ,  (subot.).  o  cú. 

TRASFEGADO,  A,  p.  p.  ÚQ  trasftígar  ;  adj. 
transfundido.  Vinho  — ,  (tíg.)  (ani.),  agita- 
do. «  A  nossa  alma  tão  inquieta,  tão  mu- 
dável, tão  — .  »  Heitor  Pinto. 

TRASFEGADOR,  s.  m.  O  que  trasfega. 

TRASFEGADURA,  s.  f.  V.   Trasfêgo. 

TRASFEGAR,  V.  a.  (d )  Lai.  trans,  e  fjtx, 
eis,  borra),  transfundir  de  uma  vasilha  em 
outra;  v.  g.  —  vinho,  azeite,  (fig.)  con-  - 
duzir  — ,  (ant.),  lidar,  traficar,  negociar. 
«  Trasfegaram  com  suas  mercadorias.  »  Elu- 
cid.  E  corrupção  de  — . 

TRASFEGO,  8.  w.  (de  trasfegar],  acto  de 
trasfegar  vinho,  ar.eite,  etc. 

TRASFEGO.   V.  Tráfego. 

TRASFEGUEiRO.  V.  Trasfogueiro. 

TRASFLOR,  s.  w.  (t.  dc  ourivcs),  UvOT  de 
ouro  sobre  esmalte. 

TRAsroGUEiRO,  S-  í».  a  acha  que  está  por 
detrás  das  outras  na  chaminé, 

TRASFOLEADO,  A,  p.  p.  de  trasfoleaf  ;  adj, 
copiado  (a  pintura)  em  papel  azeitado  ap- 
plieado  sf>bre  ella. 

TRASFOLEAR,    f).  ti.    {íVãS   pOr    trUtlS,     fo-' 

lha,  ar  des.  inf.),  copiar  sobro  o  papel  azei- 
tadoa  pintara  applicando-o  sobro  elia. 

TRASGO,  s.  m.  {diz  Bliiteau  que  vem  do 
ir.  tragos,  bode,  porque  o  diabo  costuma 
tomar  a  forma  d'este  animal  I),  diabo  ca- 
seiío^  duende. 

TiiASGUEAR,  V  H.  [trasgo,  ar  des.  inf), 
fazer  travessuras  de  tr3sgi;S. 

TRASLAÇÃo,  s.  f.  \ .  TrasladaçãOfTraiis- 
laçâo,  e  Tradueção. 

TRASLAnAÇÃo,  *.  f.  (alterado  do  Lat.  trans- 
latio,  onts),  o  aeto  de  trasladar,  tn  nsfe- 
rir:  c.  g.  —  dos  ossos,  relíquias,  do  con- 
cilio ;  —  de  paU?ra5,  ra«taphor§^  traduo- 
çSo. 


TRi 


TRà 


TRASLADADO,  A,  f.p  ÚG  trasladar;  ai{j. 
copiado,  transíerklo,  traduxido. 

thaslauadúk,  s.  m.  o  quo  trAsiada,  co^ 
pista  ;    traduclor. 

TUASLADAR,    V.    «.    (do   Lfll.     í'  'v,  p. 

p.  de  I r^Hí/ífo,  cr rt),  eop»«r  ;   •  .ir'i« 

um  lugar  para  outro,  v.  ^  —  g»  V()|kM). 
o  concilio,  v»Tler,  tradukir  da  Htíil>  iwgtll 
para  outra,  (p.  us.),  dar  seuiiuo  trauiiiiéiat 
ou  melapliorico,  c  y.  '•- a  paUvré,  dij  uiua 
sijínitioação  coi  outra,  (íii{.)  retratar.  «  Eiiíd- 
£0  a  primavera  trasladando  em  vossa  vista.  » 

T«ASLADO,  í.  m,  copia  dp  esGíiplufa,  de 
^«ijuKd,  pintura,  o  exooipiar,  nas  e^coiAs 
do  eserèvtír  sa  dá  a  quoiu  aprende  ;  iiia- 
gem,  copia,  modtlo,  i.nitação.  v  u.iieia&r 
—  do  que  alguém  deve  Uiiír,  Jif4ie§ões 
eicriptas. 

TáASi.AH,  s.  tít..  p»fle  traseira  úo  l^f.  ou 
fogão,  lugar  nos  fornos  junto  do  borra Ihei!- 
ro. 

tbasllzir    V.  Tiausluzir. 

iMAStfALOADO.  V.  Ivtumalhíido 

TfiÂSMALHAR,  ».  O.  (tV*  tramãil  ou  íré- 
mail).  V.  'íresmalhur. 

TRASMALUO,  s.  w,  (Ff.  trumãH  ou  íf^^ 
wtfií).  V.  Jresmalho. 

THASMONTADO,  A,  jp.  p.  dô  Iransojontar ; 
aeíj.  que  desappareceu  atra»  dos  montes. 

TRASMONTANo,  A,  adj .  6  *.  da  proviucia 
de  Trás-os-mOLtes. 

TRASMONTAR,  V.  u.  des/ippHrecer  por  de- 
trás dos  montes,  v.g.  o  sol  quando  se  põe, 
O  gado  traH4ihtínta  de  viila  do  pasto,  ca- 
Baiaha.  n  Trqmmontoié-^e  Iht  uma  rez.  -» 
Lobo,  tglog.  3.  — ,  (fig.j  fugir;  ir  desçâ 
hindo. 

TRASMUDAR  V.  Tr«íwmuí«r  ou  Trosmu- 
dãr*  cte. 

TRASKoiTABO,  Ai  ;>.  p.  de  l^asaoitar »  #ti(y 
que  não  dormio  u«)a  ou  «iais  noites  âtr4s- 

TRASNOiTAR,  V.  u.  fazer  passar  as  ijpiti* 
a&m  dormir,  privar  do  ^omno. 

TgASôLA,  $.  f.  V.  C^imlla.  ^  Uifam  di 
i3eirB. 

TRASORDiNARio.  V.  Jr^ã^ráuiârio 

TRAÃPASfcA,  «. /.  («ai.)  trfti)aç(í,  c-oiUfacta 
doloso,  ksivo. 

ínASfAesAÇÃo,  *,  f,  o  a^U>  detr«*pt6s:>r 


a  dór,  a  magoa  ia«i  trasftiiSQU  o  coração. 
— ,  passar,  ceder,  transferir  a  outrem,  v.  g. 
—  direiloi,  dividas,  coutraOo  ;  o  cargo,  oííi- 
cii),  tuiíprego,  fazenda,  eíTeitos.  — ,  mudar, 
remover  para  outr  >  lugar;  transpor;  pa«- 
sar  iilcitp,  deiíLif  atráz.  v.  g.  — o  rio,  os 
mo.slt;,,  oíítíares;  (tiij.)  eiceder,  v.  g.  — 
os  devores,  osjwnJaiiui»,  deuifjiiiar-se.  — , 
i;.  Ji  e — SE,  v.r.  í>eQetrar-su,  fp.g. — de 
m  .;'la,  de  respeito  —se,  ficar  cooao  morto. 
V.  'ífêspasso.' 

TRASPASSO,  s  m.  o  acto  de  traspassar,  de 
dar,  o^utír  a  6uir«ra.  ». //.  o.~  dodopoinio, 
da  divida,  do  contracto,  à»ê  direitos,  d^  príi- 
Çi>  que  seda  ao  ven-.^eior. 

TitASPés,  s.  m.  pi.  {(\i\  C^st.  ^fii^iV,  que, 
segundo  G.^varruvias  ,  significa  eambofté  ; 
masOudin  in^^rpreia  estado  de  quem  cajet- 
balé*  ou  vócdla  cotoo  o  Homem  bêbado)  í)ar 
— ,  vacillar. 


^as  4o  golpe  íjfi^  o  Cáucaso  romper 
Quasi  fica  o  l^agSo  fóra  iiié  tino. 
K  foi  ciando  traspés  a(é  affirmar-se, 
E  íoriuidavel  toma  por  vingar-se. 


Maluca  Conquiet.,   cant.  ii,  31. 


TRASPíLAb..    S.  í  ; 

por  detrás. 

TRASPLAÍiTAa.    V 
TRASPOSIÇÃO,    V 


pilar,  columua  qu«  iica 


atravessado  por  armn  penelflit^tíL  V 


TUASPAssAB,  V.  a.  (formado  do  trás  por 
4r a> t s,  a\co^,  c  panar)  «lí-ay^ssia*  cam  «rmà 
pxãel/siiie.  TrMftussou  oApHnne^padíit  per 
N<^tra4^,  V.  g.  «  luB  <^raMfmssa  o  vid«»i  ^-^ 


Tr(iti$f)ls,ntar,  etfi' 
Transposição . 

TRASPOR,  v.a.  [trat  por  írans,  e/zôr)  le- 
var OU  fazer  passar  do  um  liigar  para  ou- 
tro, transpiaalar,  e.  g.-  -  arvores  peqat*nas. 
V.  Trasposto.  — ,  deixar  at/á»,  jiassaado 
alam  V.  g. — o»  montes.  «Tr  ispofcrafti  os 
amores,»  abandouarâm,  riá  Miranda.  O  spl 
tí^êfoz  03  moates.  — ssj  v.r.  pjs#àr,  p«r- 
4«r-ge,  V.  §. — A  íccfisiâo.  — ,  «.  n  de*- 
apparecer  por  detrás,  v.  y.  o  sol  transpm, 
ptí^  &'^.  O  —  dosei,  ooccaso. — ,  (fig.)dor- 
i4dt.-ir,  r(ií«06t^r-se.  Trfispozrse  o  wl,  des- 
d|ípar*4itíu,  jwjj-sc  dôbaiío  dohorijonlií. 

gg^p.>.-.:i  .*«  »t:í?b^  o.  a.  (ant.)  V.  Tr^- 
\itr.  4 

TtiASPOuiAU.  V.    írAiísportar,  ele 

?KAsposTA    V.  Emposla. 

TRASPOSTo,  A,  p  p.detraspor;  a<^/.  d*>i- 
lia4o  .#ir4ii  pa^jMiúdo  êlem  ;  trari^plantado. 


TRASPASSADO,  A.  p.  f».  ò^  trasposcfir ;  a^j.   «^i^ta  mUiJ^M  vezes  —  n-m  cresct»,  nem 

Tríf    .»<fí>lí*.  »  Adagio. 

j*isp^A!vrA*i,  (ant  )  >'.  Tramplemifir. 

I^AgfAí^ÍAi»Oih   f-  t».  l»t|l5«ÍÍ)ílSpa6Wi,^r|.     WA§T6   OU  TRASíO,     S.    f».    (Cast.    tr(tSiO. 

iNã^  v<em  do  Lai.  tnxuãlrum,  baoco  de/emtjti- 
ros,  mas  de  irans  e  st9.n$,  q,u9  está  dk^HItê^- 
6ado.  <ii>v*rruvi(?,*  df-U  vma  definição  gf  acta 
4#  couid,  ipns  iUiO  ai^ei40Mi  jPOfii  a  etj^ji^l^- 
%\$i]  -^§  .«IW  6&c4«s  ou  ar,ami^âtr,aijilfi|g|^s 

184* 


736 


TRA 


TRA 


de  viola  ou  rabeca,  rabecão.  — s  móveis  de 
casa.  Neste  sentido  parece-me  derivado  do 
Lat.  tractus,  p.  p.  de  traho,  ere,  puxar,  mo- 
ver. E'  forte  — ,  (phr.  chula^  applica-se  a 
homem  mal  procedido. 

TRASTEjAR,  V.  w.  [de  traste,  alfaia)  hbu- 
tar,  lidar,  procurar  ganhar  a  vida  negocian- 
do em  cousas  de  pouco  valor. 

TRASTEMPAR.  V.  Prescrevev. 

TRASTEMPO,  s.  m.  V.  Prescripção. 

TRASTO.  V,  Traste,  em  ambos  os  sentidos 
do  termo. 

TRASTORNADO,  A,  p.p.  de  translomar  ;  adj. 
derribado  para  trás ;  perturbado.  Ficou  — 
com  a  noticia. 

TRASTORNAR,  V.  a.  {trás,  e  tornar)  revol- 
ver de  baixo  para  cima,  derribar  para  trás; 
(tig.)  perturbar  o  espirito  ;  alterar  a  boa  har- 
monia ;  fazer  voltar  ao  antigo  estado.  A  cu- 
bica e  a  ambição  transtornam  os  mais  dos 
homens,  corrompem,  desviam  do  caminho 
do  dever,  da  virtude.  — o  entendimento,  o 
coração  ;  — famílias,  cidades,  agitar,  causar 
desordem,  dissensão. 

TRASTRAVADO,  A,  adj.  traustravado  Ca- 
vallo  — ,  que  tem  o  pé  direito  e  a  mão  es- 
querda branca  ;    (fig  )  engenho — ,  avesso. 

trastrocado,  a,  p.  p.  de  trastrocar;  adj. 
investido  ;  (fig.)  alterado,  perturbado,  con- 
fundido, desordenado. 

TRASTROCAR,  V.  a.  [tras  por  trans)  inver- 
ter a  ordem,  desordenar ;  (tig.)  alterar,  per- 
turbar, confundir. 

trasvaliar.    V.  Iresvariar. 

TRATADA,  s.  f.  velhacaria,  fraude  em  con- 
tracto, negocio. 

tratado,  s.m.  (Lat.  tractatus)  artigos  de 
convenção  entre  estados  ou  nações  indepen- 
dentes, relativos  a  paz,  alliança,  commercio, 
etc. ;  dissertação  sobre  assumpto  scientifi- 
co. 

TRATADO,  A,  p  p.  detratar;  adj.  pegado 
com  as  mãos,  manuseado  ;  conversado,  fre- 
quentado. O  sertão  nunca  foi  —  nem  visto 
dos  nossos  — ,  contracto.  Tinha  —  com  os 
habitantes.  O  doente  foi  —  pelo  methodo  de 
Gullen.  — ,  examinado,  discutido. 

TRATADOR,  S.M.  (p.  us.) tratante,  contra- 
ctador. 

TRATAMENTO,  s  m.  (mcnío  suff.)  modo  de 
tratar  alguém  ;  curativo  de  doença  ;  titulo  de 
graduação  ;    conversação,  trato  do  mundo. 

TRATANTE,  s.  m.  (des.  do  p.  a.  Lat.  em 
ant,  tis)  traficante,  negociante;  (fig.)  o  que 
usa  de  tretas,  ardis  em  negocio,  homem  ar- 
diloso, cavilloso. 

TRATAR,  V  a.  (Lat.  tracto,  are)  manear, 
manusear,  pegar  com  a  mão,  palpar ;  (fig.) 
praticar,  usar,  v.  g.  —  verdade  com  todos, 
—  amores,  namorar,  requestar.  —  armas, 
/iwo»,  dtr-se  a  exercícios  guerreiros  ori  lit- 


terarios.  —  um  assumpto,  disseitar  sobre 
elle.  — alguém;  conversâ-lo,  ter  trato  com 
elle,  portar-se  com  elle  ,  v.  g.  tratou-me 
bem,  cortezmente,  ou  mal,  indignamente. 
— ,  dar  titulo,  qualificação,  v.  g.  —  por 
excellencia,  senhoria.  — ,  em  sentido  abs., 
negociar,  v.  g.  em  fazendas  da  índia.  — , 
cuidar,  fazer  diligencia,  v.  g .  —  da  vida,  da 
saúde,  da  demanda,  do  negocio.  —  do  doen- 
te,  dirigir  o  curativo.  — se,  v.  r.  —  bem, 
com  grandeza,  magnificência,  gastar,  des- 
pender. 

TRATAVEL,  adj.  dos  2  g,  (Lat.  tractabi- 
lis)  que  se  pode  tratar,  conversar.  Homem 
— ,  de  trato  agradável  Gen'>,o,  condição — , 
brando . 

TRATAVELMENTE,  adv.  [mentc  suff.)  (p.  us.) 
de  modo  tratavel. 

TRATEAR,  V.  a.  [tratos,  ar  des.  inf.)  dar 
tratos. 

TRATO,  s.  m.  (Ldit.  tractus)  acção  detra- 
tar, manusear,  de  trazer  entre  mãos  ;  trata- 
mento ;  conversação,  frequentação  ;  amiza- 
de; commercio,  negocio.  Gente  de — ,  com- 
merciantes.  — ,  conversação  carnal.  — do- 
bre. V.  Dobre.  Ter  —  com  alguém.  Dar 
bom — .  — habitual,  convivência  familiar. 
— s,  tormentos,  tortura :  —  de  polé,  cor- 
del. Dar  — s  ao  juízo,  atormentar-se  por 
descobrir  alguma  verdade,  ou  para  excogi- 
tar  alguma  subtileza. 

TRAUSAR.  V.  Taxar. 

TRAUSO,  s.  m.  V.   Taxa. 

TRAussAçÃo    V.   Transacção. 

TRAUTA,  s.  f.  [Ldil.  tractus)  o  rasto  da  ca- 
ça 

TRAUTADO.  V.  Tratado. 

TRAUTAR.  V.   Tratar,  etc. 

TRAUíO,  s.  m.  (do  Lat.  tractus)  tirada. 
«  Pagareis  um  bom  feixe  de  palha  triga, 
quanto  um  homem  possa  levar  um  — . » 
Elucid. 

TRAVA,  s  f.  (Lat.  trabs,  trave)  travessa, 
trave  delgada  atravessada  sobre  paredes,  pi- 
lares. — s  da  cruz,  os  braços.  — da  besta, 
pêa,  prisão  dos  pés. 

TRAVAÇÃo,  s.  f.  connexão  de  cousas  tra- 
vadas umas  com  outras,  encadeamento. 

tratacontas,  s.  f.  pi.  contenda,  altera- 
ção, controvérsia,  particularmente  em  ajuste 
de  contas,  E'  mais  usado  como  s.  m.  Tive 
um  —  com  elle. 

travadamente,  adv.  [mente  suíf.)  bara- 
Ihando-se  uns  com  outros.  Pelejaram  — . 

TRAVADEIRA,  s.  f.  forro  com  que  se  tor- 
cem os  dentes  da  serra  um  para  um  lado, 
e  o  outro  para  oopposto,  afim  de  alargar  o 
talho. 

TRAVADO,  A,  j9.  p.  de  tra  ar  ;  adj.  enre- 
dado, encadeado.  — *  ramos  de  hera.  Con- 
tradansa  —  ou  de  braços  — #.  PeUíja,  bry- 


TRÁ 


TRi 


7»7 


ga  — ,  baralhada.  Guerra  — ,  começada. 
em  —  guerra,  envolvido.  Besta  — ,  peada; 
calçada  de  branco  por  onde  se  trava,  de  pé 
e  mão  de  um  lado.  Falia — ,  qu«  se  pega, 
embaraçada,  —s,  ventos  fortes,  tufões  que 
reinam  entre  a  costa  do  Brazil  e  a  da  Áfri- 
ca. 

travador,  a,  x  pessoa  que  trava  ;  adj. 
que  trava. 

TRAVADOURO,  s.  m.  &  parte  delgada  da  per- 
na da  besta  onde  se  ata  a  trava  oupêa. 

TRAVADURA,  s.  f.  travamcnto,  acção  de 
travar. 

TRAVAL,  adj,  dos  i  g.  (Lat.  trahalig)  de 
trave.  Pregos  iravaes,  grandes  e  grossos  com 
que  se  pregam  traves  e  travessas 

TRAVAMENTo,  s.m.  (wíwío  suff.)  Bcção de 
travar  a  peleja. 

TRAVANCA,  s.  f.  cmbaraço,  empecilho 

TRAVANCA,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  7 
léguas  de  Braga  e2d'Amarante;  1,500  ha- 
bitantes Ha  mais  no  reino  pf^rto  de  10  po- 
voações do  mesmo  nome  ;  as  principaes  são  : 
1.'  no  concelho  de  Pinheiro  de  I  emposta  a 
6  léguas  de  Aveiro,  700  habitantes  ;  2.^  no 
da  Feira,  h  léguas  ao  S.  do  Porto,  850  habi- 
tantes ;  3."  denominada  do  Douro,  a  tí  léguas 
de  Lamego.  5H0  habitantes  ;  a.*  denomina- 
da de  Lagos,  no  concelho  da  Lagos,  da  Beira 
ea  10  léguas  de  Coimbra,  1,100  habitan- 
tes. 

travancado    V.  Atravancado. 

tRavancar.  V    Atravancar 

TRAVÃO,  s  m.  [Vr.  entrave)  trav?  oupêa, 
cadêa  de  travar  as  bestas. 

TRAVAR,  V  a.  {trave,  ar  des.  inf.)  pren- 
der, en;adear  peças  de  madeira  ;  pear  bes- 
ta com  trava  ou  travão  —  pé  com  pé,  na 
lucta,  brigar  arca  por  arca.  -r-  de  alguém 
o»  alguém  pelo  braço,  tomâ-lo,  enlaça  lo 

—  com  alguém,  acommetter.  —  nau  com 
nau  ou.  fortaleza,  abalroar.  — ,  ligar,  v.g. 

—  practica,  conversação,  amizade,  parentes 
co,  peleja,  briga  com  alguém,  começar  e 
continuar.  —  a  serra,  voltar-lhe  alternada- 
mente os  dentes  para  os  lados  oppostos,  para 
abrir  mais  largo  talho  na  macieira.  — ,  c 
n.  (do  Gr.  trakhys,  áspero)  ter  sabor  áspe- 
ro, aslringente,  como  fruta  verde;  (tig.) 
«  sempre  na  pronunciaçào  travam  da  ma- 
dre, »  da  língua  materna.  Banos,  Gram.  — 
sa,  V.  r.  ligar-se,  enlaçar-se,  tecer-se  ;  (fig.) 
andar  de  companhia.  «  Travam-se  gosto  e 
dor,  socego  e  lida.  »  Bocage. 

TRAVE,  s.  f.  (Lat.  trabs,  quasi  (oru«  ar^ 
baris)  lenho  grasso,  longo,  falquejado,  de 
que  se  usa  na  construcção  de  edifício  ;  o  ara- 
me da  flvela,  que  une  a  charneira  e  fusilào 
to  arco. 

thaVecir.   V.   Travessia. 

TRAVEJAR,  V.  a,  {trave,  cardes.)  assen 
Tni.  rv 


tar  as  traves  no  edifício,  mettô-las  na  pare- 
de. 

TRAVÉS  ou  TRAvéz,  s.  m.  (Fr.  travers) 
flanco,  V  g.  de  baluarte;  situação  atraves- 
sada. Os  travezes  da  fortuna^  (fig.)  as  con- 
trariedades, desgraças.  De  — ,  em  — ,  em 
situação  atravessada.  Dar  o  navio  de  — , 
ficar  atravessado  com  o  lado  ao-vento.  Dar 
comsigo  a  — ,  (fig,)  perder-se.  Deu  a  —  com 
o  negocio,  deitou-o  a  perder.  Olhar  de — , 
com  os  olhos  torcidos,  em  signal  dedesap- 
provaçào,  de  enfado.  Olhar  alguém  de  — . 
Ficar  de  — ,  atravessa<lo,  de  modo  a  atalhar 
a  passag^ím  ,  o  caminho.  Estar  a  naa  de 
mar  em  — ,  (loc  naut.)  A  capa,  pairando, 
off*3recendo  o  costado.  Ir  a  — ,  para  o  lado 
opposlo,  V.  g.  —  da  virtude,  da  verdade. 

TRAVESSA,  s.f.  pcçfi  de  madeira  outaboa 
estreita  com  que  se  atravessa  a  porta.  Pôr 
— s  nas  portas  do  sequestrado.  — sdacuz, 
braços.  — ,  caminho  atravessado;  rua  que 
corta  as  ruas  direitas  e  principaes  ;  po'"ção 
de  mar  ou  de  íerra  que  fórraa  limite  divi- 
sório. —  ,  o  acto  de  atravessar  :  «na  — 
d'aqutílle  gólfão  Barros.  — ,  armadilha  na 
lucta  para  derribar  o  contrario. 

TRAVESSA,  adj.  f.  atravessada  Porta  — , 
que  íica  a  um  dos  lados  do  edifício.  Mão — , 
a  medida  da  largura  da  mão.  Flauta  — , 
que  83  sopra  atravessada. 

TRAVESSÃO,  adj.  m.  que  dá  de  travéz. 
Vento  — ,  contrario,  de  travessia  mui  rijo. 
Temporal — .  Um  súbito — . 

TRAVESSÃO,  s.  m  :  —  da  balança,  peça 
onde  está  o  fiel,  e  d'ondG  pendem  os  pra- 
tos, 

TRAVESSAR,  V.  Atravessará^ 

TRAVESSEAR,  V.  n.  fazor  travessuras,  ba- 
rulhar. Af. 

TRAVESSEIRO,  s  TO.  (Fr.  travcrsiu)  almo- 
fada de  cama  onde  descansa  a  cabeça,  e  que 
se  põo  atravessada  no  topo  da  cama.  Reso- 
lução consultada  com  os  — ,  bem  cuida- 
da 

TRAVESSIA,  s.  f.  (des.  ia)  vento  travessão 
contrario  á  navegação. 

TRAVESSO,  A,  adj.  posto  de  travéz,  atra- 
vessado Porta  — ,  a  um  dos  lados  do  edi- 
ficio.  Linha  — desuccessdo,  collateral.  Mar 
— ,  — s  ondas,  que  batem  no  costado  do 
navio.  Estradas  — ,  que  cortam  as  princi- 
paes. Rua  — ,  travessa,  s.  f. 

TRAVESSO,  A,  adj.  quo  faz  travessuras, 
inquieto.  Menino,  génio  — . 

TRAVEtáURA,  s.  f.  {través,  dcs.  ura)  des- 
ordem, peça  maliciosa,  estúrdia.  — -*  de  ra- 
pazes   Fazer  —s. 

TRAVESSURiNHA,  s.  f.  dxminut.  de  traves- 
sura. 

TRAVEZ.  V.  Través.  O  primeiro  é  mai? 
usado. 


138 


TRA 


TRÉ 


TRAViNCAVACàR.  M   Alramncar. 

TRAVisiA.  V.  Travessia. 

TftAvo,  i.  f.  ((6  travar,  sabor  áspero 
da  fruta.  «  O  en^^aço  põe  ^  no$  vinhos*  > 
Alarte. 

TUAVO,  s.  m,  (de  tramr,  pear),  (p.  u».), 
lolhiíBonlo,  contratcão  dos  membros  que 
qu6  tolhe  o  uso  d'eUes. 

TRAVOSLAj  s.  f.  esp^oie  de  Irado  ou  ver» 
ruma. 

Traz    V    Trás,  Atrás. 

TnAZSDa«,  s.  m.  (p.  us.),  o  que  iraz, 
introduz. 

THAiiE'Ko,  A,  adj  quG  íica  detrás,  atrás 
V.  Traseiro. 

TRAZsiftO,  s.  m    o  cú.  V.  Tra?eiro. 

TRAZER,  c.  a.  (iat.  traho,  ere  .  Aliem. 
drogen,  pron.  iraghen  ;  Ingl.  árai/,  arras- 
tar. Kstã  raiz  CAmmum  a  muitas  linguas 
vem,  sfi  me  nâo  engano,  do  Kgypcio  tako, 
tomar,  conduzir,  e  rodj.  a.  rojar,  arrsstar. 
Court.  d«  Gúbeiin  a  deriva  do  íer,  exUiíso, 
o  quí!  é  inaiiiiissivei)  .  conduzir  para  um 
lugar  determinado  deoutro  mais  ou  meno« 
remoto,  «.  ^.  es  e  <orr«Mo  trouxe  notioiàs 
importantes  de  França.. O  meu  nasio  troit- 
xe  uma  rica  carregação.  Trazia  na  mão  um 
livro.  —  ás  costas  um  saco,  -  -  á  cabeça  um 
vaso.  — ,  (íig  )  attrahir,  »  g.  — alguém  á 
nossa  opinião,  bando,  partido,  allegar,  v. 
(f,  —  textos  argumentos,  para  provar  al- 
guma proposisão.  — ,  levar  vestii  >,  ir.ijar, 
«.  tj.  os  Turcos  trazem  turbantes  na  ca- 
beça e  calça»  Idrgas  ;  os  Europc<i5  trasetn 
oh«peu.  As  mulb»írí3s  trazem  véus,  brace- 
letes, o  cabello  entrançando,  (íig  )  —  na 
mente,  na  memoria,  no  pensamento,  ante 
es  olhos,  ter  pr<»sen.e  ;  —  má  vontade  a 
alguém,  conserva-la,  persistir  neste  senti- 
ffieflto ;  —  nos  olhos  alguém,  ter-lhe  mui- 
to amor,  aíífcto;  —  na  bocea  algum  dito, 
repeti-lo  continuamente,  — -  negocio  entre 
mãos,  andar  occupado  com  ella.  — ,  deri- 
var, v.  g.  —  origem,  principio,  descen- 
dencifi,  proceder:  d»z-se  das  pessoas,  dos 
animaes  edas  cousas.  — ,  produzir,  cau- 
sar, ».  5.  «st«  vento  traz  chuva  e  dfcn- 
ças.  «  O  ffucto  que  nos  trouxe  a  morty,  » 
Barros,  «Iludindo  ao  pomo  defeso  a  Adão. 

—  alguém  entre  dentes,  ter-lhe  má  vontade. 

—  guerra,  rixa  com  alguém,  ter,  conserva- 
la.  —  vontade,  te-ia  habitualmente  ;  -*-ou- 
gíidia,  «fania,  conliança ;  —  uma  preten- 
ção  teima,  illusào.  —  panno  de  alguém, 
(ant,),  hbré  ;  -*■  alguém  em  sua  casa,  (aul  ), 
te-kí  tomo  criado  oa  faoiulo  — se  bem, 
(ant.  e  oijsol.),   trajar. 

TRAZIDA  ,  s.  f.  O  aeto  de  trazt^r :  c.  g. 
trazida  e  levada  do  recados.  K  pouco  asa- 
do e  devera  «p  k»,  pois  nlk>  tebjos  e<}uiva- 
lente. 


TRAZIDO,  A,  p.  p.  de  trazer;  adj.  acar- 
retado, conduzido  de  fora  para  um  lugar 
aduzido,  produzido  ;  causado. 

TRAZiMENTo,  s.  tti.  {mr,nto  sufi  ),    o  acto 
de  tpaser,  importação,  introducç&o. 
TRAZÓLA    V.  Trasóía. 
Tui5,  s.  m.  espécie  de  ruão. 
TRttBELHARj  V.  n  (do  Fr.  trepêiller,  agi- 
tar se,  áj  Lat    tripwiiere),  brincar,  bailar. 
jogar  os  trebelhos,    o  xadrez. 

TRjíBSLHO,  í.  m.  (de  trebelhar]i  pecado 
jogo  do  xadfei ;  vaso  pequeno ,  Jogue- 
te ,  brinco  de  crianças ,  (ant.) ,  imposto 
que  pagava  o  que  reblhdva  vinhos. 
TBÊBfiLo,  «.  «1  V.  Trtheiko. 
TUEBOLA,  s.  f.  peixe  do  mar  Oceano  mui 
volura<  so 

tkíbôlha'  s,  f.  odre  grande  para  vinho 
que  fazia  a  carga   de  uma  besta. 
tRíiBUCAR.    V.  Trabucar. 
TflEBUCo.    V.   Trabuco. 
TRIBUTO.  Y,   Tributo. 
TtiRÇADo,  A,  adj    V.   í«rçã4o. 
TRf.c«if.io,  mdv.  (dd   írêi  ÍV.    muilu';,  (p. 
us  ),  fcin  grande  cópia. 

TRif.eiío,  s.  m.  (Lat.  treckus,  espaço,  in- 
lervallo,  de  lugar  e  de  tempo),  intervallo, 
espaço  de  tempo,  e    de  lugar.    A    — s,  de 
tempo  a  tempo,  de  distancia  em  distancio. 
«  Murmurando   a  —s,    certas    palavras.   » 
Bern.  Florest.  «  Era  todo  de  chaparia  e  Qgu- 
ras  de  ouro,  e  pedraria  preciosa,  e  a  — « 
umas  romãas  de    rubins  escachados.  »  Id. 
TREçó,  s.  m.  o  macho  de    uma   ave  de 
rapina.  V.   Terço. 
TftiíçOL.    V.   Terçéi. 
TREDiCE,  s.  f.  («nt.)  V.  Traição. 
TREDO,  (ant  ),  V.  Traidor. 
TREDOOT,  (ant.)  (do  Fr.  <raè(r«.)V.  Trai 
dor. 

TRePF.Go,  A,    adj.    (Moraes    pergunta   se 
virá  de  leufeL   em  AUemã»  diabo  I  Vem  do 
Fr,  ant.  tru.émir,  alteração   de  trompeur, 
enganador,  velhaco,  astuto,  ardil*"»©,  dis- 
simulado eom  rnali  :ia,  que  faz  travessuras 
dissimuladâmente.  Duarte  Nunes  de  Leio  diz 
qtie  é  term  1  plebeu.  Uoje  — é  usado  na  ac- 
j  ce|)ção  de  inquieto,  buliçoso. 
!      TREFO.  V.   Trefego,  mais  usado. 
j     TRfiGEiTABo*,  s.  ffi    O  qu€  fflz  irdgetioi, 
I  momos. 

!  tREoeiTOS,  s.  m.  (do  Ff.  «nl  trtsch€, 
!  momices,  e  geiíos],  adetnães,  toomos,  me- 
'  mices.  destrezas,    pelolioas. 

TtiÚGOh,  t.f.[?r.  trvot,  na  B.  Lat.  íreu- 

ffií,  do  Angl-Sax.  iregkifin,  obriffir-sepúr 

pal«vr3,   ímx,  fn.»fl&««*iij, ♦««pwwlodetra- 

!  bêlho,  de  pena.  mccrti>«Mi»«kl ;   t    (j.  —  da 

dôrou  á  dôr,  cuidado,  —  de  ventos.  — s, 

1  ferias    Fôr  --.?,  Intefrotfaper,  ».  ^.  áfuer- 

'  ra. 


TRE 


TRG 


m 


TiEiçÃo.  V,  Traição. 

TREiçOADO.  V.   Atraiçoado. 

TRF.içoAR.  V.    Atraiçoar. 

treidor.  V.   Traidor. 

trein,  (do  Fr.  train).  V    Trem. 

TREINA,  s.  f.  fdo  Lai.  traho,  ere,  puxar, 
induzir,  eogodar),  a  ave  ou  animal  que  se 
ák  ao  falcão  e  a  outras  aves  de  rapina  pard 
as  afiostunaar  a  ca<;ar  o  a  fazer  essas  aves 
d't'l!as  sua  ralé;  (tíg.)  cevo,  pisto  habi- 
tual. 

TMEiNADO,  A,  p.  p.  de  treinar ;  adj.  acos- 
tumado a  í.açar  as  aves  de  que  se  ceva. «. 
g  .  Falcão  —  a  caçor  ddens, 

TRKiNiR,  V.  a.  [treina,  ardes,  inf),  acos- 
tumar com  o  cevo  ou  treina  a  ave  du  rapi 
na  a  caçar  as  aves  com  que  a  cevão,  o  a 
fazer  delias  sua  ralé.  Treyftewt-sgosguviõfís 
em  frangojí,  (Hg  )  heb.tuar,  oco3.tuDiar. 

TREiTA,  s  f.  (do  Lat.  tritus,  a,  «m,  pi- 
sado, frequentado),  trilha,  pegadas,  rastos, 
vestígios.  V.  g.  Seguir  a  — ;  andar  pela 
— ,  .sfguir  as  pisadas,  oexpff.plo. 

TRKiTENTo,  A,  tttlj .  [ild  tieta,  O  t é  eupho- 
iiico),  que  usa  de   tretas, 

TRiíO,  A,  adj,  (do  í.al.  í/iíus,  trilhado), 
acostumado,  usado,  trilhado,  exposto,  su- 
jeito. V.  g  h'  —  a  dores  de  cabeça.  São 
— y  a  errar.  Antigamente  usava-se  com  a 
preposição  de,  v.  g.  —  de  madorra,  de  er- 
rar. Mal — ,  (ant),  maltratado. 

TREJURAR.  V    'Tresjurar. 

TfiÊLADO.  V.  '[restado,  ou   Traslado. 

TRELLA,  s.  f  (do  Lai.  truliere,  puxar,  e 
lorum,  l oro,  correi.^*),  a  correia,  a  que  se 
leva  preso  o  cão  de  caça.  v.  g  Cão  de  — , 
o  que  vai  preso  aella.5o/íar  a  —  ao  cão, 
solta-lo  para  que  corra  atrás  da  caça.  Le- 
var á  —  o  cão,  conduzir  pela  — .  SoUwr 
a  — ;  dar  — ,  (íig.)  dar  folga,  licença,  pcr- 
mittir,  dar  largas.  Roera — ,(rig.) estai  í«b- 
paciente  perfazer  slguma  cousa  qua  algum 
embaraço  nos  tolhe.  JElsganicar  na  — ,  diz- 
S€  do  cão  preso  que  procura  soltar-ae;  (%  ) 
ralhar,  impacientar-íií,  indignar-se  u«  ver 
a  m:ddade  irapunida.  Trazer  á  — ,  a  t(>«. 
Dar  —  flo  estylo,  dar  lurgas. 

TREM,  S.  in.  (Fr.  train),  a  hti%»%em  ecriâ- 
dos  que  acompanham  «igucHi  eai  jornada^ 
U  —  do  exercito,   '  :ii ;  — de  artilha- 

ria, o  aoareiho  u  rretas.  ler —  de 

tariarusífl,  diz-&e  joftu.-aãieule  dequeailraí 
sobre  a  sma  pessoa  qaanto  poss«e.  '—  dfi 
vila,  por  modo  de  vida,  é  gallicismo escu- 
sado «  ifiopropio,  porque  —  «m  l'ortugaez 
não  signiticía  aadfiiT.cnio. 

T«BMAi.Ho.  V.  Três;: 

TRRMANTE     V.    TrC)) 

TREMAR,  V.  a.  (Fr.  ant  tremeur,  pertur- 
bar, remexer),  descompor  os  Iv^^  '''^  nma 
tecedura. 


THEHEBUNDO,  A,  adj.  (Lat.  trem^undiís)^ 
(poet  ),  tremulo,  mui  timorato,  receioso. 

trehecem,  adj.  lu.  treniHz.  V.    Tremez. 

TREMEDAL,  s.  m.  (dd  (rd^dr),  tdrreuo  ala- 
gadiço, brejo,  lameiro;  r.  g.  —  dearroa. 
1*1    Tremedaes. 

TRESEDOB,  8.  Hl.  O  ([iiQ  trciue,  tremei- 
ga;  adj. 

TREMELA».  V,    TreuioUr. 

TREMELEGA.  X.    Truuelgu. 

TREMELGA,  s. /.  (de  Ovíner,  e  i\r.  algheú, 
sentir  ddr),  peiíío  do  p'  M'.  cartilagiqq*o,  e 
oibicular  semelhante  &  arraia,  que  tocado 
dá  um  choque  eleotri^v»,  que  entorpece  os 
Míonibros. 

TKEiiiLniCAR,  V.  íi.  tremer  com  fiio,  tre- 
mer a  miúdo. 

TREMELIOOSO     V.    Tréiuulo. 
TREMENDAMKNTE,    adv.    [rncMC    Suff.j,     de 

modo  tremendo. 

TaEUESDissiao,  A,  adj.  super  lat.  dv*  tre- 
mendo. 

TUEMKND),  A,  adj.  (Lat.  tremendas],  que 
f.^íz  tremer,   ti^rrivel 

TREHEínK,  adj  dos  2  g.  (Lat.  íremens, 
tis,  p.  a.  de  (r^nio,  ere),  que  trecte. 

TREaESliNA.  y.    Terebinlhina. 

TREMER,  V.  n.  (I  at.  tremo,  ere,  Gr.  tre- 
mo, tremer,  A  syilaba  rad.  trem,  é  imita- 
tiva), sentir  movimento  convulsivo  por  elíei- 
lo  do  frio,  d»  susto,  medo,  o.</.  — o  quei- 
xo, de  frio  :  tremerem  as  pernas,  de  n^edo, 
ou  por  debilidade  — ,  abanar,  não  estar 
tlr.íie,  «?.  g  — aterf.i.  —  derfliva.  Treme 
o  jiijase mento  horrorisaio.  Trem€m-lh«  os 
btí.tjOs  das  mentiras  que  diz.  Treme-me  o 
coração.  — ,  om  seníi'lo  activo,  tremer,  ver 
com  horfor.  E'  de^susado. 

TREMRTTEa-SE.  V.  Eiiivemetter-^e. 

TREaES,  adj.  dos^g .  [^r,  »ni.  tremes oii 
tremois),  que  iiasoe  e  amadurece  Uentro  de 
três  meies.  Trigo   — r. 

TREME2tsao,  A,  adj.  tremez.  Trigo  — , 

TttBiiDo,  A,  p.  p.  de   tremer ;  ^4/   ^^'^ 
tremeu ;    f<;ilo   ogki   noSo    treOBula,  pouco 
Letra  -r-  LinUes  —  ,'ie  pontinhos,  que  na$ 
cartas  de  mareof  iiidic*<n  os    rumo»  ioter- 
mediafios, 

TREMI!  HiCAR,  15.71.  (Lfit  irosíKUir^,  ire ^ 
mer  a  miudo,    cambaleai. 

TREMILIGOSO,   A,    adj      V     Tf'^<»u/{). 

TREMissF.s,  8.  n\  m  ioda  antiga  quo  va- 
lia a  terça  parle  de  um  âoldod'aqueile  Iç^** 
po.  ' 

TKfiívó,  s.  m  {'ii'.  irwficaw,  trunoo,  es- 
pelho ^ue  se  pOíí  m^  paofio  de  uigia  jíá.re- 
de  entre  duas  janellás  Tramo  émm^dQtr 
recto. 

TRiiiMO^,  s,  m  (doArab.  tormoçQ^  deri- 
vado do  Gr.  í/iermds,  bígume  quente  ,  rad. 
teird,  aquecet.  Foi  este  legume  entrodmzi- 
185  , 


740 


TRE 


^    TRE 


do  em  Híspanha  pelos  árabes),  mais  usado 
no  pi.  — s,  grãos  chatos  amargos  envoltos 
empelle  grossa,  que  cozidos  se  fazem  ama- 
rellos  e  se  comem,  a  planta  que  dá  estes 
grãos. 

TREMOLADO,  A.  p.  p.  dc  tfemubír  ;  adj. 
agitado  com  movimento  trémulo.  Bandei- 
ras \—s. 

TREMOLANTE,  adj.  dos  2g,{áes.áo  p,  a, 
Lat.  em  ans ,  tis],  que  tremola.  — s  ban- 
deiras. 

tremolar,  V.  a.  {tremulo,  ar  des.  icf.), 
agita,  com  movimento  trémulo,  t;.  g.  — as 
bandeiras. 

TREMOLAR,  V.  n.  mover-sc  com  movimen- 
to trémulo,  v.  g.  tremulam  as  bandeiras; 

—  as  cannas  de  assucar. 

TREMONADO,  s.  m.  O  vaso  oude  cae  a  fa- 
rinha moida. 

TREMONHA,  s.  f-  (Fr.  trémie,  que  se  de- 
riv.  do  Lat.  íremodia,  porque  continha  três 
modios),  canoura.  vaso  de  madeira  quadra- 
do com  uma  extremidade  afunilada  pela 
qual  cae  o  grão  no  moinho,  para  se  moer. 

TREMOR,  S'.  m.  (lat.  tremor;  rad.  imita- 
tivo), agitação  convulsiva,  movimento  violen- 
to vibratório  em  diversas  direcções;  v.  g. 

—  de  terra,  —  dos  membros,  por  frio,  sus- 
to, ou  debilidade. 

Syn.  comp.  Tremor  de  terra,  terramoto. 
Estas  duas  palavras,  uma  portugneza  outra 
latina,  exprimem  uma  mesma  ideia,  queé 
um  movimento  violento  de  alguma  parte  da 
terra ;  com  tudo  terremoto  é  expressão  mais 
enérgica,  e  parece  designar  que  ao  movi- 
mento violento  se  seguira '^n  ruinas  e  fracas- 
so. Quem  chamasse  tremor  de  terra  aoíer- 
remoto  de  que  Lisboa  foi  theatro  em  1755, 
não  exprimiria  cabalmente  a  triste  ideia  que 
ainda  hoje  subsiste  d'aquelle  calamitoso  suc- 
cesso.  Tem  havido  depois  vários  tremores 
de  terra  em  Lisboa,  porem,  Deus  louvado, 
não  houve  mais  nenhum  terremoto. 

TREMPE,  s.  f.  (Fr.  trépied,  Lat.  trepus, 
odis,  tripeça),  aro  de  ferro  sobre  três  pés, 
em  que  se  assenta  a  panella  ao  fogo. 

TREMUDAR.   V.  Traumudar . 

TREMULAR,  é  mais  corrccto,  mas  por  uso. 
V,  Tremolar,    etc. 

TRÉMULO,  A,  adj.  (Lat.  tremulus),  vibra- 
tório. Movimento  —  A  —  luz  da  candeia, 
as  mãos  — s,  de  medo,  ou  por  convulsão. 
Com  passos  —5.  O  —    velho. 

TRÉMULOS,  s.  m.  t(do  precedente),  flores 
de  pedraria  soslida  sobre  arame  elástico,  e 
que  tremem  na  cabeça  ou  no  peito  que 
adornam. 

TREMBLOso,  A,  ttdj .  trémulo. 

TRKMURAS,  s.  f.  susto  com  tremor,  v.  g. 
Soffrer  — ,    angustias. 

TRHííA,  8.  f.  (do  Fr.trainer,  puxar),  âta 


I  de  seda,  de  fio  de  ouro,  prata,  para  tran- 
I  çar  o  cabello,  correia  com   que  os  rapazes 
fazem  gyrar  o  pião. 

TRENÇA.  V.    Trança. 

trençar-  V.  Trançar. 

TRENO,  s.  m.  (Fr.  traineau,  de  trfíiner, 
arrastar,  puxar),  carro  de  rojo,  carreta  sem 
rodas  em   que  se  viaja  sobre   o  gelo  nos  » 
paizes,  «.  g.  na  Rússia,  Noruega, 

trepadeira,  adj.  f.  que  trepa.  v.  g. 
Plantas  — s. 

trepador,  a,  s.  m.  o  que  trepa;  volteador 
na  maroma,  ou  corda  tesa,  adj.  que  trepa 
enroscando-se,  enrolando-se.  c.  g.  Plantas, 
hervas  — *,  que  trepam  pelas  arvores  como 
a  hera,  os  cipós.  Vinho  — ,  (fig.)  que  sobe 
á  cabeça. 

trepadouro,  s.  m.  lugar  onde  se  trepa. 

TREPANAÇÃO,  s.  f,  acto,  opcração  detre- 
panar. 

TREPANADO,  A,  p.  p.  de  trepanar ;  adj' 
aberto  com  trépano. 

TRFPANAR,  V.  tt.  (Fr.  trépaner,  de  íre- 
pan,  trépano),  (t.  cir.),  abrir  o  craneo  com 
a  coroa  do  trépano. 

TRÉPANO,  s.  m.  (Fr.  trépan,  do  Gr.  tre- 
po, volver,  mover  circularmente),  instru- 
mento cirúrgico  munido  de  uma  coroa  ou 
cylindro  ouço  terminado  por  dentes  com  que 
se  serra  circiílarmente  o  craneo,  paraextra- 
hir  lascas  de  osso  ou  fluido  extravasa- 
do. 

TREPAR,  V.  a.  (do  Lat.  adrepere,  sup. 
adreptum,  e  não  do  Aliem*  treppe,  escada, 
degrau,  como  quer  Moraes),  subir,  v.  g.  — 
o  monte,  a  muralha,  a  escada,  montar. 

TREPAR,  V.  n.  subir,  v.  g.  —  ao  monte, 
á  muralha,  pela  escada,  á  gavia  pelas  cor- 
das, á  arvore  ;  —  nas  penhas.  Segura  pe- 
los olmos  trepa  a  hera 

TREPEÇA,  s.  f.  (Lat.  tripus,  odis)  assento 
com  três  pés    V.  Tripeça. 

TREPEES,  V.  Trempe. 

TREPíCHE,  s  m.  Moraes  inl^^rpreta  dubi- 
tativamente machina  de  peneirar  a  farinha, 
e  manda  ver  Trapiche. 

TREPIDAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  trepidatio,  onis) 
balanço,  abalo,  tremor  leve ;  balanço  que 
os  antiiços  astrónomos  attribuiam  ao  firma- 
mento, do  norte  para  o  sul. 

TREPIDANTE,  adj.  dos  2  ^f.  fLat.  trepidans, 
tis,  p.  a.  de  trepido,  are)  que  sente  abalo, 
que  treme.  Vôo  —  das  azas  da  ave  agita- 
das, 

TREPIDAR,  v.n  [Leii.  trepido,  are,  do  Gr. 
trepo,  volver)  ter  medo,  tremer. 

TRÉpTDO,  A,  adj.  (Lat.  trepidus)  trémulo, 
assustado  ;  temeroso.  O  —  tridente ;  o  — 
ruido.  Tumulto — . 

TREPLICA,  s.  f.  a  resposta  que  o  réo  dá 
á  replica  do  autor,  impiignando-a. 


tHE 


TRC 


7  41 


tRKPLiCADO,  A,  p.  p.  (le  treplicar ;  adj. 
impugnado  a  replica. 

TREPLICAR,  V.  ã  (forcns.)  contrariar,  im- 
pugnar a  replica  do  autor  ;  em  sentido  abs. 
—  por  negação. 

TRKPRiCA.  V.  Treplica 

TRBPRiCAR    V.  triplicar. 

TRES,  adj.  numeral  dos  tg.  (Lat.  três, 
tria,  Gr.treis,  Sanscr.  írcia,  ín)  duas  uni- 
dades com  aaddição  demais  uma. 

Ninguém  até  ao  presente  explicou  a  ori- 
gem d'este  vocábulo  cujo  radical  ócoramum 
a  tantas  linguas.  Court  de  Gébelin  diz  que 
vem  do  primitivo  íer  que  significa  multidão, 
e  com  eíTeito  em  Egypcio  ter  significa  tudo, 
todo  ;  mas  o  termo,  a  meu  ver,  assim  como 
os  outros  numeraes,  até  cinco,  deve  primi- 
tivamente ter  sidoHerivado  defilgum  obje- 
cto que  a  natureza  offerece  triplo,  ou  com 
três  faces,  ou  partes  proeminentes.  Lançan- 
do os  olhos  em  torno  parece-me  que  as  plan- 
tas de  três  folhas,  as  arvores  essencialmen- 
te compostas  de  raiz,  tronco  e  folhas  ou  de 
três  divisões  principaes  do  tronco  foram  o 
typo  primitiva)  d'este  numeral.  Se  a  minha 
conjectura  é  fundada,  o  rad.  commum  en- 
contra-se  no  Grego  [thrion),  folha,  {drys),  ar- 
vore. O  termo  Zend  e  Peblvi  seh,  três,  tem 
muita  analogia  com  o  Egypcio  .^che,  arvo- 
re, schai,  nascer,  vegetar. 

A  comparação  entre  os  termos  que  em  dif- 
ferentes  linguas  mais  significam  três  e  ar- 
vore é  favorável  á  nossa  conjectura. 


Três. 


Arvore. 


Lat.       Três,    tria.  Turio,  vergontea. 

Sanscr.  Tri,    treia.  Taru. 

Saxão   Treo,  treu.  Threo^  thri. 

Ingl.     Three.  Tree. 

Ceít.      Tri.  Dar,  carvalho, 

Owen,  no  seu  Diccionario  da  língua  do 
paiz  de  Galles,  suspeita  que  o  sentido  pri- 
mitivo do  termo  é  cousa  firme,  fixa  como  as 
,arvores.  M.  Webster  confessa  a  sua  igno- 
rância sobre  o  radical  primitivo  e  s*^u  sen- 
tido. 

TRES,  prefixa  impropriamente  usado  em 
vez  de  Trás,  t>.  g.  tresbordar. 

TRE8  BARRAS,  (geogr.)  povoaçào  do  Brazil, 
na  província  de  Minas-Geraes,  na  margem 
direita  do  rio  Guaicuhi  ou  das  Velh.\s, 

TRES  BARRAS,  (gcogr  )  fio  do  Brazil,  na 
provincia  de  Mato-Grosso  ,  no  districto  de 
Ari  nos. 

TRES  IRMÃOS,  (geogr.)  serra  do  Brazil  que 
consta  de  três  morros  quasi  de  igual  gran- 
deza, entre  acidada  de  São  Christovam  eo 
TOi.  rr. 


mar,  na  provincia  de  Sergipe,  na  margem 
direita  dorio  Irapirang  ou  Vaza  Barris. 

TRES  PONTES,  (geogr  )  villa  do  Brazil,  na 
provincia  de  Minas-Geraes,  situada  entre  o 
rio  de  seu  nome,  10  léguas  a  Leste  da  villa 
das  Lavras  do  Funil. 

TRESANDAR,  V.  a.  Bluteau  verte  transfor- 
mar, tr.Míbfigurar,  e  cita  Sá  Mir«nda : 


Essa  Circe  feiticeira 
Da   corte  tudo  tresanda  : 
D'este  faz  ouça  ligeira 
Lobo  outro,  que  á  carniça  anda, 
Outro  oào  que  emprazae  cheira. 


A  verdadeira    accepção   ó  trastornar.  V 
Trasandar.  — ,  v.  n.  {V.  Transandar)  pe- 
netrar, Fde  que  tresanda,  isto  é,  o  fedor 
é  tal  que  penetra  tudo. 

TRESAVÔ,  s.  n   terceiro  avô. 

TRESAvó,  s.  f.  terceira  avó. 

TRE.sBoRDAR.  V.  Trasbordar,  etc. 

trescalar.  V.  Trascalar. 

TRESDOBRADO,  A,  p.  p.  de  tresdobrar ;  arf/. 
que  t«m  três  dobras  ou  laminas,  triplicado  : 
«  arnez  — .  »  (fig  )  o  velhaco  —  de  cautelas 
e  malícias,  armado,  munido. 

TRESDOBiíADURA,  s.  f.  O  ser  OU  eslaf  tres- 
dobrado. 

TRESDOBRAR,  0.  a.  triplicar ;  fazer  lucrar 
em  tresdobro  ;  applicar  e  unir  laminas  ou 
chapas,  v.g.  de  ferro  sobre  o  escudo  para 
o  reforçar. 

TRESDEBRE,  adj .  dos  t  q .  (milt.)  diz-sede 
uma  das  formaturas  ou  evoluções  das  tro- 
pas. 

TRESDOBRO,  s.  w.  O  triplo,  tfes  vezes  ou- 
tro* tanto. 

Trbsfegar.  V.  trasfegar, 

tresjurar,  V.  n.  [três  vezes)  jurar  re- 
petidas vezes.  Jurou  e  tresjurou. 

tResladar.  V.  trasladar. 

treslado.  V.  traslado, 

tresler,  t),  n.  [três,  do  Fr.  três,  muito) 
(famil.)  perder  o  siso  á  força  de  ler,  de  es- 
tuda.»*.  Tanto  leu  que  tresleu. 

TRESL1D0,  A,  p.  p  de  trcsler ,  adj.  cujo 
juizo  se  alterou  por  nimio  estudo.  «Não  as 
engana  Satanás  senão  de  — s.  »  Eufr. 

TRESLOUCADO,  A,  adj.  [tres  pref.,  do  Fr. 
três,  muitoj  muito  louco. 

trksmalhado,  A,  p.  p.  de  tresmalhar ;  adj. 
escapado,  fugido,  desapparecido. 

TRESMALHAR,  V.  tt.  [tresmolho,  ar  des. 
inf.)  deixar  escapar  ;  perder,  tresmalharam 
muita  parte  da  preza.  — se,  *.  r.  escapar, 
fugir.  —  o  peixe,  escapar  por  entre  as  ma- 
lhas. —  o  gado,  (fig.)  espalbar-se,  disper- 
sar-se. 

TRKSMALHO,  s.  m.  [Fr.  tremail,  de  trois, 
186 


742 


TRE 


TRI 


mailleM,  três  malhas,  e  não  de  tratift  e  wa- 
Iha,  como  aíTirroa  Moraes)  rede  de  malh» 
larga  a  que  anda  unida  outra  de  rualha  miú- 
da para  pesenr. 

TRE9M0NTAR.   V.  Irasffioiíiar. 

THESMUDADO,  A,  ]).p  de  lres(T»u,d«r ;  a4j. 
(forens  )  traspassado.  «  A  cousa  Utigioaa  ires- 
passe  fia  etn  outra.  »  Urd.  AíFon». 

TRESMUDAR.  V.  Trasmudur. 

TRESNETA,  s.  f.  terceira  neta, 

TRESNETo,  s.  m.  tefcejro  neto. 

TRESNoiTADo,  %,  04}*,  Ágúà  — ,  tomada 
do  dia  8nt4?€ed^nt€,  V.  'frãsnoiíada. 

TREso,  A,  Qí/;.  "A  significação  é  incerta 
Moraes  lhe  dá  a  extravagante  origem  do 
Aliem,  teu  fel,  djabo,  e  verte  malicioso,  de 
més  entranhas,  tu  creio  que  é  erro  por 
íredo  ou  tredor,  tríjdor  ;  ou  de  irefo  como 
ifitíntia  à^oracfft 

TRESPANKO,  s    m    tecido  de  três  liço». 

Trespassar    V.  Traspassar,  etc. 

Trespasso.  V,  'íraspasso,  Iraspassação. 

TRESPASSO,  s.  m  {i'r.  trepas,  do  cuire, 
alem,  epas,  p8?<io]  dôpque  penetra  a  alma; 
desíslleeimento  ,  morte,  desmaio  mortfil  ; 
dilação,  demora  de  tempo  ;  iraspassamento. 
Jejuar  o  — ,  desde  Quinta  Feira  Santa  até 
o  dia  dePfiSchoa.   V.  Traspasso. 

N.  B.  TrespassHT  e  seus  derivados  vem 
ào¥r.  trespasser,  átíOíUre,  alem,  e  pas€iír, 
passar. 

TRffS?OR.   V.  Traup^f. 

TttEstORTALECER.   V.  'ffasporlakcer. 

TRESPOSTA.  V.  Emposta. 

TREftsuADO,  A,  p  p.  €  tresguar  ;  adj.  fei- 
to,   consegiíido  eom  muito  suor,  trabalho. 

IRESSUAR,  t\  n.  [ires  pref  ,  do  Fr.  trèi^ 
mnito)  suar  muilci,  ecm  excesso. 

TRtSTAMPAR,  V.  H.  (joc]  destampar  coai 
excesso,  dizer  os  maiores  destampatórios. 

IRESTRAVADO.  V.  JrastravadG . 

tRevaliad®.  V.  Tresvanaúe. 

lí^KsvALiAR.  V.  Trasvariar. 

TiiESVARiADO,  A,  p.  p.  d  •,  tresvaríâr  ;  adj. 
delirante. 

TRÉsvARiAfe,  u.  n.  (ires  pref.,  doFr,  «r^s, 
muito]  delirar. 

iRESTARio,  ».  r».  estado  de  pessoa  d<;li- 
r»nW,  dtlirio  causado  por  doença,  ou  p<5r 
paixão  vi<>l)enta  ;  halJucica^çâo. 

TfiEsvtiiTiiMjRA.  V.   Verteàura 

t-UEta,  5./  (do  Fr  &ní.treieroMtrelenr, 
gtjhblerfttigío.)  destreza  m^  jogo  <k  luta  para 
derribar  o  contrario  ;  liíiia  a»  jog©  da  es- 
pada ',  eng^HO  artificioso,  ardil. 

TKáu,  s.  «í.  (eto  Fr.  ani.  Prez,  v«l«  qM- 
^Tii*i&  das  gales  €  tartAJ^»â)  vdA  a^ttèttJUi 
que  ^ra  temporal  ae  põo  h»s  fídé?  e  ntwèfi 
lati*«s;  \íig.)  v«l«  *(  A  —  ««remo.  »  lA- 
cena.  <(  Dar  o  —  aovenlo^  Camões.  Pên- 


treusassom.  V.  Tratarão. 

TREVA,  5.  /".  mais  usado  no/)/,  —s  (Lat. 
íenebrce,  que  Court  de  Gêbelin  deriva  de  ían 
ou  ten,  fogo,  e  bre  ou  brec,  romper,  ejyt 
mologia  extravagante.  O  termo  vem  do  Gr. 
tcinô,  estender,  e  érebos,  inferno,  lugar  es- 
curo, de  erepJiO,  cobrir}  escuriílio  Ueaws, 
espessas,  profundas  — s.  As  —s  da  HOite  ; 
—  da  mort«  eterna  — ,  (líg.)  íalta  àe  \m 
intellectual,  v.  g.  ai  —s  da  ignorância,  dâ 
superstição. 

TaavES,  (geogr.)  cidade  da  Prússia  Rbe-^ 
nana,  114 leguflts  a IvB.  de  í^aris  ;  17,B0U  hi. 
bitantes. 

TBiviTB,  8.  m.  uma  droga  mediei  uai  da 
índia. 

tkbvo,  s.  m.  {hai,  Irifolbum]  h'^Vi»  yuU 
gar  qiiG  serve  do  pasto  ao  gado. 

TREvOA.  V.  Trçva. 

Titívoso.  V.   Tenebroso. 

TREvoux,  (geogr.)  cidade  (h  £r«itj4ja,  \$ 
léguas  8  SO.  de  Bourg  ;  2,6âÚ  habitanies. 

THEVi  DJrji    V.  Tributar. 

treyido.  V.   Tributo. 

trez,  s.  m,  {¥r.  ant.  írez,  v«)a  4e  navio) 
V.   'Srespanno. 

TREza,  adj.  num/íral  dos  %  <j.  [ImI..  (»*«- 
'keim]  éoze  «  r$iãís  um.  KHiçr  nQsdcH*'-, 
(ant.)  persistir  u»  teima,  estai  t4i»«si# 

TREZEiNA,  s.  f.  O  numero  tfeití ;  Fêí*s  Ciui- 
tíBUedas  tc<ize  difts.  cocsecutÍYt>s 

XREZBNO,  A,  adj.  nnmer.  ordv».  úimme 
terceirOj  qae  na  sítio  nu*Derie«  sis^gaíiW» 
duodeci.nno. 

TREZENTOS,  AS,  adj.  nurãcr.  Ires  vezes 
cem.  — s,  s.  f.  as  avemarias,  ou  o  rosário 
da  Virgem  Maria  dobrado.  As  —s  de  João 
de  Moura,  coplas  d'este  poeta  hespanliol. 

TRIAGA,  s.  f.  (Lat.  ihcriaca,  do  Gr.  thé- 
riaké,  anlidoto,  contravenenq,  de  thér,  fora) 
composição  pbarmaceuticá. 

TRiAGUEiao,  s.  m.  p  que  coínpue  triaga. 

TKIANGULABO,    A,    à'fj.    a  que  SO  deU  8  fof- 

ma  triangular. 

TiíUHtiufcAR,  adj.  déçtg.  [L^l.  írianfju- 
laris)  da  ft  riíía  de  um  tíiauguJi© 

TRIANGULO,  s  m.  [lãí.  irian^uluÂi  [^mm  ) 
figura  de  três  lados  e  tre»  íii>)fuj«s  :  —  m- 
clangulo,  igo€e>ee,  eto.  ¥,  eikm  voe«i«- 
los. 

TRiASO.  V.  TrienvAç. 

TRiAPHARMACO,  *.  m.  (pUarcfl  )  ÊaifItiAo 
compo.<^to  de  iiihãígyrio,  víu^^ié  eaMÍle. 

TRiARios,  $.  m.  pi.  (lat.  <rÍ!N^  «^iàêfi 
veteranos  d^s  legiões  tomê«M,.  qita  èèatíÊ^' 
yam  a  referva  ou  t«f!t€4#â  Unka. 

ttíim,  (aftt.)  V.  Tí.íi6tt 

Tr)bolo.   V.  Thnribulo. 

TRiB«ACBO,  s  m.  (<io  Gr.  Irds,  !«««,  e 
brakhys,  br«ye)  {iué  do  t«<riro  lalijio,  ifiMicw 
trfs  syilahos  bre-yes 


TRI 


TRI 


743 


TRiBU,  s.  m.  ou  f.  (Lai.  trilins,  que  os 
etymologislas  dizem  derivar  so  dadÍTisãoem 
Ires  3«»cções  qu«  do  povo  roraano  fe«  Hooju* 
lo)  dirisão  de  uraa  na;ão.  Os — s  árabes, — 
de  Israel.  A  —  de  Judá.  O  povo  roíBino  foi 
dividido  ena  — 8  urbana»  e  rti^tieas. 

TAiBUkAç.lo,  i  f.  (I.at.  trihulati»,  ònif), 
trabalho,  perseguição. 

TRtBULADe»,  p.  p.  V.  Atribulado. 
TiiBULii,  9.   a.  (i  a{,  tfibularê,  de  iri- 
huki,  trilho,  earroça  com  que  pritaitivam  n- 
lese  debulhava  o  grão  □aeira.jV.  ylínèi*- 
lar. 
TRiDULUO.  V.  Akrolho.- 
trííulo,    V.   *(kHTibulo. 
TftjBUMA.  *.  f.  {úfi  tribunal),  UigfiT  ehysi-' 
do  no  foro  de  Roma  anti^   d'oud9  oe  tri- 
bnno«   fallatft!^  «oê  «idadâ^s;   h»Uln   no 
«'urpo  da  igreja  onde  p.ssiste  alguea)  aos  offi- 
cius  divinos;  espécie  d«  pul|ilo  d'oude  fal- 
iam 08  oradores  nas   assembteas   legislati- 
vas. 

TRIBUNADO,  í.  »».  (Lst  íribuHãtHit),  di- 
ffuidade  de  tribuno,  duração  do  é«fg>o  de 
tribuno; 

TRIBUNAL,  s.  m.  {i.»l.  dtí  íri6ufiw.j»  ^^~ 
pecie  de  pui-pit^  jjJMkifenktf  9í*bre  o  ^nú 
s«coHoe«va  a  <çád#Pf»  curai  do4  ffif>u«os, 
na  antiga  lUim* ;  aa*»,  ff^fttlo  de  magis- 
trados que  adm^íiili^iaf  a  justiça  }i»rMk4Íc» 
ção  d'e5tes  maUflJWH^bs  ;  jii^a  fwâ  is>os«>»  ite 
magistrados. 

TiuBUSATO,  ».  m.  (iat.  íriôuiualíw),  ear- 
go  do  Iribafk),  e  duraçôo  d«8  fuili^ões. 

TRíBtJNO,  «.  m.  [iM.  trilíikn^,  á^*  tribug, 
Iribu),  magistrado  da  anúga  re^ublií-a  ro- 
mana ;  —  do  povo,  noítteado  p^r  elle  para 
o  proteger  corttra  as  pfepotencias  do  sôoa- 
do,  dos  consuli*sc  doí^pétfkfòs,  — oaiiití^r, 
que  ex«rcia  grandes  poderes  no  exercito. 

TRIBUTADO,  A,  p.  f.  do  tributar;  alj. 
servido  com  tributo,  dado  vm  tributo,  one- 
rado coa>  tributos  ;  otíerecido  como  tribu- 
to, v.g.  Tinha-lhe  — amkade  gratidão. 

TRíBUTAL,  adj.  úm  t  g.  (p.  U9  ),  obri- 
gado a  trilMJto,  a  pensão.  Terra,  herdai 
— .  A  elte  são  tributaen.  tributários. 

TRIBUTAR»  V.  ã.  (friòfito,  «r  des.  iaf ), 
impor  tribttios,  oaeíar  coai  tributas  ;  pí^pít 
tributo,  e  ra*is  usado,  proslar ;  t;,  g.  — 
obséquios,  adoraçées,  g-ralidèo,  amizade. 

TRIBUTÁRIO,  A,  odj .  (lat,  iributaríus], 
que  p»ga  iriimto,  obnga4o  a  ^agar  tri  buícs 
Hei,  nação,  reino — . 

TRiBUTEiRo,  s.  tft,  (anl.),  arreeadndor  d3 
tributos. 

TaiBiiTO>  s.  m.  (lat.  iriÍJMíw^,  de  fri- 
buo,  er«,  «<»»»,  d«r,  prestar),  impoBlo  ^i*e 
o  povo  paga  aogov«rno  para  os  gastos  pú- 
blicos ;  páreas  de  nação  a  na^,  (fíg.)  pa- 
IjBir  —  á  Daturezft,  naorror. 


Tiar-AS,  s.  f.  (Lat.  tricv,  enredos),  enre- 
das, maranha»,  trapaça?  forens»>s. 

TRICANA,  .?.  f.  (tilrezdo  Fr.  írt>o<,  pon- 
to d<»  meia),  l3ia  df)  carnponeía.  mantéo ; 
(lig  )  a  mulher  nue  traz  esto  trajo,  campo- 
nesa. 

TRiCRSiHO,  A,  adj.  nunseral  ordinal,  que 
corresponde  Bâ  seiie  no  nnmero  trinta. 

TRiciiiASis,  s.  f.  (o  ek  sôa  k  :  do  tir. 
thrix,  eabello),  (t.  med  ),  iotersèo  doséa- 
bellinhos    das   pestanas. 

triclínio,  s.  m.  {Lai  itridinium,  do  Gr. 
klinein,  inclinar,  kliné,  leito),  easa  dej.in- 
lar  com  caaiilhas  em  roda  da  mesa  sobre 
que  os  antigos  Uomanos  se  recostavam  ora 
sobre  um  cotovelo,  ora  sobre  o  outro  em 
quanto  comião. 

TRICOLOR,    adj.   d09  2  Q.     OU 

TRíCOLOREO,  A,  adj.  (Lat.  trieolor),  de 
três  cores.  v.  g.  A  bandeira  ^  oa  — .  i) 
íris  — . 

TiUDENTE.  s.  171-  (Lat.  {tridens,  tis),  o 
«ceptro  de  ires  farpas  que  os  poetas  põem 
nas  màos  de  Neptuno  ;  (fig  )   o  mar,  v.  ^. 

0  —  de  ^'eptuno,  (fig.)  o  império  domai. 
TRiOENTiGERo,  A,  ãdj ,  (Lat.  tridtntiger) , 

(i.  pm^.),  q»e  traz  lridw!t«.   f.  f.  Nêfrtii- 
■no  — 

TRtftLO,  .«.  Pt'  (Lat.  triduiim),  espaço  de 
três  dias;  íesta  de  igreja,  cerimOô*a  que 
dufa  iresdiaa. 

TRiENNAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  tfiennes), 
que  vem  de  tr*ís  eni  Ires  annos.  Ofticios, 
cargos  triennaes. 

TiuESNARio,  A    V,  V.  Iriêtiat. 

TftiRNNíO,  s  m.  (Lat.  tritnnium],  espa- 
ço de  três  anitos. 

TííiETtKRs  .»  f.  (Lat.:lrí€íem.)  V.  'Xnen- 
nio. 

TR1K7EKIC0,  A»  adj.  de  três  anões,  ^ue 
compreende  tros  ânaos 

TRiFALCE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  vifavx  , 
eis),  t.  poet.),  (jae  tem  ires  guelas.  O  — 
ctítbero.  Subsl.  O  —    bofrtMido. 

TRiFiDO,  A,  adj.  (Lat.  irifféus,  áe findrt, 
ere,  iVnder),  rpcortàido  em  três  p«ftes ;  cu  • 
ja  [wnta  é  dividida  em  tcis  partas. 

TR1F0L?©,  s.  m.  (Lat.  trifoHnm),  herva 
j  (jw  tem  ttes  folhas,    trevo. 

1  TR4#0RME,  adj.  {L»t.  triformi^i)  que  tefh 
i  ires  f-órttw.  A  —  oabeça  de  Cerbí^ro.  Pn>- 

seqiitía  — . 

I      tiHGAíi<;A,  s    f.  (ant.)  V.  Pt»sm. 

TRHJAR,  »  a.  (tlÒLsl  triga,  carrtMjd  t*^ 
rada  por  três  cavallos  de  frente]  dar  pres^, 
estimular  :  —  o  c«\alio  ;  —  a  8«è  jtw^p^ada. 

:  —SE,  <?.  r.  apres»ar-6e. 

TRtGEMlNO,    A,    ijdj.    [Lfli    jTfgfawrWMH)  tfi- 

plo,  de  Ires  parles. 

Tfti&EsiHo,  A.  adj.  ordin  que  Ba  serie  cor- 
respoRée  b0  numete  itmin. 
186  ^ 


i 


IKh 


m 


§TR1 


THiGLTfPHo,    s.  m.    (Lat.  tfygliphus,  tri 
pref.  três,  e  Gr.  glyphis,  entalhe,  rad,  gla- 
pho,  excavar)  (arch.)  membro  de  três  canaes, 
que  se  repartem  no  iriso  da  columna  dóri- 
ca. 

TRIGO,  s.  m.  (I.at.  triticufV,  de  tritam, 
sup.  de  íero,  ere,  pisar,  moer)  grão  fariná- 
ceo que  moido  serve  afazer  pão:  — mou- 
risco, tremez,  durazio,  etc 

TBiGO,  A,  adj.  (do  precedente)  de  trigo. 
Farinha  — . 

TBIGO,  A,  adj.  (V.  Trigar)  (ant )  animoso. 
Estar — ,  animado.  iVão  C5íflr — ,  estar  des- 
animado. 

TRiGONO,  A,  adj.  (astrologia)  aggregado 
de  três  signos  da  mesma  natureza. 

TRjGoiNOMETRiA,  s.f.  (Lat.,  CO  Gr.  íri  pref . 
tres,  gonia,  angulo,  melria,  sufi.)  parte  da 
mathennatica  que  ensina  a  nr.cdir  os  triângu- 
los, planos  e  esphericos. 

TBiGOSAMEKTE,  odv.  [mente  suíf.)  (ant.) 
com  trigança,  pressa. 

TRiGoso,  A,  adj.  (de  trigar^  des.  oso)  (ant.) 
apressado.  Vontade  — ,  a  de  acabar  as  ccu- 
sas  depressa. 

TRiGUAR.  Y.  Trigar. 

trigueibão,  o^A,  adj.  um  tanto  triguei- 
ro. 

TRiGUEiRÃo,  s.  m  nome  de  um  a  ave  agres- 
te vulgar.  (Lat.  tetrao?) 

TRIGUEIRO,  A,  adj.  [âetiigo)  pouco  bran- 
co, tirante  a  pardo, 

TRiLÁTERO,  A,  odj .  (l  8t.  íii"  pref.  trcs,  e 
lalus,  erts,  lado)  (gecm.)  de  três  lados.  Fi- 
gvra  —  ,  fornada  por  três  recta^. 

iRiLiiA,  $  /.  (de  trilhar)  trtila,  tsrf.fctos 
ou  v(stigi(s que  deixou  pessoa,  btsta  cu  car- 
ro no  caminho  por  onde  pasíou.  Seguir  a 
—  dt  algvtm,  iraj^ós  elh ,  íiguirome^mo 
c«mÍLhò,  seguir  o  seu  exemplo,  imita  lo. 
Dar  na  —  a  oJgvtnit  (íig.)  desccbrir-lhe 
CS  intentos,  desígnios,  e  o  círuinho  queleva 
para  os  conseguir.  — ,  (fig.)  cfníirho,  car- 
reira, norma,  doutrina  guiadora.  — ,  trilho 
de  trilhar  o  grão. 

1  RILHADA,  s.  f.  trilha,  rasto,  \estigio. 
TRILHADO,  Á,  p.  p.  detiilhar;  adj.  pisa- 
do, calcado,  caminhado.  íão —  na  eira.  Ca- 
minho — .  — ,  frequentado;  usado,  (om- 
mum,  trivial:  dito,  adagio  .  — ,  (íig.)  ex- 
perinLcntado  :  um  —  capitão.  Corpo  de  tio~ 
fo  já  lum  — ,  exercitado.  — ,  maltratado, 
V,  g.  *  ficava  o  reino  --  da  pfisspge  d'elles 
quando  entravam  (a  fas^fr  guerra).  »  Bar- 
ros. 

iRiLHAUOR,  s.  m.  o  que  trilha. 
7R1LHADIJPA,  S.f.  a  impressão  que  se  faz 
trilhando;  dejaulha  dogião  com  o  trilho 

TBii.BAB,  t.  a.  [dolhi.  tribulare,  debu- 
lhar o  trigo  na  eira  com  a  carroça  chamada 
t  ribulãf  trilho)  pisar  com  o  trilho  na  eira ; 


pisar,  calcar  *  «  os  elephantes  trilharam  e 
arrebentaram  muitos  homens.  »  Cast.  —  o 
linho,  pisâ-lo  e  batê-lo.  —  um  pé,  pisâ-lo 
andando.  — ,  (fig.)  seguir,  v.g.  —  as  vias 
da  virtude.  —  o  termo  da  vida,  andarem 
perigo  de  morrer.  «  Irilhando  na  guerra 
o  natural  termo,  »  (loc.  ant.),  desprezar  a 
morte. 

TRILHO,  s.  m.  madeiro  grosso  que  os  bois 
rojão  sobre  o  trigo  para  o  debulhar;  ins- 
trumento de  bater  a  coalhada  para  fazer 
queijo. 

TRiiHOADA,  s.  f.  (provavelmeuts  do  Lat. 
tribula,  carroça  de  debulhar),  (ant.)  Lavrar 
com  — ,  (phr.  ant.),  intelligencia,  duvida 
Moraes.  E'  provável  que  era  ( rado  leve. 
TRiLiCE,  odj.  dos  2  g.  àe  três  liços. 
TRILINGUE,  adj.  dês  2,  g.  de  três  linguas, 
».  g.  Bocca  — . 

TRiMENSAL,  odj.  dos  2g.  que  se  faz,  ou 
dá  cada  ires  mezes  ou  nos  trimestres. 

1R]MAD0,  A,  p.  P'  de  trinar ;  adj.  can- 
tado trinado.  Voz  — ,  que  trina. 

TRINADO,  s.  m.  (do  prcedeme),  canto  tri- 
nado. 

TRINAR,  V.  n.  (voz  imitativa),  fazer  com 
a  voz  cadencias,  passando  no  canto  de  uma 
nota  á  immediata  e  mais  alta  na  escala  mu- 
sica ;  (t.  de  astrologia),  apparecer  o  astro 
e  influir  com  aspecto  trino.  — ,  v.  a,  ex- 
primir Contando;  — louvores,  versos.  — a 
ave  seusemores,  seus  queixumes.       , 

TRINCA,  s.f.  (naut.)  — sdogurupés,  vol- 
tas de  um  ctbo  que  se  \tm  fazer  fixo  no 
talhamar.  Baruma  —  ,  voltas  ou  reataduras 
do  cabo,  para  segurar  ou  fixar  alguma  pe- 
ça no  navio.  Pôr  a  nauá — ,  pòr-se  á  — , 
pairar  á  — ,  á  capa  cem  a  proa  ao  vento 
cem  asseias  levantadas.  — ,  no  jogo  da  ga- 
ratuza,  são  três  cartas  do  mesmo  valor. 

TRiFCADEiRA,  adj.  f.  llva — ,  olho  de  le- 
bre. 

TRINCADO,  A,  p.  p.  de  trincar ;  adj.  cor- 
tado com  os  dentes,  cortado,  feito  estalar. 
— ,  breado,  calafetado.  Taboado  — .  —  , 
(fig.)  —  demalicia,  forrado  d'ella.  — ,  as- 
tuto, dejuizo  subtil,  expeito.  «Oscadincs 
e  os  —  s.  »  Tempo  o*Agora.  Esta  accepção 
vem  doltal.  trincato,  sagaz,  subtil. 

TRiNCAFiADO,  A,  adj.  cosido  com  trinca - 
fio ;  (fig.)  ordido  com   ardil. 

TRiNGAFio,  s.  m.  fio   brauco    usado  por 
sapateiros;  (fig.)  meio  indirecto,  astúcia. «. 
g.  Levar  os  cousas  por  — «. 
TRiNCAL.  V.  lineal. 

TRiNCALBcz,  s.  m.  Moraes  escreve  erra- 
damente trincalhos.  Bluteau  diz  que  nas 
ilhas  dos  Açores  e  particularmente  na  de 
Flores  e  Corvo,  trincalhaes  são  sinos. 

TRiNCANis,  s.  m.  (do  Fr.  trinquenir,  nas 
galés  as  taboas  uais  altas  do  costados),  (t. 


TUI 


Tíil 


745 


naut.),  rego  por  onde  corra  a  agua  no  in- 
terior do  navio  ao  pó  dos  embornaes.         ^ 

JV.  B.  Na  ultima  ediçào  de  Moraes  vem 
ornidamente  tricanis, 

TRINCAR,  «.  a.  (do  lat.  trunco,  are]j  cor- 
tar cora  03  dentes,  roendo  ]v.  g.  —  o  peixe 
a  seòela,  roê-la  ;  (fig.)  escapar  levando  cou- 
sa alheia.  —  a  amarra,  corta-la. 

TRiTSCAR,  V.  n.  estalar,  cortado  pelos  den- 
tes: rebentiir,  v.  g.  a  amarra.  Trincou- 
lhe  a  amarra  pela  proa.  —  por  uma  lingua- 
gem, (fig.)  cortar,  lallar  mal. 

TRINCHA,  s.  f.  (ant.)  trincheira ;  ferro 
cortante  como  enxó  com  que  os  carpintei- 
ros alimJJam  buracos  no  meio  das  peças  dos 
carros. 

TRINCHA,  (do  Fr.  tranche),  apara  delga- 
da que  se  corta  com  trincha  ou  faca,  ta- 
lhe ;  V.  g,  -^  de  presunto. 

TRINCHADO,  A,  p.  p.  de  triuchar ;  adj. 
cortado  com  trincha  ou  faca  de  trinchar; 
retalhado,   acutilado. 

TRINCHANTE,  s.  m,  O  quo  triucha  vianda  ; 
V.  g.  —  mór,  official  da  casa  real  que  trin- 
cha o  comer. 

TRINCHAR,  V.  a.  (Fr.  traneher,  do  Lat, 
trans,  e  seco,  are,  cortar),  cortar  o  comer 
no  trincho  ou  sem  elle,  v.  g.  —  aves.  — , 
em  sentido  abs.,  fazer  oííicio  de  trinchan- 
te. Trinchar,  (t.  de  alfaiate),  dar  com  a 
tesoura  cortes  na  baioha,  para  que  assen- 
to bem. 

TRiNCHEA.  V.  Trincheira. 

TRINCHEIRA,  s.  f.  (Fr,  tranchée),  cava  ou 
vallo  aberto  com  terra  levantada  para  ser-r 
vir  de  parapeUo  aos  soldados,  e  defensa  ao 
campo  ou  ao  exercito  siliador.  v.  g.  Abrir 
a  — ,  contra  praça  forte.  Forçar  as  — s  do 
inimigo. 

TRiNCHEiRADO.  V.  Entrincheirado. 

TRiNCHEiRAR.  V.  Entrincheirar. 

TRiNCHEiRiNHA,  s.  f.  diminut.  de  trin- 
cheira. 

TRiNCHETE,  s.  m.  diminut.{¥T.  tranchei), 
faca  de  sapateiro 

TRINCHO,  s.  m.  prato  sobre  que  se  trin- 
cha o  comer ;  de  ordinário  era  de  páo  ;  a 
parte  por  onde  se  trincha  facilmente  a  a\e. 
V.  g.  Saber  o  —  ás  viandas.  — ,  escude- 
la de  páo  ;  taboa  sobre  que  se  põe  a  coa- 
lhada apertada  pelo  cincho. 

TRINCO,  s.  m.  (voz  imitativa),  estalinho 
que  se  dá  com  os  dedos ;  som  semelhante 
ao  d'este   estahnho. 

TRiNCOLHOs-BRiNCOLHOs,  5.  m.  pi.  brin- 
cos  de  meninos,  frandulsgens. 

TRINDADE,  s.  f.  (Lat.  trinitas,  tis),  união 
de  três  pessoas,  entidades  dislinctas  em  uma 
só  divindade,  mysterio  da  religião  chris- 
tã.  — s ,  (fig  ) ,  a  hora  da  tarde  em  que 
nas  terras  catholicas  se  rezam  asavemarias. 

VOL.   lY. 


tJ.  g.  Tocar  as  —s,  tocar  os  sinos  três  ve- 
zes. 

TRiNiTARio,  A,  adj.  reiigioso  da  trinda- 
de ;  subst.  V.  g.  Os  — s,  religoisos  trinos. 

TRINO,  A,  apj.  (Lat.  trinus),  que  consta 
de  três.  v.  í/.  Aspecto  — ,  (phr.  da  astrolo- 
gia). Os  — s,  subs  os  religiosos  da  trinda- 
de. 

TRiNOMio,  A,  adj.  de  três  nomes. 

TRINQUE,  s.  m.  cousa  do  — ,  nova  que 
ainda  não  sérvio.  Capa,  vestido  do — .Viei- 
ra. Arte  de  Furtar. 

TRINQUE  TA.  V.  Tranqucia. 

TRINTA,  adj.  num.  dos  2g.  [hàt.  trigin- 
ta,  Fr.  trente,  Ital.  trenta),  três  vezes  dez, 
três  dezenas. 

TRiNTAiRo,  (ant.)  V.  Trintario. 

TRiNTARio,  s.  m.  {trinta,  des.  ário),  exé- 
quias qne  se  faziam  trinta  dias  depois  da 
morte  v.  g.  Um  —  de  missas,  consecuti- 
vas, celebradas  em  diversos  dias  ou  no  mes- 
mo dia.  —  cerrado,  em  que  os  sacerdotes 
diziam  orações  por  algum  defunto  sem  se 
apartar  do  cadáver ;  —  aberto,  durante  o 
qual  os  sacerdotes,  depois  de  rezar  se  re- 
tiravam para  seu  domicilio.  ír-se  chegan- 
do p«ra  o  trintario ,  para  a  mor- 
te. 

TRINTENA,  s.  f.  (Fr.  tríntainc),  a  trigési- 
ma parte. 

TRIPA,  s.  f.  (Fr.  iripe.  Este  termo,  com- 
mum  a  quasi  todas  as  línguas  da  europa, 
não  tem  origem  conhecida  ,  Court  de  Gé  • 
belin  o  refere  ao  radical  de  stringerr.  isto 
ó  a  inter,  entre,  ou  intra,  dentro.  Eu  creio 
que  vem  do  Gr.  trepo,  volver,  agitar,  re- 
volver. Os  Gregos  modernos  pronunciam 
tripu),  intestino,  canal  intestinal  do  homem 
e  dos  animaes.  tj.  (/.  Levaras — 5  nas  mãos, 
ter  o  ventre  roto.  Viajar,  viverá  —  forra, 
(chulo),  á  custa  alheia.  Fazer  das —«cora- 
ção, fazer  das  fraquezas  forças. 

TRiPAGEM,  s.  f.  (des.  colloct.  agem),  to- 
das as  tripas. 

TRiPALHADA,  s.  f.  (dos.  collct.  alhada), 
muitas  tripas. 

TRiPARTiTO,  A,  adj.  (Lat.  tripartitus) , 
dividido  em  três   partes. 

TRIPÉ,  s.  m.  (Fr.  tripé),  nome  de  um  es- 
toffo. 

TRipFÇA,  s.  f.  (Lat.  tripus,  odis).  assen- 
to de  três  pés,  de  páo  ou  ferro. 

TRIPEIRA,  s.  f.  mulher  que  vende  tripa. 

TRiPEíRO,  s.  m.  homem  que  vende  tripas 
homem  que  vive  principalmente  de  tripas. 

TRiPETREPE,  ãdv.  pó  auto  pó,  de  mansi- 
nho. 

TRiPHTHONGO  OU  TRiTONGO,  como  do  Or- 
dinário se  pronuncia  [e  escreve  (Lat.  tri~ 
phthongus,  do  Gr.  tri,  perf.,  e  phthengo- 
mia,  soar),  três  vogaes  seguidas  pronuncia- 
187 


746 


TRl 


TRI 


das  de  um  só  jacto  de  voz ;  v.  g.  em  Por- 
tuguez  feiOf  baio,  raio. 

TJRiPLE,  adj.  dos  t  g  triplica,  triplicado, 
composto  de  três. 

TRIPLICADO,  A,  ttdj .  (Lat.  tripHcatus,  tri 
pref.,  e  plicatus,  dobrado),  tresdobrado  ;  p. 
p..sup.  de  Triplicar. 

TRIPLICAR,  V.  a.  tresbordar ;  (fig.)  mul- 
tiplicar. 

tríplice,  ad;  dos  2  g,{L9it.  triplex^cis), 
tresdobrado. 

TRiPLiciDADE,  $.  f.  (Lat.  tripUcitas,  tis), 
aspecto  trino ,  na  astrologia ;  o  ser  tri- 
plo. 

TRiPÓ,  s.  m.  (Lat.  tripus,  odis),  tripeça 
com  assento  de  coiro  ;  consta  de  um  peda- 
ço de  coiro  triangular  pregado  em  três  pés 
iguaes  que  lhe  servem  de  pés. 

TRiPODA,  s.  m,  ou  f.  V.  Tripode. 

TRipoDE,  s.  f.  (Lat.  tripus,  odis],  tripe- 
Ça ;  em  que  se  assentavam  as  sacerdotizas 
para  dar  as  respostas  aos  oráculos;  vaso 
antigo  precioso  com  três  pés. 

TRiPODO,  A,  adj.  da  feição  de  tripode ; 
«  as  aras  — s.  »   Elegiad. 

TRipOLAçÃo,  s.  /".  (V.  Tripolar),  esquipa- 
ção  de  marinheiros. 

tripolado  ,  A  ,  p.  p.  de  tripolar  ;  adj. 
provido  de  Iripolação. 

TRIPOLAR,  V.  a.  (talvez  do  Fr.  ant.  trou- 
fe/e,  tropa,  multidão),  prover  de  tripolação, 
esquipar ;  —  os  navios. 

TRIPOLI,  (geogr.)  o  mais  oriental  dos  Es- 
tados-Barbarescos,  entre  o  Egypto  a  E.,  o 
estado  de  Tunis  a  0.,  o  deserto  de  Fez- 
zan  ao  S, ;  1,500,000  habitantes.  Capital 
Tripoli. 

TRIPUDIADO,  A,  p,  p.  do  tripudiar;  adj. 
Baile,  daasa  — . 

TRiPUDiANTE,  ttdj.  dos  2.  g.  (Lat.  tripu- 
dians,  tis,  p.  a.  de  tripudio ,  are],  que 
tripudia. 

TRIPUDIAR,  V.  n.  (Lat.  tripudio,  are), 
bailar  batendo  com  os  pés  e  dando  sapa- 
teadas. 

thipudio,  8.  m.  (Lar.  tripudium),  baile, 
dansa  sapateada. 

TRiQUERAL,  s.  m.  (Fr.  triqueballe),  ma- 
china  de  transportar  peças  de  artilharia. 

TRiQUESTROQUEs,  s.m.pl.{t.  chulo),  tro- 
cados  de  palavras,  períodos  de  som  seme- 
■ Ihante. 

TRiQUETE,  s.  w,  (t.  chulo).  A  cada  — , 
a  cada  passo. 

TRiQUETRAz.  V,   Traquiiias. 

TRiREGNo,  s.  m.  O  seuhorio  de  três  rei- 
nos, de  três  coroas. 

THiREME,  s.  f.  (Lat.  triremis],  galé  ou 
navio  de  três  ordens  de  remos  usado  pelos 
Romanos,  e  outras  nações  antigas. 

TBis,  s.  m.  (voz  imitativa  do  som  de  vi- 


dro quebrado),  (t.  chulo).  í?.  ^í.  Escapou  por 
um  — ,  por  um  nada. 

TRisAGio,  s.  m.  (Lat.  trisagium,  do  Gr. 
tri,  pref.,  e  haghios,  santo],  hymno  qne 
se  canta  na  Igreja  grega,  hymno  á -trinda- 
de, em  que  se  repete  trez  vezes  santo. 

TRiSAGO,  s.  m,  carvalhinha,  planta. 

TRISAVÔ.  V.  Tresavô. 

TRISAVÔ.  V.  Iresavó. 

TRisCA,  s.  f.  (p.  us.)  rixa,  briga. 

TRiscAR,  V.  n.  (do  Gr.  tyrkhô,  quebrar) 
ter  briga  com  alguein ;  enredar. 

TRiSMEGiSTO,  adj.  m.  (Lat.  trimegistus,  do 
Gr.  iris,  três,  meghitos,  superl  ,  máximo, 
muito  grande)  três  vezes  máximo.  Mercúrio 
— ,  Hermes  — . 

TiusNETO    V.  Tresneto. 

TRissYLLABO,  A,  ttdj.  quc  tem  três  sylla- 
bas.  Palavra  — . 

TRISTE,  adj.  dos2g.  {tat.  iristis.  que  al- 
guns dizem  ser  formado  de  ater,  lúgubre. 
Court  de  Gébelin  o  deriva  do  Céltico  tru,  si- 
nistro, funesto.  Nós  cremos  que  vem  do  Gr. 
teirô,  aííligir,  atormentar)  desconsolado,  pe- 
nalisado,  aíílicto.  O  animo,  o  semblante  — . 
— ,  desgraçado,  infeliz.  —  de  mim  10  — 
de  mim ,  s.  As  — s  ,  horas  de  estudo  na 
universidade  de  Coimbra.  Os  — s,  anneis  que 
as  mulheres  traziam  em  torno  da  cabeça. 

TRiSTEGA,  s.  f.  (ant.)  a  parte  superior  de 
casa  de  três  andares,  aguas  furtadas. 

TRISTEMENTE,  adv.  [meutc  suíT.)  com  tris- 
teza. 

TRISTEZA,  s.  f.  ([  at.  tristitia)  estado  tris- 
te do  animo,  magoa,  aítlicção,  pena.  Tomar 
—  de  alguma  cousa.  Tomar  a  —  posse  dos 
ânimos.  Éntregar-se  á — . 

SYN.  comp.  Iristeza ,  tristura.  Ambas 
estas  palavras  são  o  contrario  |de  alegria^ 
com  tudo,  pela  variedade  das  terminações, 
tristeza  exprime  a  qualidade  que  faz  o  ho- 
mem triste,  ou  a  paixão,  ou  estado  a  que 
damos  este  nome  ;  e  tristura  parace  refe- 
rir-se  mais  propriamente  aos  eíTeitos  d'esta 
paixro,  e  ás  mostras  que  ordinariamente  se 
notam  na  pessoa  triste. 

TRISTEMENTE,  adv.  supcrl.  de  tristemen- 
te. 

tristíssimo,  a,  adj.  superl.  de  triste. 

TRISTONHO,  A,  adj.  dc  semblante  triste. 
Lugar  — ,  tétrico,  que  inspira  tristeza. 

TRISTURA,  s.  f.  (ant.)  tristeza. 

trisulco,  A,  adj  (Lat.  trisulcus]  de  três 
pontas.  O  —  raio.  A  —  língua,  de  serpen- 
te. 

TPisYLLABO.  T.  Trissylabo. 

TRITÃO,  s.  m.  (Lat.  eGr.  triton)  (myth.) 
monstro  marinho  meio  homem  meio  pei- 
xe. 

TRiTONGO.  V.  Triphthongo. 

TRiTONO,  s.  m.  (mus.)  intervallo  dissonan- 


TRI 


lao 


747 


le  composto  de  três  tons,  e  que  consiste  na 
razão  oe  45  para  ;i2. 

TRITURA,  s.  f.  (Lat )  V.  Trituração. 

TRiTURAtio.  s.  f.  o  acto  tlo  triturar ;  o 
estado  do  corpo  triturado. 

TRITURADO,  A,  p.f.  do  triturar  ;  arf/.  pi- 
sado, moldo  em  pó. 

TRiTUBAR,  tj.  tt.  (Lat.  íníMfO,  are)  redu- 
zir a  pó,  moer,  pulverisar. 

TRUMpnADO,  A,/j.  p.  detriumphar  ;  adj. 
quo  triumphou.  Cousa — ,  (p.  us.)  de  quese 
alcançou  triumpho. 

TRiLMPOADOR,  s.  m.  O  que  alcançou  vi- 
ctorias  e  obteve  as  honras  do  triumpho.  Co- 
sar  —  da  Africa,  do  Egypto  e  das  Galhas  — . , 
adj.  que  triumphou,  venceu,  obteve  victo- 
ria,  viclorioso. 

TRiuMPHAL,  adj.  dostg  [LdX.  triumpha^ 
lis]  próprio  do  triumpho  ,  que  serviu  ao 
triumpho.  Coroa,  carroça,  carro,  arco  — ; 
viclorioso  •  armas  triumphaes.  Ileroe  — , 
victorioso,  que  triumphou. 

TiuuMPHALMENTE,  ttdv.  [mente  suff.)  em 
triumpho  em  modo  de  triumpho  ;  de  modo  a 
merecer  honras  de  triuraphador. 

TRiUHPHANTE,  adj  dos  2  Q.  [Idit.  tríum- 
j)hans,  tis)  que  triumpha,  victorioso,  trium- 
phal.  A  parte  —  da  carroça,  onle  vai  o 
triumphador. 

TRiuMpHAR,  V.  íi.  (Lat.  triumpho,  are, 
do  Gr.  thríambos,  de  thrion,  folha,  e  am- 
bainó,  cingir)  receber  as  honras  do  trium- 
pho, a  coroa  triumphal,  etc,  por  victoria 
decisiva  alcançada  sobre  o  inimigo,  v.  g. 
triumphou  dos  Parthos,  das  Galhas  ;  conse- 
guir victoria  total.  Amor  triumpha  dos  co- 
rações ;  (fig.)  gloriar-se,  exultar  por  ter  con- 
seguido a  empresa  tentada.  —  ,  v.  a.  (p. 
us.)  fazer  triumpha  nte,  glorioso:  «  aquelles 
a  quem  um  valor  heróico  triumphou,  »  fez 
triumphar.  — fama  ao  autor,  afamar.  «  — 
a  vida  com  prazeres.  »  Eufr.  — se,  v.  r.  (ant.) 
fazer-se  triumphante,  vencer,  gloriar-se. 

TRIUMPHO,  s.  m.  (Lat.  triumphus.  V. 
Triumphar)  honra  que  se  concedia  aos  ge- 
neraes  romanos  que  alcançavam  victoria  de- 
cisiva do  inimigo,  ou  que  subjugavam  uma 
nação.  Eram  levados  em  carro  magnifico, 
ornados  de  coroa  de  louro,  ao  Capitólio,  e 
diante  do  carro  iam  presos  os  reis  ou  chefes 
vencidos,  etc.  — ,  (fig.)  victoria  grande  dos 
iuimigos,  na  guerra,  ou  do  adversário  ;  ven- 
cimento das  paixões. 

TRIUMPHO,  (geogr.)  villa  da  província  de 
São  Pedro  do  Rio  Grande,  no  Brazil,  na  mar- 
gem esquerda  do  rio  Taquari  e  perto  do  seu 
confluente  cjm  o  Jacuhi,  12  léguas  ao  poen- 
te da  cidade  de  Porto- Alegre  ;  3.462  habi- 
tantes. 

TRiuMPHoso,  A,  adj.  (des.  oto)  triumphan- 
te, cheio  de  triumpho. 


TRiuMviR  ou  TRiuHviHo,  s.  m.  (Lat.  írium- 
vir)  membro  dqtriumvirato. 

TRiuaviRAL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  trium- 
viralis)  pertencente  ao  triumvirato. 

TRiUMviRATO,  (hist.)  juuta  suprcma  de 
três  magistrados,  na  antiga  republica  roma- 
na. O — ,  os  três  usurpadores  que  se  apode- 
raram da  autoridade  suprema  em  Roma.  O 
—  dos  padres  gregos,  os  três  maiores  entre 
os  padres  gregos. 

TRIUNFAR.  V.  Triumphar,  etc. 

TRIVIAL,  adj.  dos  l  g.  (Lat.  trivialis,  de 
trivium,  lugar  onde  se  encontram  três  ruas) 
commum,  vulgar,  corriqueiro,  sabido  de  to- 
dos. Expressões  iriviaes,  baixas. 

Syn.  comp.  Trivial,  vulgar,  familiar. 
O  estylo  elevado,  oratório  e  poético  rejei- 
tam tudo  que  ó  trivial,  vulgar,  familiar; 
mas  nem  por  isso  se  devem  ter  em  igual 
conta  estas  três  espécies  de  pensamentos  ou 
de  expressões,  que  entre  si  muito  differem, 
e  é  mister  não  confundir. 

Chama-se  familiar  o  que  tem  relação  com 
a  familia  ou  se  usa  em  familiaridade,  e  em 
litteratura  se  pôde  chamar  commum,  por- 
que é  conhecido  de  todos,  e  nada  tem  de 
novidade.  Se  um  pensamento  ou  uma  ex- 
pressão não  só  é  familiar,  mas  é  commum 
ao  ponto  de  andar  na  boca  do  vulgo,  é 
vulgar ;  e  se  entre  o  vulgo  mesmo  for  tão 
trilhada  que  cora  frequência  a  repitam  ain- 
da os  mais  ignorantes,  chega  a  ser  o  que 
se  chama    trivial. 

O  familiar  é  ameno,  engraçado,  elegan- 
te, correcto,  e  pôde  ter  certa  sublimidade 
que  lhe  é  própria  ;  o  vulgar,  e  ainda  mais 
o  trivial,  é  grosseiro,  insípido,  por  vezes 
indecente  ou  estulto,  e  dista  tanto  do  fa- 
miliar, quanto  o  familiar  dista  do  eloquen- 
te e  grandiloco. 

TRIVIALIDADE,  s.  /.  O  ser  trivial ;  baixeza, 
v.  g.  —  de  um  pensamento,  das  expressões. 

TRiviALisADO,  A,  p.  p.  do  trivialisar  ;  adj. 
vulgarisado,  feito  trivial. 

TRiviAUSAR,  V.  a,  fazer  trivial,  vulgari- 
sar  á  plebe  :  —  os  segredos  doestado. 

TRiviALissiMO,  A,  ttdj .  supcrl.  de  trivial. 

TRIVIALMENTE,  adv,  [mente  suff  )  com  tri- 
vialidade, vulgarmente,  dj  modo  trivial. 

TRivio,  s.  m.  (Lat.  trivium]  flugar  onde 
se  encontram  três  ruas  o  a  caminhos,  ou  on- 
de se  dividem. 

TRivuDAR.  V.   Tributar. 

TROADA.  V.  Atroada. 

TROADOR.  V.  Atroador. 

T  RO  ANTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Tonante. 

TROAR,  o.  o.  V.  Atroar. 

TROAR,  V.  n.  V.  Trovejar. 

TROCA,  s.  f.    (Fr.  troe)  o  acto  de  trocar, 
permutar  uma  cousa  por  outra  equivalente; 
mudança,  emenda  de  hábitos,  devida. 
187  . 


I 


748 


TRO 


TRO 


TROCADAMENTE,  adt).  {mente  suff.)  com  in- 
versão. Usar  as  letras  — ;  reciprocamente, 
mutuamente. 

TROCADILHO,  s.  m.  iuversão,  troca  de  pa- 
lavras. 

TROCADO,  A,  p.  p.  de  trocar;  adj.  per- 
mutado ;  investido  ,  substituido.  Amor  — , 
mutuo,  reciproco.  — ,  (p.  us.)  mudado.  «  Tão 
—  de  quem  eras. »  Lobo.  Olhos  — s,  do 
vesgo. 

TROCADOR,  A,  s.  pessoaquo  troca,  permu- 
ta, V.  g.  —  de  dinheiro,  papel  moeda,  b3s- 
tas;  adj.  que  troca. 

TROCADOS,  s.  m.  pi.  — de  palavras,  in- 
versão. 

TROCA»,  V.  a.  (Fr.  írogwer,  Ingl.  eAnglo- 
Sax.  truck)  permutar,  dar  uma  cousa  por 
outra,  V.  g. —  dinheiro,  dando  o  equiva- 
lente em  peças  miúdas.  Troquei  o  cavailo 
por  uma  égua.  Não  me  troco  por  ti,  istoé, 
julgo  valer  mais  qae  tu,  ou  não  quizera  ser 
o  que  tu  és.  — ,  substituir,  v.  g.trocaram- 
me  o  chapéu,  a  capa. — .  inverter  a  ordem, 
ou  o  sentido,  v.  g.  — as  palavras,  ou  sub- 
stituir outras  em  lugar  das  próprias.  —  o 
nome,  mudar,  tomar  outro  nome.  —  os  cos- 
tumes, mudar.  O  tempo  —  a  face  das  cou- 
sas. —  as  pernas,  dansando,  cruzá-las. 

TROCAS-BALDROCAS,  S.  f.pl.  (chulo)  trOCaS, 

barganhas, 

TROCAVEL,  adj.  dos%g.[àQS.atel)  que  se 
podo  trocar. 

TROCER.  V.   Torcer,  etc. 

TROCHA,  s.f.  (ant.)  caminho  torcido,  des- 
viado, atalho.  E'  corrupção  de  torcer. 

TROCHADO,  A,  p.  p.  de  trochar ;  adj.  Cano 
de  espingarda  — ,  forte,  reforçado. 

TROCHAR,  V.  a.  (cremos  que  vera  do  Fr. 
tors,  torcido)  torcer  e  reforçar  o  cano  de  es- 
pingarda. 

'   TROCíiENociiE^  adv.  (chulo)  A — ,  confu- 
samente, 

TROCHEO.  adj,  (o  eh  sôa  k  :  Lat.  trochaus, 
do  Gr.  trêkhò,  correr,  e  trôkhos,  corrida)  pé 
de  verso  grego  e  latino  composto  de  uma 
syilaba  longa  e  outra  breve.  Pó — . 

TROCnisco,  s.  m.  (Lat.  trochicus,  do  Gr. 
irúkhô,  cortar)  (pharm.)  pastilha,  ou  roU- 
nho  de  massa  medicinal. 

TRôciio,  s.  m.  (do  Fr.  ant,  trance,  tronco, 
toro)  bordão,  pedaço  de  pao  tosco, 

TROCHOELA,  s.  f.  (prov.)  bacaUiau,  pei- 
xe. 

TROCiFAL  ou  TuRCiFAL,  (geogr.)  povoação 
de  Portugal,  situada  quasi  7  léguas  ao  N. 
de  Lisboa  e  a  meia  legaa  de  Torres-Vedras, 
1,780  habitantes. 

TROCisco.  V.  Trochisco. 

TROCO,  s.  m.  (de  trocar]  (ant )  troca,  v. 
g. — de  prisioneiros.  — ,  peças  miúdas  de 
moeda  que  se  dão  por  peça  de  maior  valor. 


A  —  de,  em  troca,  em  compensação.  Dei- 
xamse  illudir  a  —  de  boas  promessas. 

TROÇO,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  tronce,  tronco 
de  arvore)  pau  tosco  e  roliço,  toro  ;  pau  qua- 
drado ;  peça  em  que  se  formam  os  degráos 
de  escada  de  escalar  muros.  Escada  de  três 
troços.  — ,  (milit.J  parte,  porção  de  ura  cor- 
po de  tropa.  Um  —  de  cavallaria,  do  exer- 
cito ;  —  da  armada ;  de  gente,  povo.  A  — s, 
com  interrupções. 

TROCULO.  V.  Torculo. 

TROFA,  s.  f.  (t.  da  I*eira)  capa  de  junco 
contra  a  chuva. 

tRoféo.  V.  Trophéo. 

TROGALHO,  s.  m.  (plob.)  peça  com  que  sq 
ata. 

TROGLODITAS,  s.m.  pi.  (os etjmologistas 
o  derivam  do  Gr.  troklé,  caverna,  e  dynô, 
penetrar,  que  habita  cavernas.  Eu  creio  que 
vem  de  trógô,  comer,  e  lótôs,  que  vive  de 
lotos)  povos  antigos  daEthiopia. 

TROu,  s.  m.  jogo  antigo,  hoje  chamado 
canas. 

troia'  (geogr.)  capital  da  Troade  e  de 
toda  a  Tróia,  no  reverso  do  Ida,  e  sepa- 
rado do  mar  uma  planície. 


SOBRANOS    DE     TRÓIA. 


Scamandro,  antes  de  Jesu-Christo  1614 

Tancer       ..       ..       ..       ..       ..  1590 

Derdano      1568 

Eurichfonio        1539 

Tros           ..       ..       146a 

lio              1403 

Laomedon          ..       ....       ..  1347 

Priamo      1311-1270 


trolha,  s  f.  (Fr.  truelle,  d'onde  é  deri- 
vado o  Ingl.  troivel,  que  Moraes  dá  como  ra- 
dical, ambos  do  Lai.  trulla)  pá  que  os  pe- 
dreiros tem  na  mão  esquerda  com  a  cal  amas- 
sada de  que  se  vão  servindo. 

trolho,  s.  m.  (ant.)  medida  provincial  de 
grãos  que  leva  meio  selamim. 

TROM,  í.  m.  (do  Lat.  tonitru,  trovão,  voí 
imitativa)  machina  bellica  de  atirar  pedras; 
o  som  dos  canhões;  peça  de  artilharia.  «A 
bombarda  lhe  chamaram  — .  »  Barros  , 
Gram. 

TROMBA,  s.  f.  (Fr.  trompe,  do  Lat.  trum- 
pa.  V.  Trombeta)  trombeta  —  do  elephan- 
te,  proboscis,  prolongsçãoouca,  muscular  e 
flexível  terminada  por  uma  espécie  de  dedo 
com  que  o  animal  toma  corpos  =  pequenos  ; 
com  a  tromba  sorve  líquidos  e  leva  á  boca 
o  alimento;  com  elli  abraça,  levanta  e ar- 
remessa corpos  pesados. 


TRO 


TRO 


749 


A  definição  que  dá  Moraes  da  tromba  do 
elephanle  é curiosa,  e  para  recreio  do  leitor 
vou  transcrevê-la  :  «  o  nariz  do  elefante  lon- 
go como  uma  cana  muito  grossa. »  —  da 
chaminé,  cano  por  onde  saho  o  fumo.  Fa- 
xer  —  a  alguém,  má  cara.  —s,  (naut )  tron- 
coi  com  muitas  raizes  que  se  encontram  na 
paragem  das  iíhas  do  Tristão  da  Cunha.  Pi- 
mentel. — s,  {aut )  diz  o  Elucidário  que  pa- 
rece ser  insígnia  como  maças  quo  se  con- 
servam em  algumas  collegiadas.  Kós  incli- 
namo-nos  a  crer  com  Moraes  que  eram  trom- 
pas, instrumentos  musicoj. 

TROMBA,  adj.  f.  Abobra  — ,  quo  tem  a 
forma  de  tromba. 

TROMBA,  (geogr.)  serra  do  Brazil,  na  pro- 
víncia da  Bahia,  na  distancia  do  8  léguas 
ao  NE.  davilla  do  Rio  de  Contas. 

TROMBÃO,  s.  m.  augment.  de  tromba  , 
trombeta  grande  ;  o  som  d'ella  ;  trombeta 
grande  que  se  alonga  e  encolhe. 

TROMBEJAR,  t).  11.  dar  pancada,  golpe  com 
a  tromba  ou  focinho  ;  fazer  carrancas. 

TROMBETA,  s. /".  (Fr.  trompetc,  Ital.  írom- 
ha,  trombelía,  do  rad.  imitativo  írom,  eGr. 
boaò,  resoar,  fazer  estrondo)  instrumento 
musico,  bellico,  metallico,  e  de  sopro,  for- 
mado de  um  cano  retorcido  e  terminado  por 
bocca  campanuda.  Dar  á  ou  ás  — ,  para 
fazer  marchar  a  cavallaria,  ou  investir  com 
o  inimigo.  Tremer  antes  da  — ,  antes  de 
ella  soar,  antes  do  perigo.  —  bastarda,  que 
tem  o  cano  mais  estreito,  e  dá  som  mais 
agudo.  —  marinha ,  instrumento  musico 
triangular  ou  redondo  da  forma  pyramidal, 
de  quatro  ou  cinco  pés  de  alto,  com  cava- 
lete a  modo  de  rabecão  e  uma  só  corda  gros- 
sa, que  ferida  com  arco  dá  um  som  seme- 
lhante ao  da  trombeta.  Tocar — .  Podar  a — , 
é  deixar  na  cepa  velha  a  vara  do  vinho,  e 
diante  um  terçào.  — ,  s.m.  o  homem  quo 
toca  trombeta  nos  regimentos  de  cavallaria, 
trombeteiro. 


Era  mancebo  grande  negro  e  feio 
Trombeta  de  seu  pai  e  seu  correio. 
Camões,  Lus. 


TROMBETKiRA,  s.  f.   tocadora  de  trombe- 


ta. 

TROMBEiEiROj  s.  1».  tocador  de  trombe- 
ta. 

TROMBETiNHA,  s.  f.  dimínut.  de  trombe- 
ta, trombeta  pequena. 

TROMBONE,  *.  m.  (Uai.)  trombeta  grande 
que  se  alonga  e  encolhe. 

TROMBONio,  s.  w.  especio  de  narcizo,  plan- 
ta. 

TROMBUDO,  A,  ãdj ,  {ifombâ,  des.  udo)  que 
tem  tromba  ;  (íig.)  carrancudo. 

tOL.   IV, 


TROMPA,  s.  f.  instrumento  musico  de  so- 
pro maior  que  a  trombeta  bellica  o  mais  so- 
norosa; usada  em  orchestras. 

TROMPETA.  V.  Trombtla. 

TRONANTE.  V.  Atroante^  Atroador. 

TRONAR.  V.  Trovejar. 

TRONCADAMENTE,  ttdv.  {mente  suff.)  do  um 
modo  troncado 

TRONCADO,  A,  p  p.  de  troncar  ;  adj,  cor- 
tado do  tronco.  Ossos,  membros  — s.  Pa- 
lavras — s. 

TRONCAR,  V.  a.  (Lat.  trunco,  are.  Gr. 
trukhô,  cortar,  romper,  quebrar  ;  do  trans, 
esecare,  cortar)  cortar  do  tronco,  v.  g.  — 
os  membros  do  corpo,  os  ramos  da  arvore  ; 

—  a  cabeça.  —  vidas,  (fig  )  matar.  —  as 
pal.ivras,  os  períodos,  tirai  alguma  parte. 

—  a  historia,  não  a  acabar,  omitlir  algu- 
ma parte  d'ella. 

TRONCAssiA,  s.  f.  dircito  que  se  paga  ao 
tron  ]ueiro-mór,  de  peixe  pescado  nos  do- 
mmgos  e  dias  santos. 

TRONCHADO.  A,  p.  p.  dtí  tronchar ;  cor- 
tado rente,  feito  troncho,  troncado. 

TRONCHAR,  V.  a.  (Lat.  truncare,  Fr.  ant. 
tronce,  tronco,  troncer,  troncar)  cortar  ren- 
te, fazer  troncho ;  cortar  as  orelhas,  v.  g. 
a  cães. 

TRONCHO,  A,  adj.  cortado  rente,  tronca- 
do. Cão  —  ,  que  tem  as  orelhas  corta- 
das. 

TRONCHO,  s.  m.  (do precedente)  o  mem- 
bro ou  peça  que  se  cortou  do  tronco. 

TRONCHUDO,  A,  adj.  (dts.  udo)  Aq  gran- 
des e  grossos  talos.  Couve  — ,  que  tem  os 
talos  grossos  e  poucas  folhas. 

TRONCO,  s.  ni.  (Lat.  truncus,  Aq  trunca- 
re, troncar)  aparte  da  arvore  que  flca  entre 
a  raiz  e  a  rama ;  cepo,  (fig.)  pessoa  estúpi- 
da, insensível.  —  do  corpo  humano,  ©cor- 
po, sem  comprehender  a  cabeça  nem  as  ex- 
tremidades, os  braços,  coxas  e  pernas.  —  de 
geração,  a  pessoa  d'ond8  ella  procedeu,  em 
quem  começou  a  nobreza  da  Imhagem,  da 
arvore  genealógica.  — ,  cepo  com  olhos  on- 
de se  prende  o  pé  cu  o  pescoço  :  cárcere, 
cadeia  com  grades  ;  (fig.  e  ant.)  prisão,  obri- 
gação. 

TRONCO,  A,  adj.  troncado,  descabeçado, 
mutilado. 

TRONEiRA,  s.  f.  V.  Bombardeira. 

TRONO.  V.  Throno. 

TRONQUEiRO,  s.  w».  guarda  do  tronco  (pri- 
são, cadeia)  carcereiro. 

TROPA,  s.  f.  (Fr.  troupe,  do  Lat.  turba, 
multidão)  companhia  de  cavallaria  ;  nume- 
ro considerável  de  soldados  de  qualquer  ar- 
ma.— s,  gente  de  guerra,  exércitos.  £m — , 
em  formatura  militar-,  por  companhias , 
batalhões,  esquadrões.  Marchar  em  tro- 
pa. 

Ib8 


750 


TRO 


TRO 


TROPEAR,  erro  por  trapear,  o  navio.  V. 
Jrapear, 

TROPEç AMENTO,  s.  m.  [mento  suíT.)  acto 
de  tropeçar. 

TROPEÇÃO,  s.  m.  augment.  de  tropeço, 
grande  tropeço.  Dar  um  — ,  tropeçar. 

TROPEÇAR,  V,  n.  (do  Fr.  trébucher]  esbar- 
rar, toj)ar  em  corpo  que  nos  faz  vacillar  e 
expõe  a  cahir.  Tropeçou  em  um  tronco  de 
arvore.  — ,  (fig.)  commetter  erro  Moraes 
ou  o  seu  additador  termina  o  artigo  dizen- 
do :  «  àlias  torpeçar,  de  torpeço,  Lat,,  »  ety- 
naologia  absurda,  e  por  conseguinte  errada 
orthographia. 

TROPEÇO,  s.  m.  cousa  etu  que  se  trope- 
ça ;  (íig.)  obstáculo,  embaraço.  Pôr  —s  á 
empresa,  á  victoria.  — s  da  memoria,  em 
baraços  causados  por  falta  d'ella.  Pedra  de 
— ,  cousa  que  obsta,  estorva  o  consegui- 
mento  de  algum  negocio  ou  empresa. 

TROPEÇUDO,  A,  ãdj .  (chul.)  sujcíto  a  tro- 
poçar,  por  fraqueza  ou  velhice. 

TRÔPEGO,  A,  adj.  (de  tropeçar)  que  não 
tem  o  uso  livre  dos  membros.  — das  pernas, 
da  língua. 

TRÔPEGO,  TRÓPICO,  ant.  cerrada  orth,  por 
hydropicO. 

TROPEIRO,  s.  m.  homem  que  viaja  cem 
cavalgaduras  de  carga,  recoveiro. 

TROPEL,  s.  m.  (Fr.  ant.,  do  Lat.  turba) 
multidão  tumultuosa  de  gente ;  o  estrondo 
que  fazem  com  os  pés.  De — ,  acÍD.  em  tro- 
pa, tumultuariamente.  — ,  (fig.)  montão, 
grande  numero,  quantidade,  v.  g.  um  — 
de  males,  penas,  necessidades,  calamidades, 
nomes. 

TROPELIA,  s.  /".  desordem,  tumulto  que 
faz  gente  em  tropel.  As  —s  do  mundo,  (ant.) 
revezes. 

TROPEziA,  erro  ant.  e  vulg.  porhydropi- 
sia . 

TROPoÉo,  s.  m.  (Lat.  trophoeum,  do  Gr. 
tropaion,  despojo  do  inimigo  suspendido  a 
uma  arvore :  de  trepo,  derrotar)  primitiva- 
mente era  uma  arvore  desgalnados  os  ra- 
mos, e  penduradas  nellesas  armas,  bandei- 
ras e  despojos  tomados  ao  inimigo  ;  armas, 
despojos  do  inimigo,  monumento  em  que  se 
expõe  as  bandeiras  e  armas  do  inimigo.  — , 
(6g.)  victoria,  triumpho.  «  Theatro  de  seus 
— s. »  Vieira. 

TROPiCAR,  V.  n.  (V.  Tropeçar)  tropeçar  a 
miúdo.  Este  burro  trópica. 

TROPICAL,  adj.  dos  ^Ig.  dos  trópicos,  si- 
tuado debaixo  dos  trópicos.  Regiões,  plan- 
tas tropicaes. 

TRÓPICO,  s.m.  (Lat.  tropicus^  do  Gr.  tre- 
po, voltar).  Os  — s  são  dois  circulos  imagi- 
nários parallelos   ao  equador ,    e  afastadOg 

i 
d'elle  de23  2  gráos,  que  é  o  termo  ou  li- 


mite atá  onde  o  sol  se  aparta  lios  dois  sol- 
sticios.  O  —  do  Câncer  ou  sei^tentrional :  o 
do  Capricórnio  ou  meridional,  O  primeiro 
corresponde  ao  solsticio  estival,  e  o  segundo. 
ao  hyemal. 

THÓPiGO.  V.  Trôpego. 

Tropo,  s.  m.  (Lat.  tropos,  do  Gr.  trépò^ 
virar,  volver)  uso  translato  ou  figurado  que 
se  dá  a  uma  palavra. 

TROPOLOGiA,  s.  f.  [trópo ,  /o^ífl  suíT.)  dis- 
curso moral  allegoric(\  figurado  todo. 

TROPOLOGico,  A,  adj.  figurativo.  Interpre- 
tação — . 

TROQUEZ.  V,  Torquez. 

TROSQUíA.  V.  Tosquia. 

TROSQUIAR.  V.  Tosquiar. 

TRosso,  s.  m.  (do  Fr.  ant.  Irose,  tropa, 
multidão)  forção  de  gente.   Marinheiro  do 

—  ou  do  terço  de  trezentos  alistados  para 
o  serviço  da  armada  real. 

TROTADO,  A,  p.  p.  de  trotar ;  adj.  que 
trotou;  meltido  a  trote.  Cavallo — .  Tinha 

—  dez  léguas. 

TROTÃo,  s.  m.  cavallo  que  anda  de  tro- 
te. 

TROTAR,  v.a.  {trote,  ar  des.  inf )  metter 
de  trote  :  —  o  cavallo.  — ,  v.  n.  andar  de 
trote.  Os  cavallos  inglezes  trotam  bem.  — , 
(fig.)  andar  de  corrida. 

TROTE,  s.  m.  (Fr.  trot,  voz  imitativa)  an- 
dadura natural  do  cavallo  entre  o  passo  e 
o  galope, 

TROTEiRO,  A,  aá/.  quc  anda  do  troto.  Ca- 
vallo — ,  s.  trotão,  corredor,  homem  que 
anda  apressado. 

TROTO.  V.  Trote. 

tROUciar,  (ant.)  V.  Passar,  Exceder, 

tROUfer,  por  Trouxer. 

tROUsar.  V.  Taxar. 

tROuver,  por  Trouxer.  . 

TROUXA,  s.  f.  (do  Fr.  trousse,  trousseau) 
roupa,  fato  envolto,  embrulhado.  — s  de 
ovos,  doce  de  ovos  seccos  feitos  em  canudos. 

TROUXEL,  s.  m.  fardo.  O  Elucidário  diz 
que  é  dim.  de  trouxa. 

TROUxiNHA,  s.  f.  diminut.  de  trouxa,  pe- 
quena trouxa,  embrulho, 

TROTA,  s.  f.  (do  Fr.  trouvère,  trovador) 
composição  em  vulgar.  — s,  composições  poé- 
ticas pouco  polidas. 

TROVADO,  A,  p.  p.  de  trovar ;  adj.  expos- 
to, cantado  em  trovas. 

TROVABOR,  A,  s.  {¥ r .  trohadour)  autor  de 
trovas,  o  que  compõe  trovas. 

TROVÃO,  s.  m.  (alterado  do  Lat.  tonitru) 
estampido  que  faz  no  ar  a  explosão  da  ele- 
ctricidade atmospherica.  Os  trovõe.f  da  ar- 
tilharia. Teu  pai  foi  um  —  de  pataratas.  Bo- 
cage. 

TROVAR,  V.  n.  (Fr.  ant.  trover  ou  troveir, 
inventar)  compor  trovas. 


TIllI 


TUA 


751 


TROVAR,  ant.,  erro.  Y.  Torrar. 

TROVEJAR,  V.  n.  [trovão,  ejar  des  )  haver 
trovões,  soar  o  trovão.  — ,  (poet.)  lançar  o 
trovão  ou  trovões    Júpiter  — . 

TROviNiiA,  s  f.  diminui,  de  trova. 

TROvisCADA,  s.  f.  trovisco  p'sado  que  se 
lança  nos  rios  para  matar  o  pei.xe  V.  En- 
trociscada. 

TROVISCAL,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  concelho  de  Hecardaens,  1,000  habitan- 
tes Ha  outra  no  conselho  da  Certãa  ;  l,3i0 
habitantes. 

TROVISCO,  s.  f.  (talvez  do'  Gr.  órós,  leite 
claro,  sueco  lácteo  das  arvores  ;  ataõ,  fe- 
rir, otTender,  e  iskhys,  força)  arbusto  vul- 
gar que  tem  um  sueco  leitoso  e  amargo  ; 
lança-se  pisado  nos  rios,  para  matar  o  pei- 
xe. 

TROviSQUEiRA,  s.  f.  V.  Trovisco. 

TROVOADA,  s.  f.  [trovão,  des.  ada)  multi- 
dão de  trovões;  (fig.)  grande  estrondo,  v.g. 
—  de  liros,  buzinas,  vozes,  gritaria,  motim. 

trovoar.  V.  Trotejar. 

TRUANAZ,  s.   m.   augment.  de  truão. 

TRUAiVEAR,  V.  n.  [truão,  ar  des.  inf.), 
fazer  truão. 

TRUNiA,  s.  f.  (V.  Truão),  embustes  su- 
persticiosos. 

TRUANiCE,  s  f.  (des.  ice),  dito,  momices 
de  truão ;  impostura^  embuste. 

TRUÃO,  s.  m.  (Fr,  truand),  bobo,  cho- 
carreiro ;  embusteiro,  impOí-tor.  (Pi.  ant.). 
Truáes,  hoje  Truões. 

TRUARiA.  V.  Truania. 

TRUCAR,  V.  n.  (de  truco  ou  truqxhe,  jo- 
go, ar  des.  inf.),  no  jogo  do  truque,  en- 
vidar :  V.  g  —  de  falso,  sem  ter  jogo, 
para  intimidar  o  contrario ;  (fig.)  osten- 
tar u  que  se  não  possue,  blazonar. 

TRUCIDAR,  v.  a.  (Lat.  irucidere),  (p.  us.j, 
malar  cruelmente. 

TRUCo.  V.  Truque. 

TRUCULÊNCIA,  s.  f.  (Lat.  truculentia], 
crueldade  ferina,  ferocidade. 

TRUCULENTO,  A,  adj .  (Lat.  truculentus) , 

TRUFA.  V.    Trunfa. 

TRUFARiA,  s.  f.  (aut.),  escameo,  mofa, 
zombaria. 

TRUFAR,  c.  n.  (do  Ital.  trujfare),  (ant.), 
mofar,  zombar,  escarnecer. 

TRUGiMÁo,  s.  m.  (do  Arab.  ou  Chald. 
torgeman.  interprete  e  directamente  do  Fr. 
truchement],  interpetre,  o  língua,  falante. 

TRunÃo.  V.  Truão. 

TRuiTA.  V.  Truta. 

TRUMÓ,  s.  m.  (Fr.  trumeau).  V.  Tremo. 

TRUNCADAMENTE.  V.  Troncadamente, 

TRUNCADO.  V.  Troncado. 

TRUNCAR,  é  conforme  ao  Lat.  truncare, 
mas  de  truncas  fizemos  tronco.  V.  Tron- 
car,  etc. 


TRUNFA,  s.  f.  turbante,  touca  mourisca, 
antigamente  toucado  de  damas;  v.  g.  — 
de  cabello,  porção  do  cabello  comprido  para 
formar   trança. 

TRUNFO,  s.  m.  (Fr.  triomphe),  naipe  íjue 
em  certos  jogos  ganha  aos  outros  naipes, 
e  que  é  indicado  pela  j carta  que  descobre 
na  mesa  quem  as  distribuo  aos  parceiros  , 
jogo  em  que  se  levanta  o  trunfo  ou  carta 
cujo  metal  deve  predominar. 

truOes  ou  TRUÃES,  fl.  do  truão. 

TRupiRAR,  (ant.),  V.  Estrepitar. 

TRUQUE,  s.  m.  ;ogo  de  três  cartas  entro 
dois  ou  quatro  parceiros  ;  jogo  de  bolas 
vulgarmente  de  taco  ;  —  de  pé,  jogo  seme- 
lhante ao  do  aro,  e  no  qual.  não  se  abai- 
xa quem  joga.  Fazer  — ,  metter  bola  pela 
ventilha  do  bilhar.  —  alto,  é  deitar  a  joia 
do  parceiro  por  cima  das  bordas  ou  varan- 
das da  mesa  de  bilhar.  «  Chamam-lhe  os 
mestre  d'aríe  — s   altos.   »    JNicol.  Tolent. 

TRTJSQUIAR  OU   TROSQUIAR.    V.     Tosquiav. 

TRUTA,  s.  f.  (Fr.  truité],  peixe  de  rio  mui- 
to saboroso  que  vive  nas  laliscas  dos  pene- 
dos. «  fido  se  comem  — s  a  barbas  enxu- 
tas, »  adagio  que  equivale  a  :  não  se  goza 
sem  trabalho  o  que  bem  sabe. 

TRUTESCO,  vem  em  Moraes  por  grotesco 
ou  brutescOf  E'  erro  dos  transcriptores  de 
manuscriptos  antigos  :   í  por  g  ou-  b. 

TRUTiFERO,  A,  adj.  que cria trutas.  v.g. 
Rio  —. 

TRUZ,  interj.  voz  imitativa  de  corpo  que 
cae  e  dá  baque  ao  som  cheio  e  forte. 

TU,  (Lat.  tu,  Sanscrit.  tuam,  Coptico  ou 
nthot  m.,  ntho  f.,  que  me  parece  forma- 
do de  thohem,  chamar),  pronome  da  segun- 
da pessoa  (como  denominam  os  grammati- 
cos),  de  que  usamos  fallando  a  outra  pes- 
soa dirigiodo-lhe  pergunta ,  ou  aííirmando 
d'ella  alguma  cousa,  v.  g.  queres  — ^?  — 
fazes,  queres,  amas. 

TU,  s.  m.  outro  — ,  pessoa  semelhante 
a  ti ;  a  expressão  de  — ,  o  tratar  por  —  a 
outra  pessoa,  signal  de  familiaridade,  v.g. 
Tratar  por  — . 

N.  B.  Usamos  de  tu  codj  pessoa  fami- 
har,  amigo  ou  amada ;  a  mulher  para  com 
marido,  e  ambos  fallando  aos  filhos  ou  aos 
criados.  Também  invocando  o  Deus  usamos 
de  tu. 

TUA,  desinência  femenina  de  teu. 

TUA,  (geogr.)  rio  de  Portugal,  que  nasce 
na  serra  de  Cabrera,  província  de  Valladolid, 
e  havendo  recebido  alguns  aííluentes,  entra 
em  Trás-os-Montes  2  léguas  ao  S.  de  Vi- 
nhaes,  com  o  nome  de  Tuela  ;  unem-se-lhe 
pela  esquerda-o  Baceiro,  e  pela  direita  o  cau- 
daloso Rabaçal  eo  ttagua,  que  correm  da 
Galliza,  e  reunidos  pouco  abaixo  de  Yal- 
de-Telhas,  tomam  o  nome  de  Tua,  haven- 
188  « 


"tb^ 


ÍL'F 


ILM 


do  antes,  pelo  seu  curso  parallclo,  forma- 
do uma  espécie  de  península  que  se.  deno- 
mina Terra  daLonciba. 

TUACA,  s.  f.  (t.  Asiat.),  espécie  de  vinho 
da  '"Ásia.  Barros. 

TUBA,  s,  f.  (Lat  iuha  Creio  q-ae  (5  for- 
mado de  intus,  dentro,  e  hoo^  mugir,  dar 
som  forte.  Court  de  Gébelin  o  os  maisety- 
mologistas  nada  dizem  que  satisfaça),  (t. 
poet.),  trombeta;  (íig.)  estylo  épico. 

TÚBARA,  s.  /".(Lat.  í«6er)i  substancia  ve- 
getal que  nasce  debaixo  da  terra  sem  rai- 
zes,  folhas  nem  órgãos  sexuaes ;  testículos 
de  [carneiro. 

TUBARÃO,  5.  m,  peixe  hxoso  e  mui  voraz; 
tem  duas  ordens  de  dentes. 

TUBARÃO,  (geogr.)  rio  do  Brazil,  na  pro- 
víncia de  Santa  Catharina,  eppeUidado  an- 
tigamente rio  da  Laguna,  nome  que  mudou 
no  de  Tubarão. 

TUBA  ROSA.  V.  Inberosa. 

TÚBERA.  V.  lúbara. 

TuBERÃo.  V.    Tubarão. 

Tubérculo,  s.  m.  (Lat.  tuberculum),iii- 
mor  pequeno  que  vem  ao  bofe  e  causa 
phtisica. 

TUBERCULOSO,  A,  adj .  [áes.  oso),  que  tem 
tubérculos.  Planta — ,  cujas  raízes  sãôbul- 
bosas,  semelhantes  a  túbaras. 

TUBEROSA,  s.  f.  (Fr.  tubéreuse),  angéli- 
ca, flor  que  nasce  de  um  tubérculo,  plan- 
ta bulbosa. 

TUBEROSO,  A,  adj.  (t.  bot.),  bulboso.  v. 
g.  Plantas  — s,  que  brotam  de  raiz  seme- 
lhante a  uma  túbara. 

TUBO,  s.  m.  (Lat.  tubus  ;  mesmo  rad.  que 
tuba],  canudo  :  —  óptico,  óculo  de  ver  ao 
longe,  telescópio. 

TúçARO,  (obsol.)  V.  Hórrido,  Cruel.  E' 
provavelmente  corrupção  do  Lat,  írua?,  eis, 
ferino. 

TUDESCO,  A,  adj.  (alterado  do  Âllemão 
deutsch,  aliemão.  Sala  dos  — s,  no  paço,  a 
sala  em  que  estava  guarda  allemã. 

TUDO,  (ant.)  por  teiide. 

TUDO,  s.  m.  deriv.  do  adj.  todo  (Fr.  tout], 
a  totalidade  das  cousas  de  que  se  trata,  v. 
g,  —  ia  bem  acondicionado  no  navio.  — 
annunciava  próxima  catastrophe.  Sobre 
— ,  adv,  principalmente.  E'  o  meu  — ,  ex- 
pressão carinhosa,  que  equivale  a :  nessa 
pessoa  se  concentra  todo  o  meu  affecto. 

TUFADO,  A,  p.  p.  de  tufar  ;  adj.  incha- 
do com  vento;  (íig.)  inchado  de  sober- 
ba. 

TUFÃO,  s.  m.  (do  Arab.  tufan),  vento 
tempestuoso  e  repentino  que  corre  com  gran- 
de luría  todos  os  rumos.  v.  g.  —  de  agua 
6  vento.  — ,  (fig.j  grande  tormenta  causa- 
da pelo  — . 

TUFAR,  V.  n.  (do  Yr.touffe],  inchar  com 


ar  refeito,  lufa  o  pão  no  forno,  (fig.)  en- 
funar-be,  inchar  com  soberba. 

TUFO,  s.  m.  (Lat.  tufus),  pedra  leve,  es- 
ponjosa. 

TUFO,  s.  m.  (do  Arab,  tauph,  o;ires  cheios 
de  vento  de  que  usão  os  naJadores.)  —  de 
lã,  porção  d'ella  aberta  ;  —  do  turbante, 
a  parle  convexa  e  mais  elevada.  — ,  nas 
roupas,  a  parte  mais  elevada  ;  bulhão  d'agua 
que  rebenta  e  gorgulha  grosso.  — ,  instru- 
mento de  espingardeiro 

TUFOSO,  A,  adj.  (des.  oso)  inchado. 

TUGIR,  V.  n.  (voz  imitativa)  fallar  em  tom 
de  voz  miii  baixo.  Não  —  nem  mugir,  es- 
tar calado,  não  dizer  palavra. 

TUGÚRIO,  s.  m.  (Lat.  tugurium,  de  tego,' 
ere,  cobrir),  cabana,  choça,  choupana. 

TUINS,  s.  m  pi.  (t.  Brasil.),  papagaios 
pequenos. 

TuiTivo,  A,  adj.  (do  Lat.  tueor,  eri,  de- 
fender, proteger)  que  protege.  Carias  — s, 
(jue  se  concedem  a  alguém  para  o  conser- 
var na  posse,  ou  para  o  hvrar  de  ser  pre- 
so. 

Tujuco,  s.  m.  (t.  Brasil),  lameirão,  tre- 
medal de  mangue.  Bandeira  de  algodão 
tinta  em  juco,  de  preto. 

TUJUPAR,  s  tn.  (t.  Brasil.),  palhoça  dos 
indígenas  ou  de  negros. 

TULHA,  s.  /,  (talvez  do  Fr.  ant,  toul, 
canal,  fosso,  ou  de  toulon,  tonel  pequeno), 
monte  de  p.ã  s,  arroz,  castanhas,  nozes, 
etc. :  —  de  azeitona,  recinto  de  pedra  ou 
cova  onde  se  deita  a  azeitona  que  não  pO" 
de  ser  immediatamente  moída. 

TULIPA,  5,  f.  {doVevs.  tolipan)  flor  vul- 
gar, de  planta  buibosa. 

TULuxi,  s.  m.  (t.  Asiat.)  mangericão. 

TUMBA,  s  f  (do  Gr.  í«m6oí,  tuirulo)  pro- 
priamente significa  tumulo,  mas  de  ordiná- 
rio se  toma  por  caixão  de  levar  defuntos  á 
sepultura,  —  da  misericórdia,  que  leva  os 
pobres  á  sepultura. 

TUMBAQUE.  V.  Tamboque. 

TUMBAziNHA,  s.  f.  diminut.  de  tumba. 

TUMENTE,  adj.  dostg,  [LhX.tumens,  tis) 
inchado,  intumescido. 

TUHESCENCiA.  V.  Intumesceucia. 

TUMESCENTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Humentc. 

TÚMIDO,  A,  adj.  (Lat.  tumidus)  inchado, 
intumescido ;  grosso,  v.  g,  a  —  corrente 
do  rio.  — ,  (fig.)   orgulhoso,  enfunado. 

TUMiino.  V.  Tomilho. 

TUMOR,  s.  m.  (Lat.  tumor,  de  tumeo,  ere, 
intumescer)  inchaço  mórbido  no  corpo  hu- 
mano e  no  dos  animaes. 

TUMOROSO    V.  Túmido. 

TUMULAR.  V.  Enterrar. 

TÚMULO,  s.  m.  (Let.  tumulus)  armação  alta 
sobre  que  se  põe  a  tumba,  caixão  ou  ataú- 
de na  igreja :    monumento  funerário. 


TUP 


TUR 


753 


TLMULTO,  s.  m.  (Lat.  tumuUus)  agita<;So, 
laoliiD,  Alvoroço  da  gente,  desordem  ;  (íig.) 
egitM;ão  violeula  : — das  paixões,  dos  ne- 
gócios   O  —  da  6Ôrle    confusão,  barulho. 

TUMULTUAR,  i".  O.  (Liit.  tuiuulto,  are)  ex- 
citar luiEulio,  amotinar  ;  (íig  )  excitar,  des- 
ordenar, V  g.  —  as  puixôes.  — ,  v.  n.  amo- 
linar-se,  levantar-se  em  tumulto. 

TUMiiLTUAiUAMEMK,  adv.  [mente  suff.jom 
tumulto  ;  em  desordem,  confusamente. 

TLULLTUARio,  A,  Oíi/.  (Lst.  tumulluarius) 
feito  em  tumulto  ;  desordenado;  perturba- 
do. 

iLMiLTLOs.^MENTE,  adv.  (mcníe  su ff  )  CIll 
luniulio,  em  desordem,  confusamente. 

TLMtLTLoso,  A,  adj .  (Lat.  tumuUuosus] 
posto  em  tumulto,  amolinado,  acompanha- 
do de  tumulto,  desordenado  ;  que  causa 
tuoiulio.  Assembleia  — .A  —  invasão  dos 
bárbaros.  Estarão  — ,  (poet )  o  inverno. 

TfMLKOSO,  (anl.)  V.  Intumecido. 

TtNA,  s.  f.  (de  tona]  Andar  á  — ,  (loc. 
chula)  vagsmundear,  ser  tunante,  vadiar. 

TLNAL,  s,  m.  planta  mexicana,  chama- 
da fiOchtli\  é  um  cactus.  As  armas  do  an- 
tigo império  mexicano  eram  uma  águia  so- 
bre um  tunal. 

TUNÁMA,  (geogr.)  rio  do  Brazil,  na  pro- 
víncia de  Mato-Grosso. 

TUNANTE,  s  w.  (de /una)  vadio,  que  an- 
da á  tuna.  Gato—,  (fig.  echulo)  que  anda 
preando  fora  da  casa. 

TUNDA,  s.  f.  (do  Lat.  tundo,  ere,  pisar 
com  pancadas]  sova  de  pancadas.  Dar  uma 
—  e  Q  alguém.  Levar  uma  — . 

TUNDiA,  s.  f.  nome  de  uma  moeda  da 
Asia. 

TLNDO,  s.m  prelado  dos  bonzos  no  Ja- 
pã9. 


Bahia,  no  Brazil,  na  comarca   de  Valença. 

TUPiuo.  V.  Enlufiido. 

TU  PU  TA  OU  TUPUTÓ,  s.  f.  OU  m.  ave  in- 
dica cujo  nomo  vem  do  som  que  ella  f<u. 
Chamam-lhe  também  ave  verminosa. 

TURAMÃo.  V.    Targimão,  Interprete. 

TUHUA,  $.  f.  (Lat.  turba)  multidão  de  gen- 
te ;  união  de  vozes  cantando  em  coro. 

TURBAÇÃO,  s.  f.  estado  perturbado,  agi- 
tação;  estado  turvo,  v.  </.  — daagua,  tor- 
vação, desassocego  do  animo. 

TUIIB4DAMCNTE  ,  aic.  [mtute  suíT)  com 
turbação. 

TURBADO,  A,  p.  p  dc  turbar  ;  adj  desor- 
denado :  fileiras  — s.  O  ar  — .  O  raar  — 
em  tormenta.  O  animo,  o  coração  -das  pai- 
xões, perturbado.  —  do  somno.  A  cons- 
ciência  — ,  com  roaorsos. 

TURBADOR,  s.  m.  0  que  perturba,  amo- 
tinador ,  perturbador ;  aJJ»  que  pertur- 
ba. 

TURBAMULTA,  s.  f.  tropol  de  gcntc,  mul- 
tidão. 

TURBANTE,  s.  u.  (do  Pcrs.  toruan)  touca 
em  que  os  Orientaes  e  os  Mouros  trazem  en- 
volta a  cabeça. 

TURBÃO.  V.   Turbante. 

TURBAR,  V.  a- [Lai.  turbo,  are)  escurecer, 
privar  da  transparência,  turvar,  fazer  turvo. 
—  O  ar,  com  chuveiros,  nuvens.  A  névoa 
turba  o  dia.  — ,  perturbsr,  v.g.  — oani- 
mo.  —  Os  prazeres,  estorvar.  — se,  v.  r. 
perturbar-se,  «.  fj.  —  no  meio  do  discurso, 
do  sermão, 

TUBBATivo,  A,  adj.  quB  causa  perturba- 
ção Diz-se  só  das  cousas,  e  não  das  pessoas, 
V.  g.  acto — . 

TÚRBIDO,  A,  adj.  (Lat  túrbidas)  turvo, 
turbado,  escurecido.  J  iquido — .  Nuvem  — , 


TUNE,  s,  m.  ave  pequena  de  Angola  de   O  ceu  — .  — ,  que  perturba.  — s  vapores, 
^.enuas  brancas  e  cinzentas,   mui  festejada  !  que  sobem  á  cabeça. 


das  outras  aves,  que  acodem  a  cila  apenas  a 
ayislani. 

TUMCA,  s.  f.  (Lat.  túnica)  vestidura  tala 
chegada  ao  corpo  ;  (anat.)  membrana,  ea- 
voltura,  t?.  g.  as  túnicas  da^  artérias. 

TUNiCELLA,  s.  f  (dim.  Lat.  de  túnica)  ca- 
sula de  bispo,  que  elle  traz  entre  a  alva  e 
a  vestimenta. 

TUNiFEH,  /'geogr.)  serra  da  província  do 
Rio  de  Janeiro,  na  margem  esquerda  do  rio 
Parahiba 

TUNiQUETE,  s.  «i.  diminut.  de  túnica,  pe- 
quena túnica. 

TUNis,  (geogr.)  cidade  d' Africa,  capital  do 
Estado  de  Tunis.  Ió5  léguas  a  E.  d'Argel ; 
116,000  habitantes. 

TUKUiii,  fgeogr.)  grande  serra  da  provín- 
cia do  Pará,  na  Guiana  brazileira^  nas  cabe- 
ceiras do  rie  Negro. 

iLPiAçu,   (geogr.)  ilha  da  província  da 

VOL.    lY. 


TURBILHÃO,  s.  in.  (Fr.  tourbíllon)  volume 
de  ar  ou  de  matéria  subtil  que  se  revolve  so- 
bre um  centro, 

TURBINADO,  A,  adj.  (Lflt  turbinatus)  em 
forma  de  concha  espiral.  Ossos  — s,  ossinhos 
do  nariz. 

TURBíNOSO,  A,  ttdj  (Lat.  turbineus)  quo 
se  volve  sobre  um  centro,  como  a  agua  do 
um  sorvedouro. 

TURBiT,  s.  m  (do  Arab.  turbid,  Lat.  í/iur- 
petlium)  riíz  medicinal.  —  mineral,  sul- 
phato  de  mercúrio. 

TURBO.  V.  Turvo. 

TURBULÊNCIA,  s.  f.  perturbação  do  esta- 
do com  sedições,  tumultos,  guerras. 

TuaBULENTissiMo,  A,  adj .  superl.  de  tur- 
bulento. 

TURBULENTO,  A,  ãdj.  (Lftt.  turbulentus) 
agitado,  em  que  ha  turbulência.  Estado, 
tempos— í.  — ,  revoltoso,  sedicioso,  o  que 
loi) 


754 


TUH 


*9BCf 


njOTe  sedições.  Homem,  gente,  genío,  con- 
selhos — s. 

TURCA,  *  f.  herva  rasteira,  também  cha- 
mada herniaria. 

TURCHiaAN.  V.  Turgimão. 

TURCO,  A,  adj.  e  s  ,  da  Turquia ;  natu- 
ral da  Turquia.  Pombas  — *,  guisadas  de 
certo  modo. 

TURCO,  s.  m.  natural  de  Turquia.  Os 
Turcos. 

TURCO,  s.  m.  (naut.)  apparelho  mellido 
na  serviola  junto  de  beque  para  erguer  as 
ancoras. 

TURCOL,  s.  m.  (t.  Arab.)  convento. 

TURGESCiA,  *.  f.  (med.)  estado  túrgido 
do  vasos. 

TURGENTE,  ãdj .  dos  2  g .  em  que  ha  turgen- 
cia ;  que  causa  turgencia. 

TÚRGIDO  A,  adj.  (Lat.  turgidus)  (raed.)  di- 
latado por  excessiva  quantidade  de  sangue 
ou  de  humores  :  os  vasos  sanguíneos  — . 
— ,  (íig.)  inchado,  empolado.  Estylo,  ver- 
sos —s. 

TURGIMÃO,  s.  m.  (do  Chald.  e  Arab.  íor- 
geman)  interprete,  o  língua. 

TURiAS,  s.  f.  pi.  pannos  de  algodão  ver- 
melho, que  vem  de  Cambaia. 

TURiBios.  V.  Toribios. 

TuRiBULO.  V.  Thuribulo. 

TuRiFERO.  V.   Thurifero. 

TURiFiCAR.  V.  Thurificar. 

TURiN,  (geogr.)  capital  dos  Estados  Sar* 
dos,  sobreofó:  125,000  habitantes.' 

TURiONDO.  Y.   Touriondo. 

TURKESTAN,  (gcogr.)  região  da  Asia  habi- 
tada pelos  Turcos,  é  também  chamada  Tar- 
íaria. 

TURMA,  s.  f.  (Lat.  tuima]  na  milícia  ro- 
mana era  esquadra  de  trinta  de  cavai- 
lo  ;  numero  certo  de  pessoas ;  multidão 
em  bando.  — s,  cardumes.  — s  das  couta- 
das — s,  animaes  do  serviço  dos  officiaes 
d'ella. 

TURiso,  s.  w.  (Fr.  tour,  do  Lat.  tornus, 
de  torno,  are)  gyro.  Por  seu  — ,  por  sua 
vez,  a  revezes. 

TURPiLOQuio,  s.  m.  ('Lat.  turpiloquium) 
expressão  sórdida,  que  contêm  torpeza;  con- 
versação torpe,  obscena. 

TURPissiMAMENTE,  ttdv.  supevl.  ds  torpe- 
mente. 

TURPissiMO,  A,  adj.  (superl.  Lat.  turpis- 
simus)  muito  torpe. 

TURQUESCA.  V.  Turqueza. 

TURQUESco,  A,  adj.  do  Turco,  pertencen- 
te a  Turco ;  á  moda  dos  Turcos. 

TuRQUETi.  V.   Turbit, 

TURQUEZA,  s.  f.  pedra  fina  azul. 

TURQUEZADO,  A,  adj.  de  côr  de  turque- 
za. 

TURQBi,  adj,  dostg.  azul  mui  claro  e  fino. 


TURQUIA,  (geogr.)  império  Oltomano,  um 
dos  mais  vastos  estados  do  globo,  divide-se 
em  duas  partes ,  Turquia-europea  e  Tur- 
quia-asiatica ;  á  primeira  corresponde  a 
Thracia,  a  Macedónia  alllyria,  o  Epiro  ea 
Thessalia  dos  antigos  Capital  geral  Cons- 
tantinopla ,  19  milhões  de  habitantes. 


SULTÕES  OTTOMANOS. 


Olhman 

1299 

Mustapha  I  se 

- 

Orkhan 

1326 

gunda  vez 

1622 

Amurat  I 

3  3«0 

Amurat  IV 

1623 

Bajfizeto  I 

138J 

Ibrahím 

16'»0 

Solimào  1 

1402 

Mahomet  IV 

1649 

Mousa 

1410 

Solimão  ill 

1687 

Mahomet  l 

14J3 

Ahmed  11 

1691 

Amurot  11 

1421 

Mustapha  II 

1605 

Mahomet  II 

1451 

Ahmed  III 

17o:{ 

Bajazeto  11 

1481 

Mahmoud  I 

1730 

Selim  I 

Í515 

Othman  lU 

175í 

Solimão  II 

15i'0 

Aiustapha  lil 

1757 

Selim  11 

156G 

Abdul  llamid 

1774 

Amurat  líl 

1574 

Selim  111 

1789 

Mahomet  111 

1595 

Mustapha  IV 

180/ 

Ahmed  I 

1603 

Mahmoud  II 

18í^8 

Mustapha  I 

1617 

Abdul-Medjid 

1839 

Olhman  li 

1618 

TURRÃO,  *. »».  (do  Fr.  touron]  espécie  de 
confeitos.     » 

TURRÃO,  adj,  m.  (de  turrar)  costumade 
a  turrar,  teimoso- 

TURRAR,  V.  n.  (de  touro)  marrar  com  a 
cabeça ;  (fig.)  ateimar  com  paixão. 

TURRiFRAGO,  A,  adj,  (poct.J  arruínador 
de  torres. 

TURRiGiRO,  A,  odj .  (Lat.  iurriger)  (poet.) 
que  leva  torre,  encasteUado.  Eleph.ante  — . 

TURTUEiRAL.  V.  Tortual. 

TURTuRiNO,  A,  adj.  (do  Lat.  íurtus]  de 
pombo,  de  rola.  O  gemido  — . 

TURUHBANTE,  (aut.)  V.  Turbante. 

turvação,    s.  f.  perturbação  do  anime. 

TURVADO,  A,  p.  p.  de  turvar;  adj.  feito 
turvo:  perturbado  do  animo. 

TURVAR,  V.  a.  [turvo,  ar  des.  iof.)  fazer 
turvo.  —  a  agua,  o  ar,  perturbar. 

turvejar.  V.  Turbar,    Turtar. 

turvo,  a,  adj.  (do  Lat.  turbidus]  que  per- 
deu a  tiansparencia.  Agua  — . 

TUSSiLAGRM,  s.f.  (Lat.  tussUago,  inis)  her- 
va, também  chamada  unha  de  cavallo. 

TUTANAGA,  s.  f.  estanho  mais  tino  que  o 
calaim. 

TUTANO,  *.  m,  (do  Gr.  ostéon,  osso,  e  en- 
tas,  dentro)  a  medulla  pingue  dos  ossos  lon- 
gos dos  bois,  etc.  ;  (fig.)  «o  —  espírito  da 


TTM 


TYR 


755 


lei.»  Arraêl.  — do  pensamento,  a  parle  es- 
sencial. 

TUTÃo,  s.  m.  (t.  Asiat.)  governador  de  pro- 
▼incia 

TLTB  (doLat.  tutè)  (anl.)  A  — ,  em  abun- 
dância. 

TUTELA,  *.  /".  (Lat.  de  tueor,  eri,  prote- 
ger, defender)  tutoria.  —  testamentária,  a 
que  confere  o  pai,  a  mài  ou  o  avô  ao  orphão 
por  testamento.  —  dativa,  a  que  dá  o  juiz 
dos  orphSos.  — ,  (fig.)  protecção,  amparo. 

TUTELADO,  A,  p.  f.  de  tutelar  ;  adj.  pro- 
tegido por  tutor. 

TUTELAR,  V.  a.  ftuíela,  ar  des.  inf.)  pro- 
teger como  tutor,  amparar. 

TuxEiAB,  a'f;'.  dos  2  g,  (Lat.  íuíe/aris)  que 
protege,  ampara,  como  o  tutor  deve  ampa- 
rar o  orphão. 

TUTENAGA.  V.  Tuteuaga. 

tutIa,  s.f.  (doArab.  íitíía)  oxydo  impu- 
ro d<í  zin-íO. 

TUTmKGRA.  V.  Toutinegra. 

TiiTO,  A,  adj.  (Lat,  tutus,  seguro)  segu- 
ro, firme. 

TUTOR,  s.  m.  (Lat.  tutor,  de  tueor,  eri, 
defender,  amparar,  proteger)  (jurid.)  pessoa 
nomeada  para  proteger  o  pupiilo  e  conser- 
var os  seus  bens.  —  legitimo,  que  o  é  pela 
lei.  —  testamentario ,  nomeado  por  testa- 
mento. —  dativo,  nomeado  pelo  juiz  dos 
orphãos. 

TUTORA,  s.  f.  (V.  Tutor)  a  mulher  en- 
carregada da  tutela. 

TUTORAR,  TUTOREAR,  t.  a.  [ttuoT,  or  des. 
inf.)  governar,  dirigir. 

TUTORIA,  s.  f,  (des.  ta)  tutela,  oílicio  de 
tutor. 

TUTOYA,  (geogr.)  nova  villa  da  província 
do  Maranhão,  na  margem  esquerda  do  ribei- 
ro do  seu  nome,  no  lugar  onde  elle  se  per- 
de no  canal  do  mesmo  nome,  um  dos  bra- 
ços do  rio  Parnahiba  que  tem  mais  longo 
curso. 

TUTRiz.  V.  Tutora. 

TUTU,  s.  m.  (voz  infantil)  coco,  voz  com 
que  se  foz  medo  ás  crianças. 

tutunaga.  V.  Tutanaga. 

TUZÂo.  í.  m.  (Fr.  toisor^i  vello  de  cordeiro. 
Ordem  do  —  de  ouro,  ordem  militar  de  ca- 
vallaria  cuja  insignia  é  um  vello  de  cordei- 
ro de  ouro  pendente  de  um  collar. 

tybr,  (geogr.)  cidade  da  Russia-europea, 
44  léguas  a  NO.  deMoscow  ;  25,00S  habi- 
tantes. 

TWEED ,  (geogr.)  rio  da  Gran-Bretanha, 
nasce  na  Escócia  no  condado  de  Peebles , 
perde-se  em  Berwick,  no  mar  do  Norte. 

TTPflON,  (mylh.)  deus  egypcio,  irmão  de 
Osiris,  era  o  principio  do  mal  e  da  esterilida- 
de- 

tymo.  Y.  Thymo. 


TTMPAUisAR,  t.  a.  (med.)  causar  tympa- 
nilis   —SE,  V.  r.  tornar-se  Ivmpanitico. 

TTKPANiTís,  8.  f.  (de  tympano]  (med.) 
intumescência  causada  por  ar  encerrado  no 
abdnraen. 

TYMPANiTico,  A,  adj.  (mcd.)  doente  de 
tympaniles. 

TYMPANO,  s.  m.  (Lat.  íympanum,  tambor) 
(anat.)  uma  parte  do  ouvido  interno  ;  parte 
da  imprensa  onde  se  regista  a  folha. 

TypHEO,  A,  adj.  (poet.)  pertencente  ao  gi- 
gante Typheo. 

TYPiío,  s.  m.  (Lat.  typhus)  (med.)  febre 
maligna. 

TYPHo,  s.m.  {úoGr.  typhos,  fumo)  (ant.) 
orgulho,  presumpção,  vaidade. 

TYpBOMANiA,  S.f.  (do prcccdente)  espan- 
to que  priva  dojuizo. 

TYPico,  A,  adj.  que  serve  de  typo  figura- 
tivo. Sentido  — ,  symbolico,  allegorico,  em- 
blemático. 

TYPO,  s.  m.  (Lat  typus.  Gr.  typos)  mo- 
delo, exemplar  ;  (fig.)  figura,  symbolo.  — s, 
caracteres  com  que  se  imprimem  livros. 

TYPOGRAFHIA,    S.f.[typO,    O  ^fOf /ua  Suff.) 

officiua  de  imprimir  livros. 

TTPOGRAPHTOO,  A,  ad/.  concemeute  á  im- 
prensa OU  typographia. 

TYpÓGRAPíio,  s.  m.,  impiessor. 

ttrapíisamkntb,  ad\:.  [mente  saff.)  com 
tyrannia. 

TYRANNiA,  s.  f.  (d«s.  <a)  govcmo  de  ty- 
ranno  ;  acção  deshumana,  crael,  injusta. 

tyrannicamentb,  add.  [mente  su(f.)  com 
tyrannia,  como  tyranno ;  como  usurpador 
do  trono,  da  autoridade  suprema. 

TYRANr^iGiDA,  s.  dos  2  g.  matador  de  ty- 
ranno. 

tyrannicidio,  #.  m.  morte  dada  ao  ty- 
ranno. 

ttrannico,  a,  adj.  de  tyranno,  em  que 
ha  tyrannia.  Jugo — .  Lois  — s.  Actos — s. 

TfRANRiZADO,  A,  p.  p.  de  tyraunizar  ;  adj. 
tratado  com  tyrannia ;  extorquido  por  vio- 
lência, ou  por  tyrannia  ;  usurpado.  A  re- 
publica romana  antes  de  ser  — . 

tyrannizar,    V.  a,  [tyranno,   izar  des.- 
inf.)  governar  tyrannicamente  ;    usurpar  a 
soberania.  —  o  povo,  (fig.)  opprimir  os  in- 
feriores. 

tyranno,  s.  m.  (Lat.  tyrannus,  do  Ge. 
tyrannus,  tyranno,  rei,  de  teirô,  subjugar, 
opprimir)  rei  despótico,  absoluto  ;  o  que  go- 
verna com  injsutiça,  oppressor. 

Syn.  comp.  Tyranno,  déspota.  Palavras 
muilo  usadas,  e  de  que  muito  se  tem  abu- 
sado nestes  últimos  tempos,  que  vulgar- 
mente se  confundem,  mas  cuja  diíTerença 
é  bem  notável,  attendida  sua  elymologia  e 
significação  histórica. 

Tyranno  é  palavra  grega,  que  significa- 
189  ^ 


750 


TYR 


TZI 


va primitivflmwils  senhor  absoluto,  rei,  che- 
fe ou  príncipe;  depois  deu-se  este  nome  ao 
que  usurpava  o  poder  absoluto  n'uma  re- 
publica, ao  príncipe  oppressor,  ou  usurpa- 
dor ;  e  por  fim  ao  que  exercia  autoridade 
com  injustiça  e  crueldade.  Neste  sentido  é 
que  esta  palavra  era  usada  de  nossos  clássi- 
cos ;  Yiei^^,  fallandode  llerodes,  diz  :  «  Co- 
mo era  intruso  na  coroa,  e  reinou  quaren- 
ta e  dous  annos,  sempre  com  receio  de  que 
o  privassem  do  reino  ;  a  unsgrangeavacom 
favores,  como  rei,  a  outros  sujeitava  com 
rigores  e  castigos  coi;io  tyranno  (11,  413).  » 

I)espota  é  também  palavra  grega,  que 
significava  primitivíimente  senhor  d'um  es- 
cravo ;  depois  significou  dono  da  casa,  che- 
fe de  familia,  e  por  fim  senhor  absuluto,  so- 
berano ;  eeste  é  o  sentido  que  lhe  convêm 
em  nosso  idioma. 

Nestes  últimos  tempos  tem  «se  dado  tanto 
o  nome  de  tyranno  como  o  de  déspota  ao  rei 
absoluto,  só  porque  governa  como  senhor 
absoluto,  o  que  é  um  grave  erro,  porque  tão 
tyranno  e  despótico  pôde  ser  o  governo  de 
um  como  ode  muitos  cônsules.  Xtyrannia 
e  o  despotismo  não  estão  nas  instituições, 
senão  na  applicação  d'éllas ;  não  na  forma 
do  governo,  senão  nos  actos  dos  que  gover- 
nam. 

Para  comprehender  pois  com  exactidão  a 
diíYerença  que  existe  entre  as  duas  palavras 
tyranno  e  déspota,  basta  ter  presente  que 
tyranno  é  aquelle  que  opprime  a  outro,  ain- 
da quando  seja  seu  igual  na  sociedade ;  e 
déspota  aquelle  em  ({uem  se  reconhece  um 
direito  indisputável  de  mando,  seja  legal  ou 
de  força,  eque  valendo-se  do  dito  direito, 
obriga  aos  demais  afazer  o  que  não  devem 
contra  toda  a  razão  e justiça, 

Tyranno  por  conseguinte  ó o  oppressor; 
déspota  não  somente  o  oppressor,  senão  o 
dominador. 


TYRANNO,  A,  ãdj .  quB  obra  com  tyran- 
nia  ;  cruel.  Morte  — .  Ainor  — ,  que  tyran- 
nisa. 

TYRio,  A,  adj,  deTyro.  Côr —,  de  pur- 
pura. 

TYRNAU,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  11 
léguas  aNE,  del'resburgo  ;  5.100  habitan- 
tes. 

TYRO,  s.  m.  (poet.)  purpura. 

TYRo,  (geogr.)  nome  de  duas  cidades  da 
?heiiicia,  uma  S.  de  Byblos,  outra  n'uma 
ilha  próxima. 

TIROCÍNIO.  V.  Tirocinio. 

TYROL,  (geogr.)  parte  oriental  da  Rhetia 
dos  antigos,  grande  governo  da  monarchia 
austríaca,  limitado  ao  N.  pela  Baviera,  a  O. 
pelos  Grizôes,  a  E.  pela  Illyria,  ao  S.  pelo 
reino  Lombardo-Veneziano  ;  860,000  habi- 
tantes. Capital  Innspruck. 

TYRONE,  (geogr.)  condado  dTrlanda,  en- 
tre os  de  Londonderry  ao  N.  e  d'Autrim  a  E. 
315,000  habitantes.  Capital  Dungan- 
non. 

TYRRHio  (mar),  (geogr.)  Internum  maré, 
parte  do  Mediterrânico,  entre  a  costa  Occi- 
dental da  Itália  e  a  Sicília. 

TYRso.  V.   Thyrso. 

TYSDRus,  (geogr )  cidade  d' Africa,  perto 
do  mar. 

TYTHiMALO.  V.  Títhymalo. 

TZAPAR-BAZARDJiK,  (gcogr )  cidadc  da  Tur- 
quía-europea,  9  léguas  aO.  de  Philispopoli; 
10,000  habitantes. 

TZARiTZiN,  (geogr.)  cidade  daRussia-eu- 
ropea,  100  léguas  aoS.  deSaratov;  2,300 
habitantes. 

TZARSKOE-SELO,  (geogr.)  cidado  da  Bus- 
sia-europea,  6  léguas  ao  S.  de  S.  Petrsbur— 

TziNTzoNTZAN,  (geogr.)  cídade  do  México, 
4  léguas  ao  NO.  dePascuaro;  2,500  habi- 
tantes. 


líDO 


ULL 


rn4 


757 


U 


u,  s,  )n.  quinta  das  vogaes,  e  vigésima 
prim€ir«i  letra  do  alphabelo  portuguez.  Os 
Romanos  não  distinguiam  o  U  vogal  do  V 
na  sua  fórma.  V.  V.  Soava  ora  w  ora  u  con- 
forme o  lugar  que  occupava  nas  vozes  di- 
>ersas.  Em  Portuguez  tem  três  sons,  um  lon- 
go como  em  nu,  cru,  Peru,  outro  breve, 
como  o  primeiro  u  de  cúmulo;  e  fanhoso 
ou  nasal,  como  em  hi,  ou  um,  mundo,  in-  i 
cumbir.  ■ 

u,  adv.  (do  Fr.  oà,  onde)  (ant  )  onde.  Es-  j 
crevia-se  antigamente  hu,    v,  q.    hu  te  le- 
vam os  pés.  L  tds  ?  i  moras  /  V.   Lillo. 

UBÁ,  s.  f.  (t.  Brasil.)  canna  b'ava  que  dá 
frechas,  usada  para  gradar  casas  de  taipa  de 
sebe,  e  rachada  para  fachos  de  alumiar. 

UBAiA,  s.  f.  (t.  Brasil.)  fruta  azedinha  ; 
tem  a  casca  como  avelans. 

LMíKRDADE,  s.  /'.  (Lat.  ubertas],  tis  abun- 
dância, fartura  de  novidades  ou  de  fructos. 
LBERE.  V.  l'bre. 

UBÉRRIMO,  A,  adj .  svperl.  (Lat.  uberri- 
mus,  superl.  detíZícr)  muito  abundante 

UBi ,  s.  m    (Lat.  ubi,  adv.,  onde)  (ant.) 
lugar  que  se  occupa,  onde  se  está,  mora 
da,  assento. 

UBiCAçÃo,  s.  f.  (eschol.)  o  acto  de  occu- 
par  algum  lugar. 

UBIQUIDADE,  s.  f.  {L&l.  ubique,  em  todo  o 
lugar)  (iheol.)  a  actual  presença  de  Deus  em 
todo  o  lugar. 

UBRE,  s.  m.  (Lat.  uber)  teta  das  fêmeas 
dos  auimaes ;  (íig.)  abundância. 

UCHA,  s.  f.  (Fr.  huche)  caixão  de  guar- 
dar pão. 

ucuÃo,  s.  m.  (de  ucha)  despenseiro,  cai- 
xeiro. 

ucHARTA,  s.  f,  (des.  ária)  casa  onde  se  põe 
as  viandas,  o  fão,  etc. 

UDO,  A,  adj.  (Lat.  udus,  molhado)  E  só 
usado  nesta  phrase :  «  não  deixar  em  — 
nem  miúdo,  >  nem  grande  nem  raiudo. 

LDO,  desinência  da  latina  t/íus  que  deno- 
ta possessão,  qualidade,  propriedade,  e  vem 

TOL.  IT. 


do  participio  do  pretérito.  Ex.  sanhudo,  fel- 
pudo. 

UFA  !  inter j.  (p.  us  )  admirativa  de  dito 
em  louvor. 

UFANADO,  A,  p.  p.  de  ufanar ;  adj.  feito 
ufano,  que  ostenta  ufania. 

UFANAR,  V.  n.  encher-se  de  ufania,  ja- 
ctar-se,  ostentar. 

UFANIA,  s.  f.  (des.  la)  jactância,  ostenta- 
ção ;  bizarria,  brio. 

UFANO,  A,  adj.  (Duarte  Nunes  de  Leão  es- 
creve oufano,  e  diz  que  é  antiquado.  Do 
Lat.  ovaus,  tis,  ovante,  triumphante)  jactan- 
cioso,  soberbo. 

uga,  uge  ou  UGiA,  s.  f.  nome  de  um 
peixe. 

UGALIIA,  s.  f.  (rústico).  V.  Ijualdade. 
UGAR,  V.  a.  (rústico).  V.  Ljualar. 
m,  inter j.    que  exprime  admiração,  es- 
panto. 

1      UIVAR,  V.  n.  [uivo,  ar  des.  inf.)  dar  ui- 
I  vos,  ulular ;   em  sentido  fíg.  e  activo :  — 
tristes  agouros. 

uivo.  s.m.  (voz  imitativa)  som  agudo  que 
!  solta  o  lobo  ou  o  cão. 
I      UJA.  V.  Uga. 

\      ULCERA,  s.  f.  (Fr.  ulcere,  do  Lat.  uícus, 
I  eris)  (med.)  chaga  viva. 
j      ULCERAÇ.lo,    s.  f.    (Lat.  ulceratiOf   onis) 
(med.)    estado  ulcerado  da  ferida  ;   ulcera, 
i  chaga  viva. 

ULCERADO,  A,  p.  p.  de  ulcerar  ;  adj.  con- 
I  vertido  em  ulcera,  que  se  ulcerou;  (tíg.)  o 
coração  — . 

ULCERAR,  V.  a.  (Lat.  ulcero,  are)  formar 
ulcera,  pôr  em  estado  de  ulcera.  — aferi- 
da, (fig.)  chagar,  affligir  profundamente, 
V.  g.  —  a  alma,  o  coração.  — se,  v.  r.  fa- 
zer-se  chaga,  v.  g.  —  a  ferida,  criar  pus, 
pôr  se  em  estado  de  ulceração. 
ULCERE.  V.  Ulcera. 

ULCEROSO,  A,  adj.  (Lat.  ulcerosus]  cheio, 
coberto  de  ulceras. 

ULLO,  Á,  adj.  (do  Lat.  ullus,    qual,  al- 
190   * 


i 


7S8 


ULT 


tMB 


gunO;  oti  o  que  me  parece  mais  provável,  de 
alio,  adv.,  para  outro  lugar,  fira,  objecto; 
e  não,  como  diz  Moraes,  de  w,  adv.  ant., 
onde,  com  o  artigo  antigo  lo,  la,  los,  las) 
Tsava-se  interrogando,  v.  g.  — s  thesou- 
ros  dos  antigos  reis  da  Pérsia?  que  foi  fei- 
to dos  thesouros  ?  que  fim  tivera  tu  ?  — s  par- 
tes que  damos  a  Deus?  — s  partes  que  dei- 
xamos á  virtude  ?  quaes^  são,  e  não,  como 
interpreta  Moraes,  onde  estão  ?  «  —  aquelle 
grande  amigo,  »  Sá  Miranda,  que  é  feito, 
para  que  lugar  se  foi,  retirou  ? 

ULMARiA,  s. /.  ('Lat.)  barba  de  bode,  plan- 
ta que  tem  as  folhas  como  as  do  ulmeiro. 

LLMEiRo,  $.  m    (Lat.  ulmus]  V.  Olmeiro. 

ULMO,  s.  m.  (Lat.  ulmus)  V.  Olmo. 

ULNA,  s.  f.  (Lat.)  (anat.)  o  cubito ,  osso 
m«ior  do  antebraço  ;  côvado,  vara,  ou  me- 
dida dos  dois  braços. 

ULTERIOR,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  ulterior) 
alem,  que  fica  alem  de  um  limite.  His- 
panha  -*:.  *—,  posterior  em  data  :  noticias 
ulteriores.  Consequências,  successos  ulte^ 
riores. 

ULTERIORIDADE,  s.  f.  a  qualidade  de  ser 
ulterior  ou  posterior  em  data.  A  —  d'este 
successo  é  notória. 

ULTERIORMENTE,  ttdv.  {mente  suíT.)  era  ul- 
timo lugar,  posteriormente. 

uLTiaiADAMEiNTE,  adv.  (mewíe  suff.)  pof  ul- 
timo,  ultimando,   em  conclusão. 

ULTIMADO,  A,  p.p.  de  ultimar ;  adj.  con- 
cluido,  inteiramente  terminado-.  Negocio  — . 
Fim  — ,  é  o  que  em  ultimo  se  propõe  aos 
nossos  desejos. 

ULTIMAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  por  ul- 
timo, em  ultimo  lugar ;  pela  ultima  vez ; 
ha  pouco,-  recentemenl'©. 

ULTIMAR,  V.  a.  [ultimo,  ar  des.  inf.)  con- 
cluir, terminar  inteiramente. 

ULTIMATUM,  s.  f.  (t.  dc  diplomacia)  con- 
dições, proposições  ultimas  que  uma  poten- 
cia faz  doutra,  v.  g.  em  casn  de  contesta- 
ção, eem  vésperas  de  rompimento,  ou  em 
negociação  tendente  a  terminar  guerra.  Dar 
o  seu  — . 

ULTIMO,  A,  adj.  (Lat.  ultimus,  de  imus, 
Ínfimo,  ew/í,  cont  ahido  de  w/íra,  alem)  der- 
radeiro, que  termina  a  serie.  —  dia  da  vi- 
da. Estava  sentado  no  —  lugar.  A  -—  von- 
tade do  testador.  O  —  da  vida  (instante) 
termo,  a  hora  da  morte.  —  mão,  (fig.)  tra- 
balho com  que  se  termina  e  aperfeiçoa  a 
obra,  v.  g.  painel,  obra  litteraria.  Dar,  pôr 
»  —  mão.  Pena—,  — supphcio,  apeaade 
morte. 

Syn.  comp.  Ultimo  e  derradeiro  se  usam 

indilferentemente  para  designar   o  que  em 

sua  Unha  ou  serie  não  tem  outro  depois  de 

si,  mas  com  differente  relação.  Ultimo,  que 

vemdeM/íra,  além,  denota  distancia,  situa- 


ção ulterior  alem  d'um  termo  ;  derradeiro 
refere-se  propriamente  ao  que  depois  de  si 
não  tem  outro  na  serie :  é  o  dernier  dos 
francezes  e  corresjíonde  ao  postremus  dos 
latinos. 

ULTRA,  prep.  Latina,  alem.  Entra  na  com- 
posição de  algumas  palavras,  v.  g  ultra- 
mar. Vem  do  rad.  tar  ou  tra  em  Sanscrit 
atravessar;  trans  em  Lat.  ;  eul  contracção 
áeilhid,  alti. 

ULTRAJADO,  A,p.  p.  ÚQ  ultrajar  ;  adj.  tra- 
tado com   ultraje. 

ULTRAjADOR,  s.  O  quc  ultraja ;  adj.  que 
ultraja. 

ULTRAJANTE,  adj.  dos.  1g.[àes.do  p.  a. 
Lat.  ena  ans,  íis),  que  ultraja,  ultrajoso,  ia- 
sultante. 

ULTRAJAR  f.  tf.  (Lat.  w/íra,  eager€),of- 
fender,  injuriar,  de  obra  ou  do  palavra,  in- 
suhar. 

ULTRAJE,  s.  m.  (Fr.  outrage,  de  outra^ 
ger,  ultrajar),  oííensa,  de  obra  ou  palavras, 
insulto. 

ULTRAJOSO,  A,  adj,  (des.  oso),  que  con- 
tem ultraje  ;  que  exprime  ultraje,  t.  g.  Pa^ 
lavras  — s,  insultantes. 

ULTRAMAR,  s.  w».  alcm  mar.  O  — ,  as  ter- 
ras que  ficam  alem  do  mar  que  banha  as 
costas  de  Portugal,  os  estabelecimentos  Por- 
tuguezes  da  America,  Ásia.  Antigamente  si- 
gnificava a  Terra-Santâ  ou  Palestina,  v.  g. 
Guerra  do  — ,  as  cruzadas. 

ULTRAMARINO,  A,  adj.  do  ultramar  ,  das 
conquistas  de  Portugal. 

ULTRAMARINO,  adj.  m.  (do  Fr.  outremôr, 
ultramar,  porque  vinha  de  levante.)  v.  g. 
Azul  — . 

ULTRAMONTANO,  A,  acíj.  fd 'alem  dos  mon- 
les,  trasmontano ;  d'alem  dos  Alpes,  Dou- 
trinas — ,  da  cúria  Romana. 

uLTRiCE,  adj.  dos  2  .9.  (Lat.  Hiíríor,  rií), 
(p.  us.),  vingador.   V.  Ultriz.      i 

ULTRICE,  s.  f.  a  vingadora. 

ULTRIZ,  adj.  (Lat.  ultrix,  eis),  (t.  poet.), 
vingador,  que  vinga. 

ULTHÔNEO.  V.  Espontâneo. 

ULULANTE,  adj.  dos  2.  g.  (Lat.  ululans, 
tis,  p.  a.  de  ululo,  are),  que  ulula,  que 
uiva  uivante. 

ULULAR,  f>.  n.  (Lat.  ululo  ,  are),  aivar, 
como  fazem  o»    lobos. 

UMANiDADR.  V.  Humanidade. 

UMANo,  V.  Humano. 

UMBELLA,  s.  f.  (Lat.  umbellã,  de  umbor, 
onis,  escudo),  pallio  pequeno  om  forma  de 
chapéu  de  sol. 

UMBIGO,  mais  couforme  ao  radical,  Lat. 
umbilicus.  V,  Embigo. 

UMBILICAL,  adj.  dos'2g.{L»X.  nmbilieus}, 
(t.  anat.),  do  embigo.  Cordão  — .  Vusos 
umbelicaes. 


U5D 


vm 


759 


UMBRAL,  ç.  m,  hombreira  tie  porta,  (fig.) 
(t.  poe«.)  entrada,  porta.  v.  g.  Os  celestes 
Mmbraet,  a  entraria  do  céo. 

uMBRÃo,  s.  m.  (t.  Asial),  titulo  de  nobre- 
za no  MoRol. 

UMBRATico,  A,  adj .  (Lat.  umbraticus), 
phantastico,  chimerico. 

uMBRATiL,  adj.  dos2  g.  (Lat.  umbratalis), 
figurativo.  Sentido  — ,  assombrado. 

UMBREIRA   ou  OMBREIRA,  S.   f.  V.  Hombrci' 

ras.  Peca  — ,  adjectivado,  que  sostem  a 
verga  da  porta, 

UMBRiA,  8.  f.  (Lat.  umbra,  sombra),  a  par- 
te do  monte  que  fica  ao  poente  ou  á  som- 
bra. 

UMBRiFERO,  A,  adj.  (Lat,  umbrifer),  um- 
broso, sombrio.    Bosque  — . 

UMBRO,  s.  m.  cão  de  caçar  veados. 

UMBROSO,  A,  adj.  (Lat.  umbrosus),  som- 
brio, assombrado.  Bosque  — .  arvore  — , 
(tíg  )  escuro,  c.  g.  mysterios   — s, 

UMBU  ou  iNBÚ,  s.  m,  (t.  Brazil.),  arvore 
fructifera  do  Brazil  que  dá  umas  como  amei- 
xas agridoces. 

UMEDO,  (ant.)  V.  Humilde. 

LMiDADE.  V.  Humidade. 

«MiLDE.  Y.    Humilde. 

UNANIMADO,  A,  p.p.  de  Unanimar;  adj.  fei- 
to unanime. 

unai«imar,  V  a.  [unanime,  ar,  des.  inf), 
fazer  conformes  em  o  mesmo  parecer,  ani- 
mo, resolução.  — se,  t?.  r.  conformar-seno 
animo,  parecer, 

UNANIME,  adj.  dos  t  g  (Lat.  unanimus], 
que  está  do  mesmo  animo,  parecer  que  ou- 
tro ;  comforme  consigo  mesmo,  não  vario. 
— s  em  Deus,  conformes  por  seu  amor. 

UNANIMEMENTE,  adi?,  [mente suS.),  de  ani- 
mo conforme. 

UNANIMIDADE,  s.  f.  (Tat.  unanimitas,  tis), 
parecer  unanime,  conformidade  em  parecer 
de  animo, 

UNÇÃO  ou  uNCçio,  s.  f.  (Lat.  unctio,  onis), 
acto  de  ungir.  v.  g  A  eitrema-unção,  sa- 
cramento que  se  administra  aos  íieis  em  pe- 
rigo de  morte,  ungindo  com  óleo  certas  par- 
tes do  corpo. 

UNCINADO,  A,  adj.  (Lat.  uncinatus),  cur- 
vo, recurvado  como  as  garras  das  aves  de 
rapina. 

UNCTORio,  s.  m.  (do  Lat.  unctor,  ungi- 
dor],  lugar  dos  banhos  antigos  onde  se  un- 
tavam com  unguentos  as  pessoas  que  sa- 
biam do  suadouro. 

unctuoso,  a,  adj.  (Lat.  unctuosus),  oleo- 
so;  que  se  assemelha  ao  unto. 

ondação,  í.  /*.  V.    Inundação. 

UWDANTB,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  undans, 
tis),  que  faz  ondas  ;  (fig.)  que  corre  em  gran- 
de cursei,  9.  g.  —  chuveiro,  que  fluctua, 
ondeante.  Plumas,  roupas  ■— . 


URDE,  (ant.),  V.  Onde. 

UNDECAGONNO,  *.  m.  (t.  geom,),  figura  dc 
onze  lados  ou  ângulos. 

undécimo,  a,  adj.  (Lat.  undecimus),  o 
onzeno. 

undecimviro,  s.  m.  um  dos  onze  magis- 
trados de  Alhsnas. 

undísono,  a  adj.  Lat.  undisonus),  que 
resôa  com  o  vaguear  ou  embater  das  ondas. 

UNDÍVA60,  A,  adj,  que  vaga  pelas  ondas, 
ou  pelo  mar. 

undoso,  a,  adj.  (Lat.  undosus],  que  tem 
ou  faz  ondas.  O  pélago.  — . 

ungido,  a,  p.  p.  de  ungir  ;  adj.  untado 
com  óleo.  Subst.  Os  — s  do  senhor,  os  reis 
ou  os  sacerdotes. 

ungir,  V.  a.  (Lat.  ungo,  ere),  untar  com 
óleo,  ou  com  unguento,  perfumes ;  sagrar: 
—  os  reis;  (fig.) conferir  poder,  v.  g.  — 
em  prophela. 

UNGUENTARio,  A^  adj.  (Lat,  unguenta' 
rius),  de  unguentos  ou  perfumes.  Vasos, 
officiaes  — .  Loges  — s,  de  perfumadores. 

UNGUENTO,  s.  m.  (Lat.  ungucntum),  com- 
posição oleosa  pharmaceutica  para  se  ap- 
plicar  a  tumores,  chagas  ;  aroma  oleoso,  ba- 
nha de  cheiro  perfumada,  (fig.)  o  —  da  ca- 
ridade, da  contrição. 

uNGuiNOSO,  A,  adj.  (Lat.  unguinosus] , 
unctuoso,  oleoso. 

UNGULA,  s.  f.  (Lat.  diminut.  de  vnguis, 
unha),  unha,  —  caballina,  tussilagem,  plan- 
ta meílicinal. 

ungulado.  A,  adj.  que  tem  unha,  como 
o  boi  e  outros  quadrúpedes. 

UNHA,  s.  f.  {LSii.ur*guis,  Gr,  on?/x,  rad, 
uncus  curvo,  retorcido.  Outros  derivam  o 
termo  grego  de  nyssô,  pisar,  lacerar),  pro- 
longação  córnea  que  cobre  a  extremidade 
dos  dedos  do  homem  opposta  á  palma,  do 
macaco,  e  de  outros  animaes ,  e  os  pés  de  ou- 
tros ;  garra  das  feras.  —  da  gran  besta.  V. 
Alce.  — ,  (fig,)  garra,  extremidade  curva,  c. 
g.  —  dô  ancora  ;  —  dos  caranguejos,  as  le- 
nases  com  que  agarram.  Fugir  a  — s  de 
cavallo,  á  desalada,  a  toda  a  pressa.  A — s, 
com  todo  o  trabalho.  — 5  abaixo,  na  esgri- 
ma, com  a  palma  da  mão  voltada  para  o 
chão.  — s  a  riba,  com  a  palma  voltada  para 
o  ar.  Ter  —  na  palma  da  mão,  (loc.  chulo), 
ser  ladrão.  Ser  —  e  carne  com  alguém,  ter 
grande  intimidade,  ^ão  se  apartar  uma  — 
da  verdade,  não  discrepar  d'ella.  Metter  a 
— ,  (fam.),  levar  mais  do  que  é  devido, 
do  que  é  de  direito.  Untar  as  — í,  peitar, 
corromper.  Estar  na — ,  (chula,  ter  na  sua 
mão,  na  posse.  Levar  alguma  nas— í,  prea- 
lo,  tomar  por  força,  por  violência.  — ,  (f 
{  anat.),  excrecencia  membranosa  no  canto  do 
olho»  —  da  vide,  porção  da  videira  que  vai 
I  pegada  «o  bacello,  quando  este  se  desgalha 


750 


UM 


U.^I 


d'»;lla.  —  de  asno,  de  ca v alio,  Lervas  me- 
dicinacs.  — -  V.  Presumo. 
UNHADA,  s.  f.  golpe  ou  risca  coiíi  a  unha. 
UNHADO,  A,  jt;.  p.  de  unhar;  a  d/,  ferido 
com  as  unhas. 

UNUAGATA,  s.  f.  herva  oíiicinal. 
UNiiAMENTo,  s.  m.    [mento    sulí ),   acção 
de  unhar  o  bacello  ;  o  lagar  por  onde  se 
unha  o  bacello,  e  se  mergulha  a  vara. 

UNUAR,  V.  a.  [unha,  ar  des.  inf.),  ferir, 
arranhar,  riscar  com  a  unha,  ou  unhas  :  — 
o  bacelio,  mergulha-lo  puxando  pela  pon- 
ta da  vara  para  cima. 

UNHEIRO,  s.  m.  apostema  na  raiz  da  unha. 
iiNL\o,  s,  f.  (Lat  unto,  onís),  ajuntamen- 
to de  varias  cousas  em  ura  todo,  juncção: 
—  da?  tropas,  em  um  cor{)0  ;  —  de  vonta- 
des, conformidade.  —  das  partes  cortadas, 
dos  Iftblos  da  ítrida,  adhesão,  consolidação- 
UNICAMENTE,  adv.  {m(ínte  suíT.),  só,  so- 
mente, singularmente. 

UNiCANTE,  adj.  dos  1  g.  planta  — ,  ar- 
busto de  um  só  talo. 

uNico,  A,  adj.  (Lat.  unicus]  de  unus, 
um),  que  uão  tem  outro  semelhante  na  sua 
espécie,  singular,  v    g,  é  o  —     remédio. 

soN.  comp.  Único,  só,  singular.  Uma 
cousa  é  única  quando  não  ha  outra  de  sua 
mesma  espécie.  Um  objecto  é  só  quando 
não  está  acompanhado  de  outros.  O  que  é 
aingular  representa  o  individuo  d' uma  es- 
pécie como  único  e  só,  sem  relação  aos  de- 
mais indivíduos.  Um  íllho  de  íamilia  que 
não  tem  irmãos  neoQ  irmãs,  é  único.  Um 
homem  abandonado  de  todos  e  retirado  do 
trato  do  mundo  ,  é  ou  está  só.  A  phenix, 
be  existisse,  seria  singular  entre  as  aves. 
UNiCoiikiE,  s.  m.    e 

UNICÓRNIO*,  s.  m.  (Lat.  unicorais,  adj  ), 
animal  que  tem  um  corno  na  testa ;  uma 
sorte  de  pedra. 

unídade,  s.  f.  (Lat.  unilas,  tis),  (t.  ma- 
th.)  o  numero  um,  elemento  individual;  a 
qualidade  de  ser  um,  indiviso.  A  —  da  fa- 
bula. As  três —5  dramáticas,  do  lugar,  tem- 
po e  acção,  o  estar  só  uuico,  união,  con- 
córdia de  vontades. 

UNIDAMENTE,  ãdv .  [mente  sufi.),  com  u- 
nião ;  com  conformidade. 

UN  DO,  A,  p.  p.  de  unir;  adj.  ajuntado, 

junto,  confederado,   que   vive   em  estreita 

•    amisade.  Os  laDios   — s  por   pontos  falsos. 

— ,  no  sentido  de  hso,    plano,    é  gallicis- 

mo. 

UNIFORMADO,  A,  p.  p.  dc  uniformar ;  ací/* 
feito  uniforme. 

vKíFOKT&ÁK,  V.  a.  [uniforme,  ar  des.  inf.), 
dar  uniformidade,  fazer  uniforme. 

UNIFORME,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  uniformis), 
que  tem  uma  só  forma,  da  mesma  côr ;  não 
variado;  v.  g.  esiylo  — ,  conforme,  v,  g. 


em  opinião,  resolução,  vontade.  Approva- 
çào  — ,  unanime.  Alovimonlo  —  de  dois 
corpos  que  em  tempos  iguaes  percorrem 
espaços   iguaes. 

UNIFORME,  s.m.  vestido,  farda  uniforme. 
O  —  da  tropa. 

UNIFORMEMENTE,  ttdv.  [mente,  suíT  )  de- 
modo  uniforme,  com  uniformidade. 

UNIFORMIDADE,  s.  f.  (Lat.  uniformiias, 
tis)  conformidade  de  forma,  feição,  etc.  ;  a 
qualidade  de  ser  uniforme. 

UNIGÉNITO,  A,  ttdj .  (Lat.  unigcmtus)  úni- 
co gorado.  Filho  — .  O  —  subst.  ou  o  — 
de  Deus  Padre,  Jesu-Christo. 

UNIR,  «.  a.  (Lat.  unire,  de  i<nu5  um)  ajun- 
tar duas  ou  mais  peças  em  uma  ;  achegar, 
pôr  em  immediato  contacto,  d  g.  —  os  lá- 
bios da  ferida.  — ,  causar  união  moral  de 
pareceres,  vontades.  A  necessidade  unto  os 
homens  em  sociedade.  — se,  v.  r.  combi- 
nar-se,  ligar-se.  v  g.  o  azougue  com  o  ouro 
e  a  prata ;  consolidar-se,  c.  g.  uniram-se  os 
lábios  da  ferida.  Uíàu-se  a  tropa,  a  gente. 
— se  por  matrimonio  ;  —  em  espirito  de  pie- 
dade. 

uNisoNANCiA,  s.  f.  concurrencia  de  duas 
ou  mais  vozes  em  um  tono  de  musica  ;  mo- 
notonia ;  conformidade,  cohereucia,  harmo- 
nia. 

uNisoNANTE,  adj.  dos  2  ^.  Y.  Uniso- 
no. 

UNisoNO,  A,  adj.  (Lat.  unisonus)  que  tem 
o  mesmo  som  que  outra  voz,  ou  outro  ter- 
mo, palavra ;  que  conforma  com  outro  no 
mesmo  tom  ;    (tig.)  igual,    semelhante,  da 
mesma  condição,  que  teve  a  mesma  sorte, 
V.  g.  «  — 5  na  morie.  »  Ulis. 
UNISONUS.    V.   Lnisorto. 
UNissiMO,  A,  adj:  super l.  de  unicoou  um, 
(p.  us.)  «A  divina  essência  é  — .  »    Vieira. 
UNITIVO,  A,  adj  que  tem  virtude  de  unir. 
Força  — . 

UNiYALVE,  adj.  dos  2  g.  (hist.  nat.)  que 
tem  uma  só  valva. 

UNIVERSAL,  adj.  dos  '2g.  (Lat.  ^^nivcrsa' 
lis)  que  comp.*ehende  todos  os  indivíduos, 
ou  a  totalidade  da  cousa.  Herdeiro  — ,  de 
todos  os  bens.  Em — ,  (loc.  adv.  p.  us  )  sem 
excepção  de  pessoa. 

UNIVERSAL,  s.  M.  (do  preccdcnte)  (»!Schol.) 
noção  que  abrande  a  todos  os  indivíduos  de 
uma  espécie  ou  género, 

UNivERSALiSADo,  A,  p.  p.  de  unlvcrsaU- 
sar  ;  adj.  feito  universal. 

UNIVKRSAUSAR    OU   UNIVERSALIZAR,     V.   a. 

[u7iiversal,  isar  des  )  fazer  universal. 

uNivERSAUssiMO,  A,  adj.superl.  de  uni- 
versal. 

UNIVERSALMENTE,  odv.  [mente  SUÍT.)  com 
universalidade,  gecalmente  a  todos. 

UNIVERSIDADE,  s.  f.  (Lat.  uniteríilaSf  tis) 


URB 


URI 


761 


a  tolalidade  das  cousas,  o  universo ;  aca- 
demia onde  se  ensinam  as  scieacias ;  a  to- 
talidade dos  membros  decollegio,  concelho, 
confraria.  Á.  —  do  mundo,  a  conversação 
e  trato  com  as  nações,  com  Iodas  as  clas- 
ses de  pessoas. 

oiVERSo,  A,  adj.  (Lat.  unitersus),  uni- 
versal, lodo  inleiro.  Terra,  mundo,  orbe  — . 

UNIVERSO,  s.  m.  (do  precedente),  a  totali- 
dade dos  entes,  celestes  e  terrestes. 

uj^ivocAMENTE,  ado.  {mtfHíc  suff.),  de  mo- 
do unívoco. 

L'«i\oco,  A,  adj.  [L&í.univocus,  àeunus, 
um,  e  rox,  voz),  synonimo,  semelhante,  to- 
talmente parecido ;  (t.  escol  ],  que  produz 
cousas  semelhantes  a  si. 

UNO,  adj.  m.  (Lat.  unus,  um),  único,  um 
só.  v.g.  l)eus  é  —  e  trino, —  em  essência. 

LNTADO,  p.  p.  de  untar ;  adj.  applicado 
esfregando  com  substancias  oleosas ;  (íig.  e 
ant.),  contaminado:  «  toda  a  índia  era  — 
da  lei' de  Mafamede.  »  Couto,  4,  10,  4. 

lntador,  a,  adj.  e  s.  pessoa  que  unta. 

u MADURA,  s.  f.  acção   de  untar. 

L'-"<(TAR,  V.  a.  (do  Lat.  unctilare,  frequent. 
de  unguo,  ere),  applicar  esfiegando  com 
substancia  oleosa :  v.  g.  —  o  corpo 
com  óleo,  mel.  —  os  eixos  do  carro.  —  o 
carro,  ou  as  mãos,  (Gg  )  peitar,  dar  peita, 
corromper. 

untO,  s.  m.  (Fr.  oinfi,  ou  ant.  oingt, 
do  Lat.  unguentum),  a  gordura  dos  rins.  e 
das  entranhas  do  porco,  eíc.  Caldo  de  — , 
temperado  com  elle. 

UNTOSo.  V.  Lnctuoso. 

tisTURA,  s,  s.  (Lat.  unctura),  uncção  com 
oleo,  unguento,  óleo  aromático  ;  fricção  com 
unguento  medicinal. 

lipos,  s.  m.  pi.  (t.  Asiat.),  oíliciaes  de 
justiça,  Mendes   Pinto. 

L'QUER,  (obsoi  ),  onde  quer. 

URACA  ou  ARACA,  í.  f.  (t.  Asiat.),  vinho 
de  palmeira. 

lbacão.  V.  Furacão. 

LKACO,  s.  m.  (Lat.  uracus),  (t.  anat.), 
saco  umbical  do  feto  dos  animaes,  e  que 
alguns  anatómicos  modernos  aílirmam  exis- 
tir uo  feto  humano. 

LRANOscopio,  «.  w.  (do  Gf.  ourauos,  o 
ceu  e  skopéó,  olhar),  nome  de  um  peixe 
de  um  aspecto  raicaceo. 

URARIRÁ,  (geogr.)  rio  da  Guiena  brazilei- 
ra.  em  cujas  margens  dominava  antiga- 
mente a  grande  nação  Manáo. 

L'RBA^'A■E^TE,  adv.  [menle  suíT.),  com 
urbanidade. 

CKiiANiDADE,  s  f.  (Lat.  urbanitas,  tis, 
de  urbs,  a  c\dade],  cortezia,  civilidade,  po- 
lidez, maneiras  cortezes.    polidas. 

LRBAMSADO,  A,  p.  p.  de  urbunisar ;  adj. 
civilisado,  polido,  feito  urbano. 

VOL.    IV. 


URBANISAR,  V.  a.  (urí/ítíio,  íjar  des.  inf), 
fazer  urbano,  polir,  v.  g.  —  a  gente  rús- 
tica. 

URBANiTA,  s.  dos  2  g.  desusado.  V.  CU 
dadão. 

URBAivo,  A,  adj.  (Lat.  urbanus,  à^urbs, 
a  cidade),  da  cidade,  v.  g.  Prédio  — ,  (tlg.) 
cortez  polido,  dotado  de  urbanidade.  Tra- 
to — . 

uflCA,  s.  f.  (t.  naut.) ;  embarcação  de 
transporte  pesada,  barco  granae  e  muito 
largo  ;  cavallo  frisão.  V.    Lrco. 

URcniLiA,  s.  f.  e 

uRceiLLA,  5".  f.  côr  roxa  que  se  tira  de 
varias  plantas  :  —  das  arvores,  musgo. 

URCHO,  s.  m.  (p.  us  ),  baloqne,  rolha, 
tudo  o  que  serve  par.i  tapar. 

URCO  ou  URCiio,  5.  w».  cavallo  frisão,  de 
grande  corpo ;  —  das  cubas,  rolha  grande, 
batoque. 

URDIDEIRA,    S.    f.    V.  TeCClÔã. 

URDIR.  V.  Ordir. 

URÉA,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal,  no 
districto  de  Villa-Real,  concelho  d'AÍfarela; 
l.íOO  habitantes. 

URÉA,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  no  con- 
celho de  Villa-Pouca  d'Aguiar  ;  l,2õU habi- 
tantes. 

URETERES,  s.  m.  pi.  (t.  auat.),  canaes  que 
conduzem  a  ourina  dos  rins  á  bexiga. 

URETERO,  A,  adj.  vcm  em  Ferreira,  Luz 
da  cirurgia,  no  sentido  áe  pertencente  á 
urethra.  V.   Urethral. 

URETHRA    ou  URETRA,    S.  [.{áoGt.OUréOf 

ourinar),  (t  anat.),  canal  por  onde  se  eva- 
cua a  ourina  da   bexiga. 

URETHRAL   OU     URKTRAL,     adj.     doS    2    g. 

pertencente  á  furethra,  v.  g.^  vasos  ure- 
traes. 

URGA,  s.  /.  (Lat.  eruca),  nome  de  uma 
herva. 

URGÊNCIA,  s.  f.  cousn  que  urge,  aperta, 
pressa,  cousa  que  obriga,  v.  g.  —  das  ra- 
zões. 

URGENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  urgens,  tis, 
p.  a.  áeurgeo,  cre,  urgir),  que  urge,  aper- 
ta. Necessidade  — .  Argumentos,  razões  — s, 
(p.  us.),  oppressor,  v.  g.  tyrania  — . 

URGíNTissiMAMENTE,  adv.  superl.  de  ur- 
gentemente. 

URGENTÍSSIMO,  A,  adj.  supcrl.  de  urgen- 
te, muito  urgente. 

URGEVÃo.  V    Orgevão. 

URGIR,  V.  n.  (Lat.  wr^ere,  do  Gr.  orgaô, 
desejar  com  ardor),  apertar  com  alguém, 
dar  pressa,  sollicitar  com  instancia  /reque- 
rer prompto  exame,  discução,  execução.  P. 
p.  adj.    Urgido. 

urina,  s.  f.  (Lat.),  por  uso.  V.  Ourina. 

URINAR.  V.  Ourinar. 

URINÁRIO,  A,  adj.  (des.  ário]^  (l.  anat), 
191 


"m 


IRU 


VSi 


da  curina,  pertencente  á  ourina.  Vaso -- 
Vias  —8. 

URNA,  s.  f.  (Lat.  urna,  do  Gr.  aruein, 
tirar  agua  ou  outro  liquido  de  fonte,  poço, 
etc),  vaso  onde  se  guardavam  ascin^zasdos 
mortos  ;  vaso  para  comer  liquides;  vaso  com 
que  se  representavam  as  tiguras  simbóli- 
cas dos  rios  entornando  d'el]e  as  aguas.  v. 
g.  A  —  era  também  uma  medida  de  lí- 
quidos, entre  os  Romanos. 

URo,  s  m,  (Lat.  urus),  espécie  de  touro 
bravo  do  norte. 

UROPíGio,  s.  m.  (Lat.  u7'opygium],  sobre- 
cu, bispo  das  aves. 

URRACA,  s.  f.y.   Uraca  ou  Aracá. 

URRACA  (D),  (bist.)  rainha  de  Portugal 
por  ter  casado  com  elrei  D.  Alfanso  II  e 
era  íilha  de  D.  AíTouso  IX  de  Castolla,  ca- 
sou em  1201 ,  morreu  em  Coimbra  em 
1^20,  e  jaz  com  seu  mando  no  mosteiro 
de  .Alcobaça.  Outras  infòntas  porlu- 
guezas  houve  deste  nome,  como  foram /D. 
Urraca,  filha  do  conde  D.  Henrique,  que 
casou  com  o  conde  de  Trastamara,  D  Ur- 
raca, filha  de  D.  AíTonso  Henriques,  e  rai- 
nha de  Leão,  nasceu  em  114^,  cssoa  com 
D,  Fernando  II,  de  quem  foi  separada  por 
censura  papal  em  razão  de  parentesco.  E 
outras. 

URRACA,  s.  f.  (ant.),  pega,  ave. 

URRAR,  V.  n.  {urro,  ar  des.  inf.),  bra- 
mir :  diz-se  do  elephante,  do  louro  e  da 
leão. 

URRO,  s,  m.  (voz  imitativa),  bramido  do 
elephante,  do  touro,  do  le&o. 

URRO,  (geogr.)  aldeia  de  Portugal,  no  con- 
celho de  Arouca,  7  léguas  ao  SE.  do  Por- 
to; 800  habitantes, 

URROS,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal,  no 
concelho  de  Moncorvo,  e  perto  da  serra  de 
Winde  ;  BOO  habitantes. 

UBSA,  s.  f.  (Lat.  ursa),  fômea  do  urso. 
A  —  maior,  —  menor,  são  duas  constei - 
lações  boreacs. 

URSiNO,  A,  adj.  (Lat.  ursinus),  de  urso. 
Herva  — ,  herva  gigante.  Uva  — ,  planta. 

URSO,  s.  m.  (Lat.  ursus),  animal  feroz  cu- 
jo corpo  éxoberto  de  pellomui  comprido. 

URSULiNA ,  (geogr.)  aldeia  da  ilha  de  S. 
Jorge,  que  está  situada  á  beiramar,  2  le- 
gues ao  S.  da  villa  das  Vellas. 

URSANflUE ,  (geogr.)  pequeno  praso  da 
coroa  portugueza,  no  districto  de  Sofalla, 
que  pertenceu  ao  reino  de  Quiteve,  e  que 
íica  situado  ao  O,  da  aldeia  de  Xiforanhe. 

URTiCAçÃo,  s,  f.  (Lat.  urtícaiio),  (t.  med.), 
fricção  com  ortigas. 

URTIGA,  s.  f.  (Lat-  uríica),  por  ujo,  Y. 
Ortiga. 

URTiGAR,  por  uso,  V.  OrligãT. 

uauÁ,  (§€0§r.)  ilha  do  riu  da  Madeira^  na 


província  do  fará,  abaixo  da  confluência  do 
rio  Maluaúra,  e  acima  da  villa  de  Borba» 
'  LRUÁ,  (geogr.)  povoação  da  província  doj 
Brazil,  no  Uio  Grande  do  Norte,  nodislriclo 
de  Villa  Flor;  suas  terras  com  serem  rega- 
das pelo  ribeiro  Jiqui  da  banda  donorte,  e 
pelo  Piquiri  da  do  sul,  são  pela  maior  par- 
te catmgas. 

URUBU,  s.  m.  (t.  Brazil.),  corvo  grande  que 
tem  a  cabeça  pellada. 

URUBU,  (geogr.)  rio  da  província  do  Fa- 
rá, na  Guiana  braziieira;  tinha  ao  princi-' 
pio  o  nome  da  tribu.  Barururú  ,  que  os 
porluguezes  abreviaram  mudando-o  no  de 
Urubu. 

uiíuBÚ,  (geogr.)  villa  da  província  da  Ba- 
hia, no  Brazil,  na  comarca  de  seu  nome. 

URUBU,  (geo,^r.)  aldeia  da  p,  ovincia  do 
Maranhão,  no  Brazil,  na  margem  esqaerda 
doltapicurú,  na  coiuarca  de  Caxias. 

URUBURETÁaA,  (gcogp.)  grande  serra  da 
província  do  Ceará,  no  Brazil,  distncto  de 
Vilia-da-lmperairiz. 

UHUCAiA,  (j.eogr.)  rio  da  província  de 
Minas-6er.!es,  no  Brazd,  na  comarca  de 
Paracatú.  JNasce  na  serra  de  Tabatinga. 

URUÇANGA,  (geogr.)  serra  da  província  da 
Rio-de-Janeiro,  no  Brazil,  comarca  de  Cabo 
Frio. 

URUÇANGA,  (geogr.)  rio  da  província  da 
Santa-Catharina,  no  Brazil. 

URUCu,  s.  m.  (t.  ijrazil.),  V.   Orucú. 

uHueuAi,  (geogr.)  grande  rio  da  Ameri- 
ca meridional,  no  lirazil,  nasce  do  verten-r 
te  Occidental  da  cordilheira  vizinha  do  mar 
no  norte  da  provmcia  de  São-Pedro-do-Río- 
Grande. 

URUMBEBA,  s.  f.  (t.  Brazíl.),  planta  de  fo- 
lha grossa  e  armada  de  paus,  também  cha- 
mada jurabeba. 

URUPEMA  ou    URUPEMBA,  5.    /".    (t.    Brazíl.), 

tecido  dtí  palha  chamada  uru,  ou  de  caona 
brava. 

ururAhi,  (geogr.)  rio  da  província  do  Rio- 
de-Janeiro,  no  Brazil,  no  dístricio  da  cida- 
de de  Campos. 

URUXÔ,  s.  m.  (t.  Asíat.),  um  verniz  do  Ja« 
pão. 

URZ.  V.   Urze. 

URZE,  s.  v;*.  (Lat.  eriça),  arbusto  de  ra- 
mos duros  e  folhas  ásperas. 

U.SADO,  A,  p.  p.  de  usar ;  adj.  de  que  se 
faz  uso,  que  está  em  uso,  v.  g.  traje,  cos- 
tume —  ;  gastado  pelouso,  c.^.  fato,  cha- 
péo  — ,  exercitado,  v.  g.  oouco  — em  ar- 
mas, acostumado,  afeito. 

usageh,  s.  f.  (ant.j,  tributo  antigo. 

USAGR8.  V.   Ozagre. 

USANÇA,  s.  f.  uso,  costame,  eslylo. 

USANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a.  em 
ans^  ús)^  (ant.)  que  u$a,   exerce,  t   a  to- 


usu 


UtI 


m 


fl(i]Qi  _-í  podcfio  «a  ttrra,  »  a  loiios  oique' 
exercem  poderio  Foral  de  Thoiuardc  llV-i. 
USAR,  r.  a.  (Lat.  tiíor,  uít,  wsms;  Gr. 
ff/i().  Creio  qtio  vem  do  rad.  Egypcio  da 
iaho,  conduzir,  tomar,  formado  de  tot,  mão), 
empregai",  t)  í/.  — alguma  cousa,  sorvir-Sc; 
d'ella  1,  pralicar,  —  fraude,  dolo,  gastar  peio 
u^o .  —o  fato,  o  calçado.  —,  v.  /».  fuzor 
U50,  —  do  oíii^io;  —  de  manha,  astúcia, 
caulelft.  —SE,  c.  »".  estar  cm  uso,  (ant.),  uti- 
lisar-se,  servir-se. 

LSAVKL,  adj.  ihs  2  g.  V.  Usual. 
USEIRO,  A,    aàj.   cosinraado ,  habituado. 
Diz-se  de   ordinário  á  má  parte.  Str  —  e 
vezeiro  em  ou  a  furtar. 

USNF..V,  s.  f.  (Lat  lanugo,  inis],  a  pen- 
nugem  ou  musgo  das  arvores;  (íig.)  a  «/ue 
se  cria  na  superfície  dos  ossos  expostos  ao 
ar. 

uso,  s.  in.  (Lat.  «ms)  costume,  pratica, 
exercício,  estvto,  pratica   gorai;  o  direito, 
acto  de  usar;  continuação  frequente,  t;.^. 
o  —  (lo  cbá,    do  café,  facilidade  adquiri- 
da pela  pratica  ;  utilidade  que    resulta  do 
serviço  de   alguma  cousa  olhein  por  tempo 
limitado.  — ,  serviço,  préstimo.   Cousa   de 
muito  — .  —,  moda.  Viver,  trajar  ao—. 
isoFRUCTO.  V.  Usufructo. 
issA,  s.  f.  herva  que  alguns  dizem  ser  o 
seDol  ou  herva  ursa. 
!SSA,  (anl ),  V.   Ursa. 
jssiA,  (ant.),  V.    Adussia,  Capella  mór. 
Lsso,  (aut.j,  V.   Urso. 
usTÉDA,  s.  f.  droga  dela,  com  festo  ou 
«m  elle. 

USUAL,  adj.  dos  2  ^f.  (des.  adj.  ai),  que 
stá  em  uso,  ordinário,  que   serve  no  uso 
;ommum,  v.  g.  Tributo — ,  sobre  os  vive- 
res. 

USUÁRIO,  5.  m.  (Lat.  usuarius),  (t.  jur.). 
o  que  goza  unicamente  do  usufructo  de  uma 
propriedade. 

usrCAPiÃo,  s.  f.  (Lat.  usucapio,  ou  usu- 
eaptio,  o«i«),  (t.  jm.),  propriedade  adque- 
rida  por  posse  continuada  e  consentida  pelo 
dono  da  cousa. 

usuCAPiANTE,  odj .  dos  2.  g.  (Lat.  ustica- 
picns,tis),  (t.  jur.),  que  vai  adquerindo  ou 
que  adquerio  por  usucapião. 

usuCAPiH,  V.  a.  (Lat.  usucapio,  ere),  (t. 
jur.),  adquirir  a  propriedade  por  longa  pos- 
se consentida  pelo  dono. 

USUFRUCTO,  s.  m.  (Lat.  usufructus),  (t. 
jur.),  dominio  útil,  direito  de  disfructar,  de 
asar  de  propriedade  alheia. 

usuFRUCTUAR,  V.  a.  [usufructo,  ar  des. 
inf.),  desfructar  a  propiiedade  alheia,  go- 
xar  do  usufructo. 

usuFRUCTUARio,  A,  s.  (Lat.  usufructua- 
rius)t  pessoa  que  goza  do  usufructo. 
USURA, ».  f.  (Lat.  usura,  de  usus,  uso), 


prí»mío  ^ne  se  dá  pelo  dinheiro  (t«óalguétfi 
nos  dá  de  empréstimo  ;  beneíicio  em  retor- 
no maior  que  o  beneOcio  recebido,  lucrrt 
avantajado  qtie  se  tira  de  dinheiro  dado  dl» 
omprestiraOí  o.  g.  Dar,  tomar  a  — ,  cobran  • 
do  ou  pagando  lucro  avantajado.  l*agaf  com 
— ,  muito  mais  doíjue  se  deve. 

SYK.  conap.  Usura,  Onxena.  Segundo  o 
jurista  José  Ferreira  Borges,  usura  signi- 
íicsva  entre  os  Romanos  toda  a  espécie  de 
interesse  mesmo  legitimo  ;  com  o  andar  dds 
tempos  veio  esta  palavra  a  significar  o  lu- 
cro illegal  quo  se  exige  por  uma  samma  dada 
de  empréstimo.  Onzena  sempre  significou 
usura  immoderada  eillegitima,  e  sempre  se 
tomou  em  máu  sentido. 

Os  amigos  chamavam  aos  juros  do  di- 
nheiro emprestado  usuras,  isto  é,  o  preço 
do  uso,  e  então  era  necessária  a  palavni 
onzena  para  designar  a  usura  immodera- 
da ;  hoje  a  palavra  usura  só  se  appliea  aos 
juros  excessivos,  illegaes,  por  isso  não  se 
usa  eo.  phrase  jurídica  e  mercantil  a  pala- 
vra onzena,  e  tornou-se  desnecessária. 

usuRAR,  V.  n.  (Lat.  usurj,  ardes.  ínf), 
dar  dinheiro  á  usura. 

usuRARiAHENTg,  adv.  [mente  suíT.},  com 
usura. 

USURÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  usurarius],  em 
que  ha  usura.  Contractos  — s. 

USURÁRIO,  s.  m.  o  que  faz  usuras  ;  (fig.) 
onzeneiro. 

usuREiRO,  s.  m.  e  adj.  V.  Usurário, 

USURPAÇÃO,  s  f.  (Lat.  usurpatio,  onis], 
o  acto  de  usurpar. 

USURPADO,  A,  p.  p.  de  usurpar  ;  at/;".  to- 
mado contra  ^  direito. 

USURPADOR,  s.  m.  [L&t.  usurpator),  o  que 
usurpa ;  v.  g.  —  do  tbrono,  da  autorida- 
de, dos  direitos   da  nação. 

USURPAR,  V.  a.  (Lat.  usurpare,  de  usus, 
o  uso,  e  rapcre,  arrebatar),  tomar  contra 
o  direito  o  alheio,  v.  g.  —  a  autoridade,  o 
poder  supremo,  o  tbrono,  os  direitos  da  na- 
ção. 

UT,  s.  m.  a  primeira  nota  de  musica,  da 
solfa. 

utar,  V.  a.  V.    Outar. 

UTENSÍLIOS,  s.   m.  pi.  (Lai.  utensílio,  pi, ' 
de  utensile),  trastes  do    uso,  instrumentos 
de  oílicio  mechanico,  v.  g.  —  de  cozinha, 
de   ferreiro. 

uTERiKO,  A,  adj.  (Lat.  uterinus),  do  úte- 
ro. Irmãos  — s,  filhos  da  mesma  mài  e  de 
pais  dilTerentes. 

ÚTERO,  *.  m.  (Lat.  uteruSt  de  uter,  odre), 
(t.  anat.),  a  madre  da  mulher,  e  das  fê- 
meas dos  animaes. 

UTIL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  wíi/is),  que  tem 
algum  uso,  serviço,  préstimo.  Dominio  — , 
o  que  tem  a  pessoa  que  desfruta  proprie- 
191  » 


76i 


UTI 


fJ?T 


dade  de  que  não  é  senhor  directo.  Despe- 
za  — ,  que  melhora  a  cousa  em  que  se  em- 
prega. Dias  úteis,  aquelles  em  que  se  está 
emjoizo,  em  que  pôde  correr  a  causa. 

UTiLKS,  pi.  (ant.),  de  útil  por  úteis,  co- 
m'o  hoje  dizemos. 

UTILIDADE,  8.  f,  (Lat.  utilitas,  tis),  qua- 
lidade útil,  prôslimo  ;  commodo,  serviço. 

SYN.  comp.  Utilidade,  proveito,  vanta- 
gem. A  utilidade  nasce  do  sjrviço  que  se 
tira  das  cousas ;  oproteito,  da  ganância  que 
produzem  ;  a  tantajem  resulta  da  honra  ou 
da  commodidade  que  nellas  se  encontra. 
Um  movei  tem  sua  uiilidade ;  o  commercio 
traz  grandes  proveitos  ;  uma  casa  grande 
tem  suas  tantagens.  Um  autor  honesto  que 
publica  uma  obra  litteraria  deseja  que  ella 
seja  útil  ao  leitor,  que  lhe  dê  algum  provei- 
to pecuniário  ou  ao  livreiro  que  a  vende,  e 
que  Ihegrangeiea  vantagem  do  apreço  pu- 
blico. 

uTiLisADO,  A,  p.  p.  deutilisar  ;  adj.  apro- 
veitado por  alguém. 

uTiLisAR,  V.  a.{util,áes.  isar),  aprovei- 
tar, cousa  ou  pessoa,  fazer  servir  ao  uso. 
empregar  com  proveito ;  ganhar,  lucrar ;  v. 
g.  não  utiliso  nada  nisso,  — se,  v.  r.  ser- 


vir-se  para  sou  commodo,  aproveitar-se  de 
cousa  ou  pessoa.  — ,  ler  uso,  ser  ulil,  pro- 
veitoso. 

utilíssimo.  A,  adj.  superl.  de  ulil,  mui- 
to ulil. 

UTOPIA,  s.  f.  forma  de  governo  perfeito  e 
por  conseguinte  imaginário.  Vem  do  titulo 
de  uma  obra  do  inglez  Thomáx  Morus. 

UTÚ,  (geogr  )  ilha  da  província  do  Rio-de- 
Janeiro,  no  Brazil.  na  bahia  d'Angra-dos- 
lleis,  defronte  do  districlo  da  vilia  de  Pa- 
rati. 

UVA,  s.  f.  (Lat.  uva,  de  uvo,  ter  humi- 
dade), fructo  da  videira,  que  nasce  em  ca- 
chos. 

UVA  DE  CÃO,  s.  f.  herva  vulgar. 

uvA-ESPíM,  s.  f.  arbusto  que  da  fruetos  aci- 
dulos. 

uvEA,  s.  f.  (pron.  úvea),  túnica  do  olho 
onde  está  a  pupilla. 

uvEiRA,  s.  f.  a  arvore  a  que  se  encosta  e 
por  que  trepa  a  vide. 

uviAR.  V.  Uivar. 

uvRE.  V.  Ubre. 

uxi  (u  onde,  e  xe,  se),  obsol. 

UYVAR.  V.    Uivar. 

UYVO.  V.  Uivo. 


VAC 


VJkC 


7G5 


V 


V,  s.  m.,  vc  ou  u  consoa níe,  a  vigesiaja 
segunda  letra  do  alphabeto  portuguez,  e  de- 
cima septima  das  consoantes. 

Os  Romanos,  e  nós  á  imitação  delles,  não 
diferençávamos  na  forma  o  r  do  u. 

Os  Minhotos  assim  como  os  Gallegos  e 
Castelhanos  pronunciam  6,  e  dizem  biriho 
ou  bmo  porrín/io  ecino.  Os  Romanos  pri- 
mitivamente pronunciavam  o  u  copsoante 
como  f.  v.g.  seruus,  neruus,  serfus,  ner- 
fns. 

V  letra  numeral  entre  os  Romanos,  va- 
ha  5,  e  com  uma  risca  por  cima,  õOOO. 
Precedida  de  1  vale  quatro,  e  seguida  de  I 
seis ;  IV,  Vr. 

y,  abreviatura  por  Veja. 

vÃâ,  des.  f.  de  Vão.  V.   Vão. 

vÃAGLORiA.  V.   Vangloria,  ctc. 

VÃA6L0RIAR-SK.  V.    Vangloriar -se. 

vACAçÃo,  s.  f.  (Lat.  vacatio,  anis)  suspen- 
são de  estudos,  e  do  curso  forense  ;  desape- 
go de  negócios,  com  applicaçào  a  estudos. 

VACADA,  s.  f.  (des.  collect.  ada)  manada 
de  vacas. 

VACA-LOURA,  s.  f  abadpjo,  insecto. 

VACAKCiA,  s.  f.  estado  vago  de  car^o,  em- 
prego, officio.  . 

VACANTc,  utf/,  aosTL  g.  (Lat.  racan^,  lis, 
p.  a.  de  taco,  are]  que  está  vago.  Sede  — , 
faltando  o  bispo,  o  prelado.  A  minina  náo 
está  — ,  sem  amigo  ou  amante. 

VACAR,  V.  n.  (Lat.  taco,  are)  occupar-se 
dar-se,  empregar  o  seu  tempo.  —  na  con- 
templação. —  o  tempo,  ser  de  vago,  para 
ócio,  desoccupado. 

VACARIA,  3.  f.  (des.  ária)  gado  vaccum. 

VACARiçA,  (geogr  )  villa  de  Portugal,  mui- 
to abastada,  4  léguas  ao  N.  de  Coimbra  e 
í  e  meia  ao  S.  do  Bussaco ;  1,800  habi- 
tantes. 

VACARiL,  adj.  dos  2  §.  (ant.)  de  vaca. 
Coiros  vaeari». 

VACATURA,  s.  f.  (Lat.)  vacância. 

vacca  ou  VACA,  s.  f.  (Lat.  tacca,  do  Egyp. 
buhti ;  de  the,  boi^  ciy  filho,   cria,  e  bi, 

VOL.   IV. 


j  tròzer)  a  fêmea  áo  touro.  —  de  chocalho, 
a  que  serve  de  guia  aos  touros  ;  (/ig.)  a  mu- 
|Iher  que  ameiga,  que  traz  as  raparigas  es- 
quivas, ariscas  á  conversação  amorosa.  — 
(ant.)  um  jogo  defeso  na  Ordenação.  ~  for^ 
ra,  na  Ásia,  vadio. 

vAcciNA,  s.  /.  pus  de  vesículas  que  vem 
ás  tetas  das  vaccasecuja  inoculação  no  ho- 
mem produz  uma  pústula  que  preserva  da 
erupção  variolica. 

VAcciNADo,  A,   p.  p.  dô  vaccinar :    adi 
inoculado  com  a  vaccioa. 

vaccinador,  s.  m.  o  que  vaecina,  ino- 
culador  da  vaceiaa. 

VACCINAR,  v.a.  [vaecina,  ardes,  inf.)  in- 
ocular a  vaecina. 

VACILLAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  vacillatio,  onis)  es- 
tado vaciUante  ;  (íig.)  hesitação,  irresoiução. 
VACiLLANiE    adj.dostg.  [lat.  vacillans, 
tis),  que  vacilla,  abana;    (ti^.)  que  hesita 
irresoluto.  v  o  /  ^  a, 

VACiLLAR,  v.n.{lat:vacillo,  are,  deba- 
cillum,  pequeno  bastão,  baste,  vara)  não 
estarhrme,  abanar.  Vacilla  a  estaca,  a  luz, 
líig.)  hesitar,  estar  irresoluto,  indecisp.r 
gos.  — ,  em  sentido  activo,  p.us.,  abalar; 
(íig  )  causar  irresoiução. 

VACINO  ou  VACiNio,  s.  m.  (Lat.  ta^cinium} 
nome  de  uma  planta. 

VACUAÇÃo.  V.  Evacuação, 

VACUIDADE,  s.  f.  (Lat.  xacuitos^  tis)  es- 
tado vazio,  vácuo. 

VACUM  ou  VACCUM,  adj.  dos2^.  de  vaca. 
Gado  — ,  bois,  vaccas,  bezerros. 

vacuo,  A,  adj.  (Lat.  tacuus.  Talvez  do 
Egypc.  kohi,  bainha)  vazio,  cuco.  O  —  ar^ 
permeável.  Posse  — ,  (jur.)  de  que  se  não 
goia.  Aposento  — ,  não  occupado. 

VAGuo,  *.  m.  (do  precedente)  (physica) 
espaço  vaiio  de  corpos.  O  —  B»yleano,  o 
da  machina  peneumatica,  de  cujo  recipien^ 
te  se  extrahiu  a  maior  parte  doar.  — per- 
feito, que  alguns  physicos  sappõem  sem 
razão  existir  nos  espaços  planetários. 

in 


I 


76S 


VAG 


TAI 


VADEAÇÃO,  s.  f.  O  acto  de  vadcsf,  ou  de 
passar  a  vao. 

VADEAR,  V.  a.  (Lat.  vadere,  de  vadum, 
vao)  passar  a  vao :  —  o  rio. 

vADEAVEL.  ttdj .  dos  2  g.  (des.  avel)  que 
se  pode  vadear,  passar  a  vao. 

VADE-MECO,  s.  wi.  (do  Lai.  vade-mecum, 
ide  comigo)  pasta  que  os  meninos  levam  á 
escola. 

VADES,  (ant.)  por  Ides,  do  verbo  Ir. 

vADiAgÃo;  s.  f.  o  acto  de  vadiar,  vida  de 
vadio. 

VADIAMENTE,  údv,  («leníc  suíl )  como  va- 
dio. 

VADIAR,  V.  n.  fazer  vida  de  vadio. 

vADiCK  ou  VADiiCE,  s.  f.  vida  de  vadio. 

VADIO,  A,  adj.  (do  Arab.  haduido)  ocioso, 
vagabundo,  errante,  que  nso  tem  domici- 
lio certo. 

vADOso,  A,  adj.  que  tem  vao,  que  dá 
vao.  rio  — ,  cheio  de  baixios,  de  bancos  de 
areia,  perigoso  á  navegação. 

vaga,  s.  f.  (Fr.  vague)  onda  grande  que 
corre,  se  amontoa  erola  a  praia  ;  onda. 

vaca,  s.  f.  vacância.  Vôr  á  — ,  (ant.) 
haver  por  escuso  do  serviço, 

VAGABUNDO»  A,  adj.  (Lat.  Tagahundus)  er- 
rante, sem  domicilio  fixo  ;  (fig)  animo  — , 
inconstante. 

vAGAçÃo,  s.  f.  V.   Vaguearão, 

TAGAçoM.  V.  Vacância. 

VAGADA,  s.  f.  (ant.)  V.  Vagante  e  Va- 
cância. 

VAGADO,  A,  p.  p.  de  vagar,  que  vagou. 
Tinha  —  o  beneficio. 

VAGADO,  s.  m.  V.   Vertigem. 

VAGALUME,  s.  «i.  pjrilampo,  lumieira,  in- 
secto luminoso. 

VAG.4MENTE,  adc.  [mente  suff.),  de  modo 
vago,  com  incerteza,  indeterminadamente, 
mundo,  sgr-Ví%oi3Ua«u.^^^»'»'  vida  de  vaga- 

VAGAMUNDO,  adj.  V.   Vagabundo. 

vaganao,  s.  m  (ant)  maroto,  mariola 
de  carregar  ;  vadio,  vagabundo. 

vagante,  adj.  doslg.  [Uuvagans,  tis, 
p.  a.  de  vagor  ari)  que  vagua,  vaga,  er> 

hknn'  r^^^"»^'^-  ^^^^  ->  que  carece  de 
í)ispo,  de  prelado,  por  morte  ou  passagem 
.  a  outra  sede.  ° 

vagante,  8.  f.  (do  precedente)  vacância. 

VAGAa,  V.  n.  (Lat.  vaco,  are)  estar  vago 
'f>'  9'  —  o  olFicio,  o  cargo,  o  bispado.  — 
para  a  coroa  devolver-se  aeliaooílicioou 
outra  cousa  da  doação  do  rei.  -se  o  hene^ 
fiCio,  ficar  vago.  -,  ficar  livre.  desocCu- 
pa^.  «..^..««s  horas  que  lhe  tagqtam.i^ 

n J^í*^-*    ^1  "•    ^^^  P®"^  ^*80.    «  O  reitor 
n^o  havia   de  -  a  cadeira.  »  Vieira,  car- 


VAGAR,  V.  n.  (de  taga,  e  do  hd.X.tagor, 
ari,  andar  errante)  (luctuar  sobre  as  vagas 
ou  ondas ;  (fig.)  vaguear,  andar  errante, 
sem  destino  certo,  v.  g.  —  pelo  mundo, 
pelos  mares ;  correr,  espalhar-se,  v.  g.  — 
a  noticia. 

VAGAR,  V.  a.  correr,  discorrer  vagando. 
«  Os  maré.*  que  naufrago  vagava.  »  El  pino. 
—  o  deus  cm  ócio  santo,  dar-se  á  vida  es- 
piritual. 

VAGAR,  s.  m.  (di  vago)  tempo  desoccu- 
pado,  ócio.  ^ão  teniio  —  para  tão  frivola 
occupação.  — ,  íiilta  de  diligencia  ,  oppõe- 
se  a  pfcssa.  De  — ,  com  — ,  vagarosamei»- 
te,  pausadamente. 

VAGAROSAMENTE,  ttdv.  de  vagar,  pausada- 
mente. 

VAGAROSÍSSIMO,  A,  adj.  supcrl  de  vaga-* 
roso. 

VAGAROSO,  A,  ttdj.  (dcs.  oso)  tardo,  lento, 
faito  de  diligencia.  Com  passos  —5,  delon- 
gador,  detençoso. 

vAGEiRos,  s.m  pi.  {[tOT  vagueiros)  (ant,  f 
as  terras  vagas  não  cultivadas  por  más,  ou 
as  calvas  nos  plantios  onde  ha  cabeços  es- 
téreis. 

VAGEM,  s.  f.  (Lat.  vagina]  a  bainha  qnô 
contêm  as  sementes  das  plantas  legumino- 
sas, V.  g.  das  favas,  feijões,  ervilhas. 

VAGIDO,  s.  m.  [Líxl.vagitiis)  o  choro  das 
crianças. 

vAGiTO.  V.   Vagido. 

VAGO,  A,  círf;.  (Lat.  ra/yt/s)  vagante,  erran- 
te, vagabundo;  (fig)  volúvel,  v.  g.  o  — 
pensamento  ;  indeterminado,  incerto,  não 
fixo,  tj.  g.  desejo,  discurso  — .  Exame  — , 
sobre  todos  os  ramos  de  uma  scieucia.  Olhoi 
— ,  de  quem  os  volve  a  todas  as  partes. 
Forças  —s,  derramadas  por  vários  lugares. 
Andar  —  pelo  campo,  soltamente,  sem  re^ 
ceio  do  inimigo.  — ,  (p.  us.)  ocioso. 

"/fío  A.  adj.  [áoLSii.  vacuns,  vazio)  va- 
cante.  Lsicxí  -  .  ^^,,^  ^  officio,  o  empre^ 
go.  — ,  desoccupado.  v.  g.  caba»  —a  ;  be- 
ras— s  Está  a  moça  de  — ,  sem  amante, 
sem  amigo. 

VAGOS,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  2  legnas 
distante  de  Aveiro  ;  8,400  habitantes. 

vAGUEAçÃo.  *.  f.  estado  do  que  anda  va- 
gueando, peregrinação.  —  dos  olhos,  da 
vista,  agitação  continua. 

VAGUEADO,  A,  p.  p,  de  vaguear,  que  va- 
gueou. 

VAGUEAR,  V.  n.  andar  vogando,  errante, 
sem  objecto  fixo :  —  com  o  pensamento  de 
objecto  em  objecto.  —  o  mundo,  em  seo- 
tido  ^ctivo,  correr,  .i  ?ob  . 

VAGUEAR,  V.  n.  fluctuar,  andar  sobre  u 
ondas. 

VAGUEDO.  V.  Vagado. 

VAIA,  $.  f.  (talvez  do  Lat.  ta,  ou  do  Cast. 


TAl 


TAL 


767 


naya.  subjanct.  fiei?*)  zombaria,  apupada. 
Dar  uma  — .  Levar — . 

Vaidade,  s.  /".  (Lat.  vanitas,  tis)  osten- 
tação van,  yangloria,  presurapção  maUun- 
dada  de  si.  Diser  — s,  cousas  sem  seiílido, 
fúteis.  — s  de  pedra  e  cal. 

VAiLETA,  8.  m.  (ant )  V.    Velite* 

TAIS,  por  /{i«s,  do  verbo  Ir ;  boje  usa-se 
por  tás. 

T.4I-TB-A-KLLB,  í.  11».  jogo  dô  rapazes  cm 
que  uns  andaoí  ein  soguirneulo  dos  outros. 

VAJVEM ,  s.  m.  {vai,  e  vem)  trave  longa 
com  que  antigamente  se  bal  am  as  portas  e 
muros  das  cidades,  e  praças  íortes  ;  o  gol- 
pe, o  embate  d'esta  Irave.  Dar  —  á  porta. 
Os  vaizens  da  fortuna,  do  mundo,  os  re-< 
vezes,  as  alternativas.  Vaivéns,  (!ig.  eant.) 
intrigas,  macbinaçõas. 

VAivoDA,  s.  f  prmcipe  soberano  da  Mol- 
dávia, e  Valarhia. 

VAL.  V.  Yale. 

VAL,  ígeogr.)  com  este  prefixo  ba  per- 
to de  GO  povoações  em  Portugal,  pela  moior 
parle  insigaiílcantes  ;  as  mais  notáveis  são  : 
1.*,  —  <rAzeres,'ò  iegnas  distante  da  Guar- 
da, com  7l)2  habitantes ;  2.",  —  de  Bes^ 
teiros,  fertelissimo  terreno  outeirado  e  chão 
no  concelbo  de  Tondella,  3  léguas  a  O  de 
Vizeu,  com  1,628  babitanles  ;  3.",  — Bom, 
1  légua  a  E.  do  Porto,  com  1,800  habi- 
tantes ;  4.^,  —  de  Nogueirut  vila  no  dis- 
tricto  de  Bragança,  8  léguas  distante  de 
Miranda,  com  450  habitantes;  5.*,  —  de 
Nojrteiras,  no  concelho  de  ViUa-Real,  1,000 
habitantes  ;  6.°,  —  de  Passos,  no  conce- 
lho de  Chaves ,  com  Í,7U0  habitan- 
tes. 

TALA.  V.    Valia. 

VALAUARCS,  (gcogr.)  freguezia  de  Portu- 
ga], uo  concelho  de  Villa-iNov  i  de  Gaia,  e 
1  légua  do  Porto;  1,010  habitantes.  Ha  ou- 
tra villa  pouco  arruada  perto  de  Monção,  11 
léguas  ao  S.  do  Braga;  12, COO  habitantes. 

vAi.ADio,  «.  TO.  (aut )  baldio.  De  — ,  (loc. 
adr.)  de  balde,  inutilmente. 

VALADO.  V.    Vallado. 

VALAKCINA   OU  VALRNCINA,   S.  f.  CStoffo  ftn- 

tigo  de  là  que  se  fabricava  em  Valença. 

TALASCO  (Álvaro  Vaz  ou),  (hist  j  insigne 
jurisconsulto  portuguez,  nasceu  em  Évora 
em  1526,  falleceu  em  Lisboa  em  1593.  Dou- 
torou-se  na  Universidade  de  Coimbra  aonde 
começou  a  servir  como  lente  em  1556.  Em 
1560  veiu  para  Lisboa  exercer  a  advocacia; 
em  loG7  foi  nomeado  desembargador  da 
Casa  da  Supplicação.  Nesse  mesmo  anno 
voltou  á  universidade,  mas  o  seu  estado  de 
saúde  o  obrigou  a  largar  o  lugar,  voltando 
a  servir  como  desembargador  em  Lisboa, 
aonde  morreu.  Compoz  :  Consultas,  Deci' 
êãeSj  Praxe  dç  Partilhas,    Questões  de  di- 


reito emphytentico,  e  outras  muitas,  escri- 
ptas  indas  em  latim. 

VAi.Dio,  A,  adj.  V.  Baldio. 

VALDO,  (ant.)  V.  Baldo  e   Valio. 

VALE,  s.  w.  (t.  latino)  a  deus,  formula 
com  que  nos  despedimos  de  alguém,  ou  se 
termina  carta  familiar. 

VALEDEiRo,  A,  odj.  (ant.)  V.  Válido,  Fir- 
me. 

vALEDio,  A.  adj.  Dobras — s,  eram  moe^ 
das  castelhanas  que  correram  em  Portu* 
gal. 

vALEDOiRo,  A,  ãdj .  (juf.  ant )  v-llido. 

valedor,  a,  adj.  (jur.  ant.)  vélido.  t  Do«r 
ção  entre  vivos  — .  »  Ord  AíTons.        l;'.-í«,, 

VALEDOR,  s.  m.  protector,  que  é  da  va- 
lia de  alguém  ;  o  que  vem  acodir  a  outro 
em  briga,  aperto. 

VALEDOURo,  A,  adj.  (ant.)  váUdo,  obriga- 
tório, 

VALEGO,  A,  adj.  o  autor  do  Elucidarão 
conjectura  que  odres  valégos  significa  no- 
vos, e  que  ainda  eslão  com  pez  ;  ou  atado, 
preso,  como  velegado,  que  diz  ser  o  mesmo 
que  relegado.  Nós  cremos  que  vem  do  Fr. 
ant.  vealô  vacca,  bezerra. 

VALEIRO,  s.  m.  (do  Lat.  velis  tis,  soldado 
armado  aligeira)  (aut.)  soldado  que  não  le- 
vava besta. 

VALELHAS,  (gGOgr.)  viUa  de  Portugal  3  lé- 
guas distante  da  Guarda  ;  1,360  habitantes. 

VALENÇA  DO  DOURO,  (googr.)  villa  de  Por- 
tugal, 4  léguas  e  meia  a  E.  de  Lamego, 
perto  do  rio    Távora. 

VALENç*.  DO  Mono,  (gôogr.)  vilia  e  pra- 
ça d'armas  de  Portugal,  situada  na  esquer- 
da do  Minho,  quasi  em  frente  de  Tuy  na 
Galliza  ;  l.ííOO habitantes. 

VALÊNCIA,  s.  f.  planta  também  chamada 
anguira,  que  tem  flores  semelhantes  ás  da 
giesta. 

VALEXSA,  s.  f.  (do  Lat.  valentia  de  valeo, 
tre,  ter  força,  vigor)  valor,  força,  vigor. 

VALENTÃO,  ONA,  adj  6  í.  fanfarrão,  oquo 
blazona  de  valente,  roncador,  bravo.  Cam- 
peão, carr^peador  de  alguém. 

vALENiE,  adj.  dos  2  gr.  (Lat.  ta/erw,  tis, 
p.  a.  de  mleo,  ere,  ter  força,  vigor)  que  tem 
valor,  esforçado;  que  tem  força,  energia. 
Remédio,  mentira  — .  «  Homens  — s  pelo 
braço,  pela  cabeça,  por  letras.  »  Pincel — , 
de  pintor  insigne  — ,  mantenedor,  campeão. 
—  s  de  longe,  que  blazonam  fora  do  perigo, 
e  que  nelle  esmorecem. 

VALENTEMENTE,  adv.  [mente  suff .)  com  va  • 
lentia,  com  esforço. 

VALENTIA,  s.  f.  valor  corporal,  esforço ; 
acção  que  exige  grande  força,  valor  ;  ener- 
gia, r>.  g.  —  da  pintura,  das  expressões. 

SYN.  comp.  Valentia,  valor.  A  valentia 
é  a  ostentação  do  valor.  Aquella  pôde  ser 
192  . 


I 


7G8 


TAL 


TAL 


í*ffeito  da  educação,  do  amor,  próprio,  da 
vaidade,  e  por  ventura  d'um  puro  costu- 
me adquirido  cora  o  exemplo  ;  este  é  inhe- 
rente  ao  caracter  e  próprio  d'nm  espirito 
nobre,  superior  a  lodo  risco.  Aquella  bus- 
ca os  lances  em  que  pôde  raoslrar-se  ;  este 
os  evita,  porem  não  os  refusa,  quando  o 
ílever  ou  a  necessidade  o  exigem.  For  isso 
quando  se  trata  duma  acção  em  que  tem 
parte  a  arrogância  e  desejo  de  applauso, 
lisa-se  com  mais  propriedade  da  palavra 
'valentia,  que  da  palavra  valor;  assim  que 
a  um  soldado  se  pode  chamar  valeroso, 
porem  não  o  um  toureiro  ;  este  propria- 
mente é  valente. 

vALENTissiMAMENTE,  adv.  supevl.  de  va- 
lente. 

VALENTONA,  s.  f.  Ã  — ,  (loc.  adv.)  por 
meios  violentos,  pela  força;  com  brios  de 
valente. 

VALER,  V.  n.  (Lat.  valeo,  ere,  ter  vigor, 
força,  energia)  ser  útil,  servir,  prestar,  dar 
soccorro,  amparar,  —  a  alguém,  \aleu-me 
na  desgraça,  em  grande  aperto.  — com  al- 
guém, ter  valimento,  ser  attendido  por  elle. 
— ,  ter  certo  valor,  preço,  valia,  custar. 
Valia  o  pão  a  vinte  róis  o  alqueire.  Valia 
o  vinho  caro.  Valia  uma  gallinha  um  cru- 
zado. — ,  ter  estimação,  ser  estimado,  apre- 
ciado. *  Tanto  vales  quanto  has.  »  O  saber 
não  vale  na  praça,  não  se  vende,  não  pro- 
duz dinheiro.  —  mais,  ser  preferível.  «  Não 
valem  cem  prazeres  um  dos  seus  desgostos,» 
não  igualam.  —  menos,  (ant.)  perder  a  no- 
breza. «  Sob  pena  de  menos  — .  »  — ,  ter 
íorça.  Não  valem  razões ,  desculpas,  não 
lem  força,  não  aproveitam.  Valha-meDeus, 
me  acuda,  venha  em  meu  auxilio,  —se,  v. 
r.  servir-se  de  alguma  cousa  ou  pessoa,  v. 
y.  —  do  amigo,  recorrer  a  elle  ;  resguardar- 
sí^,  defender-se,  vrg. —  do  inimigo;  — do 
frio,  euroupando-se. 

VALERiANA,  s.  f.  (Lat.  de  taleo,  ere,  ter 
ou  dar  força,  vigor),  herva   medicinal. 

VALEROSAMENTE,  ttdv.  [mente  suíT.),  com 
valor,  esforçadamente. 

VALERosiDADE,  s.  f.  (p.  us.),  &  qualida- 
de de  ser  valeroso;  vigor,  v.  g.  —  dos 
membros. 

vALERosissiMAMENTE,  adv.  supcrl.  ds  va- 
ierosamente. 

VALERosissiMO,  A,  aJj .  supcrl.  de  vale- 
roso, muito  valeroso,  esforçado. 

valeroso,  a,  adj.  (alterado  por  uso  de 
valoroso),  dotado  de  valor,  animoso,  esfor- 
çado ;  que  tem  valia,  de  grande  preço. 
¥.  Que  presentes  me  trazem  — s  ?  Camões, 
Lusiad.  Vlll,  62.  E'  antiquado  nesta  acce- 
pçào.  — ,  forte,  activo,  \inbo,  remédio  fa- 
leroso. 

VALfiTUDiNAaio,  A.  adj.  (lat.  vjletuiina  - 


rius),  mal  convalescido  de  doença,  adoenta- 
do. 

VALHA,  s.  f.  (do  imperativo  ou  subjun- 
ctivo  do  verbo  valer,  (ant.)  Ser  — ,  bom, 
digno  de  approvação. 

vALiiACo,  (ant.)   V.    Velhaco. 

VALHACOUTO,  s.  íTi.  (de  Valer,  e  couto), 
lugar  seguro,  forte,  defensável ;  asylo,  re- 
fugio. —  seguro  de  malfeitores.  — ,  expe- 
diente, meio  de  encobrir,  disfarçar  os  seus 
intentos  ou  defeitos.  «  Talvez  o  silencio  e 
a  taciturnidade  ^ão  o  —  da  estupidez,  rião 
já  da  modéstia    » 

VALHBR,  (ant )  V.   Valer. 

VALIA,  s  f.  valor  ÍDlrinsico,  ou  de  opi- 
nião ;  valimento  com  alguém.  Carta  de  — , 
de  favor,  patrocínio,  empenho ;  (f  g.)  o  va- 
ledor,  protector,  guarda,  a —  a  alguém,  a 
alguma  cousa,  respeita-la,  guardar-lhe  os 
foros.  — ,  preço,  estimação.  Encelleira' 
ram  o  trigo  para  o  não  darem  senão  á 
mór  — .  »  Lobo,  Peregr.  Emprestar  á  mór 
— ,  com  o  maior  juro,  usura.  Comprax  á 
mór  — .  — ,  valor  do  animo,  préstimo. 
«  Ambos  são  de  —  e  de  concelho.  »  Ca- 
mões,   Lusiad    IV,  62. 

VALIAR    V.  Avaliar. 

VALIDAÇÃO.  5.  /.  o  acto  de  fazer  válido, 
de  dar  validade. 

VALIDADE,  s.  f.  (Lat.  validitas,  tis),  o  ser 
válido,  legitimo  v.  g.  A  —  do    contracto. 

VALIDADO,  A,  p.  p.  de  valldar  ;  adj.  fei- 
to   álido. 

VALIDAMENTE,  flí/p.  [mcutô  suíT.),  com  va- 
lidade, de  modo  válido. 

VALIDAR,  V.  a.  [válido,  ardes,  inf.),  fa- 
zer válido,  dar  validade,  legitimar  ;  r.  g. 
—  um  acto,  contracto. 

VALiDiçÃo.  V.  Validação. 

VALIDÍSSIMO,  A,  adj.  svpêrl.  de  válido  v. 
g.    Testemunho  — . 

VÁLIDO,  A,  adj.  (Lat.  validus),  forçoso, 
robusto,  potente.  «Figura  robusta e  — .  * 
Camões.  «  Apartai — s  a  voga,  »  com  for- 
ça, com  braço  vigoroso.  Contracto,  acto, 
juramento  — ,  que  tem  validade  legal.  — s 
concelhos,  prestantes.  — .  (fig.)  forte,  acti- 
vo. V.  g.  — s   venenos. 

valído,  a,  adj.  (do  sup.  de  valer),  favo- 
recido, o  que  lem  valia,  valimento,  priva a- 
ça  com  alguém,  v.  g.  O  rei  tinha  muitos 
— s,    protegidos. 

VALIMENTO,  s.  m.  [mento  suíT.),  privan- 
ça  com  pessoa  poderosa,  de  quem  se  con- 
seguem facilmente  graças,  favores,  para  si 
ou  para  outrem. 

VALIOSAMENTE,  odv .  [mente  suS.),  de  mo- 
do valioso,  com  validade. 

vAposo,  A,  adj.  válido,  que  lem  vali- 
dade. Contracto   — . 

YALKi,  (geogr  ]   cidade  da  Pvussia  euro- 


VAt 


VAL 


769 


pea,  10  léguas  ao  SO.  de  Kharkov  ;  10,000 
habitantes. 

vALKiRiAS,(mylh.)  divindades  scandinavas, 
que  cortam  o  tio  da  vida  dos  guerreiros  no 
campo  da  batalha,  eos  conduzem  a  Valhai- 
la,  aonde  lhes  servem  em  abundância  o 
hidromel. 
VALLA,  subjunctivo  ant.  de  valer,  valha, 
valla,  s.  f.  (Lat.  valiam],  escavação  lon- 
gitudinal, mais  ou  menos  profunda  e  larga, 
aberta  para  «iefesa  de  fortificação  ou  para 
d.tr  sabida  ás  aguas  para  navegação  de  em- 
barcações pequenas. 

VALtADA,  s.  f.  valle  muito  extenso  e 
largo.  ^<  O  monle  faz  grandes  — s.  »  Pan- 
taltíào  d'Aveiro. 

VAI.LADA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  districto  de  Santarém ,  na  direita  do 
Tejo  a  12  léguas  de  Lisboa ;  [1,400  habi- 
tantes. 

VALLADO,  s.  m.  (subst.  do  p.  p.  de  val- 
ia r),  valla  de  pouco  fundo  com  sebe  ou  ta- 
pume para  fechar  ou  cercar  quinta  ;  (fig.) 
quinta  ou  fazenda  vallada. 

▼ALLADO,  A,  p.  p.  devallar;  adj.  cerca- 
do com  valla,  defendido,  rodeado  de  val- 
laa'.  (íig.)  cercado  por  inimigo,  cercado,  v. 
g.   lugar  —   de  rosas. 

VALLADOcm,  (geogr.)  cidade  dellispanha 
no  reino  de  Leão,  capital  da  intendência  de 
Valladolid  ,  a  38  léguas  N.  de  Madrid; 
21,51)0  habitantes.  A  intendência  de  Valla- 
dolid fica  enlre  as  de  Leão  ePalencia  aoN. 
as  de  Segóvia  e  Ávila  ao  S. ;  200,000  habi- 
tantes. 

VALLADOLID,  (gcogr.)  cidadc  do  México, 
capital  do  estado  do  mesmo  nome,  a  45  lé- 
guas NO.  do  México;  18,OOU  habitantes. 

VAiLADOR,  s.  m.  o  c[\iG  abre  valias,  val- 
la dos  ou  cavfis  de  fortificação. 

VALI  AR,  V.  a.  (Lat.  vullo,  are),  abrir  valla 
para  defender  algum  lugar  ,  fortificar  com 
vallos  ou  valias  guarnecidas  de  tapumes  ou 
topigo  ;  murar.  —  a  quinta  ;  —  as  terras, 
para  as  desaguar.  — ,  rodear,  cercar,  v. 
g.  «  vallou  a  natureza  com  os  Alpes  a 
lialia.  »  Barreiros  Corograf. 

VALLE,  s.  m.  (Lat.  valiis,  que  Court  de 
Gébtílin  deriva  de  bal,  que  elle  diz  signi- 
ficar lugar  baixo.  Vem  do  Gr.  auíós,  pron. 
avlós,  valle,  lugar  estreito  e  longo ;  aulax, 
rego  aberto  pelo  arado ;  rad.  phlaô,  rom- 
per), planicie  estreita  entre  montes,  ou  ao 
pé  de  um  monte,  ^fig.)  «  — s  que  os  ven» 
tos  cavam  no  mar.  »  Vieira.  Este  —  de 
lagrimas,  o  mundo,  a  vida  cheia  de  des- 
gostos, de  tribulações. 

VALLE  DAS  FURNAS,  (gcogr.)  pequcua  al- 
deia da  ilha  de  S.  Miguel,  mas  celebre  pelas 
suas  excellentes  aguas  thermaes.  Está  situa- 
da no  interior  dá  ilha,  n'';.m  espaçoso  valle, 

YOL.    lY. 


que  lera  de  circumfcrencia  mais  de  uma  lo- 
gua,  distante  cousa  de  légua  o  meia  domar, 
e cercado  aoM.  por  umas  rochas,  a  L.  pela 
Serra  do  trigo,  eaoS.  por  pequenos  outei- 
ros. 

VALLE,  (geogr.)  algumas  povoaçõej  em 
Portugal,  com  esta  denominação ;  as  mais 
importantes  são  :  1.*,  no  concelho  d'Ar- 
cos  de  Val-de-Vez,  com  1,000  habitantes; 
2.**,  a  2  léguas  do  Braga,  com  860  habi- 
tantes ;  3.^,  no  concelho  da  Feira,  4  lé- 
guas ao  S.  do  Porto,  com  1,000  habitan- 
tes ;  4.'',  —  de  S.  Maninho,  a  2  léguas  de 
Braga,  com  500  habitantes. 

valle  de  zebro,  (geogr  )  povoação  de 
Portugal,  situada  n'uma  enseida  da  esquer- 
da do  Tejo  ,  no  concelho  de  Alhos- Ve- 
dros. 

VALLELONGA,  (gcogr.)  cidadc  do  reino  de 
Nápoles,  a  5  léguas  de  Mileto ;  5,000  ha- 
bitantes. 

VALLEZiNHO,  s.  wi.  dimxnut.  de  valle. 

VALLIA  ou  WAILIA,    (hist.)   4.°  TOi  doS  WÍ- 

sigodos,  vingou  a  morte  d'Ataulfo,  seu  cu- 
nhado, sobre  o  usurpador  Sigerico,  e  tomou 
o  lugar  deste  ultimo.  Morreu  em  419. 

VALLO  ,   s.   m.  (Lat.   vallum.   V.  Valle), 
muro  de  pedra  ou  de   terra  para  defender  ■ 
a  entrada,  valla io,    valla  aberta. 

VALLONGO,  (geogr  )  vila  de  Portugal,  no 
concelho  da  Maia  2  léguas  ao  N.  do  Porto; 
3,166  habitantes. 

VALLS,  (geogr.)  cidade  dellispanha,  a  4 
léguas  N.  de  Tarragona  ;  9,C00  habitantes. 

VALMiKi,  (hist.)  poeta  índio,  o  mais  an- 
tigo e  o  mais  celebre  de  todos  :  julga- se  ter 
sido  contemporâneo  de  Rama,  no  XV  sécu- 
lo antes  de  Jesu-Christo.  E'  considerado  co- 
mo o  pai  da  poesia  épica  dos  Índios  e  atlri- 
buem-lhe  a  invenção  do  dístico  indio,  cha- 
mado sloka.  Ha  em  nome  de  Valmiki  um 
famoso  poema  épico  em  Sanscrito,  com  o  ti- 
tulo dellamayana. 

VALOS,  (geogr.)  paiz  dos  Vadicasses  ou 
Viducasses,  antigo  paiz  da  França,  hoje  ó 
dividido  entre  a  parte  E.  do  departamento 
d'Oise,  e  a  parte  do  departamento  dMisne  ; 
capital  Crespy. 

VALOis  (Henrique  de),  (hist.)  historiogra- 
pho  de  França,  um  dos  maiores  sábios  do 
XVil  século,  nasceu  em  160  i,  morriu  em 
1676.  As  suas  principaes  obras  são  uma 
edição  das  Uislorias  ecclesiaslicas  d'Eusebio, 
de  Sócrates,  de  Sozomeno,  Theodoret,    etc. 

VALOR,  s.  m.  (Lat.  valor,  preço,  de  «a- 
leo,  ere,  valer,  ter  força,  poder),  preço,  es- 
timação, V.  g.  o  —  do  dinheiro,  da  moe- 
da, dos  diamantes,  das  fazendas  ;  (fig.)  me- 
recimento, vaha,  V.  g.  —  da  pessoa,  dos 
serviços.  — ,  (fig.)  valentia,  esforço  do  ani- 
mo. 

193 


770 


VàN 


XkJH 


vALonBE,  (geogr.)  viila  da  Suissa,  a 3 lé- 
guas SO.  d'Orbe;  1,000  habitantes. 

vALoaosAMENTE,  é  corrccta  ortographia, 
mas  por  uso  V.   Valerosamente. 

VALOROSO,  A,  adj.  [valor,  des.  oso),  por 
uso  V.    Valeroso, 

vALPAíiAtso,  (geog".)  cidade  do  Chili,  a 
25  léguas  NO.  de  Santiago ;  40,000  habi- 
tantes. 

VALPERGA,  (geogr.)  cidade  dos  Estados- 
Sardos,  a  ÍO  léguas  ISO.  de  Turim ;  3,500 
habitantes. 

YALPERGA  Dl  CALUSO,  (^hist.)  sabío  italía- 
ní>,  nasceu  eai  1737,  morreu  em  1818.  Dei- 
xou varias  obras  sobre  mathematicas  e  so- 
bre as  línguas  orientaes. 

VALREAS  (geogr,)  cidade  de  França,  a  8 
léguas  ^O.d'Orange;  4,270  habitantes. 

VALSESiA,  (geogr.)  provincia  dt  s  Estados- 
Sardos,  entre  as  d'Ossold  aoN.,  de  Pallan- 
za  edePiovara  a  E.,  d'Aoste  a  O.  de  Ver- 
ceis  e  de  Biella  ao  S. ;  35,000  habitantes. 
Capital  Varallo. 

VALYA,  s.  f.  (do  Lat.  vahce,  pi.,  portas 
que  se  abrem  e  fecham  pelo  meio),  uma 
das  duas  peças  da  concha  dos  mariscos.  V. 
Bivalve. 

VALVERDE,  s.  fíi.  planta  de  ornato,  de  fi- 
gura pyramidal,  belveder. 

VALVERDE,  (geogr.)  capilal  da  ilha  de  Fer- 
ro, uma  das  Canárias,  na  costa  NE. 

VALVERDE  DEL  CAMiNO,  (googr.)  cidadc  de 
Hispanha,  a  9  léguas  S.  de  Sevilha  ;  1,600 
habitantes. 

VALVERDE  DE  xuCAR,  (gcogr.)  villa  de  His- 
panha, a  7  léguas  S.  deCuença,  1.600  ha- 
bitantes, 

VÁLVULA,  s.  f.  (Lat.),  (t,  anat.),  dobra 
membranosa  que  nos  vasos  sanguíneos,  e 
particularmente  nas  veias,  obsta  ao  regres- 
so do  sangue,  — s  de  bombas,  peça  de  coi- 
ro que  faz  o  officio  das  válvulas  dos  va- 
sos sanguineoí. 

VAMBA,  (hist.)  rei  dos  Wisigodos,  foi  eleito 
em  672,  mas  teve  que  lutar  incessantemen- 
te contra  o  espirito  faccioso  dos  nobres  e 
contra  os  senhores  da  Septimanía.  Tomou  de 
assalto  Narbonna  e  Nimes.  No  fim  de  8  annos 
de  feliz  reinado  foi  destronado  por  Ervige. 
Rfttirou-se  a  um  mosteiro  em  680. 

VAMOS,  como  hoje  dizemos  no  presente  do 
indicativo  de  Ir  ,  acha-se  na  Eufrozma,  e 
na  Vida  do  Arcebispo  por  Sousa. 

VAMPIROS,  (myth.)  seres  phantasticos  ima- 
ginários por  certos  povos  modernos,  e  cuja 
existência  é  acreditada  na  Hungria,  na  Po- 
lónia na  Esclavonia  e  nas  ilhas  da  Grécia. 
Segundo  a  opinião  do  vulgo  os  vampiros  são 
os  finados  que  saem  das  sepulturas  e  vão 
succar  o  sangue  das  suas  victimas  sem  as 
acordar. 


VAN,  (geogr.)  cidade  da  Turquia-Âsiatica, 
capital  do  pachalik,  a  75  léguas  SE.  d'Erze- 
roum ;  15,000  habitantes. 

VAN  (lago  de),  ou  ardjich,  (geogr.)  lago 
da  Turquia-Asiatica,  no  meio  do  pachalik  de 
Van. 

vANCÃo,  s,  TO,  (t.  Asiat).  género  de  em>- 
barcação  da  índia.  Mendes  Pinto. 

VANDALiA,  (geogr.)  citlaie  d' America,  so- 
bre o  Kaskaskia  ;  2.000  habitantes. 

VÂNDALOS,  (hist )  Vandali,  nome  deriva- 
do de  Wendes,  povo  da  família  wende,  de 
origem  slava,  habitou  successivamente  en^ 
tra  o  Yistula  e  o  Oder  nas  costas  do  Báltico, 
entre  o  Oder  e  o  Elba,  na  Lusace  dos  moder- 
nos, depois  ao  S  ,  no  meio  dos  llennunda- 
res  e  dosQuados.  Unidos  aos  Alanos  e  aos 
Suevos  passaram  o  Hheno  no  fim  do  anno 
406,  invadiram  a  Gallia  penetraram  na  His- 
panha, e  estabeleceram-se  na  Betica,  que  to- 
mou dtílleso  nomede  Vandalusía.  Persegui- 
dos pelos  Wisigodos  e  Suevos  deiíaram  « 
Hispanha  em  428,  ettabeleceram-se  primei- 
ramente na  Mauritânia,  depois  conquistaram 
toda  a  dioceze  d'Africa. 

VANDALUSÍA,  (geogr )  nome  das  possessões 
dos  Vândalos  na  Hispanha.  E'  hoje  a  Anda- 
luzia e  reino  de  Granada. 
VANDAVAL.  Y.  Vendaval. 
VANDEUVRE  OU  VANDOEUVRE,    (geogr.)  Ci- 
dade de  França,  a  6  léguas  O.  de  Bar-sur- 
Aube  ;  1730  habitantes. 
VANDOLA.  V.  Bandolas' 
VANDOLEiRO.  V.    Bandolciro. 
VANDRiLLE  (S.),  (hist.)  condc  do  palácio  no 
reinado  de  Bagoberto  I,    claasurou-se  em 
629,    pregou  no  paiz  de  Caux,  fundou  em 
648  a  fibbadia  do  seu  nome,  e  morreu  em 
666.  L'  commemorado  a  22  de  Julho. 

vANGiONEs,  (geogr.)povo  da  Gallia,  na  Ger- 
mânia I  entre  os  Caracates  eosNemeles,  ti- 
nha por  capital  Vangiones  hoje  Vorms. 

VANGLORIA,  s.  f.  jactaucía,  vaidade,  pre- 
sumpção  mal  fundada  do  próprio  mereci- 
mento, OU  de  dotes  pessoaes,  desvaneci- 
mento. 

VANGLORiAR-SE  V.  r.  enchop-se  de  vanglo- 
ria, enfunar-se,  jactar-se,  ter  presu  opção 
das  próprias  acções  ou  dos  dotes  pessoaes. 
Vangloriar  alguém ,  em  sentido  activo, 
inspirar-lhe  vangloria ,  desvanecimento. 
vANGLORiosAMENTE ,  flrfv.  [mente  sujr,)j 
com  vangloria,  com  desvanecimento. 

VANGLORIOSO,  A,  adj,  (dos.  oso),  que  fa- 
cilmente se  desvanece,  presumido,  presu m- 
pçoso,  jactancioso,  vaidoso. 

VANGOR,  s.  m.  (t.  Asiat.),  o  cabeça  de  ca- 
sal o  seus  herdeiros  que  tem  voto  nasgan» 
carias. 

VANGUARDA,*,  f.  [ào¥r.  ãvant-gcrde),  a 
dianteira,  frjjnte,  rosto  do  exercito,  do  re- 


VÂO 


TAO 


771 


gímento  ou  corpo  de  tropas,   v.  g.  Levar  a 
— ,  ir  adiante,  na  dianteira. 

vanguejar,  V.  n.  vacillar,  ir  escorregan- 
dD. 

VAífiKORO,  (geogr.)  grupo  d'ilhas  da  Ocea- 
nia,  ó  composto  i)or  duas  ilhas  Vaaikoro  e 
Tevai  ou  Amherst. 

vANiLOCAHENTE,  ãdv.  [mente  suíT.),  com 
vaniloquio. 

TANILOQUIO,  s.  m.  (Lat.  raniloquium), 
praclica.  discurso  vâo,  palavras  vans,  fúteis. 

vANio,  s.  m.  na  índia  c  a  casta  que  se 
aparenta  com  es  Charodos. 

VANissiMO,  A,  adj.  (Lat.  vanissimus,  su- 
perl.  de  vanus,  vão),  summamente  vão,  v 
g.  —  ambição,    confiança. 

vANMENTK,  ãdv.  [mente  suff.),  debalde, 
inutilmente,  em  vão. 

va:ínes,  (geogr.)  cidade  de  França,  perto 
do  golpho  de  Morbihon,  a  105  O.  de  Paris  • 
11,020  habitantes. 

VATfs,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  6  lé- 
guas SO.  d'Argentiere  ;  2,6 iO  habitantes. 

VANTAGEM,  s.  f.  (Fr.  avaníage,  úe  avãiit, 
diante,  do  Lai.  ante ;  a  des.  vem  de  ago, 
ere,  obrar,  fazer),  o  levar  a  dianteira  *,  pro- 
veito, superioridade.  —  é  conforme  ao  Fran- 
cez,  d'onde  o  tomámos,  e  os  radicaes  lati- 
nos, mas  ouso  antigo  emoderne  tem  pre- 
ferido   ventagem. 

VANTE,  (ant.)    V.  Avante,  Adiante. 

vA^vRES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  1 
quarto  de  léguas  SO.de  Paris;  1,700  habi- 
tantes. 

VAWZEÁR,  V.  n.  (t,  naut.),  estar  o  mar 
banzeiro  ou  vanzeiro;  jogar  o  navio  rio 
mar  vanzeiro. 

VANZEIRO.  V.  Banzeiro. 

VAO,  s.  m.  (Lat.  vadum,  de  vado,  ere, 
ir),  lugar  onde  a  agua  do  rioé  pouco  fun- 
da,  e  se  pode  atravessar  a  pé  ou  a  cavallo. 
— ,  baixo,  porcel,  banco.  — s  cegos,  (t. 
naut),  baixos,  parcéis,  bancos.  Madeira  de 
— ,  de  jangada,  fluctuada.  Tentar  o  — ,  to- 
mar o  *— ,  (fig.)  sondar  um  negocio  com  pre- 
caução, tentear.  Não  achar  — ,  (fig  )  meio 
de  conseguir  algum  intento,  negocio.  Se  o 
céu  ier  — ,  (fig.j  commodidade,  meio  op- 
portuno,  ensejo,  opportunidade.  Fazer  — , 
passa-lo  primeiro  servindo  de  guia.  — s,  (t. 
naut.),  traves  em  que  assenta  a  coberta  da 
náu  onde  anda  a  artilharia,  ou  por  baixo 
dos  castellos ;  paus  gradados  na  cabeça  do 
riastro  onde  assentam  as  coroas  e  enxárcia  ; 
paus  cruzados  nas  gáveas. 

VÃO,  adj.  m.,  vÃA  ou  vaw,  f.  (Lat.  va- 
nus,  de  vanescere,  desvanecer,  desappare- 
cer.  Os  etymologistas  derivam  «anus  de  ca- 
care,  ou  vacuare,  vasar,  quasi  vaeuanus), 
cuco,  vazio  Conchas  — «,  (fig.)  inútil,  fú- 
til, sem  fundamento,  sem  razão.  — «cuida^ 


!dos,  receios.  Esperança — .Razõjs— í.' — , 
I  vaidoso,  desvanecido,  r.  g.  mais  —  qjieuai 
I  pavão.  «  A  ambição  é  —  e  ventosa.  »  Ilei- 
1  tor  Pinto.  Em  — ,  sem  apoio,  sem  asscn- 
I  to ;  (fig  )  debalde.  Sahir  em  —  ;  achar-se 
em  — ,  ficar  em  — ,  sahir  — ,  baldar-se. 

v.Ão,  s.  m.  (do  precedente),  espaço  vão, 
vazio,  intervallo.  Um  —  na  parede.  O  — 
entre  as  columnas.  PI.  — s. 

VAOUR,  (geogr.)  villa  de  França,  a  7  léguas 
NO.  de  Gaillac ;  650  habitantes. 

VAPOR,  s.  m.  (Lat.  vapor,  ou  vapos,  oris, 
do  Gr.  aúô.  pronunciado  avo  ou  apo.  Em 
Egypc.  phoci  significa  arder),  exhalação, 
fumo  que  se  separa  dos  corpos  aquecidos; 
agua  ou  outro  liquido  reduzido  a  gazpelo 
calor.  Vapores  athmosphcricos  ,  que  se  le- 
vantara da  terra  ;  —  fulphureos.,  Aíachina 
de  — ,  cujo  o  motor  é  o  vapor  da  agua  aque- 
cida em  um  cylindro,  e  condensado  em  ou- 
tro. Barco  a  — ,  movido  por  machina  de 
vapor  que  dá  o  impulso  a  rodas. 

vAPORAçÂo,  s.  f.  (Lat.  vaporatio,  onis], 
o  acto  de  vaporar ;  elevação  de  vapor. 

VAPORADO,  A,  p.  p,  de  vaporar  ;  adj.  eva- 
porado, exhalado  vapor,  ou  fumo. 

VAPORAR,  V.  a.  (Lat.  t;fl;?oro,  are),  lançar, 
exhalar  vapores,  evaporar.  «  Caçoulas  va- 
poram aromas.  Barros.  —  cheiros,  «  Viam 
no  cume  da  ilha  —  fogo.  »  Barros,  Dec. 
III,  5,  5,  alludindo  a  um  vulcão.  «  Vapo- 
ra sulphiireas  ondas  em  fumoso  rolo.  » 
Mousinho.  — ,  v.  n.  exhalar  fumo,  vapo- 
res. «  Âmbares,  e  aromas  vaporando  nas 
caçoulas.  »  Vieira. 


Vi;  naquella  que  o  tempo  tornou  ilha. 
Que  taaibem  áammas  trémulas  vapora. 

Camões,  Lus.  X,  135.         j 

VAPOROSO,  A,  adj.  (des.  oso),  que  solta, 
lança  de  si  vapores;  da  natureza  de  vapor, 
cheio  de  vapores,  tj.  ^.  o  ar  — .  Fomen- 
tação  — ,  fumigação.  Cabeças  — s,  (fig.) 
cheias  de  vaidade.  — ,  doente  de  vapores, 
flatos  ou  de  hysleria. 

VAPORZINHO,  s.  m.  diminuí,  de  vapor,  ex- 
halação subtil. 

VAPULAR,  V.  a.  (Lat.  vapulare.)  V,  Açou- 
tar. 

VAQUEIRO,  s.  m.  pastor,  guardador  de  ga- 
do vaccum  ,  vestido  rústico  pastoril,  vestido 
de  tambor  apassamanado  de  mangas  perdi- 
das e  estreitas. 

VAQUETA,  s.  f.  (de  tawfl),  sola  branda  de 
sapatos  e  botas. 

VAQUETA,  s.  f.  (Fr.   bagMette),  vara  com 
pilãozinho  com  que  se  ataca  a  pólvora  na  es- 
pingarda. — *,  peças  de  páu  torneadas  com 
que  se  toca  o  tambor. 
193  . 


77S 


VAR 


TRl 


VAQUINHA,  s.  f.  diminui,  de  vacca,  no- 
vilha, vacca  pequena. 

VAR,  (geogr.)  Taro  em  italiano,  Varusem 
latim,  rio  de  França,  que  sae  dos  Alpes,  e 
que  se  lança  no  Mediterrâneo,  perto  de  S. 
Lourenço  de  Var, 

var,  (geogr.)  departamento  maritimo  da 
França,  no  seu  angulo  SE.  limitado  ao  N. 
pelo  dos  Baixos-Alpes,  a  O.  pelo  das  Boccas 
de  Rhodano,  ao  S.  pjlo  Mediterrâneo,  a  E. 
pela  Sabóia ;  823,000  habitantes.  Capital 
Draguignan. 

VARA,  s.  f.  (Lai.  vara,  estaca.  Court,  de 
Gébelin  o  deriva  de  bar,  var  ou  par,  ra- 
dical que  elle  diz  significar  travez.  Eu  in- 
clino a  crer  que  cara  vem  de  arbor,  arvo- 
re), haste,  ramo  delgado  de  arvore ;  ramo 
lizo,  direito  de  arvore,  v.  g.  de  varejar,  ou 
para  fazer  andar  barcos  em  rios  pouco  fun- 
dos. —  do  lagar,  tronco  direito  de  arvo- 
re que  espreme  as  uvas  ou  azeitonas,  por 
meio  do  peso  que  tem  pendente  da  cabeça. 
—  ou  varinha  do  condão,  vara  magica,  de 
fazer  encantos  com  o  toque  d'ella  ;  (fig.)  vir- 
tude, dom  de  fazer  cousas  extraordinárias. 
— ,  insígnia  de  magistrado  ;  (fig.)  juiz,  ma- 
gistrado, autoridade,  poder ,  império.  A 
real  — ,  osceptro,  o  império,  o  mando.  Cor- 
rido á  — ,  perseguido  da  justiça.  Empunhar 
a  — ,  entrar  no  cargo  de  juiz,  magistrado, 
começar  a  governar.  Encostar  a  — ,  deixar 
de  ser  juiz.  —  de  castigar ;  (fig.)  açoute, 
castigo.  —  de  caçar  aves,  enviscada.  — s. 
tenras  ;  (fig.)  gente  moça.  Lançar  — s,  para 
descobrir  thesouros,  espécie  de  feitiçaria , 
segundo  a  crença  do  vulgo,  e  impostura  dos 
enobusteiros ;  para  descubrir  agua  subter- 
rânea. Tremer  como  — s  verdes,  de  medo, 
como  os  ramos  da  «Tvorecgitados  pelo  ven- 
to. — ,  medida  de  extensão  igual  a  cinco 
palmos  craveiros,  ou  três  e  meio  pés  por- 
tuguezes.  Uma  —  de  panno,  de  fita.  --, 
(fig.)  linha  extensa,  grande  enfiada  r  —  de 
porcos,  40  a  50  porcos.  —  do  castello,  a 
parte  mais  alta  d'elle  d'onde  se  descortina 
mais  parte  ao  longe.  —  de  Coromandel, 
corda  rija  de  vento  teso  que  vareja,  açouta 
aquella  costa 

VARAÇÃo,  s.  f.  varadouro ;  o  acto  de  va- 
rar, 

VARADES,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  E  d'Aucenis ;  3,620  habitantes. 

VARADiN,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  a 
8  légua  iNO.  de  Paucsova  ;  3,007  habitantes. 

VARADiN  ou  VARASDiN,  (gcogr  )  cidade  dos 
Estados-Austriacos,  17  léguas  NE.  d'Agram, 
4,500  habitantes. 

VARADIN  (Grande),  (geogr.)  Gross  War- 
dein  em  allemào,  Nagy, Varas emmaágyAT, 
cidade  da  Hungria,  capital  do  condado  de 
Bihar ;  17,500  habitantes. 


VARADO,  A,  p.  p.  de  varar ;  adj.  enca- 
lhado; remo  —  ,  fiacado,  que  não  rema. 
Lança  —  enrestada,  tesa.  Quilha  — ,  pos- 
ta em  secco. 

VARADOURO,  5.  m.  O  lugar  secco  onde  se 
recolhem  de  inverno  as  embarcações  peque- 
nas ;  (fig.  p.  us.),  lugar  onde  se  ajuntam 
pessoas  para  descançar,  v.g.  —  de  vaquei- 
ros, 

VARAL,  s.  m.  vara  longa  e  grossa  para 
vários  usos,  v.  g.  — de  liteira,  ou  pira  es- 
tender redes.  Entre  os  varaes  da  sege  vai 
a  besta. 

VARALLO,  (geogr.)  cidade  dos  Estados-Sar- 
dos,  capital  da  intendência  de  Valsesia,  a  Vá 
léguas  NO.  de  Novara  ;  3,250  habitantes. 

VARAiscADA.  V.  Vardascada. 

VARANDA,  s.  f.  (t.  Sanscrit.  virayidah]^ 
obra  sacada  do  corpo  do  edifício,  coberta  ou 
descoberta,  de  ordinário  com  grades  ou  ba- 
laústres, onde  se  toma  o  fresco,  o  sol  — 
da  popa,  (t.  naut.),  espécie  de  galeria.  — 
de  lagar  de  azeite,  roda  dentada  que  en- 
granza  em  outra  chamada  enírosa  de  moi- 
nho, e  a  faz  andar.  — ,  (ant.  e  obsol.),  vem 
em  Freire,  Eljsios,  foi.  174,  no  sentido  fi- 
gurado de    varadouro. 

VARANDINHA,  s.  f.  diminut.  de  varanda. 

VARANES  ou  VARANANES,  (hist.)  uomc  dado 
pelos  historiadores  gregos  a  muitos  reis  per- 
sas da  dynastia  dos  Sassanides,  cujo  verda- 
deiro nome  éBahram  ou  Behram. 

VARÃO,  s  m.  (Lat.  vir,  contracção  do 
Egypc.  piromi  ou  phiromi,  pi  artigo  mas- 
culino, e  romi,  homem,  varão.  O  accusa- 
tiyo  virum  corresponde  perfeitamente  ao  ra- 
dical, substituído  o  /"ou  V,  ao  p  ou  ph,  E- 
gypcio.  Romi  é  formado  de  hra,  face,  figu- 
ra, e  meui,  memoria,  intelligenoia),  homem, 
marido ;  homem  esforçado,  adulto  ;  homem 
corajoso,  valoroso.  Filho  — ,  macho. 

VARÃO,  s,  m.  augment.  de  vara,  haste 
de  ferro  ou  outro  metal,  vara  de  ferro. 

VARÃO  ou  BARÃO,  (gcogr.),  villa  de  Por- 
tugal, situada  perto  de  2  milhas  acima  de 
Monte-mdr  o  Velho  na  esquerda  dn  Monde- 
go e  a  2  léguas  e  meia  de  Coimbra  ;  1,300 
habitantes . 

VARAPAO,  s  m.  (comp.),  vara  grosas  e 
forte  de  malhar,  espancar,  cajado. 

VARAR,  V.  a.  (talvez  venha  de  vara  de 
barqueiro,  e  significa  fazer  encalhar  o  barco 
impellindo-o  com  varas),  fazer  encalhar  a 
embarcarão.  —  navios  em  terra,  fazer  en- 
calhar, tirar,  puchar  para  o  varadouro,  pôr 
em  secco.  — ,  fazer  sahir :  «  até  os  —  fo- 
ra da  povoação.  »  Góes,  — ,  atravessar,  r. 
g.  —  com  a  espada  ou  lança,  de  parte  a 
parte.  — ,  passar  alem  sem  entrar;  —  a 
barra,  o  rio,  o  porto.  —  alguém  o  seu  bai- 
lei em  algum  negocio,  (fig.)  — ,  t?.  n.  en- 


VAH 


VAR 


m 


talhar,  dar  em  secco ;  passar  alem,  alrn- 
vessar,  v.  g.  n  o  navio  varou  por  eimado 
arrecife.  »  Mendes  Pinto,  cap.  fil,  s^hir 
para  fóra,  «  varou  por  uma  porta.  »  Cou- 
to. €  —  por  entre  o?  navios  da  armada.  » 
Chron.  de  D.  Joho  III. 

VARD\NE  ou  vARTAN,  (hist.)  rei  dos  Par- 
thos,  succedeu  a  seu  pai  Artab.in  IH,  no 
anno  4^  de  Jesu-Christo,  teve  durantfi  todo 
o  seu  reinado  que  combater  as  pretenções  de 
seu  sobrinho  liotarsés,  foi  assassinado  pe- 
los seus  ofliijiaes  no  momento  em  que  aca- 
bava de  vencer. 

v*RDANE.  (hist.)  príncipe  de  Daron  na  Ar- 
ménia, govornoa  o  seu  paiz  no  interregno 
que  durou  d^sde-ilGaté  41S,  Poz-se  4  fren- 
te de  uma  insurreição  contra  Yesdedjerd  II 
rei  da  Pérsia,  e  bateu  os  Persas  n6S  margens 
do  C}T0.  Morreu  em  451. 

VARDARi,  (geogr.)  rio  da  Turquia-Euro- 
pea,  sae  da  vertente  oriental  do  Tchar- 
dagh. 

VARDASCA,  s.  f.  (de  vara),  vara  delgada 
de  acoutar. 

vardascada,  *.  f.  golpe  com  vardasca. 

vareaÇão.  V.    Vereação. 

VARKADO,  A,  p.  p-  de  varear;  adj,  me- 
dido ás  varas. 

VAREAGEM,  s.  f.  medíção  ás  varas. 

VAREAR,  V.  a.  [vara,  ar  des.  inf.),  me- 
dir ás  varas,  v.  g-  pannos,  estofíbsv. 

vAREDA,  V.    Vereda. 

VAREGLES,  (geogr.)  (de Tí*ar5í,  banido)  povo 
normando  saido  da  Noruega,  foi  chamado  á 
SIavoíiia  pelos  Novogorodios  pára  deílender 
a  fronteira  septentrional  contra  as  incursões 
dos  Finnezes,  mas  no  fim  de  alguns  annos 
Rurik,  seu  chefe  apo'lerou-se  de  Novoro- 
god,  e  tomou  o  titulo  de  princepe. 

TARKJA,  s.  f,  lêndea  de  mosca  varejei- 
ra. 

VAREJADO,  A,  p.p.  de  varejar  ;  adj.  açou- 
tado com  varas,  derribado  com  varas,  v. 
g,  as  oliveiras  — s,  examinado  pelo  vare- 
jo,  medido. 

VAREJADO»,  s,  m.  o  que  faz  o  varejo  , 
medidor, 

varejadlra,  s.  m.  acto  de  varejar. 

VAREJAMEMO,  s.  m.  [mento  suíT.),  o  acto 
de  varejar,  medição  de  fazendas  para  co- 
brar as  sizas  d'eUas. 

varejão,  s.  m.  augmení.  de  vara,  vara 
grande. 

varejar,  c.  a.  [vara,  des.  e/ar),  exami- 
nar pelos  ofliciaes  do  varejo  as  fazendas  que 
05  mercadores  tinham  nas  suas  loges,  para 
cobrar  a  siza  das  vendidas.  — ,  sacudir  der- 
ribar com  varas,  açoutar;  v.  g.  — as  oli- 
veiras, para  fazer  cahir  a  azeitona  ;  (fig.) 
—  a  praça  com  tiros,  bater  com  artilharia, 
soprar  rijo,  com  violência,  v.   g.  o    vento 

»0L.    IT. 


varejava  a  cnsla,   ou  em  'sentido   abs.,  o 
vento  varejava  do  mar,  .soprava  rijo,  teso. 

va^kjrira,  s.  f.  mosca  grosa  que  ator- 
menta as  bestas  e  fax  um  zuuido,  donde  lho 
vem  o  nomo. 

varejo,  s.  m,  (de  tara),  acção  de  vare- 
jar arvoret,  para  fazer  cahir  os  fructos,  n. 
g.  o  —  das  oliveiras,  (fig.)  acção  do  bater 
com  artilharia  e  outras  armas  de  arremes- 
so. — ,  (fig  )  correcção,  reprehensào  !»spe- 
ra.  — ,  (ant.),  averiguação,  medição  das  fa- 
zendas existentes  nas  logps  e  almazens  dos 
mercadores,  para  cobrar  a  siza  das  vendi- 
(\%s,  e  Foconbecer  se  houve  descaminho  oii 
fraude  nas  declarações  feitas  nas  alfander 
gas.  Dar  —  nos  mantimentos,  averiguar  os 
que  ha,  para  ver  se  abastara  ;  —  nas  lo- 
ges, para  vei  se  ha  contrabando  ;  nas  lo- 
ges dos  ourives,  para  averiguar  se  as  peças 
de  ouro  ou  prata  tem  os  quilates  da  lei. 
—  de  almotaceis,  vereadores,  vereação. 

VAREL,  (geogr.)  cidade  do  gran-ducado 
d'OIdenburgo,  a  7  léguas  N.  d'Oldenburgo  , 
3,000  habitantes. 

VARELETE.  V.    Varhte. 

VARELLA,  s.  f.  (t.  Asíat.},  pagodo,  tem- 
plo. 

VARENNES,  (gcogr.)  cidade  França,  a  6  lé- 
guas E.deLangres;  1,300  habitantes. 

vARENNns-EN-ARGONNE,  (geogr.)  cídado  dft 
França,  a  7  léguas  NO.  de  Verdun ;  1,700 
habitantes. 

vARENNES-suR-ALUBR,  (geogr.)  cida  ]e  de 
França,  ali  léguas  NO.  de  Falisse  ;  2,190 
habitantes. 

VARETA,  s.  f.  díminut.  de  vara,  vara  pe- 
quena, varinha  de  páu  ou  ferro  para  ata- 
car a  pólvora  n^s  espingardas ,  pistolas, 
etc.  — «  de  tambor,  vaquetas ;  —  do  leque. 
Passar  pelas  — 5,  castigo  militar,  açoutar 
com  as  varetas,  das  espingardas,  ou  com 
chibatas* 

TARGA,  s.  f.  (talvez  do  Fr.  varra,  arpéo 
de  pescar  tartarugas),  (ant.),  certo  artificio 
de  pescar. 

VARGA,  s.  /".  vargem  alagadiça. 

VARGEA2ISHA,  s.  f.  diminut.  de  vargem, 
pequena  vargem. 

VARGEM.  V.  Várzea. 

vaRguijar.  V.   Vergar,  Dobrar. 

VARDELV,  (geogr.)  villa  da  Transylvania, 
a  4  léguas  SO.  deiiatszeg, 

V.4RIA,  s.  f,  ou  varíax,  s.  m.  peite  do 
tamanho  da  tainha,  pintainha  ;  pesca-se  na 
barra  de  Setúbal. 

vARiAç.vo,  s  f.  (Lat.  varialio,  onis),  a 
acto  de  variar ;  inconstância,  variedade  de 
principios,  systema,  ditos.  A  —  da  agulha, 
o  seu  desvio  do  verdadeiro  ponto  do  norte. 
A  legislação  é  sujeita  a  frequentes  caria- 
ções^ 

Í9\ 


774 


VAR 


TAR 


SYN.  comp.  variação,  variedade.  As  mu- 
danças successivas  num  objecto  constituem 
a  variação.  A  multidão  de  diííerentes  obje- 
ctos produz  a  variedade.  Por  esta  razão  se 
diz,  a  variação  dos  tempos  e  a  variedade 
das  cores.  Não  pôde  haver  governo  estável 
num  povo,  cuja  legislação  é  sujeita  a  con- 
tinuas variações.  Nas  differentes  espécies  dos 
seres  criados  observam-se  muitas  varieda- 
des. 

Variado,  a,  p.  p.  de  variar;  adj.  que 
soíTreu  variações,  v.  g.  este  sujeito  tem  — 
muito  nas  suas  opiniões.  Cores  — s,  mati- 
zadas. Mármores  — s  com  ondas  e  aguas. 
«  Terra  —  de  valles  e  cabeços.  >  Lucena. 

variagem,  s.  f.  direito  que  se  paga  na 
alfandega. 

VARIAMENTE,  ttdv.  [mente  suff.),  de  vários, 
diversos  modos. 

VARIANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  variatis, 
tis,  p.  a,  de  variar e],  que  varia,  mudável, 
inconstante.  Testemunhas  — s,  que  variam 
em  seus  depoimentos,  que  ora  dizem  uma 
cousa  ora  outra.  Lição  —  do  texto,  diffe- 
renças  entre  os  diversos  exemplares,  códices 
ou  manuscriptos.  Juizo  — ,  delirante. 

VARIANTE,  s.  f.  (do  precedente,  lição  va- 
riante do  texto.  V.  g.  As  — s  da  Biblia. 

VARIAR,  V,  a.  (Lat.  vario,  are.  V.  Vario), 
fazer  vario,  diverso,  diversificar,  dar  varie- 
dade, V.  g.  —  as  cores,  os  vestidos,  as 
viandas,  as  expressões,  o  ostylo.  — ,  fazer 
inconstante; —  o  juizo,  fazer  desvairar.  — 
as  occupações,  os  estudos ;  o  trabalho  com 
o  ócio,  alternar.  — ,  v.  n.  mudar,  sollrer 
mudança,  ser  inconstante.  Variam  as  esta- 
ções, as  circumslancias,  os  gostos,  as  modas, 
as  opiniões.  Variou  a  fortuna.  —  a  agu- 
lha, desviar-se  do  ponto  norte.  Variam  os 
pareceres,  desconformam.  — ^^se,  v.  r.  imp. 
mudar-se  alternadamente. 

VARIÁVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  avel),  su- 
jeito a  variar,  mudável,  inconstante,  v.  g. 
Homem,  génio,  fortuna  — .  As  variáveis 
sortes  das  cousas  humanas.  Tempo,  vento, 
temperatura  — . 

VARIAZ,  s.  m.  V.   Varia,  peixe. 

TARiCEs.  V.   Varizes. 

VARicoso,  A,  adj.  (Lat.  varicosus],  (t. 
med.),  que  tem  varizes.  ».  5».  Pernas  — s. 

VARIEDADE,  s.  f.  (Lat.  varietas,  tis),  di- 
versidade de  indivíduos,  de  cousas  ;  mul- 
tiplicidade de  cousas  ;  instabelidade.  v.  g. 
—  da  fortuna,  do  tempo.  — ,  (t.  de  hist. 
nat.  e  de  bot.),  subdivisão  das  espécies,  que 
consiste  em  leves  diíTerenças  dos  caracte- 
l-es  disti activos. 

VARIEGADO,  A,  ttdj.  (Lat.  voriegatus),  de 
varias  cores,  pintas,  matizes. 

VARiLHES,  (geogr.)  cidade  de  França,  at 
léguas  S.  dePamiers ;  1,600  habitantes. 


VARINA,  5.  /.embarcação  pequena  déra- 
mos. 

VARINAS,  (geogr.)  cidade  da  republica  de 
Venezuela,  a  112  léguas  SO.  de  Caracas ; 
6,000  habitantes. 

VARTNEL.  V.  Barinel. 

VARINHA,  *.  f,  diminuí,  de  vara  vara 
delgada.  Ter  —  de  condão,  (fig.)  conseguir 
quanto  se  deseja. 

VARIO,  A,  adj.  (Lat.  «anus,  que  uns  de- 
rivam do  Gr.  baliós,  manchado;  outros  do 
Lat.  viarius,  dedi\ersos  caminhos.  Eu  an- 
tes o  derivara  do  Gr.  aerethô,  suspender, 
ser  ligeiro,  inconstante),  diversos  do  outro, 
V.  g.  cores  --#.  — s  nações. — s  vezes;  de 
diversas  cores,  v.  g.  o  —  pintasilgo,  pa- 
vão. — ,  inconstante,  mudável.  Juizo  — . 
Vontade  — .  — ,  que  varia  nos  ditos,  que 
se  desdiz,  contradiz.  A  —  deposição  das 
testemunhas. 

VARÍOLA,  8.  f.  (Lat.  de  vari,  signaes,  co- 
vinhas das  bexigas),  (t.  med.),  bexigas. 

VARIOLOSO,  A,  adj.  (des.  oso),  da  varíola. 
Matéria,  vírus  — .  Erupção  — . 

VARius,  (hist.)  poeta  latino,  amigo  de  Vir- 
gílio e  de  Horácio,  sobre  vi  veu-lhes  e  dizem 
que  corrigiu  a  Eneida.  Morreu  no  anno  10 
ou  11  antes  de  Jesu-Christo. 

VARIZES,  8.  f.  pi.  (Lat.  varix,  icis),  (t. 
med.),  tumorzinhos  causados  pela  dilatação 
parcial  das  veias. 

VARLETE.  s.  f.  (Ff  varUt),  lacaio,  cria- 
do, servidor. 

VARNA,  (geogr.)  cidade  da  Turquia-euro- 
pea,  na  costa  do  mar  negro  a  24  léguas  ao 
SE.  de  Silistria  :  16,000  habitantes. 

vARNEs  ou  vARiNs,  (geogr.)  povo  da  Ger- 
mânia, aoN.,  sobre  o  mar  Báltico,  entre  o 
Elba  e  o  Oder,  no  Mecklemburgo,  era  de  ori- 
gem slava. 

VAROA,  s.  f.  V.  Virago. 

VARÕIL.  V.  Varonil. 

vARõiLMENTE.  V.  Varonilmente. 

VARONiA,  s.  f.  a  qualidade  de  homem 
feito,  ou  varão.  Descender  por — ,  por  ma- 
chos, e  fêmeas,  por  linha  masculina. 

varonil;  adj.  dos  2g.  de  varão  ;  de  ho- 
mem feit  s  robusto,  esforçado.  Idade,  voz, 
animo  — . 

varonilidade,  s.  /",  idade  varonil,  a  qua- 
lidade de  ser  varão,  varonil,  esforçado. 

VARONILMENTE,  ndv.  [mento  suff),  como 
varão,  com  esforço  varonil. 

VAROUNA,  (myth.)  o  deus  das  aguas  na  my- 
thologia  Índia,  tem  por  mulher  Varouni ;  a 
sua  corle  é"  composta  pelo  Oceano  ou  Samon- 
dra,  pela  deuza  Ganga  e  pelas  outras  divin- 
dades dos  lagos  e  dos  rios. 

vARBÃo,  8.  m.  (Fr.  verràt,  do  Lat.  ter^ 
res),  porco  não  capado,  para  fecundar  as 
porcas.  Vulgo  barrão,   bar  rasco. 


TAR 


VAS 


775 


VARRÃO,  (hisl.)  C.  Terentius  Varro,  côn- 
sul romano  no  anno216  antes  de  Jesu-Chris- 
to,  era  íilho  de  um  carniceiro  e  deveu  a  sua 
eilevação  á  populaça,  assignalou  a  sua  co- 
ragem pela  temeridade  com  que  deu  a  de- 
sastroza  batalha  de  Canoas,  em  que  só  lhe 
eicaparam   10,000  homens. 

vARRÃo,  (hist.)  M.  Terentius  Karro cha- 
mado o  mais  sábio  dos  Itomanos,  nasceu  no 
anuo  115  antes  de  Josu-Christo,  terminou  a 
fua  educação  nas  escolas  d'Athenas.  Escre- 
veu mais  de^)00  volumes,  mas  só  nos  res- 
tam as  seguintes  obras  :  De  re  rústica,  Scrl- 
ptores  rei  rusticce  ;  De  (ingua  latina,  e  fra- 
gmentos das  Satyras  Menippeas. 

VARRÃo,  (hist.)  P.  Terentius  Varro  Âtaci- 
nus,  poeta,  nasceu  no  anão  82  antes  de 
Jesu-Christo.  Alem  de  dous  ou  três  poe- 
mas didaticos,  traduziu  em  verso  os  Argo- 
nautas d'Apollonio. 

VARREDEiRA,  s.  f.  (dc  varter),  (t.  naat.), 
veia  do  navio,  que  se  lhe  põe  para  tomar 
mais  vento,  quando  ellc  ó  favorável. 
VARHEDEiRO,  s.  TM.  (aut.),  varredor. 
VARREDOR,  s.  w.  moço  que  varre  a  casa, 
homem  que  varre  as  ruas.  — ,  varre deira, 
vela. 

VARREDORA,  adj.f.  quearrasta^  Uede-^, 
que  arrasta  e  traz  muito  peixe.  E  uma  re- 
de — ,  (loc.  tig.  efamil.)  nada  Ine  escapa, 
tudo  leva  após  si,  ou  furtando. 

VARRBDOURO,  s.  m.  vassoura  do  forno. 
VARREDURA,  s.  f.  acção  de  varrcr  ;  o  que 
se  tira  varrendo.  As  — s,  lixo. 

VARRER,  c  a.  {Lat.  verrere]  limpar  o  li- 
xo, o  pó  a  poeira  das  casas,  as  immundi- 
cies  da  rua  com  vassoura ;  (fig.)  arrastar 
pelo  chão,  V.  g.  —  o  chão  com  o  vestido 
roçagante.  «  Varrendo  triumphantes  estan- 
dartes pelas  ondas. »  Camões,  Lusiad.  x, 
73,  em  sentido  absoluto.  O  vento  varre  a 
areia  da  praia.  O  norte  frio  o  largo  ceu 
varria.  —  as  ondas,  as  aguas,  levar  com 
Ímpeto.  — ,  (fíg.)  tirar,  expellir,  v.  g.  — 
da  memoria.  A  artilharia  tarreu  tudo,  fez 
desapparecer  o  inimigo,  derribou  as  fortifi- 
cações. 

VARRIDO,  A,  p.  p.  de  varrer  ;  adj.  V.  o 
verbo.  Louco — ,  (fig.)  completo,  sem  ponta 
de  juizo.  «  —  de  vergonha,  »  desavergo- 
nhado. Camões,  Seleuco. 

VARSÓVIA,  (geogr.)  Warsava  em  polaco, 
Warschau  em  allemão,  cidade  da  Kussia- 
europea,  capital  da  Polónia  russa,  na  mar- 
gem esquerda  do  Vistula  ;  125,000  habitan- 
tes. 

TARUDO,  A,  adj.  que  tem  vara,  haste  gran- 
de e  direita.  Pao  — ,  arvore  de  hasta  gran- 
de e  direita. 

varus  (P.  Quintilius),  (hist.)  general  ro- 
mano foi  cônsul  no  anão  12  autes  de  Jesu- 


Chrislo,  e  depois  procônsul  naSyria,  apnde 
Se  enriqueceu  com  as  extorsões,  finalmente 
foi  governador  da  Germânia.  Foi  morto  no 
anno  10  antes  de  Jesu-Christo  nos  desfiladei- 
ros de  Teutberg ,  pelos  Germanos  revollt- 
dos. 

VÁRZEA,  (geogr.)  ha  no  reino  de  Portu-, 
gal  uma  dúzia  de  povoações  d'este  nome ; 
as  que  mais  avultam  são :  1  .*,  no  conce- 
lho de  Santarém,  com  700  habitantes  ;  2.*, 
no  de  Tavares,  4  léguas  e  meia  a  E.  de 
Viseu,  com  6Ú0 ;  3.^,  no  da  Certãa,  com 
1,100;  4*,  no  de  Amarante,  com  800; 
5.^,  denominada  de  Àbrunhaes,  perto  de 
Lamego,  com  680  ;  6.',  ^  do  Douro,  no 
concelho  de  Penafiel^  com  700;  7.*,  —  de 
Góes,  no  de   Góes,  com    1,000  habitantes. 

VÁRZEA,  s  f.  (do  Arab.  barr,  campo,  e 
sahra,  seara,  campina  semeada  de  pão)  cam- 
po plano  ou  de  pouco  pendor,  e  cultivado : 
—  de  pão,  de  arroz. 

VARZY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4  lé- 
guas SO.  de  Clamecy  ;  2,740  habitantes. 

VASA,  s.  f.  (Fr.  vase)  o  fundo  de  rio  ou 
do  mar,  térreo  ou  de  iodo  atoladiço. 

VASA,  s.  f.  (t.  de  jogo  carteado)  (Cast. 
baza)  a  totalidade  das  cartas  jogadas  a  cada 
mão  recolhidas  pelo  parceiro  que  ganhou. 
Fazer  — ,  —  todas  as  — s.  Deixar  fazer 
— s,  (fig  )  deixar  participar  alguém  de  al- 
gum commodo,  vantagem.  — s,  nome  de 
um  jogo,  também  chauiado  pisioletas.  — , 
(ant.)  V.  Base. 

VASABARRis,  í.  m.  lugar  da  costa  mui  su- 
jeito a  naufrágios.  — ,  (fig.)  «  Dar  com  tudo 
em  — ,  »  deitar  a  perder,  arruinar.  •«  Dar 
com  a  gente  em  — ,  »  matar.  Bocage. 

VASADO,  A,  p.  p.  de  vasar ;  adj.  evacua- 
do, despejado ;   fundido,  furado. 

VASAUOR,  s.  m.  ferro  de  correeiro  com 
que  se  abrem  buracos  redondos, 

VASADURA,  s.  f.  ã  agua  que  so  vasa  e  des- 
peja ;  o  vasar  líquidos  em  vasilhas,  ou  o  der- 
ramâ-lo. 

VASANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ans,  tis)  que  vasa    .Maré    --. 

VASANTE,  s.  f.  A  —  da  maré,  quando  ella 
vasa.  —  da  /wa,  minguante.  Dar  — ,  va- 
são,  sabida. 

VAS.Ão,  s.  m.  ou  f.  (do  Lat.  evasio,  onis) 
evasão,  sabida  ;  o  acto  de  esgotar  o  liquido 
de  um  vaso ;  (fig.)  exportação,  sabida,  ex- 
tracção. Estes  géneros  tem  —  para  o  Le- 
vante. Dar  — ,  expedição  a  negócios,  aos 
requerimentos. 

vaSar,  V.  a.  (do  Lat.  t?acuo,  are)  despe- 
jar o  liquido  do  vaso,  tanque,  desaguar,  k  O 
Indo  e  o  Ganges  que  descarregam,  etUsam 
suas  aguas  em  o  grande  Oceano  oriental.  » 
Barros.  —  as  carnes  do  sangue,  (ant.)  san- 
gra-Ias,  esgotd-las  d'elle,  —  muito  san~ 
194  « 


776 


TAS 


VAS 


gue,  perde-lo.  — ascasas,  almazens  de  mó- 
veis, fazendas,  despejar.  — ,  (tig.)  dar  lar- 
gamente, v.q.  vasou  a  bolsa.  — ,  dar  ex- 
tracção, satiida  a  mercadorias  :  óant.  nesta 
«ccepção.  — ,  fazer  cuco,  abrir  buraco.  — 
um  olho,  exlrahir-lhe  o  buííalho,  ou  os  hu- 
mores. —  a  parede,  abrir-lhe  um  vão.  — 
peça  solida,  cavâ-la.  —  buracos,  abri-los, 
furar.  — ,  fundir,  v.  g.  —  obras  de  ouri- 
ves, peças  de  ferro,  ou  de  outro  metal.  — , 
passar  de  parte  aparte.  «  Vasou-lhe  as  coi- 
xas  com  um  tiro.  »  Góes.  —  o  lança  em 
alguém,  embeber-lb'a  toda,  traspassâ-locom 
tília.  — ,  V.  n.  esgotar-se,  ir-se  esgotando 
o  liquido,  V.  g.  — a  maré.  — ,  sahir.  «A 
gente  vasou  pela  porta.  »  Barros,  Dec  2, 
'i,  A.  «  Assi  como  entravam  por  uma  porta, 
vasavam' logo  por  outra.»  ílendes  Finto, 
cap.  65.  — SE,  t).  r.  ficar  vazio,  despejar- 
áe  ;  escapar-S(í,  esooar-se(a  gente).  Vasar- 
.se  em  sangue  ou  de  sangue,  ficar  exhaus- 
to  d'elle,  por  grande  hemorrhagia.  — se,  ex- 
portar-se  clandestinamente  :  «  por  ali  se  va- 
sáva  a  maior  parte  da  pimenta  da  índia. » 
«  Com  que  o  reino  se  vasou  e  esgotou  de  la- 
vradores, »  Couto,  alludindo  á  emigração 
para  as  conquistas  do  ultramar. 

VASARHEI.Y,  (geogr.)  cidade  da  Hungria, 
sobre  olagoHode  o  canal  Carolino,  a  5  lé- 
guas ^E.  deSzegedin  ;  6,000  habitantes. 

VASCA,  s.  f  movimento  convulsivo.  — 5, 
náuseas,  anciãs  de  vomitar.  Fazer — s  a  al- 
guém sobre  alguma  cousa,  mostrar  que 
d'ella  recebe  grande  desgosto  e  angustia. 

VASCÃO,  (gtíogr.)  pequeno  rio  de  Portu- 
gal, no  Algarve,  nasce  ao  N.  da  serra  do 
Caldeirão,  e  entra  na  direita  do  Guadiana, 
unido  ao  Careiras  e  Lampas  que  corre  do 
Alemtejo  :  tem  de  curso  9  léguas ;  é  rápi- 
do e  pouco  piscoso. 

VASCOLEJADO,  A,  p.páe  ascolejar  ;  adj. 
agitado  o  liquido  encerrado  em  vaso. 

VASCOLEJADOR,  A,  adj.  que  vascoleja  ;  (fig.) 
que  perturba.  «  A  mesma  propriedade  da 
nqueza  é  inquieta,  e  —  de  si  mesma.  »  llei- 
tor  Pinto. 

vascolejar,  V.  a.  (Lat.  vasculum,  dim. 
decaí,  vaso,  «/ardes.)  agitar  o  liquido  con- 
tido em  garraía  ou  vaso  semelhante ;  (fig.) 
perturbar,  inquietar,  agitar. 

vasconf.s,  (geogr)  ho]e  Navarra  e  talvez 
parte  da  Bisjaya,  povo  Ibero,  que  habitou 
por  muito  tempo  na  Hispanha,  ao  N.  do  Ibe~ 
rus  (Ebro)  entre  os  Canlabrios  e  os  lacceia- 
«i. 

VASCONGADO,  A,  adj.  V.  Vasconço,  Vaj- 
cangado, 

vaSconcíar,  V.  n.  fallar  vasconço  ;  joco- 
so, em  sentido  activo.  —  finezas,  dizô-ias 
em  phrase  grosseira. 
yA3Co.v;o,  a,  adj.  da  Biscaja  e  Guipuscoa. 


— ,  s.  m.  a  lingua  vasconça  ou  vasconga- 
da ;  (fig.)  linguagem  embaraçada,  tosca, 
grosseira,  quasi  inintelligivel. 

VASCONGADO,  A,    adj.  da  Biscava  e  Gui- 
puscoa. Lingua,  províncias  — s. 

vASCoso,  A,  adj.  [vasco,  des.  oso)  que 
tem  vascas,  convulso  ;  que  tem  anciãs,  náu- 
sea. 
VASCUENCE.  V.  Vasconço. 
vasculho,  s.  m.  vassoura  fixada  em  uma 
vara,  para  limpar  fornos ;  (fig.)  cousa  ou 
pessoa  muito  suja. 

VASEiRO,  A,  adj.   Veado — ,  de  casta  pe- 
quena . 

vASENTo,  A,  adj.  {rasãf  lodo,  des.  ento) 
lodoso,  atoladiço. 

VASiADOR.  V.  Vaziador. 
VASILHA,  s.  f.  [vaso,  8  dcs.  ilha  vem  do 
Gr.  ehelein,  encerrar),  vaso  do  serviço  de 
casa  e  da  adega ;  navio.  «  — s  de  menos 
porte.  »  Barros.  Cheirar  á  — ,  diz-se  do 
vinho,  azeite,  etc.  quo  contrahe  o  sabor  da 
madeira  ou  bafio  do  vaso ;  (fig.)  diz-s3  do 
estrangeiro  que  pronuncia  e  falia  mal  a 
lingua  portugueza. 
vAsio.  V.  Vazio. 

VASO,  s.  m.  (Lat.  vas,vasis,  aqneM.de 
Roquefort  dá  a  extravagante  etymologia  de 
vescus,  bom  para  se  comer.  Court  de  Gé- 
belin  diz  que  significa  levar,  mas  não  ex- 
plica a  origem  do  s  radical.  Em  Egypcio 
fai  significa  levar,  e  ce  ou  çô  bebida),  qual- 
quer peça  concava  de  barro,  páu,  vidro, 
metal,  etc.  destinada  a  conter  líquidos  ou 
sólidos.  É  nome  genérico  e  applica  se  a  to- 
da a  qualidade  de  vasilhas,  grandes  e  pe- 
quenas. — ,  navio.  — s  de  gtierra,  navios. 
— s  de  flores,  cheios  de  terra  onde  estão 
plantadas  plantas  que  dão  flor.  — *,  (t.  anat.j, 
as  artérias,  veias,  duetos  lymphalicos,  etc. 
— ,  (fig.)  tudo  aquillo  que  encerra,  ou  é 
susceptível  de  encher  ou  de  conter  grande 
porção.  —  do  rio,  alveo,  leito.  —  terreno, 
o  corpo  humano.  O  negro  — ,  a  sepultura, 
o  tumulo.  — s  de  honra,  os  bons,  os  jus- 
tos que  honram  a  Deus.  — s  de  ignorância, 
os  pecadores,  os  maus.  O  homem  —  da  ne- 
quicia,  máu,  perverso.  —  de  fúria,  ira, 
vingança,  (fig.)  estas  paixões  em  summo 
grau.  Beber  o  —  da  ira,  da  fúria,  irar-se, 
enfurecer-se.  Beber  o  —  das  amarguras  , 
tormentos,  trabalhos,  (fig.)  sofl'rer  muitos 
males.  Beber  o  caliz  da  lisonja,  embriagar- 
se  com  ella.  O  —  da  mulher,  a  natura,  o 
órgão  da  geração.  — ,  nome  de  uma  con- 
steilação,  o  copo.  — s,  (t.  naui.),  na  anti- 
ga construcçào  náutica,  onvasadura,  peças 
em  quiB  se  sostinha  o  casco  do  navio. 

VASO,  s.  m.  (do  Ingl.  baize.  panno  dela 
felpudo,  do  Pers.  pozah^  felpa  do  panno), 
(ant,),  droga  antiga   de  lã,  preta,   que  se 


VAS 


TAU 


777 


ra7Ía  por  luclo.  «  Dona  vestida  de  — ,  » 
Palm.  «  lodo  o  reino  se  vestio  de  —  e  al- 
mdfega.  »  Resende,  Chron.  de  D.  João  li, 
cap.  132. 

Moraes  cuida  que  virá  de  6a/oou  baço, 
côr  escura,  no  quu  evideulemenlc  se  enga- 
na. 

vasoso,  a,  adj.  {vasa,  des.  oso],  lodoso. 
Fundo  —  de  rio. 

VASOZiKHO,  8.  m.  diminui,  de  vaso. 

VASQUEJADO,  A,  p.  p.  de  vasquejar  ;  adj. 
convulso ;  nauseado,  engulhado. 

VASQUEJAR,  V.  H.  ler  vascas,  torcer- se  com 
convulsões ;  ter  nauseos,  engulhos. 

VASQUEIRO,  A,  adj.  que  causa  vascas,  au- 
cias,  afllicção ;  (fig.)  trabalhoso  de  alcan- 
çar. Anda  — ,  o  que  custa  trabalho  para 
conseguir.  Dar  —  e  não  em  cheio,  de  es- 
guelha. «  Lançai-lhe  d  conta  sem  a  hospe- 
da, e  olhai  não  vos  saia  — .  »  Eufr. 

vASQUiNDA,  s.  f.  (Cast.),  sflia  curta  anti- 
ga, e  hoje  usada  pelas  mulheres  em  Hispa- 
nha,  com  muitas  pregas  em  roda  da  cin- 
tura. 

vassa.  V.   Vaia, 

YASSALLA,  s.  f.  (V.  Vassalo],  mulher  su- 
jeita ao   rei. 

VASSALLAGEM,  s.  f.  (Fr.  vassclagé).  a  qua- 
lidade, os  serviços  e  obrigações  de  vsssal- 
lo ;  multidão  de  vassallos.  v.  g.  Fazer,  re- 
conhecer — ,  reconhecer-se  por  vassalJo. 

VASSALLAR,  tJ.  a.  {tãssallo,  ar  des.  inf.), 
tributar  vossallagem.  f.  p.  e  adj.  de  Vas- 
sallado. 

VASSALLO,  s.  m.  (Fr.  vassal,  do  Céltico 
vas  ou^uoí,,  varão,  senhor,  e  do  Saxão 
lyda,  obedecer,  ou  leu,  livre,  porque  os 
vassallos  eram  senhores  livres,  e  só  obede- 
ciam ao  rei,  o  qual,  no  systema  feudal,  era 
o  único  que  não  tributava  vassallagem  a 
outrem),  antigamente  os  grandes,  e  os  ricos- 
homens  se  diziam  vassallos  d'El-rei :  — s 
grandes  ou  maiores.  Também  os  havia  não 
fídalgos,  ou  que  só  tinham  algum  dos  fo- 
ros menores.  Os  senhores  f*udaes  também 
tinham  vassallos.  —  hoje  é  sinonimo  de 
súbdito,  sujeito   do  rei. 

VASSKLONF",  (geogr.)  W.isselnheim  em  al- 
lemão,  cidade  de  França,  5  léguas  e  meia 
ao  O.  de  Strasburgo ;  4,375  habitantes. 

VASSOURA,  s.  f.  (do  Lst.  versum,  sup. 
de  verro,  ere,  limpar,  varrer),  molhos  de 
palhas,  piaçá,  ou  de  cabello,  etc.  fixado  na 
extremidade  de  um  páu  para  varrer. 

VASSOURADA,  s.  f.  golpe  do  vassoura. 

VASSORINHA,  *.  /.  dlmtnut.  de  vassoura. 

VASST,  fgeogr.)  Vadicassis,  cidade  d\i  Fran- 
ça, 11  léguas  ao  KO.  de  Chaumont ;  2,700 
habitantes, 

VASTAÇÃo,  s.  f.  (Lai.  tastatio,  onis],  as- 
solação, estrago,  devastação. 

VOL.   lY. 


VASTADOR,  A,  odj .  s.  (Lat.  vastalor),  AS' 
selador,  devastador.  Feras  — *. 

VASTAMENTE,  adv.  {mente  sulT.),  larga- 
mente, amplamente. 

VASTEZA,  s.  f.  (Lat.  vastUits.)  V.  Vasti- 
dão, 

VASTHi,  (hist.)  espoza  d'Assuero,  rei  da 
Pcrsia,  foi  repudiada  por  este  príncipe  em 
consequência  do  seu  caracter  altivo,  foi  sub- 
stituída pela  judia  Esther. 

VASTIDÃO,  8.  f.  grande,  muito  dilatada 
extensão,  v.  g.  k  —  do  Oceano, —  dode- 
ierto. 

VASTÍSSIMO,  A,  adj.  superL  de  vasto,  mui- 
to vasto,  muito  extenso.  — s  regiões,  cam- 
pinas ;  — s  mares,  (fig.)  —  incêndio,  es- 
trago. — s  ruinas.  —  fome.  Vieira. 

VASTO,  A,  adj.  (Lat.  vasius,  de  vastare, 
devastar,  assolar),  muito  extenso.  —  mar, 
campo,  espaço,  enormente  grande.  Corpo 
—  Ma  baleia,  do  elephante. 

VASTO,  (geogr.)  Istonium,  cidade  do  rei- 
no de  Nápoles,  perto  do  Adriático,  12  lé- 
guas SE.  de  Chieti;  8,600  habitantes. 

VATARLO    ou     VATERLO  ,     (hist.)     eSCriptOF 

francez  do  século  XVI,  morreu  era  1547. 
Publicou  uma  edicção  da  Biblia  latina  de" 
Leão  de  Judá.  A  biblia  chamada  de  Vata- 
blo,  contem  alem  do  Hebreo,  a  versão  da 
Vulgata  e  a  de  Leão  de  Judá. 

VATACE  (João  II  Ducas,  chamado  Batatze- 
tes  ou),  (hist.)  filho  e  successor  de  Theo- 
doro  I,  imperador  de  Nicea,  subiu  ao  tro- 
no em  12?3,  na  idade  de  27  annos,  mor- 
reu em   1255. 

VATAN,  (geogr.)  cidade  de  França,  5  b- 
guas  ao  O.  d'Issondun  ;  2,912  habitantes, 

VATE,  s.  m.  (Lat.  uo/es),  poeta  ;  prophe- 
ta,  o  que  vaticina. 

VATHi,  (geogr.)  cidade  das  ilhas  Jonias, 
capital  da  ilha  de  Theaki;  1,800  habitan- 
tes. 

VATICANO,  (geogr.)  Vaticanus  mons,  col- 
lina  de  Roma,  a  O.  do  Tibre,  e  ao  N.  do 
Janiculo,  era  situada  fora  de  Roma  e  não 
fazia  parte  das  collinas  ;  ó  hoje  notável  por 
causa  do  magnifico  palácio  dos  papas,  jar- 
dins, e  bibUotheca  chamada  do  Vaticano  e 
pela  basílica  de  S.  Pedro. 

VATICINADO,  A,  p.  p.  de  vaticiuar ;  adj. 
prophetizado  em  verso,  cantando. 

vATiciNADOR,  s.  wi.  (Lat.  vaticinator),  o 
que  vaticina. 

vATiciNANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  vaíici- 
nans,  tis),  que  vaticina. 

VATICINAR,  v.a.  (Lat.  vaíicinare,  de  va- 
tes, vate),  prophetizar  em  verso,  cantan- 
do. 

VATICÍNIO,  s.  m.  (Lat.  vaticinium),  pre- 
dicçào  do  vate,  prophecia. 

VAURECOURT,  (geogr.)  cidade  de  França 
195 


I 


779 


VAZ 


VEA 


5  léguas  ao  N.  de  bar-le-Deu ;    1,150  ha- 
bitantes. 

vAUCLUSE,  (geogr.)  villa  de  França,  4  lé- 
guas e  meia  a  E.  d'Avignou. 

VAUCLUSE  (departamento  de),  (geogr.)  de- 
partamento de  França,  a  E,  do  Kheno,  en- 
tre os  de  Drome  ao  N.  <las  Boccas  do  Rhe- 
no,  ao  S.,  os  Baiios-Alpes  a  E.  ;2i6,070 
habitantes.  Capital  Avignon. 

vAucouLEURs,  (geogr.)  Lorium,  cidade  de 
França,  5  léguas  ao  SE.  de  Commercy  ; 
2,420  habitantes. 

VAUD,  (geogr.)  Waadt  em  allemão,  Pa- 
gus  Urbigenus  em  latim,  19.®  cantão  da 
confe  daraçuo  helvética,  entre  os  de  Neu- 
chatel,  Friburgo,  Berne,  Valais  e  a  Fran- 
ça ;  183,000  habitantes.  Capital  Lausanne, 

VAUDEMONT,  (geogr.)  villa  de  França,  2 
léguas  e  um  quarto  ao  S.  de  Vezelise  ; 
450  habitantes. 

VAUGiRARD,  (geogr.)  Vallis  Bosíronioe  na 
idade  media,  depois  Vaugirard,  villa  de 
França,  próxima  a.  Paris  ;  8,850  habitan- 
tes. 

VAUGNERAY,  (geogr.)  cidade  de  França,  3 
léguas  e  meia  ao  80.  de  Lyon ;  1,500  ha- 
bitantes. 

VAUVENABGUES,  (geogr.)  viUa  de  França, 
3  léguas  ao  NE.  d'Aix ;  400  habitantes. 

VAUVERT,  (geogr.)  cidade  de  França,  5 
léguas  a  0.  de  Nimes;   4,1^0  habitantes. 

VAUViLLiERS,  (geogr.)  cidade  de  França, 
11  léguas  ao  íí.  de  Vesoul ;  1,270  habi- 
tantes. 

VAUX,  (geogr.)  villa  de  França,  1  quarto 
de  légua   a   È.  deMeulan;b7Ú  habitantes. 

VAUX  ou  vAUX-EU-vELiN,  (geogr.)  villa  dos 
antigo  Delphinado,  2  léguas  ao  NE.  de  Lyon; 
1,100  haljitantes. 

VAUX  DE  VIRE,  (geogr  )  valle  de  França, 
perto  de  Vire.  Era  neste  bilio  a  habitação 
do  poeta  OU v eiró  Basselin,  celebre  pelas 
suas  canções  alegres  e  malignas  designa- 
das primeiramente 'em  o  nome  de  vaux-de- 
vire,  e  depois  com  o  de  vandevilles. 

VAviNGouRT,  (gcogr.)  viUa  de  França,  2 
léguas  ao  S.  de  Bar-le-Duc ;  900  habitan- 
tes. 

vayrac,  (geogr.)  cidade  de  França,  13 
léguas  ao  NE.  de  Gourdon ;  1,713  habi- 
tantes. 

VAYS,  (ant.),  por  ides  ou  vais  do  verbo 
Ir. 

VAZA.  V.    Vasa. 

VAZADO.  V.   Vasado. 

VAZAR.  V.   Vasar. 

VAZiADO,  A,  p.  p.  de  vaziar ;  adj.  des- 
pejado, evacuado. 

VAZiADOR,  A,  adj.  que  estrava  ou  bosta 
com  excesso,  v.  g.  Cavallo — ,  que  não  me- 
dra em  razão  de  bosta r  muito.      • 


VAziAR,  t).  o.  [tazio,  ar  des.  itif.),  des- 
pejar, tornar  vazio,  evacuar. 

VAZIO,  A,  adj.  (É  melhor  orlhographia 
que  vasio  ,  do  Lat.  tacuus]^  despejado,  «. 
g.  pipas,  garrafas,  canastras  —s.  —  de 
sangue,  esgotado  d'elle.  — ,  (fig.)  falto. 
Terra  —  de  defensores.  Olhos  — s  de  la- 
grimas. —  de  cuidados,  livre  d'elles,  sem 
cuidados.  Espaços  — s,  o  vácuo.  Espaços  — s 
e  despejados  de  negócios,  vagos.  — ^,  não 
occupado,  vago.  Sego,  caleça,  besta  de  alu- 
guel — .  — ,  vão,  aéreo,  fútil.  «  Nomes 
— s  a  quí  o  mundo  chama  honra.  »  Viei- 
ra. De  — ,  sem  trabalhar.  Vencer  soldo  de 
— .  Pagar  soldo  a  alguém  de  — .  Os  — s, 
subst.  hypochondrios,  O  —  da  barriga,  os 
ilhaes.  Pagar  os  altos  de  -^,  ser  tolo.  Os 
— s  da  divindade,  chama  Vieira  aos  attri- 
butos  ou  condições  humanas  que  Christo 
tomou  fazendo-se  homem. 

VEA  ou  VEIA,  $.  f.  (Lat.  vena,  que  os 
elymologistas  derivam  de  venio,  ire,  eque 
creio  derivado  do  Gr.  naô,  co.rer,  manar, 
e  com  o  pref.  aei,  sempre,  aeinaos,  que 
corre  sempre,  continuamente.)  As  — s  são 
canaes  por  onde  o  sangue  volta  ao  cora- 
ção depois  de  propellido  palas  artérias  ;  são 
de  côr  azulada,  e  tem  de  ordinário  válvu- 
las para  obstar  ao  regresso  do  sangue.  A 
—  d'agua  do  rio,  onde  a  agua  corre  mais 
tesa.  Nadar  contra  a  —7  d'aguaa,  contra  a 
maré,  no  fig.  — ,  (íig.)  —  de  lagrimas,  pran- 
to. Nas  minas,  beta,  a  parte  onde  se  acha 
o  metal  ou  mineral.  — s  de  mármores,  ma- 
lhas de  varias  cores,  veios.  — ,  (fig.)  san- 
gue, geração.  Homem  de  alta  — .  — ,  estro 
poético.  —  de  doudo.  Ter  —  de  poeta, — 
de  doudo. 

vEAçÃo,  5.  f.  (Lat.  venatio,  onis.  Fr.  re*- 
naison]  caça  brava  de  monte.  Caça  de  — , 
veados,  corças  r— ,  a  carne  do  animal  mor* 
to  em  montaria. 

VEADA ,  s.  f.  (p.  us.j  a  fêmea  do  vea- 
do. 

vEADEiROs,  (^eogr.)  grande  serra  da  pro- 
víncia de  Guiaz,  no  Brazil. 

VEA.DO,  s.7n.  (do  Lat.  yenaíuj,  caça)  ani- 
mal quadrúpede  de  cornos  ramosos  mui  li- 
geiro e  timido. 

VEADO  d'ouro,  (h.  s.)  em  quanto  Moy- 
zes  esteve  no  monte  Sinai,  os  Israelitas  obri- 
garam Aarão  a  erigir-lhes  um  idolo  de  ou- 
ro em  forma  de  um  veado  ,  Moyzes  des- 
cendo da  montanha  despedaçou  o  idolo. 
O  mado  d'ouro  era  uma  imitação  do  bor 
Apis. 

VEA&OR,  s,  m.  (V.  Vedor)  vedor  :  —  da 
rainha,  —  dos  infantes. 

vEADOR  ,  s.  m.  (Lat.  ve/mtor]  (ant.)  V. 
Monteiro,  Caçador. 

YEADORiÀ.  V.   Védoria,. 


TEG 


VEH 


779 


VEARIA  OU  VENARiA,  s.  f.  (Ff.  tèneHe)  casa 
onde  se  guarda  a  veação,  para  comer. 

VEAZiNHA,  s.  f.  fiiminvt.  de  vêa. 

YEí.ASSAiM,  (geogr.)  aldeia  da  província  de 
Barder ;  2,247  habitantes. 

VECEJAR.  V.   Vicejar. 

vecslli,  (hist.)  irmão  de  Ticino  e  seu 
discípulo,  aproximou-se  muilo  ao  estilo  des- 
te grande  pintor  e  deixou  quadros  muito 
estimados. 

vECTAçÃo,  s,  f.  (Lat.  vectalio,  onis)  o  an- 
dar a  cavallo,  ou  em  seje,  coche,  carro. 

VECTOR,  adj.  ni.{L&l.  vector,  s.  m.)  Raio 
— ,  (astr.)  linha  recta  imaginai  ia  tirada  da 
orbita  do  planeta  ao  centro  do  olho. 

VEDADO,  A,  p.  p.  de  vedar;  adj.  defeso, 
prohibido.  Terras  — 5,  ou  s.  —s,  coutos, 
coutadas.  — ,  estancado  (o  sangue). 

vedador,  a,  St  ou  adj.  que  veda. 

vedAlhas,  s.  f.  pi.  (de  voda]  (l,  da  Bei- 
ra) a  jóia  que  o  padrinho  da  noiva  dá  á  afi- 
lhada íiodia  do  noivado. 

VEDAR,  V.  a.  (LdX.neto,  are)  prohibir,  to- 
lher, impedir,  i?.  g.  —  a  entrada  enj  algum 
lugar ;  —  a  entrada  ou  sabida  de  mantimen 
tos,  de  géneros,  de  gente,  etc.  —  alguém 
de  fazer  mal,  (loc.  aiit.)  —  o  sangue,  es- 
tancar. 

VEDAS,  (hist.)  os  mais  antigos  e  veneran- 
dos livros  sagrados  dos  llindous,  e  que  são 
o  fandamento  da  sua  religião.  São  4  :  o  Ríg, 
o  Yadjour,  o  Sarna,   o  Athartaii: 

vÍDOR,  s.  m.  (de  teedor,  s.  verb.  de  veer, 
ant.  ver)  mordomo.  — da  casa  real,  (ant.) 
mordomo  mór ;  inspector,  v.  g.  —  das 
obras,  — do  exercito;  administrador,  v.g. 
—  da  herança,  do3  bens  do  casal.  -^  da 
agua,  o  que  descobre  ou  pretende  descobrir 
nascente  de  agua  subterrânea. 

vÉDORiA,  s.  f.  (des.  ia)  cilicio  de  vedor  ; 
junta  de  vedores :  casa  onde  elles  se  ajun- 
tam ;  os  livros  e  cofres  dos  vedores  do  exer- 
cito;  inspecção,  administração  do  que  per- 
tence aos  exércitos.  — ,  (ant.)  sabedoria, 
noticia,  conhecimento.  «  Se  vier  a  nossa  — .» 
Ord.Affons.  I,  \i.Ud. 

VBDRO,  A,  adj.  (ant.)  velho.  Torres  — s. 

vedro,  s.  m.  (ant  )  tapigo,  cômoio. 

vgECA,  g.  f.  Y.  Beca. 

VEEDOR,  s.  m.  (de  veer,  ant.  por  ver)  (ant.) 
vedor  ;  inspector,  administrador,  v.  g.  —  da 
fazenda  real ;  —  dos  sapateiros,  juiz  do  oíli- 
cio.  V.   Vedor. 

VEEIRO,  s.  m.  (Fr.  vair,  pelles  de  forrar 
custosas. 

VEEKDAM,  (geogr.)  cidade  de  Hollanda, 
5  léguas  e  meia  ao  de  Groningue ;  6,000 
habitantes. 

VEER,  V.  a.  (Fr.  ant.  veer  ou  veoitt  do 
Lat.  videre,  ver)  (ant.)  V.  Ver. 

YiCA  (Kossa  Senhora  da),  (geogr.)  cidade 


de  Uispanha,  9  léguas  ao  SE.  de  Santan- 
der ;  50,000  habitantes. 

VEGA  ou  CoNCEriioTf,  (geogf.)  cidade  da 
ilha  do  Haiti,  a  27  léguas  ao  NO.  de  S. 
Domingos; 

VEGADA,  i.  f.  V.   Vez. 

vEGAs,  s.  /.  pL  V.  Vezes. 

VEGETAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  vegetatio,  onis)  o 
crescimento,  nutrição  e  vida  das  plantas. 

VEGETAL,  adj,  dos  2  g.  (Lfit.  vegetabilia) 
que  veg?la ;  pertencente  ás  plantas.  O&re- 
getaes,  s. 

VEGETALISAtt   OU    VEGETALIZAR,     V.    a.    (p. 

us.)  converter  em  vegetal,  dar  a  natureza 
vegetal.  —  os  mineraes. 

VEGETANTE,  údj.  dos 'Í  g .  {Ldt.  vegeíatis, 
tis)  que  vegeta. 

VEGETAR,  V.  u.  (Lat.  vcgcto,  are)  crescer, 
lançar  folhas,  otc. ;  manifestar  os  pheno- 
menos  da  vida  vegetal. 

VEGETAR,  V.  a.  (p.  u5.)  nutrir,  fazer  cres- 
cer, fazer  medrar  as  plantas. 

VEGETATIVO,  A,  ttdj .  (Lat,  vegeítttivus)  que 
vegeto,  que  faz  vegetar. 

VEGETAL,  adj.  dos  2  g.  V.   Vegetal. 

VEGETO,  A,  adj.  (Lat.  vegetus)  bem  nu- 
trido, crescido.  Corpo  — .  — ,  vegetativo, 
que  faz  vegetar.  Calor  — .  Força  — . 

VE6ET0-M1NERAL,  odj .  dos  2 g .  composto 
de  uma  substancia  vegetal  e  de  outra  mi- 
neral. Agua  — ,  preparação  liquida  de  vi- 
nagre ede  um  sal  de  chumbo. 

VEGLiA,  (geogr.)  Curicta,  ilha  dos  Esta- 
dos-Austriacos,  no  golpho  de  Quarnero; 
17,000  habitantes.  Capital  Veglia. 

VEHARIA.  V.    Vearia. 

VEHEMENCiA,  s.  f.  (Lat.  veliemeutia)  ím- 
peto, força,  violência  ;  grande  energia  ; 
agitação  forte,  abalo  :  —  das  paixões,  ào 
discurso,  da  dôr,  das  supplicas.  Requerer 
com  — . 

.  VEHEMENTE,  odj .  dos  t  g .  (Lat.  Tc/iemens, 
tis)  impetuoso,  forte,  activo,  enérgico.  Dór 
— ,  mui  aguda.  Paixão  — ,  muito  fortej 
Eloquência  — ,  mui  enérgica,  persuasiva. 
Preterições  —  (em  direito),  mui  fortes. 

VEHEMENTEMENTE,  adv.  [mente  suS.)  com 
vehemencia. 

vEHEMENTissiMAMERTE,  adv.  suptrl.  de  ve- 
hementemente. 

vEHEHEKTtssiMO,  A,  adj.  superl.  do  vehe- 
mente,  mui  vehemente.  Desejo,  dôr,  pero- 
ração, affectos,  paixões,  argumentos — . 

Vehiculo,  s.  m.  (Lat.  vehiculvm)  (med.) 
os  vasos  sanguíneos;  liquido  em  que  se  dis- 
solve substancia  activa. 

VKHMB  (Santa)  ou  tribunaes  vehiicoSí 
(hist.)  (do  velho  allemão/"c/»tfrwan,condem- 
nar,  banir),  tribunaes  secretos  estabeleci- 
dos na  Veslhalia  ;  tinham  por  fim  manter 
a  paz  publica  ou  a  religião.  Os  seusmem- 


780 


VEt 


VEL 


bros  chamados,  francos-juizes,  involviam- 
se  no  mais  profundo  mysterio  e  tinham  ini- 
ciados em  toda  a  parte  os  quaes  lhes  de- 
nunciavam os  culpados. 

veía,  s.  f.  (Lat.  vena).  V.  Vea. 

VEIES,  (geogr.)  yeii,  ciiade  da  Etruria 
uma  das  \t  Jocomonias  struscas,  a  mais 
meridional,  e  mais  próxima  de  Roma,  teve 
muitas  vezes  'guerra  com  os  Romanos,  que 
se  apoderaram  d'ella  em  395. 

VEIGA,  s.  f.  (Cast.  vega)  campo  cultivado. 

VEiLLY,  (geogr.)  villa  de  França,  4  lé- 
guas e  meia  ao  NO.  de  Beanne. 

VEIO,  s.  m.  barra  de  ferro  sobre  que  re- 
volvo roda  horizontal  ou  perpendicular  ; 
malha  dos  mármores  e  outras  pedras  fi- 
nas. 

VEIR,  (ant.)  V.  Vir. 

VKIRADO,  A,  adj.  (braz.)  ornado  de  vei- 
ros. 

VEIROS,  s.  m.  pi.  (braz.)  risca  na  faixa  do 
escudo,  cada  banda  da  qual  se  pinta  com  as 
eôres  que  a  arte  indica. 

VEIROS,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  no 
concelho  de  Estarreja,  7  léguas  ao  S.  do 
Porto. 

vEiZA.  V.  Yersa. 

VELA,  s.  f.  (Lat.  velum)  panno  preso  ao 
mastro  que  se  solta  para  tomar  o  vento,  que 
enfunando-o  impelle  a  embarcação  ;  (fig.) 
navio.  Dar  á  — ,  soltar,  desfraldar  as  ve- 
las. Fazer-se  á — .  Andará — ,  com  as  ve- 
las desfraldadas.  Metter  — ,  pô-las  nos  mas- 
tros. Ir  a  — s  tendidas,  cheias.  Darás — s 
ao  vento.  Amainar  as — s  da  ambição,  re- 
nunciar a  ella. 

VELA,  s.  f.  (de  velar)  a  pessoa  que  vigia 
vela ,  sentinella ;  o  acto  de  velar,  vigília,. 
Passar  á  —  toda  a  noite.  A  primeira  — , 
vigia.  Estar  em  — ,  vigilante.  — ,  rolo  de 
cera  ou  sebo  com  pavio,  para  dar  luz. 

VELAçÃo,  s.  f.  (p.  us.)  benção  nupcial. 

VELACHO,  s,m.  (naut.)  vela  do  mastro  da 
proa  entre  o  traquete  e  o  joanete. 

VELADO,  A,  p.  p.  de  velar,  (cobrir  com  véo) 
adj.  coberto  com  véo ;  occulto,  encoberto. 
—  aos  olhos. 

VELADO,  A,  p.  p.  de  velar  (vigiar) ;  adj. 
vigiado,  passado  a  noite  sem  dormir.  Noi- 
tes — s. 

VELADOR,  s.m.  o  que  vigia,  passa  a  noi- 
te em  sentinella ;  páo  com  seu  pé  e  roda 
em  cima  em  que  se  fixa  vela,  candeia. 

VELADOR,  A,  adj.  que  vela.  O  mocho  — . 
Cuidados,  receios  — s. 

VELADURA,  s.  f.  O  acto  de  velar  de  noi- 
te. 

VELAME,  s.  m.  as  velas  do  navio  e  seus 
apparelhos ;  véo,  disfarce. 

VELAMENTO,  s.  m.  (L«t.  vclamen,  inis]  véo, 
cobertura  ;  signal  de  submissão. 


VELANÇA.  V.   Yeladura. 

VELAR,  V.  a.  {LdiX  velar e,  develum)  co- 
briu com  véo,  pôr  véo,  v.  g.  — a  freira  : 
—  os  casados. 

VELAR,  V.  a.  (Lat.  vigilare,  Fr.  veiller)  vi- 
giar, V.  g. — ocastello,  a  praça.  —  asar^ 
mas,  era  ceremonia  que  faziam  oscavallei- 
ros  na  véspera  <la  sua  recepção,  passando 
a  noite  sem  dormir  vigiando  as  armas.  — , 
V.  n.  passar  a  noite  sem  dormir,  acordado. 
As  horas  de  dormir  passou  velando.  Velo, 
ou  sonho  ?  — SK,  V.  r.  vigiar-se,  acautelar- 
se. 

VELASCO,  (hist.)  poeta  hispanhol,  nasceu 
no  meado  do  XVI  século.  Traduziu  em  ver- 
so o  poema  de  Sannazar,  De  partu  Vir- 
ginis. 

VELASQUEZ,  (hist.)  celebr.3  [pintor  hispa- 
nhol, nasceu  em  1599,  morreu  em  16*íO ; 
foi  discipulo  de  Herrera-o-Velho.  e  de  Fran- 
cisco Pacheco.  Entre  os  seus  mais  bellos 
quadros  cita-se  a  Túnica  de  José,  o  Retra' 
to  d'Olivares,  e  o  Quadro  de  familla. 

VELASQUEZ  DE  VELASCO,  (hlst )  anliquario 
hispanhol,  nasceu  em  1722,  morreu  em 
1772.  Deixou  :  Annaes  da  nação  hispanho- 
la  desde  os  tempos  mais  remotos  até  d  en- 
trada dos  Romanos,  etc. 

VELAY,  (geogr.)  \elavi,  antigo  paiz  da 
França,  no  Languedoc,  hoje  no  departa- 
mento do  Alto-Loire,  era  situado  entre  o 
Forez  do  N.  ,  o  Alto-Auvergue  ao  O..  Ge- 
vandan  ao  S.  tinha  por  capital  Pay-eu-Ve. 
lay. 

VELDENZ,  (geogr.)  villa  da  Prússia,  1  lé- 
gua ao  SO.  de  Berncastel  ;  700  habitan- 
tes. 

YELEÁDO,  A,  p.  p.  de  velear;  adj.  pro- 
vido de  velas.  Navio  bem  — ,  esquipaao  de 
velame. 

VELEAR,  V.  a.  [vela,  ar  des.  inf.)  (naut.) 
prover  de  velame  o  navio. 

VELEIRA,  5.  /.  mulher  que,  nos  conven- 
tos de  freiras,  serve  fora  das  portas. 

VELEIRO,  A,  s.  pessoa  que  faz  velas  de  na- 
vio ou  de  cera,  sebo,  etc, ;  pessoa  que  faz 
recados  fora  das  portas  de  convento  de  frei- 
ras. 

VELEIRO,  A,  adj.  (naut.)  ligeiro,  que  anda 
bem  á  vela.  Navio  mui  — .  — ,  armado  á 
ligeira.  Soldados  — s. 

VELEJAR,  V.  n.  nivegar  á  vela. 

VELETA,  s.  f.  grimpa  qne  se  põe  no  alto 
dos  edifícios  ;  (fig.)  o  que  muda  a  cada  passo 
de  intentos,  de  projectos. 

VELEZ,  (geogr.)  cidade  da  Nova-Granada, 
20  léguas  ao  SO.  do  Soccorro ;  í,500  ha- 
bitantes. 

vELEZ-BLANco,  (geogr.)  cidade  de  Hispa- 
nha  13  léguas  ao  NE.  de  Roza  í  6,600  ha- 
bitantes. 


VEL 


YEL 


781 


VELKZ-DE-G01IERA,  ^geogr.)  Parietina,  ci- 
dade de  Marrocos,  20  léguas  a  E.  de  To- 
íuan. 

vEí.RZ-MALAGA,  (gBOgr.)  Menoba,  cidade 
de  Hispanha,  5  léguas  e  meia  a  E.  de  Má- 
laga. 

VELEZ -RUBio,  (geogr.)  31orus,  cidade  de 
Hispanha,  3  léguas  ao  S.  de  Velez-Blanco; 
12,000  habitantes. 

VELHA,  (geogr.)  alta  e  dilatada  s^rra  no 
Bratil,  na  Guiena  brazileira,  entre  o  rio  Pa- 
ru e  o  Amazonas. 

vELHACADA,  s.  f.  acção  de  velhacG  ;  ajun- 
tamento de  velhacos. 

VELHACAMENTE,  adv.  {mente  suíT )  com  ve- 
lliacaria. 

vELOACARTA,  s.  f.  (des.  ária]  acção  de  ve- 
lhaco, jicção  deshoncsla. 

VELHACAZ,  adj.  e  s.  m.  augment.  de  ve- 
lhaco. 

VELHACO,  s.  m.  (do  Fr.  veillaque,  corru- 
pto do  Valaque,  Yalaco,  que  antigamente 
passavam  por  gente  de  má  fé)  o  que  engana 
com  dolo  ;  (p.  us.)  homem  lascivo. 

VELHACOUTO,  erro  por  valhacouto. 

vELHADA,  s  f.  cousa  do  vclhos,  anliar']a- 
Ih». 

▼ELHARCÃO,    ONA,   VELHÃO,    ONA,   adj.    au- 

gment.  famil.  de  velho. 

VELHAQUEAR,  t).  ã.  [celhaco,  ar  des.  inf.) 
fraudar,  illudir,  lograr.  —  os  tolos  e  os 
simplórios.  — ,  «.  rt.  portar-se  como  ve- 
lhaco ;  (p.  us.)  fazer  acções  libidinosas. 

VELHAQUEsco,  A,  adj.  de  velhaco  ;  (p.  us  ) 
libidinoso,  licencioso.  Estylo — .  Phrase — . 

VELiiAQUETE,  s.  TW.  diminut.  de  velhaco. 

vELHAQuiNoo,  A,  adj.  OU  s.  diminut.  de 
velhaco. 

VELHAS  (rio  das),  (geogr.)  grande  rio  da 
provincia  de  Minas-Geraes,  no  Brazil. 

VELHAS,  (geogr.)  rio  na  extrema  das  pro- 
víncias de  Minas-Geraes  e  de  Guyaz,  no 
firazil. 

VELHiCE,  s.  f.  (Fr.  vieiUesse]  idade  dos 
velhos,  ancianidade  ;  dito,  acção,  estylo  an- 
tiquado. 

VELHINHA,  5.  f.  diminut.  de  velha,  mu- 
lher velha  e  decrépita. 

VELHINHO,  s.  m.  di':iinut.  de  velho,  ve- 
lho decrépito. 

VELHÍSSIMO,  A,  adj.  supcvl,  de  velho,  mui- 
to velho ;  antiquado. 

VELHO.  A,  adj.  (Fr.  tieiJ,  do  Lat.  tetuson 
tttulus,  ancião,  velho,  antigo,  de  csvitas, 
idade)  ancião,  adiantado  em  annos  ;  anti- 
go. A  lei — ,  o  antigo  Testamento. — ,  usa- 
do, gasto  pelo  uso,  v.  ^r.  fato,  calçado—. 
Soldado  — ,  que  tem  muitos  annos  de  ser- 
viço, exercitado  na  guerra,  no  serviço  mili- 
tar. Contos,  de  : — ,  historias  fabulosas,  pa- 
tranhas que  as  velhas  con iam.  Despir  oho- 

VOL.   IV. 


mem  — ,  regenerar-se  pelo  sacramento  da 
penitencia.  Estar  no  calçado  — ,  (phr.  ta- 
mil.) em  idade  velha,  não  estar  para  cousns 
quo  só  convôm  a  gente  moça.  Lua  — ,  o 
minguante  da  lua  :  oppõe-se  a  lua  nota. 

viLHO,  A,  s.  homem  ou  mulher  velha. 
Os  — s.  As  — s. 

SYN.  comp.  Velko ,  envelhecido,  enre- 
Ihentado.  O  que  tem  larga  idade,  relativa- 
mente a  sua  duração  ordinária,  é  velho.  C* 
que  envelheceu,  so  fez  velho,  ou  tem  dura  • 
do  largo  tempo  em  algum  exercicio  ;  diz-se 
envelhecido.  O  que  se  fez  velho  antes  de 
tempo,  está  comovetho,  diz-se  envelhenla- 
do,  ou  avelhantado.  O  homem  é  menino,  é 
moço,  depois  envelhece.  Os  peccadores  en- 
velhecidos nas  culpas  e  peccados  diíRculto- 
samenle  se  emendam.  As  aíllicções  e  os  des- 
gostos envelhentam  mais  o  homem  que  o 
trabalho  corporal.  Os  trabalhos,  as  doen- 
ças, as  mortificações  ,  etc. ,  avelhaníam  q 
homem. 

vELHORi,  s.  m.  (t.  Asit.)  Cavallo  — ,  par- 
do cinzento. 

vílhozinho.  V.   Velhinho, 

YELiCAÇÃo.  V.   Vellicação. 

VELicfi,  (ant.)  V.   Velhice. 

TELiDA.  V.  Delida. 

vELiFERo,  A,  adj.  (Lat.  velifer)  (poet ) 
que  leva  vela. 

VELIGE,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro^ 
pea,  22  léguas  ao  NE.  de  Vitebsk  ;  5,l'0a 
habitantes. 

VELiKiiA  LOUKi,  (googr.)  Cidade  da  Russíft 
europea,  50  léguas  ao  SE.  de  Pskov  ;  3,500 
habitantes. 

VELiLHO,  s.  m.  (de  véo)  tela  transparen- 
te, volante  para  véos  de  mulher  e  outros  or- 
natos. 

VELiMES,  (geogr.)  villa  de  França,  7  lé- 
guas e  meia  ao  0.  de  Bergerac ;  80J  ha- 
bitantes. 

TELíNHA,  s.  f.  diminut.  de  vela  (de  alu- 
minr)  vela  pequena  ;  (cirurg.)  tenta  de  cor- 
da de  veola,  gomma  elástica  ou  de  outras 
substancias  para  introduzir  na  urethra,  etc. 

vELiNO,  (geogr  )  Velinus,  rio  d'ltalia,  nas- 
ce no  reino  de  Nápoles,  e  cae  no  Neva. 

VELíNO,  (geogr.)  montanha  do  reino  de 
Nápoles,  perto  do  lago  Fucino. 

VELIOCASSES  OU   VELLOCASSES,    (gCOgr  )  pO- 

vo  da  Gallia,  na  2.*  Lyoneza,  occupava  a 
dioceze  de  Rouen  e  tinha  "por  capital  /íú- 
tomagus. 

TELiscAR.  V.  Deltiscar. 

VELisco.  V.  Bellisco. 

VELiTES,  (hist )  corpo  de  infantería  ligei- 
ra entre  os  Romanos,  era  formado  pelos 
cidadãos  mais  pobres  e  moços.  Collocavam- 
os  quasi  sempre  entre  as  fileiras  da  caval- 
laria,  cujos  movimentos  acompanhavam.  !^a- 
19G 


782 


VEL 


ru 


p  )le4.o  lambem  estabeleceu  no  exercito  fran- 
cez  corpos  de  tropas  ligeiras  chamadas  ves 
lites. 

VELITOLO,  A,  adj.  (Lat.  velivolus)  que  vôa 
com  as  Yelas.  É  só  usado  na  poesia  fallan- 
do  de  navios.  — s  casíellos,  náos  de  guer- 
ra. 

vELiTSCHTERiN  OU  vousiTRiN,  (geogr.)  Ci- 
dade da  Turquia  europea,  capital  de  Livah, 
5  léguas  e  meia  ao  NO.  de  Trislina  ;  3,000 
habitantes, 

VELLAR,  V.  a.  cobrir  com  vóo.  V.  Ve- 
lar. 

VELLAS  (viila  das),  (geogr.)  capital  da  ilha 
de  S.  Jorge,  que  lhe  íca  ao  ME. ;  4,000 
habitantes. 

VELLAUDUNUM  OU  VELLAUNODUNUM  ,  (geO- 

gr.)  cidade  da  Gallia,  entre  os  5enones,  im- 
portante no  tempo  de  Cezar. 

\ELLAVi,  (geogr.)  hoje  Velay,  povo  da  6al- 
lia  entre  os  Avermes,  aoN.  dos  Gabali,  ao 
S.  dos  Segusiani,  tinha  por  capital  Vella- 
vi. 

VELLEANO,  àdj .  m.  (direit.  roman.)  Se- 
natusconsulto  — ,  que  dispunha  que  a  mu- 
lher se  nho  pudesse  valiosamente  obrigar 
por  outrem.  «  O  beneficio  do  — ,  »  O  rd 
Aífons  ,  que  annullava  as  ojrigaçõds  con- 
trahidas  pelas  mulheres  a  favor  de  outrem, 
em  certos  casos. 

VELLEDA,  (hist.)  prophetiza  germana  do 
tempo  de  Vespaziano,  era  da  nação  dos  Bru- 
cleros,  e  exercia  grande  iuíluencia  em  todas 
as  povoações  germânicas.  Concorreu  muito 
para  a  inssurreição  dos  Batavos,  mas  qtiando 
viu  o  máu  successo  da  empreza  ajudou  o  ge- 
neral romano  Cerealis  a  pacificar  o  paiz.  Foi 
depois  de  alguns  annos  apanhada  por  Rutí- 
lío  GsUico  e  levada  a  Roma  em  triumpho. 

VELLEIDADE,  s.  f  (Ff.  velléité]  (cschol.) 
vontade  pouco  eíTicaz. 

VELLEio  PATERCULO,  (hist.)  hístoriadoF  la- 
tino, no  anno  19  antes  de  Jesu-Christo,  ser- 
viu 9  annos  com  Tibério  como  comman- 
dante  de  cavallaria,  foi  successivamente  ques- 
tor,  tribuno  do  povo,  pretor  e  cônsul.  Só 
nos  resta  deste  autor  um  fragmento  relativo 
á  historia  grega  e  á  historia  romana  desde 
a  guerra  de  Persêo  até  ao  6.°  anno  de  Ti- 
bério. 

vELLETRi,  (geogr.)  Velitrcs,  cidade  dos 
Estados  da  Igreja,  8  léguas  ao  SE.  de  Ro- 
íca  ;  10,000  habitantes. 

vELLiCAçÃo,  5.  f-  (Lat.  velUcaíio,  onis) 
belliscão^  pungimento.  — ,  (med.)  pungi- 
mento  das  partículas  acres  na  pelle. 

VELLICADO,  A,  p. /?.  de  velUcaf  ;  adj.héi' 
liscado  ;  pungido. 

vELLiCAR,  V.  a.  [L&i.  vellico,  are)  (med.) 
belliscar ;  pungir.  O  humor  acre  vellica  a 
pelle. 


VELLO,  s-  m.  (Lat.  velius,  erls,  de  velo, 
are,  cobrir,  vestir)  o  ^pello,  a  lã  dos  cor- 
deiros, carneiros,  ovelhas  ;  a  pelle  com  os 
vellos  ;  lã  cardada  e  empastada.  — -  da  bar- 
ba longa.  — ,  (fig.)  o  —  de  ouro.  Y.  Fei- 
locino. 

vELLO,  (ant.)  V.   Velho. 

vELLOCiNO,  s.  m.  (do  Lat.  vellus  ,  eris) 
(myth.)  o  carneiro  com  vellodeouro  obje- 
cto da  expedição  de  Jason  e  dos  Argonautas. 

VELLOSO,  A,  adj.  [veílo,  des.  oso)  felpu- 
do, que  tem  grande  guedelha.  Leão,  urso 
— .  Homem  — ,  cabelludo.  Marmelos,  p^- 
cegos  — ,  que  tem  colão. 

VELLORE  ou  VELAR,  (geogr.)  cidadc  da  ín- 
dia ingleza,  no  antigo  Karnatic,  5  léguas  e 
meia  ao  NE.   d'Arcot. 

VELLUDO,  A,  adj.  V.   Velloso. 

VELLUDO,  s.  m.  (Fr.  velours,  Ital.  vehiio] 
seda  com  pello  raso.  —  de  algodão,  fabri- 
cado de  algodão.  Flor  — ,  amaranto. 

VELOCES,  pi.    de  veloce,  ant.,  por  velox, 

VELOCIDADE,  s.  f.  (Lat.  ulocitas,  tis)  mo- 
vimento veloz,  rapidez  ;  o  ser  -veloz. 

SYN.  comp.  Velocidade,  rapidez.  A  velo- 
cidade exprime  genericamente  o  movimen- 
to prompto  ou  accelaradod'um  corpo  ;  po- 
rem rapidez  parece  que  accrescenta  mais 
energia  á  idéa,  mais  impeto  ao  movimen- 
to, representando  ao  mesmo  tempo  0'esfor- 
ço  violento  com  que  o  corpo  corre,  e  com 
qué  corta  ou  separa  qualquer  diííiculdade  ou 
resistência  que  possa  oppor-se-lhe. 

D'uma  torrente  pôde  dizer-se  que  desce 
com  velocidade  das  montanhas ;  porem  se 
se  disser  que  desce  com  rapidez,  oíTerece-se 
á  imaginação,  com  mais  energia,  o  movi- 
mento impetuoso  com  que  se  precipita,  sem 
que  haja  obstáculo  que  possa  conte-la. 

O  fogo  eleva-se  com  velocidade  e  conso- 
me uma  casa  com  ra/?iífe^.  D'aqui  vem  que 
a  rapidez  só  se  apphca  á  acção,  e  não  ao 
agente.  Pôde  sor  rápida  a  carreira  d'um 
cavallo,  o  vôo  d'uma  águia  ;  porem  nem  o 
cavallo,  nem  i\  águia  são  rápidos,  senão 
velozes. 

«  O  máu  exemplo  faz  rápidos  progres- 
sos. Um  general  faz  rápidas  conquistas.  »  Nes- 
tes exemplos  o  adjectivo  velozes  não  repre- 
sentaria com  igual  propriedade  a  innocen- 
cia,  ou  a  razão  atropelladas  pelo  máu  exem- 
plo ;  a  força,  a  resistência  derrotadas 
pelas  armas  victoriosas  do  conquistador. 

VKLOCISSIHAMENTE,     odv.     SUpCrl.    de   VG- 

lozmenle. 

VELOCÍSSIMO,  A,  ttdj .  suptrl.  de  veloce, 
(ant.)  (hoje  veloz)  muito  veloz. 

VELÓRIOS,  s.  m.  pi.  uvas  miudinhas  que 
nem  são  boas  para  comer  nem  para  fazer 
vinho.  V.  A%ellor\os^ 

víLOZ,  adj.  dos  lg.  (Lat.  vc/ox,  «>,  dQ 


VEN 


VEÍÍ 


uz 


tola,  planta  do  pé,  e  oeius,  muito  depres- 
sa) rápido,  accelerado.  O  —  galgo,  cavallo. 
A  —  lebre.  Os  velozes  a-mos,  que  correm 
rapidamente.  O  pensamento — .  A  —  baila. 
O  —  vento,  rio.  Foge  o  tempo  — . 

VELOZMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  com  ve- 
locidade. 

VELUOAOO,  vELUTAEO.  V.  Avelludadô. 

vEMASsE,  j(geo!?r.j  dislricto  maritimo  da 
iliia  de  Timor  ;  30,000  habitantes. 
•  VBNABLO,  .VESABULO,  s.  w.  (Lat.  veuccbu' 
lum,  de  venare,  caçar)  dardo  de  montaria; 
iusignia  militar  que>.antigamente  o  alferes 
trazia,  eia  apresenta -ia  ao  general  quando 
entrava  na  praça. 

vENAissiN,  (geogr  )  Comitatus  Vindasci- 

nus,  pequeno  paiz  do  meio  dia  da  França, 

outrora  pertencente  aos  papas,  entre  a Pro- 

' vença,  o  Delphinado,  o  ílhone  e  Durance, 

linha  por  capital  Carpentras. 

VENAL,  adj.  dos2g:  {Laí.  venalis)  que  se 
vende,  de  venda ;  que  se  deixa  peitar  para 
obrar  mal,  contra  odever,  ajustiça.  «Tão 
venaes,  e  postas  em  preço  andavam  naquel- 
le  tempo  as  honras.  »  Leão,  Chron.  Aífons. 
Producçòes  venaes,  commerciaes,  mercá- 
veis, para  venda  e  negocio.  Eloquência,  es- 
criptor  — .  —  escudo  de  nobreza.  Digni- 
dades venaes,  obtidas  por  dinheiro,  e  não 
por  merecimento  ou  serviços. 

VENAL,  adj.  dos  2g.  (do  Lat.  t?ena,  veia) 
(anat.)  das  veias.  Sangue,  circulação — .  V. 
\enoso. 

VENALIDADE,  s.  f.  a  qualidado  de  ser  ve- 
nal ;  o  abuso  de  se  vender  o  que  só  deve 
ser  concedido  ao  merecimento  ou  aos  servi- 
ços, V.  g.  a  —  dos  cargos.  oíTicios,  digni- 
da  íes. 

vENARios,  s.  m.  pi.  (da  B.Lat.  venarii] 
(ant.)  vindiços,  estrangeiros. 

vENASCO,  (geogr,)  Vindascinum,  villa  de 
trança,  3  léguas  ao  SE.  de  Carpentras  ; 
1,Í00  habitantes. 

vKNATORio,  A,  adj.  (Lat.  venatorius)  de 
montaria,  da  caça,  que  respeita  á  caça.  Arte 
— ,  ou  s.  a  — ,  arte  da  caça. 

vENATRO,  (geogr.)  Venatrum  cidade  da 
Campania,  ao  N.  perto  de  Vultumo.  Hoje 
a  cidade  moderna  ó  na  Terra  de  Lavrador, 
5  léguas  ao  SO.  de  Isernia  ;  2,800  habitan- 
tes. 

VENATURA,  s.  f.  (Lat.)  V.  ^eai^ão. 

VENCE,  (geogr.)  Ventia,  cidade  de  França, 
5  léguas  e  me\a  ao  KE,  de  Grasse;  3,160 
habitantes. 

VENCEDOR,  A,  adj.Qs.  quc ticou  victorio- 
so  ;  que  ganhou  a  demanda.  Armas,  ban- 
deiras vencedoras,  victoriosas,  triumphan- 
tes.  «  A  parte  -r—,  »  Ord.  Affons.  Hoje  usa- 
mos da  des.  f.  com  os  nomes  femininos. 

VENCELHO,  s.  f»  (do  Lat.  vincio,  ire,  atar) 


atilho  de  palha,  verga,  ou  junco  para  atar 
as  pavôas,  baraço.  Em  um  — ,  juntos.  — , 
gavião,  ave  de  rapina. 

VENCER,  V.  a.  (Lat.  vinco,  ere,  de  tis  , 
força,  e  ago,  ere,  fazer)  superar,  desbara- 
tar, derrotar,  v.  g.  —  o  inimigo  em  bata- 
lha, combate  ou  briga.  —  a  batalha,  a 
demanda,  ganhar  sobre  o  contrario.  —  as 
paixõt>s,  reíreà-las.  — em  votos,  aa^guem^ 
ter  mais  votos  a  seu  favor.  —  o  caminho, 
chegar  ao  fim  d'elle.  Vencemos  mais  uma 
légua  de  costa,  adiantámos.  —  alguém  em 
dias,  viver  mais  que  elle,  sobreviver  lhe* 
— ,  exceder.  «  O  galardão  vencia  o  serviço.» 
Clarim.  — o  vento,  ornar,  aguentar,  resis- 
tir-lhe  navegando.  «  O  somno  vence  os  ho- 
mens, »  adormece.  As  paixões  vencem  o  ho- 
mem^ sujeitam,  dominam.  —  comas  bom- 
bas  a  agua  que  o  naino  fazia,  conseguir 
esgotâ-la.  —  soldo,  soldada,  ter  direito  a 
ella  por  serviço,  trabalho.  — emjuizo,  ga- 
nhar a  causa,  a  demanda.  — ,  adquirir. 
«  Uma  celebridade  em  fama  não  se  vence  em 
pouco  tempo.»  Vida  do  Arceb.  Venci  com 
elle  se  embarcasse,  consegui,  persuadi-lo.  — 
SE,  V.  T.  passivo^  ou  impessoal,  ser  venci- 
do, render-se  ás  razões,  ás  supplicas.  Ven- 
ceu-se  a  proposição,  foi  adoptada  depois  de 
discussão  e  opposição. 

VENCIDA,  s.  f,  (subst.  da  des.  f.  de  vencido) 
acto  de  vencei  ou  de  ser  vencido.  Levar  de 
— ,  ir  no  alcance  do  inimigo  vencido.  Jrde 
— ,  desbaratado. 

VENCIDO,  A,  p.  p.  de  vencer  ;  adj.  sub- 
jugado, superado  :  v.  g.  —  do  somno,  do- 
minado por  elle.  Ter  — a  demanda,  a  ba- 
talha, ganhado.  Ficar  —  emjuizo,  perder 
a  demanda.  Soldada  — ,  ganhada.  —  por 
juizo,  convencido  de  delicto.  —  o  parecer, 
adoptado  á  maioria  de  votos.  Ficar  —  em 
votos,  ter  contra  si   a  maioria. 

VENCiLHO,  s.  m.  V.  \encelho. 

VENCIMENTO,  s.  m.  [mcnlo  sufi.),  acção 
de  vencer  ou  de  ser  vencido,  victoria,  che- 
gada do  prazo  em  que  um  pagamento  é 
exigível;  v,  g.  o  — da  letra  de  cambio, — 
da  soldada. 

VENCÍVEL,  adj.  dos  2  g.  (des.  ivel),  que 
se  pôde  vencer.  Ignorância  — .  Diíficulda- 
des  venciveis. 

VENDA,  5.  f.  (Fr.  vente,  Lat.  vendiiio), 
alheação  da  causa  por  certo  preço.  Pôr  á 
ou  de  — ;  expor  á  — .  Sustentara — ,  de- 
mora-la. Desatar  a  — ,  dissolver,  desfazer. 
:— ,  (ant.)  laudemio.  — ,  taverna,  estalagem 
no  campo. 

VENDA,  s.  f.  (Fr.  bande,  bandeau,  Aliem. 
bandet),  faixa  de  cobrir  os  olhos  ;  (fig.)  ce- 
gueira. — ,  fita,  banda. 

VENDADO,  A,  p.  p.  de  vendar ;  adj.  que 
tem  OS  olhos   cobertos  com  venda  ;    atado 
1%  , 


784 


VEN 


VEN 


com  faixa,  ou  fita.  «E — s  os  ramos  te  trou- 
xesse. »  Eneid.  Port.  tiii,  29.  O  deus  — , 
Cupido. 
^  VENDAGEM,  s.  f.  acto  do  Vender. 

VENDAR,  V.  a.  [venda  ar  des.  inf.)  cobrir 
os  olhos  com  venda ;  (fig.)  escurecer,  ce- 
gar,  V.  g.  —  a  razão. 

VENDAVAL,  s.  m.  OU  ttdj .  w.  {Ff.  vetit 
d'aval]  vento  sul ;  vento  forte  inclinado  ao 
poente. 

vENDAVEL,  adj .  dos  2  g.  (des.  avel)  pró- 
prio para  a  venda,  que  tem  boa  venda  e 
sabida. 

vENDUA,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  no 
departamento  dos  dous  Sevres,  e  cae  no 
Sevre  Niortez,  1  quarto  de  légua  de  Ma- 
rans. 

VENDEA  {departamento  da),  (geogr.)  de- 
partamento maritimo  da  França,  sobre  o 
golpho  de  Gasconha,  ao  S.  do  departamen- 
to de  Loire-lnferior,  ao  N.  do  de  Charen- 
te-Inferior;  340,320  habitantes.  Capital 
Bourbon-Vendee. 

VENDEÇÃO,  s.  f.  (ant.)  V.  Yindicação. 

viNDEDEiRA,  s.  f.  mulhcr  que  vende  nas 
praças,  nas  feiras  ou  mercados. 
.    vENDEDOiRO,  5.  «i.   (aut.)   lugai'  oudc  as 
vendedeiras  vendem  os  seus  géneros  por  miú- 
do. 

VENDEDOR,  s,  m.  (Lat.  tenditor)  o  que 
vende  alguma  cousa. 

vKSDEDORA,  s.  f.  mulher  que  vende  al- 
guma cousa  em  mercado,  feira. 
.   VENDEIRA,    s.  f.    tavcmeira,  mulher  que 
tom  venda,  estalagem  no  campo. 

VENDEIRO,  s.  m.  dono  de  venda,  taverna, 
ou  estalagem  no  campo. 

VENDEN,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  euro- 
pea,  20  léguas  ao  NE.  de  Riga;  1,000  ha- 
bitantes. 

VENDER,  V.  a.  (Lat.  vendo,  ere,  do  Gr. 
òneornal,  comprar,  ônos,  preço,  compra ; 
ônioSt  exposto  á  venda)  alhear  alguma  cou- 
sa por  certo  preço :  —  mercadorias,  géne- 
ros, fruclos,  prédios ;  —  em  grosso,  ataca- 
do, ou  —  em  retalho,  por  miúdo.  —  a  vi- 
da, a  honra,  a  liberdade,  privar-se  d'ellas 
por  algum  lucro  ;  expô-las  a  gcande  risco; 
sujeitâ-las  a  arbítrio  de  outrem.  — ,  trahir 
por  peita,  v.  g.  —  a  pátria,  os  amigos,  o 
segredo.  —  ávida  caro,  ferindo,  matando 
quem  nos  ataca.  — seu  engenho,  enculcar- 
se  por  engenhoso.  — ,  dar  com  descontos. 
«  Os  deuses  nos  vendem  os  bens  que  nos 
concedem, »  porque  são  mesclados  de  ma- 
les. — se  douto,  ou  por  douto,  enculcar-se 
por  tal. 

VENDES;  (geogr.)  villfl  de  França,  4  lé- 
guas a  O.  de  Caen  ;  500  habitantes. 

VE5DIBIL,  (aut.)  y.  Vendivel. 

VENDICAR.  V.  Vindicar, 


vENDiCATivo.  V.  'Sindicativo. 

VENDiço.  V.  Yindiço. 

vENDiçoM,  s.  f.  V.   Venda. 

vENDiDigo,  A,  adj.  vendido  phantastica- 
meníe,  que  se  finge  vendido. 

VEISD5D0,  A,  p.  p.  do  vcnder ;  adj.  alhea- 
do por  certo  preço.  Atidar,  estar,  achar- 
se  — ,  enganado  por  pessoa  que  vendeu 
os  nossos  interesses  a  outrem. 

VENDILHÃO,  s.  m.  bufarinheiro,  que  ven- 
de cousas  miúdas  ede  pouco  preço. 

VENDiMA.  V.   vindima. 

VENDiMAR.  V.  vindimar. 

VENDIMENTO,  s.  m.  [mento  suff.)  Cant.) 
venda. 

VENDITA,  s.  f.  [áoL&i.  vindicta)  V.  Vtn- 
dicta. 

VENDÍVEL,  adj.  dos  2g.  (des.  iml)  que  es- 
tá para  se  vender ;  vendavel,  que  tem  boa 
venda,  sabida. 

VENDiDAD  SADE.  (hist.)  livro  sagrado  dos 
Tersas,  coutem  3  partes  :  o  Vindidad,  o 
Vispered  e  o  Yaçna. 

VENDOME,  (geogr.)  cidade  de  França,  so- 
bre o  Loir,  8  léguas  ao  RO.  de  Blois  ,  8,2.0 
habitantes. 

VENDOME  [César,  duque  de),  (hist.)  filho 
primogénito  de  Henrique  IV,  e  de  Gabrie- 
la d'Etrice,  nasceu  em  1594,  foi  legitima- 
do cm  1595  e  casou  com  afilha  do  duque 
de  Mercceur.  Entrou  na  conspiração  de  Cha- 
lais  contra  Richelieu  ;  foi  um  dos  chefes  do 
partido  dos  Inportantes  contra  Mazarim. 

VENDOME  (Luiz,  duquo  de),  (hist.)  filho 
mais  velho  do  precedente,  nasceu  em  161% 
morreu  em  1669,  usou  o  titulo  de  duque 
de  MerccBur.  Foi  casado  com  Laura  Man- 
cini,  sobrinha  de  Mazarino  ,  e  por  morte 
desta  senhora  tomou  Ordens  e  foi  eleito  car- 
deal em  1667. 

VENDOME  (L-José,  duquc  de),  (hist.)  filho 
do  precedente,  nasceu  eml6ã4,  teve  o  ti- 
tulo de  duque  de  Penthievre  até  á  morte 
de  seu  pai;  foi  ura  celebre  general.  Mor- 
reu em  i7l2. 

VENDOMEz,  (geogr.) antigo  paizda França, 
no  Orleanez,  fazia  parte  doBeauce,  e  tinha 
por  capital  Vendome. 

VENDUDO.  V.  fendido, 

vENEFicio,  s.  m.  [Ld.\.  veneficium)  o  acto 
ou  crime  de  compor  e  dar  venenos. 

vENEFico,  A,  Gryj.  (Lat.  cení^cus)  veneno- 
so. Doença,  mal  — ,  funesto  como  o  ve- 
neno. Homem  — ,  preparador  e  propina- 
dor  de  veneno.  — ,  (fig.)  «Os  — s  olhos,» 
matadores. 

VENENO,  s.  m.  (Lat.  renewwm,  dequoos 
etymologistas  não  dão  origem  plausível.  Cre- 
míis  que  vem  do  Gr.  phenô,  ou  phoneuô^ 
matar)  peçonha.  — s,  animaes,  vegetaes, 
mineraes,  tirados  d'estas  três  origens.  — 


YEN 


YEN 


785 


(lig.)  maligaidade,  maligno  influxo,  v.  g.  o 
—  da  inveja,  da  calumnia. 

Syn.  comp.  yeneno,  peçonha  A  palavra 
veneno  exlendo-se,  nfto  só  aos  simples,  que 
naturalmente  sào  nocivos,  senão  também, 
e  com  mais  propriedade,  aos  compostos; 
misturas  ou  preparações,  que  destroem  a 
saúde,  ou  tiram  a  vida.  A  palavra  peçonha 
só  se  applica  aos  simples,  que  por  si  sós 
são  nocivos,  e  com  mais  propriedade  aos 
que  naturalmente  se  encontram  no  corpo 
de  vários  animaes. 

Compõe-se,  prepara-se  um  veneno,  não 
uma  peçonha ;  esta  a  dá  preparada  a  na- 
tureza, 

VENENOSAMENTE,  udv.  {meníc  suff.)  com 
qualidades  venenosas. 

TENENosiDADE,  s.  f.  (p.  us.)  a  qualidado 
de  ser  venenoso. 

venenosíssimo,  a,  adj.  super l.  de  vene- 
noso, mui  venenoso.  Gaz,  vapor  — .  Peço- 
nha— . 

venenoso,  a,  adj.  (Lat.  venenosus]  que 
contém  veneno,  peçonhento. 

vtN£RA,  s.  f.  insignia  dos  romeiros  de 
Santiago  :  insignia  dos  cavalleiros  das  ordens 
miUtares. 

VENER,  (geogr.)  grande  lago  da  Suécia, 
entre  Carlstad,  Esfsburgoe  Skaraborg. 

vENERABiLiDADE,  s.  f.  a  qualidade  de  ser 
venerável. 

VENERABiLissiMO,  A,  adj.  supcrl.  de  ve- 
nerabil,  (ant.)  muito  venerável.    Nome  — . 
VENERABLNDO,  A,  adj.  (Lat,,  des.  p,  fut.) 
com  demonstrações  de  veneração. 

VENERAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  veneratio,  onis) 
acto  de  venerar,  grande  respeito  e  acatamen- 
to ás  cousas  santas :  grande  respeito. 

Syn.  comp.  Veneração,  respeito,  deferen- 
cia,  reverencia,  acatamento.  A  veneração 
reside  no  coração  ;  o  respeito,  na  imagina- 
ção. Aquella  é  eíTeito  da  persuasão  interior 
do  animo;  este  resulta  da  impressão  que  o 
objecto  causa  em  nossos  sentidos.  Por  isso 
se  venera  a  virtude,  e  se  respeita  a  auto- 
ridade. Um  varão  apostólico  excita  nossa  ce - 
nerarão ;  um  fai,  nosso  respeito  ;  um  so- 
berano virtuoso,  nosso  respeito  e  venera- 
ção. 

Deferência  ó  o  respeito  que  os  deveres 
sociaes  e  a  boa  educação  nos  impõem  rela- 
tivamente aos  desejos  ou  diclames  alheios. 
Reverencia  é  o  respeito  acompanhado  de 
veneração. 

Acatamento  é  todo  o  acto  externo  com 
que  mostrámos  nosso  respeito,  ou  venera- 
rão, com  que  acatamos  ;  neste  sentido  disse 
-Camões,  fallando  dos  deuses  quando  se  re- 
tiraram da  presença  de  Júpiter: 


voL.  rr. 


Peio  caminho  lácteo  glorioso 
Logo  cada  um  dus  deuses  se  partio, 
r.izendo  seus  reaes  acatamentos. 
Pura  08  determinados  aposentos. 

(Luz.   1,   41.) 

No  sentido  figurado  diz  o  mesmo  quer«#- 
peiío reverencioso.  assim  disse  Paiva  :  «  Aca- 
tamento que  El-Rei  tem  ao  santo  conci- 
lio. » 

VENERADAMENTE,  odv.  [mente  suíT.)  com 
veneração. 

VENERADO,  A,  p.  p.  dc  veucrar ;  adj.  tra- 
tado com  veneração,  mui  respeitado. 

VENERADOR,  A,  adj.  quo  venera, 

VENERANDO,  A,  adj.  (des.  da  Lat.  eman- 
dus)  digno  de  veneração. 

VENERAR,  u.  a.  (Lat.  veneror,  arí,  dooc- 
nio,  ire.  vir,  ou  de  vénia,  favor,  e  oro, 
are,  regar)  manifestar  grande  respeito  a  cou- 
sas santas  ;  respeitar,  acatar  muito. 

VENERÁVEL,  adj.  dos  2  g .  (Lat.  venera- 
bilis)  digno  de  veneração,  v.  <jí.— ancião. 
Veneráveis  relíquias  da  antiquidade.  — , 
qualificação  que  a  Igreja  dá  a  pessoa  morta 
havida  por  santa, 

VENERAVELMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
veneração,  com  respeito,  acatamento. 

VENÉREO,  A,  adj.  (Lat  venerceus)  concer- 
nente a  Vénus  ;  que  respeita  a  appetites  car- 
naes.  Mal  —,  syphilis,  gallico.  Acto  —, 
cópula.  Appetite  — . 

VENERO,  A,  adj.  ipoet.)  de  Vénus.  A  — 
estrella,  o  planeta  Vénus. 

VENETA,  s.  f.  (dim.  do  Lat.  vena]  veiazi- 
nha  de  loucura.  Ter  —s.  Deu-lhe  na  —  fa- 
zer isso. 

VENETEs,  (geogr  )  povo  de  origem  Slava, 
que  deu  o  seu  nome  á  Venecia.  — ,  povo 
da  Gallia  na  Lyoneza  3.^.  tinham  por  capi- 
tal Veneti.    •  " 

VENETiA,  (geogr.)  hoje  a  parte  veneziana 
do  reino  Lombardo-Veneziano,  região  da  an- 
tiga Itália  septentrional,  ao  N.  do  Padus  , 
entre  o  Oilius  e  o  Adriático,  devia  o  seu 
nome  aos  Wendes,  que  se  tinham  ido  estabe- 
lecer em  Aquilea,  Patavium  e  Verona. 

VENEZUELA  (republica  de),  (geogr.)  estado 
da  America  do  Sul,  limitado  ao  N.  pelo 
mar  des  Antilhas,  a  É.  pelo  Atlântico,  aoS. 
pelo  Brazil,  a  0.  pelas  republicas  de  Nova 
granada  e  do  Equador  ;  278,000  habitan- 
tes. Capital  Caracal.  Dividida  em  4  depar- 
tamentos, subdivididos  em  lí  províncias 
pela  maneira  seguinte. 

Venezuela-Caracas,   Carabobo,  Zulia-Mara- 
cajbo.    Coro,    Xruxillo,    Merida.  Orenoco- 
Varinas,  Apure,  Gyana.  Maturin,  Cumana, 
I  Barcelona,  Margarida. 

VENEZA,  (geogr.)  Venetia  em   latim,  Fe- 
1  necia  em  itahaoo,  cidade  marilima  dos  Es- 
197 


im 


mm 


VEN 


tados  austriacoâ,  d'ítalia  e  uma  das  duas 
capilaes  do  reino  Lombardo-Veneziano,  a 
61  léguas  a  E.  de  Milão;  110,000  habi- 
tantes. 

VENEZA  (estado  de),  antes  de  1789  com- 
preendia as  seguiiiíes  províncias. 
.1.®,  O  Dogado  ou   ducado   de   Veneza, 
(Veneza,  algumas  ilhas  e  um  pouco  da  Ter- 
ra Firme). 

S.**,  O  Padvano,  (Pádua,  Bassano,  iba- 
no,   Este). 

3.°,  A  Polesina   de  Bovigo. 

4°,  O  Kero7ie^,  (Verona,  Carpi,  Paschie- 
ra). 

5.^,  O  Vicentino,  (Vicença.  Asiago). 

6.'',  O  Dressan,  (Brescia  ,  Saio ,  Lualo, 
Cbiari). 

7.",  O  Bergamase,  (Bergamo,  Cremona.) 

ii.^,  Cremarco,    (Cremo.) 

9  ''j  A  Marcha  Trevizana,  (subdividida 
em  Trevisano,  Feitrin,  Heliunez  e  Cadorn). 

10.**,  O  Frioul,  (Udína,  Sacile,  Pordeno- 
ne). 

11.°  A  Istria,  (Pola,  Capo  d'ístria). 

12.°,  Sobre  a  costa  de  Dalmácia,  Kona, 
Zara,  Trau,  Spalatro,  Sebenico,  Clissa,  a 
província  Primorisa,  Signia,  Kerzegovia,  Gai- 
tar o. 

13°,  As  ilhas  dálmatas,  desde  Osero  até 
Carzola, 

14.°,  Na  Albânia,  (Parga,  Prevesa,  Vo- 
uizza,  Butrinto. 

15.°,  As  ilhas  Jonias. 

VENEZA  (governo  de),  província  da  mo- 
narchia  austríaca,  um  dos  dous  governos 
do  reino  Lombardo-Veneziano,  tem  por  li- 
mites o  de  Milão  a  0.,  o  Tyrol  e  a  lUyria 
aoN.,  o  Estado  EcclesiasticoaoS-;  2,000,000 
habitantes.  Capital  Veneza. 

VENGALA.  V.  Bengala,  Bastão. 

VÉNIA,  s.  f.  [Ls^i.  vénia)  licen;a,  permis- 
são.. Pedir  — . 

VENIAGA,  s  f.  (do  Lat.  veneo,  ire,  vender, 
pôr  á  venda)  mercadoria  vendível.  Trazer 
de  — ,  para  commercio,  trafico. 

VENIAL,  adj.  dos  2g.  [Lat.  venialis)  que 
admitte  fácil  perdão.  Peccado  — ,  leve,  que 
os  theologos  dizem  não  ser  punido  com  pe- 
nas eternas  :  oppõe-se  a  mortal. 

VENIALIDADE,  s.  f.  3  qualidade  de  ser  ve- 
nial, erro  leve,  descuido,  falta  perdoável : 
peccado  venial. 

VENiALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  de  modo 
venial.  Peccar — .  Dizer  alguma  cousa — , 
por  graça,  sem  intenção  deoffender. 

VENiDA,  s.  f.  vinda.  Idase — s.  — ,  ata- 
que imprevisto  dos  inimigos,  sorprcza  ;  bote 
no  jogo  da  espada.  Todas  as  — «  tem  suas 
contras, 

VENiFLucv.  A,  adj.  (Lat,  teniflirns]  que  cor- 
re pelas  veias.  Sangue  —. 


VENLOO,  (geogr.)  Sablones,  cidade  doLim- 
burgo-hollandez,  5  léguas  ao  NE.  de  Ru- 
remond  ;  6,000  habílantes. 

VEM  SI,  por  bem  si,  outro  si. 

VENOSA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, 9  léguas  ao  N.  de  Potenza;  3,5U0 
habitantes. 

VENOSO,  A,  adj.  (Lat.  venosus)  (anat.)  pjr- 
tencente  ás  veias.  Sangue  — .  — ,  que  tem 
veias,  da  natureza  das  veias.  Canaes  — s.  In- 
flammsção  — . 

VENTA,  s.  f.  (de  vento)  As  — 5,  são  as  duas 
aberturas  exteriores  do  nariz,  no  homem  e 
nos  animaes ;  — ,  (chulo)  cara.  Pespegou- 
Ihe  nas  —  s. 

VENTA,  (geogr.)  nome  commum  a  duas 
cidades  da  Bretanha  romana.  Venta  Bel- 
garum,  hoje  VMnchester,  Venta  icenorum, 
hoje  Norwich  ou  Caster. 

VEKTÃA.  V.   Venta. 

VENTADOUR,  (googr.)  villa  de  França,  6 
léguas  de  Talle. 

VENTiDio,  BAsso,  (híst.)  general  romano, 
natural  d'Asculum,  tinha  sido  feito  escravo 
na  guerra  social.  César  confiou-lhe  muitos 
negócios  importantes  na  guerra  das  Gallias 
e  nomeou-o  senador,  tribuno  do  povo  e  pre- 
tor, depois  da  morte  de  César  seguiu  o  par- 
tido de  António  e  foi  um  dos  seus  primei* 
ros  lugares-tenentes., 

veNjaGEM.  V.    Vantagem. 

veNtaJAdo.  V.  Avantajado. 

ventaJem.  V.    Vantagem. 

VENTAíAR.  V.  Avantajar. 

VENTAjasAMENTE.   V.   Vantajosamenie. 

ventajoso.  V.  Vantajoso. 

VENTAM,  5.  f.  (V.  Venta,  e  Venta)  venta. 
Andar  sempre  com  o  faro  na  — •. 

ventasa.  V.   Ventanilha. 

VENTANEAR,  V,  a.  [ventania,  ardes,  inf.) 
abanar,  separar,  excitar  vento.  O  penna- 
cho  ventanêa  as  ancas  do  cavallo. 

ventaneira,  s.f.  vento  forte  e  que  dura. 

VENTANIA,  s.  f.  vento  forte  e  continua- 
do. 

VENTANILHA,  s.  f.  (do  Cast.  ventaua,  ja- 
nella)  abertura  da  mesa  do  bilhar  por  onde 
entra  a  bola. 

VENTAPOPA  ou  vent'em-popa,  (Ioc  adv.) 
com  vento  em  popa ;  /'fig.)  prosperamen- 
te. 

VENTAR,  t).n.  [vento,  ardes,  inf.)  soprar 
o  vento,  haver  vento.  —  de  rosto  ou  pe/o 
olho,  pela  proa.  —  do  norte,  do  sul.  — , 
aventar.  Venta-lhe  afortuna,  foi-lhe pros- 
pera. Se  lhes  ventasse  a  fortuna. 

VENTAR,  V.  a.  (p.  us.)  soprar;  (fig.)  favo- 
recer ,  animar.  Ventar  sangue.  V.  j4t>en- 
tar. 

VENTAROLA,  s.  f.  abauo,  ventilador. 

VEiíiK,  adj.  dos  2  g.  (contrahido  de  *h 


VEN 


TO! 


787 


dtnte]  (ant.)  vidente.  Os  — »,  i.  propbetas 
entre  os  Judeus. 

vENTii.^BRO, «.  m.  (Lat.  tentilabrum) }oei' 
ra,  ou  pá  de  limpar  o  trigo  scparando-o  da 
palha. 

VKNTFLAÇÂo,  s.  f.  (Laft.  tcfilUatio,  onis] 
acção  de  ventilar,  exposição  ao  ar  livfe ; 
introducção  de  ar  fresco  nas  casas,  navios, 
noeio  empregado  para  renovar  o  ar  nos  lu- 
gares fechados;  (lig.)  Á— da  questão,  dis- 
cussão. — ,  (med.)  sangria  pequena. 

VENTILADO,  A,  p.  p.  de  vonlilar  ;  adj.  re- 
frescado com  ar  novo  ;  (fig.)  agitado,  dis- 
cutido (a  questão). 

VENTILADOR,  s.  m.  appafclho  ou  inf  tru- 
mento  que  serve  a  renovar  o  ar  tornado  im- 
próprio i\  ser  respirado,  era  quartos,  na- 
vios e  outros  lugares  fechados. 

VENTiLAWTE,  adj  dos  ^  Q .  (Lat.  venti- 
lans,  tis,  p.  a.  áe  ventilo,  are)  que  ventila, 
renova  o  ar ;  ondeante,  que  ondêa  á  dis- 
crição do  vento.  «  Comas  —s.  »  Eueid.  Fort. 
E'  hoje  desusado. 

VENTILAR,  V.  tt.  (Lat.  tentílo,  are,  de  vcn- 
tus,  vento,  e  {lo,  are,  soprar)  renovar  o  ar 
em  lucrares  fechados  em  que  elle  se  tornou 
impróprio  a  ser  respirado,  arejar;  alimpar 
o  trigo  da  palha  por  meio  de  peneiras,  joei- 
ras ou  pás ;  agitar  o  ar  com  as  azas,  com 
abano,  etc.  — a  artéria,  fazer  sangria  pe- 
quena. —  a  questão,  discutir. 

vENTiNHO,  s.  m,  diminui,  de  vjnto,  ara- 
gem de  vento,  vento  pouco  forte,  viração. 

VENTO,  s.  m.  [Lai.  ventus,  queosetymo- 
legistas   derivam  de  veniens,   aer,    ar  que 
vem.  Creio  que  se  deriva  do  Gr.  aéíes,  so- 
pro, ou  do  Égypc.  phen  ou  hi,  lançar,  dif- 
íundir,  e  iheou,  ar,  vento  ;    hi-theou,  so- 
prar, É'  de  notar  que  a  mesma  analogia  que 
existe  em  Lat.  entre  o  verl)o  venire,  sup 
ventum,  eeste  vocábulo,  se  encontra  tam- 
bém nas  línguas  Germânicas,  c.  ^r,  em  Teu- 
tonico  ícendan)  corrente  de  ar  atmospheri-' 
CO,  mais  ou  menos  agitado.  Os  náuticos  dis- 
tinguem os  ventos  pelos  pontos  do  horizon- 
te d'onde  sopram,    e  contam   trinta  e  dois 
marcados  na  rosa  de  marcar.  D'estes.  qua- 
tro são  chamados  primitivos  ou  cardinaes, 
e  correspondem  ao  norte,  sul,  leste,  e  oeste, 
quatro  são  collateraes,  o  nordeste,  noroes- 
te, sucaie  e  sudoeste.  A  estes  oito  se  dá  tam- 
bém o  nome  de  rumos  inteiros.    Os  outros 
distinguem-se   pelas  denominações  seguin- 
tes :  norte  quarta  a  nordeste,  nornordéste, 
nordeste   quarta  a  norte,    nordeste  quarta 
a  leste,  lésnordéste,  leste  quarta  a  nordeste, 
leste  quarta  a  sueste,  léssuéste,  sueste  quar- 
ta a  leste,    sueste  quarta  a  sul,  sussuéste, 
su)  qua''ta  a  sueste,  sul  quarta  a  sudoeste, 
sussudoésle,    sudoeste   quarta  a  sul,  sud- 
oeste quarta  a  oeste ,   oéssudoésle,   oeste 


quarta  a  sudoeste,  oeste  qnarta  a  noroeste, 
oesnorodsto,  noro(5sto  quarta  a  nésto,  nor- 
oeste quarta   a  norte,    nornoroéste,   norte 
quarta  a  nornésto.  Vm  — ,  na  phrase  náu- 
tica são  as  quatro  quartas  do  rumo ;  meio 
vento,   são  duas  quartas;    uma  quarta  do 
vento   é  um    rumo   apartado  do  outro  de 
11°  15'.  —  em  popa,  ou  pela  popa,  favo- 
rável.  Ir  alguma  cousa  —  em  popa,  (fig.) 
prosperamente,  segundo  des^^jamos.  —  teso, 
fresco,  rijo,  ponteiro,   de  cima,  da  terra, 
escasso,    —  frio,   durável  e  favorável.  — 
geral,  (jue  sopra  regularmente   em   certa 
estação  em  uma  altura,  mar.  —  pelo  olho, 
contrario ;  —  a  uma  larga.  Pé  de  —,  fu- 
racão. Em  quanto  ventar  este  ^,  (fig.)  em 
quanto  as  circumstancias  forem  as  mesmas. 
Levar  o  mesmo  — ,  seguir  o  mesmo  cami- 
nho, estado,    a  mesma  fortuna.    — ,  (fig.) 
aura  ;  —  popular,  da  fortuna.  Moter-se  com 
todos  os  —s.  ser  inconstantissimo.  Mostrar 
alguém   o  —  que  traz,    os  seus  intentos. 
Furtar  o  —a  alguém,  mettê-lo  em  cousa 
de  que  se  saia  mal,  por  falto  de  uso,    de 
exercício.  Commctter  alguém  o  peito  a—, 
contra  a  corrente,  luclando  contra  obstácu- 
los. Instrumento  de  — ,  de  sopro,  como  a 
flauta,  a  trompa.  — ,    (fig.)  cousa  ligeira, 
que  passa  rapidamente ;  cousa  vã,  sem  fun- 
damento. O  —  das  vaidades  d'este  mundo. 
Dfísfaztr-seem — ,  desvanecer-se.  — ,  faro 
dos  animaes.  Cão  de  bom — .  Certo  prom- 
pto  no  — ,  que  tem  bom  faro,  e  pressen- 
te os  cães  para  lhes  fugi^*.  —  do  corpo,  ou 
—s,    ventosidades,    flatos.    —  do  canhão, 
(artilh.)  folga  da  bala,  maioria  entreo  diâ- 
metro da  peça  e  o  da  bsla.  —  da  bombar- 
da,  do  pellouro,  a  impressão  que  faz  no  ar. 
—  ou  ar  do  raio.   Andar  de  — ,  perdido. 
Gado  do  — ,  abandonado,  sem  dono.    Di~ 
reito  do  —,   de  fazer  arrematar  o  gado  a 
que  não  sahio  lono.  Dar  —  a  alguém,  lou- 
vor vão,  que  desvanece.   Dar  — ,   ajudar, 
V.  g.   —  ao  canhão  que  estava  enterrado. 
Dar  o  —  na  corda,  (fig.)  chegar  a  veneta 
de  doidice.  Moça  de  — ,  (nos  conventos  de 
freiras)  a  que  não  tem  ama  certa.  Beber  os 
—s  por  alguém,   (fig.)  fazer  excessos   por 
elle. 

VENTO,  s.  m.  peça  acharoada  da  China 
que  tem  uma  portinha  e  escriplorio. 

VENTOINHA,  s.  f.  bandeirinha  que  indica 
a  direcção  do  vento;  ~s,  (fig.)  pessoas  ou 
cousa.s  mudáveis,  ineonslantus. 

VENTOR,  s.  m.  cão  de  bom  faro,  que  ras- 
teja e  descobre  a  caça. 

VENTOSA,  s.  f.  (Fr.  ventúuse)  (med.)  vaso 
de  metal  ou  de  vidro  cujo  ar  interior  rare- 
feito por  meio  de  estopa  queimada  forma 
um  vácuo,  e  que  applicado  á  pelle  prende 
nclla  e  a  fai  inchar.  — s  sarjadas,  appli- 


788 


VEN 


YER 


cadas  sobre  apelle  sarjada,  para  tirar  san- 
gue. — s,  nome  que  se  dava  aos  barretes 
dos  jesuítas. 

~  VENTOSIDADE,  s.  /".  ílato  doestomago  ou 
do  canal  intestinal,  —s,  flatos. 

vENTOSB,  s.  m.  nome  do  sexto  mez  do 
anno  republicano  francez,  mez  ventoso.  Co- 
meçava a  20  de  Fevereiro  e  terminava  a  21 
de  Março. 

VENTOSO,  A,  adj.  (Lat.  ventosus)  exposto 
aos  ventos,  v.g.siúo,  monte — .  — ,  cheio 
de  vento.  Folie  — .  — ,  sujeito  a  flatos  ou 
acompanhado  de  flatos,  v.g.iumoT — .  Có- 
lica — ,  — ,  (íig.)  vão,  aéreo,  vaidoso,  fú- 
til. Homem — .  Jactância,  arrogância,  lín- 
gua, nação  — . 

VENTOux,  (geogr  )  montanha  da  França, 
ao  NE.  de  Carpentr-s,  faz  parte  dos  Alpes 
Cocianos. 

VENTOZíNHO,  s.  w.  diminut.  de  vento, 
viração. 

VENTRE,  s.  m.  {La.t.  venter,  tris,  do  Gr. 
ènteron,  entranhas  ;  rad.  entós,  dentro)  ab- 
dómen, cavidade  abdominal  que  encerra  o 
estômago,  canal  intestinal  e  outras  vísce- 
ras ;  (fig.)  barriga,  útero,  prenhez.  O  — 
materno.  O  filho  segue  o  — ,  (jur.  ant.)  fi- 
ca da  condição,  civil  da  mãi.  — ,  (fig.)  bojo, 
T.  g.  —  do  vaso;  — da  lapa,  caverna,  in- 
terior, concavidade.  —  do  dragão,  na  lua, 
são  os  dois  pontos  da  orbita  em  que  a  lua 
tem  a  máxima  latitude  e  dista  90^  dos  no- 
dos  ou  nós. 

VENTRECHA,  s.  f.  a  posta  que  fica  abaixo 
da  cabeça  do  peixe. 

ventrículo,  s.  m.  (Lat.  ventriculus,  dim. 
àe  venter]  (anat )  o  estômago.  Os — s  do  co- 
ração; —  do  cérebro,  cavidades. 

VENTRiLOQUO,  A,  ãdj .  (Lat.  ventrUoquus) 
que  falia  com  voz  que  parece  sahir  do  in- 
terior do  corpo  ou  do  estômago. 

VENTRiNHO,  s.  m.  diminut.  de  ventre. 

vENTRiscA,  s.f.  a  posta  do  peixe  imme- 
diata  á  cabeça,  e  a  mais  saborosa. 

VENTUiRA,  (ant.)  V.   Ventura. 

VENTURA,  s.  f.  (subst.  da  des.  f.  do  Lat. 
venturus,  a  um^  p.fat.  áe  vento,  ire,  vir, 
acontecer)  dita,  sorte,  fortuna,  boa  ou  má, 
risco,  peiigo;  boa  fortuna,  sorte  feliz.  Pôr 
em  — ,  arriscar,  expor  a  risco,  perigo.  «  Fei- 
tos d'alta  — .  »  Lucena,  alludindo  aos  des- 
cobrimentos de  Vasco  da  Gama.  De  — ,  por 
— ,  por  acaso.  Pola  — ,  (ant.)  por  ventura, 
por  acaso.  «  Este  homem  é  todo  boa  — .  » 
Eufr.,  sempre  jovial,  alegre. 

VENTURÃo,  adj,  (desus )  V.  Venturoso^ 
Afortunado. 

VENTURÃO,  s.  m.  augment.  de  ventura. 
— ,  (chulo)  grande  ventura. 

VENTURAR.  V.  Avôuturar. 

VENTUREIRO.  V.  Avcntu^eiro. 


VENTURINA.  V.  Aventurirlã. 

VENTURO,  A,  adj.  (Lat.  venturus,  p.  fut. 
áevenio,  ire^  vir)  (p.  us.)  futuro,  que  ha- 
de  vir. 

VENTUROSAMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  com 
ventura,  ditosamente. 

VENruRosissiMO,  A,  adj.  superí.  de  ven- 
turoso, muito  venturoso,  muito  afortunado. 
Povo  — . 

VENTUROSO,  A,  adj.  [ventura,  des.  aso)  di- 
toso, afortunado,  feliz  ;  (p.  us.)  arriscado, 
aventurado. 

VÉNUS,  s.  f.  (Lat.  Vénus,  erís.  Cícero  o 
deriva  de  venio,  ire,  vir,  nascer  ;  mas  creio 
que  se  engana.  O  nome  da  deusa  symbolica 
da  geração,  vem  a  meu  ver  do  Egypcío  phen^ 
derramar,  e  ounof,  prazer,  voluptuosidade. 
A  Vénus  genitrix  dos  Romanos  correspon- 
de á  Neith  ou  Nethe  da  mythologia  egypcia) 
(myth.  epoet )  deusa  do  amor  ;  (fig  )  mu- 
lher muito  formosa  :  é  uma  — .  — ,  (astr.), 
planeta  entre  Mercúrio  e  a  Terra.  Quando 
apparece  de  manhã  chama-se  estrella  da  alta 
e  de  tarde  hespero,  estrella  do  pastor.  — , 
(fig.)  Odeleite  sensual.  Monte  de — ,  (anat.) 
a  proeminência  do  púbis  nas  muliaeres  ;  na 
chiromancia,  eminência  na  palma  da  mão, 
na  raiz  dos  dedos.  — ,  na  chimica  antiga, 
o  cobre.  Kão  muda  no  plural,  v  g.  eram 
duas  — . 

vENusiA,  (geogr.)  cidade  d'Apulia,  naDan- 
nía,  perto  da  Lucania,  ao  SO  de  Cannes; 
foi  a  pátria  de  Horácio. 

VENUSTADE,  s.  f.  (Lat.  venustas,  tis,  de 
Vénus)  grande  formosuri.  ' 

VENUSTO,  A,  adj.  (Lat.  vénus  tus,  de  Vé- 
nus) muito  formoso. 

vÉo,  s.  m.  (Lat.  velum]  peça  de  lençaría 
ou  de  seda  mui  rala  e  transparente  cora  que 
as  mulheres  cobrem  o  rosto  ;  (íig.)  todo  o 
que  cobre,  encobre,  t>.  g.  tirar  dos  olnos 
o  veu  da  cegueira.  Lançar  o  veu  da  decên- 
cia sobre  objectos  torpes.  O  pallido,  mor- 
tal — ,  a  physionomia  doiuoribundo.  — , 
(anat.)  membrana,  túnica  subtil,  v.  g.o  — 
do  paladar, 

vÉoziNuo,  s.  m.  diminut.  de  véb,  véo 
pequeno,  oa  mui  ténue,  raro. 

vf.R,  v.a.  [Lai.  video,  cre;  Fr.  coir  ;  do 
Gr.  eidein,  ver,  conhecer,  saber  ;  rad.  eidos, 
forma,  figura,  apparencía)  perceber  as  for- 
mas dos  objectos  corados  ou  luminosos  pelo 
sentido  da  vista  ;  (fig.)  considerar,  observar, 
notar ;  conhecer,  Fazer — ,  mostrar,  paten- 
tear, provar,  demonstrar.  —  a  sua  (sub- 
entende-se  hora  ou  vez]  (loe.  ant.)  o  tempo 
favorável  ao  seu  intento.  Ter  de  —  com  al- 
guma cousa  enaodecer,  como  escrevemos 
antigos,  ter  relação,  connexão.  Não  tem  de 
—  comigo,  hoje  dizemos  que  ver.  Ir  — 
mundo,  ir  viajar.  — ,  (p.  us.)  olhar  para, 


VER 


VER 


780 


ter  diante.  «  Esta  província  tê  pelo  sertão 
os  altos  montes  do  l*erú.  »  Amaral.  — sé, 
V.  r.  —  ao  espelho,  ver  a  própria  imagem 
reflectida  no  espelho;  —  em  aperto,  Uncí5 
perigoso,  em  estado  prospero,  estar,  achar- 
se. 

Syn.  corap.  Ver,  olhar.  Ver  não  carece 
de  esforço.  Olhar  denota  attençào,  é  «cio 
voluntário.  Não  é  effeito  de  olhar  como  diz 
Moraes.  Polo  contrario  olhar  ó  considerar 
com  attençào  objecto  visivel. 

TER,  s.  m.  (o  infinitivo  Ver  substantiva- 
do) o  acto  de  ver.  .1  meu  — ,  na  minha  opi- 
nião, segundo  o  meu  juizo. 

VERA,  (geogr.)  cidade  de  Uispanha,  per- 
to do  mar,  15  léguas  ao  NE.  d'Almeria ; 
8,000  habitantes. 

VERA-CRLZ,  (geogr.)  cidade  e  porto  da 
confederação  mexicana,  capital  do  estado 
de  Véra-truz,  a  6J  léguas  a  E.  do  México; 
113.000  habitantes  O  estado  de  Vera-Cruz 
fica  entre  os  de  Puebla  e  de  S.  Luiz  de 
Potosi;  150,000  habitantes. 

VERACIDADE,  s.  f.  (Lat.  teracitas,  tis]  a 
qualidade  de  fallar  verdade,  de  ser  verda- 
de. 

veracíssimo,  a,  adj.  superl.  alalinado, 
mui  veridico  ou  >eraz. 

vERAGRi,  (geogr.)  povo  da  Ildvecia,  ha- 
bitava na  parte  inferior  do  Valais,  para  o 
lado  de  Génova  e  Sion,  capital  Octodurus. 

VERAGUA,  (geogr.)  antiga  provincia  re- 
publica de  Colômbia ,  no  districto  do 
Isthrao ,  tinha  por  limites  a  E.  a  pro- 
vincia do  Islhmo,  a  O.  o  Guatimala,  so 
N.  o  mar  das  Antilhas,  ao  S.  o  Grande  Ocea- 
no; ^lO.OOO  habitantes.  Capital  Santiago  de 
Veragua. 

VERAMENTE,  adv.  [mente  sutf.)  verdadei- 
ramente, em  verdade. 

VERANDOIRO.  V.  Yaradouvo. 

vKRATSico,  s.  m.  diminuí,  de  verão,  ve- 
ràozinho.  O  —  de  São  Martinho,  dias  quen- 
tes que  de  ordinário  vem  no  raez  de  Novem- 
bro. 

VERÃO,  s.  m.  (Cast.  terano,  rad.Lat.  cer, 
primavera,  e  annus,  anno,  isto  é,  a  parte 
do  anno  em  que  a  terra  está  coberta  de  ver- 
dura e  as  arvores  de  folhas),  considerando 
o  anno  dividido  em  duas  amelades  o  — 
coiLpreende  a  primavera  e  o  estio  ;  mas  é 
mais  usual  como  synonimo  de  estio,  esta- 
ção que  vem  depois  da  primavera  ,  e  é  a 
mais  calmosa  do  anno.  PI.  Vtrões. 
,  SYN.  comp.  Verão,  estio.  Verão  é  termo 
mais  vago,  e  indica  todo  o  tempo  do  anno 
em  que  faz  calor,  coou  opposição  a  inver- 
no. Estio  e  determinadamente  a  segunda 
estação  do  anno.  Diz-se  que  o  terão  come- 
çou cedo,  e  acabou  tarde,  ou  vice-versa  ; 
o  que  dá   a  entender  que  este  termo  refe- 

VOl.   IT. 


re-se  mais  á  temperatura  quente  que  á  di- 
visão regular  do  anno  em  quatro  parles  íi.a 
estações  iguas.  primavera,  estio,  outono, 
inverno.  Barros,  e  outros,  chamaram  verão 
á  primavera,  seguindo  a  siguificsção  de 
ver  dos  latinos ;  e  vulgarmente  chamou-se 
terão  ao  estio. 

Vieira,  qneera  Ião  atilado  ns  lingragem 
clássica,  como  respeitador  do  bom  usoees- 
t)'lo  de  fallar,  usou  ambas  as  expressões, 
uma  vulgar,  outra  clássica,  quando  disse  : 
«  Quanto  vai  da  primavera  ao  verão,  ou  do 
verão  ao  estio  (11,  45(1).  »  a  conjuncçãoou 
de  que  aqui  usa  o  celebre  orador  significa 
substituição  de  phrase,  mas  não  mudança 
de  ideia;  nunca  lhe  veio  ao  pensamento  fa- 
zer uma  estação  media  entre  primavera  e 
verão,  como  suppõe  o  autor  dos  synonymos 
da  língua  porlugueza  o  que  só  fez  foi  usar 
de  duas  formas  para  exprimir  o  mesmo  pen- 
samento, para  que  os  mais  entendidos  com- 
prehendessem  que,  apezar  de  se  conformar 
com  o  uso,  muito  bem  conhecia  qual  era; 
o  termo  próprio  e  clássico  naquelle  caso  : 
«  Da  primavera  ao  verão  (como  vulgarmen- 
te se  diz)  ou  do  verão  ao  estio  (como  em 
rigor  se  deve  dizer).  )> 

vERÃoziNHO,  s.  m.  diminuí,  de  verão,  dias 
quentes  que  vem  no  fim  do  outono,  pelo  S. 
Martinho. 

VERAPAZ  (5  Domingos  de)  ou  coban,  ^eco- 
gr.)  cidade  do  Guatimala,  capital  de  um  dis- 
tricto  do  mesmo  nome  50  léguas  ao  NE.  de 
Guatimala  ;  12,000  habitantes. 

VERAS,  s.  f.  pi.  (do  Lat  Tsrus,  verda- 
deiro), cousas  serias,  verdadeiras.  Vede  se 
ião  —  ou  burlas.  De — ,adv.  com  verda- 
de ;  seriamente,  não  por  brinco. 

VERAZ,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  verax,  eis), 
veridico,  que  diz,  falia  verdade;  iTig.)que 
faz  fallar  verdade,  v.  g  vinho — .A  —  pro- 
bidade. 

vERBi,  s.  f.  (do  Lat.  verba,  pi.  de  ver- 
bum,  palavra),  artigo  do  contexto  de  escrí- 
ptura  ;  declaração,  apostilla  em  escriplura. 
Pôr—. 

VERBAL,  adj.  dos  2  </.(Lat.  verbalis],  áe 
viva  voz,  V.  g.  promessa,  ordem,  manda- 
do — .  Injurias  verbaes  Nome  — ,  deriva- 
do de  um  verbo,  matador,  matança,  verbe- 
ração. 

VERBALMENTE,  adv.  [mente  suií.),  de  vi- 
va voz,  de  palavra. 

VERBASCO,  s.  m.  (Lat.  cerbascum),  plan- 
ta medicinal,  e  usada  para  matar  o  peixe 
nos  rios. 

VERBANA,  s.  f.  (Lat.),  orgévão,  planta; 
toda  a  sorte  de  plantas  de  que  os  antigos 
teciam  coroas  com  que  os  sacriticad  jres  cin- 
giam a   cabeça. 

vERBENECA,  s.  f.  uome  de  uma  herva,  que 
)U8 


790 


VER 


VER 


Banlo  Pereira  diz  corresponder  aoLat.  cir- 

cea. 

vERBEBAçÃo,  s.  w.  (Lat  vcrbõraiio,  onis), 
flagellação,  acto  de  açoutar. 

YEKBEaÃo.  V.  Oryf^vão,  \erbana. 
VERBERAR,  í?-  tt.  (Lat.  zcrbíTo,  are),  (p. 
U8.),  açoutar,  llagollar. 

vERBERATivo,  A,  oí//".  proprio  paro  açou- 
íar.  Inslrumenlos  — s. 

vERBERTE,  (geogr.)  villa  do  Françn,  4  lé- 
guas ao  NE.  de  Seulis ,  1,300  habitantes. 

VERBIGENES,  (gcogr.)  uma  das  tribus  da 
Helvética,  no  leinpo  de  César,  habitava  nos 
arredores  de  Soleure,  entre  o  Juva,  o  Aar 
e  o  Limat 
vERBi-GRATiA,  expr.  Lat.,  por  exemplo. 
VERno,  s.  m.  (Lat.  verbmn  pronunciado 
primitivamente  ferbum.  Alguns  derivam  este 
vocábulo  do  Gr.  êreô,  dizer,  fallar.  Eu 
creio  que  o  termo  é  puramente  latino  de 
for^  fari,  fallar,  dorad.  Egypcio  ro,  bocca 
Propriamente  significa  palavra  por  excellen- 
cia,  alma  do  discurso),  parte  complexa  da 
oração  que  exprime  acção,  acto,  movimen- 
to, estado,  affectos,  com  relação  ao  agente 
ou  paciente,  ao  modo,  maneira,  attributos 
de  pessoa,  animal  ou  cousa,  e  tempo.  Es- 
tas modificações  da  ideia  principal  do  radi- 
cal são  indicadas  em  portuguez  por  desi- 
nências imitadas  e  alteradas  do  latim,  que 
são  verdadeiros  suflSxos  contrahidos  de  ter- 
mos significativos,  dos  quaes  alguns  são  ver- 
bos ou  proposições.  Ko  latim,  no  grego  e  ou- 
tras linguas  as  variações  dos  —s  consistem 
emsyliabas  prefixas,  sufixas,  e  outras  intro- 
duzidas no  meio  do  termo  ;  v.  g.  em  Lat. 
tango,  loco,  pretérito  tetigi,  toquei. 

O  systema  das  variações,  desinências  ou 
inlleiôes  dos  — s  denomina  se  conjugação. 
V.  Modo,  Tempo,  Conjugação. 

Alguns  grammaticos.  dizem  que  o  —  éa 
parte  da  oração  com  queaílirmamos  ;  o  que 
é  manifestamente  errado,  por  quanto  mui- 
tos exprimem  duvida,  outros  negativa.  Ou- 
tros querem  que  ser  seja  o  único  e  verda- 
deiro — ,  e  parte  intregrante  de  todos  os 
mais  ;  «.  g.  amo,  segundo  elles,  significa 
eu  sou  amante  ou  sou  possuído  de  amor. 
São  luteis  subtilidades  que  nada  explicam. 
a  verdade  é  que  o  radical  de  amar  é  o 
mesmo  de  amor,  e  exprime  o  affecto  que 
sente  quem  ama,  e  cujo  objecto  se  expressa 
ou  se  subentende.  Em  muitas  linguas  não 
existe  o  —  ser,  ou  o  ser  equivalente  :  e  este 
mesmo  — é  em  todas  as  linguas  composto, 
V.  g.  em  Lat.  do- rad.  es  eáe  fao  ;  o  mes- 
.  mo  em  Sanscrit  e  em  Persa. 

Ka  realidade  o  —  é  um  termo  composto 
de  vários  elementos  ligados  em  Latim,  Gre- 
go, Sanscrit  e  nas  linguas  célticas  e  ger- 


ou syllaba,  radical,  c.  g.  em  amare  lat., 
m  ou  am,  que  vem  da  raiz  mu  ou  mau 
cm  Egypc.  âm,  cm  ou  ôm,  em  Chaldaico, 
Hebraico,  Arábico,  etc.  mae,  typo  de  amor 
2.''  da  desinência  ou  suííixo  que  denota  tem- 
po, raodo,  V.  g.  are  ou  re  do  infinitivo, 
indeterminada  ;  a  de  futuro  em  atnabo,  a 
(lo  condicion.i!  amavero,  do  imperfeito  ama- 
ba<n,  que  são  derivadas  do  —  ire ;  ÍJ."  da 
desinência  que  denota  pessoa,  »;.  g\  o,  as, 
at,\  lu,  is,  nl,  em  amo,  as,  at,  amamus, 
aíii,  anty  O  —  ire,  ir;  que  entra  na  com- 
posição dos  outros  —5.  assim  como  habe- 
re,  ler,  haver,  são  igualmente  termos  com- 
postos, o  primeiro  do  rad.  i,  o  segundo  de 
fiab,  Ibo  equivale  a  ire,  vblo:  i  (ir),  tol, 
querer,  e  ego,   eu.  V-  a  Grammatica. 

Os  grammaticos  tem  dado  diversas  deno- 
minsções  aos  — »,    quasi    todas  inexactas. 
—  activo,  que  outros  chamam  transitivo,  o 
que  exprime  acção  communicada  ou  execu- 
tada em  objecto  diverso  do  agente.  Moraes 
o  define:  «  oqueafl[irma  um  attributo  que 
consiste  em  acção  e  energia  ;  »  definirão  que 
se  applica  igualmente  a   muitos  —/deno- 
minados neutros  on  absolutos,  v.  g.  correr, 
ir,  vir,  fugir.  Eu  lhe  daria  o  nome  de  — 
objectivo,  V.  g.  amar,  matar,  dar,  vencer, 
rogar.  -  -  passivo.  Propriamente  não  ha  em 
portuguez  forma   ou  voz  passiva    dos  —s 
activos  como  em  latim,  e  suppre-se   pela 
forma  reflexa  ou  pronominal,  v.  g.  amar- 
se'  matar -se,  ferir-se,  e  pelo  — ser,  v.g. 
sou  amado,  ferido,  etc.  —  neutro,  é,  di- 
zem 03  grammaticos,  o  que  nem  é  activo  nem 
passivo,  definição  ridicula  e  fútil.  Outros  o 
denominam  absoluto,  cora  mais  razão.    Eu 
o  denominaria  subjectivo  porque  o  caracter 
d'este  —  consiste  em   exprimir  de  per  si  a 
acção,  estado,  acto  ou  movimento,  e  o  sujei- 
to que  é  o  objecto  d'estas  modificações,  v. 
g.  dormir,  vir  fugir,  viver,  morrer.  Os  —s 
objectivos  (activos),  quando  não  se  referem  a 
objecto  expresso  na  phrase,  são  subjectivos, 
V.  g.  amar,  quando  se  não  refere  a  pessoa 
ou  cousa  determinada.   Pela  mesma  razão 
analógica,   quando  por  ellipse  se  ajunta  um 
objecto  aos  — s  subjectivos(  neutros  ou  abso- 
lutos), convertem- se  em  —  s  objectivos  (acti- 
vos), V.  g.  viver  vida  regalada,  morrer  mor- 
te crua.  Alguns  são  impessoaes  e  não  se  re- 
ferem a  pessoas,  v.  g.  chove,  venta, nexa, 
gela,  e  por  isso  só  tem  as  terceiras  pessoas. 
—  reflexo,    reciproco  ou    pronominal,  é  o 
que  se  conjuga  com  o  pTonome  pessoal,  e 
cujo  sentido  é  subjectivo,  v.  g.  ferir -se  con- 
rencer-se.  Alguns   são    impessoaes,   iste  é, 
não   tem  senão  as  terceiras  pesstas,   por- 
que exprimem  um    facto,  successo,  estado 
que  senão  refere  a  pessoas  determinadas,  v. 


laanicas.  Estes  eiemenlos   são:  1.°  a  \e\r&^  g.jdiz -se,  faz-se.  —s auxiliares,  sàoaquel- 


VER 


VlER 


791 


lís  qae  servem  a  conjugar  os  outros,  ou  n 
formar  os  seus  tempos  compostos,  tstessào 
ser ,  estar  ,  ter ,  haver  ,  fazer.  —  irre- 
gular, que  se  desvia  do  syslema  geral  da 
conjugação.  —  defectivo,  aquelle  que  só  tem, 
ou  é  só  usado  em  certos  tempos  o  pessoas, 
r.  g.  feder.  Pôr  o  — no  cabo,  rematar  to- 
das ph  rases  com  ura  — 

VKRBO,  s.  m.  palavra,  —  a  — .  palavra 
por  palavra.  O  divino  — ,  Jesu-Christo,  o 
íilho  de  Deus,  a  segunda  pessoa  da  sanctis- 
sima  Trindade,  segundo  a  crença  da  maior 
parte  dos  chrislàos ;  corresponde  ao  Logos 
dos  Gregos. 

VERBOSIDADE,  s.  f.  &  qualidade  de  ser  ver- 
boso, loquacidade  ;  grande  copia  de  pala- 
vras. 

▼iRBOso,  A,  adj.  (Lat.  verbosus],  loquaz, 
palavroso,  v.  g.  Homem — .  Autor,  discur- 
so — ,  mui  difVuso. 

VBRÇA.  V.    Versa. 

vebçar.  V.   Versar. 

VERCi'L,  (geogr.)  cidade  dos  Estados-Sar- 
dos,  capital  de  uraa  pequena  intendência, 
a  17  léguas  rsE.  de  Turin  ;  16,000  habi- 
tantes. 

yercel,  {geogr.j cidade  de  França,  a  5  lé- 
guas S.  deBautiie  ;.  I,l2!-i5  habitantes. 

vercell/K,  (geogr.)  cidade  da  Gailia  Trans- 
]iadana,  aoSÈ.  d'Lporedea,  ao  NE.  de  Bo- 
dincoraagus. 

VERÇUDO,  A,  adj.  (corrupção  de  Lat.  hír- 
suttis,  pelludo,  cabelludo),  que  tem  miiite 
pello  ou  barba.  v.  q.  Homem  — ,  cabellu- 
do, fallando  das  plantas  ,  crespo  ,  áspero. 
«  Aç  arxjores  do  cravo  da  índia  são  mui- 
to grandes,  — seponieagudas.  »  Couto,  Dec. 
IV,  7,  9.  — ,  (fig.)  carrancudo,  rispido.  De- 
vera escreve r-se  tersudo. 

vERDACHO,  s.  m.  lintó  verde  mineral  ti- 
rante a  côr    de  canua. 

VERDADE,  s  f.  (Lat.  teritas.  tis.  A  origem 
deste  vocábulo  é  desconhecida  ;  as  etymolo- 
gias  propostas  ale  ao  presente  não  salisfa- 
lem.  Eu  creio  que  vem  do  Gr.  /lorad,  ver, 
considerar.  Venis  significa  propriamente 
real,  q  reritas,  rsalidade).  conformidade  da 
ideia  com  o  reu  objecto,  do  pensamento  com 
as  palavras,  do  facto  narrado  co  n  a  reali- 
dade ;  expressão  fiel  da  natureza.  Em  — , 
na  — ,  em  perfeita  conformidade  com  o  que 
sentimos,  sabemos  de  ura  facto,  successo. 
Paliar  — ,  dizer  o  que  pensamos,  sentimos, 
sabemos.  Rào  faltar  á  — .  Homem  de  — , 
verdadeiro,  sincero. 

VERDADEIRAMENTE,  adv.  [mente  sufT.j.  na 
verdade,  com  verdade. 

VERDADEIRISSIMAMENTE  ,     adj.     SUpevl.   dc 

verdadeiramente. 

VERDADEiRissiMO,  A,  adj.  «wpcr/.  de  VOf- 
dadeiro,  muito  verdadeiro,  llomem  — . 


TKRDAntiRO,  A,  idj .  [oerdade,  des.  eiró, 
que  denota  igonie) ,  conforme  á  verdade, 
que  falia  verdade  ;  fiel  á&  promessas.  Pro- 
posição, eiposição — .  O  —  sentido  de  uma 
phrase,  genuino.  Homem  — ,  que  falia  ver- 
dade, sincero. 

SYN.  comp.  Verdadeiro,  veridico.  Verda-' 
deiro  toma-so  algumas  vezes  na  accepcão 
de  veridico,  o  que  diz  a  verdade  porem  em 
melhor  sentido.  Os  latinos  diziam  também 
verus  por  veridicut. 

O  homem  veridico  snppõe  o  verdadeiro; 
o  homem  verdadeiro  nôo  conhece  senào  a 
verdade.  O  homem  verdadeiro  é  veridico  por 
caracter,  pela  singeleza,  rectidão  e  veraci- 
dade de  seu  caracter.  O  homem  veridico  di- 
rige-se  sempre  a  dizer  claramente  a  verda- 
de; porem  o  homem  verdadeiro  não  pôde  dei- 
xar de  dize-la  ;  é  um   dever  seu. 

SYN.  comp.  Verdadeiro  homem,  homem 
verdadeiro.  Na  primeira  expressão  o  adjecti- 
vo verdadeiro  tem  um  sentido  physieo  ;  n.i 
segunda,  um  sentido  morol.  Verdadeiro  ho" 
mem  jignitica  o  individuo  que  tem  todas  as 
propriedades  que  constituem  a  natureza  da 
espet-ie  humana.  Homem  verdadeiro  éoque 
por  caracter  diz  sempre  a  verdade. 

VERDADURAS,  s.  f.  fl.  (aot.),  esvcrdados, 
verduras. 

vtRDB,  adj.  dost  g.  (Lat.  tiridis,  deriva- 
do do  Egjpcio  phiri,  nascer,  b  otar,  ou  de 
bsri,  noYo,  ri?dical  do  Chald.  e  Hebr.  bara. 
Em  Sanserit  harit  significa  verde,  earam 
jardim,  assim  como  em  Persa.  Oroihe.d^ 
oruere,  em  Zend.  arvore;  e  também  em 
Sanserit.  verekie  on  verekxa  Todos  me 
parecem  derivados  do  Egypcio  rôt,  nascer), 
da  côr  das  hervas,  das  folhas  da  maior  par- 
te das  plantas,  e  dos  fructus  antes  de  ma- 
duros. Fructos  — s,  ainda  não  maduros.  Le- 
nha — ,  que  ainda  não  seccou  e  perdeu  a 
côr  natural.  Cortar  em  — ,  emherva,  v,  g. 
a  cevada.  Vinho  — ,  de  uvas  pouco  madu- 
ras ou  feito  recentemente.  — ,  (fig.)  que 
ainda  não  se  desenvolveu  completamente. 
Annos  — s,  idade  juvenil,  ainda  não  madu- 
ra. M*iÇO  — ,  sem  madureza,  sem  experiên- 
cia: Velho  — ,  rijo,  que  ainda  não  perdeu  o 
vigor  da  mocidade.  Juizo  — ,  falto  de  dis- 
cernimento, de  pessoa  mui  moça,  pouco  ex- 
periente. Tempos  — s,  marés  —s,  quando 
ainda  domina  o  inverno.  Estar  o  apostema 
— ,  nào  maduro,  que  ainda  não  tem  pus, 
e  não  está  em  estado  de  se  abrir.  Esperan- 
ças em  — ,  só  concebidas  e  cuja  rcalisação 
ó  duvidosa.  Estar  o  negodlo  em  — ,  apenas 
começado,  em  projecto.  «  O  barco  —  mil 
ramas,  »  ornado,  coberto,  juncado.  Dar 
uma  —  com  uma  madura,  (loc.  fam.),  mis- 
turar cousas,  expressões  desabridas  com  ou- 
tras agradáveis. 

198  * 


792 


\£R 


VER 


VERDE,  s.  m.  (do  precedente),  a  côr  verde, 
a  côr  das  hervas.  —  mar  é  o  mais  claro.  — 
de  gaio,  claro.  — do  lirio,  difesmaiado,  ma- 
{,â,  escuro  ou  garrafa,  etc,  diversas  mo- 
dificações da  côr.  —  terra,  bórax  amarel- 
lo  que  se  faz  lançando  agua  nas  veias  mi- 
iieraes.  —  bexiga,  tinta  feita  de  summode 
arrQda,  her\a  moura,  etc.  — ,  ferran,  os 
cereaes  em  verde.  Mandar  as  bestas  ao  — , 
(fig.)  Dar  um  — ,  cousa  que  alegre,  v.  g. 
—  á  tropa,  o  saque  da  praça  ou  campo  ini- 
go.  Lugrar  um  — ,  prazer.  Tomar — ;  pas- 
tar; (fig.)  gozar.  —  de  porco,  ou  de  boi,  o 
sangue   guizado. 

vERLE  (Serra), ^geogr.)  montanhas  da  Ame- 
rica, ao  K.  do  México,  formam  o  prolonga- 
mento meridional   dos  montes  Pedregozos. 

VERDEA,  s.  /".  espécie  de  vinho  cuja  côr 
tira  a  verde.  A  —  de  Florença  é  estimada. 

VERDEAL,  s.  w.  oíTicial  do  meirinho  da 
Universidade  de  Coimbra,  que  anda  vestido 
de  verde. 

VERDEAL,  adj.  dos  2  g.  Trigo,  pêro  — ,  es- 
pécies d'estes  íruclos. 

VERDEAR,  V  n.  V,  Verdejar. 

VERDECER,  V.  n.  [verde,  des.  inceptiva), 
apparecer  verde  ;  tomar  a  côr  verde  Ver- 
decem  as  arvores,  os  fructos. 

YERDECRE,    s.  m.  cÒT  vcrde  sobre  ouro. 

vERDEGAi,  adj.  dos  2  g  verde  claro  ou 
gaio. 

VERDEJAR,  r.  n.  (des.  ejar,  do  Cast.  echar, 
lançar)  apparecer  verde  ;  tomar  a  côr  ver- 
de. Verdeja  o  prado. 

VERDELHÃo,  í.  ?».  &\G  vulgar  esverdinha- 
ds. 

VERDLMAR,  s.m.  côv  verde  muito  clara. 

VERDEMONTANiiA,  5.  «i.  verde  azulado,  tin- 
ia usada,  na  pintura  para  pintar  os  montes. 

VEUDEN,  (geogr.)  cidade  do  reinj  do  iiano- 
vre,  capital  do  principado  de  NVerdea,  a  8 
léguas  sE.  de  Breme  ;  3,500  habitantes. 

VERDENEGRO,  A,  adj.  de  côr  verde  mui 
escuro. 

VERDEFEso  OU  VER  O  PESO.  V.  Aver  do 
peso.  do  Fr.  avoir  du  poids. 

vERDESELBA,  s.  f.  planta  trepadeira  vul- 
gar. 

VERDESELLA   OU   VERDISELLA,   S.  f.   varinha 

mettida  na  teira  e  que  se  curva  para  armar 
os  buizes. 

vERDETE,  s.  w.  tinta  feita  com  azinha- 
vre, isto  é,  cobre  ou  latão  exposto  aos  va- 
pores de  vinagre. 

VERDILHÃO.  V.  Veidelháo. 

VERDiNEGRO.  V.    Verdenegro. 

VERDISELLA.  V.   Verdesellu. 

VERDIZELLOS,  s.  m  pi.  (ant.)  vidrinhos, 
galhetas. 

VERDOAGA,  VERDOGADA, VEHDOEGA.  V.  Bel- 

droega. 


VEHDOENGO,  A,  aJj .  esverdinhado,  algum 
tanto  verde.  Pedras  — .  Fruta  — . 

VERDON,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  ao 
S.  de  Barcelona,  corre  ao  S.,  depois  a  O., 
separa  os  departamentos  dos  Baixos  Alpes  e 
do  Var,  e  cae  no  Duratice. 

VERDOR,  s.  m.  côr  verde  das  plantas,  es- 
tado da  planta  verde  ;  (fig.)  estado  tenro, 
t.  g.  —  da  mocidade,  os  tenros  annos,  pou- 
ca idale.  Verdores  da  mocidade,  imprudên- 
cias próprias  d'esta  idade.  «O  —  do  senti- 
mento, viveza,  vigor.  »  Bocaíre. 

veRDOSo  ou  vERDOZO,  A,  V.   Verde. 

veRdugada.  V.  Averdugada. 

VERDUGO,  s.  m.  (do  Cast.  verdugo,  vari- 
nha, chibata)  algoz,  carrasco.  — ,  [^i^,.]  es- 
pada sem  gumes,  muito  longa,  delgada  e 
íltíxivel ;  navalha  pequena.  — ,  (ant.)  dobra 
feita  na  roupa  ou  no  fato,  por  ornato. 

verdun,  (geogr.)  cidade  de  França,  ali 
léguas  NE.  de  Bar-le-Duc  ;  10,580  habitan- 
tes. 

VERDUNS  (governo  de),  (geogr.)  um  dos  8 
pequenos  governos  da  antiga  França  era 
composto  por  2  districtos  :  1.°  cidade  e  con- 
dado deVerdun;  2 /^bispado  deYerdun, 

VERDUN-SLR-SAONE ,  (googr.)  cidadc  de 
França,  a  5  léguas  e  um  quarto  NE,  de 
Chalons-sur-Saone  ;   1,900  habitantes. 

VERDUNEZ  OURIO   VERDUN,    (gOOgr.)  autigO 

paiz  da  França,  no  Baixo-Armagnac,  entre 
'o  Garonna,  o  Save  e  o  Gimone.  Capital  Ver- 
dun-sobre-o-Garona. 

VERDURA,  s.  f.  a  côr  verde  das  plantas;  es- 
tado verde,  não  maduro  dos ;  fructos  (fig  )  as 
plantas.  — s,  hortaliça.  — 5  de  mocidade, 
verdores.  A  —  do  estylo  do  principiante, 
viço,  imperfeição,  pouca  correcção. 

VERÉA,  (ant.)  V.    Vereda. 

VEREAÇÃO,  s.  f.  officio  dc  voreador  ;  jun- 
ta de  vereadores  ;  conferencia  sobre  cousas 
do  bem  publico  do  districto  da  jurisdicção 
dos  vereadores  ,  postura  dos  vereadores  para 
o  bom  regimento  da  terra  ;  taxa  sobre  cou- 
sas de  venda,  ou  sobre  maneio  de  mecha- 
nicos. 

VEREADO,  A,  p.  p.  d©  vcrear  ;  adj.  go- 
vernado, regido,    regulado. 

VEBEADOR,  s.  w.  ollicial  do  coucelho  ou 
da  camará,  eleito  pelos  cidadãos,  e  encar- 
regado do  regimento  da  policia  da  terra, 
dos  caminhos,  dos  etc.  Moraes  o  deriva  de 
veréa  estrada,  caminho  Eu  creio  que  vem 
de  verear. 

vEREAMENTo,  s.  m.  [mcnto  suff.),  exer- 
cido e  jurisdicção  dos  vereadores  ;  governo 
económico,  regimento  da  terra. 

VEREAR,  V.  a.  (creio  que  é  contracção  de 
verificar),  vigiar  sobre  a  boa  policiada  ter- 
ra, reger,  cuidar  do  bem  publico  da  ter- 
ra. 


VER 


TER 


7S3 


VERZCLNDIA,  s.  f.  (Lai.)  V.  Vtrgonha, 

VERECUNDO.  V.  yergonkoso. 

VEREDA,  s,  (do  Arab.wareda)  caminho  es- 
treito, atalho  ;  (fig.)  modo  de  vida,  caminho. 
«  Este  autor  lera  diversa  — ,  »  rumo.  direc- 
'ção. 

vEREDE,  s  m.  (ant.)  (do  Lat.  uirírfií,  ver- 
de. V.  Pomar. 

vERBDiNO,  s.  m.  ant.  e  de  significação  in- 
certa. 

vERiNDO.  V.  Venerável.  Creio  que  é  abre- 
viatura de  venerando. 

VERES-VAGAS,  (gcogr.)  lago  da  Hungria, 
a  5  léguas  SE.  de  Eneries. 

vERFEiL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  7 
léguas  *de  Toloza  ;  2,460  habitantes. 

VERGA,  s.  f.  (Lat.  virga)  vara  dobradiça, 
de  açoutar  ou  de  fazer  cestos;  vara  de  ma- 
gico, varinha.  — ,  (p.  us.)  (do  Fr.  verge]  vara 
de  medir.  —  [¥r.verguel  (naut.)  pau  atra- 
vessado no  mastro,  onde  se  prende  a  vela. 
Estar  de  —  d''aUo,  ou  de  — s  altas,  dis- 
posto a  partir,  a  fazer-se  á  vela.  —  da  por- 
ia, a  pedra  superior  do  portal.  — s  de  ferro, 
barrinhas  delgadas  d'este  metal. 

VERGA  d'alto,  adv.  (naut.)  prompto  a  fa- 
zer-se á  vela,  com  as  velas  ferradas  Estar 
a  armada  —  d'alto  ou  de  — . 

VERGADO,  a,  p.  p.  de  vergar ;  adj.  cur- 
vado, dobrado.  Tinha  —  com  o  peso. 

VERGAL.  V.   Tiravergal. 

vERGALRADA,  s.  f.  golpe  de  vcrgalho, 
açoute  dado  com  vergalho. 

vERGALuÃo,  s.  w.  (de  verga)  barras  de 
ferro  estreitas. 

vergalho,  s.m.  [de  verga,  vara)  o  mem- 
bro masculino  do  cavallo  e  do  boi  secco,  de 
que  se  fazem  azoiragues. 

vERG.Ã.0,  s.  m.  augment.  de  verga,  verga 
grossa;  marca,  signal  que  deixa  o  golpe  de 
vara  ou  azorrague. 

VERGAR,  V.  a.  [verga,  ar  des.  inf.)  do- 
brar, curvar,  «.  g. — o  ramo  da  arvore,  a 
barra  d€  ferro. 

VERGAR,  V.  n.  curvar-se,  v.  g.  —  como 
peso. 

VERGASTA,  s.  f.  diminut.  de  verga,  chi- 
bata, varinha  de  açoutar. 

VERGASTADA,  s.  f.  açoutc,  golpe  d€  vef- 
gasta . 

VERGEL,  s.  m.  (de  verde,  e  Lat.  agellus, 
dim.  de  a^^er,  campo)  horto  ameno,  jardim. 
— ,  (fig.)  uns  vergéis  de  virtude. 

vERGONÇA,  (ant.)  (do  Cast.  verguenza).  V. 
Vergonha. 

vERGONÇANTE,  adj.  dos  2  g.  V.  Enver- 
gonkado. 

VERGONçoso,  (aut.)  V.   Vergonhoso. 

VERGONHA,  s.  f.  (Fr.  vergogne,  do  Lat.  ce- 
recundia,  áevereor,  eri,  receiar)  pejo  ho- 
nesto, pejo  de  acção  feita  contra  o  decoro, 

TOL.   lY. 


a  decência,  pejo  de  ser  visto  em  estado  in- 
decente. Ter  — ,  envergonhar-  se.  — ,  (fig.) 
deshonra  ;  cousa  ou  pessoa  que  causa  des- 
honra.  Ser  —  a  alguém,  causar-lha.  Este 
filho  ó  a  minha  — .  — ,  rubor  das  faces  cau- 
sado pelo  pejo.  Foge  a  casta  — .  As  — *,  as 
partes  puaendàs. 

VERGONHOSA,  s.  f.  V.  Mimosã  pudica, 
planta. 

VERGOKBOSAHENTE,  ãdv.  [menle  suíí.)  de 
modo  vergonhoso  ;  com  deshonra,  infâmia. 

VERGONHOSÍSSIMO,  A,  superl.  de  vergonho- 
nhoso,  muito  vergonhoso.  Virgem  — ,  mui 
pudica.  Peccados  — ,  torpíssimos. 

VERGONTEA,  s.  f.  (Lat.  virgulta,  dim.de 
virga)  vara  tenra,  renovo  das  arvoros  ;  (fig.) 
a  prole  tenra. 

VERGONTEAR,  V.  T».  [vergoutea,  ar  des. 
inf.)  lançar  vergonteas,  a  arvore,  ou  o  ar- 
busto. «  Vergontêa  a  estirpe  annosa.  »  Al- 
feno.  Poesias. 

VERGUEIRO,  s.  w».  cabo  de  pau  em  cujo 
extremo  cravâo  os  ferreiros  as  suas  talha- 
deiras, e  os  carpinteiros  de  engenhos  as 
palmetas,  para  se  baterem  com  a  marreta 
sem  oíTender  as  mãos. 

VERIA,  (geogr.)  a  antiga  Berea,  chama- 
da também  Irenopolis,  Carapheria,  cidade 
da  Turquia  europea,  a  15  léguas  0.  de  Sa- 
lonica  ;  8,000  habitantes. 

VERÍDICO,  A,  adj.  (Lat.  veridicus)  que  falia 
verdade,  veraz. 

VERIFICAÇÃO,  s.  f.  acto  de  verificar,  v. 
g.  —  do  facto  allegado  ;  —  das  marcas  das 
caixas.  — ,  cumprimento,  v.  g.  õ.  —  das  pro- 
phecias. 

VERIFICADO,  A,  p.  p.  do  veriCcar  ;  adj. 
examinado ;  cumprido.  Tinha-se  —  a  pro- 
phecia. 

VERIFICAR.  V.  a.  (Lat.  verus,  des.  ficar) 
examinar,  indagar  a  verdade  de  facto,  ou  o 
v<;rdadeiro  estado  da  cousa  ,  v.  g.  —  as 
marcas  das  caixas ;  —  as  assignaluras,  — 
a  posição  do  exercito,  o  numero  dos  navios. 
— SE,  r.  r.  impessoal,  cumprir-se,  realizar- 
se  :  verificou-se  a  prophecia,  o  annuncio. 
Nisto  se  verifica  o  que  diz  o  autor,  se  mos- 
tra ser  verdade. 

vERiFiCATivo,  A,  adj.  que  serve  de  veri- 
ficar.   Documentos   —s.    Testemunhos  — . 

VERiLHA.  V.   Virilha. 

VERINA,  (hist.)  esposa  do  imperador  do 
Oriente  Leão  I,  conspirou  depois  da  mor- 
te deste  príncipe  contra  Zenão  seu  genro, 
em  favor  de  Basilico,  que  o  poz  no  thro- 
no.  Morreu  em  485  depois  de  ter  tomado 
parte  em  muitas  intrigas. 

vERisiMiL,  adj.  dostg.  (Lat.  «mnmi/w,- 
verus,  verdadeiro,  e  similis,  semelhante) 
provável,  que  parece  verdadeiro.  Verosi' 
mil  é  mais  asado. 

199 


794 


VER 


VER 


vERismiLHAíírA,  s.  f.  verositDÍlhaDça,  ap- 
parenc.ia  verosimií,  probabilidade. 
vERisiMiLiDADE.    V.  XerisimUliança. 
vEKisiMiLiTUDE,  $.  f.  (Lai.  terisimilitudo] 
apparencia  verosiícil. 

vERisíMiLMENTE,  adv.  (wieníe  suíT.)  com 
verosimilhança. 

VERissiKO,  A,  adj.  (superl.  Lat  de  verus, 
verdadeiro)  muito  verdadeiro. 

VERMAND,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  NO.  de  8.  Quintiao;  1,200  habi- 
tantes. 

vERMANDPz,  (geogr.)  parte  do  paiz  dos 
Veromandui.  anligo  paiz  de  França,  na  Al- 
ta Picardia,  ao  NO.  da  Ibierache  em  redor 
da,s  nascentes  do  Sorame.  O  Yermandez  foi 
titulo  de  um  condado,  e  os  mais  celebres 
deste  titulo  foram :  lierberto  II,  4.  descen- 
dente de  Pepino,  rei  de  Itália  ;  Raoul  í, 
chamado  o  Valente,  neto  do  rei  Henrique 
I,  Luiz  de  Bourbon,  filho  natural  de  Luiz 
XJV  e  da  senhora  de  Vailiere. 

vermanton,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  5  léguas  e  meia  SE.  do  Auxerre ;  2,720 
habitantes. 

VERME,  s.  m.  (Lat.  cermi-ç,  que  Court  de 
Gébelin  deriva  de  era,  lerra,  mas  não  dá 
razão  da  syllaba  final,  que  me  parece  vir  de 
/tomos,  semelhante)  bichinho  longo,  em  ge- 
ral côr  da  terra,  e  sem  vértebras  nem  arti- 
culações, V.  g.  as  minhocas,  os  bichinhos  da 
fruta,  os  que  se  criam  nacarae  podre,  as 
lombrigas. 

VERMELHAÇO,  A,  adj.  (dcs.  augm.  aço) 
avermelhado,  í^lgum  tanto  vermelho, 

VERMELHÃO,  s.  m.  ãugment.  de  verme- 
lho, minlo,  mineral  de  côr  vermelha  acesa; 
cinnabrio,  composição  de  enxofra  e  azougue; 
arrebique,  côr  do  rosto  postiça. 

VERMELHIDÃO,  s.  f.  côf  vermelha,  v.  g. 
—  do  rosto,  —  de  parte  inQammada. 

VERMELHO,  A,  ãdj .  (Fr.  vermeíl,  que  os 
etymologistas  derivam  de  vermiculus  dim. 
devermis,  oorser  a  côr  escarlate  tirada  dos 
iasectos  da  gran  ;  etjmologia  que  julgo  inad- 
missível, visto  ser  o  termo  mais  antigo  que 
a  iatroducção  da  cocheuilha  na  tinturaria. 
Creio  (]ue  vem  do  Gr.  oraô,  ver,  e  mélon, 
pomo,  maçã,  a  face,  os  beiços)  da  côr  do 
minio,  dos  baiços,  do  rosto  encendido  com 
o  pejo.  Fazer-se  — ,  córfir  de  pejo.  Bala 
— ,  posta  em  brasa  no  fornilho. 

VBRMELHO,  (mar)  (geogr.)  ou  golpho  de 
Califórnia,  golpho  do  grande  Oceano,  en- 
tre a  costa  do  México  e  a  península  da  Ca^ 
lifornia, 

VERMELHO  OU  RIO  GRANDE,  (geogr.)  rio  da 
America  do  Sul,  nasce  na  Bolivia^  depois 
forma  o  limite  desta  republica  e  das  Pro- 
viacias  Unidas  do  Uio  da  Prata,  lança-se 
no  Paraguay. 


VERMES!.  V.    Verme. 

vERMicuLAR,  adj,  dos  ig.  (Lat.  vermieu' 
laris)  semelhante  no  movimento  ao  dos  ver- 
mes. Múviucnto  — ,  herca  — ,  sempre  vi- 
va. 

vERMicuLO,  s.  m.  (Lat.  vermiculus,  dim. 
de  vermis)  bichinho  mui  pequeno. 

vEHMíNOSO,  A,  adj.  (Lat.  verm.inosus)  que 
tem  vermes,  bichinhos.  Chaga  — .  Doen' 
ças  — ,  causadas  por  vermes. 

VERMONT,  (geogr.)  um  dos  Estados  Uni- 
dos da  America  do  iNorte,  tem  por  limites 
aoN.  o  Baixo  Canada,  a  E.  o  Novo-Hamps- 
hire,  ao  S,  o  Massachussets,  a  O.  o  Estado 
doxNova-Yorck,  300,000  habitantes.  Capital 
iMontpellier. 

VERMUiL,  (geogr.)  povoação  de  Portugal 
situada  a  3  léguas  de  Leiria,  1,400  habi- 
tantes. 

vERNA,  (geogr.)  aldeia  da  província  de  Sai- 
sette,  2,842  habitantes. 

VERNÁCULO,  A,  odj.  (Lat.  vernaculus)  da 
terra.  Lingua  — ,  a  da  terra. 

VERNAL,  adj.  dos2g.  (Lat.  cerna/ts)  per- 
tencente á  primavera.  O  equinoxio  — . 

VERNEuiL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
13  léguas  de  Evreuse  ;  3,500  habitantes. 

VERNEUiL,  (geogr.)  Vernogihtm  nu  Ter- 
nolitim,  castello  de  França,  a  13  léguas 
de  Paris  e  perto  de  Sewlis. 

VERNIZ,  s.  m.  (Fr.  vernis,  B.-Lat.  rernix, 
do  Gr.  berniké,  por  beroniké,  nome  que  os 
Gregos  asiáticos  davam  ao  âmbar)  compo- 
sição de  resina  e  óleos  que  se  applica  á  ma- 
deira, aos  metaes,  etc,  e  que  seccanao  con- 
serva a  superfície  mui  liz»  e  lustrosa. 

VERNO,  A,  adj.  {L&t.  vernus,  de  cer,  pri- 
mavera) da  primavera,  vernal.  A  —  flor. 

VERNoux,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  9 
léguas  SO.  de  Tourmon  ;  3,014  habitantes. 

Verny  ou  pournoy-la-grasse,  (geogr.) 
vi  lia  de  França ;  a  4  léguas  S.  de  Metz  ; 
590  habitantes. 

VERO,  A,  adj.  (Lat.  verus.  V.  Verdade) 
verdadeiro.  A  —  elJigie,  a  verdadeira  ima- 
gem. 

VERO,  (hist.)  L,  Áureliui  Ceionius  Com- 
modus  \erus,  imperador  romano,  íilfao  dô 
um  outro  Vero,  que  tinha  sido  adoptado  por 
Adriano  em  135,  mas  que  morreu  em  138 ; 
foi  adoptado  por  Antonino,  ao  mesmo  tem- 
po que  Marco  Aurélio,  e  foi  por  este  asso- 
ciado ao  império.  Casou  com  afilha  de  .Mar- 
co Aurélio,  e  commandou  o  exercito  des- 
tinado contra  osFarthos.  Morreu  pouco  de- 
pois de  regressar  do  Oriente. 

vEROLi,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  eccle- 
siasticos,  a  2  léguas  SO.  de  Frosinone;  8,000 
habitantes. 

VEROMANDUI,  (gcogr.)  hoje  o  Yermandez, 
povo  da  Gallia,  na  Bélgica  2.*,  limitado  s 


VEK 


VER 


79^5 


F.  pelos  AlrebatôS  e  os  líervios,  linha  por 
capital  Av (justa   Vero-yiaiulorntn. 

YEROMCA,  s.  f.  (Lai.  rcruí,  c  Gr.  eikóa, 
imagem)  imagem  do  roslo  e  do  corpo  do  san- 
to impressa  em  metal,  cpra,  ele;  feifào  do 
rosto.  — ,  nome  de  uma  planta  medicinal. 

VRROUUNENSIS     OU    V8HISL'I     (gOOgr  )     pOVO 

da  Gallia  na  IJelgica  1.",  a  K.  dos  Laucí 
e  dos  Mediomatrices,  tinha  por  capital  Ve- 
rodunuin,  (hoje  Verdnn). 

VERONA,  (geogr.)  Verona  em  latim  e  ita- 
liano. Bem  om  allemão,  cidade  do  reino 
Lombardo  Veneziano,  capital  dn  delegação 
de  Verona,  a  37  léguas  E.  de  Milão;  50,000 
habitantes.  A  delegação  de  Verona,  entre 
o  lago  de  Garda  a  O.,  as  províncias  de  Vi- 
cença  e  de  Fadua  a  E.,  coala  285,000  ha- 
bitantes. 

VERONESO,  (Paulo  Caliari,  chamado  o) 
fhist.)  celebre  pintor  iiaUano,  nasceu  em 
1528  ou  1530,  morreu  em  1588,  era  filho 
de  um  esculptor.  Tomou  por  modelos  Ti- 
ciano  e  Tintoreto.  Os  seus  melhores  quadros 
são  :  a  Âpotheose  de  Veneza  ;  as  Ceias ;  as 
Núpcias  de  Canaã.  Paulo  Veronezo  teve  um 
irmão,  Benedicto  Caliari,  que  o  ajudou  em 
muitos  dos  seus  quadros, 

VERÓNICA,  (Santa)  (hist.)  Julga-se  que  es- 
te ndme  é  uma  corrupção  do  de  Berenice, 
mulher  judia,  que  segundo  uma  tradicção 
popular,  lançou  um  lenço  sobre  o  rosto  de 
Jhísus  quando  subiu  ao  Calvário,  para  lhe 
eachugar  o  sangue  e  o  suor,  de  que  esta- 
va coberto,  e  o  rosto  do  Salvador  ficou  im- 
presso sobre  este  lenço,  guardado  depois 
como  preciosa  relíquia.  Os  melhores  ando- 
res derivam  o  nome  de  Verónica  de  vera 
ican  (a  verdadeira  imagem  do  Salvador), 
e  não  admittem  Santa  deste  nome.  Santa 
Verónica  é  festejada  a  4  de  fevereiro, 

VER-o-PESO,  s.  rrt.  (alterado  de  Fr.  avoir 
du  poids,  aver  o  peso).  V.  Aver  do  peso. 

VEROSÍMIL,  adj.  dos  2  g.  mais  usado.  V. 
\erisimil. 

vEROSiHiLDiíNÇA,  8.  f.  V.  "Verisimilhan- 
ía. 

.    VEROSIMILIDADE,  VEROSIBILITUDB.     V.    Vc- 

nsimilhança. 

VEROSIMILMENTE,  adv.  [mente  suflf.)  com 
Terosimiihança. 

^ERPiLLiERE,  (gcogr.)  cidadc  de  França, 
a  6  léguas  M).  de  Vienua ;  1,060  habi- 
tantes. 

VERRÂ,  (anl.)  por  rirá  do  verbo  vir. 

VERRKS,  (Caio  Licinio)  Romano  celebre  pe- 
las suas  concussões,  da  familia  nobre  dos  Liei- 
nios,  nasceu  no  anno  119  antes  de  I.  C. 
Enviado  á  Ásia  como  logar  tenente  do  côn- 
sul Dolabella,  tornou -se  notável  pelas  suas 
delapidações  e  devassidão.  Nomeado  pretor 
da  Sicília  no  anno  75  vexou  esta  proviocia 


com  impostos  e  cnieldades.  Qoando  voUou 
a  Roma  fui  accusado  e  condemnado  a  res- 
tituir aos  Sicilianos  o  que  lhes  linha  rou- 
bado. 

vERRiDE,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal, 1,100  habitantes,  situada  5  léguas 
a  0.  de  Coimbra. 

VKuRiERES,  (geogr.)  villa  de  França,  a  3 
léguas  SE.  de  Versailles ;  1,200  habitantes. 

vERRio  FL*cco  (hist.)  grammatico  latino, 
primeiramente  escravo,  depois  liberto,  te- 
ve em  Roma  uma  escolla,  que  foi  a  mais 
afamada  desta  cidade,  e  depois  foi  encar- 
regado por  Augusto  da  educarão  de  seus  ne- 
tos. Morreu  muito  velho  no  reinado  de  Ti- 
bério. Das  muitas  obras,  que  compoz  a  mais 
famosa  é  o  tratado.  De  significatione  ver- 
borum,  espécie  de  grande  diccionario  la- 
tino. 

vERRucARiA,  s.  f.  (Lat  dc  verruca,  ver- 
ruga) nome  de  uma  herva. 

VERRUGA,  s.  f.  (Lai.  verruca,  de  verres 
porco,  animal,  e  ruga)  excrescência  callosa 
e  com  raizes  que  nasce  na  pelle  do  homem. 

VERRUGOSO,  A,  adj.  (Lat.  verrucosus)  cheio 
de  verrugas,  que  tem  verrugas. 

VERRUGUENTO.  V.  Verrugoso. 

vERRUGuiNQA,  s.  f.  diminut.  de  verruga. 

VERRUMA,  s.  /.  (doArab.  barrima,  de  bar- 
rama,  torcer)  haste  de  aço  lavrada  em  ros- 
cas espiraes,  terminada  em  ponta  e  fixada 
a  um  cabo  transversal,  com  que  se  fura  a 
madeira.  • 

VERRUMADO,  A,  p.  p.  áò  verruffiar ;  adj. 
furado  com  verruma. 

vERRUMÃo,  s.  m.  augmení.  de  verruma, 
verruma  grossa  ;  nome  de  um  insecto  que 
fura  a  madeira  com  o  rabo. 

VERRUMAR,  V.  a.  [verruma,  ar  des.  inf.) 
furar  com  verruma. 

VERSA,  s.  /.  couve  gallega.  — *,  pi.  fo- 
lhagens inúteis  ;  (fig.)  versos  pobres  de  con- 
ceitos, palavrosos.  Vieira. 

vERSADissiMO,  A,  adj.  superL  de  versa- 
do. 

VERSADO,  A,  p.p.àe  versar;  adj.  exer- 
citado, practico ;  perito,  v.  g.  —  nas  lín- 
guas antigas,  nas  sciencias  ;  —  na  corte,  no 
commercio. 

VERSAILLES,  (gQOgr.)  Versalia  em  latim 
moderno,  cidade  de  França,  a  5  léguas  SO. 
de  Paris;  28,000  habitantes. 

VERSÃO,  s.  f.  (Lat.  versio,  anis)  Iraducção 
de  obra,  de  uma  língua  em  outra  ;  volta. 
A  —  dos  astros,  o  curso  d'elles  nas  suas 
orbitas. 

VERSAR,  V.  n.  (do  Lat.  tersor,  ari,  exer- 
cer-se)  ter  por  objecto,  v.  g.  a  questão  — 
sobre  matérias  phílosophícas.  — sb,  f>.  r.  tem 
a  mesma  significação  que  o  precedente^ 
ma»  é  pouco  usado. 

199  « 


79G 


tÉti 


VER 


I' VERSAR,  tj.  O.  (Lat.  vei^so,  are,  revolver) 
exercitar.  «  Os  religiosos  não  foram  criados 
na  guerra,  nem  &  versaram  >>  Couto.  É  des- 
usado. 

VERSÁTIL,  adj.  dos  'í.g.  (Lat.  versatilis) 
inclinjido  a  mudar,  mudável,  inconstante, 
vario,  volúvel.  Homem,  engenhos — ,  Opi- 
niões versáteis. 

VERSATILIDADE,  s.  f.  3  qualidade  de  ser 
versátil. 

VERSEJADOR,  s.  m.  0  quB  fdz  versos  sem 
ter  estro,  trovista. 

VERSEJAR,  V.  n.  {verso,  des.  ejar)  fazer 
versos  sem  ter  estro,    trovar,  fazer  trovas. 

VERSETo,  s.m.  diminut.  de  yerso,  as  pa- 
lavras que  se  dizem  no  oíiicio  divino  an- 
tes dfs  lições. 

VERSETZ,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  a 
19  léguas  S.  de  Temesvar ;  16,200  habi- 
tantes. 

VERSÍCULO,  s.  m.  diminut.  de  verso  (Lat. 
^ersiculus)  pequeno  verso. 

VERsiFERO,  A,  adj.  quc  traz  versos  ;  que 
faz  versos. 

VERSIFICAÇÃO,  s.  f.  &  composição  dos  ver- 
sos. 

VERSIFICADO,  A,  p.  p.  posto  cm  verso. 

VERsiFiCADOR,  s.  m.  (Lat.  versificator)  o 
que  faz  versos. 

•v  VERSIFICAR,  V.  n.  fazer,  compor  versos. 
-t^,  v.a.  pôr  em  verso.  Versificou  as  hyen- 
tuias  deTelemaco  de  Fenelon. 

VERSiNHO,  s.  «t.  diminut.  de  verso. 

VERSISTA,   s.  m.  mau  poeta,  versejador. 

VÊRsiSTA,  s.  f.  mulher  que  vende  versa 
ou  couves  gallegas. 

TERSO,  s.  m.  [hhi.v&fsus,  áe  verto,  ere, 
verter,  volver)  pensamento  exprimido  em 
um  pequeno  e  restricto  numero  de  palavras, 
cujo  numero  de  syllabas  e  a  sua  colloca- 
ção  é  sujeita  a  certa  medida  regulada  pe- 
io accento  métrico  e  natureza  longa  ou  bre- 
ve de  cada  syllaba.  — 5,  composição  poé- 
tica, poesia.  — s  soltos  ou  rimados ,  os 
primeiros  tem  numero  limitado  de  sylla- 
bas  e  accento  métrico,  mas  não  terminam 
por  syllaba  consoante.  — s,  (fig.)  o  canto 
das  aves. 

VERSO,  adj.  m.  que  está  nas  costas  da  pa- 
gina ;  subst.  e  mais  us.  O  —  da  folha. 

VERSOix,  (geogr.)  cidade  da  Suissa,  a  3 
íeg.  N.  de  Génova;  1,200  habitantes. 

VERSuciA,  s.f,  (Lat.  Tersuíia)  sagacidade, 
astúcia,  manha. 

VERSUDO,  A,  aáy.  (alterado  do  Lat.  hir.m- 
tus,  cabelludo)  cabelludo  ;  crespo  de  rama 
(arvores) ;  (fig.)  carrancudo,  de  rosto  car- 
regado. V.   Verçudo. 

^  TERSUTO,  A,  adj.  (Lat.  versutus)  (p.  us.) 
Boanhoso,  arteiro,  sagaz. 

YERTAisoN,  (geogr.)  cidadc  de  França,  a 


5  léguas  NO.  do  Billom ;  2,670  habitantes. 

YERiEiLLAC  (geogr.)  cidâde  de  França,  a 
3  léguas  e  meia  N.  de  Riberac,  1,200  ha- 
bitantes. 

vERTEÁs,  s.  m.  pi.  (t.  Asit.)  rehgiososde 
Cambaia  que  attribuem  alma  á  agua. 

VÉRTEBRA,  s.  f.  (Lat.  Vértebra,  de  terto, 
ere,  volver)  nome  dos  ossos  do  espinhaço. 

VERTEBRADO,  A,  adj.  quc  tem  vértebras. 
Animaes  — s. 

VERTEBRAL,  ttdj .  dos  2g.  (Lat.  vértebra- 
lis]  pertencente,  relativo  ás  vértebras.  Co- 
lumna  — . 

vERTEBRoso,  A,  ãdj .  que  tem  vértebras, 
que  consta  de  vértebras. 

VERTEDOR,  s.  w.  traductor;  vaso  de  ver- 
ter agua,  como  jarro. 

VERTEDURA,  s.  f.  0  liquido  que  trasbor- 
da do  vaso,  v.g.  azeite,  vinho,  \inagce, 

vERTEisciA,  $.  f.  (ant )  decurso  do  tem- 
po. 

VERTENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  vertens,  tis, 
p.  a.  áe  verto,  ere,  volver)  que  verte.  Aguas 
— s,  que  correm  da  encosta  do  monte;  As 
— s  do  monte,  s.  f.  as  encostas  por  onde 
correm  as  aguas. 

VERTENTES,  (geogr.)  tío  do  Brazil,  na  pro- 
vinda deMato-Grosso,  nas  terras  pouco  co- 
nhecidas que  demoram  entre  os  rios  Ara- 
guaia e  Xingu. 

VERTER,  V.  a.  (Lai.  verto,  ere,  verter,  vol- 
ver) entornar,  derramar  de  ferida.  —  o  san^ 
gne,  na  guerra,  sendo  ferido,  ou  derra- 
mando-o.  —  suor  esanguç,  (tlg.)  afadigar- 
se.  —  aguas,  ourinar.  —  o  sangue,  ávi- 
da, a  alma  pela  pátria. — ,  traduzir  de  uma 
hngua  em  outra.  — ,  em  sentido  absol.  cor- 
rer, manar,  desaguar.  <<  Rios  que  vertem  no 
grande  Oceano,  »  desembocam.  Barros. 
«  Ventos  que  vertem  pela  garganta  do  es- 
treito, »  sopram.  Vertem  nos  das  serras. 
Vertem  lagrimas  dos  olhos.  Palavras  de  fo- 
go que  'Vertiam  da  boccâ,  (fig.)  que  sabiam. 
Vertia  lhe  o  vinho  das  faces,  (íig.)  diz-se 
do  bêbado.  —  o  vaso,  a  medida,  cheia  de 
liquido,  transbordar. 

VERTICAL,  adj,  dos  2g.  [urtice,  ai,  des. 
adj.)  perpendicular  sobre  o  vértice  ou  so- 
bre a  linha  horizontal ;  que  sabe  ou  parte 
do  vértice.  Linha — ,  Sol  — ,  que  dardeja 
perpendicularmente. 

vERTiGALMEiSTE,  adc.  [mentc  suíí.)  pelo 
vértice,  em  direcção  vertical.  Ângulos  oppos- 
tos  — . 

VÉRTICE,  s.  »t.  (Lat  zertex,  cí.?,  pólo,  al- 
to da  cabeça,  summidade,  de  teííere,  volver,' 
accepçào  tirada  do  polo  ^o  mundo)  summi- 
dade,  v.  g.  —  do  triangulo,  opposto  ábase; 
ponto  superior,  cume.  Pron.  vértice. 

vBRTiciDADE,  s  f.  faculdadc  de  56  moveT 
circularmente.  i 


VES 


yts 


T97 


Vertido,  a,  p  p.  de  verter ;  adj.  derra- 
mado ;  traduzido.  Tinha  —  lagrincas,  san- 
gue. 

VERTIGEM,  s.  f.  {\M  vertigo,  inis^  de 
perto,  ere,  vol?er)  tontura  de  cabeç.i,  vaga- 
do em  que  os  objectos  parecem  andar  á  ro- 
da. 

VERTIGINOSO,  A,  adj.  (des.  oso)  sujeito  a 
vertigens,  que  soíTre  vertigem  ;  que  causa 
vertigens,  v.  g.  &  torre  — ,  mui  alta,  da 
qual  quem  olha  para  o  solo  sente  vertigem, 
ou  fugir-lhe  o  lume  dos  olhos,  — ,  que  gy- 
ra,  se  revolve  em  roda.  O  tufão  — ,  A  vo- 
ragem — . 

vKRiou,  (geogr.)  pequena  cidade  aí  lé- 
guas SvJ.  de  Nantes  ;  5,480  habitantes. 

TKRTUMNO,  fmvth.)  dsus  latino,  presidia 
ás  transformações,  mas  sobre  tudo  ás  que 
soíTro  a  vegetação,  e  por  consequência  aos 
jardins  e  aos  prados,  ao  anno  e  ás  esta- 
ções ;  tinha  por  mulher  Pomona,  deusa  dos 
fructoi.  Representam-o  moço,  coroado  de 
hervas,  e  tendo  nas  mãos  fructcs  e  a  eor- 
Qocopia  da  abundância. 

VERTUS,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  7 
léguas  SO.  de  Chalons  sobre  o  Mame  ;  2,220 
habitantes. 

VERULAMio,  (geogr.)  Verulamium,  cidade 
da  Bretanha  romana,  hoje  em  ruinas,  ao 
K.  da  cidade  actual  de  Santo  Albano. 

vERviERS,  (geogr.)  Vervevia,  cidade  da 
Bélgica,  a  4  1  guas  e  meia  E,  de  Liege ; 
20,000  habitantes. 

>erví:ss,  (geogr.)  Yerbinum,  cidade  de 
França,  a  10  leg.  NE.  delaon;  ^,f>70  ha- 
bitantes. 

VERZLOLO,  (geogrj  cidade  e  forte  dos  Es- 
tados Sardos,  a  1  íeg.  S.  deSalmes  ;  5,000 
habitantes. 

VERZY,  (geogr.)  cidade  de  Franca,  a  4 
léguas  SE.  de  Reims ;  1,120  habitant3s. 

VESANO,  A,  adj.  (Lat.  vesanus  ;  i;e  partí- 
cula negativa,  esanus,  são)  (p.  us.)  insen- 
sato, louco,  furiosa. 

VESCO,  A,  adj.  [Lãt.  vescus,  áeesea^  co- 
mida) bom,  próprio  para  se  comer.  «  Folhas 
— í.  »  Costa,  Georg. 

vESCovAio,  (geogr.)  Episeopatus,  burgo 
da  Córsega,  a  6  leg.  S.  de  Bastião;  1,050 
habitantes. 

VESERONCE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
2  léguas  £.  de  Vienna. 

VESGO,  A,  adj.  (de  viex,  obliquo,  torto,  e 
Cast.  Ofo,  olho)  torto  dos  olhí>s,  que  mette 
um  olho  pelo  outro. 

vESGUFAR,  V.  n.  ser  vesgo,  olhar  com  a 
\ista  torcida;  (Dg.)  ver  mal. 

VESICATÓRIO,  s.  »i.  (Lat.  vesicalormm) 
(med.)  emplasto  ou  unguento  composto  de 
cantharidas  ou  outras  substancias  vesican- 
tefi,  que  applicando  á  pelle  faz  levantar  bo- 

VOL.   IV. 


lha.  — ,  aí/;,  vesicante.  Massa — .  Unguen- 
to — . 

VES'GA,  (ant.)  V.  Bexiga. 

VESiNHANÇA,  V.    Vizinhança. 

VESiNHO.   V.    Vixiyiho. 

VESLE,  (geogr.)  rio  de  França,  no  depar- 
tamento de  Marne  e  de  Aisne,  rega  Reims 
e  engrossa  o  Aisne. 

vísoNTio,  (geogr.)  hoje  Desanron,  cida- 
de da  Gallia,  capital  da  grande  Sequaneza, 
foi  tomada  por  César, 

VESOUL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  88 
legilas  SE.  de  Paris;  3,Í>A0  habitantes. 

VESPA,  s.  f.  (Lat.  tespa,  voz  imitativa] 
mosca  semelhante  á abelha,  cuja  mordedura 
inftamraa  a  pelle,  efaz  um  zunido. 

vEspÃo,  s.  m.  augment.  de  vespa,  vespa 
grande  que  come  o  mel  ás  abelhas. 

VESPASIANO,  (hist  )  T.  Flavius  Vespasin- 
nus,  imperador  romano,  nasceu  em  Riato 
no  anno  7  de  Jesu-Chcisto,  era  filho  de  um 
publicaro.  Desempenhou  diversos  cargos  nos 
reinados  de  Cláudio.  Caligula,  e  Nero,  no 
tempo  deste  ultimo  foi  procônsul  na  Afri- 
ca, depois  commandou  a  guerra  da  Judea. 
Neste  paiz  ganhou  grandes  vantagens  ;  for 
proclamado  imperador  no  anno  ôO,  e  mor- 
reu em  71>. 

VÉSPER.  V.   Vespero. 

VÉSPERA,  s.  f.  (Lat.)  a  tarde.  — 4\  iioras 
canónicas  que  se  dizem  de  tarde,  —  de  festa, 
as  orações  que  se  rezam  na  tarde  que  pre- 
cede o 'dia  da  festa.  — ,  o  dia  anterior. 

VÉSPERAS  S1CILIAN.AS,  (hist.)  nome  dado  a 
mortandade  que  os  Sicilianos  fizeram  nos 
Francezes  em  128^,  e  cujo  resultado  foi  ti- 
rar a  Carlos  de  Anjou  a  soberania  da  Sicí- 
lia. A  mortandade  começou  em  Palermo  9 
80  de  Março,  á  hora  das  vésperas,  e  esten- 
deu-se  depressa  por  toda  a  Sicília 

VESPÉRiAS,  s.f  /?/.  acto  que  antes  d» re- 
forma da  universidade  d«  Coimbra  fazia  o 
thcol<'go  na  véspera  ào  dia  do  doutoramen- 
to. 

VESPERO,  s.  m.  (Lat  vesper,  do  Gr.  hes' 
peros)  estrella  da  tarde,  o  planeta  Vénus. 
Do  —  té  á  aurora. 

VESPERTINO,  A,  adj.  (Lat.  Tespertinux]  da 
tarde.  Astro — ,  que  apparece  de  tarde  na 
occidenle-. 

vESFiciAS,  .9.  f.  pi.  (t.  Asit.)  pannos  de 
Cambaia. 

VESPORA.  V.    Véspera. 
\      VESSADA,  s.  f.  —  de  terra,  Elucid.  Ben- 
td  Pereira  verte  jugerum,  geira, 
!     VESSADELLA,  s.  f.  (aut.)  vessada.  Na  Beir» 
campo,  lameiro  que  se  lavra  eniumdiacom 
duas  ou  três  juntas  de  bois. 
j      VESSADOiRO,  5.  m.  (ant.)  o  direito  de  la- 
vrar, lavrage  de  terra.  Flucid. 

VESSAB,  V.  o.  (alterado  do  Lat.  verso,  ar^< 
200 


798 


?E$ 


VES 


revolver,  remexer)  (ant.)  — aterra,  lavrá- 
la  com  regos  profundos  ou  atravessados, 
para  a  revolver  bem. 

vEssAS,  .s.  f.  pi.  Ás  — -,  do  avesso,  do  lado 
opposto  ao  direito. 

VESTA,  (ant.)  V.  lièsta. 

VESTA,  s.  f.  (myth.)  deusa  da  terra,  o  fogo 
interno  do  globo. 

VESTAL,  .V.  f.  Vestaes,  pi  sacerdotiza  de 
Vesta,  virgem  consagrada  a  Vesta.  Violaras 
vestaes.  — ,  ^íig.)  virgem  mui  pudica. 

vESTALiAS,  5,  f.  pi  festas  que  os  antigos 
liottjanos  faziam  a  Vesta. 

VESTE,  s.  f.  (Lat.  vesliS,  de  vfstio,  ire, 
vestir)  vestidura,  habito.  JJoje  é  só  usado 
na  accepção  de  colete.  As  ~s,  as  diversas 
peças  cona  que  se  veste  o  homem. 

Sy?«.  conip.  Veste,  vestido,  vestid^t- 
ra .  vestimenta  ,  trajo.  Veste  é  palavra 
mui  genérica,  e  significa  todo  o  adorno  ou 
cobertura  que  se  põe  no  corpo  para  abrigo 
ou  honestidade,  por  isso  se  diz  « vestes 
usuaes,  reaes,  sacerdotaes,  ele. »  VfstiJo 
designa,  para  os  homens,  as  diíTerentea  ves- 
tes com  que  se  veste  ordinariamente  ou  em 
dias  de  apparato;  e  para  as  mulheres,  uma 
roupa  com  que  cobrem  e  adornara  o  cor- 
po todo.  Vestidura,  ás  vezes  se  confunde 
com  veste,  mas  significa  particularmente  uma 
veste  especial  de  grande  distincção ;  tal  é  o 
manto  r.íal,  a  capa  magna,  a  becca,  etc. 
Vestimenta  é  propriamente  a  veste  de  que 
usam  os  ministros  da  Igreja  na  celebração 
dos  divinos  oiricios.  Trajo  denota  não  tan- 
to o  rei  tido  como  a  forma  delle,  o  modo 
particular  de  veslir-se,  e  certos  ornatos  que 
o  acompanham  ;  assim  se  diz  trajo  orien- 
tai, trajo  europeo,  trajos  de  caçador,  tra- 
jos caseiros,  etc. 

VESTERiA,  s.  f,  (des.  ia)  (ant.)  rowpa,  pan- 
no  para  fazer  vestidos;  falo. 

VEsriA,  s.  f.  (Lai.  veste)  colete,  jaleco, 
parte  da  vestidura  dos  homens  q  e  cobre 
o  tronco,  com  mangas  ou  sem  ellas. 

vKSTiABio,  s  m.  (anl )  inspector  daves- 
tiaria  de  convento. 

VESTiARiA,  s.  f.  guarda  roupa  de  com- 
naunidade  religiosa  ;  o  dinheiro  para  os  há- 
bitos. 

vestíbulo,  s.m.  (Lat  vestihulum)  portal, 
enirada  de  qualquer  edificio. 

VESTIDINHO,    s.  m.  diminnt.  de  vestido. 

VESTIDO,  s.  m.  (Lat.  vestitiis]  vestidura, 
casaca  do  homom  ;  roupas  de  mulher.  Um 
—  completo,  todas  as  prças  de  vestidura  de 
homem,  isto  é,  casaca,  vestia  e  calções. 

VESTIDO,  A,  p.  p.  de  vestir ;  adj.  cober- 
to com  falo,  roupas,  v.  g.  — de  panno  de 
seda  ;  ou  —  (por  ellipse)  [de  branco,  azul, 
isto  é,  de  esloíTos  d'estas  cores.  O  altar  — 
de  branco,  oohdvlo.  — ,  revestido,  que  pos- 


sue,  ».  g.  homem  —  de  honra,  virtude,  glo- 
ria, esforço,  humanidade ;  —  de  summa 
autoridade.  Alma  —  desab  d)ria  e  santida- 
de, de  immortalidade.  «  David  queria  os  sa- 
cerdotes vestidos  de  perfeita  religião  e  virtu- 
de. »  Lucena.  «  A  santa  Virgem...  —  do  Sol, 
e  sob  os  pés  a  Lua,  diz  o  Apocalypse  fail  in- 
do da  Virgem  Matia.  O  prado —  de  relva, 
os  montes  de  arvores,  as  arvores  de  folhas. 
Escripluras  — s  de  fé.  —  e  calçado,  (loc. 
famil.)  sem  fazer  diligencia  por  obter,  sem 
ler  méritos,  v.  g.  ir  para  o  cea  —  è  cal- 
çado. Casos  —s  das  mesmas  circumstancias, 
acompanhados 

VESTiDUiiA,  s,  f.  tudo  o  que  serve  a  ves- 
tir. 

VESTiGio,  *  m.  (Lat.  vestigium;  áepe^, 
dis,  mudado  o  p  em  /",  e  depois  era  r  e  ago, 
ere,  fazer,  segundo  Court  de  Gcbelin.  Toda- 
via inclinamo-nos  a  crer  que  vem  de  via, 
caminho,  ficxsto,  are,  itum,  ficar)  pegada, 
pisada,  signal  que  deixa  a  pisada;  (fig  ) 
signal  que  fica  de  cousa  que  pereceu,  que 
passou,  V.  g.  os  — s  da  antiga  cidade,  de 
templo,  da  antiguidade.  Os  — s  da  bocca, 
lugar  onde  ella  tocou. 

Syn.  comp.  Vestigio,  pegada,  pisada,  ras- 
to, trilha,  pista,  ^'^estigio  é  termo  genéri- 
co que  significa  o  sinal  ou  mostra  que  dei- 
xou de  si,  em  algum  lugar,  a  cousa  que 
nelle  esteve  ou  por  ali  passou. 

Pegada  é  o  vestigio  do  pó  do  homem  ou 
do  bruto  que  fica  impresso  na  terra.  Pisa- 
da significa  o  mesmo  qnQ  pegada;  masusa- 
se  mais  no  sentido  figurado.  Um  bom  filho 
segue  as  pisadas  de  seu  honrado  pai. 

Basto  é  vestigio  que  d«ixa  na  terra  o 
animal  que  por  ali  se  arrastou,  e  em  ge- 
ral o  vestigio  que  fica  de  algum  cousa. 
Trilha  é  o  raslo  quti  deixa  no  chão  uma 
cousa  pesada  carregando,  ou  pessoas  e  ani- 
maes  passando  frequentemente.  Pista  é  o 
rasto  que  deixam  os  animaes  por  onde  pas- 
sam ;  lambem  se  diz  das  pegadas  de  queaa 
se  retira. 

VESTIMENTA,  5,  /"-,  vestidura.  As — ,  os 
hábitos  s.demnes  sacerdotaes. 

vESTiMENTEiRO,  s.  VI.,  0  que  fdz  vesti- 
meniHS, 

VESTiísos,  (geogr.)  povo  da  Itália  central, 
no  mar  superior,  ao  S.  dos  Prcetutii,  ao 
N.  dos  Marrucini  ,  fazia  parte  da  grande 
faoiilia  sóbellica 

VESTIR,  V.  a  [Lài.  vestire,  Gr.heô,  ves- 
tir, hestés,  vestido,  veste;  em  Egypc.  hebç, 
\estir,  e  schtheii,  túnica),  cubrir  o  corpo  com 
fato,  roupa,  v.  g.  — camisa,  casaca  ;  — so- 
da, lan  ;  — de  branco,  azul,  isto  é,  esioíTos 
destas  matérias  e  cores.  —  A'  franceza,  á 
moda  de  França.  —  Os  criados,  a  tropa, 
dar-lhe  vestidos^   farda? ;  —  alguém,   dar- 


VET 


VEY 


799 


lhe  vestidos,  «juda-lo  a  veslir-se  coroo  faz 
o  criado  ou  criada. — ,  (fig)  cobrir,  ornar. 
A  primavera  reste  ocampo  de  relva,  deflo- 
res, as  arvores  de  folhas.  —  as  paredes  do 
tapeçarias,  ou  de  painéis.  — o  rosto  de  gra- 
vidade, confiança,  seriedade.  —  o  discurso 
de  palavras  elegantes.  «  Me  cingiste  de  im- 
mortalidade  e  vestiste  de  alegria,  »  Arraeá. 
«Os  peccados  vestiiam  as  rosas  de  espi- 
nhos, »  Paiva,  Serra.  — ,  encobrir,  disfarçar. 
T.  g. — a  c?>lun)nia,  a  mentira. —se,  v.r., 
cobrir-se  com  fato,  roupas: — de  purpura, 
<ie  louçainhas  ;  —  em  trajes  de  farçante,  de 
marujo*.  — ,  (fig)  — se  de  luz,  de  gravida- 
da, dtí  seriedade.  — se  a  alma  de  Christo, 
de  virtudes  christans,  penetrar-se  dos  pre- 
ceitos de  Cbrislo.  «  O  verbo  divino  desceu 
do  céo  a  — se  de  nossa  carne, »  a  fazer-se 
homem. 


Maia  (e  rhoram  as  alma<!,  que  vestindo, 
Se  iam  na   sauta   fé  que  lhe  ensinaste. 

Camões,   Lus.,  x,  1!8. 


VESTORIA,  «./".,  ó  menos  próprio,  mas 
mais  usado  que  Vistoria.  V.  Mòioria. 

VRSUGO,  5.  m.,  nome  de  um  peixe  vul- 
gar, espécie  de  pargo.  Em  Setúbal  chamam 
tnaraiote  ao  vosugo  pequeno.  «  E  por  pin- 
gue o  —  despjado.  »  Insul.,  x,  125. 

VESÚVIO,  (gfogr.)  Vesevus  ou  \'esuKÍus, 
celebre  volcão  do  reino  de  ISapoles,  e  uni- 
do aos  Apeninos,  Distinguem- se  hoje  dous 
cumes,  o  Somma  e  o  Uttojsno.  Todas  as 
suas  encostas  são  cultivadas,  produzem  o 
celebre  vinho,  chamado  Lucnjma  Christi. 
A  pfimeira  erupção  conhecida  do  Vesúvio 
teve  logar  no  anno  79  de  JesrU^.hristo 

VESZPRiN,  (geogr.)  cidade  dos  Estados  aus- 
tríacos, capital  da  delegação  de  Veszprim, 
3  5'J  léguas  SO.  de  Buda  ;  8,0(lO  habitan- 
tes. A  delegação  de  Veszpriro,  no  circulo 
elém  do  Danubí/)  entre  os  de  Raab,  Ro3- 
Hiceru,  Stuhl-\\eipembourg,  Schameg,  ti- 
senburg,  conta  172,000  habitantes. 

VET.V,  V.   Ihta. 

vETEHAisiCE,  s.  f  ,  8  qualidade  de  ser  ve- 
terano. 

VET8BAN0,  A,  adj .  (Lat.  rcíccnuí),  an- 
tigo serviço  militar.  Soldado  — .  —  s-  os — «. 

VBTERiNARiA,  s.  f.,  alvtíilaria,  arte  de  tra- 
tar das  doenças  dos  animaes. 

VKTEtiiJiARro,  A,  adj.  (Ldt.  veterinarius, 
de  vetcrinns,  besta  de  carga  ;  rad.  mhere, 
levar,  transportar),  relativo  ao  tratamento 
das  doenças  dos  animaes.  Arte,  medicina 
— .  Vm  — ,  alveitar. 

VBTO,  (hist  J  formula  pela  qual  os  tribu- 
nos do  povo  em  Poma,  seoppunham  a  um 
decreto  do  senado.   Kos  tempos  modernos, 


é  assim  cbamflda  a  recusa  do  rei  ou  do 
chefe  do  estado  asanccionar  uma  lei  adop- 
tada pelo  parlamento. 

vETRANiÃo,  /'hist)  general  romano,  natu- 
ral-da  Mesia,  era  governador  da  Panonia. 
quando  a  revolta  de  Magr.encio  o  decidia 
a  tomar  a  purpura  em  Sirmium,  em  350. 
Constancio  11  reconheceu-o  como  augusto, 
e  reuniu  as  suas  tropas  ás  delle  para  mar- 
chHrera  contra  Magnencio,  mas  logo  depois 
da  chegada  de  Vetranião  fez-lhe  desertar  os 
soldados,  e  elle  teve  de  se  retirar  como  par- 
ticular a  Pruso. 

VETBESCIVEL,  adj.  dos  'È  g .  V,  Viirescirel. 

vetkifiCar,  V.   Vitrificar, 

VETTER,  (geogr.)  lago  da  Suécia,  a  9  lé- 
guas SE.  do  lago  Bener,  entre  as  prefeitu- 
ras de  Linhoeping,  Skaraborg,  Jonbaping 
e  (Erebro. 

VETTONESOu  VECTONES,  (geogr  )  hoje  pro- 
vincia  de  Salamanca  eN.  da  Estremadura 
hespanhola,  povo  de  Hespanha,  Tinha  ao 
íN.  o  Douro,  ao  S.  o  Tejo,  aE.  os  Vacceos 
e  os  Carpetanos  ;  Capital  Salmantica  (Sala- 
msnca). 

VETULONiA,  (geogr.)  cidade  da  Etruria, 
uma  das  12  lucomonias,  entre  Umbro  e  o 
Amo. 

VETUSTO,  A,  adj.  (Lat.  vetiistus)^  velho, 
antigo. 

VEVAY,  (geogr,)  Viviscum  dos  Romanos, 
linda  cidade  da  Suissa,   a  4  léguas  SE.  de 
Lausanna  ;  4,500  habitantes. 

VEXAÇÃO,  s.  f.  [L&i.  vexatio,  onis]^  o  acto 
de  vexar,  ou  de  ser  vexado;  aperto,  prés-' 
sa,  lance  trabalhoso,  tormento. 

VEXADO,  A,  p.  p.  de  vexdp;  adj.^  qu© 
soífreu  ou  fez  soffrer  vexação  ;  aíilicto,  ator- 
mentado, opprimido  ;  envergonhado. 

VEXADOR,  A,  adj.j  que  vexa;  pessoa  que 
vexa.  As  fúrias  — s.  — s  cuidados. 

VEXAME,  s.  m.,  cousa  que  vexa,  affron- 
ta,  vexação. 

VEXAR,  V.  a.  (Lat  rcxo,  are  de  vis.  for- 
ça, violência,  e  agOy  ere,  fazer),  atormen- 
tar, molestar,  opprimir  :  —  alguém.  — ,  fa- 
zer envergonhar. 

VEXtGA,  y.  Bexiga. 

vExiLLO,  s,  m.  (Lat.  vexillum,  de  cehe, 
ere,  levar),  estandarte,  bandeira.  Pron.  vec- 
cito. 

VExiNO,  (geogr.)  Veliocasses,  e  em  latim 
da  edade  media  Vulcassinus  pagus,  paiz 
de  França,  outr'ora  na  ííormandia,  e  de- 
pois dividido  em  Vexiao  normando,  e  Ve- 
xino  francez. 

vEXOR's,  (hist.)  rei  do  Egypto,  do  qual 
se  não  pôde  fixar  a  epocha,  fez  uma  expe- 
dição contra  os  Scythas,  mas  foi  repellido- 
com  perda. 

?EYA,  Y.  Veia. 

iOO  ., 


sm 


VIA 


VIA 


VEVIE,  (geogr.)  rio  da  Franja,  nasce  no 
departamento  d'Áni,  e  iança-se  no  Saona, 
perto  de  Macon. 

vEYNEs,  (geogr.)  viila  de  França,  a  5  lé- 
guas e  meia  O.  de  Gap;  1,900  habitantes, 

vEYo,  s.  m.,  barra  de  ferro  sobre  que 
se  revolve  roda  horizontal.  V.    Veio. 

VEYRE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
Jeg  SK.  de  Clermont-Ferrand  ;  3,ÔtíO  ha- 
hítantes. 

VEZ,  s.  f.  (Lat.  vicis,  mudança,  curso, 
vez,  lugar,  que  Court  de  Gébelin  deriva  do 
Céltico  xic,  lugar),  tempo,  occasião  em  que 
se  faz  alguma  cousa,  turno.  Fiz  isto  três 
vezes,  três  repetições  do  acto.  Chegou  a  mi- 
nha — ,  o  meu  turno,  a  oceasiào  propicia, 
favorável.  Ter  — ,  cabimento,  occasião.  Es- 
tar de  — ,  bem  disposto  a  fazer  alguma 
cousa.  Estar  o  negocio  de  — ,  em  boa  dis- 
posição para  se  eíTectuar.  Fazer  as  tezes 
de  alguém,  supprir.  Outra  — ,  em,  outra 
occasião.  Â  vezes,  alternadamente.  As  vezes 
de  quando  em  quando,  de  tempos  a  tem- 
pos. l'ma  —  de  tinho,  a  porção  que  de 
uma  —  se  bebe,  traga. 

v£z,  (geogr.)  pequeno  rio  de  Portugal, 
que  rega  o  fértil  valle  do  mesmo  nome,  e 
oom  mais  3  silluentes  entra  na  direita  do 
Lima,  quasi  em  frente  de  Ponte  da  Barca; 
pertence  ao  districto  de  Vianna,  Chama-se 
xambem  rio  Cabrão  .  um  dos  seus  ramos 
nasce  na  serra  da  Estrica  e  outro  na  de 
Soajo. 

YEZADO.  V.  Avezaio. 

VEZAR,  V.  Avezar.  — se,  V.  Avezar-se. 

VEZEIRA,  s.  f.  V.   Vara  de  porcos. 

YEZEiRO,  A,  adj.  (de  rezo),  costumado  a 
fazer  as  cousas,  avezado.  Useiro  e  — . 

VEZELAY,  (geogr.)  Vizeliacam,  cidade  de 
França,  a  3  léguas   e  meia  0.   d'Availon ;  [ 
1,170  habitantes. 

VEZELiSE,  (geogr  )  cidade  de  França,  a 
7  léguas  SO    de  Nancy  ;   1,190  habitantes. 

vEZEEE,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  per- 
to de  Chavagnac.  e  engrossa  o  Ferdonhe. 

VEZERE  (o  Alto)  (geogr.)  rio  de  França, 
cahe  no  Isie,  a  2.  léguas  e  meia  E.  de  Pe- 
rigueuse. 

VEZINHO,  V.   Vizinho,  etc. 

VEZINS,  (geogr. J  villa  de  França,  a  2  lé- 
guas e  meia  HO.  de  Severac  ;  GOO  habi- 
lântes. 

VEZO,  s.  m.  (de  vez),  habito,  costume. 
De  ordinário  diz-se  de  habito  vicioso.  Tem 
máos  —s. 

VEZOLZE,  (geogr.)  rio  de  França  rega  Ci- 
reve  Blamont,  depois  lança-se  no  Meurthe. 

vEZzANi,  (geogr.)  villa  da  Córsega,  a  4 
léguas  e  meia  de  Corte ;  953  habitantes. 

▼IA,  s.  f.  (Lat.  via,  de  ire,  ir,  ou  do 
Gr.  bainô,  andar,  caminhar),  caminho,  es- 


trada :  (fig.)  meio,  arte,  maneira  ;  — ,  (t. 
anat.),  canal,  dueto,  v.  g.  as  — s  urina- 
rias. A  — ,  aurelhra; — posterior,  o  anus. 
—  militar,  estrada.  — ordinária,  no  foro, 
o  curso  regular  prescripto  pelas  leis  ou  usos 
forenses.  —  (íig.)  pessoa  que  serve  de  inter- 
mediário Escrevi-lhe  por  —  do  meu  ban- 
queiro. Este  sujeito  é  —  segura  para  en- 
caminhar o  negocio.  Primeira,  segunda^ 
terceira  — ,  de  letra  de  cambio,  recibo, 
carta,  etc,  o  original,  e  as  copias  que  delle 
se  fazem,  para  valerem  no  caso  de  se  per- 
der alguma  d'ellas.  — s  desuccessão  no  gO' 
verno,  cartas  cerradas  e  selladas  em  que  o 
rei  nomeava  diversas  pessoas  ao  governo, 
no  caso  de  fallecer  o  actual  governador  ou 
vice  rei  do  ultramar,  substituindo  umas  na 
falta  das  outras  em  primeiro,  segundo,  ter- 
ceiro lugar. — sacra  orações  que  se  rezam 
parando  em  certas  estações  diante  de  cru- 
zes;  (Qg.)  correr  a —  sacra,  loc.  fam.,  ir 
por  casa  de  todos  os  amigos  ou  conhecidos 
para  obter  alguma  cousa.  —  %initiva.  — 
purgativa,  expressões  mysticas  que  designam 
a  união  com  Deus,  e  a  purgação  de  todas 
as  máculas  do  peccado.  —  Lictea,  t.  aslr., 
a  congerie  de  estrellas  cuja  luz  parece  es- 
branquiçada ;  o  vulgo  lhe  chama  estrada  de 
Santiago.  Pôr  a — ,  a  caminho,  partir.  Pôr 
em  — ,  a  caminho,  encaminhar.  Todavia, 
adv.,  não  obstante  isso,  com  tudo ;  ainda, 
simultaneamente.  — ,  usado  adverbialmenta, 
pelo  caminho,  v,  g    —  da  índia. 

VIA,  obsol.,  por  Vinha,  do  verbo  Vir, 
e  por  Vinha,  s,  f. 

vfADEiROS,  fgeogr.)  serra  do  Brazil,  na 
província  de  Goyáz,  na  comarca  de  Caval- 
cante, entre  o  no  Marachão  eoParanan. 

YiA-LONGA,  (geogr.)  amena  e  agradável 
povoação  de  Portugal  no  termo  de  Lisboa, 
donde  dista  3  léguas  a  NE.,  e  1  de  Alver- 
ca para  o  centro;  1,350  habitantes. 

VIADOR,  s.  m.  (Lat.  vintor,  caminhante), 
(t.  de  iheol.,)  o  que  anda  nesta  vida  mortal. 
V.  Vedor,   Veador. 

VIAGEM,  s.  f.  (Fr.  voyage ;  do  Lat.  tia, 
e  ago,  ere,  fazer),  caminho  que  se  faz  por 
mar.  Fazer  — ,  navegar,  seguir  a  sua  der- 
rota. Desfazer  a  — ,  arribando,  ou  mudan- 
do o  destino,  voltando  para  o  porto  de  que 
partimos.  — ,  jornada  por  terra.  PI.  — s. 

VIAJADOR,  s.  m.,  o  que  viaja  ou  viajou., 

VIAJANTE,  adj.  dos  1  g.  (Do  Lat.  vriam 
agens,  que  faz  caminho.)  Pombos  majan- 
tes. 

VIAJANTE,    s.  dos  2  g.  pessoa  que  viaja. 

VIAJAR,  c.  n.  (Lat.  via,  e  ago,  ere,  fa- 
zer), fazer  viagens  ;  transitar  por  mar  ou  por 
terra.  — ,  v-  a.:  — terras,  correr;  — um 
cavallo,  provar  a  sua  força,  vigor. 

VUJEIRO,  s.  m.  V.  Viajante. 


VIA 


VIC 


801 


VIAJOR,  é  impróprio.  (Do  Fr.  voyageur)  V. 
\iajante. 

VIANA,  (geogr.)  cidade  de  Hespanha,  a  2 
Icguss  e  1  qiiarlo  JÍO.  deLogrono;  3,300 
habitantes. 

VIANDA,  $.  f.  (Fr.  viande  ;  na  B.-Lat.  vi- 
Vanda,  de  vivere,  viver)  cousa  de  cjmor  ;  o 
comer  com  que  se  ceva  a  ave  de  rapina. 
— í,  guisados,  pratos, 

VIANDANTE,  s.  dos  2  Q,  (vifl,  O  andante] 
peregrino,  caminhante. 

viANDEiRO,  A,  adj .  comilão,  glotão. 

viANEN,  (geogr.)  cidade  de  llollandd,  a 
3  léguas  S.  de  Utrecht,  1,800  habitantes. 

viANNA,  (geogr.)  denominada  do  Alemte- 
jo,  villa  de  Portugal,  districto  de  Évora, 
donde  dista  5  léguas  a  SO.,  situada  sobre 
o  rio  Charrama,  allluente  do  Sado,  em  de- 
liciosa campina  por  se  achar  rodeada  de 
arvoredo,  vinhas  e  terras  mui  frucliferas, 
dominando  extensas  várzeas  n'uma  encosta 
da  serra  do  seu  nome.  1,500  habitantes. 

VIANNA,  (geogr.)  denominada  do  Minho 
ou  do  Lima,  antiga,  rica  e  uma  das  mais 
notáveis  povoações  do  reino  de  Portugal, 
capital  de  um  dos  seus  17  districtos  admi- 
nistrativos;  1,500  habitantes. 

VIANNA,  (geogr.)  villa  do  Brazil  no  sertão 
da  província  do  Maranhão,  obra  de  30  lé- 
guas ao  SO.  da  cidade  de  vS.  Luiz. 

VIANNA,  (geogr.)  nova  villa  da  província 
do  Espirito  Santo  no  Brazil,  na  comarca  de 
Vicloria,  perto  da  cordilheira  dos  Aimorés, 
e  obra  de  14  léguas  ao  NO.  da  cidade  de 
Victoria. 

viAREGGio,  (geogr.)  cidade  e  porto  do  du- 
cado de  Lucca,  a  6  léguas  E.  do  Luc- 
ca  ;  2,500  habitantes. 

VIAS,  (hist.)  poeta  latino  moderno,  nasceu 
em  1587  em  Marselha  ,  morreu  em  1667. 
Deixou  com  o  titulo  de  Henriccea  uma  col- 
lecção  de  poesias. 

viÁnco,  8.  m.  (Lat.  viaticum)  dinheiro, 
ou  provisão  para  a  jornada ;  o  sacramento 
cucharistico  que  se  administra  ao  moribun- 
do. 

viATKA,  (geogr.)  Khlinov,  cidade  da  Rús- 
sia cúropea,  cajjital  do  governo  de  Viatka, 
a  A75  léguas  de  S.  Pelersburgo;  12,000 
habitantes.  O  governo  de  Viatka,  situado 
entre  os  de  ITostroma  a  0.,  de  Perm  aE, 
conta  i3i,500  habitantes. 

VIATKA,  (geogr.)  rio  da  Bussia  europea, 
msce  a  8  léguas  NE.  de  Glazov,  e  cabe 
no  Ilama. 

viAUR,  (geogr  j  rio  de  França,  separa  o 
departp mento  de  Aveyron  do  de  Tarn,  e 
Linça-se  no  Aveyron. 

viAZMA,  fgeogr.)  cidade  da  Rnssia  euro- 
pea. a  37  léguas  NK.  de  Smolensk ;  1,500 
habitantes. 

YOL.   IV. 


viBii  FÓRUM  (geogr.)  hoje  Revello,  cidadí 
da  Gallia  Cisalpina,  capital  dos  Rivelli. 

viBio  SEQUESTRR,  (hist )  gcographo  lati- 
no, que  se  suppõe  ter  vivido  do  V  ao  VII 
século,  é  conhecido  por  um  opúsculo  inti- 
tulado De  (luminibus,  fontibus,  lacubus.  . 
quorum  apud  poetas  fit  mentia. 

viBOUA,  s.  f.  (Lat.  vijocra)  espécie  de  ser- 
pente muito  venenosa  ;  (fig.)  pessoa  mui  as- 
sanhada, irritada.  Pron  tíbora. 

viBORG  ouwiBORG,  (gcogr.)  cidadc  da  Rus- 
sia  europea,  capital  do  governo  deViborg, 
a  27  léguas  NO.  de  S.  Petersburgo ;  3.200 
habitantes.  O  governo  de  Viborg,  situado 
entre  os  de  Kouopio  ao  N.  de  Kymmene- 
gard  a  O.,   conta  226,000  habitantes. 

VIBORG,  (geogr.)  cidade  da  Dinamarca,  so- 
bre o  lago  de  Viborg;  3,000  habitantes. 

VIBRAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  vibratio,  anis)  mo- 
vimento vibratório ,  oscillante,  oscillação, 
balanços  do  pêndulo. 

VIBRANTE,  adj.  dos  ^  g.  {L&L  vibrans,  tis, 
p.  a.  àe  víbrare]  que  vijra,  que  oscilla.  As 
cordas  — s  da  harpa. 

VIBRAR,  V.  a.  (Lat.  vibro,  are,  de  vis, 
força,  e  bra,  rad.  de  brachium,  o  braço) 
fazer  oscillar ;  brandir,  arremessar  brandin- 
do, v.  ^f.  —  a  lança.  Júpiter  vibrando  o  raio. 
— ,  (f  g.)  —  luz,  dardejar  ;  —  palavras  com 
a  lingua  ;  —  is  olhos  assanhados,  fitando 
alguém ;  —  mortes.  — ,  em  sentido  abso- 
luto, oscillar.  Vibram  as  cordas  da  harpa. 

VIBRATÓRIO,  A,  odj .  (dcs,  ório)  que  vi- 
bra, oscilla.  Movimento  — . 

viBRAYE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  N.  de  S.  Calais ;  2,000  habitan- 
tes. 

VIC,  (geogr.)  Viçus  cidade  de  França,  a 
légua  e  meia  SC.  de  Chateau-Saluis ,  3,600 
habitantes. 

VIC  DESSos,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
8  léguas  SO.  de  Foix;  1,136  habitantes. 

vic-EN-BiGORRE,  (gBogr.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  4  léguas  N.  de  Tarbes;  3,850  habi- 
tantes. 

VIC-EN  CARLADES  OU  VíC-SUR'CERE,fgeOgr.) 

cidade  de  França,  a  4  léguas  NE.  de  Au- 
rillac  ;  2,400  habitantes. 

vic-FE^ENZAC,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  7  léguas  NO.  de  Auch  ;  3,715  habitan- 
tes. 

vic-LE-coMTF-,  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  5  léguas  SE.  de  Clermont ;  3,3?0  habi- 
tantes. 

vic-suR-AisNE,  (geogr )  villa  de  França, 
a  5  léguas  O.  de  Soissons ;  700  habitan- 
tes. 

vicarfato,  s.  m.  (Lat,  vicariatus)  oíficio 
áo  vigaiio,  o  tempo  que  dura  o  officio  de 
vigário. 

VICÁRIO,  A,  adj  (Lat.  vicariut]  que  fai 
201 


802 


VIC 


víc 


on  suppre  as  vezes  de  outra  pessoa  ou  cou- 
sa. 

VIÇAR.  V.  Vicejar. 

VICE,  palavra  que  entra  na  composiç?)o 
de  muitos  vocábulos,  e  designa  substitui- 
ção de  pessoa  no  cargo  ou  emprego  signi- 
ficado pelo  termo  aíTixo.  Vera  do  Làt.  vicis, 
V.  Vez,  V.  g.  mce-rei^  que  faz  as  vezes  do 
rei.  Muitas  vez^s  se  contrahe  em  vis^  v.  g. 
visconde,  visconsul. 

viCE-cnANCELLBR,  s.m.  0  quo  faz  as  ve- 
zes de  chanceller. 

viCE-DEUs,  s.  m.  epitheto  impróprio  que 
alguns  dão  aos  santos. 

viCE-DÓMiNO,  s.  m.  o  què  representa  o 
bispo  no  dominio  temporal. 

vicE-GovERNADOií,  s.  M,  O  quc  faz  as  ve- 
zes  do  governador. 

viCE-GOVERKADORA,  s.  f.  a  quo  faz  as  vo- 
zes  da  governadora. 

VICEJANTE,  adj.  dos  2  g.  (des.  do  p.  a. 
Lat.  em  fíns,  tis)  que  viceja,  que  tem  viço. 
O  prado,  a  primavera — .  Oração,  esty  lo— , 
ornado. 

VICEJAR,  v.n.  [viço,  c/ctr  des.  inf.)  estar 
viçoso,  ter  viço,  vegetar  cora  vigor.  Vice- 
jam as  plantas  Viceja  a  arvore  em  folhas, 
lançando  muitas  folhas  e  poucos  fructos.  Yi- 
ceja  o  rosto  em  juventude.  Viceja-lhe  no 
rosto  a  flor  da  mocidade.  —  em  mil  virtu- 
des. A  imaginação  que  viceja  em  excessi- 
vos floreios.  —  em  lascivia,  em  sensualida- 
de. — ,  V.  a.  dar  viço.  A  luz,  o  calor  ea 
humidade  vicejam  as  plantas. 

viCK-LEGADO,  s.  m.  O  qua  faz  as  vezes  do 
legado. 

viCE-MÓRDOMO,  s.  IH.  O  quo  faz  as  vezes 
de  mordomo. 

vice-morte,  s.  f.  quasi  morte.  «A  au- 
sência é  uma  — . »  Vieira. 

viCENÇA,  (geogr,)  yicentia  em  latim,  Vi- 
cenza  em  italiano,  capital  da  província  de 
Vicença,  no  reino  Lombardo  Veneziano,  a 
17  léguas  O.  de  Veneza  ;  30,000  habitan- 
tes. A  província  de  Vicença  situada  entre 
as  deBellune,  Treviso,  Pádua,  Verona  e  o 
Tyrol,  conta  310,000  habitantes. 

VICENTE  (Gil),  (hist.)  distinto  poeta  dra- 
mático portuguez,  cognonimado  o  Flauto 
portuguez.  Ignora-se  a  epocha  e  o  logar 
do  seu  nascimento  (Lisboa,  Guimarães,  e 
Barcellos  disputam  esta  honra)  e  só  se  sa- 
be que  já  vivia  no  tempo  de  D.  João  II, 
pois  num  dos  seus  autos  disse  ter  visto 
aquelle  monarcha  em  Lisboa.  Seus  pais, 
que  eram  de  iliustre  nascimento  o  desti- 
navam á  magistratura,  e  para  esse  fim  lhe 
fizeram  estudar  em  Lisboa  jurisprudência, 
o  poeta  porém  abandonou  «ste  estudo  pa- 
ra seguir  a  sua  natural  vocação  para  o  com- 
mercio  das  museus.  Os  seus  ensaios  drama- ' 


ticos  datani  de  1503,  ânno  em  que  Gil  Vi- 
cente, no  caracter  de  pastor  foi  recitar  um 
Djonologo  na  presença  da  rainha  D.  Bea- 
triz,   mulher   de   D.  Manoel,   felicitando- a 
peio  nascimento  do  herdeiro  da  coroa,  de- 
pois   D.  João  in.    A  rainha,   tendo   ficado 
muito  agradada    do   monologo ;   pediu   ao 
poeta  lh'o  repetisse  em  dia  de  Natal,  ao  que 
o  poeta  correspondeu   compondo  para  esse 
dia  o  seu  primeiro  auto.  Desde  então  a  sua 
musa  esteve    em  constante   actividade  nos 
reinados  de  D.  Manoel  e  seu  successor,  não 
havendo  festa  do  anno,  nascimento  ou  ca- 
samento de  pessoa  real,   para  cujo  esplen- 
do" não    contribuíssem   os  talentos   de  Gil 
Vicente.    Foi   casado    com  Branca  Beressa, 
de  quem   teve  Gil  Vicente,   Luiz  Vicente  e 
Paula  Vicente.  Morreu  era  Évora  para  on- 
de tinha  acompanhado  a  corte,    em  1557, 
segundo  uns,  e,  segundo  outros  em  1537, 
e  jaz  enterrado  no  convento  de  S.  Francis- 
co daquella  cidade.   A  Compilação    de  to- 
das as  suas  obras,    que  comprehende  Au- 
tos, Comedias,    Tragicomedias,   Farças,  e 
mnitâs  poesias,    foi  pela  primeira  vez  pi'- 
blicada  em  1562.  Foi  Gil  Vicente  no  cómi- 
co um  tios  mais  famosos  poetas  da  sua  ida- 
de, não  só  em  Portugal,  mas  ainda  em  to- 
da a  Europa,  pois  em  tedos  os  lugares  cul- 
tos delia  era  conhecido  o  seu  nome.  Eras- 
mo,   esse  grande    restaurador    das   leiras, 
deu-lhe   ò  primeiro  lugar  entre    os  poetas 
cómicos  modernos,  e  aprendeu  de  propósi- 
to o  Portuguez  só  para  poder  apreciar  me- 
lhor as  bellézas   de  (lil  Vicente.   Na  reali- 
dade em  suas  composições,  além  da  urba- 
nidade  e  graça  natural,  reina  um  génio  ver- 
dadeiramente  cómico,   e   fecundíssimo  em 
conceitos  joviaes,    agudos    e   delicados,   e 
uma  pureza  de  frase,    que  lhe  mereceu  os 
elogios  de  liarros,  Resende,  Severino  de  Fa- 
ria e  outros,  fíão  era  porém  o  talento  poé- 
tico o  único  que  Gil  "Vicente  possuia,  pois 
não  só  compunha  elle  a  musica  das  folias 
e  cantigas,   que  introduzia  em  suas  peças, 
mas,  como  o  celebre  Moliere  reunia  ao  ta- 
lento de  autor   o  de  actor.    Apesar  porém 
dos  seus  talentos  teve  a  sorte  de  todo  o  gé- 
nio portuguez,  vendo-se  no  ultimo  quartel 
da  vida  em  miséria,  e  redusido  a  desvalli- 
do  requerente,  remettido  a  ministros,  quan- 
do não  pedia  mais   do  que  para  matar   a 
fome. 

VICENTE  (Gil),  (hist)  filho  do  precedente; 
desenvolveu  um  tal  talento  na  poesia  cómi- 
ca, que  assombrava,  e  em  breve  prometlia 
ecclipsar  seu  pai;  conta -se  que  este,  toma- 
do de  inveja,  o  fizera  embarcar  para  a  ín- 
dia, onde,  depois  de  se  haver  mostrado  não 
menos  esforçado  soldado  do  que  engenho- 
so poeta,  morrera  no  campo  de  batalha.  De 


YIC 


vie 


803 


suas  composições  &|)CBas  se  conserva  otttit- 
Io  do  um  auto  cliamaiio  de  D.  Luiz  de  los 
Turcos.  Comludo  a  existência  desto  Olho  de 
Gil  ViceBle,  qae  é  atteslada  por  Faria  e 
Sousa,  o  Harbosa,  é  posto  em  duvida,  por 
outros,  que  sustentaua  que  Gil  Vicenl<í  só 
tivera  dois  filhos,  Taula  Vicente  e  Luiz  Vi- 
cenle  ;  e  João  Baptista  de  Castro  conta  des- 
te ultimo,  o  que  Faria  refere  de  Gil,  o  diz 
que  do  mesmo  Luiz  ó  o  auio  dos  Cativos 
ou  de  D.  Luiz  e  dos  Turcos. 

viCEiNTE  (Cabo  de  S.),  (geogr  )  outr'ora 
Promontório  Sacro,  é  a  ponta  de  terra  mais 
Occidental  do  continente  da  Europa  e  de 
Portugal  (depois  do  cabo  da  Roca),  Fornsa 
uma  pequena  península  de  80  braças  de 
comprido,  variando  na  largura  de  18  a  30 
cujas  ribas  de  rochedo  a  pique  tem  por  ve- 
zes mais  de  300  pés  de  oltura.  Kasuasum- 
midade  t}m  um  convento,  baleria  desman- 
telada e  hospicio  para  os  navegantes,  e  bem 
que  era  grande  altura,  quando  o  mar  ba- 
te encapellado  no  fraguedo,  salta  por  cima 
dos  telhados  de  um  ao -outro  lado. 

VICENTE  DA  BEIRA  (S,),  villa  6  freguczia 
de  Portugal  no  districto  de  Castello- Bran- 
co, donde  dista  \  léguas  aoN.,  situada  em 
terreno  montanhoso  e  pouco  fértil :  encer- 
ra 1,710  habitantes. 

viCE-PRONOMES,  s.  m.  pi.  assim  denomi- 
na um  dos  nossos  grammalicos  modernos 
as  desinências  pessoaes  do  infinitivo.  E,  a 
meu  ver,  desacertada  esta  denominação, 
que  não  convêm  ás  modificações  do  infini- 
tivo substantivado. 

viCE-PROYiNCiAL,  s.  TH  O  religioso  que  faz 
as  vezes  de  provincial. 

viCE-PROviNCiALADO,  s.  m.oíTicio,  gover- 
no  do  vice-provincial. 

viCE-REi,  s.  m.  governador,  com  pode- 
res qunsi  de  rei.  Os  antigos  diziam  eiso-rei. 

viCE-REiNA,  s.  f  governadora,  com  po- 
deres de  vice-iei. 

vice-reinado,  s.  m.  cargo  de  vice-rei ; 
tempo  da  duração  do  seu  governo ;  terri- 
tório da  jurisdicção  do  vice-rei. 

viCE-REiNAR,  V.  u.  govcmar  como  vice- 
rei. 

viCE-REiNO,  s.  m.  território  sujeito  ao 
vice-rei. 

viCESiMUR,  (geogr.)  (isto  é  a  vinte  mi- 
lha.':) nome  de  muitos  logares  entre  os  an- 
tigos ;  os  mais  celebres  são  :  um  na  Gran- 
de Grécia  sobre  o  golpho  de  Tarento  ;  ou- 
tro na  Etruria,  sobre  o  Soracte. 

viCB-vERSA,  phr.  latina,  em  sentido  inver- 
so ou  contrario,  reciprocamente. 

vicri  ou  vic  d'osona,  (geogr.)  Ausa,  Au- 
sona,  cidade  de  Hespanha,  a  13  léguas  M. 
de  Barcelona ;  12,600  habitantes. 

YiCHNOU,    (mylh.)   divindade   india,    2.* 


pessoa  da  Trimourli  ou  Trindade  india,  é 
considerado  como  conservador.  Segundo  a 
crença  dos  índios  toma  do  tempos  a  tem- 
pos uma  forma  vizivel  para  felicidade  da 
terra,  iá  foi  iiicaraado  nove  vezes  e  ainda 
hadtí  incarnar  a  decima.  Estas  incarnações 
são  chamadas  avatar..  As  quatro  primeiras 
tiveram  logar  na  primeira  edade  do  mundo, 
as  seguintes  na  segunda  e  terceira  edade, 
a  decima  hade  terminar  o  periodo  actual, 
ou  odado  negra  e  porá  fim  á  existência  do 
mundo. 

V1CHN0U-SARMA,  (hist.)  brahmene,  que  se 
suppõe  ter  sido  o  verdadeiro  auctor  da  col- 
lecçào  conhecida  pelo  nome  de  Fabulas  de 
Filpai  ou  Bidpai. 

vicnY,  (geogr.)  Aqux  calidoe,  cidade  de 
França,  a  G  léguas  bO.  do  Falisse;  1,200 
habitantes. 

VICIADO,  A,  p.  p.  de  viciar  ;  adj.  cor- 
rompido, depravado.  Mulher  — ,  corrupta. 
Escriplura  — ,  era  que  se  fez  falsidade.  Dro- 
gas— s,  falsificadas,  adulteradas. 

viciADOR,  s.  m.  o  que  corrompe,  depra- 
va, vicia. 

VICIAR,  V.  a.  {iM.vitio,  are)  corromper, 
depravar.  A  respiração  vicia  o  ar.  —  iima 
donzella,  seduzi  la,  corrompe  la,  deshonrâ- 
la.  —  uma  escriplura,  falsifictl-la.  — dro^ 
gas,  adulterâ-las,  falsificâ-las.  —  a  alma, 
com  a  culpa  ;  —  os  costumes,  a  mocida- 
de. 

viciLiNO,  s.  m.  chupamel,  ave. 

VICIO,  s.  m.  (Lat.  vitium,  que  Court  de 
Gébelin  deriva  de  vito,  are,  evitar,  cousa 
que  se  deve  evitar)  falta,  defeito  physicoou 
moral ;  habito  de  mal  obrar.  — ,  erro  con- 
tra as  regras  da  arte  ousciencia.  Escriplu- 
ra sem  — ,  sem  defeito. 

VICIOSAMENTE,  adv.  [mente suíí.)  de  modo 
vicioso. 

viciosiDADE,  s.  f.  (Lat.  vitiositas,  tis)  a 
qualidade  de  ser  vicioso. 

viciosíssimo.  A,  adj.  superl.  de  vicioso. 
Extremo  — .  Mancebo  — .  Mulher  — . 

vicioso,  A,  adj.  (Lat.  titiosus)  habituado 
ao  vicio,  dado  aos  vicios ;  que  tem  vicio ; 
depravado,  corrupto,  adulterado.  Estíjlo  — , 
incorrecto.  Humor  — ,  (med.)  alterado. 

VICISSITUDE,  s.  f.  (Lat  vicissitude,  inis) 
alternativa.  As  — s  do  mundo,  os  revezes 
da  fortuna,  as  alternat  vas  prosperas  ou  in- 
faustas. 

VICISSITUDINÁRIO,  A,  adj.  sujeito  a  vicis- 
situdes. 

VIÇO,  *.  f».  (do  Lat.  vigeo,  erc,  crescer; 
de  vis,  força,  energia,  e  a^,  ere,  lazer, 
impellir,  incitar)  o  vigor,  a  força  vegetati- 
va da  planta.  —  do  animal,  estado  bem  nu- 
trido, e  o  ardor  que  resulta  d'esse  estado, 
V*  g,  cavallo  de  muito  — ,  muifogoso.  — ', 
201  « 


804 


VIC 


VIC 


(fig.)  da  mocidade,  da  belleza,  — ,  mimo 
de  bom  trato,  regalo,  luxo.  Criado  a  gran 
--,  com  muito  mimo, 

vico,  (geogr.)  villa  de  Córsega,  a  7  lé- 
guas N.  de  Ajaccio ;  1,400  habitantes. 

vico,  (geogr  J  cidade  do  reino  de  Nápo- 
les, a  15  léguas  de  Foggia  ;  9,000  habi- 
tantes. 

VICO  Dl  MONDOvi,  (geogr.)  Augusta  Va- 
giennGTum,  cidade  da  Itália,  a  1  quarto 
de  légua  SE.  de  Mondovi ;  3,300  hsbitad- 
tes. 

VICO-EQUENSE  OU  VICO-Dl-SORRENTO,    (geo- 

gr.)  cidade  do  reino  de  Nápoles,  a  légua  e 
meia  de  Castello  a-Mare ;  2, 6D0  habitan- 
tes. 

VICO,  (hist.)  sábio  italiano,  nasceu  em 
1688,  morreu  em  l744,  A  sua  principal 
obra  é  :  Princípios  de  uma  sciencia  nova 
relativa  á  natureza  commum  das  na- 
ções. 

VIÇOSA,  (geogr.)  villa  marítima  da  pro- 
víncia da  Bahia  no  Brazil,  na  comarca  de 
Caravellas. 

VIÇOSA,  (geogr.)  villa  do  Brazil  na  pro- 
víncia do  Ceará,  na  serra  Uibiapaba.  12 
léguas  ao  SO  da  villa  de  Granja,  e  66  pou- 
co mais  ou  menos  ao  NO.  da  cidade  de  For- 
taleza. 

VIÇOSAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com  vi- 
ço. 

viçosissiMAMENTE,  adv.  svperl.  de  viço- 
samente. 

VIÇOSÍSSIMO,  A,  adj .  superl.  de  viço. 

viçoso.  A,  adj.  [viço,  des.  aso]  que  tem 
viço,  que  vegeta  com  vigor.  Flor,  planta 
— ,  luxuriante.  Terra  — ,  coberta  de  ver- 
dura, de  vegetação.  «*'erlão  —  de  arvoredo.» 
Lucena.  — ,  (íig.)  «ilha  muito  —  de  rios, 
fontes,  criações,  e  frutas.  »  Duarte  Barbo- 
sa. Homem — ,  mimoso  no  trato.  Filho — , 
tratado  com  mimo  e  perdido  por  isso. 

viCRAMADiTTA,  (hist.)  Celebre  priuceza  da 
índia,  que  reinava  em  Oudjein,  no  primei- 
ro século  antes  de  Jcsu-Christo.  Conquistou 
Bengala,  Oripa,  Guzzerate,  e  Delbi,  mas 
morreu  pouco  depois  desta  ultima  conquis- 
ta em  uma  batalha  contra  o  rei  de  Prati- 
chthana. 

vicTiMA,  s.  f.  (Lat.  de  vincio,  ire,  atar) 
animal  ou  pe?soa  destinada  e  conduzida  ao 
sacrificio  ;    (fig.)  pessoa  perseguida,  sacrifi 
cada  pelo  furor,  inveja. 

viCTO,  s.  m.  (Lat.  victus,  alimento)  (p. 
tis.)  sustento,  alimento. 

VICTOR  (Lat.  victor,  o  vencedor)  termo 
cora  que  applaudioios  o  triumpho  de  ou- 
trem. —  serio,  fallemos  serio. 

viCTOH  (.S  ),  (hist.)  natural  de  Marselha^ 
era  soldado  uo  oxcpímIo  do  imperador  Ma- 
ximiano, preso  como  chfisiao,  sõíTreu  o  mar- 


tyrio  em  303,  a  21  de  Julho,  dia  em  que 
se  celebra  a  sua  festa. 

VICTOR  I,  (S  ),  (hist.)  papa  de  185  a  197, 
era  Africano ;  condemnou  e  escommungou 
Theodoro  de  Byzancio,  que  negava  a  divin- 
dade de  Jesu-Christo,  e  fixou  a  festa  da 
Paschoa  para  o  domingo,  que^egue  o  14. ° 
dia  da  lua  de  Março.  Soffreu  o  martyrio 
no  reinado  de  Severo.  E  commemorado  a 
28  de  julho. 

VICTOR  11,  (hist  1  Gelbard,  papa  desde  o 
anno  1055  até  105/.  Foi  eleito  papa  por 
intervenção  do  imperador  Henrique  III. 

VICTOR  III,  (hist.)  Ridier,  papa  de  1086 
a  1087,  era  da  casa  ducal  de  Capua ;  foi 
sagrado  em  1087  e  só  reinou  4  mezes. 

VICTOR  IV,  (hist.)  anti-papa,  foi  nomea- 
do pelo  partido  imperial  depois  da  morte 
de  Adriano  iv  em  1159,  em  quanto  o  par- 
tido normando  elegia  Alexandre  III.  Morreu 
em  1164. 

VICTOR,  (hist )  -chamado  de  \ite,  bispo 
de  Tite  em  Bysacene,  fugiu  para  Constan- 
tinopla em  4ií3  por  causa  da  perseguição 
dos  Vândalos  contra  os  catholicos.  Escre- 
veu :  Historia  persecutionis  vandalicce  si- 
ve  africance  sub  Genserico. 

viCTOR-AMADEO  I,  (hist.)  duque  de  Sabóia 
filho  de  Carlos  Manuel  I  subio  ao  throno 
em  16-50.  Adquiriu,  á  (justa  do  duque  de 
Mantua,  Alva  sobre  o  Teoaro  e  Albesan ; 
distinguiu-se  na  guerra  dos  Trinta  annos  e 
foi  generalíssimo  dos  Francezes  na  Itália. 
Morreu  em  1637. 

viCTOR-AMADEO  11,  (hist.)  primeiramente 
duque  de  Sabóia,  depois  rei  da  Sardenha, 
nasceu  em  1665,  succedeu  a  Carlos  Ma- 
nuel II  em  16/5.  Tornou-se  celebre  yela 
saa  politica  tortuosa  o  versátil.  Abdicou  em 
1730 ;  morreu  em  1732. 

victor-Amadeo  III,  (hist.)  nasceu  em  1726 
subio  ao  throno  da  Sabóia  em  1773.  Foi 
um  dos  príncipes  mais  ardentes  contra  a 
revolução  franceza,  franqueou  os  seus  es- 
tados aos  primeiros  emigrados.  Morreu  em 
1796. 

viCTOR-MANUEL  I,  (hist  )  1  ci  da  Sardenha, 
nasceu  em  1749,  era  segundo  filho  de  Vic- 
tor-Amadeo III  e  irmão  de  Carlos  Manuel 
IV,  ao  qual  succedeu  em  1802,  Este  prín- 
cipe mostrou-se  muito  hostil  ás  ideias  11- 
beraes,  e  soíTreu  em  18£1  nos  seus  Estados 
uma  violenta  insurreição  em  favor  da  cons- 
tituição ;  Victor  Manuel  antes  quiz  abdicar 
do  qufi  acceder  aos  desejos  do  seu  povo, 
e  deixou  o  throno  ao  duque  de  Génova, 
Carlos  F(dix,  seu  irmão.  Morreu  em  18^4. 
ViCTOKiA,  s.  f.  (Lat  de  cinco,  ere,  ven- 
cerj  vencimento  do  inimigo.  Alcançar  — , 
vencer,  triumjihar.  —das  paixões,  resislir- 
Ihes. 


VIC 


VID 


«05 


Syn.  corap.  yictoria,  vencimento.  Camões 
e  outros  clássicos  confundiram  eslas  duas 
palavras,  que  significam  duas  cousas  bom 
diíTercntPS.  Mctoria  é  a  acção  de  vencer; 
vencimento  a  do  ser  vencido.  —  O  general 
que  ganha  uma  batalha,  publica  sun  vicio- 
ria ;  o  que  a  perde  procura  occultar  seu 
vencimento.  —  O  vencimento  das  paixões  é 
a  victoria  da  razão.  —  Teu  r e7icimen to  íoi 
tua  victoria ;  isto  ó,  venceste  com  ser  ven- 
cido. 

Stn.  comp.  \ictoria,  triumpho.  Mcto- 
ria é  o  acto  de  vencer,  e  a  vanlngom  que 
se  alcança  sobre  outro,  vencendo  ;  trium- 
pho é  a  ostentação  da  victoria,  ou  a  so- 
lemnidade  com  que  ella  se  celebra  em  hon- 
ra do  vencedor.  Joã)  de  Castro  ganhou  a 
victoria  em  Diu,  e  teve  seu  triumpho  em 
Goa.  —  Em  sentido  figurado,  triumpho  ó 
uma  grande  victoria. 

VICTORIA,  (myth.)  deusa  allegorica,  filha 
da  Força  e  do  Valor.  Sylla  construíu-lhe 
um  templo  era  Rana.  A  estatua  desta  deu- 
sa estava  no  Capitólio,  e  nelle  se  conser- 
vou até  8'^2. 

VICTORIA  (S.),  (hist.)  virgem  martyrisada 
em  Koma  cm  2'i9  ;  é  festpjada  a  23  de  de 
zembro.  —  Outra  S   Victoria  soíTreu  o  mar- 
tjrio    em  Carthago  em  'SQ\  com  S.  Satur- 
nino. £'  festejada  a  li  de  fevereiro. 

viCTORíA,  (ijiiza  Thereza),  (hist.)  conhe- 
cida pelo  nome  de  Madama  \ictoria,  filha 
de  Luiz  XV,  irmã  do  delphms  e  lia  de  Luiz 
XV,  nasceu  em  1733,  distinguiu  se  prla 
pureza  de  seus  costumes.  Morreu  em 
1791. 

VICTORIA,  (googr )  terra  descoberta  era 
18lil,  no  grande  Oceano  austral,  pelo  ca- 
pitão Rosa. 

VICTORIA,  (geogr.)  cidade  da  Republica 
de  Venezuela,  a  15  léguas  SO.  de  Caracas; 
8,000  habitantes. 

VICTORIA,  (geogr.)  nova  villa  da  provín- 
cia da  Bahia  no  Brazil,  na  comarca  de 
Urubu. 

VICTORIA,  (geogr.)  Ilha  da  província  de 
São  Paulo  no  Brasil,  ao  oriente  da  ilha  de 
São  Sebastião,  e  obra  de  légua  e  meia  a 
ES.  da  Ponta  Grossa. 

TiCTORiADO,  A,  p.  p.  do  víctoríar ;  adj. 
applaudido  com  enthusiasmo. 

viCTORiANO  (S  ),  (hist)  procônsul  na  Afri- 
ca, foi  martyrisado  pelos  Vândalos  em  484. 
E  festojado  a  Tò  de  Março. 
,    viCTORiAR,  v.a.   [vitor,  ar  dt^s.  inf.)  dar 
victors,  applaudir  dando  victors. 

viCTORiPíA  ou  VICTORIA,  (hist.)  Aurelia 
\ictorina,  irmã  de  Poslhun:o,  tyranno  das 
Gallias  e  mãi  de  Victoria  l.  Fez  com  que 
roslhumo  adoptasse  seu  filho  em  264,  De- 
pois da  morte  de  Victorino  prolongou  por 

VOl.    IV. 


algum  tempo  a  resistência  dos  Gaulezcs  con- 
tra Roma.  Morreu  em  268. 

VICTORINO,  (hist )  M.  Aurclius  Piauvonius 
Yictorinus,  filho  da  colcbre  Victorina,  um 
dos  30  tyrannos,  que  assumiram  a  purpu- 
ra no  reinado  de  dallieno,  linha  sido  as- 
sociado ao  império  por  Poslhumo  em  26t. 
Depois  da  morije  deste  usurpador  ficou  se- 
nhor da  Gallia,  á  qual  juntou  a  Bretanha 
o  a  Hespanha.  Foi  morto  em  uma  sedição 
em  268. 

viCTORTo,  (hist.)  era  Italiano  Veltosi,  sa- 
')io  italiano,  nasceu  era  1499,  raorreu  em 
1585  As  suas  principaes  obras  são:  com- 
mentarios  estimados  sobre  a  Rhetorica,  a 
Poética,  a  Politica  e  a  Moral. 

viCTORiosAMENTE,  adv.  {mcnte  suíí.)  de 
raodo  victorioso,  como  vencedor. 

VICTORIOSISSIMAHENTE,    Oc/u.  SUpcrl.  de  vi- 

ctoriosaraente. 

vicTORiosissiMo,  A,  adj.  superl.  de  victo- 
rioso. 

v  CTORioso,  A,  adj.  (Lat.  victoriosus)  que 
alcançou  a  victoria,  que  venceu  o  inimigo, 
vencedor. 

víCTRiCE,  adj.  dos2g.  (Lat.  ricínar,  eis} 
(p.  us.)  vencedor.  Palmas  — s.  Alma  — . 

viCTUALHAs,  s.f.pl.  [do  Lat.  victus,  ali- 
mento) viveres,  provisões  de  bocca. 

vicruMviA,  (geogr.)  pequena  cidaie  da 
Gallia  Cisalpina,  hoje  Vigevano. 

VICUNHA  ou  viGONiiA,  s.  f  quadrupcdo 
da  America  meridional,  cuja  lã  é  finíssi- 
ma. 

vicijs  augusti,  (geogr.)  cidade  da  Afri- 
ca, hoje  Hairon«in. 

'  vicus  juLir,  (geogr.)  cidade  da  Lyoneza 
3.^  hoje  Aire. 

vícus  juLíus,  (geogr.)  cidade  da  Germâ- 
nia, hoje  Germersheim. 

vicus  SPACORUM,  (geogr  )  cidade  da  Iles- 
panha,  hoje  Vigo  ou  Vic  de  Otona. 

VIDA,  s.  f.  (Lat.  vita,  de  vivere,  viver  ; 
Gv.  bios,  vida)  estado  do  animal  o  do  vege- 
tal (iue  exercita  todas  ou  parle  das  func- 
ções  orgânicas.  — animal,  vegetal. — ,  (fig.) 
tempo,  duração  da  vida  ;  biographia,  histo- 
ria dos  actos  e  successos  de  uma  pessoa  du- 
rante toda  a  sua  vida.  Pena  de — ,  capital. 
Conceder  em  ou  por  uma,  duas  ou  três 
— s,  a  alguém,  e  por  sua  morte  ao  herdei- 
ro imraediato,  e  morrendo  este,  ao  que  so 
lhe  segue.  —  temporal,  a  duração  d 'ella 
neste  mundo.  —  futura,  a  que  os  espiri- 
tualistas attribuem  á  alma  separada  do  cor- 
po. —  eterna,  a  dos  bem  aventurados  no 
ceu.  Modo  de  — ,  oíllcio,  profissão  com  que 
alguém  ganha  o  sustento.  —  boa  ou  rega- 
lada, de  quem  vive  com  regalo.  Levar  boa 
— ,  viver  regaladamente  sem  trabalhar,  sem 
cuidados.  Ter  — ,  modo  devida.  Fazer  — 
Í02 


VID 


YIE 


de  soldado,  exercer  esta  profissão.  «  Fazer 
o  pedinte  —  das  aleijões  e  chagas,  »  mostrá- 
las  ,para  excitar  a  commiseração  do  publico, 
e  obter  assim  esmolas,  \iver  na  —  de  al- 
guém, (loc.  ant.)  ter  nella  o  seu  amparo,  a 
sua  confiança,  felicidade.  —  de  sempre,  (ant.) 
vida  eterna.  —  do  mez,  (ant.)  tributo  an- 
tigo. Era  um  diii  de  comida  que  se  dava  ao 
mordomo  menor  d'El-Rei,  no  mez. 

VIDA,  (hist.)  latino  moderno,  nasceu  em 
Cremona  em  14ÍJ0,  morreu  em  1566.  Dei- 
xou :  Christiade,  Arte  Poética,  etc. 

VIDAL.  V.  yital. 

viDAMA,  s  m.  [Fc.vidame]  o  que  repre- 
sentava a  pessoa  do  bispo  como  senhor  tem- 
poral. 

VIDAR,  V.  a.  (Lat.  vitis,  vide)  (ant.)  plan- 
tar vinhas,  fazer  mergulhias. 

viDAZiNíiA,  s,  f.  diminui,  devida. 

VIDE,  s.  f.  (Lat.  vitis.  Talvez  de  vinco, 
erCi  inctum,  enlaçar)  aramaevaras  da  vi- 
deira;  (fig.)  videira;    o  cordão  umbilical. 

VIDE,  villa  e  freguezia  de  Portugal  de 
2,200  habitantes  no  districto  da  Guarda, 
situada  perto  da  villa  de  Gea,  em  sitio  mon- 
tanhoso e  frio. 

VIDEIRA,  s.  f.  cepa  que  dá  vides  e  uvas. 
—  de  enforcado,  que  trepa  e  se  prende  a 
arvores,  v.g.  aos  salgueros.  —  de  cabeça, 
cepa  velha  que  se  enterra  mais  fanda  de- 
pois de  se  lhe  cortarem  algumas  raizes. 

VIDIGUEIRA,  villa  de  Portugal  situada  7 
léguas  ao  S.  de  Évora,  em  aprasivei  e  fér- 
til campina  :  2,400  habitantes.  E'  palria  do 
celebre  escriptor  Achiiles  Estaco. 

viDMA,  s.  f.  (anat.  p.  us  )  vide,  cordão 
umblicai. 

vjDONno,  s.  m.  os  sarmentos  ou  varas  da 
videira;  casta,  espécie  de  uvas.  —  labrus- 
cOy  uvas  agrestes.  — ,  os  renovos  da  videira 
que  se  cortam  para  bacello  ;  (fig.)  as  pessoas 
que  se  casam  para  ter  filhos,  successão. 

VÍDOURÍ.E,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce 
no  departamento  de  Gard,  ecahe  noThau. 

VIDUCASSES     ou    VADICASSES,     (hist.)  pOVO 

daGallia  Lyoneza,  tinham  por  capital  uma 
cidade  do  mesmo  nome  (hoje  Yieux). 

VIDRAÇA,  s.  f.  [vidro,  des.  aça)  caixilho, 
com  vidro  para  fechar  janella  ou  porta,  dei- 
xando entrar  a  luz. 

viDRAÇARiA,  s,  f.  (dos  ária)  as  vidraças 
do  editicio. 

viDRACE'RO,  s.  ff».  0  quo  põo  vidros  nas 
vidraças. 

VIDRADO,  A,  p  p.  de  vidrar ;  ad/.  cober- 
to de  substancia  vitrea.  Louça  — .  Olhos 
— s,  os  do  moribundo,  faltos  de  transparên- 
cia. Agua  — ,  espécie  de  mormo  que  vem 
aos  falcões, 

VIDRAR,  V.  a.  [vidro,  ar,  des.  inf.)  co- 
brir de  substancia  vitrea:   —  a  louça,  va- 


sos do  barro.  Vidraram-se  os  olhos  ao  m  u- 
ribundo,  perderem  a  transparência. 

vidraría,  s.  f.  (des.  %a)  fabrica,  manu- 
factura de  vidros. 

VIDREIRO,  s,  m  o  que  faz  e  vende  vi- 
dros. 

viDRENTO,  a,  adj.  frágil  como  o  vidro. 
«  A  fortuna  é  —  e  assim  a  privança,  a  hon- 
ra. »  Eufr.  Sujeito  — ,  melindroso  que  des- 
confia facilmente,  e  requer  ser  tratado  com 
melindre  na  conversação.  Condição  — . — , 
(fig.)  que  quebra  facilmente  os  seus  deve- 
res. 

VIDRINHO,  s  m.  diminut.  de  vidro,  pe- 
queno vidro,  frasquinho,  pequena  redoma. 

viDRiNO,  a,  adj  (ant.)  de  vidro,  vítreo. 
—  esmalte. 

VIDRO,  s.m,  [Lãi.vitrum,  queosetymo- 
logistas  derivam,  uns  de  videre,  ver,  outros 
devireo,  ere,  brilhar.  Plinio  diz  que  o  vidro 
fora  descoberto  ajcidentalmente  por  mari- 
nheiros que  empregaram  nitro  para  prepa- 
rar a  comida,  na  falta  de  outro  combustí- 
vel. Nesse  caso  parece  formado  de  nitrum 
nitro,  e  verto,  ere,  mudar,  transformar) 
corpo  lizo,  lúcido  e  transparente  formado 
pela  fusão  da  areia  ou  silexcom  saes  alca- 
linos ;  (fig.)  vaso  de  vidro  para  encerrar 
óleos,  aguas  de  cheiro;  peças  feitas  de  vi- 
dro ]  V.  g.  —  de  óculos,  lente.  —  de  vi- 
draça, lamina  de  vidro.  —  ou  cousa  de  — , 
frágil.  — ,  (fig.)  génio  agastadiço  que  que- 
bra com  os  outros  facilmente. 

viDUAL,  adj.  dos  2  g.  {do  Lat.  viduus)  de 
viuvo  ou  viuva,  de  viuvez.  Estado — .  Kojo, 
leito,  thalamo.  Trajos,  roupas  viduaes. 

VIEIRA,  s.  f.  marisco  semelhante  á  amêi- 
joa :  concha,  e  principalmente  das  que  os 
romeiros  trazem. 

VIEIRA,  (Padre  António),  (hist.)  distincto 
pregador  poituguez,  e  um  dos  escriptores 
clássicos  da  nossa  lingua ;  nasceu  em  Lis- 
boa em  1608,  e  falleceu  na  Bahia  em  1697, 
Pertencia  á  ordem  dos  Jesuítas,  e  foi  o 
fijais  distincto  pregador  do  seu  século,  me- 
recendo nas  differentes  cortes  da  Euiopa, 
onde  pregou  em  Latim  e  Francez  os  applau- 
sos  de  todos  os  doutos.  Manyou  a  lingua 
pátria  com  energia  e  natural  propriedade ; 
a  sua  eloquência  arrebatava,  o  lhe  gran- 
geou  os  títulos  de  Cicero  Catholico  e  de 
Pai  da  eloquência  portugueza.  Escreveu 
Sermões,  Cartas,  Vozes,  Saudades,  Histo- 
lia  do  Futuro,  etc. 

VIEIRA,  (João  Fernandes),  (hist.)  chama- 
do o  Castrioto  Lusitano,  illustre  guerrei- 
ro portuguez  ;  nasceu  na  Ilha  da  Madeira 
em  1613,  o  falleceu  em  Lisboa  ignora-se  a 
epocha,  Achava-se  em  Pernambuco,  quan- 
do parte  do  Brasil  estava  occupado  pelos 
Hollandezes,   e  conseguiu    libertar  aquella 


VIE 


VIG 


807 


província  do  seu  jugo,  o  rostitui-la  á  co- 
roa porlugueza  eralGU,  pondo-se  áfren- 
lo  de  uma  revoluç5o,  obrando  prodígios  de 
valor,  o  rogeitando  dozentos  mil  cruzados, 
com  que  os  Uollandezes  o  quizeram  com- 
prar. Em  1658,  foi  nomeado  governador 
de  Angola,  lugar  que  desempenhou  com 
honra,  o  grande  proveito  daquella  provin- 
cia.  A  vida  deste  illustre  guerreiro  foi  es- 
cripla  por  diíTerentes  authores,  entre  elles 
por  Fr.  Rafael  do  Jesus. 

VIEIRA,  concelho  do  Portugal  distante  2 
léguas  e  meia  a  E.  de  Braga  ;  4,000  habi- 
tantes, lia  uma  freguezia  do  mesmo  nomo 
3  léguas  a  O.  de  Leiria  e  do  seu  concelho 
com  580  habitantes. 

viEiRiNHA,  s.  f.  diminut.  de  vieira. 

viEiRo,  s.  m.  V.  VeiOt  Veeiro,  Veiame' 
talica, 

viEis.  V.   Viez. 

VIELAS,  s.  f.  pi.  quatro  ferros  com  argo- 
las quQ  andam  sobre  o  rodízio  de  moi- 
nho. 

víella,  s.  f.  (dim.de  rio)  beco,  rua  es- 
treita. 

VIELLE   ou   VIEILLE-AURE,    (gCOgr.)  villa  de 

França,  a  11  léguas  de  Bagneres  ;  410  ha- 
bitantes. 

viELMUR,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  O,  do  Castres;  I.IGO  habiífntes. 

visNxNENSE,  (geogr. )  \iennensis,  parte 
Occidental  das  duas  provincias  do  Delphi- 
nado  o  de  Provença,  junclamcnte  cem  o 
condado  yenessino  ,  uma  das  17  provin- 
cias da  diocese  das  Gallias. 

viENNA,  (geogr  )  em  latim  Yindohona,  Fia- 
viana  castra,  Juliobona,  emallemão  \\icu, 
capilal  da  Áustria  e  de  toda  a  monarchia 
austríaca,  na  direita  do  Danúbio  ;  357,930 
habitantes. 

viENNA,  (geogr.)  \icnna,  \ienna  Allo- 
brogum,  cidade  de  França,  na  confluência 
do  Gero  e  do  Rhodano,  a  20  léguas  KO.  de 
Grcnoblc ;  16,480  habitantes. 

viENRA,  (geogr.)  \igcnna,  rio  de  França 
nasce  no  departamento  de  Correze,  o  lan- 
ça-so  no  Loire  em  Candes. 

viENNÀ  (departamento  do)  (geogr.)  depar- 
tamento do  França,  entro  os  Dous  Sevres, 
a  O.  do  iMaíne  e  Loire  e  do  Indre  o  Loire 
aoN. ;  288,200  habitantes.  Capital  Toi- 
liers. 

viENNA  (departamento  do  Alto),  (geogr.) 
departamento  de  França,  cnlre  os  de  Vien- 
na  e  Indre  ao  N.,  de  Dordogne  e  de  Cor- 
seze  ao  S.  de  Charente  a  O. ;  293,000  ha- 
bitantes. Capital  Limoges 

viEMNEZ,  (geogr.)  antigo  paiz  da  França, 
no  Baixo  Delphinado,  entre  o  Bhodano,  o 
Isero  c  o  Gresivaudon. 

Yii^RZOH  ou  VIBnZON-VlLLE,  (gcogr.)  cídd- 


de  do  França,  a  9  léguas  NO.  doBourges; 
4,980  habitantes. 

viESTi,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Pfa- 
polés,  a  10  léguas  NE.  do  Manfredonía  ; 
4,720  habitantes. 

viEux,  (geogr.)  Viducasses  villa  de  Fran- 
ça, a  2  léguas  o  meia  SO.  de  Caen ;  550 
habitantes. 

viEz,  s.  m.  (Fr.  biais^  «Iterado  do  Lat. 
obliquua]  direcção  obliqua.  Cortar  ao  — , 
obliquamente. 

viF,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  4  lé- 
guas N.  de  Grenoble;  2,360  habitantes. 

VIGA,  s.  f.  (provavelmente  do  Lat.  vigeo^ 
ere,  ter  força,  vigor)  trave  de  ediflcio. 

VIGADO,  A,  p.  p.  de  vigar;  adj.  assenta- 
do o  vigamenlo. 

VIG  AIR  A.  V.  Vigaria. 

viGAiRo.  V.   Vigário. 

viGAMENTO,  s.  íw.  (wicnío  suff.)  as  vigas 
do  edificio. 

viGAN,  (geogr.)  Vindomagus,  cidade  de 
França,  a  19  léguas  NO.  de  Nimes ;  5,049 
habitantes. 

VIGAR,  V.  a.  {tiga,  ar  des.  inf.)  assentar 
as  vigas  no  ediGcio. 

VIGARIA,  s.  f.  nas  ordens  terceiras  irman 
— >  a  que  faz  as  vezes  de  outra. 

VIGARIA,  s.  f.  o  oíTicio  do  vigarío  ;  paro- 
chíp.. 

VIGÁRIO,  s.  m.  [L&t.  viçar lum)  o  que  faz 
as  vezes  do  prelado  ou  de  cura  d'almas ; 
cura  d'almas.  —  geral  do  bispado,  da  vara. 
—  do  império,  príncipe  que  faz  as  vezes 
do  imperador. 

VIGÁRIO,  A.  adj.  V.   Vicário. 

viGEDis,  (geogr.)  cidade  de  França,  so- 
bre o  Vezere,  a  8  léguas  N.  de  Brives ; 
2,500  habitantes 

VIGÉSIMO,  A,  oí/y.  (Lat.  vigesimus)iminQ- 
ral  ordinal,  que  na  serie  numérica  se  segue 
ao  decimo  nono. 

viGEVANO,  (gcogr.)  \ictumbiat  cidade  dos 
Estados  Sardos ;  a  27  leg.  E.  de  Turin ; 
15,500  habitantes. 

viGGiANO,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  9  Icg.  S.  de  Potenza ;  5,500  ha- 
bitantes. 

VIGIA,  s  f.  [L&i.  vigil^  Fr.  vigie)  o  acto 
de  vigiar;  estado  de  vela.  Horas  de — .  Le- 
var cm  — ,  V  g.  —  o  baixo,  navegar  com 
tento,  ter  o  olho  no  perigo.  — ,  vigilância. 
— ,  senlinelia.  — ,  vigília,  insomnia.  — s, 
baixos,  parcéis,  cachopos  de  que  os  nave- 
gantes se  devem  guardar.  Os — s,  s.  in.pl. 
os  veladores. 

VIGIA,  (gcogr.)  antiga  villa  da  província 
do  Pará  no  Brazil,  a  15  léguas  da  cidade 
de  Bolem." 

VIGIADO,  A,  p.p.  de  vigiar;  at/j.  a  quem 
5c  poz,  sôlíie  quem  se  traz  vigia  ;  que  se 
202  * 


808 


VIG 


VIL 


vigia  de  alguém  ;  suspeitoso,  canto,  preveni- 
do ;  vigilante. 

viGiADOR,  s.  m.  o  que  vigia,  velador. 

viGiADOR,  A,  adj\  vigilante,  disposto. 

viGiANTE,  adj.  dos^  g.{L&i.vigilans,  tis] 
que  vigia , 

VIGIAR,  v.a,  [LSil.  vigilaré)  observar  com 
attenção,  com  desvelo.  —  o  mar  ao  longe, 
extender  a  vista,  para  ver  o  que  vem  ou 
apparece  ao  longe.  — ,  t?.  n.  velar,  estar 
desperto,  vigilante.  — se,  v.  r.  acautelar- 
se,  andar  com  cautela  para  se  resguardar 
de  perigo  ou  de  inimigo. 

VIGILÂNCIA,  s.  f.  (Lat.  vigilantia)  vigia 
cuidadosa,  desvelada. 

VIGILANTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  vigilans, 
tis)  dotado  de  vigilância,  velador. 

VIGILANTEMENTE,  ttdv.  [mínte  suff.)  com 
vigilância. 

viGiLANTissiMAMENTE,  adv.superl.  de  vi- 
gilantemente. 

vigilantíssimo.  A,  adj.  superl.  de  vigi- 
lante, muito  vigilante. 

vigília,  s.  f.  (Lat  vigília)  falta  de  som- 
no,  estado  desperto  ;  desvelo  em  algum  tra- 
balho :  véspera  de  festa.  Ter — ,  por  devo- 
ção, em  alguma  igreja.  «Em  —  da  morte.» 
na  véspera,  perto  da  hora  da  morte.  Âr- 
raes.  — ,  vigia,  em  que  se  reparte  a  noi- 
te;  é  de  três  horas. 

vigilo,  (hist)  papa,  natural  de  Roma, 
foi  eleito,  sendo  ainda  vivo  Silvério,  por  in- 
fluencia da  Imperatriz  Theodora,  que  jul- 
gou encontra-lo  inimigo  do  concilio  de  Cal- 
cedonia,  e  foi  reconhecido  depois  da  mor- 
te de  Silvério,  em  5ii8.  SoíTreu  muitas  per- 
seguições até  que  foi  preso  e  tratado  como 
herege  pelos  catholicos  zelosos,  por  causa 
da  questão  dos  Capítulos.  Morreu  em  555. 

vigivel  e  viGivELMENTE,  (aut.  O  plcb.)  por 
visivel,  visivelmente. 

V1GNEMALE,  (gcogr.)  montanha  do  Fran- 
ça, um  dos  mais  altos  cumes  dos  Piryneos. 

viGNEULLES,  (gcogr.)  cidade  de  França, 
a  7  léguas  SC.  de  Commercy  ;  1,070  ha- 
bitantes. 

viGNOLA,  (geogr.)  cidade  do  reino  de  Ná- 
poles, a  2  léguas  e  1  quarto  SO.  de  f  o- 
tenza ;  4,000  habitantes. 

viGNORiz,  (geogr.)  villa  de  França,  a  5 
léguas  N.  de  Chaumont;  770  habitantes. 

VIGO,  (geogr.)  ^icus  Spacorum,  cidade 
da  Hespanha,  a  20  léguas  80.  de  Santia- 
go;  5,000  habitantes. 

viGONHA,  s.  f.  (Cast.  vicwia)  quadrúpede 
da  America  meridional  cuja  lã  é  finíssima. 
V.  yicunha. 

VIGOR,  8.  m.  (Lat.  de  vis,  força,  energia, 
e  ago,  ere,  obrar)  esfoi  ço  enérgico  do  cor- 
po ou  da  alma.  O  —  dos  braços  ;  —  da  elo- 
quência. Estar  cm  — ,  diz- se  das  leis,  usos. 


VIGORADO,  A,  p,  p,  de  vigorar ;  adj.  for- 
tificado, fortalecido,  roborado. 

viGORANTE,  ãdj .  dos2g.  (med.)  que  vi- 
gora, fortalece.  Caldos,  substancias  — s. 

VIGORAR,  V.  a.  {vigor  ar  des.  inf.)  forti- 
ficar, roborar,  fortalecer,  dar  vigor.  — se, 
V.  r.  ou  — ,  V.  n.  adquirir  vigor,  força. 

viGORiSAR  ou  VIGORIZAR.  V.  Vigorar,  For- 
talecer. 

VIGOROSAMENTE,  adt).  [mente  suíT.)  com  vi- 
gor, com  força,  com  energia. 

viGOROSissiMAMENTE,  adv.  superl.  de  vi- 
gorosamente. 

VIGOROSO,  A,  adj.  (des.  aso)  que  tem  vi- 
gor, robusto,  forte,  enérgico. 

viGOTA,  s.  f,  diminuí,  de  viga,  viga  pe- 
quena. 

viGOTE,  s.  m.  V.   \igota. 

viGY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  4  lé- 
guas NE.  de  Metz ;  600  habitantes. 

viiR,  (ant.)  V.   Vir. 

VIL,  adj.  dos  2  g.  (Ut.  vilis,  Gr.  phaú- 
loSf  vil,  pequeno,  baixo,  mau ;  de  phlaó, 
espedaçar)  baixo  de  pouca  conta,  de  pouco 
preço,  desprezível.  Homem  — ,  da  Ínfima 
plebe,  desprezível,  que  faz  acções  deshon- 
rosas.  Acções  vis.  Homem  d^j  —  condição, 
plebeo. 

viLAiNE,  (geogr.)  Herius  e  Vicinovia,  rio 
de  França,  nasce  no  departamento  deMayen- 
ne,  e  lança-se  no  Atlântico. 

VILEZA,  s.  f.  o  ser  vil ;  baixeza  ;  acção 
de  homem  vil,  acção  deshonrosa,  animo  vil, 
baixo. 

VILOANESCA,     S.    f.    6  VILHANCETE,     S.    m. 

V.    Villancete. 

viLiiETE,  erro  por  bilhete. 

viLiAR.  V.  Aviltar,   Vilipendiar. 

YiLiCE.  V.    Velhice. 

víLiDA,  V.  Belida. 

vilificado.  V    Aviltado,  Envilecido. 

viLiFiCAR,  V.  a.  (Lat.  vilifícare)  V.  Avil' 
tar,  Envilecer. 

VILIPENDIADO,  A,  p.  p.  dc  vilipendiar  ; 
adj.  tido  por  vil ;  tratado  como  vil ;  trata- 
do com  desprezo. 

VILIPENDIAR,  V,  fl.  (Lat.  vHipcndo,  ere) 
ter  por  vil ;  tratar  como  vil ;  tratar  com 
desprezo,  por  obras  ou  palavras. 

VILIPENDIO,  s.  m.  desprezo,  menoscabo, 
desdouro. 

viLiPENDioso,  A,  adj.  (des.  oso)  que  traz 
vilipendio,  que  manifesta  vilipendio.  Pala- 
vras, maneiras,  tratamento  — . 

viLissiMAMENTE,  ado.  supcrl.  de  vilmen- 
te. 

viLissiMO,  A,  adj.  superl.  de  vil,  muito 
vil. 

viLLA,  s.  f.  (Lat.  villa,  casa  de  campo. 
Os  etymologistas  tom  dito  disparates,  á  cer- 
ca da  origem  desto  termo  e  de  ville  Fr.  ci- 


VIL 


VIL 


809 


dado.  Em  quanto  a  nós  vom  de  vallere, 
cercar  dovallado  ou  do  muros)  povoação  do 
menor  graduação  que  cidade.  Moça  da  — , 
camponeza,  mulher  do  campo.  — ,  casa  de 
campo. 

viLLA  DO  BISPO,  (geogr.)  villfl  de  Porlugal 
no  Algarve,  1  légua  e  meia  a  K  do  Cabo  de 
S.  Vicente  e  9  de  Faro  ;  750  hibitantes. 

VILLA  BOA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal, 
no  districto  de  Vizeu,  donde  dista  .S  léguas 
1,030  habitantes.  — Boado  Biapo,  no  con- 
celho de  Penafiel,  7  léguas  a. NE.  do  Porto, 
1,380  habitantes.  —  Boa  de  Roda,  povoa- 
ção no  c.mcelho  do  Guimarães  ;  1,108  ha- 
bitantes, 

viiLLA  BOiM,  (geogr.)  villa  de  Portugal,  a 
1  légua  d'Elvas,  900  habitantes. 

viLLA  cnÃA,  (geogr.)  ha  era  Portugal  no 
Minho  e  em  Traz-os-Montes  16  povoações 
com  esta  denominação,  pordra  todas  escas- 
samente povoadas  e  pouco  importantes. 

VILLA  DO  CONDE,  (geogr.)  villa  de  Portu- 
gal, no  districto  do  Ponto,  donde  dista  4 
léguas  ao  N.,  situada  na  margem  direita  e 
junto  á  foz  do  rio  Ave,  em  frente  de  Azu- 
rara; 3,200  habitantes. 

VILLA  COVA,  denoirinada  da  Coelheira, 
(geogr  )  villa  c  freguezia  do  Portugal  a  4 
léguas  de  í  amego ;  l,ii20  habitantes.  — 
Cova  da  Lixa,  freguezia  do  concelho  de 
Felgueiras  e  a  7  léguas  de  Braga,  1,?U0  ha- 
bitantes. Ha  mais  no  Minho  <>  Villas  Covas, 
todas  povoações  medianas. 

VILLA  FACAiA,  ígeogr.)  povoação  de  Por- 
tugal, no  concelho  de  Pedrogão-Grande, 
em  sitio  montuoso  e  de  bons  pastos;  t,170 
habitantes. 

VILLA  FERNANDO,  (googr  )  villa  de  Portu- 
gal,  a  2  léguas  da  Guarda  ;  1,080  habitan- 
tes. 

YiLLA  FLOR,  oulr'ora  Povoa  d'além-Sa'}or, 
(geogr)  concelho  de  Portugal,  situada  3  lé- 
guas e  meia  a  iSO  de  Moncorvo,  nas  faldas 
da  serra  de  Valfreixoso,  3,4C0  habitantes, 
lia  outra  pequena  villa  do  mesmo  nome, 
situada  /  léguas  a  KO.  de  Portalegre,  jun- 
to á  esquerda  do  Tejo,  a  qual  é  o  solar  do 
sr.  duque  da  Terceira. 

v  Li.A  DE  FRADES  (S.  Cucufate),  fgeogr.) 
concelho  de  Portugal,  no  districto  de  Keja, 
siiuado  5  léguas  ao  N.  ;  1,340  habitantes. 

VILLA  FRANCA  DE  XIRA,  villa  de  Portugal 
no  districto  de  Lisboa,  donde  dista  5  lé- 
guas e  meia  a  ISc).,  situada  na  direita  do 
Tejo,  importante  viila  de  5.000  habitantes, 
e  a  2  **  povoação  de  Ribatejo ;  possue  al- 
gumas casas  nobres  e  faz  considerável  com- 
mercio  com  Lisboa  e  Santarém:  os  seus  ar- 
redores são  airenos  e  fertilissiraos. 

VILLA  DE  IGREJA,  villa  6  freguezia  de  Por- 
tugal; 1,260  habitantes,  a  3  léguas  deVi- 
VOL.   iv. 


zeu,  próxima  á  direita  do  riacho  Salão,  que 
desagua  na  direita  do  Dão  :  o  seu  concelho 
denominado  Satão;  3,000  habitantes:  abun- 
da em  gado,  milho  e  centeio. 

VILLA    NOVA    DA   CERVEIRA,    (gCOgr.)     praça 

d'nrmas  o  villa  fronteira  da  província  do 
Minho  e  do  districto  de  Vianna  em  Portu- 
gal, situada  na  margem  esquerda  do  rio 
Minho,  a  2  léguas  e  meia  da  sua  desem- 
bocadura, o  9  a  NO.  de  Braga,  em  fi*ente 
do  forte  hespanhol  de  Goyau,  que  a  domi- 
na!: 1,200  habitantes.  —  Nova  de  Foz-Coa, 
villa  do  Portugal ;  2,900  habitantes  situa- 
da perto  da  esquerda  e  foz  de  Goa  com  o 
Douro,  e  1  Icgua  e  meia  ao  S.  de  Moncor- 
vo. —  Nova  de  Gaia,  V.  Gaia.  —  Nova  de 
Mil  Fontes,  concelho  no  districto  de  Beja, 
donde  dista  14  léguas  a  SO.,  situado  na  di- 
reita da  foz  do  rio  Odemira,  onde  tem  um 
pequeno  porto;  1,830  habitantes.  —  Nova 
de  Portimão,  V.  Portimão.  —  Nova  da  Rai- 
nha, freguezia  do  concelho  d'AIemquer,  si- 
tuada junto  ao  rio  deste  nome  e  a  1  quar- 
to de  légua  da  direita  do  Tejo,  dista  9  lé- 
guas e  meia  a  KE.  de  Lisboa  :  é  nesse  si- 
tio que  está  o  cáes  dos  vapores  de  Riba- 
tejo e  onde  cessa  a  sua  navegação  de  bar- 
cos de  quilha.  Os  seus  arredores  produzem 
vinhos  excellentes;  1,400  habitantes. 

VILLA  POUCA  d'aguiar,  villa  e  freguezia 
de  Portugal,  no  districto  de  Villa  Real, 
donde  dista  5  léguas  ao  N.,  e  situada  per- 
to do  rio  Corgo;  1,400  habitantes,  e  o  con- 
celho 8.700.  Pouco  ao  Poente  fica-lhe  a  ser- 
ra do  mesmo  nome,  a  qual  so  prolonga 
com  o  Tâmega  e  p  Pinhão  para  o  S. ;  não 
é  mais  que  ura  ramo  do  Marão. 

VILLA  REAL,  fica,  industriosa  G  importan- 
te viila  de  Porlugal,  a  mais  considerável 
povoação  de  Trás-os-Montes,  de  quem  é  uma 
das  suas  capitães  (a  outra  é  Bragança), 
5,000  habitantes. 

VILLA  REAL  DE  SANTO  ANTÓNIO  DE  ARENI- 

LHA,  (geogr.)  povoação  de  Portugal,  no  Al- 
garve fundada  pelo  marquez  de  Pombal, 
que  a  fez  edificar  em  5  mezes  no  anno  de 
174*. 

VILLA  DE  REI.  (geogr.)  villa  de  Portugal 
em  Santarém,  5  léguas  e  meia  a  NE.  de 
Thomar,  i  30O  habitantes  e  com  o  conce- 
lho 3,400.' 

VIMA  DO  SUL,  (geogr.)  villa  de  Portugal 
a  4  léguas  de  Viseu;  1,635  habitantes,  si- 
tuada porto  do  Riacho  Sul,  que  se  lança 
na  direita  do  Vouga  em  S    Pedro  do  Sul. 

VILLA  VERDE,  (geogr.)  Ha  5  povoações 
deste  nome  em  Portugal,  todas  insignifican- 
tes ;  a  mais  notável  é  a  denominada  dos 
Francos,  situada  2  léguas  e  meia  a  ISE. 
do  Torres-Vedras,  nas  faldas  da  serra  de 
Montejunto. 

203 


^n 


VIL 


VIL 


viLU  VIÇOSA,  (geogr.)  villa   de  Portuga /a  2  léguas    e  1  quarto  SO.    de  CastelloQ ; 


léguas  S.  0.  do 


situada  nuED&  planície  tão  fértil  e  viçosa, 
que  lhe  veio  a  dar  nome  ;  pertence  ao  dis- 
tricto  do  Évora,  donde  dista  7  léguas  a 
NIÍ.  e  2  léguas  e  meia  de  Estremoz ;  3,600 
habitantes. 

viLLA  GARCIA,  (geogr.)  cidado  e  pequeno 
porto  de  ílespanha,  a  10  léguas  SO.  de 
Santiago;  1,900  habitantes. 

viLLA  DEL  FUERTo,  (gôogr.)  cidado  do  Me- 
xico,  a  41  leg.  K.  de  Sinalca ;  7,900  ha- 
bitantes. 

VILLA  DEL  príncipe,  (geogf.)  cidâdc  da 
ilha  de  Cuba  a  54  léguas  SE.  de  Porto- 
del-Prineipe. 

VILLA  FRANCA,  (gcogr.)  Cidade  dos  Esta- 
dos Sardos,  a  4  léguas  SE.  de  Pignerol ; 
0,800  habitantes. 

viLLA  FRANCA,   (gcogr.)  cidade   do  reino 
Lombardo  Veneziano,  a  4 
Verona  ;  5,400  habitantes 

viiLA  FRANCA  DEL  Buzzo,  (geogr  )  cidade 
de  Hespanha ;  a  3  leg.  O.  de  Ponferrada ", 
3,OOJ  habitantes. 

VILLA  FRANCA  DE  LOS  BARROS,  (gCOgr.)  ci- 
dade de  ílespanha,  a  8  léguas  5.  de  Meri- 
da ;  6,40')  habitantes. 

VlLLA  FRANCA    DF.  PAREDES,     (gCOgr.)     All- 

íistiana,  cidade  do  ílespanha,  a  12  léguas 
O.  de  Barcelona  ;  4,701)  habitônles. 

VILLA  JOYOSA,  (googr.)  cidade  de  ílespa- 
nha, a  6  léguas  e  maia  I^E.  de  Alicante  ; 
7,400  habitantes. 

VILLA  DA  PRiNCEZA,  (geogr.)  villa  popu- 
losa e  mercantil  da  provincia  doRio-Gran- 
de-do-Norte  no  Brazil,  cabeça  da  comarca 
d'Açú,  situada  n'uma  vasta  campina,  so- 
bre a  margem  esquerda  do  rio  das  Pira- 
nhas, 

VILLA   DO    1SIPERA'D0R,  ^-COgr.)     nOVR    VJlk 

(h  provincia  de  Parahiba  no  Brasil,  na  co- 
marca deste  nome. 

VILLA  FRANCA,  ígcogr.)  vilIa  doprovincia 
do4'ará  no  Brazil,  em  principio  a  aldeia 
Camarú. 

ViLLA  NOVA   DE  CABF.LLAS,    (gCOgr.)   cidade 

de  ílespanha,  a  12  léguas  KE.  de  Tarra- 
•goiííi ;  9,5ô0  habitantes. 

VILLA  NUEVA  DEL  ARZOBispo,  (geogr.)  Ci- 
dade de  ílespanha,  a  9 'léguas  KE.  de  Ube- 
da  ;  4,500  habitantes. 

•VILLA   NU-EVA    DE  LA   SERENA,     (gCOgr.)     ci- 

àftde  de  ílespanha,  a  20  léguas  E.^  de  Ba- 
dí jaz  ;  l'2,O0O  habitaíntes. 

>VILLA  NUEVA   líE  LOS  IiNFANTES,  (^COgr.)  ci- 

flado  de  Ílespanha,  a  Oieguas  SE.  deCiu- 
dad-fReal ;  7,500  habita  ales. 

viiLA  NUEVA  DE  SAN  MARCOS,  (geogr.)  ci- 
dade de  Hespanha,  a  6  léguas  e  meia  iSE. 
,de  Antequera  ;  5^<iOjQ  habitantes. 

yiLLA  REAL,  (gcogf  .^xífíjfide  de  Hespauha, 


8,000  habitantes. 

viLLA  VICIOSA,  (geogr.)  villa  de  Hespanha, 
a  1  quarto  de  légua  S.  de  Brihuega ;  800 
habitantes. 

viLLACii,  (geogr.)  cidade  da  Illyria,  ca- 
pital de  circulo,  a  9  leg.  0.  do  Klagonfurth; 
4,000  habitantes. 

viLLAGEM,  s.f.  [Fr.vUlage]  villa,  povoa- 
ção menor  que  a  de  cidade ;  casa  rús- 
tica. 

viLLAiNE  LA  JUHEL,  (gcogr.)  cidade  de 
França,  a  9  leg.  E.  de  Mayenne;  2,440 
habitantes. 

viLLALAR,  (geogr.)  villa  de  Hespanha,  a 
9  léguas  SO.  de  Valladolid ;  700  habitan- 
tes. 

vjLLAMBLARD,  (geogr.j  cidads  de  França, 
a  6  léguas  NE.  de  Bergerac  ;  1,230  habi- 
tantes. 

viLLAMENTE.  V.   VUlãmente. 

viLLÃMKNTE,  adv.  [mente  suff )  de  modo 
villão,  como  villão. 

viLLANAGEM,  s.  f.  mullidão  do  villães, 

viLLANAz,  s  m.OMadj,  m.  augment.  da 
villão,  grande  villão. 

viLLANCP.TE,  s.  m.  pocjDa  brovo  e  rústi- 
co, chacota. 

viLLANDRAUT,  (geogr.)  villa  de  França,  a 
3  Icguas  0.  de  Bagas;  730  habitantes. 

viLLARESCO,  A,  ãdj .  ruslico  Poe.ia  — , 
villnncete. 

VlLLANlA,  S.   f. 

lães,  de  rústicos; 
dtí  animo. 

viLLANUOVA,  (gcogr.)  cidado  dos  Estados 
Sardos,  a  2  léguas  SO.  de  Macdovi ;  3,0(jO 
habitantes. 

VILLÃO,    S,    tn.    VIIXÃ  ou   VILLAN,    S.    f.  (dc 

viila)  rústico,  camponcz,  homem  ou  mulher 
({ue  habita  Gm  villa;  homem  não  nobre, 
peiío ;  homem  vil,  dcsprczivel.  —  ruim, 
tormo  do  desprezo. 

vJLLÃo,  ÃA  ou  AN,  ãdj.  campoucz,  rusli- 
co ;  (íig.)  descortez  ;  não  nobre.  Camlleiro 
— ,,  que  não  4  de  linhagem. 

viLLÃoziNíio,  s.  m.  dimmut.  de  villão. 

viLLAR,  s.  m.  (ant.)  casal,  aldeia.  <«  Os 
vlllares  novos  que  então  se  povoavam.  » 
Eluoid. 

VILLAR,  ígeogr.)  lia  cm  todo  o  reino  de 
Portugal  perto  de  duas  dúzias  de  .povoa- 
ções deste  :nome,  ou  com  mais  alguma  d^ 
iwminação,  como  sejão  :  —  do  Paraiso, 
—  de  Perdizes,  —  do  Pinlheiro,  —  Torpin 
etc  ,  porém  quasi  todas  as  froguezias  ^u  al- 
deias derramadas,  insignificantes  em  rique- 
za e  população. 

viLLARD  DE  LANS,  (gcogr.)  cidadc  do  Frao- 
ça,  a  5  léguas  e  meia  SÓ.  de  Granada  ; 
2,190  habitantes. 


(des.  ia)  mullidão  do  vil- 
acção  de  villão  ;  baixeza 


VIL 


VIL 


811 


viLLARBLHO,  (geogr.)  cordilheira  de  moíi-c»,   a     4  léguas  e  meia  E.  d*Alb)';   1,360 


tes  graníticos  om  Portugal  quo  com  diver- 
sas denominaçõíis  se  estendem  desdo  o  rio 
Tua  ató  S.  Fins  do  Douro,  no  districto  de 
Villa-Real.  Nas  suas  raizcs  estão  as  povoa- 
ções de  Favaios,  Alijó,  ele.  Esta  ultima  é 
regada  por  um  grande  manancial  que  nas- 
ce n'uma  alta  planicie  ou  plalõ  que  existe 
no  cume  da  serra.  Do  pincaro  do  cabeço 
da  Senhora  da  Cunha,  que  está  próxima 
ao  Amieiro,  se  goza  da  óptica  do  uma  vas- 
ta extensão. 

viLLARiNHO,  (geogr.)  com  este  nome  ha 
em  Portugal  perto  de  15  povoações  só  nas 
provindas  do  Minho  e  Tras-os-Monles,  qua- 
si  todas  pouco  importantes ;  as  mais  notá- 
veis são:  —  1.",  no  concelho  de  Louzã  a 
4  léguas  de  Coimbra,  1.20Í)  habitantes  ; 
2,*,  — do  Bairro,  villa  e  freguezia  do  dis- 
tricto d(j Aveiro,  l.GOí)  habitantes;  3", — 
da  Castanheira,  também  villa  de  900  e  o 
seu  concelho  de  3,700  habitantes,   situada 

2  léguas  a  í\0.  de  Moncotvo,  n'um  outei- 
ro, coai  ruínas  de  antigo  castello  :  f.bunda 
cm  castanha,  sumagre,  seda,  gado  ecaça; 
à.^,  — de  S.  fíomáo,  no  concelho  do  Vil- 
la-Real, 1,100  habitantes  ;  b  ^,  —  de  Sã- 
mardã,  aldeia  do  mesmo  concelho,  9í;0 
habitantes. 

viLLE  ouviLLER,  (gcogr.)  Cidade  de  Fran- 
ça, a  3  léguas  0.  de  Schelestadt ;  1,100 
habitantes. 

viLLEBOis,  (gcogr.)  villa  do  França,  a  3 
léguas  SE.  de  Ambrieux  ;  1,650  habitan- 
tes. 

viLLEBRUMiER,  (geogr.)  vllla  de  França, 
a  4  léguas  SE.  de  j.ontauban ;  814  habi- 
tantes. 

VILLE  d'avray,  (geogr.)  villa  do  França, 
a  meia  légua  KO.  de  Sevres  ;  500  habi- 
tantes. 

viLLE-DiEu,  (geogr.)  villa  de  França,    a 

3  léguas  e  meia  S.  de  Poitiers;  33ò  ha- 
bitantes. 

VILLE-DIEU-LES-POELES,     (gtOgr.)     CÍdadc 

do  França,  a  5  léguas  ÍSE.  de  Al>ranches ; 
3,850  habitantes. 

viLLE-DEU  (Maria  líortenso  Desjardins), 
litterata  franceza,  nasceu  em  1632,  mor- 
reu cm  1683.  Corapoz  algu«ias  poesias  e 
romances,  que  não  são  destituídos  de  me- 
recimento. 

VILLE-EN-TAHDENOIS,     ígCOgr.)      villa     d^ 

França,  a  4  léguas  c  meia  SO.  do  Reims; 
500  habitantes. 

viLLEFAGNAN,  (gcogr.)  cidade  da  França, 
a  2  léguas  e  meia  SO.  de  iluíTec ;  1,680 
habitantes, 

viLLEFORT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
11  léguas  E.  defende;  1,640  habitantes. 

viLLEFRANCHE,  (gcogr.)  Cidade  de  Fran- 


habítantes. 

VH.LKFRANCnE-DE-BELVEZ    OU  DE  PERIGORD, 

(geogr.)  cidade  de  França,  a  9  léguas  SO. 
do  Sartat ;  1,K00  habitantes. 

VILLEFRANCUE-DE-CONFLENT,     (gO  )gr.)    CÍ- 

dado  forte  de  França,  a  legua  o  naeia  SO. 
de  Prades  ;  600  habitantes. 

villefranche-de-lauraguais.  (geogr.)  ci- 
dade de  França,  a  8  léguas  SE.  de  Tou- 
louse;  2,760  habitantes. 

VTLLEFRANCHE-DE-LONCHAPT,    (gCOgr.)   ci- 

dade  de  França  a  10  léguas  f>0.  de  Bcr- 
gerac  ;  786  habitantes. 

VILLEFRANCHE  DE  ROUERGUE,  (gCOgr.)  Ci- 
dade de  França,  a  13  leg.  O.  de  Rhodei; 
8740  habitantes. 

VILLEFRATÇCIIE-SUR-SAONE,    (gCOgT.)  cidado 

do  França,  a  7  leg.  e  meia  N.  de  Lyou ; 
7,560  habitantes. 

viLLEJUiF,  (geogr.)  Villa  Judea,  cidade 
de  França  ,  a  2  legaas  S.  de  Paris  ;  1,650 
habitantes. 

viLLELA,  (geogr  )  lia  em  Portugal  7  al- 
deias ou  freguezias  d^sto  nome  na  provín- 
cia do  Minho  e  2  na  de  Tras-os-Montes ; 
700  habitantes. 

viLLEMUR,   (gcogr.)  cidflde  de  Frariça,  a 
9  leg.  n,  delolosa;  5,570  habitantes. 
-    viLLENA,  (geo^;r.)  cidade  de  ílespanha,  a 
£0  léguas  NE.  de  Murcia ;  9,000  habitan- 
tes. 

viLLENAUXE,  (gcogr.j  cídade  de  França, 
a  4  léguas  E  de  Kogent ;  2,713  habitan- 
tes. 

viLLENEuvE,  (gcogr.)  cídade  de  França, 
a  2  léguas  e  meia  N.  do  ^illefranche  de 
Rouergue  ;  3,361^  habitantes. 

VILLE  NEUVE   d'AGEN    OU    VILLENEUVE     SUR 

LOT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  7  léguas 
NE.  d'Agen;  11,220  habitantes. 

VILLE  KEUVE-i^E-BERG,  (cidsde  de  França, 
a  7  léguas  S.  do  Privas ;  2.5ii(í  habitantes. 

ViLLENEDVE  DE  MARSAN,  (geogr.)  cidadi5  de 
França,  a  5  léguas  de  Monto-de-Marsan  ; 
1,610  habitantes. 

VILLENEUVE   LARCHEVEQUK.    (gCOgr.  )  CÍda- 

dc  de  França,  a  6  leg.  E-  de  Sens ;  1,U80 
habitantes. 

VILLF.?íEUVE-LE-R01     OU     ViLLENEUVE    SUR 

YONNE,  (geogr.)  cidade  do  França,  a  4  lé- 
guas e  meia  NO.  de  Joigny  ;  5,l90  habi- 
tantes. 

VILLESEUVE-LBS-AVÍGNON,    (geogf.)    CÍd«de 

de  França,  a  8  léguas  E.  de  Uzés  ;  3,630 
habitantes. 

VILLENEUVE  s.  GEORGKS,  (geogf.)  Cidade 
de  França,  a  4  léguas  SK.  de  Paris;  1,100 
habitantes. 

viLLEQUiER.  (gcogr.)  villft  de  França,  a 
1  légua  SO.  de  Caudebec ;  900  habitante?. 
203   , 


812 


?IB! 


VIN 


viLLEREAL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
8  léguas  N.  de  Villeneuve-sur-Lot ;  l',420 
habitantes. 

viLLERS  BOCAGE,  (geogr.)  cidade  do  Fran- 
ça, a  6  léguas  e  meia  O.  de  Caen ;  1,!Í00 
habitantes. 

VILLERS-COTTERETS  OU  CORTE-RETZ,    (geO- 

gr.)  cidade  de  França,    a  7  léguas   e  meia, 
SO.  de  Soissons ;  2,700  habitantes. 

viLLERS-FARLAY,  (geogr.)  villa  dc  Frauça, 
a  5  léguas  N.  de  Poligny  ;  950  habitantes. 

viLLERs-SEXEL,  (gcogr.)  cidade  de  Fran- 
ça, a  4  léguas  e  meia  S.  de  Lure  :  1,260 
habitantes. 

viLLETA,  s.  f.  diminut.  deviWà,  pequena 
villa. 

viLLETTE,  (geogr.)  cidade  de  França  con- 
tigua a  Paris,  do  lado  doN.  ;  7,080  habi- 
tantes. 

viLLico,  s.  m.  (Lat.  villicus)  (ant.)  casei- 
ro, abegão,  feitor. 

viLLiERS,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  9 
léguas  S.  O.  de  Saumur  ;  1,000  habitan- 
tes. 

viLLiERS-LE-BEL,  (geogr  )  villa  de  Fran- 
ça, a  5  léguas  e  meia  SE.  de  Pontoise  ; 
1,500  habitantes, 

VILLIERS-SAINT-GEORGES,  (geOgr.)   villa  dc 

França,    a  4  léguas  INE.  de  Provins  ;    550 
habitantes. 

viLLÔA,  /.  (p,  us.)  devillão.  V.  Vil lan  ou. 
Villã. 

viLLULA,  s.  f.  (Lat )  prédio  rústico  pe- 
queno, herdade  insignificante 

viLMANSTRAND,  (geogr.)  cidade  forte  da 
Ilussia  europe?,  a  12  léguas  NO.  de  Vi- 
borg;  300  habitantes. 

VILMENTE,  adv.  [mente  suíT.)  de  modo  vil, 
com  vileza  •,  por  vil  ou  baixo  preço  «  O  ma- 
rinheiro que  —  á  vida  apreça.  »  Sá  Miran- 
da. 

VTLNA,  (geogr.)  antiga  cidade  da  Lilhua- 
nia,  hoje  na  Rússia  europea,  capital  do  go- 
verno de  Vilna,  a  230  léguas  SC.  de  S. 
Petersburgo ;  26,000  habitantes.  O  gover- 
no de  Yilna  foimado  pela  antiga  Lithua- 
nia,  tom  por  limites  os  de  ilroduo  a  O., 
de  Minsk  a  E.  e  confina  com  o  reino  da 
Polónia,  com  a  Prússia  e  o  mar  Báltico  ; 
1,380,01)0  habitantes. 

viLTA,  s.  f.  (ant  j  palavra  ou  acção  para 
aviltar  alguém. 

vltauo.  V.  Aviltaio. 

viLTANÇA,  s.  f.  (ant.)  V.  Aviltamento, 
Dcshonra. 

vjltaR,  (ant.)  V.  Aviilar. 

viLVEiiDEN,  (geogr.)  cidade  da  Bélgica ; 
a  3  léguas,  NE.  deBruxellas;  8,000  habi- 
tantes. 

VIMA,  5.  f.  emplasto  que  os  rústicos  pre- 
param. 


VIME,  s.  m.  [L&t.  vimen)  arbusto  que  dá 
varinhas  tenras  e  elásticas,  de  que  se  fazem 
cestos. - 

VIMEIRO,  (geogr.)  freguezia  de  Portugal, 
480  habitantes,  do  dislricto  de  Leiria,  si- 
tuada n'um  valle  regado  pelo  riacho  Ma- 
ceira,  18  léguas  ao  N.  do  Lisboa.  —  aldeia 
ao  concelho  da  Lourinhãa  10  léguas  a  NO. 
de  Lisboa,  30i)  habitantes. 

viMEM.  V.   Vime. 

viMEux,  (geogr.)  peguena  região  da  Fran- 
ça, na  Picardia,  entre  o  Bresle '?o  Somme. 

VIMIEIRO,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de 
Portugal,  do  districlo  de  Braga  ;  1,570  ha- 
bitantes. Ha  outra  villa  e  termo,  1,701  ha- 
bitantes, situada  5  léguas  a  NK.  de  Évora 
e  2  o  meia  de  Estremoz.  Ha  outra  aldeia 
no  concelho  de  Tordella,  a  légua  e  meia 
de  Viseu,  420  habitantes. 

viMiNAL  (monte) ,  Viminalis  mons,  uma 
das  collinas  de  Koma,  na  parte  oriental, 
entre  o  Quirinal  ao  N.,  eoEsquilino  ao  8. 

viMiNEO,  A,  adj.  (Lat.  vimineus)  de  vime. 
Cestos  —s. 

VIMIOSO,  (geogr.)  villa  e  freguezia  de  Por- 
tugal do  districto  de  Bragança,  situada  per- 
to da  esquerda  do  rio  de  Maçãas,  o  qual 
forma  em  parte  o  limite  da  fronteira  e  'ó 
léguas  a  0.  de  Miranda  do  Douro,  1,000 
habitantes,  e  o  seu  concelho,  2,000. 

viMORG,  (geogr.)  villa  de  França,  a  1  quar- 
to de  légua  S.  de  Montargis. 

viMOUTiERS.  (geogr.)  cidade  de  França, 
a  7  léguas  NE.  de  Argentan  ;  4,080  habi- 
tantes. 

viMY,  ({):eogr.)  cidade  de  Fra!?ça,  a  3  lé- 
guas N.  d' Arras  ;  1,1 60  habitantes. 

viNA,  (ant.)   V.    Vinha. 

VINAGRADO    V.  Avinojjrado. 

VINAGRAR.  V.   Avinagrar. 

VINAGRE,  s.  m.  (Fr.  mnaigre  ;  vin,  vinho, 
eaigre,  a^^ro,  azedo)  vinho  ou  outro  liqui- 
do fermentado  e  azedado.  Este  homem  é  um, 
— ,  (fig.)  tem  grnio  azedo,  desabrido, 

VINAGREIRA,  s.  f.  vaso  cm  que  se  faz,  ou 
em  que  se  guarda  o  vinagre ;  azedas,  her- 
va. 

VINAGREIRO,  s.  m.  0  quo  faz  ou  vende  vi- 
nagre. 

viNALiAS,  s.  f.  pi.  (Lat.  vinalia)  festas  da 
antiga  Roma  em  Seplembro  para  celebrar  o 
começo  da  vindima,  e  em  Maio  quando  se 
provava  o  vinho  novo. 

viHARio,  A,  adj.  (Lat.  vinarim)  próprio 
para  vinho.  Casa,  celta  — ,  adega. 

viNAROZ,  (geogr.)  cidadã  de  ilespanha,  a 
3  léguas  e  meia  li.  de  Península;  10,000 
habitantes. 

viNAY,  (geogr.)  Ventia  cidade  de  Fran- 
ça, a  2' léguas  e  meia  NE.  de  S.  Marcellin 
'òyó^a  habitantes. 


VIU 


VIN 


813 


viNÇA,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  2 
léguas  e  meia  M.  de  Prades;  2,070  ha- 
bitantes. 

YiNCAPERviNCA,  s.  f.  Home  de  uma  her- 
va. 

viNCENNES,  (geogr.)  AcítJÍc««as,  cidade  de 
França,  a  2  léguas  E.  de  Paris  ;  3,032  ha- 
bitantes. 

viNCENNEs,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
Unidos,  a  50  léguas  SO.  de  Indianopolis; 
1,500  habitantes. 

viNCETOx  CO,  s.  m.  (Lat.  vincetoxicum) 
herva  contra  veneno. 

TiNCi  (Leonardo  de),  (hist.)  pintor  italia- 
no, nasceu  era  1452,  morreu  em  1519, 
foi  discípulo  de  André  Verrochio,  dislin- 
guio-se  como  pintor,  esculptor,  mecânico, 
engenheiro  o  architecto.  O  museu  possuo 
y  quadros  de  Leonardo  de  Vinci,  entre  ou- 
tros, a  Virgem  nos  rochedcs,  o  retrato  de 
Carlos  Vlíl,  e  o  celebre  retrato  de  Lisa 
dei  Giocondo. 

viNCiAC  ou  vmcY,  (geogr.)  antiga  villa 
de  França,  que  se  julga  ser  hoje  Jinchy 
ou  Crevecoeur^  entre  Arras  o  Cambraya. 

VINCO,  s.  m.  (do  Lat.  vincio,  ire,  atar) 
marca  que  íica  em  cousa  que  se  dobrou,  ou 
no  corpo,  em  parte  apertada  com  liga,  íita 
etc. 

VINCULADO,  A,  p.  p  de  vincular ;  adj.  li- 
gado, preso  por  vínculos,  v.g.  — com  ou 
por  matrimonio  ;  —  por  ajuste,  pacto,  con- 
venção. Bens  — s,  de  morgado,  sobre  que 
se  instituio  vinculo. 

viNCULADOR,  A,  «.  0  que  vincula,  liga  ; 
o  instituidor  de  vinculo  ou  bens  de  morga- 
do. 

VINCULAR,  V.  a.  [vinculo,  ar,  des.  inf ) 
prender,  ligar,  v.  g.  —  alguém  por  benefí- 
cios. —  bens,  annexâ-los  em  vinculo  ou 
morgado.  — ,  impor  a  obrigação,  annexar, 
segurar  a  posse.  —  a  promessa.  — se,  v. 
g.  —  por  parentesco,  matrimonio,  obriga- 
ções. 

VINCULATIVO.     A,     VINCULATÓRIO,    A,     adj. 

que  serve  de  vincular,  manter,  firmar,  v. 
g.  —  de  contracto,  disposição. 

viNcuLAVEL,  adj.  dos2g.  fães  avel)  qae 
se  pode  vincular.  Bens  vinculáveis. 

VINCULO,  s.  m.  (Lat.  vinculum)  laço,  ata- 
dura, liame;  (lig.)  laço  moral.  O  —  ou — s 
conjugaes.  «Atados  em  —  de  irmandade  es- 
piritual. »  Barros. — ,  obrigação  nascida  da 
vontade  outorgante  ;  relação  obrigatória  de 
deveres  recíprocos.  —  de  morgado,  capella, 
instituição  de  administração  de  bens  inalie- 
náveis em  certa  linhagem  com  certos  en- 
cargos. V.  Morgado. 

VINDA,  s.  f.  \(\ovir)  o  acto  do  vir,  che- 
gada Dar  as  boas  — ,  a  quem  chegou  do 
novo  á  terra.  — do  mez.  V.  Vida  domrz. 

VOL.    1? 


viNDELiciA,  (geogr.)  hoje  o  S.  do  Wur^ 
íemberg  e  da  Baviera  occidental,  região 
da  Europa,  entre  a  Rhetia  ao  S.,  o  Danú- 
bio ao  N. 

viNDHYA  (montanhas),  (geogr.)  cordilhei- 
ra da  índia  septentrional,  extende-se  de  Ro- 
tasghor  ao  golpho  de  Cambaya. 

viNDiCAÇÃO,  s.  f.  (Lat.  vindicaíio,  onis) 
o  acto  de  vindicar ;  apologia.  — ,  (ant.)  vin- 
gança, punição. 

VINDICADO,  A,  p.p.  de  vindicar;  ad;.  re- 
cuperado ;  vingado ;  justificado. 

VINDICAR,  V.  a.  (Lat.  vindico,  are)  exigir 
a  restituição  do  que  se  nos  tirou  ;  cobrar, 
recuperar  por  acção  jurídica  ou  por  ar- 
mas. — ,  impor  penas,  castigar  :  «  as  leis 
vincíícam  taes  injurias.  » — ,  defender,  jus- 
tificar, v.g.  —  a  verdade,  a  fama  perdida. 

viNDiCATivo,  A,  adj.  puuitivo.  Justiça  — . 

viNDiciA,  s.  f.  (Lat.)  o  acto  de  revendi- 
car,  ou  de  fazer  valer  direito  sobre  pessoa 
ou  cousa. 

VINDICO,  A,  adj.  que  veio  para  a  terra 
oade  e«tá,  estrangeiro. 

VINDICTA,  s.f.  (Lat.)  vingança  que  se  to- 
ma de  quem  commette  acção  má  ;  castigo, 
punição, 

viNDiLES,  (hist.)  Vindili  (o  mesmo  nome 
que  Wendes  e  Vândalos)  parece  terem  sido 
aquelles  dos  Wendes,  que  ficaram  no  ter- 
ritório do  golpho  Yenedico. 

viNDiLis,  (geogr.)  ilha  do  Oceano  Atlân- 
tico, perto  da  costa  do  paiz  dosVenetes  na 
Gallia,  é  hoje  Belle-lle. 

VINDIMA,  s.  f.  (Lat.  vindemia)  a  colheita 
das  uvas :  a  tempo  e  trabalho  de  vindi- 
mar. 

viNDTMADEiRA,  s.  f.  mulhcr  quo  vindi- 
ma. 

VINDIMADO,  A,  f.  p.  de  vindimar  ;  adj.  co- 
lhido a  uva. 

viNDiMADOR,  s.  m.  (Lat.  vindemiator)  o 
que  vindima. 

viNDiMADURA,  s.  f.  V.   Vindima. 

VINDIMAR,  V'  a.  (Lat.  vindemiare)  colher 
as  uvas  da  vinha,  ou  das  parreiras;  (fíg.  e 
pleb.)  matar. 

VINDIMO,  A,  adj.  serôdio,  do  tempo  da 
vindima.  Peras — s.  Cesto — ,  próprio  para 
recolher  as  uvas. 

VINDITA,   s.  f.    V.   Vendita    e  Vindicta. 

"Vindo,  a,  p.  p  de  vir ;  adj.  chegado, 
que  veio;  —  a  noite.  «  E'  —  o  claro  dia.» 
Caminha.  «  Para  ver-teeouvir-tesó  sou  — .» 
Ferreira.  «  Era  —  nesta  terra.  » Clarim.  «  O 
pai  de  Eui'rt:sina  ó  — .  »  Eufros.  «  De  que 
tamanho  bem  ó  — ,  »  causado,  procedido. 
Ferreira,  Cai  tas.  Os  homens  — s  da(.hina. 
—  também  é  gerúndio.  Em  —  a  primave- 
ra, quando  vier. 

viNDOBONA,  (geogr.)  algumas  vezes  Julio- 
204 


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boztd,  hoje  Vienim,  cidade  da  Pa»acia  sti- 
pofior.  sobre  o  Danúbio. 

rjKDOMACUs,  (g«ogr.)  hoje  o  Vigan,  ci- 
dade da  Gallia  entre  os  Arecomicoí. 

VHíBe«is,  '^gféog-r.)  cidade  da  BrelaBka, 
kaj»  Wkads«ir. 

viNDONissA,  (geogr.)  boje  Windisch,  ci- 
«1^»  d»  íàdllia,  Ba  grande  iequaueza,  en- 
U»  06  littlvetes,  perto,  d'Aral». 

viNDOuuo,  A,  adj.  [i^ãt.  v$nPurits^  p.  fut. 
de«d»*»,  ire,  vip)  (juoestá  porvir,  futuro. 
Os  — s,  subsl. ,  a  posteridade. 

viNER,  vem  no  |Eiucidario  por  Vir.  Nós 
cremos  qiie  é  corrupção  do  Fr.  vf-nir,  vir. 

YiNGA.Da,  A,  p.  p.  de  vingar  ;  adj.  de  que 
ou  de  quem  se  tirou  vingança.  A  morte 
d'elle  foi  viiígada.  Tinha  —  o  amigo.  Tinha- 
se  —  do  pérfido  inimigo.  — ,  que  chegou  á 
maturidade,  chegado  a.  Lavoura — .  A  fru- 
ta tiaha  — .  «Achou-se  aa  altura  do  baixo 
da  Índia,  o  qual  o  piloto  fazia  —  por  noi- 
te, estimava,  julgava  ter  passado  de  noite. 
Couto. 

VINGADOR,  A,  s.  O  adj.  quo  vingou,  cas- 
tigou, que  tirou  vingança  de  alguém  por 
olfensacommettida  contra  apropria  pessoa 
ou  contra  outrem  ;  que  serve  de  castigo. 
Deus  vingador  de  sims  injurias,  que  se  vin- 
ga. 

VINGANÇA,  s.  f.  (Fr  vengeance)  o  acto  de 
se  vingar,  ou  de  vingar  outra  pessoa  oífen- 
dida ;  vindicta,  punição.  Pedir,  tomar,  fa- 
zer—  de  alguém,  ou  de  algum  delicto,  of- 
fensa.  Dar  —  de  uma  pessoa  a  outrem,  cas- 
tigar o  oíTensor.  «  A  cubica  dos  Romanos, 
e  as  suas  desordens  destruíram  Roma,  e 
deram  —  d'ella  ao  mundo.  »  Barros. 

VINGAR,  í;.  a  [h&l.  vindicare,  ¥r,venger 
de  vis,  força,  violência,  e  dica,  ere,  fazer 
voto,  dedicar,  prometter)  tirar  vingança  do 
mal  feito  por  alguém  a  nós  ou  a  outrem,  in- 
fligir pena,  castigo  a  quem  commetteu  of- 
fensa  ;  punir  delicto,  crime.  «Km  simn^fa- 
va  o  erro  alheio.  »  Resende.  —  offensas, 
aífrontas,  —  com  pena  de  morte,  punir. 
-—SE,  V.  r.  tirar  vingança  de  alguém,  ti- 
rar satisfação  da  injuria.  VÍ7iguei-me,  fiz 
mal  a  quem  m'o  havia  feito.  Vingou-se  do 
traidor. 

VINGAR,  V.  a.  (é  alteração  do  Lat.  vinco, 
ere,  vencer)  alcançar,  attingiro  termo,  ven- 
cer: —  termo,  lugar,  espaço;  — a  banda 
d'alem  nadando  «  —  a  altura  do  Cabo  de 
Boa  Esperança.  »  Couto,  Dec.  VII,  4,  l. 
«  Para  poder  —  as  oito  léguas  Eufr.  2,  5. 
—  a  sclla,  montar,  cavalgar.  «  Ao  saltar 
não  vingou  o  cavallo  á  outra  banda.  »  «  Nãe 
pudemos  —  as  ondas,  »  vencer.  — ,  v.  n. 
chegar  ao  termo  de  perfeição.  Vingou  a  fru- 
ta. «Nem  todas  fis  flores  mn^^am  em  fruto.» 
Bern.  Florest.  —  a  agua  do  rio,  começar 


!a  correr  pelo  alveo  que  se  lhe  abriu.  — , 
j  (a»t.)  coferar,  vencer,  receber.  Escudeiro, 
I  fidalgo  ou  cavalleiro  de  —  500  ou  maii 
\  soldos,  isto  ó,  cuja  morte  ou  ferida  se  re 
j  mio  cora  aquella  quantia.  «A  cousa  que  a 
1  mulher  deaaandare  — .  »  (jvô.  AÍTous.,  co- 
brar. 

viNG.vTivo,  A,  adj.  inclinado  á  vingança, 
amigo  d»  >ingar-so, 

viPWA,  s.  f.  (Lat  vinea.  V.  \inho)  lugar 
plantado  de  videiras.  «A  —  do  Senhor,  »  o 
pasto  espiritual  da  alma. 

viNHAÇA,  s.  f.  (des.  peiorativa  aça)  mau 
vinho  desbotado  ;  (fig.)  borracheira.  Cozer 
a  — . 

VINMADEGO   OU   VINIIAGO,     S.    m.    (aut.j    V. 

Vinha. 

viNiíADEiRO.  Y.   Vinheiro. 

viNUAEs,  (geogr.)  grande  concelho  de  Por- 
tugal no  districto  de  Bragimça,  dista  4  lé- 
guas a  O.,  situado  perto  da  direita  do  rio 
Tuela,  aííluenle  do  Tua  ;  encerra  antigui- 
dades no  seu  território  ;  600  habitantes. 

viNHAR,  s.  m.  lugar  plantado  de  vi- 
nha. 

viNHATARiA,  s.  [.{áds.  aría)  cultura  das 
vinhas ;  fabricação  do  vinho. 

viNHATEGO.  V.   Vinhadego,    Vinha. 

VINHATEIRO,  s.  m.  agricultor  de  vinhas  ; 
fabricador  de  vinho. 

viNOATico,  s.rn.  pau  amareliado  doBra- 
zil,  de  que  se  fazem  tonneis  para  vinho, 

VINHEDO,  s  m.  vinha,  terra  plantada  do 
videiras. 

VINHEIRO,  s.  m.  guardador  da  vinha,  o 
que  a  cultiva  como  servo,  ou  como  ren- 
deiro. 

viNHETE,  s.  m.  diminui,  de  vinho,  vi- 
nho fraco. 

VINHO,  s.  m.  (Lat.  vinum.  Gr.  olnos,  que 
os  etymologistas  derivam  de  onewi,  ser  útil. 
A  verdadeira  origem  ó  o  t.  Egypcio  ounof, 
alegria,  alegrar-so)  o  sueco  das  uvas  fer- 
mentado. --  donzel,    ou  —  macho,  puro. 

—  bolado,  que  perdeu  a  côr,  —  gordo,  que 
faz  fio.  — toldado,  não  depurado,  que  tem 
fezes.  —  cascarrão,  áspero  ao  paladar  e 
forte.  —  molle,  em  mosto.  —  de  cutello, 
da  colheita  própria.  —  de  pé,  de  cepas  po- 
dadas, e  não  enforcadas  ou  embarradas.  — 
pAlhete,  de  côr  tirante  á  de  palha.  — ,  li- 
cor fermentado  extrahido  de  diversas  arvo- 
res e  frutos.  — ,  napharmacia,  composição 
em  que  entra  vinho,  infusão  vinosa,  v.  g. 

—  de  ipecacuanha,  quinado. 

VíNflOGO,  s.  m.  (ant.)  lugar  de  muitas  vi- 
nhas, abundante  em  vinho. 

viNHOTE,  s.  m.  (t.  famil.)  homem  dado  oo 
vinho. 

viNOLENCiA,  s.  f.  (Lat.  vinolentia)  bebe- 
dice, embriaguez. 


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VIO 


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viifOLSffTO,  A,  ot^*.  (Lat.  vinolen^Hs)  (hão 
a  beber  vinho. 

viiK>so,  A,  ad^.  (Lat.  tinosus)  que  dá  vi- 
nho. Planta  — .  — ,  próprio  para  guardar 
ou  •ontor  vinho.  A'as(»8  — *.  — ,  dritk)  ao 
vinho.  Infusão,  tiníur»  — ,  feila  com  vi- 
nho. Licor  — ,  espirituoso,   semulhanle  ao 

vir»R,  Y.  Víf. 

YiílTADôzBiio.  V.   Vintedoaeno. 

viRTAmiRO.  Y.   VintieriCiro. 

viNTARimo,  A,  atlj.  (ant.)  Terra  — .  O 
Elucidário  interprPt» :  terra  rauifrítca,  dif- 
ficil  d'.5  cultivar  e  que  só  se  cultiva  de  vin- 
te em  vinte  annos. 

VINTE,  axlj.  numeral  dos  2  g.  (Lat.  ti- 
ginti ;  no  dialecto  Ejirypcio,  Thebano  ouSai- 
tico  djt  ou  d j  CDU  te.  l&Ueztigínti  s(^ja  for- 
mado de  bis,  duas  vezes,  o  decem,  dez,  as- 
sim como  em  Saxão  iuenti,  é  formado  de 
íueo,  dois,  e  ti,  dez)  duas  dezenas,  duas 
vezes  dez.  Os —  e  quatro,  ou  casa  dos — , 
delegados  dosoflicios  mechanicos  de  Lisboa 
eleitos  para  membros  da  camará  municipal 
da  cidade  com  voto  em  matérias  económi- 
cas, boje  já  não  existe. 

VINTE,  s.  m.  O — .  no  jogo  da  bola;  éo 
pau  que  vale  20  pontos  para  quem  o  der- 
riba. O  —  e  um,  nome  de  um  jogo  de  car- 
tas em  que  este  ponto  éoquo  ganha. 

vi?<Tg,  adj.  dos  2  g  (Lat.  veniens,  tis) 
vindo,  (ant.  e  obsol.)  «  E  —  o  dito  dia,  »  — s 
elles.  Os  — s,  os  vindouros. 

vintedoze.no,  a,  adj.  Panno  — ,  segun- 
do o  Regimento  de  1690,  tem  de  ordidura 
dois  mil  e  duzeitos  fios. 

VINTE  E  OCHENO,  A,  adj.  Panuo  — ,  que 
tem  dois  mil  e  oitocentos  fios  de  ordidura. 

VINTE    B   QUATRENO,     A,     adj.    PãUnO    — , 

que  tem  2400  fios  de  ordidura. 

VINTE    E   QUATRO.    V.     Vintô. 

VINTÉM,  s.  f.  pi.  Vinténs,  antiga  moeda 
de  prata  e  hoje  de  cobre  que  vale  vinte  réis. 

VINTENA,  s.  f.  a  vigésima  parte  ;  o  nu- 
mero vinte ;  tributo  de  um  tirado  de  cada 
vinte  ;  um  homem  tirado  de  cada  vinte  ; 
junta  de  vinteneiros  ;  vinte  vizinhos  ou  ca- 
saes,  d'onde  vem  a  denominação  de  juiz 
da  — .  Catallo  da  — ,  cavallo  pai  que  se 
lacça  todos  os  annos  a  vmte  éguas  de  raça. 

viNTENEiRO,  s.  m.  cabo,  oílicial  dos  bar- 
queiros ou  pescado  es  alistados  para  o  ser- 
viço das  galés  e  das  armadas  reaes. 

viNTENO,  A,  adj.  vigésimo.  Panno  — ,  que 
tem  dois  mil  fios  de  ordidura. 

vintequatría,  s.  f.  o  grémio  dos  vinte  e 
quatro  membros  mechanicos  da  camará  mu- 
nicipal de  Lisboa.  Privilegio  de — . 

viNTimcLiA,  (geogr.)  Vintimiglia  em  ita- 
liano, Âlbium  Intemelium  em  latim,  cida- 
de dos  estados  sardos,  a  7  léguas  e  meia 
INE.  de  Rice ;  5,000  habitantes. 


vio,  obsol.  ?.  Yinho^ 

riotA,  s.  f.  (}l&l.  viola,  é%  alaúde,  em 
Arab.  alaúd)  instrumenta  d»  cordas  de  tri- 
pas éo  carneiro  com  braç(>  guarfieekh»  de 
trastes.  —  «Harce,  rabecar.  — ,  peixe  da  fei- 
ção de  viol». 

VIOLA,  s.  f.  (Lat.  ziola,  Gr.  ion)  flt>r  de 
cdr  rôi»  6  ii  planta  que  a  dá,  violet» 

VIOLAÇÃO,  í. /".  (Lat.  «'lo/afcw,  ont*)'aaeto 
de  violar  ovt  de  ser-  violado . 

VIOLÁCEO,  A,  aáj.  (Lat.  violitceus)  da  côr 
de  violas  out  violetas,  arroxado. 

VIOLADO,  A,  p.  p.  de  violar  ;  adj.  quebran- 
tado, v,g.  o  pacto,  ajuste,  a  convenção — . 
Mulher  — ,  desflorada,  forçada,  estuprada. 
— ,  profanado.  Templo  — . 

VIOLADO,  A,  adj.  da  côr  de  violas  ou  vio- 
letas. Xarope — ,  de  violas. 

VIOLADOR,  s.  m.  o  que  violou,  quebran- 
tou, profanou  :  —  de  mulher ;  —  das  leis 
sagradas  ;  —  pez,  do  pacto. 

viOLAT,  s.  m.  (des.  collect.  aí)  campo  em 
que  ha  muitas  violas  (flor). 

VIOLÃO,  s.  f.  (Fr.  cío/on)  rabeca. 

VOLAH,  s.  m.  V.    Violai. 

VIOLAR,  V.  a  [Lat.  violare,  devi,  abl.de 
vis,  força,  violência,  elcedo,  ere,  oíTender) 
quebrantar :  —  a  lei,  o  preceito,  o  pacto, 
o  tratado,  a  paz.  —  a  donzella,  desflorar. 
—  a  mulher,  forçar.  — ,  profanar.  —  o 
lugar  sagrado ,  pulluir.  —  composições 
alheias,  fazer  nellas  correcções  não  autori- 
sadas,   sem  ter  certeza  de  serem  cí  rrectas. 

viOLAVEL,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  violabilis) 
que  se  pode  violar. 

VIOLEIRO,  s.  m.  o  que  faz  e  vende  vio- 
las ;  tangedor  de  viola. 

viOLENCiA,  s.  f.  (Lat.  violentia)  força,  ím- 
peto, granda  impulso.  A  —  da  corrente,  — 
do  vento.  — ,  intensidade,  v.  g.  —  da  dôr, 
da  paixão  do  frio,  do  calor.  — ,  força  feita 
a  alguém  contra  o  direito. 

VIOLENTADO,  A,  p.  p.  de  violcutar;  adj. 
forçado,  constrangido,  tomado  por  força, 
por  violência. 

viOLENTADoR,  «.  m.  O  que  violenta. 

VIOLENTAMENTE,  adv.  [mente  suff.)  com 
violência,  por  violência. 

VIOLENTAR,  V.  a.  {violcnto,  ar  des.  inf.) 
forçar ,  empregar  violência ;  constranger, 
forçar  a  vontade. 

VIOLENTO,  A,  adj.  (Lat.  violentus)  vehe- 
mente,  impetuoso.  Homem — ,  arrebatado. 
Morte  — ,  dada  a  alguém  por  meios  violen- 
tos.   Pôr  mãos  — s  em  alguém,    atacA-lo. 

viOLBiA,  s.  f.  diminut.  de  viola,  flor.  — s, 
flor  roxa  e  cheirosa. 

viOLBTE,  ãdj,  dos  2  g.  da  côr  de  violas, 
arroxado. 

violinhA,  s.  f.  diminui i  de  viola,  ins-« 
trumento  musico. 

204  « 


816 


VIR 


VIR 


VIOLINO,  s.  m.  (Ital.)  rabeca. 

viPERO,  A,  adj.  (Lat.  mpereus)  de  víbora. 
«  — s  grenhai.  »  Bocage. 

TiPERiNO,  A,  adj.  (Lat.  viperinus)  de  ví- 
bora. Dente  — ,  venenoso.  Veneno  — ,  da 
víbora.  «  Tísifone  as  — s  azas  sacudindo,  ». 
Vasconcellos. 

VIR,  V.  n.  (Lat.  cenio,  ire,  que  os  anti- 
gos Portuguezes  pronunciavam  sem  duvida 
veir  ou  viir,  d'onde  por  contracção  disse- 
ram zir.  Vem  do  Egypcio  neou  ou  na,  vir, 
e  ouei,  longe,  distancia)  transpartar-se  de 
um  lugar,  mais  ou  menos  distante,  para 
aquelle  onde  pára  ou  está  alguém.  Díz-se 
das  pessoas,  anitnaes  e  cousas.  Este  cantor 
veio  de  Itália.  As  aves  de  arribação  vem 
todos  os  annos  de  regiões  remotis.  Este 
navio  í?eio  da  China.  — ,  chegar,  v.  g  vie- 
ram cartas,   veio  o  paquete  de  Inglaterra. 

—  sobre  a  praça,  marchar  contra  ella  para 
a  acommetter.  — ,  cheg.r,  fallando  do  tem- 
po, V.  g,  veio  em  fim  a  occasião  ;  virá  tem- 
po em  que  te  arrependerás ;  veio  a  prima- 
vera, a  madrugada,  a  noite ;  o  trigo  vem  gra- 
do porSeptembro  ;  estas  uvas  rem  em  Agos- 
to. —  a  palavras,  a  razões  desconcertadas. 

—  ás  mãos,  ter  brigas,  brigar,  ou  —  aos 
cabellos,  —  á  memoria,  ao  pensamento, 
occorrer.  —  aprova,  fazer  ou  soffrer  exame, 
experiência.  — asaber-se,  divulgar-so.  Vi- 
nham fallando,  discorrendo,  discorriam  ca- 
minhando. — ,  (ant.)ajustar-se.  «  Vinham- 
llie  as  armas  muito  bem.  »  Palmeir.,  assen- 
tavam bem  na  pessoa.  — ,  (ant.)  avançar-se, 
ter  vista,  deitar  para,  v.  g.  vinha  a  va- 
randa para  o  rio.  -^,  nascer,  proceder,  v: 
g.  da  excessiva  ambição  vieram  os  desas- 
tres da  republica  e  do  império  romano.  Da 
ignorância  vem  a  superstição  e  os  seus  fu- 
nestos eífeitos. 

Os  antigos  diziam  :  —  em  um  lugar,  v. 
g.  cm  a  casa,  á  quinta,  cidade.  — se,  v. 
r.  vir.  Veiu-SG  fugindo,  tndando. 

VIRA,  s.  f.  {Fr.  vire,  flecha,  dardo)  setta 
mui  aguda.  «  Metter  —  em  barreira.  »  Ulis. 

VIRA,  s.  f.  (do  Fr.  mro/e)  o  Elucidário  diz 
que  era  tira  de  coiro  com  que  os  besteiros 
forravam  as  mãos  para  armarem  a  besta. 
— ,  peça  de  coiro  que  se  cose  no  lugar  on- 
de o  sapato  arrebentou.  Meia  — ,  tira  de 
coiro  entre  a  palmilha  e  a  sola  ;  (fig.)  me- 
tade do  que  íòra  sufficiente. 

VIRAÇÃO,  s.  f.  [é  contracção  áe  suave  au- 
ra) vento  brando  e  fresco;  (fig)  a  —  da 
graça,  inspiríição. 

vír'accento,  s.  m.  apostropho,  signalor- 
thographíco  (' ). 

VIRADO,  A,  p.  p.  de  virar;  adj.  voltado, 
mudado  de  direcção,  invertido,  gyrado.    . 

viHADOH,  s  m.  cabo  cm  que  sealaopeso 
quo  so  quer  mover  com  cabrestante,   e  se 


vai  envolvendo  no  cylindro.  \iradores  de 
encadernador  ou  livreiro,  ferros  de  dourar 
com  que  se  fazem  fihtes  delgados  e  direi- 
tos. 

VIRAGO,  s.  f.  (Lat.  virago,  de  vir,  varão) 
mulher  de  estatura  feições  e  voz  varo- 
nil. 

VIRAR,  íj.  a.  (Fr.  rírer,  do  Lat.  ^ft/ro,  are, 
gyrar)  voltar,  mudar  a  direcção  de  alguma 
cousa. — a  proa,  mudar  de  rumo.  — a  ca- 
saca, pôr  o  avesso  do  panno  para  fora  ;  (fig.) 
mudar  de  opinião,  de  partido.  — ,  rodear, 
tornear.  «Yirando  e  revirando  grandes  rios.» 
Naufr.  de  Sepulv.  —  as  armas  contra  o  ini- 
saigo.  — ,  v.n  ^  — SE,  v.  r.  voltar-se.  — 
na  cama,  dar  voltas.  —  para  Deus,  recor- 
rer a  elle,  converter-se.  — se  a  alguém  o 
miollo,  perder  o  juízo. 

viRATÃO;  s.  m.  angment.  de  vira.  V.  \i- 
rotão. 

V1RAV0T.TAS,  s.  f  pi.  ídas  e  vindas;  (fig.) 
vicissitudes,  alternativas,  v.  g.  —  da  for- 
tuna. 

viRBio,  (mylh.)  filho  de  Hyppolito  e  de 
Aricia,  e  o  próprio  Hippolyto  depois  que 
Diana  lhe  restituiu  a  vida. 

V  RE,  (geogr.)  Viria,  Castrum  Viriense, 
cidade  de  França,  a  15  léguas  SO.  deCaen; 
7,340  habitantes. 

VIRE,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  nos 
confins  dos  departamentos  da  Mancha  e 
Calvados,  >e  cahe  na  Mancha,  pouco  acima 
de  Isigny. 

VIRENTE,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  virens,  tis) 
verde,  viçoso,  queverdpja.  — s  palmas.  A 
—  fortuna,  (fig  )  próspera. 

viRGA,  s  f,  (Lat.  virga,  vara)  vara,  açou- 
te. É  só  usado  na  phrase  adverbial :  á  — 
férrea,  por  força,  com  todo  o  rigor. 

VIRGEM,  s.  f.  (Lat  virgo,  inis,  de  vir, 
homem,  varão,  e  egeo,  ere,  carecer),  mu- 
lher que  ainda  não  teve  cópula  carnal  com 
homem,  donzella.  Signo  da — ,  virgo,  cons- 
tellação  zodiacal  representada  ,por  uma  mu- 
lher com  espiga  na  mão.  É  hieroglypbo 
symbolico  do  mez  que  no  zodíaco  primiti- 
vo correspondia  á  colheita  dos  pães.  A  san- 
ta Virgem,  Maria,  mãi  de  Jesu-Christo,  a 
mãi  de  Deus.  Virgens  do  lagar,  duas  pe- 
ças empinadas  fora  do  lagar,  que  tolhera 
que  a  vara  ou  o  feixo  decline  para  um  la- 
do: —  dos  engenhos  de  moer  cabinas,  qua- 
tro paus  quadrados  r-erpendiculares  sobre 
os  quaes  se  põe  os  dormentes,  aponte,  os 
gatos,  etc.  ;  entre  ellas  andam  os  três  ei- 
xos. 

VIRGEM,  adj.  dos  2  g.  Mulher  — ,  casta. 
(fig  )  qre  ainda  não  sérvio,  ou  que  não  re- 
cebeu preparo.  Ovro,  prata — ,  bruta,  co- 
mo sahe  da  mina.  Terra — ,  que  ainda  não 
recebeu   cultura,    Cal  — ,    não  preparada. 


vm 


YIR 


817 


Mares  virgens,  nunca  d'aDtes  navegados. 
V.   Virginal. 

VIRGENS,  (geogr.)  grupo  de  ilhas,  que  fa- 
zem parte  das  Antilhas ;  são  40  e  contam 
20,000  habitantes. 

viKGEU,  (ant.)  V,  \ergel,  Pomar. 

VIRGÍLIO,  (hist  )  P.  Mryilius  Maro,  o 
principo  dos  poetas  latinos,  nasceu  em  70 
ou  em  69  antes  de  J.  C.  na  villa  de  An- 
des perto  de  Manliia,  foi  educado  em  Cre- 
mona  e  ^apules  e  preparou-se  para  a  poe- 
sia com  o  aturado  estudo  das  lellras  gre- 
gas. Morreu  era  Brindes  na  Calábria  no 
aono  19  antes  de  Jesu- thristo,  o  seu  cor- 
po foi  transportado  a  Nápoles  ;  e  pôz-se  no 
seu  tumulo  este  dislico  por  elle  composto 
nos  últimos  instantes  da  vida  : 


llantua  me  genuit,  Calabri  rapuefe  ;  tenet  nunc 
Parlhenope  :  cecini  pascua,  rura,  duces 

Alem  das  Buccolicas,  Georgicas  e  a  Enei- 
da ha  em  nome  de  Virgílio  algumas  obras, 
que  evidentemente  não  lhe  pertencem. 

VIRGINAL,  adj.  dos^g.  (Lat.  virginalis), 
de  virgem,- puro,  casto  como  a  virgem.  Pe- 
jo, candura  — .  Leite  — ,  preparação  cos- 
mética para  fazer  bom  carão 

VIRGINDADE,  s  f.  (Lat.  virginitas,  tis), 
estado  de  virgem,  pure/a  virginal ;  o  virgo. 

VIRGÍNEO,  A,  adj.  (Lat.  virgineus),  de 
virgem,  virginal. 


03  formosos  limões,  alU  cheirando, 
Estáo  virgiaeas  tetas  imitando. 

Camões,  Lus.  ix,  56. 


VIRGÍNIA,  (geogr.)  um  dos  Estados  da  União 
da  America  do  Norte,  tem  por  limites  ao 
N.  o  Marylsnd  e  a  Pensylvania,  ao  S.  a 
Carolina  e  o  T»^nesseo,  a  O.  o  Kentuki  e 
o  Ohio  ;  ,:á50,000  habitantes.  Capital  Ri- 
cheuiond. 

viRGiMO  RUFO,  (hist  )  general  romano, 
nasceu  nos  arredores  de  Como  no  anno  l-i 
de  Jesu-Christo,  obteve  tres  vezes  o  consu- 
lado, foi  governador  da  Alta  Germânia,  rL-ar- 
chou  contra  Vindei,  aquém  venceu,  recu- 
sou duas  vezes  o  império  e  morreu  em  07. 

VIRGO,  s.  m.  o  hvmon,  membrana  que 
de  ordinário  se  dil-^cera  pela  cópula  cainal; 
virgindade.  Ter,  perder  o  — . 

MRGO,  s  f.  o  signo  do  zodiaco,  Virgem. 

viKGLL^,  s.  /.  (Lat.  dim.  devír^o,  vara) 
signal  orlhogiãphico  (  ,  ]  que  divide  os  mem- 
bros do  periodo,  ou  da  phrase 

viKCULADo,  A,  p.  p.  de  virgular ;  adj  se- 
parado por  virgulas. 

YiRGULAn,  V.  a.  {airgula,  ar  des.  inf.)  86' 
vni.     IV 


parar  com  ou  por  virgulas  :  —  o  periodo,  a 
phrase. 

viRGiiLOSA,  adj.  f.  {de  virgula.  Fr.  virgu- 
leuse)  Peva — ,  de  exceliente  gosto,  e  cujo 
pó  tem  curvatura  semelhante  á  de  uma  vir- 
gula. 

viRGULTA,  s  f.  (Lat.  virgullum)  varinha 
de  arvore,  vara  tenra  e  ílôxivel. 

VIRIATO,  (hist)  chefe  lusil«no,  foi  succes- 
sivamente  pastor,  caçador,  chefe  de  saltea- 
dores ;  levantou  o  estandarte  da  revolta  con- 
tra os  Homanos,  no  anno  Míí  antes  '!eJe- 
su-Christo  ;  derrotou  4  pretores,  levantou 
contra  os  Romanos  muitos  povos  da  Celti- 
beria,  e  obrigou  o  cônsul  Fábio  Maiimo  a 
concluir  paz  com  elle,  mas  foi  assassinado 
no  anno  142  por  dois  dos  seus  generaes 
comprados  por  Cepião. 

viridante,  adj.  dos  2  g.  (Lat.  viridans, 
tis]  que  começa  a  verdejar;  que  verdeja. 

viHiEu,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  SE.  de  la  Tour  do  Pin ;  1,270  ha- 
bitantes. 

viRiEU  LE-GRAND,  (googr.)  cidado  de  Fran- 
ça, a  4  léguas  NO.  de  Belley  ;  780  habi- 
tantes. 

VIRIL,  adj.  dos2g.  (Lat.  tirí/is)  de  varão, 
másculo,  de  homem  adulto,  varonil.  Estatu- 
ra, rosto,  voz — .  Ânimo  — ,  esforçado.  O 
membro  — ,  o  penis,.  Forças  viris,  varo- 
nis. 

VIRIL,  s.  m.  {por  veril)  (ant )  redoma,  am- 
bula,  vaso  de  vidro,  metal,  etc. 

VERiLHA,  s.  f.  (deturi/j  aparte  superior 
e  interna  da  coxa,  ou  inguinal. 

VIRILIDADE,  s.  f.  (Lat.  tiHUtas,  tis]  a  qua- 
lidade de  ser  viril,  masculinidade  ;  idade, 
esforço  varonil. 

viRi POTENTE,  ttdj .  dos  2  g .  {L&i. viripotens, 
tis)  Moça  — ,  quo  pode  imir-.se  a  varão. 

VIROSO,  A,  adj.  (Lat  tirosut,  de  virus) 
(raed  e'bot  )  nocivo.  Plantas  —s,  veneno- 
sas. Cheiro  — ,  desagradável,  como  o  que 
lançam  de  ordinário  as  píantas  venenosas. 

viuoTADA,  s.  f.  golpe  de  virote. 

viROTÃo,  s.  m.  aiígment.  de  virote,  viro- 
te grande,  grosso.  «  \irolõês  atirados,  corn 
espingftrdões.  »  í.eão,  Chron.  deD.JoSo  I. 

VIROTE,  s.  m.  {ôevira)  vira  grande;  sei- 
ta g  curta  eni{ienn«da.  Os  — s  da  espada,  o 
ferro  atravessado  saibre  os  copos  da  espada, 
e  que  sabe  fora  d^elitíS.  Olhar  pelo — ,  (íig.j 
g  jardar-se,  ncautelar-se.  estar  aca_telado. 
— ,  peça  que  cruza  a  balestilha  de  tomara 
altura  do  sol. —s,  (naut.)  as  ppças  das  obras 
mortas,  que  formam  o  remate  do  navio  so- 
bre os  pés  mancos,  de  alto  abaixo. 

viuTAES,  s.  m.  pi.  (t.  Asiat.)  lista  que  nas: 
aldeia5  de  Goa  se  faz  dos  avençaes,  ou  st.- 
cios  das  várzeas. 

viftTUAL,  adj.  dos  2,7.  que  em  vil  tudo,. 
2<'5" 


VIS 


VIS 


força,  actividade  equifale  a  outro,  e  tem  ai 
mesmas  virtudes. 

^  VIRTUALIDADE,    s.  f.  a  qualidade  de  ser 
virtual. 

VIRTUALMENTE,  adt.  {mente  suíf.)  de  mo- 
do virtual. 

VIRTUDE,  s.  f.  {Lil.  virtus,  tis.  Todosos 
Ptymologistas  concordam  em  derivar  este  ter- 
mo de  vir,  vario,  assim  como  vis,  força, 
'vires  pi.,  mas  não  explicam  a  syllaba  aíTi- 
x&tus.  íutis,  tuteni,  tutc,  nos  diversos  ca- 
sos. Nós  cremos  que  vera  áeíueor,  erí,  de- 
fender, proteger ;  tutus,  seguro,  tu(è,  com 
segurança.  Á  virtude  éa  defesa  do boraem, 
e  constituo  a  força  moral)  energia  moral  no 
desempenho  e  exercício  dos  deveres  sociaes; 
força,  energia  physica  benéfica,  v.  g.  —  das 
plantas  medicinaes,  —  curativa.  — ,  (ant.) 
validade,  v.  f .  — do  testamento.  A  — na- 
tural, (lo  í.  ant.)  as  forças  naturaes ;  o  vi- 
gor do  corpo.  As  — s  celestes,  anjos  do  quin- 
to coro.  Em  —  ie,  poreffeito,  v.  g.  —  do 
poder,  das  ordens,  das  instrucções. 

VIRTUOSAMENTE,  ttdv  (mewí«  suff .)  de  mo- 
áo  virtuoso,  como  pessoa  virtuosa. 

viRTuosissiMO,  A,  adj ,  supcvl.  de  virtuo- 
so, mui  virtuoso. 

VIRTUOSO,  A,  adj.  (do  Lat.  virtvs,  iitis, 
des.  oso]  que  pratica  a  virtude,  dado  á  vir- 
tude. Homem  — .  Acção  — ,  conforme  á 
virtude,  fíemedio  — ,  prestante,  efficaz. 

viRuiENCiA,  s,  f.  (Lat.  virulentus,  adj.) 
propriedade  virulenta,  venenosa;  (fig.)  ten- 
dência virulenta.  A  —  da  accusação 

VIRULENTO,  A,  adj.  [[  tít.  virulentus)  que 
tem  vírus,  peçonha  ;  (fig.)  eheio  de  rancor, 
dictado  pelo  ódio.  Accusação,  declamação 
virulenta. 

viRUS,  s.  m.  (Lat.  virus,  de  vis,  força,  vio- 
lência, e  do  Gr.  veneno)  matéria  formada  no 
corpo  animal,  que  introduzida  no  corpo  de 
outros  indivíduos  os  iníiciona  e  se  reproduz 
nelles.  O  —  variolico,  syphilitico.  pestilen- 
cial, vaccinico. 

Syn.  comp  O  virus  é  producto  de  doen- 
ça. O  veneno  ou  peçonha  é  sueco  animal  ou 
vegetal,  ou  preparação  minerxl 

VISA,  (geogr  )  Bisia  cidade  da  Turquia 
europea,  a  <<3  léguas  NO.  de  Constanti- 
nopla. 

visagem,    s.  f.    (Fr.  visage,  cara)  rosto, 
cara.  A  —  da  celada,  h  viseira.  — ,    cara 
feia.   VisagenSy  caretas,  carantonhas. 
viSAGiA.   V.   Visagra. 
visagrA,  s.  f.  V.  Bisagra. 
viSANTE-  V.  Bisante. 
VISÃO,    s.  f.  (Lat.  iJi.no,  onis)  o  acto  de 
ver.  —  directa,  a  que  se  faz  pjlos  raios  do 
luz  emanados  do  objecto.    —  refleza,  que 
se  faz  por  meio  de  raios  de  luz  reflectidos. 
—  refracta,  de  Deus.  Visões,  espectros,  ima* 


g«ns  que  inspiram   terror  ou  espanto.  Ter 

visões, 

viSAVÔ.  V.  Bisavô. 
visAVÓ    V;  Bisavó, 

VÍSCERA,  s.  f.  [do  iM.viscus,  pi.  víscera) 
tntranba  do  homem,  ou  de  mimai. 

VISCERAL,  adj.  dos  2  g.  (des.  adj.  ai)  das 
visceras,  concernente  ás  vísceras,  ferido  — . 
VasDs,  nervos  Dtseeraes 

viscERoso,  A,  adj.  V.  Visceral. 
VISCO  ouví.ÇGO,  s  m.  (Lat.  viscusonvis- 
cum,  úevis,  força,  e  Gr.  skheô,  possuir,  ter) 
sueco  vegetal  glutinoso  com  que  os  caçado- 
res untam  as  varas  para  apa.ihar  as  aves ; 
(fig.)  f^oufta  que  prende,  sttrahe  ;  engodo. 
Muito  —  tem  os  prazeres  sensuaes.  • 

viscoNDADO,  s.m.  a  dignidade  de  viscon- 
de  ;  o  território  pertencente  a  um  viscon- 
de. 

VISCONDE,  (hist.)  de  vice  era  vez  de,  e 
comes,  conde\  Os  viscondes,  cuja  institui- 
ção data  dos  últimos  tempos  do  império 
romrno,  eram  os  vigários  ou  legares  tenen- 
tes do.s  condes.  Entre  os  Francos  o  titulo 
de  visconde  foi  empregado  pela  primeira 
vez  em  819.  No  reinado  dos  últimos  Car- 
lovingios  os  viscondes,  seguindo  o  exemplo 
dos  condes  e  duques,  erigiram  os  seus  go- 
vernos em  feudos  hereditários,  dependen- 
tes, uns  dos  reis,  outros  dos  duques  ou 
condes. 

VISCONDESSA,  s.  f.  8  mulher  do  visconde; 
senhora  de  viscondado. 

VISCOSIDADE,  s.  f.  (Lat,  viscositas,  tis)  qua- 
lidade glutinosa  ;  estado  viscoso  dos  s-iccos 
animaes. 

VISCOSO,  A,  adj.  (Lat  viscosus)  pegajoso, 
COMO  o  visco ;  untado  com  visco. 

VISEIRA,  s  f.  {^T.visière)  peça  da  arma- 
dura antiga  que  cobria  o  rosto  Calara — , 
deixâ-Ia  cahir  sobre  o  rosto,  baixâ-la. 

VISEU.  (geoRr.)  cidade  de  Portugal,  an- 
tiquíssima, situada  na  Beira-Alta,  em  apra- 
zível campina  sobreposta  ao  vasto  plató  do 
mesmo  nome  que  tem  1,300  pés  de  altura 
acima  do  niv^l  do  mar ;  0,800  habitantes. 
VISGO.  V.   visco. 

visGUEiRO,  s.m.  arvore  do  Brasil  queda 
umas  vagens  cheias  de  visco ;  a  madeira  é 
molle,  e  serrase  para  caixas  de  açúcar. 

visiHiLiDADE,  s.  f.  8  qualidade  de  ser  vi- 
sível. 

visiNHO.  V.  Vizinho. 
VISIONÁRIO,  A.  adj.  (Fr.  visionnaire)  que 
crê  em  visões  phantasticas ;  que  finge  vi- 
sões, que  quer  dar  importância  ás  suas  ima- 
ginações phaDtasticas.  — ,  s.  pessoa  visio- 
naria £'  um  — . 
visiR.  V.   Vizir. 

VISITA,  s.  f.  [de>uútar)  o  acto  de  visitar 
por  cortezia,  para  examinar,  dar  busca,  ou 


?18 


VIS 


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como  qaeiico.  — de  medico,  a  qu»l  ellofâz 
ao  do«nle  para  examinar  o  seu  estado,  e  pres- 
crever os  remédios.  —  da  saúde,  a  que  fa- 
zem os  médicos  ao  navio,  para  examinar  te 
traz  contagio,  ou  se  vem  do  porto  uiide  rei- 
na doença  cojitagixtóa  ;  (Ijg.)  meliiopia  appa- 
renle  doduenle  seguida  em  brev«  du  n.orte. 
— ,  (ant.)  mimo,  preseule  quooeiíípbyleu- 
ta  fasia  ao^nborio.  — -,  (fig  )  ^pessoa  que 
viíita  outra,  porcorlczia. 

viiiTAgÃo.  s  f.  (i.at  mitatip,  oíwí)  acto 
de  visitar ;  iuformação  qu,e  lira'  o  visiladur 
do  bispado  ;  foragem  que  antigamente  se  pa- 
gava, ao  senhor  lerritoíial. 

vi&iTAçÃo  (fesla  da],  (bist.)  festa  da  egre- 
ja  calhohca,  insliluida  no  XIV  século  em 
memoria  da  visita,  que  a  virgem  fez  »  San- 
ta Izabel,  alguns  dias  depois  da  aiinimcia- 
ção.  Esta  festa  é  a  2  de  julho. 

VISITADO,  A,  p  p.  de  visitar ;  adj  que 
fez  ou  recebeu  visita  ;  examinado.  Tinbam 

—  o  navio  em  busca  de  fazendas  de  contra- 
bando. -^,  culpedo  eo)  visitação  de  bispo. 

—  com  mimo,  i>7'esente,  presenteado.  «  — 
de  Deus  3om  luzes,  com  trabalhos.  ^>  Luce- 
na. 

visiTAJJOB,  s.m.  b  que  vai  visitar  espon- 
taneamente ou  por  mandado  de  outrem  ;  o 
sacerdote  que  visita  a  igreji  por  comojissão 
do  bispo,  lue  cbrisma,  ele;  um  oflicialdo 
terreiro  do  trigo  de  Lisboa. 

VISITAR,  V.  a.  (Lat.  visito,  are,  frequent 
de  tidere,  ver]  ir  a  casa  de  alguém  para  o  ver, 
saber  da  sua  saúde,  conversar  com  elle,  ou 
examin.'ir  o  seu  estado  como  m^ídico.  —  a 
casa,  dar  busca  para  ver  se  n«lla  ha  fazenda 
decoctrabando  ou  prova  de  delicio  uu  crime 
commettido.  —  as  feridas,  examinâ-lds  co- 
mo cirurgião.  —  ashoúcas,  para  examinar 
se  os  medicamentos  csião  bem  preparados. 
—  o  prelado   os  súbditos,  imiuirir  do  seu 
procedimento,  \isitou-o  Deus  com  esse  tra- 
oalho,  enviou-lh'o.  «Deus  visita  a  malda- 
de dos  pais  nus  íillios,  »  inflige  o  castigo  aos 
filhos.  — ,  congratular.  «  iMandaram-no - 
d'essa  victoria.  »  Barros.   Mandou-o  —  do 
nascimento  de  ieu  filho,  cumprimentar.  — , 
(poet.) 


Já  o  raio  Apoilíneo  visitava 
Os  montes  Nabatheos  accrndido. 
Camões,  Lus.,  1,  '4. 


Visível,  adj.  dng  2  g.  (í.at.  visibilis]  que 
se  v6,  que  pode  ser  visto,  ou  ver  se  claro, 
manifesto. 

Visivelmente,  adv.  [mente  suíT.)  de  mo- 
do visivel ;  manifestamente. 

visivo,  A,  adj  concernente  á  vista,  do 
vista  ;  visual.  Lm  —- ,  os  olhos. 


vjSLiMuuAbo,  A,  p.  p.  de  vislumbrar; 
adj.  eulrflvislo  ;  visto  indistinclamente. 

viSLUHUflAR,  V  a.  (do  Lat.  nix,  apenas, 
lúmen,  luz,  des.  ar)  vor  indistinclamente, 
deviáar  confusamente.  — ,  v.  n.  apparécef 
indisíifltítamente,  começar  a  apparecer.  Ain- 
da vislumbram  senti  tientosda  antiga  liber- 
dade. Mslumbrana-ihe  no  rosto  n  daranada 
tenção. 

viSLfttBgE,  $.  w.  mais  us.  no  pi  ,  appa- 
rencias  indislincta.s,  mo&iríis  ;  ideias  obscu- 
ras. 

vísLUMR.  V.  Vislumbre. 
viso,  s.  m.  (Lat.  visum)  vista.  A  voiso 
— .  — ,  vullo,  semblante  — s,  ares,  appji- 
rencias,  v.  g.  vicios  com  —  de  virtude.  — , 
a  hora  da  apparição,  v.  g.  —  da  aurora. 
O  —  de  um  oiteiro,  o  miis  alto  d'elle,  d'on- 
de  se  avista  ao  longo. 

VISO,  (geogr  ]   \esulus  mons,    ncs  .Mpes 

Xotianos,  entre  os  Estados  Sardos  e  a  França. 

visoRKi.  V.    Vice-rei. 

VISOU  RO.  V.  Bcfiouro. 

viSQUBiaA,  s.  f.  V.  Visgueiro. 

VISTA,  s.  /",  (subst.  da  des.  f  de  visto)  o 

acto  de  ver    A  primeira    — .  — ,  o  sentido 

de  ver.    Ter  —  curta,  longa,  ver  bem  os 

objectos  de  perto  ou  de  longe.  Perder  de  — , 

cessar  dever,  ou  de  considerar,  de  cu  dar. 

Perdtr-se  de  — ,    ficar  fora  do  alcanc^.  da 

vista  ;  (fig.)  descuidar-se.  Dar  —  dos  autos, 

no  foro,  ao  juiz  ou  ao  advogado  da  parte. 

Estar  á  — ,  patente,  manifesto;  ao  alcance 

da  vista,  cm  distancia  a  poder  verse.  Dar 

—  á  praça,  ao  campo,  chpgar-se  para  exami- 
nar o  estado  da  praça,  docarapo.  Dar  uma 

—  d^olhcs,  ver  de  passagem.  A  —  d'isso. 
considerado  ocaso,  attendendo  a  isso.  — o 
que  se  passou.  —  da  carta,  (p.  us.)  o  so- 
brescripto.  — ,    aspecto.   Tem  ou  faz  bella 
— ,  causa  prazer  á  vis'a.  A  varanda  tem  — 
para  o  mar,  d'alli  se  avista  o  mar.  — s,  os 
olhos.  «  Falta  l!ie  uma — .  »  A -^  do  elmo, 
lugar  d'elle   que  correspondia  aos  olhos,  e 
por  onde  se  podia  ver  por  uma  gradezinha 
ou  rede  de  arame.  Atf.rcr  d  — ,    ao  rosto, 
(fig.)  fazer  grande  aíTronta.  Ficar  uma  cou- 
sa a  perder  de  —  deoutra,  levar-lhegian- 
dissima  vantagem,  teruma  differença  enor- 
míssima. — 5,  encontro  aprazado  de  pessoas 
para  CDnferirem    As — s  da  lanterna    os  bu- 
racos ou  as  vidraças  por  onde  entra  a  luz. 
Óculos  de  longa  ou  larga — ,  de  ver  ao  lon- 
ge. — ,  o  objecto  que  se  vê    As  — s  do  thea- 
iro,  o  scenario  «  l3a  —  se  tirou  aquelia  -  -,» 
Camões,  Sext  —5,  (fig.)  intuitos,  desígnios, 
intentos.  Peneirei  as — íd'elle.  A  —  do  en- 
tendimento, perspicácia,  penetração.  —  ou 
—  de  passnporte,  declaração  «jue  uma  au- 
toridade civil  ou  militar  ajunta  ao  passapor- 
te altestando  ter-lhe  sido  apresentado  pelos 

£05  « 


820 


VIT 


VIT 


olhos;  olhado.  Ser  bem  on  mal  — ,  ter  boa 
ou  má  vista  ;  (fig.  e  mais  us.)  ser  tido  em 
boa  ou  mácontn,  bem  ou  mal  quisto,  ava- 
liado. Cousa  — ,  sabida,  averiguada.  Eslar 
—  ou  muito  —  em  uma  matéria,  versado, 
— ,  adverb.,  attendendo,  considerando.  — 
ser  assim. 

VISTO,  s.  m. :  —  de  passaporte,  declara- 
ção escripta  nelle  fazendo  constar  o  dia  em 
que  o  portador  se  apresentou  a  autoridade 
civil  ou  miliíar.  Pôr  o  — . 

visTOR,  s.  m.  (ant.)  o  que  faz  vistoria, 
louvado. 

VISTORIA  ou  VESTORiA,  mais  usado,  s.  f. 
exame  feito  por  juiz  e  louvados,  t>.  g,  dos 
limites  de  prédio. 

VISTOSAMENTE,  xxdv.  \menie  suíf  )  de  mo- 
do vistoso. 

vistosíssimo,  a,  adj.  super l.áe  vistoso, 
muito  vistoso.  Espectáculo — . 

VISTOSO,  A,  adj.  [vista,  des.  oso)  que  con- 
vida a  vista,  apparatoso,  luzido.  Espectá- 
culo — . 

visTULA,  (geogr.)  \izla  era  polaco,  Wei- 
chsel  em  albmão,  rio  da  Europa  central, 
nasce  no  monte  Skalza  na  Moravia  e  cabe 
no  Báltico. 

Visual,  adj.  dos'2.g,  que  pertence  avis- 
ta. Raios  visuaes,  que  fazem  ver  o  objec- 
to. 

VISUALMENTE,  adv.  [mente  suff.)  por  meio 
da  visia,  pelos  olhos. 

viTA,  s.  f.  (Lat.  vitta)  fita  com  que  os  an- 
tigos cingiam  a  testa,  ou  seguravam  na  testi 
as  coroas. 

VITAL,  adj.  dos2g.  [Lai.  vitalis)  da  vi- 
da, períencdnte  á  vida,  que  concorre  a  man- 
ter a  ^ida.  O»  órgãos,  ssíurçasvitaes  Calor 
— .  Ar  — ,  o  oxjgeneo,  ar  respirável.  — , 
(fig.)  que  vi-ifica,  v.  g.  as  parles  mais  vi- 
taes  da  republica,  doestado.  Arvore  — ,  a 
arvore  da  vida. 

VITAL  (S),  (hist ),  nasceu  em  1,060,  na 
diocese  de  Bayeux  em  França,  era  capelão 
de  Roberto.  Fundou  o  convento  de  Saviitny 
perto  de  Coutances  em  111  á  e  deu-lhe  a 
regra  de  6^  Bene.  icto.  Morreu  em  1122.  Ê 
festejado  a  56  de  Septembro  Um  outro  S. 
Vital,  de  '^ilão,  raartyr  eraRavenna  noan- 
nò  62,  é  festejado  a  2«  de  Abril. 

viTALiANO,  (hist.)  general  Scylhfí,  neto 
de  Aspar,  era  chefe  da  confederação  dos 
habitantes  da  Scylhia,  da  Thraida,  daMce- 
sia,  no  reinado  do  imperador  Anastácio  e 
seus  successores.  Foi  duas  vezes  a  Cons- 
tantinopla com  um  exercito  para  proteger 
os  Cathobcos  perseguidos  por  Anastácio. 
Foi  assassinado  em  Constantinopla. 

viTALiANO.  (hist.)  papa  de  657  a67i,  era 
de  Signia  na  Campania.  ' 

YiTALiciAR,  V.  a.  {vitalício,  ardes. inf.) 


fazer  vitalício  o  que  era  temporário,  v.  g. 
—  os  juros  da  divida  publica, 

vitalício,  a,  adj.  que  dura  por  toda  a 
vida.  Emprego,  juro — . 

viíALiDADE,  s.  f  as  propriedades  e  func- 
ções  vituaes,  potencia,  energia  vital;  du- 
ração da  vida  humana. 

VITALMENTE,  ttdv:  [mente  suíT  )  com  vida, 
de  modo  vital ;  de  modo  a  interessar  os  ór- 
fãos vitaes. 

viTANDO,  A,  adj.  (Lat.  vitandug,  p.  fui. 
ôevito,  are,  evitar)  (p.iis.)  que  se  deve  evi- 
tar. 

viTEBSK  ou  viTEPiK,  (geogr.)  cidado  da 
Rússia  Europea,  capital  do  governo  deVin 
tebsch,  a  18**  léguas  de  S.  Petersburgo  ; 
15,000  habitantes.  O  governo  de  Vitebsk, 
entre  os  de  Minsk  a  E.  de  Mohilev  a  O. ; 
960,000  habitantes. 

viTECOMADO,  A,  ttdj .  (Lat.  vitis,  parra^ 
(poet.)  que  tem  a  coma  de  parra  ou  a  cabe- 
ça ornada  de  parras. 

VITELA,  s.  f  (Lat.  vitula)  bezerra,  novi- 
lha dn  um  an  .0  ;  ca  ne  de  vitela. 

viTELLiNo,  A,  adj.  (Lat.  vitellinus)  ama- 
rello,  de  côr  da  gemma  d'ovo 

viTELLio  (\ulo)  (hist.)  8.°  imperador  ro- 
mano, nasceu  no  anuo  rj  deJt^-^u  (^hristo, 
era  lilho  de  ura  dos  m^tis  vis  aduladores 
de  Chudio,  passou  a  sua  mocidade  na  cor- 
te de  Tibério,  e  foi  companheiro  das  de- 
vassidões de  .ero;  foi  nomeado  cônsul  em 
^i8,  e<'lt'ito  pop  Galba  para  governador  mi- 
litar da  Baixa  Germânia  em  OS.  As  legiões 
deslf4  fíoninira  acciamaram-o  imperador  por 
niorte  de  Galba  em  69,  em  quanto  Othbn 
era  scelamítdo  era  Poma  ;  os  seus  logaies 
t^npfites  ííranharam  a  batalha  de  Hedriac  e 
Othfin  matou-se  de  desespero.  Vitellio  foi 
rec^-biio  em  Roma  como  Ubt^rtado^,  mas 
«penas  se  estabeleceu  no  ihrono  o  exercito 
do  t;rrenle  proclamou  Vespasiano  e  Vitellio 
foi  morto  em  Roma  pela  populriça. 

viTEUBO,  (geogr.)  outr'ora  Fanvm  Vol- 
ínmaa,  cidade  dos  Estados  Ecciesiasticus,  ca- 
f)ital  da  delegação  de  Viterbo,  a  19  léguas 
i>  de  Roma;  15,0(K>  babifant'5.  A  delega- 
ção de  Viterbo  tem  por  cidades  priocipses 
.Viontefiascone,.  Nepi,  Civita  Castellana,  Ron- 
cijiílione. 

ViTERXO,  (hist  )  rei  dos  \N'i>igodos,  su- 
biu ao  throno  ptlo  a:>sassinato  de  Liuva  11 
em  603.  O  seu  reinado  não  foi  mais  do  que 
uma  reacção  de  arianismo  contra  o  catho- 
licismo. 

y  TI,  (geojír.)  archipelago  do  grande  Ocea- 
no equinoxial.  Foi  descoberto  por  Tasman 
em  i643. 

viTiGES,  (hist.)  4.°  rei  dos  ostrogodos  de 
Itália,  tinha  sido  um  dos  mais  illustres  ge- 
ntraes  de  Theodorico  I.  Foi  proclamado  rei 


VIT 


VIT 


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em  336,  em  logar  do  fraco  Theodoro.  Mor- 
reu em  bhi, 

vniM,  (geogr.)  rio  da  Sibéria,  sahe  dos 
montes  de  Daonria  e  cahe  no  Sena. 

viriNGA,  s.  f.  (t.  Brasil)  sorte  de  farinha 
de  Brnzil. 

viTizA,  (hist.)  rei  dos  Wisigidos  de  Hes- 

panha,    er.\  íiiho  de  Egiza,  que  o  associou 

ao  ihrono  em  6  6  e  reinou  só  em  701.  Foi 

destronado  em  710  por  Uoderico,  que  Wíh 

.mandou  arrancar  os  olhos. 

Tiro.  V.    Vicio. 

viToDARUM,  (geogr.)  cidade  dos  llelvecios, 
enlre  os  Tugen^s,  hoje  Winterlhur. 

viToiA    Y.  Bitola. 

líiToRiA.  V.  Mctoria. 

VITORIA,  ígeog".)  cidade  dl  ITespanha  sep- 
tentrional,  capital  da  província  do  mesmo 
nome  e  do  antigo  paiz  de  Alava,  a  12  lé- 
guas e  meia  Sii,  de  Bilbao ;  i2,000  habi- 
tantes. 

VITORIOSO.  V.   Victorioso. 

viTOBiNA.  V.  Âtenturina. 

viTOUGUi  (S  ),  (hist.)  Vtíits,  martyrnoIV 
século  CO  ti  S.  Mode-to  e  santo  (Irescenio, 
é  festejado  a  15  de  junho. 

viTRg,  fgeogr.)  antiga  cidade  da  Breta- 
nha, a  Ví  léguas  E.  do  lleniies ;  8,^00  ha- 
bitantes. 

vítreo,  a,    adj.  (Lat.  vitreus]  de  vidro, 
da  natureza  do  vidro;  transparente  como  o- 
vidro.   O  humor  — ,    ura  dos  humores  do 
olho,  que  fica  por  detrás  do  crystallino. 

viTREScivEL,  ãdj .  dos  2  Q.  susceptivel 
de  ?e  vitrificar.  Rocb,T3,  metais  vitresciveii. 

vitrificação,  s.  f.  conversão  de  substan- 
cia em  vidro  pela  fusão. 

vitrificado,  a,  p.  p.  de  vitrificar ;  adj. 
convertido  pela  fusão  em  vidro. 

VITRIFICAR,  V.  a.  coiiverttr  em  vidro  ou 
em  substancia  crystalliaa  como  o  vidro,  A 
fuíão  vitrifica  ns  mineraes. 

viTBioLA,  .5.'  f  peça  d«  ferro  usada  na 
fabricação  dos  botões  de  casquinha  para  ti- 
rar a  impressão  do  cunho. 

viTRioLADo,  A,  adj.  em  que  entra  vitrío- 
lo. Tártaro  — , 

viTRiOLico,  A,  adj.  de  vitríolo.  Acido  — , 
o  que  hoje  sedenoíiúna  sulphurico. 

VITRÍOLO,  s.  m.  sal  formado  por  um  me- 
tal ccmbin.ido  com  o  acido  vitriulico.  — 
axul,  sulphato  de  cobre.  —  branco^  sul- 
phato  de  zinco.  —  xerde,  sulphato  -de  fer- 
ro. 

viTRuvio",  (hist.)  M.  Vilruvius  Pollio,  ar- 
chitecto  romano,  natural  de  Verona,  flores- 
cia no  I.°  século  antes  de  iesu-Christo. 
Deixou  um  celebre  trac^ado  De  Archiíectu- 
ra,  dedicado  a  Augusto 

viTRY,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  10 
léguas  NO.  de  Vesoul ;  1,032  habitantes. 

VOL.    IV. 


viTRY,  (geogr.)  Victoriacum  cidade  de 
França,  a  4  léguas  NE.  d' Arras  ;  2,666  ha- 
bitantes. 

VITRY-LR-BRIJLK     OU     VITRY-EN-PARTHOIS, 

(groíjr.)  villa  ce  França  a  1   légua  NE.  de 
Vitry-la-Français  ;  6IK)  habitantes. 

viTRY-LE  FRANCAis  chama-lo  também  vi- 
TRY  suii  MARNE,  (geogr.)  cídado  de  França, 
a  i  lezua  SO.  de  Vitre-le-Brulé  ;  6,8^0  ha- 
bitantes. 

viTRY-suR-SEmi,  (gpogr.)  villa  de  Fran- 
ça, a  2  léguas  S.  de  Paris  ;  2,100  habitan- 
tes. 

viTRY,  (hist  )  historiador  franoez  do  XIIl 
século  ;  morreu  em  12-44.  Alóm  de  Cartas, 
Sermões,  e  Vida  de  Santos  deiíou  uma  His" 
toria  Oriental. 

viTSLiBOcnxLi,  (myth.)  deus  mexicano, 
presidia  á  guerra  e  ^  adivinhação.  Jbni  um 
oráculo  para  os  Mexicanos 

viTTEAux,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
6  léguas  SE.  de  Semur ;  1,960  habitan- 
tes. 

viTTEL,  (geogr  )  cidade  d^  França,  a  6 
léguas  SO.  de  Mirecourt ;  ','.00  habitan- 
tes. 

viTTORiA,  (geogr.)  cidade  da  Sicília,  a 
(j  légua  e  meia  NO.  de  Módica,  10, OUO  ha- 
bitantes. 

viTUALHADO,  A,  p.  p  dc  vilualhar ;  adj. 
provido  de  vitualhas  ou  viveres 

YiiUALHAR,  V.  ã.  {viiualha,  ar  des.  inf.) 
prover  de  vitualhas,  viveres  ou  mantimen- 
tos. 

VITUALHAS,  s.  f.  pi.  (Lst.  victus.  alimen- 
to) viveres,  provisões  debocca,  mantimen- 
tos. 

víTULO,  s.  m.  (Lat.  vitulus]  bezerro  :  o  boi 
marinho,  peixe. 

viTUPERAÇ.lo,  s.  f.  (Lat.  vituperatiOf  onis) 
acto  d«  vituperar  ou  de  ser  vituperado  ;  ex- 
pressões de  vitupério. 

VITUPERADO,  A,  p.  p.  de  vituperar  ;  adj. 
tratado  com  vitupério  ;  manchado  com  des- 
honra. 

VITUPERAR,  f,  a.  (Lat.  vituperare,  de 
vitiurn,  vicio,  e  parare,  fazer,  preparar), 
tratar  com  vitupério,  lançar  em  rosto  :  me- 
noscabar, desprezar,  improperar  ;  accusar 
de  culpa,  defeito,  v.  g.  —  de  fraqueza, 
cobardia. 

viTUPERAVEL,  adj  dos  2  g.  (Lat.  vitupe- 
rabilis],  que  merece  vitupério. 

VITUPÉRIO,  í.  m.  (Lat.  viíuperium),  acção 
de  vitupério  ;  deíhonra,  desprezo,  oppobrio, 
ignomíni.T  ;  accusação,  reproche. 

viiuPERioso,  A,  adj.  (des  oso],  que  en- 
cerra, contêm,  denota  vitupério,  opprobrío- 
so,  ignominioso. 

YITUPEROSAMENTE,  adv.  (mení«  fuff.),  com 
vitupério. 

*   206 


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viTLPBRoso,  A,  (tdj,  (des,  oio),  ignomi- 
nioso ;  opprobrioso. 

viuDEZ.  V.   Viuvez. 
.  viLivA,  s.  f.  (Fr.  teuve,  do  Lat.  vidua), 
a  mulher  cujo  marido  morreu. 

VIUVAR,  t>.  n.  [tiuvo,  ar  des.  inf.)  íicar 
viuvo  ou  viuva. 

VIUVEZ,  s.  f.   estado  de  viuvo  ou  viuva. 

viuvEZA  e  vn  viDADR,  V,   Viuvez. 

VIUVO,  s  m.  (Fr.  veuf  ,  d<^  Lai.  viduus\ 
homora  fujíí  mulher  morreu,  adj.  (fig.)  pri- 
vado. A  inãi  viuva  do  filho,  que  lhe  mor- 
reu. A  palria  viuva  tios  seus  defensores 

viva  I  interj.  de  applauso. 

VIVACIDADE,  .$.  /.  (Lat.  vivacitas,  tis], 
viveza,  actividade,  v.  g.  — das  cores,  dos 
olhos ;  —  do  engenho,  energia  no  obrar ; 
a  qualidftde  dns  plantas  vivazes 

viVACissiMO,  A,  ad^j.  supe.l.  á%  Vivac?, 
ant.  por  Vivaz. 

VIVAM ENiE,  adv.  [menle  suíT),  com  vi- 
veza, vivacidade,  alaorid«de  ;  com  energia. 

vivANDEiRo,  A,  s.,  O  liumem  ou  mulher 
que  vende  viveres  nas  feiras,  ou  que  segue 
o  exercito. 

vjVARAis,  (geogr  )  paiz  dos  Hehii,  anti- 
go paiz  da  Frauda,  uo  iNK,  do  í-«riguedoc. 

viVAS,  s.  m.  pi.,  applausos.   Dar    — . 

VIVAZ,  adj.  dos  2  y.  [Lãt.  vivaz,  eis], 
vividor.  Plantas  virazes  ou  vivaccs. 

vivEDOR.  A,  adj.  que  vive  muito  tempo, 
vivaz;  que  sabe  gariíiar  ávida  com  imlus- 
tria,  diligencia. 

▼iVKDouíio.   V.    Vivi'huro. 

vivEiao,  s.  m,  (do  viver),  tanque  onde 
»e  criam  peixes :  —  de  plantax,  plantação 
de  arvoresuihas  ou  arl«ustos  para  serem  de- 
pois transplantadas ;  —  de  aves,  lugar  ond» 
ellfls  fazem  criação.  —  ^tig  ),  lugar  onde 
se  conserva,  e  d'ondG  se  propaga  alguma 
cousa,  V.  g.  Á.  terra  era  um  —  de  vícios. 

VIVENDA,  s.  f.  habitação,  lugar  da  resi- 
dência de  alguém,  domicilio,  assento.  Ca- 
sas de — .  Fez  alli  sua — .  — ,  o  viver,  ser 
doniifiliadc,  habitar  em  algum  lugar  — 
(«nt.)  modo  de  ganhar  a  vida  ;  —  («ni  ,  com- 
poriameuio  :  fazer  — ,  portar-se,  haver-se. 

viVEiNTE,  s.  m.  (Lat.  vivem,  tij,),  indivi- 
duo que  goza  da  vida.  Os  —  s. 

Viver,  v.  n.  (Lat  vivere,  (ir  bios,  vi- 
da, viver;  Sanscritj íí;^íum,  viver  ;  jicami, 
eu  vivo.  Os  eijmol«»g»si8S  iiào  «lào  origem 
8atisfact^»ri«  a  este  vpitíO.  Creio  que  tem  o 
mwmo  radií^al  que  cicíUvV,  alimento,  susten- 
to Em  Kgjrpc.  onkh  signitica  vida,  viver, 
9omk,  C"mer,  devorar],  ler  vida  animal  ou 
vegeiat,  eslar  Ci>m  vida  ;  alimentar  se,  uu 
trir-se,  v.  y. — defructos,  leite,  —  de  pei*- 
xo,  «rntz;  passar  a  vida,  v.  g.  —  pare»* 
menle.  p/jbremenlo  ou  lautamente,  regala- 
damente. — ,  tirar  a  subsistência,  v  g.  vi« 


vem  de  roubos,  do  cnmmura,  da  própria 
industria,  de  abusos.  —  do  seu,  dos  seus 
haveres  ;  —  do  alheio,  á  rusta  alheia.  — , 
portar-so.  v.  g.  honradamente  ;  —  hcm,  ter 
bons  costumes; — castamente  — ,  habitar, 
residir.  Vive  nocarapo,  na  cidade. — ,  (fig.) 
conservar-so,  durar.  Ainda  vive  a  fama  das 
nossas  victorias,  dos  feitos  illustres  de  nos- 
sos antepassados  —  aos  dia<:  ou  dia  por 
dia,  sem  cuidados,  sem  se  inquieta'  do  fu- 
turo ;  —  de  modo  pre«ario.  —  comsifo,  som 
se  communicar  a  outrem,  Firocomige;  ci- 
ria  comsigo. — depressa;  {\)hv  prov.  p  us.). 
arriscar  ávida  meltendo  se  de  continuo  nos 
pfirigos.  '^%va  mil  aiuios,  formula  de  cor- 
tezia  com  que  manifestamos  a  alguém  o  nos- 
so agradecimento,  desejando-lhe  dilatada 
vida.  Viva  Deus!  exclamação  de  ameaçar, 
espécie  de  juramento.  — vida  folgada,  re- 
galada, eic,  em  sentido  activo,  encerra  el- 
lipse,  equivale  a:  — gozando,  disfnttando 
vida  ílgada.  —  s«,  impessoal,  Vivc-se  alli 
commodarnente,  passi  se. 

VIVERES,  s.  m  pi  [áavioer],  victualhaS; 
raaniiuientos,  provisões  de  bocca, 

viVERO,  (geogr)  porto  do  Uespanha,  a  8 
léguas  No.  de  Mondonedo  ;  4,700  habilan- 
tos. 

Viv.cROL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  7 
léguas  hE.  d'.Amberi;  !,.H9{)  babilautei. 

VIVEZA,  s.  f.,  vivacidade,  alacridade,  v. 
g.  —  das  cores,  das  imagens  ;  dos  olhos. 
—  do  engenho,  penetração,  perspicácia.  De^ 
fender -se  com  — ,  com  energia  Lavrava  o 
incêndio  com  — . 

vivido,  p.  p  sup.  de  Viver,  eadj.,  que 
viveu.  ^  Dou  o  viver  já  por  — .  »  Carcôes, 
Sonoto  21»?. 

vivido,  a,  adj  (Lat.  vividus),  dotado  de 
viveza.   Vividas  còvfs,  ima/ens. 

viviDOURO,  A,  adj.  (des  do  p  fut.  Lat. 
em  urus]  quo  vive  largos  annos.  Homem 
— .  Os  ampinhios  sào  mui  vividouros. 

viviERS,  igt'ogr  )  Albaugutta,  Alba  Hei- 
viorum,  Vivarium.  cida  Ih  d»'  Fran<;3,  a  9 
If-guas  SE.  de  Privas  ;  t  65  i  habiianies. 

viviFiCAçio.  s.  f.  o  acto  de  vivificar ,  ou 
de  ser  vi  vi  li  ca  da. 

VIVIFICADO,  p  p.  sup.  de  Vivificar,  e  adj. 
alentado,  restituído  as  forças 

VIVIFICADOR,  s  w.,  oque  vivilica.  —  adj., 
que  vivi|i(!a    Virtude  viviticadora, 

VI  iFic*NTK,  adj.  dox  2  g..  (Lat.  ríui/í- 
c-tus,  lis,  p.  a  de  rivífico,  are),  que  Vi- 
vitica    —  s  aurat.  espirito  — , 

VIVIFICAR,  r  II  (Lai  vififiro,  htí]  dar  vi- 
da ;  fouiemar  a  vida  ;  restituir  os  «lentos 
vítars;  dar.altíiití)  A  esperança  vmfica  os 
amanlus  O  sol  vivifica  toda  a  natureza.  O 
e-^pirto  do  Deus  vivifica  es  nlmas  dos  jus- 

tOSk 


Vil 

YiTiFiCATivo,  A,  adj.  quo  Ylvifloa,  que 
tem  propriedade  vivificante. 

tivIpico,  a,  a'ij.  vivificante.  «As  mesas 
de — s  manjares»  Camões.  —  commercio 
as  artes  nulre,  fecundi  a  agricultura. 

vivlPARO,  A,  adj.  (Lat,  viviparus,  de  vi- 
vus,  vivo,  epario,  ire,  parir)  que  pare  os 
filhos  sem  sabirem  de  ovo,  como  as  fêmeas 
dos  quadrúpedes.  Oppõe-se  a  oviparo. 

vivissiMAMENTK,  adv.  superl.  de  vivameo- 
te,  com  summa  viveza. 

VIVÍSSIMO,  A,  adj.  superl.  de  vivo,  mui 
vivo. 

VIVO,  A,  adj.  (Lat.  vivus,  Fr.  vif  m,  vive 
f.,  do  vivere,  viver)  que  tem  vida,  que  vive 
(animal  ou  vegetai ;  op^Õ8-se  a  morto.  Car- 
ne — ,  a  cuiis  privada  de  epiderme.  Cha- 
ga — ,  ulcera.  Itetratar  ao  — ,  imitando 
peifeiíamente  as  feições  de  pessoa  viya,  ((ig.) 
pintar  ou  deícrever  com  a  maior  exacção. 
Quamo  vai  do  —  ao  pintado^  da  realidade  á 
imilayão  ou  narravão.  De  —  voz,  de  pala- 
vra, não  pur  escripto.  — ,  que  subsiste,  es- 
tá em  vi^or.  Lei  —  Exemplo —  .  A  fama 
ainda  esiá  — ,  fresca  ua  memoria.  — ,  li- 
geiro, rápido  Catalij  — ,  na  andadura. 
— »  (''g )  activo  Chamma  — ,  labareda 
Lume  — ,  mui  ac^^so,  activo;  (fig  )  —  de 
amor,  mui  ardeule  amor.  Tocou-me  no  — 
do  coração,  na  parte  a  iwais  seusiv&l.  Bra- 
^a  — •  — ,  energÍTO.  Palavras,  respostas, 
razões  —s.  —  guerra,  altercação,  briga. 
— ,  cheio  de  vivacidade,  de  viveza.  Olhos 
— 5.  Ter  ou  trazer  olho  — ,  vigiar  com  mui- 
ta attenção.  Côr  — ,  brilhante,  como  o  en 
(arnado,  cAr  de  fogo.  4yua  --,  nativa 
Pedra  — ,  nativa  Aijnas  —s,  corr'»hte<:,  nãii 
encharcadas ;  marés  mui  fortes  nas  Juas 
cheias.  Serra,  rocha  — ,  escalvada,  nua 
sem  arvQreao  ou  vegetação.  Andar  numa 
roda—,  (fig.)  eHQ  moviinfínto  continuo,  muito 
arervor.'«du.  Praça  — ,  (loc,  milit.j  í^  da  sol- 
dado eíTciíLjv  > :  oppõij  se  a  morta  Obras 
— s,  (naat.)  loJo  o  costado  do  navio  d^sde 
a  quilha  até  á  primeira!  coberta.  — ,  (theol  ) 
obras  que  tem  elTicaci.i,  que  aproveitam  a 
quem  qsLiz  para  com  l)t:us  Cortar  no — , 
onde  doe;  (fig.)  fazer  grande  sacriticio  para 
não  perder  tudo,  v.  g  renunciando  a  boa 
parte  de  divida  ou  dtMntcresscs.  Os  — s  do 
vestido,  da  farda,  subst.,  orla,  debrum  ou 
ornatos  de  còr  diversa  da  do  vestido,  e  mais 
brilhante.  — ^  adverbinlmente,  cora  viveza. 
\eriiar — ,  rijo,  Aíliruiar  seroais  ao — ,  com 
mais  certeza.  A  força—,  com  muita  força, 
por  violí-ncia. 

vivo.NME,  (gpogr.)  cidade  de  França,  a  h 
léguas  0.  de  rni'iers ;,  2.70;  habitantes. 

viVREs.   V.    Viteres 

vizagapataw,  ^•^«■•gr.)  cidade  da  Índia  ia- 
%UiQt  sul^fB  &  golpbo  de  bengala. 


vu 


vizAGRA.,  ».  f.  Y.  Biiagra, 

viziLLB,  (geogr.)  cidade  da  França,  a  4 
léguas  SE.  de  Grenoble ;  3,000  habitan- 
tes. 

viziNOADO,  A,  p.  p.  V.  Avizinhado. 

VIZINHANÇA,  8  f.  [vizinho,  des.  ançu)  o 
ser  vizinho  de  algum  lugar  ;  os  direitos  e 
encargos  de  vizinho  de  algum  lugar ;  Fazer 
— ,  gozar  d'estes direitos,  e cumprir  comos 
encargos.  — .  proximidade  a  um  lugar,  sitio, 
ou  á  morada  de  outrem.  Carta  d^i—,  (anl.) 
aquella  pela  qual  alguém  era  recebido  por 
viíinho  de  villa.  Na  vizinhança,  na  proxi- 
midade a  um  lugar,  sitio ;  perto,  a  pouca 
distancia.  A  — ,  os  vizinhos. 

VIZINHAR,  V.  a.  (vizinho,  ar  des.  inf.) 
(ant.)  habitar  próximo.  «  Povos  que  a  ha- 
bitam e  vizinham. T^  «....vizinham  acos- 
ta.» Barros.  — ,  v.  n.  fazer  os  oílicios  de 
vizinho.  V.  Anizinhar,  Achegar-se. 

VIZINHO,  A,  adj.  (Lat.  vicinus,  de  vicus, 
rua)  que  habita,  reside  e  goza  dos  foros  de 
cidadão  de  cidade,  villa,  etc  :  chegado,  pró- 
ximo, em  espaço  ou  tempo.  Lugar  — .  Lou- 
sa — . 

VIZINHO,  A.  «.habitante,  residente  em  ci- 
dade, villa,  lugar,  bairro,  rua    Us — 8. 

viz'RES,  (bist  )  mais  correctamente  tezi- 
r€5  grandes  fuaccionarios  turcos,  correspon- 
dr;rn  aos  ministros  das  potencias  europeas. 
Oá  principaes  são  o  gran-vezir,  logar  te- 
(lenlíí  do  sultão;  o  kiaiassi  logar  tenente  ou 
gran-vizir,  ministro  do  interior  ;  o  reis  effen- 
di  ou  ministro  das  relações  interiores  ;  o 
tchaouchbachi  ou  marechal  do  palácio. 

vi.AARin.NGP.N,  (gengr.)  Flenium,  cidade 
do  reino  da  Hodanda^  a  3  léguas  O.  de  Rot- 
terdam  ;  6,1(>0  tiabitantes. 

vLAUiuiR,  (bist  )o  Grnnde,  o  Santo,  gran- 
principe  da  liussia,  filho  de  Sviatoslao  I, 
íQ  )iu  ao  throno  da  Rússia  em  980  Reto- 
mo i  a«iaiicia  aos  Polacos,  subroelteu  mui- 
tos povos  bárbaros,  atacou  e  venceu  os  Búl- 
garas do  Oriento.  Obrigou  os  imperadores 
gregos  B?silio  11  e  Constantino  VIU  a  da- 
rem-lhe  sua  irmã  em  casamento,  fez-se 
christào  e  quiz  que  todos  os  seus  vassallos 
se  baptizassem.  Fundou  escolas  publicas. 
Morreu  em  1015, 

VLADiMiR  II,  (bist.)  neto  do  prer.edente 
e  filho  de  VseVoiod  I,  nas^pu  em  1053,  su- 
bio  ao  throno  da  Rússia  era  ltl3.  Morreu 
em  1125. 

VLADIMIR,  (geogr.)  cidade  da  Russiã  eu- 
ropea,  capital  do  governo  de  Vládimir,  9 
47  léguas  K.  deM  scoii;  o.OOO  habitantes. 
O  governo  de  Vladiíuir  tem  por  limites  os 
do  Toer  e  do  Moscou  a  O.,  de  ^ijnei-No» 
vorogod  a  E.,  de  Jarcslav  e  de  Kostromt 
ao  ;>  ;  de  Tambov  c  da  Uiazao  U>  $■  * 
l,y7&,0-t)  habivmitíí. 

^6   . 


<ái 


624 


VLA 


TOC 


vladímir,  /"geogr.)  Wlodzimirz  <3m  pola- 
co, cidade  da  antiga  Polónia,  hoje  perten- 
cente á  Rússia  europpa,  a  89  léguas  NO. 
de  Jitomir ;  2,000  habitantes. 

VLADiSLAO  í,  (hist.)  succedeu  em  1081  a 
seu  irmão  Boleslau  U.  no  thrnno  da.  Poló- 
nia, e  teve  que  combater  Vratislao  11,  du- 
que de  Bohemia,  e  os  Prussianos.  Morreu 
em  1Í02 

VLADISLAO  lí,  (hist.)  filho  primogeulto  de 
BoleslaoIIl,  foiacclamado  rei  em  1138,  foi 
expulso  por  seus  irmãos  e  refugiou-se  na 
côrle  do  imperador  Conrado  ;  morreu  era 
1159. 

VLADISLAO  Ilf,  (hist )  chamado  Laskono- 
gi,  filho  de  Miecislau  lII,  foi  eleito  lei  da 
Polónia  em  1202.  Repelliu  uma  invasão  do 
Romano,  príncipe  de  llalicz.  Morreu  exila- 
do em  1233. 

VLADISLAO  IV,  (hist.)  chamado  Lokietek 
ou  o  Anão,  sobrinho  deVladislao  lil,  e  ir- 
mão de  Lech-o-Kegro,  foi  um  dos  b  com- 
petidores, que  disputaram  a  coroa  por  mor- 
te deste  ultimo  em  128y,  mas  só  foi  reco- 
nhecido em  I0O4.  Morreu  em  1333. 

VLADISLAO  V,  (Jagellão  ou  Jafíiel)  primei- 
ramente duque  de  Lithuania,  depois  rei  da 
Polónia,  em  consequeocia  do  seu  casamen- 
to com  Hedwiges,  herdeira  da  Hungria  e  aa 
Polónia,  foi  o  chefe  da  dynastia  dos  Jagel- 
loes,  e  reinou  na  Polónia  desde  138G  até 
1434. 

VLADISLAO  VI,  (hist.)  filho  de  Yladislao 
V,  nasceu  em  iA'^%,  reinou  na  Polónia  des- 
de 1434  até  14^4,  e  foi  eleito  rei  da  Hungria 
em  1440. 

VLADISLAO  VII,  (hist.)  filho  dc  Sigismun- 
do  Ilí,  nasceu  em  íÍí95,  subiu  ao  throno 
em  1632.  Morreu  em  i64í>. 

VLADISLAO  I,  (hist.)  duquc  de  Bohemia, 
tinha  si(io  cm  il05  0  competidor  de  Svrn- 
topolk,  e  foi  seu  suceessor  emUOU;  mor- 
reu em  li25. 

VLADISLAO  II,  (hist.)  filhn  do  precedente, 
subio  ao  throno  depois  da  morte  de  So- 
bieslao  í,  seu  tio,  emlí40.  Teve  que  com- 
bater muitas  revoltas  alé  que  foi  destrona- 
do em  1173  por  Sobieslao  II,  seu  primo. 
Morreu  em  li 73. 

VLADISLAO  III  (hist.)  filho  primogcnitó  de 
Brzetislao  Ili,  succedeu-lho  em  í  198;  mas 
abdicou  depois  de  cinco  mezes  de  reinado. 

VLADISLAO,  (hist )  filho  primogcnito  de 
Huniade,  reinou  na  Hungria  deste  1457  ; 
venceu  os  grandes  revoltados  na  Alta-Hun- 
gria  e  distinguiu-se  pela  sua  bravura. 

VLASTA,  (hist.)  amazona  bohemia,  foi  uma 
d3s companheiras  de  Libussa,  equiz  depois 
da  morte  desta  princeza,  formar  um  estado 
em  que  as  mulheres  dominassem  sobre  os 
homens.    Foi  por  outo  annos  o  terror  da 


Bohemia,  e  publicou  um  código  que  con- 
sagrava em  todos  os  pontos  a  dependência 
e  inferioridade  dos  homens.  Vlasta  morreu 
no  forte  de  Vidovlé. 

vLiE  ou  vLiELAUD  (geogr.)  Flevolandia^ 
ilha  de  Hollanda,  a  'i  leg.  JSE.  de  Teiel ; 
OiH)  habitantes. 

VOADO,  A,  p.  p.  de  voar,  que  voou  ou 
saltou  ao  ar  por  explosão.  A  praça  — ,  que 
saltou  por  explosão  da  mina.  Ep.  us.  como 
adj, 

VOADOR,  A,  aàj.  que  vôa  ;  (fig  )  mui  rá- 
pido. A  fama  — .  Plantas  — s,  pés  mui  li- 
geiros. Lebreos  voadores,  mui  rápidos,  ve- 
lozes. 

VOADOR,  s.m.  peixe  que  vôa  e  tem  azas 
cartilaginosas. 

VOADORA,  8.  f   acção  de  voar,  vôo. 

voANTK,  adj.  dos  2  g.  (d»'S.  dop.  a.  Lat. 
em  ans,  tú)  que  vôa.  Águia — . 

VOAR,  «.  n.  (Lai.  volare,  de  ala,  aza,  ales, 
avis,  ave)  librar-se  a  are  nas  azas,  e  agi- 
tando-as  para  subir,  descer  ou  percorrer  o 
ar.  —  o  pousar^  parando  de  vôo  a  vôo.  — 
redondo,  volteando.  —  dependurado,  sem 
bater  as  azas.  — ,  (fig.)  mover-se  com  gran- 
de rapidez.  Vôa  a  fama,  a  memoria  de  al- 
gum successo.  Vôa  a  carroça,  a  setta  ;  voam 
as  balas.  —  com  o  pensamento.  Voaram 
os  christãos  ao  martírio,  corriam  apressa- 
dos. —  a  alma,  passar  á  outra  vida,  ou  á 
vida  eterna.  Voavafn  os  meus  pensamentos, 
suspiros,  gemidos,  aos  ouvidos  de  alguém. 
— ,  saltar,  ir  pelos  arcS,  v.g. — a  mina,  o 
muro,  por  explosão  de  pólvora.  — ,  percor- 
rer voando.  Voa  a  ligeira  fama  o  univOi- 
so. 

VOARIA,  s.  f.  (des-  ia)  (ant.)  ave.  raló. 
«  O  falcão  altaneiro  caça  toda  a — .  »  0  vôo 
que  o  falcão  dá  para  empolgar  a  raló  ;  o  ca- 
çar aves  com  as  de  rapina  ensinadas  a  isso. 

voATO,  s.  m.,  noticia  dada  em  alta  voz; 
brado,  clamr-r  de  novidade.  Corre  esse  — 
V.  Boato. 

VOCABULÁRIO,  s.  m  ,  collecção  dos  vocá- 
bulos de  uma  lingua,  dispostos  de  ordiná- 
rio por  ordem  alphabetica.  O  —  Portuguez 
de  Bluteau.  V.  Diccionario. 

vocABULiSTA,  s.  m.  (dcs  ista),  autor  de 
vocabulário, 

VOCÁBULO,  s.  m  (Lat.  Kocabulum,  de  tox, 
voz),  termo,  dicção,  palavra  de  qualquer 
lingua.  Trazer  — s  de  conserva,  palavras 
estudadas.  — s  de  honra,  (ant.)  tratamen- 
tos, V.  g.  o  de  eicellencia,  senhoria. 

VOCAÇÃO,  s.  f.  (Lat  tocalio,  onis),  cha- 
mamento, convocação;  (fig.)  chamamento 
de  Deus,  v.  g.  para  abraçar  a  vida  reli- 
giosa ;  inclinação  a  seguir  uma  profissão. 
Errou  a  — . 

VOCAL,    adj.  dos  2  g.  (Lat.  vocahs),   da 


TOG 


VOL 


825 


voz.  Musica  — .  —  que  tem  voz,  com  a  voz. 
Ordem  — ,  de  viva  voz. 

vocALMERTB,  adv.  [mente  suíT.),  de  viva 
voz. 

vocATivo,  s.  m.  (Lai  tocativus,  adj  ), 
caso  que  em  Latira,  Grego  e  outras  línguas 
serve  á  interrogação. 

vociFERAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  vociferatio,  onis), 
acto  de  vociferar,  gritaria,  alarido,  brado 

VOCIFERADO,  /).  p  sup.  de  Vociferar,  e 
adj.,  bradado,  dito  em  brados,  vociferan- 
do. Txnha  —  ameaças.  Queixas  vocifera- 
das. 

vociPERADOR,  s.  m.  (Lat.  vociferator),  o 
que  vocifera,  homem  clamoroso. 

vociFKRANTE,  adj.  dos  2  Q.  (Lat.  voci- 
ferans,  tis),  que  vocifera     ' 

VOCIFERAR,  V.  a.  (Lat.  vociferare ;  de 
coa?,  voz),  bradar,  proferir  em  alta  voz. 
« tstas  sentenças  taes  vociferando.  »  Camões. 
— ,  V.  n.  clamar,  bradar. 

vocoNCES,  (geogr.)  Vocontii,  povo  da 
Viannense,  entre  os  AHobr  >ges  ao  N.  os 
estados  de  Coteius  e  os  Caturiges  a  E.,  os 
Cavares  aO.,    tinha  por  capital  Dea  (Die). 

voDA,  8.  f.  V.  Boda. 

vodína,  (geogr.)  Edessa  de  Macedónia, 
cidade  da  Turquia  europea  ;  a  20  leg.  INO. 
de  Salonica  ;  12  000  habitantes. 

voDivos.  V    Bodo,  Bodivo. 

VODO.  V.  Bodo. 

voENGA,  s.  m.  (ant.)  V.  Avoengo] 

VOGA,  s.  f.  (Fr.  vogue,  movimento  dos  re- 
mos ;  de  vogutr,  vogar)  remo  ;  remada.  For- 
çar a  — ,  apertar  a  — ,  remar  com  força. 
De  —  arrancada,  remando  com  toda  a  for- 
ça e  expedição.  A  —  surda,  remando  sem 
ruido.  Dar  — ,  remar  por  diante.  Não  dar 
— ,  (Og.)  não  saber  manejar  os  negócios. 
As  —s,  os  remeiros  do  primeiro  banco.  Em 
duas — s,  remadas.  Estarem — ,  em  moda 
mui  seguido.  Dar  a  — ,  o  impulso. 

VOGADO,  A,  p._p.  de  vogar;  adj.  rema- 
do. A  galé  —  rijamente. 

VOGAL,  adj.  dostg.  [L&t.  vocalis)  vocal. 
Som  — .  Letras  vogaes. 

VOGAL,  s.  f.  (do  precedente)  letra  vogal 
que  representa  som  simples  susceptível  de 
ser  pronunciado  de  per  si,  ede  se  prolon- 
gar e  cantar,  v.  g.  a,  o,  u.  As  consoantes 
sibillanles  podem  prolongar-se,  mas  não 
admittem  modulações,  v.  g.  s,  x,  x. 

VOGAL,  s  m.  (de  voz)  pessoa  que  tem  voto 
em  junta,  assembleia,  etc  Os  vogaes. 

voGANTE,  adj.  dostg.  (des.  do  p.  a.  Lat. 
em  ans,  tis)  que  voga. 

VOGAR,  tj.  n.  (Fr.  voguer,  que  creio  de- 
rivado do  Lat.  tia  eaqua,  e  nào  de  fugare, 
como  diz  V.  de  Aoquefort)  rem«r  avante  ; 
navegar  a  remo.s.  — ,  ter  voga,  estar  em 
uso.    Vogava  então  a  mania  das  cruzadas   ' 

VOL.   IV. 


I  — ,  (ant )  soar.  «  As  lettras  persianas  vo- 
gavam diversamente  das  portuguezas.  — , 
(ant.)  advogar. 

vogaría,  s.  f.  (ant.)  advocacia. 

voGELSBRRg,  (geogr  )  cordilheira  de  mon- 
tanhas de  Allemanha,  no  llesse. 

vogfiera,  I geogr. )  Ficns /rííB  014 /ria,  ci- 
dade dos  Estados  Sardos,  capital  de  inten- 
dência, a  8  léguas  ao  ívO.  de  Alexandria, 
10,000  habitantes. 

VOGOULO,  VOGOULITCHES  (geOgr.)  pOVO  DO- 

mada  da  Rússia  asiática,  de  raça  finneza, 
a  E.  do  Ourai  septenirional,  está  espalha- 
do nos  governos  de  Perm  e  de  Toboisk.  ' 

VOGUE,  s.  m.  (t.  Asiat.)  embarcação  pe- 
quena da  tndia. 

voiD,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  2  lé- 
guas S.  de  Commercy  ;   l.^^^O  habitantes. 

voiGTLAND,  (gcogr  )  Variscia,  território 
do  antigo  império  de  Ailemanha,  compre- 
hendia  o  circulo  actual  de  Voiglland,  bail- 
Uado  de  Weyda,  o  circulo  de  Ziegenruch, 
e  o  bailliado  de  Renneburg. 

voioussA^,  (geogr.)  Amis,  rio  da  Turquia 
europea,  nasce  a  E,  do  livah  de  Janina, 
e  lança-se  no  Adriático  ao  N.  do  golpho 
de  Âvlone. 

voiRON,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  NO.  de  Grenoble ;  7,570  habitan- 
tes. 

voiTEUR,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  3 
léguas  N.  de  Lens-le-Saulnier,  1,092  habi- 
tantes, 

VOIVODE   ou  VOTVODE,    (hist.)   (istO  é   chcfô 

de  guerra)  de  duas  palavras  slavas  voi  tro- 
pa, e  vodit  commandar,  nome  que  usaram 
primeiramente  os  príncipes  de  Valachia  e 
de  Moldávia  e  que  dopois  foi  substituído  pe- 
lo de  hospodar.  Este  titulo  também  ousa- 
do na  Polónia  para  designar  os  governado- 
res das  províncias. 

VOLANTE,  s.  m.  (do  Lat.  volare,  voar)  tela 
mui  bgeira  e  rala  de  seda,  lã  ou  algodão. 
— ■,  pedaço  de  cortiça  empennada  com  que 
se  joga  lançando-o  aoare  aparando-o  com 
a  vaqueta.  Jogar  o — .  — de  relógio,  peça 
que  resiste  ao  impulso  da  mola.  —  da  roda, 
que  regula  o  movimento  d'ella. 

VOLANTE,  cdj.dosÈg.  (Lat.  volans,  tis, 
p.  a.  de  volo,  are,  voar)  vonte.  que  vôa. 
Setta  — .  Globo  — ,  aerostato.  Peixe  — ,  voa- 
dor. — ,  mui  rápido.  Carro  — .  — ,  (fig)  não 
Gxo.  Campo  — ,  de  tropas  ligeiras  sem  arti- 
lharia nem  bagagem.  Soldado  — ,  armado 
á  ligeira.  Homem  — ,  não  assente.  Co/n- 
missario  — ,  nào  fixo.  Sello  — ,  pendente 
de  carta  aberta.  Papeis  — 5,  que  se  espa- 
lham. Cervo — ,  um  insecto  que  voa  e  tem 
cominhos. 

voLARTiM.  V.  Bolantim,    Volantim. 

VOLATARIA,    ». /".  VOLATEHIA,   $.    f.    arte  do 

207 


m 


fOb 


ni 


eaçdp  aves  com  falcõos  o»i  outras  aves  de 
rapina^ onsinRdas ;  as  aves  que  se  caçam. 

voLATEARj  e.  n.  (p.  us  )  adejar,  esvoa- 
çftr. 

VOLATERRES,  (geogf.)  Volaterra,  hoje  Vol- 
terra,  cidade  da  Etruria,  uma  das  12  la- 
comonias,  a  O.  de  Sena  Ji^lia. 

VOLÁTIL,  adj.  dos2g.  {L!\t.  volátil  is)  que 
\6a.  Aves  voláteis.  — ,  sublilissirao,  queso 
derrama  espontaneamente  na  atmosphera, 
u  y-,  sal  — .  O  elher  é  um  corpo  mui  — 

VOLATILIDADE,  s.  f.  8  qualidadtí  de  ser  vo- 
lalil.  A  —  da  ammonia, 

VOLATILISADO,  A,  p  p.  do  volatilisfif  ;  adj. 
derramado  no  ar.  Saes  —  s. 

voLATiLiSANTE,  .tdj .  dos  2  Q .  {áes.  do  p  a. 
Lai  em  aní,  íis)  quefazvolaiilisar,  evapo- 
rar; que  se  evapora,  volatilísn. 

voLATiLiSAH,  V.  ã  {volalíl,  des  isar]  fa- 
zer vdlòtil ;  reduzira  estado  gaz^so.  O  ca- 
lor tjo/oíwa  muifas  subslônci"ís.  —se.^.t. 
impíssosl,  rt:duzir-se  a  vap^r  ouagaz. 

voLATf»,  s.  m.  volteador  em  maroma  ; 
o  qoo  vai  diante  do  cocbe  correndo  ;  ip.  us  ) 
Oínmfqbí  iro. 

voLÍ^ANiCo,  A,  adj  de  volcão.  L«va  — . 
Materifls~5 

vulCano  ou  vulcana  ,  (geogf.)  liiera, 
uma  das  ilh-as  Lipaii,  a  u;ais  meridional, 
é  deserta. 

voLCÃó,  s  m.  [lio  ^. Bi.  Vulca nus,   Vuloa 
no)  (myih  )  mont»'.  mais  ou  monos  e!»'vad<» 
que  lança  lava  derretida  e  f<igo  por  uma  ou 
ou  roais  aberturas.   V.   Cratera. 

voLros,  (gí-ogr.J  Vokw,  povo  da  Galiia, 
na  Barlioneza  1.^.  era  dividido  em  ouiitas 
tribus,  as  mais  conhecidas  são  os  Tectosa- 
ges  e  os  (Ireeonicos. 

voLKNTiRA.  s  f  (corrupçÃo  de  f/<í/e»i í)'na) 
(anl.)  panno  de  (à  de  Valença  em  iií spa  • 
nha. 

r  voLGA,  (geogr  )  liha  dos  anligos,  o  maior 
rio  da  Rússia  europea  e  àe  toda  a  Europa, 
nasce  no  gí>veríifi  <te  To<-r  e  cahe  {:or  65 
ou  70  emkjcaduras  no  mar  Caspio. 

voLnvNu,  (geogr  ;  Wolkynsh  em  polaco, 
governo  da  Rússia  europfa,  bmilado  ])eios 
de  (irodno  e  Mui^k,  ao  N.  de  Podou  ia  i«o 
S.,  de  Uiev  a  E.  e  pela  Pxilonia  a  0.  ; 
1,54(MM>0  habitantes. 

VOLIÇÃO,  s.  f.  (I  at.  vohtio^  onis)  acto  de 
querer,  vontade  e0ic»z 

VOLIERE.  (ant.)  V    Amario. 

votiT  vo,  A,  ndj  que  emana  da  vonta- 
de. >cltts  —  s.  iF'otencia  — ,  expressivo  de 
vontade.   Modo — . 

víaivEL,  adj.  dos  tg.  (des  irfí/i  (p  us  ] 
que  Sf> pode  querer;  que  pode  ser  obj^ícto 
da  vontadt^. 

voLLOHE-vrLLE,  (gcogr.)  Lovolauir%uv\(\\\ 
VehlroxK»9  Canrum,   ci4«t^8  do  Fíti-psa,  n 


8  léguas  SE,   de  Thiers ;    3,9 \0  babitan- 

te<5. 

voLMUNSTER,  (geogf.)  cidads  de  França, 
a  10  Ingua^  E,  de  Sarreguemines;  1,516 
hfibitanles 

voLNAY,  (geogr.)  villa  de  França,  a  1  lé- 
gua SO.  de  Reaune  ;  6.i0  habitantes. 

voLNEY,  (hist.)  sábio  francez,  nasceu  ena 
1757,  morreu  em  1855).  Emprehendeu  uma 
viagem  ao  Oriente,  aprendeu  o  árabe  em 
um  convento  do  Libano,  e  percorreu  du- 
rante 4  annos  a  Syria  e  o  Egypto,  Voltan- 
do á  Europa  em  1787  publicou  a  relação 
da  sua  viagem,  que  lhe  deu  grande  repu- 
tação. As  suas  principaes  obras  sào  :  Via- 
qetn  no  Egypto  e  na  Syria;  as  Ruinas  ; 
Lei  natural  ou  Cathecismo  do  christão,  etc. 

VOLO,  (geogr  )  outr'ora  Pagases,  ou  /oí- 
cos,  cidade  do  Estado  da  Grécia,  a  12  lé- 
guas e  meia  SE.  de  Larissa  ;  3,500  habi- 
tantes. 

TOLOGDA,  (geogr.)  cidade  da  Rassia  eu- 
ropea,  capit/U  do  governo  de  Vologda,  a 
:<^  í  h'guHS  S£.  de  s  Petersburgo ;  15,OOU 
híibiiantfs. 

vooGDA',  (geogr)  rio  da  Rússia,  cahe  no 
"oukhou. 

voL  GKSO  1,  {hist.)  rei  dos  Parthos,  filho 
e  suí  cessor  de  Venooe  11,  reinou  des  'o  o 
anno  50  até  ao  auno  80,  deu  a  iiedi;i  a 
seu  irmão  l'acovo,  collocou  outro  irmão  no 
Ihrono 'da  Arménia,  vio  os  s«uj  Estados  in- 
vadidos {elos  Romanos  no  r^nnado  de  ríe- 
ro,  mas  rep^Uiu  o  exercito  delles,  bem  co- 
mo os  Dahes,  os  Sacos  e  os  Alanos.  Morreu 
em  90. 

voL085-:so  II  (hist  )  filho  o  successor  ..o 
{^hosriies,  reniou  de  !  il  a  15»',  iviw.  sem- 
pre paz  com  os  Romanos,  apesar  das  aíTroa- 
la->  que  elíes  lhe  tizerarjo. 

voLOGEso  Hl,  ibist  )  ííUio  6  successor  do 
precedente,  invadia  a  Ár^nenia  em  161,  e 
estabeleceu  Chosroes  no  logar  de  Soheme. 
Morreu  em  192. 

VOLOGE-O    IV    OU  ARDAWAN,    (hlSt.),    F  i   00 

anno  í9.,  fingio  sustentar  o  partido  de 
Piscennio  I^ig^T,  mas  foi  batido  por  Sepli- 
mo  Severo.  Morreu    era  207. 

voLOC^Eso  V,  (hí.<ít.)  filho  do  preredenle  e 
irmão  de  Artab^n  v,  ao  qual  <lispulou  o 
ihrono.  Foi  batlido  pelos  Persas  e  perdeu 
a  vida  em  ,219  ou  220. 

voLONNE,  (geogr  )  cidade  de  F-ança,  «  5 
léguas  SE.  de  Listeron  ;   1,;i66  h<ibiiantes. 

voLsk,  (gt^iogr.)  ci^lade  da  Rússia  europea, 
a  33  léguas  ISc).  de  ôaralov ;  5,000  habi- 
tantes. 

VtíLsco.s,  (hist.)  Volsci  povo  do  Lacio  me»* 
ridiunal,  ao  N.  da  Campania,  e  ao  S.  dos 
Pelipn<>s.. 

votTA,  *,  /,  (d^i  w>/^ir},ac^ãd  do  voltar, 


f«xr 

voWep.  Ida  e  — .  Vaxfit-tena  —  ie  terra, 
(nant.)  í1erannHâ-l«  relroredenflo  na  derro- 
ta. Faxer-se  na  — ,  (tiç(.)  mudar  de  propó- 
sito. EHnr  de  —,  ter  voltado  ao  lugar  d'on- 
de  havia  partido.  — ,  curvatura,  v.  g.  — 
do  bastno,  da  costa,  da  ensf-lada  ;  dobra, 
cousa  virada,  v  g.  a  —  do  cabeção;  — de 
clérigo  <'apa  e — .  V.  Capa.  — ,  gyro,  mo- 
vinifnlo  nircnlar  ou  oMiplico.  direcçào  cir- 
cular. Mfi(jalf,áes  deu  a  primeira  —  ao 
mundo,  foi  o  primei,  o  que  navegou  em  tor- 
no d'elle. 


Anles  que  o  sol  no  ccu  cerre  uma  volta 
Se  pode  melhorar  minha  ventura, 

Canióes,  Egl,  8. 


Dar  —  á  chata,  na  fechadura,  paríí  abrir 
ou  fechar.  —  aoarrocho,  para  apartar. — 
com  funda,  para  atirar  pedra.  A — da  abo- 
bada, —  do  arco  Uma  —  àecorilel,  cor- 
dão, que  cingH  uma  vez  aUiim  norpo.  Uma 
-^  a'olho^,  movimento  ra()ido  «IVIlí^s,  gei- 
to  de  namor.Tr.  .4*  — s  do  Inhyrinto'  acA- 
oiinbos  tortuosos,  intricadrts  D  ir  uma  — 
um  passeio.  De  —  com,  drt  mi-tura.  9  g. 
«de  —  com  a  gerUe  qun  en;rflva  »  —  em 
redo  ndo ,  n  o  JiM  1  e .  —  nos  costumes,  ir  u  d  a  n- 
ça.  Dnr  ojuizo  -•-,  f^nlouqu^^c^^r.  — ,  (ant  j 
briga,  motim,  alvoroço;  choque.  ppl»^ja  '  — 
da  cantiga,  estribilho,  versos  qoese  repe- 
tem nu  remate.  — do  mofe,  espécie  de  «lo- 
sa.  Voliaft  no  estyh.  — ,  movimentos  em  tor- 
no. Dar — s'nnça!«a,  na  cama,  no  mar.  An 
dar  ás  — s  no  mar,  b  «rd^jAndo  Fazer-se 
o  entendimento  em  mU  —s,  est«r  pf-rple- 
10.  — s  do  liiclndo'-,  moviíuentoSfVelle  para 
derribar  o  contrario,  ou  resistir  lhe  Ter-se 
ás  — s,  (íií?  )  resistir,  t>.  g.  —  com  os '<eie- 
jos.  Furtar  as  — s  aaloufm,  (fig.)  procu- 
rar evitar  on  frustrar'  os  seus  oí.^íques,  ou 
desígnios  hostis.  Fflzer — «ao  inimigo  — s, 
(íig  )  alternativas,  revezes,  vicis^ittides  Dar 
'—s  á  fortuna,  mudar  Dar  — s  aox  textos, 
to  ré  i  os  do  sentido  obvio  Dar  — s  por  con- 
seguir alguma  cousa,  trabídbar.  lidar  Fa 
zer  alguma  cousa  de  -rS  de  outra,  fphr 
ant.)  em  qu^inlo  se  f^z  outra,  no  iniervallo. 

voi.tacara,  *  f.  Favr — ,  voltar  as  cos- 
tas para  se  retirar. 

voLTAiio,  A,  p    p.  de  voltir;  ndj.  vi-a- 
do. 

VOLTAIRE  iFrao<i>co  Marii  Arouei  de), 
{h\^l  1  o  t'Scriptor  roais  univi-rs;»!  á<i  Frun 
ça.  nas4í<-u  em  lti9'<.  morreu  utoífíS  Ah 
prittieira»  pmdncçoes  de  Voltaire  íoram  a 
Htnriadat  (E  Itpo,  deu  depois  es  tragedias 
Artemira,  Ma'iannn  e  a  <omf»dia  o  lndis~ 
crfto.  Em  nenns  de  cine»)  antios  públi- 
cos ■    Srtitiis ,  Mrifhylo,    Zaira,    Aéelai- 


n»v 


fm- 


dê  dfl  Gueselin  ,  a  Historia  de  Carlot 
Xll,  0  aa  Cartai  philoiophicag,  ou  Car- 
ta» inglêzas.  Seria  mister  um  longo  cata- 
logo para  fazer  menção  das  obr;«8  deste 
grande  escriplor,  que  abrangeu  quasi  todos 
os  géneros,  omanejiu  todos  os  estilos.  Co- 
mo poeta  brilhou  na  tragedia  aonde  se  col- 
locou  a  par  de  Racine  ;  na  epopea  occopa 
o  primeiro  lugar  entre  os  poetas  francezes, 
na  poesia  philosopbica  egnala  Pope ;  na 
poesia  ligeira  não  tem  rival. 

VOLTAR,  v.a.  {\.&l.  toluto,  ar)  dar  voè- 
ta,  volver,  virar,  o  g.  —  o  roslo.  a  cara, 
coitas.  —  a  casaca,  ruudar  de  partido.  -»- 
SE,  V  r.  vir«r-se.  v.  g.  —  para  algueiB, 
pôr-se  em  face  d'ello.  — ,  o.  n.  regressar, 
tornar  ao  lugar  d'onde  alguém  partio  Vol- 
tou da  índia  a  Lisboa.  —  contra  o  inimigo. 
— ,  virar-se,  v.  g.  á  direita,  à  esquerda. 
Em  um  —  d'olhos,  em  um  mo^nenlo.  Vol' 
tarem  a«  noite:  sobre  os  dias,  (phr  anl.) 
sendo  maiores  que  elles 

voLTF.ADOR,  A,  5  pessoa  que  robêa,  faz 
equilíbrios  na  maroma. 

VOLTEAR,  V  a  [volta,  ar  des.  inf.)  dar 
vol  as,  gvrar,  contorne.-ír,  v.  g.  — as  me- 
trts,  (i  eidhde  —  as  lindeiras,  agii/indo- 
as ;  —  a  fund^  no  ar.  — ,  v  n.  dar  vad- 
ias, jjyrar,  r*'Vôivpr  se,  volver.  —  na  ma- 
roma,   faz^^^r  equdibrios. 

v;»LTR(HO,  A,  udj  (dtí  co/ía,  brlgáj  r/ant.) 
rixõ.o.  brii'O'^0. 

voLTEJAnoR,  s.  m.  FÍ  gallicismo.  V.  Vol- 
tcador. 

VOLTEJAR,  gallic'smo  escusado  V.  Vol- 
tear. 

VOLTERETK  OU  V0LTARET8,  S.  m   jOgO  caf- 

teftdo.  esp«^cie  de  arrennga  ia  O  ooitie  vem 
da  carta  <1a  baralha  que  voltada  pelo  par- 
ceiro que  íem  osdoit  azes  pretos  vem  a  ser 
trunf'». 

vOLTERRA,  fgeogr.)  Volterra,  fíjdade  <ia 
Toseatia,  a  1 1  l«-guas  ^E.  de  Pisa;  6,()(30 
habitantes. 

voLTivoLO,  A,  adj.  (p.  U5.)  vario,  incon- 
stante 

VííLTO,  A.  p.  p.  (ant  )  devolver  V.  Vol- 
vido,   Voltado 

voLTUMNA,  (myih  )  deuza  da  vontade  e 
do  bom  conselho,  era  muito  venerada  pe- 
los Elruscos. 

voLTUHAK^.  fg^ogr.";  ci^aie  do  reino  de 
Nápoles,  a  6  léguas  O.  de  Lucera  ;  2,8Ul) 
h:ibil'»'!ites 

voLTURNo,  í^'^^^g^  )  Vul turnos,  rio  do  rei- 
no de  Nap*des,  na-ce  noSannw),  e  eahe  no 
mar  Thyrno  í»ra  *.atfello-Volturno.  . 

VOLLDSL,  VOLUBIL,  adj.  dof  lg.  V,  Vo- 
Ivtel.     ■ 

voLUDtL^DAD?!,  s.  j.  (Lflt  vjlubiUtas,  tU\ 
fecU-.dode  etn  dar  voltas.  —  dx  lingua.,  ffriA- 
il)7    . 


828 


VOM 


VOO 


de  presteza  no  fallar.  — ,  (fig.)  inconstân- 
cia, V.  g. — da  fortuna. 

VOLUME,  s.  m.  (Lat.  volumen,  de  volve, 
ere,  enrolar,  envolver)  corpo  solido,  fardo 
de  fazenda;  tomo  de  obra. 

voLuiumoso.  V.  \olumoso. 

VOLUMNIA,    (hist.)   esposa    de   Coriolano, 
foi  com  Veíusia,  mãi  deste  general,  na  fren 
te  das  mulheres  que  lhe  foram  pedir  para 
levantar  o  cerco  de  Uoma. 

VOLUMOSO,  A,  adj.  (deií,  oso]  que  tem  gran- 
de volume,  avultado. 

VOLUNTARIAMENTE,  adv  [mente  suff.)  es- 
pontaneamente, sem  constrangimento ;  por 
cumprir  vontade  caprichosa,  contra  a  ra- 
zão. 

VOLUNTARIEDADE,  s.  f.  espontaneidade  ; 
vontade  caprichosa. 

VOLUNTÁRIO,  A,  adj.  (Lat.  voluníarius) 
feito  por  vontade,  sem  constrangimento.  Ho- 
mem — ,  amigo  de  fazer  a  sua  vontade,  ca- 
prichoso 

voLUNTAFio,  s.  m.  homem  que  assenta 
praça  voluntariamente. 

voLunTARiosAMENTE,  ttdv.  poF  caprlcho, 
contra  a  razão. 

VOLUNTARIOSO,  A,  ãdj .  disposto  a  fazer 
a  sua  vontade,  capichoso. 

voLUPTARio,   V.  Voluptuoso.  ■ 

VOLUPTUOSO,  A,  adj.  (Lat.  voluptuosus] 
dado  %  deleites,  sensual;  que  deleita  ;  de- 
leitoso   Prazeres — s. 

voLusio  (C.  Vibio),  (hist.)  filho  do  impe- 
rador (àallo,  foi  associado  ao  império  por 
este  principe  em  252.  Foi  morto  em  í^53 
pelos  soldados,  juniamente  com  .«eu  pai. 

VOLUTA,  s.  f.  (Lat.)  (arch  )  orneio  do  ca- 
pitel da  colurana  em  forma  de  rolo. 

VOLUTABRO,  s.  m.  (Lflt  volutabrum)  la- 
maçal, espojadouro  de  porcos 

VOLÚVEL,  adj.  dos  S  g.  (Lat.  tíolubUis] 
que  se  volve,  gyra  ;  (fif .)  vario,  incons- 
tante. Língua  — ,  fluente 

voLVEDOR.  V.  Envolvedor. 

VOLVER,  V.  a.  (Lat,  volvo,  ere)  voltar,  vi- 
rar, ti,  g.  — os  olhos  a  ídguem.  —  o  ca-, 
brestante.  fazer  gyrar  ;  —  os  eixos  da  moen- 
da. — SK,  V.  r.  revolver-se,  agitar-se.  — , 
em  sentido  abs,,  voltar,  regressar. 

voLvic,  (geogr.)  Vialoscencis  pagus,  vil- 
la  de  França,  a  2  léguas  SE.  do  Rion»  ; 
3,450  habitantes. 

VOLVIDO,  A,  ;í  p- devolver;  adj.  virado, 
voltado. 

vÓLVUio,  s.m.  {L&i,  voivulus)  (med.)  có- 
lica violenta  causada  pela  inversão  d )  mo- 
vimenta peristaltico  dos  intestinos. 

vÓMiCA,  s.  f,  (de  vomitar)  (iLed.)  tumor 
enkystado  cheio  de  pus,  principalmente  no 
bofe. 

vÓMiCA,  adj.  f.  Nox — ,  venenosa,  e  que 


fflz  vomitar  cães,  gatos  e  outros  quadrúpe- 
des. 

voMiL.  V.  Gomil. 

vuMiTADo.  A,  p.  p,  de  vomitar;  adj.ex' 
pulsado  pelo  vomito.  Matarias  — s.     linha 

—  o  comer,  o  alimento.  Estar  — ,  ter  to- 
mado um  vomitório.  — ,  (íig.)  enjeitado  com 
asco. 

VOMITAR,  V  a.  (Lat.  vomito,  are)  lançar 
pela  bocca  com  esforço  materi.is  encerra- 
das no  estômago.  — ,  (íig.)  arrojar  de  si  com 
violência  O  mar  vomita  os  destroços  dos  na- 
vios. Os  canhõf^s  vomitam  balas.  O  vnlcào 
'^omita  lava,  pídras,  cinzas  —  a  alma,  o 
e$pirito,  a  vida.  moTTP.r.  —  injurias,  blas- 
pfiemias,  proferir  com  violência.  — veneno, 
pOr  meio  das  palavras.  —  o  segredo  ;  vo- 
mitou o  que  sajjia.  A  ferida  vomitava  san~ 
gue,  vertí.M.  —  a  fúria  da  paixão,  profe- 
rir pahTfls  furiosas.  —  textos,  cuâ  los  fora 
de  propo>ito. 

voMiTivo,  A,  adj.  emético,  que  faz  vo- 
mitar. Lim  — ,  subst 

VÓMITO,  x.  m.  {Lf\t.  vomitas)  acção  de  vo- 
mitar, exulsão  violenta  pela  bocca,  de  ma- 
térias contidas  no  estômago.  —  preto,  doen- 
ça mui  perigosa,  chamada  também  febre 
amareUa.  Tornar  ao — ,  (phr.  p.  us.  e  fig.) 
rccahir  no  erro,  na  culpa. 

voMjTORio,  ».  m.  (Lat.  í-omiiorivs,  adj.) 
(med  )  substancia  que  provoca  o  vomito. 
Dar,  administrar,  tomar  um  — . 

VONA  ou  voNO,  (geogr.)  Jasoniom  pro- 
moníorium,  cabo  da  Turquia  asiática,*  so- 
bre o  mar  í^egro   . 

voNiTZA,  (geogr.)  Anactorium,  cidade  do 
novo  reino  da  Grécia,  a  25  léguas  S.  de 
Janina ;  2,00li  habitantes. 

voNONE  í,  (hist  )  rei  dos  Parthos,  tinha 
sido  enviado  a  Roma  como  reféns.  Augus- 
to deu-lhe  a  liberdade  no  anno  14  de  Je- 
su-Chnsto,  e  foi  escolhido  para  rei  dos  Par- 
tho>,  reinou  pouco  tempo  porque  os  Par- 
thos revollaram-se  contra  elle.  Morreu  no 
anno  19. 

VONONE  II,  (geogr)  rei  dos  Parthos;  rei- 
nou no  anno  50. 

voNTADK.  s.  f.  (Lat.  voluntas,  tis,  do  Gr. 
boúlomai,  querer,  de  laô,  gozar,  tomar)  fa- 
culdade que  tem  o  homem  eosanimaesée 
fazer,  ou  de  não  fíízír  um  acto  ;  desejo.   Ter 

—  de  fazer  alguma  cousa^,  áe^iP^i^r. — ,  sen- 
tir-se  impellido  a  faze.r,  v  g.  —  de  comer, 
beber,  ourinar.  dormir  Homem  feito  de 
sua  — .  que  não  conhece  outra  lei  Sí-não 
o  .seu  querer,  o  capricho.  Sahir  da  —  de 
alguém,  (ant.)  não  lh'af«zer.  Á  — ,  ao  ar- 
bítrio, V.  g.  navegar,  correr  o  navio  á  — 
dos  ventos.  — s,  pi.  (ant.)  trastes,  móveis 
alfdias  de  iuio,.deappetito.  tlucid. 

vôo,  s.  m.  (Fr.  vo/,  do  Lat.  volo,  are,  voar) 


VOR 


roT 


829 


movimento  das  azas  da  ave  quando  vòn, 
ou  percorre  a  ar ;  sallo.  Dar  um  —  ;  to- 
mar o  —  muito  alto,  ^ti(ç)  ensohfjrbectjr- 
se  ;  elevnr-se  com  o  pensamento  a  conce- 
pções sublimes.  Os  toas  do  engenho  do 
poeta,  pensamentos  elevados  Os  — .çdo  Pin- 
daro.  Elevaise  deum — ,  mui  rapidamen- 
te. «  Subir  de  —  aos  cens.  »  Cneid  Port. 
«  A  oraçSo  ó  um  —  da  alma  a  Deus.  » 
Vieira 

vooRN  ou  VOERN,  (geogr.)  pequena  ilha 
de  Hollanda,  na  embocadura  do  M(!use ; 
28,000  habitantes. 

vopiscus,  /'hist  )  historiador  latino,  natu- 
ral deSyracusa,  gozou  mnila  reputação  em 
Roma  no  reinado  de  Diocleciano.  Escreveu 
as  vidas  de  Aureliano,  de  Tácito,  de  Fla- 
viano,  de  Probo,  de  Caro,  etc. 

VORACIDADE,  5.  f.  [Lut.  toracitãs,  tis)  ap- 
petite  voraz,  sofreguidão  no  comer,  que  faz 
devorar ;  (Hg.)  grande  actividade  de  cousa 
que  consome,  v.g.  a  —  do  fogo,  da  cham- 
ma,  do  incêndio. 

voRACissiMAHKisTE,  adv.  sufcrl.  de  Voraz- 
mente. 

voracíssimo,  a,  adj.  superl.  de  vorace, 
(ant  ]  por  Varas 

voradur.  Y.  Devorador. 

voRAGKsr,  s.  f  (lat.  vorago,  inis,  de 
toro.  are,  devorar),  sorvedouro,  remoihho 
no  mar  qu-^  sorve  o  leva  ao  funJo  tudo  o 
que  se  mette  no  gyro  da  agua  — ,  abysmo 
na  terra.  A  —  dou  vícios,  das  paixões,  nbys- 
mo. 

voRAf.iNOSo,  A,  adj.  (i.at.  vorajir>osus], 
onde  ha  voragem  ;  da  natureza  de  vora- 
gem ;  muito  rasgado,  cavernoso.  A  bocca 
—  do  leão. 

VORARLBSRG.  {ge<^gr.)  circulo  deTyiol,  a 
O.,  tem  por  liniiles.  ao  N  e  ao  NE.  a  Ba- 
viera, a  K.  o  cirí^ulo  «lo  Junthal  superior, 
ao  S  o  canfio  dos  riri.-íões  ;  8U,000  habi- 
tantes   Capital  Bregenz. 

VORAZ,  adi  doi  2  g.  (Lat.  vorax,  eis, 
de  tioro,  are,  ^evorarj,  que  devora,  que 
come  cora  sofreguidão;  (íig  )  qu»  consome 
rapidamente.  A  — chamma.  O  tempo  — . 
Us  vorazes  ai. nos. 

votiPY,  (g«^ogr  )  cidade  de  França,  a  4 
1^2uas  N    do  Puy  ;  2,o8>  habir.^tites 

voRGvNiUM,  (geogr)  hoj-  Carliaix,  cida- 
ae  da  Gallia,  cíi pitai  dos  Odsmii. 

voRONA,  (geogr.)  rio  da  Uussia  europpa, 
nasce  no  governo  de  i  enza,  e  cahe  no  Kho- 
per. 

voRONEJO,  (geogr.)  cidade  da  Rússia  Eu- 
roppa,  a  l^iU  léguas  S.  de  Moscou;  15,000 
habitantes. 

VORONEJO,  (geogr.)  rio  da  RusMa,  nasce 
no  governo  de  Tambov,  e  cahe  no  Don. 

VORORT,  (hist.)  Directório  federal  dá  Suis- 

TOL.  IT. 


sa  encarregado    de  expedir  os  negócios  na 
ausência  da  Dieta. 

voRTiCís,  s  m.  pi.  [L&i.  tortices,  pi.  dô 
torlex],  redemoinhos,  voragens,  tufões,  re- 
moinhos de  vento.  «.  Caliginosos  —  vencen- 
do [O  navegante).  »  Hpino. 

voRTiGKRN,  (hist )  rei  bretão,  fez-se  pro- 
clamar rei  em  -^45.  Foi  deposto  por  Am- 
brósio Aureliano  e  morreu  em  485. 

voRTiGiNOso,  A,  adj.  (des.  oso),  da  na- 
tureza e  mov-mento  dos  vórtices ;  voragi- 
noso.  Tufões  — s. 

vós,  pronome  da  segunda  pessoa  do  plu- 
ral. (Lat.  vos,  Sanscrit  vah,  cuja  origem 
nenhum  etymologista  tem  dado  )  Usamos 
d'este  termo  em  estylo  elevado,  fallando  a 
varias  pessoas  colleciivamente,  e  por  abuso 
fallando  a  uma  só,  Ex.  —  sois  irmãos  e 
amigos.  — ,  senhor  (fallando  ao  rei).  — 
mesmos;  —  mesmo.  De  — ,  para  — ,  por 
— ,  em  — ,  sem — .  Quando  se  usa  por  íu, 
o  adjectivo  põe-se  no  singular  e  o  verbo  no 
plural.  \ós,  meu  filho,  estaes  louca.  \ôs 
sois  amigo  terdadeiro. 

vos;  equivale  a:  a  vós,  v.  g.  não  vos 
peze.  nãopeze  avós;  dou-vos  as  parabéns, 
a  vós. 

vosco,  u?a-se  em  vez  de  vós,  quendo  é 
precedido  de  com.  Nada  quero  cora  — . 

vos^íKS,  (geoífr  )  Vaqe^us  mons,  grande 
cordilheira  de  montanhas,  qufi cobre  emas 
suss  ramificações  o  NE,  da  França,  e  oStí. 
da  Bélgica. 

vosGES,  (geogr.)  departamento  do  interior 
da  França,  limitado  pelos  departamentos  de 
Meurthe  ao  N  do  Alto  Saona  aoS.,  de  Al- 
to e  Bóixo  Rheno  a  E  ;  5,8(30  habiiantes. 
Capital  Epinal. 

vosQuo,  ohsol   V.  \osco. 

vossaNCe.  obsol    Vos?a  mercê. 

vossE,  contracção  de  vos.^ia  mercê,  llsa- 
se  entro  amigos  familiares  fallando  um  ao 
<mlro 

vosso.  A,  adj-  (Fr.  votre,  do  Lat.  ves^ 
ter),  de  vós,  que  pertence,  respeita  a  vós 
(tanto  plural  como  singular),  —  pai,  — a 
inãi,  fallando  a  dois  ou  mais  filhos  ou  a 
um  só  Essa  matéria  não  é  vossa,  (loc.  ant.) 
da  vossa  profissão,  \ossa  m-^gestade.  ex- 
celleacia,  senhoria,  paternidade,  reveren- 
cia, formulas  de  tratamento  de  que  usatoos 
fallando  ao  rei,  a  pessoas  nobres,  a  reli- 
giosos 

vosTiTSA,  (geogr.)  Mgium,  cidade  da  Gré- 
cia, a  7  léguas  E.  de  Pa  trás  ;  2,000  ha- 
biiantes. 

VOTAÇÃO,  s.  f.,  o  acto  de  votar,  de  dar 
votos 

VOTADO,  p.  p    sup.  devotar,  eadj  ,  que 
votou,  deu  voto;  dedicado,  consagrado.  — 
aos  deuses  infernaes  ;  —  á  morte. 
X08     , 


1 


830 


YOZ 


VOZ 


vot'amares,  jurauQento  cómico  e  antiq. 

VOTANTE,  s.  m.,  o  quG  vota,  dá  voto; 
O  que  faz  voto. 

'  VOTAR»  V.  n.  (Fr.  voter,  do  Lat.  votum 
sup.  de  tovere],  dar  oseuvolo;  fazer  vo- 
to, yoto  a  Deus,  faço  voto.  — se,  v,  r., 
dedicar-se,  consagrar-se,  v.  g. — á  pátria 
ao  serviço  da  pátria,  socriíicar-se. 

voTiAKS,  (gfiogr.)  povo  da  Rússia,  de  ori- 
gem finneza,  habita  nos  governos  de  Yia- 
tha  e  de  Orenburgo,  em  numero  de  90,000 
individuo  i. 

VOTIVO,  A,  adj.  (Lat.  vothus],  prometti- 
do,  offertado  em  voto,  em  cumprimento  de 
voto  feito.  Oração  — ,  feita  por  occasião  de 
cumprimento  de  voto. 

VOTO,  s.  m.  (Lat.  'ootum,  s.  m.  e  sup 
de  V)Ozere,  fazer  voto,  desejar),  promessa 
solemne  a  Deus,  ás  divindísdes  gentilicas', 
a  santos  de  fazer  alguma  cousa;  promessa; 
direito  de  votar.  Ter  — ,  ter  direito  de  vo- 
tar ;  ter  —  na  matéria,  ser  juiz  compe- 
tente. — ,  parecer,  voz,  suífragio  dado  por 
vogaL  Pessoas  de  melhor — ,  as  mais  ajui- 
zadas, prudentes.  Penáwrar  o  —  nos  alta- 
res, a  cousa  ofTerecida  em  volo.  — s,  sup- 
plicas,  rogos;  as  obrigações  que  conlrahe 
o  rebgioso,  a  freira,  v.  g.  fazer  —  de  pobre- 
za, de  castidade.  —5  ousados  ou  denoda- 
dos, (ant.)  os  que  faziam  antigamente  os 
cavalleiros  de  fazer  alguma  façanha  grande 
e  de  muito  risco  na  guerra. 

vouGEOT,  (geogr  )  vtlla  do  França,  a  lé- 
gua e  meia  NE.  de  fíuits ;  250  habitantes 

vouiLLE,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  4 
léguas  W.  de  Poiliers ;  1,470  habitan- 
tes. 

vouNEuiL,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
3  léguas  S.  da  ChateauUerauIt ;  1,390  ha- 
bitantes. 

vouRLA,  (geogr.)  Clazomenes,  cidade  da 
Turquia  asiática,  a  li  léguas  SO.  de  Smyr- 
na  ;  5,000  habitantes. 

vouvRAY,  (gprgr.)  cidade  de  França,  a  2 
léguas  E.  de  Tours ;  2,610  habitantes. 

vouziERs,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
12  léguas  S.  de  IVIezieres ;  2,100  habitan- 
tes . 

vovEs,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  5 
léguas  e  meia  SE.  de  Chastres  ;  1,3 i  5  ha- 
bitantes. 

voz,  s.  f.  (Lat.  vox,  eis,  Gr.  boé,  boaô, 
clamar;  Sanscrit  vac ;  fers.  '>^ac,  auas ; 
Egypcio  ouô,  otô  ou  ofô  Cremos  que  são 
vozes  imilalivas)  sons  articulados  formados 
no  larynx  e  bocca  e  modificados  pela  lingua 
e  lábios  que  constituem  a  falia  no  homem, 
e  são  imitados  pelo  papagaio,  a  pega  e  al- 
gumas outras  aves;  os  sons  modulados  d«s 
aves  e  de  alguns  animaes  ;  o  berro,  rugido 
dos  quadrúpedes,  o  assobio  das  cobras,  ele. 


— clara,  branda,  sonora,  cheia,  grossa,  for- 
te, delicada,  áspera,  agnda,  atinada,  entoa- 
da, desentoada,  fraca,  rouca.  — alia,  ele- 
vada ;  em  —  alta.  Em  —  baixa,  falla.^ido 
de  modo  a  não  ser  ouvido  pelos  circums- 
tanles.  —  de  baixo,  contrabaixo,  tenor,  con- 
tralto, tiple,  soprano.  V.  estes  termos.  — s, 
na  musica,  &§  notas  da  solfa  ut,  re,  mi,  fa, 
wl,  lá.  — ,  os  cantores.  Levantar  a  — , 
fallar  em  voz  alta.  Esforçar  a — .  Dar  vo- 
zes, gritar.  Dar  — de  alguém^  bradar.  — 
de  instrumento  musico,  o  som  que  d'eUo 
tira  o  muíico  Tomar  a  —  em  discussão, 
começar  a  fallar,  quando  o  orador  precp- 
dente  acabou  o  discurso.  A  —  do  povo,  a 
opinião  pubhca.  A  —  da  consciência,  (fig.) 
o  sentimento  intimo.  — ,  fama,  voalo.  Cor- 
re — .  Deitar — ,  espalhar.  — ,  voto,  pare- 
cer. De  uma  ou  a  uma  — ,  unanimemente. 
Dar  ■-  a  alguém,  direito  de  votar. — ,  dic- 
ção, paisvra,  termo.  — aclim,  — passii^a 
dos  ve.^bos  Em  Portuguez  não  ha  forma  pas- 
siva como  em  latim,  e  suppre-se  com  o  ver- 
bo ser,  V.  g.  sou  amado.  Ter  —  activa  e 
pasnva,  direito  para  votar  na  eleição  do  su- 
perior e  aptidão  a  ser  eleito.  Ter  —  activa, 
(fig  )  influencia  directa.  — ,  brado  com  que 
os  de  um  bando  ou  partido  appellidam  os 
companheiros.  A  — d'£l-Rei.  — porEl-Rei 
de  Portugal,  acclamação.  Ttr  a  —  de  al- 
guém, ser  do  seu  bando.  Tomar,  levantar, 
seguir,  ter,  perder  a  —  de  alguém,  o  di- 
reito a  invocar  a  sua  protecção,  auxilio.  Ter 
praça  a  —  de  alguém,  esta  por  tile  como 
senhor.  — ,  chamamento,  ordem  dada  a  al- 
guém em  voz  alta.  Deu-lhe  a  —  de  pre- 
so.. 

Syn.  comp  Voz,  grito,  brado,  clamor. 
\oz,  ou  antes,  vozes,  e  os  outros  vocábu- 
los significam  o  esforço  maior  ou  meaor 
que  fazemos  com  a  voz  para  que  nos  pa- 
çam  melhor  ou  para  exprimir  algum  affec- 
to  do  animo,  \ozes  suppõe  um  tom  natu- 
ral esforçado:  grito  ou  gritos,  é  voz  em 
grita,  i  suppõe  um  tom  msis  agudo  que  o 
natural.  Brado  é  ^riío  esforçado,  que  se 
faz  ouvir  e  talvez  resoa  ao  longe.  Clamor 
é^nío  esforçado  e  queixoso,  ordinariamen- 
te dos  que  pedem  justiça,  ou  de  muitas 
pessoas  que  gritam  muito  alto,  sem  mode- 
ração e  como  alborotadas,  queixando-se, 
pedindo  (|ua]quer  cousa,  mostrando  seus 
desejos,  etc  D'aqui  veio  chamar-se  antiga- 
mente clamor  á  procissão  de  preces  e  ro- 
gações publicas. 

vozARiA.  V.  Xosearia. 

vozEADOR,  s.  m.  o  quo  vozôa,  gritador, 
grande  fallador. 

vozeamento,  s.  m.  (p.  us.)  [mento  suff.) 
brados,  vozeria,  clamor. 

VOZEAR,  f.».  (cojí,  ear,  des.  ínf.)  darvo- 


VAJL 


VUL 


&31 


zes,  grilar,  fallar  muito'  alio  e  deseoloado, 
bradar,  clamar. 

vozF.mo,  A,  adj.  gritador,  palreiro,  cla- 
moroso. Aves  uiui  — *. 

vozEiRO,  .«.  m.  (flnl )  procurador,  advo- 
gado. 

vczcRíÀ,  s  f.  ^dci.cila]  brados,  clamar, 
grilos  confusos  ;  (íig  )  grande  estrondo. 

voziNA-  V.  Buzina  ou  IJuaina. 

VRAITA,  (geogr.)  Fevus,  rio  dos  BfctMdos 
Sardos,  sahe  dos  Alpes  mariíimos,  e  lan- 
ça-se  no  Pó. 

VRATisLAO  I,  (hist )  reinou  na  Bohemia 
com  o  titulo  de  duque  desde  921  até 
925. 

vratislaO  II,  (bjsl  )  primeiro  rei  da  Bo- 
hemia, subio  ao  trono  em  i061  ;  morreu 
era  1092. 

vsEvoLOD,  (bist.)  gran-principe  da  Rús- 
sia, lilho  de  laroslao  1,  leve  como  apaná- 
gio o  principado  de  Pereinslav,  succedeu 
como  gran  príncipe  em  lliev  em  1078,  rei- 
nou 15  annos. 

VSEVOLOD  ]i,  (bist.)  um  dos  filhos  d 'Oloy, 
foi  proclamado  gran  príncipe  de  Kiev  em 
113S,  governou  como  lyranao  e  morreu  em 
1146. 

vtBARANA,  (t.  Brozii.)  peiíe  da  America 
meridional  semelhante  á  truta. 

vuKOVAR,  ígeogr.)  cidade  da  Esclavonia, 
a  8  léguas  SE  de  Esgeh;  6, 000  babilan- 
les. 

VULCANAES  ou  VULCANIAS,   5.    f.   pL    feStaS 

da  amiga  Roma  em  honra  de  Vulcano. 

vulcanko,  a,  a(i/.  de  Vulcano.  Redes — s, 
(poet.)  OS  laços  em  quesesurprendem  e  to- 
mam Os  adúlteros. 

VULCÂNICO.  A.  flflfy,  volcanicO;  de  volcão. 
Matéria  — .  V.   Volcanico 

vuLCANio,  A,  adJ.  V.    Vulcânico. 

VL'LCAN0,  ( mylh  )  Vulcanus  em  lalim, 
HephíFslos  em  grego,  deus  do  fogo,  íiiho 
único  de  Júpiter  o  de  Juno.  Como  era  feio 
e  deforme  Júpiter  precipilou-o  do  ceu  ;  caiu 
na  ilha  de  Lemnjs  e  ficou  coxo  da  queda. 
Vulcano  est«beleceu  as  suas  forjas  nas  ilhas 
Lipare  e  sobre  o  Etna,  aonde  trabalhava 
com  os  Cyclopes,  forjando  os  raios.  Ape- 
sar da  sua  fealdade  casou  com  Vénus,  e 
como  eila  lhe  fazia  infinitas  infidelidades 
vingou-seenvolvendo-a  com  .Marte  seu  aman- 
te em  uma  rede. 

VULCANIANAS  OU  EOLIENNAS,  (geOgr.)  ílhaS, 

Vulcanioe  ou  /EolicB  insula,  boje  ilhas  Li- 
pari. 

VULCÃO.  V.   Volcão. 

vuLGADO    V.  Divulgado. 

VULGAR,  adj.  dos2g.  (Lat.  vulyaris)  do 
vulgo,  da  plebe.  Homem — ,  de  baixa  con- 
dição. — ,  commum,  ordinário,  nào  raro. 
— ,  subst. ,  o  vulgo ;  o  idioma  da  terra .  Tra- 


duzir  em  — .  — ,  (p.  us  )  que  divulga  o  que 
sabe. 

VULGAR,  r.  a.  V.   Divulfjar. 

VULGARIDADE,  s.  f  a  qualidade  de  ser  vul- 
gar, baixo,  commum,  trivial.  Arriscar-se 
com  — ,  (p.  us.)  muitas  vezes. 

VULGARISAÇÂO,    s.  f.   O  aclo  de  vulgari-  • 
.sar. 

vuLGARisADO,  A,  p  /. .  de  vijlgarisar  ;  adj. 
feito  vulgar,  reduzido  a  «:oadição  vulgar; 
publicado  ;  traduzido  em  língua  vulgar. 

vuLGARi.SADOR,  s.  m    O  que  vulgarisa. 

vuLGARiSAR,  V.  a.  [vulgav,  des.  izar)  re- 
duzir a  estado  plebêo  ;  traduzir  em  língua 
vulgar  ;  publicar,  fazer  publico.  —  as  hon- 
ras, asdistincções,  conferi  -  las  abusivamen- 
mente.  —  o  corpo,  devassâ-lo.  — se,  v.  r. 
tornar- se  vulgar. 

vcLGARisMo,  s.  m.  (des.  ismo)  modo  de 
obrar,  fallar  do  vulgo. 

VULGARMENTE,  adv.  [mente  suíí.)  de  modo 
vulgar ;  commumente  ;  a  modo  do  vulgo. 
Faliar  — . 

VULGATA,  s.m.  ('Lat  )  a  traducção  latina  da 
Biblia  approvada  pela  igreja  catholica. 

TULGiENTEs,  (geogr.)  povo  da  (iallia ;  ti- 
nha poi  capital  Apta  (hoje  Apt.) 

VULGO,  s.  m  (Lat.  vulgus)  a  plebe,  o  povo 
còmmum  ;  o  comncum  da  gente.  O  —  cré- 
dulo, superslicioso. 

VULGO,  adv.  latino,  vulgarmente,  de  or- 
dinário, commumente. 

vuLNERAÇÃo,  s.  f.  (Lat.  vulnevatio,  onís) 
(p.  us.)  o  acto  de  ferir,  ferimento 

VULNERADO,  A.  p.  p.  de  vulnerar ;  feri- 
do. 

VULSERAR,  V .  a .  [Lãl .  vulnero ,  are)  ferir; 
(fig  )  offender  gravemente,  v  g.  —  a  cons- 
ciência, a  honra,  a  fama. 

VULNERARIA  ,  s.  f.  (Lat.)  herva  ofíici- 
nal. 

VULNERÁRIO,  A,  adj.  (Lat  vulnerarius) 
próprio  a  curar  feridas,    que  cura  feridas. 

viiLNERATivo,  A,  ttdj .  quo  fere,  faz  feri- 
das, 

Vulnerável,  adj.dos^g.  (des.  are/)  que 
pode  ser  ferido,    que  pode  soífrer  damno. 

vuLNiFico,  A,  adj.  (Lat.  V.  vulnifijus)  (p. 
us.)  que  causa  feridas,  capaz  de  vulnerar. 

vuLSiNios,  (geogr.)  Vulsinii,  boje  Bolse- 
na,  celebre  cidade  da  Etruria,  ao  N.  dos 
Tarquinios,  era  uma  das  12  lucumonias 
etruscas. 

VULTAR.  V.  Avultar. 
VULTO,  s.  m.  (Lat  tultus)  cara,  rosto, 
semblante  ;  imitação  da  figura  humana  ou 
do  animaes,  em  pau,  p-^dra,  etc.  Um  — , 
uma  figura  indistiacla.  Figura  de  — ,  es- 
tatua. Atirar  a — ,  a  acertar,  sem  pontaria 
cerla.  Ver  as  cousas  ao  — ,  em  grosso.  ÁveL- 
liar  a  — ,  pelo  volume.  Faxer  — ,  Yolume 
208  « 


832 


XAD 


XAL 


notável.  Cousa  de  — ,  de  momento,  de  im- 
portância, avuUada. 

VULTOSO,  A,  adj.  (Lat.  vultuosus)  que 
avulta,  volumoso,  que  faz  grande  vulto. 

vuLTURMONS,  (geogr  )  montanha,  que  fa- 
zia parte  dos  Apeninos,  separava  a  Luca- 
nia  da  Apúlia. 

vuLTURNO,  s.  m,  (Lat.  vulturnus)  vento 
que  se  levanta  com  o  sol  e  segue  a  sua  di- 
recção até  o  pôr  do  astro. 


wLTVR^o, [geogr. )VuUurnus,  rio  daCam- 
pania,  nascia  noSamnium,  ecahia  no  mar 
inferior. 

vuRMO,  s.  m.  das  chagas,  sangue  puru- 
lento. 

VYUviDADE,  (ant.)  V.   Viuvez. 

vzesLAv,  (hist.)  neto  de  Vladimir  I,  her- 
dou o  Folot^k  em  10^4.  Desembaraçou  a 
Polónia  de  toda  a  homenagem  aKiev.  Mor- 
reu em  1101. 


A 


X,  $.  m.  xii,  vigésima  terceira  letra  do 
alphabeto  portuguez,  e  decima  oitava  das 
consoantes.  Tem  três  sons  mui  distinctos : 
1.°  simples  como  em  írarfrgí,  xarão,  xizqiiQ 
corresponde  a  ck  em  chate,  chá,  chover  ; 
^.°  composto  ae  es  ou  cç,  em  vozes  deri- 
vadas do  Latim  ou  Grego,  v.  g  nei-o,  axio- 
ma\  3.°  de  s  ouzpor  contração,  v.  g.  cá- 
lix, Cadix,  exemplo. 

X,  l^tra  numeral,  vale  dez.  Posto  antes 
de  letra  que  vale  maior  numero,  tira-lhe  dez: 
V,  g.  XL,  quarenta  ;  XC,  noventa. 

X,  signal  anlhmetico  e  algébrico  de  mul- 
tiplicação, V   g.  A  \  S. 

XÁ  ou  xah,  s.  m.  (em  Pérsico  significa 
rei)  rei,  soberano.  O  xah  Tamas. 

xk  ou  cnÁ,  s.  m.  (t.  Chinez)  arvore  cuja 
folha  se  põe  de  infusão  em  agua  que  ite  que 
se  bebe  ;  a  infusão  d'esta  folha ;  (fig.)  in- 
fusão, V.  g.  —  de  macf^la,  de  lilia. 

XABANDAR,  s.  m  (do  Pers.  xah'bandar, 
senhor  do  porto)  no  Guzarate,  cônsul  de 
uma  nação. 

XACA,  s.  m.  rome  de  um  idolo  dos  Ja- 
ponezes. 

XÁCARA   OU    CHÁCARA,   $.    f.   (do  CflSl.)   rO- 

mance,  seguidilha  que  se  canta  á  viola  em 
tom  alegre. 

x*coco.  A,  adj.  que  introduz  barbaris- 
mos  na  língua  qu?  falia. 

X  A  COMA.   V.  Xuquema. 

XADREZ,  s,  m.  [xatrangve,  voz  pérsica, 
dfl  xax  seis,  e  rangue,  «íllrçôps.  F>t«éa 
elymologia  adoptada  pelo  padre  João  de  Sou- 


sa ;  mas  é  engano.  O  vocábulo  éfomposto 
de  xah,  rei,  eranqúe,  angustia,  pprigo,  e 
com  effeilo  o  objecto  do  jogo  é  o  ataque  con- 
tra orei,  peça  principal  dastaboias  de  que 
é  composto)  jogo  de  taboleiro  com  sessenta 
e  quatro  casas. 

yaFariz.  V.   Chafariz. 

XAGUA,  (geogr.)  bahia  e  porto  da  ilha  da 
Cuba,  na  costH  S, 

XAii,  mais  próprio  que  xá.  V.  Xá. 

XAiNTRAiLLES,  (geogr  )  \illa  de  França, 
a  3  léguas  ^().  de  ^e^ac ;  7('0  habitantes. 

XAIREL,  5  m.  (do  Arab.  xear,  cobertura) 
mania  que  se  põe  sobre  as  bestas. 

Xal,  s.  m  Xaes,  pi.  (voz  ['easica.  xahia, 
moeda  regia  ;  rad.  xah,  rei)  moeda  turca 
que  vale  200  réis 

XALE,  s  m.  (í!o  Arab  e  Pers.  ará/e)  peça 
de  tecido  de  lã  finíssima  ou  de  pello  de  ca- 
bras deCachemir,  com  que  os  orienlaes  cin- 
gem a  cabeça  em  turbante,  ou  trazem  como 
cinta.  As  mulheres  o  trazem  nos  hombros. 
V.  Chai  e. 

XALisco  ou  GUADALAXARA,  (gecgp.)  esta- 
do  da  Confederarão  mexicana,  tem  por  li- 
mites os  rstados  d^^  líurango  aoN.,  de  So- 
nora ao  ^0.,  de  Zacstecas  ao  >E.,  e  o 
grande  Oceano  a  O.  ;  800,000  habitantes. 
Capital  (juadalaxar-a, 

XALMAS.  V.  Xelma. 

XALON,  (geogr.)  Saio  ou  Dilbiles,  tio  de 
Hespanha,  na'^ce  nos  montefí  de  Albarra- 
cin,  recebe  o  Xilnca  era  ("alatayud  e  cahe 
no  Lbro  perlo  de  Saragossa. 


X4R 


I 

BF  "XALOTA,  s.  f,  {Vt.  échallote)  planta  culi- 
nária. 

XAMATA,  s.  f.  (t.  Asiat.)  sorte  de  vestido 
oriental  em  forma  de  rapa. 

XAMATK,  s.  m.  (V.  Xadrez)  Dar  — ,  ga- 
nhar o  jogo  do  xadrez,  prendendo  o  rei. 

XAMBKK.  V.  Chambre, 

lANTs^L.  V.  Chantel. 

xanten  ou  santepí,  (geogr.)  cidade  an- 
tiga dos  Estados  prussianos,  no  circulo  de 
Mftinberg,  a  3  leg  O.  de  Wesel ;  2,700 
habitantes. 

xanthk,  (geogr.)  Xanthus,  hoje  Ekseni- 
déy  cidade  da  Lycia  sobre  um  no  do  mes- 
mo nome. 

xaistrippo,  (hist.)  XanthippuSf  general 
atheniense,  substituiu  Then^istocles  depois 
da  pxpedi.ão  de  Paros,  assistiu  á  batalha 
de  Mycaie,  tomou  Lesbos  e  assolou  oCher- 
soneso. 

XANTn'PPO,  (hist.)  oflicial  lacedemonio, 
tomou  o  comroando  dos  auxiliares  cartha- 
ginezes  em  255  antes  de  Jesu-Christo,  ba- 
teu Regulo  eui  Tunes,  e  fel-o  prisioneiro ; 
muripu  quando  voltava  desta  expedição. 

XANTH1PPA,  (hist.)  esposa  ae  Sócrates,  é 
celebre  peio  seu  génio  rabugento  e  impe- 
rioso, de  que  constantemente  dava  provas 
apurando  a  paciência  de  seu  marido. 

XANTHO,  (hist.)  natural  da  Lydia,  um  dos 
mais  celebres  historiadores  gregos;  redigiu 
as  LydiacQS  ou  Historia  da  Lydia,  de  que 
só  rest;im  alguns    iragnfíentos. 

xaQue,  *.  m.  (V.  Xadrez)  voz  usada  no 
jogo  de  xadrez  para  advertir  o  contrario  do 
perigo  em  que  está  o  rei  [xah] ;  [Qg.]  pan- 
cada, grande  damno,  ruina. 

XAQUFAD0,  A,  p.  p  dexaqucar:  adj.pos" 
to  em  aperto. 

lAQUEAR,  V,  a.  {xaque,  ar  des.  inf.)  dar 
xaqiie,  no  jogo  do  xadrez ;  pôr  em  aperto. 

xaqueca  ou  ENXAQUECA,  *.  f.  (Arab.  xa- 
qucca]  hemicrania,  dôr  de  cabpça  quu  de 
ordinário  ataca  ^ó  a  metade  d'ella. 

XAQUEHA,  s.  f  (Arab.  xaquema,  cabeça  de 
besta  ;  rad.  xacama,  prender  uma  besta  por 
corda  ou  cabresto)  tecido  de  cordel  de  fazer 
silhas  ás  bestas ;  cabresto. 

XAQUEXATE.  V.  Xá^ate. 

XaQuiha  ou  JAQUiMA.  V.  Xaquema. 

xara,  s  f.  pau  tostado  de  fazer  tiro,  sei- 
ta. 

XaHa,  s.  f.  (bot.)  planta  de  esteva. 

xaRa,  s.  f.  (h.  n  }  animal  reptil  muito 
veloz. 

Xabafim,  s.  m.  (Arsb.  xarafi)  moeda  da 
índia  que  vale  300  réis,  com  pouca  diffe- 
rença. 

XARÃo,  s.  m.  (t.  Asiat.)  verniz  da  China. 

xaraQUB,  i.  m.  (Arab.  xaraçui)  praça  de 
grande  área. 

vot    ít 


XEN 


833 


XAREi..  V.  Xairel. 

XAR^o,  s.  m.  (t.  Brazil.)  peixe  grande  e 
grosseiro  do  Brezil. 

XARBTA,  8.  f.  (Arab.  xarita,  tamiçi,  cor- 
del de  esparto  ou  de  palma)  rede  de  pescar. 
— s,  pi.  (naut.)  redes  para  impedir  a  abor- 
dagem. 

XARKTADO,  A,  p  p.  de  xarstar  ;  adj».  guar- 
necido de  xaretas. 

xaretar.  V.  a  (naut.)  (xareta,  ar  des. 
inf.)  bordar  o  navio  de  xarntas. 

xaretas,  *.  f.  pi.  V.  Xareta. 

XARGÃo.  V.  Xtrgão,  e  Enxergão. 

XARiFK,  s.  m.  (Arab.  àe  xarafa,  que  na 
quinta  conjugação  signiQca  adquirir  nobre- 
za, gloria,  dignidade  honrosa)  titulo  de  hon- 
ra e  dignidade  entre  os  Turcos  e  Mouros. 

xaroco,  s.  m.  [Xr&h.  xaruco,  o  vento  les- 
te, levante  ;  rad.  xarqui,  o  nascente.  D'aqui 
vem  o  termo  Italiano  íúocco,  realo  siidéste, 
no  Mediterrâneo)  vento  terreal. 

xaropada,  í.  f.  {xarope,  des.  ada)  bebi- 
da adoçada  com  xarope;  (fig  )  riabo- 

xaropado,  a,  p.  p.  de  xaropar ;  adj.  V. 
Enxaropar. 

xaropar,  V.  a.  [xarope,  ar  des.  inf.)  dar 
xarope;  embebedar.  V.  Enxaropar. 

Xarope,  «.  m.  (Arab.  xorabe,  lambedor) 
lambedor  preparado  com  açúcar  ou  mel. 

XA ROUCO.  V.  Xaroco. 

xArqub,  s.  m.  (t.  tír.zil)  carne  ftita  em 
mantas,  salpicadas  de  sal  e  curadas  ao  sol. 
V.  Enxergar. 

xarquia,  s.  f.  (Arab.)  cousa  oriental. 

xarkouCO.  V.  Enxarroco. 

xarrua.  V.  Charrua. 

xartre.  V.  Xnstre. 

XASTRE,  s.  m.  (Cast.  sastre)  (ant )  alfaiate. 

Xàutrr,  s.  m.  (Arab  tater,  homem  pe» 
rito,  diligente  na  sua  obrigação)  o  homem 
que  guia  os  caminhantes  nosareaes  do  de- 
serto da  Arábia.  Godinho,  viagem  da  Jndia. 

XAVECO.   V.   Chateco. 

XivgGA.   V.  Enxavega. 

XAVERo  ou  XAVIER,  (gcogr.)  villa  deBtíS- 
panha,  a  1  quarto  de  légua  E.  de  San- 
guesa. 

XE,  por  se,  (ant )  «Jlie  me  queixarom,  » 
se  rae  queixaram  Ord.  AÍTons. 

XELIM  ou  ciiELiM,  s  f.  [Ingi.  shilUng ,  do 
Aliem.)  moeda  ingleza  de  prata,  é  a  vigési- 
ma parte  da  libra  esterlina  ou  doze  penui- 
ques. 

XRLMA,  s.  f.  {kTah.  sol  lema)  armadilha  de 
paos  á  feição  de  escada  que  se  põe  sobre 
os  cavalleles  do  carro  para  sustentar  a  pa- 
lha. Também  se  põe  nas  bordas  dosbarcos 
que  transportam  palha. 

XSNDI,  *.  m.  (t.  Asiat.)  trança  solta  que 
trazem  pendente  nas  costas  os  Jogues  ai 
índia. 

109 


834 


XEEi 


Xm 


XEPír  ou  GENTL,  (gpngp.)  rio  de  Hespa- 
nh«,  snhp  da  Serra- ^ey«^^a,  e  lança-se  no 
Gyad«l(juivir,  pprio  il'^  P^lma. 

XENOCR^TFS.  (hist  )  philo«Ofiho  gppgo,  iias- 
CPii  na  Calcednnia  no  annn  41  6  antes  de 
Jefu-Chrislo,  foi  umdos  maisassi  luos  dis 
cipulos  de  Plalão.  e  dirigiu  a  Academia, 
n^orreu  no  anno  914.  Deixou  enlre  outras 
obras  ?/w  traindo  da  arte  de  reinar,  e  6 
livros  da  Natureza. 

XEKOPU^NE,  ihisl )  philosopho  grego,  nas- 
ceu no  anno  017  antes  de  Jesu-(.lirislo  fm 
ColophanlH  na  Asia  Menor,  morreu  eru  53-^ 
com  1  O  annos.  Foi  o  chefe  de  uma  seita 
jdiilosophica,  que  se  tornou  celebre  cora  o 
nome  de  escolla  eUatica,  o  furiduu  o  sys- 
tpma  vilgarrocnte  conhecido  com  o  nome 
de  Panihciítmo. 

XENOpiioNTE,  (hist  )  general,  philosopho, 
bisloriador  grego,  nasceu  na  Aiiica  no 
anno  44^  antes  à^  Jesu  Christo ;  foi 
discípulo  de  Sócrates,  qun,  lhe  s«lvou  a 
vida  na  batalha  de  Oelium,  cníiimiion  a 
sprvjr  lanlo  na  guerra  de  Pelujionnzo , 
como  entre  os  mer<'en?írios  comui»n- 
dados  por  Clearco,  ao  qual  suf;ced«-u  eofie- 
rou  a  famosa  retirada  óos.  Dtz  mil.  M/rreu 
em  Corinibo  pra  13 -5  ou  H5\  ames  de  Je- 
su-Chrislo.  As  suas  obras  dioliiiguem  se 
em  à  classes  :  1  °  históricas  :  ss  lltlleuicas^ 
o  Anatam,  a  Cfiropedia  etc.  :  2  "  ptdilifas 
Aí  repvhlicai  de  SparKi  e  Álkfnas.;  3  ^ 
de  láctica  militar.  —  O  general  de  Ca- 
tallaria,  os  dineqe.licos,  etc,  ;  4.^  de 
pbilosophia,  o  Banqutle,  o  Económico, 
ele. 

,  XRNOPiioNTE  D'EpnESO,  (hist  )  romancisla 
grego,  autor  de  um  romance  intitulado  : 
As  Epheúaca<i  ou  Amores  d^Ahrocome  e 
d'Anihin.  Pí»rpce  tor  vivido  no  principio 
do  i1.®  século  de  .lo«u- Christo. 

XFQUE,  5  m  (Ar^b.  X' kh  ou  xeikh,  ho- 
mem ancião)  rhefe  de  cabilda,  ou  de  Iribu, 
príncipe,  régulo. 

XRRAFiM    V    Xarafim. 

Xf.BEL.  V.  Xairtl 

XKREM,  s.  m.  obsol.  e  de  significação  in- 
certa. 

XERFS  OUXRPFZ   OE  L\  FBONTERA,    (geogr  ) 

Axta  liegia.  ci'ladft  de  Hespanha,  a  5  lé- 
guas e  meia  .NE  de  Cadix  ;  32.000  habi- 
tantes. 

XEREZ  DE  1.05?  cabali  EROS,  fgeogr.)  Em- 
ris,  cidade  de  llpspanha  a  lô  legues  S.  de 
Badajoz;  9  000  habitantes. 

XEKG*,   S    f    V.    Enxerga. 

Xercâo.  s.  m.  (Arab  xarrnn]  coIxmo  de 
paimo  grosieiro  cheio  de  palha.  V.  Enxer- 
gão. 

XERiNOA,  V.  Seri*^ga. 

StiaoCRAPuiA,  ».  f.  [Q  X  c6a  c«;  Gr.  90- 


roa,  secco)  jpjnm  qnadragesira'?!  dos  chris- 
làos  na  antiga  igfpja,  em  que  só  comiam 
pào  e  frutas  secras. 

XRRopiiTnAi  MIA,  s.  f.  (o  x  sòà  cs]  (mcd  ) 
eippcie  de  o[)hihalmia  serca. 

xv.BQVK.  adj  dos2g  (V.  Xarquia)  á  mo- 
da oriental.  >ella  — . 

XRHT,  (geogr  )  ladibilis.  cidade  de  ííes- 
paiiha  a  7  léguas  !H.  do  Tortosa ;  ^,300 
habitantes. 

XRRTiCNY,  (geogr  ]  cidade  de  França,  a 
3  léguas  S.  de  tpinal ;  3,5b0  habitan- 
tes. 

XRBXP.s  £,  (hist  )  5  °  rei  d<>  Pérsia,  rei- 
nou desde  o  nnno  4^5  a  472  antps  de  Je- 
su-Christo,  filho  e  succpssor  de  Dário  I, 
subiu  ao  ihrono  com  perjiiizo  de  Arlabaio, 
seu  irmão  primogénito.  Teve  incessantes 
Kuerras,  e  murrou  assassinado  porArlaban, 
cspiíào  (\hs  suas  guardas. 

XKKXRs  II,  (hist]  tilho  e  suocpssor  deAr- 
tax^rceá  l.  subiu  ao  ihrono  em  llS  anies 
'ie  Jesu-Chri.sto  ;  foi  assassinado  por  Sod- 
diano,   seu  irn  ào. 

XÉ.VORA,  (geogr  )  rio  de  Portugal,  no  Alem- 
lejo 

XI,  por  se.  obsol. 

X'An.  V.  X)h, 

XlBA^ç\.  V.   Chxfmiiça 

xiB»MAR'A.  V.   Chittantaria. 

xiBANTE.   V.   Chibante. 

xibantear.  V,  Chibantear. 

XtBAR.   V.    Chihaniear. 

xibata.  V.  Chthnta 

X  baTaka.   V.  Cliibitada. 

XIFAHOIE.    V      tlli/OrOÍe. 

.xii.oba^samo  ou  xylobai.samo.  s.  m.  ra- 
minhos da  arvore  que  dd  0  baUamo  du  Ju- 
déa. 

X'LOTFPFC,  (geogr)  cidade  doGuatlmala, 
a  rnpSfíia  que  S.   Martinho. 

ximea.   V.  Suwea,  (t.  iiaut  ). 

xi«PNA  DE  1.A  FKOMKRA,  (geogr  )  cidade 
de  iipspanha,  a  1«>  leguaj:  e  meia  de  Me- 
dina Sidt-nia  ;  6,-Hl)0  habitantes. 

X  MRiSfS  (FríiiíMsco  de  Cisneros)  (hist.) 
celebre  ministro  de  estado  h^spanhol,  nas- 
ceu em  i437,  abraçou  o  estado  eridesias- 
tico.  foi  nomeado  arce  uspo  de  Toledo  em 
1  93.  hflbel,  de  quem  elle  ora  ronf  ssor, 
cnníiou-lhe  a  administração  de  Casiell«,  e 
depois  da  mort<{  desta  prií.ceza,  Fernando 
conservou-o  neste  cargo  importante  o  Xi- 
menes  fez  grandes  serviços  a  p»tn  príncipe, 
por  morte  de  Fernando  em  ITilG.  fezpro» 
clamar  Chi  los  Quinto  rei  de  C«ste|la.  Xi- 
menes  morreu  em  1G17,  quando  Jlie  do- 
ram  a  noticia  do  que  apesar  doa  serviços 
prestados  a  Carlos  V  tile  o  mandava  reco<* 
Iber  &  sua  diocese. 

xiHiA.  Y.  Mona,  Macaca* 


Xis 


XYi 


83& 


XTMio.  V.  Mono,  Macaco. 

E'  viciosa  onhograpbia  deiimius,  simia, 
Lat.  mono. 

xiMo  ou  Kiou-siou,  (gt^ogr.)  ilha  do  Ja- 
pio,  a  maior  depois  de  Niphon.  É  dividida 
em  nove  províucias,  e  tem  por  capital  Aaa- 
gasftki. 

iiNA.  V.  China. 

xiNEiao.  V    Chineiro. 

xiPOiLiN,  (hist  ]  palriarcha  de  Constan- 
tinopla, desde  1066  aló  l078,  era  natural 
de  Trebizonda  e  tiuba  sido  eremita  no 
monte  OI)^mpo. 

X  PHiLii»»,  (bist  )  cbamado  o  Moço,  histo- 
riador grtígo,  sobrinho  do  precedente,  vi- 
via no  Híu  do  Xl  s^^culo,  no  reinado  do  im- 
perador Miguel  liucas.  Deixou  um  resumo 
de  Uion  Cassio. 

xiPHoiDE,  odj  dos  2  g.  (do  Gr  xiphos,  es- 
cada) (anat.)  Curlilayem  — ,  a  que  termi- 
na o  «iterno,  e  que  tem  fei^ào   de  espada. 

XiOUKK.  (ant  )  por  se  quer. 

xiBA,  s  f.  (do  Fr.  cfière,  comida,  e  ant. 
chiere.  agazalho,  recopçào)  Ter  boa  — , 
bom  pasto. 

xirinca    V.  Seringa. 

XiKÓ,  s.  m.  [i.  brazil.)  caldo  de  arroz  com 
sal. 

XIS  ou  x'Z.    í,  m.  nome  d«  letra  X. 

xisuTURo,  {wy\h  )  o  ultimo  dos  reisante- 
diliivianos  da  AiSyr  a.  segundo  a  iradict^òo 
daqiiellepovo,  piido.Mdu  infirmado  por  um 
sonho  que  o  género  humano  hia  morrer  era 
um  diluvio,  cocilruiu  uma  ar^a  ou  grande  na- 
>io,  e  nt^lle  f<z  tuirar  a  sua  familia,  o«  seus 
passar  s  eosaoimaes  de  (ada  espécie,  de- 
pois quando  as  aguíís  bsixdram,  deãernbar- 
cou  bobre  uma  montanha  e  foi  arrebatado  au 
ceo,  Xisuihro,  cuja  historia  se  parece  muito 
com  a  de  Noé.  só  é  conhecidnpHlo  testemu- 
nho de  historiador  nacional  lierosa^  que  dá  a 


seu  reinado  uma  duração  de  omites  milhares 
de  annos. 

xixo.  obsnl.  V.  Secco. 

xó,  intcj.  (voz  Pei-sica,  imperativo  de 
xou,  parar,  estar  parado)  voz  com  que  so 
faz  parar  a  besta. 

xocHiHíLCo,  (geogr.)  lago  do  México,  um 
dos  cinco  do  valle  do  México,  corre  ao  N. 
I^ra  o  lago  de  Terenco. 

xocoLATí.  V.  Chocolate. 

xocoLATEiRA.  V.   Chocolateira. 

x<^coiATEiRO.  V.  Chocolateira. 

XoFraDO     V.    Chofrado. 

xófkango.  X.  m    ave  de  rapina. 

XOPKAR     V.   Chofrar. 

xoFaE,  V.  Chofre. 

xois,  ÍRCOgr.)  cidade  do  Egypto  inferior, 
a  1  quarto  de  Ifgua  M)    de  Busiris 

XOFRA,  intiTJ.  (pleb.)  admirativa  e  iróni- 
ca. 

XORCA  ou  axorca,  s  f.  (Arab  xnrea]  ma- 
nilha, argola,  brac.  lele  que  os  africanos  tra- 
zem nos  ^rar;os  e  nas  pernas. 

XOKRO.   V.  Jorro. 

xucar,  (geogr  )  Sncro.  rio  de  He.cpanha, 
sabe  da  serra  dn  AJbarracin,  na  ()r(»vihcia 
de  C  ença,  e  lança -se  no  Mediterrâneo, 
um  pouf-o  ao  S.  do  lago  Albufera. 

xuÉ  ou  cnué.  a<ij  dos  í  g.  (chulo)  Fa- 
zenda — ,  de,  má  qualidade  Ir  vestido  mui' 
to  — ,  com  pouca  roupa  e  de  pouco  preço. 

xupAR  e  deriv.  V.  Chupar,  ele. 

xurHL'S,  'g^^ogr  )  filho  de  Ileilen,  e  neto 
de  Ueucaliâ  .  teve  de  Creu«a,  filha  dfi  Ere- 
chtèo,  dous  filhos,  Jon  e  Ach^o,  que  furam 
o  trcnco  dos  loiíios  e  dos  Acheos 

XVL4NUE».  (hist  )  filólogo  allemão,  na.s- 
ceu  em  I  Si.  morreu  em  \ilC%  Traduziu 
em  laiim  muitos  autores  gregos  :  e  publi- 
cou algumas  obras  uri^ináes. 


m  ^ 


836 


YAL 


YAP 


Y 


Y,  s.  m.  ypsilon  (do  Gr.  ypsilnn,  u  breve) 
Nào  é  propriamente  letra  do  alphabelo  por- 
tuguez,  e  só  deve  usar-se  ein  lermos  deri- 
vados do  «irego  ou  do  Latim  que  sh  escreveui 
por  ypsilon,  ou  em  nomes  de  lioguas  es- 
trangeiras, V  g  typo,pyra,  ly*-a',  a  York, 
Young  Os  antigos  usavam  d'elle  em  mui- 
tas vozes,  em  que  ainda  hoje  alguns  o  em- 
pregam, V    g.  mãi,  pay .  rcy. 

Y,  por  hí  ou  i,  ahi.   antigo  e  (  bsol. 

iV.  B  Moraes  quer  que  se  escreva  irf«í/a, 
feyo,  caynr,  sem  a  menor  razào. 

Y  (golpho  de)  braço  de  mar  da  lloUan- 
da,  no  Zuyderzee  ;  separa  a  11'llanda  sep- 
lenlrional  da   Uollanda  meridional, 

yahia  (Abou  Sakharia),  (hist.)  general 
musutraano,  celebre  no  12  ^  século,  rece- 
beu de  Tachfin,  rei  de  Man  ocos,  o  com- 
mando  de  todas  as  forças  dos  Almoravides 
de  Hespanha,  foi  reduzido,  por  uma  revol 
ta  dos  Ar«bes  h' spanhocs,  a  unir-se  com 
o  rei  de  Castella  AíTs-nso  Haymundo,  via 
os  Almohades  invadirem  a  península  e  foi 
cercado  por  elles  era  Córdova  e  morreu  em 
uma  sortida  em  1149. 

YAKoi  B  (Abou  Yousouf),  (hist  )  chamado 
o  Al-Manf^or  Billah,  da  dynaslia  dos  Me- 
rinitas,  substituiu  em  1258  seu  irmão  Abou- 
Bekr  sobre  o  throno  de  Fez,  reuniu  Mar- 
rocos aos  seus  estados,  passou  ires  vezes  á 
Ilispanha  para  repellir  Aflonso  X,  alliou- 
se  depois  com  este  ultimo  contra  os  seus 
coreligionarios,  e  oiorreu  em  li8fi. 

TAKOUB,  (geogr.)  chamado  i4/-5o/7*ar.  fun- 
dador da  dynaslia  dosSoíTanides,  lioha  si- 
do caldeireiro  [Soffar  em  árabe)  no  Seis- 
lan,  metteu-so  de}>ois  a  chefe  de  salteado- 
res, oííereceu-se  ao  serviço  de  Salih  Au- 
Kasa,  que  expulsou  os  Tharides  do  Kho- 
raçan,  depois  serviu  seu  iruião  Darhara,  e 
subíliiuiu  este  uliiino    Morreu  em  879. 

Y^LMA  ou  aialma,  crro  dos  rus^ticos  do 
Minho  e  outras  províncias,  por  alma. 

YA-UVNQ-KiAKO,  (geogr.)  rio  do  império 


chinez,  nasce  nn  paiz   de  KhouVhounoo% 
depois  passa  na  província  de  Kam,  e  entra 

na  China,  corre  ao  SE.  e  ao  *.,  ejunta-se 
com  o  Kin-cha-kiang. 

yanaon,  (geogr  )  cidade  da  Índia,  a  10 
léguas  E.  da  embocadura  do  Godavery ; 
7, «00  habitantes. 

yasdabon,  (geogr )  cidade  do  império  bir- 
man,  a  tò  léguas  SO.  de  Ava. 

YAisDON,  s.  m  abestruz  de  grande  vulto 
da  ilha  de  Sào  Lourenço. 

YANG-iCHKOJ,  (peogi  )  cidade  da  China 
a  20  léguas  ^E.  de.Nan  king;  200.OIO ha- 
bitantes 

YAííG-TSE-KiANG,  (  geogr  )  chamado  rio 
azul  pdos  Europeos,  grande  rio  do  impé- 
rio chinez,  é  formado  pelo  Kincha-kiang 
e  pelo  Ya  \'  ng-kiang. 

yaisi,  (geogr  )  reino  da  Spnegauibia,  so- 
bre o  Gambia  ;  capital  Kalaba. 

YANKEES,  (hist  )  ttome  dado  írrisoriamea- 
te  pelos  Ingl-zes  aos  habitantes  dos  Lsia- 
do.«  Unidos  oriundos  dos  primeiros  colonos 
inglezes. 

YAN  NGAN,  (gBogr.)  cidade  da  China,  na 
província  de  Chea-si,  a  95  léguas  JN.  de 
di  ngan. 

YAN-PHiNG,  (geogr.)  cidade  da  China,  na 
província  de  Fou-kian. 

YAN-TCHEOU,  (geogr.)  nome  de  duas  ci- 
dades da  China,  uma  na  província  de  Tche- 
kiang,  a  outra  na  de  Chan-toung, 

YAO,  (hist  )  soberano  da  China  em  2357 
antes  deJesu-Christo,  estabeleceu  a  sua  re- 
sidência em  King  yang,  fez  um  nnvo  ca- 
lendário, e  inventou  a  musica  religiosa. 

YAO-NGAN,  igeogr.)  cidade  da  Lhiaa  na 
província  de  Yun-nan. 

YAOUHt.  (,'eogr,)  reino  da  Negricia,  entre 
os  de  .NiíTé  ao  S.,  Burgou  a  O.,  lioussa  a 
E.  Capital  \'aouri. 

^  Yapi!j,  s.  m.  (t.  Drazil.)  pássaro  parecido 
com  a  pega. 

Yafura,   (geogr.)  rio  da   America  merí-* 


TEZ 


TOK 


837 


dional,  nasce  nas  Andes  ao  SE.  de  Alma- 
qu»iP,  e  lança-se  no  Amazonas. 

TAR-UROK-YON-MTUSO  OU    P\LTO,    (geogr.) 

lago  do  império  chinez,  a  ii)  léguas  S.  de 
Lassa. 

TARKAND,  (geogr.)  rio  doTurkeslan  chi- 
nez,  corre  ao  NE,  e  cahe  no  lago  Lop, 

YARKAND,  (gpogr.)  ridade  do  Turkf^stan 
cliinez,  na  conlluencia  do  Meltcba  edoTe- 
lour  sou  ;  fiO.OOU  habitantes. 

YAHMUOTH  (Great\  (geogr.)  Garianonum, 
cidade  e  porto  de  Insílaterra,  a  7  léguas 
E.  de  Norwich;  22,000  habitantes. 

TARMOiiTH  (souih),  (geogr.)  villa  e  porto 
de  Inglaterra,  a  4  léguas  O.  deWewport; 
1,000  habitantes. 

tabkiba,  (geogr.)  vasto  esiado  da  Negri- 
cia  central  a  O.  do  Niffó  e  ao  S.  do  Bor- 
gou;  capital  Katounga. 

iCHÃo.   V.   Ucháo. 

TCHKCO.   V.  Enxeco. 

Tt,  (geogr.)  cidade  da  índia  ingleza  trans- 
gangelica,  capital  da  provincia  de  Ye,  a  35 
léguas  S.  de  Martabano. 

tucla,  (geogr  )  cidade  de  Hespanha,  a  6 
léguas  O.    de  Willeiía;   11,6U0  habitantes. 

TELLOW-STONB.  (geogr.)  rio  dos  Estados 
Unidos,  sahe  da  vertente  E.  dos  Montes  Pe- 
dregosos, corre  ao  NE. 

TKMAL.  V.  Hyenal. 
^ykbanah,  (geogr.)  cidade   da  Arábia,    a 
35  léguas  SO    de  Derreych. 

YEME?i,    (ííeogr.)   regão   SO.    da  Arábia, 
parte  principal  da  Ârabia  feliz  dos  antigos 
tem  por  limites  a  O.  o  mar  Vermelho,  a% 
S.  o  golpho  de  Aden,  a  E.  o  Hadramaout 
ao  N.  o  iiedjaz ;  2.500  habitantes. 

YeiiNs,  (geogr.)  Epauna,  cidade  dos  Es- 
tados Sardos,  a  i*  léguas  NO.  de  Chambery  ; 
2,500  habitantes. 

YKou,  (geogr.)  rio  da  Negricia,  nasce  no 
paiz  de  Djakoba,  elança-so  no  lago  Tchad. 

YERES,  (geogr.)  rio  de  França,  nasce  no 
departamento  de  Sena  e  Marne,  e  perde-se 
no  Sena  em  Villa  Nova  de  S    Jorge. 

YKRviLLB,  (geogr.)  cidade  de  França,  a 
2  léguas  NE    de  Yvetot ;  1,6  «O  habitantes. 

YEso,  (geogr.)  grande  ilha  do  Japão,  ca- 
pital Matsmai. 

TETiM,  s.  m.  (voz  Brazil.)  mosquito  que 
pica  com  ferrão  mui  subtil. 

YKZD.  (geogr.)  cidade  de  Iran,  a  67  lé- 
guas ôE.  de  ispahan  ;  20  a  30,000  habi- 
tantes. 

YEZOEDJEBD  1,  (hist.)  Tci  da  Pcrsia,  da 
dynastia  dos  Sassaaides,  reinou  de  399  a 
420  depois  de  Josu-t^hristo.  Conservou  paz 
com  os  Homanos,  protegeu  os  christãos,  e 
incorreu  no  ódio  dos  ma^os. 

YEZDEOJKRD  li.  (hist )  rei  da  Pérsia  de 
4^0   a  457,   fez    guerra  aos  Albaoios  aos 

▼OL.  IV. 


Arménios  e  aos  Ibérios,  para  lhes  impor  a 
religião  do  fogo;  ficou  vencedor  ao  princi- 
pio e  fez  destruir  os  templos  christãos,  mas 
dentro  era  pouco  os  Arménios  deram  o  si- 
gnal  de  uma  revolta  geral,  mas  foram  sub- 
jugados pela  deíTtíCçào  dos  Iberins  e  Alta- 
nios,  que  abjuraram  o  christianisrao. 

YEZDEnjERu  III,  (hist.)  rei  da  Pérsia  de 
6.32  a  652  restabeleceu  a  paz  nos  seus  es- 
tados, e  foi  tolera ntH»  era  matéria  de  reli- 
gião. Apesar  da  sua  prudência  não  poude 
resistir  aos  ataques  dos  fanáticos  dirigidos 
por  Omar,  os  quaes  o  privaram  das  pro- 
víncias de  todo  o  seu  reino  e  o  fizeram  mor- 
rer por  traiçc^o ;  com  elle  acabou  a  raça 
dos  Sassanidas. 

YCZiD  I,  (hist.)  9.°  califa  ommiade,  rei- 
nou em  Damasco  desde  680  atéf'>8-í,  ven- 
ceu Kocein,  filho  de  Hali,  fez  guerra  ao 
rebelde  Abdaliah,  cercou  e  assoUou  Medi- 
na, e  ia  invadir  a  Meca  quando  morreu. 
O  seu  nome  é  execrado  pelos  Chystas. 

YKZiO  11,  (bist  )  9.^  califa  ommiade,  pri- 
mo e  su^jessor  de  Ornar  II,  foi  um  prin- 
cipe  voluptuoso  e  indolente,  perseguiu  os 
chrislãos  e  ordenou  a  deslrniçào  das  ima- 
gens. 

YEZiD  111,  (hist.)  sobrinho  de  Yezid  II, 
fez  morrer  Valid  11  seu  primo  para  lhe  usur- 
par o  throno,  mas  só  reinou  seis  mezes. 

Yezid  ibn  mahlee,  (hist.)  celebre  gene- 
ral musulmano,  governador  do  Khoraçan 
em  7u2,  ganhou  fama  pelas  suas  expedi- 
ções, mas  lofnou-se  odioso  ao  general  lied- 
jadj,  seu  rival, [que  fez  com  que  Walid  1  o  di- 
mitlísse.  No  reinado  de  Omar  li  Yezid  tor- 
nou-se  independente  em  Bassora  em  720  ; 
mas  pouco  depois  foi  derrotado  sobre  o  Eu- 
phrates  e  ficou  no  campo  de  batalha. 

YEZiDis,  (hist.)  tribu  hurda  espalhada 
nos  montes  ?>indjar,  entre  Mossous  e  o  Kha- 
bur,  no  pachahk  de  Alepo,  no  Diarbekir 
e  na  provincia  russa  de  Erivan  ;  200,000 
indivíduos. 

Y-KiSG,  (hist.)  ou  Livro  das  Transfor' 
mações,  o  1 .°  dos  livros  sagrados  dos  chi- 
nezes,  e.'«cripto  por  Weng-Waug  no  12  **  se- 
cul.í  antes  de  Jesu-Christo. 

YLOEGouz  (Chams-Eddin),  (hist.)  funda- 
dor da  dynastia  dos  Atabeks  do  Adebtaid- 
jan,  foi  escravo,  ganhou  a  ci  níiança  dos 
sultões  seidjoucidas  Mahamond  e  Maçond, 
foi  emir  no  remado  deste  ulli  no,  cazou  com 
a  viuva  de  Mahamoud,  tomou  o  titulo  de 
atahek,  substituiu  os  Seidjoucidas  em  qua- 
si  toda  a  Pérsia  e  morreu  em  1172. 

YLMOFERiz,  obsol.   V.   Almofariz. 

YPSiLoiDK,  aijj.  f.  de  forma  do  ypsiloa. 

YON,  ^geogr.)  rio  de  França,  nasce  no 
departaminto  da  Vendee  o  engrossa  o  Lay. 

\Oíi(á.),  (hist.)  lon,  íunius  JÊ^oniu.s,  dis- 
210 


tiè 


Tcm 


w» 


cipulo  de  S.  DIonizio,  pregou  a  íó  no  ojiIz       Yo-tcheou,  (gengr.)  cidflde  da  China, 
ao  S.  fie  ^ariz,    prini;ip«liu<!riíe   em  Arpe-    3/  le^^iias  ti.  de  Tchang-cha ;  2  10,000  ha- 
jon     e  solTreii  o  luariyrio  nesta  ci  lade  em    bilaiiies. 
2i90.  K'  commemor.ido  a  5  de  ai?osto.         |      youn-toiieaou,  (geogr.)  cidade  da  China, 

YONNR,   (geogr  )  Icaana,    rio  de  França,    na  provnioa  Ue  Kiang-si. 
na^ce  no  departamento  do  JNievre   e  lança- |      YouuuiCHrHiR.v,  (hisi )   príncipe  indio    o 
se  no  Sena.  :  primeiro   dos  l*andous,    perdeu  ao  j<'go  os 

YONNE,  (geogr.)  departamento  do  intprior    seus  estadas,  seus  quatro  irmãos  e  sua  mu* 
da  França,  entre  os  d  Aube  ao  JNfcl.  de  Se-    Iher,  o  que  foi  uma  das  principaes  causas 


na  e  Mame  ao  >0,  de  ^ievre  ao  S.,  de 
Loirei  a  O.  ;  355,2j7  habitantes.  Capital 
Auxerre. 

YOKK,  (geoíçr  )  Eboracum,  cidade  de  In- 
glaterra, capital  do  condado  de  York  a  80 
léguas  AO.  de  Londres;  35,00J  habitan- 
tes. O  condado  de  York  tem  por  limites  os 
de  Durhara  ao  N.,  de  Lincoln  ao  S.,  de 
Westmoreland  a  O. ;  «98,700  habitan- 
tes. 

YORK  ou  TORONTO,  (gcogf )  cidade  da 
America  do  Worte,  capital  do  Alto  Canada, 
na  margem  KO.  do  lago  Ontário;  2O,00lí 
habitantes. 

YORK.  (g-^ogr  )  cidade  dos  Estados  Uni- 
dos, a  7  léguas  SE.  de  Uarrisburgo ;  4,^00 
habitantes. 

YOBK,  (geogr.)  peabo  mais  septentrional 
da  JNova  HoUanda,  no  estreito  de  Ter- 
res. 

YORit  (casa  de).  Celebre  ramo  da  casa  real 
dos  Plantagenetas,  representou  um  papel 
importante  na  guerra  das  Ouas  Hosas.  em 
que  ella  luctava  com  a  casa  de  Lencastre  Nas 
guerras  civis,  os  partidários  da  casa  de  York 
tinham  par  distinçà»)  uma  rosa  branca,  « 
os  da  casa  de  Lencastre  uma  rosa  encarna- 
da. Os  membros  mais  celebres  desta  casa 
foram:  l."  Kdmundo  de  Lan^lf^y,  dm/ue 
de  York,  tronco  desta  casa,  4."  filho  do 
rei  de  Inglaterra,  Eduardo  4.^,  governou 
o  reino  como  regente  durante  a  menori- 
dade de  Hicardo  11,  filho  do  principe  ne- 
gro. Morreu  em  1402.  2.°  Ricardo,  duque 
de  York,  nasceu  cm  I4ltí,  morreu  em  1460, 
neto  do  precedente  foi  regente  de  França, 
durante  a  menoridade  de  Henrique  \1,  e 
depois  foi  governador  da  Irlanda,  e  ani- 
mado pela  fraqueza  do  rei,  e  p»ílas  discór- 
dias da  corte  atreveu-se  a  fazer  valer  as 
pretençõ^is   da  casa    de  York  ao  throno,   é 


das  guerras  entre  os  Paudons  e  os  Kou- 
rous.  Vrnoeu  os  Kourous  e  ainda  reinou 
35  anno>.  Deu  o  shu  nome  a  uma  era  in- 
dia,  quecomegou  1200  annos  antes  doJe- 
sun.hiisto. 

TOUGHALL,  (gcogr )  cldade  e  porto  de  Ir- 
landa, a  11  léguas  E.  de  Cork,  y,(;00  ha- 
bitantes. 

YuuN-CHAN,  (geogr.)  parte  do  império  de 
Sião.  ó  separado  do  império  birman  pelo 
Ihaleajn,  Capital  Zima. 

TOUNG  /'Eduardo],  (hist )  poeta  inglez, 
nasceu  em  1118 1,  em  Upharo,  morreu  em 
I7t)j.  Deixou  duas  tragedias:  Basiris;  a 
Vingança;  um  poema  sobre  ojvizo  finalf 
e  as  JSuiies,  especi'i  de  meditat,ões  melan- 
cólicas em  verso. 

YULNG-PE,  (geogr)  cidade  da  China,  aS7 
léguas  AO.  da  Vun  nan. 

YouNG  pHl^G,  (geogr.)  cidade  da  China, 
a  5U  léguas  E.  de  Pe-king. 

YouNG-iCHANG,  (geogr  )  cidade  da  Chi- 
na, a  99  léguas  O.  de  Youn-nan. 

YouNG-TCHiN,   (geogr  )  cidade  da  China, 
a  <i>  léguas  »0.  de  Tchang-rha. 
»  You^G-LUlG    (geogr.)  cordilheira  de  mnn- 
lanhas,  no  Thibel. 

yoUáOLF  B4LKi^  (Ablul  Fethah)  ,  (hist  ) 
fuudador  da  dyrisstia  dos  Zeiriíes,  vingou  a  - 
morte  de  seu  pai  Zeirí-Ben-Mounad  ,  por 
uma  vicioria  s)brea  t'ibudos  Z^nates,  sub- 
meitou  Bongia,  Biscara,  Befra,  etc  ,  exlen- 
deu-se  até  aos  desertos  desabara  e  Barca; 
obiere  do  califa  Moez-Lediuillah  toda  a  Afri- 
ca Occidental  muulmana. 

YOUSUUF-BKN   T^SCHFYH  .     (hist.)     principO 

musulmano  d'Africa,  e  eito  em  1H(»9,  fun- 
dou a  cidade  de  Marrocos,  que  fez  a  capi- 
tal dos  seus  estados,  h  expulsou  os  Z^^irites 
da  Africa  Occidental.  <^  hamado  á  Hispanha 
pelos  príncipes  musulmanos,    Yousou(  der- 


depois  de  diversas  batalhas  vio  desfeitas  as  rolou  completamente  AlTonso  VI  de  Ca'»lella, 
suas  esperanças.  3.°  Frederico  duque  de  1  perto  de  Badajoz  em  1  85,  e  conquistou 
York,  2.°  lilho  de  Jorge  III,  morreu  em  grande  parte  do  território  hispanhol.  Mor- 
1*63  foi  nomeado  bispo  lutherano  de  Os-    reu  em  1106. 

nabrufk,   commandou  em   176H  contra    a  |      Ypb  lko,    (geogr.)  rio  da  Pe'gi''a,  msce 
França  (» corpo  auxiliar  doi  Austríacos,  nos   peto  ^'Ypr^s,  e  ca«  no  wa''  d  -  >'or  e. 
I*ai2"s  Baixos    perdeu  as  bslftlhas  de  Xends-       yfbís    (íJfORr  )  cidad»^  do  rei-oda  B^lgi- 
cho<»t  e  de  Turoning    íiorrn»:  en»  1S27.        4;».  a  11  léguas  Sl>  deBrugeis;  15,5  O  ha* 

YOhKTowí»,    (g6«'gf'  )  cidade  »  purto    dos    tiMning, 
ILsmdOd  1/ <i  os,  a  25  léguas  bfi«  Uo  Hiuku"       yp^ii.ar  i.  (bist )  família  grega  fanjfiotn, 
Uiuuai  i  i&OU  tiabiUau^i  Ur^ijittarift  u^  in;Dut)Ddai  adquiriu  u^titf  d 


TUC 


Txe 


seeulo  X^IÍI  um  grande  credito  e  imraen-  centr«l  o  um  dos  Tstadns   da  Confederíiçfio 


MS  riqu«»zHs  om  ConsinniitnpM,  aond^i  os 
Sftu^  rIl^^mb^()5  exerciauí  a  prolissào  de  mó- 
dicos e  droguisias. 

YPáiLoN,  w.  m    (do  (ir.,  significa  t  peque- 
no) M  letra  y. 


•»»exi<'aua,  letn  por  lim lies  a  O  o^siado  do 
Mexícjoo  d^i  'tirtpa,  ao  S.  o  <.i]Alimaia,  pe- 
los outrus  lados  o  mar  do  Mhjíco  easAnii- 
Uíns,  Mi.OA)  h^hiianies.  CapiíHl  Menda. 
YUCATA.N,    (g**«'gr.)    brthia    ftirmada    pelo 


YaiAN,   s.  m.    obsol,  esquadrão,  exerci- ,  mar  úas  Auiilbas,  sobre  a  cosia  E.  do  Yuca- 
to.  tdtl. 


YRíARTE,  (hist )  I  oeta  hispanhol,  naspftu 
175l>,  era  sobrinho  do  João  d'Vriarto,  lil- 


YUCATAN  ou  nE  CÓRDOVA,  (geogr.)  estrei- 
to pelo  (^uni  ornar  das  Antilhas  communi- 


tHP^^to  d  slinoto,   dirigiu  o   >tercurio  de  .Ma- !  ca  com  n  gulpbo  do  Mexico. 

dfid.  morreu  em  17lM.    Iieixou  :    Fabulas        yuíi-nan,  (geogi.)  província  da  China,   ao 

htteraritis  t»  Copitulos  morne.s  *^0.\  i^.Uj  bòbitariies.  CapilwlYun-n  n. 


yrieix  011  YRif.R   (S.),    (hisf.)    603    latim 
Afedíus  ou  4'*i»i^?í«,   nasceu  em  Limogeiem 


YVKKUUN,    (geogr.)    Ifeiern    em  Allemào, 
IPtrudunum  úi>s  antigos,  cilade  da  ^uíssa, 


511,    foi  chancnller   do    rei    Theo-íoberio.  1  «m  uma  iiba  do  Thieie,   a  7  léguas  W.  de 
fundou  o  convento  d*A tua,   em  redor  «Jo  qu«l  '  Lausanna  ;  2,5l)0  habitantes 
»H  formou  de,  ois  a  rilade  cfiam.»da   de  í>   j      tvo  hiíloki  (S),  (tusi  )  patrono  dos   ad- 
Yrieix.   Morreu  em  591.    h'  festejado  a  lO  j  vagados  ejunsocnsuli.is,  nasceu  em   1203, 
d'Af<«»slo.  i  moiTcja  em  i5  ó,  t^stulnu direito  em  Tariz, 

ISLY,  (içeogr  )  rio  situado  no  limite  dei  loniuu  sh  notável  pelas  suas  austeridadese 
Marrocos  e  d*/4!gpria.  j  caridade,  foi  ciliciai  era  Kennes  e  Tnguier, 

YSSFL  ouJovEK  YSSEL,  (geogr  )  ísto  é  Tv.?  !  ^«Juioii  depois  oídens,  foi  reitor  ou  cura  de 
tupenor,  Sala,  rio  da  llolUnda.  formas^  TeJriz,  depois  de  Lohj»nnec.  e  mereceu  o 
emDjisburgo  pe'a  uniào  do  Velho  e  Nov«»    bello  sobrenome  de  Adroyado   dos  pobret. 

»*"»  canonizado  emlGl7,  eéfcStgado  a  lil 
tie  Maio.   . 

YVKTOT,  (geogr.)  cidade  de  França,  a  10 
léguas  i>K.  de  Huào  ;   2.913    habitantes. 

YVhTiE,  !geogr  )  lio  deFrança,  nasce  ao 
.Mi,  de  ilamb'»iiillet,  e  lança-se  no  tírge. 

YVOY-iE-pKÉ,  (geogr  )  villa  de  FMPça  a 
2  léguas  AO  de  lleurichòmont ;  á,500  ha- 
bita nies. 

\X£CO.  V,  Enxeco. 


Ys 

IV,  (h  St.)  imperadorchinpz,  ramo  da  dj- 
na-ia  d  s  IJia.  tinha  sido  intendente  de 
Yao,  e  primeiro  ministro  de<h<uji  hncce- 
deu  a  e>te  uliimo  no  anuo  219/ antes  de  Je- 
sn-i;hrisio,  rnm  y^annos,  e  morreu  no  lim 
de  sete  annos  de  reinado. 

YuCAr,  s.  f.  (t.  Americano)  batatada  Ame- 
rica 

yucatan,  (geogr.)  península  da  Americjy 


210, 


840 


WAK 


WAI. 


W 


w,  u  vogal  doslnglezes,  e  consoante  dos 
Allemaes,  Belgas,  e  dos  Franc^zes  que  o 
adoptaram  d'eslas  nações,  ^ão  é  letra  por- 
tugueza,  mas  é  indispensável  para  escrever 
nomes  inglezes  próprios  de  pessoas,  luga- 
res e  cousas,  v.  g.  whist,  jogo,  nos  quaes 
são  como  M.  Em  quanto  ás  vozes  em  que 
sôa  V  devem  escreverse  por  t?,  e  não  por 
w,  V.  g  Vestphalia,  Valido,  guardas  val- 
lonas,  Veser,  rio.  Veimar,  cidade.  VállaS' 
tein,  general  celebre,  etc. 

WAARSCHOOT,  (geogr )  cidade  da  Bélgica, 
a  3  léguas  emeia  NO.  deliand;  5,300  ha- 
bitantes. 

WAAS,  (geogr.)  pequeno  paiz  de  Flandres 
ao  longo  do  Escaut. 

WABASH,  (geogr.)  rio  dos  Estados-Unidos, 
nasce  a  O.  do  estado  d'uhio,  e  lança-se  no 
Ohio. 

WADOWiCR,  (hist.)  circulo  da  Galicia,  entre 
a  republica  de  Cracóvia  do  N.,  os  circulos 
de  Bohemia  e  de  Sandec  a  E.  ;  280,000  ha- 
bitantes. 

wagram,  (geogr.)  villa  dos  estados  austria- 
cos,  a  4  léguas  íNE.  de  Vienua, 

WAGRIA,  (geogr.)  antigo  paizdollôlslein, 
compreende  as  cidades  de  Lubeck,  Oiden- 
burgo,  PlíBU,  Eulin,  etc. 

WAHABiTAS,  (geogr.)  poderosa  seita  árabe, 
espalhada  hoje  pelo  iSedjed,  e  naLahsa.  Der- 
reyeh  6  o  seu  lugar  principd. 

WAHAL,  (geogr.)  braço  meridional  do  Rhe- 
no. 

wAiBLNGEN,  (geogr.)  pequena  cidade  de 
Wurlemberg,  a  3kguas  e  meia  KE.  de  Stutt- 
garí. 

WAiGATZ,  (geogr.)  ilha  eestroito  da  Rús- 
sia. 

WAiTZEN,  (geogr.)  cidade  da  Hungria,  a 
8  le^ruas  N.  de  Bade  ;  10.500  habitantes. 

WAKEFiELD,  (hist.)  celebre  critico  inglez, 
nasceu  em  1756,  morreu  em  1801.  Deixou 
edicQÔes  estimadas  de  Hc^racio,  Virgilic,  Lu- 
cr^cift,  BioB,  efe. 


W4KEFIELD,  (geogr.)  cidade  d' Inglaterra, 
a  3  léguas  S.  deí.eeds;  2^^,000  habitantes. 

WALCHEBEN,  (geogr )  ilha  do  reino  de 
UoHanda,  na  embocadura  do  Escaut ;  dO.OOO 
habitantes. 

WALCOURT,  (geogr.j  cidade  da  Bélgica,  a 
10  léguas  SO.  deiNamur;  800  habitantes. 

WALDBURGO,  (gfíogr.)  antigo  estado  d'Al- 
lemanha,  no  circulo  de  Suabia,  entreoiller 
e  o  Rheno. 

WALDECK  (principado de),  (hist)  pequeno 
Estado  da  Confederação  (iermanica  ;  forma' 
do  de  duas  partes  desiguaes  •  1.°  o  princi- 
pado de  Waldeck  propriamente  dicto  ;  %,^ 
o  condado  de  Pyrmont.  Capital  Corbch  ; 
56,000  habitantes, 

WALDENBURG,  (geogr.)  cidade  do  reino  de 
Saxonia,  a  O  léguas  e  meia  NO.  de  Chemnitz ; 
*S,O0i)  habitantes. 

WALDST.fiTTEs,  (geogr.)  são  assinQ  chama- 
dos  4  cantõ^^ssuissos:  Schwitz,  Uri,  Unter- 
wald  e  Lucerna. 

WALDST.fiTTES  (Isgo  dos),  (geogr.)  ou  Lago 
dos  quatro  Cantões,  lago  da  Suissa,  rega  os 
quatro  cantões  chamados  Waldsfeelles. 

wALiD,(hist.)  6.°  califa  ommiada  do  Orien- 
te, succedou  a  seu  paiÂbdel-Melekem  705. 
Morreu  em  715. 

v/AUD  lí,  (hist.)  11.°  califa  ommiada  do 
Oriente,  filho  d'YezidIÍ,  subiu  ao  trono  em 
743',  foi  destronado  em  7M. 

WALLENSTADT,  (geogr.)  cidado  daSuissa 
ato  léguas  NO.  de  Coire ;  300  habitan- 
tes. 

WALLER,  (hist )  poeta  inglez,  nasceu  em 
1605,  morreu  em  1687.  Adiantou  muito  a 
poesia  ingleza. 

WALLis  (Samuel),  (hist.)  navegante  inglez 
continuou  as  explorações  do  commo.ioro 
Bjron,  e  descobriu  as  ilhas  que  teem  o  seu 
nome. 

WALLIS,  fgeogr  )  grupo  d^ilhas  do  grande 
oceano  equiaocií)!,  aoN.  das  ilhas  Viti. 
WALi/0K9f  (gctogr.)  Erlim  assim  chamvka 


WAR 


WEN 


841 


antigamente  os  habitantes  dos  Paizes-Bai- 
xos,  que  fallavam  o  antigo  francez  chama- 
do wallon,  eque  se  julga  derivado  dogau- 
lez  [vual  em  hollandoz.) 

WALSALL,  (geogr.)  cidade  de  Inglaterra, 
a  7  léguas  S.  de  MaíTord ;  15,000  habi- 
tantes. 

WALSiscnAM,  (geogr.)  cidade  delnglater 
ra,  a  10  léguas  NO.  deNorwich,  1,OUO  ha- 
bitantes 

WALSiNGHAM,  (hlst  )  um  dos  principnes 
ministros  de  Isabel.  Morreu  em  J51)0 
com  54  annos.  Fundou  i  sua  custa  a  bi- 
bliotheca  do  rei  em  Cambridge. 

WALTER,  (hist)  anatómico  prussiaoo,  nas- 
ceu era  1734,  morreu  em  i8l8.  Formou 
uma  famosa  collecção  de  anatomia.  Escre- 
veu um  Manual  de  Miohgia. 

WALTON,  (hist.)  orientalista  inglez,  nas- 
ceu em  t600,  morreu  em  ICGl  Deixou 
Iniroductio  ad  lectionem  linguarum  orien- 
talinm. 

walton,  (hist.)  poeta  inglez,  nasceu  em 
159J,  morreu  em  16*^3.  A  sua  melhor  poe- 
sia é  o  Pescador  d  linha. 

WANDELATíCouRT,  (hist )  escriptor  frapcez, 
nasceu  em  )t73l,  morreu  em  i819.  Publi- 
cou diversas  obras  de  politica  moral,  e  de 
educação. 

WARBURTON,  (hist.)  sabío  prelado  inglez, 
nasceu  em  16í)8,  morreu  em  1779.  As  suas 
melhores  obras  são  :  Allíança  entre  a  Eijre- 
ja  e  o  Estado,  a  Divina  Legação  de  Moi- 
sés. 

WARMBRUSH,  (geogr.)  cidade  dos  Estados 
prussianos,  a  legua  e  meia  SO.  de  llirsch- 
berg ;  1,800  habitantes. 

WARMELASD,  (geogr.)  antiga  província  da 
Suécia,  forma  hoje  o  governo  de  Carlstad. 

WAHMíA  ou  RRMELAKD,  (geogf.)  antigo  paíz 
da  Europa,  hoje  Biarmia  ou  Perraia. 

WARNACHAIRE    OU    GARNIER,    (hist  )  Senhor 

da  Borgonha  no  reinado  de  Clotario  ii,  en- 
tregou Brunehauta  este  príncipe,  pelo  que 
recebeu  delle  grandes  benefícios. 

WARNETON,  (geogr.)  Cidade  da  Bélgica,  a 
3  léguas  SE.  de  Ypres ;  5,Hli0  habitan  - 
les. 

WARNOw,  (geogr.)  rio  do  ducado  de  iMech- 
lemburgo  Schwerin. 

WARRiNGTOM,  (geogr.)  cidade  de  Inglater- 
ra, a  7  léguas  E.  de  Liverpool ;  20,000  ha- 
bitantes. 

warta,  (geogr.)  rio  da  Rússia  europea, 
nasce  na  Cracóvia,  e  lança -se  no  Odei. 

wartbuhgo,  (geogr.)  castello  forte  dogran- 
ducado  de  Saxe-Veimar,  a  meia  legua  de 
iaseoach. 

WARTON,    (hist )  Iltterato  inglez,    nasceu 
em  1722,  morreu  em  1800.    Traduziu  em 
Ingléí  ís  Eglogoã  fe  ÍIrÇor^w*>í  (fc  Virgilió 
tOli   17. 


WABwick,  (geogr.)  Caer  Guarvic,  ou  Caer 
Leon  em  inglez,  cidade  d'mglaterra,  18 
léguas  ao  Nu.  de  Londres ;  9,400  habitan- 
tes. 

TfASHiNGTON,  (hist )  fundadorda  republica 
dos  Estados-Unidos,  nasceu  em  1732,  mor- 
reu em  1/29.  Foi  engenheiro  depois  serviu 
com»  ciliciai  na  guerra  dos  inglezes  contra  os 
francezes  ;  era  1775  recebeu  o  c  immando  em 
chefe  do  exercito  anglo-americano.  Foi  elei  - 
to  4  vozes  presidente  da  Uniào,  e  conside- 
rada como  o  homem  mais  probo  e  maissa- 
boque  jamais  tenha  governado  uma  na- 
ção. 

WASHINGTON,  (geogr  )  ou  a  cidade  fede- 
ral,  capital  dos  Estados-Unidos,  no  distric- 
to  de  Colômbia  ;  25,000   habiiante.";. 

WEissESFEi.s,  (geogr  )  cidade  da  Prússia, 
4  léguas  ao  S  de  Merseburgo  ;  5,650  habi- 
tani.os. 

wsiTRA,  (geogr.)  villa  do  archiducado  da 
Áustria,  15  léguas  de  Kremà;  1,800  habi- 
tantes. 

wEiATABOs,  (geogr.)  chamados  também 
Wiltses,  povo  da  Germânia,  de  raça  slava, 
habitou  desde  o  Vil  a)  XI  século  as  mar- 
gens do  Báltico  a  O.  do  Oder,  no  Brande- 
burgo. 

WELCiiES  ou  VELCBF^s  (geogr.)  pabvra  de- 
rivada de  Gaels  oiiGalli,  e  o  nome  primi- 
tivo dos  Celtas,  que  formaram  a  população 
principal  da  Galiia  e  do  paiz  de  (íallos  na 
Grã-<Tet;mha. 

WELLAND,  (geogr.)  rio  d'ínglaterra.  nasce 
no  condado  de  iSorthampton  ,  e  lança-se 
no  mar. 

WELLINGTON,  (geogr  )  cidado  d'lnglaterra, 
16  léguas  ao  SE,  de  Shrewsbury  ;  9,0j0 
habitantes. 

WELLINGTON,  (geogr.)  Cidade  d'Inglaterra, 
i5  léguas  ao  SO.  de  Bristol;  4,501)  habi- 
tantes. 

WENCESLAO  I,  (hist.)  chamado  o  Sancto, 
duque  de  Boheraia>  nasceu  em  907,  subiu 
ao  trono  por  morte  de  seu  pai  em  925. 
Wenceslao  destruiu  os  idolos  e  perseguiu 
os  sectários  da  idolatria.  Foi  mono  em  9^6 
por  ordem  de  sua  mai  e  de  seu  irmão  Boles- 
lao. 

WENCESLAO  II,  (hist.)  duque  de  Bohemia 
era  1191,  esteve  18  annos  exilado,  e  em 
vão  tentou  tirar  o  trono  a  seu  tio  Frederico, 
Morreu  era  li 94. 

WESCESLAo.  Ill,  (Hl  como  duque.  I,  como 
rei),  (hist.)  filho  de  Przemislao  Ottocar  I, 
iiasceu  em  1205,  começou  a  reinar  era  1230. 
O  seu  reinado  é  notável  pela  chogida  dos 
Mogoes  á  .Moravia.  Morreu  em  1253. 

WENCESLAO  IV  (ou  II).  (hist.)  appelUdado 
o  Velho,  nasceu  em  lí70,  subiu  ao  trono 
da  DuheoQia  ^m  li6^.  \u  oai  l«.iiUO  foi  eiei^ 
Sll 


m 


WES 


WEH 


to  rei  daBohemia,  era  oapnslçâa  a  Vlalis- 
lao  iV  e  tomou  posse  do  reino.  Morreu  em 
13'  5. 

WKNCESLAO  V  (ou  TH),  (hist.)  filho  do  pro,- 
cedente,  foi  eleito  rei  da  ii»  gria  em  1  Ol, 
suslenlou-se  conlra  Carlos  Uobertoató  liOJ, 
deixou  depois  este  reino  e  abandonou -o  a 
Oihon  IV  de  Baviera.  Morreu  assassina  lo 
em  1306. 

WE^CESLA0  VI  (ou  IV),  (bist.)  chamado  o 
Bêbado,  rei  da  Bohemia  e  imperador  d*Aile- 
manha,  filho  do  imperador  Carlos  IV.  nas- 
ceu em  l-'tl9  Causou  infinitos  m/des  peh 
sua  apalbia ,  simi  amor  p'  Ihs  voinpiuo- 
2Ídad«'S  infauTs,  e  tornou  se  universalmen- 
te detestado  pelo  seu  caracter'  Foi  despo- 
jado do  titulo  de  imperador  em  l400  Mor- 
reu era  1^9. 

WENDES,  (gengr  )  grande  divizão  da  fa- 
mília slava,  tojo  nome  se  recoiih^íce  no  dos 
Venedes,  Venetos,  Heuelos,  Antes,  Vindt;- 
los.  Vândalos 

WENuico  (circulo\  ígeogr.)  nma  das  re- 
giôt'S  do  gran  ducado  de  .Me<  kleniburgo- 
Schwerin.  tem  por  capital  (iiísirow. 

wen-wang,  (hist.)  tronco  da  d)'nastia  chi- 
neza  dos  Icheou.  nasceu  no  anno  1-^1  an- 
tes de  Jesu-Christo,  obteve  do  imperador 
Ti-}le  o  commando  de  todas  as  tropas  do 
insperio,  ijspirou  recnios  ao  successordes 
le  prinripe,  que  o  teve  três  anrms  c.»ptivo 
em  Veou-li,  retirou  se  desde  então  a  Tche  m 
seu  domicdio  hereditário  que  e  igrandeceu 
muito  e  morreu  em  M27,  depois  de  5(1  an 
nos  de  reinado,  deixando  seus  estados  a  shw 
filho  Fá,  que  não  tardou  a  apoderar-se  do 
trono  iniperiai. 

AVEHDEN,  (geogr  )  da  Prn<?sia,  5  léguas  e 
meia  ao  KK.  de  Dusseldoif;  2,500  habi- 
tantes. 

WEBNíGERODE.  (geogr.)  povoação  da  Prús- 
sia, f»  léguas  ao  bO.  de  Ilalberstadt ;  3,4  'O 
habitantes. 

WERNSpoRF,  (geogr  )  familia  da  Saxonia, 
que  produziu  muitos  «abios  disiinctos.  O 
niais  conheíido  é  J  C  Wernsdorf.  a  quem 
se  deve  a  sua  excellente  edição  dos  poetas 
latinos. 

WEROviTZ  (delegação  de)  (hist  )  nos  esta- 
dos austríacos,  entre  os  de  Srhinreg,  Bara 
nya,  Bacs,  Synnia.  Rrads,    Posega  o  (roa 
cia;   16.1^00  h^hiiantes    Capital   Kszvk 

WEHHA,  (geogr  )  no  da  Âllemanha,  nas- 
ce no  Thuringerwald,  e  un«-&e  comoMuu- 
den  em  Fulde. 

wehtaCu,  (geogr.)  rio  da  Baviera,  corre 
ao  ^    e  une  s-e  ao  Uerh 

WKRiHR'M,  ítreogr.)  cidade  do  ffran-dura - 
Ho  df  Hai.H.  37  Ingiias  ao  Mi.  doCdrlsfu- 
Jii;:  3,«tMt  habitantes. 
*"VfiRW»cjL,  (gtt)gr.)  ijídadtí  da  Belgivífly  oo 


cid-^ntal,  3  léguas  ao   Sí.  d'Tprc8 ;  4,300 

hab  lantes. 

wKRWicK,  (geogr.)  vjlla  de  França,  4  le- 
gues ao  íN.  de  8il!e;   1 ,  M)0  habií^ntes. 

WESEL.  (g^ogr  )  cidade  da  Prus>ia  Hl  lé- 
guas ao  SE.  de  Cleves  ;  ilá.lOO  habitan- 
tes. 

wESER,  (gfogr  )  Visurgig,  rio  d'Allema- 
nha  na  parte  do  fiO.  de«te  paiz,  forraa-se 
perto  de  Munden  pela  reunião  do  Falde  e 
do  Werra  e  cae  no  mar  do  norte. 

WKSLK.Y,  (hist.)  celebre  ingl»*z.  fiinda- 
dor  do  M^'lhoilismo,  nasceu  em  1703,  mor- 
reu em  17.H.  heixou  :  òVrwõev,  e  outras 
ob  as  o  l'apismo  txwninni   a  suuyne  fno. 

AVESsi  X  /'reino  dej,  (hist  )  ou  dos  S'JXo- 
nioi  d'(fts^te,  um  d»»s  sete  da  llep- 
tarchia  aui^lo-saxonia,  fji  fundfldo  em  510 
por  Cerdic. 

WKST,  (hist  )  pintor  americano.  nasReu  em 
i7  8,  morreu  em  1M20  Os  seus  primqres 
d'arie  são  :  A  morte  de  Sócrates  ;  Ore$tes, 
!*if  Iodes,  Agrij)f)ina,  Ueijulo  v»  tnndo  a  Car- 
thaqn,  a  Mi>rie  do  (jenefal   Wolf. 

wESTE»M*NN,  (hist  )  general  IVrinccz,  uas- 
rpu  em  I/tíí  em  MoNheim.  .Vccuzatfode  ler 
excitado  muitas  revohas  foi  pruso  f.or  al- 
yiim  lempí),  dt^pojs  ft>i  a  P«r'z,  lig<iu-se  c^im 
Hanlori,  foi  nomeado  ajudante  g-n^rfll,  aju- 
dou Duraourtez  rns  suBsnegociaçÕHS  couj  o 
duque  de  Brunswich,  seguiu-o  á  Bélgica, 
f<i  depois  enviado  a  Vienna  como  gr>neral 
de  brigada,  acmile  des^nvid^eu  granle  bra- 
vura, penetrou  no  interior  do  paiz.  «leixou- 
se  batnrpplos  Vr'n<lÍHcios  ern  Chaidion,  fnas 
bateu  os  em  Beaupré,  Lavai,  (Iranville  e 
riaiigé  Foi  prosiTÍpl(í  com  Oauton  eguilao- 
lina-lo  a  ó  de  Abrd  de  '7^4. 

westbukY,  (geítgr  )  cidade  d'íng1aterra  9 
legu«s  ao  JNU.  de  Salisbury  ;  8,000  habi- 
tantes. 

\*ESTERW4LD,  (gft'igr.)  cordilheira  de  mon- 
tanhas d*4llemhnlja.  na  Westphalia,  entre 
o  iahn.  o  Siog  eoUheno. 

WEST-Fi  'RD,  (geogr  )  grande  golpho  dò 
(JcHano  Ailaniico,  entre  acostada  Norvega 
e  as  ilhas  Lf.fftden. 

wEí5T,wissTKR,  (geogr  )  (isto  é  convento 
ou  Ahhadia  do  Oeste),  um  dos  bairros  do 
Londres,  sobre  a  marg?m  dir  elti  do  Tami- 
sa era  oulora  uma  cidade  difírirente  West- 
rninisler  é  celebre  pela  sua  antiga  e  vasta 
abbrtdia  ,  sepultura  dí)S  soberauos  e  dos 
granoes  homens  dln^Lslerra. 

wí..sTMORti.AND,  'g^'ogr  )  c<mdado  dTngla- 
terra,  entre  os  de  Duiham  e  di»  Ciurber- 
hnd  ao  •).  d'Vorck  a  i..,  de  Lencastre  ao 
S    H  aO,  O ',OwO  habitantei.  Capital  Áp^ 

pM\y 

WPsTPHALiA.  íaeogr  )  rPt'iãod'All^'manha, 


t^T 


vmi 


8<1 


m«d/i  dos  WestphnHos.  a  míifs  occidontsl 
dAs  tros  gran<les  iribusda  prituUivA  Saxo- 
nÍA. 

w»sTpnAM4  (duoalo  de),  (g«ogr  )  nome 
dado:  l/*  n'»s  te'npos  antigos  A  parle  Oc- 
cidental da  S<<xonia,  entre  o  Klba  e  o  We- 
ser  ;  i°  A  uma  das  quatro  provint;ias  do 
eleitorado  de  Colónia,  este  ducado,  qno  li- 
mitava.i  O.  corn  o  coniado  d  •  la  M«rrk  e 
a  E.  com  opriMcipsdo  de  Waldech.  perten- 
cia ao  circulo  do  Baixo-Klieno  :  foi  dado  em 
ItiO  ■  a  casa  d'H«*s3e-l)armstadt. 

wESrpiiALU  (circulo  de),  chamado  fnra- 
bem  circulo  do9  Paizes  liiixos  e  'le  Wfist- 
phoUa,  circulo  da  We-dfihnlia  sobre  o  b^ii^ 
xo  /í/ie»»o,  tinha  por  limites  o  mar  dom»r- 
te,  as  proviricias  Unidas  p  os  circulas  de 
Borgonha,  Aito-I^hpuoe  Baixo-íilieno  ('om- 
preendia  a  ariiigH  Westphalm,  algumas  par- 
tes da  Lotharingia  sepleulrional,  da  Ustpha- 
li.i  e  da  Thuringia. 

WESTPIMLIA  (rnino  de),  (gpogr.)  um  d^s 
4  reinos  da  Confederação  do  Rheno,  linha 
por  limites  ao  N.  os  ducados  de  iMeekV-m- 
burgo,  a  E.  os  reinos  da  1'russia  o  da  Sa- 
1'inia,  ao  S.  os  gran -ducados  de  Francfori 
e    Ih  IJesse  í  assei    Capital  »  assei. 

WKSIPHALI.\  (província  de)  («eogr.)  pro- 
víncia da  Prússia,  tem  por  limite.')  ao  N.o 
reino  de  llanover,  ao  NO  o  de  ll(dlania, 
a  O.  a  prdvincia  Hh^nana,  ao  S.  o  duca- 
do de  ^assau  ;  1,1^^0,000  habitantes  Ca- 
pital Munster 

westphalía  (paz  publica  de),  (hisl  )  É 
as-i  u  tham.ido  um  regulamento  feito  em 
137*  pelo  imperarJor  Carlos  IV,  de  combi- 
nação com  diversos  estados  d'Allemauha 
pTa  manterem  a  paz  entre  si 

wKSTPii^in  (tracirtdode),  (hist  )  nome  d«^ 
doiis  t  atados,  assiííuafí»s,  um  em  Osnab'u<k 
a  6  de  agosto  de  1648;  o  ouiru  em  Muns 
ter  a  8  deseptembro  dome^moanno,  e  pu- 
blicados ambos  a  2i  de  oulubro  seguinte 
O  Iractado  dví  Munster  era  enire  o  impera- 
dor o  a  França,  o  d'Osnabrutkentre  o  impH- 
rador  da  Sut-cia.  As  duas  potencias  victorio 
zas  iFrança  e  ^uecia)  sm  garantiam  rautufl- 
menteas  suas  acquisições  e  g^r/»niiam  aos 
Sf-us  alliados  uo  império  importantes  conces- 
sões. 

wRST-poiNT,  (g^^ogr  )  cidade  dos  E<lados- 
Uni-los,  capital  do  território  dos  Highlands, 
25  l^^gu^s  ao  iN.  de  *ew-Yofck. 

wcsr-puRT,  'geogr  )  ei  lad«  dMrlanda,  4 
lojU.-ís  ao  SO.  á-i  Casllebdr;  3-,50tí  habi- 
tantes. 

Wcsr-C^ppp.L  fffeoinr.)  riiale  da  llolhn- 
da,  »  legijaHajKO  de  Midimburgo  ;  1,3<JI> 
haliitanies  | 

WTTKn^TlA.  (gpogr.)  antiga  p-ovmnia  j 
U'iliktiiUuUai  'M  fiaiiu-Kheuu,   li^^e  cuia*  I 


pr<»endida  no  nesso«>*Assau  e  nos  paizes  cíf- 
cum\izinhos 

WETrEnKJr,  fgftogr  )  cilada  da  Rolgica,  4 
léguas  a  O.  de  Uendermade  ;  7,40U  habi- 
tantes. 

WETTERHOR?!,  (g  ogr.)  TOontanha  daSuis- 
sa,  nos  Alpes  Cernezes,  ao  N.  doSchreck- 
horn. 

WETTiN.  ígeogp )  cidade  da  Prus'ia,  9  lé- 
guas ao  iNO.  de  Merseburgo  ;  2,600  habi- 
tantes. 

w«TZL\R  ou  wETíi.AER,  Cidade  da  Prús- 
sia, capital  do  circulo  de  Welzlar-Orsunfels, 
l!>  léguas  ao  Nti.  de  Cobhntz ;  4,75J  ha- 
bitantes. 

WEXFOan,  fgengr  )  cidade  e  porto  d*frlan- 
da,  capitfll  do  condado  de  Wexford,  24  lé- 
guas ao  S.  de  Dublin  ;  12,50t)  habitantes. 
O  condado  dn  Wexford  situado  entre  os  de 
Wicklov  ao  N  ,  de  Kilkennjr  e  de  Carlow  a 
O.  conta  2l2.<Mm  habitantes. 

WKXiOE,  (geogr.)  ci  lade  da  Suécia,  capi- 
tal do  g'>  erno  dn  Oonenburgo.  lOO  lé- 
guas ao  SO.  deSlotkholmo  ;  1,200  habitan- 
tes. 

wp.YMOUTH,  (g^ogr.)  cidade  dMngUterra, 
\  léguas  ao  S.  de  Dorchester  ;  2,y00  ha- 
biiHUtes. 

wiiAMPO\,  (geogr.)  porto  da  China,  1  quar- 
to de  légua  acima  de  Caulào,  em  uma  ilha 
do    Pe-kiang. 

wiiARTOíí  ( rhomaz,  marquez  de',  (hist.) 
tilho  de  lord  Wh«rion,  fez  «íonstante  oppo- 
siçào  a  tlarlos  II  ea  Jacques  »I,  prov«icou 
a  fain  >za  proposta,  que  convidava  o  p  in- 
cipe  d*Orani{B  a  lomar  as  re  eas  do  Estado, 
foi  vice-rei  da  trlan  la  em  !•  08,  deixou  este 
cirgo  era  1810,  mas  recebeu  os  títulos  de 
lord  do.sello  privado  e  marquez  de  Whar- 
ton  e  Malmesbury,    morreu  em     1715 

wiiiGs,  (hist.)  nome  q  .e  era  Inglaterra 
dão  á(|u-llesque  se  intitulam  defensores  das 
liberdides  publi(;as  :  éoupostoaode  lories. 
Esi«  nome  parece  derivado  de  whiggam,  gri- 
lo «'OH  qtie  os  carroieiros  escossezes  esti- 
rauhin  os  seus  ca  allos.  Este  lerrao  foi  ap- 
plicad  í  primeiram-ínte  ais  rebelles  e^icoá- 
se^es.  que  no  reinado  d«  Carlos  .1,  mar- 
charam contra  Ediujburgo  Os  Ilealis?asde- 
rara-no  depoi<  aos  inimigos  da  re.st.iuraçào, 
muitos  dos  quaes  eram  escossezes  presbi- 
terianos, e  depois  a  todos  os  inimigos  dos 
Stuarls. 

wHirBY,  (geogr)  cidade  dMnglaterra,  IS 
legaas  ao  ME.  d'Yorch  ;  10,500  habitan- 
tes 

wsiTEii^vEv,  gergr  )  cidade  dMngl^-terra, 
14  léguas  ao  SO.  U0  Carliãle ;  1«5,ti«)0  ha- 
u;\f  nes 

wHiTR-«niRTAiSí  (gpogp.)  'Wo  é  fK on  ^ 
taahca  \>runt!as],    wQiiUiiih.^9  dos  1^8.^40^ 


844 


wa 


WIT 


Unidos,  no  N.  do  estado  de  New-Hanap- 
pshíre. 

wiCK,  (geogr.)  cidade  d'Escossia,  capital 
do  condado  de  Caithness,  75  léguas  ao  M. 
d*Edimburgo;  1,100  habitantes. 

wiCKLOw,  (geogr.)  cidaie  d'Irlanda,  ca- 
pital do  condado  de  Wicklow,  10  léguas  ao 
SE.  de  Dublin:  H,Oi'0  habitantes.  O  con- 
dado de  Wicklol.  situado  entre  os  de  Du- 
blin ao  N-,  do  Wexford,  ao  S  ,  de  Kitáa- 
re  e  de  Carlow  a  O.,  conta  136,000  habi- 
tantes. 

wiDDiN,  (geogr.)  cidade  da  Turquia,  ca- 
pital de  Livfth  ;  56  léguas  a  E.  de  Belgrado  ; 
SiO.OOO  habitantes. 

wiELicszKA,  (ííeogr.)  cidade  da  Galicia,  a 
4  léguas  SE.  de  Cracóvia ;  3,400  habitan- 
tes. 

wiENKRWALD,  (geogr.)  montanhas  do  ar- 
chi:lucado  d'Austria,  nopaizdoEns, 

wiESBADEN,  (geogr.)  capital  do  ducalo  de 
Nassau,  a  2  léguas  JNO.  deMayence;  7,3-0 
habitantes. 

wiESEi-BURGO,  (geogr.)  cidade  da  Hungria, 
a  8  léguas  á.  de  Presbourg  ;  3,4a0  habitan- 
tes. 

wiGAN,  (geogr  )  cidade  dTnglaterra,  a  7 
léguas  NO.  de  Manchester ;  20,000  h/ibitan- 
tes. 

wiGHT  (ilha  de),  /^geogr.)  ilha  d'Inglater- 
ra,  p'^rience  ao  condado  de  Southampton ; 
33,000  habitantes. 

wiGTON,  (geogr.)  cidade  dMnglaterra.  a 
4  léguas  SO.  de  Carlisle  ;  5,«j00  habitan- 
tes. 

wiLDHAUS,  (geogr.)  villa  da  Suissa,  a  5 
léguas  e  useia  S.deS.Gall. 

wiLFaiD(S  ),  (hist.)  monge  anglo-saxonio 
nasceu  em  134,  morreu  em  709,  construiu 
os  conventos  deStamfv>rd  e  de  ílippon,  foi 
bispo  deNorlhumberland,  tomou  parle  nas 
negociações,  que  ruslabeleííeram  Ijagoberto 
li  no  trono  d'Austrasia,  e  fez  na  Friza  nu- 
merosas conversões.  E'  festejado  a  12  de  Ou- 
tubro. 

wiLLEMSTADT,  (geogr.)  cspital  da  ilha  de 
Corflçao,  SO.,  sobre  a  bahia  de  Santa  Anna; 
3,500  habitantes. 

wiLMiNGToN,  (gcogr.)  cidade  dos  í'*stados- 
Unidos,  a  20  léguas  N.  de  Dover  ;  0,700  ha- 
bita ntes. 

WÍLSON,  (gíí^gr.)  cabo  que  forma  aponta 
mais  meridional  da  Nova  llollanda. 

wiLTON,  (geogr.)  cidade  d'lngl8terra,  a  2 
léguas  O.  de  Salisbnry;    8,('0  »  habitantes. 

WíLTS  OU  wiLTSHiKE  ,  (geogr.)  con<lado 
de  Inglaterra,  tem  por  limites  os  deGluces- 
ter  ao*N..  de  Somerset  a  0.,  de  Souiham- 
pton  edtíDorsetaoS. ;  204,080  habitantes. 
Capital  ^8lisbury. 

WJi,T9-8i  KKRjis,  (geogr.)  caaal  d'ínglater- 


ra,  faz  parte  do  systema  hydraulico  de  Lon^ 
dres. 

wiMBLEDON,  (gcogr.)  villa  d'lngl8terra,  a 
20  léguas  SO.  de  Londres  ;  2,  000  habitan- 
tes. 

wiHTLLE,  (ge^gr.)  villa  de  França,  a  2  lé- 
guas N.  de  Bolonha;  1,100  habitantes 

wiMPFEN,  (geogr)  cidade  do  gran-ducado 
de  Uesse  Darrastadt :  a  2  léguas  e  meia  N. 
de  ileilbronn  ,  "2,000  habitantes. 

wiNCHELSRA,  (geo^r.)  cidade  d*fnglaterra 
a  4  léguas  ^iL.  de  llasiings ;  65T)  habitan- 
tes. 

WINCHESTER,  (gcogr )  cidade  dTnglaterra, 
capital  deSouihampton,  a  8  léguas  iNO.de 
Portsmouth  ;  9,200  habitantes 

WINCHESTER,  (geogr.)  cidadc  dosEstados- 
Unidos,  a  50  léguas  N.  de  Uichemond ; 
3,0|JO  habitantes. 

wiNDSHEiM,  (geo;?r.)  cidade  murada  da 
Baviera,  a  l2  léguas  O.  de  Nuremberg ; 
4,00u   habitantes. 

wiNDSOR  cu  Ntw-wiNDSOR,  (geogr )  cida- 
de d'Ingl«terra,  aOleguas  O.  de  Londres; 
7,600    habitantes. 

wiNDSoR,  (geogr.)  nome  de  muitas  cida- 
des dos  Estados  Unidos,  a  principal  ^^  no  Es- 
tado de  V^ermont,  a  25  léguas  S.  de  Mootpel- 
lier;  9.150  habitantes. 

wiNTERTUiiR,  (geogr  )  cidade  dl  Suissa,  a 
5  léguas  ISli.  deZurich:  3,í]00   habitantes. 

wiNTZKiNHEiM.  (hist )  vilia  de  França,  a  lé- 
gua e  meia  de  Colmar;  3,380  habitantes. 

wippER,  (geogr.)  nome  de  muitos  rios  de 
Allemanha,  entre  outros  um  aílluente  do 
fíheno.  que  nasce  na  Westphalia  ;  ouiro  um 
aílluente  do  Saale,  que  nasce  na  Saxonia 
prussiana. 

wisBSACH,  (geogr.)  cidade  d'ínglaterra,  a 
10  léguas  K.  de  Cambridge  ,  8,000  habitan- 
tes. 

wiSBY,  (geogr)  cidade  da  Suécia,  a  43  lé- 
guas SE.  de  ilockholmo  ;  4,000  habitantes. 

wiSLOK,  (geogr.)  rio  da  Galicia,  sae  dos 
Carpathos,  e  cae  no  San,  a  2  léguas  NE.  de 
Grudisca. 

wisMAR,  (geogr.)  cidade  do  gran-ducado 
de  Mecklcmburgo-Schpwerin,  a  7  léguas  N. 
deSohwerln;  iO  000  habitantes. 

wissANT,  (geogr  )  cidade  de  França,  a  4 
guas  NE.  de  Bolonha-sobre-o-Mar  ;  8O0  ha- 
bitantes. 

wissRHBOURG,  (gpogr )  cidade  de  França, 
a  9  léguas  e  meia  NE.  de  Slrasburgo  ;  5,680 
habitantes. 

wisTH,  s.  m.  jogo  de  cartas  de  quatro 
pecsoas. 

wiTiKiND,  (hist.)  heroe  saionio,  foi  anta- 
gonista de  Carlos  Magno,  na  grande  guerra 
que  elle  f^z  contra  a  Saionia.  Começou  a  fa- 
zot  &tí  GOdbecido  cm  772  ;  sublevou  osseoa 


I 


WOL 


WRE 


845 


concidadãos  contra  os  Francos,  por  três  ▼?•• 
zes  teve  de  retirar-se  da  Saionia,  mas  iia  ul- 
tima guerra  tornoa-se  tào  poderoso  que  Car- 
los-Mi^gno  tratou  nom  elle  eo  nomeou  du- 
que deSaxonia.  Foi  morto  era  807  comba- 
tendo conira  oduqurt  de  Suabia. 

wiroLD.  (hist )  gran-duque  deLilhuania, 
era  primo  de  Vladislao  Jagellon  Foi  bapti 
zado  com  este  princnpe  em  I3>'>6,  em13u2 
foi  creado  lugar  teneiile  do  rei  da  Polónia 
na  Liihuania,  onde  quasi  se  tornou  indepen- 
dente, rftpelliu  oscavalleiros  leutonícos,  que 
tinham  invadido  a  Lilhumia,  penetrou  de- 
pois na  Livonia,  tomou  Smolensk.  e  augmen- 
tou  os  seus  estados  à  custa  do  príncipe  rasso 
Vasili  íl,  bateu  os  Tártaros  de  Oimea,  mas 
foi  vencido  por  tdiía  seu  chefe,  voltou-se 
enlào  para  Gs  Russos  eparaaordora  Teuto- 
ni-a,  e  venceu  Calas  duas  potencias.  Morreu 
em  1430. 

w.TT  (Terra  de),  fgeogr.)  parte  da  costa 
ao  NO  da  nova  Hollanda,  entre  a  terra  d'£n- 
dracht  ao  S.,  a  de  Diemeu  ao  M. 

wirTEMBERG  ,  (geogr  )  Witlemberga  ou 
Leucorca  era  latim  moderno,  cidade  da  Prús- 
sia, capital  do  ciaulo  do  mesmo  nome,  22 
léguas  ao  NE.  de  verseburgo,  sobre  o  Elba; 
8,00(1  habitantes. 

wiTTENAGEMOTT,  (hist.)  assembleia  nacío- 
nal  dos  Anglo-Saionios,  no  tempo  da  ílep- 
t  ar  chia. 

wiirGENSTEiN,  fgeogr.)  circulo  da  Prús- 
sia na  regência  d' \rensberg  ;  18, OOJ  habi- 
tantes   Capital  Berleburg'1, 

WíTfSToCK,  (g-^ogr.)  citl.íde  da  Prussia  20 
léguas  ao  NO.  de  Potsdam  ;  4,6  JO  habitan- 
tes. 

wobrden,  fg<íogr.)  cidade  da  HoUanda,  4 
léguas  a  O.  d'Utrecht;  2.80'    habitantes. 

woERTH-suR-SANtR  ,  (geogr )  cidade  de 
França,  5  léguas  de  Wissem burgo ;  1,200 
habitantes. 

woLA,  (geogr.)  villada  Polónia,  1  quar- 
to de  legna  a  O.  de  Varsóvia. 

woLBECK,  (geogr.)  cidade  da  Prússia,  1  lé- 
gua ao  SK.  deMunsler;  1,000  habitantes. 

wolpebnuttel,  (geogr.)  Cnuljerbijium, 
cidade  do  ducado  de  Brunswick,  3  léguas  e 
meia  ao  S.  de  Brunswick;  8,íõ0  habitan- 
tes. 

woLFTANG  (s.),  (hist.)|  nasccu  na  Suabia, 
foi  amigo  do  arcebispo  de  Col<»nia  Brunon. 
e  do  arcebispo  de  Treves  Henrique,  viveu 
muito  íempo  em  uni  convento  no  meio  dos 
bosques,  recusando  o  sacerdócio  por  modés- 
tia, 8ló  que  fui  sagrado  por  S.  UdaUich, 
pregou  o  evangelho  na  Hungria.  Morreu 
em  972.  E'  festejado  a   31  d'out'jbro. 

wolgast,  (geogr  )  cidade  e  porto  da  Prús- 
sia, no  estreito  Us  SiraUuad ;  4,500  babi- 
tautei. 

tOL.  It. 


WOLLIN,  (geogr.)  oulr'ora  JnUn,  ilha  da 
Prússia,  na  reg»inc'a  de  Stettin,  é  formada 
pelos  dous  braços  orientaes  do  Oder ;  3»00U 
habitantes. 

woLVEHíiAMPTON,  (gcogr.)  cidade  d'íngla- 
terra,  6  léguas  ao  S.  de  Stafford,  4  léguas 
e  meia  de  Birmingham ;  70,000  habitan- 
tes. 

wooosTOCK,  (geogr.)  cidade  d'Ing1aterra, 
3  léguas  ao  WO.  d'Oxford;  7,000  habitan- 
tes. 

WOOLSTHORPE  OU  WOOLSTROPE,  (geOgf.)  vil- 

la  d'lnglaierra,  12  léguas  ao  Slf.  de  Lin- 
coln ;  5i  O  habitantes. 

wooLwicn,  (geogr.)  cidade  dTnglaterra, 
3  léguas  e  m)ia  a  £.  de  Londres  ;  :i8,000 
habitantes. 

woBCESTER,  (gí^ogr.)  cidade  d'luplaterra, 
capiíal  do  condado  de  W  irrMer,  42  léguas 
«o  N^.  de  Londres  ;  27,000  habitantes  O 
condado  de  Worcesler  situado  «nire  os  de 
Stafford,  Wttrvick.  Glocester  ,  Hereford  , 
Shrop  coma  215,000  habitantes. 

woncESTER,  (geogr.)  cidade  dos  Est»dos- 
Unidos,  15  léguas  ao  SO.  deBosto;  4,500 
habitantes. 

woHiisGEif,  (geogr.)  Buruncum,  cidade  da 
Prússia,  5  léguas  ao  NO.  de  Colania  ;  1,50'J 
habitantes. 

woHKi.>GTO!í,  (geogr.)  cidade  e  porto  dTn- 
glaterra, 12  léguas  ao  SO.  de  Carlisle ; 
S.OOO  habitantes. 

^vonKUM,  (geogr.)  cidade  da  Hollauda,  4 
léguas  ao  SO.  de  Sneek ;  3,000  habitan- 
tes. 

woRMBOUDT,  (geogr  )  villa  de  França,  5 
léguas  ao  SE.  de  Dunkerque  ;  3,900  habi- 
tantes. 

woRif?,  (geogr.)  Vangionts^  Borbotamã' 
^H.v,'jepois  Vormalia.  cidade  do  gran-ducado 
de  Iltísse  Darmstadt,  ^  léguas  ao  SO.  de 
Oarmstadt ;  8,000  h.ibitantes. 

wORSLEY,  (geogr  )  cidade  dTnglaterra,  2 
léguas  ao  Nu.  de  A  anchester  ;  10,000  ha- 
bitantes. 

wou-TCHANG,  (geogr.)  cidade  da  China, 
cipilal  da  província  de  Uou-pé;  600,000 
habitantes. 

wou-WANG ,  (hist.)  primeiro  imperador 
chinez  da  dynastia  dos  Tcheou,  recebeu  em 
herança  de  seu  pai  Wen  Wang  quasi  as  .res 
quarl.<is  parles  da  China,  destronou  o  im- 
perador Cheou-sin  em  1109,  e  deu  uma 
nova  organisação  ao  império  chinez.  Morreu 
em  1116. 

wREDB  (C.  Philippe,  conde  de)  .  (hist.) 
feld-raarechal  bavaro,  nasceu  em  1767,  mor- 
reu em  i83S,  comiuandou  as  tropas  bavaras 
auxiliares  da  França  .  disiin^niu-se  em 
Àbensberg.  Wf^graiu  e  sobre  tudo  em  Leip- 
gick  combateu  us  FraneeiHs  quando  a  fiavie* 

lia 


846 


WUR 


WYK 


ra  s*>  separava  de  Napoleão,  e  foi  battido 
em  IIan<)u. 

wKtxíiAM,  ígeogr.)  cidade  d'Ingl;íierr8,  9 
leguis  ao  SE.  de  Denbigh  ;  0,000  habi- 
tantes. 

WRINGTON,  (gpogr.)  \illa  d'lngl8lerr«,  & 
léguas  ao  S.  de  Bristol;  I.ÍOO  habitantes. 

wuRMSER  (fonde  d«^),  (hist  )  general  aus- 
tríaco nasceu  na  Alsacia  em  172i,  mor- 
reu em  179/,  foi  enviado  em  1793  contra 
os  FrancfZfS,  ?k-ançftu  algumas  vantagens 
S('bre  Castine.  lanç<íuas^  linhas  de  Wissera- 
burgn,  fez  capitular  a  guarnição  de  Forte- 
Luiz,  mas  foi  balido  em  Freischweiler. 

WURSCHE.N,  (gHogr.)  villa  da  Saxonia.  3  lé- 
guas a  K.  de  Hautzen. 

wURTEMBEBG  OU  wiHTEiiBERG,  fgeogr.)  an- 
tigo castello  próximo  á  cidade  de  Canstadt, 
deu  o  seu  nome  á  família  e  au  rtiao  de  Wur- 
tembtrg 

AVLRTEMBPRG  {r?ino  de) ,  fg^^ogr  ]  um  dos 
4  reines  serund«riosda  ConfedHrayàogerrr  a- 
nita,  liuiitaHo  a  O.  peo  gr«n-(lucad(»  de  Ba  - 
de,  a  E  .  aoS,  e  ao  i>  p^  lo  reino  de  Ba  «e- 
ra  ;  ',575,000  habitantes.  Capital  Stuligard. 

wunTEMREHG  (condndo  e  ducado  de),  (geo- 
gr.)  antigo  estado  d'Alltímanha,  no  circulo  de 
Suabia.era  menos  vasto  do  que  o  rei:. o  ac- 
tual de  Wuriemberg,  e  era  divido  em  três 
parles:  o  Baixo-ducado,  o  Alto-ducado  e  o 
central  Ducado. 


LISTA   DOS   príncipes    DE   WURTEMBERG. 


1.**  Condes^ 


2.®  Separação  em  condados. 


ririro  1,         isr.o 

í  bei  ha  rd  I        1205 
UIrico  II,  1^25 

Lbeihard  Ȓ.  com 
Lírico  111  s«a 


irnrJo 
El.eihardllr, 
hbcih«rd  IV, 
Luiz  I  e  Uliico 

IV,  1441 


1301 
1417 


£«1  Vrach 

Luiz  I  I44l 

Luiz  II,  1450 

Eberhard  V, 
1457-1495 


Em  Nevffen. 

UlricolV,  1441 

Eberhard  Vi, 
1480-1496 


3.*  Ducados. 


Eberhard  V  ou 
i  como  du- 
que, 1495 
Ebiírbard  VI  ou 

II  1496 

UIrico  Voul.     14<)8 
l.hrihtovào  15u0 

Luiz,  [q  PiedO' 

ao]  lf.08 

Frederico  1593 


João  Frederico 
Ebe'hard  II, 
C-uilherme  Luiz 
Eberhard  Luiz 
Carlos   Alexan- 
dre 
Carlos  Eugénio 
Frederico  I, 
Frederico  11  ^ 


IfiOS 
1028 
10  4 
1677 

17^3 
1737 
17»5 
1797 


4.0  Reis, 


Frederico  I,       1£06    Guilherme         1816 


wurtzburgo,  (geogr.)  TferbipoHs,  cidade 
do  rf-ino  de  Riviírs  58  léguas  ao  *N0.  de 
Mun-ch  ;  23.000  habitantes 

WURIZBUBGO  (grau  ducado  de),  (geogr  ) 
non.e  que  tomou  o  bispado  secularizadu  em 
180j. 

WYE,  (geogr  )  Ilatosíaihybius,  rio  d'ín- 
glatrrra,  nasceu  no  condado  de  V.ontgome- 
ry.  e  cae  no  Saverue. 

WYK.  (geogr.)  Duiarodurvm.  cidade  da 
licltanda.  5  léguas  ao  b£.  dXHrechl;  1/J40 
habitantes* 


2AB 


UÇ 


W 


z 


Z.  s.  m.  zé,  vigésima  quinta  letra  do  al- 
phsbeto  portuguez  e  uluma  das  cunsoan- 
tes 

No  principio  e  corpo  das  palavras  si^»»  com 
s  entro  vogaes  ;  m^s  no  tini  dos  vocsbulos 
nàodiíTeredo  som  d  »  s  quísi  x,  v  '/  zona, 
azymo.  oziimia]  epaz.  capaz,  audaz,  um 
que  siihstitue  o  x  l<iiino. 

z.  leira  niimiífal  valia  1,000  e  com  um 
traço  por  cima  èOOO 

zaadona,  s  f  (de  22a  por  saa,  sua.  e 
dona)  (aut )  senhora,  mulher  livre.  Elu> 
cid. 

Zab.  (gpozr  ]  ontr'ara  parte  S.  da  3/a>í- 
ritana  de  Selif  e  da  Gentlia,  região  d'Al- 
geria.  ao  S.  das  pro^in<Masde  Titleria  e  de 
Constantina,  entre  o  Atlas  e  o  Biledulge- 
rid.  Ci  ladií  principn!  Bisi;ara. 

z»n  ou  ADUB.  geogr  I  nome  de  2  rios 
da  Turquia  asinlica,  íÍH  ierit»s  do  Tigre, 
wm  chamado  o  Grande  Zab  Zahalus  major, 
Li/PTis,  isto  é  L''b>],  no  p<ichíilik  <le  lírfg 
dad,  sae  dos  montrt'*  KoQ"ilisim  ;  eontr.x» 
P  queno  Z'ib  ^Zahnfus  minof,  o  Caprns  dos 
Grejíos \  «orre  «o  SE.  e  lança-se  110  Tibre. 

ZaBkNPIRa  on  saB\nebrjha,  s  J  (do  r.asl. 
sahana,  lençol)  ;ant  J  mulher  desavergonha- 
da. 

ZaBxrella,  (hist  1  chamado  o  Cardeal  de 
Florença,  nasceu  em  1M39  f-m  Pádua,  mor- 
reu em  1417.  Asna  prin<'ipal  obra  tem  por 
titulo  :  Coinmentarii  in  Decrelules  e(  Cie- 
mentirias. 

ZaBra,  s.  f  fArab  zaòra]  fragata  peque- 
na (\n  costa  de  B-snaia. 

ZaBLCaes.  V.  Sapucaia. 

ZaBucaio    V.  Sapucaia. 

Zabui/>n  (tribu  de),  'gpogr  )  uma  das  do- 
ze dívizo^s  da  antigif  Pflli<tina.  entre  i  la$;o 
de  TibHriad«  e  o  Mediterrâneo,  ora  lifuita- 
da  ao  N  pelas  de  Aser  e  de  .Neph«iali,  ao 
S.  pela  d'l3sachar.  Correspondia  á  parte  S. 
4a  ualilea. 

Zauumba,  i.m.  (ro2ÍíuítsUYBj  tambor  aui 


grande  e  sonoro  usado  na  musica  militar 
Idrar  — . 

z* BURRO,  adi.  Milho  — ,  grossa,  milho 
grande  dn  In  lia. 

.zaCa  ou  xaCa,  s.m.  o  pontífice  dos bon- 
zf»s    Lucena. 

zaCatkcas,  (g'*ogr.)  cidade  da  fnnit^áe- 
ração  m-^xicana,  cap<tal  do  estado  de  Zirate- 
cas.  112  léguas  ao  .\0  do  México  ;  33  000 
habitantes.  O  estado  de  Zacatecas.  situado 
entre  os  de  Cohahuila  ao  N.,  o  Novo  Leão 
<to  .NE..  S.  LuizPoloua  E.,  conta  ltíO,OOJ 
ha  jjiantes. 

ZACAiLAN,  (geogr.)  cilad.j  do  México,  37 
léguas  ao.>E.  do  México;  8,00J  habitan- 
tes. 

zaccarta<?,  (hist )  escriptor  veneziano, 
nasceu  em  1/14.  morreu  em  l795  Deixou 
grande  numero  d'obr«s,  a.s  mais  importan- 
tes sào  •  Anecdoionin  medii  (toi  colleclio; 
Storia  luurarij,  d^ítalia  ;  Aiinxli  Utlerari 
d'  lialia. 

Z\Cif\RiAS,  (hist )  fiiho  do  r»i  dTsrael  Je- 
mboào  li.  sjcce  le,a-lh'i  d^^p  )is  d-i  um  in- 
t>  rvallo  de  onze  ann  s  e  m-io,  no  atino  7G7. 
antes  de  .Insu  Chnslo  Só  reinou  s^israezes 
e  foi  morto  pt^lo  usurpador  Scllum,  por  se  ler 
tornado  cru-^l.     . 

zaciiarias,  (hist )  filho  e  succes<;or  do 
summ  >  Si<:ordote  Jojali,  f  d,  aoezar  dos 
snrviços  prestados  poi  seu  p.ni  a  Joaz,  lapi- 
dado por  ordem  d^sle  prinuipe 

z»CH*RiAS,  (hist )  o  i^  dos  prophetas  me- 
nores, ajudou  os  ju  léus  a  reeiilicarem  o 
templo.  Kni  o  mais  tecundo  e  o  mais  obscuro 
dos  pequenos  prophetas  Deixou  muitos 
commentarios.  1  rophelizava  no  principio 
do  reinado  de  Dano ,  íilho  de  ti^sta- 
(•es. 

zaCharias.  (hist)  pai  de  8.  João  Baptis- 
ta e  mando  dn  Saneia  Izibel.  era  um  pfi- 
dre  do  templo  de  Jerusnlem  :  emmudeceu 
por  ter  recusado  acreditar  o  anj )  (iabriel, 
que  lhe  auuuuciava  o  na&cimeaio  dd  um  U" 


848 


ZÀG 


2AM 


lho,  e  recobrou  a  voz  quando  nasceu  este 
filho.  Julgou-se  que  foi  mandado  matar  por 
Herodes  porque  quiz  salvar  seu  filho  da 
mortandade  dos  Inoocentes. 

ZACHARiAS  (s.),  (hist )  papa,  s"Ccessor  de 
Gregório  íll,  reinou  de  74 1,  a  752,  era  gre- 
go de  nascimento.  Perguntando  Pepino-o- 
Breve  quem  devia  utar  do  titulo  de  rei,  se 
aquelle  que  tem  este  nome  sem  ter  o  poder 
ou  a  capacidade,  ou  se  aquelle  que  tem  ca- 
pacidade e  o  poder,  sem  ter  o  nome,  Zachi- 
rias  responceu  :  «aquelle  qne  tema  capa- 
cidade eo  poder»  e justificou  assimaelle- 
vaçào  dos  Calrovinigos.  E'  festejado  a  15  de 
março. 

zacharias,  (hist.)  poeta  allemão,  nasceu 
em  1 726,  morreu  em  «777.  Deixou  muitas 
poesias:  Phaetonte ;  o  Lenço;  as  Quatro 
partes  do  dia  ',  as  Mulheres  nas  quatro 
partes  da  sna  idade, 

^AciiM,  s.  m.  (Vrab  ;:acwm)  fructobran-, 
CO  rauiío  amargoso  semelhante  á  amêndoa. 
Os  Árabes  lhe  chamam  frucío  infernal,  em 
razão  da  sua  amflrgura.  — ,  a  arvore  espi- 
nhosa que  o  dá, 

ZACYNTHo,  (gengr  )  Zacyníhus,  hnjp!  Zan- 
te.  ilha  ííoroarjonio,  ao  S.  da  Cephalenia, 
defronte  ^a  embocadura  do  Alpg^^o. 

z^EHRiNGEN,  (g^ogr.)  caslello  e  villa  do 
gran- durado  deBade,  t  quarto  de  légua  ao 
N.  de  Friburgo. 

ZyEiiRjGEN  (casa  de),  (hist  )  celebre  casa 
allemã.  oriunda  de  Gontram-o-llico,  con- 
de d«Bripgan,  que  vivia  em  ÍS90  e  descen- 
dia d'Ethico  I,  duque  d'Alsaciano  XII  século. 
ZAFiRA.  V.  Sapliira. 
z^FRA-  (gengp.)  Segeda,  RêslitutaJuUa. 
ci^^ade  de  Hispanha  15  Ifgaas  ao  bE.  de 
Badajoz;  7,501)  habitantes. 

ZaGa,  cbsol,   V.  í^aga,  Rectaguarda, 
ZAGA,  s.  f.  arvore  de  cujo  pao  se  fazem 
as  z?^ gaias. 

ZAGA'A  ou  AZAGAIA,  s.  f.  (Arab-  alkha- 
Zfika,  d»  khaza  a,  rasgar)  dardo  de  arreoies- 
so  usado  ni  costa  d'Africa.  V.  Azagaia. 

ZAGAiADA,  8.  f.  /'des.  s.  arfa)  golpo  de  za- 
gaia, ferida  feita  por  zagaia  arremessada. 

ZAGAi ,  s  m.  (Cast.,  do  Xrah  zegal,  ves- 
tir-se  deptílles)  criado  do  maioral.  — ,  pas- 
tos. 

Syn.   com\).'  Zagal,  maioral,  pastor,  pe- 
gureiro.  Zagal  é  propriamente  o  que  guar 
da  o  gado  lanígero  nos  campos,  que  cuida 
d'elle  no  redil  ou  no  aprisco. 

Maioral  diz  se  particularmente  do  que 
manda  no*'-,  zagaes.  Pastor  significa  em  ge- 
ral oque  guarda  e apascenta  o  gaiio.  Pegu- 
reiro é  o  guardador  do  gado  de  outrem,  sub- 
ordinado ao  f^a^íor  ;  óo  mais  indmo  dos /cas- 
tor «rs  . 
Pegurtiro  exprime  A  ideia  de  baitezii  « 


servidão;  maiofal,  a  de  costumes  rústicos; 
zagal,  a  de  costumes  singelos  e  suaves,  tm 
sentido  figurado,  pastor  exprime  a  ideia  de 
um  ministro  espiritual,  próprio  para  con- 
duzir as  almas  á  salvação. 

ZAGALA,  s.  f.  pastora,  moça  do  campo  sol- 
teira. 

ZAGALEJO  ou   ZAGALRTO,     S.  ff»,    dimínut. 

de  zagal,  zagal  moço. 

ZAGARi,  s.  rri.  uma  sorte  delençaria. 

ZAGOURA,  (geogr.)  o  Ackerontf.  dos  anti- 
gos, rio  da  Turquia  europea,  na  Albsuia , 
cae  no  mar  Jonio,  a  2  léguas  a  E.  dePar- 

ga- 

ZAGOURA  OU  PETRA,  (geogr.)  O  auligo  Pí- 
lion,  montanha  da  Grécia,  na  Thessalia, 
perto  do  archipelago. 

zagreo,  (mylh.)  deus  cretez,  filho  de 
Júpiter  e  de  Ferséphone,  era  uma  das  prin- 
cipaes  divindades  infernaes,  mas  também 
tinh»  poder  sobre  a  terra,  e  oíTeretia  mui- 
ta analogia  com  Baccho. 

Zagros,  fgeogr  )  Zagrus  mons,  chamado 
X^mht^m  D jebeltak.  montanhas  da  Ásia,  nas- 
ciam no  limite  da  Arábia  e  da  Pérsia. 

Zaguncho    V    Zarguncho. 

ZÃiBRO.  V.  Zambro. 

ZAiNo.  A.  adj.  (do  Cast.  zaino,  que,  se- 
gundo Covarrubias  significa  castanho  em 
Arab  )  Carallo  — ,  castanho  escuro  sem  mes- 
cla. — ,  dissimulftdo,  velhaco. 

ZAiRO,  (geogr.)  chamado  também  Coango 
ou  Congo,  do  nome  dopaiz,  queellerfga, 
e  Moienza-Eazaddi,  principal  rio  do  C  »ngo, 
nasce  entre  os  Regas,  e  cae  ro  Ailantico. 

zaleuco,  (hist.)  philosopho  grego,  nasceu 
noariQO  700  antes  de  Jesu-Christo,  passou 
por  discípulo  de  Pytbsgoras.  Deu  aos  Locrios 
Kpizephyrios  um  código  notável  pela  sua 
sabedoria.  Uma  das  leis  deste  código  pro- 
nunciava que  o  adultero  t»;ria  os  oltttts  va- 
zados, sendo  seu  filho  convencido  d'eôte  cri- 
me, Zaleuco  quiz  applicar-lhe  a  lei,  o  povo 
intercedeu  por  elle,  então  Zaleuco  conten-^ 
tou-se  em  f«zer  lhe  vazar  um  olho,  mas  va- 
zou um  a  si  mesmo. 

ZAMA,  (geogr.)  hoje  Zowarin  ou  ZaoU" 
harim  cidade  d'Afrioa,  naZengitana,  a  37 
Ipguas  SE  de  Carlhago. 

ZAMAH  (Ben-Melik-al-Khaoulani\  (hist ) 
emir  árabe  de  Hispanha,  desde  718  até  "í 21, 
invadiu  a  Aquitanif^,  percorreu  desde  Car- 
cassona  até  Tolosa,  e  íbi  vencido  e  morto  de- 
baixo das  mufrilhas  desta  ultima  cidade  por 
turles.  duque  d'Aquitania, 

ZAMBKZE  ou  CONAMA,  (geogr.)  ríodaAfri- 
ca  inerílional,  nasc^?nopaiz  dos  Cazimbes, 
e  lança -se  no  canal  de  Moçambique  por  mui- 
tas embocaduras 

ZAHDO.  V.  Zambro. 

BAMBOA,  i.f.  (talvez  deiaòúlo)  espécie  di 


ZAR 


ZÀN 


849 


cidra,  fructo  grosso  insípido.  To'o,  parvo 
como  — ,  tolííirào,  sem  subor.  — ,  marmelt» 
eni»'ria'*o  e  melhorado. 

2AMBOKIRA,  s  f.  arvope  que  dá  zamboas. 

ZAMURAi.Ho.  s.  vn.  ave  aquática  do  tama- 
nho (la  gHllinha,  pescoço  e  bico  como  o  de 
patu.  lia  muitas  de  inverno  no  rio  Sado. 

ZiUBRO,  A,  aifj,  (do  Kr  jamhe,  perna,  e 
croché  ou  crocliu,  torto,  curvo)  que  tem  os 
jot^lhos  metiidos  para  dentro  e  as  pernas  di- 
ve^-gentes 

z\MBUco,  s.  m.  (t.  Âsíat.)  embarcação  de 
cargA.  na  Ásia. 

zasiblgal,  *  m.  (t.  Brazil  )  arvore  do 
Brazd,  que  dá  fructns  do  tamanho  de  cocos 
que  enceiram  castanhas  mui  duras  e sabo- 
rosas 

ZAMBUJAL,  (gengr.)  povoação  de  Portugal 
a  3  It^guas  d»j  Coimbra  ;  7U0  habitantes,  ila 
outra  inferior  no  concelho  deKedonJo,  a  íi 
legues  d'Kvoia. 

ZAMBUJEiRiNOO,  s.  m,  diminut.  de  zam- 
bujeiro. 

Z4MBUJ0  ou  AZAVBUJO,  s.  m.  {^Ttib.  oxza- 
bvjn,  zambnjo,  ohveira  brava)  oliveira  bra 
va. 

ZAMBUJO  ou  azambujo,  *.  ffi.  (V.  O  prece- 
dente) nzambuj^iro. 

Zamolxis.  {myih.)  personagem  fabulosa, 
era  adorado  pelus  óeta^  da  Tliracia  como 
uma  divindade;  davam-loe  for  residência 
o  monte  Coc^j  <n,  que  se  julga  ler  sido  si- 
tuado nos  Carpaíhas.  Segunio  llf^rodoto, 
era  nm  philosopho  da  Thriícia,  que  depois 
de  ler  h«bitadoa  Gtecia,  voltou  «o  seu  pniz, 
aonde  ensinou  o  dogma  da  immortalida- 
de. 

ZAMORA,  (geogr.)  Ocellodurum,  cidade  de 
liispanha,  capital  d'intendKncia,  a  5(J  léguas 
KO    d<^.  Madrid:  1(»,(IU0  habitantes. 

ZAMORA,  (gpogr.)  cidade  da  America,  na 
republica  da  Nova-Granada,  a  KUeguas  L. 
de  Loxa,  sobre  um  rio  do  mesmo  nume. 

zauorih,  (bist  )  titulo  que  os  Tortuguczes 
d&o  ao  sultão  de  Calicut. 

ZAMosK,  (g-^ogr  )  cidade  da  Polónia  russa 
a  to  léguas  SE.  de  Dublin  ;  (>,tiOJ  habitan- 
tes. 

Zamrí,  (hist )  rei  d' Israel,  apoderou-se  do 
trono  em*Jl8.  depoisde  ter  morto  o  r»^i  Ela, 
foi  depois  cercado  na  cidade  de  I  hersa  por 
AoLir,  tí  morreu  no  incêndio  de  um  palá- 
cio. 

Z4NAGA,  a^jf.  ou  s  dos  2  g  (talvez  do 
Tasconço  zayarca,  atravessado)  vesgo,  za- 
rolho, torto  dos  olhos. 

Zanciii,  (hist.)  menibro  dn  Academia  ro- 
mana com  o  nome  de  Peireins  Z<jnchus, 
nasceu  em  Bergnma  em  i&Ol  entrou  na 
Oíd^m  dos  confK"^»  de  Latrào,  rultivou  a  poe- 
BÍã  lotiiia,  A  foi  gUHrdH  tia  b  bli*.lhe(-«  do  v  m* 


♦lU         |¥. 


ticino.  Foi  preso  em  Roma  por  ter  desobede- 
cido ao  papa  Paulo.  As  suas  obras  são:  de 
linrio  Soph̀e  libri  duo  ;  Poematum  libri 
Mil. 

zandj*n,  (geogr  )  cidade  do  Fran,  10  lé- 
guas ao  NO.  de  Sultanabad ;  10,000  habi- 
tantes. 

z\NKSviLLB,  (geogr  )  cidade  dos  Estados- 
Unido4,  tã  léguas  a  E.  de  Coiuiubus ;  U,600 
habitantes. 

zanetti.  (hist )  família  de  Veneza,  de  que 
caíram  muitos  antiquários  distinclos.  Os 
princ'paes  foram  :  o  conde  António  Maria, 
iiASí  u  em  »680'  morr«Mj  em  1766,  compoz 
um  riuo  gab:n*'tHd'antigiiidade8  ,  Alexandre 
Zímniti,  nasceu  em  1\H,  morreu  em  1778. 
t  screveu  5  livros  sobre  pintores  da  eicola 
neneiiana. 

Zanga,  .*  f.  (yoi  Afric  )  (famil.)  antipa- 
ttiia,  aversão  a  alguém  ;  máo  agouro,  v  g. 
tenho  —  com  aranhas.  — ,  utu  jogo  de  tar- 
tas  entre  duas  pessoas. 

Zanga,  s  f.  (<int.)  moinho  de  mão. 

Zangado,  a,  p.  p.  du  zaugtr ;  adj.  eofa» 
dado. 

z^NGADOR,  A,  s.  9  oàj.  quo  zanga  (pes- 
soa ou  cousa). 

ZA^GAL^Ão,  s.  m.  Bento  Pereira  verte  em 
Lat  monngaihus. 

ZANGANo.  s.  m.  (de  zangão^  inse  >to)  adello 
alravessador.  corrector  q(ie  não  é  autorisa- 
do  a  exercer  o  uflício  ;  (tig  )  o  que  logra  s 
desfruta  outrem  com  engano  e  fraude  nos 
tratos. 

ZANGÃO,  s.  m.  espécie  de  abelha  que  não 
faz  mel,  a  come  o  que  as  abelhas  fazem  ; 
(Hg.)  o  alravessador  de  mercadorias,  zan- 
g«no. 

ZANGAR,  V.  a.  {zanga,  ar  des.  inf.)  cau- 
sar zanva.  enfadar;  dar  mau  agouro,  v.  <f, 
—  o  jogador.  — SE,  v.  r  enfadar-se.  —  d4 
alguma  cousa,  tirar  d'ella  mau  agouro. 

zangarriar,  V.  n  (voz  imitativa)  (chul.) 
tocar  viola  desentoadamenle. 

zangukbar  (costa  de),  (geogr  )  grande  re- 
gião da  /.merica  oriental,  extende-se  sobre 
o  mar  das  índias,  entre  a  costa  d'Ajan  ao 
N.,  e  a  r»pitflnia  geral  de  Moçambique  ao 
S. ;  1,000,000  habitantes. 

zanguizakra.  s.  f.  (voz  imitativa)  (chul.) 
desordem,  tltercaçào. 

zakgurriana,  $.  f.  (chul.)  bebedicei  be<* 
bedeira. 

Zanolho.  V    Zarolho. 

zanotti,  (hist )  pintor  e  poeta  bolonhez, 
nasí'eu  em  1ti7 »,  morreu  e  i  i765.  Assuas 
melhores  obr/is  de  poesia  são  :  uma  trage- 
dia, DiJo,  Dexrcipçáo  das  pinturas  doins- 
liimo  de  Bolonha. 

Zanotti,  hi^l.)  irmão  do  precedente,  phi* 
losopho  boluubez,  nasceu  em  t6Ulí,  mnrrea 


850 


ZAR 


em  1777.  Deixou  diversas  obras,  entre  tu- 
tras  uma  áePhilosophia  moral. 

ZAPiTo,  (geogr.)  Zacynthís,  uma  das  ilhas 
lonias,  5  léguas  a  O.  das  costas  da  Moreiff  ; 
40,000  habitantes . 

tANuo,  s.  m.  (t.  da  Ásia  Portugueza)  lan*- 
ço  nas  arrjmatações. 

lAWZiBàR  (ilha  de),  (geogr.)  ilha  do  mar 
das  índias,  na  costa  do  reino  de  Zanguebar; 
90,000  haditantes. 

ZANZIBAR,  (geogr.)  reino  na  Africa  orien- 
tal, na  cosfâ  de  Zanguebar,  entre  os  reinos 
de  Melinde  ao  K.,  e  de  Quiloa  aoS. 

zÃozÃo,  s.  m.  (yoz  imitativa)  som  monó- 
tono e  repetido.  O — dos  consoantes. 

zÁPETi,  s.  m.  espécie  de  truque,  jogo  de 
cartas;  o  quatro  de  paos  neste  jogo. 

ZAPOLT  ,  (hist.)  nobre  famiha  húngara, 
cujos  membros  mais  celebres  são :  ^tevão 
um  dos  quatro  lugares  tenentes  de  Mathias 
Corvino,  concorreu  muito  para  a  eleição  de 
Ladislao  da  Polónia  para  rei  da  Hungria, 
morreu  em  1499  ;  João  I,  um  dos  três  íilhos 
do  precedente,  nasceu  em  1487,  morreu  em 
1540  ;  João  II,  filho  do  precedente,  nasceu 
1540,  foi  reconhecido  por  Soliraão  lí,  rei  de 
uma  parte  da  Hungria,  e  reinou  depois  na 
Transylvania  e  na  Baixa-Hungria,  foi  o  ul- 
timo dos  Zapoly, 

ZApOROGUEs  (('ossacos),  (hist.)  ramo  dos 
Cossacos  da  Ukraina,  foram  assim  chama- 
dos, porque  habitavam  perto  das  cataractas, 
do  Dniepr,  chamadas  em  russo  porogia. 

ZARA,  (geogr.)  cidade  dos  estados  aus- 
tríacos, capital  de  circulo,  7  léguas  ao  NO. 
de  Zara-Vechia ;  6,900   habitantes. 

ZARA-vECHiA,  (geogr.)  (isto  é  \elha-Za' 
ra)t  Biograd,  ou  Biogrod,  em  esclavonio. 
Jadera  Blandona  ou  Alba  marítima  dos  an- 
tigos, villa  da  Dalmácia,  7  léguas  ao  Slí.  de 
Iara ;  1,350  habitantes. 

ZARABATANA,  s.  f.  {¥r.  sarbacane)  (anu- 
do  longo  por  meio  do  qual  se  sopram  e  ar- 
remessam setas  e  bolinhas. 

ZARA8ALHADA,    S.  f.  (chul.  6  p.  US.j  turbfll- 

multa. 

ZARAGATÔA,  s.  f.  (Arab,  bazercatona,  her- 
va  pulgueira ;  ràd.  bexer,  semente,  eca^tu- 
na,  nome  da  herva  que  os  Árabes  denomi- 
nam também  haxixat  elbargut,  herva  das 
pulgas)  nome  de  uma  herva  medicinal 

2ARAG0TA.  V.  Zaragãtoa. 

ZARANO,  (geogr.)  delegação  da  Transyl- 
vania, a  O.  no  paz  dos  húngaros,  entre  as 
delegações  de  Hunyad  e  de  Weissemburgo 
inferior  e  a  Hungria.  Capital  Altemburgo. 

ZARAVATANA.  V.  Zarabatana. 

ZARCÃO  ou  azarçáo.  V.  Minio. 

ZARCO,  A,  adj.  (Àrab.  azeraco,  que  tem 
os  olhos  azues)  que  tem  os  olhos  azuescla- 
roi,  ou  garços. 


ZARCO,  (hist.)  navegante  poríuguea,  des- 
cobriu em  1417  a  ilha  de  Porto-Santo,  nas 
costas  da  qual  naufragou,  e  em  14iya  da 
Madeira,  na  qual  se  estabeleceu  em  1421. 
Attribuem-lhe  o  uso  de  artilharia  a  bordo 
dos  navios. 

ZAhGO*  V.  Zarolho  .a,.^ 

ZARGUNCHADA,  s.  f.  feridft  com  zarguQ* 
cho. 

ZAR6UNCHAD0,  A,  p.  p.  de  zarguuchar ; 
adj.  ferido  com  zarguncho. 

ZARGUNCHAR,  V.  ã.  [zargunchOy  ar  des. 
inf.J  ferir  com  zarguncho;  (fig.)  picar,  pe- 
netrar muito,  V.  g.  o  frio  zarguncha. 

ZARGUNCHO,  s.  t»,  (voz  Africaoa)  meia  lan- 
ça, azagaia  de  arremesso  usada  pelos  Ca- 
fres. 

ZAROLHO,  A,  adj.  (doVasconço  zaihara, 
inclinado,  eoí/io)  torto,  vesgo,  zanaga,  que 
mette  ura  olho  pelo  outro. 

ZARPAR.  V.  Sarpar. 

ZARRA.  V.  Jarra. 

ZÁS  ou  ZAZ,  interj.  imitativa  do  som  de 
corpo  que  cáe  de  repente  com  estampi- 
do. 

ZATAS  ou  ZETAS,  (gcogr.)  rio  de  Portugal 
no  Alemtejo,  nasce  perto  de  2  léguas  aoS, 
de  Veiros. 

ZATÚ  ou  TATU,  s.  w.  animal  do  Brazil, 
notável  pelas  placas  testaceas  de  que  aco- 
berto. 

ZAVANEIRA.  V.  Zabantira. 

Zavra.  V.  Zabra. 

zazagitania,  s.f.  (t.  Asiat.)  droga  de  al- 
godão de  que  se  fazem  canisas  mouriscas, 

ZAZERiNO,  adj,  V.  Jazerino. 

ZAZO,  s.  m.  pontífice  dos  Japonezes. 

ZBiGNEv,  (hist.)  (filho  illegitimo  dorei  da 
Polónia  Ladislao  I,  recebeu  de  seu  pai  um 
terço  do  reino  com  o  titulo  de  duque  da 
Mazovia,  reinou  junctamente  com  seu  irmão 
Boleslao  III,  até  1107,  mas  traindo  este 
príncipe  foi  por  elle  vencido,  eapriziona- 
do.  Morreu  em  1116.    » 

^EBA,  (geogr.)  ilha  do  archipelago  das 
Philipinas,  no  grupo  das  Bissayas  ;  157,000 
habitantes.  Capital  Zeba. 

ZEBELiNA,  s.  f.  espccio  dc  doniuha,  ou 
marta  da  Moscovia  cuja  pelle  é  mui  estima- 
da ;  â  pelle  d'esíe  animal. 

ZEBiD,  (geogr.)  Sabia  Regia  ,  cidade  da 
Arábia,  38  léguas  ao  SE.  de  Sana, 

ZEBRA,  s.  f.  animal  africano  semelhante 
ao  burro,  com  raias  pretas  regulares  por  lo- 
do o  corpo. 

ZEBRAL,  adj.  doís2g.  de  zebra.  Pelle — . 

ZEBRAL,  adj.  dos  %  g.  (ant.)  Uma  pedra 
— .  Foraes  antigos.  O  Elucidário  conjectura 
ser  peso  de  uma  arroba. 

ZEBRUNO,  A,  adj.  corrupto  doCast,  cebru* 
no)  da  côr  do  cervo  ou  veado.  Cavallo— • 


m 

XEDURíiA,  »,  fy  (ant,)  virgala»  signal  or« 
thographico. 

zécoRA,  s.  f.  (t.  elhiopico)  animal  àqiie 
os  Porluguezes  dtram  o  nome  de  burro  (ío 
mato,  onagro. 

z ECOARIA,  s,  f.  (em  Arab.  gheduaront  Lat. 
zedoaria,  do  Asiático  zadurU,  ou  í^aauar) 
herva  cuja  raiz  é  medicinal. 

ZEG-ZEG,  (geogr.)  vasta  região  do  Haous- 
sfl,  entre  oKano  ao  N.,  o  Djakoba  ao  S., 
o  NifTe  eo  Gonori  a  O. ;  capital  Zaria. 

ZEiAD,  (bist )  irmão  natural  do  califa  Mòa- 
viah  I ,  foi  um  dos  mais  valentes  capitães 
árabes,  sustentou  a  causados  Alides,  enão 
a  abandonou  senão  quando  Hakan  abdicou, 
Moaviah  encheu-o  de  honras  e  confiou-lhe  o 
governo  deBassora.  Zeiad  livrou  este  paiz 
de  ladrões  que  o  infestavam  ,  morreu  em 
«73. 

ZEID  OU  ZEID-BEN-THABET    (hist.)  um     doS 

secretários  e  dos  mais  zelozos  sectários  de 
Mabomet,  só  tinha  onze  annos  quando  o 
pro.pheta  fugiu  de  Meca.  Assistiu  á  batalba 
adhod  e  a  todas  as  que  se  lhe   seguiram. 

ZEiLL,  (geogr.)  cidade  da  Baviera,  13  lé- 
guas ao  NE.  de  Wurtzburgo;  1,20U  habi- 
tantes. 

ZEiLAH,  (geogr.]  Âvaliíes  EmpoHtímf  ppr- 
tO€l'Africa,  sobie"  o  golpho  d'Adén ;  4,000 
habitantes. 

'  «EiRE-BEN-sorNAD  ,  (hJst.)  chamado  ai 
Taclani,  chefe  dos  Zeirites-Sanhadjidesou 
Badissides,  oriundo  dos  antigos  reis  d'Ara- 
bia,  bateu  os  Zeirites  Zenates  ,  conquistou 
todo  o  paiz,  quê  se  ettendé  d'Alger  a  Tri- 
poli, fundou  Achir  em  935 ,  e  mor- 
reu na  batalha  de  Mausourah  em  971. 
Seu  filho  Tousóuf-Balkin  fundou  a  dyUas- 
lia  dos  Zeirites  Sanhadjides. 

ZEiRE-BEN-ATTAH ,  (tiist )  pHmeiro  rei 
zeirite  de  Fez,  foi  primeiramente  cheik  de 
lima  tribu  de  Zeirites-Zenates,  e  aprovei- 
tou a  decadência  dos  Edrisitas  para  se  li- 
vrar da  soberania  dos  reis  de  Córdova,  ti- 
rou Pez  aos  Zeirites-Badissides,  e  teVe  a 
combater  dous  competidores ;  morreu  etá 
1001. 

zsiRiTKS  OU  ZEiRiDEs,  (hist.)  (vulgarmen- 
te Ze^rú),  tribu  edynastia  moura,  de  que 
sairam  muitos  soberanos  de  Fez,  liemcen, 
Alger,  Tunis,  Kairouen,  Maldyah  e  Tripo- 
li. O  seu  domínio  durou  desde  972,  até 
1050. 

IzEiTouN,  (gecgr.)  cidade  da  Grécia,  15 
léguas  80  NO.  deLivadia;  4,€00  habitan- 
tes. .^'-.     . 

ZEiToofí  (geogr  ),  pequeno  rio  d'Algeria, 
saedo  Alias,  e  lança- se  nu  Oaed-lsser  ' 

ZEiTZ,  (geogr.)  cidade  da  Prússia.  1!) lé- 
guas ao  S.  de  Éerseburgo;  7,200  habitan- 
tes. 


m 


«i . 


ZELADO,  A,  p.  p.  dezelar;  447*  cuidado, 
vigiado  com  zelo. 

ZELADOR,  A,  s.  earf;.  que  zela,  queatten- 
dò,  cnida  de  íilgucio  cousa  com  zelo  :  — 
da  fé,  da  honra,  íía  Ibi,.  da  fazenda. 

ZELADORES,  (hist.]  scíta  de  judeus,  quje 
appareceram  no  anno  66  depois  de  /esu  . 
Christo,  cujo  chefe  era  um  certo  Judas  d 
Galiiea.  Deveram  o  seu  nome  de  zeladores, 
ao  seu  zelo  pela  liberdade  da  pátria' 
'o  '  seu  zelo  e  excessos  appressaram  a 
queda  de  Jerusalém  tomada  por  Tito  no 
anno   70. 

ZELAKA,  (geogr.)  pequena  fortaleza  de 
Hispanha,  perto  de  Badajoz. 

ZELÂNDIA,  (geogr.)  Zecland,  em  hollan- 
dez,  isto  é  paiz  do  mar,  provinciá  do  rei- 
no de  Uollanda,  ao  SO.  composta  das  ilhas 
Walchefen,  Beveland,  Schonven ,  etc.  ; 
145,000   habitantes.    Capital  Middelburgo. 

ZELÂNDIA  (flova),  (geogr.)  chamada  tam- 
bém Terra  dos  Estados^  Terra  de  Cook, 
e  finalmente  Tasmania,  nome  de  duas  ilhas 
Ika-na-Maoui,  e  Tavai-Ponnamou,  separa- 
das pelo  estreito  de  Cook,  e  situadas  no  Ocea- 
no Pacifico  austral. 

ZELANTE,  adj.  dos2g.  (Lat.  zelans,  <ú, 
p.  a.  de;je/o,  are)  que  zela.  Subst.  zelote. 

ZELAK,  v.a,  [Ldit.  zelo,  are.  V.  Zelo)  ti  a- 
tar,  procurar  com  zelo :  —  a  honra,  a  fa- 
zenda do  amigo,  —  a  mulher,  ter  ciúmes 
d'ella. 

ZELE,  (geogr.)  villa  da  Bélgica,  2  léguas 
ao  NO.  de  Dendermond  ;  10,078,  habitan- 
tes. 

ZELEiA  OU  ziELA,  (geogr.)  hoje  Zileh,  ci- 
dade do  Ponto  Occidental,  ao  SE.  sobre  o 
Scylax. 

ZELL,  ZELLE  OU  CELLE,  (geogr.)  cidado  do 
reino  de  Hanover.  no  principado  de  Lune- 
burgo,  9  léguas  ao  NO.  de  Hanover  ,  8,500 
habitantes. 

ZELLERZEE,  (gfiogr.)  isto  é  Ittgo  de  Zell, 
parte  NO.  do  lago  de  Constança. 

ZELO,  s.m,  (Lat,  zchts,  do  Gr.  zcô,  ardor 
empenho  solicito  em  p'ocurar  o  bem,  o  com- 
náodo,  a  honra  de  alguém.  — s,  ciúmes  amo- 
rosos. 

ZELOSAMENTE,  adv).  [mente  suff.)  com  zelo; 
cotti  ciúmes. 

zelosíssimo,  a.  adj.  superl.  de  zeloso 

ZELOSO,  A,  adj.  (des.  oso]  que  tem  zelo, 
que  se  porta  com  zelo  ;  cioso,  que  tem  ciu- , 
mes 

ZEL0T2,  s.  ni.  (Lat.  zeloíes,  cioso)  o  que, 
affecta  zelo  ;  o  que  tem  zelo  mal  entendido. 
— s,  nome  de  uma  seita  dos  antigos  Xudeus. 

ZELOTTPiA,  s.  f.  (Lat.  zelotypio^  ciúme, 
de  zelótypuít,  cioso)  (p.  us.)  ciuaDe,  suspei- 
ta, desconfiança  de  pessoa  a  que  se  tem  amor 
ou  amizade. 

113  , 


Sh% 


ZEN 


2ER 


ZELozu  OU  ZELOSTA.  V.  Gelosiã. 
zcMBi.A  (nova),  (^eogr.)  isto  é  em  russo 
Terra-Nnva,  nome  dado  á  reunião  dp-dua** 
ilhas  do  ini()erio  russo  situadas  nn  nceario 
Glacial  árctico,  ao  N.  do  governo  d*Archan- 
gel. 

ZEND-AVKSTA,  (hlst )  Isto  é  pahvva  viva, 
livro  sagrado  dos  Guebros  ou  Tarais,  com- 
posto dtí  doas  parles,  uma  escripta  em  Z  nn, 
a  outra  era  peldvi.  A  primeira  compreen- 
de .  o  \end>dad  Sad^,  espécie  de  breviá- 
rio, que  os  padres  devem  ter  lilo  antes  do 
nascimento  do  poI  ;  segundo  os  Jec/íí-6'at/^.v, 
orações:  lerc- iro  o  Siro.z^  (ou  os  30  dias), 
espécie  de  calendário  litúrgico.  A  segun  ia 
parte  reduz- se  ao  lionnithech,  espécie  de 
en(7cl>pedia,  q'ie  contém  n(i(,õris  sobre  a 
cosmogonia,  sobre  a  religião  e  o  culto,  so- 
Lre  asiroraia,  sobre  as  instituições  civis, 
etc. 

ZENDAL.  V.  Sewial. 

ZENcn,  (geogr  )Se'inaem  italiano,  Szeny 
era  croata,  cidade  dos  estados  austríacos, 
20  léguas  ao  SO.  deCariíladt;  2. COO  ha- 
bilsntes. 

ZENGiiíAN,  fgpogr.)  cidade  da  Fersia,  no 
Irak-Aíljemi.  75  léguas  ao  KO,  de  Tehc- 
ran ;     í),0(.)0   h.sbitanles. 

ZEwiAR,  s.  m.  {zenyar,  voz  Pérsica,  azi- 
nhavie)  V.  Azinhavre. 
Zêmoo.  V.  Zunido. 

ZKMTii.  s.  m.  (Arab.  ícm/.  erom  o  artigo 
asstmct,  ponto  v^rlicaij  (asiron  )  ponto  ver 
tical  no  ctu    Osol  (juandoaitioge  o — . — , 
(lig.)  auge,  cume.  O  —  da  gloria,  do — . 

ZENOBiA,  (hisr,)  espoza  de  ll'iadamisto,  rei 
da  Ibéria,  e  tilhí»  de  Miiliridates  rei  d'Ar- 
menia.  Seu  esposo,  obrigado  a  fugir  e  te- 
mendo deixa  la  no  poder  do  inimigo,  apu- 
nhaloií-a  e  lançou  e  iio  Ar«xe;  m«s  Zono 
bia  escapou  e  fui  conduzida  a  Tiridate  rei 
d'Armenia,  que  a  tratou   como  rainha. 

ZENOBiA,  (hist.)  Sepiimia  '/.em,bia,  rai- 
nha dn  Pahiiyfa,  Çilh»  de  um  pf incipe  ara- 
lie  da  Mesopotâmia,  foi  casado  em  segun- 
das núpcias  Cí>ni  ndenalo,  a  queui  elL  aju- 
dou nas  suas  expedirõos  contra  a  >ap(tr. 
Depois  da  mortn  de  Ul»nalo  tomou  o  tilul(» 
de  rairha  t\o  Oriente  e  Vi  guerra  aos  i  0- 
inan<s;  fui  vencida  por  Aureliauo,  que  a 
conduziu  a  Homa 

ZENODORO,  (hist  )  lyranno  de  Paneas,  ex- 
tendeu  o  seu  domínio  sobre  uma  parte  .da 
^}ria,  no  tempo  d^^  Aiignsin,  morreu  no  an- 
no  "li)  antes  de   Jesu  Cliristo. 

ZENÃO  (hist.)  fundador  do  sloiclsmo.  nss- 
ceu  em  ijiliuru,  na  ilha  <ie  (.liypre,  no 
anuo  Í)'i0  anles  de  jHSii-i:hri^io.  tntrndo 
por  ací<.sí»  n^  lofj[tí  de  um  livreiro  dept  ou 
Com  as  Mtinftriíta  do  Xenoplio-He  .sobre  ^^. 
ÇITM  s,  u  cumub^-u  d  sdú    untà<>  u>it    gosiu 


tão  vivo  pela  philnsophia  que  desde  logo  se 
entregou  lodo  a  ella.  Formou  ura  sysipma 
próprio  e  abriu  na  idade  de  4U  ann(j<í[30J 
íinnos  antes  de  Jesu-(Jhristo).  uma  escola 
debaixo  do  ct  lebre  pórtico  d'Ather'«s.  cha- 
mado o  Pecio;  é  esta  a  razãr)  porque  esla 
escida  tomou  o  nome  de  Pericà  ou  escola 
stoica  (do  grego  .si ia,  pórtico)  A  solidez  das 
suas  lições,  a  sublimi.lade  da  sua  moral, 
e  mais  ain  ia  os  b-llos  exemplos  da  sua 
conducta,  aitrairam-lbe  numerozos  discipii- 
los.  Morreu  no  anno  26J  antes  de  Jesu- 
•  bristo.  Us  principaes  escriptos  f(»rara : 
Da  vida  segundo  a  natureza,  do  deter,  da 
lei,  da  natureza  humana,  das  paixões,  das 
palavras. 

ZENTA,  fí^eogr )  viila  da  Tlungria,  3  lé- 
guas e  meia  ao  S.  de  kis-Kanizo,  sobre  o 
-Ibeiss. 

ZK>zaRE[RO,  s.  m.  (l.at.  eOr.  zephyrus, 
de  zoé,  a  vida,  e  phoros.  que  traz,  leVa) 
(poel.)  vento  brando,  genial 

ZRPiiYKO,  (myih  )  nome  que  os  gregos 
davam  ao  vento  do  oestn,  vento  do. «  e 
ligHiro.  ('onsideravara-o  como  lilho  d'Eolo 
e  d'Aurora,  e  marido  d^t^iloris  O»  latinos 
davam  a  /ephyroe  a  <  hloris  os  nomes  de 
Kavonio  e  Hora.  Z-phyro  é  repr-esentado 
debaixo  da  f)rma  de  um  mantwbi,  Cí»ra  ar 
meigo  e  sereno  com  azas  de  borboleta  e  uma 
coroa  de    flores. 

7.EPiivRiNo(s  ),  (hiu  )  papa  desde  o  anno 
2  2  a  :diK.  viu  rebentar  a  perseguição  de 
Severo,   l.'  fe>lt'jado  a  '2^  d'agoslo 

ZEPHYHiUM  PKoauNroRiuH.  Igeogr.)  isto 
é  Rabo  do  poente,  nome  commum  a  mui- 
tos (nbos  emr'^  os  antigos,  o  principal  era 

0  c;ibo   Ru  ria  no,  na  Itália. 

z  QuiM  ou  SfQLiy,  s.  m.  (Ital.  zecchino^ 
de  z-í-ra,  casa  da  monda)  moeda  de  rmrode 
Veneza,  qu^  vala  l.bOO  réis  com  pouca  dif- 
ferença. 

zER  afchan  ou    sor.D ,    ígfíogr  )   rio   do 

1  nkesiau  ifidependente.  cae  d  »  lago  Paa- 
dj  kand,  e  cae  no  hg)    Kara  koul. 

zkhB\TaNa.   V.   Zarabatana. 

z-HBi  ou  GRKBi  (ilha  ,  ilha  do  estado  de 
funis,  no  golphj  de  Cabes;  30,000  habi- 
iai.les. 

ZKKBiT,  ígRog-^j  cidade  d'Al!emanha,  no 
íjucado  d'Anhnl  Dessan,  5  léguas  ao  >0.  de 
Oe<san  ;  7,4  'Oliabiiantes. 

ZíhBo  ou  ziHBi.  s.  m  (Arab  cerbon,  re- 
denlio   z'rb  »,   redenho. 

ZKiiiiiANnA,  s.  /".(>'.  Zeribando)  sova,  tua- 
da    l)ar,  levar  uma  — . 

ZKHiBvNDo,  s  m.  {t.  Arab  )  azorrflgue. 

Zkho.  s  m.  (rio  Arab  ZTok  ou  z-rnti,  an* 
nel,  cir*'ulo)  ocaraciur  «riiliiiielico  na  nu- 
••ier/o;âo  ar-íibioM.  qu»*  posio  -lep  »Í3  de  outro 
algMk^Uio  Ibi:  c'(l  LUi  ul>  r  d(iii|to,  V.  y.  ^ 


znr 

seguido  (lo  O  v«l«  vinte,  o^Ospgnidodoou- 
tro  zero  vflie  200  («liiienlos) ;  e  de  dois  zeros, 
2000  (dois  mil),  elrt. 
'     ZáROATANA.   V    Zarabatana, 

ZíROMK.   V    Cerome, 

zekraii,  (giíogr  )  IagodoZ'»boal.  Nomeio 
tem  U1IA  ilh-i.  nu  qual  eslá  edilicada  a  ci- 
dade de  Konkííhozerdo 

zFRVAisE  akkrenk,  (mjlh.)  deus  supremo 
entre  os  Tersas,  »*ra  superior  a  Urmuzdeft 
Ahriman,  ambos  os quaes dependiam  dello, 
O  seu  nome  (\\vr  dizer  tempi  sem  limites^ 

ZKTiiiíS  E  caAis,  (myili  )  geraeus  11  lios 
do  B  »réo  o  d'urilh}a.  lizeram  paflo  da  ex- 
pedi(;ào  dos  Argin^nulas,  expulsaram  as  IJar- 
pyns,  que  atormentava  n  1  hineas,  seu  cu- 
nhado, mas  foram  mortos  por  Hercules,  os 
Iran-tirraado*    em  dous  ventos. 

ZETiio,  (niyili  )  filho  de  Júpiter  e  d'An- 
tiope  e  iriLào  d'A(nphion,  /«judou  este  a 
levantar  as  d  uralhas  de  Tróia. 

zélgitana.  (geogr  )  região  da  Africa  ro- 
mana, compreendia  os  arredores  de  Cariha- 
go. 

ZEUGMA,  s.  m.  (Lat.,  do  Gr.  zeiigô,  jun- 
gir) figura  de  grammaiica  na  qual  um  mes- 
mo verbj  liga  duas  proposi|;ôtíS  ou  senlen- 

ÇJS. 

ZEUGONA,  (geogr  )  isto  é  laço,  reunião, 
cidade  da  Fyria,  em  Comageue,  ao  Sfcl.  na 
mariíem  direita  do  KupUrates. 

ZRVRA.   V    Zi-hra. 

ZEVRiVA.  V.  Ztheiina. 

ZÊZERE,  ònúfín  Osecanus,  (geogr.)  ornais 
rápido  rio  de  Portugal,  nasce  nos  galeiros 
da  serra  da  rstrella,  no  sitio  de  Vai  da  Loba 
perto  d'Alfaiies. 

ziA  ou  ZKA,  (gpogr  )  Céos  dos  antigos, 
ilha  do  archipela^o.  uma  das  Cycl.ides  a 
4  léguas  ao  SE,  do  cabo  ColOxinia  ;  5,000 
habitantes. 

z(*NiDEs,  (hist.)  dynaslia  ransulmana , 
fundada  em  llcmeceu  por  Yagmourezen- 
ben  Zian. 

z  BELiNA.  V.  Zehelina. 

zitRiKZEA,  (geogr  )  cidado  da  Ilollanda, 
sobre  o  Kscaut  oripnial,  7  léguas  ao  iNE. 
de  Mídelburgo;  6,700  habitantes. 

zigujzacuk,  s.  m.  [Vr.  zigzag,  voziraifa- 
tiva)  (l.  da  fort  )  volta  tortuosa,  torcicollo. 
Em  — ,   ?m  direcção  tortuosa. 

ziGUEZicuE  (voz  Pérsica,  ou  antes  imitati- 
va) tambor  ppqweno  para  brinco  de  rapazfs, 
(fig  )  homem  buliçoso,  inquinio. 

ziLEU,  (geogr.)  Zdeia,  cidade  da  Tur- 
quia europoa,  lO  léguas  ao  SO.  de  Fo- 
kat. 

zm^RRA.  V    Snmarra. 

Z  MBi,  s.  f.  (t.  deTongo)  marisoqníí  ser- 
ro do  moeda  em  Aagola,  eaomao  do  Con- 
go. 

vn?..   iv. 


z<m 


m 


ziTfDORio,  9,  m  (do  cimo,  e  horos^  alio) 
cúpola  deedilicio.  v  g.  de  igreja. 

ZIMBRADO,  A.  p.  p.  de  zimbrar  ;  adj.  açou- 
tado,  zurzido. 

ziuoRAL,  s.  m.  (des.  collect.  a/j  mata  de 
zimbros. 

ZIMBRAR,  V.  a.  (do  Lat.  verbero,  are)  açou- 
lar,  zurzir. 

ziMBiio,  s  m.  (Lat.  jun/pcru.?)  arbusto  que 
dá  bagas  com  qu«  se  aromatisa  a  aguaarden- 
le  chamada  genebra. 

ziiSABRE.   V.  Azinhazre. 

zi>ro,  s.m.  (Hr  zinc]  metal  de  côr  bran- 
ca azulada,  e  muito  volaiil,  que  ligado  ao 
ccbre  o  torna  amarello.  t  lures  de  — ,  zinco 
sublimado. 

ziNGAUOCHO,  s.  m.  rf^mate  de  cousa  alta. 

ziNGRAR,  V.  a.  (chul)  cscamecer,  illu- 
dir. 

ziMR  e  deri'^.  V.  Zunir,  etn. 

ziH,  (geogr.)  deserto  da  Palestina,  na  tri- 
bu  de  Juda,  perto  do  mar  morto  e  dopaíz 
d'Engaddi. 

ziHBAL,  adj.  dos2g.  (anat.  p.  us.)  do  zir- 
bo  ou  red'inho. 

ziRBO  ou  ZERBO,  s.  f».  redeuho.  V.  ZeV' 
bo.  , 

ziRCELisi.  V.  Gergelim, 

ziTTANG  ou  FA^LA^G.  (geogr.)  rio  do  im- 
perador chinez,  ó  um  braço  do  íraouaddy, 
do  qual  se  separa  entre  Ava  e  Amasspou- 
ra. 

ziTTAN,  (geogr )  ci^íade  do  reino  da  Sa- 
xonia  ,  ^0  léguas  a  E.  de  Dresde  ;  8,100 
habitantes. 

zizANEiRO,  A,  a.  o  que  semeia  zizania  ;  en- 
redador,  mexeriqueiro. 

ziZANfA,  s  f.  (Lat.  zizania  ou  zisunium^ 
do  tiF  zizanion,  joio.  Em  Syrinco  z  xiano  ou 
zionah,  joio  que  nasce  entre  o  trigo,  do 
Kgypcio  çoio,  trigo,  e  od,  darano)  herva  que 
nasce  entre  o  trigo,  joio,  (fig  )  discórdia, 
dissensão.  Semear  — . 

ziZAMAR,  V.  n.  {zizania,  ardes  Inf.)  (fig  ) 
;íis:.)  semear  zizania,  fjzcV  enredos,  mexe- 
ricos. 

zizAMSTA,  s.  ou  odj .  dos  '2.  g .  (des.  wío) 
enredador,  mexeriqueiro. 

zi.oczow,  (ge(igr.)  cidade  da  dalicia,  20 
léguas  a  E.  de  Lemberg  ;  6,200  habitan- 
tes. 

ZNAYM,  (geogr.)  cidade  dos  estados  aus- 
tríacos. Ia  léguas  ao  SO.  de  Brunn,  5,000 
habitantes. 

ZOADA,  s.  f.  soada,  i(ra  forte. 

ZOAR,  V.  n.  soar  fortemente,  dar  som  for- 
te. 

zoBKiR.  (geogr.)  cidade  da  Turauin  abia- 
ticfl,  U  kguas  e  meia  ao  S.  de  Bassu- 
rc. 

lODíACAL,  adj.  im  9.  fl,  idos.  adj  a/J  do 
114 


854 


7m 


ZUq 


zodiaeo,  pertencente  ao  zodíaco.  Constella'- 
ções  zodiacaes. 

ZODÍACO,  s.  m.  (Lat.  zodiacus,  do  Gr.  zo- 
diahos  ;  rad.  zôon,  animal)  (astr.)  circulo  ce- 
leste que  o  sol  parece  percorrer  no  seu  cur- 
so annual.  É  repartido  em  doze  secções 
iguaes  correspondentes  aos  doze  mezes,  e 
caJa  uma  repr  sentada  por  um  signo  ou  fi- 
gura symbolica. 

zoDOARiA.  V.  Zedoaria, 

ZOILO,  s.  m.{Zoilus,  nome  próprio  de  um 
celebre  crítico  grego) ;  (íig.)  critico  mor- 
daz. 

ZOILO,  (bist.)  celebre  grego,  conhecido 
pela  rigidez  das  suas  censuras  contra  Home- 
ro. Attribuiam-lhe  :  9  Iwros  de  observa- 
ções criticas  sobre  Homero  e  uma  His- 
toria de  Amphipolís. 

zoiívA,  s.  f.  (Arab.  zaina)  meretriz  vil,  que 
corre  as  ruas. 

zoMBADEiRA,  s.  f.  OU  ttdj .  f.  mulhor  que 
zomba,  escarnece. 

ZOMBADO,  A,  p  /).  de  zombar  ;  adj.  escar- 
necido. Ficou  ~. 

ZOMBADOR,  A,  s.  OU  ttdj .  quo  zomba,  escar- 
nece. 

ZOMBAR,  «.  a.  (alterado  do  Lat.  yocor,  ari) 
escarnecer,  mofar,  motejar,  ridiculizar ;  lo- 
grar, illudir.  — ,  V.  n.  mais  usado,  fazer 
escarneo,  mofa ;  gracejar,  não  fallar  serio; 
não  fazer  caso,  desprezar.  Zombou  das  amea- 
ças. Zomba  Zombando,  (loc.  adv.)  por  zom- 
baria, gracejando. 

ZOMBARIA,  s.  f.  (des.  ta)  mofa,  escarneo; 
gracejo  ;  motejo  ;  ludibrio.  Lançar  o  feito 
a  — ,  mette  a  bulha.  Fazer  — ,  zombar.  — 
das  ameaças,  despreza-las. 

zoMBAzoNBANDo,  (loc.  adv.  V.  Zombav. 

ZOMBETEIRO,  A,  ttdj.  que  faz  zombaria, 
que  escarnece.  Subst  ,  escarnecedor,  mote- 
jador,  mofador.  A  fortuna  — •,  que  mofa, 
faz  lubibrio  dos  homens. 

zoMBiDO.  Y,  Zumbido. 

ZONA,  s.  f.  (Lat.,  do  Gr.  zôHé,  cinto,  de 
zônnuó,  cingir  que*  vem  do  Egypcio  cen] 
cinta.  A  —  tórrida,  secção  circular  do  glo- 
bo terráqueo  entre  os  trópicos :  As — stem" 
peradas,  as  immediatas  á  tórrida.  —  fri- 
gidas, glaciaes,  próximas  aos  poios.    ^ 

zoNCHADURA,  3.  f.  acção  do  zonchar,  de 
levantar  ozoncho;  golpe  dezoncho. 

lOHCHAR,  V.  n,  {zoncho,  ar  des,  inf.)  dar 
ao  aoncho,  levantar  ozoncho  para extrahir 
o  ar  da  bomba  ou  seringa,  e  fazer  subir  a 
agua. 

«OHCHo,  s.  m.  (Cast.  sancho)  [embole  de 
bomba  de  navio  ou  seringa  ;  pêndulo  de  f«r- 
ro  que  serve  a  levantar  o  «'oboio  ou  «oo- 
cho. 

IdO.  T.  fiot>0. 


zooLATRiA,  s.  f.  (do  Gf,  zòon^  animal)  cul- 
to dos  animaes. 

ZOOLOGIA,  s  f.  parte  da  Historia  Natural 
que  trata  dos  animaes. 

zoÓLOGO,  s.  m    perito  na  zoologia. 

zooNOMiA,  s.  f.  (Gr.  nomos)  lei,  exposição 
das  leis  do  corpo  animal,  em  saúde  e  nas 
doenças. 

zoÓPHYTO,  s.  m.  (do  Gr.  zôon,  animal,  e 
phyton,  planta)  animal  que  vive  em  ceilu- 
las,  e  tem  grande  semelhança  ás  plantas, 
animal  planta. 

zooTOMiA,  s.  f.  (do  Gr.  zôon,  animal,  o 
temnô,  cortar)  anatomia  comparada,  dissec- 
ção dos  animaes. 

zoRAME,  .5.  m.  (Do  Arab.  solhame).  V.  Ce- 
rome. 

zoRiA,  s.  f.  V.  Palmatória. 

ZOROASTRO,  (hist.)  em  peklvi  Zaradot, 
em  Zeud  Zeretochtro,  autor  ou  reformador 
do  magismo  ou  religião  dos  Persas  anti- 
gos, dos  Parthos,  dos  Guebros,  nasceu  aa 
Media,  no  reinado  de  Gonchtasp,  e  de  Dá- 
rio I. 

zoaffBABEL,  (hist )  judeu,  que  se  poz  á 
frente  dos  seus  compatriotas,  que  quize- 
ram  voltar  de  Babylonia  á  Judea,  quando 
Ckroíh,  o  permittiu  no  anno  336  antes  de 
Jesu-Christo. 

ZORRA,  s./".  (Gast,  jíorra)  espécie  de  rapo- 
sa ;  (fig.)  carrinho  baixo  com  rodilhões,  de 
levar  pedras  e  cousas  pesadas  Amt-taphora 
vem  da  pouca  altura  do  carrinho  que  pare- 
ce levar  de  rojo  os  pesos  ;  forquilha  usada 
no  mato  para  facilitar  o  arrasto  da  madeira 
cortada  que  se  traz  de  rojo. 

zoRREiRO,  A,  adj.  (de  zorra,  des.  eiró) 
ronceiro.  Navio  — .  Homem — . 

ZORRO,  5.  í»,  ou  antes  jorro  ouhojo.  Le- 
var a  — s,  de  rojo,  arrastar. 

zorro,  X,  adj.  [de  zorra,  raposa)  arteiro, 
astuto  como  a  raposa  ;    concho,  agachado. 

ZORZAL,  s.  m.  [áo  kvàh.  zarzur,  o  esíoí- 
ninho)  estorninho. 

zoRZALEiRO,  A,  adj.  Falcâo — ,  que  oaça 
estorninhos  ou  zorzaes. 

zoTE,  s.  m.  (do  Fr.  sot,  contracção  do  Lat. 
stultus,  estulto)  ifliota,  pateta  ;  — ,  adj. 
dos  tg. 

zoTiSMO,  s.  m.  [zote,  des.  Ismó)  patetice 
tolice,  desacerto. 

zoupEiRO,  A,   adj.  (do  Ital.  zoppo,  coxo) 
decrépito,  que  se  não  pode  bulir  Velho  ^oii-* 
peiro. 

zovo,  s.  m.  hipfopotamo  ou  cavtllo  ma- 
rnho  d  »s  rios  de  Cua  ma  e  de  Sofá  la.  Santos 
Ethiop. 

ZUARTE,  .?.  m.  (t.  Asit.)  gnnero  de  lonça- 
ria  do  algodão  que  vem  da  Indin 

ztiCHc;,  s.  m.  (t,  BraeíL]  nomedc  uiua  co< 
bftt  doBraiii, 


m 


zu 


\  m 


zuH ,  e  zuM  zuu,  voz  onomatopica  que  ex- 
prime o  zunido  ou  zumbido. 

zuMDAiA,  s.  f.  (t.  Asial.)  cortezia  profun- 
da, cruzNodo  os  braços.  Fazer — s. 

zuMBAiADo,  A,  p.  p.  de  zumbaiar ;  adj. 
cortejado  com  zumbaias. 

zuHRAiAR,  V.  a.  {zutnbaia,  ar  des.  inf  ] 
cortejar  profundamente,  fazendo  zumbaia; 
(flg  )  —  homem  poderoso,  humilhar-se  dian- 
te d'elle. 

zuMBAR ,  V.  n,  (t.  Asiat.)  fazer  zum- 
baia. 

ZUMBIDO,  A,  p.  p.  de  zumbir,  sussurra- 
do. 

ZUMBIDO,  s.  m.  (do  precedente)  sussurro 
das  abelhas,  mosquitos,  moscas. 

Syn.  comp.  Zumbido,  zunido.  Confun- 
dem-se  vulgarmente  estas  duas  palavras  ; 
porém  é  mister  distingui-las,  pois  signifi- 
car»! cousas  diíTerentes. 

Zumbido  é  o  sussurro  das  abelhas,  mos- 
quitos, moscas  e  outros  insectos  alados.  Zu- 
nido éosom  agudo  do  vento  enfiado  ecoa- 
do por  gretas,  ou  de  quplquer  corpo  que 
vai  zunindo  pelo  ar,  como  pelouros,  balas, 
etc  Este  corresponde  &osifJlement,  e  aquel- 
le  aa  bourdonnement  dos  írancezes. 

ZUMBIR,  t?.  n.  (voz  imitativa)  sussurrar  co- 
mo as  abelhas,  as  moscas,  os  mosquitos. 

zuMiRiDO,  A,  p.  p.  de  zumDrir-se  ;  adj. 
dobrado,  curvado ;    prostrado,  humilhado. 

lUMBRiR-sE,  V.  r.  (V.  Zumbaia)  dobrar-se 
curvar-se ;  humilhar-se. 

zuNGA,  *.  f.  (t.  Brazil.)  ningoa,  bichi- 
nho. 

zuNiADA,  X,  f.  [zunir,  des.  ada]  xunido 
prolongado 

ZUNIDEIRA,  X.  f.  (t  de  ourives)  pedra  so- 
bre que  os  ourives  alizam  o  ouro. 

ZUNIDO,  s.  m.  (de  zunir)  som  agudo,  do 
vento  passando  por  fenda,  sussurro  como  o 
éts  abelhas,  e  particularmente  o  tinnido  dos 
ouvidos. 


zuNiDOR,  ▲,  adj.  que  zune.  Insectos  — t. 

Moscas  —s. 

zuNiMENTO.  V.  ZunidOt  i>  m. 

zuNiR,  o.  n.  (^oz  imitativa)  do  som  de 
vários  insectos  como  as  abelhas,  moscas,  etc. 
«  Zunem  os  ventos  na  concavidade  das  caver- 
nas. » lleitor  Pinto.  Zunem-me  os  ouvidos. 
— ,  dar  som  agudo,  v.  g.  zunem  as  balas, 
a  labareda. 

zuRRACiiA,  s.  f.  (de  zorreiro)  barco  da  car- 
reira, ou  da  passagem. 

ZURRADO,  A,  p.  p.  de  zurrar. 

zuRRAPA.  V.  Surrapa. 

ZURRAR,  V.  n.  (imitativa  da  voz  do  burr(5) 
ornejar  o  burro,  soltar  a  sua  discordante  voz; 
em  sentido  activo :  « zurrando  conceitos 
graves. »  Bocage. 

ZURRARIA,  s.  /.  (des.  ta)  quantidade  de 
zurros  ;  (tíg  )  grande  numero  de  jumentos, 
de  burros  que  ornejam. 

ZURRO,  s.m.  ornejo,  a  voz  discordante  do 
burro  ou  jumento. 

zuRziDO,  A,  p.  p.  de  zurzir ;  adj.  açou- 
tado, azorragado ;  (fig.)  maltratado. 

zuRziDURA,  s.  f.  acção  de  zurzir;  o  ser 
zurzido. 

ZURZIR,  V.  a.  (voz  imitativa)  açoutar,  azor- 
ragor  ;  (fig.)  maltratar,  reprehendtr  aspera- 
mente. 

ZYGOMA,  s.  m.  (do  Gr.  zeugò,  jungir)  (anat.) 
osso  jugal,  articulação  dos  ossos  temporaes. 

ZYGOMATico,  A,  adj.  (anat.)  de  zjgoma. 
Apophyse  — . 

ZTMOLOGiA,  s.f.  (Lat.,  do  Gr.  jfym^,  leva- 
dura,  ferimento)  parte  da  chimica  que  trata 
da  fermentação. 

zwOLL,  (geogr.)  cidade  da  Hollanda, 
20  léguas  ao  ISE.  d'Am»terdam  ;  13,5iO 
habitantes. 

ZTMOTECHNIA,  X.  f.  (mesmo  rad.  que  o  pre- 
cedente, e  tekhnéf  arte).  V.  ZymoUgia. 

ZYTHO,  s.  m.  (Lat.  zythmm,  do  Gr.  zythog, 
cerveja,  e  ftrver)  espécie  de  cerveja. 


^14 


DICCIOIVARIO 


DE 


p 


▼OU  J^# 


115 


ABREVIATURAS. 


<:     A-      ,*,,,     ^ -I   -ip- 


a  ou  V.  a. 

adj. 
adv: 
inter j. 
m. 


p.  pas 


•ctÍTO  OU  verbo  activo. 

pi. 

adjectivo, 
adverbio. 

prep. 
r. 

interjeição, 
masculino    ( substan- 

s 
s.  pi. 

tivo]. 

f- 

neatro  ou  verbo  neu- 

tro. 

— 

participio  passivo. 

plural, 
preposição, 
reciproco  (verbo). 
substantivo, 
substantivo  plural, 
termo   antigo  ou  an- 
tiquado, 
flccepçio  diversa. 


rr» 


I  H» 


DICCIONARIO 


DE 


SYNONYMOS    POHTTOUEZES. 


■ii^s^ê4'>Je8H»€i">l>»"^'^' 


A 


ABA,  extremidade,  fralda,  orla, 'ourela  — 
beira,  margem,  praia,  costa  —  riba,  ribaa- 
ceira  [pi.]  arredares,  pertos. 

ÁBACO,  aparador,  bofete,  meza  —  capitel, 
coroa  (da  coiumua),  taboada  (de  Pytha  go- 
ras). 

ABADA,  bada,   rhinoceronte. 

AB ADEJO,  badeijo  —  vacaloura. 

abafadamente  ,  cobertamente  —  escon- 
dida, occulta,    secretamente. 

abafadiço,  abraseado,  calmoso  —  suffo- 
cante,  suflocativo. 

abafado,  basto,  espesso  —  coberto,  em- 
buçado —  escondido,  occulto  —  apertado, 
opprimido  preso —  tapado. 

ABAFAMENTO,  afogo.  suíTocação,  ardor. 

ABAFAR,  afogar,  estrangular  —  suffocar  — 
cobrir,  enroupar,, tapar  —  atabafar,  escon- 
der, occultfr,  sonegar  —  atalhar,  enleiar  — 
humilhar. 

ABAFO,  suííooação,   estufa. 

ABAINHAR,  bainhar,  debruar,  orlar. 

ABAIXAR,  abater,  deprimir ,  humilhar  — 
arriar,  baixar,  descer  —  curvar,  dobrar,  in- 
clinar —  aluir,  prostrar  —  apoucar,  dimi- 
nuir, minguar. 

ABATXAR-SE,  abatef-so,  aniqnilar-se,  hu- 
milhar-se  —  aviltar-se,  coneulcar-se,  des- 
presar-se  —  submetter-so,  sugeitar-se  —  ar- 
quí^ar-^ÃO,  curvar-so,  dobrarsn,  inclmar-so, 
prottíF-se  —  8g«ebar-80,  boquear-sfe,  do- 
Dfuçar-èo. 


abalamento  ,  partida  —  abalo,  abano, 
agitação,  balanço,  sacudidura. 

ABALAiNÇAR-sj£,  arriscar-se,  aventurar-se, 
expôr-se  —  equilibrar-se  —  arremeçar-se, 
arrojar-se,  atirar-se,  lançar-se  —  arfar,  ba- 
lançar, soluçar. 

ABALAR,  abanar,  agitar,  sacudir  —  ímpel- 
iir,  incitar,  mover  —  assustar,  inquietar  — 
marchar,  partir. 

•  ABALisADAMRNTE  ,  dlsUncta  ,  esmerada  , 
vantajosamente. 

ANALISADO,  assignalado,  distincto  —  con- 
summado,  exímio,  perfeito  —  egrégio,  illus- 
tre,  insigne  —  celeberrimo,  celebrado,  ce- 
lebre, famoso. 

ABALiSADOR,  agrimeusor  —  balisador. 

ABALisAR,  assignar,  demarcor,  marcar. 

ABALíSAR-sE.  assignal*r-se,  distinguir-se, 
extremar-se,  singularisar-se. 

ABALO,  alvoroço,  bulha,  motim  —  com- 
moção  —  agitação,  balanço,  sacudidela,  sa- 
cudidura, tremor  —  impulso,  movimento  — 
impressão,  mófsa  —  partida. 

ABALROADA,  a  jalroação,  abordagem,  cho- 
que, embate,  encontro  —  acommelimen- 
to. 

ABALROAR,  acommettor,  assaltar,  «traçar 
—  bater,  chocar,  encontrar,  encontroar, 
marrar,  topar,  topetar  —  achegar. 

ABA:vAnoR,  abanico, leque,  TentaroU,  al^Á* 
no,  Tenlilador. 

ABAiHADURA,  balflnço,  salto,   salaTance^ 
815  « 


sea 


ABA 


ABE 


sacudida,  sacudidura  —  areja çSo,  ventila - 
çào. 

ABANDO^Ano,  deixado,  desemparado  — 
deserto,   inruho. 

ABANDONAR,  abrir  roâo  de  ..  deixar.  lar- 
gar —  ceder,  renunciar  —  desamparar  — 
repudiar. 

ABANDONO,  desaoiparo  —  cessão,  deixa- 
çào.  desi«tencia. 

ABANiNHO.  absnico  —  leque. 

ABANO,  abalo,  balanço,  sacudidura,  sola- 
vanco —  abanadop.  l^que,  ventarola. 

ABANTESMA,  avcjào,  iafva  ,  phanlasma  , 
spectro. 

ABARBADO,  sobrccarregado  —  chegado  — 
próximo. 

ABARBAR.  arrosiar-s«i  —  resistir  — che- 
gar-stí,encostar-se,unir-Fe — igualar,  nivelar 

ABARCADO,  crcsdo,  cingido.  rodeado. 

ABARCADon,  cingedor  —  açambarcador. 
atravessador.  monopolista. 

abaRCamento,  monopdlio,  monopolo 

ABARCAR  abraçar  —  cercar,  cingir,  ro- 
dear —  abranger,  alcançar  —  conter,  rn- 
cerrar,  incluir  —  atravessar,  monopolisar 
—  eiiiprender,  encarregar- se. 

abarracamento,  acampamento  —  aquar- 
telamento  —  caserna,  «juarlel 

ABARRACAR,  alojnr,  pqtiarlelar. 

*aBarregado,  amancebado  amigado. 

*  /b»rregamento,  amancebamenio,  con- 
cubinato, mancebia. 

*ABABREGAR-SE,  amaucebar-se,  amigar-se 

aB\rrisco,  abundante,  copiosamente- 

abaR«oado,  cabeçudo,  obstinado,  opiniá- 
tico. t»im(»so,  testo,  lestudo. 

ABARROTAR,  atcstar,  atulhar,  cogular,  en- 
cher. 

abarrotar-se,  atulhar-se,  empanturrar- 
se,  empanzinar-sc, 

*ABASMAR,  desprezar,  prasmar. 

abastadamesie,  abundante,  cupiosa,  suf- 
íicienleroenle. 

ABASTADO,  abundante,  cheio,  cupioso,  far- 
to, —  fértil,  recheado  —  opulento,  rico  — 
contente,  satisfeito 

abastamento,  fartura. 

ABASTANÇA,  abasto,  abiindancia,  bastan- 
ça,  copia,  fartura,    suíliciencia. 

abastantemente  ,  abundante  ,  copiosa- 
mente. 

abastar,  bastecer  ,  fornecer,  prover  — 
fartar. 

abastardado,  degenerado —  alterado, 
corrompido,  depravado,  viciado. 

abastardar,  adulterar,  corromper,  falsi- 
ficar. 

abasteckr  ,  fcbastar,  bastecer,  fornecer, 
íurnir,    prover,  vitualhar, 

ABASTKGim),  bast^icido,  furoido  —  cheio, 
povoado. 


ABASTECIMENTO,  fomecimento,  provimeii' 
to. 

*  ABASTO,  abastança,  abundância,  <:opia, 
fartura. 

*ABASToso,  bastante  —  abastado,  rico  — 
abundante,  copioso,  farto. 

AB\TE,  abaliiuento,  quebra  —  baixa,  de- 
dufçà'>,  desconto,  rebate,  subtracção,  — 
desfalque,  diminuição  —  humilhação,  vil- 
tança. 

ABATFDOR,  Bcanhador.  depressor  —  ar- 
ruinador ,  assolador ,  destrurtor,  destrui- 
dor —  arrasador,  decnpador,  derribador. 

abater,  aluir,  derribar,  prostrar  —  arra- 
sar, arruinar,  destruir  —  derrocar,  abaixar, 
arriar,  dtscer  —  deprimir —  humilhar  — 
desalentar,  desanimar  —enfraquecer,  que- 
bra n  tf.  r  —  conter,  enfreia r  —  domar,  sul»j'i- 
gar,  subnaetter —  render,  vencer  —  afiou- 
xar,  diritiiiuir  —  descontar,  rebater. 

ABATER -SE,  abaixai  sfi  —  submetter  se  — 
cair  —  avillar-se,  desacrolitar-se  —  desani- 
mar-se. 

abktido,  desal*>ntado,  desanimado,  enfra- 
quecido, quebrenlado  -  -  humilhado  —  pros- 
trado —  domado,  rendido,  subjugado,  supe- 
rado, vencido  —  submisso  —  desprpsado  — 
humilde  —  mingoado.  pobre —  abjec'o,  in- 
fame, vil  —  perseguido  —  desgraçado,  in- 
feliz —  lastimoso,  mísero,  misérrimo  —  aga- 
chado,   alapardado. 

AHATiMENTO,  debilidade,  enfranuecimen- 
to,  fraqueza — languor  —  desalento  —  hu- 
mildade, hnmiliaçâo  —  prostração  —  rendi- 
mento, sujeição  —  abate,  baixa  diminui- 
ção desconto,  quebra,  reb'íle  —  decadên- 
cia, descaimento  —  destruição,  queda,  rui- 
na,  viltança. 

abaulado,  convexo,  curvo. 

abbade, 'clérigo  — confessor  —  cura  — 
padre  —  parocho —  archimandrita —  her- 
ermiião. 

abbadessa,  prelada. 

ABB.4DIA,  convento,  mosteiro  —  presbyle- 
rio. 

abbatina,  batina. 

A,  B.  c,  abecedario,  alfabeto  —  elemen- 
tos, principios,  rudimentos. 

ABDICAÇÃO,  cessão,  deixação,  demissão, 
posição,  renuncia,  resignarão. 

ABU  CAR,  abandonar,  ceder,  deixar,  de- 
por —  desistir,  renunciar,    resignar. 

ABDICAR  SE,  demiitir-se,  cspojar-se  pri- 
var se. 

ABDiCAVEL,  rpounciavel. 

ABDÓMEN,    epigastro.  mirac. 

ABDOMINAL,    OffigastricO. 

abductor,   a|)artador, 
ABECtDABio.  8,  b,  c  —  rudímeuiot. 
ABrcÀo,  caseiro,  quinteiro. 
AfiCuOA,  caieira,   quiut(:ita, 


ÍB1 


AEO 


861 


íbelhAo,  besouro,  respao,  zangano  ou 
zangÀo. 

ABELHAR-SK.  flb-lhuarse,    apressar  se, 
aviar-se,  despachar  se. 

ABFi.iuKLCu,  abfjíiruco.  abelheiro. 

ABELHUDO,  «i;iivo,  apressado,  diligente, 
ex|iedii(>  prf'S^uroso  —  sulicito  —  eulínmel- 
lido  —    f^if.ilhào. 

abemolauo.  brando,  doce  —  harmónico, 
hariuofiiobo,  nuelodioso —  afeminado  —  af- 
feeiado. 

AHKM<UAR,  abrandar,  adoçur,  suavisar, 
temperar —  harmoriisar,  melodi^ir. 

AbKNçoADO,  b^^ndiílo,  befiio,  bMizido  — 
saniificado  —  huivadu  —  favuravel,   ftliz. 

ABg>Ç0AB,  benzer,  consagrar  —  bemdi- 
zer,  louvar  —  glorilicar  —  lavorecer,  pros- 
perar —  appritv^r. 

abenu  çnAH,  abençoar,  b^ndiçoar  — en- 
grnudecer,   louvar  —  afortunar. 

ABF.HKAii-SE,  ftfdslar-so,  aparlar-se,  des- 
viar se. 

ABEHT*  abertura,  buraco,  f<índfl,  fi*ga, 
grela,  —  fresia  —  brecha  —  entrada  —  saí- 
da -  -  vai;ii »,  vasio  —  conjectura,  opporlu- 
nidade  —  sanj  i  —  c^spagâo. 

ABEKTAiiEMK.  piiblicaiuentp  —  clara,  des- 
ciiR.inada.  ujanifeilamenle  —  indissiniulada, 
EÍnge|,inientH 

ABEKTO,  claro,  paionte  —  descoberto,  des- 
tapado—  espaçoso,  l^irgo,  vasto  —  desem- 
baraçado, de>in)pedido,  livre  —  raso  —  il- 
liniil^do  —  iiiconiluso  —  dessb  ttoado  — 
franco,  ingí-nuo.  lhano,  liso,  sincero,  sin- 
gelo —  ^^.lalhado. 

j^BERTUHA,  começo,  principio  —  abaria, 
brecha  —  boi^ueirão,  cavi  fade  —  fenda,  lis- 
g«,  greta  —  racha,  rachadura  —  rasgamen- 
to,   rotura  —  hiaio. 

ABESOURO,  abespa,  abesdão,  abespinha. 

ABKsil*.  abesto. 

abksthlz,  flvestruz,  ema. 

abft^hha,  b'tarda. 

ABUK  ou  Aheln,  pinheiro. 

ABBTfMADO,  melancubco,  severo,  tacitur 
no,  trigin. 

ab  CaDO,  chegndo,  proiimo. 

abicaR,  ancorar,  aportar,  arribar,  sur- 
gir. 

* ABiinAVEMO,  adereço,  adorno,  atavio, 
enfeite,  ornato. 

*  ABI  HAR,  adereçar,  ataviar,  enfeitar. 

ABISMADO  ou  Ahysmado,  confundido,  con- 

COIlfuS'»  —    OSpHlilrtdo 

ABl^MAR  OU  Abijsmar.  submergir  —  con- 
fundir —  espantar 

ABISMO  ou  Ahys-mn  abysso.  barálhro,  bi- 
queífào,  ouí^o,   precipicio  —  buraj-o,  cavi- 
dadf,   rova.   fo>í.>'a  —   poço  —    prufundí^zi, 
prifiindidade  —  ({'ilplio.    pégu    Survbduuro 
Vorajjem  —  iuf-rno,  »ir»ro. 
V  <t     •• 


AiJECçAo,  abatimento,  aviltamento,  des- 
esliiu/içào,  dejí|»rezo. 
ABjKCTo,  baixo,  desprezado,    desprezível 

—  Ignóbil,  infíime,  vd. 

ABJURAÇÃO,  delestaçào,  renunciação,  re- 
Iraciaçào, 

>BJuuAR,  desapprovar,  reprovar  —  re- 
nunciar —  desdizer-se  —  perjurar  —  detes- 
tar. 

ÂBL4CTAD0,  destramado. 

ABi.Kr.AR,  desterrar. 

ABNEtíAÇÃo,  abiiiinenlo,  humildade  —  re- 
nuncia —  desapego 

ABNEGAR,  reoudciar  —  desconhecer. 

abobada.  arcada,  arqu^amento,  cimbre  — 
casa-niata,  casa  subterrea. 

ABÓBORA,  abobra,  cabaça —  fraco,  mari- 
cas. 

ABOCADO  ou  Aboccado,  assestado,  emboc- 
cado. 

ABOCANHAR,  fitassalhar,  morder  —  censu- 
rar, criticar,  saiyrnar  —  diíTamar  —  enxo- 
valhar —  eniprenilí-r. 

ABOCAR  ou  Ahoccar,  embocar,  entrar  — 
asse>tar  —  alcançar,  conseguir. 

AB  Cf-TAno,    circular,  crbicular,  redondo. 

ABoiAR.  boiar,  Oucturr,  uadar,  sobreauar, 
sabrunadar. 

ABOLAR,  amassar,  amoígar  —  escalavrar 

—  eiubcttar.  rebolar  —  abjlir  — cancellar, 
riscar,  sumir. 

ABoLEiMAUO  chato  — grosseiro,  tosco. 

ABOLETAR,  alijar,  aquartelar. 

ABOLIÇÃO,  abrogaçã),  annullação,  cassa- 
ção. derog«çà'),  snppressio. 

abo-imento.  graça,  perdão  —  abolição. 

ABOLIR,  abrogar,  annuHar, cassar,  exlia- 
guir  —  apagar,   riscar. 

AB0L0RECER,  embidorecef  —  apodrecer. 

iiB  ilumado,  avolumado,  empachado. 

ABOMINAÇÃO,  delesl^çào.  exeor»çào  — aver- 
>ão,  ódio,  rancor  —  atrocidade  —  colpa, 
d^^licto  —  peccado,  impiedade,  sacrilégio  — 
ini(|uidadH. 

ABOMINAR,  aborrecer,  odiar  —  detestar « 
execrar. 

ABOMi!«AVEL,  «bominando,  abominnso  — 
horrendo,  horrível,  horroroso  —  amaldiçoa- 
do, raj»ldicto  —  execrando  —  nefaud o,  tor- 
pe —  iiialisàimo. 

ABOMiNoso,  abominável,  detestável. 

ABOMINAÇÃO,  abono,  canção,  fiança,  ga- 
rantia —  aprovarão  —  louvor  —  recommen- 
daçào. 

ABiNADOR.  caução,  fiador,  garauto  —  ap- 
pnva  lor  —  gabador. 

ABONANÇADO,  bonançoso,  calmo,  sereno, 
Iranqoillo 

ABíNANt^R,  abrandar,  acalmar,  apati- 
guar,  aquiuiar,  pacificar,  ser*  nar  —  inodu- 
r«r. 

tu 


iW^fr 


ABONAR,  afflançap,  garantir  —  approvar  -^ 
louvar  —  acreditar  —  justificar. 

ABONAR-si,  acredilar-se  —  gabar-se,  lou- 
var-se — jactar-se,  prezar~se. 

ABONO,  abonação,  fiança,  garantia  —  cre- 
dito —  lovvor. 

ABORDADA,  abordagem. 

ABORCADOR,    abalroador. 

ABORDAGEM,  abalroada,  abordada. 

ABORDAR,  abalroar —  chegar,  encostar  — 
aportar,  arribar. 

ABORRECEDOR,  odicnto,  raucoroso. 

Aborrecer,  abominar,  detestar  —  abor- 
rir, desamar,  odiar  —  atediar,  enojar. 

aborrecer-se,  enfastiar-se  —  desgostar- 
se  —  agastar-ge. 

aborrecido,  aborrido  —  enfastiado,  en- 
fadado. 

aborricimento,  aversão,  ódio,  rancor  — 
ressentimento  —  antipathia,  repugnância  — 
fastio,  tédio. 

aborrkcitkl,  aborrivel,  odioso  —  abo- 
minável,  detestável. 

aborrido,  afflicto,  desgostoso,  melancó- 
lico —  rabugento  —  tedioso. 

aborrimento,  descontentamento. 

ABORRIR,  aborrecer,  detestar,  odiar. 

^boarivel,  aborrecivél  —  abominável,  de- 
testável. 

abortar;  mal  parir,  mover. 

ABORTIVO,  mal  pando  —  frustraneo,  mal 
logrado  —  imperfeito. 

ABORTO,  abortamento,  moviío. 

ABOTOAR,  abrolhar,  brotar,  rebentar. 

aboubado,  asnatico,  atoleimado,  babões , 
basbaque,  bolonio,  desassisado,  inepto,  pa- 
teta, simplório. 

aboubír-se,  âpatotar-se,  atoleimar-se. 

abra,  ancoradouro,  angra,  bahia,  barra, 
enseada,  porto,  surgidonro. 

ABRAÇAR ,  abarcar  ,  cingir  —  abranger , 
comprender  ,  conter ,  encerrar ,  incluir  — 
cercar,  rodeai" —  seguir  — admitt'T,  adoptar. 

xBraço,  abraçamento,  amplexo. 

ABRANDAR,  abonauçar,  acalmar,  aquietar, 
pacificar  ,  serenar  ,  socegar  —  apazigtiar, 
aplacar  —  amansar,  dobrar,  domar  —  do- 
mesticar —  comprimir,  rebater,  refrear,  re- 
primir —  abemolar  ,  melodiar  —  adoçar , 
suavisíir ,  temperar  —  alliviar  ,  mitigar  — 
moderar,  modificar  —  amoUecer,  lenir,  mol- 
lificar,  diminuir. 

ABRAÍIDÍ.CER,  abrandar,  eiobrandecer  — 
ámollecer,  moíiificar. 

EBRANGBF,  abarcar,  cercar  ,  cingir  ,  cir- 
cumdar,  rodear  — ^  comprender,  conter,  en- 
cerrar, incluir  —  alcançar  —  abastar. 

ABRASADOR,  coúsumidor,  devorftdoT,  de- 
vorante, voraz  —   calidissimo. 

ABRASAMENTO,  combustão,  inceudio,  qtièi- 
ma,  queimamento  —  ardor. 


ABRASA»,  abrase»r>  afoguear,  inoendiíie, 
inflammar,  queimar  —  dissecar,  resequif  — 
assalar,  destruir,  devastar  —  prodigali- 
zar, 

j     ABRE60,  Africo,  vento  sudueste. 
i     ABREPTicio,  emdemoninhado,  possesso. 
I     ABREVIAÇÃO,    abreviatura,    concisão,  en- 
j  curtamente  —  cifra  ,  compendio,  epilogo , 
epitome ,  extracto  ,  recupilação  ,    resumo  , 
sumraa,  summarío. 

ABREViADOR,  opitomista,  resumidor. 

ABREVIAR ,  apertar,  contrair,  diminuir, 
encolher,  encurtar  —  compendiar,  epilogar, 
epitomar,  recopilar,  resumir,  summariar  — 
aviar,  despachar,  expedir. 

ABRIDOR,  gravador,  insculptor. 

ABRIGADA,  abrigo,  acolheita,  asylo,  cou- 
to, refugio,  valhacouto  —  abra,  enseada. 

ABRiGADOR,  dcfendedor,  defensor,  prote- 
ctor. 

ABRIGAR,  acolher,  agasalhar  —  cobrir  — 
adargar,  amparar,  auxiliar,  proteger. 

ABRIGO,  abrigada,  angra,  bahia,  enseada, 
porto  —  asylo,  guarida,  refugio,  valhacou- 
to —  ajuda,  ajadatorio  —  amparo,  escudo 

—  patrocínio,  protecção,  sombra. 
ABRiMENTo,  abertura. 

ABRIR,  desatar,  desembrulhar  —  alargar 

—  lacerar,  rasgar  —  désinvolver,  manifes- 
tar —  desbotoar  —  entf  Ihar,  exarar,  gravar 

—  arar,  fender,  sulcar  —  partir,  quebrar 

—  azar ,  facilitar  —  desistir  —  começar  , 
principiar —  desenrolar. 

ABRiR-sB,  dividir-se,  fender-se  —  desabo- 
toar-se  —  declarar-se. 

ABROCHAR,  colchetar  —  afivelar. 

ABROGAçÃo,  abohção,  annulação,  cassa- 
ção, derogação,  extincção,  revogação,  sup- 
presslo. 

ABROGADOR,  abrogatorio. 

ABRCGAR,  abolir,  annullar,  cassar,  dero- 
gar,  revogar,    supprimir. 

ABROLHAR,  brollíar,  brotar,  rebentar. 

ABROLHO,  estrepe  —  pua  —  {pL)  cachopos, 
escolhos. 

A^BROQUELADO,  cscudado  —  dôfcndido"  — 
protegido^ 

ABROQUELAR-sE,  amparar-se  —  gnardar- 
se  —  escuda  r-se. 

abrotar,  pollular.  rebentar,  surdir  — 
abrolhar,  brotar,  germinar. 

ABSCESSO,  apostema,  tumor. 

ABSiNTHio,  losna, 

ABSOLVER,  perdoar,  relevar,  remittir  — 
dispensar,  eximir,  exonerar.    - 

ABSOLVIÇÃO,  absolução,  graç^a,  indulgên- 
cia, indulto,  perdão,  remissão. 

ABSOLVIDO,  absolto,  perdoado. 

ABSOLUTAMENTE,  despotJca,  impcriosa,  so- 
beranamente —  necessariamente  —  decidi- 
da, determinadamente. 


AflÀ 

ABSOLUTO,  independente  ,  livre  —  deso- 
brigado, isento  —  despótico  ,  imperioso  — 
absolto,  perdoado  —  acabado,  completo  — 
amplo. 

ABSÔNO,  desentoado,  desmusico,  discorde, 
dissonante,  inharmonico. 

ABSORTO,  abstraído,  arrebatado,  eraleve- 
eido,  enlevado,  extático,  transportado  —  at- 
tonito,  pasmado  -^  comido,  tragado. 

ABSORTOS,  enlevações ,  eitesis. 

ABSORVER,  chupar,  sorver  —  esconder, 
recolher  —  consumir,  desbaratar,  dissipar, 
gastflr  —  engolir,  sumergir  — esgotar,  es- 
tancar, i^xbaurir. 

ABsoRviMENTO,  eulevação,  transporte. 

ABSTER,  embaraçar,  estorvar,  impedir. 

ABSTER-SE,  cohibir-se,  privar-se  —  con- 
ter-se,  terse. 

abstirgeUte,  abstersivo,   detersivo. 

ABSTERGER,  limpar,  purgar. 

ABSTiRsivo,  abstergente,  detergente,  de- 
tersivo,   mundicalivo. 

ABSTINÊNCIA,  dieta,  inedia  —  jejum  — 
frugaliddde,  parcimonia,  sobriedade,  tem- 
perança —  privaçio 

ABSTINENTE,  jejuadeiro,  jejuador  —  mode- 
rado, parco,  sóbrio,   temperante. 

ABSTRACÇÃO ,  desattenção,  distracção  — 
extasis  —   separação. 

ABSTRACTO,  absorto,  enlevado  —  abstraí- 
do, desatteíito,  distraído,  divertido  —  se- 
parado —  diíDcil  —  metaphjsico. 

ABSTRAÍDO,  abstractivo,  abstracto. 

ABSTRAIR,  separar. 

ABSTRUso,  -difíicil  —  cscondido  ,  escuro, 
impenetrável,  incógnito,  recôndito. 

abslrdidade,  absurdo,  disparate,  extra- 
vagância, impertinência,  ridieu|ez. 

ABSURDO,  desarrosoado,  despropositado, 
extravagante,  impertinente,  insensato,  lou- 
co, ridículo,  (s.)  disparate. 

ABUNDÂNCIA,  aíflueucia,  diluvio  —  abas- 
tança, abasto,  copia,  copiosidade,  exube- 
rância ,  fartura  —  íeundidade,  fertilidade 
—  mina,  opulência —  riqueza. 

ABUNDANTE,  abf stecido.  farto  —  copioso, 
exuberante  —  fecundo,  feracissimo,  fértil, 
fmctuoso,  fructifero  ,  pingue  —  opulento, 
rico  —  caudal,  caudaloso. 

ABUNDAR,  esuberar,  superabundar. 

ABUNDOSO,  abundante. 

aburacar,  buracar,  esburacar,  furar. 

ABURRAR,  emburrar  —  teimar. 

ABUSÃO,  agoura,  superstição  —  abuso,  er- 
ro —  catachresis. 

ABUSAR,  mal-usar  —  enganar. 

ABUSIVO,  mal-ueado  impróprio. 

ABUSO,  máu  uso' —  corruptela  —  desman- 
cho —  abusão,  engano,  erro  —  excesso. 

ABUTRE,  butre. 

ACABADO,  despeso,  exhausto — cabal,  com- 


W^^^ 


m 


pleto  —  concluso,  findo  —  cousumido  — 
morto. 

ACABAMENTO  ,  couclusão  ,  fím  ,  remate, 
termo  —  perfeição,  ultima  mio  —  finamen- 

i  to.  ,  .. 

I  ACABAR,  aperfeiçoar,  polir  —  consumir, 
exhaurir  —  extinguir  —  aniquilar,  destruir 
—  expirar,  fenecer,  morrer. 

ACABO,  depois,  emfim  —  juncto,  perto  — 
cabo,  fim. 

ACABRUNHAR,  aíTligir,  atormentar,  moles- 
tar, opprimir,  vexar. 

ACAÇAPADO,  baixo,  baiiotc,  curto,  peque- 
no —  aparrado. 

AÇAPAR-sE,  abaixar-se,  acocorar-se,  aga- 
char-se. 

ACADEMIA,  assembleia,  junta,  palestra  — 
aula,  classe,  eschola  —  gymnasio  —  athe- 
neu,  liceu,  museu,  universidade. 

ACAFELADO,  caiado,  estucado. 

ACAFELAR,  branquear,  caiar  — engessar. 

ACAiRELAR,  agaluar,  debruar. 

ACALCANHAR,  cnrugar  —  calcar,  pizar, 

ACALENTAR,  adormocer,  aninar  —  apla- 
car —  consolar. 

ACALMAR,  abonançar,  serenar,  socegar  — 
amansar,  aplacar. 

ACAMPAMENTO,  arraial,  campo. 

ACAMPAR-SE,  abarracar-so,  arraiar-se. 

ACANHADO,  atacado ,  limido  —  envergo- 
nhado —  humilde,  rasteiro  —  curto,  estrei- 
to —  illiberal,  fono,  somitego.  sovina. 

ACANHAMENTO,  dcscorçoamento,  desalen- 
to —  enctlhimento  —  estreiteza  —  pejo  — 
mesquinheza.  •       ^^ 

aCaNhar,  abater,  apoucar  —  acobardar, 
intimidar  —  diminuir,  minorar  —  enculher, 
encurtar  —    desgabar. 

acanhar-se,  desanimar-se,  desconforta r- 
se  —  humilhar-se  —  ceder,  render-se. 

ACANTONAR,  alojar.  aquartelar.  ^^j 

aCàpellar,  encapellar — alagar,  soço- 
brar, submergir. 

acariciar,  acarinhar,  afagar  amimar. 

acarear,  acarretar,  trazer  —  causar,  oc- 
casionar. 

acarretar  ,  transportar  —  accumular  , 
amontoar  —  guiar  —  causar,  occasionar  — 
produzir,  trazer. 

ACASO,  accidente,  casualidade,  fortuna, 
sorte. 

ACATAMENTO,  cortczia,  urbanidado  —  de- 
coro, honra,  respeito  —  adoração,  culto,  la- 
tria  —  reverencia,  veneração  —  gesto,  sem- 
blante. 

ACATAR,  cortejar  —  honrar,  respeitar,  ve- 
nerar —  adorar  —  vigiar. 

acataRRaDo,  encaiarroado,  endeíluxado. 

ACAUTELADO,  Bvisado,  prudoute  —  cauto, 
precatado,  previsto,  próvido,    vigilante  — 
doloso  —  providenciado. 
216  « 


864 


ACC 


ACE 


ACAUTELAR,  obviaF,  precaver,  precautelar, 
prevenir. 

ACAUTELAR-sE,  guardar-se,  resguardai -se, 
vigiar  se. 

açacalador,  brunidor,  pollidor — alfage- 
me. 

AÇ4CALAR,  aluziar,  brunir,  buir,  limpar, 
lusirar,  polir. 

AÇAFATE,  cestinho,  condeça. 

açamak  ou  Açaimar^  refrear,  sopear  — 
donoar,  subjugar. 

ACÇÃO,  acio,  feito,  obra  —  gesto,  mostra 

—  batalha,  combate  —  postura,  posi<;âo. 

aCCeuer,  annuir,  assentir. 

acceiehaç\o,  celeridade,  diligencia,  li- 
geireza,   prensa,  prompiidào,  velocidade. 

ACCKLERADO,  precipite,  rápido,  veloz  — 
arrebatado,  inconsiderado. 

acublerar,  abreviar,  apressar,  aviar  — 
anticipar. 

accelerar-sb,  açodar-se,  despachar-se  — 
irar-ie. 

ACCEND«R  ou  Arender,  abrasar,  infiam- 
mar  —  atiçar,  estimular,  excitar,  impellir, 
instigar. 

aCCknsão,  ardor,  íncpndimento. 

accepçâo,  in»pndimpnto,  st^nlido,  signifi- 
caÇíio,  significado  —  acceitaçào. 

ACCrso  011  Aceso_  ahraseado.  incendido, 
inflarnmado  —  luzente,  vivo  —  incitado,  ins- 
tigado —  desejoso. 

ACCKSSÀo.  accrescimo,  addição,  augmen- 
to  —  acqnisi^ão  —  accesso. 

ACCE«isivKL,  aberto,  communicavel,  coil- 
versavel,  lhano,  traclavel. 

ACCESSO,    chegada  —  augmento,  elovaçSo 

—  aproximação  —  enchente,   maré  —  [udj.) 
accessivel 

aCCessorio,  adventício,  extrínseco. 

aCCidental,  casual,  fortuito,  imprevisto  — 
accessorio,  estranho,  nâo  essencial. 

ACCiOENTAHio,  &ccidental. 

ACCiuENTE,  accaso,  inc  dente  —  circums- 
tan.^ia  —  desmaio —  ataque  —  s)'raptoma. 

accionado,  gesticulação,  gestos,  momos, 
paijtomima. 

^ccioNADOR,  gesticulador. 

j^ccimnaR,  gesticular. 

aCCionaRio,  accionista. 

acclamaÇão,    applausos,   louvores,  vivas 

—  clamor. 

aCclawador,  acdimanle. 

aCCLaMar.  apre^'0ar,  proclamar. 

accomjiodação,  acordo,  avença,  concilia- 
ção. 

ACCOSiaoDADAMKNTE,  agcitada,  coramoda- 
mente  —  conveniente,  ordenndamente  — 
apropriadamente 

/CcoMíouADO,  conveniente,  disposto,  op- 
|)hMuno  —  manso,  paciticu,  tranijuillo  — 
ttáoderado. 


ACCOMMODAMENTO,  accommodação,  con- 
córdia, pazes  —  commodida  e. 

ACCoMM'»DAR,  adí»piar,  ajustar,  cirzir  — 
reconriliar  -   arranjar,  dispor,  ordenar. 

AíCOMHODAR-SE  ,  adjectivar- se,  c«sar-se, 
quadrdr  —  apropriar-se  —  confoimar-se  , 
moldar  se  —  conieniar-se  —  habilitar-se  — 
aquiefar-se  —  siíTrer. 

ACCoMMonAVEL,  ^j•lstavel. 

*  ACCOMODO,  apto,  commodo,  opporluno. 
aCCrescrntauor  ou  Acrecentador,  ampli- 
ficador, aijgmentadur. 

ACCHESCENTAMENTO  OU     AcríSffW ÍÓmfWÍO, 

acessão,  achega,  accre&cimo ,  appendice, 
crescença,  parergon  —  adiantamento,  ele- 
vação. 

ACCRESCEMAR  OU  AcrescentaT  ,  addir , 
ajunctar — ampliar,  augmentar  enadir,  es- 
tender 

ACCRESCER  OU  AcresrfVy  ajunctar-se. 

ACCRESCIMO  f.u  i4írre#dmo,accrescentamen- 
to.  acliega,  acrem^nio. 

accumulaçâo  íicervo,  amonloação,  cumu- 
lo, montão,  pilha. 

aCCumulamento,  cumulo,  montão. 

ACCiMULAR,  flccrescentar,  ajunctar,  au- 
gmentar —  apinhar,  concervar,  empilhar. 

ACCUMULATivo,  ajuuclado,  cumulado  — 
reíiundanio. 

*  accuradamente,  cuidadosa,  diligenle- 
meniR  —  exa<ta,  perfeitamente. 

*  aCCLRado,  eiacto. 

accusaçÂo,    criminação,  queixa,  querela 

—  con(iSv-ão. 

ACCUSADO,  criminoso,  culpado,  réo. 

accussDor,  delatador,  denunciante,  mal- 
sina es  o  r 

ACCUSANTE,  accusador. 

accusar,  culpar,  imputar  —  denunciar  — 
increpar,  reprehender  -—confessar,  declarar, 
dizer  —  notar,  taxar  --  mencionar  —  refe- 
ri r.se. 

aCCUsavbl,  criminoso,  culpado. 

ACEADOoU;4ceiarfo,  decente,  limpo  —  ní- 
tido. 

ACEAR  OU  Aceiar,  «Ifanar,  ataviar,  ornar 

—  limpar 

ACEio,  adereço,  al>nho  —  limpeza,  mun- 
dicia  —  esmero,  niii<lez,  primor. 

*  aceirad'^,  ajustado,  concloido  —  guar- 
dado. 

*ACEiRAR,  ajustar,  apalavrar  —  fotlale- 
cer,  roborar,   \igorar. 

-"  aCeiro,  aço. 

ACKiT^AÇio,  ancppção,  aceite  —  approva- 
ção.  asseiHo,  benepliioito,  consenso,  consen- 
timento, prasme  —  parcialidade  —  perdilec- 
ção. 

ACEiTADOR,  aceitante,  recebedor  J—»  par- 
cial. 

AceirANTE,  ficeitador,  recebedor. 


ÂCH 


ACO 


865 


ACRiTAR,  approvar,  consentir  -  receber, 
tomar  —  encarregar-se,  incumbirse. 

ACRiTA'  EL,  adujissivel,  assumplivel,  bom, 
recebi  vel. 

ACEITO,  agradável,  bem  quisto,  bem  vis- 
to —  aceitado,  recebido  —  admillido,  appro- 
vado. 

*ACKiToso,  acceito,  agradável. 

ACENAR,  prrvocar, 

ACENDiMivou  AcendedaUia,  aparas,  car- 
queja, cavacos. 

ACENDRAK,  acrisolar,  afinar,  purificar,  re- 
finar —  '•purar. 

ACENO,  gfsio,  indicio,  mostra,  signai. 

AUEPiLnu)UHA,  apara,  maravalba. 

ACRPiLUAR,  aliz^ír,  aplainar  —  polir. 

ACEQuu,  aqueducto,  canal,  cano,  reguei- 
ro, sargenla,  valleta. 

ACERBiDADK,  ai  idez,  8crimonia,  amargor, 
azedume  —  aspereza,  rigor,  rispidez,  seve- 
ridad;'  —  moleslia. 

ACERBO,  acre,  agraz,  agro  —  duro,  rígi- 
do, severo  —  doloroso,  molesto,  penoso, 
verde. 

ACERCA,  perto,  próximo,  visinho  de  ..  — 
quasi  — entre  — sobre. 

ACERCAR  SE,  chpgar-se,  avisinhar-se. 

ACEREJADO  ou  AcercijadOj  rubro,  verme- 
lho —  sazonado. 

ACEREJAR  ou  Acereijar,  avermelhar  — 
brunir,  polir — amadurecer,  madurar. 

ACÉRRIMO,  aper'ssirao  —  fortíssimo. 

ACERTADO,  fjustado,  conccrtado  — (a<(/) 
assisado,  judicioso,  prudente. 

aCertamento,  acerto  —  acaso. 

ACERTAR,  conseguir,  sair  bem  — (n.)  acon- 
tecer succeder. 

ACERTO,  accordo,  discernimento,  pondera- 
ção, reflexão—  acaso,  casualidade  —  aconte- 
cimento —  dita,  ventura  —  opportunida- 
de, 

ACERVO,  cumulo,  montão ,    monte,  pilha 

—  aggregado,  ajuntamento. 
ACKTOso,  acido,  agro,  aze^lo. 

ACRA.  facha —  archote,  brandão,  facho, 
lêa,  tocha. 

ACHACADO,  achacadiço,  adoentado,  egro, 
"enfermo,  valetudinário. 

ACHACAR,  accusar,  assacar,  imputar  — 
desgostar  —  rnaiiractar  —  (n  )  arlcecer. 

aCHaCoso,   achacadiço,    doente,   doentio. 

ACHADO,  achada  —  descoberta. 

ACHADoR,  descobridor,    inventor. 

achamboado,  achavascado,  grosseiro,  mal 
obrado,  losco 

ACHAMENTO,  flchado,  inveução,  invento. 

àChanar,  alizar,    aplanar,    igualar,    unir 

—  alhanar  ,  facilittir  —  quitlar,  socegar 

—  vencer. 

ACHAQUE,  dooiça,  enfermidade,  indespb- 
siçèo,  moléstia  —  côr,  pretexto  —  ufftínsa. 

YUL      IV. 


queixa  —  defeito,  desar  —  falta  —  vicio  — 
desgosto,  dissabor  —  trabalho, 

ACHAR,  í^ncontrar  —  descobrir,  inventar 
—  intender,  julgar  — averiguar,  verificar. 

ACHATAR,  i  planar,  igualar,  unir  —  (n.) 
aquiescer,  assentir,    conceder. 

ACQATES,  agatha. 

acqavascauo,  grosseiro,  maçorral,  rústi- 
co^ tosco. 

acme,  arranhadura,  borbulhinha,  feridi- 
nha, gclpinho. 

ACHK.r.A,  accrescimo,  addiçSo,  augmento, 
crescença  —  adjulorio,  auxilio  —  protec- 
tor, valfdor  —  adherencia. 

ACHEGADO,  consanguiuco,  parente,  próxi- 
mo —  alliado 

ACHEGAMENTO,   proximidade. 

ACHEGAR,  chegar  —  unir. 

ACHEGAR-sE,  appropinquar-se,  avisinhar- 
se  —  unir-so  —  í»junctar-se  —  accrescer. 
■   ACUERONTE,  Cocyto,    Esljge,    Phlegeton- 
te. 

A  CHOCALHAR  ,  chacotear  ,  escarnecer  , 
mofar,  zombar. 

ACHiNELAR,  acalcanhar. 

ACÍDIA,  deleixo.  frouxidão,  inércia,  pri- 
guiça,  tibieza. 

ACIDIOSO,    priguiçOSO. 

ACIDO,  acetoso,  agi  o,  azedo. 

ACIDULO,  azediaho; 

ACINTE  ou  Assinte,  obstinação,  pirraça, 
teima. 

ACINTOSO,    obstinado,  teimosa. 

ACiNTRO.  absynthio-  losna. 

ACipiPE,  golodice,  golosina  —  alfitete,  bo- 
linhos, confeitos,  doces,  rebuçados. 

AciPREsiE  ou  Acyprestet  cypreste  —  ar- 
cipreste. 

ACiRANDAR,  cirandar,  crivar,  joeirar.. 

ACLARAR,  alumiar,  esclarecer  —  apurar, 
averiguar,  deslindar  —  dilucidar,  explicar, 
expor  —  descobrir,  manifestar,  revelar  — 
(n.)  abrir,  alvorecer. 

acobardamento,  cobardia,  medo,  poltro- 
neria,  temor  —  achamento,  tin^idez. 

ACOBARDAR,  amedrontar,  assustar  —  de- 
satentar ,  desanimar ,  descoroçoar  —  aca- 
nhar. 

acobertado,  coberto,  enroupado. 

acobertar,  cobertar — jaezar. 

ACOCHAR,  acamar  —  conchegar. 

acochar-sb,  abaixar-se,  acaçapar-se,  aga- 
char-se. 

ACOIMAR,  encoimar  —  castigar,  punir  — 
censurar  —  accusar  —  reprehender  — '  re- 
[irovar. 

aColA,  além,  alli,  lá. 

ACOLHEITA,  abrigada,  abrigo,  a sy lo,  cou- 
to, guarida  ,  recept.iculo,  refúgio,  roi\roi 
valhacouto  —  casa,  habitaçào,  morada  — 
evasão,  fuga  ■*—  retirada. 

&17 


ACC^ 


xm 


ACotHER,  acoutar ,  asylar  —  a 
hospedar — patrocinar,  proteger  — adqui- 
rtr ,  grangear  —  surprender  —  apf»nhar , 
prender  —  «olher. 

ACOLHíR-SE,  abrigar-se,  aconiap-st?,  re- 
fugiar-se  —  escapar,  fugir,  salvar- se  — 
retirar-se. 

ACOLHIDA  .  acolheita  ,  asylo,  refugia  — 
acrescentamento. 

ACOLHIDO,  colhido,  recolhido  —  acouta- 
d«,  asylado  —  homiziado. 

ACOLHIMENTO,  «colho  —  asylo,  refugio. 

ACOMMETEDOR,  aggfossor,  assaltadof,  in- 
vestidor —  empreudedor. 

ACOHMETtER,  arrcmetter,  arroja r-se,  in- 
vestir —  atacar,  combater  —  invadir,  sal- 
tear —  provocar  —  insultar  —  irritar  — 
intentar,  tentar  —  buscar,  procurar  —  de- 
safiar. 

aCOMMettimento,  começo  —  empresa  — 
tentativa  —  acommeltida,  arremeço  —  ata- 
que, oppugnação  —  invasão,  desafio  —  in^ 
8ulto  —  proposta. 

aCommettivel,  atacavel,  expugnavel. 

acommunar-se,  ass(»iâr-se,  mãocummu- 
war-se. 

acompanhador  ,  acompanhante  ,  compa- 
nheiro. 

«1  ACOMPANHAMENTO,  comitiva,  coftejo,  equi- 
pagem, séquito,  trem  —  assistência,  compa- 
nhia. 

ACCOMPANHAR,  escoltar,   seguir. 

ACONSELHADOR,  aconselhanto,  conselhei- 
ro. 

ACONSELHAR,  admoestar,  advertir,  avisar. 

ACONTECER,  sobrevir,  succeder. 

ACONTECIMENTO,  caso,  facto,  successo  — 
êxito,  resulta. 

aContioso,  abonado,  bastante. 

ACORCOVAR,  corcovar  —  arquear,  dobrar, 
encurvar. 

ACORDADO,  desperto,  vigilante  —  adverti- 
do —  prudente  —  avindo,  concordado  — 
acorde,  consono,    harmónico  —  lent^brado. 

ACORDANTE,  Gcorde,  harmonioso,  urisO' 
BG*  —  ct>neofde,  conforme. 
•  ACCôRDAR,  despertar,  espertar  —  aôna-r, 
temperar  —  amigar,  compor  ,  conciliar  -* 
conceder,  outorgar  —  [n.)  determinar,  re- 
solver. 

ACCORDAR-SE,  lembrar-se,  recordar-se  — 
8justap-se,  convir  —  conselhar-se  —  resol- 
ver-se. 

ACORDAR,  concordante  —  ajustado,  con- 
sono. 

ACORDO,  conformidade  —  cpncento,  con- 
sonância, harmonia  —  aviso,  concelho  — 
resolução  —  lembrança  —  ajuste,  conven- 
Çio,  picto,  acordào. 

ACOHoçoAR,  afoutar,  alentar,  animar,  con- 
(oriar,  esforçar. 


ACORRER,  acudir  —  soccorrer. 

ACC0S5AD0R,  perscguídor,  seguidor. 

ACossAMENTO,  alcauce,  encalço,  segui- 
mento —  perseguição. 

ACOSSAR,  correr  atraz  de....,  seguir  — 
perseguir. 

ACOSTAMENTO,  cadcira,  canapé,  encosto  , 
leito,  poltrona  —  moradia,  ordenado,  sol- 
do, tensa. 

ACOSTAR,  arrimarj  encostar. 

aCostar-se,  encostar-se  —  deitar-se. 

ACOSTUMADO,  morigerado  —  avezado  — 
commum,  frequente,  habitual ,  ordinário  , 
usado. 

acostumeado,  acostumado. 

acotar,  cotar,  notar, 

acouceAr,  escoucear,  escoucinhar. 

acoutador,  asylador  —  censor  —  cota- 
dor. 

acoutar-se,  abrigar-se,  refugiar-se. 

AÇO,  aceiro  —  {pi.)  espadas,  gládios,  sa- 
bres —  {(idj  )  forte,  rijo. 

açodado,  apressado,  rápido,  veloz  —  im- 
petuoso, violento  —  perseguido. 

açodamento,  afogadilho,  celeridade,  pre- 
cipitação, pressa,  presteza,  promptidão. 

AçoDAR,  abteviar,  accelarar,  aligeirar,  di- 
ligenciar. 

AÇODAR-SE,  apressar-se,  aviar-se,  despa- 
char se. 

AÇOR,  gavião. 

AÇORDA,  sorda. 

AçouGAGEM,  açougaria  —  brancagem  — 
bulha,  traquinada  —  gritaria,  vozeria. 

AÇOUGUE,  talho  —  degoladouro,  matadei- 
ro  —  carniça,  carniçaria,  carnificina,  cla- 
de,  matança, 

AçouTADURA,  açoutameuto. 

AçouFAR,  punir  —  atribular,  mortificar 
—  azorragar,  flagellar,  fustigar  —  vare- 
jar. 

AçouTAR-SE,  disciplinar-se 

AçoufE,  chicote,  disciplinas,  látego,  man- 
silha, varinhas,  vergalho,  zorrague  —  ca- 
lamidade, castigo. 

ACQURiDOR,  acquirinte.  adquirinie,  obte- 
dor. 

acquírir,  eonseguir,  grangear. 

AGRAVAR,  enterrar  —  cravar,  embeber, 
fincar. 

acri,  agro,  azedo,  picante  —  activo  — 
forte. 

ACREDITAR,  crer,  dar  credito —  abonar, 
auctorisar. 

ACREDOR,  credor  —  [adj.)  digno,  mere- 
cedor. 

ACREMENTO,  accrescimo,  augmento  —  ex- 
cremento. 

ACRiMiNAR,    acousar,   denunciar  —  cri- 
minar. 
ACRiMONiA,  acidez,  azedume  —   activida- 


áUO 


ADfi 


M 


de,  energia,  vigor  — •  espereza,  oaustioida- 
de. 

ACRISOLAR,  aíioar,  apurar,  purificar,  aper- 
feiçoar. 

achoâtico,  particular,  reservado,  secre- 
to. 

AGIAS,  determinações,  resoluções,  sanc- 
ções  —  escripluras,    memorias. 

ACTIVIDADE,  acrimouia,  força  ,  vigor  — 
celeridade,  ligeireza,  prtssa,  rapidez,  velo- 
cidade. 

ACTIVO,  ágil,  diligente ,  expedito  ,  pres- 
tes, prompto  —  enérgico,  forte. 

ACTO,  acção,  eíTeito  —  execução,  feito, 
obra  —  postura  —  (pi.)  autos  —  netas. 

ACTOR,  coauediaute,  cómico,  histrião,  re- 
presentante. 

ACTRIZ,  cómica. 

AC  ILAÇÃO,  verbalisaçâo  —  actividade. 

ACTUAL,  existente,  presente,  real. 

ACTUALMENTE,  8gora  ,  presentemente  — 
recentemente  —  elFeclivauiente. 

ACTUAR,  autuar  —  activar. 

ACTUoso,  activo,  diligente,  expedito,  vi- 
vo. 

ACUDIR,  ajudar,  auxiliar,  soccorrer,  valer 
—  sobrevir  —  trazer  —  defender. 

ACUGULADURA,    COgulo. 

ACULEO,  aguilhão,  ponta,  pua. —  estimu- 
lo, incenfvo. 

AGUHiNADO,  aguçado,  agudo,  bicudo,  pon- 
t'agudo  —  picante,  pungente. 

ACUSHAR,  cunhar. 

ACUKRAiAR,  encurralar  ~  encantoar. 

ACURTAR,  ctrcear,  diminuir,  encurtar. 

ACURVAR,  curvar,  dobrar,   encurvar. 

ACUTiLADOR,  fcutilâdiço,  brlgào,  briguen- 
to  sabreador. 

ACUTiLAR,  golpear,  sabrear. 

AÇUCARAR  ou  Assucavar  ,  dulciíiear  — 
abrandar,  suavisar. 

AÇUCE.XA,  cecém,  lirio  branco. 

ADAGIO,  anexira,  apophtegcua.  axioma  , 
dictado,  máxima,  paremia,  provérbio,  rifão, 
sentença. 

adamado,  dengue,  galan  —  efleíninado, 
maninelo. 

aDamaneS,  bichancros,  gestos. 

ADAMANTINO,  duríssimo,  rijíssimo  —  cons- 
tante, firme. 

ADAPTAÇÃO,  accommodação  applicação. 

ADAPTAR,  accommodlar,  adequar,  J»justar' 
appropriar,  aplar. 

ADARGA,  broquel,  escudo,  rodela. 

ADUABGAR-sp,  broqudar-se  —  rrmar-se 
—  ahrigar-se. 

addelnsar,  condensar,    densar,    espessar. 

ADD5ÇÃ0 ,  sorama  —  acrescentamento, 
acréscimo,  adjecção,  appendix ,  augmen- 
to. 

XDDiCiONAL,  áccresctatado,  ajuoctado. 


▲DDicioNAA  ,  somm&r  —  aooreftCftAtir , 
ajuuctar. 

▲DDiCTO,  afifeiçoado,  apegado*  dedicado, 
devoto,  inclinado,  propenso. 

ÁDDiMEMTO,  accrescimo,  addição. 

▲DuiR,  accrescentar,  ajuuctar. 

ADDiiiENTO,  accrescimo  ,  augmento ,  pa> 
rergon. 

ADDiTAR,  addicionar,  addir,  ampliar. 

ADDuz^a.,  trazer. 

ADEGA,  cava. 

ADEJAR,  alear,  esvoaçar, 

adelfa,  loendro. 

Adelgaçar,  delgaçar,  desbastar,  desen- 
grossar  —  diminuir,  minoar  —  acanhar, 
apoucar  —  rarefazer  —  analysar  —  («.)  defi- 
nhar, emmagrecer. 

ADEMAN,  signal,  gesto. 

adenoso,   glanduioso. 

adeos  ou  Adeus,  cumprimento,  saudação 
—  despedida,  separação. 

ADEOsAa  ou  Adeusar,  divinisar,  enden- 
sar, 

ADEQUADAMENTE,  a  proposito  —  exacta  , 
justamente. 

ADEQUADO,  apto,  couforme,  justo,  pró- 
prio. 

ADEQUAR,  accommodar,  adaptar,  ajustar, 
moldar,  proporcionar. 

ADERRÇAR,  adornar,  compor,  concertar, 
guarnecer,  ornar  —  dirigir. 

ADEREÇO,  adorno,  atavio,  compostura,  en- 
feite, ornato  —  concerto. 

ADERNAR,  abaixar-se,  abater. 

ADESTRADAMENTE,  destra.  habilmente. 

ADESTRADO,  conduzido,  govemado,  man- 
dado —  ensinado,  exercitado. 

ADESTRAMENTO,  iustrucção  —  picaria^^ 

ADESiRAR,  «meslfar,  disciplinar,  doctri- 
nar,  habilitar,  insíruir. 

ADVINHA  OU  id/iwin/ia,  adivinhadura,  pro- 
pheliza  —  dívinh.ição. 

ADEviNHAÇÃ)  ou  Aditinhação,  prognosti  • 
CO,  prophecia,  vaticínio  —  enigma. 

ADEViNHADOR  OU  Adivinhador,    advinho 

ADEviNHAR  OU  Adivínliar,  predizer,  pro- 
gnosticar, prophetizar,  vaticinar  —  presen- 
tir,  prever. 

ADEviNHo  ou  Adivinho,  adivinbadeiro , 
agoureiro,  a  iolo,  arúspice,  astrólogo,  au- 
gur,  propheta. 

AuiiERKNCiA,  eulace,  vinculo,  união  — 
intercessor,  medianeiro,  padrinho,  pedrei- 
ra, valedor  —  favor,  protecção. 

ADHKRENTE,  contíguo ,  juncto,  ppgado, 
unido  —  {s.)  protector,  valedor  —  partidis- 
ta, sectário,  sequaz. 

ADHERiR  ,  concordar,  conformar-se,  se- 
guir. 

ADHFSÃo,  apego,  união  —  aferro,  tenaci- 
dade. 

117  . 


868 


AD» 


ADS 


ADIADO,  designado,  'determinado,  prefi- 
xo. 

ADIANTADO ,  antecsdente,  anterior,  pré- 
vio. 

ADIANTAMENTO,  avanço,  dianteira  —  aug- 
menio,  engrandecimenlo,  fortuna,  melhura- 
menlo,  progresso - 

ADiANiAU,  accelerar,  apressar  —  melho- 
rar. 

ADiANTAR-sE,  antecipar-ss— avantajar-se, 
exceder,  melhora r-se. 

ADIANTE,  i.a  freme  —  presença  —  depois 
—  mais  abaixo,  mais  longe  —  de  tempo  fu- 
turo. 

ADIANTO,  avança. 
;    ADiAPtíORO  ,  indilferente — desnecessário. 

adiak;  aprazar,  lixar  dia  —  delongar,  de- 
morar, dilatar,  espiçar. 

ADiNHEiHADo,    eiidinhcirado,  rico. 

ADiio,  entrada,  passaua  —  accesso,  cabi- 
mento. 

ADJACÊNCIA,  contiguidado,  proximidade, 
visinhança. 

ADJACENTE,  chegado,  próximo  —  comar- 
cão, conlermino. 

ADJECçÃo,  accrescentamento,  achega,  ad- 
dição. 

ADJECTIVAR,  concordar  —  accommodar. 

ADJfccTivAR-sE,  coiicordar-se. 

ADjEc'rivo,  epiíheto. 

ADJUDICAR,  assignar  — atlribuir,  dar. 

adjud'cak-se.  arrogar-se,  attnbuir-se. 

ADJUNTO  ou  Adjuncto,  associado,  collega, 
companheiro,  socio  —  [««O-)  jnncto,  pega- 
do. 

ADJURAR,  confirmar,  jurar  —  esconjurar, 
exorcizar. 

ADjuTORio.  assistência,  favor,  soccorro  — 
adjudador,  auxiliador. 

ADMiNicuLANTE,  ajudante. 

ADMiNicuLAR,  ajudador,  auxiliador,  soc- 
corredor. 

ADMiNicuLO,  adjutorio,  auxilio,  soccor- 
ro. 

ADMINISTRAÇÃO,  cargo,  direcção,  gover- 
nança, governo,  jurisiicção,  ministério,  re- 
gência, regimen,  regimento,  vara. 

ADMINISTRADOR,  dircctor,  ministradoT,  re- 
gedor. 

ADMINISTRAR,  dirigir,  govcmar,  reger  — 
dar,  fornecer  —  exercer  —  ajudar  —  ser- 
vir. 

ADMIRAÇÃO,  assombro,  enleio,  espanto, 
pasmo,   surpreza,  suspensão.  » 

ADMIRANDO,  admirável. 

ADMIRAR,  assombrar,  maravilhar. 

ADMiRAH-SE,  espantar-so,  maravilhar-se , 
pasmar. 

ADMIRÁVEL,  assombroso,  espantoso,  estu- 
pendo, maravilhoso,  pasm^so,  portentoso, 
prodigiuso  —  btilUsãimu,  excellente,  óptimo. 


ADMISSÃO,  entrada,  introducção,  recebi- 
mento, recepção. 

admissivíll,  assumptivel,  receptivel,  váli- 
do, valioso. 

ADMiniR,  hospedar,  recolher  —  abraçaj, 
aceitar  —  permilii. ,  soffrer. 

ADMOESTAÇÃO,  ndvertencia,  aviso,  conse- 
lho, txhortação,  lembrete. 

ADMOESTADOR,  reprehcnsor. 

ADMOESTAR,  advcrlir,  avisir,  lembrar  — 
arguir,  censurar,  reprehender  —  denun- 
ciar. 

ADOBA,  Adobe  ou  Adobo,  ladrilho,    tijolo 

—  grilhão. 

adoçamento,    afrouxamento,   moderação 

—  miiigaçào,  linitivo,  refrigério. 

ADOÇANTE,     milÍg«tÍVO. 

ADOÇAR,  açucarar,  adocicar,  meiliíicar  — 
abrandar,  moderar,  suavisar  —  temperar  — 
afiar. 

ADOCICADO,  açucarado  —  erjoativo. 

ADOECEU,  ciír  doente,  enfermar. 

ADOLESCÊNCIA,  juvcnlude,  mocidade,  pu- 
berdade, 

ADOLESCENTE,  adulto,  jovcu,  maucebo , 
moço. 

ADOPÇÃO  ou  Adoptação,  perfilhação,  per- 
filhameiíto — admissão. 

ADOPTAR,  perfilhar — aceitar,  receber  — 
abraçar,  seguir. 

Auopiivo,  perfilhado  —  enxertado. 

ADORAÇÃO,  acalamenlo,  veneração  — ge- 
nuflexão, prostração  —  culto,  honra,  la- 
iria. 

ADORAR,  idolatrar,  incensar  —  respeitar, 
revenmciar  —  orar,  proslrar-se. 

ADORMECEDOR,  uarcotico,  soporifcro. 

ADORMECER,  ^madoruar,  modorrar,  ador- 
mentar, entorpecer —  (n.)  desciiidar-se. 

ADORMECIDO,  adormido  ,  dormente  ,  so- 
pito. 

ADORMECIMENTO,  lethargo,  modorra,  som- 
no  —  entorpecimento  —  torpor  —  deleixo, 
descuido,  indolência. 

ADORMENTAR,  adormccer ,  amadorrar  — 
entorpecer. 

ADORMia,  adormecer. 

ADORNAR,  adereçar,  arreiar,  ataviar,  en- 
feitar, ornar. 

ADORNO,  adereço,  alinho,  atavio,  concer- 
lo,  enfeite,  gala  —  apparato,  pon^pa. 

ADOIDADO,  desallento,  estabanado,  estou- 
vado —  aloucado,  aluadn,  tonto. 

ADQUiRiDOR,  Rcqulridor,  grangeador. 

ADQUIRIR,  alcançar,  conseguir,  grangear, 
obter. 

ADREDE,  acinte,  de  propósito,  expressa- 
mente. 

ADRO,  átrio,  vestíbulo. 

ADsTRicTo,  aj  erlôdis&imo  —  constrangido 
obrigado. 


ADV 


AFF 


869 


ADSTnmciH,  apertar,  cerrar,  unir. 

ADUANA,  olfrtndega- 

ADUBAR,  guisa»",  temperar — curtir,  pre- 
parar—  agricultar  —  acanhar,  cultivar  — 
ester^^ar,  estrumar  —  adernar,  ornar  —  con- 
certar. 

ADUDio,  amanho  —  concerto,  reparo  — 
cultura. 

ADUBO,  condimento,  espoci«ria,  môIho; 
tempero  —  adorno. 

ADUFA,  tejadilho  —  dique,  exclusa,  reprft- 
za. 

ADupg,  pandeiro,  sistro. 

ADULAÇÃO,  incenso,  lisonja,  lisonjaria,  lou- 
vor. 

ADULADOR,  lisonjeiro,  Icuvador. 

ADULAR,  gabar,  incensar,  lisonjar,  lou- 
var 

ADULAToRio,  adulativo,  lisonjoiro. 

Adulteração,  alic.-^ção,   fíiUilioa^ão. 

ADULTERADO,  corrompido,  espuno,  falsifi- 
cado, vicios.>. 

ADULTtRADOR,  falsificador. 

ADULTERiNO.  bsslardo,  fornesinho,  illegi- 
timo  —  adull«^rado,  contrafeito  ,  falsifica- 
do. 

ADULTÉRIO,  dultcrio,  malfario,  falsifica- 
ção. 

ADULTO,  cdolesccnle  —  crescido,  espigado 

—  maduro. 

ADUNCO,  curvo,  retorcido. 

ADUSTÃo.  incêndio,  queima. 

ADUSTO,  denegrido,  fulo,  moreno,  triguei- 
ro —  abrasador,  ardente  —  cálido,  calmoso, 
caloroso. 

ADVENA,  estrangeiro,  estranho,  perigri- 
no- 

adventício,  accessorio,  extrínseco  —  es- 
tranho, vindico. 

ADVERSÁRIO,  contrario,  inimigo  —  antago- 
nista, competidor,  emulo,  rival. 

ADVERsiDADR  ,  contr^riedado.  contraste, 
foniratempo  —  calamidade,  desventura,  rn- 
foriunio,  transe,  tribulação. 

ADVERSO,  fatal,  infausto,  sinistro,  dam- 
noso,  nociío  —  contrario,  opposto 

ADVERTÊNCIA,  attenção  —  consideração, 
reflexão  —  prudência,  aviso,  conselho,  lem- 
brete. 

ADVERTIDO,  admocstado,  avisado,  acaute- 
lado, cauto,  precatado,  circumspecto,  cor- 
dato, judicioso,  prudente,  sisudo. 

ADVíRTiR,  aconselhar,  avisar,  arguir,  re- 
prehend«^r  —  attentar^  darfe,  notar,  obser- 
var, reparar. 

ADvocATURA,  invocação  —patrocínio,  pro- 
tecção. 

ADVOGADO,  favorecedor,  patrono,  prote- 
ctor. 

ADVOGAR,  interceder  por...  — patrocinar 

—  perorar. 

voí..  IT. 


AEREO,  alto  —  fútil,  vão. 

AFADiGAR  OU  Affudijar,  cançar,  estafar, 
fatigar. 

AFAbinoso  ou  Affadigoso,  cançativo. 

apa<íadoh  ou  Alfigador,  caiinhoso,  fa- 
gueiro, meigo. 

AFAGAR  ou  Affdgar,  acariciar,  acarinhar, 
ameigar,  amimar  —  lisonjear. 

AFAGO  ou  i^/fa^o,  carinho,  meiguice,  mi- 
mo. 

afamado,  abalizido.  assigrialado,  celeber- 
rimo.  celebrado,  celebre,  conspícuo,  de- 
cantado, egrégio,  eximio,  famigerado,  fa- 
moso, illustre,  Ínclito,  insigne,  memorando, 
notaví^l. 

afamar,  famigerar  —  esfaimar. 

afancumnado,  finchono,  puto. 

AFANOSO  ou  Affanoso,  laborioso,  penosís- 
simo,  Irabilhoso. 

AFÃo,  Afan,  Afano  ou  Affào,  Affiin,  Af' 
fano,  cangaço,  canceira,  fadiga,  pena,  tra- 
balho. 

AF.KSTAD^ou  A (f aí} íado,  arredado,  distan- 
te—  desviado,  removido. 

AFASTAMENTO  OU  A ffdslamento,  apparla- 
mento,  distancia,  ausência. 

AFASTAR  ou  Affdstar.  auseolar  —  alongar, 
apartar,  desviar—  banir,  desterrar  —  expul- 
sar. 

AFASTAR-SE  OU  Affãstar-se,  alongar-se, 
sep.irar-se  —  desviíir-se  —  exlinguir-se. 

afatiado.  esfaliado  —  cortado,  fendido, 
quebrado,  roto. 

AFFABiLTDADE,  agrado,  amabilidade,  lha- 
neza, urbanidade,  civilidade,  cortezia  —  be- 
nsDcencia. 

AFFAVÊL,  benigno,  brando,  carinhoso, 
fsgueiro,.  meigo. 

AFAZENDADO.  abastado,  opulento,  rica- 
ço. 

AFFAZER  ou  Afãzcr,  acostumar.  avezar, 
habituar. 

affeamento  ou  Afeiamenío,  deformida- 
de, fealdade. 

AFFEAR  OU  Afeiav,  deformar,  desfear,  des- 
figurar —  deslustrar ,  escurecer^  man- 
char, 

aFFecção,  impressão. 

affectação,  apparencia,  impostura — sin- 
gularidade, ostentação. 

affectado,  esquisito,  estudado  —  fingi- 
do. 

affectar  ,  appetecer  ,  cub'çar  ,  desejar 
—  ambicionar  —  ostentar  de  . .  .  fingir- 
se 

AFFECTivo,  aíTectuoso,  meigo,  terno. 

affecto,  f.ffeiçà.i,  amizade,  amor,  bene- 
vnlencia,  carinho  —  commoçào  —  (fl<0  •)  ^^^ 
feiçpado,  inclinado. 

AFFRCiuoso,  t  morarei,  amoroso,  carinho^ 
so,  extremoso,  terno. 

213 


870 


AFF 


AFFEiçÃo,  affecto,  bemquerença,  carinho, 
terneza  —  inclinnção,  propensão. 

AFFEiçoADO,  affecto  —  devoto,  inclinado 
—  parcialisado. 

ÀFFEiçoAR-sE,  aiDar,  despjar,  prezar. 

AFFEiTO,  avCzado,  costumado,  habitua- 
do. 

AFFRMiNADO  OU  Afeminado,  adamado,  al- 
feninado,  damo,  maninolo,  mulherengo, 
semiviro  —  cobarde,  fraco,  maricas. 

AFFEiíiNAR  OU  Afeminar,  adamar,  mu- 
Iherengar — amollecer,  enervar,  enfraque- 
cer. 

AFFERMOSEAR,  Afermoscar  ou  Aformosear 
alindar,  embellezar,  formosear  —  adornar, 
arreiar,  enfeitar. 

AFFERRADO.  agarrado,  empolgado  —  ar- 
poado—  preso  — cabeçudo,  contumaz,  obs- 
tinado, testo 

AFFERRAMENTO,  abalroada. 

AFFERRAR  OU  Aferrar,  empolgar,  empu- 
nhar —  arpar,  arpoar  —  aportar,  fundear, 
surgir. 

AFFERRAR-SE,  8garrar-se,  pegar-se  — 
obstinar-se,  porfiar,  teimar, 

AFFERRKTOAR  OU  Aferveloar,  picar,  pun- 
gir—  aguilhoar,  pstimular,  incitar. 

AFFEKRO  ou  Aferro,  adhesão  —  birra, 
contumácia,  teima. 

AFFERaoi  HAR  OU  Aferrolhar,  ferrolhar  — 
encadeiar  —  encarcerar. 

AFFERVENTAR  OU.  A fervcutar^  apressar,dar 
calor. 

AFFERVORADO  OU  Âfervorado,  activo,  ar- 
dente, vi«issimo. 

affervorar  ou  Afervorar,  actuar  —  ac- 
cender,  animar. 

AFFiAçÃo  ou  Afiação,  aguçadura,  amola- 
dura. 

AFFiADO  OU  Afiado,  aguçado  —  cortador, 
cortante  —  enfileirado  —  completo  —  apu- 
rado. 

AFFiADOR  ou  Afiador,  amolador, 

AFFJANÇADOR  OU  kfançador,  abonador, 
fiador  —  prometledor. 

AFFiAKÇAR  ou  Afiançar,  abonar  —  espe- 
rançar, prometter. 

AFFiAR  ou  Afiar,  aguçar,  amolar,  apontar. 

AFFiGURAÇÃo  OU  Kfiguração ,  imagem, 
fantazia  —  apparpncia. 

AFFiGíjRAROu  A^(/Mrar,  delinear,  figurar, 
imaginar,  representar. 

AFFiGURAR-SE  OU  Af\gurar-se,  crer,  cui- 
dar, representar-se  —  parecer. 

AFFiNAÇÃo  ou  Afinação,  consonância  - - 
refinnção. 

AFFiNADOR  OU  Afinador,  refinador  —  afe- 
ridor. 

AFFiNAR  ou  Afinar,  acrisolar,  apurar,  pu- 
rificar—  acordar  «jubtar  —  d»'lfj;u;ar,  des- 
bf&tar  —  aferir,  afilar  t- (n.)  agastar-se. 


AFF 

AFFiNCADO  OU  A/íncado,  fincado  —  firme, 
obstinado,  resoluto. 

AFFiNCAR  ou  Afincar,  cravar,  fincar  — 
insistir,  porfiar,  teimar  —  filar  —  importu- 
nar, 

AFFiNCO  ou  Afinco,  aferro,  contumácia, 
insistência,  perseverança,  porfia,  tenacida- 
de —  apego  —  rnsolução. 

AFFiNiDADE,  alUança,  cognação,  parentes- 
co —  analogia,  conformidade,  connexão, 
correlação,  relação,  semelhança. 

affirmação,  asserção,  asseveração,  attes- 
tação,   protesto. 

affirmar,  assegurar,  certificar  —  com- 
provar, confirmar  —  ajustar,  contractir  — 
assentar  sobre...  ,  descançar. 

affirmar-se,  cerlificar-se  —  apoiar-se  , 
firmar-se,  segurar-se  —  attentar,  reparar. 

AFFiuM^Tivo,  aílirraação,  asseveração. 

affirmativo,  assertorio,  certo,  decisivo, 
indubitável,  positivo. 

AFFisTULAR-SE  OU  Afistular-sc,  fistular- 
se  —  inveíerar-S8. 

AFPiXAR,  apegar,  fixar  —  pregar.  —  en- 
cravar. 

AFFLicçÃo,  anciã,  angustia,  aperto,  des- 
gosto, dôr,  magoa,  martyrio,  modificação, 
pena  ,  pezar  ,  tormento ,  transe  ,  tribula- 
ção. 

afflvctivo,  acerbo,  aílligidor,  doloroso, 
molesto. 

AFFLiCTO,  aílligido,  atormcntado  —  des- 
consolado, ni«  lancolico. 

aefligir.  agoniar,  amargurar,  consumir, 
contristar. 

AFFLiGia-sE,  agaslar-se,  anojar-se  — in- 
fernar-se  —  doer-se. 

AFFi.ufiNCiA,  abundância,  copia  —  multi- 
dão —  enxurro. 

AFFLUEiSTE,  copioso,  Hco  —  caudal,  cau- 
daloso. 

AFFLUiR,  abundar  —  concorrer  —  desem- 
bocar. 

AFFociNnAR  OU  Èfocinhar ,  abater-se, 
C3Ír  —  succumbir. 

AFFOUTAR  ou  A/buíar,  acoroçoar,  desaco- 
bar-iar. 

AFFUUTAR-SE  OU  Afoutar  se,  atrever-se. 
ousar. 

AFFOUTFZA  ouA/oiUeza,  animo,  bravura, 
coração,  corajem,  denodo,  ardimento,  ou- 
sadia, reiolução,  valor. 

AFFOUTO  ou  Afouto,  audaz,  deliberado, 
intrépido  — desembaraçado,  desenvolto,  des- 
pejado. 

AFFRONTA,  aggravo,  bUdão,  contumel«a, 
convicio,  deshonra,  ignominia,  impropério, 
injuria,  insulto,  lab  o.  cíí-nsa,  opprobrid, 
vilipendio,  vitupério,  u  trajn  —  pengo,  ris- 
co —  prt^ssa  —  flnxii'da<le,  cançavo. 

AFFuoMADO,  aflliclo,  auciado  —  agastado. 


b 


AFR 


AGE 


871 


igoniado  —  «fogueado,  encalfflado  -^  corri- 
do, envergonhado. 

AFFRONTADOR,  injuriador,  ultrajador. 

1FFR0NTAH8NT0,  anxíedade,  vascas,  in- 
cendimento  —  calor  —  fadiga. 

AFFRONTAR  OU  Afroutar,  denunciar—  en- 
xovalhar, injuriar,  insultar,  ultrajar  —  aco- 
bardar —  acommetter,  assaltar,  investir  — 
envergonhar — (n.)  avernielhar-se.     ' 

AFFROiNTAR-SE,  cnvergonhar-so  —  inves- 
tir —  ultrajar- se  —  arrostar,  encarar» 

AFFRONTO«:o,  difTamatorio,  ignominioso, 
infamante,  injurioso,  opprobrioso,  aviltan- 
te, vituperinso,  ultrajante. 

AFiDALGADO,  bem  aforado,  illustre,  nobre 

—  mimoso. 

AFiDALGAR,  ennobrecer,  iliustrar. 

AFILAR,  aferir  —  açular. 

AFILHADO,  apadrinhado,  protegido. 

AFILHAR    açular,  atilar. 

AFOGADILHO,  açodamento,  diligencia,  pres- 
sa, promptidão. 

AFOGADO,  desalentado,  opprimido  —  ala- 
gado —  abafado  —  sobrecarregado. 

afogador,  coUar,  gargantilha. 

AFOGADURA,  ab"famenlo,  abafo,  afoga- 
mento, afogo,  suííucação. 

AFOGAR,  abafar  —  estrangular —  compri- 
mir —  dissimular,  occultar  —  submergir. 

AFOGO,  afogadura,  suffocação  —  constran- 
gimento, oppressão,  violência  —  affronta  — 
angustia,  anxia,  aperto  —  vexame  —  pres- 
sa. 

AFOGUEADO,  aíTroutado  —  ardente, inflam* 
mado  —  tostado  —  caloroso. 

AFOGUEAR,  abrasar,  incendiar,  queimar. 

afolhado,  numerado,  rubricado, 

^FOEA,  além,  excepto,  exceptuando,  sal- 
vante,  salvo,  senão. 

AFORADOR,  censuslista,  censuario,  rendei- 
ro. 

AFORAMENTO,  conso,  empbyleosis,  foro. 

AFOKAR,  arrendar. 

AFOhçuHADO,  apressado,  occupado. 

AFORRADO,  á  ligeira,  escoteiro. 

AFFORRAR,  arregaçar  —  evitar,  poupar  — 
libertar  —  alforriar  —  forrar. 

AF4ÍRRAR-SB,  expedir-se,  ir  escoteiro. 

afortalecer,  fortalecer,  reforçar. 

afortalezar,  fortiticar,  murar,    torrear 

—  corroborar. 

afortunado,  ditoso,  feliz,  venturoso  — 
fausto,  propicio  —  paciíico,  tranquiilo. 

AFORTUNAR,  aditar,  fortunar  —  molestar, 
trabalhar. 

AFRÀCAR,  desanimar  —  afrouxar,  enfra- 
quecer, fraquear. 

AFRICA,  Lihya,  Getulia,  Numidia. 

aFro,  africano. 

AFRouxAHEiiio ,  debelidado  ,  frouxidão, 
relaxação. 


AFROUXAR,  alargar,  desapertar,  descnte- 
zar  —  abater,  amainar  —  enfraquecer  — 
entibiar,  esfriar  —  abrandar,  moderar  — 
(n.)  relaxar. 

AFUGENTAR,    coxotar,    expulsar,    sacudir 

—  rechaçar,  lepellir. 
afumadura,  defumadura,    perfumadura. 
AFUMAR,  defumar  —  denegrir,    tisnar  — 

escurecer,  esourentar  —  estrumar. 

afundar,  afundir  —  mergulhar  7—  fun- 
dear. 

afundar-sb,  alagar-se,  sossobrar-se,  sub- 
mergir-se  —  profundar-se. 

AFUSiLAR  ou  Afuzilav,  i^eúsc&T  —  cham- 
mejar,  fulgurar,  scintiUar. 

AGAGHAR-SE,  acaçapar-se  ,  acocorar-se  , 
alapardar-se,  arquear  se,  baquear-se  cur- 
var-se,  debruçar-se,  prostrar-se  —  render- 
se,  sujeitar-se  —  ceder. 

agadanhador,  gatuno,  ladrão. 

agadanhar,  agatanhar,  arranhar  —  la- 
cerar —  agarrar,  empolgar,  tomar  —  fur- 
tar, roubar     surripiar. 

agalardoar,  galardoar,  premiar,  recom- 
pensar, remunerar. 

agaloadura,  alamares,  galões,  passama- 
nes. 

agaloar,  acairelar,  galoar. 

AOALOPAR,  galopar,  galopear. 

AGANIPPE,  Caballina,  flippocrene. 

AGARRADOR,  aguasil,  alcaido ,  beleguim, 
esbirro,  galfarro,  quadrilheiro. 

AGARRAR,  aferrar,  empolgar  —  colher  — 
empunhar  —  asir,  prender,  segurar. 

AGARRAR-SE  ,  pegar-so  —  conchegar-se, 
unir-se. 

AGASALHADOR,  agasalhadeiro ,  hospitalei- 
ro. 

AGASALHAR,  albergar,  alojar,  hospedar  — 
abrigar  —  acoutar  —  arrumar,  estabelecer 

—  auxiliar,  proteger  —    arrecadar,    guar- 
dar, reter. 

AGASALHO,  acolhimouto  —  gasalhado,  hos- 
pedagem 

AGASTADiço,  assoma  io  ,  colérico,  irasci- 
vel. 

AGASTAR,  assanhar,  encolerisar,  enfadar, 
irar,  irritar. 

AGASTAR-SE,  aíiuar-se,  amuar-se,  anojar- 
se,  apaixonar-se.  embespinhar-se  —  aífli- 
gir-se,  agoniar  se  —  abafar,  anciar. 

agatanhadura,  arranhadura,  esfoladura. 

AGATANHAR,  ag^^dauhar  —  arranhar. 

AGEiTAR,  accommadar,  adjectivar,  azar, 
conformar,  moldar. 

AGENCIA,  diligencia,  grangearia,  industria, 
trabalho  —  administração. 

AGENCIAR,  adquirir,  grangear  —  conse- 
guir —  negociar,  procurar,  soUicitar. 

AGENTE,  enviado,  ministro  —  procurador 
—  potencia  —  [adj.)  activo,  enérgico. 
218  « 


872 


AGO 


AGU 


AGERMANAR,  jgaalar,  irmanar  —  assomar. 
agermanar-se,  confederar-se,  unir-se. 
AGGLUTiNANTE,    agglulinalivo ,    congluti- 
nanle^  grudante. 
agglutinar,  apegar,  coUar,  grudar. 
aggravante,  queixoso  —  oflensivo. 
aggravar,  augiuenlar,  irritar  —  oílender 

—  opprimir  —  adquirir,  procurar. 
aggravo,  allVonta.  injuria,  insulto.  oíTen- 

sa,  opprobrio,  vitupério  —  gravame,  oppres- 
são. 

ACCREGAçÃo,  admissio,  recepção  —  en- 
corporaçào. 

acgregado,  complexo,  união. 

aggregar,  admitiir,  associar,  encorporar 

—  amontoar,  cumurar  —  rebanhnr. 
aggressão,  acommelimenlo,  hosliladadé, 

salto. 

AGGRESSIVO,    OÍTtínsivO. 

acgressor,  acommeltedor,  assaltador,  in- 
vasor —  tentador. 

AGIGANTADO,  colossal,  giganleo,  g'gan- 
tesco  —  desmesurado  —  grand«    —  largo. 

AGIGANTAR,  corpulcnciar  —  alongar,  es- 
tender —    exaggerar. 

agil,  despachado,  expedito,  lesto,  leve, 
prorcplo  —  geilrso. 

agilidade,  actividade,  celeridade,  desem- 
baraço, ligeireza,  presteza,  rapidez,  veloci- 
dade. 

AGITAÇÃO,  alvoroço,  boliço,  bulha,  mo- 
tim —  commoção,  dessocego,  inquietação 
—  balanço. 

AGITAR,  abalar,  abanar,  sacudir  —  alvo- 
roçar, amotinar  —  dessocegar.  estimular, 
incitar  —  mover,    propor,  suscitar. 

AGNAçÃo,  cognaçào,  consanguinidade,  pa- 
rentesco. 

AGNADO,   parente. 

AGNO,  cordeirinho,    cordeiro. 

AGNOME,  alcunha,  appellido,  cognome, 
sobrenome. 

AGCA  ou  Aguttj  lyntpha  •— -  chuva  —  la- 
grymas  —  mor —  suor  —  [pi.)  aíllicções, 
pena.  trabalhos  —  urinas. 

acoaçal  ou  Aguaçal,  balseiro,  pântano, 
paul. 

AGOACEiRO  ou  Agnacciro,  aguada,  bor- 
rasseiro,  bursigniada,  chuveiro. 

AGOACENTO  OU  Agvaceiíto  ,  alíígadiço  , 
apaulado,  brejoso,  eulodado,  lentejoso,  lo- 
doso, pantanoso 

agoaDeiro  ou  Aguadeiro,  «çacal, 

AGOADO  ou  Aguado,  chuvoso  —  destem- 
perado. 

agoador  ou  Aguador,  borrifador,  rega- 
dor. 

agoa-pé  ou  Agua-pé,  surrapa. 

agomar,  abrolhar,  gomar. 

AGONCoftADo,  enigmalico^  escuFO,  incom- 
prehensivel. 


AGONIA.  aíTIicção,  anciã,  anxiedade,  mar- 
tyrio,  tormento,  transe  —  combate,  lucta 
—  perigo,  risco  —  temor. 

AGONIAR,  amargurar,  attribular,  magoar, 
monilioar,  penali/ar  —  agastar. 

agoniar-se,  aínÍKÍr-se,  angustiar-so  — 
enc('lorisar-se,  enfadar  se. 

AG0N1SA.NTE,  tíxpirnnte,  moribundo. 

AGOHA,  actualmente,  ora,  presentemen- 
te —  ou,  qner. 

aGutar.  enxugar,  sec^ar  —  esgotar,  es- 
tancar, exhaurir. 

AGOURAR,  íiugurar,  presagiar,  propheli- 
sar,  prognosticar,  vaticinar  —  predizer. 

AGuuREiRO,  adivinhador,  adiviuho^  arús- 
pice, augiir,  agure. 

AGOURO,  presagio  — predicção,  prophe- 
cia,  vaticínio. 

*agra,  agro,  agrura,  penediss ,    serros- 

agraciado,  engraçado,  galante. 

Agradado,  comente,  gostoso,  satisfeito. 

ahaDar,  aprazer  —  contentar,  satisfa- 
zer. 

AGRADÁVEL,  amavel,  altractivo,  grato  — 
caro,  gostoso  —  aíTavel,  benigno,  faguei- 
ro, meigo  —  bello,  gentil  —  doce,  macio, 
melliíluu  —  ameno,  aprazível,  suave  —  de- 
leitavel,  deleitoso,  in^^antador  —  alegre, 
gracioso,  jucundo,  recreativo  —  saborido, 
saboroso. 

AGRADECER,  gratificar,  gratular,  remer- 
cear. 

AGRADECIDO,  grâto,  gratulo,  reconheci- 
do. 

agradecmento,  gratidão,  reconhecimen- 
to —  correspondência,  gratificação,  paga, 
recompensa. 

agradecivel,  agradavil,  grato. 

AGRADO,  aílabilidade,  aroabilidade  —  cor- 
tezia,  urbanidade  —  amenidade,  suavida- 
de —  brandura,  doçura  —  amizade,  gra- 
ça, privança,  valimento  —  contentamento, 
gosto,  prazer  —  approvação,  beneplácito, 
consentimento  —  satisfação  —  vontada  — 
alegria,  j   cundidade. 

agrapim,  alamar,  apertador,  broche,  col- 
chete. 

AGRÁRIO,  campestie,  campezino,  campo- 
nez. 

AGRAZ,  acerbo,  agro,  azedo  —  (s.)cgra- 
ço. 

agreste,  campestre,  caroponez.  monta- 
nhez,  montesinho  —  selvagem,  selvático  — 
bravio  —  boçal,  bronco,  rústico,  villão  — 
desabrido. 

xGricula,  agricultor,  colono,  cultivador. 

aCricultar,  cultivar,  lavrar,  rotear. 

AGRICULTOR,  agrícola,  campr-ncz,  colono, 
culiivodor,  lavrador. 

agricultura,  aradura,  cultura,  lavoura, 
lavra,   lavrada. 


ÀJIJ 


klk 


873 


agbidocb,  agridulce.  bical,  doce-amargo. 

AGRILHOAR,  encaileiar  — captivar. 

AGiiisAniiAR,  encanecer,  grisalhar. 

AGKo,  alcantil,  aspereza  ,  escnlirosiclade, 
fragosidade  —  {a'ij.)  acurbo,  acido,  agraz, 
azedo  -  -  desabrido,  molesto  —  fragoso,  inac- 
cessivel. 

AGRURA,  azedia,  azedume  —  alcantil,  fra- 
gosidade, penedia 

AGUARDAR,  e«íperar  — appetecer,  desejar 

—  accncnpanhar  —  escoltar ,  guar- 
dar —  aguentar  —  observar  —  olhar  — 
servir. 

AGUARRNTADOR,  desabinador.  dectraclor. 

aguarentar,  economisar,  pnupar  —  aper- 
feiç^^ar,  polir,  reií^car  —  censurar,  repro- 
var —  cortar,  diriiinuir. 

aguçadura,  aQação     amoiadura. 

AGUÇAR,  afiar,  amolar —  adelgaçar,  agu- 
dar  —  avivar,  sublilisar  — «guilhoar,  es- 
pertar, estimular  —  animar  —  excitar  — 
(n.)   subir. 

AGUÇOSO,  activo,  apressado,  diligente  — 
habil,    industrioso,    solerle. 

AGULfEZA,  lio  gume  ,  ponta  —  astúcia, 
destreza  —  habilidade,  industria,  ingenho 

—  espertez?!,  penetração,  peispicacia,  sa- 
gacidade, sulitileza,  vivacidade  —  argúcia, 
chiste,  conceito  —  foriiijão  —  viveza. 

AGUuii  HO.  agudinho,  bicudinho. 
AGUDO,  afiado,  amolado,  cortante  — apon- 
tado, bicudo,  pontudo   —  arj^nlo,  cliisloso 

—  activo,  destro,  esperlo,  penetrante,  per- 
spicaz —  fino  —  forte  —  doloroso,  vio- 
lento —  alegre,  alvoraçado  —  ardente. 

AGUcNTA»  ou  P.guontar,  aturar,  c>  ro[)Or- 
tar,  sofirer,  supporiíír,  sustentar,   lolerar, 

AGUiLUÃo,  aguilliada  —  ^ico,  ferrão,  pon- 
ta —  fspmho.  pua  estimulo,  incenti- 
vo —  irritamenio. 

AGuiLHArt,  a^uilhoar,  —  atalaiar,  velar, 
vigiar. 

AGUiLHOADOR,  estimuladof,  instigador. 

aGUii.hhamemto.  esporada  —  e-limnlo. 

aGuii.hoa»,  atcjrrotear,  pungir  —  animar, 
excitar,  instigar. 

AHi  ou  AÍ,  acolá,  «ilé'n,  alli.   hi.lá. 

AiiLSTK,  amarra,  bragii*'iro.  cabo. 

Al,  geoiido,  lamento,  queixa,  queixumíft- 

AIA,  ama. 

AiJESu,  mimoso,  querido. 

A'NDA,  actualmente  —  mais. 

ainoaquando,  no  caso,  na  hypolh'»fe'  — 
emiantoque. 
■  AiNDAQUE,  bemqiie,  postoque —  mas. 

AIO,  mestre,  pedagogo,  preceptor. 

AIROSO,  bizarro,  engraçado,  par.aníe,  gar- 
bos». t:t*ntil,   lindo 

A^OMjiAçÃo.  ajodhadura.  gí^naflexão.. 

AJOUJAR,  C«8ar,  empartdhar,  juiilar. 

AJUDA  ou  XdjwJa,  adjutorio,  as&iste  ocia 


auxilio,  soccorro  —  crystel,  laTatorio,  me- 
zinha. 

AJUDADOR  ou  Ujudador,  auxiliador. 
AJUDAR,  ou  kdjudar,  apadrinhar,   prote- 
ger, segundar,  sustar  —  promover  —  mi- 
nistrar —  concorrer,  cooperar. 

AJUDAR-SE  ou  Adjuduv- 86,  aproveitaf-se, 
valer-se. 

AJUIZADO,  atinado,  avisado,  discreto,  ju- 
dicioso, prudente,  sensato. 

ajuizauor,  conceituador  — •  apreciador, 
avaliador. 

ajuizar,  arbitrar,    avaliar,  estimar,  arra- 
zoar, discorrer. 

ajuntahrnio,  accrescentamento,  aflluen- 
cia.  aiMontoamento  —-  cdlecção,  corpo  — 
concurso,  multidão  —  concibabulo,  con- 
venticulo,  juncta  —  casamenio  —  copula. 
ajuntar,  accumular,  apinhar  —  liar.  unir 
— •  emparelhar,  irmanar  —  achegar,  apro- 
ximar       colligir. 

ajuntar-se,  accrescer —  appropinquar- 
se,  aproximar-se  —  copiilar-se. 
aJU.ntavel,  sociável,  univel. 
AJURAMRNfAR-SB,  conjurar  s^  — jurar. 
aiustado,  concordado,  convindo  ^  con- 
f  rme.  congruente  —  justo,  racionavel  — 
afinado,   concorde,  unisono. 

AJusTAMRiNTO,  ajusie  —  con<'.erto,  con- 
venção, pacto  —  consiliação,  concordata  — 
pazís,  r-confiliação. 

AJUSTAR,  unir  —  accommodar,  avir,  pa- 
cificar —  adoptar,  moldar,  soldar  -  con- 
f)rmar-se,  convir  — conlraciar,  pactuar  — 
igualar  —  pref«zpr. 

AJUSTE,  f»jnslrtmento  —  reconciliação  — 
cnncerU),    pauto. 

Al. A,  enfiada,  líeira,  fila,  fileira,  renque 
—  labareda,    aza. 

ALABARDA,   chuço,    espoutão.    partssana. 
ALABARDEiRO,  archeiro,  hastario,  pi(j[uei- 
ro. 
alabastríno,  alvíssimo,  b»'anquissimo. 
Ai-ARAsTRO,   pndra  lustrosa  •>-  alvura. 
alachao  ou  Alacrau  ,   escorpião,    lacrai, 
lacrau 

ALACRIDADE,  alegria,  jubilo  —  activida- 
de,  promptidào. 

ALAGADiçt),  apaulado,  lamacento,  lodoso, 
par  taiioso. 

A!  AGADf),  inundado  —  mergulhado  —  Op- 
primido. 

aiagador,  inundador  —  desperdiçador, 
dissipador;  esiragador,  gastador. 

alagamento,  aliuvião,  cheia  —submer- 
são,   sossí>bro. 

AL*GAR,  ítcapellar,  inundar -^  afundar  — 
dissifiar  —   opprimir. 
alagoa,  iMgoa.    pântano. 
alaguNa    ahgoflsinha,  chatco. 
alahar,  cordão,  firmai. 
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ALAMBAZADO,  glotão,  goloso -—.esfarrapa" 
de,  rolo.  irapento. 

ALAMBAZAR-SE,  fartar-se,  saciar-se. 

ALAMBICAR,  distillar  —  requiatar,  subti- 
lisar. 

ALAMBRE,   elcctrO. 

ALAMEDA,   avenida,  lameda. 
Alão,  cão  de  fila,  mastim,  rafeiro. 
ALAPARDAR-SE,    acaçapar-se,   agaciíar-se 

—  esconder-se.  cccultar-se. 

ALAR,  alçar,  elevar,  levantar,  subir. 

ALARDEAR,  ostmtar  —  (n.)  bazofiar. 

ALARDO  ou  Alarde,  mostra,  resenha  — 
fausto,  ostentação,  pompa  —  bazoíia,  de- 
vaneio, jactância,  vaidade  —  altivez,  sober- 
ba. 

■  .ALARGAMENTO,  dilatação,  extcnsão, 
.'ALARGAR,  largar  — prorogar  —  augmen- 
tar  —  amplificar  —  dilatar,    prolongar  — 
abrir. 

ALARGAR-SE,  dcsencolher-se,  desentesar- 
se,  estender-se  —  afastar-se  —  demorar-se, 
dilatar-se. 

ALARIDO,  alarida,  algazarra,  clamor,  gri- 
ta, gritaria,  vozeria —  motim,  rumor  —  ce- 
leuma. 

ALARVARIA ,  gargantoice,  glotoaeria  — 
bruteza,  grosseria. 

ALARVE,  comilão  —  cstupido  —  grosseiro, 
rude  —  csmpino. 

ALASTRAR,  coalhar,  espalhar,  juncar  — 
arrasar,  derribar. 

aLaude,  ciihara,  guitarra,  lyra,  viola. 

ALAVANCA,  alçaprema. 

aLbergador,  alojador  —  agasalhador. 

ALBERGAR,  alojar ,  aposentar ,  hospe- 
dar. 

ALBERGARIA,  estalagem,  estão  —  hospicio 

—  pousada. 

ALBERGUE  OU  klvergue^  hospicio  —  hos- 
pital —  estalagem,  hospedaria. 

ALBEKGUEiRO,  cstalajadciro,   hospede. 

ALBOR  ou  klvor,  alva,  aurora,  madruga- 
da. 

ALBÒRCAR,  cambiar,  permutar,  trocar. 

ALBORQUE,  barganha,  cambio,  commuta- 
ção,  permutação,  troca. 

ALBUFEIRA,  agua  —  Tuça  —  lago  —  tan- 
que. 

ALCAÇAR,  Xlcacer  ou  klcazar,  paços,  cas- 
tello,  fortaleza,  praça — templo. 

aLCAçaria,  castello  —  palácio. 

ALCÁÇOVA  ou  Álcácevãy  castello  —  forta- 
leza. 

ALCAÇUZ  ou  Alcaçus ,  regoliz ,  ou  re- 
gliz. 

ALCAIDE,  capitão  de  castello,  castellào.- 

alcançádo,  atalhado,  perturbado  — en- 
vergonhado, pejado  —  atrazado  ■—  acquiri- 
do,  conseguido,  obtido  —  emjpenhado,  en- 
âividado  —  pobre. 


.ucançar/  abúMMft^er  — '  chagar  a.  .,  lo- 
car —  conseguir —  coraprohender,  penetrar, 
perceber  —  adquirir,  grangear. 

ALCANCE,  alcançadura  —  seguimento  — 
comprehensão  —  {adv  )  perto,  quasi. 

ALCANTILADO,  alto.  profundo— despenha- 
do, Íngreme  —  escarpado,  fragoso. 

ALGATRUZAR-SE,  (jorcovar- se,  encurvar- 
se, 

ALÇADA,  poder  —  districlo,  jurisdicçào. 

ALÇAPERNA,  alçapé,  cambadelia,  camba- 
pó. 

ALÇAR,  erigir  — arvorar,  erguer  —  elevar, 
exaltar,  sublimar. 

ALÇAR-SE,  levantar-se,  rebellar-se,  suble- 
var se. 

ALCioN  ou  klciona,  maçarico. 

AicoFA,  cabaz,  c>\nistrel,  cesto,  teiga  — 
alcoviteira. 

ALCoucE,  bordel,  lupanar,  putaria. 

ALCOVITEIRO,  alcajole,  alcofa. 

ALCUNHA,  appellido  —  sobrenome. 

ALEGRAR-SE,  desenfador-sc,  folgar,  rego- 
zijar-se. 

ALEGRIA,  contentamento,  deleite,  gosto, 
gozo,  jubilo,  prazer,  regozijo  —  galhofa. 

ALEJADO  ou  A /eirado,  estropeado,  manco, 
maneta,  tolhido. 

ALEIJAR,  derrear,  estropear. 

ALEivE,  calumnia  —  aleivosia,  traição. 

ALEivosiA,  deslealdade,  infidelidade,  per- 
dão, traição > 

ALEIVOSO,  desleal,  pérfido,  traidor. 

ALEM  ou  AtV/»,  longe  —  mais  acima,  para 
lá  —  demais. 

ALÉM-MAR,  ultramar. 

ALENTADO,  csforçado,  forte,  robusto  — 
animoso,  bravo,  valente  —  atrevido,  deste- 
mido, intrépido,  ousado —  brioso,  magnâ- 
nimo. 

ALENTAR,  animar  -—  esforçar,  fortificar, 
vigorar  —  buzinar,  trombetar —  n.)  res- 
pirar 

ALENTO,  fôlego,  hálito,  respiração — espi- 
rito, vida  —  animo,  intrepidez,  ousadia  — 
brio,  valor  —  força,  robustez,  vigor  —  ge- 
nerosidade, magnanimidade. 

alestar,  desembaraçar —  aprestar  —  sa- 
far. 

ALFABETO  OU  hlphabeio,  a,  b,  c,  abece- 
dario  —  princípios. 

ALFAIAS  ou  Alfayas ,  moveis,  trastes, 
utensílios  —  adornos  —  cabedaes,  rique- 
zas. 

ALFANAR,  pcnleíar  —  aceiar  —  enfeitar, 
ornar  —  polir. 

ALFANCEGA,  aduana. 

ALFENiNADo,  afeminado,  delicado,  mol- 
le. 

ALFORGK  OU  klforjii  cõvadeífa,  saocõU* 
BaquiahOt 


à&tli 


ÀLôAR,  barraaco,  caverna,  cava  —  cra- 
tera. 

ALGAZAR.4  ou  Kl^azQrra,  clamor»  grita- 
ria^ vozeria. 

ALGOZ,  carnifice,  carrasco,  verdugo  —  ma- 
tador—  bárbaro,  cruel,  tyranno  —sangui- 
nário. 

AiGozARiA,   crueldade  —  carniçaria,  ma 
tança. 

ALHADA,  embrulhada,  enredo. 

ALHANAR,  achanar,  aplanar,  unir  —  arra- 
sar, assolar  —  facilitar. 

ALUANAR-sE,  humauar-se  —  humilhar- 
se. 

ALHEAçÃo,  hallucinação  — distração  —  es- 
quecimento —  insensibilidade. 

ALDEADO  ,  absorto  ,  alienado  ,  enleva- 
do. 

ALIÁS,  d'outro  modo  —  em  outras  cir- 
cumstancias  —  a  outros  respeitos. 

ALiCANTiNA ,  astúcia,  engano,  trapaça, 
trela. 

ALiCANTiNEiRO,  trapaceiro. 

ALiCECE  ou  Alicerce,  base,  fundamento 
apoio. 

ALIMENTAR,  nutrir,  sustentar  —  cevar. 

ALIMENTO,  manlimento,  nnlrimanto,  re- 
feição, sustento  —  nomer ,  iguaria,  man- 
jar. 

ALiMENTOSO,  Hutritivo,  subslancial.  ^ 

AuiiPAR,  aceiar,  esfregar,  limpar,  var- 
rer—  munJar  —  expurgar,  purgar. 

ALiNHAR-SE  ,  adcreçar-se  ,  adoroar-se  , 
ataviar  se,  concertar-se,  enfeitar-se,  ornar- 
se. 

ALINHO,  aceio,  concerto  —  adorno,  ata- 
vio, enfeite. 

ALIZAR,  brunir ,  polir  —  achatar ,  apla- 
nar, 

AUAvA  ou  Âljaba,  carcaz,  coldre. 

allega^ão,  cilaçrio. 

ALLEGAR,  cllar,  ppoduzir,  trazer. 

ali.egoria,  allusão,  figura,  sombra. 

ALLi,  lá,  nesse  lugar  — mais  longe. 

AU.iADO,  culligado,  confederado,  ligado, 
unido. 

ALLiANÇA,  parentesco  —  confederação  — 
concerto,  pacto  —  alliagem,  liga. 

ALLiciAii,  requebrar,  requestar  —  sedu- 
zir. 

ALLiviAçÃo,  alliviamento,  allivlo,  conso- 
lo. 

ALUViAR,  abrandar,  mitigar,  suavisar  — 
desculpar  —  ciminuir  —  desobrigar,  dis- 
pensar —  flpgrar  —  consolar  —  desaba- 
far,   divertir. 

ALLiviQ,  consolíição,  lenitivo  — -  dÉsafcgo, 
..iveuimento,  recreação,  r&creio  —  dtscan- 
ço, socego.  ■  '. 

ALi.LCiNAÇÃo  ou  Halhicinoção,  alltcação 
—  dcàiumbremenlo  —  cegueira,  engano. 


ALUCiMAR-sB  (mà  Balliuinar^H,  «iifip 
oar-se,  errar,  ornar,  ourJjar. 

ALLiiHiAa  ou  ÁJu-miar,  cclarAr.  clarear, 
dar  luz,  esclarecer  — '  illustrar  —  hiw.^ 
instruir  -^  inspirar —  dingir, 

ALLUV1Ã0,  cheia,  diluvio,  enchente,  inun- 
dação —  enxurrada,  levaída. 

ALMA,  espirito,  vida  —  animo  —  «ulor, 
causa,  motor  —  forma,  nciodelo,  molde  — 
consciência  —  individuo,  pessoa  —  cabeça, 
chefe  —  centro  —  energia  —  desenho,  ideia. 

ALMADiA,  barca,  canoa,  tone. 

ALUANACH  OU  Álmanak,  calendário,  fo- 
lhinha. 

ALMO,  creador.  <, 

A'  MOCREVE,  moço  de  mulas,  recoveiro» 

ALOJAMENTO,  casa,  domicllío,  babitaçiO', 
morada,  pousada. 

ALOJAR,  albergar,  recolher  —  (n.)  assistir, 
morar,  residir. 

ALOMBAR,  derrear,  desancar. 

ALONGADO,  dilatado,  estendido  —  distante 
longiquo  —  desviado,  remoto. 

ALONGAMENTO,  dcmora,  dilação,  prolonga- 
ção,  tardança  —  comprimento,  extensão  — 
apartamento,  distam  ia. 

ALONGAR,  afastfr,  apartar  —  dilatar,  es- 
tender —  distanciar,  espaçar  —  delongar' 
demorar.  - 

ALOUCADO ,  desaitentado  ,  estouvado  — 
adoudado,  louco. 

ALPESTRE,  alcantilado,  alpestrico,  áspero 
fragoso. 

ALQUIMIA  ou  Alchimia,  chrysopedia,  phi- 
losophia,  spagyrica. 

ALROTAR,  jactar-se  —  escarnecer  —  insul- 
tar —  bradar. 

ALTANADO,  altaneiro,  altivo,  arrogante, 
soberbo- 

ALTAR,  ara. 

ALTEAR,  alçar,  elevar,  erguer,  líjvantar  — 
profundar. 

ALTEAR-SE,  clevar-sc,  sublimar-se  —  aba- 
ter-se,  humilhar-se  —  profundar-se. 

ALTERAÇÃO,  mudança  —  corrupção,  falsifi- 
cação ^-  bulido  —  abdlo,  emoção. 

ALTERADO,  mudado,  perturbado  —  altana- 
do  eusuberbecido  —  inquieto  —  levanta- 
do. 

ALTERAR,  mudar,  transformar,  transtor- 
nar —  turbar  —  irritar — ionovar  —  perver- 
ter —  commover  —  aiLOtinar  —  conturbar, 
confundir. 

ALTERAR-SE,  perturbar  sc  —  alborotar  se, 
amotinar-se,  lumuliuar  —  encrespar  se,  re- 
ferver —  irar-se. 

ALTERCAÇÃO,  porfia —  impugnação  —  con- 
tenda, disputa  —  controvérsia,  duvida  — 
questão  —  combale,  rixa  —  discórdia  —  de- 
bate. 

ALTEiiCAR,  proí  ar  —  contender  —  contro- 
219 


87Q 


AMA 


AMB 


verter,    rJisputar  —  contestar  —  ventiLir  — 
combater,  debatpr. 

ALTERNAÇÃO,  alternativa,  vicissitude  —  re- 
vezes- 

ALTERNATIVA,  rcvezamento ,  vira  volta, 
volia. 

ALTERNATIVO,  flllernado,  alterno. 

ALTRRoSD,  alio,  elevado. 

ALTEZA,  altura,  celsitude,  elevação,  emi 
nencia  —  soberania. 

ALTIBAIXOS,  desigualdade,  fragosidade  — 
alternativas,  revezes  —  deíV^itos  —  imperfei- 
ções. 

ALTÍLOCO  ou  Alilloquo,  altisoiiante,  altiso- 
no,  flliivo,  alto,  sublime 

ALTIVEZ  ou  Aliiceza.  arrogância,  sober- 
ba —  elevação  —  orgulho,  ufania  —  f  isto  — 
grandeza  ,  magnanimidade  —  presumpção 
—  magesiade,  soberania. 

ALTIVO,  alto,  elevado  —  brioso,  ufano  — 
vanglorioso,  arrogante ;  imperioso,  orgu- 
lhoso, suberbo  —  magpsioso,  sublime. 

ALTO,  erguido,  levantado  —  » levado,  su- 
blime —  eminente,  excelso  —  profundo  — 
in^omprebensivel  —  illu»tre,  nobre  —  gene- 
roso —  Ínclito  —  magestoso  —  poderoso  — 
soberano  —  caro. 

ALTURA,  elevação  —  sublimidade  —  auge, 
eminência  —  apogeu,  ztinith  —  cume  —  as- 
somado, teso  —  profunilidade 

ALUADO,  doudo,  insensato,  lunático,  phan- 
tastico  —  estouvado. 

ALUIR,  abalar,  abanar,  mover  —  arruinar, 
derrocar. 

ALUMiNO,  académico,  aulisla,  estudante  — 
porcjonisia  —  discipulo. 

ALVA,  alvor,  alvorada,  aurora,  madruga- 
da, manhã. 

ALVAR,  inepto,  néscio,  parvo,  pateta,  to- 
lo —  alvacento 

ALVEDRIO,  alvidrio,  arbitrio,  vontade  — 
liberdade  — juízo  —  querer  —  eleição, 
escolha. 

alviçaras,  dadiva,  estreia,  premio,  re- 
compensa. 

ALVITRE,  alvidramento,  aviso,  conselho, 
parecer,  projecto  —  noticia,  novidade, 

Aivo,  baliza,  filo,  meta,  mira,  ponto  — 
fim,  termo  —  («<(/•)  branco,  cândido. 

ALvoRAR,  aclarar,  alvorecer,  amanhe- 
cer. 

ALVOROÇADO,  mal  soíTrido  —  revoltoso  — 
accel^rado. 

ALVOROÇAR,  commover  —  agitar,  inquie- 
tar —  revoltar,  sublevar. 

ALVOROÇO,  expectação  —  comrao(,ão  — 
alacridad'^,  pro  i  ptidào  —  alvoroto,  mo- 
tiíu,  ruld",   sediçôo. 

ALVU81,  braticiin,  cí«ndidez. 

AjiA,  oin  —  benh'prt  —  H»t(«if<jadeira,  hos- 
peda. 


AMADTLTDADB,  amenidade,  doçura,  suavi- 
dades —  aíTabilidflde,  agrado,  cortezia. 

AMADA,  querida  —  amasia  —  namora- 
da. * 

AMADO,  caro,  presado,  querido. 

AMADORNAR,  adormccer,  adormentar  — 
quebrantar. 

AM* DURAR,  acereijar,  amadurecer,  assa- 
zonar,  madurecrr. 

amago,  imo,  interior  —  intrínseco,  me- 
dula, substancia'  —  centro,  cerne,  cora- 
ção. 

AMAINAR,  abaixar,  abater,  calar  —  afrou- 
xar, ceder  —  cessar  —  acalmar,  sucegar, 
tramiuillisar. 

amald  çoado,  abominável,  detestável,  exe- 
cravel,  maldicto. 

amaldiçoar,  anathematisar  —  imprecar 
—  maldizer,  praguejar,  castigar. 

amancebado,  amasio,  amigo,  concubina- 
rio- 

AMAT«CEBAMENTo,  abarregamento,  concubi- 
nato, mancebia. 

AMANHAR,  compor,  concertar  —  agricul- 
tar, cujiivar,  b  vrar. 

AMANHAR-sE,  accommodar-se,  ageitar-se, 
dispor-se. 

AMANHECER,  alvorar,  alvorecer  —  madru- 
gar —  íChar-se,  apparecer. 

AMANSAR,  domar,  subjugar,  submetler , 
sujeitf.r  —  abrandar,  mingar,  moderar  — 
applacar  —  cultivar,  hortar. 

AMANTE,  amador,  amoroso,  apaixonado, 
namorado. 

A\^A^UENSE,  copista,    escrevente. 

Amar,  estimar,  querer  bem — apreciar  — 
dese'ar,  querer  —  escolher,  seguir. 

AMARGO,  amargoso,  amaro  —  duro,  pe- 
noso. 

AMARGURA,  amargor,  amargueza,  azelu- 
me  —  afflicção,  desgosto,  dôr,  pena,  tor- 
mento. 

AMARiisHAR ,  marinhar,  manear,  tripu- 
lar. 

AMARRADO,  atalo,  ligado,  prcso  —  obsti- 
nado, pertinaz,  teimoso. 

AMARRAR,  atar,  ligar,  prender. 

amAsia,  amante,  amiga,  concubina,  man- 
ceba. 

AMASIO,  amante,  amigo. 

AMASSADO,  aboleimado,  chato  —  ameiga- 
do —  grosseiro,  tosco. 

AMASSAR,  sovar  —  abolar,  amolgar  —  es- 
magar —  afundir. 

AMATORio,  erótico. 

AMÁVEL,  Pgradttvel,  encantador. 

AwuiçÀo,  desg),  sede  —  appelile  —  cu- 
bica. 

>!i!D  GUiDADB.  rmphlbologla  —  duvidain- 

ceri'  t.n 
A»n  Guo  pquivwo 


dublo,  dílvi^ltisti;  IH' 


AMO 


A5C 


877 


certo,  vario  -^  índeliberado,  indeterminado, 
irresoluto,  perplexo. 

ÂMBITO,  circulo,  gyro — circuito,  circum- 
fertJncia,  redondeza. 

AHBULANTB,  errante,  eiratico,  vagabun- 
do. 

AMBULATÓRIO,  mudavel,  vario. 

AMKAÇAR,  injuriar  — amedrontar — annun- 
ciar,  prognosiic.ir. 

AMEAÇAS,  barbajas,  feros  —  pragas,  ralhos 

—  rebates. 

AMEDRONTAR  OU  AmedreiUar,  alemorisar, 
aterrar,  intimidar 

AMEIGAR,  acarinhar,  aílagar,  amimar,  ca- 
riciar. 

AMENíDADE,  frescura  ,  viço  —  elegância, 
graça,  suavidade. 

AMENO,  agradável,  aprazivel,  deleitavel, 
deleitoso,  delicioso,   gr/ito,  jucundo,  suave 

—  viçoso  —  fresco—  frondente,  frondoso  — 
sombrio  —  amoroso  —  benigno,  brando, 
tractavel. 

AMESTRAR,  adestrar;  dirigir,  doclrinar,  en- 
sinar, exercitar,  industriar,  instruir. 

AMIGA,  amasia,  concubina. 

amigar-se,  reconciliar-se  —  amancebar- 
se. 

AMIGÁVEL,  doce  —  sociavcl  —  gracioso  — 
amigo  —  amoroso 

AMIGO,  amante,  amasio  —  (oí//.)  benéfico, 
favorável,  propi<"io. 

AMIMAR,  acarinhar,  aíFagar,  ameigar,  ca- 
riciar. 

AMiSERAR-SB,  amesquinhar-se  —  apiedar- 
se,  compadecer-se,  condoer-se ,  doer-se, 
lastimar. 

AMIUDAR,  reduplicar,  repetir. 

AMIÚDE  ou  kmiwío,  frequentemente,  mui- 
tas vezes  —  era  breve  tempo. 

AMIZADE,  nff^ícto,  amor.  carinho  —  bene- 
volência—  concórdia,  união. 

AMO,  aio  —  senhor. 

AMOFINAÇÃO  ,  aborrecimento  ,  desgosto  , 
desprazer,  enfado  —  pena,  tormento. 

amofinaR-se,  apastar-se,  apaixpnar-se,  en- 
fadar-se — affl'gir-se,  agoniar-se. 

amoldaR,  ajustar,  conformar. 

amolgar,  abolar,  amassar  —  render  — 
abalar  —  vencer  —  (n  )  ceder,  render-se., 

a,,ollrcer,  amollentar,  mollificar  —  ado- 
çar enfraquecer  —  abrandar,  enternecer. 

amostoamento,  cumulo,  monte,  ruma  — 
ajuntamento,  amontoação  —  confusão. 

amontoar,  acciímuUr,  aggregar,  apinhoar 
adqui'ir  —  multiplicar. 

aMor,  pfTecto,  òffeição,  inclinação  —  ami- 
zade —  sympíiiia  —  [-aiiào  —  aífabilidade, 
bent^volencia  —  o  nmanie. 

AMfiiuH.  esconder  —  reter. 

am»'Hah-8K,  a"seiitflr-se,  uccultar-se,  ex-| 
palrl«r-^e  | 

»UL.    IV 


AMOROSO,  «manto,  namorado —  {aàj.)  amá- 
vel —  alíiotuoso,  aíTciçoado  —  brando,  favo- 
rável, .uacio. 

AMORTECER,  «pagar,  extinguir  — diminuir, 
quebrantar  —  (n.)  entorpecer-se,  intume- 
cer-sé. 

AMORTECIDO,  mortal  —  immobíl,  languido 

—  estanque. 

AMOTINAÇÃO,  alvoroto,  amotinaia,  motim, 
tumulto    -  sedição. 

AMOTINADOR,   faCCiOSO,    TCVOltOSO,    SedÍCÍO- 

so  —  perturbador  —  turbulento. 

AMOTINAR,  akorotar,  revoltar,  sublevar, 
tumHÍtaar  —  perturbar. 

amover,  apartar,  desviar,  remover,  ti- 
rar. 

AMPARAR,  favorecer,  protoger  —  defender 

—  apadrinhar,    patrocinar  —  soccorrer  — 
abrigar. 

AMPARAR-SE,  acoutar-so  —  broquelar-se, 
esc  idar-se  —  guardar-se. 

AMPARO,  abrigo — escudo  —  apoio  —  de- 
fensa —  patrocínio,  protecção. 

AMPHiTHEATRO,  área,  circo,    colisseu. 

AMPLIAR^  accrescentar,  augo  entar,  dila- 
tar, estender  —  dilfundir,  propagar  —  en- 
carecer, engrandecer,  exaggerar. 

AMPLIDÃO,  amplitude,  extensão,  largura , 
latidào. 

AMPLIFICAÇÃO,  accrescimo,  augmento  — 
exaggeração. 

AMi-LiFiCAR,  engrandecer,  exaggerar  —  di- 
latar. 

AMPLO^  amplifico  —  dilatado,  espaçoso, 
extenso,  largo,  vasto  —  diífuso  —  abundan- 
te, copioso. 

AMpoLLA,  ambula  —  bolha. 

AMUAR-SE,  arrufar-se.  desconfiar  —  agas- 
tar-se  —  encruar-se  —  parar. 

AMUO,  arrufo,  enfajo,  mau  humor. 

ANACORETA  OU  Anachoreía,  eremita,  ermi- 
tão —  canobita,  solitário. 

aNaDDIr,  accrescentar,  addir,  ajunctar. 

ANAFADO,  gordo,  liso,  luzidio. 

analecto,  collecção, 

ANALOGIA,  anaiogisoQO,  conformidade,  pro- 
porção, similhança  —  comparação  — relação 

—  conveniência,   propriedade. 

ANÁLOGO,  conveniente,  proporcionado  — 
similhante. 

analysar.  examinar  —  adelgaçar. 

ANATUEMATisAR,  excommungap  —  amaldi- 
çoar, maldizer. 

ANCA,  nádegas,  quadril  — ^  garupa. 

ANCHO,  largo  —  membrudo  —  ensuberbe- 
cido. 

A^ciA  ou  Ânsia,  angustia  —  aperto  —  af- 
flicção,  desKOsto,  m^gn»,   penn  —  efliracia. 

ancianidaD"?,    anriani.i,    v»*lhipe.  vetastez 

—  hraii''fts,    C88  —  rugis  —  antiguidade  — 

pnfrencia. 

9  > 


xm 


áNCÃo,  anciaoo,  volho— (aoí/.)  antigo, 
antiquado,  envelhecido,  idoso,  prisco  — 
aucturisado  —  usado. 

ANcioso,  Agitado,  inquieto  —  desvelado, 
soiiicito. 

ANCO,  angulo,  cotovelo,  recanto. 

ANCORADOURO,  ancoração,  ancoragem  — 
pouso  — amaiTação, 

ANDAÇO,  contagio,  epidemia. 

AiND^DOR,  andadeiro,  andejo  —  caminhei- 
ro. 

ANDANÇA,  aventura  —  fortuna,  succes- 
so. 

ANDANTE,  er/aute,  errático,  vagabundo 
—  aveitureiro, 

ANUAR,  caminhar,  marchar,  mover-se  — 
portar-se  —  estar,  existir. 

ANDORINHA,  philomeia,  progne, 

ANDRAJOS,  farrapos,  trapos. 

ANimAjoso  ,  esferrapado  ,  roto  ,  trapen- 
to. 

ANExiM,  axioma  —  adagio,  provérbio,  ri- 
fão. 

ANGRA,  enseadinha,  portinho. 

ANGUSTIA,  fííílicção  ,  agouia  , '  aperto  — 
aíFronta,  anciã,  aaciedado  —  dôr,  marty- 
rio,  p'ena,  tormento,  tribulação  —  cuida- 
do, magoa,  pezar,  sentimento,  tristeza  — 
estreiteza. 

ANGusTo,  apertado,  estreito. 

anhiíliio,  alento,  respiração  —  bafo. 

Anuo,  cordeiro, 

AiMMADVEusÃo,  alteoção,  consideração  — 
advertência,  reprehensão  —  nota,  reparo, 

ANiJiADVERTiH,  casligar,  punir. 

ANiM\L,  basta,   bruto  —  estúpido. 

ANIMAI  IA,  bêstíí,  bruto,  irracional. 

ANIMAR,  acoroçosr,  ;í lenta r,  esforçar  — 
accetider,  incitar,  inflammar  — accelerar, 
avivar. 

AN  MO,  alma,  espirito  -  sentimento  — 
tenção,  esforço,  fortaleza  —  coração,  cora- 
jem ,  intrepifiez,  valentia  magnanimida- 
de. 

ANIMOSIDADE,  magnanimidade  —  arrojo, 
temeridade  —  ousadia  —  esforço. 

AMMoso,  alentado,  esforçado,  forte  —  va- 
lente, valoroso  —  audaz,  denodado,  ire.pa- 
vido,  intrépido,  ousado,  resoluto  —  constan- 
te —  brioso,  gí^ncfoso. 

AKiQuiLAu,  aninilar,  destruir — abater, 
humilhar. 

ANivELAR,  nivelar  —  emparelhar,  hom- 
brear,  igualar; 

,    ANNEXAR,   incorporar,  junctar,  vincular, 
unir. 

ANNOso,  idoso  —  anttgo,  velbissimo. 

ANNoiAÇÃo,  aponlameiito,  cuia,  nuta,  no- 
tai^ào,  obíítíívação. 

anndr,  conlirjLar  —  consentir  —  appro- 
vttr. 


ANNULLAR,  abolir,  abrogar,  cassar  •—  des^ 
fazer,  supprimir  —  aniquilar. 

ANNUNCiAR,  publicar  —  predizer,  prognos 
ticar,  vaticinar  —  advertir. 

ANNUNCio,  rroticia,  nova  —  agouro,  pre- 
sagio  —  predicçlio,  vaticínio  —  indicio,  si- 
gnal  —  publicação. 

ANOJADO,  enluctado—  aíflicto  —  agastado, 
colérico,  enfadado,  irado  —  triste. 

ANojAR-sE,  agastar-se,  enfadar-se. 

anojo,  aborrimento  —  agastaraenlo,  en- 
fado. 

ANÓMALO,  desigual,  irregular. 

ANTAGONISTA  ,  adversarío  ,  competidor  , 
contrario,  emulo,  oppositor. 

ANTE,  adiante  —  antes. 

AN  lECESsoR,  predccessor  —  {pi.)  antepas- 
sados, avós. 

ANTELOQuio,   exordío. 

ANTEPARAR,  fortiíicar  —  resguardar  —  ob- 
viar, tolher. 

ANTEPARO,  bastida,  trincheira  —  defensi- 
vo, reparo. 

ANTEPASSADOS,    avoeugos,    avós,  maiores 

—  passados,  predecessores. 
ANTEPASSAR,  passar  antes,  preceder. 
ANTEPOsiçÃo ,    precedência,    preferencia, 

primado,  primazia. 

ANTEKioR,  precedente  —  antecipado,  pré- 
vio. 

ANTES,  antecedentemente,  de  principio, 
precedentemente,    primeiramente,  primeiro 

—  com  preferencia. 

ANTEVER,  prever  —  presentir  —  adivi- 
nhar. 

ANiiciPAçÃo,  adiatamenlo,  anterioridade, 
prevenção  —  precaução. 

ANTiciPADO ,  immaturo ,  precoce,  pré- 
vio. 

anticipar,  adiantarse,  preceder,  preve- 
nir. 

ANTÍDOTO,  contraveneno,  preservativo, 
triaga. 

ANTIGO  ou.  Ântíguo,  prisco,  pristino,  ve- 
tusto —  envelhecido,  inveterado  —  antiqua- 
do—  ancião,  idoso,  prov.-cto,  senil,  volho. 

ANTiPATHiA,  aversão,  ódio  —  geriza,  gri- 
ma, repugnância. 

ANTisTiTE,  bispo,  prclado  —  pastor,  sacer- 
dote. . 

antojo,  enlejo  —  capricho  —  desvario. 

aNIonomasia,  alcunha. 

ANTRO  ,  caverna  ,  cavidade  ,  cova  ,  fur- 
na, 

ANUVIAR,  eclipsar,  escurecer,  ennoitar, 
toldrr. 

ANXiiiDADF,  fiíllicção,  tormcuto  —  dôf -r 
ti  islr/j*  —  cuidado. 

APADRINHAR,  fdvortícer,  patrocinar,  pro- 
teger —  amp *rflr    defender. 

APAGADO,  euiucto  —  borrodo,  riscado  — 


Âfiu 

igBorimlô  -^  b»léflL4o  —  ignobií,  i^^>- 
to 

APAGAR,  exticguir,  matar  —  desbotar  — 
desvaní^oep  —  destruir  —  desfazer  -^  ris- 
car —  círigerar. 

A  PAG  8,  fora  —  guarda  —  irra  -^  tira 
lá. 

AP\ixoNAR-sE,  agaslar-se  .  •  spiahar-se, 
irar-FO,  irrit4r-se. 

APAi  PAR,  manenr  —  esperiMiAntr^r  —  exa- 
minar, sondar,  teatear. 

APANHADO,  conciso  —  colbldo  — conven- 
cido —  breve,  curto,  estreito,  resumido  — 
arregaçado. 

APANHAR,  colher  —  agarrar,  empolgar  — 
roubar  —  cobrar,  recadar  —  sobresaltear 

—  caçar  —  suíTrer  experimenlar  —  col- 
ligir  —  convencer  —  alcançar,  sobrevir  — 
arregaçar,  recolher, 

APANHAR-SE,  estreitar-so  —  íinar-se,  mor- 

APANUo,  apanhadura  —  arregaçamento  — 
colheita. 
1  AFAR,  a-la-par,  ao  lado  —  junto,  perto 

—  em  comparação. 

APARADO,  talhado  —  correcto,  ellegante 

—  emendado,  polido. 
APARADOR,  bufete,  espinhela, 

APARAR,  receber  — talhar —  cerceiar  — 
separar  —  aguçar  —  sustentar,  suster. 

APARO,  talho  —  apara. 

APARTADO,  afastado,  desviado  —  separa- 
do —  ausente,  retirado  —  desunido,  di- 
vidido —  distante,  lungiquo,  remoto  —  so- 
litário —  incommunicavel,  insociável. 

APARTAMENTO,  ausoncia,  despedida  —  se- 
paração —  afastamento,  distancia  —  ermo, 
retiro,  solidão  —  desistência  —  divorcio  — 
camará,  quarto. 

APARTAR,  desviar  —  separar  —  perder  — 
apaziguar  —  distribuir,  repartir  —  retirar 

—  desmembrar,   desunir. 
APARTAR-SE,  separar-se  —  afaslar-se,  au- 

sentar-se,  retirar-se  —  distanciar-se  —  di- 
vidir-se  —  desunir-se,  partir-se  —  divor- 
ciar-se  —  desmancebar-se  —  esgarrar-se 
desprender  se. 

APATHÍA,  estoicismo,  indolência,  insensi- 
bilidade, negligencia. 

APATHico.  indolente,  insensível,  negligen- 
te. 

APAULADO,  aguacento,  alagadiço,  brejoso, 
encharcado,  enlodado,  húmido,  lodoso,  pan- 
tanoso. 

APAULAR-SE,  cncharcar-se,  enlagoar-se. 

apavonar-se,  desvanecer-se,  enrufar-se, 
vangloriar-se. 

APAVORAR,  assustar,  atemorizar,  espan- 
tar, espavorir. 

APAZIGUADO,  aquietado,  pacificado,  quie» 
to. 


Ali 


m9 


A-PAfliíGifAMBáfro.  .pacificarão  tranquillida- 
do. 

APAZIGUAR,  applaoar,  aquietar,  pacificar 
—  si»rea»p  —  amansar,  socegar  —  abran<i 
dflr,  miligíH'. 

APFADO,  abaixado,  aba'ifl),  descido  — 
desmnnlado. 

APEAR-SK,  pôr-se  j  pé  —  descavalgar, 
desmontado. 

APEÇONHENTADO,  envBnonado  —  agastado. 

ArFÇONUENTAR,  apeçonhar,  envenenar  — 
ôsfrag^r. 

APBGADrço,  pogajoso,  viscoso —  contagio- 
so —  constante. 

APEGADO,  addicto,  affeiçoado  —  «barba- 
do, contíguo,  junto,  próximo,  visinho  — 
aferrado. 

apegamknto,  adhesão,  affeição  —  tenaci- 
dade —  Contagio. 

apegar,  collar,  grudar,  pegar  —  juncar, 
liar,  unir. 

AlíEGAR-slG,  conglutinar-se  —  enredar- 
se  —    arriraar-se  ,  encostar-se,  segurar-se. 

apego,  aferro,  afinco,  contumácia,  tena- 
c'dade  —  adhesão,  constância. 

APENAR,  castigar,  condemnar  —  erabar- 
gsr  —  mulclar.  ' 

APENAS,  dillicilmente  —  escassamente  — 
logo  que. 

•  APERCEBER,  aprestar,,  pôr  prompto,  pre- 
parar —  acautelar,  prevenir,  prever — an- 
ticip3r-se  — munir-se  —  apparelhar-se,  es- 
quipar 

APERCEBER-SE,  apparelhar-sc,  aprestar-se, 
dispôr-se  —  municiar-se,  munir-se. 

APERCEBIDO,  disposto  —  acaulelado  — 
advertido,  lembrado  — "apparelhado,  pre* 
parado,  prevenido  —   provido, 

APERCEBIMENTO,  apparelho,  apresto,  pre- 
parativo —   disposição. 

APERFEIÇOAMENTO ,  acabameuto  ,  ultima 
mão  —  p' rfeição. 

APERFEIÇOAR,  acabar,  cousummar,  rema- 
tar—  apurar,  limar,  pohr,  retocar  —  me- 
Ihorar. 

APERREAR,  amofinar,  molestar,  opprimir, 
vexar  —  apertar,  encolher. 

APERTADA,  apcrlão,  aperto,  oppressão  — 
azáfama,  tropel. 

APERTADO,  alado,  cingido,    ligado,  preso 

—  comprimido,  oppresso  --  angusto,  es- 
treito —  escasso  mesquinho. 

APERTAM8NT0,  aporto  —  austeridado,  se- 
veridade. 

APERTÃO,  apertada,  aperto  —  coartamen- 
to,  restric^ão. 

APERTAR,  comprimir  —  cingir  —  unir, 
estreitar,  encolher,  encurtar  —  instar  —  res- 
tringir. 

APERTO,  compressão  —  pressa,  urgência 

—  trabalho  —  rigor,  penúria,  pobreza  — 

22U  « 


8S0 


APO 


APP 


dífficuldade  -^  vexação  -r-  aíllicçâo,  angus- 
tia, transe. 

APESARADO  ou  Apczãrado,  arrependido, 
pezaroso  —  constrangido,  obrigado. 

APESTAR  ,  contaminar  ,  corromper,  em- 
pestar, infectar,    inficionar. 

APiCAÇAR,  aferrolear,  picar,  pungir. 

APíCE  ou  Apex,  cume,  poma,  remate, 
summidade. 

APiEDAR-sE,  compadecer-se,  condoer-se, 
doer-se. 

APLACAR,  acalmar,  mitigar,  moderar, 
;»brflndar.  alliviar  —  abonançar,  socegar, 
tranquillisar. 

APLAINAR,  alizar,  igular,  levigar,  polir, 
unir  —  alhanar,  facilitar. 

AV0C1MF0  ou  Âpocrypho,  duvidoso,  incer- 
to, supposto  —  fabuloso,  falso,  tingido. 

APODAR,  gracejar,  motejar  —  esmar,  or- 
çar. 

APODERAR-SE  ,  apossar-so ,  apropiar-se, 
senhorear-se  —  usurpar — domar,  subjugar, 
submetter  —  conquistar,  ganhar 

APODO,  adagio,  anexim,  provérbio,  ri- 
fão, 

APODRECER' SE,  8podrentar-se,  cariar,  cor- 
Homper-se,  damnar  se. 

AP0DRtciM*ENT0,  apodr^ntameuto,  corrup- 
ção, podridão,  pulrefacção,  infecção. 

aPOGEo  ou  Apogeu,  elevação 


APÓS,  atraz  —  em  seguimento  —  depois. 

APOSENTAK,  albergar,  alojar,  hospedar, 
recolher  —  (n.)   morar,  viver. 

aposento,  casa,  edifício  —  camará,  quar- 
to —  domif^ilio,  estancia  —  aposentadoria 

—  habitação,  morada,  pousada. 

APOSSA R-sE,  empossar-se  —  apoderar-se, 
senhorear-se. 

APOSTADO,  deliberado,  determinado,  re- 
soluto —  aposto. 

APOSTO,  alinhado,  bem  posto,  concerta- 
do. 

APOSTURA,    postura  —  galhardia,  garbo. 

APOTEcíMA,  Apothegma  ou  Apopàihegma^ 
agudeza,  apotégmala,  argúcia,  diclo,  sen- 
tença. 

APOTEOSE,  Apotheosis  ou  Apolheose,  ca- 
noniziíção  -—  deíficação. 

APOUCADO,  illiberaí  —  timido  '—  abati- 
do —  desautorado. 

apoucamento,  abatimento  —  acanhamen- 
to —  diminuição  —  mesquinhez  —  desa- 
lento, pusillanimidade. 

APOUCAR,  abater,   diminuir  —  extenuar 

—  desdenhar,  desprezar. 

APOUCAR  SE,  abaier-se,  humilhar-se  — 
encurtar-se. 

apparato,  preparação  —  adereço,  ador- 
no, ornato  —  fausto,  grandeza,  magnifi- 
ceiícia,  pompa,  sumptuosidade  —  appare- 


APOiAH,  basear,  especar,  fundamentar  —  j  |hos,  aprestos 
escorar,  sustentar,  suster — apadriuhar,  fa-       apparatoso,  esplendido,  magnifico,  sump- 
tuoso. 

appaRecer,  comparecer  ,    deixar-se  ver, 
mostrar-se,  ser  visto  abrir  —  assomar. 
appareliiar    ou    Aparelhar,    aperciber, 
rança  —  protector  —  base,  }  eanha  —  ergu-    aprnmptar,    dispor,    ordenar,   preparar  — 
mento — auctoridade,  pi  ova. 
APOJADO,  cheio,  rtlfsado. 


vorecer,  patrocinar. 

APOJAR-SE,   firmar-se,  fundear-se,  suster- 
se. 

APOIO,  escora,  espeque  —  arrimo,    spgu 


APOLEGAR  ou  Apollegar^  manusear,,  so- 
var. 

apollo,  o  sol. 

APO'OGiA,  defeza,  descarga,  escusa,,  jus- 
tificação. 

apoloqo,  conto,  fabula,  ficção. 

APONTADO  fxacto  ~  alilado  —  curioso  — 
ppchooo  —  designíído  —  prevenido  —  ade- 
quado, conveniente  —  preparado  —  provido 
—  correcto,  emerdado  —  cosido. 


enjí^ezar. 

APPARELHO  ou  Aparelho,  apercebimento, 
apresto,  preparamento,  pteparação  —  ma- 
çame. 

APPARENCIA,  exterior,  exterioridade  —  fi- 
gura, forma  —  ficção,  fingimento  — enga- 
no, falsidade,  mentira  —  chimera,  i'.lu-ão 
—  pflrpcer  similh^^nça  —  imitação,  sombra, 
v^r^similh^nça,  vislnrubre,  visos  —  proba- 
bilidade —  capa.  (ôr 

APPAfiENTE,  cl«ro  evidente  manifesto  — 
1  parecido,  similhante  —  verosímil  --fingi- 


do. 


espectro, 


APONTADOR,  marcador  —  ponto  -—  aluma- 
dor,  lançarote.  j      appabtção,  apoarecimento 

APONTAMENTO,  ementst,.  nota.  !  phantasma,  visão. 

apontar,  «contar,  n<3tiar  —  CMtar  —  pro- ;  appeludar.  abrmear  —  clamar,  vosear 
por.  suggerir  —  indicar,  marcar — aguçar; —  proclamar  —  nomear  —  excitar  —  con- 
—  alistar.  1  vidar,  convocar. 

A  PONTO,  a  pique,  a  proposit.o.  |      appellido,    alcunha,    denominação,  80- 

APONTOAR,  «pontear,  escornr,  especar,  branome  —  chHmaminto,  convocação  — 
estacar,  eslaqnear,  pontaietar.  reb«te  —  clamor,  ruido. 

APORTAR,  fazer  vir,  trazer —   levar — (n.)       appenso,  appensado,  pendente  —  aujun- 
aferrar,  ancorar,    dar  fundo,    lançar  ferro,   cto 
surgir,  tomar  porto.  í     appeteceb,  desejar,  ter  vontade. 


APR 


AQU 


«81 


APPETKNCiA,  desfjo,  vontade. 

APPETiTK  oxí*  Appeiiio,  desejo,  empenho, 
Tontade. 

APPLAUDiR,  louvar ,  palmear  —  apro- 
var. 

APPLAUSO,  acclaraaçà'^,  parabéns,  viclors, 
v'vas  —  elogio,  encumio,  louvor  —  gos- 
to, jubilo,  prnzpr 

appliCaÇao.  ac-ornmodação  —  altençào, 
cuidtdo  —  iudiisiria,   primor. 

APPLiCADO,  ajustado  —  atlento  —  estu- 
dioso —  diligente. 

Arpi.iCAR  ,  acommodar  ,  adaptar,  apro- 
priar — ,  ajunctar  ,  unir  —  pôr  sobre  — 
recfitar  —  destinar  —  destribuir  —  esper- 
iar. 

APPLiCAR-SE,   dar-se,  occupar-se,    vacar 

—  arrogar-se,  atlribiiir-se. 

APPOsiTo,  accommodado,  adequado,  apro- 
positado.  conveniente. 

APPREBEPiDER,  prender  —  tomar  —  re- 
ceiar,  temer  —  intender,  perceber. 

APPRiHEWSÃo,  tomadia  —  comprehen- 
são,  percepção  —  temor,  imaginação,  ima- 
ginativa —  phanthasia,  representação. 

APPROPiNQUAR-SE,  acercar-sc,  aproxincar- 
se,  avisinhar-se,   chegar-se. 

approvação.  assenso,  beneplácito,  con^ 
sentimento  —  abonação,  confirmação  —  ap- 
plauso,  louvor. 

APPROvADO,  confirmado,  ratificado. 

apphovar,    assellar,    confirmar,   ratificar 

—  auctorisar. 

APRAZAMBNTO,  atempaçSo,  emprazamento, 
prazo  —  assignação,  cuaçào,  n(>liUcação. 

APRAZAR,  adiar,  atempar,  delongar  —  ci- 
tar. 

APRAZES,  agradar  — deleitar,  recrear  — 
satisfazer. 

aprazimento,  contentamento  —  desen- 
íi  do,  prazer  —  approvação,  prasme  —  be- 
neplácito. 

aprazível,  alegre,  jucundo —  deleitoso, 
gostos*»,  suave  —  gracioso,  vistoso  —  agra- 
dável, caro,  grato  —  allrrclivo  —  ameno 

—  harmónico,  sonoro  —  bem  lavrado. 
aPRk,  apage,  fora,   irra. 

APREÇAR  ou  Appreçar ,  avaliar ,  esti- 
mar. 

APREÇO,  estima,  estimação  —  couta,  pre- 
ço. 

apr«goar,  annunciar,  divulgar,  publi- 
car —  convocar. 

apremar.  apertar  —  constranger,  obri- 
gar —  opiírimir,  vexar. 

APRENDER,    instruir-st». 

APRiM)iz,  principiante  —  bisonho,  l»ii- 
go,    novel,  noviço. 

APRESENTAÇÃO,    <iíT»»perimento,  oITerta. 

APRESENTAR,  exhíbir,  mostrar,  ollurecer, 
preseniar,  produzir. 

TOL.    if. 


APRESSADO,  activo,  agil,  diligente,  eipe- 
dito  —  promplo,  veloz. 

APRESSAR,  accelara. ,  precipitar  —  anli- 
cipar. 

APRi^sTAR,  aperceber,  aparelhar,  aprom- 
ptar,  dispor,   preparar. 

APRESTO,  app«relho,   preparo. 

APhESUHAR  ou  Appressurar,  accelerar, 
appie>s«r. 

APRISCO,  curral,  redil  —  cabana,  chou- 
pana,  tegurio. 

APHOMPTAR,    aviar,  dispor,  preparar. 

APHOP«iA.H,  flccomuiodar,  a(lí»ptar,  adje- 
ctivar, a()plicar  —  atinbuir. 

APROVEITADO,  adiantado  —  cultivado  — 
económico,    governado    poupado. 

APROvEiiAMENio,  adiantamooto,  melho- 
ramento, melhoria,  progresso,  proveito  — 
bemfeiíoria 

AfROVEiiAR,  ganhar,  lucrar,  utilizar  — 
(n.)  crescer,  medrar  —  servir. 

APROXIMAR  SE,  acercar-se,  visinhar-se. 

aptar,    acconríDQodar,  adaptar. 

APTIDÃO,  capacidado.  disposição,  habili- 
dade, idoneidade,   suífioiencia. 

APTO,  capaz   conveniente,    hábil,  idóneo 

—  accommodado,  proporcionado,    próprio 

—  disposto. 
APUNiiAR,  empunhar. 

APUPADA,  apupo,  corrima^a,  vaia  — ma- 
traca. 
APUPAR,  assobiar  —  patear. 
Apupò,  apupada,  surriada,  vaia  •—  siWo 

—  brado,  gnio  —  vozeria. 
ApuKAÇÀo,  apuramento  —  escolha. 
APURADO,  puíificado  —  escolhido  —  re- 

clutado   —    exhausto,    gastado,    pobre  — 
selecto 

APURAR,  afinar,  limpar,  purificar  —  aper- 
feiçoar, polir  —  irritar  —  provocar  *- 
averiguar,  examinar,  inquirir  —  verificar. 

AQUAHTEi.AMENTO,    filujamento,    quartéis. 

AouAHTKLAR,  ahjar,  casernar  —  abarra- 
car,  cantonar. 

AQUÁTICO,  apaulado,  húmido,  pantano- 
so. 

aqueducto,  acéquia,  cano. 

AuuEM,  desta  pane,  para  cá  —  antes  — 
atraz. 

AQURNTAR,  aquecer  —  favorecer,  fomen- 
tar —  animar,  excitar. 

AQUI,  nesie  lugar  —  n^ste  ensejo,  tem- 
po. .   . 

AQUIKTAÇÂO,  pacificação,  paz,  tranqailU- 

dadH. 

AQUIETAR,  abrandar,  acalmar,  aplacar, 
quioiHr,  sofegar. 

aQuiiatar.  avaliar,  determinar  —  apu- 
rar, purificar  —  melho.-ar,  aperfeiçoar. 

/Quou,  aquilão,  bureas. 

AU  toso,  seroso. 

Ui 


882 


ARD 


ALIi 


AR,  aura,  sopr«  —  vapôr  —  feições  — 
talhe  —  geito  —  bafo,  fôlego  —  apparen- 
cia  —  mostra,  parecença  —  bizarria,  do- 
naire, galhardia,  garbo,  graça  —  chiste, 
pico —  xnaneiras. 

aRa,  aliar  --  pyra. 

aRabe,  sabeu.    . 

ARADO,  charrua. 

ARAME,  bronze. 

ABAriZEL,  directório,  formulário,  regimen- 
to —  tarifa  —  ladainha,  parlenda.' 

ahar,  arrotear,  lavrar,  romper  —  agri- 
cultar, cultivar  —  abrir,  arregar  —  nave- 
gar, sul^^ar. 

ABAviA,  geringonça,  vasconço. 

ARAUTO,  rei  de  armas  —  correio,  posti- 
lhão. 

abbíthar,  aviltrar,  avaliar,  estimar. 

ARBÍTRIO,  alvidrio,  vontade  —  escolha  de 
totó  —  estimativa. 

ARBITRO,  arbitrador,  avaliador. 

ARBUSTO,  arvorezinha,  çarça  frutice,  ver- 
go ntea. 

ARCA,  caixa,  cofre  —  bahú  —  ataúde, 
caixão. 

ARCABOUÇO,  esqueleto,  ossada  —  arma- 
ção, carcassa  —  cadáver. 

arcabuZaR,  arcabuzear,  espingardear , 
fuzilar. 

arCaDURa,  curvadura,  curvatura. 

arcano,  mysterio,  segredo  —  enigma  — 
[adj.)  oceulto,  secreto. 

ARCAR,  arquear,  curvar,  dobrar  —  cin- 
gir, apertar,  estimular  —  (w.)  arquejar. 

ARCUETiPoou  Archetypo,  exemplar,  idea  , 
modelo,  molde,  original,  planta. 

ARcniTECro,  arcbilector,  cbradar  — au- 
Ctor,  inventor. 

ARCuiviSTA,  cartulario,  carturario,  cartu- 
rciro. 

1    ARCaivo,  cartório,  conservatório,  torre  do 
.^!tembo  —  secretaria. 
*í'   AnCnOTE,  acha,  facho,  tea,   tocha. 

ÁRCTICO,   aqiiilonar,    aquilinio,   arcluro, 
boreal,  glaciai,  byperboreo,  scythico,  thra 
cio. 

ARCTOS,  hélice,  plaustro,   ursamaior. 

ARDECO,  ardente,  fogoso  —  irritável  — 
quente  —  apressado  —  afanoso,  difícil, 
trabalhoso. 

A^nENCiA,  ardor,  fogo  —  ardenlía. 

ARDENTE,  abrasado  ,  acceso ,  igneo,  in- 
flammado  —  fervente,  fervido  —  brilhan- 
te, fulguranie,  lumdo,  lumino.so,  luzente, 
radiante,  refulgente,  rcs^ilaudecenle,  ruti- 
lante —  fogoso,  impetuoso. 

ARDER,  abrasar-se,  afoguear-se,  incen- 
der-.se,  inílamraar-se,  queimar-sd  —  bri- 
lhar —  fstragar-se  —  irar- se. 

ardiheza,  alrevimenlo,  desenvoltura,  des- 
pejo, ousadia,  soltura. 


ARDIDO,  alirasado,  consumido,  queimado 

—  alentado   —  animoso,  atrevido,  ousado 

—  apaixonado  —  fogoso. 

ARuiLfeZA,  ardil,  astúcia,  manha  —  es- 
tratagema. 

ARDILOSO,  ardidoso,  astucioso,  astuto,  fi- 
no, manhí'S0  —   acautelado  —  artiíicioso. 

ARDiMENTo,  atrevimento,  bravura,  deno- 
do, ousadia  —  fogo,  íuria,  Ímpeto. 

ARDOR,  amor,  paixão  —  fervor  —  calor 

—  fogo  —  Ímpeto  —  actividade,  energia. 
ARuuo,  áspero,  trabalhoso  —  diíficil  — 

duro,  custoso,  penoso  —  arriscado,  perigo- 
tío  —  escabroso,  escarpado. 

AREADO  ou  Areiado,   attonito,  pasmado. 

areento  ou  AreientOf  areioso,  arenoso, 
saibroso. 

AREJAR,  ventilar. 

ARBiNGA,  discurso,  falia,  oração,   pratica 

—  palavrorio,  parolagem. 

ARENGAR,  orar,  perorar  —  bacharelar, 
charhr,  pairar. 

ARFAR,  balancear,  cabecear,  jogar,  solu- 
çar —  empioar-se. 

ARGENTAR,  argentear,  pratear,  —  bran- 
quear, clarear. 

ARGÚCIA,  agudeza,  subtileza —  chiste  — 
sophisma. 

ARGUEiREiRo,  pichoso,  minucioso — sub- 
tilizador. 

ARGUIR,  increpsr,  reprehender  —  accu- 
sar,  culpar,  redarguir  — censurar,  criticar 

—  condemnar,    reprovar  —  contradizer. 
ARGUMENTO,    argumentação    —    indicio, 

prova  —  assumpto,  matéria,  sugeito  —  syl- 
logismo  —  conjtí^ítnra,  indicio. 

ARGUTO,  agudo,  judicioso,  subtil —  cla« 
ro  —  for»e. 

ARíDo,  adusto  —  seceo  —   estéril. 

aríuura,  aridade,  aridez,  seccura,  sequi- 
dâo. 

ARISCO,  bravio  —  esquivo  —  espantadi- 
ço  —  isento  —  seoco  —  solto  —  areioso. 

ARLíQuiM,  bufão,  chocarceiro,  farçante, 
farcisla,  mimo.  saltimbanco  —  palhaço. 

ARMADA,  esquadra  —  comboi,  frota  — 
exercito, 

ARaADiLHA,  boiz,  costella,  espar  reli  a,  la- 
ço, rede  —  cilada,  engano. 

ahmar,  suscitar  —  traçar  —  construir, 
levantar  —  alcatifar,  tapizar. 

armar-se,  ajunclar-se,  engrossar-se,  for- 
mar-se. 

AROMA ,  cheiro,  insenso,  odor,  perfu- 
me. 

ARQUEJAR,  anhelar  —  bocejar  —  offe- 
gar. 

Arrabalde,  burgo,  subúrbio. 

ARIMIAL,  acampamont*!,  campo,  real. 

AHH*u.Au-sR,  radwar-se  —  inlroduzír-S8 

—  inveterar  so  —  pfgar. 


Aim 


ATin 


888 


ABRVTccAn,  desarraigar  —  sacar --^  extir- 
par —  desiruir. 

AHRiNjA»,  coKocar,  compor,  dispcr,  or- 
denar. 

ARRAS  ou  Ârrhas^  signal  —  penhores, 
rcfins. 

ARRASAR  ou  Arrazar,  nplnnar,  igualar  — 
flbaler,  aluir,  arruiii.ír.  desmarilfíar,  des- 
xroçar  ,  destruir,  prostrar  —  assolar,  ta- 
lar. 

ARBASTADO,  dslongado ,  prolongado  — 
abaiido,  dtsprezado  —  impf-llido. 

abrastau  ou  Arraslrar,  rojar  —  demo- 
rar —  constranger,  forçar. 

ARiuvsssAR,  lançar,  vomitar. 

ARRAZOADO  ou  Arrezoain,  avizndo.  dis- 
creta —  t)flslaiUe,  mcdiar.o,  sulDcieute  — 
rízoatti.  solliivfi  —  (s.J  arenga,  discurso, 
oração,  razo*uoenLo. 

ARRAZOAR  OU  Arrcxoãr,  discorrer,  dis- 
cursar, failar,   praticar  —  argumentar. 

abrbbanhar-se,  í»junclar-se,  apinhar-se, 
apinlioar-se. 

ARREBATADO,  repcolino  —  imp'uden(e  — 
assomado,  viol-nto  —  arrojado,  inconside- 
rado —  radido,  veloz  —  presenlissimo  — 
enlevado  —  t-xialieo^  alienado. 

arklb\tado»,  raptor,  roubador  —  de- 
lic.os  ,  incaaiador. 

aruebatamento,  rapto,  roubo  —  incon- 
sidt-raí^ão  —  eiilevai^ào,  enlevo,  extasis, 
Iransporie  —  admiração,  pasmo. 

arkeratah,  rapinar,  roubar  —  deleitar, 
incanlar  —  enlevar,  pasmar. 

arrebentar,  quebrar,  romper  —  dispa- 
rar —  apparecer,  assomar  —  dar,  sair  — 
estalar,  estourar  —  brotar  —  almejar,  an- 
Lelar. 

AUHEBiQ-JE  ou  Arrabique,  arrtbol,  côr, 
postura. 

ARREBITAR,  alçar,  erguer  —  encrespar, 
franzir. 

AURtCADAÇÃo,  cobrauça,  cobro  —  cerii- 
dão 

A  RR  eca  D  A  dor, cobrador, recebedor—  guar- 
dador. 

ARRtCADAB,  cobrar,  recídar,  receber  — 
guardar. 

akkscadas,  argolinhas,  brincos,  penden- 
les.   pingentes. 

AitHk.UAU0,  afasiado,  dislaalc,  longinquo, 
remoto  —  letirado. 

ahhedak,  afastar,  apertar,  desviar  —  alon- 
gar, <li»ianciar. 

arri:feglr,  abrandar,  afrouxar  —  enfiar, 
esfriíír. 

AHiiEL^R,  ajaezar  —  adereçar,  adornar, 
ataviar,  eufeitor,  ornar. 

AREEiQi,  aruezei,  jaeses  —  adornos,  en- 
feiieè 

ARRKAATAR,   elmoudar  "-  aperfeiçoar  — 


acabar,  conclui'*,  findar.  uUimar  —  prague- 
jar —  r«Irtvrrtr  —  fechar. 

ARREMEÇADO  ou  Arremcssado.  despedido, 
vibrado —  desenfreido  —  atrevido,  temerá- 
rio —  impruilenle,  inconsiderado. 

ARREMi.çÂo,  dardo,  rojão,  venabulo. 

AHREMEÇAii  011  Arrcmc^sar,  arro  ar,  alti- 
rar,  vibrar — rebolar,  repellir  —  acommel- 
ter,  lanç."ír-se. 

ARREMfço  ou  Arremesso,  tiro  —  arrojo, 
jacto,  lanço. 

auremedar,  contrafazer,  fingir,  imitar, 
renicdar  —  (n.)  assimilhar-se ,  parecer- 
se. 

arremedo,  imitação,  apparencia  —  ficção 
—  farÇa. 

arremetter,  acommelter»  arrojar-se,  in- 
vestir, lançar-se. 

ARREMETriDA,  acommcttimento,  assalto, 
cargi,  rhoqne,  investida.  ^ 

ARRENEGADO,  eufadado,  irado  —  {s.)  após-' 
tala  —  perjuro,  traidor. 

ARRENEGAR,  aborrecer,  detestar  —  amal- 
diçoar, blasphomar  —  [n  )  apostatar  —  en- 
raivecer, raivar. 

ARREPANHAR,  agafanhar,  arrebatar,  pilhar, 
rapinsr 

abhepender-se,  apezarar  se,duer-se,  sea- 
lir-se  —  retractar-se. 

ARREPENDIMENTO,  contrição,  dôr,  pesar, 
sentimento. 

ARRIAR,  abaixar,  abater,  amainar,  des- 
cer -  aírcuxsr. 

ARRIBAR,  fporlar,  chegar  —  urdir  —  exce- 
der-- assomar,  montar. 

arriÇaDO,  cordoado  —  entesado,  crespo, 
hirsuto,  Ijirio  hispilo,  ouriçado. 

ar«iça»,  arripiar,  erriçar. 

arrjar,  enrijir  —  convalescer. 

ARKiMAR-sE,  apoiar-se,  encostar-se,  es- 
leiar-se  ,  est  ibar-se  ,  íirmar-se  ,  fuudar- 
se. 

arrimo,  encosto  —  espeque,  esteio  —  ba- 
cnlo,  bordão  — amparo,  patrocínio  — pa- 
drinno,  pat^^oi.o,  valedor. 

ARRiPíAR  SK  ou  A rrepiar-se,  badalejar  — 
c-,nriçar-se,  ouriçar-se. 

ARRISCADO,  filr.antilado,  alto,  empinado, 
íngreme  —  perigoso  —  aventuroso,  destemi- 
do, temerário  —  casual,  fortuito. 

ARRISCAR^  aventurar,  comprometler,  eX"* 
pôr. 

ARROCHADA,  bordoada,  lambada,  paula- 
da. 

ARROCKiRo,  arrieiro  —  almocreve. 

ARROGÂNCIA,  altania,  altivez, gjgulho,  so- 
berba -  jactância,  presampçâo  —  f  islo.  o$«- 
tentação,  vangloria  —  nudaiia,  insolência. 

ABnnGA>TK,    alio  —  impfl-ioRÒ  —  enlona-» 
<^n.  inchado,  preaumida —  deioaradOl— ^féOi' 
ifariãQ» 

S2X  « 


884 


ASC 


AS8 


ARROIO  nu  Arroyo,  regato,  remanso,  ri- 
beiro. 

arkojado,  arremeçado,  assomado,  impe- 
tuoso, precipitado  — .'ilrevido,  audaz,  ousa- 
do, temerário  —  denodado,  dPst(^mido,  im- 
pávido, intrépido,  resoluto  —  animoso,  va- 
loroso —  alentado,  esforçado 

ARROJAR,  arremeçar,  atirar,  despedir,  lan- 
çar —  arrastar,  rojar. 

ARROJO,  expulsão  —  arrojamento,  temeri- 
dade, denodo  —  arremeço. 

ARROMBAR,  britar,  espedaçar,  quebrar, 
romper  —  desfazer,  desmanchar. 

ARROSTAR,  encarar—  acommelter,empren- 
der. 

arrostar-se,  afTrontarse,  expôr-se. 

ARROTADOR,  bHgoso  —  faufairão,  ronca- 
dor. 

ARROTAR,  basofiar,  bravatear,  jactar- 
se. 

arroudamento,  arrebatamento,  arroubo, 
extasis.. 

ARROUBAR-SB ,  arrcbatar-so,  enlevar-se, 
extasiar-se. 

ARROUPAR,  enroupar  —  cobrir,  v^^stir. 

ARHUFAR-sE,  enrugar-SB  —  eufadar-se. 

arrlfo,  agastamento,  amuo,  culera,  des- 
peito. 

ARRuiDO,  estrondo,  ruido  — briga,  pen- 
dência. 

arruípíar,  abater,  aluir,  demolir,  derro- 
car, destruir  —  desbaratar,  estragar. 

arruínhar,  abrir,  escachar,  escarchar, 
rachar. 

ARTE,  disciplina,  methodo,  norma,  regra 
—  artiílrio,  industria,  iiigenho  —  destreza, 
habilidade,  sul.tileza  —  esmero,  perfeição, 
primor  —  faculdade  —  doutrina,  estudo  — 
sciencia  — fraude —ardil,  astúcia.  í^strata- 
gema.  traça  —  caracter,  génio,  Índole  — 
manufactura. 

ARTEIRO,  astuto,  mauhoso,  sagaz,  zorra. 

ARTEMAGico,  ftiticeiro,  magico,  nigroman- 
te. 

artífice,  artista,  obreiro,  official,  opifi- 
ce  —  causador. 

ARTIFICIO,  arte,  industria  — astúcia,  fin- 
gimento — fabricí. 

ARTIFICIOSO,  fabril  —  ingenhoso  —  artei  • 
roso,  doloso,  enganoso— fallaz,  fingido  — 
astuto,  destro,  subtil, 

ARTiMAPíHA,  artlficio,  dolo,  fraude,  tre- 
ta. 

ARTISTA,  artifice  —estudante—  [adj.]  ar- 
teiro, manhoso. 

ARÚSPICE  ou  Haruspice,  augoureir.),  au- 
gur  —adivinhador,  adivinho. 

ARVORE,  arvor,  tronco  —  mastro  —  náu, 
navio. 

ASA  ou  Aza,  penna. 

AiCfini^ftACM^  estirpe^  genealogia,  gerBg&o^ 


progénie,  prosápia  —  antecessores,  antepas- 
sados, avós,  progenitores. 
ASCENDENTE ,   predomiuio,  superioridade 

—  autoridade,  poder, 

ASCENSÃO,  ascenso,  elevação,  subida. 

ASCO,  enjoo,  náusea  —  fastio  —  nojo  — 
aversão,  repugnância 

ASCRiPTO,  escripto  —  numerado,  regista- 
do 

AscuA,  brasa  —  chamma. 

ASILO  ou  Asylo,  abrigo,  acolheita,  refu- 
gio—  couto,  guarida    valhacouto. 

*  ASINHA,  depressa  —  cedo,  em  breve. 
ASiR,  agarrar,  segurar. 

ASNEIRA,  asnidade,  parvoíce,  sandice,  to- 
lice 

ASNEiRÃo,  sandeu,  toleirão,  zote, 

ASNO,  burro,  jumento  —  bestial,  estólido, 
estólido,  estúpido,  ignorante,  lorpa,  tolo. 

ASPAR,  avexar,  rLorliticar. 

ASPECTO,  cara,  face,  parecer,  rosto,  sem- 
blante —  vi^ta  —  apparencia,  exterior. 

*  ASPEITO,  aspecto,  catadura  —  attenção, 
respeito  —  presença,  vista. 

AstEBFZA,  desabrimento,  dureza,  rudeza 

—  escabrosidada  —  inclemência,  rigor  — 
austeridade,  mortificação,  penitencia  — acri- 
monia,  agrura. 

ASPERGER  ou  Aspergir,  borrifar  — ba- 
nhar, molhar  —  regar,  salpicar  —  aguar, 
rociar 

ÁSPERO,  bronco,  desigual,  escabroso,  fra- 
goso —  duro,  severo  —  austero  —  desabri- 
do, destemperado,  inharmonico  —  acerbo, 
azedo. 

ÁSPIDE  ou  Axpid,  basilisco,  vibora. 

ASPIRAR,  conseguir  —  desejiír  —  preten- 
der, sollicitar  —  respirar  —  exhalar,  recen- 
der —  favorecer  j  [n.)  assoprar. 

ASQUEROSO,  ascarento,  hediondo,  s^trdido 

—  immundo  —  nauseoso,  nojoso  —  feio. 
ASSALTADA,  arrcmcttida,  assalto,  investi- 
da, salteada. 

ASSALTAR  OU  Assaltear,  acommelter,  ar- 
renreiter,  atacar,  investir,  saltear. 

ASSALTO,  acommettimento,  investida,  op* 
pugnação,  salto. 

AssANHAR-SE,agastar-se,  embespinhar-se, 
encolerisar-se,  enfurecer-se,írar-se,  irrilar- 
se. 

ASSANHO,  cólera,  enfado,  furor,  ira,  rai- 
va. 

ASSAR  ou  Açar,  torrar,  tostar. 

ASSAS  ou  Assaz,  abundante,  ampla,  suf- 
ficientemente. 

ASSASSINAR,  ferir,  matar  —  aílligir  —  en- 
fadar, importunar. 

ASSASSÍNIO,  assassinato,  occisão. 

ASSAzoADO,  idóneo,  próprio  ~  recosído, 
ressicado. 

AvdsDiARy  ceroari  íitiafi 


iSS 


ASS 


885 


ASSEDIO,  bloqueio,  cerco,  circumvallação, 
cordio,  sitio. 

ASSEGURADO,  seguFO  —  capscilado,  certifi- 
cado —  dcsassustado  ,  quieio  ,  socegado , 
(ranquillo 

ASSEGURAR,  affirmar,  asseverar  —  garan- 
tir. 

ASSELLAR,  sellar  —  approvar  —  acurvar, 
vergar. 

ASSEMBLEA  OU  ÂssembUia.  ajuntamento, 
auditório,  congresso,  conselho,  convenlicu- 
lo,  corrilho  —  chamada. 

ASSRHRLHAR  OU  Assimilhar,  arremedar, 
contrafazer    imitar  —  comparar. 

ASSKNTADO.  coucordí^,  couforme  —  soce- 
gado, Iranquillo  —  moderado,  prudente  — 
avisado,, discreto  —  collocado,  posto,  sitia- 
do—  ajupiado,  determinado,  pacteado. 

ASSENTAMENTO,  asscnto  —  base  —situação 

—  habitação  —  acordo,  consentimento. 
ASSENTAR,    Hotar,    rpgisiar  —  estabelecer 

—  situar  —  ordenar,  regular  —  acordar,  de- 
cidir, resolver  pôr  —  fixar  —  coUocar  — 
julgar  —  dar  —  calcar  —  traçar  —  (n.)  ajus- 
tar, quadrai . 

ASSRNTAR-sE,    alistar-se  —  determinar-se 

—  e»tabel'c«r-s*^. 

ASMNTR,  firme,  solido  —  assentado  —cor- 
dato, maduro,  repousado. 

ASSENTIR,    annuir,  approvar,  consentir. 

ASSENTO,  banco,  cadeira — povoação  — 
alistamento  — circumspecçào,  prudência,  si- 
so, sisudeza  —  apontamento,  n^^t»  —  reso- 
lução —  morada,  vivenda  —  pó,    sedimento 

—  constância,  firmeza,  resolução  —  ajuste, 
concerto,  pacto  —  estabelecimento  —  quie- 
tação, socego. 

Assioso,  apto,  id^^neo. 

ASSERÇÃO,  aílirmação,  asserto  —  proposi- 
ção. 

ASSEHTOR,  defensor,  mantenedor,  protec- 
tor —  libertador,  salvador. 

ASSESTAR,  collocnr,  dispôr,  situar. 

ASSEVERAÇÃO,  aftirmação,  certeza,  segu- 
rança. 

ASSEVERAR,  aíTirmar,  assegurar,  certificar, 
confirmar. 

Ass'DLÍDADB,  coDtinuaçào,  frequência  — 
exactidão. 

assíduo,  aturado,  continuo,  frequente  — 
applicado  —  diligente  —  exacto. 

ASSIGNAÇÃO,  citação,  mandado,  notifica- 
ção—  aprazamento  —  assignatura. 

ASSIGNALAR,  marcar,  notar,  sígnalar  — 
mostrar  —  abalizar  —  dist  nguir  —  illustrar 

—  aprazer,  especificar. 
ASSiGNALAR-SB,   mostrar-se  —  avantajar- 

56,  distiaguir-se  ,  esmerar-se  ,  extremar- 
M. 

ASSiGNAR,  firmar  —  aprazar,  designar, 
dcftbrmiaar  —  applibar  —  r^artir  —  dar^ 


distribuir    —   apontar ,    mostrar  —  limi- 
tar. 
ASsiH  011  Am,  deste  modo,  desta   sorte 

—  tara,  tanto. 

ASSISADO  ou  Assixado,  discreto,  pruden- 
te, sábio,  sensato. 

Assisio,  meio  cónego,  tercenario. 

ASSISTÊNCIA,  proseoça  —  morada,  residên- 
cia —  auxilio,  soccorro  —  companhia—  aus- 
picio—  menstruo. 

ASSISTENTE,  cspectador,  oavinte — pre- 
sente —  residente. 

ASSISTIR,  morar,  residir — auxiliar,  soc- 
correr  —  adjudar,  proteger  —  galantear  — 
acompanhar  —  permanecer  —  advogar  — 
procurar. 

ASSOBIAR,  apitar,  ciciar,  sibilar,  silvar  — 
escarnecer  —  apupar. 

ASSOBIO,  apito  —  silvo —  {pi.)  apupada, 
pateada. 

ASSOCIAR,  junctar — (n.)  conviver. 

assol.ação,  destroço,  destruição,  devasta- 
ção, estrago,  rui  na. 

assolado,  arrasado,  arruinado,  destruí- 
do, devast\do  —  aniquilado  — despojado, 
roubado,  saqueado. 

ASSOLAR,  nrrapar.  arruinar,  derrocar  — 
destroçar,  destruir, devastar,  estragar,  talar. 

assoldadar,  assalariar — alistar. 

ASSOMADA,  alto,  altura,  cume  —  appare- 
cimento. 

ASSOMADO,  irascivel  — impaciente  —  resu- 
mido. 

ASSOMAR,   apparecer,  chegar  —  começar 

—  esmar,    orçar  —  abreviar,    cifrar,  resu- 
mir —  irritar. 

ASSOMAR-SE ,  apparecor  ,  mostrar-se  — 
írar-se  —  resurair-se 

ASSOMBRADO,  sombrcado  —  attonito,  ma- 
ravilhado, pasmado  —  empanado,  obscure- 
cido, toldado. 

ASsi>MBRAMENTO  ,  admiração  —  espanto, 
susto  —  feição  —  sombra 

ASSOMBRAR,  sombrear  — aíTeiçoar  —  ame- 
drontar,  assustar  —  espantar,   maravilhar 

—  eclipsar,  escurecer. 

ASSOMBRO,   admiração,   p^smo  —  espanto 

—  estupidrz  —  encanto,  maravilha,  porten- 
to, prodígio. 

ASSOMBROSO,  admirável,  notável,  porten- 
toso 

ASSOMO,  apparencia,  indicio,  mostra,  si- 
gnal. 

ASSONANCiA,  consonaucia. 

ASsoNANTE,  assoauto,  consono. 

ASSOPRAOOR,   folie. 

ASSOPRAR,    ventar  —  inspirar  —  favorecer 

—  arejar,  refrescar. 

ASSOPRO,  assopradura,  sopro  —  bafo,  fo« 
lego,  hálito,  respiraç&o  -^arageiBi  aura^ 
liaiagem. 

m 


830 


AU 


Ml 


AssossEGAMRNTO,  quietaçSo,  repouso,  80- 
ccga. 

AsscviNAR,  irritar  —  picar. 

assuada  ou  Asxoala,   flgflzarra,  gritirla 

—  barafunda,  barulho  —  balburJia,  lumul- 
lo  —  motim  —  briga. 

ASSUMIR,  arrogar,  allribuir-SB,  tomap. 

ASSUMPriVEL,  admisaivel,  válido,  valioso, 
legilirao. 

ASSUMPTO,  argumento,  matéria,  sujeito, 
Ihema  —  abjecto,  motivo,  propósito. 

ASSUSTAR,  ai  iedrontar,  atemorizar,  inti- 
midar. 

ASSixAR,  afrouxar,  alargar. 

astkea,  é  justiça. 

ASTRÓLOGO,    8Str,)riomO. 

ASfRCSO,  desastrado,  infeliz,  mofino. 

ASTLCiA  ,  arte,  arliticio  —  SAgatidade  , 
subtileza  — alif.aalina,  esiralagerua,  macliia- 
vellismo  —  ardil,  destreza,  engano,  tra- 
ma. 

ASTUCIOSO,  arteiro,  astuto. 

ASTuio,  ardiloso,  artificioso  —  malicioso, 
manhoso  —  a\isado,  iogeuhoso,  sagaz  — 
fino. 

ATABAFAR,  abafar  —  encobrir,  occul- 
tar. 

ATABALHOADO,  aduudado,  atarantado,  es 
louvado 

ATABUCAR,  engodar,    «-nlreter,  illudir, 

ATACADOtt,  aiacía,   cordão. 

ATACAR,  iig'<r,  preuiler  —  carregar,  ce- 
var, encher  —  òcommeller,  assaliar,  jnvcs- 
lir. 

ATADO,  amarrado,  liado  —  acanhado,  ti- 
mitlo  —  enleiado,   irresolulo 

ATADURA,  ligadura  —  liame  —  nó,  vincu- 
lo. 

ATAiM^D",  ardiloso,  aslu^lo  —  dissimulado 

—  >elhaco. 

ATAi.A>A,    sentinella,    vedeta,    vela,  vigia 

—  guarita,  torre  —  fusta. 

atala'ar,   avistar,  descortinar,  vigiar  — 
especular,  «.bscrvar  —  espiar,  ♦spreitar. 
.;  ATALAiAR-Síf,  acautelar  s»»,  guardar  se. 
^ATALHADO,  cofifuso,  Huiharaçído,   perple- 
xo, perturbado  —  chnfrado.  ^ 

atalílar,  cortar,  embararap,  fechar,  im- 
pedir, inierroraper — encjiriar,  estreitar  — 
lalar,  talhar  —  estovar,  obviar,  prevenir. 

ATA' HAR  SE,  p'jar-se  —  confundir  se  , 
embaraçar-se. 

atai.hr,  compendio,  resumo,  summa 

aTai.ho,  remai»»,  tnrmo  —  caminho  — 
carreiro,  trarfdte,  irilh<>^  vereda  — <  ó  te, 
desvio,  cujpecilh  I,  esloivo  —  abreviatu- 
ra. 

atamento,  atadura,  enlace^  ligadura  — 
prisão. 

Aik^kiKK  nn  ^ttnaxar,  aflligir,  atormea- 
tiP  —  iuiporlunar,  perseguir.  .,  •■  * 


ataour,  acomraetimenlo,  assa'ío,  cho- 
que,  investi  la  —  accesso  —  carga. 

atar,  cingir,  ligar,  nodar  —  amarrar, 
prender,  segurar  —  juiictar,  uuir  —  atalhar, 
embfiraçar,  enlfiar. 

ataiuntau, confundir,  perturbar  —  aloa- 
tar,  aturdir,  azoar,  azoinar. 

ATARRACAR,  atochar  —  confundir,  enlciar 

—  í.ííliair. 

ataruaciiar,  parafusT  —  segurar. 

aIascadeiuo,  atoleiro,  monturo  —  loda- 
çal. 

atassalhar,  «lanhar,  despedaçar,  lace- 
rar, rasgar  —  esfarpar,  esfarrapar. 

ataiíde,  caixão,  esquife,  féretro,  tum- 
ba. 

ataviar,  aceiar  —  adereçar,  adornar,  en- 
feitar, ornar. 

atavio,  adorno,    enfeite,  ornato  —  aceio 

—  arreio,  gala. 

atbar  ou  Xíeíar,  abrasar,  accander,  in- 
flammar. 

atkuIar,  aborrecer,  aborrir,  anojir,  en- 
fastiar, molestar. 

atkmorisar  on  klemorizar,  amedronta  r, 
assooibrar,  assustar,  aterrar,  espantar,  es- 
pavorir, intimidar. 

ATKKiiAR  011  Átterrar,  amedrontar,  as- 
sustar, espavitrir  —  derribar. 

ATKK-se,  arrimar-se,  pegar-se  —  acostar- 
se,  referir- se, 

ATKSAB,  entesar,  estender,  estirar. 

atestar.  entestar  —  abarrotar,  arrunhar 

—  e"»pHchar. 

atiiknko  ou  ktheneu^  academia,,  lyceu, 
univer.sidade. 

AiuLKTA.  campeão,  c^mliatenle.  gladia- 
dor luciadir  —  htialahdor,  guerreiro  — ^ 
[adj  )  animoso,  robusto. 

atii'.ktica,  {^ynastica. 

ATHLfcTico,  íorte,  nervoso,  nervudo,  po- 
buáio 

ati(;ad9r,  espivilador  —  fomentador,  ins- 
tig-^  Jor. 

AT  çament^,  instigação  —  irritação. 

ATIÇAR,  espiviíar  —  alniar  —  estimular, 
instigir  —  excitar,  provocar,  s  scilar  — 
irrita-. 

atilado,  aperfeiçoado,  aprimorado  — 
ciilio,  elegante,  oruado,  polido  —  espini- 
Cddo 

ATI' AR,  aceiar,  arreiar  —  ataviar,  or- 
nar —  íipuiar,  polir  —  aperfr:ii^oar,  apri- 
ujorar. 

Aiimo,  barbante,  cordãosinho  ,  cordel, 
guita. 

ATr.VAR,  aihar.  descobrir,  enconlrat— 
encofiiríf  —  acertar. 

jiTiMo,  >  peno.  jirzi,  tino.  |^ 

ATiKA».  xrreriiHçir.  arr<«jaffíbolar,  UnQ^rj 
vibfttr — caiuiuhar.  ir..  .    ,.  ■ 


ATR 


ATT 


887 


ATinAH-si,  abalançar-se  —  arremeçar-se 
arr('j«r-se. 

atíUar,  apitar. 
,-   -AfoAa,  rebuquear,  sirgar  —  atemorizar, 
■aterrar. 

ATOARDAS,  boalos,  DOticias,  rumores. 

atocíiar,  aptrlar  —  euibulir. 

ATOLADO,  atascado  —  apatetado,   atolei- 
mado. 

ATOLAR,  alascar,  enlodar. 

ATOLAR-SK,  ararv«r-sc,  eoabarrar-se,  em- 
paianar-se,  piilodnr-se,  envasar-so. 

Ai0LRiM*Do,  basbaque,  néscio,  parvo,  pa- 
teta. sim[iles,  simplório. 

ATOLEIRO,  aiascHdeiro,  <;eno,  l«maçal,  la- 
lOarão,    lameiro,  lodaçal,  monturo,   vasa. 

AToíio,    corpúsculo    —    pomo   —  i^dj.) 
indivisivel. 

ATONíTo,    areado,    assombrado,  confuso, 
perturbado. 

ATONTAR,  entontecer,   estontear. 

ATORDOAMENTO,    perlurbaçào   —  pasmo, 
surprezn. 

ATORDOAR,  aturdir,  azoar  —  assombrar, 
espantar. 

ATORMENTAR,  flagellap,    marlyrisar,   tra- 
tear  —  aíTligir,  airihular,  aperrear,  molts- 
ler,  mortiticar,  trabalhar. 
*-<'  ATRABILIÁRIO,  atribilioso  —  melancólico, 
triste  —  colerino. 

atbacar,   arcar,    travar   —  aferrar,  ar- 
poar. 

ATRAIÇOADO  on  Atreiçoado,íP9\eíico,  máu, 
pérfido,   lefrtlsado,   traidor. 

ATRAIÇOAR  ou  Aireiçoar,  trfír. 

ATRAPALHAÇÃO,  barafunda,  coufusàe,  des- 
ordem, embaraço. 

-w*"'iTRAPALnAn,  entrapar  —  embaraçar,  em- 
baralhar —  perturbar. 

atravaíccar,  embaraçar,   empachar,  im- 
pedir,   pfjar. 

atravessar,  oppôr  — trespassar  — mo- 
nopolisar. 

atravessar-sr,  oppôr-se  — expôr-se  — 
anticipar-se  —  entremellcr-se. 
'p  atraz  ou   Atrás,   áquem    —  menos  — 
após,  depois. 

ATRAZAR,  delongar,  demorar,  diíTerir,  re- 
tardar. 

A1RAZ0,  alrazamento,    demora  —  deca- 
dência. 

Al  REVIDO,  arrojado,  ousado,  temerário  — 
descorctdido,  impeninenle. 

ATREvMENTo.    arrojo,  audácia,  corajem, 
intrt'pidez  —  confisnça,  fiança. 

ATRIBULAÇÃO,    tiílliççào,   dòr,  magoa   — 
adversidade    —  inquietação  —  vexação. 

ATniBui.AB,  aílliKir,  lorraentar  —  mallia- 
Ctar,  molestar —  inouiclar. 

ATnl^cuKU^AR,  entrincheirar. 

AiHio,  adro  —  palio  —    vestíbulo. 


atripular,  marínheirar. 

ATRO,  negro  —  lúgubre. 

ATROADA,  estrondo,  ruído.  > 

ATROAR,  retumbar  —  aturdir  — abalar, 
estremecer. 

ATR0C8  ouAíroz,  enorme,  grave  *-. 
cruel,  deshumano,  despiedado,  fero,  fe- 
roz, 

ATROCIDADE,  barbaridade,  crueldade,  fe- 
reza, ferocidade,  sevícia. 

ATROPELLADO,  calcado,  pizado,    trilhado 

—  persrguido,  trabalhado  —   atormenta- 
do. 

ATROPELLAR,  derribar  —  calcar,  pizar, 
trilhar  —  deprimir,  op:)rimir,  vexar  —  de- 
sestimar, desprezar  —  desattender. 

ATTENçÃo,  advertência,  cuidado,  tento  -*- 
applicação  —  consideração,  respeito  •«- 
corlezia,  urbanidade. 

ATTENCioso,  coricz,  polido,  urbano  -*- 
attento. 

ATiENDFR,  cspcrar  —  tender  —  alten- 
tar,  fiçguardar,  reparar. 

ATTKNTADO,  arrazoado,  discreto,  judicio- 
so, prudente  —  acautelado,  advertido  -^ 
apontado,  exacto  —  {*.)  desacato,  sacrilé- 
gio. 

ATTENTAR,  reparar  —  advertir,  reflectir, 
rcnexionar  —  a[>8lpar  —  atíender,  consi- 
derar —  começar,  commetter,    emprendtír 

—  propor  —  iotentnr  —  experimentar. 
ATTENTO,  atlencioso  —  applcado,    cui- 
dadoso —  enlevado,  pasmado, 

ATTENUAÇÃo,  debilidade,  enfraquecimen- 
to, fraqueza  —  dimir.uiçào. 

ATTENiiAR,  debilitar,  detinhar,  emmagre- 
cer  —  diminuir,  minorar  —  empobrecet. 

attestaÇão,  certidão  —  testimunho 

attestak,  eflirmar,  assegurar,  certificar, 
testimunhar. 

ATTiC  SMO,  delicadeza,  elegância,  pureza 

—  jovialidade,  motejo. 
ATTco,  polido. 

ATiiTfDE,  acçio,  ar,  desplanto  —  posi- 
ção, positura,  postura,  situação. 

ATTO?<iTo,  enlevado,  estupefacto,  pasma* 
do,  assombrado,  espantado. 

attraCçào,  atraímento  —  tendência  — 
proprensão. 

ATTUACTivo,iman  —  engodo  —  (/)í.)for- 
mozura,  graças,  incantos  —  aff^gos. 

ATTRACTO.  coutraldo,  eocolhido. 

AETRAHiMENTo  OU  kUraimtnio,  enleva- 
ção, exinsis,  rapto  —  attractivo. 

ATTRAiiui  ou  Atlroir^  puchar,  tirar,  — 
carear,  chamar,  convidar — alliciar,  engo- 
dar —  induzir  —   negociar. 

ATTRiBuiR,  conceder,  dar  —  appUcar, 
imjiutar,   referir. 

ATTRIBUIR  SE,  adscrcvcr  se  apropriar-iB) 
arrogar-se 

nt  , 


888 


AUS 


ATA 


ATTRiBUTAR,  avassallar  —  tributarear. 

ATTRiBUTO,  condição,  predicado,  proprie- 
dade, qualidade  —  perfeição  —  insignia, 
sigoal,   syaubolo. 

attrição  ,    arrependimento  ,    contrição  , 

dôr. 

ATULHAR,  entulhar  --  abarrotar,  encher 

ATUMULTUAR,  alvomttr,  amotinar. 

ATUPiK,  eniulbar,  entupir  —  atalhar , 
embaraçar. 

ATURADO,  continuo,  não  interrupto,  se- 
guido —  assiduo,  constante,  perseverante, 
porfioso. 

ATURADOR,  paciente,  soífredor  —  aguen- 
tador. 

ATURAR,  padecer,  soíTrer,  supportar,  to- 
lerar —  resistir  —  continuar,  perseverar, 
persistir. 

ATURDIR,  apatetar,  estontear  —  atordoar, 
azoinar  —  assustar,  intimidar. 

AUDÁCIA,  atrevimento,  denodo,  aidide- 
za,  intrepidez,  ousadia,    valor  —  desp'jo. 

AUDAZ  ou  Xudace,  atrevido,  dest^^mido, 
ardido,  ousado,  valoroso  —  despachado,  des- 
pejado. 

AUDIÊNCIA,  auditório,  ouvintes  —  tribu- 
nal. 

AUDITÓRIO,  assembleia,  assistência. 

AUGE,  apogeu,  zenith  —  cume,  eleva- 
ção, eminência  —  alteza,  sublimidade. 

AUuMENTAÇÃo,  accesso,  accrescimo,  ad- 
dição,  augmento,  incremento. 

aucmentar,  accresceutar,  redupUcar  — 
aggravar,  engrossar  —  amphlicar,  engran- 
decer. 

AUGMENTO,  ampliação  —  accrescentamen- 
to,  accrescimo  —  crescimento  —  adianta- 
mento, progresso. 

AUGUR,  agoureiro,  angure. 

AUGURAR,  agourar,  auspicar ,  predizer  , 
presagiar,  prognoâlicar,  prophetizar,  con- 
jecturar. 

aUGurio,  agouro,  presagio. 

^L  CUSTO,  grande,  magestoso,  respeitável, 
venerando,  venerável 

AULA,  «'lasse  —  acaderpia,  lyceu  — cor- 
te, palácio. 

auuco,  cortezão,  palaciano  —  civil. 

AULiSTA,  alumno,  discípulo,  estudante  — 
academista. 

4  URA,  ar,  aragem,  favonio,  zephiro  — 
aceitação,  favor  —  applauso—  alento,  há- 
lito, respiração. 

AUREO,  dourado  —  brilhante,  rutilante 
—  nobre,  pohdo. 

AUREOLA,  coroa,  resplandor  —  gloria. 

AURORA,  alva,  madrugada  —  levante, 
oriente. 

AUSÊNCIA,  apartamento,  distancia  —  re- 
tiro, sitledade  —  saudade  —  desemporo» 
demui&v)  . 


AUSENTADO,  ausente,  remoto,  retirado. 

AUSENTAR-SE,  afastar-se,  apartar-se,  ar- 
redar-se  —  ir-se,  retirar  se. 

AUSENTE,  apartado,  retirado  —  afastado, 
distante,  longe  —  desunido,  separado  — 
degradado,  desterrado. 

AUSO.  ousadia. 

ausp.Cah,  augurar,  predizer,  prognosti- 
car. 

AUSPICIO,  advinhação,  presagio  —  assis- 
tência, protecção  —  conselho,  direcção  — 
auctoridade. 

auster-dadp,  abstinência,  jgum,  morti- 
ficação —  austpreza,  estoicismo,  inteireza, 
rigidez,   severidade. 

AUSTERO,  áspero,  rigido,  rigoroso,  seve- 
ro —   a<*erbo. 

AUSTRAL,  austrino,  do  sul. 

AUsTRO,    sul. 

AUTHEN31CAR,  autorizar,  legalisar,  vali- 
dar. 

AUTHENTIC0.  Icgalisado,  solemne  —  ap- 
provado,  válido  —  celebre,  notável. 

AUTO  ou  Âucto,  instrumento  —  acção, 
acto  —  continência,  gesto,  postura  — (pi.) 
escripturas,   processos  —  farças. 

AUTOR,  Xulkor  ou  Auctor,  escriplor  — - 
descobridor,  inventor  —  fundador,  insti- 
tuidor -—  chefe  —  fonte,  principio  —  tron- 
co —  demandista. 

AUTORIDADE  OU  Auctoridadc ,  dominio, 
mando,  poder  —  credito  —  governo  — 
licença,  permissão  —  consideração,  força, 
peso  —  (pi.)  sentenças,  textos. 

AUTORIZAR,  Autorisar  ou  Xuctorixãr , 
acreditar  —  approvar —  confirmar  — au- 
thenticar,  legalisar. 

AUi'LiAR,  ajudar,  soccorrer  —  favore- 
cer, proteger. 

AUXILIO,  ajuda,  soccorro  — •  adjudatorio, 
assistência  —  remédio. 

AVALIAÇÃO,  apreciação,  apreço,  conta, 
estima,  estimação. 

AVALIADO,  apreciado,  estimado ,  julga- 
do. 

AVALIADOR,  apreciador,  contraste,  esti- 
mação. 

AVANÇADA,  accommettida,  assalto  —  irru- 
pção. 

AVANÇAR,  adiantar,  apressar—  acomme- 
ter,  investir,  vencer,  vingar  —  servir. 

AVANÇO,  adiantamento,  augmento,  pro- 
gresso —  lucro,  usura  —  melhoria,  \aa- 
tagem. 

AVANiA,  affronta,  vexação,    ultrf>je. 

aVaNTagkm  om  Xvantaj em,  addiantamen- 
to  —  proveito  —  dute.  prenda  —  melho- 
ria, superioridade  —  vicloria. 

AV  ^TAJ*R  Se,  exceder-se  —  destinguif' 
se,  eitrernar  fe. 

AVA«TAJo8o,  proyfiiosi»,  útil. 


JLVJ 


izfí 


883 


AVA5TE,  adianto,  por  diante  —  mais  pas- 
sante. 

AVARENTO,  Bvaro,  fons,  mesquinho  — 
CSCaso,  parco  —  nvido,  ciiLiçoso. 

AVARKZA,  avnricia,  mesquinliana,  mes- 
quinhez, mofina. 

AVASS\LL\R,  domar,  render,  subjugar, 
sul»meler,  vencer  —  conquistar,  ganhar,  se- 
nhorear —  dominar. 

AVE.   pássaro. 

AVKAUO,  adoudado,  alnado. 

AVELAR   í'U  AttUar,   seccar  -^  engelhar 

—  ci'.VL'liiec«'r —  amarroiar. 

avkna,  chsramtl.i  —  gaita  —  fraula. 

AVEKÇA,  acordo,  convenção,  pacto  —  con- 
certo, concórdia,  nniâo. 

AVENf.AL,  jornaleiro,  servidor. 

AVKMUA,  entrada,  passagem  —  alça,  ca- 
minho, estiada  —  atalho. 

avemlra,  andança  —  pergo,  risco,  ac- 
cidenie,  caso  —  aciíso,  sorlo 

AVENTLRAR-SE,  abalançar  SG,  arriscar-se, 
expor-se  —  arremeçar-se,  arrojar  se,  lan- 
çançar-se. 

AVEiNTURFjno,  paladino  —  voluntário  — 
arruftdor,  vadio. 

AVENTUKOso,  arriscado  —  denodado. 

AViíKii;uAÇÀo.  exame,  icquiiiçào  —  liqui- 
dação, verilic/^ção. 

AVERIGUAR,  apurar,  deslindar,  examinar, 
ind/igar —  Iquidar,  verificar—  «justar,  con- 
certar —  terminar —  informar-se  -  corar. 

AVERNO,   inferno,  orço — lagoa  infernal. 

AVERSÃO,  anthipalliia,  contrariedade,  op- 
posiçào  —  .'xborrecimenlo,  honor,  ódio  — 
íasiio,  nojo,  tédio. 

AVERSo,  contrario,   inimigo    opposto. 

AVESSO,    envez  —  o   contrario,    opposlo 

—  erro  [adj.)  ao  revés,  contrario  —  extra- 
vagante. 

avexar,  amofinar,  angustiar,  atormen- 
tar —  assolar,  l«lar. 

AVEZAR ,  acostumar ,  afazer  —  habi- 
tuar. 

^  AVIAMENTO,  achegas,  apparelho,  male- 
riaes  —  despacha,  preparo  —  auxilio,  expe- 
diente; meio  —  ddigenf.ia. 

AVIAR,  apressar,  despachar,  expedir—' 
aparelhar,  dispor,  preparar. 

AViAR-sE,  apressar-se  —  apromplar. 

AViARio,  viveiro,  volljere, 

AviCTUALHAR  OU  Xtiiualliar,  abastecer, 
fornecr,  vitualhar. 

Avino,  anci.so,  anhelante  —  esfaimado, 
lofreíío.  voraz— cubiçoso,  (ifspjoso. 

AviLLANAno,  grosseiro,  rústico. 

AVLTAÇÃo ,  abatimento,  humiliação  — 
abjecção,  baixeza,  vileza. 

AVILTAMENTO,  baixcza,  'ril^^za. 

AVILTAR,   abater,   desprezar  —envilecer 

—  deprimir,  humilhar. 

YOL.  ir. 


AViTíARRAno,  «ccrbo,  áspero,  azedo. 

AviNuo,  ajustado,  concertado —  confor- 
mo. 

Avin-sE,  conformar-se  —  ajustar-se,  con- 
cor.iar. 

AviSAno,  ajuizad^^,  atilado,  discreto,  ma- 
duro,  prudente,  sabio,  sisudo. 

AVISAR,    acunstlhar,  admoestar,  advertir 

—  ufiliciar. 

AVISO,  advertência,  admoestaç?io,  conse- 
lho —  notiria  — emenda  — caiiiel.i,  preven- 
ção, ])rud''ncia  —  discrição,  juízo,  sagaci- 
dade —  ordenarão.  * 

AVISTAR,  atalaiar,  d3SC0brir,  descortinar 

—  divisar,  enxergar. 

AVIVAR,  asíiliiar,  espertar  —  animar,  es- 
forçar —  activar,  aprrlar,  cxeilar  —  aviven- 
tar, realçar  —  (n  )  crescer  —  refrescar. 

avivemar,  avivar  —  fortilicar,  reani- 
mar. 

AVIZINHAR.  Atczinhar  ou  Atisinhar , 
aproximar,  chegar  —  (n.)  confinar,  conter- 
minar. 

AVOCAR,  evocar  —  chamar  —  allraír  — 
attpibuir-se. 

avof.ja«,  adpjir,  alear. 

AvoENGCS,  antepassados,  ascendências, 
ascendentes,  avós,  maiores. 

AVULSO,  arrancado,  separado  —  espar- 
so. 

AVULTADO,  avulloso,  corpolento,  volumo- 
so —  grande. 

AVULTAR,  relevar  —  resaltar  —  (n.)  cres- 
C3r,  realçar, —  exceder,  sobrepujar. 

AXE,  eixo  —  feridinha,  golpinho. 

AXIOMA,  aphorisMO,  apophihegma,  dicta- 
me,  máxima,  sentença. 

AZ,  ponto  —  bando,  esquadrão      alcalea 

—  ala,  fileira — multidão. 

AZADO  01^  Asado,  alado  —  ágil,  habilido- 
so —  accommodado,  geitoso,  idóneo. 

AZÁFAMA,  pressa  —  multidão  —  bulha, 
motim. 

aZaGata,  arremeção,  dardo,  pique. 

AzAMBOADO,  escabroso  —  atarantado. 

AZAR,  desastre,  desgraça,  infortúnio  — 
ponto  —  (o.  a.)  accomnodar,  ageilar,  dis- 
por —  facilitar  —  aiijudar,  auxiliar. 

AZEOAMKNTO,  azedume  —  aspereza  —  in- 
dignação. 

azk»ar,  desgostar,  indispor,  irritar. 

AZEUARSE,  assanhar-se,  exasperar-se  — 
encrucer-se. 

AZEDiA,  acidez,  acido,  acrimonia,  aiedu- 
mo. 

AZEDO,  aciJo  —  áspero,  desabrido. 

AZEDUME,  azedura  —  desabrimento  — im- 
posição. 

AZEMALA,  Azemela  ou  Azemola,  macho, 
mula,  ctc.de carga  —  estúpido,  lolo. 

AZEMEL,  almocreve,  mo^o  de  mulas. 


j^p'tòri^  {[itifiiá,  iòfêil^,  r\iò  Jiro^p èfS; 

j^ZiMO,  asfíjo,  nhò  íèvcííàfio. 

xZ'MiAf.A,  caminho,  cavado,  carreiro. 

aÍ.o\  iniiÍ\vo\  occnsito  ~  auxilio,  in'ér- 
venção,  nifio  ~- destreia,  geiío  — côr,  |)re- 
lex  o—  perigo,  iiscó. 

AioiNAR,  atóriíoar,  áturdif,  âzóar,  eátrií- 


Uòbràgue,  açoúlè,^  cbícÓté,  lálêgò',  Vèr- 
galho. 

/zoÒGM^O,  iníjúiéto,  irefo,  íurÈúfeiito, 
vivo. 

Aznur.ÁR,  avivar,  cs|>erfár. 

AZuLAUO,  cerúleo,  cérulo. 

AZULEJOS,  alizares,  ladrilhos. 


â 


f  Aiflf;  'bábujem,  éscuttíâ  —  èus]pt>,  sa- 
liva. 

ij^BÁo,  bab^ósò  —  toW. 

BaBejro,  bahadeiro,  babadonro. 

ij^nch,  bàbbjir,  cscíirnar,  sahváf. 

DaBar  se  ,  balbuciar  —  a^aiíohar-se 
pSt\  .  . 

BABAREÒ,  pálâvfórió  —  íiáatfacir',  Vaíá. 

bvbuca,  bajoújo,  basbaqfie,  bofdnio,  ^'n- 
palvo,  pateta,  ])atola  —  material,  óescío, 
siraples,  simplório. 

baBoso,  bábào  —  delii^ánte,  tolo  —  naínb- 
rado. 

baBUCem,  Babvjem  ou  Babvjc,  baba  — 
flor,  tona. 

bacaluao  on  Bacalhau,  badejo'. 

B/vCCrio,  lyeii. 

B*ciiAREL,  *  beneficiado  —  cbarlador, 
fallador ,  linguareiro ,  palrador,  lagarel- 
la. 

bachareuciç,  líbia,  pHavrorio,  parola, 
parolagem,  prosa,  tagare)lice. 

BACio,  calandro,  camareiro. 

BAÇO,  entranha  —  {aí(y)  fulo,  moreno, 
pardo  —  empanado 

BaCui.0,  bago,  hasião  —  amparo,  arrimo 

BaDa,  abada,  ihinoceronle. 

BM)AiEjAB,  badalar  —  arripiar-se,  tiritar 
—  estremecer. 

baoamkco,  pasta  —  bandalho,  bonifrale 
— ■  casquilho  —  peralvilho. 

lJ.\i)i.i.A0ij8,  cliHufana  —  tarcços. 

Ik i>,.i«M «',  AVfl}(.m,   bafir>ietó. 

í»«i^*»AlV',    búfàr  —  Vfilielar,    Uriíníjtr  '^ 


BAFTÒ,    frÓfo. 

íafo,  alento,  anholito,  fulegn,  fialilo, 
oíT-go,  respiração  —  ar,  sOprQ  —  abrigo  —• 
favor,  protefçao. 

BAFoftAD.í,  baíoi,  fespíraÇlió  ~  rajada,  rls'- 
banád.i  —  evapóVéç*!©,  exhabçâò— (/^/ )  Lídí- 
vafá^!,  feros, 

BtGKciíií,  Bo^jàjem  ótí  Bágoje,  cargas, 
eqnr|)Vf?'em,  saecos,  trem. 

bagatei  a  ou  liagntella,  bugiariam,  nruíiif- 
ria.   hoWádA.  ridicul-iria. 

bago,  grão  —  báculo. 

BaHía  ou  Haiff,  abra,  ençeadá,  bavré. 

Ba  nu  ou  i^ativl,  caixa,  caixão,  cofre. 

bailador,  bailarino,  dançante,  dansàrí- 
no.  íoliào. 

BÀíLAR,  dançar,  éktàcúiéáf',  li^cbilh^, 
tripudiar  —  cabriolar,  saltar. 

BViLARiNO,  báilador,  bàilào ,  dançari- 
no. 

BAILE  onBailo,  chacota,  choreia,  dança, 
saráo,  tripudio. 

B\iLEo,    andaimo  — cadafalso,   palanque 

—  varanda  —  assento,  banco. 
B\n.iiEUio.  boiante,  lev«i,  yfleirò. 
Baínha,  forro,  funda  —  estojo  —  vagenj 

—  costura,  dobra,  orla. 

bailca  ,  bctesga  ,  bodega  ,  tasca  ,  tá- 
verria. 

BAiiQUEiRO,  bodogueiro,  cbanfanelro,  la- 
be'iu'iro. 

bajoujick,  asneira,  tolico. 

iiAj.iiM>,  alvar,  t»fit»oèr »,  íís('rtpt15.  toirt. 

ttviXÍN\\ii,   flg\'ia'r,   bilaòicVâr  — èi«\ni- 


Tt\T.A?fçA,  nrrpílnijçn  —  nKÍi,T;?in,  balancca- 
dtJfi,  liMlnm»  .i{r.O'ilo,  li.iiuUalcii).    ' 

D-Liio,  l»aU)Ut  TMiu».  g »;:'),  lariimuilo. 

liu.itLCUK,  pa^mj-ír.  larifliiiiMlcar. 

luiuLC-K,  btílbuciagào,  bdlbuiifucia,  ga- 
gueira -. 

UALBURnA,  Jlalborda  ou  Balbúrdia,  des- 
ordem, lumullo —  aigizarra,  eblrondo,  gn- 
liina,  vuzerh. 

iiAicAo,  gnleria  —  sacada  —  varanda. 

BUDA,  tiefuilo.  ta<  ha  —  eiva. 

ii*i.i>Ann,  desvaner.id»,  frusirado,  fruslra- 
flPO,    iiil(UClii<'S<).   inulil,  prrdúlo,   vão. 

Daldào.  »'X})r(ibr«(;íio,  répmelio  —  aífron- 
U,  conviíio,  doe.sio,  impropério,  liijiiria, 
ludibrio,  o[tprobri(). 

bai.dar".  frustrar,  inulilizar— atalhar,  cm- 
bar«(^ar,   iuipedir. 

BAi  uEAR-sK,  lançar-so,  passar  se  —  mo- 
Ihar-se. 

bai  Dio,  frnstaneo,  inulil  —  ocioso  —  in- 
culto, maninho. 

BAi  DO,  carecido,  fal«o. 

B*ríz\  ou  lalisa,    braite,  marco,  signal 

—  leriKO  —  raia  ponto. 

B*Liz\R  ou  l!a/úar,    demírcar,    limitar 

—  HSQiar,   orçar. 

nvLiFo,  fufo,  ÍLchado,  túmido  —  empo- 
lado. ^ 

Balsa  ou  Ba/fa.  brenha,  çarça,  espinhal, 
malta,  silvad.» — j'<iig'',  jang«da. 

balteo  ,  boldnó,  cinto,  talabarte,  ta- 
lim. 

Baluarte,  bastião  —  antemural  —  dcfen- 

£8. 

BVMBALFAR  OU  Bomòf/ear,  agitar-se,  mo- 
\er-fe,  titubear,  vaciUí  r. 

BAMBO,  friiuxo,  laxo,  s  10. 

B«.MBLi,  canna  dn  índia  —  bordão. 

Bancarrota,  íalbmento,  quebra — des- 
amparo. 

BANCO,  assento,  poial  —  balcão  —  cacho- 
po, escolho 

BANDv,  lado — bando,  facção,  partido  — 
bordada,  descarga — ítixâ  —  venda  —  char- 
pa,  cinta. 

ba^dai.ik»,  casquilho,  paralvilho  —  bil- 
Ire.  vadio — *farrapf». 

BA^D\BHA,  nciandrião,  ocioso,  preguiçoso. 

B^Nl)AU•»^■AB,  vadiar  —  pn  guiçar. 

nv^DAHRlCB  ,  raadraçana  ,  niandrieira, 
ociosidade,  prfgni(;a,   vadiação,  vadico. 

bandeam,  revoltar  —  favorecer. 

B*>uRiRA,  «unílamma,  eblandarte,  guião, 
lábaro,  pendão. 

B»NDEiRo,  sedicioso,  tuibulento  —  parcial 

—  (le-xtvel. 

BA>Diuo,  bandoleiro,  ladrão,  malfeitor, 
sebeadur  —  banido. 

Ba:^uir.  banir,  defrad&r,  deiUrrar^  eii- 
liar,  pruwrcTcr,  * 


m 


m 


RiNno,  facrJií).  parcialidado,  parti-lo  — 
companha  —  al''aleii,  rancho  •— prega'). 

ll\^uoLElRO,  lajrào,  saVftíador  —  iàcòns- 
tanio.    •  •'    •  ■    ■■ '■■*""      "^   "'"'^ 

H^NDoniA,   çedição,  tumulto. 

B\M)iJLiio,  barriga",  p.inça. 

li^MiA,  gordura,  unto — ^  pomada. 

iiv.MiAR,  huineclar,  huraedpcer  —  agu^r. 
molhftr  —  aii[)Hrgir,  orvalhar,  salpicar  -— 
borrifar  —  alagar,  inundar  —  tingir. 

II A  MIO,  pregio,  pocl^pa  —  masmorra, 
prisiV)  —  (;/7  )  caldas,     " 

n\MR,  oegradar,  encartar,  desterrar,  exi- 
liar,  proscrever. 

BAN^uk-Tv,,  bodo,  bródio,  festim  —  colla- 
(;ào  —  convite — regalo, 

B^^TISM0,  lavacro. 

BAUUE,  despenho,  queda  —  estrondo,  rai- 
do. 

BAQUEAR-sE,  abalxar-SB,  abater-se,  de- 
bruça r-se. 

DAR4FUNDA,  algazarra,  vozeria — confu- 
são —  desordem,    lumullo. 

BARAFUSTAR,  debaler-so  —  embater,  tc- 
pelar  —  reluclar. 

BKKALHA,    macete  —  altercação,  contenda 

—  briga  —  (j)l  )  enredos,  meiadas. 
BARAi.iiADoR,  alrapalhrtdor,  embrulhador 

—  p' rlurbador    revoltoso. 

BARALHAR,  confundir,  misturar  —  pertur- 
bar. 

BARÃO,  *  varão. 

BARATAR,  baratear  —  desbaratar,  esper- 
diçar. 

BÁRATRO  ou  Baralhro,  abysmo,  boquei- 
rão, [jrofundeza  —  pego,  sorvedouro,  vora- 
gem —  inf.Tno, 

barba,  b'iço  ,  p»íllo  —  cara,  presença, 
rosto  —  ipl.)  annos,  idade  —  barbatanas. 

BARBANTE,  cordelinho,  guita. 

BAhBuuA,  barbaridade,  crueldade  —  gros- 
seria, ignorância. 

BU.BARIDADK.  cruelladp,  crueza,  deshu- 
manidade.  sevicia,  lyrannia  —  fereza,  fero- 
cidade —  atrocidade,  impiedade. 

BARBARISMO,  erronia  —  barbaridade. 

BÁRBARO,  atroz,  barbaiico.  cruel  desbu- 
mano,    furoz  —  selvaj»ím,  grosseiro,  inculto 

—  estranhfi,  impróprio 

BA  «BARRÃO,  barbsças,  baibaçudo,  bar- 
budo 

Babbjteso,  duro,  forte,  rijo. 
BAKCO,  barca,  balei,  bote,  lancha. 
Ba  RDA,  sebe,  t^pigo  —  «m^nloamenlo. 
BarGamia,  permutação,  troca, 
bargamiar,  canibiar,  trocar  —  negociar. 
BAbGANTK,  biltre,  picaro  —  ocioso,  vadio 

—  íitrevido,  desvergonhado. 
barga>teah,  peralvilhar,  vadiar. 
BAR6AI1TKHIA    ou    linrgantaria,    'nfatâiâ, 

fe(bac«da  —  duraasidau,  hberun8|f!ni. 
tí'ò  . 


m 


DAT 


DEM 


HAURA,  cama,  leilo  —  alavanca  —  embo- 
cadura —  cinto,  tira. 

BAURACA,  pavilhão,  tenda  —  cabana,  cho- 
ça, fhoupana. 

BARRANCO,  cova.  qucbrada  —  barrora, 
despenho,   precipicio  —  daranò  —  mispria 

—  perigo  —  estorvo,    impedimento,   obstá- 
culo. 

B\RRANCoso,  abarrocado  —  impiedoso, 
impraticável. 

BAiiREGÀA,  OU  Barregã,  concubina,  DQan- 
cebfl. 

B\RRECÃo,  amancebado,  amigo. 

BARREOuiCE,  abarregamento,  concubina- 
to, mancebia. 

bahrb'ra,  bastida,  estacada,  trinf^heira. 
vallo  —  defensa,  alvo.  mira  —  obstáculo. 

BiRRELA  on  Darrella,  cenrada,  decoada, 
lixívia  —  engflno,  logração. 

BARRENn.\o,    alguidar  —  bacio,  servidor. 

BARRKNTO,   argÍl)SO. 

BAuRi<iA,  b-^ndulho,  pança,  ventre,  úte- 
ro —  bojo  —  feto  —  prenhez. 

barrigaDa,  fítrtadella 
.,  BARRIGUDO,  alacoado,  barrigão,  pançudo 

BARRO,  argillfl,  greda. 

BARROCA,  esbairondeiro ,  quebrada  — 
barreira. 

BARROSO,  argillento,  b'rrento. 

B^RHLNTAR,  cofijeciurar,  suspeltar, 

BXRRUNTO,  descoiiliança,  susp^-ita. 

BARULHO,  balburda,  barafunda  —  motim, 
tumulto. 

Basbaque,  estólido,  insensato,  pateta,  to- 
lo. 

BVSE,  peanha,  plintho,  soco  —  alicerce, 
apoio,  ciiihasamento,  sustento  —  foco  — 
fundamento,  principio. 

BaSilísco,  regulo,  serpente  — *  canhão. 

«astaNTE,  assa»,  suíliciente. 

B  *STÃo,  báculo  —  bengala,  bordão  —  páu 

—  canna. 

BASTARDO,  illpgilimo  —  espurjo. 

bastecer,  abastar,  fornecer,  fornir  — 
municionar,  pelrechflr,  prover. 

BASTtciMENTo  OU  Dasiimento,  provimen- 
to, provisão,  viiualha. 

BASriÃo,  baluarte. 

BASTIDA,  cerca,  tranqueira. 

BASTO,  abafado,  denso,  espesso  —  con- 
densado, grosso. 

bastura,   baslidào,  espessura. 

BATALHA,    acção,  brigi,  combste,  peleja 

—  recontro,  refrega  —  esquadrão  —  *  tro- 
ço, turma  —  condido  —  dutllo  —  contenda, 
disputa,  dissensão,  rixa  —  lucta  —  [pi.]  alas, 
linhas. 

BATALHADOR ,  combatentô  ,  pelejador  — 
lidador. 

BaTalhAo,  brigada,  cobortel  companhia, 
et^uadièQ. 


BATALHAR,  brigar,  combater,  pelejar,  pu-» 
gnar,  renhir — altercar,  disputar. 

batkdor,  malhador  ~  espancador  —  ex- 
plorador. 

batkga,  bacia  —  ngnacriro.  chuveiro. 

Bvtkl,  barquinho,  hole,  catraio,  esquife. 

batek,  marietlar,  etc. — cunhar  —  com- 
hater  —  derrotar,  vencer. 

Bateria  ou  Bataria,  pancadaria  —  bri- 
ga, «couin;etlimcnto,  assalto. 

batidarca,  corrimaça  —  reprehensão,  sa- 
bonete. 

B^XAR  ou  Baixar,  abater,  arriar,  descer 
—  curvar,  dobrar  —  (n.)  vasar. 

BAXEZA  ou  Baixeza,  abatimento,  h  mil- 
dade  —  ignobilidade.  vileva. 

BAXio  ou  Baixio,  arrecife,  escolho,  par- 
cel  —  banco  de  areia. 

BAX'»  ou  Baixo,  pequeno  —  débil  —  pro- 
fundo —  abatido,  humdde,  rasteiro  — abje- 
cto, desprezível,  ignóbil,  vil. 

BAZOFiA,  íaufarnce,  jactância  —  fero  — 
ca  perolada. 

bazofiar,  gabar-se,  vangloriar-se  — bra- 
valear. 

b^zofio,  gabarola  —  bravateador,  ronca- 
dor. 

bkata,  devota  —  freira. 

BicATARiA  ou  Beatice,  racbolice,  bypo- 
crisia.  raomice,  tarlulice. 

beateiho.    freiralico  —  cacbob,  j^cobeu. 

BRA'»o,  bem.-vHnlurado  — bealiticado  — 
hyporrila,  tartufo. 

BÊBADO  ou  Bêbedo,  borracbo,  ébrio,  em- 
briagado, temu!»'nlo. 

Bf-nEuicE,  b^berronla,  borracheira,  em- 
briague/., vinhaça. 

DEBKR,  engulir  (líquidos)  —  absorver,  chu- 
par —  receber  —  passi^r,  soffrer. 

b?=:íço.  lábio,  iabro. 

BEIJAR,  oscular  —  tocar  —  chegar. 

BEIJO,  osculo  —  beijoca. 

BEIRA,  aba,  borda,  margem,  orla,  riba, 
ribanceira. 

BELLEGUiM,  aguazil,  quadrilhciro  —  agar- 
rador,  gaifarro. 

BALLEz A, 'beldade,  boniteza,  formosura, 
lin<l*'za. 

BELLicoso.  b^^llico,  belUgeranle.  bplligero, 
guerreiro,  marcial,  mareio,  mavórcio. 

BELLo,  formoso,  lindo  —  gentil  —  agradá- 
vel —  |)r<íclHro  —  excellenle. 

BELLLÍ.^o.  bestial,  brutal  —  ferino,  fe- 
roz. 

BEM,  beneficio  —  proveito,  utilidade  — 
(pi  )  frtzendíis,  haveres. 

B':MAVE^TURADO,  afortunado,  ditoso,  fe- 
liz, pr(i?ppro,  venturoso  —  (s.)  san<to. 

B  M*.vfcNTi:R*i^çA,  gloria,  parei:0  — COO, 
eto(  )'r!^n  —  boav.  nturn.  f.trtuíia. 

l>(ii«uiio   cu  BvmUicto,   betudiloso,  fvlii* 


ET3 


EOD 


S93 


nT!MTiTZKn,  abençoar,  abendiçoar — aqo- 
nar.  Icnv^r. 

dkvfazkiste,  bembazcjo,  bcmfeilnr,  be- 
nelir.iente,  benéfico,  Lcuigao,  carilalivo,  li- 
Lerfll. 

lUMFEiTon,  b?ne(ici«(lnr —patrono. 

BEMFiiTORiA,  bea;,  beueficio,  favor,  gra- 
•  Ç8,  mertò. 

BEMFEiTORisAn  oii  fíemfeitorhar,  melho- 
rar, reparar,  restaurar. 

BEYirARiciDO,  agradável,  aprazível  —  for- 
m(so. 

1JK»(0L'E,  indflque.  postoquo. 

bemqlebença,  aíTclo,  aileição,  agrado, 
benev»  l^^ncia.  cordiftlidade. 

bemqlistauo  ou  liewqnisto,  àm&do,  bem 
aceito,  estimado,  querido. 

BKNf FICE^CIA,  bondade  —  caridade,  ge- 
ncfcsidade,  liberalidade —  favor,  protecção. 

BE.MFirtME,  benríia),  bom. 

BENEFICIAR,  benifíizer  —  ra(dIiorar. 

Bii>EFicio,  mcjlioria  —  favor,  fjraça,  mer- 
co —  dadiva,  denalivo,  mimo,  oírerla,  pre- 
sente. 

BENÉFICO,  bpTcfizf jr>  —  liberal  —  provei- 
toso, útil  —  salulifero,  saudável. 

BENFAiERiTo,  dign'^,  merccedor  —  hábil, 
suílicifiite. 

BKiNErLACiTQ.  vontade  —  faculdade  —  con- 
senso,   consentimento  —  liceoç«,  permissão 

—  approvfl(,ão    prasme. 
BENKVdi.EMiA,    iillecto,  aíTeíção,  amizade 

—  bondade  —  graça. 

BE^tvoLO.  btíueliciente,  benigno  —  aíTe- 
Clucíso,   Cordial. 

BRNGAi.A,  bastião,  bordão. 

benigmoaor,  bondade,  cl.mencia,  huma- 
nidade —  brandur'»,  mnnsidíio 

BíNu-.NO.  jilLivel,  ag'"adavel,  suave  —  fa- 
vorável, grato  —  benéfico 

bento,  abençoado,  bemdiclo,  benzido. 

Bll^z■R-sE,  persignar  se. 

berço,  ninho,  patiia  —  nascimento  —  in- 
fância, meninice,  puerícia  —  origem,  prin- 
cipio. 

berrar,  gritar  —  mugir  — balar,  bra- 
mir. 

BEBRO,  grilo  —  rangido  —  balido. 
.   BKSBELMOTEiRO  OU  liísbUliote.iro,  mexeri- 
queiro —  enre  lador  —  desprezível. 

BFsiA,  animal  —  asno,  estnpido,  igno- 
rante,  parvo,  sindeu,  tolo,  zole. 

BESTIAL,  belluino,  brutal,  formo — estú- 
pido —  erróneo. 

BtST  ALiuAUE,  estupidez  — beslidade,  bru- 
talidade. 

BETAR,  listrar,  matizar,  ralar  —  (n.) 
•companlíar-se,  dizer. 

BETE8GA,  fasra,  laverninha. 

Bi'EEHHo,  boiíinhe,  novilho,  titullo. 

«iUUutUECA.  livraria. 


BTCHA,  cobra  —  lombriga  —  scrpenlo,  ar- 
sccada. 

BicuAiscROS,  ademães,  gestos,  momos,  tÍ" 
sagens. 

Diciio,  animalejo  —  insecto  —  vermo  — 
fera. 

BICO,    ponta  —  b^quo  —  quina  —  focinho 

—  cume,   pico  —  (pi  )  pontinhos. 
BiciDO,  pontiagudo,  pontudo. 

BiLTftu,  bigornlha,  birbanle,  magano,  V8« 
Ihaco  —  vadio. 

BiRBA.NTE,  biltre,  velhaco—  vadio,  vaga- 
mundo. 

BIRRA,  aíTinco,   pertinácia,   porfia,  teima 

—  agaslamento,  pai\ào,  sanha  — ódio,  ran- 
cor. 

BiRBENTO,  ferrenho,  pertinaz,  teimoso  — 
agastadiço,  cnfadadiço  —  aUuado,  assanha- 
do, enraivado. 

biscaTO,  fragmento,  pedaço,  resto. 

BisoNHARiA  OU  Uisouliice,  indisciplina  — 
ignorância,  rudeza. 

B  SONHO,  recruta  —  calouro,  novato,  no- 
vel, noviço. 

BisiAR,  descorlín.ir,  divisar,  lobrigar,  ver 
ao  longo  —  enxergar. 

Bspo,  antistite,  pastor,  prelado. 

bispotr,   penico,   unnol. 

DizARREAii,  vangloriar-se  — bravatear, 
ronrar. 

luzARRiA,  galhardia,  garbo,  graça,  gua- 
pice  — r  appTato,  gala,  pompa  —  adorno, 
decoro —  garridice,  louçania,  jactância  — 
bravura,  esf tço  —  caj-riího. 

BIZARRO,    airoso,   garrido,  gentil,  loução 

—  brioso— campanudo  —  arrogante,  jaclan- 
cioso  —  bra\o,  valente  —  extravagante. 

BLANDÍCIAS,  ôir^gos,  mimos. 

BLASFEMAR  ou  lUa^plieiiiar,  amaldiçoar  — 
praguejar  —  arren'>gar. 

BLASFÉMIA  OU  Ulaniihemia,  praga. 

BLASONAR,  gabar-se,  gloriar  se.  j^ctar-se, 
vangloriar-se  —  ostentar  — desvanecer-S8, 
inchar  se,  ufanar-se. 

BLESo,  gago.  tartamudo. 

BLOQUEAR  OU  liíocar,  cercar,  cingir,  si- 
tiar. 

BLOQUEO  òu  Bloqueio,  asscdio,  cerco. 

B 1AT0  ou  Vvaio,  noticia  —  estrondo,  ru- 
mor. 

BOB"»,  bufão,  chocarrciro,  gracioso,  pan- 
talào^- alvar,  estúpido,  tolo. 

ttòcA.  ou  bocca,  abertura,  entrada,  passo 

—  birra,  emboca<liira  —  cr  meço,   principio 

—  velcào  —  móá.^a,   quebra  —individuo, 
pessoa  —  bocal. 

BOÇAL,  bulonio,  idiota,  ignorante  —  sín- 
gflo  —  rndrt,  sem  arte. 

BODA,  casamento,  coLBorcio,  desponsorio, 
noivado,  núpcias. 

BoDi.  oaiiiiio,  eabtilo,  cabrOt  liiroo» 


UOft 


líoDEc.i iiKo  ,  La.utiU' iro,  cbacfauciro  — 
tajjt^rneiro. 

ini)0,  banquplo,  feslim.  rpgalo. 

w  iFETADA,  bíiftíião  —  (icsfciia  —  aíTronlfl, 
irjiifia,  ulir.tjd. 

uoiAR,  aboiar,  ílucluar,  nadar,  sobrena- 
dar. 

iiaiz  ou  ZVu's',  armadilha,  coslella,  laro-r- 
cngaru),  irflinoia. 

ítojo,  b^rrigi»,  pança,  ventre  -'  convexi- 
dade —  capa<'ida'ie. 

II  jui),>, '  barrigudo,  pançudo. 

u  )LA. ,  bola  —  [  ela  —  c>pbera  ,  globo  — 
cabaça  itoUeira. 

iji  LDRii?,  lalieo,  talabarte,  labm. 

)iOLiiA,  enp'  la. 

Boii»,  agitar,  mover  —  revolver  —  apal- 
par, locar—   {n  )  ferver. 

1J0LOM1.  indoiito  —  idiota,  parvo,  tolo. 

B')LOKE>To,  embolorccido,  mofento  —  an- 
t'go,  vidho. 

BOM,  prestadio,  útil  —  favorável,  prospe- 
ro,  sereno  —  babil,    grande  —  fácil,   suave 

—  ami^'«vel — clernenta,  compadecido,  mi- 
spriííordic  so  —  probo  —  sadio,  saialifero  — 
ci<-»dlHrite,  gostoso  —  niuilo. 

liOMBA,  granflda,  pelouro. 

BONANÇA,  «a  ler  no  —  prosperidade  —  soce- 
gn\  tran(|iJÍllidaíio. 

BONANÇOSO,  Cíilmo,  quieto,  socegado,  tran- 
quillo  —  fivoravtd,   prospero. 

BovDAUE,  cUm^ncia,  humanidade  —  libe- 
rfbdadtí  —  excelljncia  — doçura  --corlezia 

—  favor,  mer(ê. 

BoNjFRATK,  automaío,  bonerro  —  banda- 
lho, casquilho,  peralvilho,  badíimeco. 

BONiro,  agradável,  f<írmoso,  gentil,  lindo. 

BiQL'E/^R  ou  JUqnejar,  bocjnr — censu- 
rar, 6rit  car  —murmurar^—  resmungar,- ros- 
nar. 

BORBDT^o  bolhão,  borbulhão,  cação,  gur- 
gnlhão,  olheirào. 

BORBULHA,  empola  —  bolãosinho,  olhi- 
nho. 

BORDA,  extremidade  —  ourtUa —  beira, 
margem,   riba. 

BOBPAnA,   banda,  descarga,  surriada. 

BOBDALEKCO,  crasso  ,  estúpido,  grosso, 
ignorante. 

BuRoÃo,  bastão,  b'  ngala  —báculo  —bam- 
bu—canna —  cajado,  páu,  vara  —  estribi- 
lho. 

BonT>AR,  bordamenlar.  brnslar,  Iflvrar, 
rpcaasar  —  debruar  — fraldar  —  acompa- 
LliHr,  truarnecpr.  ' 

BORDÍ.L,  tloouce,  lupanar,  mancebia,  ser- 
^^ll.o.     ■'    ■ 

fiORUo,  rnmo  —  borda  —  humor,  intento, 
pareoerj  resuluf&o  —  bordada  —  to^r  —  na- 


m 

BORRA,  lia,  pó  —  olimpndura,  fezes  — » 
barlnlho. 

noKRACnFTRA,  bebedeira,  bebedirp,  bor- 
lach'  ria,  c^^apuia,   ebried.níe,  erubriagutz. 

bokhaCUO,  pouiljiuho  —  (ííl//-)  ebrio,  em- 
briagado. 

iioKhÀo,  minuta,  rascunho  —  bosquejo, 
eshoço. 

BORRAR,  apagar  —  canccUar,  rabiscar,  ris^ 
car. —  snj-ír,* 

BoiíBAscA,  furacão,  rajada,  refega  —  tem- 
poral, torruertia  —  trabalho  —  dessocego,  in- 
quietação —  s.'bfevenlo. 

BORRASCOSO,  procelloso,  tempestuoso,  lor- 
mentnso. 

BORKiFAR,  aspergir  —  aguar,  molhar. 

BOKKiPO,    borrifada  —  asperçào, 

Ba1l^A,  Bozina  ou  hnzina,  trompa  — 
trojr  peta  —  corneta  — búzio  —  uísa  me- 
nor. 

BOSQUE,  arvoredo,  boscagem,  espessura, 
floresta,  luro,  raatia,  selva  —  inuliidâo. 

BOSQUEJAR,  debuxar,  d-^lifiear,  esboçar. 

BOSQiiEjo,   debuxo  —  eshoço  —  rascunho. 

B  .sTELi.A  ou  basltlla^  borbulha,  fenda, 
pústula. 

BOTÃO,  abrolho,  borbulha,  olho,  renovo 
—  boslella,  empola,  pústula. 

ROTAR.  deitar,  lançar  —  arreneçar,  ati- 
rar, expellir,  vibrar  —  pAr  —  en  boiar. 

BOTE,  barquinha,  e«quife,   pangaio. 

BOTELHA,  frasco,  garrafa,  redoma. 

BOTO,  rombo  —  grosseiro,  rude,  tosco  — 
indigente,  preguiçoso. 

BR.sCELETF,  pulseira. 

BKAço,  auctoridade,  jnrisdicção  —  credi- 
to —  íoíça,  poder,  vigor  —  protecção  —  ra- 
mo 

B«ADAR,  clamar,  vociferar,  vozear  —  ap- 
pellidar,  proclamar. 

BHAuo,  alarido,  clamor,  grilaria,  grilo, 
vozeria  —  berro,  bi amido  —  tom. 

BHAGA,  argola,  grilhão,  grilho  —  cabo, 
corna. 

BHAGUEiRO,  funda  —  manteo  —  cabo. 

BUAMíbO,  frémito,  grito  — berro,  mugido, 
urro. 

BRAMiDOR  ou  Bramante,  befrador,  mugi- 
dor,  rugidor. 

BKAMiH.  fremir,  gritar  —  berrar,  bramar, 
mugir,  rugir,  urrar  —  retumbar. 

bkaNC^s,  cãs,  ruças. 

BRANCO,  íilahastrino.  alvo.  argênteo,  ran- 
did«),  ♦burneo,  lácteo,  nevatlo,  niveo  — 
iran;8C'jlado,  innocenle,  puro,  virgiueo  -?* 
int.-íjio  —  encanecida. 

B«ANCrRA,  alvura,  candidez,  candor. 

BhaM>ão,  cirio.  tôa.  tocha. 

BaAKUiii,  agitar,  mover  —  lacudir,  tí» 
brar. 

BaANoo,  mrineavel  —  Bi(«cio,  mollõ,  temo 


m 


m 


m 


—  Íl.«50  -  galerno,  séròríò,  SíiaVè -i»  ii^n- 
qiíil  o — benigno,  bondadoso  — conversà- 
\el—  fraco,  lumioso  —  ojanso  —  sbèiDuUdo. 

è  ^À^DLi<A.  fijollezà  —  docilidàdtí  —  Utili- 
dade,  suavidade'  —  man&idiío  —  airtíbilidade 

—  aíT.ígoà,  caricias,  ca.iabas,  niciíjiiíceá — 

bkanqueak,  aUoiecer.  dealbar,  embl-an- 
^1],  cer  —  caiai"  —  corar,  lavâr. 

iíHAi<iO'JEAR-SÈ,  encanecer,  envelhecer. 

BRA^OU^JAK,  alvejar  —  embranqueter. 

BiuvATA,  fanfarnce,  faufurron&da,  rífbu- 
hria  —  bazofia,  jactância. 

BRAVATEA<t,  bazofeflr,  roncar. 

BRAVtZA.    bravosidado  ,   embravecimer  lo 

—  fúria,  furor — ferelè,  ferocidade  —  des- 
Lua  anidade  -  -  nudicia,  bravura. 

BRAVIO,  inculio,  iDaniub*»  —  montesino, 
séíváíjpÍD  — cruel,    feroz  —  áspero,   dillicil 

BRAVO,  ferino,  fero —  áspero  —  irado  , 
fuifanào,  roncador  —  ai''òso,  bizarro,  ga- 
Ifliiie  —  bravio,  iiicullo,  maninho  —  deno- 
dado, valente,  valoroso  —  raagnilico,  nobre 

—  rxtraordinario  — osíeoloso  —  grande  — 
bravoso,  lorraentuso  — marulhado  —  («rfo. 
ou  inierj.)  bellamente,  optimamente. 

E«avlra.  aniàio,  coragem,  inlrèpidel  — 
esforço,  ví^lor  —  façanha,  pròezà  —  beroi- 
cTd/ldè  —  bizarrice,  galhard.á'. 

esazão  íHi  tíra.ãj,  coluíurla-,  é^ífftià,]^- 
drào,  pyramidn,  iropbeu. 

BuECiiA,  aberta,  boqueirão,  queb:ada  — 
danino,  dclri  ^eiilo  —  olleLiba,  atirouU. 

BapJEiRiCs,  maruttíira. 

BaEJKiRo,  garulo,  marolo  —  gatuno,  ve- 
Uaco. 

BREJO,  lamsral,  pântano,  paul. 

BítEJOso,  aldi;adi(.o,  apaulado,  encharca- 
do, paludoso,  pantanoso,  iamaceuio,  lo- 
do«o. 

BREKnA,  caverna,  concaviJade,  cova,  gra- 
ta —  balia,  matla. 

BiiETE,  aboiz,  costella  —  laço,  prisão. 

BRKVB,  curio  —  conciso  —  compendioso, 
lac«niro,  succinto  —  instantâneo,  momeu- 
laneo  —  caduco,  ephemero,  frágil,  transi- 
tório. 

BREVIDADE,  curteza  —  expedição. 

BRIGA,    acção,  combate,  couilicto,  pelrja 

—  pendência,  rixa  —  certame,  disputa. 
BRIGADOR,    brigão,    brigoso,    bulbento  — 

elt-rcadur,  dispuiador.  rixoso. 

BHiLiiAME,  diamantí' —  (a  (/ )  cspl.inde- 
cente.  es^ilpiid^ute.  luoido,  iucif-To,  luzi  ío. 

BKii.iiAH,  fulgurar,  luzir,  relltíClir,  res- 
Jiland(cer,  rf;vefber«r,  bcinlillar — avultar, 
realçar,  sobre -«xceder. 

DKii.iiO,  darão,  esplendor,  lustro,  luzl- 
Di«Mito,   resj  líiudecencia. 

nHl^CAl•HKA.  Irmco.  brinqu'3do,  diverli- 
tneiilo,  /"'"ucdo  —  grac-jo. 


b<íi!'5cXD0ítt  brincalhlo,  biincSo,  folgaiãj 

—  alegre,  divertido. 

biu.ncar,  folgar,  galhofear- — galantear—^ 
èracejâr  —  ohíár. 

BKiNCo,  brincadeira,  brinqijíído,  diverti^ 
mento,  folguedo  —  gracíj»,  j"  gueío  —  ludi- 
biio,  zOTibaria  —  arrecada.  ' 

BKio,  d^•licadeza,  pundennr  —  pUIvcz,  or- 
gulho,  bfaniá  —  crédito,    reputação  —  zelo 

—  esforço,  valor— bbehlidado. 

Brioso,   altivo,  èíuberbo.  vaidoso,   uíân© 

—  gtlhardo.  guapo  — cavàlleiroso. 
BiiiTAMEMo,  arrombnnento,  quebr-ã. 
Britar,  arrombar,  espedaçar.  ^juebraf. 
BnícriE,  alamar,  coNhete,  Cinuhl. 
Bródio,  caldo — banqííPle,  festim. 
CKOMA,    bronco,    estúpido,    ignorantò  — 

grosseiro. 

BRONCO,  aspéfò,  tosco  —  grosseiro,  rudi 

—  inurbano. 

BKONZK  ou  Brojízó,  aramo  — dureza,  'irf^ 
seúiibilidaàe. 

BROQUEL,  adarga,  egíde,  escudo,  pavi;!, 
rodela. 

PROtAR,  abrolhiff,  abrotar,  jjérmíàíll'  -^ 
soltir  —  rebentar,  surdir — pullular. 

BRUsíA,  chuva  — éèrração,  nebiinà^^ in- 
verno. 

BhuMAt,  chnvosõ  —  fnverrioso. 

BHLNDUSio,  melancólico,  tnsto  —  scfè- 
ro. 

BRUNIR,  lustrar,  polir  —  ali/ar. 

BRUNO,  es';uro,  negro  —  cruel  —  desas- 
trada, io  feliz. 

BRUSCO,  áspero,  desabrido  —  escuro,  opa- 
co —  nublado  —  Irisie. 

BRTTAL,  belluíuo,  ferino,  feroz  —  deshu- 
mano  —  selvagem —  incivil. 

BRUTALIDADE  ,  bestialidade  ,  besti.lade  , 
bruieza,  bruiilào  —  fereza,  feridade,  fero- 
cidade —  estupidez ,  grosseria,  ruslicida- 
de. 

BRUTO,  alimária,  animal,  b^sta  —  (af^j) 
tosco  —  rude  —  grosseiro  —  brul»l  —  maú 

—  feio  —  bravo. 

BRUXA,  feiticeira  —  magica. 

BrIXaria,  f-iiiceira. 

bklxo,  feiticeiro,  nigromanlico  —  magica 

—  incanlador. 

BUCHO,  estômago,  venlriculo  ] —  parca, 
veolrH. 

BUÇO.  líínupem  —  rcll^,  pfnnngem. 

BUFÃO,  bravaleador,  faiifditno  -  bebo, 
chucarreiro,  farelo,  gracioso,  jogral  —  ba- 
far; n  beiro. 

bufab,  soprar  —  bravalear,  fanfarrcar, 
roncar. 

BLFETR,  aparador  —  mera. 

bufid),  ofl*  go,  s'^pro. 

Ill  FONEAR,  caiurrar,  chocarrear,  gracpJAP, 
truaiicar. 


89Q 


tun 


wcz 


puFONEnu ,  arlcqwinada,  bobicc,  catur- 
rice, chocariico  —  facécia,  galanteio,  gra- 
cejo. 

BUGU,  'macaca  —  mona,  fymia  —  vela  de 
cora. 

BUCTARIAS,  bonpcros,  brinco  —  bagatel- 
las,  f.andulagt  ns,  ninlíarias  —  carsnlonbas, 
careias  —  momices,  rnomos. 

BLGio,  macaco,  mol»  qup,  mono,  nico,  sy- 
mio — ioiilador,  rfmedòdor. 

BUiiiA.  contenda,  disputa,  rixi  —  estron- 
do, noiim  —  balbúrdia,  reboliço  —  briga, 
combato. 

BULHAR,  brigar  —  contender,  disputar, 
poifiar,   renbir  —  borbulhar. 

BLM.^E^To,  brigão,  brigoso,  espadachim 
—  «Itercador,  dispulador,  rixoso. 

BUi.icio,  huliçoouVoliço,  altercação,  in- 
quietação —  desordem  —  ruido  —  tom. 

BULçoso,  bulhento  —  perturbador,  revol- 
toso —  inquieto,  traquinas. 

BUMBA,  pancada  —  maçada,  sova,  tun- 
da. 

BI  raCo,  cavidade,  cova,  toca  —  abertn- 
r«,  furo,  rombo  —  casebre,  casinha,  casi- 
nhola. 

BURGO,  arrabalde  subúrbio — aldeia,  ci- 
dade, íiovoarão,  villa* 

burguêz  ,    cidadão  —  burgalez  ,    vi:i- 


BURt.A  ou  Bií/ra,embus!í>,  engano,  frau- 
de, trapaça  —  chança,  thasco,  chufa  —  mo- 
fa, zonjbaria. 

BURLADOR  ou  Bur/íío,  trann^ioso,  trapa- 
ceiro. 

BURLAR,  enganar,  fraudar,  lograr  —  es- 
carnecer, zombar  —  apodar,  chasquear.  mo- 
tejar. 

BURLESCO,  divertido,  faceto.  joco-ser'o, 
jocoso  —  extravagante,  ridículo  —  chulo, 
inacarronico. 

BuuRA.  asna,  jumenta  —  cofie  —  lhc>ou- 
ro  —  esiupida. 

BURRADA,  burricada  —  asneira,  asnidade, 
sandicH  —  ignuran^^ia. 

BLiiRÃo,  amuo,  enfado. 

BUHR3,  asno,  jumento  —  besta,  estúpido, 
ignora  ntH. 

BUftsiGuiADA,  aguaceiro,  bátega,  chuvei- 
ro. 

BUSCA,  cata,  pesqniza,  procura  —  averi- 
guação, exame,  inquirição. 

BU  Cau,  calar,  procurar  —  especular,  es- 
quadrinhar,   indagar,   inquirir,    investigar, 
pesqii-zar,  mendigar  - 
extrair  —  tender. 

BUSiLis  ou  husillís, 
raçõ.  fbstaculo. 

BUzio.  mergulhador - 
[adj.]  escuro,  fusco. 


sondar,  tentear  — 
difiiculdado,  cmba- 
-  concha,  corneta  — 


CiB 


CID 


697 


C 


CA,  *  «  ca. 

CaaS,  CanSt  Cãf,  brancas,  canicie,  ru- 
ças. 

Cabaça,  abobara,  calabaça  —  pendente, 
pinjeni:). 

Cabal,  coroplnto,  perfeito  —  franco,  sin- 
cero. 

Cabala,  intriga,  machin^.ção,  tramóia  — 
conluio,  conspiração,   fdcrào 

Cabalar,  conspirar  —  conluiar,  intrigar, 
mach  nar,  tramar. 

CaBílisíico,  escuro,  roysterioso. 

Cabana,  choça,  chonnana,  malhada,  pa- 
lhoça   pardieiro,  tujiturio. 

Cab^z,  baixio,  canistiel,  ceâlo. 

CABrç*.  bola.  carhola,  louia  —  inlendi- 
mento,  juizo  —  cabo,  capitão,  cbefe  —  au- 
cior,  ujoior  —  causa,  fonte,  origt- m,  prin- 
cipio —  n  aanate,  regedor  —  capital,  empó- 
rio, mniropoltí  —  artigo,  capitulo,  mmi.bro 
—  individuo  —  fouwuiador,  insítigador. 

CaBkçada,  topetada  —  cabresto  —  erro  — 
des«ceito,  despropósito. 

CABSÇAL,  cabectira,  traTcsseiro  —  chu- 
maça. 

Cabeceira,  travesseiro  -  caveira  —  come- 
ço,  prinripio  —  cltefn  —  guia. 

CaB  ço ,  cocuroto,  cume,  pico.  ponta, 
sumuiidade  —  montesinho,  outeiro. 

c^BtÇLD'*,  capitoso,  obstinado,  pertinaz, 
teimiiso,  lesto. 

Cabehal,  o  capital,  principal — apreço, 
estimação  —  bens  ,  haveres,  riquezas  — 
[ãáj  )  caudal,  caudaloso,   peren  i«. 

CaBkllo,  conaa,  grenha,  guedelha,  madei 
xa  —  buço,  pello  —  crina,  f«lpa,  juba. 

Cabkr.  pertencer  —  convir — *  tomar. 

CABiUA.  amizade  —  cabimento  — adheren- 
cia,  favor  —  entrada. 

Cabido,  capitulo  —  corpo  —  («<(/.)  estima- 
do, valido. 

CaBidoal.  capital,  principal,  real. 

CABiiiiUTO,  adheren-ia,  pnvauça,  tali- 
aeuiu  — entrada,  intruduc^âo. 

«Ok      IV. 


CABO,  canda,  rabo  —  promontório  —  fan* 
do  -  amarra,  corda,  maroma  —  chefo  — 
couce,  tím.  topo  —  auge,  cumulo  —  confim, 
exiremo,  limite. 

CaBr*,  mulato  —  {adj  )  fulo. 

CaBRÀo,  bode,  hirco  —  cornudo. 

Cabro,  bode,  cabrão. 

CAC* borrada,  cagada  —  estolídez,  parvoi* 
ce,  sandice 

caçapam-se  abaixar-se,  curvar  se  —  aga- 
char se  —  baquHar  «e.  iil 

caçapo,  coelho,  láparo. 

CAÇ4R,  apanhar  —  perseguir — (n.)  ca- 
cear, descer. 

cacha,  dissimulação,  engano,  ficção  — 
repiquHte  —  ardi'. 

Cachação,  pascoçào. 

Cachado,  coberto,  escondido,  occulto. 

Cachamobra,  cacheira,  clava,  maça,  por- 
rete. 

CAcniVAnnA,  cabala,  engano,  enredo. 

CACHiMONiA,  juizo.  sagicidade. 

C^CiioEiHA,  cntadupa,  cataracta,  salto. 

CACHOPA,  menina,  rapariga  —  *  cachopo, 
escolho. 

CACHopicB,  meninice,  rapazeada. 

CACHOPO,  rapaz,  rapazinho  —  [pi )  arre- 
cifes, escolhos,  parceis  —  penedos,  penhas- 
cos, rochas,  rochedos. 

CaCuurra  ,  negra,  preta  —  cadella  — 
atum. 

CaChorro,  negro,  prelo  —  cãosinho. 

Cadafalso,  andaime,  estiado,  tablado. 

CADÁVER,  defunclo,  morto  — esquehto, 
ossada. 

CADAVÉRICO,  cadaveroso,  defuncto  — des- 
figurado, magro,  pallido. 

cadea  ou  Cadeia  ,  calabouço,  cárcere, 
masmorra,  prisão  —  algema,  ferros,  grilhão 
—  eníiada,  serie. 

Cadeira,  assento  —  canapé,  poltrona  -• 
tamborete  —  banco  — sóde  —  (fi.j  aacai» 
nádegas,  qUadris. 

Caoiio,  ardiloso  •*  destro,  perito. 


888 


Cit 


CAM 


CADUCEADOR,  arauto^  messageiro,  núncio 
(de  paz). 

CADUCIDADE,  caduquez,  decrepidez  — im- 
becilidade, tontice. 

CADUCO,  veltio  —  decrépito  —  enfermo  — 
fraco  —  deciduo,  perecedeuro  —  inconstan- 
te, passageiro,  transitório —caídiço. 

CaFila,  caravana,  recova  —  comboi. 

CAFRE,  bárbaro,  deshumano  —  rude,  sel- 
Yag-m 

CaFuA,  cova,  furna. 

CaGalumb,  lumiPiira,  perilampo,  vagalu- 
me. 

caganeira,  diarrhea,  fluxo  de  ventre. 

CAGÃO,  dysftnterioso  —  cobarde,  fraco, 
poltrão  —  meiíroso. 

CaGar-Sb,  borrar-se. 

CaGarola.  maricas,  {HieilUoime  -^  medro- 
so, timorato. 

Cabida  ou  Caida,  queda,  tombo  -^  ba* 
que — decadência,  ruina. 

Cabimento  ou  Caimmto ,    queda,   ruína 

—  falta,  q  ebra. 

cahir  ou  Cair,  desabar,  tombar  —  des 
cer  —  abatei -s<»,  desfaliec^nr'—  morrer  —  ad 
vertir  —  incorrer  —  acontecer  —  vir. 

CAHOS  ou  Chaog,  massa,  montào  '-  con- 
fusão, desordem,  mistura. 

CAiMÃO,  crocodilo,  jacaré. 

CAIXA  ou  Caxa,  arca,  caixão,  cofre  — 
tambor. 

*  Cajão,  desastre,  desgraça  -r-  qu4da  '— 
perda  —  ruina  —  causa,  occasião. 

Calabouço,  enxovia,  masmorra. 

CALABRE,  amarra,  amarreta,  cabo,  cabre, 
oalabrote.  ma  romã. 

CALABRtAB,  adubar,  temperar  —  ordenar 

—  empeioar  —  confundir,  perverter. 
Calacear,    madracear,  mandriar,  vadiar 

—  velhaquear. 

CALACKiRO,  mandrião,  ocioso,  preguiçoso 

—  devasso,  dissoluto,  perdido. 
CALADA,  silencio  —  Gíssaçâo,  falta. 
calado,  silencioso  —  tácito  —  discreto  — 

encoberto,  não  publico 

Calamidade,  adversidade,  desgraça,  des- 
ventura, ÍLfelicidade,  inforludio — miséria, 
penúria  —  afllicçào  —  desastre  —  peste  — 
fome  —  guerra  —  tormentas. 

Calamitoso,  desgraçado,  infeliz,  miserá- 
vel—  aflligidor — fatal,  funesto,  trágico  — 
prejudicial,  ruinoso. 

Galar,  abaixar,  abate"  —  abrir,  rasgar  — 
(n.)  descer  — dissimular,  encobrir,  occuifar 
ommittir  —  emmudecer  —  encetar. 

Calcar,  pizar — machucar,  pilar  —  des- 
prezar —  vexar  —  atropellar,  opprimir. 

Calças,  pautalonas  —  bragas,  ceroulas, 
Cuecas. 

caicitrar,  pernear  —  recalcitrar,  repu- 
gnar 


calcular,  computar,  contar,  num«rar, 
sommar  —  esmar,  orçar  —  regular. 

calculista,    contador  —  prognosticador. 

calculo  ,  calculação ,  computo,  conta, 
supputação  —  balanço  —  tento. 

CALDEAR-,  pegar,  soldar,  unir  —  temperar 
misturar  —  entretecer. 

CALDEIRA,  caldeirão,  marmita  —  escava, 
poça  —  lagamar,  molhe. 

CALEiáDO,  caloso,  duro  —  endurecido,  in- 
veterado. 

CALEJAR,  endurecer. 

CALENDÁRIO,  almauak,  folhinha. 

Ca '-Ha,  quelha  —  acéquia,  cano. 

CALfUNDRO,  bacio,  camarciro. 

CALiiAO  ou  Caí/iau,  b:elho,  canto,  peder- 
neira, pedra,  seixo. 

CALHETA,  abrigada,  angra,  cala,  enseadi- 
nha,  portinho  —  aberta,  boqueirão,  quebra- 
da. 

CALMA,  calor,  quentura  —  ardência,  ar- 
dor —  calmaria  —  quietação,  socego. 

«almab,  acalmar,  serenar  —  desancar  — 
golpear. 

calmaria,  malacia  —  bonança,  tranquil- 
lidtde. 

Calmoso,  caloroso,  quente  —  ardente. 

CA' o  ou  Callo,  c«llosidad«  — dureza,  in- 
sensibilidade —  logro. 

CALOR,  calma,  quentura  —  bafo  —  acti- 
vidade, fervor,  viveza  —  fomento  —  ira,  pai- 
xão. 

CALUMTSiA,  aleive,  impostura  —  crimina- 
ção. 

calumniabor,  aleivoso,  maldizente. 

calumniar,  censurar,  condemnar,  maldi- 
zer. 

calvo,  pellado,  rapado  —  deshervoso  — 
escalvado. 

CAMA,  catre,  leito  —  thalamo,  thoro  — 
cevai,  jazida. 

CAMADA,  barda,  cumulo,  monião. 

CAMALEÃO  ou  Chamaleão,  inconstante  i 
mudável,  vario. 

Camará  ou  Camera,  alcova  —  quarto  — 
tribunal  —  (pi)  evacuação,  curso. 

Camarada,  companheiro,  sócio  —  mata- 
lote  —  soldado. 

CAMAhÇO,  infortúnio,  trabalho. 

camareiro,  camarista  — bacio,  bispote, 
servidor. 

Camarim,  gabinete,  retrete. 

Cambada,  ramal  —  canalha,  corja,  gen- 
talha. 

cambaio,  zambro. 

cahbalacha,  albnrqne,  barganha,  troca 
—  ettgino.  logro,  tramóia. 

Cambalear,  cambeiear,  termelhicar,  ya- 
cillar. 

Cambalhota,  camba  delia  —  queda,  tom- 
bo. 


CAI! 


GAP 


899 


CAMBAptf,  alçapema,  cambadella,  passapé, 

engano. 

Cambar,  cambetear  —  alborcar,  cambiar, 
trocar. 

CAMBiADOR,  caTTibista  —  bsDqupiro. 

cambiar,  permutar,  trocar  —  lucrar, 

c^mb  o,  alborqiie,  troca. 

c^MsLo,  ♦'Stupido,  igiioraote. 

C***iiNAS,   uiusns,   pinrides. 

cAMinHANTK,  caminheiro  —  viajor,  vian- 
dan^^. 

CAMINHO,  entrada.  Fira,  via  — ataVbo,  trâ- 
mite ,  vereda  —  avenida  ,  p«s-eio  —  meio, 
modo  —  (pi  ) jornadas,  peregrinações — ^via- 
gens, romarias. 

Camowz,  maçã,  pêro,  pomo. 

Campa,  lapida,  mármore,  pedra  — sepul- 
cro, tumulo 

CamsaPario,  torre  de  sinos 

CAMPANUDO,  bizarro,  galbardo "— pompo- 
so. 

Campear,  abarracar-se,  acampar -— cam- 
pestrar  —  dominar,  exceder  —  avantajir-se, 
sobresair  —  blasonar  —  brdhar,  lustrar. 

Campestre  ou  Campextno ,  camponez , 
camponio  —  aldeão  ,  montanhez  —  agreste, 
rústico 

CAMPINA,  chã,  plaino,  planície,  planura. 

Campo,  campina,  veiga  —  área,  cirjo — 
acampamento,  arraial -- occasião,  opportu- 
aidade  —  assumpto,  matéria. 

CAMP  tNEZ,  camponio  —  agricultor,  colo- 
no» lavríídõr  —  monianhei  —  agreste,  rús- 
tico —  villào. 

CANAL,  aqueducto,  boeiro,  eano  —  meio, 
modo,  via  —  {pi)  estrias 

CAN*niA,  corjfl,  gRutalha,  vulgacho. 

CA^Api^,  espriguiceiro,  poltrona. 

CahÇaço  ou  Cansaço,  *  afan,  canceira, 
fadiga  —  estafa  —  abatimento,  langor,  las- 
sidà'>  —  gravame,  oppressão. 

CANvÃo,  an»,  cântico,  cantiga,  chaoot'», 
bymno,  jácara,  lettra,  motete,  seguidilha, 
vilhancico 

cançar  ou  Caníar,  afadigar,  estafar,  fa- 
tigar, moer  —  molestar  —  atanazar,  impor- 
tumar  —  (n.)  c^^ssar. 

CATfCEiHA  ou  Canseira,  cançaço,  fadiga, 
lassidào. 

CANDIDEZ,  Candidéxa,  bondade,  candor, 
candura,  «ingelex»  —  inn» c^ncia,  pureza. 

Çandiooc  alvo,  branquíssimo  —  innocen- 
te,  puro  —  ingénuo,  lhano,  simples,  siuce- 
ro,  singelo. 

CANDiKmo,  alaropada,  alamprdario  can 
ditti»,    lampíHi^,  lustre  —  fogar<JO — >  manta 

Cano  nga,  lisonja 

cani)«»noubIi»o,  enRanador,  lisonjeiro. 

OaíTOura,  alvura,  brancura,  candidez  — 
dianfifl)  iDfyDUidad6i  IhsaMM,  lirarvi  sin* 
eeHdadéi 


CAnniNHO,  ementário,  livro  de  lembran» 
ças. 

CANHO^  eanbenho,  canhoto,  esquerdo, 

CANiciA  ou  Canicie,  cãs,  rnças. 

CAN  cui  A,  sirin. 

GANiSTRiL.  açafate,  bvlaio,  cabai,  casas- 
triíiLa,  condena,  golpellia,  teig». 

CANO  aqu^^ducto,  bica,  boeiro,  etAkà^ 
canal,  sargnnta  —canado,  tubo  —  bi^queiva, 
gotteira  —  fuste  —  canhão  —  espingarda  — 
meio,  via  —  {adj  )  alvo,  branco. 

Canoa,  bote,    chalupa,   lancha,  patfgtti^. 

Canonizado  ou  ÍMnonisad&,  sancto. 

Canoro,  brando,  harmónico,  harmoniosa, 
mt^lodioto,  swive. 

Cansativo  gu  Cançatif>9,  afadigado,  f^ 

digOSO. 

CANTAR,  cantarolar,  gargantear  — eút<5iir, 
rticiíar,  solfear  ^-  chilrar,  ebilrear,  gof* 
geiar  —  celebrar,  publ  car  —  louvar. 

CANTARiifA,  cantadeira,  cantadora,  eltn- 
latrice,  cantatrii,  cantora. 

CÂNTARO,  bilha,  cantara,  quarta  —  alúia- 
de 

CANTEIRO,  alvanel,  pedreiro  —  alfobre, 
laboleiro. 

CÂNTICO,  eao^ão,  cantar,  bymno,  ode> 
psalmo. 

Cantiga,  ária,  canção,  chatíçonetir,  ean- 
iilena.  copla. 

CANTO,  cantar,  cantiga,  cantoria  —  gar» 
ganiateio  — chilro,    gorgeio-"  pedra,  seixo 

-  angulo,  esquina.  '-^ 
Cantor,  cantador,  cantarino--' poeta,  ta- 

te. 

CANUDO,  cano,  tubo. 

CÃO,  perro  —  alão,  dogue,  galgo,  ma^iiff» 
mollosso,  rafeiro,  sabujo  —  fraldelW)—  ga- 
tilho —  [adj  )  cano,   encanecido. 

CAPA,  I  lanlilha  —  capote  —  coberta,  for- 
ro, involtorio  —  sobrescripto  —  apparendia, 
côr,  pretexto. 

CAPACETE ,  casco,  cimcíra,  elmo,  mOi*- 
rião. 

CAPACHO,  esteirio  —  abaiio  —  cesto.       ** 

CaPaCidaoe  ,  bojo,  vão  —  faculdade,  po- 
der—aptidão,  idoneidade— doclrina,  scien- 
cia  —  inteiligencia,  talento  — extensão,  grão* 
deza. 

CAPACITAR,  convencer,  persuadir  —  alcan- 
çar, comprehender. 

CAPftZ.  sufflciente  —  digno»— espaçOisSJi 
v5sto  —  habil,    intelligenlé  -*  aptO,    idóneo 

—  dpc<«nie,  decorofo. 

CAPCIOSO,  enganador,  enganoso,  fallífiP, 
fraijdul»^nto,  sophisiico. 

capba'r,  disf/<rçar,  encvbrir,  palliar,  pre- 
textar —  enganar. 

CaP»lix>,  oratório  — grttialda,  gairhftid&. 

CAPEtiLOt  o«pu»--'rf^rehenslio. 

CAPiT.tt,  fcâbe^â,  rAne,  éthpm^  tôtstitík 

Íl6  « 


m 


c^n 


thfii 


poli  •'fundfo  ^  Ío(fj.)  essencial,  jmportaote, 
principal  —  rnortal. 

CAPITANEAR,  cAudelar,  caudíihar,  com- 
mandar  —  mandar,  governar. 

CAPiTjío,  contmandante  —  cabe«,a.  chefe. 
>^  CAPITOSO,  (-abeçudo,  obstinado,  teimoso 

—  presumido. 

CAPiTiiLAÇÃo,  ajuste,  concerto,  condição, 
estipula^àn,  parto,  partido. 

Capitular,  í-justar,  convir,  estipular. 

Capitulo,  cal»ido  —  artigo  —  assumpto, 
matéria. 

CAP  TE,  croça,    m«nto  — capa,  pretexto 

—  disfarce,  embuço,  ié>. 

CAPRICHO,  extravagância,  phantasia,  si^s- 
Iro  —  arbítrio,  vontade  —  obstinarão,  per- 
tinácia. 

CAPRICHOSO,  cbymerico,  esquipatico.  ex- 
travagante, pbautasioso,  singular — obsti- 
nado. 

Captar,  a-^quirir,  alcançar,  conciliar,  ga- 
nhar, grí>ngHar. 

CARA,  face,  rosto,  semblante,  vult  n  phy- 
sionomia,  presença  —  exteiior  —  fachada, 
froniispicio. 

cakacter  ou  Character^  dignidade,  pos- 
to, titulo  —  1'stjlo  —  costumes,  gemo,  ha- 
bito, qualidades  —  marca,  signal  —  leltra. 

CARACTIÍ.R18AR  OU  ihãracterisar,  descre- 
ver, exprimir,  pintar,  representar  —  diífe- 
renç«r  —  gradunr,  qualili  ar. 

Característico,  disiincto,  essencial,  par- 
ticular, próprio. 

Caramanchão,  Charamanchel ,  eirado, 
miradouro,  mirante,  torre. 

CARAMbOLA,  enredo,  logro,  tractada,  tra- 
paça. 

C4RAMR01ETR0,  enredador,  trapaceiro. 

CaRaminhola,  arenga  —  enredo. 

Caravana,  cáfila  —  comboi,  frota. 

c%RBUNCiLO.  pyropo. 

carcaz,  Carcas  ou  Carcassa,  aljava,  col- 
dre —  bomba. 

cárcere,  aljube,  cadela,  calabouço,  car- 
cer,  enxovia,  ergástulo,  limoeiro,  masmor- 
ra, prifà»  —  ferros  —  clausura 

Cakuume,  bando,  multidão,  numero,  quan- 
tidade. 

Caríação,  caricia,  altraclivo  —  chamariz, 
engodo. 

Cariar,  allrahir,  ganhar,  granjear  —  cha- 
mar, convidar  —  alliciar,  engodar,    induzir 

—  condu'»ir,  Ifvar. 

careci>tb,  falto,  mingoado,  necessita- 
do. 

Cabscrr,  faltar,  necessitar,   precisar. 

carência,  can-rimeato.  falta,  prt-cibão, 
urBenc  a  —  pHvaçio 

CARidTiA  ou  Carexff,  falta,  mingoa,  na 
ceí8id«dB  —  fonue,  penaria  ;  pubieM  —  cus 
ta,  díííptiw. 


careta,  ea>'aça.  earatula,  p)ssc»ra  «» |«|« 
fona,  momo,  tregeito. 

CAHGA,  carrego,  fardo,  peso  —  gravame, 
incommodo  —  imposição  —  dfscaríçi. 

Cargo,  carga,  pes»»  —  dignidade,  honra, 
posto  —  emprego,  ministério,  oflieio  —  com<- 
mibhào,  encargo  —  conta,  cuidado. 

CARiCiAR,  acariciar,  acarinhar,  afifagar, 
amtigar,  amimar. 

Caricias,  allag  s,  blandícias,  carinhos, 
meiguices,  requebros. 

Caridade  ou  i  har idade y  amor  —  benefi- 
cência, beneficio  —  dom,  esm(>h,  Lberali- 
lidade. 

Caridoso  ou  Charidoao,  caritativo,  esmo- 
ler, liberal  —  bom,  humano  —  serviçal  — 
amigável. 

cahinuo»  caricia,  mimo  —  amor,  teroa- 
ra. 

CARINHOSO,  caridoso,  fagueiro — aíTabil, 
mdg.»,  terno. 

CaRMb    poema. 

CaRNaGeu,  caruiceria,  matança. 

Carnal,  concu(>i-icente,  impudico,  Iasci« 
vo,  luYurios«>,  sensual. 

cai»ne,  vianda  —  concupiscência,  paixão, 
sensualidade  —  consanguinidade,  parentes- 
co. 

Carneiro,  tosão  —  catacumba  —  ariete  — 
a  fies. 

Carniceria  ou  Carniçaria^  açougue,  ma- 
tadouro, talho  —  matança,  mortandade. 

CAKNiFicE.  algoz,  carrnsio,  verdugo. 

C4R0  ou  Charo,  amndo,  dibcto,  querido 

—  acceito,  grato  —  cii>toso,   duro.  penoso. 
^  Caroavel.  alTttiçoado,  apaixonado. 
Carpidos,    choraueira,    choro,    lagrimas, 

pranto  —  gemiuos,   lamentações,    lamentos. 

Carpir,  arrancar  —  chorar,  prantear  — 
deplorar,  lamentar. 

Carranca,  senho,  caranionha. 

Carrancudo,  irado,  sanhudo,  sombrio, 
torto  —  fucmhudo,  malassooibrado,  malen- 
carado. 

Carrasco  ,  carrasqueifo  —  algoz,  *  sa- 
giào,  verdugo. 

cokkeuaÇÀo.  carga,  carga,  carrego. 

Carrigado,  des-agradavrl  —  at.'«c/'do,  ce- 
vado, cheio  —  apertado,  *»8curo  —  pesado  — 
currancudo,  severo,  tétrico,  triste,  trombu- 
do 

Carregamento,  carregume,  gravidade,  pe- 
so —  pezídume. 

Carregar,  amontoar,  cumular  —  ínpôr 

—  atac<«r,  cevar  —  acommeiter,  investir  — 
imputar  —  repetir,  repicar  —  (n.)  moles* 
tar. 

CAiRrQAR  8B,  entrit^tecer-so  —  condensar- 
se,  pmbu«car-se,  encapolar-se,  ennevoap- 
^e,  ennoitar-B^,  esourecer-iei  Qub.ar-ie^  tol^ 
dw-ôo. 


C4S 


CAU 


m 


CA^HKTnA,  cftrrlffíi,  cnrso  — (!orro</i,  ro- 
ta. Mrril  —  rastilho  —  peregrínsçào,  roriiíi- 
ri«  —  caniinho,  cslrada  —  meio  —•  cirí^o, 

pr«C'U 

C^npriRrt,  fftnlho.  tri'ho,  "vereda. 

C^^BO.  cnrtoça.  coo.he,  phtistro. 

CARHUAGm    coche.  Iileiffl.  Sf^u". 

CARTA,  Lilbete,  cédula,  epistula,  escrí- 
pto 

CaRtorriro.  archiviMft,  cartorário. 

CiRioan,  archivo  *  carl«)'ro,    tombo. 

CAhUNCilo,  carcoma,  rarugem. 

CA»UNCH(»so,  carcítmido.  padre  —  velho 

C*PA,  aposento,  domicilio,  liabiiaçào,  lar. 
morada    —  alberg^M'*,    p<iu<iada,    hospício 

—  residencii  —  ediHcio.  pnços,  palácio  — 
quarto  —  ftgo  —  fdmilia,  getayão,  pro- 
le. 

CAs»iiFWTo.  consorc'o  dpspnsorio,  byme- 
Deu.  matrimonio,  núpcias,  reiebioieulo , 
unJào.  vodas   —  dotes. 

cts\R-SK.  desposar  SP.  receber-se  —  ac- 
comm'»dar-se  —  adjectivar-se,  moldar-se, 
quadrar. 

CASCATA,  cochoeíra,  catadupa,  cataracta, 
salto. 

Casco,  caveira,  cranpo  — unha  —  capa- 
cete, flmo  —  baixel,  navio  —  concha  — 
birril,  pipa,  quariola —  inteadimento.  jui- 

10. 

CASRiRO.  abeirão,  fcinr,  q.»inlPÍro.  ren- 
deiro —  {odj  )  domestico  —  sedentário — 
simi  les.  singHlo 

CASO,  aconteci«^ento,  facto,  successo  — 
historia  —  acção,  fe'to  —  apnço,  conta. 

Casqimih'^,  peralta,  petimelre  —  banda- 
lho.  facei''A.   peralvilho. 

c*s^ar,  abrogar,  aanullar —  quebrar  — 
supprimir. 

c*STA,  de«'^endencia,  geração,  linhagem, 
prosápia  —  espécie,  raça  —  feitio,  lata. 
relê  —  qualidí^de 

Castí"  lão,  alcaide,  castelleiro,  *  casle- 
val. 

c^STELLO.  alcaçar.  alcáçova,  ci iadella , 
fcrmleia     fortp.  fortim,    praça,  t«)rro 

Castjçar.  cobrir,  copular  —  engendrar, 
gerar,    pncosr. 

Castiço,  frascario,  garanhão,  —  vigoroso 

—  puro. 

Castidadi.  continência,  honestidade,  hon- 
ra,  puHicicia,  pud<»r,  purpzi,   virKÍndade 

CastiGado.  a,tura'1o.  correcto,  emendado, 
poliiJo  —  eicarmentafo.   m«ltraciíi<lo, 

Ca<^tig*r,  punir,  vindicar,  viiignr  —  re- 
prehender  — •  apurar,  emendar  —  advertir, 
em-clar  —  esrarnenlar. 

C^ftTiQo,  pena,  puniçio,  tsupplicio.  tor- 
mento —  c^indemuAÇ^o ,  Justiça  —  flai^eU 
In,  n^gitii  —  ensinança ^9- oorrtcj^èo, lem- 
brete, reprehe'i*ào. 


CA8T0,  continente,  decente,  honesto,  hon*» 
rado,  pudibundo,  pudico,  puro,  vergonbo* 
50  —  intacto,  isento, 

CASUAL,  accideniil.  contingente,  oven* 
tual.  i  iiprevislo,  inopinado. 

cuuALioAoe,  acaso,  accidento ,  acerto, 
C  mtin^encia. 

cvTa,  ave.-i^uação.busca,  inquirição,  pes- 
quisa 

c  TADUI»A,  cachoeira,  cataf-arta. 

CATAnuRA,  acíitadura,  nr,  aspecto,  aspei* 
to,  Re-^to,  sembhnifi  —  humor. 

CaTai.ogo  ou  Cadinlogo,  Ista.  rol — re- 
gistro —  iodex  ,  tabuada  —  enumcra- 
<,ão. 

C\Tana,  alfange,  chif.irotc,  sfíbre.  tef^çado. 

Catar,  buscar,  procurar  —  indAgar.  pes- 
qu  zar  —  guardar  —  acatar,  respeitar,  ve- 
nerar—  observar,  olhar. 

CATARATA  ou  Co íaracía,  cachoeira,  cata- 
dupa —  btílida. 

CATÁSTROFE  OU  Catastvophe,  (ie?graçn  — 
•]eslruit.ão  —  revolução  —  mudança 

CAT*vfcXTo,  ventilador  —  bandeirinha, 
venl.  í'tha. 

CAiEKVA,  alcatéa,  bando,  multidão. 

Catbkgoria  ou  ilategoria,  classe,  ordem, 
pred'c«menio,  q<ialidflde,  sene. 

Cativau  ou  Cafiiitar,  avassallar,  subja- 
gar,  sugtíit«r  —  escravisar  —  prender. 

CaTIVkiro  ouCnptiteiío,  CMsraviJào,  ser- 
vidão —  jugo.  sojeiçào  —  prisão. 

C\Tivy  ou  Ca/>ííco,  escravo  —  sujeito  — 
■«et  vo. 

CATURRA,  bobo,  chocarreiro. 

Caturhich:.  bobice.  chocarri.e,  inepHí. 

Ca«ção,  fiança,  hypoiheca,  penhor  — 
«bi»nador,  fiador,    garanto  —  cautela. 

cal'da.  cabo  colla,  rabo  —  íraiJa,  ponta 
do  ve^tido). 

cauual,  abundante,  cabedal,  caudeloso 
—  farto,  rico. 

cuualoso,  ab'ind'So,  caudal,  perenne  — 
tbeio  —  r.«-o  —  faculioso 

CaUSa,  fundaiupulo,  origem,  principio  — 
motivo,  razão  —  pretexto  —  demauda, 
plf^iio. 

Ca«:sador,  anclor.  motor. 

causar,  occa&iouar,  irrogar,  motivar  — 
gerar. 

causticar,  atazanar,  incommodar,  mo* 
leil«r  —  cançar. 

CaussiCo,  vi<icalorio  —  fot/y.)  morJente, 
satírico     -  enfadonho,    importuno. 

Cautela,  circu-nspecção  —  prevenção, 
providencia  —  cobru,  resguardo  —  t)ugt« 
iio.  fr«uda, 

C4i!TíLo«n,  acaulehdo,  cauto  —  asturio* 
so.  «<>tuto,  dututo,  unginador,  eiiganoiO,  má* 
llcioío. 
CaU  10,  acautelado,  averiguado»  oatiioBOi 


901 


CE!» 


Ct% 


previsto,  próvido  —  coasiderado^  pondera- 
tivo  —  prudente,  sábio. 

CAVA.  fosso  —  cav«<jão,  cavadura  —  cir- 
cuojvftllaçào  —  adega 

CAVAíLEiRi»,  bellicoso,  esfoFçado  —  mon- 
tado —  ftlto,  sobranceiro. 

CAVAi.LEiRoso,  brioso,  gcneroso,  flobre  — 
esforçado,  valente. 

CAVALLO,  corcel,  ginete  —  faca,  hacanéa 
rocim,  sende  ro  —  palftfrem. 

CAVAR,  excavar  —  lavrar,  rotear. 

CAVERNA,  algar,'  antro,  buraco,  concnvi- 
dade,  cova,  covil,  furna ,  gruta ,  mina, 
ouço. 

CAviDoso,  acautelado,  cauto,  circumspe- 
Cto,  p.ec»tado,  previsto. 

c*viLL»çÃo,  argacia,  sophisma  —  enga- 
no, trapaça. 

cavilloso,  capcioso,  sophistico  —  enga- 
nador, fallaz  —  fraudulento,  trapaceiro. 

CKDRR,  dar,  deixar  —  renunciar  —  obe 
decer,  submeiter-se  — conf<»rmar-s<^ — (n.) 
abater-se.  sbysmar-se.  render-se. 

CEDO  *  asinha,  depressa,  promptamente 
—  imaiediít/ímeiite,  logo. 

CEGAR,  deslumbrar,  offuscar  —  entupir, 
tapar. 

CEGAR-SE,  enganar-se,  .  hallucinar-se  — 
tapar  se. 

CEGO,  obcecado  —  eatulhado  —  escuro, 
tentbroso  —  intrincado. 

CEGuiiaA,  crguidade.  ceguidão  —  cali- 
gem, escuridão,  nevt>eiro  —  descaminho, 
erro. 

CEIFA,  sega  —  mortandade  —  proscri- 
pção. 

Ceifar,  segar  —  anniquillar  ,  arruinar, 
exlinRuir.    perder. 

CEiFURo,  ccifào,  segador. 

cklfbrar,  fesujar,  solemnisar  —  cantar, 
descantar  -r-  enoomiar,  gabar,  louvar  — 
fazer  —  cfliciflr. 

ciLEBUí,  abíílizado;  afamado,  celebrado, 
decantado,  famuso,  nomeado  —  illustre,  Ín- 
clito, inwgne. 

^  celebhidade,  ceremonia,  festividade  — 
disliiicção,  estima  —  fama,  nome,  nomea- 
da, reputação, 

CELEKiOADs,  diligencia,  -presteza,  prom- 
piidão,  velocidade. 

c«LE*TB,  celesti/»!,  célico,  ethereo  — di- 
vino —  pxcell.-nte,  extraordinário,  perfeito 
.—  admirnvtl,   bello. 

CRLSiTUDH,  alteza,  altura,  elevação. 

CELSO,  exc<ílso  —  *i<o,  elevfldo. 
•i».^KSo,  iodo  —  ateitíiro,  lameira.,    lamei- 
tio. 

CBiwso,  lamacento,  lodoío,  t<»9o»o. 

0&k«adv,  bnrrela,    di^onada,  iixivia. 

CEfison,  ctensurador,  oriílcadol*,  citlco» 

toiíMRAft,  orúlicar ,   jploitap— awdmar, 


condemnar,  reprehender  —  fiscalizar,  syn- 
dicar  —  abocanhar,  morder. 

CENTRO,  âmago,  coração,  imo ,  intimo^ 
meduHa  —  gemma,  meio. 

CEO,  Empyreo  —  Olympo  —  pólo  —  pa- 
raizo  —  asiros  —  ar,  nuvens  —  Deus  — 
l*rovidenMa  —  clima,  paiz,  rt^{,''ào, 

CEPO.  toro,  tronco — armadilha  —  («áy.) 
bronco,  fSt»)[)ido.  ^rrosseiro. 

ckRCa.  altiarrada,  cerc^tdo.  cerrado,  es- 
tacada, ^)alis«»ada,  tapada,  vallado  —  cir- 
cuito —  [adv.)  junto,    pyrto  —  em    breve 

—  entre  —  a  respeito  de  —  pouco  mais  ou 
menos  —  próximo. 

ceucaduha.  âmbito,  circuito  — orla,  ou- 
rela —  bordadura  —  circulo. 

CERCAR,  assediar,  bloquear,  sitiar  —  gi- 
rar, rodeiar,  tornear- -  abraçar,  cingir,  cir- 
cundar. 

CERCAR-sB,  acercar-se,  aproximar-se,  vi- 
sinhar-se. 

CERCO,  assedio,  sitio  —  bloqueio,  cor- 
dão, trincheiras  —  curral,    redil. 

CíBDOSo,  sedecido  —  duro,  hispido. 

CEREMONIA,  filo  solemnidade  —  compri- 
mento, cortezania,  cortezia,  obzequio,  pala» 
cianidade. 

CBjiotiLAS  ou  Siroulas^  cuecas. 

CERRAÇÃO,  escuridão,  neblina,  nevoeiro  — 
suff.icaçào. 

CERRADO,  cbousa,  horto,  jardim  — (flfl[/.) 
escuro,  espesso  nublado  —  fechado  —  com- 
pacto —  unido  —  duro.  obstinado,  perti- 
naz —  impedido,  insulcavel. 

CERRAR,  fnehar  —  conchegar,  juntar,  unir 

—  travar  —  aportar,  atochar  —  (n  )  aca- 
bar-se,  findar  —  tapar  se  —  escurecer-so 

—  encour/ir,  endurecer  —  s«r«r. 
CERRO,    altura ,    colie,   coUina,  eminên- 
cia. 

ccRTAMi,  combate,  conflicto,  guerra,  p«ff 
Kj")  —  lucta  —  contt^stação,  disputa  — ar» 
gumento,  controvérsia,  ibese. 

ciRTtiA,  evidencia,  infaliibilidade,  vera- 
cidade —  firmeza,  segurança. 

CERTIFICAR,  afirmar,  assegurar,  attestar; 
confirmar. 

CERTO,  verdadeiro,  vero  —  infallivel  — ♦ 
demonstrado,  ôvident*^,  indubitável,  irrefra- 
gavel  —  claro,  mtnifesto,  pateníe  —  está- 
vel, firme,  fixo  —  exacto  —  desenganado, 
verdadeiro 

CERVIZ  C.erviije,  collo,  garganta  —  caoha- 
ço,  pescoço  —  cabeça. 

CERVO,  corço,  veado, 

CRB2IR  ou  úérztr^  coser —  accommodar, 
adaptar,   ajustar 

CESSAÇÃO,  descoDtinuação ,  intenrapçio,. 
8uspf'nrão,  tregut. 

c»BsÃo,  étdtaçào^  d««^iiB%o,  d«ijs(6tl0iav 
renuncia, 


CHÂ 


CHO 


119 


€«8ar,  «CMbur,  des«ODtínaAr ,  desistir, 
interromper.  Isrgar,  par*r,  qaeckir. 

CWTO,  cabuz,  cestu. 

CEVAR,  acevar  —  carregar,  escorvar  — 
iscar  —  alir»frRlAr,  mitrir  —  én^dnr  — 
fartar,  saciar,  satisfazer  —  fomeraar. 

c»vo,  cev«,  e»go4o,  !9c«  —  p«slo  —  «a- 
r«ação. 

cnÂA  ou  Chã,  campina,  *  chaada,  piai 
no,  p'anici«. 

coACnTA,  mofa.  motpjo  zombaria  —  can- 
tiga —  gar^lba^ia,  risada  —  baile,  dansa 

—  fefitim  —  folia. 

chacot«ar  ,  chasquear,  motejar,  zom- 
bar. 

CHACOTEiRO,  chocarrciro,  escarnecedor, 
gracejador,  molej«dor. 

chapurdak,  enlamear-se,  enlodar-se  — 
barbdtar,  patinhar 

chaga,  axe,  feri<1a,  golpe  —  apostema, 
fístul^.  ulcera  —  cicatriz,  lezão. 

CHAGAR,  fr^r/r,  golpear — ulcerar. 

CRaI^cda,  batt*l,  rincha. 

CHAMA  ou  Chamma,  flamma,  fogo,  in- 
cêndio,   lahareda  —  amor,    paixão  —  ardor 

—  fragoa  —  calma,  calor. 

CHAMAR,  ap^-lUdar,  nompar  —  attrahir, 
convidar  —  avocsr  —  convocar,  janctar  — 
poiar  —  desviar,  divertir  —  citar. 

CHAMAR-sE,  Domear-se  —  appellar,  recor- 
rer. 

CHaMariz,  engodo,  negaça. 

CHambão.  cbamhoa<1o,  grosíteiro,  tosco. 

CHAMBníCE,  incivilidade,  rudeza. 

chamejante  nu  Chammejante,  ardente, 
coruscante,  fl^mmifero,  fl^mraigero,  resplan- 
decente, rutilatiie.  s<Mnlj|lante. 

CD\MBJAR  ou  Chammejart    chispir.  fais- 
car, labar^dar,  scinlillar  —  brilhar,  resplan 
dec»^,  rutilar. 

CHANÇA,  pézorro  —  mofa,  zombaria  — 
chascho,  chufa,  motejo,  pulha,  remoque, 
sarcasmo. 

chançoneta,  cançãosinha,  cantiga,  can- 
tiguinha, cantilena,    modinha  —  chança. 

CHaNeza,  chã,  plaino,  planura  —  fran- 
queza, ingenuidade,  Ihanura,  singeleza,  sim- 
plicidadrt. 

CHANFANA,  badulaque. 

CHÃO,  solo,  terra,  terreno  —  pavimento, 
terrado  —  (arf/)  igual,  plano,  unido  —  não 
fortificado  —  claro  —  baixo,  humilde  —  Iha- 
Ho,  simples,  sincero. 

CHAPAiio.   coroplpto,  insigne,  perfeito. 

CHARLATÃO,    pedante  —  fallador,  palreiro 

—  saltimbanco  —  empírico  —  impostor,  ye- 
Ibaco. 

charfa,  banda,  cinto. 
charro,   apoucado,    desprezível,    vil  — 
apagado,  bronco,  grosseiro,  rústico. 
charrua,  arado.  • 


CHASco,  borla,  gracejo,  iDolejo,  Eomba- 
ria  —  seca. 

CHASQURâH,  cfewfer,  escameccr,  remo- 
qwear,  ridicuiimr. 

CHATiM,  traciantft,  traflcaale  — mercador, 
nefíocianfe.  exp^rfo. 

ciiatinaR,  lrati*-ar  —  mercadejar. 

CHATO,  igual,  liso,  plaino,  raso,  mari- 
do. 

CHAVE,  gazua  —  caravelha  —  explicaçSo, 
noticia  —  domiriio,  fícul-lade,   pi-d^p. 

CHEA  ou  C/icia,  »l8grtmenio,alluviào,inun- 
dação 

CHP.FA,  cabeça,  cabeceira,  superior  — ca- 
bo, capitão,    comnandante,  gí»nera!. 

Chegada,  acesso,  alcance  —  entrada  — 
vinda,  volta. 

CHKGAOo,  co»narcáo,  confinante,  conter- 
mino  —  visfuho  —  com-partnle,  parente 
—  conjuncto. 

CHEGAR,  achegar,  unir  —  aproxinnar  — 
abícar,  abordar,  arribar  —  mover,  reduzir 

cohabilar  —  aicauçar,  conseguir  —  fe- 
rir, tocar 

CHEIO  ou  Chèo,  pejado  —  gordo,  grosso 
inteiro,  maciço   —  completo,  pleno, 

CHEIRAR,  aventar  — .farejar  —  presentir, 
prever 

CUEIRO,  fragancia,  odor,  oíor  —  almis* 
car,  âmbar,  incenso  —  olfacto  —  faro  — 
noticia,  suspeita  —  fama,  uomeada,  repu- 
tação. 

CHEIROSO,  almiscarado,  aromático,  chei- 
raute,  fragante,  odorífero,  odoroso,  musca- 
do.   perfumado.    • 

CHiBKNTE,  garrido,  guapo  —  bravo,  pi- 
cão,  valentão,  valente. 

CHIBAR,  bizarrear  —  bravatear,  roncar. 

CHiBARRO,  bode,  capado,    capreolo,    cbi- 
bo,  hirco. 
.  CHIBATA,  junco,    varinha,    vergasta, 

CHiBA'^0,  bode,    hirco. 

CHICOTE,  açoute,  azorrague,  látego  — ra- 
bicho. 

CHijfRB,  chavelho,  corno,  ponta. 

CHILRAR,  Chirlar  ou  Chilrear,  gorgear  — 
garalhar —  pipilar,  pipilar  —  chiar» 

CHIMPAR,  metter  —  pespegar. 

CHiNcAR,  gostar,  provar,  saborear. 

CH'SME,  chinclfe,  chin^ue,  percevejo. 

CHISTE,  apodo,  argúcia,  conceito  —  tomi- 
lho. 

CHOCALHO,  choca  —  campainha  —  falla- 
dor, lambareiro. 

chòcar,  abalroar,  bater,  encontroar,  mar- 
rar, lopetar  —  acommetler  —  brigar,  pelei- 
jar  —  ferir,  oíTender. 

CHocARREiRo,  bobo,  bufSo,  caturra,  gra- 
cioso, jogral,  truão. 

CHnCARRiCE   OU  chofarrôfia,  lufonefiai 
cbauça,  factcia,  zombaria. 
226  ^ 


904 


CIM 


CHOCHO,  engclh«.lo,  meigengro,  pêoo  — 
debil,  fraco,  qu*'brado,  velho. 

CHoouí.  eiDbnte,  encontro,  pancada,  to- 
que —  acomroelliuiento,  ataque  —  combate» 
recontro,  refrega. 

cnoRADtiRA,  carpideira,  pr^nteadora  — 
lagrimas,  pranto  —  jerimiada,  Iflocuria. 

CHOKÀo,  chorador,  choraraingador,  cbo- 
ramigas  —  apaiionodo,   namorado,    babo 

80. 

CHORAR,  lagrimar,   lagrimejar —  prantear 

—  carpir  ,   deplorar ,    lameuiar  —  disiillar, 
gollejíir. 

CHoRFA  ou  Choreia,  baile,  dansa. 

cnoBiNA,  cabelleira,  peruca. 

CHORO.  Iflgrimas  —  pranto  —  dôr  —  gemi- 
dos, ÍAuientos. 

CROBLDO,  gordo,  rechonchudo  —  succoso, 
fuctuknu). 

cnoRLME,  humor,  sueco — dinheiro,  ha- 
veres, riqueia. 

CHOUPANA,  akergue,  cabana,  choça,  te- 
gurio. 

CMOVFR,  flioviscar,  molinhar  —  desaguar, 
diluviar  —  manhr,  v»  rter. 

CHRiSTo.  Jesu,  Uedcmptor  do  ipundo. 
Salvador,  Vertvo  Divino  —  Crucilixo. 

CHLÇA,  alabaida,  chuço,  pariasana,  pi- 
que. 

CHUFA,  chalaça,  chocrrrice,  mofa,  zom- 
baria. 

CHUFAR,  illudir,  logrfir  —  chalacear,  mo- 
íar,  zombar. 

CHULO,  burlesco,  faceio,  folgasâo,  jocose 
rio,  ridiculo. 

CHUPAR ,  chuchar,  sorver  —  embeber  -  - 
esgotar,  exhaurir  —  desfruclar. 

CHUVA,   aguacriro,  biirsiguiada,  chuveiro 

—  borraceiro,  oivalbado,    orvalhos  —  mui 
tidào. 

CHUVE'BO,  aguaceiro,  bátega  —  orvalha- 
da, rociada  —  gran'uumero,  iuGnidade. 

CHUVOSO,  pluvjal. 

c:i)AnELiA  ou  Cilaitílla,  castello,  fortale- 
xa,  forte,  foriim. 

CIFRA,  icro  —  compendio,  epilogo,  sum- 
ma. 

CIFRAR,  abreviar,  epilogar,  recopilar,  re- 
sumir. 

CILADA,  emboscada  —  artificio,  engano. 
eslral«gema  —  dolo,  trapaça  —  insidia,  irai- 
çào  —  armadilha,  laço. 

CIMA,  alto,  cin  o,  cocuruto,  cume,  espi- 
gão, piro,  lenate. 

CiMfciRAS,  crina*;,  crista,  pennacho  —  ca- 
pacidade, casco,  elmo. 

CiMVNTAR,  argamassar,  betumar —  erigir, 
estat)*  Iticer,  fundar,  instituir  —  assegurar, 
fira  ar 

cmiKto,  argamassa  —  alicercei  funJa- 
tUeuio. 


GU 

CINGIR,  abraçar,  cercar,  rodear,  torneiar 
coroar  —  apertar,  liar. 

cioso,  ciumento,  zeloso  —  invejoso,  ema« 
lo. 

CIRCO,  Cf  liseu,  praça  —  circulo  —  circui- 
to —  cLincho. 

ciRCiiro,    âmbito,  circumd«mento.  pyro 

—  precinto  —  cercadura  —  circumkquio, 
p^riphrasis,  rodeio  —  repetição. 

ciHCUL^R,  orbicular,  redondo  —  (v.  ti.) 
gyrar.  torneiar. 

CIRCULO,    âmbito,    circuito,  gyro,  rodeio 

—  circumferencia,   contorno,   roda  —  arco, 
aro  —  periodo. 

ciRCUMDAR  ou  Circundar,  cercar,  cingir, 
rodear. 

ciRCUMLOCUçÃo  OU  Cirntmloquio,  peri- 
phrasis  —  parlenda,  palanfrono — r.deio, 
regiro,  volia,  voltpjo. 

ciRCi  MSCREVRR  OU  CJrcunscretcr,  abran- 
ger—  demarcar,  limitar 

ciRCUMSPicçÃo  OU  Circunspfirçào,  mira- 
mento —  assento,  discriçAo,  madureza —  cau- 
t»l/i,   pru<ieiHÍa  —  r«  c«lo. 

ciBCUMSPECTO  ou  Circunspecío,  allpn^af^o, 
considerado  —  acaultlado,    cauto,  prudente 

—  recatado. 

CihCUMSTANCiA  ou  Circunsíanc'a,  acresso- 
rio,  incidente,  particularidade  —  coojunctu- 
ra,  deppndencia. 

ciRCUMSTANCiKR  ou  CArcunstanciarj  desin- 
volvnr,  esmiu«;nr,  explicar. 

circumstam»  ou Vircunst ante,  cercador, 
rodn^nle  —  {s  )  a<-sisiente,  presente. 

ci«car-se  escapulir-se,  escafeJer-se,  es- 
coar se,  furta  r-se, 

CITAR,  allegar,  apontar,  notar,  trazer  — 
notificar. 

CITARA  ou  Cithara,  lyra,    plertro,  sistro. 

CIÚME,  ztlos —  emubçãi) —  invej-*. 

CiveL,  camponez,  rústico  —  mechanico — 
indigno,  vil. 

CIVIL ,    «ÍTavel,  cortez,  polido^  urbano. 

Civi  IDADE,  èíTabilidade,  cortezia,  uiba« 
nidade 

çiViiisAR,  policiar,  pol-r. 

cuanu.  jiio  —  desavença,  discórdia,  dis- 
sensão, divisão. 

clamar,  chamar — bradar,  gritar  — ac« 
clamar,  exclamíir  —  voiift-rar,  v<>zeí»r  — 
apregoar  —  ladrar  — ^  balir,  benar  — 
chiar. 

clamor,  br»do,  grito — alarido,  vozeria 
—  pcciamação  —  exclamação. 

CLANUEsii.NO,  escondido,  ccculto,  secre- 
to. 

CLARAiioiA.  espiraculo,  fresta. 

CLARÃO,   biilho,  claiidade,  espleodof  — 

cldrim. 

CLARiDAns,  esplendor,  gloria  —  clare- 
U  —  clftrào,.luz,  resplendor  —  tUo,  AU* 


COB 

rora  —  sol  —  dia  —  áiaphf neidade.  trans- 
parência, 

GLàRiPiCAR,  aclarar  —  illustrar  —  crys- 
talizar. 

CLARIM,  charamella,  clarão,  parche,  trom- 
beta. 

CLARO,  allamiado  —  lúcido,  luzente  — 
nitido— brilhante,  fulgente  luminoso,  reful- 
gente, r<»spla'idecenie  —  coruscanle,  radinn- 
te,    scinlillante    —   diaphano,  transparente 

—  certo,  evidente,  manifesto  ,  patente  — 
perapicuo  —  perc»»ptivel  —  egrégio,  eximio, 
Ínclito  —  illustre,  nobre  —  generoso  —  afa- 
mado, celebrado  —  celebre,  memorável. 

CLASSE,  lugar,  ordem  —  cargo,  dignida- 
de —  graduação,  gráo  —  academia,  aula, 
eschola 

ciAUDiCANTK,  coxo,  manco  —  duvido- 
so, incerto,  vacillante. 

CLAUDICAR,  coxear,  manquejar  — faltar, 
yacillflr. 

CLAUSTRO,  claustra  ,  crasta  —  cenóbio , 
convento,  roosieiro  —  communidade 

CLAUSULA,  artigo,  condição,  estipulação, 
obrigação. 

CLAUSULAR,  encerrar,  limitar. 

CLAisuHA,  claustro,  convento  —  encerra- 
mento, encerro,  reci>lhim»?nto. 

Ciava,  maça  —  cacheira. 

CLEMÊNCIA,  benegnidade,  bondade,  doçu- 
ra —  dó,  misericórdia,  piedade. 

CLBmriTK,  benigno,  bum,  humano —  pio 

—  indulgente  —   doce,  manso. 
clkrigu.   ecclesiastico,  sacerdote  —  pa- 
dre. 

CLIMA  ,  paiz ,  plaga  ,  região  —  pátria  , 
terra  —  districto,  província,  sitio  —  ares, 
céu. 

CLTSTKLou  Cristel^  ajuda,  mesinha. 

CloaCa»  cano,  sentma. 

COALUAR,  congelar,  encaramelar  —  ad- 
densar,  condensar,  espessar  —  alastrar  co« 
.  brir. 

COALHO,  coagulação  —  enlace,  vinculo. 

COAR-SR,  desmaiar  —  enfiar-se,  metter- 
se  —  escapar  se,  isentar -se,  tirar-se. 

COARCTAR,  limitar,  restringir  —  diminuir, 
encurtar,  estrettar. 

coBARDB,  fraco,  poltrão,  pusillaaiffie,  tí- 
mido ~  ignavo. 

COBARDIA,  acobardamento,  fraqueza,  pol- 
troneria,  pusillanimidade. 

COBERTA,  cobertura—*  cobertal,  cobertor, 
*  cobrictma,  manta  —  capa. 

COBKRTo  oii  Cu6crío,  enroupado,  vestido 

—  escon.lido,  occulto  —  amparado  —  cheio 

—  brusco,  carregado ,  escuro,  nebuloso, 
nublado  —  disfarçado,  dissimulado,  tingi- 
do. 

COBERTURA  ou  Cuhertuía,  *  acitara,  co- 
berta, cobertor,  colcha,  manta  —  tecto,  te- 
»»c    it. 


COL 


905 


Ihado  —  capa,  ínvoltorio  —dissimulo,  si- 
mulação. 

COBIÇA  ou  Cubica,  ambição,  avidez,  hy- 
dropisia ,  sede  —  avareza  —  ardor ,  pai- 
xão. 

COBIÇAR  ou  Cui/tfar,  anhel&r,  appetecer  , 
appetir,  desejar,  invejar. 

COBIÇOSO  ou  Cubiçoso,  ávido,  cúpido,  fa- 
minto—  des^-joso  —  invejoso. 

COBRA,  biclia,  serpe,  serpente  —  reptil. 

COBRAR,  arrebadar,  recadar  —  aqcuirír, 
grangear  —  recuperar  —  alcançar,  conse- 
guir, haver,  obter  —  perceber,  receber. 

coBHia  ou  Citôrtr,  tapar  —  telhar  — 
toldar  —  encobrir,  esconder ,  0':cultdr  — 
enroupar,  vestir  —  abrigar,  agasalhar  — 
atulhar,  coalhar,  encher  —  disfarçar,  dissi- 
mular, pallíar. 

COBRIR -SB  ou  Cubrir-se,  enroupar-se  — 
escurecer- se.  nublar- se,  loldar-se. 

COBRO,  cobrança  —  cautela  —  guarda,  vi- 
gia —  custodia. 

COÇA,  esfrega,  maçada,  pisa,  sova,  tun- 
da. 

C0CF6AS,  coçadura,  coceira,  pruído,  pru- 
rido, tililação  —  tentações  —  receios. 

COCKGUÍNTO,  comichoso,  titilloso. 

C0CH8,  carruagem  —  caleça,  sege  —  carro 
—  carreta  —  carroça. 

COCHEIRO,  auriga,  regedor. 

cociiiNO,  cerdo,  "  cachim-,  porco  — báco- 
ro, leitão  —  mafrão,  varrão  —  javali. 

cocuRiiTA  ou  Cocuruto,  cimo,  cume,  co- 
miada,  pico,  ponta  —  grimpa. 

Codkar,  comer,  manducar. 

CosLflO,  laparo. 

COETÂNEO,  coevo,  contemporaueo. 

Cofre,  arca,  caixa  —  burra  —  mysterio, 
segredo. 

CdGiTAR,  imaginar,  meditar,  pensar. 

cognação,  agna>,ão,  consanguinidade,  pa- 
rentela, parentesco. 

COGNiTO,  conhecido,  sabido. 

coHERENciA,  adherencia  ,adhesào  confor- 
midade, conuexào,  conveniência,  união. 

consRENTE,  ajustado  ,  conforme  ,  conse- 
quente. 

CuHtDiR,  comprimir,  conter,  moderar,  re- 
frear, reprimir. 

coiNCiEiR,  ajustar-se,  aptar-se  —  concor- 
rer —  cair  —  convir. 

COITADO,  atribulado  —  desgraçado,  mes- 
quinho, miserável  —  necessitado,  pobre  — 
apoucíido.  medroso. 

cóiTO,  cohabitação,  copula. 

CÓLERA  ou  tholera,  ageslamenlo ,  bilis, 
aespeito,  enfado— assanho,  furor,  ira,  ira- 
cundia. 

COLÉRICO,  bilioso  —  assomado,  fogofo  — * 
agastadiço,  iracundo. 

COLHER,  recolher  —  apanhar,  surprender, 
lí7 


906 


ÇOM 


GOM 


ic  mar  —  agarrar,  prender — embaraçrir,, per- 
turbar ~  concluir,  inferir  —  culiigir  —  es- 
conder, ccciiltar  —  íiubrA?,  involv.er» 

coLiSEo,  Colisseo  QuCoíisscii,  aa3piiithe&r 
{ro,  circo. 

cc>LLE,  cabeço,  coUiu.i,  outeiro. 

coLLEGío,  gymiiíisJo,  universidade  —  se- 
minário-^  a  sociação,  coagfeg,!íi(;ão,  c^jrpo, 
corporação,  grémio. 

cuLLEiRA,  gorjal —  argola. 

coi,LiGA(:Ão,liga,   união  —  confederação. 

coLLiGAuo,  aliiado,  coafedrado,  —  asso- 
ciado —  conjuncto,  ligado,  unido. 

coLLiGAR,  falar,  juutar,  ligar,  unir — alliar, 
confederar. 

COI.LIG1R,  ajuntar,  recolher  —  colle,ciorwf 
—  coijcluir,  liifori!'. 

coLLiNA,  cabeço,  colle,  outeiro. 

couLiJNOSO,  ouleiroso. 

coLLo.  serviz,  gargajita ,  pescoço  -r-  re- 
gaço —  stíio  —  Cabeça  — boxíibros -r  gar- 
galo. 

collocar,  arranjar ,  dispor  —  pôr ,  si- 
tuar. 

coLLOQUiô,  conversa,  conveísào,  dialogjO, 
entreíenimemo,  praciicíi  —  asseiiit^eiia,.  con- 
ferencia. 

cojuoso,  agricula,  agricultor,  araxior,  cul- 
tivador, cuUor,  lavrador. 

coLLOssAL,  giganteo,  gigantesco,  grandis- 

colossal    gigante, 
simo  —  desmedi  Jo,  enorme. 

COLUMNA  ou  Coluna ,  pilar  —  eoip^rQ , 
opoio,  arrimo. 

COM,  a  —  por  —  entre  —  a  respeito  -- 
para. 

COMA,  clina,  crina,  juba  —  cabello,  guede- 
lha —  folhas. 

COMADRK,  madrinha  —  psrteira. 

coMAiicÃo,  contermino,  íinitimo,  fronteiro 
-r-  próximo,  visinho. 

COMBALIDO,  doente,  enfermo  —  achacado, 
achacoso  —  adoentado,  indisposto,  malato  — 
corrupto,  podre — abalado.  | 

COMBALIR  oj  Combanir ,  abalar  —  (w  ) 
coiromper-se,  damnar-se  —  adoecer,  enfer- 
mar. 

COMBATI?,  arção,  briga,  conflito,  peleja  — 
certame,  debate  —  lucta,  pendência  —  cho- 
que, embíite  —  agonia. 

COMBATENTE  ,  guerreiro  —  batalhador  , 
comboiedor,  pelejíídor  —  athleta. 

COMBATTEB,  guerrear,    pelt^jar  —  brigar, 
contender,  pendenciar  —  competir,  pugnar 
—  oppôr-so  —  (a.)  acommetter,  atacar,  in 
vestir  I 


COMjjonç^,  .amiga  -r-  rival. 

c<mBuSTÃn,  abríisampnto,  iiicendio. 

cr-Hf.çAii,  abrir,  encetar,  principiar. 

Co?JEço,  principio  —  cab-^t-eira  —  eimiio- 
ÍQUoUo,  preludio,  primórdio  —  fundamen, 
io,  origem. 

coâiííDiA,  draraa  —  farça  —  facécia  rr  di- 
veriiiiieuio. 

coMEDiANTi:,  actor,  comicho,  histrião,  re- 
presentante ,—  íarçanltí,  mimo,  saltimban- 
co 

COMEDIMENTO ,  moderação  ,  modéstia,  re- 
portagãí)  — temperança. 

coMKDia,  coiumensurar,  medir  —  propor- 
cionar 

coMEDia-SÊ ,  moderar-S6,  reportar^se  — 
,  compnssar-se. 

coMKDOR,  lambão  —  comilão,  gargantão, 
voraz  —  glotào  —  viandeiro, 

coMiKR,   cQd/8ar,  gram^f ,  manjar,  papar 

—  mascar,  masliaar,  ruminar  -eogulir  — 
desfrjULctar  —  acahar  —  agastar,  roer  —  ab- 
sorver —  elidir,  supprimir. 

çoaiCfjiÃo,  coceira  —  pruído, 

coMiCHOso,  doscontentadiço  ,   rabugento. 

COMIDA,  alimento,  conier ,  pasto ,  refei- 
ção, sustento  —  comida,  comedoria — gui- 
sados, iguarias  -r  manjares  —  meza  — ban- 
quete. 

COMILÃO,  gargantão,  glotào,  lambaz. 

comilHO,  denie,  presa. 

íCOMiTiVA,  acampamento,  cortejo,  séquito 

—  pompa  — equipí^gem,  trem. 
comma^ídanie,  «abo.  capitão,  chefj. 
cokmaRDaR,  governar,  mandar  —  acaudi- 

Ihar.  ~ 

com MEMORAR,  lembrar,  memorar,  mencio- 
nar,  recordar. 

COMMENTAR,  declarar,  —  explanar,  expli- 
car, glossar,  interpetrar  — acotar,  anaotar 

—  fingir,  inventar  —  assacar,  forjiicar. 
coMMEHCiAR  ,  chatinar  ,    negociar ,   trafi- 
car. 

j     coMMKBCio,  negocio,  trafego,  troca — cor- 
respondência— communicaçào,  conversação, 
tracto.. 
coMMKTTER,  fazor  —  tentar  — 'começar 

—  encarregar,  incumbir  —  emprender  — 
provar  ,  entregar  ■ —  oíTerecer  ,  propor  — 
delei<ar  —  induzir,  provocar  —  atacar,  in- 
vesti r. 

C0MMETTIDA,  assalto,  ataque,  commetti- 
mento 

commiseração,  compaixão,  dó,  dôr,  lasti- 
ma, misericórdia,  piedade. 

c^mMissÃo,  cargo,  encargo   incumbência. 


coMUiNAÇÃo,  comparação,  confraontação,  jm*'ss;»g' ra  ~  jnrisdicção,  podor 


conformidade ,  igualdade , 


equipa  rencia 
propor;ào. 

COMBOIOU   Comboy,   cáfila,   conducção  ,.,lo,  s^icudidura. 
trsnsputte.  cummodo,  commodidade 


Comm'SSario,  agente,  delegado,  feitor. 
coMMOçÃo,  agitação,  perturbação  --aba- 


de3C.\nço  — 


COM 


COM 


907 


•-^  convenípncia,  interesse,  ppAve'ío,  utili- 
dado  —  iadj  )  apto  —  condescendente,  fá- 
cil, indulgente. 

coNMovKR,  abalar,  perturbar  (o  nnimo;  — 
ajKuilhoftp^  eslimnlar,  incitar  — =•  alterar  — 
alvornrflr. 

commla,  latrina,  privada,  i»étrete,  sroíd- 
ta. 

coMMLM ,  ordinard,  tfivial  —  sabido, 
■nsuftl.  vulgir  —  mechiínico,  plebeu  —  sim- 
ples —  gerfll,  universííl.  raedi"cre. 

CnMMUNfC^ÇÃ.0,      (ílmviVtiríciíí  ,     tffiCtO    — 

ami^íide,  comcberclo.  coníi«nça,conheciaa«n- 
to,  conversação,  familiaridade,  intelligencia, 
soclPffftde. 

coMMUNiCATt,  fíomtnurtar  ,  gí^neralizar  — 
paiticipar  —  ci>ti versar,  fallar,  frequentar, 
tractar  —  peg^r. 

comsujnidadp,  cf>n<?reg><çStí  — '  irmanda- 
de —  convento,  mosteiro,  corpo,  socieda- 
de —  as«emb'eia,  jun^-ia,  união  —  conse- 
lhos —  republica  —  moradores  —  igual- 
dade 

coMMirTAçÃo,  alborque.  cambio  ,  permu- 
tação, troca  —  roudaiiga  —  variní;ào. 

coMMUTAR ,  mudar  —  permutar ,  tro- 
car. 

COMO,  de  que  modo  —  do  mpsmo  modo 
que  —  nó  modo  em  que  —  porque. 

CÔMORO,  cabeço,  cutuulo,  outeiro. 

COMPACTO,  solido  —  condensado,  denso, 
esppsso. 

COMPADECER-SE,  condoer-se,  doer-se,  las- 
timar. 

COMPADRE,  padrinho. 

COMPAIXÃO,  crimmiseraçào,  dó,  dôr,  las- 
tima, magoa,  miseração,  misericórdia,  pe- 
na, pezar,  piedade,  senlimenlo. 

CONP  NHA.  rorenanhia  —  equipagem,  ma- 
rinhagem, tripulação  —  cardume. 

coMPANHEif^©,  amigo  — contidente  —  só- 
cio —  coll-jga  —  coatrade  —  camarada  — 
igual 

C(  MPA75HIA,  sociedade—^  união  —  acom- 
panhamento, séquito  —  conserva  — com- 
panha —  ajuíitamento  —  consorte  —  as- 
sistenc'a. 

COMPARAÇÃO,  combinação,  equipareíicia, 
par/>lltlo,  simile,    similhança. 

coMPARí.R,  assimilar,  cotifroniar,  cotejar, 
equipar.ir  —  adequar,    igu:iter. 

>AR- SB,   cotóedir-gé,  mod^erar-se, 

1  ,0. 

coMPASSiTO,  compidecido,  condoido.en- 
tornerido,  roavir.so,  wiisericordioso,  piedo- 
so, sensivel,  sentido  —  henetico,  bônigno, 
indiil;„'en1<»,  propicírt  -    ■  ivo. 

COMPATRIOTA,  ron  i  conlerpaneo, 

patricií». 

coMPiiLLirt.  conslra'nl;»^r,  força'*,  iiúripltír 
cfeíi^iir.  vio!cnt<ír, 


coMi^RíiDiAR,  abreviar,  cifrar,  encnrlnr' 
o|i!(igflr,  epitom.ir,  resumir,  Snmmariar. 

Co^pBJíDfiy,  abr«''viaç?i0,  abfevindo,  cifra, 
eí)i!ogo,  epitfíTfle,  r^ètípú^t^uo,  rcsnmo  sonr* 
mã,  snnimnri) 

coMPítiíMrtSo.  abiWtfííHí  bi^vii  í(ímp^n- 
diário,   resfimilOí 

Cosíi«Eftâ»^íí(,-  snpprlmento  —  éqtiirTileft^ 
te,  indemnidade,  resarcimento  —  pagã,  fô^ 
compensa. 

COMPFNSAR,  resarcir,  supprir — recompeil- 
par,  sfllisfazej" 

coMPETKNCíA,  competimento,  efítulaçaOi 
rivalidade  — debate,  disputa  -^  oppo<?)Çào 
—  concurrencia,  pretençào  —  autoridade, 
poder. 

COMPETENTE,  ac(fommodado,  conveniente, 
proporcionado,  próprio  —  capaz,  devido^ 
sUÍflciente. 

COMPETIDOR,  adversário,  antagonista,  coií- 
tendor,  emulo,  rivâl  --  concurrente,  oppo- 
sitor. 

COMPETIR,  concorrer,  medir-se  — emular, 
rivalisnr  —  pertencer^  tocar, 

Compilação,  collecção  —  compendio,  re- 
copilação. 

COMPILADOR,  redactor  —  copista  —  plagiá- 
rio. 

COMPILAR ,  ajuntar  -^  colher ,  colligir , 
unir. 

COMPUCENCIA,  gosto,  prazer  —  condes- 
cendência, deferência  —  atíençãOj  obsequio 

—  bnndnde,  indulgência. 
COMPL/^CENTE,  coudesceudente,  indulgen- 
te —  civil,  cortez. 

COMPLEIÇÃO,   constituição,  temperamen-. 
to. 
COMPLEMENTO,   acabamento,   fim,  -remati 

—  aperfeiçoamento,  perfeição. 

coMpi  etar,  acabar,  cousummar,  rematar 

—  ajustar,   encher,   inteirar,    prefazer  — 
aperfeiçoar. 

COMPLETO,  abalizado,  perfeito  —  acabado, 
conclui«lo.  pffeituado,  terminado. 

COMPLICAÇÃO,  implicância  —  enlace,  en-* 
redo,  mistura,  mixlo. 

COMPLICAR,  implicar —atar,  enlaçar  — 
mesclar,  misturar. 

COMPLICR  ou  Cúmplice,  co  réo. 

COMroR,  escrever  —  iiivi?nlar  -^  tecer  — 
concordar,  pacificar,  reconciliar  — indeta- 
nisar,  rep*arap,  satisfazer  —  sepultar. 

COMPOSTA,  adufa ,  dlqmè,  eclusa,  Re- 
presa. 

coMPOftTAR,  padecer,  soffrer,  supportar, 
tolerar. 

COMPORTAR-S*  ,  coilduzir-se,  portâr-se, 
proreder. 

coíPoSiçÃo,  disposição  —  acordo,  concer*- 
to,  convenção  —  capitulaçSo,  ]!az  —  e&èri- 
•i  ptOi  lhf?ma  —  corrp?^»*=t"ira  —  repouso. 

na?  « 


m 


COH 


aoK 


COMPOSITOR,  autor,  ^compoedor,  compo- 
siteiro,  escrjptor. 
COMPOSTO,  acabado  —  organizado,  tecido 

—  («fl(;)  grave,  modesto,   sisudo  —  ajorca- 
do. 

COMPOSTURA,  composiçRo,  estructura  — 
regularidade  —  decência,  gravidade,  modés- 
tia, recato  —  escriplura  —  adereço,  adorno, 
arreio,  atavio. 

COMPHÀ,  mercado  —  acquisiçSo  —  empre- 
go 

COMPRAR,  mercar  —  peitar,  subornar  — 
grangeart  negociar  —  resgatar. 

coMPRAzfcR  ,  agradar  —  deleitar  —  satis- 
fazer. 

COMPREHBNDKR  OU  Comprender^  abarcar, 
•branger,  encerrar,  incluir —-  alcançar,  co- 
nhecer,  intender,  perceber  —  mencionar. 

coMpREnENSÃo.  comprehensiva,  concep- 
çÃo,  intelligencia,  inteudiraento,  penetra- 
ção. 

comprtdAo.  amplidão,  comprimento,  ex- 
tenção,  longor,  longura. 

COMPRIDO,  completo,  perfeito  —  (a<í/.) di- 
latado, espaçoso,  estendido,  longo  —  diffu- 
so,  prolixo  —  esguio 

C0MPR1MRN1AR.  congratular,  felicitar. 

COMPRIMENTO,  extertsão,  longor  — {pi.)  cor- 
tejos, cortezanias,  saudações  —  cerimonias 

—  continências  —  lisonjas  —  obséquios  — 
ofiferecimentos. 

COMPRIMIR,  apertar,  restringir  —  conter, 
moderar,  refrear,  reprimir. 

coMpROMiTTBR-SB,  arriscar-SG,  aventurar- 
86,  <3xpor-se. 

COMPROVAÇÃO,  confirmação,  prova,  veri^ 
íicaçào. 

COMPROVAR,  auctorisar,  confirmar,  pro- 
var. 

COMPUTAR,  calcular,  contar,  numerar, 
supputar. 

COMPUTO,  calculo,  conta,  numero,  som- 
ma,  supputaçào 

CONCAVIDADE  ,  burflco,  cavidade,  cova, 
fossa,  furna,  cuco,  profundidade,  subterrâ- 
neo. 

CONCAVO,  cavado,  cavo,  covo. 

CONCEBER,  emprenhar,  Rravidar,  pejar, 
prenhar  —  coroprehender,  intender,  perce- 
ber—  imaginar,  inventar,  meditar. 

CONCEBIDO,  grado  —  formalisado  —  inten- 
dido. 

coNCEBiMENTO,  coDcelção  —  prenhez  — 
concepção. 

CONCEDER,  acordar,  dar,  outorgar,  defe- 
rir —  convir  —  annuir. 

CONCEITO  ,  agudeza,  sentença  —  id«ia, 
imagem,  pensamento  —  dicto  —  conta,  juí- 
zo, opinião  — credito,  f^ma,  reputação. 

CONCEifro,  canlo,  consonância,  consono, 
harmonia,  oiciodia,  musica. 


CONCEPÇÃO  ,  concebimento  —  conceito  » 
concpil«çào  — coap-^ehensào,  percepção. 

CONCERNENTE,  pertencoute,  relativo,  resi 
peclivo,  tocante. 

CONCERTADO,  Rtacado,  remendado  —  res- 
tabelecido —  rprazado,  ajustado,  justo  — 
adubado,   guisado  — comparado,   cot^^jado 

—  conforme,  pontual  —  grave,  modesto. 
CONCERTAR,  ordenar  —  remendar  —  repa- 
rar, restabelecer  —  ajustar,  concordar,  re- 
conciliar —  enfeitar,  ornar  —  melodiar. 

CONCERTAR  SE,  Rccommcdar-se,  ajustar- 
se  —  conformar-se  —  alinhar-se,  ataviar- 
se. 

CONCERTO,  reparação—  aceio,  atavio,  com- 
postura, ornato  —  ajuste,  convenção,  pacto 

—  accoramodamento,  reconciliação. 
CONCESSÃO,  doação,  outorga  —  permissão 

—  graça,  privilegio. 
CONCHAVAR,  ajustar,  concluir. 
conchegau-se  ,   achegar-se,   chegar-se, 

unir-se  —  accommodar-se. 

CONCHEGO,  achega,  conforto  —  refugio  — 
commodo. 

coNci  lABULO,  ajunctamento,  assembleia, 
junta  —  concilio. 

CONCILIAÇÃO,  accordo,  concordância,  con- 
córdia. 

CONCILIAR,  ajustar,  amigar,  reconciliar, 
unir  —  adquirir,  grangear,  negociar  —  cau- 
sar, trazer. 

CONCILIO,  assembleia,  conselho,  junta. 

CONCISÃO,  abreviação,  precisão. 

CONCISO,  abreviado,  apanhado,  cerrado, 
curto,  estreito,  lacónico,  resunido,  succin- 
to. 

CONCITAR,  excitar,  incitar,  instigar,  mo- 
ver—  animar. 

CONCLUIR,  acabar,  "^  concludir,  fechar, 
finalizar,  findar,  rematar,  terminar  —  ajus- 
tar, compor,  concertar  —  conchavar  —  col- 
ligir,  deduzir,  inferir. 

coNCLUiR-sE,  finar-se,  morrer. 

CONCLUSÃO,  fim,  remate  —  theorema.  the- 
se  —  epilogo,  fecho,  peroração  — consequên- 
cia, deducção,  illaçào,  inferência  —  leso- 
luçào. 

CONCLUSO,  acabado,  findo,  ultimado  — 
assentado,  determinado. 

coNCoMi TANGIA  ,  companhia,  connexão, 
união  —  coíoparação. 

CONCORDÂNCIA,  acordo,  conformidade  — 
consonância,  consono,  hnrmonia  —  concor- 
data, pacto  —  coherencia,  connexão. 

CONCORDAR,  concertar,  conciliar — acom- 
panhar, associar  —  [n  )  harmonisar  —  casar, 
coadunar,  convir,  quadrar,  rhymar. 

CONCORDATA,  coucordftto,  convenção  — 
acordo,  ajustH,  tratado. 

CONCORDE,  conforme. 

coNCoROiA,   amizade,   harmoiiia ,  pai, 


CON 

uní&o  —  acordo,  njuste,  pacto  ■—  allíança, 
confederação. 

CONCoRRKR,  contribuir,  cooper/tr,  influir 
—  coexistir  -  -  coincidir,  concordar  — -  aju- 
dar, auxiliar. 

CONCUBINA,  amasii,  amiga,  manceba  — 
combopça— •  iça,  meretriz. 

coNCUBiNARio  ,  amsncebado  ,  amigado , 
comborço. 

CONCUBINATO,  abarregamento,  amanceba- 
mento,  mancebia 

CONCULCAR,  calcar,  pizar,  trilhar  —  des- 
prezar. 

CONCUPISCÊNCIA,  carnalidade,  immodestia, 
incontinência,  lascívia,  luxuria,  sensualiHa 
de. 

coNCURRENCiA,  competencia,  competiçfio, 
ajuoctamento,  concurso  —  conformidade  — 
frequência  -  -  confluência,  encontro. 

co^cuHRlíNTE,  conteiidor  —  courpetidor  , 
emulo,  rival. 

CONCURSO  opposiçSo  —  pretençSo  — ajun- 
tamf^n'o,  muliidào. 

CONCUSSÃO,  abalo,  commoção  —  extorsão, 
fraude,  vexação,  violência. 

CONDÃO,  excellencia,  graça,  preeminência, 
prerogativa,  privilegio. 

co^DKMNAçÃo  ou  Condetiação,  condemna- 
ment  ,  damnação  —  multa,  pena  — castigo, 
supplicio  —  censura,  desapprovação. 

CuNDEMNAR  OU  Condftnar  ^  desapprovar, 
estranhar,  reprovar  —  reprehender  —  mul- 
tar —  sentencear. 

CONDENSAR,  addensar,  apertar,  densar, 
engrossar,  espessar,  giomerar. 

CONDESCENDÊNCIA.  aitençSo.  bondade  ^ 
complacência,  obsequio  —  indulgência 

CONDESCENDER,  aicommodar  se,  confor- 
mar se,  dobrar-sp,  moldar-se. 

CONDIRÃO,  estado  —  graduação,  gráo  — 
nasciínento  —  profissão  —  casta,  estofa,  sor- 
te —  caracter,  geuio,  Índole  —  artigo,  clau- 
sula —  pacto,  partido  —  modo  —  (pi )  does, 
qualidades. 

CONDIGNO,  adequado,  igual,  proporcio- 
nal. 

CONDIMENTO,  adubo,  temppro. 

CONDIR,  adubar,  confeitar,  temperar. 

coNDOER-SE,  apicdar-se,  compadecer-se , 
lastimar. 

coNDUCTA,  conducção,  aqueducto,  cano, 
receptáculo,  reconditorio  —  governo,  proce- 
dim»'nto  —  direcção,  guia. 

coNDucTOK,  guia  —  directof,  mestre. 

CONDUZIR,  acompanhar,  guiar  —  levar, 
transportar  —  trazer  —  dirigir,  manejar  - 
capitanear,  mandar,  reger  —  (n.)  contribuir, 
servir. 

CONFEDERAÇÃO,  allíança.  coUígação,  con- 
federamenlo,  federação,  liga. 

ÇúiirKijKRAR-st,0Ílio>6«,  ligar-se,  unir-se» 


CON 


909 


coNFiBENciA,  colloqulo,  practica  —  con"» 
cilio,  congresso — comparação,  confrontft* 
çào,  parallello  —  communicação. 

CONFERIR,  conversar,  fallar,  praclicar, 
ventilar  —  comparar,  confrontar,  coiejar  — 
conceder,  dar,  outorgar  —  [n.)  auxiliar  — 
conformar-so. 

CONFESSAR,  declarar,  dizer,  manifestar, 
revelar  —  conceder,  convir,  reconhecer  — 
aíFirmar. 

CONFIADO,  atrevido,  desmedroso.  resolu- 
to —  arrogante,  insolente  —  impertineute  — 
descarado,  desvergonhado. 

CONFIANÇA,  segurança  —  credito  —  espe- 
rança, fiducia,  *  fiusa  —  amizade,  faruilia- 
ridade  -  confidencia  —  animo,  valor  —  de- 
liberação ,  liberdade  ,  resolu(,ão  —  atrevi- 
mento, audácia,  auso,  despejo,  ousadia. 

CONF  AR,    cooimetter,    fiar,  recommendar 

—  (n.)  escorar  —  esperar. 

co^F  DE>ciA,   boa  fó,  opinião  —  segredo 

—  fi  telidade. 

CONFIDENTE,  amlgo  inlimo,  depositário  — 
[adj]  familiar,  intrínseco. 

CONFIM,  confinante,  contermino  —  {s  pi,) 
cxtr»^mas,  extremidades.  1  mites,  lermos  — 
balizas,  metas  —  fronteiras,  raias. 

CONFINANTE,  comarcão,  conterojiuio,  fron- 
teiro. 

CONFINAR,  comarcar,  visinhar. 

CONFIRMARÃO,  chrisma  —  raiiGcação,  se- 
gurança—  evidencia,  prova. 

CONFIRMAR,  chrismar  —  apoiar,  corrobo- 
rar, roborar,  solidar. 

CONFISSÃO,  declaraçSo,  descobrimento, 
manifestnção,  manifesto  —  aílirmaçào. 

CONFUCTO,  aperto,  ardor  (do  combate)  — 
choque,  pelrj a,  recoi.tro  —  debate,  dispu- 
ta. 

CONFORMAR,  conciliar,  concordar  -  -  ade- 
quar, casar,  moldar. 

confokmar-se  ,  accommodar-se  ,  f  geitar- 
se,  amoldar  se  —  ceder  —  resignar-se —  cor- 
lesponder  com... 

CONFORME,  idêntico,  semelhante  —  con- 
gruente, i^jiifll  —  consoante,  unisono  —  ajus- 
tado, avindo  —  resignado. 

CONFORMIDADE,  ptoporção,  spmelhauça  — 
concordância,    congruência  —  unanimidade 

—  resignação,  submissão. 

CONFORTAR,  coHSolidar,  fortalecer,  forti- 
ficar —  alentar,  animar,  corroborar  —  con- 
solar. 

CONFORTO,  corifortação,  corroboração  — 
allivio,  consolação,  consolo  —  alento,  ani- 
mo, coragem,  vigor  —  assistência. 

CONFBADK,  adepto  —  co-irmào  —  compa- 
nheiro, sócio. 

coNFRAatSO,  a.^pero,  duro,  escabroso,  ru- 
de. 

C0MRAW61MIHTO  contraoção,torcedura  — 


910 


CON 


CO^ 


acanbamenlo  ,   aperrei) mento ,   constrangi- 
mei)io. 

CONFRARIA,  irmandadfí  —congregação,  or- 
dem —  companhia    sociedade: 

CONFRONTAR,  determinar,  limitar  —  com- 
parar, conferir,  cotejar,  equiparar. 

CONFUNDIR,  irfistocar  atrapalhar,  emba- 
ralhar  —  mesclar,  misturar  —  perturbar  — 
envergonhar  —•  convencer. 

CONFUSÃO,  PDQ baraço  —  dessocego,  perple- 
xidade —  encníhimento,  pt-jo,  vergfínha  — 
enleio,  perturbação  —  atrflpalhação,  embru- 
lhada ,  misceilanea  —  tumulto  —  obysi  lo  , 
cabos  —  bab3'lfinia,  Isbyrintho  —  inferno. 

CONFiso,  desordenado,  imperfeito  —  en- 
leiado,    turbado  —  atónito,    perftlexo  —  du 
vi«loso,   equivoco,  escuro  —  incerto,  indis- 
tincto  —  misturado  —  envergonhado  ,   pe- 
jado, 

coNFUTAR,  desfazer,  destruir,  refutar  — 
convencer. 

CONGELADO,  eucaramelado,  frio,  gélido, 
nevado. 

CONGELAR,  encaramelsr,  g*^lar,  nevar,  re- 
gelar —  coalhar,  —  condensar  —  atalhar, 
prender. 

CONGi.UTTNAR,  appgí»r,  collar,  grudar,  unir 

—  consolidar.   v)rroborar. 

c  .NGoxA,  aíHicgão,  aucia,  angustia,  dôr, 
martyio 

coNGoxAR,  affligir,  angustiar,  vexar. 

corsGoxuso,  anelado,  aíllitto,  inquieto  — 
apressado. 

coNGRATUi  AçÃo,  cutDprimentos,  felicita- 
ções, par?«bens. 

coNGKATULAR,  cumprímentar ,  felicitar, 
gratular. 

CONGREGAÇÃO,  assemblela,  junta  —  com- 
munid«de  —  confraria-  sjunSampnto,  união, 

CDNGRítSsO,    assembleia,    auditório,  junta 

—  ajuntamento  ,   concurso  —  cohabitfíçào  , 
copia 

CONGRUÊNCIA,    conformidade,  semelhança 
-^  couYHniencia,  porpor<;/io. 
CONGRUENTE,  couveuiénte,  proporcionado 

—  suíTi.ienie. 

CÔNGRUO,  congruente,  conveniente,  decen- 
te, proporcionada,  próprio,  suííicieníe. 

CONHECEDOR,  experto,  hábil,  inlelligente, 
intendido. 

CONHECER,  divisar,  enxergar,  notar,  vôr, 

—  perceber  —  discernir  —  considerar,  reíle- 
ctir — cohabit*ir. 

coNURCiMENTo,  coõiprehensSo,  int*»llig<.n- 
cia —  amizade  — commiinicação,  trar.to  — 
commercio  ,  correspondência  —  rioctrina  , 
erudição,  luz,  sciem  ia  —  idnia,  noção,  no- 
ticia —  gahrdão.    recompensa  —  pritstação. 

CONJECTURA,*  conj^^itúra,  sns|.ei»a  —  in- 


dicio, sigaal 
íáiSo. 


agouro,  presagio  — quadra. 


CONJECTURAR,  fljuizar  —  inferir,  presumir, 
suppôr,  suspeitar  —  antever,  presogiar 
coNJUNCçÃo  ou  Conjunção,  concurrencia 

—  ensejo,  ma:é,  occ^são  —  opportunidade 

—  proximidade  —  parlicula  — encontro  — ; 
sa«ào.  , 

coNJUNCTO,  chegado,  junto,  pegado,  pró- 
ximo, único. 

coNiuHAÇÃo,  conspiração,  levantamento, 
rebelliào,  sedição  —  alvoroto,  motim,  tu- 
multo —  rnachinação,  trama  —  exorcismo. 

CONJURAR,  conspirar  —  instar,  pedir,  ro- 
gar, supplicar  —  machinar,  tramar  —  exor- 
cizar. 

CONJURO,  conjura,  esconjuro  —  impreca- 
ção 

CONLUIO,  collusão  —  connivfíncia,  dissi- 
mulação, engano,  íingimersto. 

CONNEXAO,  àlfinidade,  conformidade,  ron- 
nexidade,  proporção — «-nlace,  nexo,  tra- 
v«ção,'  uniào  —  parentesco,  relação,  séíôe- 
Ihança. 

CONQUISTA,  debellaçâo,  tomada  —  trium- 
pho,  tro  )heii,  victona  —  acquisição  —  lu- 
cta,   pendência. 

co>quistaR,  avassallar,  domar,  s^jbjugar, 
sujeitar,  vencer — tnumphar  — adquirir, 
conseguir. 

Consagrar,  dedicar,  rfíerecer,  offertar  — 
immolar,  sacrificar  —  canonizar  —  destinar. 

consciência  ou  Conciencia,  advertência, 
conhecimento  (intimo)  —  escrúpulo  —  pro- 
bidade. 

coíiseguir,  acquirir  alcançar,  haver  im- 
petrar, obter  —  acertar. 

conselho,  aviso,  parecer  —  dpterm"fla- 
ção.  intento,  resolução  —  con«:ulla  —  ad- 
moestftção —  ensino  —  inspiração  —  indu- 
zimento  —  consultação,  junta  —  desembar- 
go —  sanado. 

coNSRKso,  approvsção,  benepltíèitc,  corl" 
sentimento,  pr«sn  e. 

coksentanlo,  ajustado,  conforme,  cOii'"* 
ven^ente. 

consentimento,  apprOVação,  prásmé  — 
outorga,  permissão.  ' 

CONSKNT^R,  appl^ovar,  assentir  —  perrait- 
tir  —  S'  íTrer,  tolerar  — -  dissimular ,  cotlôe- 
der,  ontorgrár 

CONSKQURNCíA,  deducção,  illnção,  infe- 
rência —  éíTeito.  resulta  —  iinportan^ia. 

CONSERVAR,    g[U8rdar  —  cultivar,    áJBdlêf 

—  defendíjr  ,   preservar  —  poupar  -^  ffetét*  i 
sustentar. 

coNS'DERAÇÃo,  attençãó,  respeito  —  ooa- 
seqTiehcia,  estimação,  importância -^  Ctttti^ 
tertíf^lação.  ponderação  —  cogitação,  n1^'di- 
taçíio,  reflexão  —  cautela,  temo. 

CON.sH)E{!AR,  *  consírar,  meditar,  pf  one- 
rar, rellectir — éxamirtar,  observa)*  —  oíÍ*5í. 

—  flprfeci**-,  ptéts!". 


CON 


COH 


911 


CONSIDERÁVEL,  impoftante,  notável  —  ce- 
lebre, disimcio,  grande,  iilustre,  insigne  — 
precioso  —  merauravel. 

GORsisTKNCiA,  Gsiado  —  estabilidade,  fir- 
meza, fíirç'1,  permanenria.  solidez. 

consisTiK,  depender,  fundur  i^e. 

CONSISTÓRIO,  assembleia,  copilulo,  con- 
selho, dieta,  junt-T  — seíiado. 

CONSOLAÇÃO,  allivio,  leiíilivo.  refrigério, 
*si>Iás  —  conforto,  refiiedio  —  alefjria,  con- 
tem mienlo,  salisf«ç.TO  —  *  consoflda. 

CONSOLAR,  adoçar,  aliiviar,  mingar,  mo- 
derar. 

CONSOLIDAR,  fortalecer,  solidar  —  corro- 
borar —  saQ»*ar,  sarar  —  unir. 

coNsoiO.  ailívio.  consolação. 

CONSONÂNCIA,  concenio,  harmonia,  melo- 
dia —  cnforniidade,  uniíorioida'!©. 

coMsoNo,  ccnsouaoie.  harmónico,  harmo- 
nioso —  concorde,  uniforme. 

CONSORCIO,  companhia  —  conversação,  so- 
ciedade —  hymeneu 

coNsaBTE,  companheiro,  participante  — 
marido,  mulher    -conjuncto. 

coNSffcCTO,  aspeito,  conspeito,  presença, 
vista. 

CONSPÍCUO,    abalizado,   distincto,    iilustre 

—  nntavel  —  visivi  1 

CONSPIRAÇÃO,  conjugação,  cabala,  machi- 
nação,  trnma — facção,  1  ga,  partido. 

coN.>piHADOR,  conjurado,  faccioso  —  ma- 
chinador 

CONSPURCAR,  inficionar,  iscar,  manchar, 
sujar. 

CONSTÂNCIA,  estabilidade,  firmeza,  immo- 
bilidade,  permanência,  persistência  —  per- 
severaiiça,  pertinácia,  tenacidade  —  valor  — 
soíírimento. 

CONSTANTE  firme,  immudavel.  seguro. — 
aturado  —  certo,  invariável  —  impávido,  in- 
trépido. 

CONSTAR,  consistir  —  compôr-se  de...— 
ser  crrto,  evidente 

coNSTELLAÇÃo.  astro,  cassiopeia,  signo  — 
horóscopo  —  fiscrndpnle. 

coNSTKRNAÇÃi,  afllicção,  dôr,  magoa  — 
desalenio  —  aperto  —  cobardia,  medo,  te- 
mor. 

CONSTERNAR,  aílligir,  agoniar  —  desalen- 
tar, desanimar  —  aterrar. 

CONSTITUIÇÃO,  estatuto,  regra  —  decreto, 
lei,  ordenação  —  canonos,  instituto,  prema- 
tica  —  fompleição,  Índole  —  temperatura. 

CONSTITUIR,  pôr  —  ordenar,  regular  — 
crear,  instituir  —  firmar. 

coNsiiTuiR-sE,  fazer-se,  estabelecer- 
se. 

CONSTRANGER,  compelUr,  forçar,  obrigar, 
violentar  —  restringir. 

constrangek-sb,  absler-se  —  moderar  se 

—  violeniar-stí. 


C6NSTRAN6ID0,  coacto  —  compellido,  im- 
pellido  —  forçado,  obrigado,  violentado  — 
aperir.do,  conslricto. 

CONSTRANGIMENTO,  confrangimento,  pre- 
ma —  força,  violência  —  necessidade  —  in- 
comroodo,  sujeição. 

coNSTBiNiíia,  apertar,  estreitar. 

coN^TKUcçÃo  ou  Construiçào,  còUocação, 
disposição,  ordem  —  synlaxe  —  estructura, 
fabrica 

CONSTRUIR,  edificíir,  f ibricar  —  decifrar, 
deletrear  —  collocar,  ordenar  —  traduzir, 
verter. 

consultação,  conferencia,  consulta,  de- 
liberação —  aviso  ,  conselho  ,  parecer  — 
exame. 

CONSULTAR,  pedir  conselho  —  deliberar, 
resolver  —  psaminar. 

CONSUMIÇÃO,  mortincação,  pena,  pezar, 
tormento  —  enfado,  enojo. 

CONSUMIDOR,  arruiaador,  destriictor,  de- 
vorador —  «ÍBijíidor. 

CONSUMIR,  dissipar,  estragar,  gastar  — 
atlenuar  —  destruir  —  comer  —  devorar  — 
absorver,  funoir  —  agoniar,  enfadar  — re- 
primir —  empregar. 

CuNsuuiR-sK,    amoíinar-se    atormentar-se 

—  enfadar-se  —  estilar-se,  finar-se,  gastar- 
se. 

consummaÇão,  consummo  —  acabamento, 
fim,  termo,  ullimjçào — complemento,  per- 
feição —  dissipai.ão. 

consummado,  acabado,  findo  —  completo, 
perfeito. 

conslmmab,  acabar,  terminar  —  aperfei- 
çoar, completar  —  cumprir,  prefazer. 

CONSUMMO^   consummação,  despesa,  gasto 

—  uso. 

CONTA,  calculo,  computo,  numero  —  cui- 
dado —  estimação  valia  — conceito,  opinião 

—  narração  —  {pi )  camaldulas,   rosário. 
coNTABiLinADB,   responsabilidado  —  arre- 
cadação —  thesouraria. 

CONTACTO,  tacto,  toquo. 

contador,  historiador,  narrador —  calcu- 
lador, calculista. 

coNTAGi ) ,  contagião  ,  epidemia,  peste, 
pestilencii  —  corrupção,  infecção,  inficio- 
nação  —  andaço,   g'»feira 

CONTAGIOSO  apegadiço,  epidemico  —  pes- 
tifero,  pestilencial,  pestilento  —  corruptor, 
estragador. 

CONTAMINAR,  manchar,  sujar  —  iofectir, 
inficionar  —  profanar  —  corromper,  depra- 
var, viciar.   • 

CONTAR,  calcular,  computar,  numerar  — 
narrar,   referir,  relatar  —  historiar. 

CONTEMPLAÇÃO,  coiisideraçào  — obsequio, 
res[teito  —  meditação. 

CONTEMPLAR,  mirar,  notar  —  considerar, 
meditar,  reflectir. 

228  « 


9!í 


CON 


COS 


coNTEMPLATiTo,  absorto,  enlevado,  extá- 
tico, suspenso  —  medita íivo,  pensativo. 

CONTEMPORÂNEO,  coetaneo,  coevo. 

coNTEMpoKizAR,  lenoporis«r  — accommo- 
dar-se,  condescender. 

coNTEMPTiVEL,  desprezivel. 

CONTENÇÃO,  altercação,  contenda,  contro- 
vérsia, debate,  disputa  —  rixa  —  activi- 
dade, calor,  eflicafia,  vehemencia — força, 
vigor. 

CONTENCIOSO,  demandão,  litigioso  —  al- 
tercador.  dispulador  —  rixoso  —  incerto 

CONTENDA,  altercação,  i-ertarae,  compe- 
tência, controvérsia,  disputa,  porfia  —  dis- 
córdia —  conflito. 

CONTENDER,  b. igsF,  renhir  —  altercar, 
disputnr  —  intender  —  competir. 

CONTENDOR.  disputadoF  —  concurrente, 
rival  —  adversário,  inimigo. 

CONTEISTAMENTO,  allegria,  contento,  gos- 
to, prazer,  satisfação —  deleite,  desenfa- 
do, recreação  —  allivio  —  delicias. 

CONTENTAR,  agradar ,  aprazer,  satisfa- 
zer. 

CONTENTE,  alegre,  festival,  jovial,  riso- 
nho —  gostoso,  satisfeito  —  consolado  — 
abastado  —  pago. 

CONTENTO,  contentamento,  gosto,  satisfa- 
ção —  a  bit  lio,  desejo,  jjrado,  voto. 

CONTER,  abarcar,  abranger,  encerrar,  in- 
cluir —  moderar,  refrear,  reprimir. 

coNTER-SK,  moderar-se,  refrear-se,  so- 
frear-se,  soffrer-se  —  abster-te,  cohibir- 
se. 

contkrmino  ,  adjacente,  chegado  a  . .  . 
comarcão,  contíguo,  pegado,  visinho. 

conterranro,  compatriota,  patrício,  pa- 
triota —  concidadão. 

CONTESTAÇÃO,  altercação,  debate,  disputa 
—  combate,  lide,  lucta 

CONTESTAR,  controverter,  debater,  dispu- 
tar—  questionar  — litigar. 

CONTENDO,  contido,  encerrado. 

CONTEXTO,  contextura,  theor  —  tecido, 
travflçào. 

CONTÍGUO,  chegado,  pegado,  unido  — con- 
fin**,  prnximo,  visinho. 

C0NTINENCI4,  sbstinencía ,  sobriedade, 
temperança  —  moderação  — castidade —  mo- 
déstia, recato  —  semblante  —  postura. 

CONTINGÊNCIA,  acaso.  casualidadc— evCD- 
to  —  occurrencia  —  incerteza  —  risco. 

CONTIGENTE,  casual,  fortuito,  incerto. 

CONTINUAÇÃO,  continuidade,  serie  —  pro- 
gressão, pnseguimento  —  duração. 

CONTINUAR,  estender,  prolongar  —  proro- 
gar  —  perseverar,  persistir,  proííar  —  [n  ) 
prosegnir  —  aturar,  durar- 

CONTINUO,  assíduo,  *cotíno,  continuado, 
incessante  —  pegado  com    .   . 

conto  ,   alvado  ,   extremidade,   ponta  — 


conta,    numero  —  milhão  —  phantasia,  vi- 
são —  (p/-)  fabulas,  historias,  novellas. 

CONTORNO,  âmbito,  circuito,  redor  —  li« 
neamenlo,  risco  —  [pi.)  arrabaldes,  subúr- 
bios. 

CONTRACÇÃO  ,  convulsão ,  encolhimento  , 
torcimento. 

CONTRACTO,  abr«viado  —  encolhido. 

coNTRADicçÃo,  cDLtrarícdade  —  opposição 
resistência  —objecção  -  repugnância  —  re- 
provação. 

CONTRADIZER,  coutradictar  —  replicar  — 
arguir  —  refutar  —  contrastar,  oppor-se  — 
combater  —  destruir. 

CONTRAFAZER,  arremedar,  imitar -^fin- 
gir, desfigurar,  falsificar  —  disfarçar,  dissi- 
mulir 

CONTRAFEITO,  copiado,  remeudfldo  —  fin- 
gido —  falsificado  —  forçado  —  disforme, 
malfeito. 

coNTRAniR.  acquirir,  agenciar,  conseguir, 
grau  gear—  fazer.  ~ 

coNTRAHiH-SB,  cncolhcr-se  —  estreitar-se, 
limitar-se 

contraminar,  atalhar,  estorvar  —  baldar, 
desfazer,  destruir. 

CONTRAPOR,  entestar  —  oppor — compa- 
rar, Cotejar  —  refutar. 

CONTRAPOSIÇÃO,  contraposta  —  contrarie- 
dade, opposii.ão  —  parallelo. 

contrariador,  contradictor,  contrarian- 
te  —  opposto. 

CONTRARIAR,  conlrastar,  oppor-se— es- 
torvar, impedir,  obviar  —  repugnar  —  des- 
approvar,    encontrar — impugnar,   rt-futar. 

CONTRARIAR  SB,  contradizer-se,  desdizer- 
se. 

CONTRARIEDADE,  contradicção  —  contrapo- 
sição, opposição.  resistência  —  diíliculdade, 
estorvo  ,  obstáculo  —  competência,  emula- 
ção —  antipathia  —  contenda. 

CONTRARIO,  adversário,  *  contrario,  ini- 
migo —  emulo,  oppositor  — objf^cção  --  con- 
tra-ordem  —  {adj  )  damnoso,  nocivo  — 
a verso. 

CONTRASTAR,  oontraHar  —  oppor-so  re- 
sistir —  contender,  luctar  —  contestar —  re- 
futar. 

CONTRASTE,  opposição,  resistencia  —  con- 
tenda,  disputa  —  contestação,  controvérsia 
—  estorvo,  obstacnlo  —  adversidade,  des- 
graça —  avaliador  —  censor. 

CONTRATAÇÃO  OU  Contractação,  contracto, 
tracto  (mercantil). 

CONTRATADOR  OU  Contraclador^  contra- 
ctante  —  commerciante,  negociante  —  mer- 
cador. 

CONTRATAR  OU  Contractar ,  ajustar  — 
commerciar,  negociar,  traficar. 

CONTRATEMPO,  accidente-^  estorvo*-'  ad- 
versidade, iafurtunio. 


con 


COP 


9Í3 


c 0NrriA.T0  OQ  Contracto,  ajuste,  conven- 
çào,  pacto  —  coaimflrcio,  noKOcio. 

coNTRAVENENo,  anlidoto,  contrapeçonha, 
triaga. 

coNTRTBuiR,  ajudar,  concorrer ,  coope- 
rar. 

coNTRíçÃo  ,  arrependimento  ,  attrição  , 
compunção. 

CONTRISTAR,  entristecer,  mel«ncolis«r  — 
aflligir,  angustiar,  magoar  —  desconfor- 
tar. 

CONTRITO  ,  compungido  ,  rependido  — 
afflicto,  morlificado.  triste. 

CONTROVÉRSIA,  altercação,  disputa  —  du- 
vida —  objecção  —  contradição. 

CONTUMÁCIA,  obsliuação,  pt^rtinacia,  tena- 
cidade —  rebeldia  — porfia,  teima  "-  per- 
severança. 

CONTUMAZ,  *  referleiro  —  obstinado,  opi- 
niático, tenaz. 

contumelia,  afronta,  injuria,  ultraje. 

CONTUNDIR,  moer,  piz»r  —  abalar,  amor- 
gar. 

CONTURBAR,  perturbar,  turbar  —  enfra- 
quecer,  quebrantar. 

CONTUSÃO,  nodoa,  pizadura. 

co.'STUso,  pizado  —  macbucado  —  aba- 
lado, amassado. 

CoNVALECENCiA,  Couvalecença  ou  Conva- 
lescença,  melhoras,  restabelecimento. 

coNVALKCER  ou  Convalcscer,  melhorar, 
restib  lecer-se. 

CONVÉM,  cumpre,  imporia,  releva. 

CONVENÇÃO,  acordo,  ajuste  concerto,  pa- 
cto —  contracto  —    traclado. 

CONVENCER,  capacitar,  persuadir  —  con- 
futar  —  demonstrar,  provar. 

CONVENCIONAR,  ajusiar,  convir,  estipular, 
pactear. 

CONVENIÊNCIA,  íuteresse,  luco,  proveito, 
utildadn  —  conformidade  ,  congruência  , 
similhança. 

conv&niehte,  interessante ,  proveitoso, 
ulil  —  capaz  digno  ,  habil  —  côngruo, 
justo,  proporcionado  —  decente  —  neces- 
sário. 

coNVENTicuLO,  assBmbleia,  conciliábulo, 
juncta. 

CONVENTO,  mosteiro  —  communidade  — 
clausura,  recolhimento. 

CONVERSAÇÃO,  coUoquio,  conversa,  dialo- 
go, entretenimento,  palestra,  practica  — 
conferencia  —  tacto. 

CONVERSÃO,  arrependimento ,  converti- 
menio  —  mudança  —  transformação  —  evo- 
lução. 

CONVERSAR ,  fallar ,  praticar  —  pairar 
—  discorrer ,  discursar  —  frequentar , 
Iractar. 

CONVERSAYKL,  coftez,  affavel  —  accessi- 
tel,  communicavel,  tract&vel. 
vou  IT. 


CONVERSO,  arrependido ,  convertido  — 
tornadiço. 

CONVERTER,  reformar  —  mudar,  trans- 
formar ,  transmutar  —  applicar  —  virar , 
voltar. 

coNVffRTiDO,  converso,  arrependido  — mu- 
dado, trasformado. 

convicção,  evidencia  —  prova  — cren- 
ça, persuação. 

CONVICTO,  convencido. 

CONVIDAR,  invidar  —  acarear,  attraír  — 
chamar ,  convocar  —  reduzir  —  desafiar  , 
provocar  —  excitar,  instigar. 

*  coNviNHAVEL,  accommodado,  adequa- 
do ,  conveniente  —  razoado ,  competen- 
te. 

CONVIR,  convencionar  —  concordar,  coin- 
cidir, quadrar  —   ajustar-se,    concertar-se 

—  perteiicer,  tocar. 

CONVITE,  banquete,  bodo,  festim — adu- 
bos, guisados,  iguarias  —  invite. 

CONVOCAÇÃO,  chamamento,  —  assembleia, 
juncta. 

CONVOCAR,  chamar,  junctar. 

COOPERAÇÃO,  ajuda,  assistência,  soccor- 
ro. 

COOPERADO»,  ajudador,  cooperante,  coo- 
pera rio. 

COOPERAR,  ajudar  — concorrer,  contri- 
buir. 

cooRDiNAçÃo,  arranjo,  disposição,  ordem 

—  cnmpnsição. 

cooRDTNAR  OU  Coordenar,  arranjar,  dis- 
por, ordenar. 
COPA,  aparador  —  coma,  rama,  ramada 

—  copo,  cyfltho,  taça. 

COPADO,  comado,  folhudo,  frondifero,  fron- 
doso —  basto,  cerrado,  espesso ,    sombrio 

—  redondo, 

COPAR  ,  decotar  ,  despontar ,  derramar  ^ 
tosquiar  —  arrendondar,  redondar  —  pen  • 
teiar. 

COPEIRA,  aparador,  copa. 

COPETE,  mcnho.  topete,  trunfa. 

ccpiA,  abundância,  aílluencia,  fartura  — 
numero  —  retrato,  transumpto  —  iuimita- 
ção,  representação  —  Iranscripção,  trasla- 
do —  par,   parelha. 

COPIADOR,  amanuense,  cop'$ta,  traslada- 
(Jop  —  compilador,  plagiário  —  imita- 
dor. 

COPIOSO,  abastoso.  abundante,  farto  —  ri- 
co —  numeraso  —  fértil. 

COPISTA,  cipiador  —  bebe'for. 

COPLA,  copra,   quarteto. 

COPULA,  ajuncta mento,  cohabitação,  coi- 

*^'  .  .  .      ,      . 

COPULAR,  ajuntar,  coitar  —  igualar,  irma- 
nar —  emparelhar,  jungir. 

COQui,  carolo,  pancada. 

cÔR,  tinta  —  aLTebique  —  pudor,  fubor, 


914 


CCR 


COU 


Termelhidão  —  causa,  color,  pretexto  — 
colorido  —  apjjareocia  —  desculpa,  eicu- 
sa. 

CÓR,*  desejo;  *  vontade —  memoria. 

CORAÇÃO,  alma,  espirito  —  peito  —  ani- 
mo, Vttlor  —  iniento,  pensamento  —  âma- 
go, medulia,  miolo  —  centro,  imo  —  gem- 
ma,  meio  —  affecio,  amizade,    amor. 

COR/ÇLDO,  animoso,  denodado,  dtsieipi- 
do,  impávido,    intrépido. 

CORADO,  rubicundo,  vermelho  —  appa- 
íente,  tingido. 

CORAGEM,  Corage  ou  Corojem,  anitno, 
bravura,  denodo,  exfurço,  irnre4>idez,  reso- 
lução, valentia,  valor  —  bizarria,  brio  — 
paixão,  sanha, 

coRAioso,  CmajeníOf  alentsdo,  anirooso, 
arn  jido,  bravo,  brioso,  cora^udo,  denoda 
do,  dtsiemido,  esforçado,  forte,  impávido, 
iatrepido,    valoroso. 

corab,  acafeiar  —  pintar,  tiogir  —  co- 
lofeajr  colorir  —  arrebicar  —  enrubecer, 
rub  ar  —  disfarçar,  simular  —  desculpw, 
prr.textar 

coKço,  cervo,  gamo.  veado  -tr  {adj\]  ex- 
pedito, ligeiro. 

COR  cos  ou  Corcoz,  coricovado,  oar^jundo, 
giboso. 

CORCOVA,  alcorcova,  carcunda,  giba. 

CORUA,  amarra    beta,  calabre,    calabre 

—  baraço  —  cordilliej '  a,  enàadá,  espinha- 
ço. 

CORDATO,  assente,  cordo,  prudente,  sisu- 
do. 

CORDEIRO,  anho,  borr-eguinho,  carneiri- 
nho, *  cucio. 

CORDEL,  barbante,  fio,  guita. 

CORDIAL,  conforiativo,  cnrroborativo,  es- 
tomacal —  affectuoso,  amigo,  fiel,  since- 
ro. 

codialidade,  alTeição,  amizade,   ternura 

—  franqueza,  sinceridade. 
CORDILHEIRA,  corda,    espinhaço   (de  ser- 
ras, etc. 

coadoalha,  cordame,  maçanie  —  enxár- 
cia —  amarras,  cabos,  calabres,  cordas. 

corduka,  juizo,  siso  ,  sisudeza  —  pru- 
dência. 

coRiFEO,  Corypheo  oa  Corypheu^  cabeça, 
chefe,  primeiro,  principal. 

CORJA,  canalha,  gentalha,  matula,  vul- 
ganto  —  muludào. 

coRNisoLO,  cornifero,  cornigero,  cornu- 
do, comuto. 

CORNO,  chavelho,  chifre,  ponta  —  cornu 
copia  —  busina,  corneta,  trompa  —  cornu- 
do. 

CORÔA,  diadema  —  capella,    grinalda  — 
laurel,  Iflureola  —  mitra,  tiara  —  tonsura 
^Oftbeçii,  cume  —  dominio,  potencia,  so- 
""laia  —«  e«(ad0)  reino» 


COROAR,  cercar,  cingir,    rodear. 
coROLLARio,  compendio,  resumo,   summa 

—  consequência,  illaçào. 

CORPO,  cadáver  —  pessoa  — estatura  — 
multidão  —  espessura,  grossura  —  mole  — 
coilecçào  —  companhia,  sociedade. 

CORPORAÇÃO,    faculdade  —  congrogação. 

CORPÓREO,  material,  corporal,  physico. 

COKPULKNTO.  fornido,  gordo,  grosso  — 
corpanzil,  giganteo. 

CORPÚSCULO,  átomo,  corpinho. 

coftfi»c«çÃo,  8d»iQj0tftçài>.  aviso,  repreen- 
são —  emonda  —  correctivo  —  castiKO,  pu- 
nição —  censura,  disciplina  magistério  — 
exactidão,  puBt^za,  r,egularidade  —  polimen- 
to, retoque. 

CORHKCTO,  castigado,    emendado,    polido 

—  exacto,    verídico  —  expurgado,  limpo, 
puro. 

corhidura,  correria ,  corso  —  carreira, 
eorredela,  corrida. 

coERÇiQ  <iu  Gomeo^  estafeta,  niessageiro, 
postilhão  —  próprio  —  recoveiro. 

GORRELAÇÃo,  Eelftçào  muiut^ —  conuexão 
nexo  —  cOfrespondencift, 

CORRELATAR,    correferir. 

*  coRKBWÇA,  Cfrmaras,  cursos,  diarrhea, 
fluxo  de  ventre 

coflHE.»TB.  cheia,  enchente,  levada,  ri- 
beira-id,  torrente  -— •  copia  —  multidão  — 
sijctesso  —  Cftd^ia,  grilhão,  prisão  —{adj.) 
exen  itado,  perito,  versado  —  praticado, 
usado  -r-  facil  —  prestes,  prompto  —  fre- 
quente. 

correntezv.  corrente  —  enfiada,  fieira, 
serie  — facilida  ie  —  eXj)edi;ão 

CORRER,  apressar-se  —  perseguir  —  con- 
tinuar, prós  guir  —  gyrar  — tractar  de... 

—  conccorrer  —  [a.]  andar  per...   —  vi- 
sitar -—  soífrer. 

correr-se,  corar,  envergonhar- se,  pejar- 
se. 

coRREJiA,  assaltada,  incursão,  invasão, 
salto. 

CORRESPONDÊNCIA,   proporçSo,  symmetría 

—  aoeotdo,  relação,   —  agradecimento  — 
desquite,  retorno. 

CORRESPONDER,  respoudcr  —  pagar,  satis- 
fazer —  symmetrisar  —  cartear  se  com... 

CORRIDA,  carreira,  curso  —  assaltado,  cor- 
reria, 

CORRIDO,  envergonhado  —  acossada,  per- 
seguido —  corredio 

CORRIGIR  ou  Corregir,  emendar,  retocar 

—  concertar,  rcfiarar  —  cssii^ar  ,  punir  — 
reprehender  —  adoçar,  diminuir,  temperar. 

CORRILHO,  ajuntamento  fde  gente)  —  cir- 
culo —  convenliculo. 
corrimaça,  apupada,  apupo,  vaia. 
cuiiRiMENTO,  purgação   —  pejo,  rergo* 


COR 


CIIA 


915 


coKNioLA,  engano,  lograç&o,  logro  —  es  • 
parrella. 

comiiouiiiio,  trivial,  vulgar. 

COHHO,  área,  circo,  pmça  —  mó,  roda. 

COHROB0UAH,  enriJAr,  fortalecer,  vigori- 
par  —  coufurlar  —  confirmar,  roborar  — 
conídlidar. 

CORROER,  gastar,  roer. 

coHRoMPBR,  peitar,    8ul>ornar  —  seduzir 

—  violar  —  «h  «r/ir,  deformar  — f/ilsitlar 

—  depravar,  viciar  —  apodreatar,  estra- 
gar. 

CORRUPÇÃO,   contaminwgíio   —  fedor,  in 
fec(,ào  —    imiiiuniieia,  sordicia  —  conta>íio, 
peste  —  podridão  —  alteração  — prevari 
cação,  suborno  —  estupro  —  abuso,  cor- 
ruptela. 

CORRUPTO,  contaminado,  *corruto,  infi- 
ciouado  —  contanioso,  empestado  —  pú- 
trido —  adulinradu,  depravado,  viciado  — 
daiiiDado,  mali^oado. 

coKKUPTOR,  corrompedor,  depravador  — 
subornador. 

CoKSAaio  ou  Cossario,  *  cossairo,  pira- 
ta. 

CORSO,  pirataria  —  área,    circo. 

CORTADO,  atalhado  —  assustado  —  des- 
confiado —  maltractado  —  ferido,  golpea- 
do —   aberto,    corto  —  escavado,  talhado 

—  interrompido  —  aparado. 

COKTAR.  serrar  —  cortilhar,  stolpear  — 
abrir,  separar  —  andar  —  surdir  —  ata- 
lhar, impedir,  interromper    —   pronunciar 

—  romper,  vt^ncer  —  aparar  —  talhar  - 
dividir  —  entalhar,  gravar  —  avaliar,  ta- 
xar —  dissipar,  estragar  —  mu-^murar. 

CORTE,  golpe  —  inci.«.ão  —  fio,  gume, 
talho  —  aparo  —  cerrado  —  quintal. 

CORTE,  paço,  pal«cio  —  capital,  metró- 
pole —  pessoas  reses  —   cortejo,    séquito 

—  cúria  —  tribunrl  —senado  —  cerrado 

—  viveiro. 

coaTKjADOR,  corlez,  corlezão,  polido 

CORTEJAR,    fazer   corte  —    obsequiar  — 
galantear,  namorar  —  acatar,  respeitar,  ve 
nerar. 

CORTEJO,  acompanhamento,  comitiva,  com- 
panhia, séquito  —  corte,  estado  —  obse- 
quio —  galanteio  —  curtezia,  reverencia, 
saudação. 

CORTSZ,  civil,  cortezão,    polido,    urbf^no 

—  affivel ,  gracioso,  lhano  —  compraze- 
dor,  condescendente. 

coRTtzÃo,  aulico,  pelicano  —  [adj]  civil 
cortez,  discreto  urbano  —  obséquios-»,  oíTi 
cioso  —   ftffavel,    bsrnigno  —  communica- 
Tel. 

coaTEzu,  civilidade,  cortezania,  cortezB- 
nice,  urbanidale  —  acolhimento,  affahili 
dade  —  acatamento,  respeito,    réverenfifa, 
veacrà^&o. 


CORTIÇA,    casca,  *  cort«za. 

cortido  oa  Curtido,  surrado  —  corrom* 
pido  —  calejado. 

cortina,  pano,  véu  —  oorródiça  —  díi- 
farce. 

coRuscANTt.  rhamraejnnle,  coriíoantô , 
flammante,  'n4mmi((»>ro. 

coscoRRimio,  chelpa,  dinhoiro,  pecúlio, 
pecuuia  —  ihertlheiro,   melgueira,   thesoii»- 

ro.  ^; 

cosKR,  pespontar,  pontoar  —  digerir  — 
abraçar  —  snffrer  —  chegar,  unir. 

Costa,  declive,  ladeira,  queda  —  subida 
--  aba  beira,  margem  —  {pi.)  costado, 
dorso,  lombo   —  costellas. 

COSTADO,  costas,  dorso,  espinhaço,  lom« 
bo  —  casco. 

COSTEIRO,  encosta,  ladeira,   èubida. 

Costumar,  acostumar,  af/izer,  ávezar,  ha- 
bituar —  [n  )  estar  afeito,  soher. 

COSTUME,  habito,    habitule,  usança,  uso 

—  manha  —  maneira,  modo,  estylo  —  fá-, 
ro,  v^  zo.  '^ 

COSTURA,  pontos  —  cicatriz  —  tarefa, 
trabalho. 

COTA,  saia  de  malha  —  apoTítamento,  ci- 
tação, nota  —  sobrepelliz. 

cuTAR,  acolar,  apoutar,  designar,  mar- 
car, notar. 

cotfjar,  comparar,  conferir,  confrontar. 

COTB.I0,  auão,  baixinho,  pequeuo,  pyg- 
meu. 

COTURNO  ou  Cothurno,  borze^uim,  cha- 
pim. 

COUCE,  pernada  —  pontapé  —  patada — . 
cabo,  fim   —  couceira. 

courama,  couros,  pellame,  pelles. 

COURO,  pelle. 

cousa  ou  Coisa,  acção  —  negocio  —  bení 

—  interesse  —  opinião  —  reflexão,  etc. 
CuUTO,  abrigo,  asylo,  guarida,  rtr^fuj^io. 
cova,  antro,    cavidade  ,  furna  —  gruta, 

lapa  —  buraco,  fossa,  covil. 

covil,  Cova  —  lóca  — abrigada,  escou- 
drijo,  ladrO'-ira  —  choça,  choupana. 

covo,  concíivo,  fundo. 

coxear.  m>»uquejar  —  claudicar,  vacil- 
lar. 

coMM,  canapé,  sophá  —  almofada,  almo- 
fadinha. 

coxo,  claudicante,  manco. 

cozi>UA  ou  Cuzinha,  comida  —  frasc4» 

cozinhar  ou  Cuzuikar,  hdubar,  cozér, 
guinar,  temperar. 

CRÁPULA,  bebedice,  borracheira,  embrií^ 
guez. 

crassidade,  crassidão,  crasSie,  áehlíaa- 
de,  espessura,  grossura. 

crasso,  denso,  esposso,  grosãb  —  |r'cJâ- 
seiro.  ^   .      ■ 

craVau,  aéfavar,^ encravar,  fifli^,  pre|íf 


916 


CRI 


CXJI 


—  ferrar,  —  fitar,  fixar  —  embuUr,  en- 
gastar. 

CRAVO,  prego  —  borbulha. 

cni,  greda  —  giz. 

CRBBRO.  amiudado,  repetido. 

CRECENÇà  ou  Crescença,  acréscimo,  aug- 
mento  —  appendix  —  inundação. 

CRECENTE  OU  Crescente,  cheia,  enchente, 
inundação  —  corrente  —  esto,  maré  —  meia 
lua  —  topete  —  fermento,  levadura. 

CRECEU  ou  Crescer,  augmentar-se,  avul- 
tar, medrar,  vingar  —  alongar-se,  dilatar- 
se  —  sobejar. 

CRECiMENTO  OU  Crescimento,  accrescenta- 
mento,  augmento  —  crescimento,  engra- 
decimento. 

CREDITO,  assenso,  crença,  fé  —  estima, 
reputação,  autoridade,  favor,  poder  —  abo- 
no —  confiança  —  valimento. 

CREME,  nata. 

CRENÇA,  opinião,  parecer  —  fé  -^  reli- 
gião —   con//ança. 

CRENTE,  crédulo  —  fiel. 

CREPE,  fumo. 

CREPITANTE,  faiscaute,  scinlillante. 

CREPITAR,   estalar  —  faiscar ,  scintillar. 

CRER,  acreditar  —  intender,  julgar,  pen- 
sar —  fiar-se  —  persuadir-se. 

CREsriDÃo,  aspereza,  escabrosidade  — 
encrespadura. 

CRESPO,  áspero,  escabroso  —  cravado, 
crivado,  empennado  —  encarapinhado,  re- 
volto —  ouriçado. 

CRESTA,  crestadura  —  concução,  rapi- 
na. 

CRESTAR ,  chamuscar  —  resicar  —  esti- 
nhar  —  pilhar,  roubar,  saquear. 

CRUçÃa  ou  Creação,  alimento ,   sustento 

—  educação,  ensino  —  infância  —  princi- 
pio. 

CRIADO  ou  Creado ,  moço,  servente,  ser- 
vidor, servo  —  fâmulo  — •  {adj.)  educado 

—  nutrido- 
CRIADOR  on  Creador,  Deus  —■  [adj.)  almo 

—  gerador. 
CRIANÇA  ou  Creança,  infante,  menino  — 

cria  —  creação,  educação  —  [adj.)  novo, 
pequenino. 

CHIAR  ou  Crear,,  alimentar —  educar  — 
estabelecer,  fundar,  instituir  —  causar  — 
produzir  —  erigir  —  edificar  —  fomentar, 
nutrir. 

CRiAR-sE  ou  Crear-se^  nascer,  produzir- 
se. 

CRIATURA  ou  Creatura ,    pessoa  — r  ente 

—  feto  —  menino  —  apaniguado. 
CRIDO,  acreditado. 
CRiMK,  culpa,  delicto,  falta  —  peccsdo-^ 

maldade  —  iniquidade  —  impiedade,  sacri- 
légio —  Bggravo,  offflnsa  —  [adj.)  criminal, 
CMKinADOR,  Accuaador  —  calumniiidor.  i 


CRIMINAR,  accusar,  acriminar,  culpar,  in- 
culpar. 

CRIMINOSO,  culpado,  delinquente,  réo  — 
facinorrfso,  malfeitor  —  malvado,  perverso, 
scelerado. 

CRINA  ou  Crine,  clina,  coma,  crins  —  ju- 
ba —  cauda. 

CRiNiTO,  crinigero  —  cabelludo,  corna- 
do. 

CRISTA,  pennacho,  plumagem  —  (pi.)  or- 
gulho, suberba. 

CRISTAL  ou  Crystal,  vidro. 
CRisTALLiNO  OU  CrystalHno,  claro,  dlapha- 
no,  límpido,  transparente. 
CRisTEL  ou  Crystel,  ajuda,  mezinha. 
CRITICA,  censura  —  capacidade,  discer- 
nimento, gosto  —  discussão,  exame,  juizo 
—  crise 
CRITICAR,   censurar,  critiquizar. 
CRITICO,  aristarcho,  censor,  criticador. 
crível,  probavel,  verosímil. 
CRIVO,  joeira,  peneira. 
CROCODILO,  jacaré  —  caimão. 
CRU,  áspero,  austero,  severo  —  cruel,  des- 
humano  —  indigesto  —  imperfeito. 

CRUCIFICAR,  immolar  —  maltractar,  mor- 
tificar. 

CRUEL,  bárbaro,  diro,  inhumano  —  Ím- 
pio —  tyranno  —  atroz  —  ferino,  feroz, 
truculento  —  implacável,  inexorável,  infle- 
xivel  —  sanguinolento,  sanguinoso  — era, 
fero,  inclemente  —  bruto,  sevo. 

CRUELDADE,  crueza,  fereza,  ferocidade, 
furor  —  atrocidade  —  impiedade  —  barbari- 
dade, deshumanidade,  immanidade,  inhu- 
manidade,  sevicia,  tyrannia  —  hostilidade. 
CRUENTO,  ensanguentado,  sanguento  — 
sanguinolento,  sanguinoso  —  atroz,  cruel, 
inhumano. 

CRUEZA,   indigestão  —  crueldade,  feroci- 
dade, inhumanidade  —  rigor. 
CRUSTA,  codoa,  crosta. 
CRUZAR,   crucificar  —  encruzar  —  borde- 
jar,  pairar  —  acuular,   navalhar — cancel- 
lar,  deriscar. 

CRUZES,  adversidades,  tormentos,  traba- 
lhos, tribulações. 

cu,  anus,  sesso  —  nádegas,  pousadeíro, 
trazeiro  —  anca,  garupa  —  fundo. 

CUIDADO,  afílicção,  anciã,  angustia,  ma- 
goa, pena,  sentimento,  tristeza  —  dessoce- 
go,  inquietação  —  attençào  ,  precaução  — 
desvelo,  diligencia,  exactidão. 

CUIDADOSO,  diligente  expedito  —  desso- 
cegado ,  inquieto  —  cuidoso  ,  pensativo  — 
exacto  —  vigilante. 

CUIDAR,  velar,  vigiar  —  considerar,  refle- 
ctir —  imagmar,  pensar  —  suspeitar  —  ex- 
cogitar,  meditar,  traçar  —  crer. 

^  CUÍD&,  cuidado,  imagmaclo,  pensa* 
mento. 


CUíl 


CUT 


917 


*  cuiDOSo,  cuidadoso  —  pensativo  —  re- 
ceioso,  suspeitoso. 

cuiTA,  aíDicçao,  angustia  —  trabalho. 

CUJO,  do  qual. 

CULPA,  aggravo,  offensa  —  falta,  pecca- 
do  —  crime,  delicto  —  erro,  error. 

CULPADO,  criminoso,  delinquente,  róo. 

CULPAR,  accusar,  inculpar  —  criminar  — 
arguir. 

cuLTifADOfl,  cultor  —  agricula,  agricul- 
tor, colono,  lavrador. 

CULTIVAR,  agricultar,  arar,  lavrar  —  adu- 
bar —  aperfeiçoar,  polir  —  exercitar  —  ap- 
plicar  se,  dar  se. 

CULTO,  adoração,    prostração,  veneração 

—  acabamento,  respeito,  reverencia  —  hon- 
ra, obsequio  —  dulia,  latria  —  [adj.]  enfei- 
tado, ornado  —  polido. 

CULTOR,  cultivador  —  adorador  —  exer- 
citador,  exercitante. 

CULTURA,  cultivaçào,  cultivo  —  ornato  — 
policia  —  culto. 

CUME.  aUo,  cimo,  sumidade  —  pico,  pon- 
ta —  fastígio,  zenith. 

CUMPRIDOR,  testamenteiro  —  {<idj  )  execu- 
tor, observante. 

cuMPRiMEíSTO,  execução,  observância  — 
acabamento,  complemento,  fim,  remate, 
termo. 

CUMPRIR,  acabar,  effeituar,  terminar  — 
executar ,  observar,  satisfazer  —  relevar, 
servir. 

CUMULAR,  accumular,  amontoar,  apinhar 

—  attestar,  cogular,  encher. 

CUMULO,  acervo,  montão  —  monte  —  co- 
gulo. 

CUPIDO,  amor. 

CÚPIDO ,  ambicioso,  cubiçoso  —  desejo- 
so. 

CÚPULA  ou  Cúpula,  domo,  zimbório. 

CURA,  parocho  —  curação,  curativo. 

CURAR,  mezinhar  —  sanear,  sarar  —  guar- 


necer, remediar  —  limpar,   pensar  —  cui- 
dar. 

CURIOSIDADE,  cuidado,  desejo  —  appeti- 
te  —  maravilha,  preciosidade,  raridade. 

CURIOSO,  cuidadoso  —  estudioso  —  nDvel- 
lista  —  extraordinário,  maravilhoso,  raro, 
singular. 

curral,  aprisco,   bardo,  cercado,  redil, 

CURSADO,  frequflntado  —  trilhado  —  pra- 
ctico,  versado. 

cursar,  frequentar,  seguir  —  andar,  per- 
correr —  observar  ,  praclicar  —  correr  — 
passar  —  cagar. 

CURSO,  caminho,  direcção,  via  —  carrei- 
ra, corso  —  gyro  — frequentação  —  progres- 
so, propagação  —  exercício  —  leitura,  pre- 
lecções —  excremento  —  cameras,  dejecção. 

CURTEZA,  acanhamento  — illiberalidade, 
mesqíiinheza  —  estreiteza,  limitação. 

CURTO,  breve  —  pequeno  —  acanhado,  tí- 
mido, vergonhoso  —  conciso,  lacónico,  suc- 
cinto. 

c  JRVADURA,  arcadura,  curvidade,  dobra- 
dura. 

CURVAR ,  alcatruzar ,  arquear,  dobrar, 
torcer. 

CURVO  ,  arqueado ,  convexo  ,  curvado , 
torto. 

cuspo,  saliva  —  escarro  —  baba,  espuma. 

CUSTA,  despesa,  dispêndio,  gasto. 

CUSTAR,  penalisar  —  importar,  valer. 

CUSTO,  despesa,  gasto,  "  sumpto  —  im- 
porte, preço  —  difficuldade,  trabalho. 

CUSTODIA,  conservação,  cuidado  —  guar- 
da —  prisão. 

CUSTOSO,  magnifico,  precioso,  sumptuo- 
so —  caro  —  enfadonho,  molesto,  trabalho- 
so —  difficil,  diíTicultoso. 

CUTELO  ou  Cwíeí/o,  alfange,  catana,  espa- 
da, sabre 

CUTILADA  ou  Cutcllada,  alfanjada,  cala- 
nada,  espadeirada. 


tra.  ir, 


«O 


118 


6M 


0BB 


D 


DADIVA,  dom,  donativo,  mimo,  presente 

—  liber^ilidade  —  oífr-rla.  favor,  graça. 
DADIVOSO,  benéfico,  dador,  generoso,  li- 
beral. 

nAKA,  na?  trona,  senhora  —  amiga,  con- 
cubina—  meretriz. 

DaM\ria,  damice. 

da^Nação,  condemnação — perda,  ruí- 
na. 

damnado  ,  condemnado  —  malévolo  — 
apaixonado  ,    irado  —  arruinado,   corrupto 

—  bydrophobo,  raivoso 

daMiNar  ou  Danar,  condemnar,  sentpn- 
cinr  —  apodrecer  ,  corromper  —  perverter  , 
prevaricar  —  damnificar  —  molestar,  cíTen- 
der  —  arruinar  —  reprovar  —  enraivcer. 

DAMNAR-SE  OU  Danar-sc,  apodrecer,  aze- 
dar-se,  corromper-sè,  perverter-se,  pie- 
varicar-se. 

DAMNiFiCAÇÃo  OU  Dãnificação ,  damno, 
prejuízo. 

DAMNiFiCAMENTO  OQ  Danificametito,  áSiUi- 
no,  detrimento,  quebra. 

DAMNIF1CAR  OU  Danificar,  arruinar,  es- 
tragar -  prejudicar  —  incommodar. 

damninbo  ou  Daninho,  damuificO,  dam- 
noso,  nocivo,  prejudicial  —  desiructor. 

DAMWO  ou  Dano,  detrimento,  mal,  pre- 
juizo  ~  destroço,,  estrago  —  perda. 

DAMNOSO  ou  Danoso,  nocivo,  prejudi- 
ciante,  prejudicial. 

DaMO,  amasio,  galante,  namorado. 

DA^ÇA  ou  Dansa,  baile,  choreia. 

DANÇADEIRA  OU  Dansadeiitt,  bailadeira, 
dançarina,  saltatrice. 

DANÇADOR  OU  Dansadnr,  bailador,  baila- 
rino, dançante,  dançarino. 

DANÇAR  ou  Dansar,  bailar,  chacotear, 
tripuliar — cabriolar,  pular,  saltar, 

d'antkmão  ou  D' ante -mão,  antecipada- 
mente, antes,  com  prevenção. 

D*AiSTES,  anteriormente,  antes,  n*outro 
tempo .  outr'ora  ,  precedentemente  —  ha 
pouco  tuaipo,  pouco  ha 


d'aquvM,  á  quem,  de  cá,  desta  paríe, 
<lest  <  siiio. 

d'aql'i,  deste  logar. 

DAR,  cascar  —  d«»ar  —  entregar  —  conce- 
der, outorgar  —  prescrever  —  causar,  occa- 
sionar  —  achar,  encontrar  —  (n.)  produzir. 

DAR-SE,  entiegar-se,  render-se  —  appli- 
car  se. 

DARDO,  árremeção,  farpão,  passador,  ve- 
nabulo,  virote,  zarguncho. 

Data,  epocha  —  dadiva,  dom. 

DATILE,  tâmara. 

dkado,  decanado, 

DEBAIXO,  per  baixo,  sob. 

debalde  ,  b.ildia,  frustrado,  frustanea, 
inuiil,  vãmente. 

DEBATE,  aliercação.  contenda,  disputa  — 
controvérsia,  questão  —  competência,  oppo- 
sição  —  porfia,  teima  —  combate  ,  contli- 
cto,  peleja  —  emulação. 

DEBATER,  altercar,  disputar  —  brigar, 
combater  —  contender,  justar. 

D»BATKR-SE,  agiiar-se ,  extrcbuxar-se  , 
luctar. 

DEB1LLAÇÃ0,  dcrrota,  desbarato,  rota  — 
vencimento  — conquista. 

DEBEíLAR,  desbaratar,  destroçar  —  asso- 
lar —  domar,  render,  submetter,  sujeitar, 
superar,  vencer  —  ganhar. 

DEBICAR,  lambiscar,  provar. 

DÉBIL,  fraco,  franzino,  ténue  —  brando, 
frouxo,  laxo,  mnlle 

dhbiliuade,  debilitaçào,  debilitamento, 
enfraquecimento,  fraqueza  —  afrouxamen- 
to 

DEBILITAR,  eufraquecer,  enfraquentar  — 
afracar,  fraquear  —  abater,  apoucar,  atte- 
nuar,  diminuir  —  desalintar,  desanimar. 

DÉBITOS,  obrigações  —  dividas  —  empe- 
nhos. 

DKB.HUÇAR-SB,  8caixar-se,  inclinar-se  — 
humilhar-so. 

DEBttUM,  bainha,  orla,  orladura  —  cerca- 
dura, gdiào. 


DEC 


DEF 


91d 


DEBULHAR,  desgranar  —  desfolhar,  esfo- 
Ihar. 

DPBULHO,  barbas,  casulos,  praganas,  etc 

—  bamloubi,  deventre,  rtídftoho. 
DEBUXAR,    delinear,   deseuhar,   riscar  -?- 

imitar,  represonlar,  retratar 

DRBUXo  ou  Dibuxo,  dolineação,  desenljp, 
risco  —  iconographia,  planta  —  lavor — bos- 
quejo, esl»oço. 

dbcadencu,  declinação,  descaiiçento  — 
atrazo  —  q  lé  la,  ruina. 

dkcaktar,  engraadeiep,  exagí^raf  —  pon- 
derar -  divulgar,  publicar  —  celel»rí>r,  exal- 
tar, gabar. 

DBCKNfiA,  honestidade  -^  recolhimento  — 
decoro  —  compostura— r  conformidade,  con- 
Ywniencia. 

DtciNTS,  decoroso  —  congruí),  convenien- 
te,  próprio  —  capaz  — bom. 

DKCEPAUO,  cortado,  separado  —  apagado, 
inepto,  inhabil  —  d*#rrotado,  de$b#xaiado, 
■vedcido. 

DECEPAR,  amputar,  cortar,  muiilar  —  des- 
unir -r  truncar  —  abater,  derribar  —  inha- 
bilitar. 

DECIDIR,  dele  minar,  resolver  —  declarar, 
deCntr  —  julgar,  sentenciar  —  tí^rrainar 

DECIFRAR,  interpretar  — adivinhari  inten- 
der, peneirar  —  aclarar,  explicar  —  lêr  — 
desemniaraiihar. 

Decimo,  dezeno. 

Decisão,  acurdo,  determinação,  resolução 

—  deliberação  —  ^cordão,  aresto,   sentença 

—  juízo,    opinião  — decreto,    lei,    regula- 
mento —  fim,  terminação,  termo. 

DKCiSiYAMENTB  ,  detioitiva,  indubitável, 
magistralmente. 

,  t  decisivo  ou  DecisoriOf  decretorio,  perem- 
ptório. 

DECLAMAÇÃO,  arenga,  discurso,  oração  — 
gestos,  pronuncia  —  affectação  —  invecti- 
va. 

DECLAMAR,  recitar  —  arrazoar,  discorrer, 
razoar  —  invectivar  —  gritar,  vociferar,  vo- 
zear. 

DECLARAÇÃO,  cxplicação,  exposif.ão  —  ma- 
mf^-stflçào,  publicação  —  depoimento,  testi- 
ficação,  testimunbo. 

DECLARADAMENTE,  clara,  descoberta,  ex- 
pressamente. 

DECLARAR,  expli':ar  —  menifestar  —  com- 
ment«r,  expor  —  articular,  exprimir,  pro- 
nunciar —  eleger,  nomear  —  denunciar. 

DECLINAÇÃO,  decadência  —  decremento, 
decresi-imo. 

DECLINAR,  descair  —  abaixar,  descer  — 
dobrar  —  poiorar  —  incliuar-se,  propender 
•—diminuir,  mingoar. 

DiCLivK,  inclinado,  ladeirento,  peadoro- 
10. 

deClivio,  deoUvidade,  pendor. 


DECOADA,  barreia,  cenrada,  lixívia. 

DKC0R4R,  memorar  —  ennobrecer,  hon- 
rar, illustrar  —  adornar. 

DBCOHo,  decência  —  gravidade  —  credito, 
reputação  —  honra,  respeito  —  {adj  )  formo- 
so —  honesto. 

Dí'CORoçp,  4í^ftent^  modesto  —  gravo  — 
li  ou  roso. 

DECORRER,  andar  —  discorrer,    percorrer 

—  correr  —  passar  —  esgolar-se 
DECOTAR,  desbastar,  descoroar,  despao^ar 

'iHsrarnar,  esgalbflr  —  cortar. 

DECHEMENTo,  baixs,  d- crescimento,  di- 
minuição, mingoa  — decadência,  declin&it 
ção 

DECRÉPITO,  caduco,  idosQ,  velho  — car- 
comido. 

DECBESCIMBNTO,  dccremento,  diiípinuição, 
mingoa 

DECKBTAR,  determinar,  ordenar,  resolver 

—  julgar,  sentenciar 

DECRETO,  deliberação,  nesolução  --r  lei, 
mandão,  ordem,  ordenação  —  decisão,  es- 
tatuto,  regulam^-nto. 

DECRETORIO,  decisivo,  terminante  —  criti- 
co. 

DECURSO,  lapso,  successão  —  gyro. 

DEDICAR,  oif^recer,  oíT-írtar  -^  destinar, 
dirigir  —  consagrar,  inaugurar  —  sacrifi-! 
car. 

DEDICATÓRIA,  dedica. 

dkd'GNar-S8,  desdenhar-sfi,  despreww-se 

—  in'iignar-se. 

DKDucçÃo,  abatimento,  deduzimento,  des- 
falcamento,  desfalque,  diminuição,  subtrac- 
ção —  illaçãçi,  inferência- 

DKDUZiR,  abater,  descontar,  diminuir  -m 
colligír,  derivar,  inferir 

DnFECvR.  clarificar,  depurar,  desenfezar^ 
limpar,  purificar. 

dkfsctdoso,  defeituoso,  disforme,  imper- 
feito —  incorrecto,  vicioso. 

DEFRiTO,  achaque,  balda,  *  defecto,  de- 
sar,  frtlha,  f^lta,  imperfeição,  macula,  man- 
cha, nota,  pecha,  tacha  —  labéo,  vicio,     v 

DEFEITUOSO,  imperfcjto  —  vicioso  — fal- 
to 

DEFENDER,    ajudar  —  amparar,  favorecer 

—  auxiliar,   *  defesa r,    escudar,    soccorrer 

—  a[)adrinhar,  patrocinar,  protege.   — im- 
pedir, prohibir,  vedar  —  guardar,  preservar 

—  sustentar. 

DEFENSA  ou  Defensão,  amparo,  patrocí- 
nio, protHC',ão  —  adjuiorio,  auxilto,  soccor- 
ro  —  escudo  —  favor  —  abngo,  asylo,  refu- 
gio —  prohibiçào  —  apologia,  justificação. 

DEFENSOR,  defendedor  —  padrinho,  prote- 
ctor —  advogado. 

DEFERIR,   despachar  —  responder  —  res- 
peitar —  ettender  —  ceder  —  obedecer  — 
conceder,  conferir,  dar  —  demorar* 
2^0  « 


920 


DEI 


^DEL 


DEFESA,  casíollo,  foFça,  forte,  otc.  —  am- 
paro, protecção  — 'resistência  —  apologia, 
juslificftção  —  prohibição  —  devesa. 

DEFESO,  defendido,  livre — interdicto,  pro- 
hibido,  vedado. 

DEFiciEWciA,  falta  —  falha,  quebra. 

DEFINHAR  OU  Definav,  altenuar-se,  em- 
magrecer. 

DEFINIÇÃO,  declaração,  exposição  —  deci- 
são. 

DEFINIR,  declarar,  explicar  —  aprazar, 
assignar,  determinar. 

DEFINITIVO,  explicatorio  —  decisivo,  de- 
cretorio  —  final,  ultimo. 

DEFLORAR,   deshourar,  desvirgar,    violar 

—  viciar  —  deslustrar. 

DEFLUXO,  catarro,  defluxão,  fluxão. 

DEFORMAR,  afeiar,  desfigurar  —  corrom- 
per, viciar. 

DEFORME,  desfigurado  —  feio  —  torpe  — 
informe  —  disforme,  monstruoso. 

Deformidade,  fealdade  —  monstruosidade 

—  torpesa  —  irregularidade. 
DEFRAUDADOR,  agadanhador,  gatuno,  ra- 

toneiro  —  caloteiro,  velharo. 

DEFRAUDAR,  enganar,  fraudar,  lograr  — 
agadanhar,  gatunar. 

DEFRAUDO,  engano,  fraude  —  gatunice  — 
calote,  jtratantice. 

DEFRONTE,  a  carão,  a  rosto,  cara  acara, 
diante,  fronteiro. 

DEFUMAR,  afumar,  fumear  —  denegrir, 
ennpgrecer  —  aromatizar,  perfumar. 

DEFUNTO  ou  DefuTicto,   cadaver,   morto 

—  [adj  ]  acabado,  extincto  —  cadavérico, 
fallecido  —  livido»  pallido  —  inútil  —  perdi- 
do. 

DEGELAR,  descaramelap,  desenregelar  — 
descoalhar,  derreter -se. 

DEGENERAR,  bastardeaf  —  peiorar  —  des- 
botar—  afastar-se,  desviar-se. 

DEGOLAR  ou  Degollat^  decapitar,  desca- 
beçar, jugular  —  matar. 

degkadação,  ^aixa,  deposição,  destitui- 
ção —  aviltamento. 

degradado  ou  Degredado,    degraduado, 
desauctonsado  —  banido,  exiliado. 
•^  DEGRADAR  ou  Degredar,  degraduar  —  ba- 
nir, desterrar,  eiiliar — excusar. 

DR  GRADO,  com  vontade,  de  boa  mente, 
de  boa  vontade. 

DEGK-EDO,  banimento,  desterra,  exilio,  ex- 
termínio. 

DEIDADE,  divindade,  numen. 

déificação,  apotheosis  —  consagração. 

DEIFICAR,  divinisar,  endeusar  —  enco- 
miar. 

deifico,  Deiforme,  divinal,  divino, 
DEITAR,   estender.  e?tirar  —  arremeçar, 
botar,  Iflnçar  —  attribuir,  imputar  —  broiajr 
^  espalhar, 


DHiXA.,  dofção,  legado.  i 

DEixAÇÃo,  abdicação,  cessão,  demissão, 
renuncia. 

DEIXAR ,  largar,  soltar  —  desemparar  — 
abster-se  ,  descontinuar  —  consentir,  per- 
mittir,  tolerar  —  doar,  legar — ceder,  de- 
sistir. 

DEJECÇÃO,  camarás,  curso,  diarrhea,  flu- 
xo de  ventre. 

DELAÇÃO,  accusação,  criminação,  denun- 
cia, dftnunciação. 

DELAMBER  SE,  lambcrse,  requebrar-se. 

DELAMBIDO,  lambido  —  afl"ectado,  apura- 
do. 

DELATAR,  accusar,    denunciar,  malsinar. 

DELATOR,  accusador,  denunciador,  de- 
nunciante. 

DELECTO,  eleição  —  escolha,  selecção. 

DELEGADO,  commíssario,  deputado,  lega- 
do. 

DELEGAR,  deputar,  encarregar  —  abando- 
nar, ceder,  transmittir. 

DELEITAÇÃO,  deleite,  gosto,  prazer. 

DKLEiTAR-SE,  aprazcr-so,  comprazer-se, 
deliciar-se,  folgar,  gostar, 

DELEiTAVEL,  agradável,  aprazível,  deli- 
cioso ,  incantador  —  divertido  —  sensual , 
voluptuoso. 

DELEITE,  *  deleito,  delicias,  gosto,  pra- 
zer, regalo  —  passatempo  —  sensualidade, 
volúpia. 

DELEITOSO,  agradável,  deleitavel,  delicio- 
so. 

DELEiXAçÃo  ,  desleixamento  ,  frouxidão, 
molieza,  tibieza,  inacção,  indiligencia,  inér- 
cia —  desapplicação,  descuido,  incúria. 

deleixado,  descuidado,  esmalmado,  re- 
misso —  indolente,  priguiçoso  —  frouxo, 
molle. 

DELEiXAR,  afrouxar,  entibiar. 

DELBixo,  ócio  —  descuido,  negligencia  — 
desapplicação  —  frouxidão,  ignavia,  incú- 
ria, inércia,  preguiça,  tibieza. 

DELETREAR  ou  Delettrear,  soletrar. 

DELGADEZA,  flgudeza,  delicadeza,  prespi- 
cacia,  subtileza,  viveza  —  finura,  miudeza, 
tenuidade. 

DELGADO,  esguio,  magro  —  franzino  —  té- 
nue—  r«ro,  subtil  —  delicado,  fino —  le- 
ve. 

DELIBERAÇÃO ,  determinação,  propósito  , 
resolução  —  consulta,  exame. 

DELIBERADO,  decídído,  dctermlnado,  re- 
solvido—  atrevido,  ousado,  resoluto. 

DELIBERAR,  cousiderar,  consultar,  discor- 
rer, julg«r,  premeditar,  assentar,  decidir, 
determinar,  resolver. 

DELICADEZA,  delgadeza,  finura  —  tenuida- 
de —  melindre  —  fineza,  mimo  — •  agudeza, 
subtileza. 

DELICADO,  delgado,  franzino  —  molle,  ten« 


LEM 


^EPí 


021 


ro  —  débil,  ínimoso  —  siiMil  —  babll  —  de- 
liciosi,  cxíjuisito  —  fiillicil. 

DBUCiAtt  SK,  <!e!f?itar-s&,  recreiar-so. 

DELICIAS,  deleite?,  goslos',  prazeres,  re- 
galos —  voliiptuosidade. 

DELICIOSO,  opríizivel,  deleitoso,  gostoso, 
incantador  —  doce,  suave, 

DELiiSKAÇÃO,  represenlaoão  —  debuxo,  de- 
senbo,  risco  —  bosquejo,  esboço — plano, 
pníjscto. 

DELINEAR,  descrcver  —  debuxar,  traçar  — 
gisar  —  projectar. 
•  DELiNQLEME,  oriminoso,  culpado,  réo. 

DKLiQuio,  desalento,  deàíallecimenlo,  des- 
mítio. 

DELIRAR,  desvariar,  devanear,  tresvariar 

—  disparatar. 

DKLiRio,  deliração,  deliramenlo,  desva- 
rio, devaneio,  iusania,  loucura,  tresvario 
— desacordo. 

DKi.iTo  ou  Delicio,  attentado,  iniquidade 

—  maldade  —  crime,  culpa,  falta,  peccado 
— •  infracção,  transgressão. 

Di-LivuAH-SE,  psrir,  —  dt'quitar-so. 

DELO.NuA,  deiLora,  dilação,  mura,  tar- 
dança. 

DELONGAR,  atrazar,  demorar,  diíTerir,  di- 
latar, pairar,  retardar  —  impedir,  suspen- 
der. 

DEMANDAR,  litigar  —  exigir  —  requerer, 
regar  —  pedir  —  desejar  —  inquirir  ,  per- 
guniar. 

DtHAiNDisTA,  demandador,  demandante, 
dernandào. 

demakcaçío,  medição  —  limite,  raia  — 
baliza,  mnirco. 

dlmarcar,  balizar,  limitar. 

djvMasia,  restante,  resto,  sobejo  —  exor- 
bitância, ni  í  iedadtí,  superQuidade  —  ex- 
cesso, immoduração  —  dtstemperança,  in- 
temperança. 

DtMASiADr),  exorbitante,  immodcrado  — 
niíuio,  subnjo,  supérfluo — descomedido — 
{adv  ]  excessivameuie. 

DEMASiAR-si,  dcscomedir-se,  desmandar- 
se 

DEMRNCiA,  alienação,  delírio,  insânia  — 
extravagância,  loucura,  mania  —  furor, 
plircnt&i,  transporto. 

DEMENTE,  doudo,  icscnsato,  louco  —  ma- 
níaco —  furioso. 

DEMÉRITO,  desraerecimento. 

DEMISSÃO,  abdicação,  deixação,  renun- 
cia. 

DEMISSO,  baixo,  inclinado  —  abatido,  hu- 
milhado. 

DEHiiTiR,  abdicar,  renunciar  —  largar  — 
despCilir,  licenciar. 

DLMO,  derai-nio,  diabo,  di.icho. 
'  DsaoLiR,  aluir,  arrasar,  dernbar,  derro" 
car,  desmanltlrr,  destruir, 
YóL   tr. 


DK!  .MO,  demo,  diAbo  —  AsmT.deu,  Be- 
liemol,  lielfagop.  Polz^-iiut,  l.ucifor,  Sata- 
naz  —  jsonio  —  espirito,  trasgo. 

DE.MC^iS9TiiâÇío,  indicio,  mostra  —  con- 
vicção, evidencia  —  argumento,  prova,  tes- 
temunho. 

Díiao.NSTRAa  ou  Demostrar,  evidenciar, 
provar. 

DEMORA,  delonga,  detenç-i,  dilação,  mo- 
ra, retardamento,  tardança,  vagar  —  espera, 

DEMORAR,  alongar,  rspr.çar,  pairar,  pro- 
longar, retardar — deter,  impodir,  sospea- 
•Jor, 

DRJio[ÍAR-SE,   deler-so,  tardar,  tardinbar 

—  ficar. 

DEMovKR,  apartar,    desviar  —  desapossar 

—  abalar,  coiíimover. 

DEMUUAn,  comrnover,  perturbar—  mudar. 

DEMUDAR-SE,  descorar,  enfiar  —  pertur- 
har-se,  lurb.ir-se. 

DENEGAR,  negar,  recusar,  refusar —  arre- 
negar, renegar. 

DENEGP.iii,  ^enegrecer,  denigrar,  enne- 
grecer,  tisnar  — ddlámnr,  infamar,  man- 
char —  dts.^.cred!!ar  —  despr.  zar. 

denodalo,  desempftdido,  soíto  —  despe- 
jado—arrebatado, precipitado,  rápido  — 
animoso,  ardido,  int  epido,  ousado. 

DE^'.;uo,  audácia,  brio,  denodamento,  ar- 
dimenlo,  intrepidez,  ousadia,  valor  —  des- 
pejo,   desembaraço,   d-^senvollura,  soltura. 

DEiNOMiNAçÁo,  appídlido,  Dome  —  quali- 
íicíição,  titulo  —  dt  rivaçâo. 

DíLNOMir^AR,  alcunhar,  appelU  iar,  coga^- 
minar,  sobrenomear. 

DEKorAÇÂ!»,  designação,  indicação,  indi- 
cio, nota,  signal. 

DE.NUTAH,  annunciar,  designar,  indicar, 
mostrar,  signiíicaf  —  presaglar  — s^mbo- 
lisar. 

DEjisiDADiE,  baslidão,  espessura  —  cras- 
sidão  —  condensação. 

DSNso,  compacto,  espesso  —  crasso,  gros- 
so. 

DEisTADA,  mnrd»^dura,  mordidtla  —  im* 
properio  —  torquezada. 

DENLNCiA,  accusaçào,  delação,  denuncia- 
ção  —  dedaraçào    publicação. 

DENu.NCiANTE,  âccusador,  delator,  denun- 
ciador 

DENUNCIAR,  declarar  —  accusar,  delatar 
—  malquistar,  n:alsinar  —  denotar,  indicar, 
significar —  proclamar. 

DEos  ou  Deus,  Altissimo,  Cresdor  do  uni- 
V'}rso,  Knte  supremo,  tlterno,  Omnipotente, 
Todo  Poderoso  —  divo,  numen. . 

DKOSA  ou  Dema,  dea,  diva  —  mulher 
bellissima  —  amada. 

Dsosss  OU  Deuses,  divindndes,  numes. 

Deparar,  acabar,  encontrar  —  dar,  cire- 
recor. 


tioguiF,  extremfr—- doíparoap,  dividir. 

DEPENDENCíA,  subordinação,  sujeição  — 
obediência,  vassaliagem  —  connexão,  rela- 
ção. 

DEPENDENTE,  ínferior,  subordinado,  su- 
jeito —  vassallo  —  correlativo. 

DEPENDER,  peodcr  —  nascer,  proceder, 
provir  —  pertencer,  referir-se. 

DEPENDURAR,  pcnduraf,  -suspender. 

DEPLORAR,  carpir,  chorar,  compadecer, 
lastimar. 

DEri.ORAVEL,  lamcntavcl,  lastimoso,  mi- 
serável —  abandonado,  desamparado. 

DEPOIMENTO,  dcclaração,  deposição,  tes- 
limunho. 

DEPOIS,  após,  *  pos. 

DEPOR,  abdicar,  ceder,  largar  —  apartar 
de  si,  deixar  —  confiar,  entregar  —  depo- 
íifar  —  declarar,  testemunhar  —  privar,  ti- 
rar. 

DEPORTAÇÃO,  degredo,  desterro,  exilio, 
proscripção. 

DEPORTADO,  dcsterrado,  exiliado,  pros- 
cripto. 

DRPORTE  ,  desenfado ,  divertimento,  re- 
creio. 

DEPOSIÇÃO,  abdicação  —  destituição  —  de- 
poimento, teslimunho. 

DEPOSITAR,  confiar,  fiar — entregar^— pôr. 

DEPOSITÁRIO,  confidente,  guarda. 

DEPOSITO,  consignação,  deposição — bor- 
ra, lia,  sedimento -- abceesso,  tumor. 

1  EPOSTo,  desliíuido,   expulso,  removido. 

DEPRAVAÇÃO  ,  alteração  ,  perturbação  — 
corrupção,  perversidade. 

DEPRAVADO,  perverso,  scelerado  —  dis- 
soluto, estragado  —  desenfreado,  "^discolo, 
licencioso  —  vicioso—  escandaloso. 

DEPRAVAR,  adulterar,  falsificar  —  corrom- 
per, inficionar  —  esíeagar,  perverter,  vi- 
ciar. 

DEPRECAçÕES,  prcccs,  rogativas,  rogos, 
supplicas  —  petições,  requerimentos. 

dEprecaR,  implorar,  pedir,  rogar. 

DEPREDAÇÃO,  assolação  —  roubo,  saque. 

depredar,  roubar,  saquear  —  apresar  — 
assolar,  devastar  —  despovoar  —  destruir, 
talar. 

DEPRESSA,  ligeira,  prestes,  prompta,  ve- 
lozmente. 

DEPRESSÃO,  abatimento. 

DEPRIMIR,  abaixar,  abater,  humilhar  — 
envilecer. 

depurar,  alimpar,  purgar  —  purificar. 

bEPUTAÇÃO,  embaixada. 
DEPUTADO ,   assignado,   consignado  —  [s.) 
agente,    delegado,    enviado  —  embaixador, 
plenitotenciaria  —  ministro  —  residente. 

DEPUTAR,  delegar,  enviar,  enviar,  man- 
dar *-«  ijissigoalar,  consignar. 


parado. 

DERisIo,  desprezo,  escarneo,  irris&o,  lu- 
dibrio, mofa,  zombaria. 

D£RisCAR,  apagar,  cancellar,  riscar,  tran- 
car. 

DERisoR,  escarnecedor,  escarnicador,  mo- 
fador,  zombador.. 

DERIVAÇÃO,  elymologia,  formação,  origem 

—  deducção. 
DERivAR-SE,  desceudcr,  proceder,  vir  — - 

correr. 

DEROGAçÃo,  abolição,  abrogação,  annul- 
lação. 

DEUOGAR,  abolir,  annullar  —  abater,  di- 
minuir. 

DERRADEIRO,  postreiro^  postriraenlo,  ulti- 
mo —  novíssimo. 

DERRAMADO,  dcsencaminhado,  perdido  — 
difiuso,    inconciso  —  decotado,   desramado 

—  disperso,  espalhado,  espargido  —  damna- 
do  —  estendido  —  solto. 

DERRAMAMENTO,  dcrramação,  eífusão,  es- 
pargimento. 

DERRAMAR,  cntomar,  verter  —  espalhar, 
espargir,  lançar  —  desramar. 

DERRAMAR-SB,  esteuderse  —  communi- 
car-se,  espalhar-se  —  entornar-se,  perder- 
se  —  afâslar-se,  apartar-se  —  damnar-se. 

derrancar,  arruinar,  estragar  —  corrom- 
per, depravar. 

DERREAR,  fílcijar ,  ranJef —  desancar, 
descadeirar,  deslembrar. 

DERRETER-SE,  dis5olver-se,  fundir-se,  li-< 
quidarse  —  ímpacientar-se  —  desfazer  se. 

DERRETIMENTO,  fuudição,  fusão,  lique-« 
facção. 

DSRRiBADouRO,  alcantiJ,  despenhadeiro, 
precipicio. 

DERR1BAMENT0,  caíJa,  qucda,  ruina,  de- 
molição, destruição. 

DERRIBAR ,  arrasar ,  arruinar ,  demolir, 
derrubar,  derruir,  desmantelar,  prost&r— * 
assolar,  destruir,  devastar. 

DERíiiÇAR,  ataçaihar,  rasgar  —  espedaçar 

—  remorquear  -^  motejar,  zombar,  zombe-* 
teiar. 

DEHROCAR,  abater,  aluir,  derribar  —  ar-* 
ruinar,  assolar. 

DERROTA,  rumo  —  navegação,  viagem  — ^ 
caminho,  jornada,  peregrinação  —  desba* 
rato,  desfeita,  rota. 

DERROTADO,  dcsbarata-Jo,  roto  —  desani- 
mado, quebrado  —  fallido. 

DEHROTAR,  dosparatar,   destruir,  romper 

—  desarvorar  —  destroçar. 
DERRUIR,  arruinar,   derribar,  desboroari 

desmoronar,  destruir. 

Dss,  desde. 

DESABáFADAMBNTB ,   aborta ,  destemida I 
blgadamente. 


PK^ 


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DKSADAFAMRríTO,  eYaporaçlo  —  dcsafo»» 
go. 

DB8ABAFA1,  arejar,  descobrir  -—  desapres- 
sar,  livrar  —  (n.)  desafogar,  eilialar  —  alli- 
viar. 

DESABALADO,  excôssivo,  iramenso  —  dés- 
compassndo,  enormo,  gran<liáSÍmo. 

D''Sabar,  arruiiiar-se,  cair,  tombar. 

DESABITADO  ou  Deshobitado,  deserto,  des- 
povoado, eriDO,  inhnbitado,  solitário. 

DESABITAR  OU  Deftliabitar,  despovoar. 

DESABITUAR  OU  Deskabiluar,  descostu- 
mar. 

DESABONAR,  abocaobar,  desacreditar,  dif- 
famar. 

DESABONo,  descrédito,  prejuízo  —  quebra. 

DsíSABORiDO  OU  Dcssaborido^  áspero,  des- 
abrido. 

DESABOTOAR-SE  ,  abrir-se ,  desabrochar, 
desdobrar  se- 

.  DESABRIDO,  «spcTO ,  duTO — inclemente, 
intractavel,  rígido,  rigoroso  —  aspérrimo  — 
injucundo  —  insoíTrivtd,  iusupportavel,  in- 
tolerável, acerbo,  azedo  ~  desenxabido  — 
agreste. 

DESABRIGAR,  dosasylar  —  abandonar,  des- 
amparar. 

DESABRIGO,  desasylo  —  pardieiro  —  aban- 
dono, deixaçào. 

DESABRiMSNTO,    inr.leffiencía.    intempérie 

—  aspurí-za,  dureza,  rigor,  severidatlo  — 
desprazer,    dissabor — esquivança,  seccura 

—  azedume. 

DESABROCHAR  ,  desapertar ,  desbrochar , 
desprender  —  soltar-se. 

DESABUSAR,  desenganar  —  pesencasque- 
tar,  dospreoccupar,  dissuadir. 

DESACATAMENTO,  dtisacato,  desvencração 
■^  desaUtnção,  descorlezia. 

di;saCatar,  desprezar,  menosprezar— des- 
í^enerar. 

DESACiTo;  aíTronta,  aggravn,  injuria  — 
desestima,  desprezo,  menoscsbo  —  deshon- 
ra  —  dcsvcneração,  irreverência. 

DESACERTAR,  cnganur-sc,  equivocar-se, 
errar,  illudir-se. 

DESACERTO,  cabeçada,  engano,  erro — 
descuido,  inadvertência. 

DESACOBARUAR,  acoraçoar,  alentar,  ani- 
mar. 

DESACOLCHíTAR,  deabotoar,  desabrochar. 

DESACOMMODAR,  desarranjar  —  incommo- 
dar  —  irapor.unar. 

DESACOMPAr^HADO,   SÓ,  UUÍCO  —  fallO  —  lí- 

vre  —  prmo,  solitário. 

DisACOMPANHAR,  descompanhar  —desunir 
. —  largar,  separar-»©. 

D-íSACONsiLHiDO,  díssuadiJo— i  upruden- 
iB,  incousi<lorado,  tomerario. 

DESACONSELHAR,    diifiuãdir. 

DSSACORAÇOAR  OU  Desacoroçoar,  acobar- 


'  dar,  deianimar,  doscorçoar  -^  (n.)  deífalle- 
cer,  desmaiar, 

DESACORDADO,  desconcordado,  desconfop- 
me  —  discordo,  dissonante,  dissonj  —  alie- 
nado, tonto,  esquecido. 

DEs.ACouDAR-SE,  dcslcmbrar-se,  esque- 
ce r-se. 

DESACORDO ,  csquecimento  —  alienação, 
delírio  —  descuido,  negligencia —  desalten- 
ção— incúria,  inércia,  preguiça  —  impru- 
dência —  enlevação,  transporte  —  desaven- 
ça, discórdia. 

DESACOSTUMADO,  dcsusado,  insólito  —  ex- 
traordinário. 

DESACOSTUMAR,  dcsafazcr,  desavezar,  des- 
habituar. 

DESACREDITAR,  desabonar— dííTamar,  mas- 
cabar. 

DESAuGRAçÃo,  avorsão,   deteslação,  ódio 

—  impaciência. 

desadorado,  desvenerado  — impaciente, 
raivoso. 

DESADORAR,  desacítar,  desvenerar,  exe- 
crar—  abominar,  detestar — (n.)  indignar- 
se,  irar-so,  irrilar-se — irapacientar-se. 

desafazer,  desacostumar,  desavezar,  des- 
habituar. 

DESAFERRAR,  desamarrar,  desancorar  — 
largar,  soltar. 

DESAFiiiiROLHAR,  desferrolhap  —  soltar  — 
abrir. 

TESAFFECTAçÃo.  dcsaffecto,  desaííeição  — ■ 
naturalidade,  singeleza. 

DESAFFECTAD0,  liso,  síucero,  síogelo. 

DESAFFECT0,  avcrsão,  ódio  —  desaffei- 
ção. 

DESAFFEiçÃo,   Bversão,    ódio  —  desamor. 

DESAFFiiçoAR,  dpsgoslar,  indispor. 

DESAFIAR,  incitar,  provocar  —  assuber- 
bar  —  buscar  —  embotar. 

DESAFIO,    duello  —  cartel  —  provocação 

—  competência,    requesta  —  bataiha,    bri- 
ga- 

DESAFOGADO,  desalfigado  —  desembaraça- 
do, livre' —  subctssivo  —  alliviado,  desaba- 
fado —  espaçoso,  largo. 

DESAFOGAR,  allivíar,  desabafar  —  desaper- 
tar —  satisfazer  —  des(?mbaraçar. 

DESAFOGO,  allivio,  couforto,  refrigério  — 
folga,  repouso  —  distracção. 

DESAFORADO,  atrcvído,  in?olente,  petulan- 
te —  desvergonhado,  impudente  —  licencio- 
so. 

DESAFORAMENTO,  dcscaramento,  desvergo- 
nha —  desaforo,  petulância  —  insolência, 
protervia. 

desaforar-se,  demandar-so  —  desppjar- 
se. 

desaforo,  insolência,  petulância  —  nl- 
trajff  —  injustiça  — despejo,  desyergoaba- 
menlo,  iropudeacia. 


914 


DÉSÍ 


im 


D^^sAFowcNAfo,  coitado,  desditos?»,  des- 

graç.ido,  i  i'' Hz,  misHFO. 

DESAGASTADO,  dcsenfsdado  —  apaziguado, 
calmo —  aii^gre. 

pssAGASTAMKNTO,  desenffldo. 

pesagastah,  desapaixonar,  desencolen- 
gar,  desenfadar. 

PESAGOAR  ou  DesaguaVf  vasar '—  desala- 
gar,  seccar. 

DESAGRADAR ,  dftssprazor,  descontentar, 
dcs;^o^'ar,  desprazer  —  enfadar, 

ííE s^  GiiADAVEL.  desamoravel  —  dessabo* 
rido,   ndigesto,  insípido. 

DE-.^G  i-DKCiDO,  ingmto. 

DE'AG  íadecimento,  desconhecimento,  in- 
gratidão 

DESAGnADO,  asperezf»,  desabriraento,  en- 
fado —  desgosto,  desprazer,  displicência  , 
dissabor,  pena,   pe'ar. 

DESAGRAGo  OU  DdsaggravOf  desforra,  sa- 
tisfação. 

dksairau,  afeiar. 

DESAIRE,  inlnnaire--desar, 

DESArRoso,  desasado,  desastrado  —  des- 
agradável, desengraçndo. 

DF.souDAR  ou  Dcsadjudav,  desauxiliar, 
desfavorecer  —  emppcer,  estorvar,  obstar. 

DESAJUSTAR,  descnrapôr,  desordenar. 

DES*LAGAR,  desaguar,  enxugar,  esgotar, 
seccar  —  despojar. 

DESAT.EisrAR,  acobardar,  desammar,  des- 
corçoar  —  (n.)  dí^sraaiar 

D'-SA'ENTo,    cobardia,    desacorçoamento 

—  dc^faliecimentn,  desmaio. 
drsalinho,  desatavio,  descomposição,  ne- 
gligencia. 

DESALiV(AR  OU  Desallhiav,  alliviar. 

DESALMADO,  crucl,  inhumauo  —  scelera- 
do. 

Di^SALojAR,  desaninhar —  desapossar  — 
(n  )  d  campar  —  mudar-se./ 

D  samamiar,  descompor,  desconcertar, 
desordt^nap 

desamar,  aborrecer,  odiar. 

DESAMA hRADo,  sollo  —  dcsembaraçado  , 
despejado,  livre. 

DESAMARRAR,  desstar,  desprender,  soltar 

—  des'trr<íigíir  —  desaferrar,  desatracar.       í 
DES*MOEsr^ç*.o,  dissiiarào. 
DfcSí,H"ESTAR,  desaconselhar,  dissuadir 
DESAMOR,    designado  -  desaíTeição.    des- 
apego   desestima  —  esquivança,  seccura  — 
as]iereza,  desabnmnnto.  rigor  —  téJio. 

DESÀMOftAYEL,  dcsdenlioso  —  áspero,  du- 
ro. 

LESAMORoso,  desaraoravel  —  insensival. 

DESAMPARADA  OU  Descmpavado,    «bando- 
nad",   dfi^ado  —  careeenie,  carecido,  des 
titiiido,  f«ha. 

pesA^TAUAR  ou  Desemparar^  a^jandonar,  • 


dyjxer  —  privar  —  desabrigar  '^  ôesaÊSls-. 
«ir. 

DESAMP4R0  OU  Desempavo,  abandono  — 
desarrirao  —  desabrigo —- miséria  —  soli- 
dào. 

DE3AMUAD0,  desBgastado,  desombezerra* 
do,  desenfadado. 

DESAMUAR-.9B,  dcsagastar-se,  desenfadar-* 
se. 

DESA.NCAB,  derrear,  deslombar  —  espanai 
car,  maçar,. motr. 

DESANcnoRAR  OU  Dcsaucorar ,  desafer* 
rar. 

DESANDAR,  recuâr,  retroceder,  retrogra- 
dar. 

DESAKGRAR,  saugrar  (muito)  —  debilitar  , 
enfraquecer. 

DESANIMAR  ,  amedrontar  ,  desacoraçoar, 
desalentar,  desconfortar,  intimidar — («.) 
fraquejar. 

DESANINHAR  OU  Desninhav,  desalojar,  ex- 
pulsar. 

DESANNEXAR,  desmembrar,  desunir,  se- 
parar. 

DESANOJAR,  dcsagastar,  desapaixonar,  des- 
enfadar. 

DESAPAIXONAR ,  desagastar,  desenfadar, 
soccgar, 

DESAPARECER  OU  De^appareéfív,  de-^pare- 
cer,  csconder-se,  es^aecer-se,  sumir  se  — 
reíirar-se  —  voar — tresmalhar-so  —  mor- 
rer. 

DESAPARELHAR  OU  Desãpparclhar,  desir- 
manar, troncar  —  dc^jaezar  —  desarmar, 
desguarnecer  -  -  desmembrar,  estroncar. 

DES^PARiçlo  ou  Desapparição,  desappa* 
recimenlo,  desparição,  sumiço  —  tresma-» 
lho. 

DESAPARTAR  ,  apartar  ,  desunir ,  sepa- 
rar. 

DESAPEGAR,  arrancar,  desgrudar,  despe- 
gar —  largar  —  desunir,  soltar. 

DESAPEGO,  deixação,  despego,  renuncia 
—  desinteresse  —  esquivança,  indiíTerença, 
sequidão  —  desunião,  separação. 

DESAPRRCEBiDo,  desprovido,  falto — des- 
armado —  descuidado 

DESAPERTAR,  afrouxap,  alargar  —  desatar, 
desprender,  soltar  —  desabrochar. 

nESAPiADADo  ou /)ê.Ç(7pí>/ia'io,  criiel,  des- 
piedado,  inrtplacivel,  inexorável,  iaílexivel, 
rigido,  rigoroso,  severo. 

desàpoderar,  desapossar,  desapropriar,' 
privar. 

DESAPOSSAR,  dcscmpossar,  despossar,  es- 
bulhsr, 

DESAPPROVAçÃo,  dissontimento,  reprova- 
ção. 

DESAPPROVAR,  condemnar ,  reprovar  -*• 
••onírariíij:. 


Ml' 


DEi 


m^ 


DESArnAZRn,  dosflptrfldsr,  dpsgostar, 

DRs^rnií -RAPO,  grnssniro,  iririvil. 

DiSApRorRiAR  ou  Dcsapjrropiar,  alienar, 
separar,  lirar. 

DESAPROVEITADO,  baldado,  baldo,  infru- 
oluoso,  inútil. 

DKSArnovEiTiR,  descuidar,  desprezar,  ne- 
glicenciar. 

nitsAR,  defeito,  falta,  nódoa  —  desgraç»», 
infortúnio  —  desairo. 

DKSARCAno  ,  desnaarcado  ,   desmesurado, 
enorme,  giganteo  —  dGsoonjunctndo. 
'^  DESARMAPO     desnpercpbi-lo,  falto  —  bal- 
dado, f.  ustrado  —  mal  fortalecido  —  inerme 

—  des^uirnecido,  dosornarlo. 
DESARMAR,  afrouiar,  desapertar,  dp?5en- 

tesTT  — apaziguar,  npplacar  —  desappare- 
Ihor,  desornar,  d'^spir — (n.)  desconcordar, 
desconvir  —  disparar. 

DES4RR4IGAR,  arraocar  —  extinguir,  ex- 
tirpar— expulsar. 

DESARRANJAR,  coufuadír  —  perturbar  — 
incoraiijrdar. 

DESARRANJO,  des^irranjamcnto,  incommo- 
do — desordem  -  confusão,    d^sarrumação 

—  discórdia  —  dissipm.ão,  profu-^íio 
DFSARRESOADO  OU  Dezarrazoado,  despro- 
positado, desrazoado,  injusto. 

DES^.RBísío,  desabrigo,  desamparo. 

DESARRLTAR,  dosagast^T,  desamuar. 

DESARRUGAR,  descarugar,  despregar  — 
alegrar. 

DESARRuaAçio,  dcsarranjo,  desconcerto, 
desordem. 

DFSARRfMAR  ,  desarr«njnr  ,  descompor  , 
desconcertar,  desmanchar,  desordenar. 

DESAHvoRAR,  abaixar,  abater,  derrib.ir — 
desmastrear. 

desvsado  ou  Desazado ,  desmasclado  — 
descuidado,  negligente  —  desgeiloso  —  ine 
pio. 

DESASAR  ou  Desaxar,  desancar,  espancar, 
maçar. 

desasnar   adestrar,  dcsemburrar. 

desaso,  des' uido,  desmazelo,  ncgligenci; 

—  deshabilidado,  incúria  —  pobrrza 
desassisado,    adoudado,    estouvado,  ex 

trav.igante,  fátuo,  louco. 

DESASsisTTR,    desauxiljar,  dessoccorrer - 
abandonar,  desamparar. 

DKSASSOMBRAR.  desassustar,  desmedionta»- 

—  alínilnr,  animar  —  tranquiilisar. 
DESASSOSSEGAR  OU  Dssassoccjar,  dessoce- 

gar,  inquietir,  pertiirfcar. 

DKSASSo.<;stGo  OU  Oexcusoccgo,  dessocego, 
inquietação.  perlurb«rho.  turbação — cui- 
da4o  —  aíllicção.  anciã  angustia,  pena,  pe- 
zar,  tristeza  —  desordem  —    impa«iencia. 

DisASTaADo,  desgraçado,  ,infelice  —  ca- 
lamitogi»,  funesto. 


D^SASTRU,  desvnntup»,  infrtlicldadn,  in- 
fortúnio —  calamidade,  cata^tropbe,  desola* 
ç&o,  rui  na. 

DESATAI,   desnodar  —  dcapronder,  soltar 

—  diluir,   dissolver  —  derreter  —  de»pr«« 
«ar. 

DKSATAT-AR,  desonfeitar,  df»gorn«r. 

DESATAVIO,  desalinho,  desconcerto,  des- 
enfeite, 

DESATENÇÃO  OU  Desattcnção,  abstracção, 
desaccordo  —  distracção  —  desdém  —  gros- 
seria, impolidez 

DE^^ATEiSCioso  OU  Besattencioso ,  descor- 
tez,  incivil. 

DESATENDER  OU  Desattender,  insnU^r  — • 
menosprezar  —  desprezar,  neslígpncinr 

DESATENTADO  ou  \)e!(altentado,  atabalhoa- 
do, estouvado  —  imprudente,  inronsidf^ra- 
do  —  adoudfl^o,  alnui'.ado,  «luado  —  d''S- 
cautelado,  descuidado  —  dfsallento,  incivil. 

DESATENTAR  OU  DeíQííeníar,  descuidar, 
neglig^íncisr. 

DEs*TENTOOuDesaíítfríío.  descuido,  inad- 
vertência ,  inconsideração  —  d^scortezia  , 
(grosseria  —[adj.]  distrabido  —  incivil,  inur- 
bano. 

DRSATiNADO  ,  cstouvado  ,  iuconsiderado, 
louco  —  insano. 

DKSATiNo,  delírio,  demência,  desvario, 
insânia,  loucura  —  absurdo  —  furor. 

DESAVENÇA,  cizânia,  discórdia,  dissensào 

—  disputa,  rixa. 

DESAVENTLKA,  desgrfiça.  desventura,  in- 
felicidade, infoftunio  —  accidente,  desastre. 
DESAVENTURADO,  desgr.^íçado,  infeliz,  mes- 
{uinho,    miserável — maligno,    mallissimo, 
.erverso. 

DESAVERGONHADO,  dcscarado,  dpspí^jado, 
icsvergonhado,  impudente  —  insolente,  pe- 
alante. 

DESAVKRGONHAMENTO  CU  Destcrgonhnmen' 
o,  desaforo,  insolência  —  despejo,  impu- 
eiicia  —  atrevimento,  ousadia  —  pytulan- 
ii. 
DESAVERGONHAR-SE  OU  ])esvergonhar'Se, 
espejar-se  —  desmandar-so. 

DESAVESVR  ou  Bcsavczar,  desacostumar, 
le.>a  fazer. 

desaviamento,  desleixo,  negligencia—  es- 
torvo. 

DESAViAR,  desencaminhar  — baldar,  frus- 
trar. 

DESAVINDO,  discorde,  malavlndo,  malquis- 
tado. 

DESAViR-sí,  desconcertar-se  —  disconcor- 
•íar,  di«cordar. 

DESAVISADO,  desassisado  —  imprudente, 
indisireto. 

DESBANCAR,  avautajar-se,  exceder,  sobre- 
pujar, superar. 


DC9 


DES 


DíSBARATADO,  dcrrotado,  desfeito,  des- 
truído —  desordenado,  dissipado  —  confuso 

—  desmantelado,  devastado  —  prcíligado  — 
extirpado  —  perdido  —  devasso,  dissoluto  — 
arruinado,  pobro  —  desapparelhado,  des- 
provido —  disparatado  —  diminuído. 

OESBARATAUOR,  arrasador,  arruinador,  as- 
solador, df"Síruidor  —  dissipador. 

DESBARATAR,  dcbellar,  derrotar,  destro- 
çar, rnmper  —  arruinar,  desfezer,  destruir 

—  desperdiçar,  dissipar  —  cstiagar,  per- 
der —  ap.igar  —  corromper  —  alienar,  des- 
pender. 

DESBARATAR-SE,  aifuinar  SC,  desfazer-se, 
destruir-sB. 

DKSBARATB  OU  Dcsbarato^  desperdício , 
dissipação  —  debellação,  derrota,  destroço, 
rota  —  destruição,  estrago,  ruina  —  ma- 
tança. 

DESBARBADO,  imberbe,  lampinho. 

DESBASTAR,  adelgaçRf ,  desengrossar  — 
alhanar,  aplanar  —  desembaraçar,  desen- 
redar —  (iesramar. 

DESBOCADO  ou  Dcaboccado,  des^inguado, 
maldizente,  preguento ,  sa!)'rico  —  desen- 
freado. 

DESBOCAR-SE  ou  Dcsòoccar-se,  dcsenfrear- 
se  —  maldizer,  praguejar  —  taramelar. 

DESBOTAR,  tícscdrar,  deslustrrtr,  desiuzir, 
desmsiat'  —  [n.]  desdizer,  desmerecer  — 
desfiar,  cuibotar. 

DESBLCiiAH,  desembuchar  —  descobrir, 
manifestar. 

DEsCABíÇAR,  decapitar,  degollar  —  dimi- 
nuij,  vfisar  —  esjíecoçar. 

descaBSllar,  dtstoucar  —  desgrenhar, 
defpenU-i^ír,  escabellar,  esgadeíhar. 

DESCADiíRAa,  derrear. 

DKSCAHiDA  ou  Descãídã,  cabedclla  —  que- 
da, ruina  —  dicto  —  replica. 
.  DESCABia  ou  Descair,  decair,  declinar  — 
cacear. 

DESCAMBADELLA,  descambação   —    chiste 

—  hufen/irifl,  galanteria,  despropósito. 
DESÇAM  BA  u,  cair  — ;  escorregar  —    cam- 
biar, escambar,  trocar. 

DESCAMINHO,  dcsvio,  cxlravio  —  devassi- 
dão. 
.  DESCAMPADO,  deserto,    ermo,    solidão  — 
plaino,  pjanicie. 

DESCALÇADO  OU  Descãnsãdo,  quieto,  soce- 
gí»do.  tr»nquillo  —  ocioso  —  pausado, 
jblegmalico  —  ronceiro,  vagaroso. 

DiísCANÇAR  ou  Descansar,  ajudar,  alli- 
viar  —  (n  )  repousar  —  dormir  —  respi- 
rar —  apoiar  s«.  encostar  se  —  fiar-se. 

DisCAi^ço  6u  Descanso,  quietação,  repou- 
so, focef^o  —  c3mmodo  —  f«»lga,  ócio, 
ociosidade  —  deleixo,  inactividade,  inércia. 

DESCANTB,  macliim  —  concerto,  serena- 
ta —  alvorada  —  b^bos-^ra,  vdice. 


PESCA.TIAOO,  atrevido,  desfaçado,  desver- 
gonhado,  iuipudento. 

DESCARAMENTO  ,  atrevimento  ,  desaforo , 
desvergonha,  impudência  —  ousadia. 

DESCARGA,  descarrega  —  banda,  surria- 
da, salva  (d'artilheria)  —  apologia,  descul- 
pa, defesa  —  absolvição  —  pagamento  — 
purga. 

DESCARGO,  desobrigação  —  apologia,  de- 
feza,    desculpa  — justificação,    satisfação. 

DESCARNADO,  maciltínto,  magro  —  desape- 
gado —  árido,  secco. 

DESCARNAR ,  emmagrecep  —  escarnar , 
escaveirar. 

DESCARREGAR,  dcsfechaf,  disparar  —  des- 
oneaar,   libertar  —  absoher,  eximir,  livrar 

—  (n.)  empregar- se,  alliviar. 
DESCARTAR  SB,  dcsculpar-so  —  deixar-ae, 

privar-se. 

DESCAVALGAR,  apear-se,  descer  —  (n.) 
desmontar. 

DESCENDÊNCIA,  oslirpe ,  geração,  nasf^i- 
menlo,  netos,  postoridad«,  progénie,  prole, 
prosápia,  *  s^mel,  vindouros. 

DESCENDENTES,  postcridado,  progénie,  vin- 
douros. 

DESCENDER,  baix«r,  descer  —  dirivar-se, 
proceder,  provir,  vir. 

DESCER,  abaixar,  baixar  —  declinar  — 
descender,  vir  —  (o  )  abater,  arriar. 

DESCIDA,  calçada,  costa,  declivio,  encos- 
ta, ladeira. 

descoalhar.  derreter,  liquidar. 

DEscoBKRTA,  descobtímenlo  —  achado, 
invenção,  invento. 

descobertamente,  clara,  declarada,  de- 
sembocada, deseng«nfldamente. 

DESCOBERTO,  de.spido,  nu,   desacautelada 

—  indefeso,  raso  —  franco,  .si n caro  —  aber- 
to, desabrigado  —  manifesto,  patente,  re- 
conhecido. 

DESCOBRIDOR,  cspía  —  cxplorador  —  in- 
ventor 

DK.SC0BRIR,  avistar,  descortinar  —  achar 

—  manifestar,  patentear  —  divulgar  — 
explorar  —  espiar,  observar  —  declarar, 
revelar  —  desíncirrar  —  inventar. 

DESCOCADO,  atrevido,  confiado,  licencio- 
so. 

Dsscoco,  atrevimento,  audácia,  desafo- 
ro, descaramento,  despejo,  impudência,  ou- 
sadia. 

DiscoMEDiDO,  ioimodcrado  —  despropor- 
cionado, ex^esfivo. 

biscoMEDiMS.NTO,  immodtstiâ  >-  intempe- 
rança —  .<;oltura. 

DBscoMOoe  ou  Descommtdo,  descommo- 
didtde.  incomraodo. 

DiicoMPAMADo,  desmesurado,  gr*ndissi- 
mo  —  excessivo —  de?froporciouado,  irr<ft-. 
guiar. 


m 


dcfiornar  —  baldar,  frufitra?  —  afronUF, 
injuriar,  insultar  -—  perturbar  -r-  alterar, 
corromper,  viciar. 

DEscoM POSIÇÃO,  desalinho  —  desaranjo, 
desconcerto  —  descompostura  —  desordem 

—  discórdia. 

nEscoMPOSTO,  desalinhado,  desconcertado 

—  indecente  —  confuso,  desarranjado  — 
desordenado  —  dissonante,  horríssono  — 
dessymmetrico. 

DESCOMPOSTURA,  immodeslia,    indecencia 

—  injuria,  insulto  —  desalinho,    desatavio. 
DESCONCERTADO,   dcsacciado,  desalinhado 

desmandado,  devasso  —  desmwichado. 

DESCONCERTAB,  coufundir ,  misturar  — 
desmanchar  —  (n.)  discrepar  —  tresva- 
riar. 

DEscoKCERTAft-sE,  desaviF-so  —  desmaQ- 
char-se. 

DESCONCERTO,  dcscomposíção,  desmancho 

—  desordem  —  desunião,  discórdia — des- 
propósito, tolice  —  devassidão. 

DBSCONConDANCiA,  desconformidade,  dis- 
cordância, discrepância  —  desunião. 
♦    DKscoNCORUANTE,    discordo,    dissoDante , 
dissono  —  contrario,  opposto  —  dissemi- 
Ihante  —  contrariador,  contrariante. 

DESCONCORDAR,  desvflirar,  discrepar. 

DESCONFIADO,  suspcitoso  —  agasladiço, 
enfadado. 

DEscoíSFiANÇA,  mêdo,   temor  —  suspeita. 

DESCONFIAR,  receiap,  suspeitar,  temer. 

DEscOxNFORMiDADE.incoherencia,  incompa- 
tibilidade —  descordancia,  desvario  —  de- 
sunião. 

DESCONFORTAR,  desalentar,  desanimar  — 
desconsolar. 

DESCONFORTO,  dosalento,  desanimação  — 
desconsolação,  desconsolo. 

DESCONHECER,  desagradeccr  —  negar. 

DESCONHECIDO,  iguoto,  iucognito  —  dcsa- 
gratlecido,  ingrato. 

DESCONnECiMBNTO,  ignoraucía  —  desa- 
gradecimento,  ingratidão. 

DESCONJUNTAR  ou  Descovjunctar,  deslocar 

—  desencaixar  —  desengonçar  —  desman- 
char. 

DEscoNJUiíTURA  OU  Desconjunctura,  des- 
locação —  desconjunção  —  desconjuncta- 
mento. 

DESCONSAGRAR,    profíDaF. 

DEscoNsoLáçÃo,  fiíllicção,  pszar,  tristt«a 

—  desconforto,  desconsolo. 
DESCONSOLADO,  aíllicto,  desgostoso,  tris- 
te —  insípido. 

DESCONSOLAR,  aOlIglr,  entristecer,  morti- 
ficar —  desconfortar. 

DESCONTAR,  abflter,  deduzir,  diminuir. 

DESCONTENTAMENTO,  desprazer,  dissabor 
"^  desgosto,  pena,  tristeza. 


dòíagradar.     * 
DEíicoNTENTB.  dúsagFadado,   malcoBienla 

—  alilicto,  desgostoso,  triste  —  [pi)  amo- 
tinados, sediciosos. 

DEscoNTiNUAÇÃo,  cessação,  interrupção  — - 
infrequencia. 

DESCONTINUAR,  ccssar,  interromper,  sus- 
pender, infrequentar. 

DESCONTO,  abate,   desfalque,    diminuição 

—  deficit,  quebra  —  compensação,  satis- 
fação —  {pi.)  desavenças  — desgostos,  dis- 
sabores. 

DESCONVENIENCTA,  desproporção,  discre- 
pância —  incoherencia. 

DESCONVENiENTE,  dcsproporcionado  — 
contrario,  opposto. 

DESCONVERSAVEL,   insociavel,    intractavel 

—  enfadonho,  incommodo  —   desabrido. 
DESCONVIR,  desconcordar,   discordar  dis- 
crepar. 

DESCORADO,  pallido  —  amortecido,  des- 
maiado, assustado,  enfiado  —  desbotado. 

DESCORAR-SE,  empailidecer  —  desmaiar, 
enfiar  —  desbotar. 

DESCORTEZ,  dcsattcnto,  incivil,  inurbano 

—  rústico,    villão. 

DEscoHTEZiA,  impolitica,  incivilidade.in- 
urbanidade  —  grosseria,  rusticidade,  villa- 
nia. 

DESCORTINAR,  avJstar,  descobrir — vêr  — 
dominar. 

DESCOSER,  cortar  —  desconjunctar  —  des- 
fazer —  censurar,  morder,  murmurar. 

DESC0STUM3,  deshabito,  desvezo,  desu- 
so. 

DESCRÉDITO,  desdouro,  deslustre,  masca- 
bo  —  labéo  —  vileza,  vilipendio  —  affron- 
ta  —  deshonra,  infâmia. 

DESCREVER,  descnhar,  figurar,  pintar  — 
delinear,  traçar  —  caracterisar,  represen- 
tar —  definir,  explicar. 

DESCRIDO,  *  descrfiudo,  incrédulo  —  in- 
fiel. 

DESCRipçÃo,  debuxo,  delineação,  desenho, 
plano,  pintura,  representação  — definição j 
explicação  —  enumer/jção. 

DESCUIDADO,  descuiduso,  deleixado,  des- 
mazelado, indolente,  ne>?ligente,  preguiçoso 

—  excuso,  occulto,  retirado  —  infrequen- 
tado. 

DESCUIDAR,  negligenciar  —  esquecer,  ol- 
vidar —  descançar. 

DESCUIDO,  deleixo,  desmazelo,  *  escuido, 
esquecimento,  incúria,  negligencia. 

DESCuiDOSo,  descuidado,  desmazelado,  ne- 
gligente —  desmsginativo. 

DEsc  JLPA,  coarctada,  excusa,  justificação 

—  côr,   pretexto. 

DESCULPAR- SE,  descartar  so,  excusar>se, 
justificar  se. 

231  , 


m^ 


DtíS 


des 


DESCULPÁVEL,  cxcusavel,  jusUíicavel,  per- 
doável. 

DESDÉM,  desprezo  —  desabrimento,  sec- 
cnra  —  esquivança  —  desallençâo  —  de- 
salinho, descuido, 

DESDENHAR,  desprezsr  —  apoucar. 

DEíDEMioso,  desdcnhador,  desprezador  — 
orgulhoso. 

DESDITA,  desgraça,  desventura,  infelici- 
dade, infortimio. 

DRSDiTADo,  iofeliz,  mesquínho. 

DESDITOSO,  coitado,  dtíSíí fortunado,  des- 
graçado, desventurado,  infeliz,  infortuna- 
do 

DESDIZER,  contestar,  contradictar,  con- 
tr.idizer,  dtsmeniir  —  (n.)  discordar,  dis- 
crepar. 

DESDiZÊR-SE,  contradizer-se ,  retractar- 
se. 

DESDOBRAR,  descnrolar,  desinvolver,  es- 
tender. 

DESDOURAR,  «bocanhar,  desacreditar,  dif- 
ffim.nr  —  diminuir  —  deslustrar. 

DESDOURO,  deshonra,  deslustre,  labeo, 
manchi,  masc/ibo,  vergAnha. 

DESEJAR,  anhelar,  appelecer,  cubicar  — 
requerer. 

DESEJO,  appp.tile,  cubica,  vontade  — em- 
penho, prelenrào,  voto  —  cuidado,  mira  — 
esperança. 

DESEJOSO,  appefecftdor,  appelitoso  —  an- 
cioso  —   querençoso. 

DESESlBAttAÇADO,    livrBi   Safo,    SoltO  —  flCtí- 

vo.  ágil,  despfjado,  expedito,  lésio  —  dis- 
posto, promplo- 

DESEMBAKAÇAR.  desemmaranbar,  desera- 
pecer,  desinvolver  —  desalravancar  — de- 
sencadeiar  —  expedir  —  safar. 

DESEMBARAÇO,  (lenodo,  ousadía  —  despe- 
jo, soltura  —  agilidade,  vivacidade  —  fa- 
cilidade. 

DESEMBARGAR,  despachap,  expedir  —  des- 
€irib«raçar 

D'  SRMBARQUK,  dcscIda.  desembarcsção. 

DESkMB^B  DAR  ddsbebedar,  desemborra- 
char,    descmbriagar. 

DífSEjsBoiçAR,  despender,  gastar  —  ex- 
plicar, manifestflr. 

DESKMBRAVECER,  acaltpar,  apaziguar,  ppla- 
car,  desagfistar  —  aniançar,  domesticar. 

DESEMBRULHAR,  desdobrar,  desenrolar  — 
desenfadar,  desenfardelar  —  desfazer,  de- 
sinvolver. 

DE s EMBICAR,  descubrir,  desrebuçar  — 
manifestar    patentear 

DESEMBURBAu,  desasuar  —  alegrar,  de- 
senfadar, deíentristecer. 

DF.SEMAKASHAR,  dtíiembaraçar,  desenre- 
dar —  dinifràr. 

DESEMPACHAR,  desatraváncaf,  desembara- 
çar -^  despnjar  —  aiUviar, 


DESsaPEÇAR,  deâatravancar,  desembaraçar 

—  livrar. 

DESEMPEDiR  OU  Desimj)edir,  desembaraçar 
' —  abrir  —  facilitar. 

DESEMPENHAR,  cumprir,  satisfazer. 

DESENCADEAR  OU  Desencadeiar,  desgri- 
Ihoar  —  soltar  —  desligar,  desunir  —  de- 
sembaraçar. 

desencalmar-se,  refrescar- se,  refregerar- 
se  —  desal"rontar-se,  desagastar-se. 

DESENCAMiNUAii,    dcscaminhar,    extraviar 

—  apartar  —  corromper,  depravar,  perver- 
ter. 

DESENCAXA.R  OU  Deseficãixar,  dcsconjun- 
ctar,  deslocar. 

DESENCERUAR,  libertar,  soltar  —  desco- 
brir, mauifestar. 

DESENcoLORisAR  OU  Desencolorizaff  apa- 
ziguar, desagastar,  desenfadar. 

DESENCOLiiEii,  abrir,  desdobrar  —  alon- 
gar, esl*-.nd;cr  —    alargar. 

desencolher-sk,  df'sembar«çar-se,  despe- 
jar se  —  estender-se,    desinvolver-se. 

DESENCOLHmaNTO,  deseavoiíurs,  despe- 
jo. 

desencontrar-sf.  ,  desencaminhar-se  — ■ 
discordar,  discrepar  —  dilferençar-se,  dis- 
tinguir se. 

DasBNCosTRO,  extravio  —  desconfoímida- 
de,  discrepância. 

DESíiíscuSTAR-SE,  desarfionar-se. 

DBbENCp.AVAR,  descravar,  despregar. 

dksenfaD\Diço,  agradíivel,  divertido,  re- 
creativo —  engragaao,  jucundo 

DESENFADADO,  alcgíe,  divertido,  faceto, 
jocoso  —  desenfailiado  —  paciUco,  soue» 
(^ado. 

DfeSESFADAR,   desagastaf ,   desencolorizar 

—  divirlir,  recreiar,  regoz-jar  — di«lrair, 
dkseí\Fado  ,    desagasis mento  ,    dnsenfa- 

damtíulo,  deporte,  divettitueulo,  recreio  — 
«llivio,  cunsolaçào  — igualdade,  Irauquilli- 
dadtí. 

desenfardelar,  deseramalar,  desenfar- 
dar  —  desembrulhar  —  descobrir,  p&ten* 
tei.ir. 

DKSENFASTiADo,  PDgraçado,  faceio,  jovial, 
lepit^o  —  agradável. 

Dás  ENFEITAR,   desadercçar ,   desadornar, 
desataviar,  desornar. 
desenfízar,  deíecar. 
DESENFREADO  OU  Deseufreiãdo,  desenca- 
bvestado  —  livre,  solto   —   dissoluto,    li- 
cencirso  —  atrevido  —  immod-^rftdo. 
I      DFSENFRFAR-SE  OU   Desetift eiarse,    dts- 
1  frear-se  —  desm«ndar-se,    desregrar  sfl  -^ 
I  enfurecer-se  —  enco!erisar-so,  enfad^r-se. 
DESENGANADO,  abei to,  sincôfo —  desabu- 
sado. 
!     DÈSENGiNAft-SR,  df^Sabusaf-se. 
\     DtíENGASo;  desabuso  —  boa  fé,  canda* 


DES 


DES 


919 


ra,    franqueza ,   ingenuidade,    sinceridade, 
singeleza. 

DESKNGASTAR,  descncasloar. 

UE5BNGKNI10  OU  ])csinijcnho,  beslidade, 
estupidez,  lolico. 

DKSENGBNUoso  OU  Desingetihoso,  estúpido, 
inepto,  néscio,  parvo,  UAo. 

DKSSNGONÇAR,  dtísconjunctar. 

busiWGHAÇADO,  dcsair.iso,  desasado  —  in- 
jucundo  —  frieirão,  insípido,  semsabor. 

DESENHADOR,  debuxador,  debuiante,  dese- 
^nhista. 

ntsiNHAR,  debuxar,  delinear,  traçar  — 
conceber,  idear  —  intentar,  projectar  —  re- 
solver. 

DESE5H0,  debuxo,  *  dissenho,  traço  — 
ideia,  modelo,  molde  —  desígnio,  empresa, 
intento,  projecto. 

DKSENTERttAR,  dessoterrar  —  achar,  des- 
cobrir. 

desejiteZar  ou  Desentesar f  afrouxar, 
bambar,  su-var. 

DKSEiNTOAÇÃo,  desentoamenlo,  dissonân- 
cia —  faborJão. 

D8SRN  roADo,  desmusíco,  descorde,  disso- 
nante, dissono. 

DESENVOLTO,  desscanhado  —  ágil,  destro 
eipediío  —  descurado,  despejado,  desvergo- 
nhadi>  —  immodeslo. 

DEiENvoLTLRA,  agilidade,  desembaraço, 
Jigeireza,  promptidào  —  immodesiia  —  de- 
nodo, hardideza  —  desencolhimento. 

DESENVOLVEa  OU  Desinvolvev,  abrir,  des- 
ílobrar,  e5t''nder  —  desembrulhar  —  d  sem- 
baraçar   d'  spejar  —  explicar  —  empliar.  — 

DRSíNXABiiíO,   dessabjrido    insipidi,  in- 
sulso,  seujsibor  —  desengraçado.  frieiíâo. 
desingeuhoso. 

DESERTO,  descampado,  errao,  solidão  — 
íeliro  [adj.]  abandouido,  despovoado,  iuha- 
bitado,  solidário. 

DkSkrtuk,  fugiiiro,  transfuga. 

desespeiiação,  desesperança,  desespero 
—  angusiia,  pezar. 

LESEsPErtADo,  iueapcrado  —  raivoso  — 
perro. 

Desestimado,  abjeclo,  desprezado. 

DKS»sTiiiAR,    dtísprezar,    menosprezar  — 
delríiír,  menoscabar,  vilipendirtr.  vituperar. 
,  DESFALCA3ÍENT0,    dcsfalquã,  diuiínuição, 
rebite 
,  disfaLCar,  abater,  diminuir. 

DESFALECER  OU  UfisfalUct-r,  faltar  —  des- 
saaiar  —  esmorecer  —  decoir. 

DKSKALfcciDj  ou  DesfaLUcAilo.  destituído, 
^llo —  <'niraquL'CÍdo,  latígnido. 

desfaliíCjjiicxio  ou  licsjulUcimcnlo.  des- 
ífi&io,  esvaecimento.  S) nr opo  —  iniercrtden- 
tia  —  ftbalituenlo,  frsqueza,  langor  —  di- 
tniauiçàu. 

,  SâávAVóA  ou  Di«/'u ror,  d^sabono,  deláo- 
foL.  ir. 


dito,    desvalimenlo  —  desgraça  —  repulsa. 
dispavoravel,   desvantajoso,  prejudicial 

—  contrario,  opposto. 

DESFAVORECER  OU  hisfavorccer  ^  desaju- 
dar —  contrariar—  encontrar. 

desfazbr,  desmanchar  —  demolir,  des- 
truir —  deformar,  desfigurar  —  abater,  aca- 
nhar, apoucar  —  alimpar,  privar,  tirar  — 
dissipar  —  desbaratar,  destruir  —  soltar  — 
annuUar  —  depor. 

DESFAZER  SE,  vender —  albear-se,  privar- 
se  —  desembaraçar  so,  livrar-se  —  dis.sipar- 
»ô  —  deserapeçar-se,  despejar  se  — ilerreter- 
se,  dissolver-se  —  acabar,  arruinar-se,  per- 
der-se. 

DESFECHADO,  aberto,  descoberto,  desta- 
pado —  desmarcado. 

DisFECHAR  ,  abrir,  destapar — a:;sentar, 
descarregar  — (n  )  disparar,  rebentar  —  con- 
cluir —  desarmar  —  desvanecer-se. 

DESFEITA,  debeilação,  derrota  —  descul- 
pa, excusa,  pretexto  —  insulto  —  conclu- 
são. 

DESFEITO,  desconcúrto.  desmanchado  — 
magríssimo  —  delido,  dissolvido  —  desatado 

—  debilitado,  enfraquecido  —  macilento  — 
derrotado,  desbiratado,  roto  —  baldo,  frus- 
trado—falto, mingoado — furioso,  grande 
(vento). 

DESFIADO,  derramado,  espalhado  —  des- 
baratado, vencido. 

DESFIAR,  desenfiar  —  desbaratar,  romper, 
vencer. 

DESFIGURAR,  afoiar,  deformar  — desafiei* 
coar,  mascftrar. 

DESFiLADKiRO,  garganta,  passo,    estreito. 

DESFLORAR  OU  Dcflorar,  deshonrar,  for- 
çar, violar —  d^^sluslrar 

DESF0RR.4R-S8  ,  desquitar-se ,  forrar  se, 
indemr^isar  se  —  desaggravar-se. 

D&JtFRUTAii  ou  Des/ruciar,   fruir,   gozar 

—  comer. 

desgabar,  censurar,  condemuar.  deslou- 
var,  depreciar,  menosc-^bar,  vituperar. 

desgad&luar,  descsbeliar, desgrenhar,  eS" 
gadelhar. 

dksgarro,  brio,  denodo,  desembaraço, 
desp»'jo. 

DitsGosTAR,  descontentar —  desabrir,  en- 
fadar —  aílligir,  mortificar. 

DESGOSTO, "  descouinntamento,  desprazer, 
dissabor,  enfado  —  moléstia,  trabalho  — 
aílli^^çào,  pezar  —  fastio,  nojo. 

DESGOSTOSO,  aborrido,  dt^sccnlente,  triste 

—  abatido,  desanimado  —  de^3abondo,  iu- 
sipid.0,  illSlliO. 

desgovernado  ,  desregrado,  dissipador, 
mal  regido,  perdulário. 

ní.scovKKNAa  Sá,  de:muudar-se,  desre- 
gra r-so. 

DKVGáAÇA,  adveèidftdcsííeSYeQlura,  In- 
•23^ 


9:o 


BES 


DES 


felicidade,  infortúnio  —  accidente,  desastre 
—  calamidade  —  males. 

DKsGRAÇADD,  dcsditoso,  dásgracíado,  infe- 
liz, mesquinho,  miserável,  moQuo  —  cala- 
miloso,  desastroso  —  aziago,  funesto. 

DESHONESTiDADE ,  impudicicia  ,  lascivia, 
torpeza  —  immodestia. 

uEsiioNESTO,  impudico,  inhonesto,  lasci- 
vo, obsceno,  torpe. 

DESHOiNOR,  deshonra,  infâmia,  torpeza, 
vileza  —  desdouro. 

DESHONRA,  descredito,  desdouro,  deslus- 
tre —  infâmia,  labeo  —  vilipendio,  vitupé- 
rio. 

DEsnoNRAR,  aviltar,  infamar  —  injuriar 
•*-  profanar  —  desflorar,  forçar. 

deshumanidade,  barbaridade,  brutalida- 
de, inhumanidade,  sevícia. 

DESHUMANO,  atroz,  brutal,  cru,  cruel,  du- 
ro ,  feroz  ,  immisericordioso ,  implacável, 
inexorável,  inhumano,  insensivel,  rigorisis- 
simo. 

desídia,  frouxidão,  indolência,  inércia, 
preguiça  —  madraçaria,  mandriice,  ociosi- 
dade—  detença,  vagar. 

designação  ,  assignalação,  indicação  — 
nomeação. 

DESIGNAR,  apontar,  indicar,  mostrar  — 
eleger,  nomear  —  assignaiar  —  depurar  — 
determinar,  significar. 

DESÍGNIO,  desenho,  intento,  projecto,  ten- 
ção, vistas. 
DESIGUALDADE,  dcsigualcza,  desproporção 

—  disparidade,  irregularidade. 
DESiMAGiNAR,  desmaginar,  dissuadir. 
DESIMPEDIR,  desembaraçar  —  facilitar. 
DEsiNÇAR,  limpar  —  destruir,  extinguir. 
DESINQUIETAR,    dessoccgar,    inquietar  — 

aôligir,  agoniar,  atormentar,  mortificar,  pe- 
nalizar. 

DESINQUIETO,  agitado,  dessocegado,  in- 
quieto —  revoltoso,  sedicioso,  turbulento  — 
cuidadoso  —  buhçoso,  traquinas,  trafego, 
vivo. 

'DESINTERESSADO,  desintercsseiro,  imper- 
tendeute. 

DESIRMANA»,   desemparelhar,    separar  — 
truncar. 
■  DESLAVADO,    dcscolorado,    esbranquiçado 

—  desvergonhado,  impudente. 
DESLEAL,  atraiçoado,   deshumano,  infiel, 

pérfido,  traidor. 

DtSLEALDADE,  infidelidade,  perfídia,  trai- 
çSo, 

dislembrau,  esquezer,  olvidar. 

DESLIGAR,  desitar,  desnodar  —  desliar  — 
desunir—  deseiicadeiar. 

DESLINDAR,  aclarar,  apurar,  averiguar, 
examinar  —  desembaraçar. 

DE9L1NGUAD0,  <lesboccado,  pragaent(H 

DBíLOCADURA,  doglocação,  diasti^.sé. 


DESLOCAR,  desconjanctar ,  deseacaixap, 
duslaçar,  desmanchar.  - 

DESLOMBAR,  alombar,  derrear,  dasancar, 
estafar. 

DESLOUVAR,  dcsgabar,  vituperar. 

DESLUMBRAMENTO,  hallucinação  —  ceguei-» 
ra  illusão. 

DESLUMBRAR,    cegar,  hallucinar,  oíTascar 

—  ennevoar,  escurecer. 
DESLUSTRAR,   desbolar,   desmaiar,  mur- 
char—  desdourar. 

DESLUSTRE,  abatimento,  quebra  —  macu* 
Ia,  nódoa  —  desdouro,  deshonra. 

DESLuziR,  apagar,  oífuscar  —  eclipsar  — 
desdourar. 

DESMAIAR,  desanimar  —  (n.)  desfallecer, 
esmaiar,  esmorecer  —  descorar,  enfiar  — 
desbotar. 

DESMAIO,  accidente,  delíquio,  desfalleci- 
mento,  syncope  —  desalento,  desanimo,  fra- 
queza. 

DESMAMAR,  desleitar,  destetar. 

DESMANCHAR,  dcsfazcr  —  desconcertar  — - 
descoDJunctar,  deslocar. 

DF;SMANcnAR-SE,  dcsunir-so,  separar-se  -— 
deslocar-se  —  desmandar-se ,  desregrar- 
se. 

DESMANCHO,  confusão,  desconcerto,  des- 
ordem—  desregra,  desregramento,  dissolu- 
ção —  destemperança  —  deslocação, 

DESMANDADO,  liceucíoso  — infrene,  descar- 
nado, esgarrado,  perdido. 

DESMANDAR,  contramaudar,  revogar  — 
atalhar,  desfazer,  desviar,  empecer. 

DESMANDAR-SE,  depravar-se,  desregrar-se 

—  empolar-se  (o  mar) 
DESMANTELAR,   abater,  arrasar,  arruinar, 

demolir,  derribar,  destruir,  escorar. 

DESMARCADO,  descompassado,  desmedido, 
desmesurado,  enorme  —  excessivo,  illimita- 
do,  immoderado. 

DESMAZELADO,  inepto,  inhabil,  inútil  — 
desasado  —  desalinhado  —  descuidado,  ne- 
gligente, preguiçoso. 

DESMAZEio,  deleixo,  indoleni^ia,  negligen- 
cia, preguiça  —  desprestimo,  inaptidão  — • 
desalinho,  de«aso. 

DESMEDIDO,  desmarcado,  desmesurado  -• 
descomedido  —  extraordinário. 

DKSMEDiR-SE,  dcsmaudar-se,    malreger-se 

—  descomedir-se. 
DEs«EDaAR,   diminuir,   mingoar — deca- 

hir,  declinar  —  peiorar  —  emmagrecer. 
DESMEMDíiAR,  coftar,  decepar,  destroncáf 

—  desunir,  separar. 
DESMENTIR,  coutradizor  —  deslocar,  deí« 

manchar  —  enganar  —  discordar. 

DESMERECiMSNTO  OU  Demerecimento,  de^i 
merit )  —  culpa,  falta,  peccfdo. 

DESMESURA  ou  Desmezura^  descortezla. 

dàsmksurado,  a^iganladOí  de  compassa^ 


DES 


DES 


9ai 


do,  desmedido,  enorme —•  desabalado,  ex- 
cessivo. 

DRSMONiAR,  desmontaf  —  descavalgar  (a 
artilheria)  —  (n.)  apear-se. 

DESMORONAR-sE,  derrocar-S6,  derruir-se, 
desabar,  desasir-se,  desfazer- se,  esbroar- 
se,  sollar-se. 

DESMusico,  desentoado,  iaharmonico,  in- 
sonoro. 

DESNATURAR,  desnaturalizar. 

DESNECESSÁRIO,  cxcusado,  inulil,  supér- 
fluo. 

DKSSEVAR,  degelar,  descoalhar,  desenre- 
gelar. 

DESNiNOAR,  desaninhar,  expulsar, 

DEssLD.vR,  desnuar,  despir. 

DESSUDEZ,  desQudeza,  nudez  —  miséria, 
pobreza. 

DESOBEDECER,  recalcítrar  —  teimar  —  re- 
bellar-se,  revollar-se. 

DESOBEDIÊNCIA,  inobediencia  — recalcitra- 
ção,  leiuia  —  rebeldia. 

DESOBEDIENTE,  ífiObediente  —  obstinado, 
recalcitrante,  leimoso  —  rebelde. 

DLSOBHiGADO,  absoluto,  ísento,  livre. 

DEsoBítiGAR,  absolver,  eximir,  exonerar, 
livrar  —  perdoar,  remiliir. 

DESOCCLTADO,  doscmbaraçado,  franco,  li- 
Tre  —  ocioso. 

DEsoccuPAR,  desembaraçar,  despejar,  eva- 
cuar. 

DESQFFuscAR,  dtísassombrar; 

DESOLAÇÃO,  assolação,  destruição,  estra- 
go, ruína. 

DESOLAR,  arruinar,  assolar,  destruir,  ta- 
lar. 

DESORDEM,  desarranjo,  desconcerto,  des- 
mancho —  atrapalhação,  barafunda,  con- 
fusão —  revolta,  lumulln, 

DESORDENAR,  desconccrtar,  perturbar. 

DeSoknar,  desaliviar,  desenfeiíar. 

DESPAcaADO,  activo,  deligenle,  executivo, 
expedito,  prestes. 

despachar  ,  deseoTibaraçar ,  despejai  — 
enviar  —  auhbar,  finiar  —  aviar. 

despaCuar-se  ,  flpromplar-sa  — appres- 
sar-ío,  aviar-se. 

DFSPACiío,  aviamento  —  acabamento,   fim 

—  distracção  —  aresto,  senleuça  —  decisão. 
desparar  ou  Disparar,  descarregar,  des- 
fechar —  arrojar  —  soltar. 

DESPARiiR,  dividir,  esparlir,  separar  — 
íiudar,  terminar. 

DESPARZIR,  espalhar  —  derramar,  espar- 
zir, verter. 

DESPEDAÇAR,  destron.^^ar  —  dilacerar,  es- 
peddçar,-  lacerar  —  atassalhar,  derriçar,  es- 
patifar, rasgar. 

DEsrEDiOA,  adeus,  despedimento — sepa- 
ração —  conclusão.  Qm  —  baixa  —  ueoiissão 

—  retirada. 


DESPEDIR,  expulsar  —  licenciar  —  enviar, 
mandar  —  despachar,  eipedir  —  arremcçar, 
atirar,  lançar,  vibrar. 

DESPEGADO,  desgrudado  —  desamorard 
secco  —  independente,  isento,  livre. 

DESPEGAR-SE,  dcsapegar-sc,  descoUar-se, 
desgrudar-se  —  desaíleiçoar-se. 

DESPEGO,  desapego  -  desaffecto,  desaffei- 
ção,  desamor  —  isenção. 

DESPEITO,  cólera,  ira,  paixão — desprezo 

—  mau  grado,  repugnância  —  pczar. 
DESPEiTOso,  agastado,  colérico,  enfadado, 

irado,  raivoso. 

DESPEJADO,  desembaraçado,  desenvolto, 
lesto  —  denodado,  resoluto  —  vasio  —  des- 
carado, desvergonhado. 

DESPEJAR,  desencher,  vasar  —  alijar  — 
desoccupar,  evacuar, 

DESPEJO,  vasadura  —  desembaraço,  desen- 
voltura —  denodo  ,   ousaília  —  desacanha-  , 
mento,  desencolhjmenlo  —  audácia,    desca- 
ramento, iHipudencia  —  desvão. 

DESPENDER  OU  Dispendcr,  desembolçar, 
gastar  —  dar,  produzir  —  proferir. 

DESPíNDio  ou  Dispêndio,  custo,  despeza, 
gasto  —  consummo. 

DESPENHADEíRO,  barranco,  derribadouro, 
despenho,  esbarrondoneiro,  preci|.icio. 

DESPENHAR,  proí-ipitar. 

DESPERDIÇADO,  mal  gaslado  —  esperdiça- 
do, pródigo  —  amoroso  —  mimoso,  valíio.  , 

DESPERDiçADOR,  dissipador,  esperdiçado, 
gastador,  perdulário,  pródigo. 

DESPERDIÇAR,  prodigalizap  —  desbaratar, 
dissipar,  estragar  —  entornar  —  desaprovei- 
tar. 

DESPERDÍCIO  ou  Desperdiço,  dissipação, 
prodigalidade,  profusão  —  deterioração. 

DKSPERECiMENio,    acabameuto,   consumo 

—  destruição. 

DESPERTAR,  acordap ,  espertar  —  avivar, 
estimular,  excitar  —  desentorpecer. 

DESPERTO,  aco*dado,  esperto. 

DESPESA  ou  Despeza,  dispêndio,  expen-  . 
sa,  gasto  —  custo,  importe,  preço. 

DESPESO,  despendido,  gasto  —  necessita- 
do —  consumi Jo,  gastado,  magro  —  dimi- 
nuido. 

DESPIDO,  desvestido,  nu. 

DESPiEDADE,  barbario,  crueldade,  crue- 
zs,  deshumanidade,  ferocidade,  rigor. 

DESPiEDADo,  Dcspiedoso^  bárbaro,  cru, 
cruel,  desalmado,  feroz. 

DESPIR,  desvestir  —  despejar  —  deixar. 

DESPLUMAR,  (Icpeunar,  despennar. 

DESPOJAR,  esbulhar,  espoliar  —  privar  — 
tirar  —  despir.  , 

DESPOJO,  espolio,  tomadia  —  esbulho,  pre- 
sa —  pilhagem,  roubo,  saque. 

DESPOSAR  SE.  cRSÃr,  receber-se. 
I     DfispcsoRio,  esponsac'*  —  boda,  casamea- 
Í63  ♦ 


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TM 


tf?>  n-rmtclõi  hymnn?U;  mvirfrnnnin,  «<«!* 

ofgf-jTA,  tlí-siitíitt.  {^vrí^nnè: 

|)fsp.>ri6Q,  «U^oImiu,  «rtítirarlOj  M>erft.- 

PO.   |vrn?UUCO, 

DESPOTISMO,  »b3ohiii?r»n,  lyrRnni» 

PRsrí-voAUO,  tíesrrlo,  deshabiiàd),  '.rrrjo, 
solUario. 

DRSPHAZRR.  dcs»grarlar,  desgostar,  enfa- 
dar—(.?  )  »(n  cçSo,  dôp,  pena,  peznr. 

DESpRAZfWENTO,  dcsagrado,  desgosto,  dis- 
sabor, moleslia. 

DFSPRAzivEL,  desagradável,  de^goloso. 
•  DEspiircAR,  desenuravar—  abrir  —  desen- 
rolar, desffíildflr  —  desftírir  —  desabrochar 

DRSPRKNDER,  soUar  —  desatar. 

DESPRENDER-SE,  soltar  —  apartap-se,  se- 
pnrar-se. 

DKSPREVRNiDO,  desapercebido,  descuida- 
do, impróvido,  incauto. 

DESPREZAR,  conculear,  desestimar,  me- 
nosprezar, postergar. 

DESPREZÍVEL,  abjecto,  contemptivel,  des- 
prezável, igrobil,  vil. 

DESPREZO  desestima,  desestin^açSo,  me- 
nosprezo—  affronta,  agtí;ravo,  contumelia, 
injuria,  ludibrio,  opprobrio,  vilipendio  — 
desattençSo. 

DESPRIMOR,  descortezia, 

DESPROPORÇÃO,  desigualdade,  differcnça 
enormidade. 

DESPROPORCIONADO,  dcscompassado,  enor- 
me, dt.'sigu«l. 

DESPROPOSITADO ,  desapropositado  ,  des- 
tampado, disparatado  —  absurdo,  desarra- 
zoado, extr«vagante. 

D»'SPROPosiTAu,  destampar,  destemperar, 
enfadar-se,  deparrífzoar,  di-sparalar. 

DESPROPÓSITO,  absurdo,  destempero,  dis- 
parate, extravagância,  impertinência,  iné- 
pcia 

DESPROVIDO,  desapercebido,  falto. 

DESQuiETo,  agitado,  dessocegado,  inquie- 
do.  irrequi,'to. 

DEfQUiTíçAo,  divorcio. 

DESQUiTAR-SB  ,  8partar-se  ,  descasar-se, 
divorciar-se  —  desforrar-se,  forrar-se  (no 
jogo). 

DESQUITE,  diversio,  quitamento,  desfor- 
ra 

DESRAMAB,    dccOtaP. 

DESREGRADO,  gastadop,  perdulário  —  glu- 
tão, inleroperante 

DESREfiRAR-SE,  dcsmanchar-se  —  despen- 
der, g«siar. 

DEsuEGULAMFNTO,  descoDccrto,  dcsmau- 
cho.  dp\aS'id«o. 

f>ís<^  Bo<  ou  Dixftohifr.  descnnlentamen- 
1r,  d  sgost  ,  dr>pr<izer,  displicência  —  des 
ab  mento    enfado  —  moléstia  —  enjoo,  fas- 
tio. 


il-ííkiílu,   ifhUÍsu  «*  liid!^or!i!.'i. 

penie,  divfrag, 

ugissoçEGO,  dí-sftssGfeiío,  inquintarfto. 

UF.STAMPADO,  despropositado,  exlfavag'^?!"' 
le,  ioiro 

dkstampab.  dcsp'oposJtar,  disparatar  — 
enc(ilerÍ7ar-.'-e,  entiusr  se,  uufiirecer-so. 

DESTEMIDO,  arrojsdo,  audflz,  corajoso, 
denodado,  impávido,  ousndo  -  precipitado, 
temerário  —  impertubsvcl  —  generoso. 

DESTEMPERA,  desflvença,  desordem,  dis- 
córdia —  b'ÍKa,  pendência. 

DESTEMPEHADO,  desmusico,  discorde,  dis- 
sono  —  modificado  —  immoderado,  violen- 
to —  relaxado. 

oisTKMPERAMESTO,  intempérie  — camarás, 
dysenteria  —  desconto  —  desconcerto. 

DESTEMPERANÇA,  di  sofdem,  intempérie  — 
glolonia  —  devassidão. 

jiESTEMPERAR,  desaliuar,  discordar  —  des- 
concertar —  diluir,  misturar. 

DESTEMPERO,  intempérie  —  despropósito, 
ertravíígincia,  lou-ura  — dissonância, 

DESTERRADO,  degradado,  exiliado. 

DESTERRAR,  bflnir,  degradar,  exiliar,  ex- 
pulsar, exterminar,  proscrever. 

DESTERRO,  degrodo,  exilio,  extermínio  — 
descampado,  ermo. 

destetar,  desleitar,  desmamar. 

DESTINAÇÃO,  destino,  fado  —  deliberação, 
projecto. 

DESTiiNAR,  assignalar,  determinar— »p- 
plicar,  dedicar  —  dispor,  projectar. 

DKSTiNO,  fado,  fortuna,  sma,  sorte  —  de- 
sfMiho,  fim,  intento,  propósito  —  fatalidade, 
destinação. 

DESTITUIÇÃO,  carência,  falta,  privação  — 
desenjparo  —  deposição. 

DESTITUÍDO,  desemparo  —  carecente,  des- 
provido, falto,  privado —  despido,  despo- 
jado—deposto, removido. 

DESTITUIR,  desemparar,  faltar  —  depor, 
privar,  remover 

DESTREZA,  agdidado,  expedição,  facilida- 
de, ligeireza  —  perfeição  —  arte,  h^bdida- 
de,  industria,  pericin,  astúcia,  finura,  ma- 
nha —  prudência  ~  politica. 

DESTRO,  astuto,  cadimo,  fino,  ladino,  ma- 
licioso —  agil,  industrioso  —  avisado,  sagaz, 
subtil. 

DESTROÇAR,  dilacerar  —  desbaratar,  rom- 
per, arruinar,  desmantelar,  destruir  —  trun- 
car 

DESTROÇO,  desolação,  destruição,  mina 
—  desbarato,  rola  —  mort3ndad«\  p^rda  — 
!,adaver,  drspojo,  ossada  —  (///  )  r<\«.(os. 

DESTRONAR  ou  Desikronar,  disenl  oDizar, 
dcilirfinar. 

DisTROKCAR,   es3?lbar,  estroncar  —  cor- 


DkS 


ut 


003 


?«fc»it^ào.  ofcrsHc),  cicidlo  —  dfiliflralo,  ro- 
ta —  p»>rtla. 

uitsjRi  moíi.  arrasador,  arruinador,  asso- 
lad<»r,  di8l»uclor,  ovnsor. 

DfsrBiiR,  an-quil  p,  apruin^r,  assolar, 
consuii  ir,  devíi$iar,  ps'rflg,ir  -demolir,  dt^p- 
rubsp,  pposlrar  —  derrotar,  desbaralar,  ven- 
cer. 

nESTRUiR-sK,mal8rrse,suicidap-8e  — des- 
barat«r-so. 

DESUNIÃO,  dflsmemb-^ação  —  rotura  ,  se- 
paraçào  —  dcscouformidadQ  —  discórdia  , 
dissensão,    divisão,    apartamento,    divorcio 

—  autifen. 

DEsuisiR,  despegsr,  separar,  soltar  —  des- 
menibrar  —  divorciar  —  desacordar. 

DESUSADO,    extraordinário,   sobrenatural 

—  desacnslumado,  estranho  —  insulito,  in- 
suelo.  inusitado. 

DESUSO,  descostume,  infreqnencia. 
DESVAIRADO,  diversifico,  encontrado,  in- 
consoante  —  discorde,  discrepante  —  desva- 
riado —  diverso  —  inconstante. 

DESVAIRAR,  desconcordar,  discordar,  dis- 
crepar —  desvariar. 

DESVAIRO,  desavença,  discórdia  —  des- 
conformidade —  desconcerto,  desvario  — 
variedade. 

DKSVAMA,  desagrado,  descrédito,  deses- 
tima, deshvor,  desvalimento. 

DESVALIDO,  abandonado,  deixado  —  des- 
graçado, desgraciado. 

desvalimrnto,  desprivança,  desvalia  — 
desagrado,  desfavor  —  desgraça. 

DESVANECKR,  ensuberbeccr—  baldar,  frus- 
trar —  esvaecer. 

desvanecer-se,  entonar-se,  enlufar-se, 
inchar  se,  vnngloriar-se  —  baldar-se,  frus- 
Irar-se  —  acabar  ,  lindar ,  passar  —  dissi- 
par-se. 

desvanecido,  arrogante,  presumido,  pre- 
sumpçoso,  vaidoso,  vanglorioso  —  baldo, 
frustrado  —  vão  —  despersutdido. 

DESVANECIMENTO,  orgnlho,  ufauía  —  pre- 
sumpçío,  vaidade  —  frustração. 

DESVAA,  aguar-furtadas  —  sótão. 

DESVARIADO,  diverso,  vario  —  inconstan- 
te, mudável  —  delirante. 

DESVARIAR,  mudar  ,  variar  —  devanear, 
tresvariar  —  discordar  —  conlrariar-se. 

DESVARIO,  delirio,  desatin  >,  extravagân- 
cia ,  insânia  ,  loucura  ,  mania  —  frenesi , 
tresvario  —  desacerto  —  culpa,  erro. 

DESVELADO,  flcorJado,  attento,  cuidado- 
so, vi^Mlante 

DES\  FL\B-SK,  esmorar-se  —  vcl.^r,  vigiar. 

DESVELO,  aiten';ão,  cuidado,  desvidamea- 
to,  diligencia,  vii^dancia  —  vigília. 
ÍQI,  IT. 


DMfiMiiACÂo,  d«9acflitam<;n;o,  irrcveron- 
ela. 

nisvefiiRAn,  dcficalar,  Irr^vuronolaf- 

DEsvEMiRA,  ?«(lv^psit|fldu.  «lesaventura, 
desgraça,  inf(di<iidjd«,  infortúnio. 

DESAVEMUfiADo,  cQit*»do,  dtísfoptunado, 
desgraf.alo,  inf^lij,  miserável. 

DESvERGOPín^v,  d«scapamento,  despejo. 

D£svERG.")Niivoo,  doiRvergonhado,  desoa* 
rado,  drspnjado. 

desvergOíNh AMENTO,  desavergonhamcnto, 
despejo. 

DESVESTIR,  desnudar,  despir. 

DESVIADO,  afastado,  apartado,  distante — 
não   conforme  —  baldado,  baldo,  frustrado 

—  desencaminhado,  extraviado, 
DESVIAR,    araover,  apartar  —  rechaçar  — 

extraviar  —  dissuadir  —  estorvar  —  fartar 

—  baldar. 

DKsviAR-SE ,  desgarrar-se,  extraviar  se, 
perder-s*^  —  esgueirar-se,  furtar-se,  apar- 
tar-se,  sair. 

DRSVio,  ermo,  retiro,  solidão  —  aparla- 
mputo  —  escapula,  subterfúgio  —  desca- 
minho—estorvo, impedimento  —  frustra- 
ção. 

DETENÇA,  dihção,  mora,  tardança»,  de- 
longa, prorogação  —  vagar  —  atrazameato 
atrazo. 

DETENÇÃO,  demora,  de.ença  —  retenção. 

DETENçoso,  lenp,  lenioso,  vagaroso  — 
serôdio,  tardeiro,  tardio,  ta. do. 

DETER,  demorar,  suspender  —  retardar, 
retnr  —  pai'-8r,  suster  —  impedir. 

DETERIORAÇÃO,  corrupção  —  peioria. 

DaTERiORAR,  arruinar  —  (n.)  peiorar. 

detebioridadk,  peioría. 

DETERMINAÇÃO,  d  cisào,  resoIução —  man- 
dado, ordem  —  decreto,    diploma,  estatuto 

—  acordo,  disposição  —  limitação  —  termi- 
nação. 

DETERMINADO,  estabelccido  —  decisivo,  íi- 

aal  —  aprazado,  fixo  —  ousado,  resoluto. 

DETERMINAR,    flsseatar,   decidir,    resolver 

—  así»ignar,    designar  —  decretíir.  ordenar. 
DKTEsrAçÃo,   abominação,    execração  — 

horror,  indignação  —  desadoiação  — impre- 
cação, maldição. 

DETESTAR,  aborrcccr,  odiar  —  abominar, 
execrar  —  desadorar  —  blasphemar. 

DETESTÁVEL,  «bominavel.^execrando— dc- 
tpstando,  horrível  —  aborrivel,  odioso  — 
nefando  —  maldicto. 

DETHACçÃo,  diíTamação  — calumnia  — ma- 
ledicência —  murmuração  —  safyra. 

DETRACTOR,  detrahidor,  diíTaraador,  mal- 
dizente, maledico,  murmuridor  —  censura - 
dor.  s^iyrico. 

DETiiAÍn,  murmurar  —  ceníu'"ar,  pofyri- 
acatíhar,  apoucar  —  calumniar.  itiía- 


sar  - 

mar 


deslustrar,  desluzir —  dinDÍnuir. 
Í24 


m\ 


DU 


DIF 


DETRIMENTO,  dflronificsção,  d8mno>  per- 
da, prejuízo  — dimimiição,  quebra, 

DEVAGAR,  docô,  leuU,  pausada,  vagsro- 
snoatítife. 

DEVANEAR  ou  Detanciav,  delirar,  desvariar 
—-  variar. 

DEVAiSEo  on  Devaneio,  desvanecimento, 
vaidade  — delírio,  desvario,  loucura. 

DEVASSA,  averiguôção,  informação,  inqui- 
rição. 

DEVASSADO,  aberlo,  descoberto,  paten- 
te. 

DEVASSADOR ,  dcvassante,  inquiridor  — 
publicador. 

DEVASSAR,  inílagar,  inquirir  —  abrir, 
alargar  —  publicar,  vulgarisar  —  corrom- 
per, dibochar  —  prosliluir. 

DEVASSAR-SE,  dtssfurar  se  —  proslitiiir- 
se, 

DEVASSIDÃO  ou  Devassidade,  deboche,  dis- 
solução, libiirtin-ígpm,  licença  —  prostitui- 
ção —  intemperança. 

DEVASSO,  aberto,  patente,  publico  —  li- 
vre—dissoluto, tstragado  —  prostituto  — 
errado  —  I«rgo,   laxo. 

DEVASTAÇÃO,  físsolação,  estrago  destroço, 
destruição,  ruina  —  d)ípojo,  esbulho,  sa- 
que, 

DíLVAST^DOA,  ass-lidor,  dobcllador,  des 
povoador  —  dessolador, 

DEVASTAR,  arruinar ,  assolar,  destruir, 
talar  —  depridar,  eslsagar  —  pilhar,  sa- 
quear. 

DEVEK,  obiigação  —  conaexão,  correla- 
ção. 

DEVERAS,  inclissimulada,  seria,  sincera,  ve- 
rametile. 

deveza  ou  Decesa,  defesa  —  cercado  — 
pastagem,  pasto  —  uialio.  scha. 

devjdo,  juslo,  recto  —  (s  )  equidatle  — 
jus  iça  —  dtíver. 

'^  DEVISA,  demarcação,  divisão,  parti- 
lha. 

devoção,  *  Deração,  culto,  religião  — 
oblação  —  piedade  — aUrição,  apego,  zelo 
—  sujtição  —  {pi.)  oraçõefe,  rezas. 

DEVOLUTO,  coattjriao,  dado  —  desoccu- 
pado,  vasio. 

DEVORADOR,  devoranto,  engulidor,  gar- 
ga.  tão  —  consumidor,  devastador. 

DEVORAR,  ^.ngulir  ,  tragar  —  consumir, 
destruir  —   estragar,  malbaratar, 

DEVOTO,  beato,  pio  —  aífes-to,  afeiçoa- 
do —  dedicado,  ollerecilo  —  addiclo. 

d!a,    claridade,  bn  —  (^/ )  i(ladi%  tempo 

DIABO,  Dt  Utbuth,  Lúcifer,  Satauaz  —  de 
IDO,  demiiuio,  diacho  —  espirito,  g^  nio  - 
[adj.]  mau,  períi-lo  —  sapieniissimo,  vivis- 

biuiO. 

DIABÓLICO,  diabolical,  infernal  ■«-  mali- 
gno,  ín»u, 


DiABTiETE,  diabinho  ^  maligno,  travo»-, 
so,  rapaz. 

DiABRURA,  feiíiceriâ,  malefício,  sortilégio 
—  maldade  —  peça,  travessura. 

DIADEMA,  coroa  —  laureola  —  laurel  — 
faixa,  império,  reinado,  soberania. 

DIÁFANO  ou  Dia/) /ta no,  claro,  crystalliao» 
limpido,  transparente. 

DIAL.  diário,  diurno,  quotidiano. 

DIALOGO,  coiloquio,  conversa,  entretém, 
practica. 

DIAMANTE,  brilhante,  *  diam&c  —  (aá/.) 
insensibil. 

DIANA,  Uecate,  Lua,  Phebe. 

d;ante,  ante,  perante. 

DIANTEIRA,  vauguardd  —  fachada,  froa-.' 
traria,  fronlispicio. 

DIÁRIO,  gazela,  jornal  —  M  )  tliurnal, 
diurno,  quotidiano. 

DIARISTA,  gozeteiro,  jornalista. 

DiARHEA  ou  />iarr/iea,  camaras,  fluxode. 
ventre,  corrença' 

DiATKiBE,  discurso,  disscrtação  —  censu- 
ra, correcção,  rtípr.;ht'nsão. 

DiCAGiDADE,  malcdiíencla,  mordacidade.. 

DICÇÃO,  expressão,  palavra,  tirm^,  voca-  . 
bulo,  voz  —  elocução,  linguagem,  pronun- 
cia —  estylo.  , 

DCCiONARio,  glossário,  lexicon,  vocabu-^ 
lano. 

DlCCIONARlSTA,     It  xic-^^grapho.  r 

d.ctado  ou  Ditado,  adagio,  provérbio, 
rifão,  síctença. 

dictàme,  doctrina,  regra  —  máxima,  sen- 
tença —  juizo,  opinião.  , 

DiCTAR,  apontar,  notar  —  ensinar,  in- 
sinuar, inspirar  suggerir  —  ordenar,  pres- 
crever. 

DiCTERio,  chasco.  chufa,  motejo,  pulha,  , 
remoque,    sarcasmo. 

DIETA,  abstinência,  jgurn,  temperança 
—  assembleia,  comícios,  juncta. 

diffa«ação,  calumnia.  deshonra,  detrac- 
ção,  igaoniinia,  iníaOiação,  infóimia,  man-  ' 
cha,  oppfbrio. 

diffamador  ,   calumnia ior  ,    infamador  ,  j 
maledico. 

die-famante,    deihonroso ,    ignominioso,^ 
infamante. 

DiFFAMAR,  cftlumniar,  desacreditar,  des- 
honrítr,    infamar,  macular,  opprobriar.        , 

díffahatorío.  ignominioso,  infamante, 
infamatorio,  infame.  ; 

DIFFER8NÇA.    dissimilhança  ,   distincçlio  , 
diversidade    —    desigualtlad>í  ,    despropor-., 
ção,  discrepância  —  contenda,  controver-, 
sia,  desavença,  discórdia. 

differençar  ,   (MTerenciar  ,    dissimilhar, . 
distinguir  —  diveísificar,   variar. 
I     DIFKERENÇAR  .«^E,   descnooutrar  se.  disiin- 
çuir-so,  dive^rsiíicai  se.  j 


D!L 


DTS 


935 


niFFERENTW,  contrario,  desigu»!,  discre- 
pante, diveráo,  opposto. 

niFFgRiR.  diíTerenciar,  discrepar,  dissi- 
milhar  —  (a  )  demorar,  dilatar,  retardar  — 
deslerir,  larfçar  (as  vellas). 

DiFFiciL,  ar  luo,  diílicultoso  —  duro,  pe- 
noso, traballioso,  ttlcanliUdo,  escarpado  — 
caprichoso,  extrava^jnnte  —  pichoso,  rabu- 
gento —  abslruso,  escuro. 

DÍEFicuLDADE,  custo,  fadiga,  trabalho — 
embaraço,  estorvo,  impedimento,  obstáculo 
^—  opposição,  resistência  —  repugnância  — 
duvida,  objí^crão. 

DiFFicuLTOso,  custoso,  diíTicil  —  arduo, 
duro,  espinhoso  —  embaraçado. 

DiFFiDK>'ciA,  desconliança. 

DlFFu^DIR,  derramar,  eutornar,  verter  — 
espalhar. 

DiFFUsÃo,  derramamento ,  espargimen- 
to  —  prolixidade,  verbosidade  —  exten- 
são. 

DíFFuso,  derramado;  espalhado,  vertido 
—  amplo,  comprido,  dilatado,  extenso,  vas- 
to —  enfadonho,  prohxo  —  distribuido,  re- 
partido. 

DIGERIR,  esmoer,  gastar  —  dissimular, 
pacientar,  solTrcr. 

DIGESTO,  cozido  —  digerido,  esmoido  — 
concertado,  ordenado. 

DIGNIDADE,  cargo ,  officío  —  cmprego, 
lugar,  posto  —  jerarchia  —  magistratura, 
presidência  —  prelazia  —  grandeza,  hon- 
ra, preeminência  —  mérito  —  gravidade, 
respeito   —  decência. 

DIGNO,  acredor,  benemérito,  capaz,  dino, 
merecedor. 

DILAÇÃO,  delonga,  demora,  detença,  per- 
longa  —  vagar  —  interrupção. 

DILACERAÇÃO,  desmembramento,  despeda- 
çamento, laceração,  rasgamento. 

DILACERAR,  espedaçar,  lacerar — rasgar, 
romper  —  cortar  —  arrancar  —  devorar  — 
destroçar. 

DILAPIDAÇÃO,  dissipação,  prodigalidade, 
profusão. 

DILAPIDAR,  desperdiçar,  dissipar,  prodi- 
gar. 

DILATAÇÃO,  alargamento,  expansão;- ex- 
tensão, prolongaçâo  —  relaxação. 

DILATADOR,  demorador  —  contemporiza- 
dor,  temporisador  —  propagador. 
■  DiLATAii,  alargar,  ampliar,  estender  — 
alrazar,  demorar  —  alongar,  prolongar  — 
dilferir  —  diffundi.*,  propagar  —  rarefa- 
zer. 

DiLECçÃo,  aíTeição,  amizade,  amor,  ternu- 
ra —  caridade  —  Denevolencia. 

DILECTO,  amado,  querido. 

DiLiGKNCiA,  desvelo,  exactldáo  —  ftpplioa- 
çSo,  |fttiençào,  cuidado  —  actividade,  celeri- 
àade,  i^fs^isa  — carruagem,  oochei 


DiLiCESTE,  activo,  esperlo,  vivo  —  agu- 
çoso, exp(ídito,  prorapto  —  exacto,  sollicito, 
vigilante  —  altenlo,  cuilndoso. 

DILUCIDAÇÃO,  í'xplicação,  illujtraçâo. 

DiLuciDvH,  aclarar,  declarar,  explicar,  ex- 
por, iilustrar. 

DiLLiR,  delir,  deslavar  —  humectar,  des- 
fazer, dissolver. 

DILUVIO,  alluviào.caiaclysmo,  cheia,  inun- 
dação, torrente  —  intinidadB. 

DIMANAR,  brotar,  correr  —  nascer,  origi- 
nar-se,  proceder,  sair,  vir. 

DIMINUIÇÃO  ou  JJiminuimento  ,  perda  , 
quebra  —  decremento,  mmgoa  —  abate, 
desconto. 

DIMINUÍDO ,  debilitado,  quebrantado  — • 
subtrahiílo  —  desbastado. 

DIMINUIR,  minuir,  tirar  —  abater,  subtra- 
hir  —  mingar,  mingoar,  minorar  —  apou- 
car, coarctar,  modiiicar  —  adelgaçar. 

DIMINUTO,  defraudado,  falto  —  defeituoso, 
imperfeito. 

DINHEIRO,  pecunia  —  moeda  —  cabedal  — 
bens,  riqufza  —  ouro  —  prata  —  chelpa, 
china,  chocalhinho,  quatrini. 

DIPLOMA,  alvará,  carta,  despacho,  edicto, 
mandado,  patente,  provisão  —  breve,  bulia. 

DIQUE,  adique,  represa  —  diíliculdade, 
obstáculo. 

DIRECÇÃO,  directoria,  norma,  regimen  — 
administração,  governo. 

DIRECTOR,    conductor,    guia  —  pedagogo 

—  confessor  —  admiaistrador  —  mordo- 
mo. 

DiREiTEZA,  equidade,  integridade,  leal- 
dade, probidadfl,  rectidão,  sinceridade. 

DIREITO,  lei — faculdade,  jus  —  foro,  ju- 
risiicção  —  equidade,  justiça,  razão  —  au- 
toridade, domínio,  poder,  senhorio,  vara  — 
prerogâtiva,  privilegio  — jurisprudência  — 
impoílo,  tributo  —  [adj.)  não  torcido,  recto 

—  [adv.)  directamente  —  perpendicular,  ver- 
ticalmente. 

DIREITURA,  direi teza  —  inteireza  ,  pro- 
bidade, rectidão 

DIRIGIR,  encamiuhar,  gui^r  —eaderíçar, 
enviar  —  dispor,  ordenar,  regular  —  gover- 
nar, rcgor  —  ensinar  —  tender. 

DiRiGia-SE,  encaminhar-se  —recorrer  — 
reger-se, 

DIRIMIR,  acabar,  terminar  —  decidir,  sol- 
tar —  desfazer  —  annular. 

DiRO,  cruel. 

DisCE\NiMKxro ,  dÍ5liii?ção,  escolha  — 
Juízo,  gosto,  penjtraçãj,  porspicdcia,  saga- 
cidade, tacto. 

DnCERNiH,  distinguir  —  conhecer,  divi- 
"dir,  separar  — ajuizar,  julgar,  resyiver,  sen- 
tenciar. 

DisctNGift  oúDescingif,  alargar,  de saper^* 
tar» 

234  ,' 


DIS 


BIS 


DISCIPLINA,  arte,  faculdade,  sciencla  — 
creação,  educação,  ensino,  inslrucção  — 
exercício  —  governo,  ordem,  regra  —  poli- 
cia —  fufctigaçâo.  maceração. 

DISCIPLINAR,  educar,  ensinar,  instruir  — 
reger  —  dirigir  —  açoutar,  fustigar. 

DisciPLirtAVEL,  dócil,  ílexivel. 

discípulo,  escholar,  estudante — alumno 

—  aprendiz  —  partidário,  sequaz. 
DÍSCOLO,  depravado. 

discordância,  disconveniencia  —  disso- 
nância. 

DISCORDANTE,  dissonante,  dissono  —  an- 
tipathico,  contrario,  opposto  —  absono,  dis- 
corde. 

DISCORDAR,  desconcordar  —  desentoar. 

DISCORDE,    contrario,  desavindo,  opposto 

—  dissonante,  dissono  —  desconforme,  dis- 
crepante. 

DISCÓRDIA,  desavença,  dissensão,  rixa.  zi- 
zaiiia  —  inimizade,  ódio  —  desunião,  divi- 
são—  opposição. 

DISCORRER,  discursar,  raciocinar  —  expor, 
tractar  —  examinar  —  percorrer. 

DISCREPÂNCIA,  diíferença,  diversidade  — 
discordante. 

DISCREPANTE,  discordaute,  discorde. 

DisciiEPAR,  desconcordar  -r-  contradizer- 
se  —  apartar-se. 

DISCRETAMENTE,  ingenhosa,  prudentemen- 
te. 

Dif^CREiO,  ajuizado,  judicioso,  prudente, 
sábio  —  ingentioso  —  agudo,  perspicaz,  sub- 
tiir  —  elegant'^  eloquente,  facundo  —  avi- 
sado, intendido  —  cortezão,  palaciano. 

DisCHiçÃo,  discernimento,  intendimento, 
juizo  —  a.^udeza,  sal  —  circurnspetçào,  pru- 
dência —  arbítrio,  vontade,  modestij. 

DisCRiME,  diíTerença. 

DiscRiMiíSAB,  distinguir,  dividir,  separar. 

DISCURSAR,  ajuizar,  arrazoar,  disconer, 
raciocinar  —  pensar  —  fallar,  praticar. 

DISCURSO,  colioquio,  conversa,  falia,  prac- 
lica,  raciocínio,  razoamenio — arenga,  ora- 
ção —  deiurso,  espaço. 

DISCUSSÃO,  contestação,  conlroversla  — 
exame. 

DISCUTIR,  argumentar  —  ventilar  — ex- 
aminar, investigar  —  averiguar ,  ponde- 
rar. 

DISFARÇADO,    dissimulado  — mascarado. 

DISFARÇAR,  dissimular,  encobrir,  occul- 
tflr  —  coniraffizer,  tingir  —  destigurar,  mas- 
carar. 

DiSKARCE,  m?sc^ra  —  capa  ,  rebuço  — 
dissimulo,   fingimento. 

díjLatEj  disparato,  loucura. 

díspar,  «iesigual,  dissimilhante, 

i)i!ípAKATAD(.»  ou  Deuparãtudo^  hhsufdo, 
eilravagáiite.  in'3Çínsdio,  lodco  —  despro- 
fosiudu  —  itiCoíineio,  incohôreate. 


DISPARATE  ou  Desparate,  desbarate  — 
dislate,  doudice,  extravagância,  tolice,  va- 
niloquio. 

DispARiDADi,  diíTerença ,  dissimilhança, 
distincçSo ,  diversidade  —  desigualdade, 
desproporção. 

DtspENSAçÃo  ou  Díspença,  favor,  indulto 

—  despesa  —  administração   —  distribui- 
ção, repartição. 

DISPENSADOR,  dislribuidop,  repartidor. 

DISPENSAR,  absolver ,  isentar,  livrar  — , 
distribuir,  repartir  —  consumir,  despen- 
der, gastar,  usar  —   determinar,    ordenar., 

d'spersão,  desunião,  separação  —  espa- 
lhamento. 

DISPERSAR,  espalhar,  semear  —  distri- 
buir. 

disperso,  derramado,  espalhado. 

DISPLICÊNCIA,  aborrimento  ,  desagrado  , 
descontentamento,  desgosto,  desprezo,  des- 
satisfação,  nojo. 

DISPLICENTE,  dcsagradavcl ,  desengraça- 
do, 

DISPOR,  mandar,  ordenar  —  determinar, 
resolver  —  arranjar  —  entabolar,  prepa- 
rar —  plantar ,  transplantar  —  depôr  — 
desfflzer-se, 

DispÔR-sE,  preparar- se,    prevenir-se. 

DISPOSIÇÃO,    decisão,    determin»çào,    or-; 
dem  —  capacidade,  habilidade,  talento  — 
exoídio,  narração,    preparação,    provas  — 
animo,  vontade  —  arranjo,    arrumação  — 
alienação  —  arbítrio,  discrição    --  poder. 

DISPOSTO,  arranjado,  arrumado  —  appf- 
relhado,  preparado  —  promplo  —  apto, 
capaz  —  propenso  — deposto 

DISPUTA,  altercação,  competência,  coa« 
tenda,  controvérsia,  debate. 

D'SPUTAR,  altercar,  contender,  contestar, 
debater  —    controverter. 

DispuTAVEL,  contestável,  controverso  — 
duvidoso,  incerto,  indeciso,  iudelermluado, 
problemático. 

DISSECAR,  analomisar  —  cortar,  Irinchaf 

—  decompor. 
DissKCTOft,  anatomiijo. 

DissKNsÁo,  desavença  —  discórdia,  divi* 
são,  zizania   —  discrepância. 

DissENTANEO,  diícordaute,  repugnflnle. 

DISSENTIMENTO,  discordaucia,  discrepân- 
cia —  desapprovação. 

DISSENTIR,  desconcertar,  desconformar- 
se,  discordar,  dijcrepsr. 

DissBRTAÇÃo,  diatribe,  exame. 

DISSERTAR,  arr.^zoar,  discorrer,  discu- 
tir. 

Dissidência,  divisão,  ssparação. 

DISSIDENTE,  conlruVt-rso ,  deicoliformo, 
discorde. 

DissiBULAÇÂO,  Dissimuh,  í'aoh,i,  disfar- 
ce, lingimento,  rebuço,  tèfulho. 


i 


DIS 


DIV 


937 


DISSIMULADO,  Tefolhado,  tredo  —  disfar- 1 
çado,    encoberto.  1 

,  DissjMULAR,    encobrir,   occultar,  simular 
— •  disfarçar,  fingir  —  mascarar,  rebuçar, 

DISSIPAÇÃO,  desbarale,  estrago  —  prodi- 
galidade, profusão  —  distracção,  inapplica- 
ção. 

DISSIPADOR,  estragado,  gastador,  perdu- 
lário, pródigo. 

,  DISSIPAR,  consumir,  estragar,  gastar,  mal- 
baratar —  prodigar  —  perder  —  desfazer 

—  dissolver. 

,  DISSOLUÇÃO  ,  devassidão  ,  licenciosidade  , 
soltura,  evaporação,  exhalação. 

DISSOLUTO,  deshonesto,  devasso,  licencio- 
so, solto  —  estragado  —  cassado,  desata- 
do, desfeito,  irrito,  nullo,  roto. 

DissoLVKR,  desunir,  separar  —  delir,  der- 
reter, fundir  —  annuUar  —  destruir,  sol- 
tar. 
.  DISSONÂNCIA,    desentoação ,   discordância 

—  contrariedade,  diííerença,  opposição. 
DISSONANTE,  disscuo,  iuconsono,    inhar- 

lionico  —  èonlrario,  opposto. 

DissoNAB,  dissoar  —  desconformar. 

DissoNO,  dissonante,  dissonoro,  inconso- 
DO. 

DISSUADIR  ,   desamoestar ,   desconselhar , 
despersuadir  —  apartar,  desviar. 
.  DISSUASÃO ,   desamoestação ,    despersua- 
çâo. 

DISTANCIA,  apartamento,  separação  —  au- 
sência—afastamento, espaço,  intervallo  — 
excesso,  vantagem  —  diíTerença. 

DistANCiAR-sK  ,  afasiar-sB ,  alongar-se, 
apsrtar-se. 

DISTANTE,  afastado,  apartado,  desviado, 
Ipnge,  longiquo,  remoto. 

DisTiLLAB,  estillar,  gottear,  gottejar,  pin- 
gar. 

DiSTiNcçÃo,  diíTerença,  dissímilhança,  di- 
tersidade  —  preferencia,  prerogativa,  pri- 
>dlegio  —  estimação  —  clareza,  evidencia  — 
nobreza,  qualidade. 

DisTiNCTAKBNTS,  clara .   separadamente. 

DisTiNCTO  ou  Búiinio^  instincto  —  (<><(;'•) 
diíTerente,  diverso  —  separado  —  claro  — 
conspicuo,  eminente,  insigne,  preclaro  — 
abalisado,  extremado. 

DISTINGUIR,  diííerençar,  discernir  —  mar- 
car —  dividir,  separar  —  assignalar,  real- 

DiSTiNGUiR-SR,  assigualar-sB,  extremar-se 

—  esmerar-se  —  desencontrar -se,  differen- 
çar-se. 

DISTRACÇÃO  ,    desattenção ,    inapplicação 

—  desconlinuação   —  divertimenio ,   re- 
creio. 

DisTRACTivo,  divertido,  recreativ). 
DISTRAÍDO,  desaplicado,  desalento  —  abs- 
tracto —   divertido  —  dividido. 
TOi.  it. 


DisTRAÍR,  alegrar,  divertir  —  desaplicar 

—  desencaminhar,   desviar. 
DISTRATAR  OM  D  IS  ti  actarj  abolir,  anuUar. 

cassar. 

DISTRIBUIÇÃO,  partição,  partilha,  reparti- 
ção. 

DISTRIBUIR,  dispensar,  partilhar,  repartir 

—  dispor  —  dividir. 

DiSTRicTO,  alçada,  jurisdição,  termo,  ter- 
ritório —  capitania. 

DiSTURBAR,  interromper,  perturbar —  al- 
terar. 

DITA,  felicidade,  ventura  —  fortuna,  pros- 
peridade —  contentamento,  satisfação  — 
bonança  — vantajem. 

DITO  ou  DictOf  palavra  — [adj.)  antedio 
to,  mencionado,   referido,  sobredicto. 

DITOSO,  abençoado,  favorável,  fausto  — 
prospero,  propicio  —  afortunado,  feliz,  ven- 
turoso. 

DiLRNO,  diurnal,  quotidiano. 

DivA,  dea,  deidade,  deusa,  devindade. 

DIVAGAR,  errar,  vagamundear,    vaguear. 

DIVERSÃO,  desattenção,  distracção  —  di- 
gressão —  divertimento. 

DIVERSIDADE,  diíTtírença,  dissimilhança — 
variedade  —  distincção. 

DIVERSIFICAR,  mudar,  variar. 

DIVERSO,  diíTerente  —  outro,  vario  —  dií- 
tincto  —  desconforme. 

DIVERTIDO,  desattenlo,  distraído  —  ale- 
gre, jucundo  —  brincão  —  faceto. 

DIVERTIMENTO,  brincadeira,  brinco,  «o- 
tretenimento.  folguedo,  passatempo,  recreio 

—  desattenção,  distracção. 

DIVERTIR,  alegrar,  desenfadar,  râcreiaft 
regozijar  —  distrair  —  desencaminhar,  dei- 
viar. 

DiviciAS,  riquezas. 

DIVIDA,  debito  —  obrigação  —  dever  — 
empenho. 

DIVIDIR,  apartar,  desunir,  separar—  abrir, 
fender,  romper  —  rasgar,  sulcar  —  re- 
partir. 

DiviNDADB,  deidade,  deus,  deusa,  ntt« 
men. 

Divmo,  sancto  —  deífico  —  sagrado  -^ 
celeste,  celestial  —  sobrenatural  —  admi'* 
ravel,  extraordinário,  maravilhoso,  pasmo- 
so,  portentoso,  prodigioso,  raro  —  oxcellen- 
te,  singular  —  eximio,  perfeito  —  subli- 
me. 

DIVISA  ou  Devisa,  signal  —  insignia  — 
embloma,  empresa  —  limite,  marco,  raia 
máxima  sentença. 

DIVISÃO,  discórdia,  perturbação  —  desu- 
nião —  repartição  —  partilha —  desmem- 
bramento, separaç?;o  —  destacamento. 

DIVISAR  ou  Devisar,   abalizar,   demarcar 

—  avistar,  bispar,  ( lescorlinar,  enxergar,  lo- 
brigar —  aprazar. 

t35 


DO 


m 


Diviso,   dividido,    separfldo  —  discorde. 

Tjivo,  divinal,  (Uvino — deifico,  endeusa- 
do —  [pi.)  deuses,  numes. 

DIVORCIO,  separação  —  abandono,  renun- 
cia —  desunião,  rotura  —   repudio. 
'  DIVULGAR,  espalhar,  publicar,  vulgarisar 

—  assoalhar,  descobrir,  manifestar. 
DIXES,  bonitos,  brincos,  jóias. 

DIZER,  annuuciar,  exprimir,  manifestar 
s—  orar,  rezar  —  celebrar  —  assegurar, 
persuadir  —  contar^  narrar,  «referir  —  man- 
dar, ordenar  —    concordar,  convir,   frisar 

—  exphcar,  significar  —  aproveitar  —  al- 
legar  — motejar. 

"DIZERES,  ttetracções,  mexericos,  murmu- 
rações —  apodos. 
doação;  *  adoação,   deixa,    doa,    legado 

—  benesse  —  dom,  liberalidade,  presen- 
te. 

DOADOR,  dador, 

"^  DOAiRO,  rosto,  semblante,   vulto ; 

DOAR,  dar,  entregar  —  conceder,  outor- 
gar. 

DOBRA,  prega,  ruga,  vinco  —  dobrez  — 
dobrão. 

DOBRADIÇO,  flexível  —  brando,  dócil. 
'  DOBRADO,  torcido,  torto ,  voltado  —  do- 
bre —  fornido  —  duplicado,  duplo  —  am- 
bíguo, duvidoso,   equivoco. 
>lboBRADURA,  franzido,   pregas  —  flexura 

—  dobrez. 

'  DOBRAR,  curvar,  vergar,  voltar  —  com- 
mover,  demover,  mover  —  passar  —  repicar 
— '  amansar,  domar  —  mudar  —  fortalecer, 
reforçar,  accrescentar,  augmentar  —  voltar 

—  duplicar,  multiplicar,  repeíir-se. 
DOBRE,  dobrado  —  dissimulado,  não  sin- 
cero —  enganador  —  traidor,  tredo,  ambí- 
guo, equivoco. 

DOBREZ  ou  Dohreza,  dobradura  —  dissi- 
mulação, dissimulo,  fingimento,  refolho,  si- 
mulhação  —  do!o,  trapaça  {adj.)  dobre, 

DOBRO,  dobrado,  dublo,  duplo 

DÔCR,  açucarado,  melliíluo  —  agradável, 
ameno,  aprazível,  grato,  suave  —  deleitoso, 
jucundo  —  delicioso  —  brando. 

DOCEL,  espaldar  —  pallio  —  pavilhão. 
-  DÓCIL,  brando  ,    doce,  tractaveí  —  obe- 
diente, Submisso  —  flexível. 
•  DOCILIDADE,  brandura,   doçura   —  obe- 
diência, submissão  —  facilidade,  flexibili- 
dade. 

DOCUMENTO,  maxíma,  preceito,  principio 
y  doctrina,  instrucção  —  monumento  — 
instrumento,  prova,  testimunho  — indício, 
notícia. 

DOÇURA  ,  dulcidào  ,    dulçor  —  gosto  — 

suavidade  —  deleite,  delícias  —  mansidão 

—  benignidade,  bondade  —  aífabilidade — 

ipl.)  dons,  mimos,   prés  Sntes. 

.jDOEKÇA,  achaque,  enfe  risidade,  mal,  mol- 


BOM  ^  . 

lestia,  raoíbo  —  indisposição  —  aíIlicçãO/ 
soffrimento.  ' 

DOEivTE,  achacado,  doentio,  egro,  enfer- 
mo, mal  são,  molesto,  morboso,  valetudiná- 
rio —  indisposto. 

DOENTIO,  achacado,  achacoso,  cacheticO,_ 
enfermo,  mal  são,  morboso 

DOER-SE,  lastimar-se,  queíxar-se  —  com- 
padecer-se,  condoer-se. 

DOESTO,  deshonra,  injuria. 

DOGMA,  mysterio  —  maxíma,  preceito  — ' 
opinião. 

DOGo,  alão,  mastim,  mollosso. 

DOLO,  dobrez,  engano,  fraude,  logro,  tra-« 
paca,   velhacada. 

DOLOR,   dôr. 

doiorído,  dorido. 

DOLOROSO,  dorido,  doroso  —  molesto,  pe-« 
noso  —  acerbo,  áspero  —  tormentoso  —  affli- 
cto  —  lamentável,  lastimoso  —  lacrymoso  — 
miserável,  mísero. 

DOLOSO,  enganador,  enganoso,  fraudulen- 
to, insidioso,  mentiroso. 

DOM,  dadiva,    donativo,    mimo,  presente 

—  doação  —  graça,  mercê  —  dote,    prenda 

—  talento  —  liberalidade  —  facilidade  —  ti- 
tula. 

DOMADOR,  amansador  — subjugador  —  de- 
bellador,  vencedor  —  conquisladorv 

DOMAR,  açaimar,  aminsar  —  enfreiar,  re- 
frear—  debeilar,  subjugar,  submetter,  su- 
perar, vence,  sopear,  sujeitar. 

DOMAVEL,  amansave],  domestícavel —  sub- 
jugavél,  sujeítavel. 

DOMESTICAR,  amansar,  domar —  costumar, 
familíarisar —  abrandar,  civilisar. 

DOMESTICO,  caseiro,  familiar  —  manso—' 
civil.       ^*>    «  '-^^ 

DOMICILIADO,  estabelecido,  habitador,  mo- 
rador, residente. 

DOMicíLiÂR-SE,  assistir,  morar,  residir  — 
estabelecer-se. 

DODiciLio,  casa,  e:>tancia,  habitação,  mo- 
rada —  alvergue,  pousada  —  hospício  —  re- 
ceptáculo'—  assento,  residência. 

DOMINAÇÃO,  astctoridado,  domínio,  man  lo, 
poder  —  império,  senhorio  —  soberania,  su- 
perioridade. 

DOMINANTE,  domínatívo,  imperante,  rei, 
soberano  —  senhor  —  superior  —  [adj.)  in-» 
fluente,  predominante. 

DOMINAR,  imperar,  reger  —  mandar  — 
dirigir,  governar  —  commandar  —  senho- 
rear —  descobrir,  descortinar  —  refrear  — 
influenciar  —  prevalecer.  '^  "^  y«-i»i. 

DOMINGUEIRO,  asseiado,  limpo —melhor. 

DOMÍNIO,  estado,  império,  reino  —  senho- 
rio —  mando,  poder— ^  autoridade —  influen- 
cia. 

DOMiNioso,  »lli?o,  arrogante,  imperioso» 
suborbo. 


vv2 


DOU 


DUT 


939 


DonAi  ES,  anquinbas  —  aírosldado,  garbo 
graça  —  discripção  —  chaoçn. 

DONAiRoso  ou  Donoso,  agradav3l  —  airo- 
so, garboso. 

DONATIVO,  dadiva,  dom— oblaçSo,  offer- 
ta,  oíTrenda. 

DONATO,  leigo. 

DONO,  senbor  —  possuidor. 

*  DoNzEL,   moço,  rapaz  —  (afl[;)  brando, 
dócil. 

DONZELLA,  poncolla,  virgem. 

DÔR,    aíll  cção,    angustia,  desgosto,  des 
prazer,  dulor,  mal,  pena,  pezar,  senlimen- 
to,  tiisteza. 

DORIDO,  sensível,  sentido  —  dolorido,  do- 
loroso . 

-.^POFMENTE,   adormecido,  adormido  —  en- 
torpecido. 

DORMINHOCO,  dormidof,  dormilào,  somno- 
fento. 

^  DORMIR,  manar  —  dormi'ar  —  descançar, 
lepousflr — [s  )  somno. 

DORMITAR,  aiurmecer,  toscanejar  —  cabe- 
cear. 

jDORMiTivo,  soranifero. 
,   DORSO,  costado.  coslAS,  lombo. 

d.^aR,  dosr,  prendar  —  ornar. 

DOTES,  exce!lt'nci8s,  partes,  p-^endas.  pre- 
rogativss,  qualidades,  vantagens  —  bens. 

DOLDiCE,  demência,  loucura  —  di-parate, 
extravagância  —  imprudência,  temeridade. 

DOUDO,  <itímente,  louco,  meniecapto,  ton- 
to —  imprudente  —  embellezado,  incautado 

—  alegre,  briucào,  folgasão. 

DOURADO,  áureo,  aurífero,  auriílão,  auri- 
gero. 

DOURAR,  honrar—  ornar  —  aditar  —  real- 
çar —  encobrir,  paliisr. 
,.  DOUTO  ou  Dueto,  sabedor,  sabio",  S'»pien 
te,   sciente  —  erudito  —  babil,    instruído, 
perito. 

DOUTOR  ou  Doctor,  mestre,  professor. 
,  DOUTRINA  ou  Doctrina.  sabedoria,  saber 

—  erudição,    scieucii  —  disciplina,  ensino, 
instrucção  —  letras  —  artes. 


dragXo.  drago,  serpe,  serpente  —  solda- 
do —  boíida  —  {ci(^j')  feio,  horrendo  —  in« 
supportavel  —  máu  —  turbulento. 

DUBio,  ambiguo,  duvidoso,  incerto,  vario, 
perplexo,  suspenso,  vacillanto. 

DUELLO,  desafio,  *  dueo  —  combato,  liça, 
•requesta  —  pundonor. 

DUENDE,  espectro,  larva  —  demónio  —  es- 
pirito —  t''asgo. 

DULCiFiCAR,  adoçar,  edulcerar. 

DULCisoNo,  doce. 

DULÇOR,  doçura  —  melindre,  mimo. 

DUPLICAÇÃO,  repptiçôo. 

DUPLICAR,  dobrar,  redobrar  —  reiterar, 
repetir. 

DUPLO,  dobro  —  dobrador. 

DUHAçÃo,  dura,  espaço,  hitervallo,  tem- 
po —  decurso  —  continuação,  permanência,- 
perseverança. 

DURADOURO,  durável  —  estável,  permanen- 
te—  aiurador,  tirme,  solido. 

DURAR,  conlinuar,  p«'rsistir —  existir,  sub- 
sistir, viver  —  aturar,  permanecer,  perseve- 
rar —  resistir,  soíTrer  —  dilatar-se,  eslen- 
der-se.      .•■.',., 

DURÁVEL,  duradouro  —  duro  —  estável, 
tirme,  solido. 

DUREZA,  firmfsa,  solidez  —  asperesa,  aus- 
teridade, rogidez  —  crueza,  deshuraanidade 
—  constância,  inflexibilidade. 

DUKo,  foíte,  rijo,  solido  —  firme,  inílexi- 
vel  —  teimosj.  lesto  —  ferrenho  —  repu- 
gnante, resistente,  difficil  —  cruel,  deshu-' 
mano  —  áspero,  molt  sto,  pesado. 

DUVIDA,  ambiguidade,  incerteza  —  indeli- 
beração,  indeterminarão  —  hesitação,  sus- 
ppinsão  —  irresolução,  perplexidade.  vacilia« 
cão  —  objecção  — altercação,  contenda,  con- 
trovérsia, debate,  dispuia  —  discórdia,  dis- 
sensão. - 

DUVIDAR,  hesitar,  vaclllar  —  receiar,  sus- 
peitar, temer — escusar,  recusar. 

DUVIDOSO,  ambiguo,  equivoco  —  dúbio, 
incerto  —  suspt^ilo  —  perigo  —  indeciso,  ir- 
resoluto,  vacillante  —  casual,  precário. 


235 


040 


EDU 


ELG 


E 


I9RIBDADB,  bebedice,  borracheira,  em- 
briaguez. 

ÉBRIO  onEbrioiOt  bêbado,  borracho,  em' 
briagado,  temulento, 

EBÚRNEO,  marfiloso  —  alvo,  branco,  can^ 
dido  ^  liso. 

EÇA,  cenotaphio,  mausoleo,  sarcophago, 
tumulo  —  sepulcro. 

ECCLEsusTico,  clerlgo,  padre,  sacerdote 
— ■  {(idj.)  cânon,  canónico. 

ECHO  ou  Ecco,  resono,  reiumbo,  som. tom. 

ECLIPSAR,  escurecer,  obscurecer,  oííuscar 

—  cobrir,  esconder,  occultar. 
ECLipsAR-SR,  desapparecer,  esconder-se 

—  ausentar-se, 

ÉCLOGA  ou  Egloga,  idyllio, 

ECOSOMIA,  económica  direcçSo,  governo, 
regimen  —  parcimonia,  poupamento. 

ECONÓMICO,  governado,  poupado  —  mo- 
derado. 

ECONOMisADOR,  ecouomico,  poupado,  par- 
co. 

ECONOMisAR,  poupar  —  reservar—  admi- 
nistrar, governar  (bem). 

ECÓNOMO,  administrador,  mordomo  —  des- 
penseiro. 

ECÚLEO  ou  Equleo,  cavallete,  polé,  potro. 

EDACiDADE  ,  sofrcguidão ,  voracidado  — 
glotonia. 

EDAx,  comedor,  comilão,  gargantão,  vo- 
raz —  gastador. 

EDIFICAR,  construir,  fabricar,  lavrar,  le- 
Tanlar,  plantar  —  estabelecer,  fundar. 

EDiFiCATivo,  edificante,  exemplar,  regu- 
lar. 

EDIFÍCIO,  casa,  palácio,  templo  —  fabrica 

—  domicilio,  habitação,  morada  —  compo- 
sição. 

EDITAL  OU  Edictal,  cartaz  —  mandato, 
ordem,  ordenação. 

EDITO  ou  Edicto,  decreto,  ordem,  prag- 
mática. 

EDUCAÇÃO,    creação,  disciplina,   ensio- 
iosirucção. 


BDucARt  orear,  doctrinar,  ensinar,  instit 
tuir. 

EFEBO  ou  Ephebo,  adolescente,  mancebo,^ 
moço,  rnpaz. 

EFFECTivo,  certo,  real,  verdadeiro  —  efli» 
caz,  positivo  —  existente  —  convincente  -* 
perseverante. 

EFFEciuoso,  efficaz  —  effectivo. 

EPFEiTO  ,  cumprimento ,  realisaçJio  — i 
execução  —  fim  —  consequência,  resulta  -* 
[pi.)  roupa,  trastes. 

EFFEiTUAR,  cufflprir,  eucher,  executar. 

EFFEMiNAçÃo,  braudura,  delicadeza,  indo» 
lencia,  molleza. 

EFFEMiNADo,  adamado  —  mulherengo  — • 
deUcado  —  moUe  —  voluptuoso  —  cobarde^ 
fraco,  maricas. 

EFFEMiNAR,  amoUeccr,  enervar,  enfraque* 
cer  —  acobardar. 

EFFERADO,  cmbravecido,  enfurecido. 

EFFiCACiA,  actividade,  energia  —  força,^ 
poder,  propriedade,  virtude. 

EFFICAZ,  aflTicaz,  certo,  infallivel  —  sau* 
davel. 

EFFiGiE,  figura,  imagem,  retrato  —  esta* 
tua  —  representação. 

EFFUGio,  desvio,  escapula,  excusa,  sub»» 
terfugio. 

EFFusÃo ,  derramamento,  espargimento- 
—  confiança. 

ÉGIDE,  escudo,  rodela. 

EGRÉGIO,  admirável,  excellente,  eximiOn 
insigne,  perfeito  —  ncbre. 

EGRO,  achacado,  doente,  enfermo. 

EIRADO,  galeria,  terrado,  varanda. 

EITO,  ordem,  serie. 

EIVA,  falha,  fenda,  racha — balJa,  defei*» 
to,  falta,  pecha  —  podre,  podridão. 

EIVADO,  falhado,  falho,  rachado  —  bicho« 
so.  podre,  defeituoso. 

*  Eixmo,  cerrado,  hort?,  quintal  —  bal< 
dio. 


EIXO,  aie. 
ELCHE,  arrenegado 


apc5tala, 


EMB 

BLRRANCiÀ,   delicadeza,  escolha,  policia 

—  aceio,  limpeza  —  polidei  —  belleza,  for- 
mesura  —  graça. 

iLiGAWTE,  discreto,  polido  —  melindroso 

—  airoso,  bizarro,  guapo  —  bello,  galante, 
lindo. 

f  LiGER,  adoptar,  escolher,  preferir. 

iLirçlo,  delecto,  escolha  —  designação, 
elosimento,  nomeaç&o  —  sanctiíicação,  vo- 
OAçao.  ' 

BLiiTo  ou  EUctOt  escolhido. 

ILEMKMTO,  massa,  matéria  —  fundamen- 
tO|  principio  —  ípl.)  rudimentos. 

BLBNCo,  cathalogo,  índex,  taboada. 

iLtvAçÃo,  altura  —  celsitude ,  grandeza 
•—  exaltação,  sublimidade  —  magnanimida- 
de— cima,  cume,  pico —■  cômoro,  eminên- 
cia —  orgulho,  tumidez. 

ELiVADO,  alteroso,  alto  —  erguido,  excel- 
lente,  nobre,  sublime  •—  altivo,  orgulhoso. 

ELEVAR,  alçar,  erguer,  levantar,  subir 
•—  exaltar,  sublimar  —  enlevar. 

iLMO,  *  almafre,  cspacete,  casco,  cimei- 
ra, morriào. 

ELOCUÇÃO,  dicçào,  enunciação,  estylo,  ex- 
pressão, fraze. 

BLOGiADOR,  gabadoF,  louvador  —  lison- 
geiro  —  panegyrista. 

ELOGIAR,  gabar,  louvar  —  celebrar,  exal- 
tar, panegyricar,  preconisar  —  exaggerar. 

BLOGio ,  panegírico  —  encómio  ,  gabo  , 
louvor  —  approvaçào  —  recommendação. 

ELOQURRCiA,  facundia  —  rhetorica. 

BLOQUBUTE,  discrolo,  elegante,  facundo  — 
enérgico,  nobre,  palhetico,  persuasivo. 

ELUCIDAÇÃO,  clareza,  esclarecimento,  ex- 
plicação, exposição, 

ELUCIDAR,  explanar,  explicar. 

eva»  abestruz,  grou. 

EMANAÇÃO,  nascimento,  origem,  principio 
•^dependência. 

emanar,  nascer,  originar-se,  proceder, 
sair,  vir. 

EMBARAÇAR,  enganar,  entreter,  illudir. 

EMBAÇAR,  descorar,  empallidecer —  (n.) 
assombrar-se. 

Embaciar,  deslustrar,  desluzir.  empanar 

embaídor,  embusteiro,  enganador,  trapa- 
ceiro. 

embaís,  enganar,  illudir,  lograr  —  embe- 
lecar. 

embalar,  acalentar,  adormecer  —  diver- 
tir, empalhar,  entreter,  esperançar. 

embaraçar,  enleiar  —  atalhar,  estorvar, 
impedir,  tolher  —  emmaranhar  —  atravan- 
car, empachar  —  incommodar. 

embaraço,  enleio,  perturbação  —  diíTicul- 
dade,  estorvo,  impedimento,  obstáculo  — 
empacho. 

EMBARAÇOSO,  dilTicil,  cspinhoso  —  impi- 
doso  —  importuno,  incommodo. 


EMB 


9U 


embaralhar,  confundir,  mesclar,  mistu- 
rar—  baralhar,  pertubar. 

embarbascar,  atontar,  entonlocor  —  Iro» 
pecar. 

EMBARCAÇÃO ,   embarcamento,   embarque 

—  náu,  navio,  vasilha,  vaso  —  galeão,  ga- 
lera —  barco,  esquife  —  lenho,  pinho,  vé-» 
la. 

BMBARCAR-sB,   melter-so  (em  barco,  etc.) 

—  entremetter-se ,  ingerir-se  —  começar  , 
emprehender. 

EMBARGAR,  pcnhoraf,  sequestrar  —  ata- 
lhar, obstar  —  tolher  —  reprimir — empatar. 

IMBARGO,  empacho,  estorvo  —  impedi- 
mento, suspensão  —  duvida,  opposiçào, 

EMBARQUE,  cmbarcamento. 

BMBARRANCAR,  embaraçar  —  atascar,  ato- 
lar, 

EMBARRARCAR-SE  ,  atalhar,  enleiar-se  — 
despenhar-se. 

EMBARRAR,  arglllar  —  luctar  —  (n.)  embi» 
car,   topar,   tropeçar  —  (r.)  galgar,  trepar. 

EMBASBACAR,  cmbeilezar-se,  enlevar-se  — - 
duvidar,  hesitar. 

EMBATE,  chofre,  choque,  encontrão,  en- 
contro, pancada,  topada,  tope,  topetada, 
toque  —  marrada. 

EMBAUCAR,  embelecar,  enganar  —  hallu- 
cinar. 

EMBAXAOA  OU  Embaixada,  deputação,  le- 
gação —  commissão,  encargo,  messagem  — ^ 
noticia,  nova — aviso,  recado. 

EMBAXfADOR  OU  Embaíxodor,  agente,  de- 
putado, enviado,  ministro,  núncio  —  mes- 
sageiro. 

EMBEBECER,  embriagar  —  enlevar  —  (r.) 
embasbacar-se. 

EMBEBEDAR,  omborrachar,  embriagar,  ine- 
briar. 

EMBEBEDAR-SE,    chupistar. 

EMBEBER,  banhar,  ensopar,  molhar  —  be- 
ber, sorver  —  encaixar,  metter  —  absorver, 
gastar  —  encobrir, 

EMBEBIDO,  ensopado  — encaixado,  intro- 
duzido, mettido  —  absorto,  enlevado  —  ce- 
vado. 

EMBBLÍ.CAD0R,  enganador. 

EMBELECAR,  cmbair  —  embcllecer,  embel- 
lezir. 

EMBELEco,  embaímento  —  illusão  —  estu- 
pefacção, pasmo  —  embuste,  engano,  im- 
postura. 

EMBELLEZAR,  aformosear,  alindar,  embol- 
lecer  —  adornar,  enfeitar,  ornar  —  altraír, 
enlevar,  inijanlar. 

EMBESPINHAR-SE,  8ssanhar-se,  enf&dar-se, 
irar  se,  irritar-se. 

EMBEZERRADO,  carrflncudo,  carregado  — 
amii.ido. 

EMBICAR i  topar,  tropeçar ~  n^tar  -  cen- 
surar. 

?36 


942 


EMB 


EMP 


EMBiCAR-si,  dirigir^se,  encaminhar  se,  en- 
dereçar se.     - 

EMBíRRAR,  o^stinar-se,  profiar,  teimar. 

Ks^BUEMA,  divisa,  empresa  —  gerogllBco 
—  allegoria,  figura,  iioagem,  representação, 
signal,  syrobolo,  lypo. 

i-mbocadura  cu  Emboccadura,  barra,  bo- 
ca, Ênirada,  í'oz. 

EMBOCAR  ou  Emboccar,  enfiar,  entrar. 

£mb:lSar,  arrecadar  —  pagar,  reembol- 
sar, 

IMBOLSO,  ppganaento,  recrob.lso. 

EMBORAS,  congratulações,  felicitações,  pa- 
ralDcns. 

íMBOiíRACHAii,  embebedar,  embriagar, 
inebriar. 

EMBOSCADA,  cilad.i,  espera  —  espreita  — 
artificio,  ecigano  —-  bosque,  floresta, 

EMBOTAR,  botsr,  desaUar,  rebotar  —  amol- 
lectír,  enervar,  enfraquecer. 

EMURANDircER,  abruudar,  adoçar,  amol- 
lecer  —  enternecer. 

EMltRAx^QUECEa,  branquear,  cfil.^r  —  cm- 
rar,  levar  —  (n  )  alvejar  —  encanecer,  en- 
velhecer. 

EMBRAVECRR-SE,  eíTtifíir  SB.  embospinhar- 
se,  embravear-se,  enfurecer-se  —  encrue- 
cer-se  —  er.capeliar-se. 

>iMBRAV2ciMENT0  ,  braveza  ,  bravosidade  , 
crueldade,  ferociJade,  fúria. 

EMBRENHAR- SE  ,  cmboscar  se  ,  enselvar- 
se. 

EMBRIAGAR,  ecibebodar,  emborríchar,  ine 
bri/»r. 

EMBRIAGUEZ,  bebedice,  cabelleira,  ebrie- 
dsde. 

EMBRIÃO,  aborto,  feto  —  anão,  pitorro. 
pygtneu. 

EMBBíDAR  SE,  60 subcrbeccr  SB,  entonar- 
se  —  desaforar  se. 

EMEKULiiAriA,  confusão,  garabulha,  sal- 
sada—  enredo,  intriga. 

íMnRLLUADOR,  iotTigaute,  involvedor,  re- 
■yclyedítr  —  perturbador,  turbíilento. 

ÉMBRCLBAMENTO,    CíIgulllO,    UaUSa. 

EMBKULHAK,  eucerrar,  iuvolver  —  entrou- 
xar—  confundir,  embaraçar,  perturbar  — 
engvilhfír,  nausear  —  arrojar,  desgostar. 

EMBRULUAR-SK,  encapolar-so  —  auuviar- 
se,  escur^cer-se,  toldar-se. 

EMBKLLno,  invoitorio  —  pacote,  Irouxi- 
nha. 

EMBRUSCAR-SE,  anuviar-se,  escurecer-se, 
toldir  se — carregar  so  — encolerisar-se,  eti- 
fttdar-se  —  entristecer- se. 

£MB»i!XAR,  encfirouchar,  enfeitiç*ir. 

KMBLç\i)o,  riisfarçaçlo,  dissimulado  — «a- 
coberlo.  incógnito.  oceuUo  —  rebuçado. 

EMBLÇAR-sK,  cobrírsô  —  diàfarçar-stí,  dis- 
simular se. 

tiiuucuiii,  fartar,  saciar. 


aaBuço,  bioco,  rebuço  —  disfarce,  dissi» 
mulaçSo,  dissimulo, 

EUBUDE,  funil. 
_  EMULSTE,  dolo,  Gogano,  falsidade,  men» 
tira  —  trapaça,  velhacaria. 

EMBUSTEIRO,   fallaz,   impostor,  nientircsí) 

—  velhaco  — tratante,  truão,  tunante. 
FKBUTiR,  atochar,    incrustar,  marchetar, 
EMENi>A,    corref-ção,   lima,    polimento  — 

reforma  —  escarmento  —  satisfeção  —  mul- 
eta. 

EMENDADOR,  corrcctor. 

EMENUA»,  corrigir,  polir,  retocar — cas- 
tigar, punir  —  vingar  —  remediar  —  itfor- 
mar  —  resarcir,  sanear  —  indemnisar  —  re- 
compensar. .,., 

EMÉRITO,  aposentado  —  reformado  —  in- 
valido —  jubilado. 

EMiNEKciA,  alLura  —  altiveza,  elevação, 
sublimidade. 

emínejste,  alto,  elevado,  subido  —  gran- 
de —  superior  —  exccllente,  iiiustre. 

EMISSÁRIO,  espia,  espião  —  guarda,  olhei- 
ro, vigia. 

EMMAGuECER,  emmagrentar. 

EMMARA.-^HAR,  embdfaçar,  enredar,  intrin- 
car, travar.  \^ 

EMAi  UQUECER,   ensurdecor. 

iMOLLui,  Abrandar,  amollentrr,  embrãn- 
decer,  nnilliíicar  —  «frouiar,  relaxsr. 

emollmãnto,  benesse,  ganho,  lucro,  pre- 
calço,  prol,  proveito 

líMPACUAR,  atravancar  —  embaraçar,  pe- 
jar —  atalhar,  estorvar,  impedir  —  sobre- 
carregar. 

EMPACHO,  embaraço,  obstáculo  —  pf^jo. 

emi>antaNado,  atascado,  atola-lo  —  («<{/)' 
iílagsdiço,  apaulado,  brejoso,  lodoso,  pau- 
ta iiuso  j  _ 

E5ÍPANTANAH-SE  ,  acafvar  so,  atascar-se,, 
atobr-se  —  íniaularse,  ^'ucbarc^r-se.    ,, 

ímpastufak-se,  ensuberbecèr  se,  inflár- 
se. 

EMPANTURRAR-SE,  atulhar  se,  ÍArtar-se  — 
repimpar-se  —  dosvanecer-se,  entonar-se, 
intumocer  so. 

EMPARAR,  banhar,  embeber,  ensopar,  im- 
pregnar, molhar.  ^^ 

EMPAREi)AR-SE ,    oncerrar-so  ,   entaipar  se 

—  clausurar-se,  encelíar-se,  reclusar-se.     ; 
EMPARELHAR,  "^  igar,  iguaUr  —  irmanar  — 

jungir. 

EMPATAR,  embargar — embaraçar,  sus- 
pender —  atalhar-se  oppôrse. 

EMPATE,  embargo  —  indecisão,  irresolu- 
çào  —  op  posição. 

EMPEÇAR,  embicar,  topar,  tropeçar. 

fMPííCER,  alíjlhar,  estorvar  —  damnificar, 
prejudicar. 

KMpeciLHO,^  emp-^ço,  estorvilho,  estorvo, 
óbice,  obiiacúlo,  òi-posiçâa. 


EMp 


E.^C 


943 


Empeço,  empecilho,  estorno  —  *  come- 
ço. '   • 

EMPEçoiNHKMAn,  envcncnir. 

EMpEDKRNiii-sK,  empoderneccr-se,  empe  • 
drar-se,  pelrificar-se  —  endurecer-se. 

EMPEDRADOR,  calceleifo  -^  petrificador. 

EMPEDRAR-SE,   empedemecer-se,   petrifi- 
car-so. 
'   EMPENHADO,   cndividado  —  hypothecado 

—  interessado. 

EMPENHAR- SB,  penhorap-sB  —  endividar- 
se  —  trabalhar  por... 

EMPENHO,  penhor  —  divida  —  atlenção, 
cuidado,  desvelo,  zelo  —  protector,  valedor 
^—  recommendação- 

EMpFRRADO,  aferrsdo,  obstinado,  teimoso. 

EMpERRAK-SE,  obstinap-se,  teimar. 

EMPESTADO,  pcsiifcro,  pestiltínte. 

EMPESTAR  ,  apeçonhenlar  ,  inficionar  -- 
corromper. 

EMPINADO,  alto,  erguido,  l3vantado  —  al- 
tivo, soberbo  —  escarpado,  Íngreme  — exal- 
tado —  encumeado. 

EMPINAR,  encumear  —  alçar,  erguer,  le- 
vantar. 

empíreo  ou  Empyreo,  bemaventurança, 
céu.  paraiso. 

empobrecer-se,  arruinar-se,  exhaurir-se. 

Empobrecimento^  indigência,  miséria,  ne- 
cessidade, penúria,  pobreza. 

empola,  bolha,  fula  —  pomar,  quinta,  — 
*  amhula. 

■•'  empolado,  inchado,  túmido— alto  —  cres- 
cido —  gordo  —  medra-lo  —  túrgido. 

empolar,  ensurberbecer,  entonar,  inchar 

—  (n.)  enriqu«ícer. 

empolgar,  apolgar,  empunhar  —  agarrar, 
aferrar. 
^  empobio,  cidade  —  porto  —  capital. 

empregar,  occupar  —  apoderar,  servir-se, 
usar  —  consumir,  despender,  gastar  —  ap- 
plicar. 

emprego,  cargo,  posto  —  cíficio  —  occu. 
pação  — ■  ccmmissão,  negocio  —  compra, 
gaslo. 

empreitada,  tarefa. 

EMPRENDER  OU  Emprehender,  começar,  in- 
terprender,  tentar  —  cercar,  sitiar  —  ex- 
pôr-se. 

emprenhada,  gravida,  pejada,  prenhada, 
preuha. 

•EMPRENHAR,  concebcr,  prenhar. 

EMPRENHiDÃ'^.  gravidcz,  prenhez. 

EMPRESA  ou  Emprcza,  desígnio,  projecto, 
resolução  —  divisa,  emblema  ---  ensaio,  ten- 
tativa. 
•'eMPrestar,  prestar  —  attribuir. 

EMPROADO,  altivo,  arrogante,  ufano  —  an- 
corado. 

EMPROAR,  aproar,  proejar  —  ancorar,  fun- 
dear —  varar. 


EMPULHAR,  aíTrontar,  ÍDJariar  —  zombar 
do... 

iMPLRHAR,  apunhar,  punhar  —  pegar,  to- 
mar. 

EMPURRAçÃo  ou  Empurva,  sé^ía  —  impef* 
linencia  —  canceira,  trabalhadeira  (a  ou- 
trem). 

BMPunRAH,  empuchar,  impellir. 

EMPUX4R,  empurrar,  impellir  —  rechaçar, 
repellir. 

EMULAÇÃO,  estimulo  —  rivalidade  —  com« 
petencia,  concorrência  —  ciúme,  inveja  — 
imitação. 

EMULAR,  competir,  rivalisar. 

EMULO,  rival  —  competidor,  concurren- 
te  —  adversário,  antagonista  —  cioso,  in- 
vejoso. 

EKCADEAÇÃo  OU  Encãdeiação,  nexo,  or- 
dem, serie  — connexão,  encadeamento. 

ENCADEAR  ou  Eiicadeiãr,  agrilhoar  —  li- 
gar, prender  —  ajunctar,  unir. 

ENCAIXAR,  encaixotar  —  inculcar ,  per- 
suadir —  cair  —  embutir,  engastar. 

ENCAIXE  ou  Encaixo,  embutido,  engaste 

—  nexo,  travação,  união. 

*  ENCALÇAR,  pcrseguir,  seguir  —  alcançar. 

*  ENCALÇO,  seguimento  —  pegada,  pista, 
sigoal,  vestígio. 

eí^calhar,  varar  —  coalhar. 
encaminhalor,  conductor,  director,  guia. 
ENCAMINHAMENTO,   consclho,  dirocçào  — 
estabelecimento. 
ENCAMINHAR,  guiar  —  dirigir,  endereçar 

—  inspirar  —  ensinar  —  persuadir. 

ENCANECER,  embrauqurcer  —  alvejar. 

ENCANECico,  cano,  grisalho  —  debilita- 
do, enfraquecido  —  alvo,   branco. 

ENCANTADO  OU  Incantado,  encerrado  — ' 
recatado  —  maravilhado,  namorado. 

encat^tador  ou  Incantadcr  ,  feiticeiro, 
magico,  mago,  veneíico  —  (ad;.)  agradável, 
amável,  delicioso. 

ENCANTAR  ou  Jucantar,  enfeitiçar  —  ar- 
rebatar, enlevar,  extasiar  —  surprender  — 
deleitar  —  esconder. 

ENCANTO  ou  Iiicanto,  feitiço  —  incanta- 
mento,  magia  —  prestigio  —  adraitação, 
assombro,  enleio,  pasmo,  suspehsão  —  ma- 
ravilha, portento,  prodígio.  '^ 

enCantoar-se,  acantoar- se  —  retlrar-sô 

encapoeíRar-se,  encantoarse. 

enCarado,  considerado,  olhado,  visto. 

encaramelar-se,  congelar-se  — encodea^- 
se,  ^'* 

encarapinhado,  crespo,  encrespado,  fri- 
sado, lanoso. 

encarar,  arrostar  —  considerar,  mirar. 

FNCARCERAR,  prender  —  aferrolhar  — 
engaiolar. 

ENCARECER»  cngrandtícer,  exagerar,  hy- 
perbolisar  —  encarentar. 

m  ^ 


9'i4 


ENC 


EKC 


ENCARECIMENTO,  amplificaçSo,  augmento, 
engrandecimento,  escarceo,  exaggeração,  hy- 
perbole  —  carestia. 
,  ENCARENTAR,  Biicarecor. 

ENCA.jtETAR-sE ,  caralular-SG  ,  encaraçar- 
se,  mascarar-se. 

ENCARGO,   cargo,  dever,  obrigação,  ptn 
Sáo  —  commissão,    encarrego,  incuDabencia 

—  <5esconlo,  gravame. 

ieNCAKNA,  encaixe,  engaste  —  chanfro. 

ENCARNAÇÃO,  carnação. 

eisca«nado,  rubro,  vermelho  —  corado, 
rubicundo  —  entranhado  —  encarniçado. 

ENCARKiçADO,  assanhado,  enfurecido,  ir 
rilado  —  cevado  —  pertinaz. 

ENCARRIÇAM2NT0,  flferro,  obslínação,  per- 
tinácia —  perseguição  —  furor,  irritação,  sa- 
nha —  animosidade  ,  paixão  —  crueldade  , 
ferocidade. 

ENCARNIÇAR,  açular,  incitar  —  encoleri- 
sar,  enfurecer,  irritar  —  perseguir  —  afer- 
vorar. 

ENCARNIÇAR- SE ,  assanhar-sG  —  cevar-se 
— '  golpear-se  ,  lacerar-se  —  afervorar-se, 
8Íincar-se  —  obstinar-se,  porfiar,  teimar  — 
perseguir  —  vexar. 

EKCAROuCHAR,  embruxar,  enfeitiçar  —  en- 
garchar. 

ENCARQUILHAR,  arrugar^  enrugar,  rugar. 

ENCARREGADO,  agente  —  (ad;'.)  encommen- 
dado,  recommendado. 

ENCARREGAR,  encommendar,  incumbir  — 
gravar. 

ENCARREGO,  cargo,  encargo,  obrigação. 
.   EscARTAçÃo,  encartamento,  encarte  —  de- 
gredo, desterro,  proscripção. 
.  ENCARTAR,  banir,  proscrever. 
^  ENCARVOAR  ou  Encarvoiçar^  enfarruscar, 
tisnar  —  ennegrecer. 

ENCASAR,  encaixar  —  introduzir  —  habi- 
tuar. 

encasquetar,  encabeçar,  persuadir. 

ENCASTELLAR-sE,  forlalezar-sG,  fortificar- 
se. 

ENCASTOAR,  engastar  —  encasquilhar  — 
embutir,  encaixar. 

^  ENCATAKROAR-SE ,   cndeíluiar- Sô  —  cons- 
tipar-se. 

ENCENDiMENTO,  iac6ndio  —  ardor,  inflam- 
mação. 

ENCENDRAR,  apurar,  purificar. 
.   ENCERRADLRA,  Encerramento  ou  Encerro^ 
clausula  —  retiro  —  conculsão,  fim. 

ENCERRAR,  clausurar,  encellar  —  cercar, 
fechar  —  comprehender,  incluir  —  concluir, 
rematar,  terminar. 

ENCETAR ,    começar,    principiar  —  calar 

—  propor. 

ENCHARCAR,  alagar,  inundar. 
v.NciiAHCAa-SE,  cnsopar-SG,  líiolhar^se  -— 
enbmearse. 


ENCHENTE,   cheia,   esto,  levada,  torrente 

—  alluvião,  innundação. 

ENCHER,  abarrotar,  attestar,  '^emprir,  re- 
cheiar  —  occupar  —  cumprir,  satisfazer  '-^, 
agradar. 

ENCHIMENTO,  repleção  —  oppilação  —  em-* 
pachamenlo  —  plenitude  —  copia  —  pasta. 

*  ENCIMAR,  alçar,  elevar  —  acabar,  con-» 
cluir,  terminar. 

ENCLAUSTRAR,  clausurar  —  encorrar,  fe- 
char, ferroihar. 

ENCOBERTA,  abrigo,  valhacouto  —  escon- 
dedouro,  escondrijo  —  escaninho. 

ENCOBERTO,  occulto,  sccreto  —  desconhe- 
cido, incógnito  —  furtado. 

ENCOBRIDOR,  escoudedor,  occultador. 

ENCOBRIR  ou  Ejicubrir,  esconder,  occul- 
tar  —  disfarçar,  dissimular  —  calar,  guar- 
dar —  acolher  —  favorecer. 

ENCo^ERisAMENTO ,  agastameuto,  cólera, 
enfado. 

ENC0LERI5AR-SE,  agastar-se,  enfadar-se, 
indignar-se,  irar-se,  irritar-se. 

ENCOLHER,    contrahír,  encurtar,  estreitar 

—  acanhar  —  attraclar. 

ENCOLHER-SE ,  contrahir-se,  estreitar-se, 
retrahir-se  —  acanhar-se. 

ENCOLHIDO,  contracto  —  retrahido  —  timi* 
do,  vergonhoso. 

iNcoLHiMENTO,  contracçSo  —  ftcanhamen* 
to,  timidez  —  pejo,  vergonha. 

ENCOMENDA  o\i  Encommenda,  commissio, 
incumbência. 

ENCOMiAR,  elogiar,  gabar,  louvar. 

ENCÓMIO,  elogio,  gabo,  louvor,  panegy* 
rico. 

ENCONTRADO,  junto,  unidô  —  contrario , 
opposto  —  impugnado,   resistido  —  atacado 

—  incompatível. 

ENCONTRÃO,  choque,  embate,  pancada— 
empurrão. 

ENCONTRAR,  fichar,  dar  com. .  .  topar, 
chocar,  encontroar  —  achegar,  unir  —  dea* 
ajudar,  desfavorecer  —  offender  —  oppôr- 
se. 

EííCONTRO,  achado,  descoberta  —  estorvo, 
obstáculo,  opposiçâo  —  contrariedade—  cho* 
que,  embate,  conflicto,  recontro  —  àct* 
so. 

ENCopAR,  enfunar,  inchar,^ 

ENcoBDio,  bubão,  gallico,  ingua,  mula. 

ENCORDOAR,  cordar,  cordoar  — (n.)  des- 
confiar. 

'  ENCORNELHADO,  aviltado  —  dcshonrado, 
escornado  —  rejeitado- 

ENCORPADO,  corpulento  —  expesso,  forni- 
do, grosso. 

íNCOHPADURA  OU  EncorpomcntOt  corpo,' 
corpulência  —  espessura,  grossura. 

ENCORPAR,  crescer  —  engrossar.  ^    , 

íNGORPORAR,    anncxor,    unir  —  admillir, 


ENIV 


EJIP 


945 


associar  —  mesclar,  misturar  —  colleccio- 
nar. 

ENCORREAR-sE,  — encarquilhaf-se,  enco- 
Iher-se,  enrugar-se. 

ENCOSTO,  costeiro,  ladeira,  subida. 

ENCOSTAR,  acostar,  animar  —  apoiar. 

ENCOSTA,  arrimo,  encostaraento  —  recli- 
natorio  —  columna  —  protecção. 

ENCOuciiADO,  acanhado,  encolhido. 

ENCoucnAR,  curvar  —  acocorar  —  aba- 
ter, comprimir,  deprimir. 

ENCOVAR,  enterrar  —  esconder,  occultar. 

ENGOVAR-SE,  bsconder-se,  occultar-se  — 
rctirar-se  —  encantoar-se. 

ENCRAVADO,  piegado  —  logrado  —  cul- 
pado. 

•  ENCRAVAR,  cravar,  pregar  —  enganar, 
lograr  —  accusar,  culpar. 

ENCRESPAR,  anueUr,  frisar,  riçar  —  en- 
rugar. 

F.MCRUAR,  exasperar,  indignar,  irritar. 

ENCRUAR-SE,  engorlar-SB  —  encarniçar- 
se  —   encruLcer-se  —  exasperar-se. 

•  ENCRUECER-sE,  encruar-sB  —  embravecer- 
Se  —  enfurecer-se. 

.  eíccruzar,  atravessar. 

ENCRUZILHADO,  cruzado,  encruzade  —  (pi.) 
bravos,  encapellados  (mares). 

ENCUBADO,  tscondido,  occulto. 

INCUBAR,  cubar  —  esconder. 

encukralar,  acurralar  —  encantoar  — 
encerrar,  rodear. 

encurtamento,    abreviação,   contracção, 
diminuição,  encolhimento. 
-  ENCURTAR,  abreviar,  acurlar,  diminuir,  es- 
treitar —  cortar,  decepar  —  atalhar. 

encurvadura  ,  arqueadura ,  curvatura  , 
curvidade, 

ENCURVAR,  acurAar,  arquear,  dobrar,  en- 
vergar, inclinar  —  emborcar  —  abater,  hu- 
milhar. 

ENDECQA  ou  Enãexã,   nenia. 

ENDEMONINHADO,  dcmoninhado,  endiabra- 
do, obsesso,  possesso  —  energúmeno,  espi- 
ritado —  furioso  —  extravagante,  louco  — 
maligno. 

endeusamento  ou  Endeusamento ,  apo- 
Iheosis,  deílicaçào. 

ENDEOSAR  OU  Endeusar»  adeusar ,  deifi- 
car, divioisar. 

enrereçamknto,  direcção  endereço. 

ENDEREÇAR,  encamiuhar,  endereçar,  di- 
rigir —  endireitar. 

ENDIABRADO,  cndemoniiihado  —  diabóli- 
co, infernal  —  desatinado,  furioso  —  máu. 

ENDINHEIRADO,   peCUUioSO,    ficO. 

ENDiíEiTAR,  clircitar  —  alinhar  —  cor- 
rigir, emenlar  —  c-minhar,  dirigir-se  a... 

ENíuviDAUo,    empenhado. 

KNDiiDAR,  empenhar,  penhotar —  obri- 
gar. 

VOL.   IV. 


E:<;DoexçAS,  dò'e5,  padecimentos,  paixões, 
tormentos  —  indulgências. 

enduramento,  callo  —  dureza  —  obsti- 
nação. 

ENDURECER,  endurar,  endurentar  —  en- 
rijar —  callejar,  curtir  —  obstinar  —  pren- 
der —  fortificar  —  insensibilisar. 

ENDURECIMENTO,  durcza,  iuduração — obs- 
tinação, teima  —  insensibilidade. 

ENEO,  brônzeo. 

ENERGIA,  caracterismo,  hypotyposis,  vi- 
veza —  emphasis,  nervo  —  ellicacia,  for- 
ça, virtude  —  vshemencia  —  animo,  vi- 
gor. 

ENÉRGICO,  emphatico,  expressivo,  forte, 
nervoso,  significativo  —  animoso,  vigoroso 

—  poderoso. 

EN.^íRGUMENO,   endcmouinhado,  possesso. 

ENERVAçÃo,  ^dfcbiliJade,  debilitação,  en- 
fraquecimento, fraqueza. 

ENERVAR,  abater,  afracar,  atlenuar,  de- 
bilitar, enfraquecer  —  effeminar. 

ENFADADiço,  agastadíço,  rabogento,  toma» 
diço. 

ENFADAMENTO,  eufado  —  desgosto  —  mo- 
léstia —  fastio. 

ENFADAR,  aborrir,  enojar,  molestar  — 
desgostar  —  incommodar. 

BNFADAR-sF,  desgostar-sô  —  enfastlar- 
se,  agaslar-se,  anojar-se  —  arrufar-se  — 
cançar. 

ENFADO,  agastamenlo,  enfadamento  —  ar- 
rufo —  consumição,  moléstia,  pena  —  fa- 
diga, trabalho. 

ENFADONHO  OU  Enfaioso,  trabalhoso  — 
cáustico,  impertinente,  importuno  —  moles- 
to, pestdo  —  fâsticso. 

ENFARDAR  OU  Enfardelar^  empaquetar, 
enf&tilhar,  entrouxar. 

ENFARINHAUAMENTE,  dissimukda,  OCCulla- 

mente. 

ENFARO,  asco,  fâstio,  tédio. 

ENFARRUSCAR,  afumar,  encarvoar,  ennô* 
grecer,  tisnar. 

ENFASTíAR-sK,  atediar-SB,  desgostar-âe  — 
cançar-se, 

ENFEITAR,  adcreçar,  afeitar,  ataviar,  con- 
certar —  adornar  —  ornar  —  embellezar. 

ENFEITE,  adereço,  atavio,  concerto,  gala 

—  adorno  —  louçania  —  ornato. 
ENFEITIÇAR,  cmbruxar  —  arrebatar,  ia- 

cantar. 

ENFERMAR,  adoecer. 

ENFERMIDADE,  achaque,  doença,  moléstia, 
indisposição. 

ENFERMO,  doente,   doentio,  valetudinário 

—  invalido  —  vacillante. 

FNFESTA,  alto,  assomada,  cimo,  cume,  cu- 
miada. 
iNFEiADO,  definhado,  peco. 
ENFEZAR,  eacoleris-jir,  eafadar. 

ia; 


€46 


ENti 


zm 


■ENFIADA,  enca<Ieação,  encadeamento,  ne- 
xo, serie  —  fieira,  fileira,  íio. 

ENFIADO,  descorado,  desfallecido,  pallido 
— -  dirigido  —  cravado,  enfileirado. 

enfiam«nto,  cólera,  paixão,   sanha. 

ENFIAR,  continuar  —  entrar  —  dirigir 
—  enfileirar  —  [n.)  empallidecer  —  assus- 
tar-se  —  perturbar-^e  —  acommelter, 

enflorecer,  ílorecer,  florir. 

Enfraquecer,  afracar,  attenuar,  debili- 
tar, enervar,  enfraquear  —  gastar. 

ENFRAQUECIMENTO,   debilidade,  fraqueja. 

EMFRASGAR-SE,  melter-se  —  enredar-se, 
implicar-se  —  entregar-se  —  cevar-se,  en 
carniçar-se. 

Enfrear  ou  Enfreiar,  bridar  —  mode- 
rar, refrear  —  conter,  suspender  —  do- 
mar, reprimir. 

ENFRiAR,  arrefecer,  esfriar,  resfriar. 

enfronhar-se,  arrogar-se,  impor-se  — 
,insinuar-se,  introduzir-se. 

ENFUNADO,  cheio,  iuchado,  retesado  — 
soberbo,  ufano, 

Enfunar,  atesar,  encher,  entesar,  inchar. 

enfunar-se,  desvanecer-se,  ensoberbecer- 
se,  inflamar-se  —  elevar-se,  inchar-se. 

enfurecer-se,  assanhar-se,  enfuriar-se, 
irar-se,  irritar-se  —  esquentar-se. 

enfurecido  ou:  Enfuriado,  colérico,  furi- 
bundo, furioso,  irado. 

E]sF[jscAR,oífuscar— denegrir, ennegrecer, 

enGalfinoar-se,  agarrar-se,  travar-se. 

ENGANADOR,  caloteifo,  trapaceiro,  velha- 
co [adj.)  embaidor — seductor,  subornador. 

enganar,  burlar,  illudir  —  atraiçoar  — 
seduzir,   subornar. 

ENGANO,  fallaoia,  fraude  —  dolo,  embus- 
te, falsidade  —  burla,  logro  —  embaimen- 
to  —  esparrella,  maranha,  tramóia  —  illu- 
são  —  artificio,  astúcia  dissimulo  —  cinca, 
erro  —  equivocação. 

ENGANOSO,  capcioso,  lllusorio  —  falso  — 
,doloso^  fallaz,  fallacioso —   fraudulento. 

engarampar,  Engarapar  ou  Engaram- 
ponar,  enganar,  engodar,  fraudar,   lograr. 

engaranhado,  embaraçado,    enleiado. 

ENGARAYiTADO,  arripiado,  enganido,  in- 
teiriçado, tolhido. 

ENGASGADO,  engasgalhado ,  entalado  — 
afogado,  sufí'ocado  —  enleiado,  turbado. 

ENGASGALHAR-SE,  enleiar-se —  entalar-se, 
prender-se. 

ENGASGAR,  suíTocar  —  entalar —  emba- 
raçar. 

ENGASGAR-SE,  afogar-^B,  suíTocar-se  — 
embaraçar  se,  entalar-se,  preuder-se  —  en- 
leiar-se,  perturbar-se. 


ENGASTE,  embutido. 

ESGEiTADO  ou  Erijeitado,  abandonado, 
rejeitado  —  refasado  —  exposto  —  [s.) 
renotalho. 

ENGEiTAiiEHTO  ott  Enj&itamento,  repu* 
dio  —  rebotalho,  refugo  —  redhibiçâo. 

ENGEiTAR  OU  Enjeitar,  desacceitar,  re- 
cusar, refusar  —  expulsar,  repellir  —  re** 
gar  —  repudiar  —  [expor  —  regeitar  — 
reprovar. 

ENGELHADO,  onfugado,  Tugoso  —  acanha» 
do,  eoícolhido,  enleiado. 

ENGELHAR-SK,  arrugar-so,  rugar-se  — myr-» 
rar-se. 

ENGENDRAR,  gerar,  procrear  —  causar, 
occasionar,  produzir  —  excitar. 

ENGENHAR  OU;  Ingenhav,  imaginar,  in- 
ventar —  machinar,  traçar  —  fabricar  — 
adaptar. 

ENGENHO  ou  Ingeuho,  espirito,  génio,  ta» 
lentt"  —  destreza,  habilidade  —  agudeza, 
subtileza  —  capacidade  —  machina  —  ar- 
dil, astúcia. 

ENGENHOSO  OU  Ingenhoso,  artificioso^  so- 
lerte  —  agudo,  arguto,  conceituoso  —  es- 
tudado —  inventivo. 

ENGODAR,  aliciar  — embelecar  —  embaír, 
lograr. 

ENGODO,  cevo,  isca  —  attractivo,  carea- 
ção  —  chamariz,  negaça  —  affago,  cwi- 
cia. 

engolfar-sk  ou  Engolphar-se,  emmarar-» 
se,  empegar  se  —  eatranhar-se,  entregar- 
se. 

engordar,  cevar  —  engordurar,  ence- 
bar,  untar  —  adubar,  adubiar,  estercar, 
estrumar. 

ENGRAÇADO,  divcrtido,  gracioso,  jovial  — • 
lépido,  loução  —  agradável,  galante,  gen- 
til. 

ENGRANDECER,  accrcsceutar,  alargar,  am-» 
pliar,  amplificar,  augmentar;  dilatar,  es- 
tender —  encarecer,  ex?ggerar  —  elevar, 
exaltar,  sublimar  —  decantar. 

ENGRANDECIMENTO,  amphficação,  augmen- 
to  —  elevação  —  encarecimento,  hyper-» 
bole. 

ENGRANZAR  on  EngroxaTt  enfiar  (contas) 
—  burlar,  enganar. 

ENGRAXAR  OU  EngraíxaT,  graixar  —  sujar, 

ENGRiLAR-sE,  agastar-so,  embespinhar-se, 
enfadar-se,  irar-se. 

ENGR1M.ANÇ0  OU  EnguiHmanço,  artima-» 
nha,  engano. 

ENGRINALDAR,  griualdar  —  enflorar  — * 
enfeitar. 

ENGROSSAR,  accrosccntar,  augmeiítar,  en- 


ENGASTADO,  eucastoado  —  embebido,  en-ígrandecer  —  encorpar,  fornir  —  (n  )  inchar 


xerido,  mettido. 

ENGASTAR,  encastoar,  engastoar  —  embu- 
tir, encaixar,  enxerir. 


—  espessar  —  enr  quecer. 

ENGUIÇO,  olhado  —  zanga  —   desastre, 
infortúnio  —  aborto. 


£K0 


ENS 


947 


tNGULiR  OU  Engolir,  engulipar  —  gra- 
mar —  devorar,  tragar  —  acapellar,  sor- 
ver —  absorver  —  dissimular,  occullar  — 
desprezar,  soíTrer. 

.  ENIGMA  ou  *  Enima,  advinhaçâo  —  pa- 
rábola—  allegoria,  emblema,  symbolo. 

ENIGM4T1C0,  abslraclo ,  abstruso,  escu- 
ro 

ENJAizAR,  ajaezar,  arreiar. 

iRJOADO,  nauseado  —  aborrido,  enfastia- 
do. 

ENJOAMENTO,  enjôo,  n.Tusea. 

ENJOAR,  nausear  —  aborrecer,  causlicar. 

ENJOO  ou  Eftjôo,  enjoamenlo,  náusea,  vo- 
mito —  aborrimenlo,  desprazer. 

ENLAÇAR,  prender,  travar  —  enleiar,  illa- 
quear. 

^  ENLACE,  enlaçamento,  ligadnra,  nó  — 
TÍncuIo,  uniào  —  enleio,  perplexidade  — 
coalho. 

ENLAMEAR,  l»mear  —  enlodar. 

Enleado  ou  Enleiado,  embaraçado  —  en- 
redado, intrincado  —  confuso,  indeciso, 
perplexo,  suspenso  —  acanhado. 

enlear  ou  Enkiart  atar,  enlaçar,   ligar 

—  embaraçar,  implicar  —  suspender    — 
confundir. 

enleio  ou  Enlêo^  atilho,  liame  —  trava- 
ção  —  embaraço,  enredo  —  confusão,  la- 
byrintho  —  diili>juMade,  duvida  —  flu:)tua- 
ção,  indeterminação,  perplexidade,  vacilla- 
ção 

enlevação,  extasis.  rebatamento,  trans- 
porte —  suspenção. 

ENLEVAMENTo,  enlcvação,  extasis,  Tapto, 
roubo  —  suspensão. 

ENLEVAR,  arrebatar,  extasiar,  transportar 

—  suspender —  admirar,  incantar  —  le- 
vantar. 

KNLHEAMKNTO,  confusão,  cmbaraço,  en- 
leio. 

ENLHEAH,  alhear,  alienar. 

ENLODAR,  Iodar  —  enlamear. 

enloquecer,  endoudecer  —  (n  )  ensan- 
decer. 

ENLOURECER,  amarellecer,  lourecer  —  (n.) 
amadurecer,  seccar  —  flavescer. 
'  ENLUTAR  ou  Eíiluctar,  aluctar   —  aílli- 
gir,  angustiar,  penalizar  —  entristecer. 
'  ENLUTAR-SK   OU   Enluctar-se,    ennuviar- 
se,  entenobrecer-se,  escurecer,  toldar-se. 

ENMANQUECER,  claudícar,  coxoar,  nctn- 
qurjar. 

ENNEGRECER,  denegrir,  tisnar  —  escure- 
cer —  dilfamar,  infamar. 

ENNEVOAR-SB,  pscwrecer-se,  obscurece r-se, 
toldar-se  — deslumbrar-se,  hallucinar. 

ENNOBRECER,  nobiUtar,  nobrecer  —  illos- 
trar  —  decorar. 

ENOJAR,  agastar,  (»nfadar  —  aborrir  — 
cííender  —  nausear. 


BNOJAii'«E,  agfistar-se,  eofadar-se  —  des- 
goslar-se. 
ENOJO ,    cólera ,    enfadamento ,    enfado 

—  tédio,    tristeza    —    aborrimento    — 
damno. 

ENOJOSO,  nojento,  nojoso  —  aborrido  — 
molesto  —  odioso  —  tedioso. 

ENORME,  irregular  —  f e  o  —  excessivo, 
exorbitante  —  descompassado,  desmarcado, 
dosproporcionado  —  grandíssimo  —  prodi- 
gioso—  atroz,  horrível  —  nefando. 

ENORMIDADE,  dcsproporção  —  fealdade  — 
atrocidade,  horror. 

ENOURiÇAR-SE,  arripiar-se,  encrespar-se, 
ouriçar-se  —  ennjar-se,  entesar-se  —  inleri- 
çar-se. 

ENRAIVECER,  agastar,  desesperar,  enrai- 
var, impacientar. 

ENRAIVECIDO,  cnraivado,  raivoso  —  dam- 
nado  —  furibundo,  furioso,  violento  —  en- 
colerisado  —  desesperado. 

ENREDADO,  coufuso,  cugrenhado,  enleia- 
do, implicado. 

ENREDADOR,  intrigante  —  embrulhador  — 
trapaceiro  —  artiíicioso. 

ENREDAR,  entretecer,  tecer,  travar  —  pren- 
•ier  —  enleiar  —  surprender  —  intrigar  — 
machioar,  tramar. 

ENREDO,  tecido  —  artificio,  cabala — ardil, 
engano  —  laço  —  maranha  —  mexerico  — 
intriga. 

ENREGELAR,  coDgelar ,  gelar  —  enfriar, 
resfriar. 

ENRIQUECER,  curicar —  engrossar  —  ador- 
nar, ornar. 

ENROLAR,  rolar  —  esconder,  involver. 

ENR03CADURA  OU  Enroscamento,  dobra, 
volta  —  torcedura. 

ENROSCAR- SE,  eurolar-se,  entortilhar-se, 

ENROUPAR,  cobrir,  roupar. 

ENROUQUiciMENTO ,  rouquez  ,  rouquice, 
rouquidão. 

ENRUBECER,  avcrmelhar-so,  corar,  rnbre- 
cer. 

ENSACAR  oiEnsaccary  emprazar,  encan- 
toar, encurralar. 

ENSAIAR,  experimentar,  provar,  sondar, 
tentar,  tentear. 

ENSAIO ,  exame  ,  experiência  ,  preludio, 
prova,  tentame,  tentativa  —  noviciado,  ty- 
rocinio. 

ENSANCHAR,  alargar,  dilatar,  espaçar. 

ENSANDECER,  enlouquecer. 

ENSEADA  ou  Ensaiada,  abra,  angra,  ba- 
hia  —  abrigada  —  ancoradouro. 

ENSECAR  ou  Enscccar,  consumir,  esgotar, 
exhaurir  —  averiguar  —  concluir  —  exami- 
nar —  varar. 

ENSFjo,   occasião,  opportunidade,  tempo 

—  conllicio,  pd^j». 
iKSENHoREAR,  dominaj.  senhôréHr, 

^37  * 


948 


ENT 


EIÍT 


KTfSRNnoREAR-SE,  apodorar-se,  spossar-so, 
assenhorar- so,  senhorear-se,  towar. 
♦  ENSINANÇA,  doctrina,  ensiaação,  ensino 

—  máxima,  preceito, 

ENSiNAB,  doctrinnr,  instruir  —  adestrar, 
amestrar  —  dictar,  inspirar  —  educar  — 
escarmentar  — »  indicar ,  mostrar  —  repe- 
tir, 

ENSINO ,   creação ,  educação,  ensinação, 
inslrucção  —  disciplina  —  preceito  —  ades 
tramento  —  {pi.)  donseliios,  direcções,  má- 
ximas, preceitos. 

EissoBRRBECER-SB  OU  Ensuberbccer-se , 
enfunar-se,  entonar-se,  inchar-se,  intume- 
cer-s8  —  allerarse,  empolar-se. 

ENSOLHAR,  assoalhar,  pnvimentar,  sobra- 
dar. 

ENSOPAR,  embeber,    empapar  —  banhar, 
molhar  —  humectar,  humedecer, 
■  ENSOSSO,  dcsenxabido,  insulso,  semsabor, 
sem  sal,  sosso  —  tosco  —  deseograçado. 

•  *  ENSUJENTAR  ,    emporcalhar,   manchar, 
sujar. 

ENSURDECER,  emmouquecer,  ensurdar. 

ENSURDECiMENTO ,  mouquidão ,  surdez  , 
surdeza 

ENTABOADO  OU  Entabuado  ,  assolhado  , 
pavimentado  <—  duro,  retesado,  rijo ,  te- 
so. 

•  ENTABOAR  OU  Entabuarf  assolhar,  forrar, 
pranchear. 

.  ENTABOLAR,  díspor.  Ordenar,  preparar. 

ENTABOLAR-sE,  inserir-se,  metter-se  —  en- 
xertar-se. 

ENTAiPAR,  enclausurar  —  encerrar  —  en- 
carcerar, prender  —  murar. 
,  iNTALAçÃo  ou  Entaladura^  diíficuldade, 
embaraço  —  aíllicção,  aporto. 

ENTALAR,  apertar  —  embaraçar. 

ENTALEiGADO,  ensaccsdo  —  cheio,  farto 
-»-  repimpado. 

ENTALHAR,  abrir,  cortar,  exarar,  livrar. 
^  ENTANGuiDO,  arripiado,  enteriçado. 

ENTApiÇAR  ou  Eíitapizav,  alcatifar,  guar- 
necer, tapiçar  —  esmaltar,  matizar. 

ENT8,  existência,   ser,  subsistência,  vida 

—  entidade. 

ENTEjo,  antojo  •—  enjoo,  fastio  —  aversão, 
tédio. 

ENTENDEDOR  OU  lutendedor,  intelligente, 
intendido,  perito,  sciente  —  hábil. 

ENTENDER  OU  Intender,   perceber,  saber 

—  aicanf;ar,  comprehender,  crer  —  sentir 
-r-  concluir  —  julgar,  pensar  —  conhecer  — 
intentar,  tencionar  —  occupar-se  —  *  alar- 
gar, ampliar,  estender  —  {s.)  intelligen  • 
cia.     ^ 

ENTENDIMENTO  OU  Iniendimnto ,  intelli- 
gencia,  juizo,  ra/.ão,  souso  —  cí^pacidadc, 
saber,  laleiílo  -  coujpiehençiiu,  inenle  — 
madureza. 


ENThNEBRECER-rSE  ,  emluctar-so  ,  escure- 
cer-síí,  tolilar-se. 

ENTENRECER,  abrandar,  amoliecer. 

ENTERNECER,  abrandar,  apiedar,  compun» 
gir,  mover  —  amansar  —  entenrecer— amol- 
iecer, molliíicar. 

ENTERRADOR,   COVeírO. 

ENTERRAMENTO,  enterra ção  —  onterro,  exé- 
quias, funeral,  sepultura. 

ENTERRAR,  sotcrrar  -^  sepultar,  esconder, 
occultar  —  inutílisar, 

ENTERRO,  enterração,  enterramento,  exe*» 
quias,  funeral,  sahiraento  —  mortalha, 

ENTERTUBAR,  Interromper,  perturbar. 

ENTES ídura,  rijeza,  tesão,  tesura. 

ENTESAB,  alesar,  estender,  estirar  —  en- 
durecer, enrijar  —  afitar,  levantar. 

ENTESTAR,  demarcar  —  encostar  —  confi- 
nar, defrontar. 

ENTHESOURAR,  athcsourar  —  accumular, 
amontoar  (ouro,  etc)  —  depor—  guardar, 
recolher. 

ENTiiusiASMAR,  arrebatar,  extasiar,  incan- 
tar,  transportar. 

ENxnusiASMo,  delirio,  estro,  transporte- 
—  inspiração. 

ENTuusiASTA,  fanatico,  lonatico,  visioná- 
rio. 

ENTiBiAR-SE,  afracar,  aíTrouxar—  resfriar- 
se. 

entidadb,  essência,  natura,  qualidade, 
ser  —  ente  —  existência,  realidade  —  impor- 
tância. 

entoação,  solfejo  —  consonância,  r jelo- 
dia.    » 

ENTOAR,  cantar  —  recitar  —  solfejar. 

entonado  ,  altivo,  desvanecido,  suber- 
bo. 

ENTONAR-SE,  onsuberbecor,  desvanecer-se, 
inchar-se  —  empertigar-se,  entesar  se. 

ENTONO,  arrogância,  orgulho,  suberba  — 
insolência. 

entornadura,  derramamento,  eílusão. 

ENTORNAR,  derramar,  vasa r,  verter  —  es- 
palhar, esparzir  —  desperdiçar. 

ENTORPECER,  adormentar,  entumecer  — 
atar,  enleiar  —  alalh.ir  —  qualhar. 

entorpecisento,  adormecimento,  entu- 
mecimento,  torpor. 

entortadura,  torcedura,  torcimento,  tor- 
tura—  curvidrde.  \ 

entortar,  dobrar,  torcar,  voltar. 

entrada,  ingresso  —  correria,  corrida  -— ', 
começo,  principio  —  amizade,  conhecimpn- 
to  —  occasiã j,    opportuiiidade  —  accosso  — ^ 
cabida,    privança,    valimento  —  exórdio  — 
*  renda  —  *  pensão. 

ENTRADO,  movido  —  pcnotrado,  persuadi- 
do, apod(?rado. 

EKi RALHAR,  emffialhar  —  enleiar,  pren- 
der —  enredar. 


ENT 


EXV 


94i) 


ENTRANHARsc,  cnirar,  racllor-so. 

ENTRANHAS,  cnlredenhas,  intestinos,  tri- 
pas —  vísceras  —  coração  — naliirAl  —  aíTtn- 
ç8o,  íircizade,  benevolência,  sensibilidade, 
ternura. 

ENTttANnAVKL,  ppofunio  —  cxlremo,  inti- 
mo —  affectuoso. 

INTRAH,  introduzir-se,  penetrar  —  prin- 
cipiar —  desomboccar  —  estonder-so  —  exa- 
minar—  dtílornr  —  *  obrigar-se. 

ENTR8  ou  *  Antre^  no  meio  —  dentro  — 
a  través. 

EiSTREDiZER  ,  defondtíP ,  prohibir ,  ve- 
dar. 

BNTREFORKo,  guardapó  —  entrecasca. 

ENTREGA,  outorgamento  —  rendição  — 
traição. 

ENTUEGAB,  daf  —  restiluir  —  outorgar  — 
denunciar,  trabir. 

ENTREGiiR-sE,  dar-ss  —  8pplicar-se  — ren- 
der-se  —  prender-se  —  satisfazer- se. 

ENTREGUE,  entregado  —  dado  —  remédio, 
sujeito,    vencido  —  habituado  —  reslituido 

—  traíJo,  vendido. 

ENTREMKios.    cntremedios,    interposições 
. —  adhcreucias,  intervenções,  valias. 
ENTREMENTES,    entretanto  —  ena   quanto. 

ENTHEMETTKR,    intcrpôr. 

ENTREMETTER-SE,  intervir  —  ingerir -se 
t—  influir  —  eaiprender  —  atravessar-se. 

ENTREMíTTiDO,  cntrcturbado.  interrom- 
pido —  misturado  —  {adj  )  intrigante. 

ENTRSMETTiMSNTO,  íutorposição,  iuterveii- 
çào  —  mediação  —  ajuda,    soccoiro  —  meio 

—  ministério. 

ENTREMEZ,  farça — riso,  zombaria. 

INTRESACHAR,  eutremciar,  mesclar,  mis- 
turar. 

ENIRESOLHO,  assoalUado  —sótão  —  sobre- 
loja. 

ENTRETECER,  entremeltcr,  ensachar,  tra- 
Tar. 

ENTRETENiDO,  occupado  divertido  —  agra- 
dável. 

ENTRETENIMENTO,  eutretimento,  passatem- 
po, recreio  —  alimento,  mantença  — delon- 
ga —  eí^perença. 

ENTRETER ,  divertir ,  recreiar  —  manter, 
sustent-ir  —  demorar,  deter,  suspender. 

ENTREVADO,  paralytíco,  tolhido —  entene- 
brecido, escurecido. 

ENTREVAR,  paraljticar  —  entenebrecer, 
toldar. 

ENTREVISTO,  penetrante,  previsto,  subtil. 

ENTREZiLiiADO,  de-camatlo,  esguio,  ma- 
gro, secco. 

ENTRISTECER,  aífligir,  augustíar,  contris- 
tar, magoar,  luelancolizar,  penalizar  —  des- 
confurlar. 

ESTRONCADO,  allía !o  —  descendeute , 
oriundo. 

VOL.  ÍT;, 


ENinoNCAR ,  inserir,  inlerpollar   —  [n.\ 

desccndíT  do...  * 

ENTRONEAR,  Kntmnizar  ou  Enlhronisar, 

elevar,  exaltar,  sublimar. 

ENTROUXAR,  empacotar,  eníardar,  enfa^jy,^ 
delar,  enfatilhar.  ^^ 

ENTRUDO,  carnaval. 

ENGULHO,  caliça,  cascalho,  pedregulho, 
etc. 

ENTUPIR,  atupir,  entulhar,  obstruir,  tu- 
p:r. 

ENTuviADA  ,  confusão  —  pressa  —  briga, 
pendência. 

ENUNCIAÇÃO,  articulação,  expressão,  lo» 
cução,  palavra  —  asserção,  proposição  the- 
se  —  explicação  —  adagio,  aphoiismo,  apo- 
phetegma,  axioma,  máxima,  provérbio,  sen- 
tença. 

ENUNCIADO,  expresso,  exprimido,  signifi- 
cado —  [s.)  enunciação. 

ENUNCIAR,  declarar,  explicar,  expor  — 
articular,  dizer,  exprimir,  pronunciar. 

ENVASAR,  envasilhar  —  atascar ,  atolar, 
enlodar. 

ENVENCiLHAR,  atar,  liar,  ligar,  prender. 

ENVENciLii.\R-SE,  enrcdar-se,  liar-so. 

ENVERDECER,  reverdeccp,  verdejar  —  [n  ) 
revpgetar  —  enramar- so  —  enfolhar-se  —  vi- 
gorar-se. 

ENVERGONHADO,    COUfuSO,    VOrgOnhoSO. 

E>?vERGONH.\R,  abater,  humilhar  — con- 
fundir. 

ENVERGONHAR-sE,  corar,  correr-se,  enver- 
gonçar-se,  pejar-se. 

envermeliieCer  ,  en vermelhar ,  rubos- 
cer. 

*  ENVESTiR,  forrar  —  vestir  —  revestir. 

ENVEZ  ou  Envés,  aveso,  reverso. 

ENVIADO,  agente,  deputado,  embaixador, 
ministro  —  apostolo  —  (arf;.)  mandado. 

ENVIAR,  mandar^  rcmelter  —  despachar, 
expedir. 

ENVjEzADO.  esguelhado,  torto. 

enViEzar,  esguelhar,  obliquar. 

ENVILECER,   abater,   humilhar  —  aviltar,  ^ 
deprimir,  vilipendiar. 

ENviLEciMENTo,    abatimcnto ,   humiliflção 

—  baixeza,    desprezo  —  aviltamrnto,  vileza 

—  abjecção,  corrupção,  degradação. 
ENVOLTA  ou  luvolta,   comp.^uhia  —  con« 

fusão  —  mistura  —  ensejo,  occasião,  tempo 

—  [pi]  enredos,  meiadas. 

ENVOLTO  ou  Involto,  iuvolvido  —  emba- 
raçado —  occupado  —  encoberto  —  confusa 

—  enlaçado  —  turvo  —  acompanhado  —  r.^.- 
curo,  toldado  —  misturado  —  circumdado, 
rodeado. 

ENVOLTÓRIO  OU  InvoUorio  ,  cmbrulho  , 
Irouva  —  lió. 

iiNvoLVtiJOR  ou  Tnvoltedor,  iuiolturio  — 
çaredador,  mexeriqueiro. 

238 


450 


EPI 


EEO 


BNVOLVEDouRO  o\x  Invohçdouro ,  cinleiro, 
faixa,  mantilha. 

ENVOLVER  ou  Involver,  eoabrulhar— ac- 
cusar  —  escurecer,  toldar  —  comprehender, 
conter  —  melter  —  embaraçar. 
'  ENXABiDO,  desenxsbido  —  insulso. 

ENXAcoco,  algaravia,  geringonça,  vascon- 
ço. 

ENXADÃO,  diferce,  alvião. 

£:;xâm£:,  cardume  —  caterva,   multidão, 
tropa. 

INXARA,  raeíagal, 

*EKXECo,  dumno,  mal  — perda,  prejuí- 
zo—coima,  muleta,  pena, 

ENXERGÃO,  almadraque,    enxerga,   xer- 


bkxeroar,  distinguir,  divisar,  observar, 
vêr. 
ENXERiR,  inserir  —  enxertar,  plantar, 

ENXOFRE,    Sulfur, 

ENXOFRENTO,  cnxofrado,  sulpburoso. 
ENXOTAR,  afugentar,  expellir,  expulsar  — 
apartar,  desviar. 

ENXOVALHAR,  manohar,  sujar —  deslustrar 

—  afíronlar,  injuriar,    insultar  —  diílamar. 
ENxovALHAR-SE,  enlamear-se  —  emporca- 

Ibar-se,  sujar-se  —  desacreditar-se  —  pros- 
tituir-se, 

ENXOVALHO,   aíTrouta,  descrédito,  injuria 

—  desprezo. 

ENXOVAR,  encerrar,  prender. 

tNXOviA,  calabouço,  ergástulo,  masmor- 
ra. 

ENXUGAR,  seccar  —  esgotar,  vasar. 
.  ENXURDAR-SE,  eulameaí-se,  enlodar-se. 

ENxuRDEiRO,  enxodrciío,  lameiro,  loda- 
çal (de  porcos). 

ENXURRADA  OU  Enxuvro^  cbcia,  crescen- 
te, levada,  torrente  —  demazia,  excesso. 

ENXUTO  ou  *  Enxuito,  secco  —  ii;agro  — 
desabrido  —  deschoroso  —  insensivel  — des- 
pejado —  deschuvoso. 

eoo,  oriental, 

EPANAFORA  ou  EfauaphorA,  reloção  — 
repetição. 

EPHiMERO,  diário. 

EriCEDio,  elegia,  nenias. 

epiceNO,  promíscuo. 

KPico,  beroico. 

EPiDEMJA,  andaço,  coutagião,  contagio. 

EPiDEMico,  contagioso,  pestilencial,  pcs- 
tilente  —  communicativo. 

Epj DERMA  ou  Epiderme,  cutícula,  pelli- 
cula,  tez. 

j{;riGASTR0,  abdómen. 

jçPiGRAPHE,  inscripção.  titulo. 

EPILEPSIA,  golta  coral,  malcaduro. 

EPILOGAR,  concluir  —  recapitular,  resu- 
mir. 

EpiioGO,  conclusão,  fecho,  remate  —  ci- 
fra» compendio,  rcsi*oio,  summa. 


EPISODIO,  digressão,  incidente 

EPISTOLA,  carta,  missiva. 

EPITÁFIO  ou  Epitaphio,  inscripçSO;  se*» 
pulcbral. 

EPiTiiETO,  adjectivo  —  qualidade,  quali^ 
ficação  —  appelUdo,  sobreuomo  —  alcunba, 
antonomásia. 

EPiTOMAR,  abreviar,  coropendíar,  epilo- 
gar, recapitular,  reduiir,  resumir. 

EpiTOME,  abreviação,  compendio,  resu* 
mo,  summa. 

EPOCA  ou  Epocha,  era,  idade,  tempo. 

EfODO,  máxima,  sentença. 

EQUIDADE,  igualdade,  imparcialidade,  in- 
tegridade, justiça,  retidào  —  razão  —  mo- 
deração. 

equilíbrio,  equilibraçSo,  igualdade,  pro^ 
porção. 

EQUiPAGE  ou  Equipagem ,  acompanha- 
mento, comitiva  —  carruagens,  estado,  trem 

—  cáfilas,  comboy  —  marinhagem,  tripula- 
ção. 

EQuivocAçÃo,  engano,  equivoco,  erro. 

equivocar-se,  enganar-se. 

Equivoco,   amphibologico,  duvidoso,  in- 
certo—  p)  oblematico,  suspeito  —  (*.)  ambi-- 
guidade  —  subtileza. 

equoreo,  marino,  maritimo. 

equuleo,  cavallete,  potro  (de  tractos). 

ERÁRIO,  thesouro. 

ERAS,  epochas,  idades,  tempos  —  dias  — 
duração. 

EREBO,  Averno,  Tártaro  —  Estyge  —  in- 
ferno. 

ERECÇÃO,  creação,  estabelecimento,  fun- 
dação, instituição  —  elevação. 

ERECTO,  erigido,  fundado. 

EHECTOR,   creador,    fundador,  instituidor 

—  elalor. 

EREKiiA,  anachoreta,  ermitão,  monge, 
sohlario. 

EREO,  herdeiro  —  senhorio  —  [adj  )  brôn- 
zeo, eril. 

ERGÁSTULO,  cadeia,  cárcere,  masmorra, 
prirão. 

EKGO  ,  logo  —  excepto  ,  salvo  —  mas  — 
pois. 

ERGUER,  alçar  —  aprumar,  endireitar  — 
guiíidar. 

Erguer-se,  levantar-se  —  elevar-se. 

ERIÇAR,  arfiçar,  arripiar,  ouriçar. 

erigir,  alçar,  levantar  —  guardar —  crear, 
estabelecer,  fundar,  instituir. 

ERIL,  brônzeo,  eneo. 

ERMAR,  despovoar. 

Ef-.MtDA,  igreginha  — cppella  —  en*mitfirIo, 

ERRiiTÃo,  anachoreta,  cenobita,  eremita, 
monge  ~  recluso,  solitário. 

ERMO,  desvio,  retiro,  solidão  —  drcam* 
pado  —[adj.)  deserto,  déspovoacb,  solití«rio. 

ERoticó,  aipatçrio,  amoroso. 


ESB 


ESC 


051 


ERRADICAR,  arrancar,  desarraigar. 

ERRADO,  erróneo,  falso  —  culpado  ■— de- 
íeituoso  —  desgarrado- 

errantk,  erralicD,  fagilivo,  vagnmundo. 

notAii,  vagamundear,  vagar,  vaguear  — 
desacertar  —  cincar  —  peccar  —  oíTeader  — 
desenconirar-se. 

.     ERRÁTICO,  desordenado,  irregular  —  an- 
dante, vagabundo. 

iRRiÇAR,  encrespar,  entesar,  ouriçar. 

iRRO,    desacerto,   engano,  inadvertência 

—  error  —  falsa    opinião  —  crime,    delicto 

—  culpa,  peccado  —  illusào. 

^  iRROR,  desvio,  rodeio  —  culpa,  erro,  er- 
ronia. 

ERUDIÇÃO  ,  capaeidade  ,  conhecimento  , 
doutrina,  instrucçào,  saber,  sciencia. 

erudicto,  douto,  sabedor^  sábio  —  let- 
terador. 

invoDO,  medronheiro. 

ESBABACADo,  attonito,  estupefacto,  pas- 
mado. 

ESBABACAR,  cmbasbacar,  estupescer. 

ESBAFORIDO  OU  Esboforido,  ancioso^,  an- 
h^ante  —  açodado,  apressado. 

ESBANDAiHAR,  esfarrapar,  rasgar. 

ísbanjador,  dissipador,  perdulário. 

ESBANJAR,  dissipar,  estragar,  estruir. 

esbarrar,  atirar,  lançar  —  {n.)  topar  — 
escorregar  —  cair  —  errar. 

esbarrocar-se,  atirar-se,  despenhar-se, 
lançar-se,  precipitar-se. 

esbarrondadeiro,  barranco,  despenhadei- 
ro, precipício. 

esbarrondar,  cair,  despenhar-se,  pníci- 
pitar-se  —  investir. 

esbirro,    alcaide,    alguazil  —  agarrad-or, 
beleguim,  quadrilheiro  —  archeiro  —  sai.el- 
lite. 
.  EsaocAR  ou  Esboccar,  desemboccar. 

esboçar,  bosquejar,  delinear,  traçar. 

esboço  ,  bosquejo  —  debuxo  ,  desenho  , 
risco  —  delineação  —  borrão,  rascunho. 

esbofar,  anhelar,  arquejar  —  cançar,  es- 
tafar. 

esbofetear,  bofetear. 
esbombardbar,  bombardear,  bombear  — 
canhonear,  varejar  —  trovejar. 
esboroar,  desterroar,  pulverisar. 
esborrachar,  esmagar,  machucar,  pizar 

—  arrebentar. 

ESBORRALUADA,  dispersào,  espalhafato,  es- 
palhamento. 

esborrondar,  derribar,  precipitar. 

esbranquiçado,  alvacento,  alvadio,  exal- 
■«içado,  ruço. 

ESBKAVEAR  OU  EsbratejãT,  agastar-se,  en- 
colerisar-se,  enfadar-se  —  enfurecer-se — 
grilar. 

ESBRAYACER,  bravear,  embravecer,  esbra- 
vejar. 


iSBRAZTAR  OU  EsbrãsiaT,  abrasar,  accea* 
der,  afoguear,  inflammar  —  avermelhar,  co- 
rar. 

ESBUGALHAR,  esmigalhar,  esmiuçar,  puN 
verisar. 

ESBULHAR,  desapodcrar,  desapossar,  des- 
pojar, despropriar  —  espoliar. 

ESBULHO,  despojamento,  despojo,  espolio 
—  furto,   roubo  —  pilhagem,  presa,  saque. 

ESBURACAR,  buracar,  furar. 

ESBURGAR,  descascar  —  descarnar. 

ESBUXAR  ou  Esbuchar,  deslocar,  desqpan* 
char  —  esmigalhar,  espedaçar,  que*jrar. 

EscABECflE,  conserva  —  enfeite,  ornato  — 
ardil,  artimanha,  treta. 

ESCABELLAR  ,  desgrcuhar  —  destoucar  — 
esguadelhar. 

escabello  ou  Scabello,  tamborete  —  ban- 
quinho —  estradinho. 

ESCABROSO  ou  ScabrosOf  áspero,  sarabu- 
Ihento  —  diíTicil  —  árduo,  perigoso  —  des- 
igual, escarpado  —  desabrido,  rispido —  du- 
ro, insonoro. 

ESCACEZA,  Escacez  ou  Escassez,  caínheza, 
mesquinharia,  tacanharia  —  avareza,  illibe- 
ralidade. 

ESCACHAR,  abrir,  fender,  separar. 

ESCACO  ou  Escasso,  avaro,  fona,  illibe- 
ral  —  acanhado,  mesquinho  —  parco  —  di- 
minuto, insufficiente  —  apertado,  curto,  es- 
treito —  pouco. 

ESCADA,  degraus,  escala  —  subida. 

esgadeleckr,  dormitar,  toscanejar, 

escafeder-sb,  abalar,  retirar-se,  safar- 
se  —  fugir. 

ESCÃiBAR,  cambiar,  permutar,  trocar. 

EscÀiBo,  commutação,  permutaçÃo,  tro- 
ca. 

ESCALA,  escada  —  espalio,  saque  —  em- 
pório —  exportação,  saca. 

escaLada»  assalto,  escala,  escalamento, 

ESCALAR,  abrir,  fender  —  estripar  —  rou- 
bar. 

ESCALADURA,   abrasamcnto,   queimadura. 

ESCALDAR,  abrasar,  queimar —  escarmen- 
tar —  seccar  —  esterelizar. 

E.scAPíCAJiAR,  abrir,  patentear  —  devas- 
sar. 

esCvaNCHar-se,  escarranchar-se. 

ESC  ANDiiLiSAR,  maltractar,  offender—  in- 
dignara 

EscA  HDAi.o ,  offensa  —  injuria  —  crime  , 
delicto, 

ESCAi  ^DALO  SC ,  offensivo  —  indigno  —  in- 
jurioso. .   . 

escan;ifradcs  descarnado,  magríssimo. 
ESCAP  AR,    ev  itar  —  livrar,    salvar  —  eva- 
dir-se,    retirar-s  e  —  escapulir-se,  fugir. 
ESCAP  OLA,  esc^  lia  —  empório. 
iscAP  ULA,  subt  erfugio,  traça  —  escapató- 
ria. 

.        238  ^ 


952 


ESC 


ESC 


ESCAPULIR  OU  Escapulir^se,  abafar,  esca- 
feder-se,  fugir. 

ESCARAMUÇA,  briga,  choquo,  combate. 

ESCABAPELAR,  agatanbar,  arranhar,  arre- 
pelar. 

•    ESCARMENTAR,  castigar,  corrigir  —  repre- 
liendcr. 

ESCARMENTAR-ss  ,  corrigir-se,  emendar- 
se. . 

ESCARMENTO,  documento,  exemplo  —  des- 
engano —  emenda  —  aviso,  reprehensão  — 
castigo  —  correcção, 

ESCARNAR,  descamar  —  esmiuçar,  esqua- 
drinhar. 

ESCARTíECEDOR  ,  spodadoF  ,  chocarrciro  , 
modojador,  zombador. 

ESCARNECER,  apodar,  chasquear,  motejar, 
zombar  —  ridicuíisar. 

ESCARNEO,  escarneeimento,  irrisão,  mofa, 
zombaria  —  menospreço. 

escarNícador,  derisor,  mofador,  zomba- 
dor. 

escarniCaR  ,  chocarrear,  mofar ,  zom- 
bar. 

ESCARPADO,  alcantilado,  árduo,  imprati- 
cável. 

ESCARRAR,  cuspinhar,  cuspir. 

kscarro,  cuspo,  saliva  —  cuspidura. 

ESCARVAR,  cavar,  escavar  —  comer,  mi- 
nar, solapar. 

esclareckr,  ennobrecer,  illustrar  —  (n.) 
abrir,  aclarar,  alvorecer,  clarificar. 

ESCLARECIDO,  famoso,  illustre,  Ínclito,  no- 
bre —  sagaz. 

ESCOAR,  clarificar,  filtrar. 

EãcoAR-sE,  deslizar-se,  resvalar  —  fugir, 
reíirar-se  —  soltar-se. 

ESCODEAR-SE,  dascôscaf,  descortiçar. 

ESCOLA  OU  Eschola,  aula  —  academia, 
palestra  —  classe  —  doutrina,  ensino  —  sei- 
ta. 

ESCOLAR  ou  Escholar,  sulista,  discipulo, 
estudante  —  [adj.]  clássico,  escholastico. 

ESC05  ASTico  ou  Escholãstico,  aulista,  es- 
tudante—  [adj.)  esciíolar, 

ESCOLHA,  delecto,  soleccção  —  discerni» 
mento,  preferencia  —  designação,  nomea- 
ção. 

ESCOLHER,  discernir,  distinguir  —  eleger, 
preferir  —  antepor. 

ESCOLHIDO,  elegido,  eleito,  *  (jscc /Iheito 
—  separado  —  [s.  pi )  predestinad  os, 

EscoLHiMENTO,  eleição,  escolha . 
•ÈscoLuo,  arrecife,  cachopo,  pfjnha  5co,ro- 
cheJo  —  perigo. 

ESCONDER,  *  absconder,  encfjbrir,  occul- 
tar  —  disfarçar,  dissimular. 

EscoNDaR-SE,  cobrir  se  —  ( jccuUai  '-se,  re- 
tirar-se. 

KscoNDiDAMitNTe,  clandesi'iúa,  furtv  tda  oc 
culiaáiente. 


ESCOSDRiJO,  encoberta,  escondcdouro,  la-* 
libulo. 

ESCONJURADOR,  exorcisti. 

ESCONJURAR,  exorcisar. 

ESCONJURO,  conjuro,  esconjuração,  exor- 
cismo. 

KscoNSo,  esguelhido,  obliquo. 

"^  ESGONTRA,  coutra,  para. 

ESCOPETA,  arquebuz,  clavina,  espingar- 
da. 

ESCOPETADA,  arcabuzada,  clavinaço,  es- 
pingardada. 

EscopfiíEAR,  espiogardear. 

ESCOPO,  alvo,  íito,  ponto  —  intento,  pro- 
jecto. 

ESCORA,  espeque,  esteio  —  amparo,  apoio, 
arrimo.  ' 

ESCORAR,  apoiar,  especar,   firmar,  suster 

—  emparar. 

EscoRCHAR,  dcscascar  — despejar  —  pri- 
var —  esfolar. 

ESCORIA,  fezes  —  lia  — escuma  —  refu- 
go —  vileza. 

BSCORNEAR,  abater,  menosprezar  —  envi- 
lecer —  míltractar  —  altercar,    ventilar. 

ESCORPIÃO,  escorpio,  lacrau. 

EscoRRALHAS,  fezfts,  lía,  pó  sedimeúto. 

ESCORREGADIO  ,  cscorrcgavel ,  lúbrico  — • 
resvaladiço,  resvaladio. 

EscoRREtíADouRO,  resvaladoiro.  ^ 

ESCORREGAR,  dcslizar-sc,  resvalar. 

ESCORREGAVEL,  cscorregadio,  lúbrico»      '■ 

ESCORREITO,  são  —  defciluoso. 

ESCORRER,  dislillar,  goltejar,  pingar  «-• 
esgotar- se  — canjar. 

HscoRRiDO,  esgotado.  ' 

?sscoRROPiCHAR  OU  EscorripichaTt  ensec- 
car,  esgotar,  exhaurír. 

ÈscosER,  ferir,  magoar. 

íiscosiMENTO,  ferida,  golpe  —  dam  no, 
prtjuizo. 

ESCRAVIDÃO,  captiveiro,  servidão. 

ESCRAVA,  *  anciila,   serva,  ' 

ESCRAVO,  captivo  —  negro  —  servo,  sub* 
-dito  —  i^dj.)  dependente,  sujeito. 

ESCREVENTE,  amanueuse,   copista. 

ESCREVER,  compor  —  traçar. 

ESCRIBA»  escrivão,  — copista,  escreventei 

EsCíUTA,  caracter,  lettra  —  escriptos  — 
memorias,  ele, 

ESCRITO,  bilhete  —  sedula  —  composi-* 
cão,  livro,  obra. 

ESCRITOR,  autor.  ! 

ESCRITÓRIO,  bufete,    contador,   papeleira 

—  cartório. 

esckítura,  escriptos,  obras  —  composi-' 
rão,  livro. 

ESCRÚPULO,  duvida,  incerteza  —  inquie- 
tação —  repugnância  —  escropulo. 

escaupuloso,  consciônôioso  —  minucio- 
so —  cui  ladoso,  exacto  —  timorato.        ' 


£8P 


rsM 


953 


«  CiuiAuOR,  esquftdrinhi<lor,  iiidííSfAclor, 
inqiindvr,  iiirestigador  — oxaminador. 

fSCRUTiR,  investigar,  sondar. 

ESCRUTÍNIO,  averiguação,  exame,  indaga- 
ção, informarão,  inqueiição. 

KscuDAR,  abroqueldr  —  defender,  pro- 
teger. 

KSCLDO,  egido  —  broquel,  rodela  — abri- 
go, guarida  —  amparo,  protecção  —  de- 
fesa. 

ESCULÁPIO,  medico. 

KscuLriR,  abrir,  entalhar,  gravar,  lavrar 

—  si  n  zelar  —  imprimir. 
ESCULTOR,  entalhador  —  eslaluario. 
ESCULTURA,   cstatuaria   —  relevo  —  la- 

Yor, 

ESCUMA,  baba,  cuspo,  saliva —  bolhas  — 
escaria,  fezes. 

ESCURECER,  involver  — diflicultar  —  des- 
lumbrar, olFuscar,  infamar  —  apagar,  des- 
lustrar —  ()i  )  embruscar-se,  loldar-se. 

ESCURBZA,  Escuridade  ou  Escuridão,  cer- 
ração, negrume,  nevoeiro,  trevas  —  ce- 
gueira —  abatimento  —  diíTiculdade  —  du- 
vida —  incúria. 

ESCURO,  anuvitdo,  nebuloso,  opaco,  tol- 
dado —  lubrego,  negro,  tenebroso  —  diíTicil 

—  plebeu. 
ESCUSA  ou  Êxcwsa,  desculpa  —  coarcta- 
da —  palliativo,  pretexto  —  dispensa. 

ESCUSADO  on  Excusado,  desatcessario, 
supérfluo  —  desculpado  —  preterido  — 
eximido,   indeferido. 

ESCUSAR  ou  Excusar,  eviiar,  poupar  — 
dispensar,  eximir  —  desculpar,  perdoar  — 
tolerar. 

iscuTA,  espia  —  òtalala  —  corredor. 

EscuTADoa,  ouvinte. 

ESCUTAR  ou  *  Escuitar,  ouvir  —  conce- 
der —  consôntir. 

ESDRÚXULO,  caprichoso  —  impertinente. 

ESFAIMADO,  esfomeado,  faminto  —  ávido, 
cubiçoso  —  inasciavel. 

EàFAiMAn,  afaimar,  esfomear. 

esfalpar,  cançar,   estafar,  fatigar,  moer. 

Esfarrapado,  andrajoso,  maltrapilho,  pel- 
lilrapo,  roto. 

esfarrapar,  espedaçar,  rasgar  —  atas- 
salhar, lacerar. 

esfera,  bola,  globo,  orba  —  capacida- 
de, extensão  —  graduaçSo. 

esf&BiCO,  espheral,  globoso,  redondo. 

ksfggab,  desafogar,  exhaiar. 

f.sfolacaras,  vadio  —  facinoroso,  scele- 
r&d). 

ESFOLAGATO  ,   admoestação  ,  reprebensão 

—  tergiversação  —  interpretação. 
esfolar,  despellar,   escorchar —   esco- 
riar —  arranhar. 

ESFOMEADO,  esfsimado,  famélico,  faminto 

—  ávido,  cubiçoso. 


ESFORÇADO,  foi  te,    robusto   —  animoso, 

valeriio  —  varonil  — •  (í.)  inforcialo.       *í 

ESFORÇAR,  fortificar,  reforçar  —  alentar, 


anira.ir  —  confirmar,  corroborar.  i 

ESFORÇO,  forçíi,  fortaleza,  vigor  — alen- 
to, animo,  brio  —  audácia,  denodo,  valen- 
tia  —  confiança,   esperança  —   contenção 

—  violência. 
ESFREGA,  «;astigo,  pena  —  coça,  maçada, 

sova,  tunda. 

esfregação,  esfrcgadura,  fricção,  loca- 
dora. 

ESFREGAR,  TOçar  —  limpar  —  bater,  mal- 
tractar. 

ESFRiAR-sE.  refecer,  resfriar-se  —  enti- 
biar-se  —  ííTrouxar. 

esfuracar,  esburacar,  furar,  rombar. 

ESFusiADA,  descarga,  surriada  —  pegão, 
rajada. 

ESFusuR,  assobiar,  sibilar  —  soprar. 

ESFusiOTB,  repellão  —  lembrete,  repre- 
bensão. 

ESGALGADO,    esguio,  mflgro. 

ESGALUADO,  galhudo,  ramoso  —  pontu- 
do. 

ESGALHAIS,  desramar  — desgalhar —  de- 
cotar, podar. 

ESGALHO,  pimpolho,  íebenío,  renovo,  ter* 
gon<ea  —  raminho  —  ramificação. 

ESGANAR,  estrangular  -^  afogar. 

ESGARAVATAR  ,    csgarafunhar  — 

—  buscar  —   examinar,   indagar, 
rir. 

ESGARES,  caretas,   carrancas 
Iregeiíos  —  gestos,  visagens. 

ESGARRAR-SE,  afastar-S8,  apartar-se,  des- 
viar-se  —  desmandar-se. 

ESGOTAR,  agotar,  enseccar,  estancar,  ex- 
haurir  —  consumir. 

ESGRiMiDOR,  brigão,  espadachim  —  gla- 
diador. 

ESGRIMIR,  floretear  —  esloquear  —  bri- 
gar, combater,  renhir  —  argumentar. 

ESGROuviADO,  arganaz,  esguio,    magro. 

*  ESGUARDAR,  attendtír,  considerar  —  reS* 
guardar  —  olhar. 

*  isGUARDo,  cautela,  resguardo  — reca* 
to  —  cuidado   —  respeito. 

ESGUEiRAR-SE,  desviar-so  —  desapparô» 
cer,  retirar-se. 

ESGUIO,  comprido,  longo  —  estreito  — • 
magro. 

ESMAGAR,  e«borrachar,  machucar  —  cal- 
car, pizar  —  rebantar. 

ESMALTAR,  matizar —' adomar,  ornar  — 
embellezar  —  variar. 

ESMALTE,  adorno,  realce  —  perfeição,  pri- 
mor—  matiz. 

E9MAR,  avaliar,  orçar  —  conjecturar. 

E8M2RAD0,  completo,  eximio,  perfeito  ^-* 
labslizado,  distincto,  singular. 

139 


palitar 
inque- 

momos, 


954 


ESP 


fSf 


.  ESMERáR-SE,   sbâljzar  sG,  apurír-se,  ex-;     ksparecer  oui?5/íaírccer,  divertir-so,  M- 
tremar-se  ,    singiilariiar-se  —  dislinguir-se.  crear-se  ~  passear. 


KSMERO,  períeição,  primor  —  aeeio,  ali- 
nho —  cuidado,  diligencia. 

ESMIUÇAR  ou  Esmiunçar,  esmigalhar  — 
pulverisar  —  considerar,  examinar,  ponde- 
rar. 

ESMO,  estimação,  estimativa,  orçamento. 

ESMOER,  triturar  — digerir. 

EsaoLER,  esmolador  —  caridoso,  carita- 
tivo. 

ESMORECER,  desfallecer,  desmaiar  —  des- 
aBÍmar-5e  — •aííUgir-se,  constemar-se  —  ido- 
latrar. 

ESMORECiMENTo,  abatimèoto,  desaleíito , 
desanimação  — desmaio,  esvaecimento  — 
consternação  —  aífei^,  ternura. 

^eskoga,  syaagoj^a. 

ESPAÇAR,    espacejar  —  alongar,    estendw 

—  delongar,   prolongar  —  deDBkorar,  proro- 
gar  — ■  dilatar,  esnsanchar. 

ESPAÇO,  distancia,  extensão,  intervallo  — 
dura,  duração  —  decurso. 

ESPAÇOSO,  amplo,  dilatado,  espacioso,  ex- 
tenso, grande,  largo,  vasto. 

ESPADA,  alfange,  catana,  cbifarote,  cimi- 
tarra, cutelo,  estoque,  gladio,  montante, 
sabre,  terçado  —  ferro,  lamina  —  [pi.]  nai- 
pe. 

ESPADACHIM,  brigão,  esgrimidor,  penden- 
ciador. 

ESPADANA ,  jorro,  torno  —  barbatana  — 
labareda. 

ESPADANAR,  esguichar,  rebentar,  repuxar 

—  (a.)  juncar. 

ESPADÃO,  montante  —  espadarte. 

ESPADIM,  coto,  faim,  florete. 

i^spadua,  costas,  espalda,  hombro. 

ESPALDEiRADA,  pranchada. 

ESPALHADO  ,  dispenso  —  derramado  ,  es- 
pargido—  desunido—  espraiado. 

ESPALHAFATO,  desm&ncho,  desordem  — 
estrondo. 

EMPALHAR,  dispersar  —  derramar,  entor- 
nar, espargir  —  divulgar  —  alastrar,  juncar 

—  semeiar  —  disseminar,  seminar. 
ESPALMADO,  batido  —  plano,  raso  —  Hm- 

po. 

ESPALMAR,  alizar,  aplanar  —  limpar,  que- 
renar  —  abaixar  —  vasar. 

ESPANCAR,  bater,  desancar,  maçar,  zurzir. 

ESPANTADiço,  poUrão,  timido  —  arisco. 

K&PASTAR,  assombrar,  aterrar  —amedron- 
tar, assustar,  atemorizar—  conturbar  —  hor- 

ESPANTO,  admiração,  assombro,  pasmo 
•»"  enleio,  suspensão  —  medo,  susto,  temor 

—  horror,   terror  —  estupidez  —  conturba- 
Ção,  pavor  —  maravilha. 

ESPANTOSO,  espantavel,  horrífico,  meda- 
Uno,  terrível. 


EsrAHGiMí..NT0,  derramamento,  eííusão  — 
dispersão,  separa <;ão. 

ESPARGIR,  derramar,  diffundir,  verter  — 
espalhar. 

EspARRELLA,  boiz,  costelk,  laço  —  engft<4 
no,  logra ção. 

ESPARSO,  derramado,  esparzido  —  esten- 
dido—  avulso. 
ESPARZIR,  derramar,  espalhar,  espargir. 
ESPAVORECIDO  OU  Espavorido,  amedronta- 
do, assombrado,  assustado,  espantado,  pa« 
vido. 

ESPAvainR,  apavorar,  lerrorisar  —  assus- 
tar, intimidar  —  espantar. 

ESPECIAL,  característico,  distinctivo  —  es- 
sencial —  particular ,  peculiar,  próprio  — 
excellente  —  uat^iral  —  principal. 

ESPECIALIDADE,  p*rticularidade  —  distrac- 
ção. 

ESPECIALIZAR  OU  EspeciãUsar,  earacteri- 
sar,  denotar,  designar,  distinguir  —  esmiu- 
çar, particularisar. 
ESPECIARIA,  adubos,  drogas,  especias. 
ESPÉCIE,  classe  —  casta,  laia,  relê  —  for- 
ma, género,  modo,  sorte  —  ideia,  imagem 
—  noticia  —  [pL]  adubo,  especiaria. 
ESPECiEiRO,  tendeiro  —  drogubta. 
ESPECIFICAÇÃO,   dislincção  —  designação , 
determinação  ,   indicação  —  enumeração  — 
miudeza. 
ESPECIFICAR,  especialisar,  partioularisar. 
ESPECIFICO,  particular,  singular  —  eílicaz, 
próprio,  saudável,  utiL 

ESPECiosiDADE,  belleza,  formosura,  gen- 
tileza, graça. 

ESPECIOSO,  apparente,  verosímil  —  artifi- 
cioso ,  insidioso  —  seductor  —  plausível  — 
bem  assombrado  —  coradi?. 

ESPECTÁCULO,  jogo,  represeutação  —  sce- 
ua,  iheatro  —  successo. 

ESPECTADOR,  assíàtente,  observador,  tes» 
temunha. 

espectaiiva,  espera,  esperança,  expecta- 
ção. 

ESPECTRO,  duende,  larva,  phantasma  — 
visão. 

especulação,  contemplação  —  exame  — 
meditação,  reflexão  —  Ibeoria. 

especular,  contemplar,  observar  —  exa* 
minar,  indagar,    inquirir,  investigar,  pes- 
quizar  —  sublilisar. 
especulativo,   contemplativo,  meditativo 

—  theorelico. 
bspedaçar-se,   despedaçar  —  dividír-se, 

repartir-se. 
*  ESPEWR,  •  despedir  —  expulsar,   sacudir 

—  repellir. 
ESPELHO,  cryslal,  vidro— exemplar,  mode- 
lo, Original,  prototypo,  traslado  —  imagem» 


ESP 


ESr 


fM» 


isPBLUNCA,  antro,  caverna,  cova,  furna. 

EçPENiCADO,  atilado,  enfeitado  —  garri- 
do. 

ESPEQUE,  trave,  viga  —  alavanca  —  ampa- 
ro, arrimo,  prolecçíio. 

ESPERA,  esperada,  esperança  —  expecta- 
ção —  demora  —  cilada,  emboscada—'  moe- 
da. 

ESPERANÇA,  espectativa,  espectaçao  •—  con- 
fiança. 

BSPBRAR,  aguardar  —  appetecer,  desejar 

—  promelter-se  —  receiar,  temer. 
ESPERDIÇADO,  mimoso,   querido  —  estra- 
gado,   proíligado  —  dissipador,  produlario. 

ESPERDiçADon,  gastadur,  pródigo,  profu- 
so. 

BSPERDTÇvR,  despcrdlçar,  dissipar,  pro- 
digar—  destruir,  estragar. 

ESPERTAR,  «cord.u,  despertar  —  avivar  — 
agnilboar,  estimular  —  endireitar. 

BSPERTEZ.i,  alacridade,  prpmptidào,  vi- 
veza —  subtileza. 

ESPERTO,  acordado,  desperto  —  activo,  di- 
ligente, vivo  —  ladino,  marau  — industrioso, 

ESPESSAR,    densar,    condensar  —  coalhar 

—  engrossar —  apertar. 
íSiEssiuÃo,  condensação,  densidade. 
ESPKsso,    basto,    errado  —  condensalo, 

denso — crasso,    grosso — [pi.]  amiudados, 
muitos. 

HspííssuRA,  densidade,  grossura — basti- 
dào. 

ESPETADO,  eoQ.ido,  furado  —  direito,  teso 

ESPsiAR,  cravar,  ent^r,  passar  —  em- 
polar. 

EbPLZíMMR,  brear  —  acabrunhar,  aífli- 
gir,  moriitlcar,  vex:«r. 

*spiA,  olhí^iro,  vigia — escuta  —  psprei 
tador  —  atalaia  —  sentinella  —  eipluradoi 
• —  corda. 

ispiADOR,  espia  —  explorador. 

ESPIAR,  espreitar,  observar  —  atalaiar  — 
explorar. 

ESPICAÇAR,  esburacar,  farsr,  picar. 

EspiciiAR,  enfiar,  traspassar. 

ESPIGADO,  adulto,  crescido,  graúdo  — 
agu  lo,  pontudo. 

fspiGÃo,  bt  iar^o  —  espiga  —remate  — 
cimo,  cume,  cumiala. 

KsPniAK,  cresc  r,   medrar. 

ispi.xcAHOA,  arcabuz,  bacam*rle,  cara- 
bina, mosqufMff; 

FSpisfrAHDEAR,  arcabuzar^  escopelear,  fu- 
zibr. 

ESfiNDA,  espinho,  pua  —  borbulha  —  cui 
dado  —  raol'Jistia  —  »i«gu'jtia  —  dilliculdade 

—  oíTonsa. 

isp  puaço,  cordilhpíra,  serio  [do  montras) 
EStiMiAoo,   pg'istfldo,  oilcndido,  sentido 
Es^•'^^^R  sb,    íurir-so,    picâr-so  —  ag's- 
tar  &e» 


ESpiNHBLA  ,  cartilhagem  —  espinella  — 
aparador. 

ESPinno,  ponta,  pua  —  aOlicç&o,  moles* 
tia. 

ESPirHHOso,  escabroso —diflicil,  embara* 
çado  —  delicado  —perigoso. 

EspiNiCADO,  migalheiro,  pechoso  —  atila- 
do. 

BSPiOLHAR,  catar  —  esquadrinhar,  exami- 
nar, investigar,  pesquizar  —  escolher. 

EspiRAcuLO,  oriíicio,  resfolgadouro,  res- 
piradouro. 

ESPiRANTE,    rcspirante,  vivo  —  soprador, 

ESPIRAR,  respirar  —  morrer  —  soprar  — 
exhslar  — acabar,  lindar. 

ESpiBiTADO,  endemoninhado,  energúme- 
no, possesso. 

ESPIRITAR,  inspirar. 

espírito,   alma  -^  hálito,    respiro,  sopro 

—  alento,   vigor  ~  energia  —  razão  —  apti- 
dão —  génio  —  presumpção  —  animo,   brio 

—  esforço,  valor  —  devoção,   piedade,   re- 
ligião, deoionio. 

ESPIRITUAL,   devoto  —  íngcnhoso,  subtil. 

ESPIRITUOSO,  espiritoso — agudo,  discre- 
to, solerte. 

ESPIRRAR,  cripitar.  estalar,  faiscar,  scia- 
tillar  —  re  alcitrar —  resingar. 

ESPIRRO,  esternudação  —  crepitação,  es- 
talido. 

EspiviTAR  ,  atiçar  ,  esmurrar  (a  vela  , 
etc.) 

Esp^ANDEGENTE,  brilbautc,  resplandecen- 
te —  illuòtre,  nobre. 

Es^PLAiíuECBR,  resplandecer. 

Esplendeste,  brilhante,  coruscante,  Ití- 
miuoso,  resplandecente. 

ísp  PNDKSCER,  brilhar,  resplandecer. 

ESPLENl'U)^ZA,    csplendor,   lustre  —  luxo 

—  magnifioeocia  —  riqueza. 
ESPLENDIDO,  brilhanttí,  luminoso,  luzen- 
te —  g'aQdi'^so,  magnifico,  pomposo,  sum- 

ptMftSO. 

ESPLENDOR,  claridade,  luz  —  fasto,  luxo», 
mauiiifkencia  ,  pompa  ,  sumplucsidade  — 
lustre  —  nobrezi, 

ESPOJA  i-SK,  rebolar-se,  retottçjir-se 

ESPOLIAR,  desapossar,  esbulhar  —  pilhar, 
rcuhar. 

Esporio,  despojo,  saque  —captura,  pre- 
^a,  toraadia- 

E!<pouA,   acirate  —  estimulo,  incenlivo. 

ESPORifAft,  aaluiar  —  aguiluoar,  estimu- 
lar. inc't.T 

ESPORTA,  alcofa  —  ceíra  —  cesta  —  capa- 
cho. 

PSP0HTl'LA,  propini  —  rftrihnição. 

ESPOSA,  casada,  consorte,  mulher  —  noi- 
va -  viro;e  n. 

ESP  .SAR,  cas.ir,  desposar,  receber. 

Espos'»,  consorte,  »aiida—  noivo. 
2  1). 


956 


ESS 


EST 


íSPRAiAR-SB  ,  dilatar-se,  estender-se  — 
propaga  r-S8. 

ESPRíiTADOH,  Gspía,  espíão  —  olheiro. 

ESPREITAR,  attentap  —  otservar  —  ata- 
laiar, vigiar —  espiar. 

ESPREMER,  apertar,  premar. 

ESPREMIDO,  apertado,  premado  —  esgani- 
çado, fino  —  averiguado,  examinado. 

ESFUMA,  escuma  —  bava,  cuspo,  saliva. 

ESPUMOSO,  espumante,  espumeo,  espumi- 
íero. 

ESPURCiciA,  immundicia  —  impureza  — 
indecencia. 

ESPÚRIO,  bastardo  —  adulterado  -~  falto, 
privado. 

ESQUADRÃO,  *  az,  ^  8ze, 

ESQUADRiSDADOR,  cscruíador,  investiga- 
dor —  conhecedor. 

ESQUADRINHAR,  especular,  examinar,  in- 
dagar, investigar  —  buscar. 

ESQUÁLIDO,  desalinhado  —  immundo,  su- 

ESQUECER,  deslembrar,  olvidar. 

ESQUECIDO,  deslembrado,  olvidado  —  des- 
cuidado —  frouxo,  tardo,  vagaroso. 

ESQUEC1MEM0,  dcslembrauça,  olvido  — 
descuido  —  desacordo. 

ESQUELETO,  arcabouço,  ossada  —  descar- 
nado, ético,  magro. 

ESQUENTAR-sE,  aqueutar-se,  escandecer-se 
—  encalmar-se  —  encolerisar-se,  enfurecer- 
se,  irar- se,  enfuriar-se. 

ESQUKRDEAR,  enganar,  trapacear,  velha- 
quear  —  escarnecer. 

ESQUERDO,  canho,  canhoto  —  sestro — si- 
nistro. 

ESQUIFE,  féretro  —  ataúde,  caixão,  tum- 
ba —  bote,  chalupa,  lancha. 

ESQUINA,  angulo,  canto,  quina. 

ESQuipAçÃo  ,  esquipamento  —  chusma  . 
equipagem,  marinharia  —  capricho,  singu- 
laridade. 

ESQUIPADO,  chusmado  —  apparelhado  — 
accelerado,  ligeiro  —  justo  —  rápido. 

ESQUIPAR,  armar,  eprestar,  prover—  chus- 
mar,  marinheirar. 

ESQiiPATico,  extravagante,  singular, 

ESQUiTAR ,  descontar  —  abonar,  credi- 
tar. 

ESQUIVANÇA,  dcsdem,  desprezo,  desvio  — 
desabrimento,  desamor  —  aversão,  repu- 
gnância —  altivez,  arrogância. 

ESQUIVAR,  atalhar,  evitar  —  afastar,  re- 
pulsar —  defender,  prohibir  —  escapar,  fu- 
gir.. 

ESQUIVO  ou  Esquitoso ,  desdenhoso  — 
diíliiíil  ~  arisco,  áspero,  ialractavel  —  fugi- 
tivo. 

ESSLKCiA.  entidade,  ser  —  corisíitulivo, 
natureza,  qualidade  —  oloo,  perfuioe. 

ESSiiKUUi,  constitutivo,  natural  — iin- 


portantâ,  indispensável  — pa'ticular—  seju^ 
ro,  solido. 

ESTABANADO ,  ftdoudado ,  extravagante, 
louco  —  inquieto,  turbulento. 

ESTABELECEDOR,  crector,  fumador,  fun* 
dador. 

ESTABELECER,  cresr,  fundar,  instituir  — 
dar  —  fazer  —  determinar,  mandar,  ordenar 

—  assentar,  pôr  —  firmar,  fixar. 
eltabelecimento,    creação,  estabelímftn* 

to,  instituição  —  fundação,   principio,  mo-' 
rada  —  lei,  ordenação  —  cargo. 

estadelidàde,  esiabeleza,  firmeza,  segu- 
rança, solidez  —  permanência,  pgrsislencia 

—  constância,  invariabilidade, 
estabeutar  ,   estabelecer  ,  firmar  ,   fi- 
xar. 

*  ESTABULO,  diversorio,'  estalagem,  pou« 
sada, 

ESTACA,   pau  (í^gudo)  —  vara  —  tanchâo. 

estacada  ou  Estacado,  área,  liça — pa- 
liçada, trjsnqueira  —  cerca,  cercado. 

estação,  estancia  —  quadra,  sazão,  tem- 
po —  parada,  pausa. 

ESTADA,  assisttíucia,  habitação,  morada, 
residência ,  vivenda  —  dem  )ra,  dilação  — 
parada. 

estadsador  ,  alardeador,  ostentador  — ^ 
blasonador. 

ESTADEAR-SE,  alardear,  ostentar. 

estádio,  área,  carreira,  circo,  liça. 

ESTADISTA,  poUtico  —  machibVid. 

estado,  dominío,  senhorio,  terras  —  im- 
pério, reino  —  mister,  profiísão  —  classe, 
graduação,  predicamento  — situação—  casa, 
família  —  circumstancia,  termo  —  apparalo, 
pompa  —  magestade  —  comitiva,  equipa- 
gem, trem  — cortejo. 

estafa,  cançaço,  fadiga,  trabalho  —  ma- 
çada, sova,  tuada  —  calote,  gatuuií  e—  cáus- 
tico, importuno. 

estafado,  cançado,  fatigado,  lasso— ga- 
tunado. 

estafador.  caloteiro  —  tratante  —  cáusti- 
co —  chTlâlão. 

estafar,  cançar,  fatigar,  moer  —  desan- 
car, maçar  —  atormentar,  vexar  —  calotear 
gatunar. 

ESTAFEIRO,  andarilho  —  palafreneiro  — ^ 
estribeiro. 

ESTAFERMO,  bojiecro,  figura  — peralvilho 

—  patife. 

ESTAPfiTA ,  correio ,  messageiro,  posti- 
lhão. 

ESTALAGEM,  albergaria,  albergue,  pousa- 
da. ' 

ESTALAJADEIRO,  hospede  —  taverneiro  — 
albtTgneiro. 

ESTALAR,  crepitar  —  retubar  — soar,  toar 
~  auh  lar,  níbentar  —  acabar,  morrer. 

ESIAI.1D0  ou  Estalo,  est&Iajadura  —  estou^ 


EST 


EST 


957 


ro,  estrondo,  reboiubr,  retumbo  — crepita- 
ção, estridor. 

ESTALLA,  cavallariça,  estrebaria. 

ESTAMPA,  figura,  imagem  —  impressão  — 
imprensa,  prelo,  typographia. 

ESTAMPAR,    imprimir  —  gravar  —  retratar 

—  marcar,  signalar  —  mostrar  —  ostentar. 
ESTAMPIDO,  estrondo,  fragor  --  boato,  ru- 
mor —  brado. 

ESTANCAR,  esgotar,  exbaurir — vencer — 
(n.)  cangar,  esfalfar-se  —  seccar. 

ESTANCIA,  sento,  morada,  residência  — 
estada  —  aposento,   casa  —  legar,  paragem 

—  varadouro  —  força,  fortim,  reduclo  — pa- 
ra ia  —  estanca  —  rancho. 

ESTANCIAR,  albergar,  alojar  — •  parar. 

ESTANDAUTE,  bsoieira,  guião,  pendão. 

ESTANB  vuo,  calmo,  liso,  sereno  —  desla- 
vado. 

ESTANHO,  metal  —  mar. 

isTANQUE,  calafetado—  tapado—  estagna- 
do. 

ESTANTE,  prateleira  —  (aí(;".)  estável,  fixo 

—  morador,  residente. 

ESTÃO,  hostao  —  residência  —  casa,  paço, 
real. 

^  ESTAR,  existir,  permanecer  —  ficar  —  ha- 
bitar, morar,  residir  —  convir  —  consistir  — 
fundar-se  — jszer. 

ESTATFLADO,  immobil,  oarado  —  posto. 

ESTATUA,  figura,  vulto  —  imagem,  simu- 
lacro—  {adj.)  in^raobil,  quieto. 

iSfâTUARio,  escu'piior,  esciilptor. 

ESTATUIR,  determinar,  ordonar,  prescre- 
ver —  decidir,  estabelecer. 

ESTATURA,  corpulcncia,  g-andeza,  tama- 
nho —  grossura  —  forma,  porte,  talhe. 

ESTATUTO,  decreto, ordenação,  regulamen- 
to —  regimen,  regra. 

ESTÁVEL,  duradouro,  firme,  fixo,  perma- 
nente, peTpetuo,  solido. 

ESTEiAR,  escorar,  especar  —  apoiar,  sus- 
ter. 

ESTEIO,  escora,  es,^eque  —  agulha  —  co- 
lumna  —  adjuda,  favor —  amparo,  arri- 
mo. 

ESTEIRA,  esteirão  —  aberta,  rasto,  sulco. 

ESTELLiPERO  011  EstelifeTo,  estellanle,  es- 
trellado. 

ESTtNDER,  abrir,  desdobrar,  desenrolar, 
desinvclver  —  alargar,  alongar,  dilatar  — 
communicar,   divulgar,   propagar  —  estirar 

—  derribar,  prostrar. 

ESTENDKR-SK,  divu'gar  so,  propagar  se  — 
dilatar  srt,  e«praiar-se  —  entrar  —  correr — 
abarcar,  abrftnger. 

ESTENDIDO,  abcito,  dosdobfado  —  amplo 
compiido.  dilatfiido,  espaçoso  —  deitado  — 
prcstrado,  (Jt-if-^íldídíi,  tendido. 

ESTERCAR  ,  adubiar ,  engrossar,  estru- 
jnar. 

yoí,.  IV, 


ESTERCO,  adubio,  estrume. 

ESTÉRIL,  infecundo,  iníruciifero  —  incul- 
to, maninho  —  áspero,  rude  —  secco. 

ESTERILIDADE,  infecuudidade  — carestia 
carência,  penúria  —  fome  —  maninhez. 

ESTIAR,  parar  —  afrouxar,  relaxar, 

ESTiLAR-SE,  costumar-so,  usar-se. 

ESTiLLAR,  destillar,  goitoiar;  goit^^jar,  pin- 
gar. 

isTiLLiciDio,  gottpjo  —  catarro,  corrimea- 
lo,  dtífluxão,  fluxo. 

ESTILO  ou  Estijlo,  dicçSo,  elocução,  ex- 
pressão —  rgulha  —  ponteiro  —  formula, 
iheor — costume,  modo,  uso. 

ESTIMA  ou  Estimação,  apreço,  caso,  con- 
ceito—  d»'Coro,  honra  —  aucloridade,    res-     * 
peito  —  avfiliação 

ESTIMADOR,  apreciador  —  avaliador,  con- 
traste. 

ESTIMAR,  apreciar,  prezar  —  avaliar  — 
receiar,  temer  —  sentir. 

ESTIMATIVA,  coDJ3ctura  —  csmo, 

ESTIMÁVEL,  louvável  —  apreciável,  avaliá- 
vel. 

ESTIMULAR,  excitar,  impellir,  incitar,  mo- 
ver—  irritar,  oífender— aguilhoar,  espo- 
rear, picar,  pungir. 

ESTIMULO,  estimulação,  impulso,  incenti- 
vo —  aguilhào  —  espora  —  irritação. 

ESTIO,  verão. 

ESTIPENDIAR  ,  assoldadar ,  pagar,  sala- 
riar. 

ESTIPENDIO,  salário,  soldada  —  paga,  sol- 
do. 

ESTIPULAR  ,  contratar  —  convencionar  , 
convir  —  pedir,  requerer, 

ESTIRADO,  leso  —  forçado  —  exacto,  per- 
feito —  autorisado,  grave  —  suberbo. 

ESTIRAR,  atesar,  estender,  puxar  —  derri- 
bar. 

ESTIRAR  SE,  abater  se,  humilhar-se  —  ba- 
quear-sc,  estender-se. 

E3T1DP8,  casta,  geração,  linhagem,  raça 
—  origem,  tronco. 

ESTO,  maré  cheia — ardor,  calor. 

FsTCFA,  panno  —  condição,  laia,  quali» 
dade  —  classe,  sorte 

EsroíCis.M3,  auíteridadô,  regidez,  severi- 
dade.' 

ESTÓICO,  fpathico,  impassível  —  grave  — 
austero,  constante,  ri-zido,  severo. 

ESTOLiDEZ,  estupidez,  ueccdade,  parvoíce, 
sandice,  tolice. 

ESTOL  DO.  asno,  bosta  —  estúpido,  néscio, 
parvo;  tolo  —  ignorasito,  rude  — faluo. 

ESTõMAGAR  SE  ,  agastar-so  ,  iruligr.ar-se^ 
irar  so  —  amuar-so,  cLubezerrar-sc. 

ESTÔMAGO,  bu\:ho,  venlriculo  —  bojo,  sof  • 
IVirnento    -  animo,  ^cnio. 

tsTo.NTE.^R,  ai'  rdoar,  aturdir,  azoinar, 

ESTOQyE,  espada,  iloreio. 


958 


irsT 


EST 


isTOQUEAn,  esíocfldMr,  ferir,  furar-* ar- 
guir, disputar,  questionar. 

ESTORTEGAR,  estorcef,  retorcer,  torcer  — 
doílocar- 

ESTOBVAR,  oíalhnr.  ínterroroper  —  impe- 
dir, tolher  —  desviar,  embaraçar  —  íDapor- 
lunar. 

«STORViLHO ,  essopeçilho ,  óbice,  pegui- 
lho. 

ESTORVO  ou  Estorvamênto,  âi\fí{nu\â8iá& 
"—  contraste,  impí-dimemo,  obstáculo  —con- 
trariedade ,  opposição  —  desvio ,'  interru- 
pção. 

ESTOUFAR,  bramar,  detonar,  rebentar, 
rebombar  —  gritar  —  ralhar, 

KSTouKO,  detonação,  estalo,  estampido, 
rebnffibo  —  [pL]  panf^adas. 

ESTOUVADO,  atabalhoado,  dcsaítentado— 
adoudado,  louco,  tonto  —  imprudente,  in- 
considerado. 

ESTRADA,  caminho,  via  — calçada,  rua 
avenida  —  maneira,  meio  -^  exemplo  —  ras- 
to, vestígio. 

EST«ADAR,   calçar  —  pavimentar,  solhar 

—  cobrir — ^^  encaminhar,  guier. 
ESTBAUO,   assento,  banquinho,  escabpllo 

—  *  ccidtúra,  séJe  —  *tribuual  —{adj.)  alas- 
trado, coberto,  juncado. 

ESTRAGADO  OU  Estrag^ãdov ,  dissipador, 
gastador,  perdulário,  pródigo  —  dev»S50, 
dissoluto,  perdido  — •  depravado,  máu. 

tSTKAGAK,  arruinar,  assolar,  destruir  — 
depravar  —  desbaratar,  desperdiçar  —  cor- 
romper, damn.ar. 

ESTRAGO  ou  Estragamcnto,  destroço,  rui- 
na  —  essí^lnção  —  mortandade  —  perda  — 
desperdício  —  depravação. 

r.sTRALADA,  gritaria,'  vozeria  —  rumor, 
soada— bulha,  —  desordem  —  boato—  aba- 
lo. 

ESTRALAR,    estalar, 

ESTRAMBÓTICO,  esquipatico,  exótico,  sin- 
gular —  aííectado  —  extravagante,  ridícu- 
lo. 

ESTRANGEIRO,  advona.  alienígena,  estra- 
nho —  perigf  ino  —  alheio  —  externo. 

ESTfiA^GULAR,  garroto&r  — afogar,  suíío- 
car  —  esganar. 

ESTRANHADO,  ceusurado,  desaprovado  — 
castigado,  punido  —  abominado.    > 

ESTRANHÃO,  ariíico.  esquivo. 

ESTRANHAR  ,  descoubtcer  —  censurar  , 
condemuar,  reprehender  — castigar  —  es- 
quivar, evitar, 

ESTRANHiiZA,  abalo,  impressão  —  espan- 
to, surpreza  —  maravilha,  prodígio —  no 
vidadtí,  raridade. 

ESTRANHO,  estrangeiro  —  desconhecido, 
ineoguito  —  peregrino  —  alheio,  descon- 
forme    -  marôTilho^o,  portentoso. 

esTRAiAsEiA,  ardil,  ajtu«ia,  traça  —  do- 


lo, engano,  trapaça  —  arte,  destreza,  ma- 
chinaçSo. 

ESTREA  ou  Estieia,  dom,  presente  -— 
agouro,  presagto  —  destino,  fado,  sorte  — 
astro  —  dita,  felicidade,  ventura  —  aují^ 
picio. 

ESTREBARIA,  cavôUariça,  estalla,  prese- 
pe. 

BSTREBuxAR,  agilar-ss,  debater-se,  mover*. 
86  '—  enfsdar-s9. 

*  ESTRECER-SB,  dlminuír-se, 

bstreita,  aperto  —  infortúnio  —  mise- 
rit,  penúria. 

ESTRBiTAMSKTB,  apertada,  unidamente  — 
rigorosamonta. 

ESTREITAR,  diminuir,  encolher,   encurtar 

—  apçrtar,  resiringir. 

ESTREITEZA,  cufteza,  pequeoez  —  paroi- 
monia  —  mesquinhez  familiaridade,  pri* 
vança  —  afllic^ão,  angustia,  aperto  —  ca- 
lamidade —  trabalho  —  pobreza. 

ESTREITO,  augusto,  brcve,  curto — apar- 
tado —  intimo  —  apanhado,  conciso  —  exa- 
cto, miúdo  —  avaro,  mesqainho  —  par- 
co —  rigido,  rigoroso  -^  (s.)  bosphoro, 
brsço  de  mar  —  vinculo  —  pressa. 

ESTHEiTURA.  estreiteza  —  aperto. 

ESTRELLA,  aslro,  luzeiro  —  constellaçfio, 
planeta  —  destino,  fado,  sorte  — dita,  for- 
tuna —  {pi)  olhos. 

ESTRELLADO,  esiellifero,    estrellante. 

ESTREM,   amarra,  calabre,  corda. 

ESTREMA,  baliza,  limite,  marco. 

ESTREMADO,  dividido,  separado  —  abali- 
zado, distincto,  ftxcelltíute,    perfeito. 

ESTKEMADURA,  extremo,  fronteira,  raia. 

ESTREMAR,  divi^lir,  Separar  —  apartar, 
desviar  —  deslindar  —  distinguir  —  avan- 
tajar —  divisar. 

ESTREMAR- SE,  abalizar-sc,  assign»lar-se, 
distifíguir-so  —  apartar  se,  dividir-se. 

ESTREME  ou  Extreme,  puro  —  nào  mes- 
clado. 

ESTREMECER,  sobrcsôltar-se,  tremer  —  te- 
mer. 

ESTREMECIDO,  assustado,  inquieto,  tremu- 
lo. 

ESTREMECiMKisTO,  abalo,  sobresalto,  tre- 
mor —  arripiamento. 

ESTRÉNUO,  esforçado,  forte. 

ESTRsPií,  abrolho,  ferro,  pua. 

ESTREPiTANTE,  estrepitoso.  retumbante. 

ESTRKPiTA,  estalar,  rebentar,  soar. 

ESTREPjTO.  estrondo,  ruida,  rumor. 

ESTRIBAR,  asseittar,  fundamentar,  fundar 

—  audorisíir  —  (n.)  firmar-se,  suster-se  — 
escorar,  estelar. 

ESTRIDENTE,  rechinauto,  sibilante,  zuni- 
dor. 

ESTRIDOR,  sibilo,   íunído. 
E&TRijE,  curuja,  mocho. 


ESV 


£XÀ 


0S9 


isTuo,  eDlhusiasmo  —  transporte  — ge- 
fiio  —  inspiração  —  brama,  cio. 

ESTRO.NDO,  estampido,  estrépito»  fragor  — 
ruído,  runiur  —  bulha,  tumulto  — rugido 

—  ai<»rido,  gritos,  vozeria  —  nome,  repu- 
tação —  applauso. 

ESTRONDOSO,  clamoroso,  estridente,  estri- 
dulo, ruidoso  —  pomposo  —  appiaudido, 
soado. 

xsTftOPiADA,  estrupido,  tropel. 

BSTHOPEAR,  aleijar,  cortar,  decepar,  mu- 
tilar, quebrar. 

KSTuopHE,  copla,  estancia. 

ESTRoviNflADo,  iuconsiderado,  temerário 

—  tonto. 

ESTRUGIR,  atroar,  azoinar  —  ranger. 

ESTRUiR,  arriiinar,  destruir. 

ESTRUMàR,  adubiar,  estercar. 

ESTRUME,  adubio,  esterco  —  excremen- 
to. 

estrupada,  assalto,  ímpeto,  refega, [repel- 
lâo. 

ESTRUPIDO,  estrepido,  ruido,  rumor. 

ESTUDANTE,  aulista,   escholar. 

ESTUDAR,  aprender  —  meditar;  preparar 

—  decorar  —   considerar,  observar  —  ap- 
piicar-ee,  exercitar- se,  instruir-se. 

ESTUDO,  applicação  —  saber  —   leitura 

—  meditação  —  cuidado  —  arte,  artificio, 
aula,  classe. 

ESTUGAR,  apressar. 

ESTULTÍCIA,  asneira,  fatuidade,  neceda- 
de,  parvoíce,  patetice,  tolice  —  disparate, 
loucura. 

ESTULTO,  asno,  basbaque,  bolonio,  nés- 
cio, parvo,  pateta,  simples,  lolo. 

ESTUPEFACÇÃO,  adormocimento,  entorpe- 
cimento, estupor  —  assombro,  pasmo. 

ESTUPEFACTO,  atordido,  attonito,  pasma- 
do, surprezo. 

ESTUPENDO,  admirável,  assombroso,  ma- 
ravilhoso ,  pasmoso  —  espantoso ,  terrí- 
vel. 

ESTUPIDEZ,  asneira, I bestidade,  inbecilí- 
dade,  tolice,   tontice. 

ESTÚPIDO,  obtuso  —  estólido —  besta  — 
insensato  —  adormecido,  dormente  —  pas- 
mado. 

ESTuroR,  adormecimento,  entorpecimen- 
to, torpor  —  admiração,  assoojbio. 

ESTUPRO,  deíloração,  violação  —  copu- 
la. 

isiuRDiA,  peça,  travessura  —  despropó- 
sito, extravagância. 

ESTÚRDIO,  travesso  — malicioso  —  tra- 
quinas —  adoudado,  estouvado. 

ESTURRADO,  lorrado ,  tosto  —  adusto, 
queimado  —  ardente,  exaltado. 

ESTURRAR,  torrar,  tostar  —  seccar. 

ESVAECEB,  aniquilar,  desfazer  — (n.)  aguar 

—  desvanecer  —  desmaiar,  esmorecer. 


ESVAECER  SE,  desapparecoF,  evaporar-se, 
oxhíilar-so.- 

BsvAEciMENTO,  ovaporação  —  desmaio, 
esmorecimento  —  vertigem  —  desvaneci- 
mento. 

ESVAÍDO,  esmaiado  —  desfallecido  —  «ba- 
tido, languido  —  dosangrado  —  arvorado 

—  murcho. 

EsvAíiiENTO,  evaporoçào  —  evacuação  — 
desmaio  —  vertigem. 

EsvAÍR-sE,  evaporar-se,  exhalar-se  —  ir- 
se,  soUar-se  —  arvoar-se. 

ESVOAÇAR,   adejarr,  alear. 

ETERNAL,  eterno,  perpetuo. 

ETERNIDADE,  OVO,  perpetuidade  —  im- 
mortalidade. 

ETERNIZAR,  ímmortalizar  —  perpetuar. 

ETERNO,  ímmorlal  —perpetuo  — immu- 
davel,  invariável  —  permanente  —  peren- 
ne  —  indelével  —  iucorruptivel. 

ETHEREO,  celeste,  celestial,  divino  —  al- 
to, elevado  —  aéreo. 

ETIQUETA,  ceremonial  —  marca  —  rotu- 
lo —  letreiro. 

EUMENiDES,   furías. 

EUNUCHO,  capado,  castrado. 

EURO,  vento  oriental  —  leste,  levante, 
sudueste. 

EVACUAÇÃO,  despejo,  vacuação  —  purga- 
ção —  saida  —  abandono  —  retirada. 

EVACUAR,  despejar  —  deixar,  largar  — 
detergir,  purgar. 

EVADIR,  escapar,  evitar  — fugir  —  estor- 
var. 

EVAPORAÇÃO,  exhalação,  vapo;  —  trans- 
piração. 

EVASÃO,  escapula,  fugida,  saída  —  excu- 
sa,  pretexto,  subterfúgio. 

EVENTO,  acontecimento ,  êxito  ,  succes- 
so. 

EVENTUAL,  accidental ,  acontecivel,  ca- 
sual, duvidoso,"  incerto. 

EVERSÃo,  assolação,  destruição,  estrago, 
ruina  —  desolação, 

EVERsno,  arruinador,  destructivo  — trans- 
tornador. 

EVERSOR,  arruinador,  assolador,  destra - 
dor,  destruidor. 

EVIDENCIA,  certeza,  clareza,  manifesta- 
ção. 

EVIDENTE,  certo,   incontestável,  infallivel 

—  claro,  distincto,  manifesto,  visível 
EVITAR ,   fugir,   livrar-se,    guardar-se  — 

atalhar,  excusai"  —  forrar,  obviar,  poupar. 

EVITERNO,  eterno,  sempiterno. 

EVO,  duração  —  eternidade,  perpetuida- 
de —  idade,  século. 

EvoLAR-sE,  dissipar-se,  evsporar-se. 

EXABUNDANGiA,  abasto,  fartura,  supera- 
bundância. 

ixaCção,  cuidado  —  curiosidade  — co- 
2iO  ^ 


960 


EXC 


EXE 


branca  —  observância  —  pontualidade  — - 
acerío. 

EwcsnBAçÃo,  desabrimento,  irritação  — 
paroxismo. 

EXAGERBAR,  fggravar,  assanhar,  azedar, 
exasperar  ,   irritar  —  augtnenlar  —  renovar. 

EXACTIDÃO,  cuidado,  diligencia  —  exac- 
ção,  pontualidade  —  perfeição  —justeza. 

EXACTO,    cuidadoso,    diligente  —  pontual 

—  primoroso  —  coupassado  —  correcto. 

EXACTon,  arrecadador,  cobrador. 

EXAGEUAçÃo  ou  Exaggeraçílo,  encareci- 
mento —amplificação,  hyperbole  —  augmen- 
to. 

EXAGERAR  OU  Exaggcrar,  amplificar,  en- 
carecer —  augtneutar,  engrandecer,  subir  — 
decantar.     - 

EXALTAÇÃO  ou  EiaJçamenío,  angmento, 
exaggcração,  byperbole  —  elevação  —  su- 
blimação. 

exaltau  ou  Exaltar,  elevar,  levantar  — 
engrandecer,  sublimar  —  encarecer,  exag- 
gerar,  celebrar,  louvar  —  entronizar. 

EXALViÇADO,  ftlvadio,  esbranquiçado. 

EXAME  ou  Examinação,  averiguação,  ve- 
rificação —  busca,  indagação,  inquirição  — 
ensaio,  experiência,  prova,  tentativa. 

EXAMINAR,  averiguar,  especular,  inquirir 

—  considerar,  ponderar,  reflectir  —  buscar, 
investigar,  pesquizar  —  observar,  sondar  — 
recensear  —  provar. 

EXANGas  ou  Exsangue,  desangrado  —  ex- 
tenuado, fraco, 

EXiKíME,  defuncto,  fallecido,  morto 

EXARAR,  abrir,  cortar,  entalhar,  gravar. 

exaepêRaçâo,  irritação. 

EXASPERAR,  endurecer  —  assanhar,  en- 
cruar,  exacerbar,  irritar. 

EXCAWDESCENCiA,  aqueutamento  —  incen- 
diniento,  iijflammação —cólera,  ira. 

ixcANDESCE^  ,  abrasoar  —  esquentar  — 
avermelhar,  enrubecer  —  irar,  irritar. 

ÊXCAVAÇÃO,  cavidade,  cova,  ouço  —  pro- 
fundidade. 

EXCAVAR,  cavar  —  profundar. 

EXCEDENTE,  superfluo  —  excGSSO  — » cres- 
cença,  resto,  sobejo,  sobra. 

EXCEDER,  transcender,  tFaspassar  —  (n.) 
sobejar,  sobrelevar  —  sobrepujar,  superar, 
vencer. 

ExcPLLENCiA  ,  primazia  ,  superioridade  , 
vantagem  —  prerogaliva  —  attributo  —  es- 
pecialidade. 

ExCELLEiNTE,  cxcelso,  suporior  —  bello  — 
eximio  —  egrégio  —  admirável,  maravilhoso 
*—  grande,  magniíico,  nobre  —  preeminen- 
te —  raro,  singuhr  —  avantajado,  prestante 

—  sobreexcellente,  sobrepujante. 

EXCELI  EU,  avántajar-se,  exceder,   sobre- 
rtijnr. 
EXCELSO,  8lto,  [elevado  --egregitíj  sublime. 


Excipgio,  djtipin^ação,  exclusio,  isen- 
ção—indulto, privilegio  —  Clausula,  con- 
dição. 

EXCEPTO,  dispensado,  exceptado,  exce- 
ptuado, isento  —  [prep.)  afora,  salva nte, 
salvo,   senão,  tirado,  tirando,    tirante. 

ExCEGTUAR  OU  Exceptãr,  dispensar,  ex- 
cluir, isentar  —  privilegiar  —  leservar, 
tirar. 

EXC2RPT03,  apontamentos  — extractos  — 
collecções. 

EXCESSIVO,  demasiado,  exorbitante,  su- 
pérfluo —  nimio,  profuso  —  amplificado, 
hyperbolico. 

EXCESSO,  avantfljem,  superioridade  —  de- 
masia, sobejo,  superfluidade,    redundância 

—  delicto  —  officsa,  ultraje  —  desordem 

—  intenção. 

ExCíDio,  assolação,  destruição,  ruina  — 
perda  —   transtorno. 

EXCITAÇÃO,  estimulo,  incitação,  instigação, 
provocação. 

ExciTAD^R,  incitador,  instigador,  provo- 
cador —    motor. 

exgitaMeNto,  excitação  —  revigoração. 

EXCITAR,  animar,  avivar,  despertar  — 
eslimula^r,  incitar,  provocar  —  consitar, 
suscitar. 

exclamação  ,  acclam?.ção ,  applauso  — 
clamor,  grito  —   epiphonema. 

EXCLAMAR,  bradar,  griíar. 

EXCLUIR,  afastar,  desviar  *—  expulsaf  — 
regeiíar. 

EXCLUSÃO,  exdusiva  —  expulsão  —  re- 
cusa, repulsa. 

ExcoGiTAÇÃo,  imaginativa,  invento. 

EXCOGiTAR,  imaginar,  meditar,  pensar  — 
inventar. 

EXCOMUNGAR  OU  Excommutígart  anathe- 
malisar. 

EXCOMUNHÃO  ou  ExcommunhãOt  anathe- 
ma. 

ExcoHiAçÃo ,  esfuladura  —  arranhadu- 
ra. 

EXCORiAR,  esfolar.  ^    ' 

EXCURSÃO,  correria,  salto  —  inctirsSo, 
invasão ,  irrupção  —  cavalgada ,  Saí- 
da. 

EXECHAçÃo,  abominação,  deteslaçSo  — 
imprecação ,  maldição ,  praga  —  hor- 
ror. 

EXECRANDO,  abominável,  detestável  —  ne- 
fando, nefario  —  amaldiçoado,  maldiclo  — 
odioso  —  horrendo,  horroroso  —  impio 
iníquo  —  malvado. 

EXECRAR,  abominar,  amaldiçoar,  detes- 
tar. 

ExscRAvEL,  abominavel,  execrando,  hor- 
rivél. 

EXECUÇÃO,  acto  —  cumprimento,  tfleilo, 
tealisação. 


EX^^ 


li-^ 


961 


EXECUTOR  OU  EfccutadúT^   testflmenleiro 

—  carrasco,  verdugo,  [aij.)  cumpridoF. 
fcXKGKSE,    explicação,    exposição,    narra- 
ção. 

EXEG ÉTICO,  expositiva,  narrativo. 
EXKMPçÃ(j,  dispensaçâo  —    iromunidade. 
privilegio  —  independência,  superioridade. 
rXEMPLAno,   casligado   —   reprehendido 

—  exempliíicado. 

hxemplar,  retrato  —  anlityqo,  etymo, 
modiílo  —  original,  paradigma,  prototypo, 
traslado  —  copia,  t.ansumpto  —  ideia  — 
tomo,  volume. 

íxaMPLO,  exemplar,  traslado  —  modelo, 
molde  —  espelho. 
EXEMPTAR,  dispensar,  eximir,  livrar. 
EXdUPTO,  desobrigado,  livre,  não   sujei- 
to. 

EXÉQUIAS,  enterro,  sepultura  —  funeral, 
mortuorio,  soiaaeato. 

EXERCER,  practicar,  professar  —  execu- 
tar. 

exercício,  costume,  habito,  uso  —  ap- 
plicaçâo,  occupacão,  trabalho  —  agitação, 
movimento  —  experiência,  practica  —  em- 
prego, funcção  —  manpjo,  manobra  —  ser- 
viço {'pi.)  conferencias. 

iXKRCiTAR,  exercer,  praticar,  usar  — 
tfar. 

EX5RC1T0,  hoste  —  milicias,  tropas  —  ba* 
talhões,  esquadrões,  legiões,  phalanges  — 
multidão  —  arraial. 

fiXUÀLAçlo,  emanação,  evaporação —  va- 
por —   baf),  ha  li  lo. 

iXDALAR,  tvaporar  —  lançar. 

txaAURia  ou  Exhaustar,  esgotar,  vasar 
—  enseccar  —  empobrecer. 

ExiiAUSTO,  enseccado,  esgotado  —  empo- 
brecido, gastado  —  acabado. 

sxBiBiR,  apresentar^  mostrar  —  paten- 
tear, 

KxnoRTAÇÃo,  advertência  —  admoesta- 
ção. 

ExnoRTAR,  induzir,  persuadir —  animar, 
incitar  —  mover. 

ExiCíO.  destruição,  ruína  —  perda,  per- 
dição —  fim. 

EXiDo,  esplanada  —  curral  —  cerrado  — 
baldio. 

fixiGEfsciA,  carência,  precisão  —  impor- 
tância, necessidade. 

EXIGIR,  demandar,  requerer  —  pedir  — 
constranger,  obrigar. 

EXIGUIDADE,  modicidade,  pequenhez. 

EXÍGUO,  acanhado,  módico,  pequeno. 

Exímio,  grande  —  excellente  —  famoso, 
insigne. 

EXIMIR,  livrar  —  absolver,  desobrigar  — 
dispensar,  exemptar. 

EXiNANiR,  esvasiar  —  evacuar^  exhaurir 
«—  aniquilar. 

voL.  ir. 


EXISTÊNCIA,  realidade,  ser  —  subsistên- 
cia, vida. 

EXISTIR,  subsistir,  viver  —  eslar<  ser—  du- 
rar,  permanecer. 

ExíTo.  fim,  saiia  — econtecimento,  even- 
to, successo. 

EXONERAR,  alliviar,  descarregar,  desp8jí.r 


—  desobrigar. 
EXORAR,  orar,  pediir,  supplicar  —  abalar, 

commover,  demover  —  conseguir. 

EXORAVEL,  flexível  —  compadecido,  pie- 
doso. 

exorbitância,  transgressão  —  demasia, 
excesso  — immoderação. 

EXORBITANTE,  cxcessivo,  uímio  —  des- 
marcado,  enorme,  prodigioso  —  immode- 
rado. 

exorcismar,  exorcisar  —  conjurar. 

EXORCISMO,  esconjuro. 

EXÓRDIO,  antiloquio  —  prefação,  prologo 

—  preambulo,  preludio  —  começo,  entra- 
da, principio. 

ExoRNAK,  embellezar,  ornar. 

EXÓTICO,  estrangeiro,  estranho  —  extra- 
vagante —  raro. 

EXPECTAÇÃO,  espera,  esperança. 

EXPECTADOR,  preteudento  —  esperadoft  .-,^ 

EXPECTATIVA,  cspera,  esperança  —  cott* 
fiança. 

EXPECTÁVEL,  appetecivcl,  cubíçavèl,  dd« 
sejavel. 

EXPEDIÇÃO,  diligencia,  presteza ,  prõíâ* 
ptidâo  —  desembaraço,  despejo,  soltura  '^ 
facção  —  jornada  —  empresa. 

EXPEDIDO,  desembaraçado,  solto  -"  dê* 
sapegado  —  aviado. 

EXP8DIENCIA,  despacho  —  desembaraço. 

EXPEDIENTE,  meio,  modo,  via  —  oppor- 
tunidade  —  conselho  —  despacho. 

expedir,  despachar  —  promulgar  —  ex-  , 
pellir,  expulsòT  —  desembargar  —  desem- 
Daraçar  —  acabar,  terminar  —  acceierar, 
diligenciar  —  despedir. 

EXPEDITO,  activo,  lesto,  prompto  —  cor- 
rente, desembaraçado,  fácil. 

EXPELLia,  botar,  expulsar,  sacudir. 

EXPENDER,  despender,  gastar  — >  explicar 

—  considerar,  examinar,  ponderar. 
EXPENSAS,  despezas,  gasto  —  custas. 
EXPERIÊNCIA,  eusaio,  experimento,  tenta-  . 

tiva  —  exercício,  practi^^a  —  costume,  uso 

—  capacidade,  conhecimento,    habilidade. 
EXPiSRiMKNTAR  OU- Ejjonmeníar,,  achar  — 

provar  —  apalpar,  indagar,  tentar. 

EXPERIMENTO,  exptríencia. 

EXPERTO,  experiente,  experimentado,  pe- 
rito, versado  —  activo,  vivo  —  agudo* 
perspicaz. 

EXPIAR,  purgar,  purificar  —  emendar , 
reparar,  satisfazer. 

EXPiLAH,  rapinar,  toubar,  pilhar. 


9&i 


EXO. 


EXT 


EXPIRAR,    morrer  —   acabar,    findar  — 
respirar  —  soprar  —  exhalar  —  disáolver- 
se,  evaporar- se. 
'  EXPLANAÇÃO,  explicação,  exposição. 

EXPLANAR,  apostillar  —  explicar,  expor. 

"EXPLICAÇÃO,  exposição,  interpretação  — 
cpramento,  glosa,  nota  —  declaração,  ma- 
nifesto —  definição. 

EXPLICADOR,  expositor,  interprete. 

EXPLICAR,  declarar,  manifestar  —  ex- 
pender, explanar,  expor  —  interpretar  — 
aclarar,  alumiar,  dilucidar. 

EXPLICITO,  declarado,  expesso  —  claro, 
distincto,  formal. 

EXPLORADOR,   batcdor,  corredor  —  espia 

—  lobrigador. 

EXPLORAR,  buscar  —  examinar,  observar 

—  descobrir  —  vigiar  —  espiar  —  inves- 
tigar, reconhecer. 

EXPOR,  patentear  —  propor  —  contar  — 
dizer  —  declarar,  explicar,  interpretar  — 
arriscar,   aventurar,  comprometter  —  pôr. 

EXPORTÁVEL,  transportavcl. 

EXPOSIÇÃO,  declaração,  explicação  —  in- 
terpretação —  narração  —  amostra  —  po- 
sição,  situação. 

EXPOSITOR,  declarador,  interprete  —  com- 
mentador,  explanador. 

EXPOSTO,  entregue,  offerecido,  sugeito  — 
explicado  —  arriscado  —  [s.)  engeitado  — 
conteúdo. 

EXPRESSÃO,  representação  —  gesto  —  dic- 
ção, elocução  —  estylo  —  palavra,  termo, 
voz  —  phrase. 

EXPRESSAR,  declarar,  exprimir. 

EXPRESSIVA,  expressão  —  elocução  —  re- 
citação. 

EXPRESSIVO,  claro,  emphatico,  enérgico, 
significativo. 

EXPRESSO,  explicito  —  declarado,  mani- 
festo —  retratado  —  expremido,  repre- 
sentado —  (s.)  mensageiro. 

EXPRIMIR,  enunciar,  manifestar  —  repre- 
sentar —  tirar  —  espremer. 

ixpROBRAçÃo,  reproche  —  injuria,  vitu- 
pério. 

EXPROBRAR,  reprehendef  —  objectar  — 
censurar,  condemnar. 

*  EXPROvADO,  experimentado,   provado. 
EXPUGNADOR,   couquistador ,   debellador, 

vencedor. 

EXPUGNAR,  render,  tomar,  vencer  —  con- 
quistar. 

EXPULSAR,  expellir,  repulsar  —  afastar, 
desviar. 

íxpuRGAR,  limpar,  purgar  —  [corrigir, 
emendar. 

*  KXQuisA,  enquisa  —  informação,  in- 
quirição. 

íXQuisiTO,  escolhido  —  acarretado,  ex- 
cogitado  — .  exceilente,  eximío  —  delicado 


—  raro,  singular  —  selecto  —  grande, 
sumrco. 

ixsiccAçlo,  marasmo,  resicaç&o. 

*  extar,  existir  —  haver. 

EXTAsis,  Esíase  ou  Estasi,  enlevação,  en- 
levamento  —  lapto,  transporte  —  admira- 
ção. 

EXTÁTICO,  arrebatado,  enlevado  —  absor- 
to —  admirado. 

EXTEMPORANEAMENTE,  improvisa,  repen- 
tina, subitamente. 

EXTEMPORÂNEO,  improviso,  repeutino,  sú- 
bito —  magistral. 

EXTENSÃO,  comprimento,  latidâo,  latitu- 
de —  alargação,  amplitude,  largura  —  es- 
paço —  augmento,    prolongação. 

EXTENSO,  amplo,  comprido,  grande,  lar- 
go, longo  —  augmentado  —  diífuso,  pro- 
lixo. 

EXTENUAÇÃo,   enfraquecimeulo,   fraqueza 

—  magreza  —  diminuição. 

EXTENUAR,  atteuuar,  debilitar,  enfraque- 
cer —  emmagrecer  —  abater. 

KXTERiOR,  aparente  —  externo,  extrínse- 
co —  {s)  ar,  presença,  rosto  porte,    talhe 

—  exterioridade  —  superfície. 
EXTERiORiDADES,  apparcucias,  exteriores, 

mostras 

EXTERMINAÇÃO,  destruição,  excidio,  ruí- 
na —  desolação. 

EXTERMINAR,  arruinar,   assolar,    destruir 

—  extirpar. 

EXTERMÍNIO,  cxpulsão  —  dcsterro,  exilio 

—  destruição,  ruina. 

EXTERNO,  exterior,  extrínseco  —  estran- 
geiro. 

EXTiNCçÃo,  aniquilação,  destruição,  exi-  . 
cio,  ruina  —  morte. 

EXTiNCTO,  apagado,  esquecido  —  morto 

—  amortecido,  mortificado  —  acabado,  per- 
dido —  annullado  —  abolido  ,  supprimi- 
do. 

EXTINGUIR,  apagar  —  destruir  —  abo* 
lir,  supprimir  —  acabar  —  dissipar,  extir- 
par —  exterminar. 

EXTIRPAR,  desarreigar  —  abolir,  destruir 

—  arrancar  —  extinguir. 
EXTORQUIR,   arrancar. 

EXTORSÃO,  rapina,  usurpação,  — violen* 
cia. 

EXTRACÇÃO,  exportação  —  consumo,  va* 
são  —   extracto. 

EXTRACTO,  sumo,  succo  —  compendio, 
epitome  —  copia. 

EXTRAÍR,  espremer  —  levar  —  achar  — 
buscar  —  tirar  —  separar  —  abreviar,  sum* 
mariar  —  copiar,  transcrever. 

EXTRANEO,  estraogeiro.  estranho,  novo-- 
maravilhoso,  raro,  singular  —  grande,  il- 
iustre,  insigne  —  memorável ,  notável  — 
casual,  fortuito,  ridículo. 


FAÇ 


FAC 


968 


ixTBAOBDiíSARio,  desusado,  estranho,  no- 
vo — •  maraviloso,  raro,  singular  —  gran- 
de, illuslro,  insigne  —  memorável,  nota- 
Vel  —  casual,  fortuitoo. 

EXTRVAGANCiA,  dísp?irflte,  loucura  —  de- 
lírio, desvario  —  iuepcia  —  impertinên- 
cia. 

EXTRAVAGANTE,  estrambolico,  exótico  — 
insensato,  louco  — impertinente  — ridicu- 
lo,  visionário. 

EXTRAVIAR,  dssencaminhar ,  desviar  — 
perder. 

EXTRAVIO,  descaminho,  desvio. 

EXTREMADO,  acabsdo,  completo  —  per- 
feito —  abalizado,  insigne  —  excellenie. 

extrexar-se,  esmerar-so  —  abalizar-se 
—  disiÍDguir-se. 


'  extremidade,  extremo  —  cabo,  fim,  ter* 
mo,  topo  —  bico,  ponta  —  aperto. 

EXTREMO,  extremidade  —  excesso  —  fron-» 
teira,  raia  —  cume  —  (««O*-)  ultimo  —  ex- 
cessivo —  extremado,  extremoso. 

EXTREMiso,  extremado  —  excessivo,  tii- 
mio  —   terno  —  wipaixonado  —  aíTtctuoso. 

extrínseco,  accidcntal,  adventício — ex* 
terior. 

EXUBERÂNCIA,  aíHucncia,  superabundân- 
cia, suporflaidade. 

EXUBERANTE,  superabundaute  —  exce- 
dente, redundante. 

EXUBKRAR,  superabundaf. 

EXULTAçÂo,  alvoroço,  alegria,  prater. 

EXULTAR,  alvoroí-ar-se  — »  alegrar-se,  re-* 
gozijar  se. 


F 


FABORDÃo,  desaCnnção,  desentoação,  des- 
entoa me  ato. 

FABaiCA,  composição  —  construcção,  es- 
tructura,    organisaçro  — edifício  —  ollicina 

—  feitio  —  artiticio,  lavor,  trabalho  —  mu- 
leriaes — [pL]  desenhos,  ideias,  projectos, 
traçrts. 

F.«BRiCAÇÃo,  fabrica,  manufactura. 

fabwicaduh,  ariitice  ediUcadõr  —  auctor, 
coo)['osiieiro  —  creador,  inventor. 

F«B<iiCAR,  architeciurar,  construir,  edlQ- 
car  —  cu  .har  —  íh/hp  —  lecer  —  manufa- 
cturar —  ruliivar  --  f>trJHr,  imaginar,  inven- 
tar, urdir 

FABHÍc^j,  fabricação,  obra  —  amanho,  la- 
voura. 

Fabril,  mechanico  —  artificioso. 

FABRO,  artífice,  ollicial. 

Fabula,  apolcgo  —  chymera,  firção  — 
riso,    zombaria —  cionlo,    uovella,    romance 

—  rnylholofiia  —  nncnlira,  falsidade. 
FABULAii  ou  FabulUar,  apologar  —  fingir, 

iuveniar  —  mentir. 

Fabuloso,  í,íUo.  fingido  —  imppinado,  in- 
■vcnlado  —  cbjliienco,  fioticio  —  sooliarlo. 

FAÇíKUA  j   p'oeza  —  em|)resa,   fãcrao  — 


heroicidade  —  acção,   feitos  —  bravura  — 
maravilha. 

FAÇANHE1R0,  faufirrão,  patarata,  ronca- 
dor, vaidoso. 

FAÇANHOSO,  extraordinário,  inaudito  — -» 
enoruie,  grande  —  monstruoso  —  memorá- 
vel —  famoso  —  heróico. 

FACÇÃO,  jirnflda  —  empresa,  expedição  — 
bdiido,  parcialidade,  partido — conluio,  li^ 
^'8  —  conjuração,  conspiração. 

FACCIOSO,  atuotinador,  sedicioso  —  par- 
cial. 

face,  cara,  rosto,  sembhnte  —  apparen- 
cia  —  pre&e^ça  —  ílô'*,  superficie,  i(»na  — 
facha  a,  fronlaria,  fronte,  frontispício  — ; 
ordem. 

fackcía,  g-ílanteria,  gr^ça,  grat^iosidade 
—  airiisidade.  donaire  —  jacosidade  —  cho- 
carrice. 

Faceira,  baiofio,  fanfarrão,  patarata,  vai- 
doso—  casquilho. 

fackto,  gaihoítiro.  prazenteiro  —  engra- 
çado, gracioso  —  lapido,  cómico,  festivitl, 
mmiico. 

FACHA,   archote  —  loia.  tocha  —  fi^cho — 
cima  —  venda  —  bip-nnc  ~  jface. 
241  . 


0C4 


FAL 


FAM 


FAÇíUpA,  faee,  ffonlaria,  fronte,  ffônsU« 
pioio-— appareneia,  mostra,  ostBiitaçSo, 

FAcniNA  ou  Faxino,  feixe,  molho  — des- 
troço, astrago. 

FAcno,  Archote,   braníiào  —  fanal,  farol. 

FÁCIL,  natural  —  conversavel,  lhano,  tra- 
etavel  —  comezinho  —  corrente,  fluido  — 
condescendente  —  indulgente,  propicio. 

FACILIDADE ,  desembaraço  —  destreza  , 
fubtihíza  —  agilidade,  presteza  —  confiança 
-— r  affdbilidttde  —  inoonsidereção. 

FACILITAR,  achan&r,  alhanar,  desimpe- 
dir. 

facilitah-se,  agilitar-se,  desembaraçar- 
se  —  familiarizar-se. 

facinoroso,  criminoso,  flagicioso,  malva- 
do, scelerado  —  nefario. 

factício,  artificial  —  contrafeito,  imita- 
do, 

factível,  acontecivel  —  fscil  —  possível, 
practicavel  —  liiito,  permiltido. 

FACTO,  acção,  feito  —acontecimento,  caso, 
successo  —  realidade. 

FACULDADE,  direito,  poder,  potencia  — 
liberdade,  licença  —  sciencia  —  capacidade 
corporação  —  {pi )  qualidades  —  bens,  cabe- 
daes.  haveres,  posses. 

FACULTAR,  facilitar. 

FACULToso,  opulento,  rico  —  caudal,  cau- 
daloso. 

FACÚNDIA,  eloquência  —  elegância,  graça. 

FaCundo,  culto,  discreto,  eloquente. 

FAÇUDO.  bochechudo. 

fada,  maga  —  bruxa,  feiticeira. 

fadah,  predizer,  vaticinar  —  proteger. 

FADApao,  destino,  sorte— fadiga,  lida, 
pena,  trabalho  —  propensão. 

FADIGA  ou  Fatiga,  cançaço,  lida  —labor, 
trabfllho  —  pena  —  embaraço. 

FADIGOSO,  cançativo,  penoso,  enfadonho, 
importuno. 

FADO,  destino,  sorte  —  oráculo,  vaticínio 

—  finameato,  morte. 

FAGUEIRO,  acariciador,  afagador,  affavel. 
carinhoso,  meigo. 

FAiM  ou  Fai,  espadim,  florete. 

FAÍSCA,  centelha,  chispa,  faúla,  scintilla. 

FAISCAR,  crepitar  —  scinlillar  —  chamme  • 
jar  —  brilhar,  resplandecer. 

*  FALAMENTO  OU  Fãllamento,  discurso 
falia. 

FALBALAS,  folhos,  guamição. 

FALCATRUA,  eng«no,  logro,  peça. 

FALCATRUAR,  caíotear,  lograr  —  enganar, 
illudir. 

FALHA,  eiva,  fenda,  racha  —  mossa  — 
defeito,  macula,  quebra. 

FALHAR,  estalar,  quebrar  —  faKar. 

FALLA,  p'»l,ivrn,  voz  —  lingua,  linguapem 

—  estjlo,  Irícuçiio  —  afCDga,  oração,  dl': 
curso,  practic?|. 


'  FALLACíA,  sophisma --- eag^ao,  fraude-^ 
enredo,  tramóia. 

FALLADOR,  bâchapel.  cbarUdor,  gárrulo, 
linguareiro,  loquaz,  palrador,  palreiro,  ta*» 
rameleiro  —  dizedor,  verboso. 

FALLANTB,  eloqucnts  —  avisado,  discreto 

—  articulanto. 

FALLAR,  dizer  —  conversar  —  charlar,  co- 
cbichar,  papear  —  conferir,  discorrer,  pra* 
ticar  —  tractar  —  advogar,  orar. 

FALLAZ  ou  Fallace,  enganador,  engano*» 
so  —  artificioso  — fraudulento,  impostor  — 
vão, 

FALLiCER,  falhar,  faltar  •— acabar,  cxpí" 
rar,  fenecer,  morrer. 

FALLECiDo,  morto  —  desapparecido  —  fal* 
to,  necessitado. 

FALLECiBENTO,  careucia,  falta  —  finamen^ 
to,  morte,  óbito  —  desfallecimfnto. 

FALLESCiA,  falta  —  culpa,  erro  —  enga- 
no—  excepção,  limitação. 

FALLiMKNTo,    bancarrota,  quebra  —  erro 

—  falíencia  —  diminuição  —morte  —  culpa, 
peccado  —  falta,  omissão. 

FALLiR,  enganar  —  (n  )  quebrar  —  empo- 
brecer —  arruinar-se. 

FALSAR,  falsificar  —mentir—  baldar,  frus- 
trar, inutilizar — (n.)  falsear. 

FALSARio,  falsador,  falsificador  —  engana- 
dor —  embusteiro,  impostor  —  calumniador 

—  corruptor. 

FALSIDADE  OU  Fãlsía,  dolo,  frauduleucia, 
impostura  —  engano,  mentira  —  dissimulo, 
fingimento. 

FALsiDico,  doloso,  Impostor— meutiroso. 

FAi  siFiCAçÃo,  adulteração,  alteração,  cor- 
rupção. 

FALSIFICAR,  adulterar,  arremedar,  contra- 
fazer —  alterar,  perverter  —  corromper,  vi- 
ciar. 

FALSIFICO,  mentiroso  —  falso. 

FALSO,  aleivoso  —  astucioso  —  fingido, 
sapposto  —  falsificado  —  postiço  —  (s.)  falsi- 
dade. 

FALSURA,  alei vosia,  falsidade,  má  fó,  per- 
fídia —  perjúrio. 

FALTA,  carência,  inópia,  penúria  —  cul- 
pa, peccado  —  defeito —  engano  —  omis- 
são. 

FALTAR,  carecer  — falhar  —  abortar—' 
peccar. 

FALTO,  carecido,  necessitado,  desliíuido, 
mingoado  —  dtf*íituoso  —  não  inteiro. 

FAMA  (boa),    credito,  reputação  —  nome 

—  gloria  —  honra  —  boato,   noticia,  ruído, 
soada  —  (má)  deshonra,    discredito,    labeo 

—  ignominia,  inf'ímia. 

FAMÉLICO,  esfiimado,  esfomeado, faminto, 
fainujpnlo  —  ávido,  cuhiroso. 

FiMiGERAtío,  afamada  celebro,  famosa, 
íií/iijeadp, 


FA» 


FAS 


96& 


f  AMiijA,  casa  ^  obrigação,  sangue  —  go- 
râçào,  raça  —  alliados,  parentes  —•  extracção 
— 'ganle  — ospecio,  género, 

FAMILIAR»  fâmulo  —  irasgo  —  confrade  — 
commisssrio  —  [adj.)  cnseiro,  domestico,  fa- 
milio  —  iniirao  —  acostumado  ,  habitual , 
usual  —  fácil,  natural. 

FAMiLURiDADB  ,  amlzado  —  confiança  — 
convivência,  intimídadd,  privança. 

FAXiLURiZAR-SE  OU  FamUiarisar-se , 
acoEtumar  so,  avezar-se,  habiiuar-so  —  aU 
liar-se,  ap«rentflr~se,  emparentar-se. 

FAMINTO,  famaco,  famélico,  famulento, 
esfaimado,  esfomeado  —  ávido,  cobiçoso  — 
anhtlante  —  miserável,   misero,   misérrimo 

—  pobre  —  avaro  —  pallido  —  dosfallecido, 
languido  —  devorador,   voraz  —  impaciente 

—  inquieto 
FAMOSO,  egrégio,  Ínclito,  insigne  —  cele- 
bre, nomeado  —  afamado,  fam'gerado-  no- 
tável —  iiJustre. 

FAMULA.a,  ajudar,  auxiliar,  soccorrer  — 
servir. 

FAMULKNTo,  famelico,  faminto. 

FÂMULO,  criado  —  estudante. 

FANADO,  maltractado,  mutilado —  circum- 
cidado  —  miserável  —  pobre  —  estreito  — 
inurcho  —  secco, 

FAWAL  ou  Phanal,  faro,  pharol— lam- 
pião —  facho. 

FANAR,   circumcidar  —  amputar,  truncar 

—  aguarentar  —  murchar. 
fanaTíco,   desvariado,    insepsato,    louco 

—  arrebatado,  furioso  —  lunático,  visioná- 
rio, 

FANATISMO,  loucura,  phrenesi  —  supers- 
tiçSo  —  obstinação,  teima  —  enlhusiasmo. 

fanchonice,  mollicie  —  sodomia 

FARcnoNO,  sodomita  —  afeminado,  mol- 
le, 

FANFARRÃO,   chibante,  rabulão,  valentão 

—  mata  sete  —  bazofio,  blasonador,  jactan- 
cioso,  roncador  —  farfante,  patarata  —  or- 
gulhoso. 

FANFARRARIA,  Faufarrice  OM  Fanfurria, 
Fabularia  —  fanfarronada,  jactância,  osten- 
tação —  basofia,  presumpção,  ufania  —  cas- 
quilhice. 

FANHOSO,  gangoso,  roorfanho. 

FANTASIA  ou  Pfiantasia,  imaginação,  ima- 
ginativa —  arbítrio,  gosto,  vontade  —  pre- 
sumpção, suberba  —  chimera,  sonho  —  ex- 
travagância, loucura  —  ficção  —  preludio. 

FANTASIAR  OU  Pliautasiar^  fingir,  imagi- 
nar, inventar  —  compor. 

FANTASIOSO  ou  PKantasioso,  persumido, 
presumpçoso,  vaidoso  —  caprichoso,  chime- 
rico,  extravagante. 

FANTASMA  OU  Pkantãsma,  avejão,  aven- 
lesiíia,  espectro,  larva— Soiijbra  —  imagem 
— .  chiaiwa,  illu^ão, 
rok.  it. 


FANTÁSTICO  CU  Phmtastico,  imaginário, 
phaniasioso  —  fingindo,  simulado. 

FARANDULA  OU  Favandulagem,  charlt- 
lães,  farçanies,  etc.  — bugiarias,  farelorio, 
ninharias. 

FARAUTB,  interprete,  língua  —  arauto,  rei 
d'armas  —  corrector,  medianeiro  —  cabeça, 
chefe,  guia. 

FARç\,  comedia,  entremez  —  pelolicas  — 
bufonerin,  caturrice,  chocarrice. 

FAE CANTE  ou  Fãrciifta,  bobo,  caturra, 
chocarreiro,  farçola,  gracioso. 

FARDA,  uniformo  —  libro. 

FARDAGEM  ou  Fardelagtm,  fardamento  — 
bagagem,  cargas,  fardos. 

FARDO,  hó  —  bala  —  carga,  peso— pacote, 

FAREJAR,  cheirar,  fariscar. 

farelorio,  bugiarias,  ninharias  —  írio- 
leiras. 

farfalha  o\i  Farfalhada,  bulha,  estron- 
do, motim. 

faufaldador  ou  Farfalhão^  amotinador 

—  parolador,  parol-^iro. 
farfalhar,    estrondear  —  parolar,  taga* 

relar  —  remexer,  revolver. 

farfante,  blasonador,  vanglorioso  —  fan- 
farrão. 

farnel,  fardel. 

FARO,  olfato  —  cheiro,  exhalaçâo,  odor 

—  indicio. 
farol  ou  Pharol,   lampião,  lanterna  — 

pharo. 

farpão,  harpeo  —  arremeço,  dardo,  ve* 
nabulo  —  setta. 

farpar  ou  Farpear,  harpoar  —  dardear 

—  assettear. 

FARRAPO,  andrajo,  trapo. 

farroma,  bravata,  faufarrice,  fanfarro- 
nada, pataratice,  ronca. 

farroupilha,  escarpido,  farrapão,  mal-» 
trapilho. 

farroupinho,  bacorote,  raarranito. 

faRROupo,  marrão,  porco. 

FARRUSCA,  farrumpeo,  tarasca. 

FARSOLA  ou  Farçola,  bobo,  chocarreiro, 
farçante,  galhofeiro  —  chibante,  fanfarrão, 
quichote. 

FARTADELLA,  barrígada,  lambada,  lam-« 
buçada. 

FARTAR,  saciar  —  acevadar,  cevar  —  atu- 
lhar, encher  —  recheiar  —  satisfazer. 

FARTO  ,  saciado  ,  s.-^lisfeito  —  atulhado , 
cheio  —  recheiado  —  copioso,  fértil  —  abor- 
rido, desgostoso  de.  . . 

FARTUM,  fedor,  raáo  cheiro. 

FARTURA,  saciedade  —  recheio  —  abasto, 
abundsncia,  cojna. 

FASCINAÇÃO,  olhado,  olho  máo,  quebran» 
to  —  deslumbramento  —  incanto. 

FASCINAR,  deslumbrar,  incantar  ^r- engv 
nar  —  haUucinar. 

242 


866 


FÀU 


FEt 


FASQuUf  Uta. 

FASTIDIOSO,  FasHoso  m  FmHmtOi  te- 
dioso -*  o&usUco,  oafjidonho,  molesto  — 
nbinivel, 

fastígio,  «cumen,  8uge  •—  cimo,  cume  — 
reruaie  —  eltura,  eminência  —  sublimidade 

FASTIO,  enfaro,  onlojo,  náusea,  ledio  — 
ebarrííc! mento,  desgosto  -^  enfadamento  -^ 
àesprczo. 

FASTO,  elevaçSo  —  soberania  --  altivez, 
arrogância,  suberba  — magnificência,  pom- 
pa —  ostentação —  apparato,  estado,  gran- 
deza, lustre  —  (arf;.)  fe!ii,  prospero. 

FASTOS,  annaes  —  archivos  —  registos. 

FASTOso,  magnifico,  pomposo,  soberbo 
.— ostentoso  —  altivo,  arrogante,  orgulho- 
so, víto. 

FATAL,  calamitoso,  desgraçado,  funesto 
«—  trágico  —  prejudicial,  ruinoso. 

FATALIDADE,  desiioo,  sorte  —  desgraça  — 
penalidade. 

FATEXA  ou.  Fateixa,  ancora,  arpeo,  gan- 
cho. 

FATIA,  talhad.i  —  lasca. 

fatídico,  adivinho,  prophetico. 

fAtiFero,  mortífero. 

FATIGAR,  cançar  —  acossar,  perseguir  — 
amofinar  —  affligir  —  importunar. 

fatiota,  fato,  roupa  —  moveis  —  trou- 
xas. 

FATO,  bens,  moveis,  roupas,  vestidos,  etc. 

—  manada,  rebanho. 

FATUÍDADE,  inépcia,  simpleza  —  ridicula- 
ria  —  luuclira,  necedade,  tolice 

FÁTUO,  estúpido,  louco,  néscio,  simples, 
tolo. 

Fauces,  garganta,  guela  — bocca,  bo- 
queirão —  abertura. 

FAÚi.A,  centelha,  faisca. 

Faúlhas  ,  bagatellas  —  tolices  —  friolei- 
ras,   paiarfltas. 

FAÚLHENTO,    ffivolo,    fulil,    inulíl,    VãO. 

falnus,  satyios,  silíanos. 

Favo,  mel. 

favonio,  zephyro. 

FAVOR,  graça,  mercê,  mimo  —  amparo, 
auxilio,  deft^sa.  protecção  —  adherencia,  cre- 
dito, benevolência. 

FAVORÁVEL,    benéfico,    benigno,  propicio 

—  bom,   sadio  —  í«u>to,  prospero,  risonho 
' — ami^o  — empenhado,  padrinho,  patrono 

—  fautor  —  fresco,  g«leriio. 
FAVORECEDOR,  padiiiiho,  patrono,  protec- 
tor —  defensor. 

FAVORECER,  araercear,  gratificar  —  apa- 
drinhar, patrocinar — auxiliar,  favorizar, 
proteger  -  avantajar  —  parci^lisar. 

FAVORITO,  o-imoso,  querido  —  valido  — 
afiihíido,  protegido. 

pai/sto.  afortunado,  ditoso,  feliz,  propi- 
cio, prospero. 


PAUTOU,  defendedor,  favorecedor. 

FAUTORA  AR,  apadrinhar,  favorecer,  pi* 
trocinar. 

FAX*  ou  Faixat  tífR— «banda,  charpa  — 
oingidouro,  cinta  —  [pi]  mantilhas 

fazbnda,  cabedal,  dinheiro,  riquezas -• 
bons,  haveres,  posses —  mercsdorias— ter- 
ras— herdades  —'*  f5Cç5o,  procedimento  — 
"^  duello  —  peleja  —  *  batalha  ,  confiioto  -i 
*  correria  —  *  labutaçfto,  lida  —  serviço. 

FAZBISDEIRO,  quiotciro  —  feitor. 

FAZER,  executar,  obrar  —  acabar,  con- 
cluir, terminar— compor,  tecer —  construir, 
fabricar—  causar,  produzir  —  excitar  —  dis- 
por, preparar  —  mandar  —  obrigar  —  con- 
certar —  servir   -  ajustar  —  vir  —  fingir. 

fazbr-se,  afazer-se,  avezar-se  —  formar- 
se  —  tornar-se. 

FE,  credito,  crença — religiSo  —  boa  fó, 
fidelidade,  lealdade,  probidade  —  candura, 
sinceridade  —  prova ,  testimunho  —  jura- 
mento. 

FEALDADE  OU  Feialdade,  deformidade—* 
enormidade  —  infâmia,  torpeza. 

FEANcnÀo  ou  FeianchãOj  feiíssimo,  hor- 
rendo. 

FEBE  ou  Phebe,  a  lua— Diana,  Hecate, 
Prosérpina. 

FEBo  ou  Phebq,  o  sol  —  Apollo. 

FEhRA.  fibra,  filamento. 

FECHAR,  cerrar  —  tapar  —  acabar,  con- 
cluir, findar,  terminar  —  cercar. 

FECBO,  aldraba,  íerrolho  —  belho,  iin- 
gueta  -  conclusão,  fim. 

FECUNDAR,  fertclizar,  fructificar  —  adian- 
tar, augtnentar. 

FECUNDIDADE,  abundaucia,  copia,  fertili- 
dade. 

FKCUNDO,  abundante ,  fértil,  fructifero, 
productivo. 

FEDELUO,  estudantinho  — rapazinho  —  fi- 
gurinha —  fedorento. 

FEDKRADo,  confederado,  federalista. 

federalismo  ou  Federação,  aliiança,  con- 
federação, união  —  ajuste. 

FEDERAR,  alliar,  confederar,  unir. 

fedu,  feio,  horrendo,  torpe. 

FEDOR,  fedito,  rnáo  cheiro  —  corrupção, 
infecção,  patrefacção. 

FEDORENTO,  felido,  mal  cheirante,  mal, 
cheiroso  —  corrupto,  pútrido  —  descouten-. 
ladiço. 

FEIÇÃO,  feitio,  figura,  forma  —  gesto  — 
cote,  iiniamenlo'?,  t«lhe  —  maneira,  modo, 
ordem  —  condescendência  —  jovialidade. 

FEiHA,  mercado. 

FEIRAR,  comprar,  vender,  negociar,  tro- 
car. 

FEITA,  acção,  vez. 

FKiT  Ceira,  bri'Xa  —  maga. 

FEíT  CfiiRo,  magico,  mago  -—  brujo,  ni- 


FER 

gromanlico  —  fascinador,  hallucinador,  in- 
car.tador  —  [ddj  )  npr<ízivel. 

FKiTiCERiA,  bruxaria  —  magia  —  feitiço, 
maleQcio,  sortilégio,  veneflcio  —  fascinação, 
incflnto. 

PKiTiço,    bruxaria,    magia,    nigromancia 

—  incauto,  sortilégio,  Yeneficio  —  fasoina- 
ção,  olhado  —  philtro  —  {(ídj.)  artificial  — 
falso,  fingido. 

Feitio,  feiçSo,  forma  —  diligencia  —  cas- 
ta, laia.  sorte. 

FEITO,  acção,  *  fazimento  —  proeza  — 
facção  —  acontecimento,  facto,  snccesso  — 
questão  —  autos  —  processo  —  {adj.)  obra- 
do —  afeito. 

FEITOR,  administrador,  negociador  —  ca- 
seiro, rendeiro  —  [adj.)  auctor,  credor  — 
fazedor,  obrador. 

FEITURA  ,   feitio  —  factura  —  trabalho  — 
creàtura. 
.  FfiixE,  lió,  molho. 

Fel,  amargo,  amargor,  amargura  —  ódio, 
rancor  —  paixão  —  cólera. 
.  FELICIDADE,  dita,  veulura  —  fortuna,  pros- 
peridade —  gloria  —  salvação— sorte  —  bo- 
nança —  satisfação  —  suocesso. 

FELICITAÇÃO,  congratulação,  emboras,  pa- 
rabéns. 

FELICITAR,  cumprimentar,  congratular  — 
aditar,  afortunar,  bema^eniurar. 

FELIZ  ou  FelicCj  afortunado,  ditoso  —  fa- 
vçravel ,    fausto",    prospero  —  contente  — 
abençoado,  bemditoso. 
.  FELPA,  pellucia,  rico  —  cabello,  pello. 

Felpudo  ou  Felpado,  aveludado,  pellu- 
do  —  cabelludo,  velludo. 

FÊMEA  ou  F etnia,  mulher  —  dama  —  don- 
zella. 

"  FEiíKAÇo,  fêmeas  —  concubinas,  meretri- 
zes. 

FEMENTIDO,  fraudulento,  pérfido,  preju- 
rOj  tredo. 

FEMINIL  ou  FemininOf  femeal,  femineo, 
mulheril. 

FENDA,  fisga,  greta,  rgcha. 

FENDENTE,  aU'abaixo,  cutilada,  golpe. 

FENDER,  abrir,  cortar,  rachar  —  retalhar 

—  sulcar  —  separar. 

FENECER,  acabar,  findar,  terminar  — ex- 
pirar, fallecer,  morrer. 

Feo  ou  Feio,  mal  parecido  —  desagradá- 
vel —  deforme  —  torpe  —  enorme ,  mons- 
truoso —  horrendo. 

FERA,  monstro  —  cruel,  iahumano. 

FERAC1DADE,  feftíliJade. 

Féretro,   ataúde,  caixão,  esquife,  tumba. 

Fereza  ou  Feridade,  braveza,  ferocidade 
•-  barbaridade,   crueldade,  deshumanidade 

—  arrogância. 

FERIDA,  chsga  —  golpe  —  cutilada,  esto- 
cada, lançada  —  axe,  lesão  —  pancada. 


FER 


967 


FERINO,  belluíQo,  cerval  —  cruel,  feroz, 
sanguinário. 

FEKiR,  golpear,  mutilar  —  assetlear,  vul- 
nerar —  chegar  ,  tocar  —  castigar  —  insul- 
tar, offender. 

fermií:nta'ção,  ebuUiçSo,  eíTervescencia  — 
agitação  —  dissenção. 

FRBMENTAR,  agitnr-se  —  decompor-se. 

FERMOSEAR  OU  Formoscav  f  aformosar, 
alindar,  formosentar. 

FERMOSo  ou  Formoso^  bello,  lindo  —  bi- 
zarro, galhardo,  gentil  —  agradável, 

FERMOSURA  OU  Fcrmosura,  b.^lleza,  bo- 
niteza, lindeza  —  galhardia,  gentileza. 

FERO,  ameaça,  bravata,  bazoUa  —  [adj.] 
brutal ,  duro  —  ferino  —  grandíssimo  — 
monstruoso. 

FEROCIDADE,  braveza,  fereza  —  crueldade, 
crueza  —  dureza  —  arrogância,  orgulho. 

FEROZ,  bravo,  imminente —  ferino,  fero  — 
bárbaro,  cruel,  deshumano,  inexorável  — 
atroz,  violento. 

FERRAR,  cravar,  pregar  —  arpoar,  fisgar 
—  colher  — -  encorar,  fundear,  surgir  —  fer- 
retar. 

FERRAR-SB,  arcsr,  cerrar,  travar. 

FERRENHO,  fluTO,  in£lexivel,  pertinaz  — 
bárbaro  —  rigoroso. 

FERRETE,  marca,  signal,  infâmia,  labeo, 
macula,  manha. 

FERRicocos,  gatos  pingados  —  peniten- 
tes. 

FERRO,  instrumento  —  ancora,  fateixa  — 
alfange,  espada,  punhal,  etc.  —  viajem — ■ 
vez  —  ipL]  cadeias,  grilhões. 

ferrolhaR,  prender. 

ferropeias,  ferros,  grilhões,  grilhos  — 
cadeias. 

FERRUGENTO  ,  euferrujado  —  antigo,  ve* 
lho. 

fehrugineo,  escuro,  negro  —  triste. 

FERRUMPSA,  cspadão,  farrusca,  ferrugen- 
ta, tarabca,  timebunt. 

FÉRTIL,  abundante,  copioso,  pigue  —  fe- 
cundo ,  feracissimo  —  fructuoso,  frugife- 
ro. 

FERTILIDADE,  abundancia,  feracidade  — 
fecundidade. 

FERTILIZAR  ou  FertUísar,  fecundar. 

FERVEDOURO  desassocego,  inquietação  — 
formigueiro  —  bulício. 

FERVENCiA,  fervura  —  ebulição  —  agita- 
ção, ardor,  eíTervescencia. 

FERVENTE,  ardente  quentíssimo  —  fervo- 
roso, vehemente  —  activo,  vivíssimo. 

FERVER ,  bolhar,  ebulír  —  agíiar-se  — 
afanar-se,  fadígar-se. 

FÉRVIDO,  abrasado,  ardente  —  enérgico  — 
apaixonado  —  rapidíssimo  —  fogoso,  impe- 
tuosa, violento  —  activo,  fervcroso,  vehe- 
mentCi  títo. 

242  « 


968 


FID 


FERVOR,  fervura  —  chamtna,  labareda  — 
ardor  —  empenho,  zelo  —  fogo,  vehemencia 

—  impaciência  —  energia  —  afano  —  canga- 

FEavnRoso,  activo,  diligente,  térvido,  ve- 
hemento. 

FitRvuRA,  cachão  —  fervencia,    fervor 
rf?.STA,  festejo,  festividade,  função  —  cele- 
bridade, solemnidade  —  applauso  —  alegria 

—  divertimento  —  regozijo  —  dia  santo. 
FESTÀTsçA.,    brinco,  divertimento  —  rega- 

bofe. 

FESTÃO,  ramilhete  •—  florão  —  laçaria  — 
bambolira. 

festsjador,  festivel,  festivo  -^  alegre, 
divertido. 

FESTEJAR,  applaudir,  celebrar,  solemni- 
sar  —  cariciar  —  alegrar-se. 

FESTEJO,  acolhimento,  gasalhado  —  ale- 
gria, regozijo  —  festa. 

FESTIM,  banquete,  bodo  —  regalo  —  con- 
vite —  festa,  festejo,  função. 

FESTIVAL,  alegre,  faceto,  jucundo,  pra- 
zenteiro —  apraiivel,  festivo. 

FESTIVO,  divertido,  galante,  recreativo  — 
soleinne. 

FsTiDO.  fedorento,  mal  cheiroso  —  pu- 
tr  do  —  hediondo,  sórdido. 

FSUDO,  reconhecimeatOj  vassallageda  ^ 
tributa. 

tn  ou  FéSi  borra,  cscurralhas,  lis,  pé, 
sedimento  -^  «scoíia. 

l^UDôít,  fibonador,  caução  —  caráão, 

¥UNÇA,  ou  Fiadoria.  abono,  caução,  ga- 
ftnúfk  —  aboaaçào,  Confirmaçào  —  con- 
ílança,  fé  — •  ccnâdencia  —  esterco,  estra- 
vo. 

FIAR.  abanar,  garantir  —  commeter,  re- 
còmmendar  —  arriscar,  aventurar  —  esco- 
rar, estribar  —  confiar,  esperar. 

FiBFA,  fio  —  fevera  —  {pi.)  raizinhas. 

FíBULA,  fivela. 

FICADA,  demora,  parada  —  assistência, 
estada,  permanência  —  habitação,  morada, 
residência. 

FICAR,  permanecer  —  demorar-se  —  res- 
tar —  durar  —  estar  —  afiançar  —  con- 
certar-se  —  prometter  —  *  fincar. 

FICÇÃO,  fabula,  invenção  —  dissimulo, 
fingimento  —  mentira,  supposição. 

FICTÍCIO,  fabuloso,  íictil,  fingido,  imagi- 
nário. 

FiDALGAMENTE,   esplendida,   nobremente. 

FIDALGO,  cavalheiro,  gentilhomem  —  con- 
de, duque,  marquoz,  etc.  — •  [adj  ]  nobre 
—  grande  —  va!eroso. 

FIDALGUIA,  nobreza,  sangue  iilustre  — 
generosidade  —  soberania  —  dignidade. 

FiDETCOMMisso,  deposito,  doação,  lega- 
do. 

FiDELiDADB,  fe,  fieldâdõ  *-  fealdade,  sin- 


FíN 

ceridade,  verdade  —  exactidão  —  cons- 
tância —  segurança. 

FiDEOs,  aletria. 

FJDO,  fiel,  lesl,  sincero  — constante,  se- 
guro —  verdadeiro. 

FiDuciA.  atrevimento,  ousadia  —  confian- 
ça —  esforço. 

FIEIRA,  enfiada,  fileira,  linha,  renque. 

FIEL,  fido,  leal  —  constante,  seguro  — • 
sincero  —  exacto,  verídico  —  [s.]  confiden- 
te —  [pi.)  os  christâos. 

FIGADAL,  enlrenhavel,  intimo  —  cordial 
alegre,  jubiloso. 

FÍGADO,  entranha,  viscera  —  disposição, 
vontade  —   animo,  espíritos,    valor. 

FiGuiiA,  imagem,  retrato  —  feição,  for- 
ma —  ideia  —  representação  —  apparen- 
cia  —  estatua,  vulto  —  eoublema,  geroglí- 
fico,  symbolo  —  significação  —  altitude. 

FIGURAÇÃO,  aspecto,  figura,  forma. 

FIGURADO,  allegorico  —  im*'ginEdo,  sup* 
posto,  pintado,  representado. 

FiGUHANTE,  dausarirío   —   comparsa. 

FIGURAR,  delinear,  traçar  —  symbolisaf 

—  crnar  —  [n.)  parecer,  representar. 
FiGUOARiAS,  admães,  gtsío?,  momos. 
FIGURATIVO,  symbolico  —  allegorico,  UDtt* 

bratil  —  mystico. 

FiGURiLHA,  boneco  -^  manequim  —  figa* . 
rinha,  horaeniculo. 

FILA,  fileira  •—  enfiada. 

FILEIRA,  íila,  linha  — ala,  ficirâj  ren- 
que. 

FíLHO,  fructo,  prole  —  menino,  neno  — 
herdeiro  —  effeilo,  obra  —  gomo,  renovo  — 
natural  —  {;??.)  descendentes,  auccessores, 
vindouros  —  obras. 

Fiino  (illegitimo),  adulterino,  bastardo» 
desnaturai,  espúrio. 

FiLOMsLA  ou  PhUomela,  andorinha  —  rou- 
xinol. 

FiM,  cabo,  extremidade  —  desígnio,  in- 
tento —  alvo,  fito  —  causa,  razão  —  morte 
— •  limite,  termo  —  fecho,  remate. 

FÍMBRIA,  cadilhos,  franja  —  orla  —  fe- 
bre. 

FINADO,  defunto,  morto. 

Final,  derradeiro,  ultimo. 

FiNALiSAR  ou  Finalizar,  acabar,  concluif, 
findar,  rematar,  terminar. 

^  FíNaheisto,  acabamento,  fallecimento» 
morte. 

FiNAR-SE,  altenuar-se,  consumir-se  —  es- 
tilar-se,   definar-se,  myrrhar-se,  seccar-se 

—  morrer. 

FINCAR,  chantar,  cravar,  enterrar,  pre- 
gar —  embeber,  enxerir  —  atochar  —  fitar, 
fixar. 

fincaR-se,  ficaf-se,  parar  —  insistir,  ídí- 
tar. 

FINDAR,  acabar,  concluir,  fechar,  finalí- 


FiX 


FLO 


%9 


lar,   rematar,   uliimar  —  (?i.)    complelar- 

6e. 

•   iriNDo,  acabado,  finalisado,  terminado. 

FiNKZA,  delgadezH  —  pureza  —  delicade- 
M  —  Subtileza  —  primor  —  galanteria  —  fa- 
vor —  complacência  —  façanha,  proeza. 

FíNGiDO,  apocrypho  —  enliulo,  fabuloso, 
fictício,  fictil,  phautaslico  —  fdlso,  menti- 
do. 

iiNCnOR,  síg .ulador  —  hypocrila. 

FINGIMENTO,  ficção  —  hvpocrisia  —  dissi- 
mulação, refolho. 

i'iKGiR.  fsbular —  suppor  —  imaginar,  in- 
ventar, phantasiar  —  dissimular,  simular  — 
copiar,  imitar  —  enganar. 

FixiTiMO,  comarcão,  confinante,  conter- 
mino,  fronteiro,  limilrophe. 

líMTO,  balizado,  determinado,  limitado 
■*-attrmado. 

FINO,  delgado  —  desvelado  —  extremoso, 
( filoioso  —  amante  ,    amoroso  —  alTectuoso 

—  excessivo,   delicado,    subtil  —  ladino  — 
acendrado,  apurado  —  excellente. 

FisTA,  contribuição,  imposto,  tributo  — 
collecia. 

Fio,  cordel,  linha,  etc.  —  fibra  —  contex- 
to—  corte,    gume  —  enfiada,   fileira,  serie 

—  decuíso  —  agudeza,  viveza. 

FiiiMA,  assignatura,  signai  —  fincapé — 
testimunho. 

Firmamento,  céu,  empyreu  —  bas9,  fir- 
meza. 

FIRMAR,  fixâr,  segurar  —  consolidar,  es- 
tslitap —  ajustar,  contractar  —  approvar. 

FIRME,  seguro,  solido  —  constante,  per- 
severante —  estável,  fixo,  immovel  —  durá- 
vel, immutavel  —  forte  —  inalterável ,  in- 
cí>ncusso  —  eterno  ,  immortal ,  perdoável , 
perpetuo  —  perenne. 

FIRMEZA  ou  Firmidâo  f  estabilidade  — 
permanência,  perseverança,  persistência  — 
perpetuidade  —  segurança  — •  constância  — 
animo,  resolução  —  dureza,  solidez  —  íin- 
cepó. 

FISCAL,  arlstarcho,  censor,  critico. 

FISCALIZAR  ou  Fiscalisar,  accusar,  06ú' 
surar,  reprehendcr. 

FisGA,  arp&o,  arpéo,  gancho  — abertura, 
greta. 

FISTULA,  chaga  —  avena,  charameU,  flau- 
tlnha,  gaita  —  oiificio. 

FITAR,  fincar  —  cravar,  fixar,  pregar. 

FITO  ou  FictOt  alvo,  fim,  mira,  ponto  — - 
mnrco  —  [aíO  )  cravado,  embebido,  fincado, 

*  FiúsA,  confiança  ,  fiducia  —  constan- 
cii. 

FiXAÇÃo  ,  coagulação ,  densação  —  desí- 
gnio, determinação  —  apreciação,  taxa. 

FiXAR,  collar,  p^gar,  pregar  —  coagular 
-» íiotar  —  assigaar,  deteraiiuar. 

VOL.   lY. 


FIXO,  firmo,  immovel  —  estável  —  certo 
—  cravado,  fido,  pregado  —  inerrante. 

ii.ACCiDEZ,  debilidade,  fraqueza,  relaxa- 
ção. 

Fi.ACCíDO,  languido,  molle,  murcho,  re- 
laxado. 

KI.AGEI.LAÇÃ0,  fustigadura  —  açoutes,  dis- 
ciplinação. 

FLiGELLAjiTKS,   disciplinantcs. 

FLAGELLAR,  açoutar,  disciplinar  —  atri- 
bular, atormentar. 

FLAGELLO,  açoute,  azorrague  —  tormento, 
tractos  —  castigo. 

FLAGÍCIO,  altentado,  crimei,  maldade. 

FLAGicioso  ,  viciosíssimo  —  criminoso  — 
infame  —  facinoroso. 

FLAGRÂNCIA,  aroma,  bom  cheiro,  fragan- 
cia,  odor. 

FLAGRANTE,  abrcsado,  ardente,  incendi- 
do —  coradissimo,  rubicundo,  rubro. 

FLAMHA,  chamma,  labareda  — ardor,  fo- 
go —  amor,  paixão  —  vivacidade. 

FLAMaANTU,  Flammifero,  Flammigeroou, 
Flammhomo,  chammpjanto,  ignifero  —  ar- 
dente —  lustroso. 

flam»u'a,  bandeirinha,  bandeirola,  ga-* 
Ihardele. 

FLATO  ou  Flatulência,  arrotos,  ventosi- 
dade  ■—  soberba,  vaidade  —  mania. 

FLAVO,  amarello,  louro. 

FLEBiL,  choroso,  lacrymoso  —  mavioso, 
írisle 

FLEG5IA  ouPídegmãt  pituíia —  descanço, 
pachorra,  vagar  —  moderação  —  paciea- 
cia. 

F  EGMATico  OU  phlegmatico,  piíaitoso  — 
des"ançado,  pachorra  nto,  vagaroso  — •  remis- 
so —  assente  ■—  pacifico,  Iranquillo. 

flbxão  ou  Flexura^  coivadara,  dobra- 
dura. 

FLixiBJLiDADE,  agilidade,  destreza  —  do- 
cilidade, facilidade  —  complacência,  doçu- 
ra. 

FLEXiVEL  ou  Flexibil,  dobradiço  —  dex- 
tro —  brando,  tractnvel  —  exoravel. 

FLEXuoso,  sinuoso,  torcido,  tortuoso.  Vol- 
teado. '       ^ 

FLOR  ou  •  Frol  *  bonina  —  vírglndaiJô, 
virgo  -^livel,  superfície  —  escufioa  —  brilho, 
lustre  —  ornato  —  frescura  «  escolha—  pri- 
mor. 

F  OREAR,  enflorar,  adornar,  embeliôiar 
—  brandir,  vibrar  —  (n.)  brilhar. 

FLORECER  ou  Florescev,  florir  —  activar, 
vigorar  —  prosperar. 

FLORENTE  ou  Flóreo,  florido  —  feliz,  pros- 
pero. 

FLORESTA  ,  'õosque,  laco  —  espessura , 
malta  —  vergfA  —  parque. 

FLÓRIDO,  boninoso,  flóreo,  florigero,  flo* 
rente  —  florliteado. 

Í43 


m 


FOI. 


FOR 


FLOEiDO,  elegante  —  bello  ,  brilhante  — 
"visloso. 

FLUCTisoNANTE,  undisono. 

FLLCTUANTE,  fluctuoso,  nadaote,  undiva- 
go —  incerto,  indeterminado,  irresoluto,  per- 
plexo, vacillante  —  ambiguo,  dúbio,  duvi- 
doso. 

Fi  ucTUAR,  boiar,  nadar  —  duvidar,  hesi- 
tar, vacillar. 

FLucTuoso,  procelloso, ^undoso  —  agitado, 
tempesloso. 

FLUÍDO,   flácido,  fluente,    brando,   molle 

—  corrente,  fácil  [s.]  liquido. 

FLUXO,  defluxo,  fluxão  —  camarás,  cur- 
so, diarrhea  —  enchente,  vasante  —  loqua- 
cidade. 

FOÃo  ou  Fuão,  fulano,  pessoa,  sujeito. 

FOCINHEIRA  OU  Fucinhcira,  açaimo,  bo- 
cal —  tocinho  —  carranca. 

FOCINHO  OU  FucinhOf  narizes,  ventas  — 
rosto — carranca. 

FOCiNHUDO  ou  Fuciíihudo,  carrancudo  — 
amuado,  embezerrado. 

FOCO,  centro  —  fogão,  fornalha,  forni- 
lho. 

FOFiCE,  molleza — jactância,  ostentação, 
vaidade  —  inchação,  intumescência. 

FOFO,  poroso  —  brando,  molle  —  entu- 
fado —  bazofio,  presumido ,  presumpçoso, 
vaidoso,  vão. 

FOGAÇA,  bolo — pão  de  ló  —  boleima  — 
primazia,  vantagem. 

FOGÃO,  lar  —  fornalha. 

FOGO,  chamma,  labareda,  lume  —  incên- 
dio —  fogueira  —  brasa  —  calor  —  casa,  fa- 
mília —  atdor,  vehemencia  —  refulgencia. 

FOGOSO,   abrasado  ,   ardente  —  incendido 

—  flammigero ,  fl^mmivomo  —  arrebatado , 
iippaciente  —  colérico,  desabrido  —  ardego- 

FOGUETE,  batibarba,  reprehensão. 

FÔLEGO,  Follego,  ou  Folgo,  bafo,  hálito, 
reiçpiração,  sopro  —  alento  —  allivio,  refri- 
gério. 

FOLGA ,  descanço  ,  ócio  —  divertimento, 
folgança,  folguedo,  recreio  —  largura. 

FOLGAR,    divertimento,  folguedo,  recreio 

—  {v.  a.)  alargar,  desapertar,  largar  [n.) 
alegrar-se,  regozijar-se  —  brincalhar,  brin- 
car, galhofear. 

.  FOLGAsÃo,    brincador,   brincalhão,  brin- 
cão,   folgante  —  galhofeiro  —  alegre,  jovial 

—  ocioso,  preguiçoso. 

FOLGUEDO,  brincadeira,  brinco  —  diverti- 
mento, passatempo,  recreio. 

FOLHA,  chapa  —  lamina  —  relha  — al- 
qjieive  —  pagina. 

FOLHINHA,  almanak,  calendário. 

FOLHOSO  ou  Folkudo,  cojíado,  espesso, 
íròndifero,  írondos'^,  sombrio. 

FOLIA,  daosa  —  brinco  —  eSil)ectaculo. 

íoLiÂo,  bailador,  dansador. 


FOME,  appetite,  gana,  rafa  —  esterilida* 
de,  penúria  —  carestia  — -  cubica. 

FOMENTADOR ,  auimador,  favorecedor  — < 
fautor,  motor. 

F0M8NTAR,  aquentar  —  conservar  —  ani- 
mar, incitar —  afomentar,  favorecer,  prote- 
ger —  cevar,  nutar. 

FOMENTO  .  fomentação  —  lenitivo  —  pro- 
tecção —  incitamento. 

FONA,  faisca  —  avarento,  mesquinho,  so- 
vina —  finfarrão,  quichote. 

FONTE  ,    manancial,   nascente  —  chafariz 

—  origem,  principio. 

*FOR,  forma,  modo  —  letra. 

FORA,  de  fora — [adv.)  aíóra,  excepto  — 
contra,  sem  —  [interj.)  irra. 

FORAGIDO ,  errante,  fugitivo  ,  vagabun- 
do. 

FORASTEIRO,  estraugelro,  estranho,  pere- 
grino. 

FORCA,  cadafalso,  patíbulo  —  forca. 

FORÇA,  robustez,  vigor  —  animo,  esforço, 
valor  —  espirito  —  constância  —  fortaleza  , 
nervo  —  poder  —  resistência  —  actividade  , 
energia,  viveza  —  virtude  —  eíTicadia  —  nu- 
mero, qualidade  —  estupro,  violência  — 
praça  —  {pi.)  fortificações,  repairos  —  exér- 
citos, tropas  — armadas  —  o  principal,  a 
substancia. 

foraçdo,  impellido,  violen!ado  —  neces- 
sário —  forç  so  —  esbulhado  —  [s.)  o  ga- 
leote  —  [adv.)  constrangidemente. 

FORÇADOR,  violador  —  esbulhador. 

fokçaMerto,  estupro,  força,  violação. 

FORÇAR,    constranger,   obrigar,  violentar 

—  impedir  —  reforçar  —  esbulhar  —  deflo- 
rar, estuprar. 

FORÇOSO,  forte,  robusto,  vigoroso  —  in- 
dispensável, necessário,  preciso  —  rijo,  te- 
so. 

FORJA,  fogão,  fornalha,  fragoa. 

FORJADOR  ,  ferreiro  —  inventor  —  menti- 
roso  —  paroleiro. 

FORJAR  ,  imaginar ,  inventar  —  tecer  «— 
machmar  —  suppôr. 

FORMA,  figura  —  modelo  ,  molde  —  effi- 
gie,  imagem  —  exemplar ,  tjpo  —  ideia  — 
modo  —  disposição,  organisação  — [pL]  for- 
malidades. 

FORMAL,  claro,  distincto  —  expresso,  po- 
sitivo. 

FORMALIDADE ,  praxG  —  etiqueta  —  exa- 
ctidão, pontuahdade,  regularidade  —  gra- 
vidade. 

FORMALisAR-SE,  aggravar-sc,  escandalisar» 
se,  ofl'ender-se. 

FORMAR ,  figurar  —  fazer  —  conceber , 
ideiar,  produzir  —  ordenar,  traçar  —  ames- 
trar, instruir. 

FOhMíD.^NbO  on  Formidável,  terrível,  ter- 
rifico,   tremendo  —  espantoso,  medonho  — 


FOR 


FRA 


971 


horren  lo,  horrlvôl,  hórrido,  hcrifico,  hor- 
roroso —  IftUjivl. 

FehMíDOLOso,  espantoso,  f  rmidavel,  le- 
miJoT 

FOHMíGÃo,  s«lrhl(;ha  —  rastilho. 

FORMULA,    contexto,  rf»|^ra  —  receituário. 

FORKALHA,  forji  —  forno. 

FORNECKR,  basteccr,  prover  —  guarnecer 
—  fortiíi<'ar. 

FORNECIMENTO,  baslecímento,  provimen- 
to, provisão. 

FORNICAÇÃO ,  copula  camal  —  luxuria  , 
prosiituiçào. 

FoaNiCADOR,  foruicario,  frascarlo  —  im- 
pudico, luxurios). 

FOKNiDO,  bast»ci'lo,  provido  —  corpulen- 
to —  fort9,  membrudo  —  cheio  —  grosso. 

FORNiMSNTO,  madeira,  tabuado  —  corpu- 
lência —  nediez,  nutri(^ào  —  baslecimenlo  , 
provimento,  provisão. 

FORO,  jurisdicçào  —  indulto,  privilegio  — 
faudo,  foral  —  prjzo  —  condição,  gradua- 
ção —  conta,  estima  —  costume,  uso  —  pos- 
se —  direito,  prerogntiva  —  af ifflmento  — 
lei,  obrigação  —  pensão,  renda,  tributo  (an- 
nual). 

FOKRAGAiTAs,  foua,  fjrreta,  mesquinho 
— ^  poupado. 

FORRAGEM,  feno.  horva,  palha,  etc. 

FORRA jiENTo ,  alforria  —  forro  —  guarni- 
ção. 

FORRAR  ,  cobrir ,  revestir  —  economisar, 
poupar  —  alforriar  ,  libertar,  assoalhar  — 
evitar. 

FOHRAR-sE,  livrar-se,  poupar-se  —  co- 
brir se —  desforrar  se,  desquitar  se,  recu- 
perar-s-^,  resarcir  se  —  entregar-se. 

forrk.jar,  assolar,  devastar,  estragar,  ta- 
lar —  roubar. 

forreta,  avaro,  forragaitas,  myrrha,  so- 
vina, trtcanho  —  poupado,  poupador. 

forro,  liberto  —  tseansado,  livre  —  [s  ] 
tecto. 

FORTALECKR,  esforçar —  solidar  —  corro- 
liorar,  robarar  -  fortificar. 

fohtalícimiíuto,  eiidiirecimento,  firme- 
za—  consuli  laçào  —  fortificação  —  enlrin- 
cheiraniento. 

FORTALEZA,  alcaçova,  castello,  cidadella, 
praça,  propugnaculo  —  f  «rça,  robustez,  vi- 
gor —  esforço,   valor  —  firmeza. 

fortalezar,  fortificar,  repairar,  tranquei- 
lar. 

FORTK,  praa — força,  fortim,  reducto. 
tranqueira,  etc.  —  (adj  )  nervudo.  rij»,  ro- 
busto —  áspero,  rígido,  rude  —  violento  — 
poleroso.  possante  —  m«gnantmo  —  e^^for- 
çado,  valoroso  —  prosso  ,  solido  —  fornido 
—  fiirtifif  ado.   fxíreinio. 

ToRtinÃo,  forçi»,  fortaleza  —  actividade, 
er.erpia  —  g;OSi:U'"a, 


roaiiFiCAR,  anteparar,  repairar  —  forta- 
lecer, reforçar  —  corroborar,  reanimar  — 
apoiar,  sustenlir. 

FORTUITO,  casual,  contingente,  impensa- 
do, imprevisto. 

FORTUNA  (t)oa),  destino,  fado,  gorte  — 
dita.  felicidade,  ventura  —  (má)  infelicida- 
de, infortúnio  —  adversidade,  deeiçraça, 
desventura  —  incerteza  —  perigo,  risco  — 
trabalho  —  {pi.)  cabedaes,  faculdades,  ri- 
quezas. 

FORTUNADO,  afortunado,  ditoso,  felice  — 
desgi-açado,  infeliz. 

FOSCA,  gestos  —  provocação  —  disfarce 

—  {pi.)  negaças. 
jrossA,  cova. 

FOSSO,  cava   —  cova,  fossa. 
FOZ  ou  Fos,  embocadura,  garganta    — 
desfiladeiro,  est'eito. 
FRACASSAR,  arruioar,  derrocar,  derrubar 

—  espadaçar,  quebrar. 

FRACASSO,  queda  —  baque,  ertrondo,  fra- 
gor, ruido  —  assolação,  ruina  —  desastíé 

—  desgraça. 

FRACÇÃO,  quebrado  —  infracção,  infrié- 
giraeolo. 

FRACO,  dehil,  dtíbilitado  —  inviílido  — 
imbelle.  inerte  —  pusillanime,  timido  — • 
c  )^arde,  desvalente,  manicica,  poltrão  — 
desfalleciio,  langui  lo —  cançado  — enfra- 
quecido —  desmaiado  —  caduco  ,  fragii , 
tfuue  —  iosi^nifio^^nte, 

FRADE,  padre,  religioso  —  anarhoreta, 
cenobita,  ermitão,  monge  —  marco,  pi- 
lar. 

FRADESCO,  monacal,  monástico  —  po- 
bre. 

FRAGA,  alcantil,  fragosidade,  fragilra  — ^ 
brenha,  ma  tia  —  rocha,    rochedo. 

FRAGALHEiRO,  audrajoso,  maltrapilho,  tra- 
peiro, trapento. 

fragaloo,  andrajo,  farr.ipo,  trapo. 

FRÁGIL,  frangivel,    quettradiço,    vidrentO 

—  débil,  delicado   —   caduco,    transitório. 
FRAGiLiDíDR,  caducidade  —    debilid.ide, 

f  aqiieza  —  frivolidade. 

FUACMENTO,  píídaço,  porção  — biscate  — 
mig-^lba  —    pa^cella. 

FRAGOA,  forja,  fornalhi  —  brasa  —  in- 
cêndio —  foKo  —  adversidade  —  aíílicção 

—  frag^,    fragura. 

FRAGOR,  estampido,  fracasso  —  estrondo, 
rui  lo. 

FHAGcsiDADE.  alcantil,  fraga,  fragura  — 
aspereza,    esoabrosiJade. 

FRAGOSO,  alpestre,  escabroso. 

FHAGKANTK,  aromático,  cheiroso,  odorífe- 
ro, O'ioro«ío   —    ar<1ente. 

FKAGUEiKO,  infatigável  —  asppro,  caleja- 
do, duro  —  activo,  fogoso,  impaciente  -^ 
encarniçado. 

2)3  « 


í)72 


FnE 


vm 


.^  raiz  —  beira,  pwia  -'  eenlro,  meio  — 
(pi )  ebjs. 

FflAKCo,  livre  —  aberto  —  liberal,  niu- 
mílcio  —  desenganado,  sinc:^ro,  verdadeiro 
—•  eingelo  —  inteiro  —  largo. 

FaAKGiVEL,  frágil,  quebradiço. 

FiiANQUBAR,  extmptar,  eiip3ip  —  trans- 
por —  d-;s8mbaraçar,  facilitar  —  d  scO' 
J>rir  .—  (h)—  largiiear,  proJigir  —  gas- 
tar. 

FRATíQUSZA,  libaralidada  —  migniQcen 


erope^ 


ma  —  candura,   ingenuidade,   sinceridade  ria  —  indid^rença. 


FK80,  freio  ou  VreyQ,  brida 

l'MQ■,ií^c^kJrQq\imi^'hQ '^  repotfçlio — 
concurso,    muUiiâo. 

FREQUESTB,  assiduo,  coatlfiuo  ^  aroiii* 
dado,  repetido, 

FRESCAL,  frasco  —  reconta, 

FaRSCO,  frescura,  viraçào  — (aij. )  noTO, 
recanto  —  rijo,  robusto,  são,  verde  —  fio- 
r6n'e,  viçoso. 

FUS5CURA,  frescor,  fresquidáo  — viço — 
vig'-)r. 

FftULOADB,  friagom,  frio  —  deleito,  frou- 
xidão, inactividade  —  insipideza,  semsabo* 


iminunidada,  privilegio  —  ísensão. 
FRANZINO,    delicado    —  delgado  —  te-' 

FaANZiR,  encrespar,  enrugar. 

FRAQusAR  ou  Fraquejar,  afrouxar,  —  de- 
sanimar-se  —  debiliiar-se. 

FRAQUEZA,  debilidade  —  frouxidão,  inér- 
cia —  cobardia,   pussillanimidade ,    tomor 

—  languid^íz  —  desalento  —  d^^sfallecimen- 
to  —  cançaço,  quebrantamento  —  incon- 
stância. 

FRASCA,  utea«ilios  —  vitu  lhas  —  baga- 
gem, trem. 

FRASCARiA,  lascívia,  luxuria,  putaria. 

FiiASCAHio,  azovif^iro,  garanhão,  pulanhei- 
ro  —  luxurioso. 

FRASs  ou  Pkraso,  expressão,  locução. 

FRASQUnao,  libidinoâo,   luxurioso,  sen- 

FRiTERNA,  correcção,  reprehensão. 

FRVTgRNiDADg,  irmandade. 

FRATERNiSAÇÃo,  fraternidade  —  convi^ 
vençi3,  sociedade. 

ÉRAUDS,  engano,  malicia  —  dolo,  falsi- 
dade, fraudulencia  —  artimanha,  logro,  ve- 
lhaca.'ia. 

FRAUDULSNCiA,  engaao,  logro  —  trapa- 
ça. 

FRAUDULii^TO,  duloso,  fraudubnto  —  en- 
ganador, enganoso  —  ardiloso  —  impos- 
tor. 

FRECOA  ou  Ylecka,  farpão,  setta  —  dar- 
do, rojão 

FKEmA,  professa,  religiosa,  sor,  soror. 

FRBMiR,  bramir,  uivar,  urrar  —  retum- 
bar. 

FRÉMITO,  estrepido,  estropido  —  estron- 
do, rumor  —  bramido,  urro. 

Faí-NiíSi  on  Phrenesi,  deliiio  —  insânia, 
loucura,  tresvario    —  capricho,    disparate 

—  mania  —  Iransporle. 

FítEistiTico  ou  P/l rcneíico,  obstinado,  per- 
tinaz, teimoso   —  impertinente,   rabujontD 

—  louco,  manisco  —  furioso 

FRii«TR,  fr  >ntPj  testa  —  dianteira  —  fron- 
l§rií,  frOiUíspicío  —  rt)sto  (do  livro). 


FRICÇÃO,  esfregfição,  untura, 

FRUiitÃo,  dossaborido,  iussipido,  insul-» 
so  —  desengraçado. 

FRIEZA,  frouxidão,  tibieza  —  iad.fferen' 
ça  —  semsaboria.- 

F^íÍGiDO,  frio,  gelado,  gélido  —  impo- 
tente. 

FRIO,  geada,  g«lo,  neve,  regelo  —  frial- 
dade, inércia,  tibieza  —  (ac/J.)  socegado, 
tranquillo   —  remisso  —  algente,  nevado, 

FRioLEiRA,  despropósito,  inépcia,  tolice 
—  semsaboria. 

FHiSc^R,  encresp^ir  (n.)  betar,  concordar, 
simdhar-se. 

FiuvoLiDADE,  frioleira,  futilidade,  nona  da, 
ridioularia. 

frívolo,  fuiil,  inútil,  vão  —frágil. 

FRONDENTE,  comante,  folhudo,  froniife» 
ro,  frondoso  •—  cerrado,  espesso  —  ramo- 
so. 

FRONTA,  declaração,  denuncia,  proposta, 
requerim>into. 

FRONTARiÀ,  dianteira,  frente  — fachada, 
froniispicio  —  face,  presidio  —  fronteira 
exterioridade. 

FROME,  testa  —  face,  rosto  —  dianteira 
•—  vanguarda  —  costa  —  praia. 

FRONTEIRA,  confim,  cxtrcma,  extremo,  li»; 
mite,  raia. 

frontispício,  fachada,  froataria,  fíce. 

FnoTA,  íarmada ,  esquadra  —  cáfila  (de 
nevios). 

FROxiDÃo  OU  Frouxidão,  frouxeza,  tibie- 
za —  acídia  —  langor  —  negligencia  — 
laxidão. 

FROxo  ou  Yrouxo,  bambo,  laxo  — delei» 
xado,  negligente  —  remisso,  tibio  —  co- 
barde —  folíçado.  ; 

FRUCTUOSQ,  feriil,  frucllfero  —  lucro^o, 
proveitoso,  vantajoso,    útil. 

FuuGAL,  económico,  poupado  —  parco, 
sóbrio. 

FRUGAi.iDADs,  abstiuencia  —  parcimonia, 
sobriedade,  temperança. 

FHUiçvo,   dcsfrucUíliejilO ,   gozQ,  logro. 


FU.X 


FUR 


973 


FáUin,  £le»fruoiflr,  gozar,  lograr,  possuir. 

rAUBrAA?íEO,  baldado,  (fUíirado,  írmira- 
torlo,  inútil. 

PiíusTiuR,  baldar,  dcsvanacor,  falsar,  ma- 
lograr. 

FauTO,  *  Fruito  ou  /^rucío,  lucro,  pro- 
veito, utilidade  —  ganância  —  rendimen- 
to —  emolumento  —  cileito. 

FUGIDA,  fuga  •—  evasão  —  retirada  —  es- 
capatória, excusa. 

FUGiDiço  ou  F« (7 iífío,  fugitivo  desertor  — 
bravo  —  espantadiço  —   icmoroso. 

FUGIR  ou  Fojir,  escapar,  saWar-se,  au- 
íentar  83  —  escapulir-se  —  correr,  esqui- 
nar, evitar,  resguardar-se  —  negar-se. 

FUGITIVO,  fugace,  fugaz,  fugido,  prófu- 
go —  desartor. 

FULA,  diligencia,  pressa  —  empola. 

FULANO,  fu&o. 

FULGENTE  OU  Tulgido,  brilhante,  luzen* 
te,  reluzente. 

FULGOR,  brilho,  luzeiro,  resplendor  — 
clarão. 

FULGURANTE,  brilhante,  corusjante,  res- 
plandecenie,  scintillante  —  fulminante. 

FULGURAR,  clarear,  relampear  — brilhar, 
luzir,  sciniillar. 

FULIGINOSO,  denegrido. 

FULMINAR,  despedir,  lançar,  (raios,  etc  ) 
—  esbravejar,  gritar  —  praguejar  —  emes- 
çar  —  castigar  —  abrasar. 

FULMiNEO  OU  FulmitiGso,  fulminador  — 
devastador,  torribil. 

FULVO,  arruivado,  ruivo  —  áureo. 

FUjiAÇA,  fumo  —  v^^^pôr  —  jactância,  or- 
gulho,   vaidade. 

FUMAR,  fumegar  —  irar -se  —  («  )  con- 
sumir, dissipar,  estragar. 

fumarada,  fumaça  —  orgulho,  presum- 
pçSo,  vaidade. 

FUMEGAR,  fumar,  fumear. 

FUMO,  fumaça  —  jactância,  presutnpçâo, 
yaidale,  vangloria. 
-  FUM03IDADE,  fumos,  vapôrcs. 

FUHOso,  fumsf^ro,  fumiUco  — -  orgulho- 
so, presumido,  vao. 

FUNAMBULO,  volalim,  volteador. 

FUNÇÃO  ou  FuncçãOi  eiercicio  —  festa, 
festim  —  solemnidade. 

FUNDAÇÃO,  erecção  —  estabelecimento, 
insliiuição. 

FUNDADOR,  edificador,  erector  —  auctor, 
creaJor,  ÍDSli'uidor,    inventor. 

FLNDAGEM,  borra,  lia,   pé,  sedimento 

FUNDAMENTAL,  csseucial,  piiucipal  —  pri- 
mitivo,  primordial. 

FUNDAMENTAR,  asscgurar,  cimentar,  esla- 
bilitar,  firmar,  fundar. 

FUND»M2NT0,  alirefce,  base,  cimento  — 
mot  vo,  principio  —  causa. 

FUJiDAR,  edificar,  erigir  •—  fundamentar 
Yop.  iv, 


—  cimontar,  estabelecer  —  Inítituir  —  oxa- 
minar,  penetrar,  sondar  —  auclorisar  — 
[n]  arrfligar-so. 

FUNDEAR,  ancorar,  8urg'p  —  afundar  — 
mergulhar, 

FUNDIÇÃO,  derretimento,  fundimento; 

FUNJioo,  derretido  —arruinado  —  dls*» 
sipador. 

FUNDIR,  derreter, liquidar  —  afundar— - 
render  —consumir,  desbaratar,  dissipar— • 
aproveitar  —  contribuir. 

FUNDO,  fundura  —  altura,  profundida- 
de —  o  capital  —  faculdades  —  substan- 
cia —  longes  —  base,  fundamento  —  i^dj.) 
alto,   profundo. 

FUNDURA,  altura,  fundo  —  profundeza, 
profundidade, 

FÚNEBRE,  funéreo,  funorico,  luctuoso  — 

—  escuro,  lúgubre,  sombrio  —  melancóli- 
co, triste. 

FUNERAL,  dhterro,  exoquiais,  morlorio  — * 
{adj.)  fúnebre, 

FUNERF.o,  fúnebre,  funeral 

FUNESTAçÃo,  calamidade,  desgraça  —  la- 
cto, tristeza. 

FUNESTAS,  manchar,  profanar  —  aíllgir, 
entristecer, 

FUNESTO  ,  mortal  —  infausto,  trágico  — 
deplorável  —  desgraçado,  infeliz  —  fatal,  si- 
nistro. 

FUNIL,  embude  —  apertado,  estreito. 

FURACÃO,  tufão,  vorlice,  uracão. 

FURÃO,  o  averiguador,  curioso,  entrepQOt- 
tido,  etc. 

FURAR,  buracar  —  verrumar  —  espichar, 
trespassar  -—  penetrar  —  franquear  (o  paS" 
so). 

FURTA,  braveza,  colora,  ira,  sanha  — im' 
peto,  vehemencia  —  precipitaf;So,  velocida- 
de —  trsinsporte  —  violência  —  [pi.)  Eume- 
nides  —  Alecto,  Megera.  Tisiphone. 

FURiAL,  furente,  furioso. 

FURIBUNDO,  arrebatado,  assomado  —  fu- 
rioso —  colérico. 

FURIOSO,  enfurecido,  furibundo — coléri- 
co,   irado,    irritado  —  violento  —  indómito 

—  insano,  loico,  lympbatico,  phrenetico. 
FURNA,    gruta,    lapa  —  caverna,  cova — 

cafua. 

FURO,  buraco  —  rombo. 

FUtvOR,  cólera,  fúria,  ira,  sanha  —  de- 
mência, loucura  —  insânia  —mania— phre- 
nesi  —  precipitação  — violência. . 

FURTADO,  desviado,  escuso  —  encoberto, 
escondido,  occuUo  —  bastardo,  illegilimo, 

FURTA»,  rapinar,  roubar,  sampiar — 
falsificar  —  dtssviar,  retirar. 

FCRTAK-sE,  escoade."-se,occultar-se— des- 
viar-so,  fugir. 

FnnTivo,  clandestino,  occulto,  secreto  — 
iUici^o, 

244 


97Í 


GAG 


GIÊ 


FiTíTO,  ladroíce,  rapina,  roubo  —  latrocí- 
nio —  (lí'sp<tjo,  espolio,  pilhagem,  presa. 

Fisco,  escuro,  trjguei.o  —  trisle. 

fustígaçã.0,  casligj  —  açoutes,  discipli- 
nas. 

FLSTTGAB.,  chlbataf  —  açoutar,  discipli- 
nar—  baler,  fiilininar,  varejar  (com  a  ar- 
tilharia). 

FÚTIL,  frívolo,  inútil,  vSo. 

FUTILIDADE,  bagfttella,  frioleira,  frivoli- 
dadõi  lidicuiaria. 


FUTcRo,  o  porvir  —  {pi )  posteridade,  vin- 
douros —  coniingení^iás. 

FUZIL  ou  Fusil,  argola  —  clarão  —  espin- 
garda. 

FUZILADA  ou  FusUadã,  descarga  —  relâm- 
pago. 

FuziLANTB,  brilhante,  coruscante,  scintil- 
lante. 

FUZILAR,  relampaguear  —  scintillar  —  bri- 
lhar, resplandecer  —  ameaçar. 


G 


GABADOR,  bazofio,  blasonsdor,  jactancio- 
80  —  louvador. 

GABÃO,  elogiador,  louvaior  —  casacão, 
gabinardo. 

GABAR  ou  Gavar,  agabar,  elogiar,  louvar 

—  Celebrar,   exaltar,  preconisar  —  exagge- 
rar. 

GABAR-SE  ou  Gaí?ar-5c,  jactar-se,  louvar- 
se. 

GABELLA,  imposição,  tributo. 

SaBinkte,  Gamaria»  —  escripto''io^ 

GABO  ou  Garo,  elogio,   encómio,    louvor 

—  applauso  — jfictancia  —  louvaminhas, 
GADANHO  ou  Gadanha,    fouce   roçadoura 

—  girra  —  {pi  )  dedos  —  mãos. 

GADO ,  armeniio,  armeato,  fato,  reba- 
nhos. 

gafa^íhoto,  locusta,  saltão. 

gafab,  agarrar,  empolgar  —  aferrar  — 
en^aiftícer. 

gafeira,  lepra,  sarna — galem,  morri- 
nha, ronha. 

GA.FE1RENT0,  leproso,  sameuto  —  gafei- 
rento  —  gafo. 

GAGK,  penhor  —  paga  —  soldo  —  s?ílario, 
soldaila  -»-  pr^calço,  retribuição  —  lucro, 
proveito,  uúhdado. 

GAGO.  balbo,  pevidoso,  tartamudo,  tataro, 
tatibitHlibi. 

GAGiifinx  oii  Gaqnez,  b«lbncio 

oaouí^jar,  balbuciar,  tartamudear  —  so- 
letrar. 


GAiFONAS ,  carecias  ,  esgares  —  momos , 
visagens  —  gestos  —  gatimanhos  —  cari- 
nhas. 

G^io,  alegre,  divertido  —  vivo. 

Gaiola,  cárcere,  prisão  —  casinha,  cubí- 
culo. 

gaita,  assobio,  charamela,  fistula,  flauti-, 
nha. 

GAITEIRO,  alí^gre,  brincalhão,  divertido. 

GALA  ou  Galla.  atavios,  enfeite,  louçania, 
ornato  —  airosidade,  garbo,  graça. 

GALAN,  amante,  n^ímorado  —  galante. 

GALANTE,  uamorado  —  (afiy.)gracioso,  jo- 
vial —  discreto,  paliiio  —  bello,  gentil. 

GALANTEAR,  namorar  —  cortgar  —  grace- 
ja''- 

GALANTEO   OU  Galanteio,    namoramento, 

namoro  —  finezas,   requebros. 

galanteria  ou  Galantaria,  namoramen- 
to,  namoro  —  discrição  —  facécia,  saI  — ur-' 
banidade  —  donaire,  gnbo  —  alinho,  atavio 
—  aceio  —  adorno,  enfeite. 

gallão,  cairel  — pulo,  salto,  tranco  (do 
cavallo). 

galardão,  premio,  recompensa  —  com- 
pensação, pnga,  remuneração  —  salário  — 
despacho. 

galardoar,  premiar,  recompensar,  remu- 
nerar. 

GALAXu,  vifl-lncfea. 

galr.kno    bríindo,  fi-esro  (vento). 

GAi.fAnRo,   alcaide  ^  pgarrador,  ígua.il, 


GAR 

beleguim,  quadrilheiro  —  gatuno,  larapio 
ladrão. 

GALGAR,  montar,  subir,  trepar. 

GALGAZ,  esgalgado,  esguio,  magro,  per- 
nalto. 

GALHARDETE,  bandeirinha,  flammula. 

Galdardía,  animo,  bravura,  valor  —  bi- 
zarria, gentileza  —  elegância,  graça. 

galhardo,  alegre,  fuJgasão  —  airoso,  bi- 
zarro, elegante,  gentil  —  animoso,  intrépi- 
do —  brioso  —  esforçado  -  -  libei  ai. 

GALHOFA  ou  Galhofaria,  festim  —  diver- 
timento,  festa,    função — alegria,    regozijo 

—  mandriice,  vadiice. 

GALHOFEAR,  bandarrear,  vadiar  —  diver- 
tir-se  —  galhofar,  gracejar  —  brincar. 

GALHOFiiiRO,  ocioso,  vadlo,  vagabundo  — 
brincalhão,  folgasào  — -  faceto,  gracioso,  jo- 
vial. 

GALHUDO,  ramalhudo,  ramoso,  ramudo  — 
(*.)  farricoco,  gatopingado. 

GALLO,  Francez  —■  inchação,  polmão,  tu- 
mor (p.a  testa). 

GALOPAR,  galopear. 

GAMBERRiÀ,  falciilrua,  logração,  logro  — 
cambapé. 

Gana,  desejo,  vontade.— fome. 

GANÂNCIA  ou  *  Gaança ,  ganho,  lucro, 
proTeilo. 

GANATscioso,  lucratlvo,  lucroso,  proveito- 
so, útil. 

Gancho,  croque,  fisga,  harpeo  —  fateixa 

—  ganho. 

GANDAIA  ouGandaya,  madraçaria,  vadii- 
ce. 

GANDAEiRO  OU  GãndãyeirOf  trapeiro  — 
mandiião,  vadio. 

GANGOso,  fanho,  fanhoso. 

GANHÃO,  jornaleiro,   trabalhador  —  zagal 

—  mechanico. 

GANHAR,  lucrar,  utilizar  —  acquirir,  gran- 
gear,  obter  —  contrahir  —  apossar-se,  to- 
mar —  conquistar,  vencer  —  chegar,  atrahir 

—  dilatar. 

GARBO,  ganância,  lucro  —  interesse,  usu- 
ra —  proveito,  utilidade  —  ventajem  —  lo- 
gro. 

GANIR,  esganiçar- se  —  latir  —  regougar 
-^  clamar,  gritar. 

Ganso,  adem. 

GARABULHA,  codIuío  —  confosão,  embru- 
lhada —  garatujas,  gregotim,  rabiscas  — (m.) 
embrulhador,  enredador  —  intrigante. 

garabui BENTO,  aspero,  escabroso,  ru- 
d0. 

garamufo,  novato,  principiante. 

garanhão,  f:a8cario,  pulanheiro  —  liber- 
tino, luxurioso. 

caranjão,  arganaz,  espicho,  magrellas. 

Garante,  abonador,  caução,  fiador,  man 
tedor,  segurador. 


QM 


975 


Garantia,  abonação,  abono,  fiança—  res- 
ponsabilidade. 

garantir,  assegurar,  segurar,  manter  — 
abonar,  afiançar  —  defender,  isentar,  1  vrar, 
preservar. 

GARATUJA,  garabulhas,  garafunhas.  gre- 
golios,  rabiscas  —  borra  d  ura 

GARATUSA.  cugano,  fraude. 

GARBO,  bizarria,  donaire,  galhardia — gen- 
tileza, graça  —  agrado  —  brio  —  valor. 

GARGANTA,  coUo,  pescoço  —  guela  —  gol- 
la,  gorja  —  peito,  seio  —  voz  —  bocca,  em- 
boccadura  —  desfiladeiro,  estreito. 

gargantão,  comilão,  lambão,  lambaz  — 
devorador  —  goloso. 

GARGANTEAR  OU  Gargatitar ,  cantarolar 
—  requebrar,  trinar  —  gorgeiar. 

GARGANTEO  OU  Gargantclo,  trilo,  trina- 
do. 

GAROTO,  brejeiro,  mal  creado,  maroto, 
petulante. 

GARRAS,  gadangos.  unhas  —  presas. 

GARRiDiCE,  lascívia  —  elegância  —  galan- 
teio, galanteria — casquilharia,  peraliice. 

GARRIDO,  deshonesto,  impudico,  lascivo, 
libidinoso  —  amoroso  —  faceio,  jocoso  —  ali- 
lado,  elegante  —  enfeltad ). 

GARRIR,  emproar-sG,  pavonear-se  —  glo- 
riar-se  —  brilhar. 

GÁRRULO,  fallador,  loquaz,  paroleiro  — 
chilrador,  gorgeiador  —  murmurante. 

Garupa,  ancaF,  grupa  —  atafal,  rabicho, 
retranca. 

GASALHADO,  albergue  —  hospedaria,  pou- 
sada —  acolho,  agasalho,  eccpçeo. 

GASALHAR,  hospedar  —  receber. 

GASALHOso ,  agasalhador  —  hospedeiro, 
hospeduso,  hospitaleiro. 

GASTADO  í/U  Gasto,  desposo  —  gualJido 
usado  —  velho  —  desfeito  -  corrupto. 

GASTADOR,  disslpsdor,  perdulário,  pródi- 
go— (ai;.) arruinador,  consumidor  —  edaz, 
roedor. 

GASTAR,  dispender  —  desperdiçar,  dilapi- 
dar, dissipar  — safar,  usar— arruinar,  dam- 
nificar,  destruir,  talar. 

GASTO,  despesa,  dispêndio  —  compra — 
consumo,  emprego  —  profusão  —  prodiga- 
lidade. 

GAT*zio,  calote,  logração,  logro. 

gatimanhos  ,  esgares  —  momos,  trigel* 
tos. 

GATO,  bixano. 

GATUNAR,  furtar,  ratonar,  surripiar '—  tra- 
pacear. 

CAiumCE,  alicanlina  —  ratoaice  —  trapa- 
ça. 

GATUNO,  ratoneiro  —  trapaceiro. 

GAZETA,  diário,  periódico. 

GEADA,  caramelo,  gelo,  neve,  regelo  — 
orvalho. 

24*  ^ 


976 


am 


èLO 


GEAR-SE,  arrefecer,  esfriar-£e  —  conge- 
la r-se. 

CERA,  corcova,  gibba. 

GEiTO,  feição,  modo  —  ar,  m>^neio  —  ap- 
pti'Jão ,  (iestrrza,  habilidaJe,  preslimo  — 
cabimento  —  propensão. 

r.F.iToso,    flpto,   próprio  —  desíro,    hábil 

—  airoso,  vesgo. 

GELAii,  congelar,  regelar  —  (n.)  ccalhar- 
se,  endurecer. 

GÉLIDO,  congelado,  gelado,  gldcifero,  friís- 
simo —  condensado. 

GELO,  neve,  regelo  —  frialdade. 

GEME.n,  suspirar  —  soluçar  — chorar,  pran- 
tear —  iamentar-se,   queixnr-se  —  lastimar, 

GEMIDOS,  ais,  suspiros  —  soluços  —  cho- 
ro, pranto  —  lamentos  —  queixumes  —  ruí- 
do. 

CEiísANTE,  brilhante,  resplandecente,  scin- 
tillante. 

GENEALOGIA,  casta,  geraçSo,  linhagem  — 
ascendência,  avós,  maioies,  pães,  proge- 
nitores. 

GENERAL,  cabo,  chcfe,  commandante. 

GENEBALiDADE,  tolfilidade,  universaUdadõ 
— '  generala  to. 

GENÉRICO,  geral,  universal. 

GENEUO,  espécie,  qualidade,  sorte  —  es 
t}la,  maneira,  modo. 

GENEROSIDADE,  biiarría,  brio  —  liberali- 
dade, uujniQcencia  —  magnanimidade  —  be- 
neficência. 

GENEROSO,  illustre,  nobre  —  liberal  —  ani- 
moso, forte. 

GENio,  aptidão  —  ingenho,  talento  —  ín- 
dole, natural — inclinação,  propensão. 

GeníTO,  engendrado,  gerado,  produzido. 

GEfíiTORiA  OMGenitura,  geração,  origem, 
principio. 

—  GENTALHA,  pltíbc  —  Canalha,  corja. 
GENTE,  nação,  povo,  tribu  —  família,  pa- 
rente —  tropa  —  concurso,  multidão. 

GENTIL,  bello,  formoso,  liado  —  engraça- 
do, giílhardo  —  especioso  —  illustre,  nobre. 
GENTILEZA,  l>elleza,   formosura,  lindeza, 

—  elegância,   graça  —  galanteio,  galanteria 

—  cortezsnia,  urbanidade  •— fidalguia,  no- 
breza—(/?/)  feitos,  prceias. 

GENTIL  HOMEM  OU  Gentilhomcm,  camaris- 
ta —  fidalgo,  nobre  —  [adj.]  bem  apessoa- 
do —  formoso  —  airoso. 

GENTILIDADE,  gentíhsmo,  paganismo  — 
gentios,  idolatras,  infiéis. 

GENTIO,  idolatra,  pagão  —  bárbaro,  sel- 
vagem —  ethnico. 

GENUFLEXÃO,  ajoelhação,  ajoelhamento  — 
reverencia,  zumbaia. 

GENuírío,  legitimo,  natur^^^l,  próprio  — 
Castiço,  puro. 

GERAQÃo,  ascendência,  descendência,  ge- 
nealogia,  progénie,   prosápia^  *sem  — fa-, 


milia,   parentela,  sangue  —  estirpe — nas<« 
cimento  —  copula,  procreação  —  producçâo 

—  gente,  nação. 

GEKAL  ,   genérico  —  commum  ,   universal 

—  transcendente. 

GERAR,  engendrar,  procrear,  prolificar  — • 
causar,  produzir  —  excitar. 

GEHiNGONÇA  OU  Geringonça,  gira,  ingre* 
zia,  vasconço. 

GEUiZA,  antipathia,  aversão,  ódio. 

geRjunar,  conft-dorar,  unir. 

GERBiiNO,  natuí-al,  próprio,  verdadeiro  — 
legitimo,  não  adulterado,  puro. 

GÉRMEN  ou  Germe,  olho,  renovo  —  cau- 
sa, origem,  principio,  raiz  —  embrião — 
semente. 

GESTO,  acção,  aceno,  meneio  —  parecer, 
physiouomia  ,  rosto  ,  semblante  —  face  — 
app:?rencia  —  {pi.)  ademães  —  momos  — 
gai  fonas. 

GIBA  ou  Gihba,  carcunda,  corcova. 

GIBÃO  ou  Jubão,  colete,  veste. 

GiDOso  ou  Gibboso,  carcunda,  corcovado 

—  convexo. 

GTLA VENTO,  sotavento. 

GIRAR  ou  Gijrar,  virar,  voltar  —  (n.)  ro- 
dear —  percorrer. 

GiHAsoL  OE  Gyrasol,  heliotroplo. 

ciBiA,  artificio,  astúcia,  malícia  —  geri* 
gonça,    gira. 

GIRO  ou  Gyro,  circuito,  rodeio  —  vira» 
volta,  volta  —  circulo,  circumfereacia,  ro- 
da. 

GiSAR  ou  Gizar,  delinear,  desenhar,  tra- 
çar —  dispor,  dedeuar. 

GLACIAL,  congelído,  gelado. 

GLADIADOR  OU  Glãdíator,  batalhador  — 
guerreiro  —  campeão  —  athleta,   luctador 

—  esgrimidor. 

GLADIAR,  esgrimir  —  batalhar,  luctar. 

GLADIO,  espada, 

GLOBO,  mundo,  orbe,  terra  —^  esphera  — 
bola,  balão,  máchina. 

GLOBoso,  redondo  —  espherico. 

GLOMEKAR,  amontoar,  condensar  ^  ennO« 
velar. 

GLORIA,  honra  —  applíuso,  louvor  — 
opinião  —  fama,  nome,  reputação  —  res- 
piaodor  —    bemavenlurança,    vida   elern* 

—  felicidade  —  culto  —  váid&de,  VâQglo- 
ría. 

GLORIAR- SE,  gabar-se,  jactar- so,  vanglo- 
riar-se. 

GLORIFICADO,  hourado,  louvado. 
GLORIFICAR,  venerar  —  gloriar,  incensar 

—  louvar  —  magnificar. 

GLORIOSO,  bemaventurado  —  illustre,  pre- 
claro —  inchado,  orgulhoso,  vaidoso,  van- 
glorioso, vão,  soberbo. 

GLOSA,  Gloza  ou  Glossàf  interpretação  •** 
çommcuto  —  censura. 


GOZ 


GRA 


97t 


GLOSADOR,  interprete  —  annofador,  com- 
menlador  —  arislarcho,    censor,  critico 

GLOSAR  ou  (ilossar,  explicar,  interpretar 
—  commeutar  —  tlelrair,  rcpreliender,  vi- 
tuperar —  censurar,  criticar. 

GLOSSÁRIO,  diccionano,  lexicou,  vocabu- 
lário. 

GLOTÃo  ou  Cilutão,  comilão,  lambaz  — 
devorador  —  famélico  —  insaciável. 

GLLTiNoso,  pegajoso,  viscoso. 

GOLA  ou  Ciolla,  gorjal  —cabeção  —  gar- 
ganta, guela. 

GOLE  ou  GoUe,  golpe,  sorvo,  trago, 

GOLFADA,  chorro,    repuxo. 

GOLODiCK,  gloloueria  —  doces,  golosi- 
na. 

GOLOso  ou  Guloso,  regalado  — bom,ex- 
Cellento  —  delicado. 

GOLPE,  corte,  ferida  —  incisão  —  cuti- 
lada, lançada,  etc.  —  pancada  —  fenda, 
talho  —  desgraça,  infortúnio  —  lance,  ras- 
go —  copia,   quantidade. 

GOLPEAR,  agolpcar,  ferir  —  acutilar,  re- 
talhar, talhar. 

gclpelha,  alcofa,  costa  —  raposa. 

GOMO,  betão,  olho.  renovo. 

GONio,  couceira,  dobradiça,  macha  fêmea, 
quicio. 

GOBAR-SE,  frustrar-se,  malograr-se. 

G0P.D0,  nédio,  obeso  —  barrigudo,  pan- 
çndo  —  cevado,  j'ingue. 

CORDURA,  adipe,  banias,  enxúndia,  tou- 
cinho —  nediez,  obesidade. 

GORGKAa  ou  Gorgeiar,  chilrar,  chilrear. 

GORGEio,  canto,  chilr&da,  chilro,  modula- 
ção, quebro,  requebro. 

cohGETA,  espórtula. 

coRGOLÃo  ou  Gcrgolhão,  borbotão,  espa- 
dana, golfada,  golpe. 
•  GOEJA,   tfclhamar  —  garganta. 

GORO,  gorado,  frustrado,  mallogrado. 

GOSTAR,  provar,  saborear  —  approvar  — 
eiperinceutar. 

GOSTO,  alegria,  ccnlenlamento,  deleite, 
gozo,  prazer  —  desenfado ,  divertimento, 
passatempo  —  descernimento  —  vontade  — 
sJbor. 

GOSTOSO,  saboroso  —  grato,  alegre,  con- 
tente, satisfeito. 

'  GOTA  ou  GoUa,  pinga—  chiragra,  poda- 
gra. 

COXEAR,  Gotejar  cu  Goííejar,  pingar  — 
manar  —  eslillar  —  chorar,  lagrymejar. 

GOVERWAR,  dirigir,  reger  —  imperar,  man- 
dar —  administrar  —  acaudilhar. 

govirnau-sk,  reger-se,  regu!ar-se— man 
ter  se,  sustentar  se  —  proceder. 

GOVER^o,  governança  —  dominio,  senho- 
rio—  direcção,  regimen,  regimento  — 
administrfçâo  —   filimento. 

ctZAR,  desfruclar,  fruir,  lograr,  possuir, 

101.  IV. 


tozo,  alegria,  gosto,  prazer,  regozijo  — 
fruição,  logro,  posse. 

GRAÇi,  merco  —  beneficio,  favor  —  be- 
nevolência —  valimento  — galanteria,  gra- 
ciosidade —facécia  —sal  —  indulgência,  in- 
dulto —  agradecimento  —  zombaria  —  pri- 
vilegio. '['^ 

GRACFJAR,  ehasquear,  facetar,  motejar. 

graCil,  delgado,  subtil. 

GRACIOSIDADE,  facccia,  graça  —  galante- 
ria —  regalo. 

;  GRACIOSO,  bobo  —  [adj .]  faceto,  jocoso, 
Jovial  —  bonito,  lindo  —  ameno,  aprazí- 
vel, deleitoso  —  loução. 

GRAÇOLA,  disparate,  frioleira  —  imperti- 
nência. 

GrADAR,  desterroar  —  crescer,  medrar, 
vingar. 

GRADt,  cancella  —  canniçada  —  locuto- 
íio,  parlatorio. 

GRADO,  gosto,  vontade  —  concessão,  con- 
sentimento —  galardão,  paga,  recompensa 

—  premio,  presente  —  [adj.)  crescido, 
gíosso,  medrado  —  granado,  graúdo  — 
LObre  —  grandioso  —  liberal,  grato. 

GRADUAÇÃO  ,    preeminência  ,   prerogatíva 

—  classe,  posto  —  esphera  —  jerarchia. 
GRADUADO,  condecoíado  —  douto,  sciea* 

le  —  eminente. 

GRADUAR,  cbaraclerisar  —  condecorar  — 
calcinar  —  preparar. 

GRAL,  almofsriz. 

GRALHADA  CU  Grãlhcadã,  grasnada  — 
gritaria,  vozeria  —  loquacidade,  parola- 
gem. 

GRALHADOR  OU  Gralheador,  fallador,  lin- 
guareiro,  palrador,  paroleiro,  tagarella. 
GRALliAR  ou  Gralhear,  crocitar,   grasnar 

—  pairar,  parolar  -—  gritar,  vozear. 
gramar,   comer,    manJucar  —  engulif 

tragar  —  trincar. 

gramimho  ou  Graminoso,  relvoso,  gramo- 
so,    hervoso. 

granado,  avultado,  crescido,  grado  — 
escolhido  —  melhor. 

Grande  ou  Gran\  alto,  colossal,  corpan- 
zil —  espaçoso,  largo,  longo  —  ingente  — 
magno,  egrégio,  illustre,  insigne,  nobre  — 
generoso  —  sublime  [s.  pi.)  duques,  mar- 
quezes,  etc.  .^ 

-GRARDEVO,    lOUgCVO,    Velhissín-O.  í,v> 

GRANDEZA,  amplidão,  extensão  —   esta- 
tura, tamanho  —  fausto  ,    magnificência  ,  ■ 
pompa  —  dignidade  —  generosidade  —  ma- 
gesiade. 

GuAjiDiLOco  OU  Grandisono,  ep'co,  pom- 
poso, sublime. 

Gr?A:,DiosiDADE,  graudcza,  pompa,  sum- 
pluosi(Jadt3.  j  -„ 

GRANDIOSO,  esplendido,  grande,  lauto,  ma- 
gnifico, pomposo,  suDr.piuoso. 

145 


^^. 


8Í?  '  GRE 

GRANDURA,  grandeza,  tamanho  —  exlen- 
slo,  longor. 

GKANGKAR,  beneficiar,  cultivar  —  adu- 
bar —  acquirir,  ganhar,  obter  —  captar, 
conciliar. 

GRANGEARiA,  benificio ,  cultura,  serviço 
(de  granja,  etc.)  —  agricultura,  —  lucro, 
proveito,  vantajem  —  tracto. 

graNizo,  pedrisco,  saraiva  —  granito. 

GRANJA,  casal,  herdade,  quinta  —  prédio 

—  celleiro. 

GRÃO  ou  Grau^  caliGcaçâo,  dignidade  — 
classe,  elevação,  graduação  —  cargo,  lu- 
gar, officio  —  intensão. 

GRATIDÃO,  agradecimento,  reconhecimen- 
to. 

GRATIFICAÇÃO  OU  Gratificio ,  donativo , 
premio,  presente  —  liberalidade,  remune- 
ração. 

*  GRATIFICAR  OU  GratiT,  agradecer,  gra- 
cir  —  pagar,  recompensar,  remunerar. 

GRATO,  agradecido  —  agradável ,  doce, 
gostoso  —  acceito. 

GRATDLAçÃo,  sgradecimento. 

GRATULO,  agradecido,  gratulatorio. 

GRAÚDO,  granado  —  crescido,  espigado, 
grande  —  grado  —  distinclo. 

GRAVADOR,  abridor. 

GRAVADURA,  insculpturà. 

GRAVAME,  carga,  peso  —  oppressão  —  ag- 
gravo  —  injustiça  —  vexação  —  vexame. 

GRAVAR,  carregar,  opprimir,  vexar  — 
abrir— entalhar,  exarar,  insculpir. 

GRAVE,  pesado  —  autorisado  —  dedoroso, 
serio,  sisudo  —  probo  —  difficil  —  molesto 
magestoso,  severo  —  perigoso. 

GRAVEMENTE,  dccorosa,  scria,  sisuda,  pe- 
rigosamente. 

GRAVEZA,  enormidade,  peso  —  gravame, 
oppressão  —  importância  —  gravidade. 

gravidação,  prenhez. 

GRAVIDADE,  pcso  —  graveza  —  compostu- 
ra, decoro,  modéstia—  severidade  — mages- 
tade. 

GRAVIDAR,  emprenhar,  pejar. 

GRAVIDO,  pejado,  prenhe. 

GRAVOSO,  oppressivo  —  ení-idonho,  incom- 
modo,  molesto,  grave,  oneroso,  pesado. 

GRÉCIA,  Achaya. 

GREDA,  argilla,  barro. 

GREGOS,  Acheos.  Argivos,  Argolicos,  Atti- 
cos,  Dansos,  Dóricos. 

GRKGOTiNS,  garabulhas,  garatujas,  rabis- 
cas, riscos. 

GRÉMIO,  rpgaço,  seio  —  corporação, 

GRENHA,  cabellos,  falripas  —  ramos, 

grfta,  abertura,  racha  —  fenda  — fresta. 

GRETAR,  abrir-se,  feader-se,  rachar-se. 

GREY  ou  Grei,    rebanho  —  gado  —  povo 

—  súbditos,  vassallos  ^  congregação. 


GUA 

CRiLiiÃo  OU  G rilho,  adoba,  cadeia,  farto- 
peia,  peia  —  ferros  —  algemas. 

GRiMA,  anlipathia. 

GRIMPA,  bandeiíinha,  veleta,  ventoinha 
coruchoo  —  cimo  —  cume,  summidade  — 
auge. 

GRINALDA,  capcUa,  coToa  —diadema,  lau- 
rea,  laureola. 

GRISALHO  ,  branco ,  cano  ,  encanecido  , 
ruço. 

GRITA  ou  Gníaáa,  alarido,  clamor  —  al- 
gazarra, berros,  vozeria  —  estrondo,  rebo- 
liço. 

GRITADOR,  borrador  ,  vozeador  —  taga* 
relia. 

GRITAR,  bradar,  clamar,  vozear  —  apre* 
goar  —  chiar  —  ladrar. 

GRITARIA,  alarido,  algazarra,  berraria,  vo* 
zearia  —  celeuma. 

GRITO,  berro,  brado  —  alarido,  clamor, 
vozeria  —  estridor  —  lamento  —  pio  —  ga- 
nido. 

GROSA  ou  Groza,  lima  —  commento  — 
interpretação  —  exposição. 

GROSSEIRO,  crasso,  espesso  —  rude,  tos- 
co —  incivii  —  rústico,  viilão  —  acham- 
boado. 

GROSSERIA  ou  Grosseíria,  rudeza  —  inci-, 
vilidade,  inurbanidade  —  rusticidade,  villa- 
nia  —  indeceneia. 

GROSsiDÃo,  espessidão  —  grossura. 

GKOSSO,    não  delgado  —  gordo  —  cheio, 
fornido,    repleto  —  denso  —  espesso  —  rica^ 
grado  —  copioso  —  empolado,  inchado,  tú- 
mido —  grosseiro  —  fértil. 

GROSSURA,    corpulência  —  crassidão,   es-, 
pessidão  —  enxúndia,  gordura,  graixa,  oleO 
—  abundância,  fertilidade. 

GROTESCO  ou  Gruttesco,  burlesco  —  ex- 
travagante, ridículo  —  gracioso,  jovial,  íol- 
gasão. . 

GRULHA,  fallador,  linguareiro,  palrador, 
t8garella  —  gritador,  ralhador  — amotinadof 
bulhento. 

GRULEíADAOu  Groulhadd,  bulha,  gritaria, 
vozeria. 

Gruta  ou  Grutla,  lapa  —  antro,  caver- 
na, concavidade,  cova  —  brenha. 

guadanha,  fouce. 

*  GUAiA,  choro,  gemido,  lamento  —  pe* 
nia. 

GUAivA,  cava,  fosso  — buraco,  cava. 

GUALDiDO,  gastado,  gasto  —comido— per- 
dido. 

GUALDiR,  comer,  consumir,  dissipar,  gas», 
tar,  desbaratar,  desperdiçar. 

GUALDRiPAR,  furtar,  roubar,  surripiar.     J 

cuanik,  luva  —  manopla.  | 

GUApics,  denodo,  valor  —  bizarria,    ele* 


I 


GUE 


GUR 


m 


ciUAPO,  animoso,  denodado  —arriscado  —  | 
airoso,    gentil  —  atilado,  elepsnto  —  aceia- 
do,  loução  —  ufrtno  —  pomposo. 

GUARDA,  sentinella  —  vela  —  vigia  —  de- 
fensa, protecçio  —  cautela,  cobro,  resguar- 
do —  custodia  —  conservação  —  vigilância 

—  observância. 

GUARDADOR,  guafdâ,  vigia  —  defendedor, 
protector. 

GUARDAR  velar,  vigiar  —  defender,  prote- 
ger —  arrecadar,  conservar,  reter  —  obser- 
Tar  —  preservar. 

GUARDAR-ss,  desviar-se,  evitar  — acau- 
telar-se,  resguardar-se  —  fugir  —  encobrir- 
se  —  broqufclar-se. 

GUARDOPiflO  ou  Guardoso ,  guardador  — 
ecónomo,  parco,  poupado. 

guarpcer,  curar,  sarar  —  convalescer  — 
reme-iiar  —  ab^oquelar,    defenier,  escuda- 

—  manter-se,  viver. 

cuaííkcer-sk.  guardar-se  —  salvar-se. 

GUARIDA,  cova,  covii  —  sbrjgo,  aeolhida, 
asyló  —  refugio,  valhacouto  —  amparo,  pro- 
tecção —  soccorro  —  sslvação. 

GUARNECER,  adereçar,  adornar,  ornar  — 
fortificar,  reforçar  —  abasiccer,  prover,  vi- 
tualhar  —  armar. 

GUARNIÇÃO,  presidio  —  moveis —  pedraria 

—  fitas,  galões,  rendas,  etij.  —    arreios  — 
copos,  cruz,  punhos  (da  espada). 

GUÁRTE  ou  Guar-ts,  arreda-le,  desvia  te 

—  foge. 

GUAZiL,  aguazil. 

GUEDELHA  OU  Gadelha,    cabeilo,  melena 

—  madeixa  —  felpa  —  azo,  nieio. 

GUEDELOUDO,    Câbclludo  —  fipudo. 

GutiA,  garganta  —  tragadouro,  vora- 
gem. 


GUERRA,  hostilidades —  batalha,  combatH, 
conllicto,  pel»'ja  —briga,  requesta—  ataque 

—  discórdia  —  ininiizade. 

GUERRE4D0R  ,  bcUicoso  —  combaleute  , 
guerreiro. 

GUERREAR,  brigar,  combater,  pelejar,  pu- 
gnar. 

GUERREIRO,  combatente,  militar,  soldado 

—  [adj.)  armigero.  bellicoso,  belligerante, 
btílligero ,  guerreador,  marcial,  mavórcio, 
pugnaz. 

GUIA,  conductor,  guiador  —  cabeça,  che- 
fe, director — auctor,  motor  —  batedor  — 
itinerário  —  avisos,  directório  —  passaporte, 
salvo  conducto '- (p/.)  cordões. 

GUIÃO,  estandarte  — bandtíira. 

GUiAR,  dirigir,  encaminhar— conduzir, 
levar  —  ensinar  —  governar. 

Guii.HA,  sea^a  —  fraude,  lcgr8ç5o.. 

GUiLnoTE,  folgasão  —  vadio  —  enganador, 
fraudador,  fraudulento — parasito. 

GUINADA,  rumbo,  volla. 

GUI^c^AR,  chiar  —  ganir,  latir. 

Gu  NCno,  grilo  —  g«uido,  regougo. 

GUINDAR,  alçar,  erguer,  iç/ir,  levantar. 

*  GUISA,    maneira,  modo  —  graça  —  or-, 
dem,  qualidade. 

GUISADOS,  iguarias,  manjares. 

GUITA,  barb-Hote,  cordelnho.  ^ 

GUITARRA,  bandoliao,  cjthnra,  viola.      .j^ 

GULA,  garganta,  guela  —  crápula,  glotó- 
naria,  gloionia  — voracidade. 

GUME,  corte,  fio. 

gurgulhar,   brotar  —  borbulhar,   fer-^ 
ver. 

gurgutuo,  acabou-53,  findou  —  foi-S8  ^ 
feito  é. 


m  ♦ 


ÍÍ.VY 


um 


H 


BABiL,  apto,  capaz,  destro,  perito  —  ágil, 
expedito  —  conveniente  —  sábio  — benemé- 
rito, bom. 

HABILIDADE,  cspacidade,  ingenbo  —  arte, 
sciencia  —  aptidão,  idoneidade  —  destreza, 
geito  —  agilidade,  subtileza  —  {pi.)  peloti- 
C8S,  trelas, 

HABfuD:)So,  8gil,   capaz  —  destro,  babil 

—  instruído. 

HABILITAR,  adestrar,  instruir. 

HABiTAçio,  albergue,  aposento,  casa,  do- 
micilio, estancia,  morada,  vivenda  —  esta- 
da, residência. 

HABITÁCULO.  habltaçÃo,  morada. 

HABITADOR  ou  Habitante,  cidadão  —  co- 
lono, insulano  —  domiciliado,  morador,  re- 
sidente. 

Habitar,  assistir,  morar,  residir,  viver. 

HABITO,  vestido,  vestidura  —  insígnia  — 
costumo,  estylo,  habitude,  manha,  usança, 
uso  —  facilidade,  propensSo. 

HABITUAL,  costumeiro,  usual  —  invetera- 
do, 

HABITUAR,  pcostumar,  afazer,  avezar. 

HABnuua,  costume,  habito,  uso  —  cons" 
tiluiçSo, 

HACANE4,  cavalhinho,  faca,  palafrem. 

HÁLITO,  alento,  bafo,  folpgo  —  anhellto, 
respiração  —  sopro  —  exhalaçào. 

haRem,  serralho. 

HARMONIA,  concenlo,  consonância,  melo- 
dia —  symphonia  —  proporç&o  —  symetria 

—  concórdia,  paz,  socego 

HABMONíco  ou  Harmonioso,  afinado,  ca- 
noro, consono,  melodioso,  musico,  sonoro, 
íonoroso. 

iiARPEO,  croque,  fisga,  harpâo. 

HARPIA,  monstro  —  ladra. 

HASTA  ou  Haslia,  chuço,  lança,  pique 
«—  dardo,  rojno. 

nAsriLiiA,  basti fiha  —  farpa —  bastil  — 
(/// )  isiilhaços  —  lascas,  rachas 

HAVER,  alcançar,  consegnir,  obter  —  pos- 


suir, ter  ~  {ff ,)  julgar,  tractar  —  {s.  pi.)  bens, 
fazendas  —  posses  —  cabedaes,  riquezas. 

haver-se,  conduzir-se,  obrar,  portar-se, 
proceder. 

HecricA,  consumpção,  magreira,  tisica. 

nrcTico,  tísico. 

HEDIONDO,  asqueroso,  esquálido,  imuun- 
do,   sórdido —pútrido  —  fedorento,    fétido 

—  pestífero,  pestilento  —  horrendo,  hórri- 
do, horroroso. 

nsLiCE,  uròa  maior —  espi^-a. 
iiELicoN,  Parnas^o,  Perm-ísso,  Pindo. 
ncLioTfiOPio,  gyrasol. 
hkra??ça,   successão  —  herdade  —  patri" 
moa'o  —  prédio  —  casa  —  quinta. 
HERAUTO,  rei  d'Arraas. 
HKRCULEs,  ALides  —  (ai/.)  forte,  robusto. 

—  esforçado. 

HERDADE,  bous,  casa,  fazenda,  prediOi 
quinta,  terra,  etc. 

HERDEifios,  heroes,  successores  —  descen* 
dencia,  filhos  — posteridade,  vindouros. 

HEREGE  ou  Hcrcje,  novador  —  heterodo- 
xo —  gentio,  mouro,  turco,  etc. 

HEREGiA  ou  Hcresia,  heterodoxia  -»  des- 
acerto. 

HEUNiA,  descida,  quebradura;  rotura, 

HEROA,  h^iroe, 

HEROE  cu  I/írot,  varSo  illustre,  etc— • 
semideus  —  conquistador. 

HEROICIDADE,  heioísmo  —  magnanimida^ 
de  —  grandeza  d'alo:a, 

HERÓICO,  valoroso  —varonil  —  grande,  no- 
bre, sublime  —  excellente ,  exímio  —  ma- 
gnânimo —  maravilhoso. 

BERVA  ou  Erva,  planta  —  hervagera,  pas- 
t.Tgem  ,  pasto  —  relva,  verdura  —  verde  — 
[pX)  hortaliça. 

HERvAííço,  grão,  legume. 

HESITAÇÃO,  duvida,  enleio,  incerteza,  ir- 
rísolução,  preplexidade,  suspensão,  vacilla- 
çào. 

nrsuAR,   duvidar^   vacillar  —  trcm»rlt?ar, 


HO.N 


HUM 


SSl 


pêro 


BESPAisnA,  íltíspetia,  Ibéria,  .^j^^,, 

niRCo,  bodo,  capreolo. 

tiiRSLTo,  nfripiado,  prrisado  —  cardoso  -~ 
í?pf!ro,  duro,  leso  —  cebiliudo  —  itilonso  — - 
pvIKso  —  birlo,  horiiib  -  inlractavcl. 

"^rinn,  arfiç^Rdo,  arripindo,  hirío— -85'• 
— duro  —  inculto  —  ft  Ipà  !o. 

u'STORu  ,  chronica  —  Buiiaes,  faslos  — 
conto,  romance  —  descripçSo,  narraçSo. 

insTonioGRApno ,  chronisla,  chronogra* 
pho. 

nisTniXo ,  comediante  ,  cómico  —  bobo, 
bufào,  farcista  —  roimo,  salliuibanco, 

HEDiERNO,  deste  dia,  da  hojo. 

liojE  ou  OJn,  neste  dii  —  actualmente, 
agora,  ao  presente,  prescnternente. 

HOLOCAUSTO,  consagração,  dedicat^ão,  hós- 
tia—  sacrifício,  vielima  —  oblação,  offreu- 
da. 

noMnRKAR,  emparelhar,  igualar-se  —emu- 
lar, rivsljçar. 

II  iMoaiDADE,  virilidade  •—  altivez,  arro- 
gância —  audácia,  depppjo. 

noMSM  ,  individuo  —  humano  ,  mortal , 
fiador  —  varSo  —  alma. 

UOMI^MZARFÃO,    colosso. 

BOMEMzi.Nno,  anão,  cucufate,  homenicu- 
lo,  pygraeu. 

iiOMENAGEi  ou  Ilomenage,  respeito,  re- 
Yerencia  —  veneração—  obadiencia.  submis- 
Sào  —  estima  —  cortezia  —  menagem. 

HOMICIDA,  assas^-ino,  matador. 

aoMiCiDio,  assassinato,  morto. 

HOMILIA,  sermão  —  discurso,  practica  — 
exhort«ção  —  conferencia. 

noMiziAR-sa,  fugir—  esconder-se (da jus- 
tiça. 

HOMIZIO,  fugida  —  escondimento—  inimi- 
zade, ódio. 

HONESTAR,  condccorar  —  palliar  —  coho- 
nestar,  corar  —  ornar, 

HONESTIDADE,  casiídado  —  pudicícia,  pu- 
dor —  decência,  dojoro,  modcst'a. 

HONESTO,  casto,  modeslo  —  pudico  —  pro- 
bo —  decente,  honroso  —  coriez  —  compe- 
tente, razcado,  sufficiente, 

BONOR,  honra. 

BONORAB,  honrar. 

HONRA,  credito,  reputação  —  fama  —  glo- 
ria —  cargo  —  dignidade  ,  preeminência  — 
estima,  estimação  —  acatamento,  respeito, 
reverencia—  culto,  veneração —  obsequio 
—  caslidsde,  honestidade  —  pudicícia. 

HONRADO  ,  acatado  ,  respeitido  —  [aâj.) 
probo  —  nobre  —  casto  —  v  rtuoso  —  corte - 
zão  —  primoroso. 

HONRAI»,  elevar,  exaltar  —  condecorar  — 
engrandecer  —  ennobrecer,  nobilitar  —  res- 
peitar, reverenciar,  venerar — obsequiar. 

HONROSO,  honesto,  honrado  —  decoroso, 
honorifico  —  glurioso  —  louvável, 

VCL     lY. 


HORA  ou  0/(7,  agora, 

HORRENDO,  horrível,  hórrido,'  horrífico, 
lorroro5o  —  feio,  medrniiO— espantoso,  for- 
niidavcl — lorável,  tcrrifioo,  ireccendo'-- 
diform'3,  hediondo,  torpe  —  ecornso,  ieoíjS' 
Irucso, 

iiORRio,  cilibiro,  tulLa. 

HÓRRIDO,   horrendo,  bcrrifico,  horrisono 

—  áspero,  inculto. 

HORRivEL  ou  //crrífcí/,  hórrido —  nof do- 
nho  ,'  pavoroso  —  horrendo  ,  tremendo  — 
atroz  —  exocravel. 

HORROR,  temor,  tremor  —  espanto,  pas* 
mo,  modo,  pavor,  susto  —  aversío,  ódio. 

HORRORIZAR  ou  líorrorisav,  atemorisar, 
espantar,  espavorir. 

horroroso;  horrível,  hórrido  —  hediondo 

—  temeroso. 

HORTALIÇA,  alfaces,  couves,  legumes,  etc, 

HORio,  jardim  —  horta  —  cerrado. 

HOSPEDAGEM  OU  Uo^pcdaje,  agasalho,  hos* 
pitalidado  —  acoihiiriento  —  hospedaria. 

HOSPEDAR,  albergar,  alojar,  gasalhar. 

HOSPEDARIA,  cstfllsgcm  —  filberguc,  hos- 
pício—  hospedagem. 

HOSPEDE,  estalajadeiro  —  forasteiro,  p^s»' 
sageiro,    viandante  —  [ndj.)  ignorante,  lei* 

HOSPÍCIO,  casa,  domicilio,  habitíçío,  mo- 
rada —  conventmho  —  hospilslidade  —  hos- 
pedagem. 

HOSPITALIDADE,  hospcdagem  —  hberalida- 
de. 

*  nosTAo,  hospedaria. 

HOSTE,  exercito,  tropas  —  inimigo  -—  ar- 
raial. 

HÓSTIA,  pão  ázimo  —  victima  —  holocaus- 
to, 

HOSTIL,  contrario,  inimigo,  opposto  —  no- 
civo, pernicioso,  prejudicial. 

HOSTILIDADE,  aiaquQ  —  roubo  —  assola- 
ção, destroço,  devastação —correria, 

huivar,  ulular  —  wrar  —  bramar. 

Hiívo,  guincho  —  ululo  —  urro. 

HUMANAL,  humano. 

HUMANIDADE,  tffabilídade,  benigoidado, 
brandura,  clemência,  compaixão— ■  agrado, 
benevolência,  corlezania,  urbanídade  —  [pi] 
bellas  artes, 

humanisar  ou  Humanar,  aíTabilísar  — 
amansar ,  domesticar  —  civjhsar  —  adoçar , 
mitigir. 

humano,  humanai  — bom,  bondadoso  , 
clemente  —  benigno,  piedoso  —  tensivel  — 
8 íTavei  —  beneficente  —  (s.  pi.]  homens,  mor- 
taes,  viveates. 

HUMEDECER  OU  Humeclar,  molhar,  refres- 
car, regar  —  ( mbeber,  ensopar. 

HUMKNTE,    humilo 

HUMIDADE,  agua  —  lentura  —  mclhadur/i. 
Ht  MíD :\  bumenle,  lento  —  cqnoso  -  eu- 


982 


IDO 


IdS 


sopado,  molbado,  orvalhado  —  alagadiço , 
pantanoso  —  chuvoso  —  nublado  —  incou- 

BUMíLDADs,  abatimento,  bumillaçSo.  ren- 
(límeato  ™-  submissão ,  snjeiçSio  ~  baixeza, 
vileza 

RUMíLDAs,  èbâter,  hamilliar  —  conían- 
dif,  mortificar, 

EUSÍLTiS,  IJOdsStO  — subi» isso,   SUJrÚtO  — 

prostrado,  rendido  —  abstido,  huoiil,  hu- 
milhado—pobre— baixo,  igaobil,  rastei- 
ro, vil  —  p!e')eu  —  despreza  io,  desprezível 
•^  abjecto  —  d^^scoaheciio,  ignoto. 

HUMILHAR  ,  abater  —  sujeitar  —  depriroir 
•—  ffiortiíicar, 

HUMILHAR- SB,  abaixar -ge,  sbater-se,  acur- 
tar-se  —  submelter-se,  giijoliar-sg  —  prós 
trar-se,   reader-se  —  aniquilar-  se,    coacul- 
car-se.  dííspreznr-sa. 

HUjaiLHOso  ou  Ilumildoso,  humilde,  su 
bffiísso. 

HUMiuAçÀo  ou  HumWtação,  abatimento, 
submissão. 

HUMOR,  caracter,  conligSo,  génio,  natu- 
ra' --  temperamento  ^  bordo,  parecer, 


nYADA.8  ou  EyadeSf  Plêiade», 

hyBrido,  mestiço  —  bárbaro. 

HYORA,  dragão,  serpe,  serpente  —  cons- 
tiílioção. 

nvDRTA,  bilha,  quarta,  vaso. 

nYDROPico,  desfjoso  —  insaciável,  seden- 
to, sequioso. 

BYMENEO  ou  Hymcneu,  bodas,  casamen- 
to, espuíorio,  bymen,  matrimonio,  noiva- 
do, nupciss. 

HYpgBBOLíi,  amplificação,  augmonto,  exa« 
geração, 

EYPEaBOLico,  amplificado,  augmenlado, 
eiíggerado,  excessivo. 

HYP2RCH1TIC0,  censor,  critico,  satyricOí 

HYPOcoisD&u,  melancolia,  tristeza. 

BypocoRDiHACO,  atrabilario,  bilioso  —  me- 
lancólico, triste,  tristonho  —  caprichoso,  ex- 
travagante, rabugento. 

BYPocftisiA,  beatioe,  cacholice,  tartufic© 
— -  fiagiraento. 

BYPOCRiTA,  beato  falso,  cachola,  jacobeu, 
sanctilão. 

HYsnpa  ou  Hyssope,  aspersorio  —  asper-- 
ges. 


I 


IÇAR,  alçap,  erguer,  levantar,  subir. 

IDADE,  annos,  vida  —  velhice  —  duiagão, 
tempo  —  epof-ha,  era,  evo,  século. 

iDíA  ou  Lltia,  figura,  iin«gem  —  exrím- 
plsr,  modelo,  molde  — d<  buxo,  dt^senho  — 
rascunho  ,  traço  —  conceito  ,  phantasia  — 
iiivpnçãi»,  invento. 

IDEAL,  chimerico,*  imaginativo,  phantas- 
tico,  vão. 

IDEAR,  cogitar,  imaginar  —  projectar,  tra 
çar. 

IDIOMA,  língua,  linguagem  —  dialecto. 

IDIOTA,  estúpido,  ignorante,  imbecil,  nés- 
cio, tolo,  zote. 

IDOLATRA  ou  Idololatra,  gentio,  hereJH, 
pagão. 

IDOLATRAR  ,  p3ganÍ£ar  —  adorar,  amar, 
venerar. 


IDOLATRIA,  gentilismo,  paganismo,  pnly- 
theismo  —  superstição  —  adoração,  venera- 
ção -  íçenu flexão. 

luOLO.  estatua,  figura,  imagem,  simula- 
cro—  ideia  —  objecto,  amado. 

inoNKiDADZ,  aptidão,  capacidade,  propí^r- 
ção.  propritidade. 

iDONE  •,  apto,  capaz,  próprio  —  propor- 
cionado —  pertenceníe  —  suíliciente. 

iDYLLio,  echga. 

iGNAKo,  estúpido,  ignorante,  imperito, 
inepto,  néscio,  zote. 

IGNAVIA,  dsleixo,  frouxidão,  inércia,  ne- 
gligencia ,   prejíuiça  —  cobardia  —  baixt^za. 

IGNAVO,  inerte,  ocioso  —  deleixado.  ina- 
ctivo,  indiligpntfí,  nejílig-^ncia  —  c<ibHide, 
fraco  —  frouxo,  l«uguido  —  desaniaiad»j  — 
entorpecido  —  estúpido. 


ILL 

ÍGNEO,  abrasado,  flammeo,  flammifero, 
fiammigero,  rubro. 

IGNÓBIL,  baixo,  humilde  —  infame,  vil 
■—  plebeu  ,  popular  —  escuro  —  ignorado  , 
incógnito  —  sórdido,  torpe  — desprezivo,  Ín- 
fimo —  abatido  —  deshonrado  —  desconhe- 
cido, ignoto. 

iGNOBiLTDADB,  humildade  —  baixeza,  vi- 
leza. 

IGNOMINIA,  affrcnta,  injuria,  opprobrio  — 
deshonra,  descrédito,  infâmia  —  desdouro, 
deslustre. 

IGNOMINIOSO,  affrontoso,  vituperioso  —  in- 
fame, vergonhoso. 

iGNOBADO,  desconhecido,  não  sabido  — 
incógnito,  occulto. 

iGNOBANCiA,  impericia,  '  insabidade,  ins- 
ciencia,  rudeza  —  materialidade,    necedade 

—  desacerto,  erro. 
IGNORANTE,   idiota,  imporilo,  indouto  — 

boçal,  néscio,  zote. 

IGNORAR,  não  saber —  desconhecer,  in- 
horar. 

IGREJA,  templo  —  calhedral,  só  —  basili- 
ca  —  capella  —  clero,  ecdesiasticos. 

IGUAL  ,  irmão  ,  semelhante  —  conforme , 
uniforme,  unisono  —  liso,  unido. 

IGUALAR,   emparelhar,  igualdar,  irmanar 

—  achatar,  alizar,  aplanar  —  adquar,  ajus- 
tar. 

iGUALDADR  OU  Tgualeza^  identidade,  se- 
melhança —  paiidado  —  proporção  —  equi- 
dade, justiça,  rectidão  —  uniformidade. 

*  IGUAR,  igualar  —  emparelhar-se. 

IGUARIA,  comer,  comida,  manjar  —  pra- 
to —  guizado  —  acipipe. 

ILHARGA,  flanco,  lado  —  [s.  pi.)  conse- 
lheiros —  validos. 

iLHso  ou  Ilhéu,  ilhasinha,  ilheta,  ilhota 

—  insulano  —  insular,  isleno. 
illação,  consequência,  inferência  — co- 

rollario,  deducção. 

iLLAQUEAR,  enlftçap,  enleiar,  enredar. 

illeckbras,  attractivos  —  caricias,  cari- 
nhos, meiguices. 

iLLEGiTisio,  illegal,  illícico  —  iníquo,  in- 
justo —  adullerino,  bastardo. 

iLLiso,  incólume,  intacto,  inteiro  —  in- 
corrupto, são  —  immaculado,  inviolado  — 
illibado. 

iLLiBADo,  illeso,  intacto. 

iLLiBKRALiDiT)!!,  avareza,  mofineza. 

iiLiciTo,  defeso,  inconcesso,  prohibido, 
vedado. 

iLLTDiR,  destruir,  refutar. 

iLLiMiTADO,  indefiniio,  indeterminado  — 
incircumscripto. 

iLLUDBNTE,   engauador,    fallaz,  seductor. 

ILLUDIR,  engamr  —  zombar  —  frustrar. 

iiLUJíiNAÇÂo,  luminárias  — illuminura 

illttslfaçôo  —  inspiração, 


LMM 


983 


illuminar,  allumiar  —  illustrar  — acla- 
rar, decifrar  —  colorir  —  matizar. 

iLLUSÃo,  engano,  hallucinação  —  pban- 
tasma,  sombra,  visão  —  delírio  —  sonho 

—  escarneo,  mofa. 

iLLuso,  escarnecido,  mofado,  zombado  — 
enganado,  illudido. 

iLLusoR,  enganador  —  mofador,  zomba- 
dor. 

iLLusoRio,  artificioso,  capcioso,  simulado 

—  enganoso,    falso   —   chimerico,   frívolo 

—  inútil,   vão. 

iLLusTRAçÃo,  cxplícação  —   iUumínação 

—  inspiração. 

ILLUSTRAR,  onnobreccr,  nobilitar  —  al- 
lumiar —  illuminar  —matizar  —  aclarar, 
elucidar,  explicar. 

ILLUSTRB,  claro,  esclarecido  —  preclaro 
nobre  —   heróico,   excelso,    preexcelso 

—  insigne  —  conspícuo  —  ínclito  —  exí- 
mio —  prestante  —  excellente,  sobreexcel- 
lente  —  afamado,  famigerado,  famoso  — 
abalizado,  —  celebrado,  celebre  —  im- 
mortal  —  memorável  —  respeitável,  vene- 
rável —  egrégio. 

IMAGEM  ou  Image,  figur^,  forma  —  oíR- 
gie,  simulacro  —  retrato  —  pintura  — 
ideia  —  simile,  símilhança  —  gerogliíico, 
symbolo  —  exemplar,   prototypo,    traslido 

—  transumpto  —  imitação ,  representa- 
ção. 

IMAGINAÇÃO  .  imaginativa  ,  imnginação , 
pensamento,    phintasia   —    ideia,  imagem 

—  visão  —  ciiimera»  erro,  illusão  —  ap- 
prehensão. 

iMAGíNAR,  phanlasiar  —  pensar  —  co- 
gitar, cuidar  fingir  —  ideiar  —    traçar. 

IMAGINÁRIO,  sonhado  —  phantastico  ■— 
enganoso,  falso  —  apparente,  illusorio  — 
chimerico. 

imaGibativa,  imaginação  vao. 

IMAGINATIVO,  apprehensivo  —  contem- 
plativo —  pensativo  —  duvidoso,  preple- 
xo  —  enlevado,  extático,  solitário  —  so- 
turno. 

ihâginavel,   crivei,   provável,   verosímil 

—  possível. 

lAiAN,  magneto  —  calamita  ■—  pedra  de 
cevar  —  atlractivo. 

imbecil,  tonto  —  néscio,  pateta,  sim* 
pies. 

imbecilidade,  debelidade ,  fraqueza  — 
simplicidade  —  asneira,  parvoíce,  toli- 
ce. 

iMBELLE,  fraco. 

IMITAÇÃO,  arremedo  —  copia  —  repre- 
sentação —  falsificação. 

IMITAR,  adumerar,  arremedar,  contrafa- 
zer —  copiar  —  trasladar  —  retratar  —  re- 
presentar —  (n.)  frisar,  similhar  se. 

I      IMMàCULADO,   limpo,  puro. 

246  ^ 


984 


IMP 


immaNIDADE,  crueldade,  inhumanidade.     i 

iMMAKo,  cruel,  dcshumano,  ferino,  fe- 
roz. 

iHíiàTLRO,  verde  —  anlicipado,  prema- 
turo —  juvenil, 

nsMEDUTAMENTR ,  directamente  —  sem 
demora,  sem  interrup(;ão  —  em  continen- 
te, instanianeamente,  logo. 

iMMEDiATO,  pegado,  unido  —  conligjo, 
próximo. 

iMMKMORAvEL,  immemorlal,  immemoria- 
vel  —  antiquíssimo. 

immensidade,  immensidão —  infinidade.. 

iMMEKso,  illimítado  ,  immensuravel  — 
dosmcd  do  —  ampiissimo,  diiaiadissimo,  ex- 
tensíssimo, grandíssimo,  vaslissimo  —  ex- 
cessivo, immudico  —  díílasissimo. 

IKME^suUAVEL,  amplíssímo.  immenso. 

JMMERSÃo,  mergulho,  submersão. 

íkhlrso,  merguiliado,  submerso.' 

iMMiTE,  bravio,  ferino,  feroz. 

immobiudade;,  estabilidade  —  constância, 
firmeza  —  apalhia,  imperlui habilidade. 

iMMODERAÇÃo,  demasia,  excesso  —  desco- 
medimento—  desenfreamenlo. 

íMMODERADO,  dfsmaudado  —  descomedido 

—  demasiado,  excessivo  —  intemperado.^ 
iMnoDESTiA,  desenvoltura,  despejo  —  in- 

decencia  —  irreverência  —  insolência. 

iMiaoDico,  excessivo —  sobejo,  supérfluo, 

iMMOLAçÃo,  holocausto,  sacrifício,  vicli* 
tua. 

iiraOLADOR;  sacrificador. 

liiMOLAR,  sacrificar,  victimar  —  abando- 
nar, entregar. 

i^soRTAL,  ettrno,  sempiterno  —  perenne, 
perpetuo  —  immulavel,  invariável  —  incor- 
ruptível -^  immareessivel  —  permanente , 
persistente  —  interminável,  indelével. 

iMaoKTALiDADE,  eternidade,  perpetuida- 
de. 

laMORTALiZAR,  ctcmizar,  perpetuidade. 

iMMovEL  ou  Immobil,  immolo,  immuta- 
vfel  —  inalterável,  inconcusso  —  quedo — 
estável,  firme,  fixo. 

iMMUDAVEL,  immutavcl. 

msiLKDiciA,  espuricia,  sordidez,  sujida- 
de —  lixo  —  excremento  —  piolhos,  etc. 

iKMUKDO,  esquálido,  porco,  sórdido,  sujo 
— «impUro. 

iMMUNE,  franco,  isento,  livre. 

iMMuis  dade,  isenção  —  prerogativa,  pri- 
Yiiegio  —  franqupza,  liberdade. 

immutaVkl  ou  ímmutabíl,  constante  — 
iriimudavel  —  infallivel  —  irrevocável  — 
immobil,  lirme,  fixo. 

íMPACiKNCiA,  agar.tamcnto,  enfado,  ira, 
paixão  —  ardor  —  promptidão,  vivacidade 

—  desassocego,  inquietarão   —  pena. 
ijh'aCientar,  cílligir  —  inquietar  —  in- 
dignar, i.riíar. 


IMP 

iKPACiitiSiE,  ardente,  assomado,  fogoso  — 
insoíTrido,  intolerante  —  agastado,  irritado 
—  aíTiiclo,  inquieto. 

1MPABC1AL,  neutral  —  apathico  —  jus- 
to, recto,  - 

iMPARCiALiDADR,  neutralidade  — desinte» 
resse  —  equidade,  igualdade,  justiça.    ^ , 

IMPASSÍVEL,  isento,  livre  —  apathico,  in- 
seniivel. 

IMPÁVIDO,  animoso,  denodado,  destemido, 
intrépido. 

IMPEDIMENTO,  cmpecilbo,  estorvo,  obstá- 
culo —  desvio  —  difficuldade. 

IMPEDIR,  atalhar  —  embaraçar,  estorvar, 
obstar,  tolher  —  prohibir,  vedar. 

iMPELLíB,  compulsar,  empuxar  —  esti- 
mular, incitar  —  abalar. 

IMPENETRÁVEL  OU  ImpcnelralU,  imper- 
meável —  incomprehensivel  —  compacto , 
duro,  espesso  —  mysterioso,  profundo  — 
inaccessivel. 

iMpEKSADo,  imprevisto  —  inopinado,  su-^ 
bito  —  ignorado. 

impsrador,  monarcha,   soberano. 

IMPERANTE,  monarcha,  rei,  soberano  — 
{aJj.)  dominante,  reinante. 

i.MPERAn,  governar,  reinar  —  dominar , 
mandar  —  senhorear  —  preceituar  —  decre* 
tar,  determinar,  estabelecer. 

imperativo,  imperioso^ — absoluto,  deci- 
sivo. 

IMPERCEPTÍVEL,  subtíl,  tôDue  —  invisibil 
—  incomprehensivel. 

IMPERFEIÇÃO,  defeito,  falta  —  erro,  incor- 
recção. '      ^ 

IMPERFEITO,  incompleto  —  defeituoso,  yí» 
cioso. 

imperícia,  ignorância  —  grosseria.  ^ 

IMPÉRIO,  monarchia,  reino  —  dominio,  se- 
nhorio —  sceptro  —  coroa  —  autoi  idade, 
poder  —  estados  —  mando,  preceito  —  de- 
creto, lei. 

IMPERIOSO,  altivo,  arrogante,  suberbo  — 
dominioso. 

IMPERITO,  ignorante,  indouto  —  inepto» 
inbabil  —  despótico. 

iMPiRMAiNENCiA,  iuconslancia  —  instabili- 
dade. 

iMPERMANKNTE,  iustabil  —  incoustante^ 
mudável,    vario. 

IMPERTINÊNCIA,  importuuidade  —  des- 
propósito, destempero,  loucura,  tolice  — 
capricho,  extravagância  —  atrevimento,  de- 
saforo, insolência. 

IMPERTINENTE,  desappropositado  —  im- 
portuno —  enfadonho,  pesado  —  atrevido, 
confiado,  insolente  —  pateta,  tolo  —  impru- 
dente, indiscreto  —  dillicil  —  inadmissí- 
vel. 

IMPERTURBABILIDADE,  apalhifl,  coDstancifl, 
esl3bilidado,  firmeza,  uanquilUdaio. 


IMPERTURBÁVEL,  apalhico,  consUnte,  es- 
tóico, firme,  invariável,  Iranquillo. 

iMPERVio,  inaccessivel. 

ÍMPETO  ou  Impeiu,  impetuosidade,  -vio- 
lência —  impulso  —  força ,  vehemencia  -- 
precipitação  —  fúria  ,  furor  —  ecommetli- 
mento. 

IMPETRAR,  pedir,  rogar,  supplicar  — al- 
cançar, conseguir,  obter. 

IMPETUOSIDADE,  csfoíço,  impcto,  violeu- 
cia  —  vehemencia  —  ardor,  transporte,  vi- 
vacidade. 

IMPETUOSO,  ardente,  vehemente — arro- 
jado, violento  —  accelerado,  rápido. 

IMPIEDADE,  irreligião  —  profanação,  sa- 
crilégio —  crueldade,  deshumanidade  —bar- 
baridade, lyrannia  —  crueza,  fereza  —  atro- 
cidade, se  vicia. 

ÍMPIO,  atheo,  deista  —  (at/J  )  incrédulo, 
irreligioso  —  profanador,  sacrilego  —  blas- 
phemador  —  iniquo,  malvado,  perverso  — 
cruel,  deshumano. 

IMPLACÁVEL  OU  ImplãcabU,  ineioravel, 
inQexivel  — obstinado,  opiniaiico. 

IMPLANTAR,    plantar  —  inserir—  arrei 
gar.  , 

IMPLICAÇÃO  ou/mp/ícancta,  contradicçao, 
contrariedade  —  incompatibilidade  —  com- 
plicação —  enredo  —  repugnância. 

iMt-L-CADO,  contradiclorio  —  embaraçado, 
enredado  —  compromettido. 

IMPLICAR,  repugnar  —  (a.)  complicar,  in- 
volver. 

IMPLICAR- SE,    enredar  se,   involver-se  — 
metter-se  —  contradizer  se. 
-  implícito,   não  expesso,  subiatendido  — 
tácito  —  embaraçado,  escuro. 

IMPLORAÇÃO,  rogo,  supplica. 

IMPLORAR,  invocar  —  pedir,  rogar  —  sol- 
licilar,  supplicar. 

IMPOR,  sobrepor  —  assacar,  attribuir,  im- 
putar—  enganar  —  mentir. 

IMPORTÂNCIA,  Eomma,  valor  —  peso  —  im- 
porte, preço  —  consequência,  momento  — 
consideração  —  mereciaiento,  utilidade. 

IMPORTASTE,  precioso  —  caro,  custoso  — 
necessário,  util  —  vantajoso  —  relevante. 

IMPORTAR,  introduzir— (71.)  custar  —  apro- 
veitar, convir. 

IMPORTUNAR,  apertar,  instar  —  enfadar  — 
incommodar,  molestar  —  atanazar,  tormen- 
tar. 

iMPORTUNiDADE,  causticldadc,  importuna- 
ção  —  impertinência. 

-IMPORTUNO,  cáustico,  cnfadonho,  molesto, 
seccantG  —  gravoso,  oppressivo,  pesado  — 
morlificanti}. 

IMPOSIÇÃO,  imposto,  taxa,  tributo  —  ca- 
pitação, contribuição. 

iMPOsSiDiLinADP,  impUcancía,  repugnân- 
cia —  empeço,  obstáculo. 

VOL.   IV. 


lUP 


985 


IMPOSSÍVEL  OU  Impossibilf  impraticável, 
inexecutavel. 

IMPOSTO,  imposição,  tributo. 

IMPOSTOR,  calumniador ,  embusteiro  — 
embaídor,  enganador,  mentiroso. 

IMPOSTURA,  aleive,  calumnia,  embuste  — 
embaí iiiento,  engano. 

IMPOTÊNCIA ,  impossibilidade  —  inbabili- 
dade  —  incapacidade  —  fraqueza. 

IMPOTENTE,  débil,  fraco  —  ineíRcaz  —  in- 
habil. 

IMPRATICÁVEL  OU  Impracticavcl,  impossí- 
vel —  intransitável. 

IMPRECAÇÃO,    arrenego,    maldição,  praga 

—  rogativa. 

IMPRECAR,  amaldiçoar,  maldizer,  prague- 
jar—  deprecar,  rogar,  supplicar. 

IMPRENSA,  impressão,  ofllcina,  prelo,  ty- 
pographia  —  estampa. 

IMPRESSÃO,  aííecção  —  abalo  —  prensa  — 
phenomeno. 

I--.PRESS0,  estampado,  imprimido  —  repre- 
sentado, retratado. 

IMPRESSOR,  imprimidor,  typographo. 

IMPREVISTO,  impensado,  não  previsto  — 
inopinado,  insperado  —  surprendente. 

IMPRIMIR,  estampar  —  esculpir,  gravar  — 
caracterisar  —  marcar  —  inspirar  —  dar. 

improbabilidade,  incerteza,  inverosimi- 
Ihança. 

ÍMPROBO,  máu  —  malicioso  —  custoso,  dif- 
ficil. 

IMPROPERAR,  exprobrar,  reprchender  — 
injuriar. 

impropério,  reprebenaâo,  reproche  —  a(* 
fronta,  injuria. 

impropriedade,  descoaveniencia  —  disso- 
nância —  barbarismo. 

impróprio,  indecente  —  inexacto  —  disso- 
no,  duro  —  bárbaro. 

iMPROviDENCiA,  doscuido,  dcsmazelo,  in- 
cúria, negligencia. 

iMPROviDo,  descautelado,  descuidado,  des- 
prevenido, imprudente. 

IMPROVISO,  impensado,  imprevisto,  ines- 
perado —  inopinado,  repentino»  subitaneo, 
súbito. 

imprudência;  inconsideração  -—precipi- 
tação —  ignorância  —  inadvertência  —  erro. 

IMPRUDENTE,  ignorante  —  arrebatado,  te- 
merário —  estouvado  —  incauto,  inconside- 
rado —  indiscreto. 

IMPUDÊNCIA,   despejo,   desvergonhamento 

—  desaforo,  descaramento  —  insolência. 
IMPUDENTE  ,  desavergonhado ,    despejado 

—  descarado,  desaforado. 
iMPDDiciciA,   concupiscência,  deshonesti- 

dade,   immc»destia,  incontinência,  lascívia, 
sensuílidad  3,  torpeza. 

IMPUDICO  ,  deshonesto,  iccasto,  lascivo,  h- 
bidinoso,  1  iviano,  luxurio*©,  obsceno. 

Í47 


985 


LNC 


m 


iMPUGJíAçXo,  opposiçSo,  resistência  —  re- 
futação. 

IMPUGNAR,    combater  —  resistir  —  refutar 

—  cotitrarikr  —  oppór-se  —  propugnar. 
IMPULSO,  abalo,  impeio  —  estináulo  —  in- 

cflàméato,    iastigação  —  inspiração  —  con- 
selho. 

ijrtPUNK,  impunido,  nâo  castigado. 

Impunidade,  descasligo  —  tolerância. 

IMPUREZA,  desbooestidade,  impudicicia  — 
luxuria,  obscenidade  —  torpeza  —  immun- 
dicia,  sordidez, 

IMPURO  ,  impudico,  laseivò,  obsceno  — 
turvo  —  immundo,  sujo  —  manchado. 

IMPUTAR,  applicar,  attíibuir  —  accusar, 
criminar,  culpar. 

INABALÁVEL,  immobil,  inconcusso  —  fir- 
me, immiidavel,  permanente  —  constante  — 
inflexível. 

INACÇÃO,  deleixamento,  inércia  —  ócio. 

iNACCESSivEL,  alcautilado,  fragoso  —  al- 
tivo, intractavel. 

INADVERTÊNCIA,  imprudeucia,  inconside- 
ração —  descuido,  esquecimento. 

INADVERTIDO,  imprudente,  inconsiderado 

—  negligente  —  imprevisto. 
INALTERÁVEL,  estavel,  immudavel,  incon- 
cusso, permanente  —  conslaute  —  impertu- 
bavel  —  incorruptível. 

iNANiçÂo,  enfraquecimento,  fraqueza  — 
desalento, 

INANIMADO,  defuncto,  morto  —  frio» 

inappetencia,  fastio. 

inapplicação,  distracção,  inadvertência. 

inaturavel,  insoffrivtíi,  insupportavel,  in- 
tolerável. 

inaudito  ou  InaudictOf  não  ouvido  — 
extraordinário,  maravilhoso,  pasmoso  —  ra- 
ro—  novo. 

INAUGURAÇÃO,  cousagraçao,  sagração  — 
iniciação  —  recepção. 

INAUGURAR,  dtídicar  —  consagrar,  sagrar. 

incançavel  ou  Incansável,  infatigável  — 
fragueiro,  robusto,  vigoroso  —  indefeso  — 
assíduo,  incessante. 

INCAPACIDADE,  insufficiencia  —  inaptidão, 
inhabilidade. 

INCAPAZ,  inhabil  —  insufficiente  —  indi- 
gno —  ignorante  —  fraco,  impotente. 

ISCAPILLATO,   calvo 

INCAUTO,  desacautelado,  desapercebido  — 
inadverlidp  —  imprudente  —  imprevisto  — 
improvido  —  temerário. 

iNç  R,  propagar  —  povoar  —  encher. 

INCENDIAR,  abrasar,  inflammar,  queirnsf. 

INCENDIÁRIO,    bola    fogO. 

1NC8NDI0,  chamma ,  foco,  Jabareda  — 
abrasamento,  combustão  —  quei  ma,  quei- 
mamenlo —  ardor,  incendimento.' 

INCENSADOR,  aduladof,  lisongei  ro. 

iííCE«8Aa,  aromar  perfumar^  thi  irificar — 


adular,  lisongéàr  — hohrár  —louvar  —ado- 
rar. 
JNCKNSARio,  incensório,  thuribulo. 
INCENSO,  aroma,  perfume  —  elogios,  lou- 
voreá  —  adulações,  lisopjas. 

TRcENtm),  agaUhão,  estimulo  —  impulso, 
incitamenio,  ináligação. 

iNCÊRtpiJA,  duvida,  íncertidão,  indecisão, 
írresolução,  perpl«xídácle  —  contingência. 

INCERTO,  ambíguo,  dúbio,  dúbio,  duvi- 
doso—  indeciso,  irrésoluto,  perplexo,  sus- 
penso —  contingente  —  inde.liberado,  inde- 
terminado —  fluoiuahte,  hesitante,  vacillan- 
te  —  vago  —  arriscado. 

iíícessaNte  oii  Incessavel,  assiduo,  con- 
tiniiado,  continiló. 

incha,  desavença  —  ódio. 

INCHAÇÃO,  tumor,  turgencia  —  orgulho,' 
sobfirba  —  desvanecimento,  ufania. 

INCHAÇO,  inchação  —  agastamenlo  — pai- 
xão, incha. 

jnchado.  crescido,  grosso  —  tumente,  tu-' 
mido  ,  túrgido  —  hydropico  —  emphalioo  , 
hyperbolico  —  altivo,  orgulhoso,  vão. 

íNCiiAR ,  intumecer  —  enfunar  —  (n.) 
desvanecer-se  ensuberbecer-se. 

INCIDENTE,  accidente,  caso,  circumstaa- 
cia,  successo  —  {adj.)  incisivo. 

INCIKCUNSCRJPTO  OU  Incircumseripto,  in^ 
determinado,  illimitado. 

incisão  ou  Incisura^  corladura,  corte»  ^ 
golpe  —  entalhe. 

INCISIVO ,  cortante  —  dissolvente»  peno- ' 
trante. 

INCISO,  cortado. 

INCITAÇÃO  ou  Incitamento,  instigação  — 
estimulo,  incentivo  —  impulso. 

lncitah,  agrilhoar,  esporear,  pungir  — 
excitar,  mover  —  estimular,  instigar  —  pro- 
vocar, suscitar  —  compelhr,  impeli  ir  —  ac« 
cender,  inflammar. 

iNCiviL,  desatteucioso,  descorlôz  —  iade* 
cenie. 

iNCíviLiDADE,  desatteução,  descortezia. 

iNCLRMENCiA,  desabrim«nto,  dureza,  in^ ' 
flexibilidade,  rigor  —  intempérie. 

INCLEMENTE,  aspero,  desabrido,  rigoroso 
—  cruel,  implacável. 

iNCiNAçÃo,  pendor,  tendência  —  disposi-  ' 
ção,  Índole,  propensão  —  affeição,  amizade, 
amor  —  vontade  —  sympathia. 

INCLINAR,  abaixar,  curvar  —  dispor,  mo- 
ver —  (íi  )  pender  —  dirigir-se. 

iNCLiNAR-sK,    curvar-se,  dobrar-se  —  di-  ' 
rigir-se,    eucaminhar-se  —  favorecer,    pro- 
mover, 

ÍNCLITO,  illustre  —  notável  —  celebre,  fa- 
moso. 

INCLUIR,  abranger,  comprohender,  con- 
ter, encerrar. 

INCLUSO,  contido»  incluido. 


IKC 


INC 


987 


INCÓGNITO,  desconhecido,  ignoto -^.oo-, 
culto. 

iNconraínciA,  inconsequência  —  descon 
íormidade,  desconvynittpcia  —  discrepância. 

mcouERENiB  ,  discrepante  —  de$conCor- 
,fne. 

JKCOLA,   hsbilador,    habitante,   morador 

—  povoador. 

INCÓLUME  ,  salvo  —  sSo  —  illeso  —  inta- 
cto. 

jNCOMMODAR,  desncommodar,  desnrranjar 

—  inquietar,  perturbar  —  causticar,  impor- 
tunar. 

iNCOMnoDiDADE,  incomuíodo  —  constran- 
gimento —  aborrimeato ,  desgosto  —  doen- 
ça, indisposi';ào. 

iscoMMoDo ,  descommodo  —  pena  —  tra- 
balho—  incoromodidade.  moléstia. 

iKCOMMUNiCAVKL,    indlzível  —  ínsociavel 
inlract.ivel 

INCOMPATIVRL,  antipftthico,  contrario,  op- 
posto  —  repijgn«nle  —  desconforrae,  incom- 
^inavel,  incnnp,ili«vel—  insociável. 

LNCOiMPETfcNciA,  iucapacidade,  inhabilida- 
4e  —  incongruência. 

INCOMPETENTE,  incapaz  —  incongruo  —  il- 
legal,  illí^giiimo  —  impróprio,  inulil. 

INCOMPLETO,  defeituoso,  imperfeito  —  n5o 
acabado. 

iNCOMPLExo,  não  composto,  simples. 

INCOMPORTÁVEL,  insoff(ivel,  iosuppoftavel, 
iptoleravcl. 
,   ;  incom possível,  incompatível. 

iNCOBiPREHENsivEL,  incfivel,  jnimcginavel 

—  confuso,  escuro,  iniotebigivel. 
iNCONCEsso,   illicito — defeso,  prohil'ido, 

vedftdo  —  indecente,    indecoroso  --  irr;>cio- 
navel  —  impudico,  impuro,  torpe  —  desho- 
,j3esto,  immodesto  —  iníquo. 

l^co^CILlAVEL,  antipaihico,  contrario,  in- 
conipalivel. 

l^C0NC0RpAVEL,  ipconciliavel. 
INCONCUSSO,  immobil  —  firme,  srlído. 
INCo^FIl)^fNCU,  desle.-ddade,  perfidia. 
,     iNCONFiofiNTE,  desl^fll,  infiel,  pérfido. 

inco>ghUencià.,  barb.srismo,  fio!ftc"'smo  — 

impropriedade  —  indec^ncia,  incivilidade  — 

iNCONGUUENTR    OU  Jncongruo,  desconve- 

'niente,  impróprio  —  desproporcionado. 

,      INCONSEQUÊNCIA,  írrogularidadd  —  inc^ho- 

rencia  —  absurdo,  impertinência  —  contra- 

dicçào. 

iNCONSEQuETtTE ,   flbsurdo,   contradlctftrio 

—  impertinente  —  incuheiente— incoustan 
te. 

INCONSIDERAÇÃO,  imprudência  —  defatlen- 
^0,  inadvertência  —  fftciiidada,  leveza  — 
indiscrição. 

iNcoissiDERAno,  imprudente/ indiscreto  — 
aríebataclo  —  imprevisto,  inadvtrtido  —  e«i- 
tuidio. 


INCONSONANCIA,  dissonancia. 

iNcoNSTANcrA,  impermauencía,  instabili^ 
d«de  —  1'geireza  ,  mudançi .  variodide  — 
mutabilidadii,  vicis^^iiudo.  volubilidade. 

INCONSTANTE  ,  love  ,  lifTciro  -^  mudável, 
vario  —  ia^pjirqjapentp,  instável.  ' 

INCONTAMINAOA,  immacul^da,  pura  —  in- 
corrupta, inviolada  —  illesa,  intacta  —  cas- 
ta, impollula,  virgem, 

INCONTESTÁVEL,  certo,  iudubitavel  —  in- 
contrasiavel. 

icoNTiNKNCiA,  intemperança  —  concupis- 
cência .  sensualidade  —  deshonestid^ide, 
immodestia  —  lascívia,  luxuria  —  torpe- 
za. 

INCONTINENTE,  immoderado  —  dissoluto, 
ibertino  —  impudico,    lascivio,    luxurioso 

—  iadv]  inslanlanf-amente  —  apresada,  re- 
pentinamf-nte    —   logo 

INCONTHASTAVEL,  iusupemvel,  invensivel 

—  in''ontr(»VHrA'o  —  irresislivel. 
iNCONVKNíENCiA,   descoof<iímidadô  —  {*.) 

estorvo,    obstáculo. 

iNCONVKNiRNiR,  dlfficuldade,  embaraço  — 
empeço  —  desvantagem,  perda  —  accideiir 
to,  contratempo. 

INCORRECÇÃO ,  defeito  ,  imperfeição  — ^ 
inexactidão,  irrpgularidftdn  —  negligencia, 

IS coB RECTO,  defeituoso,  imperfeito  —  iao^ 
xacto,    irregular. 

iNCGRHEGivEL,  indÍ5cip]inavel,  indócil  — 
obstinadi),  renitente. 

iNCoaxiíR,  cair,  ficar  sujeito  —  mere- 
cer. 

iPíCORRUPçÃo,  integridade,  inteireza. 

mcoRRUpriVEL ,  inalterável  —  integra, 
recto.  ; 

iNCOKRUPTO,  puro,  são  —  intoipo  —  iii^ 
tegro  —   intemerado. 

iKRRKDULTDADK ,   rf>pugnancia   (era    crer) 

—  fiíheismo  —  impiedade  —  irreligião. 
INCRÉDULO,  descrente  —  impio  —  irrelí-'» 

gloso  —  infiel. 

iNCRK.MaNro  ,  augmento,  crescimento  — 
crescente. 

INCREPAR,  reprehender  — censurar. 

INCRÍVEL,  Incredivel  ou  Increivel.f^TCfís- 
slvn,  hyperbolico  —  inverosimil  —  indizí- 
vel 

INCUBO,  pps^delo. 

INCUDE,  bicoroa,  bigorna. 

INCULCA,  bu-^ca,  pesquiza  —  indagação, 
infi»níia;;ão,  inquirição  —  recommt^ndação, 

INCULCAR,  indirar,  propor  —  recommen- 
dar  —  repetir,  rí^pi^ar. 

ixcuLCAR-sR,  ííar-stí—  Tender  se  —  des- 
cobrir-se ,     mostiar-se    —    recommeadar- 

i!scui.pADO,  innocpntft. 
INCULPÁVEL,' irr{»prt-iiensiy§l  -?-  ipnotíeQ- 
t*e  —  períeilo,  puro 


988 


IRD 


INCULTO,  baldio  —  agreste,  infecundo  — 
grosseiro,  rude  — bárbaro  — ignorante. 

iRCULTURA,  bruteza,  rudeza. 

INCUMBÊNCIA,  commissão  —  dever,  encar- 
go. 

INCUMBIR,  commeter,  encarregar. 

INCURÁVEL,  insanável  —  irremediável. 

INCÚRIA,  descuido,  negligencia  —  delei- 
xamento,  desmazelo,  indolência  —  descii- 
riosidado. 

INCURSÃO,  correria,  invasão,  irrupção,  sal- 
to. 

INCURSO,  encontro  —  ímpeto. 

INDAGAÇÃO,  busca,  Biame,  inquirirão,  pes- 
-quiza  —  especulação. 

INDAGADOR,  cscrutador,  investigador,  pes- 
quizsdor  —  observador  —  especulador. 

INDAGAR,  inquirir,  pesqaizar  —  procu- 
rar —  informar-se. 

iNDECENciA,  descompostura  —  desacato, 
irreverência  —  desprezo, 

iNDECBNTE.  dosbonesto.  immodesto,  im- 
pudico —  indecoroso. 

INDECISÃO,  duvida,  hesitação,  indetermi- 
naçíio,  irresoluçào,  perplexidade,  vacilla- 
çào. 

INDECISO,  não  decidido  —  equivoco,  pro- 
blemático —  irresoluto,  vacillante,  perple» 

xo. 

iNDECLARAVEL,  indizível, 

JNDECORADO.  desacreditado,  desdourado, 
deihonrado. 

INDECORO,  iadecenoia  —  {adj.)  indecoro- 
so. 

INDECOROSO,  immodesto,  indecente  —  des- 
honesto,  vergonhoso  — -  deshonroso  —  af- 
frontoso,  ignominioso,  injurioso,  opprobrio- 
so  —  indigno,  infame,  vil  —  soraido,  tor- 
pe —  feio. 

iiíDEFECTivEL,  ínfalivel  —  indestruclivel, 
perdurável. 
.    iNDEFESso,  incansável,  infatigável. 

iNDEFiciENTE ,  infallivcl  —  íucxoravel, 
inexhaurivel,   inexhausto. 

iNDEFiNiTO,  incerto,  indeciso,  indetermi- 
nado —  illimitado. 

iNDELEtEL,  indestructivcl  —  durável,  eter- 
no, permanente. 

iNDELiBERAçÃo,  indeterminação,  irresolu- 
ção  —  enleio. 

JNDEMINUTO,    iuleirO. 

iNDEMNiDADE  OU  Indemnisãção,  compen* 
sação,  resarcimento. 

iNUEMNisAR,  compeusar,  recompensar,  re- 
parar, retribuir, 

INDEPENDÊNCIA,  Uberdade —  isenção. 

INDETERMINAÇÃO,  duvida,  incp>rteza  —  in- 
decisão, irresolução,  perplexidade,  vacilla- 
ção. 

INDETERMINADO,  duvidoso,  iucerto  —  he- 
sitado, irresoluto. 


INDEVIDO,  desrazoado  —  insólito  —  im-« 
próprio,  intempestivo  — iníquo,  injusto—» 
desmerecido, 

iNDEVOçÃo,  irreligião.  _ 

INDEVOTO,  Ímpio,  irreligioso. 

INDEX  ou  Indece,  cathalogo,  lista,  taboa» 
da. 

INDICAÇÃO,  iadicio,  signal  —  denotação, 
designação. 

INDICAR,  apontar  —  mostrar  —  ensinar 

—  designar,  indicar  —  descobrir,  divul» 
gar  —  annunciar,  declarar  —  ordenar,  prés- 
crever. 

INDICIAR,  apontar,  mostrar. 

INDICIO,  signal,  vestigio  —  indicação, 
mostra  —   apparencia,  probabilidade. 

iNOiFFERENÇA  ou  Indiffvença,  apathia  — 
equilíbrio  ,  imparcialidade  —  desinteressa 

—  incúria,  indolência  -;-  phlegma.  ^ 
iNDiFFiRENTB,  ígual,  imparcial  —  insen* 

sivel  —  indeciso  —  desinteressado  —  de-» 
leixado,  indolente  —  frio,   phlegmatico. 

INDÍGENA,  íncola,  natural  —  cidadão  — 
habitador,  morador  —  povoador. 

INDIGÊNCIA,  carência,   falta, ^  necessidade 

—  penúria,  pobreza  —  miséria. 
INDIGENTE,  necessitado,  pobre. 
INDIGESTO,  cru  —  coufuso,  desordeuado, 
indígetp,  divo,   semideus. 
INDIGNAÇÃO,  egastamento,  cólera,  furor, 

ira  —  paixão  —  escândalo. 

INDIGNADO,  agastado,  colérico,  encolori- 
sado,  enfadado,  irado,  irritado  —  furibun* 
do,  jfurioso. 

INDIGNAR,  enfadar,  irritar, 

iNDXGNAi-sB,  ag8star-se,  irar-se  —  eseaii» 
dalísar-se  -^  dedignar-se. 

INDIGNIDADE,  aífrouta ,  insulto,  ultrajfi 
-^  desprezo  —  infâmia  —  atrocidade,  hor^ 
ror  •—  barbaridade,  crueza, 

INDIGNO  ou  Indino  ,  desmerecedor,  — • 
baixo,  vil  -—  vergonhoso  —  indecente  -« 
injurioso,  —   infame. 

ÍNDIGO,  anil. 

iNDiLiGBNCiA,  descuído ,  negligenoi«  — * 
deleixado. 

INDIRECTO,  obliquo,  sinuoso,   torcido. 

INDISCIPLINADO,   dcseusinado ,    ignorante 

—  desmandado, 

iNDisciPLiNAVEL,  íncorregível,  indócil,  ia- 
domavel,   intractavel, 
INDISCRETO,   imprudente ,   inconsiderado 
INDISCRIÇÃO,  imprudência,  inconsideração 

—  bscharelice,  pairaria. 
INDISPENSÁVEL,  inovitavel,  nacessario  -^ 

obrigatório, 

INDISPOR,  desavir  —  agravar,  azedar,  en» 
fadar,  irritar. 

INDISPOSIÇÃO,  incommodidade  —  acha- 
que, moléstia  —  aversão,  tédio  —  desa- 
mão —  desavença. 


INE 


INF 


989 


J5DISP0ST0,  doente,  molesto  —  agasta- 
do. 

INDISPUTÁVEL,   incontestavel. 

INDISSOLÚVEL,  indesalavel,  indivisível  •— 
constante  —  inviolável. 

iNDiSTiNCTO,  confuso,  embaraçado  —es- 
curo —  idêntico. 

INDIVIDUAÇÃO,  circumstancia,  particulari- 
dade —  especificação. 

INDIVIDUAL,  pessoal  —  particular,  pecu- 
liar, próprio. 

INDIVIDUAR,  especificar,  particularizar. 

INDIVIDUO,  pessoa  —   ente. 

INDIVISÍVEL,  indissolúvel,  inseparável. 

indizível,    ineiprimivel  —  indeclaravel 

—  inexplicável. 

INDÓCIL,  indisciplinavel  —  incorrigível  — 
Indomável,  indómito  —  opiniático. 

iNDOciLiDADB,  incorrigibilidado  —  obsti- 
nação —  resistência. 

ÍNDOLE,  caracter,  genio  —  condiçSo,  na- 
tural —  inclinaç&o,  propensSo  —  tempe- 
ramento. 

INDOLÊNCIA,  apalhia,  impassibilidade  — 
incúria,  inércia  —  indiíTerença  —  delei- 
xo,  desmazelo  —  preguiça. 

IMDOLBNTE,  inseusível  —  indiíTerente  — 
deleií&do,  descuidado,  negligente. 

INDOMADO  OU  Ifidomito,  fogoso  —  incor- 
rigível, indócil  —  obstinado,  testo  —  in- 
▼encivel. 

iNDONTO  ou  Indocto,  imperito  —  ignaro, 
ignorante. 

INDUBITÁVEL,  evidente,  inconquístavel -~ 
infallivel,  manifesto  —   certo,  seguro, 

iNDucçio,  induzimento,  ínstigaçào  —  per- 
SuaçSo  —  enumeração, 

IRDUCTO,  induzido  —   introduzido. 

INDULGÊNCIA,  graça,  indulto,  perdão  — 
jubileu  —  bondade,  doçura  —  clemên- 
cia. 

INDULGENTE,  bom,  brando,  doce,  buma- 
no  —  clemente  —  modensdo,  passsculpas. 

INDULTAR,  livrar,  salvar  —  perdoar  — 
eiemptar. 

INDULTO,  graça  —  perdão,  remissão  — 
foro,  privilegio  —   favor. 

INCUSTRIA,  arte  —  destreza,  habilidade 

—  diligencia  —  ardil,  artificio,  traça  —  agu- 
deza. 

INDUSTRIAR ,  adestrar ,  amestrar ,  ensi- 
nar. 

INDUSTRIOSO,  destro,    haljil,    industrioso 

—  ingenhoso,  intelligente. 
iNDUSiDOR,    instigador. 
iNDUzisiENTO,  inducção  —  instigsçSo,  per- 

suação. 

INDUZIR,  aconselhar  —  incitar,  instigar 
i —  introduzir  —  trazer  —  causar. 

INEBRIAR,  embebedar,  emb-iagar. 

JNKDiA,  abstinência,  dieta. 

VOL.    lY. 


iNEFFAVBL  OU  IneffahU,,  indfzivel,  ine- 
narrável, inexplicável,  incompreljen^ivcl. 

m^FFiCACU,  insuíTiciencia  —  fraqueza, 
impotência  — inutilidade. 

iNEFFiCAz,  insuíRcicnte  —  impotente  — 
inuiil. 

iisELUCTAv  L ,  invensivel  —  inevitável. 

INÉPCIA,  fatuidade  —  imbeciUidade  — • 
parvoíce,  pequice,  sandice,  tolice. 

INEPTIDÃO,  incapacidade,    inhabilidade. 

INEPTO,  incapaz,  inhabil— absurdo,  tolo— 
desmazelado,  inerte. 

INÉRCIA,  deleixo  —  ignavia  —  indolência 

—  inacção. 
INERME,  desarmado. 
ineRrante,  fixo,  immobil. 

INERTE,  ignavo  —  frouxo  —  cobarde, 
pussillanime  —  lento,  tardo  —  languido, 
raoUe  —  ocioso,   preguiçoso. 

INESGOTÁVEL,  ínexhaurivel,  ínexhausto  — 
incansável. 

INESPERADO  OU  Inspôrado,  impensado,  im« 
previsto  —  inopinado,  repentino,    subido. 

INESTIMÁVEL  OU  InestimobH,  inapreciá- 
vel, incalculável  —  impagável. 

INEVITÁVEL,  indospensavel,  necessário. 

INEXCRUTAVEL,  incomprehensivel,  impe- 
netrável, inscrutavel  —  mysterirso,  profun- 
do, 

iNKxcusAVEL,  índesculpavcl  —  imperdoa- 

NCl. 

iNFxnAURiVEL,  inesgotavel,"  ínexhausto. 

ínexhausto,  ínexhaurivel  —  inseccavel  — 
infindo. 

INEXORÁVEL  OU  IncxorabUt  implacável, 
inflexível  —  duro.  insensível  —  indócil,  in- 
domável, indómito  —  rígido,  rigoroso,  se- 
vero. 

INEXPERTO,  inexperiente  —  aprendiz  — 
bisonho,  leigo,  novato  —  ignorante  —  inep- 
to 

iNEXPiAVEi^,  imperdoável,  irremissível. 
"  INEXPLICÁVEL,    indizível,   ineífavel  —  es- 
curo. 

INEXPRIMÍVEL,  indizível  —  inarticulavel. 

INEXPUGNÁVEL  OU  IncxpugnabU,  incon» 
trastavel,   insuperável,  invencível  —  invicto 

—  constante  —  firme. 

INEXTINGUÍVEL  OU  InextinguihU,  inextin- 
cto  —  íaexgotavel.  inexhausto  —  immenso, 
infinito  —  continuo,  perenne,  perpetuo. 

iNEXTRiCAVítL  OU  InextricãbH,  indesata- 
vel  —  indesembaraçavel  —  inexplicável,  obs- 
curo. 

iNFALLiviL  ,    c^vrto  —  mauifesto  ,  patente 

—  demonstrativo  ,    evidente  —  indubitável, 
seguro  —  claro,  palpável. 

INFAMADO,  difl"amado  —  infame  —  macu- 
lado —  desacreditado. 

INFAMAR,  diflamar  —  desacreditar  —  des- 
hourar  —  ca!umniar^—  cr.anchnr. 

Í4ÍJ 


990 


IISP 


INF 


TNFidMAR-sE  ,  desacreditar- se — cleslaon- 
rar-se. 

iNFAMí^TORío,  diíT/imatorío,  infamante. 

iiíFAMEf  desacreditado  —  ignomiaiuso  — 
Ml. 

INFÂMIA,  injuria,  opprobrio  —  de?honra, 
viloia  —  descrédito  ,  desdouro  —  effronta  . 
JRnominia—  baixeza  —  labóo,  macula,  man- 
cha. 

JXPANCIA,  meninice,  puerícia  —  mantilhas 

—  berço  —  nascimento,   origem ,    principio 

—  singeleza. 

isFANTE  ou  ^ Ifante,  criança,  menino  — 
príncipe  —  peão. 

iríFATiGAVEL    ou   InfatigabU,  incansável 

—  fofte,  robusto. 

iNFATUAÇÃo,  preoccupaçâo — birra,  per- 
tinácia. 

infatuado,  desvanacido,  presumido,  pre- 
sumpçoso. 

INFATUAR,  encísqnetar,  preoccupar. 

INFAUSTO,  desgraçado,  infeliz  —  aziago  , 
funesto,  negreg«do 

JNifECçÃo,  contagio  —  corrupção,  podri- 
dão —  futido. 

INFECTAR,  corromper,  inficionar. 

ipiFKCTo  ,  corrupio,  infiinonado  —  fedo- 
rento, fétido  —  pudre,  pútrido. 

iisFFCUNDinAoR,  esterilidade. 

iNFKCUNno,  estéril  —  siíbventaneo,  trido. 

i>Feijcii)A[)R;,  desditi,  df's«r«çfli,  desven- 
tura,   infortúnio  —  adversidade  —  accidente 

—  calaioiiade. 

iNFELíZ.  Inffílice  ou  Infelix,  desditoso, 
desgraçado  —  d<*sventurado,  raalaveaturado 

—  miserável,  misero,  misérrimo  —  triste  — 
f^ílal,  inf«usto,  sinistro  —  adverso  —  medío- 
cre —  raáu. 

jfíFWSo,  contrario,  inimigo  —  adversário, 
oppo^to  —  emulo. 

iNFfCRENCiA,  conclusão,  consequência,  de- 
du'ÇP0,  dla(,ão. 

•^  jiNFKKiOR  ,  súbdito  —  menor  —  desigual , 
somenos. 

INFERIR,  cclligir,  concluir,  deduzir,  jul- 
gar. 

iiSFERNAT,,  averbai,  tartareo,  tenareo. 

JNFKhNAR-sK,  desesperar-.se  —  aílligir-se. 

]^FEH^KJRA,  bulha,  confusão,  iufemali- 
dade,  inftíjno. 

)NFERNO,  Averno.  Baralhro.  Cocyto,  Ere- 
bo.  Kstyge,  rhbKetoiite  profundo — ge- 
bena  —  bulha,  motim,  ruído. 

jwFF.Ro,  baixo,  infenòr. 

3NFKRTIL,  estéril,   infecundo  —  inútil. 

INFERTILIDADE,  esterilidade,  inftcuudida- 
de. 

JKFKSTAR,  devastar,  talar  —  pilhar,  rou- 
bar -  |.r^•jlIui<;nr. 

i^Fi-sTo,  nocivo,  pernicioso  —  coEtr&rio, 
inim/yo. 


IS FicioiíADo,  maligno  —  corrupto  —  con- 
tagioso, pestífero,  ptslilente  —  mortífero  -rj 
*  viciado  —  damnoso. 

iNFíCioKAR,  empestar,  infectar  — corrom- 
per, depravar  —  manchar,  sujar. 

lis  FIDELIDADE  OU  Infiddaáe  ^  çlcivosía , 
perfidia,  traição  —  deslealdade,  falsa  f0  r^ 
cilada  —  idolatria,  gentilismo,  paguuismp. 

INFIDO,  desleal,  iníiel.  pérfido. 

INFIEL,    infido,  pérfido  —  desleal,  traidor 

—  aleivoso,  falso  —  inimigo  —  dtdoso,  fal- 
laz,  fementido,  fraudulento  —  enganador, 
enganoso,  fingido,  simulado  —  embusteiro, 
mentiroso  —  insidioso  —  («■)  gentio,  idola- 
tra, p*gão. 

ínfimo,  baixo  —  ultimo  —  inferior  —  des- 
prezível, vil  —  abatido. 

INFINIDADE,  immensidade  —  multidão. 

'^FlISlTo  ou  Inundo,  illimitado,  immen- 
so ,  interminável  —  immensuravei  —  innu- 
meravel  —  excellente. 

iNFiNTO,  dissimulado,  fingido. 

i^FittMAR,  enfraquecer  —  annullar,  inva- 
lidar. 

jNFLACçÃo  ou  Inflação,  inchação  —  or- 
gulho, soberba. 

INFLADO,  inchado,  túmido  —  altivo,  ar- 
rogante, soberbo  —  orgulhoso,  ufano  —  im- 
periíiáo. 

iNFLA?iaAçÃo,  ardor,  incendimenlo  —  ca- 
lor—  escandescencia  -  rubor. 

iNFLAMMAUo,    abrasado,    acceso,  ardente 

—  estimulado,  incitado,  instigado,  movido, 
provocado. 

í^FLAMMAR,  abrasar,  iacender  —  estimu- 
lar, instigar. 

iNFL.^MitfATORio,  ardente,  calidlssimo,  cá- 
lido.   ' 

INFLEXIBILIDADE,  coustancia,  firmezR  — 
obstinação  —  rigidez,  severidade. 

i.NELEXivEL  ou  InflexíbH,  firme,  immu- 
davel  —  ferrenho,  obsiinado,  pertinaz  —  ir- 
reduzivel. 

INFLUENCIA  ou  Influição,  ascendência,  in- 
fluxo —  operação. 

iSFLUiK,  actuar,  concorrer,  cooperar,  ope- 
rar —  inspirar. 

iSFLUXo,  inlluencia,  influição  —  enchen- 
te, esto,  maré. 

INFORMAÇÃO,  averiguação,  busca,  inqui- 
rição —  direcção,  irisirueçào. 

INFORMAR,  devassar  —  [a.]  advertir,  ins- 
truir. 

IN  FORMAR- sa,  instruir-se,  inteirar-so  — 
inquirir. 

l^F0RaE,  informação  —  [adj-]  imperfeito, 
rude,  tosco. 

iNFoiuuíJio,  adversidade,  desgraça  —  ca- 
Ianiidrtde—ma|es  — desdita,  desveniurpi,  ia- 
fejjcid.dô  —  misérias  -  treb-nlbos. 

i.*;faa^  abaixo^  <8Ítbstixof,  parai  baixa. 


m 


INS 


8.91 


iTSFRiTíGih,  cohtravir,  quebrantar,  traos- 
grnlir,  violar  —  cnfrnquecer. 

iNFRtJCTii't:no,  esterli,  infrilôtuo^o. 

iNFRUCTuoso,  eslo.ril,  infructifero  —  bal- 
dão, itleAicàz,  inútil. 

iM'UNi}iÇA,  birrela,  liiivia. 

iNFONDiá,  embeber,  ensopar,  molhar  — 
ins  ;irar. 

j^FusA,  bilha,  qiinrta. 

j^jíLisó,  itíFuildiao  —  introduzido. 

inGemto,  coiinalUrál,  inhato. 

iNGENtÊ,  enrrmft,   f^ráride,  grandíssimo. 

i>gkislidadk,  boudadift,  candura  —  cha- 
ne:!,  singeleza  —  inieireia,  sinceridade. 

iíngenuo,  cândido,  sincero,  singelo  —  in- 
no:ènie,  simples. 

INGERIR  SK,  intervir,  introduzir-se,  intro- 
jHe  ipr  sé,  metter-se. 

INGRATIDÃO,  desagrjf.decioiento,  ingrati- 
tude  —  desconhecimçn'.o. 

j>GRATo,  desagradecido  — desconhecido. 

iNGRBME,  alto,  emj;jinadD  —  alcantilado. 

INGRESSO,  entrada^ 

n  H 1  BI  I. ,  inepto '—  ignorante  —  incapaz , 
insuíTiciente. 

jNBABii  lOAbE,  7.nc8paoidade  —  ineptidão. 
"ítíhabitado,  deserto,  deshabitado,  despo- 
voado, ermo,  solitário. 

iNiiÉRENciA  ,  connexão  ,  dependência  — 
juncçào,  uniSo- 

iNHKRRNTE,  ligado,  unído. 
^  neiBiçÃo,  impedimetíto  —  defensa,  pro- 
híbtção. 

iNHiBiR,  prohibir,  vedar — impedir. 

iNuoNKSTO,  desbonesto. 

inhumamdaDe,  crufildade,  crueza,  des- 
humanidade  —  desabrimènto,  rigor. 

inhumano,  bárbaro,  crnel,  deshuraano, 
feroz  — brutal,  duro  —  implacável,  inexo- 
rável —  insensivel,  rigoroso. 

iMciAB,  começar,  principiar  —  admiitír, 
ass)ciar  —  instruir  —  introduzir —  receber. 

i>iciO,  compço,  principio. 

iTímiciciA,  inimizade 

iMMiso  ou  Imigo,  adversário,  contrario 
—  adverso,  opposto  —  antagonista  —  o  dia- 
bo. 

INIMITÁVEL,  incomparável  —  admirável , 
maravilhoso. 

immizade  ou  Inimísade,  aversão,  imiza- 
de,  ódio  —  contrariedade,  opposição  —  dis- 
córdia, dissensão. 

ii^iXiELi  iGi^EL,  confuso,  embaraçado  — 
incomprehensivel  —  incrivel, 

INIQUIDADE,  culpa,  peccado  —  cricae  — 
vicio  —  iniquicia  —  maldade  —  injustiça. 
jWiQuo,  inifio,  injusto  —  maÀevolo,  máu. 
i.^JUBiX  ,  affronta  ,  convicio  —  aggravo, 
contumeiia  —  desprezo  —  deshonra  —  ca- 
hrrania  — ignominia  ,  ififamia,  vitupério^— 
iaiproperio,  oppíobrlo. 


iNjuRiADOR  ou  Injuriaute,  calumniador 

—  iníamador. 

INJURIAR,  infamar —  deshonrar  —  impro- 
perar ,  vituperar  —  aífiontar  ,  aggravar  — 
calumniar  —  des  >rez.jr. 

iNjuhiaso,  affrontoso,  contumelioso  —  in- 
sullanle,.  ultrajante  —  iniquo. 

INJUSTIÇA,  somjdstiçà  —  iniquidade —  ty- 
rannia  —  vexação  —  desaforo. 

INJUSTO,  iniquo,  mdu  —  desarrazoado. 

innato,  ingenito,   n.Uural. 

iNNOCRNCiA,  inteireza,  pureza — candu- 
ra, fcimplicidade,  singeleza. 

I^NOCFNTs.  criaiiça.  menino  —  {adj  )bom 

—  cândido  ,   singelo  —  inculpável,   insonto 

—  idiota,  ignorante. 

iNNOVAÇÃo,  mudança,  novidade  —  muta- 
ção. 

innovar,  mudar,  variar —  desarranjar  — 
concertar,  reparar. 

innumeravel  ou  ínnumerabil  ^  innume- 
roso  —  immenso,  infinito,  prodigioso. 

iN^íUPTo,  não  casado    soltein. 

iNoBEDiESCiA,  desobedieniia. 

iNoPFicioso,  descomplacenttí  —  ineífieaz, 
inútil. 

iNopiA,  indigência,  penúria,  pobreza  — 
mingoi. 

INOPINADO,  repentino,  súbito  —  impensa- 
do, inesperado. 

INQUIETAÇÃO,  agitação,  dessncego,  per- 
turbação —  sobresalto  —  sedição  —  motim 

—  anciã,    pena  —  cuidado,   tristeza  —  mal. 
INQUIETAR,  dòssocegar,  perturbar  —  an- 

nojar,  attribular. 

iNQuiBTo.  desassocegado— azougado.  bu- 
liçoso, traquinas  —  cuidadoso,  pensativo  — 
ancioso  —  alterado,  perturbado  —  amolina- 
dor,  perturbador,  turbulento  —  revoltoso, 
sedicioso,  tumultuoso  —  seductor. 

INQUINAR    manchar,  polluir,  sujar. 

INQUIRIÇÃO,  averiguação,  especulação, 
exame,  indagação,  informação,  pesquiza. 

ijíQUiRiDOR,  indagador. 

INQUIRIR,  especular,  indagar,  perguntar, 
pesquizar. 

íNsaciavel,  esfaimado,  famélico,  famu- 
lento  —  devorador  —  ávido,    cubiçoso. 

INSALUBRE  ,  docntio ,  ÍQsaluliftíro ,  mal 
são. 

INSANÁVEL  OU  lusanabU,  incurável  —  ir- 
remidiavel  —  insupprivBl. 

INSÂNIA,  demência,  doudice,  loucura  — 
fatuidade  —  estultícia  —  desvario,  Iresva- 
rio  —  delírio,  desatino  —fúria,  phrenesi. 

iKSANO,  estulto  —  faluo  —  dementr).  dou- 
do, louco  —  delirante  —  furioso,  ptireno- 
tico  —  desatinado,   tresvariado. 

INSATURAVKL,    ÍnS?íCÍAVel. 

ii<sciHNciA,   ignorância,  imperícia. 
iMscUiMB,  ignorante,  itcpeiilo. 
2  8  <, 


mt 


lU 


m 


inscripçao,  leltra,  lettreiro  —  Ululo. 

iRscaiPTO,  exarado,  gravado. 

i?«scuLPiR,  exarar,  gravar. 

iNSECAVEL  ou  Itiseccavel,  inesgoiavel,  inex- 
liaurivol. 

INSECTO,  bichinho  —  borboleta,  formi- 
ga, mosca,  etc. 

INSENSATEZ,  demeucia,  iusania,  loucu- 
ra. 

INSENSATO,  demente,  insano,  louco  — 
basbaque  —  inseusivel. 

INSENSIBILIDADE,  spalMa,  impassibilidade 

—  constância,   íirmeza. 

1NS2NS1VEL  ou  ItisensibU,  imperceptível, 
iiivisivel  —  constante,  estóico,  firma  —  in- 
dolente. 

ii^separavel,  indissolúvel,  indivisível. 

iJirEHia,  intercalar,  introduzir,  metter. 

i.NSERTO,  inxerido,  meltido. 

"^  iNsiPioADE.  ignorância,  insapiencia. 

INSIDIA,  cilada,  traição. 

INSIDIAR,  atraiçoar. 

INSIDIOSO,  atraiçoado,  capcioso,  doloso, 
fraudulento  —  sophisíico  —  embusteiro,  en- 
ganador. 

INSIGNE,  illuslre,  nobre  —  notável,  sin- 
gular —  abalizado,  dislmcto  —  famoso,  Ín- 
clito —  tvanlajsdo. 

l^SIGRIA ,  modalba  —  divisa,  signal  — 
bandeira  —  {pi.)  armas  —  timbres  —  em- 
presas, brasão. 

1^'sínuaçâo  ,  admoestação  ,  advertência, 
aviso,  conselho  —  apontamento. 

INSINUAR,  induzir,  persuadir  —  admoes- 
tar, exhortar  —  incitar,  instigar  —  regis- 
tar. 

iNSiNUAR-SB,  introduzir-se  —  installar- 
se. 

iNsipiD&z,  semsaboria. 

INSÍPIDO,  dessaborido,  dessaboroso,  easos- 
80,  sem  sabor,  sem  sal  —  imprudente  — 
parvo  —  desengraçado  —  desgostoso 

INSIPIÊNCIA,  imprudência,  inconsideração 

—  ignorância,  *  insibidade. 
INSIPIENTE,  imprudente  —  ignorante,  nés- 
cio. 

INSISTIU,  continuar,  proseguir  —  perse- 
verar, persistir  —  teimar. 

INSOCIÁVEL  ou  InscciabU,  enfadonho,  in- 
coramodo  —  caprichoso,  extravagante  — 
arisco. 

iNsoFFRiDO  ou  InsofridOf  impaciente,  mal 
soíTrido. 

iNsoFFRivEL  OU  lusofrivelf  inaturavel,  in- 
supportavel,  intolerável. 

insolb:^cia,  arrogância  —  atrevimento, 
desaforo  —  desavergonb  amento. 

INSOLENTE,  desiforado,  petulante  —  alti- 
vo -—  atrevido,  audaz,  ousado  —  arrogan- 
te, suberbo  ^  inpudtnte,  prolervo,  desu* 
Sado. 


iNSOLiDO ,   inteiramente,    por   inteiro  — 
[adj.)  ouço,  vão. 

INSÓLITO,  desacostumado,  desusado,  ex- 
traordinário, insueto,  novo. 

INSOLÚVEL,  indesatavel ,  indissolúvel  — 
inresolvivel. 

iNSOJffNíA  OU  Insomnolencia,  vigília. 

JNSONTE,  descriminoso,  innocente. 

iNáPECçÃo,  attenção  ,  cuidado  —  vigiu, 
vigilância  —  exeme,  observação  —  espe- 
culação —  visita  —  vista. 

INSPECTOR,  registador,  veriflcador  —  exa- 
minador, observador. 

INSPIRAÇÃO,  illustração,  toque,  sentimen» , 
to  —  instincto  — pausa. 

INSPIRAR,  iliustrar  —  infundir,  insinuar, , 
suggerir  —  excitar,  incitar. 

INSTABILIDADE,  iucerteza  — inconstância, 

—  mobilidade,  impermanencia  —  varieda- 
de. > 

INSTANCIA,  rogo,  solli  ílação,  supp/ica  — 
poifia  —  coarctada. 
INSTANTÂNEO,  momentanco. 
INSTANTE,  momento  —   (cií/J.)  aflincado 

—  eííicaz,  vehemente  —  urgente, 
INSTAR,  apertar,  insistir  —   sollicitar. 
INSTÁVEL  ou  luslabil,  impermanente,  mu- 
dável —  inconstante,   vario. 

INSTAURAR,  pefazep,  renovar —  reformar 

—  reedificar,  reparar  —  restabílecer. 
INSTIGAÇÃO,  aiiçamento,  incitação  —  ia-  ' 

duzimento,  suggestão  —  concelho  —  per- 
suação. 

iNSTi&AR,  animar — atiçar,  incitar  —  in-i ' 
flammar  —  aconselhar  —  induzir. 

INSTINCTO,  conhecimento,  sagacidade  — 
iaspirôção  —  presentimento. 

iNSTfiuçÃo,    estabelecimento,   fundação' 

—  educação  —  {pi.)  preceitos,  regras. 
INSTITUIDOR,  fundador. 

INSTITUIR,  estabelecer,  fundar  —  decla- 
rar, nomear  —  educar,  instruir. 

INSTITUTO,  designio,  intento  —  assum- 
pto, sujeito  —  lei,  ordem,  regra  —  obser- 
vância. 

iNSTRucçÃo,  doctrina,  ensino  ~  informa- 
ção —  documento  —  apontamento,  regi- 
mento. 

iNSTRUCTivo,  doutrinal  —  srienlifico. 

iNSTRUCTO  ou  Instruído,  ensinado,  indus- 
triado —  douto,  sábio  —  erudito  —  pe- 
rito. 

INSIRUCTOR  ou  Instruidor,  aio  —  mes- 
tre —  ensinador. 

INSTRUCTURA  ,  Bslfuctura  —  disposiçSo, 
ordem  —  traça  —  construcçSo,  edifica- 
ção. 

INSTRUIR,  adestrar,  amestrar,  ensinar  — 
adviítir. 

INSTRUMENTO,  ferramenta  —   acla,  auto 

—  t'X]ed:etíl»í  meio,  via. 


INT 


INT 


993 


INSUA  OU  Insula,  ilha,  ilhote. 

msuAVE,  áspero,  duro  —  desagradável. 

INSUETO,  desusado,  insólito. 

iNsuFFiciENCiA,  incapacidade,  ínhabilida- 
de. 

iNSUFFiciENTB,  não  bastauto  —  ignoran- 
te, inepto,  inhabil. 

JNSUFFLAR,  soprar,   ventilar  —  bafejar. 

INSULANO,  ilheo,  isleno. 

INSULSO,  desenxabido,  dessat)orido,  insí- 
pido —  desengraçado,  injuriado. 

INSULTAR,  atrrontar,  injuriar,  ultrajar. 

INSULTO ,  affronta,  conlumelia,  injuria, 
ultraje. 

INSULTUOSO,  insolente. 

INSUPERÁVEL,   inexpugnavel,    invencível. 

iNsuppoRTAVEL,  insoffrivel,  intolerável  — 
aborrivel  —  incommodo. 

i^suRDECENCiA,  surdeza. 

Iasustar,   inspirar. 

INSUSTENTÁVEL,  ludcfensavel  — '  intolerá- 
vel. 

intacto,   illeso  —  illibado  —  casto. 

INTEGRIDADE,  ínleíreza,  probidade,  recti- 
dão. 

INTEGRO,  inteiro,  justo,  recto. 

INTEIRAMENTE,  complcta,  totalmente  — 
perfeitamente. 

INTEIRAR,  acabar,  completar  —  informar, 
instruir. 

INTEIREZA,  integridade  —  rigor,  severi- 
dade —  probidade. 

INIEIRO,  completo  —  perfeito  —  integro 

—  innocento  —  incorrupto  —   intrépido. 
iNTELLKCçÃo,  iutelligencia,  intendimen- 

to. 

iNTELLKCTUAL,  espifilual  —  ÍQtellectivel, 
intellectivo. 

iNTELLiGENCTA,  inteudímento ,  juizo  — 
comprehensão,  penetração  —  conhecimen- 
to —  capacidade,  ingenho  —  amizade,  paz, 
união  —  correspondência. 

iNTELLiGENTE,   douto,  scíente  —  perito 

—  intendido,  judicioso  —  hábil,  industrio- 
so — ^.prudente. 

iNTELLiGiviiL,  claro,   perceptível. 

INTEMPERANÇA,  excesso,  intemperamQU- 
to  —  incontinência  —  glotonia,  voracida- 
de. 

iNTEMPERANTE,  intemporado  —  desregra- 
do, excessivo. 

INTEMPÉRIE,  destempefança,  intempera- 
monto. 

)NtímpeStivo,  anticipado,  posterior. 

INTENÇÃO,  desenho,  disignio,  fim,  inten- 
to,  tenção. 

iNTEKCiONADO,  aíTecto,    disposto. 

1NTERSÃ0  ou  Intensidade,  actividade,  ar- 
dor —  força  —  grandeza  —  vivacidade. 

INTENSO,  activo,  ardente  —  extenso  — - 
fcTle  —  grande  —  vivo. 

YOL    IV. 


INTENTAR,  cuidar,  meditar  —  pretender, 
projectar  —  principiar.  ^) 

INTENTO,  desígnio,  intenção,  projecto  — 
alvo,  fim,  mira  —  [adj.)  applicado,  attento. 

INTERCADENCIA,  íutcrrupção  —  desfalleci- 
mento. 

TNTERCADSNTE,  dcscontinuado,  interrom- 
pido. 

INTERCALAR,  eutrcmcar,  interpor — inse- 
rir. 

INTERCESSÃO,  intorvenção,  mediação,  ro- 
go, supplica. 

INTERCESSOR,  mediador,  medianeiro,  me- 
diatario,  padrinho,  patrono,  protector,  ter- 
ceiro, valedor. 

iNTERDiCTO  ou  Interdito,  prohibido  —  to- 
lhido —  attonito,  estupefacto  —  espanta- 
do —  turbado  —  horrorisado. 

INTERDIZER,  probibir,  vedar  —  impedia, 
suspender  —  perturbar. 

INTERESSAR,  ganhar,  lucrar  —  utilizar. 

INTERESSE,  lucro,  proveíto,  utilidade  — 
conveniência,  partida. 

INTERESSEIRO,  egoista  —  avaro. 

iNTERiçADO,  aterecido,  aterido,  entangui- 
do,  teso. 

iNTERiçAR-SE,  arripiar-se. 

ÍNTERIM,  comenos,  entretanto. 

iNTERSiiNAVEL,  etcrno,    infinito. 

iNiERMissÃo,  descontinuação,  interrupção. 

iNTERMiTTENCiA ,  desconlinuação,  perada 
—  intervallo. 

intermitteNte,  descontinuado. 

iNTiRMiTTiR,  ccssar,  descontiuuar,  sus- 
pender. 

internar-se,  entranhar-se,  penetrar  — 
metter-se  —  aprofundar. 

INTERNO,  interior,  intimo,  intrínseco. 

INTERPOLAÇÃO,  descoutinuação,  intermis- 
são,   interrupção,  parada. 

INTERPOLAR,  descontínuar,  interromper, 
suspendender  —  entremeiar. 

iNTEBPOR,  entremetter,  inserir —  empre- 
gar. 

INTERPOSIÇÃO,  entrepoímento  —  interven- 
ção, mediação. 

iNTERPRENDER,  acommetter  —  sobresal» 
tar,  surprender  —  emprehender. 

INTERPRETAÇÃO ,  traduccão,  trasladação, 
versão  —  explicação,  exposição  —  commen- 
to,  glõssa. 

iNTERPRíTAR,  traduzír,  verter,  commen- 
tar,  explanar,  expor  —  decifrar,  declarar» 
explicar. 

INTERPRETATIVO,  declâratívo,  explicativo. 

iNTERi'RET8  OU  Interpretador  %  faraute  , 
jurubaço,  língua,  trucheman  — -  commen- 
tario,  es-coliaste,  expositor,  glossador  —  tra* 
ductor. 

INTEUPREZA  ou  IntrepTcsa,  empresa  **• 
surpreOT. 

149 


994 


IJST 


INTERROGAÇÃO,  pergunta  —  informe,  in- 
quirição  —  interrogatório. 

INTERROGAR ,  perguular,  questionar  — 
informar-se. 

INTERROMPER,  atalhar,  suspender  —  es- 
torvar, impedir  —  cortar. 

interroto,   desordenado,  desunido. 

INTERRUPÇÃO,  cessão,  descontinuarão  — 
intermissão,   interpolação. 

interrupto,  interrompido  —  desconti- 
nuado, interpolado. 

iNTERVALLAR,  ospaçar. 

iNTERVALLO,  distancia, .  espaço  —  delon- 
ga, demora. 

INTERVENÇÃO  ,  adherencia ,  intercessão , 
mediação. 

INTERVENTOR,  mediador,  medianeiro. 

INTERVIR,  entremetter-se,  entrepor-se  — 
sobrevir. 

INTESTINO,  domestico  —  interior,  interi- 
no—(s.  pi.)    entranhas,  tripas,  visceras. 

INTIMAÇÃO,  assigoação,  citação,  mandado. 

INTIMAMENTE,  entranhavel,  internamente. 

INTIMAR,  declarar,  significar  —  represem- 
tar  —  inculcar  —  citar,  notificar,  ordenar. 

iMTiMiDAÇÂO,  ameaço  —  amedrontamen- 
to. 

INTIMIDAR  »  amedrontar ,  assustar ,  ati" 
midar. 

INUMO,  imo,  interno,  intrínseco  —  par- 
ticular, secreto  — (s.)  âmago,  centro. 

iNTiTULAÇÃô  ou  Intitulametiio,  titulo. 

INTITULAR,  chamar,  denominar,  nomear. 

INTOLERÂNCIA,  impaciencía. 

INTOLERANTE,  impaciente,  insofffido. 

INTOLERÁVEL,    iusoífrivel ,  iusupportavel 

—  desmedido. 

iNTRANCiA ,  entrada,  ingresso  —  princi- 
pio. 

INTRATÁVEL  OU  IntvactateU  desabrido, 
desconversavel  —  áspero  --  alcantilado  — 
impenetrável. 

INTREPIDEZ  ou  lutrepideza,  bravura,  au- 
dácia, coração,  denodo,  hardimento,  ousa- 
dia, valor  —  desenvoltura,  despejo, 

INTRÉPIDO,  afouto,  audaz  —  destomido, 
impávido  — imperturbável. 

mTRiNCvDo,     emmâranhâdo,     enredado 

—  embaraçado,,  enleado  —  confuso  — 
cego. 

INTRIGA,  artificio,  enrodô  —  ifisidia  —  ca- 
bala —  conspiração  — -esíratageitia  — machi- 
naç&o. 

INTRIGANTE,  eutremettido  —  s-rdiloso,  as- 
tuto -—  insidiador  ,  insidioso  —  i  tjachinador 

—  embrulhador,  ehredador. 

•■  liVTRiGAR,  embaraçar,  embrulhar,  enre- 
dar, intrincar  —  machinar,  tram  ar  —  tíie- 
xericsr. 

INTRÍNSECO,  imo,  interior,  intii  uo  —  in- 
testino. 


INV 

intríscado,  enredado,  intrincado,  trava- 
do. 

introducção,  cabimento,  entrada  —  proe- 
mio  —  exórdio  —  prefacio,  prologo  —  prin- 
cipio. 

INTRODUZIR,  cravar,  embeber,  meter  — 
inserir  —  insinuar,  iotrohir. 

intrOito,  cocoeço,  principio. 

INTUITO,  alvo,  fim  —  consideração. 

iNTUMECENCiA  OU  Intumcscmcia,  incha- 
ção. 

iNTUMfiCER-SE,  iuchar  se  —  ensuberbecôf* 
se  —  empolar-se. 

iNiURvAR,  turvar. 

INUNDAÇÃO,  alagamento,  diluvio  —  cheia, 
torrente  —  multidão. 

INUNDAR,  alagar,  submergir  ^  eniameaf 

—  [n.)  derramar-se  —  trasbordar. 
INUSITADO,  desusado. 

INÚTIL,  desnecessário  —  baldo ,  frivolo, 
vâo. 

INVADIR,  acommetter ,  investir  —  usur- 
par. 

invalescer  ,  estabelecer-se  —  confirmar- 
se  —  avigorarse. 

ínvalidade,  inefiíicacidade,  nuUidade. 

INVALIDAR,  abrogar,  annullar,  cassar. 

INVALIDO  ,  estropeado  —  ferido  —  fraCô  , 
languido  —  enformo  —  illegal,  illegititno  — 
insubsistente,  nullo. 

INVARIÁVEL,  ímmudavel,  inalterável,  per- 
manente -^  constante,  firme  —  irrevocável. 
^  INVASÃO,  incursão,  irrupção  —  acommet- 
timenlo. 

iNVASoRf  acommettidor  —  usurpador. 

INVECTIVA,  declamação  —  reprehensão  "^ 
satyra. 

INVEJA,  desejo  —cubica  —  ciúme  —  emu- 
lação. 

INVEJADO,  desejado  —  aborrecido  —  des- 
approvado. 

INVEJAR,  appetecer,  cubicar,  desejar. 

INVEJOSO,  iniido— odioso. 

INVENÇÃO,  invento  —  artificio,  astúcia,  su- 
btileza —  ficção  —  arte,  traça  —  habilidade 

—  {pi.)  extravagâncias,  singularidades. 
isvaNCioNEiRo,  caprichoso  —  aífectado, 

requebrado. 

iNVEKCiVEL,  inexpugnável,  insuperável  — 
incoalraslaveL 

IKVEKTAR,  crear,  produzir  —  fingir,  ima- 
ginar — -  achar,  descoi)f ír  —  excogilar. 

Inventiva,  invento. 

INVENTIVO,  ingenhoso  —  imaginativo. 

ikvento,  alvitre,  invenção  —  achado,  des- 
coberta —  artificio  —  arte,  traça. 

INVERNADA  OU  Ilínvemada  ,  cerrações  , 
chuveiros,  nevoeiros. 

j     INVERNO  OU  Uinverno,  frio,  geada,  ne- 
'  ves. 

iKvBRNOso  ou  Ilimcmosõ,  brumsl,  hi- 


IRO 

berno.   I.eiaal,  binvernal  —  horrível,  máu 
(tempo). 

iNVKRosiMiL,  improvável.  nSo  verosímil. 

INVERTER,  mudar,  transpor. 

mvESTiDA,  acommcltimeiít ),    arremetlida 

—  flssalio  —  choque  —  ataque  —  irrupçio  — 
zombaria. 

INVESTIGAÇÃO,  busca,  indagação,  pesqui- 
za. 

INVESTIGADOR,  esquadrinhadoF,  inquiri- 
dor, pesquizador. 

INVESTIGAR ,  buscar,  esquadrinhar,  in- 
dagar, inquirir,  procurar  —  explorar  —  ras- 
tejar, especular. 

INVESTIR,  accmmetter,  arremetter,  atacar 

—  motejar  —  empossar. 

INVETERADO,  arraígado  —  antigo,  enve- 
lhecido, velho. 

iNVETERAR-SE,  arraigar-se. 

INVICTO,  indomável,  invencivel. 

iNviDO,  cioso,  invejoso  —  odiento. 

iNvio,  desencaminhado. 

iNviOLADO,  inviolável  —  illeso,  intacto,  in- 
teiro —  immaculado,  limpo,  puro  —  incon- 
taminado,  incorrupto. 

INVIOLÁVEL,  respeitável ,  sagrado  —  im- 
noulavel,  permanente. 

invisível  ou  Invisibil,  imperceptível  — 
impenetravU,  occulto. 

iNviTAR,  convidar. 

in'Ite,  convite  —  batalha,  conflicto, 

iNviTO,  coacto,  constrangido,  forçado,  im 
pellido,  involuntirio,  obrigado,  violenta 
do. 

INVOCAR  ,  implorar ,  rrgar  —  sollicitar  , 
supplicar  —  chamar. 

INVOLUNTÁRIO,  coustrangido,  forçado,  in 
vilo,  obrigado. 

IR,  andar,  camiuh'ír  —  marchar  —  pas- 
sear —  mo ver-se  —continuar  —  aproximar  • 
se —  passar. 

iR-SB,  ausentar-se,  partir  —  fugir  —  mor- 
rer —  voher-se. 

IBA,  tolera,  furor,  iracundia,  raiva  — 
agastamento,  assanho. 

IRACUNDO,  agastrtdo,  colérico,  iroso. 

IRADO,    iracundo,    iroso — i;olerico,  irri 
tado  —  furioso,  sanhudo  —  bravo,  tormen- 
toso. 

IRAR-SE,  agastar  se,  encolerisar-se,  irri- 
tar-se. 

iRis,    arco  celeste,  arco  da  volha  —  fíôr. 

ihmaNar,  ajuntar,  unir — assimilhar  — 
emparelhar  —  confederar. 

IRMANDADE  ,  fraternidade  —  confraria  — 
liga. 

IRMÃO,  confrade  —  (nt(;.)  Jg"*!»  pftirecido, 
semelhante. 

IRONIA,  dicterio,  mofa,  motejo,  remoque 
sarcasmo,  zombaria. 

iRomco,  mofador,  molejador,  zumbador. 


ISC 


995 


IROSO,  colérico,  irado,  sanboso,  ganha- 
do. 

IRRA,  8 page  I  fora  ! 

IRRACIONAL  OU  írracionavel,  desarrazoa- 
do, iníquo,  injusto  —  insensato,  louco. 

iRTiECUPERAVEL,  irrí^paravel. 

iRRED(!z;vKL,  inflexível. 

iRREFRAGAVtL,  certo,  infallível,  irrecusá- 
vel, seguro. 

IRREGULAR,  defeituoso,  imperfeito  —  ano-  , 
maio. 

IRREGULAR,  defoituoso,  ímperfoíto  —  anó- 
malo. 

IRREGULARIDADE,  anomalÍA  —  defeito,  im- 
perfeição. 

IRRELIGIÃO,  atheismo,  impiedade  —  incre- 
dulidade, indevoção  —  profanação,  sacrilé- 
gio. 

IRRELIGIOSO ,  Ímpio  —  índovoto  —  sacrí- 
lego. 

IRREMEDIÁVEL,  dosesporado,  incurável. 

IRREMISSÍVEL,  imperdoavcl  —  inexpira- 
vel. 

IRREPARÁVEL,  iusanavel,  irremediável. 

iRREPREOENSivEL,  completo,  ôxacto,  per- 
feito, regular. 

iRREsoLuçÃo,  incerteza,  indeterminação, 
preplexidade  —  indeliberação,  suspensão  — 
duvida  —  fluctuação,  hesitação,  vacillação 
—  indiíTtirença  —  embaraço. 

iRRESOLUTO,  duvidoso,  hcsítante,  indeci- 
so, indeterminado,  preplexo  —  atado,  en- 
leiado. 

IRREVERÊNCIA,  desacíto,  desveneração  — 
desprezo  —  indecencía. 

iHREVERENCiAR,  desacataf  —  profanar  — 
menosprezar. 

iRREVERENTí,  iudeceute  —  desprezador  — 
desacatador. 

jRRKvocAvEL  OU  Irrcvogavel,  estável,  per- 
manente, perpetuo. 

iRttisÃo  ou /míão,  escarneo,  mofa,  zom- 
baria -  desprezo,  ludibrio. 

iRRisoR  ou  Irrizor,  escarnecedor,  mofa- 
dor, zombador. 

IRRITAÇÃO.  irrit'\ mento  —  agitação. 

IRRITAR,  ftbrogar,  annuUar  —  estimular, 
íncitHr  —  picar,  pungir  —  assanhar,  encan- 
zinar ,  exacerbar  —  indignar  —  etifadar  — 
impacientar  —  des?  fiar  ,  provocar  —  au- 
gmentar,  renovar. 

iKRiTATivo.  irritante. 

IRRITO,  irritado  —  nulo  —  frustrado. 

IRROGAR,  impor  —  trazer —^  causar. 

iKRUPÇÃo,  assaltada,  salto  —  invasão  — 
correria. 

isagoce  ,  elementos,  principios,  rudi- 
mentos- introducção. 

ISCA,  engodo  —  altraclivo  —  negaça. 

iscAr.  c<ivar — tocar  —  contaminar. 

ISENÇÃO  ou  Izcrít-ão,  dispenseção,  immu- 
241)  ^ 


996 


JEJ 


JOV 


nidade,  privilegio — independência,  isenli- 
dão  —  esquivança  —  livramento  —  superio- 
ridade. 

iSEHTAR,    dispensar,  eximir,  livrar,  pri- 
Tilegiar  —  exceptuar. 


ISENTO,  desobrigado,  franco,  livre  —  pri- 
vilegiado. 

ITEM,  de  mais,  também  —  [fl.)  alterca- 
ções —  recados  ~  respostas. 

ITERAR,  reiterar,  repetir. 

iTiRERARio,  roteiro. 


J 


.  u,  agora,  n'este  momento^  sem  demora, 

jaCa,  durião  —  bolsa. 

jACARiS  ou  Jacareo,  caímaa,  crocodilo. 

JACENIBS,  alfaques,  baixos,  bancos,  par- 
ceis. 

JACTÂNCIA,  altivez,  arrogância,  soberba 
—  vaidade ,  ufania  —  fausto  ,  ostentação , 
vangloria. 

jACTANCioso  ou  Jactante,  alabancioso, 
blasonador  —  vanglorioso  —  ufano. 

JACTAR-SE  ,  ostentar  —  desvanecer-se  — 
gloriar-se,  vangloriar-se  —  apregoar-se,  ga- 
Bar-se,  alardear,  blasonar. 

JACTO,  arremeço,  tiro  —  vez. 

JACTURÁ,  damno,   perda, 

jACULAçÃo,  tiro. 

jABz,  espécie,  género,  laia,  sorte  —  {pi) 
arreios. 

JAiDE  ou  Jalne,  amarello, 

jAtBco,  vestia — jaqueta, 

jalofo,  boçal,  rude  ^  bárbaro, 

J*MAis,  nunca. 

JAGARA,  balsa,  janga. 

JAQUETA,  casaqueta  —  opa,  roupSo,  ves- 
tia. 

JARDIM,  borto  —  borta  —  pomar,  vergel 
— -  tempe. 

JARRRTADO,  docopado  —  dorribado. 

jARREiAR,  cortar,  decepar  —  impossibili- 
tar. 

JAVALI  ou  Javalim,  porco  montez. 

*  JAZER  ou  Jouver,  estar  —  dormir. 

JAZIGO,  carneiro,  sepultura  —  enterro  — 
covil,  ninho,  toca — jazida  —  estancia. 

jEHOVA,  Deus. 

JEJUM,  abstinência,  inedia  —  dieta  — -  par- 
cimonia,  spkiedade. 


'  jERARciiiA  ou  Jerarquia^  classe,  gradua-» 
çlo,  ordem. 

jEROGLYPHico,  Hievoglyphico  ou  Gerogli'^ 
fico,  figura,  imagem,  retrato  —  symbolo — 
ideia,  renresentação. 

jEROPiGA,  ajuda,  cryste^  mezinha, 

jEsu-CHRisTO,  Homem-Deus,  Redemptor, 
Salvador,  Verbo  Encarnado. 

jocosERio,  burlesco,  cómico,  faceto. 

jocosiDADE,  brinco  —  facécia  —  zomba- 
ria. 

JOCOSO,  faceto,  graciosa,  prazenteiro  — 
garrido  —  desenfadado. 

JOGAR ,  atirar,  descarregar,  disparar  — 
manejar  -—  (n.)  mover-se  —  brincar  —  ba- 
lancear, soluçar  (o  navio). 

JOGO,  brinco,  desenfado,  passatempo,  re- 
creio —  escarneo,  zombaria  —  apparelho  — 
artificio,  destreza  •—  astúcia,  manha  —  arte 

—  enredo,  intriga, 

JOGRAL,  gracioso  —  bobo,  chocarreiro  — 
*  dizidor  —  *  cantou  —  *  poeta. 

JOGUETAR  ou  Joguctcar  ,  brincar  —  gra* 
cejar  —  chasquear,  motejar,  zombar  —  flo- 
rear, manejar. 

JOGUETE,  brinco,  divertimento  — graça— 
zombaria. 

JORNADA,  caminho  —  marcha  -~» viajem 

—  empresa ,  expedição  ,    facção  —  bata- 
lha. 

JORRAR,  esguichar,  rebentar  —  bojar. 

JORRO,  esguicho,  repuxo  —  barriga,  co- 
tovelo (da  parede). 

jovEN  ou  Jove,  mancebo,  moço. 

jovEHCA  ou  Juvenca,  novilha,  vitella. 

JOVIAL,  alegre,  divertido,  folgasão  —  pra- 
genteirç  —  fesiivQ. 


JUN 


JUV 


997 


joviALiDArE,  alegria  —  facécia  —  agrado 

—  graça. 

JOYA  ou  Jóia,  annel,  gargantilha,  etc. — 
bocal  —  aslragalo  —  {pi.)  diamantes,  pedra- 
rias. 

joYALnEiRO,  Jceyro  ou  Joeiro,  oirives— 
lapidaria. 

juBETEiRo,  adelo,  algibebe. 

JUBILADO,  consummado,  perfeito  (em  sa- 
ber). 

JUBILAR,  alegrar,  regozijar. 

JUBILO,  alegria,  gosto,  prazer. 

jucuRDiDADB,  Bgrado  —  alegria  —  facécia 

—  prazer. 

JUCUKDO,  alegre,  jovial  —agradável,  àpra- 
xivel. 

juDío  ou  J"uí/<??*,  Hebreu,  Idumeu,  Israe- 
lita, Nazareno,  Palestino,  Phariseu. 

JUDIAR,  judaisar  — •  escarnecer  —  enga- 
nar. 

JUDIARIA,  acinte  —  tormento  —  escarneo, 
zombaria. 

JUDICIOSO,  discreto,  prudente  —  intelli- 
gente,  sábio,  sensato. 

JUGO,  apeiro,  cabeçalho,  canga  —  cargo 
•-  obrigação  —  dependência,  sujeição  —  ca- 
ptiveiro  —  obediência. 

JUGULAR,  degollar,  descabeçar. 

JUIZ,  magistrado,  senador  —  julgador  — 
arbitro  —  conhecedor. 

juízo,  senso,  siso  —  intelligencia,  inten- 
dimento  — comprehensão  —  mente  — razão 
prudência  —  conceito,  opinião  —  audiência, 
tribunal. 

julgar,  avaliar,  conceituar  —  esmar  — 
sentenciar  —  arbitrar  —  conhecer,  discernir 

—  augurar,  conjecturar. 
JUMKKTA,  asna,  burra. 

jumrhto,  asno,  burro  —  animal  —  estóli- 
do, estúpido,  ignorante. 

JUNCAR,  ei^uncar  —  alastrar,  enober»  es- 
palhar —  cobrir. 


JUNçXo  ou  Juncção,  encorporação  —  ajun- 
ctamento,  unifio 

JUNCTURA,  jiincta  —  nexo,  união. 

JUNTA  ou  Juncta,  junclura  —  capitulo  — 
concilio,  conclave,"  synodo  —  conciliábulo, 
conventiculo  —  ajunctamento,  assembleia, 
congresso  —  corporação  —  tribunal  —  pare- 
lha. 

JUNTAR  ou  Junctar,  aggregar,  unir. 

JUNTO  ou  Juncto,  ligado,  pegado,  unido 
—  perto,  próximo  —  contíguo,  visinho  — 
em  companhia. 

JURA,  juramento. 

JURAMENTO,  jura  —  aílirmação  —  promes- 
sa —  protesto  —  blasphemia,  imprecação. 

JURAR,  aíBrmar,  protestar  —  blasphe- 
raar. 

jurisconsulto,  Jurisperito,  jurista  — le» 
gista. 

jURiSDicçÃo,  alçada  —  auctoridade,  poder 
influencia. 

JURO,  direito,  jus— ganho,  lucro  —  in- 
teresse, usura  —  logro  —  equidade,  jusli-» 
ça. 

JUS  ou  Jus,  direito, 

JUSANTE,  vasante  (da  maré). 

JUSTA,  torneio  — (p/.)  cavalhadas. 

JUSTIÇA,  juizes,  etc.  —  direito  —  equida- 
de, razão,  rectidão  —  rigor,  severidade  — 
favor,  graça — jurisdicção. 

JUSTIFICAÇÃO,  graça,  remissão —  apologia, 
desculpa. 

JUSTIFICAR,  desculpar  — sauctiíicar  —  evi- 
denciar, provar. 

justilho,  espartilho. 

JUSTO,  adequado,  proporcionado,  próprio, 
racionavel  —-conveniente,  devido  —  integer- 
rimo,  recto  —  apertado,  estreito. 

juvENiALiDABEs ,  meníníces,  rapaiias  — 
liviandades. 

JUVENTUDE,  adolescência,  oaocidade,  pu-^ 
berviftde, 


TOL.    JT. 


950 


098 


lÁb 


Lur 


LA,  acolá,  a  la,  alem,  alli-— longe  — 
perdido. 

LÃA  ou  Lã,  pello,  véllo. 

LáBA.Ri!.DA  OU  Lavareda ,  ala  ,  chamma, 
ílamma. 

LAB8FACTAD0.  arruinado  —  viciado. 

LABEo  ou  LabeUt  labe,  macula,  mancha, 
nódoa  —  defeito,  desar,  quebra  —  descrédi- 
to, desdouro,  deshcnra,  deslustre  —  aífron- 
ta  —  infaaiia,  vileza  —  opprobrio,  vitupé- 
rio. 

LABERTNTHO  OU.  LahyHntho,  chãos,  déda- 
lo —  enleio,  enredo  —  confusão,  embaraço 

—  intriga. 

Labia,  falladura,  palradura  —  giria. 

La  BIOS.  beiços,  labros  —  bof*ca  —  bordas 
(da  ferida). 

*  LABori,  fadiga,  trabalho. 

laborab,  trabalhar. 

LABORIOSO,  dilFicil  —  cançativo,  penoso  — 
activo,  operoso. 

labuego,  camponeo  —  grosseiro,  rústi- 
co. 

LABRUSCO,  agreste,  bravio  —  inculto,  ma- 
ninho —  vil. 

labutação,  lida  —  oíTicio  —  mister, 

laButa»,  lidar,  trabalhar  —  luctir. 

laCaio,  criado,  mochila  —  bobo,  bufão, 
gracioso. 

lacão.  presunto. 

LACESAR,  dilacerar,  dilaniar,  esfarrapar, 
rasgar,  romper. 

lacónico,  breve,  conciso,  curto — judi- 
cioso. 

LACONISMO,  brachiologia  —  concisão. 

LAÇO,  l.Mçada,  nó  —  prisão,  vinculo  —  ci 
lada,    trairão  —  engano,    frauda  —  artificio 

—  armadilha,  rede. 

LACRAO  ou  Lacrau,    escorpião,  escorpio. 
LACTBo,  branco,  cândido,  níveo. 
LAD^íKA,  descida,  lomba,*  rampa,  recos- 
to, subida. 

LADiLUA,  piolho  ladro. 


LADINO,  destro,  experto,  flno,  sagaz  —  ar-^ 
diloso,  astuto. 
LADO,  banda,  ilharga  —  flanco  —  costado 

—  {pi )  conselheiros  —  valias  —  apaixona- 
dos —  [adj.)  largo. 

LADRÃO,  bandoleiro,  roubador,  salteador 
— cossario,  pirata. 

LADRAR,  latir  —  gritar,  vozear  —  perse- 
guir, importunar. 

LADiiíDO,  ladrado,  latido. 

LADRILHO,   tijolo. 

LADRO,  ladriio,  latido  —  {(^dj  )  ladrão, 
roubador. 

LADROEIRA  OU  Ladfoíce,  furto,  latroDinio, 
roubo. 

lage,  Lagea  ou  Lagem,  lousa,  pedra. 

Lagoa,  lago,  p-Jude. 

LAGRIMAS   ou  Lagrymas,    choro,    pranto 

—  lucio,   tristeza  —  lamentações  —  gotti- 
nhas. 

LAGRIMEJAR  OU  Lagrymejarf  choramingar 

—  gottejar,  pinf?nr. 

Lagrimoso,  Lagrimante  ou  Lacrimoso^ 
choroso  —  aíllicto,  triste 

LAIVOS.  m?nchas,  nódoas  —  tinctura. 

lama,  lodo  —  vasa. 

LAMAÇAL  ou  Zamarão,  atoleiro,  enxardei- 
ro,  lameiro  —  ceno,  lodaçal,  paul,  treme- 
dal. 

lambad  V,  arrochada,  p^n^ada  —  brigada  , 
fartadella. 

LAMHNO  ou  Lanibaz  f  comilão — lambe 
pratos  —  vrtssoura. 

lambareiro,  goloso  —  chocalheiro  —  fal- 
lador,  tarameleiro. 

lambear,  comer,  codear  —  alambazar-se 

—  desengaçar  —  golosear. 

LAMBER,  chupar,  locar  —  aperfeiçoar,  po- 
lir. 

LAMBisQijEiRo  ,  goloso  —  chocalhciro  — ■ 
lambareiro. 

lambuçada,  barrigada,  fartadella —  Iam - 
buzadella. 


lAN 


us 


999 


.LAMBUGEM,  acipipes,  golodicos  —  cngodo, 
isca. 

LAMsiRo,  lamaçal  —  prado. 

LAMKNrAÇÃo,  «ís,  lameiíto,  queixa,  quei- 
xume, gemido,  suspiro  —  choro  —  grito. 

LAMENTAR,  deplorar,  lastimar  —  queixar- 
56  —  car|>ir,  gemer. 

LAMENTAR-sí,  prantcar-so  — lastimar- 
se,  queiiar-S8  —  suspirar  —  chorar  —  ge- 
mer. 

LAMENTÁVEL,  deploravel,  lastimoso,  mí- 
sero, misérrimo,  piedoso,  triste. 

LAMENTOS ,  choTO,  lagpymas,  pranto  — 
gemiJos,  suspiros  —  dôr  —  aucia  —  lasti- 
mas —  alaridos ,  brados ,  clamores,  gri- 
tos, 

LAMENTOSO,  lamonlavel  —  carpido,  choro- 
so—lugubre. 

La  Ml  A,  bruxa,  feiticeira. 

Lamina,   chapa,   folha  —  espada,  ete. — 
ia  —  tábua  —  figurinha,  pintura. 

LÂMPADA,  alampada,  candeia,  candiei- 
ro,  lampião. 

LAMPADÁRIO,  candelabro,  lampião,  lus- 
tre. 

LAMPAS,  ílor,  primicias  — palma,  vanta- 
jem. 

LAMPEÂo  OU  Lampião,  lampadário. 

LAMPEJAR,  relampear  —  brilhar,  scinti- 
Ihar. 

LAMPiNDO,  desbarbado,  imberbe. 

LAMPO,  relâmpago  —  {(tdj.)  temporão 
(figo). 

LANÇA,  esponlão,  pique  —  chuço  —  ala- 
barda,  partazana  —  varal. 

LANÇALUZ,  lumieira,  noctiluz,  perilampo, 
vagakme. 

LANÇAMENTO,  arremeço  —  expulsão  — 
estimação ,  orçamento  —  gomo ,  reno- 
vo. 

LANÇAR,  arremeçar,  'arrojar,  atirar,  vi- 
brar —  botar  —  exhalar  —  derramar  — 
brotar  —  deitar  —  produzir    —    publicar 

—  imputar  —  exarar,  lavrar  —   enterrar 

—  apartar  —  inclinar  —  manobrar,  ma- 
rear (a  náu). 

LANÇAROTE,  apoutadoT  — .  sarcocolla  (re- 
sina). 

jAJíCE,  acção,  rasgo  —  occasião. 

*  LANCEADA,  lançada. 

LANCHA,  barca,  batel,  chalupa,  cymba, 
esquife. 

LANÇO,  Unce  •—  arremeço,  tiro,  serie— ^ 
comprimento,  Icogor  -^  arremate. 

LANDE  ou  Lmdea,  boleta,  bolota,  glan- 
de. 

LANGUIDRZ  OU  Languor,  frouxidão,  mol- 
leza  —  debilidade,  fraqueza  — •  dosfalleci- 
mento. 

LAKQuiDo,  desfallccido  —  fcouxo  —  dé- 
bil —  murcho. 


LANGUiNHENio  OU  Latiguinhoso,  flácido, 
molie  —  murcho,  peco. 

LaNGlotim,  tan;ça. 

lanife&o.  Lanígero  ou  Lanoso,  lanu- 
do. 

LANTERNA,  phsnal,  pharol  —  mirante  — 
rodízio. 

lanugem,  barba,  buço  —  carepa,  pello. 

LAPA,  caverna,  concavidade,  cova,-e8pe- 
lunca,  furna. 

LAPARO,  coelhinho, 

LAPIDA,  campa,  lousa  —  inscrlpç&o,  Id« 
treiro. 

LAPIDAR,  facetar,  lavrar,  polir,  talhar, 
trabalhar  (diamantes,  etc.) 

LAPSO,  decurso,  dureção,  espaço,  succes- 
são  (do  tempo)  —  [cídj.)  céído. 

LAPUZ,  labrego  —  grosseiro,  rústico  — 
porco,  sujo  —  comedor,  comilão  ,  glotào, 
lambaz. 

LaR»  fogão  —   casa,  habitação,   morada 

—  templo  —  cadeia. 

larga,  liberdade,  licença,   soltura. 

Largar,  abondonar,   deixar  —  soltar. 

Largo,  amplo,  comprido,  dilatado,  espa- 
çoso, bxtenso  —  diffuso,  prolixo  —  lite- 
ral —  relaxado  —  esplendido,  samptuoso, 
affluenle,  copioso. 

Largueza,  largura  —  liberalidade,  pro- 
digalidade —  abundância,  copia  —  fran- 
queza. 

largura,  amplidão,  amplitude,  anchura i 
extensão  —  latitude. 

larvas  ,  espectros ,  lemures ,  sombras , 
phautasmas. 

LASCA,  estilhaço  —  fatia,  talhada  — fo- 
lheta. 

LASCAR  ou  Lascarim,  marinheiro,  maru- 
jo (asiático)  —  azevieiro,  velhaco, 

lascar-se,  desaparecer,  fugir,  moscar. 

LASCÍVIA,  luxuria,  sensualidade  —  obsce- 
nidade, impudicicia  —  incontinência,  sol- 
tura —  immodestia  —   alegria,    garridice. 

LASCIVO,   libidinoso,   luxurioso,   sensual 

—  obsceno,  torpe  —  deshonesto,  impudi- 
co —  amoroso   —  brincador,    brincalhão 

—  buliçoso   —  saltador  —  garrido  —  ri- 
sonho. 

LASSO,    cançado,   fatigado,  quebrantado 

—  fraco. 

LASTIMA,  commiseraçQO,  compaixão,  dó, 
sentimento  —  magoa,  pena,  dòr. 

LASTIMADO,  compadecido,  condoíio. 

í.ASiiMAR,  compungir,  enternece*,  mo- 
ver, locar  —  «fíligir,  magoar  —  aiormeg- 
tar,  molestar  —  d 'piorar. 

lastímar-sk,  am<8jrjr-:e,  chorar-se,  la* 
meutar-stí,   compadecer- se. 

*  LASTIME Ko  OU  Lasilmoso ,  lapiepla- 
ví-l,  piedoso  —  deplorável,  Uiiíiero.  misof- 
rimo. 

S50  ^ 


lèQO 


IM 


tiES 


lasto  ou  Lastro,  calhaos,  pedras,  sai- 
bro, etc.  —  fundo  —  base,  fundamen- 
to. 

LATA,  folha  de  Flandres  — vara  —  tra- 
ve —  ripa  —  latada.- 

LÁTEGO,  açoute,  chicote,  mansilha,  zor- 
ra gue. 

LATBJAR,  bater,  palpitar. 

LjcTiBULO,  escondrijo. 

LATiDÃo,  amplidão,  comprimento,  exten- 
são, longor. 

LATIDO,  ladrado,  ladrido,  ladro. 

LATIR,  ladrar. 

LATITUDE,  extensão  —  distancia  —  lar- 
gueza. 

LATRINA,  cloaca ,  commua,  necessária, 
privada,  secreta. 

LâTROCiNio,  furto,  ladroíce,  rapina,  rou- 
bo —  despojo,  presa. 

LAUDA,  folha,  pagina. 

LAURO,  louro. 

LAUTO,  profuso  —  esplendido,  magnifi- 
co, sumptuoso  —  exhuberante   —  pródigo 

—  régio  —  opíparo  —  opulento,  soberbo 

—  delicado,  exquesito  —  estrondoso,  gran- 
dioso, magnifico,  pomposo. 

lavacro,  banho  —  baptismo  —  lavató- 
rio. 

LAVAR,  banhar  —  purificar. 
LAVAR-SE,  purificar-se  — justificar-se. 
LAVATÓRIO,  chafariz  —  bica  —  banho. 
LAVOR,  arte,  artificio,  ingenho  —  primor 

—  trabalho  —  cultura  —  beneficio  —  fru- 
cto. 

LAVOURA  ou  Lavra,  agricultura,  aradura, 
lavradra. 

LAVRADOR,   sgricola,   agricultoF,  b'folco 

—  cavador  —  colono  —  camponez. 
LAVRAR,  trabalhar  —  lapidar  —  bordar 

—  coser  —  agricultar,  arar,  cavar. 

LAXANTE  ou  Laxativo,  brando,  purgativo. 

LAXAR,  alliviar  —  afrouxar,  alargar,  re- 
laxar, soltar. 

LAxiDÃo,  frouxidão  —  relaxação. 

LAXO,  bambo,  débil,  frouxo. 

LAYA  ou  Laia,  lã  —  casta,  espécie,  es- 
tofa, reló. 

LAZARENTO,  Laxaro  ou  Lazerento,  lepro- 
so —  lazeirento,  miserável. 

LAZEiRA,  miséria,  pobreza  —  calamida- 
de, desgraça,  trabalhos  —  feridas  —  ma- 
greza —  lepra. 

L^,  igual. 

LEAL,  fido,  fiel,  franco,  sincero  —  hon- 
rado,  probo. 

LEALDADE,  fidelidade  —  candura,  franque- 
ia —  honra,  probidade  —  sinceridade. 

*LEDíCE,  alegria,  jubilo,  prazer— exal- 
tação. 

LEDO,  alegre,  jubiloso,  risonho  —  gosto- 
so. 


*leDor,  leitor. 

Legista,  jurisconsulto,  jurista. 

legitima,  herança. 

LEGiiiMAçÃo,  legitimidade. 

LEGiTiMAii,  legalisar. 

LEI,  decreto,  edicto  —  mandamento,  man- 
do —  dominação,  império,  poder  —  estatu- 
to, preceito,  regra  —  norma. 

LEicENço ,  fleimão ,  fruncho ,  furúnculo, 
tumor. 

LEIGO,  não  ecclesiastico  —  ignorante. 

LEILÃO,  almoedâ,  pregão. 

Leitão,  bacorinho,  porquinho. 

LEITO,  cama,  barra  —  matrimonio  —  ai-  . 
veo,  madre  (do  rio). 

LEITOR,  lector,  íedor  —  lente,  professor. 

LEITURA,  ledura  —  erudição,  saber,  scien- 
cia . 

LEIVA,  céspede,  terrão. 

LEMBRANÇA  ,  memoria  —  commemoraçâo, 
recordação,  reminiscência  —  menção  —  fa- 
ma, reputação. 

LEMBRAR,  occorror  —  memorar,  mentar, 
rememorar —  admoestar. 

LEMBRAR-SE,  acordar-sc,  recordar-se. 

LEMBRETE,  p.pontamento,  nota  —  adrer- 
tencia  —  reprehensão  —  castigo. 

LEME,  governalho  —  timão  —  administra- 
ção, direcção,  governo,  rédeas. 

Lemuãe,  alma,  sombra  —  trasgo. 

lenhador  ou  Lenheiro,  mateiro. 

LENHO  ,  madeiro  ,  tronco  —  baixel,  em- 
barcação, náu,  navio. 

lenídade,  brandura,  doçura. 

LeNir,  abrandar,  moUiftcar. 

LENITIVO,  allivio,  consoladeza  —  leniaien- 
to  —  [adj.)  mollifieante. 

lenocínio,  alcovitice. 

LENTAMENTE,'  a  pouco  6  pouco,  do  vagsr, 
vagarosamente. 

LENTE,  leitor  —  professor  —  cathedralico 

—  microscópio. 

LENTE1R0,  pântano,  tremedal. 

lenteza  ou  Lentidão,  pachorra,  phlegma 

—  vagar  —  delonga ,   tardança  —  preguiça 

—  moderação. 

LENTO,  húmido  —  passeiro,  vagaroso —• 
descançado,  pachorrento. 

LENTURA,  humidade  —  lentor,  vagar. 

LÉPIDO,  alegre,  jovial  —  agradável  —  en* 
graçado  —  galante. 

LEQUE,  abanico  —  ventarola. 

LER,  pronunciar  (a  escriptura,  etc.)  — 
estudar  —  descobrir,  ver  —  adivinhar,  co« 
nhecer  -—  explicar,  expor  —  interpretar. 

LERDO,  grosseiro  —  pesado  —  simplo» 
rio. 

LESNo,  ferida,  golpe  — damno  —  ÍDJuria,- 
offensa. 

LESAR,  damnificar,  prejudicar  insultar, 
offender,  ultrajar  —  inoommodar. 


L£V 


LID 


1001 


LISO,  damnificado  —  offendido  —  pa- 
ralítico, tolhido  —  quebrado,  ferido. 

LssTKS  ou  Lesto,  invariável  — prestes, 
prompto  —  expedito,  ligeiro  —  desemba- 
raçado, desempachado,  despejado  —  pre- 
parado. 

LKTHAL,  mortal. 

iKTHARGu  OU  Lethargo,  desleixo,  inér- 
cia —  esquecimento  —  modorra  —  pre- 
guiça —  apathia. 

LETHiFERO  OU  Lectifít'0,  mortal. 

LKTRA  OU  Lettra,  character,  typo  —  ins- 
cripçào,  leltreiro  —  diploma  —  mote  — 
(pi.)  saber,  sciencia. 

LETRADO  on  leííf ado,  lettrador  —  advo- 
gado, jurisconsulto. 

LETREIRO  ou  LeUreWOt  inscripção,  letra 

—  rotulo,  taboleta. 

LBVAçÃo  ou  Levadiga,  inchaço,  leicen- 
ço,  tumor. 

LEVADA,  corrente,  torrente  —  transpor- 
te —  rapto,  roubo  —  conducçâo,  condu- 
ota. 

LEVADiA,  mareta. 

levadura,  fermento. 

LEVANTADO,  erguido,  subido  —  alto,  su- 
blime —  amotinado,   rebellado. 

LEVAIS tamp.nto  ,  levantadura  —  motim  , 
tumulio  —  rebellião,  revolta,  sedição. 

levantar  ,  alçar  ,  erguer  —  aprumar  , 
arvorar  —  construir ,  erigir,  fabricar  — 
reedificar,  alvoroçar,  amotinar  —  alistar, 
reclutar  —  abalar,  marchar  —  augmentar 

—  aclamar,  eleger  —  abolir,  revogar,  sus- 
pender, tirar  —  absolver  —  excitar,  sus- 
citar —  serenar-se. 

LEVANTAR -SR ,  «rguer-so  —  crescer  — 
elevar-se  —  rebellar-se  —  arrancar,  sair. 

levante,  alevanto  —  Estio,  Oriente. 

LEVAR,  conduzir,  transportar  —  tirar  — 
desmembrar,  destroncar  — descaminhar  — 
furtar,  roubar  —  altrair  —  dirigir,  guiar 

—  incitar. 

LEVAR-sK ,  mover-se  —  Ir  —  appare- 
cer. 

LEVE,  ténue  —  ágil,  ligeiro  —  rápido, 
veloz  —  instável,  mudável  —  inconstante, 
leviano,  vario  —  imprudente,  incauto,  in- 
considerado —  fátuo  ,  néscio  —  alegre, 
folgasão  —  breve. 

LEVEDO,  levedado  —  fofo. 

LEVEZA  ou  LecidãOt  levez,  levidade  —  in- 
consideração. 

LEVIANDADE,  Inconstaucia ,  ligeireza  — 
inconsideração  —  juvenilidade  —  immo- 
destia  —  levidão. 

LiviAifo,  inconstante,  ligeiro,  vario  — 
inconsequente,  indiscreto. 

LEViATHáif  ou  Letiathão,   baleia. 

Lbvidadk,  leveza  —  faoilidadei 

LeTígar,  alizar,  polir,  unifi 
YOL,  ly. 


LExicoGRAPO  ou  Lexicograpko,  dicciona- 
rista. 

LEXicoN,  diccionario,  léxico,  vocabulá- 
rio. 

LExiviA,  ou  lixicm,  barreia,  cenrada, 
coada,  decoada,  lexia. 

LHANEZA,  ingenuidade,  simplicidade,  sin- 
geleza — ^  candura,  lisura,  sinceridade. 

LHANO,  ingénuo,  singelo  -^  ch&o,  fran- 
co, sincero. 

LIA,  borra,  fezes,  pó  —  *  linha. 

LiAÇA,  feixe,  molho  —  palhas. 

LiAÇÃo  ou  Liame.  laço. 

LiANÇA,  atadura,  liame  —  alliança. 

liaR,  atar,  ligar,  prender. 

LiAR-sE,  alliar-se,  aparentar-se  —  abra- 
çar-se,  cingir-se,  travar-se. 

LIBAR,  provar  —  tocar  —  offerecer. 

LIBERAL,  generoso,  largo,  munifico  — 
grandioso,  magnifico  —  pródigo  —  bene* 
fico  —  dadivoso  —  franco,  livre. 

LiBERALEZA  OU  Liberalidade ,  largueza, 
prodigalidade,  profusão  —  magnificência  — 
generosidade,  munificência  —  grandeza. 

LIBERDADE,  alforria  —  soltura  —  fran- 
queza, immunidade,  isenção  —  prerogati- 
va,  privilegio  —  permissão,  poder  —  con- 
fiança, familiaridade  —  sinceridade  —  atre- 
vimento —  temeridade. 

LIBERTAR,  soltar  —  forrar  —  descapti- 
var  —  livrar  —  desembaraçar,  desencarre- 
gar. 

LIBERTINAGEM  OU  Libcrtinage,  bargante- 
ria,   devassidão. 

LIBERTINO,  bargante,  depravado,  devasso, 
dissoluto,  licencioso  —  ímpio,  incrédulo» 
irreligioso  —  liberto. 

LIBERTO,  forro,  livre. 

LIBIDINOSO,  carnal,  impudico,  incontinen^ 
te,  lascivio,  luxurioso  —  deshonesto. 

LiBiTiNA,  morte. 

LIBRAR,  balancear,  equilibrar  —  escortr» 
sustentar  —  fundar. 

LIÇA  ou  Ligada,  arena,  campo,  circo  — 
batalha  —  duello. 

LiçÂo,  leitura  —  ensino,  instrucção  -^ 
documento  —  correcção  —  máxima,  precei- 
to. 

Licença,   faculdade,    indulto,  permissão 

—  approvação  —  isenção  —  abuso. 
LICENCIADO,  graduado  —  (ad;.)  despedi- 
do. 

LICENCIAR,  demitir  —  despedir. 

LICENCIOSO,  desaforado,  descocado,  desefi* 
f/eado  —  dissoluto,  libertino. 

LicBO  ou  Lyceu,  aula,  eschola  —  acade- 
mia —  universidade  —  gymnasio. 

LICITO,  concedido,  permiitido,  telerado. 

LICOR  ou  Liquor,  agua  —  vinho  — olaol 

—  espíritos,  eto.  —  çumo  —  bebldai 
LiOAt  lide  -*  fadiga,  trabalho i 

151 


1003 


LIN 


LIY 


LiDAnoR,    baUlhador,    combatente,    pe- 
leijíidor. 
LiD.iR,  batalhar,  brigar,  pelejar  ~  luclar 

—  trabalhar  —  labutar,    trafegar  —  6gi- 
Iar-S3. 

LIDE,  batalha,  peleja  —  demanda,  lili- 
gip  —  contestação,   disputa. 

*"  LiDiMAa,  legitimar. 

*  lídimo,  legitimo. 

LIDO,  erudito,  iastruido,  sabedor,  sá- 
bio. 

LIGA,  jarreteira  —  atilho,  fita,  etc.  — 
allianç-t,  confedo:ação  —  bando,  íâcção  — 
pacto,  união  —  mescla,  mistura. 

LIGADURA,  atadura,  tira  —  união. 

LIGAMENTO,  ligadura  —  tendão. 

LIGAR,  atar,  liar,  prender  —  vincular— 
juntar,  unir  —  contrahlr  —  obrigar  —  mis- 
turar. 
"  LIGEIREZA  ou  Ligeiricet  agilidade,  pres- 
teza, velocidade  —  inconstância,  levianda- 
de —  pelotica. 

LIGEIRO,  ágil.  apressado  —  alipede,  le- 
ve, levipede,  veloz  —  inconstante  —  ía- 
cil  —  superficial. 

LiLip,  lirio. 

LIMAR,  aperfeiçoar,  castigar,  polir  —  ali- 
zar, brunir,  igualar  — gíistar,  roer  —ar- 
ruinar. 

LiMiTAÇio,  excepção  —  modificação,  res- 
triççáo  —  escacez,  mediocridade,  modici- 
dada,  pouquidade,  tenuidade. 

Limitado,  abalizado,  demarcado  —  apra- 
2ado,  certo,  determinado  —  acanhado,  es- 
treito, módico  —  iQsapiente  —  desatina- 
do. 

LIMITAR,  demarcar  —   atermar  —  taxar 

—  aprazar,  assignar  —   determinar,  fixar 

—  exceptuar  —  estreitar,    restringir. 
LiMiTAR-ss,  astringir-se. 

LIMITE,  confim,  extrema,    fronteira,  raia 

—  extremidade,  termo  —  demarcação,  maj- 
co,  meta  —  linha    —  signal. 

LIMO,  alga,  sargaço,  sebe  —  lamarão, 
vasa. 

Limoeiro,  cadeia,  prisão. 

LiMOso,  lodoso. 

Limpar,  aceiar  —  escovar  —  varrer  — 
anafar  —  purificar  —  roubar. 

LIMPEZA,  acero,  limpidão  —  alinho,  de- 
cência —  pureza. 

LÍMPIDO,  claro,  cryslalino  —  lustros(>, 
transparente  —  limpo,  puro. 

LIMPO,  aceiado  —  claro,  são  —  puro,  se  - 
reno  —  não  infestado. 

LLNCE  ou  li/ ncc,  lobo  cerval  — (a^;*.)  agu- 
do, subtil  —  activo,  psptírio. 

LINDEZA,  belleza,  formozura  —  elegân- 
cia. I 

u^r-o,^  bello,  bonito,  formoso  —  elegau-j 
íe,  gentil  —  naoioso  —  enfdlado.  í 


lsneamekíos,  feições  —  linhss,  riscos. 

LiNGOA  ou  Lingua,  dialecto,  idioma,  liat 
guayem  —  vascoiiço  —  estjlo,  palavra  — 
interprete,  fiel,  Ijngueta — faxa. 

LiKGUAGEM  ovi Linguage  dialecto,  idioma, 
lingua  —  giria,  vasconçD  —  dicção,  esiy- 
lo,  locução. 

LINGUA RAZ  ou  Linguareiro,  fallador,  p»l- 
rador,  paíoleiro  —  maledico  —  chocalhei- 
ro. 

litíguiçâ,  chouriço,  salchicba. 

LiSHA,  estame,  fio  —  regra,  risco — ^  fi- 
leira --  descendência,  serie  —  equador  — 
[pi,]  rasgos,  írsços. 

linhagem  ou  Linhag&i  descendência,  ge- 
ração —  casta,  raça. 

LiNHAGisTA,  genealogista 

LIO,  feixe,  móiho  —  fardo  —  *  linho. 

LIQUIDAÇÃO,  averiguação  —  avaliação,  cal- 
culo, computo. 

LIQUIDAR,  derreter,  fundir  — •  apurar,  ave- 
riguar — ■  regular,  taxar  —  decidir. 

LIQUIDO,  fluido  —  derretido  —  certo,  clâ-^ 
ro,  evidente. 

LIRA  ou  Lyra,  citharai  l&úde,  pelectro, 
viola. 

LiBio,  açucena. 

LISBOA,  Elysia,  Lysia,  líiyssea. 

LISO  ou  Lizo,  plaao,  unido  —  corredio, 
nédio  —  franco,  sincero  —    desenganado. 

LISONJA,  adulação,  incenso,  Usonjaria  — 
louvor  — ■  caricia  —  deleite. 

LISONJEAR,  Lesíyngear  oa  Lisonjart  ada-i 
lar,  inceasar  —  afagar,  amimar  —  aplau- 
dir, louvar  -r-  desculpar  —  deleitar. 

LISONJEIRO  ou  Lisongeiro,  adulador  «* 
fagueiro  —  {adj.)  deleitavel. 

LISTA,  caihalogo,  lol  —  mappa  —  lis«/ 
tra. 

LISURA,  polidez  —  sinceridade,  siDgete- 
za. 

LITE,  lide  -^  demanda,  litigio. 

LITERATO  ou  Littcrato,  douto,  lettrado,- 
litterador. 

Literatura  ou  LilieratMra,  letradur** 
—  doutrina,  erudição,  saber. 

Litigante,  demandista,  pleteante. 

LITIGAR,   pleitar  —  contender. 

litígio,  demanda,  pleito  —  contenda,  de- 
bate —  controvérsia. 

LITIGIOSO,  demandista  —  conteDcioso. 

Liiuo,  clarim,  parche,  trombeta  —  bá- 
culo, cajado.  ' 

LivRADOR,  libertador,  salvador  —  defen- 
sor, protector. 

LIVRAMENTO,  soltura  —  despacbo. 

xiybah,  salvar  —  defender  —  libertar  — 
loltar  •--  deíCíLbaraçar   —  («-.)  escapar. 

LtVRARiA.  bibiiolheca. 

jLi!ra£, siUp  —  feôlvo - df sobrigado,  esem- 
pto   -*^  i!e?pejado  ~-  desiachsdo  ^  foiro, 


LOU 


LCM 


1003 


liberlo  -^  indepfindeniô  —  farai'i»r  — alfe- 
vido  —  dovflsso,  licencioso. 

Livfto,  tomo,  volume  —  canhenbo  —  es- 
crijitos,  obra  —  registro. 

1.1Z  ou  Lis,  açucena,  lidio. 

LOBREGO,  escuro,   tenebroso  —  lúgubre, 
triste. 
•    LOBRiGADOR,  eiploradoF,  TÍgia. 

LOBRIGAR,  entrever. 

lccaçáo,  alngunr,  arrcncaraento. 

LOCAL,  localidade  —  logar,  silio. 

LOCUÇÃO,  estylo,  expressão,  loquela,  pbra- 
se. 

LocusTÀ,  gafanhoto. 

LOCUTÓRIO,  grado,  parlalorio. 

LODAÇAL,    atascadeiro,    lamaçal  —  paul, 
tremedal. 

LODO,  lamaceno,  fange,  vasa. 

LOGiCA,  dialéctica. 

LOGO,  em  continente,  sem  demora  —  bre- 
vemente —  por  tanto. 

LOGRAÇÃo,    engano  —  peça  —  esparrella. 

LOGRAR,  ganhar,  lucrar  —  gozar,  possuir, 
ter  —  empregar  —  enganar. 

*  lOGHEiRO,  onzeneiro,  usurário- 

LOGRO,  deifructo,  gozo,  posse  —  lograçlo, 
logradPira,  peça  —  *  usura. 

LOJA,  ofll-ina,  etc. — casa  térrea. 

lomBa,  encosta,  ladeira.  » 

LOMBADA,  lombo  —  pancada. 

lombo,   espinhaço,    rins  —  costas,  espá- 
duas —  sacada  —  lombada  (de  livro). 

longe,  afastado,  dtstant'»,  remoto  —  [adv.) 
muito. 

longevo,  grandevo,  idoso,  velho,  vivi- 
douro. 

lorginquo  ou  LongiquOt  afast.'»do,  dis- 
tante,  remnto. 

lo:ígo,  comprido,  dilatado,  distenso  — 
diíFaso,  prolixo  —  du  r;»  vel. 

LONGoa,  comprimento,  extensão,  longu- 
ra  —  diuturnidade. 

LOQUACIDADE,  dicacidado,  redundância  , 
verboãidad'^. 

l(QUa/.,  fallador,  gárrulo,  palrador,  pal- 
reiro 

LOQíiiLA,  locução —  O  fflll/«r. 

lobica  ou  Loriga,  cota,  coura,  coura- 
ça. 

LOSNA.  absinthio. 

LOTK,  espécie,  gon^ro,  laia,  qualidade. 

iotç*ÍNnAou  Louçania ,   enfeites,    gala 

—  adorno,  atavio  —  pompa. 

LOUÇÃo,  custo*?.  pfHcioso  -  galante,  gen- 
til,   guapo  —  a^eiado  —  ornato  —  gra  moso. 

LOUCO,  estólido,  pslulio,  f;»tuo,  ins'«no  — 
amante,  demente,  douto,  mf  ntecaplo  —  es- 
túpido —  delirante,  lunático,  lyrnpbalico  — 
man-aco,  phrenetico,    tresvariado  —  fuiioso 

—  imprudonte,  in''.onsiderado,  temerário  — 
alegre  —  zombeteiro. 


LOUCURA,  amen  ia,  demência,  doudiria, 
doudictí,  insansa  —  estultícia,  fatuidade  — 
delifio,  pbrenosi — fúria  —  desvario,  trts- 
vario  —  mania  —  imprudência. 

LOURA  ou  Louraça,  bisonho,  boçal,  no- 
vel. 

LOURSiRO,  lauro  —  {adj.)  travesso  —  in- 
quieto. 

LOURO,  amarello,  áureo,  flavo. 

LOUSA,  lage  —  campa  —  sepulcro,  sepul- 
tura —  armadilha. 

LouvAMiNHA,  gabo,  louvor  —  lisonja. 

louvamiishar,  adular,  lisonjear  —  ga- 
bar. 

LouvAMiNHEiRO ,  adulador,  lisonjeiro  — 
elogiador,  gabador  —  vanglorioso. 

LOUVAR,    elogiar,,  encoraiar,  gabar,  loar 

—  incensar,  preconizar  —  bemdizer  —  cele- 
brar. 

LOuvAR-sE.  gabar-se,  jactar-se  —  appro- 
var. 
LOUVÁVEL,   lauda vel  —  bom  —  estimável 

—  honroso. 

LOUVOR,  encómio,  gtbo  -» applauso  —  elo- 
gio, panpgyris  —  honra  —  abono,  recom- 
mendação  —  incenso,  lisonja. 

LUA,  «Jyothia,  Delia,  Diana,  Ilecate,  Li- 
tonia,  Pheba. 

LÚBRICO,  escorregadio,  resvaladiço, 

LUCRRNA,  candeia. 

LÚCIDO,  claro,  luminoso,  luzente,  resplan- 
decente —  traspsrente  —  brilhante. 

LÚCIFER,  Lusbel,  Satan. 

LucíFBRo,  brilhante,  resplandecente  —ma- 
tutino. 

LuciNA,  lua. 

Luco,  bosque,  floresta. 

LUCRAR,  gHiihar,  interessar,  precalçar. 

LUCRATIVO  ou  Lucroso,  ganhoso,  provei- 
toso. 

LUCRO,  ganância,  ganho  —  interesse,  pro- 
veito, utilidade  —  rendimento. 

LucTiFico  ou  Luctifero,  aíll.ctivo,  affli- 
gidor  —  fúnebre  —  triste. 

LucTuoso,  fúnebre,  funéreo,  luctoso,  lu- 
gubrn  —  fatal,  funesto  —  melancólico,  triste 

—  deplorável.  la;nfíntavel. 

LUoiBRio,  escarneo,  irrisão,  mofa,  zom- 
baria — joguete  —  desprezo  —  vilipendio. 

LUDiBHinso,  injurioso,  ultrajante  —  escar- 
nicador,  zombador. 

LUDo,  jogo. 

LUFADA,  embato,  furacão,  rajada,  refega 

—  frequência  —  multidão 

LUiiAR  ou  Logor,  sitio  —  vez  —  dignida- 
de graduação,  posto  —  citação,  passo  occa» 
sião,  opportunidade  —  tempo,  vagar  —  al- 
deia, burgo  —  assento  —  habitação. 

LÚGUBRE,    fúnebre,    fun'?reo,  juctuoso  — 
carregado,  sombrio,  tri.^te  —  carpido, 
l       L^UB,  fogo  —  luz  —  vista  —  clarão  —  00- 

^51   * 


lb04 


LUT 


LYW 


nheclraento,  noticia  —  especía  —  "vivacidade 
superfície  —  douto,  sábio. 

LuuuA,  allumiar  — *  («.)  liminar,  um- 
bral. 

LUMiEiRA,  lampadário  —  clarabóia,  fresta 
—  perilampo,  vagalume,  luz, 

LUMINOSO,  brilhante,  claro,  lúcido,  lumi- 
noso, resplandecente. 

LUNÁTICO  ,  aluado  —  doudo ,  insensato, 
phantastico. 

LUPANAR ,  alcouce,  bordel,  prostíbulo, 
serralho  —  mancebia,  putaria, 

LURiDO,  negro  —  amarello,  áureo  —  pal- 
lido. 

LUSITÂNIA,  Portugal. 

LUSITANO,  Luso,  Portuguez. 

LusiRAftj  illustrar  —  (n.)  luzir,  resplan- 
decer. 

LUSTRE,  luz,  resplandor  —  realce  —  lou- 
çania  —  lampadário. 

LUSTRO,  lustre  —  Olyrapiada, 

LUSTROSO,  flammanie,  luminoso,  resplan^ 
decente  —  brilhante,  esplóndido. 

LUTA oviLucta,  combate  —  guerra  —  plei- 
to. 

LUTADOR  OU  itícíflífor,  athleta,  gladiador, 
campeào  —  batalhador,  guerreiro. 

LUTAR  ou  Luctar,  combater,  pugnar  — 
debalep-se  —  esforçnr-se  —  defender- se. 

LUTO  oulwcío,  dó,  nojo —  aíllicçào,  an- 
ela, dôr,  magoa,  pena. 

LUTULBNro,  límoso,  lodoso,  paludoso. 

LUTUOSO  ou  Luctuoso,  fúnebre,  funéreo 
— .  deplorável,  lamentável,  triste. 


LUTA,  guante  —  manopla  — "(pi.)  recom- ' 
pensa. 

LUXO,  apparato,  fausto,  grandeia,  osten* 
tacão,  pompa,  sumptuosidade  —  profusão, 
superfluidade. 

LUXURIA,  lascívia,  sensualidade  —  obsce- 
nidade —  incontinência  —  libei  tinngem. 

LUXURIOSO,  carnal,  frasoario,  lascivo,  li- 
bidinoso, sensual  —  desbonesto,  impudico, 
obsceno  —  impuro,  torpa  —  voluptuoso. 

LUZ  ou  *  Lux,  claridade,  lume,  resplan- 
dor  —  ciarão,  fulgor  —  raios  —  dia  --  vela 

—  inlelligencia,  penetração  —  aviso  —  indi- 
cio, existência,  vida, 

LUZKiRo,  astro,  constellaçSo,  estrella,  pla^ 
neta  —  clarão,  claridade,  luz  —  {pi.)  olhos. 

LUZELUZK,  pyrilampo,  vagalume. 

LuzitNTB,  brilhante,  claro,  lúcido,  lumi- 
noso, refulgente. 

LUZERNA,  vagalume  —  lomieira,  lampadá- 
rio. 

LUZIDIO,  nédio,  nítido  —  luminoso,  res- 
plandecente. 

LUZIDO,  brilhante,  lustroso  ~  magnifico, 
pomposo  —  ataviado. 

LUZ1M8NI0,  brilhantismo,  magnificência, 
pompa  —  brilh),  esplendor,  lustre — aceio 

—  realce. 

Luzto,  olhar,  olho.  vista. 

LUZIR,  brilhar,  rjsplandecer  — crescer, 
meJrar  —  apparecer  —  fundir. 

LTEo  ou  Lyeu,  Baccho  — •  vinho. 

LYMPHA,  agua  —  corrente  —  liquor  ^  hu- 
mor. 


MAÇ 


MAO 


1005 


1 


M 


■aCAco,  bugio,  mono,  nico,  8ymio,  ximio 
*^{aíij.)  imitadop,  remodador. 

macacoa,  achaque,  doença,  enfermida- 
de. 

MACAQUICES,  bugíariaSf  momices,  momos 

—  arremedos. 

MACAPBONio  ou  iãacarronico^  burlesco, 
jocoso  —  bárbaro  —  maçorral. 

MAÇA,  clava  —  cacheira, 

MiçÂA,  Mafon  cu  Mapan,    pêro,    pomo. 

MAÇADA  ou  ^laçadura,  pauladas — coça, 
sova,  tunda. 

MAÇAME,  cordoalha  —  lastro  —  argamas- 
sa. 

MAÇAR,  moer,  pizar  —  estafar,  sovar  —  fe- 
rir, golpear. 

MAÇARICO,  alcyon. 

MACEA,  pia  —  gamella. 

MACEiRo,  bedel  —  portamaça. 

MACERAÇÃO  ou  Macerãção ,  austeridade, 
mortificação,  penitencia  —  flsgellaçâo, 

MACERAR,   affligir,   mortificar  —  flagellar 

—  machucar,  pízar. 
MACHACAZ,  grandalhão. 

MACHETE,  espada,  sabre—  violinha  —  des- 
cante. 

MACHO,  *  mu,  mulo  —  grilbío  —  {adj.) 
varonil  —  esforçado,  forte,  robusto,  vigo- 
roso. 

MACHUCADURA,  csmagadura,  pizadura  — 
compressão. 

M4CHUCAR ,  esmagar  —  pizar,  trilhar  — 
comprimir. 

machucho,  maduro,  sensato  —  esforçado 

—  poderoso  —  rico,  grande. 

MACIÇO  ou  }i\assiço,  solido  —  atacado, 
cheio,  entulhado. 

MACILENTO,  despamado,  magro—  amarel- 
lo,  pallido,  desfigurado. 

MACo,  brando,  mimoso,  suavo. 

maçobral,  grosseiro,  rude,  tosco  —  ma- 
Cjirrpnico. 

VOL.   IV. 


MACULA,  mancha,  nódoa — defeito,  desar 
—  desdouro,  deslustra  —  infâmia,  labeo,  vi- 
leza—  descrédito,  d^shonra,  ignominia-— 
affronta,  injuria  —  magoa  —  malha. 

MACULAR,  manchar,  sujar  —  diffamar. 

M  ADAM  A,  senhora. 

MADKiRO,  lenho,  páu,  tronco,  viga  ^es- 
túpido, obtuso. 

MvDKiXA,  negalho  —  cabello,  coma,  gue- 
delha. 

MADRAÇARiA,  desídía,  inércia,  mandrieira, 
ociosidade,  preguiça,  vadico  —  frouxidão  — 
inapplicação, 

MADRACEAR,    calaccar,  mandriar,  vadiar. 

MADRAÇO,  mandrião,  ocioso,  preguiçoso, 
vadio  —  deleixado,  inerte. 

MADRE ,  útero  —  alveo ,  leito  —  terra  — 
*  mãe. 

MADKEPEROLA,  coucha  prociosa,  nácar. 

MADRUGADA,  alva,  aurora,  diluculo  —  au- 
tioipaçSo. 

MADRUGAR,  mstinar — anticipar-se. 

MADUREZA  OU  MaduTcs,  circimspecção , 
siso,  prudência  —  perfeição  —  maturação. 

MADURO,  maturo,  sazonado  —  circumspe- 
cto,  judicioso,  sábio,  sisudo  —  moderado, 
prudente  —  velho,  usado. 

MAGA,  feiticeira,  magica. 

MAGAKÃo,  malicioso  —  libertino. 

MAGANEiRA  ou  Mãgonice,  travessuras  — 
astúcia  —  ppça  —  libertinagem. 

MAGANO,  mariola  —  vil  —  impudico,  las- 
civo —  maroto  —  malicioso,  íino. 

HAGESTADE  OU  Mojesiade,  soberania  —  al- 
teza, excellencia,  sublimidade  —  superiori- 
dade. 

MAGISTOSO,  respeitoso,  venerável  —  au- 
gusto, grande,  nobre  —  pomposo,  sublime. 

MAGIA  ou  Magica,  incantamento,  incan- 
to  —  fascinação,  hallucinação,  prestígios  — 
bruxaria,  feitiçeria,  sortilégio. 

MAGICO,   incantador,   mago  —  feiticeiro  , 
252 


Id06 


MAl 


nigPOiiQante---prGn"giaJor,  ven^fico  -^{adj,) 
ío^renaiural. 

MiGisTERio,  cadeira»  doutrina,  ensino, 
insuucção. 

MAGi^ARiMipADE,  animosidade,  intrepidez, 
valentia  ,  valor  —  fortaleza  —  grandeza  de 
animo,  heroicidade  —  generosidade,  libera- 
lidade—  nobreza. 

ittAGNANiMO,  animoso,  bravo,  intrépido, 
valente  —  generoso,  liberal  —grandioso. 

MAGNATE,  grande,  potentado,  senhor. 

M^GNííTg,  iaian. 

MAGNÉTICO,  attracti\o. 

MAGSiPiCAR,  engrandecer,  exaltar  —  lou- 
var—  exajígerar. 

MAGNiFíCKNCiA,  csplondor  —  generosida- 
de, liberalidade,  muniíicencia  —  grandeza, 
poDpa,  sumptuosidade  —  opulência,  rique- 
za. 

MAGNiFiCO,  esplendido,  grandioso,  pom- 
pOiO  —  liberal,  munifico. 

MAGríiLoco,  grandiloco,   grandisono,  su- 
bliíne. 
.  MAGICO  ou  Manho,  grande. 

M«G0,  sábio  —  magico  —  feiticeiro. 

MAGOA,  angustia,  dôp,  pena,  pezar,  sen- 
timento,   tristeza  ~  dó  ,    lastima  —  Daacula 

—  mancha,  nódoa. 

MAGOAR,  contundir,  pizar  —  aífl^gir,  ape- 
zarar  —  oiacular  —  offeader  —  bsttmar. 

MAGOTE,  taudo,  rancho  —  montão. 

MAGhEiítA  ou  Magreza,  emmagrecimen- 
to,  magrem  —  debilidade,  fraqueza. 

MAGaO,  descarnado,  estitico  —  esgalgado, 
esgiiio  —  chupado,  myrihado,  s-^cco. 

MÃi  ou  Mde^  madfe  —  origem  —  princi- 
pio. 

MAIOR,  mór  — superior —  [pi]  antepas- 
sadas, avós. 

MAIORAL,  cabeça,  chsfe,  primeiro,  supe- 
rior. 

MíviOBiA,  excesso,  superioridade,  vanta- 
gem —  pluralidade. 

MAfS,  além,  antes. 

ML,  incommodo  —  damno,  detrimento, 
prpjiiizo  —  destruição  ,  rui  na  —  achaque  , 
doença,  enfermidade,  moléstia  —  dôr  —  ca- 
lamidade ,    desgraça  ,    infortúnio  —  miséria 

—  [udv  )    imperfeita,   inhonesta,  irregular- 
mente "  apenss 

MALA  ou  Malla  ,  alforge  ,  almofreixe  , 
sacco. 

MALACTA,  calma,  calmaria. 

malaNmhim  ,  magano  —  velhaco  —  vadio, 
Vfgííbunuo  —  mauíl-ião. 

MALAV  Nao  ou  Mal-avindo  ,  desavindo  , 
discorde. 

MALCRKADO  OU  jUal-creudo,  desattencioso, 
descortez. 

maldaor.  malicia,  malignidade  —  iniqni- 
d'?  de,   neqtíicia,  perversidade  —  impiedade 


MAl 

-^  crime,  delicto  —  culpa,  peceado  —  m^" 
leza. 

MALDIÇÃO,  imprecação,  praga,  abomina^ 
ção,  execração,  destruição. 

maldiçoar,  amaldiçoar,  maldizer,  pra- 
guejar — condemnar,  reprovar. 

HALDTTO  ou  Maldicto,  amaldíçoado,  de- 
testável, execrando,  execravel. 

MALDIZENTE,  praguento  —  detractor,  mur- 
murador  —  maledico,  mordaz  —  diffama- 
dor. 

MALDIZER,  amaldiçoar,  praguejar —  mur- 
murar. 

MALEDICÊNCIA,    detracção  —  murmuração 

—  satyra. 

MALEDico ,  pragwento  —  maldizente  — 
murmurador  —  detractor ,  infamador  — 
mordaz,  satyrico  —  maldoso. 

MAi.EFiciADO,  effibruxado,  enfeitiçado. 

malefício,   feiticeria,    feitiço,    sorlilegu) 

—  damno  —  crime  —  adultério. 
MALÉFICO,  malfazejo,  nocivo, 

MALEITAS,    S8ZÕ3S. 

malencarado  ou  Mal-encaradOf  carran- 
cudo, carregado. 

màlevolencia,  df^samor,  malquerença-* 
aversão,  odio  —  inimizade  —  antipalhla, 
contrariedade. 

malévolo,  moleíico,  mal  intencionado-— 
opposto  —  inimigo. 

*  malbza  ,  maldade  —  ruindade  —  malí- 
cia —  fraude. 

malfadado,  desditoso,  desgraçado,  infe*» 
liz 

MALFALLÀNTZ,  malfallado  —maldizente, 
maiedico. 

MALFAZEJO,  maléfico,  malfazente  —  dam- 
noso,  nocivo. 

MALFAZER,  damnar,  damniíicar  —  oíTen- 
der. 

MALFEITO,  impei  feito,  malobrado  —  con- 
trafeito, deforme. 

MALFEITOR,  íacinoroso  —  máo,  perversOn 
sceierado  —  criminoso,  delinquente,  réo. 

MALFEITORIA,  malefico  — damno  —  cri- 
me, delicio. 

MALGA,  sopeira,  tigela. 

MALHAR,  martellar  —  censurar. 

malho,  maço,  martello. 

MALicU,  engano  —  dolo,  fraude  —  mal- 
dade, travessura. 

MALICIOSO,  maligno,  mdo  —  magano  — 
travtsso  —  astuto,  manhoso. 

malignar,  cortompKr,  depravar,  viciar» 

MALiGiNiDiDs,  iniquidade,  perversidade  — 
maldade  —  malicia 

MALIGNO  ou  Malino,  máo  —  malicioso  — 
diabrete  —  perigoso  —  iuiquo. 

MALLOGRAft-SK,  baldar-se,  frustar-se,  ga- 
rar. 

MALPARiR  ou  Mal-parir,  abortar,  mover. 


MALQUEíiFíÇA  OU  Mul-qucretiça,  aveisào, 
tào  —  inicíis?.»le  —  maluvolcncia. 
.  MALQUKitEftou  Afai-çuerer,  aborrecer,  de- 
"lenar,  odiar. 

MALQUISTO .  inimizade  —  aborrecido,  de- 
testado, odiado. 

MALFÃo  ou  Ma/- ião,  doentio,  insalubre, 
não  sadio  —  iralcnrado. 
¥ALS!M,   accusador,   deUlo  —  syndicant- 

—  calumnijdor. 

MaLsinaçâo,  accusação,  dcnunciação. 

Malsinar,  accusar,  delatar,  denunciar. 
'    MALSISUD3   ou   }\al-sisudo,    desassisado, 
desjuizado,  insano. 

kalsoante,  desmusico,  dissono. 

malsoffrido  ou  }\al  soffrido,  impaciente, 
impassível,  -insoílrido. 

MALTRAULHO  ,  esfarrapado  ,  farrapão  — 
mal  -vestido. 

MAL! RATAR  OU  Maltractar,  bater  —  in- 
sultar, oífender,  ultrajar  —  molestar,  ve- 
xar- 

M\LTiiiD0,  golpeado. 

MALVADO,  máo  ,  perverso  ,  scelerado  — 
ímpio  —  mal  inclinado  —  ímprobo  —  iní- 
quo. 

VAVA  ou  Mamma^  peito  —  teta  —  mam- 
maiura  —  colle,  collina,  outeiro. 

KANADA.  armento,  fato,  gado,  rebanho  — 
Vara  (de  porcos). 

uanadeiro,  fonte,  manancial. 

HATSAR,  derramar,  verter — (w  )  correr, 
dçfivar-se. 

MANCAU,  aleijar,  estropiar— (n.)  faltar. 

maNÇeba,    amiga,  concubina  —  meretrií. 

MANCEBIA ,  adolescência ,  juventude  — 
amancebamento  —  alcouce,  lupanar. 

matccebo  ,  adolescente  ,  ephebo ,  joven, 
mogo  —  servidor  —  matelote  —  [adj.)  juve- 
nil. 

MAKcnA,  laivo,  malba,  nódoa—  labeo  — 
macula  —  {pi.)  dom,  presente. 

MATíCHAR  ,  betar ,  malhar ,  matizar  — 
afeiar  —  mascular,  magoar. 

MANCO ,  aleijado  ,  estropeado  —  clandi- 
ç^nle,  coxo  —  canhoto  —  falto. 

MANDADO  ou  Mandato,  determinaçãa , 
preceito  —  mando,  ordem  —  messagem,  re- 
éaío  —  *  deixa,  legado. 

MANDAMENTO,  preceito  —  ordem  —  raan* 
dado  —  decreto  —  estatuto  ,  regra  —  lei  — 
oVdenação. 

MANDAR ,   ordenar  —  dominar ,  governar 

—  enviar ,   remetter  —  dar  —  legar  —  ma- 

MANDINGA,  artiílcio,  astúcia. 

MANDO,  auctoridade,  poder  —  direito  — 
domínio,  governo,  império  —  j ar isdicção  — 
decreto  —  mandado,  ordem. 

.Mandrião  ,  ocioso,  preguiçoso  —  d*  ssp- 
plica  'o  —  êèiupido,  trio  —  bajii;  roupão. 


MAN 


U07 


MANDiíUR,  perguiçar  —  mandracear  — 
Còl.iíenr,   v.uijar. 

Makdíiick,  Mandrice  ou  Mandrieira , 
madraçarii,  preguiça  —  ociosidade  —  ban- 
darrice,  calaç*jria. 

manducar,  codear,  comer. 

MANEAR  ou  McTiear ,  mexer,  mover  — 
apslpar. 

mankavrl  ou  Meneavel,  maneavel,  pal- 
pável —  flíixibil  —  fácil ,  tractavel  —  bran- 
do, doce. 

MANEiaA ,  estylo,  feiçSo,  guisa,  modo, 
sorte,  iheor  —  arte,  geito. 

MANFiiío,  leve  —  pequeno  —  manual  — 
protabil,  portátil. 

MANEJAR,  trabalhar  —  manobrar  —  admi- 
nistrar, dirigir,  governar. 

MANEJO,  evolução,  manobra  —  adminis- 
tração, direcção,  gerência  —  tracto. 

maNes,  almas,  sombras  —  deoses  infer- 
nass. 

MANKTA,  manente,  manita, 

MANGA,  manguito—  tromba  —  ala  -»  meio 

—  adjuda,  soccorro. 

MANGAçÃo,  escarneo,  zombaria  —  engano. 

MANGALAÇA,  alcouce,  bofdel,  mancebia, 
pularia. 

manganilha,  engano,  fraude. 

MANGÃo  ou  Mangador ,.  escarnecedôr, 
zombador. 

MANGAR,  petear  —  escarnecer,  zombar  — 
chasquear  —  enganar,  illudir. 

MÀNGERONA,  amaraco. 

mangona,  mandrieira,  preguiça. 

MANHA,  habilidade,  parte,  prenda ^ — 
qualidade  —  costume  ,  hábito  —  sestro  — 
ardil,  dolo,  engano  —  destreza  —  indus- 
tria. 

MANHÃ  ou  Manhâa,  aurora,  madrugada. 

MANHOSO .  ardiloso,  arterio,  artificioso, 
astuto,  versuto  —  fino — hebilidoso. 

MANIA,  delírio,  loucura  —  raiva  —  paixão 

—  furor  —  doudice,  extravagância. 
MANÍACO,  extravagante,  louco»  lymphati- 

co,  visionário  —  furioso. 

manicaca,  fraco,  maricas. 

MT  NiFESTAçÃo,  descobrimeuto  —  conhecia 
mento  —  indício,  signal  —  revelação. 

MANIFESTAR,  dcclarar,  descobrir,  revelar 

—  divulgar,   patentear,   publicar  —  aclarar 

—  explicar,  expor  —  confessar-se. 
MANIFESTO  ,   apologia,  memoria,    eto.  — - 

[adj.)   claro  ,   evidente  —  notório  —  desco- 
berto. 

MANILHA,  bracelete  —  argola. 

MúNiNELO  ou  *  Marine/o,  bobo,  caturra, 
tolo  —  afeminado,  mulherengo. 

MARiNHEZ,  esterilidBde,  infecundidade. 

míni?;ho.  estéril,  infocuado,  mania  — 
árido,  ÍQCullo  —  infruolifuro. 

«aSJau,  alimento.  íviaritimenlo,  susiento, 
253  ^ 


1008 


MAR 


MAR 


—  comer,  vianda  —  iguaria  (o.  7i.)  masli- 
gar 

M^NO  ou  Mana,  irmão,  irmã. 

maNQIíejab,  claudicar,  coxear. 

Manqueira,  coxeadura  —  defeito,  desar, 
falta. 

MANSÃO,  aposento,  habitação,  morada. 

MANSIDÃO,  brandura,  serenidade,  tran- 
quilidade —  benignidade,  bondade. 

*  MANSILHA,  azorrague,  látego  —  flagel- 
lo. 

MANSO,  brando,  pacifico  —  plácido,  sere- 
no, sonegado,  tranqaillo  —  affavel,  beni- 
gno, humano  —  clemente,  piedoso  —  suave 

—  amansado,  domado,  domesticado  — 
abrandado  —  tratavei  —  applacado,  sere- 
nado —  {adv  )  mansamente. 

'    MANTA,  capa.  bodem,  penula. 

MANTEKÇA,  alimeuto,  mantimento,  sus- 
tento —  manutenção. 

MANTENEDOR  OU  Mautedor,  campeão  — 
defensor. 

Manter,  conservar,  continuar,  entreter, 
sustentar  —  guardar  —  defender  —  ter  mão. 

MANTILHA,  manta,  mantilete  —  [pi.)  fai- 
xas —  coeiros. 

MANTIMENTO,    alimeuto,   pasto ,  sustento 

—  comeres,  vitualhas,  viveres — manuten- 
ção. 

MANTO,  véo  —  capa  —  cobertura. 

MANUFACTURA,   fabrica,  officina  —  feitio. 

MANUFACTURAR,  fabricar,  fazer,  lavrar, 
obrar,  trabalhar. 

MANUFACTUREIRO  OU  Manufactunsta,  fa- 
bricante, obreiro. 

^MÁo  ou  Mau,  pernicioso,  prejudicial  — 
trabalhoso  —  irregular  —  perverso,  scelera- 
do  —  iniquo ,  pérfido,  ruim  —  maligno  — 
injusto  —  defeituoso  —  velho  —  maio. 

MÃO,  punho  —  lado,  parte  —  poder  — 
gadanho,  garra. 

MAPA  ou  Mappa,  carta  geographica  —  lis- 
ta. 

MAQUINA  ou  Machina  t  engenho— tra- 
móia —  massa  —  multidão. 

MAQUINAR  ou  Machinar  ,  idear  —  deli- 
near, traçar  —  inventor  —  excogilar. 

Mar,  pego,  profundo  —  golpho  —  Ocea- 
no ^  Amphitrite  —  Koptuno  —  Thetis  — 
sal. 

MARACHÃO,  restinga  —  diquo,  molhe. 

marafona,  mulheriaha  —  michela  —  me- 
retriz, prostituta. 

^  maranha,  enredo,  intriga  —  ardil,  sub- 
tileza. 

MABÃo  ou  Maraw,  mariola  —  esperto,  ladi- 
no —  maroto,  velhaco. 

MARAVILHA  ,  portento,  prodígio  —  mila- 
gre ~  raridade  —  obrapima. 
W  uaravilhar,  admirar»  espantar  —  (v.r.} 
admirar^SQ. 


Maravilhoso,  admirável  —  estupendo, 
extraordinário,  portentoso  —  milagroso. 

MARCA,  nota,  signal  —  cunho  —  firma, 
rubrica  —  ferrete. 

MARCADO,  regular  —  ferretado  —  abali- 
zado, distincto. 

MARCHA,  caminho,  jornada  —  volta  — ? 
*  marco. 

MARCHAR,  andar,  caminhar. 

MARCIAL,  Mamo  ou  Mavórcio,  beUioo, 
belligerfute,  belli^jero  —  guerreiro  —  ar- 
mipotente  —  valente,  valoroso  —  valente, 
animoso  —  esforçado,  forte. 

MARCO,  bahza,  demarcação,  limite,  linde 

—  termo. 

MARÉ,  esto  —  conjuncção,  ensejo,  occa* 
sião. 

MAREANTE,  marinhoiro,  marinho,  mara** 
jo. 

MAREAR,  manobrar,  reger(anáu)  — (n.J 
enjoar  —  embaçar. 

marEar-sk,  alterar-se,  avariar-se,  cor* 
romper-se  —  dirigir-se,  governar-se. 

Marejar,  reçumar  —  distillar ,  gottearii 
pingar. 

MARGARITA,  perola. 

MARGEM  OU  Mar^e,   borda  ,   extremidade 

—  fralda,  orla  —  riba,  ribeira  —  praia. 
MARICAS  ou  Uaricão,  fraco,  manicaca,  ma< 

Iherengo. 

MARIDO,  cônjuge,  consorte,  esposo. 

MARINHA,  praia  —  costa  —  salina. 

MARINHAGEM  OU  Marinharia,  equipagemi 
ínarujos  —  marcação. 

MARINHAR,  chusmar,  esquipar,  marinhen 
rar  —  (n.)  subir,  trepar. 

MARINHEIRO,  marltimo ,  marujo ,  matalO" 
te. 

Mariola,  gallego  —  marau. 

MARIPOSA,    borboleta. 

MARITAL,  conjugal,   matrlmoniali 

marítimo,  equoreo,  marino* 

MARLOTAR,  enxovalhar. 

MARMITA,  panella. 

marotsar,  brejeirar,  vadiar. 

MAROTEiRá,  brejeirice  —  tractada,  velha* 
cada. 

MAROTO,  brejeiro  —velhaco  —  descorleí 

—  tractante,   vil. 

MARRAFÃo,  máu  —  grosseiro,   incivil. 

MarralhbirOi  astuto,  fino ,  ladinho  «^ 
velhaco. 

marrar,  encontroar,  topear. 

Marreco,  adem,  pato  —  {adj.)  astuto,  ta« 
gaz. 

MARRUAZ,  obstinado,  opiniático,  teímosOi 
testo  —  grosseiro,  incivil,  rústico. 

M  ARRUFA  01  MaffOffo,  barbato,  leigo  *^ 
astuto,  sagai. 

MARTB,  Mavorte  —  guerra,  pugna  — di* 
ligencia  —  trabalho. 


Bl'AT 


MED 


1C09 


M4RTIXKTB,  gaviào  —  pentincho  —  co 
car  —  roin«s 

MÁRTIR  ou  Mar/l/r  ,  padecedor ,  sofifre- 
dor. 

martírio  ou  Maríi/no,  *  nurteiro,  sap- 
plicio,  tractos  —  aiSicçào,    ddr,    tormento 

—  calamidade,  ílsgello. 

MaRtkirar,  Martirisar  ou  Marít/rísor, 
supplicar,  tractear,  aflligír,  atornreniar. 

MaRUJO,  mariaheíro. 

MAS,  porém. 

MASCABAR,  deteriorar,  perder  —  abater, 
diminuir  —  deslustrar,  desluzir  —  escu- 
recer, oíTascar. 

mascabo,  descrédito,  deshonra  —  desdou- 
ro —  damno  —  injuria. 

MASCAR,  mastigar,  ruminar. 

uacara,  caraça,  caratuia  — carantonha, 
careta  —  apparencia,  exterior. 

Mascarar,  caratular  —  disfarçar,  dissi- 
mular, encobrir. 

mascarra,  enfarruscadela  —  nódoa,  la- 
beo. 

MASCABRAR,  encarvoiçar,  faligínar  —  en- 
negrecer  —   manchar. 

MASCOTAR,  quebrar. 

Masmorra  ou  Matamorra,  calabouço,  cár- 
cere, ergástulo,  prisão  —  cova.  fossa. 

MASSA,  acervo,  montão  —  total  —  espe- 
ciaria —  grossura  —  peso  —   quantidade 

—  volume. 

MASTIGAR »  mascar ,   triturar   —  rumi- 
nar. 
MASTIM,  lycisco,  molosso,  rateiro. 
MATA  ou   i&alta^   bosque,  floresta,    luco 

—  espessura  —  brenha ,   selva  —  matto , 
tapada. 

KaTação,  amofinação,   tormt^nto. 

Matador,  assassino,  immícída,  sicário  — 
impertinente  —  (adj  )  morlifero. 

maTalotb,  marintieiro,  marujo  —  com- 
panheiro. 

matamouros,  yalentão,  fanfarrão,  jactan- 
cioso,  quicbote. 

MATANÇA,  carniça,  carnificina,  mortanda- 
de, mortecinio. 

maTar,  assassinar,  trucidar  —  degolar  — 
apagar  —  extinguir  —  fatigar,  incommo- 
dar  —  impacieniar  —  mortificar. 

matar-se,  alorment«r-pe  — molestar-se, 
peoalisar-se  —  angiistiar-se,  consumir-se 
mariyrisar-se  *^  aiiligir-se,  magoar- se  — 
cançar-se. 

matarisis,  brigaentos,  rixosos. 

MATEIRO  ou  }Aaítei  o,  lenhador. 

Matbria.  puz  —  argumento,  assumpto, 
sujeito  —  maileira  —  practica  — escripta, 
escriptura  —  poema  —  copia. 

Material,  Corpóreo  —  crasso,  grosseiro, 
rudt  —  estúpido,  imboeil  — *  [pi,]  aube- 
gaAi 

YOL.  if. 


materialidade  om  Ma trialeirat  erro,  igno- 
rauiiia,  parvoice. 

HATERNáL,  materno. 

matinaua,  estrondo,  motim,  ruí  Jo,  alga- 
zarra  —  confusão,  tumulto. 

MATiRAR,  madrugar  —  estrondear  —  in- 
sistir. 

Matizar,  colorir,  illuminar  —  ornar,  ta- 
riar  —  betar,  marcheta*. 

MATO  ou  Maíío ,  brenha  ,  charneca  — 
abrolhos,  espinhos,  tojos.  etc. 

MATRACA,  apoupada,  apupo,  raia  —  zom« 
baria,  motfjo. 

MATRAQUEAR  OU  Uatraquejar  ^  apupar, 
vozear  —  amofinar. 

matreiro,  astuto,  fino,  sagaz  —  sabido 
—  escarmentado. 

matrimonio,  casamento,  conjugio,  consor- 
cio, desposorio,  bymen,  bymeneu,  núpcias, 
vodas. 

matriz  ,  madre  ,  ulero  -r  cathedral  — 
fonte  —  reservatório  —  {pi )  moldes. 

mausíílro,  sepulcro,  tumulo  —  eça. 

mavioso,  compassivo  —  brando  —  ter- 
no —  pathetico. 

Mavórcio  ou  Mavoríico^  bellico,  guerrei- 
ro. 

MAVORTB,  Karle  —  guerra. 

matima,  axioma  —  dogma  principio  — 
dintame,  docjimeoto  —  adagio,  aphorisfflo, 
sentença,  governo,  regime. 

Maximg,  principalmente. 

Maximo,  grandíssimo  —  Ínclito. 

Mazela  ou  Mazella,  ferida,  ma tad ura  — 
achaque,  donnça  —  mal  —  trabalho  —  po- 
breza —  afflicçâo  —  magreza. 

MAZORRAL,  gfosseiro,  incivil,  mazal  — 
rústico. 

M8Ã0  ou  Meião,  mediano,  medíocre. 

mbato,  caminho,  via  —  (pi.)  canaes,  dtl* 
ctos  —  poros. 

mrCenas,  patrono,  protector. 

MECO,  adultero  —  devasso,  dissoluto  — 
lascivo,  luxurioso. 

MEDA,  acervo,  montão,  monte. 

Medalha,  verónica  —  estampa  —  laml- 
ma. 

MEDIAÇÃO,  intercessão,  intervenção. 

MEDIADOR  ou  iMetitanciro.  meiiaiario,  re- 
conciliador —  aivogado.  intercessor  —  pa- 
drinho, patrono,    protector. 

MKDi%NiA,  me'iiocridado  —  moderação* 

mkdi^no,  meão.  mediocre  —  moderado* 

MEDIANTE,  com  o  auxilio  —  por  m«io« 
por  via. 

MEDICINA,  medicamento,  remédio. 

MEDICO  physico  —  d»>cior  —  Hippocra- 
tes  —  Esculápio  —  curador,  mesiahiro  — 
puUista. 

MEOiOA,  medição  —  proporção—  ttodt* 
ração,  cautella,  prudência. 


1010 


mm 


MEa 


medíocre,  meão,  mediano,   módico. 
MEDiocRiUADB,   mediania,   moderação  — 
limitação  —  lenuidade. 

MEOiH,  mensurar  —  compassar,    regulíir 

—  averiguar,  examinar  —  ajuizar,  avaliar 

—  proporcionar  —  governar   —   sendar , 
tentear. 

MEDIR-S8,  igualar-se  —  compelir,  dispu- 
tar —  rtsislir. 

MEDITAÇÃO,  conlemplação  —  considera- 
ção,  reflexão. 

MEDITAR,  considerar,  ponderar,    reflectir 

—  cogitar,  cuidar  —   especular. 

MKDO  ou  Mêiio,  pavor,  susto,  temor  — 
sobresallo  —  horror,  terror  —  tremor  — 
assombra  mento  —  covardia,  pusillanimida- 
de  —  trepidação 

MBDONao,  horrendo ,  hórrido,  horrível, 
terrível ,  pavoroso  —  espantoso  —  formi- 
dável. 

MEDRA  ou  Medrança,  augmento,  cresci- 
menlo,    progresso. 

MEDRAR,  aproveitar,  luzir—  crescer,  pros- 
perar —  enriquecer- se. 

MGDR'SO,  cobarde,  mijote,  pusillanime, 
ilmidOi 

MEDULLA,  tutano  —  âmago,  imo  —  sub- 
sranria  —  realidade. 

MKiGENORO,  cbocho,  pêco  —  lorto  (fru- 
cto). 

MEiGO ,  affavel ,  carinhoso  ,  fagueiro  -^ 
brando,  doce,  terno  —  amável. 

MEIGUICES,  affdgos,  caricias,  mimos  —  do- 
çuras —  lisonjas. 

Maio,  metade  —  azo,  modo,  via- —  expe- 
diente, traça  —  centro,  getnma. 

MEL,  favo  —  doçura,  suavidade. 

MELANCOLIA ,  bypocondria  —  aíllicção  — 
taciturnidade,  trisieza  —  lucío,  nojo. 

MF.L\PiCOLico,   injucundo,    melanculízado 

—  aíll  cio  —  pensativo  —  soaibrio,    taci- 
turno, inste  —  fllrabilliario,  bilioso. 

MELENA,  gueJelha  —  cabelleira, 

MELHOR,  superior  —  [adv  )  melhormen- 
te. 

usLnoRA  ou  Melhoria,  convalescença  — 
adiameuto ,  progresso  —  bemfeitjria  — 
apfoveilameuio. 

MKmoMAR,  bemfeítorizar,  beneficiar  —  re- 
parar, restaurar  —  resarcir. 

MELINDRE,  delicadeza  —  mimo  —  cons- 
cieucia  —  probidade  — •  bioco. 

MELINDROSO,  itlft^uado,  delícado,  mimoso 
escrupuloso  —  «gastadiço. 

mallifluo,  mellifero,   mellefico,   melloso 

—  doce,  suave. 

MKLODiA  ou  iiUllodia,  consonaQCÍa,  har- 
monia —  musica  —  canio. 

melodioso  ou  Mellodioso,  canoro,  harmó- 
nico, harniuníoso  —  doce,  suave. 

M&MBiiUDo,  aihletico,  reforçado  —  enorm». 


MEMOTiAHDO,  memorado,  memorável  — 
oeleberrimo,  celebrado,   celfíhre,  fòmoso. 

MiíttORAR,  aroenlar,.  lembrar,  recordar. 

mf.moru,  lembrança,  record.^çãa,  remi- 
niscência —  monumento,  padrão. 

MENÇÃO,  commemoraçào,  lembrança,  me- 
moria —  cii«çào. 

MKNDAZ,  mentiroso. 

MENDICANTE  OM  Me ndigaute,  mendigo,  p6<* 
dinie,  pobre. 

MENDIGAR  OU  Mendigar,  esmolar  —  im- 
plorar, reclamar,  sollicitar    —  recorrer. 

MEN4)iG0,  ptjdinte,  pobre  —  falto,  neces- 
sitado. 

MBNDiGuBZ,  meadíoídade,  mendiguidade, 
pedintaria,  pobreza. 

mendoso,  defeituoso. 

MKNKo  on  Meneio,  gesto  —  manobra  — 
adtuinistraçâo  —  [pi,)  ademanes,  gatima- 
nhos. 

MiíNiNA,  rapariga. 

MENiNicB,  infância,  puerícia  —  puerili- 
dade —  berço,  mantilhas. 

MENINO  ou  Minino^  infante,  pequeno,  ra- 
pazinho —  Amor,  Cupido. 

MRKOR,  mais  moço,  mais  pequeno  —  des- 
igual, inferior, .  somenos. 

MENOS,  inferior  —  (adi?.)  afora,  excepto. 

MENOSCABAR,  mf^uosprezar  —  aviltar,  des- 
acreditar, destraír,  diífamar,  desdourar, 
deslustrar,  desluzir. 

MENOSCABO,  descrédito,  desprezo  —  vili- 
pendio, vitupério. 

MENOSPREZAR,  dcsestimar,  desprezar. 

MííPiospftKÇO,  dist^siima,  desprezo, 

mknsageihO  ou  Messageiro,  recadista  — 
enviado  —  almocreve,  recoveiro —  annua-, 
ciador,  annuncio,  precursor. 

Mi^NSACEitf,  Mcnsage  ouMessage,  commis- 
são,  encargo —  despacho  —  recado. 

MENSURAR,  moílir. 

MENTE,  entendimento,  juízo  —  espírito  — • 
ingenbo  —  pensamento  —  memoria. 

MKNTECApTo,  duudo,  íusauo,  ínseusato» 
louco  —  eslupido.  sandea. 

MENTIDO  ou  ^intido,  enganoso,  falias, 
falloso,  falso,  mentiroso  —  enganador  —  fe- 
mentido —  doloso,  fraudulento  —  apparen- 
le,  conlrafijito,  fingido,  iiiuaivo  —  simulado, 
vão. 

MENTIR  ou  Mintir,  enganar  —  petear  — 
parolar  —  falhar,  fallir  —  contrafazer. 

MENTIRA  ou  Minííra,  peta  —  embust*?, 
falsidade,  impostura  —  patranha  —  fabula  , 
novella  —  erro,  illusão  —  vaidade. 

MENTIROSO  ou  Mintiroso,  enganoso,  fal- 
so, meudaz  —  embusteiro,  impostor. 

MEQuKTRdFE  ,  eutremeiído  —  buliçoso  — , 
ílno,  sábio. 

M&RCàDEjAR  ou  Mereancear  t  chatinar». 
mercauiear,  traíicar.  , 


MET 


Mllf 


toa 


MERCADO,  preço  —  compra  —  íèira  —  tl« 
oaodda. 

HCfiCANC[Á,  fazenda,  mercadoria  •— oom* 
mercio,  negocio,  tracto, 

MKRCANTK,  mercador  —  traficante  -  («<(;'.) 
mercantil. 

MRRCAR,  comprar,  contractar. 

MERCB,  beneficio,  dom,  favor,  graça —  * 
emolumento  —  *  poga,  soldada. 

MERCuBio.  C}'llenio  —  azougue  —  alcofl- 
nha,  corredor. 

MKRECeooR,  digno. 

MKRECKH.  garhar —  obter  —  raler. 

KKRF.ciDO,  devido,  digno. 

MERECiMiiNTO,  beneriierencia,  mérito  — 
serviços  —  bondade  —  eicellencia  —  virtude 

—  valor. 

*  MKRENcoBio,  melancólico,  carregado  — 
assanhado,  enfadado,  irado,  iroso 

MERKTRix,  alcouceira,  loureira,  prostituta, 
puta.  rameira  —marota  —  cantoneira  — ma- 
rafuna,  michela  —  porca  —  [adj.]  mundana- 
ria. 

MKBiTO,  merecimento  —  [adj.)  merecido 

—  mHrecedor. 

mks<;la,  mistura,  mixto. 
MKSCLAR,  misturar. 

MisMO,  idêntico  —  constante,  igual  —  pa- 
recido, similhflnte. 

*  mesquindadi,  desgraça,  infortúnio,  mo- 
fina. 

MKfJQuiwnARTA,  }ilesquinhei  ou  ^'f^í/ui- 
nheza,  parcimoaia  —  avareza,  cwínheza  — 
curttíia,  estreiteza  —  laz**ira,   miséria. 

MEsQumno,    desgraça<io,    infeliz,    mofino 

—  acanhado,  parco  —  fona,  somitego,  sovi- 
na —  cainho  —  avarento  —  miseravtl  —  sor 
dido  —  fraco. 

MESSE,  seara  —  *  centeio. 

MESSIAS,  Jesu-Christo. 

MKSTER  ouMisíer.  arte,  eílicio,  profissão 

—  agencia—  anifice. 
MKSTo.  afflicto.  triste. 

MESTRE,  aio.  preceilor,  preceptor  —  dou- 
tor —  calh^^dratico. 

MKSTRiA,  habiiidaiie,  saber. 

MKSURAOU  Wezura,  corlezia.  salva,  vénia 

MRSURADO,  aliento.  considerado  —  com- 
posto, modesto  -    grave  —  prud»»nte 

MKSURAR,  cortejar,  reverenciar,  saudar  — 
idiminuir,  moderar. 

MB-^uREiKO,  corteja-lor  —  lisonjeiro. 

MiíTA,   baliza  —  lifíjile.  termo  -raia. 

metamorphosb,  mudança,  transfurmação, 
transmui8(,ão. 

metamorpuosear,  transformar,  transmu- 
dar. 

METEDiço  ou  )iettediço,  entremettido. 

MRTiioDO.  dispo^içà'».  ordem  —  costume, 
habito  —  destrez"»,  babiUdado  —  meio  —  as- 
túcia. 


MiTicuLOso,  nedreso,  tímido. 

viTRiFiCADOB,  verseJador,  versístA  <-*  tro« 
vador. 

METRIFICAR,  metricar,  versejar  —  poetar, 
trovar  —  rbymar. 

METRO,  verso  —  poesia. 

MKTRopoLi,  capitai,  corte  —  mâe  — fonte, 

hktropolita  ou  iAetropolitano,  arcebii« 
po. 

MiTTER,  pôr,  situar  —  faier  —  ordenar 

—  embeber,  introduzir  —  procurar  —  tra- 
zer —  causar  —  entregar  —  intender  —  en- 
canar, enfiar. 

METTER-SE,  íngerir-ss,  insiuuar-se,  intro- 
duzir-«e. 

.  MRXEDOR,  espátula  —  enredador,  intrigan- 
te, tecedor. 

MEXER,  bolir,  tocar  —  misturar  —  enre- 
dar —  perturbar. 

MEx«R  caR,  chocalhar,  pairar. 

Mexericos  ou  Mexericada,  cbocalbices  — 
enredos. 

MEXERIQUEIRO,  chocalheíro,  fallador  — 
indiscreto  —  intrigante. 

M^xiLnÃo,  buliçoso  —  entremettido  —  in- 
trigante. 

MEZINHA,  ajuda,  crystel  —  purga  —  me« 
dicamento,  remédio  —  aniidoto. 

MfZimiAR,  medicar  —  curar. 

MiCANTB,  brilhante,  resplandecente. 

«icoRLA.  meretriz,  prostituta  —  marafo- 
na  —  cantoneira. 

MIGALHA,  bocca d inbo,  fragmento,  parcel- 
la,  paaicula  —  nounada  —  atumo. 

MJj»R,  urinar. 

Mijo,  aguas,  urina. 

MijoTK,  medroso,  timido. 

Milagre,  assombro,  maravilha,  portento, 
prodígio  —  obra   prirna. 

MILAGROSO  ou  Miraculoso,  admirável,  por- 
tenioso. 

MiL'CiA,  soldadesca,  soldados,  tropa  — 
exercito  —  guerra       arte  militar. 

MILICIANO,   lúáonho,   indisciplinado. 

M'LiTANTE,  guerreiro,  snlilado 

MILITAR,  guerreiro,  soldado  —  [v.  n.)  com- 
bater, guerrear,  pe.l-jar. 

MIMO,  delicadeza,  melindre  —  brandura, 
(aricia.    carinho  -  dadiva,   favor,  pre^eute 

—  gesticulanip,  momo. 

MIMOSO,  delicado,  melindroso  —  m«cio, 
molle  —  delicioso  -  brando,  suave  —  débil, 
fraco  —  aijesu,  favorito,  valido. 

MINA.  erário,  ihesoura  —  fi>nte. 

MiNACR  ou  Minoz.  ameaçaditr. 

MiNGOA,  carência,  falta,  penúria  —  decres- 
cimento. 

MiNGOADO,  diminuto,  mingado  —  desfalle- 
cido,  falto  —  desdito.so  —  estéril. 

*  MiisGOAMENTO,  dimiuuiçào,  qu3bra  — 
falta. 

Í53  * 


1012 


MIS 


MOD 


m^noTO,  n3ilhi»f''e,  mílbana, 

MiMiSTgRio.  ministraria  —  eargo,  âmpra* 
fo,  eíercioip,  mister,  oooupação,  oflicio  — 
«genei«,  iotervençào. 

HiNiSTRA,  criada,  servente  —  roda, 

HiNiSTEAB,  dar,  fornecer,  prover  — cau- 
>ar. 

MiN*STRO,  inagi8trad>,  embaixador,  en- 
TÍado  —  pregador  •—  «xeculor  —  instruajen- 
to,  meio  —  medianeiro. 

umoRAÇÃo  ou  íninoramentOt  decremento, 
deminuição,  mingoa. 

minoraRi  abater,  apoucar,  diminuir. 

MiNuciA,  bagntelía,  frioleira,  nintiaria, 

MINUCIOSO,  impertinente,  pichoso,  pon- 
loso. 

HiNUDiNCu.  miu<leza  —  minúcia. 

lUNUia,  diminuir, 

MINÚSCULO,  miúdo,  pequeno, 

NiNUTA,  borrão,  rascunho, 

jjiOLO,  cérebro  —  juiio  —  intíirior, 

jiiRA,  alvo,  fito  —  desejo — intento. 

»iiR«c.  abdómen. 

MiRAHENTO,  attenç&o,  circumspecçSo. 

MIRANTE,  eirado,  miradouro. 

MiRARi  apontar  —  olhar "-  considerar,  re- 
flectir. 

mirífico,  adooiravol,  maravilhoso. 

MIRRA  ou  Mt/rra.  gorooja  —  rooroia  —  es- 
canifrado,  m>«griço  —  avaro,  morde  cunhos 
—  fona,  mesquinho, 

H1RHAR-SS  i>u  Myrrar^se,  emro/»grecer  — 
attenuar-se,  deíinar-se  —  lecc  r-se. 

MissRAÇÀo,  compnixão,  misericórdia. 

MISERANDO,  miserável  -  aílligidor  —  de- 
plorável, lastimoso  —  triste. 

MisBHAH-SB,   Carpir,   deplorar,  laslimar- 

86. 

MISERÁVEL,  miserando,  misero,  misérri- 
mo —  desgraçado,  infeliz  —  deplorável,  las- 
timoso —  avarento,  avaro  —  a  vido  —  mes- 
quinho, rooíino '  triste  --  desastrado. 

MISÉRIA,  desgraça,  infelicidade,  infortú- 
nio—  trabalho  —  calamidade  —  mendiguez 
pobreza  —  mopia,  penúria  —  lastima  —  des- 
amparo —  avareza  —  cainheza,  motina. 

MISERICÓRDIA,  commjseração,  compaixão, 
lastima    miseração,  piedade. 

MISERICORDIOSO,  bom,  caridoso,  clemen- 
te, compassivo,  indulgente,  piedoso. 

MÍSERO,  infeliz,  miserável,  misérrimo,  mo- 
fino —  avaro  —  escaco,  mesquinho. 

MISÉRRIMO,  infortunoso  —  deplorável. 

MJSTEBio  ou  híysterio,  arcano,  segtedo. 

MISTERIOSO  ou  Mysterioso,  impenetrável, 
inescrutável  —  obscuro,  profundo  —  mysti- 
co  —  *  necessário. 

MÍSTICO  ou  Mystico,  mysterioso  —  allego- 
rico,  figurado  —  miscellaneo  —  alambica- 
do. 


vmo  ou  Uixto^  mesclado,  mieturado  — 
(<•)  mistura, 

MMUHA,  mescla,  meiurufada,  mistura* 
mento  —  complicaçSo, 

MISTURADA,  moscla,  mistura,  miit&o  — • 
confusão. 

MisruRAR,  remexer -^  baralhar,  eonfuQ* 
dir  —complicar,  involver. 

MITIGAÇÃO,  adoçamento,  allivio,  consolo, 
lenitivo. 

MITIGAR ,  abrandar ,  amansar  •<-  adoçar, 
aliviar,  suavisar  —  applaoar  —  diminuir, 
moderar. 

MIUDEZA,  minúcia,  minudência  ^  perfei« 
çio,  primor. 

MiuDO,  pequenino  —  minucioso  —  repeti* 
do  —  exacto  ^{pl.)  troços, 

MÓ,  circulo,  roda. 

MuBiLiA.  moveis,  trastes, 

MocANiiEiRO ,  engodador,  invenclonelro, 
moquenoo. 

MocA^QUICE,  a(Tf<go,  carinho,  meiguice, 
mimo  —  momo,  trig^'lto. 

MOÇA  ou  \ioça,  criada,  serva  —  donzella, 
repangíi  —  «miga. 

Moç*ro,  Alcorão. 

MOçAo,  movimento  —  ahalo,  impreísio, 

MOi-niLA.  sacco  —  lacaio  —  capa  razio. 

MOCHO,  bufo,  coruja,  cuco  —  (adj.)  mu* 
tilado. 

MOCIDADE,  adolescência,  juvenilídade,  ju* 
ventude, 

MOÇO.  ephebo,jo»en,  mancebo,  rapai  — 
onado,  servo  —  {adj  )  imprudente,  inconsi  • 
derado. 

MODA,  oostume,  habito,  uso  — >  Toga  -« 
cantiga. 

MODKLO,  archefypo,  exemplar,  original, 
pi-ototypo  —  molde 

MODERAÇÃO,  circumspecçlo,  comedimento 

—  reportação  —  regra  —  modiflcaçào. 
MODERADO,   comodldo,   reportado  —  me- 
diado, feobrio. 

MODERAR,  Fpger — Tcfrear,  reprimir  — 
abrandar,  mitigar,  temperar  —  modic.ar. 

MODERAR-SE.  comedir-se,  repurtar-se  — 
abster  se,  cohibir-se  - sopear-se  —  serenar*» 
se  —  applacar-se. 

MODERNO,  hodierno,  moterico,  novo,  re» 
cente. 

MODÉSTIA,    pejo,   pudor  —  comedimento 

—  circumspeçÃo  —  compostura,   gravidade 

—  severidade. 

MODESTO,  grave,  sisudo  —  comedido,  mo- 
derado —  decoroso  —  honesto,  pudico. 

HODiCAR ,  abrandar  ,  diminuir ,  mode- 
rar. 

MÓDICO,  pequeno  —  ligeiro  —  mediocre  — 
pouco  —  escasso. 

MODIFICAÇÃO,  limitação,  restricçSo  ~  mo- 
deração, temperamento. 


MOl 


MON 


1013 


woniFitíAP, mcdear,  temperar  —  adoçar, 
corrigir. 

notio,  arte.  forma,  maneira  —  e$tad<>,  dis- 
posição —  ejlylo,  uso  — -  moaa  —  regime  — 
modtíroção  —  ffiçSo,  g-^ilo. 

MODOKRA,  leibargo,  somnolpnela, 

VODORatNTo,  amodorrado,  letbargico,  so- 
ponfero,  soporoso. 

VODUL.AÇÃO,   entoação,   melodia,  neuma 

NODULAR,  [entoar,  tiarmonisar,  melodiar 

MODULO,  canoro,  consono,  barmcnioso. 
melodioso. 

MOEDA,  dinheiro  —  (/?/.)  louras, 

mokla,  bucho,  o:^to(Dflgo  (das  aves). 

MoiffDA,  mó  —  moinho. 

MoiR,  pizar,  trilhar  —  fatigar  —  causticsr. 
imporiunar  —  amotinar,  atormentar  —  aíllt 
gir,  m bestar  —  qu^-imar. 

ver 4  ou  }Hofaduraf  derisão,  escarneo, 
lOmbaria  —  vitupério. 

MOFA  DOR,  escarnicador,  irrisor,  mofarei 
ro,  zooibador. 

MOFAR,  achincalhar,    chacotear,  chinca 
Ibar  —  apodar,  motejar  —  g-^aoejar,  zomb^- 
teÍAr. 

MOFINA*  desdita,  desgraça,  ioff^licidade — 
miséria  —  mesquinhez  —  avareza. 

MOFINO, desgraçado,  infelu  —  forreta,  mes- 
qu.nho,  tacanho, 

M  Fo,  bolor, 

MuFuso.  bolorento,  embolorecido,  mofado, 
mofunto, 

MOÍDO,  csnçado,  fatigado,  lasso,  quebran 
tadi. 

Mominio.  canç»ço,  fadiga,  quebranta- 
mento —  monumento  —  mausoleo,  tumu- 
lo. 

MOLAKQUETPO,  fraco,  mnlle. 

MOLDAR  ou  Moldear,  emmoldar  —  impri 
mir  —  accommodar,  adaptar,  conformar. 

MOLD»,  exemplar,  modelo  —  lypo—  amos- 
tra —  desenho  —  ideia  —  molhe. 

MOLDURA,  caixilho  —  feitio,  molde, 

MOLi,  corpo,  volume  —  grandeza  —  mo- 
lhe. 

MOLiQUB,  negrinho,  pretinho  —  maca- 
co. 

MOLESTAR,  anojar  —  aílligir,  magoar  — 
inquietar  —  aggravar  —  maliractar. 

MOLÉSTIA,  (luen<,a  —  incommodo  —  op- 
pressào,  vexaçào  —  aíDicçào,  dôr,  pena  — 
inquietação,  eufido,  irab.lho. 

MOLESTO  ou  ^lolestoso,  doente,  indispos- 
to —  enfadonho,  importuno  —  incommodo, 
penoso,  duro. 

MOLUADURA,  banhação  —  humidade  —  es 
portula,  gorgela,  propina  —  gralifioação. 

MOLHAR,  aguar,  ensopar  —  banhar,  bor- 
rifar, tiumectar. 
MOLHE,  dique,  marachão,  paredão. 
MOiDO,  feixe,  liflça. 

▼OL     IV. 


MOLH,  flaccldo  —  brando,  d-lio^do  —  de» 
bil,  fraco  —  adamado,  afeminado  •—  limido 
—  rí-mis-ío. 

MOLLiiaA  ou  Mjleira,  sinciput,  sutura 
coronal  —*  azenha,  moinho. 

HoiLBTE.  fresco,  molle  (pio). 

MOLLKZA  ou  yiolliddo,  frouxid&o.  langop, 
nQolIura  —  preguiça  —  braiiduia,  deli"'ade« 
«a  —  afeminação. 

aoiLicu  ou  íAolUcie,  dnllcadeza,  molin- 
Ire-,  mimo  —  regilo  —  delicias  —  sensuali* 
lade. 

MOLMFicATi,  abrandar,  amollecop. 

MOLLiNHA,  chuveiro,  ctiuvisco  —  g^ada, 
neblina. 

MOLLiNHAR,  chuviscar. 

MOLLOso,  masiim,  rafeiro. 

M0M8NTANEO,   iustautaneo  —  transitório, 

MOMENTO,  instante,  minuto,  ponto — coQ-» 
sequencia,  consideração  —  importância,  pe- 
0,  valor. 

MOM  CE,  affectação  —  disfarce  —  bufona- 
ria —  macaquice. 

MOMO.  bugiaria,  trigeito  —  gesto,  meneio 

—  zombaria. 
MONA,  macaca,  symia  —  bebedice,  borra- 

eh». ira.    , 

MONARCA  ou  yionarcha,  imperador,  pria« 
cipe,  rei    soberano   -  ch^fe. 

MONARQUIA  ou  Monarc/ita,  i.npario,  reino 

—  governo. 
MONÁSTICO,  monacal, 
honcah.  assoar  se. 

MiiNçÀo.  occasiào,  opportunidade,  Tez* 
McNco,  muco,  ranho. 
Mo^coso,  ranhoso. 
moNd*,  moodadura. 
MON'D''NGo.  porco,  sordido,  sucz,  sujo  — • 

(s  )  dt^bulho,  tntrnnhas.  miúdos  (darez). 
MONDONGUEiRo,  tripoiro  —  porco  —  iU- 

MONGE  OU  yionje,  frade,  religioso  —  ana- 
choreta.  eremita  —  solitf^rio. 

Mojfjv,  freira,  religiosa. 

MONiR.  admoestar. 

MONO,  bugio,  macaco  —  feianchão  —  en- 
gano, logro. 

MONOi'OLio  ou  Mono/}oío,  «barcamentn. 

MONOPOLISTA,  abarcador,  açambarcador, 
atravessador. 

MONOPOLfs^R  ou  MonopoUzar^  abarcar, 
atravessar  (frtzendfls). 

MONSTRO,  portento,  prodígio  —  maravi- 
lha —  assombro,  pasmo  —  bárbaro,  scelera- 
do. 

MONSTRUOSO  OU  Mo'»>5íro50,  extraordiná- 
rio, inaudito,  prolenloso  —  façanhoso,  fero 
—  monslnfero. 

MONTA,  somma  —  importe. 

MONTANHA,  uionie  —  ahura,  elevação. 

MONiANEEZ,  Tustico,  serrano. 
254 


MOR 


MOV 


MONTAiíTr,  espndSo  — -  enchente. 

mostAo,  acervo,  *  amas,  cumulo,  ruma 
-—  flggregado. 

MONTAR,  subir,  trepar  —  dobrar,  tras- 
pôr  —  aprov»  itar  —  importar,  sommar. 

MONTE,  montanha  —  penedia, serra,  ser- 
rania —  acervo,  cumulo. 

MONTEZINHO  ou  ¥onteZf  montanhez  — 
rude,  ruslico. 

MONTURO,  lamein,  rouladar. 

MOT^LMFNTO,  edlficio,  íabnca  «t-  memo- 
ria, padrão  —  inseripçào,  lapida  —  man- 
soliío,  moimento,   sepulcro,  tumulo. 

Mí>RA,  delonga,  demora,  dil«ção. 

morauv,  aposento,  casi,  domicilio,  es- 
tancia, habitação,  *  s*'jorno,  pousada  — 
hoipicio    --  assento  —  ninho 

MORADOR,  habitador,  habitante,  íncola  — 
visioho. 

MORAR,  tlojar,  assistir,  habUíir,  residir. 

MÓRBIDO,  macio,  moUe  —  delicado,  mi- 
mOsO   —  doentio. 

morbo,   doença. 

MORBoso,  a  hacado  ,  doentio,  enfermo, 
malsão. 

mí-rdacidadí:,  csuslicidade,  malidicenci? 
—  sfttyra  —  dicscidade. 

mordaz  ou  Mordace,  dicaz,  maldizente, 
raaledico  —  satyrico  —  corrosivo,  pican- 
te, pungpnte. 

woRpEnuRA  ou  ^'otdidela,  dentada. 

MORi)Ea,  deniar,  mort-litar  —  pie  ir  — 
roer  —  salyrissr  —    moiojar. 

MOR  DIÇÃO,  beliscão,  belisco. 

M.OHD  MKNTo,  remorso 

mObk^o.  ps-rdo    triífueifO. 

MOKFANno,  ffnhoso. 

MO«'GRRíL«,  corejar,  obsequiar. 

kormkntx,    maiormenie,  principalmente, 
sob 'et  a  do 
•    MORosroADE,  demora,  detença. 

í'ORO«o,    d  morado,  detido 

MOKHRH,  expTíír,  fallecer,  fenecer,  ir-se, 
perecer  —  ncibar,   rematar,   —  terminar 

mOhrião,  c«sco,  elmo. 

MOKttO,  cabeço,  corabro,  monta,  outeiri- 
nho 

MORTAL,  homem,  individuo  —  {aâj.)  ca- 
duco, fagil,  pas«^ageiro  —  lelhal,  mur.ife- 
ro,  períjiioso^  —  excessivo. 

Mortalha,  lençol,  sudário  —  enterro,  ca- 
dáver. 

MORTiNDAOE.  carnic^fifl.  carnificina,  ma- 
tança, *    morteilade  —  dí^stroço,    estrago 

MOfiTR,  f-dlecimenío  ,  finamento  ,  óbito. 
p?'Ssam^'nfo.  transito, 

MGRTEC(N'o  OU  Moríidíu,  cadavei ,  defun- 
cto  —   mortandade. 

MORTFíiiO,  'ethifero,  mortal  —  perigo- 
so. 

MORTiF  CAÇÃO,  amortecimento  —  alIIicjSo, 


desgosto,   dissabor,   pesar  — *  abstint noi», 
jejum  —  austeridade,  penilencia. 

MORTIFICAR,  contrisíar ,  dissaborear  — 
atormentar  —  macerar  —  domar ,  ripri* 
ffiir. 

KORTO,  cadáver,  defancto  —  («<(;.)  exan- 
gue, exânime,   fallecido,  lívido,  pailido. 

MORTORio,  ou  bloriuoriot  exéquias,  fune* 
ral. 

MOSCAR,  fugir. 

MOSCARDO,  atavSo,  tavão, 

MOSQUETE,  arcabuz ,  clavina,  espingar- 
da. 

,    MOSSA,  boca  —   abalo,    comaioçào,    im- 
pressão. 

MOSTRA,  amostra,  congesto  —  demonstra- 
;ção,  significação  —  indício   —    prova   — 
apparencia,  especiosidade  —  exemplar,  mo- 
delo —  molde  —  cortejo,  pompa. 

MOSTRADOR,  balcão  —  demonilrador  — 
indicador, 

MOSTRAR,  descobrir,  amostrar,  expor,  pa- 
tentear —  manifestar  —    apontar,    indicar 

—  significar  —  tingir,  simular,    ensinar. 
MOSTHENGO,  errante,  vadio,  vagabundo, 
MOTE,  agudeza,  dicterio  —  esierbilho. 
MOTKJADOR,  dizedor,  gracejador,   zomba- 
dor. 

MOTEJAR  ,  apodar ,  matraquear  ,  remo- 
quear. 

MOTETE,  agudeza,  apodo  —  motejo  — 
coj  la,  mote, 

BioTiM,  alvoroço,  turnuUo  —  rabellião, 
revolta,  sedição  —  levaíitamento  —  assua- 
da  —  bulha,  estrondo. 

MOTIVAR,  causar. 

MOTIVO,  cau'-'a,  fim,  razão  —  aro,  occa- 
s  ão  —  estimulo,  impuUo,  in^-enuvo  —  {adj.) 
movente. 

MOTO,  impulso,  movimento  —  desígnio, 
intençfi5,   vontade  —  mote  —  letra,  divisa. 

MOTOR,   rausador  —  movedor  —  auclor 

—  principio. 

MoTKECO,  naco,  pedaço. 

MOUCO,    surdo, 

MOURO,  Afiicano,  Mauritano  —  (ati;.)  mau- 
ro. 

MÓVEL,  firmamento  — 
'arf/ )  movediço,  variável 
siarite. 

MovEB,  manear,  to^ar 
por  —  intentar  —  estinnilar,    snseitar   — 
irritar,  provocar  —  inspirar  —    abalar  — 
[n.)  abortar. 

MovKR-sE,  mexerse  —  andar,  caminhar, 
»gi!a'-se. 

MOVIMENTO,  meneio  —  mudança  —  aba- 
lo, ag  ta(,30,  impuho,  moto  —  allor  — [pi.) 
pertjrba .  ões. 

MoviTO,  aborto. 

Mjvivel,  móbil,  movediça  —   mu-avel. 


alfaia,    traste  — 

—  lucerto,  iucon- 

—  levantar,   pro- 


MUN 


MUT 


1015 


•  MU,  macho,  mulo. 

*  Mi;^,  mula. 

MLDAJKNTE,  Calada,  silenciosamente. 

mud^mkmo,    alteração,  mudança. 

mujíaNçí,  alteração,  innovação,  reforma 
—  transformação  —  diíTerença  —  incon- 
stância, variedade  —  impertinência,  insta- 
bilidade, mutabilidade. 
/  MUDAR,  levar,  transportar  —  trocar,  va- 
riar —  alterar,  innovar,  reformar  —  per- 
der —  converter. 

MUDÁVEL,  incerto,  vario  —   inconstante 
variável  —  impermanente,  instável  —  le- 
ve —  móbil,  movivel,  mudadiço  —  alterá- 
vel. 

MUDO,  calado,  silencioso,  tácito. 

MUGIDO,  berro,  bramido. 

MUGIR,  berrar,  bramir  —  gritar, 

MUI,  muito,  sobfjamente. 

MULA,  *  mua. 

liuLHEEULHs.  cbuveiro,  chuvisco. 

«ULHER  ou  Molher,  fêmea  — matrona  — 
dcnzçlla,  virgem  —  moça  —  esposa. 

MULHERENGO  OU  Molfierengo.  eíTemina- 
do 

aiULHERio,  mulheres. 

uuLnsEMENTE,  femenil,  fracamente. 

MULTA  OU  Muleta  ,  coima  ,  condemna- 
çSo. 

Ml  ltídAo,  multiplicidade  —  numero  — 
cardume,  enxame  —  torrente  —  caterva 
povo,  vulgo. 

MULTIPLICAÇÃO,  accrescimeuto,  augmen- 
to. 

MULTIPLICAR,  augmentar,  crescer  — pro- 
pagar. 

MULTipLic  DADB,  accumulação,  amontoa- 
mento  —  muliidào. 

MuNoiciA,  aceio,  limpeza* 

Mundificar,    alimpar. 

Mundo,  globc,  orbe,  terrí,  universo  — 
homens  —  costume,  uso,  vicio  —  Ictt//.) 
limpo,  puro. 


deslustrar  —  gec- 
desmaiado  —  seo- 


calumniador,  maldizente» 


MUNGia,  ordenhar. 

MuRiFiCEKCíA,  bencficlo  —  largueza,  li- 
be ralidãJe  —  generosidade  —  magnifiecn- 
cia. 

MUjqiFiCQ,  dadivoso,  largueador,  liberal. 

MUNiK,  fortalecer,  forliQcar   —   defender 

—  clrcumvallar  —  abastecer,    municonar, 
prover. 

MURALHA,    muro. 

MURCHAR,    desbotar , 
car. 

MURCHO,    desbotado. 
CO,  languido. 

MUftMUR,   estrondo. 

MURMURAÇÃO,  calumnia,  detracçao,  male- 
dicência. 

MURMURADOR 

maltdico. 
MURMURANTE,  sosnte,  sussurraut^í. 
MURMURAI»,  rosnar   —   detrair,  maldizer 

—  sussurrar,  censurar —toar. 
MURHURiNíio  ou  Murmurio,  murmuro,  ruí- 
do, sussurro,  tom. 

MUBO,  parede,  muralha. 

MURRO,  mochicão,  murraça,  punhada,  sò* 

GO. 

MURTA,  royrto. 

musas,  Camenas,  Pierides. 

muscado,  alraiscarado  —  aromático,  chôi« 
roso. 

MusEo  ou  Museu,  templo  das  Musas  — 
academia  —  universidade. 

BusiCA,  acentos,  canto  —  harmonia,  me» 
lodia. 

MUSICO,  instrumentista ,  symphonista  — 
cantor  —  [adj  )  canoro,    harmónico. 

MUTABILIDADE,  ínconstaucia,  mudança  — . 
instabilid/íde. 

MUTAÇÃO,  mudança,  vicissitude. 

MUTUAL  ou  Mutuo,  alternado,  alternati- 
vo, reciprocado,  reciproco  —  correspondea- 
le,   respectivo. 


Í54  > 


1018 


KAT 


mc 


N 


NACARADO»  carmiaeo,  róseo. 

naçâo,  ^eate,  povo  —  casti,  espécie, 
raça. 

wacivkl,  nadivel,  nalivo. 
'     NACO,  pedaço. 

Nada.  zero  — bagaloUa,  minúcia  —  nS o . 

nauegas,  bebas,  nalgas. 

Nauo,  nsscido. 

Namoração,  namoraraento,  namoro. 

namokauo,  amador,  amantts ,  íimoroso, 
apaixonado,   gal«n. 

Namorar,  cortejar,  enamorar,  galantear. 

namorar-se,  apaixonar-se»  namoricar-se 
—  embellezar-se. 

nAo  JSau,  baixel ,  embarcação ,  *  nave, 
navio. 

napeas  ,  Dryades  ,  llamadriades  ,  Orea- 
des. 

napkiro,  dormichoco  —  deleixado,  iner- 
te. 

NAnciso  ou  iVarcisso,  junquilho,  lirio  — 
Termelho  —  namorado  (de  si). 

NABiz  ou  iYaWí.  ppnca. 

Narração  ,  exposição  ,  narraiiva ,  rela- 
ção. 

narrar,  contar,  recitar  —  expor,  refe- 
rir -  declarar,  dizer,  njaDifi-slar  —  expla- 
nar, ei|,iirar  —  exprimir  —  especificar. 

Narrativa,   narr/»(^âo. 

NASCitAÇA,  nascimento  —  origem,  prin- 
cipio. 

NasCer.  apparecer,  sair  — brotar,  rebí^n- 
tar  —  romeçrtr,  princpiar  —  derivar,  ema- 
nar, ori,<ioar-8e,  pro  eder. 

Nascida,  leioençíí.  postema,  tumor. 

Nascimento.  nnscenç/i,  naiio,  —descen- 
dência, família,  geração  —  começo,  ori- 
gem, priocipio  —  bnrço,  infância. 

NATIVIDADE,  na  c  u.a.  nascimento. 

Nativo  ou  Nad'ro,  nascidiço  —  genuí- 
no, ingenilo,  inmlo,  natural,  próprio 

NaturaL  ,  conUiçào,  génio  —  imlo- 
w  -—  iauliaaçào   —   «ompleiçlo,  humor. 


temp^.ramenlo  —  {adj.)  ingenito,  nativo — 
cjn^rdnieute,  porporcionado. 

NvTURftZA  ou  Natura,  universo  -—  clas- 
se, tspecie,  qualidade,  sorte  —  génio,  in- 
do e,  natural  —  compleição  —  iastincto  — 
pairia. 

nalfraGante,  naufrago. 
NAUFRAGAR,  porder-se  —  submergir-se 
arrjinar-se. 

Naufrágio,  perda,  submerçâo  (de  navio). 
—  decadência,  queda,  ruina. 
Nausea,  embrulhamento,   engulho,  en- 

nauskativo,  enjoativo,  nauseoso. 
nauta,  mareante,  marinheiro,  maritimo. 
murujo. 
*  Navb,  náu,  nn\i). 

naveGaçào,  derrota,  viagem  —  Hydro- 
graphia.  •' 

NAVEGADOR  OU  Nategaute,  argonauta  — 
embarcadiço  —  marinheiro,  marujo,  nau- 
ta. 

navEgar,  singrar,  velejar  —  governar.  ' 
marear.  •  w  p 

Navío,  baixel,  barinel,  embarcação,  ?a- 
s«ma,  vaso  —  freixo,  pinho. 

NEBLINA,  cerrí»çào,  névoa,  nevoeiro. 

nebuloso,  nubifero,  nublado  —  denso, 
escuro. 

NECBDAD8,  e«»tuliicia,  tolíce  —  ignorin» 
cia  —  fatuidade. 

NECESSÁRIAS,  commua,  latrina,  secreta. 

NECESSÁRIO,  forçoso,  importante,  indii« 
pensavel,  inevitável,  preciso. 

necessioade,  coacção,  constrangimento  — 
obrigação,  precisão  —  falta  —  inl  gencia, 
inópia,  miséria,  pobreza  —  desamparo  — 
«perto  —  trabalho. 

Nrckss-tado  ,  indigente,  necessítOfO  <*•» 
constrrtngido,  forçado,  obrigado,  urgido. 

n«Cbssitar,  constranger,  obrigar,  urgif. 

NiiCio  ou  Ntscio,  broma,  demente,  U\ú9» 
igauiaate,  parvo,  iinipi«s,  tolo. 


NIM 


KôT 


1017 


NiCTAR,  aaibrosia  —  vinho,   delicioso. 
NÉDIO,  liso,  luzidio  —  gordo,  rechonchu- 


do. 

NEFANDO  OU  Nefurio,  abominável,  detes- 
tável, execrando  —  impio,  pudendo,  tor- 
pe —  infame,  vil  —  indigno  —  malvado 
—  maldiclo. 

NEGAÇA,  anegsça,  armadilha,  isca  —  cha- 
mariz, reclamo  —  engodo  —  estratage- 
ma. 

NEGAÇÃO,  negameato,  negativa,  recusa- 
çâo,   repulsa. 

REGAR,  denegar,  recusar,  refuiar  —  con- 
tradizer, desmentir. 

«egar-sr.  evitar,  fugir. 

NEGLIGENCIA,  deleixo,  desidia,  ignavia, 
Incúria,  preguiça. 

NEGLIGENTE,  deleixado,  indiligente,  indo- 
lente, inerte,  preguiçoso  —  desapplicado, 
descuidado  —   impedido. 

«EGociAçÀo,  agencia  —  negocio  —  com- 
mercio,  tracto. 

necociado,  despachado  —  provido. 

NEGOCIADOR,  dgeuts  —  medíador,  me- 
dianeiro. 

nigociaNTE,  commerciante,   tractante. 

Negociar,  commerciar  —  cbatinar,  tra- 
ficar —  comprar,  trocar,  vender  —  dili- 
genciar,  procurar. 

NEGOCIO,  *  afere  —  commercio,  trafego 
■^  empresa,  facção  —  batalha,  condicto. 

Nbgregado,  desgraçado,  infausto,  moíi- 
.flo.  ^ 

HEGRiDÂo,  negrura,  prelidSo. 

negro,  fusco,  preto  —  infausto  —  tris- 
te —  desgraçado  —  tenebroso. 

NEOPHYTO  ou  Neophyla,   prosélito. 

NKOTKRico,  moderno. 

NEPTUNO,    m^^. 

NrQuiciA,  atrocidade,  maldade,  per&dia, 
perversidade. 

NERVO,  correia  —  força,  vigor  —  firme- 
za —  píder. 

NERVOSO  ou  Nervudo,  forte,  robusto,  vi- 
goroso. 

NeutraLi  imparcial,  recto  —  indifferen- 
te. 

NrUTrO,  neutral. 

Nevado,  encanecido,  enregelado,  frigido 
frio,  gelado,  gélido,  nevoso. 

NEVE,  caramelo,  gelo  —  alvura,  brancu- 
ra. 

NEVOEIRO,  névoa  —  cerração,  escurida- 
de —  cegueira* 

NEVoso  ou  Nivoso,  branco,  niveo. 

NEXO,  vinculo,  união  —  connexâo. 

NIGROMANTE,  míglCO,    pilhOQJSO. 

NiHiAM&NTE,  demasiada,  excessivo,  sobc^ja- 
mente. 

NimsDADt ,  demasia ,  sobcjidáo ,  sobe- 
jo. 

YOL.ir. 


.     NiMio ,    demais .   desmasiado,   excessivo, 
exuberante,  sobajo. 

NiNHAHiA,   b.igatella, 

NiNflo,  palria,  terra  —  habitaç&o,  mora- 
da, pousada. 

Nitidez,  limpeza,  polidez. 

Nítido,  luzente,  resplandecente  —  luzi- 
dio —  nitente  —  liso  —  limpo. 

nitrido,  riucho. 

NiTRiDOR,  rinchador,  rinchante. 

NITRIR,  rinchar. 

níveo,  ebúrneo,  cândido,  lácteo  —  ne- 
vado,  gélido. 

NÓ,  laçada,  laço  —  prisão,  vinculo. 

NOBRE,  fidalgo,  gentilhomem  —  (a<(/*) 
claro,  egrégio,  eximio,  generoso,  Ínclito , 
insigne  —  illustre  —  preclaro. 

NOBRECER,  eunobrecer.  nobilitar  —  or- 
nar. 

NOBREZA,  fidalguia  —  honra  —  excel- 
leocia  —  elevação  —  grandeza. 

NOÇÃO,  conhecimento,  ideia,  noticia. 

NOCIVO,  contrario  ,  damnoso  ,  doleterio, 
malfazenle.  noxio,  pernecioso,  prejudioiai. 

NOCTILLZ,  perilanpo,  cajíalume. 

NOCTURNO,  nocifero,  nociivago. 

NODA  ou  Nodoay  mancha,  signal, 

NOITE,  escuridão,  trevas  —  morte. 

NOIVADO,  boda,    hymeneu. 

NOIVO  ou  Noiva,    desposado,    desposada* 

NOJO,  damno,  mal  —  agastamento,  en- 
fado —  desgosto  —  engulho,  náusea  — as« 
co  —  dó  -T-  sentimento. 

NOJOSO  ou  Nojento,  damnoso,  enfadonho 

—  ascoso  —  nauseoso  —  sujo   —   torpe» 
NOME,  substantivo  —  epitheto  —  apelli- 

do,  denominação  —  assignatura,  firma  — 
credito,  fama,  reputação. 

NOMEAÇÃO,  nomeadura,  nomina  —  desi- 
gnação, eleição,   escolha. 

isomkãDa,  celebridade,  fama,   reputação» 

NOMEADAMENTE,  exprcssa,  íudlvidual,  par- 
ticularmente. 

NOMEADO,  descripto,  designado  —  apoa« 
tado,  eleito  —  afamado,  celebrado. 

NOMEAR,  appell.dar,  chamar,    denominar 

—  designar,  menoionar, 
NOMINAL,    imaginário. 

NOBMA,  direcção ,  regra  —  regimento» 
regulamento  —  exemplo,  modelo,  lypo. 

NORTE.  Aquillo,  lioreas  —  guia  —  pon- 
te —  director. 

NOTA,  defeito,  falha,  macula  —  infamiai 
labeo  —  signal  —  annotaçào»  cola,  expli- 
cação, glossa,  observação  —  reflexão  —  re- 
paro —  censura. 

NOTAR,  advertir,  observar,  refleclir  — 
dictar  —  acotar,  annotar —  aceusar  — cri- 
ticar —  allentar.  olbar^  vôr. 

NOTÁVEL  ou  Nntahu,  censurável,  repre- 
hensivei  -—  considerável  —  discreto,  inteti- 


1018 


KOV 


dido  —  adfíiifavel,  pasmDso  —  áegHsâáo, 
estranho,  peregrino  —  famoso,  Ínclito,  m- 
signe. 

NOTICIA,  conhecimento,  informação  —  no« 
çâo  —  erudição,  lettras  —  leitura  —  es- 
pécies —  nova. 

«oifcuR,  declarar,  manifestar  —infor- 
mar —   notificar. 

NOTICIOSO,  erudito,   instruído,  sábio. 

NOTIFICAÇÃO,  ciiaçSo,  consignação,  em* 
prazamento. 

NOTIFICAR,  asíigaar ,  dttr  —  *  avisar, 
noticiar. 

NOTO,  austro,  vento  austral  —(ôíf;'.)  co- 
nhecido, notório,  sabido  —  pateatÁ,  pu- 
biioo  —  clâro,  evidente,  manifesto,  visivel 
— •  commum,  vulgar, 

NOTÓRIO,  manifesto,  publico,  sabido. 

NOVA,  alvitre,  annuncio,  aviso  —  noti- 
cia, novidade. 

^  NOVATO,  leigo,  noviço,  principiante  — 
imperito  —  rude. 

NOVEDio,  abrolho,  renovo,  vergontea. 

NOVEL,  recruta  —  {adj\)  bisonho,  nova- 
to, noviço,  novo,  principiante. 

NovBLLA,  conto,  Tomance  —  fabula,  pa- 
tranha. 

NovLHLEiRo  OU  Nonllista^  portanovas  — 
embusteiro- 

NovKLLO,  embrulhada,  enredo. 

NOVÊRO,  nono. 

NOVIÇO,  novato,  novel,  principiante  —  bi- 
sonho, rude  —  moderno  —  nâo  professo 

N0VIDAD8,  alvitre,  novâ  —estranheza  — 
çafra,  coibeiía. 

NOVILHA,  vitella. 

NOVILHO,  bezerro,  vilelld,  viluiô. 


T!?ovo,  mcâertlô,  récenle  —  fresco,  verde 

—  moço  —  alheio,  bisonho,  ignorante,  no- 
vel —  [s.]  fruclo  —  renovo. 

Noxro,  damnoso,  nocivo. 
NU,  despido  —  desembainhado  —  des- 
coberto, manifesto  —  carecido,  falto  —  livre 

—  singelo. 

NUBLAR,  ennuviar  —  escurecer,  toldai 

NUBLOSO  ou  Nublado,  annuviado  —  oôâ** 
CO,  sombrio,  toldado. 

NuDE/.,  desnudez,  nudeza,  nueza,  nuidâ* 
de  —  mizeria,  ppnuria, 

NUGAÇÃO,  futilidade. 

NUGATosio  ,  despropositado ,  i^áículo  • 
vao.  * 

NULLíDADE,  iUeplidsde ,  invalidade  -• 
impotente,  ineíTicacidade. 

NULLo,  abolido,  annullado,  irrito  — iaef- 
ficaz,  invalido  ~  estéril,  vão. 

Nu^E,  divindade  —  [pi]  deuses. 

nuheRar,  contar  —  reputar. 

NUMEEO,  somma  —  copia,  multidão, 
quantidade  —  verso,  rhyma. 

NUMEROSO,  abundante,  copioso,  quantio- 
so —  harmónico,  melodioso,  rhythmico. 

NUNCA  ou  Nunqua,  jamais. 

NUPCUL,  conjugal. 

NÚPCIAS,  casamento,  desposorio,  hym6« 
neu,  matrimonio,  vedas. 

NUiANTE,  vacillante. 

NUTAR,  pender  —  vacillar. 

NUTttiMSNTo,  alimento,  nutrição. 

NuiRift,  dimentar,  cevar,  sustentar  — 
crear. 

NUTRITIVO,  alimontoso,  altriz,  nutriticio. 
NUVEM  ou  Nute,  vapor  —  escuridade  — 
tristeza  —  copia,  multidão, 


Olt 


o 


OBCDSCER,  ceder,  submetter^se. 

OBEoiBNCu,  domioio.  sujeição  —  rendi- 
mento, submissão  —  vassallagem  —  resi- 
gnação. 

ofiboiENTE,  resignado,  submisso,  sujei- 
to. 

OBELISCO,  agulha,  pyramide  —  obelo. 

iBiCK,  impedimento,  obstáculo. 

oBiTO,  decesso,  fdllecimeoto,  morte. 

OBJECÇÃO,  contradicção,  diíBculdade,  du- 
vida —  refutação  —  replica,  resposta. 

OBJECTAR,  refutar  —  replicar,  retrucar  — 
contrariar  —    reprehender. 

0BJ«CT0,  '  Objeito  ,  assumpto,  matéria, 
sujeito  —    alvo,  ponto. 

OBLAÇÃO,  dom,  (íl-irta,  oíTrenda,  sacrifício 

OBLIQUO,  esguelhado,  inclinado,  sinuoso, 
tortuoso  —  indirecto, 

OBRA,  artrífacto,  trabalho  —  edifício,  fa- 
brica —    producção. 

obrador,    arliíice,  obreiro   —  executor. 

obragkm,    obra,    trabalho. 

OBRAR,  executar,  fazer,  praticar  —  (n.) 
hav«r-se,  porta r-se,  proceder   —   evacuar. 

OBREIRO,  jornaleiro,  trabalhador,  artífice, 
ciliciai  —  operário  —  auctor. 

OBRIGAÇÃO,  deter,  necessidade  —  empe- 
nho —  ordem,  preceito  —  bilhete,  cedi- 
la  —  família. 

OBRIGAR,  constranger,  forçar,  impellir, 
■violentar  —  empenhar,  hypoihe^^ar. 

ciBSCENfDADE,  deshou^sudade,  iniecencia 
—  impudência,  lascívia,  sensualidade,  tor- 
peza. 

OBSCENO,  lascivo,  libidinoso,  sensual  — 
deshonesto,  impudico  —  impuro,  to'p»i. 

OBSKQUiAR,  cortejar  —  servir  —  lison- 
jear. 

OBSEQUIO,  aíTabilidade —cortejo,  corle- 
zia  —  acatamenio  —  aitenção  —  favor,  ser- 
viço. 

OBSEQUIOSO,  officioso,  serviçal  —  affectuo- 

80. 


OBSERTAçÃo ,  aaaotaçSio,   nota  ^  reparo 

—  observância. 

OBSERVADOR,  guardadof  —  especulador  — 
contemplador  —  indagador,  investigador, 
pesquizador. 

OBSERVÂNCIA  ,  cumprímento ,  execnç&o, 
observação. 

0B3BB.VAB,  conter,  encerrar,  guardar  — 
notar  —  especular  —  espiar,  explorar  — pon- 
derar,  reflectir  —  reparar  —  praticar,    usar 

—  cumprir. 

OBSESSO,  endemoninhado,  energúmeno, 
posstsso. 

OBSTÁCULO  ou  ObstacVo,  empecilho,  em- 
pbço,  estorvo,  impedimento,  óbice  —  diíli- 
culiade.  embaraço  —  encontro,  repugnân- 
cia, resistência. 

OBSTAR,  embaraçar,  empecer,  estorvar, 
impedir  —  difticultar  —  atalhar,  tolher  — 
reluctar,  resistir — repugnar. 

OBSTINAÇÃO,  birra,  contumácia,  pertiná- 
cia, porfia,  teima  —  dureza,  tenacidade. 

OBSTINADO,  cabeçudo,  pertinaz,  teimoso, 
tésto  —  tenaz. 

OBSTRUIR,    embaraçar,  entupir,  impedir, 

OBiENÇÃo  ,  conseguimento  ,  impetração, 
obtenimento. 

OBTER,  alcançar,  conseguir,  haver,  im- 
petrar. 

OBTUNDiR,  rebater. 

OBTUSO,  estúpido,  grosseiro,  rude,  tosco 

—  confuso,  escuro. 

OBUMBaAR,  annuviar,  nublar,  toldar  — 
assombrar,  escurecer. 

OBuz,  moaeiro. 

OBVIAR,  anteparar,  precaver,  precautelar 
—  evitar,  impedir,  prevenir. 

OBVIO,  n.jtural,  j-aiente. 

ocCASiÃo,  conjuucção,  conjuctura,  ense- 
jo, occurrencia,  opportunidade,  quadra  — 
ansa,  azo  —  cansa,  moxivo. 

occasionado,  causado,  motivado  —  aza- 
do, disposto,  opportuno. 

255  * 


1020 


OFP 


m 


OCCaítonau,  acflrrear,  causar,  mftttvar. 
0CCA80,  Ocoideate  —  desiruiçàg,  ruina  — 

occii>8»TE,  Oocaso,  Poente, 

OCCiDUO,  Occidental. 

occisAo,  assassinato,  assassínio. 

occorrer,  lembrar  —  offerecor-se  —  so- 
bi\»ivir  —  cair  —  acudir  —  obviar,  preve- 
nii'. 

occuLTAçÃo,  encobrioieato,  escondimen* 
to. 

occuLTAR,  enoobrir,  ©soonder  —  dissimu 
Isr, 

OCCULTO,  secreto  —  eoaboscado,  encober- 
to, escondido  —  encerrado,  recôndito  — dis- 
farçado—  desconhecido,  incógnito  —  íurti- 
"fO  — iro  penetrável. 

occuPAÇÀo,  exercício  —  emprego,  offi- 
cio  —  trabalho  —  mister  —  negocio  —  es- 
tudo. 

occopAR,  encher  —  epoderar-se,  aenho- 
r@er-89,  lomsr  ^  habitar  —  possuir  — •  em- 
pregar —  demore  p, 

occuRRBí^ciA ,  conjuncçSo,  conjunotura, 
occasiào, 

0CCUR8AB,  apresentar-se  —  oceof rer. 

OG  o,  desoccupaçSo,  inaçSo,  ociosidade 
«!-» folga  ^  quietação  —  ferias  —  delei* 
xo. 

qciôSíDABi,  inacçlo,  oeio  -» preguiça  — 
acídia,  ioprcla  -  descanço,  quietação,  soce- 
gfí  '^  íie^ligençia. 

ociQgo,  vadio  «-  desoccupado  —  calacei- 
ro,  madraço,  mandnào  -^  ignavo -^  iner^ 
te, 

oco  ou  Ouço,  vSo,  vasado,  vasio. 

ODA  ou  Ode,  canto,  hyjjuno,  poema,  lí- 
rico, 

ODIAR,  aborrecer,  desamar,  detestar. 

0010,  aversão,  dissidio,  rancor  —  inimi- 
lade  —  aborrecimento—  malevolencia  -—  in- 
cha. 

ODIOSO,  aborrecido  —  detestável  —  intole- 
rável. 

ODOR,  aroma,  cheiro,  fragrância,  perfu- 
me, olor. 

ODORÍFERO,  aromático,  cheiroso,  fragran- 
te, odoro,  odoroso,  recendente. 

©FPEGANTE,  anhelante,  anelho,  arquejante 

offegar  ou  Affegar,  bofar,  soprar, 

GFFE^DER,apg^avar,  escandalisar  — affron- 
tar,  injuriar,  íusultar  —  calumniar,  vitupe- 
rar —  deshonrar. 

OFPENSA,  injustiça,  semrazSo  —  afronta, 
aggravo,  injuria,  insulto  —  deshonra,  vitu- 
pério —  culpa,  peccado. 

OFFERECER  OU  OlJWccer,  apresentar,  dar 
—  offtírtar  —consagrar,  dicar  —expor,  mos- 
trar. 

oFFERECiHBNTo,  oíTorta  —  dadi\a,  donati- 
vo. 


OFFERTAR,  offerecop. 

oFrici^L,  ariiQce,  obreiro  —  alferes,  te- 
nente, elo. 

OFF  ciNA,  loja  —forj^,  fragoa. 

OFFicta,  arte  mecbanica  —  cargo,  min{«« 
terio — emprego,  mister,  occupação  —  de- 
ver, obrigsçào  —  preces. 

OFFicioso.  benéfico  —  obsequioso,  serrí- 
çal  —  cortei,  urbano. 

OFFRENDA,  oblaçSo,  offerta. 

OFFUSCAR,  escurecer,  obscurar,  obum«» 
brnr,  toldar  —  eiconder  —  desluiir  -»  cegar, 
deslumbrar. 

OGRiitZA,  entipathU. 

oiA,  palmeira. 

OLEQ,  azeite  —  influxo,  YÍrt'ide  —  (pi.) 
chrisma  —  ordens  —  extreroa-unçào. 

OLFATo  ou  Olfacto,  cheiro. 

OLHADO,  notado,  observado,  visto  — (#.) 
quebranto, 

OLHADOR,  observador,  vigiador  —  guaida, 
olheiro. 

olhadura,  golpe  de  vista,  olhadela,  olhar, 

OLHâR,  avistar,  divisar,  enxergar,  esguar- 
dar,  lobrigar,  mirar,  ver  —  aiteular,  consi» 
derar  —  vigiar  —  advertir,  notar,  observar 
—  attender  —  respeitar  -  prever, 

OLHEIRO,  guarda,  vigia,  vigiador  —  esprei* 
tador,  espreiíeiro. 

Olho,  olhar,  vista  *«  mira  —  botSo  —  brl« 
ibo,  lustre  —  perspicácia,  Mgacidade  —  vl« 
gUaincia  —  {pi)  olbeiros, 

OLIVA,  azeitona  «-  oliveira. 

cLiVAL,  olivedo,  oUveiral, 

OLivBL,  nível, 

0!  Ml),  ulmeiro. 

OLOR,  cheiro. 

OLOROSO,  balsâmico,  cheiroso- 

OLVIDAR,  deslembrar,  esquecer, 

OLVIDO,  esquecimento. 

OLYMPO,  ceu,  empyreo. 

OMicio,  bon3Í(!Ídio. 

OMISSÃO,  falta  —  negligencia  —  esqueci- 
mento  —  descuido. 

OMiTTiR,  faltar  —  cílar  —  esquecer,  olvi- 
dar —  deixar. 

ouNiGENO,  de  toda  casta,  de  todo  géne- 
ro. 

oMNiMODO,  de  todos  os  modos,  de  toda 
sorte. 

OHNiPATENrE,  aberto,  claro,  patente. 

OMNIPOTENTE ,  Altissimo,  Todo-Podero- 
so, 

okda,  vaga  —  agua,  corrente,  lympha. 

ONDE,  no  qual  logar  —  em  que  — aon- 
de. 
ONDEAR,  ondejar. 
ONERAR,  carrfgar. 

ONEROSO,  grave,  molesto  —  pesado  —  pe- 
noso, trabalhoso  —  incommodo. 
'  oNzCNAj  interesso,  usura  —  fruclo» 


í 


OPP 


^GWÈ 


102t 


'  OHEiTfiiRO.  usurário, 

ONIINO,  undécimo. 

OPA.,  manto  r»*«l — c»pa. 

OPACIDADE  ou  Opaeacidade,  densíd&o,  es- 
pessura. 

OPACO,  nSo  transparente  —  atro,  caligino- 
10,  denso,  escuro,  sorab-io,  tetro. 

OPERA,  drama  —  comedia,  tragedia,  etc. 

OpERâÇio,  proceder  —  insinuaçno,  sug- 
ll^st&o  —  effeilo,  resultado  —  calculo. 

opiRADOR  ou  Operante ,  obrante  —  [s ) 
empírico. 

0P2RAR,  obrar,  trabalhar  —  cffeituar,  exe« 
eular  — produzir  —  praclioar. 

opiRARio,  obreiro,  trabalhador  «-jorna- 
leiro, 

0PM08O|  diligente,  serviçal  —  vigilan- 
te. 

OPiFict,  artífice. 

OPiFicio,  artificio, 

OPiMO,  rioo  —  abundante,  fértil, 

OPINAR,  votar  — avaliar,  reputar, 

OPXNiAo,  dictame,  juito,  sentimento  — 
nome,  r<»putaçâo  —  presumpçlo  — estiraaçSo 
•-parecer,  pennadi,  voto, 

OPiíiiATico  ou  OpiniosOt  presumpçoso , 
Vanglorioso  —  birrento,  obstinado,  teimoso 
•—  pontoso. 

OPio,  lograçao,  peça,  pj^ta, 

OPiPARo,  custoso  -*  lauto,  magnifico,  sum- 
ptuoso —  opolento,  rico  —  abundante,  co- 
pioso. 

OPP^LAÇÃo  on   OpihçãOt   ohstrucçío. 

oppiLAR  ou  Opiiar^  obstruir  — embara- 
çar, impedir, 

oppoR,  contrapor  —  resistir. 

OPPOR-se,  contrariar,  encontrar,  obstar 
•-  impugnar  —  atravessai-se. 

OPPORTUNiDADE.  conjunclura,  ensejo,  oc- 
cas'ào  —  logar,  tempo  —  commodidade , 
comraodo. 

oppoRTUNO,  accommodado,  accommodo, 
apto,  commodo,  próprio  —  favorável,  pro- 
picio. 

opposiçÃo,  impugnação  — contradicção, 
contrariedade  —  obstáculo  —  contraste,  re- 
sistência. 

opposiTOR.  oppoenle  —  competidor  —  ad- 
versário, emulo. 

opposTO,  adverso  —  contrario,  opposito 
• —  contradictorio  —  fronteiro  —  reverso. 

oppREssÃo,  afogo,  suffocaçío  —  aggrava- 
mento,  gravame,  vexame  —  violência  —  mi- 
séria. 

OPPRESSOB  ,  destructor  —  perseguidor  — 
tyranno. 

OPPRIHTDO,  oppresso  —  compresso,  com- 
primido —  carregado,  onerado  —  atropella- 
do  —  attribulado,  molestado,  vexado  —  for- 
çado, violentado  —  cercado  —  preso  —  sur- 
preso. 

VOL  nr. 


oppiíVTR,  aterrar,  molestar,  vexar  —  car- 
regar. 

oppftOBUTO.  deshonra  — vergonha  —  «f- 
frontíi,  injuria  —  ignominia  —  conturn»»lia, 
vitupério  —  infâmia,  vilipendio  —  impropé- 
rio. 

opPHOBRioso,  deshonroso  —  vergonhoso  — 
ignominioso. 

oppuGffAçÃo,  attaque,  combate  —  assalto, 
investida. 

0PPUG?íAD0R  ,  corabatfinte  —  anomrafitte- 
dor,  assaltador  —  aggressor  —  sitiador, 

oppuGNAR,  atacar,   combater  —  assaltar 

—  expugnar. 

ÓPTIMO,  boníssimo  —  maiimo,  gupetla* 
tivo. 

OPULÊNCIA  ,  esplendor  ,  magnificenoia  , 
8umptuosi'lade  —  riqueza,  thesouros, 

OPULENTAR,  enriqu^cer. 

OPULENTO,  esplendido,  magnifico,  sum- 
ptuoso —  riquissimo. 

OPÚSCULO,  obrioha,  tratadinho. 

ORA,  agora. 

ORAçio,  arenga,  discurso  —  preoei,  rO' 
galiva,  supplica. 

ORÁCULO  ou  Orac'lo,  revelaçàcf^— verda- 
de —  orago, 

ORADOR,  pregador  —  perorador  ^--  auppli- 
cadop, 

ORAL,  vooal. 

ORAR,  pedir,  rogar,  supplina? —  pregar. 

QRATi;,  doudo,  louoo,  lunático. 

08 B?,  globo,  mando,  redond^a,  univer» 
so.  ^ 

ORBicuLAR,  circular  —  esphcrico,  gUbo- 
80,  redondo  —  [v.n]  gyrar, 

ORÇA,  bolina. 

ORÇAMENTO,  esmo,  estimativa. 

CRÇAii,  bolinar  —  avaliar,  esmar,  julgar. 

ORCHESTRA,  concíjrto,  musica,  sympho- 
nia. 

oRco,  morte  —  inferno. 

ORDEM  ou  Ordôt  arranjflmento,  coUocaçSo 
disposição  —  serie  —  meihodo,  regra  —  es- 
tylo,  modo,  theor  —  mnnlo,  preceito  — 
commissào  —  classe  —  communidade. 

ORDBSAçÃo,  alvará,  decreto  —  lei  —  esta- 
tuto, regul^mpnio. 

ORDENADO,  *  flcostameuto,  salário,  soMa- 
da  —  [adj  )  regular. 

*  ORDENAMENTO ,  disposição,  mandado, 
ordem. 

ORDENANÇA,  Ici,  ordeoação  —  disposição, 
ordem  —  eslylo  —  gosto. 

OHDENAR,  decretar  —  mandar  —  arranjar, 
arrumar  —  dirigir,  regular  —  dispor,  traçar 

—  dar. 
ORDEN^^R,  mungir. 

ORDINÁRIO,  commum,  frequente,  usado  — 
mediano  —  (s  )  ordinária. 

ORELHA,    ouvido. 

Í50 


1031 


0S7 


oBGAiíizAçÃo  OU  Organisa^o,  estructU' 
ra,  ffl brica. 

OKGAmz/ítí  on  Organisar,  dispor,  formar, 
tecer. 

ORGULHO  ,  suberba ,  vaidade  —  entono, 
presumpção,  vangloria  —  brio,  ufania. 

OR&ULHoso,  altivo,  arrogante,  suberbo, 
ySo  —  insolente. 

ORIENTE,  Levante,  Kascente. 

orifício,  buraquinho,  poro. 

ORIGEM  ou  Orige,  começo,  principio  — 
fonte,  nascimento  —  causa,  motivo  —  estir- 
pe—  etymologia. 

ORIGINAL  ou  Or'ginal ,  autographo  — 
exemplar,  modelo,  prototypo  —  padrão  — 
[adj  )  extravagante,  ridículo,  singular. 

ORIGINÁRIO,  descendente,  procedente,  vin- 
do —  oriundo  —  natural. 

ORIGINAR- SE,  Dascer,  principiar,  proce- 
der, vir  —  emanar  —  resultar. 

ORIUNDO,  natural,  originário. 

ORLA,  bainha,  ourela  —  borda  —  extremi- 
dade. 

ORLAR,  abainhar,  debruar. 

ORNADO,  adereçado,  adornado  —  pompo- 
so. 

ORNAMFNTAR,  sdomar,  arraiar,  enfeitar, 
ornar  —  paramentar. 

ORNAMENTO,  adomo,  atavio,  enfeite,  or- 
nato. 

ORNAR,  adereçar,  enfeitar  —  aformosear, 
alindar  —  paramentar. 

ORNATO,  adereços,  adorno,  atavio,  enfei- 
te, ornamento  —  cultura. 

OHNjçAR  ou  Ornejar,  zurrar. 

ORVALHADA,  ofv^lbo,  TOciada. 

orvalhoso,  chuvoso. 

obva'-HaR,  regar  —  molhar  —  [n.)  chu- 
viscar. 

ORVALHO,  rocio  —  chuvisco  —  gottas. 

*  osco,  embuçado,  encapotado. 

OSCULAR,  beijar,  beijocar. 

OSCULO,  beijo. 

OSSADA,  esqueleto,  oisos  —  fragmentos, 
relíquias  —  rumas  —  alicerces. 

osíARiA,  casa  de  pasto,  estalajeco,  lucan- 
(?a. 

osTrNTAçÃOj  alardo  —  orgulho,  vaidade, 
vanjíloria  —  magniti<^enciav  pouipa. 

ostf.ntador,  snberbo,  vanglorioso. 

OSTENTAR,  alardear,  assoalhar,  mostrar, 
*  ostendí^r. 

osTtNTATivA,  osteutação. 


OXi 

osTEKToso,  glorioso,  m8gni^60,  p^mpQ* 
so. 
ourar,  hallucinar-se. 
OURELA,  ourelo  —  beira  -^  borda  -"  oosta 

—  horinha. 

OURIÇAR,  arriçar,  entesar,  espetar. 

ouRiJADo,  hallucinado,  vertiginoso. 

cuRUAR,  hallucinar,  ourar. 

ouRiNA  ou  Urina  ,   mija,   mijo  —  aguas, 

OURINAROU  Urinar,  mijar,  verter  aguas» 

ouamoL  ou  Urinol,  bispote,  penico, 

OURO  ou  Oiro ,  moedas,  peças,  etc.  — " 
opulência,  riqueza  —  naipe. 

OUSADIA,  afouteza,  animo,  audácia,  auso, 
corsjem,  hardimanto,  ousio  —  atrevimento, 
contiança  —  arrojo  —  despfjo. 

OUSADO,  atrevido,  confiado,  temerário  — 
animoso,  audaz,  denodado,  hardido  —  ar- 
riscado  —  arremeçado,  arrojado  —  destemi-' 
do,  impávido,  intrépido  —  deliberado  —  va- 
lente, valoroso  —  esforçado,  forte  —  magnâ- 
nimo. 

*  ousAMENTO  OU  *  Ousança,  hardimento, 
ous^ídia,  *  ousão, 

OUSAR,  aba!ançar-se,  at?reer-se  —  com- 
melter,  emprender,  tentar. 

ouiEitto,  collo,  culliua,  montanhola  — 
cômoro,  teso 

outorgambnto  ou  Outorga,   approvação 

—  permissão  —  concessão,    consentimento 

—  doação,  entrega. 

OUTORGAR  ou  Otorgãv ,  coucedcr,  con- 
sentir, permittír  —  dar,  entregar. 

OUTRO,  outrem  —  diverso,  mudado. 

outh'ora  OU  Outrora,  antigamente,  n'ou- 
tro  tempo. 

ouiRosi,  Oatrosimon  Outro-si,  também 

—  igualmente  —  além  ííisso,  de  mais. 
OUVIDO,    orelha  —  attenfào  —  applicação 

—  escuta. 

OUVINTE,  auditor  —  discipulo. 

ouviK,  escutar  —  atteuder  —  admiltir  — ■ 
intender,  perceber  —  consentir. 

OVAÇÃO,  triumj>ho. 

OVAL,  ovado. 

OVANTE,  triumphador,  triumphante,  victo- 
ríoso  —  desvanecido,    gloriosa,  jactancioso 

—  altivo,  soberbo. 

OVELHA,  borrega  —  {pi.)  diocesanos,  pa- 
rocbianos. 

OXALÁ,  praza,  prouvera  a  Deus  1  —  qiei- 
ra  Deus  1 


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CABULO,  pasto  —  alimento,  comida,  bu- 
IrímeDio. 

paCacidade,  phlegma,  repouso,  tranquil- 
lidade. 

PACATO,  pacifico,  tranquillo  —  quieto,  se- 
renado, sereno,  socegado  —  pacitícado,  pla- 
45ido,  acalmado,  brando  —  aoaansado,  do- 
mado, manso  —  apaziguado  —  dócil  —  hu- 
mano —  prudente. 

PACnoLA,  roadraceirão,  madraço. 

PACHONCHBTAS,  asnidadcs,  parvoíces,  to- 
lices. 

PACHORRA ,  lentidão,  yagar  —  phlegma, 
preguiça. 

PACHORRENTO,  phlegmatico,  socegado. 

PACIÊNCIA,  constância,  firmeza  —  soííri- 
mento,  tolerância  —  resignação  —  repouso, 
IPADquillidade. 

PACIENTE,  constante,  firme — soffredor — 
pacifico. 

pACiFiC/içÃo,  apaziguarão  —  reconciliação 
*•-  socego. 

p4CiFiCAR,  apaziguar,  aplacar,  socegar, 
tranquillisar. 

pacífco,  socegado,  tranquillo  —  manso, 
quieto,  brando  —  benévolo,  elemento,  hu- 
mano —  affabil. 

paCigo,  pastagem,  pasto. 

PaCionar-sk,  apaixonar-se. 

Pacote,  truuia  —  balole,  fardo  —  embru- 
lho, meço. 

PAÇO,  casa  real — palácio  —  corte. 

Pacto,  íjuite,  concerto,  convenção  —  tra- 
tado —  alliança,  confederação,  liga. 

PADA,  merendeiro,  pàosinho. 

padar,  paladar  —  jíosto,  sabor. 

PADítCEDOR,  paciente,  soffredor. 

PADECER,  aturar,  soffrer,  supportar,  to- 
lerar —  penar  —  comportar,  consentir. 

padrcimento,  íofffimento  —  dôr,  peno, 
tormento  —  tolerância. 

PADRÃO,  lapida  --  monumento  —  memo» 
ria  —  modelo. 


I  pkxjiíÁtiQ,  colUna,  monte  —  edifloJo  (^uê 
(Subreleva,  etc.)  —  estorvo,  impedimento, 
'  obstáculo. 

I     Padre,  *  pae  —  cleiigo,  frade  —  ecclesias- 
tico,  Sacerdote. 

I     PADRINHO,   patrono,  pretector  —  compa- 
dre —  paranympho. 

PADROEIRO,  defensor,  protector. 
PAGA  ou  Pagamento,  jornsl,  soldada,  sol» 
do  —  estipendio  — galardão,  premio,  recom- 
pensa. 
pagaDO,  contente,  satisfeito  —  pago. 
PAGANISMO,   gentilidade,  idolatria,  poly* 
theismo. 

Pagão  ou  Pagano,  gentio,  idolatra,  in- 
fiel. 

Pagar,  embolsar,  satisfazer  — recompen- 
sar —  corresponder  —  castigar. 
PaGella,  tiaginasinha  —  parte. 
PaGem,  Pajé  ou  Page,  criado,  moço.^ 
Pagina,  folha,  lauda  —  empurração,  im- 
pertinência, imporlunidade. 

PAGO,  paga  —  recompensa,  satisfação  — 
[adj.)  vingado  —  assoldadado,  estipendiado 

—  pagado—  contente. 
Pagod«,  templo  —  ídolo. 

Pai,  Pae  ou  Pay  ,      padre  —  progenitor 

—  auior,  inventor  —  beuifeilor. 

Painel,  pintura,  quadro,  retábulo. 

paiuar,  bordejar,  cruzar  —  capear  —  sof- 
frer ,  suster  —  (a.)  demorar ,  tempori- 
sar. 

PAÍS  ou  Paix  clima,  plaga,  região,  terra 

—  comarca,  província,  roino— pátria. 
PAÍSAGEK  ou  foúaflfg,  arvoredos,  campos, 

paizes,  etc. 

paizano  ou  Paizano,  compatriota,  con- 
terrâneo —  alricào,  saloio  —  camponio, 
grojíseiro,  rústico. 

PAIXÃO,  atTeclo—  desejo  —  amor  —  «ver* 
390,  ódio  —  agastameuio,  col»Ta,  í:a  — 
nezir  —  soíírioaeaio  —  empenho  —  {pi  ) 
lastimas. 

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PALiciiNO  Oii  Palacege,  aulico,  cortezão, 
*  pa.ão  ->-  civil,  discreto,  urbmo. 

palacío,  altíaçar  —  corte,  paQO  —  *  coa- 
reoto. 

PALADAR,  padar,  palat9  —  gosto,  sa- 
bor. 

-  PALADiM  ou  Paladino,    aventureiro,  ca- 
valleiro  andante  —  chibante,  fanfarrão. 

PALAFREM  OU  Pãlafren,  faca,  facanea. 

PALAVKA,  exprt^ssào,  termo,  vocábulo,  voz 
.—  som  —  promessa,  fó,  lealdade. 

PALAVRADA,  dict 'xio  —  brdvata,  fero. 

PALAVREAR,  bacharelar,  pairar,  tarame- 
lear. 

PALAVREiRO,  loquaz,  palavroso,  verbo- 
so. 

PALAVRORio,  bacharelice,  lábia,  loquaci- 
dade, palanfrorio,  p-osa. 

PALESTRA,  academia,  gymnasio  —  con- 
versa, conversação,  praciica. 

palha,  colmo,  restolho. 

PALHAÇO,  arlequim  —  bobo. 

pallas,  Minerva. 

PALLEscER,  descorar,  empallidecer. 

PALLiAÇÀo,  disfarce,  dissimulo. 

palliar,  corar,  disfarçar,  dessimular,  en- 
cobrir. 

PALLiDKZ,  amarellidão,  descoramento,  pal- 
lor. 

pALLiDo,  amarellento,  descorado  —  amor- 
tecido —  desmaiado,  enfiado. 

Pallor,  pallidez. 

PALMA,  palmeira    —  triumpho,    victoria 

-  ppeferencia,  primazia. 

"-  palmar,  palmeiral  —  (aíí;*.)  grande,  visí- 
vel. 

^   PALM^ATOaiA,  ferula  (planta)  —  castiçal  — 
castigo,  punição. 

pALMEinA,  palma,  ola. 

*  pALMEiao,  peregrino. 

Palmeta,  espátula  —   cunha. 

PALPAR,  apalpar,  tocar  —  experimentar, 
tentar,  tentear. 

PALPÁVEL,  manejavel  —  claro,  distincto, 
evidente,  manifesto,  sensível  —  íirme,  so- 
lido. 

PALPITAÇÃO,  agitação,  pulsação  — estre- 
mecimento. 

-  palí'itar,  bater,   latejar. 
Palmadob,  f«ilador,  tagarella. 

fi   PALRADUBA  OU  Pairaria,  garrulice,  loqua- 
cidade,  tagareliice. 

,    palrar,  bacharelar,    gtlrar,    papaguear, 
parolar,  tagarell^r,   taramellear. 

PALREsRo  ou  PalfoniOf  fallador,    pairei- 

IO. 

PALUDAMEwro,  chlamide,  manto  régio,  opa 
imperial. 

fAUUDB.  charco,  lagoa. 

PALUooso,  apoulido,  brejoso,  encharca- 
do, lodoso  —  estagnado* 


PÂMPANO,  parra. 

PAMPILHO,  aguilhada,  aguilhão  —  garro* 
cha. 

pampineo,  pampinoso. 

PANCADA,  batedura  —  golpe  —  lamba- 
da —  pique  —  remoque  —  toque  —  ca- 
dencia —  aguaí^eiro,  chuveiro. 

pança,  bandulho,  barriga,  ventre,  bo* 
jo. 

PaNçudo,  barrigudo,  bojudo. 

Pando,  bojudo,  concavo,  inchado. 

PMN8GYRIC0  OU  PauegyriSf  elogio,  enco-» 
mio,  louvor. 

PApTEGYRiSTA,  encomiador,  gabador,  lou* 
vador. 

PANELLA,    marmita. 

LANO  ou  Panno,  estofo  —  pranchada  — 
lanço  —  brim.  etc.   —  velas. 

PANTAFAÇUDO,  bochechudo. 

PANTALÃo,  bobo,  bulão,  caturra,  gracio* 
so,  rediculo. 

PANTALONAS,   CalçaS. 

PANTANAL  OU  Pantano,  aguaçal,  atoleU 
ro,  brejo,  lamarão,  paul,  tremedal. 

Pantanoso,  apaulado,  atoladiço,  brejoso; 
lodoso. 

pÁo  ou  Pau.  lenho,  madeira  —  bastSo, 
bengala,  cajado  —  muleta  —  báculo  —  em* 
barcação  —  [pi.)  chavelhos,  cornos. 

PÃO,  alimento,  sustento  —  renda  —  h&« 
rança,  património. 

papa  ,  Santo  Padre ,  Summo  Pontífice  | 
etc. 

PAPAGKNiE  ou  Papa^gente^   antropopha- 

go. 

papajantares  ou  Papa-jantareSf  part* 
sito. 

Papalvo,  atoleimado,  néscio,  piegas,  sim-» 
plorio,  tolo. 

papamosc*s  ou  Papa-moscas,  boca  aber* 
ta,  embjbbacado  —  tolo. 

Papança,  comida,  papazana. 

Papão,  coco,  papa  meninos. 

PAPAR,  comer,  manducar. 

PAPEIRA,  bócio, 

papbl,  escripto  —  obra  —  composição  —• 
bilhete,  carta. 

PAPELÃO,  cartão  —  fátuo,  presumido. 

PAPELEIRA,  bufete,  escriptorio. 

PAPO,  bexiga,  bolso  —  bucho,  estomagO 
—  papeira. 

PAQUBOOTa,  paquete  (embarcação). 

PAR,  casal  —parelha  —  (««(/•)  igual,  pa* 
recido,  semelhante. 

PaRa,  *  pêra  —  a  fim. 

paRabem,  congratulação,  felicitação,  prol« 
jfaça.  ' 

j     PARÁBOLA,  8ll«^goria,  apologo. 

paradoiico,  allegorico. 

PARADEiHO  oa  ParadouTO ,  alto,  piradA 
-fim,  (ermo. 


PAU 


PAR 


1025 


PARABiGiíAt  exemplar,  modelo,  protóti- 


po. 

PARADO,  iramobil,  suspeaso  —  detido  — 
atalhado,  interrompido. 

PARAFUSAR,  atarrachar  —  cuidar  —  es- 
pecular, indagar  —  meditai,  ponderar. 

pARAGÂo,  comparação,  semelhança. 

PAR  AG  KM  ou  Paraje,  altura  —  espaço  — 
lugar,  sitio  —  estam-ia. 

PARAGRAFO  OU  ParagraphOf  articulo,  ar- 
tigo, papho  —  aphoíismo. 

PARAÍSO,  Éden  —  céo,  empyreo  —  bem- 
aventurança. 

parallelo,  correspondente,  equidistan- 
te, symetrico  —  (s.)  comparação ,  contra- 
posição. 

PARALOGISMO,  sophisma. 

PABALviLHO  OU  PeralvUko,  casquilho,  pe- 
ralta —  bandalho  —  bargante. 

PARAMENTAR,  adomar,  aparamentar,  or- 
nar. 

paramo,  chã,  plaino  —  amadigo. 

paranomasia,  adnomioação. 

paranympbar,  apadrinhar  —  apoiar,  de- 
fender, proteger. 

parantmpho,  padrinho  —  patrono,  pro- 
tector. 

Parab,  suspender  —  cessar,  descontinuar 

—  reduzir  —  tornar  —  reparar  —  *  pa- 
gar. 

Parapckve.  preparação. 

Parasito,  papajantares  —  adulador,  li- 
sonjeiro. 

pabca,  morte  —  destino,  sorte. 

parcamente,  moderada,  poupada,  regra* 
da,  sobriamente. 

parceíro,  companheiro,  sócio. 

PaRCíl,  cachopo,  escolho,  íarilhão. 

Parchb,  pannosinho,  etc.  —  mancha, 
nódoa,  Sfllpico  —  trombeta. 

Parcial,  facrionario,  partid  sta.  sectário, 
seguidor,  spquflz. 

pahcialiuaue,  b«ndo,  facção,  partido  — 
opinião   -   conjuração. 

pamcimonia,  moderação,  regra,  tempe- 
rança —  economia,  pouparcento  —  frugA- 
lidade,  sobiiedade  —  abstinência,  conti- 
tiencift. 

PAHCO,  económico,  poupado  —  frugal, 
obrio  —  moderado  —  abstinente. 

PABDEiRO  ou  Pardieiro,  casa  arruinada, 
casebre,  paredeiro. 

pardo,  leopardo  —  {adj  )  fulo,  trigueiro 

—  baço,  moreno,  mulato. 

Pabkckr,  cara,  pbysionomía,  semblante 
i—  talhe  —  aviso,  concelho,  voto  —  sen- 
tença. 

Parede,  muralha,  muro. 

parrlha,  copla,  par  —  igualdade. 

pABFníA,  aliegoria,  parábola  ~  adagio, 
provérbio. 

tOL.  ITé 


PABRNB5E  OU  Pareuesis,  admoestação,  ex- 
hortação, 

pahrntr,  agoado,  cognado,  consanguí- 
neo, divedo. 

PERitSTBLA,  parentalha,  parentes. 

parbntrsco,  consanguinidade  —  aíiioi- 
dale.  alliança  —  agoação,  cognaçno  —  as- 
cendência, sangue  —  connexào,  relação, 
simjlhança. 

parebgon,  additamento. 

paridadk,  conformidade,  igualdade,  si- 
miihança,  uniformidade. 

PAiiiouRA,  pa'to. 

parir  ou  *  Pairir,  dar  á  luz  —  causar, 
prodyzir. 

Par  LERDA,  arenga,  palanfrorío. 

Parochia.  bairro,    fregunzia. 

PabOLa,  loquacidade,  verbosidade. 

Parolar  ou  Parolear,  bacharelar,  tapa- 
milar. 

*  Paroleiro  ou  Parolador,  fallador,  lingua- 
reiro, palavroso,   patarata. 

PARQUE,  cerca,  cercado,  tapada  —  matta 

—  borque,  espessura,  floresta  —  vergel. 

Pabra,   vide. 

PaRBado,   pampino.ço. 

Partasana,  alabarda,  chuço. 

Pabte,  pedaço,  porção  —  divisão,  parti- 
da —  quinhão —  banda,  lado  —  (peda- 
les, excellencias,  predicados,  prendas,  qua- 
lidí»des  —  bando,  facção,  parcialidade,  par- 
tido. 

Partição,  destribuição.  partilha,  repar- 
tição —  communicaçào,  conversação,  con- 
vivência 

participantí  ou  Participe,  partícipador, 
quinoofiiro. 

Participar,  ter  parte  —  interessar-se  — 
communicar. 

part  cular,  pRfuliar,  próprio  —  espe- 
cial, esppciflco,    singular  —  extraordioario 

—  occullo  —  excelieute  —  distinuto,    se- 
parado. 

pahticulabtdvde,  circumslancia  —  ac- 
essório, incidente  —  familiaridade,  inti* 
midadtí 

pARTicuLARiSAR  OU  Particularizaft  cir- 
cumsianciar,  esmiuçar,'  individuar. 

PARTiruLARiSAH-sB  OH  P articula nzar-s6t 
familianzar-se  —  disiioguir-se,  extremar- 
se. 

particularmente,  especial,  principal,  se- 
cretnrnenttí. 

PAP.TiDA,  apartamento,  ausência  —  aba- 
lada, despedida  —  separação  —  parcella, 
porçàíO  —   região. 

Paiítidabio,  partidista  —  brigão,  espa- 
díchim  —  faccioso,   turbulento. 

Partido,  bando,  facção,  parcialiJadai 
sequtíla  —  conjuração,  conspiração  —  eX* 
peuiei^te,  melo  —  condição,   tiatureza   — • 

Í67 


#?4  ns 

lei  —  paga  >—  premio  ?-•  interesse,  vanta 
gem. 

PARTiDOR,  destribuidop,  repartidor  —  di- 
visor. 

Partilha,  divisão,    partição,   repartição 

—  porç&o,  quinhão. 

Partir,  partilhar,  dividir  —  apartar,  des- 
pedir, separar  —  fender,  sulcar  — (n.jir- 
se,  sair  —  agastar  se,  destampar. 

PARTia-sE,  despedir-Sô  — «partar-se,  se- 
parar-s8  —  ausenta ^-se,   relirar-se  —  snir 

—  camiahar  —  abster-se,  refrear- se  — dôj- 
sistir. 

partivbl,  divisivel. 

PARTO,  paridura,  parimento  -^  produç- 
çSo  —  invento  —  geravão,  prole. 

Pakvidauk  ,  pequenhez,  pouquidade  — 
parvoíce,  tolice. 

PARVO,  estólido,    néscio,  tolo,    tonto  — 
fítuo  —  pequeno. 
^  PARYoíçADA  ou  Parvoicô,  asneira,    inép- 
cia, necedade,  sandice,  tolice. 

PARvoísuo,  tolinho,  tontiaho, 

PRAVULEZ,  puerilidade  —  rapaziada. 

PASCER,  passar  —  nutrir  —  (n.)  apas- 
centar se,  sustentar-se. 

PASciGO,  pastaKem,  pasto. 

Pasmado,  areado,  assombrado,  espantado 

—  esiupido.  insensato  -  admirado,  boqui^i- 
berlo  —  atlooiío,    maravilhado. 

Pasmar,  arear,  assombrar  ,   espantar    — 
maravilhar. 
PASMO,  admiração  —  assombro,   espanto 

—  maravilha,  prote.nto,  prodígio. 

Pasmoso,  admirável,  maravilhoso. 

Pasquim,  pasquinada,  satj-ra. 

Passada,  pernada  —  passa  —  passa- 
gem. '^ 

PASSADIÇO,  corredor,  galeria  —  mexeri- 
queiro —  [adj.)  Iransiiorio. 

Passado,  acabado,  pretérito  —  aatíguo 
prisco,  velho  —  varado  —  levado,    trans- 
portado —  experto,   matreiro  —   curado, 
secco. 

Passageiro,  caminhante,  viand.inte  — 
,  Tiajeiro,  viajor  —  hospede  —  (arfí.)  cadu- 
co, transitório. 

PASSAGEM  ou  Paftsgge ,  passada,  passo, 
transito  —  lugar,  texto  —  navegação  — 
desculpa  —  autoridade. 

Passamento,  agonia  —  ultimo  susr>íro. 

PASSANTE,  alem,  mais  de... 

Passapjí.  cambadella,  oambapó 

PASSAR,  mover-se  —  viver —  entrar,  in- 
troduzir-se  --  ler  ~  cessar  -  acon  tecer 
eicder  -  converter-se  .  transporta. --se. 
varar  ~  levar,  sopponar  —  haver  -  s.if. 
Irer  —    promulgar    —    declinar,    d  íuii- 

«•assar  SE,  if,  pâtiir  —  sèCíjaf  ée. 
Paísauo,  five. 


M 

Passatempo,  divõrlímeato,  ontretlmeato» 
folgiied».  recre.içâo,  recreio. 

pASs&iao,  vagaroso. 

pAssiGo,  passadiço,  passagem. 

PASSO,  passada  —  entrada,  pjssagem  — 
boca,  garganta  —  lugar ,  clausula  (do  li- 
vro, ele  ) 

pasta,  carlapacio,  carteira  -—chapa,  fo- 
lha, lamina,  pUca. 

pastagem  ou  Pastage,  pacigo,  pastio,  dm« 
to.  . 

pastar,  apascentar  -~  (n.)  pascer  —  p&i« 

torear. 

Pastel,  empada,  empanada. 

Pasto,  pabulo,  pastura  —  alimento,  COí» 
mida,  nutrição  —  leitura  — contemplaçiOi 
meditação. 

pASiOR,  armenteiro,  ovelheiro,  pegarei- 
ro,  zngai  —  bispo,  cura,  parocho. 

PASTORA,  serrana,  zagaia. 

Pasiohadouko,  pacigo,  pastagem ,  pii« 
to. 

prstoral,  bucolijip»  campesino,  campes- 
tre, pastoril. 

PASTORAR  ou  Pastoreart  apascentar.  m|* 
cer. 

PATA,  marreca  —  pó. 

patacoada.  patacas,  ;patfliCÕ^  —  ostdQ- 
tação  —  patarata. 

patao  ou  Patau,  babota,  parvo,  tolo. 

Patarata  ou  Pa íara tice,  friol^ira,  patra- 
nha —  mentira,  nela,    -r-  falsidade. 

pataratar  ou  Paiaratear,  mentif,  pM 
tear.  r 

patarateiro,  patarata  ^r-  mentiroso  — 
oslentador. 

PATEADA,  apupos,  asauada,  gritos,  YOie- 
ria. 

PATBAR,  apupar  —  assobiar  —  tripu- 
diar. 

PATENTE,  carta  regia  — etc.  —  diploma 
—  (aí/y.)  evidente,  manifesto,  sabido  —  dit 
vnlgado,  publico  —  claro,  indubitável,  no- 
tório —  desembaraçado,    livre  —  abertójj 

Patentear,  manifestar,  publicar. 

PaTeo  ou  Pátio,  área,  átrio   —    plateaf 

PaTebnal,  paterno. 

PaTeta,  imbecil,  tonto  —  basbaque,  nes<» 
cio,  lolo. 

pathetico,  enérgico,  expressivo,  Tehât" 
mente  —  affecluoso,  tocante. 

patíbulo,  cruz  —  cadafalso  —  forca  — ^ 
poste. 

PATiFÃo  ou  Patife,  maráu,  maroto,  pi- 
caro,  velhaco. 

PATIFARIA,  barganteria,  desaforo,  maro* 
teira.  picardia,  velhacada. 

paTíM,  pateosmho. 

Pati>bo.  marrecoãinho  ^  a»ttiaho,  paN 
"Fâínho,  tolinho. 

PATOLA,  estólido,  tididloi  ioioi 


PATRANHA,  coDto,  fabulft  ^  montirí,  pe- 
ti, 

patrío,  padíl)  —  patrono  —  arfaeÉ, 
mestre,  piloto  —  dono,  senhor  —  *  pa- 
droeiro. 

PÁTRIA,  berço,  ninho,   terra. 

patrícia,  compatriota,  conterrâneo. 

pATRio,  nativo,  natural. 

PATROCINADOR,  defensop,    protector. 

PATROCINAR,  defender,  proteger  —  apa- 
drinhar. 

patrocínio,  amparo,   auxilio,  'proteção 

PATRONA,  advogado,  padroeira,  protecto- 
ra —  cartuxeira. 

PATRONEAR,  bacharelar ,  pairar ,  papa- 
guear. 

PATRONO,  advogado,  protector. 

PATRULHA,  ronda. 

pAui.,  brejo,  charco,  lenteiro,  pântano, 
tremed«l. 

palperismo,  pobrissimo. 

pausa,  desça dço,  intermissâo,  interrup- 
ção, intervailo,  suspensão. 

PAUSADO,  moderado  —  lento,  vagaroso 

PaUsar,  descançar  —  parar,  suspender. 

PAUTA,  caibalogo,  index,  lista,  rol,  ta- 
boada  —  tarifa 

pAVEZ.  escudo,  padez. 

pavido,  amedrontado,  assustado,  medro- 
so, tfjmeíoso. 

PAVILHÃO  ou  Pavelhão,    barraca,    tenda 

—  loldo  —    sobreceo  —  abobada  —  cor- 
tinas. 

PAVIMENTO,  chão  —  soalho,  sobrado,  so- 
lho —    Itígtído. 

PAVIO,  matula,  torcida  —  rolo. 

PÁvo,  peru. 

pavanada,   guapice,    ostentação,  pompa 

—  gabo. 

Pavonear -SE,  apavonar-se,  empavonar- 
»e,  emproar-se,  gloriar-se  ,  vangloriar  se, 
ufanar  se. 

Pavor,  medo,  temor  —  espanto,  horror, 
terror. 

pavoroso,  formidável,  terrifioo  —  terri- 
Tél,  tremendo  espantoso,    medonho  — 

horrendo,  hórrido,  horriíico,  horrivel,  hor- 
roroso —  pânico. 

PAZ,  con(;ordia,  união  —  amizade  — 
quietação,  sooi^go,  tranquillidade  —  sereni- 
dade —  dtscani,o. 

pí,  plania  —  pata  —  passo  —  base  — 
pegada  —  posição,  situação  —  sob-pó  — 
raiz. 

peanha,  base,  pedestal  —  apoio,  arri- 
ma. 

PEÃO  ou  Piáo,  plt^beu  —  infante  (solda- 
do) —  piorra,   piíorra. 

pear,  trav«r  —  embaraçar,   estorvar  — 


PEft 


itf) 


canhão  —  logração,  logro,  peta  —  traste 
^—  obra. 

peccado,  culpa—  delicto,  maldade  —  cri"^ 
me,  iniquidade  —  erro  —  vicio.  '^ 

PECCADOR,  prevaricador,  trans^fressor  — 
Ímpio,  iniquo  —  criminoso,  delinquente — 
culpado,  réo  —  vicioso 

piccAR,  delinquir  —  transgredir  —  er- 
rar. 

PECHA,  balda,  defeito,  tacha. 

PECHELIN6UE,  cofsario,  flibusteÍTO,  ladrão, 
pirata. 

PECHoso,  contrariador  —  caprichoso. 

PECO,  chocho,  meigengro  —  imbecil,  nés- 
cio, pflrvo,   tolo. 

PEÇONHA,  veneno  —  matéria,   pus. 

PEçoNimNTAR,  enveneoar. 

PEÇONHENTO ,  vencnoso  —  maldizente, 
maíedico. 

pECLÍNHA.  pepilo  —  remoque. 

PECULIAR,  especial,    particular,    próprio. 

PECULio,  bens,  dinheiro,    ete.  —  notas  . 

PECUNiA,  chelpa,    chocalhinho,  dinheiro. 

PsCUNii^so,  endinheirado,  rico. 

píídaço,  parte,  porção  —  fragmento  — 
fracção  —  motreco,  naco. 

píídagogo,  aio,  regenie  —  mestre  — pre- 
ceptor. 

PEDANTARiA  OU  Pedauteria ,  pedantis- 
mo 

PEDANTE,  pedagogo  —  mestre  —  charla- 
tão 


PEDiçÃo,  pedimento,  petição. 


.ui 


p»"n«r 


castigar,  punir. 


piçA,  bocado,  paxití,  pedaço,   porção  — , 


PEDIDO,  contribuição,  finta  —  rogativa 
supplica. 

pêdíuor,  pedinchão  —  requerente,  sol- 
licilador  —  importuno  —  pedigonho. 

PEDiLUvio,  lavapés. 

PBDiNCBÃo,  pedidor,  pedigonho,  pedin- 
tão. 

pEDiNTARiA,  mendicidade. 

ptDiNTK,  pedigolho,  pedinchão  —  men- 
digo, pobre. 

PfDiH,  deprecar,  exorar,  obsecrar,  orar 
—  implorar,  rogar,  supplu^ar  —  demandar, 
exigir,  requerer  —  pedinchar  —  buscar, 
ir- ler. 

PiíDiTORio  ou  Petitório,    rogo,    supplica. 

PíiDRA,  calhau,  seixo  —  lage  —  roca,  ro- 
cha, rochedo. 

p  CORADA,  seichada  —  dicto  picante,  re- 
moque. 

PiíDígGO«:o,  saxeo,  seixoso. 

PKD•^E  RA.  rocha,  opoio.  protrcção — in- 
terc«'SSor,  valedor  —  adherente,    valia. 

PKDREihO,  alvineo. 

prdrisCada,  granizada. 

PEDHisco.   saraiva. 

PEGA,  braga  —  fí^lladeíra,  palreira. 

pegada,  pizada,  vesiigia  —  pisia,  rasto 
— '  encalço. 

157^ 


1028 


PEIf 


nm 


fisAM^ço  m  Pegajoso,  glutlnoso,   visco- 

PO   — '    COi>l«gÍ"S(). 

me^MAC"-  r.'>lla,  grude,  massa  —  cáus- 
tico, importuno. 

Pkoameisto  ou  Pegadura,  coltadura,  gro- 
dadura. 

i'EGAH,  collsr,  griíH/ir  —  fitar,  pôr  — 
cnnui.uiiicHr  —  6<'g<irar —  eslcrvar  —  (w.) 
arreigar- se  —  morder. 

rico,  ahysmo,  profundeza,  voragem  — 
ooncavídí  de  —  mar  «lt«>,  pélago. 

picGiJiLBO.  estorvo,  obslacuío  —  causa, 
motivo,    pretPXln. 

PEGULHAL  ou  Pegvlhar.  armenlio,  armen- 
to,  fslo,  rebanho  —  ovnlheiro. 

vííGUREiuo  ou  PecueirOf  pastorinho,  za- 
galinho. 

PEIDO,  traque. 

pKiTAH,  sut)oroar  —  coimar,  muictar. 

PEiTEitto,  subornador  —  plebeu  —  vil- 
Uo. 

PEITO,  Sí^lo  —  corfiçSo,  animo,  valor  — 
inteadimfinto  —  alma,  espirito —(pi.)  ma- 
mas, ponriaif,  tetas. 

paiTOGUEiaA,  catarro,  tosse. 

PEi'^0RiL,  muro,  parapeito, 

pEÍx^tA,  pfscada, 

PEJADA,  gravida,  prenhída,  prenhe. 

Piíjado,  cheio,  occupado  —  envergonha- 
do —  gr<ívido,  prenhe  —  acanhado,  enco- 
Jhido  —  cobarde  —  ajoujado  —  embara- 
çado. 

PBJAMENTO,  embaraço,  estorvo,  obstácu- 
lo. 

PEJAR,  embaraçar,  occupar  —  atravan- 
car —  (n.)  concebsr,  emprenhar. 

pFjAR  8E,  correr  sb,  euvergonhar-se  — 
acanhar-se,  embaraçar-se. 

pFjo,  pudor  --  rubor  —  modéstia  — 
vergonha  —  acanhamento,  enleio  —  diíli- 
cnlHade.  erabarsço,  estorvo,  obstáculo  — 
repugnância. 

pklago,  mar  alto,  pego. 

pELAME  ou  Pellame,  curtume  —  coura- 
ma. 

PELEJA,  batalha,  briga,  comb^t-^í,  confli- 
cto,  prélio,  pu^na,  recontro,  refrega. 

PELEJADOR ,  batalhador  ,  combatente , 
guerreiro,  piignador. 

j-ELEjAH,  batalhar,  brigar,  combater,  con- 
tender, giieíf^ar,  pugnar,  renhir  —  incre- 
par,  reprehender  —   lidar. 

pELLiTRAFO,  andrajoso,  esfarrapado,  ro- 
to. 

PELLO  ou  Pelo,  buço  —  vello —  cotão, 
penugem  —  felpa  —  corte,  fio,  gume. 

PELLOSO  ou  Peloso f  pelludo,  velloso,  vel-  i 
ludo. 

pELLuciDO,  transparente. 

PELOTA,  bala,  péla. 

?£KA,  aíHicçãOf  úÒT>  pezar  —  tormesto 


—  amofinaçSo  —  trabalho   —   repugnau* 
cia,  rastign,  punição,  supplicio. 

PENAL,  pí^navel    -   punível 

pfeNALiDADt,  trabalho,  pena  —  adversU 
dftdtí  —  calam  dade  ~  aíll.cção,  angustia, 
dôr  —  tormento,  tribulfl^âo    —  opprtrsHào 

—  sentimento  —     r^olesiia    —   mftg«)a  — 
lasiima    -    miséria  —  supplicio. 

PENALIZAI»  ou  Penaliaar,  aflbgir  —  ator- 
mentar —  angiHtiar  —  entresiecer  —  ma- 
goar -   molestar,  oppPimir  - — alribular— . 
martjrisar,  pers^Rnir. 

Pf.NÀo,  v(»la  laiina. 

pENAR,  atormentar,  penalizar,   peneficap 

—  {n.)  padecer,  soíírer. 

PENATES,  deuses  domésticos  —  casa,  ba« 
bitação,  morada  —  família. 

PENCA,  nariz. 

PENDÃO,  bandeira,  estandarte,  guião. 

*  pKNiiENÇA,  penitencia  —  castigo  —  tra- 
balho —  penden('ia. 

PENDÊNCIA,  briga,  contenda. 

PENOENTE,  pendurado,  suspenso  —  debru-  ^ 
çado,  inclinado  —  imrainente,  propinquo. 

PENDER  ,  debruçar-se  ,  dependurar-se  , 
impender  —  depender  —  inclinar  se  —  pro- 
ceder. 

PENDOR,    declividade,    declivio,    inclina- 
ção, obliquidade  —  consideração  —  peso  — 
calafetagcm  —  {pi)  bandos  —  balanças,  in*  , 
certezas. 

PKKDURAR,  dependurar,  suspender  —  íl- 
clar. 

piNFDO,   roca,  rocha,  rochedo  —  calhau 

—  cachopo. 

PENETRAÇÃO,  comprchensBo  —  agudeza, 
viveza  —  discernimea.o,  perspicácia—  inlel- 
iigencia  — •  profundidade 

PENETRADOR  OU  Penetrante^   penetrativo 

—  insinuante  —  inteliigeute  — -  perspicaz  — 
profundo. 

PENETRAR,  ootranhar-se,  entrar  —  profun- 
dar —  abrir  —  alcançar,  comprehender,  in- 
tender. 

PENETRATIVO,  penetrante. 

PENHA,  roca,  roçado,  rochedo  —  penedo, 
penhasco  —  escolho 

PENnoR,  segurança  —  garantia  —  prova. 

PENHORAR,  embargar  —  endividar  —  obri- 
gar. 

PENITENCIA,  compunção,  contrição  — aus- 
tereza,  maceração,  mortificação. 

PENITENTE,  arrependido,  contrito. 

PENNA,  pluma,  *  pruma  —  cocar,  marti- 
nete. 

PENNADA,  rasgo  de  penna  —  opinião,  ra- 
zão. 

PENNiFERO,  Pennigero  ou  Pennudo,  em* 
pennado,  emplumado,  plumoso. 

PENNUGBi,  penninhas  —  frouxel  —  buço 
*->  cotão» 


PEn 


Hfi. 


iO!9 


prifOiO,  nmnrgo  —  ppzuroso  —  custoso, 
difficil  —  molHSlo,    tr«b«lhoso. 

pkNSADO.  considerado,  muditado. 

PRNSAMSNTO,  cogii«ç«o,  ideia  —  iritendi- 
wenlo  —  parecer,  opiniào, —  desenho,  des- 
ígnio, intento. 

PRifSAO,  tributo  —  grstificwçfio  —  tençji 
—  encnrgo  —  tarefa  ,  trabalho,  cccupa- 
çlo. 

PENSAR,  considerar,  modifar,  reneclip — 
Julgar,  cogitar,  cuidar,  imaginar. 

I  íNSATivo.  conlemplalivo,  imaginativo  — 
duvidoso,  perplexo,  suspenso  —  absorto, 
extático,  cogitabuado,  cuiuadoso,  peososo, 
revoso 

PÊNSIL  I  erguido,  levantado  —  f  uspen- 
so. 

PENSO,  tratamento,  trato,  eto.  —  pensa- 
mento. 

pENsoso,  cuida-ioso,  pensativo. 

pSNTíAR,  alfanar,  anafar. 

píSuRiA,  falta,  iniagoa  ~  fome  — indi- 
gência. 

p»OR  ou  Peior^  daterior. 

PEORAMSNTo,  pelofia  —  deteriora-lo. 

PEORAR  ou  Peiorar^  aggravar,  empeo- 
rar. 

FEQURNHez,  ppqueniopzi. 

PKQU8R0  ouPí//wcno,  côlo,  curto  —  bai- 
xo i—  fraco  —  medíocre,  módico  —  [pi.)  os 
populares—  meninos. 

PEQUICE,  estupidez,  loucura,  sandice^ 

PERALTA  ou  Paralta,  casquilho,  petime- 
tre,  tafuU 

PERANTE,  ante,  diante,  em  presença. 

PERCRBgR,  alcançar,  corapreiíender,  inten- 
der —  receber —  aperceber —  ouvir, 

PERCEPÇÃO,  arrecadação,  cobrança  —  con- 
cepção, percebimento  — ideia,  noção,  pen- 
samento. 

PERCEPTÍVEL,  cobravel  —  intelligivel,  pal- 
pável, visível. 

PERCHA,  pàu,  vara. 

PKRCUSSO,   ferido. 

PERDA,  d  imno,  detrimento,  j^ctura,  pre- 
juízo —  dtísirof.o,  ruiua  —  assolação,  es- 
trago, ommissão,  descaminho,  desvio,  extra- 
vio. 

PERDÃO,  absolvição,  remissão  —  indulgên- 
cia, indulto  —  vénia. 

PERDER,  desencaminhar,  extraviar  —  fal- 
tar com.  .  ,  —  desaproveitar  —  errar  —  gas- 
tar —  arruinar. 

PERDIÇÃO,  estrago,  ruina  —  condemna- 
ç&o. 

PERDIDA,  perda. 

PERDIDO,  perd  diço  —  arruinado,  estraga- 
do —  deshonrado,  diíTamado  —  libertino, 
licencioso  —  inútil,  vão. 

PERDiMENTo,  perda  —  »:strago,  ruina. 

pfRDOÀDOR,  bom,  iadui^ente. 
roí*  iT. 


PERDOAR,  remitiir  —  desculpar,  relevar  — • 
dissimular  -  poupar. 

PERDULÁRIO,  díssipadoF,  estragador,  pro« 
digo. 

PíRncRAVEL,  duradourp,  durável,  eterno, 
permanente,  perpetuo,  sempiterno  —  n.emo< 
ravtd. 

PERErEDEiRO  OU  PerecedouTO^  caduco,  fra-»- 
gil,  mortal,  perecivpl. 

PBHKCRR,  expirar,  finar  se,  morrer  —  aca- 
bar, fenecer  —  findar. 

PEREGRINAÇÃO,  Fumaria  — jornada  —  via- 
jem. 

PEREGRiNADOR,  viajante,  viandante  — pe- 
regrino, romeiro. 

PEHEGRiNAR,  Viajar. 

PEREGRINO,  romeiro — viajante,  vi?*jnr, 
viandante  —  vagamundo  —  estranho,  fo- 
rasteiro—  (arfj.)  extraordinário,  raro,  sin- 
gular. 

PEREMPTÓRIO,  decisivo,  uUimo  —  cathe- 
gorico  —  Perto, 

PERENNAL  OU  Perenne,  continuo,  perma- 
nente, perpetuo  —  iuexhaurivel,  inexhaus' 
to  —  assíduo. 

PERKNniDADg,  perpetuidade. 

PERFAZEa  ou  Pnfazer  ,  npf;rfeiçcar  — 
consummar  —  completar,  encher. 

pekfeicionado,  aperffiiçoído. 

PERFEIÇÃO ,  acabamenio  ,  complemento, 
enchimento  — ■  excelleacia,  primor  —  dili- 
gencia —  exacção. 

PERFEiçoAR,  aperfeiçoar. 

pEBFsiro,  completo,  consumraado  —  in- 
teiro —  puro. 

perfídia,  aieivosia,  traição  —  filsidade  r- 
desfealdade,  infidelidade —  apostaria. 

PÉRFIDO,  aleivoso,  doloso,  fraudulento, 
infido,  insidioso  —  deskaí,  traidor  —  infiel, 
perjuro. 

PERFiL  ou  Profil,  delinesçSo  —  aspecto, 
representação. 

péhfílhar,  adoptar,  receber. 

PErtFOKAR,  furar. 

pshfumar,  defumar  —  aromatisar,  embal- 
samar. 

PghFU.MK,  aroma. 

PERGUNTA,  int"  r-ogação  —  inquirição  — 
questão  —  interrogatório. 

pehguntar,  informar  se,  inquirir  — in- 
terrogar, questionar  —  desejar  —  reque- 
rer. 

PERÍCIA,  dolrina.  erudição,  saber,  scien- 
cia  -  capacidade,   destreza,  habilidade. 

PERiFBHio  ou  Periferia^   circufufeienf.ia. 

PERIGO  ou  P'rigo,  risco  —  fortuna,  ven- 
tura —  embaraço,  inconveni^-nte. 

PERIGOSO  ou  PWigoso,  arriscado  —  gra-* 
ve. 

pERiLAMpo,  luzeluze,  ourineu,  vsgala- 
me. 

2u8 


1030 


VU 


vm 


plífítf  DO,  grau,  ponto,  temo  -  circulo, 
cíf^uíto  —  clausula. 
PERíQu  TO.  papagainho. 
pr-RiTO,  douto,  instruído,  sábio,  versado 

—  hábil  —  defctpo. 
PERJURAR,  abjurar. 

PERJURO,  perjúrio  —  [adj.)  desleal,  infiel 
-^  doloso,  falsa  rio,  pérfido. 

PERLA,  pérola. 

PERLONGA ,  delonga,  demora,  deteoçiio, 
dilação. 

pERMAisECER,  continusr,  perseverar,  per- 
sistir —  aturar,  durar  —  conservar-  se,  exis- 
tir. 

PERMANÊNCIA,  immobilidade,  firmeza,  per- 
severança. 

PERMANENTE  OU  Permatiecente,  estável, 
firme,  fiio  -  conátanie,  invariável  —  durá- 
vel —  immutavel. 

PERMiAR  ou  Permeiar,  mediar. 

pEHMíssÃo  ou  Perrnisso^  consentimento, 
facuHade,  licença. 

PERMisTA,  misturada. 

PERMiTTiR,  concede/  —  consentir,  soffrer, 
tolftrnr  —  dissimular. 

PERBUDAR  OU  Permutar^  cambiar,  tro- 
car. 

PERMUTA  ou  Permutação^  cambio,  tro- 
ca. 

P3RNA,  jarrete  —  ramificação. 

pebMcioso,    mau  —  funesto  -   damnoso 

—  ruinoso  —  moriifero  —  detestável. 
pKRNiL,  persuntinho. 
PERNÓSTICO,  fallador,  tagarella. 

*  PERo,  mas,  por  tanto,  posto  qu'3. 

PERO,  maçã,   pomo. 

PEROL/t,  marfjariía. 

PERPASSAR,  ir  andando,  ir  de  passagem, 
passai. 

perpendicuiab,  vertical. 

PERPENoicuLO,  plumo  OU  prumo, 

pehPrtrar,  commetier,  fazer. 

prrpetuar,  continuar,  manter  —  eterni- 
zar, perpetuisar. 

PERPETuiDAOE.  eternidade,   perpetuação. 

PRHPETUO,  estável  —  durável,  perdurável 

—  continuo,  eterno  —  perenne  —  assíduo. 
PERPL'  xiDADE,  hesitação,  indeterminação, 

irresolução  —  ftmbignidade,  duvida,  incer- 
teza —  embaraço,  enleio,  enredo. 

PERPLEXO,  aifllhftdo,  confuso,  embaraça- 
do, enletado  —  cuidadoso  ~  duvidoso,  ín- 
deiiso,  irresoliitó  —  f[uc»uante,  hesitante. 

PERRA,  cadella. 

pERRARiA  ou  Perrice,  malícia  —  obstina- 
ção, teima. 

PEBAo,  cão,  mastim,  molosso,  rafeiro  — 
{adj.)  bírrento,  o*bsiinado,  té^to  —  deses- 
perado. 

x^KRscRUTADOR,  cscrutador,  indagador,  in- 
vestigador. 


vtnstGviçlo  ou  *  PerseruçãOf  tormento, 
tribulação  —  oppressão,  vexação  —  tyrantfiã 
-—  ímportunidade. 

pai^SKGuiR,  «calçar,  acoçar,    dar  alcarvce 

—  atormentar,  molestar,  vexar  —  importu- 
nar. 

PERSEVERADO,  alurado,  continuado,  con- 
tinuo 

PERSEVERANÇA,  constancia,  firmeza— por- 
menenoia,  persistência. 

PERSEVERANTE,  constante,  firme  —  está- 
vel, invariável  —  impaciente. 

PERSEVERAR,  contiuuar  —  aturar,  perma- 
necer, persistir. 

PERSiNAR-sE  OU  Persiguar-se ,  benzer- 
se. 

PERSISTÊNCIA,  cotitinuação  —  estabilidade»' 
firmeza,  permanência. 

PERSISTENTE,  duravel,  permanente,  per- 
severante. 

PEBSisTiR  ,  continuar  —  a'urar,  existir, 
p  írseverar. 

PERSONAGEM  OU  Pcrsonoge,  fidalgo,  no- 
bre, etc.  —  homem,  pessoa  —  imitação, 
papel. 

PERSPICÁCIA,  agudeza— penetração  •— dis- 
cernimenlo,  sagacidade  —  subtiltza. 

PERSPICAZ,  agudo,  penetrante  —  experto, 
íntflligente. 

PEHSPicuíoADE,  trausparencía  —  clareza, 
nitidez. 

FERSPicuo,  transparente  —  claro. 

paRsuADiR,  acoustíihar  —  exhortar  —  in- 
duzir, suadir  —  instigar. 

píHSUAsÀo,  inducijão ,  induzimento  — 
crença,  opinião. 

pehtknça,  accessorio,  appendix,  parte. 

PERTENcsiSiE,  dependeot«  —  annexo — 
apto,  halíil  —  próprio. 

PKRTENCER,  ser  a.  .  .  convir,  tocar  —  re- 
ferir se,  respeitar. 

PEHTiGA,  varapau  —  vara. 

PERTINÁCIA,  contumácia,  obslinaçã),  por- 
fia, teima,  tenacidade. 

PERTINAZ  ou  Pertinace,  contumaz,  obsti- 
nado, opiniático,  teimoso  —  emperrado,  en- 
cabrunhado,  ferrenho  —  revelão. 

PERTINENTE,  adequado,  apropositado. 

PERTO,  chegado,  juulo — contíguo,  vísi- 
oho   -  quasí. 

PERTURBAÇÃO,  alleração  —  agitação,  in- 
quietação —  confusão,  desordem  —  discór- 
dia, dissensão  —  revolta,  turbulência. 

PERTURBADOR,  faccíoso,  sedicioso  —  intri- 
gante. 

PKRTURBAR,  aUerar,  confundir,  disturbar 

-  atarantar  —  inquietar,  embara<}ar—  im- 
pedir. 

PERU  ou  Perum^   pavo  —  [adj  )  presumi- 
do. 
PKaVERsiDA^»,    deprava<;ão  —  desordem 


libertinagem  — injustiça  —  maldade  —  ini- 
quidade, perfídia  —  vicio. 

pRRVKnso,  corrompido,  depravado  —  mal- 
doso, móu  —  maligno  —  dissoluto,  liber- 
tino—  malvado,  pérfido,  scelerato —  yícío- 
so. 

pBRviRTiR,  alterar  —  corromper,  dam- 
Bar,  depravar — desencaminhar. 

PFRViGiL,  acordado,  vigilante. 

pKRvio,  aberto,  patente. 

pksadklo,  dandão,  ephialta,  incubo  —  op- 
pressão,  suffocaçíío  —  aborrimento,  tédio. 

PESADO,  rijo,  teso  —  carregado  —  gordo 
—  corpulento  —  oíTensivo  —  enfadonho  — 
triste  —  examinada,  ponderado  — onero- 
so. 

pESADUMBRi ,  Pesadume  ou  Pezadume , 
moléstia,  pezar. 

PKSARQuPezar,  dôr,  lastima,  magoa,  pe- 
na, sentimento,  tristeia  —  arrependimento, 
contrição  —  (».  a)  equilibrar  —  exami- 
nar, ponderar  —  considerar  —  avaliar,  esti- 
Biar. 

PESAROSO  OU  PexarosOt  aíllicto  —  sentido, 
triste   >  arrependido 

PEscoçÂo,  pescovado. 

PEscoCEinA,  cachaço. 

pescoço,  carviz,  collo,  garganta,  gssae- 
te.  ' 

PISO,  carga,  fardo  —  autoridade,  força  — 
considnração,  importância  —  encargo,  ónus. 

pgspEGAR,  assentar,  chimpar,  dar. 

PE€Qi}|ZA,  busca,  indagação,  inquirição, 
investigação  —  especulação  —  diligencia  rr- 
selií^itaçâo  —  negociação. 

pcsQuiZADOR  ,  indagador ,  investigador , 
observador. 

PRSQuiZAR,  esquadrinhar,  investigar  —  in- 
dflgar,  informsr-se,  inquirir  —  buscar,  pro- 
curar —  especular. 

PÉSSIMO,  detfstavel,  malissimo. 

PissoA,  creatura,  individuo  —  persona- 
gem —  alguom. 

'   pibtb,  contagio,  epidemia,  pestilência  •— 
corrupção,  infecção  —  fedor. 

pasTiPERO,  pestilent3. 

ptsTJLiRCiA,  peste.  ]>estencia. 

pESTiLíNCiAL,  contagioso,  peslifero,  pe»- 
ti'ente,  tabido. 

pKTA,  logração,  peça  —  mentira. 

pKTiçÃo,  pedição.  pedimento  —  requeri- 
mento —  rogo,  supplica. 

puTiMíTUí,  penha,  laful. 

PETISCAR,  ferir  —  bater,  tocar  —  debicar, 
provar. 

pgio,  pisco. 

pF.TRKCnAR.  municionar  —  vitualhar. 

PETRKcaos,  munido?»-—  utensílios. 

PiTRiNA,  cinto,  citiiura  —  peito 

PiTt;LAN<Ui,  atrevimento,  desaforo,  des- 
pejo, desvergonhamenio,  insolência. 


m 


mi 


mtulaNtí,  immodwlo  —  deiaYe'gonha« 
do,  descarado  —  arrogante,  atrevido,  inio^ 
lente  _  d-isaforado. 

phalangR.  bAtnIh&o,  esqu&df&o,  eto. 

pharktrar,  sellpar. 

PHARMACRUTico,  boticarlo. 

PQARMACOPEA,  rcceltuario. 

PHARO,  pharol. 

PHENis  ou.  Phenixt  ave  fabulosa  —  ílor — 
paridade  —  pérola. 

PH>LAuciA,  amor  próprio,  egoismo. 

pnYsico,    corpóreo,  natural  — («.)  me^i* 

CO. 

PHYsiOGNOMiA,  feições  —  ar  — •  similhaat 
ça. 

PIACULÁR,  expiatório. 

piACULO,  crime,  dehcto  —maldade  —  peo-» 
cado. 

Picado,  estimulado  —  alterado  (mar). 

PiCADURA,  picada,  picadela. 

piCawte,    pungente  —  mordaz ,    satyri*» 

CO. 

piíAr,  aguilhoar,  espicaçar,  sovinar  — 
iuspirftf,  mover  —  estimular,  incitar  —  cor- 
tar T—  lardear  —  censurar—  saiyrisar —  irri* 
lar  —  otíendftr. 

PICARDIA,  baíxesa,  vileza. 

PiCABRSCO,  burlesco,  chulo,  ridicnlo. 

piCARO,  bargante,  maroto,  patife  —  bai* 
xo,  vil  —  burlesco,  ridículo. 

PIÇARRA,  cascalho. 

picnoso,  desdenhoso  —  cabeçudo  —  ra* 
bujento  —  caprichoso  —  minucioso  -^  pQQ- 
toso. 

PICO,  picanço— cume,  summidade  —  pon- 
ta—  bom  gesto  — graça,  sal. 

piKDADs,  compaixão,  dó  -^  misericórdia 
—  commiseração,  lastima. 

Piedoso,  misericordioso,  pio  —  compade- 
cido, compassivo  —  elemento,  enternecido» 
terno  —  desbaratado,  maltratado  —  lastimo- 
so —  miserável  —  benigno  —  justo,  lecto  — 
sancto,  religioso- 

piKRiDES  ou  lieiraSf  Camenas,  Musas. 

PíFio,  baixo,  vil. 

pigmeo  ou  PygmeUf  anão,  enano. 

puar,  moer,  pizar  —  {s.)columna,  pilas- 
tra  —  apoio,  esteio. 

Pildar»  abalar,  fugir,  safar-se. 

PILHA,  acervo,  cumulo,  montão,  mon- 
te. 

pilhagcm  ou  Tilhage  ,  pilhéria ,  roubo» 
saque  —  depredação. 

piLHANCARA,  pelhauca,  perigalho. 

pilbante,  ladrão,  salteador — roubador, 
saqueador  —  gatuno. 

piLUAR,  roubar,  saquear  —  gatunar,  sur- 
ripiar. 

piluíria,  graça,  pico  —  dicterio  —  chu- 
fa —  bngaiella 

HLHsfiiA,  pilhagem,  roubo,  saque. 
Í5S  ^ 


103) 


HX 


roE 


PILOTO,  Talínuro  —  arrais,  nauta  —  coi- 
ductor,  giiia. 

pinacolo.  Pináculo  ou  Pinacro ,  fcorií- 
cbtío,  grinaja  —  elevação,  fastígio  —  ci- 
mo, cume,  summidade  —  auge. 

píncaro,   cimo,  cume,  ponta. 

PINGA,  golta,  gottioha. 

piNGAF,  gotieap,  gollejar,  lagrimar. 

piKGO,  goUa,  pinga  —  nódoa. 

PINGUE,  gordo,  grosso  —  abnadante,  fér- 
til, rico  —  fecundo  —   fructifero. 
'  Pi«H0,  pinheiro  —  baixel,  navio. 

riNTALEGRETE ,  casquilho ,  peralta,  ta- 
ful. 

FiNTAB,  colorir  —  figurar,  representar  — 
descrever,  traçar  —  matizar  —  bordar,  la- 
vrar —  [n.)  madurecer, 

piNTUBA,  figura,  imagem  —  painel,  qua- 
dro, retábulo  ^—  arrebique   —  descripção. 

PIO,  caridoso,  compassivo,  piedoso  —  de- 
YOeionario,  devoto,  religioso. 

PIPAROTE,  talitro. 
'   pipiiAR  ou  Vipitar,    piar. 

pjQUE,  lança—  biiga  —  desgosto,  desa- 
bntueuto  —  desavença,  discórdia,  dísseii- 
são. 

PIRA  ou  Pyra,  fogueira. 

piRftMiDE,  Fyramide  ou  Pyramef  agu- 
lha, obelisco. 

pibata,  corsário,  ladrão,  pechelingue. 

PiR-\TAGEM  ou  Pirataria,  piraiica,  rapi- 
na, roubo  —  concussão,  extorsão. 

piraTaR  ou  Piratear^   roubar,   saquear. 

PIRES,  pralioho. 

PIRILAMPO  ou  Pyrilampo,  cagalume,  no- 
c!i  uz,  vagalume 

PIRRAÇA,  acinte  —  chasco  —  peça, 

PISA,  esiala,  maçada,  sova,  tunda. 

PISADA,  pégadíí  —  rasto,  vesiigio  —  en- 
calço —  {pi )  exemplo 

PISADURA  ou  íHsadela,  contusão  —  tri- 
lha d  ura. 

PISAR  ou  Vizar,  calcar,  trilhar  —  con- 
tundir —  moer. 

PISCINA,  pia,  tanque. 

PISTA,  rasto  —  piogada. 

pitança,  ordinária,  ração  —  mesada,  pen- 
são. 

pithoniso,  nigromante. 

"   PCIORRA,    pião. 

PLACii>o,  bonançoso,  caltno,  manso,  pa- 
ciQco,  qaieio,  sereno,  socegado,  tranquil- 
lu 

PLAGA,  clima,  paiz,    região,    terra. 

PLANAMENTE,  chã ,  clara ,  singelamen- 
te. 

PLANETAS,  «s(ro^,  estrellas.  etc. 

plankza  ou  VUnice,  campo  chã,  nava, 
plaino.  plano,  plaouia. 

PLANO,  superfície  —  plaioò,  plaaiciô  ~- 
aibiiru,  parecer,  projecto—  plaum  — día- 


pOiição,  ordem  —  delineamento,  desenho, 
risco  —  («<(;•)  chato,  raso. 

PLANTA,  arbusto,  ele.  —  sola  —  dese- 
nho, risco,  traça. 

PLANTAR,  pôr  —  assestar  —  assentar  — 
fundar  —  estabelecer  —  introduzir. 

PLANURA,  chã,  plaino,  planície,  plano. 

plâSIvel  ou  Vlausibil,  louvável  —  cri- 
vei, probavel,  verosímil  —  conviniente. 

PLAUSTRO,  carro,   carroça,  coche. 

PLEBE,  gentalha,  vulgacho,  vulgo. 

PLEBEO  ou  plebeu,  mechanico  —  popu«« 
lar  —  baixo,  humilde,  ínfimo  —  ignóbil 
—  abjecto ,  infame ,  vil  —  vulgar,  rústi- 
co. 

PLEGARUS,  preces,  rogativas,   supplicas* 

PLEiTANTK,  demaudão,  demandisia,  liti- 
gante. 

PLEiTAR,  litigar. 

PLEITO,  demanda,  Htigio, 

PLENÁRIO,  inteiro,  pleno. 

PLENILÚNIO,  lua  cheia. 

PLENITUDE,  complemento,  enchimento—* 
perfeição. 

PLENO,  cheio,  completo,  inteiro,  plenas 
rio. 

PLRURA,  membrana,  túnica. 

plbyadas.  sete  estrello. 

PLICA,  dobra,  dobradura. 

flicado,    dobrado. 

PLUMA,  ppnna  —  pennacho. 

PLUMBuo,  plumbario  —    azulado,   livido, 

FLUUoso,  emplumado,  plumeo,  plumife- 
ro. 

PLURALIDADE,  multídão,  pluriílcação  -^ 
maio  ia> 

piiv^AL,  chuvoso. 

PN^UMA,  espiriro. 

PO.  poeira,  polme. 

poBhR,  mendigo,  pedinte  —  [adj  )  coí» 
tado,  desgraçado,  inftíbz,  mizeravei  —  af* 
flicto  —  triste  —  despecuniado  —  famo« 

CO. 

POBREZA,  indigência,  mendiguei,  pena* 
ria  —  inopii,  n^-cessidade,  nudez. 

PODER  OU  Purfer,  força,  vigor  —  autori* 
dade.  domínio,  império,  jurisdicçâo,  pos- 
sanca,  poiesiade,  senhorio  —  credito  — 
muUidão  —  [pi  )  estados,  potencias  —  SO* 
bera  nos  —  potentados. 

POD<tR'0.  autoridade,  império,  poder. 

podkrOso,  forte,  vigoroso  —  possante  — 
potente  —  rico  —  eíficaz  —  soberano,  im* 
perioso  —  armi  potente. 

PODICE,  assento,  pousadt^iro,   trazeiro. 

PODRE,  apodncido,  «poirentiido,  corru* 
pto,  podridu,  tábio  —  {pi.)  baldas,  defeitos. 

PODRIDÃO,  polre  —  carcoma  —  corrtt* 
pção,   putretacçào. 

pOKiRA,  pó  —  desordem  —  areia  —  bái* 
ieza»  humildada» 


\ 


POM 


roR 


1033 


FOFMA,  epopeííi,  ode,  etc. 
POiíNTK,  Ocridente. 

PORSU,  melro,  \ersiQcação  —  enlhusias- 
mo,  estro. 

POKTA,  cantor,  vate  —  Tersificador. 
POETAR,  poetizar. 
poktica,  poesia. 
F0ETiz\R,  poetar  —  trovar. 
POIS,  porque,   visto  qiift. 
POJAR  ou  /  oiar^  ^  desembarcar  —  pôr  — 
sair. 
POLDRA,  égua  (nova). 
POLDRO,  cavallinho,  potro. 
POLE*,  moitão.  roldana. 
POLEGAR.   Pollegar  ou   Polgar^    poUex, 
pollice  (dedo). 

POLICIA,  administração,  governo  —  aceio, 
limpeza  —  fartura  —  sef?urança  —  cultura, 
polidez,  urbanidade  —  adorno  —  polimento 
civilidade,  cortezia. 

POLICIAR,  civiliáar,  polir. 
POLIDEZ,  civilidade,  cortezia,  urbanida- 
de. 

POLIDO  ou  Pwíiáo,  polimento  —  {adj] 
brunido  —  civilisado  •—  cortez,  urbano  — 
limado,  atilado,  culto  —  galante. 

POLinuRA  ouPo/ímen(o,  brunidura,  lus- 
tro —  cultura    policia. 

POLIR  ouPuiir,  alizar,  brunir  —  aperfei- 
çiar,  limar  —  aprimorar  —  ornar  —  ci?ili- 
tar. 

POLITICA,  governo  —  dissimulo—  prudên- 
cia--'policia. 

p.LiTico,  estadista  —  (cí?y.)  civil,  urbano 
—  dissimulado,  fingido. 

POLLuçÂo,  profanaç&o,  contaminaçlo — 
desbonra,  labeo. 

POLLuiR,  inquinar,  macular,  manchar  — 
sujar  —  contaminar,  inficionar  —  profa- 
nar. 

POLLUTO,  immundo,  maculado,  mancha- 
do —  profanado  —  contaminado. 
POLMÂo,  inchaço,  tumor. 
POLME,  sedimento  —  lia«  pe. 
PÓLO,  ceu  —  Olympo  —  eixo. 
poLTHÂo,  cobarde,  fraco,  maricas  —  iner- 
te, pussillanime. 

POLTRONKBiA,   cobardia  —  medo,  timidez 
•^  pussillanimidade. 
POLVILHAR,  apolvilhar,  empoar. 

POLVILHOS,  pós. 

POLVOROSO,  poeiroso,  pulvereo,  pulveru- 
lento. 

POMA,  esphera,  globo  —  [pi.]  mamas,  pei- 
tos, tetas. 

pomab,  Lorta,  vergel. 

pOMiFERO.  pomigero. 

POMO,  maçã,  pero  —  fructo. 

POMPA,  app^rflto,  estado,  fausto  —  luzi- 
mento  —  grandeza,  magnificência  --  esplen- 
dor —  sumptuosidade. 

YOLt   If. 


POMPOSO,  appa^atoso.  esplendido,  luzido, 
magnifico  —  emphatico. 

poNCRLLA  ou  Pucella ,  donzella  ,  vir- 
gem. 

poNDRBAçÃo,  attenção,  consideração,  me- 
ditação, reflexão. 

PONDKRAR,  examinar,  pesar  — conside- 
rar, reflectir. 

PONDEROSO,  grave,  importante,  ppsado. 

PONTA,  bico  —  extremidade  —  cume,  pi- 
co —  {pi  )  cornos. 

FONTADo,  alinhavado  —  disposto. 

PORTÃO,  escora,  espeque  —  barcaça  — 
ponte. 

PONTARIA,  alvo,  mira. 

pontífice,  papa  —  arcebispo,  bispo,  pa- 
triarcha  —  pustor,  prelado. 

PONTO,  alvo,  mira  —  assumpto,  sujeito  — 
parte,  questão  —  estado  —  occasião  —  fi-B, 
termo  -  calculo,  conjectura,  estimação  — 
[pi.)  malhas. 

pontoso,  brioso  —  caprichoso,  extrava- 
gante. 

PONTUAL  ou  Punctual ,  attento,  cuida- 
doso, exacto,  regular,  vigilante. 

PONTUALIDADE,  attouçâo,  cuidado  —  vigi* 
lanciíi  —  exactidão. 

PONTUDO,  bicudo  —  áspero. 

PONTURA  ou  Punctwa,  picada. 

POPULAR,  commum,  publico,  vulgar  — 
mecânico,  plebeu  —  baixo,  rasteiro. 

POPULOSO,  habitado,  povoado. 

PÔR  ou  *  Poer,  collocar  —  apostar  —  de- 
por —  depositar  --  dispor,  plantar  —  impor 

—  fazer  —  fingir,  imaginar,  suppôr. 
POR-SE,    resolvor-se  —  occupar-se  —  ex- 

por-se. 

PORCARIA,  immundicia,  poiquidade,  su- 
jidade —  grosseris  —  baiíeaa,  vileza. 

PoBCARiço,  porqueiro. 

PORÇÃO,  bocado,  pedaço  -*  parle  —  pitan- 
ça,  ração. 

PORCO,  chacim,  cor.hino  —  javali  —  (acÇ.) 
immundo,  soez,  sórdido,  sujo. 

POR  FM  ou  Porém,  mas  —  *  por  isso  — 
pelo  que. 

poRpiA  ou  Perfia,  afinco,  teima  —  contu- 
mácia, pertinácia  —  instancia  —  oontea- 
da. 

PORFIADO,  contumaz,  obstinado,  pervicax, 
teimoso. 

poB FIADOR,  obstinado»  opiniático,  teimo- 
so, testo. 

PORFIAR,  altercar,  disputar  —  aporfiar, 
insistir,  teimnr. 

poRFioso ,   obstinado,   tésto  —  altercador 

—  aturado,  Continuado. 
pobPoem,  gibão. 

PORQUE  oa  Porquê,    *  ca.    pof   quanto» 
para  qmí—  pnr  qual  causa? 
POBQuBiR(»,  porcariço. 
Sd9 


103i 


ros 


FRÀ 


pOPCKJii>iBH  OU-  Púrquidão,  immufttii^fe, 
porcan.s,  sijjídade. 

.  P0fiQ'jiNai>,    bacoFÍoko,  leUão,  marram- 
to. 

POKTA,  abertura,  entrada,  passagem  — 
caminho  —  principio,  commuiiicaçâo,  tra- 
to. 

PORTADOR,  messageiro  —  mariola. 

portakovas  ou  Porta-^íiovas,  novelkipo, 
novfcllista. 

portaR,  aportar,  surgir. 

poaTAR-58,  conduzir-se,  haver-se,  proce- 
der ^  viver. 

PORTE,  carreto  —  frete  —  consideração» 
importância,  momento  —  coceporlameato, 
proceder. 

PORTEIRO,  guarda  portão  —  pregoeiro. 

poRTfiLLA,  portal. 

PORTENTO,  maravilha,  raridade. 

PORTENTOSO,  fmaraviihoso,.  raro  —  moHS- 
truoso  ~  assombraníe. 

PÓRTICO,  portada,  portal,  portão  —  peri- 
ptero,  perislylo. 

PORTO,  bahia,  enseada,  escala,  surgidou- 
ro —  abertura,  entrada,  passo  —  asyio,  re- 
fugio —  portagem. 
"  PORTUGAL,  iusitania.. 

PORVIR  ou  Por-vir,  futuro.   , 

PÓS,  após. 

POSIÇÃO,  disposição,  situação  —  postura 

—  these. 

P0SIÍ.GA,  chiqueiro^  pftrsigal. 

POSITIVO,  certo  —  eífeciivo  —  constan- 
te, solido. 

POSPOSTO,  postres^  sobremesa. 

POSPOR,  prt^ferir  —  desprezar,  postergar. 

PossAKÇA,  força,    poder  —  possa. 

POSSANTE,  podei*oso,  potente  —  forte,  ro- 
busto, vigoroso  —  abastado,  rico. 

POSSE,  gozo,  logro,  possessão  —  poder, 
prepotência  —  {pi.}  bens,  haveres,  riquezas 

—  faculdades,  nieioS; 

POssKsso,  endeaiGiiinhado,  energnmeno, 

possiBiL-DADB  ,  cnramodídade ,  facilida- 
de. 

possível  ou  Vcssibil,  fácil,  pr/ilicavel. 

POSSUIDOR,  possessor,  proprietário,  se- 
nhor. 

POSSUIR,  ocóupar  —  gozar —  ter  —  go- 
vernar —  coiihecer. 

POSTA,  pedaço  —  correio. 

postak,  collocar,  pôr  —  *  apostar  —  * 
adubar,  coicpor  —  "  fabricar  —  *  repa- 
rar. 

posTR,  hombreira  (da  porta), 

PuST ESGAR,  desprezar  —  pospor. 

posTicRiDADi!.  filhos,  notos  —  dfíscenden"^ 
tes,  viadouios  —  fuíuro,  porvir. 

PDSTáHioH,  seguinte,  subseque  ote  —  [pi) 
pcatíífidade,  vindouroâ. 

posriLLà,  esaoíío,  nota  ^  adiu  iffiefllo. 


POSTO,  emprego,  log.>r  —  citrgo,  oflítsto, 
predicamento  —  sitio  —  terreno  —  alvo, 
mirsí,  ponto  —  {adj  )  collocado, 

posTREiRo,  derradeiro,  ultimo. 

postrrs,  dessert,  sobremesa* 

POSTULADO,  axioma. 

postulaNoia,  exigência. 

POSTURA,  attitude,  g«ito,  postura,  situa- 
ção —  cores  (no  rosto). 

poTAOKM  ou  Píií«fe,  bebida  —  molho. 

POTENCIA,  auioridadtíi,  mando,  poder  — 
actividade  força  — -  oapucida^*  —  viftudô 
iaieadimento,  vontade—  oreação  —  {pi) 
soberanos  —  estados. 

potkntado,  imperador,  priaeipe^  tú  — 
monarcha,  soberano. 

P0TENT8,  poderoso,  pujante, 

poiESTADB,  força,  poder. 

POTRO,  poldro. 

POUCO,  exiguidade,  mediocridade,  moài- 
cidade. 

POUPADO  ou  Poupadort  económico,  for- 
reta, poupão. 

POUPAR,  economisar,  forrar  —  evitar. 

POUQUIDADE,  bagatella  —  po'.ico. 

POUSADA,  casa,  domicilio  ,  habitação  — 
morada,  residência  —  estalagem  —  pou- 
sa, pousada. 

pousADBiRO,  ca,  nádegas,  trazeiro. 

POUSADO,  pausado,  vagaroso  —  aposen-^ 
tado. 

pousALOusA,  borboleta. 

POUSAR  ou  Poisar,   descançar,  repousaf: 

—  pernoitar. 

POUSO  ou  Poiso,  descanço  —  poleiro  — ^ 
ancoradouro. 

POVO,  gente,  nação  —  gentalha. 

POVOADO,  povoação  —  [adj.)  basto,  per* 
rado,  ftícbado. 

POVOADOR,  colono,  habitante,  Íncola,  mo- 
rador. 

POVOAR,  estabelecer-se,  habitar  —  cres-^i 
cer,  multiplicar 

POYAL  ou  Poial,    assento,  poyo. 

PRAÇA,  castello,  fortaleza  —  lugdr,  sitio 

—  emprego,  ministério. 
PBADO,   nlmargeal,  campina. 

PRAGA,  imprecação  —  calamidade,  casti- 
go. 

praguejador,  deslinguado,  maldizente, 
maledico,  praguento,  síityrico.. 

PRAGUEJAR,  amaldiçoar,  maldizer  —  sa- 
tyrisar. 

paA'A,  aba,  beira,  margem. 

pranteadeira  cu  Pranteadora ,  carpi- 
deira, choradeira. 

PRANTEADO,  carpido,,  chorado. 

PíiANTEADãR,  ^chorador,   lameutador. 

pRAfíifeAa,  chorar  —  s^iluçar  —  d-'plo- 
ffir,  Iara  nar. 

prasto,  choradeira,  choro,  lagriínas  — 


w 


TRE 

gemidos,  soluços,  suspiros  —  lucto,  triste- 
za. 

"  PKASHAR,  arguir,  iacrepar,  reprehen- 
der. 

PHASM8,  approvaçSo,  *  aprasmo,  bene- 
plácito, consentimeDto. 

PRATA,  argento. 

PRATICA  ou  Practica,  conversa,  conver- 
sação, palestra  —  arenga,    discufáO,    falU 

—  habito,  uso  —  exercicío,  praxe  —  ex- 
hortação. 

pRATicADOR  ou  Procticador,  conversador 

—  palreiro. 

PRATICANTE  OU  Pracíícanítf,  aprendiz , 

PRATICAR  OU  Pactricar  ^  convprsar  — 
tractar  —  fazer,  obrar  —  exercitar,  pra- 
xear,  usar. 

PRATICO  011  Practico ,   cursado,  experi- 
mentado, veisado,  usado. 
'    PB  ATO,  guisado  —   comida,  sustento  — 
vienda. 

PBAviDADE,  iniquidade,  malda  de,  perver- 
sidade. 

PKAxi  ou  Praxi ,  exercício ,  practica , 
uso. 

PBA2BRTE4R,  aduUr,  lisonjcar  —  grace^ 

PRAZENTEIRO,  wceto.  gr«cioso,  jocoso  — 
alpfrre,  jovial  —  festival,  festivo  —  folião, 
galhofeiro  —  affabil. 

*  PBAZENTEo  ou  P  azeuteto,  lisonja. 
PHAZKR,  ílelpiíe,  gosto    —    diveruropnto, 

festa,  regozijo  —  alngria,  contentamento, 
jubilo,  ledico  —  {v.  n.)  agi-adar,    aprszer. 

PKAzo,  limite,  lermo. 

PREA  ou  Preia,  presa  —  despojo,  esbu- 
lho. 

PREAMBULO,  exórdio,  prefacio,  prologo  — 
principio. 

pRiAR,  pprezar  —  piratear,  roubar,  sa- 
que» r,  captivar. 

*  PRECAÇÃO,  prece,  rogativa  —  acquisi- 
ção,  colheita. 

frecalçar,  ganhar,  lucrar. 
pRECAi.ço,  benesse,  emolumento,    g^ges, 
ganho,  lucro,  proveito,  utilidade. 
PRECATADO,  acíiutelftdo.  prevenido. 
phrcaTar,   avisar,  prev«'íiir. 

PBRCaTAR    SK.     PCiUt^-lar-SH. 

peecato  «iU  Preenvçno  ,  acaut^^lamento  , 
cautela     -  r.irc.urr..spe(  çko     prud^n-in. 

PBiCAVB*.  ot>vinr,    p»*catar,    preoautelar. 

p^EoKDR^ClA,  ant^cerit^ncia,  anielação,  aa- 
terioridade,  procedimí^nto 

rHF.CKDF^^TE.   anlecedntte,    anterior. 

PHt-CíDíM,  «diaiiiar  se.  antecnd^r  —  avan- 
tPJT  se    prevalecer  —  antev^riír. 

PHfcCKiTO  OU  *  P recepto,  mandado,  man 
drtitento,  ordem  —  documento,  regra  — 
dogma   —  d».ctfin<.  in?l-unção. 

ritiCKPTOR  OU  FrfCfiWrj   aio  —  mestre. 


FBS 


1C35 


preces,  rogativas,  rogos,  suppUcas. 

PRíciNCTO,  cingido. 

paKciNTA,  atadura,  faixa. 

pREciNfo,  circuito,   recinto. 

pRBciOSADADB.  custo,  riquezR  —  rarida- 
de. 

PRECIOSO,  custoso,  magnifico,  rico,  —  ra- 
ro, singu'ar. 

precipício,  alcantil,  barranco,  despenha- 
deiro, quebrada  —  decadência,  declinação 

—  roina  —  perigo,  risco. 
PR8CEP1TAÇÂ0,  ací^eleração  —  açodamen- 
to ,  pressa   —  imprudência ,    inconsidera- 
ção. 

pfiECEPiTADO,  arrojado ,  despenhado  — 
(adj.)  accelerado,  arrebatado,  assomado  — 
inconsiderado  —  cego,  impetuoso  —  im- 
prudente, incauto,  insano  —  furioso  —  bra- 
vo. 

PRECIPITAS,   arrojír,   despenhar,   lançar 

—  acc^lerap,  apressar. 
PREctPiTáR-sK,  daspenhar-se  —  perder- 

S3  —  arrebôtar-ss. 

paECPiTE,  precipitado  -»  accelerado,  ar- 
rebatado. 

pREcipiToso,  alcantilado,  penhascoso  ^-^ 
inconsiderado. 

PAECiRADo,  preciso,  urgente—-  constran- 
gido. nece.«!siiado,  obrigado. 

paEGisAMiíNTE,  absoluta,  exacta,  justamen- 
te 

PRECISÃO,  constrangimento  —  necessida- 
dd,  obrigição  —  iodigenina  — abstracção. 

PftEcisAR,  constranger,  forçar,  obrigar  — 
[n  )  carecer,    necessitar. 

PRFCiso,  forçoso,  necessário  —  certo,  de- 
t^írroioado,  limitado  —  abstracto  —  conci- 
so,  suei  neto. 

PRF.ciTO  ou  Vrescito,  condemnado,  reprq- 
bro. 

PRECLARO,  illustre,  nobre — grande,  cer 
lebre,  nomeado  —  bello,  formoso  —  emi- 
nente —  insigne. 

PREÇO,  custo  —  valia,  valor  —  credito, 
estima,  importância  —  premio  —  conta  — 
aprt^ço   —  p^tita  —  merecimento. 

paf  conisaoor  ou  Vreconizador,  apregoa- 
dor.   pregoeiro. 

PRECONiS^R  on  Preconisíir,  elogiar,  gj- 
hflr,  l'>uvap    -    pub'ii'.;^r 

*  PHPCTO,  litigio,  pleito,   preito. 

PKKDKCfcS.íiOR,  antecessor. 

PHítDiCAOo ,  attribiito  —  parte  ,  pren- 
da. 

PREniCAME^Ti,  cath«goria  —classe,  gra- 
duarão. ^lrÁl^        crediio.  estima. 

PR  ui  ÇÃO,  iirf.jf.nosiifiaçao,  prognostico, 
pri'pt"iecia.   vaticinio. 

p/ RDiLECçÃo,  preferencia  — aceitação  — 
amizade. 

PMEUio*  fazendA,  h°rd«de  —  campo» 


IQ36 


rRE 


Hl 


VRíDizRR.  adivinhar  prognosticar,  pro|he-^ 
lluft  vaticinar. 

rRE00MiN4R,  provalâcer  —  superar,  ven- 
cer. 

FREnoMiNio,  aíoendente,  autoridade,  su- 
pari'»fida({t)  —  força,  puder, 

PRiEMtNgNCiA,  prerogativa,  primazia,  6U- 
pf;riorid«de,  vantagem, 

pRKFMiiSBNTE,  sublime,  superior  —  ex 
cc)l*?nte. 

raERNCUER,  satisfazer. 

pRíFAÇÀo  ou  Vrefacio,  antiloquio,  exór- 
dio, preaoíbulo.  proemio,  prologo  —  en- 
traJa,  prinopíO. 

PREFBRENCiA  ,  flntelaçBo  ,  anteposiçlo  , 
rnsiofi»,   predilecção,  primiiia,    vantajem. 

p-.EFEiiiR,  avantajir,  antepor  —  escolher 

vttKFixo,  adiado,  determinado,  fixo,  prés- 
cripio.  regulado. 

phega,  dobra,  ruga,  vinco. 

phÉGação,  sormão. 

prégauo»,  orador  —  missionário. 

pH^GAR,  orar  —  moralizar  —  admoes- 
tar, rcprebender  —    prego»r. 

RREGAR,  cravar,  fitar  —  *  pedir,  ro^ar. 

POFGO,  cravo  —  íVuucho  ou  frunculo. 

Pi^íGOAR,  apregoar  —  louvar,  preconi- 
sar. 

PBE6QEIR0,  aprpguador—  alardeador,  as- 
soai h«  dor. 

PHEGUtçA  ou  Vriguiça,  desídia,  ignavia 
«-  desmazelo,  frouxidão,  negligencia  —  pa- 
chorra —  tardeza. 

PREGUIÇOSO  ou  Priguiçoso.  lento,  tardio, 
vagaroHo  desroazel  ado,  negligente  —  frou- 
xo, remisso  —  ioertH,  ociuso. 

PREJUDICAR,  damnar,  detriorar. 

pftBjUDiciAL,  (lamuoso,  nocivo,  pernicio- 
so. 

prejuízo,  preocupação  —  damno,  detri- 
mento. 

pbelaçXo,  prftfnrencia,  primazia. 

PRELADO,  arcebispo,  bispo ,  patriarcha , 
etc. 

PRELIMINAR,  preparatório,  prévio. 

PRELíO,  baialua,  combate ,  pelrja ,  pu- 
gna. 

PRELO,  imprensa. 

PRELUDIO,  anteluquio,  prologo  —  come- 
ço, ensaio. 

*  PREMA,  constrangimento,  oppressão,  ve- 
xação. 

*PRBKAR,  constranger,  opprimir,  vexar 
—  espremer,   premer. 

PREMATURO,  aut  cipado  —  lampo,  tempo- 
Ião. 

PREMIAR,  galardoar,  recompensar  —  pren- J 
dar.  ' 

PREMIO,  paga,  satisfação  —  galardão,  gra- 
tificação, recompensa,  remuneração. 

pREaUKiR,  aciuíelar,  prcc^^-ur. 


rjiiNUi,  donativo  —  penhor  ««  parte| 
predicado  -«-  habilidade, 

PREfíOAR,  doar,  do  ar  —  premiar. 

PHENDER,  *  aprisoar,  encarrerar  <— ata?, 
ligar  —  encade.ar  — ♦  apanhar,  tomar-» 
(n.)  coalhar  —  aieisr-ge  —  arraigar-se, 

PKEMHDA,  gravida,  pejada,  prenhe, 

PRENHE,  gravida,  pejada  —  cheia. 

PRENHEZ,  emprenhidào,  gravidez,  prenhi- 
dão. 

paE?«8A,  imprensa,  prelo  —  impressão. 

PRENuisciAÇío,  predicção,  vaiicinio. 

PRíNUKciAR,  adivinhar,  predizer,  prophe* 
tizar,  vaticinar. 

rRENUNci3.  annuncío,  prognostico. 

pREOCcuPiÇÂo,  prevenção. 

Preoccupar,  aniicipar,  prevenir. 

PREPARAÇÃO,  Preparamento  ou  Preparo, 
apparelho,  appresto.  aviamento. 

PREPARAR,  apparelhar,  ipromptar  —  adu- 
bar. 

PREPASAR-SE.  appBrelhar-so,  aviar  se  — 
dispor-se  —  ensaiar  se. 

PREPARATIVO,  appar«to,  apparelho,  apres- 
to, preparo. 

Preparatório,  preliminar. 

PREFOiNDERAR,  prevsleccr. 

PRspÔR,  antepor,  preferir. 

pREposiTO,  ministro  prelado. 

pREPosTERO,  aveíso.  contrario. 

prírogaTíva.  excelloncia.  maiorit,  pri- 
mazia, £U[>eiiori-lsde,  vautsgem  —  foro,  im- 
muntdade,  privilegio 

PPESA  ou  Prexa,  despojo  —  tomada,  to- 
madia  —  represa  —  garra. 

pR&s»GiAR,  antever,  conjecturar. 

pRESAGio,  augúrio.  pr(»gQostico,  vatici* 
nio  —  annuncio,  conjectura, 

PRESAGo,  fatídico 

PRESBYiERO,  sacerdote. 

PHESciTO ,  condemna  Jo,  damnado,  ré- 
probo. 

PRESCREVER,  mandar,  ordenar  —  limitar 
—  designar,  indicar. 

pRESCRiFÇÃo,  preceito. 

pREsCRipro,  mandado,  ordenado  —  limi- 
tado     deierminalo,  estabelecido. 

PRESENÇA,  cara,  semblante  —  talhe  —  as- 
sistência -  -  existência. 

PrtESEKCiAR,  assistir  ~  observar,  vêr. 

PRKSENTANEO,  eííicaz,  promplo. 

pRF.SENTE.  assistente  —  actual r— existen- 
te —  favorável,  propicio  -  («  )  dadiva,  mi- 
mo, oíferta. 

piiESENTEMERTE,  aclualmento ,  agora  — 
hoje. 

PttESENTIDO,   cauto. 

PRESENTiMENTO,  conjecturfl,  suspeita. 

pREsENTia  ou  Pre  sentir,  autever,  con- 
jeciurar  —  agourar,  prognosticar  —  soa  * 
dar. 


m 

PRtSBPi  OU  Presépio,  catorio  —  eslre- 
taria.  •  «lala  —  viveiro  (de  f^ras). 

mMgftVAi,  assegurar,  deíender,  guar- 
dar, livrar. 

PRESIDIO,  guurniçio  -*  praça  —  ajuda, 
ftoxilio,  S0''-corro. 

FRESO,  alado,  ligado  —  algemado,  enca- 
deiado  —  en'"'arcerado  —  clausurado. 

pkessa,  acceleraç&n,  açodamento,  afoga- 
dilho —  celeridade,  ligeireza,  velocidade  — 
cxpediçSo,  diligencia  —  actividade,  viveza 
—  aíTfonla,  aperto  --  perigo  —  trabalho  — 
apenà)  —  barafunda,  fulafula. 

PHKSso,  apertado,  conciso. 

PRESSUROSO,  acceierado,  apressado,  dili- 
gente, prompto.  rápido,  veloz. 

PRKSTAÇào,  empréstimo  —  contribuição. 

PRESiADio,  cíUcioso,  preslioioso,  servi- 
çal, 

prestàmento  ou  Prestança ,  préstimo, 
.utilidade. 

pRESTAKCiA,  txcoUeacia  —  melhoria,  van- 
tagem. 

PRESTANTE,  excellente. 

presTar,  dar  —  emprestar  —  (n.)  apre- 
▼eitar  — utilizar, 

*  preste,  —  presbítero,  sacerdote. 

p&ESTís,  apparelbado,  disposto,  prepa- 
rado, prompto  — (atij.)  ágil.  léalo. 

PHESIEZ*.,  cele.idade,  ligeireza,  veloci 
dade  —  actividade ,  aglidedo  ,  alacridade, 
pressa. 

prestígio,  engano,  fallacia,  illusSo. 
^  PRÉSTIMO,  utilidade  —  prestança  —  capa- 
oidade.  mérito. 

piiSSTO,  breve,  cedo,  depressa,  logo  — 
[adj  )  r«pido,  veloz. 

PRKSUMiuo  ,  conjecturado  ,  supposto  — 
[adj  )  desvanecido,  presumpçoso,  presum- 
ptuoso,  vdidoso. 

pussuMia,  conjecturar,  suppôr  —  descon- 
fiar, suspeitar. 

puEsuMPçÃo  on  Presunção^  orgulho,  phi- 
laucia,  soberba,  vaidide. 

p&EsuMpçoso  ou  Vresumptuoso,  orgulho- 
so, presumido,  vaidoso. 

PKE3L'pposTo,  presupposição  —  conjectura 
.—  desígnio,  proposiio,  resolução  —  con- 
selho. 

PRETENDENTE,  candidato. 

PRETENDER  OU  Pcrítí/ttier,  requerer,  sol- 
lioiíar  —  ioleniar —  pretextar  —  requestar. 

PHETEíiDiijo  ou  VrelensOj  requerido,  re- 
questado —  reputado. 

PRETEhiK,  oiuiltir — excluir,  rejeitar. 

PRETEBiTO,  passado. 

pretekinatukal,  sobrenatural  —  maravi- 
Ihpso,  milagroso  —  monstruoso. 

pretexto,  côr,  paUiativo,  pretento,  sub  • 
tíiríugio  —  capa,  causa,  motivo. 
PRETiDÃo,  negridào,  nogrura.   . 

TOi.    l^. 


ni 


mi 


PRETIHHO,  npgrinho.  psisinho, 

pR»To.  n«gPo  —  oschorro. 

pR«ToR,  governador, 

PREVALECER,  superar  —  predoffiioaf, 

pRBVA.li' c AR ,  trair  —  corromper,  aubor* 
nar. 

pâEVENçXi ,  anlicipaçSo  —  preconceito, 
preoccupaçào  —  obslmaçào  —  confiança  — 
satisfaç?io. 

paíiVEMDo  ,  atalhado,  precavido  —  pre- 
parando, provido  -  [adj.)  acautelando,  eaulo 
~  previsto,  prudente,  sagaz  ~  preoccupa- 
do  —  seguro. 

par.vEMR,  atalhar,  baldar,  frustar  —  (n.) 
anticipar  se. 

pRtvENiR  SE,  apparelhar  SI,  dispôr-se, 
prt?parar-s9. 

par.vsB,  adivinhar,  antever,  presenlir, 

pRRviDsNciA  ou  VrevisãOf  anticipação , 
caut-lla,  prevenção. 

PREYio,  adiantado,  antecedente,  anterior, 
anticipado  ,  prematuro ,  primeiro  —  preli- 
minar, 

pRLviSTO,  acautelado,  cauto —antevisto 
—  prudente. 

"^  paEz,  preço,  valor. 

PREZiDoa,  avaliador,  estimaior. 

prezaR,  apreciar,  estimar  —  honrar. 

PHí-ZAR-Si,  gabar-se,  jactar-se. 

rniM.iiRío,  principal. 

PHiMvziA  ou  Vrimacia,  prioridade  —  ex- 
celloDcia,  primado,  superioridade, 

p.iiaEiRo.  anterior,  preexisten.e  —  origi- 
nal —  primevo,  primitivo  —  principal. 

PRimcEiRo,  mais  antigo. 

PRmiTivo.  púmevo. 

PhiMo,  exceilenle,  perfeito,  primoroso  — 
primário,  primeiro,  primevo. 

PRIMOR,  belleza,  excelleíicia,  perfniçâo  — 
habilidade  —  generosidade  —  obra  prima. 

PRiMOiíDiAL,  originário,  primitivo. 

pfiiMf.KUio,  cortieço,  principio 

PRIMOR  so ,  apurado ,  •  esmerado  ,  per- 
feito. 

PâixciPAL,  primário  —  essencial,  indis- 
pensável —  cabidoal,  re^l 

paiiNciPALMKisTE,  sobrstudo  —  maior,  par- 
ticular, primariaraeote. 

paiNcipE  ou  Vrincepe,  monarchia,  rei  — 
potentado  —  primeiro,  principal. 

PRiNCipiAKiií,  apiendiz,  noviço. 

PtiiNCiíMAR,  comf'çar,  encetar. 

PtiiNcirio,  começo,  enlrada,  inicio  —  in- 
tróito ,  primórdio  —  nascimento  —  causa  , 
origem  —  agente. 

PHiottiDADE,  anterioridade,  precedência, 
preexistência  —  preeminência  ,    prt  ferencia. 

PíiisÀo  ou  Irúão,  cadeia,  calabouço, 
carrero,  ergástulo,  limoeiro,  masmoTa  — 
aljube  —  laço  —  oorrcuie»  forros  —  embara- 
ço, enleio, 


1038 


PKO 


pho 


paisco,  antigo,  antiquado,  príslino,  ve- 
tusto. 

PíUSiONiR,  aprisionar  —  captivar. 

PftisiOMKiRO,   captivo  -  preso- 

^«'STíNO,  antigo  —  primeiro. 

Crivada,  coraoiua,  Jatrina,  secreta. 

^aivADO,  particular,  secreto  —  [s  )  vali  lo. 

Riv^.^çA.,  confiança,  intimidade — vaii- 
menia. 

PíiiVAR,  despf^jar  —  defraudar  —  negar, 
recusar  —  prohibir,  tolher  —  íiustrar  —  (n.) 
vaIcT. 

PRIVATIVO,  exclusivo. 

PRIVILEGIO,  exempção  —  excellencia,  pre- 
rjOg«tiva. 

P\o    lucro,  proveito  —  [adv  )  em  favor. 

P-HOv,  intento,  mira. 

PROBIDAOE.  bondade  —  brio  —  equidade, 
integridade,  inteireza,  justiça,  rectidão. 

phoblematico,  duvidoso,  incerto  —  con- 
troverso. 

p«0B0,  bom,  virtuoso  —  inteiro,  recto. 

PttocEDER,  continuar,  proseguir  —  nascer, 
origiaar-se ,  provir  —  causar-se,  resultar, 
vir  —  descender — haver -se,  portar-se  — 
(s.)  procedimento. 

Procedido,  causado,  motivado,  originado 
—  morigerfldo. 

procedimento  ,  comportamento ,  proce- 
der. 

procella,  borrasca,  tempestade,  tempo- 
ral, tormenta. 

PRocsLLOSo,  bravio,  tempestuoso,  tormen- 
toso. 

PROCRRIDADE,    sllura. 

pRoCEKO,  alto,  corpulento. 

pRocpss*a,  instruir — julgar. 

pKOCEsso,  encadeamento,  serie  —  pro- 
gresso —  autos. 

PROCLAMAÇÃO,  acclamação  —  bando,  pre 
gào. 

PROCLAMAR,  apregoar  —  acclamar  —  pro- 
mi)l;4ar. 

paoco,  «mante  —  pretendente  —  magna- 
te -  pincipe. 

PAOCESSAR,  engendrar,  gerar  —  causar, 
produz  r. 

PHocuRA,  busca,  cata,  exame ^  pes- 
qijiza. 

PKOíTR^Do,  buscado  —  diligenciado  — 
soliii-it>do 

PROCURAR,  buscar,  catar  —  acquirir  — 
npgnciar. 

PR"f)i'íAD0R,  largii^ador,  liberal  —   dis 
sipador. 

PK<  dig^lidadr  ,  largiipza  ,  profusão  — 
abimd^tica  —  despprdici ». 

PhODiGAR  ou  Prodigalizar,  largu^ar  — 
di«sip«r.   pstraíjar. 

PHOD  CIO,  milíg  e  —  raTavilhj»,  aon 
ftfiAvMUadtt  -   iii/iVi  prima» 


PRODIGIOSO,  extraordioariQ,  mayRvUhosO| 
milagroso,  protentoso, 

FR0D'6o,  despardiçador,  dissipador,  gas» 
tador  ™  generoso,  largo,  liberal. 

pflODiroR,  traidor,   tredo, 

pAODiToRio,  aleivoso,  atraiçoado.  ; 

pRODUCçÂo,  geração  —  procreação  —  ef« 
feito  —  producto  —  escripto,   obra. 

PRODUCTtvo,  producente  —  lucroso. 

P..ODUCT0,  renda  —  resulta,  resultado—* 
reddito  —  [adj.)  gerado,  produzido. 

PRODUZI H,  engendrar,  gerar  —  apresen* 
tar,  mostrar  —  render. 

PROEMio,  antelogio,  antekquio,  exórdio, 
primórdio  —  começo,  principio. 

paoRZA,  façanha,  feito  — animo,  coração^ 
esforço,  valor. 

PROFANAç-vo,  impiedade,  irreverência,  sa- 
crilégio —  abiíso. 

PROFANAR,   abusar  — [desbonrar,    violar 

—  contaminar,  manchar,  poliuir  —  deterio- 
rar. 

PROFANO,  Ímpio,  irreverente  —  não  sagra- 
do. 

PROFERIR,  articular,  dizer,  pronunciar. 

PROFESSAR,  ensinar  —  practiear —  prometi* 
ter. 

PROFESSOR,  lente,  mestre. 

PR.  Ficuo»  proveitoso,  utd. 

PROFISSÃO,  espado,  mister,  oííicio  —  de- 
claração. 

PHCFLiGADO,  debellado,  derrotado,  des? 
baratftdo,  destruído. 

PROFLiGAR,  derrotar,  desbaratar,  rom- 
per. ' 

PRÓFUGO,  fugitivo  —  desterrado,  exilíado 

—  «rírraiite.  vagabunlo,         » 
PROFUNDAR   ou  Pfofundear,    afundar  — 

imlftgflr.  penetrar. 

PrtOFUNurzA  ou  Profundidade,  ílIurA, 
fundo,  fundura  —  peuetraçáo,  sagacida- 
de. 

PROFUNDO,   fundíssimo  —  (?''ande,   vasto 

—  ab-struso  -  humilde  —  (s.)  mar  —  Aver- 
no  —  inferno. 

PRCFusÃo,  excesso,  sobfjidào  —  eiorbi- 
fancia,  superfluidade. 

PROFi'so,  la^go,  liberal,  pródigo  —abas- 
tado, citpioso,  farto. 

PKOGfiniK,    filhos,  prole  —  casta,  geração 
-  ftscendencifl,  <iescend«nicia  —estirpe,  pro- 
genitores,  prosápia    -  farrnlia. 

piioGENuoR  ou  ^rimogenitor,  ascenden- 
te -  p,n  —  avô. 

P)u.GKK.<sÃo.    continuação,  sprle. 

PKOíihífSsa,  aíliftntaait^nio,  crn  inuição  — 
allurn  -    me  horamt^nto  -  íugmnnto 

rKOHiBiçÃo,  impedimento,  itihbiç^o,  ie- 
terdicçào. 

PKOHiB  R,  defender,  veiar  —  proserrais 
prevenir. 


VVíOl 


PRÓ 


1039 


PBOJàrtTsR   d«^i«©«r,  ideisr. 

pRojrcTíf,  desiípHo  —  empresa,  traça  — 
coiTimeiUmí-nto,  pfeteuçSo. 

PHOL,  lucro,   proveito,    utilidade  —  {pi.) 
precaiçcs. 
,  PROLAÇÃO,  pronuDcia,  pronunciação. 

PROLE,  descendência,  filhos,  gera^ào,  ra- 
ça. 

*  PROLFAÇA,  embora,  parabém. 

pROLipiCAR,  gerar,  procrear. 
,  pholixidadb,  extensão. lloDgura  —  diffusÃo. 

PROLIXO  ou  ?orluxo,  comprido,  dilatado, 
extenso,  longo  —  fastidioso,  tedioso  —  im- 
pertinente —  odioso. 

prologo,   anteloquio,   prefação,  prefacio 

—  preambulo. 

PROLONGAçÃo,  alougamento,  continuação, 
prorogação  —  demora,  dil«ç?«o. 

prolorgado,  dilatado,  diuturno,  extenso, 
longo. 

prolongar,  alargar,  dilatar,  espaçar,  es- 
tender —  temporisar  —  retardar. 

FROMESSA,  promeltimento  —  TOto  —  obri- 
gação. 

.  raoMniRR,  assegurar—  indicar  —  presa- 
giar. 

PROMETTER-SE,  csperar. 

PKosiscui»,  confuso,  misturado. 

PROMISSÃO,  promessa,  promeltimento. 

PROMOÇÃO,  nomeação  —  elevação,  exalta- 
ção. 

paoMoTKR.  adiantar  —  elevar,  exaltar. 

pROMninÃo,  actividade,  diligencia,  pres- 
teza —  fííciiidade  —  aiknçào. 

pROMPTo  ou  Pron-ío,  iCí:eler«do,  veloz  — 
activo,    vivo  —  focii  —  expedito  —  corrente 

—  lépido. 

paoMPTUARio,  resumo,  summa. 
^PROMULGAR,  divulgar,  publicar. 

PRO^o.  inclinado,  propenso. 
/pRoisosTiCAR   ou   Vrognostico  ^    augurar, 
predizt^r,  conjticturar  —  adviobar. 

pROwosTico  ou  írognostico ,  annuncio, 
predicçao.  presagio,  progaosiicação,  valici- 
nip  ~  adjvinhação. 

PRONUNCIAR,  articular,  dij^pr,  enunciar, 
proferir  —  ordenar,  regular. 

píWJpiGAÇÃrt,  multiplicação  — augmento, 
progre>so  -    extensão. 

pífopAGAR,  augmentar  —  multiplicar  — 
ampliar,  dilatar,  estender. 

PBOPAGEM,  mergulliia. 

phOPRNDER,  inclinar,  pender. 

pROPKNíÂo,  inclinação,  pendor,  tendência 

—  iníole.. 

pRÓPíNSO,  disposto,  inclinailo. 

PiíOPiisciA  ou  Vrofecia,  prediçV»»  reve- 
Iflçao  -  pognostico.  v.-ílicinio  —  conjectura, 
pfos  ^nlimonto  —  8divinh8ç?ír». 

pROPtisiA  ou  Pro/eítt,  adivinho,  traspU 
Cê,  anguf  —  vala, 


r     pROPsaiAR    cu  Trofelizar ,   annunciar, 
p  edizcr,  prognosticar,  vaticinar.  *|. 

PROPHKTico  OU  ?rofetico,  augurante,  fa* 
tidico. 

PROPICIO,  bom  -—clemente,  indulgente  — 
amigo  —  fácil  — prospero  —  benelico,  beni- 
gno. 

PROPii^QuinADB ,  proximidade,  yisinban- 
ça. 

PKOPiwQuo,  chegado,  pervinco,  próximo, 
visinho  —  imminenie. 

PROPOR,  representar  —  declarar,  expor 
—  apontar  —  tencionar. 

PROPORÇÃO,  analogia,  congruência,  simi- 
Ihrtnça  — conformidade,  igualdade — ido- 
neidade. 

PROPORCIONADO,  competeute.  congruente, 
côngruo,  idóneo,  justo,  propicio,  respecti- 
vo. 

poRpORCioiTAR^ ,  accommodar ,  ajustar , 
igualar. 

PROPOSIÇÃO,  allegação,  asserção,  these  — 
proj»ícto  — '  problema,  questão,  theorema  — 
promessa. 

PROPÓSITO,  deliberação,  resolução  —  in- 
tenção ,  intento  "-  assumpto  ,  sujeito  — 
juiio,  prudência  —  commodidade  —  apti- 
dão. 

PROPOSTA,  proposição  —  offerta. 

PROPOSTO,  declarado,  exposto  —  [$,]  cai- 
xeiro. 

PH0PRIAM8NTB,  acertada,  conveniente,  jus- 
tamente. 

p«0PBiEDADE,  essência,  natura  -^  direi** 
to,  dominio. 

pnopBisTARio,  dono,  pos«iessnr,  senhor. 

PRÓPRIO,  particular ,  peculiar  —  apto, 
commodo  —  adequado,  congruente,  conve-i 
niente  —  assimdhado  —  veriJadeiro  — 
mesmo  —  amigo  —  (s  )  messagpiro. 

PROPUGNACUi.o,  fortalnza  ~  defesa. 

propllsaR,  rebater,  rechuçnr. 

pborogavâo,  dilatarão  (de  tempo) 

puohogar,  «t»^rmar  —  alargar,  ampliar, 
dilatar  —  renovar. 

PhOSA,  ora(^ão  corrente  —  lábia,  lín- 
gua. 

PROSÁPIA,  ascendência,  casta,  estirpe,  pro- 
génie. 

proscrever,  expnls'ír,  exterminar  —  ba- 
nir, desterrar  —  con(ÍKmn«r  —  encartar. 

paoscaipçÃo,  degredo,  desterro  ,  exilio  , 
extermínio  —  oonliscação  (de  bens).  ft 

pROsCRiPio,  banido,  desterrado,  exilado, 
exhulado  —  encart;<do  —  contiscfldo. 

PKosíCuçÃo,  coutinuação,  s^guim^mlo  — 
observa  Dci.i. 

PH08£Gu«Mi?NT0,  tontínuação ,  prosegui» 
çãi,  s-guirnont!». 

FRi  s«GU?Rj  coatinuar,  ir  ávâatd  —  pro- 
Jong^f. 

.  200  « 


1(40 


PRO 


ítJ 


PHOSKLYTO,  eslrangftiro  —  peregrino  — 
convKfso. 

PROSPERAR,  avultar,  medrar. 

PRospERíDADE,  felicidade,  fortuna  —  aug- 
men'o,  medra 

PKOgpERO,  afortunado,  ditoso,  fausto,  fe- 
liz —  brnigno,  favorável,  propicio  —  bo- 
nançoso. 

paosHBULO,  alc^uce,  bordel,  lupanar. 

PROSTITUIÇÃO,  devassidão,    libertinagem 

PKosTiTLifi-sE,  dehonesíar-se,  devassar- 
se. 

PROSTITUTA  OU  Frosíííuída,  meretriz,  pu- 
ta, rameira. 

PROSTRAÇÃO,  genuflexão  —  reverencia, 
zumhaia  —  abatimento,  fraqueza. 

PROSTRAR,  abater,  derrubar —  debilitar, 
bnfrflquecer. 

pRosTRAH-sp,  OU  Vrosternar-se,   ajoelhar 

—  abater-se,  humiihar-se. 

PROTECÇÃO  ou  *  l^roteição,  amparo,  ar- 
rimo, patrocínio  —  abrigo,  ref jgio  —  fa- 
vor, gaça  —  advocatura. 

PROTECTOR,  padrinho,  paranympho,  pa- 
trono —  defensor. 

PROTKaER,  apadrinhar,  paranympbar.  pa- 
trocinar —  amparar,  (defender,  favorecer  ■— 
fomentar. 

Protegido,  apaniguado,  valido. 

protervía,  desaforo,  insolência. 

pROTKRVO,  atrevido,  desaforado,  insolente 

—  máu 

PROTRSTAR,  affirmar,  assegurar,  certificar 
testimunhar. 

PROTESTO,  aílirmação,  asseveração,  pro- 
testação 

PROTÓTIPO ,  exemplar,  modelo,  molde, 
originai. 

PROVA,  razão  —  testimunho  —  ersiio,  ex 
perinnc^a  —  indicio,  mostra,  signal. 

PROVAR,  saborear  —  ensaiar,  experimen- 
tar —  commeter.  tent»r. 

pKOVAVEL  ou  Vrobabil,  verosímil. 

PROVECTO,  aliantado. 

Proveito,  beneficio,  conveniência,  fructo, 
ganho,  iniejesse,  lucro,  prol,  utilidade  — 
gfilardâi. 

pkovêitofo,  ffuctuoso,  lucroso,  profícuo, 
vant/jo  o,  útil.  ^ 

pr<  ver,  •  açislmar,  aprovisionar,  baste- 
cer.  fornecer,  foruir  —  examinar,  rever. 

PiiOViiRBio,  adagio,  paremia,  proloquio, 
rifão. 

PROVIDENCIA,  presciência  —  cautela,  pre 
vidência. 

PRÓVIDO  ou  Vrotidinte^  aftento,  cuidado- 
so, dilijíenie,    sollicito  -  breve  —  prudente 

—  sí  bio  —  a  aiteiado,  cauto  —  previsto,  vi 
gil/intiJ  —  avisado. 

Pi  ovi  jo,  abastecido  —  «curado,  tractad» 
cou;iuefado,  examinado,  viílo. 


PROVIMENTO  ,  fornecimento  ,  provisão  — 
mantimentos.  Viveres  —  nom'-ação  cuida- 
do administração  —  attenção  —  exame  — 
{providencia 

PHOviNCiA,  comarca  —  paiz.  região. 

*  PROViNCo,  patente,  pro^jinquo  —  [s.)  pa- 
rentela. 

.PROVIR,  descender,  nascer,  originar-se; 
proceder,  vir. 

PROVISÃO,  açaimo,  provimento,  vitualhas, 
viveres,  ete.  —  mantença,  sustento  —  econo* 
mia  —  decreto. 

PROVISÓRIO,  provisional. 

PROVOCAR,    excitar,    incitar  —  estimular 

—  agastar,    assanhar,    irritar  —  desafiar  — 
constranger,  obrigar. 

paOvoCATivo,  incitativo. 

pfUíXiMiDADE,  achegamento,  contiguidade, 
propinquidade,   visinhança  —  parentesco. 

PRÓXIMO,  chegado,  corjunclo,  pegado  — 
perto,  propioquo,  visinho. 

*  pRU,  custo,  emporte,  preço. 
PRUDENCíA,    circumspecção,  consideraçio 

—  sabedoria,  siso  —  assento,  propósito. 
PRUDENTE,  discreto  —  sábio,  sapiente  — 

acertado    —  juuto  —  recatado  —  adver- 
tido. 

pRuÍDO  ou  Prwriáo,  cócegas,  comichão. 

pauiR,  comer. 

Prumo,  perpendiculo  —  sonda. 

^salmo  ou  Salmo,  cântico,  bymno,  ode^ 
etc. 

Pseudo,  falso. 

Pua,  bico,  ponta  —  bredequim  —  garfo. 

Publicação,  indicção. 

^LBLiCAKO,  asseniista,  cobrador  de  ren^ 
das. 

PUBLICAR,  divulgar,  vulgarísar  — preço» 
nisar  —  pregoar  —  promulgar — mamfeS* 
tar. 

PUBLICO,  conhecido,  manifesto,  notório 
[s  )  gente,  povo. 

PÚCARO,  *  aceter,  caneca. 

PUDENDO,  pudibundo,  vergonhoso. 

pudicícia,  castidade,  honestidade,  hon« 
rs,  pureza. 

PUDICA,  casta,  honesta,  modesta. 

PUDICO,  casto  —  honesto  —  vergonhoso. 

PUDOR,  honestidade,  modéstia  —  pejOi 
vergonha. 

PUERILIDADE,    pUBricIa. 

PUEKPERio,  parto. 

plgilo,  punhado. 

PUGNA,  peleja. 

PUGNAR,  combater,  pelejar  —  forcejar — 
defender. 

puGNAZ,  guerreador,  guerreiro,  peleja- 
lor. 

ruía,   pidir. 

POJANÇA,  fiirça,  poder  —  excesso, 

PúJAME,  poderoso  ^  soberbo. 


PUÍl 


I ....... 

■  PULAR.  íaltrtp  -  bater,  palpitar  —  estre- 
mfc«r —  pnlliilar  —  medrar. 

PULHA,  chufa  —  carapetào  — escarneo, 
moujo  —  r-ruiique 

pullulaR.  brotar  —  multiplicar. 

PULO,  salto  —  cambela  —  estremecimento 

—  emoção  —  palpitação. 

puisar,  excitar,   insiigar —- ferir ,    tocar 

—  b^tf  r. 

PULSO,  punho  —  pulsação. 

puLVEiiisAÇAO,  esbroftção,  esbroadura,  es- 
brôo 

PUNEOSOR,  ponto  de  hrnra. 

puNGKME,  agudo,  penetrante,  picante, 
purgiuvo. 

piNGiMENTo,  remorso  —  estimulo. 

pu^GlR,  picar  -  morder,  mortilicar  —  es 
timular  —  [li.)  apontar. 

puwHAnA.  murro,  sôcco. 

PLiNHAR,  apunhar,  empugoar —  pngoar. 

PUNHO,  puiso  —  punheie. 

PUNIÇÃO,  castigo,  peiía. 

puNiceo,  rubro,  vermelho. 

PUNIR,  castigar. 

puNiVBL,  penavtíl  —  penal. 

puRAHKNTB,  casta,  limpamente. 

PUREZA,  castidade  —  innocencia  —  limpe- 
za —  candidez. 


PYH  1041 

purRaR,  limpar,  purificir  --  expiar  -  jus- 
ii(i(;rtr. 

PUKO.  ca^to,  honesto  -  extreme  --  lim- 
po, purificado  -  innof-ente  —  sirfí^-lo  -  im- 
maculado,  virginio  —  cândido  —claro,  crys- 
lailmo 

PUhPuRA,  lyrio 

PuhPuRRo  ou  Purpurino,  nacarado,  pu- 
nic.Ho,  purpuro  rosado,  róseo,  rubicundo, 
rubro    sanguíneo,  vermelho. 

PUS,  matéria  —  peçonha. 

pusiLL^NiHK  011  PussUlanimo ,  cobarde, 
fraco,  jmbelle,  poltrão,  tímido. 

pijsillanihioade,  cobardia,  fraqueza,  ti- 
midez. 

PÚSTULA,  bnslella. 

PUTA.  meretriz,  pmslitiita,  rameira. 

PiJTREF&cçÃo,  apodrecimento,  corrupção, 
podridão. 

putrrfacto,  corrupto,  podre. 

pUTRtFACTOKio,  corrompedor. 

PÚTRIDO,    corrupto,   immundo  —  turbid 

—  fétido. 

putkificar.  apodrecer,  corromper. 
puxab,  tirar  per.  .  ,  —  alar  —  estirar 

—  arrancar  —  attraír,  inclinar,  trazer. 

puxo.  esforço  —  cólica  —  tenesmo. 

pyramidal,  agudo,  pontiagudo,  pontu- 
do. 


tot.  ly. 


181 


1042 


QUE 


Q 


quàbríi,  estaç&o,  sazlõ  -^  ooQJuQslupa. 
oocasião. 

QUADRAGÉSIMA,  quaresma. 

QUADRAR,  accommodar-se — betar,  con- 
juatar,  assentar — agradar. 

QUADRIL,  anca,  coxa  —  [pi )  cadeiras. 

QUADRILHEIRO,  alguazíl,  beleguim,  esbir- 
ro. 

QUADRO,  quadrado  —  painel,  pintura,  re- 
tábulo. 

QUALIDADE  OU  *  Calidadô,  attributo,  na- 
tura, propriedade  —  dote,  prenda  —  con- 
dição, manha  —  emprego  —  grau. 

QUALIFICAR,  caracterisar  —  denominar  — 
censurar  (livros). 

QUAíQUER,  algum  —  quemquer.  . 

QUANTIA,  conta,  porção,  somma. 

QUANTibADE,  exteusão,  grandeza  —  abun- 
dância, afiluencia  —  multidão,  numero  — 
força. 

QUANTIOSO,  avultado,  numeroso  —  abas- 
tado, rico. 

QUARTA,  bilha,  cântaro,  infusa. 

QUARTÃO,  medalhão,  tarja. 

QUARTEL,  aquartelamento,  caserna— eS" 
tacão. 

QUARTO,  aposento,  camará. 

QUAsi,  cerca,  perto,  próximo. 

QUATttiDuo,  quatro  dias. 

QUEBRA,  quebradura  —  diminuição  —  de- 
trimento —  abatimento  —  falha  —  desunião 
—  peoria  —  perda. 

QUEBRADA,  alcaulil,  barrauco,  *  bsyança, 
precipício  —  rotura  —  arrecife. 
.   QUEBRADIÇO,  frágil,  vidrento. 

QUEBRADO,  ffacçào  —  [adj.]  fsllido  —  des 
animado,  quebrantado  ^  abatido  —  des- 
avindo. 

QURBriADuRA,  fractura,  quebra. 

QUEunANTADOft.  íafrííctor,  violador. 

QCEBRANTAtíKfiTO,     rOlUM     —     JtlffaCçâO,! 

viuia^ào  -  ebâliíiièuto,  dubilidádô.  •    } 


quebhantàr,  Infpiogir,  violar  —  awoift* 
bar  .—  quebrar,  diminuir  (a  força,  eto.). 

quebrantar-sb,  desanimar-se  —  enfra- 
quecer-se. 

QUEBRANTO,  fascinaçâo,  olhado  —  desfal- 
lecimento  —  desastre  —  tristeza. 

QUEBRAR,  arrombar,  britar,  desfazer  — 
desunir,  separar  —  quebrantar  —  annul- 
lar  —  abater  —  abrandar  —  interromper 
—  dobrar ,  voltar  —  (n. )  fallir ,  dimi- 
nuir. 

QUEBRO,  inflexão — trinado. 

QUEDA,  caída,  caímento,  tombo  —  jdô- 
clinaçâo,  pendor  —  baque  ,  decadência  , 
ruína  —  quebrada  —  geito,  propensão. 

QUEDAR,  restar  —  cessar,  descontinuar  — 
aquietar. 

QUEDO,  fixo,  immobil,  quieto. 

*  QUEJANDO,  ou  Que-jandOf  de  que  qua- 
lidade? que  tal? 

QUEIMA,  abrasamento,  combustão,  incên- 
dio. 

QUETMàçÃo ,  Queimada  ou  Queimadu» 
ra ,  abrasamento ,   incêndio,   queimamen- 


to. 


QUEIMADO,  abrasado  —  tisnado,  tosta- 
do. 

QUEIMAR,  abrasar  —  escaldar  — resicaf 
—  desbaratar,  gastar. 

QUEIXA,  queixume,  *querima  —  clamo- 
res, lamentos,  lastimas  —  choro  —  suspi- 
ros —  descontentamento  —  querela  —  acha* 
que,  doença. 

QUEIXADA,  queixo. 

QUEiXAR-SE,  aqueixar-se,  clamar,  lamen- 
tar» do«r-  se  —  querelar- se.  ^ 

QUEIXOSO,  lamentoso,  lastimoso  —  aggra- 
vado,  oíTendiuO. 

QUBixuMS,  queiia  --  aggravo,  oífensa  — 
qufíreia. 

CJELHA»  cjslhaj  cano 

gusa,  quo  pessoa  ?  —  qual,  quô  —  um 


QUI 


QUO 


1043 


outro  —  {adv.)  áquem,  de  cá  —  de  parte  in- 
ferior. 

QUENTE,  cálido,  caloroso  --  abrasado  — 
forie,  perfioso  (combate,  etc). 

QUENTURA  ,  Calma  ,  calor  —  actividade, 
energia. 

QURBELA  ou  QuergUa,  *  queixa  —  causa, 
demanda. 

QUERELOso  OU  Qucrelloso,  querelante  — 
lamentoso,  queixoso. 

QUERENA,  calafetaçao  —  limpeza  —  mos  - 
tra. 

QUERBifAR ,  alcatroar,  calafetar  —  lim- 
par. 

QUERBNÇÁ,  mostra,  vontade. 

QUERENçoso,  benévolo  —  amoravel,  amo- 
roso desejoso. 

QUERER,  desejsr  —  consentir  —  exigir, 
mandar  —  procurar  —  suppôr  —  («.)  desej ), 
vontade. 

QUERIDO,  amado,  quisto. 

QUESíÃo,   controvérsia,    disputa  —  litigio 

—  exame  —  pergunta  —  duvida. 
QUFSTioNAB,  argumentar,  discutir,  venti- 
lar. 

QUESTUoso,  lucroso.  proveitoso. 
QUIÇÁ  ou  *  Quiçaitt  por  ventura  —  quem 
sabe  ?  —  talvez. 
Quicio,  Konzo. 
QUiEiAÇàO,  socego,  tranquillidade  —  piz 

—  descanço,  ocio,  repouso  —  bonança,  se- 
renidade. 

QUIETAR  ,    aquietar ,   socegar  ,   tranquil- 
zar. 
QUIETO,  immobil,  quedo  —calmo,  socega- 


do,  tranquillo  —  pacifico,  plácido  —  descan- 
çado,  repousado;—  brando,  sereno  —  man- 
so. 

QUI6ILHA,  Quigila  ou  Quijila,  antipathia, 
grima. 

QuiLHà,  baixel,  nau,  navio. 

QUIMERA  ou  Chimera,  imposfeivel  —  fic- 
ção —  visào  —  desvario  —  sonho 

QUIMÉRICO  ou  ChimericOt  fabuloso,  fal- 
so —  imaginário,  phi^ntaslico  —  frívolo, 
vão  —  aerio  —  insubsistente  —  impossí- 
vel. 

QUINA,  angulo,  canto,  esquina. 

QUINHÃO,  pitança,  ração  —  parte,  por- 
ção. 

QuiNHOEiRO,  participante —  comparte,  só- 
cio. 

QuiNQUAGEsiMO,  cíncoeuta. 

QUISTA  ou  Quinta,  casa  de  campo,  ca- 
sal, fazenda,  herdade. 

QUINTAL,  cêfca,  cercado  —  jardim  —  hor- 
to. 

QUINTEIRO,  abegíio,  caseir:). 

QUISTO,  amado,  estimado,  querido  -  vis 
to. 

QuiETAMENTO,  desquite,  divorcio  —  quie- 
tação, quitança,  recibo. 

QUITAR,  desobrigar  —  poupar  —  impedir, 
tolher,  vtídâr  —  tirar. 

QuiTAR-SE,  desquitar  se,  divorciar-se — 
apartar-se  —  emendar-se. 

QuiTAsoL  oa  Quita-sol,  chapéu  de  scl  — 
sotiíbreiro 

QUITE  ou  Quito,  desobrigado  —  tirado. 

QUOTIDIANO,  diário,  diurnal,  diurno. 


tèi« 


1044 


UAI 


BAP 


n 


i|àbãld«,  arrabalde,  subúrbio. 

MABíDO,  (^Dibraveciílo,  enfurecido,  furioso, 
iratlí>,  '■«ivosQ.  s^^nhu(lo. 

Rabiscar,  riscar,  Irflçpr,  tracejar. 

RABISCAS,  nsoos.  Iraços. 

BaBO,  cú.  trazíiro  —  c«nda. 

«AB  >LAia*.  brav«ias,  it-ros,  roncas. 

KAnuuo,  cniidato. 

BABUft»a  ou  Rjbuge,  sarna  —  aborrimen- 
to,  UiíMi  hiunOí. 

PADUGKNTo,  iropertinente  —melancólico, 
triste 

RAÇA,  csífa  —  des.jendtínoia,  família,  ge- 
Píçào,  linh«>íem 

RAÇÃO  ou  lifção,  pitanga,  regra  —  por- 
ção, quiuhào 

RACU4,  eiva   ~  ftínd«,  grela. 

Rachadrla  ou  Rachadura,  abortura,  fen- 
da    racha. 

racuar,  abnr,  fender,  partir. 

BAciuo,   cacho. 

raCiocinação  ou  B-aeiocinio^  discurso  — 
concepção  —  jui^o  —   demonstração. 

RACIOCINAR,  disitorrer,  discursar. 

raCiunal.  arrazoado,  racionavel. 

RADIANTE,  brilhante,  resplandecente,  scin- 
tillante. 

radiar,  raiar  —  brilhar,  luzir,  resplan- 
decer, scinlillar. 

radicado,  invetprado  —  arreigado. 

radicar,  arrpigar. 

RADioso,  radiante. 

rafa,  fome,  galga,  radiante. 

rAfado,  faminto  —  miserável  —  pobre. 

RAFEIRO,  mastim,  molloso,   sabujo. 

raia,  coDfim,  limite,  termo  —  baliza,  de- 
marcação, estrema,  marco  —  linha  —  ar- 
raia (peixe). 

raiar,  radiar  —  (a.)  listrar  —  riscar. 

RAiGOTAs,   raizes. 

RAINHA,  princfza,  soberana  -—  a  princi- 
pal. 


RAIO.  luz,  rfisplandor. 

BAivA,  hydroi^ihubiH,  rabia  —  arrenego, 
colara,  furor,   irrt,  rflncur,  sauha. 

RAIVOSO,   enraivecido,   rábido  —    irado, 
iroso  —    deftjspnrado. 

uAiz,  pé  —  assento,  estabelecimento  — 
csusa    origem,    principio. 

if  «JaDa,  r^fr<  g<,    Uilao 

RvMiAB.  aKHsiar  Srt.  enfidsr-sfl. 

iiALaus.  ameflços   —    alg^zarres,    grita- 
rias 

BALO,  rala  flor  —  (flnfy  )  não  p«pfiço,  raro. 

RAMA,  íamad/i,  rauisj^Hm,  ramos. 

RAMEIRA,  loureira,   meretriz,    prostituta, 
puta, 

RAMO  ou  Ramalho,  rama  —  ramificaçfio 
-  divisào  —  eslrophe  —  estaaça   —   ta- 
berna. 

RAMOSO,  frondente,  frondifero,  frondoso, 
ramitico. 

RAMPA,  ladeira. 

RANCHO,  bando,   facçfio,  parcialidade  -• 
cimaradagera  —  barraca,  lenda, 

RANCiuo,  rançoso 

RANÇOSO,  ranrido  —  velbo,  usa  lo. 

raNcor,  aversão,  ódio,  resentimento. 

raNgue,  ralho,   resinga. 

RANHO,  monco,   muco. 

rapace,  ladrão,  ropinante,   roubador  — 
ávido. 

RAPACIDADE,  rapina  —  cubica. 

raPaR.  furtar,  roubar  —  raspar. 

RAPARIGA,  moça,  mochacha,  mocinha,  ra- 
paza. 

RAPAZ,  adolescente,   mancebo,   moço  — 
[adj]   rapace. 

RAPAZIADA,  cachopice.  * 

RAPAZINHO,  cachopo,  crianço. 

RAPIDEZ,  celeridade,    ligeireza,  velocida- 
de —  vehemencia. 

RÁPIDO,  accelerado,  arrebatado,  célero , 
ligííiro,  Yblóz. 


IlEA 


m^c 


1045 


(,  RAPmA,  pilhagem,  r(  ubadia,  roubo  — 
presa. 

BAPiNAR,  furtar,  pilbar,  roubar. 
Br'  RAPOSA,  zorra. 

W^'   RAposKino  ou   Raposo,    arteiro,    astuto , 
maOhoso. 

RAposiA,  astúcia,  manha. 

RAPTO,  roubo  —  alieaaçSo,  enlevação, 
extasis  —  arrebatamento. 

RAPTOR,  arrebatador,  roubador  —  leva- 
dop. 

i^ARiDADfi,  rari^Ka. 

Raro,  extraordinário,  insólito  —  esqui- 
sito » —  estranho  .  pHregrino,  singular  — 
ineitim^çel  —  especial,  e^pncioso  —  eiotl- 
lente,  exioaio,  insigne  —  liquido  —  poro- 
so, ralo  —  incncuparavf-l. 

n.vS4a,  arrasar  —  cngulir  —  arru  nhar. 

RASCOA.  aia.  eto    (dn senhoras. 

RASCUNHAR,  bosquejar,  delinBar). 

RASCUNHO    ou   liiscnnh) ,    delineamento 

—  borrador  —  minuta  —  escorçado,  es- 
corço. 

RASGADO,  aberto,    feniido   —  lacerado, 
roto  —   exiunsi),  grunHe        lonjío. 
'    RASSADBí.A  ou  iii.çjaíiíi.ra,  abertura,  sisu- 
ra        ríísgàj.   r  iur« 

RASQÃo.  fa'í)a,  rasgadura. 

rasgak.  esf,irr«par,  latiorar,  romper  — 
fentl«r,  suniar 

BAsr..\B  sx.  abfir  gfl,  fendôf-sa. 

Raso,   JjiíiCB    traço, 

R^so.  nú.  rapa  lo  —  calvo  —  manifesto 

—  claro  —  sirapiei  —  phno,  uoiiu  — 
demolido  —  raspuJo,  —  «burto. 

.  Rastear,  Rastrear  ou  Ranirejar^  inda- 
gar —  requHsiar    —   ifiiiiar  —  entrever. 

HASTaiRo,  tt»rreo  —  baixo,  humilde  — 
rojanie  —  vil  —  commum. 

RAsro  ou  Jlav/ro.  pisia,   pizada ,    signal 

—  veaiigio  —    rastilho. 
RASUHA,  limalhi,  raspas. 
RATAR.  roer. 

,  RATIFICAR,  autorisar,  approvar,  confir- 
mar. 

*  RAviNfloso ,  impertinente  ,  rabujen- 
to. 

RAZÃO,  intendimento,  juizo  —    discurso 

—  argumento,  prova  —  causa,  motivo, 
pretexto  —  equidade,  justiça  —  probida- 
de —  computo,  conta    —   lei   —   ordem. 

RAZOADO  ou  /íazoawenío,  arrazoado,  di5 
CuriO,  falia. 

RAZOAR,  discorrer,    discursar,  faliar. 

/RAZOÁVEL,  caminha vel.  racionavel. 
^REAL,  realengo  —  generoso,    liberal   — 
justo  —  excellente  —   grande,    magnifico, 
nobre,  pomposo,  soberbo  —  augusto,  ma- 
gestoso,  régio,  sober/?no    —   existente. 

.»REALÇAR,  elevar,  exhallar —  embellezar, 
ornar  —  gabar,  louvar. 

TOL;    IT, 


REVLCi  ou  /íea/fo,  es[lónJor,  lustra,  lu- 
zimento. 

REALIDADE,  certeza  —  eíleito,  existea* 
cia. 

REALisAR,  verificar. 

Rkassumir,  rocobrar,  recuperar. 

rkbanho,  *  falo  —  grei  —  comitiva,  com- 
panhia. 

RsBATE,  alarma  —  susto  —  ataque  — 
ameaço  —  diminfliçSo  —  noticia. 

REBATER,  rechaçar,  repellir,  repulsar,  re- 
sistir —  reflectir  —  refuiar    —  desf.ontar. 

RRBATiMKNTo,  rebate  —  repercurs&o,  re- 
vjrberaçào. 

RKBSCAR.  lançar,  vomitar. 

nEuKL,  Rovel  ou  Rebelde,  desobediente, 
indócil  —  revoltoso,  sedicioso  —  opiniáti- 
co, pertinpz  —  reluctsnle 

REBELDIA,  rebelliào.  revolta  —  pesisfencia, 

RKBSLLÀo  ,  manhoso  — indócil ,  intraula- 
vel  —  recíílciíro. 

RKBai.LAR-sg,  revoltar-se  —  teimar. 

KKBKLLiÂo  ou  RtbrAUa,  levantamento,  re- 
ví)lií.  sedii;ào  —  turbuleauia  —  motim  — 
desobediência. 

REBENTAR,  arrebentar,  estalar,  estoirar 
—  trincar  —  brol^ír. 

Rkbiqnís,  arrebique,  côr,  postura,  untu- 
ra. 

rEbo.  caliça,  cascalho,  etc. 

RKBoLAH,  rodar,  rolar  —  garacotear,  tre- 
biilhar. 

REBnLA<\-gE,    rohobíar  Sf»,  rol-^r-se. 

REBOLIÇO,  bulha,   dns-irdem,  luotim. 

Jinh< lua \H,  Ribombar  ou  /íimfeo/nòar,  re- 
tunibar.  soar 

REBOMBo,  Ribombo  ou /ítmòomòo,  relum*' 
bo. 

RítROQuE,  sirga,  tirSo  lerro. 

REB  'lALUM,   refugo,  rnst ). 

ríBoTak,  embolar  —  rechaçar,  repellir. 

RíBuÇAuo,  embuçado —  dissimulado,  ea- 
coberto. 

REBUÇAR,  embuçar-se  —  dissimular-se, 
esconder,    occullar. 

nRBUÇAR-sE,  riisfarçar-se. 

rebusnAr,  ornear,  zurrar. 

RBCAca^R,   alçar,  er^^uer,  levantar. 

recachar-se.  endireíiar-se,  euiunar-se. 

RECADAR,  arrecadar,  cobrar. 

RECADO,  mandado,  messagem  —  cautela, 
prudência  —  le;ubranç?i  —  segurança  — 
provimento  —  reprehensão. 

RECABiR  ou  iídcaír,  reincidir  —  carregar 
sobre... 

RECALCITRANTE,  rficusanto,  renitente,  re- 
pugnante —  rebelde. 

rkcalcitrar,  desobedecer,  resistir. 

RECAMADO,  bor.íado, 

RECVBADURA.  bordadura,  lavor. 

R«C\mar,  bordar^  realçar. 
192 


1043 


Ml 


ABC 


RECAMO,  bordado,  lavor. 

Bic*.NTo,  anco,  canto,  reconcovio. 

fiECATAoo,  avisado,  circumspecto,  pruden 
te  —  modesto. 

brcatar,  acautelar,  resguardar. 

RECATO,  modéstia  —  precaução  —  pru- 
dência. 

RECEAR  ou  Receiar,  apprehender,  temer. 

RECEBER,  aceitar,  tomar  —  adoptar  — 
soffrer,  supportar  —  arrecadar  —  aparar 
—  admitir. 

RECitBER-sE,   casar-so. 

RECEBIMENTO,  acolhimeoto,  recepção  — 
aceitação,  admissão  —  casamento,    vodas. 

RECENTE,  fresco,  Dovo,  tenro. 

RECRO  ou  Receio,  apprehensão,  arreceio, 
medo,  receiaoça,  susto,  temor  —  suspei- 
ta. 

RECEOSO  ou  Rcceioso,  medroso,  tímido, 
timorato  —   desconfiado,    suspeitoso. 

REcspçÃo,  acolho,  recebimento  —  admis- 
são, introducção. 

RECEPiACULo ,  abrigo,  acolheita,  asylo, 
retiro,  velhacouto  —  covil. 

RECHAÇAR,  desvíar  —  rebater,  repellir, 
repulsar  —  lançar. 

RECfiAço,  rebatimento  —  reacção  —  es- 
torva —  repulsa. 

RECHEAR  ou  Recheiar,  abarrotar,  encher. 

REcniNAR,  ranger,  tmnir. 

■rfcíuno,  estridor,  rangido. 

RECIBO,  desi;arga,  quitação. 

KECiFE,  arrecife,  est^r.lho. 

íEcrNTO,  âmbito,  rircuito,  precinto. 

í^Ecio  ou  Rocio,  praça,  terreiro  —  bor- 
lifj,  orvalho. 

REcirE,  receita. 

RECIPROCO,  alternado,  mutual,  mutuo. 

RECITAR,  declamar  —  contar,  narrar — 
representar. 

RECLAMAR,  ímplorar,  iavocar  —  revindi- 
cnr  —  negar,  recusar  —  [n  )  resoar,  re- 
tumbar —  repetir. 

RECLAMO,  assobio  —  attraclivo ,  engo- 
do. 

RECUNAR,  dobrar,  inciínap  —  deitar,  en- 
costar, recotar. 

RECLiNATOR^o,  slmofada,  cochim,  encos- 
to. 

RECLUSÃO,  encerramento,  encerro. 

REcruso,  encerrado,  recolhido  —  fecha- 
do —  encarcerado,  preso. 

recobramento,  recobra,    recuperação. 

RECOBRAR,  recuperar,   rehover,   retomar. 

BacoCTO,  recozido. 

RECOLHRR.  memorar  —  apanhar,  colher, 
tomar  —  guardar  —  abrigar,  espiar  —  al- 
bergar, alnjir  —  reconduzir  —  coliigir  — 
encolher  —  hauir  («gna) 

RRcoLBiDA,  clausura.ía,  rfeiclos^a  —  (s.) 
fbbtJtíitffi^TíW  -  rbtfiwfl». 


RECOLHIDO  Ou  *  Recolheito ,  encerrado, 
recluso  —  composto,  modesto. 

RECOLHIMENTO,  euccrro  —  retirada  —  era" 
são,  —  receptáculo,  vão  —  hospício  — 
dormitório  —  claustro,  clausura  —  abri- 
go, asylo  —  estada  —  abstracção  —  medi- 
tação. 

BtcoMjiEKDAçXo,  estím*  —  instancia  — 
civilidade  —  honra,  respeito  —  ajuda,  fa« 
vor,  protecção. 

RECOMMENDAR,  eucarrogar,   encoramendar 

—  rogar  —  louvar  —  fa\orecer,   proteger. 
BECOHMENDAVEL,  cstímavel,  houfoso,  res- 
peitável. 

recompensa  ou  Recompensação,  compen- 
sação, satisfação  —  gratificação,  remunera-» 
ção  —  galardão,  premio  —  pag^i  sala*» 
rio. 

recompensar,  compensar,  satisfazer  — 
gratificar,  remunerar  —  galardoar,  pre- 
miar. 

RECONCILIAÇÃO ,  accommodação  ,  paz  , 
união. 

RECONCILIAR,  Bccommodar,  amigar,  con- 
graçar  —  ajustar,  compor. 

RECÔNDITO,  encoberto,  escondido,  occul- 
to  —  deisconhecido  —  não  vulgar  —  se^ 
creto. 

RECONHECER,  coufcssar,  declarar  —  ave- 
riguar, examinar  —   considerar,    observar 

—  not»r,  ver  —  explorar  — julgar  — re- 
munerar. 

RECONHECIDO,  8gradecido,  grato,  obriga- 
do. 

RECONHECIMENTO  OU  Rcconheceiíça, "  aco- 
nhecimento.  agradecimento,  gratidão  — con- 
íissão  —  lembrança. 

RECONTRO,  conflicto,  encontro,  peloja. 

RECOPiLAçÃo,  compendio,  epilogo,  epito- 
me,  resumo,  summa. 

RECOPiLADOR,  abrcvíador,  epitomista. 

RECOPILAR,  abreviar,  compendiar,  resu- 
mir. 

RECORDAÇÃO,  lembrança,  memoria,  reme- 
msríção. 

RECORDAR,  relembrar,  rememorar. 

Recorrer,  dirigir-se  a...  —  soccorrer-se 
a...  valer-se  de...  ■ —  concertar  —  exami- 
nar —  repassar  —  acudir. 

Rp.cosTAR-sis,  encostar- se,   reclinar-se. 

RECOSTO,  cabeço,  combro  —  costa,  ladei- 
ra —   encosto. 

RECOVA,  cáfila  (de  bestas). 

RECOVEIRO,  almocreve,  b/igageiro. 

KRCREAÇÀO  ou  RecTCÍo,  8  livio  -  diverti- 
mento, passatempo  —  prazer  —  desenfada, 
folga. 

recrear,  alliviar  —  alegrar,  regozijar  — 
desenfadar,  divertir,  entreter. 

RFCRiATivo,  divc^tldi:)}  folgflz  —  gostb- 
sb. 


RED 


REF 


1047 


rehaver. 
—  refu- 


recrescer  ou  Hurectr,  exercer,  sobt^jar, 
RFCRUTA  on  Recluía,  conduola,  leva  — 
[ailj  )  bisonho. 

REcriDÃo,  direiteza,  reclilude  —  inlegri- 
daje,  inteireza. 

RECTIFICAR,  corrigir,  emendar. 

RECTO,  direito,  igual  —  ialegro,  justo. 
RECUAR,  arrecusr. 
REçuHAR,  escorrer,  resudar. 

HECUPERAÇÃo,   recobramento. 

RRCLPERAR,  cobrar,  recobrar, 

RECURSO,  remédio  —  soccorro 
gio   —  expediente,   regresso   —   appella- 
ção. 

hecurvar^,  curvar ,  encurvar,  inclinar, 
torcer. 

RECURVO,  curvo»  recurvado,  torcido. 

recusa  ou  RecusaçãOf  denegação,  nega- 
tíva,  repulsa. 

recusar,  engeitar,  refusar,  rejeitar,  reu- 
nir —  negar. 

REDAaGu:R,  replicar  —  refutar  —  recrimi- 
nar —  accusar  —  conderanar. 

REDDiTO,  renda,  rendimento  —  interesse, 
hicro. 

RBDE,  lucão,  nassa,  tarrafa,  trasmalho, 
f)tc.  —  coifa  — armadilha,  armiiha,  engano, 
laço. 

RÉDEA,  brida,  freio,  loro. 

RídemíR,  remir,  resgatar. 

REDEMPçÃo,  resgate  —  livramento,  salva- 
mento. 

rsdbmptor  ou  Redentor,  remidor,  resga- 
tador, salvador. 

redbibir,  encampar. 

REDiL,  aprisco,  bardo,  curral,  malhada 
—  grémio. 

REDiNGOTE  OU  ReguingotCf  casacão,  so- 
brerasaca. 

REDIVIVO,  resuscitado. 

REDOBRAR,  augmentar,  reduplicar  —  do- 
brar —  repetir,  rejegundar  —  amiudar  — 
gargantear  —  gorgear. 

HEUoi-ENTK.  cheiroso. 

BEDOMA,  ambula,  garrafinha. 

REDoMOiNHo,  bòlhãrt.  gurgulhão  —  sorve- 
douro, voragem  —  lufáo,  turbilhão. 

REooTVDAMSNTi,  clrcular,  franca,  prom- 
ptamcnte, 

REDONDEZA,  rotundidado  —  globo,  mun- 
do, orbe. 

REDONDO,  circular,  espherico,  globoso , 
orbicular ,  rotundo  —  maciço  —  conve- 
xo.- 

EEDOR,  arredor,  contorno. 

REDucçÀo,  dtminuiçSío,  subtrttçao  —  mi- 
noria —  enfraquecimento. 

r.RDLND^ítciA.  sobíjidão,  superfluidad»*  — 
dr-ípfrriMoio  -*-  dertyast»,  efoês^,  eíubw  ètt- 
tif  -*  lucfyaetrtadí. 

i>£t<uNDANt&;  D  aio,  sub?jo,    lupeeCiio.  ^ 


RF.nuNnAS  ,    trasbordar  —  superflbandar 

—  rcsult,ir. 

REDiPiiCAçÃo,  redobro,  repetição  —  oug* 
mento,  crescimento. 

RFDUPLíCAR,  dobrar,  redobrar,  repelir  — 
augraentar,  crescer. 

RKDUio  ou  Reducto,    força,  forte,  fortim 

—  molhe. 

REDUZIR,  constranger,  obrigar —  domar, 
submelter  —  resumir  —  convidar  —  p  írsua- 
dir  —  annexar,  encorporar  —  traduzir  — 
mudar. 

REFALSADO,  atraiçoado  —  enganador,  fal- 
so, velhaco. 

REFAZER,  restabelecer  —recuperar,  emen- 
dar —  completar  —  reformar,  reparar. 

REFAZER  SE,  restabelecer-so  —  reforçar-se 

—  prover-se. 

REFEcsR,  arrefecer,  esfriar  — entibiar- 

83. 

REFEGA,  lufada,  pegão,  rajada,  tufão  — 
sobresalto. 

REFEIÇÃO,  alimento,  comida— supprimen- 
to. 

REFEITO,  restabelecido  —  convalescido  — 
gordo,  ob-^so. 

RRFERiR,  contar,  dizer,  narrar  —  alludir, 
attribuir. 

REFERTA,  altercação,  disputa  ~  porfia  — 
briga  —  contenda. 

RBFKRTAR,  cootender,  controverter,  re- 
sistir —  demandar,  requerer  —  contradizer, 
impugnar. 

rkfervsr,  fermentar  —  azedar-se  —  alte* 
rar-se,  corromper-se. 

RtFíNAR.  atinar,  purificar. 

reflectir,  resurtir  —  repercutir,  reverbe- 
rar —  meditar,  ponderar  —  considerar,  re- 
parar —  advertir,  observar. 

reflexão,  repercussão,  reverberação  — 
consideração,  meditação,  ponderação  —  ad- 
vertet.cia,  reparo. 

rfflexo,  reflexivo  —  (s.)  reverbero  —  re- 
flexa;». 

refocillamento,  alento  —  allivio  —  pra- 
zer —  recreio,  rf^fíozijo. 

REFociLLAtt,  alliviar  —  alentar  —  fomentar 
—  alegrar,  rftCteisr  —  Bgazalbar. 

refolhado,  dissimulado,  dobrado  —  em- 
busieiro,  enganador,  velhaco. 

R^FOLHAM8NToou  í{e/io//io.  dissimulo,  do- 
brez,  dngimento,  rebuço  —  vslbacada—  im- 
postura. 

REFORÇADO ,  foTtificado  —  alentôdo,  ro- 
busto. 

Ri^FORÇ^«,  esforçar,  forlificAf. 

Bi  fobmah.  ínudat"  —  rest8l>ele'''ef  —  diffil* 
nulr  —  desfuKfir  —  corrigir,  emeniâf. 

RrFiiúííiKHÀim,  ficado  —  car fanoado,  tif* 
recado. 

tfilRAOÇÃr,  qicíMi 


1048 


RtG 


RtL 


B[.F^E4K0ij  Riifreiar,  acamar,  bridar  — 
douiar,  sii!'jiigar,  subnn^tt  r  ^laltl^r,  con- 
ter. im(»B<lir  -  enfreiar,  reprimir  — gover- 
nar. rejíPr    -  humilh^ír 

BEFKRr,A,  luí«<l»,  refega  —  batalha,  bri- 
ga, eonílicto    pel  ja. 

EEFKKscAK.  RíVescar,  refrigerar  —  reno- 
var—  recordar      enrijar  —refazer. 

REFRESCO,  refrigeração,  refngeiio  —  re- 
forço —  (de  tropas,  etc  ). 

RHFaiGERANTB,   refrigero. 

BEFttiGKRAR,  reftícer,  refrescar  —  acalmar, 
alliviar  -  confortar. 

í<EFRiGERi  •  ou  Refrigeração  ,  refresco, 
resfriamento  —  ailivjo,  cousuiação. 

R8,FuGiAiv-SB,  acclher-se,  acoatar  se  —  re- 
lirar-se 

REFUGIO,  acolhida,  aufugio,  guarida,  ve- 
Ihaccuto  —  as)'lo,  couto  -  abrigo,  amparo, 
sombra — recurso,  regresso 

REFUGO,  rebotalho  —  escoria. 

REFULGiiNCiA,  luzeíro,  resplaudoF. 

REFULGENTE,  brilhante,  luminoso,  res- 
plandente. 

REFULGIR,  brilhar,  luzir,  resplandecer. 

EEFUSAR,  recusar,  rejeitar  —  denegar, 
negar. 

REFUTAÇÃO,  confutaç&o  —  replica,  respos- 
ta. 

REFUTAR,  confutar,  contradizer  —  des- 
truir, dissolver  —  replicar,  responder,  re- 
trucar. 

REGABOFE,  folgança  —  banquete,  festim 
— alegrão. 

REGAÇA  cu  iíeí/afo,  seio  —  centro,  meia 
—  grémio. 

iisGADEiRA,  enxurrada,  levada. 

REGALAR,    diverúr.  festejar  —  gratificar. 

MtGALiA,  prorogativa,  privilegio  —  digni- 
dade, direito,  jurisdicção  (do  soberano). 

REGALO,  acipipe  —  hanquelfí,  festim  — 
mimo,  presente  —  deleito,  delicias  —  man- 
guito. 

REGAR,  flguar,  banhar,  molhar  —  borri- 
far —  humeder. 

rRGatkiRa,  collarfja  —  peixeira. 

Iíegato,  arroio,  remanso,   ribeiro. 

hEGELAR,  congelar,  enrHgnlar,  gtilar. 

RKGiTLO,  caramelo,  geada,  gelo,  ne/e. 

BEGENCiA,  governo. 

RBGEH,  dirigir,  governar  —  conduzir, 
guiar. 

REGIÃO,  paiz,  terra  —  plaga  —  partida  — 
ceu. 

REGiMK  ou  Regimen,  admiaistraçào,  di- 
recção, goveru!»  —  dieta. 

RSGiMsNTo,    direcção,    governo  —  dieta, 

KEGtMfNío,  dirrírção,  govarno  —  dieta,  re- 
gime —  proceder,  proc^-dimento  -—  directó- 
rio, Qoroia  —  terço  {de  sddaUo»). 


rfG  o,  augnsfo,  s^bprano. 

RfcGisTAH  ou  Registrar,  cnregrstar,  mo- 
derar, regular  —  t-xaminar,  ver  —  consuliar, 
tratar  —  mflnifestar,   mostrar. 

BEGisTO  (UL  Registro  ,   imagem  —  exame 

—  chave      bica. 

RuGO,  sulco  -  cabril  —  abertura. 

begozijaNie,  al<-gre,    f..lgaz. 

REGOz-JAa,  alegrar,  nivenir,   recreiar. 

regoziJ'),  alegria,  jubdo  —  íestejo  — 
prazer. 

REGRA,  máxima,  preceito  —  instituto  — 
dogma  —  costume  —  lei  —  exemplo,  mo- 
delo —  norma,  ordem    —  piíança,    ração 

—  economia,  moderação  —  menstruo 
RxGHAOO.  riscado  —  justo,  moderado  — 

frugil,  temperado  —  ab«iinonte,  j'juador. 
KKG^AR,  iraçar  —  regular  —  moderar. 
REGRESSÃO  ou   Begrcsso  ^   tornada,  volta 

—  abr  go,  refugio. 
reguarda.  retaguarda. 
REGULAÇÃO,  dietame.  regra. 

REGULAMENTO.  eSl«tUtO,  lei. 

REtiULAR,  uniforme  —  fixo  —  (tJ.  o  )  di- 
rigir, governar  — regrar  —  compassar,  me- 
dir,  pautar. 

REGULARIDADE,  Uniformidade  —  exacti- 
dão, poniunlidade. 

REGULO,  reisinho  —  basilisco. 

REI  OU  Rey,  imperador,  monarchia,  po- 
tentado, principe,  soberano, 

REij^ANTE  ou  Regnante,  dominante. 

RKiNAH  i  dominar ,  governar  ,  imperar, 
mand/ir,  senhorear. 

RgiNGíDENCiA,  recríia. 

REiííciDiR,  recair. 

RKiNo  ou  *  Regno,  estado,  império,  mo- 
narchia. 

RE  10,  arreio. 

RKiTERAÇÃo,  itprflção,  repelição. 

reiUrar,  recomeçar,  repetir. 

RijtiTAu,  enjeitar,  recusar  — «=•  desprezar 

—  exoloir. 

RELAÇÃO,  narração  —  connexâo,  depen- 
dência, enlace  —  conversação,  tracto  — 
negocio  —  dever  —    relação. 

íiELAHBORIO,    insípido,    iuSUI.SO. 

rklampago.  relâmpado,  rnlampo. 

rblampagusar,  relHmpadejar,  reiampeaf» 
relampejnr  —   fuzilar. 

RELATAR,  couiar,  expor,  referir. 

relativo,  concernente,  tocante  —  aná- 
logo, conforme,  conveniente. 

relatório,  relação  —  descripçâo,  exposi- 
ção. 

ttXLAXAÇÍo  ou  Relaxamento ,  fraque- 
za ,  frouxidão  —  descaimento  —  iâxi* 
dão. 

rulaxar,  afrouxar  —  di»f>í»nssr»  exAin- 
piar»  ptrdoar  —  alargar,   disieuder»    Ifiiar 

—  iubirair. 


n£M 


nEN 


1049 


TiELs  ou  Raléf  casta,  espécie,  eítofa, 
laia. 

HELEGO,  adega ,  cava  —  celleiro  —  tu- 
Iha. 

BEiEVA,  convém,  cumpre,  importa. 

RELKVANCiA,    import«ncia  —   vanlaj^m. 

RELEvAisiE,  impertaute,  notável  —  van- 
t^jOso,  útil    —  necessário. 

jRELKVAR,  absolver,  dispensar,  perdoar  — 
alliviar  —  pintar  —  realçar  —  (n*)  cum- 
prir, importar. 

RELIGIÃO,  culto  —  crença,  fé  —  devo- 
ção —  escrúpulo  —  justiça,    pontualidade 

—  (falsa)  seita. 

RELIGIOSO,  devoto,  pio  — justo,  recto  — 
cenobitico  ,  monástica  —  [s  )  anachoreta, 
erraiiâo,  frade. 

R8i INCHAR,  rinchar. 

RELINCHO,  rincho. 

RELÍQUIAS,  residuos,  restos,  sobejos. 

aKLUCTANCiA,  repugnância,  re-sistencia. 

R8LL'CTAR,  repugnar,  resistir—  barafus- 
tar, debater- se. 

i\KLL'Zi5NT8,   brilhante,   resplandecente. 

RELUZIR,  brihar,  lustrar,    reáplaudecer. 

REMARCO  ou  lUmaníOi  lago  —  recolhi- 
meato,  retiro  —  desbanco,  socago  —  alli- 
tio  —  refugio. 

H«iisNECiR  ou  Rêtnamseer  ,  ficar,  res* 
tar,  sobe^jâr,  sobrar  —  permanecer,  perse»* 
■verar. 

RSiMATAtt ,  acabar ,  concluir ,  consum- 
mar,  findar ,  terminar  —  expiar ,  mor- 
rer. 

REMATE,  conclusão  —  ÃCAbasoaônlo, '  fim, 
termo. 

REMEDAR,  arremedar,  fimitar. 

REMEDIAR ,  curar ,  guarecer  ,  sanear  — 
emendar. 

REMÉDIO,  epiíhema,  medicamento,  mezi- 
nha —  expediente,  meio,  auxdio. 

REMEi»o,  remador. 

REMEMORAR,  lembrar,  recordar. 

RBMBNDADO,  atacoado,  concertado  —  ma- 
lhado. 

REMENDAR,  atacoar,   concertar; 

rkmeRCkar,  agradecer. 

rfmí:ssar,  arremessar. 

REMEiTER,    enviar,   mandar   —  confiar 

—  entregar  —  demorar,   dilatar,    retardar 

—  moderar   —    perdoar   —    rimitlir   — 
aquiescer  —  arremeiter. 

R.f.METTiDA  OU  Remeltídura,  assalto,  com- 
melliraento,  investida. 

rkmsxer,  mesclar,  misturar  —  icqa'etar. 

RsMiR.  redemir,  resgatar  —  livrar. 
^  REMISSÃO,  intormissâo,  intervallo  —  alli* 
tio   —  perdoo  —  [quitação  —  írouzidào. 

HM  s8t*«ÍM  perdoa Vfcl. 

nsMisao,  deleitado,  frouio,  negllgetitô  — 
tibio. 

tot«  tt» 


BFMiTTiR,  perdoar  —  quitar  —  ceder, 
deixar,  largar  —  afrouxar. 

RKMOELA,  acinte,  desp^iilo,  pirraça. 

REMOER,  rumiar,  ruminar. 

remoer-s*,  raivar-se,  zsngar-se. 

REMOINHO,  redemoinho,  tufão,  vorlice. 

REMONTADO,  distante,  rtmoto  —  alto,  ele- 
vado —  escondido. 

RE-MONTAn-sE,  aití^ar-so,  elevar-se  — en- 
suberbecer-se,  entonar-se. 

REHORA,  embaraço,  estorvo,  impedimen- 
to, nbsia3iilo. 

REMORDER,  rocr  —  picar,  pungir  —  ator- 
mentar. 

REMORSO,  arrependimento,  contrição,  pe- 
zar. 

REMOTO,  distante,  loi  giquo  —  aparta- 
do, disjancto,  separado  —  afastado,  au- 
Srulo,  retirado  —  estranho  —  *  semo- 
to. 

REMovíB,  rev«"ílver  —  afastar ,  alongar, 
apartar  —  expulsar. 

HEMoviMESTo,  remoção  —  trasfega,  tras- 
passo. 

MMUNERAÇÃo.  galardão,  grAtiScaçSo,  pre- 
mio, recompensa. 

iiaausEBAR,  galardoar,  recompensar. 

RÊíí>,sGÊfsíKi  pullulante, 

iWKAgciDo,  recovado  —  resufgido. 

RENii£fl,  fiubajeiter ,  vencer  —  dâr,  ea* 
tregar  —  derrear  —  *  pagar,  restituir,  sa- 
tisfazer —  prestar  —  produzir  —  (n.)  es- 
talar, quebrar, 

REKDSR  SE,  oedcf,  entrcgar-ie  —  abater 

—  afundir-se. 

RtND  DO,  submisso  —  reverente. 

RERDiHS^To,  reddito,  renda  —  submis- 
são. 

RENDOSO,  frucíuoso,  lucroso,  produoti- 
vo. 

RENEGADO,  apóstata,  arrenegado. 

RENHIDO,  debatido,  porfiado,  porfioso. 

RENHIR,  altercar ,  contender  ,  disputar, 
porfiar. 

RENITÊNCIA,  contrariedade ,   repugnância 

—  reslsteacia. 

RENITENTE,  opiniaiiço,  teimoso,  testo  — 
repu^'naut3. 

RENiTiR,  repugnar,  resistir. 

ROOME,  boa  fama,  nome,  nomeada,  re- 
putação. 

RENOVAR,  recomeçar,  refazer  —  reanimar 

—  instaurar,  restabetecer— reiterar,  repetir. 
KENOvo,  pimpolho,  vergontea  —  novedio 

—  eíieiío. 

RíNQUB,  ala,  fileira  —  linha  —  se-^ie. 

hENUir,  recusar,  rejeit.ir. 

nKNONCiA  ou  Renunciaçáo,  dcmissio,  de- 
sisteucia. 

Ríí-NUflCiAR,  abdicar,  oeder,  deitar,  lar- 
gar,, rcsigii&r  -~  deat^itir,  apartar- ae. 
Í6d 


iim 


mf 


BEPABAR,  coneerter  —  emeadar  —  pa- 
gar, satigfatwr  —  r«i8obmr  —  reformar, 
restituir  —  censurar,  notar  —  aperft^çear, 
jetocar  —  (w.)  observar,    rtdec^^ir. 

R-ftêAíiAR-^sí;,  abrjgar-se,  acolher-se  —  for- 
talecer *se. 

REPARO,  attenção  —  concerto  —  emen- 
da, nota^  JPtífléxo  —  ofojecçào  —  cenoura 
—  renovação,  sup^rimeato  —  remédio  — 
exaaie,  ia&pee\}ão  —  dtjfwsa,  murayia,  trin- 
cheira —  carreta  —  abrigo. 

ftRPARiiçÃo »  distribuirão  —  divisão , 
membro,  parte —  partilha»  quinhão,    sof- 

tA. 

REPARTIR,  distribuir  —  compartir,  divi- 
dir, partir  —  appUcíir  —  obrigar. 

»EP..4SSâR,  entrelaçar,  trançar  —  reler  — 
(«.)  embeber,  «nsopar. 

REPELLÃo,  empuxão,  sacudidura  —  re- 
prehensão  —  assalto  —  ataque. 

REPELLiR,  impellir,  rebater,  rechaçar,  re- 
pulsar —  negar. 

REPENTINO,  improviso,  inopinado,  inopi- 
no  —  subitaneo,  súbito  —  impensado,  im- 
previsto, insperado. 

REPERCUSSÃO,  reflexão,  reverberação. 

REPERCUTIDO,  reileciido. 

REPERTÓRIO,  Índex,  taboada  —  calendá- 
rio. 

RBPETANADO  OU  Repetenado,  insolente  — 
inc"hado,  soberbo  —  repimpado. 

REPETIÇÃO,  reiteração  —  frequência. 

REPETIDAMENTE,    a   miudo. 

Repetido,  seguido,  succtssivo  —  mutuo 
■—  assiduo,  frequente,  incessante. 

REPETIR,  duplicar*  iterar,  reiterar,  segun- 
dar —  replicar  —  narrar  —  continuar. 

EEPiAR,  arrepiar. 

REPIQUE,  abalo,  alteração  —  alarma,  re- 
bate —  carrilhão. 

repleto,  cheio,  gordo,  grosso.* 
.    REPLICA,  resposta  —  contradicta  «—repe- 
tição. 

replicar,  responder,  retrucar  «—  con- 
tradizer —  refutar. 

reportaçâo,  comedimento,  moderação -^ 
modéstia,  recato. 

reportar,  conter,  moderar  —  alciínçar, 
conseguir,  obter  —  honrar,  respeitar. 

REP0RTAR-SE,  moderar-so,  refrear-s©  — 
remetter-se  —  referir- se. 

beposta  ou  Resposta,  replica—  refuta- 
ção. 

REPOTREAR-sE,  repimpar-se. 

REPOUSADO,  descançado,  pacifico,  socega- 
do,  tranquiilo  —  assente. 

REPOUSAR,  descançar,  quietar,  socegar  — 
dormir  —  morrer. 

RLPouso  ou  Rifoiw,  descanço,  qui  ela- 
ção, socego  —  paz  —  somno. 


REÔ 

rbpíieBenbbr  ou  Reprender  ,  *  apras- 
mar,  arguir,  exprobrar  —  injuriar,  vitu^per- 
ívHr  —  eensur-ar. 

RE<>REaEP(SÃo  ou  Reprcnsão,  accusaçâo», 
inorepação  —  censura  —  syndicatura. 

BSPftfiSA,  interrupção,  suspensão  —  re- 
pre&adura,  represália  —  exciusa. 

represar,  deter,  suspender  —  atalhar 

—  suster  —  embargar,  reter  —  retomar. 
representação,    apparencia,  mostra  — 

ar,  porte. 

RfiPRESENTADOR,  ÍmÍtatÍV0. 

REPRESENTAR,  figufâr,  mostrar  —  des- 
crever —  declamar,  recitar  —  imaginar. 

REPftiHiDO,  represso. 

REPRIMIR,  conter,  moderar  — •  refrear, 
sopear. 

RÉPROBO,  condemnado,  damnado,  pres- 
cito,  reprovado. 

REPROCHE,  exprobraçâo,    reprehensão. 

REPROVA  ou  Reprovação,  desapprovar, 
improvar  —  condemnar. 

REPTIL  ou  Reptile,  rojador,  rojante  — 
{s.)  cobra,  etc. 

REPUDIAR,  desquitar-se  —  abandonar, 
deixar,  desemparar  —  rejeitar. 

REPUDIO,  despique,  divorcio  —  abando- 
no. 

REPUPNARCiÀ,  renitência,  resistência  — 
contradicção,  imphcencia,  opposição —  re- 
lactação  —  objecção,  obstáculo  —  incom- 
patibilidade. 

REPUGNANTE,  autipathico,  contrarío,  op- 
posto  —  incompatível. 

REPUGNAR  ou  Repunav,  calcitrar,  reni- 
tir,  resistir  —  obstar,  oppôr-se  —  reluctar 

—  contradizer,  contrariar. 

REPULSA  ou  Repulsão,  negação,  recusa, 
recusação. 

REPULSAR,  negar,  refusar  —  repellír  — 
rejeitar. 

REPUTAÇÃO,  fama,  nome,  nomeada  —  cre- 
dito, opinião  —  conceito. 

REPUTAR,  estimar,  precar  —  avaliar  — 
crer,  pensar. 

REPUXO,  esguicho  —  declividadê,  pen- 
dor —  esoarpA. 

REQUEBRADO,  am&ttt6,  galanto,  namora- 
do. 

REQUEBRAR,  galantear,  namorar  —  inolU 
aar,  torcer. 

REQUEBROS,  finez8S,  galanteios. 

REQUERER ,  éxigip  —  demandar ,  pe- 
dir —  buscar  —  rever  —  recusar  —  aoi- 
licitar. 

RiiQUKRiDO,  pedido,  sollicilado  —  indis- 
pensável, necessário. 

REQUERIMENTO,  memorial,  petição  —  sup- 
plica. 

REQuiSTA,  requerimento  —  supplica  — 
pre tenção  --  desafio,  duello  — •  guerra  — 


RES 

contenda,  disputa  —  briga,  ooaibate  fde 
fesa,  íorUâoaç&o, 

REQSSTAR,  pretonder,  solUoítar  — •  l)us* 
car,  procurar  —  tentar  —desafiar,  reptar 
•—  galaQtear  —  amar, 

REQuiNfADo,  aurimorado,  apurado,  ei- 
trotaoso,  fino,  subido  -~  «oab&do,  perfei- 
to —  subtiliaado. 

REQuiwTAR,  aprioQorar,  apurar  —  refi- 
nar, subtilizar. 

SES  OU  Rex,  boi.  cabra,  carneiro,  etc. 

Resabiado,  aborrido,  anojado,  desgosta- 
do -^  espantadiço ,  mandoso  ( cavalio  , 
eio.) 

RESABíDO,  experto  —  fino,  matreiro. 

msalva,  excepção,  reserva. 

RSSalvar,  exceptua?,  reservar, 

RB3ARCIR,  emendar,  iademnisar ,  repa- 
rar, satisfazer. 

iigscALDo,  borralho,  cinzas  —  calort 

RKSCiNDiR,  cortar,  romper. 

RSscisÃo,  abolição,  aunuUação,  exiinc- 
ç&o,  revocaçíio. 

RKSMTHiBKTO ,  piquo  —  disgosío,  dis* 
labor,  pena  —  despraier,  seniimealo  -" 
lembrança, 

ResENTiR,  experimentar,  sentir. 

RESKNTiH.sg,  despertar  —  excita r-se  — 
ad?iriir,  dar  fó  —  agastar-se,    offender- 

80. 

RESEQuiDO,  murcho,  secco  — myrrhido, 
queimado,  torrado, 

RESERVA,  exííepção,  restricção  —  cir- 
cumspecção,  recaio  —  discrição  —  refolho, 
retn^ímeuio. 

hkskrvaçâo,  excepção,  limitação,  res- 
Iricção. 

UKSERVAD').  guardado,  preservado  —  cau- 
Itloso,  r^^folhsílo,  r«lf.*>í  lo  —  prudente. 

hnsKUVAíi,  preservar,  resalvar  —  «íon- 
í;<Mvar,  ídcliar,  guardar  —  exceptuar  — 
hu^itsr. 

fcESKRVATORio,  reccptaculo,  reconditorio 
, —  couserva  (d'«gua). 

KKSFOLGADOURO  OU  llesfolegadouro,  ex- 
hai.Hção,  vapor  —  oriOcio,  respiradouro. 

iiEsroi.GAK  OU  Resfolejar^  espirar,  res- 
pirar —   descançsr. 

HEsFJLGO  pu  RenfolegOf  anhelito,  respi- 
ro, sopro. . 

uKSF«fAa-SE  ,  esfriar-se  — •  acabar  — 
abrtter-se  —  eiilil^iar-se. 

)a>GATAR,  remir  —  livrar  —  recobrar 
— '  eoojprar  —  ]>ermu4ar,  trocar. 

*  k^sgUaRDa,  retaguarda. 

RR.'>RiiAHOAno.  res>lvado  ,  rescrvaíio  — 
acfiuiel.idij  —  circumspecto,  prudente. 

ki:sguari>ak,  g'iflrd«r,  vigiar  —  resal- 
var.  restírv<ir  —  ulbar,  \ôr. 

KiísiiUAHU\a-se,  acauleUr-se  ,  guardar- 
fç,  precatar-se,  preveuir-se,  vigiar-$e. 


RES 


%m 


RisouARoo,  cuidado,  vigilância  —  pre- 
venção —  cauttílla,  precauç&o  —  acata- 
mento, atten^ão,  respeito  —  abrigo,  defesa. 

RBsieAR,  queimar,  torrar,  tostar  •—  seccar* 

RBsio&KciA,  assistência,  domicilio,  estada « 
morada. ' 

RtsiDts,  assistir,  habitar,  morar. 

RESiouo,  restante,  resto,  sobejo. 

rcsignaçIo.  submissão. 

RKsiGNAR,  demittir,  renunciar. 

REsi6NAR-ai,  compor  se,  conformar-se  — 

rbsIng^>  aUereaçào,   contenda,   disputa. 

resinGAr,  alterear,  disputar. 

RssisTENciA,  reluctancía  —  difflculda- 
de,  embaraço,  estorvo  —  defensa,  opposi" 
ção  —  desobediência  —  rebeldia. 

REíísTEHTS,   ferrcnho,  tenai. 

RisisTíft,  rebater^  rap&Uir  — >  abarbar, 
contrastar  —  oppôr-se  —  desobedecer  —  es- 
torvar, impedir. 

RESLUMBRAR,  trausluzir  —  manifestar-se, 
transpirar. 

RSSH0K6AR,  Resmoninhar^  ou  JR«mo- 
near,  rosnar, 

RCSOAR,  echoar,  soar  -;  retumbar, 

RESOLUÇÃO,  animo,  destimidez,  valor  -— 
confiança,  firmeza  — determinação,  propó- 
sito —  concelho  —  decisão  —  declaração, 
explicação. 

RESOLUTO,  dellbarado,  determinado,  re- 
solvido —  decretado,  mandado,   ordenado, 

—  estabelecido  •—  derretido,    desfeito    — 
dessudo,  dissolvido  —  firme   —  decisivo 

—  denodado. 

RESOLVER,  dissolver  —  desfazer  —  de- 
cidir, determinar  —  converter,  mudar,  re- 
duzir. 

RKSONANCIA,  Bcho,  soada. 

hf.sona?»te,  ethnaate,  rjsoante,  retum- 
bante, .soante,  toante. 

RKSONAR,  echoar»  ri:S0ar,  soar  —  rebom- 
bar,  retumbar. 

RESPECTIVO,  concernente,  relativo,  mu- 
tuo, reciproco  —  respeitoso  —  proporcio- 
naco. 

RKSPEiTAR  ou  Raspcituar,  olhar  —  at- 
trtnder,  con-iiderar  —  acatar,  reverenciar, 
venerar,  lonjtr. 

RKSi>RiTAVKL,  autorisíido,  grave  —  ma- 
pestjho  —  venerando,  venerável  —  respei- 
tado. 

RKSPEiTO  ou  *  iJff.çpcctio,  acatamento,  de- 
ferência, reverencia,  veneração  —  alleu- 
çào,  consideração,  contem pUção  —  causa, 
motivo,  razão  —  lirn,  intento,  intuito  — 
j^ravidísde. 

RESPEITOSO  ou  Respciíado ,  autorisado, 
liOTiroso. 

RESPINGAR,  recalcitrar,  rupu^rnar,  resistir 
—  coucear,  inquietar-se  (a  besta). 

RasriNço,  recáJcitro  —  couce. 


1052 


BES 


REr 


RESPIRAÇÃO,  alento,  anhelilo ,  arquejo, 
fologo,    ijalito. 

BKsriRADOUfto,  sheflura,  resfolgadouro. 

KESPiRAR,  resfolgar  —  descacçar  —  espi- 
rar, sopear. 

KESPíRO,  assopro,  fôlego,  hálito. 

HESFLANDECENTE  OU  Rcsplendeyite  ,  bri- 
lhante, luminoso,  iuzeote,  micante. 

RESPLANDECER  OU  Ucsplendecer,  brilhar, 
esplflndecer,  luzir,  radiar,  rutilar  —  allu- 
miar,  illuminar  —  coruscar,  sciotillar. 

RESPLANDOR  OU  RespUndor,  fulgor,  luz, 
raio  —  brilho,  chamma,  clarão,  lume. 

respondéNie,  correspondente. 

BESPONDEB,  repUcar,  retrucar  —  refutar 
—  abonar  —  igualar  —  conformar-se  —cor- 
responder. 

RESQUÍCIO,  abertura,  fresta,  greta  —  co- 
va, lapa  —  biscate. 

RESTA BELECKft,  lustaurar,  reformar,  repa- 
rar, restaurar. 

RESTANTE,  resto,  sobejo,  sobra, 

BKSTAR.  ficar,  permanecer  —  remanes- 
cer,  sobí^fir. 

RFSTAUBAÇÃo,  Toparação,  restabelecimen- 
to, restituição. 

RESTAURAR,  roformar,  renovar,  reparar, 
restituir  —  emendar  —  pagnr  — ■  fortificar. 

bestínga  ou  Ras:in(ja,  escolho,  recife. 

BEsiiTUís,  entregíír,  tornar  —  reparar , 
restabelecer,  restaurar. 

mnw,  dçmâsia,    resíduo f   rgilsnlej  80« 

mo, 

ep^^fto  ^  ooísretaçlíi,  MmiísçâQ 
'  RiSTiiiCTO  ou  ]Ustringido,^à9lmiOf  apor* 
tado,  cfmniso,  esireito, 

iiBSTUiNtíia,  apertar,  coarctar,  estreitar, 
Hcoitíir. 

KESTBiNGiR-sK.  abster^se,  conter-se,  mo- 
derar- se  —  cohibir-se,  refrear-se. 

resvalaDIO,  escorregadio,  lúbrico. 

R8SVALAR,  csoorregar. 

RESUDAR  ,  transpirar  —  coar-se ,  reca- 
mar. 

RESULTA  ou  Resultado,  consequência,  ef- 
íeito. 

RESULTAR,  nssccr,  originar-se  -—  causar - 
so,  proceder,  redundar  —  eífeituar-se  —  se- 
guir-se. 

KESUMBRAR,  verter. 

RESUMIDO,  brove,  conciso,  succinto. 

RESUMiDOJi,  abreviador,  epitomista. 

RESUMIR,  abreviar,  compendiar,  epilogar, 
recopilar  —  determinar,  resolver. 

RESUME  ou  Resumo ,  abreviação  ,  com- 
pendio, epilogo,  epitome,  recopilação,  sum- 
ma. 

ASSUMPTA,  resumo. 

Rfisu&QíA,  rsiaseilAr,  teviv»!*  ^  reoa^- 
eer, 


RESUSCiTAR,  resurgir,  reviver  —  [a]  re- 
novar, restabelecer  — reproduzir  —  reme- 
morar. 

RESVALAR  OU  Rcsvclar,  deslizar,  escorre- 
gar. 

retãbolo,  Retavolo  ou  Retábulo,  painel, 
quadro. 

RETAGUARDA,  resguarda,  trazeira. 

RETALHAR,  cortar,  talhar  —  dividir. 

RETALHO,  peça,  podaço. 

RETARDAMENTO,  atrazo,  delonga,  demora, 
dilação. 

RETARDAR,  atrazar,  demorar,  diíferir,  pro- 
longar —  impedir,  suspender. 

RETENÇÃO,  demora,  detença. 

RETENTiVA  ou  iíeíenírú,  lembrança,  me- 
moria. 

RETER,  segurar  —  deter  --  guardar,  de- 
morar, retardar  —  impedir,  suspender. 

RETENDO  ou  Retido ,  demorado,  susti- 
do. 

RETiNNiDo  ou  Rctinido.  scíJo,  tinnido. 

RETiíVNíR  OU  Retinir,  soar,  toar. 

RETIRADO,  escuHo,  romoto,  solitário. 

RETIRAR,  afastar,  apartar,  desviar. 

retirar-sk  ,  apartar-se,  ausentar^-se  — 
escoar-s^,  esquiver-se. 

rbtiro,  desvio,  ermo,  solidão, 

retocar,  aperfeiçoar,  polir. 

RETOQUE,  eperfeiçohmeato,  perfeição,  Ul« 
tima  lima, 

REToscíDO,  reíôrio,  torcido,  torto  -«  re« 
líiíído  «"  revolto ««  ourvo. 

R^TQr.WAít ,  feifcjSêSF,  YoUíif,  vâlfer  m, 
revirnr. 

aaxo&Nô,  recompensa  '-  carobío,  troco  ^ 
graiidão  ,  recouhseiía«?nto  —  tornada,  vol" 
ia, 

retouçador  ou  Rítovçâo,  bulô-bule,  bu- 
liçoso, inquieto. 

RETouçAR  SB,  espojar-se  —brincar  —  cor- 
rer —  pular,  saltar. 

retkactação,  negação,  palinodia,  revo- 
gação. 

retractar  se,  desdizer  se. 

RETRAÍDO,  recolhido,  letirado  —  dissimu- 
lado. 

Retraímrnto,  retrete  —  retirada  —  re- 
serva. 

RETRAÍR,  retirar  —  desvia?*,  impedir,  to- 
lher —  dissimular,  occultar. 

retratar,  afigurar,  pintar  —  imitar,  re- 
medear  —  descrever. 

retrato,  effigie,  figura,  imagona  —  copia, 
imitação,  semelhança. 

RETRETE,  Camarim,  gabinete  —  commua, 
privada,  secreta. 

RBTRiBuiçÃo,  paga, salário —premio,  re-« 
compoasa. 

HKt&tBuiii,  pegar,  t>.''emlftf,  le^isp^a* 


IlEV 

RSTiiiLHAR,  recalcar,  repizar. 

BKTn INÇADO,  sublil  —  molicioso  —  cavil- 
loso,  dissimulAclo. 

RETRO,  atrás,  detrás,  para  trás  --  an- 
tes. 

RETROGRADAB,  retrocedep. 

RETUMBANTE,    eStfOndoSO. 

RiTUMBAB,  reboar,  resoar,  resonar,  soar, 
toar  —  rebombar,  rebramai  —  reflectir,  re- 
percutir. 

RETUMBO,  rebombo. 

RETUNDiR,  reprimir. 

REUKiÃo,  reconciliação. 

REiNiR,  resjunctar,  reannexar  —  amigar, 
reconciliar. 

REvaLAÇÃo,  inspiração  —  declaração,  ma- 
nifestação, publicação  -—  apocftlypse. 

RKVELÃo,  birrenío,  opiniático,  pertinaz, 
teimoso,  ic.sto. 

RKVfiLAR,  descobrir,  divulgar ,  manifes- 
tar. 

REVENgRAR,  acatar,  reverenciar. 

REVER,  examinar  —  corrigir,  retocar  — 
(w.)  coar,  reçumar. 

RÊVfiíiBiíRAÇAO,  reflexão,  rtípercussão. 

uRV£iiBEiiAR,  brilbar,  ruflectir,  repercu- 
tir, 

ReVkpbrro,  clarão,  resplandor.    ' 

REVKRENciAf,  cortezÍ8,  mesura  —  acat»- 
Bienlo,  respeito,  veneração. 

REVKRiHciAR,  acatar,  respeitar,  vens- 
t9t. 

ísevBiisÂô,  tornada,  tolia, 

»iYi|gAB,  arrebeçar.  lançar,  voroitar, 
_  BÍVÍ12  ou  lUíéí,  reverso  —  {pi)  Rlierna» 
ti?as,  vicissitudes  —  desgraças,  infortúnios 
REVEZAR,  alternar, 
REvtzo ,  contrario,    opposío  —  impidoso 

—  escabroso,  diílicil  —  lempesluoso  —  vio- 
lento (mar). 

REVISÃO,  exame,  revista, 

iiEVisTo ,  correcto,  corrigido,  emenda- 
do. 

KEviVKR,  resurgir,  resuscitar. 

REVOGAÇÃO,  auuullação. 

REVOLTA,  levantamento,  sedição  —  con- 
fusão, desordem,  motim,  tumulto  —  bando- 
ria,  união  — briga  — volta. 

REVOLTAR,  Teioiquir  —  amotíuar,  suble- 
var, revolver. 

REVOLTO,  revolvido  —  curvo,  retorto,  re- 
virado —  crespo,  torcido  —  dobrado,  volta- 
do —  inquieto  —  turvado  —  rebelde  —  bo- 
to. 

REVOLTOSO,  perturbador,  sedicioso—  amo- 
tinador,  tumultuoso  —  inquieto,  turbulento 

—  faccioso. 

REVOLUÇÃO,  amotinaçào,  desordem  —  mu 
dança  —  alternativa,  successâo  —  decadoa- 
çl»,  quóla,  ruina  —  peidtt  —  cyclo, 


RIP 


10&3 


R8V0LUTO,  enrolado,  enroscado. 

REVOLVER,  examinar,  ver  —  considerar  — 
remexer  —  conspirar,  revoltar  —  desandar, 
retroceder. 

RftvoLViMENTO,  revolução. 

Rezí,  oração. 

RumocERONTE,  Rhinoceros  on  Rhinoce-r 
rote,  unicórnio. 

RUiTMo  ou  Rhythmo,  cadencia,  medida, 
numero,  trovas. 

RIBA  ou  Ilibada,  corabro,  outeirinho  — 
margem,  ribanceira,  ribeira  —  cima. 

RiBALDiA,  Ribaldaria  ou  Ribalderia,  des* 
lealdade  —  veihacaria'. 

RíBALDo,  desleal,  pérfido  —  mau  —  velha^ 

CO. 

RiBAwçA  OU  Ribanceira,  borda,  orla  — 
margem,  riba. 

*  ribar,  aluir,  derribar,  derrocar. 

RIBFJRA,  bo'da,  msrgem,  riba —- ribei- 
ro. 

RiBEiBADA,  rio  —  arroio,  regalo  —  cor- 
rente, torrente. 

RtpEiRo,  arroio,  regato,  remanso. 

RICO,  opulento  •  caudaloso,  copioso  — 
poderoso  —  bello  —  abundante,  fértil  -  di- 
nheiroso  —  precioso. 

RiDEiSTB,  risonho. 

RDiCULARiA  OU  Ridicuks,    inépcia,  lou" 
cura,  tolice  —  bsgatfjla,  friokira. 
^  RIDÍCULO  ou  RidiculosQ,  extrangaulQ  — 
biltre,  picaresco. 

mflOi  adagio,  pfovôíblo. 

Mc,}í)n  Qix  Bi^ ideia,  «ustaridaás  »« ía« 
neíi.bjiiJade  —  geveridade, 

RiGiao,  açpefo,  duro -- foríe,  rfbuita-" 
rijo,  solido  —  austero,  savero  —  aspérrimo 

—  acérrimo  —  inclemente,   rigoroso  —  jus- 
ticioso  —  inexorável,  ioflexiveí  —  estóico, 

RIGOR  ou  Rígoridade,  austeridade  —  a3« 
pereza,  dureza  —  inclemência  —  severidade 

—  força,  fortaleza,  exactidão. 

RiGoiioso  ou  Riguroso,  severo  —  cruel  — 
áspero,  duro  —  estri.-^to  —  eíferado. 

RiJsZA,  dureza —  força,  vigor  —  firme- 
za. 

RIJO,  durazio,  duro  — forte,  robusto  — 
alto  —  inteiro,  rigido  —  áspero,  severo. 

RIMA  ou  Rhyma,  acervo,  montão,  mon- 
te, ruma  —  consoante  ~  [pi.)  versos. 

RiMADOR  ou  Rhymador,  trovista,  verse- 
jador. 

RIMAR  ou  Rhymar,  metrificar,  versificar 

—  concordar. 

RiNCHADon,  binnidor,  rinchante. 

RINCHAR,  biunir,  nitrir,  relinchar. 

RiNGiH,  ranger. 

BIO,  flamen,  ribeira  —  torrente  —  abun- 
dância. 

RipANço  Q\xRip(tnio,  Oímilha,  esprpgui- 
«eiro  —  pachôffa,  vagar. 


105* 


BOÔ 


ROT 


htquezas  ,  divicias,  opulência  —  cabe- 
daes,  thesouro3  —  bens,  haveres,  posses 
— <  fortuna. 

EisiDA.,  gargalhada,  riso. 

RISCAR,  aspar,  raiar  —  apagar,  borrar  — 
debuxar. 

Risco,  risca,  traço  —  delíneaçSo  —  alcan- 
til, penhasco  —  perigo. 

Biscoso,  arriscado,  perigoso, 

BisOi  rir,  soriiso  —  alegria,  jubilo. 

RISONHO,  alegre,  jubiloso,  ridente. 

RISPIDEZ  ou  fíispideza,  aspereza,  rigor, 
braveza,  ferocidade. 

RÍSPIDO,  bravo,  cruel,  feroz  —  áspero  — 
arrogante. 

RIVAL,  competidor,  contendor,  emulo  — 
concurrente  —  comborço. 

RIVALIDADE,  concurrencia,  enulação. 

RIXA,  briga  —  desavença,  discórdia  ■— 
lha.  rifaria. 

RixADOR  ou  Rixoso,  altercador  —  brigão, 
bulhento,  rifador  —  inquieto,  turbulento. 

RiXAR,  contender,  disputar  —  brigar. 

ROAZ,  arrebatador,  roubador  —  maldi- 
zente, maledieo,  murmur^dor  —  roedor 

ROBOKAR,  corroborar,  fortificar  —  confir- 
mar. 

ROBUSTEZ  ou  Robusteza,  força,  fortaleza, 
vigor. 

ROBUSTO  ,  athletico  ,  forte,  membrudo^ 
nervoso,  nervudo,  vigoroso. 

ROÇAGANiE,  caudal,  caudato,  rojsnte. 

ROÇAR-SK,    aproximar-se,    parecer-se  — 


deprecações,   rogativas,  suppU* 
arrastão,  tir5o  —  [pL] 


esfregar-se. 

BOCHA,  penha,  [penhasco,  roca,  roçado, 
rochedo, 

ROCHEDO,  penedo,  penha,  penhasco,  ro- 
çado, rocha. 

R)CiA,DA,  chuveiro,  chuvisco,  orvalhada, 
orvalho,  rocio. 

liOCiAR  ou  J{05Cíar,  borrifar,  molhar,  or- 
valhar —  humedecer. 

KOCio  ou  Roscio.  chuvisco,  orvalho. 

KODA,  circulo,  mó  —  âmbito,   circuito. 

iiODAMONrADA,  biavaía,  feros  —  fanfarri- 
ce  —  bizarrice, 

RODAR,  gyrar,  rolar,  voltear. 

RODKAR,  abraçar,  cercar,  cingir,  tornear 
— -  gyrer. 

RODBLLA  ou  Rodclã,  broquel,  escudo. 

RODEO  01  Rodeio,  aufracto,  gyro,  regy- 
ro,  torciooilo,  viravolta,  volta  —  (de  pala- 
vras) acubages,  circumioquios. 

HOKDOR,  consumidor. 

ROER,  carcomer  —  raiar  —  inquietar  — 
ítormentftr,  consumir,  molestar  —  maldizer, 
muraíurar  —  pi;ar,  pungir. 

ROGAR,  orar,  pedir,  supplicar  —  interce- 
der. 

ROGATIVA  ou  Rogatória,  freccs,  rogo, 
guj^plica,  I 


ROGOS  , 

oas. 

Rojjo,  garrochao 
torresmos. 

ROJAR,  arrastar. 

ROL,  apontamento  —  catalogo,  lista, 

ROLDANA,  moitào,  poló. 

ROLHO,  gordo,  redondo. 

Romanos,  Latines,  Romuleos. 

Romagem  ou  Romage,  peregrinação,  ro* 
maria  ou  ronieria. 

ROMANCE,  conto,  fabula,  novella, 

ROMBO,  buraco,  furo. 

ROMíiRo  ou  Romario,  peregrinador,  pet 
regrino. 

BOMPíR  ,   espedaçar,    lacerar,    rasgar  — » 

abrir,  dividir,   fender  —  partir,  quebrar—* 

separar  —  desbaratar,    destroçar,  vencer—. 

bU'  atravessar,  cortai  —  atalhar,  estorvar  —  des-» 

parar  —  {n,.)  apparecer,  assomar. 

ROMPIMENTO,    arrombamento,  quebradu-» 
ra,  rotura  —  desbarate,  destroço,  rota. 

RONCA,    bravata,   fanfarrice,    quichotadn 

—  busina,  trompa. 
RONCADOR,   bravateador,  fanfarrSo  —  ys." 

lentào. 

RoííCAR,  resonar  —  rugir  —  bravatear  -h 
blasonar. 

RONCARIA ,  ameaças ,  bravatas,  feros  -—> 
fanfarrice,  rabolaria. 

RONCARIA,  v«gar,  zorrice. 

RONCEIRO,  pasáeiro,  vagaroso,  zorreiro  -^ ' 
tardo. 

Ri  Nco,  ronquido  —  rugido  —  bravata, 
ronca — (arfj.)  rouco. 

RONHA,  patrulha,  *  roída. 

iio^iikou  Runha,  morrinha,  sarn^ — er^ 
ronia  • —  malícia,  manha. 

BONQUE^^o,  rouco. 

robante  OU  Rorifero,  orvalhoso.  ; 

ROSADO,  nacarado,  puaiceo,  purpúreo, 
róseo,  rubicuudo.  sanguiueo,  vermelho. 

ROSciDO,  orvalhado. 

ROSEAR,  enverraelhecer,    rosar 

ROSNAR,  resmungar  —  murmurar. 

ROsiiR,  moer,  pizar  —  maUraclar  —  mas- 
tigar. 

ROSTO  ou  Jioatro,  aspeito,  cara,  *  doai- 
ro,  fac^,  sembliule ,  vulto  —  dianteira, 
frente. 

rota  ,  desbarato,  destroço  —  caminho, 
derreia,  vifljt^m  —  estylo,  ordem. 

ROTAMENTE ,  aberta,  clara,  francamen- 
te. 

ROTEIRO,  itinerário  —  insíracção,  norma, 
regimento. 

KOTO.  fendido,  quebrado,  rompido  —  es- 
farrapado, rasgado  —desbaratado,  vencido 

interrompido  —  ruinoso. 

ROTOLo  ou  Rotulo,    ioscripçâo,   lettreirç) 

—  taboíeta  —  sobrescrÍT.to, 


I 


MG 

IrotUnddadí,  redondeza. 
I  ROTUNDO,  circular,  orbiculsr,  redondo. 
I  ROTURA  ou   IXuptura,    abertura  —  des- 
■nião,  rompimentu  —  quebra. 
P  BOUBADOtt,  ladrão,  rapinante. 
í    ROUBAR,  furtar,   pilhar,  saquear  —  levar 
—  captar,    rebatar,   apossar-se,  senhorear- 
se. 

ROUBO,  furto,  ladrcíce,  latrocinio,  pilha- 
gem, pirataria,  rapina  —  rapto. 

ROUCO,  enrouquecido,  raucisono,  rouque- 
nho. 

ROUPA,   lençaria  —  fato  —  chlamyde  — 
cepa  —  vestidura. 
ROUPAR,  enroupar. 

RouviNBOso,   caprichoso,  estravagante  — 
diílicil. 
ROUXINOL  ou  Russinol^  Philomela. 
RUBENTE,  corado,  rúbido,  rubro. 
RUBICUNDO,  nacarado,  purpúreo,  rosado, 
Toseo,  rubro,  vermelho,  saoguineo. 
RUBiM  ou  Rubif  pyropo. 
RUBO,  çarça. 

RUBo.R  vermelhidão  —  pejo,   vergonha. 
RUBRO,  ardente,  colorado,  rubicundo,  rú- 
bido, vermelho. 

RUDS  ou  Rudo^  áspero,  escabroso  —  gros- 
seiro, tosco  —  boçal,  estúpido,  ignorante  — 
chavasco,  jalofo. 

RUDEZA,  aspereza —grosseria— -estupidez, 
ignorância  —  incultura. 

RUDIMENTO,  ensaio,  principio. 
^  RUFIÃO  ou  Rufista,   brigão,  espadachim, 
íichoso  —  alcoviteiro. 

RUGIDO,  bramido,  urro  —  estrido,  estron- 
do. 
itiJSiKti,  bramldor,  rugidor. 


RUT 


ma 


RUGia,  bramir,  urrar  —  estrondear,  mur- 
murar. 

Rur.oso,  decrépito  —  senil. 

RUÍDO,  estampido,  estrepido,  estrondo, 
fragor,  maliuada,  rumor  —  alarido,  clamor 

—  brados,  gritos  —  voieria  —  murmúrio, 
sussurro  —  fama,  nome. 

Ruíuoso, estrepitoso,  eslrondo:>o,  fragoroso 

—  b  ixoso,  rixador  —  gritador. 
RtÍH  ou  Ruin,  mau,  péssimo. 

Ruí?{A,  destroço,  destruição  — exicio  — 
.^ssoljção,  desolação  — calamidade,  desgra- 
ça, infelicidade,  infortúnio  —  miséria  —  des- 
astre. 

rlínador,  assolador,  dessolador,  devas- 
tador. 

ruínar.  arruinar,  destruir. 

RUiNDADR,  maldade  —  iniquidade  —  tra* 
vessura  —  malignidade. 

RUINOSO,  arruinado,  velho  —  damaoso. 

RUIR,  arrasar,  derribar,  desfazer  —  (ti.) 
cair,  tombar. 

RUMINAR,  rumar,  rumiar. 

RUMOR  ,  estrépito  ,  estrondo  ,  ruído  — ' 
atoarda,  boato,  fama,  noticia. 

(URAL,  campesino,  campestre. 

RURCiOLO,  camponez, 

RUSTiciDADB,  Rustiquidadc  OU  Rusíiqui'' 
za,  grosseria,  rudeza. 

RÚSTICO,  camponez,  colono  —  grosseiro, 
tosco  —  descortez,  inurbano  — zote— agres- 
te, inculto  —  áspero,  hórrido  —  silvestre  — 
vilão  —  bordegão  —  vil  —  *  saiguez  —acha- 
vasíado. 

RUTILANTE,  brilhante,  corusctnte  —  áu- 
reo, rutilo. 

RUTILAR)  bHlhar,  luzir,  resplandecer. 


1Q\ 


1058 


SÀF 


SAL 


S 


SABEDOR,  prudente,  sábio  —  iaformado,  > 
instructo. 

SABEDORIA.  OU  Sahiduria,  douirina,  sa- 
ber, scienciâ,  ♦  sageirs,  *  sageria  —  pru- 
dência. 

SABER,  conhecer  —  agradar  —  (*.)  dou- 
trina, erudiçãOj  letras,  sciencía. 

SABgRETES,  crudições,  noticias. I 

8ABIAMKNT1S,  ftssisada,  prudente,  sabedor- 
mente. 

SABIDO,  conhecido,  evidente,  notório,  pa- 
tente, publico  —  astuto  —  destro,  expe- 
rioaentado,   prudente. 

sabio,  douto,  sabedor ,  "^  sagez,  scien- 
te  —  assisado,  judicioso  —  cauto,  pruden- 
te —  conspico  —  {s.)  mago. 

saBonets,  apupada,  vaia. 

SABOR,  gosto,  paladar  —  discrição. 

SABORiDo,  Saboroso  ou  SabWoso,  appe- 
liíoso,  gostoso  —  agradável  —  discreto  — 
doce,  suave. 

Sabre,  chifarote,  terçado. 

SACA,  exportação,  extracção. 

SACAR,  arrancar,  extrôhr,  tirar  —  expor- 
tar. 

saCerdota,  sacerJotiza. 

SACKRDOTi,  clérigo,  padre,  presbytero, 
*  preste. 

SACIAR,  farlar  —  {v.  r.)  abbre?iar-se. 

Saciedade,  fsrtura  repleção. 

SACRiFiCíO,  holocausio,  oblação,  victi- 
ma. 

SACRILÉGIO,  impiedade,  irreverência,  pro- 
fanação, 

saCiulego.  Ímpio,  profano. 

SACRO,  sagrado,  sancto  —  adorado,  ve- 
nerado. 

sicuDiDURA,  abalo,  sucudiia,  sacudi- 
dela. 

SACUDIR,  abalar,  abjiiâr,  agitar,  toover 
—  arrojar,  eípellíf. 

siFAti,  açáfátdí 


SAFAR  OU  Çafar,  gastar,  u58r~  desem- 
biraçar,  despej/sr  —  («.  r.)  ciâcar-se,  es- 
capulir-se  —  ir  se. 

SAFARO,  bravio,  bravo,  esquivo  —  as- 
pf  ro,  rude  —  dêsôortei,  gros&eiro  —  ia. 
discreto. 

sÁFíO,  tosco  —  ignorante,  inculto  —  bai- 
xo. 

SAFO,  gasto,  safido,  usido  —  desecoba- 
raçado,   despejado  —  prompto. 

SAFRA  ou  Ça/?  a,  bigorna,  incude  ~»aôa- 
fra,  novidade. 

SAGACiDADK,  Bgudeza,  pônetfação,  porspi* 
*  sagacrza,  ♦  ssgacia  ~  astúcia,  tra- 


cacia, 
ça 

SAGAZ  cu  Sagace,  ar.liloso,  arteiro,  astu- 
to, fino,  manhoso,  matreiro  —  agudo. 

*  SAGiÃo,  algoz. 

SAGRADO,  sacro,  sacrosancto,  sancto  — 
augusto. 

Sachar,   consagrar,  dedicar. 

SAniDA  ou  Salda,  exida,  sortida  —  ven«« 
da  —  digressão  —  êxito  —  interpretação 
—  evasão  —  desculpa,  expediente  —  meio, 
via  —  apartamento. 

SAHia  ou  Sair,  apparecer  —  livrar-se» 
tírar-so  —  desembaraçai -se  —  terminar 
resultar* 

SAHiR-sE  ou  Sair-se,  aparíar-se,  ir  se  — 
dessforar-se. 

SAiBiiO,  areia  (grossa). 

Sal  PICO,  discrição,  graça. 

salariàr,  assalariar,  estipendiar. 

SALÁRIO,  estipendio,  g«g^,  remunera- 
ção. 

salaZ,  icnpudi  o,  impuro. 

Salgado,  salso. 

SALIVA,  baba,  cuspo,  escuma,  esputo. 

Salivar,   cuspir. 

bàlpicadura.  salpico. 

salsada,   alhada,  erebraMda ,    enre* 


SAN 


SCE 


1057 


Salso,  salivado,  salitroso. 

Saltada  ou  5a /ícarfa.  correria,  incursão,  j 
salio  —  lairccinio.  roubo. 

Saltador,  pulador —   bailarim  —  brin-í 
cadiT.  I 

SALTAR,  pular,  saltinhar.  | 

s.ii  TATRicit,  bailarinha  ,  dansarina,  dan- 
satriz. 

SALTEADOR,   bandoleífo,  foragido,  ladrão 

—  pilhaule,    rapionuto. 
salteamknto,  sobresalto. 

SALiÊAH,  assaltar,  sobresallear  —  rapi- 
nar, saquear. 

saltisluanco,  charlatão,  farcista,  peloU- 
queifo, 

SALTO,  pulo  —  Cíbriola  ~  salteada. 

SALLBaE,  sadio,  salulifero,  saudável. 

SALiiAB  ou  Salulifero,  s&udavel  —  be- 
Leíico,  útil. 

SALVA,  cortezia.  saudação,  vénia  —  des- 
ça rj^a. 

SiLVAçÃo,  bemavonlurança,   \idi  eterna 

—  ccuservação  —  segurança. 
sjiLViGsa,  Sehagem  ou  SèUcgCt  moa- 

leziíiho,  rústico,  silvestre  —  bárbaro,  cruel, 
feroz  —  iíidoailto  —  estéril,  iflcuUo  —  ru- 
de —  igitorantô. 

SALVÁNI8,  exorpto,  senão. 

bàlvau,  bemaveatura?  —  saudar  —  cgd- 
BTvar  —  livrar,  preservar  —  doíonder  — 
desculpar. 

SAL-^AR  s£,    abrigar- se,    seoiher-sej   re- 
guarectr-se  —  fugir. 

SALVO,  incólume,  são  —  inteiro  —  (a<i») 
excepto,  s8i)âo. 

sALv.ÁCo.NDLTO  OU  Salvo-comucto  ,  ^àS' 
saporle  —  istnção,  privilegio. 

SÃM2NTE,  saudável,  siucerameule. 
-Sa>Cai)ílha,  alçaperna,   cambapé. 

SANCÇÃo.constiiuição,  ordeoac^ào,  pragmá- 
tica —  couíirmaçào. 

SA>cciONAR,  contirmar. 

SAjNLiáo  ou  Sandeu,  insano  ,  insensato , 
mentecapto  —  asno,  pateta,  raça,  tolo  — 
inerte. 

SAKDiAMENTE,  parvoa,  tolamente. 

saM)ick,  hsueira,  loucura,  ne  ceda  de,  par- 
voíce, tolice. 

SANDio,  papalvo,  tolo. 

sanevR  ou  Saíiar,  curar,  remediar,  repa- 
rar, sar.ar. 

SAvNFONflA,  flauta,  gaita  pastoril 

sa>GL'e,  ascendência,  geração  —  familia 

—  estirpe,  progénie,    prosápia. 
SANGui^Ko,  encarnado,  nacara-r^o,  pu^pu 

r^o    rutii^undo,  rubro,   sanguinUo,  vorme- 

lllO 

sanguinolento,  sanguinário,  sanguíneo, 
farguir.oso,  —  ensínguentado  —  atroz, 
bárbaro,  cruel,  crueuiu,  feroz  —  imj.io  — 
inhumano,    tyrauuo. 

TOL     IT. 


fugiar-se 


SANHA,  coleia,  furor,  ira,  raiva,  indigna- 
ção. 

SA^^c;so,  Sankudo  ou  Sanhado,  assanha- 
do, í'oso,  irritado,  rábido  —  mal  assom- 
brado. 

sashijAdií  ou  Sanctidade,  devoção,  pie- 
dade —  iniiocencia  —  virtude —  (p/.)  deu- 
ses, numes. 

santilão  on  SanctUão,   hypocrita. 

Santo  ou  Sanrto,  bemaventurado  —  di- 
vo —  [odj.)  divino,  sacro,  sacrosanto,  sa- 
grado —  bom.  virtuoso  —  devoto,  pio  — 
religioso,  respeitável. 

SAPiKNcrA,  sabedoria  —  prudência. 

s^piENTE,  sábio  —  prudente. 

s.iQUE  ou  '  Saco;  puhh^nm. 

Saquear,  0Xv»iiar,  roubir. 

s/QuiNno,  saquete,  s«qaitel. 

Saiíaiva,  granizo,  pedra,  pedrisco. 

s^HAR,  curar,  guarecer  —  consolidar. 

Sakca5M0,  ironi>i  —  injuria,  ultraje. 

sahrackno  ou  Sarracino^  Agareno,  Is- 
maeiista,  Maaritan;»,  Mauro,  Mouro. 

sartãa  ou  Sana,  frig  tioira. 

satâNàz  ou  Satanás,  Brhebuth  ,  Lúci- 
fer, Satfia  —  demonu?,  disibo  —  tenta- 
dor. 

SATRLLUg.  gnarda. 

SATi-^A  on  Sahjya,  critica,  c;'ns«ra -«- es* 
earneo,  molejo  —  murraaração. 

8ATÍK1C0  ou  tatyrico,  mordòz,    picante 

—  (s  )   zoilo 

S.Í.TÍRISAR  ou  Saíyrisar,  consurar,  cri- 
ticar —  olieader,  ultrajar,  maldizer. 

SAiiuos  Oii   Satyros,    Kaunos,    Silvanos. 

SATISFAÇÃO,  alegiia,  contentamento,  gos- 
to, satisfaziuienlo  —  escusa. 

SATiSFAZEu,  coutontar  — compensar,  pa- 
gar —  remedia)*,  reparar  —  obedecer  — ■ 
cumprir,  observar 

SATisrEiío,  contente  —  pago. 

satrapà,  sábio  —  fidalgo.^ 

SAUDAÇÃO,  cortezia,   salá. 

saudak,  comprimentar,  salvar. 

Saudável,  salubre,  salutar,  salutifero  — 
benéfico,    ulil. 

SAUDOSO»   SOÍ-JOSO. 

SAZÃO,  estação,  quadra,  'tempo  —  con- 
jancção;    conjunctura,  eos^^jo. 

SAZOAR  ou   Sazonar,   adubar,    temperar 

—  íLaduj:ecer  (os  fructos). 

saZOnvix)  ou  Razoado,  maduro. 

scELiíiAno  ou  Scclerato,  dt^Sfiimado,  fa- 
cinoroso, malvado,  perverso — atroz,  hor- 
rível. 

SCíT^A,  baslido^ps,  visías  —   espectáculo 

—  [l>l.]    circumstducias,  estados,  fortunas, 
etc. 

sCíNiCo,  iheatral. 
SCKpi'JCi.sMO,   u^ríhunismo. 
sctpiko,   rrttleza,  soberania»  —  rei, 

^65 


xm 


gEG 


SEM 


sciEKCíA,  sabedoria,  saber  —  doutrina,  I 
erudição  —  conhecimento,  noticia  —  expe- 
riência —  habilidade,  industria,   subtileza 

—  practica,  uso. 
sciENTE,  douto,  sabedor,  sábio —  iatel- 

ligenle,  periío. 

sciENTiEiCO,  douto,  iostruidq,  sábio  -r- 
líabil. 

sciNTiLLANTis,  ardente,  brilhante,  lumi- 
liesQ,  luzeiUo,  radiante,  refulgente. 

scijsTiLLAR,  chammejar  —  brilhar  —  cre- 
pitar, faiscar. 

scopo,  alvo,  fim,  mira,  objecto,  ponto. 

sÈy  Gfilhedral. 

SEARA,  messe,  SBnaenteira. 

SEBENTO  bu  Sebaso,  ensaboado,  gordu- 
rento,  unetuoso. 

SEPO,  banha,  gordura. 

SECCAR,  murchar,  myrrhar-se  —  enxugar 

—  {n.)  esgotar-se. 
SECCAR-SE,  deíinhar-se,  finar-se  —  aca- 

bar-se. 

SECCO  ou  Seco,  arido,  myrrhado  —  en- 
xuto— desabrido,  esquivo  —  sequioso  — 
resequido, 

SECCURA,  aridura,  secea  —  desabrinaen- 
to. 

SECRETA,  commua,  latrina,  privada. 

SECRETO,  escondido,  recôndito  —  occul- 
to  —  escuso,  retirado  —  calado  —  [s.)  ar- 
cano, segredo.  I 

SECTA,  seita. 

sECTvRio,  defensor,  partidário,  sequaz; 

SÉCULO  ou  Síclo,  evo,  idade,  período, ' 
segre,  *  siglomundo. 

siiDF,  sssfnlo,  cadeira. 

SEDE,  arder  —  anciã,  desejo  —  amor  — 
appetiie,  vontade  —  ambição,  cubica  — 
avareya.^ 

sedeívTO,  sequioso. 

SEDEUDO,  cerdoso,  setigero. 

SEDIÇÃO,  alterarão,  alvoroto,  levantamen- 
to, motim,  tumulto  —  discórdia  —  con- 
juração,  rebellião  —  bando,  partido. 

SEDICIOSO,  faccioso,  perturbador,  rebel- 
de, revoltoso  ~  turbulento. 

SEDiço  cu  *  Sediciço,  podre  —  corru- 
pjo  —  \eliio  —  sabido,   trilhado, 

SEDiMKSTo,  borra,  lia,  pé. 
.«EWICÇ40,  ©ugíino.  suborno  —   allicia^o 

—  careaçào   —   charla tanisico  ,     úapostu- 
ra. 

SPDiLA,  bilhete,  escriptinho. 

S2DUZ1H,  enganar  —  corromper,  peitar, 
subornar  —  alliciar,  caiear. 

SEGA,  ceifa,  segadura. 

SEGAbOa,  ceifeiro. 

SEGAR,  ceifar  —  cercear,  cortar. 

SB6E,  carrinho,  carrocim,  carroa^  fem  — 
caieçat 

BJLGMinTo,  pedaço,  retalho, 


s^"RAL,  secular. 

FEGaEDO,  arcano,  mysterio,  secreto  — 
achado,  invento. 

SKGuiBO,  acompanhado  —  frequentado, 
trilhado  —  cortejado    —  pretendido. 

SKGuiDOR,  acompanhador  —  frequentador 

—  partidista,  sequaz. 

síiGUiMERTO,  acompanhíimento,  comitiva, 
séquito  —  alcance. 

siíGUiR,  acompanhar  —  dirigir-se  por... 

—  continuar,  perseverar,   persistir  —  imi- 
tar —  conformar-se  —  obedecer. 

S£GuiR-SE,  vir  depois  —  causar-se,  pro- 
ceder. 

segukdar,  recomeçar,  reiterar,  renovar, 
repelir. 

segusdo,  a  segundo,  conforme. 

SEGURANÇA  ou  Seguridade,  constância  — 
intrepidez  —  estabelidade,  firmeza  —  cer- 
teza —  caução  —  salvo  conducto. 

SEGURAR,  especar,  firmar  —  apoiar,  sus- 
ter —  agarrar,  asir  —  prender. 

SEGURE,  *  Segura  ou  isecurCf  bipenne, 
machada. 

SEGURO,  estável,  firme,  permanente,  so- 
lido —  certo  —  fiel. 

SEIO,  regflço  —  grémio  —  centro  —  ma- 
mas, peitos. 

SEITA,  cabala,  facçSo,  partido  —  schis- 
ma. 

SKixo,  brelho,  calhau,  canto  —  {pi.)  pe- 
dregulho, 

SELECÇÃO,  escolha. 

SELECTO,  escolhido  —  excellente. 

SELLAa,  assellar  —  avaliar,  julgar, 
ter. 

SELLO,  sinete  —  apuramento,  apuro,  per- 
feição, ultima  mão. 

SELVA  ou  Sevula,  matta,  matto  —  bos- 
que, espessura,  floresta. 

SELVÁTICO,  selvoso,  silvestrc  —  agreste, 
rústico,  selvajtí  —  inculto  —  fero,  feroz  — 
áspero,  aspérrimo,  duro  —  hórrido  —  gros- 
seiro. 

SEMBLANTE  OU  *  Sembrante,  cara,  face, 
rosto  —  aspeito,  catadura,  doairo ,  gesto, 
pbysionomia,  vulto  —  mostra,  viso. 

SEMBLEA  ou  Scmblcia,  confíresso,  jontá 
de  pessoas —  chamada  de  soldados. 

8E1KA,  farello. 

SEMEAR  ou  Sementar,  espalhar  —  divul- 
gar, publicar  —  «uscilar  —  prodigar. 

"  «BMEL,  «leseendencia,  geraçSo. 

SEMELHANÇA  ou  Similhança,  analogia,  con- 
formidade, igualha,  *  simildão  —  paren- 
tesco —  imagem,  relrato. 

SEMELHANTE  OU  Similhante ,  conforme, 
igual,  ir  mão,  par,  parecido,  similhavel  — 
(«.)  comparação. 

S£UELflAR-s«  ou  Similhar-se,  parecer-se^ 
—  comparar-se. 


SE!9 


SBft 


Í0I8 


8EM  BMBABGO,  8  despeito,  8  pezoF,  mau 
grado,  nâo  obstante. 

svusif,  semente  —  esperma. 

sEMBNTi,  sémen  —  causa,  motivo,  ori- 
gem. 

SKHi,    meio. 

SKMiDKos  ou  Semideus^  heroe  —  meio- 
deos. 

skminario,  coUegio  —  viveiro  —  (de  plan- 
tas). 

SEMITA,  atalho,  tramite. 

SEMiviRo,  semihomem  —  effeminndo,  fra- 
co, molle, 

SEMPTTSRRO,  sb-etemo. 

SBMPKE,  continua,  eterna,  perenne,  per- 
petuamente. 

SKMRAzÃo  ou  Sem-razão,  affronta,  ag- 
gravo  —  injustiça        damno. 

SKMSABOR,  desenxabido,  iiisipido,  insulso' 

—  desengraçado  —  indiscreto  —  inepto  — 
[s.)  frieza,  semsaboria  —  luepcia. 

SEH  SAL,  insípido,  insulso  —  fresco. 

SENÃO,  defeito,  falta,  mancha  —  [adv.) 
excepto  —  menos. 

SENDAL,  véo  —  banda,  liga. 

SENGO,  avisado,  prudente  —  sabedor,  sá- 
bio —  illustrado  —  sentencioso. 

SENHO,  carranca. 

SENHOR,   dono,  proprietário  —   magnate 

—  pae  —  Adonai,  Deos  —  mísser,  moo- 
seor  —  sô. 

SENHORA,  dona,  madama,  matrona. 

SENHOREAR,  dominar,  governar,  imperar, 
mandar,  reinar, 

sknhobeak-se,  apoderar-se,  apossar-se, 
tomar. 

SENHORIO,  império,  reino  —  estados  — 
autoridade,  domínio,  mando  —  dono,  pos- 
suidor, senhor  —  posse. 

SENIL,  ancião,  idoso,  velho,  maduro. 

SENKLiDADE,  braucas,  velhice. 

SENRsiRA,  aversão. 

SENSATO,  ajuizado,  prudente,  sábio,  si- 
sudo. 

•  SENSIBILIDADE,  beneguidado,  bondade  — 
humanidade  —  ternura  —  diiicadeza,  sen- 
timento 

SENSITIVO,  mimoso,  sensível,  sensivo. 

sensível  OU  Sensibil,  delicado  —  dorido 

—  bom.  humano  -    terno  —  grato. 
SENSO,  juízo  —  beslunto. 
SENSUAL,  carnal,  impudico,  lascivio. 
SENSUALIDADE,  carnalidado,   impudicieia, 

lascívia. 

SENTENÇA,  apophtegma,  axioma,  máxi- 
ma —  parecer,  voto  —  conselho  — aresto. 

SENTENCIADOR,  JUÍZ. 

SENTENCIOSO,  conceituoso. 

SENTIDO,  senso  —  s.gniticação,  signifi- 
cado —  tento  -  (aij.)  efllicto,  pezaroso 
•7-  podre. 


SENTIMENTO,  afUicç&o,  dôr,  magoa,  pe- 
na —  paixão  —  pezar,  tristeza  —  marty- 
rio,  tormento  —  angustia,  lastima  —  ago- 
nia —  opinião,  parecer,  voto  —  conheci- 
mento, descftrnimento,    intf»lligencia 

SBNTiNELLA,  atalaia,  guarda,   vela,  vigia 

—  vedeta. 

SENTIR  doer-se  —  lastimar-se,  queíxar- 
se  —  aílligir-íe,  agoniar-se,  angusiiar-se, 
magoar- se  —  entrístec^r-se  — cundoer-se, 
penalizar  se  —  conhecer,  intend«r,  perce- 
ber —  (s.)  juizo,  opinião,  parecer,  senti- 
mento, voto. • 

SEPARAÇÃO,  apartamento,  ausência,  reti- 
ro —  desunião,  divisão  —  divorcio. 

SEPARADO,  desunido,  excreto. 

SEPARAR,  apartar,  desunir,  disgregar,  di- 
vidir —  eytremar   —  cortar. 

SEPULCHRO  ou  Sepulcro,  mau?oleo,  moi- 
mento, monumento,  sepultura,  tumulo  — 
carneiro,  catacutobss,    cova,  jazigo. 

SfcPULTADO,    sepulto. 

SEPULTAR,  enterrar  —  esconder,  occul- 
tar. 

sEpuLTtJRÀ,  carneiro,  cova.-  enterro,  jazi- 
go       sepulcro,    tumulo  —  tumba. 

SFQUACE  ou  Sequaz,  partidista,    sectário. 

SFQUELLA  OU  Stqueltt,  consequência,  ef- 
feito,  resultado  —  seguimento  —  bando, 
facção,  partido. 

SEQUER  ou  Siquer,  ao  menos,  pelo  me- 
nos. 

SEQUiDÃo,  desabrimento,  rigor  —  desa- 
pego —  esquivança  —  arídura,   seccura. 

SEQUIOSO,  sedento ,  sederento  —  árido, 
secco. 

SÉQUITO  ou  Seguito^  acompanhamento  — 
amizade  —  benevolência  —  applauso  — 
obsequio  popularidade. 

SER.  existir  —  estar  —  (s.)  ente,  pessoa 

—  existência,  vida  —   essência  —  preço, 
valor. 

SEHÉA  ou  Sema,  sirena  — seductora. 

SEfiRNAR,  abonançar,  assereuar  —  cal- 
mar, tranquillisar  —  díssinar. 

SERENIDADE,  dcscinço,  paz,  socego,  tran- 
quillidade  --  bonança,  calma. 

SERENO,  claro,  limpo  —  brando,  placi  lo, 
tranquillo. 

sEbiE,  ordem  —  progressão—  continua- 
ção. 

SERIEDADE,  scrio  —  gravidade  —  impor- 
tância, 

SERIO,  seriedade  —  {aáj.)  grave,    sisudo 

—  sincero. 

SERMÃO,  homilia,  predica  ,  pregarão  — 
reprehíínsào. 

•    SKhonio  cu  Sorodio,  serotino,  tardio,  tar- 
do, viudituo. 

SEROSO,  fqueo,  acquoso. 
1     SERPE  ou  Serpente,  bicha,  cobra,  reptil. 

Í0r3  ^ 


1060 


SID 


sm 


SERPENTEAI,  Serpear. 

SKnpENTiMO,  viperino. 
^  SKRRA,  monte,  penedio,  penhasco,  serra- 
nia —  ruma. 

&JÍRRALRO,  harém  —  alcouce,  bordel 

SKBRANO.  liionteahez. 

sxbrazína,  cáustico,  impertinente,  imp  r- 
tuno  —  desinqueto. 

skrrazinab.,  causticar,  importunar,  in- 
com!iiO(^ar. 

SERRO,  monte,  outeiro,  serra. 

skRva,  Servente  ou  Servidora,  criada,  •" 
sargenta  —  escrava. 

SERVENTE,  criado,  fâmulo,  servo. 

SERVENTIA  ou  Servenciu,  uso  —  présti- 
mo, utilidade  —  aberta,  corredor,  escada, 
passadiço,  rua,  etc. 

SERVIÇAL,  obsequioso,  oíTicioso,  prestadio, 

*  servicio  —  operoso. 

SERVIÇO,  emprego,  ministério  — obse- 
quio, oííiciosidade  —  proveito,  utilidade  — 
apparelho,  meneio  — serventia  —  donati- 
vo, mimo,  presente  | —  tributo  —  bacio, 
calhandro. 

SBRviDÂo,  captiveiro,  escravidão  —  ju- 
go. 

SERVIL,  abjecto,  baixo,  vil. 

8ERYILHA,   chincla. 

S8RYIR,  aproveitar,  importar  — obse- 
quiar —  ajudar,  assistir,  favorecer «—  sup- 
príp. 

SERVO  ou  Semdor,  criado,  moço,  ser- 
vente, rarietô  — •  captívo,  escravo  -««  la- 
caio. 

8SSG0,  obliquo,  torcido  '—  sereno,  soce- 
g&do. 

sEsso,  anus,  besbelho. 

SESTA,  meio  dia. 

sESTso,  pandeiro,  sistro  —  manha  —  vi- 
cio —  estro  —  (aí//.)  esquerdo,  sinistro. 

skstroso  ou  Sestruoso ,  obstinado,  tei- 
moso —  manhoscr. 

SETA  ou  Setta,  farpão,  frecha,  passador, 

*  xará. 

SETJFERO  ou  Setigero,  sedendo. 

SETRiNA,  birra,  teima. 

SEVERIDADE.  des«brimento,  rigor —  aspe- 
reza, austeridade,  rigidez  —  ferocidade. 

SEVERO,  austero,  carregado,  sombrio  — 
rigoroso  —  áspero,  rigido  —  acerbo,  duro 
—  tétrico  —  implacável,  inclemente  —  ine- 
xorável, inflexível  —  circuraspecto  —  indo- 
cjI  —  indomável,  indsjmito  — justiçoso. 

sevícia,  atrocidade,  barbaridade,  cruel- 
dade, rigor. 

SEVO,  cruel,  diro. 

SIBILANTE,  assoviante,  ciciante. 

stB  LAR,  assobiar  ou  assoviar  —  silvar  — 
citar. 

SIBILO,  assobio  —  silvo. 

SIDÉREO,  aslí-ifero  —  celeste,  ethereo. 


sisiLLO,  mysterio,  segrado  —  silencio  — 
sollo. 

siCrNAcui-o,  S"llo,  sinete. 

siGNiFic\R,  dôclar<ip,  denotar  —  manifes- 
tar; nio.slrar  —  intimidar,  notiticar. 

SILENCIO,   calada,   roudvz,   taciturnidadô 

—  reúcencia  —  discripção,  moderação,  pru- 
dência —  paz,  tranquillidade. 

SILENCIOSO,  calado,  mudo,  tácito,  tacitur- 
no —  socegado. 

SILVADO  ou  Silvedo ,  carça  —  espinhal , 
matta  —  [adj  ]  espinhoso. 

siL'^AN0,  agreste. 

siLTAR,  assobiar,  silvar. 

SILVEIRA,  silva. 

siLvssiRB,  agreste,  montesinho,  rude. 

SILVO,  assobio,  sibilo  —  atito. 

sia  o<i  *  Si,  certo,  na  verdade,  sem  du- 
vida. 

símile,  comparação,  confrontação,  equi« 
parencia  —  igualdade,  semelhança. 

SIMPLES  ou  Simple,  parvo  —  néscio,  tolo 

—  singelo  —  sincero  —  innocente  —  natu- 
ral, 

siMPLEZA  ou  Simplicidade,  candura,  in- 
nocencia  —  lhaneza,  lisura,  singeleza  —  in- 
teireza —  ignorância,  necedade,  tolice. 

SIMULAÇÃO,  disfarce,  dissimulação,  fingi- 
mento. 

siMULAcao  ou  Simulachro,  efíigie,  esta- 
tua, figura,  ídolo,  imagem. 

SIMULADO,  dissimulado  —  apparente,  fin- 
gido. 

SIMULAR,  disfêfçar,  disiltnuler ,  fin« 
gir. 

SíNA,  dôslino,  ettrella,  fado,  sorte, 

gtjíAL  ou  Signal,  mancha,  marca  —  fir- 
ma —  ferrete  —  presagio,  prognostico  —  in- 
dicaçào,   indicio,  mostra  —  divisa  — arrhas 

—  *joia. 
siscEiRO,  salgueiro 

SINCERIDADE,  fraiiqueza,  lisura,  singele- 
za —  ingenuidade  -  simplicidade  —  candi- 
dez, caadara,  innocencia.  ' 

SINCERO,  cândido,  innocente  —  ingénuo, 
simplice,   singelo  —  franco,   lhano,  lealdo-. 
so,  liso. 

SINETE,  sello. 

SINGELEZA  OU  Singekz,  candideza,  inge- 
nuidade ,  sinceridade  —  lhaneza  ,  lisura  , 
simplicidade  —  desaff-ictação. 

SINGELO,  ingemio,  sincero  —  cândido,  in- 
nocente —  Ih^no  —  desaíTectado. 

SINGRAR,  navegar,  velejar. 

SINGULAR,  nnico  — raro  —  extraordiná- 
rio, insólito,  peregrino  —  desusado,  estra- 
nho, inaudito,  excellente,  eximio  — pres- 
tante —  dislinclo,  insigne  —  summo  —  cons- 
pícuo, egrégio  —  incomparável,  inimitável 
especial,  bf?pecioso. 

S1K6UI.1III0ADE,  raridade  —  excellencia  — 


SOB 


soe 


1061 


particularidade  —  distincção,  especialidade, 
especiosidadtí,  | 

siMSTRO.  desgraçado,  fatal,  funesto,  in- 
fausto—  mau,  pernicioso  —  esquerdo,  ses- 
tro. 

siiío,  campa,  campainha,  garrida  —  en- 
seada, seio. 

siNuosioADE,  reviravolta,  rodeio,  volta. 

SINUOSO ,  enroscado,  torcido,  tortuoso, 
\olleato  —  ondeante. 

siRKNA,  sereia. 

SIRGAR,  rebocar. 

SISAR  ou  Sizar ,  furtar,  pilhar ,  surri- 
piar. 

SISO,  beslunto,  juizo,  senso  —  razão  — 
prudência  —-  sabedoria. 

siSTRO,  pandeiro, 

SISUDO  ou  Sezudo ,  ajuizado,  judicioso, 
prudente  —  sábio. 

sitiar,  assediar,  bloquear,  cercar. 

SITIBUNDO,  sedento,  sequioso. 

smo,  logar,  paragem  --  aptidão,  dispo- 
sição —  assedio,  bloqueio,  cerco,  cordão. 

SITO,.  coUocado,  situado. 

SITUAÇÃO,  assento,  logar  —  apostura,  po- 
sição. 

SITUAR,  assentar,  collocar,  pôr,  sitar  — 
edi&car. 

so  ou  Só,  único  —  singular  —  solitário  -— 
[adv  )  somente. 

SOADA,  fitma  —  rumor,  toada. 

SOADO,  celebre,  famoso,  nomeado. 

so&LRO,  entabuamento,  pavimento,  80> 
brado,  solho, 

SOANTE,  sonoro,  toaute. 

SOAR,  cantar  —  toar -^  retumbar  «^di- 
viilgar-se  —  ouvir-se. 

SOB  ou  Sub,  abaixo,  debaixo,  por  bai- 
xo, 

SOBEJAR ,  exceder ,  remanescer,  restar, 
sobrar  ~  superar. 

soBEJiDÃo  ou  Sobegidão,  demasia,  exces- 
so, uitnitídade,  superfluidade  —  atrevimen- 
to, insolência. 

SOBEJO,  remanescente,  resíduo,  resto,  so- 
bra —  [adj.)  demasiado,  nimio  —  atrevi- 
do. 

SOBERANIA,   magestade,   realeza  —  altive- 
za,  imperiosidade  —  dispolismo  —  excellen- 
•  cia,  superioridade  —  orgulho,  suberba. 
,    sOBERANisAR  OU  Soberauizar,   eugrande- 
cer,  exaltar  — imperar. 

scBKRANo  cu  Sob'rano,  imperador,  rei, 
ele.  —  (arfe. )  absoluto,  independente,  su- 
premo —  altivo  —  eílicaz-excel  lente  —au- 
gusto 


real,  regio. 

soBBRBA  OH  Suberba,  altivez,  arrogância, 
entono.  orgulho  —  fasto  —  presumpção,  vai- 
dade, vangloria. 

SOBERBO,  Superbo  ou  Suberbo,  altivo, 
arrog&nie,  enfunado,  entonado,  suborboso 

VOL.   lY. 


—  presumido,  ufano  —  elevado,  imperioso, 
soberano  —  esplendido,  magnifico,  assum- 
ptuoso  —  precioso  —  augusto,  regio  —  ma- 
gestoso,  pomposo — npparatoso,  grandioso 
opulento,  rico  —  corajoso. 

Sobrar,  sobrelevar,  sabrepujar  —  exce- 
der, sobpjar; 

SOBRAS,  restos,  sobf-jos. 

sobrb,  acima,  de  cima,  em  cima,  por  ci- 
ma —  acerca  —  além,  demais. 

SOBRECASACA,  sobretudo. 

SOBREDITO  OU  Sobredicto,  acima  dicto, 
ante  dii^io,  susodicto. 

scBRE8STARouSo6r'esíar,  cessar,  descon- 
tinuar —  impedir,  obstar. 

SOBRELEVAR,  cxcoder,  superar,  vencer  — 
soíTrer,  supportar. 

soBREMAngiRA,  sobremodo  —  excessiva, 
extraordioariamento. 

SOBREMESA  OU  Sobremeza,  dessert,  pos- 
pasto,  postres. 

60BRSNADAR,  boiar,  fluctuar. 

SOBRENATURAL,  sobrehumaao  —  divino, 
milagroso  —  extraordinário,  maravilhoso, 
prodigioso. 

S0BUEN0M8,  appellido,  cognome. 

soBREPujANÇA,  excellencia,  superiorida- 
de, vani«jem  —  excesso. 

SOBREPUJAR  ou  Sobrepojar,  lustrar  mais, 
realçar-se  —  campear. 

soBRESALTAR,  sobf6salícar,  surprender  — 
assustar,  i^zquieí^f, 

soBRESALTo,  assaltada,  saltesmsnío  —  des- 
SQcego,  inquietação,  susto  —  alarma,^  reba- 
te. 

SOBRETUDO,  císscão,  sobrecasHca  —  {adv.) 
mormente,  principalmente, 

soBRiviH,  acontecer,  occorrer,  succeder. 

soflíiíEDADB,  moderação,  temperança  — 
frug^lidâde  —  mediocridade. 

SÓBRIO,  moderado,  temperado— frugal, 
parco  —  abstinente. 

SOBRCSO,  embaraço,  impedimento,  obstá- 
culo. 

sócco  ou  Soco ,  borieguim  —  poanha  , 
masmorra,  prisão. 

soccoRREa  ou  Socorrer,  ajudar,  auxiliar 
acorrer,  Rciidir,  assistir,  valer  —  apadri- 
nhar— (r.)  recorrer. 

socGORRO  ou  Socorro,  acorro,  ajuda,  as- 
sistência, favor  —  adjulorlo,  auxilio  —  pre- 
sidio, 

sfCEGADO,  descançado,  repousado  —  pia- 
ciio,  tranquiil) — calmo,  quieto,  sereno  — 
abrandado,  npplaeado,  raitigido  —  amansa- 
do, domado. 

socEGAR,  aquietar,  assocegar,  remansar^M 
tranquillisar  —  adormecer. 

socKGo,  assoc3go,  descanço,  quietação, 
tranquillidado  —  bonança. 

socuiAR,  esconder. 

266 


IIU 


mi 


500I4V8L  OU  Sodahil,  famUlRf,  sooial  -* 
ftinigttval  •—  oosQpstive!. 

mcío,  adj anoto,  ooUegff|  companheiro, 
parceiro  —  complice  —  pOTÚdista. 

soco,  murro,  pnnbadit. 

SOÇOBRAR  ou  Svssohmr,  afundar,  sub- 
mergir —  acapeikr,  alagar  —  agitar,  per- 
turbar. 

soçoBtK»  ou  Sossohro,  inundeçào,  sub- 
roerfião  —  etnação,  perturbação. 

*  S0ED4DB  ou  *  Soicíarfe,  ermo,  soleda- 
de, solidão  ~  ssiidade, 

*  soRR  ou  Sohr.  c  stumar. 
SOBZ,  porco,  sórdido,  sujo. 
soFFíiEDoa   ou  Sofredor,    aturador,    pa-' 

oiente. 

soFFAER  ou  Sofrer,  «turar,  curtir,  eu- 
durar,  padecer,  siipportar,  tolerar  —  pe- 
nar ~  disfarçar,  dis>iiiiular 

soFPRiDO  ou  Sofrido,  paciente,  resigna- 
do, soíTredor. 

soFFaiMENTO  OU  Sofrimsnto,  bojo,  pa- 
ciência, resigaação,  tolerância  —  dôr,  pa- 
decimento, pena,  tormento  —trabalho  — 
soffrença. 

soFFftivEL,  comportável,  sup portável,  to- 
lei^avel. 

SOFREAR,  conter,  reprimir. 

SÔFREGO,  açorado,  ávido,  cubiçoso,  de- 
sejoso —  comilão,  glotão,  voraz,  afervo- 
rado. 

soÍDO,  estrondo,  som,  sonido. 

*  sojoRNo,  casa,  habitação,  morada. 
SOL,  Apollo,    Hyperion.  fhebo,  Titaa  — 

chão,   terreno — dia  —  [íidj.)  cynthio,  de- 
lio. 

soLApADAMENTs,  a  occultas,  ás  escoudi- 
das. 

SOLÁRIO,  soalheiro. 

SOLAVANCO,  sacão. 

SOLDADA,  estipendio,  paga — premio,  re- 
compensa." 

SOLDADO,  combatente,  guerreiro,  militar 
—  {pi.)  gente  de  armas. 

SOLDO,  pré  —  paga,  salário. 

SOLRDADK,  desamparo  —  deserto,  ermo, 
solidão  — desvio,  retiro. 

SOLEMNE,  annual  —  cfílebre — apparato- 
so,  pomposo — authentico,  publico. 

SOLERCIA,  astúcia,  habilidfide    industria. 

SOLBRTE,  filio,  sagaz  —hábil,  ingenho- 
so. 

SOLEVANTAR  OU  Solcvxr,  crguef. 

SOLHO,  pavioaonto,  soalhj,  sobrado,  so- 
lhado. 

soLiCíTAR  OU  SoUicitar^  ageaciar,  dili- 
fçeudiap  —  iadusir,  tentar —estimular,  ia- 
cit9r,  iUítigir  —  allidi^r,  requestar. 

SOLICITO  ott  So/Zictío,  diligeute  —  attea- 
to.  d3S/tíUdo,  vigilintd  —  an;io50,  cuida- 
doso—  caato,   próvido   —  prudeute,   sábio 


SOM 

-«  afadigado,  laborioso  —  incansável  -« \nm 
cessante  —  primoroso. 

soLiDio,  ermo,  retiro  *—  *  soadad^,  soU 
dão,  soledade,  solitude. 

SOLIDAR,  fortalecer,  confirmar,  corrobo- 
rar—  assentar,  estabelecer,  fundar. 

SOLIDEZ  ou  Solideza,  consistenoia,  firme-^ 
za,  força. 

SOLIDO,  duro,  maciço  —  robusVo  —  firme, 
fixo  —  constante  —  r^ial  —  durável,  perdu- 
rável —  permanente,  persistente  —  esuvtl, 
inconcusso,  s^^guro. 

soLio,   ihron) 

soLíTA^io,  anacjoreta,  ceaobiti,  e^mitÃo 
—  [adj]  deserto,  deshabitado,  d3spovroalo, 
ermo. 

soLiTO,  costumado,  ordinário,  usual. 

soLLíCiTO.  cuidadoso,  diligente. 

SOLO,  chão,  terra,  terreno. 

SOLTA,  maniula,  peia. 

soLTAM'íNfK,  desembaraçada,  licenciosa, 
livremeate, 

SOLTAR,  desamíirrar,  desstar,  desprenler, 
suxar  — abrir  mão,  largar  —explicar  ~des- 
fazíír  —  dissolver  — abandonar,  deixar  — 
conceder,  permittir. 

suLTO,  desatado,  soluto,  suxo  — inle- 
pendente,  iivro  —  dissoluto,  licencios  j  — 
destorcido,  frouxo,  laxo,  ligeiro  —espargi- 
do, nhado  —  deseafreado,  infrene. 

SOLTURA,  liberdade,  iivraoaento  —  dnsco- 
mediaaento,  despejo  —  denodo  —  dissotu;ão. 
licenciosidade  —explicação,  interpretação, 
solução  —  agilidade ,  desembaraço. 

SOLUÇÃO,  dissolução  —  explicação  —  re- 
solução . 

SOLUÇAR  ou  Sambar,  ai,  gemido,  suspi- 
ro. 

SOLVER,  derreter,  dissolver. 

SOM,  soada,  sonido,  tom  —  bique,  retu^n- 
bfi  —  estrondo,  ruido  —  consonância  —  cUn- 
gor  (da  tuba). 

SOMBRA,  apparencia,  ar,  oôr,  pret^xti  — 
figura,  imagrím,  representação  —  aiíipan, 
favor,  protecção  — sooabreado  —  ei^-ioiro, 
phantasma,  visão  — (pi )  almas,  guiras,  ma- 
nes —  irevas  — signaes.  vestígios. 

soMBREtRO,  alcornoque,  chapeo  di  s^l, 
quitt*  sol  —  chapeo. 

sosHjRio,    escuro,  fusco,  opaco,  umHrosa 
—  carrancudo,  s^ívero  —  atro,  túrbido. 
soíKNOs,  inferior. 

soMiíNiE,  meratninte,  não  mais,  só.  so- 
lamenti,  unicaoafiute — afora,    excepto. 

soMiTEOA^RiA,  avareia,  masquiahoz,  so- 
vinaria  —  sodonia. 

soMiTEso,  parco  —cainho,  masquinho  — 
sodomita. 

so«v[A',    addicção,    importância,    monta, 
numero,  qua  itia. 
souttAR,  adlicioaar  —epilogar,  resaoir,    - 


MM 

soMNiGERO.  somnifero,  somnifico,  somno- 
lento,  soporifero.  ,  ., 

soMNOLENTO  OU  SonorcntOt  adormecido 
—  entorpecido. 

SONDA,  prumo  atenta. 

SONDAR,  apalpar,  tentear  —  examinar,  in- 
dagar. .  1  •        Ml 

SONHO,  visão  —  chimera,  phantasia— lUu- 
sãJ,  vaidade. 
scNiDD,  soído,  som,  tom  —  estrondo,  ruí- 

SONO  OU  Somno,  adormecimento,  descan- 
so, repouso.  ,       .  , 

SONOLENTO  ou  ^omnoleuto ,  dorminhoco, 
sonorento,  soporoso. 

SONORO  ou  Sonoroso,  canoro,  harmónico, 
harmonioso ,  melodioso ,  musico,  soante, 
sonante,   sonisono—   estrondoso,  ruidoso. 

SOPEAR,  calcar,  trilhar  —  enfreiar,  re- 
primir. 

sopitar;  adormecer,  amadorar. 

sopiTO,  adormecido,  adormentado. 

sopoR,  solopor  — (s.)  modorra. 

sopoRTAR  ou  Supportar,  aturar,  soffrer, 
tolerar  — esc 3rar.  suster,  ter  mão. 

SOPRAR,  assoprar  —  ventUar  —  favorecer, 
proteger  —  aspirar. 

soPRKSAR  ou  Soprezar,  apresar.   ^ 

SOPRO,  assopro,  bafo,  fôlego,  hálito,  res- 
piração, respiro  —  aragem,  aura  —  ventila- 
ção —  favo. 

soRÇi,  capoeira. 

SORDIDEZ  ou  Sordidade,  immundicia,  sor- 
dice,  sordicia  —  torpeza;  vileza  —  fezes. 

SÓRDIDO,  esquálido,  immundo,  sujo — 
impuro-,  maculado,  manchado,  torpe  —  in- 
fame, vil  — baixo,  humilde,  plebeu. 

soRNA,  deleixo,  indolência,  [priguiça  — 
[adj.)  pachorrento,  vagaroso. 

soHou  ou  Sor,  irmã. 

soRTB,  acaso,  accidente  —  destino,  estrel- 
la,  fado,  sina  —  boafortuna,  dita,  ventura 
— ^  condição,  estado  —  arte,  geito,  maneira, 
modo  —  classe,  espécie  —  porção,  quinhão. 

sortiação,  sorteadura,  sorteamento,  sor- 
teio. 

soRTEiRO,  sorteador. 

soRTíLEGio,  bruxaria^  feiticeria,  maleíi- 
cio  —  fascinação,  prestigio. 

sORTiMBNTO,  copia,  provisão. 

SORTIR,  causar^  produzir  —  obter. 

SORUMBÁTICO,  carraucudo,  torvado—  som- 
brio —  triste. 

SORVEDOURO,  abjsmo,  redomoinho,  vora- 

SORVER,  fhupar,  6Uí?ar  —  engolir. 

SORVO,  chupo,  sorvedura. 

SOSLAIO,  esguelha,  obliquidade,  través. 

sosTER  ou  Swsíer,  segurar,  sustentar  — 
Conservar  —  soffrer,  supportar  —  deter,  pa- 
tar,  repesar  —  ajudar,  formenlart 


SUB 


1068 


soTÂo,  entresolho,  esvão. 

SOTAQUE,  apodo,  dicto 

SOTERRAR,  enterrar  —  escouder,  occultar 

—  sepultar. 

soto,  abaixo,  debaixo. 

SQTRANCÃo,  dissimulado,  malicioso  —  car- 
rancudo, Severo. 

soTHAKCAR,  abarcar,  cingir. 

SOTURNO,  cabisbaixo  —  melancolibo,  tris- 
te —  escuro,  sombrio  —  taciturno  —  quie- 
to. 

SOVA,  coçadura,  maçada,  pisa,  tunda. 

SOVAR,  amassar  —  desancar,  maçar,  pi- 
sar. 

soviNA,  avaro,  fona,  mesquinho,  taca- 
nho. 

soviNAR,  picar,  pungir  —  molestar. 

sterwudação  ouSlernutação,  espirro. 

STRiGTO,  apertado,  estreito  —  rigoroso  — 
preciso  • 

sua.  *  sa. 

suADiR,  convencer,  persuadir. 

SUADO,  banhado  —  cançado,  fatigado. 

suAR^  transpirar  —  afadigar-se,  caaQSrt 

suasâo,  induzimento,  persuasão. 

SUASÓRIO,  persuasivo. 

SUAVE,  agradável,  aprazível,  grato  — 
blandisono,   delicioso,    deleitavel,  jucundo 

—  doce,  melliíluo  —  brando ,  macio  —  le- 
ve. 

SUAVIDADE,  amenidade,  brandura,  doçu- 
ra—jocundidade. 

suavisar  ou  Suavizar,  abrandar,  miti- 
gar, moderar  —  abemolar  —  açucarar. 

SÚBDITO,  submisso,  sujeito  —  («.)  vassallo 

—  tributário. 

SUBIDA,  ascensão  —  calçada,  emposta,  en- 
costa, ladeira,  etc. —  accrescimo,  medra. 

Subido,  alto,  elevado,  erguido,  levanta- 
do —  excellentí^,  precioso  —  eminente,  re- 
montado, sublimado. 

SUBIR,  trepar  —  montar  —  crescer,  me- 
drar —  exaggerar  —  içar. 

SUBITAMENTE,  do  ropeuto,  subitanea,  su- 
pitamente. 

suBiTANEO  ou  Su6iío,  improviso,  inopi- 
nado,   inesperado,    instantâneo,    repentino 

—  surprendente. 

suBJUGADOR,  domador,  vencedor  —  con- 
quistador —  («rf;'.)  iúfestante. 

SUBJUGAR,  '  Sugigar  oa  Sujug ar,  àomnr, 
vencer  —  submeiter,  sujeitar  — conquis- 
tar. 

SUBLEVAÇÃO,  amotinação,  levantamento, 
rebelliào,  sedição. 

SUBLEVAR,  alçar,  erguer,  levantar  —  amo- 
tinar, rebell.ir,  revoltar. 

SUBLIMAÇÃO,  elevação,  sublimidade. 

SUBLIMAR,  erguer,  Idvautar  —  engrande- 
cer, exaltar. 

suBLiMi,  alto,  elevado,  erguido,  levanta* 
266^ 


1C64 


sue 


SUM 


do  —  exaUa<lo,  sublimado  —  eminente,  ex- 
celso, preexcí-lõo  —  altiloquo,  altisono,  alti- 
volo  —  excellf^nie. 

SL'CL]MID\DE,  altnra,  elevação,  eminên- 
cia —  alliveza  —  excellencia. 

suBTíiERGiDO,  submerso  —  naufrago. 

suBMSRGiB,    acapellar  --  afagar,  inundar 

—  afundir,  anegar  —  mergulhar  —  sumir  — 
afogar. 

suBMETTER  o«  Sofneíter,  avassallar,  su- 
jeitar —  domar,  vencer  —  humilhar. 

suBHissÃo,  obediência,  sujeição  —  humil- 
dade, rendiméto  —  baixeza  —  obsequio. 

SUBMISSO,  humilile,  obediente — submet- 
tido,  sujeito  —  avassallado,  subjugado. 

SUB jiiuiNAçÃo,  coaaexão,  dependência  — 
sujeição  —  inferioridade. 

suBORBiNAB,   submetíer,  sujeitar. 

subohnação  ou  Suborno,  corrupção,  se- 
ducção  -^  inducção,  instigação. 

SUBORNAR,  corromper  —  abusar,  sedu- 
zir. 

SUBSIDIAR,  ajudar,  auxiliar. 

subsidio,  imposto,  tributo  —  auxilio,  soc- 
corro. 

SUBSTÂNCIA,  alimento  —  sustento  —  exis- 
tência — .  estabilidade,  permanência. 

suBSiSTia,  exislir,  viver. 

SUBSTANCIA  ou  Sw^taucia ,  essência  — 
âmago,  polpa  — «  sueco  —  epitom^,  sum' 
ma,  corpo,  matéria  —  bens,  riqueza. 

SUBSTANCIAL  ou  Síistancial ,  alimento , 
nutritivo  —  essencial,  principal. 

SUBSTANCIOSO  ou  SustanciosOf  alimento- 
so,  nutrie;ite,  niUrilivo. 

síjBTtíiiFUGio,  aftiíicio,  pretexto  —  esca- 
pula, excusa  —  desvio,  eíTugio,  tregiver- 
sação. 

suBTE8iiA]NE0  OU  Sotterraneo,  cava — ca- 
verna, cova  —  {'^dj.)  subterreo. 

SUBTIL,  Sotil  ou  Sutil,  delgado,  fino, 
ténue  —  leve  —  pequeno  —  agudo,  ar- 
guto, perspicaz  —  ingenhoso   —   ardiloso 

—  delicado. 

suBriinzA,  Subtilesa  ou  Subtilidade,  agu- 
deza, arqueia  —  astúcia,  treta  —  delgade- 
za,  tenuidade. 

suBTíiACÇÀo,  diminuição  —  privação. 

suBTftvntu,  diminuir,  tirar  —  privar  — 
retirar. 

suBunBio,    arrabalde,  burgo. 

suBVKjdÁNKo,  abortivo  —  infecundo. 

SUBVIL15À0,  ceída,  destruição,  ruina  — 
perversão. 

suBVEHTKK  OU  Soifr/cí',  arruinar,  demo- 
lir, fiestruir  —  transtornar    —   submergir 

—  pcrveitor. 

suiMjEDRR,  acontecer  —  seguir-se  —  so- 
brevir —  íub&tituir-sí?. 

SUCCE.SSIV0,  cousecuiivo,  continuo  ,  gra- 
dtíal,  progressivo  —  horidetario  -*-  pefetine. 


SUCC8SS0  ou  Succedimento,  acontecimen- 
to, caso,  evento  —  conclusão  —  eífeito, 
exilo  —  acção,  feito. 

succiNTO  ou  Socinto,  breve,  compendio- 
so, conciso,  curto. 

sueco,  çumo  —  chorume,  substancia. 

suFFiciENciA,  abastauça,  abasto  —  apti- 
dão, capacidade  —   habili'iade   ^-  talento. 

suFFíCiKJNTE,  bastaute  —  apto,  capaz  — 
hábil. 

slffocar,  afogar  —  abafar  —  compri- 
mir. 

suFFRAGio,  opinião,  parecer,  voto  — ap- 
provação. 

SUGA»,    chupar. 

suGGKRiR  ou  Soí/erjr,  ajvertir,  inspirar» 
'lembrar  —  inssig«r. 

sugg«Stão  ou  Sugestão,  incitação,  insti- 
gação —  sollicitação  —  exhortaçào  —  ten- 
tação. 

suGGiLiAR,  reprehender  —  vituperar. 

SUICIDAR-S8,    maiar-se. 

sujar  ôu  Çiijarf  conspurcar,  emporca* 
Ihar,   manchar. 

sujEíçAo,  obediência,  submissão  —  de* 
pendência  —  jugo, 

SUJEITAR  ou  Subjeitar,  domar,  subjugar» 
submelttirj  vencer  —  conter,  refrear. 

sujeíto,  assumpto,  objecto  —  argumen- 
to, matéria  —  capacidade  —  índole  — - 
súbdito,  vassalio  —  {adj.)  domado,  subju- 
gado —  dócil,  obrliente  —  obsequioso. 

SUJIDADE  ou  Çiijidade,  immundicia,  por- 
caria —  obscenidade. 

sujo  ou  Cujo,  immundo,  mondonguei- 
ro,  porco,  sórdido  —  enlremeiado  —  im- 
pedido —  dbshonesto,  impudico  —  baixo, 
vil. 

SULCAR  ou  Surcar,  lavrar  —  abrir,  cor- 
tar, fender,  talhar  —  navegar. 

SULCO,  rego. 

suLFUR  ou  Sulphur,  enxofre. 

SULFÚREO  ou  Sulpkureo,  nitroso,  sulpha- 
rino. 

SUMIÇO  ou    Sumidura,   desaparecimento.^ 

SUMIDOURO,  abjsmo,  voragem  —  escoa- 
douro. 

KUMíR  ou  Somir,  afundir,  submergir  — 
esconder,  occulíar. 

suMia-SE  ou  Somir-se,  afundar-se  —  des- 
apparecer  —  esconder-se    ••  fugir. 

SUMKA,  compendio,  epilogo,  epitome,  ro- 
SuiiiO,  soiutna. 

sum^ariah,  compendiar,  epilogar,  resu- 
mir. 

suMiiARTO,  epitonne,  re.^urao,  summa  — 
[adj.)  breve,  cdmpeniicso. 

suMHiUADK,  cimo,  cume,  pincaro,  pon- 
ta, tope. 

suMMO,  alto,  elevado  —  exctlso  ~  emi- 
cenle,  sublime-» supremo,  uUimo. 


SIF 


SIS 


1065 


SUMO  CU  Çumo,  sueco. 

si;mpto,  c  islo,   fJtisiesa.  gasto. 

fviiMprLOSiDíiiK,  fasto.  g'aiido/a,  magni- 
ficência —    ojunificiMicia. 

SUMPTUOSO  rji  Sumluoso,  aparnUso,  bri- 
IhnnU!,  es^ilendiJo,  magriitico,  pum[)0so  — 

CUSlDSO. 

suoa,  lianspiração  —  sf^n,  faJ  ga,  tra- 
b.'ílbo. 

srtPí£RABL\NDAKTE,  desuficíissario,  eicessi- 
TO,  fxiiberante,  ledumUnle. 
,    supKRABuiNDAR  OU  Supraiuv.dar,C's.\ihQ- 
rf.r,    r«tluQdar. 

siPKR.vDiTO,   acresoeniado,    augrcea?ado 

soPiRAR.  sf^ircpiijar,  vtncer  —  avanta- 
jar-so.  OXCCdtT. 

Sl'PER\^RL,  Yincivel. 

supiiRCiiERiA,  burla,  embuste  ,  engano, 
fraudo,    tr/»p8(v<. 

suPc.KCino,  sobrancelha  —  soberania  — 
subt^lia. 

suPE»iFíCiE,^codea,  exterior,  ílôr  —  ap- 
pa^encia  —  no(,ão,  lim-tura. 

supsRFLUinALiE,  sobpjidão  —  demasia  , 
excesso,  exuberância,  riimiedade.  . 

supEhFLUo,  desaecessfifio,  uul  — dema- 
siado, sobejo.  . 

SUPERIOR  ou  Sup'rÍDrj  supernal,  super- 
no, supiro  —  excelienle  —  soberano  — 
celeste,  divino  —  extremado  —  autorisa- 
do,  dominioso,  poderoso  —  afeiio. 

SUPERIORIDADE,  exceilencia,  primazia  ~ 
maioria,  vsntajem  —  autoridade,  domínio, 
poder,  Síiberania, 

SUPERLATIVO,  excellcnte,  eximio ,  ópti- 
mo, 

supEUN")  cu  Svpero^  excellcnte,  sobera- 
no —  Superior  —  exctUo. 

supkrvaCaseo,  baldado,  inútil,  supér- 
fluo. 

supiKO,  alto,  elevado. 

supiTo,  accelarado  —  colérico. 

slppla>'taÇão,  tngano  —  troivão. 

suppLANTAR,  atraiçoar  —  euganar  —  des 
sappossftr. 

suFPLEMFNTO.^acfrescimo,  addimento,  au- 
gmento  --  pcrfazimento. 

supPLiCA  ou  Supplicação  f  deprecação  , 
pltgaria,  preces,  rogativa,  voto  —  memo- 
rihl. 

suppLiCATSTE,  ímplorador,  sufplice,  sup- 
plicador. 

suppLiCAR,  instar,  pedir,  rogar  —  depre 
car  —  requertir,  sollicilar. 

SUPLICIAR,  castigar,   justiçar, 

suppLKio,  castigo,  tractos,  aíllicção,  pe 
na.  tormento. 

suppÔR,  conjecturar,  im?ginar,  presu- 
n*)ir. 

srpposiçvo ,  conjectura,  bypothesis  — 
falsidade,  impostura,  mentira. 

YOL,   IV, 


I     surposincio  ou  Supposilivõ,  fingido,  sup- 
íposio 

SL'PP0S'O.  hjpoth^lico  —  im*giní>do. 

SiJPPHKSsÂo,  al>r<>!^a<;;>o,  aiinuihção. 

suppKKSáO,    si/ppri;iiido. 

KLppRiMiK,  cil«r  —  reprimir  —  prohi- 
bir,  vedar  —  enuallaf,  cíissár,  extinguir  — 
imije-lip. 

sLppiuR  ou  S>uprir,  complôtar ,  encher, 
riiencber  -  satisfaz." r. 

suppuTAçXó,  calculo,  cumpiito. 

suppuiAR,  calcular  ,    co.aputar ,   ccmtar. 

supMA.  acima. 

SUPREMO,  fillisslíno  —  uliimo  —  sob^ra- 
no-,  siip^Tior  —  excelso. 

suauiz  ou  ^arddia,  insardecencia,  mpu- 
quidfio, 

suaoiR,  surgir  —  brotar,  manar  —  fias- 
■zcTt    rebeutar. 

s-jRDo,  mouco  —  calado,  silencioso  — 
manso. 

suuGiDouno,  abra,  ancoradouro,  angra, 
calheta,   enseada. 

suiiGiR,  ancorar,  aportar,  fandear  —  le- 
vantar-se,  medrar,  subir. 

suíio,  derrabado,  descaudaío. 

sunpREKUER  ou  S>urprchender,  assustar, 
sobresallar  —  admirar,  espantar  —  enga- 
nar. 

suRPREZA,  sobresalto  —  engano  —  assom- 
bro,   espanto ,    pasmo    —   perturbação  — 

SURRA,  coça    sova,  tnnda. 

SURRIADA,  apupada,  vaia  —  descarga.  . 

SURRIPIAR,  bifar,  furtar ,  gatunar,  ra- 
par. 

SURTO,  ancorado,  aportado, .  fundeado, 
V    SUS,  animo  1  vfilor  I 

SUSCITAR,  ascender,  excitar,  incitar,  mo- 
ver. 

*  suso,  acima,  antes. 

suso  Dicro  ou  SusodicíOt  antedicto,  so- 
bredicto. 

susPE  TA,  conjectura —desconfiança,  re- 
Cf:io  —  duvida. 

SUSPEITAR,  conjecturar,  presumir — des- 
confiar.- 

SUSPEITO  ou  Suspeitoso,  duvidoso  —  des- 
conliflda,  receioso. 

susPAi^DER,  pjniarar  —  enleiar  —  en- 
treter —  interromper  —  demorar,  deter, 
dilatar,  prolongar,  saslar. 

SUSPENSÃO,  privtíção  —  assombro  ,  pas- 
mo—  abstracção,  arrebatamento,  exta- 
sis  —  enleio  —  espanto  —  duvida,  iucor- 
loza. 

SUSPENSO,  pfindtnle,  pendurado  —  ab- 
straí i>>,  extitico  *—  assombrado,  estúpido 
-  espantado,  pasrr.ado  —  absorto,  altonito. 
ènleiado  — duvi,!o/.o,iacer'o,  perplexo,  v.icil- 
lante  —  amb  guo  —  descontinuado,  inter- 
rompido. 

267 


1066 


'UT 


SYS 


SUSPIRADO,  appetecido,  desejado, 
SUSPIRAR,  gemer  —  lamentar  —   solu- 
çar —  alcQPJir,  appetecer,  desejar. 
SUSPIRO,  ai,   gemido  —  desejo. 
SUSPIROSO,  gemedor,  gemente. 
SUSTENTAÇÃO,    sustentamento ,    sustento. 
SUSTENTAR  ,    alimentar  ,   manter,  nutrir 

—  apoiar ,  librar  ,  suster  —  cultivar , 
entreter  —  '  conservar  —  defender ,  re- 
sistir —  impedir  —  ajudar ,  favorecer , 
fomentar. 

SUSTENTO,  alimento,  mantimento,  nutri- 
mento,  nutritura  —  conservação  —  man- 
tença,  manutenção,   sustentação  —  abrigo 

—  amparo  —  arrimo,  encosto. 

SUSTER,  demorar,  dilatar  —  suspen- 
der. 

SUSTO,  medo,  temor  —  espanto  —  ap- 
prehensão,  receio  —  alarma,  rebate,  sobre- 
salto. 

susuRRàR,  zunir  —  murmurar  —mexe- 
ricar. 

susuRRO,  murmúrio,  lumbido],  zuni- 
do. 

fiUTURÀf  costura. 


suxAR,  alargar  —  largar,  soltar  —  mo- 
derar, remittir. 

suxo,  solto  —  alargado,  desapertado. 

SYCOPHANTE,  OU  Siycophauta^  adulador, 
lisonjeiro  —  impostor  —  accusador  (fal- 
so). 

sYHROLico,  allegorico,  emblemático,  íigu^ 
rativo,  typico  —    conjectural. 

SYMBOLO,  hieroglypihco  —  figura,  ima- 
gem —  divisa,  emblema,  empresa,  signal^ 
tenção. 

SYMETRiA,  Symmetria  ou  Symethria,  pro- 
porção, semelliança  —  regularidade. 

SYMio,  bugio,  macaco,  mono. 

SYMPHONIA,  concerto,  harmonia,  melodift 
—  symetria  —  intelligencia,  união. 

SYNA60GA,  '^  csuoga,  seuoga.     ' 

SYNCOPE,  desfallecimento,   desmaio. 

SYNDiCAR,  censurar,  reprehender. 

SYNODO,  congregação,  congresso  —  con* 
cilio  —  assembleia 

SYRTES,  bancos,  baixos,  cachopos,  esco- 
lhos —  perigos,  riscos. 

sYSTiMA,  theoria —  hypothese,  supposH 

ç|0. 


TAG 


UM 


1067 


T 


TA,  parai  I  tende  mão  I  —  basta  I 

lABiDO,  ethico  —  corrupto,  pôdre^  po- 
drido. 

TABLADO,  theatro. 

TABQA  ou   Tábua,    prancha  —    painel, 
quadro  —  mappa  —  plano. 

TABOADA,  Índex,  tabeliã. 

TaBOLEta  ou' Tavoleta,  figurino. 

TABURNO,  estradinlio   —   barra  ,   catre  , 
leito, 

TACANHO ,  astuto  ,   fraudulento,    velhaco 
—  avaro,  illiberal,  mesquinho,   mísero. 

Taça  ou  Tassa,  copo,  cyatho. 

Tacha  ou  Taxa,  mancha,  nódoa  —  de- 
feito, falta,    pecha   —  erro  —  preguinho. 

Tachar  ou  Taxar,  censurar,  notar  —  vi- 
tuperar. 

TÁCITO,  calado,  silencioso  —  secreto. 

TACITURNO,  calado,  silencioso  —  melan- 
cólico, triste  —  soturno 

TÁCTIL,  palpável. 

Tacto,  contacto,  tocamento,  toque. 

taful  ou  '  Tafur,  casquilho  ,  peralta  , 
petimetre  —  jogador. 

tafularia  ou  Tafulice,  casquilhice. 

TAGAKKLLA,  gritari«,  motim  —  fallador, 
lambareiro  —  prenostico  —  palavroso. 

TAGARKLLAR,  berrar,  gritar,  vociferar, 
voiear  —  bacharelar,  pairar,  papear,  tara- 
melear. 


TAiMADO,  astuto,  malicioso,   velhaco. 

TAL,  igual,  semelhante  —  algum. 

TALAS,  aperto,  embaraço  —  perigo. 

Talabarte,  boldrié,  cinturão,  talim. 

TALAR,  assolar  —  arruinar,  destruir  — 
queimar. 

TALENTO,  iugenho  —  génio  —  capaci- 
dade, mereííiraento ,  préstimo  —  parles, 
prendas,  habilidade. 

TALHA,  finta  —  vasilha. 

TALHADA,  fatia,  posta,  tira. 

TALHADO,  disposto  —  hábil  —  moldado 
—  Cortado  —  convencionado,  determina- 
do. 

talhador,  cutelo  —  carniceiro  —  trin- 
cho. 

TALH4R,  cortar  -—  abrir,  fender. 

talhk,  figura,  íóriía    —estatura. 

TALHO,  cepo  —  córtft.  golpe  —  gyro , 
turno  —  decote   —  modo. 

Talim,  boldrié. 

TALiNGAR,  alar,  liar. 

talisca,  f«nda,  greta,  resquício. 

TAL1TH8  ou  Talitfo,  pip«roie. 

TAi  KDO,    crescido,  espigado. 

TALVEZ,  a  caso,  por  ventura  ,  pode  ser 
que...  —  qui»;á    —  ásvpzes. 

TAMANCAS  ou   Tamancos,  sÓ30S. 

TAMANHO  OU  Tammanho,  altura,  grande- 
za, volume. 

267  * 


1068 


T£C 


TEM 


TAMP.ííW  de  m'«ií  — juactaoiônla  —  dfíi 
mesíiiH  surta  —  ouiro  ki.  j 

T*!«B;>K,  «tarabor,  caixa  —  Btabales  — 
tyfOí'ano 

Tangedor,   menestril. 
-    TANfigrt,  tocar  —  picar  —  *  pertencer, 
respeitar* 

Ta  PAR.  Cobrir  —  f&rcAT,  cerrar,  ferhnr 

Tàpí<ça.í\Ia.  oã  Taptcerlíi,  iapÍ2  —  íljre» 

TAPíiTg,  alcatifa. 

TÀPiz.  alcatifa,    tapecfiria,  tapete. 

TAPONA,    golptí,  pancada. 

TAPUMa.  cercn,  lagsiíeía,  tapigo. 

tar%lhão,  ealíemelido,  mellidiço'  —  en- 
graçado, faceto. 

TARAMELA  011  Tramela,  traaqaeta  —  fil- 
iado r,  pai  adnr. 

tabamklak  ou  Tartarear  ,  bacharelar  , 
palr/sr,  tagareliar. 

tardador,  de  ençoso,  posseiro,  tArdào, 
tardeiro,  tard  liUniro,    vagaroso. 

TARD4KÇA,  Tccrdida  oa  Tardfimento,  de- 
longa, de;iujrA,  íit;tou);ai,  ddaçao,  mora,  va- 
gsr  —  phíegma. 

tardak,  demorar-so,  di!atar-so. 

taruo  ,  detongoso ,  lento,  vagaroso  — 
tardad'>r,  tardeiro,  tardio  —  preguiçoso, 
ronceiro  —  inerte,   pígro. 

TAREFA,  empreitada  —  occupação,  obra, 
trabfíUiu. 

TAfiiKA^  pauta. 

TAhTAMuosAa  OU  Tartãmclear ,  balbu- 
ciar   —  gaguejar. 

Tartamudo,  balbuciante  —  cec-fioso,  ga- 
go, pe\ilo'íO,  laflâro, 

tartareo,-  averaai,  cosytío»  es^j^gío,  ia- 
feíflal  —  luciferiao. 

TAHTARO,  iíi^eriio. 

TAftTiFo,  bypocrita  —  faUsrio,  impos- 
tor ■ —  SBductor, 

TASCAR ,  cooaer ,  tssqaiahar  —  caaMi- 
gsr. 

xassálho,  naco,  pedaço. 

i:avâNiíz,  inquieto,  trefo. 

XAVÃ0,  alabào,  moscardo. 

T^^VEUííA  ou  Taberna,  [baiuca,  bodega , 
ta^iGa. 

TAVERNEIRO  OU  Tabcmeiro ,  bodogue*.- 
ro.  .     , 

lÁXA,  imposto,  tributo  —  liiiiiíe  —  mo- 
do, termo  —  defeito  —  censura^  nota. 

TAX.\u,  alíDoLaçar  — determinar,  regrar, 
regular  —  limitar,  moderar  — •  ceiísiifâr  , 
notar,  reprehendcr, 

Tií,  aié. 

TiíA  Teia,  lençaria,  leiada  —  tela  —  íe- 
cedura,  urdidura.  i.\  -    -, 

TECER,  compor  —  liar,  travar  -^j  içirdir., 

TECioo  ou  Teçume,  tissu,  trama  —  tex- 
tura —  [p,  pas.)  urdidoi 


TROA,  tea,  tothi. 

Ttóoio,  aniojo,  fastio  —  aborrecitieato , 
nojo  —  molpsiia, 

TKDioso,  aborrecivel,  enojoso,  fastidioso, 
fasiioso. 

TKiMA,  birra,  contumácia  j  obstinação, 
■pe.-iiiiacia. 

lEíM-iR,  ateimar,  embirrar,  iosistir,  por- 
fia r. 

TEIMOSO,  aíeimado,  cabeçu  lo,  obstinado, 
p -iriuiaz,  porfitso,  léngoeiro,  te-vío. 

TEiRO  OM  Jeiroga,  peguilho,  tuima,  tur- 
ra ^ —  aiitipalhia. 

TEMER,  apprehender,  receiar  —  estreme- 
cer. 

TEMSiURio,  arrojado,  denodado,  deste- 
mido — ^  ííudaz  ,  atrevido  ,  ousado  — 
impávido,  intrépido  —  cego,  p^ecepi- 
tado  —  imprudenle ,  incauto,  inuouside- 
íado. 

TÊaiR'DAi)E,  arrojo,  atrevimento ,  audá- 
cia ~  intrepidez,  ousadia  —  imprudên- 
cia, precepitaçào. 

TEMEROSO  t»u  Temoroso  t  amedrontado, 
pavoroso,  assustado,  m^ídroso,  pusillaaime, 
temera ndo,  tímido,  ti  uorato. 

TEMIVEU.     íiSáUSlOSO. 

TtMOR.  modo,  pavor,  terror  —  receio  — 
estremecimeato  —  respeito. 

TEMOHiZAR,  atrfttioriZAr, 

Tgy.Pií,  jardim,    porusr,    vergel. 

TiiMpgRA,  rijtíza  —  temperatura  —  mo- 
do   —   g.iStO       -    Bitylo,  USdtlÇI. 

TbmpjBramesto  ou  Tcmpramento ,  com- 
pleiçíio,  constituição  —  génio,  iniulo  — 
moderfíç^^o,  tamperAaça  ■—  mjjdes  ia. 

TsaPííRASÇA ,  comedimento,  moleraçào 
—  moitstia  —  frugiilidado ,  subritida- 
de. 

TtMPBRAR  ou  Temperar ,  adubar ,  con- 
dir   —  febí^andar,  moderar   —  atinar. 

Temp::ko,  ddubo  —  meio,  modo. 

TKsiP.&siÁjDií,  bunasca,  procelia,  tempo- 
ral,  toroieuia. 

TiSMr£STi5AR,  borra3']U6ar. 

TESáPESiuoso  OU  Tcuipesioso,  borrascoso. 

Tí-iiPLo,  basiUiia,  igreja  —  capella,  oia- 
tofio  —  dclubro. 

ThMpo,  idade,  século  —  demora,  dila- 
ção, espaço  —  coiijunctura-,  occasiào , 
opporluaidade  —  estação  ,•  quadra  — 
teaipoiai,  tornjenia  —  cadencia,  conso- 
nância. 

Ti-MPOSAL,  borrasca,  tempestade,  tormen- 
'.a  —  (««!/•)  profdao. 

TKMroiiíSÀR  ou  Temporizar f  aguardar, 
contemporizar,  retardar. 

lEiauLENCiA,  bebedice ,  borracbia,  em- 
briaguez. 

temulénto,  bêbado,  borracho,  ébrio, 
ebrioso»  embria^jado. 


TER 


TE3 


1069 


T«ri>ciDADR,  af-òrro,  conlumacla,  obsii- 
oaçNo,  pHriiiiHcia. 

TE>'AZ  ou  Jenace,  afHrrado,  obsliuado  , 
periui,-«z,  léslo  —  apegado,  prés  >  —  jtu- 
njudavel  —  escasso  —  epertado,  eslrei- 
to. 

TETíAZKS,  pinças. 

lENgÃo,  animo,  mAnte  —  intonto,  von- 
tade —  deliUerflçào,  detprmnia(;ào,  pro- 
pósito ,  resolução  —  S'giiificado  —  rei- 
xa. 

TíNcroNAR,  ^assentar,  decidir ,  determi- 
nar, resolver. 

TKNç«'Eiao,  obstinado,  renitente,  teimo-o 
—  rixoso. 

T8NDA,  barraca,  pavilhão,  tentorio  — 
loja, 

ij&NDESCiA,  inclinação,  pendor,  propen- 
são. 

TRNnER ,  dirigir-se ,  encaminhar-se  — 
incliaar ,  propender  —  desferir ,  desfral- 
dar. 

TKNDER-sv,  alargar-se,  cslender-se. 

TENDLHÃO,     pavilhão. 

TEr<LBEusiDADg,  cerração,  escuridão,  tre- 

TfS. 

TiNEBROsojOu  Tenebricoso ,  caliginoso  , 
cpgo,  ctríado,  escuro,  nebuloso,  negro, 
trevoso. 

TtNKO,  brando,  mollo  —  delicado,  mi- 
moso —  novo,  recente. 

TENTAÇÃO,  impulso  —  seducção  —  de- 
sejo, Vdulnde  —  propensão. 

tentauor.  demónio  —  sedudor. 

TENTAR,  induzir,  instigar,  suggerir  -— 
busrar,  pncurar  —  sotlicilar  —  apalpar, 
experimentar ,  provar  —  diligenciar  — 
ctmmetier,  intentar  —  eipur-se. 

TENTATIVA,  cnsaio,  prova  —  diligencia, 
esforço. 

TENTEAR,  examioar,  sondar  —  observar, 
ponderar,  reparar  —  calcular. 

TENTO,  atttnção,  consideração,  cuidado, 
sentida. 

TBNUK.  débil,  fraco  —  delgado,  exilo, 
leve,  subtil  —  pequeno  — •  limitado. 

TENLÍDADE,  dclicadeza  —  delgadeza  — 
bagatcila. 

lÉPE,  terrão. 

TEPRz,  contumaz,  obstinado. 

TÉPIDO ,  morno  —  cálido  —  frouxo , 
tibio. 

T£P0R  ,  mornidão  —  frouxidão,  tibie- 
za. 

TER,  haver,  possuir  —  crer,  eatonder, 
julgar  —  passar  —  dizer  —  aíTirmar  — 
demorar,  deter  —  segurar  —  defender  — 
[interj.)  parai! 

TERCEIRO,  tercio  —  {$  )  advogado,  inter- 
cessor, medianeiro ,  padrinho  —'  corretor 
— -  alcofa,  alcoviteiro. 

VOL*   It. 


TERCENA,  armazflm,  t^rracine. 
TiiHCO,  obblmado,   pediíiaz,  teimoso,  tél« 
to 

TERGEMmo,    trtsdohrado.  triplo. 
TEHUJVKHSAÇÃo ,    dissimulo  }   subterfúgio 

—  inctífieza.  ircnsoluçào. 
TfeHGO,  c.istas,  dorso,  lombo. 
TeuMJNAÇÃo,    desinência   —  conclusão , 

fim,  rematrt. 

TEiiMiNAR,  arrematar ,  fechar  ,  findar  , 
imiiar  —  situar  —  decidir  —  [n]  acabar, 
fenecer. 

iekmii^ativo,  final,  ultimo. 

tÉrmino,  fim,  liiuiie,  raia,  termo. 

tehmo,  cíibo,  fira  —  baliza,  limite,  mar- 
co, meta  —  g'  ilo,  modo  —  civilidade  — 
dilticção,  palavra,  vocábulo  —  estado  — 
posiura. 

TEHNiiiBA,  novilha. 

TEaN£/.A  ou  Ternura ,  affecto,  affeição, 
*  afftíito,  amizade,  amor  —  alTago,  cari- 
cias, carinho        brandura. 

Terno,  brando ,  tenro  —  compassivo, 
enternecido,  a,ensivel  —  affectuoso,  cari- 
nhoso —  dtilicado  —  amavtíl  —  caro  — ' 
exlrt-moso.  fino. 

TERRA,  mundo,  universo  —  globo,  re- 
don  ieza  —  houieus  —  ninho,  paiz,  re- 
gião —  pátria  —  campo  —  chão  —  fa- 
-7J'.iiúa,  herdade,  propriedade. 

TKRRADO,  área,  eirado. 

TEa?<E«oTo,  tremor  de  terra  —  abalo  — 
estrondo  —  rui  na. 

TERRENO,  solo,  terra  —  campo  —  ter- 
ritório —  [adj  )  mundano,   terrestre. 

T2RRK0.  %  terroso. 

TKRRssTE  OU  'lerrcstre,  mundano  —  ter» 
real,  térreo. 

terrifíco,  tremendo. 

tkbrito,  amedrontado. 

TBRHiTORío,  alçada,  circuito,  comarca, 
districio  -—  estados,  império,  reino. 

TKRuivEL  ou  lerribíl ,  terrifíco  —  me- 
donho —  espantoso  ,  formidav*el ,  formi- 
daiido,  tremendo  —  pavoroso  —  honen- 
do,  hórrido,  horrifico,  horroroso  —  temo- 
roso  —  fero. 

TEauou,  assombro,  espanto,  medo,  pa- 
vor. 

TiíRso,  limpo,  lustroso,  polido. 

Tesão,  rjjeza,  vigor  —  constância. 

TSSCÃ.0.  calaceiro,  vadio. 

Teso,   inteiriçado  —  osíir.ido  —  immobil 

—  furte,  rijo,  robusto  —  hirto  —  valente  — 
testo  —  constante  —  áspero  —  alcantila- 
do. 

TESTA,  dianteira,  frente,  fronte. 

TESTAçuDo.  cabeçudo,  contumaz,  opiniá- 
tico—  rustioano. 

testkmunuar  ou  Teslimunhart   atlestar, 
comprovar,  provar,  tt'stiticar. 
268 


11^70 


m^ 


TESTEMUNHO  OU  lestimunho,  depoimen- 
to, deposição  —  atlestaoSo  —  prova  —  fé  — 
indicio. 

TESTIFICAR,  teslimunhar  —  assegurar  — 
comprovar. 

TESTO,  cabeçudo,  teimoso,  testudo  — fir- 
me, resoluto,  teso. 
,   TETA,  mama,  peito. 

TETERRiMo,  mao  —  cruel  —  horroroso  — 
feio  —  hediondo  —  asqueroso. 

TÉTRICO»  carrancudo,  carregado  —  melan- 
cólico, triste  —  turvo. 

TETRO,  mancKado  —  negro. 
'-  TEXTURA,  contextura  —  lecido. 

TEODo,  obrigado. 

TEZ,  epiderme,  pelle  —  carão. 

THALAMO,  leito,  ihroQO — [pi.)  bodas,  es- 
posorios.  núpcias. 

THEATBO  OU  Teatro^  scena,  tablado  — 
publicidade. 

THEMA ,  assumpto  ,  sujeito  —  proposi- 
ção. 

«HEOR  ou  Teor^  contexto  —  estylo,  ma- 
neira, modo. 

THEsouRO  ou  Thisouro^  erário  —  precio- 
sidades, riquezas  —  burra  —  collecção.    * 

THKTis,  JNeriua. 

thoro,  thalamo. 

THURiFiCAR,  iuceusar. 

*  Tl,  tu. 

TIARA,  triregno. 

TÍBIA,  frauta. 

TIBIEZA,  mornidão  —  frieza,  frouxeza, 
frouxidão. 

TiBio,  morno,  tépido  —  frouxo,  remis- 
so. 

TIDO,  havido,  possuido. 

TiGELLA,  malga. 

TIGRE,  bárbaro,  cruel,  feroz,  inhuma- 
no. 

TIJOLO,  adobe,  ladrilho. 

TIMÃO,  leme. 

TIMBRE,  honra,  pundonor  —  capricho , 
phaniasia.  , 

TIMIDEZ  ou  Timidade ,  acanhamento , 
acobardamento  —  temor. 

TÍMIDO,  acanhado,  encolhido  —  assusta- 
do, pávido  ,  pavoroso  ,.  temoroso  —  ame- 
drontado, ateraorisado,  medroso,  receioso 
—  ignavo,  imfoelie  -  cobarde,  fraco,  pus- 
silianime. 

TINGIR,  corar,  pín'ar. 

TJ^HA,  It^pra  —  deínito,  falha,  mncula. 

Tí^uoso,  gafeirento,  leproso  —  {s.)  demó- 
nio. 

TíNiDO  ou  Tinnido.  retintim. 

TINI  DOR,  soante,  tiniuie. 

TINIR  oa  yinMÍr,  soar  —  zumbir 

TINO,  instincto,  penetração,  sagacidade 
— juízo,  senso  —  memoria. 


Ti«T0  OU  Tincto,  tingido  —  pintado. 
TINTUREIRO  OU  TiuciureirOf  tinctor,  tin*: 
gidor. 
TiORBA,  alaud<^. 

TiRAcoLi-o,  boldrié,  talabarte,  talim. 
TIRÃO,  empuxão,  puxão  —  estirão. 
TIRAR,    atirar  —  levar  —  livrar — privar 

—  apartar ,  dissuadir  —  attf aír  —  deduzir, 
diminuir  —-  exportar,  extrair,  transportar  — 
puxar  —  inefrir  —  impedir,  tolher  —  exigir 

—  pedir  —  descrever  —  copiar,  retractar  — 
cobrar,  recíçdar 

TiRiTAíi,  badalejiir,  tremer. 

TIRO,  arremeço,  jacto  —  ferida,  golpe, 
pancada  --  dardo,  setta  —  pelourada,  pelou- 
ro —  allusão,   remoque  —  parelha  —  trom 

—  jaculação. 

TIROCÍNIO  ou  Tyrocinio,  aprendizado  — 
noviciado. 

TISNAR,  farruscar. 

TiTÃo  ou   Titan,  o  sol. 

títere,  ^boneco ,  figurilba  —  bonifra- 
te. 

TiTHANiA,  a  aurora. 

TiTiLLAçÃo,  cócegas,  pruído  —  estimu- 
lo. 

TiTUBAR,  Titubiar  ou  Titubear ,  balbu- 
ciar—  duvidar,  hesitar,  vacillar  —  cambe- 
tear,  manquejar. 

TiTUBEAçÃo,  hesitação,  indeterminação, 
vacillação. 

TITULO,  inseri pção^  letreiro,  rotulo  —  de- 
nominação —  côr,  pretexto. 

TOA,  rageira,  rebique,  sirga. 

toadí,  soada,  som. 

*  TOALHgiE,  guardanapo. 

TOANTis,  soante. 

TOAR,  soar  ~  trovejar  —  agradar,  apra- 
zer. 

TOCA ,  buraco,  cavidade,  ouço  —  caso- 
bre. 

TOCADORA  OU  Tocamento,  toque. 

TOCANTE,  concernente,-relativo  — affectuo- 
so.  mavioso,  paihetico,  sensível — lastimo- 
so—  [prep,]  acarta,  a  respeito. 

T0C*.R,  bater  —  tanger  —  pertencer  —  es- 
timular, instigar  —  encetar  —  inspirar,  mo- 
ver —  musiqaear. 

TOCH\,  acha,  brandão,  lêa,  teda  —  facho, 
foga  Tf  o . 

TODAVIA,  ainda  assim,  com  tudo  —  ain- 
da 

TODO,  inteiro.,  total  —  [adv.)  inteira- 
mente. 

TODOPODEROSO  OU  Todo  poderoso,  altís- 
simo, omnipotente. 

í     TOLDAR,  aunuviar,  escurecer,  offascar  — 
(r.)  marear-se 

TOLEiHA,  asnada,  asneira,  necedade,  to- 
lice. 


TOLiiRio,  parvoalho,  'parvoeirSo,  tolSo, 
tolaz. 

TOLKRARCiA,  condesc9ndencia,  indulgon- 
cia  —  aturameato,  paciência,  soffrimento — 
moderação. 

tolrbar,  soffrer,  supportar  —  dissimnlar 

—  pefmiltlr. 

TOLKRAVKL,  soffrível,  supportavel  —  per- 
doável. 

TOLETE,  tolinho. 

TOLHKiTA,  empeço,  estorvo. 

TOLHER,  defender,  prohibir,  vedar  —  es- 
torvar, impedir,  obstar  —  privar. 

TOLHIDO  ou  Tolheito ,  impedido,  inter- 
dicto   -  paralytico. 

TOLHiMSNTo,  impedimento,  obstáculo  — 
CortamcHito,  talhamento  —  paralysia. 

TOLics,  baboseira,  estultícia,  fatuidade, 
necedade,  parvoíce,  sandice,  toleima  —  dis- 
parate, frioleira. 

TOLO,  basbaque,  eniovedo,  estólido,  fá- 
tuo, inepto,  insensato,  néscio,  papalro,  par- 
vo, patau,  simpleirão. 

TOLONTRO,  caroço,  tubara. 

TOM,  som  —  brado  —  tono. 

TOMADA  ou  Tomadiat  presa  —  pilha- 
gem, roubo,  saque  — conquista  —  appre- 
hensão. 

TOMàDiço,  agastadiço,  colérico,  enfadadi- 
ço  — vidrento  —  accelerado,  assomado. 

TOMAR,  aceitar,  receber  —  atalhar,  tolher 

—  captivar,  conquistar  —  considerar  —  in- 
terpretar —  avaliar  —  apanhar,  recolher  — 
usurpar  —  sobrevir — alcançar  —  achar,  en- 
contrar —  adoptar  —  imitar. 

TOMBAR,  baquear,  cair,  desabar,  ruir  — 
retumbar  —  (a.)  derrubar  —  demarcar,  me- 
dir (terras). 

TOMBO ,  baque,  queda  —  cambalhota  — 
archivo,  cartório. 

TOMO,  exemplar,  livro,  volume. 

TOHA,  casca,  pelle,  pellicula  —  superfí- 
cie. 

TONANTE,  fulminante. 

TONO,  tom. 

TONSURAR,,  tosquiar. 
''  TONTEIRA,  TonticeoTi  Tonturat  extrava- 
gância, loucura. 

TONTO,  inhenho,  louco,  parvo,  tolo  — 
extravagante  —  estouvado. 

TOPAR,  deparar,  encontrar  —  embicar  — 
chocar,  encontrar. 

TOPS,  cimo,  summidade  —  choque,  en- 
contro —  óbice,  obstáculo  —  laço. 

TOPBTAR,  marrar. 

TOPETE,  copttte,  monho,  trunfa. 

TOPO,    fim,   remate  —  choque,  encontro. 

TOQui,  contacto,  tactura,  tocameiito  — 
som  —  ensaio  ,  prova  —  quilate  —  ins- 
piração —  impulso,  movimento  —  golpe, 
pancada. 


tOR 


1071 


TORCER,  virar,  voltar — estorcer,  retor- 
cer —  dobrar,  vergar  —  alterar  —  curvar, 
curvilhar- 

TORCER-sB,  esquivar-se  —  confranger- 
se. 

TORCicoLLO,  reviravolta,  rodeio  —  ambi- 
guidade—  gyro  —  [adj.)  hypocrita,  tartufo. 

TORCIDO,  obliquo,  recurvo,  torto. 

TORGA,  urze. 

TORMENTA,  borrasca,  procella,  tempesta- 
de, temporal  —  agitação,  desordem,  tumul- 
to —  trabalho  —  desgosta. 

TORMENTAR.  BÍlligir,  atormentar,  attri- 
bular  —  amofinar,  molestar,  importunar  — 
fatigar. 

TORMENTO,  aíílícçâo,  angustia,  dôr,  mar- 
tyrio,  pena  —  castigo ,  supplicio,  tortura, 
tractos. 

TORMENTOSO,  borrascoso,  bravo,  fluctuo- 
so,  procelloso,  tempestuoso. 

TORNADA,  regresso,  reversão,  tornamen- 
to,  vinda,  volta. 

TORNAR,  voltar,  volver  —  restituir  —  tía- 
duzir,  verter  —  responder  —  mudar,  trans- 
figurar, transformar  —  retribuir. 

TORNAR-sE,  couverter-se,  fazer-se  —  vol- 
ver-se. 

TORNEAR  ou  Tomeíar,  cercar,  cingir  — 
rodear. 

torNeo  ou  Torneio f  justa  —  volteio. 

TORPE ,  deshonesto,  impudico,  impuro, 
obsceno  ^—  ignominioso,  indecoroso,  indigno 
infame,  vil  —  esquálido,  hediondo,  immun* 
do,  sórdido  •—  nefario  —  deformei 

TORPENTB,  entorpecido. 

TORPEZA  ou  Torpidade,  fealdade^ —  des- 
honestidade ,  impudicicia  ,  obscenidade  — 
baixeza,  infâmia. 

TORPOR,  adormecimento,  entorpecimento, 
intumecimento. 

TORQUEZ,  tenaz. 

TORRÃO  ou  Terrão,  gleba  —  bocado,  pe- 
daço—  paiz,  região,  terra. 

TORRAR,  torriticar,  tostar  —  secôar. 

TORRENTE,  cheia  —  euxurrada,  levada  — 
multidão. 

TÓRRIDO,  adusto,  ardente,  árido,  torra- 
do. 

TORTO,  cumbo,  curvo,  obliquo,  retorci- 
do—  vesgo,  zanaga,  zarolho  — (5.)  injuria 
—  semrazão. 

TORTUOSO  ou  TortosOf  anfractuoso,  si- 
nuoso, vcltivago. 

TORTURA  ou  Tortuosidadc,  sinuosidade, 
viravolta,  volta  —  tractos. 

TORVAÇÃO,  inquietação,  perturbação  — 
medo,  susto. 

TORVAR,  dçissocegar ,  inquietar  —  pertur* 
J)ar. 

TORVELINHO  OU  TorvoUnhOi  redomoinhOi 
torvelin,  tuif bilhão. 

468^ 


1072, 


TKÀ 


nk 


TORVO,  terrível  —■  ameaçador  —  sanliudo 
—  carrancu  lo,  severo  —  (s.)  *  eUcrvo,  im- 
pedimeíit  >. 

TOSA,  coça,  esfrega,  estifa,  maçada,  pi- 
sa, tunda. 

Tosc-NEJAR,  dormitar. 

TOSCO,  grosseiro,  rude  —  malfeito  — bron- 
co, inculto  —  achamboado. 

tostaDO,  torrado — crestado. 

TOSTAR,  torrar  —  queimar,  tisnar,  cba 
muscar,  crestar. 

total.  tnlalidade  —  [adj.)  completo,  in- 
teiro —  universal. 

TOURiL,  curral  ^ — corro. 

XOU80,  beierro,  boi,_  novdho. 

TouTA,  cabeça,  cachola,  occipicio,  tólaj 
toutiço. 

TOx^co,  peçonha,  veneno. 

tuaBalhado,  aprimorado  —  cançado,  í& 
tigado,  lasso. 

trabalbaoor,  [ganhão,  jornaleiro,  obrei- 
ro —  [adj.)  loborioso. 

trabalhar,  laborar,  labutar,  lidar,  mou- 
rejar —  diligeaciar,  negociar,  procurar  — 
atormentar,  molestar  —  polir,  retocar. 

trabalho,  íadiga,  suor  —  labor,  .lida,  ta- 
refa—  affiieção,  pena  —  {pi.)  calamidades, 
desgraças,  infortúnios  —  misérias  —  angus- 
tias, tribulações      perseguições.  * 

TRABALHOSO,  frtligoso.  laboraute,  laborio- 
so, penoso  —  cançativo  —  ditTicil. 

TRABUZANA,  tompcslade,  tormenta  —  des- 
ordeai. 

TRAÇA  ,  desenho ,  planta  —  invento  — 
meio,  modo  —  ideia,  plano,  projecto  -— 
macbina  —  ardil',    manha,  treta  — cabala 

—  industria. 

tração,    traça  —  feição,    forma  — per- 
■  íil,  traço  — eítilhaçi,  pedaço. 

TRAÇvn,    delinear,  desenhar  —  descrever 

—  imaginar,  inventar  —  arregaçar. 

^  TRAÇO,  costume,  modo,  uso, —  linha  — 
risco. 

TRACTO,  extensão  —  espaço,  lapso  — ■  re- 
gião. 

TRADIÇÃO,  nomeada  — boato,  noticia  — 
Listoria  —  entrega. 

TaADOcçÃo,  translação,  tra3ladaçâo,  ver- 
são —  interpretação. 

THADucToa  ou  Traduzidor,  translator, 
vcrterior  —  interprete,  iingua. 

TRADUZIR,  trasladar,   verter  —  transferir, 
transformar  —  levar  —  mover. 
.   TRAFEGAR,  labutar,    lidar,  transfegar  — 
negociar. 

TRAFEGO    OU    Trasfego,    labutação,    lida 

—  commercio,    Lcgocio  —   conversação, 
ti  acto. 

TrfAFicAKCiA,  trafego,  trafico — embuste, 
velhacada. 
XHAFiCAa,chatinar,  commepcia.r,  negociar. 


Ti\Ã.FiC0,  commercio.  nogosio. 

TR^rrAOKifto,  esopbago,  gaela. 

TR^ovDOR,  devorador,  glotão,  vorador, 
voraz. 

TRAGAR,  devorar,  enpjdir  — •  abnr/er,  _ 
conmmir  —  aquiescer,  soíTrer,  suppofiar  -— 
;oroer. 

TRAGEDíA,  calastrophe  —  de3;^raça,  infor- 
túnio. \ 

TR&€fico ,  calamitoso ,  funesto  —  tris- 
te. 

TnAícr.  chupo,  goUo,  servo. 

TRAiçÁo  ou  Treíção  .  aleive  ,  aloivosia,, 
deslealdade,   iníidelidada,  insidia,  períidia, 

tredice. 

TRAigoADO,  malévolo. 

TRAiívoR,  aleiviiso,  desloal,  falso,  femeti- 
tido,  pérfido,  p.oditor,  trcdo,  *  tredor,  *  tre- 
doro. 

TiUiR  ou  TrahWy  atraiçoar  —  enganar  — 
dealnr^rt  manifestar. 

TRAJAR,  f-ntriijar,  roupar,  vestir. 

TRAJs  ,    Tracô  ou  Trajo  ,    gala  —  modft 

—  adorno,  ornato. 

TRAH^,  teciio,  textura  —  enredo,  tra- 
móia —  ardil,  dol),  engano,  fraude,  Ira- 
ça^  treta  —  artilicio,  machina  —  cabala 
•—inchaço. 

TRAMAR,  tecer,  traçar,  urdir  —  maohi- 
nar. 

TRAMBOLHO,  cepo  —  enfiada,  rama  —  em- 
biraço.  pegnilho. 

Tramóia,  ardil,  engano,  enredo,  mara- 
nha, írapíça. 

Ta\^PA,   esterco,  excremento,  rairda  — 
*  engjna,  enredo,  tramóia  —  tr«ta. 
.   TttAMPoi.iNAf  engano,  maranha,  treta. 

TRAMP030,  immunio,  porco,  sujo — ea* 
redador,  trampista — enganador,  trapacei- 
ro, velhaco. 

TRANGARUUAS,  arruadoT,  cspadachifl},  va- 
lentão. 

tRais"ç\,  *  trença. 

iftAsçAR ,  entrançar ,  entrelaçar ,  te- 
cer. 

TRATíCP.  ou  Transe,  aíflicção,  agonia,  an- 
gustia —  aperto  —  perigo,  risco  —  adversi- 
dade, desgraça,  infortúnio  —  calamidade, 
desventura  —  trabslho. 

TRANQUEIRA,  ostacada  ,  paliçada ,  tran- ; 
quia. 

tharquílltdIlDE,  dfiscanço,  quietação,  re- 
pouso,   serenidade,  socego,  tranquillisaçãa 

—  bonança,  calma  —paz. 
thanoijíllisar,  aquietar,  pacificar,  soce- 

gar  —  abonançar,  applacar,  calmar,  mo- 
derar. 

traisquíllo  ,  pacato,  pacífico,  plácido, 
quitto,  sereno,  socegado. 

tríiSquitana,  carruagem,  coche. 

TK^íiSAÇÃo,  ajusto^  Contracto, 


m 


TRA 


1073 


TaASSCENDtNciA ,    eicosso,    sobrepujan- 

TRANSCENDRNTAi,  OU  Transcendente,  com- 
ipum  --  ppnetraiile  —  txcellento  —  maravi- 
^Imso— •  íjublifiíO. 

trakscemjícb,  avanfajar-se,  exceder,  so- 
J)repiijnr      [n  )  coiumuuú  ar-se. 

TKAnsoBRVRK.  copiar,  Ufisjlailar. 

TRANSCHJPÇÃO,    copia. 

TRANSFShill,  c«n')u/ir,  levar,  transportar 

—  passar-  traduzir,  verter. 

,.  TMANsFí^RMAçÃo,  mulação  —  metamorpho- 
se,  lríiní.í5guríit,ào. 

transformak,    transfigurar  —  mascarar 

—  oiudar. 

TRANSFUGA ,  dèsertOF  —  fugido  ,  fugiti- 
vo. 

IBANSGREDIR,  quebrantar,  quebrar,  vio- 
lar. 

TRANSIDO,  debilitado,  fraco^—  esmorecido 

—  antiquado,  desusado. 

TaANãiio,  passagem  —  morte  —  espa- 
ço. 

TRANSITÓRIO,   breve,  fugitivo,  passageiro 

—  caduco,  ephimero  —  instantâneo,  mo- 
mentâneo —  impermanenle  ,  instável  —  in- 
constante, mudável,  vario. 

TRANSLAÇÃO   OU    Traslação ,  traducçào , 
yersào  —  metapbora. 
TRANSLATO  ou  Trãnslaticio  ,    trasladado 

—  metapborico. 

TRANSLUZENTa  OU  Trasluzente,  claro,  dia- 
phano,  translúcido,  transparente. 

TRANSLUZIR,  reduzir  —  brilhar  —  transpi- 
rar. 

TaARSMUTAçio,  mudança ,  transforma- 
ção. 

TRANSMUTAR,  transformar  — >  mudar  — -  ce- 
der, traspassar. 

TRANSPARÊNCIA,  dÍ8pbaoeidade,  translu- 
zimento. 

TRANSPARENTE,  díaphauo,  lucido,  perspi- 
cuo,  translúcido,  transluzente  —  íino. 

TRAisspiRAR.  suar. 

TRANSPLANTAR,  mudar,  transferir,  trans- 
portar. 

TRANSPOR  ,  deslocar ,  tirar  —  transfe- 
rir. 

TRANSPOhTAÇÃo,  transpoitô  —  elevação, 
exíasis,  rebstamento. 

TRANSPORTE  ,  |  transportação  —  arrebata- 
mtnto,  extasis  —  pcrtarbação. 

TRANSVKRs.vL  OU  Tj ansvcrso ,  de  tra- 
vés. 

TRANspíisiçio,  iaveríão,  mudança, 

TRANSUNTO  ou  Transumpto,  copia  —  tras- 
lado —  rotr.-íto. 

TRANSVIAR  SE,  deseacamlnhâT-se,  esgar- 
rar,  exiravisr-so. 

THAPAç*,  cavillação,  dolo,  engano,  lican- 
iiiia. 


TRAPACRA»»  nu  Trapoçav,  fraudar,  gatu- 
nar, velhaquear. 

trapagkiui»  nu  TrapaçaiicOt  bulrào,  en- 
gauadtir,  velhaco.  • 

xiíapaliiào,   anilrajoso,    trapenlo  —  roto 

—  alabalhuddo. 

TitAPuiiio,  fraaalheiro,  roupavelheiro.       •^ 

ThAPO,  andrajo,  farrapo,  fragalho,  rodi- 
lha. 

Traque,  peido  —  som. 

Traquejar,  eièn-itKr  —  [n  )  peidar. 

thaqujnaDa,  alarido,  bulha,  estrondo, 
matinada  —  travessura. 

Traquinas,    bubçusn,  inquieto,  travesso. 

tresaisdau,  transfigurar,  transtornar  — 
feder. 

Traseiro  ou  Trazeiro,  assento,  cu  — 
[adj.)  posterior. 

TRASco,  riiaitinho,  duende,  lemure. 

THASLADAR  OU  Tr€sladar,  conduzir,  le- 
var, transferir  —  copiar  —  [traduzir,  ver- 
ter. 

TRASLADO  OU  Tveslado,  copia  —  efli^ie, 
imagem,  retrato,  transumplo)  —  exemplar, 
modelo  —  amostra. 

TRANsaoNTAR ,  desapparecôF  —  tras- 
por. 

trasposta,  emposta. 

TRAsTB,  corda  —  banca,  cadeira,  jóia, 
ete.  —  velhaco  —  pstife  —  insolente, 

trastejar,  mobilar. 

trastornar  ou  Transíornar,  revirar,  re- 
volver, virar,  voltar. 

trastohno  OU  Transtorno,   contratempo 

—  mudança. 

TaAST&oCAR,  alterar,  confundir,  pertur- 
bar. / 

TRATADA,  alicautina,  trapaça,  velhaca- 
ria. 

TRATADO  ou  Tractado,  dissertação,  opús- 
culo—  ajuste,  convenção  —  (aí/;.)  debati- 
do, disputado  —  recebido  —  regrado,  re- 
gulado. 

TRATAMENTO  OU  Irãctamento ,  acolhi- 
mento, recebimento  —  conversação  —  tra- 
cto —  dignidade,  titulo. 

TRATANTE  OU  Iratãdor.  negociante,  tra- 
ficante —  alicantineiro,  velhaco. 

TRATAR  cu  Tractar,  haver-se,  portar-se 

—  cuidar,  diligenciar  —  practicar,  usar  — 
manear  —  discorrer  —  escrever  —  nego- 
ciar —  tocar. 

TRATAVEL  OU  Tractãvcl ,  ameno,  brando 

—  manco  vcl. 

tbatkar,  atormenta'',  flageliar. 

TRATO  ou  Trácio,  tractaraento  —  com- 
municflç^o,  familiaridade — convers5Ç')0  — 
coraoaercio.  negocio  —  amizade  —  tor- 
mento,  tortura. 

TRAVA,  barrote,  trave,  viga  —  peia  — 
prisão. 

269 


ÍRE 


TKI 


TRAVADO,  entrai^ado,  preso  —  agarra- 
do, ferrado  —  embaraçado,  enredado  — 
implicado,  involvido  —  enlaçado. 

TRAVAÇÃo  ou  Travadura,  connexão  — 
nexo,  prisão. 

travacontas,  contendas,  controvérsias , 
debates. 

1'RAVADAMiRTi  f  baralhada ,  misturada  , 
unidamente; 

TRAVANCA,  embaraço,  empecilho,  pegui* 
lho. 

TaAVAR,'pegar  —  liar,  prender  —  acom- 
metter. 

XRAVB,  barrote,  viga  -~  peia. 

TRAVESSAR,  atravessar. 

TRAVissEiRO,  almofada,  cabeçal,  chuma- 
ço. 

TRAVESSO,  endiabrado,  mau  —  inquie- 
to, traquinas. 

TRAVESSURA,  maldade  —  estúrdia,  malí- 
cia. 

traviz  ou  Través,  esguelha,  viez. 

TRAZ  ou  Trás ,  após ,  atráz  ,  depôs , 
detrás. 

TRAZER,  conduzir,  levar,  transportar  — 
allegar,  citar  —  acompanhar-se  —  produ- 
zir r—  addizir. 

TREBÊLHAR,  briucar,  folgar  —  pular,  sal- 
tar —  bailar. 

xREBELno,  brinco. 

T REDIGE,  traição. 

TREDO  ou  *  Trecfor,  traidor  —  falsario, 
fementido. 

TBEFJiGo  ou  Tre/o,  ardiloso,  atsuto,  dis- 
simulado, malicioso,  sagaz. 

TRKGEiTos;  subúiezas  —  adamanes,  ga- 
timanhos  —  momos. 

TRE60A  ou  Trégua,  cessação,  suspensão 
—  descanço,  folga  —  feria, 

TREiíA,  rasto,  trilha,  vestigio  -—  pega- 
das. 

TREiTo,  exposto,  sujeito  —  avefzado,  cos- 
tumado  —   trilhado  --  usado  —  tractado. 

tRbm,  comitiva  —  bagagem. 

iREMANig,  trercentfl,  tremulo. 

tRekkbundo,  tremulo. 

TREMEDAL,  bfêjo.  IcHteíro,  paul. 

TREMÉLEAft,  tremular  —  hesitar,  vacil- 
lar—  tfs^oaelkicar. 

i&m&mo,  espantoso,  formidável,  horren- 
do, harníico ,  medonho,  terrível ,  terrífi- 
co. 

T}8íEM£«^  badalejar  —  estremecer  —  ti- 
tubiar  —  abanar,  concutir.    v 

TRBMOLANT»,   ílílCtUajntB. 

BtREMOLAR  OU  Tremular,  fluctuar  —  flo- 
roar. 

TRjínoR,  tremura  —  abalo  —  arripia- 
mento,  estremecimento  — -  terremoto  — 
medo,  susto,  temor  —  horror,  pavor  — 
sobresalto.  * 


TREMULO,  tremante,  tremente,  tremebun- 
do, tremeUcoso,  tremuloso,  vacillante. 

TREPAR,,  atrepar,  subir. 

TREPIDANTE,  agitado. 

Trepido,  assustado,  medroso,  sobresal-^ 
tado,  temeroso.^timido  —  tremulo. 

iRESANDAR,  trausformar  —  confundir  — * 
feder. 

TPESMALHAR^SE,  escapar  —  desappare- 
cer,  perder-s8  —  mesclar-sô  —  confuadír- 
se. 

TRESMALHO  OU  Trasmalkõf  rede  —  dôi*^ 
parecimento,  sumiço. 

TRESPASSAÇÃo,  morte,  trespasso  —  trans- 
migração —  excesso  —  cessão  —  transpor- 
te. 

TRESPASSADO,  ffiudado  —  desmaiado  — 
desanimado  —  varado  —  morto. 

TRESPASSAMENTO,  trcspasso  —  dcmora , 
dilação,  espera  —  morte  — atravessamen- 
to. 

TRESPASSAR  OU  Traspassar ,  varar  — 
transgredir  —  copiar,  trasladar  —  tradu- 
zir, verter  —  delongar,  demorar  —  alhear, 
ceder,  transferir. 

TRESPASSO  ou  Traspasso,  dôr  —  demo- 
ra, dilação  —  deliquo,  desfallecimento , 
desmaio  —  morte  —  transmigração. 

TRESVARIAR  OU  Tresvaliav,  delirar,  dis-» 
paratar,  eSvaliar. 

TREsvARio  ou  Trcsvalio,  delírio,  desva- 
rio, transporte  —  desatino,  loucura,  des- 
concerto. 

TRETA,  destreza,  ■'subtileza  -í-  raposío  ^ 
engano —  estratagema. 

TREVAS,  escuridade,  escuridão,  noite  — 
cegueira,  erro  —  abysmo  —  inferno. 

TREVOSO,  escuro,  tenebroso. 

TRiBU,  descendência,   família. 

TRIBULAÇÃO,  aíllicção,  desgosto,  pena  — < 
perseguição  —  trabalho  —  adversidade, 
calamidade,  infortúnio. 

TRIBUNA,  igreja. 

Tributar,  obsequiar. 

Tributo,  Alcavala,  finta,  imposto,  tax!^ 
—  páreas. 

trifobme,  triplicado. 

*  TRiGANÇA,    pressa. 

tbigoso,  apressado. 

trigueiro,  fusco.  iTtoreno,  pardo. 

TRILHA  ou  Trilho,  pista,  rastro,  signal,. 
vestígio  —  pegada,    piza. 

trilhado,  calcado  ,  pizado  —   caminha- 
do, cursado  —   frftf  juentado  —  commum, 
sa  bido,  usado,  vulg  ar,   trivial    —  experi- 
mt  'nlado. 
1  RILHAR,  pizar  -  -  andar. 
T.  hinado,  gargan  teio  —  trilo. 
TB  iNAR,  gargant  ear. 
TRi  ^CADo,  astutc  ),  sagaz  —  breado,  can 
lafetadí?. 


TRO 

cirio,  arte,  deglreu,  Dneza. 

liiiRCAs,  cortar,  picar  —  comer,  papar 
—  (n,)  eslalar,  rebentar. 

TRINCHEIRA,  iatriacheiramento,  '^trincha, 
trinohea. 

THiNCHiiRAR,  entrincheirar. 

Tripa,  intestino. 

Triplicar,  tresdobrar,  riplar  —  multi- 
plicar. 

TRiPLiCK,  tresdobrado,  triplicado,  triplo. 

Triplicidadk,  trigono. 

tripolação,  equipagem  ,  marinhagem  , 
maruja. 

TfliPORAR,  chusmar,  marinheirar. 

Tripudio,  dansa  —  sapateado. 

Tripudiar,  dansar. 

"arisca,  briga,  rixa. 

''riscar,  brigar,  contender  —  disputar 
►—  ralhar. 

TRisTR,  desalegre,  injucundo,  melancó- 
lico, tristonho  —  affliclo  —  desgraçado, 
infeliz,  mofino  —  luctuoso,  lúgubre  — 
sombrio. 

TRISTEZA  ou  Tristura,  aíllicção,  dôr  — 
melancolia  —  descontentamento. 

TRISTONHO,  carregado,  melancólico,  té- 
trico. 

TRITURAR,  debulhar,  trilhar. 

TriSulco,  farpado,  tripartido. 

triumfador  ou  Triumphador,  vencedor, 
victOrioso. 

TRiuMFANTB  OU  Triumphante^  ovante  , 
triumphoso,  vencedor,  victonoso—  glorioso. 

TRIUMFAR  ou  Triumphar ,  conquistar  , 
domar,  vencer  —  prevalecer  —  aiegrar- 
se. 

TRioiTFO  ou  Triumpho,  ovação  —  victo- 
ria  —  superioridade  —  successo. 

TRIVIAL,  commum,  sabido,  vulgar 

Troador  ou  Troante,  fragoso,  ruidoso. 

Troar,  trovejar,  trovoar  —  atroar,  es- 
trondear. 

TROCA,  alborque,  cambio,  *  cambo,  com- 
mutação,  descambio,  escambo,  permuta- 
çã3. 

TRocADAMRKTK,  trocRudo  —  mutua,  re- 
ciproc"  mente. 

trocador,  alborcador,  cambiador,  cam- 
bista. * 

TROCAR,  alborcar,  cambiar,  commutar, 
premutar  —  mudar. 

Troco,  «Iborque,  troca  —  cobres,  miú- 
dos. 

TRoFEO,  Tropheo  ou  Iropheu^   insígnia, 
etc.  —  triumpho,  victoria. 
■^  TROiXA  ou  Trouxa,   embrulho,  fardinho, 
freixe,  invollorio,  pacote,  paquete. 

TROM,  canhão,  morteiro,  peça  —  rebom- 
bo. 

TROMBA,  trombeta  —  carranca  —  foci- 
nho —  nariz,  penca  —  manga. 


TtJT 


1075 


TRomTi  ott  Tfomjíe(a,  oUtíob,  *^  par* 
ohe,  tuba- 

TROMBUoo,  carrancudo,  embezerrado. 

TRoMpA  ,  busioa ,  clarim  ,  trombeta  — 
proboscide. 

TRONANTB,  atroador. 

troncar  ou  Truncar,   cortar,    tronchar 

—  descabeçar. 

TRONCHO,  talo  —  [adj  )  manco. 
TRONCO,  talo  —  ar?ore  —  masto  —  ce- 
po, toco  —  ascendência,  estirpe,    progénie 

—  cadeia,  prisão  — obrigação  —{adj.)  es- 
túpido, insensível. 

TRONO  ou  Throno,  sólio  —  realeza,  S3- 
berania. 

TROPA.,  gente  de  guerra,  soldadesca  — 
multidão,  numero  —  banda,  quadrilha  — 
exercito,  hoste  —  batalhão,  esquadrão, 
etc. 

TROPEÇAR,  embicar,  topar,  tropicar  — 
errar. 

TROPEÇO,  embicadela  —  embaraço,  obstá- 
culo. 

TRÓPICO,  coxo^  estropeado  —  gago,  tar- 
tamudo. 

TROPEL,  estropeada,    estrupido  —   corpo 

—  tropa  —  chusma,  multidão. 
TROPRLiA,   confusão,  desordem  —  alter- 
nativas, revezes,  vicissitudes  «—  mudança 

—  volta. 

TROPICAR,  embicar,  tropeçar. 

TROVA,  cantiga  —  cadencia,  rhyma,  ver- 
so. 

TRovADoit,  rhymador,  versejador,  ver- 
sista. 

TROVAR,  rhymar,  versejar. 

TROVEJAR  ou  Tfovoar,  toar,  troar. 

TROVOADA,  borriscada  —  estrondo  —  gri- 
taria —  motim. 

TRUANEAR,  vadiar  —  velhaquear. 

TRUANiA  ou  Truanice,  vadiice  —  velha- 
caria  —  embuste  —  superstição. 

TRUÃo  ou  Truhão,  bobo,  bufão,  chocar- 
reiro  —  vadio  —  impostor,  velhaco. 

TRUCIDAR,  assassinar,  matar. 

TRucuLRNCiA,  atrocidado,  crueldade,  fe- 
ridade. 

TRUCULENTO,  atroz,  cruel,  ferino  —  bár- 
baro. 

TRUGiMÃo,  interprete,  língua   —  faraute 

—  alcoviteiro. 

TRUNFA,  turbante  —  touca  —  toncado  — 
estriga,  monho. 

TUBA,  tromba,  trombeta. 
I      TUBÉRCULO,  tumor. 
I      TUBO,  canudo. 

TUCARO,  crael  —  hórrido. 
TUFÃO,  farilhâo,  furacão,  (jpegão,    rede- 
moinho, turbilhão. 

TUFAR,  inchar  —  augmentar,  crescer  — 
irar-s<í. 

869  * 


1076 


TUR 


TYR 


TUFO,  topho  —  bolhSo,  borbotão. 

TUMBi,  ataúde,  caixão,  esquife,  féretro 

tumbeiro,  gato  pingado, 

TUMENTE ,  Húmido  OU  THumescente ,  ia- 
chado,  inflamade,  túrgido  —  grosso  orgu- 
lhoso, suberbo,  \aidoso  —  elevado  —  em- 
pollado,  fofo. 

TUMESCENCIA.  ou  Twmecfinm,  inchação, 
intumescência, 

TiMiiR,  inchação,  inchaço,  incordio,  tu- 
meseencia. 

TUMOROso,  inchado,  intumescido 

TUHULO,  ffiâuêoleo,  moiaento,  [sepulcro, 
sepultura  —  eça. 

TUMULTO,  rflvopoto,  balbúrdia,  barsfnn- 
da,  dtjgorjem,  motim,  perturbação,  rebo- 
liço, tarbuieíiCíS. 

TUsiiLTUAR-ss,  aG30lÍQar-88,  levantar-se. 
BublevâP-so, 

TtísuiTuosAMBiff» ,  «moiinada,  confusa. 
pFnc.pilsda,  liuiiulfufiriíueníe, 

TUMULTUOSO,  revoltoso,  sfidicioso,  tnnijtil- 
tusrio  —  confuso,  desordenado,  perturba- 
do. 

TUNA,  mandriíce,   vadiire. 

TUN*r5TB,  mandrão  vadio,  vagaraundo — 
emboi-teiro  —   parasito  —  mili«nte. 
.  TUNDA,  esfrega,  esiafa,  maçada,  sova. 

Tupioo,  entupido. 

TuuB^,  muilidào  —  tropel.  —    ccji, 

TURBAÇÃO  dessocego,  pHrlurbnção,  tor 
vação,  torvíEíento  —  raoliai. 

TUHBAuoR,  anaoiinadorj  p';it!irbador,  se- 
dicioso. 

TURBAMULTA,  balburda,  [barafunda,  ba- 
rulho. 

TURBANTE,  touca  —  trunfa  —  turbão, 
turuuibante 

TURRAR  ou  Turrar,  escurecer—  alíerar, 
perlurbitr  —  interroropfr. 

TURBAR- SB,  ennoUsr  se,  escurecer  se  — I 


confundir-se,  equivocar-se  —  abalar-se  — * 
inquietar-se. 

TÚRBIDO  ou  Twr&o,  inquieto  -*-  pertur- 
bado, torvado  —  escuro,  opaco. 

TURBILHÃO,  furacão,   redemoinho,  tufão» 

TURBULÊNCIA,  perturba^jão  —  fuga,  im- 
petuosidade, violência. 

TURBi  LENTO,  amotinador,  revoltoso,  se* 
dicioso,  tumultuoso  —  inquieto, 

TURSENCiA,  inchação,  tumidez, 

TURGino,  inchado,  túmido. 

TURGin,  empolar,  inchar. 

TURMA,  bâudo,  companhin,  golpe,  mui* 
lidAo,  iroço  —  {pi )  ondas,  raachoi. 

Tuniío,  gyro.  ordfem,  vez. 

1  URHÀo,  confeito  —  {^dj.)  obstinado,  opU 
niatico,  testo. 

TURBAR,  marrar,  iopatar—  ateimar,  \ni* 
msr. 

TU«UH8A?ÍTR,   tU^bsntS, 

TUujsvAR,  enturvflr,  turvar, 

TURVO,  sujo  —  embaciadoí  eropanado  — 
escuro  —  túrbido,  turbo. 

TUTELA,  tutoria  •—   amparo,   protecção, 

TtiTFLAR  ou  Jutellar^  defensor,  patronOi , 
protector. 

TV  PICO,  allegorico.  figurativo,  syrabolico, 

TYPo,  ÍHtrii  —  mí'!dti  —  exemplar,  mo- 
dtlo  —  figura,  sytub  lo. 

TYPOGHAPHU,  imprpssão. 

typíiGkapro.  impressor. 

TYhAWTíiA,  barbitridade.  crueld-^de,  des- 
humaniHíide  —  «tro(íidade  —  impiodrtde, 
iniquidàds  —  maldade  —  injusMça  -—  op- 
pressão. 

TYiiAjsNicOj  atroz,  cruel,  injusto,  violen- 
to. 

TYRANNiSAR  0'i  lyrannizar ,  atormen- 
tar, infernar,  ro«líractar,  vexar. 

TYRANNo,  bárbaro,  cruel,  diro,  inhuraa- 
no  —  injusto. 


ULU 


UKÍ 


1077 


U 


UBTQUR,  em  toíía  »  parte. 

iB^B,  Ui)ro  «tu  Ubefe,  teta. 

LCHÀo.  elardtí,  jactância,  oslentaçSo  — 
arrogância  ,  suberba,  vaidade  —  bizarria, 
brio. 

iFANO,  jaclancioso,  ostentador,  vaidoso, 
yanglorioso ,  vão,  «fano  —  altivo,  arro- 
gante, suberbo  —  desvanecido,  eoaproa- 
do. 

ULCKRA  OU  Ulcere,^  chaga. 

ULCERAR,  chsgar. 

uíiG'Noso,  pantanoso. 

ULMRiRO,  ulmo. 

ULTIMADO ,  concluido,  concluso,  findo, 
terminado. 

ULTIMAR,  acabar,  concluir,  fechar,  fina- 
lisar,  rematar. 

ULTIMA, ^derradeiro,  extremo,  final  — Ín- 
fimo. 

ULTRA,  além. 

ULTRAJANKB,     injuriOSO. 

ULTRAJAR,  affrontar,  injuriar  —  maltra- 
ctar,  offender  —  desprezar. 

ULTRAJE  ou  Ultrage,  aíTronta,  aggravo, 
contumeiia,  injuria  — desprezo,  ludibrio, 
vilipendio. 

ULTRAMAR,  além  mar. 

ULULANTE,  clamoroso. 

ULULAR  ou  Urlar,  alular,  bradar,  bramar 
uivar  —  gritar  —  lamentar. 

TOL     !▼• 


UMBRAL,  oiubreips  —  porta. 

UMnKATiL,  allegorico,  figurativo  —  som- 
brio —  interno. 

UMBROSO  ou  Vmbrifero  ,  assombrado  , 
sombrio,  sorab^oso'  —  opaco  —  copado  — 
frondente,  frondoso. 

UNANIME ,  acorde,  concorde,  conforme, 
unisono. 

UNANIMIDADE,  acordo,  couformidade,  uni- 
ponancia. 

UiNCTUoso,  gordurento,  gorduroso,  sebo- 
so. 

UNDANTE,  ondeado,  ondeante  —  flactuan- 
te  —  copiosíssimo. 

UNDÉCIMO,  onze,  onzeno. 

UNDOSO,  fluctisano,  fluctivago,  undivago 
—  equoreo,  marinho. 

UNGIR,  untar  —  esfregar. 

UNGULA,  unha. 

UNHA,  anchora  — (pL)  garras. 

UNIÃO,  amizade  —  concórdia,  paz  —  en- 
delechia,  harmonia,  uniformidade  —  laço, 
prisão,  vinculo  —  bandoria  —  adhesão  — 
alliança,  liga.  _  "-. 

uNico,  singular,  só  —  especifico,  particu- 
lar. 

UNICÓRNIO  ou  Vnicorne,  alicorne. 

UNTDADB,  um  —  couformidade  —união. 

unido,  alliado,  confederado  —  igual,  liso, 
plano  — juncto. 

270 


vm 


UíV 


umFORWB,  farda  — {aífj) regular,  raono- 
tono  —  conforme,  similhante, 

UNIGÉNITO,  só,    único. 

uma,  atar  —  vincular  —  encorporar  — 
junctar  —  alizar,  igualar  —  coadunar  —  as- 
sociar —  alliar  ,  confederar  —  combinar  — 
consolidar. 

uNisoNANcu,  monotonia. 

uNisoRO,  unisonante  —  igual,  similhan- 
te. 

UNIVERSAL,  ecuménico  —  geral,  total  — 
unanime  —  commum  —  universo. 

UNIVERSIDADE,  totalidade  —  universo  -- 
academia,  atheneu. 

uNivKRSO,  mundo,  orbe,  terra  —  homens 
— -  {adj.)  universal. 

unívoco,  synonymo  —  parecido,  unifor- 
me. 

UNTADURA  ,^  fricção ,  linimento,  unctu- 
ra. 

UNTO,  banha,  gordura,  sebo. 

URACÃo,  furacão,  torvolinho, 

URBANiDADE,  civiUdado,  cortezia  —  poli- 
cia —  comedimento. 

URBANO,  aífavel  —  cortez  — polido  —  cor- 
tezão,  palaciano 

UBBiR  ou  Ordir,  tecer,  tramar  —  come- 
çar, principiar  —  machiaar. 

u»DU«E,  tecido,  urdidura. 

URGiNCiA,  aperto,  pressa  —  necessi(?a- 
de. 

URGENTE,  apertado,  instante  —  eíiieaz  — 
necessitoso. 

URGIR,  apertaj,  instar. 

URNA,  vaso. 


UHRA^NTf ,  bramoso, 

URRAR,  berro,  bramido. 

URSO,  *  usso^ — [adj.)  feroz,  intracta«» 
vel. 

USADO,  costumado,  practicado  —  gastado, 
velho  —  cognito. 

USANÇA,  costume,  [estylo,  uso  —  servi- 
ço. 

USAR,  exercer,  practicar  —  consumir,  gas- 
tar—  {n.)  servir-se. 

USEIRO,  costumado ,  habituado ,  vezei- 
ro. 

uso,  costume,  estylo,  practica,  vezo  — 
moda  —  experiência  —  serventia  —  utili- 
dade. 

USUAL,  habitual,  usado,  usavel  —  com- 
mum. 

USURA,  onzena. 

USURÁRIO,  onzeneiro,  usureiro. 

USURPAÇÃO, 11  extorsão  ;  roubo  —  tyran- 
nia. 

USURPADOR,  ladrão,  rouhador. 

USURPAR,  invadir  —  roubar. 

UTKRO,  madre  —  ventre. 

UTiL  ,  commodo  -  fructuoso ,  lucroso, 
profícuo,  proveitoso,  vantajoso  —  salutife- 
ro,  saudável  —  encyclopedioo. 

UTILIDADE  ,  commodo  —  interesse  ,  lu- 
cro, proveito  —  bem  —  préstimo,  servi- 
ço. 

UTILIZAR  ou  Utelizarf  aproveitar  —  ser- 
vir. 

UYVAR  ou  Uivar,  berrar,  urrar. 

UYvo  ou  Uivo,  berro,  grito,  urro. 


o^avi^flíf  »c 


,  Tp.-,   _ 


*tíi.í'íí:í 


;:í}^íf  ^í»>^ 


0V§ 


VÁfi 


VAG 


1071 


V 


▼A,  consinto,  seja. 

VACA  ou  Vacca,  novilha,  vitella. 

YACCA-.tDURA,  sbadejo,  badejo. 

VACAçÃo,  ferias,  sueto. 

VACAR,  applicar-se,  occupar-se. 

VACiLLAçÃo,  duvida,  incerteza  —  hesi- 
tação, indecisflção,  indeterminarão^  irreso- 
lução,  perplexidade  —  inconstância,  varia- 
ção. 

VACiLLANTB,  fluctuoso,  tremulo,  tremu- 
loso,  tilubante,  trepidante  —  dúbio,  duvi- 
doso, incerto  —  ambíguo,  vago  —  perple- 
xo —  fluctuante ;  nutante. 

VACiLLAR,  duvidar,  tilubar  —  abanar,  ba- 
lancear, bambalear,  nutar, 

VACUIDADE,  vácuo,  vasio. 

VÁCUO,   ouço,    vasio  —  permeiavel,  ra- 

FO. 

VADIA,  mandriona  —  meretriz  ,  ramei- 
ra. 

VADIAÇÃO,  VadiceoM  Faátíce,  mafidíiíce, 
Vftgftèundice. 


VADIAR,  calacear,  mandriar,  priguiçar  — 
vagamundear. 

VADIO,  badajo,  bargante,  bilbardão,  bir- 
bante,  cala<5*>!Íro,  malandrim,  ocioso,  tunan- 
te, vagabundo. 

VÁ6A,  onda. 

VAGABUNDEAR  OU  Vãgamundcar,  gazear 
—  vagar  —  brejeirar,  marotear. 

VAGABUHDO  OU  Vagamundo,  dibro,  er- 
rante, vago  —  fugitivo  —  forasteiro  —  mos- 
trengo  —  bnrganie,  tunante^  vadio  —  ocio- 
so, quebra-esquÍRas. 

VAGADO,  vertigem. 

VA&AfLHÃo  ,  embate ,  estalido  (das  on- 
das). 

VA6ALU1IE,  lumieira,  perilampo. 

VAGANÃo  ou  VaganaUf  mariola  —  maga- 
nãío  —  maroto. 

VAGANTE ,  vago  —  desoccupado,  ocioso 
-^  v«dio ,  vagabundo  —  [s.)  vacatu- 
ra. 

?AM»,  floGtuar,  sobrenadar  —  vaguear 
Í70  ^ 


1080 


VAL 


—  [s.)  oclo,  repouso  —  pachorra  —  demo- 
ra —  lentor.  lentiira. 

VIGÁRIO  ou  *    Vigairo,  cura  —  *  juiz. 

VAGAROSO  ,  dctençtiso  ,  lento,  rorijC-iro. 
tardo  —  negligealo,  ptiguiyoso  —  pausa- 
do. 

VAGIDO,  chcro  (de  meninos,  etc.) 

VAGO,  vaganttí  —  ocioso  —  disp  rso,  et- 
rante,  vagal.uodo  -  inconstante,  vario  — 
desaccnpado  —  incerto  ,  indeterminado  — 
fugitivo,  prófugo. 

vagubação,  dÍ3trac(,3o—  desvario  — ca- 
laceria,  vadiice  —  mandrieira ,  prigui- 
ça. 

VAGUEAR  OU  Vagucjar,  meditar  ^  ca- 
lacear  —  mandriar  —  passeiar  —  boiar , 
ílnctuar. 

VAIA,  apupada,  apudo,  assuada,  coirima- 
ça,  matraca. 

Vaidade,  fumaças,  fumos,*  presumpção, 
vangloria  —  impermanencia  —  alarde,  ja- 
ctância, ostentação  —  desvanecimento,  ufa- 
nia —  altivez,  suberba  —  ambiçào. 

VAIDOSO,  inchado,  orgulhoso,  vanglorio- 
so, Mio  —  desvanecido,  jactancioso,  presu- 
mido —  fastoso  —  brioso. 

VAIVÉM,  ariete  —  {pi.)  embates  —  al- 
ternativas —  revezes  —  intrigas,  machina- 
ções. 

VAL,  vale. 

VALA  ou  Vallat  canal  •--  rego,  regueira 

—  cava,  fosso. 

VALAR  ou  Vallar,  cercar,  murar  —  mu- 
nir. 

VALDO,  baldo  —  occioso  —  vadio. 
VALE,  adeus,  etc. 

VALEDEiRo ,  favorito,  mimoso,  privado, 
valido. 

valedoh,  advogado  —  auxiliador,  defen- 
sor, patrono,  protector. 

valbntão  ,  acutiJadiço,  bravo,  matante, 
mata-sete  —  chibante  —campeador,  cam- 
peão —  bravateador,  fanf<irrão. 
^  valente,  forçoso,  forte,  membrudo,  ri- 
jo, lobusto  —  esforçado,  valoroso  —  ani- 
moso ,  chibante ,  iuipavido,  intrépido  — 
brioso  —  ueiiodado ,  destemido  —  alen- 
tado —  magnânimo  —  [s.)  campeão,  man- 
lenador. 

valexNTia.  animo,  bravura,  chibança, 
cor/tjem,  denodo,  esforço,  vali.r  -  galhardia. 

Valer,  montír,  prestar,  servir—  ampa- 
rar, proteger,  soccorrer  —  custar. 

VALEROso  ou  Valoroso,  alentado,  esfor- 
çado ,  forçoso,  forte  —  aniraoso,  bravo, 
coraçiido,  fouto,  intrépido,  valente  -  acti- 
vo. 

^  VArETUDiNARin,  ach^^cado.achacoso,  doen- 
tio, enfermo. 

VALHACOUTO,  fibrigflda,  asylo,  colheita, 
couto,  ítfugio  — ÊUbieilugio. 


VAR 

VALIA,  adherencia,  credito,  favor  —  va- 
limento —  preço,  valor  —  protector. 

VALIDADE,  congruidade,  legitimidade,  re- 
gularidade, eto. 

Validar,  legitimar,  etc. 

valido,  vahoso  -  legitimo  -  forçoso,  po- 
deroso. '^ 

Valído  ,  favorito,  privado  —  mimoso, 
querido. 

valiíisnto,  bafo,  graça,  privança — 
adherencia,  intercessão  —  credito,  favor, 
valia. 

valioso,  custoso,  precioso  ~  válido. 

valo  ou  Vallo,  trincheira. 
^  Valor,  anitno,  espirito  —  esforço,  pu- 
jança, valentia  —bravura,  denodo,  hardí- 
mento,  intrepidez —alento,  brio— mereci- 
mento —  estimação,  preço,  valia  —  heroís- 
mo -  ferocia. 

vÃMKNfKou  Vãamente,  debalde,  em  vão, 
inutilmente. 

^  Vangloria  ou  Vãgloria,  bazofia,  jactân- 
cia —  suberba,  unidade. 

VANGLORIOSO,  j^nctancioso,  vão  —  suber- 
bo,  vaidoso  —  desvanecido  —  farfante,  os- 
teníador,  gabador,  gabarola. 

vanguarda,  anteguarda. 

VANGUEJAR,  cscorregar  —  vacíllar. 

VANiLOQUENCiA,  palavrorio,  paroU. 

VANiLOQUio ,  bacharelice,  tagarellice  — 
disparate. 

VANTAGEM,  Vantãjem  ou  Vantage^  dian- 
teira —  melhoria  —excesso,  superiorida- 
de —  lucro,  proveito,  utilidade  —  merco 
accrescimo  —  excellencia,    primazia. 

VANTAJOSO,  proveitoso,  útil  —  condu- 
cente —  considerável. 

VANTE,  adiante,  avante. 

YAO  ou  Vau,  banco,  parcel  —  commo- 
didade,  opportunidade. 

VÃO,  ouço,  vasio  —  baldio,  baldo,  inú- 
til —  desvanecido  ,   vaidoso  —  frivolo  

insano,    louco  —  chimerico,     phantasli- 
co. 

VAPOR ,  bafo ,  hahto  —  fumo  —  bul- 
cão. 

VAPORAR,  exhalar. 

vAPdRoso,  fumoso,  vaporifero. 

VAPULAR,  açoutar. 

VARA,  verga,  virga  —  chibata  —  reno- 
vo. 

VA  RAÇÃO  ou  Yaradouro^  abrigadouro,  cal- 
deira, molhe. 

vAHÃo.  homem  —  marido  —  heroe  — 
macho,  másculo. 

v\RAH,    encnlhar  —  e talhar,    enleiaf  

alròvessar,  transpassar  —  (n.)  sair. 

VARiA?iTB,  delirante  —  inconstante,  mu- 
dável, vario. 

VARíAR,  diversificar  —  [n  )  mudir-se  — 
desconformar-se. 


VE4 


vm 


1081 


VARIÁVEL,  inconstante,  leve,  mudável. 
Variflnt',  vario. 

VAniRDApir,  inconstnncia  —  instahillHs- 
de,  mnl;iL)»lidade  —  nitrarão,  \irissitndtí 
—  mnd-  nça  —  incerteza  ~  diirtíren<,'a,  di- 
versidade. 

VARINHA,  fhibalinHfl,  jiinco. 
vahio,  (1  ííerenie,  diverso    —    imperroa- 
nente,  nnidavel,    variável   —  incerlo,    jn- 
conslanlB,  instável,   versátil  —  vollivoio. 

vARfiisiL  ou  Variil  esforçado  — herói- 
co, iliosir*^,  inliio 

VARRÃo,  Ci  chino,  javardo,  porro. 
Varrer,  hmpar  —  tirar  —  levar  —  afu 
genlar. 

VÁRZEA,  va'-gem  —  plaino,  pbnira  — 
caiDpo. 

Vasa,  limo,  lodo,  lululencia,  nateiro  — 
atoleiro,   lameirão. 

VA?Âo,  exportação,  pxlracção,  saca,  saí- 
da —  desembaieço,  tí^Rdiçao  (de  nego- 
gios). 

vaSaR.  desaguar,  despejar  —  traspassar, 
♦  yarar  —  sair  —  escapar-se,  escoar  se. 
VASCA,  coavulsào  —  desgosto  -~  angus- 
tia. 

VASCOLtjAR,  inquietar,  perturbar  —  cho« 
calhar  (o  liquido). 

VASCONço  ou  Fflícuenfo,  algAravía,  geri* 
gODça,  jsrgão. 
vascoso,  anciado,  convulso. 
VASILHA,  vaso  —  navio. 
VASiu  ou   Vczio  ^    despejado,    devoluto, 
inane,  vão  —  cuco  —  [pi.)   bypocoudrios 
(«.)  —  bojo. 

VASO,  vasilha  —  urna  —  sepulcro,    tu 
mulo  —  baixel,  nau,  navio  —  barco. 
VASOso,  lamoso,  lodoso. 
VASSALAGEM  ou  Vassaltoge,  dependência, 
sujeição. 

fASSALLO,  súbdito,  suJ8Íto  —  Iríbutarío 
vaStação,   assolflção,  esírago. 
VASTADOR,  assolador,  destruidor,   devas- 
tador. 

VASTAME2HTE,  aDQpla,  largamente. 
VASTEZA  ou  Vastidão,  amplidão,  ampli- 
tude,  txientão. 

VASTO,  amplo,  dilatado,  desmidido,  es- 
paçoso, extenso,  imoienso,  lato. 
vatk,  pceía  —  propheta. 
vaticinaçáo  ou  Vaticínio  ,  predioção  , 
prrphecia  —  adivinhação  —  oráculo  — 
anijuncio,  pressagio,  prognostico  —  angu- 
lio  —  horóscopo. 

VATiciNADOH,   advínho,  agoureiro,    arús- 
pice, augur. 

VATICINA»,  adivinhar,  augurar,  p'edizer, 
prophetizar. 

víA  OQ   Veia,  beta,  veio  —  choro—  ge- 
ração, sangud  —  agua  —  ingonho. 
víADO,  ceivo,  ccrço,  gamo. 

VOL.    IV. 


víDATi,  »l«li  ar   impr.dir,   tolher,   tomar 
d''fender,  prohihir. 

VKGBTA'  ,   produCÇãO. 

VEGETATIVO,  vegcial,  vcgetanle,  v.^g  la- 
vei —   producMvo. 

VEGETO,  forte,  robusto,  vigoroso. 

vj-HEMENCíA,  força,  vigor  —  impe!o,  vio- 
lência —  tílicacia,  energia  — ■  an  ia  — 
fogo.  ^      , 

vr,nEMENTB,  impetuoso,  violento  —  ar- 
dente —  forte,   8Cii'0,  enérgico. 

VtiicULo,  carrtla,  carro  —  celeça,  spje 

—  carruagora,  coche. 
vkíGa,  campo,  {lantcie  —  ffôdo. 
VELA  cu  \éla.  bougia,  rolo   -    sinlinel- 

la,  vigia  —  embar«açâo  —  [pi]  lenços, 
linhos. 

vei-ab,  atalaiar,  espiar,  vigiar  —  occul- 
tar. 

vaLAR  SI,  acauU^lar  se,  esguardar-s<-«,  vi- 
giar-se. 

VELHA,  carcaça. 

VELHACA  DA  OU  Velhacaria  ,  targf.nleria, 
brej'^irice,  desaforo,  maroleira,  patifaria, 
traianiice. 

vklhaCO,  b.ugsnte,  liialandrim  —  enga- 
nador, fraudulento  —  impudico,  liberti- 
no. 

VELHAQUEAR,  calolear,  engínar,  trapacear 

—  gatunar. 
VRLiuCE,   ancianidade,    «nnocidade,    ca» 

duquice,  senectude,  senilidade,  velhez,  ve- 
tusiez  —  brancas,  cãs,  ruça?,  ragas  — 
antiguidade. 

VKLHO,  ancião,  encanecido,  idoso,  senil, 
velhusco  —  usado  —  caduco,  decrépito, 
derrengado  —  antigo,  vetusto,  provecto  — 
experimentado. 

yíLiFERO,  vf-livago,  velivJõ. 

vSLiiCAR,  bflUscar  —  pungir. 

víLLO,  pello  ~  lã. 

V8LL0S0  ou  \iUoso,  Mpudo,  pelloso. 

vELOCiDADs,  8ctÍYÍdade,  desembaraço  — 
celeridade,  ligeireza  —  agilidade,  presteza, 
promptidão,  rapidez. 

vELOx  ou  \eloz,  célere,  leve,  hgeiro,  rá- 
pido, veloce  —  ágil,  accelerado,  arrebata- 
do, impetuoso  —  aligero,  alipede,  apres- 
sado —  presto  —  correnlio. 

VENAPLO  ou  \enabulo.  adido,  arteme- 
ção,  dardo. 

VENCEDOR,  ovante,  trinmphador,  trium- 
phante,  victorioso  —  conquistador,  debel- 
lador,  domador. 

VENCELHO.    atilho. 

VE??C£R,  debellar,  domAr,  subjugar,  su- 
perar, supplrtntar  —  expujinar  —  desba- 
ratar, dt-rrctar  —    exceder. 

VENCIDA,  desbarato,  derrota  —  venci- 
mento. 

VEisciDO,  suhjucado,  superado  —  rendi- 
271 


nú 


V£Q 


VER 


do,  submeítido  —  debellado,  domado  ~ 
balido,  derrotado,  desbarótado,  destroçado, 
destruído  —  abatido,  humilhado  —  pri- 
sioneifo  —  prostrado. 

VENCIKENTO,  victOfia. 

■vendjl,  6tadura  —  faixa  —  taberna  — 
estalajem  —  cegueira  —  *  laudemio  — 
vendiçào. 

VENDAR,  cegar  —  escurecer. 

VENDEIRO,  estabjadeiro  —  taberneiro. 

VENDE»,  alhear  —  traficar  —  trair. 

VENDER-SE,  ínculcar  86. 

VENSNAR,  envenenar,  peçonhealar. 

VENERO,   peçonha ,    toxico  —   rosalgar, 
etc. 
■  VENENOSO,  peçonhento,  venefico. 

VENERAÇÃO,  culto,  laípía  —  acatamento, 
respeito,  reverencia  —   obsequio. 

VENERANDO,  adurabundo  —  respeitado, 
reverendo,  venerável. 

VENERAR,  acatar,  reverenciar  —  honrar, 
respeitar  —  adorar,  idolatrar. 

VENERÁVEL  ou  Yenerabíl,  grave,  mages- 
toso,  respeitável,  venerando,  verendo. 

VENETA,  desejo,  vontade  —  capricho  — 
loucura  — veasinha. 
"  VENiA,  licença,  permissão  —  perdão. 

Venial,  leve,  medíocre,  pequeno  —per- 
doável, remissivel. 

VENTANEAR,  abanar,  soprar,  ventilar. 

ventaneira  ou  Yeníania,  furacão. 

ViNTAR,  soprar  —  peidar,   traquear. 

VENTAS,  narizes. 

VENTILAÇÃO,  arejação  —  discussão. 

VENTILANIE,  arejante  —  ondeante. 

VENTILAR,  arejar  —  discutir. 

Bentinho  ou  VentosinhOt  arajem,  aura, 
fresco. 

vsNTO,  ar,  aura  —  ventania  —  flato, 
ventosidade  —  respiração,  sopro  —  arro- 
gância, orgulho,  vaidade»  vangloria. 

VERioÍNHA,  bandeirinha  — (a rf;',)  incons- 
tante, mudável. 

VENTOSIDADE,  flatijlencia,  vento. 

VENTOSO,  flatulento  —  suberbo,  vaidoso, 
vão  —  procellcso. 

VENTRE,  Ibarriga,  estômago,  pança  ^ 
entranhes,  seio,  utero  —  bojo  —  concavi- 
dade —  parto,  prenhez. 

VENTRÍCULO,  cstomago  —  bolsa,  caridade. 

VENTRUDO,  barrigudo,   pançudo. 

VENTURA,  felicidade,  fortuna,  prosperida- 
de —  acaso,  sorte  —  dita  —  bonança  — 
perigo,  risco. 

VENTUROSO,  arriscado,  perigoso  —  afor- 
tunado, ditoso,  feliz,  fortunoso  —  bem- 
avenlurade  —  prosperado. 

venus,  Cytherea  —  belleza. 

VENUSTO,  engraçado,  gentil,  lindo. 

vÉo,  Remiltíeí  —  sendal  —  bioco,  em- 
buço, rebuço  —  corlina  —  pretexta. 


VER,  divisar,  enxergar,  olhar  —  atten- 
der,  considerar,  reparar  —  conhecer  —  vi- 
sitar —  procurar  —  notar,  observar  — 
conGnar. 

VERACIDADE,  caudura,  engenuidade  -  re- 
ctidão. 

VERAMENTE,  cofta,  frauca,  ingénua,  sin- 
cera, verdadeiramente  —  amen. 

VERÃO,  estio. 

VERAS,  verdade. 

VERAZ,  verídico,  vero. 

VERBEHANTE,  rovcrberante. 

VERBiAGEM,  loquacidado,  palãvrorio,  pa- 
rola. 

vERBiGRACiA  OU  Verbi-graciã,  porexem» 
pio. 

VERBOSIDADE,  diffasâo,  prolixidade. 

vsRBoso,  fftlíador,  loquaz,  palavroso,  pa- 
roleiro —  diífuso,  prolixo. 

VERÇUDO,  carrancudo  —  folhudo—  pel- 
loso. 

VERDADE,  realidade  —  veracidade  —  ada- 
gio, Sintença. 

VERDADEIRO,  veridico,  vero  —  real  — 
perfeito  —  provado. 

VERDE,  florescente,  florente,  flórido,  flori- 
do, frondente,  frondifero,  frondoso,    ramos 

—  respendante,  verdfjante,  viridante  — ^ 
viçoso  —  acerbo,  immaturo  —  fresoo»— 
rijo,  robusto. 

verdeàdo,  enverdado. 
VERDOR,  verdura  —  acidez,  aiisargor  — 
animo,  força,  nervo,  vigor. 
verdoso,  verde,  viridante. 
VERDUGO,  algoz,  carnifice,  carrasco,  saiSft 

—  tyranno 

verdjr,  verdor  —  hortaliças* 
verecundia,  pejo,  pudor,  vergonha.^ 
VEREcuNDO,  honesto,  modesto,   pudioo, 
vergonhoso. 

VEREDA,  atalho,  carreiro,  semitu,  trilho, 
veréa  —  esiylo,  modo   —  methodo,   or- 
dem. 

Verendo,  venerável.  ' 

VERGA,  chibata  —  vara. 
VEhGADOR,  dobradiço,  flexível,  flexil,  ver- 
gante. 
VEBGALHO   ouNirgalho^  chicote,   látego. 
VERGAR,  avergar,  curvar,  dobrar,  zumbrif 

—  deitar. 
verGaSta,  chibata. 
VE&GASTADA,  chibatada. 
vergastar,  chibatar. 

VERGFL,  hortQ,  pomar  — jardim  —cam- 
pina, prado. 

VERGONHA,  pfjo,  pudor  —  pudicicia  — • 
encolhimento,  modéstia  —  confusSo,  cor- 
rimento. ! 

VERGONHOSO,  pudcudo,  pudibundo,  vere* 
cundo  —  encolhido,  modesto  —  indigno, 
infame. 


nx 


VID 


1€83 


VERGONTA  OU  \ergdntea,  vara  —  nove- 
dio. 

verídico,  irrefragavvrl,  voraz,  verdadei- 
ro, vero. 

VBRiFiCAÇÃo,  comparação,  confrontação 
—  juslificação,  prova. 

VERIFICAR,  averiguar,  examinar  —  com- 
parar —  comprovar,  provar. 

VEM3  MIL  ou  Verosimil ,  verisimilhança, 
verisimilidade,  verisimilitude  —  [adj  )  pro- 
bavel. 

vsRMSi.HÃo  ou  Vermilhão,  arrebique. 

v«RMELn\R,  purpurear. 

VERMELHIDÃO,  Tubor — pudor. 

VERMELHO,  cBtrino,  ígneo,  nacarado,  pu- 
niceo,  purpúreo,  rosado,  rubicundo,  rúbi- 
do, rubro,  sanguíneo  —  (*.)  coral,  grà. 

VERNO,  biemal,  biberno,  hinvernoso. 

VERO,  certo  —  genuíno,  verdadeiro. 

VERSADO,   affeilo  —  corrente,   exercitado, 
practico,  visto. 
'  VERSÃO,  traducção,  traslado. 

VERSÁTIL,  móbil,  mudável  —  inconstan- 
te, vario,  volabil. 

VERSATILIDADE,  incon3tancia,  ligeireza, 
variedade. 

VERSEJADOR,  poetastfo,  trovador,  trovis- 
ta,  versista. 

VERSEJAR,  trovar  —  versificar.  ^ 

VERSO,  metro  —  canto  —  poesia  —  poe» 
ma. 

VERSuciA,  astúcia,  manba,  sagacidade* 

VERsuTo,  arteiro,  manhoso,  sagaz. 

VtRTEBRA,    Spondilo. 

vERTEDoa,  traductor  —  vertente. 

VERTER,  derramar,  entornar,  estiílar  •— 
traduzir,  tresladar. 

VERTIGEM,  vagado. 

VESANO,  insensato,  louco  —  furioso. 

VESGO,  torto,  zanaga,  zarolho. 

VESTE  ou  Vestia,  habito  —  trajo,  vesti- 
do, vestidura,  vestimenta,  vestuário  —  sur- 
tum. 

VESTIDO,  altirna,  vestidura  —  fato  —  ca» 
saca  —  {(i'^j')  enroupado. 

VESTÍGIO,  pegada,  pizada  —  pista,  rasto, 
sigoal  —  exemplo. 

VESTIR,  ornar  —  guarnecer,  preparar  — 
arroupar,  cobrir. 

VESTUÁRIO,  fato,  roupa  —  trsjo,  vestidu* 


ra. 


vo. 


VESÚVIO,  Mongibello  —  ardor. 
VBTERATío,  antigo  —  experimentado. 
viTo,  prohíbição,  suspensão. 
Vetusto,  antigo,  prisco,  velho  —  prime- 


vEXAÇio  ou  Vexariíe,  aperto,  avexaçSo, 
pena,  pressa  — ■  lance—  gravame  —  tormen- 
to —  inquietação  —  perseguição. 

TBXADon,  aíllígídor,  atormentador  <^  pre- 
seguidor  —  cáustico,  importuno. 


I  VEXAR,  atormentar,  opprlmir  —  acabru- 
íuh^T,  inquietar,  perseguir—*  molestar  —  re- 
;  morder. 

I     viiz,  gyro,  turno,  occasiâo  —  feita  —  ai- 
ternaiivu,  vicissitude . 

vezaUO,  acostumado,  aíTeito. 

V£zo,  costume,  estylo,  habitO;  maalia, 
uso. 

vÍA,  ar!e,  maneira,  meio,  modo— for- 
ma —  carril,  carrilho,  vereda  —  cxminha, 
estrada,  vestígio — messageiro,  próprio. 

viAGEiRO  ou  yiajeirot  caminhante,  pas- 
sageiro. 

VIAGEM,  \iajem.  ou  Viaje,  derrota— jor- 
nada, peregrinação —  romaria. 

VIAJADO,  yiojante  ou  Major,  cami- 
nhante, passaaítí,  peregrino,  viajyiro,  vian- 
dante. 

VIAJAR,  caminhar,  peregrinip. 

viAKDA,  carne  —  peixe  —  guisado,  man- 
jar —  aumento,  sustento. 

viakdeiro,  comilão,  glotão. 

víbora  ou  Bibora,  áspide,  serpe^  ser- 
pente. 

VIBRAR,  brandir  — arremessar,  arrojar, 
cuspir,  despedir,  lançar  —  dârdejap. 

vicavÊiisA  ou  Yíce-tersa,  ás  vesgas  — ra* 
ciprocamente. 

VICIAR,  corromper,  depravar,  lâbefactar 

—  alterar,  deformar,  falsiUcar  —  perverter, 
seduzir  —  deshonrar. 

YiCíO,  msldâda  —  crinae,  delimito  —  cul- 
pa, erro,  falta  —  defeito,  macula,  mancha, 
senão. 

VICIOSO,  manhoso  —  defeituoso,  imperfei- 
to —  falso  —  adulterado,  corrupto,  depra- 
vado —  libertino. 

VICISSITUDE,  alternativa,  revés,  volta  — 
revolução  —inconstância,  mudança  —  ins- 
tabilidade. 

VIÇO,  viçor  —  viveza  —alteração  —  brave- 
za —  altivez,  bom  tracto.         ^  , 

viçoso,  fresco  —  nutrido  —  vIvo  —  folho- 
so, íolhudo  —  verde,  verdejante,  virente  — 
mimoso  ^  frondente,  frondoso  >-  bullçcsOi 
inquieto. 

viciiMA,  holocausto,  hóstia,  libação,  obla« 
ção,  sacriâcio. 

viCTo,  sustento. 

víCTORiA,  palma  —  triumpho,  tropheu, 
vencimento  —  preeminência,  superioridade. 

viCTORiADO,  applaudido,  celebrado  — '  en- 
grandecido, exaltado  —  elogiado,  louvado 

—  honrado. 

viCTOMOso,  conquistador  —ovante,  trum- 
phador,  triumphante,  vencedor. 

viGTUAL^AS  ou  \itualhas  i  comestíveis, 
manticaento,  viveres  — >  munições. 

VIDA,   existência,  s«ir  —  procedimento  — 
duração -*  alma,   calor,  energia  — alimen- 
to—emprego,  mister,  cilicio. 
271  « 


1084 


VIN 


VIR 


caracter,  génio,  in 


VIDAL,  vi(al. 
VJDKNTS,  prophela. 
viDONHO,  sarmento 
(iole,  r.aturfíl. 

ViDRENTo,  Yidrino  ou  \idroso,  crystalli- 
no  —  fr.-ígil,   quebradiço  —  caduco. 
VIDRO,  cryslxi. 
viEiRO.  bela,  veia. 

viKLLA  beco,  chaacudo,  travessa  — en- 
crusilhada. 

viez,  esguelha,  obliquidade. 
VIGA,  barrete,  irave  -  taipa. 
VIGÉSIMO,  "vinte. 

VIGIA  ou  yejia,  insomnoleneia,  vé!a,  vi- 
gília —  espia  —  guarda,  semiuella  —  ata- 
laia. 

VIGIADO,  atalaia,  vigia  —  {adj  )  pervigil, 
vigUsnto  —  desperlo,  observado. 

VIGIAR,  atslaiar,  espiar,  espreitar,  obser- 
var—  {n.)  velar. 

VIGILÂNCIA,  cuidado,  desvelo,  diligencia 
—  vela,  vigia  —  resguardo. 

VIGILANTE  ou  Yigil,  attento,  cuidadoso, 
desvelado,  insonme,  pervigil,  vigiaute  — 
exacto  —  solicito. 

V  GiLiA,  vela,  vigia  —  iasomnolencia  — 
cuidado,  desvelo  —  vespora. 

VIGOR,  força,  robustez  —  animo,  esforço, 
valor  —  alento  —  valentia  —  energia. 
VIGORAR,  fortificar,  vigorisar. 
VIGOROSO,   forte,  nervoso,  robusto,  vivi- 
do —  valoroso. 

VIL,   baixo,  humilde  —  abjecto,  deshon- 
roso,  desprezível  —  infama  —  plebeu  — 
ignóbil,  sórdido  —  indigno  —  grosseiro,  rus 
tico  —  torpe  —  pifio. 

VILEZA,  baixeza,  vulgaridade  —  ignobili- 
dade,  sordid-z. 

VíLHAi^CETE  ou  Yíi/anceíe,  chacota,  vi- 
Ihanesca. 

vjLiPFNDiAR,  desestimar,  despresar,  me- 
nosp-ezsr. 

víLiPEKDio,  desestimação,  desprezo,  me- 
noscabo —  affronta,  ultraje  —  aggravo, 
conlumeiia  —  ignominia  —  injuria,  ludi- 
brio. 

viLLA,  *  cidade  —  casa  de  campo. 
yiLLAGEM  OU  ^illage,  viila. 
viLLANiA,  baixeza,  vileza—  grcssaria,  rus- 
ticidade. 

vRLÃo,  aldeão,  camponez,  montanhez  — 
desçnrtez,  grosseiro,  rústico. 
vjLTAR,  aviltar,  viciar. 
vjNCo,  dobra,  ruga  —  carril. 
VINCULAR,  ligar,  prender,  unir  —  anne- 
xar. 

ViNCULO   ou   Vindo  ,    atadura,  *líajiie  — 
laço,  nó —  p  iio  —  nexo,  união. 
vmDA,  chpgada,  regresso,  volta. 
viNDiCAÇÃo,  vingança  —  cajiigoi    puni- 
ç&o. 


VINDICAR  ,  revindicar  —  vingar  -  defen- 
der —  csstigsr,  punir. 

VINDIMAR,  acabar,  matar. 

vi.NuiMO,  serôdio. 

*  VJNUÍTA,  vinginça  —  acoimamento. 

VINDO,  chegado. 

VINDOUROS,  dysceidentes,  futuros,  netos, 
posteridade,  post-ros,  posíumos. 

VINGADOR,  vindicB,  ulírjz. 

VINGANÇA,  desaggravo.  despique  -  vindi- 
c.'iÇfio.       vindita  —  castigo. 

VINGAR,  vindicar  Gtfender  —  castigar, 
punir  —  gauhar,  passar,  vencer  —  {n.j  cres- 
cer —  medrar  —  chi^gar  a.  .  . 

VINGATIVO,  rancoroso  —  implacável 

viNflA,    videirí?l.  viaa,  vinh^go,  vinhedo.' 

viiNHAÇA,  bebedice,  borracheira,  ebrieda- 
de. 

vioLA,  bandolim,  bandarra,  guitarra  — 
\'ioleta. 

vioi.AÇAO,  transgressão  —  estupro. 

VIOLADOR,  quebrantador,  transgressor — 
insultador  -  profanador. 

VIOLAR,  infringir,  qu^íhrantar  —profanar" 

—  forçar,  incestar  —  offí^nder. 
vioLKNCiA.  força,  Ímpeto  —  oppressão  — •" 

extorsão  —  tyrannia  —  constrangimeato  — 
intensidade. 

vioLENFAR,  compellip,  constranger,  for- 
çar, obrigar 

ViOLSHio  constrangido,  forçado,  invicto,' 
obrigado,  violentado  -  accelerado,  arreba- 
tado, precipitado  —  furioso,  impetuoso  — 
ifuprudente,  t«nnerario  —  impaciente  —  fe- 
roz —  iníquo,  injusto  —  cego  —  forie  —  in- 
dócil, indómito. 

VIPERINO ,  colobrino,  serpentino,  vipe- 
reo. 

VIR,  chegar  —  voltar  —  entrar  —  derivar- 
so,  proceder  —  assentir,  convir  —  occorrer 

-  dar  se,  nascer,  reproduzir-se. 
vífiA,  setta,  xará. 

VífiAçÃo,  ar,  aura,  bafígom,  f  esco. 
VIRAR,  voltar  —  mudar  —  converter  — 

rodear. 

viKAvoLTAS,  íJas,  vindas,  rodeios  — al- 
ternaúvas,  variedades,  viuis3iludes. 

viuGA,  açoute,  vara. 

víHuEM  uu  \irge,  donzclla  —  {adj.  m.)  ia- 
laeto,  puro, 

,  VIRGINDADE,     CastiJddo  ,     virgO    —  pudicí-  i 

cia. 

viiíGiNíO,  virginal  —  illaso.  intacto. 

vie.iDANTE  ,  vcídtíjanttí  ,  viçoso  ,  viren- 
te. 

VIROTE,  arremcção,  dardo,  farpão,  ro- 
jão. 

VIRTUDE,  religião,  saaciidade  —  piedade 
—  innoreneia  —  modéstia  —  castidade  — 
equidade,  rectidão  ~  energia,  força  ~  ani- 
mo, Vdlcr. 


VIV 


TOt 


1085 


VIRTUOSO,  integro,  justo,  leal,  probo,  re- 
cto —  casto,  puro  —  modesto,  pudico  —  pio 
— r  re]i>;ioso. 

visAGKM,  \isajo  ou  'Sxsage,  *cara,  rosto 
. —  {pi)  carantonhas,  csrotos,  esgares. 

VISÃO,  apparição  —  e^^peclro,  Jarva,  phaa- 
tasma — chimera,  phant«sia,  sonlio. 

viscoso,  betuminoso,  pegajoso,  peganhen- 
to. 

visiNHANÇA.,  propinquidade,  proximidade 
—  arredores,  contorna  —  visinhns. 

visiNHAR,  achegar-se,  aproximar-se  — 
COnformar-se. 

vísiKHo.  burguez  — -  {adj.]  adjacente,  che- 
gado, contíguo,  próximo. 

VISITA,  vista. 

Visitador,  visitei'0. 

visiTSL  ou  yisihil^  claro,  manifesto,  sa- 
bido -  aspoot-wel. 

vtso,  vista  —  semblante,  vulto  —  (pi  jap* 
pir^Qcias,  ares.  monstraçõas,  mostras. 

-víSTA,  «8per4o,  conspecto,  objecto  -  de- 
sigpo.  intonío,  proj^ícío  —  espaço —pç^ne- 
Usçôo,  sagacidade  —  (pi.)  intuito,  mira. 

VISTA  D'oLnos.  goUe  de  vista,  lanço  de 
olhos,  olhada,  olhadela. 

VISTO,  notado,  observado,  olhado  —  ver- 
sado —  averiguado,  conhecido,  sabido  — 
avaliado  —  recebido  —  quisto. 

VISTOSO,  agradável,  bello  —  brilhante, 
magnifi.o. 

VITAL,  fnimado,  vivificante,  vivifico. 

ViTRLLA,  bezíjrra,  juveaca,  novilha. 

viiELLO,  bezerro,  juveaco,  noviilio,  vi- 
tulo. 

VITR80,  crystallinn,  espelhado, 

viTUPíRAÇAO,  diíís^maçSo  —  injuria,  op- 
probrio. 

ViTupEBAR,  desestimar,  desprezar  —  con- 
deainar,  reprehender,  suggdar  —  ignomi- 
niar, *  prascfjar, 

viTLPíRio,  deshonra,  iofamia  —  desprezo, 
rarnoscabo  —  ignominia  —  desprezo,  me- 
noscabo —  ignominia  —  injuria. 

viTUPERoso,  ignominioso,  infame,  oppro- 
brioso  —  condemnavel, 

VIVA,  applauso,  victor. 

VIVACIDADE,  esperteza— vigor, 

viVBNDA,  casa,  domicilio,  habitação,  mo- 
rada, residência  —  passadio  —  comporta- 
mento. 

VIVENTE,  animado,  vivo  —  existente. 

VIVER,  txislip,  subsistir — alimeotar-se, 
nutrir  se,  sustentar-se  —  tractar-se  —  con- 
servar-se.  durar—  portar-se  —  assistir,  mo- 
rar, residir. 

VIVERES,  comestíveis,  mantimentos,  vitua- 
lhas. 

VIVEZA,  actividade,  promptidâo  ~  esper- 
teza, vivacidade  -  ^gudf^za,  penetração  — 
acrimon'a — energii,  forç«, 

VOL     IV. 


viviDouRO  ,  duradouro  ,  durante  ,  vi- 
vaz. 

vivificar,  alentar,  animar,  aviventar  — 
vigorar. 

vivo,  animado,  esperto  —  efíicaz  —  acti- 
vo, prompto  —  enérgico,  forte  —  agudo, 
penetrante  —  fogoso ,  violento  —  pican- 
te. 

VIUVEZ,  viuvidade. 

VOADOR  ou  toante ,  alígero  —  alipe- 
de. 

VOAR,  adpjar,  a  voar,  voejar,  voltar  — 
correr  —  fugir  —  derramar-6e,  espalhar- 
se. 

VOCABULÁRIO,  diccionario,  leiicon, 

VOCÁBULO ,  dicção,  expressão,  palavra, 
termo,  voz. 

vocAçio,  chamamento,  convocação  —  ins- 
piração. 

vociPKRAR,  bradar,  clamar,  gritar,  yo« 
zear, 

voda,  caísmento,  espcscrii,  núpcias, 

VQOA,  credito,  e$iimaçào,  reputação, 

vogar,  remar  —  correr  — ■  valer  —  *  ad« 
vogar  —  navegar. 

voLANTB,  garça  —  (a(/;' )  ambulante,  er- 
rante, erraiico  —  velifrtro. 

VOLÁTEIS  ou  yolatihs,  aves,  pássaros. 

voLATiH,  funambulo,  volteador  —  caiai- 
nh^iro  —  andarilho. 

voLiTANTs,  gyrante,  voUeante. 

vOLiiAa,  gyrar,  tornear,  voltear,  volte- 
jar. 

VOLTA,  curvatura,  curvidade  —  reversão, 
tornada  •— allernativa,   vicissitude  —  revés 

—  mudança  —  biigi,   deserdem,    alvoroto, 
motim. 

voLTAB,   tornar,  volver  —  gyrar  ^  vivar 

—  (r.)  rebolcar-se. 
voLTKADoa,  dans^rino,    volantim. 
voLTsADURA,  gyro,  volíoio. 

volteAr^  gyrar,  rodar  —  rodear,  torn^íar 

—  contornear. 

voLTivoLO,   inconstarite,  varinvel,   vario. 
.    VOLTO,  spsgo,  virado,    voltado,   volvido. 
voLLBinDADs,  inconstsnoia,  variedade. 
VOLUME,  brocha,  exemplar,    livro,    tomo 

—  grandeza,  tamanho  —  mole  —  trouxa 
carga. 

VOLUNTÁRIO,  avonturciro  —  (oí/;'.)  arbi- 
trário ~  indócil  —  obstinado,  teimoso  — 
recalcitrante. 

VOLÚPIA,  deleite,  sensualidade. 

voluptuar,  luxuriar. 

VOLUPTUOSIDADE,  volúpia    —   delcitO,  gOS- 

to,  praier  —  lascívia,  luxuria,  sensualida- 
de —  devassidão,  libertinagem. 

vOLUPiooso  ou  Soluptario ,  agradável, 
delicioso,  mimoso  —  libidinoso,  lúbrico, 
sensual. 

volutabro,  lodaçal. 

272 


KI86 


m 


VÇfe 


VOLÚVEL  OU  Yoluhilf  gyranle,  rodeante, 
folteante,  iaconstsnte,  vario. 

VOLVIDOS,  erivolvedor. 

VOLVER,  virar,  voltar  —  revolver  —  (n.) 
tornar. 

VOMITAR,  arrevessa?*,  bolsâr  —  arremes- 
sar, lançar  —  exbalâr,  expelllr. 

VONTADE,  alvedrio,  arbitrio,  grado,  que- 
rer, Sabor  —  deliberação,  determinarão, 
resolução  —  [pi]  *  alfaias,  moveis,  tras- 
tes, 

vôo,  adejo. 

VORACIDADE,  Oí^acidade,   sofreguidão. 

voEAGííM  OU  \orage,  abysmo,  redemoi- 
nho, sorvedouro,  sumidouro. 

VORAZ,  \orace  ou  \orás,  comilão,  glo- 
180  —  devorador,  devoraale,  tragador,  vo- 
rador  —  insaciável. 

VÓRTICE,  remoinho,  tufão. 

voTAR-SE,  espor-se  —  sacrificar- se. 

VOTO,  promessa — juiio,  parecer  — [pi.) 
supplicss. 

vez,  som,  dlcç^ão,  palavra,  termo,  vocá- 
bulo —  falia. 


vozAWA  ou  Cozeria,  alarido,  algazar,  nU 
gazarra,  brados,  clamor,  grita,   gritaria. 

VOzBADoa,  bradador,  clamador,  gritador, 
vozeaale  —  ralhador, 

VOZEAR,  berrar,   bradar,   clamar,  gritar 

—  vociferar. 

vozsiRO,  estrondoso,  núdoso  («.)  advoga-» 
do,  procurador  —  soUicitador, 

VULCANO,  fogo. 

VULGAR,  commum,  ordinário  — *  sabido, 
trivial  —  corriqueiro,  plebeu  —  (s  )  vuU 
go  —  [v.  a.)  divulgar, 

vuLGAHiSAR,  dívulgar,   espalhar,    vulgap 

—  traduzir,  verter  —  publicar. 

VULGO,  gentalha,  plebe,  vulgacho  — -  po^ 

YO. 

vuLNgRiR,  offender  —  ferir. 

vuLNiFico,  feridor. 

vuLPE,  raposa. 

vuLiAR,  avultar. 

VULTO,  cara,  rosto,  semblante —  bulbe, 
estatua,  i;U8gem  —  massa,  voluoie  —  ap-i 
parencia,  íigura  —  relevo  —  pessoa. 

VULTOSO,  groso,   volumiaoso,  volumoso^ 


XSR 


XOP 


108? 


XiHASiz,  engodo  —  omite. 

XAQifAR.  aperlsr  —  Yfextr. 

*  XARA^  flethi,  Stílla. 

XABCu,   cordame,   c  rdosllia,    ensaFoia, 

XAíTRB  ou  Xartrôf  alfaiate. 
XEPGÀo,  enxergão. 
.  XAttopE,  laoibedor.  meílicamento. 
XERYA,  canamo  -—  1  'ho. 


XUR  ou  Chiar,  esgaaiçar-se,.g&air,  ^mnn 
char. 

X  BASCA,  bajofia,  fanfírrouíi^a,  jactaQ* 
cia,  xibantoria. 

xmANTP,  goopo  —  arruador,  valentão, 
fanfarrão. 

xiMío,  raac^co,    moleqae,  mono,  nico. 

XIRA.  comi-tla.  papaníj.a,  papszaiia,  pasto. 

xoF.HE,  logo--T<ierepeiite—  [s]  embale. 


jiitir 


%n 


1088 


ZEI. 


ZOIH 


|4&<^U  ou  êa$sy9,  iu^hk. 

gASAUNo,  pastorinho,  Wffilôie, 

jSAff^çA,  ye?go,  ?irolho, 

I4RQA,  iniroiíade  —  Rntlpçibiar  ft^!5r8l>?, 

íJAKQÀDô,  encaniloado,  irriífiflo 

RASGAR,  fiborflf,  eafftdar,  irriíap-^  des* 
g  atar,  eaffistlar. 

8Aíí8iii«ARRi,  dcsôfdem. 

lARCO,  gaiio,  íaroho, 

^a^uKCBo  ou  ZagunúOt  arremeçlo, 
dardo,  venabulo. 

jEAROiHO,  torto,  ve?go,  zanaga  —  {aáj.) 
PEquinhado  (olho) 

ZELO,  culda-io,  desvelo  ^  {pi)  ciumea  -* 
auspeíias- 

zKi  oso ,   cuidA'lQso ,   desvelado  —  cioso. 


zs^ifg,  apQgâu,  au|8,  6vb;9< 

zgRíDASDA,  maçada,  íovs,  tunli, 

Z8B10AÍIDO,  azorrague,  UtegOi 

í^na,  cifra,  nad^, 

ziíBoaio,  cnpiílfi,  domo,  niirAnle. 

^««RRAfi,  o<;outar-»espaiicaf, 

íifíGRAÃ,  95oamôcer ,  motBJHr ,  «oo* 
bar. 

ZfZASU,  joio  --  deiavença,  díicordia,  dli- 
seoçao. 

ZOADA,  retumbo  —  toada  *-  soada, 

zoAB,  toar  -  ribombar,  retacobar  -» tia* 
Qir,  zunir. 

zoiío,  critico,  satírico  »  Insolente,  male* 
dico  —  invejoso. 

ZOMBAR,  chasqupa?,  osoarnecer,  mangar, 
tnotpjir  —  ridiculiwr  — -  enganar,  illudir  — 
gracHjíir  —  desobedecer. 

z 'MíARU ,   «gudvza  -    graça  -  mot«  •• 


ZOT 

escarneo  .    irrisão,  mofa  —  chasco,    chufa. 
Djolpjo  —  remoque. 

ZONA,  cinto,  faixa. 

ZORiA,  paluiatona. 

zo»»A,   raposa  —  [adj.  m.)   dissimulado, 
mair»  i''). 

zohrai  ,  estorninho. 

ZORRKIRO,    roncí3Íro,    tardo,    vagaroso  — 
indiiigenle  —  passt-iro  —  dtit-ixado  —  pro 
gujçosu. 

zoíBO.  reboque    si^ga,  tirào  -  (acO" )  ar- 
Iciro,  astuto. 

ZoHal,  Pítorninho 

luTs,  jidliia,  íjtn  ranie.  pateta,  ti  lo. 


ZUR 


1089 


zoui^KiRO,  decrépito,  velho. 

zumbaia,  corlezia,  inclinação,  reveren- 
cia. 

z'JMBiDO  ou  Zomlido,  susurro,  zunido. 

ZLMBiR,  susurr/ir. 

zuuBKiK  SB,  d«)t>rAr-se. 

zuMut),  sosurro,  zunmenlo  —  sibilo. 

ZUNIR,  susurrar  —  sibilar. 

zuRUAGua  ou  Zorrague,  açoute,  Ut^go, 
vergfilho 

ZURRAR,  orn^^jip,  rebusnar. 

ZURRO,  orneio,  rebusno. 

zuBíiR,  bater,  desancar,  espancar  —  maU 
tractor  —  injuriar  —  açoutar. 


PIM   DO   QVAntO   E    ULTIMO    VOTVME. 


t©t     IT, 


$73 


^Af^^íílrjii 


PC 

5327 

F3 

1850 

V.4 


Faria,  Eduardo  de 

Novo  diccionario  da  lingua 
portugueza     2,   ed. 


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